A Casa Do Senhor (James E. Talmage) SUDBR (C) 2014
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A Casa Do Senhor (James E. Talmage) SUDBR (C) 2014
CASA
DO
SENHOR
SUDBR
2014
A
CASA
DO
SENHOR
Um Estudo dos Santurios Sagrados,
Antigos e Modernos
James E. Talmage
Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias
Salt Lake City, Utah, USA
Copyright 1968
Deseret Book Company
Prefcio
Dentre as numerosas seitas e igrejas atuais, os santos
dos ltimos dias so conhecidos como edificadores de templos . Neste aspecto, eles so semelhantes antiga Israel.
No surpreendente que um grande e amplo interesse
manifestado com referncia a esta peculiaridade de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias, nem que
questes so continuamente levantadas, quanto ao propsito e razo desta grande obra, e quanto natureza das ordenanas administradas nestas modernas Casas do Senhor . Este livro foi escrito com o propsito de responder a
algumas destas questes e colocar ao alcance de pesquisadores sinceros, informaes autnticas concernentes
doutrina e prtica das ordenanas do templo.
Tendo a finalidade de proporcionar meios fceis de
comparao das realizaes das edificaes de templos do
passado com as do presente, foi includo neste livro um
breve tratado dos santurios das antigas dispensaes.
Embora informaes pormenorizadas sobre templos, e
santurios antigos estejam disponveis a todos, nas enciclopdias, Bblia, dicionrios e obras de maior escopo,
bem pouco tem sido publicado a respeito dos templos de
hoje e do servio sagrado realizado neles . A oficial "Histria de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos
Dias" contm informaes abundantes a respeito do assunto ; entretanto, as informaes encontram-se distribudas em tomos, e so acessveis a, comparativamente, pou cas pessoas.
Na presente obra o autor recebeu muita cortesia e assistncia dos oficiais dos vrios templos, do Historiador da
Igreja e seus assistentes, das Autoridades Gerais da Igreja,
e de muitos outros . A participao de todos que colaboraram neste agradvel trabalho respeitosamente apreciada.
JAMES E . TALMAGE
Cidade do Lago Salgado, Utah
21 de setembro de 1912 .
ndice
PREFCIO
CAPTULO I
Apresentao Antecipada do Tema
CAPTULO II
Santurios nas Antigas Dispensaes
13
CAPTULO III
Necessidade de Templos na Presente Dispensao
47
CAPTULO IV
As Ordenanas dos Templos Modernos
67
CAPTULO V
Templos dos Dias Modernos Os Templos de
Kirtland e Nauvoo
83
CAPTULO VI
q Grande Templo da Cidade do Lago Salgado,
Utah Histrico
103
CAPTULO VII
q Grande Templo da Cidade do Lago Salgado
Parte Externa
131
CAPTULO VIII
q Grande Templo da Cidade do Lago Salgado
Parte Interna
139
CAPTULO IX
A Praa do Templo
155
CAPTULO X
Outros Templos de Utah
161
CAPTULO XI
Concluso
181
APNDICE I
q Grande Templo na Cidade do Lago Salgado
Parte Interna
185
APNDICE II
A Praa do Templo
199
APNDICE III
Outros Templos da Igreja
205
NDICE REMISSIVO
213
CAPTULO I
Apresentao do Tema
Tanto pela etimologia, como pelo uso generalizado, o termo
"templo" ., em sua aplicao literal, tem um significado restrito
e especfico . A idia essencial de um templo , e sempre foi, a de
um lugar especialmente designado para o servio considerado
sagrado, e de real ou suposta santidade ; num sentido mais restrito, o templo um prdio construdo e devotado, exclusivamente, a cerimnias e ritos sagrados.
O termo latino templum era o equivalente do hebraico Beth-Elohim e significava a habitao da Deidade ; por esta razo,
associado com divina adorao, significava literalmente A CA-
SA DO SENHOR . 1
Construes consideradas em seu conjunto como santurios
ou recintos fechados, tm sido erigidas em . muitas pocas diferentes, tanto por adoradores de dolos, como por seguidores do
Deus vivo e verdadeiro . Os templos pagos da antigidade eram
considerados lugares de habitao dos deuses e deusas mitolgicos, cujos nomes ostentavam, e a cujo servio as construes
eram dedicadas . Embora os ptios de tais templos fossem usados como lugares de assemblias gerais e cerimnias pblicas,
sempre havia recintos internos, , nos quais, somente os sacerdo'Em relao a isto, interessante considerar o significado do nome Bethel, uma
contratao de Beth Elohim, dado por Jac ao lugar onde a presena do Senhor lhe fora
manifestada . "Na verdade o Senhor est neste-lugar ; e eu no o sabia . E, temeu, e disse:
Quo terrvel este lugar! Este no outro lugar seno a casa de Deus ; e esta a porta
dos cus . Ento levantou-se Jac pela manh de madrugada, e tomou a pedra que tinha
posto por sua cabeceira, e a ps por coluna, e derramou azeite em cima dela . E chamou
o nome daquele lugar Betel : o nome porm daquela cidade era .Luz . (Gnesis 28 :16-19;
leia versculos 10-22 .)
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Quanto solicitao do material para construir o tabernculo, houve tanta boa vontade que a necessidade foi satisfeita
ao mximo : "Porque tinham matria bastante para toda a obra
que havia de fazer-se, e ainda sobejava . " 2 A solicitao foi feita
adequadamente, sendo o povo at impedido de trazer mais . Os
artesos e trabalhadores empenhados na construo do tabernculo foram designados por revelao direta, ou escolhidos por
autoridade divinamente estabelecida, dando-se especial referncia s suas habilidades e devoo . Aps ter sido concludo, se
comparado ao que o rodeava, e consideradas as circunstncias
de sua criao, o tabernculo era uma estrutura imponente.
Suas armaes eram de madeira rara, suas suspenses internas
de linho fino e bordados elaborados, de acordo com os desenhos prescritos, em azul, prpura e escarlate ; suas cortinas externas e do meio, eram de peles selecionadas ; suas partes metlicas eram de bronze, prata e ouro.
Do lado de fora do tabernculo, mas dentro de seu trio cercado, ficava o altar de sacrifcios e a pia, ou fonte batismal . O
primeiro compartimento do tabernculo propriamente dito, era
uma sala externa ou Lugar Santo ; em seguida, escondido da observao, pelo segundo vu, estava o santurio interno, o Lugar
Santssimo, particularmente conhecido como o Santo dos Santos. Pela ordem indicada, somente aos sacerdotes era permitida
a entrada no recinto externo ; enquanto que no recinto interno,
o "mais santo de todos", ningum podia entrar, exceto o sumo
sacerdote, e apenas uma vez por ano, mesmo assim, somente
aps um longo perodo de purificao e santificao . 3
Dentre os mais sagrados pertences do tabernculo estava a
Arca do Convnio . Era um cofre, ou ba, feito da melhor ma' deira, revestido de ouro puro, tendo quatro argolas de ouro para receber os bastes ou varais usados para carregar a Arca durante as jornadas . A Arca continha certos objetos de importncia sagrada, tal como o vaso de ouro de man, preservado como
lembrana ; e depois foram adicionadas a vara de Aaro, que tinha florescido, e as tbuas de pedra, escritas pela mo de Deus.
Quando o tabernculo foi erguido no acampamento de Israel, a
Arca foi colocada dentro da sala interna, no Santo dos Santos.
'xodo 36 :7.
3Hebreus 9 :1-7 ; Levitico cap . 16.
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pus eu edificar casa de repouso para a arca do concerto do Senhor e para o escabelo dos ps do nosso Deus, eu tinha feito o
preparo para edificar . Porm, Deus me disse : No edificars
casa ao meu nome, porque s homem de guerra, e derramaste
muito sangue . 10 Contudo, Davi recebeu permisso para coletar
material para a Casa do Senhor, cujo edifcio seu filho Salomo, e no ele, deveria construir.
Logo depois da ascenso de Salomo ao trono, iniciou ele a
obra que, como herana e honra, tinha recebido junto com a coroa . Lanou os alicerces no quarto ano de seu reinado, e a construo foi concluda em sete anos e meio . Com a grande riqueza
acumulada pelo seu nobre pai, e especificamente reservada para
a construo do templo, Salomo estava apto a atrair a admirao do mundo conhecido e a conseguir a cooperao das naes
no seu grandioso empreendimento . Os trabalhadores na construo do templo somavam a milhares, e cada setor estava sob a
responsabilidade de mestres artesos . Servir na grande construo, em qualquer cargo, era uma honra, e o trabalho exigia uma
dignidade nunca antes reconhecida . A alvenaria tornou-se uma
profisso, e os mtodos ento estabelecidos, tm prevalecido at
os dias de hoje . A edificao do Templo de Salomo foi um
acontecimento que marcou poca, no s na histria de Israel,
mas tambm na do mundo inteiro.
De acordo com a cronologia geralmente aceita, o templo foi
terminado por volta do ano 1005 A .C . Em arquitetura e construo, em desenho e dispendiosidade, o templo ficou conhecido como um dos mais notveis edifcios da histria . Os servios
de dedicao duraram sete dias uma semana de sagrado regozijo em Israel . Com cerimnia apropriada, o Tabernculo da
Congregao e a Arca do Concerto foram trazidos para dentro
do templo ; e a Arca foi colocada no santurio mais interno, no
Lugar Santssimo . A benvola aceitao do Senhor foi manifestada numa nuvem, que encheu as cmaras sagradas, enquanto
os sacerdotes se afastavam : "E no podiam os sacerdotes ter-se
em p, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glria do
Senhor encheu a casa de Deus ." 11 Assim, o templo substituiu e
1 1 Crnicas 28 :2, 3 ; compare com II Samuel 7 :1-13.
"II Crnicas 5 :14; tambm 7 :1, 2 e compare com xodo 40 :35 .
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CAPTULO II
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O "Testemunho"
Antes da construo do tabernculo no deserto, e mesmo
durante os primeiros estgios da memorvel jornada para longe
do Egito, o povo de Israel possua um certo depositrio para
coisas sagradas, conhecido como o Testemunho . Isto definidamente mencionado com relao ao seguinte incidente . Sob
orientao divina, deveria ser preservado um vaso de man, para que o povo no se esquecesse do poder e da bondade de Deus,
por meio dos quais tinham sido alimentados:
"E disse Moiss : Esta a palavra que o Senhor tem mandado : Enchers
um gmer dele e o guardars para as vossas geraes, para que vejam o po
que vos tenho dado a comer neste deserto, quando eu vos tirei da terra do Egito .
Disse tambm Moiss a Aaro : Toma um vaso, e mete nele um gmer
cheio de man, e pe-no diante do Senhor, em guarda para as vossas geraes.
Como o Senhor tinha ordenado a Moiss, assim Aaro o ps diante do
Testemunho em guarda .'''
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O Tabernculo Provisrio
Enquanto Moiss conversava com o Senhor no Sinai, o povo que fora deixado temporariamente sozinho, fez um bezerro
de ouro em imitao a Apis, um dolo egpcio ; e em conseqncia de suas orgias idlatras, a ira do Senhor se acendeu contra
eles . Durante o perodo do afastamento resultante, antes de
efetuar-se a reconciliao de Jeov com seu povo, as manifestaes divinas dentro do acampamento cessaram, e somente bem
distante dali poderia o Senhor ser encontrado . Devido a esta
condio, lemos sobre o estabelecimento de um lugar de reunio
temporrio possivelmente a tenda em que habitava Moiss,
que se tornou santificada pela presena divina . Assim diz o registro:
"E tomou Moiss a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada
longe do arraial, chamou-lhe a tenda da congregao, e aconteceu que todo
aquele que buscava o Senhor saiu tenda da congregao, que estava fora do
arraial.
E aconteceu que, saindo Moiss tenda, todo o povo se levantava, e cada
um, ficou em p porta da sua tenda : e olhavam para Moiss pelas costas, at
ele entrar na tenda.
E aconteceu que, entrando Moiss na tenda, descia a coluna de nuvem, e
punha-se porta da tenda : e o Senhor falava com Moiss.
E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava porta da tenda, todo o povo se levantou e inclinaram-secada um porta da sua tenda.
E falava o Senhor a Moiss cara a cara, como qualquer fala com o seu
amigo : depois tornou ao arraial : mas o seu servidor Josu, filho de Num,
mancebo, nunca se apartava do meio da tenda ." 4
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A CASA DO SENHOR
A reao do povo foi to liberal e inspiradra que logo houve excesso de material.
"E falaram a Moiss, dizendo : O povo traz muito mais do que basta para
o servio da obra que o Senhor ordenou se fizesse.
6xodo 24 :9, 10, 18 ; leia o captulo inteiro.
'xodo 25 :1-9 . Para detalhes de construo e acessrios do Tabernculo da Con gregao, veja xodo captulos 25-31, mais particularmente o captulo 25, cujo relato
em parte repetido em 36 :8-38 .
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Ento mandou Moiss que fizessem passar uma voz pelo arraial, dizendo:
Nenhum homem nem mulher faa mais obra alguma para a oferta alada do
santurio . Assim o povo foi proibido de trazer mais.
Porque tinham matria bastante para toda a obra que havia de fazer-se, e
ainda sobejava ."'
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Fora do vu, mas ainda dentro do tabernculo, ficava o Lugar Santo, dentro do qual foi colocada a mesa do po da proposio, o altar do incenso, e o candelabro de ouro puro com sete
hsteas. 1"
Os ricos tecidos, de delicado artesanato, que formavam as
paredes e o teto do tabernculo, eram protegidos por reposteiros de plos de cabra mais grosseiros, e estes por sua vez, tinham
uma cobertura de peles . A estrutura concluda s vezes mencionada nas escrituras como Tenda da Congregao, e em outras, como Tabernculo da Congregao ; a primeira expresso
ocorre treze vezes, a outra cento e trinta e trs vezes ; mas apesar
desta diferena, o original de cada uma era Ohel Moed, cuja traduo mais autntica Tenda de Reunio . No devemos, porm, supor que isto significa, no sentido comum, uma capela,
porque "reunio" neste caso, no se refere a afluncia de devotos, mas o lugar de comunicao de Deus com o seu sacerdcio.
A Tenda de Reunio, ou o Tabernculo da Congregao, em Israel, era a tenda do Senhor, onde ele se encontrava com os representantes autorizados de seu povo.
No primeiro dia do segundo ano depois do xodo do Egito,
o tabernculo foi armado pela primeira vez, e todos os utens10 xodo 37 :1-9 ; compare com 25 :10-22.
" Veja xodo 37 :10-29 ; compare com 25 :23-40 .
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A inteno dominante e primordial da edificao desse santurio porttil, era expressar a ntima associao de Jeov com
seu povo . Aquele povo deveria considerar-se especificamente .
como o povo de Deus, e no meio deles, estaria a sua habitao,
sobrepujando num grau transcendental a presena dos deuses
de madeira e de pedra, acolhidos pelas naes idlatras, com as
quais Israel tinha de contender . Esta inteno foi expressa no
primeiro mandamento com respeito construo do tabernculo : "E me faro um santurio, e habitarei no meio deles ." 13
Na verdade, o sacerdcio muito mais indispensvel para a
preservao da relao ntima com a Deidade, do que o tabernculo ou templo . Por isso, era de se esperar que, com o estabelecimento de um santurio sagrado, seriam feitas designaes e
ordenaes, por intermdio das quais, os homens estariam verdadeiramente autorizados nos ofcios sagrados do sacerdcio.
Embora Moiss fosse o grande sumo sacerdote de Israel, permanecendo testa de uma distinta dispensao de autoridade e poder divinos, havia muitas funes sacerdotais pertencentes s
ordens menos exaltadas, e a estas Aaro e seus quatro filhos Nadabe, Abi, Eleazar e Itamar foram designados . O tabernculo
fora construdo sob expressa orientao, estendendo-se at mes' 2xodo 40 :34-38.
13xodo 25 :8 .
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Tambm tens contigo oficiais mecnicos em multido, cortadores e artfices em obra de pedra e madeira; e toda sorte de sbios em toda a sorte de obra.
Do ouro, da prata, e do cobre e do ferro no h nmero : levanta-te pois,
e faze a obra, e o Senhor seja contigo.
E Davi deu ordem a todos os prncipes de Israel que ajudassem a Salomo, seu filho, dizendo:
Porventura no est convosco o Senhor vosso Deus, e no vos deu repouso em roda? Porque tem entregado na minha mo os moradores da terra ; e a
terra foi sujeita perante o Senhor e perante o seu povo.
Disponde pois agora o vosso corao e a vossa alma para buscardes ao,Senhor vosso Deus ; e levantai-vos, e edificai o santurio do Senhor Deus para
que a arca do concerto do Senhor, e os vasos sagrados de Deus se tragam a esta
casa, que se h de edificar ao nome do Senhor ." 33
Davi deu a Salomo instrues pormenorizadas concernentes ao desenho e especificaes da casa e seus pertences, a planta
do prtico, da estrutura principal e dos edifcios suplementares,
"e a planta de tudo quanto tinha recebido, atravs -do
Esprito" . Alm disso, deu orientaes quanto ao ministrio
dos vrios procedimentos dos sacerdotes e levitas, "e de toda a
obra do ministrio da casa do Senhor e de todos os vasos do ministrio da casa do Senhor" . 3 4
A construo em si, teve incio no quarto ano do-reinado de
Salomo, e o templo estava pronto para a dedicao, no dcimo
segundo ano, ou aproximadamente 1005 . A.C . No comeo da
obra, Salomo entrou em acordo com Hiro, um rei . das proximidades, pelo qual os recursos de Tiro e Sidom foram incorporados ao grandioso empreendimento . Com esta aliana, as esplndidas florestas do Lbano se tornaram acessveis ; cedro e pinheiro e outras rvores foram cortadas e flutuaram aos milhares
at o ponto mais conveniente, para o transporte por terra at Jerusalm . Tinha sido anteriormente explicado a Hiro que a demanda seria enorme, pois como Salomo havia dito : "A casa
que estou para edificar h de ser grande ; porque o nosso Deus
maior do que todos os. deuses ." 35 Lenhadores sidonianos foram
postos a trabalhar os mais hbeis de todos os lenhadores conhecidos ; e as madeiras do Lbano foram fornecidas em abundncia . A extenso da demanda pode ser avaliada pelo enorme
33I
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bernculo . Deve ser lembrado que o prtico do tabernculo tinha cinco cvados de fundo ; e o prtico do templo media 10 cvados de fundo ; em ambos os casos, o prtico estendia-se na
largura toda do edifcio . O Lugar Santo, ou primeiro compartimento dentro das paredes do tabernculo, media vinte cvados
de comprimento, dez cvados de largura e dez de altura ; no
templo, media quarenta cvados por vinte, e vinte de altura . O
santurio interior, o orculo, ou o Santo dos Santos, tinha a
forma de um cubo, e media dez cvados de cada lado ; no templo este recinto sagrado media vinte cvados em cada sentido.
Portanto, a planta baixa do tabernculo cobria trinta cinco
cvados por vinte, e a do templo, setenta cvados por quarenta.
Estas medidas no levam' em conta as cmaras laterais, que no
tabernculo mediam 5 cvados de largura ; e os do templo mediam dez cvados de largura ; com estas medidas includas, a
rea total do tabernculo era de quarenta cvados por vinte, enquanto que a do templo era oitenta por quarenta cvados ; ou,
segundo a medida equivalente do cvado, comumente aceita, o
tabernculo media dezoito metros e quarenta centmetros por
nove metros e vinte centmetros, e o templo, trinta e seis metros
e oitenta centmetros por dezoito metros e quarenta centmetros . Na altura, a mesma proporo foi mantida ; o tabernculo
elevava-se a quinze cvados e o templo a trinta cvados . O prtico do templo parece ter-se elevado acima da altura da estrutura principal . 40
Dentro do prtico, permanecendo como guardas entrada
do templo, havia duas colunas de cobre com desenhos esmerados, e, sem dvida, de significado simblico . Eram consideradas de tal importncia que mereceram uma descrio detalhada,
e o nome daquele que as fez, foi inscrito nos arquivos do templo . Foram trabalhadas por Hiro de Tiro no o rei, que tinha o mesmo nome - mas, um mestre de artesanato, perito nas
obras de cobre . Hiro formou as duas colunas, cada uma com
doze cvados de circunferncia e dezoito cvados de altura,
alm dos capitis macios, que eram ornamentados com roms e
lrios . A coluna direita da entrada chamava-se Jaquim, que
significava "Ele estabelecer", e a da esquerda chamava-se
^Veja II Crnicas 3 :4 .
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altura, sendo ricamente ornamentada . As paredes tinham quatro dedos de espessura, e a borda era ornamentada com flores
lavradas . Assentava-se sobre doze bois de bronze em grupos de
trs, e cada grupo olhava respectivamente para o norte, sul, leste e o oeste . O mar de fundio ficava entre o altar e o prtico,
"ao lado direito da casa para a banda do oriente, da parte do
sul." 49 Em associao com o mar de fundio, havia dez vasos
menores chamados de pias, montados em suportes de construo especial e providos de rodas para facilitar sua remoo . 50 As
pias eram usadas em conexo com o servio do altar, para a purificao das ofertas ; mas a pia principal, ou mar de fundio,
era reservada para a cerimnia de purificao dos sacerdotes.
Quando a Casa do Senhor estava pronta, preparaes cuidadosas foram feitas para a sua dedicao . Primeiramente houve a instalao da Arca do Convnio e seus pertences, o Tabernculo da Congregao e os vasos sagrados . Com grande solenidade e para acompanhar o sacrifcio cerimonial, a arca foi trazida pelos sacerdotes e colocada no Santo dos Santos, debaixo
das asas dos querubins . Naquela ocasio, a arca continha somente as duas tbuas de pedra "que Moiss ali pusera" . Os varais, pelos quais a arca era segurada, sobressaam tanto que podiam ser vistos do Lugar Santo, e ento "sucedeu que, saindo
os sacerdotes do santurio, uma nuvem encheu a casa do Senhor, e no podiam ter-se em p os sacerdotes para ministrar,
por causa da nuvem, porque a glria do Senhor enchera a casa
do Senhor" . 51
Ento, Salomo dirigiu-se multido reunida, citando novamente as circunstncias sob as quais a construo do templo
tinha sido concebida por seu pai, Davi, e executada por ele prprio, e proclamou a misericrdia e bondade do Deus de Israel.
De p, diante do altar do Senhor, no trio do templo, o rei estendeu as mos para os cus, e proferiu a orao dedicatria.
Depois disso, o rei abenoou o povo, dizendo : "Bendito seja o
Senhor, que deu repouso ao seu povo Israel, segundo tudo o
que disse: nem uma s palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministrio de Moiss, seu servo . O Senhor
49 1 Reis 7 :39.
5I Reis 7 :27-39 ; compare com II Crnicas 4 :6.
51 1 Reis 8 :10, 11 .
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nosso Deus seja conosco, como foi com nossos pais ; no nos desampare, e no nos deixe ." 52
Os servios principais juntamente com as festividades, duraram sete dias, e "no oitavo dia despediu o povo, e eles abenoaram o rei; ento se foram s suas tendas, alegres e gozosos de
corao, por causa de todo o bem que o Senhor fizera a Davi
seu servo, e a Israel seu povo" . 53
Este esplndido edifcio manteve sua supremacia e glria somente durante um tero de sculo . Nos ltimos anos de seu reinado, Salomo tinha agido iniquamente diante de Deus, e o povo no foi vagaroso em seguir o rei em seus maus caminhos . Israel tornou-se fraca na sua fidelidade a Jeov, seguindo a deuses
estranhos . Aps a morte de Salomo, a nao foi dividida : No
quinto ano do reinado de Jeroboo, Sisaque, rei do Egito, assediou a cidade de Davi e assaltou at mesmo o templo e carregou
parte de seus tesouros sagrados . Depois disso, Jeos, rei de uma
parte da nao dividida, tomou o ouro e a prata e os vasos sagrados da Casa do Senhor e os levou para Samaria . 54 Assim notamos que a violao do templo no foi inteiramente efetuada
pelos inimigos de Israel ; o prprio povo para quem a casa outrora fora sagrada, contribuiu para a sua profanao . Acaz, o
rei inquo de Jud retirou o altar de seu lugar e o substituiu por
outro feito por sua ordem segundo modelo dos altares pagos;
alm disso, tirou o mar de fundio e desmontou as pias . 55 Manasss, outro rei inquo que reinou em Jud, seguiu a Baal e estabeleceu santurios idlatras dentro dos trios do templo . 56 Os
objetos preciosos da Casa do Senhor foram usados para permuta entre reis . Deste modo, Asa, rei de Jud, comprou a ajuda de
Benadade para lutar contra Israel ; 57 da mesma forma procedeu
Jos para comprar a paz de Hazael, rei da Sria, 58 e igualmente
fez Ezequias, que roubou a Casa do Senhor, despojando-a dos
objetos com os quais pagaria tributo aos assrios . 59
52I Reis 8 :56, 57 ; para o completo servio dedicatrio, leia o captulo todo.
53 Versculo 66.
saII Reis 14 :13, 14.
55 II Reis 16 :10-18 ; tambm II Crnicas 28 :24.
56II Reis 21 :1-7 ; tambm II Crnicas 33 :1-7.
571 Reis 15 :18.
58II Reis 12 :18.
59II Reis 18 :15, 16 .
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formas, e todos os seus estatutos, todas as suas formas, e todas as suas leis ; e
escreve isto aos seus olhos, para que guardem toda a sua forma e todos os seus
estatutos, e os cumpram.
Esta a lei da casa : Sobre o cume do monte todo o seu contorno em redor
ser santssimo ; eis que esta a lei da casa .'' 68
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que duraram trs anos . Judas, filho de Matatias, tambm alcanou renome e ficou conhecido como Judas Macabeu o primeiro dos Macabeus . Sob sua liderana o povo retornou a Jerusalm, encontrando o templo abandonado, como havia sido
deixado pelo exrcito de Antoco . Suas portas tinham sido quebradas e queimadas ; e dentro de suas paredes cresciam ervas daninhas . Judas tentou limpar e reabilitar o templo ; trouxe novos
vasos e reps o candelabro, o altar do incenso, a mesa do po da
proposio e os vus, e construiu um novo altar para as ofertas
queimadas . Ento, no ano 163 A .C. o templo foi novamente dedicado ; e dali em diante, o acontecimento era lembrado anualmente sob o nome de festa da dedicao . 84
No interesse da prpria preservao, os judeus fizeram
aliana 'com os romanos, que eventualmente se tornaram seus
mestres . Durante o reinado dos Macabeus, o templo comeou a
decompor-se, e quando o ltimo daquela dinastia foi sucedido
por Herodes o Grande, a casa era pouco mais que uma runa.
No obstante, as ordens sacerdotais tinham sido preservadas,
restando alguma aparncia de adorao ritual . A histria do
templo de Zorobabel fundiu-se na histria do templo de Herodes.
0 Templo de Herodes
No ano 37 A .C ., Herodes I, conhecido na histria como
Herodes o Grande, foi colocado no trono como rei da Judia.
Ele j tinha servido sucessivamente como procurador e tetrarca,
e, na verdade, havia sido rei de nome durante algum tempo, antes de ser levado ao trono, durante cujo perodo tinha estado em
conflito hostil com o povo, que governava por decreto do senado romano . Ele chegou ao trono conhecido por sua arrogncia e
crueldade ; e o seu reinado foi de tirania, no qual relaes fami liares e os mais estreitos laos de sangue se provaram inteis na
proteo das vtimas de seu descontentamento . Na primeira parte de seu reinado, levou morte quase todos os membros do sindrio, o grande conselho judaico, e da em diante, governou
com severidade cada vez maior. Mesmo assim, foi bem sucedido
84Veja Josephus, Antiquities of the Jews, Livro XII, cap . 6 e 7, e II Macabeus
2 :19, 10 :1-8 ; veja tambm Joo 10 :22 .
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A CASA DO SENHOR
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CAPTULO III
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A CASA DO SENHOR
Por que, ento, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias constri e mantm templos? Em resposta, consideremos cuidadosamente os seguintes fatos pertinentes:
Necessidade ' de obedincia s leis e ordenanas do evangelho
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rico, para o escravo e o livre, para o ignorante e o sbio ; no conhece flutuaes, no muda com o tempo ; foi o mesmo ontem,
como o hoje, e da mesma forma ser para sempre e esse
preo, pelo qual poder ser comprada a prola que supera todo
preo, a obedincia s leis e ordenanas do evangelho.
Ouam esta declarao adicional de f, ensinada pela Igreja
restaurada:
"Cremos que os primeiros princpios e ordenanas do evangelho so:
primeiro, f no Senhor Jesus Cristo ; segundo, arrependimento; terceiro,
batismo por imerso para remisso dos pecados ; quarto, imposio das
mos para o dom do Esprito Santo . "Z
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A CASA DO SENHOR
Os santos dos ltimos dias acreditam e ensinam que o arrependimento ser possvel, e realmente ser exigido, daquele que
ainda no se arrependeu, mesmo aps a morte ; e afirmam que
essa doutrina defendida pelas escrituras antigas e modernas.
Lemos que enquanto o corpo de nosso Senhor estava no sepulcro, entre a noite do dia da crucificao e a manh da gloriosa
5 Atos 11 :18 ; Romanos 2 :4 ; tambm "Regras de F", do autor, cap . V :19-30 e referncias.
6 Doutrina e Convnios 1 :31-33 .
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A CASA DO SENHOR
sita de libertao predita h longo tempo? Sculos antes daquele acontecimento, Isaas havia profetizado sobre os espritos inquos e orgulhosos : "E sero amontoados como presos numa
masmorra, e sero encerrados num crcere : e sero visitados depois de muitos dias." 11 E novamente, referindo-se ao ministrio
designado de Cristo, a mesma voz deprofecia inspirada declarou parte daquele trabalho como sendo "abrir os olhos dos cegos, para tirar da priso os presos, e do crcere os que jazem em
trevas . "12 Davi, cheio de emoes de contrio e esperana,
cantou em compassos mesclados de alegria e tristeza : "Portanto
est alegre o meu corao e se regozija a minha glria : tambm
a minha carne repousar segura . Pois no deixars a minha alma no inferno ." 13
Destas e de outras escrituras, aprendemos que o ministrio
de Cristo no se restringiu aos poucos que viviam na mortalidade, durante o curto perodo de sua vida terrena, nem a eles e s
geraes ainda futuras ; mas a todos, mortos, vivos e aos ainda
no nascidos . No se pode negar que um grande nmero viveu e
morreu antes do meridiano dos tempos, e destes, bem como dos
muitos que nasceram desde ento ; incontveis legies tm falecido sem o conhecimento do evangelho e seu plano de salvao.
Qual a condio deles, como realmente ser o estado dos
atuais habitantes da terra, e as multides ainda futuras, que
morrero em ignorncia e sem a f que salva? Perguntemos novamente, como podem aqueles que no conhecem Cristo ter f
nele, e como, enquanto lhes faltam o conhecimento e a f, podem eles utilizar-se dos meios estabelecidos para sua salvao?
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias afirma
que o plano de salvao no limitado pela sepultura ; mas, que
o evangelho imortal e eterno, alcanando as eras que se passaram e as eternidades do futuro . O ministrio de Cristo aos mortos, sem dvida, inclui a revelao de sua prpria morte expiatria, a inculcao da f em Cristo e no plano divinamente estabelecido, o-qual ele representava, e a necessidade de um arrependimento aceitvel a Deus . razovel acreditar-se que os outros requisitos essenciais contidos nas leis e ordenanas do evan11 lsaas 24 :22.
12 1saas 42 :6-7.
13 Salmos 16 :9-10 .
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gelho,
"Pois eis que esta vida o tempo para os homens se prepararem para o
encontro com Deus ; peo-vos, portanto, que no deixeis o dia do arrependimento para o fim ; . . . No podereis dizer, quando fordes levados a essa terrvel
crise : Eu me arrependerei para que possa retornar a meu Deus . No, no podereis dizer isso ; porque o mesmo esprito que possuir vossos corpos, quando
deixardes esta vida, ter foras para possuir vossos corpos naquele mundo
eterno . Porque, se protelardes o dia do vosso arrependimento para o dia da
vossa morte, eis que vos tereis submetido ao esprito do diabo ; que vos selar
como coisa sua . s 14
O batismo pela gua ensinado pela Igreja, nesta dispensao, como uma ordenana essencial do evangelho . O batismo
a porta que leva ao aprisco de Cristo, o portal da Igreja, o ritual estabelecido da naturalizao no reino de Deus . Tendo obtido e declarado f no Senhor Jesus Cristo, e tendo sinceramen te se arrependido de seus pecados, exige-se do candidato admisso na Igreja, que d evidncia dessa santificao espiritual,
por alguma ordenana visvel devidamente estabelecida, como
sinal ou smbolo dessa profisso de f . A ordenana inicial o
batismo pela gua, o qual seguido pelo batismo superior do
Esprito Santo ; e como resultado desse ato de obedincia, a remisso dos pecados assegurada . 15
"Livro de Mrmon, Alma 34 :32-35.
t5 "Regras de .F", captulo VI :1 . Para um tratado geral sobre o batismo veja os
captulos VI e VII .
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A CASA DO SENHOR
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"Quem crer e for batizado ser salvo ; mas quem no crer ser
condenado ." 19
Os apstolos, inspirados por aquele divino encargo, no
cessaram de ensinar a necessidade do batismo, mesmo durante
todo o tempo de seu ministrio aos mortais . 20
Os lderes da Igreja, na presente dispensao, tm sido dirigidos e habilitados pela mesma autoridade e palavras praticamente idnticas : "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura, agindo sob a autoridade que eu vos dei, batizando em nome do Pai, e do Filho e do Esprito Santo . E quem crer
e for batizado ser salvo, e quem no crer, ser condenado ." 21
Em outra ocasio o Senhor disse, numa revelao ao Profeta
Joseph Smith : "Portanto, como disse aos meus apstolos, digo
outra vez a vs, que toda alma que crer em vossas palavras, e
para a remisso dos pecados for batizada pela gua, receber o
Esprito Santo ." E depois: "Na verdade, na verdade vos digo
que aqueles que no crerem em vossas palavras, e em meu nome
no forem batizados na gua, para a remisso dos pecados, a
fim de receberem o Esprito Santo, sero condenados, e no viro ao reino de meu Pai, onde meu Pai e eu estamos ." 22
O dom do Esprito Santo segue o batismo na gua, e sua
concesso autorizada, constitui a seguinte ordenana essencial
do evangelho . 23 Tanto nos tempos modernos, como nos antigos, essa investidura tem sido considerada superior ao batismo,
sem a qual o batismo estar incompleto . Joo, distintamente conhecido como o Batista, assim ensinou na vspera do ministrio
pessoal de nosso Salvador . Considere bem as suas palavras : " E
eu, em verdade, vos batizo com gua, para o arrependimento;
mas aquele que vem aps mim mais poderoso do que eu ; cujas
alparcas no sou digno de levar ; ele vos batizar com o Esprito
Santo, e com fogo . " 24 Joo testifica posteriormente que aquele
que deveria assim inaugurar o batismo mais elevado era o prprio Jesus. Joo no reconheceu Jesus como o Cristo antes de
19Marcos 16 :16.
20Veja Atos 2 :38, 9 :1-18, 10:30-48, 22 :1-16 ; I Pedro 3 :21.
21 Doutrina e Convnios 68 :8-9.
22Doutrina e Convnios 84 :64, 74; ver tambm 112 :28, 29.
23Veja "Regras de F" do autor, cap . VIII.
24Mateus 3 :11 ; compare com Marcos 1 :7, 8 ; Lucas 3 :16 .
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A CASA DO SENHOR
Jesus repetidamente prometeu aos apstolos que o "Consolador" ou "Esprito de verdade" 26 lhes seria dado ; e essa afirmao tornou-se especfica e final, imediatamente antes da ascenso . Ele "determinou-lhes que no se ausentassem de Jerusalm, mas que esperassem a promessa do Pai, que disse ele, de
mim ouvistes . Porque, na verdade, Joo batizou com gua, mas
vs sereis batizados com o Esprito Santo no muito depois destes dias . * * * Recebereis a virtude do Esprito Santo, que h
de vir sobre vs ; e ser-me-eis testemunhas ." 27 A promessa foi
cumprida no dia de Pentecostes, quando os apstolos receberam poder nunca antes conhecido por eles ; a investidura sendo
marcada pela manifestao visvel de lnguas como de fogo . 28
Os apstolos daquela poca em diante, prometiam o Esprito
Santo queles que procuravam a salvao . A exortao de Pedro multido, naquele mesmo dia memorvel de Pentecostes,
particularmente explcita e poderosa : Em resposta indagao : "Que faremos, vares irmos?", o chefe dos apstolos respondeu : "Arrependei-vos, e cada um de vs seja batizado em
nome de Jesus Cristo, para perdo dos pecados ; e recebereis o
dom do Esprito Santo ." 29
Uma afirmao semelhante quanto investidura mais elevada do Esprito Santo, seguindo a ordenana do batismo pela
gua, foi feita pelos profetas nefitas, 30 e pelo Cristo ressurreto
em sua visita ao povo do continente ocidental . 31 E mais tarde
ainda, o mesmo tem sido repetido por toda a Igreja na atual dispensao, a dispensao da plenitude dos tempos : "Digo outra
25 Joo 1 :29-33.
26 Joo 14 :16, 17, 26 ; 15 :26 ; 16 :7, 13.
"Atos 1 :4, 5, 8.
28Atos 2 :1-4.
29Atos 2 :37, 38.
30 Por exemplo, veja Livro de Mrmon, 2 Nfi 31 :8, 12-14, 17.
31 3 Nfi 11 :35 ; 12 :2. .
.
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A CASA DO SENHOR
na gua pela administrao humana? A resposta que as ordenanas necessrias podem ser realizadas pelo falecido, por seus
representantes vivos, o indivduo mortal agindo como procurador daquele que partiu . Assim, da mesma forma que um homem batizado pessoalmente em favor de si mesmo, pode ser
batizado como representante do falecido.
A validade da obra vicria, na qual uma pessoa age em favor de outra, geralmente reconhecida como um elemento das
instituies humanas ; e que tal servio pode ser aceitvel a
Deus, testificado pelos registros . As escrituras antigas e modernas, os anais da histria leiga, as tradies de tribos e naes,
os rituais de sacrifcios de sangue, e mesmo os sacrifcios abominveis de idolatria pag, envolvem a concepo essencial da
propiciao vicria e do servio prestado por procurador . O bode expiatrio 33 e o animal imolado 34 na dispensao mosaica,
quando oferecido por autoridade constituda e com o devido
acompanhamento de confisso e arrependimento, eram aceitos
pelo Senhor para mitigao dos pecados de seu povo.
O sacrifcio mais significativo de todos, a maior obra jamais
realizada entre os homens, o acontecimento principal da histria humana, a suprema realizao que ao mesmo tempo foi a
mais gloriosa consumao e o mais abenoado incio, a expiao de Cristo ; e esta foi uma oferta eminentementd vicria . Ningum que acredite que Jesus morreu pelo homem, pode duvidar
da validade e eficcia da ministrao vicria . Ele deu a vida como um sacrifcio preordenado, voluntariamente oferecido e devidamente aceito, como uma propiciao pela lei desobedecida,
e foi o meio pelo qual a salvao se tornou possvel ao homem.
A morte de Cristo foi literalmente um sacrifcio aceito a favor
da humanidade e isto demonstrado nas prprias palavras do
Cristo ressuscitado, na revelao moderna:
"Pois eis que eu, Deus, sofri estas coisas por todos, para que arrependendo-se no precisassem sofrer ; mas, se no se arrependessem, deveriam sofrer
assim como eu sofri ; sofrimento que me fez, mesmo sendo Deus, o mais grandioso de todos, tremer de dor e sangrar por todos os pros, sofrer, tanto
corporal como espiritualmente desejar no ter de beber a amarga taa e recuar
33 Levtico 16 :20-22.
34Levtico cap . 4 .
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O efeito vicrio da expiao de Cristo duplo ; proporcionou a redeno universal de todos os homens da morte ,fsica resultante da transgresso de Ado ; e tambm um meio de expiao para o pecado individual, pelo qual, o pecador poder alcanar a salvao por meio da obedincia . Devido sua vida
terrena e morte sacrificial em favor de outros todos que viveram ou vivero Jesus Cristo ganhou o ttulo de Salvador e
Redentor da humanidade . E como ele, pelo esforo, sacrifcio e
sofrimento, fez pelos homens o que estes nunca poderiam realizar por si mesmos, e assim verdadeiramente se tornou o nico
Salvador e Redentor da raa humana, de igual modo, cada um
de ns poder abrir o caminho que conduzir lei salvadora do
evangelho os que j partiram, tornando-nos at certo ponto, os
salvadores daqueles, que de outra forma, permaneceriam nas
trevas . 36
Em cada caso de ministrao vicria, um requisito indispensvel que o procurador seja digno e aceitvel ; e necessrio
que ele prprio tenha obedecido s leis e ordenanas do evangelho, antes de poder oficiar em favor de outros . Alm disso, as
ministraes dos representantes vivos, devem estar de acordo
com a ordem divina, e de maneira alguma, devem ser feitas pela
simples pretenso humana . Os sacrifcios aceitveis da antiga Israel eram feitos da maneira como haviam sido definidamente especificadas, e pormenorizadamente prescritas ; e os ritos sacrificiais somente podiam ser solenizados por sacerdotes autorizados . O supremo sacrifcio envolvido na morte expiatria de
Cristo, foi igualmente autorizado e preordenado . Os profetas
dos sculos que antecederam a era crist, profetizaram o nascimento, a vida e a morte de nosso Senhor, como coisa j determinada, 37 e tais profecias foram confirmadas pessoalmente por
Jesus . 38 Consideremos tambm o testemunho dos apstolos,
com referncia ao mesmo assunto . Pedro, designa especifica35 Doutrina e Convnios 19 :16-19.
36Veja Obadias 21 ; I Timteo 4 :16; Tiago 5 :20.
37 Deuteronmio 18 :15, 17-19 ; J 19 :25-27 ; Salmo 2 :1-12 ; Zacarias 9 :9, 12 :10,
13 :6 ; Isaias 7 :14, 9:6, 7 ; Miquias 5 :2.
38 Veja Lucas 24 :27, 45, 46 .
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evidente, portanto, que a obra pelos mortos tem duas partes : aquela realizada na terra permaneceria incompleta e intil
se no fosse suplementada pela outra pessoa alm do vu . A
obra missionria est em progresso l obra que, se comparada com a obra evangelizadora na terra, a torna um empreendimento insignificante . H pregadores e mestres, ministros investidos com o santo sacerdcio, todos empenhados'em declarar as
boas-novas do evangelho aos espritos que ainda no encontra ram a luz . Como foi demonstrado, essa grande obra para os
mortos foi iniciada por Jesus Cristo, durante o breve perodo
em que seu esprito esteve separado do corpo . 41 O ministrio
salvador assim iniciado, foi deixado para ser continuado por
outros, devidamente autorizados e comissionados ; da mesma
forma como a obra de pregar o evangelho aos vivos foi designada aos apstolos da Igreja primitiva.
Autoridade para Agir em Favor dos Mortos
No ' ltimo captulo da compilao das escrituras, conhecidas como o Velho Testamento, o Profeta Malaquias assim descreve uma condio inerente aos ltimos dias, imediatamente
anterior segunda vinda de Cristo:
"Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno : todos os soberbos,
e todos os que cometem impiedade, sero como palha ; e o dia que est para vir
os abrasar, diz o Senhor dos Exrcitos, de sorte que lhe no deixar nem raiz
nem ramo.
Mas para vs, que temeis o meu nome nascer o sol da justia, e salvao
trar debaixo das suas asas ."
Os telogos e comentaristas da Bblia julgam que esta passagem se refere ao nascimento e ministrio de Joo Batista, 43 so4, Ver pginas 50-53.
42 Veja Malaquias 4 :1, 2, 5, 6.
43Compare com Mateus 11 :14 ; 17 :11 ; Marcos 9 :11 ; Lucas 1 :17 .
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A Igreja de hoje cita como autoridade para sua administrao das ordenanas em favor dos mortos, o recebimento especial deste poder e ofcio por meio do ministrio de Elias; e mais
ainda, a Igreja afirma que o recebimento desse poder marcou o
cumprimento da impressionante profecia de Malaquias . Surge
agora um elemento de qualificao particular pelo fato de que o
ministro, pelo qual essa grande obra foi iniciada na presente dispensao, no outro seno Elias que, no tendo passado
pelas portas da morte, mantm uma relao especial e peculiar
com os mortos e os vivos . Quanto fidelidade com a qual a
Igreja tem servido nesta comisso especial, os templos que ela
tem construido com tanto sacrficio e abnegao por parte de
seus devotos adeptos, as ordenanas neles j realizadas, so prova suficiente.
A importncia que os santos dos ltimos dias do s ordenanas no templo em favor dos mortos, naturalmente produz
para esse povo um interesse vital nos registros genealgicos de
suas respectivas famlias . As ordenanas no templo em prol de
qualquer pessoa falecida, podem ser feitas somente se aquela
pessoa puder ser descrita nos registros quanto ao nome, parentesco, data, lugar de nascimento e morte, etc, dados que permitem situar e identific-la plena e corretamente . 47 de conhecimento geral que o interesse pela pesquisa genealgica cresceu
46Doutrina e Convnios 128 :18.
47Veja Doutrina e Convnios 128 :5-8 .
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Pois na verdade vos digo que, depois de terdes tido tempo suficient para
construir uma casa amim,, onde dever ser feita a ordenana do batismo pelos
mortos, para os quais a mesma foi instituda desde antes da fundao do mundo,'os vossos batismos pelos morts no podero ser ' aceitos por mim;
' Pois nela esto'as chaves'do santo sacerdio ordenadas, para que possais
receber honra e glria .,
E desse tempo em diante, os vossos batismos pelos mortos, realizados por
pessoas que se encontram espalhadas em outras partes, no me sero aceitveis, diz o Senhor.
Pois ordenado que em Sio, e em suas estacas, e em Jerusalm, os lugares que designei para refgio, estaro os lugares onde sero realizados os vossos batismos pelos vossos mortos.
E novamente, na verdade vos digo, como sero os vossos lavamentos
aceitveis, a mim, se no os fizerdes numa casa construda em meu nome?
Pois, por esta razo mandei que Moiss construsse um tabernculo, que
deveriam levar consigo no deserto, e que construsse uma casa na terra da promisso, para que pudessem ser reveladas as ordenanas que haviam estado escondidas desde antes da fundao do mundo.
Portanto, na verdade vos digo que as vossas unes e vossos lavamentos,
e vossos batismos pelos mortos, e vossas assemblias solenes, e memoriais pelos vossos sacrifcios feitos pelos filhos de Levi, e os vossos orculos nos lugares mais santos, onde recebeis conversaes, e vossos estatutos e julgamentos,
para os princpios das revelaes e da fundao de Sio, e para a glria, honra
e investidura de todas as suas municipalidades, so prescritos pela ordenana
da minha casa santa, a qual sempre mando que meu povo construa em meu
santo nome.
E na verdade vos digo que seja esta casa construda em meu nome para
que nela eu possa revelar ao meu povo as minhas ordenanas ; Pois minha
Igreja me digno revelar coisas que tm sido conservadas ocultas desde antes da
fundao do mundo, coisas que dizem respeito dispensao da plenitude dos
tempos .'' 48
Esta, pois, resposta suficiente quanto ao motivo de os santos dos ltimos dias construrem e manterem templos . Eles foram instrudos e mandados assim fazer pelo Senhor dos Exrcitos. Compreendem que muitas ordenanas essenciais da Igreja
so aceitveis somente quando realizadas em templos especialmente erigidos e reservados para tal propsito . Sabem que dentro de seus recintos sagrados o Senhor tem revelado muitas
grandes e importantes coisas pertencentes ao reino de Deus ; e
que ele prometeu revelar mais nas casas consagradas ao seu no48Doutrina e Convnios 124 :28-41 . Leia a seo toda .
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Quanto parte da criana na herana da mortalidade pela transgresso de Ado, a expiao de Cristo tem pleno efeito, estando
assim assegurada a redeno da criana . l Concernente aplicao geral da lei que prescreve o batismo como sendo essencial
salvao, as escrituras no fazem distino entre vivos e mortos.
O sacrifcio expiatrio de Cristo foi oferecido, no somente para os poucos que viviam na terra enquanto ele viveu na carne,
nem somente para aqueles que nasceram na mortalidade depois
de sua morte, mas para todos os habitantes da. terra, passados,
presentes e futuros. Ele foi ordenado pelo Pai para ser um juiz
dos vivos e dos mortos ; 2 ele, Senhor igualmente dos vivos e dos
mortos, 3 da forma como os homens falam de mortos e vivos,
pois para ele todos so vivos . 4
Entre os dogmas perniciosos ensinados por um pervertido e
pretenso cristianismo, existe a horrenda doutrina de que um castigo sem fim, ou uma bno interminvel, imutvel em espcie
ou grau, ser o destino de cada alma a recompensa dependendo unicamente da condio da alma na ocasio da morte fsica ; uma vida de pecados sendo assim anulada pelo arrependimento no leito da morte, e uma vida honrada, se no for marcada pelas cerimnias estabelecidas por estas seitas, sendo seguida
pelas torturas do inferno sem possibilidade de alvio . Tal dogma
assemelha-se em gravidade pavorosa heresia que proclama a
condenao das criancinhas inocentes que no foram aspergidas
pela suposta autoridade do homem . Na justia de Deus, nenhuma alma ser definitivamente condenada sob uma lei que no
teve nenhuma oportunidade de aprender . Na verdade, o castigo
eterno foi decretado como o quinho dos . inquos ; porm, o significado desse castigo assim decretado, foi esclarecido pelo prprio Senhor . 5 Castigo eterno o castigo de Deus ; castigo infinito o castigo de Deus ; pois "Eterno" e "Infinito" esto entre
seus nomes, e estas palavras descrevem os seus atributos . Nenhuma alma ser castigada pelo pecado alm do tempo exigido
para a necessria reforma e satisfao da justia, e somente para
'Quanto ao batismo das crianas, ver "Regras de F" (do autor) captulo VI 1317 ; e quanto ao batismo pelos mortos, ver captulo VII 18-33.
2Atos 10 :42 ; 2 Timteo 4 :1 ; 1 Pedro 4:5.
3Romanos 14 :9.
4Lucas 20 :36, 38.
5 Doutrina e Convnios 19 :10-12 .
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este fim imposto o castigo . E ningum poder entrar em qualquer reino de glria na morada dos abenoados, para o qual no
estiver habilitado pela obedincia lei.
Segue-se como bvia necessidade, que o evangelho precisa
ser proclamado no mundo espiritual ; e que tal ministrio foi
providenciado, as escrituras o provam abundantemente . Pedro,
definindo a misso do Redentor, assim declara esta solene verdade : "Porque por isto foi pregado o evangelho tambm aos
mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em esprito ." 6 Como j foi salientado, o incio dessa obra para os mortos, j foi
feito por Cristo, no intervalo entre a sua morte e ressurreio.
Na primeira epstola aos santos em Corinto, Paulo d uma
breve, porm compreensvel, explicao da doutrina da ressurreio um assunto que naquela ocasio, e para aqueles a
quem escreveu, tinha criado muita contenda e debate, 7 e, tendo
mostrado que por meio de Cristo, a ressurreio dos mortos se
tornara possvel, e que no devido tempo toda a humanidade seria redimida da morte fsica, o apstolo pergunta : "Doutra maneira, que faro os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos no ressuscitam? Por que se batizam eles ento
pelos mortos?" 8 Como a pergunta feita como final e clmax
do argumento precedente, evidente que o assunto apresentado
no era nenhuma doutrina nova ou estranha, mas ao contrrio,
uma doutrina com a qual o povo a quem Paulo se dirigia estava
familiarizado, e que para eles, no exigia argumento . O batismo
pelos mortos era, portanto, conhecido como um princpio e praticado cmo uma ordenana nos tempos apostlicos . Como
6 I Pedro 4 :6.
~I Corntios cap . 15 ; veja especificamente o versculo 29.
8 Esta passagem tem sido assunto de muita controvrsia . O Dr . Adam Clark, em
seu magistral comentrio das escrituras, diz : "Este, certamente, o versculo mais difcil do Novo Testamento ; pois, no obstante, o empenho de grandes e sbios homens para explic-lo, existem hoje em dia, quase tantas interpretaes diversas quantos so os
intrpretes ." Contudo, apesar de seu sentido enigmtico, esta passagem da escritura faz
parte do servio funerrio prescrito na Igreja Episcopal, e devidamente falada pelo sacerdote em todo funeral . Mas onde est a dificuldade de compreenso? Seu sentido
evidente e bvio, e somente quando tentamos consider-la em sentido figurativo que
surgem as dificuldades . Est claro que nos dias de Paulo a ordenana do batismo pelos
mortos era tanto compreendida como praticada, e o argumento do apstolo em apoio
doutrina de uma ressurreio literal perfeito : Se os mortos absolutamente no ressuscitam, por que, ento, so eles batizados pelos mortos?
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compensas no sero conferidas em violao justia ; os castigos no sero impostos sem levar em . conta as exigncias da misericrdia. Ningum poder ser admitido a qualquer ordem de
glria, ou seja, nenhuma alma poder ser salva, at que a justia
tenha sido satisfeita pela violao da lei . No reino de Deus h
inmeros graus de exaltao, preparados para aqueles que forem dignos deles . A idia antiga, de que no alm-tmulo haver
apenas dois lugares para as almas humanas cu e inferno,
com a mesma glria em todas as partes do primeiro, e com os
mesmos terrores, em todas as partes do segundo completamente insustentvel luz da revelao divina.
Os Graus de Glria Os privilgios e glrias dos cus so
graduados para satisfazer as vrias capacidades dos abenoados, e isto indicado nos ensinamentos de Cristo . A seus apstolos ele disse : "Na casa de meu Pai h muitas moradas ; se no
fosse assim, eu vo-lo teria dito : vou preparar-vos lugar . E se eu
for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vs tambm ." 12 Esta
declarao suplementada pela de Paulo, que fala dos diversos
graus de glria da ressurreio como segue:
"E h corpos celestes e corpos terrestres, mas uma a glria dos celestes e
outra a dos terrestres;
Uma a glria do sol, e outra a glria da lua, e outra a glria das estrelas;
porque uma estrela difere em glria doutra estrela.
Assim tambm a ressurreio dos mortos . 13
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na gua em seu nome, e isto de acordo com o mandamento que ele deu para
que, guardando os mandamentos, pudessem ser lavados e purificados de todos
os seus pecados, recebessem o Santo Esprito pela imposio das mos daquele
que est ordenado e selado para esse poder ;e os que vencem pela f, .e so selados pelo Santo Esprito da promessa, o qual o Pai derrama sobre todos Os justos e fiis . Estes so a Igreja do Primognito . So aqueles em cujas mos o Pai
ps todas as coisas so os sacerdotes e reis, que receberam de sua plenitude
e de sua glria ; e so sacerdotes do Altssimo, segundo a ordem de Melquise
deque, que era segundo a ordem de Enoque, que era segundo a ordem do Filho Unignito . Portanto, como est escrito, eles so deuses, os filhos de Deus
portanto, todas as coisas so suas, quer seja a vida, quer a morte, as coisas
presentes, ou as coisas por vir, todas so deles e eles so de Cristo, e Cristo de
Deus . . . Esses habitaro na presena de Deus e seu Cristo para sempre . So os
que ele trar consigo, quando vier nas nuvens dos cus para reinar sobre o seu
povo na terra . Esses so os que tero parte na primeira ressurreio . Os que
surgiro na ressurreio dos justos . . . So os homens justos, aperfeioados por
meio de Jesus, o mediador do novo convnio, o qual pelo derramamento do
seu prprio sangue obrou esta expiao perfeita . Esses so aqueles cujos cor pos so celestiais, cuja glria a do sol, a glria de Deus, a maior de todas, cuja glria ao sol do firmamento comparada ." 15
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. A CASA DO SENHOR
Aprendemos, a seguir, que os habitantes deste reino ocuparo diversas graduaes, uma vez que abranger os no iluminados das vrias seitas oposicionistas e divises de homens, e pecadores de vrios tipos, cujas ofensas no so de perdio absoluta:
"Pois como uma estrela difere da outra em glria, assim tambm diferem
uns dos outros em glria no mundo teleste . Pois estes so os que so de Paulo,
e de Apoio e de Cefas . Estes so os que dizem que so uns de um e uns de outro uns de Cristo, uns de Joo, uns de Moiss, e uns de Elaias, uns de
Esaas, uns de Isaias e uns de Enoque ; mas no receberam o evangelho, nem o
testemunho de Jesus, nem os profetas, nem o convnio eterno ." 18
Os trs reinos de glrias amplamente diversificadas so organizados num plano ordenado de graduaes . Vimos que o reino telestial inclui vrias subdivises ; este tambm o caso, como nos foi dito, do reino celestial ; 19 e, por analogia, conclumos
que uma condio semelhante prevalece no terrestrial . Assim foi
providenciada uma infinidade de glrias graduadas para os inumerveis graus de mrito entre os homens . O reino celestial sumamente honrado pela ministrao pessoal do Pai e do Filho . O
reino terrestrial ser administrado pelo maior, sem a plenitude
da glria . O telestial governado pelas ministraes do terrestrial, por "anjos que so nomeados para ministrar para eles" . 20
A exaltao no reino de Deus subentende a obteno das ordens graduadas do santo sacerdcio, s quais esto diretamente
associadas as cerimnias da investidura.
A investidura do templo da forma como administrada nos
templos modernos, inclui instrues relacionadas ao significado
e seqncia das dispensaes passadas, e a importncia da presente dispensao como a maior e a mais magnfica era da histria humana . Este curso de instrues inclui uma exposio dos
acontecimentos mais preeminentes do perodo da criao, a
condio de nossos primeiros pais no Jardim do den, sua desobedincia e conseqente expulso daquela habitao abenoa17 Doutrina e Convnios 76 :81-86.
"Doutrina e Convnios 76 :98-101.
19Doutrina e Convnios 131 :1 ; veja tambm 2 Corintios 12 :1-4.
20Veja Doutrina e Convnios 76 :86-88 .
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Os santos dos ltimos dias consideram a cerimnia do casamento, realizada exclusivamente nos recintos do templo, como
o nico e perfeito contrato matrimonial . 21 Eles reconhecem a
21 Veja o assunto de "Matrimnio" nas "Regras de F", do autor, captulo XXIV,
pp . 399-403 .
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22Hebreus 13 :4.
23 Gnesis 2 :18, 24 ; 1 :27 ; 5 :2 ; 9 :1, 7 ; Lev . 26 :9 .
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da sua criao ; e para que se encha com a medida do homem, de acordo com a
sua criao j antes da formao do mundo .' .24
Os sants dos ltimos dias afirmam que o casamento perfeito proporciona a eterna relao dos sexos . Para este povo, o casamento no apenas um contrato temporrio, vlido apenas
enquanto as partes viverem na terra, mas um solene convnio de
unio, o qual perdurar alm da sepultura . Na completa ceri mnia de casamento, conforme ordenada pela Igreja, e administrada somente nas salas do templo, o homem e a mulher so
colocados sob convnio de mtua fidelidade, no apenas . at
que a morte os separe, mas para o tempo, e para toda a eternidade.
Um contrato de to longo alcance como este, um convnio
declarado como efetivo, no somente durante o perodo da vida
mortal, mas tambm no reino do porvir, necessariamente exige
para sua validao uma autoridade superior a qualquer uma de
origem humana. admitido, sem debate, que os homens tm o
direito de formar entre si associaes e comunidades, de organizar seitas, partidos, companhias, igrejas, clubes, ou qualquer
outra liga que desejem criar, contanto que, bvio, tais corporaes no sejam inimigas da lei e da ordem . ainda admitido,
que qualquer associao humana estabelecida pode decretar leis
e normas para o governo de seus membros, desde que os direitos
da liberdade individual no sejam infringidos . Tanto a igreja.
como o estado, portanto, podem decretar, prescrever e ordenar
regulamentos legais quanto ao casamento ou qualquer outra
forma de contrato ; e tais regulamentos so reconhecidos como
de pleno efeito dentro do domnio da atual jurisdio . Desta
forma, os casamentos podem ser legais e devidamente autorizados por estados e naes, e os contratos de casamento assim celebrados, sero vlidos durante a vida das partes envolvidas.
Poder-se-, contudo, afirmar que qualquer associao de
homens pode criar e estabelecer uma autoridade que ter efeito
depois da morte? Poder qualquer poder legislar alm de sua ju risdio legal? Poder um homem, sentado em sua prpria casa,
prescrever regras familiares para o lar do seu vizinho? Poder
uma nao ordenar leis que sero vlidas num domnio alheio?
24Doutrina e Convnios 49 :15-17 .
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mente emitida, segundo as exigncias legais do estado . A ordenana de selamento estende-se a outras ligaes alm daquelas
do matrimnio, como ser demonstrado.
A realidade da ordenana de selamento no casamento, encontra..uma ilustrao nos ensinamentos pessoais do Salvador.
Certa ocasio, procuraram-no alguns saduceus, 28 e estes, seja isto lembrado, negavam a possibilidade da ressurreio dos mortos. Eles procuraram armar-lhe uma cilada com uma pergunta
difcil . Assiras, apresentaram-lhe seu caso:
"Mestre, Moiss disse : Se morrer algum, no tendo filhos, casar o seu
irmo com a mulher dele e suscitar descendncia a seu irmo.
Ora, houve entre ns sete irmos ; e o primeiro, tendo casado, morreu, e,
no tendo descndencia, deixou sua mulher a seu irmo.
Da mesma sorte o segundo, e o terceiro, at ao stimo;
Por fim, depois de todos, morreu tambm a mulher.
Portanto, na ressurreio, de qual dos sete ser a mulher, visto que todos
a possuram?"
evidente que no estado ressurreto no poderia haver competio entre os sete irmos concernente a quem pertencia a esposa pois que depois da morte no haveria casamento e ningum seria dado em casamento . A questo do casamento entre
indivduos deveria, e deve, ser decidida antes dessa ocasio . A
mulher seria, e poderia, ser esposa de apenas um no mundo
eterno do homem a quem havia sido dada pela autoridade do
santo sacerdcio na terra, como consorte para o tempo e para a
eternidade.. Em resumo, a mulher seria esposa do homem com
quem tinha, feito convnio para a eternidade, sob o selo da autoridade divina ; e nenhum contrato ou acordo para o tempo somente, teria efeito na ressurreio.
Aquela exposio parece ter sido convincente ; a multido ficou admirada, e os saduceus foram silenciados ; 29 alm disso, alguns dos escribas declararam : "Mestre, disseste bem ." 30 Nosso
Senhor acrescentou o que parece ter sido uma questo suple28Veja Mateus 22 :23-33 ; Marcos 12 :18-27 ; Lucas 20 :27-40.
29Mateus 22 :33, 34.
30Lucas 20 :39 .
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CAPTULO V
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homem, no qual as ordenanas santificadoras do evangelho poderiam ser administradas . Numa revelao dada j em dezembro de 1830, o Senhor disse : "Eu sou Jesus Cristo, o Filho de
Deus ; portanto, cinge os teus lombos e eu virei subitamente ao
meu templo ." 1 Em fevereiro de 1831 o Senhor indicou melhor o
seu propsito desta maneira : "Para que o povo de meu convnio seja reunido em um naquele dia em que virei ao meu templo.
E isto fao para a salvao do meu povo . " 2 Instrues mais definidas quanto aos trabalhos prticos referentes procura de
um local e do erguimento de um templo, logo se seguiram.
Local do Templo em Independence, Missouri
A sede principal da Igreja tinha sido temporariamente estabelecida em Kirtland, Ohio ; entretanto, o profeta ficou sabendo
por revelao, que Sio seria estabelecida bem mais para o oeste. Em junho de 1831, foi realizada uma conferncia de lderes
em Kirtland, ocasio em que foi recebida uma revelao, 3 ordenando a certos lderes dirigirem-se para o oeste, viajando aos
pares e pregando pelo caminho . No ms seguinte, esses lderes
voltaram a encontrar-se num local designado, a oeste de Missouri, todos regozijando-se no seu ministrio e ansiosos de saber
a prxima vontade do Senhor . O refro de suas oraes e canes assim expresso pelo profeta : "Quando que o deserto
florescer como uma rosa? Quando ser Sio estabelecida na
sua glria, e onde ser erguido o teu templo, ao qual viro todas
as naes nos ltimos dias?" 4 Em resposta s splicas deles, o
Senhor respondeu pela boca de seu profeta, designando a parte
ocidental do Missouri como a terra de Sio, e o lugar ocupado
pela cidade de Independence, como o "lugar central", e especificando um local, no qual um templo' deveria ser construdo . 5
No terceiro dia de agosto de 1831, o Profeta Joseph Smith e
sete outros lderes da Igreja, reuniram-se no terreno do templo
e dedicaram-no quele propsito sagrado . Embora o grupo de
pessoas fosse pequeno, a ocasio foi uma das mais solenes e imDoutrina e Convnios 36 :8 ; compare com Malaquias 3 :1.
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pressionantes . O prprio profeta proferiu a orao de dedicao . 6 O templo assim projetado, ainda est para ser construdo.
Embora os santos dos ltimos dias tivessem obtido por compra
o ttulo de posse do terreno destinado ao templo, posteriormente foram compelidos pela violncia a abandonar seus direitos de
posse.
O Templo de Kirtland
A construo de um templo no Missouri era considerada,
mesmo pelo profeta e por aqueles que o ajudaram na dedicao
do local, como um evento do futuro, mesmo de um futuro distante . O centro de atividades, a sede da Igreja naquela poca, ficava no Ohio, e Kirtland era o lugar temporrio de concentrao . Tambm em Kirtland deveria ser construdo o primeiro
templo dos dias modernos.
Numa revelao dada em 27 de dezembro de 1832, o Senhor
ordenou o estabelecimento de uma casa santa . ? Talvez porque
seus olhos estivessem dirigidos somente em direo ao "lugar
central", e porque o povo estivesse propenso a contemplar muito absortamente a glria do futuro, negligenciando os deveres
do presente, sujeitando-se de pronto necessidade de proceder
imediatamente construo de um templo, o Senhor reprovou
o povo pela sua demora e negligncia, declarando novamente a
sua vontade de que se erigisse uma casa ao seu nome, e prometendo que seriam bem sucedidos caso houvesse real empenho . 8
Os santos foram incentivados a grande atividade no tocante
construo de um templo para uso imediato . Foi organizado
um comit de construo, e uma solicitao foi feita a todos os
ramos da Igreja . 9 No segundo dia de agosto de 1833, a voz do
Senhor foi novamente ouvida a respeito da questo da construo do templo, e embora os requisitos especficos paream aplicar-se diretamente ao templo futuro no condado de Jackson,
Missouri, a revelao teve efeito imediato inspirando um maior
6 Veja "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . 1, pg.
199 ; tambm "History of Utah" de Orson F . Whitney, vol . I, pg . 91, tambm "Life of
Joseph Smith, de George Q . Cannon, pg . 119.
7 Doutrina e Convnios 88 :119-120.
8 Veja Doutrina e Convnios, seo 95.
9 Veja "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints," vol . 1, pg.
349,350 .
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na grande obra, enquanto que suas energias eram estimuladas pela promessa
de participao na bno de uma casa construda pela direo do Altssimo, e
aceita por ele ."' 1
As pedras angulares tinham sido assentadas no dia 23 de julho de 1833 justamente quando a oposio e a perseguio
aos ramos da Igreja no oeste, chegava ao mximo, de fato, no
mesmo dia em que um populacho sem lei anunciava a expulso
dos santos do Missouri . 12 Entretanto, a obra do templo em Kirtland continuava sem interrupo, embora para os santos ansiosos, o progresso fosse muito lento . No dia 7 de maro de 1835,
uma convocao solene foi realizada em Kirtland "chamados
para o propsito de abenoar em nome do Senhor, aqueles que
tm at agora auxiliado na construo, com seu trabalho e outros meios, da casa do Senhor neste lugar" O registro d os nomes dos que haviam consagrado seu tempo, esforo e recursos
quela obra. 13 Muito antes que o templo estivesse terminado,
partes da construo foram usadas para reunies de conselho e
outras assemblias do sacerdcio . Em janeiro de 1836, foi adotado um cdigo de regras "a ser observado na Casa do Senhor
em Kirtland ." 14 No dia 21 do mesmo ms, uma reunio do sacerdcio foi realizada no templo no terminado, ocasio em que
o patriarca presidente e os trs sumos sacerdotes que compunham a Primeira Presidncia da Igreja, reuniram-se numa sala e
empenharam-se em solene orao . O Patriarca Joseph Smith, o
Pai, foi ungido e abenoado pelos membros da Primeira Presidncia, aps o que, por virtude se seu ofcio, ele ungiu e abenoou os demais . Da gloriosa manifestao que se seguiu, o profeta assim escreveu:
"Os cus se abriram diante de ns, e eis que vi o reino celestial de Deus e
sua glria, se no corpo ou fora dele, no sei . Vi a beleza transcendente do porto, pelo qual os herdeiros daquele reino entraro, o qual era como um crculo
de chamas de fogo ; tambm o trono resplandecente de Deus, onde estavam
sentados o Pai e o Filho . Eu vi as maravilhosas ruas daquele reino, que pareciam ser pavimentadas com ouro * * * Vi os doze apstolos do Cordeiro,
"Veja "Life of Joseph, the Prophet" de Edward W . Tullidge, pp . 187-189.
' 2Veja "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints " , vol . 1, pg.
400.
13Veja "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . II, pp.
205, 206.
14 "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . II, pp . 368,
369.
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que agora esto na terra, os quais possuem as chaves deste ltimo ministrio,
em terras estrangeiras, de p, dispostos em crculo, muito: fatigados, com roupas em trapos e ps inchados, os olhos voltados para baixo, e Jesus de p no
meio deles, e eles no o viam . O Salvador olhou para eles e chorou.
* * * * *. .* *
Muitos de meus irmos que receberam a ordenana comigo tambm tiveram as gloriosas vises . Foram ministrados por anjos, tambm como eu o fui.,
e o poder do Altssimo pousou sobre ns ; a casa encheu-s com a glria de
Deus, clamamos em alta voz Hosana a Deus e ao Cordeiro . Meu escrevente
tambm recebeu a uno conosco, e viu, numa viso, os exrcitos do cu, protegendo os santos na 'volta a Sio, e muitas das coisas que vi.
O bispo de Kirtland com seus conselheiros, e o bispo de' Sio' com seus
conselheiros, estavam presentes conosco, e receberam a uno sob as mos do
Pai Smith, e isto foi confirmado pela Presidncia e as glrias dos cus tambm
lhes foram desvendadas.
Ento convidamos os sumos conselheiros de Kirtland e Sio para a .nossa
sala ; * * *
As vises dos cus lhes foram tambm abertas . Alguns deles viram a face
do Salvador, e outros foram ministrados pelos santos anjos, e o esprito de
profecia e revelao foi derramado em extremo poder ; sonoros hosanas e glria a Deus no alto, saudaram os cus, porque todos ns estvamos em comunho com as hostes celestiais ." 15
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Na noite do dia da dedicao foi realizada outra reunio ; esta, no entanto, foi assistida apenas pelos oficiais da Igreja . O registro escrito pelo profeta diz:
"Reuni-me com os quoruns noite e os instru quanto ordenana do lava-ps, qual deveriam comparecer na quarta-feira seguinte ; e dei-lhes instrues relacionadas ao esprito de profecia * * *
O Irmo George A . Smith levantou-se e comeou a profetizar, quando
um barulho foi ouvido como o som de um impetuoso e poderoso vento que encheu o templo, e toda a congregao simultaneamente se levantou, sendo movida por um poder invisvel ; muitos comearam a falar em lnguas e a profetizar ; outros tiveram vises gloriosas ; e eis que vi o templo repleto de anjos, fato
que comuniquei congregao . O povo da vizinhana veio correndo (por ouvir um som diferente dentro dele e ver uma luz brilhante como um pilar de fogo pousando sobre o templo), e estavam maravilhados com o que estava acontecendo . Isto continuou at a reunio terminar, s 11 horas da noite ." 18
Na quinta-feira, depois daquele domingo, outra solene assemblia reuniu-se no templo, Incluindo como na vez anterior,
as autoridades gerais da Igreja, e ainda os membros que no
conseguiram ser admitidos no primeiro dia . Os servios foram
de certa forma uma repetio dos procedimentos da primeira
ocasio ; foi lida a orao de dedicao, houve msica apropriada e discursos.
17"History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . II pp . 427428 .
18 "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints",
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vol.
II, p . 428 .
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Que o prdio era na verdade um templo, uma estrutura sagrada aceita por ele, a cujo nome tinha sido erigido, que era verdadeiramente uma Casa do Senhor, havia sido testificado pela
visitao de seres celestiais, e por manifestaes divinas que superaram toda expectativa, como foi testemunhado na noite do
dia da dedicao . No seguinte dia santificado, dia 3 de abril de
1836, visitaes e manifestaes de maior significado foram recebidas . No servio da tarde foi administrada a ceia do Senhor,
aps o que, o profeta e seu conselheiro, Oliver Cowdery, retiraram-se para o lugar reservado aos oficiais presidentes do Sacerdcio de Melquisedeque o qual estava cercado por cortinas
ou vus, baixados para a ocasio . Eles solenemente testificaram
que naquela hora e lugar, o Senhor Jesus Cristo se revelou . A
seguir, outras personagens celestiais ministraram a eles, cada
uma delas entregando e conferindo a autoridade especfica com
a qual foram especialmente investidas . O testemuho de Joseph
Smith e Oliver Cowdery o seguinte:
"O vu foi retirado de nossas mentes, e abertos os olhos do nosso entendimento;
Vimos diante de ns o Senhor, de p no parapeito do plpito ; e sob os
seus ps um calamento de ouro puro, da cor de mbar.
Seus olhos eram como a labareda de fogo; os cabelos de sua cabea eram
brancos como a pura neve ; seu semblante resplandecia mais do que o sol ; e a
sua voz era como o som de muitas guas, mesmo a voz de Jeov, que dizia:
Sou o primeiro e o ltimo ; sou o que vive ; sou o que foi morto ; sou o vosso advogado junto ao Pai.
Eis que perdoados vos so os vossos pecads ; sois limpos
diante de mim ; portanto, erguei as vossas cabeas e regozijai-vos.
Que se regozijem os coraes de vossos irmos,- e os coraes de todo o
meu povo, o qual, com a sua fora, construiu esta casa ao meu nome.
Pois eis que aceitei esta casa, e o meu nome aqui estar ; e nesta casa em
misericrdia manifestar-me-ei ao meu povo.
Sim, se o meu povo guardar os meus mandamentos, e no poluir esta casa
santa, aparecerei aos meus servos e lhes falarei com a minha prpria voz.
Sim, os coraes de milhares e dezenas de milharesgrandemente se regozijaro em conseqncia das bnos que sero derrmadas e da investidura
com a qual os meus servos tm sido investidos nest, casa.
E a fama desta casa se espalhar por terras est angeiras ; e este o princpio das bnos que, sero derramadas sobre a cabea do meu povo . Assim seja . Amm.
Depois que esta viso se encerrou, os cus outra vez se nos abriram, e
Moiss apareceu diante de ns e conferiu-nos as chaves da coligao de Israel
das quatro partes da terra e da conduo das dez tribos da terra do norte .
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No dia 4 de julho de 1838, as pedras angulares foram assentadas ao acompanhamento de parada militar e solene cortejo . 22
Est claro pela revelao do dia 26 de abril de 1838, que nem
mesmo o lanamento ~do alicerce desse templo prosseguiria sem
interrupes . As pedras angulares foram assentadas no dia 4 de
julho como havia sido ordenado, e no dia 8 o local novamente
mencionado com uma exigncia especfica, a respeito do futuro
trabalho dos . apstolos . "Que se despeam dos, meus santos da
cidade de Far West, no dia 26 de abril prximo, no local onde
ser construda a minha casa, diz o Senhor ." 23 Os meses seguintes foram marcados por perseguies e violncias ; oponentes
hostis declararam que o comissionamento nunca seria cumprido . A histria confirma, no entanto, que no dia 26 de abril de
1839, os apstolos, varios outros oficiais da Igreja, e certo nmero de membros, reunidos nas primeiras horas da manh cantaram hinos, fizeram exortaes e iniciaram a obra d assentamento dos alicerces . Naquela ocasio, duas vagas no Conselho
20i History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . II, p . 505.
21 Doutrina e Convnios 115 :7-11.
22Veja "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . III, pp.
41, 42.
23 Doutrina e Convnios 118 :5 .
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dos Doze foram preenchidas pela ordenao de Wilford Woodruff e George A . Smith, cuja indicao tinha sido previamente
votada . Os apstolos, ento, despediram-se dos demais presentes, e partiram para a misso . Quase que imediatamente aps os
eventos acima registrados, os santos foram forados a abandonar suas casas no Missouri.
Os santos dos ltimos dias consideram-se os principais responsveis pela longa demora da construo dos templos locais
dedicados no Missouri, pois em conseqncia de seus erros, negligncia e desobedincia palavra do Senhor, foi permitido
que seus inimigos prevalecessem . Quando em 1834, os santos no
Missouri foram sujeitos a cruel perseguio, seus correligionrios dos ramos da Igreja no leste, foram instrudos a socorrlos, e a enviar homens e dinheiro para comprar as terras adjacentes queles locais escolhidos, e ainda mais, a consagrar seus
haveres redeno de Sio . Esses pedidos no foram atendidos
satisfatoriamente ; e mesmo no Acampamento de Sio, quando
o grupo de cento e cinqenta a duzentos homens que partiu de
Ohio para Missouri, conforme lhes fora ordenado, foi convocado, houve muito descontentamento, resmungos e falta de f . No
dia 22 de junho de 1834, o Senhor falou por meio do Profeta
Joseph:
"Eis que vos digo que se no fora pelas transgresses do meu povo, falando da igreja e no de indivduos, j poderia ter sido redimido . s24
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Depois de um intervalo de uma hora, a congregao se reuniu novamente e as pedras angulares restantes foram assentadas
na ordem indicada . A pedra do canto sudoeste foi lanada sob a
direo dos sumos sacerdotes, cujo presidente pronunciou o seguinte:
"A segunda pedra angular do templo agora em construo por A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias, em honra do Grande Deus, de25 Veja "The History of Mormonism", do autor, p . 35.
26Veja o Joseph Smith's Journal, de 6 de abril de 1841 ; veja a "History of the
Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . IV, pp . 327-329.
27"History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . IV, p . 329 .
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O Templo de Nauvoo foi erigido pelo povo, que liberalmente contribuiu, tanto em dzimos como ofertas voluntrias de dinheiro e trabalho . A maior parte do trabalho foi feita pelos homens que pagavam o dzimo de seu prprio tempo dedicando
suas energias na proporo de, no mnimo, um dia em cada dez
28Veja "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . IV, p.
330 .
29 "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . IV, p . 331 .
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dos pelo mais belo boi de cinco anos de idade, que puderam encontrar na regio, e sua semelhana com o original assombrosa ; os chifres foram modelados, segundo o mais perfeito chifre que pde ser encontrado.
Os bois e as molduras ornamentais da fonte foram esculpidos pelo lder
Elijah Fordham, da cidade de Nova York, e isto levou oito meses . A fonte foi
encerrada num abrigo de madeira provisrio feito de ripas de carvalho, com
um teto do mesmo material, e era to baixo, que as vigas do primeiro andar
(do templo) foram assentadas acima dele . A gua era fornecida por um poo
de 9,14m de profundidade e na extremidade leste do poro ." 33
Alm do batistrio, outras partes do templo foram preparadas para uso temporrio, enquanto progredia o trabalho nas paredes ; e num domingo, dia 30 de outubro de 1842, uma assemblia geral foi ali reunida . Esta reunio registrada como sendo
a primeira realizada no templo . 34 Em datas posteriores, outras
reunies foram feitas dentro da estrutura inacabada ; e apesar da
violenta oposio dos adversrios de fora, dos ainda mais graves entraves causados pelo esprito apstata, manifestado por
alguns de dentro da Igreja, a obra prosseguia vigorosamente.
No foi permitido a Joseph Smith, o Profeta, nem a Hyrum
Smith, conselheiro na Primeira Presidncia e mais tarde patriarca da Igreja, que vivessem para ver a concluso do prdio . No
dia 27 de junho de 1844, estes homens de Deus, caram vitimados por balas assassinas em Carthage, Illinois . 35 A despeito do
rude golpe e cruel aflio sofridos pelos santos, devido ao martrio de seus lderes, a obra da Igreja no foi perceptivelmente
afetada . Dentro de duas semanas aps o terrvel acontecimento,
a construo do templo foi reiniciada e daquela data at a concluso, o trabalho prosseguiu com ainda maior vigor e determinao. Alguns meses antes do martrio, o Patriarca Hyrum
Smith, que fazia parte do comit do templo, fizera um apelo s
mulheres da Igreja, pedindo-lhes uma contribuio semanal de
um centavo, dinheiro que seria usado na compra de material,
particularmente vidro e pregos, para o templo . registrado que
"logo se manifestou grande desejo, da parte das irms, de pagar
32Veja Doutrina e Convnios 124 :28-31 . Para um relato mais extenso, veja as pginas 64 e 65 deste livro.
33" History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . IV, p . 446,
447 .
34 "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . V, p . 182.
35 Veja "History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints", vol . VI, pp.
612-631 ; tambm Doutrina e Convnios, se . 135 .
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com os melhores materiais que podem ser obtidos nas montanhas da Amrica do Norte, e que a presidncia decida onde buscar as pedras e outros materiais ." Tal deciso demonstra significativamente a f, confiana e determinao do povo . O templo
que estavam para erigir, deveria ser, sob todos os aspectos, o
melhor que o povo poderia produzir . Esta moderna Casa do Senhor no deveria ser uma estrutura temporria, nem de pequenas propores, nem de material inferior, nem de projeto inadequado ou mesquinho . Sabia-se desde o comeo, que o prdio
no poderia ser terminado em poucos anos, levaria talvez dcadas, e ento aquela colnia se tornaria uma comunidade, os
poucos habitantes transformados numa multido de almas . O
templo deveria ser digno do grandioso futuro . Arenito, olito,
blocos de adobe, cada um foi considerado, e por sua vez rejeiado . Esta foi a deciso as paredes deveriam ser de slido granito . Uma enorme jazida dessa rocha resistente havia sido descoberta nos "canyons de Cottonwood, 32km a sudeste, e para
aquele povo impelido pela f, era suficiente saber que o material
adequado era disponvel . No importava a que custo de esforo
e sacrifcio, de abnegao e sofrimento, era preciso consegu-lo.
O assim chamado "Granito do templo", na realidade, um
sienito, existente como um imenso laclito na regio de Cottonwood, nas montanhas Wasatch . A eroso de longas eras havia
cortado profundos "canyons" atravs da massa eruptiva ; as geleiras, descendo com fora irresistvel, tinham desalojado e deslocado inmeros blocos de pedra arredondados, muitos deles de
tamanho colossal . Esses blocos isolados, conhecidos como blocos errticos, forneceram as pedras para a construo . No foi
necessrio extrair as pedras da massa montanhosa de granito.
No "canyon", os blocos de pedra arredondados foram divididos principalmente pelo emprego de perfuradores manuais e cunhas, embora explosivos de baixo poder fossem utilizados em
pequena escala . Os blocos inacabados eram a princpio transportados por juntas de bois ; quatro juntas eram necessrias para cada bloco, e cada viagem era uma jornada rdua de trs ou
quatro dias . Chegou a ser projetado um canal para o transporte
das rochas por gua, e de fato, a obra foi iniciada, mas logo
abandonada quando a perspectiva de transporte ferrovirio se
tornou mais certa .
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A planta do edifcio foi dada por Brigham Young, presidente da Igreja, e os detalhes da estrutura foram executados sob sua
direo pelo arquiteto da Igreja Truman O . Angell . Uma
descrio por este arquiteto foi publicada em 1854 tanto em
Utah 5 , como no estrangeiro 6 . Para convenincia de comparao
com os pormenores da obra executada agora existente, esse antigo pronunciamento sobre o que se pretendia fazer aqui reproduzido:
"A Praa do Templo tem 201 m de cada lado, o alinhamento destes sendo
respectivamente em sentido norte-sul e leste-oeste, e abrange uma rea de dez
acres . O centro do templo fica a 47,75 a oeste do centro do lado leste da praa,
o cumprimento da dita casa, de leste a oeste, de 56,85 m, incluindo as torres,
e a largura 29,19 m . Na extremidade oriental h trs torres, da mesma forma
que na ocidental . Se desenharmos uma linha de norte a sul de 36,02 m pelo
centro das torres, teremos a extenso de norte a sul da planta baixa, incluindo
o pedestal.
Penetramos na terra, na extremidade oriental, numa profundidade de
4,88 e ampliamos em toda a volta alm dos alinhamentos das paredes 1 m para
a sapata do alicerce.
As paredes do norte e dosul tm 2,45 m de espessura, excluindo o pedestal ; elas se apiam sobre um alicerce de 4,88 m de espessura na base, que se-afina 0,91 m de cada lado, at a altura de 2,29m . Os alicerces das torres tm a
mesma altura das paredes laterais, formando uma s pea slida de alvenaria
de pedra bruta de cantaria, assentada em boa argamassa de cal.
O poro do prdio principal est dividido em muitas salas por paredes, todas com alicerces .' O nvel do assoalho do poro est a 00,15 m acima do topo
do alicerce . Da torre oriental torre ocidental, o terreno tem um declive de
1,83 m ; 0,10 m acima da terra no lado oriental comea um passeio de 3,35 m a
6,72 m de largura, em torno de todo o prdio e alcanado por degraus de pedras em todo os lados .
H quatro torres, nos quatro cantos do edifcio, cada uma saindo de uma base, com 7,92 m de cada lado ; estas sobem 4,88 m e .chegam ao alinhamento
do primeiro friso, que fica 2,45 m acima do passeio . Neste ponto as torres so
reduzidas a 7,62 m de-cada lado, ento continuam at a altura de 11,58 m, ou
seja o nvel do segundo friso . Neste ponto so reduzidas a 7,01 m de cada lado;
assim continuam 11,58 m at o terceiro friso . Os frisos contornam todo o prdio, exceto- quando interrompidos pelos contrafortes . Estes frisos so cornijas
macias de slidos blocos de pedra.
As duas torres orientais elevam-se ento mais 7,62 m at um outro friso,
ou cornija . As duas torres ocidentais elevam-se 5,79 m e chegam at os seus
5 Veja "Deseret News", Salt Lake City, 17 de agosto de 1854 . .
6Veja "Millennial Star", Liverpool, vol . 16, pg . 753 . "The Illustrated London
News", de 13 de junho de 1857, contm o artigo, "Mrmon Temple in Salt Lake City",
no qual so dadas muitas especificaes da construo . Em conexo com o texto, aparece uma grande xilogravura do grandioso prdio em perspectiva ; e esta figura, uma fiel
reproduo da estrutura terminada, exceto quanto aos detalhes do pinculo e remates .
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A entrada da Union Pacific Railway em Utah, em 1868, serviu para retardar temporariamente a obra do templo, quando a
necessidade de trabalhadores na grande linha transcontinental
foi julgada imperativa . De certa forma, no entanto, a construo da estrada-de-ferro operou como uma grande ajuda no empreendimento ; pois,, aps a concluso do tronco principal, surgiram os ramais ; e por volta de 1875, um deles tinha alcanado
as pedreiras de granito . Da estao da cidade, foi construdo um
desvio, passando pela Rua South Temple at a Praa do Templo .
A obra progredia to vagarosamente, que suscitou um sentimento de impacincia nos coraes dos santos, demasiadamente
ansiosos, e foi preciso refre-los bondosamente . Em outras ocasies tornava-se necessrio apress-los gentilmente . O. trabalho
foi distribudo proporcionalmente ao povo do territrio, que
por convenincia fora dividido em distritos de trabalho . As estacas e alas e os quoruns do sacerdcio recebiam designaes de
trabalho, desenvolvendo-se assim um eficiente sistema de esforo e responsabilidade dividida . ?
O Presidente Brigham Young faleceu em 1877, quando ento as paredes de granito do templo tinham atingido a altura de
cerca de 6,10 m acima do cho . Durante a administrao de seu
sucessor, o Presidente John Taylor, a obra continuou sem interrupo importante por mais uma dcada, e da em diante prosseguiu ainda com maior vigor, sob a direo de Wilford Woodruff, o seguinte presidente da Igreja. D mesmo modo que as
voltas finais de uma corrida so geralmente marcadas pelo aumento de energia, na arrancada final para a frente o supremo
esforo para alcanar o fim, em glria e triunfo, como num forComo um exemplo dessas organizaes distintas e de direto apelo s vrias organizaes na Igreja, veja a carta circular emitida em 1876 pela autoridade da Primeira
Presidncia e d Conselho dos Doze Apstolos, dirigida aos lderes, setentas e sumos sa
cerdotes ; ela aparece em "Contributor", vol . XIV, pp . 267-268.
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te drama, o interesse torna-se mais intenso, e a ao mais concentrada com a aproximao do fim, de igual modo, nesse grande empreendimento, o fato de que o fim podia ser vislumbrado
no horizonte, estimulou redobrado empenho por parte do povo.
Quando o granito tinha atingido o teto, e os pinculos comearam a aparecer em seu lugar, um sentimento de ansiedade quase
febril manifestou-se por toda a Igreja.
Assentamento da Pedra de Cpula
O dia 6 de abril de 1892 foi a data determinada para a colocao da pedra de cpula do templo, .e esse anncio foi saudado
com jbilo, em todas as alas e ramos da Igreja, e em todos os lares SUD . Essa data marcava o encerramento da conferncia
anual, e foi comemorado com todas as observncias de uma assemblia solene . Como incio da cerimnia principal, uma vasta
congregao reunira-se no Tabernculo uma hora antes, e nessa
reunio, as vrias organizaes do sacerdcio ocuparam lugares
distintos, no pavimento principal, enquanto que as galerias foram reservadas para acomodar o pblico em geral . No encerramento de um servio comovente, a multido seguiu em cortejo
formal at o espao livre do lado sul do templo, onde uma plata forma temporria tinha sido erigida, com a bandeira nacional
hasteada . Um estrado ao lado acomodava o cor, composto de
mais de duzentas vozes . Havia uma excelente banda de msica,
e todos os elementos essenciais de fervorosa adorao combinados com jubilosa comemorao haviam sido providenciados.
Acima de quarenta mil pessoas estavam aglomeradas nos limites
da Praa do Templo ; e outros milhares, incapazes de encontrar
lugar na grandiosa praa, permaneceram nas ruas, ou telhados e
janelas dos prdios adjacentes . Est incontestavelmente provado que esta foi a maior assemblia jamais conhecida em Utah.
Em pleno meio-dia foi iniciada a cerimnia principal . A msica,
tanto da banda como do coro, as marchas, canes e hinos tinham sido especialmente compostos para aquela jubilosa ocasio . A orao foi proferida pelo Presidente Joseph F . Smith,
da Primeira Presidncia, e o grande "Amm" teve eco em quarenta mil bocas . Seguiu-se um hino ; depois o venervel Presidente da Igreja, Wilford Woodruff, adiantou-se e anunciou que
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Isto foi repetido trs vezes, e cada aclamao foi acompanhada pelo acenar de lenos brancos.
De cima do telhado do prdio, soou a voz do arquiteto encarregado, J . Don Carlos Young, declarando que a pedra de cpula estava devidamente assentada, e o coro e a congregao irromperam num canto triunfante:
"Tal como um facho de luz vem ardendo
O Esprito Santo do meu Salvador;
Os dons e vises do passado volvendo.
Revelam aos homens a lei do Senhor!
Cantemos, clamemos, com hostes celestes:
Hosana, hosana ao Deus de Belm.
A ele sejam glria poder e domnio
De hoje e para sempre Amm e Amm! ."
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no final foi o glorioso "Song of the Redeemed" particularmente apropriado para a ocasio e a ltima orao foi pronunciada pelo Presidente George Q . Cannon . A pedra final e o bloco de granito sobre o qual repousa, formam uma esfera . Dentro
da metade inferior, foi escavado um vo no qual foram colocados certos livros e outros objetos, de modo que quando fosse assentada, a primeira formasse uma tampa segura e macia para
este receptculo de pedra . A cavidade contm um exemplar dos
seguintes livros : Bblia Sagrada, Livro de Mrmon, Doutrina e
Convnios, Voice of Warning, Spencer's Letters, Key to Theology, Hinrio, Compendium, Prola de Grande Valor e alguns
outros ; tambm as fotografias de Joseph e Hyrum Smith, Brigham Young, John Taylor, Wilford Woodruff, George Q . Cannon e Joseph F . Smith, uma fotografia do Templo como era na
ocasio ; alm de uma placa de cobre gravada com as datas principais da histria da construo e os nomes das autoridades gerais da Igreja em exerccio em 6 de abril de 1853, e como estavam constitudas na poca da colocao da pedra de cpula, a 6
de abril de 1892.
No mesmo dia, mais tarde, foi colocada a grande esttua encimando a esfera uma figura que representa Morni, o mensageiro celestial que ministrou ao jovem profeta, Joseph Smith,
em 1823 . A figura de 3,66 m de altura, feita de cobre banhado
a ouro . Tem a forma de um arauto, com uma trombeta nos lbios .8
Concluso do Edifcio e sua Dedicao
A adoo de um plano ou a aprovao formal de uma resoluo pelo voto, coisa fcil, comparada com a qual, a execuo desse plano, realizar .o que foi estipulado pelo voto, pode
ser uma tarefa gigantesca . Tal foi o contraste entre a ao da
multido reunida no dia 6 de abril de 1892, e a obra realizada no
ano seguinte.
Quando a pedra de cpula do templo foi assentada, a cena
dentro das paredes era de caos confuso . Terminar o interior
do templo em um ano, parecia simplesmente impossvel . A tarefa que o povo tinha tomado sobre si, era quase sobre-humana.
$Veja Apocalipse 14 :6-7 ; tambm Prola de Grande Valor, Joseph Smith 2 :30-48 .
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Senhor, e que todos ns possamos apresentar-nos diante dele, com uma conscincia livre de ofensa perante todos os homens . Ento no haver desapontamento quanto s bnos prometidas queles que sinceramente o adoram . Os
doces sussurros do Santo Espirito ser-lhes-o dados, e os tesouros dos cus, a
comunho dos anjos, sero acrescentados, de tempos em tempos, porque sua
promessa foi feita e no pode falhar.
Rogando as bnos de Deus sobre todos que se esforarem por seguir este conselho, e desejosos de v-lo tomar a forma de um esforo conjunto por
parte de todo o povo, sugerimos que o sbado, dia 25 de maro de 1893, seja
designado como um dia de jejum e orao . Nessa ocasio aconselhamos as
presidncias de estaca, os sumos conselhos, os bispos e seus conselheiros, que
se renam com os santos em suas diversas capelas, confessem seus pecados uns
aos outros, e procurem fazer com que o povo expresse todos os sentimentos de
ira, dvida e inimizade que possam estar nutrindo ; a fim de que inteira confiana possa ser restaurada e que o amor, a partir desta data, prevalea em todas as congregaes dos santos ."
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rem parte no primeiro servio de dedicao . Das dezenas de milhares de santos que desejavam estar presentes, os quais tinham
privilgio e direito de participar, e que tinham contribudo com
seus recursos para a construo do maior templo dos dias modernos, somente uns poucos puderam ser acomodados no dia da
dedicao . O salo de assemblia, que com suas ante-salas, ocupa todo o andar superior, tinha sido preparado com assentos
para acomodar duas mil e duzentas e cinqenta e duas pessoas.
Por isso ficou decidido que os servios fossem repetidos duas
vezes diariamente, a partir do dia 6 de abril, -at que todos os
que tinham direito admisso, tivessem a oportunidade de estar
presentes.
No primeiro dia, as seguintes pessoas foram admitidas para
tomar parte no que sempre ser lembrado como a sesso dedica tria oficial: A Primeira Presidncia, o Conselho dos Doze, o
Patriarca Presidente, o Primeiro Conselho dos Setenta, o Bispado Presidente, e todas as outras autoridades gerais da Igreja,
junto com os presidentes de estaca e seus conselheiros, membros
do sumo conselho das estacas, patriarcas, presidentes dos quoruns dos sumos sacerdotes e seus conselheiros, presidente dos
quoruns dos setenta, bispos das alas e seus conselheiros . A admisso foi estendida aos familiares imediatos de todos os oficiais da Igreja mencionados . A admisso s sesses posteriores,
foi organizada de tal maneira, que alas e estacas tivessem uma
designao especial quanto data e horrio.
Ningum era admitido sem um certificado formal, convencionalmente conhecido como "recomendao", assinada pelo
bispo de sua ala e pelo presidente da estaca . Numa circular de
instruo, referente dedicao, lemos o seguinte : "Ser necessrio que cada candidato apresente sua recomendao ao porteiro, a fim de poder passar .,A recomendao ser recolhida por
um bilheteiro postado do lado de dentro da porta . Ningum poder ser admitido sem uma recomendao, seja qual for a ocasio ." Os servios foram realizados diariamente a partir d 6 de
abril, at o dia 18 inclusive, e novamente nos dias 23 e 24 . Geralmente havia duas sesses dirias, mas no dia 7 de abril, uma sesso noturna foi acrescentada . Embora crianas menores de oito
anos de idade, e portanto no batizadas, no fossem admitidas
nas sesses gerais, dias especiais foram designados para sua aco-
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Nosso Pai Celestial, tambm te agradecemos pelo teu servo John Taylor,
que seguiu os passos de teu servo Brigham, at expirar no exlio;
Tu chamaste teus servos Wilford Woodruff, George Q . Cannon e Joseph
F . Smith, para possuir as chaves da Presidncia e do sacerdcio nestes dias e
por estes pastores do teu rebanho, queremos dar-te graas e louvor . Teu servo
Wilford reconhece a tua mo, Pai, na preservao de sua vida desde a hora
de seu nascimento at o presente . Nada, seno o teu poder, poderia t-10 preservado naquilo que tem passado durante os oitenta e seis anos de vida, que tu
lhe concedeste nesta terra.
Por teres levantado os Doze Apstolos, tambm te agradecemos, nosso
Deus, e pela perfeitaunio que existe entre ns;
Agradecemos-te, Senhor, pelas perfeitas organizaes de tua Igreja como existem hoje em dia;
O Senhor, consideramos como sentimentos intensos e-indescritveis, a
concluso desta casa sagrada . Digna-te aceitar este quarto templo que teus filhos do convnio, assistidos por ti, ergueram nestas montanhas . No passado,
tu inspiraste com o Esprito Santo os teus servos, os profetas, a falarem de um
tempo nos ltimos dias quando a casa do Senhor seria estabelecida no topo
das montanhas, e seria exaltada sobre os montes . Somos-te gratos por termos
tido a gloriosa oportunidade-de contribuir para o cumprimento dessas vises
de teus antigos videntes, e que condescendeste em permitir-nos tomar parte
nesta grande obra . E como esta parte das palavras de teus servos foram assim
maravilhosamente cumpridas, rogamos-te, com maior f e esperana renovada, que todas as palavras deles referentes tua grande obra de reunir a tua Israel e estabelecer o teu reino na terra nestes ltimos dias, possam ser ampla .e
rapidamente cumpridas, Senhor.
Vimos diante de ti, com jbilo e ao de graas, com esprito jubilante e
coraes cheios de louvor, pois que tu nos permitiste ver este dia pelo qual, durante quarenta anos, temos esperado, trabalhado arduamente, e orado, quando podemos dedicar-te esta casa que edificamos a teu glorioso nome . Um ano
atrs, assentamos a ltima pedra com brados de hosana a Deus e ao Cordeiro.
E hoje dedicamos a casa toda a ti, com todos os seus pertences, e que ela possa
ser santa tua vista ; que ela seja uma casa de orao, uma casa de louvor e
adorao ; que tua glria possa repousar . sobre ela ; que tua santa presena possa estar nela continuamente ; que ela possa ser a habitao de teu Bem-Amado
Filho, nosso Salvador ; que os anjos que esto diante de tua face, possam ser os
mensageiros sagrados que a visitaro, testificando-nos de teus desejos e vontade, que ela possa ser santificada e consagrada em todas as suas partes como
santas a ti, Deus de Israel, Soberano Todo-Poderoso da humanidade . E rogamos a ti, que todo o povo que venha-a transpor o limiar desta tua casa, possa
sentir o teu poder e ser constrangido a reconhecer que tu a santificaste, que ela
a tua casa, um lugar da tua santidade.
Rogamos-te, Pai Celestial, que aceites esta construo em todas as suas
partes, desde o fundamento at-o cimo das torres, com a esttua colocada-em
seu topo, e,todos os remates e demais ornamentos que adornam o seu exterior.
Rogamos a tua bno para que no se decomponham as paredes, divises, assoalhos, tetos, telhados, suportes, elevadores, escadarias, balaustradas e degraus, molduras, portas, janelas e outras aberturas, todas as instalaes de iluminao, aquecimento e aparelhos sanitrios, caldeiras, motores e dnamos,
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os canos e fios, as lmpadas e bicos de gs, todos os utenslios, mveis e artigos usados ou relacionados com as santas ordenanas administradas nesta casa, os vus e altares, a fonte batismal e os bois que a sustentam, e todos os seus
pertences ; os banheiros, lavatrios e bacias . Tambm os cofres e galerias onde
os registros so preservados, os prprios registros e todos os livros, documentos e papis pertencentes ao escritrio do registrador, igualmente a biblioteca
com todos os livros, mapas, instrumentos etc . que possam pertencer-lhe.
Tambm apresentamos diante de ti, para tua aceitao, todos os acrscimos e
prdios que no fazem parte do edifcio principal, mas so apndices dele ; e
rogamos-te que abenoes todos os mveis, assentos, almofadas, cortinas, reposteiros, fechaduras e fechos, e outros inmeros utenslios e acessrios en contrados dentro dele, e pertencentes a este templo e seus anexos, com todas
as obras de ornamentao, pintura e estucamento, a dourao e bronzeamento, a obra fina em madeira e metal de toda espcie, os bordados e trabalhos de
agulha, os quadros e esculturas, a obra de entalhe e dossis . Tambm os materiais de que os prdios e seus conteds so feitos ou compostos a rocha,
cal, argamassa e estuque, as vigas e ripas, as diversas madeiras ; o ouro e a prata ; o bronze e o ferro, e todos os outros metais, a-seda, l e algodo, os couros
e peles, os vidros, as porcelanas e pedras preciosas, tudo isto e todo o restante,
humildemente apresentamos para tua aceitao e bno santificadora.
Nosso Pai Celestial, apresentamos diante de ti, os altares que foram preparados para que teus servos e servas recebam as bnos de selamento . Ns
os dedicamos em nome do Senhor Jesus Cristo, ao teu santssimo nome, e pedimos-te que os santifiques, para que todosos quevierem a eles, possam sentir
o poder do Esprito Santo repousando sobre eles, e compreendam a santidade
dos convnios que esto fazendo . E rogamos que os convnios e contratos que
fizermos contigo, e um com o outro, sejam dirigidos por teu Santo Esprito,
nos sejam sagrados, aceitos por ti, e que todas as bnos pronunciadas sejam
compreendidas por todos os teus santos que vierem a estes altares, na manh
da ressurreio dos justos.
Senhor, ns te rogamos que abenoes e santifiques toda esta quadra ou
pedao de terra no qual se erguem estes edifcios, com seus muros-e cercas, os
passeios, caminhos e canteiros ornamentais,_ tambm as rvores, plantas, flores e arbustos que crescem em seu solo ; que possam vicejar e florescer, tornando-se extraordinariamente belos e fragrantes ; e que teu Esprito possa habitar
em seu meio para que este terreno possa ser um lugar de repouso e paz, para
santa meditao e pensamentos inspirados.
Preserva estes prdios, ns te suplicamos, de avarias ou destruio por
inundaoou fogo ; de violncia dos elementos ; dos dardos ardentes do raio,
das rajadas esmagadoras do furaco, das chamas do fogo consumidor, e do
cataclismo dos terremotos, Senhor, protege-os ..
Abenoa, ns te rogamos, Pai Celestial, todos os que podero ser oficiantes nesta casa . Lembra-te continuamente do teu servo que ser nomeado para
presidir este templo ; dota-o ricamente com a sabedoria do Santssimo, com o
esprito do seu chamado, com o poder do seu sacerdcio, e com o dom do discernimento . Abenoa, conforme seus chamados, os seus assistentes e todos os
que estiverem a ele associados na execuo das ordenanas batismo, confirmaes, lavamentos, unes, selamentos, investiduras e ordenaes que
so aqui realizadas, que tudo o que for feito possa ser santo e aceitvel a ti,
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seus ensinamentos ; o caminho da salvao . Que eles sejam unidos pelo Esprito e poder de Deus em todas as, suas obras, e em cada pensamento, palavra e
ato, possam glorificar o teu nome e reivindicar a sabedoria que fez deles reis e
sacerdotes para ti.
Pelos teus servos da Primeira Presidncia da Igreja primeiramente oramos . Revela a eles, em grande clareza, tua inteno e vontade em todas as coisas essenciais para o bem-estar de teu povo ; d-lhes sabedoria celestial, f
abundante,,e poderes e dons necessrios para capacit-los a presidir aceitavelmente para ti, os oficiais e membros da tua Igreja . Lembra-te com amor de
teu servo que chamaste para ser um profeta, vidente e revelador para toda a
humanidade, cujos dias tm sido muitos na terra ; aumenta-lhe ainda seu perodo de vida mortal, ns te rogamos, e concede-lhe todos os poderes e dons,
em sua integridade, do ofcio que tu lhe conferiste ; e assim tambm abenoa
seus associados na presidncia da tua Igreja.
Confere a teus servos, os doze apstolos, uma rica dotao de teu Espri to . Sob a direo deles, possa o evat Belho . do reino expandir-se em todo o
mundo, ser pregado a todas as naes, tribos, lnguas e povos ; que os honestos
de corao em toda a terra, possam ouvir as boas-novas da felicidade e salvao . Domina, rogamos-te, no meio dos governos da terra, para que as barreiras agora existentes no caminho da expanso das tuas verdades, sejam removidas, e a liberdade de conscincia seja concedida a todos os povos.
Lembra-te, com benignidade, de teus servos, os patriarcas . Que eles sejam plenos de bnos para o teu povo Israel . Que eles possam levar consigo
as sementes do conforto e consolo, do encorajamento e bno . Enche-os com
o Santo Esprito da promessa, e deleita-te em cumprir suas palavras de profecia, para que teu nome seja exaltado pelo povo de tua Igreja, e que sua f em ti
e nas promessas de teus servos ministrantes seja cada vez mais fortalecida.
Junto com teus servos, os Doze, abenoa os seus associados, os setenta;
que eles possam ser vigorosos na pregao da tua palavra, levando-a aos quatro cantos da terra . Possa um caminho cada vez mais amplo ser aberto diante
deles, at que tenham erguido o estandarte do evangelho em todas as terras e
proclamado suas verdades salvadoras em toda lngua, que todas as ilhas e continentes possam regozijar-se no testemunho da grande obra que ests realizando na terra, nestes ltimos dias.
Abenoa abundantemente, Senhor, os sumos sacerdotes em seus vrios
deveres e cargos, para os ' quais tu os chamaste . Como ministros permanentes
da tua palavra nas inmeras estacas de Sio, dota-os ricamente com o esprito
de seu sublime chamado . Como presidentes, conselheiros, bispos, membros
do sumo conselho, e em todos os outros ofcios que o seu sacerdcio lhes d o
direito de preencher, possam ser eles ministros justos da tua santa lei, pais
amorosos do povo, e como juzes dos santos, possam pronunciar decises justas e imparciais, temperadas com misericrdia e amor.
Assim tambm, em seus vrios chamados, confere preciosos dons de sabedoria, f e conhecimento a teus servos, os lderes, sacerdotes, mestres e diconos para que todos possam diligentemente cumprir sua parte nos servios
gloriosos para os quais chamaste o teu sacerdcio.
No te esqueas, suplicamos-te, dos teus servos, os missionrios que esto
proclamando as verdades salvadoras que revelaste para a redeno do homem,
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por um pinculo em forma de pirmide, que termina numa pedra de cpula esfrica . Os blocos talhados que formam os pinculos tm 0,61 m de espessura; as pedras de cpula das quatro
torres do canto medem 0,61 m de dimetro, enquanto as das
duas torres centrais medem 0,91 m a mais.
O terminal esfrico da torre central oriental, que a pedra
mais elevada do prdio, e portanto, a pedra de cpula propriamente dita, suporta uma esttua, cuja coroa marca o ponto
mais alto de toda a estrutura . A figura, que tem 3,81 m de altura, a de um homem que caracteriza um arauto ou mensageiro
tocando trombeta . Em pose e proporo, a figura graciosa e
meiga, ainda que viril e forte ; as roupagens so simples, e deixam s os ps, os braos, o pescoo e a cabea descobertos . Em
volta da cabea ostenta um fino diadema que sustenta fortes
lmpadas incandescentes . A esttua de cobre forjado, espessamente folhado a ouro . obra de C.E. Dallin, nascido em Utah,
e agora um escultor internacionalmente conhecido . A figura representa Morni, o profeta nefita, que morreu por volta de 421
A.D ., e que, como um ser ressurreto, visitou em 1823 o profeta-menino Joseph Smith, trazendo-lhe a mensagem do evangelho
restaurado, de acordo com a profecia do antigo vidente:
"E vi outro anjo voar pelo meio do cu, e tinha o evangelho eterno, para
o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nao, e tribo, e lngua,
e povo, dizendo com grande voz : Temei a Deus, e dai-lhe glria ; porque vinda
a hora do seu juzo . E adorai aquele que fez o cu, e a terra, e o mar, e as
fontes das guas ." 3
Como foi descrito em conexo com as cerimnias do assentamento da pedra de cpula em 6 de abril de 1892, sobre a qual
se apia a esttua, uma das pedras que abrigam registros do
templo . 4 Uma outra pedra semelhante deve ser mencionada . Esta se encontra no canto sudeste do prdio, imediatamente abaixo da primeira camada de granito . um bloco de quartzito, de
0,91 m de comprimento por 0,51 m tanto de largura quanto de
altura . Uma cavidade de 0,30 m 2 em corte transversal contm livros e peridicos impressos ; e registros manuscritos, ali colocados na ocasio do assentamento da primeira camada de granito.
Uma placa de quartzito fecha a cavidade e cimentada no lugar,
3Apocalipse 14 :6, 7.
4Veja p . 115 .
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da um destes ocupa um trio entre a torre central e a torre adjacente do canto . As quatro portas so do mesmo feitio . Uma escadaria de 16 degraus de granito conduz ao trio ; o mais baixo
desses degraus, tem aproximadamente 4,88 m de comprimento,
e o superior, cerca de 2,75 m, e cada um dos intermedirios, cerca de 3 m . Sobre a laje de granito superior, assenta-se a soleira
da porta, ou degrau da porta propriamente dita, que de bronze fundido . O vo da porta tem 2,44 m de largura, e 5,02 m de
altura, sendo fechado por portas duplas, encimadas por bandeira em arco . As portas propriamente ditas, tm 3,66 m de altura,
e 1,22 m de largura, cada uma . A almofada inferior de cada
porta de carvalho, enquanto que a do meio e a superior so
ocupadas por placas de vidro chanfrado, protegidas por grades
de bronze de desenho complicado, tendo um medalho de colmia no centro . As ferragens so todas de bronze fundido, e
tm desenhos especiais . A maaneta apresenta em relevo uma
colmia, sobre a qual, em linha curva, aparecem as palavras
"Santidade ao Senhor" . O espelho da fechadura apresenta, em
relevo, as mos enlaadas dentro de uma coroa de ramos de oliveira, um arco com chave, e as datas "1853-1893" os anos
em que o grande edifcio foi iniciado e concludo.
Ao lado de cada portal, flanqueando a torre central, existe
um nicho abobadado no granito, suficientemente grande para
conter uma esttua de hericas propores.8
Assim o grande templo visto de fora . Sua estrutura compacta impressiona at o observador casual, como smbolo de
perpetuidade, e a corporificao da firmeza e durabilidade . Ele
se ergue como um pico isolado dos montes eternos . Tanto quanto qualquer obra do homem o consiga, ele sugere durao.
8Durante certo nmero de anos, os nichos na extremidade oriental do templo, foram ocupados por esttuas de bronze, de Joseph Smith, o profeta, e Hyrum Smith, o
patriarca, que posteriormente foram removidas para o terreno aberto, dentro dos muros da Praa do Templo .
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CAPTULO VIII
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A Sala do Jardim: E marcante o contraste entre a sala descrita acima e o recinto ao sul ao qual se chega pela sala de conferncia, por uma passagem em arco fechado por cortinas . Embora tendo as mesmas medidas da sala anterior, e assentos para
acomodar o mesmo nmero de pessoas, em todos os seus pontos, de decorao mais elaborada . O teto e as paredes so embelezados com pinturas a leo aquele representando as nuvens e o cu, como o sol, a lua e as estrelas ; estas, mostrando
paisagens de rara beleza . H grutas silvestres e pequenos vales
musgosos, lagoas e crregos, cachoeiras e regatos, rvores, trepadeiras e flores, insetos, pssaros e animais, em resumo, a terra em toda sua formosura como era antes da Queda . Pode
ser chamada de Sala do Jardim do den, porque em cada parte
e detalhes, expressa doce contentamento e santo repouso . No
h sugesto de distrbio, inimizade ou hostilidade ; os animais
esto em paz e os pssaros vivem em harmonia . No centro da
parede sul, h uma plataforma e um altar de orao, alcanado
por trs degraus . O altar estofado com veludo, e sobre ele, repousa a Bblia Sagrada . Nos lados do altar, existem largas passagens que levam diretamente a um jardim de inverno com plantas naturais.
A Grande Escada comea perto da extremidade sul do corredor inferior j descrito . E provida de um majestoso pilar de
corrimo, e de uma macia balaustrada, ambos de slida cerejeira . Esta escada consiste de trinta e cinco degraus com trs plataformas, e no seu topo se encontra o corredor superior que corre 12,20 m de norte a sul . Uma grande tela representando o Cristo ressurreto, instruindo os nefitas no continente ocidental, ocupa um espao de 6,10 m na parede leste deste corredor ; e pinturas menores adornam as outras paredes.
A Sala do Mundo . Comeando da primeira plataforma
abaixo do topo da grande escada indo para o lado ocidental h
um corredor de 2,74 m de largura e 4,57 m de comprimento . Este contm uma janela artstica em ricas cores, de forma elptica
com cerca de 3,05 m de altura, representando a expulso do
den . Ela de significado especial na jornada da Sala do Jardim embaixo, at o recinto simblico ao qual leva esta passagem
lateral . Em ambas as extremidades, o corredor termina numa
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sala do mundo, esta repousante em seu colorido suave e atmosfera de conforto . O tapete de veludo cor de alfazema, tecido em desenhos simples . As paredes so pintadas de azul plido, o teto e o madeiramento, de branco com adornos em ouro.
Na extremidade ocidental, h um grande espelho com moldura
em branco e ouro. As cadeiras so estofadas combinando com o
tapete. Do teto apainelado pendem trs lustres grandes, porm
simples, sustentando globos opalinos . Dois conjuntos de quebra-luzes cnicos com lmpadas incandescentes, ocupam nichos
circulares no teto, e arandelas em forma de tocheiro com mais
lmpadas esto afixadas nas pilastras das paredes : Umas poucas
telas emolduradas ornam as paredes, e a maior delas, . a pintura
original de Girard Jos interpretando os sonhos do mordomo
e do padeiro . Outros quadros ilustram incidentes da vida de
Cristo, e cenas nas terras bblicas.
H um altar estofado perto da extremidade oriental da sala
sobre o qual esto as sagradas escrituras . Nesta sala so dadas
instrues a respeito das investiduras enfatizando os deveres
prticos de uma vida religiosa . , portanto, comumente conhecida como a sala de conferncia superior, mas em vista de sua
relao com a sala seguinte, podemos por convenincia design-la de Sala Terrestrial . Na extremidade oriental, h uma plataforma elevada, alcanada por trs degraus, cujos fundos formam um arco cujo vo de 9,14 m . O arco sustentado por cinco colunas, entre as quais pendem cortinas de sedas, em quatro
sees . Este o Vu do Templo.
A Sala Celestial: Da sala anteriormente descrita para a que
est agora em considerao, a passagem feita atravs do vu.
Esta sala um aposento amplo e alto com cerca de 18,28 m por
13,72 m de rea e 10,36 m de altura, ocupando a seo nordeste
do prdio neste andar . Em acabamento e moblia a mais maravilhosa de todas as salas da construo . Se a ltima sala descrita
poderia ser considerada tpica do estado terrestrial, esta sugere
condies ainda mais exaltadas ; e pode ser apropriadamente
chamada de Sala Celestial . A extremidade ocidental inteiramente ocupada pelo Vu . A parede oriental parcialmente ocupada por dois espelhos triplos, de 3,96 m de altura ; a seo central de cada um de 1,12 m de largura, e as sees laterais medem cada uma 0,91 m de largura . Ao longo das paredes h vinte
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selamento dos vivos e a dos mortos, o menor de todos os recintos do templo, porm, o mais maravilhoso . Sua excelncia, porm, antes a de esplndida simplicidade do que um esplendor
suntuoso . Fica em nvel mais elevado do que as duas outras salas, sendo alcanado por uma escada adicional de seis degraus,
do lado de dentro das portas corredias . A pequena escada limitada por balaustradas esculpidas a mo, as quais terminam
em dois pilares de corrimo, ostentando figuras de bronze, simbolizando a infncia inocente ; estes sustentam ramalhetes de
flores, cada flor ornamental ostentando uma lmpada eltrica.
Na plataforma do topo dos degraus existe uma arcada, sob a
qual h portas corredias ; estas portas marcam o limiar do recinto mais ntimo ou Santo dos Santos do templo, e corresponde cortina mais interna, ou vu, que protegia da vista do pblico os recintos mais sagrados do tabernculo e dos templos das
dispensaes anteriores.
O assoalho de blocos de madeira-de-lei nativa, cada um
com 2,54 cm em corte transversal . A sala de contorno circular
com 5,50 m de dimetro, com paredes em painis, estes separados por pilares esculpidos suportando arcos ; decorada em azul
e dourado . A porta de entrada e os painis tm molduras de veludo vermelho com uma borda externa decorada em ouro . Quatro nichos de parede, orlados em carmesim e dourado, tm um
fundo em azul carregado, e dentro deles vem-se altos vasos
contendo flores . A sala praticamente sem luz natural, mas
magnificamente iluminada por um grande lustre e oito grupos
de lmpadas nos lados . O teto uma cpula, na qual h janelas
circulares e semicirculares de vidro adornado, e do lado externo
destas, portanto, acima do teto, existem globos eltricos, cuja
luz penetra na sala em inmeros matizes de suave intensidade.
No lado sul desta sala, defronte porta de entrada e em tamanho correspondente, h uma janela de vidro colorido representando a apario do Pai Eterno e seu Filho Jesus Cristo ao
jovem Joseph Smith . O evento ali reproduzido, marcou o incio
da dispensao da plenitude dos tempos . A cena representada
num bosque ; os personagens celestiais esto vestidos de branco,
e parecem estar instruindo o jovem profeta, que est ajoelhado,
com a face levantada e os braos estendidos . Abaixo est a ins-
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E, abaixo:
"Este o meu Filho Amado, ouve-o,"
Esta sala reservada para as ordenanas superiores do sacerdcio, relacionadas exaltao dos vivos e dos mortos.
A Sala do Zimbrio: Perto da plataforma da escada de granito, na torre sudeste, no terceiro andar, fica a entrada da grande Sala do Zimbrio, de 10,88 m por 13,41 m . No lado sul, h
trs janelas ovais, e no lado oposto, h semidiscos de vidro granulado, que do para a Sala Celestial embaixo e esto embutidas em seus arcos . No centro aparece um grande zimbrio, de
15,54 m de circunferncia na base e com a altura de 2,13 m . Este cravejado com dezessete janelas adornadas ; e pode ser
prontamente reconhecido como o teto do Santo dos Santos j
descrito como o recinto mais eminente dosegundo andar . Em
cada uma destas janelas, esto colocadas lmpadas eltricas,
destas lmpadas que aquela sala recebe sua bela iluminao colorida indireta . Nas paredes esto pendurados retratos das autoridades da Igreja . Nenhuma obra de ordenana especfica pertence a este compartimento . No canto noroeste desta sala, abre-se um saguo ou corredor de 22,86 m de comprimento, 2,44 m
de largura em seus primeiros 4,57 m de extenso, 'e 3,05 m no
restante . No corredor, h salas m ambos os lados.
A Sala dos lderes: a primeira sala no lado sul do corredor, a oeste da sala do zimbrio . Tem 9,45 m por 3,96 m, sendo
iluminada por uma janela oval . A moblia consiste de um altar
para orao, cadeiras e uma mesa . Esta sala reservada para
conselho e orao dos diversos quoruns de lderes nas estacas da
Cidade de Lago Salgado, cada grupo tendo o direito de ocupla em determinados horrios.
A Sala do Conselho dos Doze Apstolos: Fica a oeste da l tima, no lado sul do corredor . Esta mede 8,53 m por 6,40 m, e
tem duas janelas ovais na parede sul . E mobiliada com doze cadeiras de carvalho, estofadas em couro, outras cadeiras para re-
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gistradores ou secretrios, escrivaninhas, mesa e altar . Nas paredes so vistos retratos dos apstolos SUD vivos . Adjacente a
esta cmara, h uma ante-sala de 4,27 m por 6,40 m.
A Sala do Conselho dos Setenta : A entrada pelo corredor,
perto de sua extremidade ocidental . A sala mede 8,53 m por
4,27 m, e tem uma janela oval no lado sul . Esta cmara reservada para uso dos primeiros sete presidentes dos setenta, ou
mais acuradamente, o Primeiro Conselho dos Setenta . mobiliada para seu propsito, com sete cadeiras do mesmo tipo, uma
cadeira extra para o registrador ou secretrio, uma mesa e um
altar de orao.
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Flanqueando os estrados oficiais, em ambas as extremidades desse auditrio, h lugares para os oficiais do sacerdcio
no diretamente chamados para oficiar nos servios do dia . A
galeria e os estrados laterais so providos de cadeiras dobrveis;
os assentos da platia so de construo reversvel, a fim de que
o auditrio possa encarar o estrado que pertence ao sacerdcio
oficiante na ocasio.
Esta grande sala decorada em branco e dourado . Do teto
em painis, pendem grandes lustres, e estes com as lmpadas nas
cornijas somam um total de trezentos e quatro globos eltricos.
Atrs de cada estrado, existem amplos vestirios com estrados
em ambos os lados . Em cada canto deste majestoso auditrio,
h uma escada em caracol que leva galeria ; a escada de modelo gracioso com ornamentos entalhados a mo.
Os Andares Superiores: Acima do nvel da principal sala de
assemblia com suas dependncias, no h nenhuma sala . O andar seguinte tem uma plataforma de elevador no lado ocidental,
e um corredor que atravessa o prdio, ligando as duas torres de
canto, tanto as da extremidade oriental como as da ocidental, e
isso tudo. A plataforma seguinte fica ao nvel do telhado do
templo, acima do qual h somente pinculos e remates.
As Quatro Escadas de Granito: Em cada uma das quatro
torres de canto, h uma escada que vai do poro at o telhado,
com cada um dos degraus em slido granito . As escadas so ligadas a uma coluna central de granito de 1,22 m de dimetro, e
cada degrau embutido e firmado de modo a resistir por longo
tempo, a todo e qualquer desprendimento ocasionado pelo passar dos anos. Cada uma dessas quatro escadas de canto tem cento e setenta e sete degraus, perfazendo um total de setecentos e
oito degraus . Cada degrau tem 1,83 m de comprimento, com
um encaixe de 7,5 cm em cada extremidade ; na extremidade
mais estreita tem 0,13 m de largura e na outra tem 0,61 m ; os degraus apresentam uma beirada saliente de 4 cm . H amplas plataformas a intervalos convenientes, na longa espiral . Cada degrau completo pesa mais de setecentos e setenta quilos, e o peso
total das quatro escadas de granito de mais de quinhentos e
sessenta e seis mil quilos . Em cada andar, h um corredor de
3,05 m de largura que corre de norte a sul, ligando as escadas
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CAPTULO IX
A Praa do Templo
Por mais admirvel que seja o feito da edificao do templo
pelo povo, particularmente no comeo da obra, iniciada sob
condies to desfavorveis, o empreendimento torna-se ainda
mais notvel, quando consideramos outras obras de construo
executadas enquanto o templo estava sendo construdo. No s
outros trs templos foram comeados e concludos neste perodo, mas tambm capelas em vrias alas e estacas, e outros edifcios de ainda maior capacidade foram erigidos para assemblias
da Igreja em geral . Os prdios construdos na Praa do Templo
na Cidade do Lago Salgado representam por si ss, grandes empreendimentos, quando considerados luz das circunstncias
prevalecentes na poca . Dentre tais prdios, conta-se o atual Tabernculo ; o edifcio h muito demolido e atualmente conhecido como o Antigo Tabernculo, e o Assembly Hall.
interessante saber que os primeiros abrigos erigidos para
as reunies pblicas, dentro do que agora a Cidade do Lago
Salgado, eram caramanches ; entre estes, o Velho Caramancho distintamente mencionado e conhecido . No dia 31 de julho de 1847 somente uma semana aps a chegada dos pioneiros no vale do Grande Lago Salgado, um destacamento do Batalho Mrmon, l que acabara de chegar colnia, ou cidade,
como j ento era chamada, construiu um caramancho de estacas e galhos cortados para a acomodao de reunies de ado1 O Batalho Mrmon era um grupo de quinhentos homens alistados pelo povo migrante, por ordem do governo federal, para ajudar na guerra dos Estados Unidos com o
Mxico . O batalho foi convocado para o servio em julho de 1846, e passou a fazer
parte das foras comandadas pelo General Stephen F . Kearney . A parte principal do batalho marchou do Forte Leavenworth at Santa F, e chegou ao sul da Califrnia em
janeiro de 1847 . Um destacamento dele, formado pelos homens que haviam ficado incapacitados durante a marcha, tinha passado o inverno em Pueblo ; este grupo alcanou o
vale do Lago Salgado em julho de 1847, poucos dias depois da chegada dos pioneiros . ,
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A PRAA' DO TEMPLO
por portas, janelas e paredes ; as portas abrem-se para fora, oferecendo assim um fcil meio de sada . O edifcio mede 76,20 m
de comprimento por 45,72 m de largura no centro . O teto fica a
21,34 m do piso, no centro ; e do teto at o telhado, a distncia
de 3,05 m . Uma espaosa galeria de 9,14 m de largura, se estende ao longo das paredes internas, e interrompida somente no
lado ocidental, onde d lugar ao grandioso rgo, e assentos reservados para o majestoso coro . Em contraste com os mtodos
comuns de construo, esta enorme galeria no ligada s paredes . A intervalos de 3,66 m a 4,57 m, grandes vigas ligam a galeria com os contrafortes das paredes, porm, entre essas vigas, a
galeria termina a 0,76 m da face interna das paredes, sendo que
esses vos so protegidos por uma alta balaustrada . Acredita-se
que as surpreendentes propriedades acsticas do prdio so devidas, em parte, a essa caracaterstica arquitetnica ; a grande
cpula , na realidade, uma colossal galeria de sussurros, como
verificaram por experincia prpria as centenas de milhares de
pessoas que tm visitado o prdio . Quando est quase vazio, a
queda de um alfinete no ponto focal da elipse perto de uma das
extremidades do prdio, pode ser ouvida no ponto correspondente, da outra extremidade . A lotao normal de pessoas sentadas do prdio, incluindo a galeria, de aproximadamente nove mil, embora . excepcionalmente j tenha . abrigado congregaes muito maiores do que esse nmero.
Na extremidade ocidental, esto os estrados incluindo os
plpitos . Na realidade, existem trs plpitos em nveis ou terraos sucessivos ; estes oferecem acomodaes para os oficiais da
Igreja, nos seus diferentes graus de autoridade . Em ambos os lados dos terraos dos plpitos, estendem-se plataformas para os
outros grupos do sacerdcio . Atrs dos estrados e plpitos, elevando-se em ambos os lados at a altura da galeria e ocupando o
espao frente do grande rgo, fica o lugar do coro, com assentos para acomodar aproximadamente trezentos cantores,
com lugares extras na galeria para quase outro tanto.
Na extremidade ocidental do prdio, encontra-se o grande
rgo, tido pela maioria como um dos . melhores instrumentos
de sua classe jamais construdo . Na poca em que foi construdo
era o maior rgo dos Estados Unidos e o segundo ou terceiro
do mundo . Um dos muitos aspectos surpreendentes relaciona-
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A CASA DO SENHOR
dos com esse instrumento que foi construdo por artesos locais ; as partes de madeira, incluindo o equipamento mecnico e
dos tubos, inteiramente de material nativo . O rgo ocupa
uma rea de 10,50 m por 9,15 m, elevando-se altura de
12,20 m no corpo do rgo em si, enquanto que as torres da
frente alcanam a altura de 14,63 m . Seus registros e reguladores atingem a soma de cento e dez ; contm acima de 3 .60 tubos, que variam de 1m27 cm a 9,71 m de comprimento em sua
parte acstica . H quatro teclados completos, e um sistema de
pedais, perfazendo cinco rgos individuais ao todo . Em tamanho e proporo, o rgo compatvel com o grande prdio no
qual est instalado ; enquanto que, em qualidade de som, e equipamento mecnico, de uma excelncia correspondente aos outros usos deste esplndido auditrio.
O telhado abobadado construdo pelo princpio de apoio
de vigas cruzadas, sustentando-se si prprio em toda a extenso, no havendo pilares entre o teto e o piso . A armao do telhado de madeira e na ocasio de sua construo, as vigas e as
trelias eram ligadas com cavilhas de madeira e tiras de couro
cru . Estes materiais foram usados em lugar de pregos, mais pela
necessidade do que por escolha ; pregos podiam ser obtidos so mente quando novos suprimentos eram trazidos por carroes,
e o frete da longa jornada tornava seu custo proibitivo . Embora
atualmente existam muitos telhados com maior vo livre nos
grandes prdios do pas, a maioria das estruturas mais recentes
so de ao ; e duvidoso que haja uma estrutura semelhante
mais resistente, feita inteiramente de madeira.
OAssembly Hall: No canto sudoeste da Praa do Templo,
encontra-se o Assembly Hall, um slido edifcio destinado a
congregaes de menor tamanho do que as que exigem o uso do
grande auditrio do Tabernculo . Durante o vero de 1877, o
Antigo Tabernculo, sobre o qual tantas lembranas agradveis
se acumularam, foi removido para dar lugar ao novo edifcio . O
Assembly Hall foi iniciado no ano acima mencionado, e, embora j se realizassem reunies no prdio inacabado, somente em
1882 ele ficou pronto para dedicao . O edifcio tem 36,58 m
por 20,73 m, incluindo os nichos das extremidades . As paredes
so de granito das pedreiras do "canyon" de Cttonwood.
Usina de Servio Geral: Todos os prdios que ocupam
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CAPTULO X
Outros Templos
de Utah
Dos santurios erigidos pelos santos do ltimos dias, o grande Templo de Lago Salgado, foi o primeiro a ser considerado especfica e detalhadamente nestas pginas . Este procedimento foi
seguido, devido ao fato de que, dos templos modernos, o da Cidade do Lago Salgado o maior, o mais dispendioso, e ainda, o
mais comumente conhecido ; e alm do mais, . como j foi afirmado, dos quatro templos at agora erigidos em Utah, este foi o
primeiro a ser iniciado e o ltimo a ser terminado . Enquanto esteve em construo, trs outros templos foram propostos, planejados, construdos, dedicados e abertos para o servio de ordenanas sagradas . Eles so conhecidos por sua localizao como Templo de St . George, Templo de Logan e Templo de Manti. A seqncia na qual so indicados, a ordem em que foram
concludos e abertos ; ser conveniente seguir esta ordem nas futuras consideraes a respeito deles.
Cada um dos trs construdo de acordo com o mesmo plano geral, e para propsitos especficos similares . Embora eles
sejam de riqueza varivel, e menores e menos elaborados do que
o grande Templo de Lago Salgado, suas instalaes e equipamentos so essencialmene os mesmos . Nenhuma descrio detalhada das instalaes ou arranjos internos ser dada ; pois tal
coisa seria pouco mais do que uma reiterao parcial do que j
foi dito.
O Templo de St. George
A cidade de St . George, sede do governo municipal do con dado de Washington, em Utah, est situada perto do limite su-
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estiver concludo, ser colocada outra pedra contendo registros do templo . Ele
ento disse, ajustando a ao s palavras : "Eu agora dou incio escavao
desta terra em nome do Deus de Israel ." Todo o povo disse "Amm ."
por 29,26 m de largura e 24,38 m de altura at o topo do parapeito . Ser construda de pedra, rebocada por dentro e por fora . Haver uma torre no centro
da extremidade oriental, e nos cantos extremos da mesma,, esquerda e direita da torre, haver escadas cilndricas ; um lado dos degraus se apoiar no cilindro, e o outro lado, num pilar, no centro do cilindro . O telhado ser plano e
coberto com um material semelhante ao do Novo Tabernculo na Cidade do
Lago Salgado . O prdio consistir de dois andares e um subsolo . Os dois recintos ou salas principais, um sobre outro, mediro 30,48 m por 24,38 m cada
um . O teto deles ser abobadado, repousando sobre colunas e construdos de
modo a comportar dezesseis salas para reunies de conselho, e outros propsitos, em cada um dos dois andares principais . A altura do teto principal no centro, mede 8,13 m ; a altura dos outros tetos, cerca de 2,74 m . O subsolo conter
a fonte batismal e ser usado para propsitos cerimoniais ."'
Uma pedra de registro foi colocada no canto sudeste do prdio, e dentro dela foram depositadas no dia 31 de maro de
1873, uma caixa metlica contendo exemplares das escrituras e
outras publicaes da Igreja, juntamente com uma placa tendo
a seguinte inscrio:
"SANTIDADE AO SENHOR"
"A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias foi organizada e
estabelecida de'acordo com as leis de nosso pas, pela vontade e mandamentos
de Deus, no dia 6 de abril de 1830 . Estes mandamentos foram dados a Joseph
Smith Jr ., que foi chamado por Deus e ordenado um apstolo de Jesus Cristo
para ser o primeiro lder da Igreja.
'Veja "Dedication of St . George Temple Site", de James G . Bleak, historiador da
Misso Sulina, publicado no "Latter-day Saints Millennial Star", Liverpool ; Inglaterra, vol . XXXVI, n? 16, de 21 de abril de 1874 . Veja tambm uma publicao posterior
no "Star", vol . XXXIII n? 51 de 19 de dezembro de 1871 .
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No nos. esqueamos de que nessa poca o povo estava empregando grandes esforos para completar o Templo de St.
George e estava dando os passos preliminares com respeito ao
erguimento do Templo de Logan ; e durante esse mesmo perodo
o maior templo de todos, estava sendo construdo na Cidade do
Lago Salgado . Ainda assim, no obstante o peso desses deveres
que muitos chamariam de tarefas seno de fardos, o chamado
da autoridade foi, ouvido designando mais outro grande empreendimento do mesmo tipo.
Quanto localizao exata do lugar onde o Templo de
Manti deveria ser edificado, uma deciso tinha sido tomada numa reunio de conselho das autoridades, realizada em Ephraim,
em 25 de junho de 1875, e o local conhecido como Pedreira de
Manti tinha sido reservado para esse fim . O local assim denominado o trmino ou ponta de uma colina, que por sua vez se
apresenta como o esporo de uma baixa cadeia de colinas, mar cado pelo afloramento de um bem estratificado e uniforme depsito de olito . Esta uma rocha granulada, cujas partculas
so pequenos esferides formados de camadas concntricas de
carbonato de clcio ; examinada sob uma lente de aumento, esta
rocha lembra uma ova de peixe, da o nome olito, em sentido
literal, pedra-ovo . A escolha desse local para erigir o templo,
significava que a estrutura seria assentada literalmente sobre a
rocha - sobre a rocha slida, sobre um terreno intato e inalterado. O templo deveria ser construdo de pedra encontrada no
local, cortada e talhada para beleza e servio . O material admiravelmente adequado para o propsito ; prontamente extrado, facilmente trabalhado e ao mesmo tempo atraente, tanto em
textura como na cor . O olito de Manti de granulao unifor me e de uma bela colorao creme . Ele tem sido usado extensivamente para construir algumas das mais pretensiosas residncias da Cidade do Lago Salgado, e, alm disso, o material do
Anexo do Templo de Lago Salgado, e dos paramentos das janelas e outros adornos do grande edifcio de granito.
O local em Manti foi dedicado no dia 25 de abril de 1877.
Na presena de muitas das Autoridades Gerais da Igreja e centenas de outras pessoas, o Presidente Young, que se encontrava no
canto sudeste da rea demarcada do templo, iniciou a escavao
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ser feita nas estaes mais amenas do ano, quando o ar est livre de geada:
Que Deus vos abenoe, irmos e irms ; desejamos e oramos que sejais
inspirados a realizar esta obra com honra para vs mesmos, e glria para
Deus . Esta a obra dos ltimos dias na qual estamos empenhados, e este o
caminho pelo qual Sio ser estabelecida . Continuaremos nosso trabalho em
nosso pas, e levaremos o evangelho a todas as naes da terra, toda casa de Israel, e a boa obra de redeno e salvao continuar at que tudo esteja consumado e Jesus apresente o reino ao Pai . Amm . "6
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se oficialmente assentada . O Bispo Edward Hunter, o bispo presidente da Igreja, assentou a pedra sudeste e seu conselheiro
Leonard W . Hardy proferiu a orao. O lder F . W . Cox, presidente do quorum dos sumos sacerdotes da Estaca Sanpete, ento assentou a pedra noroeste, e o lder Canute Peterson, presidente da estaca, proferiu a orao . O lder Horace S . Eldredge,
do Primeiro Conselho dos Setenta, assentou a pedra do nordeste, e seu associado naquele conselho, o lder John Van Cott,
pronunciou a orao dedicatria . Os servios foram testemunhados por aproximadamente quatro mil pessoas.
A partir do assentamento das pedras fundamentais at a
concluso do prdio, a obra progrediu sem srias interrupes.
Como se encontra atualmente, a estrutura tem 52,12 m de comprimento e 28,96 m de largura . Do topo do primeiro pingadouro
at onde se forma um ngulo reto, a altura do prdio de . 24,08
m, o pingadouro fica a 0,90 m do cho . As paredes tm 1,07 m
de espessura na base com contrafortes de 1,22 m, e tanto as paredes como os contrafortes se estreitam medida que sobem.
No topo, as paredes tm 0,91 m de espessura, e os contrafortes,
0,76 m . A frente principal do prdio fica no lado oriental, como
o caso em todos os templos existentes ; todavia as entradas
mais comumente usadas e a entrada pelo Anexo, esto no lado
ocidental . O alicerce da extremidade oriental, apia-se contra a
colina ; e esta extremidade da estrutura somente vista em sua
integridade, por aqueles que sobem a colina at uma posio
dominante . Uma torre no lado oriental se eleva altura de 54,61
m; a torre ocidental tem 3,05 m a menos . Cada uma destas torres tem 1,78 m de lado na base . O nivelamento do terreno em
volta do templo, fica 18,29 m acima da rua na base da colina sobre a qual se encontra o edifcio . A entrada para carros na extremidade oriental fica ao nvel de alguns degraus que conduzem
aos portais no nvel da principal sala de assemblia, no andar
superior . Adjacente ao edifcio principal e ligado a ele, existe o prdio
do Anexo, com 30,48 m . de comprimento e 12,20 m de largura,
tendo s um andar.. Neste prdio, est instalado o aparelhamento de aquecimento e tambm h salas de recepo, escritrio e
uma sala de reunio para servios preliminares . 0 templo conta
com abastecimento prprio de gua, proveniente de nascentes
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A CASA DO SENHOR
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22 e 23 de maio . Em cada uma destas reunies, a orao dedicatria foi lida, hinos e canes interpretados e discursos
feitos por oradores escolhidos pelas autoridades presentes . No
primeiro dia, os servios reais duraram cinco horas, e mais de
1 .700 pessoas estavam presentes . Muitos dos santos testificaram
manifestaes maravilhosas do poder divino, que presenciaram
nesta grandiosa e solene ocasio.
No primeiro dia, exatamente quando o Professor Smith estava concluindo o preldio ao rgo - uma seleo de Mendelssohn um nmero de santos na platia do recinto e alguns irmos no estrado ocidental ouviram vozes
celestiais cantando . Para eles, era um som angelical que parecia vir de um ponto atrs e acima, sendo que muitos chegaram a voltar a cabea naquela direo, querendo saber se havia outro coro em qualquer outra parte do prdio . No entanto, no havia nenhum outro coro . ..
"Alguns dos santos viram os espritos dos presidentes Young, Taylor,
J .M . Grant e outros no templo, e as cabeas de alguns oradores estavam rodeadas por um halo de luz clestial durante os servios . Os santos desfrutaram
de uma festa espiritual que se estendeu durante trs dias, e muitos derramaram
lgrimas de regozijo, enquanto ouviam o testemunho e admoestaes dos servos de Deus . No pode haver dvida de que Deus aceitou o Templo de Manti
das mos dos santos, e ele abenoar a todos que, de qualquer forma, ajudaram a constru-lo, ou que, no tendo meios para ajudar, disseram em seus co raes . "Eu teria ajudado se pudesse" . 9
A obra nos terrenos tem sido levada avante nos ltimos anos
para um maior embelezamento do local . Uma grande escadaria
foi construda a partir do nivelamento da rua, at o nvel da soleira do Templo . Esta escada tem 6,10 m de largura, com muros
de arrimo em ambos os lados ligados a grandes pilares quadrados em cada plataforma. Os degraus tm um piso de 0,30 m e
0,15 m de altura, e destes h cento e vinte e cinco . H nove plataformas entre o topo e a base, cada uma com 1,83 m de largura . O topo da escada liga diretamente com o caminho para carros que contorna o templo . A escadaria, suas paredes e pilares,
so todos feitos de cimento ; e passeios de cimento rodeiam o
templo . 10 Espalhados sobre o gramado que ocupa a rampa ocidental, h arbustos e rvores ornamentais ; cada um destes
9 "Latter-day Saint's Millennial Star", vol . L, n? 26, de 25 de junho de 1888, pg.
405 .
10Veja descrio ilustrada da escadaria e outras obras do Templo de Manti publicada no "Deseret Evening News", de 28 de dezembro . de 1907, sob o ttulo de "Manti
Tem a Maior Escadaria de Cimento do Pas" . Numa carta ao autor, Lewis Anderson, o
atual presidente do Templo de Manti, confirma a exatido dos dados fornecidos .
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Il Pela assistncia na compilao de dados referentes ao Templo de Manti, o escritor agradece ao oficial presidente do templo, Presidente Lewis Andei son e seus associados .
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CAPTULO XI
Concluso
Como foi demonstrado nas pginas precedentes, a Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias proclama a necessidade de templos na poca presente, erigidos e dedicados ao servios do Altssimo ; e afirma que a esta Igreja foi dada a comisso
de construir e manter esses santurios, e de administrar neles as
ordenanas salvadoras e de exaltao do evangelho, para os vivos, e pelos mortos.
Esta obra j alcanou uma magnitude, ao mesmo tempo impressionante e surpreendente . Ordenanas de batismo com a
respectiva confirmao, ordenao no sacerdcio, e selamento,
tanto do vnculo de marido e mulher, como de pais e filhos, solenizadas nos templos da presente dispensao, j somam a muitos milhes ; e a continuao desta obra marcada pela devoo
e zelo contnuos.
O evangelho de Jesus Cristo dado para a salvao da humanidade; suas exigncias aplicam-se igualmente aos vivos cujo
privilgio afortunado ouvir suas boas-novas enquanto na carne, e aos mortos, que podem aceitar a verdade no mundo espiritual . O esprito do evangelho o de altrusmo ilimitado ; seu poder de salvar, estende-se alm dos portais da morte . Como a
obra vicria pelos mortos somente pode ser feita em santurios
especialmente destinados a isto, haver constante necessidade
de templos, enquanto houver almas esperando esse ministrio.
A era presente a de maior importncia em toda a histria,
pois que incorpora as realizaes do passado e a semente viva de
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A CASA DO SENHOR
O apstolo d nfase superioridade do sacerdcio denominado segundo Melquisedeque, pela afirmao de que Jesus Cristo era um sumo sacerdote daquela ordem exaltada . 2 Esse sacerdcio foi possudo e exercido pelos patriarcas de Ado at Moiss. Aaro foi ordenado no ofcio de sacerdote assim como os
seus filhos ; o fato, porm, de que Moiss possua autoridade superior, abundantemente demonstrado . 3 Depois da morte de
Aaro, seu filho Eleazar exerceu a autoridade de sumo sacerdote do Sacerdcio Menor ; e at Josu tinha que pedir-lhe conselhos e instrues . 4
Desde o ministrio de Moiss at o de Cristo, somente o sacerdcio menor operava na terra exceto, unicamente, nos casos
de autoridade de ordem maior especialmente delegada, tal como
1 Hebreus 7 :11, 12.
2Veja Hebreus 5 :6, 10; 6 :20; compare com Salmos 110 :4 ; e tambm Gnesis 14:19.
;Considere a reprovao do Senhor a Aaro e Miri, Nmeros 12 :1-8.
Veja nmeros 27 :18-23 .
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CONCLUSO
O Sacerdcio Maior ou de Melquisedeque foi restaurado pelo ministrio pessoal de Jesus Cristo, e permaneceu com seus
apstolos e na Igreja sob a administrao deles, mas foi novamente perdido medida que a grande apostasia progredia.
O santo sacerdcio em sua plenitude foi restaurado na poca atual no somente as funes menores de dicono, mestre
e sacerdote, que constituem os ofcios distintos da ordem aarnica, incluindo a levtica, mas tambm a autoridade maior - a
5Doutrina e Convnios 84 :23-28 ; leia os versiculos precedentes, 14-22.
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A CASA DO SENHOR
6 0 Sacerdcio Aarnico designado segundo Aaro, que foi dado a Moiss como
seu porta-voz, para agir sob sua direo no desempenho dos propsitos de Deus a respeito de Israel (xodo 4 :14-16) . Por esta razo, s vezes, chamado de Sacerdcio Menor ; mesmo sendo menor, no pequeno nem insignificante . Enquanto Israel peregrinava no deserto, Aaro e seus filhos foram chamados por profecia e ordenados nos deveres do cargo de sacerdote (xodo 28 :1) . Mais tarde o Senhor escolheu a tribo de Levi
para ajudar Aaro nas funes do sacerdcio, e o dever especial dos levitas foi o de
guardar os instrumentos e se encarregar do servio do tabernculo . Os levitas deviam
substituir os primognitos delodas as tribos, aos quais o Senhor havia separado do povo para seu servio desde a ocasio da ltima e terrvel praga no Egito, quando foi morto o primognito de cada casa dos egpcios, enquanto que o filho maior de cada famlia
israelita foi santificado e preservado . (Nmeros 3 :12-13 ; 39 :44-45, 50-51 .) Essa comisso dada aos levitas s vezes chamada de Sacerdcio Levtico . (Hebreus 7 :11 .) Deve-se
consider-lo como dependente do Sacerdcio de Aaro, e no compreende os poderes
mais altos do Sacerdcio . O sacerdcio Aarnico, como foi restaurado terra nesta dispensao, inclui a ordem levtica (Doutrina e Convnios 107 :1) . Possui as chaves do ministrio dos anjos, e a autoridade para oficiar nas ordenanas exteriores, a letra do
Evangelho . (Doutrina e Convnios 107 :20 .) Compreende os cargos de dicono, mestre e
sacerdote, e o bispado tem as chaves de sua presidncia.
"O Sacerdcio Maior ou de Melquisedeque leva o nome do rei Salm, um grande
sumo-sacerdote . (Gnesis 14 :18 ; Hebreus 7 :1-17 .) Antes do tempo do referido rei, chamava-se Santo Sacerdcio, segundo a Ordem do .Filho de Deus . Mas, por respeito ou reverncia ao nome do Ser Supremo e para evitar-se a freqente repetio de seu nome,
eles, a Igreja em dias antigos, deram quele Sacerdcio o nome de Melquisedeque.
(Doutrina e Convnios 107 :2-4 .) Este Sacerdcio tem o direito de presidir todos os cargos da Igreja . Suas funes especiais consistem na administrao de coisas espirituais, e
compreendem as chaves de todas as bnos espirituais da Igreja, o direito de ver abertos os cus diante deles, de comunicar-se com a assemblia geral e Igreja do Primognito, e gozar da comunho e presena de Deus o Pai, e Jesus Cristo, o mediador do novo
convnio ." (Doutrina e Convnios 107 :18-19 .) Os cargos especiais do Sacerdcio de
Melquisedeque so : apstolo, patriarca ou evangelista, sumo-sacerdote, setenta e
lder ." "Regras de F", cap . XI, pp . 193-194.
7Veja Malaquias 4 :5-6 ; tambm as pginas 61-64 deste livro .
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Apndice I
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A CASA DO SENHOR
salm e o Monte das Oliveiras . No lado oposto, h uma plataforma elevada provida de um belo plpito, um grande rgo
eletrnico e bancos para acomodar 30 pessoas . Os benfeitores
do templo sentam-se na capela, antes de se registrarem para as
sesses do templo . A capela tambm usada para reunies
apropriadas e assemblias especiais do templo.
Na extremidade norte da capela h outro grande mural
plena vista dos que estiverem sentados nos bancos . Os dois murais so obra do artista Harris Wiberg, da Cidade do Lago Salgado. O mural do norte representa o Cristo ressurreto instruindo seus discpulos antes da sua ascenso ao cu . Tem-se a impresso nesta pintura de que o prprio Senhor est instruindo
seus discpulos : "Portanto ide, ensinai todas as naes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Esprito Santo ." (Mateus 28 :19 .)
Da capela, os freqentadores do templo so convidados a
descer as escadas, ou tomar elevadores no lado leste do anexo,
para continuar o processo de registrao . Estas salas semi-subterrneas na parte inferior do anexo, so adjacentes parede
norte do templo e proporcionam acesso ao edifcio principal.
Nesse andar inferior tambm h salas, ou reas, para datilografia, depsito de malas, berrio, cozinha e refeitrio para os
oficiantes e freqentadores do templo, vestirios femininos e
masculinos para os oficiantes do templo, lavanderia, salas de
ordenanas e centro de controle do prdio utilizado pelo pessoal
de manuteno.
A Salada Fonte Batismal : Ocupando a tera parte central
do primeiro andar, do lado norte do templo, fica a sala batismal, na qual se encontra'a grande fonte . O piso revestido com
mrmore branco, e uma faixa de 0,25m do mesmo material se
estende ao longo de cada parede, encimada por lambris de madeira. As predes so virtualmente uma sucesso de portas duplas, cuja metade inferior de madeira almofadada, e a superior, de vidro granulado. Todas as portas so arcadas, tendo
uma grande bandeira semicircular com uma abertura central
ocupada por uma grade de metal . Destas portas, h cinco pares
no lado norte, seis no sul, e dois pares no leste . H 12 pilastras
caneladas ao redor das paredes, cada uma estendendo-se do
cho at o teto .
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1 PARTE INTERNA
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Ao norte da sala da fonte batismal h espaosos e convenientes vestirios usados pelos irmos, e no sul existem vestirios apropriados para as irms . Foram tambm providenciadas
salas onde certas ordenanas de uno so realizadas . Nessas ce'Compare com o "mar de fundio" do Templo de Salomo, 1 Reis 7 :23-26; II
Crnicas 4 :3-5.
2 Veja Doutrina e Convnios seo 128 .
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1 - PARTE INTERNA
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esmeradamente acabados . As cornijas macias e as vigas que separam os painis do teto, so ricamente embelezadas com cachos de frutas e ramalhetes de flores . O esquema de cor das pa redes marrom suave, realado pelo bronzeado claro das colunas caneladas, e por abundantes decoraes em dourado . Oito
lustres com quebra-luzes de vidro ricamente acabados pendem
do teto, e cada uma das vinte e duas colunas ostenta uma arandela de modelo correspondente . Um poste de corrimo, na extremidade oriental, ostenta um cacho de flores de globos coloridos com um artstico suporte em bronze. O assoalho coberto
com um pesado tapete e os mveis so todos de modelo aprimorado, porm adequado . No lado oriental, h uma pequena escada que leva a uma sala de selamento.
Cada um dos trs nichos das janelas arcadas no lado norte
emoldurado por cortinas de seda drapeadas, cujo material e modelo combinam com o Vu . Uma passagem em arco no lado
norte leva sala de selamento a ser descrita posteriormente . No
lado sul, h quatro pares de portas duplas, correspondendo em
posio e tamanho com as janelas ao norte .O portal no lado sudoeste, abre-se diretamente para o corredor superior no topo da
grande escadaria j descrita ; cada um dos outros trs portais,
provido de portas corredias, e abre para uma sala com piso
pouco mais elevado em relao grande sala, reservada para o
servio cerimonial especial mais especificamente descrito nos
pargrafos seguintes:
Salas de Selamento : A primeira das trs salas pequenas, ao
sul da sala celestial, tem aproximadamente 3,05 por 3,96 m com
um nicho semicircular de 1,52 m de profundidade . Este elevado dois degraus acima do assoalho principal . Na parede deste
nicho, h uma janela artstica ogival de vidro colorido represen tando com pormenores impressionantes e reais, o profeta ressurreto, Morni, entregando as placas do Livro de Mrmon o jovem vidente, Joseph Smith . um smbolo adequado da realidade da comunicao dos vivos com os mortos ; e s ordenanas
pertencentes a esta finalidade que sala destinada . Esta uma
das salas de selamento do templo . A parede ocidental ocupada
por um grande espelho . No centro, h um altar ricamente estofado e decorado em branco e dourado . O altar tem 1,83 m por
1,07 m na base, e 0,76 m de altura . Aqui se ajoelham em humil-
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1 PARTE INTERNA
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suportam ramalhetes de flores, cada flor ornamental ostentando uma lmpada eltrica. Na plataforma, no topo dos degraus,
existe uma arcada sob a qual h portas corredias ; estas portas
marcam o limiar da sala interna do Santo dos Santos do templo,
e correspondem cortina mais interna, ou vu, que protegia da
vista do pblico os recintos mais sagrados do tabernculo e dos
templos das dispensaes anteriores.
O assoalho de blocos de madeira-de-lei nativa, cada um
com dois centmetros e meio em corte transversal . A sala de
contorno circular, com 5,50 m de dimetro, com paredes e painis, estes separados por pilares esculpidos suportando arcos ;
decorada de azul e dourado . A entrada e os painis tm molduras de veludo vermelho com uma borda externa decorada em
dourado . Quatro nichos de parede, orlados em carmesim e dourado, tm fundo azul carregado e dentro deles vem-se altos vasos contendo flores . O teto uma cpula na qual h janelas circulares e semicirculares de vidro adornado, e do lado externo
destas, portanto acima do teto, existem globos eltricos, cuja
luz penetra na sala em inmeros matizes de suave intensidade.
No lado sul desta sala, defronte porta de entrada, e em tamanho correspondente, h uma janela de vidro colorido, representando a apario do Pai Eterno e seu Filho Jesus Cristo ao
jovem Joseph Smith . O evento ali representado marcou o incio
da dispensao da plenitude dos tempos . A cena representada
num bosque ; os personagens celestiais esto vestidos de branco,
e parecem estar instruindo o jovem profeta, que est ajoelhad
com a face levantada e os braos estendidos . Abaixo est a escritura, pela qual, Joseph foi levado a buscar a divina instruo:
"E, se algum de vs tem falta de sabedoria, pea-a a Deus, que a todos d
liberalmente, e o no lana em rosto ; e ser-lhe- dada" . (Tiago 1 :5 .)
E abaixo:
"Este o meu Filho Amado, ouve-o ."
Esta sala reservada para as ordenanas superiores do sacerdcio, relacionadas exaltao dos vivos e dos mortos.
A Sala do Zimbrio : Perto da plataforma da escada de granito, na torre sudeste, no terceiro andar, fica a entrada da grande Sala do Zimbrio, de 10,88 m por 13,41 m . No lado sul h
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Apndice II
A Praa do Templo *
Por mais admirvel que seja o feito do povo edificando o
grandioso templo, particularmente no comeo da obra iniciada
sob condies to desfavorveis, o empreendimento torna-se
ainda mais notvel quando consideramos outras obras de construo executadas enquanto o templo estava sendo construdo.
No s outros trs templos foram comeados e concludos neste
perodo, mas tambm capelas em vrias alas e estacas, e outros
edifcios de ainda maior capacidade foram erigidos para assemblias da Igreja em geral . Os prdios construdos na Praa do
Templo na Cidade do Lago Salgado representam por si ss,
grandes empreendimentos, quando considerados luz das circunstncias prevalecentes na poca . Dentre tais prdios, esto o
atual Tabernculo, o edifcio h muito demolido e agora tido
como o Antigo Tabernculo, e o Assembly Hall.
interessante saber que os primeiros abrigos erigidos para
as reunies pblicas, dentro do que agora a Cidade do Lago
Salgado, eram caramanches ; entre estes, o Velho Caraman cho distintamente mencionado e conhecido . No dia 31 de ju lho de 1847 somente uma semana aps a chegada dos pioneiros no vale do Grande Lago Salgado, um destacamento do Batalho Mrmon, l que acabara de chegar colonia, ou cidade,
* A Praa do Templo na Cidade do Lago Salgado sofreu modificaes e acrscimos desde que o material original do Captulo IX foi escrito pelo Dr . Talmage . Este
apndice foi escrito por Wm . James Mortimer baseado no texto original de Talmage e
reflete a Praa do Templo como se apresentava em 1968.
1 0 Batalho Mrmon era um grupo de quinhentos homens alistados pelo povo migrante por ordem do governo federal, para ajudar na guerra dos Estados Unidos com o
Mxico . O batalho foi convocado para o servio em julho de 1846, e passou a fazer
parte das foras comandadas pelo General Stephen F . Kearney . A parte principal do batalho marchou do Forte Leavenworth at Santa F e chegou ao sul da Califrnia em janeiro de 1847 . Um destacamento dele formado pelos homens que haviam ficado incapacitados durante a marcha, tinha passado o inverno em Pueblo ; este grupo alcanou o
Vale do Lago Salgado em julho de 1847 poucos dias depois da chegada dos pioneiros .
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A CASA DO SENHOR
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II - A PRAA DO TEMPLO
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fortes . Os contrafortes medem 2,74 m de largura ou profundidade e 0,91 m de espessura. O espao entre os contrafortes
ocupado por portas, janelas e paredes ; as portas abrem-se para
fora, oferecendo assim um fcil meio de sada . O edifcio mede
76,20 m de comprimento por 45,72 m de largura no centro . O
teto fica a 21,34 m do piso, no centro ; e do teto at o telhado, a
distncia de 3,05 m . Uma espaosa galeria de 9,14 m de largura se estende ao longo das paredes internas, e interrompida somente no lado ocidental, onde d lugar ao grandioso rgo e assentos reservados para o majestoso coro . Em contraste com os
mtodos comuns de construo, esta enorme galeria no ligada s paredes . A intervalos de 3,66 m a 4,57 m, grandes vigas ligam a galeria aos contrafortes das paredes, sendo que esses
vos so protegidos por uma alta balaustrada . Acredita-se que
as surpreendentes propriedades acsticas do prdio so devidas,
em parte, a essa caracterstica arquitetnica ; a grande cpula ,
na realidade, uma colossal galeria de sussurros, como verificaram por experincia prpria, as centenas de milhares de pessoas
que tm visitado o prdio . Quando est quase vazio, a queda de
um alfinete no ponto focal da elipse perto de uma das extremidades do prdio, pode ser ouvida no ponto correspondente da
outra extremidade . A lotao normal de pessoas sentadas, no
prdio, incluindo a galeria, de aproximadamente nove mil,
embora excepcionalmente j tenha abrigado congregaes muito maiores do que esse nmero.
Na extremidade ocidental fica a tribuna dos oradores, incluindo o plpito . A tribuna eleva-se em fileiras ou terraos,
proporcionando acomodaes para os oficiais da Igreja de diferentes graus de autoridade . Em ambos os lados da tribuna, h
plataformas para a acomodao de outros grupos do sacerdcio, ou convidados especiais . A tribuna construda de tal forma que pode ser desmontada para a colocao de uma ampla
plataforma para apresentao de programas especiais, como
concertos sinfnicos, representaes teatrais de fundo histrico,
apresentaes dramticas, ou outros espetculos pblicos que
estejam em harmonia com o esprito do tabernculo . Atrs da
tribuna, elevando-se em ambos os lados at o nvel da galeria e
ocupando o espao frente do grande rgo, fica o lugar do coro, com assentos para acomodar mais ou menos 375 cantores .
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II - A PRAA DO TEMPLO
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A CASA DO SENHOR
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Apndice III
o texto original .
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A CASA DO SENHOR
Estados Unidos, reuniram-se no templo concludo para dedic-lo ao Senhor . O Presidente Heber J . Grant, que sucedeu ao
Presidente Smith, proferiu a orao dedicatria.
O Templo do Canad
Em 1887, membros da Igreja estabeleceram-se n provncia
de Alberta, no Canad Ocidental . A cidade de Cardston rece beu este nome do lder do grupo pioneiro, Charles Ora Card,
que mais tarde doou Igreja uma quadra de oito acres.
No dia 27 de julho de 1913, o Presidente Joseph F . Smith
dedicou essa quadra como local de construo de um templo, e
no dia 9 de novembro daquele ano, foi iniciada a escavao para
a construo de outra Casa do Senhor.
A obra atrasou-se por causa da Primeira Guerra Mundial,
que se alastrou pela Europa de 1914 a 1918 . 0. Canad, como
parte do Imprio Britnico, foi seriamente envolvido na guerra.
O templo foi concludo na sua maior parte em 1921, mas s
foi dedicado no dia 27 de agosto de 1923, quando o Presidente
Heber J . Grant, proferiu a orao de dedicao.
O Templo de Mesa
Os santos ds ltimos dias estiveram entre os primeiros colonizadores do Arizona, e colnias de pioneiros foram por eles
estabelecidas em muitas reas . Para atender s necessidades dos
membros da Igreja no Arizona e tambm dos membros lamanitas de lngua espanhola, o Presidente Heber J . Grant dedicou o
local para um templo em 28 de novembro de 1921.
O terreno do templo consiste de 20 acres em Mesa, somente
a alguns quilmetros de Phoenix . A construo foi iniciada no
dia 25 de abril de 1923 . Do mesmo modo que os templos do Hava e Canad, este prdio no tem torres nem pinculos . Em
aparncia geral, d a impresso de terraos em diversos planos.
E construdo de concreto armado, revestido com um belo material de cor clara.
Belas flores e grandes rvores, florescendo no clima quente
do Arizona, tornam o templo e seus terrenos em redor, uma
atrao para os viajantes de muitas partes do mundo . Foi dedicado pelo Presidente Heber J . Grant em 23 de outubro de 1927 .
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A CASA DO SENHOR
O prdio construdo de concreto armado, revestido de pedra moldada clara . A torre encimada por uma esttua representando Morni com uma trombeta, anunciando ao mundo as
boas-novas do evangelho restaurado.
O Templo da Sua -
O primeiro templo no continente europeu, foi verdadeiramente a realizao de um sonho para os membros fiis da Igreja
na Europa .- O anncio da construo de um templo em Berna,
Sua, foi. feito pelo Presidente David O . McKay em julho de
1952, ao trmino de sua primeira excurso pelas misses europias . O Presidente McKay oficiou nos servios do incio de
construo em agosto de 1953,. e a construo comeou de fato
em outubro daquele ano . A pedra angular foi assentada em 13
de novembro de 1954, pelo Presidente Stephen L . Richards, da
Primeira Presidncia.
A dedicao do templo foi iniciada no domingo, 11 de setembro de 1955, com o Presidente David O . Mckay oficiando.
Os membros do famoso Coro do Tabernculo tinham estado
em longa excurso pela Europa e estavam ento presentes, abri lhantando o servio de dedicao que continuou at dia 15 de
setembro.
Duas sesses de dedicao foram realizadas diariamente para acomodar o grande nmero de santos de todos os pases da
Europa e da Amrica que compareceram . O Presidente McKay
repetiu a orao dedicatria em cada uma ds sesses, e depois,
junto com a Irm McKay e as Autoridades Gerais da Igreja pre sentes, participou das primeiras ordenanas do templ, na sexta-feira, dia 16 de setembro de 1955.
Templo da Nova Zelndia
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. A CASA DO SENHOR
Com 92 anos de idade, o Presidente David O . McKay presidiu a dedicao do Templo de Oakland, Califrnia, demonstrando f e vigor superiores ao que se poderia esperar naquela
idade.
O interesse do Presidente McKay no Templo de Oakland
datava de 1934, quando visitou o local, como uma das Autoridades Gerais . Ele recomendou a compra do terreno do templo
em 1942, e ento, na segunda-feira, 23 de janeiro de 1961, fez
uma visita comovente, de avio, a uma assemblia especial das
presidncias de estaca para anunciar a construo do novo edif cio .
A dedicao do local e o incio da construo deram-se no
dia 26 de maio de 1962, com a participao do Presidente
Mckay . A pedra angular foi assentada no sbado, 25 de maio de
1963, pelo Presidente Joseph Fielding Smith, do Conselho dos .
Doze, com o Coro do Tabernculo interpretando msica especial . O Presidente David O . McKay dedicou o templo em impressionantes cerimnias nos dias 17, 18 e 19 de novembro de
1964.
O Templo de Ogden
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A CASA DO SENHOR
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ndice
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
ltimos Dias, marcada por manifestaes de poder divino, 9 ; cedo providencia construo de um templo, 10;
possui o Santo Sacerdcio, 12 ; tem . a
divina comisso de erigir templos, 12;
permanece sozinha na prtica, de ministrao em templos, 47.
Aaro, e seus filhos, vem a Deus no Sinai, 16 ; e filhos so designados, 20.
Acampamento de Sio, o, 94.
Acaz, rei de Jud, rouba o templo, 6 ; rei ,
retirou o altar do templo, 31.
Aquimeleque, mantm servio do po da
proposio, 21.
Alfa e Omega, inscrio no Templo de
Lago Salgado, 138.
Altar de sacrifcio, 3.
Amuleque, fala do arrependimento, 53.
Anderson, James H ., artigo sobre o Templo de Lago Salgado, prefcio.
Anexo de selamento acrescentado no
Templo de Lago Salgado, 196.
Anexo, Templo de Lago Salgado, 141.
Angela, Truman O ., arquiteto do Templo
de Lago Salgado, 109.
Angell, Truman O ., arquiteto do Templo
de Logan, 171.
Antoco Epifnio, rei despoja o Templo
de Zorobabel, 38.
Aoliabe, filho de Aisamaque, 17.
Apstolos, renem-se no local do templo
em Far West, 93.
Arca do Convnio, descrita no antigo tabernculo, 3 ; trazida ao Templo de
Salomo, 5 ; continha as sagradas tbuas de pedra, 14 ; estabelecida na cidade de Davi, 22.
Arca de Deus, passa para os filisteus, 21.
Arrependimento, exigido de todos os homens, 49 ; possvel, aps a morte, 50.
Assembly Hall, na Praa do Templo na
Cidade do Lago Salgado, 157, 160,
207.
Autoridade, essencial para um templo, 9;
para a obra vicria em favor. dos mortos, 61 ; caracterstica do Santo Sacerdcio, 78 .
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Pratt, Orson, dedica o local para o Templo de Logan, 169.
Primeira Presidncia, Epstola da, 104,
118-121 ; sala da, e dos Doze no Templo de Lago Salgado, 152.
Propiciatrio no antigo tabernculo, 3.
Provo e Ogden, Templos, 214.
Reino de Deus, requisitos essenciais para
admisso no, 56.
Representantes devem ser dignos e aceitveis, 59.
Richards, Franklin D ., dedica a pedra angular do Templo de Logan, 171.
Richards, .Stephen L ., assenta pedra angular no Templo de Los Angeles, 211;
assenta pedra angular no Templo da
Sua, 212.
Ritos mosaicos de holocausto, terminados
com a morte expiatria de Cristo, 84.
Rockwood, Albert P ., assenta pedra angular do Templo de Logan, 171.
Sacerdcio de Melquisedeque restaurado
na era presente, 186.
Sacerdcio, Santo, manifestado aos homens, 9 ; mulheres no so ordenadas
no, 71.
Sacramento, administrado no Templo de
Kirtland, 89.
Sala do Conselho dos Doze Apstolos no
Templo de Lago Salgado, 151.
Sala da Fonte Batismal, do Templo de Lago Salgado, 190.
Sala do Mundo, do Templo de Lago Salgado, 145.
Sala Trrestrial do Templo de Lago Salgado, 146.
Sala de Selamento pelos mortos do Templo de Lago Salgado, 148, 195.
Salomo se prepara para construir um
templo, 5 ; o templo de, 23; Davi encarrega, de construir o templo, 24 ;entra em acordo com o rei Hiro, 25 ; dedica o grande templo de, 30.
Salvao, para os mortos, 60 ; e exaltao,
71.
Santo Lugar, do tabernculo de Israel, 3.
Santo dos Santos, no antigo tabernculo,
3 ; vu do, rasgado na ocasio da crucificao, 8 ; do Tabernculo da Congregao, 18 ; no Templo de Salomo, 27;
no Templo de Lago Salgado, 149 .
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de Israel, 13:
Thateher Moses, dedica a pedra angular
do Templo de Logan ; 171.
Trabalhadres israelitas, empregados no
Templo de Salomo, 26.
Uz, ferido, 22.
Van Cott,' John, dedica a
pedra angular do Templo de Manti,
178 .
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nua sob direo de, 113 ; assenta a pedra de cpula, 114 ; dedica o Templo
de Lago Salgado, 122.
Young, Brigham, planeja o Templo de
Lago Salgado, 108 ; morre em 1877,
113 ; discursa no incio da construo
do Templo de St . George, 164 ; fala no
incio de construo do Templo de
Manti, 175.
Young, John W ., inicia a construo do
Templo de Logan, 169.
Young, Joseph, dedica o Templo de Nauvoo, 101.
Zorobabel, Templo de, 7, 34, 37, 38, 39 .
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