TCC Tutelas de Urgência
TCC Tutelas de Urgência
TCC Tutelas de Urgência
Telmaco Borba - PR
2013
MIRIAM CORTEZ
Telmaco Borba - PR
2013
COR
Cortez, Miriam
Da (ir)reversibilidade das tutelas de urgncia /Miriam Cortez.
Telmaco Borba, PR : [s.n], 2013.
76f.
Orientador: Esp. Ren Francisco Hellman.
Monografia (TCC) Faculdade de Telmaco Borba.
Bibliografia: 76f.
1. Tutelas de urgncia. 2.Tutela Antecipada 3. reversibilidade
4. Direitos fundamentais. I.Hellman, Ren F.. II. Faculdade
de Telmaco Borba.
CDD 347.2
MIRIAM CORTEZ
COMISSO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Esp. Ren Francisco Hellman
Faculdade de Telmaco Borba
______________________________________
Prof. Giuliano Tramontim Lacerda
Faculdade de Telmaco Borba
______________________________________
Prof.Cludia Haas
Faculdade de Telmaco Borba
AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado a
oportunidade de concluir mais um curso de graduao, com xito.
A minha famlia, meu esposo Joo de Jesus Carneiro Neto e meus filhos Pedro
Lucas Cortez Carneiro e Pietra Cortez Carneiro, pela pacincia, compreenso,
confiana e motivao que me dedicaram ao longo desses cinco anos de batalha.
Ao Prof. Orientador Ren Francisco Hellman, mestre dedicado, brao amigo de
todas as etapas deste trabalho, sempre com pacincia, dedicao, empenho,
cuidado e, principalmente, com confiana no produto de nossos esforos conjuntos.
Aos meus pais Elizeu Cortez e Ruteli Maria Banks Cortez pelas oraes e palavras
de incentivo, assim como os meus segundos pais (sogros) Joo Carneiro Jnior e
Ivanilda Costa Carneiro por terem acreditado no meu sonho e me incentivado a lutar
por ele.
Aos amigos e colegas, pelo companheirismo, lutas, desentendimentos e momentos
felizes que passamos juntos ao longo desta caminhada. Pela fora e pela vibrao
em relao a esta jornada.
Aos professores e colegas de Curso, os quais contriburam significativamente para o
meu crescimento pessoal e profissional, pois juntos trilhamos uma etapa importante
de nossas vidas.
A todos que, com boa inteno, colaboraram para a realizao e finalizao deste
trabalho.
SUMRIO
1. INTRODUO.........................................................................................
2. NORMAS, REGRAS E PRINCPIOS.......................................................
2.1. Conceituao........................................................................................
2.2. Importncia da distino entre normas, regras e princpios.................
2.3. Coliso entre normas e critrios de soluo de conflitos.....................
3. NOVAS LINHAS DO PROCESSO CIVIL: CELERIDADE,
EFETIVIDADE E O ACESSO JUSTIA..................................................
3.1. Acesso justia como direito fundamental...........................................
3.2. Celeridade como fundamento de efetividade do acesso justia........
3.3. O conflito entre direitos fundamentais..................................................
4. DO INSTITUTO DA TUTELA ANTECIPADA..........................................
4.1. Do surgimento da Tutela Antecipada no ordenamento jurdico
brasileiro.......................................................................................................
4.2. Da evoluo histrica da Tutela Antecipada no ordenamento jurdico
estrangeiro...................................................................................................
4.3. Requisitos necessrios para a concesso da atual Tutela Antecipada
art. 273 do CPC........................................................................................
4.4. Da revogabilidade do provimento e da irreversibilidade dos seus
efeitos..........................................................................................................
CONSIDERAES FINAIS.........................................................................
REFERNCIAS............................................................................................
11
13
13
15
19
29
29
33
39
44
44
47
54
61
66
68
11
1. INTRODUO
12
de melhor entender o tema, o trabalho ser dividido em trs captulos, sendo que no
primeiro sero abordadas as diferenas entre norma, regra e princpios ou direitos
fundamentais e quais so os mtodos de soluo de conflitos existentes.
No segundo captulo sero abordados temas importantes e fundamentais
para o estudo da antecipao de tutela que so os novos paradigmas da
processualstica moderna, ou seja, os novos direitos fundamentais como o acesso
justia, a efetividade e a celeridade do provimento jurisdicional.
No terceiro captulo adentrar-se- s questes relativas ao instituto em
questo, pontuando seu conceito, sua evoluo histrica no Brasil e no mundo,
como tambm e, principalmente, seus requisitos, dentre eles o da revogabilidade do
provimento e a irreversibilidade dos seus efeitos.
O trabalho foi desenvolvido mediante pesquisa bibliogrfica, tendo sido
consultados todo tipo de material disponvel sobre o tema como livros, artigos,
monografias, peridicos, etc.
13
2.1 Conceituao
14
passou por um lento processo de evoluo na doutrina, passando por trs fases, a
saber: a fase jusnaturalista, juspositivista e ps-positivista.
Na primeira fase, jusnaturalista, os princpios, embora fossem considerados
como mximas fundamentais, com uma importante dimenso tico-valorativa, sua
normatividade era quase nula, ou seja, no integravam o direito como normas
jurdicas.
J na segunda fase, a juspositivista, os princpios passam a ser vistos como
fontes secundrias e subsidirias das leis, conferindo-lhes maior eficcia e delas so
derivados. No entanto, embora j inseridos no ordenamento jurdico, ainda no so
considerados norma jurdica, portanto, sem qualquer relevncia jurdica 6.
Na terceira fase, conhecida como a fase do ps-positivismo, que foi
atribuda normatividade aos princpios, tendo como precursor Crisafulli, em 1952, o
qual conferia aos princpios dupla eficcia, imediata e mediata. Assim, poderiam vir
expressos no ordenamento jurdico ou ainda de forma implcita, desempenhando
papel fundamental na interpretao do direito, devido ao seu carter axiolgico 7.
Robert Alexy8 baseia a diferena entre regras e princpios em trs teses: a
primeira defende que nenhum dos critrios existentes suficiente para a distino,
haja vista a existncia de muitas diferenas e semelhanas, as quais impossibilitam
uma distino em apenas duas classes.
A segunda tese tem como argumento de seus seguidores que o grau de
generalidade critrio suficiente para a distino entre princpios e regras. Para
Alexy esta tese frgil, pois considera que somente o critrio de generalizao
insuficiente para distinguir as regras levando-se em conta que ambas prescrevem o
que devido, logo, outros critrios devem ser utilizados 9.
A terceira tese, tida como correta por Alexy, defende que devem ser
adotados os critrios de grau de generalidade e grau qualitativo para a distino
precisa entre princpios e regras, sendo insuficiente somente um deles 10.
juridico.com.br. Acesso em mar 2013.
6
Op. Cit. BERTONCINI, Mateus Eduardo Siqueira Nunes. Princpios de...
7
CRISAFULLI, Vzio. La Constituzione e sue Disposizionidi Principio. Milo, 1952. p. 15. Apud
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, p. 257. Disponvel em:
http://siaibib01.univali.br. Acesso em abr 2013.
8
ALEXY, Robert. Derecho e razn prtica. Mxico: Fon- tamara, 1993. In: AMORIM, Letcia
Balsamo. A distino entre regras e princpios segundo Robert Alexy esboos e crticas.
Disponvel em: http://www.direitodoestado.com.br. Acesso em abr 2013.
9
Op Cit. ALEXY, Robert. Derecho e razn prtica. Mxico: Fon- tamara, 1993. In: AMORIM, Letcia
Balsamo. A distino...
10
Op Cit. ALEXY, Robert. Derecho e razn prtica. Mxico: Fon- tamara, 1993. In: AMORIM, Letcia
Balsamo. A distino...
15
16
STRECK, Lenio Luiz. Hermenutica Jurdica e(m) crise. 5 ed., Porto Alegre: Livraria do Advogado,
2004. In: KHON, Edgar. Soluo da coliso de princpios e conflito de regras. Disponvel em:
http://www.boletimjuridico.com.br. Acesso em mar 2013.
17
Op. Cit. MELLO, Celso Antnio Bandeira de. Curso de direito administrativo...
18
Op. Cit. STRECK, Lenio Luiz. Hermenutica Jurdica e(m) crise...
19
Op. Cit. MELLO, Celso Antnio Bandeira de. Curso de direito administrativo...
20
DWORKIN, Ronald. Levando os Direitos a Srio. Trad. Nelson Boeira. 2. ed. So Paulo: Martins
Fontes, 2007. In: SANTOS JNIOR, Rubens Fernando Clamer dos. Princpios e regras: As lies
trazidas por Dworkin. Disponvel em: http://www.amatra4.org.br. Acesso em mar 2013.
21
HART, Herbert L. A. O Conceito de Direito. trad. A. Ribeiro Mendes. 5. ed. Lisboa: Fundao
Calouste Gulbenkian, 2007. In: SANTOS JNIOR, Rubens Fernando Clamer dos. Princpios e
regras: As lies trazidas por Dworkin. Disponvel em: http://www.amatra4.org.br. Acesso em abr
2013.
22
Op. Cit. DWORKIN, Ronald. Levando os Direitos a Srio...
23
Op. Cit. HART, Herbert L. A. O Conceito de Direito...
17
No entanto, quando a regra preexiste, aplica-se a mesma concepo do pspositivismo jurdico de Dworkin, ou seja, no h que se falar em poder discricionrio
do juiz se h regra disponvel a ser enquadrada no caso concreto 24.
Para Robert Alexy25, a distino entre regras e princpios est baseada
primeiramente no critrio da generalidade, ou seja, enquanto os princpios so
normas dotadas de alto grau de generalidade, as regras possuem um baixo grau de
generalizao.
Na viso de Alexy26, o critrio da generalizao no suficiente para a
distino entre regras e princpios, pois no se resume somente na diferenciao de
grau, mas parte para os critrios de distino utilizados por Dworkin, ou seja, uma
diferenciao de tipo qualitativo.
J na viso de Dworkin27, o critrio da generalizao no deve ser utilizado
de forma absoluta, uma vez que existem regras que trazem em seu bojo termos com
conceitos indeterminados, aproximando-as dos princpios.
Para o jus filsofo americano28, a aplicao das regras baseia-se no tudo ou
nada, ou seja, ou uma regra serve para ser aplicada ou no, se aplicada, devem ser
suportadas as consequncias trazidas por esta deciso, enquanto que os princpios
so aplicados em razo de uma deciso e no a determinam, necessariamente.
Para Canotilho, as regras podem ser distinguidas dos princpios utilizando-se
de cinco critrios, a saber: o grau de abstrao, grau de determinabilidade, carter
de fundamentabilidade, proximidade da ideia de direito e natureza normogentica 29.
Quanto ao primeiro critrio que o grau de abstrao, leciona o jurista que
os princpios so normas com um grau mais elevado de abstrao do que as regras,
compartilhando da mesma viso de Alexy quando trata do critrio da generalidade 30.
J o grau de determinabilidade, o segundo critrio, dispe que os princpios,
por serem vagos e indeterminados, necessitam, no caso concreto de mediaes dos
24
18
operadores do direito para que se concretizem, enquanto que as normas, pela sua
especificidade, podem ser aplicadas diretamente 31.
O terceiro critrio, o carter de fundamentabilidade refere-se aos princpios
por sua natureza e hierarquia dentro do ordenamento jurdico, os quais
desempenham um papel fundamental no sistema das fontes por sua importncia
estruturante32.
Quanto proximidade da ideia de direito, o quarto critrio, tem-se que os
princpios so enraizados nas exigncias de justia (Dworkin 33) ou na ideia de direito
(Larenz34) como padres ou modelos juridicamente vinculantes, enquanto que as
regras igualmente so normas vinculantes, porm com contedo meramente
funcional.
Por fim, o ltimo critrio, da natureza normogentica, traz como funo dos
princpios esta sua natureza, ou seja, como sendo a base, o fundamento das regras
jurdicas.
Em se tratando, portanto, da unicidade do sistema composto por normas,
divididas em regras e princpios, h que se considerar o fato de ocorrerem, no
raramente, conflitos entre estas normas. E sendo assim, deve-se fazer uma anlise
do caso concreto para se aferir qual ser a soluo para tais colises ou conflitos,
conforme se ver no prximo tpico.
2.3 Coliso entre normas e critrios de soluo de conflitos
31
19
Antinomia o conflito entre duas normas, dois princpios, ou de uma norma e um
princpio geral de direito em sua aplicao prtica a um caso particular. a
presena de duas normas conflitantes, sem que se possa saber qual delas dever
ser aplicada ao caso singular.35
20
45
21
2003. In: CAPEL FILHO, Hlio. Antinomias jurdicas. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n.
522, 11 dez. 2004 . Disponvel em: <http://jus.com.br/revista/texto/6014>. Acesso em mai. 2013.
46
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurdico. 9. ed., (Trad. Maria Celeste C. J. Santos).
Braslia: Editora Universidade de Braslia, 1997. In: DAL COL, Helder Martinez. Classificao das
normas jurdicas e sua anlise nos planos da validade, existncia e eficcia. Disponvel em:
http://jus.com.br. Acesso em mar 2013.
47
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurdico. Braslia: Editora UNB, 1994. In:
CAPEL FILHO, Hlio. Antinomias jurdicas. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 522, 11 dez. 2004 .
Disponvel em: <http://jus.com.br. Acesso em mai. 2013.
48
ROCHA, Andra Presas. O problema das antinomias na aplicao do Direito. Jus Navigandi,
Teresina, ano 15, n. 2494, 30 abr. 2010 . Disponvel em: <http://jus.com.br. Acesso em mai.
2013.
49
Disponvel em: http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4123135/agravo-regimental-na-sindicanciaagrg-na-sd-100-to-2006-0244327-9. Acesso em julh. 2013.
22
compreendidas como taxa judiciria, quando a execuo fiscal foi processada
perante a Justia Estadual, nos termos do artigo 39 da LEF.. Nos termos do artigo
1, 1, da Lei n 9.289/96 e do artigo 39, segunda parte, da LEF, as demais
despesas processuais so devidas pela Unio quando sucumbente, sendo o
pagamento diferido para o final da demanda e o seu quantum indicado pela
legislao estadual do local da prestao jurisdicional.. Vivel solver a lide
mediante deciso monocrtica quando o inconformismo manifestamente
inadmissvel ou improcedente, est prejudicado o seu objeto ou, ainda, estiver ele
em confronto com smula ou jurisprudncia dominante do Tribunal ou de Corte
superior.. Agravo legal parcialmente provido.39LEF1 19.28939LEF1
19.28939LEF
(0 RS 0035109-77.2010.404.0000, Relator: MARIA CRISTINA SARAIVA
FERREIRA E SILVA, Data de Julgamento: 02/03/2011, QUARTA TURMA, Data de
Publicao: D.E. 16/03/2011.50
23
24
59
LIMA, George Marmelstein. A hierarquia entre princpios e a coliso de normas constitucionais. Jus
Navigandi, Teresina, ano 7, n. 54, 1 fev. 2002 . Disponvel em: <http://jus.com.br. Acesso em julh.
2013.
60
Op. Cit. FARIAS, Edilsom Pereira de. Coliso...
61
Op. Cit. FARIAS, Edilsom Pereira de. Coliso...
62
LIMA, George Marmelstein. A hierarquia entre princpios e a coliso de normas
constitucionais. apud ESPNDOLA, Ruy Samuel. Conceito de Princpios Constitucionais. Revista
dos Tribunais, So Paulo, 1999. Disponvel em: http://jus.com.br. Acesso em julh. 2013.
25
a especificidade, contedo, extenso e alcance prprios de cada princpio no
exigem nem admitem o sacrifcio unilateral de um princpio em relao aos outros,
antes reclamam a harmonizao dos mesmos, de modo a obter-se a mxima
efetividade de todos eles.63
26
em
sua
trplice
subprincpios
dimenso-
adequao,
necessidade
princpio
da
68
intrinsecamente
ligados
ao
MLLER, Friederich. 1999. In: FERREIRA, Natlia Braga. Notas sobre a Teoria dos Princpios de
Robert Alexy. Revista Eletrnica do Curso de Direito PUC Minas Serro, Belo Horizonte, n. 2, p.
117-142, set. 2010. ISSN 2176-977X. Disponvel em: <http://periodicos.pucminas.br. Acesso julh
2013.
67
SARMENTO, Daniel. GALDINO, Flvio. Direitos Fundamentais: estudos em homenagem ao
professor Ricardo Lobo Torres. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. In: LOPES, Lorena Duarte Santos.
Coliso de Direitos Fundamentais: viso do Supremo Tribunal Federal. Disponvel em:
http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso julh 2013.
68
Op. Cit. SARMENTO, Daniel. GALDINO, Flvio. Direitos Fundamentais...
69
BARROS, Suzana de Toledo. O princpio da proporcionalidade e o controle de
constitucionalidade das leis restritivas de direitos fundamentais. Braslia DF: Livraria e Editora
27
70
de
direito
fundamental,
sem
que
se
exclua,
contudo,
outras
Braslia Jurdica, 1996. In: CRISTVAM, Jos Srgio da Silva. A resoluo das colises entre
princpios constitucionais. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 62, 1 fev. 2003 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/revista/texto/3682>. Acesso em julh 2013.
70
Op. Cit. BARROS, Suzana de Toledo. O princpio da proporcionalidade e ...
71
Op. Cit. BARROS, Suzana de Toledo. O princpio da proporcionalidade ...
72
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 24ed. So Paulo: Malheiros Editores, 2009.
In: RABELO, Nayara Viana. O princpio constitucional da proporcionalidade como sustentculo
da priso provisria. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 3025, 13 out. 2011. Disponvel
em: <http://jus.com.br/revista/texto/20216>. Acesso em julh. 2013.
73
ALEXY, Robert. Teoria de los derechos fundamentales. Madrid: Centro de Estudios
Constitucionales, 1993. In: CRISTVAM, Jos Srgio da Silva. A resoluo das colises entre
princpios constitucionais. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 62, 1 fev. 2003 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/revista/texto/3682>. Acesso em julh 2013.
28
74
29
83
CAPPELLETTI, Mauro, GARTH, Bryant. Acesso Justia. Srgio Antnio Fabris Editor. Porto
Alegre: 1988. In: HALBRITTER, Luciana de Oliveira Leal. O acesso justia e a celeridade na
tutela jurisdicional. Disponvel em: HTTP://WWW.EGOV.UFSC.BR. Acesso em junh 2013.
84
Op. Cit. CAPPELLETTI, Mauro, GARTH, Bryant. Acesso Justia...
30
Nesse sentido, aduz Armelin que o que passa, portanto, a ter salutar
importncia o reconhecimento do acesso justia como um instrumento capaz de
garantir os novos direitos individuais e sociais, j que a titularidade desses, sem os
mecanismos adequados de reivindicao, se tornaria uma prerrogativa incua. 85
Na mesma linha de pensamento, Dinamarco, leciona que o cidado, muito
alm do acesso ao Poder Judicirio, deva ter um acesso efetivo justia:
o acesso justia , mais do que o ingresso no processo e aos meios que ele
oferece, modo de buscar eficientemente, na medida da razo de cada um,
situaes e bens da vida que por outro caminho no se poderiam obter. Seja
porque a lei veda a satisfao voluntria de dadas pretenses (v.g., anulao de
casamento), seja porque a pessoa de quem se poderia esperar a satisfao no
satisfez (inadimplemento), quem no vier a juzo ou no puder faz-lo, renunciar
quilo que aspira. Em outras palavras, no ter acesso ordem jurdica justa nos
casos em que, por fs ou por nefas, sem o processo no possa sequer chegar at
o processo.86
ARMELIN, Donaldo. O acesso justia. Revista da Procuradoria Geral do Estado, So Paulo, v. 31,
p.172-173, 1989. In: MENDONA, Fabiana Salvador Gaspar. Do poder judicirio: racionalidade,
celeridade e efetividade no mbito estadual. Disponvel em: http://tjsc25.tjsc.jus.br. Acesso em julh
2013.
86
DINAMARCO, Cndido Rangel. A instrumentalidade do processo. 7. ed. So Paulo: Malheiros,
1999. In: MENDONA, Fabiana Salvador Gaspar. Do poder judicirio: racionalidade, celeridade e
efetividade no mbito estadual. Disponvel em: http://tjsc25.tjsc.jus.br. Acesso em julh 2013.
87
PAGANI, Fernando Mattos. Acesso justia um princpio em busca de efetivao. Curitiba:
Juru, 2009. In: ROCHA, Jos Cludio, ALVES, Cristiano Cruz. O acesso justia: ao poder
judicirio ou ordem jurdica justa?. Disponvel em: http://democraciaejustica.org. Acesso em julh
2013.
88
BRASIL. Constituio (1946). Constituio dos Estados Unidos do Brasil, 1946, art. 5 inciso
XXXV. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em julh 2013.
89
CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso justia. Trad. Ellen Gracie Northfleet. Porto
31
32
A expresso acesso justia reconhecidamente de difcil definio, mas serve
para determinar duas finalidades bsicas do sistema jurdico o sistema pelo qual
as pessoas podem reivindicar seus direitos e/ou resolver seus litgios sob os
auspcios do Estado. Primeiro, o sistema deve ser igualmente acessvel a todos;
segundo, ele deve produzir resultados que sejam individualmente e justos.93
93
CAPPELLETTI, Mauro, GARTH, Bryant. Acesso Justia. Traduo de Ellen Gracie Northfleet.
Porto Alegre: Ed. Srgio Antonio Fabris, 1988. In: NASCIMENTO, Meirilane Santana. Acesso
justia: abismo, populao e judicirio. Disponvel em: http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso
em julh 2013.
94
Op. Cit. CAPELLETTI, Mauro, GARTH, Bryant. Acesso justia...
95
TAVARES, Andr Ramos. Curso de direito constitucional. 8. ed. So Paulo: Saraiva. e PAGANI,
Fernando Mattos. Acesso justia: um princpio em busca de efetivao. Curitiba: Juru, 2009.
In: ROCHA, Jos Cludio; ALVES, Cristiano Cruz. O acesso justia: Ao Poder Judicirio ou
Ordem jurdica justa? Disponvel em: http://www.fumec.br. Acesso em julh 2013.
96
MOURA JNIOR, Leonardo Antonio de. Os direitos fundamentais e o efetivo acesso justia.
Disponvel em: http://www.pgj.ce.gov.br. Acesso em julh 2013.
33
PERROT, Roger. O processo civil francs na vspera do sculo XXI. Trad. de Barbosa
Moreira, Rev. Forense, v. 342. In: THEODORO JNIOR, Humberto. Celeridade e efetividade da
prestao jurisdicional. Insuficincias das reformas das leis processuais. Disponvel em:
http://www.abdpc.org.br. Acesso em julh 2013.
98
DINAMARCO, Candido Rangel. A instrumentalidade do processo. 10 ed., So Paulo: Malheiros,
2002. In: SPINA, Aurlio. Tutela antecipada como instrumento de efetividade processual.
Disponvel em: http://www.jurisway.org.br. Acesso em julh 2013.
34
etapas do processo, mas por ser tardia, muitas vezes, dando mais importncia s
formas processuais que aos direitos fundamentais.
Desta forma, a celeridade, que outrora era apenas exceo, agora se torna o
ponto crucial, pois a lentido do processo tornou-se o maior inimigo da efetividade e
do acesso justia atualmente, uma vez que quanto mais demorado for o processo,
menor ser a utilidade do vencedor de poder usufruir o bem da vida.
Para Watanabe necessrio que o processo tenha plena e total aderncia
realidade scio jurdica a que se destina, cumprindo sua primordial vocao que
a de servir de instrumento efetiva realizao dos direitos. 99
Pode-se perceber nitidamente que a celeridade e efetividade esto
intimamente ligadas, atreladas ao princpio constitucional de acesso justia. Da
mesma forma, em termos gerais, o conceito de efetividade est ligado capacidade
de realizar algo de forma apropriada, com o intuito de se obter o fim almejado
reunindo, concomitantemente, a eficcia e a eficincia que, embora sejam termos
semelhantes tm conceitos distintos.
A distino, portanto entre os conceitos de eficincia e eficcia que a
aquela se trata da capacidade de produzir algo ou um efeito desejado, enquanto que
a esta ltima trata de se preocupar com o efeito produzido, que ele seja o adequado,
til para aquilo que se pretendeu, pois algo pode ser eficiente, porm, no
necessariamente eficaz. 100
Na lio de Canotilho, a justia tardia equivale a uma denegao da justia,
ou seja, a prestao jurisdicional em tempo adequado no se trata de justia
acelerada, esta se d quando h diminuio de garantias materiais que podem
conduzir a uma justia pronta, mas materialmente injusta. 101
Diante disso, cabe trazer baila a lio de Guagliariello, o qual pondera que
os direitos ao processo clere e o contraditrio no devem conflitar-se entre si, mas
buscar a harmonia com o fito de atingir a efetivao da tutela jurisdicional. 102
99
35
104
jurisdicional
atualmente
dever
se
basear no
trinmio
adequao-
103
36
judicial. 108
Segundo Mitidiero, dever constitucional do Estado a oferta de meios,
atravs do processo, para a outorga da proteo efetiva e tempestiva das partes,
pois quanto mais demorada a tutela, maior ser o dano experimentado pela parte
que tem razo. Deve, portanto, o resultado da demanda ser o mais aderente
possvel ao direito material, em tempo razovel s partes. 109
A prestao jurisdicional efetiva aquela que reclama uma prestao
jurisdicional tempestiva, sem deixar de lado o ideal de justia e do devido processo
legal, pois segundo Mitidiero consiste no vnculo teleolgico entre meio e fim, entre
o instrumento processual e a tutela prometida pela Constituio ao direito
material.110
Embora o Estado seja responsvel por permitir aos jurisdicionados obterem
uma resposta jurisdicional tempestiva e efetiva, mediante tcnicas processuais
(meios e procedimentos), isso se torna difcil na medida em que a necessidade de
tempestividade se modifica de acordo com as mudanas ocorridas na sociedade e
dos prprios direitos, como tambm o fato de que o Estado apresenta dificuldades
em se estruturar de modo a atender a todos de forma efetiva.
111
MITIDIERO, Daniel. In: SOUZA, Marlene Marlei. A efetividade da jurisdio. Disponvel em:
http://www.administradores.com.br. Acesso em julh 2013.
109
Op. Cit. MITIDIERO, Daniel. In: SOUZA, Marlene Marlei. A efetividade da jurisdio...
110
Op. Cit. MITIDIERO, Daniel. In: SOUZA, Marlene Marlei. A efetividade da jurisdio...
111
MARINONI, Luiz Guilherme. O Custo e o Tempo do Processo Civil Brasileiro.
<htttp://www.mundojurdico.adv.br> Publicado em: 02 set. 2005. In: SOUZA, Marlene Marlei. A
efetividade da jurisdio. Disponvel em: http://www.administradores.com.br. Acesso em julh 2013.
112
Op. Cit. SPINA, Aurlio. Antecipao de Tutela como Instrumento...
113
CINTRA, A. C. A.; GRINOVER, A. P.; DINAMARCO, C. R., Teoria geral do processo. 21 ed. rev. e
atual., de acordo com a EC 45, de (08.12.2004), So Paulo-SP: Malheiros. 2005. In: SPINA, Aurlia.
37
38
CANOTILHO, Jos Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria ftica dos efeitos da tutela
antecipada. Disponvel em: www.ambitojuridico.com.br. Acesso em julh 2013.
118
AMARAL, Priscila Cristina. Irreversibilidade da tutela antecipada. Disponvel em: http://www.ambitojuridico.com.br. Acesso em julh 2013.
39
Com a
CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituio. 3. ed. Almedina, 1999.
In: ROLIM, Luciano Sampaio Gomes. Coliso de direitos fundamentais e princpio da
proporcionalidade. Jus
Navigandi,
Teresina, ano
7, n.
56, 1 abr. 2002 .
Disponvel
em: <http://jus.com.br. Acesso em ago. 2013.
40
120
MARINONI, Luiz Guilherme. Antecipao da Tutela: 10. ed. rev., atual. e ampl. So Paulo :
Editora Revista dos Tribunais, 2008. In: GASPERONI, Marcos Mendes Lisot Marthos. A
irreversibilidade do provimento antecipado. Uma anlise do 2 do artigo 273 do Cdigo de Processo
Civil. Disponvel em: http://www.jurisway.org.br. Acesso em ago. 2013.
41
121
42
Desde que existe a sociedade existem conflitos, dentre eles a busca por
conforto, segurana e melhores condies de vida aos familiares, dentre outros e,
nessa busca incessante, o homem, por vezes, acaba encontrando resistncia em
outro homem, que tambm busca seus ideais, nesse momento, nasce o conflito de
interesses.
Surgindo o conflito, busca-se, ento, a soluo atravs de uma composio
amigvel, ou quando isso no possvel, sacrifica-se o direito de um em detrimento
do outro.
No incio da sociedade, quando no havia ainda a figura do Estado, ou se
Irreversibilidade da Tutela Antecipada. Disponvel em: http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso
em ago 2013.
43
44
foi
125
mencionado
no
segundo
captulo,
drama
da
O mesmo artigo sofreu nova alterao em 2002, com a Lei 10.444, alterando
o pargrafo 3 e incluindo dois pargrafos.
Estas alteraes introduzidas no Cdigo de Processo Civil pela reforma de
1994, segundo ensinamentos de Almeida, Talamini e Wambier, envolveram, sem
dvida, certa dose de risco que precisava ser corrido, em prol de um processo apto
a gerar resultados mais adequados.
126
Op. Cit. ALMEIDA, Flavio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo; WAMBIER, Luiz
Rodrigues. Curso avanado de processo civil...
126
Op. Cit. ALMEIDA, Flavio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo; WAMBIER, Luiz
Rodrigues. Curso avanado de processo civil...
45
127
129
Op. Cit. ALMEIDA, Flavio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo; WAMBIER, Luiz
Rodrigues. Curso avanado de processo civil...
128
ARENHART, Srgio Cruz; MARINONI, Luiz Guilherme. Processo de conhecimento. 7 ed. rev. e
atual. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. . In: MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da
tutela antecipada e as propostas do projeto de novo Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi,
Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em
ago. 2013.
129
CRUZ, Andr Luiz Vinhas da. A evoluo histrica das tutelas de urgncia: breves notas de Roma
Idade Mdia. In: mbito Jurdico, Rio Grande, VIII, n. 22, ago 2005. Disponvel em:
<http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago 2013.
46
132
monrquico,
as
ordennance
(ordenaes
rgias),
aboliam
as
Op. Cit. CRUZ, Andr Luiz Vinhas da. A evoluo histrica das tutelas de urgncia:...
CORSI, Heitor Cavagnolli. A origem da Tutela Antecipada e o seu tratamento nos pases
estrangeiros. Disponvel em: http://bdjur.stj.gov.br. Acesso em ago. 2013.
132
Op. Cit. CRUZ, Andr Luiz Vinhas da. A evoluo histrica das tutelas de urgncia:...
133
Op. Cit. CRUZ, Andr Luiz Vinhas da. A evoluo histrica das tutelas de urgncia:..
131
47
artigo 484.134
Em 1807 o Code de Procedure Civile praticamente transcreveu a famosa
Ordonnance de 1667 de Lus XIV e, influenciou os Cdigos da Blgica, Rssia,
Holanda, e, indiretamente, o Cdigo Italiano de 1865, a Zivilprocessordnung alem
de 1877 e o Regulamento Processual Austraco de 1895. 135
Um caso tpico de antecipao de tutela encontrado tambm no artigo 940
do ZPO Cdigo de Processo Civil da Alemanha, que regula temporariamente uma
relao jurdica. No uma garantia da pretenso, mas sim, da relao jurdica
litigiosa.136
O mesmo diploma legal alemo tambm prev, em seu 935, verdadeira
medida cautelar atpica, de fim conservativo, pois pretende evitar qualquer forma de
alterao ou modificao do objeto da chamada Individualleistungen, ou em outras
palavras, das prestaes dirigidas dao ou consignao de um determinado
bem ou a um certo fazer ou no fazer do devedor.137
Por fora das diversas invases, at por rabes, um extrato do sistema
romano, o processo civil foi influenciado pelo Cdigo de Alarico de 506 (Breviarum
Aalaricianum ou Aniani) na pennsula Ibrica e, depois pelo Cdigo visigtico,
tambm conhecido como Fuero Juzgo ou Forum Judicum, de 693, este diploma de
fundo romano-gtico.138
O Cdigo Visigtico, tambm conhecido como Fuero Juzgo, como outras
Cartas Forais foram substitudas, em Portugal, pelas Ordenaes Afonsinas de
1446, que
foram
revogadas em 1521
139
48
141
142
CARDOSO,
Vanessa
Ulian.
Tutela
antecipada
e
alimentos.
Disponvel
em:
http://intertemas.unitoledo.br. Acesso em ago. 2013.
141
Op. Cit. CARDOSO, Vanessa Ulian. Tutela antecipada e alimentos...
142
Op. Cit. CARDOSO, Vanessa Ulian. Tutela antecipada e alimentos...
143
Op. Cit. CARDOSO, Vanessa Ulian. Tutela antecipada e alimentos...
144
Op. Cit. CARDOSO, Vanessa Ulian. Tutela antecipada e alimentos...
145
Op. Cit. CARDOSO, Vanessa Ulian. Tutela antecipada e alimentos...
146
BENASSE, Marcos Antnio. Tutela antecipada em caso de irreversibilidade. Campinas: Bookseller,
2001. In: CARDOSO, Vanessa Ulian. Tutela antecipada e alimentos. Disponvel em:
http://intertemas.unitoledo.br. Acesso em ago. 2013.
147
Op. Cit. CARDOSO, Vanessa Ulian. Tutela antecipada e alimentos...
49
150
Art. 283. Para a concesso de tutela de urgncia, sero exigidos elementos que
evidenciem a plausibilidade do direito, bem como a demonstrao de risco de
dano irreparvel ou de difcil reparao. 152
CUNHA, Andr Luiz Ferreira. Noes bsicas acerca do instituto da antecipao da tutela no
processo civil brasileiro. Disponvel em: http://www.juspodivm.com.br. Acesso em ago. 2013.
149
ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipao da Tutela. 3. ed. So Paulo: Saraiva, 2000. In: CUNHA,
Andr Luiz Ferreira. Noes bsicas acerca do instituto da antecipao da tutela no processo civil
brasileiro. Disponvel em: http://www.juspodivm.com.br. Acesso em ago. 2013.
150
MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto de novo
Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
151
Op. Cit. MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto
de novo Cdigo de Processo Civil...
152
BRASIL, Projeto de Lei n. 166, de 08 de junho de 2010
50
pedido ou parte dele (CPC, art. 273, 6), denotam, mais que a plausibilidade do
direito autorizada por cognio superficial ou sumria , a prpria verificao de
sua existncia, fundada em cognio judicial exauriente. 153
154
153
156
ALMEIDA, Flavio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo; WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso
avanado de processo civil. 9 ed. rev., atual. e ampl. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007. v.1. In: MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do
projeto de novo Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 .
Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
154
MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto de novo
Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
155
BRASIL, Projeto de Lei n. 166, de 08 de junho de 2010.
156
MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto de novo
Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
51
2 Nas hipteses previstas no art. 289, 2 e 3, as medidas de urgncia
conservaro seus efeitos enquanto no revogadas por deciso de mrito proferida
em ao ajuizada por qualquer das partes. 157
158
Em
se
tratando
de
irreversibilidade
do
provimento
antecipado,
52
53
DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de direito processual civil.
Vol.2. 4 ed. Salvador: Juspodivm, 2009. In: MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela
antecipada e as propostas do projeto de novo Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi,
Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso
em ago. 2013.
165
ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipao de tutela. 4 ed. rev. e ampl. So Paulo: Saraiva, 2005. In:
MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto de novo
Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
166
Op. Cit. ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipao de tutela...
54
aquele que permite chegar a uma verdade provvel sobre os fatos apresentados
pelo autor. 167
No entendimento de Humberto Theodoro Jnior a verossimilhana refere-se
no apenas existncia do direito subjetivo material, mas tambm e, principalmente,
a todo o quadro ftico invocado pela parte que pretende a antecipao da tutela,
portanto, a verossimilhana se configurar somente quando apontar para uma
probabilidade muito grande de que as alegaes do autor so verdadeiras.
168
Marinoni e Arenhart vo ainda mais longe, para eles o juiz deve levar em
considerao, quando da exigncia da verossimilhana, o valor do bem jurdico
ameaado, a dificuldade do autor em provar sua alegao, a credibilidade desta, de
acordo com as regras de experincia e, a prpria urgncia.
169
Op. Cit. DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de direito
processual civil...
168
THEODORO JUNIOR, Humberto. Aspectos polmicos da antecipao de tutela. So Paulo:
Revista dos Tribunais, 1997. In: MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as
propostas do projeto de novo Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n.
3477, 7 jan. 2013 . Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
169
ARENHART, Srgio Cruz; MARINONI, Luiz Guilherme. Processo de conhecimento. 7 ed. rev. e
atual. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. In: MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da
tutela antecipada e as propostas do projeto de novo Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi,
Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso
em ago. 2013.
170
Op. Cit. ARENHART, Srgio Cruz; MARINONI, Luiz Guilherme. Processo de conhecimento...
55
ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipao de tutela. 4 ed. rev. e ampl. So Paulo: Saraiva, 2005. In:
MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto de novo
Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
172
THEODORO JUNIOR, Humberto. Aspectos polmicos da antecipao de tutela...
173
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Aspectos polmicos da antecipao da tutela. So Paulo:
Revista dos Tribunais, 2001. In: AMARAL, Priscila Cristina. Irreversibilidade da tutela antecipada.
In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 89, junh. 2011. Disponvel em: <http://www.ambitojuridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
56
pois o provimento nunca irreversvel, mas provisrio e revogvel, o que pode ser
irreversvel so as consequncias de fato ocorridas pela execuo da medida. 174
Acerca do tema leciona Zavascki:
CMARA, Alexandre Freitas, Lies de Direito Processual Civil. 17 ed. Rio de Janeiro: Lumen
Jris, 2008; e NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Cdigo de Processo Civil
Comentado e Legislao Extravagante. 7 ed. So Paulo: Revista dos Tribunais. 2003. In: AMARAL,
Priscila Cristina. Irreversibilidade da tutela antecipada. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 89,
junh. 2011. Disponvel em: <http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
175
ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipao de tutela. 4 ed. rev. e ampl. So Paulo: Saraiva, 2005. In:
MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto de novo
Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
176
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Srgio Cruz. Curso de Processo Civil Vol. II: Processo
de Conhecimento.7 ed. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. In: AMARAL, Priscila Cristina.
Irreversibilidade da tutela antecipada. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 89, junh. 2011.
Disponvel em: <http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
57
da concesso e da denegao, recorrendo ao denominado princpio da
proporcionalidade; o que, se no resolve inteira e satisfatoriamente essa
complexa questo, representa, pelo menos, a busca de um critrio atento
preservao da efetividade dos provimentos jurisdicionais. 177
evitar
que
prestao
jurisdicional
de
um
direito
180
181
58
183
em ago. 2013.
182
MITIDIERO, Daniel. Processo civil e Estado Constitucional. Porto Alegre: Livraria do Advogado,
2007. In: MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da tutela antecipada e as propostas do projeto
de novo Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel
em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso em ago. 2013.
183
MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. O Projeto do CPC: crtica e propostas. 1 ed.
So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010. In: MOYSES, Natlia Hallit. Anlise do instituto da
tutela antecipada e as propostas do projeto de novo Cdigo de Processo Civil. Jus Navigandi,
Teresina, ano 18, n. 3477, 7 jan. 2013 . Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/23397>. Acesso
em ago. 2013.
59
184
FIGUEIRA JNIOR, Joel Dias. Comentrios Novssima Reforma do CPC. Rio de Janeiro:
Forense, 2002. In: RODRIGO LOPES, Hlisson. A irreversibilidade do provimento e a concesso da
tutela antecipada. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 93, out 2011. Disponvel em:
<http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
60
Para Fbio Silva Costa a revogao da medida, alm das situaes acima
citadas por Figueira Jnior deve ainda ser vinculada ao requerimento da parte
interessada, a qual deve fornecer a motivao adequada para a devida revogao,
ou seja, a razo de ser do pedido.
185
COSTA, Fbio Silva. Tutela Antecipada. 1 ed., So Paulo: Juarez de Oliveira, 2000. In:
RODRIGO LOPES, Hlisson. A irreversibilidade do provimento e a concesso da tutela antecipada.
In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 93, out 2011. Disponvel em: <http://www.ambitojuridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
186
FRIEDE, Reis. Tutela Antecipada, Tutela Especfica e Tutela Cautelas. 5 ed., Belo Horizonte:
Del Rey, 1999. In: RODRIGO LOPES, Hlisson. A irreversibilidade do provimento e a concesso da
tutela antecipada. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 93, out 2011. Disponvel em:
<http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
187
CARREIRA ALVIM, J. E. Tutela Antecipada na Reforma Processual. 2 ed., Curitiba: Juru,
1999. In: RODRIGO LOPES, Hlisson. A irreversibilidade do provimento e a concesso da tutela
antecipada. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 93, out 2011. Disponvel em:
<http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
188
FIGUEIRA JNIOR, Joel Dias. Comentrios Novssima Reforma do CPC. Rio de Janeiro:
Forense, 2002. In: RODRIGO LOPES, Hlisson. A irreversibilidade do provimento e a concesso da
tutela antecipada. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 93, out 2011. Disponvel em:
<http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago. 2013.
61
Pode-se inferir da interpretao do artigo 273 do CPC que o juiz livre para
optar por qualquer um dos efeitos antecipveis, j que no h critrios prestabelecidos para aferir o grau de antecipao, total ou parcial. Basta, portanto, que
o provimento seja adequado a assegurar o direito perseguido em juzo, amenizando
ou at mesmo neutralizando a ameaa de dano irreparvel ou de difcil reparao.
Para o juiz do extinto Tribunal de Alada do Estado de Minas Gerais Ernane
189
NETO, Luiz Orione. Tratado das Liminares. Vol l., So Paulo: Lejus, 2000. In: SILVA, William Lopes
da. Irreversibilidade na antecipao da tutela. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n.
3597, 7 maio 2013 . Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/24382>. Acesso em: ago. 2013.
190
Op. Cit. NETO, Luiz Orione. Tratado das Liminares. Vol l., So Paulo: Lejus, 2000.In: SILVA,
William Lopes da. Irreversibilidade na antecipao da tutela...
62
SANTOS, Ernani Fidelis dos. Novos perfis do processo civil brasileiro. Belo Horizonte: Del Rey,
1996. In: SILVA, William Lopes da. Irreversibilidade na antecipao da tutela. Jus Navigandi,
Teresina, ano 18, n. 3597, 7 maio 2013 . Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/24382>. Acesso
em: ago. 2013.
192
NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Cdigo de Processo Civil Comentado e
Legislao Extravagante. 7 ed. So Paulo: Revista dos Tribunais. 2003. In: AMARAL, Prscila
Cristina. Irreversibilidade da tutela antecipada. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 89, jun 2011.
Disponvel em: <http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago 2013.
193
Op. Cit. NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Cdigo de Processo Civil
Comentado e Legislao Extravagante...
194
CMARA, Alexandre Freitas, Lies de Direito Processual Civil. 17 ed.Rio de Janeiro: Lumen
Jris, 2008. In: AMARAL, Priscila Cristina. Irreversibilidade da tutela antecipada. In: mbito Jurdico,
Rio Grande, XIV, n. 89, jun 2011. Disponvel em: <http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso em ago
2013.
63
H situaes, que tambm fica ntida a irreversibilidade, como por exemplo nas
aes de despejo.
Executando o despejo, no h como reparar o mal causado, nem retornar ao
status quo ante. Nas locaes residenciais, mais visvel a irreversibilidade, uma
vez que, cumprido o mandado judicial, o inquilino ter que procurar outro imvel
para acomodar sua famlia, do que resultam danos e transtornos evidentes. Mas
nas locaes no residenciais tambm h perigo de irreversibilidade uma vez que,
o comerciante, o industrial ou o profissional liberal, uma vez desalojado do imvel,
dificilmente recuperar a clientela e o ritmo anterior dos negcios. E eventual
indenizao futura, se mostra incapaz de repor as coisas ao estado anterior.195
LOPES, Joo Batista. Tutela Antecipada no Processo Civil Brasileiro. So Paulo: Revista dos
Tribunais, 2007. In: AMARAL, Priscila Cristina. Irreversibilidade da tutela antecipada. In: mbito
Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 89, jun 2011. Disponvel em: <http://www.ambito-juridico.com.br. Acesso
em ago 2013.
64
doutrinria
acerca
da
impropriedade
tcnica
da
expresso
65
REFERNCIAS
66
67
68
69
70
71
72
73
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