Tecnicil Industria
Tecnicil Industria
Tecnicil Industria
Empresa
Tecnicil Industria
Nadine
Lger
Elton
Gonalves
Solangela de
Pina
ndice
Introduo...................................................................................................... 2
Apresentao de empresa.............................................................................. 3
Analise de Demonstrao de Resultado.........................................................4
Anlise dos Rcios.......................................................................................... 6
Liquidez Geral................................................................................................ 6
Liquidez reduzida........................................................................................... 7
Liquidez imediata........................................................................................... 8
Rcios de endividamento............................................................................... 9
Autonomia financeira................................................................................... 10
Solvabilidade................................................................................................ 10
Rotao do ativo.......................................................................................... 11
Rotao do inventrio.................................................................................. 12
Prazo mdio de recebimento........................................................................12
Prazo mdio de pagamento..........................................................................13
Rendibilidade operacional das vendas.........................................................14
Rendibilidade lquida das vendas.................................................................15
Rendibilidade operacional do ativo..............................................................17
Concluso..................................................................................................... 18
Anexo........................................................................................................... 20
Introduo
Atualmente o mundo passa por diversas mudanas e o ambiente empresarial um dos
mais atingidos, por diversos motivos: privatizao, concorrncia, globalizao e novas
tecnologias. Neste sentido os desafios so cada vez maiores, perpetuando um ambiente
exigente no que diz respeito a capacidade de dar resposta as necessidades do mercado.
Uma anlise econmica e financeira consiste num conjunto de tcnicas que visa
diagnosticar a situao da empresa atravs da anlise e interpretao das demonstraes
financeiras. O seu principal objetivo de proporcionar as informaes teis que serviro
de base tomada de decises.
O presente trabalho consiste em fazer uma anlise econmica e financeira da Tecnicil
Indstria nos trs anos em estudo. Para atender ao referido objetivo, realizmos uma
aplicao prtica nos relatrios da Tecnicil Indstria.
Apresentao de empresa
A Tecnicil Indstria, SA uma empresa nacional cabo-verdiana com capital
maioritariamente cabo-verdiano.
A Tecnicil indstria nasceu em 1999, como MD-guas de Cabo Verde. Ento pertena
de dois scios Marciano Duarte e Alfredo Carvalho. Posteriormente, veio a adotar a
designao de guas de Cabo Verde, SA e mais tarde ainda, com a aquisio das aes
por parte da Tecnicil integrou o Grupo Tecnicil com a designao de Tecnicil Indstria,
Sociedade Unipessoal.
A empresa neste momento dispe de uma nica fbrica situada na zona da Trindade. A
fbrica dispe de uma capacidade de produo superior a 80 milhes de litros de gua
no formato 1,5L e a superior a 25 milhes de litros de refrigerantes no formato 1,5L.
Dispe de uma sede na cidade da Praia e de Delegaes na regio de Santiago Norte e
na da ilha do Sal. Atualmente dispe de representaes em S. Vicente e na Boavista.
A viso da empresa tornar-se numa empresa de referncia nacional e internacional no
ramo das bebidas e dos alimentos.
A sua misso levar aos clientes produtos de qualidade, de acordo com as suas
expectativas e demandas enquanto proporciona aos seus trabalhadores e outros parceiros
oportunidades de crescimento e aos acionistas um retorno financeiro adequado aos seus
investimentos inovando sempre, procurando antecipar as tendncias do mercado, de
forma a poder responder crescente sofisticao dos consumidores.
O objeto da empresa a produo comercializao e exportao de guas e
refrigerantes, outras bebidas e alimentos. Na sua estratgia de desenvolvimento a
empresa
pretende
diversificar
oferecendo
aos
consumidores
outras
bebidas,
Numa anlise dinmica, podemos concluir que no ano 2011 as vendas da empresa
reduziram cerca de 0,9% face ao periodo homlogo, mas os custos com cada unidades
vendidas no pararam de crescer, uma vez que a Tecnicil indstria passou a ter um custo
mdio de 29,3% por unidades vendidas. O total das outras despesas cifraram em 70,7%
por cada 1 escudo do valor da venda, o que permite a empresa obter somente 2% de
lucro com a venda. Isso demonstra que mesmo com a reduo das vendas, a empresa
no consiguiu reduzir os seus custos numa proporo igual a reduo das vendas.
No ano 2012 a reduo das venda em 1,7% no impediu o aumento dos custos com cada
unidades vendidas para 30,3%, o que revela a pouca capacidade da empresa em reduzir
os seus custos com mercadorias vendidas numa proporo igual a das vendas. As outras
despesas representaram 71,3% de cada unidade vendida, o que reduziu o lucro da
Tecnicil indstria para 1,3% por cada 1 escudo de vendas.
Liquidez Geral
No ano 2010 empresa apresentou uma liquidez geral positiva no valor de 1,03 escudos,
tendo este valor decrescido para 0,96 escudos em 2011 e aumentando novamente em
2011 num valor cifrado em 1,11 escudos. Portanto para cada 1 escudo a vencer no curto
prazo, a empresa possua de 1,03 escudos, 0,96 escudos e 1,11 escudos de recursos
aplicados nos ativos nos anos 2010, 2011 e 2012 respetivamente. Podemos constatar
6
que no primeiro e no ltimo ano em estudo, a empresa conseguiu cobrir as suas dvidas
de curto prazo e ainda ficar com algum excedente, mas no ano 2011 a empresa precisou
de 4 centavos adicionais para poder anular a dvida de curto prazo na sua totalidade.
A reduo da liquidez geral em 2011 explicada pelo aumento do passivo corrente mais
do que proporcional ao aumento do ativo corrente, ou seja, o ativo corrente no cresceu
o suficiente para acompanhar o crescimento do passivo corrente em 23,5% face ao
perodo homlogo. O aumento dos saldos dos acionistas e outras contas a pagar tiveram
enorme influncia no acrscimo das dvidas de curto prazo.
Em 2012 houve uma melhoria na liquidez geral, passando de 0,96 escudos para 1,11
escudos. Essa melhoria motivada essencialmente pelo aumento do saldo da conta
cliente em 74,2%, que juntamente com as outras rubricas, fez o ativo corrente crescer
aproximadamente 12% face ao perodo homlogo e tambm pela diminuio do saldo
de outras contas a pagar em 40,2%, contribuindo assim para a diminuio das dvidas a
curto prazo em 3% em relao ao perodo anterior. pertinente ressalvar que o aumento
do saldo da conta cliente em 46.944 milhes de escudos, pode no ser benfica para a
empresa, tendo em conta que a sua capacidade da cobrana ser posta em causa.
Liquidez reduzida
Em 2010 a capacidade da empresa sem contar com os inventrios para honrar os seus
compromissos de curto prazo, de 0,52 escudos para cada 1 escudo de dvida com
maturidade de um ano. Portanto isso demonstra que a empresa no tem recursos
suficientes para fazer face s suas dvidas, permitindo assim constatar que o inventrio
representa aproximadamente 50% do ativo corrente. No ano 2011 a situao da empresa
agravou mais ainda, uma vez que a empresa viu a sua capacidade a reduzir em 9
centavos em relao ao ano 2010. O inventrio da empresa cresceu cerca de 29%,
7
deixando assim o restante do ativo corrente num valor absolutamente insuficiente para
cobrir os passivos correntes, que cresceram 23,5% face ao perodo homlogo.
No ano 2012 o inventrio reduziu cerca de 18.182 milhes de escudos em relao ao
ano anterior, permitindo a empresa pagar 0,63 escudos para cada 1 escudo de dvida a
curto prazo, sem contar com o valor do inventrio. Quando o inventrio da empresa
apresentar valores elevados, de certa forma a liquidez da empresa torna-se reduzida,
visto que o inventrio a parte menos lquida, ou seja, de menor converso dentro do
ativo da empresa.
O nvel normal considerado para a liquidez reduzida de um escudo, no entanto para os
trs anos em estudo os valores obtidos so inferiores ao nvel considerado ideal, o que
significa que a melhor forma de avaliar a liquidez da empresa, considera que a empresa
no possui capacidade suficiente para solver os compromissos de curto prazo.
Liquidez imediata
Rcios de endividamento
O rcio do endividamento revela a parcela do ativo que financiado pelo passivo num
determinado perodo de tempo. Em 2010, por cada 1 escudo do ativo, 0,69 escudos dos
ativos so financiados pelo passivo, portanto isso quer dizer que a empresa financia o
seu ativo somente com 0,31 escudos dos capitais prprios.
J no ano seguinte, o rcio endividamento aumentou para 0,72 escudos devido a uma
diminuio paulatina do ativo da empresa em 1,4% e a um aumento razovel do passivo
em 3,1% em relao ao ano anterior.
Os ativos da empresa sofreram novamente uma reduo no ano 2012 (cerca de 7,7%), o
que associado a uma diminuio do capital alheio em 10,6%, provocaram um
decrscimo do rcio para 0,70 escudos.
Autonomia financeira
Solvabilidade
10
Rotao do ativo
No ano 2010 a rotao do ativo da Tecnicil Indstria cifrou em 0,81 escudos. Portanto,
isso significa que por cada 1 escudo do investimento feito nos ativos, ajudou a empresa
a vender 0,81 escudos dos produtos comercializados.
Em 2011 a rotao do ativo da empresa permaneceu o mesmo do ano anterior
confirmando assim que o ativo tem uma rotao de 0,81 vezes durante o ano.
No ano 2012 a empresa viu o seu volume de negcio aumentando de 0,81 escudo para
0,84 escudo por cada 1 escudo do investimento nos ativos. Este aumento causado
essencialmente pela diminuio dos ativos (7,7%) mais do que proporcional em relao
a diminuio do volume de negcio (2%).
11
Rotao do inventrio
No ano 2010 o inventrio da Tecnicil Indstria teve uma rotao de8,67 vezes durante o
ano, isso de uma certa forma pode revelar a eficincia e a eficcia da empresa.
Em 2011 a Tecnicil Indstria viu o seu inventrio a fazer uma rotao de forma lenta,
tendo em conta que o inventrio deixou de ter uma rotao de 8,67 vezes por ano e
passou a ter uma rotao de 5,93 vezes durante o ano 2011. A diminuio das vendas e o
aumento do inventrio em stock so os principais responsveis pela diminuio da
rotao.
O mesmo indicador reduziu paulatinamente em 2012, mostrando que o inventrio da
empresa teve uma rotao de 5,53 vezes durante o ano. Neste ano, mesmo com a
diminuio do inventrio em stock, a empresa no conseguiu aumentar as suas vendas.
12
O prazo mdio de pagamento mede como que a empresa costuma pagar as suas dvidas
aos fornecedores.
No ano 2010 o prazo mdio com que a Tecnicil Indstria pagou aos fornecedores foi de
27 dias, mas com o objetivo de garantir o recebimento antes do pagamento, a empresa
negociou o prazo mdio de pagamento, ficando assim acordado um prazo de50 dias.
A empresa conseguiu delatar esse prazo no ano 2012 para 62 dias, o que lhe permitiu
reduzir a sua divida com os fornecedores em cerca de 10,4% face ao perodo homlogo.
13
A rendibilidade lquida das vendas, mede o lucro ou prejuzo da empresa por unidades
vendidas. relacionada a eficincia das vendas na gerao dos lucros com os efeitos de
financiamento da carga fiscal.
No ano 2010, a rendibilidade da Tecnicil Indstria era de 10,54%, o que significa que
para cada 100 escudos em produtos vendidos, a empresa conseguiu obter uma
rendibilidade lquida de 10,54 escudos. O elevado valor do rcio nesse ano explicado
pelo baixo valor dos gastos da empresa em relao ao valor dos rendimentos, portanto, a
empresa conseguiu encaixar um resultado antes do imposto no valor de 78.810 milhes
de escudos, valor considerado como resultado lquido do perodo, uma vez que o
imposto do ano 2010 deduzido nos prejuzos do perodo anterior.
A rendibilidade lquida diminuiu drasticamente para 2,03% em 2011, provocado pela
exorbitante diminuio do resultado lquido do perodo (81% face ao perodo
homlogo). O crucial motivo da diminuio do resultado lquido do perodo, encontrase explicado na interpretao da rendibilidade operacional das vendas do mesmo
perodo.
A tendncia negativa foi confirmada no ano 2012, com a diminuio do rcio para
1,31% em relao ao ano 2011. No ano 2012, para alm dos gastos operacionais, a
empresa teve que pagar cerca de 2.006 milhes de escudos, valor que pertence ao
imposto sobre o rendimento do perodo.
15
um
retorno
(lucro) de 27,49%, ou
seja,
por
cada
100
escudos investidos nas empresas pelos acionistas, permitiram aos scios recuperar o
valor do investimento e ainda obter uma margem de 24,49 escudos.
A Tecnicil Indstria, viu a sua rendibilidade do capital prprio diminuindo
drasticamente em 2011 atingindo valores de5,91%, portanto face ao perodo homlogo a
rendibilidade diminuiu 21,58%, motivada essencialmente pela diminuio do resultado
lquido em 81% no ano 2011 face ao ano 2010.
O ano 2012 veio ainda confirmar o agravamento da rendibilidade dos acionistas,
diminuindo de 5,91% para 3,76%. Como anteriormente, o resultado lquido diminuiu
cerca de 37% em 2012 face ao perodo homlogo, obrigando os acionistas a ter um
ganho menor.
16
17
Concluso
Deste modo, conclumos que a anlise econmica e financeira um imprescindvel
instrumento de avaliao da real situao da empresa e auxilia tanto os gestores, como
tambm os utentes das demonstraes financeiras da empresa. crucial relatar, que em
termos conceituais a viso obtida da anlise econmica e financeira, contribui para o
aprimoramento do processo de gesto financeira, que no nosso contemporneo de
significativa importncia para as empresas.
Quanto aos indicadores, podemos constatar que os rcios da liquidez tiveram um
comportamento aceitvel, excluindo o ano 2011 em que a empresa apresentou a uma
maior dificuldade em honrar os seus compromissos de curto prazo. J no ano 2012 a
empresa deu sinais de recuperao. preciso destacar os inventrios da Tecnicil
Indstria, uma vez que representa quase 50% da capacidade empresarial para fazer face
aos compromissos de curto prazo, sendo assim, a empresa pode ter alguns problemas
em converter os inventrios em caixa e os seus equivalentes. Do ano 2011 para 2012, o
efeito positivo da liquidez geral alcanado devido ao aumento dos saldos dos clientes,
com reflexo negativo na liquidez imediata. Quanto estrutura do capital da Tecnicil
Indstria, podemos constatar que nos ltimos trs anos em anlise 72%dos ativos foram
financiados pelos capitais alheios, portanto isso de uma certa forma foi benfica para a
empresa, dado que o custo do capital prprio maior do que o custo da dvida. de
realar que a capacidade da empresa em solver os compromissos de longo prazo no a
desejada, uma vez que a situao ideal ter uma solvabilidade igual ou superior a 50%.
Essa evoluo desfavorvel foi motivada essencialmente pela diminuio do capital
prprio, em consequncia da diminuio do resultado lquido e do aumento do passivo.
Os rcios de rendibilidade apresentaram valores positivos, mas a evoluo ao longo dos
anos foi desfavorvel, tendo em conta que mesmo com a diminuio do volume de
negcio nos trs anos em anlise, a Tecnicil Indstria no conseguiu reduzir os gastos
com mercadorias e nem os gastos com pessoais e nem conseguiu diminuir os outros
gastos na mesma proporo que a diminuio das vendas. Isso de uma certa forma, fez o
resultado operacional e o resultado antes dos impostos diminuir, sem esquecer que os
encargos financeiros no tiveram efeitos pequenos. A rendibilidade do capital prprio e
a rendibilidade do ativo tiveram um a evoluo negativa ao longo dos anos devido a
uma reduo significativa do resultado lquido e do ativo lquido. No que se refere aos
18
rcios de funcionamento, podemos observar que a rotao do ativo teve uma evoluo
favorvel e que a rotao do inventrio teve uma evoluo desfavorvel devido a
diminuio das vendas. Verifica-se um aumento do prazo mdio de recebimento dos
clientes com reflexo no aumento do prazo de pagamento aos fornecedores. Com o
decrscimo continuado das vendas, houve a necessidade de atribuir mais crdito,
aumentando assim o risco de crdito e consequentemente o prazo de recebimento.
Portanto, o recebimento tardio do crdito faz com que a empresa, tambm, no pague
aos fornecedores dentro do prazo estipulado.
19
Anexo
CLASSIFICAO DOS RACIOS
RACIOS DE LIQUIDEZ
LIQUIDEZ GERAL
LIQUIDEZ REDUZIDA
LIQUIDEZ IMIDIATA
RACIOS DE ESTRUTURA
RACIOS ENDIVIDAMENTO
AUTONOMIA FINANCEIRA
SOLVABILIDADE
RACIOS DE RENDIBILIDADE
RENDIBILIDADE OPERACIONAL DAS
VENDAS
RENDIBILIDADE LIQUIDA DAS
VENDAS
RENDIBILIDADE DO CAPITAL
PRPRIO
RENDIBILIDADE OPERACIONAL DO
ATIVO
RACIOS DE FUNCIONAMENTO
ROTAO DO ATIVO
ROTAO DO INVENTARIO
PRAZO MEDIO DO RECEBIMENTO
PRAZO MEDIO DO PAGAMENTO
2010
ANO
2011
2012
1.03
0.52
0.071
0.96
0.43
0.067
1.11
0.63
0.032
0.77
31.07%
45.08%
0.71
27.95%
38.80%
0.69
30.18%
43.22%
16.27%
7.01%
6.11%
10.54%
2.03%
1.31%
27.49%
5.91%
3.76%
13.19%
5.71%
5.30%
0.81
5.93
31
0.83
5.53
43
50
62
20