Tópico 5 - Identidade Dos Seres Vivos

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BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

5- Identidade dos seres vivos


1- NVEIS DE ORGANIZAO DOS SERES VIVOS

Existem vrios nveis hierrquicos de organizao


entre os seres vivos, comeando pelos tomos e
terminando na biosfera. Cada um desses nveis
motivo de estudo para os bilogos.
tomo partcula constituinte da matria,
formada por prtons, nutrons e eltrons.
Molcula a menor poro de uma substncia,
constituda por tomos do mesmo elemento
qumico
ou
diferentes
elementos.
Organela estruturas presentes no citoplasma
de clulas eucariontes que desempenham funes
comparveis s de pequenos rgos celulares.
Clula unidade estrutural e funcional da vida
podendo ser eucariontes ou procariontes.
Tecido grupo de clulas dos organismos
multicelulares que apresentam estrutura e
funes
fundamentalmente
semelhantes.
rgo conjunto de tecidos que interagem para
execuo de determinadas funes vitais.
Sistema conjunto de rgos interconectados
harmonicamente em benefcio ao equilbrio do
metabolismo.
Organismo conjunto de todos os sistemas,
formando um ser vivo.
Espcie conjunto de organismos semelhantes
capazes de se cruzar em condies naturais,
produzindo descendncia frtil.
Populao conjunto de seres da mesma
espcie
que
habitam
determinada
regio
geogrfica.
Comunidade conjunto de seres vivos de
diferentes espcies que coabitam em uma mesma
regio.
Ecossistema
conjunto
formado
pelas
comunidades biolgicas em interao com os
fatores abiticos do meio.
Biosfera conjunto de regies do planeta Terra
capaz de abrigar formas de vida.

Figura 5.1: Os nveis de organizao na biologia.


2- VRUS

Figura 5.2: Bacterifagos vistos em microscopia


eletrnica.
Os vrus so seres bastante simples e de tamanho
to pequeno que as menores clulas que se tem
conhecimento so maiores que eles. Dessa forma,
s podemos visualiz-los com o auxlio de
microscpios eletrnicos.
Formados, principalmente, por protenas e cidos
nucleicos, os vrus so seres acelulares e que s
tm condies de realizar suas atividades vitais
quando esto no interior de clulas vivas. Assim,
so
considerados
parasitas
intracelulares
obrigatrios.
Em razo dessas caractersticas peculiares, esses
piratas celulares no so reconhecidos,
precisamente, como seres vivos. Entretanto,
consenso que so sistemas biolgicos, por
possurem cidos nucleicos em sua constituio,
alm de sistemas de codificao gentica.
O cido nucleico pode ser tanto DNA quanto RNA,
sendo que alguns poucos vrus podem possuir os
dois. Ele envolvido pelo capsdeo, estrutura
formada por molculas de protenas que, em

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algumas espcies, encontra-se revestida por uma


membrana lipoproteica que contm protenas
virais especficas em sua superfcie: o envelope
viral.

Figura 5.3: Tipos de vrus.


Quanto reproduo, esses sistemas biolgicos
infectam geralmente a clula hospedeira ligando
suas protenas virais protena receptora desta.
Nela ocorre a multiplicao do material gentico
e, utilizando os ribossomos, nucleotdeos,
aminocidos e mitocndrias celulares, comandam
a sntese de protenas e cidos nucleicos,
utilizando a energia oriunda do metabolismo do
hospedeiro. Realizam dois tipos bsicos de ciclos
vitais, o ltico e o lisognico:

Figura 5.4: Os ciclos virais.


VAMOS FAZER

ENEM 2009. Estima-se que haja atualmente no


mundo 40 milhes de pessoas infectadas pelo HIV (o
vrus que causa a AIDS), sendo que as taxas de
novas
infeces
continuam
crescendo,
principalmente na frica, sia e Rssia. Nesse
cenrio de pandemia, uma vacina contra o HIV teria
imenso impacto, pois salvaria milhes de vidas.
Certamente seria um marco na histria planetria e
tambm uma esperanca para as populaes
carentes
de
tratamento
antiviral
e
de
acompanhamento mdico.

Uma vacina eficiente contra o HIV deveria:


a) induzir a imunidade, para proteger o organismo
da contaminao viral.
b) ser capaz de alterar o genoma do organismo
portador, induzindo a sntese de enzimas protetoras.
c) produzir antgenos capazes de se ligarem ao vrus,
impedindo que este entre nas clulas do organismo
humano.
d) ser amplamente aplicada em animais, visto que
esses so os principais transmissores do vrus para
os seres humanos.
e)
estimular
a
imunidade,
minimizando
a
transmisso do vrus por gotculas de saliva.

TANURI, A.; FERREIRA JUNIOR, O. C. Vacina contra Aids:


desafios e esperanas. Cincia Hoje (44) 26, 2009
(adaptado).

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Resposta: A. As vacinas atuam de forma a causar


resposta imunitria,
prevenindo
contra
uma
contaminao posterior.
A alternativa B est equivocada, pois vacinas no
atuam alterando material gentico da pessoa a ser
imunizada. A letra C fala sobre a produo de
antgenos, que so justamente os corpos estranhos
(invasores) que se quer evitar. A letra D considera a
transmisso de animais para seres humanos como o
principal fator, o que no ocorre (HIV = vrus da
imunodeficincia
humana).
E,
finalmente,
a
alternativa E considera a transmisso por gotculas
de saliva, o que no acontece.
3- SISTEMTICA E AS GRANDES LINHAS DA
EVOLUO DOS SERES VIVOS

A - SISTEMTICA E TAXONOMIA
A Sistemtica o ramo da biologia que estuda a
biodiversidade, isto , os tipos e as variaes
existentes entre os seres vivos. Essa Cincia tem
trs objetivos:
a) descrever a diversidade biolgica formando um
banco de dados sobre cada espcie, alm de
batiz-la com um nome cientfico;
b) criar critrios para classificar os seres vivos;
c) compreender os processos responsveis pela
diversidade biolgica.
Utilizando a Sistemtica podemos avaliar
qualitativamente e quantitativamente as variveis
formas de vida de um ecossistema ou bioma.
Assim, podemos perceber que, ao compararmos
dois ou mais organismos, eles podem ser muito
semelhantes ou bem diferentes. Para fazer isso
existem critrios estabelecidos pela sistemtica
que levam em considerao aspectos anatmicos,
genticos, fisiolgicos, ecolgicos e evolutivos
para
classificar
todos
os
seres
vivos.
Recentemente, com o desenvolvimento da
Biologia molecular os Bilogos tm adotado essa
ferramenta
com
critrio
de
classificao,
comparando protenas e sequncias do DNA.
Desse modo, a Sistemtica apresenta seus
resultados por meio da classificao biolgica, ou
taxonomia, um sistema que organiza os seres
vivos em categorias hierrquicas, isto , incluem
categorias mais amplas e menos amplas, alm de
lhes atribuir nomes cientficos utilizando regras
de nomenclatura. O naturalista sueco Carl Von
Linn o fundador do sistema de taxonomia e
considerou a espcie como unidade taxonmica
fundamental. Define-se espcie como um grupo
de organismos semelhantes cujos indivduos
so capazes de cruzar e gerar descendentes
frteis, em condies naturais, estando
reprodutivamente isolados de indivduos de
outra. Por exemplo, o jumento e a gua so
animais bastante semelhantes que podem cruzar
gerando burros. No entanto esses descendentes
so estreis (infrteis), portanto a gua e o
jumento no podem ser considerados animais da
mesma espcie.
REGRAS DE NOMENCLATURA

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1. Todos os nomes cientficos devem ser escritos


em latim ou serem latinizados. Os nomes
escritos em latim so imutveis, pois se trata de
uma lngua morta, ou seja, no mais falada em
nenhum pas.
2. A nomenclatura binomial, ou seja, o nome
das espcies formado por duas palavras, pelo
menos. A primeira palavra chamada de nome
genrico e designa o gnero e a segunda o
nome especfico, a qual designa a espcie. O
nome cientfico da espcie humana Homo
sapiens, o termo Homo indica o gnero e o
nome completo Homo sapiens indica a espcie.
Outro exemplo a cascavel, cujo nome cientfico
Crotalus terrificus.

Crotalus terrificus
Gnero

Espcie

3. Algumas espcies possuem uma diversidade


elevada,
sendo
necessria
dividi-la
em
subespcie. A escrita trinomial, conforme o
exemplo: Rhea americana alba.

alba
Rhea americana
Gnero
Espcie
Subespcie

4. Em alguns nomes cientficos h a presena do


subgnero, o qual deve ser escrito entre
parnteses, com inicial maiscula e depois
gnero. Exemplo:
Anopheles (Nyssorhincus) darlingii. Mosquito
transmissor da malria, vulgarmente conhecido
como mosquito prego.
5. Destaque dos nomes cientficos. Os nomes
cientficos podem ser destacados de trs
maneiras:
itlico, negrito
ou sublinhado.
Exemplo: Amazona brasiliensis, Plamodium
vivax, Homo sapiens.
Observao: A nica maneira correta de
escrever algum nome cientfico mo com
letra cursiva e sublinhada. Lembre-se que o trao
no pode ser contnuo. Exemplo:
Homo sapiens (CERTO)
Homo sapiens (ERRADO)
6. Autor e data. Em publicaes cientficas
coloca-se o nome do autor e data de descrio da
espcie. Caso haja modificao o nome do autor e
a data aparece entre parnteses.
Exemplo: Chrysocyon brachyurus Illiger, 1815
(Lobo-guar)

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Observe como voc classificado nesse sistema:


7. Abreviaturas. So utilizadas as abreviaturas
sp (espcies) e spp (espcies) quando se sabe
apenas o nome genrico
CATEGORIAS TAXONMICAS
Lineu considerou espcie como categoria
taxonmica fundamental. Utilizando semelhanas
estruturais como critrio Lineu agrupou espcies
semelhantes em gneros, sendo essa categoria
taxonmica, obviamente, mais abrangente que
espcie. Seguindo a lgica de criar categorias
mais abrangentes, Lineu agrupou gneros
semelhantes em famlias, e famlias semelhantes
em ordens. Hoje, alm dessas quatro categorias
taxonmicas criadas por Lineu foram criadas as
classes, que so o conjunto de ordens
semelhantes; os filos, que renem as classes
semelhantes; e os reinos, que agrupam filos
semelhantes.

Figura 5.5: Os seres humanos tambm so


agrupados de acordo com as regras taxonmicas.
medida que nos aproximamos do grupo
taxonmico espcie e nos afastamos do grupo
Reino diminui-se a biodiversidade e aumenta a
quantidade de caractersticas semelhantes entre
os representantes.

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Figura 5.6: Gravura mostrando o aumento e a diminuio da diversidade conforme se move para uma
categoria taxonmica mais ou menos abrangente.

B CLASSIFICAO E EVOLUO
Em seu sistema de classificao Lineu no
considerou aspectos evolutivos. A ideia de
parentesco evolutivo foi concebida por Darwin
anos mais tarde. Para Darwin semelhanas e
diferenas entre os seres vivos resultam de uma
histria evolutiva, assim os sistemas de
classificao tornaram-se genealogias, ou seja,
do mesmo modo como as rvores genealgicas
representam o grau de parentesco entre
familiares seria possvel construir rvores
genealgicas dos seres vivos, o que conhecido
como rvores filogenticas, as quais consistem
em diagramas com ramificaes indicando o
surgimento de espcies atuais (pontas) e seus
respectivos ancestrais (ns).

comum entre os grupos. A escola cladstica


considera que o surgimento de novas espcies se
d por cladognese, na qual uma espcie
ancestral origina duas espcies novas.
Por derivar da Filogentica, a cladstica tem como
objetivo reunir num mesmo grupo organismos que
compartilhem a mesma histria evolutiva. Assim,
tais
organismos
devem
compartilhar
caracterstica derivadas, ou apomorfias (apo,
longe de, e morphos, forma), que no existiam
antes do ancestral comum, tendo nele surgido por
alterao de uma condio anterior, mais antiga,
chamada
caracterstica
primitiva,
ou
plesiomorfia (plesio, prximo, e morpho, forma).
Portanto, as apomorfias so novidades evolutivas
que do identidade a um determinado grupo. Por
exemplo, pelos e glndulas mamrias definem os
mamferos; j a presena de coluna vertebral
um apomorfia que define o grupo dos Vertebratas.
Figura 5.8: Pelos e glndulas mamrias,
apomorfias dos mamferos.

Figura 5.7: Espcies atuais e ancestrais em uma


rvore filogentica.
Na Filogentica a classificao biolgica deve
refletir o mximo possvel as relaes de
parentesco entre os seres vivos, sendo o mtodo
mais aceito a cladstica, a qual busca escolher
caractersticas mais autnticas de ancestralidade

A cladstica representada por meio de


cladogramas (clados, ramo, diviso) que so
grficos em forma de rvore mostrando as
relaes filogenticas entre grupos de seres vivos
que se deseja estudar. Num cladograma um
ancestral gera duas novas espcies, portanto no
possvel surgir trs ramificaes a partir de um
mesmo ponto como pode ocorrer numa rvore
filogentica. Alm disso, os cladogramas sempre
indicam
as
caractersticas
derivadas
utilizadas para a
classificao.

Figura 5.9: Como funciona um cladograma.


pontos de ramificao e nas aquisies

Foque sempre nos


evolutivas.

Figura 5.10: Cladograma que inclui o homem.


Ainda hoje h muita polmica em torno da
quantidade de reinos de seres vivos existentes.
Inicialmente, Lineu admitia a existncia de trs
reinos: animal, vegetal e mineral. Com passar dos
anos outros pesquisadores consideraram animais
todos os seres que se moviam, consumiam
alimento produzido por outro ser (heterotrficos) e
tinham crescimento limitado; j aqueles seres que
no se moviam, produziam o prprio alimento
(autotrficos) e podiam crescer indefinidamente
eram considerados plantas. Nesse sistema de
classificao os protozorios eram considerados
animais e os fungos, as algas e as bactrias eram
consideradas plantas. No sculo XX o bilogo
francs Edouard Chatton props a criao de um
reino para as bactrias (o reino Monera), pois

possuem clulas procariticas, enquanto todos


os outros apresentam clulas eucariticas. Na
dcada de 1960, Herbert F. Copeland props a
diviso em quatro reinos: Animallia (animais),
Plantae (plantas), Protistas (protozorios, algas
microscpicas e fungos) e Monera. Ainda nessa
dcada Robert H. Whittaker sugeriu a criao de
um reino parte para os fungos, o reino Fungi.
Na dcada de 1980, as bilogas Lynn Margulis e
Karlene Schwartz propuseram incluir no reino
protista as algas de grande porte, que antes eram
classificadas como plantas, e alterar o nome do
reino para Protoctista.

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dos quais difere entre si e dos eucariontes. Esta


diversidade evolutiva reflete-se no genoma e, por
sua vez, na bioqumica e na ecologia.
Assim, propuseram a diviso do mundo vivo em
trs domnios. A sua classificao reflete a ideia
de que a rvore da vida tem trs e no apenas
dois ramos.
Nessa classificao so considerados os seguintes
trs agrupamentos:
Figura 5.11: Os cinco reinos de seres vivos.

C OS DOMNIOS DE SERES VIVOS


O sistema dos trs domnios uma forma de
agrupamento
dos
diferentes reinos da taxonomia tradicional em trs
grandes clados designados por domnios. Este
esquema
classificativo
foi
proposto
por Woese em 1990,
tendo
ganhado
larga
aceitao (embora no universal).
Essencialmente com base na comparao de
sequncias de RNA ribossmico, Woese e seus
colegas concluram que os procariontes no eram
um grupo coeso do ponto de vista evolutivo, mas
composto por dois subgrupos principais, cada um

Domnio Eubactria (ou Bactria), que inclui


as bactrias comuns e cianobactrias;
Domnio Archaea,
anteriormente
chamado Archaeobactria,
que
inclui
os procariontes que no recaem na classificao
anterior;
Domnio Eukarya,
que
inclui
todos
os eucariontes, os seres vivos com um ncleo
celular organizado.

Figura 5.12: Os trs domnios da classificao atual.

4- SERES UNICELULARES E PLURICELULARES

A - AS BACTRIAS
INTRODUO

Bactrias
so
organismos
microscpicos
unicelulares e procariontes, cujo tamanho varia de
0,15 a 4 micrmetros (um micrmetro equivale a
0,001 milmetro). A maior bactria conhecida, a
Thiomargarita namibiensis, tem mais de 750
micrmetros de comprimento.

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Alguns tipos de bactrias causam doenas em


adultos e animais, mas muitas outras so
benficas. As bactrias decompem o lixo
orgnico, enriquecem o solo e so usadas para
fabricar vinho, cerveja, vinagre, queijo e iogurte.
Algumas bactrias vivem no intestino de seres
humanos e animais e contribuem na digesto.
Embora muitas doenas infecciosas sejam
causadas por bactrias, h relativamente muito
poucas espcies causadoras de doenas, se
comparado ao grande nmero das que so teis e
inofensivas.

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Figura 5.14: A clula bacteriana tpica.


TIPOS DE BACTRIAS
A figura a seguir mostra-nos quantos tipos
diferentes de bactrias existem.
Esta organizao foi assim criada com base nas
formas de cada bactria e em como esto
interligadas:

Figura 5.15: Os diferentes tipos de bactrias,


Figura 5.13: Cultura de bactrias observada em placa de organizadas de acordo com a forma celular, ou a
unio entre duas ou mais clulas.
petri.

Uma clula de bactria consiste de uma


minscula massa de citoplasma cercada por trs
camadas distintas: membrana citoplasmtica,
parede celular e cpsula. Dentro do citoplasma
est o DNA, material contendo a informao
gentica. Ao contrrio do que acontece com
outros organismos, o DNA da bactria no est
fechado em uma membrana ou no ncleo. Alguns
tipos de bactrias tm apndices parecidos com
um flagelo, que as habilita a locomover-se com
um movimento de nado. Algumas bactrias
tambm tm apndices parecidos com pelos
curtos que as ajudam a aderir a certas superfcies.

A
DIVERSIDADE
BACTRIAS

METABLICA

DAS

Se h um grupo de seres que apresenta grande


diversidade metablica, certamente o das
bactrias.
Existem
espcies hetertrofas e
espcies auttrofas.
Dentre
as
primeiras,
destacam-se as parasitas, as decompositoras de
matria orgnica e as que obtm matria
orgnica de outros seres vivos, com os quais se
associam sem prejudic-los (simbiontes). Dentre
as auttrofas, existem espcies que produzem
matria orgnica por fotossntese e outras que
produzem por quimiossntese.
a) As bactrias hetertrofas
As bactrias parasitas so as que, por meio de
inmeros mecanismos, agridem outros seres vivos
para a obteno de alimento orgnico e causam
inmeras
doenas.
As decompositoras
(denominadas
saprvoras,
saprofticas
ou
saprofgicas)
obtm
o
alimento
orgnico
recorrendo decomposio da matria orgnica
morta e so importantes na reciclagem dos
nutrientes minerais na biosfera.
As que so associadas a outros seres vivos so
denominadas de simbiontes. o caso das
bactrias
encontradas
no
estmago
dos
ruminantes (bois, cabras).
Muitas bactrias hetertrofas so anaerbias
obrigatrias, como o bacilo do ttano. So
bactrias que morrem na presena de oxignio.
Nesse caso a energia dos compostos orgnicos

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obtida por meio de fermentao. As anaerbicas


facultativas, por outro lado, vivem tanto na
presena como na ausncia de oxignio.
Outras espcies s sobrevivem em presena de
oxignio - so as aerbias obrigatrias.
Um curioso grupo de bactrias o que realiza
a respirao anaerbia. Nessa modalidade de
metabolismo energtico existem todas as etapas
tpicas da respirao celular. Muda apenas o
aceptor final de eltrons na cadeia respiratria. No
lugar do oxignio, essas bactrias utilizam nitrato,
nitrito ou sulfato, obtendo no final, praticamente o
mesmo rendimento energtico verificado na
respirao celular aerbia. o que ocorre com as
bactrias desnitrificantes que participam do
ciclo do nitrognio na natureza. Nelas o aceptor
final de eltrons o nitrato.
b) Bactrias auttrofas
Nas bactrias que realizam fotossntese, a
captao da energia solar fica a cargo de uma
clorofila conhecida como bacterioclorofila. No h
liberao de oxignio, mas de enxofre. Como
exemplo, podemos citar as bactrias sulforosas do
gnero Chlorobium, que efetuam esse processo
com a utilizao de H2S e CO2, segundo a
equao:

A quimiossntese uma reao que produz


energia qumica atravs da oxidao de
compostos inorgnicos. Sendo a energia qumica
liberada, empregada na produo de compostos
orgnicos e gs oxignio (O2), a partir da reao
entre o dixido de carbono (CO2) e gua,
conforme demonstrado abaixo:

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nitrificantes, utilizam substncias base


nitrognio, como vimos no ciclo do nitrognio.

de

REPRODUO

A
reproduo
das
bactrias
ocorre
de
forma assexuada, feita por bipartio (diviso
binria, ou cissiparidade), onde a clula
bacteriana cresce, tm seu material gentico
duplicado, e ento, a clula se divide, dando
origem a outra bactria, geneticamente igual
outra.

Figura 5.16: A reproduo assexuada em


bactrias produz cpias idnticas (sem
variabilidade gentica).

A variabilidade gentica das bactrias feita de


trs formas:
a) conjugao: consiste em uma bactria
transferir material gentico para outra utilizando
um plasmdeo, atravs de pontes citoplasmticas:

Esse processo autotrfico de sntese de


compostos orgnicos ocorre na ausncia de
energia solar. um recurso normalmente utilizado
por
algumas
espcies
de
bactrias
e
arqueobactrias, recebendo a denominao
segundo os compostos inorgnicos reagentes,
podendo ser: ferrobactrias e nitrobactrias ou
nitrificantes.
As ferrobactrias oxidam substncias base de
ferro para conseguirem energia qumica, j as

Figura 5.17: A conjugao. A bactria doadora


possui um gene (fator F) que possibilita a doao
de DNA atravs de pontes citoplasmticas.

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b) transduo: a troca de genes feita atravs


de um vrus, que invade uma clula, incorpora seu
material gentico, e o transmite para outras
clulas:

Figura 5.20: O experimento de Griffith.

Figura 5.18: A transduo ocorre atravs de um


bacterifago montado de forma errada, contendo
fragmentos de DNA bacteriano. esse DNA que
ser entregue para a prxima bactria.

c)
transformao:
as
bactrias
podem
incorporar ao seu DNA fragmentos de materiais
genticos dispersos no ambiente por uma bactria
morta:

As bactrias tambm podem originar esporos em


condies ambientes desfavorveis reproduo
(altas ou baixas temperaturas, presena de
substncias txicas, etc.). Eles so pequenas
clulas bacterianas, com uma parede celular
espessa e pouca gua. Elas so capazes de
ficarem milhares de anos, esperando por uma
condio ambiental melhor.

AS CIANOBACTRIAS
As cianobactrias, que j foram classificadas
como
cianofceas
ou
algas
azuis,
so
estruturalmente
bastante
semelhantes
s
bactrias. No possuem ncleo diferenciado nem
organelas citoplasmticas membranosas. Todas
so
autotrficas
e
possuem
pigmento
fotossintetizante, a clorofila que fica em lamelas
no hialoplasma.
A reproduo das cianofceas assexuada, por
diviso binria; porm, as espcies coloniais
podem se fragmentar e originar outros filamentos,
ou
mesmo
apresentar
clulas
especiais
(heterocistos) ou ainda esporos, que se separam e
originam novos fios. Distribuem-se em gua doce,
terra e mar, sendo comuns em fontes termais (80
o
C).

Figura 5.19: A transformao permite a uma


bactria adquirir caractersticas de outra que
tenha morrido no ambiente.

Griffith observou em seu experimento que


bactrias vivas sem cpsula conseguiam absorver
o material gentico de bactrias mortas
encapsuladas, produzindo suas prprias cpsulas.
um exemplo de transformao bacteriana.

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doce, salgada, em terras midas ou ainda dentro


de outros seres.

Figura 5.21: A estrutura bsica de uma


cianobactria.

A IMPORTNCIA DAS BACTRIAS


As bactrias tambm tm sua importncia no
meio ambiente, assim como qualquer ser vivo.

Figura 5.22: Alguns tipos de protozorios


A classificao dos protozorios se baseia
principalmente nos meios de locomoo. Eles se
dividem em Rhizopoda, Flagellata, Ciliophora e
Sporozoa.

- Decomposio: atuam na reciclagem da


matria, devolvendo ao ambiente as molculas e
elementos qumicos reutilizveis por outros seres
vivos.
- Fermentao: algumas bactrias so utilizadas
nas indstrias para produzir iogurte, queijo, etc.
(derivados
do leite).
- Indstria
farmacutica:
na
fabricao
de antibiticos e
vitaminas.
- Indstria qumica: na produo de lcoois,
como metanol e etanol, etc.
- Gentica: com a alterao de seu DNA, podemse fazer produtos de interesse dos seres humanos,
como
insulina.
- Fixao do Nitrognio: retiram o nitrognio do
ar e o fixam no solo, servindo de nutriente para as
plantas.

B OS PROTOZORIOS
Os protozorios so seres unicelulares, mas,
diferentemente das bactrias, eles tem envoltrio
nuclear (cariomembrana, sendo eucariontes). So
complexos, possuindo estruturas reprodutivas,
digestivas, de locomoo, produo de energia,
etc., por isso, por muitos anos, foram
considerados "animais unicelulares". Eles ainda
podem
viver
em
colnias,
sozinhos
ou
parasitando. Podem ser encontrados em gua

C AS ALGAS
As algas constituem a base da alimentao dos
animais aquticos e muitas so utilizadas na
alimentao humana. Algumas algas rodfitas so
apreciadas na culinria japonesa, e entram na
constituio do sushi.
Alm disso, a maior parte do oxignio atmosfrico
utilizado na respirao proveniente da
fotossntese realizada pelas algas.
Alm da importncia ecolgica das algas, elas
apresentam grande participao em atividades
industriais e econmicas para o homem.
So utilizadas como matria-prima para a
produo de espessantes (a partir das fefitas,
produz-se a algina, utilizado na indstria alimentar
e
de
cosmticos);
na produo de medicamentos e indstria
farmacutica, para produo de meio-de-cultura

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BIOLOGIA

de fungos e bactrias (a partir das algas rodfitas,


obtem-se o gar).

D OS FUNGOS
Compreende um grupo particular de seres
conhecidos como fungos ou eumicetos (do gr. eu
= bem, verdadeiro, perfeito e mykes =
cogumelo).
Nele se enquadram organismos eucariontes
unicelulares e pluricelulares, mas suas clulas
muito longas, as hifas, no apresentam contornos
bem definidos, formando uma massa contnua
com muitos ncleos, o miclio. Os tipos maiores
como as orelhas-de-pau e os portadores de um
pleo (chapu) em forma de sombrinha so
conhecidos como cogumelos.
No se deslocam livremente e so hetertrofos
por absoro (digesto extracorprea). Suas
clulas apresentam uma parede celular formada
por quitina. O glicognio seu carboidrato de
reserva. Reproduzem-se por meio de esporos. A
parte area dos cogumelos macroscpicos na
realidade o seu rgo reprodutor, chamado de
corpo de frutificao.
Os unicelulares e microscpicos podem ser
parasitas ou desenvolvem ao fermentativa,
sendo chamados de leveduras ou fermentos.
Alguns produzem antibiticos e outros formam o
mofo ou bolor. Entre os macroscpicos existem
espcies comestveis e outras extremamente
venenosas.
Eles se dividem em vrias classes como os
ficomicetos, ascomicetos, basidiomicetos e outras.
Ficomicetos: so microscpicos quando
isolados, mas em conjunto podem assumir
formaes macroscpicas. Algumas espcies so
parasitas de plantas, atacando as batatas, cereais
e videiras; outras provocam doenas em animais;
outras provocam o mofo ou bolor dos alimentos
como o Rhizopus stolonifer (mofo negro). O

Identidade dos seres vivos

Aspergillus fumigatus provoca uma reao


alrgica respiratria nos seres humanos.
Ascomicetos: do gr, ascon = bolsa, saco e
mykes = cogumelo. Constituem a classe mais
numerosa. Sua caracterstica a presena de
esporos que se desenvolvem dentro de hifas
especiais em forma de pequenas bolsas ou sacos
chamados de ascos. So comuns os ascomicetos
bem desenvolvidos e comestveis.
Entre os microscpicos destacamos o Penicillium
notatum, produtor da penicilina; os P. camembert
e P. roquefortii usados na fabricao dos queijos
camembert e roquefort; e o Saccharomyces
cerevisiae ou levedura de cerveja, usado na
fabricao de cerveja, po, cachaa, etc., e que
provoca a fermentao alcolica do acar.
Figura 5.23:
Levedo
(Saccharomyces)
utilizado na
indstria de
panificao e
bebidas alcolicas
(fermento).
Basidiomicetos: compreende a maioria dos
cogumelos de jardim e cogumelos comestveis.
Sua caracterstica a formao de hifas especiais
chamadas basdios, com aspecto de clava, que se
desenvolvem nas bordas das lamelas encontradas
na parte inferior do pleo, onde ficam os esporos.
So exemplos importantes a Amanita muscaria
(cogumelo mata-mosca) extremamente venenosa
e do qual se extraem a muscarina e o LSD, que
atuam sobre o sistema nervoso central; e o
Cantharellus cibarius ou agrico que comestvel.

Figura 5.24: Amanita


muscaria, um
basidiomiceto txico.

Alguns fungos formam associaes mutualsticas


com algas, constituindo os liquens. As algas,
sendo clorofiladas, produzem carboidratos que
nutrem o fungo. Estes, por sua vez, absorvem
gua e sais minerais do ambiente, facilitando a
vida da alga.

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BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Figura 5.25:
Liquens, associao
entre algas e fungos,
favorecendo a
colonizao de
ambientes diversos.

Na espcie humana alguns fungos microscpicos


causam doenas conhecidas como micoses. Entre
as mais comuns temos a impigem ou pitirase,
aspergilose pulmonar, frieira ou p-de-atleta e
candidase ou monilase (vaginal, intestinal e
sapinho). As micoses que atacam a pele so
chamadas genericamente de dermatomicoses.

Figura 5.27: Exemplares de brifitas.

Figura 5.26: Micose, causada pelo fungo


Candida albicans, que pode se instalar na boca,
faringe, pulmes, virilha, ps etc...
Juntamente com as bactrias, os fungos
desempenham papel vital na reciclagem da
matria ao decompor os restos orgnicos,
transformando-os em compostos inorgnicos e
devolvendo-os ao ciclo natural.

E AS PLANTAS
O reino Plantae ou Metaphyta compreende
organismos
eucariontes,
pluricelulares
e
auttrofos. Como seres fotossintetizantes, os
organismos
desse
reino,
juntamente
com
cianobactrias e algas protistas, so os produtores
da matria orgnica nas cadeias ecolgicas dos
ecossistemas terrestres. Alm disso, fornecem gs
oxignio para a biosfera, contribuindo para a vida
dos seres aerbios.
Apresentam clorofila em cloroplastos e acumulam
amido como reserva energtica.
1) BRIFITAS

As brifitas reproduzem-se por alternncia de


geraes
ou
metagnese.
Nesse
ciclo
reprodutivo observam-se:
uma fase haploide, produtora de gametas e
denominada gametfito o gametfito constitui
a gerao mais desenvolvida e duradoura;
uma fase diploide, produtora de esporos e
denominada
esporfito

o
esporfito
representa a gerao menos complexa e tem vida
passageira.
O gametfito de um musgo dotado de: rizoides;
um cauloide delicado; filoides rudimentares e
clorofilados. J o esporfito, que no clorofilado,
possui uma haste cujo pice se diferencia numa
estrutura denominada cpsula, onde os esporos
so produzidos.
Em certas pocas, o gametfito produz na regio
apical
uma
pequena
bolsa
denominada
gametngio, que produz gametas e representa,
portanto, o rgo de reproduo do musgo. O
gametngio de dois tipos:
anterdio gametngio masculino, produtor
de gametas pequenos, biflagelados e mveis,
denominados anterozoides;
arquegnio gametngio feminino, produtor
de gametas grandes e imveis, denominados
oosferas.
O ciclo de vida do musgo: Os musgos so
geralmente dioicos.
Ao atingir a maturidade sexual, os gametfitos
produzem gametngios, em cujo interior so
produzidos os gametas. Do musgo masculino os
anterozoides podem alcanar o musgo feminino
atravs de borrifos de chuva; ento, "nadam" em
direo ao arquegnio. A unio entre o
anterozoide e a oosfera, que configura a
fecundao e ocorre no arquegnio, determina a
formao do zigoto (2n). Este se desenvolve e
origina o esporfito (2n), produtor de esporos, que
cresce sobre o gametfito feminino (n), obtendo
da seu alimento. O esporfito constitudo de

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BIOLOGIA

uma haste em cuja extremidade se forma uma


cpsula, que abriga esporngios onde se
produzem esporos; os esporos se formam por
meiose e ento so libertados para o ambiente.
Em condies adequadas, cada esporo germina,
formando uma espcie de "broto" denominado
protonema. Esse filamento, o protonema, "brota"
e forma um novo musgo (gametfito), fechando o
ciclo.

Identidade dos seres vivos

Surge, ento, o zigoto, que se desenvolve,


transformando-se em uma nova samambaia, que,
quando adulta, iniciar um novo ciclo para a sua
reproduo.
J que o gameta masculino da planta, o
anterozoide,

flagelado,
as
pteridfitas
dependem de ambientes terrestres midos para
se reproduzirem, mas no impossvel de se
encontrar espcies que vivem na caatinga
nordestina por exemplo.

Figura 5.28: Ciclo reprodutivo em brifita.


2) PTERIDFITAS
As pteridfitas foram as primeiras plantas
vasculares na Terra (traquefitas), ou seja,
possuem vasos condutores de seiva (substncia
nutriente), o que permitiu que esse tipo de planta
tivesse maior porte.

Figura 5.30: Ciclo reprodutivo em pteridfitas.


3) GIMNOSPERMAS
So exemplos de gimnospermas: ciprestes,
sequoias, araucrias, pinus, pinheiros, cedros e
cicas.
Desenvolveram
estruturas
reprodutivas
especializadas na produo de esporos, os
estrbilos. As sementes, outra novidade
evolutiva, originam-se nos estrbilos, mas no
protegidas por frutos.
Em plantas com sexos separados, os estrbilos
femininos produzem estruturas chamadas vulos,
formadores de grandes esporos que contero o
gameta feminino, a oosfera. Os estrbilos
masculinos produzem pequenos esporos, os
gros de plen, que contero os gametas
masculinos chamados ncleos espermticos.

Figura 5.29: Exemplares de pteridfitas.


As pteridfitas, como as brifitas, no possuem
sementes e se reproduzem por meio de um ciclo
que apresenta uma fase assexuada e outra
sexuada (alternncia de geraes), mas a sua
fase mais desenvolvida a esporfita, com raiz
caule
e
folhas.
Em certas pocas, na superfcie inferior das folhas
da samambaia, por exemplo, formam-se pontos
escuros chamados de soros, onde se produzem os
esporos (fase esporfita).
Quando os esporos amadurecem, os soros abremse, deixando-os cair no solo mido; cada esporo,
ento, germinar e dar origem ao protalo. O
protalo uma planta sexuada, em forma de
corao, produtora de gametas (fase gametfita).
No protalo, formam-se os anterozoides e os
arquegnios. Os anterozoides, deslocando-se em
gua, nada em direo oosfera, fecundando-a.

Figura 5.31: Estrbilos feminino (acima) e


masculino (abaixo).

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BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Quando os gros de plen, levados pelo vento,


chegam ao estrbilo feminino, produzem um tubo
polnico que promove a fecundao: o encontro
do ncleo espermtico com a oosfera, processo
que no mais depende da gua para ocorrer, um
grande passo evolutivo para conquista do
ambiente terrestre pelas plantas.
Aps a fecundao, forma-se um zigoto que se
desenvolve e protegido pelo vulo da planta,
originando a semente, estrutura que protege o
embrio e originar uma nova planta.

o grupo mais variado em nmero de espcies e


de grande sucesso na sobrevivncia em diferentes
ambientes. Surgem duas novidades evolutivas,
que contriburam muito para o sucesso vida
terrestre:
As flores, que so folhas modificadas com
atrativos (nctar, odor, cores) para agentes
polinizadores (insetos, aves, morcegos etc.);
O fruto, estrutura que abriga a semente e ajuda
na disperso da planta e conquista de novos
ambientes.
As
angiospermas
classificam-se
em
monocotiledneas e dicotiledneas:

Figura 5.35: Algumas angiospermas.


Figura 5.32: Ciclo de vida das gimnospermas.

semente.

Figura 5.33:
Pinhes so as
sementes das
araucrias. No
detalhe, o embrio
envolto pela
reserva da

As angiospermas independem da gua para a


fecundao: como nas gimnospermas, gros de
plen produzem o tubo polnico que promove a
fertilizao da oosfera (haploide, n) pelo ncleo
espermtico (n), resultando no zigoto (2n). H,
ainda, uma segunda fecundao: um segundo
ncleo espermtico (n) funde-se com os
ncleos polares (n+n) presentes no vulo,
formando uma clula triploide (3n), que originar
um tecido rico em reservas nutritivas, o
endosperma ou albmen.

Figura 5.36: O ciclo reprodutivo de


angiospermas.
Figura 5.34: Araucria ou pinheiro do Paran. No
detalhe, alguns ramos e um estrbilo feminino
(pinha).
4) ANGIOSPERMAS
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BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Figura 5.37: As diferenas bsicas entre mono e dicotiledneas.

F OS ANIMAIS
Esse reino agrupa organismos eucariontes,
pluricelulares
e
hetertrofos:
Porferos,
Cnidrios,
Platelmintos,
Nematelmintos,
Aneldeos,
Artrpodes,
Moluscos,
Equinodermos e Cordados.
1) PORFEROS

Porfera um filo do reino Animalia (tambm


chamado de Reino Animal ou Metazoa), onde se
enquadram
os
animais
conhecidos
como
esponjas.
Estes organismos so primitivos e ssseis (no se
deslocam voluntariamente do seu local de
fixao). Sua maior parte marinha, estes seres
alimentam-se por filtrao, bombeando a gua
atravs das paredes do corpo e retendo as
partculas de alimento nas suas clulas.

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BIOLOGIA

O corpo apresenta grande quantidade de poros


por onde entra gua com oxignio e nutrientes, e
um nico poro exalante (sculo) pelo qual sai
gua com gs carbnico e resduos.
No possuem tecidos organizados nem sistemas
como o circulatrio, respiratrio, digestivo,
excretor ou nervoso.
Possuem clulas flageladas, os coancitos,
responsveis pela circulao de gua no corpo do
animal e pela digesto intracelular do alimento
capturado.

Identidade dos seres vivos

alimentam-se de material suspenso finamente


particulado.
Figura 5.40:
gua-viva, um
cnidrio
medusoide, e
hidra, um cnidrio
polipoide.

A reproduo por metagnese ou alternncia


de
geraes
entre
uma
fase
sexuada
(medusoide) e uma assexuada (polipoide). O
brotamento tambm uma forma assexuada de
reproduo
comum,
gerando
descendentes
idnticos.

Figura 5.38: Uma esponja e detalhe de um


coancito, clula adaptada para digesto.
Reproduzem-se assexuadamente (regenerao ou
brotamento)
ou
sexuadamente
(gametas
liberados na gua).
Existem mais de 15.000 espcies modernas de
esponjas conhecidas, que podem ser encontradas
desde a superfcie da gua at mais de 8.000
metros de profundidade, e muitas outras so
descobertas a cada dia.

Figura 5.39: Uma esponja e seus tipos celulares.


2) CNIDRIOS
Cnidrios so animais aquticos radialmente
simtricos com uma extremidade do corpo
exibindo uma boca com tentculos. A boca a
nica abertura para a cavidade intestinal. Os
cnidrios apresentam-se em duas formas, a
medusa (livre) e o plipo (fixo).
Surgem nesse grupo o sistema nervoso e um
sistema digestivo incompleto (com apenas
boca).
Os cnidrios apresentam clulas urticantes, os
cnidoblastos, produtores de veneno paralisante.
A maioria alimenta-se de zooplncton embora
alguns utilizem animais maiores e outros ainda

Figura 5.41: O ciclo de vida de um cnidrio.


3) PLATELMINTOS
Os
platelmintos,
tambm
conhecidos
popularmente
como
vermes,
so
animais
pertencentes ao filo Platyhelminthes, reino
Animalia. O corpo dos platelmintos achatado,
pois no possuem sistemas respiratrio e
circulatrio (as trocas ocorrem por difuso, pela
superfcie do corpo). Vivem em locais midos e,
algumas
espcies,
parasitam
animais
(principalmente mamferos).
So os primeiros animais a desenvolverem um
sistema excretor, as clulas-flamas. O sistema
digestivo incompleto.
A reproduo pode ser sexuada: tnias e planrias
so hermafroditas, porm, apenas tnias se
autofecundam
enquanto
planrias
realizam
reproduo cruzada (cpula). Ou assexuada:
regenerao, em planrias.
O grupo divide-se em 3 classes: Turbellaria
(planria), Trematoda (esquistossomo) e Cestoda
(Tnia).

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BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Figura 5.43: Alguns nematdeos.

Figura 5.42: Alguns exemplares de platelmintos.


4) NEMATELMINTOS
So os vermes cilndricos e alongados, de vida
livre ou parasitas de plantas e animais, incluindo o
homem.
Os nematdeos (gr. nematos = fio) ocupam,
provavelmente, o segundo lugar, aps os insetos,
em nmero de indivduos no planeta, estimandose que apenas 1/5 das espcies tenham sido
descritas at a atualidade.
So os primeiros animais com sistema digestivo
completo (boca e nus), que proporciona uma
vantagem alimentar: o animal pode ingerir
grandes pores de alimento, sem precisar
interromper para que haja eliminao dos
resduos por onde o alimento entrou, por que h
um trnsito alimentar no sentido boca-nus.
No h, ainda, sistema respiratrio e circulatrio
(trocas por difuso).
A maioria dos nematdeos dioica (sexos
separados), com reproduo sempre sexuada.

5) MOLUSCOS
Os moluscos so animais terrestres, dulccolas ou
marinhos, que vivem fixos em rochas, livres ou
enterrados na areia. O nome indica uma
caracterstica do grupo: corpo mole. O corpo
dividido em trs partes: cabea, p e massa
visceral, protegidos (ou no) por uma (univalves),
duas (bivalves) ou mais conchas.
So portadores de rdula, uma lngua dentada
que serve para raspar os alimentos (menos
bivalves).
A respirao pode ser cutnea (lesmas), branquial
(mexilhes)
e
pulmonar
(caramujo),
dependendo do habitat de cada um.
O sistema digestivo completo e circulao
aberta, exceto em polvos e lulas.
Podem ser dioicos ou monoicos (hermafroditas).
Alguns exemplos so o polvo, a lula, o caracol e a
lesma.

Figura 5.44: Representantes do filo dos


moluscos.
6) ANELDEOS
No grupo dos aneldeos esto includos os vermes
cujo corpo geralmente segmentado, dividido em
anis.
Os aneldeos vivem no solo mido, na gua doce e
salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre. O
mais conhecido invertebrado deste grupo a
minhoca.
So os primeiros a possuir sistema circulatrio:
o sangue, com pigmentos respiratrios, circula em
um sistema fechado de vasos.
Nesse grupo o sistema digestivo completo;
ainda no h um sistema respiratrio eficiente
(trocas cutneas).

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BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

A eliminao dos resduos corporais feita


atravs de nefrdeos.
So hermafroditas, mas realizam fecundao
cruzada.
Na
minhoca,
alguns
anis
especializados na reproduo formam o clitelo,
que permite a troca de espermatozoides para a
fecundao entre parceiros.

Figura 5.46: Diferentes tipos de insetos.

Figura 5.45: Representantes do filo dos


aneldeos.
7) ARTRPODES
So animais dotados de patas articuladas e um
exoesqueleto de quitina.
Nesses animais, o tubo digestivo completo, e o
sistema respiratrio traqueal ou branquial;
A excreo feita por tubos de Malpighi (insetos),
glndulas coxais (aracndeos) e glndulas verdes
(crustceos).
O sistema nervoso desenvolvido, apresentando
rgos de sentidos especializados (antenas, olhos)
e alguns sofrem metamorfose durante o
desenvolvimento.
Geralmente so dioicos (sexos separados), com
fecundao interna.
INSETOS
"Inseto" uma palavra com significado
interessante, derivada do latim. Animale insectum
significa "animal segmentado".
Os insetos formam a maior classe do Reino
Animal, so mais de 800.000 espcies conhecidas.
Os insetos vivem espalhados por todo o mundo.
Desde as regies polares at as zonas tropicais.
Embora a aparncia dos insetos seja muito
variada, o corpo de todos eles dividido em
cabea, trax e abdome. Na cabea h um par de
antenas e 3 pares de mandbulas. Todos os insetos
possuem 3 pares de patas. Nem todos os insetos
tm asas, mas so os nicos invertebrados
voadores.
Seu crescimento ocorre atravs de mudas do
exoesqueleto denominadas ecdises. A maioria
desses animais alcana a maturidade atravs da
metamorfose.

os
ametbolos
so
os
que
tm
desenvolvimento
direto,
ou
seja,
sem
metamorfose: do ovo eclode um jovem que,
atravs de mudas, atingir a fase adulta. Este o
caso das traas-de-livros.
os hemimetbolos tm desenvolvimento
indireto e realizam metamorfose parcial ou
incompleta. Neste caso, eclode do ovo uma
pequena ninfa, semelhante, em linhas gerais, ao
adulto. Durante as mudas, a ninfa sofrera algumas
alteraes estruturais, desenvolvendo as asas e
mudando de colorao, at atingir a forma adulta
ou imago. Isso ocorre com baratas, gafanhotos,
cupins, entre outros.

Figura 5.47: Desenvolvimento do gafanhoto, um


inseto hemimetbolo. Os trs estgios inicias so
ninfas e o ltimo o adulto ou imago.
os holometbolos tm desenvolvimento
indireto e metamorfose total ou completa. So
exemplos as moscas, as borboletas, as abelhas e
os besouros. Do ovo, eclode uma pequena larva
vermiforme, segmentada, sem asas ou olhos.
um estgio em que a alimentao prioritria,
embora o alimento e as peas bucais da larva
possam ser bem diferentes do adulto. Em
borboletas, por exemplo, a lagarta tem peas
bucais mastigadoras e o adulto tem peas bucais
sugadoras. Algumas mudanas ocorrem durante o
crescimento. No final do perodo larval, o animal
cessa sua atividade e no se alimenta. o estgio
de pupa, no qual o inseto vive em locais
protetores, como no cho, num casulo ou em
tecidos vegetais. Mudanas radicais ocorrem
neste estgio, de forma que poucas estruturas
larvais permanecem. Da fase pupal, emerge o
adulto ou imago.

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BIOLOGIA

Figura 5.48: Ciclo de vida de um inseto


holometbolo.
ARACNDEOS
Os aracndeos so organismos pertencentes
classe Arachnida do filo dos Artrpodes. Desta
classe fazem parte mais de 60.000 espcies, entre
elas: aranhas, carrapatos, escorpies, etc.
Os artrpodes possuem um sistema nervoso
bastante desenvolvido e possuem exoesqueleto,
ou seja, uma dura carcaa externa.
Os aracndeos apresentam o corpo dividido em
cefalotrax e abdome, possuem 4 pares de
patas e as antenas e as mandbulas esto
ausentes. Ao redor da boca apresentam
quelceras, estruturas relacionadas com a
manipulao do alimento, bem como um par de
pedipalpos, que atuam como rgo sensorial ou
rgo de cpula no macho. Os olhos desses
artrpodes so simples, ao contrrio dos olhos
compostos observados nos insetos e crustceos.
No abdome das aranhas encontramos as
fiandeiras, estruturas associadas a glndulas que
produzem fios com os quais so confeccionadas
as teias ou os casulos para os ovos. Na
extremidade do abdome dos escorpies localizamse glndulas de veneno, numa dilatao
portadora do aguilho, estrutura inoculadora de
veneno.
Dentro desta enorme variedade, a grande maioria
das espcies composta por animais terrestres
que respiram atravs de traqueias. Contudo,
alguns realizam a respirao cutnea e outros
possuem pulmes folhosos.
Os aracndeos so em sua maior parte,
predadores, algumas espcies, inclusive, possuem
glndulas de veneno com o qual abatem as suas
presas.
Sua reproduo se d por meio de fecundao
interna, geram ovos de onde saem diminutos
seres que no passaro por metamorfose.

Identidade dos seres vivos

Figura 5.49: Escorpio, carrapato, opilio e


aranha: alguns representantes da Classe
Arachnida.
CRUSTCEOS
Os crustceos receberam este nome por causa
da composio do seu exoesqueleto de
carbonato de clcio, que forma uma crosta. So
artrpodes de hbitos aquticos, sendo a maioria
marinha. As espcies mais conhecidas so as
lagostas,
camares,
siris,
caranguejos
e
tatuzinhos.
O corpo dividido em cabea, trax e abdome, ou
em cefalotrax e abdome. Possuem 5 pares de
apndices, 2 pares de antenas na regio ceflica,
que caracterstica distintiva destes animais.
As glndulas responsveis pela excreo so as
glndulas antenais, ou glndulas verdes. Alguns
experimentos mostram que as brnquias ajudam
na excreo da amnia. As brnquias so os
principais rgos para a manuteno osmtica.

Figura 5.50: Exemplares de crustceos.

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BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

QUILPODES
Nesta classe esto as centopeias, que esto
distribudas por todo o mundo, com cerca de 3000
espcies descritas.
As centopeias possuem um par de pernas por
segmento e um par de antenas, garras de veneno
para se proteger e o ltimo par de patas pode ser
usado para defesa, dando tipo uns belisces. O
par de patas do 1 segmento do corpo
transformado em forcpula, estrutura que possui
glndulas de veneno.
So predadoras de pequenos artrpodes, mas
algumas espcies se alimentam de minhocas e
caracis.

O sistema digestivo completo. Possuem ainda


um sistema de hidrocanais que auxilia na
locomoo, circulao, respirao, excreo e
percepo sensorial do ambiente: sistema
ambulacrrio.
So animais dioicos, com fecundao externa.
Alguns exemplos so o ourio-do-mar, estrela-domar, pepino-do-mar e bolacha-da-praia.

Figura 5.51:
Centopeia,
um
quilpode.

DIPLPODES
Nesta classe esto os piolhos-de-cobra. Possuem
2 pares de patas por segmento e um par de
antenas, so animais herbvoros e detritvoros,
no
possuindo
forcpula.
Costumam
viver
escondidos da luz para evitar dessecao.
Existem cerca de 75.000 espcies descritas.
Figura 5.52:
Piolho-decobra, um
diplpode.
Caractersticas que diferenciam os grupos
de artrpodes

Figura 5.53: Exemplares de equinodermos.


9) CORDADOS
Os cordados constituem um filo dentro do reino
Animalia que inclui os vertebrados, os anfioxos e
os tunicados.
Os vertebrados so um grupo de animais muito
diversificados, que podem estar adaptados vida
aqutica ou terrestre e tm em comum o fato de
apresentarem crnio e coluna vertebral, da
serem vertebrados. O esqueleto interno,
articulado, est ligado a fortes msculos,
responsveis pelos movimentos. O sistema
excretor apresenta rins.

Figura 5.54: Exemplares de cordados: peixe,


anfbio, rptil, ave e mamfero.
8) EQUINODERMOS
Os equinodermos so animais de vida livre,
predadores
ou
detritvoros,
estritamente
marinhos, dotados de um esqueleto interno
calcrio (endoesqueleto), que emite espinhos
saliente para fora da pele.

PEIXES
Compreendem mais de 25 mil espcies, um
nmero maior que a soma das espcies de todas
as outras classes de vertebrados.
So adaptados exclusivamente ao ambiente
aqutico. Entre essas adaptaes, incluem:
Corpo hidrodinmico: achatado e longo,
favorecendo o deslocamento na gua;

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20

BIOLOGIA

Cobertura escamosa: as escamas so pequenas


placas achatadas e lisas que, juntamente com um
muco corporal, reduzem o atrito com a gua;
Nadadeiras: locomoo eficiente e gil;
Musculatura segmentada: permitindo
movimentos ondulatrios.
So animais ectotrmicos (pecilotrmicos),
isto , a temperatura corporal mantm mais ou
menos prxima a do ambiente.
A maioria respira por brnquias, dobras com
muitos vasos sanguneos que fazem trocas
gasosas com a gua.
O corao dos peixes tem duas cavidades: um
trio e um ventrculo e por ele circula apenas
sangue no oxigenado (circulao venosa), vindo
do corpo.
A linha lateral uma estrutura localizada nas
laterais do corpo com clulas nervosas sensoriais
e permite o animal perceber diferenas de
presso na gua, vibraes, correntes e
movimentos aquticos, detectando a presena de
presas
ou
predadores
e
facilitando
o
deslocamento em guas turvas.
Os peixes possuem bexiga natatria, uma
vescula
gasosa
com
funo
hidrosttica
(equilbrio e flutuao) ou respiratria, permitindo
alguns peixes a realizar trocas gasosas com o ar
atmosfrico (piramboia
da Amaznia,
por
exemplo).

Figura 5.55: Piramboia (Lepdosirem paradoxa),


um peixe pulmonado cuja bexiga natatria
permite trocas gasosas com o ar atmosfrico.
Existem duas classes de peixes: condrictes
(peixes cartilaginosos) e ostectes (peixes
sseos), que apresentam algumas diferenas:
Caractersti
Condrictes
Ostectes
ca
esqueleto
cartilaginoso
sseo
boca
ventral
frontal
fendas
cobertas por
descobertas
branquiais
oprculos
cloaca
sim
no (nus)
escamas
placoides
drmicas
Bexiga
no
sim
natatria
linha lateral
sim
no
vlvula
espiral
sim
no
intestinal
bagre, sardinha,
Tubares e
exemplo
dourado, trara,
raias.
tucunar
ANFBIOS

Identidade dos seres vivos

Os anfbios surgiram h cerca de 350 milhes de


anos e foram os primeiros vertebrados a viver em
terra firme. Atualmente, a maioria dos anfbios
representada por animais de porte relativamente
pequeno, como sapos, rs, pererecas.
Caractersticas gerais dos anfbios:
Pele lisa, mida, intensamente vascularizada,
sem escamas (pobre em queratina) e permevel.
Respirao branquial, pulmonar e cutnea.
Desenvolvimento por metamorfose. Larva
chamada girino, com brnquias e nadadeira
caudal. Adulto com pulmes e patas.
Portadores de cloaca.
Fecundao externa
Sangue com hemcias ovoides e nucleadas
Corao com 3 cavidades: 2 trios e 1
ventrculo com circulao fechada, porm
incompleta (mistura de sangue arterial com
venoso).
So todos ectotrmicos (pecilotrmicos, isto
, sangue frio).
A reproduo ainda dependente do meio
aqutico, por que a fecundao externa (so
ovulparos).
Apresentam a seguinte classificao:
Grupo
Exemplo
Caractersticas
Animais
subterrneos, de
Cobras
Apoda
corpo alongado,
cegas
cilndrico e liso;
patas atrofiadas.
Corpo dotado de
Salamandra
Urodela
quatro patas e
.
cauda.
Possuem quatro
Sapos, rs e patas (geralmente
Anura
perereca.
saltatrias), sem
cauda.

Figura 5.56:
Salamandra,
animal com
cauda e patas.

Figura 5.57:
Pererecas so mais arborcolas e apresentam
ventosas de fixao nas patas; Rs so maiores e
mais adaptadas ao salto. Muitas so apreciadas
como alimento pelo homem; Sapo um animal
mais robusto, com pele spera e grandes
glndulas venenosas nas costas.
RPTEIS
Os rpteis surgiram h cerca de 300 milhes de
anos, provavelmente evoludo de um grupo de
anfbios. So os primeiros vertebrados adaptados
efetivamente vida terrestre, em lugares secos.
A Terra j abrigou formas gigantescas de rpteis,
como os dinossauros, mas hoje o grupo

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21

BIOLOGIA

representado por animais de porte relativamente


menor: jacars, lagartos, cobras, tartarugas, etc.
Caractersticas principais dos rpteis:
Pele seca rica em queratina, com camada
crnea bastante desenvolvida.
A pele destituda de glndulas podendo
apresentar escamas (cobra), placas drmicas
(jacar) e carapaa (tartaruga).
Pecilotrmicos.
Corao dividido em 3 partes com exceo dos
crocodilos (4 partes)
Circulao fechada e incompleta, com
hemcias nucleadas.
So ovparos e foram os primeiros animais a
apresentarem mnio (anexo embrionrio que
protege o embrio contra desidratao no meio
terrestre).
Respirao pulmonar.
Seu principal produto excretado nitrogenado
o cido rico: uma forma pastosa de urina que
representa economia de gua.
Classificao dos Rpteis:
Grupo
Exemplos

Caractersticas
Dotados de
Lagartixas,
escamas, corpo
Lacertlios camalees,
alongado e
lagartos.
cabea curta.
Rpteis
peonhentos,
Ofdios
Cobras.
corpo escamoso,
sem patas.
Corpo coberto
por uma
Tartarugas,
carapaa, dorsal
Quelnios
cgados e
e ventral. No h
jabutis.
dentes, mas um
bico crneo forte.
Aquticos, pele
Crocodiliano Jacars e
grossa, com
s
crocodilos.
placas crneas.

Figura 5.58: O ovo, presente em rpteis e aves,


foi um grande passo na conquista do meio
terrestre, em ambientes diversos.

AVES
Aves, assim como mamferos, evoluram de
grupos de rpteis no passado. So animais em
que os membros anteriores so transformados em
asas, permitindo o voo; os membros posteriores
(pernas) permitem o deslocamento na terra,
andar, correr ou mesmo nadar. Principais
caractersticas das aves:
Ovparos (amniotas), sexo separado com
fecundao interna;
Endotrmicos (homeotrmicos): a
temperatura do corpo praticamente no varia com
as mudanas trmicas do ambiente, por que h
uma eficiente produo de calor interna, o que
contribuiu para conquista dos mais diversos
ambientes do planeta.

Identidade dos seres vivos

Bpedes (duas
patas).
Corpo coberto
com pele seca e
penas.
Maxilares
transformados em
bicos; no h
dentes.
Possuem ramificaes dos pulmes, os sacos
areos, que se
ramificam par
dentro dos ossos
(ossos
pneumticos), o
que auxilia na
leveza e voo.
Sistema
digestivo
completo, com
cloaca. No
possuem bexiga
urinria e a excreo sob a forma de cido
rico.
Circulao dupla e completa. Corao com 4
cavidades e hemcias nucleadas

Figura 5.59: A anatomia da ave favoreceu o voo.

Tal como em insetos, a capacidade de voo das


aves contribui para conquista de novos territrios,
o acesso a alimentos, a fuga de predadores e o
encontro de parceiros para reproduo. Algumas
caractersticas favoreceram o voo, como:
Formato aerodinmico do corpo (menor atrito
com o ar durante o deslocamento);
Corpo leve, com penas leves e asas;
Esqueleto leve e resistente, com ossos
pneumticos e forte musculatura;
Membrana nictitante nos olhos, protegendo
contra poeira e ressecamento durante o voo;
Osso esterno peitoral com projeo chamada
quilha, com insero de poderosos msculos que
promovem o batimento das asas;
Ausncia de bexiga urinria e dentes (leveza).
MAMFEROS
Os mamferos surgiram na Terra h cerca de 200
milhes de anos e tal como as aves, admite-se
que descendem dos rpteis. E tambm como as
aves, passaram a colonizar os mais diversos
ecossistemas.
A palavra mamfero vem do latim: mamma, que
significa glndula mamria, feros, portador:
o que caracteriza sua principal aquisio. Outras
caractersticas dos mamferos:

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22

BIOLOGIA

Corpo coberto de pelos; pele com glndulas


sebceas e sudorparas.
Homeotrmicos.
Respirao por pulmes dotados de alvolos, e
presena de diafragma.
So vivparos com presena de placenta.
Circulao dupla, completa e um corao
tetracavitrio; hemcias anucleadas.
Os mamferos so classificados em:
Classifica
Exemplos
Caractersticas
o
Monotremado
Equidna,
Ovparos, dotados
s
ornitorrinco.
de bico.
Apresenta
glndulas
mamrias
Cangurus,
localizadas em
gambs,
Marsupias
uma bolsa, o
cucas,
marspio, local
coalas.
onde ocorre o
desenvolvimento
embrionrio.
Roedores,
felinos,
Mamferos
Eutrios
cetceos
placentrios.
(aquticos),
primatas

Identidade dos seres vivos

CRESTA. F. Lente de contato e infeco ocular.


Revista Sinopse de Oftalmologia. So Paulo:
Moreira Jr., v, n.04, 04. 2002 (adaptado).
A instalao das bactrias e o avano do processo
infeccioso na crnea esto relacionados a algumas
caractersticas gerais desses microrganismos, tais
como:
a) A grande capacidade de adaptao, considerando
as constantes mudanas no ambiente em que se
reproduzem e o processo aerbico como a melhor
opo desses microrganismos para a obteno de
energia.
b) A grande capacidade de sofrer mutaes,
aumentando a probabilidade do aparecimento de
formas resistentes e o processo anaerbico da
fermentao como a principal via de obteno de
energia.
c) A diversidade morfolgica entre as bactrias,
aumentando a variedade de tipos de agentes
infecciosos e a nutrio heterotrfica, como forma de
esses microrganismos obterem matria-prima e
energia.
d) O alto poder de reproduo, aumentando a
variabilidade gentica dos milhares de indivduos e a
nutrio heterotrfica, como nica forma de
obteno de matria-prima e energia desses
microrganismos.
e) O alto poder de reproduo, originando milhares
de descendentes geneticamente idnticos entre si e
a diversidade metablica, considerando processos
aerbicos e anaerbicos para a obteno de energia.
Resposta: E. Bactrias reproduzem-se rapidamente,
realizando diviso binria, o que gera indivduos
idnticos. A diversidade metablica alta encontrada
no grupo uma das justificativas para a grande
quantidade desses seres no ambiente.
ATIVIDADES

1) ENEM 2007. Fenmenos biolgicos podem


ocorrer em diferentes escalas de tempo. Assinale a
opo que ordena exemplos de fenmenos
biolgicos, do mais lento para o mais rpido.

Figura 5.60: A diversidade dos mamferos.


VAMOS FAZER

ENEM 2010. O uso prolongado de lentes de contato,


sobretudo durante a noite, aliado a condies
precrias de higiene representam fatores de risco
para o aparecimento de uma infeco denominada
ceratite
microbiana,
que
causa
ulcerao
inflamatria da crnea. Para interromper o processo
da doena, necessrio tratamento antibitico.
De modo geral, os fatores de risco provocam a
diminuio da oxigenao corneana e determinam
mudanas no seu metabolismo, de um estado
aerbico para anaerbico. Como decorrncia,
observa-se a diminuio no nmero e na velocidade
de mitoses do epitlio, o que predispe ao
aparecimento de defeitos epiteliais e invaso
bacteriana.

a) germinao de uma semente, crescimento de


uma rvore, fossilizao de uma samambaia.
b) fossilizao de uma samambaia, crescimento de
uma rvore, germinao de uma semente.
c) crescimento de uma rvore, germinao de uma
semente, fossilizao de uma samambaia.
d) fossilizao de uma samambaia, germinao de
uma semente, crescimento de uma rvore.
e) germinao de uma semente, fossilizao de uma
samambaia, crescimento de uma rvore.
2) ENEM 2005. O desenvolvimento da maior parte
das espcies de insetos passa por vrios estgios
at chegar fase adulta, quando finalmente esto
aptos reproduo. Esse desenvolvimento um jogo
complexo de hormnios. A ecdisona promove as
mudas (ecdises), mas o hormnio juvenil impede
que o inseto perca suas caractersticas de larva.
Com o tempo, a quantidade desse hormnio diminui
e o inseto chega fase adulta. Cientistas
descobriram que algumas rvores produzem um
composto qumico muito semelhante ao hormnio
juvenil dos insetos.

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23

BIOLOGIA

A vantagem de uma rvore que produz uma


substncia que funcione como hormnio juvenil
que a larva do inseto, ao se alimentar da planta,
ingere esse hormnio e:
a) vive sem se reproduzir, pois nunca chega fase
adulta.
b) vive menos tempo, pois seu ciclo de vida encurta.
c) vive mais tempo, pois ocorrem poucas mudas.
d) morre, pois chega muito rpido fase adulta.
e) morre, pois no sofrer mais mudas.
3) PUC-SP 2012. Analise a tira de quadrinhos
abaixo.
NQUEL NUSEA FERNANDO GONSALES

Identidade dos seres vivos

de extenso, formado entre o mar e dezoito lagoas.


Numa rea de 14.000 hectares, ali vivem jacars,
capivaras, lontras, tamandus-mirins, alm de
milhares de aves e de peixes de gua doce e
salgada.Os peixes de gua salgada, na poca das
cheias, passam para as lagoas, onde encontram
abrigo, voltando ao mar na cheia seguinte. Nos
terrenos mais baixos, prximos aos lenis freticos,
as plantas tm gua suficiente para aguentar longas
secas. J nas reas planas, os cactos so um dos
poucos vegetais que proliferam, pintando o areal
com um verde plido.
Depois de ler o texto, os alunos podem supor que,
em Jurubatiba, os vegetais que sobrevivem nas
reas planas tm caractersticas tais como:
a) quantidade considervel de folhas, para aumentar
a rea de contato com a umidade do ar nos dias
chuvosos.
b) reduo na velocidade da fotossntese e
realizao ininterrupta desse processo, durante as
24 horas.
c) caules e folhas cobertos por espessas cutculas
que impedem o ressecamento e a consequente
perda de gua.
d) reduo do calibre dos vasos que conduzem a
gua e os sais minerais da raiz aos centros
produtores do vegetal, para evitar perdas.
e) crescimento sob a copa de rvores frondosas, que
impede o ressecamento e consequente perda de
gua.
5) ENEM 2010. A produo de hormnios vegetais
(como a auxina, ligada ao crescimento vegetal) e
sua distribuio pelo organismo so fortemente
influenciadas por fatores ambientais. Diversos so os
estudos que buscam compreender melhor essas
influncias. O experimento seguinte integra um
desses estudos.

Folha de S.Paulo
Embora hermafroditas, os caramujos normalmente
tm fecundao cruzada, mecanismo que leva a
descendncia a apresentar:
a) aumento de variabilidade gentica em relao
autofecundao e maior chance de adaptao das
espcies ao ambiente.
b) diminuio da variabilidade gentica em relao
autofecundao e maior chance de adaptao das
espcies ao ambiente.
c) variabilidade gentica semelhante da
autofecundao e as mesmas chances de adaptao
das espcies ao ambiente.
d) diminuio de variabilidade gentica em relao
autofecundao e menor chance de adaptao das
espcies ao ambiente.
e) variabilidade gentica semelhante da
autofecundao e menor chance de adaptao das
espcies ao ambiente.
4) ENEM 1998. Alunos de uma escola no Rio de
Janeiro so convidados a participar de uma excurso
ao Parque Nacional de Jurubatiba. Antes do passeio,
eles leem o trecho de uma reportagem publicada em
uma revista:
Jurubatiba ser o primeiro parque nacional em rea
de restinga, num brao de areia com 31 quilmetros

O fato de a planta do experimento crescer na direo


horizontal, e no na vertical, pode ser explicado pelo
argumento de que o giro faz com que a auxina se
a) distribua uniformemente nas faces do caule,
estimulando o crescimento de todas elas de forma
igual.
b) acumule na face inferior do caule e, por isso,
determine um crescimento maior dessa parte.
c) concentre na extremidade do caule e, por isso,
iniba o crescimento nessa parte.
d) distribua uniformemente nas faces do caule e, por
isso, iniba o crescimento de todas elas.
e) concentre na face inferior do caule e, por isso,
iniba a atividade das gemas laterais.

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24

BIOLOGIA

5- TIPOS DE CICLO DE VIDA

As algas apresentam os trs tipos bsicos de ciclo


de vida existentes na natureza: haplobionte
haplonte, haplobionte diplonte e haplodiplobionte.
Os critrios para essa distino referem-se ao
momento em que ocorre a meiose e a ploidia dos
indivduos adultos do ciclo, isto , se eles so
haploides ou diploides.

Identidade dos seres vivos

do nmero de cromossomos da espcie, ou seja,


so clulas haploides. A meiose deste ciclo ocorre
na formao de gametas, por isso chamada de
meiose gamtica. Da unio destes gametas
origina-se um zigoto diploide, e quando estiver
sexualmente maduro ir produzir gametas por
meiose, finalizando este ciclo de vida e
comeando outro.

Ciclo
Haplodiplobionte
(alternncia
de
geraes)
A maioria das algas pluricelulares apresentam
alternncia de geraes, ou seja, em seu ciclo de
vida
alternamse
geraes
de
indivduos
haploides e diploides.
A alga verde (clorfita) Ulva, por exemplo,
apresenta dois tipos de talos, muito parecidos,
mas formados por clulas diploides ou por clulas
haploides.

VAMOS FAZER

ENEM 2009. Os seres vivos apresentam diferentes


ciclos de vida, caracterizados pelas fases nas quais
gametas so produzidos e pelos processos
reprodutivos que resultam na gerao de novos
indivduos.
Considerando-se um modelo simplificado padro
para gerao de indivduos viveis, a alternativa que
corresponde ao observado em seres humanos :

Ciclo HaplobionteHaplonte
Neste ciclo de vida o organismo adulto
haploide (n) e produz gametas por mitose. Ao se
fundirem, originam um zigoto diploide que
rapidamente sofre uma meiose, para que o
organismo mantenha a haploidia da espcie. Ao
ficar maduro sexualmente, ir produzir gametas
por meiose, comeando outro ciclo e finalizando
este. A meiose neste ciclo ocorre na formao do
zigoto, por isso chamada de meiose zigtica.

a)

b)

c)

d)

Ciclo Diplobionte
Este ciclo de vida ocorre na espcie humana. Em
idade reprodutiva, o organismo produz por meiose
os gametas, que so clulas sexuais com metade

e)

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25

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Resposta: C. O ciclo humano chamado


diplobionte, onde os adultos so diploides e
produzem gametas por meiose.

6- EMBRIOLOGIA, ANATOMIA E FISIOLOGIA


HUMANA

A - EMBRIOLOGIA E REPRODUO
GAMETOGNESE
A gametognese e o nome do processo que
resulta na formao dos gametas. Nos animais
esse processo acontece em rgo chamadas
gnadas. Na gnada masculina, o testculo,
acontece a ESPERMATOGNESE, enquanto na
gnada feminina, o ovrio, acontece a
OVOGNESE.

Figura 5.61: O testculo em vista interna.

ESPERMATOGNESE
No perodo embrionrio as clulas germinativas
primordiais originam as espermatognias. Essas
clulas se multiplicam lentamente at a
puberdade. A partir dessa poca elas se
multiplicam
intensamente
(fase
de
multiplicao
ou
germinativa).
Algumas
crescem e duplicam seu material gentico
formando os espermatcitos primrios (fase
de crescimento), que aps a primeira meiose
forma os espermatcitos secundrios. Aps a
segunda diviso da meiose cada espermatcito
secundrio forma duas espermtides (fase de
maturao), estas sofre varias modificaes
morfolgicas formando os espermatozoides
(espermiognese).
O
processo
espermatognico
acontece
nos
tbulos
seminferos.

Figura 5.62: A espermatognese produz quatro


gametas ao final do processo.

Figura 5.60: Aparelho reprodutor masculino.

OVOGNESE
As
ovognias,
precursoras
dos
gametas
femininos, se multiplicam intensamente at o
terceiro
ms
de
vida
fetal
(fase
de
multiplicao). A partir da elas crescem e
entram em meiose originando os ovcitos
primrios (fase de crescimento), que ficam
estacionados na fase de prfase I at a puberdade
quando sofrem a ao do FSH (hormnio folculo
estimulante), fase de maturao.
Na puberdade cada ovcito primrio ser
estimulado de cada vez completando a primeira
meiose e originando duas clulas: uma maior, que
o ovcito secundrio, e outra menor, que o
primeiro glbulo polar. O ovcito secundrio
sofre a segunda meiose e origina o segundo
glbulo polar e o vulo. A segunda diviso

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26

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

s completada aps a entrada do


espermatozoide na clula, portanto, a cada
ciclo menstrual a mulher elimina o ovcito
secundrio. Desse modo o termo mais
correto seria ovocitao ao invs de
ovulao.

Figura 5.63: Aparelho reprodutor feminino.

Figura 5.65: A ovognese produz apenas um


vulo ao final do processo.
O CICLO MENSTRUAL
O ciclo padro de estudo o de 28 dias, passando
a contar a partir do primeiro dia da menstruao:
1 dia: hipfise produz FSH (maturao de um
folculo).
Clulas foliculares comeam a produzir
estrgeno (preparao para gravidez).
Estrgeno inibe produo de FSH e estimula
hipfise a liberar LH.
14 dia: LH promove a ovulao. Folculo se
transforma em corpo lteo.
Corpo lteo produz progesterona (completa a
preparao para gravidez e inibe liberao de LH).

Figura 5.64: Estrutura da genitlia externa


feminina.

Sem gravidez
nvel de FSH muito
baixo (inibido pelo
estrgeno)
nvel de estrgeno
muito baixo
nvel de LH baixo
(falta de estrgeno)
corpo lteo atrofia e
para de produzir
progesterona.
28 dia: menstruao

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Com gravidez
nvel de FSH e LH
baixo
embrio produz
gonadotrofina corinica
que mantm nveis de
progesterona
endomtrio se
mantm

27

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Ovo Telolcito ou megalcito Aves, rpteis e


peixes.
Ovo centrolcito artrpodes

Figura 5.68: Tipos de ovos.


AS
FASES
EMBRIONRIO

DO

DESENVOLVIMENTO

MRULA
Figura 5.66: Variao hormonal durante o ciclo
menstrual.

A mrula o primeiro estado de desenvolvimento


do embrio dos animais,
depois
de
o zigoto comear a dividir-se para formar uma
esfera com 64 clulas, ou blastmeros. O zigoto
com 12 a 16 blastmeros j pode ser chamado de
mrula.

BLSTULA
A blstula
o
segundo
estado
de
desenvolvimento do embrio dos animais, com
mais de 64 clulas e uma cavidade central
chamada blastocele. nesta fase que ocorre a
nidao (implantao no endomtrio).
Os blastmeros saem da poro central e migram
para a poro mais externa, deixando o centro
vazio (oco).

Figura 5.67: Indicao do perodo frtil e incio


do ciclo menstrual.
TIPOS DE OVOS E SEGMENTAO
Aps a fuso dos gametas forma-se a clula ovo
ou Zigoto. Existem quatro tipos de ovos que so
classificados de acordo com a quantidade e
distribuio
do
vitelo
em:
Oligolcitos,
heterolcitos, telolcitos e centrolcitos. O vitelo
uma substncia de natureza lipdica que serve
para nutrir o embrio durante o desenvolvimento.
Os tipos de ovos so:
Ovo oligolcito, isolcito ou alcito

Mamferos.
Ovo heterolcito Anfbios

Figura 5.69: Mrula (1) desenvolvendo-se em


blstula (2).

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28

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

GASTRULAO
Aps a segmentao ou clivagem forma-se um
aglomerado de clulas chamado mrula. Essa
mrula se desenvolve at a fase de blstula, que
contm uma cavidade chamada de blastocele.
Um dos polos sofre invaginao formando a
gstrula.
Inicialmente surgem dois folhetos embrionrios:
ectoderme e endoderme.

ANEXOS EMBRIONRIOS
So
estruturas
indispensveis
para
a
sobrevivncia e desenvolvimento do embrio. So
elas:
Figura 5.70: Blstula (1) sofre invaginao,
formando a gstrula (2).
No caso do anfioxo, na fase de neurula surge o
terceiro folheto (mesoderme) simultaneamente
com tubo neural e a notocorda. O mesoderme
surge de expanses laterais da endoderme.
NEURULAO
Durante a gstrula forma-se uma depresso na
ectoderme chamada sulco neural, a qual funde
suas cristas originando um canal chamado tubo
neural. a partir do tubo neural que o sistema
nervoso central se forma.
Ao mesmo tempo a parte apical da endoderme
sofre evaginao e origina a notocorda. A partir
desse ponto comea a organognese.

A) Saco Vitelnico
Contm o vitelo, que a reserva nutritiva do
embrio nos estgios iniciais do desenvolvimento.
O vitelo corresponde gema do ovo das aves.
B) Alantoide
Realiza trocas gasosas.
Armazena excretas.
Absorve clcio da casca e transfere para o
embrio auxiliando na formao ssea.
C) mnio e Crio
O mnio uma membrana que envolve o embrio
e forma a cavidade amnitica. Essa cavidade
cheia de lquido (lquido amnitico), que
protege o embrio contra choques mecnicos
e evita a desidratao.

Figura 5.71: A neurulao.


DESTINO DOS FOLHETOS
A partir dos trs folhetos embrionrios:
ectoderme, mesoderme e endoderme surgiro
todos os tecidos e rgos do animal.

D) Placenta
Durante a gestao no h mistura do sangue da
me com o sangue do feto. Algumas substncias
passam por difuso. Suas funes so:
Trocas gasosas e de metablitos
substncias nutritivas (vitaminas, aminocidos,
glicose, etc.) passam por difuso pela placenta da
me para o feto. J o feto elimina excretas na
circulao materna. As trocas gasosas tambm
so realizadas.
Imunizao anticorpos passam da me para
o feto, garantindo a imunizao necessria para
proteger o feto durante seu desenvolvimento.
Hormonal A progesterona, inicialmente
produzida pelo corpo-lteo devido ao da
gonadotrofina
corinica,
produzida
pelas
vilosidades corinicas, liberada pela placenta e
mantm a gravidez.

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29

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

B SISTEMA DIGESTRIO

o sistema encarregado de captar os diversos


elementos nutritivos presentes nos alimentos,
necessrios sobrevivncia e ao funcionamento
das numerosas clulas presentes em nosso
organismo.
Logo aps serem introduzidos na boca, os
alimentos j comeam a sofrer um processo de
transformao,
so
triturados,
amassados,
misturados com diversas secrees e vo
passando por diversos segmentos ao longo do
tubo digestrio. Durante esta passagem pelo tubo
digestrio, os alimentos vo sendo transformados,
as
molculas
grandes
de
protenas,
polissacardeos
e
gorduras
vo
sendo
fragmentadas at que estejam em condies de
serem absorvidas atravs da parede deste mesmo
trato digestrio.

Figura 5.73: Alimento chegando ao estmago


por movimentos peristlticos.
No estmago: o bolo alimentar transforma-se
em quimo e, na quimificao, o estmago
produz suco gstrico que contm pepsina,
enzima que age atua em meio cido sobre as
protenas dos alimentos, transformando-a em
peptdeos (protenas menores). O suco gstrico
contm cido clordrico, necessrio para ativao
da pepsina, alm de ser um bactericida natural.
Observe as enzimas que atuam na boca e no
estmago:

No Intestino: inicialmente a bile, produzida pelo


fgado e armazenada pela vescula biliar,
emulsiona (forma gotculas) as gorduras. L
tambm atua o suco pancretico, produzido
pelo pncreas, contendo as seguintes enzimas:

Figura 5.72: Os rgos do sistema digestrio.

A digesto ocorre nas seguintes etapas:


Na boca: realiza-se com participao dos
dentes, lngua e tambm da saliva, quebrando as
molculas de amido pela ao da enzima
ptialina, produzindo muitas molculas de
maltose.
Da boca, o bolo alimentar empurrado pela
lngua, passa na faringe, esfago e chega, ao
estomago. O ato de engolir o bolo alimentar
denomina-se deglutio.

No intestino, h secreo do suco entrico


(produzido pelo intestino) e a digesto entrica
dos peptdeos libera aminocidos, a maltose
transforma-se em glicose, gorduras e leos

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30

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

transformam-se em cidos graxos. Observe as


enzimas:

Ainda no intestino delgado quimo passa a receber


o nome de quilo (quilificao). As vilosidades
intestinais so salincias que aumentam a
superfcie de contato com o quilo favorecendo a
absoro.

Figura 5.75: rgos do sistema respiratrio.


Fossas nasais: so duas cavidades paralelas
que comeam nas narinas e terminam na faringe.
Elas so separadas uma da outra por uma parede
cartilaginosa denominada septo nasal. Possuem
um revestimento dotado de clulas produtoras de
muco e clulas ciliadas. No teto das fossas nasais
existem clulas sensoriais, responsveis pelo
sentido do olfato. Tm as funes de filtrar,
umedecer e aquecer o ar.

Figura 5.74: Intestino delgado (A) e vilosidades


intestinais (B).
Aps a absoro, as substncias no aproveitveis
passam para o intestino grosso e constituem as
fezes.

C SISTEMA RESPIRATRIO

constitudo pelas vias areas de conduo,


composta por rgos tubulares que conduzem o
ar inspirado at a poro respiratria: fossas
nasais, faringe, laringe, traqueia, brnquios e
bronquolos. J os pulmes so os rgos
essenciais da respirao.

Faringe: um canal comum aos sistemas


digestrio e respiratrio e comunica-se com a
boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas
narinas ou pela boca passa necessariamente pela
faringe, antes de atingir a laringe.

Laringe: situada na parte superior do pescoo,


em continuao faringe. A entrada da laringe
chama-se glote. Acima dela existe uma espcie de
lingueta de cartilagem denominada epiglote,
que funciona como vlvula. Quando nos
alimentamos, a laringe sobe e sua entrada
fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento
ingerido penetre nas vias respiratrias. na
laringe que encontramos as cordas vocais.

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31

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Figura 5.76: Esquema da epiglote.


Traqueia: um tubo de aproximadamente 1,5
cm de dimetro por 10-12 centmetros de
comprimento, cujas paredes so reforadas por
anis cartilaginosos. Bifurca-se na sua regio
inferior, originando os brnquios, que penetram
nos pulmes.
Pulmes: Os pulmes humanos so rgos
esponjosos, com aproximadamente 25 cm de
comprimento,
sendo
envolvidos
por
uma
membrana serosa denominada pleura. Nos
pulmes os brnquios ramificam-se, dando origem
a tubos cada vez mais finos, os bronquolos. O
conjunto ramificado de bronquolos a rvore
respiratria. Cada bronquolo termina em
pequenas bolsas formadas por clulas epiteliais
achatadas recobertas por capilares sanguneos,
denominadas alvolos pulmonares. Controlam
as trocas gasosas, onde o dixido de carbono
(CO2) eliminado do sangue venoso ao mesmo
tempo em que o O2 capturado pelas hemcias,
(clulas ricas em hemoglobina, o pigmento
respiratrio), tornando o sangue agora, arterial.
Diafragma: A base de cada pulmo apoia-se
no diafragma, rgo musculoso que separa o
trax do abdmen, presente apenas em
mamferos, promovendo, juntamente com os
msculos
intercostais,
os
movimentos
respiratrios.
A fisiologia da respirao consta de trs etapas:
Inspirao: entrada de ar nos pulmes
Trocas gasosas: o oxignio do ar inspirado
passa para o sangue e o gs carbnico do sangue
passa para os pulmes, nos alvolos.
Expirao: eliminao de ar dos pulmes.

D SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular constitudo por:
corao, vasos sanguneos (artrias, veias e
capilares). o responsvel, atravs do transporte
do sangue, pela conduo, distribuio e remoo
das mais diversas substncias dos e para os
tecidos do corpo. Tambm, essencial
comunicao entre vrios tecidos.
O corao humano apresenta quatro cavidades,
dois trios (que recebem sangue) e dois
ventrculos (que bombeiam sangue). Cada lado
funciona com um tipo de sangue: o lado direito
com o sangue venoso e o esquerdo com o
arterial,
sem
haver
mistura
(circulao
completa).
Os movimentos do corao so realizados atravs
de
contraes
chamadas
distoles
e
relaxamentos chamados sstoles, bombeando o
sangue para o corpo (grande circulao, a uma
presso de 120mmHg) e pulmes (pequena
circulao, a 80mmHg).

Figura 5.77:
AD. trio
direito; AE.
trio esquerdo;
VD. Ventrculo
direito; VE.
Ventrculo
esquerdo.

Figura 5.77: 1.
Artria aorta:
conduz sangue
arterial para todos os
tecidos e rgos do
corpo.
2. Veia cava: conduz
sangue venoso dos
tecidos para o
corao.
3. Artria
pulmonar: conduz
sangue venoso do
corao para os
pulmes, para as
trocas gasosas nos
alvolos.
4. Veia pulmonar: conduz sangue arterial dos
pulmes para o corao.
A distribuio de sangue feita por uma rede de
vasos:
Artrias: vasos com paredes reforadas, por
meio dos quais o sangue sai do corao;
arterolas: ramificaes das artrias (de menor
calibre);
Veias: providas internamente com vlvulas que
impedem o refluxo circulatrio, sempre trazendo
sangue em direo ao corao);
Vnulas: ramificaes das veias, com menor
calibre e paredes finas;
Capilares: ltimas ramificaes das artrias, de
dimetro muito reduzido, responsveis pelas
trocas de substncias entre o sangue e os tecidos.

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32

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

Figura 5.80: O
rim.

Figura 5.78: Os diferentes vasos sanguneos.

D SISTEMA URINRIO
O sistema urinrio composto por dois rins, dois
ureteres, uma bexiga urinria e uma uretra. Alm
de
eliminar substncias desnecessrias e
prejudiciais (como resduos metablicos das
clulas, toxinas, etc.), este sistema realiza
tambm outras funes muito importantes para o
nosso organismo.

As excrees como a ureia, cido rico, gua e


sais minerais so eliminados sob a forma de
urina.
Cada rim formado por um conjunto de tbulos
filtradores, os nfrons, as unidades funcionais
que filtram os resduos do sangue.

Figura 5.81: A estrutura do nfron.

E SISTEMA ENDCRINO

Figura 5.79: Os rgos do sistema urinrio.


Dentre as funes do sistema urinrio esto o
controle do volume e composio do sangue,
auxlio na regulagem da presso e pH sanguneos,
transporte da urina dos rins bexiga urinria,
armazenamento e eliminao da urina, etc.
Os rins so rgos de excreo encontrados em
todos os vertebrados, situados na cavidade
abdominal e retiram do sangue as substncias a
serem excretadas. O sangue chega aos rins pelas
artrias renais e depois de filtrado devolvido
circulao pelas veias renais.

Os
hormnios
so
mensageiros
qumicos
produzidos pelas glndulas endcrinas e lanados
diretamente na corrente sangunea.
A ao hormonal pode estimular ou inibir funes
orgnicas como o crescimento, reproduo, etc.
Fazem parte do sistema endcrino:
Hipfise: produz o hormnio somatotrfico
(crescimento), ADH (antidiurtico), ocitocina
(contrao do tero para o parto) e prolactina
(produo de leite).
Tireoide: produz a tiroxina responsvel pelo
crescimento, desenvolvimento e metabolismo
geral do organismo. A disfuno da tiroide
acarreta o bcio ou papo.
Paratireoides: produzem o paratormnio,
responsvel pela regulao de clcio no sangue.
Suprarrenais:
produzem
adrenalina
(estimulante cardiorrespiratrio, intensifica as

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33

BIOLOGIA

Identidade dos seres vivos

contraes musculares) e a cortisona (combate de


infeces).
Pncreas: produz insulina que atua no
metabolismo do acar no sangue. Sua disfuno
causa a diabete. Produz tambm o glucagon.
Gnadas:
testculos:
produzem
a
testosterona, responsvel pelo aparecimento de
caractersticas masculinas; os ovrios produzem
o estrgeno e progesterona, responsveis pelo
aparecimento de caractersticas femininas e
preparao do organismo para gravidez.

Figura 5.83: O encfalo.

Figura 5.82: As principais glndulas endcrinas


do corpo humano.

F SISTEMA NERVOSO

O crebro a sede da inteligncia, controla as


atividades voluntrias e conscientes do corpo:
fala,
movimentos
musculares,
pensamento,
memria. o rgo de interpretao dos
estmulos recebidos pelos rgos do sentido,
determinando as reaes de resposta que o corpo
deve realizar. Apresenta uma massa branca que
ocupa o centro e outra cinza que forma o crtex.
O cerebelo responsvel pelo equilbrio corporal
e pela coordenao dos movimentos voluntrios.
A protuberncia a fonte de ligao entre o
bulbo, crebro e cerebelo, ela interfere nas
emoes e reaes que as acompanham.
O bulbo se comporta como coordenador do
centro respiratrio e centro cardiovascular.
A medula espinhal a continuao do bulbo
descendo pela coluna vertebral. responsvel
pela formao do arco reflexo, caminho que
segue o impulso nervoso, desde o rgo de
recepo sensorial at rgo de resposta ao
estmulo recebido. O ato reflexo um movimento
involuntrio, reao determinada pela medula
sem participao cerebral.

Enquanto o sistema endcrino coordena funes


de forma lenta e contnua, ativando ou inibindo
rgos-alvo, distncia, o sistema nervoso
integra funes de forma rpida e direta.
Este sistema pode ser dividido em dois tipos:
Sistema
Nervoso
Somtico e Sistema
Autnomo.
O SISTEMA NERVOSO SOMTICO dividido em
duas partes: sistema nervoso central (SNC) e
sistema nervoso perifrico (SNP), sendo que:
Sistema
Nervoso
Constituio
Somtico
crebro
Encfal
cerebelo
sistema nervoso
o
ponte
central
bulbo
Medula espinhal
Sistema Nervoso
Nervos
Perifrico

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Figura 5.84:
Ao reflexa. Os
neurnios
sensitivos
recebem o
estmulo e o
enviam
medula. A
resposta dada
pelo neurnio
motor, sem
comando
cerebral,
inicialmente.

34

BIOLOGIA

O SISTEMA NERVOSO AUTNOMO formado por


dois conjuntos de nervos originados do sistema
nervoso central: simptico e parassimptico.
Ambos trabalham de formas opostas. Por
exemplo, se o simptico retarda a digesto, o
parassimptico acelera a digesto.

Identidade dos seres vivos

Resposta: A. Como a cidade de La Paz encontra-se


em uma altitude muito elevada em comparao com
as cidades brasileiras, a viagem antecipada faz se
necessria para que ocorra adaptao atravs da
produo de clulas sanguneas novas.
Em grandes altitudes a presso atmosfrica
menor, logo o ar torna-se mais rarefeito.

ATIVIDADES

Figura 5.85: Efeitos dos sistemas simptico e


parassimptico.
De acordo com as funes, os efeitos do simptico
so muito importantes em situaes de
emergncia, como: acelerar batimentos cardacos,
dilatao de bronquolos, dilatao de pupila,
contrao do esfncter do nus, aumento da
secreo de suor, dentre outros.
O
sistema
nervoso
autnomo
funciona
independente da nossa vontade, coordenando a
funo de vida vegetativa.
VAMOS FAZER

ENEM 2000. A adaptao dos integrantes da


seleo brasileira de futebol altitude de La Paz foi
muito comentada em 1995, por ocasio de um
torneio, como pode ser lido no texto que segue.
A seleo brasileira embarca hoje para La Paz,
capital da Bolvia, situada a 3.700 metros de
altitude, onde disputar o torneio Interamrica. A
adaptao dever ocorrer em um prazo de 10 dias,
aproximadamente. O organismo humano, em
altitudes elevadas, necessita desse tempo para se
adaptar, evitando-se, assim, risco de um colapso
circulatrio.
(Adaptado da revista Placar, edio fev. 1995)
A adaptao da equipe foi necessria principalmente
porque a atmosfera de La Paz, quando comparada
das cidades brasileiras, apresenta:
a) menor presso e menor concentrao de oxignio.
b) maior presso e maior quantidade de oxignio.
c) maior presso e maior concentrao de gs
carbnico.
d) menor presso e maior temperatura.
e) maior presso e menor temperatura.

1) ENEM 1998. Matria publicada em jornal dirio


discute o uso de anabolizantes (apelidados de
bombas) por praticantes de musculao. Segundo
o jornal, os anabolizantes so hormnios que do
uma fora extra aos msculos. Quem toma
consegue ganhar massa muscular mais rpido que
normalmente. Isso porque uma pessoa pode crescer
at certo ponto, segundo sua herana gentica e
independentemente do quanto ela se exercite. Um
professor de musculao, diz: Comecei a tomar
bomba por conta prpria. Ficava nervoso e tremia.
Fiquei impotente durante uns seis meses. Mas como
sou lutador de vale tudo, tenho que tomar.
A respeito desta matria, dois amigos fizeram os
seguintes comentrios:
I. o maior perigo da automedicao seu fator
anabolizante, que leva impotncia sexual.
II. o crescimento corporal depende tanto dos fatores
hereditrios quanto do tipo de alimentao da
pessoa, se pratica ou no esportes, se dorme as 8
horas dirias.
III. os anabolizantes devem ter mexido com o
sistema circulatrio do professor de musculao,
pois ele at ficou impotente.
IV. os anabolizantes so mais perigosos para os
homens, pois as mulheres, alm de no correrem o
risco da impotncia, so protegidas pelos hormnios
femininos.
Tomando como referncia as informaes da matria
do jornal e o que se conhece da fisiologia humana,
pode- se considerar que esto corretos os
comentrios:
a) I, II, III e IV.
b) I, II e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III, apenas.
2) ENEM 2003. Aps a ingesto de bebidas
alcolicas, o metabolismo do lcool e sua presena
no sangue dependem de fatores como peso corporal,
condies e tempo aps a ingesto.
O grfico mostra a variao da concentrao de
lcool no sangue de indivduos de mesmo peso que
beberam trs latas de cerveja cada um, em
diferentes condies: em jejum e aps o jantar.

IMPVIDO PR-VESTIBULAR (SEMESTRAL 2013-I) E (INTENSIVO 2013-I)

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BIOLOGIA

(Revista Pesquisa FAPESP n 57. setembro


2000)
Tendo em vista que a concentrao mxima de
lcool no sangue permitida pela legislao brasileira
para motoristas 0,6 g/L, o indivduo que bebeu
aps o jantar e o que bebeu em jejum s podero
dirigir aps, aproximadamente,
a) uma hora e uma hora e meia, respectivamente.
b) trs horas e meia hora, respectivamente.
c)
trs
horas
e
quatro
horas
e
meia,
respectivamente.
d) seis horas e trs horas, respectivamente.
e) seis horas, igualmente.
3) ENEM 2010. A cafena atua no crebro,
bloqueando a ao natural de um componente
qumico associado ao sono, a adenosina. Para uma
clula nervosa, a cafena se parece com a adenosina
e combina-se com seus receptores. No entanto, ela
no diminui a atividade das clulas da mesma forma.
Ento, ao invs de diminuir a atividade por causa do
nvel de adenosina, as clulas aumentam sua
atividade, fazendo com que os vasos sanguneos do
crebro se contraiam, uma vez que a cafena
bloqueia a capacidade da adenosina de dilat-los.
Com a cafena bloqueando a adenosina, aumenta a
excitao dos neurnios, induzindo a hipfise a
liberar hormnios que ordenam s suprarrenais que
produzam adrenalina, considerada o hormnio do
alerta.
Disponvel em: http://ciencia.hsw.uol.com.br.
Acesso em: 23 abr. 2010 (adaptado).

Identidade dos seres vivos

4) ENEM 2000. O metabolismo dos carboidratos


fundamental para o ser humano, pois a partir desses
compostos orgnicos obtm-se grande parte da
energia para as funes vitais. Por outro lado,
desequilbrios nesse processo podem provocar
hiperglicemia ou diabetes. O caminho do acar no
organismo inicia-se com a ingesto de carboidratos
que, chegando ao intestino, sofrem a ao de
enzimas, quebrando-se em molculas menores
(glicose, por exemplo) que sero absorvidas. A
insulina, hormnio produzido no pncreas,
responsvel por facilitar a
entrada da glicose nas clulas.
Se uma pessoa produz pouca
insulina, ou se sua ao est
diminuda,
dificilmente
a
glicose pode entrar na clula e
ser consumida.
Com base nessas informaes,
pode-se concluir que:
a) o papel realizado pelas
enzimas pode ser diretamente substitudo pelo
hormnio insulina.
b) a insulina produzida pelo pncreas tem um papel
enzimtico sobre as molculas de acar.
c) o acmulo de glicose no sangue provocado pelo
aumento da ao da insulina, levando o indivduo a
um quadro clnico de hiperglicemia.
d) a diminuio da insulina circulante provoca um
acmulo de glicose no sangue.
e) o principal papel da insulina manter o nvel de
glicose suficientemente alto, evitando, assim, um
quadro clnico de diabetes.
5) ENEM 2007. A pele humana sensvel
radiao solar, e essa sensibilidade depende das
caractersticas da pele. Os filtros solares so
produtos que podem ser aplicados sobre a pele para
proteg-la da radiao solar. A eficcia dos filtros
solares definida pelo fator de proteo solar (FPS),
que indica quantas vezes o tempo de exposio ao
sol, sem o risco de vermelhido, pode ser
aumentado com o uso do protetor solar. A tabela
seguinte rene informaes encontradas em rtulos
de filtros solares.

Infere -se do texto que o objetivo da adio de


cafena em alguns medicamentos contra a dor de
cabea
a) contrair os vasos sanguneos do crebro,
diminuindo a compresso sobre as terminaes
nervosas.
b)
aumentar
a
produo
de
adrenalina,
proporcionando uma sensao de analgesia.
c) aumentar os nveis de adenosina, diminuindo a
atividade das clulas nervosas do crebro.
d) induzir a hipfise a liberar hormnios, estimulando
a produo de adrenalina.
e) excitar os neurnios, aumentando a transmisso
de impulsos nervosos.

As informaes acima permitem afirmar que:

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36

BIOLOGIA

a) as pessoas de pele muito sensvel, ao usarem


filtro solar, estaro isentas do risco de queimaduras.
b) o uso de filtro solar recomendado para todos os
tipos de pele exposta radiao solar.
c) as pessoas de pele sensvel devem expor-se 6
minutos ao sol antes de aplicarem o filtro solar.
d) pessoas de pele amarela, usando ou no filtro
solar, devem expor-se ao sol por menos tempo que
pessoas de pele morena.
e) o perodo recomendado para que pessoas de pele
negra se exponham ao sol de 2 a 6 horas dirias.

Identidade dos seres vivos

O futuro da vida na Terra depende da nossa


habilidade de reagir a problemas. Muitos indivduos
esto fazendo o que podem, mas o sucesso real
somente pode vir se houver uma mudana em nossa
sociedade, economia e poltica. Eu fui afortunado em
poder ver em minha vida alguns dos maiores
espetculos que a natureza tem oferecer.
Certamente ns temos a responsabilidade de deixar
para as geraes um planeta que seja saudvel e
habitvel por todas as espcies.
David Attenborough, naturalista, em State of the
planet.

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