O Homem Que Virou Suco: A Síntese Reestruturada Do Trabalho

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 9

O HOMEM QUE VIROU SUCO: A SNTESE REESTRUTURADA

DO TRABALHO

Luciana Marinho de Melo Universidade Federal de Alagoas


Marcus Vinicius de Almeida Lins Santos Universidade Federal de Alagoas

INTRODUO
Ao abordar o trabalho, fala-se numa atividade que est diretamente
relacionada prpria concepo de humanidade e de natureza: a atuao do indivduo
sobre esta, modificando-a em seu benefcio e instrumentalizando sua ao no seu
ambiente como mecanismos para a obteno de meios de existncia.
No decorrer da existncia humana, o trabalho teve sua origem e
desenvolvimento intrnseco aos passos da prpria evoluo da humanidade, tomando
configuraes diferenciadas e complexidades at o estgio atual. Nas mais diferenciadas
formataes que assumiu esta atividade na historicidade do indivduo, a exemplo, o
modelo feudal, o modelo escravo, etc, o ponto mais crtico se mostra atravs da
explorao do homem pelo homem, que toma intensidade crescentemente mais aguda.
Assim sendo, na busca pelo entendimento do mundo do trabalho, o
presente artigo possui como base a tentativa de compreenso da centralidade que tomou
o trabalho na sociedade: Como possvel atribuir tanta importncia a apenas um fator
constituinte da humanidade? Teria de fato o trabalho a centralidade indicada por Marx?
O que torna o trabalho to essencial para o surgimento, a manuteno e o
desenvolvimento das sociedades humanas? Na elucidao dessas questes, os
apontamentos feitos por Marx trazem consigo bases para construo do pensamento
acerca do trabalho na atualidade neste texto, tentando uma aplicabilidade dessas
consideraes para a configurao que tomou o trabalho ao longo do curso histrico,
especialmente no contexto atual. Nesse sentido, a inteno de demonstrar como tais
perspectivas esto sendo representadas no filme O homem que virou suco, de Joo
Batista de Andrade, onde a trama se desenvolve a partir do personagem que no se
adequa forma de trabalho que lhe imposta, tentando se manter enquanto trabalhador
1

livre, vendedor de cordis, trazendo luz um debate sobre a reestruturao do trabalho,


que ser posteriormente elucidado nesse texto.
Para embasar a centralidade que o trabalho tomou nos dias atuais, ser
usada a teoria marxiana, relacionando-a com autores que trazem a discusso para um
quadro mais pertinente quanto a simbologia e conotao dos quais vestiu-se o trabalho
ao longo das modificaes nas formas econmicas e de relaes humanas. O dilogo
com esse autores permite uma maior amplitude na viso e abrangncia que tomou a
teoria de Marx para a relao entre capital-trabalho-indivduo e que aplica-se em sua
totalidade na realidade capitalista.
TRABALHO
Antes de iniciar uma maior discusso sobre o trabalho, faz-se necessrio
defini-lo, debruar-se no este de fato significa. J de total importncia, a partir deste
ponto, afastar a concepo de emprego/trabalho assalariado que existe em volta da
palavra trabalho. Embora no sejam necessariamente excludentes, so conceitos que,
devem ser distinguidos para que se compreenda o que Marx quis dizer sobre trabalho.
Trabalho, para Marx, a transformao da natureza realizada atravs das
mos do homem. Esta transformao se d de diversas maneiras ao longo da histria da
sociedade humana: em determinados perodos de modo mais rpido, em outros, lento,
porm sempre presente. Toda histria humana est permeada pelo trabalho. No
possvel conceber qualquer grupo de indivduos ou organizao social que no
realiza/realizava o trabalho para se manter. Arriscando uma tautologia, todos os
produtos humanos so frutos destes mesmos. Somente por meio do contato com a
natureza, e da transformao desta, que os homens produzem os meios necessrios
para a sua sobrevivncia. A elaborao de ferramentas (para a caa, por exemplo),
moradia, ou at de produtos que no esto ligados intrinsecamente ao atender das
necessidades mais bsicas do seres humanos, possui um elo forte com o trabalho.
importante ressaltar a peculiaridade da interao humana com a
natureza. Diferente dos animais, os homens ao procurar seus alimentos na natureza,
esto elaborando, de maneira subjetiva e prvia, modos para atingir tal feitio. H
claramente um momento que antecede a prtica da caa, e este momento um momento
subjetivo, idealizado. Os lobos, diferentemente, para citar apenas um exemplo, por mais
2

que paream possuir estratgias para capturar suas presas, agem primordialmente,
seguindo seus instintos imediatos. Quando arquitetam mentalmente seus produtos, os
homens visam atender alguma necessidade. Tal necessidade, ou a forma pela qual esse
produto ser utilizado/consumido, chamada de valor de uso. A utilizao destes frutos
do trabalho humano no pode ser separada do processo de produo, pois se algo
mesma (por mais imediata ou suprflua que esta possa parecer). Partindo destas bases
referentes ao trabalho, Marx, ao analis-lo no mundo moderno, baseado em como ele se
d dentro das relaes capitalistas de produo, far um estudo profundo e crtico sobre
o mesmo. Enquanto o nico meio de gerar valor, o trabalho, na sociedade capitalista,
assume uma forma que passa a corresponder no aos interesses do ser humano que o
realiza, mas sim ao capital, submetendo-se a lgica de gerar lucro, independentemente
das conseqncias que isso possa trazer para a sociedade.
Assim sendo, importante entender como se possvel trocar duas ou
mais mercadorias entre si para a compreenso das relaes capitalistas. Tendo em vista
que o que definir o valor de cada mercadoria a quantidade de trabalho nela inserida e
conservada, e que para isto acontecer, necessrio que haja trabalho, o caminhar agora
deve ser feito no sentido de buscar compreender de quais maneiras e a partir de quais
mecanismos isso se d sob o regime do capital.
Para que uma sociedade seja capitalista, o trabalho dela deve ser o
trabalho assalariado. Ou seja, duas classes devem obrigatoriamente (mas no
unicamente) constituir as relaes econmicas: a classe burguesa, que proprietria dos
meios de produo e a classe proletria, que nada possui alm da prpria fora de
trabalho para vender. A burguesia, por ser dona dos meios que facilitam/permitem a
produo das mercadorias e tambm por possuir capital suficiente para fazer andar o
processo produtivo, enxerga-se no total direito de comprar a fora de trabalho do
proletrio, que aparece enquanto sujeito livre, uma vez que tem a liberdade para
escolher para quem trabalhar, ou, em outras palavras, para quem, para sobreviver,
dever vender a sua fora de trabalho:
Na medida em que a troca mercantil regulada por uma lei que
no resulta do controle consciente dos homens sobre a produo, na
medida em que o movimento das mercadorias se apresenta
independentemente da vontade de cada produtor, opera-se uma inverso:
a mercadoria, criada pelos homens, aparece como algo que lhes alheio
3

e os domina; a criatura (mercadoria) revela um poder que passa s


subordinar o criador (homens). (NETTO e BRAZ, Economia poltica:
uma introduo crtica, p. 92)
As

diversificadas

formataes

que

assumiu

sociedade,

consequentemente seu plano econmico, possuem relao direta com as diferentes


conotaes simblicas e significativas que o trabalho assumiu ao longo do curso
histrico da humanidade, estando, entretanto, o trabalho sempre presente nas relaes
entre os indivduos. Assim sendo, importante aqui destacar que os perodos de
transio econmica, ou principalmente os momentos de crise, foram decisivos para a
construo da funcionalidade que possui atualmente o trabalho, especialmente no seu
aspecto negativo.
Nos anos em que crises econmicas foram deflagradas, particularmente
nas dcadas de 60 e 70, o processo de trabalho foi submetido a questionamentos que
partiram da prpria classe trabalhadora. Este processo, entretanto, sofreu uma alterao
estrutural viabilizada pelo prprio sistema capitalista, que acabou por fornecer uma
nova roupagem na atuao do trabalhador, que passava agora a constituir-se como um
elemento mltiplo, dotado de polivalncia, capaz de executar uma gama de atividades
desconexas entre si no seu espao de trabalho:
Criou-se, de um lado, em escala minoritria, o trabalhador
"polivalente e multifuncional" da era informacional, capaz de
operar com mquinas com controle numrico e de, por vezes,
exercitar com mais intensidade sua dimenso mais intelectual.
E, de outro lado, h uma massa de trabalhadores precarizadados,
sem qualificao, que hoje est presenciando as formas de parttime, emprego temporrio, parcial, ou ento vivenciando o
desemprego estrutural. (ANTUNES, Ricardo. . O trabalho e
os
Sentidos.
Disponvel
em
http://www.itcp.usp.br/drupal/files/itcp.usp.br/ANTUNES
%20TRAB%20SENTIDOS%20LUIZINHO.pdf
Essa pluralidade que assumiu a atuao do trabalhador, agora inserido
num plano de qualificao de seus potenciais profissionais, teve como conseqncia
uma crescente intensificao dos processos seletivos os quais os indivduos submetemse na tentativa de obteno de um vnculo empregatcio. Isso gerou entre os
trabalhadores uma espcie de competio desigual, pois nos setores onde a qualificao
se torna pressuposto primordial para o alcance de um trabalho, acaba por restringir o

acesso de uma grande massa de pessoas a esses setores empregatcios, que so,
importante frisar, bastante numerosos.
Quanto a grande quantidade de trabalhadores que para obter seus meios
de sobrevivncia adentram no cada vez menos crescente rol dos trabalhadores
industriais, sofre aquilo que Marx chamou de alienao, ou seja, tais trabalhadores no
se sentem responsveis pela produo de determinado elemento, de determinado
produto. Esse estranhamento por parte dos trabalhadores pelas mercadorias que eles
mesmos produzem, numa dinmica industrial, pode gerar um sentimento de frustrao
pela inacessibilidade e pelo no-desenvolvimento de suas potencialidades em sua
atividade, j que seu trabalho no fornece subsdios para que o indivduo que fez
determinada mercadoria tenha acesso a ela. Por exemplo, se um trabalhador que executa
suas atividades numa montadora de carros, montando peas de automvel num modelo
de produo difundido a partir do toyotismo, seu emprego no lhe pagar o suficiente
para que esta pessoa possua um carro cujas partes foram feitas por este mesmo
trabalhador. Alm de, obviamente, este no conseguir identificar quais carros so
compostos pelas peas que ele monta.
Com isso, constata-se que no trabalha para si, mas para o grande
industrial. Todavia, a manuteno da falsa iluso de que o trabalhador livre para
escolher para quem trabalhar, acaba por criar a propagao de uma liberdade irreal,
falsa: o trabalhador no livre, mesmo tendo certa mobilidade quanto aos ambientes
em que pode executar suas atividades, ele estar inserido num processo de alienao
constante. Tal fato bastante evidente na atual sociedade.
A centralidade do trabalho na sociedade atual est situada num plano de
constante competitividade e mecanizao da produo. Esse fato no exclui a mo-deobra humana, mas isso gera um uso cada vez menor desta, que passa a ser mais
criteriosamente selecionada.
A est o cerne desta competitividade desigual, pois como ter
qualificao se isso se torna cada vez mais inacessvel, impossibilitado para o
trabalhador? Esse e outros fatores problematiza crescentemente a complexidade e
disparidade da relao entre a (nova) organizao do trabalho e o capital.

O HOMEM QUE VIROU SUCO: A SNTESE REESTRUTURADA DO


TRABALHO
A reflexo e produo sociolgica que se ocupa das categorias artsticas
vem tomando dimenses considerveis no campo da produo intelectual acadmica.
Tal fenmeno ocorre simultaneamente numa escala globalizada e no contexto brasileiro,
se levada em considerao a produo dos grandes centros intelectuais europeus e norteamericanos, e a reflexo gerada no mbito nacional. Essa tendncia reflexiva elucida
que os paradigmas artsticos j no so mais percebidos enquanto realizaes
estritamente tcnicas, mas notadamente possuidores de significados que arregimentam
em torno de si uma gama de simbologias, representaes, sentidos e ideologias
fornecidos subjetivamente.
Nesse sentido, o panorama evolutivo traado pela produo artstica
cinematogrfica a retirou de uma esfera substancialmente tcnica e a caracterizou
enquanto linguagem. Desde ento, o processo pelo qual o cinema passou o caracterizou
como a reunio de tecnologias que atualmente, todavia, do mesmo modo que a esfera
cinematogrfica designava a seu contedo uma perspectiva tcnica, simultaneamente o
seu teor de comunicao ergueu um verdadeiro monoplio da linguagem: a stima arte,
aquela que rene em si todas as outras expresses artsticas, acabou por dotar a sua
produo audiovisual de produo de sentidos. Dessa forma, a projeo flmica no tosomente engloba aparatos tecnolgicos, mas apreende uma pluralidade de foras
comunicativas que revelam determinados recortes sob a tica de diversos setores
sociais.
A introjeo de sentidos se faz, do mesmo modo, substancialmente
presente na produo flmica do Brasil. Se levada em conta as diferenciaes estticas
pelas quais atravessou a histria do cinema nacional, tais sentidos adquirem conotaes
e projees particularmente diferenciadas.

Cada perodo da trajetria do cinema

nacional dotado de particularidades que figuram um sentido de projeo visual e


audiovisual (do cinema mudo ao cinema falado) extremamente prprios e diferenciados
entre si, a exemplo disso, tem-se a chanchada e seu humor popularesco em modelo de
produo importado do americano; o cinema novo e sua linguagem politizada em tom
de denncia e ao mesmo tempo resgatando o heri nacional; bem como o cinema da
retomada, elaborado como uma fuso de linguagens, estticas e vises prprias da
6

contemporaneidade. Ressalta-se, todavia, que em diversos casos a apreenso desses


sentidos se ocupa basicamente de categorias nacionalizadas.
Tendo como seu respaldo uma base emprica, o cinema se utiliza de uma
infinidade de ferramentas para que a produo seja enriquecida com o mximo de
elementos possvel. Assim sendo, a abordagem dada a essa lacuna realista acaba por
submet-la a condio de realidade reproduzida, por ser recriada com instrumentos que
so desnecessrios no real.
Assim, tendo como foco de anlise para este momento o filme O Homem
que virou suco, se faz necessrio promover algumas ponderaes. A produo faz a
representao de um nordestino cuja vivncia est plenamente marcada pelo trabalho,
em suas diversas formas e retrataes. Paraibano, Deraldo sai de sua terra natal em
direo So Paulo no intento de conseguir trabalho para a sua sustentao. Sua
trajetria na metrpole, no entanto, ser fortemente marcada pelo reflexo que Severino,
um operrio nordestino que tambm rumou para a cidade grande, ter em sua vida.
Na tentativa de se manter na cidade, Deraldo abre mo de sua habilidade
de fazer poesias e literatura de cordel para se arriscar naquilo que era, para os outros,
emprego de verdade: trabalhar no mercado, na construo civil, na construo do
metr, na casa de madame. Sua vida, contudo, sofre reviravolta quando passa a ser
confundido com um operrio assassino de seu patro, o cearense Severino. A trama
flmica passa partir de ento, a se empenhar na representao de como o trabalho tomou
dimenses e roupagens diversificadas na trajetria de Deraldo, uma sntese de milhares
de nordestinos que tentam a vida na cidade grande.
As formas que o trabalho assume no conseguem ultrapassar aquilo que
est inserido no imaginrio coletivo do que , de fato, trabalho. Na trama da produo
cinematogrfica, isso fica claro em diversas passagens:
Ser cantador e violeiro para o poeta uma atividade digna e
honrada como qualquer outra aparece no interior do mundo da
pobreza urbana, onde cada centmetro quadrado disputado com
violncia, com cio e divertimento. a afirmao do trabalho
como uma condio bsica da vida humana, que as sociedades
tradicionais parecem no reconhecer integralmente. (NEVES,
Frederico de Castro. Armadilhas nordestinas: o homem que
virou suco. P. 89)
7

Na tentativa de se integrar no mundo do trabalho tal qual ele o


compreendido em seu meio, Deraldo se arrisca em empregos que o degradam
fisicamente e onde o salrio no o suficiente. Num momento em que v todas as suas
possibilidades ceifadas por sua inadequao naquela esfera laboral, o personagem se
entrega na busca de Severino, cuja sanidade sucumbira aos infortnios desse mesmo
mundo do trabalho. Nessa busca, Deraldo acaba se deparando com aquilo que temia
acontecer consigo caso insistisse na adaptao de um globo que no lhe dava condies
materiais e psquicas para se manter. Consciente e munido com as arma que a
burocracia lhe impusera, Deraldo volta a ser poeta, vendendo suas poesias pelas ruas de
So Paulo.

CONCLUSO

possvel perceber que o trabalho, estando ele presente em todos os


ncleos evolutivos da atividade humana, est atualmente sofrendo uma crescente
modificao quanto a sua forma de atuar e o seu significado para o indivduo.
imutvel, entretanto, os quadros desiguais e de explorao que o sistema capitalista
forneceu s atividades, amenizando isso atravs da utilizao de aparatos repressores,
ou mesmo de iluso propagada por instrumentos apropriados por esse sistema, como por
exemplo, a mdia.
Percebendo como destrincha a sua anlise das relaes de produo no
sistema capitalista, tem que se notar que, mesmo tendo a elaborado h mais de um
sculo atrs, Marx identificou mecanismos/processos que esto no cerne das relaes
sociais capitalistas e, apesar de poderem ora apresentar-se de uma forma, ora de outras,
devido s mudanas que sofrem as sociedade humana, no decorrer de sua histria, se
algum dia fossem eliminados, deixando de serem praticados, impossibilitariam a
manuteno o atual sistema de produo, tido como alguns como o nico e ltimo
possvel. Na esfera audiovisual, o mundo do trabalho representado sob uma
pluralidade ptica. O Homem que virou suco, todavia, apreende no somente uma
sntese da reestruturao do trabalho, mas como tal fenmeno ocorre (ou deixa de

ocorrer) nas esferas sociais onde o trabalho, o emprego vivenciado de diversas


maneiras.

REFERNCIAS

ANTUNES, Ricardo. O trabalho e os Sentidos. Disponvel em

http://www.itcp.usp.br/drupal/files/itcp.usp.br/ANTUNES%20TRAB
%20SENTIDOS%20LUIZINHO.pdf
MARX, Karl. O Capital. Vol 1
MARX, Karl. A Ideologia Alem. So Paulo: Hucitec
MARX, Karl. Para a crtica da economia poltca/Introduo. So Paulo: Abril

Cultural, 1985. (Col. Os Pensadores)


NETTO, Jos Paulo e BRAZ, Marcelo. Economia poltica: uma introduo

crtica. 2.ed. So Paulo : Cortez, 2007


SOARES, Mariza de Carvalho e FERREIRA, Jorge (orgs). A Histria vai ao

cinema.2 edio Rio de Janeiro: Record, 2006

FICHA TCNICA DO FILME:


O Homem que virou suco (1980)
Direo: Joo Batista de Andrade
Produo: Assuno Hernandes
Roteiro: Joo Batista Andrade
Distribuidora do vdeo: Video cassete do Brasil
97 minutos
Com: Jos Dumont, Clia Maracaj, Renato Master, Ruth Escobar

Você também pode gostar