Licenca Materni PDF
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A empregada gestante tem direito a licena-maternidade de 120 dias, sem prejuizo do emprego e do salario.
PERIODO DE PERCEPO
O salario-maternidade e devido a segurada da previdncia social, durante cento e vinte dias, com inicio 28 (vinte e oito)
dias antes e termino 91 (noventa e um dias) depois do parto.
Portanto, o total dos 120 (cento e vinte) dias em caso de parto se da somando 28 (vinte e oito) dias antes do parto, mais
o dia do parto, mais 91 (noventa e um) dias apos o parto (28 1 91 120).
Mediante atestado medico, em casos excepcionais, os periodos de repouso podero ser antecipados ou prorrogados,
conIorme avaliao medica.
Podemos concluir ento que podera haver variaes nas somas dos dias, desde que o total de 120 dias sejam obedecidos.
Exemplo
NOTIFICAO AO EMPREGADOR
A empregada deve, mediante atestado medico, notiIicar o seu empregador da data do inicio do aIastamento do emprego,
que podera ocorrer entre o 28
o
dia antes do parto e a ocorrncia deste.
AUMENTO DO PERIODO DE REPOUSO - ATESTADO MDICO
Em casos excepcionais, consoante art. 392 da CLT, os periodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser
aumentados de mais duas semanas, mediante atestado medico especiIico.
A legislao previdenciaria no se maniIesta sobre este aumento de periodo de repouso, porquanto se presume que
cabera ao empregador o nus pelo pagamento do respectivo periodo.
PARTO ANTECIPADO OU NATIMORTO
Para Iins de concesso do salario-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23 semana (6 ms) de
gestao, inclusive em caso de natimorto.
A legislao previdenciaria considera 'Nascido morto ou natimorto o obito Ietal tardio, ou seja, o obito ocorrido antes
da expulso ou extrao completa do corpo materno, de um produto da concepo que tenha alcanado 23 semanas
completas ou mais de gestao.
Tratando-se de parto antecipado, ainda que ocorra parto de natimorto, comprovado mediante Atestado Medico original,
a segurada tera direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos em lei, sem necessidade de avaliao medico-pericial pelo
INSS.
GARANTIAS EMPREGADA GESTANTE
E garantido a empregada, durante a gravidez, sem prejuizo do salario e demais direitos:
I TransIerncia de Iuno, quando as condies de saude o exigirem, assegurada a retomada da Iuno anteriormente
exercida, logo apos o retorno ao trabalho;
II Dispensa do horario de trabalho pelo tempo necessario para a realizao de, no minimo, seis consultas medicas e
demais exames complementares.
Durante o periodo de 120 dias a mulher tera direito ao salario integral e, quando variavel, calculado de acordo com a
media dos 6 (seis) ultimos meses de trabalho, bem como os direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda Iacultado
Dias antes do parto Dia do parto Dias aps o parto Total
28 1 91 120
15 1 104 120
25 1 94 120
0 1 119 120
8 1 111 120
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reverter a Iuno que anteriormente ocupava.
A garantia prevista no art. 10, II, "a", do ADCT Ioi estendida as empregadas gestantes contratadas por prazo
determinado ou admitidas a titulo precario, independentemente do regime juridico, conIorme inciso III da Sumula 244
do TST. Maiores detalhes sobre a estabilidade provisoria da empregada gestante, seja no contrato por tempo
determinado ou indeterminado, acesse o topico Estabilidade Provisoria.
A segurada aposentada que retornar a atividade Iara jus ao pagamento do salario-maternidade.
RETORNO ANTECIPADO AO TRABALHO - IMPOSSIBILIDADE
O aIastamento da empregada gestante para Iins de percepo do salario-maternidade e direito assegurado atraves do art.
7, inciso XVIII da Constituio Federal.
A CLT tambem assegura o mesmo direito nos art. 392 e 392-A, concedendo a licena em caso de adoo ou guarda
judicial de crianas e adolescentes.
Trata-se de um direito constitucional assegurado a empregada que visa garantir a manuteno da me junto ao Iilho
recem-nascido, alem de sua propria recuperao para o retorno a atividade laboral.
Portanto, esta no podera renuncia-lo, seja parcial ou integralmente, bem como no e legalmente possivel que a
empregada retorne ao trabalho antes do termino do prazo previsto na legislao, ainda que a pedido voluntario.
PERIODO DE GRAA
O 2 do artigo 13 do Regulamento da Previdncia Social-RPS, mantem a qualidade de segurado ao empregado que
deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdncia social, ate 12 (doze) meses apos a cessao de
beneIicio por incapacidade ou apos a cessao das contribuies (demisso), periodo este conhecido como, periodo de
graa.
Durante o periodo de graa a segurada desempregada Iara jus ao recebimento do salario-maternidade nos casos de
demisso antes da gravidez, ou, durante a gestao, nas hipoteses de dispensa por justa causa ou a pedido, situaes em
que o beneIicio sera pago diretamente pela previdncia social.
INICIO DE AFASTAMENTO
O inicio do aIastamento do trabalho da segurada empregada sera determinado com base em atestado medico ou certido
de nascimento do Iilho.
PAGAMENTO DO SALRIO-MATERNIDADE
Para os beneIicios requeridos a partir de 01.09.2003, tendo em vista a vigncia da Lei 10.710/2003, cabe a empresa
pagar o salario-maternidade devido a respectiva empregada gestante.
Para os beneIicios requeridos ate 01.09.2003, o pagamento do salario-maternidade e Ieito diretamente pela previdncia
social.
Entretanto, para os casos que a segurada adotar ou obtiver guarda judicial para Iins de adoo de criana, o salario-
maternidade continua sendo pago diretamente pela Previdncia Social, salvo se a empregada requerer e receber o
salario-maternidade via empresa, se esta possuir convnio com tal Iinalidade.
O salario-maternidade devido a trabalhadora avulsa sera pago diretamente pela Previdncia Social.
A empregada deve dar quitao a empresa dos recolhimentos mensais do salario-maternidade na propria Iolha de
pagamento ou por outra Iorma admitida, de modo que a quitao Iique plena e claramente caracterizada.
COMPENSAO DO VALOR DO SALRIO MATERNIDADE
A empresa que pagar o salario maternidade Iara a compensao do respectivo pagamento, quando do recolhimento das
contribuies do INSS incidentes sobre a Iolha de salarios e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer titulo,
a pessoa Iisica que lhe preste servio.
Para maiores detalhes sobre como proceder a compensao na composio da GPS acesse o topico Encargos Sociais
Sobre a Folha de Pagamento.
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COMPROMISSO DE CONTRATO DE TRABALHO QUE PRE1UDIQUE A GESTAO
Mediante atestado medico, a mulher gravida e Iacultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de
trabalho, desde que este seja prejudicial a gestao.
ABORTO NO CRIMINOSO
Em caso de aborto no criminoso, comprovado por atestado medico oIicial, a mulher tera um repouso remunerado de 2
(duas) semanas, Iicando-lhe assegurado o direito de retornar a Iuno que ocupava antes de seu aIastamento.
Considera-se aborto no criminoso aquele que no Ior tipiIicado pelo Codigo Penal como crime.
O aborto involuntario impede a concesso de estabilidade provisoria de ate 5 (cinco) meses apos o parto a trabalhadora.
A deciso e do Tribunal Superior do Trabalho. Leia mais.
ME ADOTIVA
A partir de 16.04.2002 a Lei 10.421/2002 havia estendido a me adotiva o direito a licena-maternidade de Iorma
escalonada, atraves do art. 392-A (especiIicamente nos 1 a 3) da CLT, dependendo da idade da criana adotada na
seguinte proporo:
Ate 1 ano de idade. 120 dias.
A partir de 1 ano ate 4 anos de idade. 60 dias.
A partir de 4 anos ate 8 anos de idade. 30 dias.
Embora a Lei 12.010/2009 (que passou a vigorar a partir de 01.11.2009) tenha revogado os paragraIos 1 a 3 do
reIerido artigo da CLT, o que se poderia entender que o periodo de 120 dias Iosse devido independentemente da idade
da criana, o art. 71-A da Lei 8.213/91 (que dispe sobre os beneIicios previdenciarios) estabelece que os prazos de
licena em caso de adoo deve ser proporcional de acordo com a idade da criana, porquanto devem prevalecer os
prazos proporcionais consoante o disposto na lei previdenciaria.
A licena-maternidade so sera concedida mediante apresentao do termo judicial de guarda a adotante ou guardi. O
salario-maternidade no e devido quando o termo de guarda no contiver a observao de que e para Iins de adoo ou
so contiver o nome do cnjuge ou companheiro.
Quando houver adoo ou guarda judicial para adoo de mais de uma criana, e devido um unico salario-maternidade
relativo a criana de menor idade, observando que no caso de empregos concomitantes, a segurada Iara jus ao salario-
maternidade relativo a cada emprego.
VALOR DO BENEFICIO
para segurada empregada:
- em caso de salario Iixo o valor mensal sera igual a sua remunerao integral;
- em caso de salario variavel o valor mensal sera igual a media dos 6 (seis) ultimos meses de trabalho;
- em caso de salario maior que o teto maximo de beneIicio, o valor mensal sera ate o limite Iixado de
acordo com a Resoluo 236 do Supremo Tribunal Federal de 19 de julho de 2002.
para trabalhadora avulsa: valor mensal igual a sua remunerao equivalente a um ms de trabalho no sujeito do
limite maximo no salario-de-contribuio.
para a contribuinte individual e a segurada Iacultativa: em 1/12 da soma dos 12 ultimos salarios de contribuio
apurados em um periodo no superior a 15 meses, sujeito ao limite maximo do salario-de-contribuio.
A carncia do salario-maternidade para a segurada contribuinte individual e Iacultativa e de 10 (dez)
contribuies mensais, ainda que os recolhimentos a serem considerados tenham sido vertidos em categorias
diIerenciadas e desde que no tenha havido perda da qualidade de segurada.
para a empregada domestica o beneIicio tem valor mensal igual ao do seu ultimo salario de contribuio,
observado o limite minimo e maximo.
em se tratando da segurada especial o valor do salario maternidade e de um salario minimo mensal.
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Nota: Para a segurada com contrato temporario, sera devido o salario-maternidade conIorme os prazos comentados
anteriormente, somente enquanto existir a relao de emprego;
AFASTAMENTO DE AUXILIO-DOENA OU ACIDENTE E SALRIO-MATERNIDADE
A segurada em gozo de auxilio-doena, inclusive o decorrente de acidente de trabalho, tera o beneIicio suspenso
administrativamente enquanto perdurar o salario-maternidade, devendo o beneIicio por incapacidade ser restabelecido a
contar do primeiro dia seguinte ao termino do periodo de 120 (cento e vinte) dias, caso a data de cessao de beneIicio -
DCB tenha sido Iixada em data posterior a este periodo.
RETENO DO INSS
Observar que, para a segurada empregada, sera retido do salario maternidade a contribuio do INSS devida segundo a
tabela de contribuio.
GUARDA DE DOCUMENTOS
A empresa devera conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados ou certides
correspondentes para exame pela Iiscalizao da Previdncia Social.
Veja maiores detalhes sobre a prorrogao da licena-maternidade para 180 dias no topico Licena Maternidade -
Programa Empresa Cidad.
1URISPRUDNCIA
ACORDO-AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. EMPREGADA DOMESTICA. LICENA-
MATERNIDADE. Por virtual violao do art. 7, XVIII, da Constituio da Republica, dou provimento ao Agravo de
Instrumento. RECURSO DE REVISTA. EMPREGADA DOMESTICA. LICENA-MATERNIDADE. O art. 71 da Lei
n 8.213/91 e o Decreto Regulamentar 3.048/99 dispem que o salario-maternidade e devido a empregada domestica,
estabelecendo que o seu pagamento e Ieito diretamente pela Previdncia Social enquanto existir a relao de emprego.
Assim, se a empregada gravida Iicou impedida de gozar da licena a gestante porque despedida injustamente, deve o
empregador responder pelo nus respectivo, convertendo-se o pagamento do salario-maternidade em indenizao.
Recurso de Revista conhecido e provido. PROC. N TST-RR-56072/2005-004-09-40.5. Relator CARLOS ALBERTO
REIS DE PAULA. Brasilia, 30 de maio de 2007.
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RITO SUMARISSIMO. ESTABILIDADE
PROVISORIA. GESTANTE. CONFIRMAO DA GRAVIDEZ APOS A DISPENSA. CONCEPO NA
VIGNCIA DO CONTRATO DE TRABALHO. ESTABILIDADE ASSEGURADA. Demonstrada possivel violao
do art. 10, II, -b-, do Ato das Disposies Transitorias da Constituio Federal, impe-se o provimento do agravo de
instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento provido. II - RECURSO DE
REVISTA. RITO SUMARISSIMO. ESTABILIDADE PROVISORIA. GESTANTE. CONFIRMAO DA
GRAVIDEZ APOS A DISPENSA. CONCEPO NA VIGNCIA DO CONTRATO DE TRABALHO.
ESTABILIDADE ASSEGURADA. Consoante jurisprudncia paciIica desta Corte, o Iato gerador da garantia de
emprego a empregada gestante surge com a concepo, independentemente da cincia do estado gravidico pelo
empregador e pela propria empregada - pois a garantia de emprego tem por objeto a proteo do nascituro (art. 10, -b-,
do ADCT c/c Sumula 244 do TST), sendo irrelevante, pois, que a conIirmao da gravidez tenha ocorrido apos a
dispensa. Recurso de revista conhecido e provido. (RR - 169540-80.2008.5.02.0391 , Relatora Ministra: Delaide
Miranda Arantes, Data de Julgamento: 05/12/2012, 7 Turma, Data de Publicao: 07/12/2012).
EMENTA: ABANDONO DE EMPREGO. DESCONFIGURAO. Considerando-se o principio da continuidade da
relao de emprego (Sumula 212, do C. TST), e que a autora estava gravida em setembro, sendo, por isso, pouco crivel
que ela abandonaria o emprego um ms antes do inicio de sua licena maternidade, abrindo mo da estabilidade que lhe
e assegurada pela Constituio Federal, bem como os demais elementos dos autos, aIasta-se a justa causa, por abandono
de emprego. Processo 00397-2007-016-03-00-3 RO. Relator JOSE EDUARDO DE R. CHAVES JUNIOR. Belo
Horizonte, 16 de julho de 2007.
EMENTA: RENUNCIA A ESTABILIDADE PROVISORIA DA GESTANTE " INDENIZAO SUBSTITUTIVA
DO SALARIO-MATERNIDADE " CABIMENTO ". Havendo recusa da empregada gestante em retornar ao emprego
colocado a sua disposio, conIigura-se a renuncia a estabilidade provisoria assegurada pelo art. 10, II, b, do ADCT da
CF/88. No obstante, alguns aspectos devem ser objetivamente considerados: a) a licena-maternidade e um direito
constitucionalmente assegurado a gestante (art. 7, XVIII, da CF/88), e os salarios devidos no periodo constituem
beneIicio previdenciario voltado a proteo da maternidade (art. 71 da Lei n. 8.213/91), e no estritamente a me
empregada; b) no periodo de licena, a Autora no poderia mesmo estar em atividade, independentemente da recusa em
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retornar ao emprego. Atentando-se para tais circunstncias, tem-se como devida a indenizao substitutiva do salario-
maternidade, cuja percepo Ioi obstada pela despedida arbitraria. Processo 01513-2003-109-03-00-8 RO. Juiz Relator
Jose Eduardo de Resende Chaves Junior. Belo Horizonte, 05 de julho de 2004.
Base legal: Art. 392 a 395 da CLT;
Lei 12.010/2009;
Artigos 93 a 103 do Regulamento da Previdncia Social e os citados no texto.
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