Relatorio Rampa
Relatorio Rampa
Relatorio Rampa
omenos Mec
anicos - Conserva
c
ao de energia e
lancamento oblquo
Bruna Muniz Peres
Edson Andrade Campos Junior
Franciele Aparecida Passoni
Gabriel de Paiva
3 de novembro de 2014
Resumo
O experimento descrito no seguinte relatorio foi dividido em duas partes, sendo a primeira o estudo da
conservac
ao de energia aplicada num plano inclinado e a segunda o estudo de lancamento oblquo ocorrido
ap
os o fim do plano inclinado. Contudo, seu objetivo principal foi encontrar o valor da gravidade, atraves
de um gr
afico linearizado, fazendo uso do metodo das retas maxima e mnima.
Introdu
c
ao
Uma partcula quando se move de um ponto para outro, independentemente da sua trajetoria, gasta
energia e assim realiza um trabalho. Quando o trabalho realizado pela forca nas partculas e igual a zero,
classifica-se a forca aplicada como uma forca conservativa. Quando for diferente de zero o trabalho, e
uma forca dissipativa.
S
ao forcas conservativas a gravitacional e a elastica, por exemplo, e dissipativas a forca de atrito
cinetico e termica. No experimento realizado, utilizamos a energia potencial gravitacional para confirmar
o valor da acelerac
ao gravitacional sofrida pela bolinha ao descer o plano inclinado.
Ao se deslocar de uma altura yi para yf , a partcula sofre uma aceleracao que e a gravidade. Assim,
a energia potencial gravitacional pode ser definida como uma variacao da segunda lei de Newton:
F~ = m ~a
(1)
Substituindo a acelerac
ao na segunda lei e adicionando a variacao da altura que a partcula sofre,
encontramos a f
ormula da energia potencial gravitacional:
U = mg (yf yi ) = mg y
(2)
traca-se duas paralelas, uma acima e outra abaixo da primeira reta, abrangindo pontos mais extremos
ao redor da primeira reta. Ap
os isso, traca-se a reta de mnimo (a), a partir do ponto mais `a esquerda
da reta superior ate a reta inferior; para tracar a reta de maximo (b), faz se o mesmo procedimento, mas
a partir da reta inferior para a reta superior. Desse modo, as retas de maximo e mnimo formam uma
margem de erro dos pontos obtidos experimentalmente e fornecem dados para o calculo da incerteza do
coeficiente angular e linear da reta principal, calculados do seguinte modo [2]:
a =
ax
| am
amn|
2
ax
| bm
bmn|
2
(5)
Modelo Te
orico
Para calcular a velocidade inicial da esfera durante o lancamento oblquo, utilizou-se a seguinte
f
ormula:
x2 g
Vo2 =
,
(6)
cos2 2 (h x tan )
onde Vo e a velocidade inicial do lancamento oblquo, g e a constante gravitacional, e o angulo de
lancamento da rampa, x e a dist
ancia horizontal percorrida pela esfera e h e a altura em que a esfera
abandona a rampa.
A propagac
ao da incerteza de Vo2 foi calculada atraves da seguinte equacao:
s
2
Vo2
V 2
V 2
V 2
2
x + ( o )2 + ( o g)2 + ( o h)2
(7)
Vo =
x
g
h
Para calcular a incerteza da dist
ancia horizontal percorrida pela esfera, foi calculado o desvio padr
ao
do conjunto das dez medidas realizadas de cada altura:
v
u
n
u 1 X
(xi x
)2
(8)
S=t
n 1 n1
Por conservac
ao de energia pode-se deduzir que:
2
Vcm
= 2gh + 2gyi
(9)
(10)
onde 2g e o coeficinte angular e o b e o coeficiente linear desta reta. Desse modo, pode-se encontrar o
valor da gravidade obtido experimentalmente utilizando o valor do coeficiente angular (a), pela seguinte
equac
ao:
a
g=
(11)
2
Para calcular a incerteza da gravidade utilizou-se o metodo de reta maxima e reta mnima, ja abordado
anteriormente. A equac
ao que traduz este metodo e permite calcular a incerteza de g e a seguinte:
g =
gmax gmn
2
(12)
Metodologia
O experimento realizado em aula teve como finalidade o estudo da rampa de lancamento, e para tal
foram usados os seguintes materiais:
Rampa met
alica obliqua;
Bolinha de borracha, com massa desprezvel;
Trena (0, 0005)m;
2
Tabelas
Tabela 1: Alcance horizontal (x) (0, 0005m) para cada altura (H) (0, 0005)m em metros
xH1
0,430
0,428
0,400
0,392
0,410
0,414
0,392
0,418
0,390
0,378
xH2
0,376
0,346
0,364
0,378
0,350
0,362
0,374
0,364
0,386
0,384
xH3
0,364
0,362
0,346
0,340
0,350
0,364
0,366
0,374
0,360
0,372
xH4
0,316
0,320
0,324
0,312
0,352
0,336
0,340
0,334
0,316
0,312
xH5
0,280
0,280
0,284
0,286
0,280
0,280
0,286
0,286
0,272
0,272
xH6
0,234
0,236
0,234
0,234
0,238
0,232
0,236
0,230
0,232
0,232
xH7
0,210
0,206
0,216
0,206
0,214
0,212
0,210
0,208
0,204
0,208
xH8
0,180
0,174
0,180
0,178
0,180
0,176
0,180
0,180
0,180
0,180
xH9
0,138
0,134
0,136
0,138
0,134
0,134
0,136
0,138
0,138
0,138
xH1 0
0,076
0,074
0,076
0,074
0,072
0,076
0,076
0,076
0,074
0,074
Tabela 2: Valores, em metros, para Xmed de cada H (0, 0005)m e suas respectivas incertezas
H
0,8055
0,7055
0,6535
0,5555
0,4555
0,3555
0,3055
0,2555
0,2055
0,1555
Xmed
0,405 (0, 017)
0,367 (0, 013)
0,356 (0, 011)
0,326 (0, 013)
0,280 (0, 005)
0,233 (0, 002)
0,209 (0, 004)
0,178 (0, 002)
0,136 (0, 002)
0,075 (0, 001)
Tabela 3: Valores para Vo2 de cada H (0, 0005)m e suas respectivas incertezas
H
0,8055
0,7055
0,6555
0,5555
0,4555
0,3555
0,3055
0,2555
0,2055
0,1555
Vo2 (m/s)
5,0 0, 5
4,1 0, 2
4,0 0, 2
3,3 0, 2
2,6 0, 2
1,83 0, 07
1,52 0, 04
1,10 0, 03
0,67 0, 01
0,21 0, 01
Resultados e Discuss
ao
Os dados apresentados nas tabelas (1) e (2) mostram, respectivamente, o alcance e o alcance medio
com sua incertezas totais, para cada uma das alturas escolhidas. Nesta parte do experimento, pode-se
notar que, utilizando a mesma altura de lancamento, houve uma divergencia dos pontos em que a esfera
caiu, inferiu-se ainda que quanto maior a altura do lancamento, menor e a precisao de onde a esfera cair
a,
sendo assim, inversamente proporcionais. Tendo em vista que quanto maior a altura do lancamento,
maior ser
a a dist
ancia percorrida pela esfera, ela entao sofre uma maior acao da gravidade, resultando
num aumento da velocidade que justifica uma maior vulnerabilidade `as imperfeicoes presente na rampa,
respons
aveis por causar tal diferenca nos alcances.
A partir das Eq.(6) e Eq.(7), foi possvel calcular as velocidades iniciais ao quadrado (Vo2 ) de cada
lancamento e suas incerteza, os dados estao contidos na tabela 3. Ao compararmos a Eq.(6) com a Eq.(9),
2
e igual `
a Vo2 . Essa afirmacao pode ser denotada a partir do fato de que a
podemos concluir que VCM
velocidade do centro de massa, obtida atraves da Eq,(9), e a velocidade no ponto final do plano inclinado,
enquanto a velocidade inicial, obtida pela Eq.(6), e a velocidade no ponto inicial do lancamento oblquo,
e, neste caso, tais pontos s
ao exatamente os mesmos.
Utilizando os dados da tabela (3), plotou-se um grafico de Vo2 em relacao a H e calculou-se atraves
do metodo de reta m
axima e mnima uma reta de ajuste.
Figura 1: Grafico V o2 x H
O gr
afico da Fig.(1) apresenta uma reta de ajuste que tem como equacao: y = 7, 2309x 0, 7366.
Obtendo, atraves Eq.(10), o valor de 7, 2309 como seu coeficiente angular e 0.7366 como seu coeficiente
linear.
Atraves do valor do coeficiente angular obtido pela equacao da reta que forma o grafico e pela Eq.(11)
foi possvel calcular o valor de g, que foi de (3, 6 0, 5) m/s2 , mostrando-se diferente do valor real da
gravidade contido na literatura cientfica. Essa discrepancia pode ser explicada pelos seguintes fatores: o
fato de que o experimento n
ao leva em consideracao o atrito, a resistencia do ar, o movimento rotacional
praticado pela bolinha e os possveis erros humanos cometidos, tais elementos podem afetar diretamente
os resultados experimentais.
Conclus
ao
Ap
os a realizac
ao do experimento e da analise dos resultados obtidos e possvel concluir que o valor
da gravidade encontrado pelo metodo da reta maxima e reta mnima apresenta-se muito diferente do
que foi fornecido. Alem dos motivos j
a mencionados, outras consideracoes podem explicar o ocorrido.
Durante o estudo do movimento foi aplicado conservacao de energia como se o sistema fosse conservativo,
porem vale ressaltar que na pr
atica se trata de um sistema que dissipa energia se considerados o atrito e
a resistencia do ar. Talvez ainda o metodo de reta maxima e reta mnima nao seja o mais adequado para
esse tipo de experimento. Somado a essas variantes todos os erros humanos que podem estar presentes o
valor para a gravidade encontrado pode ser consirado aceitavel.
Refer
encias
NO LANC
AMENTO OBLIQUO.
Caderno de FIsica da Uefs, Araras, v. 1, n. 10, p.1-14,
jul. 2012. Disponvel em: http://dfis.uefs.br/caderno/vol10n12/a1LevadaLobliquo.pdf.
Acesso em: 02 nov. 2014.
[2] HAAR, Ewout Ter; BINDILATI., Valdir. Interpretac
ao gr
afica de dados. Laborat
orio
de Fsica da Usp., S
ao Paulo, v. 1, n. 1, p.1-27, out. 2013. Disponvel em:
http://macbeth.if.usp.br/ gusev/Graficos.pdf. Acesso em: 30 out. 2014
[3] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de Fsica. 8. ed. Rio de Janeiro:
Ltc, 2008.