O Andar Do Bêbado Topicos

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O ANDAR DO BBADO

1. Todos ns criamos um olhar prprio sobre o mundo e o empregamos para


filtrar e processar
nossas percepes, extraindo significados do oceano de dados que nos inunda
diariamente.
2. A intuio humana m adaptada a situaes que envolvem incertezas. A
mente humana foi
construda para identificar uma causa definida para cada acontecimento,
podendo assim ter
bastante dificuldade em aceitar a influncia de fatores aleatrios ou no
relacionados.
3. O xito ou o fracasso podem no surgir de uma de uma grande habilidade
ou grande
incompetncia, e sim, como escreveu o economista Armen Alchian, de
circustncias fortuitas.
Os processos aleatrios so fundamentais na natureza e onipresentes em
nossa vida cotidiana; a
maioria das pessoas no compreende nem pensa muito a seu respeito.
4. O andar do bbado = analogia que descreve o movimento aleatrio;
metfora para a nossa vida,
sempre se esbarrando com o acaso.
5. Criou-se um novo campo acadmico que estuda o modo como as pessoas
fazem julgamentos e
tomam decises quando defrontadas com informaes imperfeitas ou
incompletas.
6. O livro trata dos princpios que governam o acaso, do desenvolvimento
dessas ideias e da
maneira pela qual elas atuam em poltica, negcios, medicina, economia, lazer,
esportes etc.

1. Olhando pela lente da aleatoriedade

1. Histria de como seus pais se conheceram. Nazismo. Campo de


concentrao. Eventos
aleatrios, sorte e azar.
2. O desenho de nossas vidas continuamente conduzidoem novas direes
por diversos eventos
aleatrios que, juntamente com nossas reaes a eles, determinam nosso
destino. Como
resultado, a vida ao mesmo tempo difcil de prever e de interpretar.
3. Podemos ler de diversas maneiras os dados da economia, do direito,
medicina, esporte... H,
porm, maneiras certas e erradas de se interpretar o acaso.
4. Usa-se, normalmente, processos intuitivos ao fazermos avaliaes e
escolhas em situaes de
incerteza. Isso, porm, de acordo com estudos, est conectado com as
emoes, a principal
fonte de irracionalidade.
5. Experincia de cartas vermelho/verde.
6. A capacidade de tomar decises e fazer avaliaes sbias diante da
incerteza uma habilidade
rara. Porm, como qualquer habilidade, pode ser aperfeioada com a
experincia. Citao de
Bertrand Russel.
7. Fenmeno chamado regresso media, explicado pelo economista
Kahneman.
8. Os seres humanos, por necessidade, empregam certas estratgias para
diminuir a complexidade
de tarefas que envolvem julgamento e que a intuio sobre probabilidades tem
um papel
importante nesse processo. Quando lidamos com processos aleatrios seja

em situaes
militares ou esportivas, negcios ou mdicas -, as crenas e a intuio muitas
vezes nos deixam
em maus lenis.
9. Muito do que nos acontece xito na carreira, nos investimentos e nas
decises pessoais,
grandes ou pequenas resulta tanto de fatores aleatrios quanto de
habilidade, preparao e
esforo. No mundo poltico, econmico ou empresarialfrequentemente os
eventos fortuitos so
manifestamente mal interpretados como sucessos ou fracassos.
10. Teoria das moedas e dos filmes (exemplo com o filme Star Wars).
Regresso mdia em
Hollywood.

2. As leis da verdades e das meias verdades


1. A teoria da aleatoriedade fundamentalmente uma codificao do bom
senso. Exemplo de

Linda. A probabilidade de que dois eventos ocorram nunca pode ser maior que
a probabilidade
de que cada evento ocorra individualmente.
2. Quanto maior o nmero de informaes, mais real ela parecer e, portanto,
ser considerada
mais provvel, porm, quanto mais detalhes, menos provvel a conjecture se
torne. Uma boa
histria muitas vezes menos provvel que uma explicao menos satisfatria
(Kahneman e
Tversky.
3. Exemplo do ing. Vis de disponibilidade.

4. Os gregos no conseguiram criar nem especular nenhuma teoria sobre


aleatoriedades. Os

romanos foram os primeiros a fazer algum progresso nesse campo. Ccero diz:
a probabilidade
o prprio guia da vida. Probabilis. Os romanos, entretanto, somam, ao invs
de multiplicar
quando necessrio.
5. Lei da Combinao de Probabilidades: Se dois eventos possveis, A e B,
forem independentes, a
probabilidade de que A e B ocorram igual ao produto de suas probabilidades
individuais.
6. Se um evento pode ter diferentes resultados possveis, A, B, C e assim por
diante, a possibilidade
de que A ou B ocorram igual soma das probabilidades individuais de A e B,
e a soma das
probabilidades de todosos resultados possveis (A, B, C e assim por diante)
igual a 1 (ou seja,
100%).

3. Encontrando o caminho em meio a um espao de possbilidades


1. Gerolamo Cardano -> O livro dos jogos de azar. Lei do Espao Amostral
(captulo 14 Dos
pontos combinados.
2. Hindus a chance de que algo ocorra sempre menor que 1 (conhecimento
crucial para a
anlise das fraes).
3. O termo espao amostral se refere ideia de que os possveis resultados de
um processo
aleatrio podem ser compreendidos como pontos num espao. Suponha que
um processo

aleatrio tenha muitos resultados igualmente provveis, alguns favorveis (ou


seja, ganhar),
outros desfavorveis (perder). A probabilidade de obtermos um resultado
favorvel igual
proporo entre os resultados favorveis e o total de resultados. O conjunto
de todos os
resultados possveis chamado de espao amostral. Exemplo, o espao
amostral de um dado
so os seus 6 lados.

4. Rastreando os caminhos do sucesso

1. Depois de Cardano vem Galileu Galilei (Revoluo Cientfica) e afirma que a


cincia deve dar
nfase experincia e experimentao o modo como a natureza funciona
e no ao que
afirma a nossa intuio ou ao que nos parece mentalmente interessante. E,
acima de tudo, a
cincia deve utilizar a matemtica.
2. Questo dos dados (10 e 9). A probabilidade de um evento depende do
nmero de maneiras
pelas quais pode ocorrer.
3. Repetio de nmeros nas loterias.
4. Cardano -> Galileu -> Blaise Pascal. Jogos de azar -> oproblema dos pontos
(Pascal em conjunto
com Pierre de Fermat).
5. No caso das probabilidades desiguais em proporo de 2/3, por exemplo,
precisaramos
de uma final de no mnimo 23 jogos para determinar o vencedor da maneira
considerada
estatisticamente significativa, o que quer dizer que o time mais fraco seria

coroado campeo em
menos de 5% das vezes. Mesmo princpio se aplica a competio entre duas
empresas ou dois
trabalhadores, por exemplo. perigoso julgar a capacidade de algum com
base em resultados
de curto prazo.
6. Com nmeros elevados, contar as possibilidades (exemplo da festa e das 10
mesas), citando-as
explicitamente, maante ou impossvel.
7. A verdadeira realizao de Pascal: encontrar uma abordagem sistemtica e
generalizvel que
nos permite calcular a resposta a partir de uma frmula, ou encontr-la numa
tabela. Baseiase num curioso arranjo de nmeros na forma de um tringulo (Tringulo de
Pascal). Ele til
sempre que quisermos saber o nmero de maneiras pelas quais podemos
selecionar algum
nmero de objetos a partir de uma coleo que tenha nmero igual ou maior de
objetos (ex:
problema citado anteriormente).
8. Aposta de Pascal conceito da esperana matemtica.

5. As conflitantes leis dos grandes e dos pequenos nmeros

1. Qual a conexo entre as probabilidades subjacentes e os resultados


observados? Por exemplo,
qual a garantia que o dado cairia no nmero 2 uma vez a cada 6 jogadas?
Alguns defendem
que no h aleatoriedade em um dado, porexemplo, pois todos eles esto
fadados a serem
imperfeitos e favorecem certos nmeros. A perfeio s de Deus (religiosos).

Entretanto, a
Natureza tem acesso perfeio e acontecem eventos realmente aleatrios no
nvel atmico
(base da teoria quntica)

2. Mtodo de Monte Carlo -> rudo gerado eletronicamente, uma espcie de


roleta eletrnica. O
sistema mostrou-se tendencioso, assim como os dados. O caos completo ,
ironicamente, um
tipo de perfeio.
3. Probabilidade determinstica: coletada a partir de um pressuposto ou
mtodo que, sendo
aplicado muitas e muitas vezes indefinidamente, faa com que, a longo prazo,
o sorteio de
qualquer conjunto de nmeros ocorra com freqncia igual de qualquer outro
conjunto de
mesmo tamanho (Charles Sanders). Julgamos uma amostra pelo modo como
ela se apresenta.
4. Probabilidade subjetiva: Julgamos uma amostra pelo modo como ela
produzida. Um nmero
ou conjunto de nmeros considerado aleatrio se no soubermos ou no
pudermos prever
que resultados sero gerados pelo processo. // O lanamento de um dado seria
sempre
aleatrio pela primeira definio se o mundo fosse perfeito. Como no , o
lanamento
aleatrio pela segunda definio (mundo real e imperfeito).
5. Bernoulli acreditava ser insano, tanto nas situaes subjetivas quanto nas
de incerteza,
imaginar que poderamos ter alguma espcie de conhecimento prvio, ou a
priori, sobre as

probabilidades. Com que preciso as probabilidades subjacentes se refletem


nos resultados
reais?Para Bernoulli, era perfeitamente justificvel esperar que, com o aumento
no nmero de
testes, as freqncias observadas refletissem com cada vez mais preciso
as probabilidades
subjacentes.
6. Bernoulli: sequncia (sucesso ordenada de elementos); srie (soma de
uma sequncia de
nmeros); limite (final da sequncia marcado por um ponto ou alcance do
nmero desejado)
7. O paradoxo de Zeno
8. Teorema ureo (exemplo da urna com bolinhas brancas e pretas). Apesar
de suas limitaes, o
Teorema ureo foi um marco por haver demonstrado, ao menos em princpio,
que uma amostra
suficientemente grande refletiria quase com certeza a composio subjacente
da populao
testada.
9. (falsa) Lei dos Pequenos nmeros: nome sarcstico para descrever a
tentativa equivocada
de aplicarmos a Lei dos Grandes Nmeros (Teorema ureo) quando os
nmeros no so
grandes. Ocorre muito na vida real (Ex: obsevao do desempenho de
Hollywood previamente
citado). Outra noo equivocada ligada a tal lei a ideia de que um evento tem
mais ou menos
probabilidade de ocorrer porque j aconteceu ou no recentemente. Isso
chamado de falcia
do jogador.

6. Falsos positivos e verdadeiras falcias


1. Probabilidade condicional: a Teoria de Bayes trata essencialmente do que
ocorre com a
probabilidade de ocorrncia de um evento se outros eventos ocorrerem, ou
dado que
ocorram. Exemplos: menina chamada Flrida e teste de HIV do autor.
2. Como podemos inferir a probabilidade subjacente a partir da observao?
Porexemplo,
Se um medicamento acabou de curar 45 dos 60 pacientes num estudo clnico,
o que isso
nos informa sobre a chance de que funcione no prximo paciente? Se
funcionou para
600 mil dentre 1 milho de pacientes, est bastante claro que sua chance de
funcionar
prxima de 60%. Porm, que concluses podemos tirar a partir de estudos
menores? A
Teoria de Bayes nos mostra como fazer avaliaes e como ajust-las quando
deparados
com novos dados.
3. A Teoria de Bayes muito utilizada na cincia e na indstria (exemplo do
seguros de
vida).
4. A chave de sua abordagem usar quaisquer novas informaes para podar
o espao
amostral, ajustando as probabilidades de maneira correspondente.
5. A probabilidade de que A ocorra se B ocorrer geralmente difere da
probabilidade de que
B ocorra se A ocorrer.
6. Falcias (ex: julgamentos)
7. Probabilidade Estatstica: a primeira trata de previses baseadas em
probabilidades

fixas; a segunda, de como inferir essas probabilidades com base nos dados
observados.

7. A medio e a Lei dos Erros

1. Notas e votaes (dos EUA principalmente) so medies de qualidade (e


no uma descrio do
grau de qualidade), sujeitas a variaes e erros aleatrios.
2. Fim do sculo XVIII e incio do XIX -> surgimento de uma teoria de medio,
a estatstica,
importante at hoje.
3. Uma das pequenas contradies da vida o fato de que, embora a medio
sempre traga
consigo a incerteza, esta raramente discutida quando medies so citadas
(ex: radares detrnsito e taxas de desemprego). A incerteza da medio
ainda mais problemtica quando a
quantidade medida subjetiva (ex: notas de trabalhos e nota dos vinhos).
4. Quando realizamos uma avaliao ou medio, nosso crebro no se fia
apenas nos estmulos
perceptivos diretos. Ele tambm integra outras fontes de informao como a
nossa
expectativa.
5. Experincia da Coca-Cola/Pepsi (gravar).
6. Classificaes numricas so mais eficazes no mercado do que escritas.
7. Se um vinho ou uma composio escolar realmente admite alguma medida
de qualidade que
possa ser sintetizada em um nmero, uma teoria da medio dever abordar
duas questes
fundamentais: como determinar esse nmero a partir de uma srie de
medies de resultados
variveis? Dado um conjunto limitado de medies, como avaliar a

probabilidade de que certa


determinao esteja correta?
Desvio padro da amostra: caracteriza o quanto um conjunto de dados se
aproxima da
mdia ou, em termos prticos a incerteza dos dados. Ex: se todos deram
nota 90, o
desvio padro 0, ou seja, todos os dados so idnticos a mdia; Na srie
dada como
exemplos pelo livro (pg.175), as notas variam de 80 a 100 e o desvio padro
6, o que
significa que, como regra, a maioria das classificaes cair a no mximo 6
pontos de
diferena da mdia (84 96).
Varincia da amostra.
Margem de erro: quando dizem que a margem de erro de uma pesquisa de
5% para
mais ou para menos significa dizer que se repetissem a pesquisa uma grande
quantidade
devezes, o resultado estaria a menos de 5% do valor correto. O que significa
dizer que,
se uma pesquisa deu 50% e a margem de erro de 3,5% e logo em seguida
publicam
52% no h aumento algum.
8. Lei dos Erros: a ideia de que a distribuio dos erros segue alguma lei
universal o preceito
central no qual se baseia a teoria da medio.
9. Grficos.
10. Teorema do Limite Central: a probabilidade de que a soma de uma grande
quantidade de
fatores aleatrios seja iguala qualquer valor dado se distribui de acordo com a
distribuio

normal. Ex: fatores ligados a assar 100 pes e a flecha meu erro total na mira
seria a soma dos
meus erros.

1. Acadmicos apreenderam essas ideias e descobriram, surpresos, que a


variao nas
caractersticas e no comportamento humano muitas vezes apresenta um
padro semelhante ao
do erro nas medies. Assim, tentaram estender a aplicao da Lei dos erros
das cincias para
uma nova cincia das questes humanas.
2. O tempo de vida e a vida de cada pessoa imprevisvel, mas ao
coletarmos dados de grupos e
o analisarmos em conjunto, surgem padres regulares.
3. Cada um, segundo uma inclinao prpria, segue um propsito prprio,
muitas vezes em
oposio aos demais; ainda assim, cada pessoa e cada povo, como que
guiados por um fio,
seguem em direo a um objetivo natural, mas desconhecido de todos; todos
trabalham para
alcan-lo, muito embora, se o conhecessem, no lhe dariam muita
importncia (Kant).
4. Costumamos associar a aleatoriedade desordem.Ainda assim, a vida de
200 milhes de
motoristas, por exemplo, variem de modo imprevisvel, seu comportamento
total dificilmente
poderia ser mais ordenado. Como descobriram, os dados sociais
frequentemente seguem a
distribuio normal.
5. Importncias da estatstica (principalmente governamental).
6. Qutelet fez algo novo com os dados: alm de examinar a mdia,

pormenorizou a maneira pela


qual se desviavam da mdia (ex: militares baixinhos).

7. Os padres de aleatoriedade so to confiveis que, em certos dados


sociais, sua violao pode
ser vista como uma prova de delitos (ex: padeiro). Economia forense.
8. Se fizermos mil cpias de uma esttua, essas cpias contero variaes
devido a erros de
medio e construo, e a variao ser governada pela Lei dos Erros. Se a
variao das
caractersticas fsicas das pessoas seguir a mesma lei, isso dever ocorrer
porque ns tambm
somos rplicas imperfeitas de um prottipo (lhomme moyen). Qutelet
acreditava tambm que
deveria haver um modelo padro para o comportamento humano. Esse
prottipo seria diferente
em diferentes culturas e poderia se modificar em diferentes condies sociais.
9. Da mesma forma que um objeto, se no for afetado, mantm seu estado em
movimento
(Newton), o comportamento em massa das pessoas, se no forem alteradas as
condies
sociais, permaneceria constante. (ex: crime gerado pela desigualdade social).
10. Nem tudo o que acontece na sociedade, especialmente no mbito
financeiro, governado peladistribuio normal (ex: Hollywood e seus
megasucessos).
11. Galton: Eugenia. Regresso mdia (ex: altura). Coeficiente de correlao
(ex: McDonalds).
12. Teste do chi-quadrado: permite que determinemos a probabilidade de que o
objeto mais votado
tenha recebido mais votos em virtude da preferncia dos consumidores, e no
do acaso.

13. Movimento browniano e suas descobertas (o andar do bbado). Boa parte


da ordem que
encontramos na natureza esconde uma desordem subjacente invisvel, e
assim, s pode ser
compreendida por meio das regras da aleatoriedade.

9. Iluses de padro e padres de iluso

1. Temos a iluso de que nossa viso ntida e clara. Usamos tambm a


imaginao para
preencher lacunas nos dados no visuais. Assim, chegamos a concluses a
partir de informaes
incompletas e pensamos que nossa imagem clara e precisa. No .
2. Teste de significncia: criao cientfica para tentar identificar falsos
padres. Trata-se de
um procedimento formal para calcular a probabilidade de observamos o que
observamos se
a hiptese que estamos testando for verdadeira. Se a probabilidade for baixa,
rejeitamos a
hiptese. Se for alta, podemos aceit-la. Esse teste, porm, s usado no
meio cientfico. No
dia-a-dia ele no funciona, por isso usamos nossa intuio.
3. Exemplo do iPod ao embaralhar suas msicas menos aleatoriamente para
que paream mais
aleatrias para definir que nem sempre o que parece aleatrio o (e viceversa). Analogia
das moedas para mostrar eventos aleatrios, dias desorte e azar. Analistas da
Wall Street
(aleatoriedade no mercado financeiro - Koppet). Falcia da boa sorte.
4. importante enxergamos as coisas a longo prazo, entendendo que
sequncias e outros padres

que no parecem aleatrios podem de fato ocorrer por puro acaso. Tambm
importante, ao
avaliarmos os demais, reconhecer que, num grande grupo de pessoas, seria
muito estranho se
uma delas no vivesse uma longa sequncia de xitos ou fracassos.
5. Padres aleatrios no espao podem ser igualmente enganadores.
6. As pessoas gostam de exercer controle sobre seu ambiente. Quando isso
no acontece, elas
ficam mais nervosas e ansiosas. Por isso somos relutantes em aceitar a
aleatoriedade porque
no estamos no controle dos eventos.
7. Quando estamos diante de uma iluso ou em qualquer momento em que
tenhamos uma
nova ideia -, em vez de tentarmos provar que nossas ideias esto erradas,
geralmente tentamos
provar que esto corretas. Os psiclogos chamam isso de vis da confirmao,
ela representa
um grande impedimento nossa tentativa de nos libertarmos da interpretao
errnea da
aleatoriedade. Usamos a ambigidade a nosso favor tambm. Citao de
Bacon (pag. 245)

10. O andar do bbado

1. Determinismo: a ideia de que o estado do mundo no momento presente


determina
precisamente a maneira como o futuro se desenrolar. Na vida cotidiana, o
determinismo
pressupe um mundo no qual nossas qualidades pessoais e as propriedades
de qualquer
situao ou ambiente levam direta einequivocadamente a conseqncias

precisas. uma
utopia, entretanto, pois para isso as leis da natureza devem ditar um futuro
definido e ns
devemos conhecer todas essas leis, alm de no haver influncias imprevistas.
Refutao disso
na pgina 251.

2. Efeito borboleta: ideia de que um pequeno detalhe pode gerar grandes


modificaes
posteriormente. Eventos aleatrios inconseqentes que levam a grandes
mudanas. Ex:
encontrar sua futura esposa.
3. O andar do bbado o arqutipo. Esse modelo tambm se adapta bem s
nossas vidas, pois,
como ocorre com os grnulos de plen que flutuam no fluido browniano, os
eventos aleatrios
nos empurram continuamente numa direo e depois em outra. Dessa forma,
embora possamos
encontrar regularidades estatsticas em dados sociais, o futuro de cada
indivduo impossvel de
prever.
4. Quando algum evento inesperado acontece e no conseguimos prev-lo de
antemo,
porque visto posteriormente j temos todos os dados necessrios para traar o
caminho
que culminou no evento. Antes, porm, teramos que calcular todas (infinitas)
possibilidades
para conseguir prever o que aconteceria. Ou seja, praticamente impossvel.
Essa assimetria
fundamental o motivo pelo qual o passado tantas vezes parece bvio, mesmo
que no

tivssemos a possibilidade de o haver previsto. Trata-se, portante, de um


processo probabilstico
cujo futuro difcil de prever e o passado fcil de entender.
5. Em vez de confiarmos em nossa capacidade de prever os
acontecimentosfuturos, podemos nos
concentrar na capacidade de reagir a eles, por meio de qualidades como
flexibilidade, confiana,
coragem e perseverana.
6. Em sistemas complexos (entre os quais incluo nossas vidas), devemos
esperar que fatores
menores, que geralmente ignoramos, possam causar grandes acidentes em
funo do acaso (ex:
usina Three Mile Island). Teoria de Perrow -> Teoria do Acidente Normal.
7. Viso determinstica do mercado: viso segundo a qual o sucesso
governado principalmente
pelas qualidades intrnsecas da pessoa ou do produto (ex: indstria cultural
replicao).
Viso no-determinstica, mas sim probabilstica = sorte. A viso determinstica
no procede
(explicao com o exemplo dos oito grupos ouvindo msica).
8. Pode ser um erro julgarmos o brilhantismo das pessoas em proporo sua
riqueza. No somos
capazes de enxergar o potencial individual, apenas seus resultados, e assim
frequentemente
fazemos julgamentos equivocados, pensando que os resultados devem refletir
o interior. A
Teoria do Acidente Normal no nos mostra que, na vida, a conexo entre
aes e resultados
aleatria, e sim que influncias aleatrias so to importantes quanto nossas
qualidades e
aes.

9. Julgamos negativamente os que se encontram no lado mais desfavorecido


da sociedade.
Deixamos de perceber os efeitos da aleatoriedade na vida porque, quando
avaliamos o mundo,
tendemos a ver exatamente o que esperamos ver. Definimos efetivamente o
talento de uma
pessoa em funo de seu grau de sucesso.

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