Leandro, Rei Da Heliria
Leandro, Rei Da Heliria
Leandro, Rei Da Heliria
-Acto IICena IV
Bobo, Pastor, Rei Leandro
(A luz regressa gruta)
BOBO: E foi assim que tudo aconteceu. Todos o abandonaram como se fosse um
co raivoso
PASTOR: Ee a outra?
BOBO: Qual outra?
PASTOR: A do sal (Ri) Como a comida quer ao sal No est m, no senhor
BOBO: OraSabemos l onde se encontra, se morta ou viva.
PASTOR: Cruzes, homem, a tempestade d-te ideias negras.
BOBO: Foi nome que nunca mais pude pronunciar diante dele. (Aponta para o rei)
PASTOR: No h dvida que o velhote de ressentimentosEu c, j me tm feito
muitas desfeitas, mas assim como vm, assim vo, j nem me lembro delas!
BOBO: Mas tu no s rei.
PASTOR: Ser rei assim to diferente?
BOBO: Quando se tem a coroa na cabea, .
PASTOR: E nunca pensaste ir por a fora, procura da outra?
BOBO: Qual outra?!
PASTOR: Ai! A do sal!
BOBO: Para qu? Com muita mais razo nos fecharia as portas do seu reino. Pois
no a expulsou ele um dia de casa? Pois no disse ele que a partir dessa altura,
era como se ela nunca tivesse nascido?
PASTOR: OraCoisas que se dizem Eu c, se fosse a ti, tentava.
BOBO: Ele matava-me! E eu posso ser bobo mas no sou maluco! Quem faz este
corpinho j no faz outro.
PASTOR: Ele no saberia de nadaEst cego s tu que o conduzes
BOBO: Ele est cego e tu ests doido! Sei l por onde anda Violeta! J tantos anos
se passaram Se a visse, de certeza que j nem a reconhecia. O que eu queria
agora, mais que tudo, era poder encontrar um lugar para assentarmos de vez. O
velho tem os ps em sangue, parece um farrapo, receio que no aguente nova
caminhada.
PASTOR: Havias de gostar do meu reino
REI (desperta): Em toda a parte h dor, ingratido, misria
(Juntam-se os trs no meio da gruta para se aquecerem roda da fogueira)
Ficha de Trabalho
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