Sombra - Jung
Sombra - Jung
Sombra - Jung
A SOMBRA - JUNG
Em 1945, Jung deu uma definio mais direta e clara da sombra: a coisa que uma pessoa
no tem desejo de ser (CW 16, parg. 470). Nesta simples afirmao esto includas as
variadas e repetidas referncias sombra como o lado negativo da personalidade, a soma
de todas as qualidades desagradveis que o indivduo quer esconder, o lado inferior, sem
valor, e primitivo da natureza do homem, a outra pessoa em um indivduo, seu prprio lado
obscuro. Jung era perfeitamente consciente da realidade do MAL na vida humana.
Vezes e mais vezes enfatizou que todos ns temos uma sombra, que toda coisa substancial
emite uma sombra, que o EGO est para a sombra como a luz para a penumbra, que a
sombra que nos faz humanos.
Todo mundo carrega uma sombra, e quanto menos ela est incorporada na vida
consciente do indivduo, mais negra e densa ela . Se uma inferioridade consciente,
sempre se tem uma oportunidade de corrigi-la. Alm do mais, ela est constantemente
em contato com outros interesses, de modo que est continuamente sujeita a
modificaes. Porm, se reprimida e isolada da CONSCINCIA, jamais corrigida, e
pode irromper subitamente em um momento de inconscincia. De qualquer modo, forma
um obstculo inconsciente, impedindo nossos mais bem-intencionado propsitos (CW 11,
parg. 131).
a Freud que Jung d o crdito de chamar a ateno do homem moderno para a
dissociao entre os lados claro e escuro da psique humana. Abordando o problema sob um
ngulo cientifico e sem qualquer finalidade religiosa, percebia que Freud descobrira o
abismo da escurido na natureza humana, que o iluminado otimismo do cristianismo
ocidental e a era cientfica haviam procurado ocultar. Jung falava do mtodo de Freud como
a mais detalhada e profunda anlise da sombra jamais realizada.
Jung admitia tratar a sombra de um modo diferente da abordagem freudiana, que achava
limitada. Reconhecendo que a sombra uma parte viva da personalidade e que quer viver
com esta de alguma forma, identifica-se, antes de tudo, com os contedos do
INCONSCIENTE pessoal. Lidar com estes envolve o indivduo ter de harmonizar-se com os
INSTINTOS e como a expresso destes foi submetida ao controle pelo COLETIVO (ver
ADAPTAO). Mais ainda, os contedos do inconsciente pessoal esto inexplicavelmente
fundidos com os contedos arquetpicos do inconsciente coletivo, estes por sua vez
contendo seu prprio lado obscuro (ver ARQUTIPO; OPOSTOS). Em outras palavras,