Diferenças Doutrinarias Entre Batistas e Presbiterianos
Diferenças Doutrinarias Entre Batistas e Presbiterianos
Diferenças Doutrinarias Entre Batistas e Presbiterianos
ENTRE
BATISTAS E PRESBITERIANOS
Indice
Diferenas Doutrinarias entre Batistas e Presbiterianos
Autor: Dr. William Carey Taylor
1. [01] Parte I Introduo
2. [02] Parte II
3. [03] Parte III
4. [04] Parte IV
5. [05] Parte V
6. [06] Parte VI
7. [07] Parte VII
8. [08] Parte VIII
9. [09] Parte IX
10. [10] Parte X
11. [11] Parte XI
Do mesmo modo, o lar pode ser tirnico, esmagando a livre vida religiosa de filhos
e, no poucas vezes, de me e esposa tambm. A Escritura s ensina obedincia de
filhos aos pais no Senhor. Nenhum pai tem direito de obrigar seu filho a
desobedecer a Jesus Cristo, ou de prender a esposa numa igreja que no
apostlica em doutrina, organizao e pratica ou de roubar aos filhos o direito de
obedecer a Cristo pessoalmente pelo batismo. O presbiterianismo ensina uma
solidariedade de famlia que segundo a Lei de Moiss, mas absolutamente no
est de acordo com o Evangelho de Jesus Cristo. No so os romanistas os nicos a
escravizar as conscincias dos filhos religio dos pais. Religio dos pais no se
transmite aos filhos, nem se impe sobre a conscincia dos filhos. Todas as almas
so minhas, diz o Senhor. E cada um dar conta de si mesmo a Deus. A doutrina
batista freio salutar e forte contra a tirania eclesistica do Estado, do clero e do
lar.
O esprito batista o esprito voluntrio. No h mercenrios nem conscritos no
Exercito de Jesus Cristo. Ningum nasce neste exercito, nem se batiza nele na
infncia. Cada um soldado do reino de Cristo um voluntrio. Ouviu
pessoalmente a chamada de Jesus: Segue-me e por amor sincero o seguiu. Assim
fizeram os primeiros discpulos, um a um, Andr, Pedro, Tiago e Joo. E o Senhor
Jesus nunca abandonou este seu principio de alistar voluntrios, nunca determinou
encher seu exercito espiritual pelo mero principio de descendncia carnal. vO prof.
Ernesto Luis de Oliveira afirma que quando Jesus disse a Pedro: Apascenta meus
cordeiros, falava dos filhos dos crentes indiscriminadamente. Escrevi: Se ovelhas
se emprega em sentido espiritual, certamente cordeiros no menos. Os cordeiros
so os jovens crentes, no a prole incrdula de pais crentes. A esta interpretao
espiritual e inevitvel da passagem, o prof. exclama:
Que barafunda! Porque meio, a no ser por um dom excepcional, poder um
pastor no Rebanho de Deus, distinguir entre os filhos dos crentes, quais os que so
agora crentes, mas deixaro de s-lo mais tarde? Quais os que no so agora, mas
tornar-se-o crentes no devido tempo? E quais os que se conservaro crentes at o
final? Bem se v que essa interpretao absurda. Nosso Salvador colocou sob a
jurisdio de S. Pedro os seus cordeiros e as suas ovelhas, os filhos e os pais desses
filhos, a totalidade do rebanho, porque os filhos dos crentes so, por direito de
nascena, colocados sob a tutela pastoral dos ministros evanglicos. O fato de
mencionar os cordeiros em primeiro lugar e as ovelhas depois, no implica em
quebra da relao filial; porque os cordeiros no se tornam por isso filhos de vaca
ou de jumentas. Moinhos do Vento p. 31.
No responsabilizo o presbiterianismo pela doutrina do seu catedrtico de que
crentes deixaro de s-lo mais tarde. Isto no doutrina presbiteriana, mas sim
metodista. Nem tenho o presbiterianismo responsvel pela interpretao inbil
desta Escritura, porque muito interpretes presbiterianos a interpretam mais
sensatamente. Nem responsabilizo o presbiterianismo por essa idia romanista de
um pastorado universal sobre a totalidade do rebanho dos crentes e seus filhos
no mundo. Apenas me refiro a idia do polemico presbiteriano na qual ele fiel a
doutrina de sua grei, isto , a incluso, no rebanho espiritual, dos filhos dos
crentes, por direito de nascena. Se uma criana, por direito de nascena,
cordeiro de Deus ento apenas o crescimento natural far que seja ovelha de
Deus e entre ou fique no Rebanho de Deus sem jamais conhecer a regenerao.
Isto feito pelo voto da maioria, como no caso de disciplina em Corinto, (II Cor.
2:5).
As igrejas presbiterianas no tm autonomia, nem so parecidos com as igrejas
apostlicas em batismo, organizao, ministrio, disciplina, funes, escolha
democrtica de oficiais, conferencias livres entre duas igrejas como a entre as de
Antioquia e Jerusalm descrita em Atos XV, presbitrios unicamente para
consagrar nunca para aambarcar absolutismo etc., etc. Elas venderam sua
primogenitura a organizaes desconhecidas ao Novo Testamento snodos e
conclios que so uma serie de tribunais desconhecidas Bblia. Perderam a
autonomia local e inventaram uma igreja nacional, coisa radicalmente contraria ao
esprito e ensino do Novo Testamento.
Os batistas repudiam o sistema eclesistico do presbiterianismo ao mesmo tempo
que reconhecem fraternalmente a salvao de qualquer crente presbiteriano. Sua
salvao de Cristo e tem, para ns, infinito valor. Sua organizao eclesistica
de Joo Calvino, mera relquia do gnio organizador de um homem, que no tem
valor algum sobre a conscincia crist e no pode fazer caducar a norma
apostlica que nos obrigatria. Obedecer a Deus ou aos homens, no terreno de
muitos mandamentos de Jesus Cristo e seus apstolos o que envolve a escolha
entre ser batista ou presbiteriano.
Observao do Pr Calvin:
Peo-lhes licena, pois no concordo do uso "geral" que o ilustre Dr Taylor d
palavra "igreja". Para explicar qual razo discordo, permite-me que o Dr Anibal
Pereira dos Reis explica no mesmo estilo do Dr Taylor.
Ao pronunciar a palavra IGREJA sinto-me no intransfervel dever de levantar
uma observao. Seu realce mais do que nunca hoje se faz mister. a seguinte: Em
mais da metade das vezes em que se encontra esse vocbulo no Novo Testamento
ele est no plural: IGREJAS, certamente para destacar, salientar, frisar, sublinhar
a natureza congregacional e local da Igreja.
Infelizmente alguns termos gregos, ao ser traduzido o Novo Testamento, foram
simplesmente transliterados. Por imposio de faces interessadas em sua postura
de engano, esses termos no foram vertidos. Um deles IGREJA. Sua traduo
seria, ou melhor, : assemblia, congregao, agrupamento, agremiao,
ajuntamento ou reunio, grupo ou conjunto de indivduos. Associao de pessoas
para determinado fim.
Por conseguinte, na qualidade ou condio de ASSEMBLIA (que implica em
todos os sinnimos acima enfileirados), a Igreja s pode ser
CONGREGACIONAL. Em conseqncia, as Igrejas soa autnomas,
independentes entre si. Espiritualmente democrticas.
Portanto igreja catlica, ou seja, universal, no sentido que o romanismo quer,
uma anomalia. Uma aberrao etimolgica e doutrinria. O mesmo se diga da
igreja nacional ou regional. outrossim uma aberrao e uma anomalia