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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN
CAMPUS PATO BRANCO

CURSO DE TECNOLOGIA EM MANUTENO INDUSTRIAL
ALEX ANTONIO SZYMON

FBIO PIETA
BANCADA DIDTICA DE ALINHAMENTO DE MQUINAS

ROTATIVAS
PATO BRANCO
2011
ALEX ANTONIO SZYMON

FBIO PIETA

ROTATIVAS
Monografia apresentada como requisito parcial

para obteno do Ttulo de Tecnlogo em
Manuteno Industrial, do Curso de Tecnologia
em Manuteno Industrial, da Universidade
Tecnolgica Federal do Paran Campus Pato
Branco.
Orientador: Prof. Dr.Eng. Gilson Adamczuk
Oliveira
PATO BRANCO
2011
TERMO DE APROVAO
ALEX ANTONIO SZYMON

FBIO PIETA

ROTATIVAS
Monografia aprovada como requisito parcial para obteno do Ttulo de

Tecnlogo em Manuteno Industrial da Universidade Tecnolgica
Federal do Paran - Campus Pato Branco, pela seguinte Banca
Examinadora:
____________________________________________
Prof. DEng. Gilson Adamczuk Oliveira
Orientador
____________________________________________
Prof. DEng. Paulo Rogrio Novak
Primeiro Membro
____________________________________________
Prof. Dr. M. Eng. Robson Gonalves Trentin
Segundo Membro
Pato Branco, 22 de Junho de 2011.

ii
Dedicamos este trabalho, em

especial aos nossos familiares e a todos
os que de uma maneira ou outra
contriburam para mais esta conquista
em nossas vidas.
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida.

Aos nossos pais, pela oportunidade de existir.
Aos familiares e amigos pela confiana e dedicao.
Ao Professor Orientador Gilson Adamczuk Oliveira pelo apoio a este
trabalho.
A todos os professores que de alguma forma nos auxiliaram no rduo
processo de aprendizagem.
Aos colegas de curso, pelo companheirismo.
iv
Uma pessoa inteligente resolve um problema,

Um sbio o previne
(Albert Einstein)
SUMRIO
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. vii
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................viii
1 INTRODUO ....................................................................................................... 11
1.1
Justificativa ..................................................................................................... 11
1.2 Objetivos ............................................................................................................. 11
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 11
1.2.2 Objetivos Especficos ...................................................................................... 11
2 REFERENCIAL TERICO .................................................................................... 13
2.1 Desalinhamento .................................................................................................. 13
2.1.1 Tipos de Desalinhamentos ............................................................................... 13
2.1.2 Efeitos do Desalinhamento............................................................................... 14
2.2 Diagnstico do Desalinhamento .......................................................................... 17
2.2.1 Anlise de Vibraes ........................................................................................ 18
2.2.2 Anlise de leo ................................................................................................ 18
2.2.3 Termografia ...................................................................................................... 19
2.3 Alinhadores de Eixos ........................................................................................... 19
2.3.1 Rgua e Calibrador de Folga ........................................................................... 19
2.3.2 Relgio Comparador ........................................................................................ 20
2.3.3 Alinhamento a Laser ........................................................................................ 21
3. METODOLOGIA................................................................................................... 23
3.1 Materiais .............................................................................................................. 23
3.2 Alinhador a Laser EASY-LASER D450 .............................................................. 24
3.2.1 Mtodo Prtico de Utilizao do Alinhador a Laser EASY-LASER D450 ......... 25
3.3 Coletor de Dados CSI 2117................................................................................ 31
3.3.1 O Software Starter Trend ................................................................................. 32
4 BANCADA DE ALINHAMENTO DE EIXOS ........................................................... 34
4.1 Descrio ............................................................................................................ 34
4.2 Exemplo de Aplicao ......................................................................................... 36
4.3 Consideraes Finais .......................................................................................... 45
5 CONCLUSES ...................................................................................................... 46
REFERNCIAS ......................................................................................................... 47
ANEXOS ................................................................................................................... 49
ANEXO I: ESPECIFICAES TCNICAS DO ALINHADOR A LASER .................. 50
ANEXO II: COMPONENTES DO ALINHADOR A LASER EASY-LASER D450........ 51
ANEXO III: LAYOUT DE PEAS DA BANCADA DE ALINHAMENTO ..................... 52
ANEXO IV: PROGRAMA UTILIZADO PARA USINAGEM DAS PEAS ................... 53
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Despesas com a compra de material ....................................................... 23
Tabela 2 - Tolerncias fixadas do alinhador a laser .................................................. 30
Tabela 3 - Valores definidos para a anlise das condies criadas .......................... 37
Tabela 4 - Tolerncias para alinhamento de eixos .................................................... 37
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Desalinhamento paralelo.......................................................................... 13
Figura 2 Desalinhamento angular .......................................................................... 14
Figura 3 Desalinhamento misto .............................................................................. 14
Figura 4 Foras de reao nos mancais ................................................................ 15
Figura 5 Consumo de energia para acoplamento de elastmero ........................... 15
Figura 6 Consumo de energia para acoplamento de elastmero ........................... 16
Figura 7 Termografia mostrando o aumento da temperatura devido ao
desalinhamento ........................................................................................ 16
Figura 8 Acoplamento danificado por desalinhamento........................................... 17
Figura 9 Mancal danificado por desalinhamento .................................................... 17
Figura 10 - Alinhamento com rgua e calibrador de folga ......................................... 20
Figura 11 - Perfil de um relgio comparador ............................................................. 21
Figura 12 - Alinhador a Laser durante processo de alinhamento .............................. 22
Figura 13 - Alinhador a Laser EASY-LASER D450 ................................................... 24
Figura 14 - Instalao do Alinhador a Laser .............................................................. 25
Figura 15 - Opes de Menu do Alinhador ................................................................ 26
Figura 16 - Distncia entre as Unidades de Medio S-M ...................................... 26
Figura 17 - Distncia entre o meio do acoplamento at a Unidade de Medio S.. 26
Figura 18 - Distncia do primeiro "p" do acionador at a Unidade de Medio "S". 27
Figura 19 - Distncia do segundo "p" do acionador at a Unidade de Medio "S" 27
Figura 20 - "12 horas" Posio na qual dever ficar as Unidades de Medio "S-M"
para a opo Softfoot ............................................................................. 28
Figura 21 - Imagem ilustrando os valores medidos para cada "p" do acionador ..... 28
Figura 22 - Posio nas quais deve-se girar o eixo com as Unidades de Medio "SM" ........................................................................................................... 29
Figura 23 - Ilustrao do acionador na posio vertical e horizontal ......................... 29
Figura 24 - Ilustrao da tela de tolerncia ............................................................... 30
Figura 25 - Smbolos do acoplamento preenchido indicando que os valores de
alinhamento esto dentro das tolerncias pr-definidas ........................ 31
Figura 26 - Coletor de dados CSI2117 ...................................................................... 32
Figura 27 - Processo de furao da base ................................................................. 34
Figura 28 - Perfil da bancada aps a montagem....................................................... 35
Figura 29 - Ilustrao de como simular desalinhamentos ou alinhar a bancada ....... 35
Figura 30 - Identificao dos pontos de coleta de dados .......................................... 36
Figura 31 - Ponto 3 horizontal alinhado (DP < 0,035 mm e DA < 0,035/100 mm) .... 38
Figura 32 - Ponto 3 horizontal desalinhado DP/alinhado DA (DP = 0,1 0,15mm / DA
< 0,035/100 mm) .................................................................................... 38
Figura 33 - Ponto 3 horizontal alinhado DP/desalinhado DA (DP<0,035mm / DA=0,08
- 0,1/100mm) .......................................................................................... 39
Figura 34 - Ponto 3 horizontal desalinhado DC (DP = 0,1 - 0,5mm / DA = 0,08 0,1/100mm) ............................................................................................ 39
Figura 35 - Ponto 3 vertical alinhado (DP < 0,035 mm e DA < 0,035/100 mm) ......... 40
Figura 36 - Ponto 3 vertical desalinhado DP/alinhado DA (DP=0,10,15mm /DA <
0,035/100 mm) ....................................................................................... 40
Figura 37 - Ponto 3 vertical alinhado DP/desalinhado DA (DP<0,035mm / DA=0,08 0,1/100mm) ............................................................................................ 41
viii
Figura 38 - Ponto 3 vertical desalinhado DC (DP = 0,1 - 0,5 / DA = 0,08 - 0,1/100mm)

............................................................................................................... 41
Figura 39 - Ponto 3 axial alinhado (DP < 0,035 mm e DA < 0,035/100 mm) ............. 42
Figura 40 - Ponto 3 axial desalinhado DP/alinhado DA (DP=0,10,15mm /DA <
0,035/100 mm) ....................................................................................... 42
Figura 41 - Ponto 3 axial alinhado DP/desalinhado DA (DP<0,035mm / DA=0,08 0,1/100mm) ............................................................................................ 43
Figura 42 - Ponto 3 axial desalinhado DC (DP = 0,1 - 0,5 / DA = 0,08 - 0,1/100mm)43
Figura 43 - Multiespectro das medidas horizontais no ponto 3 ................................. 44
Figura 44 - Multiespectro das medidas verticais no ponto 3 ..................................... 44
Figura 45 - Multiespectros das medidas axiais no ponto 3 ........................................ 45
ix
RESUMO
O trabalho em questo tem por objetivo desenvolver uma bancada didtica
para alinhamento de dois semi-eixos de mquina rotativa. Esta bancada possui
regulagens mveis fixadas ao componente acionador, permitindo a movimentao
no sentido horizontal, possibilitando dessa forma simular desalinhamento paralelo e
angular. Para validar o experimento, com o uso de um alinhador a laser foram
executados ensaios prticos de alinhamento e desalinhamento e anlise espectral
de freqncia das vibraes resultantes desses ensaios. Posteriormente os
resultados dos ensaios prticos foram confrontados com os dados da literatura
tcnica, confirmando a eficincia da bancada. Este projeto tem o intuito de
proporcionar ao acadmico, um maior preparo para o campo de trabalho e um
melhor aprendizado tcnico na soluo de desalinhamento de semi-eixos, que um
dos maiores problemas em mquinas rotativas.
Palavras chave: bancada didtica, mquinas rotativas, alinhador a laser,

desalinhamento, anlise de vibraes.
1 INTRODUO
Na indstria, a utilizao de mquinas rotativas muito grande e estas
devem estar com o mnimo de desalinhamento possvel, pois este pode gerar
problemas com vibraes, desgaste e falhas prematuras nos equipamentos. A
diminuio da vida til dos rolamentos e maiores gastos com energia eltrica
so alguns dos paradigmas principais que levam as empresas a ter despesas
com alinhamento de mquinas (HINES, et al, 1998).
O tecnlogo em manuteno industrial dever estar preparado para a
realizao de trabalhos como o alinhamento de mquinas rotativas e anlises
de vibraes. Com isso viu-se a necessidade de desenvolver uma bancada
didtica de alinhamento para a realizao de aulas prticas visando maior
aprendizado nesta rea.
1.1 Justificativa
Com a recente aquisio de um alinhador a laser surgiu a necessidade
de se equipar o futuro laboratrio de vibraes com uma bancada que permita
alterar de forma rpida e controlada o alinhamento de dois semi-eixos de
mquinas rotativas, afim de efetuar prticas de anlise de vibraes.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Desenvolver uma bancada didtica que permita a realizao de
alinhamento angular e paralelo de dois semi-eixos de mquina rotativa,
utilizando-se um alinhador a laser.
1.2.2 Objetivos Especficos
Estudar os tipos e efeitos de desalinhamentos de mquinas rotativas;
Estudar os principais mtodos de deteco de desalinhamento em

mquinas rotativas;
11
Desenvolver uma bancada didtica na qual possa ser realizado de

maneira prtica o alinhamento de dois semi-eixos;
Validar o experimento atravs do uso do alinhador a laser e do

coletor de dados CSI 2117.
12
2 REFERENCIAL TERICO
2.1 Desalinhamento
Em termos bastante simples, o desalinhamento de eixos ocorre quando
as linhas de centro dos eixos de rotao de duas mquinas no esto em linha
um com o outro. Tal desconformidade propicia quebras mais frequentes de
mquinas, ou seja, resulta em reduo no tempo mdio entre falhas.
A seguir, sero apresentados os tipos de desalinhamentos que
ocorrem em mquinas rotativas acopladas, os efeitos resultantes na vida dos
componentes e no rendimento dos equipamentos.
2.1.1 Tipos de Desalinhamentos

Os desalinhamentos ocasionados em mquinas rotativas acopladas
podem
ser
de
dois
tipos:
desalinhamento
paralelo
ou
angular.
desalinhamento paralelo ocorre quando as linhas de centro de dois eixos so

paralelos mas no se encontram no ponto de transferncia de carga. Esse tipo
de desalinhamento ilustrado na Figura 1. J, o desalinhamento angular
ocorre quando a linha de centro de dois eixos se cruzam no ponto de
transferncia de carga, mas no so paralelos entre si, conforme ilustra a
Figura 2. Geralmente a condio real de desalinhamento que ocorre entre
mquinas rotativas, uma combinao de ambos os tipos de desalinhamentos,
o qual designado por desalinhamento misto ou combinado, o qual est
ilustrado na Figura 3 (HINES, et al, 1998).
Figura 1 Desalinhamento paralelo

Fonte: CEFETES, 2006
13
Figura 2 Desalinhamento angular

Figura 3 Desalinhamento misto

2.1.2 Efeitos do Desalinhamento

Eixos mal alinhados so responsveis por muitos problemas em
mquinas e equipamentos. O desalinhamento provoca foras de reaes nos
mancais, eixos e acoplamentos, onde essas foras so transmitidas de forma
unidirecional e so de difcil medio devido a no existirem analisadores ou
sensores
que
possam
ser
instalados
externamente
nas
mquinas.
Consequentemente o que se tem, so efeitos secundrios dessas foras, as

quais causam empenamento de eixos e rotores, podendo causar assim a
quebra (ou cracking) do eixo no mancal, ou prximo a ele, ou no cubo do
acoplamento (HINES et al, 1998; PRFTECHNIK, 2010; PACHOLOK, 2004;
PIOTROWSKY, 2010). A Figura 4 ilustra as foras de reaes nos mancais
devido ao desalinhamento.
14
Figura 4 Foras de reao nos mancais

Fonte: PACHOLOK, 2004
O resultado da alta carga aplicada nos mancais o aumento de

consumo de energia pelo componente acionador (HINES et al, 1998;
PRFTECHNIK, 2010; PACHOLOK, 2004; PIOTROWSKY, 2010).
As Figuras 5 e 6 ilustram a energia consumida pelo componente
acionador utilizando um acoplamento de elastmero.
Figura 5 Consumo de energia para acoplamento de elastmero

15
Figura 6 Consumo de energia para acoplamento de elastmero

Um elevado grau de temperatura de carcaa pode ser detectado nos

mancais ou prximo a ele. Aumento de temperatura ocorre tambm no
acoplamento (HINES et al, 1998; PRFTECHNIK, 2010; PACHOLOK, 2004;
PIOTROWSKY, 2010).
A Figura 7 mostra, por meio da termografia, o aumento de temperatura
nos mancais e no acoplamento de uma mquina (lado esquerdo da figura),
devido ao desalinhamento.
Figura 7 Termografia mostrando o aumento da temperatura devido ao desalinhamento

Fonte: PRFTECHNIK, 2010
Devido vibrao excessiva, vazamentos de leo podem ocorrer nos

retentores ou selos do mancal. Pode ocorrer afrouxamento nos parafusos de
fundao. Os parafusos de acoplamentos podem afrouxar ou quebrar e os
mancais danificar-se (HINES et al, 1998; PRFTECHNIK, 2010; PACHOLOK,
2004; PIOTROWSKY, 2010).
16
Exemplos de danos em acoplamento e em mancal esto ilustrados,

respectivamente, nas Figuras 8 e 9.
Figura 8 Acoplamento danificado por desalinhamento

Figura 9 Mancal danificado por desalinhamento

Fonte: TIMKEN, 2011
2.2 Diagnstico do Desalinhamento

Segundo a CESP (2010) nos ltimos dez anos uma grande variedade
de indstrias indicaram que 50% de todas as mquinas que sofreram paradas
possuam deficincias de alinhamento. Algumas pesquisas indicam ainda que,
mais de 90% das mquinas esto trabalhando a abaixo das tolerncias
recomendadas.
17
Para se detectar tais desalinhamentos necessrio dispor de

dispositivos que operem nas consequncias do fenmeno. A seguir sero
apresentadas
as
principais
tcnicas
utilizadas
para
deteco
de
desalinhamento em mquinas rotativas.
2.2.1 Anlise de Vibraes

A anlise de vibraes uma ferramenta que permite determinar as
deficincias existentes em mquinas acopladas atravs da identificao da
frequncia de origem dos problemas e (ou) parte dos equipamentos associada.
As mquinas so elementos mecnicos articulados e podem ser vistos
como osciladores mecnicos, j que estas possuem peas e articulaes que
sofrem excitaes provocando vibraes que se propagam pela estrutura
mecnica do sistema. Como resultado, o equipamento apresenta uma vibrao
complexa composta por vrias freqncias (MELQUESEDEQUE, 2008).
A presena de folgas, trincas, desalinhamento de rolamentos e
mancais entre outros, resulta na alterao ou aparecimento de novas
frequncias associadas aos problemas. Atravs de transdutores como os
acelermetros e sensores de deslocamento possvel medir e analisar as
vibraes estabelecendo sua origem, identificando cada componente e o tipo
de falha que a est gerando. Tambm possvel avaliar o estado mecnico do
componente que a produz e a gravidade da deficincia detectada (MARAL;
SUSIN, 2005).
2.2.2 Anlise de leo

Esta tcnica define atravs de anlises fsico-qumicas, o tempo de
vida til do fluido assim como as contaminaes presentes. Se integra
tcnica de anlise de vibrao com intuito de gerar solues mais precisas,
monitorando os desgastes nos equipamentos.
A Ferrografia Analtica (AN), um dos procedimentos utilizados nesta
tcnica. Ela identifica o tipo de desgaste, desalinhamento, corroso entre
outros. atravs de diagnsticos laboratoriais, indicando o procedimento de
manuteno a ser tomado (FRATO, 2011).
18
2.2.3 Termografia
Segundo Pacholok (2004), a termografia pode ser uma ferramenta
auxiliar a anlise de vibrao para a deteco de desalinhamento de eixos,
contudo, com limitaes para tal. Observou-se, segundo ele, no ser possvel
estabelecer uma escala confivel entre a gerao de calor no elemento flexvel
do acoplamento e a amplitude do desalinhamento.
Pacholok (2004) tambm comenta a grande limitao para uso dessa
tcnica na indstria se aplica na questo de que o acoplamento recebe mais
calor do motor eltrico do que da gerao de calor devido ao desalinhamento
dos eixos. Somente se consegue resultados satisfatrios com essa tcnica,
quando os valores do desalinhamento forem muito elevados comparados com
as recomendaes de tolerncias estipuladas para o acoplamento.
2.3 Alinhadores de Eixos

Muitos fabricantes de acoplamentos alegam que seus acoplamentos
podem absorver os esforos causados pelo desalinhamento. Isto pode ser
verdade, mas os mancais no conseguem absorver esses esforos. A energia
gerada pelo desalinhamento eventualmente destruir os mancais independente
do acoplamento que seja utilizado (ENGEFAZ, 2005). A seguir sero vistos os
principais mtodos disponveis para a correo do desalinhamento de eixos.
2.3.1 Rgua e Calibrador de Folga

um mtodo bem simples, fcil de aplicar, mas no muito confivel,
devido preciso variar muito conforme o tcnico que o est aplicando.Esse
tipo de mtodo deve ser executado em equipamentos de baixa rotao, com
acoplamentos de grandes dimetros e que exijam urgncia de manuteno.
Para obter o alinhamento correto, toma-se as leituras em quatro
posies defasadas de 90, observando sempre os mes mos traos referenciais
em ambas as metades do acoplamento. O alinhamento paralelo conseguido,
quando a rgua se mantiver nivelada com as duas metades nas quatro
posies (0, 90, 180 e 270). O alinhamento angular obtido, quando o
medidor de folga mostrar a mesma espessura nas quatro posies 0, 90,
19
180 e 270 - observando sempre, a concordncia entre os traos de referncia

(SENAI,1997). A Figura 10 ilustra o alinhamento com rgua e calibrador de
folga.
Figura 10 - Alinhamento com rgua e calibrador de folga

Fonte: SENAI, 1997
2.3.2 Relgio Comparador

O comparador um instrumento mecnico de preciso que mede a
posio relativa do eixo. Basicamente, o comparador consiste num invlucro
contendo diversos componentes mecnicos de preciso, uma face com marcas
de 0.01mm cada, um ponteiro e um mbolo de encosto ao veio. As marcas
existentes na face do comparador podem ler a partir do zero em ambas as
direes, ou ler na direo dos ponteiros do relgio a partir do zero.
O mbolo pode ser colocado tanto por baixo do indicador como atrs
deste. Quando o mbolo pressionado o ponteiro roda na direo dos
ponteiros do relgio e quando este deixa de sofrer presso o ponteiro roda no
sentido contrrio aos ponteiros do relgio (MIIT, 2010).
No alinhamento, os comparadores so utilizados para medirem a
posio da linha de eixos de um veio. Numa disposio tpica o comparador
seguro por suportes adequados ao veio da mquina a alinhar. O indicador
ento, orientado por forma a entrar em contato com o veio ou acoplamento da
outra mquina (MIIT, 2010). Este mtodo pode ser um pouco demorado,
exigindo um determinado tempo para a manuteno, contudo, com um bom
20
treinamento se consegue obter um bom resultado no alinhamento. A Figura 11

ilustra o perfil de um relgio comparador da marca Mitutoyo.
Figura 11 - Perfil de um relgio comparador

Fonte: MITUTOYO, 2011
2.3.3 Alinhamento a Laser

O alinhador a laser o melhor mtodo utilizado para alinhar eixos
acoplados, oferecendo uma grande superioridade tcnica em todos os nveis
face aos mtodos tradicionais como o de relgios comparadores. A preciso
chega a ser dez vezes maior, eliminando erros sistemticos e leituras
inconsistentes, resultando maior confiabilidade e rapidez no alinhamento
(MGS,2009).
Esse mtodo se baseia em emissor e receptor de feixe laser. O
sistema laser executa medidas da posio angular e paralela do eixo atravs
da emisso de um laser pelo transdutor (parte fixa) para o prisma (parte
mvel). Esse sistema de alinhamento consiste na utilizao de duas unidades,
sendo uma emissora e a outra receptora do feixe laser. Os sensores so
ligados a um microcomputador porttil da classe palmtop, por meio de cabos
ou por rdio freqncia, que realiza os clculos e orientaes para correo do
desalinhamento. Com isso, torna-se um mtodo verstil e prtico.
Este mtodo apresenta a limitao de uso em ambientes que possam
provocar refrao no feixe do laser, como por exemplo, prximo a uma turbina
a vapor a qual gera nuvens de condensado e sob a luz solar onde pode ocorrer
21
interferncias ou erros nas medies (PACHOLOK, 2004; OPMEC, 2010 ). A

Figura 12 ilustra um alinhador a laser durante o processo de alinhamento.
Figura 12 - Alinhador a Laser durante processo de alinhamento

Fonte: OPMEC, 2010
22
3. METODOLOGIA
Este trabalho foi embasado em conhecimentos adquiridos ao longo do
curso de Tecnologia em Manuteno Industrial, pesquisas e estudos tericos
em livros, artigos e web sites, nas dependncias da Universidade Tecnolgica
do Paran (UTFPR), Campus Pato Branco, onde tambm procedeu-se a
montagem da bancada didtica para alinhamento. Contou ainda com
resultados decorrentes de ensaios prticos que foram realizados na mesma
instituio.
3.1 Materiais
Para a montagem da bancada didtica de alinhamento, foi utilizado um
motor eltrico trifsico 220 V, 1,5 HP de 1700 RPM, dois mancais de rolamento
com o veio e uma base de ferro fundido de propriedade da Universidade
(UTFPR). Tambm, todos os procedimentos de preparao e montagem da
bancada foram realizados na instituio, utilizando-se de equipamentos como
furradeira de bancada, torno de bancada, torno mecnico, fresadora CNC e
ferramentas em geral como, chaves fixas, brocas, machos para fazer roscas,
puno, marreta, entre outros, todos disponveis no Laboratrio de Usinagem.
Outros materiais necessrios, como, chapas de ferro e parrafusos
foram adquiridos pelos acadmicos atravs de recursos prprios. A tabela 1
mostra os gastos realizados com materiais.
Tabela 1 - Despesas com a compra de material
DESCRIO
QUANTIDADE
UNIDADE
VALOR TOTAL
Barra Chata 3/8 x 2
03
kg
R$ 28,00
Parafusos
12
un
R$ 18,00
Porcas
02
un
R$ 1,60
Arruelas
04
un
R$ 1,20
TOTAL
R$ 48,80
Para os ensaios prticos, foram utilizados um alinhador a laser da

marca EASY-LASER D450 e um coletor de dados CSI 2117, ambos de
propriedade da UTFPR.
23
3.2 Alinhador a Laser EASY-LASER D450

O Easy-Laser D450 um sistema bsico de alinhamento que traz
simplicidade para o usurio. Todas as partes inclusas no sistema so
desenvolvidas para uso severo e de fcil montagem nas mquinas. Mesmo
tendo uma tecnologia interna bastante avanada, o principio de medio
direto e baseado no mtodo reverso com dois laser/unidade de medio
montados em cada lado do acoplamento, tendo uma resoluo de medio de
0,001mm (EASY-LASER,2009). O sistema D450 inclui dois programas de
medio, sendo:
Horizontal Para alinhamento de mquinas horizontais pelo mtodo

9-12-3;
Manco
Para
verificar
se
mquina
est
apoiada
uniformemente sobre seus ps, mostrando quais ps devem ser

corrigidos; e possui trs sub-funes:
Compensao da Dilatao Trmica Compensa a diferena de

temperatura entre as mquinas;
Verificao da Tolerncia Verifica os valores Paralelo e Angular

em relao tolerncia selecionada, mostrando graficamente
quando o alinhamento est dentro da tolerncia;
Filtro do Valor da Medio Filtro eletrnico avanado para um
resultado mais preciso da medio realizada em locais severos
como turbulncia de ar e vibrao (EASY-LASER,2009). A figura 13
ilustra o alinhador a laser EASY-LASER D450.
Figura 13 - Alinhador a Laser EASY-LASER D450

Fonte: OS AUTORES
24
As especificaes tcnicas e os componentes do alinhador EASYLASER D450 se encontram nos anexos I e II.
3.2.1 Mtodo Prtico de Utilizao do Alinhador a Laser EASY-LASER

D450
Primeiramente necessrio a fixao das Unidades de Medio (S,M)
sobre o eixo do conjunto. Para isso, deve-se inserir as hastes de ao inoxidvel
nos suportes em V. Os suportes em V sero fixados com correntes um em
cada lado do acoplamento do conjunto acionador/acionado. Aps sero
inseridos nas hastes de ao inoxidvel as Unidades de Medio (S,M),
tomando-se o cuidado de deixar a unidade M posicionada no lado do acionador
e a unidade S no lado do acionado. Um cabo devem interligar ambas as
Unidades de Medio (S,M) e outro cabo deve interligar a unidade M Unidade
de Display. A figura 14 ilustra como deve ficar instalado o alinhador a laser.
Figura 14 - Instalao do Alinhador a Laser

Fonte: OS AUTORES
Aps a instalao do alinhador a laser, deve-se proceder da seguinte

forma:
Passo 1: Ligar a unidade de display onde aparecer as opes

11 Horizontal e 13 Softfoot (p manco). A figura 15 ilustra o
menu ao ser ligado. Deve-se selecionar a opo desejada e
pressionar Enter.
25
Figura 15 - Opes de Menu do Alinhador

Fonte: OS AUTORES
Passo 2: Inserir os valores das distncias como solicitadas no

display do alinhador (valores em mm). As figuras 16, 17, 18 e
19 ilustram a sequncia de medidas que devem ser coletadas.
Figura 16 - Distncia entre as Unidades de Medio S-M

Fonte: OS AUTORES
Figura 17 - Distncia entre o meio do acoplamento at a Unidade de Medio S

Fonte: OS AUTORES
26
Figura 18 - Distncia do primeiro "p" do acionador at a Unidade de Medio "S"

Fonte: OS AUTORES
Figura 19 - Distncia do segundo "p" do acionador at a Unidade de Medio "S"

Fonte: OS AUTORES
Um aspecto importante que aps cada incremento de valor deve-se

pressionar Enter para confirmar.
Passo 3: Caso tenha-se escolhido a opo 13 Softfoot (p

manco), aparecer na tela a imagem ilustrada na figura 20, que
define a posio na qual dever ficar as Unidades de Medio
S-M para est situao.
27
Figura 20 - "12 horas" Posio na qual dever ficar as Unidades de Medio "S-M" para
a opo Softfoot
Fonte: OS AUTORES
Ao posicionar as Unidades de Medio na posio 12 horas, deve-se

pressionar a tecla Enter. Nesse instante aparecer no display a imagem
ilustrada na figura 21, a qual informa quais os ps do acionador que no
esto apoiados uniformemente sobre a base. Aps a medida definida para
cada p, pressiona-se a tecla Enter para confirmar.
Figura 21 - Imagem ilustrando os valores medidos para cada "p" do acionador

Fonte: OS AUTORES
Passo 4: Terminada a verificao de softfoot, pressiona-se

Enter. Nesse momento aparecer no display a opo 11
Horizontal. Para fazer o alinhamento, no ser necessrio reinserir os valores medidos devido a todos os parmetros j
estarem inseridos. Pressionando-se Enter, aparecer no
display as imagens de 9-12-3 horas conforme ilustra a figura 22.
Deve-se girar o eixo com as unidades de medio nas posies
28
indicadas, pressionado o boto Enter em cada uma para

registrar os dados da leitura.
Figura 22 - Posio nas quais deve-se girar o eixo com as Unidades de Medio "S-M"
Fonte: OS AUTORES
Passo 5: Concludo o registro das leituras, aparecer no display

a imagem do acionador na posio vertical e horizontal. A figura
23 ilustra essa condio. Nesse instante deve-se pressionar a
tecla 4 do mdulo de display, o qual habilita a opo de
tolerncia. A tabela 1 mostra os valores de tolerncias
definidas para cada faixa de rotao do acionador. Nessa opo
deve-se selecionar a faixa de rotao na qual trabalha o
conjunto acionador/acionado. A figura 24 ilustra a tela de
tolerncia mostrada no mdulo display.
Figura 23 - Ilustrao do acionador na posio vertical e horizontal

Fonte: OS AUTORES
29
Tabela 2 - Tolerncias fixadas do alinhador a laser

SPEED
(RPM)
0 1000
1000 2000
2000 3000
3000 4000
4000 -
0,09
0,07
0,05
0,03
0,01
0,09
0,07
0,05
0,03
0,01
Offset
(mm)
Angle
(mm/100)
Fonte: Manual de Instrues EASY-LASER
Figura 24 - Ilustrao da tela de tolerncia

Fonte: OS AUTORES
Passo 6: Depois de selecionada a tolerncia, volta-se tela de

posio vertical e horizontal para proceder o alinhamento. Para
mudar a seleo de alinhamento horizontal para vertical ou viceversa, deve-se pressionar a tecla 5 do mdulo de display do
alinhador. Ao se proceder o alinhamento na horizontal, as
unidades de medio S-M deve ficar posicionadas em 3 horas.
J no procedimento vertical, deve-se posicionar as unidades de
medio na posio 12 horas. No instante em que as medidas
ficarem dentro da tolerncia do alinhador, o smbolo de
acoplamento respectivo fica preenchido, como ilustra a figura 25.
30
Figura 25 - Smbolos do acoplamento preenchido indicando que os valores de

alinhamento esto dentro das tolerncias pr-definidas
Fonte: OS AUTORES
3.3 Coletor de Dados CSI 2117

O Coletor de Dados CSI 2117 possui as seguintes caractersticas:
Velocidade em tempo real de 800 Hz;
Capacidade de alarme em campo;
Demodulador incorporado;
Bateria com capacidade para 12 Horas;
At 3.200 linhas de resoluo;
Verso especial para uso em reas classificadas;

Interface com ferramentas avanadas de software CSI.
O CSI 2117 permite uma coleta de dados rpida com resoluo
espectral de at 3.200 linhas. Essa resoluo permite separar componentes

espectrais muito prximas, como, por exemplo, a freqncia da rede eltrica,
da velocidade de rotao de um motor de dois plos, ou as bandas laterais de
um espectro de caixa de engrenagens.
Uma bateria com capacidade de 10 horas de uso constante permite
estender a coleta de dados sem necessidade de recarga, eliminando a
preocupao com eventual falha no meio da rota.
Um programa opcional transforma o CSI 2117 em um instrumento para
balanceamento de campo com avanadas caractersticas de automao.
O coletor de dados modelo CSI 2117 tem 1.5 MB de memria e uma
taxa em tempo real de 800 Hz. Para facilitar a anlise durante a coleta de
31
dados possui capacidade de alarme no campo em 12 faixas de freqncias,

com nveis de alarme por nvel global de vibrao (ALBA et al, 2004).
A figura 26 ilustra o coletor de dados CSI 2117.
Figura 26 - Coletor de dados CSI2117
Fonte: OS AUTORES
3.3.1 O Software Starter Trend
Conforme extrado de Alba et al (2004),o Starter Trend um software
utilizado para a analise de vibrao e composto por 4 nveis principais na
hierarquia do banco de dados:
Stations: o nvel mais alto da organizao dentro de um banco de
dados do Starter Trend. Cada Stations contm uma coleo de mquinas que
so logicamente agrupadas baseado em semelhanas fsicas ou funcionais.
Machines: so os prximos nveis da organizao do banco de
dados. Uma mquina usualmente consiste de uma unidade de trabalho: a
unidade monitorada e os componentes associados, como por exemplo, um
motor que monitora uma bomba atravs de um redutor.
Measurement points: so locais ou pontos da mquina onde o sensor
colocado para efetuar uma medida. Todos os pontos de medio de uma
mquina so agrupados abaixo da mquina.
Analysis Parameter Sets: um ajuste para anlise de parmetros
(Analysis Parameter Set) inclui um grupo de 06 ou mais parmetros de anlise
individual que dividem o espectro de freqncias em bandas que so
individualmente medidas e analisadas. Cada banda de freqncia designada
32
a conter um segmento do espectro onde freqncias especficas do

equipamento ocorrem, tais como 1 x RPM de trabalho, harmnicas da rotao
de trabalho, freqncias dos rolamentos e etc.
Um ajuste para anlise de parmetros (Analysis Parameter Set)
informa como os dados so coletados. Este ajuste independente da
hierarquia do banco de dados e podem ser atribudo para vrios pontos de
medio ou mquinas usando um dos seguintes mtodos:
Ajustes atribudos pelo usurio (user-defined Analysis Parameter
Sets);
Atribudo de 05 ajustes padro que esto includos no Starter
Trend,contendo a seguinte configurao: 1 - Sleeve bearing (orders 10 X
RPM); 2 - Sleeve bearing (orders 15 X RPM); 3 Roller bearing (orders 50 X
RPM); 4 Roller bearing (orders 70 X RPM); 5 Gears (orders 120 X RPM).
33
4 BANCADA DE ALINHAMENTO DE EIXOS

4.1 Descrio
Para a elaborao da bancada didtica de alinhamento, utilizou-se uma
bancada existente no laboratrio de mquinas trmicas montada por Nicolini Jr
et al. (2003), a qual possua uma base plana de ferro fundido de dimenses
680X410X85mm tendo fixado em sua superfcie dois mancais de rolamento e
um motor trifsico 1700 RPM, 220V de 1,5 HP.
Para se realizar deslocamento horizontal com mais agilidade e
facilidade, necessitou-se inserir entre a superfcie da base e o motor, uma base
mvel. Esta base mvel foi constituda de duas barras chatas de ferro com
dimenses 3/8 x 2 e 290 mm de comprimento cada. Nelas foram inseridos dois
furos passantes para a fixao na superfcie da base da bancada e outros dois
furos com rosca , para fixao do motor sobre a prpria base mvel. Para que
se obtivesse alinhamento vertical entre o motor e os mancais, necessitou-se
alocar sobre os ps dos mancais de rolamentos peas de mesma espessura da
base mvel. No anexo III, encontra-se o layout das peas citadas com suas
respectivas medidas.
A produo dessas peas foi realizada no Laboratrio de Usinagem
CNC, mais especificamente do Centro de Usinagem Vertical VEKER CVK-800.
O programa utilizado para a usinagem encontra-se no anexo IV.
Depois de concretizada a produo das peas, procedeu-se a furao
da base e consequentemente a execuo das roscas. A figura 27 ilustra o
processo de furao da base.
Figura 27 - Processo de furao da base

Fonte: OS AUTORES
34
Para movimentar as bases mveis utilizaram-se dois parafusos, os

quais estavam presos em um suporte fixo. Para travar os parafusos, inseriu-se
um corte em cada um dos suportes com o auxilio de um poli-corte e realizou-se
com o auxilio de um torno mecnico uma cavidade prximo a cabea de cada
parafuso. Cada parafuso foi encaixado no corte do seu respectivo suporte
ficando travado. A outra extremidade de cada parafuso foi rosqueado em uma
porca fixada sobre ambas as bases mveis.
As bases mveis foram fixadas utilizando-se quatro parafusos de
cabea redonda e o motor foi fixado sobre as bases mveis utilizando-se
parafusos sextavados. Tambm, os mancais de rolamentos ficaram fixados
sobre os calos de mesma espessura das bases mveis. A figura 28 ilustra a
bancada aps a montagem.
Figura 28 - Perfil da bancada aps a montagem

Fonte: OS AUTORES
Para se proceder as prticas de alinhamento, deve-se instalar o

alinhador a laser como descrito no captulo anterior, soltar os parafusos de
fixao das bases mveis caso seja necessrio e com a ajuda de uma chave
fixa ou estrela proceder o alinhamento. A figura 29 ilustra como simular
desalinhamentos ou alinhar a bancada utilizar a bancada didtica.
Figura 29 - Ilustrao de como simular desalinhamentos ou alinhar a bancada

Fonte: OS AUTORES
35
4.2 Exemplo de Aplicao

A seguir segue uma aplicao feita aps ser montado o dispositivo de
regulagem horizontal do alinhamento na bancada didtica. Os dados foram
coletados nos pontos 1, 2 e 3, nas posies horizontal, vertical e axial conforme
apresentado na Figura 30. Considerando a simetria de carregamento e por se
tratar de um equipamento didtico as anlises ficaram restritas ao ponto 3, lado
mvel e ajustvel nas operaes de alinhamento da bancada.
Figura 30 - Identificao dos pontos de coleta de dados

Fonte: OS AUTORES
As quatro condies criadas para anlise foram: alinhado (A),

desalinhamento paralelo puro (DP), desalinhamento angular puro (DA) e
desalinhamento combinado (DC). A tabela 3 mostra os valores definidos para a
anlise das condies criadas. Essas condies foram determinadas com
auxlio do alinhador a laser e baseadas nos valores da tabela 4.
36
Tabela 3 - Valores definidos para a anlise das condies criadas

CONDIO
A (Alinhado)
DP (Desalinhamento paralelo puro)
DA (Desalinhamento angular puro)
DC (Desalinhamento combinado)
PARALELO
ANGULAR
ALINHADO
ALINHADO
(Valor abaixo da tolerncia)
DESALINHADO DE
ALINHADO
0,1 a 0,15 mm
ALINHADO
DESALINHADO DE
0,08 a 0,1/100mm
DESALINHADO DE
DESALINHADO DE
0,1 a 0,15 mm
0,08 a 0,1/100mm
OBS: O valor da tolerncia definido nesta tabela de 0,07 mm devido a rotao do acionador ser
1700 RPM (baseado na tabela 2)
Tabela 4 - Tolerncias para alinhamento de eixos

PARALELO
EXCELENTE
ACEITVEL
(RPM)
(mm)
(mm)
0000 - 1000
0,07
0,013
1000 - 2000
0,05
0,10
2000 - 3000
0,03
0,07
3000 - 4000
0,02
0,04
4000 - 5000
0,01
0,03
5000 - 6000
< 0,01
<0,03
ANGULAR
EXCELENTE
ACEITVEL
(RPM)
(mm/100)
(mm/100)
0000 - 1000
0,06
0,10
1000 - 2000
0,05
0,08
2000 - 3000
0,04
0,07
3000 - 4000
0,03
0,06
4000 - 5000
0,02
0,05
5000 - 6000
0,01
0,04
Fonte: Manual de Instrues do alinhador a laser EASY-LASER D450
Cabe salientar que a bancada muito rgida, o que justifica os baixos

nveis de vibrao global de forma geral. Por esse motivo as avaliaes a
seguir do pouca nfase questo da severidade e por conseguinte no foi
feita comparao dos nveis globais com a ISO 10816.
37
Observa-se na Figura 31 a condio A, que serviu como referncia. Os

valores em 1xRPM e 2XRPM esto na ordem de 0,2 mm/s. Em 3XRPM e
4XRPM tem-se respectivamente 0,4 mm/s e 0,35 mm/s.
h2 - bancada de alinhamento
BALLIN -P3H motor 3 horizontal
Route Spectrum
14-JUN-11 11:43:58
89.47
119.73
0.5
0.4
OVRALL= .7155 V-DG

RMS = .7023
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
29.84
59.60
RMS Velocity in mm/Sec
0.6
0.3
0.2
0.1
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 31 - Ponto 3 horizontal alinhado (DP < 0,035 mm e DA < 0,035/100 mm)
Fonte: OS AUTORES
Com o conjunto na condio DP, apresentado na Figura 32, percebese
claramente
que
valor
de
vibrao
em
2XRPM
cresce
para
aproximadamente 2,2 mm/s, confirmando o que diz a literatura sobre a

predominncia de vibrao radial no dobro da freqncia do rotor. As
Route Spectrum
14-JUN-11 12:08:41
59.65
3.0
2.7
2.4
OVRALL= 2.56 V-DG

RMS = 2.56
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
2.1
1.8
0.9
148.83
178.92
1.2
89.45
1.5
29.80
alteraes nas outras freqncias podem ser consideradas desprezveis.
0.6
0.3
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 32 - Ponto 3 horizontal desalinhado DP/alinhado DA (DP = 0,1 0,15mm / DA <

0,035/100 mm)
Fonte: OS AUTORES
Conforme esperado observa-se na Figura 33 que os valores em

1XRPM, 2XRPM, 3XRPM e 4XRPM voltam ao normal na condio DA, pois o
desalinhamento angular no influencia na direo radial.
38
89.48
119.71
Route Spectrum
14-JUN-11 12:46:20
0.5
0.4
0.3
OVRALL= .6637 V-DG

RMS = .6595
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
239.12
29.82
59.62
0.6
0.2
0.1
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 33 - Ponto 3 horizontal alinhado DP/desalinhado DA (DP<0,035mm / DA=0,08 0,1/100mm)

Fonte: OS AUTORES
Na condio DC (Figura 34) a vibrao em 2XRPM volta a subir, na

ordem de 2,7 mm/s. Embora em menor grau a vibrao em 1XRPM tambm
sobe, para prximo de 1 mm/s. A predominncia em 2XRPM novamente bem
definida.
59.63
3.0
Route Spectrum
14-JUN-11 12:59:27
OVRALL= 3.14 V-DG
RMS = 3.13
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
2.5
2.0
29.83
1.5
89.42
119.79
147.86
3.5
1.0
0.5
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 34 - Ponto 3 horizontal desalinhado DC (DP = 0,1 - 0,5mm / DA = 0,08 - 0,1/100mm)

Fonte: OS AUTORES
39
As Figuras 35, 36, 37 e 38 apresentam a mesma anlise para as quatro

condies, porm para a posio vertical. Observa-se na Figura 35 a condio
A, que serviu como referncia. Em 1xRPM tem-se 0,15 mm/s, em 2XRPM e
3XRPM esto na ordem de 0,3 mm/s. Em 4XRPM tem-se aproximadamente
0,2 mm/s. Nas Figuras 36 e 38 as condies DP e DC elevam a vibrao radial
para a faixa de 1 mm/s, confirmando mais uma vez a predominncia em
2XRPM.
BALLIN -P3V motor 3 vertical
59.62
89.48
Route Spectrum
14-JUN-11 11:44:24
OVRALL= .5994 V-DG
RMS = .5920
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
119.42
0.4
0.3
0.2
238.74
29.80
0.5
0.1
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 35 - Ponto 3 vertical alinhado (DP < 0,035 mm e DA < 0,035/100 mm)
Fonte: OS AUTORES
Route Spectrum
14-JUN-11 12:09:07
59.59
1.2
OVRALL= 1.29 V-DG

RMS = 1.29
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
0.8
0.6
148.95
0.4
208.64
89.42
1.0
29.83
1.4
0.2
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 36 - Ponto 3 vertical desalinhado DP/alinhado DA (DP=0,10,15mm /DA < 0,035/100

mm)
Fonte: OS AUTORES
40
A Figura 37, na condio DA os nveis voltam ao normal, com exceo

da vibrao em 4XRPM, que apresenta 0,5 mm/s contra os 0,2 mm/s
apresentados na medida de referencia. Torna-se importante comentar que em
4XRPM (119,46 Hz), a vibrao devida em parte parte eltrica do motor
(120 Hz), o que pode explicar em parte essa variao. Isso pode
eventualmente influenciar tambm as medies em 2XRPM (59,63 Hz)
sugerindo-se que para fins didticos utilize-se inversor de frequncia para que
esta coincidncia no ocorra nas prticas.
119.46
Route Spectrum
14-JUN-11 12:46:48
59.63
89.48
0.6
0.5
0.4
OVRALL= .9228 V-DG

RMS = .9173
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
29.81
0.3
148.39
0.7
0.2
0.1
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 37 - Ponto 3 vertical alinhado DP/desalinhado DA (DP<0,035mm / DA=0,08 0,1/100mm)

Fonte: OS AUTORES
Route Spectrum
14-JUN-11 12:59:46
59.64
1.2
OVRALL= 1.37 V-DG

RMS = 1.37
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
1.0
0.8
89.45
0.6
119.73
0.4
0.2
208.80
29.81
1.4
0
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Frequency in Hz
Figura 38 - Ponto 3 vertical desalinhado DC (DP = 0,1 - 0,5 / DA = 0,08 - 0,1/100mm)

Fonte: OS AUTORES
41
As Figuras 39, 40, 41 e 42 apresentam novamente a anlise para as

quatro condies, porm para a posio axial. Observa-se na Figura 39 a
condio A, que serviu como referncia. A vibrao em 1xRPM e 2XRPM
desprezvel. Em 3XRPM, 4XRPM e 5XRPM tem-se respectivamente 0,2 mm/s,
0,17 mm/s e 0,27 mm/s.
BALLIN -P3a motor 3 axial
Route Spectrum
14-JUN-11 11:45:19
148.77
0.35
0.30
OVRALL= .4282 V-DG

RMS = .4261
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
89.47
119.42
0.25
0.20
0.15
0.10
536.79
208.38
0.40
0.05
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 39 - Ponto 3 axial alinhado (DP < 0,035 mm e DA < 0,035/100 mm)
Fonte: OS AUTORES
Observa-se na Figura 40 que a condio DP influenciou a assinatura

espectral do ponto 3 axial em 2XRPM. Esse efeito no era esperado e pode
tambm ser devida a influencia de fatores eltricos do motor relacionados com
a frequncia da linha (60 Hz). No entanto ao analisar ao nvel global percebese que o efeito pequeno, pois na condio A o nvel global de 0,43 mm/s e
na condio DP passou para 0,48 mm/s.
89.44
Route Spectrum
14-JUN-11 12:09:27
0.4
OVRALL= .4823 V-DG

RMS = .4761
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
59.65
0.3
0.2
0.1
566.66
178.77
208.87
0.5
0
0
100
200
300
400
500
Frequency in Hz
600
700
800
Figura 40 - Ponto 3 axial desalinhado DP/alinhado DA (DP=0,10,15mm /DA < 0,035/100

mm)
Fonte: OS AUTORES
42
A Figura 41, na condio DA, apresenta um aumento da vibrao axial

em 1XRPM, para 0,7 mm/s, confirmando parcialmente o que se encontra na
literatura, nesse caso que o desalinhamento angular provoca foras dinmicas
nos mancais na direo axial, onde esse aumento era esperado em 1XRPM.
Route Spectrum
14-JUN-11 12:47:09
119.10
0.8
OVRALL= .7781 V-DG

RMS = .7754
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
208.85
0.2
388.76
0.4
566.33
0.6
89.49
1.0
0
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Frequency in Hz
Figura 41 - Ponto 3 axial alinhado DP/desalinhado DA (DP<0,035mm / DA=0,08 0,1/100mm)

Fonte: OS AUTORES
A condio DC apresentada na Figura 42 mostra um efeito no

esperado. A vibrao em 1XRPM ainda desprezvel, quando comparada com
a situao A. Isso pode ter sido influenciado devido a sensibilidade do sensor
ou pode indicar que o desalinhamento angular provocado no foi suficiente
para sensibilizar o conjunto, que bom ressaltar, bastante rgido. Nesse caso
pode-se recorrer anlise do nvel global, que aumentou de 0,43 mm/s para
0,62 mm/s.
59.62
0.5
Route Spectrum
14-JUN-11 13:00:07
OVRALL= .6156 V-DG
RMS = .6110
LOAD = 100.0
RPM = 1700.
RPS = 28.33
0.2
208.76
0.3
120.01
147.85
0.4
89.45
0.6
0.1
0
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Frequency in Hz
Figura 42 - Ponto 3 axial desalinhado DC (DP = 0,1 - 0,5 / DA = 0,08 - 0,1/100mm)

Fonte: OS AUTORES
43
As Figuras 43, 44 e 45 reforam as anlises feitas para o ponto 3, tanto

nas medidas radias como axial. A vantagem poder se visualizar a variao
relativa entre as condies, pois o multiespectro deixa todas as assinaturas
espectrais na mesma escala.
2.4
1.8
Max Amp
2.69
1.2
0.6
0
12:59:27
DA
12:46:20
DP
12:08:41
400
800
Frequency in Hz
1200
11:43:58
1600
DC
Figura 43 - Multiespectro das medidas horizontais no ponto 3

Fonte: OS AUTORES
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0
Max Amp
1.01
12:59:46
12:46:48
12:09:07
400
800
Frequency in Hz
1200
11:44:24
1600
DC
DA
DP
Figura 44 - Multiespectro das medidas verticais no ponto 3

Fonte: OS AUTORES
44
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
13:00:07
Max Amp
.69
12:47:09
12:09:27
400
800
Frequency in Hz
1200
11:45:19
1600
DC
DA
DP
Figura 45 - Multiespectros das medidas axiais no ponto 3

Fonte: OS AUTORES
4.3 Consideraes Finais

A concluso geral das anlises confirma o que se encontra na literatura
tcnica sobre as formas ou modos de desalinhamento. A bancada muito rgida
pode dificultar um pouco a execuo de prticas da bancada, j que a carga
acionada aproximadamente igual a zero. Logo sugere-se que a bancada seja
modificada de forma a ficar mais flexvel, ficando mais sensvel aos
desalinhamentos simulados em atividades didticas, de pesquisa ou iniciao
cientfica.
45
5 CONCLUSES
Ao trmino deste trabalho, analisando os resultados obtidos na
bancada de alinhamento no quesito de uso prtico do alinhador a laser e nos
resultados da anlise de vibrao, constatou-se a necessidade de se realizar
algumas modificaes na bancada.
Com o uso do alinhador a laser, obteve-se um bom resultado no
processo de alinhamento e desalinhamento, onde pode-se verificar a facilidade
de anlise e a praticidade que o alinhador a laser proporciona em relao aos
demais mtodos de alinhamento.
No processo de anlise de vibraes verificou-se a necessidade de se
flexibilizar um pouco a bancada, deixando-a mais sensvel ao desalinhamento
para um melhor resultado na execuo das prticas. Contudo, os resultados
obtidos ainda confirmam os dados obtidos no meio acadmico.
Tambm, sugere-se que seja utilizado para acionamento do motor, um
inversor de freqncia, com intuito de verificar a influncia da rede eltrica na
anlise de vibrao.
Este trabalho proporcionou aprofundamento no conhecimento dos
processos de alinhamento e analise de vibraes. Alm disso estima-se que
este trabalho propicie aos acadmicos de manuteno industrial as condies
laboratoriais necessrias e suficientes para se ter um maior aprendizado.
46
REFERNCIAS
ALBA et al. Monitoramento da Condio dos Exaustores da Estao de
Tratamento de Odores do Frigorfico Aurora Unidade de Quilombo SC.
2004. Monografia Universidade Tecnolgica Federal do Paran.
Alinhamento a Laser. Disponvel em <http://pruftechnik.com/>. Acesso em
fevereiro de 2011.
Alinhamento. Disponvel em <ftp://ftp.cefetes.br/Cursos>. Acesso em abril de
2011.
Alinhamento a Laser. Disponvel em <http://www.opmec.com.br/>. Acesso em
abril de 2011.
Anlise de leo. Disponvel em < http://www.frato.com.br/interna_nova.php>.
Acesso em abril de 2011.
CABRAL et al., Efeitos do Desalinhamento em Transmisso de Potncia
Motor-Bomba. 2005. Disponvel em <http://www.dem.feis.unesp.br/>. Acesso
em maro de 2011.
Catlogo Tinkem 2011. Disponvel em < http://www.timken.com/>. Acesso em
abril de 2011.
CESP Companhia de Energia de So Paulo. Instrues de
Manuteno.Disponvel em < http://intranet.cesp.com.br/>. Acesso em abril de
2011.
Desalinhamento. Disponvel em <http://www.biblioteca.pucpr.br/>. Acesso em
maro de 2011.
EASY-LASER.
Alinhador
a
Laser
D450.
<http://www.easylaser.com/>. Acesso em junho de 2011.
Disponvel
em
ENGEFAZ. Alinhamento. Disponvel em < http://www.engefaz.com.br >. Acesso

em abril de 2011.
HINES et al., Desalinhamento de Eixos Reduz a Vida dos Rolamentos.
1998.Artigo. Disponvel em <http://www.mt-online.com>. Acesso em fevereiro
de 2010.
MARAL, R.F.M; SUSIN, A. A.Detectando Falhas Incipientes em Mquinas
Rotativas. 2005. Disponvel em <http://www.pg.cefetpr.br/ppgep/revista/>.
Acesso em abril de 2011.
MELQUESEDEQUE, M. AC. Identificao de Falhas em Sistemas Rotativos
Empregando Tcnicas No-lineares. 2008. Dissertao (Mestrado em
Engenharia Mecnica) - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponvel em
<http://www.ebah.com.br/>. Acesso em maio de 2011.
47
MGS Tecnologia. Servio de Alinhamento a Laser. Disponvel em

<http://www.mgstecnologia.com.br/alinhamento.html>. Acesso em abril de
2011.
MIIT Servios de Engenharia. Alinhamentos de Acoplamentos. 2010.
Disponvel em <http://83.240.136.253/Miit/Portals/0/Inspecao/Artigos/ >. Acesso
em abril de 2011.
MITUTOYO.
Instrumentos
de
medio
Manual.
http://www.mitutoyo.com.br/. Acesso em maio de 2011.
Disponvel
em
NICOLINI JR et al. Bancada Para Ensaios e Deteco de Defeitos

Localizados em Rolamentos. 2003. Monografia Centro Federal de
Educao Tecnolgica do Paran.
PACHOLOK, M. Uso da Trmografia Para Avaliao do Desalinhamento de
Eixos de Mquinas Rotativas: Uma ferramenta Auxiliar Anlise de
Vibraes. 2004. Dissertao de Mestrado Pontifcia Universidade Catlica
do Paran. Disponvel em < http://www.biblioteca.pucpr.br/>. Acesso em janeiro
de 2011.
PIOTROWSKY, J. A Importncia de Alinhamento Entre Eixos. 2010.
Disponvel em <http://www.tecem.com.br/>. Acesso em abril de 2011.
SENAI. Alinhamento de Mquinas Rotativas.
1997. Esprito Santo.
Disponvel em < http://icando.com.br/livros/apostilas/> Acesso em abril de 2011
48
ANEXOS
49
ANEXO I: ESPECIFICAES TCNICAS DO ALINHADOR A LASER
ESPECIFICAES TCNICAS SISTEMA D450 EASY-LASER

SISTEMA
Programas
Distncia de medio
Temperatura de operao
Umidade relativa do ar
Erro mximo exibido
Peso do sistema
Dimenses
Alinhamento de mquinas Horizontal, P Manco

At 10 m
00-50 C
10-95%
+ 1% +1 dgito
5 kg
WHD: 420320110 mm
UNIDADE DE DISPLAY
Tipo de Display
Resoluo exibida
Bateria
Durao
Conexo
Matriz LCD 73x73 mm

Ajustvel: 0.1, 0.01, 0.001 mm.
4 1,5 V R14 (C)
24 horas
RS232 para impressora e comunicao com o PC
1000 Medies de Alinhamento
Memria
Teclado
Configuraes
Invlucro
Dimenses
Peso
Material do invlucro
Tipo de laser
Comprimento de onda do laser
Classe de segurana laser
Laser de potncia de sada
Resoluo
Tipo de detectores
Nvel
Proteo
Dimenses
Peso
Suporte
Material
Dimetro do eixo
Material
Comprimento
Tipo
Comprimento
Membrana alfanumrica multifuno

Filtro do valor, Contraste e unidade (mil/mil/mm) etc.
Alumnio anodizado/plstico ABS
WxHxD: 180 180 45 mm
1250 g
UNIDADES DE MEDIO (S, M)
Alumnio anodizado
Diodo laser
635-670 nm, luz vermelha visvel
Classe 2
<1 mW
0,001 mm
10 x 10mm
Resoluo 0,5
Sem influncia da luz ambiente
WxHxD: 60x60x50mm
198 g
ACESSRIOS PARA EIXOS
Suporte V para corrente, largura 18 mm
Alumnio anodizado
20-450 mm com corrente padro
HASTES
Ao inoxidvel
60 e 240 mm
CABOS
Com conectores de engate rpido
2m
50
ANEXO II: COMPONENTES DO ALINHADOR A LASER EASY-LASER D450
A Unidade de Display
B Unidades de Medio S-M
C Hastes de Ao Inoxidvel
D Suportes Universal em V
E Correntes de Fixao dos Suportes em V
F Cabos de Conexo
G Fita Mtrica
51
ANEXO III: LAYOUT DE PEAS DA BANCADA DE ALINHAMENTO
52
ANEXO IV: PROGRAMA UTILIZADO PARA USINAGEM DAS PEAS
Rotinas utilizadas para das peas solicitadas para Trabalho de Diplomao

Mquina Utilizada: Centro de Usinagem Vertical VEKER CVK-800
Comando: Semens 802D-SL
Operador: Rafael Fratta
Programa para usinagem dos oblongos da pea maior:

TD1.MPF
G642
SOFT
FFWOF
G40 G90 G17 G71 GO
T01
M6
S900 M3
G1 F100
G0 Z10
MCALL CYCLE83( 2.00000,0.00000, 2.00000, -14.00000, 0.00000, -4.0000, 4.00000, 1.00000, 0.00000, 1.00000,1)
X-96.9 Y0
X97
MCALL
T3
M6
S3500 M3
G0 Y0 X97
G1 Z0
OBLONGO P=13
G0 Z10
Y0 X97
G1 Z0
OBLONGO P=13
G0 Z200
M30
OBLONGO.SPF
G91
G1 Z-1
X-8
X16
X-8
G90
M17
Furao Para Rosca M6 pea maior.

TD02.MPF
G642
SOFT
FFWOF
G40 G90 G17 G0
T1
M6
S1500 M3
G1 F100
G0 Z10
53
MCALL CYCLE83(2.00000,0.00000, 2.00000, -14.00000, 0.00000, -4.00000, ,4.00000, 1.00000, 0.00000, 1.00000,1)
X61 Y0
X61
MCALL
G0 Z200
M30
Furao das peas menores.

TD03. MPF
F54 G90 G71 G17 G40 G0
T1
M6
S1200 M3
Z5
X0 Y0
G1 F50
CYCLE83 (2.00000, 0.00000, 2.00000, -15.00000, 0.00000,-4.00000, ,4.00000, 1.00000, 0.00000, 1.00000,0)
G0 Z200
T3
M6
S8000 M3
G0 Z5
X0 Y0
G1
CYCLE83 (2.00000,0.00000,2.00000,-15.00000, 0.00000, -4.00000, ,400000, 1.00000, 0.00000, 1.00000,0)
G0 Z200
M 30
54

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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN

CAMPUS PATO BRANCO

ALEX ANTONIO SZYMON

BANCADA DIDTICA DE ALINHAMENTO DE MQUINAS

ALEX ANTONIO SZYMON

BANCADA DIDTICA DE ALINHAMENTO DE MQUINAS

Monografia apresentada como requisito parcial

ALEX ANTONIO SZYMON

BANCADA DIDTICA DE ALINHAMENTO DE MQUINAS

Monografia aprovada como requisito parcial para obteno do Ttulo de

Pato Branco, 22 de Junho de 2011.

Dedicamos este trabalho, em

A Deus, pelo dom da vida.

Uma pessoa inteligente resolve um problema,

Figura 38 - Ponto 3 vertical desalinhado DC (DP = 0,1 - 0,5 / DA = 0,08 - 0,1/100mm)

Palavras chave: bancada didtica, mquinas rotativas, alinhador a laser,

1.2.2 Objetivos Especficos

Estudar os tipos e efeitos de desalinhamentos de mquinas rotativas;

Estudar os principais mtodos de deteco de desalinhamento em

Desenvolver uma bancada didtica na qual possa ser realizado de

Validar o experimento atravs do uso do alinhador a laser e do

2.1.1 Tipos de Desalinhamentos

desalinhamento paralelo ocorre quando as linhas de centro de dois eixos so

Figura 1 Desalinhamento paralelo

Figura 2 Desalinhamento angular

Figura 3 Desalinhamento misto

2.1.2 Efeitos do Desalinhamento

Consequentemente o que se tem, so efeitos secundrios dessas foras, as

Figura 4 Foras de reao nos mancais

O resultado da alta carga aplicada nos mancais o aumento de

Figura 5 Consumo de energia para acoplamento de elastmero

Figura 6 Consumo de energia para acoplamento de elastmero

Um elevado grau de temperatura de carcaa pode ser detectado nos

Figura 7 Termografia mostrando o aumento da temperatura devido ao desalinhamento

Devido vibrao excessiva, vazamentos de leo podem ocorrer nos

Exemplos de danos em acoplamento e em mancal esto ilustrados,

Figura 8 Acoplamento danificado por desalinhamento

Figura 9 Mancal danificado por desalinhamento

2.2 Diagnstico do Desalinhamento

Para se detectar tais desalinhamentos necessrio dispor de

desalinhamento em mquinas rotativas.

2.2.1 Anlise de Vibraes

2.2.2 Anlise de leo

2.3 Alinhadores de Eixos

2.3.1 Rgua e Calibrador de Folga

180 e 270 - observando sempre, a concordncia entre os traos de referncia

Figura 10 - Alinhamento com rgua e calibrador de folga

2.3.2 Relgio Comparador

treinamento se consegue obter um bom resultado no alinhamento. A Figura 11

Figura 11 - Perfil de um relgio comparador

2.3.3 Alinhamento a Laser

interferncias ou erros nas medies (PACHOLOK, 2004; OPMEC, 2010 ). A

Figura 12 - Alinhador a Laser durante processo de alinhamento

Barra Chata 3/8 x 2

Para os ensaios prticos, foram utilizados um alinhador a laser da

3.2 Alinhador a Laser EASY-LASER D450

Horizontal Para alinhamento de mquinas horizontais pelo mtodo

uniformemente sobre seus ps, mostrando quais ps devem ser

Compensao da Dilatao Trmica Compensa a diferena de