OS ECONOMISTAS

KARL MARX
O CAPITAL
CRTICA DA ECONOMIA POLTICA
VOLUME I
LIVRO PRIMEIRO
O PROCESSO DE PRODUO DO CAPITAL
TOMO 1
(Prefcios e C!"#$%os I XII&
Apresentao de Jacob Gorender
Coordenao e reviso de Paul Singer
Traduo de Regis Barbosa e Flvio R. Kothe
Fundador
VICTR CIVIT!
"#$%& ' #$$%(
)ditora *ova Cultural +tda.
Co,-right . desta edi/0o #$$12 C3rculo do +ivro +tda.
Rua Paes +e4e2 567 ' #%8 andar
C)P %5767'%#% ' S0o Paulo ' SP
T3tulos originais9
Value, Price and Profit; Das Kapital -
Kritik der Politischen konomie.
:ireitos e;clusivos sobre a !,resenta/0o de autoria de
<inston Fritsch2 )ditora *ova Cultural +tda.
:ireitos e;clusivos sobre as tradu/=es deste volu4e9
C3rculo do +ivro +tda.
I4,ress0o e acaba4ento9
:**)++)> CC?R!*) GR@FIC! ) ):ITR! BR!SI+ +T:!.
:IVISA CBRCC+ ' F*)9 "55 ##( 7#$#'71DD
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APRESENTAO
E4 #E1&2 vinha F luG2 na !le4anha2 a ,ri4eira ,arte de
u4a obra intitulada Capital! Karl Har;2 o autor2 viveu2 ent0o2
u4 4o' 4ento de ,lena euIoria2 raro e4 sua atribulada e;istJncia.
:urante Kuase vinte anos2 ,enara dura4ente a Ii4 de chegar a este
4o4ento
L o de a,resentar ao ,Mblico2 conKuanto de 4aneira ainda ,arcial2
o resultado de suas investiga/=es no ca4,o da )cono4ia Pol3tica.
*0o se tratava2 contudo2 de autor estreante. N beira dos cinKOenta
anos2 P i4,ri4ira o no4e no Irontis,3cio de livros suIicientes ,ara
lhe assegurar destacado lugar na histQria do ,ensa4ento. NKuela
al' tura2 sua ,rodu/0o intelectual abrangia trabalhos de FilosoIia2
Teoria Social2 ?istoriograIia e ta4bR4 )cono4ia Pol3tica. Sue4 P
,ublicara "is#ria da $ilosofia2 "anifesto do Partido Comunista2 A
%uta de Classes em $rana2 De&oito 'rum(rio de %u)s 'onaparte
e Para a Cr)tica da *conomia Pol)tica L ,odia avaliar co4
PustiIicada sobranceria o ,rQ,rio curr3culo. *o entanto2 Har;
aIir4ava Kue2 atR ent0o2 a,enas escrevera bagatelas. Sentia'se2 ,or
isso2 autor estreante e2 de4ais2 ali' viado de u4 Iardo Kue lhe vinha
e;aurindo as Ior/as. Ta4bR4 os a4igos e co4,anheiros2 sobretudo
)ngels2 e;ultava4 co4 a ,ublica/0o2 ,ois se satisIaGia aIinal a
e;,ectativa tantas veGes adiada. *a verdade2 ,ouKu3ssi4os livros
desta envergadura nascera4 e4 condi/=es t0o diI3ceis.
1( Do %i)er%is*o +$r,$-s o Co*$.is*o
)ste ho4e42 Kue vivia u4 intervalo de consciJncia ,aciIicada
e ilu4ina/0o subPetiva e4 4eio a co4bates ,ol3ticos2 ,ersegui/=es e
dece,' /=es2 nascera e4 #E#E2 e4 Trier "TrevTs2 F Irancesa(2 sul da
!le4anha. :uas circunstUncias lhe 4arcara4 a orige4 e a ,ri4eira
educa/0o.
Trier localiGa'se na RenUnia2 ent0o ,rov3ncia da PrMssia2 li43troIe
da Fran/a e2 ,or isso2 incisiva4ente inIluenciada ,ela Revolu/0o Fran'
cesa. !o contrrio da 4aior ,arte da !le4anha2 dividida e4 nu4erosos
)stados2 os ca4,oneses renanos havia4 sido e4anci,ados da servid0o

/
da gleba2 e das antigas institui/=es Ieudais n0o restava 4uita
coisa na ,rov3ncia. Fir4ava4'se nela nMcleos da 4oderna indMstria
Iabril

OS ECONOMISTAS
0

e4 torno da Kual se ,olariGava4 as duas novas classes da
sociedade
ca,italista9 o ,roletariado e a burguesia. ! esta ,ri4eira e
,oderosa circunstUncia social se vinculava u4a outra. !s idRias do
ilu4inis4o IrancJs contava4 co4 4uitos ade,tos nas ca4adas cultas
da RenUnia.
,ai de Har; L tal a segunda circunstUncia e;istencial L era u4
desses ade,tos.
! Ia43lia Har; ,ertencia F classe 4Rdia de orige4 Pudaica. ?irs'
chel Har; IiGera brilhante carreira de Purista e chegara a Conselheiro
da Justi/a. ! ascens0o F 4agistratura obrigara'o a sub4eter'se a i4'
,osi/=es legais de carter anti'se4ita. )4 #E672 Kuando o Iilho
Karl tinha seis anos2 ?irschel converteu a Ia43lia ao cristianis4o e
adotou
o no4e 4ais ger4Unico de ?einrich. Para u4 ho4e4 Kue ,roIessava
o de3s4o desvinculado de toda cren/a ritualiGada2 o ato de convers0o
n0o IeG 4ais do Kue sancionar a integra/0o no a4biente intelectual
do4inado ,elo laicis4o. Karl2 Kue ,erdeu o ,ai aos vinte anos2 e4
#EDE2 recebeu dele orienta/0o Ior4adora vigorosa2 da Kual guardaria
recorda/0o se4,re grata.
:urante o curso de :ireito2 iniciado na Cniversidade de Bonn e
,rosseguido na de Berli42 o estudante Karl encontrou u4
a4biente de grande vivacidade cultural e ,ol3tica. su,re4o 4entor
ideolQgico era ?egel2 4as u4a ,arte dos seus seguidores L os Jovens
?egelianos
L inter,retava a doutrina no sentido do liberalis4o e do regi4e cons'
titucional de4ocrtico2 ,odando os Iortes as,ectos conservadores do
siste4a do 4estre2 e4 es,ecial sua e;alta/0o do )stado. Har; IeG
a inicia/0o IilosQIica e ,ol3tica co4 os Jovens ?egelianos2 o Kue o
levou ao estudo ,reIerencial da IilosoIia clssica ale40 e da
IilosoIia e4 geral. )sta Ior4a/0o IilosQIica teve inIluJncia es,iritual
duradoura e Iir4ou u4 dos ei;os de sua ,rodu/0o intelectual.
Se Ioi hegeliano2 o Kue R inegvel2 nunca chegou a sJ'lo de
4aneira estrita. *0o sQ P encontrou a escola hegeliana nu4a Iase
de cis0o adiantada2 co4o ao seu es,3rito inKuieto e inclinado a
idRias anticon' servadoras2 na at4osIera o,ressiva da 4onarKuia
absolutista ,russia' na2 o siste4a do 4estre consagrado devia ,arecer
u4a ca4isa'de'Ior/a. )4 carta ao ,ai2 P e4 #ED&2 escrevia9 Va
,artir do idealis4o "...( Iui levado a ,rocurar a IdRia na ,rQ,ria
realidade "...(W. ! esse res,eito2 ta4bR4 R sinto4tico Kue escolhesse
a rela/0o entre os IilQsoIos gregos 4aterialistas :e4Qcrito e ),icuro
,ara te4a de tese de doutora4ento2 deIendida na Cniversidade de
Iena. )4bora ins,irada nas linhas 4es' tras da conce,/0o hegeliana
da histQria da IilosoIia2 des,onta na tese u4 i4,ulso ,ara
transcender FKuela conce,/0o2 nu4 sentido Kue so' 4ente 4ais
tarde se tornaria claro.

MARX
1

)4 #E7#2 +udXig Feuerbach dava a ,Mblico A *ss+ncia do Cris-
tianismo. livro teve Iorte re,ercuss0o2 ,ois constitu3a a ,ri4eira
investida Iranca e se4 conte4,la/=es contra o siste4a de ?egel.
idealis4o hegeliano era des4istiIicado e se ,ro,unha2 e4 seu
lugar2

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OS ECONOMISTAS
u4a conce,/0o 4aterialista Kue assu4ia a conIigura/0o de antro,ologia
naturista. ho4e4 enKuanto ser natural2 Iruidor dos sentidos I3sicos
e subli4ado ,elo a4or se;ual2 colocava'se no centro da natureGa e
devia voltar'se ,ara si 4es4o. )stava2 ,orR42 i4,edido de IaGJ'lo ,ela
aliena/0o religiosa. To4ando de ?egel o conceito de aliena/0o2 Feuer'
bach invertia os sinais. ! aliena/0o2 e4 ?egel2 era obPetiva/0o e2
,or conseKOJncia2 enriKueci4ento. ! IdRia se tornava ser'outro na
natureGa
e se realiGava nas cria/=es obPetivas da histQria hu4ana. ! recu,era/0o
da riKueGa alienada identiIicava SuPeito e bPeto e cul4inava no Saber
!bsoluto. Para Feuerbach2 ao contrrio2 a aliena/0o era e4,obreci'
4ento. ho4e4 ,roPetava e4 :eus suas 4elhores Kualidades de ser
genRrico "de gJnero natural( e2 dessa 4aneira2 a divindade2 cria/0o do
ho4e42 a,ro,riava'se da essJncia do criador e o sub4etia. ! Ii4
de recu,erar tal essJncia e IaGer cessar o estado de aliena/0o e
e4,obre' ci4ento2 o ho4e4 ,recisava substituir a religi0o crist0 ,or
u4a religi0o do a4or F hu4anidade.
Causador de i4,acto e recebido co4 entusias4o2 o
hu4anis4o naturista de Feuerbach Ioi u4a revela/0o ,ara Har;.
!,etrechou'o da vis0o IilosQIica Kue lhe ,er4itia ro4,er co4 ?egel
e transitar do idealis4o obPetivo deste Mlti4o e4 dire/0o ao
4aterialis4o. *0o obs' tante2 assi4 co4o nunca chegou F
,lenitude de hegeliano2 ta4,ouco se tornou inteira4ente
Ieuerbachiano. !,esar de Pove4 e ine;,eriente2 era dotado de
e;ce,cional inteligJncia cr3tica2 Kue o levava se4,re ao e;a4e se4
co4,lacJncia das idRias e das coisas. !o contrrio de Feuer' bach2 Kue
via na dialRtica hegeliana a,enas Ionte de es,ecula/0o 4is' tiIicadora2
Har; intuiu Kue essa dialRtica devia ser o ,rinc3,io dinU4ico do
4aterialis4o2 o Kue viria a resultar na conce,/0o revolucionria do
4aterialis4o co4o IilosoIia da ,rtica.
)ntre #E76 e #E7D2 Har; ocu,ou o cargo de redator'cheIe da
,a&eta -enana2 Pornal Iinanciado ,ela burguesia. ! orienta/0o liberal
do dirio i4,Ys'lhe IreKOentes atritos co4 a censura ,russiana2
Kue cul4inara4 no Iecha4ento arbitrrio. Has a e;,eriJncia
Pornal3stica Ioi 4uito Mtil ,ara Har;2 ,ois o a,ro;i4ou da
realidade cotidiana. Ganhou conheci4ento de Kuest=es econY4icas
geradoras de conIlitos sociais e se viu diante do i4,erativo de
,ronunciar'se acerca das idRias socialistas de vrios 4atiGes2 Kue
vinha4 da Fran/a e se diIundia4 na !le4anha ,or iniciativa2
entre outros2 de <eitling e Hoses ?ess. Tanto co4 rela/0o Fs
Kuest=es econY4icas co4o Fs idRias socialistas2
o redator'cheIe da ,a&eta -enana conIessou co4 lisura sua ignorUncia
e esKuivou'se de co4entrios i4,rovisados e inIundados. !ssi42 Ioi a
atividade ,ol3tica2 no e;erc3cio do Pornalis4o2 Kue o i4,eliu ao estudo
e4 duas dire/=es 4arcantes9 as da )cono4ia Pol3tica e das teorias
socialistas.

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MARX
)4 #E7D2 Har; casou'se co4 Jenn- Von <est,halen2 originria de
Ia43lia recR4'aristocratiGada2 cuPo a4biente conIortvel trocaria

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OS ECONOMISTAS
,or u4a vida de ,enosas vicissitudes na co4,anhia de u4 l3der re'
volucionrio. Har; se transIeriu2 ent0o2 a Paris2 onde2 e4 Paneiro de
#E772 ,ublicou o Mnico nM4ero du,lo dos Anais $ranco-Alemes2 editado
e4 colabora/0o co4 !rnold Ruge2 Iigura destacada da esKuerda hege'
liana. ! ,ublica/0o dos Anais visava a dar vaG0o F ,rodu/0o
teQrica
e ,ol3tica da o,osi/0o de4ocrtica radical ao absolutis4o
,russiano. *aKuele nM4ero Mnico2 veio F luG u4 o,Msculo de
)ngels intitulado *s.oo de uma Cr)tica da *conomia Pol)tica2
acerca do Kual Har; 4aniIestaria se4,re entusistica a,recia/0o2
chegando a classiIic'lo de genial.
Friedrich )ngels "#E6%'#E$5( era Iilho de u4 industrial tJ;til2
Kue ,retendia IaGJ'lo seguir a carreira dos negQcios e2 ,or isso2
aIas' tara'o do curso universitrio. :otado de enor4e curiosidade
intelectual2 Kue lhe daria saber enciclo,Rdico2 )ngels co4,letou sua
Ior4a/0o co4o aluno'ouvinte de cursos livres e incansvel
autodidata. Viveu curto ,er3odo de hegeliano de esKuerda e
ta4bR4 sentiu o i4,acto da ir' ru,/0o 4aterialista Ieuerbachiana.
Has2 antes de Har;2 a,ro;i4ou'se do socialis4o e da )cono4ia
Pol3tica. Kue ocorreu na Inglaterra2 onde esteve a servi/o dos
negQcios ,aternos e entrou e4 contato co4 os 4ilitantes o,errios
do Partido Cartista. :a3 ao estudo dos econo' 4istas clssicos
ingleses Ioi u4 ,asso.
*s.oo de )ngels IocaliGou as obras desses econo4istas
co4o
e;,ress0o da ideologia burguesa da ,ro,riedade ,rivada2 da concor'
rJncia e do enriKueci4ento ili4itado. !o enIatiGar o carter ideolQgico
da )cono4ia Pol3tica2 negou'lhe signiIica/0o cient3Iica. )4 es,ecial2
recusou a teoria do valor'trabalho e2 ,or conseguinte2 n0o lhe reconhe'
ceu o estatuto de ,rinc3,io e;,licativo dos IenY4enos econY4icos.
Se estas e outras ,osi/=es seria4 reIor4uladas ou ultra,assadas2 o
*s.oo ta4bR4 continha teses Kue se incor,orara4 de 4aneira
deIinitiva ao acervo 4ar;iano. )ntre elas2 a argu4enta/0o contrria F
V+ei de Sa-W
e F teoria de4ogrIica de Halthus. Hais i4,ortante Kue tudo2 ,orR42
Ioi Kue o o,Msculo de )ngels trans4itiu a Har;2 ,rovavel4ente2 o
ger4e da orienta/0o ,rinci,al de sua atividade teQrica9 a cr3tica da
)cono4ia Pol3tica enKuanto ciJncia surgida e desenvolvida sob
ins,i' ra/0o do ,ensa4ento burguJs.
s Anais $ranco-Alemes "assi4 intitulados co4 o obPetivo de
burlar a censura ,russiana( esta4,ara4 dois ensaios de Har;9 a
/n- troduo 0 Cr)tica 0 $ilosofia do Direito de 1e2el e A 3uesto
4udaica! !4bos 4arca4 a virada de ,ers,ectiva2 Kue consistiu na
transi/0o do liberalis4o burguJs ao co4unis4o. *os anos e4 Kue
se encontrava4 e4 gesta/0o as condi/=es ,ara a eclos0o da
revolu/0o burguesa na !le4anha2 o Pove4 ensa3sta identiIicou no

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MARX
,roletariado a classe agente da transIor4a/0o 4ais ,roIunda2 Kue
devia abolir a divis0o da sociedade e4 classes. Contudo2 o
,rocedi4ento anal3tico e a Ior4ula/0o literria dessas idRias
4ostrava4 Kue o autor ainda n0o adKuirira Ierra4entas

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OS ECONOMISTAS
discursivas e linguage4 e;,ositiva ,rQ,rias2 to4ando'as de ?egel e
de Feuerbach. :o ,ri4eiro2 os giros dialRticos e a conce,/0o teleolQgica
da histQria hu4ana. :o segundo2 o hu4anis4o naturista. ! novidade
residia na introdu/0o de u4 terceiro co4,onente2 Kue seria o Iator
4ais dinU4ico da evolu/0o do ,ensa4ento do autor9 a idRia do co4u'
nis4o e do ,a,el do ,roletariado na luta de classes.
,asso seguinte dessa evolu/0o Ioi assinalado ,or u4 conPunto
de escritos e4 Iase inicial de elabora/0o2 Kue deveria4 resultar2 ao
Kue ,arece2 e4 vasto ensaio. )ste Iicou sQ e4 ,roPeto e Har;
nunca IeG nenhu4a alus0o aos te;tos Kue2 sob o t3tulo de
"anuscritos *co- n5mico-$ilos6ficos de 78992 teria4 ,ublica/0o
so4ente e4 #$D62 na Cni0o SoviRtica.
Sob o as,ecto IilosQIico2 tais te;tos contJ4 u4a cr3tica incisiva
do
idealis4o hegeliano2 ao Kual se contra,=e a conce,/0o 4aterialista
ainda nitida4ente inIluenciada ,ela antro,ologia naturista de
Feuerbach. Has2 ao contrrio deste Mlti4o2 Har; reteve de ?egel o
,rinc3,io dialRtico e co4e/ou a elabor'lo no sentido da cria/0o da
dialRtica 4aterialista.
Sob o as,ecto das Kuest=es econY4icas2 os "anuscritos re,rodu'
Ge4 longas cita/=es de vrios autores2 sobretudo2 S4ith2 Sa- e Ricardo2
acerca das Kuais s0o 4ontados co4entrios e disserta/=es. *o essencial2
Har; seguiu a linha diretriG do *s.oo de )ngels e rePeitou a
teoria do valor'trabalho2 considerando'a inadeKuada ,ara Iunda4entar
a ciJn' cia da )cono4ia Pol3tica. ! situa/0o do ,roletariado2 Kue
re,resenta
o grau Iinal de desa,ossa4ento2 te4 o ,rinc3,io e;,licativo no seu
o,osto L a ,ro,riedade ,rivada. )sta R engendrada e
incre4entada 4ediante o ,rocesso generaliGado de alienao2 Kue
,er4eia a sociedade civil "esIera das necessidades e rela/=es
4ateriais dos indiv3duos(.
TransIigurado ao ,assar de ?egel a Feuerbach2 o conceito de
aliena/0o soIria nova 4eta4orIose ao ,assar deste Mlti4o a Har;.
Pela ,ri4eira veG2 a aliena/0o era vista enKuanto ,rocesso da vida
econY4ica. ,rocesso ,or 4eio do Kual a essJncia hu4ana dos
o,e' rrios se obPetivava nos ,rodutos do seu trabalho e se
contra,unha a eles ,or sere4 ,rodutos alienados e convertidos e4
ca,ital. ! idRia abstrata do ho4e4 autocriado ,elo trabalho2
recebida de ?egel2 con' cretiGava'se na observa/0o da sociedade
burguesa real. Produ/0o dos o,errios2 o ca,ital do4inava os
,rodutores e o IaGia cada veG 4ais2
F 4edida Kue crescia ,or 4eio da incessante aliena/0o de novos
,ro'
dutos do trabalho. )videncia'se2 ,ortanto2 Kue Har; ainda n0o
,odia e;,licar a situa/0o de desa,ossa4ento da classe o,erria ,or

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MARX
u4 ,ro' cesso de e:plorao, no lugar do Kual o trabalho alienado
constitui2 e4 verdade2 u4 ,rocesso de e:propriao! :a3 a
i4,ossibilidade de su,erar a conce,/0o #tica "n0o'cient3Iica( do
co4unis4o.
*os "anuscritos2 ,or conseguinte2 aliena/0o R a ,alavra'chave.
:ei;aria de sJ'lo nas obras de ,oucos anos de,ois. Contudo2 reIor4u'

1'
OS ECONOMISTAS
lada e nu4 conte;to avesso ao IilosoIar es,eculativo2 se incor,oraria
deIinitiva4ente F conce,/0o sQcio'econY4ica 4ar;iana.
M#eri%is*o 7is#8rico9 soci%is*o cie.#"fico e
Eco.o*i Po%"#ic
)4 #E77 e e4 Paris2 Har; e )ngels dera4 in3cio F
colabora/0o intelectual e ,ol3tica Kue se ,rolongaria durante Kuatro
decJnios. :o' tado de e;e4,lar 4odRstia2 )ngels nunca consentiu Kue
o consideras' se4 sen0o o Vsegundo violinoW Punto a Har;. Has
este2 se4 dMvida2 Iicaria longe de criar u4a obra t0o i4,ressionante
,ela co4,le;idade
e e;tens0o n0o contasse no a4igo e co4,anheiro co4 u4 incentivador2
consultor e cr3tico. Para Har;2 e;clu3do da vida universitria2 des,re'
Gado nos 4eios cultos e vivendo nu4a R,oca e4 Kue Proudhon2 BlanKui
e +assalle era4 os ideQlogos inIluentes das correntes socialistas2 )ngels
Ioi 4ais do Kue interlocutor colocado e4 ,R de igualdade9 re,resentou2
conIor4e observou Paul +aIargue2 o verdadeiro p;.lico co4 o Kual
Har; se co4unicava2 ,Mblico e;igente ,ara cuPo convenci4ento n0o
,ou,ava esIor/os. !s centenas de cartas do e,istolrio rec3,roco regis'
tra4 u4 intercU4bio de idRias co4o ,oucas veGes ocorreu entre
dois ,ensadores2 e;,licitando2 ao 4es4o te4,o2 a i4,ortUncia da
contri' bui/0o de )ngels e o res,eito de Har; Fs cr3ticas e conselhos do
a4igo.
)scrita e4 #E77 e ,ublicada e4 ,rinc3,ios de #E752 A
<a2rada $am)lia Ioi o ,ri4eiro livro e4 Kue Har; e )ngels
a,arecera4 na condi/0o de co'autores. Trata'se de obra
caracteristica4ente ,olJ4ica2 Kue assinala o ro4,i4ento co4 a
esKuerda hegeliana. t3tulo sar' cstico identiIica os ir40os
Bruno2 )dgar e )gbert Bauer e d o to4 do te;to. )nKuanto a
esKuerda hegeliana de,ositava as es,eran/as de renova/0o da
!le4anha nas ca4adas cultas2 a,tas a alcan/ar u4a consciJncia
cr3tica2 o Kue negava aos trabalhadores2 Har; e )ngels enIatiGara4
a i4,otJncia da consciJncia cr3tica Kue n0o se tornasse
a consciJncia dos trabalhadores. )2 neste caso2 sQ ,oderia ser u4a
consciJncia socialista.
livro contR4 abrangente e;,osi/0o da histQria do 4aterialis4o2
na Kual se ,ercebe o ,rogresso Ieito no do43nio dessa conce,/0o
Iilo' sQIica e a vis0o original Kue os autores ia4 Ior4ando a res,eito
dela2 e4bora ainda n0o se houvesse4 des,rendido do hu4anis4o
naturista de Feuerbach.
!s,ecto ,eculiar do livro reside na deIesa de Proudhon2 co4
o Kual Har; 4antinha a4iMde encontros ,essoais e4 Paris.
*aKuele 4o4ento2 o te;to de A <a2rada $am)lia IaGia a,recia/0o
,ositiva da cr3tica da sociedade burguesa ,elo P Ia4oso autor de
3ue = a Pro- priedade, ent0o o de 4aior evidJncia na corrente Kue
Har; e )ngels 4ais tarde cha4aria4 de socialis4o utQ,ico e da

1/
MARX
Kual considerava4 Xen2 Saint'Si4on e Fourier os e;,oentes
clssicos.
*o ,rocesso de absor/0o e su,era/0o de idRias2 Har; e )ngels

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OS ECONOMISTAS
havia4 alcan/ado u4 estgio e4 Kue Pulgara4 necessrio ,assar a
li4,o suas ,rQ,rias idRias. :e #E75 a #E712 e4 contato co4 as seitas
socialistas Irancesas e envolvidos co4 os e4igrados ale40es na
cons' ,ira/0o contra a 4onarKuia ,russiana2 encontrara4 te4,o
,ara se concentrar na elabora/0o de u4 livro de centenas de
,ginas densas2 Kue recebeu o t3tulo de A /deolo2ia Alem. Iniciada e4
Paris2 a reda/0o do livro se co4,letou e4 Bru;elas2 onde Har; se viu
obrigado a buscar reIMgio2 ,ois o governo de GuiGot2 ,ressionado ,elas
autoridades ,rus' sianas2 o e;,ulsou da Fran/a sob acusa/0o de
atividades subversivas.
livro n0o encontrou editor e sQ Ioi ,ublicado e4 #$D62 ta4bR4 na
Cni0o SoviRtica. )4 #E5$2 Har; escreveria Kue de bo4 grado ele
e )ngels entregara4 o 4anuscrito F cr3tica roedora dos ratos2 dando'
se ,or satisIeitos co4 tere4 ,osto orde4 nas ,rQ,rias idRias.
*a verdade2 A /deolo2ia Alem encerra a ,ri4eira
Ior4ula/0o da conce,/0o histQrico'sociolQgica Kue receberia a
deno4ina/0o de 4a' terialis4o histQrico. Trata'se2 ,ois2 da obra Kue
4arca o ponto de virada ou2 na e;,ress0o de !lthusser2 o corte
epistemol62ico na evolu/0o do ,ensa4ento dos Iundadores do
4ar;is4o.
! Ior4ula/0o do 4aterialis4o histQrico desenvolve'se no cor,o
da cr3tica Fs vrias 4aniIesta/=es ideolQgicas de 4aior consistJncia
Kue dis,utava42 ent0o2 a consciJncia da sociedade ger4Unica2 Fs vRs'
,eras de u4a revolu/0o de4ocrtico'burguesa. ! cr3tica dirige'se a u4
elenco Kue vai de ?egel a Stirner. ! ,arte 4ais i4,ortante R a inicial2
dedicada a Feuerbach. ro4,i4ento co4 este se d sob o argu4ento
do carter abstrato de sua antro,ologia IilosQIica. ho4e42 ,ara
Feuer' bach2 R ser genRrico natural2 su,ra'histQrico2 e n0o ser social
deter4i' nado ,ela histQria das rela/=es sociais ,or ele ,rQ,rio
criadas. :a3 o carter conte4,lativo do 4aterialis4o Ieuerbachiano2
Kuando o ,role' tariado carecia de idRias Kue o levasse4 F ,rtica
revolucionria da luta de classes. C4a s3ntese dessa argu4enta/0o
encontra'se nas Teses <o.re $euer.ach2 escritas ,or Har; co4o
anota/=es ,ara uso ,essoal
e ,ublicadas ,or )ngels e4 #EEE. ! Mlti4a e undRci4a tese R ,reci'
sa4ente aKuela Kue declara Kue a IilosoIia se li4itara a inter,retar
o 4undo de vrias 4aneiras2 Kuando era ,reciso transIor4'lo.
! ideologia R2 assi42 u4a consciJncia eKuivocada2 Ialsa2 da
rea'
lidade. :esde logo2 ,orKue os ideQlogos acredita4 Kue as idRias 4ode'
la4 a vida 4aterial2 concreta2 dos ho4ens2 Kuando se d o
contrrio9 de 4aneira 4istiIicada2 Iantas4agQrica2 enviesada2 as
ideologias e;' ,ressa4 situa/=es e interesses radicados nas rela/=es
4ateriais2 de carter econY4ico2 Kue os ho4ens2 agru,ados e4
classes sociais2 es' tabelece4 entre si. *0o s0o2 ,ortanto2 a idRia
!bsoluta2 o )s,3rito2 a ConsciJncia Cr3tica2 os conceitos de

11
MARX
+iberdade e Justi/a2 Kue 4ove4
e transIor4a4 as sociedades. s Iatores dinU4icos das transIor4a/=es
sociais deve4 ser buscados no desenvolvi4ento das Ior/as ,rodutivas
e nas rela/=es Kue os ho4ens s0o co4,elidos a estabelecer entre si ao

12
OS ECONOMISTAS
e4,regar as Ior/as ,rodutivas ,or eles acu4uladas a Ii4 de
satisIaGer
suas necessidades 4ateriais. *0o R o )stado2 co4o ,ensava ?egel2
Kue cria a sociedade civil9 ao contrrio2 R a sociedade civil Kue cria o
)stado.
! conce,/0o 4aterialista da histQria i4,licava a reIor4ula/0o
radical da ,ers,ectiva do socialis4o. )ste seria v0o e i4,otente
en' Kuanto se identiIicasse co4 uto,ias ,ro,ostas Fs 4assas2 Kue
deveria4 ,assiva4ente aceitar seus ,roPetos ,rontos e acabados.
socialis4o sQ seria eIetivo se Iosse cria/0o das ,rQ,rias 4assas
trabalhadoras2 co4 o ,roletariado F Irente. u sePa2 se surgisse do
4ovi4ento histQrico real de Kue ,artici,a o ,roletariado na condi/0o de
classe obPetiva4ente ,ortadora dos interesses 4ais revolucionrios
da sociedade.
Has de Kue 4aneira substituir a uto,ia ,ela ciJnciaZ Por onde
co4e/arZ
*enhu4 registro conhecido e;iste Kue docu4ente este 4o4ento
crucial na ,rogress0o do ,ensa4ento 4ar;iano. *0o obstante2 a ,rQ,ria
lQgica da ,rogress0o sugere Kue tais indaga/=es se colocava4 co4 Ior/a
no 4o4ento ,reciso e4 Kue2 alcan/ada a Ior4ula/0o original do
4a' terialis4o histQrico2 surgia a incontornvel tareIa de ultra,assar
o so' cialis4o utQ,ico. Kue n0o se conseguiria ,ela negativa
retQrica e si4 ,ela contra,osi/0o de u4a conce,/0o baseada na
ciJncia social.
ra2 conIor4e a tese ontolQgica Iunda4ental do 4aterialis4o
histQrico2 a base sobre a Kual se ergueria o ediI3cio teria de ser a
ciJncia das rela/=es 4ateriais de vida L a )cono4ia Pol3tica. )sta P
Iora criada ,elo ,ensa4ento burguJs e atingira co4 Ricardo a
cul4i' nUncia do reIina4ento. *o entanto2 Har; e )ngels havia4
rePeitado
a )cono4ia Pol3tica2 vendo nela t0o'so4ente a ideologia dos interesses
ca,italistas. Co4o se deu Kue houvesse4 re,ensado a )cono4ia Pol3tica
e aceito o seu nMcleo lQgico L a teoria do valor'trabalhoZ
Cabe su,or Kue a su,era/0o da antro,ologia Ieuerbachiana teve
o eIeito de desi4,edir o ca4inho no sentido de nova vis0o da
teoria econY4ica. )4 ,articular2 tal su,era/0o ,er4itia ,Yr e4
Kuest0o o estatuto do conceito de aliena/0o co4o ,rinc3,io e;,licativo
da situa/0o da classe o,erria. *0o obstante2 esse as,ecto isolado n0o
nos esclarece acerca da virada de orienta/0o do ,ensa4ento
4ar;iano.
[ sabido Kue2 a ,artir de #E772 Har; concentrou sua energia
intelectual no estudo dos econo4istas. :e reIerJncias ,osteriores2 res'
salta a sugest0o de Kue a 4udan/a de orienta/0o acerca dos
econo4istas clssicos Ioi 4ediada ,elos ricardianos de esKuerda. *eles2
certa4ente2 descobriu Har; a leitura socialista de Ricardo. !ssi4
co4o Feuerbach abriu ca4inho F leitura 4aterialista de ?egel e F

43
MARX
elabora/0o da dia' lRtica 4aterialista2 ?odgs\in2 Ravenstone2
Tho4,son2 Bra- e )d4onds ,er4itira4 a leitura socialista de Ricardo
e da3 co4e/aria a elabora/0o da )cono4ia Pol3tica 4ar;iana2 de
acordo co4 o ,rinc3,io ontolQgico do 4aterialis4o histQrico e tendo
e4 vista a Iunda4enta/0o cient3Iica do socialis4o.

41
OS ECONOMISTAS
s ricardianos de esKuerda era4 inIeriores ao ,rQ,rio Ricardo
sob o as,ecto da Ior/a teQrica2 ,orR4 a ,ers,ectiva socialista2 conKuanto
i4,regnada de idRias utQ,icas2 os enca4inhou a inter,retar a
teoria ricardiana do valor'trabalho e da distribui/0o do ,roduto
social no sentido da de4onstra/0o de Kue a e;,lora/0o do ,roletariado
constitu3a
o ei;o do siste4a econY4ico da sociedade burguesa. ! signiIica/0o
do conheci4ento desses ,ublicistas na evolu/0o do ,ensa4ento
4ar;iano
R salientada ,or Handel Kue2 a tal res,eito2 assinala o Kuanto deve
ter sido ,roveitosa a te4,orada ,assada ,or Har; na Inglaterra2 e4
#E75. !li2 n0o sQ ,Yde certiIicar'se da deIesa da teoria do valor'trabalho
,elos ricardianos ligados ao 4ovi4ento o,errio2 co4o2 ao revRs2 o
abandono dela ,elos e,3gonos burgueses do grande econo4ista clssico.
)4 #E712 Proudhon ,ublicou o livro <istema das
Contradi>es *con5micas ou $ilosofia da "is#ria2 no Kual atacou a luta
dos o,errios ,or obPetivos ,ol3ticos e reivindica/=es salariais2 colocando
e4 seu lugar
o ,roPeto do intercU4bio har4Ynico entre ,eKuenos ,rodutores e da
institui/0o de Vbancos do ,ovoW2 Kue Iaria4 e4,rRsti4os se4 Puros aos
trabalhadores. Tudo isso a,oiado na e;,lica/0o da evolu/0o
histQrica ins,irada nu4 hegelianis4o 4al'assi4ilado e retardatrio.
Har; res,ondeu no ano seguinte co4 "is#ria da $ilosofia2
Kue escreveu e4 IrancJs. N ,arte a ,olJ4ica devastadora contra
Proudhon2 resu4indo a cr3tica ao socialis4o utQ,ico e4 geral2 o
livro 4arcou a ,lena aceita/0o da teoria do valor'trabalho2 na
Ior4ula/0o ricardiana. Sob este as,ecto2 "is#ria da $ilosofia
constituiu ponto de virada t0o signiIicativo na evolu/0o do
,ensa4ento 4ar;iano Kuanto A /deolo2ia Alem. *0o i4,orta Kue
Har; ta4bR4 houvesse aceito2 na ocasi0o2 as teses de Ricardo
sobre o dinheiro e sobre a renda da terra2 das Kuais se tornaria
de,ois renitente o,ositor. Iato de conseKOJncias essencial3ssi4as
consistiu e4 Kue o 4aterialis4o histQrico encontrava2 aIinal2 o
Iunda4ento da )cono4ia Pol3tica2 o Kue vinha deIinir o ca4inho da
elabora/0o do socialis4o cient3Iico. *a ,rQ,ria "is#ria da $ilosofia2 a
aKuisi/0o desse Iunda4ento resultou nu4a e;,osi/0o 4uito 4ais
avan' /ada e ,recisa do 4aterialis4o histQrico do Kue na /deolo2ia
Alem.
Co4 base na teoria de Ricardo inter,retada ,elos seguidores de
tendJncia socialista2 Har; e4,enhou'se na ,ro,osi/0o de u4a
ttica de reivindica/=es salariais ,ara o 4ovi4ento o,errio2 o Kue
e;,Ys nas conIerJncias ,roIeridas e4 #E7&'#E7E2 4ais tarde
,ublicadas e4 Iolheto sob o t3tulo de Tra.alho Assalariado e
Capital!
Har; e )ngels havia4 ingressado nu4a organiGa/0o de e4igra'
dos ale40es deno4inada +iga dos Co4unistas e recebera4 dela a

44
MARX
incu4bJncia de redigir u4 4aniIesto Kue a,resentasse os obPetivos
socialistas dos trabalhadores. ! incu4bJncia teve aceita/0o
entusis' tica2 ainda 4ais ,or se avolu4are4 os ind3cios da
eclos0o de u4a onda revolucionria no cidente euro,eu. Publicado no
co4e/o de #E7E2
o "anifesto do Partido Comunista Ioi2 co4 eIeito2 logo sub4ergido ,ela

45
OS ECONOMISTAS
derrocada da 4onarKuia de +u3s Feli,e na Fran/a2 seguida ,elos even'
tos insurrecionais na !le4anha2 ?ungria2 @ustria2 Itlia e BRlgica.
)4bora a re,ercuss0o de sua ,ri4eira edi/0o Iicasse abaIada ,or acon'
teci4entos de t0o grande envergadura2 o "anifesto alcan/aria
a4,la diIus0o e sobrevivJncia duradoura2 tornando'se u4a das obras
,ol3ticas 4ais conhecidas e4 nu4erosas l3nguas. *u4 estilo Kue atR
hoPe brilha ,elo vigor e concis0o2 o "anifesto condensou o labor teQrico
dos autores e4 ter4os de estratRgia e ttica ,ol3ticas2 de tal
4aneira Kue o te;to se tornou u4 4arco na histQria do 4ovi4ento
o,errio 4undial.
*a !le4anha2 as lutas de 4assa Ior/ara4 a 4onarKuia ,russiana
a IaGer a ,ro4essa de u4a constitui/0o e a aceitar o
Iunciona4ento de u4a asse4blRia ,arla4entar e4 Fran\Iurt. Har; e
)ngels regres' sara4 de i4ediato F sua ,tria e se lan/ara4 ,or
inteiro no co4bate. Har; Iundou e dirigiu o dirio ?ova ,a&eta
-enana Kue2 atR o Iecha' 4ento e4 4aio de #E7$2 deIendeu a
,ers,ectiva ,roletria socialista no decurso de u4a revolu/0o
de4ocrtico'burguesa. :e,ois de ter sido u4 dos redatores do Pornal2
)ngels engaPou'se no e;Rrcito dos insur' retos2 e4 cuPas Iileiras
e4,unhou ar4as atR a derrota deIinitiva2 Kue lhe i4,Ys o reIMgio na
Su3/a. :iante da re,ress0o e;acerbada2 ta4bR4 Har; se retirou da
!le4anha. s governos da Fran/a e da BRlgica lhe consentira4
,ouco te4,o de ,er4anJncia e4 seus territQrios2 o Kue o levou a
e;ilar'se e4 +ondres2 nos Iins de #E7$2 ali residindo atR
a 4orte.
)4 #E5%2 veio F luG A %uta de Classes em $rana. )4 #E562
De&oito 'rum(rio de %u)s 'onaparte! )4 a4bas as obras2 o
4Rtodo do 4aterialis4o histQrico recR4'criado Ioi ,osto F ,rova na
inter,re' ta/0o F Kuente de aconteci4entos da atualidade i4ediata. !
brevidade da ,ers,ectiva te4,oral n0o i4,ediu Kue Har; ,roduGisse
duas obras historiogrIicas ca,aGes de revelar as cone;=es
subPacentes aos Iatos vis3veis e de enIoc'los F luG da tese
sociolQgica da luta de classes. )4 ,articular2 essas obras
des4ente4 a IreKOente acusa/0o ao eco- nomicismo 4ar;iano.
*elas2 s0o real/ados n0o sQ Iatores econY4icos2 4as ta4bR4 Iatores
,ol3ticos2 ideolQgicos2 institucionais e atR estrita' 4ente concernentes
Fs ,essoas dos ,rotagonistas dos eventos histQricos.
II( Os Tor*e.#os : Cri;<o
!o aceitar a teoria de Ricardo sobre o valor'trabalho e a
distri' bui/0o do ,roduto social2 Har; n0o ,erdeu de vista a
necessidade da cr3tica da )cono4ia Pol3tica2 e4bora n0o 4ais sob
o enIoKue estrito de )ngels no seu *s.oo ,recursor. Ricardo dera
F teoria econY4ica
a elabora/0o 4ais avan/ada nos li4ites do ,ensa4ento burguJs.

46
MARX
s ricardianos de esKuerda ultra,assara4 tais li4ites2 ,orR4 n0o
avan' /ara4 na solu/0o dos i4,asses teQricos salientados
,recisa4ente ,ela inter,reta/0o socialista a,licada F obra do 4estre
clssico.
N onda revolucionria desencadeada e4 #E7E seguira'se o reIlu;o

4'
OS ECONOMISTAS
das lutas de4ocrticas e o,errias. Por toda a )uro,a2 triunIava a
rea/0o burguesa e aristocrtica. Har; relacionou o reIlu;o F nova Iase
de ,ros,eridade2 Kue sucedia F crise econY4ica de #E7&'#E7E2 e
con' siderou ser ,reciso es,erar a crise seguinte a Ii4 de recolocar na
orde4 do dia obPetivos revolucionrios i4ediatos. Co4 u4a ,ai;0o
obsessiva2 entregou'se F tareIa Kue se tornaria a 4ais absorvente
de sua vida9
a de elaborar a cr3tica da )cono4ia Pol3tica enKuanto ciJncia 4ediada
,ela ideologia burguesa e a,resentar u4a teoria econY4ica alternativa2
a ,artir das conKuistas cient3Iicas dos econo4istas clssicos. ! resi'
dJncia e4 +ondres Iavorecia tal e4,resa2 ,ois constitu3a o 4elhor
,onto de observa/0o do Iunciona4ento do 4odo de ,rodu/0o ca,italista
e de u4a Ior4a/0o social t0o eIetiva4ente burguesa Kuanto nenhu4a
outra do continente euro,eu. !lR4 disso2 o British Huseu42 do
Kual Har; se tornou IreKOentador ass3duo2 ,ro,iciava a consulta a u4
acervo bibliogrIico de inco4,arvel riKueGa.
)4 contra,artida2 as condi/=es 4ateriais de vida Iora42
durante anos a Iio2 4uito s,eras e2 Fs veGes2 si4,les4ente tRtricas
,ara o l3der revolucionrio e sua Ia43lia. *0o raro2 Ialtara4 recursos
,ara satisIa/0o das necessidades 4ais ele4entares e o e;ilado
ale40o se viu Fs bordas do deses,ero. Sobretudo2 n0o ,odia dedicar
te4,o integral Fs ,esKuisas econY4icas2 conIor4e deseParia2 vendo'
se Ior/ado a aceitar tareIas de co' labora/0o Pornal3stica2 entre as Kuais
a 4ais regular Ioi a corres,ondJncia ,ol3tica ,ara u4 Pornal de *ova
>or\2 4antida atR #E16.
!lR4 disso2 as intrigas Kue a seu res,eito urdia4 os Qrg0os
,o'
liciais da !le4anha e de outros ,a3ses obrigava4'no a desviar a aten/0o
dos estudos teQricos. :urante Kuase todo o ano de #E1%2 ,or e;e4,lo2
a 4aior ,arte de suas energias se gastou na reIuta/0o das
calMnias diIundidas ,or Karl Vogt2 Kue o acoi4ara de cheIe de u4
bando de chantagistas e delatores. );'4e4bro esKuerdista do
Parla4ento de Fran\Iurt2 e4 #E7E2 Vogt se radicou na Su3/a co4o
,roIessor de Geo' logia e se tornou e;,oente da vers0o 4ais vulgar
do 4aterialis4o 4ecanicista "R dele a cRlebre aIir4a/0o de Kue Vos
,ensa4entos tJ4 co4 o cRrebro a 4es4a rela/0o Kue a b3lis co4 o
I3gado ou a urina co4 os rinsW(. )nvolvido e4 intrigas de ,roPe/0o
internacional nos 4eios de4ocrticos e socialistas2 aceitou L o Kue
de,ois se co4,rovou L o ,a,el de escriba 4ercenrio ,ago ,elo
servi/o secreto de *a,ole0o III. !,esar de calePado diante de insultos
e calMnias2 a dose ,assara2 desta veG2 a 4edida do su,ortvel e
Har; se esIalIou na reda/0o de grosso volu4e2 Kue recebeu o t3tulo
su4rio de 1err Vo2t. N ,arte os as,ectos ,olJ4icos circunstanciais
hoPe se4 4aior interesse2 o livro oIerece u4 Kuadro rico da ,ol3tica
internacional euro,Ria e4 4eados do sRculo ]I]2 te4a e;,lorado
co4 os recursos e;uberantes do estilo de u4 grande escritor.

4/
MARX
! situa/0o de Har; seria insustentvel e sua ,rinci,al tareIa
cient3Iica decerto irrealiGvel n0o Iosse a aPuda 4aterial de )ngels.

40
OS ECONOMISTAS
)ste Ii;ara residJncia e4 Hanchester2 ,assando a gerir ali os interesses
da Iir4a ,aterna associada a u4a e4,resa tJ;til inglesa. :urante os
vinte anos de atividade co4ercial2 a ,rodu/0o intelectual n0o ,Yde
dei;ar de se reduGir. Has )ngels achava gratiIicante sacriIicar a
,rQ,ria criatividade2 contanto Kue Iornecesse a Har; recursos
Iinanceiros Kue
o sustentasse4 e F Ia43lia e lhe ,er4itisse4 dedicar o 4;i4o de
te4,o Fs investiga/=es econY4icas. :e4ais disso2 )ngels incu4biu'se
de vrias ,esKuisas es,ecialiGadas solicitadas ,elo a4igo. !
circuns' tUncia de residire4 e4 cidades diIerentes deu lugar a
co,iosa corres' ,ondJncia Kue registrou2 Kuase ,asso a ,asso2 a
tor4entosa via de elabora/0o de Capital!
*o decorrer das investiga/=es2 conKuanto se 4antivesse claro
e inalterado o obPetivo visado2 Ioi 4udando e ganhando novas
Ior4as a idRia da obra Iinal. Rosdols\- rastreou na docu4enta/0o
4ar;iana2 entre #E5& e #E1E2 nada 4enos Kue catorGe esbo/os e notas
de ,lanos dessa obra. :e acordo co4 o ,lano inicial deveria constar de
seis livros2 dedicados aos seguintes te4as9 #( Ca,ital^ 6( !
Pro,riedade Terri' torial^ D( Trabalho !ssalariado^ 7( )stado^
5( Co4Rrcio Inter' nacional^ 1( Hercado Hundial e as Crises. N
,arte2 u4 livro es,ecial Iaria a histQria das doutrinas econY4icas2
dando ao estudo da realidade e4,3rica o aco4,anha4ento de suas
e;,ress=es teQricas.
! deIlagra/0o de nova crise econY4ica e4 #E5& levou Har; a
a,ressar'se e4 ,Yr no ,a,el o resultado de suas investiga/=es2 4otivado
,ela e;,ectativa de Kue nova onda revolucionria voltaria a agitar
a )uro,a e e;igiria dele todo o te4,o dis,on3vel. :a soIreguid0o
nesse e4,enho resultou n0o 4ais do Kue u4 rascunho2 co4
i4,recis=es e la,sos de reda/0o. Fruto de u4 trabalho realiGado
entre outubro de
#E5& e 4ar/o de #E5E2 o 4anuscrito sQ teve ,ublica/0o na Cni0o
So'
viRtica2 entre #$D$ e #$7#. Recebeu o t3tulo de *s.oos dos
$undamentos da Cr)tica da *conomia Pol)tica, ,orR4 Iicou 4ais
conhecido ,ela ,a' lavra ale40 ,rundrisse ")sbo/os dos
Funda4entos(. Vindos F luG P sob o Iogo da Segunda Guerra
Hundial2 os ,rundrisse n0o des,ertara4 aten/0o. So4ente nos anos
sessenta suscitara4 estudos e co4entrios2 destacando'se2 neste
,articular2 o trabalho ,ioneiro de Rosdols\-.
)4bora se trate de u4 rascunho2 os ,rundrisse ,ossue4
e;traor' dinria relevUncia2 ,elas idRias Kue2 no todo ou e4 ,arte2 sQ
nele Iicara4 registradas e2 sobretudo2 ,elas inIor4a/=es de natureGa
4etodolQgica.
C4a dessas idRias R a de Kue o desenvolvi4ento das Ior/as ,ro'
dutivas ,elo 4odo de ,rodu/0o ca,italista chegaria a u4 ,onto e4
Kue a contribui/0o do trabalho vivo se tornaria insigniIicante e4 co4'

41
MARX
,ara/0o co4 a dos 4eios de ,rodu/0o2 de tal 4aneira Kue ,erderia
KualKuer ,ro,Qsito a,licar a lei do valor co4o critRrio de ,rodutividade
do trabalho e de distribui/0o do ,roduto social. ra2 se4 lei do valor2
carece de sentido a ,rQ,ria valoriGa/0o do ca,ital. !ssi42 o ca,italis4o
dever e;tinguir'se n0o ,elo acM4ulo de deIiciJncias ,rodutivas2 ,orR42

42
OS ECONOMISTAS
ao contrrio2 e4 virtude da ,letora de sua ca,acidade criadora de riKueGa.
)ncontra'se nessa idRia u4 dos tra/os caracter3sticos da elabora/0o
dis' cursiva 4ar;iana9 certos Iatores s0o isolados e desenvolvidos atR o
e;tre4o2 de tal 4aneira Kue venha a destacar'se o 4;i4o de suas
virtualidades.
resultado n0o constitui2 todavia2 a ,revis0o de u4 curso
inelutvel2 ,ois o ,rQ,rio Har; revela2 adiante2 o Pogo contraditQrio
entre os vrios Iatores ,ostos e4 intera/0o2 o Kue altera os resultados
e;tra3dos da abs' tra/0o do desenvolvi4ento isolado de u4 deles.
Te4a de destaKue nos ,rundrisse2 abordado e4 a,recia/=es dis'
,ersas e e4 toda u4 se/0o es,ecial2 R o das Ior4as Kue ,recede4
a se,ara/0o entre o agente do ,rocesso de trabalho e a ,ro,riedade
dos 4eios de ,rodu/0o. Tal se,ara/0o constitui condi/0o ,rRvia
indis,en' svel ao surgi4ento do 4odo de ,rodu/0o ca,italista e
lhe 4arca o carter de organiGa/0o social historica4ente
transitQria. Isto ,orKue so4ente tal se,ara/0o ,er4ite Kue o agente
do ,rocesso de trabalho2 co4o ,ura Ior/a de trabalho subPetiva2
des,rovida de ,osses obPetivas2 se dis,onha ao assalaria4ento regular2
enKuanto2 ,ara os ,ro,rietrios dos 4eios de ,rodu/0o e de
subsistJncia2 a e;,lora/0o da Ior/a de trabalho assalariada R a
condi/0o bsica da acu4ula/0o do ca,ital 4ediante rela/=es de
,rodu/0o P de natureGa ca,italista. !s categorias es,ec3Iicas do 4odo
de ,rodu/0o ca,italista n0o constitu3a4 e;,ress0o de u4a
racionalidade su,ra'histQrica2 de leis naturais inalterveis2 con' Ior4e
,ensava4 os econo4istas clssicos2 4as2 ao contrrio2 seu sur'
gi4ento tinha data recente e sua vigJncia 4arcaria n0o 4ais Kue certa
R,oca histQrica deli4itada. )4 algu4as deGenas de ,ginas2 Kue tJ4
sido editadas e4 se,arado sob o t3tulo de $ormas 3ue Precedem a
Produo Capitalista2 Iora4 co4,endiadas2 a ,artir do e;a4e de vasto
4aterial historiogrIico2 sugest=es de e;traordinria Iecundidade2 Fs
Kuais o autor2 inIeliG4ente2 n0o ,Yde dar segui4ento2 delas
IaGendo e4,rego es,arso e4 Capital! *esta obra2 a o,/0o
4etodolQgica con' sistiu e4 concentrar o estudo da acu4ula/0o
originria nas condi/=es histQricas da Inglaterra.
s ,rundrisse co4,=e4'se de dois longos ca,3tulos2 dedicados
ao
dinheiro e ao ca,ital. Co4 Ior4ula/=es 4enos ,recisas e se4 a
4es4a organicidade2 a3 encontra4os ,arte da te4tica dos +ivros
Pri4eiro e Segundo de Capital! Seria2 contudo2 incorreto ,assar ,or
alto o avan/o ,ro,ria4ente teQrico cu4,rido entre os dois te;tos. Basta
ver2 ,or e;e4,lo2 Kue2 na Kuest0o do dinheiro2 Har; ainda se 4ostra2
nos ,rundrisse2 ,reso
a alguns as,ectos da teoria ricardiana2 contra a Kual travar
,olJ4ica resoluta logo e4 seguida2 e4 Para a Cr)tica da *conomia
Pol)tica. :e 4aneira idJntica2 a caracteriGa/0o do escravis4o
,lantacionista a4ericano co4o ano4alia ca,italista soIrer radical

53
MARX
reIor4ula/0o e4 Capital2 e4 cuPas ,ginas a escravid0o L a antiga
e a 4oderna L R se4,re inco4' ,at3vel co4 o 4odo de ,rodu/0o
ca,italista.
! riKueGa ,eculiar dos ,rundrisse reside nas nu4erosas e;,li'

51
OS ECONOMISTAS
cita/=es 4etodolQgicas2 ,ouco encontradi/as e4 Capital. Por se tratar
de rascunho2 os ,rundrisse e;ibe4 os andai4es 4etodolQgicos2 de,ois
retirados do te;to deIinitivo. ) esses andai4es denuncia4 a Iorte i4'
,regna/0o hegeliana do ,ensa4ento do autor. Precisa4ente durante
a reda/0o do rascunho2 Har; releu a %62ica de ?egel2 conIor4e escreveu
a )ngels. *0o sur,reende2 ,or isso2 Kue a ,rQ,ria linguage4 sePa2 e4
vrias ,assagens2 4oldada ,or ter4os e giros discursivos do
4estre da IilosoIia clssica ale40. ! tal ,onto Kue2 a certa altura2 Iicou
anotado
o ,ro,Qsito de dar nova reda/0o ao trecho a Ii4 de libert'lo da Ior4a
idealista de e;,osi/0o.
)nKuanto a crise econY4ica ,assava se4 convulsionar a
orde4 ,ol3tica euro,Ria2 Har; conseguiu chegar F reda/0o Iinal dos
dois ca' ,3tulos de Para a Cr)tica da *conomia Pol)tica2 ,ublicada
e4 #E5$. Segundo o ,lano ent0o e4 4ente2 o terceiro ca,3tulo2
dedicado ao ca' ,ital2 seria a continua/0o da Cr)tica2 u4 segundo
volu4e dela. Has o Kue a,areceu2 aIinal2 oito anos de,ois2 Ioi algo
be4 diverso2 resultante de substancial 4udan/a de ,lano.
)4 Paneiro de #E112 Har; P ,ossu3a e4 rascunho todo o
arca' bou/o de teses2 tal Kual se tornara4 conhecidas nos trJs
livros de Capital, desde o ca,3tulo inicial sobre a 4ercadoria atR
a teoria da renda da terra2 ,assando ,elas teorias da 4ais'valia2
da acu4ula/0o do ca,ital2 do e;Rrcito industrial de reserva2 da
circula/0o e re,rodu/0o do ca,ital social total2 da transIor4a/0o do
valor e4 ,re/o de ,rodu/0o2 da Kueda tendencial da ta;a 4Rdia de
lucro2 dos ciclos econY4icos e da distribui/0o da 4ais'valia nas
Ior4as ,articulares de lucro indus' trial2 lucro co4ercial2 Puro e
renda da terra. *estes trJs livros2 Kue Ior4aria4 u4a obra Mnica2
seria4 abordados os te4as n0o sQ do ca' ,ital2 4as ta4bR4 do
trabalho assalariado e da ,ro,riedade territorial2 Kue dei;ara4 de
constituir obPeto de volu4es es,eciais. )stado2 o co4Rrcio
internacional2 o 4ercado 4undial e as crises L ,lanePados ta4bR4
,ara livros es,eciais L Iicava4 ,ostergados. ! nova obra seria
intitulada Capital e so4ente co4o subt3tulo R Kue co4,areceria
a re,etida Cr)tica da *conomia Pol)tica! Por Mlti4o2 co,iosos
co4en' trios e disserta/=es P estava4 redigidos ,ara o ta4bR4
,roPetado livro sobre a histQria das doutrinas econY4icas. autor
,odia2 ,or conseguinte2 lan/ar'se F reda/0o Iinal de ,osse de
co4,leto conPunto teQrico2 Kue devia Ior4ar2 nas suas ,alavras2 u4
Vtodo art3sticoW.
)4 #E152 a reda/0o de Capital Ioi considerada tareIa ,rioritria
aci4a do co4,areci4ento ao Pri4eiro Congresso da !ssocia/0o Inter'
nacional dos Trabalhadores2 realiGado e4 Genebra se4 a ,resen/a de
Har;. )ste2 a conselho de )ngels2 decidiu'se F ,ublica/0o isolada
do +ivro Pri4eiro2 concentrando'se na sua reda/0o Iinal. )4
sete4bro de #E1&2 o +ivro Pri4eiro vinha a ,Mblico na !le4anha2

54
MARX
lan/ado ,elo editor ha4burguJs Heissner.
Gra/as2 e4 boa ,arte2 aos esIor/os ,ublicitrios de )ngels2 a Vcons'

55
OS ECONOMISTAS
,ira/0o do silJncioW2 Kue cercava os escritos 4ar;ianos nos 4eios cultos2
co4e/ou a ser Kuebrada. Curiosa4ente2 a ,ri4eira resenha2 alis
Ia' vorvel2 de u4 ,roIessor universitrio Ioi a de )ugen :Ohring2 o
4es4o contra o Kual )ngels2 deG anos de,ois2 travaria i4,lacvel
,olJ4ica. )logios calorosos chegara4 de Ruge2 o antigo co4,anheiro da
esKuerda hegeliana2 e de Feuerbach2 o res,eitado IilQsoIo Kue 4arcara
4o4ento t0o i4,ortante na evolu/0o do ,ensa4ento 4ar;iano.
)4bora a tradu/0o inglesa n0o se concretiGasse na ocasi0o2
de' ce,cionando as e;,ectativas do autor2 houve a co4,ensa/0o da
tradu/0o russa P e4 #E&62 lan/ada co4 notvel J;ito de venda. "*o seu
,arecer2
a censura cGarista declarou tratar'se de livro se4 dMvida
socialista2 4as inacess3vel F 4aioria e4 virtude da Ior4a
4ate4tica de de' 4onstra/0o cient3Iica2 4otivo ,or Kue n0o seria
,oss3vel ,ersegui'lo diante dos tribunais(. )4 seguida2 veio2 editada
e4 Iasc3culos2 a tra' du/0o Irancesa2 da Kual o ,rQ,rio autor IeG a
revis0o2 co4 o Kue a tradu/0o ganhou valor de original. )4 #E&D2
Ioi ,ublicada a segunda edi/0o ale402 Kue trou;e u4 ,osIcio 4uito
i4,ortante ,elos esclare' ci4entos de carter 4etodolQgico. )4bora
a segunda Iosse a Mlti4a e4 vida do autor2 a edi/0o deIinitiva R
considerada a Kuarta2 de #E$%2 na Kual )ngels introduGiu
4odiIica/=es e;,ressa4ente indicadas ,or Har;.
Faltava2 no entanto2 a reda/0o Iinal dos +ivros Segundo e
Ter' ceiro. Har; trabalhou neles atR #E&E2 se4 co4,letar a tareIa. N
Unsia insacivel de novos conheci4entos e de rigorosa atualiGa/0o
co4 os aconteci4entos da vida real P n0o corres,ondia a habitual
ca,acidade de trabalho. Har; Iicava i4,edido de KualKuer esIor/o
durante longos ,er3odos2 debilitado ,or doen/as crYnicas agravadas.
!lR4 disso2 absorvia4'no as e;igJncias da ,ol3tica ,rtica. :e
#E17 a #E&D2 e4,enhou'se nas articula/=es e ca4,anhas da !ssocia/0o
Internacional dos Trabalhadores2 Kue ,assou F histQria co4o a Pri4eira
Internacional. )4 #E15 ,ronunciou a conIerJncia de ,ublica/0o
,Qs' tu4a sob o t3tulo <al(rio, Preo e %ucro.
C4 esIor/o intenso lhe e;igira42 no seio da !ssocia/0o2 as
di' vergJncias co4 os ,artidrios de Proudhon e de Ba\unin. )4
#E&#2 cheIiou a solidariedade internacional F Co4una de Paris e2
acerca de sua e;,eriJncia ,ol3tica2 escreveu A ,uerra Civil na
$rana. cu,a' ra4'no2 e4 seguida2 os ,roble4as da social'
de4ocracia ale402 liderada2 in loco2 ,or Bebel e +ieb\necht. ! Ius0o
dos ade,tos da social'de4o' cracia de orienta/0o 4ar;ista co4 os
seguidores de +assalle nu4 ,ar' tido o,errio Mnico ensePou a Har;2
e4 #E&52 a reda/0o de notas2 de Iunda4ental signiIica/0o ,ara a
teoria do co4unis4o2 reunidas no ,e' Kueno volu4e intitulado Cr)tica
do Pro2rama de ,otha. )4 #EE#'#EE62 a,Qs as escassas ,ginas e4
Kue Iora4 escritas as ,losas "ar2inais ao Tratado de *conomia
Pol)tica de Adolph @a2ner2 a ,ena de Har;2 Kue desliGara atravRs de

56
MARX
asso4brosa Kuantidade de Iolhas de ,a,el2 colocava o deIinitivo
,onto Iinal. )sgotado e abatido ,ela 4orte da

5'
OS ECONOMISTAS
es,osa e de u4a das Iilhas2 a,agou'se2 e4 #EED2 o cRrebro daKuele
Kue
)ngels2 na ora/0o IMnebre2 disse ter sido o 4aior ,ensador do seu te4,o.
*os doGe anos e4 Kue sobreviveu ao a4igo2 )ngels continuou
criativo atR os Mlti4os dias2 ,roduGindo obras da altura de %udAi2
$euer.ach e o $im da $ilosofia Cl(ssica Alem. Sobre os seus o4bros
,esava a res,onsabilidade de coordena/0o do 4ovi4ento socialista in'
ternacional2 o Kue lhe i4,unha crescente carga de trabalho. *o
4eio de toda essa atividade2 nunca dei;ou de ter ,or tareIa
,ri4ordial a de traGer a ,Mblico os dois +ivros de Capital ainda
inRditos. ) cu4,riu
a tareIa co4 e;e4,lar co4,etJncia e ,robidade.
s 4anuscritos de Har; encontrava4'se e4 diversos graus
de ,re,ara/0o. SQ a 4enor ,arte ganhara reda/0o deIinitiva. ?avia2
,orR42 longas e;,osi/=es co4 lacunas e des,rovidas de v3nculos
4ediadores. Vrios assuntos tinha4 sido abordados t0o'so4ente e4
notas soltas. Por Ii42 u4 ca,3tulo i4,rescind3vel a,enas contava co4
o t3tulo. Tudo isso2 se4 Ialar na ,Rssi4a caligraIia dos 4anuscritos2 Fs
veGes inco4' ,reens3vel atR ,ara o autor. ! tareIa2 ,or conseguinte2
ia 4uito alR4 do Kue2 e4 regra2 se atribui a u4 editor. Seria
,reciso Kue )ngels assu4isse certo grau de co'autoria2 o Kue IeG2
n0o obstante2 co4 o 4;i4o escrM,ulo. ConIor4e e;,licou
4inuciosa4ente nos PreIcios2 evitou substituir a reda/0o de Har;
,ela sua ,rQ,ria e4 KualKuer ,arte. *0o Kueria Kue sua reda/0o2
su,er,osta aos 4anuscritos origi' nais2 suscitasse discuss=es acerca da
autenticidade do ,ensa4ento 4ar' ;iano. +i4itou'se a ordenar os
4anuscritos de acordo co4 as indica/=es do ,lano do autor2
,reenchendo as Qbvias lacunas e introduGindo trechos de liga/0o ou de
atualiGa/0o2 se4,re entre colchetes e identiIicados ,elas iniciais F.
).2 ta4bR4 ,resentes nas notas de roda,R destinadas
a inIor4a/=es adicionais ou 4es4o a desenvolvi4entos teQricos. Igual'
4ente assinado co4 as iniciais F. ).2 escreveu ,or inteiro o
Ca,3tulo IV do +ivro Terceiro2 sobre a rota/0o do ca,ital e res,ectiva
inIluJncia na ta;a de lucro. )screveu ainda vrios PreIcios2
ad4irveis ,elo trata4ento de ,roble4as bsicos e ,ela Ior/a
,olJ4ica2 be4 co4o dois su,le4entos ao +ivro Terceiro9 sobre a lei do
valor e Ior4a/0o da ta;a 4Rdia de lucro e sobre a Bolsa.
Se2 dessa 4aneira2 Ioi ,oss3vel salvar o legado de Har; e editar
o +ivro Segundo2 e4 #EE52 e o +ivro Terceiro2 e4 #E$72 R evidente
Kue estes n0o ,oderia4 a,resentar a e;,osi/0o acabada e
brilhante do +ivro Pri4eiro. Has )ngels2 ao 4orrer ,ouco de,ois
de ,ublicado
o Mlti4o +ivro2 havia cu4,rido a tareIa. Restava4 os 4anuscritos
sobre a histQria das doutrinas econY4icas2 Kue deveria4 constituir
o +ivro Suarto. rdenou'os e editou'os Kauts\-2 sob o t3tulo de

5/
MARX
Teorias da "ais-Valia, entre #$%5 e #$#%. Instituto de Har;is4o'
+eninis4o "original4ente Instituto Har;')ngels2 Iundado ,or :.
RiaGanov e res' ,onsvel ,ela ,ublica/0o dos 4anuscritos 4ar;ianos
na Cni0o SoviR'

50
OS ECONOMISTAS
tica( lan/ou nova edi/0o e4 #$572 e;,urgada das interven/=es arbi'
trrias de Kauts\-.
)4 #$DD2 o 4es4o Instituto havia ,ublicado o te;to de u4
ca,3tulo inRdito2 ,lanePado ,ara Iigurar no +ivro Pri4eiro de
Capital e Kue Har; resolvera su,ri4ir. *u4erado co4o se;to e sob o
t3tulo de -esultados do Processo /mediato da Produo, o ca,3tulo
contR4 u4a s3ntese do +ivro Pri4eiro e serviria ta4bR4 de
transi/0o ao +ivro Segundo.
III( U.ific;<o I.#er:isci!%i.r :s Ci-.cis =$*.s
)4 ,ri4eiro lugar2 Capital R2 se4 a 4enor dMvida2 u4a obra
de )cono4ia Pol3tica. ! a4,litude de sua conce,/0o desta ciJncia su'
,era2 ,orR42 os 4elhores clssicos burgueses e contrasta co4 a estrita
es,ecialiGa/0o e4 Kue o 4arginalis4o ,retendeu conIinar a anlise
econY4ica. *as se/=es subseKOentes2 tere4os o,ortunidade de IocaliGar
o Kue se tornou a )cono4ia Pol3tica sub4etida ao trata4ento 4ar;iano.
*esta altura2 abordare4os outros as,ectos.
[ Kue Capital constitui2 ,or e;celJncia2 u4a obra de uniIica/0o
interdisci,linar das ciJncias hu4anas2 co4 vistas ao estudo
4ultila' teral de deter4inada Ior4a/0o social. CniIica/0o entre a
)cono4ia Pol3tica e a Sociologia2 a ?istoriograIia2 a :e4ograIia2 a
GeograIia )conY4ica e a !ntro,ologia.
!s categorias econY4icas2 ainda Kuando analisadas e4 n3veis
elevados de abstra/0o2 se enla/a42 de 4o4ento a 4o4ento2 co4
os Iatores e;tra'econY4icos inerentes F Ior4a/0o social. )stado2
a le' gisla/0o civil e ,enal "e4 es,ecial2 a legisla/0o reIerente Fs
rela/=es de trabalho(2 a organiGa/0o Ia4iliar2 as Ior4as associativas
das classes sociais e seu co4,orta4ento e4 situa/=es de conIlito2
as ideologias2 os costu4es tradicionais de nacionalidades e regi=es2 a
,sicologia social
L tudo isso R IocaliGado co4 riKueGa de detalhes2 se4,re Kue a
e;' ,lica/0o dos IenY4enos ,ro,ria4ente econY4icos adKuira na
intera/0o co4 IenY4enos de outra orde4 categorial u4a ilu4ina/0o
indis,en' svel ou u4 enriKueci4ento cognoscitivo. !ssi42 ao
contrrio do Kue ,retende4 cr3ticas t0o reiteradas2 o enIoKue
4ar;iano da instUncia econY4ica n0o R econo4icista2 u4a veG Kue n0o
a isola da tra4a variada do tecido social. Kue2 convR4 enIatiGar2 n0o
re,resenta incoerJncia2 4as2 ao contrrio2 ,erIeita coerJncia co4 a
conce,/0o do 4aterialis4o histQrico enKuanto teoria sociolQgica geral9
a conce,/0o segundo a Kual
a instUncia econY4ica2 sendo a base da vida social dos ho4ens2
n0o e;iste sen0o ,er4eada ,or todos os as,ectos dessa vida social2 os
Kuais2 ,or sua veG2 sob 4odalidades diIerenciadas2 s0o instUncias
da su,e' restrutura ,ossuidoras de desenvolvi4ento autYno4o relativo
e inIluJn' cia retroativa sobre a estrutura econY4ica.
bra de )cono4ia Pol3tica e de Sociologia2 Capital ta4bR4 R

51
MARX
obra de ?istoriograIia. ! tese de Kue o 4odo de ,rodu/0o
ca,italista te4 e;istJncia histQrica2 de Kue nasceu de deter4inadas
condi/=es cria'

52
OS ECONOMISTAS
das ,elo desenvolvi4ento social e de Kue criar2 ele ,rQ,rio2 as condi/=es
,ara o seu desa,areci4ento e substitui/0o ,or u4 novo 4odo de
,ro' du/0o L esta tese2 P ,or si 4es4a2 ta4bR4 e;ige abordage4
histQrica
e2 ,or conseguinte2 i4,lica o trata4ento ,or 4eio de
,rocedi4entos caracter3sticos da ?istoriograIia. !ntes de tudo2 se4
dMvida2 trata'se de ?istoriograIia econY4ica2 Kue abrange
e;,osi/=es eruditas sobre o desenvolvi4ento das Ior/as ,rodutivas2
estudos es,ecialiGados sobre Kuest=es de tecnologia2 ,esKuisas
inovadoras sobre o co4Rrcio2 o crRdito2 as Ior4as de ,ro,riedade
territorial e a gJnese da renda da terra e2 co4 destaKue ,articular2
sobre a Ior4a/0o da 4oderna classe o,erria. Has2 e4 rela/0o 4es4o
co4 a histQria econY4ica2 te4os outrossi4 a histQria das institui/=es
,ol3ticas2 a evolu/0o das nor4as Pur3dicas "vePa' se o estudo ,ioneiro
sobre a legisla/0o trabalhista(2 a histQria das re' la/=es
internacionais.
s estudos sobre a lei da ,o,ula/0o do 4odo de ,rodu/0o
ca,i' talista2 be4 co4o sobre 4igra/=es e coloniGa/0o2 IocaliGa4
te4as de evidente contato entre a )cono4ia Pol3tica e a
:e4ograIia. Por Ii42 encontra4os incurs=es e sugest=es nos U4bitos
da GeograIia econY4ica
e da !ntro,ologia.
! decidida rePei/0o do geodeter4inis4o n0o conduG ao desconhe'
ci4ento dos condiciona4entos geogrIicos2 cuPa inIluJncia no desen'
volvi4ento das Ior/as ,rodutivas e das Ior4a/=es sociais R ,osta
e4 destaKue.
)4 contra,artida2 acentua'se a a/0o transIor4adora do 4eio geo'
grIico ,elo ho4e42 de tal 4aneira Kue as condi/=es geogrIicas se
hu4aniGa42 F 4edida Kue se torna4 ,rolonga4ento do ,rQ,rio ho4e4.
Has a humani&ao da natureGa ne4 se4,re te4 sido u4
,rocesso har4Ynico. Har; Ioi dos ,ri4eiros a a,ontare4 o carter
,redador da burguesia2 co4 reiteradas reIerJncias2 ,or e;e4,lo2 F
destrui/0o dos recursos naturais ,ela agricultura ca,italista. Sob este
as,ecto2 4erece ser considerado ,recursor dos 4odernos 4ovi4entos
de deIesa da eco' logia e4 beneI3cio da vida hu4ana.
:o ,onto de vista da !ntro,ologia2 o Kue sobreleva R a rela/0o
do ho4e4 co4 a natureGa ,or 4eio do trabalho e a hu4aniGa/0o sob
o as,ecto de autocria/0o do ho4e4 no ,rocesso de transIor4a/0o
da natureGa ,elo trabalho. !s 4udan/as nas Ior4as de trabalho
consti' tue4 os indicadores bsicos da 4udan/a das rela/=es de
,rodu/0o e das Ior4as sociais e4 geral do intercurso hu4ano.
trabalho R2 ,or' tanto2 o Iunda4ento antro,olQgico das rela/=es
econY4icas e sociais e4 geral. u sePa2 e4 resu4o2 o Kue Har;
,ro,=e R a !ntro,ologia do homo fa.er.
)4bora de 4aneira de todo n0o convencional2 Capital se cre'
dencia co4o realiGa/0o IilosQIica basilar. Co4o sugeriu JeleGn-2 o livro

63
MARX
4ar;iano IaG ,arte das obras Kue assinalara4 inova/=es essenciais na
orienta/0o lQgica e 4etodolQgica do ,ensa4ento. Se4 KualKuer
e;,o'

61
OS ECONOMISTAS
si/0o siste4tica2 ,orR4 a,licando'a e4 tudo e ,or tudo2 Har; desen'
volveu a 4etodologia do 4aterialis4o dialRtico e se situou2 a Pusto
t3tulo2 a ,ar co4 aKueles criadores de idRias Kue 4arcara4 R,oca
no ,ensa4ento sobre o ,ensa4ento L de !ristQteles a :escartes2
Bacon2 +oc\e2 +eibniG2 Kant e ?egel.
Para este Mlti4o2 co4 o Kual Har; teve rela/0o direta de se'
KOJncia e su,era/0o2 a lQgica ,or si 4es4a se identiIica F ontologia2
a IdRia !bsoluta R o ,rQ,rio Ser. !ssi42 a ontologia sQ ,odia ter carter
idealista e es,eculativo2 obrigando a dialRtica L 4;i4a conKuista da
IilosoIia hegeliana L a abrir ca4inho e4 4eio a esKue4as ,rR'
cons' tru3dos. Co4 se4elhante conIigura/0o2 a dialRtica era
i4,restvel ao trabalho cient3Iico e2 ,or isso 4es4o2 Ioi se,ultada
no olvido ,elos cientistas2 Kue a ,reterira4 e4 Iavor do
,ositivis4o. Suando deu F dialRtica a conIigura/0o 4aterialista
necessria2 Har; e;,urgou'a das ,ro,ens=es es,eculativas e
adeKuou'a ao trabalho cient3Iico. !o invRs de subsu4ir a ontologia
na lQgica2 s0o as categorias econY4icas e sua histQria concreta Kue
,=e4 F ,rova as categorias lQgicas e lhes i4,ri' 4e4 4ovi4ento. !
lQgica n0o se identiIica F ontologia2 o ,ensa4ento n0o se identiIica ao
ser. ! consciJncia R consciJncia do ser ,rtico'4a' terial Kue R o
ho4e4. ! dialRtica do ,ensa4ento se torna a re,rodu/0o teQrica da
dialRtica originria inerente ao ser2 re,rodu/0o isenta de esKue4as
,rR'constru3dos e i4,ostos de ci4a ,ela ontologia idealista. Has2 ao
contrrio de re,rodu/0o ,assiva2 de reIle;o es,ecular do ser2
o ,ensa4ento se 4aniIesta atravRs da ativa interven/0o es,iritual Kue
realiGa o trabalho inIindvel do conheci4ento. Trabalho criador de hi'
,Qteses2 categorias2 teore4as2 4odelos2 teorias e siste4as teQricos.
M>#o:o e es#r$#$r :e ?O C!i#%@
! esta altura2 chega4os a u4a Kuest0o crucial nas discuss=es
4ar;istas e 4ar;olQgicas9 a da inIluJncia de ?egel sobre Har;.
Suando estudava a Ci+ncia da %62ica2 sur,reendeu'se +Jnin co4
o 4;i4o de 4aterialis4o ao longo da 4ais idealista das obras de
?egel. Co4 JnIase ,eculiar2 aIir4ou Kue n0o ,oderia co4,reender
Capital Kue4 n0o IiGesse o ,rRvio estudo da %62ica hegeliana.
,osta Ioi a ,osi/0o de Stlin. Considerou a IilosoIia
hegeliana re,resentativa da aristocracia reacionria e 4ini4iGou sua
inIluJncia na Ior4a/0o do 4ar;is4o. ! desIigura/0o stalinista da
dialRtica se consu4ou nu4 esKue4a ,etriIicado ,ara a,lica/0o se4
4edia/=es a KualKuer n3vel da realidade.
)nKuanto Rosdols\- ressaltou2 ,or 4eio de anlise 4inuciosa
dos ,rundrisse2 a rela/0o entre ?egel e Har;2 Kuase ao 4es4o te4,o2
!lthusser2 Kue nunca deu i4,ortUncia aos ,rundrisse2 enIatiGou a su'
,osta ausJncia do hegelianis4o na Ior4a/0o de Har; e a ine;istJncia
de tra/os hegelianos na obra 4ar;iana2 aci4a de tudo e4
Capital. :entro de se4elhante orienta/0o2 !lthusser n0o se Iurtaria

64
MARX
de louvar

65
OS ECONOMISTAS
Stlin ,or haver de,urado o 4aterialis4o dialRtico da e;crescJncia
hegeliana t0o e4bara/osa Kuanto a nega/0o da nega/0o. Segundo Go'
delier2 esta seria u4a categoria a,enas aceita ,or )ngels e n0o
,or Har;. !de4ais2 Godelier considerou e4bara/osa a ,rQ,ria
contradi/0o dialRtica e ,ro,Ys sua subordina/0o ao conceito de limite
estrutural2 o Kue2 na ,rtica2 torna a contradi/0o dialRtica
dis,ensvel ao ,rocesso discursivo.
! anlise da estrutura lQgica de Capital Ieita ,or JeleGn- con'
Iir4a2 n0o 4enos Kue a de Rosdols\-2 o enIoKue de +Jnin e n0o o
de Stlin. [ i4,oss3vel ca,tar o Pogo das categorias na obra
4ar;iana se4 do4inar o ,rocedi4ento da deriva/0o dialRtica2 a
,artir das con' tradi/=es internas dos IenY4enos2 ou sePa2 a ,artir de
u4 ,rocedi4ento lQgico inaugurado2 co4 carter siste4tico2 ,or
?egel. Se4 dMvida2 R ,reciso Irisar ta4bR4 Kue Har; rePeitou a
identidade hegeliana dos contrrios2 distinguindo tal ,ostulado
idealista de sua ,rQ,ria conce,/0o 4aterialista da unidade dos
contrrios "a este res,eito2 te4 raG0o Go' delier Kuando a,onta a
conIus0o e4 certas Ior4ula/=es de +Jnin e Hao'Tse'Tung sobre a
Videntidade dos contrriosW(.
! deriva/0o dialRtica 4aterialista R a,licada e4 todo o traPeto
da e;,osi/0o 4ar;iana2 ,orR4 ,rovoca i4,acto logo no ca,3tulo inicial
sobre a 4ercadoria2 ,or isso 4es4o causador de tro,e/os aos
leitores des,rovidos de Ia4iliaridade co4 o 4Rtodo dialRtico. Contudo2
a deri' va/0o dialRtica2 Kue o,era co4 as contradi/=es i4anentes nos
IenY4e' nos2 n0o su,ri4e a deriva/0o dedutiva ,rQ,ria da lQgica Ior4al2
baseada Pusta4ente no ,rinc3,io da n0o'contradi/0o. )4 Capital2
s0o cor' rentes as inIerJncias dedutivas2 aco4,anhadas de
e;,osi/=es ,or via lQgico'Ior4al. :a32 alis2 o recurso IreKOente aos
4odelos 4ate4ticos de4onstrativos2 Kue revela42 dentro de
estruturas categoriais deIini' das2 o dina4is4o das 4odiIica/=es
Kuantitativas e ,=e4 F luG suas leis internas. ConKuanto
considerasse Ialsas as ,re4issas das Kuais Har; ,artiu2 B_h4'
BaXer\ n0o dei;ou de 4aniIestar ad4ira/0o ,ela Ior/a lQgica do
adversrio. *0o obstante2 sePa Irisado2 a lQgica Ior4al est ,ara a
lQgica dialRtica2 na obra 4ar;iana2 assi4 co4o a 4ecUnica de *eXton
est ,ara a teoria da relatividade de )instein. u sePa2 a ,ri4eira
a,lica'se a u4 n3vel inIerior do conheci4ento da realidade co4
rela/0o F segunda.
Har; distinguiu entre investiga/0o e e;,osi/0o. ! investiga/0o
e;ige o 4;i4o de esIor/o ,oss3vel no do43nio do 4aterial Iatual.
,rQ,rio Har; n0o descansava enKuanto n0o houvesse consultado
todas as Iontes inIor4ativas de cuPa e;istJncia to4asse conheci4ento.
Ii4 Mlti4o da investiga/0o consiste e4 se a,ro,riar e4 detalhe da
4atRria investigada2 analisar suas diversas Ior4as de
desenvolvi4ento e des' cobrir seus ne;os internos. So4ente de,ois
de cu4,rida tal tareIa2 seria ,oss3vel ,assar F e;,osi/0o2 isto R2 F

66
MARX
re,rodu/0o ideal da vida da 4atRria. ! esta altura2 advertiu Har;
Kue2 se isto Ior conseguido2

6'
OS ECONOMISTAS
V"...( ent0o ,ode ,arecer Kue se est diante de u4a constru/0o a prioriW.
Por Kue se4elhante advertJnciaZ
[ Kue a e;,osi/0o deve Iigurar u4 Vtodo art3sticoW. Suas diversas
,artes ,recisa4 se articular de 4aneira a constitu3re4 u4a totalidade
orgUnica e n0o u4 dis,ositivo e4 Kue os ele4entos se Pusta,=e4 co4o
so4atQrio 4ecUnico. ra2 a realiGa/0o do Vtodo art3sticoW ou da
Vtota' lidade orgUnicaW ,ressu,unha a a,lica/0o do 4odo lQgico e
n0o do 4odo histQrico de e;,osi/0o. u sePa2 as categorias
deveria4 co4,a' recer n0o de acordo co4 a sucess0o eIetiva na
histQria real2 ,orR4 conIor4e as rela/=es internas de suas
deter4ina/=es essenciais2 no Kuadro da sociedade burguesa. Por
conseguinte2 o trata4ento lQgico da 4atRria IaG da e;,osi/0o a Ior4a
organiGacional a,ro,riada do co' nheci4ento a n3vel categorial'
siste4tico e resulta na radical su,era/0o do historicis4o "entendido o
historicis4o2 na ace,/0o 4ais a4,la2 co4o
a co4,reens0o da histQria ,or seu Ilu;o singular2 consubstanciado na
sucess0o Mnica de aconteci4entos ou Iatos sociais(. ! e;,osi/0o lQgica
aIir4a a orienta/0o anti'historicista na substitui/0o da sucess0o
his' tQrica ,ela articula/0o siste4tica entre categorias abstratas2 de
acordo co4 suas deter4ina/=es intr3nsecas. :a3 Kue ,ossa assu4ir a
a,arJncia de constru/0o i4,osta F realidade de ci4a e ,or Iora.
*a verdade2 trata'se a,enas de i4,ress0o su,erIicial contra a
Kual R ,reciso estar ,revenido. PorKue2 se su,era o histQrico2 o
lQgico n0o o su,ri4e. )4 ,ri4eiro lugar2 se o lQgico R o Iio
orientador da e;,osi/0o2 o histQrico n0o ,ode ser dis,ensado na
condi/0o de contra' ,rova. :a3 a ,assage4 IreKOente de n3veis
elevados de abstra/0o a concretiGa/=es Iatuais e4 Kue a
de4onstra/0o dos teore4as assu4e ,rocedi4entos historiogrIicos.
)4 segundo lugar2 ,orR4 co4 ainda 4aior i4,ortUncia2 ,orKue o
trata4ento histQrico se torna i4,rescin' d3vel nos ,rocessos de gJnese
e transi/0o2 se4 os Kuais a histQria ser i4,ensvel. )4 tais
,rocessos2 o trata4ento ,ura4ente lQgico condu' Giria aos esKue4as
arbitrrios divorciados da realidade Iatual. Por isso 4es4o2 te4as
co4o os da acu4ula/0o originria do ca,ital e da Ior' 4a/0o da
4oderna indMstria Iabril Iora4 e;,ostos segundo o 4odo histQrico2
inserindo'se e4 Capital na Kualidade de estudos historio' grIicos
de carter 4onogrIico.
)4 su4a2 o lQgico n0o constitui o resu4o do histQrico2 ne4
h ,aralelis4o entre u4 e outro "conIor4e ,retendeu )ngels(2 ,orR4
en' trela/a4ento2 cruGa4ento2 circularidade.
! inter,reta/0o althusseriana conIeriu estatuto ,rivilegiado ao
4odo de e;,osi/0o e atribuiu Fs ,artes histQricas de Capital o carter
de 4era ilustra/0o e4,irista. Se be4 Kue co4 PustiIicadas raG=es ,u'
sesse e4 relevo a siste4aticidade 4ar;iana2 !lthusser IeG dela
u4a estrutura Ior4al des,rendida da histQria concreta2 o Kue o
,rQ,rio Har; e;,licita4ente rePeitou.

6/
MARX
trata4ento lQgico R ta4bR4 o Kue 4elhor ,ossibilita e2 no

60
OS ECONOMISTAS
4ais Iunda4ental2 o Mnico Kue ,ossibilita alcan/ar aKuele n3vel da
essJncia e4 Kue se revela4 as leis do 4ovi4ento da realidade obPetiva.
PorKue2 e4 Capital, a Iinalidade do autor consistiu e4 desvendar
a lei econY4ica da sociedade burguesa ou2 e4 diIerente
Ior4ula/0o2 as leis do nasci4ento2 desenvolvi4ento e 4orte do
4odo de ,rodu/0o ca,italista.
*u4a R,oca e4 Kue ,revalecia a conce,/0o 4ecanicista nas ciJn'
cias I3sicas2 Har; Ioi ca,aG de desvencilhar'se dessa conce,/0o e
Ior' 4ular as leis econY4icas ,reci,ua4ente co4o leis tendenciais. u
sePa2 co4o leis deter4inantes do curso dos IenY4enos e4 4eio a
Iatores contra,ostos2 Kue ,rovoca4 oscila/=es2 desvios e atenua/=es
,rovisQrias. !s leis tendenciais n0o s0o2 ne4 ,or isso2 leis
estat3sticas2 ,robabili' dades e4 grandes 4assas2 ,orR4 leis
rigorosa4ente causais. ! lei tendencial sintetiGa a 4aniIesta/0o
direcionada2 constante e regular
L n0o ocasional L da intera/0o e o,osi/0o entre Iatores i4anentes
na realidade Ieno4enal.
Co4o P observa4os2 o ,lano da estrutura de Capital Ioi
lon' ga4ente trabalhado e soIreu 4odiIica/=es2 F 4edida Kue o
autor ga' nhava 4aior do43nio da 4atRria. resultado R u4a
arKuitetura i4' ,onente2 cheia de sutileGas i4,erce,t3veis F ,ri4eira
vista2 cuPo estudo
P instigou abordagens es,ecialiGadas.
Sob a ,ers,ectiva de conPunto2 h u4a linha divisQria entre
os +ivros Pri4eiro e Segundo2 de u4 lado2 e o +ivro Terceiro2 de
outro. +inha divisQria Kue n0o diG res,eito F se,ara/0o entre
Kuest=es 4i' croeconY4icas e 4acroeconY4icas2 ,ois nos trJs +ivros
encontra4os u4as e outras2 conKuanto se ,ossa aIir4ar Kue o
+ivro Segundo R o 4ais voltado F 4acroecono4ia. ! distin/0o
estrutural obedece a critRrio diIerente. s dois ,ri4eiros +ivros s0o
dedicados ao Vca,ital e4 geralW2 ao ca,ital e4 sua identidade
uniIor4e. +ivro Terceiro aborda a concorrJncia entre os ca,itais
concretos2 diIerenciados ,ela Iun/0o es' ,ec3Iica e ,ela 4odalidade de
a,ro,ria/0o da 4ais'valia.
Vca,ital e4 geralW R2 segundo Har;2 a VKuintessJncia do
ca,italW2 aKuilo Kue identiIica o ca,ital enKuanto ca,ital e4
KualKuer circuns' tUncia. *o +ivro Pri4eiro2 trata'se do ca,ital e4
sua rela/0o direta de e;,lora/0o da Ior/a de trabalho assalariada. Por
isso 4es4o2 o locus ,reIerencial R a Ibrica e o te4a ,rinci,al R o
,rocesso de cria/0o e acu4ula/0o da 4ais'valia. ! 4odalidade
e;,onencial do ca,ital R o ca,ital industrial2 ,ois so4ente ele atua
no ,rocesso de cria/0o da 4ais'valia. *o +ivro Segundo2 trata'se
da circula/0o e da re,rodu/0o do ca,ital social total. ca,ital R
se4,re ,lural2 4Mlti,lo2 4as circula
e se re,roduG co4o se Iosse u4 sQ ca,ital social de acordo co4 e;igJncias
Kue se i4,=e4 e4 4eio a inu4erveis Ilutua/=es e Kue d0o ao 4ovi'

61
MARX
4ento geral do ca,ital u4a Ior4a c3clica.
*o +ivro Terceiro2 os ca,itais se diIerencia42 se individualiGa42
e o 4ovi4ento global R enIocado sob o as,ecto da concorrJncia entre

62
OS ECONOMISTAS
os ca,itais individuais. Por isso 4es4o2 R a esta altura Kue se aborda
o te4a da Ior4a/0o da ta;a 4Rdia ou geral do lucro e da transIor4a/0o
do valor e4 ,re/o de ,rodu/0o. :e acordo co4 as Iun/=es
es,ec3Iicas Kue dese4,enha4 no circuito total da econo4ia ca,italista
L na ,ro' du/0o2 na circula/0o e no crRdito L2 os ca,itais individuais
a,ro,ria4'se de Ior4as distintas de 4ais'valia9 lucro industrial2
lucro co4ercial2 Puros2 cabendo F ,ro,riedade territorial a renda da
terra2 ta4bR4 ela u4a Ior4a ,articular da 4ais'valia. ! lei dinU4ica
direcionadora desse e4bate concorrencial entre os ca,itais individuais
,ela a,ro,ria/0o da 4ais'valia R a lei da Kueda tendencial da ta;a
4Rdia de lucro.
! estrutura de Capital2 segundo +ange2 Ioi 4ontada de acordo
co4 u4 ,lano Kue ,arte do n3vel 4ais alto de abstra/0o2 no Kual
se IocaliGa4 Iatores isolados ou no 4enor nM4ero ,oss3vel2 da3
,rocedendo ,or concretiGa/0o ,rogressiva2 F 4edida Kue se
acrescenta4 novos Ia' tores2 no sentido da a,ro;i4a/0o cada veG
4aior e 4ultilateral F rea' lidade Iatual. ! esta inter,reta/0o2 no
geral correta2 acrescenta4os Kue o trUnsito do abstrato ao concreto
se IaG e4 todo o ,ercurso2 a co4e/ar ,elo +ivro Pri4eiro. J nele2
encontra4os o Pogo dialRtico da ,assage4 do abstrato ao concreto
real e vice'versa.
:oravante2 co4entare4os alguns te4as de Capital, seleciona'
dos ,or sua signiIica/0o sistJ4ica ou ,ela relevUncia das controvRrsias
Kue suscitara4.
IV( Merc:ori e V%or
:e S4ith e Ricardo recebeu Har; a teoria do valor'trabalho9 a
idRia de Kue o trabalho e;igido ,ela ,rodu/0o das 4ercadorias 4ede
o valor de troca entre elas e constitui o ei;o e4 torno do Kual oscila4
os ,re/os e;,ressos e4 dinheiro. !o e;,licitar Kue se tratava do tempo
de tra.alho incorporado 0s mercadorias2 Ricardo clariIicou a
4edida do valor de troca2 e4bora se enredasse no insolMvel ,roble4a do
,adr0o invarivel do valor.
C4a veG Kue ,artia4 do valor'trabalho2 S4ith e Ricardo
su,e' rara4 a conce,/0o Iisiocrtica do e;cedente econY4ico e4
ter4os de ,roduto I3sico. e;cedente devia ser co4,reendido2 antes
de tudo2 e4 ter4os de valor2 ou sePa2 devia ser a,reciado enKuanto
trabalho trans' Ierido ao ,roduto. Has a idRia de valor i4,lica2 ,or
necessidade lQgica2
a troca de eKuivalentes9 n0o se conceberia2 de outra 4aneira2 Kue
o valor'trabalho ,udesse ser o deter4inante da rela/0o de troca
entre 4ercadorias diIerentes ,elo valor de uso. ! Kuest0o a
solucionar con' sistia e4 tornar coerente a necessidade de troca de
eKuivalentes co4
a a,ro,ria/0o do valor e;cedente ,elo ,ro,rietrio do ca,ital.
S4ith enIrentara a Kuest0o co4 a idRia de Kue o valor das 4er'

'3
MARX
cadorias se 4edia ,ela Kuantidade de trabalho Kue ,odia4 comandar,
sugerindo Kue havia u4a diIeren/a ,ositiva entre o custo de cada 4er'
cadoria e4 ter4os de trabalho consu4ido e e4 ter4os de trabalho

'1
OS ECONOMISTAS
Kue Iosse ca,aG de co4,rar. *0o obstante2 a orige4 de tal diIeren/a
,ositiva L o lucro do ca,ital L Iicava ine;,licada no Kuadro de u4
regi4e de troca de eKuivalentes e2 ,or isso 4es4o2 S4ith designava
o lucro co4o Vdedu/0oW. Ricardo desenvolveu a teoria do valor2 ao
de' Iini'lo co4o te4,o de trabalho incorporado F 4ercadoria2 ,orR4
desviou sua investiga/0o da orige4 do e;cedente ,ara o da
distribui/0o do ,roduto entre assalariados2 ca,italistas e ,ro,rietrios
de terra. lucro continuava2 ,ortanto2 ine;,licvel e4 Iace da
necessria eKuivalJncia da troca entre ca,ital e Ior/a de trabalho.
)ste2 o ,ri4eiro i4,asse.
segundo grande i4,asse da teoria do valor'trabalho de S4ith
e Ricardo residia e4 Kue a4bos identiIicava42 se4 4edia/=es2 o valor
ao preo natural2 co4o o cha4ava S4ith2 ou ao custo de produo2 na
Ior4ula/0o ricardiana. Se4elhante identiIica/0o tornava i4,oss3vel es'
clarecer ,or Kue ca,itais co4 diIerentes e4,regos de Ior/a de trabalho
obtinha4 ta;as de lucros igualadas.
! solu/0o 4ar;iana ,ara a ,ri4eira Kuest0o crucial
irresolvida consubstanciou'se na teoria da 4ais'valia. !o e;,Y'la no
+ivro Pri4eiro2 Har; n0o ,artiu do conceito de valor2 4as da
4ercadoria2 isto R2 da cRlula ger4inativa de 4odo de ,rodu/0o
ca,italista. *o entanto2 o enIoKue inicial da 4ercadoria ao longo
do Ca,3tulo I n0o a situa no Kuadro das rela/=es de ,rodu/0o
ca,italistas2 ,orR4 nu4a sociedade de ,eKuenos ,rodutores
4ercantis2 donos dos 4eios de ,rodu/0o e de subsistJncia e2 ,or
conseguinte2 donos ta4bR4 do ,roduto integral do seu trabalho. Tal
,rocedi4ento e;,ositivo te4 sido u4 dos ,ontos 4ais controversos de
Capital.
Croce Ioi dos ,ri4eiros a argu4entar Kue se4elhante sociedade
de ,eKuenos ,rodutores 4ercantis n0o ,assaria da inven/0o teQrica
,ara Iins heur3sticos2 isto R2 ,ara servir de contraste co4 a sociedade
ca,italista concreta. ! inter,reta/0o de Croce n0o diIere2 no essencial2
da recente de Horishi4a e Cate,hores2 segundo os Kuais a sociedade
de ,eKuenos ,ro' dutores 4ercantis seria Iict3cia e teria validade
t0o'so4ente co4o tipo ideal, na ace,/0o de Ha; <eber "ins,irando'
se2 ,or sinal2 na aIir4a/0o do ,rQ,rio <eber de Kue todas as
constru/=es teQricas 4ar;ianas seria4 ti,os ideais se4 eIetividade
e4,3rica(. Segue'se da3 Kue a troca de eKui' valentes2 na ,ro,or/0o do
te4,o de trabalho contido nas 4ercadorias2 nunca Ioi nor4a
concreta2 u4a veG Kue2 na sociedade ca,italista2 segundo Har;2 as
trocas se realiGa4 sob a nor4a dos preos de produo, nos Kuais o
valor P a,arece 4odiIicado e 4eta4orIoseado.
Cedendo F inclina/0o historicista Kue2 Fs veGes2 nele
,revalecia2 )ngels atribuiu F sociedade de ,eKuenos ,rodutores
4ercantis2 tal Kual se a,resenta no ca,3tulo inicial do +ivro Pri4eiro2
e;istJncia histQrica e4,3rica e chegou a aIir4ar Kue a lei do valor2
enKuanto lei da troca imediata de eKuivalentes2 teria tido vigJncia

'4
MARX
nu4 ,er3odo de cinco a sete 4ilJnios atR o sRculo ]V2 Kuando se d o
nasci4ento do ca,italis4o.
!s ,esKuisas historiogrIicas n0o conIir4a4 o ,onto de vista de

'5
OS ECONOMISTAS
)ngels. ,rQ,rio Har; assinalou2 e4 vrias ,assagens2 Kue2 nas Ior'
4a/=es sociais anteriores ao ca,italis4o2 ,revaleceu a ,rodu/0o
,ara valor de uso2 ao ,asso Kue as trocas 4ercantis se IaGia4 co4
e;cedentes residuais do autoconsu4o. carter ocasional e as
,eKuenas ,ro,or/=es das trocas devia4 i4,edir ou diIicultar sua
,rtica de acordo co4 a nor4a regular da eKuivalJncia do
conteMdo de trabalho incor,orado aos bens trocados. Inter4ediadas
,elo ca,ital co4ercial ,rR'ca,italista2 as trocas ta4,ouco ,oderia4
basear'se na eKuivalJncia2 4as seria4 trocas desi2uais.
*o entanto2 na 4edida e4 Kue Iosse4 trocas ,essoais entre
,eKuenos ,rodutores 4ercantis e se re,etisse4 durante 4uito te4,o
co4 regula' ridade2 a lei do valor2 enKuanto lei da troca imediata
de eKuivalentes2 seria atuante. :e 4aneira a,ro;i4ada2 era o Kue2 co4
eIeito2 sucedia nas Ieiras 4edievais euro,Rias2 onde costu4ava4
encontrar'se ca4,oneses e artes0os ,ara intercU4bio dos res,ectivos
,rodutos.
Rubin a,ontou o carter ,ura4ente lQgico de certas
4edia/=es discursivas 4ar;ianas2 ,ara as Kuais2 ,or conseguinte2 n0o
IaG sentido ,rocurar corres,ondJncia histQrica e4,3rica. ! sociedade
de ,eKuenos ,rodutores 4ercantis2 tal Kual ve4 descrita no ca,3tulo
inicial do +ivro Pri4eiro2 R2 se4 dMvida2 u4a ,roPe/0o lQgica. *0o
obstante2 co4o ta4' bR4 aIir4a Rubin2 aKuela sociedade e;istiu de
4aneira rudi4entar antes do ca,italis4o e2 sendo assi42 tinha raG0o
Har; ao escrever Kue
o valor'trabalho Iora antecedente histQrico "e n0o so4ente lQgico( do
,re/o de ,rodu/0o.
ca,italis4o n0o ,ode surgir sen0o co4 as ,re4issas dadas
da ,rodu/0o 4ercantil e da circula/0o 4onetria. Tais ,re4issas
n0o s0o i4aginrias2 ,orR4 historica4ente concretas2 tendo tido
desenvolvi4ento na )uro,a sob o Ieudalis4o. !ssi42 Ioi ,ara estudar a
Ior4a/0o do 4odo de ,rodu/0o ca,italista a ,artir daKuelas
,re4issas obPetivas Kue Har; as ,roPetou no 4odelo de u4a sociedade
de ,eKuenos ,rodutores 4ercantis. Hediante o recurso da abstra/0o2
deter4inado setor da realidade histQrica Ioi isolado e e;tre4ado2 n0o
sendo diI3cil ,erceber Kue o 4odelo 4ar;iano resultou da a,lica/0o do
4Rtodo dialRtico e n0o da constru/0o de u4 ti,o ideal Xeberiano. )ste
Mlti4o2 co4o se sabe2 teve ,or 4atriG IilosQIica o Ior4alis4o
neo\antiano e sua constru/0o ,ara Iins heur3sticos obedece a critRrios
unilaterais subPetivos do observador L algo de todo contrrio F
4etodologia dialRtica'4aterialista.
!o co4e/ar sua e;,osi/0o ,ela 4ercadoria L ,or ser ela a cRlula
ger4inativa do 4odo de ,rodu/0o ca,italista L2 e;a4inou'a Har;2
e4 ,ri4eiro lugar2 co4o obPeto Kue te4 valor de uso. Has2 sob o as,ecto
a,enas do valor de uso2 a rela/0o da 4ercadoria co4 o ho4e4 ganha
carter individual e natural su,ra'histQrico. valor de uso2 ,or si sQ2
n0o nos inIor4a acerca das rela/=es sociais subPacentes F rela/0o

'6
MARX
in' dividual do ho4e4 co4 a coisa. sabor do trigo n0o 4uda
,elo Iato de ser ,roduGido ,or u4 escravo2 ,or u4 servo Ieudal
ou ,or u4

''
OS ECONOMISTAS
o,errio assalariado. Contudo2 s0o i4,rocedentes as cr3ticas de Kue
na obra 4ar;iana se negligencia a signiIica/0o do valor de uso enKuanto
categoria econY4ica.
Har;2 alis2 teve o,ortunidade de contestar se4elhante
cr3tica nos co4entrios ao Tratado de <agner. Co4entrios Kue
,oderia e4' ,regar2 co4 idJntica ,ertinJncia2 na reIuta/0o dos
argu4entos de B_h4'BaXer\2 se ainda vivo estivesse Kuando
viera4 a ,Mblico.
*o concernente F 4ercadoria2 o valor de uso R o su,orte
I3sico do valor. *0o ,ode ter valor o Kue carece de valor de uso.
Sue a 4ercadoria ,ossua o carter dM,lice de valor de uso e valor
resulta do carter ta4bR4 dM,lice do ,rQ,rio trabalho Kue a ,roduG9
trabalho concreto2 Kue res,onde ,elas Kualidades I3sicas do obPeto2 e
trabalho abstrato2 enKuanto gasto indiIerenciado de energia hu4ana.
trabalho abstrato2 ,elo Iato de estabelecer u4a rela/0o de
eKuivalJncia entre os variad3ssi4os trabalhos concretos2 ve4 a ser a
substUncia do valor.
S4ith e Ricardo Ialara4 de valor e valor de troca2 se4 estabelecer
entre eles diIeren/a categorial2 ,reocu,ados sobretudo co4 o ,roble4a
da medida do valor. ,rQ,rio Har;2 e4 Para a Cr)tica da *conomia
Pol)tica2 n0o estabeleceu distin/0o ter4inolQgica entre valor e valor
de troca. Has2 e4 Capital2 esta distin/0o Ioi Iir4ada e
salientada2 ,ois se tornava clara a necessidade de IocaliGar no valor2
e4 se,arado2
a su.stBncia "trabalho abstrato cristaliGado(2 a forma Kue se 4aniIesta
na rela/0o entre 4ercadorias "valor de troca( e a 2rande&a "te4,o
de trabalho abstrato(.
VePa4os2 aKui2 a Kuest0o da substUncia do valor.
trabalho criador de valor R o trabalho social4ente necessrio2
e;ecutado segundo as condi/=es 4Rdias vigentes da tRcnica2
destreGa do o,errio e intensidade do esIor/o na realiGa/0o da tareIa
,rodutiva.
,adr0o R o do trabalho si4,les2 ao Kual o trabalho co4,le;o "ou
KualiIicado( R reduGido co4o certo 4Mlti,lo dele. Har; n0o
analisou co4o se d tal redu/0o2 ,orR4 indicou a linha geral dessa
anlise "a diIeren/a de custo de Ior4a/0o da Ior/a de trabalho
co4,le;a e4 co4' ,ara/0o co4 a Ior/a de trabalho si4,les( e
to4ou a redu/0o co4o dada. Trata'se de u4 ,rocedi4ento adotado
,elo autor e4 certos casos9 to4ar e4 considera/0o a,enas o resultado
dado de u4 ,rocesso2 a,on' tando o ca4inho de sua anlise2 se4
contudo desenvolvJ'la2 na 4edida e4 Kue Iosse dis,ensvel ,ara Iins
,rioritrios da de4onstra/0o.
,roble4a da rela/0o entre trabalho si4,les e co4,le;o P 4e'
recera a aten/0o de ?odgs\in2 o Kual2 no entanto2 n0o conseguiu deIinir
o critRrio econY4ico intr3nseco F rela/0o. Co4 o te4,o2 tornou'se
u4 dos cavalos de batalha Fs 40os dos adversrios da teoria do valor'

'/
MARX
tra' balho e2 ,or isso 4es4o2 B_h4'BaXer\ n0o haveria de o4iti'lo.
Has2 ,ara eIeito de argu4enta/0o2 o l3der da escola austr3aca do
4argina' lis4o e4,regou e;e4,lo t0o Iora de ,ro,Qsito co4o o da
co4,ara/0o entre o trabalho do escultor e o de u4 ,edreiro. ra2
o ,roduto do

'0
OS ECONOMISTAS
trabalho art3stico2 4arcado ,ela originalidade e unicidade2 n0o ,ode
ser co4,arado2 enKuanto 4ercadoria2 co4 a ,rodu/0o 4ercantil re,e'
tida. ! res,osta de ?ilIerding a B_h4'BaXer\ avan/ou u4 tanto
na linha anal3tica a,ontada ,or Har;. Has o argu4ento voltaria a
ser esgri4ido2 e4 R,oca recente2 ,or Joan Robinson2 co4 a indaga/0o
sobre
a 4aneira de deter4inar a Kuantidade de trabalho abstrato
contido na hora de trabalho de u4 engenheiro KualiIicado. Para a
teoria do valor'trabalho2 o Kue i4,orta R Kue a hora de trabalho do
engenheiro constitui u4 4Mlti,lo "de cinco2 deG ou KuinGe2 n0o ve4
ao caso( da hora de trabalho do o,errio da constru/0o civil2 do
o,errio soldador etc.2 enKuanto 4Rdia social4ente Iuncional.
enIoKue do valor ,elo ,ris4a de sua substUncia ,er4itiu
,e' netrar no universo histQrico das rela/=es sociais dentro do Kual
os ,rodutos do trabalho hu4ano se torna4 valores. Para S4ith e
Ricardo2
o valor n0o era u4a Kualidade social dos ,rodutos2 4as algo
natural co4o o ,eso ou a consistJncia. IndiIerente2 ,ortanto2 Fs Ior4as
sociais. Para Har;2 o valor R2 antes de tudo2 u4a substUncia
social-hist6rica. *as organiGa/=es sociais e4 Kue a ,rodu/0o 4ercantil
constitui atributo de ,ro,rietrios ,rivados2 entre os Kuais P e;ista
divis0o social do trabalho bastante adiantada2 so4ente de 4aneira
indireta2 ,ela troca 4ercantil2 R Kue os ,rodutos do trabalho privado
se a,resenta4 co4o ,rodutos do trabalho social. indicador do
trabalho social R2 ,recisa' 4ente2 o valor2 na condi/0o de
cristaliGa/0o de trabalho abstrato2 ao ,asso Kue o valor de troca2
sendo a raG0o de intercU4bio entre as 4ercadorias2 constitui a
Ior4a de 4aniIesta/0o do valor.
*as Ior4a/=es sociais e4 Kue ,redo4ina a ,rodu/0o ,ara valor
do uso2 o carter social do trabalho 4aniIesta'se de 4aneira
direta2 se4 desvios2 relacionando'se os agentes da ,rodu/0o entre
si cara a cara2 co4o ,essoas. J nas Ior4a/=es sociais onde
,redo4ina a ,ro' du/0o 4ercantil2 o carter social do trabalho n0o
,ode se 4aniIestar sen0o de 4aneira indireta2 ,or 4eio de u4
desvio. )4 su4a2 ,or inter4Rdio do valor. ! relao entre as
pessoas se esconde atr(s da relao entre as coisas!
A %ei :o A%or co*o re,$%:or : !ro:$;<o
C4a veG Kue R ,rodu/0o conIiada a ,ro,rietrios ,rivados
con' correntes2 a ,rodu/0o ca,italista L ti,o generaliGado e
su,erior da ,rodu/0o 4ercantil L n0o obedece a u4 ,lano
centraliGado2 4as se realiGa sob o i4,ulso de decis=es
Irag4entrias isoladas. )ntre as ,aredes da e4,resa ca,italista2 a
,rodu/0o costu4a ser consciente' 4ente regulada e obedece a u4
,lano estabelecido ,ela ad4inistra/0o. J no ,rocesso social global
das rela/=es entre as e4,resas2 ine;iste

'1
MARX
a regula/0o consciente2 o ,lanePa4ento i4,erativo. ,rocesso social
global da ,rodu/0o ca,italista caracteriGa'se2 ,or isso2 ,ela anarCuia.
!narKuia2 entretanto2 n0o Kuer diGer caos. !nrKuica co4o sePa2

'2
OS ECONOMISTAS
a ,rodu/0o ca,italista obedece a u4 regulador obPetivo2 Kue atua F
revelia da consciJncia dos ,rodutores ,rivados. Tal regulador R a
lei do valor. Justa4ente esta lei L ,or ser a lei de valida/0o do
carter social dos trabalhos ,rivados L R Kue deter4ina a
distribui/0o dos 4eios de ,rodu/0o e da Ior/a de trabalho entre os
vrios ,rodutores
e ra4os da ,rodu/0o.
! lei do valor cu4,re sua Iun/0o de reguladora da ,rodu/0o
social e4 4eio a constantes oscila/=es e deseKuil3brios ,rovocados ,or
sua ,rQ,ria atua/0o. eKuil3brio n0o ,ode ser 4ais do Kue u4a
ten' dJncia Kue ,ressiona e4 4eio aos Iatores deseKuilibrantes e se
4ani' Iesta enKuanto 4Rdia de inu4erveis Ilutua/=es2 Pa4ais
suscet3vel de Ii;a/0o. ! concorrJncia entre os ,rodutores ,rivados
d lugar a u4a sucess0o inIindvel de deseKuil3brios e2 ao 4es4o
te4,o2 atua no sen' tido de corrigir 4ais deseKuil3brios2 4ediante a
regula/0o do valor. Tal corre/0o nunca consegue su,ri4ir a
anarKuia2 ,ois se eIetua no Ilu;o incessante do ,rocesso
concorrencial e i4,lica inevitveis des' ,erd3cios de recursos
econY4icos. Si4ultanea4ente2 ,orR42 a constante acentua/0o do
deseKuil3brio e a tendJncia contrria ao eKuil3brio2 sQ realiGado
co4o 4Rdia varivel das des,ro,or/=es2 co4,=e4 o dina4is' 4o
,eculiar do ,rocesso ca,italista de ,rodu/0o e ti,iIica4 sua 4o'
dalidade es,ec3Iica de desenvolvi4ento das Ior/as ,rodutivas.
!ssi42
a lei do valor2 na conce,/0o 4ar;iana da ,rodu/0o ca,italista2 R a
lei reguladora da distribui/0o das Ior/as ,rodutivas2 por#m no # sua
lei do eCuil).rio. Kue Schu4,eter ,ercebeu2 ao contrrio de tantos
4ar;istas.
*este ,onto crucial2 a conce,/0o 4ar;iana se contra,=e F tradi/0o
4ais Iorte do ,ensa4ento burguJs. Tradi/0o Kue buscou a,resentar a
econo4ia ca,italista co4o consubstancial F natureGa hu4ana ,recisa'
4ente ,or ser har4Ynica2 ,or si 4es4a a,ta a estabelecer o
estado de eKuil3brio 4ais conveniente aos interesses su,osta4ente
gerais da sociedade. *0o te4 outra signiIica/0o ,ara !da4 S4ith a
40o invis3vel do 4ercado2 Kue Iaria do ego3s4o dos ,rodutores
individuais o instru' 4ento da riKueGa das na/=es. !o ,rocla4ar
Kue cada oIerta cria sua ,rQ,ria de4anda2 a cha4ada Vlei dos
4ercadosW de Sa- n0o ,assa de outra Ior4ula/0o do 4es4o
teore4a do eKuil3brio. Seria2 no entanto2 co4 o 4arginalis4o Kue a
idRia do eKuil3brio geral da econo4ia ca,i' talista atingiria a
Ior4ula/0o a,arente4ente 4ais conIor4e Fs e;i' gJncias da
de4onstra/0o cient3Iica2 e;,osta Kue Ioi atravRs de reIinadas
elabora/=es 4ate4ticas. ! doutrina 4arginalista do eKuil3brio
geral soIreu o i4,acto da Vrevolu/0o \e-nesianaW se4 Kue2 n0o
obstante2 se ,erdesse a idRia do eKuil3brio. J Kue este n0o era

/3
MARX
4ais conceb3vel co4o aPuste es,ontUneo das varia/=es dos Iatores2
aPuste resultante da intera/0o auto4tica e autocorretiva dos
4ecanis4os inerentes ao 4er' cado2 Ke-nes incu4biu a 40o vis3vel do
)stado de intervir no 4ercado2 ,Yr as coisas e4 orde4 e estabelecer
o eKuil3brio do ,leno e4,rego desePvel F seguran/a da organiGa/0o
social burguesa.

/1
OS ECONOMISTAS
!,enas de ,assage42 le4bre4os Kue a teoria Iuncionalista re'
,resenta2 no U4bito da Sociologia2 u4a ra4iIica/0o do 4es4o
tronco ideolQgico do Kual se ,roPetou a idRia do eKuil3brio natural e
eIiciente da econo4ia ca,italista.
Feita a ressalva sobre a valideG de tantos as,ectos
,enetrantes de seus ensaios 4ar;istas2 cu4,re 4encionar o grave
eKu3voco de Rubin ao conIundir a Iun/0o reguladora da lei do valor
co4 u4a Iun/0o de eKuil3brio2 ao ,onto de sugerir Kue a teoria
econY4ica 4ar;iana seria u4a teoria geral do eKuil3brio da econo4ia
ca,italista. :ecerto2 nenhu4 4odo de ,rodu/0o ,ode Iuncionar se4
algu4 ,rinc3,io regulador. *o 4odo de ,rodu/0o ca,italista2 tal
,rinc3,io R a lei do valor. Kue sucede R Kue2 na conce,/0o
4ar;iana2 este regulador o,era atravRs de contradi/=es e
deseKuil3brios se4,re renovados. Contradi/=es e dese' Kuil3brios
inerentes F essJncia das rela/=es de ,rodu/0o ca,italistas e n0o
4eras disfun>es2 ,or isso 4es4o sanveis2 co4o as conceberia o
Iuncionalis4o.
V( C!i#%9 Be#ic7is*o e Ac$*$%;<o Ori,i.ri
desenvolvi4ento da Ior4a do valor L o valor de troca L
conduG ao surgi4ento do dinheiro. )ste n0o Ioi u4 dis,ositivo
e;,ressa4ente VinventadoW ,ara resolver diIiculdades tRcnicas na
realiGa/0o cada veG 4ais co4,le;a das trocas e dos ,aga4entos2
e4bora viesse a servir ,ara tal Ii4. Por 4eio da de4onstra/0o
dialRtica2 ressaltou Har; Kue a neces' sidade do dinheiro P est
i4,l3cita na rela/0o 4ercantil 4ais si4,les e casual. !ssi4 Kue as
trocas 4ercantis se reitera4 e 4ulti,lica42 R ine' vitvel Kue se
selecione entre as 4ercadorias aKuela cuPo valor de uso L
re,resentado ,or suas Kualidades I3sicas L consistir na reIle;0o do
tra- .alho a.strato de toda a sociedade2 na encarna/0o indiIerente
do valor de todas as 4ercadorias. s 4etais ,reciosos "ouro e ,rata(
Iora42 aIinal2 selecionados ,ara esta Iun/0o de 4ercadoria a.soluta!
! circula/0o 4onetria constitui ,re4issa necess(ria2 ,orR4
n0o suficiente ,ara o surgi4ento do 4odo de ,rodu/0o ca,italista.
Har; Ioi ta;ativo na reIuta/0o das inter,reta/=es historiogrIicas Kue
via4 na !n' tiguidade greco'ro4ana u4a econo4ia ca,italista ,orKue
P ent0o circu' lava o dinheiro. ca,ital co4ercial e o ca,ital de
e4,rRsti4o a,arece4 nas Ior4a/=es sociais anteriores ao ca,italis4o
e nelas re,resenta4 as 4odalidades e;,onenciais do ca,ital. Ca,ta4
o ,roduto e;cedente no ,ro' cesso da circulao 4ercantil e
4onetria2 atravRs das trocas desiguais
e dos e4,rRsti4os usurrios2 ,orR4 n0o do4ina4 o ,rocesso de
produo! So4ente co4 o ca,ital industrial2 Kue atua no ,rocesso
de cria/0o do sobre,roduto 4ediante a e;,lora/0o de trabalhadores
assalariados2 R Kue se constitui o 4odo de ,rodu/0o ca,italista.
ca,ital industrial torna'se2 ent0o2 a 4odalidade e;,onencial do ca,ital2

/4
MARX
Kue sub4ete o ca,ital co4er' cial e o ca,ital de e4,rRsti4o Fs
e;igJncias da re,rodu/0o e e;,ans0o das rela/=es de ,rodu/0o
ca,italistas.

/5
OS ECONOMISTAS
! Ior4a/0o do ca,ital industrial na )uro,a ocidental 4ereceu
de Har; e;tenso estudo historiogrIico2 no Kual ,eriodiGou o
,rocesso de Ior4a/0o nas eta,as da coo,era/0o si4,les2 da
4anuIatura e da Ibrica 4ecaniGada. Co4 esta Mlti4a2 Kue surge e
co4e/a a se gene' raliGar durante a Revolu/0o Industrial inglesa2 o
4odo de ,rodu/0o ca,italista adKuiriu2 aIinal2 a base tRcnica Kue
lhe R a,ro,riada.
Sue R2 ,orR42 o ca,ital enKuanto agente da ,rodu/0oZ
ca,ital n0o R coisa L Ierra4enta ou 4Kuina. *ada 4ais
des' ,ro,ositado do Kue i4,utar ao arco'e'Ilecha do 3ndio tribal a
natureGa de ca,ital. Ta4,ouco basta aIir4ar2 co4o Ricardo2 Kue o
ca,ital R Vtrabalho acu4uladoW. arco'e'Ilecha cristaliGa trabalho
acu4ulado e2 todavia2 n0o serve a nenhu4a Iinalidade de valoriGa/0o
ca,italista2 ou sePa2 de incre' 4ento do valor inicial adiantado. ! Ii4
de Kue o trabalho acu4ulado nos bens de ,rodu/0o assu4a a Iun/0o
de ca,ital R ,reciso Kue se converta e4 instru4ento de e;,lora/0o
do trabalho assalariado. )4 veG de coisa2
o ca,ital R relao social2 rela/0o de e;,lora/0o dos o,errios ,elos
ca,i' talistas. !s coisas L instala/=es2 4Kuinas2 4atRrias',ri4as etc.
L cons' titue4 a encarna/0o I3sica do trabalho acu4ulado ,ara servir
de ca,ital2 na rela/0o entre o ,ro,rietrio dessas coisas e os
o,errios contratados ,ara us'las de 4aneira ,rodutiva.
Por conseguinte2 a teoria 4ar;iana conduG F des4istiIica/0o
do fetichismo da 4ercadoria e do ca,ital. :esvenda'se o carter
alienado de u4 4undo e4 Kue as coisas se 4ove4 co4o ,essoas e
as ,essoas s0o do4inadas ,elas coisas Kue elas ,rQ,rias cria4.
:urante o ,rocesso de ,rodu/0o2 a 4ercadoria ainda R 4atRria Kue
o ,rodutor do4ina e transIor4a e4 obPeto Mtil. C4a veG ,osta F
venda no ,rocesso de circula/0o2 a situa/0o se inverte9 o obPeto
do4ina o ,rodutor. criador ,erde o controle sobre sua cria/0o e o
destino dele ,assa a de,ender do 4ovi4ento das coisas2 Kue assu4e4
,oderes enig4ticos. )nKuanto as coisas s0o ani4iGadas e
,ersoniIicadas2 o ,rodutor se coisiIica. s ho4ens vive42 ent0o2
nu4 4undo de 4ercadorias2 u4 4undo de Ie' tiches. Has o
Ietichis4o da 4ercadoria se ,rolonga e a4,liIica no Ietichis4o do
ca,ital.
ca,ital se encarna e4 coisas9 instru4entos de ,rodu/0o criados
,elo ho4e4. Contudo2 no ,rocesso de ,rodu/0o ca,italista2 n0o R o
trabalhador Kue usa os instru4entos de ,rodu/0o. !o contrrio9 os
instru4entos de ,rodu/0o L convertidos e4 ca,ital ,ela rela/0o social
da ,ro,riedade ,rivada L R Kue usa4 o trabalhador. :entro da Ibrica2
o trabalhador se torna u4 a,Jndice da 4Kuina e se subordina
aos 4ovi4entos dela2 e4 obediJncia a u4a Iinalidade L a do lucro L
Kue lhe R alheia. trabalho 4orto2 acu4ulado no instru4ento de
,rodu/0o2 suga co4o u4 va4,iro "a 4etIora R de Har;( cada
gota de sangue do trabalho vivo Iornecido ,ela Ior/a de trabalho2

/6
MARX
ta4bR4 ela convertida e4 4ercadoria2 t0o venal Kuanto KualKuer
outra.
Contudo2 seria errYneo2 co4o Iicou e4 voga no segundo ,Qs'guer'

/'
OS ECONOMISTAS
ra2 IaGer da aliena/0o a categoria bsica da teoria sQcio'econY4ica 4ar'
;iana. Co4 se4elhante ,rocedi4ento2 eIetua'se u4 retrocesso no con'
cernente F evolu/0o do ,rQ,rio Har;2 a Kual2 co4o Ioi visto2 su,erou
o conceito de aliena/0o Kuando aceitou a tese do valor'trabalho. *a
verdade2 as teses essenciais da teoria sQcio'econY4ica 4ar;iana se
a,Qia4 nas categorias de valor e 4ais'valia2 a ,artir das Kuais a
ca' tegoria de aliena/0o2 recebida de ?egel e Feuerbach2 se
concretiGou na cr3tica conseKOente ao Ietichis4o do ca,ital.
! cr3tica ao Ietichis4o do ca,ital vincula'se inti4a4ente F
de' ciIra/0o do segredo da acu4ula/0o originria do ,rQ,rio ca,ital.
Co4o teria vindo ao 4undo t0o estranha entidade Kue conKuistou a
soberania sobre os ho4ens e as coisasZ
Sabe4os de vrias res,ostas. ! de *assau Senior9 o ca,ital
nasceu da a.stin+ncia de uns ,oucos virtuosos2 Kue ,reIerira4
,ou,ar a con' su4ir2 assu4indo o Ynus de u4 sacriI3cio e4
beneI3cio da sociedade Pusta4ente reco4,ensado. ! de <eber9 o
ca,italis4o reKuer a atitude racionalista diante dos Iatos econY4icos e
se4elhante atitude ,rocedeu2 na )uro,a ocidental2 da Rtica
,rotestante. ! de Schu4,eter9 os ,ri' 4eiros e4,resrios Iora4
ho4ens de talento Kue tivera4 a ,ou,an/a acu4ulada F sua
dis,osi/0o.
J segundo Har;2 o ca,ital2 n0o 4ais co4o ca,ital 4ercantil2
,orR4 co4o ca,ital industrial ,ro4otor do 4odo de ,rodu/0o
ca,ita' lista2 surge so4ente co4 deter4inado grau histQrico de
desenvolvi' 4ento das Ior/as ,rodutivas2 grau este Kue i4,lica
deter4inado ti,o de divis0o social do trabalho. SQ ent0o R Kue o
dinheiro e os 4eios de ,rodu/0o acu4ulados e4 ,oucas 40os ,ode4
ser valoriGados 4ediante
a e;,lora/0o direta do trabalho assalariado. Fica2 n0o obstante2 a ,er'
gunta9 co4o se acu4ulara4 o dinheiro e os 4eios de ,rodu/0o e4
,oucas 40osZ
:essa histQria n0o se e;trai u4a li/0o sobre a reco4,ensa
das virtudes 4orais. Hercadores e usurrios L re,resentantes do
ca,ital 4ercantil ,rR'ca,italista L concentrara4 a riKueGa e4
dinheiro 4e' diante toda es,Rcie de Iraude e de e;tors0o2
caracter3sticas da atua/0o do ca,ital nas Ior4a/=es sociais anteriores
ao ca,italis4o. ! a,lica/0o do dinheiro acu4ulado na circula/0o
4ercantil e 4onetria F ,rodu/0o de 4ercadorias levou F e;,lora/0o
acentuada2 F ,au,eriGa/0o e F e;' ,ro,ria/0o dos artes0os. Por sua
veG2 do ,rQ,rio 4eio dos artes0os2 e4ergira4 os 4estres Kue2 e4
suas oIicinas2 se destacara4 ,ela eIi' ciJncia na e;,lora/0o dos
a,rendiGes e co4,anheiros e ,udera4 ,assar da condi/0o de 4estres'
trabalhadores F de 4estres ca,italistas2 P ,or inteiro ,atr=es. )sta
Ior4a/0o endQgena do ca,ital industrial consti' tuiu2 alis2 segundo
Har;2 o ca4inho eIetiva4ente revolucionrio de transIor4a/0o
ca,italista da antiga econo4ia Ieudal.

//
MARX
! acu4ula/0o originria do ca,ital L conPunto de ,rocessos n0o'
ca,italistas Kue ,re,arara4 e acelerara4 o advento de 4odo de ,ro'

/0
OS ECONOMISTAS
du/0o ca,italista L assinalou'se co4o u4a R,oca de violenta subvers0o
da orde4 e;istente2 cuPa ocorrJncia na Inglaterra Ioi estudada no
Ia' 4oso ca,3tulo ]]IV do +ivro Pri4eiro de Capital! Co4
es,ecial relevo Iigurara4 nessa subvers0o9 as enclosures "cerca4entos(
Kue e;' ,ulsara4 os ca4,oneses de suas terras e as convertera4
e4 ca4,os de ,astage4 de ovelhas2 enKuanto dos ca4,oneses
e;,ro,riados e des' ,ossu3dos e4ergiria o 4oderno ,roletariado^ o
conIisco das terras da IgrePa CatQlica e sua distribui/0o entre
aristocratas aburguesados e novos burgueses rurais^ o cresci4ento da
d3vida ,Mblica2 Kue transIeriu riKueGas concentradas ,elo )stado Fs
40os de u4 ,unhado de ,rivi' legiados^ o ,rotecionis4o2 Kue
garantiu F nascente burguesia industrial
a e;clusividade de atua/0o desenIreada no 4ercado nacional e lhe
,er4itiu arruinar e e;,ro,riar os artes0os2 ent0o obrigados ao trabalho
assalariado^ a alta generaliGada dos ,re/os no sRculo ]VI2 e4
conse' KOJncia do aIlu;o F )uro,a dos 4etais ,reciosos da !4Rrica2
traGendo consigo a Kueda relativa dos salrios e dos ,re/os dos
arrenda4entos agr3colas a longo ,raGo2 o Kue Iavoreceu a burguesia
urbana e rural^
e2 ,or Ii42 ,orR4 n0o 4enos i4,ortante L o colonialis4o da
R,oca 4ercantilista2 co4 o co4Rrcio ultra4arino2 a e;,lora/0o
escravista nas !4Rricas e o trIico de escravos aIricanos.
ca,ital e4erge ,ara a vida histQrica2 o Kue Har; acentuou e4
vrias ,assagens2 co4o agente revolucionrio i4,lacvel Kue
destrQi as vetustas Ior4a/=es sociais localistas e instaura grandes
4ercados nacionais uniIicados e u4 ,rocesso 4undial de intercU4bio e
,rodu/0o aco4,anhado de r,ida transIor4a/0o das tRcnicas2 das
Ior4as orga' niGacionais da econo4ia2 das institui/=es e dos costu4es
etc. Se o nas' ci4ento do ca,ital e;igiu o e4,rego da violJncia e4
grande escala2 ta4,ouco Ioi ela dis,ensada na sua traPetQria
e;,ansionista. ca,ital realiGou o veloG desenvolvi4ento das Ior/as
,rodutivas desinibido de considera/=es 4oralistas hu4anitrias2
4ovido ,or u4a avideG acu' 4ulativa se4 ,aralelo nas eta,as
histQricas ,recedentes.
4odo de ,rodu/0o ca,italista se aIir4a F 4edida Kue dis,ensa
os ,rocessos da acu4ula/0o originria e diIunde ,rocessos
es,ec3Iicos de e;,lora/0o e valoriGa/0o2 Kue conduGe4 F ,rodu/0o
da 4ais'valia.
! tese segundo a Kual o ca,ital contR4 dois co4,onentes distintos
L o constante e o varivel L constitui u4a das ,ro,osi/=es
Iunda' 4entais da )cono4ia Pol3tica 4ar;ista. Insus,eito co4o
cr3tico e ad' versrio2 Schu4,eter reconheceu a su,erioridade desta
,ro,osi/0o e4 Iace da de Ricardo.
ca,ital constante re,resenta trabalho morto2 cristaliGado e acu'
4ulado nos 4eios de ,rodu/0o. :urante o ,rocesso ,rodutivo2 seu valor
se 4antR4 constante2 transIerindo'se ao ,roduto se4 altera/0o Kuan'

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MARX
titativa. ca,ital vari(vel a,lica'se nos salrios Kue co4,ra4 a Ior/a
de trabalho e2 ,or isso2 re,resenta a Mnica ,arte do ca,ital Kue
varia no ,rocesso ,rodutivo2 u4a veG Kue se incre4enta ,ela
,rodu/0o de

/2
OS ECONOMISTAS
4ais'valia. ! valoriGa/0o ,articular do ca,ital varivel d lugar F va'
loriGa/0o do ca,ital e4 sua totalidade.
! rela/0o Kuantitativa entre ca,ital constante e ca,ital varivel2
e4 ter4os de valor2 recebeu de Har; a deno4ina/0o de
composio or2Bnica do capital2 tanto 4ais alta Kuanto 4aior Ior o
coeIiciente do ca,ital constante e vice'versa. siste4a da )cono4ia
Pol3tica 4ar;ista te4 nesta rela/0o u4 dos ei;os de sua
articula/0o.
! co4,osi/0o orgUnica do ca,ital n0o se conIunde co4 sua co4'
,osi/0o t#cnica2 a Kual diG res,eito Fs caracter3sticas I3sicas do ca,ital
e n0o ao seu valor. C4 ca,ital co4 a co4,osi/0o tRcnica de 5 4Kui'
nas`# o,errio ,ode ter a 4es4a co4,osi/0o orgUnica de outro ca,ital
co4 a co4,osi/0o tRcnica de #% 4Kuinas`# o,errio2 se o valor de
cada u4a das Mlti4as deG 4Kuinas Ior a 4etade do valor de
cada u4a das ,ri4eiras cinco 4Kuinas2 sendo os salrios iguais
nos dois casos. *a ,ers,ectiva histQrica de longo ,raGo2 no entanto2 a
co4,osi/0o orgUnica do ca,ital se eleva co4 o au4ento da
co4,osi/0o tRcnica2 e4bora o Ia/a e4 ,ro,or/=es 4enores.
! distin/0o entre ca,ital fi:o e circulante2 conhecida antes de
Har;2 diG res,eito a outro as,ecto da realidade2 isto R2 F transIerJncia
integral do valor dos co4,onentes do ca,ital ao ,roduto nu4a
Mnica rota/0o ,rodutiva "ca,ital circulante( ou e4 vrias rota/=es2
gradual' 4ente "ca,ital Ii;o(. Tal distin/0o nada e;,lica acerca da
valoriGa/0o do ca,ital2 ,orR4 R i4,rescind3vel F anlise da
circula/0o2 rota/0o e re,rodu/0o do ca,ital.
! esta altura2 cu4,re ,recisar Kual Ioi a novidade traGida ,or
Har; co4 a categoria de 4ais'valia. J Iora Iir4ada a idRia de Kue a
,rodu/0o ,odia criar u4 e;cedente sobre a grandeGa inicial dos 4eios
de ,rodu/0o. *as Teorias da "ais-Valia2 incu4biu'se Har; de anotar
e co4entar co4 4inMcia os antecessores Kue escrevera4 sobre o
e;' cedente econY4ico. ! novidade e;,osta e4 Capital se resu4e
e4 dois as,ectos essenciais.
)4 ,ri4eiro lugar2 a distin/0o entre tra.alho e fora de tra.alho.
trabalho n0o R sen0o o uso da Ior/a de trabalho2 cuPo conteMdo
consiste nas a,tid=es I3sicas e intelectuais do o,errio. Sendo
assi42 o salrio n0o ,aga o valor do trabalho2 4as o valor da
Ior/a de trabalho2 cuPo uso2 no ,rocesso ,rodutivo2 cria u4 valor
4aior do Kue o contido no salrio. valor de uso da Ior/a de
trabalho consiste ,recisa4ente na ca,acidade2 Kue lhe R e;clusiva2 de
criar u4 valor de grandeGa su,erior
F sua ,rQ,ria. dono do ca,ital e e4,regador do o,errio se a,ro,ria
deste sobrevalor ou 4ais'valia se4 retribui/0o. Has2 e4bora se4
re' tribui/0o2 a a,ro,ria/0o da 4ais'valia n0o viola a lei do valor
enKuanto lei de troca de eKuivalentes2 u4a veG Kue o salrio deve ser o
eKuivalente 4onetrio do valor da Ior/a de trabalho. !ssi42 a

03
MARX
rela/0o mercantil entre ca,ital e Ior/a de trabalho assu4e o
carter de troca de eKui'

01
OS ECONOMISTAS
valentes2 ao ,asso Kue a cria/0o da 4ais'valia se eIetiva Iora dessa
rela/0o2 no ,rocesso de uso ,rodutivo da Ior/a de trabalho.
)4bora n0o descurasse a circunstUncia de Kue2 na ,rtica do
regi4e ca,italista2 o salrio ,ode situar'se abai;o do valor da Ior/a
de trabalho2 Har; ,ressu,=e se4,re2 e4 todas as inIerJncias do
seu siste4a teQrico2 a troca de eKuivalentes e2 ,or conseguinte2 a
eKuiva' lJncia entre salrio e valor da Ior/a de trabalho. )4 es,ecial2
o 4odo de ,rodu/0o ca,italista Iicava 4arcado ,ela ,articularidade
histQrica de generaliGar a Ior4a 4ercadoria2 assu4ida ta4bR4
,ela ,rQ,ria Ior/a de trabalho.
)sclarecia'se2 dessa 4aneira2 Kue a Kuantidade de trabalho Vco'
4andadoW ,ela 4ercadoria aci4a do trabalho Kue custara2 segundo
a conce,/0o de S4ith2 era ,recisa4ente a 4ais'valia. lucro
dei;ava de ser u4a Vdedu/0oW do ,roduto do trabalho e se
identiIicava co4o so.reproduto2 ,or isso 4es4o a,ro,riado ,elo
co4,rador da Ior/a de trabalho na sua condi/0o de ca,italista.
)4 segundo lugar2 a conce,/0o da 4ais'valia enKuanto sobre'
,roduto abstra3do de suas Ior4as ,articulares "lucro industrial e
co' 4ercial2 Puros e renda da terra(. Justa4ente ,orKue
entendera4 o e;cedente i4ediata4ente co4o lucro2 se4 se dar conta
de sua natureGa originria de 4ais'valia2 da Kual o lucro R u4a das
Ior4as ,articulares2 Pusta4ente ,or n0o dis,ore4 da categoria
4ediadora da 4ais'valia R Kue S4ith e Ricardo identiIicara4 valor e
,re/o de ,rodu/0o. )4 con' seKOJncia2 colocara4 a teoria do valor'
trabalho e4 contradi/0o discur' siva co4 KualKuer e;,lica/0o coerente
acerca do ei;o e4 torno do Kual devia4 oscilar os ,re/os de 4ercado.
! categoria de 4ais'valia veio ,er4itir ta4bR4 a su,era/0o deste
i4,asse dos clssicos burgueses.
*o PreIcio ao +ivro Segundo2 aIir4ou )ngels2 co4
ins,ira/0o brilhante2 Kue a Ia/anha teQrica de Har; se co4,arava F de
+avoisier. )nKuanto Priestle- e Scheele2 ao se deIrontare4 co4 o
o;igJnio e4 estado ,uro2 insistira4 e4 cha4'lo de flo2isto2 ,or
inca,acidade de des,render'se da teoria Ku34ica vigente2 +avoisier
reconheceu no gs u4 novo ele4ento ao Kual deno4inou o;igJnio
e2 co4 isso2 liKuidou
a velha teoria Ilog3stica. !o contrrio dos econo4istas Kue continuava4
a identiIicar o sobre,roduto co4 u4a das suas a,arJncias Ieno4enais
L a renda da terra2 no caso dos Iisiocratas2 ou o lucro2 no caso de
S4ith e Ricardo L2 Har; abstraiu a 4ais'valia de suas 4aniIesta/=es
,articulares e2 dessa 4aneira2 cortou os vrios nQs gQrdios Kue obsta'
culiGava4 o desenvolvi4ento conseKOente da teoria do valor.
! conce,/0o categorial da 4ais'valia e;ige2 n0o obstante2 a
ca' racteriGa/0o ,recisa do Kue sePa trabalho ,rodutivo. S4ith
distinguiu entre trabalho ,rodutivo e trabalho i4,rodutivo2 conotando
o ,ri4eiro ,ela cria/0o de .ens materiais2 dotados de consistJncia
cor,Qrea2 e ,ela lucratividade! Isto i4,licava a e;clus0o da esIera do

04
MARX
trabalho ,rodutivo de atividades Kue n0o cria4 bens 4ateriais2 ,ois
se conso4e4 no ato

05
OS ECONOMISTAS
i4ediato de sua e;ecu/0o "os cha4ados servios(2 ou Kue2 e4bora
crie4
bens 4ateriais2 n0o s0o lucrativas. Har; 4odiIicou as teses de S4ith2
ao 4es4o te4,o dei;ando interroga/=es2 dMvidas e ,roble4as se4
res,osta2 Kue suscitara4 controvRrsias ainda abertas entre os
,rQ,rios 4ar;istas.
!ntes de tudo2 tendo e4 vista se4,re a Ior4a/0o social burguesa2
devia Iicar inteira4ente claro Kue sQ o trabalho ,rodutivo cria valor
e 4ais'valia. Has isto n0o signiIica Kue as atividades i4,rodutivas
sePa4 todas desnecessrias ou 4es4o nocivas. C4as s0o
reKueridas ,ela 4anuten/0o das condi/=es gerais da vida social "os
servi/os do a,arelho estatal(2 enKuanto outras s0o indis,ensveis F
eIetiva/0o inin' terru,ta dos ,rQ,rios ,rocessos econY4icos. ! aten/0o
de Har; incidiu ,rinci,al4ente nestas Mlti4as.
:a3 Kue co4e/asse ,or criticar a rigideG da caracteriGa/0o s4i'
thiana e;cludente de todos os servi/os da esIera do trabalho ,rodutivo.
RigideG de ins,ira/0o Iisiocrtica e Kue levava a sobre,or a
natureGa I3sica do ,roduto do trabalho F sua Ior4a social. :a
anlise do te;to de S4ith2 no volu4e I das Teorias da "ais-Valia2
e4ergira4 distin/=es be4 deIinidas e4 Capital! ca,ital
,rodutivo R2 ,or e;celJncia2 o ca,ital industrial2 concebendo'se o
ca,ital agr3cola co4o u4a de suas 4odalidades. ca,ital co4ercial e
o ca,ital bancrio re,resenta4 es' ,ecialiGa/=es Iuncionais
i4,rodutivas do ca,ital social total2 indis,en' sveis2 ,orR42 F sua
circula/0o e rota/0o sob Ior4a de 4ercadoria es,ec3Iica e sob Ior4a
de dinheiro. C4a ,arte da 4ais'valia criada na esIera do ca,ital
industrial ,assa Fs esIeras do co4Rrcio e dos negQcios bancrios L
assu4indo as Ior4as ,articulares de lucro co4ercial e de Puros L2
co4 ela se ,agando o lucro de co4erciantes e banKueiros2 be4 co4o
o salrio dos seus e4,regados. Has h atividades Kue n0o
,roduGe4 bens 4ateriais e2 contudo2 s0o necessrias ao ,rocesso
de ,rodu/0o ou o ,rolonga4 na esIera da circula/0o2 devendo ser
consi' deradas ,rodutivas e2 ,ortanto2 criadoras de valor e 4ais'
valia. )ste
R o caso do trans,orte2 ar4aGenage4 e distribui/0o de
4ercadorias. C4a veG Kue as 4ercadorias s0o valores de uso
destinados F satisIa/0o de necessidades "co4o bens de ,rodu/0o ou
co4o bens de consu4o(2
R evidente Kue trans,ort'las2 conserv'las e4 locais a,ro,riados e
distribu3'las constitue4 tareIas ,rodutivas2 ainda Kue nada
acrescen' te4 F substUncia ou F conIor4a/0o I3sica das 4ercadorias.
Por conse' KOJncia2 u4a ,arte das atividades abrangidas ,ela rubrica
do co4Rrcio te4 natureGa de trabalho ,rodutivo. S0o so4ente
i4,rodutivas aKuelas atividades co4erciais Kue deriva4 das
caracter3sticas 4ercantis das rela/=es de ,rodu/0o ca,italistas2
diGendo res,eito aos gastos co4 as o,era/=es de co4,ra e venda e

06
MARX
co4 as suas i4,lica/=es es,eculativas.
Por conseguinte2 Har; rePeitou a caracteriGa/0o de S4ith acerca
do trabalho ,rodutivo restringido a,enas F ,rodu/0o de bens 4ateriais
e incluiu deter4inados servi/os no conceito de trabalho ,rodutivo. *0o
chegou2 todavia2 a realiGar u4 estudo abrangente e conclusivo sobre

0'
OS ECONOMISTAS
os servi/os e4 geral. Recusou2 ,or e;e4,lo2 a atribui/0o de ,roduti'
vidade aos servi/os 4Rdicos "o Kue2 obvia4ente2 n0o signiIica Kue
os considerasse dis,ensveis(. J co4 rela/0o a atividades co4o as
de ensino2 dos es,etculos2 da hotelaria e outras2 sua anlise Iicou
no 4eio do ca4inho2 PustiIicando'se co4 o ,eKueno ,eso dos
servi/os.
Kue era verdade ,ara seu te4,o2 4as dei;ou de sJ'lo ,ara os
dias atuais. *os ,a3ses ca,italistas desenvolvidos2 o setor tercirio2
Kue abrange os servi/os2 ,assou a ocu,ar o 4aior ,ercentual da Ior/a
de trabalho e a res,onder2 nas contas nacionais2 ,or cerca de
4etade do ,roduto. :o ,onto de vista da teoria econY4ica 4ar;ista2
R inacei' tvel2 n0o obstante2 a inclus0o no ,roduto nacional de todos
os servi/os co4,utados ,ela estat3stica oIicial. Hes4o esta2 Fs
veGes2 adota ti4i' da4ente o conceito de produto real2 do Kual
e;clui os servi/os gover' na4entais2 a inter4edia/0o Iinanceira2 os
servi/os de educa/0o e saMde
e alguns outros. Trata'se2 se4 dMvida2 de i4,ortante ca4,o da inves'
tiga/0o econY4ica2 e4 cuPo U4bito as indica/=es de Har; s0o ,reciosas
,ara 4ar;istas e n0o'4ar;istas.
Por Ii42 Har; reIeriu'se ao Kue deno4inou de fau: frais9
Ialsos gastos inseridos no ,rocesso de ,rodu/0o2 e4bora se4 lhe
dar contri' bui/0o do ,onto de vista tRcnico e ,rodutivo. C4 desses
Ialsos gastos
R o do trabalho de vigilUncia ou controle da Ior/a de trabalho2 Kue
i4,=e u4 acrRsci4o de custos se4 signiIica/0o tRcnica ,ara a ,rodu/0o
,ro,ria4ente dita2 decorrendo t0o'so4ente do carter antagYnico
das rela/=es de ,rodu/0o. Se2 nesta Kuest0o2 Har; estava certo do
,onto de vista de suas ,re4issas2 tanto 4ais Kuanto os servi/os de
controle dos trabalhadores se soIisticara4 nas grandes e4,resas
4odernas "co4
a e;,ans0o dos Vservi/os sociaisW e congJneres(2 o 4es4o n0o se ,odia
diGer da i4,uta/0o de fau: frais F contabilidade. !Iinal2 a
,rodu/0o industrial 4oderna2 sePa4 os ,a3ses ca,italistas ou
socialistas2 R tec' nica4ente i4,raticvel se4 contabilidade. Co4o2
,or igual2 no ca,i' talis4o avan/ado dos dias atuais seria errYneo
dei;ar de KualiIicar a ,esKuisa cient3Iica e o desenvolvi4ento de
,roPetos co4o trabalho ,ro' dutivo2 ao ,asso Kue o 4ar\eting e a
,ro,aganda entra42 se4 dMvida2 no U4bito do trabalho i4,rodutivo2
,ois sua utiliGa/0o n0o R suscitada sen0o ,ela natureGa 4ercantil e
concorrencial do 4odo de ,rodu/0o ca,italista.
MisCA%i e c$*$%;<o :e c!i#%
!cu4ula/0o ca,italista signiIica valoriGa/0o do ca,ital2 o Kue2
,or sua veG2 signiIica incre4ento do ca,ital adiantado 4ediante
,ro' du/0o de 4ais'valia.
Sob a co4,uls0o da concorrJncia2 Kue eli4ina as e4,resas

0/
MARX
es' tacionrias2 os ca,italistas2 na condi/0o de ,ersoniIica/0o do
ca,ital2 anseia4 ,or Kuantidades cada veG 4aiores de 4ais'valia. *os
,ri4Qr' dios do regi4e ca,italista2 Kuando as inova/=es tRcnicas
avan/ava4

00
OS ECONOMISTAS
co4 lentid0o2 o au4ento da Kuantidade de 4ais'valia ,or o,errio
ocu,ado sQ era ,oss3vel 4ediante cria/0o de 4ais'valia a.soluta, isto
R2 4ediante ,rolonga4ento da Pornada de trabalho ou intensiIica/0o
das tareIas2 de tal 4aneira Kue o te4,o de sobretrabalho "criador
de 4ais'valia( au4entasse2 enKuanto se conservava igual o te4,o de
tra' balho necessrio "criador do valor do salrio(. *o entanto2 a
caracte' r3stica 4ais essencial do 4odo de ,rodu/0o ca,italista n0o R
a cria/0o de 4ais'valia absoluta2 ,orR4 de 4ais'valia relativa. )sta
resulta do acM4ulo de inova/=es tRcnicas2 Kue eleva4 a
,rodutividade social do trabalho e acaba4 ,or di4inuir o valor dos
bens de consu4o nos Kuais se traduG o valor da Ior/a de trabalho2
e;igindo 4enor te4,o de trabalho ,ara a re,rodu/0o desta Mlti4a. Por
isso2 se4 Kue se altere4 o te4,o
e a intensidade da Pornada de trabalho2 cuPa grandeGa ,er4anece
a 4es4a2 altera'se a rela/0o entre seus co4,onentes9 se di4inui o
te4,o de trabalho necessrio2 deve crescer2 e4 contra,artida2 o
te4,o de sobretrabalho.
Cada ca,italista IorcePa ,or ultra,assar os concorrentes e2
,ara tanto2 busca introduGir e4 sua e4,resa a,erIei/oa4entos
tRcnicos "na ace,/0o 4ais a4,la( Kue lhe dJe4 vantage4 sobre os
rivais. )nKuanto tais a,erIei/oa4entos Iore4 e;clusivos de u4a
e4,resa2 suas 4erca' dorias ser0o ,roduGidas co4 u4 te4,o de
trabalho inIerior ao social' 4ente necessrio2 o Kue lhe ,ro,iciar
certa Kuantidade de 4ais'valia e:tra ou superlucro! !o se diIundire4
os a,erIei/oa4entos a ,rinc3,io introduGidos nu4a e4,resa isolada2
desa,arecer a 4ais'valia e;tra2 4as ter ido adiante o ,rocesso
de au4ento da ,rodutividade social do trabalho2 cuPa resultante R
a cria/0o de 4ais'valia relativa.
" Kue Har; considera lucro ordinrio2 Harshall deno4ina de
custo do Iator ca,ital. *o siste4a de Harshall2 o su,erlucro
4ar;iano entra no conceito de Kuase'renda. Schu4,eter n0o
considera o lucro ordinrio co4o lucro2 ,orR4 co4o re4unera/0o do
trabalho de ad4inistra/0o2 sendo
o lucro verdadeiro eKuivalente a,enas ao su,erlucro 4ar;iano(.
N 4edida Kue se i4,le4enta4 inova/=es tRcnicas ,ou,adoras
de 40o'de'obra2 tais ou Kuais contingentes de o,errios s0o
lan/ados no dese4,rego2 e4 Kue se 4antJ4 ,or certo te4,o2 atR
Kuando a ,rQ,ria acu4ula/0o do ca,ital reKueira 4aior Kuantidade
de Ior/a de trabalho e dJ orige4 a novos e4,regos. !ssi42 a ,rQ,ria
dinU4ica do ca,italis4o atua no sentido de criar u4a superpopulao
relativa flu- tuante ou e:#rcito industrial de reserva.
J Ricardo conclu3ra2 co4 e;e4,lar honestidade cient3Iica2 Kue
a introdu/0o de 4aKuinaria conduG ao cresci4ento da 4assa de
tra' balhadores dese4,regados e lhes traG os soIri4entos da
desocu,a/0o. Has PustiIicou a vantage4 da 4aKuinaria ,ara os
ca,italistas2 se4 Kue2 n0o obstante2 en;ergasse signiIica/0o

01
MARX
econY4ica estrutural na 4assa de dese4,regados. :o ,onto de
vista de Har;2 o e;Rrcito in' dustrial de reserva re,resenta
ele4ento estrutural indis,ensvel ao

02
OS ECONOMISTAS
4odo de ,rodu/0o ca,italista e da3 sua incessante reconstitui/0o 4e'
diante introdu/0o de inova/=es tRcnicas2 o Kue torna essa reconstitui/0o
inde,endente do cresci4ento vegetativo da ,o,ula/0o. e;Rrcito
in' dustrial de reserva Iunciona co4o regulador do n3vel geral de
salrios2 i4,edindo Kue se eleve aci4a do valor da Ior/a de
trabalho ou2 se ,oss3vel e de ,reIerJncia2 situando'o abai;o desse
valor. utra Iun/0o do e;Rrcito industrial de reserva consiste e4
colocar F dis,osi/0o do ca,ital a 40o'de'obra su,le4entar de Kue
carece nos 4o4entos de brusca e;,ans0o ,rodutiva2 ,or 4otivo de
abertura de novos 4ercados2 de ingresso na Iase de auge do ciclo
econY4ico etc.
Har; Ior4ulou u4a lei geral absoluta da acu4ula/0o ca,italista2
segundo a Kual se concentra2 nu4 ,Qlo2 a 4assa cada veG 4aior
de riKueGas F dis,osi/0o do ca,ital2 enKuanto2 no ,Qlo o,osto2
au4enta a 4isRria das 4assas trabalhadoras. )sta lei2 a,resentada
no +ivro Pri' 4eiro2 te4 sido obPeto de variadas e;egeses e acirradas
discuss=es nos 4eios 4ar;istas2 ao ,asso Kue os anti4ar;istas
encontra4 nela rei' terado 4otivo ,ara contesta/0o.
Certa ,arte dos 4ar;istas inter,retou a Ior4ula/0o 4ar;iana
no sentido de inelutvel ,au,eriGa/0o absoluta ou Kueda secular do
,adr0o da e;istJncia 4aterial da classe o,erria no regi4e ca,italista2
inclusive sob o as,ecto dos salrios reais2 Kue tenderia4 a ser
cada veG 4ais bai;os2 conIor4e sustenta42 ,or e;e4,lo2 os autores do
"a- nual de *conomia Pol)tica da !cade4ia de CiJncias da CRSS. J
Ro' nald Hee\ viu na reIerida lei u4 dos erros 4ais cla4orosos de
Har;2 e4 Iace das evidentes 4elhoras das condi/=es de vida dos
o,errios ingleses no decorrer do Mlti4o sRculo. !4bas as ,osi/=es
Iora4 reIu' tadas ,or Handel e Rosdols\- atravRs de e;austiva
anlise da Kuest0o
F luG dos te;tos 4ar;ianos e4 conIronto co4 os dados do
desenvolvi'
4ento do ca,italis4o. :essa anlise ressalta4 os dois ,ontos seguintes.
)4 ,ri4eiro lugar2 no reIerente aos salrios reais2 a ,osi/0o
de Har; evoluiu dos escritos econY4icos dos anos Kuarenta Fs
obras da 4aturidade2 dos anos sessenta e4 diante. *os anos
Kuarenta2 a idRia de Har; era a de Kue2 conKuanto os au4entos
salariais ,udesse4 re,resentar conKuistas i4ediatas ,ara os
o,errios2 atuava2 a longo ,raGo2 a tendJncia F Kueda dos salrios
reais atR o n3vel 43ni4o da subsistJncia I3sica2 ou sePa2 a
tendJncia F ,au,eriGa/0o absoluta. In' Ilu3a42 ent0o2 sobre o
,ensa4ento 4ar;iano2 se4 dMvida2 as evidJncias da Revolu/0o
Industrial recR4'conclu3da na Inglaterra e e4 curso nos de4ais
,a3ses da )uro,a ocidental2 Kuando2 co4 eIeito2 os salrios reais
Iora4 rebai;ados. :iIerente veio a ser2 n0o obstante2 a ,ers,ectiva dos
anos sessenta. Har; ,assou a enIatiGar o Iator luta de classes e
de4onstrou2 do ,onto de vista teQrico e co4 a,oio e4 dados estat3sticos2

13
MARX
Kue a classe o,erria ,odia conKuistar au4entos eIetivos dos salrios
reais e2 na verdade2 os havia conKuistado na Inglaterra "Ver
<al(rio, Preo e %ucro. Tal de4onstra/0o Ioi tanto 4ais notvel Kuanto
se o,u'

11
OS ECONOMISTAS
nha Fs duas teses sobre salrios ent0o do4inantes2 tanto nos c3rculos
,roIissionais dos econo4istas Kuanto nos 4eios sindicais9 a tese da lei
de VIerroW ou de VbronGeW2 deIendida ,or +assalle2 segundo a Kual
os salrios devia4 cair2 de 4aneira ine;orvel2 ao n3vel 43ni4o de
sub' sistJncia I3sica dos trabalhadores^ e a tese do VIundo de
salriosW de' Iendida ,or John Stuart Hill2 segundo a Kual2 e4 cada
situa/0o dada2 e;iste u4 Iundo ,rR'Ii;ado ,ara os salrios2 sendo inMtil
tentar alter'lo
e obter 4aiores salrios reais ,or 4eio do au4ento dos salrios
no' 4inais. ! histQria econY4ica des4entiu as Ior4ula/=es de
+assalle e de Stuart Hill e conIir4ou a de Har;2 Kue chegou a intuir
a eleva/0o dos salrios reais co4o tendJncia ,oss3vel no ca,italis4o.
:e Iato2 nos ,a3ses ca,italistas desenvolvidos2 a tendJncia secular
te4 sido a de eleva/0o dos salrios reais e2 sob este ,onto de vista
estrito2 n0o se ,ode Ialar e4 ,au,eriGa/0o absoluta da classe o,erria2
4as sQ relativa. Contudo2 a eleva/0o dos salrios reais2 e4bora
tornada ,redo4inante ,ela luta de classes dos o,errios e ,elo
desenvolvi4ento das Ior/as ,rodutivas2 n0o dei;a de ser 4uito
irregular2 na 4edida e4 Kue a dinU4ica dos salrios de,ende do
4ovi4ento da acu4ula/0o do ca,ital
e n0o o contrrio.
)4 segundo lugar2 Har; entendia a Kuest0o da acentua/0o
da 4isRria dos trabalhadores nu4a ,ers,ectiva abrangente2 Kue
n0o se reIeria t0o'so4ente aos o,errios regular4ente e4,regados e
aos seus salrios reais2 ,orR4 ta4bR4 devia incluir o Kue cha4ou de
Vtor4entos do trabalhoW2 be4 co4o as condi/=es de e;istJncia da
4assa crescente de o,errios dese4,regados2 cuPos tor4entos
decorria42 n0o do tra' balho na e4,resa ca,italista2 ,orR4 da
Ialta dele. Falta te4,orria2 ,ara o e;Rrcito industrial de reserva2
e Ialta ,er4anente2 ,ara a su' ,er,o,ula/0o consolidada "aKuela
,arte dos trabalhadores P se4 ,ers' ,ectiva de ocu,a/0o regular(.
!ssi42 ,or outro lado2 sePa ,elo ,rocesso es,ontUneo de desen'
volvi4ento das Ior/as ,rodutivas2 sePa sobretudo ,or eIeito da luta de
classes2 os trabalhadores consegue4 incor,orar ao seu ,adr0o de vida
a satisIa/0o de novas necessidades. J no seu te4,o2 Har; observava
Kue a co4,ra de u4 Pornal dirio IaGia ,arte do valor da Ior/a de
trabalho do o,errio inglJs. 4es4o cabe ser dito2 hoPe2 co4 rela/0o
ao a,arelho de televis0o2 no caso do o,errio brasileiro. Por isso 4es4o2
,ode4 vir a elevar'se os salrios reais L 4edidos e4 ter4os de
ca' ,acidade aKuisitiva de valores de uso L e o ,adr0o de vida
dos o,e' rrios2 se4 Kue da3 resulte necessaria4ente o au4ento do
salrio e4 ter4os de valor "4edido e4 horas de trabalho
necessrias F sua re' ,rodu/0o(. Co4o R evidente2 se a eleva/0o da
,rodutividade social do trabalho tiver ,rovocado a Kueda do valor
dos bens'salrio e4 certa ,ro,or/0o2 torna'se ,oss3vel a eleva/0o dos
salrios reais se4 eleva/0o KualKuer ou se4 eleva/0o igual4ente

14
MARX
,ro,orcional do valor do ,rQ,rio salrio. Hais ainda9 os salrios reais
,ode4 elevar'se e continuar abai;o

15
OS ECONOMISTAS
do valor da Ior/a de trabalho2 u4a veG Kue este valor se tenha acrescido
,or 4otivo dos 4aiores gastos na Ior4a/0o da Ior/a de trabalho2
das e;igJncias 4ais co4,le;as do ,rocesso de ,rodu/0o2 da cria/0o de
novas necessidades 4ateriais e culturais.
)4 KualKuer caso2 todo ,rogresso no ca,italis4o suscita
anta' gonis4os. ! eleva/0o do salrio real n0o raro ve4
aco4,anhada de IenY4enos co4o o desgaste 4ais acentuado das
energias I3sicas e`ou ,s3Kuicas "constate'se2 a ,ro,Qsito2 o alto
3ndice de doen/as 4entais nos 4eios o,errios(2 4aior inseguran/a
de 4anuten/0o do e4,rego2 cresci4ento do nM4ero de
dese4,regados e dilata/0o dos ,er3odos in' ter4itentes de
desocu,a/0o2 o Kue au4enta a carga sobre os o,errios
4o4entanea4ente e4,regados. *0o se ,ode ta4,ouco dissociar o es'
tudo do ,adr0o de vida geral da classe o,erria da situa/0o
,eculiar daKuelas ca4adas de trabalhadores 4ais suPeitos ao
dese4,rego e aos bai;os salrios. !o ,adr0o de vida dos o,errios
ale40es ou Iranceses2 relativa4ente elevado2 constitui ele4ento de
contraste o 4esKuinho n3vel de condi/=es de e;istJncia dos
trabalhadores i4igrantes ,roce' dentes da )uro,a 4eridional2 @Irica e
riente HRdio. :e igual 4aneira2 seria erro grosseiro abstrair2 nos
)stados Cnidos2 o alto n3vel de vida dos o,errios brancos de todos
os Ilagelos Kue se abate4 sobre os o,errios negros e de orige4
latino'a4ericana.
! tais IenY4enos do cotidiano dito nor4al2 acrescente4'se as
cala4idades das crises econY4icas Kue2 a,esar da inventividade
\e-' nesiana2 continua4 a IaGer ,arte do ciclo ca,italista.
VI( V%or e Pre;o D O Pro)%e* : Tr.sfor*;<o
! e;,lica/0o das oscila/=es 4o4entUneas dos ,re/os de 4ercado
,elas varia/=es na oIerta e de4anda sQ ,ode satisIaGer F
observa/0o dos IenY4enos e4 sua su,erI3cie. s econo4istas2 Kue n0o
se conten' tava4 co4 a observa/0o su,erIicial2 entendera4 Kue devia
e;istir u4 regulador deter4inante2 n0o das oscila/=es dos ,re/os2
4as do n3vel e4 Kue elas ocorre4.
S4ith e Ricardo deIinira4 aKuele regulador co4o o valor'
trabalho. !o 4es4o te4,o2 traduGira4 o valor'trabalho e4 ter4os
de ,re/o2 se4 KualKuer 4edia/0o. Por conseguinte2 o ,re/o natural
"S4ith( ou o custo de ,rodu/0o "Ricardo( devia ser igual ao valor'
trabalho2 o Kue criava in' solMvel i4,asse2 conIor4e P Ioi
4encionado no in3cio da se/0o IV.
Har; esIor/ou'se no sentido de eli4inar esta transi/0o i4ediata
do conceito abstrato de valor F realidade e4,3rica dos ,re/os. ) o
IeG descobrindo as 4edia/=es dialRticas Kue baliGa4 o traPeto do valor
aos ,re/os de 4ercado.
! ,ri4eira 4edia/0o consiste na ta;a de 4ais'valia2 Kue se dis'
tingue da ta;a de lucro. ! ta;a de 4ais'valia R a rela/0o entre a

16
MARX
4ais'valia e o ca,ital varivel. ! ta;a de lucro R a rela/0o entre a
4ais'valia e o ca,ital individual total "so4a do ca,ital varivel
co4

1'
OS ECONOMISTAS
o ca,ital constante(. ! ta;a de 4ais'valia revela o 2rau de e:plorao
da fora de tra.alho, ao ,asso Kue a ta;a de lucro indica o 2rau
de valori&ao do capital. s ca,italistas e os econo4istas2 seus
intelec' tuais orgUnicos2 sQ se interessa4 ,ela ta;a de lucro2 Kue
d orige4 F ilus0o ideolQgica de Kue o sobre,roduto R criado ,elo
ca,ital e4 conPunto
e n0o so4ente ,or sua ,arte varivel. Ilus0o Kue reIor/a o
Ietichis4o do ca,ital.
Co4o2 ,orR42 a co4,osi/0o orgUnica do ca,ital diIere entre
os vrios ra4os da ,rodu/0o2 se a ta;a de 4ais'valia Ior igual ,ara
todos eles "o Kue ,ode ser coerente2 do ,onto de vista teQrico2 e
a,ro;i4ado2 do ,onto de vista e4,3rico(2 ent0o as ta;as de lucro
ser0o desiguais de u4 ra4o ,ara outro. ra2 a observa/0o 4ais
trivial indica Kue as ta;as de lucro n0o varia4 e4 Iun/0o do
coeIiciente de ca,ital varivel de cada ca,ital individual. )4
,er3odos ,lurianuais2 os ca,itais indi' viduais valoriGa4'se de
acordo co4 u4a ta;a geral 4Rdia2 Kue n0o te4 rela/0o co4 os
diIerentes Kuantitativos de Ior/a de trabalho e4' ,regados ,elos
ca,itais individuais.
! Ior4a/0o dessa ta;a 4Rdia de lucro resulta da
concorrJncia2 Kue Ior/a ,arte dos ca,itais a se transIerir2 nas
circunstUncias dadas2 dos ra4os co4 ta;a de lucro cadente ,ara os
ra4os co4 ta;a de lucro ascendente. )4 conseKOJncia2 o 4ontante de
4ais'valia ,roduGido ,or todos os ca,itais individuais se redistribui
entre eles e4 ,ro,or/0o F cota',arte global de cada u4 e n0o F
cota',arte da Ior/a de trabalho e4,regada. Certa ,ro,or/0o de
4ais'valia se transIere dos ca,itais co4 bai;a co4,osi/0o orgUnica
,ara os ca,itais co4 alta co4,osi/0o orgUnica2 o Kue2 e4 4eio a
inu4erveis e incessantes Ilutua/=es2 es' tabelece a ta;a geral ou
ta;a 4Rdia de lucro. )sta2 a,esar de 2eral2 n0o R uniforme e4 cada
4o4ento dado. !o contrrio2 e4 cada 4o4ento dado2 as ta;as de
lucro s0o diIerentes nos vrios ra4os da ,rodu/0o2
o Kue2 ,recisa4ente2 obriga os ca,itais concorrentes a se 4overe4 de
uns ra4os ,ara outros. [ desse 4ovi4ento Kue resulta a ta;a 4Rdia2
e4 ,er3odos Kue sQ ,ode4 ser ,lurianuais2 e4ergindo a ta;a
4Rdia da alternUncia entre ta;as altas e bai;as.
! 4edia/0o entre a ta;a de 4ais'valia e a ta;a de lucro ,reside
a transIor4a/0o do valor e4 ,re/o de ,rodu/0o. ! IQr4ula do valor
R9 ca,ital constante a ca,ital varivel a 4ais'valia. ! IQr4ula do ,re/o
de ,rodu/0o R9 ca,ital constante a ca,ital varivel a lucro 4Rdio. !os
gastos correntes de ca,ital constante e varivel2 nu4 te4,o de rota/0o
deli4itado2 Har; deno4ina de preo de custo. So4ado o ,re/o de custo
ao lucro 4Rdio2 ,ro,orcional ao ca,ital individual total investido2
ob' tR4'se o ,re/o de ,rodu/0o.
Recorrendo a u4 4odelo arit4Rtico de cinco setores2 Har;

1/
MARX
de' 4onstrou2 no +ivro Terceiro2 co4o R ,oss3vel a transIor4a/0o do
valor e4 ,re/o de ,rodu/0o co4 a si4ultUnea satisIa/0o de duas
eKua/=es9
a da igualdade entre o total dos valores e o total dos ,re/os de ,rodu/0o^

10
OS ECONOMISTAS
e a da igualdade entre o total da 4ais'valia e o total dos lucros. Trata'se
do Kue cha4are4os doravante de teore4a das duas igualdades.
*o 4odo de ,rodu/0o ca,italista2 a lei do valor 4aniIesta'se nes'
tas duas igualdades ao n3vel do siste4a e4 conPunto2 dado Kue2
nas transa/=es singulares2 P n0o R ,oss3vel2 sen0o ,or acaso2 a
troca de eKuivalentes. C4a veG Kue o ,re/o de ,rodu/0o R
ine;,licvel se4 o ,ressu,osto do valor2 a lei do valor do4ina no
4odo de ,rodu/0o ca' ,italista ,orR4 o IaG sob a 4eta4orIose Kue
converte o valor e4 ,re/o de ,rodu/0o.
Por conseguinte2 o regulador do n3vel das oscila/=es dos
,re/os de 4ercado P n0o R direta4ente o valor2 4as sua Ior4a
transIigurada de ,re/o de ,rodu/0o. Contudo2 entre o ,re/o de
,rodu/0o e os ,re/os de 4ercado2 Har; colocou 4ais u4a 4edia/0o
categorial L a do valor de mercado. Cada 4ercadoria R lan/ada F
venda co4 u4 valor indi' vidual2 a ,artir do Kual dever concorrer
co4 as 4ercadorias congJneres do 4es4o setor. ,rosso modo2
conIor4e a ,rodutividade tRcnica a,li' cada F sua ,rodu/0o e o
grau de e;,lora/0o da Ior/a de trabalho2 as 4ercadorias se
distribue4 e4 trJs gru,os9 a( o de ,re/o de ,rodu/0o igual F 4Rdia
social4ente necessria^ b( o de ,re/o de ,rodu/0o su,erior
F 4Rdia^ c( o de ,re/o de ,rodu/0o inIerior F 4Rdia. Se a de4anda
das 4ercadorias e4 Kuest0o Ior 4aior do Kue sua oIerta2 os ,re/os de
4ercado tender0o a oscilar no ,ata4ar do gru,o cuPo ,re/o de ,rodu/0o
R su,erior F 4Rdia2 no Kual se situar o valor de 4ercado2 4otivo ,or
Kue os dois outros gru,os auIerir0o u4 su,erlucro. )4 caso contrrio2
sendo a oIerta su,erior F de4anda2 o valor do 4ercado descer ao
,ata4ar do gru,o co4 ,re/o de ,rodu/0o inIerior F 4Rdia2 ou sePa2 do
gru,o co4 4ais alto 3ndice de ,rodutividade2 cuPo lucro corres,onder
F ta;a 4Rdia2 enKuanto os de4ais o,erar0o abai;o dela2 atR 4es4o
co4 ,rePu3Go. So4ente no caso de coincidJncia a,ro;i4ada entre oIerta
e de4anda R Kue os ,re/os de 4ercado oscilar0o no ,ata4ar do ,re/o
de ,rodu/0o e do valor de 4ercado do gru,o 4Rdio2 o Kue
,ro,iciar su,erlucro ao gru,o de ,re/o de ,rodu/0o inIerior2 ao
,asso Kue o gru,o de ,re/o de ,rodu/0o su,erior n0o conseguir
chegar F ta;a 4Rdia de lucro.
Percebe'se2 ,ortanto2 Kue2 ao contrrio da cr3tica de B_h4'BaXer\
e de o,ini=es correntes2 Har; n0o des,reGou a celebrada lei da oIerta
e da de4anda. SQ Kue ad4itiu sua atua/0o a,enas F su,erI3cie
dos IenY4enos econY4icos e rePeitou a e;,lica/0o ,sicologista dessa
atua' /0o2 ,osterior4ente desenvolvida ,ela corrente 4arginalista2
co4 a teoria subPetiva do valor. ! oIerta de,ende da a,ro;i4a/0o dos
,re/os de 4ercado co4 rela/0o ao ,re/o de ,rodu/0o. )4 Mlti4a
instUncia2 ,ortanto2 dado certo ,re/o de custo2 de,ende de Kue o
ca,italista ob' tenha a ta;a 4Rdia de lucro. )4 caso contrrio2
reduGir sua oIerta ou transIerir seu ca,ital ,ara outro ra4o. Has a
ta;a 4Rdia de lucro

11
MARX
R deter4inada ,or Iatores co4o a ta;a de e;,lora/0o da Ior/a de
tra'

12
OS ECONOMISTAS
balho e a co4,osi/0o orgUnica do ca,ital2 Kue nada tJ4 a ver co4
inclina/=es subPetivas. :o outro lado2 a de4anda2 ,or 4ais Kue a
in' Iluencie4 ,reIerJncias individuais2 est antes de tudo
subordinada F ,rRvia distribui/0o dos rendi4entos2 de acordo co4
a estrutura de classes e;istente. :e nada adianta ao o,errio ter
as 4es4as ,reIe' rJncias individuais do seu ,atr0o. ! de4anda
eIetiva do ,ri4eiro sQ ter o,/=es dentro dos li4ites do salrio2
enKuanto o segundo dis,or do lucro ,ara consu4o cons,3cuo e
investi4ento.
! ,ublica/0o do +ivro Terceiro de Capital se deu vinte e
sete anos a,Qs a do +ivro Pri4eiro. J ent0o2 a teoria 4ar;iana
conKuistara certa aten/0o nos 4eios acadJ4icos2 entre os Kuais se
aguardava a solu/0o2 anunciada ,or )ngels2 da contradi/0o entre
valor e ,re/o. !ssi4 Kue chegou Fs ,rateleiras das livrarias2 o
+ivro Terceiro desencadeou u4a ,olJ4ica Kue2 e4bora variando de
as,ectos2 ,rossegue atR hoPe.
Conrad Sch4idt e <erner So4bart aIir4ara4 de i4ediato
Kue o valor n0o ,assava de constru/0o lQgica2 u4a veG Kue sQ o ,re/o de
,rodu/0o te4 e;istJncia histQrica concreta. )ngels a,ressou'se a
reIut'los2 escre' vendo u4 ensaio Kue se integraria no +ivro
Terceiro co4 o carter de co4,le4ento. Se a aIir4a/0o de )ngels
sobre a atua/0o da lei do valor h vrios 4ilJnios carece2 co4o P
Ioi dito2 de Iunda4enta/0o historio' grIica2 suas indica/=es acerca
da Ior4a/0o da ta;a 4Rdia de lucro nos ,ri4Qrdios do ca,italis4o
s0o ,ertinentes e sugestivas.
)4 #E$12 P Kuando as cinGas de )ngels havia4
desa,arecido no Har do *orte2 Ioi ,ublicado o ensaio cr3tico de
B_h4'BaXer\. Re' digido co4 rigor acadJ4ico e assinado ,or u4 dos
4estres e4inentes do 4arginalis4o2 o ensaio deIiniu o ,adr0o
universitrio de contesta/0o da teoria 4ar;ista do valor e2 ,or
conseguinte2 de todo o siste4a teQrico constru3do e4 Capital! *a
argu4enta/0o de B_h4'BaXer\2 co4o era de es,erar2 o ,onto
,rinci,al teria de ser a contradi/0o entre o +ivro Pri4eiro2 no Kual
se4,re se su,=e a troca de eKuivalentes2 e o +ivro Terceiro2 no
Kual a troca de eKuivalentes cede lugar F troca segundo os ,re/os
de ,rodu/0o. ! conclus0o era a de Kue Har; Ira' cassara na
,retens0o de e;,licar os ,re/os a ,artir do ,ressu,osto do valor'
trabalho.
)4 #$%72 ?ilIerding se incu4biu de rebater a cr3tica. ! ,ar da
argu4enta/0o circunstanciada acerca da coerJncia entre os trJs livros de
Capital, o ei;o da res,osta de ?ilIerding consistiu na tese de Kue
o
siste4a da )cono4ia Pol3tica 4ar;iana n0o ,odia ser reduGido a
u4a teoria sobre os ,re/os. ! Kuest0o dos ,re/os inseria'se no
conte;to 4uito 4ais a4,lo da anlise das leis do 4ovi4ento da
sociedade burguesa.

23
MARX
)4bora salientasse na obra de Har; u4a riKueGa de ele4entos
4enos,reGada ,or B_h4'BaXer\2 ne4 ,or isso Schu4,eter
dei;aria de declarar a teoria do valor'trabalho 4orta e enterrada.
!duGiu2 to' davia2 a observa/0o original de Kue o valor'trabalho se
a,licaria no caso singular3ssi4o da concorrJncia ,erIeita2 Kuando o
trabalho ho4o'

21
OS ECONOMISTAS
gJneo Iosse o Iator de ,rodu/0o Mnico. ReIerindo'se ,rinci,al4ente a
Ricardo2 do Kual Har; a,enas teria e;tra3do as conseKOJncias lQgicas2
H-rdal viu no conceito de valor'trabalho u4a entidade 4etaI3sica2 ,re'
Pudicial F ,rQ,ria constru/0o teQrica ricardiana. Se4elhante i4,uta/0o
,ositivista ao conceito2 Kue o coloca no reino da 4etaI3sica2 re,ete'
se e4 Robinson. ?averia u4 conIlito entre o 4isticis4o do +ivro
Pri4eiro
e o senso co4u4 do +ivro Terceiro. Por Ielicidade2 segundo a
autora2
o 4ar;is4o se salva ,ara a ciJncia econY4ica2 u4a veG Kue
nenhu4 ,onto substancial da argu4enta/0o de Har; de,enderia da
teoria do valor'trabalho. Para Horishi4a e Cate,hores2 ,or Mlti4o2 o
valor n0o ,assaria de u4 ti,o ideal2 instru4ento heur3stico
adeKuado F clariIi' ca/0o do Iunciona4ento da econo4ia ca,italista.
! ,olJ4ica sobre o ,roble4a da transIor4a/0o to4ou ru4o
,e' culiar a ,artir de u4 artigo ,ublicado e4 #$%&2 de autoria de
+adislaus von Bort\ieXicG2 econo4ista ger4ano',olonJs de Ior4a/0o
ricardiana. Considerando incoerente Kue Har; co4e/asse co4 valores
,ara chegar aos ,re/os de ,rodu/0o2 argu4entou ele Kue2 P no
co4e/o2 os valores ,recisava4 ser calculados co4o ,re/os de ,rodu/0o.
)4 outros ter4os2 era ilQgico IaGer entrar o insu4o co4o valor e
obter o ,roduto2 na sa3da2 co4o ,re/o de ,rodu/0o. siste4a de
eKua/=es 4ontado ,or Von Bort\ieXicG cu4,riu vrias e;igJncias2
,orR4 dei;ou irresolvida
a e;igJncia de u4a das igualdades Kue a transIor4a/0o i4,lica2 P
Kue o total dos ,re/os de ,rodu/0o iniciais Iicou situado abai;o do
total de ,re/os de ,rodu/0o Iinais2 isto R2 a,Qs a transIor4a/0o da
4ais'valia e4 lucro.
! abordage4 de Von Bort\ieXicG sQ Ioi reto4ada e revivida e4
#$762 na Teoria do Desenvolvimento Capitalista de SXeeG-2 Kue ,re'
cisou2 do ,onto de vista 4ar;ista2 alguns as,ectos do racioc3nio daKuele.
! ,artir dos anos cinKOenta2 novas tentativas de solu/0o
4ate4tica Iora4 e4,reendidas ,or <internitG2 Seton e
Horishi4a. Csando u4 ,rocesso de itera/=es2 o Mlti4o se a,ro;i4ou
da de4onstra/0o do teo' re4a das duas igualdades a ,artir de ,re/os
de ,rodu/0o. !inda assi42 ,ersistira4 condi/=es restritivas.
! ,ublica/0o2 e4 #$1%2 do Ia4oso trabalho de SraIIa
"Produo de "ercadorias por "eio de "ercadorias( Ioi recebida
Iavoravel4ente nos 4eios 4ar;istas ,or traGer u4a cr3tica original
e coerente aos Iunda4entos da corrente 4arginalista ou
neoclssica. Hais do Kue isso2 a obra de SraIIa Ioi saudada ,or Hee\
e :obb co4o contribui/0o decisiva F solu/0o do ,roble4a da
transIor4a/0o dos valores e4 ,re/os de ,rodu/0o. Para eles e vrios
outros 4ar;istas2 a 4ercadoria',adr0o ,areceu constituir o elo
4ate4tico de Kue Har; careceu a Ii4 de de4onstrar seu teore4a
das duas igualdades2 tendo os ,re/os de ,ro' du/0o co4o ,ontos de

24
MARX
,artida e de chegada.
)ssa avalia/0o t0o alvissareira da obra de SraIIa n0o se gene'
raliGou2 contudo2 entre os 4ar;istas. Se2 ,or u4 lado2 era ,reciso
ad'

25
OS ECONOMISTAS
4itir o 4Rrito da cr3tica aos ,ostulados neoclssicos2 ta4,ouco era
,oss3vel Iechar os olhos F o,osi/0o entre Har; e SraIIa2 u4a veG
Kue
o Mlti4o colocara sua de4onstra/0o do 4ovi4ento dos ,re/os sobre
a base das Kuantidades I3sicas das 4ercadorias "retornando ao
enIoKue de Ricardo no seu *ssaD on Profits2 de #E#52 co4 a
diIeren/a de Kue substitu3a o trigo ,or u4a 4ercadoria co4,osta(.
:o ,onto de vista teQrico2 isso eKuivalia a to4ar ,or u4 atalho
Kue e;clu3a o valor'tra' balho2 a 4ais'valia e a co4,osi/0o orgUnica
do ca,ital. Sue e;clu3a2 ,or conseguinte2 o essencial da )cono4ia
Pol3tica 4ar;iana. Seria ,os' s3vel salvar esta Mlti4a co4 base no
,rQ,rio SraIIa2 ou sePa2 na sua de4onstra/0o neo'ricardiana do
4ovi4ento dos ,re/os e da distribui/0o do ,roduto socialZ
Tentou'o Garegnani2 ,orR4 R Ior/oso reconhecer Kue o IeG de
4aneira a retirar co4 u4a das 40os o Kue concedia co4 a outra.
resultado Ioi a 4utila/0o do siste4a de Har; ,ara Kue ,udesse
caber no de SraIIa2 convertendo este Mlti4o nu4 verdadeiro leito de
Procusto.
Consciente da inco4,atibilidade2 *a,oleoni o,tou ,or SraIIa e2
co4 u4 radicalis4o coerente2 aIir4ou Kue2 de,ois dele2 o
4ar;is4o n0o ,odia 4ais contar co4 a ciJncia econY4ica e se deveria
Vco4e/ar tudo de novoW.
Tais as coordenadas de u4a ,olJ4ica sobre a Kual a literatura
internacional P R ,letQrica2 cabendo registrar ta4bR4 a contribui/0o
brasileira.
! nosso ver2 a abordage4 da transIor4a/0o do valor e4 ,re/o
de ,rodu/0o2 iniciada ,or Von Bort\ieXicG2 conIundiu u4 ,roble4a
Ialso co4 u4 verdadeiro. Se4elhante conIus0o ,ersiste e i4,ede
Kue se alcance clareGa acerca da Kuest0o.
,roble4a falso consiste e4 ,retender de4onstrar o teore4a
das duas igualdades a ,artir de ,re/os de ,rodu/0o. Hes4o Kue
isto sePa conseguido se4 condi/=es restritivas2 o teore4a n0o Iicar
de' 4onstrado ,or 4otivo de carJncia lQgica. Para demonstr(-lo, #
preciso partir de valores, como fe& "ar:. PorKue sQ assi4 estar
,rovado Kue2 KuaisKuer Kue sePa4 os ,re/os das 4ercadorias e a
n0o'eKuivalJncia nas suas trocas singulares2 a sociedade dis,or
unica4ente da so4a de valores igual FKuela incor,orada Fs
4ercadorias "ne4 4ais2 ne4 4enos(2 enKuanto a classe ca,italista
n0o ter sen0o u4 lucro total igual F 4ais'valia total "ne4 4ais ne4
4enos(. enIoKue 4etodolQgico n0o ,ode ser diIerente no caso2 e4bora
sePa l3cito substituir2 se ,oss3vel2
o ,rocedi4ento arit4Rtico 4ar;iano ,or outro algRbrico atualiGado.
,rQ,rio Har; n0o Ioi es,ecialista e4 4ate4tica2 ,orR4
Horishi4a2 autoridade no assunto2 elogia suas intui/=es e
contribui/=es no U4bito da )cono4ia 4ate4tica. Har; a,rovaria

26
MARX
certa4ente a elabora/0o 4ate4tica 4oderna de suas teses sob a
condi/0o2 est claro2 de Kue n0o se autono4iGasse4 os as,ectos
Kuantitativos co4 rela/0o aos Kua'

2'
OS ECONOMISTAS
litativos2 o Kue conduGiria2 co4o se deu co4 a escola neoclssica2 a
IQr4ulas vaGias de substUncia histQrico'social.
,roble4a verdadeiro Ioi a,ontado ,elo ,rQ,rio Har;2 Kue
n0o ignorava P entrare4 as 4ercadorias no ,re/o de custo calculadas
,elo ,re/o de ,rodu/0o e n0o ,elo valor. !dvertiu Kue isso ,oderia
induGir
a erro2 Kuando se identiIica o ,re/o de custo da 4ercadoria co4 o valor
dos bens nela consu4idos. *0o obstante2 aIir4ou Kue a Kuest0o
n0o reKueria e;a4e ,or4enoriGado ,ara o estudo da transIor4a/0o de
va' lores e4 ,re/os de ,rodu/0o. ra2 se R correto Kue Har; n0o
,recisava gastar energias nu4 as,ecto derivado da sua Kuest0o
central2 da3 n0o se segue Kue tal as,ecto n0o 4ere/a a aten/0o dos
econo4istas e se aIir4e n0o haver nenhu4 ,roble4a. Be4 ,elo
contrrio2 R PustiIicvel Kue se investigue a convers0o do insu4o e4
,roduto2 to4ados a4bos co4o ,re/os de ,rodu/0o. Kue n0o se ,ode
absoluta4ente ,retender desta 4aneira2 conIor4e te4 sido Kuest0o
de ,rinc3,io ,ara tantos ,esKuisadores2 R chegar a algu4a IQr4ula de
eKuil3brio geral2 ao 4enos se nos ativer4os aos ,ressu,ostos
4ar;istas Iunda4entais.
Por Mlti4o2 u4a a,recia/0o de natureGa e,iste4olQgica.
Se R inconceb3vel a teoria econY4ica do ca,italis4o se4 a
de' 4onstra/0o dos Iatores do 4ovi4ento dos ,re/os L o Kue ,ara
Har; era evidente2 tanto se esIor/ou a Ii4 de eli4inar o i4,asse
e4 Kue2
a este res,eito2 Iicara4 S4ith e Ricardo L2 da3 n0o se segue2 todavia2
Kue a Kuest0o es,ecial dos ,re/os deva ser considerada2 e4 si 4es4a2
a ,edra de toKue da veracidade dos siste4as de teoria econY4ica. Co4o
ta4bR4 R inconsistente ,retender Kue a de4onstra/0o 4ais direta
e si4,les sePa2 ,or u4 seCuitur lQgico2 a verdadeira.
s ,re/os constitue4 evidJncia Ieno4enal de ,rocessos econY4i'
cos ,roIundos e a e;,lica/0o restrita dos ,re/os2 ,or 4ais
soIisticada Kue se a,resente no trata4ento 4ate4tico2 na anlise
estat3stica etc.2 n0o colocar e4 Ioco as Ior/as Kue lhes s0o
subPacentes. ! teoria 4ar' ;iana abarcou os ,rocessos ,roIundos
nu4 a4,lo conPunto L o das rela/=es de ,rodu/0o e das leis Kue lhes
deter4ina4 o desenvolvi4ento
L e sua validade cient3Iica n0o deve ser Pulgada sen0o e4 Iun/0o
desse enIoKue. ! ,artir dele2 a de4onstra/0o do 4ovi4ento dos ,re/os
n0o dis,ensa o desvio do valor'trabalho2 da 4ais'valia e da co4,osi/0o
orgUnica do ca,ital. Tal desvio n0o constitui u4 co4,licador desne'
cessrio2 conducente F inven/0o de entes de raG0o2 4as R i4,osto
F teoria ,ela ,rQ,ria realidade das sociedades e4 Kue n0o ,ode ser
direta
a divis0o social do trabalho entre ,ro,rietrios ,rivados dos 4eios de
,rodu/0o e de subsistJncia. )4 tais sociedades2 a divis0o social do
trabalho se realiGa indireta4ente2 ,or 4eio do desvio do valor2

2/
MARX
co4 base no Kual se de4onstra 4uit3ssi4o 4ais do Kue o
4ovi4ento dos ,re/os. Justa4ente a ,artir do valor'trabalho R Kue
Har; ,Yde elucidar
a contradi/0o Iunda4ental do 4odo de ,rodu/0o ca,italista co4o sendo
a contradi/0o entre a Ior4a ,rivada de a,ro,ria/0o e o carter
social

20
OS ECONOMISTAS
do ,rocesso de ,rodu/0o. ) ainda a cria/0o da 4ais'valia co4o i4,ulso
4otor do 4odo de ,rodu/0o ca,italista^ a luta de classes entre a bur'
guesia e o ,roletariado co4o inerente F Ior4a/0o social ca,italista^
a dinU4ica entre acu4ula/0o de ca,ital e e;Rrcito industrial de
reserva^ as contradi/=es da re,rodu/0o do ca,ital social total e a
necessidade de sua traPetQria c3clica^ o i4,ulso do ca,ital ao
desenvolvi4ento 4' ;i4o das Ior/as ,rodutivas e o li4ite cada veG
4ais estreito Kue o ,rQ,rio ca,ital i4,=e a esse desenvolvi4ento^ a lei
da Kueda tendencial da ta;a de lucro enKuanto e;,ress0o concentrada
das contradi/=es do ca,italis4o. Co4 inteira raG0o2 enIatiGou Bob
RoXthorn Kue a ,roble' 4tica da )cono4ia Pol3tica 4ar;ista se
diIerencia ,roIunda4ente da neo'ricardiana2 sendo ,erda de te4,o
enIocar a ,roble4tica 4ar;ista ,ela via do siste4a de SraIIa.
)4 seguida a Har;2 cabe ad4itir Kue a Kuest0o dos ,re/os re'
cebeu escasso trata4ento ,or ,arte dos econo4istas 4ar;istas2 Iicando
o te4a entregue F corrente neoclssica. ! este res,eito2 u4a e;ce/0o
Ioi a de Rubin2 Kue conseguiu de4onstrar co4o a e;,lica/0o 4argina'
lista da dinU4ica dos ,re/os2 Ieita ,or Harshall2 ,odia ser substitu3da
,or u4a e;,lica/0o baseada no valor'trabalho. ! de4onstra/0o do eco'
no4ista russo veio conIir4ar Kue a teoria es,ecial dos ,re/os dis,unha
de condi/=es ,ara ser desenvolvida co4 suIiciente coerJncia nos
Kuadros siste4ticos da )cono4ia Pol3tica 4ar;ista. Inclusive co4
o a,rovei' ta4ento da contribui/0o de outras correntes do ,ensa4ento
econY4ico2
a e;e4,lo2 nos anos recentes2 da contribui/0o neo'ricardiana.
VII( Te.:-.cis :o Dese.Ao%Ai*e.#o :o
Mo:o :e Pro:$;<o C!i#%is#
siste4a teQrico 4ar;iano distingue'se ,ela e;,osi/0o das ten'
dJncias dinU4icas inerentes ao 4odo de ,rodu/0o ca,italista2 as Kuais2
se lhe i4,ulsiona4 o cresci4ento2 ao 4es4o te4,o desenvolve4 suas
contradi/=es internas e o conduGe4 F decadJncia e F substitui/0o ,or
u4 novo 4odo de ,rodu/0o.
4odo de ,rodu/0o ca,italista n0o R visto2 ,or conseguinte2
co4o encarna/0o da racionalidade su,ra'histQrica2 ne4 suas leis
es' ,ec3Iicas assu4e4 o carter de leis naturais2 cuPa su,osta
i4anJncia
F natureGa hu4ana i4,oria a adeKua/0o eterna das institui/=es sociais
Fs e;igJncias de sua livre atua/0o. ! conce,/0o dialRtica 4ar;ista o,Ys'
se F tradi/0o Pusnaturalista da ideologia burguesa2 Kue i4,regnou
os clssicos da )cono4ia Pol3tica. Por isso 4es4o2 o 4odo de
,rodu/0o ca,italista n0o R visto co4o aberra/0o2 ne4 ta4,ouco o
Iora42 antes dele2 os 4odos de ,rodu/0o asitico2 escravista e
Ieudal. Todos re,re' senta4 grandes eta,as do desenvolvi4ento
histQrico2 cuPo ,rinc3,io e;,licativo reside na corres,ondJncia entre
as rela/=es de ,rodu/0o e

21
MARX
o carter das Ior/as ,rodutivas. ! cessa/0o de tal corres,ondJncia torna
os ho4ens conscientes2 cedo ou tarde2 da necessidade de substituir o

22
OS ECONOMISTAS
4odo de ,rodu/0o decadente ,or u4 novo 4odo de ,rodu/0o2 ou sePa2
no essencial2 da necessidade de Iavorecer a i4,lanta/0o e
e;,ans0o de novas rela/=es de ,rodu/0o adeKuadas ao
desenvolvi4ento desobs' tru3do das Ior/as ,rodutivas. 4odo de
,rodu/0o ca,italista2 e4 vir' tude das contradi/=es do seu ,rQ,rio
4ovi4ento2 teria de ceder lugar ao 4odo de ,rodu/0o co4unista. Se
Ioi enItico no concernente a esta conclus0o2 Har; n0o dei;ou sen0o
escassas e sucintas idRias acerca das caracter3sticas do co4unis4o.
RePeitou as idealiGa/=es utQ,icas e ateve'se FKuelas inIerJncias
,oss3veis a ,artir do ,rQ,rio ca,italis4o. Har; se ,retendia cientista
e n0o ,roIeta.
s te4as a seguir abordados Iora4 escolhidos ,ela relevUncia
Kue assu4e4 na conce,/0o 4ar;iana sobre a dinU4ica do 4odo
de ,rodu/0o ca,italista.
O c!i#% soci% #o#% e s co.#r:i;Ees :e s$ re!ro:$;<o
*o +ivro Segundo L conIor4e P observado2 aKuele 4ais dedicado
F 4acroecono4ia L2 Har; buscou esclarecer co4o era ,oss3vel
eIeti' var'se a re,rodu/0o do ca,ital social total2 u4a veG Kue este
se cons' titu3a de nu4erosos ca,itais individuais concorrentes2 cuPa
atua/0o2 ,ela ,rQ,ria natureGa do ca,italis4o2 ,ressu,unha a
ausJncia de su' bordina/0o a u4a ,laniIica/0o centraliGada.
Todo 4odo de ,rodu/0o deve ser ta4bR4 u4 4odo de re,rodu/0o.
Por Ior/a2 no Iunda4ental2 dos 4ecanis4os econY4icos e ta4bR4 ,elo
su,orte Kue o 4odo de ,rodu/0o recebe das institui/=es ,ol3tico'
Pur3dicas consolidadas2 da ideologia do4inante2 dos costu4es da
vida cotidiana etc.2 cada circuito da ,rodu/0o R sucedido ,or novo
circuito2 nu4a rei' tera/0o incessante. :e outra 4aneira2 seria
inevitvel a cessa/0o da e;istJncia da ,rQ,ria sociedade. Se a
evidJncia e4,3rica co4,rova Kue
a re,rodu/0o ta4bR4 ocorre na Ior4a/0o social ca,italista2 a Kuest0o
a elucidar consiste na de4onstra/0o de co4o isto R ,oss3vel nu4 regi4e
e4 Kue a ,rodu/0o socialiGada se realiGa entre as ,aredes de e4,resas
de ,ro,riedade ,rivada.
Ieito de Har;2 no +ivro Segundo2 encontrou ,recedente e
Ionte de ins,ira/0o no Ta.leau =conomiCue de Suesna-. Har; o tinha
e4 alta conta e real/ou sua grande signiIica/0o cient3Iica. *0o
obstante2 entre o Ta.leau e os esKue4as da re,rodu/0o do +ivro
Segundo 4edeia u4a distUncia enor4e2 de cuPos 4arcos basilares
basta assinalar o ,ri4eiro9
a teoria do valor'trabalho2 ausente na conce,/0o do ,recursor IrancJs.
s esKue4as da re,rodu/0o Ior4ula4'se e4 ter4os de valor2
discri4inando'se o ,roduto social anual e4 trJs ,artes9 ca,ital
cons' tante2 ca,ital varivel e 4ais'valia. !o 4es4o te4,o2 o ,roduto
social te4 a co4,osi/0o bisseg4entada ,or u4a grande linha
divisQria de' ter4inada2 n0o ,elo valor2 4as ,elo valor de uso. )4

13
MARX
conseKOJncia2
o ,roduto social ,rocede de dois de,arta4entos9 o :e,arta4ento I
L
,rodutor de bens de ,rodu/0o^ e o :e,arta4ento II L ,rodutor de

13
OS ECONOMISTAS
bens de consu4o "de ca,italistas e o,errios2 Mnicas classes inclusas
no 4odelo(. Por conseguinte2 a Ii4 de Kue decorra se4 tro,e/os2 a
re,rodu/0o anual do ca,ital social total de,ende de Kue o ,roduto
social ,ossua u4a co4,osi/0o Cuantitativa ,ro,orcional e4 ter4os de
valor e2 ao 4es4o te4,o2 u4a co4,osi/0o Cualitativa ,ro,orcional e4
ter4os de valor de uso. intercU4bio 4ercantil se eIetiva dentro
de cada :e,arta4ento e entre a4bos.
Har; elaborou dois 4odelos 4ate4ticos de esKue4as2 Kue sa'
tisIaGe4 todos os reKuisitos da ,ro,orcionalidade. ,ri4eiro esKue4a
R o da re,rodu/0o simples, no Kual se su,=e Kue os ca,italistas gasta4
toda 4ais'valia no consu4o ,essoal2 de tal 4aneira Kue o ,roduto
social se re,ete e4 di4ens=es iguais Fs anteriores. *o Iunciona4ento
do ca,italis4o2 a re,rodu/0o si4,les n0o constitui sen0o 4o4ento
abstrato da re,rodu/0o ampliada! J nesta2 u4a ,arte da 4ais'valia2
e4 veG de absorvida ,elo consu4o ,essoal2 R ,rodutiva4ente investida2
da3 decorrendo a re,rodu/0o do ,roduto social e4 di4ens=es incre'
4entadas. :ados os i4,erativos da acu4ula/0o do ca,ital2 a
re,rodu/0o a4,liada R u4a e;igJncia do 4odo de ,rodu/0o ca,italista
e sua n0o' eIetiva/0o signiIica ind3cio de crise.
s 4odelos 4ate4ticos 4ar;ianos da re,rodu/0o do ca,ital so'
cial total n0o s0o IQr4ulas dinU4icas2 4as a Ii;a/0o abstrata de
u4 instantUneo2 algo assi4 co4o u4 flash IotogrIico Kue ca,ta
condi/=es IugaGes da re,rodu/0o e4 estado de co4,leto eKuil3brio.
:esses 4odelos n0o se ,ode4 inIerir sen0o os reKuisitos essenciais F
re,rodu/0o eKui' librada do ca,ital social total. ! inIerJncia acerca
da continuidade de tais reKuisitos se contra,=e F argu4enta/0o do
+ivro Segundo.
*o ,rocesso de circula/0o2 o ca,ital atravessa as Iases de
ca,ital dinheiro2 ca,ital ,rodutivo e ca,ital 4ercadoria. ! Ii4 de
retornar F con' Iigura/0o inicial de ca,ital dinheiro2 R necessria a
reali&ao do ca,ital 4ercadoria2 o Kue signiIica2 e4 ter4os
correntes2 ,recisa4ente a venda das 4ercadorias ,roduGidas. J a3
a,arece4 tro,e/os reincidentes2 u4a veG Kue os atos de co4,ra e
venda2 inter4ediados ,elo dinheiro2 n0o se eIetua4 na velocidade
ideal ou si4,les4ente dei;a4 de se eIetuar. *a realidade
ca,italista2 a oIerta ne4 se4,re cria a ,rocura corres,ondente.
! esta altura2 cu4,re acentuar ter sido2 4uito antes de Ke-nes2 a
cha4ada Vlei dos 4ercadosW de Sa- sub4etida F cr3tica radical de
Har;2 Kue2 ao 4es4o te4,o2 rePeitou a teoria subconsu4ista de
Sis4ondi2 a,esar de a,reciar sua ,osi/0o de cr3tico do ca,italis4o.
Has os obstculos F re,rodu/0o Iluente e desi4,edida ,rocede4
ainda de vrias outras caracter3sticas da ,rodu/0o ca,italista2 cuPa
Iinalidade vital consiste na valoriGa/0o do ca,ital. Procede4 das diIe'
ren/as dos te4,os de rota/0o entre os ca,itais individuais dos diversos
ra4os industriais e entre o ca,ital Ii;o e o ca,ital circulante na
co4' ,osi/0o de cada ca,ital individual. Procede4 da es,ecialiGa/0o de

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MARX
Iun' /=es entre o ca,ital industrial2 o ca,ital co4ercial e o ca,ital
bancrio2

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OS ECONOMISTAS
cada Kual sub4etido a giros ,rQ,rios2 e4 discordUncia 4aior ou 4enor
co4 os de4ais2 de tal 4aneira Kue a concordUncia re,resenta
4ero acaso "te4a Kue tornar a ser abordado no +ivro Terceiro(.
Procede4 das inova/=es tecnolQgicas2 Kue altera4 os reKuisitos das
,ro,or/=es anteriores de co4,osi/0o do ,roduto social sob o as,ecto
do valor de uso. Procede42 enIi42 da ,rtica 4aior ou 4enor do
entesoura4ento2 e4 res,osta a caracter3sticas obPetivas da re,rodu/0o
ou a e;,ectativas subPetivas dos ca,italistas.
:e tudo isso n0o se segue Kue a re,rodu/0o do ca,ital social
total sePa i4,oss3vel2 4es4o nas condi/=es de siste4a Iechado2 Kue
R
o ,ressu,osto ,er4anente da constru/0o teQrica 4ar;iana2 entrando
o co4Rrcio e;terior co4o Iator contingente. :a argu4enta/0o 4ar;iana
decorre t0o'so4ente Kue a eIetiva/0o da re,rodu/0o do ca,ital
social total n0o se d e4 estado de eKuil3brio. )ste estado R
a,enas u4a tendJncia atuante e4 4eio a inu4erveis e incessantes
deseKuil3brios2 cuPa autocorre/0o ,elo 4ercado n0o i4,ede Kue
,revale/a a acentua/0o da des,ro,orcionalidade e a su,eracu4ula/0o
de ca,ital e4 Iace da de4anda solvente "o 4es4o Kue de4anda
efetiva2 na ter4inologia \e-' nesiana(. Situa/0o Kue2 no ,ice2
dese4boca e se resolve na crise c3clica.
s esKue4as 4ar;ianos da re,rodu/0o do ca,ital social total
ensePara4 acesas ,olJ4icas P no Iinal do sRculo ,assado. Tugan'
Ba' ranovs\i2 destacada4ente2 e;traiu deles a conclus0o de Kue o
ca,ita' lis4o ,oderia desenvolver'se a ,erder de vista2 a salvo de
crises eco' nY4icas2 se Iosse4 cu4,ridos os reKuisitos da
,ro,orcionalidade da re,rodu/0o. Tais reKuisitos2 ,or sua veG2
dis,ensaria4 a e;igJncia de a4,lia/0o do consu4o ,essoal2 sendo
,oss3vel i4aginar o ca,italis4o Iuncionando co4 o ,roletariado
constitu3do ,or u4 Mnico indiv3duo. )4bora recusasse a loucura
met6dica de Tugan'Baranovs\i2 ad4itiu ?ilIerding estar i4,l3cita nos
esKue4as 4ar;ianos u4a conce,/0o har' 4onicista e aIir4ou Kue2
co4 base neles2 seria i4,oss3vel ,rovar a derrocada inelutvel do
ca,italis4o.
s esKue4as 4ar;ianos constitu3ra42 no entanto2 u4 dos argu'
4entos centrais a,resentados ,or +Jnin e4 sua ,olJ4ica co4 os
,o' ,ulistas russos. )4 obras co4o <o.re a 3uesto Chamada dos
"er- cados e Desenvolvimento do Capitalismo na -;ssia, os
esKue4as 4ar;ianos da re,rodu/0o social Iora4 utiliGados a Ii4 de
rebater a tese ,o,ulista acerca de i4,ossibilidade da Ior4a/0o do
4ercado in' terno ca,italista nas condi/=es russas. ConKuanto
recorresse Fs anlises de Tugan'Baranovs\i2 ent0o u4 dos cha4ados
V4ar;istas legaisW2 +J' nin rePeitou a inter,reta/0o har4onicista
corrente entre estes Mlti4os.
Hotivada2 ,recisa4ente2 ,ela necessidade de u4a rR,lica F
in' ter,reta/0o har4onicista2 Rosa +u;e4burgo criticou os esKue4as

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MARX
4ar' ;ianos e desviou a e;,lica/0o da contradi/0o Iunda4ental do
ca,ita' lis4o ,ara a Kuest0o da su,osta realiGa/0o invivel e4 Iace
da insu' IiciJncia dos 4ercados nu4 siste4a ca,italista Iechado.
Inaugurava'se

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OS ECONOMISTAS
e4 grande estilo2 no U4bito do 4ar;is4o2 o enIoKue subconsu4ista.
Tanto +u;e4burgo co4o ?ilIerding2 e4bora situados e4 ,osi/=es ,o'
l3ticas 4uito diIerentes no U4bito da social'de4ocracia2 n0o ,ercebera4
o carter esttico dos 4odelos 4ar;ianos da re,rodu/0o social e
con' siderara4 i4,oss3vel evitar a inter,reta/0o har4onicista co4
reIerJn' cia a eles.
Suando2 na dRcada dos vinte do sRculo atual2 os econo4istas
soviRticos co4e/ara4 a enIrentar os ,roble4as da ,laniIica/0o centra'
liGada2 a teoria 4ar;ista da re,rodu/0o do ca,ital social total colocou'se
no Ioco das aten/=es e direta4ente nela se ins,irou a 4etodologia dos
balan/os. Foi sob a 4otiva/0o do estudo desses ,roble4as
4acroeco' nY4icos Kue +eontieI2 ent0o ainda na Cni0o SoviRtica2
iniciou as ,es' Kuisas Kue2 nos )stados Cnidos2 cul4inara4 na
elabora/0o das 4a' triGes de insu4o',roduto.
!inda na dRcada dos vinte2 a teoria 4ar;ista da re,rodu/0o social
Iorneceu ao econo4ista soviRtico G. Feld4an o instru4ental conceitual
,ara o ,ri4eiro 4odelo 4ate4tico do desenvolvi4ento dinU4ico
da re,rodu/0o 4acroeconY4ica2 nas condi/=es do socialis4o. Feld4an
an' teci,ou'se2 ,ortanto2 Fs IQr4ulas 4acrodinU4icas de ?arrod e
:o4ar2 ins,iradas na 4acroesttica de Ke-nes. s \e-nesianos de
esKuerda2 co4o Robinson2 a,reciara4 o 4Rrito dos esKue4as da
re,rodu/0o do +ivro Segundo e encontrara4 neles u4a das raG=es
,ara sua a,ro;i' 4a/0o ao 4ar;is4o.
Os cic%os eco.F*icos
Schu4,eter2 u4 dos ,rinci,ais estudiosos 4odernos do te4a2
aIir4ou Kue Har; Ioi ,ioneiro na a,resenta/0o de u4a teoria
consis' tente dos ciclos econY4icos "e n0o sQ das crises(2 e4bora o
IiGesse se4 concatena/0o siste4tica. :ecerto2 ,artindo do 4undo
acadJ4ico oci' dental2 seria diI3cil elogio 4ais e4inente F
realiGa/0o de Har;.
[ Iato Kue n0o encontra4os2 e4 Capital, u4a e;,osi/0o sis'
te4tica sobre os ciclos econY4icos. !s reIerJncias s0o Irag4entrias
e se acha4 dis,ersas nos trJs +ivros e ainda e4 outras obras
co4o Teorias da "ais-Valia! estudo da teoria 4ar;iana dos ciclos
sQ R ,oss3vel co4 a reuni0o de todas essas reIerJncias2 levando'se e4
conta
o conte;to e4 Kue cada u4a est inserida. Justa4ente a Ialta ou a
diIiculdade de se4elhante enIoKue abrangente te4 acentuado as diIe'
ren/as de e;egese e as ,osi/=es ,olJ4icas.
!o estudar2 no +ivro Segundo2 a re,rodu/0o do ca,ital social
total2 assinalou Har;2 e4 diversas ,assagens2 a natureGa c3clica dessa
re,rodu/0o. Cltra,assada a Iase de crise2 cada ciclo se renova atravRs
de Iases sucessivas de de,ress0o2 reani4a/0o e auge2 Kue
dese4boca na crise seguinte2 a ,artir da Kual se origina novo ciclo.
)sta natureGa c3clica do 4ovi4ento da re,rodu/0o te4 a causa

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MARX
Iunda4ental no i4' ,ulso inelutvel do ca,ital F sua valoriGa/0o
"de outra 4aneira2 n0o

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OS ECONOMISTAS
seria ca,ital(2 o Kue o leva a chocar'se nu4a Irente geral2 ,eriodica'
4ente2 co4 as barreiras Kue a ,rQ,ria valoriGa/0o cria ,ara o
desen' volvi4ento das Ior/as ,rodutivas. Tais barreiras ine;istiria4
se o ca' ,ital n0o ,recisasse valoriGar'se e conduGir a acu4ula/0o
ili4itada a colidir co4 a Ior4a ca,italista de sua concretiGa/0o.
Suatro as,ectos ,ri4ordiais do 4ovi4ento c3clico Iora4 aborda'
dos ,or Har;.
,ri4eiro consistiu na deIini/0o das barreiras ,rinci,ais Kue o
,rQ,rio ca,ital ergue F sua e;,ans0o. :uas s0o estas barreiras
,rin' ci,ais9 a( a des,ro,orcionalidade do cresci4ento dos vrios
ra4os da ,rodu/0o2 e4 ,articular a des,ro,orcionalidade entre os
:e,arta4en' tos I ",rodutor de bens de ,rodu/0o( e II ",rodutor de bens
de consu4o(^ b( a e;,lora/0o dos trabalhadores Kue rebai;a o n3vel de
consu4o das 4assas ou i4,ede sua eleva/0o nas ,ro,or/=es de
u4a de4anda sol' vente co4,at3vel co4 a a4,lia/0o da oIerta.
!4bas as barreiras n0o constitue4 contingJncias eli4inveis2 ,orR4
surge4 ine;oravel4ente da contradi/0o entre o i4,ulso F acu4ula/0o
do ca,ital e o envoltQrio cada veG 4ais estreito das rela/=es de
,rodu/0o ca,italistas.
segundo as,ecto reIere'se ao descola4ento e F autono4iGa/0o
da esIera bancria co4 rela/0o F esIera ,rodutiva de atua/0o do ca,ital.
! ,ossibilidade de o ca,ital bancrio criar 4oeda escritural d ensePo
F e;,ans0o do crRdito e4 rit4o 4ais veloG do Kue o da ,rodu/0o real.
:a3 se e;acerbare4 as tendJncias es,eculativas Kue2 ,or Ii42 P nada
tJ4 a ver co4 as condi/=es viveis de realiGa/0o das 4ercadorias ,ro'
duGidas e2 ,ortanto2 de sua convers0o e4 ca,ital dinheiro.
terceiro as,ecto Ioi o da caracteriGa/0o da base tRcnico'4aterial
,ara o 4ovi4ento c3clico. Segundo Har;2 essa base se encontraria na
,eriodicidade da renova/0o do ca,ital Ii;o2 ,or e;igJncia do
desgaste I3sico e da obsolescJncia tecnolQgica. *o sRculo ]I]2 tal
,eriodicidade era a,ro;i4ada4ente decenal2 ou sePa2 a renova/0o e4
grande escala do ca,ital Ii;o Iornecia2 a cada deG anos2 o ,onto de
,artida de u4 novo ciclo. )4bora Har; n0o houvesse a,resentado
u4a de4onstra/0o tRcnica'e4,3rica da sua tese2 R inegvel Kue
nela e;,Ys u4a idRia de,ois detalhada e a,roIundada nos estudos da
Iun/0o do investi4ento nos ciclos econY4icos.
Mlti4o as,ecto diG res,eito Fs crises2 to4adas co4o Iase de
desenlace do ciclo econY4ico.
[ ,or de4ais claro e incontestvel Kue Har; recusou a idRia de
Kue a crise c3clica se desencadeasse ,or eIeito da insuIiciJncia da
de' 4anda solvente "ou de4anda eIetiva(. Frisou Kue2 Pusta4ente na
Iase de auge2 antecedendo a crise de 4aneira i4ediata2 a oIerta de
e4,regos se a4,lia ao 4;i4o e os salrios sobe4 ao ,ata4ar 4ais
alto ,oss3vel. Por conseKOJncia2 a crise n0o se segue a u4a Kueda do
consu4o2 ,orR42 4uito ao contrrio2 F sua eleva/0o 4ais acentuada
nas condi/=es es' ,ec3Iicas do ca,italis4o.

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MARX
Kue sucede R Kue a eleva/0o conPuntural dos salrios L nas
condi/=es de e;aust0o do e;Rrcito industrial de reserva L i4,orta e4
decre4ento da ta;a de 4ais'valia e2 ,or conseguinte2 da ta;a de lucro2
o Kue2 ,or sua veG2 desacelera e acaba Ireando o ,rocesso de acu4ula/0o
do ca,ital. Has esta 4es4a eleva/0o conPuntural dos salrios
resulta da ,rRvia su,eracu4ula/0o de ca,ital e4 Kue o auge do ciclo
cul4ina
e conduG F 4obiliGa/0o co4,leta ou Kuase co4,leta do eIetivo o,errio
dis,on3vel. ! su,eracu4ula/0o do ca,ital traG consigo o agrava4ento
da des,ro,orcionalidade entre os dois de,arta4entos da ,rodu/0o social
e a su,er,rodu/0o de 4ercadorias ,ostas F venda2 acabando ,or
,ro' vocar insuIiciJncia catastrQIica de de4anda e crise aguda de
realiGa/0o sobretudo de bens de ,rodu/0o. Tal insuIiciJncia da de4anda
n0o cons' titui2 ,ortanto2 causa2 4as conseKOJncia da su,er,rodu/0o2
entendida2 antes de tudo2 co4o su,er,rodu/0o de ca,ital. ! e;,ans0o
da ,rodu/0o alR4 das barreiras erguidas ,elo ,rQ,rio ca,ital incide
na esIera do crRdito e ter4ina ,or suscitar drstica retra/0o das
dis,onibilidades l3Kuidas2 o Kue2 ,or sua veG2 agrava a retra/0o dos
investi4entos.
! s3ntese aci4a n0o deve ser to4ada ,or 4odelo uniIor4e ,ara
todas as crises c3clicas. Har; observou Kue o anda4ento de cada u4a
delas a,resentava ,eculiaridades2 ,orR4 considerou Kue os Iatores enu'
4erados tinha4 atua/0o generaliGada.
!s crises c3clicas cu4,re4 a Iun/0o ,rec3,ua de recu,era/0o ,as'
sageira do eKuil3brio do siste4a ca,italista2 Pusta4ente ,or haver sua
tendJncia ao deseKuil3brio atingido u4 grau ,aro;3stico. Has este eKui'
l3brio 4o4entUneo sQ se eIetiva 4ediante tre4enda devasta/0o das
Ior/as ,rodutivas atR ent0o acu4uladas. :evasta/0o 4aniIestada
na de,recia/0o das 4ercadorias ou si4,les4ente na destrui/0o dos
esto' Kues invendveis2 no surgi4ento de alto grau de ca,acidade
ociosa nas e4,resas2 na IalJncia de 4uitas delas e sua absor/0o
,or outras
a ,re/o vil2 na desvaloriGa/0o geral do ca,ital e2 ,or Ii42 no dese4,rego
4aci/o2 Kue inutiliGa grande ,arte da Ior/a ,rodutiva hu4ana e re'
constitui2 e4 ,ro,or/=es 4aiores2 o e;Rrcito industrial de reserva.
! desvaloriGa/0o geral do ca,ital2 a reconstitui/0o do e;Rrcito
industrial de reserva e a renova/0o do ca,ital Ii;o ,er4ite4 a eleva/0o
da ta;a de lucro de,ri4ida ,ela conPuntura e seria42 ,or conseguinte2
os Iatores decisivos Kue i4,ele4 a econo4ia ca,italista a ultra,assar
a de,ress0o subseKOente F crise e atravessar2 4ais u4a veG2 as Iases
de reani4a/0o e auge do ciclo econY4ico.
bserve'se Kue n0o h e4 Har; KualKuer reIerJncia aos cha4a'
dos ciclos longos2 cuPa ocorrJncia Ioi ,ri4eiro assinalada ,or KondratieI
e2 4ais tarde2 estudada ,or Schu4,eter e Handel. So4ente os ciclos
de escala decenal Iora4 e;a4inados na bibliograIia 4ar;iana.
! teoria 4ar;iana sobre os ciclos econY4icos Ioi ,osta e4 causa

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OS ECONOMISTAS
,or u4a corrente2 surgida no ,rQ,rio seio do 4ar;is4o no Iinal do
sRculo ,assado e celebriGada ,ela designa/0o ,ePorativa de Vrevisionis'

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MARX
taW. )duard Bernstein2 seu l3der2 argu4entou Kue as crises econY4icas
vinha4 se tornando cada veG 4ais Iracas e Kue o ca,italis4o P ,ossu3a
instru4entos organiGacionais "centraliGa/0o bancria2 carteliGa/0o2 ve'
locidade das co4unica/=es( Kue o ca,acitava4 a evit'las. Contra a
argu4enta/0o de Bernstein2 Kue ,ro,ugnava a conKuista do socialis4o
,elo ca4inho das reIor4as graduais2 ,ole4iGara4 Kauts\- e +u;e4'
burgo. )nKuanto Kauts\- ,rognosticou u4 Iuturo estado Iinal de
de' ,ress0o crYnica ,ara o ca,italis4o2 +u;e4burgo desenvolveu a
con' ce,/0o sobre o subconsu4o estrutural inerente ao ,rQ,rio
siste4a ca' ,italista2 da3 inIerindo Kue sua e;istJncia de,endia do
intercU4bio co4 u4 a4biente n0o'ca,italista. *este 3nteri42 Iora
do ca4,o do 4ar;is4o2 os ciclos econY4icos Iora4 estudados ,or
!Italion e Hitchell2 nu4a R,oca2 ,recisa4ente2 e4 Kue o do43nio da
corrente neoclssica nos 4eios acadJ4icos concedia ao te4a
aten/0o negligente2 dada a ,re4issa do eKuil3brio autocorretivo do
e4,rego dos Iatores nu4 4er' cado concorrencial2 no Kual as crises
a,enas seria4 acidentes de ,er' curso devidas a erros do )stado2
dos agentes econY4icos etc.
! Grande :e,ress0o de #$6$'#$DD abalou o ediI3cio teQrico
neo' clssico e ,ro,iciou a eclos0o da revolu/0o \e-nesiana. ! idRia
"elabo' rada2 de 4aneira inde,endente2 ,or Ke-nes e Kalec\i( de Kue
as crises ,oderia4 ser sub4etidas a certo grau de controle e
atenuadas ,ela interven/0o do )stado burguJs re,resentou inova/0o
vlida ta4bR4 ,ara a )cono4ia Pol3tica 4ar;ista. ! inova/0o2
surgida de 4otiva/0o ,rtica2 suscitou estudos obPetivos dos
4ecanis4os da econo4ia ca,i' talista2 os Kuais ,roduGira4 aKuisi/=es
teQricas i4,ortantes. *0o resta dMvida de Kue ,artiu de Ke-nes a
ins,ira/0o ,ara a rea,ro;i4a/0o do ,ensa4ento acadJ4ico F
realidade concreta do ca,italis4o. *o ca4' ,o 4es4o do 4ar;is4o2
certas idRias de Ke-nes reIor/ara4 o enIoKue subconsu4ista e
conIlu3ra4 ,ara as teses sobre a tendJncia do ca,i' talis4o
4ono,olista F estagna/0o ,er4anente. Tal R o caso das teses de
Kalec\i2 Steindl2 Baran e SXeeG-. )4 conseKOJncia2 obscurecia'se
ou ,erdia'se a ,ers,ectiva do ciclo2 na ace,/0o 4ar;iana.
)4 contra,artida2 n0o Ialtara4 os \e-nesianos Kue2 ins,irados no
,rQ,rio 4estre2 considerara4 n0o sQ Kue as crises ,oderia4 ser
atenuadas ,elo )stado burguJs2 co4o seria ,oss3vel eli4in'las de
todo e 4anter indeIinida4ente o eKuil3brio do ,leno e4,rego nas
condi/=es do ca,ita' lis4o. )4bora cr3tico de Ke-nes2 o 4ar;ista
inglJs Ronald Hee\ n0o dei;ou de se contagiar ,elo oti4is4o
\e-nesiano e2 no a4biente de ,ros' ,eridade ca,italista 4undial dos
anos sessenta2 incluiu a tese sobre a inevitabilidade das crises entre
os Iracassos teQricos de Har;.
! crise deIlagrada e4 #$E% IeG a econo4ia 4undial ingressar
nu4a de,ress0o "ou recess0o( Kue sQ cede e4 gravidade F de #$6$'#$DD.
Segundo o *conomic utlook da C:) "rganiGa/0o ,ara a Coo,era/0o

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OS ECONOMISTAS
e o :esenvolvi4ento )conY4ico(2 os 67 ,a3ses associados2 entre os
Kuais Iigura4 os 4ais avan/ados do 4undo ca,italista2 registrara42

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MARX
no segundo se4estre de #$E62 u4a ta;a de dese4,rego de $2%b da
Ior/a de trabalho total2 o eKuivalente2 e4 nM4eros absolutos2 a
D#2&5 4ilh=es de trabalhadores. So4ente nos )stados Cnidos2 neste
4es4o ,er3odo2 o dese4,rego atingia #%2%b da Ior/a de trabalho do
,a3s2 co4 cerca de doGe 4ilh=es de o,errios Iora do trabalho. J a
Inglaterra se destacava2 entre os ,a3ses euro,eus2 ,recisa4ente
,ela 4agnitude da desocu,a/0o9 e4 Paneiro de #$ED2 registrava D26
4ilh=es de dese4' ,regados2 o eKuivalente2 e4 ter4os relativos2 a
#D2Eb da Ior/a de tra' balho nacional. au4ento e;traordinrio da
ca,acidade ociosa do a,a' relho ,rodutivo e o dese4,rego 4aci/o
ta4bR4 se alastrara4 nos ,a3' ses ca,italistas recR4'desenvolvidos2
co4o o Brasil2 e nos ,a3ses sub' desenvolvidos e4 geral.
oti4is4o \e-nesiano Ioi2 ,ortanto2 dissolvido ,elos Iatos2
e4' bora n0o se deva subesti4ar2 4es4o nas condi/=es atuais2 a
eIiccia de alguns instru4entos antic3clicos idealiGados ,or Ke-nes e
sua escola. )Iiccia cuPa conIiabilidade2 sePa notado2 Iicou di4inu3da
nos c3rculos da burguesia diante da ,ro,ens0o das ,rticas
\e-nesianas a ,rovocar eIeitos estatiGantes e inIlacionrios
cu4ulativos. Kue e;,lica2 decerto2
o ,rest3gio conKuistado ,ela escola 4onetarista de Fried4an co4 sua
,ro,osta de u4 neoliberalis4o econY4ico.
SePa co4o Ior2 a evidJncia Iatual do segundo ,Qs'guerra veio con'
Iir4ar o acerto da teoria de Har; sobre os ciclos e as crises na econo4ia
ca,italista. 4ovi4ento do 4odo de ,rodu/0o ca,italista continua
a ser n0o sQ ,ros,eridade2 ne4 sQ de,ress0o2 4as a alternUncia de
u4a
a outra. !lternUncia bastante irregular na eta,a do ca,ital 4ono,olista2
,orR4 t0o inevitvel Kuanto na eta,a ,recedente. )4 es,ecial2
co4' ,rovou'o a situa/0o da Inglaterra2 nu4 cabal des4entido ao
,rognQstico Ieito ,or Hee\2 e4 #$1&.
A %ei : G$e: #e.:e.ci% : #H :e %$cro
s ca,3tulos ]III2 ]IV e ]V do +ivro Terceiro ,ode4 ser
consi' derados a sM4ula conclusiva de Capital. ! a,lica/0o da
lQgica dia' lRtica alcan/a ali raras cul4inUncias e desvela o
co4,le;o de antago' nis4os Kue constitue4 a dinU4ica 4ais ,roIunda
do 4odo de ,rodu/0o ca,italista2 ao 4es4o te4,o i4,elindo'o a
desenvolver as Ior/as ,ro' dutivas e a engendrar2 ele ,rQ,rio2 o li4ite
da sua e;istJncia histQrica.
! Kueda da ta;a de lucro P Iora constatada ,or S4ith2 Kue
a inIeriu da Kueda da ta;a de Puros2 acerca da Kual os dados
estat3sticos era42 ent0o2 Kuase os Mnicos conIiveis e acess3veis.
S4ith e;,licou o IenY4eno ,ela concorrJncia entre os ca,itais cada veG
4ais acu4ulados.
! concorrJncia i4,elia os salrios ,ara ci4a e induGia a bai;a da ta;a
de lucros. Has esta bai;a n0o Ioi vista sob u4a ,ers,ectiva

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OS ECONOMISTAS
so4bria. *a R,oca da Revolu/0o Industrial2 diIundiu'se na Inglaterra a
alega/0o ideolQgica acerca da vantage4 dos lucros bai;os2 4as
abundantes e regulares2 co4 o Kue se beneIiciaria4 os ca,italistas e
toda a sociedade.

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MARX
! vis0o de Ricardo Ioi be4 diversa. )4 ,ri4eiro lugar2 baseou
sua e;,lica/0o sobre a Kueda da ta;a de lucros na lei dos rendi4entos
decrescentes na agricultura. C4a veG Kue a ,rodu/0o agr3cola se4,re
atinge u4 ,onto e4 Kue n0o satisIaG a de4anda2 a agricultura R obri'
gada a deslocar'se ,ara terrenos cada veG 4enos IRrteis e
distantes dos centros de consu4o. )4 conseKOJncia2 decae4 os
rendi4entos da terra2 au4enta a Kuantidade de renda diIerencial
a,ro,riada ,ela ocio' sa classe dos landlords2 enKuanto sobe4 os
,re/os dos gJneros ali4en' t3cios2 ,rovocando2 ,or sua veG2 a
eleva/0o dos salrios no4inais. resultado R Kue a ta;a de lucro
se vJ cada veG 4ais co4,ri4ida2 atR Kue o siste4a to4ba nu4
estado estacionrio. Co4 essa e;,lica/0o2 Ricardo Iornecia F
burguesia industrial u4 argu4ento teQrico ,ara a luta contra as
Corn %aAs, Kue i4,edia4 a i4,orta/0o de trigo e o baratea4ento
dos salrios no4inais. *o 4es4o ,asso2 n0o dei;ava de intuir u4
,oss3vel li4ite ao desenvolvi4ento do ca,italis4o.
Suando abordou a Kuest0o2 Har; se desIeG do si4,lis4o de S4ith
e rePeitou a e;,lica/0o ricardiana. !rgu4entando Kue esta Mlti4a re'
lacionava u4 Iato social "a Kueda da ta;a de lucro( a u4a causa natural
"o li4ite de Iertilidade das terras cultivveis(2 Har; elaborou sua ,rQ'
,ria teoria da renda ca,italista da terra2 Kue se o,=e F lei
ricardiana dos rendi4entos decrescentes. !lR4 de aIir4ar a
e;istJncia da renda absoluta L ,aga ,elo arrenda4ento da ,ior terra
e4 cultivo L e n0o sQ da renda diIerencial "a Mnica ad4itida ,or
Ricardo(2 Har; ,rocurou de4onstrar Kue2 teQrica e e4,irica4ente2
n0o era obrigatQria a ,as' sage4 do cultivo de terrenos 4ais
IRrteis a terrenos 4enos IRrteis. )4 vrios casos2 dava'se o
contrrio2 o Kue anulava a su,osta lei dos rendi4entos decrescentes.
! teoria 4ar;iana da renda da terra2 no Iinal do +ivro Terceiro2
constitui constru/0o de grande co4,le;idade
e ,ara ela cha4a4os a aten/0o2 dado n0o caber aKui u4a digress0o
es,ecial a res,eito.
! e;,lica/0o 4ar;iana acerca da Kueda histQrica da ta;a de lucro
re,resenta inIerJncia lQgica da sua teoria do valor2 da 4ais'valia e da
co4,osi/0o orgUnica do ca,ital. )4bora a ta;a de lucro sePa a rela/0o
do lucro co4 o ca,ital total "so4a2 ,or sua veG2 do ca,ital
constante
e do ca,ital varivel(2 o ,rQ,rio lucro sQ R criado ,elo ca,ital varivel.
!ssi42 co4 a 4es4a ta;a de 4ais'valia2 a redu/0o do coeIiciente
do ca,ital varivel no ca,ital total teria Ior/osa4ente de i4,ortar
nu4a Kueda da ta;a de lucro. ra2 a tendJncia histQrica do
ca,italis4o con' siste2 ,recisa4ente2 na eleva/0o da co4,osi/0o
orgUnica2 ou sePa2 na eleva/0o do coeIiciente do ca,ital constante no
ca,ital global. Tal ele' va/0o e;,ressa2 de u4a ,arte2 o resultado
da tendJncia F valoriGa/0o
e F acu4ula/0o2 i4,erativa ,ara o ca,ital^ de outra ,arte2 e;,ressa o

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OS ECONOMISTAS
cresci4ento da ,rodutividade do trabalho2 cuPos 3ndices ,rinci,ais s0o
o au4ento da 4assa e do valor dos 4eios de ,rodu/0o ,or trabalhador
ocu,ado e a redu/0o do valor ,or unidade de ,roduto. !o 4es4o te4,o2

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MARX
o trabalho vivo ,or unidade de ,roduto re,resenta ,ro,or/0o cada veG
4enor e4 conIronto co4 o trabalho 4orto "corres,ondente F transIe'
rJncia do valor dos 4eios de ,rodu/0o gastos na Iabrica/0o do ,roduto(.
*0o havia2 ,ortanto2 diIiculdade lQgica na e;,lica/0o da
Kueda da ta;a geral de lucro. ! diIiculdade advinha do seu 4ovi4ento
4uito lento e dos seus eIeitos ,erce,t3veis t0o'so4ente a longo
,raGo.
[ Kue a 4es4a eleva/0o da co4,osi/0o orgUnica do ca,ital2 con'
ducente F Kueda da ta;a de lucro2 ta4bR4 traG consigo eIeitos contrrios
a esta Kueda2 atenuando'a ou atR au4entando a ta;a de lucro durante
certos ,raGos 4ais ou 4enos ,rolongados. Tais eIeitos decorre4 do
cresci4ento da ,rodutividade do trabalho e consiste49
a( no baratea4ento dos ele4entos do ca,ital constante L sePa4
os do ca,ital Ii;o2 sePa4 os do ca,ital circulante L2 o Kue bai;a a
co4,osi/0o orgUnica do ca,ital e2 ,or conseguinte2 eleva a ta;a de
lucro^
b( no baratea4ento dos bens'salrio2 o Kue di4inui o te4,o
de trabalho necessrio e2 co4 a 4es4a Pornada de trabalho2
au4enta o te4,o de sobretrabalho2 resultando na cria/0o de 4ais'
valia relativa2 no au4ento da ta;a de 4ais'valia e2 ,or
conseguinte2 no au4ento da ta;a de lucro.
riundos da ,rQ,ria lei2 estes eIeitos d0o F Kueda da ta;a de
lucro seu carter tendencial irregular. Has s0o eIeitos li4itados
e4 sua contra,osi/0o F Kueda da ta;a de lucro. baratea4ento
dos ele' 4entos do ca,ital constante2 alR4 de de,ender2 e4 algu4a
4edida2 da dis,onibilidade de recursos naturais2 conduG ao
recrudesci4ento da acu4ula/0o do ca,ital2 da Kual2 ,or sua veG2
,rocede nova eleva/0o da co4,osi/0o orgUnica2 e4bora cres/a 4ais
de,ressa a 4assa I3sica de 4eios de ,rodu/0o ,or o,errio do Kue o
valor neles incor,orado. Suanto
F cria/0o de 4ais'valia relativa2 esta te4 li4ite absoluto insu,ervel
no dia de 67 horas2 ainda Kue o te4,o de trabalho necessrio se re'
duGisse a Gero.
Har; aduGiu outros Iatores Kue2 se4 sere4 consubstanciais F atua'
/0o da lei2 ta4bR4 contribu3a4 ,ara atenuar ou deter te4,oraria4ente
a Kueda da ta;a de lucro. C4 deles R o co4Rrcio e;terior2 Kue
,er4ite
obter bens de ,rodu/0o e`ou bens'salrio 4ais baratos2 coincidindo2
,or' tanto2 co4 os eIeitos a,ontados aci4a. outro Iator R a
e;,orta/0o de ca,itais aos ,a3ses atrasados2 onde a ta;a de lucro
costu4a ser 4ais elevada2 4otivo ,or Kue os lucros dos investi4entos
no e;terior i4,ele4 ,ara ci4a a ta;a de lucro no ,a3s e;,ortador
de ca,itais.
! esta altura2 reIerindo'se F su,eracu4ula/0o de ca,ital2
Har; criou o conceito de capital e:cedente2 ou sePa2 daKuela ,or/0o de
ca,ital cuPa a,lica/0o n0o traG nenhu4 acrRsci4o F 4assa de lucro

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OS ECONOMISTAS
,roduGida ,elo ca,ital P e4 Iun/0o "o racioc3nio te4 Iei/0o
notavel4ente 4ar' ginalista( e2 e4 conseKOJncia2 ,er4anece ocioso
ou R e;,ortado. !o e;trair inIerJncias teQricas de u4 IenY4eno L a
e;,orta/0o de ca,itais
L F sua R,oca e4brionrio2 4as cuPas ,ro,or/=es viria4 a ser gigan'

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MARX
tescas a ,artir do Iinal do sRculo ]I]2 Har; IeG da lei da Kueda
ten'
dencial da ta;a de lucro2 ,or anteci,a/0o2 o ,rinc3,io e;,licativo 4ais
,roIundo da eta,a i4,erialista do ca,italis4o.
Por Ii42 e4bora n0o se relacione direta4ente co4 as crises
c3' clicas2 estas ,roduGe4 eIeito o,osto F atua/0o da lei. !
desvaloriGa/0o ,eriQdica do ca,ital2 ocorrente e4 cada crise c3clica2
e4,urra ,ara bai;o2 durante certo la,so de te4,o2 a co4,osi/0o
orgUnica e eleva a ta;a de lucro2 ,er4itindo2 conIor4e P visto2 o
decurso de novo ciclo econY4ico.
! lei da Kueda tendencial da ta;a de lucro2 co4o escreveu Har;2
R u4a Iaca de dois gu4es. HaniIesta o i4,ulso do ca,ital F e;,ans0o
se4 considera/0o de outros li4ites Kue n0o o da ,rQ,ria
valoriGa/0o2 co4 isto obrigando'o a desenvolver as Ior/as
,rodutivas. )4bora te' nha4 di4inu3da sua ta;a2 os lucros
au4enta4 na sua 4assa F 4edida Kue avan/a a acu4ula/0o de
ca,ital2 o Kue2 ,or sua veG2 incre4enta ainda 4ais esta acu4ula/0o.
Has a Kueda da ta;a de lucro indica Kue
a dire/0o social da riKueGa ,elo ca,ital se detR4 nele ,rQ,rio e
Kue o regi4e ca,italista de ,rodu/0o n0o constitui a Ior4a absoluta2
,orR4 historica4ente transitQria2 da organiGa/0o ,rodutiva.
:ada sua ,osi/0o crucial no siste4a teQrico de Capital2 n0o R
de sur,reender Kue a lei da Kueda tendencial da ta;a de lucro viria
a Iigurar entre as Kuest=es 4ais controversas. )4 o,osi/0o F corrente
revisionista2 ,artidria da evolu/0o gradual do ca,italis4o2 surgiu2 no
ca4,o 4ar;ista2 u4 gru,o de autores Kue inter,retou o te;to de Har;
no sentido da aIir4a/0o da derrocada do ca,italis4o ,or Ior/a de 4e'
canis4os ,ura4ente econY4icos. )ntre tais 4ecanis4os2 a Kueda
da ta;a de lucro devia ganhar es,ecial relevo. *os debates sobre a
der' rocada do ca,italis4o2 ?enr-\ Gross4ann e;,Ys u4 4odelo
4ate4' tico segundo o Kual2 a,Qs D5 ciclos2 a ta;a de lucro
chegaria ao ,onto e4 Kue a acu4ula/0o se tornaria insustentvel2
i4,edindo o ,rolon' ga4ento da e;istJncia do ca,italis4o.
,rQ,rio Har; i4aginou2 nos ,rundrisse2 Kue o ca,italis4o
alcan' /aria u4a co4,osi/0o orgUnica do ca,ital t0o elevada Kuando o
trabalho vivo adicionado2 ,or suas ,ro,or/=es insigniIicantes2
tornaria invivel a a,lica/0o da 4edida do valor. Tratava'se a32 n0o
obstante2 de e;tra,ola/0o es,eculativa e2 e4 Capital2 a lei da Kueda
tendencial da ta;a de lucro atua co4o contradi/0o do
desenvolvi4ento do ca,italis4o e n0o co4o 4ecanis4o auto4tico
de sua derrocada. *a conce,/0o 4ar;iana2 o sur' gi4ento do
socialis4o e;ige a a/0o ,ol3tica revolucionria dos o,errios2 cuPo
J;ito2 isto si42 ser se4,re condicionado ,elo desenvolvi4ento dos
Iatores econY4icos e ,elo agu/a4ento das contradi/=es do siste4a
ca,i' talista2 e4 todas as instUncias da vida social.
Se alguns 4ar;istas identiIicara4 na lei da Kueda tendencial da

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OS ECONOMISTAS
ta;a de lucro o 4ecanis4o auto4tico da derrocada do
ca,italis4o2 outros ,usera4'na e4 dMvida ou a rePeitara4 de todo.
Steindl cercou'a

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MARX
de restri/=es Kue a torna4 ino,erante e2 ,ortanto2 negligencivel. J
SXeeG- e Baran aIir4ara4 Kue a lei teria sua raG0o de ser na
eta,a concorrencial do ca,italis4o2 ,orR4 dei;aria de atuar na eta,a
4ono' ,olista2 u4a veG Kue nesta ,revaleceria a tendJncia F eleva/0o
da ta;a de lucro. Tal aIir4a/0o ,arecia tanto 4ais ,ersuasiva
Kuanto2 entre os anos vinte e cinKOenta do sRculo atual2 a
i4,le4enta/0o de u4 ,acote de grandes inven/=es tRcnicas e a
situa/0o deIensiva da classe o,erria ,roduGira42 si4ultanea4ente2 o
baratea4ento dos ele4entos do ca,ital constante e a eleva/0o da
ta;a de 4ais'valia. )4 conse' KOJncia2 subiu2 de Iato2 a ta;a de
lucro nos )stados Cnidos2 durante os anos Kuarenta.
! contra'argu4enta/0o2 segundo a Kual a lei atua ,elos
eIeitos o,ostos F Kueda da ta;a de lucro Kue ela 4es4a suscita
"i4,erialis4o2 ar4a4entis4o2 inIla/0o etc.(2 deve ser levada e4
conta2 u4a veG Kue se evidencia entre tais eIeitos e a atua/0o da lei
u4a cone;0o dialRtica. !contece Kue2 ,or e;igJncia da 4etodologia
dialRtico'4aterialista2 ne' nhu4a de4onstra/0o lQgica dis,ensa a
co4,rova/0o e4,3rica a Ii4 de alcan/ar o grau de suIiciente
convic/0o. !ssi42 o ,roble4a consiste na evidJncia e4,3rica
conIir4adora de Kue2 a,esar da atua/0o lenta
e irregular2 a lei te4 conduGido a u4 decl3nio secular da ta;a de lucro.
[ ,or de4ais conhecido o Iato de Kue as ta;as de lucro2 e4 ,a3ses
co4o Inglaterra2 Fran/a2 !le4anha e outros2 Iora4 consideravel4ente
4ais altas na eta,a inicial do ca,italis4o do Kue na sua eta,a de
V4aturidadeW. !inda hoPe2 R ,oss3vel observar Kue as ta;as de
lucro s0o 4ais altas nos ,a3ses atrasados do Kue nos ,a3ses
avan/ados2 o Kue2 ,recisa4ente2 atrai a e;,orta/0o de ca,itais dos
Mlti4os aos ,ri' 4eiros. ra2 n0o R diI3cil veriIicar Kue2 nos ,a3ses
atrasados2 a co4' ,osi/0o orgUnica do ca,ital R 4ais bai;a do Kue nos
,a3ses avan/ados.
Resta2 a,esar disto2 a tese de SXeeG- e Baran acerca da cessa/0o
da lei nas condi/=es de do43nio do ca,ital 4ono,olista. ! este res,eito2
a,resenta4os aKui algu4as evidJncias su4rias e4 sentido contrrio.
! ,ri4eira diG res,eito F reIuta/0o de Handel ,or RoXthorn. !,oiado
na sRrie histQrica da rela/0o ca,ital`,roduto elaborada ,or KuGnets
,ara o ,er3odo #EE%'#$7E2 nos )stados Cnidos2 RoXthorn concluiu Kue2
ao contrrio do su,osto ,or Handel2 a co4,osi/0o orgUnica do ca,ital
ve4 caindo. Sucede Kue2 na rela/0o ca,ital`,roduto2 o ter4o ca,ital R
so4ente ca,ital Ii;o2 n0o incluindo o ca,ital circulante ta4bR4
co4' ,onente do ca,ital constante. ra2 a redu/0o do valor e
4es4o da 4assa do ca,ital Ii;o nada nos diG acerca do valor e da
4assa do ca,ital circulante "4atRrias',ri4as e 4atRrias au;iliares(
corres,on' dentes F o,era/0o desse 4es4o ca,ital Ii;o. ! tendJncia
tecnolQgica ,redo4inante atua2 no entanto2 no sentido da o,era/0o de
Kuantidades crescentes de 4atRrias',ri4as ,or unidade de ca,ital
Ii;o.

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OS ECONOMISTAS
:e tal ,onto de vista2 observa'se Kue2 na indMstria de transIor'
4a/0o dos )stados Cnidos2 segundo dados do Joint )cono4ic Co4'

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MARX
4ittee2 o ,roduto ,or ho4e4'hora de trabalho considerando #$7&'#$7$
c #%%2 subiu de D5272 e4 #$%$2 ,ara $$2E2 e4 #$7E "Mlti4o ano da
sRrie de KuGnets(. )4 #$512 o ,roduto ,or ho4e4'hora P alcan/ava
o 3ndice de #DE252 ou sePa2 u4a eleva/0o de Kuase Kuatro veGes2
entre
#$%$ e #$51. Conco4itante4ente2 os salrios no4inais ,or unidade
de ,roduto tivera4 eleva/0o be4 4enor9 77272 e4 #$%$^ #%62%2 e4
#$7E^ e ##62%2 e4 #$51. "v. The *conomic Almanac L 7EF82 *ova
>or\2 Tho4as >. CroXell Co4,.2 ,. #$#(. Tais ciIras de4onstra4 o
au4ento da ,rodutividade do trabalho na indMstria norte'a4ericana
e ta4bR42 de 4aneira ineKu3voca2 a eleva/0o da co4,osi/0o orgUnica
do ca,ital.
! eleva/0o da co4,osi/0o orgUnica se ,atenteia2 igual4ente2 na
sRrie histQrica a,resentada ,or Paul Bairoch. )4 dQlares de #$6$2
o ca,ital ,or o,errio2 na indMstria de transIor4a/0o dos )stados
Cnidos2 evoluiu da seguinte 4aneira9 #E&$ L CSd # &17^ #EE$ L
CSd 6 &%6^
#E$$ L CSd D 155^ #$%$ L CSd 5 %7%^ #$6$ L CSd & 5D%^ #$7E
L
CSd 1 57D^ #$5D L CSd & E5$.
Cabe2 todavia2 indagar9 correlaciona'se esta eleva/0o da co4,o'
si/0o do ca,ital co4 a Kueda da ta;a de lucroZ
! tal indaga/0o res,onde4 os resultados da ,esKuisa de C. Gou;2
,recisa4ente abrangente do ,er3odo 4ais recente e concernente Fs
sociedades anYni4as Iinanceiras e n0o'Iinanceiras dos )stados Cnidos
"o Kue ,er4ite levar e4 conta o total da 4ais'valia sob as 4odalidades
de lucro industrial2 lucro co4ercial e Puros(. ConIir4ando a lei tenden'
cial descoberta ,or Har;2 a reIerida ,esKuisa constatou a seguinte
evolu/0o da ta;a de lucro9 #$71 L ##21b^ #$5% L #62$b^ #$1% L
E2Db^ #$&% L 12Db^ #$&1 L 121b.
Co.corr-.ci e *o.o!8%io
! idRia de u4 ca,ital Mnico R u4a contradi/0o e4 ter4os2
u4a nega/0o lQgico'Ior4al do conceito de ca,ital. Por conseguinte2 u4a
uto' ,ia. ca,ital e;iste so4ente enKuanto 4ulti,licidade de
ca,itais in' dividuais concorrentes.
Segue'se da3 a essencialidade da concorrJncia ,ara o 4odo de
,rodu/0o ca,italista. )4bora2 conIor4e P vi4os2 os ca,itais
individuais deva4 atuar co4 a natureGa de ca,ital social total no
,rocesso de circula/0o e re,rodu/0o2 esses 4es4os ca,itais individuais
sQ circula4
e se re,roduGe4 e4 incessante concorrJncia rec3,roca. Se4 considerar
tal concorrJncia2 a dinU4ica do ca,italis4o e suas leis se
tornaria4 inco4,reens3veis.
*0o obstante2 a concorrJncia n0o constituiu obPeto de u4a
teoria es,ecial na obra de Har;2 4as Ioi analisada e4 cone;0o co4 a

14
OS ECONOMISTAS
e;,lica/0o dos ,rocessos gerais do siste4a ca,italista. !,esar disso2
as nu4erosas reIerJncias a res,eito dei;ara4 esclarecido o Kue Har;
entendia ,or con' corrJncia2 na R,oca anterior ao do43nio do ca,ital
4ono,olista.

14
MARX
! conce,/0o 4ar;iana nada te4 de asse4elhado co4 a concor'
rJncia V,uraW ou V,erIeitaW2 ,ostulado da escola neoclssica sub4etido
F cr3tica de SraIIa2 Robinson e Cha4berlin. *a conce,/0o 4ar;iana2
a condi/0o suIiciente da concorrJncia consiste na generalidade de ,lan'
tas de di4ens=es acess3veis a nu4erosos ca,itais nos vrios ra4os da
,rodu/0o2 de 4aneira a ,ossibilitar sua 4obilidade entre esses ra4os.
I4,l3cita a esta condi/0o2 Iigura a tecnologia bsica ta4bR4 diIundida
e acess3vel. )4 se4elhante situa/0o2 o ta4anho da ,lanta n0o constitui
u4a Vbarreira F entradaW Kue i4,e/a a concorrJncia. s
4ono,Qlios era4 casos de e;ce/0o2 devendo'se2 FKuela R,oca2 Kuase
se4,re a cir' cunstUncias naturais ou institucionais.
!o 4es4o te4,o2 Har; entendia a concorrJncia ca,italista co4o
luta de vida e 4orte2 Kue eli4ina os 4ais Iracos e conduG ao
estrei' ta4ento do c3rculo de ca,itais individuais e4 o,era/0o.
bservou2 ,or isso2 Kue2 no caso de do43nio de certo setor ,or
e4,resas de grandes di4ens=es2 n0o restava aos ca,itais inca,aGes
de se al/ar FKuelas di' 4ens=es sen0o servir Fs e4,resas P
o,erantes atravRs do siste4a de crRdito2 sob a Ior4a de de,Qsitos2 ou
atravRs da ,artici,a/0o acionria nas sociedades anYni4as.
*u4a R,oca e4 Kue os Iundadores do 4arginalis4o trabalhava4
co4 a idRia da 4anuten/0o inaltervel da concorrJncia ,ura2 Har;
,reviu2 co4 inteira clareGa2 a tendJncia da transi/0o inevitvel da
concorrJncia ao 4ono,Qlio. TendJncia Kue deduGiu do curso da acu'
4ula/0o ca,italista ,or 4eio de dois ,rocessos ,rinci,ais9 o da
con- centrao e o da centrali&ao dos ca,itais. *o ,ri4eiro ,rocesso2
certos ca,itais individuais se incre4enta4 4ais de,ressa ,elo
ganho de su' ,erlucros e ,ela re,rodu/0o a4,liada e4 condi/=es
4ais Iavorveis. *o segundo ,rocesso2 as e4,resas 4elhor
sucedidas na co4,eti/0o absorve4 suas concorrentes2 o Kue ocorre
co4 4aior IreKuJncia nas Iases de crise e de,ress0o do ciclo
econY4ico. !de4ais2 o ,rocesso de centraliGa/0o encontra nas
sociedades anYni4as Ior4idvel 4ecanis4o ,ro,ulsor2 Kue ,otencia
ca,itais dis,ersos e IaG avan/ar a socialiGa/0o das Ior/as ,rodutivas
ainda dentro do envoltQrio ca,italista.
! ,rQ,ria dinU4ica da concorrJncia ca,italista conduG ao
4ono,Qlio2 sob cuPo do43nio o ca,italis4o se tornaria u4 entrave
cada veG 4enos tolervel ao desenvolvi4ento das Ior/as ,rodutivas.
Por conseguinte2 P e4 Capital se e;,=e o Iunda4ento teQrico
,ara o enIoKue da eta,a 4ono,olista do ca,italis4o2 Kue iria
adKuirir conIigura/0o concreta no Iinal do sRculo ]I]. !lR4 de
?obson2 Iora do ca4,o do 4ar;is4o2 ?il' Ierding2 +u;e4burgo2
Bu\harin e +Jnin inaugurara4 o estudo da eta,a 4ono,olista nas
suas obras2 Kue lan/ara4 as bases da teoria do i4,e' rialis4o. !
concorrJncia ca,italista n0o desa,areceu2 e4 absoluto2 sob o
i4,erialis4o2 4as ,assou a se travar atravRs de ,rocessos ,eculiares2
Fs veGes ainda 4ais violentos2 no terreno dos oligo,Qlios.

14
OS ECONOMISTAS
Co4 a teoria do i4,erialis4o2 desenvolveu'se2 no U4bito do 4ar'

14
MARX
;is4o2 o estudo do ca,italis4o enKuanto siste4a 4undial Kue inclui
a e;,lora/0o colonialista2 te4a a,reciado ,elo ,rQ,rio Har;
so4ente e4 ,assagens dis,ersas. C4a veG Kue a acelerada
internacionaliGa/0o das Ior/as ,rodutivas e a ,roliIera/0o das
Iir4as 4ultinacionais2 no segundo ,Qs'guerra2 reIor/ara4 as
caracter3sticas Kue IaGe4 do ca,i' talis4o u4 siste4a 4undial2 o
estudo do te4a incluiu'se entre as ,ro,riedades dos ,esKuisadores
4ar;istas.
Har; escreveu Capital na Inglaterra e to4ando este ,a3s co4o
ca4,o ,reIerencial de observa/0o e4,3rica. Has a estrutura lQgica2
Kue deu F obra2 tornou'a instru4ento teQrico vlido ,ara o estudo
do ca,italis4o e4 KuaisKuer ,a3ses e circunstUncias concretas2 sob a
con' di/0o de n0o se ,erder de vista a rela/0o entre os ,rocedi4entos
lQgico
e histQrico de abordage4 cient3Iica2 i4,osta ,ela 4etodologia dialRtico'
4aterialista. Se o 4odo de ,rodu/0o ca,italista ,ossui as 4es4as ca'
tegorias e leis e4 toda ,arte2 o curso do desenvolvi4ento
ca,italista n0o ,ode dei;ar de se diIerenciar conIor4e a
acu4ula/0o originria do ca,ital se tenha eIetivado a ,artir do
Ieudalis4o2 co4o na )uro,a2 ou a ,artir do escravis4o colonial2
co4o no Brasil.
Ico) Jore.:er
Ico) Jore.:er "Salvador2 B!2
#$6D( R u4 estudioso do 4ar;is4o2
,rinci,al4ente e4 seus as,ectos de
IilosoIia e teoria econY4ica. ?isto'
riador da econo4ia brasileira2 R au'
tor dos livros *scravismo Colonial
"#$&E( e A 'ur2uesia 'rasileira
"#$E#(. )ntre artigos e ensaios e4
revistas e coletUneas2 escreveu9
Conceito do "odo de Produo e Pes-
Cuisa 1ist6rica "#$E%(^ ,+nese e De-
senvolvimento do Capitalismo no
Campo 'rasileiro "#$E%(^ 3uestiona-
mentos so.re a Teoria *con5mica do
*scravismo Colonial "#$ED(. :edi'
cou'se ta4bR4 Fs atividades de con'
Ierencista universitrio2 Pornalista e
4ilitante ,ol3tico.

14

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S:C?!>!2 Irina. De KeDnes 0 <)ntese ?eocl(ssica. +isboa2 Prelo2
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PSS!S2 Hrio. VValor2 Pre/o e ConcorrJncia9 *0o [ Preciso Reco4e/ar
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RI!e!*V2 :. et al! Karl "ar: J 1omme, Penseur et -#volutionnaire.
Paris2 !nthro,os2 #$1E.
RBI*S*2 Joan. *conomia "ar:ista. Rio de Janeiro2 Fundo de Cul'
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RS:+SK>2 Ro4an. ,#nesis D *structura de *l Capital de Karl
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In Schu4,eter2 J. !. Teorias *con5micas J de "ar: a KeDnes.
Rio de Janeiro2 eahar2 #$&%.
SI*G)R2 Paul. VTrabalho Produtivo e );cedenteW. In -evista de
*co-
nomia Pol)tica2 vol. #2 n8 #. S0o Paulo2 Brasiliense2 #$E#.
ST)P!*V!2 ). !. $ederico *n2els. Buenos !ires'Hontevideu2 Pue'

15

blos Cnidos2 #$5&.

15

OS ECONOMISTAS
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Honthl- RevieX Press2 #$&%.
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Contra,onto F Vis0o da !uto'regula/0o da Produ/0o Ca,italista(W.
In )studos C)BR!P2 n8 65. S0o Paulo2 s.d.
<)B)R2 Har;. A =tica Protestante e o *sp)rito do Capitalismo. S0o
Paulo2 Pioneira2 #$1&.


SALLRIO9 PREO E LUCRO
#
Traduo de +eandro Konder
# InIor4e ,ronunciado ,or Har; nos dias 6% a 6& de Punho de #E15 nas sess=es do Conselho
Geral da !ssocia/0o Internacional dos Trabalhadores. Publicado ,ela ,ri4eira veG e4 Iolheto
F ,arte2 e4 +ondres2 #E$E2 co4 o t3tulo Value, Price and Profit. "*. do T.(

05

O+SERVAKES PRELIMINARES
Cidad0osj
!ntes de entrar no assunto2 ,er4iti Kue Ia/a algu4as observa/=es
,reli4inares.
Reina atual4ente no Continente u4a verdadeira e,ide4ia de
greves e se levanta u4 cla4or geral ,or au4entos de salrios. ,ro'
ble4a h de ser levantado no nosso Congresso. VQs2 co4o
dirigentes da !ssocia/0o Internacional2 deveis 4anter u4 critRrio
Iir4e ,erante esse ,roble4a Iunda4ental. :e 4inha ,arte2 Pulguei'
4e2 ,or isso2 no dever de entrar a Iundo na 4atRria2 e4bora co4
risco de sub4eter vossa ,aciJncia a u4a dura ,rova.
utra observa/0o ,rRvia tenho a IaGer co4 res,eito ao
cidad0o <eston. !tento ao Kue Pulga ser do interesse da classe
o,erria2 ele n0o so4ente e;,Ys ,erante vQs2 co4o ta4bR4 deIendeu2
,ublica4ente2 o,ini=es Kue ele sabe sere4 ,roIunda4ente
i4,o,ulares no seio da classe o,erria.
6
)ssa de4onstra/0o de
corage4 4oral deve calar Iundo e4 todos nQs. ConIio e4 Kue2 a,esar
do estilo desataviado de 4inha conIerJncia2 o cidad0o <eston 4e
ver aIinal de acordo co4 a acertada idRia Kue2 no 4eu entender2
serve de base Fs suas teses2 as Kuais. contudo2 na sua Ior4a atual2
n0o ,osso dei;ar de considerar teorica' 4ente Ialsas e ,erigosas na
,rtica.
Co4 isso2 ,asso direta4ente ao 4Rrito da Kuest0o.
I
MPro:$;<o e S%riosN
argu4ento do cidad0o <eston baseia'se2 na realidade2 e4 duas
,re4issas9
6 o,errio inglJs John <eston deIendia no Conselho Geral da !ssocia/0o Internacional
dos Trabalhadores a tese de Kue a eleva/0o dos salrios n0o ,ode 4elhorar a situa/0o dos
o,errios e Kue deve ser considerada ,rePudicial F atividade das tradeunions. "*. do T.(

#( Kue o volume da produo nacional # al2o de fi:o2 u4a Kuan'
tidade ou grandeGa constante2 co4o diria4 os 4ate4ticos^
6( Kue o montante dos sal(rios reais2 isto R2 dos salrios 4edidos
,elo volu4e de 4ercadorias Kue ,er4ite4 adKuirir2 R ta4bR4 u4a
so4a fi:a2 u4a grandeGa constante.
Pois be42 a sua ,ri4eira asser/0o R 4aniIesta4ente Ialsa. Podeis
ver Kue o valor e o volu4e da ,rodu/0o au4enta4 de ano ,ara
ano2 Kue as Ior/as ,rodutivas do trabalho nacional cresce4 e Kue a
Kuan' tidade de dinheiro necessrio ,ara ,Yr e4 circula/0o essa
crescente ,rodu/0o varia se4 cessar. Kue R e;ato no Ii4 de cada
ano e ,ara diIerentes anos co4,arados entre si ta4bR4 o R co4
res,eito a cada dia 4Rdio do ano. volu4e ou grandeGa da
,rodu/0o nacional varia continua4ente. *0o R u4a grandeGa
constante2 4as vari(vel2 e assi4 te4 Kue ser2 4es4o se4 levar e4
conta as Ilutua/=es da ,o,ula/0o2 devido Fs cont3nuas 4udan/as Kue
se o,era4 na acumulao de capital
e nas foras produtivas do trabalho. [ inteira4ente certo Kue2 se hoPe
houvesse u4 aumento da ta:a 2eral de sal(rios2 esse au4ento por
si s62 KuaisKuer Kue Iosse4 os seus resultados ulteriores2 n0o
alteraria imediatamente o volu4e da ,rodu/0o. )4 ,ri4eiro lugar2
teria Kue brotar do estado de coisas e;istente. )2 se a ,rodu/0o
nacional2 antes da eleva/0o dos salrios2 era vari(vel2 e n0o fi:a2
ela continuaria a sJ'lo2 ta4bR42 depois da alta.
!d4ita4os2 ,orR42 Kue o volu4e da ,rodu/0o nacional Iosse cons-
tante e4 veG de vari(vel. !inda nesse caso2 aKuilo Kue o nosso
a4igo <eston considera u4a conclus0o lQgica ,er4aneceria co4o
u4a aIir' 4a/0o gratuita. Se to4o u4 deter4inado nM4ero2 diga4os
E2 os li4ites a.solutos desse algaris4o n0o i4,ede4 Kue varie4 os
li4ites relativos de seus co4,onentes. Por e;e4,lo9 se o lucro Iosse
igual a 1 e os salrios a 62 estes ,oderia4 au4entar atR 1 e o lucro
bai;ar a 62 Kue
o nM4ero resultante n0o dei;aria ,or isso de ser E. :essa 4aneira2
o
volu4e Ii;o da ,rodu/0o Pa4ais conseguir ,rovar Kue sePa Ii;o o 4on'
tante dos salrios. Co4o2 ent0o2 nosso a4igo <eston de4onstra
essa Ii;ideGZ Si4,les4ente2 aIir4ando'a.
Has 4es4o dando co4o boa a sua aIir4ativa2 ela teria
eIeito e4 dois sentidos2 ao ,asso Kue ele Kuer IaGJ'la vigorar a,enas
e4 u4. Se o volu4e dos salrios re,resenta u4a Kuantidade
constante2 n0o ,oder au4entar2 ne4 di4inuir. Portanto2 se os
o,errios age4 co4o tolos ao arrancare4 u4 au4ento te4,orrio
de salrios2 n0o 4enos tola4ente estaria4 agindo os ca,italistas ao
i4,or u4a bai;a te4,o' rria dos salrios. *osso a4igo <eston
n0o nega Kue2 e4 certas cir' cunstUncias2 os o,errios podem
arrancar au4entos de salrios^ 4as2 segundo ele2 co4o ,or lei
MARX
0'

natural a so4a dos salrios R Ii;a2 este au4ento ,rovocar2
necessaria4ente2 u4a rea/0o. Por outro lado2 ele sabe ta4bR4 Kue
os ca,italistas podem2 do 4es4o 4odo2 i4,or u4a bai;a de
salrios2 e tanto assi4 Kue o est0o tentando continua4ente.

0/
OS ECONOMISTAS
:e acordo co4 o ,rinc3,io do n3vel constante dos salrios2 neste
caso
deveria ter lugar u4a rea/0o2 e;ata4ente co4o no anterior. Por
con' seguinte2 os o,errios agiria4 co4 acerto reagindo contra as
bai;as de salrios ou contra as tentativas e4 tal sentido.
Procederia42 ,or' tanto2 acertada4ente2 ao arrancar aumentos de
sal(rios2 ,ois toda rea- o contra u4a bai;a de salrios R u4a ao a
Iavor do seu au4ento. +ogo2 4es4o Kue aceitsse4os o ,rinc3,io do
n3vel constante de sal(rios2 co4o sustenta o cidad0o <eston2 ve4os
Kue os o,errios deve42 e4 certas circunstUncias2 unir'se e lutar
,elo au4ento de salrios.
Para negar essa conclus0o ele teria Kue renunciar F ,re4issa
e4 Kue se baseia. *0o deveria diGer Kue o volu4e dos salrios R u4a
2rande&a constante2 4as si4 Kue2 e4bora n0o ,ossa ne4 deva aumen-
tar2 ,ode e deve .ai:ar todas as veGes Kue o ca,ital sinta vontade
de di4inu3'lo. Se o ca,italista Kuer vos ali4entar co4 batatas2 e4
veG de carne2 ou co4 aveia2 e4 veG de trigo2 deveis acatar a sua
vontade co4o u4a lei da econo4ia ,ol3tica e vos sub4eter a ela. Se
nu4 ,a3s2 ,or e;e4,lo2 nos )stados Cnidos2 as ta;as de salrios
s0o 4ais altas do Kue e4 outro2 ,or e;e4,lo2 na Inglaterra2 deveis
e;,licar essa di' Ieren/a no n3vel dos salrios co4o u4a diIeren/a
entre a vontade do ca,italista norte'a4ericano e a do ca,italista
inglJs^ 4Rtodo este Kue2 se4 dMvida2 si4,liIicaria i4ensa4ente n0o
a,enas o estudo dos IenY' 4enos econY4icos2 co4o ta4bR4 o de
todos os de4ais IenY4enos.
!inda assi4 caberia ,erguntar9 Por Cue a vontade do ca,italista
norte'a4ericano diIere da do ca,italista inglJsZ ) ,ara res,onder a
essa Kuest0o2 n0o teria4 outro re4Rdio sen0o ir alR4 dos do43nios
da vontade. [ ,oss3vel Kue venha u4 ,adre diGer'4e Kue :eus
Kuer na Fran/a u4a coisa e na Inglaterra outra. ) se o convido a
e;,licar essa dualidade de vontade2 ele ,oder ter a i4,rudJncia
de res,onder Kue est nos des3gnios de :eus ter u4a vontade na
Fran/a e outra na Ingla' terra. Has nosso a4igo <eston ser2 co4
certeGa2 a Mlti4a ,essoa a converter e4 argu4ento essa nega/0o
co4,leta de todo racioc3nio.
Se4 so4bra de dMvida2 a vontade do ca,italista consiste e4 en'
cher os bolsos2 o 4ais Kue ,ossa. ) o Kue te4os a IaGer n0o R divagar
acerca da sua vontade2 4as investigar o seu poder2 os limites
desse poder e o car(ter desses limites.
II
MPro:$;<o9 S%rios e L$crosN
! conIerJncia ,roIerida ,elo cidad0o <eston ,oderia ser conden'
sada a ,onto de caber nu4a casca de noG.
Toda a sua argu4enta/0o reduG'se ao seguinte9 se a classe o,e'
rria obriga a classe ca,italista a ,agar'lhe2 sob a Ior4a de

MARX
00

salrio e4 dinheiro2 5 ;elins e4 veG de 72 o ca,italista devolver'
lhe'2 sob a Ior4a de 4ercadorias2 o valor de 7 ;elins e4 veG do valor
de 5. )nt0o
a classe o,erria ter de ,agar 5 ;elins ,elo Kue antes da alta de

01
OS ECONOMISTAS
salrios lhe custava a,enas 7. ) ,or Kue ocorre issoZ Por Kue o
ca,i'
talista sQ entrega o valor de 7 ;elins ,or 5Z PorKue o 4ontante
dos salrios R Ii;o. Has ,or Kue Ii;o ,recisa4ente no valor de 7 ;elins
e4 4ercadoriasZ Por Kue n0o e4 D2 e4 62 ou outra KualKuer KuantiaZ
Se
o li4ite do 4ontante dos salrios est Ii;ado ,or u4a lei
econY4ica2 inde,endente tanto da vontade do ca,italista co4o da
do o,errio2 a ,ri4eira coisa Kue deveria ter Ieito o cidad0o
<eston era e;,or e de' 4onstrar essa lei. :everia ,rovar2 alR4
disso2 Kue a so4a de salrios eIetiva4ente ,agos e4 cada 4o4ento
dado corres,onde se4,re2 e;a' ta4ente2 F so4a necessria dos
salrios2 e nunca se desvia dela. )4 co4,ensa/0o2 se o li4ite dado
da so4a de salrios de,ende da simples vontade do ca,italista2 ou
das ,ro,or/=es da sua avareGa2 trata'se de u4 li4ite arbitrrio2
Kue nada te4 e4 si de necessrio. Tanto ,ode ser 4odiIicado pela
vontade do ca,italista2 co4o ta4bR4 se ,ode IaGJ'lo variar contra a
sua vontade.
cidad0o <eston ilustrou a sua teoria diGendo'nos Kue se u4a
terrina contR4 deter4inada Kuantidade de so,a2 destinada a deter'
4inado nM4ero de ,essoas2 a Kuantidade de so,a n0o au4entar
se se au4entar o ta4anho das colheres. SePa'4e ,er4itido
considerar esse e;e4,lo ,ouco substancioso. )le 4e IaG le4brar u4
,ouco aKuele a,Qlogo de Kue se valeu HenJnio !gri,a.
D
Suando a
,lebe ro4ana entrou e4 luta contra os ,atr3cios2 o ,atr3cio !gri,a
disse'lhes Kue a ,an/a ,atr3cia R Kue ali4entava os 4e4bros
,lebeus do organis4o ,ol3tico. Has !gri,a n0o conseguiu de4onstrar
co4o se ali4enta4 os 4e4bros de u4 ho4e4 Kuando se enche a
barriga de outro. cidad0o <eston2 ,or sua veG2 se esKuece de Kue
a terrina da Kual co4e4 os o,errios contR4 todo o ,roduto do
trabalho nacional2 e o Kue os i4,ede de tirar dela u4a ra/0o 4aior
n0o R ne4 o ta4anho reduGido da terrina ne4 a escasseG do seu
conteMdo2 4as unica4ente a ,eKuena di4ens0o de suas colheres.
Gra/as a Kue artiI3cio consegue o ca,italista devolver u4 valor
de
7 ;elins ,or aKuilo Kue vale 5Z ! alta dos ,re/os das 4ercadorias
Kue vende. Has2 ent0o2 a alta dos ,re/os2 ou Ialando e4 ter4os 4ais
gerais2 as varia/=es nos ,re/os das 4ercadorias2 os ,rQ,rios ,re/os
destas2 ,or' ventura de,ende4 da si4,les vontade do ca,italistaZ
u2 ao contrrio2 s0o necessrias deter4inadas circunstUncias ,ara
Kue ,revale/a essa von' tadeZ Se n0o Iosse assi42 as altas e bai;as2 as
incessantes oscila/=es dos ,re/os no 4ercado seria4 u4 enig4a
indeciIrvel.
Se ad4iti4os Kue n0o se o,erou e4 absoluto altera/0o
algu4a2 ne4 nas Ior/as ,rodutivas do trabalho2 ne4 no volu4e do
ca,ital e do trabalho e4,regados2 ou no valor do dinheiro e4 Kue se

02
MARX
e;,ressa4 os valores dos ,rodutos2 4as Kue se alteraram to-
somente as ta:as
D HenJnio !gri,a2 cYnsul ro4ano e4 5%6 a. C.2 Kue2 ao intervir nu4a revolta da ,lebe2 IeG u4
a,elo F concQrdia baseada no ardiloso a,Qlogo de Vs He4bros e o )stY4agoW. "*. do ).(

13
OS ECONOMISTAS
de sal(rios2 de Kue 4aneira ,oderia essa alta de sal(rios inIluir nos
preos das mercadoriasZ So4ente inIluindo na ,ro,or/0o real entre a
oIerta e a ,rocura dessas 4ercadorias.
[ inteira4ente certo Kue a classe o,erria2 considerada e4 con'
Punto2 gasta e ser Ior/osa4ente obrigada a gastar a sua receita
e4 arti2os de primeira necessidade. C4a alta geral na ta;a de
salrios ,rovocaria2 ,ortanto2 u4 au4ento da ,rocura de arti2os de
primeira necessidade e2 conseKOente4ente2 u4 au4ento de seus
preos no mer- cado. s ca,italistas Kue ,roduGe4 esses artigos de
,ri4eira necessi' dade co4,ensaria4 o au4ento de salrios ,or 4eio
dos ,re/os dessas 4ercadorias. Has Kue sucederia co4 os de4ais
ca,italistas Kue no ,roduGe4 artigos de ,ri4eira necessidadeZ )
,odeis estar certos Kue
o seu nM4ero n0o R ,eKueno. Se levardes e4 conta Kue duas ter/as
,artes da ,rodu/0o nacional s0o consu4idas ,or u4 Kuinto da
,o,u' la/0o L u4 de,utado da CU4ara dos Co4uns declarou2
recente4ente2 Kue tais consu4idores constitue4 a,enas a sRti4a
,arte da ,o,ula/0o
L2 ,odereis i4aginar Kue enor4e ,arcela da ,rodu/0o nacional se
destina a obPetos de lu;o2 ou a ser trocada ,or obPetos de lu;o2 e
Kue i4ensa Kuantidade de artigos de ,ri4eira necessidade se
des,erdi/a e4 criadage42 cavalos2 gatos etc.2 esbanPa4ento este
Kue2 co4o nos ensina a e;,eriJncia2 di4inui cada veG 4ais2 co4 a
eleva/0o dos ,re/os dos artigos de ,ri4eira necessidade.
Pois be42 Kual seria a situa/0o desses ca,italistas Kue no
,ro'
duGe4 artigos de ,ri4eira necessidadeZ *0o ,oderia4 co4,ensar
a Cueda na ta:a de lucro2 a,Qs u4a alta geral de salrios2
elevando os preos de suas mercadorias2 visto Kue a ,rocura destas
n0o teria au' 4entado. ! sua renda di4inuiria^ e co4 essa renda
di4inu3da teria4 de ,agar 4ais ,ela 4es4a Kuantidade de artigos
de ,ri4eira neces' sidade2 Kue subiria4 de ,re/o. Has a coisa n0o
,araria a3. :i4inu3da
a sua renda2 4enos teria4 ,ara gastar e4 artigos de lu;o2 co4 o Kue
ta4bR4 se reduGiria a ,rocura de suas res,ectivas 4ercadorias. )2
co4o conseKOJncia dessa di4inui/0o da ,rocura2 cairia4 os ,re/os das
suas 4ercadorias. Portanto2 nestes ra4os da indMstria2 a ta:a de lucros
cairia2 n0o sQ e4 ,ro,or/0o si4,les4ente ao au4ento geral da
ta;a de salrios2 co4o2 ta4bR42 essa Kueda seria ,ro,orcional F
a/0o con' Punta da alta geral de salrios2 do au4ento de ,re/os dos
artigos de ,ri4eira necessidade e da bai;a de ,re/os dos artigos de
lu;o.
Sual seria a conseKOJncia dessa diferena entre os ta:as de lucro
dos ca,itais colocados nos diversos ra4os da indMstriaZ ra2 a 4es4a
Kue se ,roduG se4,re Kue2 sePa Kual Ior a causa2 se veriIica4 diIeren/as
nas ta:as m#dias de lucro dos diversos ra4os da ,rodu/0o.

MARX
11

ca,ital
e o trabalho deslocar'se'ia4 dos ra4os 4enos re4unerativos ,ara os
Kue Iosse4 4ais^ e esse ,rocesso de desloca4ento iria durar atR Kue
a oIerta e4 u4 ra4o industrial au4entasse a ,onto de se nivelar co4
a 4aior ,rocura e nos de4ais ra4os industriais di4inu3sse ,ro,orcio'

14
OS ECONOMISTAS
nal4ente F 4enor ,rocura. C4a veG o,erada essa 4udan/a2 a ta:a
2eral de lucro voltaria a i2ualar-se nos diIerentes ra4os da indMstria.
Co4o todo esse desarranPo obedecia originaria4ente a u4a si4,les
4udan/a na rela/0o entre a oIerta e a ,rocura de diversas 4ercadorias2
cessando a causa2 cessaria4 ta4bR4 os eIeitos2 e os preos
voltaria4 ao seu antigo n3vel e ao antigo eKuil3brio. ! reduo da
ta:a de lucro2 ,or eIeito dos au4entos de salrios2 e4 veG de li4itar'se
a uns Kuantos ra4os da indMstria2 tornar-se-ia 2eral. Segundo a
su,osi/0o de Kue ,arti4os2 nenhu4a altera/0o ocorreria nas Ior/as
,rodutivas do tra' balho2 ne4 no volu4e global da ,rodu/0o2 sendo
Kue aCuele volume dado de produo apenas teria mudado de
forma. C4a 4aior ,arte do volu4e de ,rodu/0o estaria
re,resentada ,or artigos de ,ri4eira necessidade2 ao ,asso Kue
di4inuiria a ,arte dos artigos de lu;o2 ou2
o Kue ve4 a ser o 4es4o2 di4inuiria a ,arte destinada F troca
,or artigos de lu;o i4,ortados do estrangeiro e consu4ida dessa
Ior4a^ ou2 o Kue ainda R o 4es4o2 e4 outros ter4os2 u4a ,arte
4aior da ,rodu/0o nacional seria trocada ,or artigos i4,ortados de
,ri4eira necessidade2 e4 lugar de ser trocada ,or artigos de lu;o.
Isso Kuer diGer Kue2 de,ois de transtornar te4,oraria4ente os ,re/os
do 4ercado2
a alta geral da ta;a de salrios sQ conduGiria a u4a bai;a geral
da ta;a de lucro2 se4 introduGir nenhu4a altera/0o ,er4anente nos
,re' /os das 4ercadorias.
Se 4e dissere4 Kue2 na anterior argu4enta/0o2 dou ,or estabe'
lecido Kue todo o au4ento de salrios se gasta e4 artigos de ,ri4eira
necessidade2 re,licarei Kue IiG a su,osi/0o 4ais Iavorvel ao ,onto de
vista do cidad0o <eston. Se o au4ento dos salrios Iosse a,licado e4
obPetos Kue antes n0o entrava4 no consu4o dos trabalhadores2
seria inMtil Kue nos detivRsse4os a de4onstrar Kue seu ,oder
aKuisitivo havia e;,eri4entado u4 au4ento real. Sendo2 ,orR42
4era conse' KOJncia da eleva/0o de salrios2 esse au4ento do ,oder
aKuisitivo dos o,errios ter de corres,onder2 e;ata4ente2 F
di4inui/0o do ,oder aKuisitivo dos ca,italistas. Vale diGer2 ,ortanto2
Kue a procura 2lo.al de 4ercadorias n0o aumentaria2 e a,enas
mudariam os ele4entos in' tegrantes dessa ,rocura. incre4ento
da ,rocura de u4 lado seria contrabalan/ado ,ela di4inui/0o da
,rocura do outro lado. :esse 4odo2 co4o a ,rocura global
,er4aneceria invarivel2 n0o se o,eraria 4u' dan/a de cunho
algu4 nos ,re/os das 4ercadorias.
Chega4os2 assi42 a u4 dile4a9 ou o incre4ento dos salrios se
gasta ,or igual e4 todos os artigos de consu4o2 caso e4 Kue o au4ento
da ,rocura ,or ,arte da classe o,erria te4 Kue ser co4,ensado ,ela
di4inui/0o da ,rocura ,or ,arte da classe ca,italista2 ou o incre4ento
dos salrios sQ se gasta e4 deter4inados artigos cuPos ,re/os no 4er'
cado au4entar0o te4,oraria4ente. *esse caso2 a conseKOente eleva/0o

15
MARX
da ta;a de lucro e4 alguns ra4os da indMstria e a conseKOente bai;a
da ta;a de lucro e4 outros ,rovocar0o u4a 4udan/a na
distribui/0o

16
OS ECONOMISTAS
do ca,ital e do trabalho2 Kue ,ersiste atR Kue a oIerta se tenha aPustado
F 4aior ,rocura e4 alguns ra4os da indMstria e F 4enor ,rocura nos
outros. *a ,ri4eira hi,Qtese n0o se ,roduGir nenhu4a 4udan/a nos
,re/os das 4ercadorias. *a outra2 a,Qs algu4as oscila/=es dos ,re/os
do 4ercado2 os valores de troca das 4ercadorias bai;ar0o ao n3vel
anterior. )4 a4bos os casos2 chegare4os F conclus0o de Kue a
alta geral da ta;a de salrios conduGir2 aIinal de contas2 a nada
4enos Kue u4a bai;a geral da ta;a de lucro.
Para es,ica/ar o vosso ,oder de i4agina/0o2 o cidad0o
<eston vos convidava a ,ensar nas diIiculdades Kue acarretaria F
Inglaterra u4a alta geral de $ ,ara #E ;elins nas Pornadas dos
trabalhadores agr3colas. Heditai2 e;cla4ou ele2 no enor4e
acrRsci4o da ,rocura de artigos de ,ri4eira necessidade Kue isso
i4,licaria e2 co4o conseKOJn' cia2 na terr3vel ascens0o dos ,re/os a
Kue daria lugarj Pois be42 todos sabeis Kue os salrios 4Rdios dos
trabalhadores agr3colas da !4Rrica do *orte s0o 4ais do dobro dos
salrios dos trabalhadores agr3colas ingleses2 a,esar de os ,re/os dos
,rodutos da lavoura sere4 4ais bai;os nos )stados Cnidos do Kue na
Gr0'Bretanha2 a,esar de reinare4 nos )stados Cnidos as 4es4as
rela/=es gerais entre o ca,ital e o trabalho Kue na Inglaterra e a,esar
de o volu4e anual da ,rodu/0o norte a4e' ricana ser 4uito 4ais
reduGido Kue o da inglesa. Por Kue2 ent0o2 o nosso a4igo toca co4
tanto vigor este sinoZ Si4,les4ente ,ara desviar
a nossa aten/0o do verdadeiro ,roble4a. C4 au4ento re,entino de $
,ara #E ;elins nos salrios re,resentaria u4 acrRsci4o re,entino de
#%%b. ra2 n0o esta4os discutindo aKui se seria ,oss3vel du,licar
na
Inglaterra2 de sMbito2 a ta;a dos salrios. *0o nos interessa e4
nada
a 2rande&a do au4ento2 Kue e4 cada caso concreto de,ende de deter'
4inadas circunstUncias e te4 Kue se ada,tar a elas. !,enas nos
in' teressa investigar Kuais os eIeitos e4 Kue se traduGiria u4a alta
geral da ta;a dos salrios2 4es4o Kue n0o Iosse alR4 de #b.
Pondo de lado esse au4ento i4aginrio de #%%b do a4igo <es'
ton2 desePo cha4ar vossa aten/0o ,ara o au4ento eIetivo de
salrios o,erado na Gr0'Bretanha de #E7$ a #E5$.
Todos vQs conheceis a +ei das :eG ?oras2
7
ou2 4ais ,recisa4ente2
das :eG ?oras e Heia2 ,ro4ulgada e4 #E7E. Foi u4a das 4aiores
4odiIica/=es econY4icas Kue P ,resencia4os. Re,resentou u4 au4en'
to sMbito e obrigatQrio de salrios n0o e4 u4as Kuantas indMstrias
locais2 ,orR4 nos ra4os industriais 4ais e4inentes2 ,or 4eio dos Kuais
a Inglaterra do4ina os 4ercados do 4undo. Foi u4a alta de
salrios e4 circunstUncias singular4ente desIavorveis. dr. Cre2 o
,roI. Se' nior e todos os de4ais ,orta'voGes oIiciais da burguesia
no ca4,o da econo4ia demonstraram2 e2 devo diGer2 co4 raG=es
4uito 4ais sQlidas

MARX
1'

7 ! +ei das :eG ?oras2 Kue reduGiu e regula4entou a dura/0o da Pornada de trabalho2
re,resentou2 na R,oca2 u4a vitQria da classe o,erria inglesa. "*. do ).(

1/
OS ECONOMISTAS
do Kue as do nosso a4igo <eston2 Kue aKuilo era o dobre de
Iinados
da indMstria inglesa. :e4onstrara4 Kue n0o se tratava de u4 si4,les
au4ento de salrios2 4as de u4 au4ento de salrios ,rovocado
,ela redu/0o da Kuantidade de trabalho e4,regado e nela
Iunda4entado. !Iir4ara4 Kue a duodRci4a hora Kue se Kueria
arrebatar ao ca,italista era Pusta4ente aKuela e4 Kue este obtinha
o seu lucro. !4ea/ara4 co4 o decrRsci4o da acu4ula/0o2 a alta dos
,re/os2 a ,erda dos 4er' cados2 a redu/0o da ,rodu/0o2 a
conseKOente rea/0o sobre os salrios
e2 enIi42 a ru3na. Sustentava4 Kue a lei de Ha;i4iliano
Robes,ierre sobre os li4ites 4;i4os
5
era u4a ninharia co4,arada co4
essa outra^
e2 atR certo ,onto2 tinha4 raG0o. Has Kual Ioi2 na realidade2 o resultadoZ
s salrios e4 dinheiro dos o,errios Iabris au4entara42 a,esar
de se haver reduGido a Pornada de trabalho^ cresceu
consideravel4ente o nM4ero de o,errios e4 atividade nas Ibricas^
bai;ara4 constante' 4ente os ,re/os dos seus ,rodutos^
desenvolvera4'se Fs 4il 4aravilhas as Ior/as ,rodutivas do seu
trabalho e se e;,andira4 ,rogressiva4ente2 e4 ,ro,or/=es nunca
vistas2 os 4ercados ,ara os seus artigos. )4 Hanchester2 na
asse4blRia da Sociedade ,elo Progresso da CiJncia2 e4 #E1%2 eu
,rQ,rio ouvi o sr. *eX4an conIessar Kue ele2 o dr. Cre2
o ,roI. Senior e todos os de4ais re,resentantes oIiciais da ciJncia eco'
nY4ica se havia4 eKuivocado2 ao ,asso Kue o instinto do ,ovo n0o
Ialhara. Cito neste ,asso o sr. <. *eX4an
1
e n0o o ,roI. Francis
*eX4an2 ,orKue ele ocu,a na ciJncia econY4ica u4 lugar ,roe4inente2
co4o colaborador e editor da 1istorD of Prices "1ist6ria dos Preos(
da autoria do sr. Tho4as Too\e2 esta obra 4agn3Iica2 Kue retrata
a histQria dos ,re/os desde #&$D a #E51. Se a idRia Ii;a de nosso
a4igo <eston acerca do volu4e Ii;o dos salrios2 de u4 volu4e de
,rodu/0o Ii;o2 de u4 grau Ii;o de ,rodutividade do trabalho2 de
u4a vontade Ii;a e constante dos ca,italistas2 e tudo o 4ais Kue h de
Ii;o e i4utvel e4 <eston2 Iosse4 e;atos2 o ,roI. Senior teria
acertado e4 seus so4' brios ,ressgios e Robert Xen ter'se'ia
eKuivocado2 ele Kue2 P e4
#E#12 ,edia u4a li4ita/0o geral da Pornada de trabalho co4o ,ri4eiro
,asso ,re,aratQrio ,ara a e4anci,a/0o da classe o,erria2 i4,lantan'
do'a2 eIetiva4ente2 ,or conta e risco ,rQ,rios2 na sua Ibrica tJ;til de
*eX +anar\2 contra o ,reconceito generaliGado.
&
*a 4es43ssi4a R,oca e4 Kue entrava e4 vigor a +ei das :eG
?oras e se ,roduGia o subseKOente au4ento dos salrios2 ocorreu na
5 ! lei sobre os li4ites 4;i4os2 dita +ei do H;i4o2 Ioi ,ro4ulgada ,ela Conven/0o Jacobina
de #&$D2 durante a revolu/0o burguesa da Fran/a. Fi;ava2 rigida4ente2 os li4ites dos
,re/os das 4ercadorias e dos salrios. "*. do T.(

10
MARX
1 Har; se eKuivocou no no4e do editor da obra de Tho4as Too\e2 Kue Ioi <. *eX4arch e
n0o <. *eX4an. "*. do T.(
& Robert Xen "#&&#'#E5E( Ioi u4 industrial britUnico Kue se tornou Vsocialista utQ,icoW.
Intro' duGiu e4 sua Ibrica a Pornada de deG horas de trabalho e organiGou u4 seguro
,or doen/a2 sociedades coo,erativas de ,rodutores2 etc. VePa'se a obra de )*G)+S. Do
<ocialismo Mt6pico
ao <ocialismo Cient)fico. Rio de Janeiro2 )ditorial VitQria +tda.2 #$16. ,. D&. "*. do ).(

11
OS ECONOMISTAS
Gr0'Bretanha2 ,or 4otivo Kue n0o ve4 ao caso relatar2 uma elevao
2eral dos sal(rios dos tra.alhadores a2r)colas.
ConKuanto isso n0o sePa indis,ensvel ao 4eu obPetivo i4ediato2
desePo IaGer algu4as observa/=es ,reli4inares2 ,ara vos colocar 4elhor
no assunto.
Se u4 ho4e4 ,ercebe 6 ;elins de salrio ,or se4ana e seu
salrio au4enta ,ara 7 ;elins2 a ta:a do sal(rio au4entar #%%b.
Isso2 e;,resso co4o au4ento da ta:a de sal(rio2 ,areceria algo 4ara'
vilhoso2 ainda Kue2 na realidade2 a Cuantia efetiva do sal(rio2 ou sePa2
os 7 ;elins ,or se4ana2 continue a ser u4 3nIi4o2 u4 43sero
salrio de Io4e. Portanto2 n0o vos deveis Iascinar ,elas altissonantes
,ercen' tagens da ta:a de salrio. :eveis ,erguntar se4,re9 Kual era a
Kuantia ori2inalZ utra coisa Kue ta4bR4 co4,reendereis R Kue2
se h deG o,errios Kue ganha4 cada u4 6 ;elins ,or se4ana2
cinco ganhando
5 ;elins cada u4 e outros 5 Kue ganhe4 ##2 eles2 os 6%2 ganhar0o #%%
;elins2 ou 5 libras esterlinas ,or se4ana. +ogo2 se a soma 2lo.al desses
salrios se4anais au4enta2 diga4os2 de uns 6%b2 haver u4a 4elhora
de 5 ,ara 1 libras. To4ando a 4Rdia2 ,oder3a4os diGer Kue a
ta:a 2eral de sal(rios au4entou de 6%b2 e4bora na realidade os
salrios de #% dos o,errios variasse42 os salrios de u4 dos dois
gru,os de
5 o,errios sQ au4entasse4 de 5 ,ara 1 ;elins ,or cabe/a e os do
outro gru,o de 5 o,errios se elevasse42 ao todo2 de 55 ,ara &% ;elins.
E
Hetade dos o,errios n0o 4elhoraria absoluta4ente nada de situa/0o2
a Kuarta ,arte deles teria u4a 4elhoria insigniIicante e so4ente a
Kuarta ,arte restante obteria u4 beneI3cio sens3vel. Calculando2 ,orR42
a m#dia2 a so4a global dos salrios desses 6% o,errios
au4entaria de 6%b e2 no Kue se reIere ao ca,ital global2 ,ara o
Kual trabalha42 be4 co4o no concernente aos ,re/os das
4ercadorias Kue ,roduGe42 seria e;ata4ente o 4es4o co4o se
todos ,artici,asse4 ,or igual na eleva/0o 4Rdia dos salrios. *o
caso dos trabalhadores agr3colas2 co4o os salrios 4Rdios ,agos nos
diversos condados da Inglaterra e )scQcia diIere4 consideravel4ente2
o au4ento Ioi 4uito desigual.
)nIi42 durante a R,oca e4 Kue se ,rocessou aKuele au4ento
de
salrios2 4aniIestara4'se2 ta4bR42 inIluJncias Kue o
contrabalan/ava42 tais co4o os novos i4,ostos lan/ados no cortePo da
Guerra da Cri4Ria2
$
a de4oli/0o e;tensiva das habita/=es dos trabalhadores agr3colas2 etc.
E salrio de 65 a 55 ;elins teria subido ,ara D% a &%2 isto R2 ao todo2 de E% ,ara #%%
ou
65b. [ verdade Kue os salrios de 6 ;elins2 Kue Iicara4 na 4es4a ,ara as deG
,essoas do ,ri4eiro gru,o2 n0o Iora4 contados. Sen0o seria ,reciso2 ,ara obter u4

MARX
12

au4ento 4Rdio de salrios de 65b2 elevar os salrios do Mlti4o gru,o de 55 a &5
;elins2 ou IaGer ,assar
o salrio de cinco o,errios de ## a #5 ;elins cada u4. "*. da )d. Francesa.(
$ ! Guerra da Cri4Ria durou de #E57 a #E51 e teve a ,artici,a/0o de tro,as britUnicas2
Irancesas2 turcas e sardas contra os e;Rrcitos do cGar *icolau I. Co4 essa guerra a
Gr0' Bretanha ,rocurou conter as arre4etidas e;,ansionistas do cGar2 e4 dire/0o ao
estreito do BQsIoro2 Kue era4 tidas co4o u4a a4ea/a ao i4,erialis4o britUnico no
HediterrUneo. "*. do ).(

23
OS ECONOMISTAS
Feitas essas reservas2 vou agora ,rosseguir2 ,ara constatar Kue
de #E7$ a #E5$ a ta;a 4Rdia dos salrios agr3colas na Gr0'
Bretanha registrou u4 aumento de cerca de 9NO. Poderia dar'vos
a4,los detalhes e4 a,oio F 4inha aIir4a/0o2 4as ,ara o obPetivo
e4 4ira creio Kue bastar indicar'vos a obra de cr3tica2 t0o
conscienciosa2 lida e4 #E1% ,elo Iinado sr. John C. Horton2 na
Sociedade de !rtes e I3cios de +ondres2 sobre As $oras
*mpre2adas na A2ricultura. sr. Horton e;,=e os dados
estat3sticos colhidos nas contas e outros docu4entos autJnticos de
uns #%% agricultores2 a,ro;i4ada4ente2 e4 #6 condados da )scQcia e
D5 da Inglaterra.
Segundo o ,onto de vista do nosso a4igo <eston2 e e4 har4onia
co4 a alta si4ultUnea o,erada nos salrios dos o,errios de
Ibrica2 durante o ,er3odo #E7$`5$2 os ,re/os dos ,rodutos agr3colas
deveria4 ter registrado u4 au4ento enor4e. Has o Kue aconteceu
real4enteZ !,esar da Guerra da Cri4Ria e das ,Rssi4as colheitas
consecutivas de #E57 a #E512 os ,re/os 4Rdios do trigo2 o ,roduto
agr3cola 4ais i4,ortante da Inglaterra2 bai;ara4 de cerca de D libras
esterlinas ,or Cuarter2
#%
co4o era4 cotados de #EDE a #E7E2 ,ara
cerca de 6 libras
e #% ;elins ,or Cuarter2 nas cota/=es do ,er3odo de #E7$ a #E5$.
Re' ,resenta isso u4a bai;a de 4ais de #1b no ,re/o do trigo2 e4
si4ul' taneidade co4 u4 au4ento 4Rdio de 7%b nos salrios
agr3colas. :u' rante a 4es4a R,oca2 se co4,arar4os o seu Iinal co4
o co4e/o2 Kuer diGer2 o ano de #E5$ co4 o de #E7$2 a ciIra do
,au,eris4o oIicial desce de $D7 7#$ a E1% 7&%2 o Kue su,=e u4a
diIeren/a de &D $7$ ,obres^ reconhe/o Kue R u4 decrRsci4o 4uito
,eKueno2 e Kue se voltou a ,erder nos anos seguintes2 4as2 e4 todo
caso2 R se4,re di4inui/0o.
Pode'se obPetar Kue2 e4 conseKOJncia de anula/0o das leis sobre
os cereais2
##
a i4,orta/0o de trigo estrangeiro 4ais Kue du,licou2
no ,er3odo de #E7$`5$2 co4,arada F de #EDE`7E. ) Kue signiIica issoZ
:o ,onto de vista do cidad0o <eston2 dever'se'ia su,or Kue essa
enor4e ,rocura2 re,entina e se4 cessar crescente2 sobre os
4ercados estran' geiros tivesse Ieito subir a u4a altura es,antosa os
,re/os dos ,rodutos agr3colas2 ,osto Kue os eIeitos de u4a crescente
,rocura s0o os 4es4os2 Kuer venha4 de Iora ou de dentro do ,a3s.
Has o Kue ocorreu na realidadeZ !Iora alguns anos de colheitas
dece,cionantes2 durante todo esse ,er3odo a ruinosa bai;a no ,re/o
do trigo constituiu u4 4otivo ,er4anente de Kuei;as2 na Fran/a^ os
norte'a4ericanos vira4'se vrias veGes obrigados a Kuei4ar
e;cedentes da ,rodu/0o e a RMssia2 se acre' ditar4os no sr. CrKuhart2
ati/ou a guerra civil nos )stados Cnidos2
#% 3uarter2 4edida inglesa de ca,acidade Kue eKuivale a E .ushels2 ou sePa2 cerca de 6$%

21
MARX
litros. "*. do ).(
## !s leis sobre o co4Rrcio de cereais2 ditas e4 inglJs Corn %aAs2 Iora4 abolidas ,elo
,ri' 4eiro'4inistro Robert Peel2 e4 #E71. s cereais i4,ortados do estrangeiro
,assara4 a ,agar u4a ta;a aduaneira reduGida2 e4 #E7$2 a,enas # ;eli4 ,or Cuarter.
! revoga/0o
das Corn %aAs abriu2 de Iato2 as alIUndegas inglesas aos cereais i4,ortados. "*. do ).(

24
OS ECONOMISTAS
,orKue a concorrJncia ianKue nos 4ercados da )uro,a ,aralisava a
sua e;,orta/0o de ,rodutos agr3colas.
-edu&ido 0 sua forma a.strata2 o argu4ento do cidad0o <eston
traduGir'se'ia no seguinte9 todo au4ento da ,rocura se o,era se4,re
F base de u4 dado volu4e de ,rodu/0o. Portanto2 no pode fa&er
au- mentar nunca a oferta dos arti2os procurados2 4as unicamente
fa&er su.ir o seu preo em dinheiro. ra2 a 4ais co4u4 observa/0o
de4onstra Kue2 e4 alguns casos2 o au4ento da ,rocura dei;a
inalterados os ,re/os das 4ercadorias e ,rovoca2 e4 outros casos2
u4a alta ,assageira dos ,re/os do 4ercado2 F Kual se seKue u4
au4ento da oIerta2 ,or sua veG seguido ,ela Kueda dos ,re/os at#
o n3vel anterior e2 e4 4uitos casos2 a.ai:o dele. Sue o au4ento
da ,rocura obede/a F alta dos sa' lrios2 ou a outra causa
KualKuer2 isso e4 nada 4odiIica os dados do ,roble4a. :o ,onto
de vista do cidad0o <eston2 t0o diI3cil R e;,licar
o IenY4eno geral co4o o Kue se revela sob as circunstUncias e;ce,cio'
nais de u4 au4ento de salrios. Portanto2 a sua argu4enta/0o
n0o te4 nenhu4 valor ,ara o assunto de Kue trata4os. !,enas
e;,ri4iu
a sua ,er,le;idade entre as leis e4 virtude das Kuais u4
acrRsci4o da ,rocura engendra u4 acrRsci4o da oIerta2 e4 veG de
u4 au4ento deIinitivo dos ,re/os no 4ercado.
III
MS%rios e Di.7eiroN
*o segundo dia de debate2 nosso a4igo <eston vestiu as
suas velhas aIir4ativas co4 novas Ior4as. :isse ele9 !o veriIicar'
se u4a alta geral dos salrios e4 dinheiro2 ser necessria 4aior
Kuantidade de 4oeda corrente ,ara ,agar os ditos salrios. Sendo fi:a a
Kuantidade de 4oeda e4 circula/0o2 co4o ,odeis ,agar2 co4 essa
so4a Ii;a de 4oeda circulante2 u4 4ontante 4aior de salrios e4
dinheiroZ Pri' 4eiro2 a diIiculdade surgia de Kue2 e4bora subisse o
salrio e4 dinheiro do o,errio2 a Kuantidade de 4ercadorias Kue
lhe cabia era Ii;a^ e2 agora2 surge do au4ento de salrios e4
dinheiro2 a des,eito do volu4e Ii;o de 4ercadorias. *atural4ente2 se
rePeitardes o seu dog4a original2 desa,arecer0o ta4bR4 as
diIiculdades dele resultantes.
Vou de4onstrar2 contudo2 Kue esse ,roble4a da 4oeda n0o te4
absoluta4ente nada a ver co4 o te4a e4 Kuest0o.
*o vosso ,a3s2 o 4ecanis4o dos ,aga4entos est 4uito 4ais
a,erIei/oado do Kue e4 KualKuer outro ,a3s da )uro,a. Gra/as F
e;' tens0o e F concentra/0o do siste4a bancrio2 necessita'se de
4uito 4enos 4oeda ,ara ,Yr e4 circula/0o a 4es4a Kuantidade de
valores
e realiGar o 4es4o2 ou u4 4aior nM4ero de negQcios. *o Kue2 ,or
e;e4,lo2 concerne aos salrios2 o o,errio Iabril inglJs entrega

MARX
25

se4a' nal4ente o seu salrio ao vendeiro2 Kue se4anal4ente o
envia ao banKueiro2 o Kual o devolve se4anal4ente ao Iabricante2
Kue volta a ,ag'lo a seus o,errios2 e assi4 ,or diante. Gra/as a
esse ,rocesso2

26
OS ECONOMISTAS
o salrio anual de u4 o,errio2 Kue se eleva2 va4os su,or2 a 56
libras
esterlinas2 ,ode ser ,ago co4 u4 Mnico VsoberanoW2
#6
Kue todas as
se4anas ,ercorra o 4es4o ciclo. *a ,rQ,ria Inglaterra2 esse
4ecanis4o de ,aga' 4ento n0o R t0o ,erIeito co4o na )scQcia2 ne4
a,resenta a 4es4a ,er' Iei/0o e4 todos os lugares^ ,or isso ve4os
Kue2 ,or e;e4,lo2 e4 alguns distritos agr3colas2 co4,arados co4 os
distritos Iabris2 4uito 4ais 4oeda
R necessria ,ara IaGer circular u4 4enor volu4e de valores.
Se atravessardes a Hancha2 observais Kue no Continente os
sa- l(rios em dinheiro s0o 4uito 4ais bai;os do Kue na Inglaterra2
e2 a,esar disso2 na !le4anha2 na Itlia2 na Su3/a e na Fran/a2
esses salrios s0o ,ostos e4 circula/0o mediante uma Cuantidade
muito maior de moeda. 4es4o VsoberanoW n0o R interce,tado
co4 tanta ra,ideG ,elo banKueiro2 ne4 retorna co4 tanta ,resteGa ao
ca,italista industrial^ ,or isso2 e4 veG de u4 VsoberanoW IaGer
circular 56 libras anual4ente2 talveG sePa4 necessrios trJs
VsoberanosW ,ara 4ovi4en' tar u4 salrio anual no 4ontante de 65
libras. :esse 4odo2 ao co4,arar os ,a3ses do Continente co4 a
Inglaterra2 vereis2 e4 seguida2 Kue salrios bai;os e4 dinheiro
,ode4 e;igir2 ,ara a sua circula/0o2 Kuan' tidades 4uito 4aiores de
4oeda do Kue salrios altos e Kue isso2 na realidade2 R u4a
Kuest0o 4era4ente tRcnica e2 co4o tal2 estranha ao nosso assunto.
:e acordo co4 os 4elhores clculos Kue conhe/o2 a renda anual
da classe o,erria deste ,a3s ,ode ser esti4ada nuns 65% 4ilh=es
de libras esterlinas. )ssa so4a i4ensa se ,=e e4 circula/0o co4
uns D 4ilh=es de libras. Su,onha4os Kue se veriIiKue u4 au4ento de
salrios de 5%b. )4 veG de D 4ilh=es seria4 ,recisos 725 4ilh=es
de libras e4 dinheiro circulante. Co4o u4a ,arte considervel dos
gastos dirios do o,errio R coberta e4 ,rata e cobre2 isto R2 e4
4eros signos 4o' netrios2 cuPo valor relativo ao ouro R
arbitraria4ente Ii;ado ,or lei2 tal co4o o ,a,el'4oeda
inconvers3vel2 resulta Kue essa alta de 5%b nos salrios e4
dinheiro e;igiria2 e4 caso e;tre4o2 a circula/0o adi' cional2
diga4os2 de # 4ilh0o de VsoberanosW. +an/ar'se'ia e4 circula/0o
# 4ilh0o2 Kue est inativo2 e4 barras de ouro ou e4 4etal a4oedado2
nos subterrUneos do Banco da Inglaterra ou de bancos ,articulares.
Poder'se'ia inclusive ,ou,ar'se2 e eIetiva4ente ,ou,ar'se'ia2 o
insig' niIicante gasto na cunhage4 su,le4entar2 ou o 4aior
desgaste desse 4ilh0o de 4oedas2 se a necessidade de au4entar a
4oeda e4 circula/0o ocasionasse algu4 desgaste. Todos vQs sabeis
Kue a 4oeda deste ,a3s se divide e4 dois grandes gru,os. C4a
,arte2 su,rida e4 notas de banco de diversas categorias2 R usada nas
transa/=es entre co4ercian' tes2 e ta4bR4 entre co4erciantes e
consu4idores2 ,ara saldar os ,a' ga4entos 4ais i4,ortantes^

2'
MARX
enKuanto outra ,arte do 4eio circulante2
#6 Hoeda inglesa de ouro2 co4 o valor no4inal de # libra esterlina. "*. do ).(

2/
OS ECONOMISTAS
a 4oeda 4etlica2 circula no co4Rrcio varePista. ConKuanto distintas2
essas duas classes de 4oeda 4istura4'se e co4bina4'se 4utua4ente.
!ssi42 as 4oedas de ouro circula4 e4 boa ,ro,or/0o2 inclusive
e4 ,aga4entos i4,ortantes2 ,ara cobrir as Kuantias Iracionrias
inIeriores
a 5 libras. Se a4anh0 se e4itisse4 notas de 7 libras2 de D libras
ou de 6 libras2 o ouro Kue enche esses canais de circula/0o seria
i4edia' ta4ente e;,ulso deles2 reIluindo ,ara os canais e4 Kue Iosse
necessrio
a Ii4 de atender ao au4ento dos salrios e4 dinheiro. Co4 esse ,ro'
cesso ,oderia ser 4obiliGado o 4ilh0o adicional e;igido ,or u4 au4ento
de 5%b nos salrios2 se4 Kue se acrescentasse u4 Mnico
VsoberanoW ao 4eio circulante. ) o 4es4o resultado seria obtido
se4 Kue Iosse ,reciso e4itir u4a sQ nota de banco adicional2 co4 o
si4,les au4ento de circula/0o de letras de cU4bio2 conIor4e
ocorreu no +ancashire2 durante 4uito te4,o.
Se u4a eleva/0o geral da ta;a de salrios2 va4os diGer2 de
uns
#%%b2 co4o su,=e o cidad0o <eston relativa4ente aos salrios
agr3' colas2 ,rovocasse u4a grande alta nos ,re/os dos artigos de
,ri4eira necessidade e e;igisse2 segundo os seus conceitos2 u4a so4a
adicional de 4eios de ,aga4ento2 Kue n0o se ,oderia conseguir logo2
uma reduo 2eral de sal(rios deveria ,rovocar o 4es4o resultado e4
idJntica ,ro' ,or/0o2 se be4 Kue e4 sentido contrrio. Pois be42
sabeis todos Kue os anos de #E5E a #E1% Iora4 os 4ais Iavorveis
,ara a indMstria algodoeira e Kue2 sobretudo2 o ano de #E1% ocu,a
a esse res,eito u4 lugar Mnico nos anais do co4Rrcio^ Ioi ta4bR4 u4
ano de grande ,ros' ,eridade ,ara os outros ra4os industriais. )4
#E1%2 os salrios dos o,errios do algod0o e dos de4ais trabalhadores
relacionados co4 essa indMstria chegara4 ao seu ,onto 4ais elevado
atR ent0o. Veio2 ,orR42
a crise norte'a4ericana e todos esses salrios vira4'se de ,ronto
re' duGidos a,ro;i4ada4ente F Kuarta ,arte do seu 4ontante
anterior. )4 sentido inverso isso teria signiIicado u4 au4ento de
D%%b. Suando os salrios sobe4 de 5 ,ara 6% ;elins diGe4os Kue
sobe4 D%%b^ se bai;a4 de 6% ,ara 52 diGe4os Kue cae4 &5b2 4as a
Kuantia do ascenso nu4 caso2 e da bai;a2 no outro2 R a 4es4a2 a saber9
#5 ;elins. Sobreveio2 assi42 u4a re,entina 4udan/a nas ta;as dos
salrios co4o Pa4ais se conhecera anterior4ente2 e essa 4udan/a
aIetou u4 nM4ero de o,e' rrios Kue L n0o incluindo a,enas aKueles
Kue trabalha4 direta4ente na indMstria algodoeira2 4as ta4bR4 os
Kue indireta4ente de,endia4 dessa indMstria L e;cedia e4 cerca de
4etade o nM4ero de trabalha' dores agr3colas. !caso bai;ou o ,re/o
do trigoZ !o contrrio2 su.iu de
7& ;elins e E pence2
#D
,or Cuarter2 ,re/o 4Rdio no triJnio de

MARX
20

#E5E`1%2 ,ara 55 ;elins2 e #% ,ence o Cuarter2 segundo a 4Rdia anual
reIerente
ao triJnio de #E1#`1D. Pelo Kue diG res,eito aos 4eios de
,aga4ento2
#D pennD "singular de pence( corres,onde a #`#6 do ;eli4. "*. do ).(

21
OS ECONOMISTAS
durante o ano de #E1#2 cunhara4'se na Casa da Hoeda E 1&D 6D6
libras contra D D&E #%6 cunhadas e4 #E1%. Vale diGer Kue e4
#E1# cunhara4'se 4ais 5 6$5 #D% libras Kue e4 #E1%. [ certo Kue o
volu4e da circula/0o de ,a,el'4oeda2 e4 #E1#2 Ioi inIerior e4 # D#$
%%% libras ao de #E1%. Has2 4es4o deduGindo essa so4a2 ainda
,ersiste2 ,ara
o ano de #E1#2 co4,arado co4 o ano anterior de ,ros,eridade2 #E1%2
u4 e;cesso de 4oeda no valor de D $&1 #D% libras2 ou Kuase 7
4ilh=es^ e4 troca2 a reserva de ouro do Banco da Inglaterra
nesse ,er3odo de te4,o di4inuiu n0o e;ata4ente na 4es4a
,ro,or/0o2 4as a,ro;i4ada4ente.
Co4,arai agora o ano de #E16 co4 o de #E76. Se4 contar o
Ior4idvel au4ento do valor e do volu4e de 4ercadorias e4 circula/0o2
o ca,ital dese4bolsado a,enas ,ara cobrir as transa/=es regulares2
a/=es de e4,rRsti4o2 etc.2 de valores das Ierrovias2 ascendeu2 na
In' glaterra e Gales2 e4 #E162 F so4a de D6% 4ilh=es de libras
esterlinas2 ciIra Kue e4 #E76 ,arecia Iabulosa. )2 no entanto2 as
so4as globais de 4oeda Iora4 a,ro;i4ada4ente as 4es4as nos
anos de #E16 e
#E76^ e2 e4 ter4os gerais2 haveis de veriIicar2 ante u4 au4ento enor4e
de valor n0o sQ das 4ercadorias co4o e4 geral das o,era/=es e4
dinheiro2 u4a tendJncia F di4inui/0o ,rogressiva dos 4eios de ,aga'
4ento. :o ,onto de vista do nosso a4igo <eston2 isso R u4
enig4a indeciIrvel.
Se se a,roIundasse u4 ,ouco 4ais no assunto2 contudo2 ele teria
visto Kue2 inde,endente4ente dos salrios e su,ondo Kue estes ,er'
4ane/a4 invariveis2 o valor e o volu4e das 4ercadorias ,ostas
e4 circula/0o e2 e4 geral2 o 4ontante das transa/=es concertadas
e4 di' nheiro2 varia4 diaria4ente^ Kue o 4ontante das notas de
banco e4i' tidas varia diaria4ente^ Kue o 4ontante dos
,aga4entos eIetuados se4 aPuda de dinheiro2 ,or 4eio de letras de
cU4bio2 cheKues2 crRditos escriturais2 clearin2-house
#7
etc.2 varia
diaria4ente^ Kue2 na 4edida e4 Kue se necessita eIetiva4ente de
4oeda 4etlica2 a ,ro,or/0o entre as 4oedas Kue circula4 e as
4oedas e lingotes guardados de reserva2 ou entesourados nos
subterrUneos bancrios2 varia diaria4ente^ Kue a so4a do ouro
absorvido ,ela circula/0o nacional e a so4a enviada ao estrangeiro
,ara Iins de circula/0o internacional varia4 diaria4ente. Teria
,ercebido Kue o seu dog4a de u4 volu4e Ii;o dos 4eios de
,aga4ento R u4 erro 4onstruoso2 inco4,at3vel co4 a realidade
coti' diana. Ter'se'ia inIor4ado das leis Kue ,er4ite4 aos 4eios de
,aga' 4ento ada,tar'se a condi/=es Kue varia4 de 4aneira t0o
constante e4 lugar de converter a sua Ialsa conce,/0o das leis da
circula/0o 4onetria e4 argu4ento contra o au4ento dos salrios.

22
MARX
#7 Bancos de co4,ensa/0o ,or inter4Rdio dos Kuais se eIetua4 certos ,aga4entos. "*. da
)d. Francesa.(

133
OS ECONOMISTAS
IV
MOfer# e Proc$rN
*osso a4igo <eston IaG seu o ,rovRrbio latino repetitio est mater
studiorum2 Kue signiIica9 Va re,eti/0o R a 40e do estudoW2 raG0o
,ela Kual nos re,ete o seu dog4a inicial sob a nova Ior4a de Kue a
redu/0o dos 4eios de ,aga4ento2 resultante de u4 au4ento dos
salrios2 de' ter4inaria u4a di4inui/0o do ca,ital etc. :e,ois de
haver tratado de sua Iantasiosa teoria da 4oeda2 considero de todo
inMtil deter'4e a e;a4inar as conseKOJncias i4aginrias Kue ele crJ
necessrio deduGir de sua i4aginria catstroIe dos 4eios de
,aga4ento. Passo2 ,ois2 i4ediata4ente2 a redu&ir 0 forma te6rica
mais simples o seu do2ma, Cue # sempre um e o mesmo2 e4bora
re,etido sob tantas Ior4as diversas.
C4a Mnica observa/0o evidenciar a ausJncia de sentido
cr3tico co4 Kue ele trata o te4a. :eclara'se contrrio ao au4ento de
salrios2 ou aos salrios altos2 obtidos e4 conseKOJncia desse
au4ento. Pois be42 ,ergunto eu9 o Kue s0o salrios altos e o Kue s0o
salrios bai;osZ Por Kue2 ,or e;e4,lo2 5 ;elins se4anais s0o
considerados u4 salrio bai;o e 6%2 ,or se4ana2 s0o re,utados u4
salrio altoZ Se u4 salrio de 5 R bai;o2 e4 co4,ara/0o co4 u4 de
6%2 o de 6% ser todavia 4ais bai;o2 co4,arado co4 u4 de 6%%. Se
alguR4 IiGesse u4a conIerJncia sobre o ter4Y4etro e se ,usesse a
decla4ar sobre graus altos e graus bai;os2 nada nos ensinaria. !
,ri4eira coisa Kue teria de e;,licar R co4o se encontra o ,onto de
congela4ento e o ,onto de ebuli/0o2 e co4o estes dois ,ontos'
,adr0o obedece4 Fs leis naturais e n0o F Ian' tasia dos vendedores
ou dos Iabricantes de ter4Y4etros. ra2 ,elo Kue se reIere a salrios
e lucros2 o cidad0o <eston n0o sQ se esKueceu de deduGir das leis
econY4icas esses ,ontos',adr0o2 4as ta4bR4 n0o sentiu seKuer a
necessidade de indag'los. Contenta'se e4 ad4itir as e;,ress=es
vulgares e correntes de alto e bai;o2 co4o se estes ter4os tivesse4
signiIicado Ii;o2 a,esar de Kue salta F vista Kue os salrios sQ
,ode4 ser KualiIicados de altos ou bai;os Kuando co4,arados a
algu4a nor4a Kue nos ,er4ita 4edir a sua grandeGa.
cidad0o <eston n0o ,oder diGer'4e ,or Kue se ,aga u4a
deter4inada so4a de dinheiro ,or u4a deter4inada Kuantidade de
trabalho. Se 4e contestasse Kue isso corre ,or conta da lei da
oIerta
e da ,rocura2 eu lhe ,ediria2 antes de 4ais nada2 Kue 4e dissesse
Kual a lei Kue2 ,or sua veG2 regula a da oIerta e da ,rocura. )
essa rR,lica ,Y'lo'ia i4ediata4ente Iora de co4bate. !s rela/=es
entre a oIerta e a ,rocura de trabalho acha4'se suPeitas a
constantes 4odiIi' ca/=es e co4 elas Ilutua4 os ,re/os do trabalho
no 4ercado. Se a ,rocura e;cede a oIerta2 sobe4 os salrios^ se a
oIerta su,era a ,rocura2 os salrios bai;a42 ainda Kue e4 certas

MARX
131

circunstUncias ,ossa ser ne' cessrio comprovar o verdadeiro estado
da ,rocura e da oIerta ,or u4a greve2 ,or e;e4,lo2 ou outro
,rocedi4ento KualKuer. Has2 se to'

134
OS ECONOMISTAS
4ardes a oIerta e a ,rocura co4o lei reguladora dos salrios2 seria
t0o
,ueril Kuanto inMtil cla4ar contra u4a eleva/0o de salrios2 visto
Kue2 de acordo co4 a lei su,re4a Kue invocais2 as altas ,eriQdicas dos
salrios s0o t0o necessrias e t0o leg3ti4as co4o as suas bai;as
,eriQdicas. ) se no considerais a oIerta e a ,rocura co4o lei
reguladora dos salrios2 ent0o re,ito 4inha ,ergunta9 ,or Kue se
d u4a deter4inada so4a de dinheiro ,or u4a deter4inada
Kuantidade de trabalhoZ
Has ,ara IocaliGar as coisas co4 4aior a4,lid0o9 eKuivocar'vos'
eis ,or inteiro2 caso acrediteis Kue o valor do trabalho ou de KualKuer
outra 4ercadoria se deter4ina2 e4 Mlti4a anlise2 ,elo Pogo da ,rocura
e da oIerta. ! oIerta e a ,rocura sQ regula4 as oscila>es te4,orrias
dos ,re/os no 4ercado. );,lica4 ,or Kue o ,re/o de u4 artigo no
4ercado se eleva aci4a ou desce abai;o do seu valor2 4as n0o e;,lica4
Pa4ais esse valor e4 si 4es4o. Va4os su,or Kue oIerta e a
,rocura se eKuilibre4 ou2 co4o diGe4 os econo4istas2 se cubra4
4utua4ente. *o ,reciso instante e4 Kue essas duas Ior/as
contrrias se nivela42 elas se ,aralisa4 4utua4ente2 dei;a4 de
atuar nu4 ou noutro sentido. *o 4es4o instante e4 Kue a oIerta e a
,rocura se eKuilibra4 e dei;a42 ,ortanto2 de atuar2 o preo de u4a
4ercadoria no mercado coincide co4 o seu valor real2 co4 o ,re/o
nor4al e4 torno do Kual oscila4 seus ,re/os no 4ercado. Por
conseguinte2 se Kuere4os investigar o carter desse valor2 n0o nos
deve4os ,reocu,ar co4 os eIeitos tran' sitQrios Kue a oIerta e a
,rocura e;erce4 sobre os ,re/os do 4ercado.
) outro tanto caberia diGer dos salrios e dos ,re/os de todas as de4ais
4ercadorias.
V
MS%rios e Pre;osN
ReduGidos a sua e;,ress0o teQrica 4ais si4,les2 todos os
argu' 4entos de nosso a4igo se traduGe4 nu4 sQ e Mnico dog4a9 Vs
preos das mercadorias so determinados ou re2ulados pelos
sal(riosW.
!nte essa heresia antiKuada e desacreditada2 eu ,oderia invocar
a observa/0o ,rtica. Poderia diGer'vos Kue os o,errios Iabris2 os 4i'
neiros2 os construtores navais e outros trabalhadores ingleses2 cuPo
trabalho R relativa4ente be4 ,ago2 vence4 a todas as de4ais na/=es
,ela barateGa de seus ,rodutos2 enKuanto2 ,or e;e4,lo2 o trabalhador
agr3cola inglJs2 cuPo trabalho R relativa4ente 4al ,ago2 R batido
,or Kuase todos os de4ais ,a3ses2 e4 conseKOJncia da carestia de
seus ,rodutos. Co4,arando uns artigos co4 outros2 dentro do 4es4o
,a3s2
e as 4ercadorias de distintos ,a3ses entre si2 ,oderia de4onstrar Kue2
se abstrair4os algu4as e;ce/=es 4ais a,arentes Kue reais2 e4 ter4o

135
MARX
4Rdio o trabalho Kue recebe alta re4unera/0o ,roduG 4ercadorias
baratas e o trabalho Kue recebe bai;a re4unera/0o2 4ercadorias caras.
Isso2 natural4ente2 n0o de4onstraria Kue o elevado ,re/o do trabalho
e4 certos casos e2 e4 outros2 o seu ,re/o bai;o2 sePa4 as
res,ectivas

136
OS ECONOMISTAS
causas desses eIeitos dia4etral4ente o,ostos 4as e4 todo caso serviria
,ara ,rovar Kue os ,re/os das 4ercadorias n0o s0o governados
,elos ,re/os do trabalho. Todavia2 ,rescindire4os ,erIeita4ente
desse 4R' todo e4,3rico.
Poder'se'ia2 talveG2 negar Kue o cidad0o <eston sustente o dog4a
de Kue Vos preos das mercadorias se determinam ou re2ulam pelos
sal(riosW. :e Iato2 ele Pa4ais Ior4ulou esse dog4a. :isse2 ao contrrio2
Kue o lucro e a renda do solo s0o ta4bR4 ,artes integrantes dos ,re/os
das 4ercadorias2 visto Kue destes tJ4 de sair n0o sQ os salrios
dos o,errios co4o os lucros do ca,italista e as rendas do
,ro,rietrio da terra. PorR42 a seu 4odo de ver2 co4o se Ior4a4 os
,re/osZ For4a4'se2 e4 ,ri4eiro lugar2 ,elos salrios^ e4 seguida2
so4a4'se ao ,re/o u4 tanto ,or cento adicional e4 beneI3cio do
ca,italista e outro tanto ,or cento adicional e4 beneI3cio do
,ro,rietrio da terra. Su,onha4os Kue os salrios do trabalho
invertido na ,rodu/0o de u4a 4ercadoria as' cende4 a #%. Se a
ta;a de lucro Iosse de #%%b2 o ca,italista acres' centaria #% aos
salrios dese4bolsados2 e2 se a ta;a de renda Iosse ta4bR4 de
#%%b sobre os salrios2 ter'se'ia Kue aPuntar 4ais #%2 co4
o Kue o ,re/o total da 4ercadoria viria a ciIrar'se e4 D%. Se4elhante
deter4ina/0o do ,re/o2 ,orR42 estaria ,residida si4,les4ente ,elos
salrios. Se estes2 no nosso e;e4,lo2 subisse4 a 6%2 o ,re/o da
4er' cadoria elevar'se'ia a 1% e assi4 sucessiva4ente. )is ,or Kue
todos os escritores antiKuados de econo4ia ,ol3tica Kue alvitrava4
a tese de Kue os salrios regula4 os ,re/os intentava4 ,rov'la
a,resentando
o lucro e a renda do solo como simples percenta2ens adicionais so.re
os sal(rios. *enhu4 deles era2 natural4ente2 ca,aG de reduGir os
li' 4ites dessas ,ercentagens a u4a lei econY4ica. Parecia42 ao
contrrio2 acreditar Kue os lucros se Ii;ava4 ,ela tradi/0o2 costu4e2
vontade do ca,italista2 ou ,or KualKuer outro 4Rtodo igual4ente
arbitrrio e ine;' ,licvel. Suando aIir4ava4 Kue os lucros se
deter4ina4 ,ela concor' rJncia entre os ca,italistas2 ,ortanto2 n0o
e;,licava4 absoluta4ente nada. )ssa concorrJncia ,or certo nivela
as diIerentes ta;as de lucros das diversas indMstrias2 ou sePa2 as
reduG a u4 n3vel 4Rdio2 ,orR4 Pa4ais ,ode deter4inar esse n3vel2
ou a ta;a geral de lucro.
Sue Kuere4os diGer Kuando aIir4a4os Kue os ,re/os das 4er'
cadorias s0o deter4inados ,elos salriosZ Co4o o salrio n0o R
4ais do Kue u4a deno4ina/0o do ,re/o do trabalho2 Kuere4os
diGer co4 isso Kue os ,re/os das 4ercadorias regula4'se ,elo ,re/o
do trabalho.
) co4o V,re/oW R valor de troca L e Kuando Ialo de valor reIiro'
4e se4,re ao valor de troca L2 a saber9 valor de troca e:presso em
dinheiro2 aKuela aIir4ativa eKuivale a esta outra9 V valor dos
mercadorias # determinado pelo valor do tra.alhoW2 ou2 o Kue ve4

MARX
13'

a dar no 4es4o2 V valor do tra.alho # a medida 2eral do valorW.
Has2 ,or sua veG2 co4o se deter4ina o Vvalor do tra.alhoWZ !Kui2
chega4os a u4 ,onto 4orto. ! u4 ,onto 4orto2 se4 dMvida2 se
ten'

13/
OS ECONOMISTAS
tar4os raciocinar logica4ente. PorR42 os ,ro,onentes dessa teoria n0o
tJ4 l grandes escrM,ulos e4 4atRria de lQgica. To4e4os o nosso
a4igo <eston2 co4o e;e4,lo. Pri4eiro2 diGia'nos Kue os salrios
re' gulava4 os ,re/os das 4ercadorias e Kue2 ,ortanto2 Kuando os
salrios subia42 estes devia4 subir ta4bR4. :e,ois2 dava 4eia'volta
,ara nos de4onstrar Kue u4 au4ento de salrios n0o serviria ,ara
nada2 visto Kue ta4bR4 subiria4 os ,re/os das 4ercadorias e os
salrios se 4e' dia42 na realidade2 ,elos ,re/os das 4ercadorias co4
eles co4,radas. !ssi42 ,artindo da aIir4ativa de Kue o valor do
trabalho deter4ina
o valor da 4ercadoria2 vie4os ,arar na aIir4ativa de Kue o valor
da 4ercadoria deter4ina o valor do trabalho. *ada 4ais IiGe4os do
Kue nos 4over nu4 c3rculo vicioso2 se4 chegar a nenhu4a
conclus0o.
*o geral2 R evidente Kue2 to4ando o valor de u4a 4ercadoria2
,or e;e4,lo2 o trabalho2 o trigo ou outra 4ercadoria KualKuer2
co4o 4edida e regulador geral do valor2 a,enas desvia4os a
diIiculdade2 P Kue deter4ina4os u4 valor ,or outro2 Kue ,or sua
veG ta4bR4 ne' cessita ser deter4inado.
);,resso e4 sua Ior4a 4ais abstrata2 o dog4a de Kue Vos salrios
deter4ina4 os ,re/os das 4ercadoriasW eKuivale a diGer Kue Vo
valor se deter4ina ,elo valorW2 e essa tautologia sQ de4onstra2 na
realidade2 Kue nada sabe4os a res,eito do valor. Se ad4it3sse4os
se4elhante ,re4issa2 toda argu4enta/0o acerca das leis gerais da
econo4ia ,ol3tica converter'se'ia e4 4era tagarelice. Por isso deve'
se reconhecer a Ri' cardo
#5
o grande 4Rrito de haver destru3do atR
os Iunda4entos2 co4
a sua obra sobre os Princ)pios da *conomia Pol)tica2 ,ublicada e4
#E#&2 o velho erro2 t0o divulgado e gasto de Kue Vos salrios deter4ina4
os ,re/osW2 Ialcia P recha/ada ,or !da4 S4ith
#1
e seus ,redecessores
Iranceses na ,arte verdadeira4ente cient3Iica de suas
investiga/=es2 4as Kue2 n0o obstante2 eles re,roduGira4 nos seus
ca,3tulos 4ais su' ,erIiciais e de vulgariGa/0o.
VI
MV%or e Tr)%7oN
Cidad0osj Cheguei ao ,onto e4 Kue devo necessaria4ente entrar
no verdadeiro desenvolvi4ento do te4a. *0o ,osso asseverar Kue o
Ia/a de 4aneira 4uito satisIatQria2 ,ois isso 4e obrigaria a ,ercorrer
#5 :avid Ricardo "#&&6'#E6D( Ioi u4 dos ,ri4eiros teQricos da )cono4ia Pol3tica clssica.
)screveu u4 grande nM4ero de ensaios e dei;ou u4a obra de larga ,roPe/0o2 intitulada
Principles of Political *conomD and Ta:ation2 tida e4 grande a,re/o ,or Har;2 Kue lhe
salientou os as,ectos idealistas. "*. do ).(
#1 !da4 S4ith "#&6D'#&$%(2 grande siste4atiGador do ,ensa4ento econY4ico burguJs2 o ,ri'

130
MARX
4eiro a considerar2 real4ente2 o trabalho Ionte da riKueGa. )4 sua obra An /nCuirD
into the ?ature and Causes of the @ealth of ?ations deIende2 essencial4ente2 o
,rinc3,io da
organiGa/0o es,ontUnea do 4undo econY4ico sob a a/0o do interesse ,essoal. "*. do ).(

131
OS ECONOMISTAS
todo o ca4,o da econo4ia ,ol3tica. !,enas ,osso2 co4o diria o IrancJs2
effleurer la Cuestion2
#&
tocar os as,ectos Iunda4entais.
! ,ri4eira ,ergunta Kue te4os de IaGer R esta9 Sue R o valor
de u4a 4ercadoriaZ Co4o se deter4ina esse valorZ
N ,ri4eira vista2 ,arecer Kue o valor de u4a 4ercadoria R algo
co4,leta4ente relativo2 Kue n0o se ,ode deter4inar se4 ,Yr u4a 4er'
cadoria e4 rela/0o co4 todas as outras. Co4 eIeito2 Kuando
Iala4os do valor2 do valor de troca de u4a 4ercadoria2 entende4os
as Kuan' tidades ,ro,orcionais nas Kuais R trocada ,or todas as
de4ais 4erca' dorias. Isso2 ,orR42 conduG'nos a ,erguntar9 co4o se
regula4 as ,ro' ,or/=es e4 Kue u4as 4ercadorias se troca4 ,or
outrasZ
Sabe4os ,or e;,eriJncia Kue essas ,ro,or/=es varia4 ao inIinito.
To4e4os u4a Mnica 4ercadoria2 ,or e;e4,lo2 o trigo2 e vere4os Kue
u4 Cuarter de trigo se ,er4uta2 nu4a sRrie Kuase inIinita de
graus de ,ro,or/0o2 ,or diIerentes 4ercadorias. )2 se4 e4bargo2 como
o seu valor # sempre o mesmo2 Kuer se e;,resse e4 seda2 e4 ouro2 ou
outra KualKuer 4ercadoria2 esse valor te4 Kue ser algu4a coisa de
distinto
e inde,endente dessas diversas propor>es e4 Kue se troca ,or outros
artigos. *ecessaria4ente h de ser ,oss3vel e;,ri4ir2 de u4a
Ior4a 4uito diIerente2 essas diversas eKua/=es co4 vrias
4ercadorias.
:e resto2 Kuando digo Kue u4 Cuarter de trigo se troca ,or Ierro
nu4a deter4inada ,ro,or/0o ou Kue o valor de u4 Cuarter de
trigo se e;,ressa nu4a deter4inada Kuantidade de Ierro2 digo Kue
o valor do trigo ou seu eKuivalente e4 Ierro s0o iguais a uma
terceira coisa2 Kue n0o R trigo ne4 Ierro2 ,ois su,onho Kue a4bos
e;,ri4e4 a 4es4a grandeGa sob duas Ior4as distintas. Portanto2
cada u4 desses dois obPetos2 tanto o trigo co4o o Ierro2 deve ,oder
reduGir'se2 inde,enden' te4ente u4 do outro2 FKuela terceira coisa2
Kue R a 4edida co4u4 de a4bos.
Para esclarecer esse ,onto2 recorrerei a u4 e;e4,lo geo4Rtrico
4uito si4,les. Suando co4,ara4os a rea de vrios triUngulos
das 4ais diversas Ior4as e grandeGas2 ou Kuando co4,ara4os
triUngulos co4 retUngulos2 ou co4 outra KualKuer Iigura retil3nea2
Kual R o ,ro' cesso Kue e4,rega4osZ ReduGi4os a rea de u4
triUngulo KualKuer
a u4a e;,ress0o co4,leta4ente distinta de sua Ior4a vis3vel. ) co4o2
,ela natureGa do triUngulo2 sabe4os Kue a rea dessa Iigura geo4Rtrica
R se4,re igual F 4etade do ,roduto de sua base ,ela sua altura2 isso
nos ,er4ite co4,arar entre si os diversos valores de toda classe
de triUngulos e de todas as Iiguras retil3neas2 P Kue todas elas
,ode4 reduGir'se a u4 certo nM4ero de triUngulos.
Te4os Kue seguir o 4es4o ,rocesso ,ara os valores das

MARX
132

4erca'
dorias. Te4os Kue ,oder reduGi'los todos a u4a e;,ress0o co4u42
#& )4 IrancJs2 no original9 tocar de leve na Kuest0o. "*. do ).(

113
OS ECONOMISTAS
distinguindo'os unica4ente ,ela ,ro,or/0o e4 Kue contJ4 essa 4es4a
e idJntica 4edida. Co4o os valores de troca das 4ercadorias n0o ,as'
sa4 de fun>es sociais delas2 e nada tJ4 a ver co4 suas ,ro,riedades
naturais2 deve4os antes de 4ais nada ,erguntar9 Sual R a su.stBncia
social co4u4 a todas as 4ercadoriasZ [ o tra.alho. Para ,roduGir
u4a 4ercadoria te4'se Kue inverter nela2 ou a ela incor,orar2
u4a deter4inada Kuantidade de trabalho. ) n0o si4,les4ente
tra.alho2 4as tra.alho social. !Kuele Kue ,roduG u4 obPeto ,ara seu
uso ,essoal
e direto2 ,ara consu4i'lo2 cria u4 produto2 4as n0o u4a
mercadoria. Co4o ,rodutor Kue se 4antR4 a si 4es4o2 nada te4 co4
a sociedade. Has2 ,ara ,roduGir u4a mercadoria2 n0o sQ se te4 de
criar u4 artigo Kue satisIa/a a u4a necessidade social KualKuer2
co4o ta4bR4 o tra' balho nele incor,orado dever re,resentar u4a
,arte integrante da so4a global de trabalho invertido ,ela
sociedade. Te4 Kue estar su' bordinado F diviso de tra.alho dentro
da sociedade. *0o R nada se4 os de4ais setores do trabalho2 e2 ,or
sua veG2 R cha4ado a integr'los. Suando considera4os as
mercadorias como valores2 ve4o'las so4ente sob o as,ecto de tra.alho
social reali&ado2 plasmado ou2 se assi4 Kui' serdes2 cristali&ado.
Consideradas desse 4odo2 sQ ,ode4 distin2uir-se u4as das outras
enKuanto re,resente4 Kuantidades 4aiores ou 4e' nores de
trabalho^ assi42 ,or e;e4,lo2 nu4 len/o de seda ,ode encer' rar'se
u4a Kuantidade 4aior de trabalho do Kue e4 u4 tiPolo. Has co4o
se 4ede4 as Cuantidades de tra.alhoZ Pelo tempo Cue dura o
tra.alho2 4edindo este e4 horas2 e4 dias etc. *atural4ente2 ,ara
a,licar essa 4edida2 todas as es,Rcies de trabalho se reduGe4 a
tra' balho 4Rdio2 ou si4,les2 co4o a sua unidade.
Chega4os2 ,ortanto2 a esta conclus0o. C4a 4ercadoria te4 um
valor ,or ser u4a cristali&ao de um tra.alho social. ! 2rande&a
de seu valor2 ou seu valor relativo2 de,ende da 4aior ou 4enor
Kuantidade dessa substUncia social Kue ela encerra2 Kuer diGer2 da
Kuantidade relativa de trabalho necessrio F sua ,rodu/0o.
Portanto2 os valores relativos dos mercadorias se deter4ina4 ,elas
correspondentes Cuan- tidades ou somas de tra.alho invertidas,
reali&adas, plasmadas nelas. !s Kuantidades correspondentes de
4ercadorias Kue Iora4 ,roduGidas no mesmo tempo de tra.alho so
i2uais. u2 dito de outro 4odo2 o valor de u4a 4ercadoria est
,ara o valor de outra2 assi4 co4o a Kuantidade de trabalho
,las4ada nu4a est ,ara a Kuantidade de trabalho ,las4ada na
outra.
Sus,eito Kue 4uitos de vQs ,erguntareis9 e;iste ent0o u4a
di' Ieren/a t0o grande2 su,ondo Kue e;ista algu4a2 entre a
deter4ina/0o dos valores das 4ercadorias na base dos sal(rios e
sua deter4ina/0o ,elas Cuantidades relativas de tra.alho
necessrias F sua ,rodu/0oZ *0o deveis ,erder de vista Kue a

111
MARX
retri.uio do trabalho e a Cuantidade de trabalho s0o coisas
,erIeita4ente distintas. Su,onha4os2 ,or e;e4' ,lo2 Kue nu4 Cuarter
de trigo e nu4a on/a de ouro se ,las4a4 Cuan-

114
OS ECONOMISTAS
tidades i2uais de tra.alho. Valho'4e desse e;e4,lo ,orKue P Ioi e4'
,regado ,or BenPa4in Fran\lin
#E
no seu ,ri4eiro ensaio2 ,ublicado
e4 #&6$2 sob o t3tulo de Mma "odesta /nvesti2ao <o.re a ?ature&a
e a ?ecessidade do Papel-"oeda2 Kue R u4 dos ,ri4eiros livros e4
Kue se reconhece a verdadeira natureGa do valor. Pois be42
su,onha' 4os2 co4o Iicou dito2 Kue u4 Cuarter de trigo e u4a on/a de
ouro so valores i2uais ou eCuivalentes2 ,or sere4 cristali&a>es de
Cuantidades i2uais de tra.alho m#dio2 de tantos dias2 ou tantas
se4anas de trabalho ,las4ado e4 cada u4a delas. !caso2 ao
deter4inar assi4 os valores relativos do ouro e do trigo2 IaGe4os
KualKuer reIerJncia aos sal(rios Kue ,ercebe4 os o,errios agr3colas
e os 4ineirosZ )4 absoluto2 ne4 ,or so4bra. *0o diGe4os2 seCuer
remotamente2 como se ,aga o tra.alho dirio ou se4anal desses
obreiros2 ne4 ao 4enos diGe4os se aKui se e4,rega2 ou n0o2
trabalho assalariado. !inda su,ondo Kue se e4,regue trabalho
assalariado2 os salrios ,ode4 ser 4uito desiguais. Pode acon' tecer
Kue o o,errio cuPo trabalho se ,las4a no Cuarter de trigo sQ
,erceba ,or ele dois .ushels2
#$
enKuanto o o,errio na 4ina ,ode
ter ,ercebido ,elo seu trabalho 4etade da on/a de ouro. u2 su,ondo
Kue os seus salrios sePa4 iguais2 ,ode4 diIerir nas 4ais diversas
,ro,or' /=es dos valores das 4ercadorias ,or ele ,roduGidas. Pode4
re,resentar
a 4etade2 a ter/a2 Kuarta ou Kuinta ,arte2 ou outra Ira/0o KualKuer
daKuele Cuarter de trigo2 ou daKuela on/a de ouro. *atural4ente2
os seus sal(rios n0o ,ode4 e;ceder os valores das 4ercadorias ,or
eles ,roduGidas2 n0o ,ode4 ser maiores Kue estas2 4as ,ode42 si42
ser inferiores e4 todos os graus i4aginveis. Seus sal(rios achar'
se'0o limitados ,elos valores dos ,rodutos2 4as os valores de seus
produtos n0o se achar0o li4itados ,elos salrios. ) sobretudo
aKueles valores2 os valores relativos do trigo e do ouro2 ,or
e;e4,lo2 se ter0o Ii;ado se4 atentar e4 nada no valor do trabalho
invertido neles2 isto R2 se4 atender e4 nada aos sal(rios. !
deter4ina/0o dos valores das 4er' cadorias ,elas Cuantidades
relativas de tra.alho nelas plasmado diIere2 co4o se vJ2 radical4ente2
do 4Rtodo tautolQgico da deter4ina/0o dos valores das 4ercadorias
,elo valor do trabalho2 ou sePa2 ,elos sal(rios. Contudo2 no decurso de
nossa investiga/0o2 tere4os o,ortunidade de esclarecer ainda 4ais
esse ,onto. Para calcular o valor de troca de u4a 4ercadoria2
te4os de acrescentar F Kuantidade de trabalho in' vertida nela2 e4
;ltimo lu2ar2 a Kue antes se incor,orou nas 4atR' rias',ri4as co4
Kue se elaborou a 4ercadoria e o trabalho a,licado aos 4eios de
trabalho L Ierra4entas2 4aKuinaria e ediI3cios L Kue
#E BenPa4in Fran\lin "#&%1'#&$%(2 IilQsoIo e estadista norte'a4ericano2 tornou'se conhecido
desde a ,ublica/0o do seu ,ri4eiro ensaio9 A "odest /nCuirD into the ?ature and ?ecessitD

MARX
115

of a Paper CurrencD. "*. do ).(
#$ Hedida inglesa ,ara secos2 eKuivalente2 nos )stados Cnidos2 a D526DE litros2 e2 na Inglaterra2
a D12D1& litros. "*. do T.(

116
OS ECONOMISTAS
servira4 ,ara esse trabalho.
6%
Por e;e4,lo2 o valor de u4a deter4i'
nada Kuantidade de Iio de algod0o R a cristaliGa/0o da Kuantidade
de trabalho incor,orada ao algod0o durante o ,rocesso de Iia/0o e2
alR4 disso2 da Kuantidade de trabalho anterior4ente ,las4ado nesse
algo' d0o2 da Kuantidade de trabalho encerrada no carv0o2 no Qleo
e e4 outras 4atRrias au;iliares e4,regadas2 be4 co4o da
Kuantidade de trabalho 4aterialiGado na 4Kuina a va,or2 nos
Iusos2 no ediI3cio da Ibrica etc. s 4eios de trabalho ,ro,ria4ente
ditos2 tais co4o Ierra' 4entas2 4aKuinaria e ediI3cios2 utiliGa4'se
constante4ente2 durante u4 ,er3odo de te4,o 4ais ou 4enos longo2
e4 ,rocessos re,etidos de ,rodu/0o. Se se consu4isse4 de u4a veG2
co4o acontece co4 as 4a' tRrias',ri4as2 transIerir'se'ia
i4ediata4ente todo o seu valor F 4er' cadoria Kue aPuda4 a
,roduGir. Has co4o u4 Iuso2 ,or e;e4,lo2 sQ se desgasta aos
,oucos2 calcula'se u4 ter4o 4Rdio to4ando ,or base
a sua dura/0o 4Rdia2 o seu a,roveita4ento 4Rdio ou a sua deteriora/0o
ou desgaste durante u4 deter4inado te4,o2 diga4os2 u4 dia.
:esse 4odo calcula4os Kual a ,arte do valor dos Iusos Kue ,assa
ao Iio Iabricado durante u4 dia e Kue ,arte2 ,ortanto2 dentro da so4a
global de trabalho realiGado2 ,or e;e4,lo2 nu4a libra de Iio2
corres,onde F Kuantidade de trabalho anterior4ente incor,orado
nos Iusos. Para o obPetivo a Kue visa4os R necessrio insistir 4ais
nesse ,onto.
Poderia ,arecer Kue2 se o valor de u4a 4ercadoria se deter4ina
,ela Cuantidade de tra.alho Cue se inverte na sua produo2
Kuanto 4ais ,regui/oso ou inbil sePa u4 o,errio2 4ais valiosa
ser a 4er' cadoria ,or ele ,roduGida2 ,ois Kue o te4,o de
trabalho necessrio ,ara ,roduGi'la ser ,ro,orcional4ente 4aior.
Has aKuele Kue assi4 ,ensa incorre nu4 la4entvel erro. +e4brai'
vos Kue eu e4,regava a e;,ress0o Vtrabalho socialW e nessa
deno4ina/0o de VsocialW cabe4 4ui' tas coisas. !o diGer Kue o valor
de u4a 4ercadoria R deter4inado ,ela Cuantidade de tra.alho
incor,orado ou cristaliGado nela2 Kuere4os reIerir'nos F Cuantidade de
tra.alho necess(rio ,ara ,roduGir essa 4er' cadoria nu4 dado estado
social e sob deter4inadas condi/=es sociais 4Rdias de ,rodu/0o2
co4 u4a dada intensidade social 4Rdia e co4 u4a destreGa 4Rdia
no trabalho Kue se e4,rega. Suando2 na Ingla' terra2 o tear a
va,or co4e/ou a co4,etir co4 o tear 4anual2 ,ara converter u4a
deter4inada Kuantidade de Iio nu4a Parda de tecido de algod0o2 ou
,ano2 bastava a 4etade da dura/0o de trabalho Kue anterior4ente
se invertia. !gora2 o ,obre tecel0o 4anual tinha Kue trabalhar #&
ou #E horas dirias2 e4 veG das $ ou #% de antes. *0o obstante2 o
,roduto de suas 6% horas de trabalho sQ re,resentava #% horas de
trabalho social^ isto R2 as #% horas de trabalho social4ente
necessrias ,ara converter u4a deter4inada Kuantidade de Iio e4

11'
MARX
6% Ver RIC!R:2 :avid. Princ)pios de *conomia Pol)tica! Ca,. #2 sec. IV. "*. do T.(

11/
OS ECONOMISTAS
artigos tJ;teis. Portanto2 seu ,roduto de 6% horas n0o tinha 4ais valor
do Kue aKuele Kue antes elaborava e4 #%.
Se2 ent0o2 a Kuantidade de trabalho social4ente necessrio2 4a'
terialiGado nas 4ercadorias2 R o Kue deter4ina o valor de troca destas2
ao crescer a Kuantidade de trabalho e;ig3vel ,ara ,roduGir u4a
4er' cadoria au4enta necessaria4ente o seu valor e vice'versa2
di4inuindo aKuela2 bai;a este.
Se as res,ectivas Kuantidades de trabalho necessrio ,ara
,ro' duGir as res,ectivas 4ercadorias ,er4anecesse4 constantes2
seria4 ta4bR4 constantes seus valores relativos. PorR42 assi4 n0o
sucede.
! Kuantidade de trabalho necessrio ,ara ,roduGir u4a 4ercadoria
varia constante4ente2 ao variare4 as Ior/as ,rodutivas do trabalho
a,licado. Suanto 4aiores s0o as Ior/as ,rodutivas do trabalho2
4ais ,rodutos se elabora4 nu4 te4,o de trabalho dado^ e Kuanto
4enores s0o2 4enos se ,roduGe4 na 4es4a unidade de te4,o. Se2 ,or
e;e4,lo2 ao crescer a ,o,ula/0o2 se IiGesse necessrio cultivar terras
4enos IRr' teis2 ter3a4os Kue inverter u4a Kuantidade 4aior de
trabalho ,ara obter a 4es4a ,rodu/0o2 e isso Iaria subir2 ,or
conseguinte2 o valor dos ,rodutos agr3colas. Por outro lado2 se u4
sQ Iiandeiro2 co4 os 4odernos 4eios de ,rodu/0o2 ao Ii4 do dia
converte e4 Iio 4il veGes 4ais algod0o Kue antes Iiava no 4es4o
es,a/o de te4,o co4 au;3lio da roca2 R evidente Kue2 agora2 cada
libra de algod0o absorver 4il veGes 4enos trabalho de Iia/0o Kue
dantes e2 ,or conseKOJncia2 o valor Kue o ,rocesso de Iia/0o
incor,ora e4 cada libra de algod0o ser 4il veGes 4enor. ) na
4es4a ,ro,or/0o bai;ar o valor do Iio.
N ,arte as diIeren/as nas energias naturais e na destreGa ad'
Kuirida ,ara o trabalho entre os diversos ,ovos2 as Ior/as ,rodutivas
do trabalho de,ender0o2 ,rinci,al4ente9
# L :as condi/=es naturais do trabalho9 Iertilidade do solo2 ri'
KueGa das PaGidas 4inerais2 etc.
6 L :o a,erIei/oa4ento ,rogressivo das foras sociais do
tra.alho
,or eIeito da ,rodu/0o e4 grande escala2 da concentra/0o do ca,ital2
da co4bina/0o do trabalho2 da divis0o do trabalho2 4aKuinaria2
4elhoria dos 4Rtodos2 a,lica/0o dos 4eios Ku34icos e de outras
Ior/as naturais2 redu/0o do te4,o e do es,a/o gra/as aos 4eios de
co4unica/0o e de trans,orte2 e todos os de4ais inventos ,elos Kuais
4ais a ciJncia obriga as Ior/as naturais a servir ao trabalho2 e ,elos
Kuais desenvolve o carter social ou coo,erativo do trabalho. Suanto
4aior R a Ior/a ,rodutiva do trabalho2 4enos trabalho se inverte
nu4a dada Kuantidade de ,rodutos
e2 ,ortanto2 4enor R o valor desses ,rodutos. Suanto 4enores s0o as
Ior/as ,rodutivas do trabalho2 4ais trabalho se e4,rega na 4es4a

MARX
110

Kuan' tidade de ,rodutos e2 ,or conseKOJncia2 4aior R o seu valor.
Pode4os2 ent0o2 estabelecer co4o lei geral o seguinte9
s valores das mercadorias esto na ra&o direta do tempo de

111
OS ECONOMISTAS
tra.alho invertido em sua produo e na ra&o inversa das foras pro-
dutivas do tra.alho empre2ado!
Co4o atR aKui sQ te4os Ialado do valor2 acrescentarei al'
gu4as ,alavras acerca do preo2 Kue R u4a Ior4a ,articular
to' 4ada ,elo valor.
)4 si 4es4o2 o preo outra coisa n0o R sen0o a e:presso
em dinheiro do valor. s valores de todas as 4ercadorias deste
,a3s se e;,ri4e42 ,or e;e4,lo2 e4 ,re/os'ouro2 enKuanto no
Continente se e;,ressa4 Kuase se4,re e4 ,re/os',rata. valor do
ouro2 ou da ,rata2 se deter4ina co4o o de KualKuer 4ercadoria2 ,ela
Kuantidade de tra' balho necessrio F sua e;tra/0o. Per4utais u4a
certa so4a de vossos ,rodutos nacionais2 na Kual se cristaliGa u4a
deter4inada Kuantidade de vosso trabalho nacional2 ,elos ,rodutos
dos ,a3ses ,rodutores de ouro e ,rata2 nos Kuais se cristaliGa u4a
deter4inada Kuantidade de seu trabalho. [ ,or esse ,rocesso2 na
verdade ,ela si4,les troca2 Kue a,rendeis a e;,ri4ir e4 ouro e
,rata os valores de todas as 4erca' dorias2 isto R2 as Kuantidades
res,ectivas de trabalho e4,regadas na sua ,rodu/0o. Se vos
a,roIundardes 4ais na e:presso em dinheiro do valor2 ou2 o Kue ve4
a ser o 4es4o2 na converso do valor em preo2 vereis Kue se
trata de u4 ,rocesso ,or 4eio do Kual dais aos valores de todas
as 4ercadorias u4a Ior4a independente e homo2+nea2 ,or 4eio da
Kual e;,ri4is esses valores co4o Kuantidades de i2ual tra.alho social.
*a 4edida e4 Kue R a,enas a e;,ress0o e4 dinheiro do valor2
o ,re/o Ioi deno4inado preo natural2 ,or !da4 S4ith2 e pri:
n#ces- saire2
6#
,elos Iisiocratas Iranceses.
Sue rela/0o guarda42 ,ois2 o valor e os preos do mercado ou os
preos naturais e os preos do mercadoZ Todos sabeis Kue o preo
do mercado # o mesmo ,ara todas as 4ercadorias da 4es4a es,Rcie2
,or 4uito Kue varie4 as condi/=es de ,rodu/0o dos ,rodutores
individuais. s ,re/os do 4ercado n0o IaGe4 4ais Kue e;,ressar a
Cuantidade social m#dia de tra.alho2 Kue2 nas condi/=es 4Rdias de
,rodu/0o2 R necessria ,ara abastecer o 4ercado co4 deter4inada
Kuantidade de u4 certo artigo. Calcula'se tendo e4 vista a Kuantidade
global de u4a 4ercadoria de deter4inada es,Rcie.
!tR agora o preo de u4a 4ercadoria no mercado coincide co4
o seu valor. Por outra ,arte2 as oscila/=es dos ,re/os do 4ercado
Kue u4as veGes e;cede4 o valor2 ou ,re/o natural2 e outras veGes
Iica4 abai;o dele de,ende4 das Ilutua/=es da oIerta e da ,rocura. s
,re/os do 4ercado se desvia4 constante4ente dos valores2 4as2
co4o diG !da4 S4ith9
V ,re/o natural R "...( o ,re/o central e4 torno do Kual
gra' vita4 constante4ente os ,re/os das 4ercadorias.
CircunstUncias

112
MARX
6# )4 IrancJs2 no original2 V,re/o necessrioW. "*. do ).(

143
OS ECONOMISTAS
diversas os ,ode4 4anter erguidos 4uito aci4a desse ,onto e2
,or veGes2 ,reci,it'los u4 ,ouco abai;o. SuaisKuer2 ,orR42 Kue
sePa4 os obstculos Kue os i4,e/a4 de se deter nesse centro de
re,ouso e estabilidade2 eles tende4 continua4ente ,ara lW.
66
*0o ,osso agora es4iu/ar esse assunto. Basta diGer Kue2 se
a oIerta e a ,rocura se eKuilibra42 os ,re/os das 4ercadorias no
4ercado corres,onder0o a seus ,re/os naturais2 isto R2 a seus valores2
os Kuais se deter4ina4 ,elas res,ectivas Kuantidades de trabalho
necessrio ,ara a sua ,rodu/0o. Has a oIerta e a ,rocura deve4
constante4ente tender ,ara o eKuil3brio2 e4bora sQ o alcance4
co4,ensando u4a Ilu' tua/0o co4 a outra2 u4a alta co4 u4a bai;a e
vice'versa. Se2 e4 veG de considerar so4ente as Ilutua/=es dirias2
analisardes o 4ovi4ento dos ,re/os do 4ercado durante u4 es,a/o
de te4,o bastante longo2 co4o o IeG2 ,or e;e4,lo2 o sr. Too\e2 na
sua 1ist6ria dos Preos2 des' cobrireis Kue as Ilutua/=es dos ,re/os
no 4ercado2 seus desvios dos valores2 suas altas e bai;as2 se
co4,ensa4 u4as co4 as outras e se neutraliGa4 de tal 4aneira
Kue2 ,ostas F 4arge4 a inIluJncia e;ercida ,elos 4ono,Qlios e algu4as
outras restri/=es Kue aKui te4os de ,assar ,or alto2 ve4os Kue todas
as es,Rcies de 4ercadorias se vende42 e4 ter4o 4Rdio2 ,elos seus
res,ectivos valores ou ,re/os naturais. s ,er3odos 4Rdios de
te4,o2 durante os Kuais se co4,ensa4 entre si as Ilutua/=es dos
,re/os no 4ercado2 diIere4 segundo as distintas es' ,Rcies de
4ercadorias2 ,orKue nu4as R 4ais Icil Kue e4 outras ada,tar
a oIerta F ,rocura.
Se2 ent0o2 Ialando de u4 4odo geral e abarcando ,er3odos de
te4,o bastante longos2 todas as es,Rcies de 4ercadorias se
vende4 ,elos seus res,ectivos valores2 R absurdo su,or Kue o lucro L
n0o e4 casos isolados2 4as o lucro constante e nor4al das diversas
indMstrias
L brota de u4a maPorao dos ,re/os das 4ercadorias2 ou do Iato de
Kue se venda4 ,or u4 ,re/o Kue e;ceda consideravel4ente o seu valor.
absurdo dessa idRia evidencia'se desde Kue a generaliGa4os. Kue
alguR4 ganhasse constante4ente co4o vendedor2 haveria de ,erder
constante4ente co4o co4,rador. :e nada serve diGer Kue h ,essoas
Kue co4,ra4 se4 vender2 consu4idores Kue n0o s0o ,rodutores.
Kue estes ,agasse4 ao ,rodutor2 teria4 antes de recebJ'lo dele grtis.
Se u4a ,essoa recebe o vosso dinheiro e logo vo'lo devolve
co4,ran' do'vos as vossas 4ercadorias2 ,or esse ca4inho nunca
enriKuecereis ,or 4ais caro Kue vendais. )ssa es,Rcie de negQcios
,oder reduGir u4a ,erda2 4as Pa4ais contribuir ,ara realiGar u4
lucro. Portanto2 ,ara e;,licar o car(ter 2eral do lucro n0o tereis
outro re4Rdio sen0o ,artir do teore4a de Kue as 4ercadorias se
vendem2 e4 4Rdia2 ,elos seus verdadeiros valores e Kue os lucros se
o.t+m vendendo as merca-

MARX
141

66 SHIT?2 !da4. The @ealth of ?ations. *ova >or\2 #$D#. t. I. ca,. &2 ,. 5&. "*. do T.(

144
OS ECONOMISTAS
dorias pelo seu valor2 isto R2 e4 ,ro,or/0o F Kuantidade de trabalho
nelas 4aterialiGado. Se n0o conseguistes e;,licar o lucro sobre
essa base2 de nenhu4 outro 4odo conseguireis e;,lic'lo. Isso
,arece u4 ,arado;o e contrrio F observa/0o de todos os dias.
Parece ta4bR4 ,arado;al Kue a Terra gire ao redor do Sol e Kue a
gua sePa Ior4ada ,or dois gases alta4ente inIla4veis. !s
verdades cient3Iicas ser0o se4,re ,arado;ais2 se Pulgadas ,ela
e;,eriJncia de todos os dias2 a Kual so4ente ca,ta a a,arJncia
enganadora das coisas.
VII
Bor; :e Tr)%7o
:e,ois de ter4os analisado2 na 4edida e4 Kue ,od3a4os IaGJ'lo2
e4 u4 e;a4e t0o r,ido2 a natureGa do valor2 do valor de uma
mer- cadoria CualCuer2 deve4os volver nossa aten/0o ,ara o valor
espec)fico do tra.alho. ) aKui tenho eu2 nova4ente2 Kue vos
sur,reender co4 outro a,arente ,arado;o. Todos vQs estais
co4,leta4ente convencidos de Kue aKuilo Kue vendeis todos os dias R
vosso trabalho9 de Kue2 ,or' tanto2 o trabalho te4 u4 ,re/o e Kue2
e4bora o ,re/o de u4a 4erca' doria 4ais n0o sePa Kue a e;,ress0o
e4 dinheiro do seu valor2 deve e;istir2 se4 dMvida algu4a2
KualKuer coisa ,arecida co4 o valor do tra.alho. )2 n0o obstante2
n0o e;iste tal coisa co4o o valor do trabalho2 no sentido corrente da
,alavra. Vi4os Kue a Kuantidade de trabalho necessrio cristaliGado
nu4a 4ercadoria constitui o seu valor. !,li' cando agora esse
conceito do valor2 co4o ,oder3a4os deter4inar o valor de u4a
Pornada de trabalho de #% horas2 ,or e;e4,loZ Suanto trabalho est
contido nessa PornadaZ :eG horas de trabalho. Se dis' sRsse4os
Kue o valor de u4a Pornada de trabalho de #% horas eKui' vale a
#% horas de trabalho2 ou F Kuantidade de trabalho contido nela2
Iar3a4os u4a aIir4a/0o tautolQgica e2 alR4 disso2 se4 sentido.
*atural4ente2 de,ois de haver desentranhado o sentido verdadeiro2
,orR4 oculto2 da e;,ress0o valor do tra.alho2 estare4os e4
condi' /=es de inter,retar essa a,lica/0o irracional e
a,arente4ente i4' ,oss3vel do valor2 do 4es4o 4odo Kue
esta4os e4 condi/=es de e;,licar os 4ovi4entos2 a,arentes ou
so4ente ,erce,t3veis e4 certas Ior4as2 dos cor,os celestes2 de,ois
de ter4os descoberto os seus 4ovi4entos reais.
Kue o o,errio vende n0o R direta4ente o seu trabalho2
4as
a sua fora de tra.alho2 cedendo te4,oraria4ente ao ca,italista o di'
reito de dis,or dela. Tanto R assi4 Kue2 n0o sei se as leis
inglesas2 4as2 desde logo2 algu4as leis continentais Ii;a4 o
m(:imo de tempo ,elo Kual u4a ,essoa ,ode vender a sua Ior/a
de trabalho. Se lhe Iosse ,er4itido vendJ'la se4 li4ita/0o de
te4,o2 ter3a4os i4ediata' 4ente restabelecida a escravatura.

145
MARX
Se4elhante venda2 se o o,errio se vendesse ,or toda a vida2 ,or
e;e4,lo2 convertJ'lo'ia se4 de4ora e4 escravo do ,atr0o atR o
Iinal de seus dias.

146
OS ECONOMISTAS
Tho4as ?obbes2
6D
u4 dos econo4istas 4ais antigos e dos 4ais
originais IilQsoIos da Inglaterra2 P havia assinalado e4 seu
%eviat2 instintiva4ente2 esse ,onto Kue esca,ou a todos os seus
sucessores. :iGia ele9
V valor de um homem #2 co4o ,ara todas as outras coisas2
o seu preo^ Kuer diGer2 o Kue se ,agaria ,elo uso de sua
foraW.
Partindo dessa base ,ode4os deter4inar o valor do tra.alho2
co4o o de todas as outras 4ercadorias.
Has2 antes de IaGJ'lo2 ,oder3a4os ,erguntar9 de onde ,rovR4
esse IenY4eno singular de Kue no 4ercado nQs encontre4os u4 gru,o
de co4,radores2 Kue ,ossue4 terras2 4aKuinaria2 4atRrias',ri4as
e 4eios de vida2 coisas essas Kue2 e;ceto a terra2 e4 seu estado
bruto2 s0o produtos de tra.alho2 e2 ,or outro lado2 u4 gru,o de
vendedores Kue nada tJ4 a vender sen0o sua Ior/a de trabalho2 os
seus bra/os laboriosos e cRrebrosZ Co4o se e;,lica Kue u4 dos
gru,os co4,re constante4ente ,ara realiGar lucro e enriKuecer'se2
enKuanto o outro gru,o vende constante4ente ,ara ganhar o ,0o de
cada diaZ ! inves' tiga/0o desse ,roble4a seria u4a investiga/0o do
Kue os econo4istas cha4a4 Vacumulao pr#via ou ori2in(riaW2
67
4as Kue deveria cha' 4ar'se e:propriao ori2in(ria. ) vere4os Kue
essa cha4ada acu4u' la/0o originria n0o R sen0o u4a sRrie de
,rocessos histQricos Kue resultara4 na decomposio da unidade
ori2in(ria e;istente entre o ho4e4 trabalhador e seus instru4entos
de trabalho. )ssa observa/0o cai2 todavia2 Iora da Qrbita do nosso
te4a atual. C4a veG consu4ada
a separao entre o trabalhador e os instru4entos de trabalho2 esse
estado de coisas se 4anter e se re,roduGir e4 escala se4,re
crescente2 atR Kue u4a nova e radical revolu/0o do siste4a de
,rodu/0o a deite ,or terra e restaure a ,ri4itiva unidade sob u4a
Ior4a histQrica nova.
Sue R2 ,ois2 o valor da fora de tra.alhoZ
Co4o o de toda outra 4ercadoria2 esse valor se deter4ina
,ela Kuantidade de trabalho necessrio ,ara ,roduGi'la. ! Ior/a de
trabalho de u4 ho4e4 consiste2 ,ura e si4,les4ente2 na sua
individualidade viva. Para ,oder crescer e 4anter'se2 u4 ho4e4
,recisa consu4ir u4a deter4inada Kuantidade de 4eios de
subsistJncia^ o ho4e42 co4o
a 4Kuina2 se gasta e te4 Kue ser substitu3do ,or outro ho4e4. !lR4
da so4a de artigos de ,ri4eira necessidade e;igidos ,ara o seu pr6prio
sustento2 ele ,recisa de outra Kuantidade dos 4es4os artigos ,ara
criar deter4inado nM4ero de Iilhos2 Kue h0o de substitu3'lo no 4ercado
de trabalho e ,er,etuar a descendJncia dos trabalhadores.
!de4ais2

MARX
14'

6D Tho4as ?obbes "#5EE'#1&$(2 IilQsoIo inglJs2 e4,3rico e sensualista2 ideQlogo da nobreGa
aburguesada. :eIendeu o ,oder ili4itado do )stado e4 suas obras2 sobretudo no
%eviat2 escrito e4 #15#2 Kue Ioi Kuei4ado e4 ,Mblico2 a,Qs a restaura/0o dos Stuarts.
"*. do ).(
67 4es4o Kue Vacu4ula/0o ,ri4itivaW2 co4o Har; diria e4 Capital. "*. do ).(

14/
OS ECONOMISTAS
te4 Kue gastar outra so4a de valores no desenvolvi4ento de sua Ior/a
de trabalho e na aKuisi/0o de u4a certa habilidade. Para o nosso
obPetivo bastar'nos' considerar o trabalho m#dio2 cuPos gastos de edu'
ca/0o e a,erIei/oa4ento s0o grandeGas insigniIicantes. :evo2 se4 e4'
bargo2 a,roveitar a ocasi0o ,ara constatar Kue2 assi4 co4o diIere4
os custos de ,rodu/0o de Ior/a de trabalho de diIerente Kualidade2
assi4 tJ4 Kue diIerir2 ta4bR42 os valores das Ior/as de trabalho a,li'
cadas nas diIerentes indMstrias. Por conseKOJncia2 o grito ,ela
i2ual- dade de sal(rios assenta nu4 erro2 R u4 desePo oco2 Kue
Pa4ais se realiGar. [ u4 rebento desse Ialso e su,erIicial radicalis4o
Kue ad4ite as ,re4issas e ,rocura Iugir Fs conclus=es. :entro do
siste4a do sa' lariado2 o valor da Ior/a de trabalho se Ii;a co4o o de
outra 4ercadoria KualKuer^ e2 co4o distintas es,Rcies de Ior/a de
trabalho ,ossue4 dis' tintos valores ou e;ige4 ,ara a sua ,rodu/0o
distintas Kuantidades de trabalho2 necessariamente tJ4 Kue ter
,re/os distintos no 4ercado de trabalho. Pedir uma retri.uio
i2ual ou simplesmente uma retri- .uio Pusta2 na base do siste4a
do salariado2 R o 4es4o Kue ,edir liberdade na base do siste4a
da escravatura. Kue ,udRsseis consi' derar Pusto ou eKOitativo n0o
ve4 ao caso. ,roble4a est e4 saber
o Kue vai acontecer necessria e inevitavel4ente dentro de u4 dado
siste4a de ,rodu/0o.
:e,ois do Kue disse4os2 o valor da fora de tra.alho R deter4i'
nado ,elo valor dos arti2os de primeira necessidade e;igidos ,ara ,ro'
duGir2 desenvolver2 4anter e ,er,etuar a Ior/a de trabalho.
VIII
A Pro:$;<o : MisCV%i
Su,onha4os agora Kue a Kuantidade 4Rdia diria de artigos de
,ri4eira necessidade i4,rescind3veis F vida de u4 o,errio e:iPa
Q horas de tra.alho m#dio ,ara a sua ,rodu/0o. Su,onha4os2 alR4
disso2 Kue essas 1 horas de trabalho 4Rdio se 4aterialiGe4 nu4a
Kuantidade de ouro eKuivalente a D ;elins. *estas condi/=es2 os D
;elins seria4 o preo ou a e;,ress0o e4 dinheiro do valor di(rio da
fora de tra.alho desse ho4e4. Se trabalhasse 1 horas dirias2 ele
,roduGiria diaria' 4ente u4 valor Kue bastaria ,ara co4,rar a
Kuantidade 4Rdia de seus artigos dirios de ,ri4eira necessidade
ou ,ara se 4anter co4o o,errio.
Has o nosso ho4e4 R u4 obreiro assalariado. Portanto2 ,recisa
vender a sua Ior/a de trabalho a u4 ca,italista. Se a vende ,or D
;elins dirios2 ou ,or #E se4anais2 vende'a ,elo seu valor. Va4os su,or
Kue se trata de u4 Iiandeiro. Trabalhando 1 horas ,or dia2 incor,orar
ao algod0o2 diaria4ente2 u4 valor de D ;elins. )sse valor diaria4ente
incor,orado ,or ele re,resentaria u4 eKuivalente e;ato do salrio2 ou
,re/o de sua Ior/a de trabalho2 Kue recebe cada dia. Has nesse

140
MARX
caso

141
OS ECONOMISTAS
n0o iria ,ara o ca,italista nenhu4a mais-valia ou so.reproduto algu4.
[ aKui2 ent0o2 Kue tro,e/a4os co4 a verdadeira diIiculdade.
!o co4,rar a Ior/a de trabalho do o,errio e ao ,ag'la ,elo seu
valor2 o ca,italista adKuire2 co4o KualKuer outro co4,rador2 o direito
de consu4ir ou usar a 4ercadoria co4,rada. ! Ior/a de trabalho
de u4 ho4e4 R consu4ida2 ou usada2 IaGendo'o trabalhar2 assi4
co4o se conso4e ou se usa u4a 4Kuina IaGendo'a Iuncionar.
Portanto2 o ca,italista2 ao co4,rar o valor dirio2 ou se4anal2 da Ior/a
de trabalho do o,errio2 adKuire o direito de servir'se dela ou de IaGJ'
la Iuncionar durante todo o dia ou toda a semana. ! Pornada de
trabalho2 ou a se4ana de trabalho2 tJ4 natural4ente certos li4ites2
4as a isso vol' vere4os2 e4 detalhe2 4ais adiante.
*o 4o4ento2 Kuero cha4ar'vos a aten/0o ,ara u4 ,onto decisivo.
valor da Ior/a de trabalho se deter4ina ,ela Kuantidade
de trabalho necessrio ,ara a sua conserva/0o2 ou re,rodu/0o2 4as o
uso dessa Ior/a sQ R li4itado ,ela energia vital e a Ior/a I3sica do
o,errio.
valor dirio ou se4anal da Ior/a de trabalho diIere
co4,leta4ente do Iunciona4ento dirio ou se4anal dessa 4es4a
Ior/a de trabalho^ s0o duas coisas co4,leta4ente distintas2 co4o a
ra/0o consu4ida ,or u4 cavalo e o te4,o e4 Kue este ,ode
carregar o cavaleiro. ! Kuan' tidade de trabalho Kue serve de
li4ite ao valor da Ior/a de trabalho do o,errio n0o li4ita de
4odo algu4 a Kuantidade de trabalho Kue sua Ior/a de trabalho
,ode e;ecutar. To4e4os o e;e4,lo do nosso Iiandeiro. Vi4os Kue2
,ara reco4,or diaria4ente a sua Ior/a de tra' balho2 esse Iiandeiro
,recisava re,roduGir u4 valor dirio de D ;elins2
o Kue realiGava co4 u4 trabalho dirio de 1 horas. Isso2 ,orR42
n0o
lhe tira a ca,acidade de trabalhar #% ou #6 horas e 4ais2 diaria4ente.
Has o ca,italista2 ao ,agar o valor dirio ou se4anal da Ior/a de
trabalho do Iiandeiro2 adKuire o direito de us'la durante todo o
dia ou toda a semana. F'lo' trabalhar2 ,ortanto2 diga4os2 #6 horas
di' rias2 Kuer diGer2 al#m das 1 horas necessrias ,ara reco4,or o
seu salrio2 ou o valor de sua Ior/a de trabalho2 ter de trabalhar
outras
Q horas2 a Kue cha4arei de horas de so.retra.alho2 e esse sobretrabalho
ir traduGir'se e4 u4a mais-valia e e4 u4 so.reproduto. Se2 ,or e;e4'
,lo2 nosso Iiandeiro2 co4 o seu trabalho dirio de 1 horas2
acrescenta ao algod0o u4 valor de D ;elins2 valor Kue constitui u4
eKuivalente e;ato de seu salrio2 e4 #6 horas acrescentar ao
algod0o u4 valor de 1 ;elins e ,roduGir a correspondente
Cuantidade adicional de fio. )2 co4o vendeu sua Ior/a de trabalho
ao ca,italista2 todo o valor2 ou todo o ,roduto2 ,or ele criado
,ertence ao ca,italista2 Kue R dono de sua Ior/a de trabalho2 pro
tempore. Por conseguinte2 dese4bolsando D ;elins2 o ca,italista

MARX
142

realiGar o valor de 12 ,ois co4 o dese4bolso de u4 valor no Kual
se cristaliGa4 1 horas de trabalho receber e4 troca u4 valor no Kual
est0o cristaliGadas #6 horas. Se re,ete2 diaria4ente2 essa o,era/0o2 o
ca,italista dese4bolsar D ;elins ,or dia e e4bolsar

153
OS ECONOMISTAS
12 cuPa 4etade tornar a inverter no ,aga4ento de novos salrios2
enKuanto a outra 4etade Ior4ar a mais-valia2 ,ela Kual o ca,italista
n0o ,aga eKuivalente algu4. *sse tipo de intercBm.io entre o capital
e o tra.alho R o Kue serve de base F ,rodu/0o ca,italista2 ou ao siste4a
do salariado2 e te4 Kue conduGir2 se4 cessar2 F constante
re,rodu/0o do o,errio co4o o,errio e do ca,italista co4o
ca,italista.
! ta:a de mais-valia de,ender2 se todas as outras circunstUncias
,er4anecere4 invariveis2 da ,ro,or/0o e;istente entre a ,arte da
Pornada Kue o o,errio te4 Kue trabalhar ,ara re,roduGir o valor
da Ior/a de trabalho e o so.retempo ou so.retra.alho realiGado
,ara o ca,italista. :e,ender2 ,or isso2 da ,ro,or/0o em Cue a
Pornada de tra.alho se prolon2ue al#m do tempo durante o Kual o
o,errio2 co4
o seu trabalho2 se li4ita a re,roduGir o valor de sua Ior/a de trabalho
ou a re,or o seu salrio.
IX
O V%or :o Tr)%7o
:eve4os voltar agora F e;,ress0o Vvalor ou preo do
tra.alhoW. Vi4os Kue2 na realidade2 esse valor nada 4ais R Kue o
da Ior/a de trabalho2 4edido ,elos valores das 4ercadorias
necessrias F sua 4a' nuten/0o. Has2 co4o o o,errio sQ recebe o seu
salrio depois de realiGar
o seu trabalho e co4o2 ade4ais2 sabe Kue o Kue entrega real4ente ao
ca,italista R o seu trabalho2 ele necessaria4ente i4agina Kue o
valor ou ,re/o de sua Ior/a de trabalho R o preo ou valor do seu
pr6prio tra.alho. Se o ,re/o de sua Ior/a de trabalho R D ;elins2
nos Kuais se 4aterialiGa4 1 horas de trabalho2 e ele trabalha #6 horas2
Ior/osa4ente
o o,errio considerar esses D ;elins co4o o valor ou ,re/o de #6 horas
de trabalho2 se be4 Kue estas #6 horas re,resente4 u4 valor de
1 ;elins. :onde se chega a u4 du,lo resultado9
Pri4eiro9 valor ou preo da fora de tra.alho to4a a a,arJncia
do preo ou valor do pr6prio tra.alho2 ainda Kue a rigor as e;,ress=es
de valor e ,re/o do trabalho care/a4 de sentido.
Segundo9 !inda Kue sQ se pa2ue u4a ,arte do trabalho
dirio do o,errio2 enKuanto a outra ,arte Iica sem remunerao2 e
ainda Kue esse trabalho n0o re4unerado ou sobretrabalho sePa
,recisa4ente
o Iundo de Kue se Ior4a a mais-valia ou lucro2 Iica ,arecendo Kue todo
o trabalho R trabalho ,ago.
)ssa a,arJncia enganadora distingue o tra.alho assalariado das
outras Ior4as hist6ricas do trabalho. :entro do siste4a do
salariado2 atR o trabalho no remunerado ,arece trabalho pa2o. !o

151
MARX
contrrio2 no trabalho dos escravos ,arece ser trabalho n0o
re4unerado atR a ,arte do trabalho Kue se ,aga. Claro est Kue2 ,ara
,oder trabalhar2 o escravo te4 Kue viver e u4a ,arte de sua
Pornada de trabalho serve ,ara re,or o valor de seu ,rQ,rio sustento.
Has2 co4o entre ele e seu senhor

154
OS ECONOMISTAS
n0o houve trato algu42 ne4 se celebra entre eles nenhu4a co4,ra e
venda2 todo o seu trabalho ,arece dado de gra/a.
To4e4os2 ,or outro lado2 o ca4,onJs servo2 tal co4o e;istia2
Kuase dir3a4os ainda onte4 4es4o2 e4 todo o oriente da )uro,a.
)ste ca4,onJs2 ,or e;e4,lo2 trabalhava trJs dias ,ara si2 na sua ,rQ'
,ria terra2 ou na Kue lhe havia sido atribu3da2 e nos trJs dias seguintes
realiGava u4 trabalho co4,ulsQrio e gratuito na ,ro,riedade de
seu senhor. Co4o ve4os2 aKui as duas ,artes do trabalho2 a ,aga e a
n0o ,aga2 a,arece4 visivel4ente se,aradas2 no te4,o e no es,a/o2
e os nossos liberais ,ode4 estourar de indigna/0o 4oral ante a
idRia dis' ,aratada de Kue se obrigue u4 ho4e4 a trabalhar de
gra/a.
Has2 na realidade2 tanto IaG u4a ,essoa trabalhar trJs dias
na se4ana ,ara si2 na sua ,rQ,ria terra2 e outros trJs dias de
gra/a na gleba do senhor co4o trabalhar diaria4ente na Ibrica2 ou
na oIicina2
1 horas ,ara si e 1 horas ,ara o seu ,atr0o^ ainda Kue nesse caso
a ,arte do trabalho ,ago e a do n0o re4unerado a,are/a4
inse,aravel' 4ente conIundidas e o carter de toda a transa/0o se
disIarce ,or co4,leto co4 a interfer+ncia de um contrato e o
pa2amento recebido no Ii4 da se4ana. *o ,ri4eiro caso2 o
trabalho n0o re4unerado R visivel4ente arrancado ,ela Ior/a^ no
segundo2 ,arece entregue volun' taria4ente. )is a Mnica diIeren/a.
Se4,re Kue eu e4,regue2 ,ortanto2 a e;,ress0o Vvalor do
tra- .alhoW2 e4,reg'la'ei co4o ter4o ,o,ular2 sinYni4o de Vvalor de
fora de tra.alhoW.
X
O L$cro O)#>*Cse Ve.:e.:o $* Merc:ori !e%o se$ V%or
Su,onha4os Kue u4a hora de trabalho 4Rdio 4aterialiGe u4
valor de 1 ,ence ou #6 horas de trabalho 4Rdio2 u4 valor de 1 ;elins.
Su,onha4os2 ainda2 Kue o valor do trabalho re,resente D ;elins ou
o ,roduto de 1 horas de trabalho. Se nas 4atRrias',ri4as2
4aKuinaria etc.2 consu4idas ,ara ,roduGir u4a deter4inada
4ercadoria2 se 4a' terialiGa4 67 horas de trabalho 4Rdio2 o seu
valor elevar'se' a #6 ;elins. Se2 alR4 disso2 o o,errio e4,regado
,elo ca,italista Punta a esses 4eios de ,rodu/0o #6 horas de
trabalho2 tere4os Kue essas #6 horas se 4aterialiGa4 nu4 valor
adicional de 1 ;elins. Portanto2 o valor do produto se elevar a D1
horas de trabalho 4aterialiGado2 eKui' valente a #E ;elins. PorR42
co4o o valor do trabalho ou o salrio recebido ,elo o,errio sQ
re,resenta D ;elins2 decorre da3 Kue o ca,i' talista n0o ,agou
eKuivalente algu4 ,elas 1 horas de sobretrabalho realiGado ,elo
o,errio e 4aterialiGadas no valor da 4ercadoria. Ven' dendo essa
4ercadoria ,elo valor2 ,or #E ;elins2 o ca,italista obter2 ,ortanto2
u4 valor de D ;elins2 ,ara o Kual n0o ,agou eKuivalente. )sses D

MARX
155

;elins re,resentar0o a 4ais'valia ou lucro Kue o ca,italista
e4bolsa. ca,italista obter2 ,or conseKOJncia2 u4 lucro de D ;elins2

156
OS ECONOMISTAS
n0o ,or vender a sua 4ercadoria a u4 ,re/o Kue e:ceda o seu
valor2
4as ,or vendJ'la pelo seu valor real.
valor de u4a 4ercadoria se deter4ina ,ela Cuantidade
total de tra.alho Kue encerra. Has u4a ,arte dessa Kuantidade de
trabalho re,resenta u4 valor ,elo Kual se ,agou u4 eKuivalente
e4 Ior4a de salrios^ outra ,arte se 4aterialiGa nu4 valor ,elo Kual
nenhum eKui' valente Ioi ,ago. C4a ,arte do trabalho inclu3do na
4ercadoria R tra' balho remunerado^ a outra ,arte2 trabalho no
remunerado. +ogo2 Kuan' do o ca,italista vende a 4ercadoria pelo
seu valor2 isto R2 co4o cris' taliGa/0o da Cuantidade total de
tra.alho nela invertido2 o ca,italista deve Ior/osa4ente vendJ'la
co4 lucro. Vende n0o sQ o Kue lhe custou u4 eKuivalente2 co4o
ta4bR4 o Kue n0o lhe custou nada2 e4bora haPa custado o
trabalho do seu o,errio. custo da 4ercadoria ,ara
o ca,italista e o custo real da 4ercadoria s0o coisas inteira4ente dis'
tintas. Re,ito2 ,ois2 Kue lucros nor4ais e 4Rdios se obtJ4
vendendo as 4ercadorias n0o acima do Kue vale4 e si4 ,elo seu
verdadeiro valor.
XI
As DiAerss Pr#es e* G$e se DiAi:e MisCA%i
N mais-valia2 ou sePa2 FKuela ,arte do valor total da 4ercadoria
e4 Kue se incor,ora o so.retra.alho2 ou tra.alho no remunerado2 eu
cha4o lucro. )sse lucro n0o o e4bolsa na sua totalidade o e4,regador
ca,italista. 4ono,Qlio do solo ,er4ite ao ,ro,rietrio da terra
e4' bolsar u4a ,arte dessa mais-valia2 sob a deno4ina/0o de
renda ter- ritorial2 Kuer o solo sePa utiliGado na agricultura ou se
destine a cons' truir ediI3cios2 Ierrovias2 ou a outro KualKuer Ii4
,rodutivo. Por outro lado2 o Iato de ser a ,osse dos meios de
tra.alho o Kue ,ossibilita ao e4,regador ca,italista ,roduGir mais-
valia2 ou2 o Kue R o 4es4o2 apro- priar-se de uma determinada
Cuantidade de tra.alho no remunerado2
R ,recisa4ente o Kue ,er4ite ao ,ro,rietrio dos 4eios de
trabalho2 Kue os e4,resta total ou ,arcial4ente ao e4,regador
ca,italista2 nu4a ,alavra2 ao capitalista Cue empresta o dinheiro2
reivindicar ,ara si 4es4o outra ,arte dessa 4ais'valia sob o no4e
de Puro2 de 4odo Kue ao ca,italista e4,regador2 como tal2 sQ lhe
sobra o cha4ado lucro industrial ou comercial. ! Kuest0o de saber a
Kue leis est sub4etida essa divis0o da i4,ortUncia total da 4ais'
valia entre as trJs categorias de ,essoas aKui 4encionadas R
inteira4ente estranha ao nosso te4a. Has2 do Kue dei;a4os e;,osto
de,reende'se2 ,elo 4enos2 o seguinte9
A renda territorial, o Puro e o lucro industrial nada 4ais s0o Kue
nomes diferentes para e:primir as diferentes partes da mais-valia
de u4a 4ercadoria ou do tra.alho no remunerado, Cue nela se

15'
MARX
materia- li&a, e todos ,rovJ4 ,or i2ual dessa fonte e s6 dessa fonte.
*0o ,rovJ4 do solo2 co4o tal2 ne4 do capital e4 si^ 4as o solo e o
ca,ital ,er4ite4
a seus ,ossuidores obter a sua ,arte corres,ondente na 4ais'valia Kue
o e4,regador ca,italista e;torKue ao o,errio. Para o o,errio 4es4o2

15/
OS ECONOMISTAS
R u4a Kuest0o de i4,ortUncia secundria Kue essa 4ais'valia2 Iruto
de seu sobretrabalho2 ou trabalho n0o re4unerado2 sePa e;clusiva4ente
e4bolsada ,elo e4,regador ca,italista ou Kue este se vePa obrigado a
ceder ,arte a terceiros2 co4 o no4e de renda do solo2 ou Puro.
Su,o' nha4os Kue o e4,regador utiliGa a,enas ca,ital ,rQ,rio e
sePa ele 4es4o o ,ro,rietrio do solo^ nesse caso2 toda a 4ais'valia
ir ,arar e4 seu bolso.
[ o e4,regador ca,italista Kue4 e;trai direta4ente do o,errio
essa 4ais'valia2 sePa Kual Ior a ,arte Kue2 e4 Mlti4a anlise2
,ossa reservar ,ara si. Por isso2 dessa rela/0o entre o e4,regador
ca,italista
e o o,errio assalariado de,ende4 todo o siste4a do salariado e todo
o regi4e atual de ,rodu/0o. !lguns dos cidad0os Kue interviera4
e4 nosso debate2 ao intentare4 atenuar as ,ro,or/=es das coisas e
a,re' sentar essa rela/0o Iunda4ental entre o e4,regador
ca,italista e o o,errio co4o u4a Kuest0o secundria2 co4etera42
,ortanto2 u4 erro2 e4bora2 ,or outro lado2 tivesse4 raG0o ao
aIir4ar Kue2 e4 dadas cir' cunstUncias2 u4 au4ento dos ,re/os
,ode aIetar de u4 4odo 4uito desigual o e4,regador ca,italista2 o
dono da terra2 o ca,italista Kue e4,resta dinheiro e2 se Kuereis2 o
arrecadador de i4,ostos.
:o e;,osto resulta ainda outra conseKOJncia.
! ,arte do valor da 4ercadoria Kue re,resenta unica4ente o
valor das 4atRrias',ri4as e das 4Kuinas2 nu4a ,alavra2 o valor dos
4eios de ,rodu/0o consu4idos2 no gera nenhum rendimento2 4as
se limita a re,or o capital. Has2 aIora isso2 R Ialso Kue a outra
,arte do valor da 4ercadoria2 Cue forma o rendimento ou ,ode ser
gasta sob a Ior4a de salrio2 lucro2 renda territorial e Puro2 sePa
constitu)da ,elo valor dos salrios2 ,elo valor da renda territorial2
,elo valor do lucro etc. Por ora dei;are4os de lado os salrios e sQ
tratare4os do lucro industrial2 do Puro e da renda territorial.
!caba4os de ver Kue a mais- valia contida na 4ercadoria2 ou a
,arte do valor desta na Kual est incor,orado o tra.alho no
remunerado2 ,or sua veG se deco4,=e e4 vrias ,artes2 designadas
,or trJs no4es diIerentes. !Iir4ar2 ,orR42 Kue seu valor se acha
inte2rado ou formado ,ela soma total dos valores independentes dessas
tr+s partes constituintes seria aIir4ar o inverso da verdade.
Se # hora de trabalho se realiGa nu4 valor de 1 pence e se
a Pornada de trabalho do o,errio R de #6 horas e a 4etade desse
te4,o Ior trabalho n0o ,ago2 esse sobretrabalho acrescentar F
4ercadoria u4a mais-valia de D ;elins2 isto R2 u4 valor ,elo Kual
n0o se ,aga nenhu4 eKuivalente. )ssa 4ais'valia de D ;elins
re,resenta todo o fundo Kue o e4,regador ca,italista ,ode re,artir2
na ,ro,or/0o Kue Ior2 co4 o dono da terra e co4 o e4,restador de
dinheiro. valor desses D ;elins Ior4a o li4ite do valor Kue eles
,ode4 re,artir entre si. Has n0o R o e4,regador ca,italista Kue

MARX
150

acrescenta ao valor da 4ercadoria u4 valor arbitrrio ,ara seu
lucro2 acrescentando e4 se'

151
OS ECONOMISTAS
guida outro valor ,ara o ,ro,rietrio da terra e assi4 ,or diante2
de
tal 4aneira Kue a so4a desses valores arbitraria4ente Ii;ados
cons' titu3sse o valor total. Vedes2 ,ortanto2 o erro da idRia
corrente4ente e;,osta2 Kue conIunde a diviso de um dado valor e4
trJs ,artes2 co4
a Ior4a/0o desse valor 4ediante a so4a de trJs valores independentes2
convertendo dessa 4aneira nu4a grandeGa arbitrria o valor total2 de
onde sae4 a renda territorial2 o lucro e o Puro.
Se o lucro total obtido ,or u4 ca,italista Ior de #%% libras
es' terlinas2 cha4a4os a essa so4a2 considerada grandeGa
a.soluta2 o 4ontante do lucro. Has2 se calcula4os a ,ro,or/0o
entre essas #%% libras e o ca,ital dese4bolsado2 a essa grandeGa
relativa cha4a4os ta:a de lucro. [ evidente Kue se ,ode e;,ressar
essa ta;a de lucro sob duas Ior4as.
Va4os su,or sePa de #%% libras o ca,ital desem.olsado em
sal(rios. Se a 4ais'valia obtida Ior ta4bR4 de #%% libras L o Kue nos
de4onstraria Kue a 4etade da Pornada do o,errio se co4,=e de
trabalho no remu- nerado L e se 4ed3sse4os esse lucro ,elo valor
do ca,ital dese4bolsado e4 salrios2 dir3a4os Kue a ta:a de lucro
65
era de #%%b. J Kue o valor dese4bolsado seria #%% e o valor
,roduGido 6%%.
Se2 ,or outro lado2 n0o sQ considersse4os o capital desem.olsado
em sal(rios 4as todo o capital dese4bolsado2 diga4os2 ,or e;e4,lo2
5%% libras2 das Kuais 7%% re,resenta4 o valor das 4atRrias',ri4as2
4aKuinaria2 etc.2 dir3a4os Kue a ta;a de lucro a,enas se elevara a
6%b2 visto o lucro de #%% n0o ser 4ais Kue a Kuinta ,arte do
ca,ital
total dese4bolsado.
,ri4eiro 4odo de e;,ressar a ta;a de lucro R o Mnico Kue nos
revela a ,ro,or/0o real entre o trabalho ,ago e o n0o re4unerado2
o grau real da e:ploitation
61
do tra.alho ",er4iti'4e o uso dessa
,alavra Irancesa(. ! outra Ior4a R a usual2 e ,ara certos Iins R2
co4 eIeito2 a 4ais indicada. )4 todo caso2 ,rova ser 4uito Mtil2 ,or
ocultar o grau e4 Kue o ca,italista arranca do o,errio trabalho
gratuito.
*as observa/=es Kue ainda 4e resta4 ,or IaGer2 e4,regarei a
,a' lavra lucro ,ara e;,ri4ir o 4ontante total de 4ais'valia
e;torKuida ,elo ca,italista2 se4 4e ,reocu,ar co4 a divis0o dessa
4ais'valia entre as diversas ,artes interessadas2 e Kuando usar o
ter4o ta:a de lucro 4edirei se4,re o lucro ,elo valor do ca,ital
dese4bolsado e4 salrio.
XII
A Re%;<o Jer% e.#re L$cros9 S%rios e Pre;os
Se do valor de u4a 4ercadoria descontar4os a ,arte Kue se

152
MARX
li4ita a re,or o das 4atRrias',ri4as e outros 4eios de ,rodu/0o
e4'
65 Hais tarde2 e4 Capital2 Har; diria Vta;a de 4ais'valiaW. *essa obra sQ se e4,rega a
e;,ress0o Vta;a de lucroW co4o a rela/0o entre o lucro e o ca,ital total. "*. da )d. Francesa.(
61 );,lora/0o. "*. do ).(

163
OS ECONOMISTAS
,regados2 isto R2 se descontar4os o valor Kue re,resenta o trabalho
pret#rito nela encerrado2 o valor restante reduGir'se' F Kuantidade de
trabalho acrescentada ,elo o,errio Kue ,or ;ltimo se ocu,a nela.
Se esse o,errio trabalha #6 horas dirias2 e #6 horas de trabalho
4Rdio cristaliGa4'se nu4a so4a de ouro igual a 1 ;elins2 esse valor
adicional de 1 ;elins ser o ;nico valor criado ,or seu trabalho. )sse
valor dado2 deter4inado ,or seu te4,o de trabalho2 R o Mnico Iundo
do Kual tanto ele co4o o ca,italista tJ4 de retirar a res,ectiva
,artici,a/0o ou di' videndo2 R o Mnico valor a ser dividido entre
salrios e lucros. [ evidente Kue esse valor n0o ser e4 si
4es4o alterado ,elas ,ro' ,or/=es variveis e4 Kue ,ossa
dividir'se entre a4bas as ,artes. ) ta4,ouco haver altera/0o se2
e4 veG de u4 o,errio isolado2 ,or4os toda a ,o,ula/0o
trabalhadora2 #6 4ilh=es de Pornadas de trabalho2 ,or e;e4,lo2 e4
veG de u4a.
Co4o o ca,italista e o o,errio sQ ,ode4 dividir esse valor
li' 4itado2 isto R2 o valor 4edido ,elo trabalho total do o,errio2
Kuanto 4ais ,erceba u4 deles2 4enos obter o outro2 e
reci,roca4ente. Par' tindo de u4a dada Kuantidade2 u4a das ,artes
au4entar se4,re na 4es4a ,ro,or/0o e4 Kue a outra di4inui. Se os
salrios se 4odiIica42 4odiIicar'se'0o e4 sentido o,osto aos lucros.
Se os salrios bai;a42 subir0o os lucros^ e2 se os salrios sobe42
bai;ar0o os lucros. Se o o,errio2 na nossa su,osi/0o anterior2
ganha D ;elins2 eKuivalentes F 4etade do valor criado ,or ele2 ou
se a 4etade da sua Pornada de trabalho total R trabalho ,ago e a
outra 4etade trabalho n0o re4u' nerado2 a ta:a de lucro ser de
#%%b2 visto Kue o ca,italista obter ta4bR4 D ;elins. Se o o,errio
sQ recebe 6 ;elins2 ou sQ trabalha ,ara ele a ter/a ,arte da Pornada
total2 o ca,italista obter 7 ;elins e a ta;a de lucro ser2 nesse caso2
de 6%%b. Se o o,errio ,ercebe 7 ;elins2
o ca,italista sQ ,oder e4bolsar 62 e a ta;a de lucro descer2 ,ortanto2
a 5%b. Has todas essas varia/=es n0o inIlue4 no valor da 4ercadoria.
+ogo2 u4 au4ento geral de salrios deter4inaria u4a di4inui/0o da
ta;a geral do lucro2 4as n0o aIetaria os valores.
*o entanto2 e4bora os valores das 4ercadorias2 Kue2 e4 Mlti4a
instUncia2 h0o de regular seus ,re/os no 4ercado2 estePa4
deter4inados e;clusiva4ente ,ela Kuantidade total de trabalho
,las4ado nelas2 e n0o ,ela divis0o dessa Kuantidade e4 trabalho
,ago e trabalho n0o re4unerado2 daKui n0o se deduG2 de 4odo
algu42 Kue os valores das diversas 4ercadorias ou lotes de
4ercadorias Iabricadas e4 #6 horas2 ,or e;e4,lo2 sePa4 se4,re os
4es4os. n;mero2 ou a 4assa das 4ercadorias Iabricadas nu4
deter4inado te4,o de trabalho2 ou 4e' diante u4a deter4inada
Kuantidade de trabalho2 de,ende da fora produtiva do trabalho
e4,regado e n0o da sua e:tenso ou dura/0o. Co4 u4 dado grau

MARX
161

das Ior/as ,rodutivas do trabalho de Iia/0o2 ,or e;e4,lo2 ,oder0o
,roduGir'se2 nu4a Pornada de trabalho de #6 horas2
#6 libras',eso de Iio^ co4 u4 grau 4ais bai;o de Ior/a ,rodutiva ,ro'

164
OS ECONOMISTAS
duGir'se'0o t0o'so4ente 6. Portanto2 no ,ri4eiro caso2 se as #6
horas
de trabalho 4Rdio se 4aterialiGa4 nu4 valor de 1 ;elins2 as #6
li' bras',eso de Iio custar0o 1 ;elins2 Pusta4ente o Kue custaria42
no segundo caso2 as 6 libras. Suer diGer Kue2 no ,ri4eiro caso2 a libra'
,eso de Iio sair ,or 1 ,ence e2 no segundo2 ,or D ;elins. )ssa
diIeren/a de ,re/o seria u4a conseKOJncia da diIeren/a e;istente
entre as Ior/as ,rodutivas do trabalho e4,regado. Co4 a 4aior
Ior/a ,rodutiva2 # hora de trabalho 4aterialiGar'se'ia e4 # libra'
,eso de Iio2 ao ,asso Kue2 co4 a Ior/a ,rodutiva 4enor2 ,ara obter
# libra de Iio haveria necessidade de 1 horas de trabalho. *o
,ri4eiro caso2 o ,re/o da libra de Iio n0o e;cederia 1 ,ence2 a,esar de
os salrios sere4 relativa4ente altos e a ta;a de lucro2 bai;a^ no
segundo caso2 elevar'se'ia a D ;elins2 4es4o co4 salrios bai;os e
co4 u4a ta;a de lucro elevada. !ssi4 sucederia ,orKue o ,re/o da
libra',eso de Iio R deter4inado ,elo total de tra.alho Cue encerra e
n0o ,ela proporo em Cue esse total se divide em tra.alho pa2o e
no pa2o. Iato2 antes a,ontado ,or 4i42 de Kue u4 trabalho be4
,ago ,ode ,roduGir 4ercadorias baratas2 e u4 4al ,ago2
4ercadorias caras2 ,erde2 co4 isso2 a sua a,arJncia ,arado;al. *0o
R 4ais Kue a e;,ress0o da lei geral de Kue o valor de u4a
4ercadoria se deter4ina ,ela Kuantidade de trabalho nela inver' tido
e de Kue essa Kuantidade de trabalho invertido de,ende e;clusi'
va4ente da Ior/a ,rodutiva do trabalho e4,regado2 variando2 ,or con'
seguinte2 ao variar a ,rodutividade do trabalho.
XIII
Csos Pri.ci!is :e L$# !e%o A$*e.#o :e S%rios o$
Co.#r s$ Re:$;<o
);a4ine4os agora seria4ente os casos ,rinci,ais e4 Kue se intenta
obter u4 au4ento dos salrios2 ou se o,=e u4a resistJncia F sua redu/0o.
# L Vi4os Kue o valor da fora de tra.alho2 ou2 e4 ter4os 4ais
,o,ulares2 o valor do tra.alho2 R deter4inado ,elo valor dos
artigos de ,ri4eira necessidade ou ,ela Kuantidade de trabalho
necessria F sua ,rodu/0o. Por conseguinte2 se nu4 deter4inado
,a3s o valor dos artigos de ,ri4eira necessidade2 e4 4Rdia diria
consu4idos ,or u4 o,errio2 re,resenta 1 horas de trabalho2
e;,ressa e4 D ;elins2 esse trabalhador ter de trabalhar 1 horas
,or dia a Ii4 de ,roduGir u4 eKuivalente do seu sustento dirio.
Sendo de #6 horas a Pornada de trabalho2 o ca,italista ,agar'lhe'ia
o valor de seu trabalho entregan' do'lhe D ;elins. Hetade da
Pornada de trabalho ser trabalho n0o re' 4unerado e2 ,ortanto2 a
ta;a de lucro se elevar a #%%b. Has va4os su,or agora Kue2 e4
conseKOJncia de u4a di4inui/0o da ,rodutividade2 se necessite de
4ais trabalho ,ara ,roduGir2 diga4os2 a 4es4a Kuan' tidade de
,rodutos agr3colas Kue dantes2 co4 o Kue o ,re/o 4Rdio dos v3veres

165
MARX
diaria4ente necessrios subir de D ,ara 7 ;elins. *esse caso2
o valor do trabalho au4entaria de u4 ter/o2 ou sePa2 de DD2Db. ! Ii4

166
OS ECONOMISTAS
de ,roduGir o eKuivalente do sustento dirio do trabalhador2 dentro
do ,adr0o de vida anterior2 seria4 ,recisas E horas de Pornada de
trabalho. +ogo2 o sobretrabalho di4inuiria de 1 ,ara 7 horas e a ta;a
de lucro reduGir'se'ia de #%% ,ara 5%b. trabalhador Kue nessas con'
di/=es ,edisse u4 au4ento de salrio li4itar'se'ia a e;igir Kue lhe
,agasse4 o valor incrementado de seu tra.alho2 co4o KualKuer
outro vendedor de u4a 4ercadoria Kue2 Kuando au4enta o custo de
,rodu/0o desta2 age de 4odo a conseguir Kue o co4,rador lhe
,ague esse in' cre4ento do valor. )2 se os salrios n0o sobe42 ou
n0o sobe4 e4 ,ro,or/=es suIicientes ,ara co4,ensar o incre4ento do
valor dos artigos de ,ri4eira necessidade2 o ,re/o do trabalho
descer a.ai:o do valor do tra.alho e o ,adr0o de vida do
trabalhador ,iorar.
Has ta4bR4 ,ode o,erar'se u4a 4udan/a e4 sentido contrrio.
!o elevar'se a ,rodutividade do trabalho ,ode acontecer Kue a 4es4a
Kuantidade de artigos de ,ri4eira necessidade2 consu4idos e4 4Rdia2
diaria4ente2 bai;e de D ,ara 6 ;elins2 ou Kue2 e4 veG de 1 horas
de Pornada de trabalho2 baste4 7 ,ara ,roduGir o eKuivalente do
valor dos artigos de ,ri4eira necessidade consu4idos nu4 dia.
o,errio ,oderia2 ent0o2 co4,rar ,or 6 ;elins e;ata4ente os
4es4os artigos de ,ri4eira necessidade Kue antes lhe custava4 D.
*a realidade teria bai;ado o valor do tra.alho^ 4as esse valor
di4inu3do dis,oria da 4es4a Kuantidade de 4ercadorias Kue
antes. lucro subiria de D ,ara 7 ;elins e a ta;a de lucro2 de #%%
,ara 6%%b. !inda Kue o ,adr0o de vida absoluto do trabalhador
continuasse sendo o 4es4o2 seu salrio relativo2 e ,ortanto a sua
posio social relativa2 co4,arada co4 a do ca,italista2 teria ,iorado.
,ondo'se a essa redu/0o de seu salrio re' lativo2 o trabalhador n0o
Iaria 4ais Kue lutar ,ara obter u4a ,arte das Ior/as ,rodutivas
incre4entadas do seu ,rQ,rio trabalho e 4anter
a sua antiga situa/0o relativa na escala social. !ssi42 a,Qs a aboli/0o
das +eis Cerealistas e violando2 Ilagrante4ente2 as ,ro4essas solen3s'
si4as Kue havia4 Ieito2 e4 sua ca4,anha de ,ro,aganda contra aKue'
las leis2 os donos das Ibricas inglesas di4inu3ra42 e4 geral2 os salrios
de #%b. ! ,rinc3,io2 a o,osi/0o dos trabalhadores Ioi Irustrada^ ,orR42
4ais tarde2 logrou'se a recu,era/0o dos #%b ,erdidos2 e4 conseKOJncia
de circunstUncias Kue n0o 4e ,osso deter a e;a4inar agora.
6 L s valores dos artigos de ,ri4eira necessidade e2 ,or
con' seguinte2 o valor do tra.alho ,ode4 ,er4anecer invariveis2
4as o preo deles e4 dinheiro ,ode soIrer altera/0o2 desde Kue se
o,ere u4a ,rRvia modificao no valor do dinheiro.
Co4 a descoberta de PaGidas 4ais abundantes2 etc.2 6 on/as
de ouro2 ,or e;e4,lo2 n0o su,oria4 4ais trabalho do Kue antes
e;igia a ,rodu/0o de # on/a. *esse caso2 o valor do ouro bai;aria F
4etade2 a

MARX
16'

5%b. ) co4o2 e4 conseKOJncia disso2 os valores das de4ais 4ercadorias
e;,ressar'se'ia4 no dobro do seu preo em dinheiro anterior2 o 4es4o

16/
OS ECONOMISTAS
aconteceria co4 o valor do tra.alho. !s #6 horas de trabalho2 Kue
antes se e;,ressava4 e4 1 ;elins2 agora e;,ressar'se'ia4 e4 #6. +ogo2
se o salrio do o,errio continuasse a ser de D ;elins2 e4 veG de ir
a
12 resultaria Kue o preo em dinheiro do seu tra.alho s6 corresponderia
0 metade do valor do seu tra.alho2 e seu ,adr0o de vida ,ioraria
as' sustadora4ente. 4es4o ocorreria2 e4 grau 4aior ou 4enor2 se
seu salrio subisse2 4as n0o ,ro,orcional4ente F bai;a do valor do
ouro. )4 tal caso2 n0o se teria o,erado a 4enor 4udan/a2 ne4
nas Ior/as ,rodutivas do trabalho2 ne4 na oIerta e ,rocura2 ne4
ta4,ouco nos valores. SQ teria 4udado o nome e4 dinheiro desses
valores. :iGer2 nesse caso2 Kue o o,errio n0o deve lutar ,elo
au4ento ,ro,orcional do seu salrio eKuivale a ,edir'lhe Kue se
resigne a Kue se lhe ,ague
o seu trabalho co4 no4es2 n0o co4 coisas. Toda a histQria do ,assado
,rova Kue2 se4,re Kue se ,roduG u4a de,recia/0o do dinheiro2 os
ca,italistas se a,resta4 ,ara tirar ,roveito da conPuntura e
enganar os o,errios. C4a grande escola de econo4istas assevera Kue2
e4 con' seKOJncia das novas descobertas de terras aur3Ieras2 da
4elhor e;,lo' ra/0o das 4inas de ,rata e do baratea4ento do
Iorneci4ento do 4er' cMrio2 voltou a se de,reciar o valor dos 4etais
,reciosos. Isso e;,licaria as tentativas generaliGadas e si4ultUneas Kue
se IaGe4 no Continente
6&
,ara conseguir u4 au4ento de salrios.
D L !tR aKui ,arti4os da su,osi/0o de Kue a Pornada de tra.alho
te4 li4ites dados. Has2 na realidade2 essa Pornada2 e4 si 4es4a2 n0o
te4 li4ites constantes. ca,ital tende constante4ente a dilat'la ao
4;i4o de sua ,ossibilidade I3sica2 P Kue na 4es4a ,ro,or/0o
au' 4enta o sobretrabalho e2 ,ortanto2 o lucro Kue dele deriva.
Suanto 4ais J;ito tivere4 as ,retens=es do ca,ital ,ara alongar a
Pornada de trabalho2 4aior ser a Kuantidade de trabalho alheio de
Kue se a,ro' ,riar. :urante o sRculo ]VII2 e atR 4es4o durante os
,ri4eiros dois ter/os do sRculo ]VIII2 a Pornada nor4al de
trabalho2 e4 toda a In' glaterra2 era de #% horas. :urante a guerra
contra os Pacobitas2
6E
Kue Ioi2 na realidade2 u4a guerra dos bar=es
ingleses contra as 4assas trabalhadoras inglesas2 o ca,ital viveu
dias de orgia e ,rolongou a Pornada de #% ,ara #62 #7 e #E horas.
Halthus2
6$
Kue n0o ,ode ,reci'
6& ReIere'se Har; aos ,a3ses do continente euro,eu. "*. do ).(
6E Jacobitas era4 cha4ados os ,artidrios de JacKues II "do lati4 Jacobus( e da Casa dos
Stuarts2 aIastados ,ela revolu/0o de #1EE. Tentara4 a,oderar'se do ,oder e4 diversas
ocasi=es2 a Mlti4a das Kuais e4 #&752 4as se4 o 4enor J;ito. "*. do ).(
6$ Tho4as Robert Halthus "#&11'#ED7( R ,rinci,al4ente conhecido ,elo seu *ssaD on the
Principles
of Population as it Affects the $uture /mprovement of <ocietD "*nsaio <o.re o Princ)pio
da
Populao na "edida em 3ue Afeta a $utura "elhoria da <ociedade(2 no Kual conclui

160
MARX
,ela
IQr4ula ,essi4ista de Kue a ,o,ula/0o tenderia a au4entar e4 ,rogress0o geo4Rtrica2
enKuanto os 4eios de subsistJncia cresce4 e4 ,rogress0o arit4Rtica2 devendo'se
atingir u4 ,onto e4 Kue n0o seria 4ais ,oss3vel arranPar ali4entos ,ara todos. )ssa
conce,/0o2 ,roIunda' 4ente reacionria2 ainda hoPe Iigura2 e4 ,ri4eiro ,lano2 no
arsenal ideolQgico do i4,e' rialis4o. "*. do ).(

161
OS ECONOMISTAS
sa4ente inIundir sus,eitas de terno senti4entalis4o2 declarou nu4
Iolheto2 ,ublicado ,or volta de #E#52 Kue a vida da na/0o estava a4ea'
/ada e4 suas ra3Ges2 caso as coisas continuasse4 assi4. !lguns anos
antes da generaliGa/0o dos novos inventos 4ecUnicos2 cerca de
#&152 veio F luG na Inglaterra u4 Iolheto intitulado An *ssaD on
Trade "Mm *nsaio <o.re o Com#rcio(. anYni4o autor desse Iolheto2
ini4igo Pu' rado da classe o,erria2 cla4a ,ela necessidade de
estender os li4ites da Pornada de trabalho. )ntre outras coisas2
,ro,=e criar2 co4 esse obPetivo2 casas de tra.alho ,ara ,obres2 Kue2
diG ele2 deveria4 ser Vcasas de terrorW. ) Kual R a dura/0o da
Pornada de trabalho ,ro,osta ,ara estas Vcasas de terrorWZ Do&e
horas2 Kuer diGer2 ,recisa4ente a Pornada Kue2 e4 #ED62 os
ca,italistas2 os econo4istas e os 4inistros declarava4 n0o sQ
vigente de Iato2 4as ta4bR4 o te4,o de trabalho necessrio ,ara
as crian/as 4enores de #6 anos.
!o vender a sua Ior/a de trabalho L e o o,errio R obrigado
a IaGJ'lo2 no regi4e atual L2 ele cede ao ca,italista o direito de
e4,regar essa Ior/a2 ,orR4 dentro de certos li4ites racionais. Vende a
sua Ior/a de trabalho ,ara conserv'la ilesa2 salvo o natural
desgaste2 ,orR4 n0o ,ara destru3'la. ) co4o a vende ,or seu valor
dirio2 ou se4anal2 se subentende Kue nu4 dia ou nu4a se4ana
n0o se h de arrancar
F sua Ior/a de trabalho u4 uso2 ou desgaste de dois dias ou duas
se4anas. To4e4os u4a 4Kuina Kue valha # %%% libras. Se ela
se usa e4 #% anos2 acrescentar no Ii4 de cada ano #%% libras ao
valor das 4ercadorias Kue aPuda a ,roduGir. Se se usa e4 5 anos2
o valor acrescentado ,or ela ser de 6%% libras anuais2 isto R2 o
valor de seu desgaste anual est e4 raG0o inversa F ra,ideG co4
Kue se esgota. Has isso distingue o o,errio da 4Kuina. !
4aKuinaria n0o se esgota e;ata4ente na 4es4a ,ro,or/0o e4 Kue se
usa. !o contrrio2 o ho4e4 se esgota nu4a ,ro,or/0o 4uito su,erior F
Kue a 4era so4a nu4Rrica do trabalho acusa.
*as tentativas ,ara reduGir a Pornada de trabalho F sua
antiga
dura/0o racional2 ou2 onde n0o ,ode4 arrancar u4a Ii;a/0o legal
da Pornada nor4al de trabalho2 nas tentativas ,ara contrabalan/ar o
tra' balho e;cessivo ,or 4eio de u4 au4ento de salrio2 au4ento Kue
n0o basta estePa e4 ,ro,or/0o co4 o sobretrabalho Kue os e;aure2 e
deve2 si42 estar nu4a ,ro,or/0o 4aior2 os o,errios n0o IaGe4
4ais Kue cu4,rir u4 dever ,ara co4 eles 4es4os e a sua
descendJncia. +i4i' ta4'se a reIrear as usur,a/=es tirUnicas do
ca,ital. te4,o R o ca4,o do desenvolvi4ento hu4ano. ho4e4
Kue n0o dis,=e de nenhu4 te4,o livre2 cuPa vida2 aIora as
interru,/=es ,ura4ente I3sicas do sono2 das reIei/=es2 etc. est toda
ela absorvida ,elo seu trabalho ,ara o ca,italista2 R 4enos Kue u4a
besta de carga. [ u4a si4,les 4Kuina2 Iisica4ente destro/ada e

MARX
162

es,iritual4ente ani4aliGada2 ,ara ,roduGir riKueGa alheia. )2 no
entanto2 toda a histQria da 4oderna indMstria de4onstra Kue o
ca,ital2 se n0o se lhe ,=e u4 Ireio2 lutar se4,re2

1'3
OS ECONOMISTAS
i4,lacavel4ente2 e se4 conte4,la/=es2 ,ara conduGir toda a classe
o,erria a esse n3vel de e;tre4a degrada/0o.
Pode acontecer Kue o ca,ital2 ao ,rolongar a Pornada de trabalho2
,ague sal(rios mais altos e Kue2 se4 e4bargo2 o valor do tra.alho
di4inua2 se o au4ento dos salrios n0o corres,onde F 4aior Kuantidade
de trabalho e;torKuido e ao 4ais r,ido esgota4ento da Ior/a de tra'
balho Kue da3 resultar. Isso ,ode ainda ocorrer de outro 4odo. Vossos
estat3sticos burgueses vos dir0o2 ,or e;e4,lo2 Kue os salrios
4Rdios das Ia43lias Kue trabalha4 nas Ibricas do +ancashire
subira4. Has se esKuecera4 de Kue agora2 e4 veG de ser sQ o
ho4e42 o cabe/a da Ia43lia2 s0o ta4bR4 sua 4ulher e2 talveG2
trJs ou Kuatro Iilhos Kue se vJe4 lan/ados sob as rodas do carro
de Jaguernaut
D%
do ca,ital e Kue a alta dos salrios totais n0o
corres,onde F do sobretrabalho total arrancado F Ia43lia.
Hes4o co4 u4a Pornada de trabalho de li4ites deter4inados2
co4o e;iste hoPe e4 dia e4 todas as indMstrias suPeitas Fs leis Iabris2
,ode'se tornar necessrio u4 au4ento de salrios2 ainda Kue so4ente
sePa co4 o Iito de 4anter o antigo n3vel do valor do tra.alho. Hediante
o au4ento da intensidade do trabalho2 ,ode'se IaGer co4 Kue u4
ho4e4 gaste e4 # hora tanta Ior/a vital co4o antes2 e4 6. [ o
Kue se te4 ,roduGido nas indMstrias sub4etidas Fs leis Iabris2 atR
certo ,onto2 acelerando a 4archa das 4Kuinas e au4entando o
nM4ero de 4' Kuinas de trabalho a Kue deve atender agora u4
sQ indiv3duo. Se o au4ento da intensidade do trabalho ou da
Kuantidade de trabalho des,endida e4 # hora se 4antR4 abai;o
da di4inui/0o da Pornada de trabalho2 sair ent0o ganhando o
o,errio. Se se ultra,assa esse li4ite2 ,erder ,or u4 lado o Kue
ganhar ,or outro2 e #% horas de trabalho o arruinar0o tanto co4o
antes #6. !o contrabalan/ar essa tendJncia do ca,ital2 ,or 4eio da
luta ,ela alta dos salrios2 na 4edida corres,ondente F crescente
intensidade do trabalho2 o o,errio n0o IaG 4ais Kue se o,or F
de,recia/0o do seu trabalho e F degenera/0o da sua descendJncia.
7 L Sabeis todos Kue2 ,or 4otivos Kue n0o 4e cabe aKui e;,licar2
a ,rodu/0o ca,italista 4ove'se atravRs de deter4inados ciclos
,eriQ' dicos. Passa ,or Iases de cal4a2 de ani4a/0o crescente2 de
,ros,eridade2 de su,er,rodu/0o2 de crise e de estagna/0o. s ,re/os
das 4ercadorias no 4ercado e a ta;a de lucro no 4ercado segue4
essas Iases^ ora descendo abai;o de seu n3vel 4Rdio ora
ultra,assando'o. Se conside' rardes todo o ciclo2 vereis Kue uns
desvios dos ,re/os do 4ercado s0o co4,ensados ,or outros e Kue2
tirando a 4Rdia do ciclo2 os ,re/os das 4ercadorias do 4ercado se
regula4 ,or seus valores. Pois be4. :urante
D% Jaguernaut R o no4e das i4agens do deus indiano Vi;nu. *as Iestas e4 honra a essa
divindade2 celebrava'se u4a ,rociss0o aco4,anhando o carro do deus2 debai;o do Kual se
atirava4 e ,erecia4 4uitos Ianticos. "*. do T.(

1'1
MARX
as Iases de bai;a dos ,re/os no 4ercado e durante as Iases de crise
de estagna/0o2 o o,errio2 se R Kue n0o o ,=e4 na rua2 ,ode estar
certo de ver rebai;ado o seu salrio. Para Kue n0o o engane42 4es4o
co4 essa bai;a de ,re/os no 4ercado2 ver'se' co4,elido a discutir
co4 o ca,italista e4 Kue ,ro,or/0o se torna necessrio reduGir os
salrios. ) se durante a Iase de ,ros,eridade2 na Kual o
ca,italista obtR4 lucros e;traordinrios2 o o,errio n0o lutar ,or
u4a alta de salrios2 ao tirar a 4Rdia de todo o ciclo industrial2
vere4os Kue ele ne4 seKuer ,ercebe o sal(rio m#dio2 ou sePa2 o
valor do seu trabalho. Seria o cM4ulo da loucura e;igir Kue o
o,errio2 cuPo salrio se vJ Ior/osa4ente aIetado ,elas Iases
adversas do ciclo2 renunciasse ao di' reito de ser co4,ensado
durante as Iases ,rQs,eras. Geral4ente2 os valores de todas as
4ercadorias sQ se realiGa4 ,or 4eio da co4,ensa/0o Kue se o,era
entre os ,re/os constante4ente variveis do 4ercado2 varia/0o
,roveniente das Ilutua/=es constantes da oIerta e da ,rocura. *o
U4bito do siste4a atual2 o trabalho R u4a 4ercadoria co4o outra
KualKuer. Te42 ,ortanto2 Kue ,assar ,elas 4es4as Ilutua/=es2 atR obter
o ,re/o 4Rdio Kue corres,onde ao seu valor. Seria u4 absurdo
consi' der'lo 4ercadoria ,ara certas coisas e2 ,ara outras2 Kuerer
e;cetu'lo das leis Kue rege4 os ,re/os das 4ercadorias. escravo
obtR4 u4a Kuantidade constante e Ii;a de 4eios de subsistJncia^ o
o,errio as' salariado2 n0o. )le n0o te4 outro recurso sen0o tentar
i4,or2 e4 alguns casos2 u4 au4ento dos salrios2 ainda Kue sePa
a,enas ,ara co4,ensar
a bai;a e4 outros casos. Se es,ontanea4ente se resignasse a acatar
a vontade2 os dita4es do ca,italista2 co4o u4a lei econY4ica
,er4a' nente2 co4,artilharia de toda a 4isRria do escravo2 se4
co4,artilhar2 e4 troca2 da seguran/a deste.
5 L )4 todos os casos Kue considerei2 e Kue re,resenta4 $$ e4
#%%2 vistes Kue a luta ,elo au4ento de salrios vai se4,re na
,ista de 4odiIica/=es anteriores e R o resultado necessrio das
4odiIica/=es ,rRvias o,eradas no volu4e de ,rodu/0o2 nas Ior/as
,rodutivas do trabalho2 no valor deste2 no valor do dinheiro2 na
4aior e;tens0o ou intensidade do trabalho e;torKuido nas
Ilutua/=es dos ,re/os do 4er' cado2 Kue de,ende4 das Ilutua/=es da
oIerta e da ,rocura e se veriIica4 e4 Iun/0o das diversas Iases do
ciclo industrial^ nu4a ,alavra2 R a rea/0o dos o,errios contra a a/0o
anterior do ca,ital. Se IocaliGsse4os
a luta ,elo au4ento de salrios IaGendo caso o4isso de todas
essas circunstUncias2 a,enas considerando as 4odiIica/=es o,eradas
nos sa' lrios e ,assando ,or ci4a de 4odiIica/=es outras2 das Kuais
elas ,ro' vJ42 ,artir3a4os de u4a Ialsa ,re4issa ,ara chegar a
conclus=es Ialsas.
XIV

1'4
OS ECONOMISTAS
A L$# E.#re o C!i#% e o Tr)%7o e se$s Res$%#:os
# L !,Qs de4onstrar Kue a resistJncia ,eriQdica Kue os traba'
lhadores o,=e4 F redu/0o dos salrios e suas tentativas ,eriQdicas

1'5
MARX
,ara conseguir u4 au4ento de salrios s0o IenY4enos inse,arveis
do
siste4a do salariado e ditadas ,elo ,rQ,rio Iato de o trabalho se
achar eKui,arado Fs 4ercadorias2 ,or conseguinte sub4etido Fs leis Kue
regula4
o 4ovi4ento geral dos ,re/os2 tendo de4onstrado2 ainda2 Kue u4
au4ento geral de salrios resultaria nu4a di4inui/0o da ta;a geral
de lucro2 se4 aIetar2 ,orR42 os ,re/os 4Rdios das 4ercadorias2 ne4 os
seus valores L surge a Kuest0o de saber atR Kue ,onto2 na luta
incessante entre o ca,ital
e o trabalho2 te4 este ,ossibilidade de J;ito.
Poderia res,onder co4 u4a generaliGa/0o2 diGendo Kue o
preo do trabalho no mercado2 da 4es4a Ior4a Kue o das de4ais
4ercadorias2 te4 Kue se ada,tar2 no decorrer do te4,o2 ao seu valor2
Kue2 ,ortanto2
a des,eito de todas as altas e bai;as e do Kue ,ossa IaGer2 o
o,errio acabar recebendo se4,re2 e4 4Rdia2 so4ente o valor de seu
trabalho2 Kue se reduG ao valor da sua Ior/a de trabalho2 a Kual2
,or sua veG2
R deter4inada ,elo valor dos 4eios de subsistJncia necessrios F sua
4anuten/0o e re,rodu/0o2 valor esse regulado2 e4 Mlti4a anlise2 ,ela
Kuantidade de trabalho necessrio ,ara ,roduGi'los.
Has h certos tra/os ,eculiares Kue distingue4 o valor da fora
de tra.alho dos valores de todas as de4ais 4ercadorias. valor
da Ior/a de trabalho R Ior4ado ,or dois ele4entos2 u4 dos Kuais
,ura4ente I3sico2 o outro de carter histQrico e social.
Seu limite m)nimo R deter4inado ,elo elemento f)sico2 Kuer diGer
L ,ara ,oder 4anter'se e se re,roduGir2 ,ara ,er,etuar a sua
e;is' tJncia I3sica2 a classe o,erria ,recisa obter os artigos de
,ri4eira necessidade2 absoluta4ente indis,ensveis F vida e F sua
4ulti,lica/0o.
valor desses 4eios de subsistJncia indis,ensveis constitui2 ,ois2
o li4ite 43ni4o do valor do tra.alho. Por outra ,arte2 a e;tens0o
da Pornada de trabalho ta4bR4 te4 seus li4ites 4;i4os2 se be4
Kue sePa4 4uito elsticos. Seu li4ite 4;i4o R dado ,ela Ior/a
I3sica do trabalhador. Se o esgota4ento dirio de suas energias
vitais e;cede u4 certo grau2 ele n0o ,oder IornecJ'las outra veG2
todos os dias. Has2 co4o diGia2 esse li4ite R 4uito elstico. C4a
sucess0o r,ida de gera/=es raKu3ticas e de vida curta 4anter
abastecido o 4ercado de trabalho t0o be4 co4o u4a sRrie de
gera/=es robustas e de vida longa.
!lR4 desse 4ero ele4ento I3sico2 na deter4ina/0o do valor
do trabalho entra o padro de vida tradicional em cada pa)s. *0o se
trata so4ente da vida I3sica2 4as ta4bR4 da satisIa/0o de certas
necessi' dades Kue e4ana4 das condi/=es sociais e4 Kue vive4 e
se cria4 os ho4ens. ,adr0o de vida inglJs ,oderia bai;ar ao

OS ECONOMISTAS
1'6

irlandJs^ o ,adr0o de vida de u4 ca4,onJs ale40o ao de u4
ca4,onJs livYnio.
D#
! i4' ,ortUncia do ,a,el Kue2 a esse res,eito2
dese4,enha4 a tradi/0o his' tQrica e o costu4e social ,odereis vJ'la
no livro do sr. Thornton sobre
D# ?abitante de u4a antiga e atrasada ,rov3ncia da RMssia cGarista2 hoPe ,arte da )stYnia
e da +etYnia. "*. do ).(

1''
MARX
a <uperpopulao2 onde ele 4ostra Kue2 e4 distintas regi=es agr3colas
da Inglaterra de nossos dias2 os salrios 4Rdios continua4 a ser hoPe
diIerentes2 conIor4e as condi/=es 4ais ou 4enos Iavorveis e4
Kue essas regi=es sa3ra4 da servid0o.
)sse ele4ento histQrico ou social2 Kue entra no valor do trabalho2
,ode acentuar'se2 ou debilitar'se e2 atR 4es4o2 e;tinguir'se de
todo2 de tal 4odo Kue sQ IiKue de ,R o limite f)sico.
:urante a 2uerra contra os Paco.itas2 Kue2 costu4ava diGer o
incorrig3vel devorador de i4,ostos e ,rebendas2 o velho George Rose2
D6
Ioi e4,reendida ,ara Kue esses descrentes Iranceses n0o destru3sse4
os consolos da nossa santa religi0o L os honestos IaGendeiros ingleses2
a Kue4 trata4os co4 tanto carinho nu4 ca,3tulo anterior2 IiGera4
bai;ar os salrios dos trabalhadores do ca4,o ,ara alR4 daKuele m)-
nimo estritamente f)sico2 co4,letando a diIeren/a indis,ensvel
,ara assegurar a ,er,etua/0o I3sica da descendJncia2 4ediante as
leis dos po.res. )ra u4 glorioso 4Rtodo ,ara converter o
trabalhador assala' riado e4 escravo e o orgulhoso Deoman de
Sha\es,eare e4 4endigo.
Se co4,arais os salrios nor4ais ou valores do trabalho e4
di' versos ,a3ses e e4 R,ocas histQricas distintas2 dentro do 4es4o
,a3s2 vereis Kue o valor do tra.alho n0o R ,or si u4a grandeGa
constante2 4as varivel 4es4o su,ondo Kue os valores das de4ais
4ercadorias ,er4ane/a4 Ii;os. C4 estudo co4,arativo se4elhante
das ta:as de lucro no mercado ,rovaria Kue n0o sQ elas se 4odiIica4
co4o ta4bR4 as suas ta:as m#dias.
Has2 no Kue se reIere ao lucro2 n0o e;iste nenhu4a lei Kue
lhe fi:e o m)nimo. *0o ,ode4os diGer Kual sePa o li4ite e;tre4o
de sua bai;a. ) ,or Kue n0o ,ode4os estabelecer esse li4iteZ PorKue2
e4bora ,ossa4os Ii;ar o salrio m)nimo2 n0o ,ode4os Ii;ar o salrio
m(:imo. SQ ,ode4os diGer Kue2 dados os li4ites da Pornada de
trabalho2 o m(- :imo de lucro corres,onde ao m)nimo f)sico dos sal(rios
e Kue2 ,artindo de dados salrios2 o m(:imo de lucro corres,onde ao
,rolonga4ento da Pornada de trabalho na 4edida e4 Kue sePa
co4,at3vel co4 as Ior/as I3sicas do o,errio. Portanto2 o 4;i4o
de lucro sQ se acha li' 4itado ,elo 43ni4o I3sico dos salrios e ,elo
4;i4o I3sico da Pornada de trabalho. [ evidente Kue2 entre os dois
li4ites e;tre4os da ta:a m(:ima de lucro2 cabe u4a escala i4ensa de
variantes. ! deter4ina/0o de seu grau eIetivo sQ Iica assente ,ela luta
incessante entre o ca,ital
e o trabalho^ o ca,italista2 tentando constante4ente reduGir os salrios
ao seu 43ni4o I3sico e a ,rolongar a Pornada de trabalho ao seu 4;i4o
I3sico2 enKuanto o o,errio e;erce constante4ente u4a ,ress0o no sen'
tido contrrio.
! Kuest0o se reduG ao ,roble4a da rela/0o de Ior/as dos
co4batentes.

1'/
OS ECONOMISTAS
D6 George Rose2 estadista inglJs "#&77'#E#E(2 agente dedicado de Pitt e2 de,ois2 de Jorge III.
"*. do ).(

1'0
MARX
6 L Pelo Kue concerne F limitao da Pornada de tra.alho2 tanto
na Inglaterra co4o e4 todos os outros ,a3ses2 nunca Ioi ela
regula' 4entada sen0o ,or interveno le2islativa. )2 se4 a constante
,ress0o dos o,errios agindo ,or Iora2 nunca essa interven/0o dar'
se'ia. )4 todo caso2 esse resultado n0o teria sido alcan/ado ,or 4eio de
convJnios ,rivados entre os o,errios e os ca,italistas. ) essa
necessidade 4es4a de u4a ao pol)tica 2eral R ,recisa4ente o
Kue de4onstra Kue2 na luta ,ura4ente econY4ica2 o ca,ital R a
,arte 4ais Iorte.
Suanto aos limites do valor do tra.alho2 sua Ii;a/0o eIetiva
de' ,ende se4,re da oIerta e da ,rocura2 e reIiro'4e F ,rocura de
trabalho ,or ,arte do ca,italista e F oIerta de trabalho ,elos
o,errios. *os ,a3ses coloniais2
DD
a lei da oIerta e da ,rocura
Iavorece os o,errios. :aKui resulta o n3vel relativa4ente elevado
dos salrios nos )stados Cnidos. *esses ,a3ses2 Ia/a o Kue IiGer o
ca,ital2 ele n0o ,ode nunca evitar Kue o 4ercado de trabalho sePa
constante4ente desabastecido ,ela constante transIor4a/0o dos
trabalhadores assalariados e4 la' vradores inde,endentes co4 Iontes
,rQ,rias de subsistJncia. Para gran' de ,arte da ,o,ula/0o norte'
a4ericana2 a ,osi/0o de assalariados n0o
R 4ais do Kue u4a esta/0o de trUnsito2 Kue est0o seguros de abandonar2
4ais tarde ou 4ais cedo. Para re4ediar esse estado colonial de coisas2
o ,aternal governo britUnico adotou2 h te4,os2 a cha4ada teoria 4o'
derna da coloniGa/0o2 Kue consiste e4 atribuir Fs terras coloniais
u4 ,re/o artiIicial4ente elevado ,ara2 desse 4odo2 obstar a
transIor4a/0o de4asiado r,ida do trabalhador assalariado e4
lavrador inde,endente.
Has ,asse4os agora aos velhos ,a3ses civiliGados onde o ca,ital
do4ina todo o ,rocesso de ,rodu/0o. To4e4os2 ,or e;e4,lo2 a eleva/0o
dos salrios agr3colas ingleses2 de #E7$ a #E5$. Sual Ioi a sua
conse' KOJnciaZ s agricultores n0o ,udera4 elevar o valor do
trigo2 co4o lhes teria aconselhado nosso a4igo <eston2 ne4 seKuer
o seu ,re/o no 4ercado. !o contrrio2 tivera4 Kue resignar'se a vJ'lo
bai;ar. Has durante esses onGe anos introduGira4 4Kuinas de
todas as classes
e novos 4Rtodos cient3Iicos2 transIor4ara4 u4a ,arte das terras
de lavoura e4 ,astagens2 au4entara4 a e;tens0o de suas IaGendas
e2 co4 ela2 a escala de ,rodu/0o^ e ,or esses e outros ,rocessos2
IaGendo di4inuir a ,rocura de trabalho2 gra/as ao au4ento de
suas Ior/as ,rodutivas2 tornara4 a criar u4 e;cedente relativo da
,o,ula/0o de trabalhadores rurais. Tal R o 4Rtodo geral segundo o
Kual o,era o
DD *o ca,. ]]V do +ivro Pri4eiro de Capital2 onde Har; se detR4 a e;a4inar 4inucio'
sa4ente esse ,roble4a2 encontra'se a seguinte observa/0o9 V!Kui nos reIeri4os Fs
verda' deiras colYnias2 Fs terras virgens coloniGadas ,or e4igrantes livres. s )stados

OS ECONOMISTAS
1'1

Cnidos2 nu4 sentido econY4ico2 ainda s0o u4a colYnia da )uro,a. Suanto ao 4ais2 isso diG
res,eito2
ta4bR42 FKuelas antigas ,lanta/=es2 nas Kuais a aboli/0o da escravatura transIor4ou
co4,leta4ente as condi/=es anterioresW. H!R]2 Karl. Das Kapital. In9 "ar:-*n2els @erke.
Berli42 :ietG Verlag2 #$&&. v. 6D2 ,. &$6. :esde ent0o2 co4o e4 toda ,arte2 a terra se
converteu e4 ,ro,riedade ,rivada2 cerrara4'se2 ta4bR42 as ,ossibilidades de transIor4ar2
nos ,a3ses coloniais2 os trabalhadores assalariados e4 ,rodutores livres. "*. do ).(

1'2
MARX
ca,ital nos ,a3ses antigos2 de bases sQlidas2 ,ara reagir2 4ais r,ida
ou 4ais lenta4ente2 contra os au4entos de salrios. Ricardo observou2
co4 e;atid0o2 Kue a 4Kuina est e4 cont3nua concorrJncia co4 o
trabalho e2 a4iMde2 sQ ,ode ser introduGida Kuando o ,re/o do trabalho
alcan/a certo li4ite9 4as a a,lica/0o da 4aKuinaria R a,enas u4 dos
4uitos 4Rtodos e4,regados ,ara au4entar a Ior/a ,rodutiva do
tra' balho. )sse 4es4o ,rocesso2 Kue cria u4a su,erabundUncia
relativa de trabalho ordinrio2 si4,liIica 4uito o trabalho
KualiIicado e2 ,or' tanto2 o de,recia.
! 4es4a lei se IaG sentir e4 outra Ior4a. Co4 o desenvolvi4ento
das Ior/as ,rodutivas do trabalho2 acelera'se a acu4ula/0o do ca,ital2
inclusive a des,eito de u4a ta;a de salrio relativa4ente alta. :aKui
,oderia inIerir'se2 conIor4e IeG !da4 S4ith2 e4 cuPos te4,os a
in' dMstria 4oderna ainda estava na sua inIUncia2 Kue a acu4ula/0o
ace' lerada do ca,ital te4 Ior/osa4ente Kue IaGer ,ender a balan/a a
Iavor do o,errio2 ,or garantir u4a ,rocura crescente de seu
trabalho. Si' tuando'se no 4es4o ,onto de vista2 h 4uitos autores
conte4,orUneos Kue se asso4bra4 de Kue2 a,esar de nos Mlti4os
vinte anos o ca,ital inglJs ter crescido 4ais ra,ida4ente do Kue a
,o,ula/0o inglesa2 os salrios ne4 ,or isso registra4 u4 au4ento
4aior. Has R Kue2 si4ul' tanea4ente2 co4 a acu4ula/0o ,rogressiva2
o,era'se u4a mudana pro2ressiva na composio do capital. ! ,arte
do ca,ital global Ior4ada ,or ca,ital Ii;o9
D7
4aKuinaria2 4atRrias'
,ri4as2 4eios de ,rodu/0o de todo gJnero2 cresce co4 4aior ra,ideG
Kue a outra ,arte do ca,ital destinada a salrios2 ou sePa2 F
co4,ra de trabalho. )ssa lei Ioi esta' belecida2 sob u4a Ior4a 4ais
ou 4enos ,recisa2 ,elos srs. Barton2 Ricardo2 Sis4ondi2 ,roI. Richard
Jones2 ,roI. Ra4se-2 CherbulieG e outros.
Se a ,ro,or/0o entre esses dois ele4entos do ca,ital era2 origi'
naria4ente2 de # ,ara #2 co4 o ,rogresso da indMstria ser de 5 ,ara
#2 e assi4 sucessiva4ente. Se de u4 ca,ital global de 1%% s0o dese4'
bolsados D%% ,ara instru4entos2 4atRrias',ri4as etc.2 e D%% ,ara
sa' lrios2 basta dobrar o ca,ital global ,ara ser ,oss3vel absorver
1%% o,errios e4 veG de D%%. Has2 se de u4 ca,ital de 1%% se
inverte4
5%% e4 4aKuinaria2 4ateriais2 etc.2 e so4ente #%% e4 salrios2 este
ca,ital ,recisa au4entar de 1%% a D 1%%2 ,ara criar u4a ,rocura de
1%% o,errios e4 lugar de D%%. Portanto2 ao se desenvolver a indMstria2
a ,rocura de trabalho n0o avan/a co4 o 4es4o rit4o da acu4ula/0o
do ca,ital. !u4enta2 se4 dMvida2 4as au4enta nu4a ,ro,or/0o cons'
tante4ente decrescente2 Kuando co4,arada co4 o incre4ento do
ca' ,ital. )ssas breves indica/=es bastar0o ,ara de4onstrar2
,recisa4ente2 Kue o ,rQ,rio desenvolvi4ento da indMstria 4oderna
contribui ,or Ior/a

1/3
OS ECONOMISTAS
D7 Cha4ado 4ais tarde2 ,or Har;2 ca,ital VconstanteW e o,osto ao ca,ital transIor4ado e4
salrios2 ou ca,ital VvarivelW. "*. da )d. Francesa.(

1/1
MARX
,ara inclinar cada veG 4ais a balan/a a Iavor do ca,italista contra
o
o,errio e Kue2 e4 conseKOJncia disso2 a tendJncia geral da ,rodu/0o
ca,italista n0o R ,ara elevar o n3vel 4Rdio nor4al do salrio2 4as2 ao
contrrio2 ,ara IaGJ'lo bai;ar2 e4,urrando o valor do tra.alho
4ais ou 4enos atR seu limite m)nimo. PorR42 se tal R a tend+ncia das
coisas nesse siste4a2 Kuer isso diGer Kue a classe o,erria deva
renunciar a deIender'se contra os abusos do ca,ital e abandonar seus
esIor/os ,ara a,roveitar todas as ,ossibilidades Kue se lhe oIere/a4
de 4elhorar e4 ,arte a sua situa/0oZ Se o IiGesse2 ver'se'ia degradada
a u4a 4assa inIor4e de ho4ens Ia4intos e arrasados2 se4
,robabilidade de salva' /0o. Creio haver de4onstrado Kue as lutas da
classe o,erria e4 torno do ,adr0o de salrios s0o e,isQdios
inse,arveis de todo o siste4a do salariado9 Kue2 e4 $$b dos casos2
seus esIor/os ,ara elevar os salrios n0o s0o 4ais Kue esIor/os
destinados a 4anter de ,R o valor dado do trabalho e Kue a
necessidade de dis,utar o seu ,re/o co4 o ca,italista
R inerente F situa/0o e4 Kue o o,errio se vJ colocado e Kue o obriga
a vender'se a si 4es4o co4o u4a 4ercadoria. Se e4 seus
conIlitos dirios co4 o ca,ital cedesse4 covarde4ente2 Iicaria4 os
o,errios2 ,or certo2 desclassiIicados ,ara e4,reender outros
4ovi4entos de 4aior envergadura.
!o 4es4o te4,o2 e ainda abstraindo total4ente a escraviGa/0o
geral Kue o siste4a do salariado i4,lica2 a classe o,erria n0o deve
e;agerar a seus ,rQ,rios olhos o resultado Iinal dessas lutas dirias.
*0o deve esKuecer'se de Kue luta contra os eIeitos2 4as n0o contra as
causas desses eIeitos^ Kue logra conter o 4ovi4ento descendente2 4as
n0o IaGJ'lo 4udar de dire/0o^ Kue a,lica ,aliativos2 4as n0o cura a
enIer4idade. *0o deve2 ,ortanto2 dei;ar'se absorver e;clusiva4ente
,or essas inevitveis lutas de guerrilhas2 ,rovocadas continua4ente
,elos abusos incessantes do ca,ital ou ,elas Ilutua/=es do 4ercado. !
classe o,erria deve saber Kue o siste4a atual2 4es4o co4 todas as
4isRrias Kue lhe i4,=e42 engendra si4ultanea4ente as condi>es ma-
teriais e as formas sociais necess(rias ,ara u4a reconstru/0o econY4ica
da sociedade. )4 veG do le4a conservador de9 VMm sal(rio Pusto para
uma Pornada de tra.alho PustajW2 dever inscrever na sua bandeira
esta divisa revolucion(ria9 VA.olio do sistema de tra.alho
assalariadojW :e,ois dessa e;,osi/0o longu3ssi4a e2 receio eu2
Iatigante2 Kue
Pulguei indis,ensvel ,ara esclarecer u4 ,ouco o nosso te4a ,rinci,al2
vou concluir2 ,ro,ondo a a,rova/0o da resolu/0o seguinte9
# L C4a alta geral da ta;a de salrios acarretaria u4a
bai;a da ta;a geral de lucro2 4as n0o aIetaria2 e4 linhas gerais2
os ,re/os das 4ercadorias.
6 L ! tendJncia geral da ,rodu/0o ca,italista n0o R ,ara elevar

OS ECONOMISTAS
1/4

o ,adr0o 4Rdio de salrios2 4as ,ara reduGi'lo.
D L s sindicatos trabalha4 be4 co4o centro de resistJncia

1/5
MARX
contra as usur,a/=es do ca,ital. Falha4 e4 alguns casos2 ,or usar
,ouco inteligente4ente a sua Ior/a. Has s0o deIicientes2 de 4odo geral2
,or se li4itare4 a u4a luta de guerrilhas contra os eIeitos do siste4a
e;istente2 e4 lugar de2 ao 4es4o te4,o2 se esIor/are4 ,ara 4ud'lo2
e4 lugar de e4,regare4 suas Ior/as organiGadas co4o alavanca ,ara
a e4anci,a/0o Iinal da classe o,erria2 isto R2 ,ara a aboli/0o deIinitiva
do siste4a de trabalho assalariado.

141

A RESPEITO DA TRADUO
DE O CAPITAL
TraduGir Capital R u4a tareIa inco4u42 co4o R inco4u4
a ,rQ,ria obra. Trata'se de u4 dos te;tos 4ais i4,ortantes de toda a
hu' 4anidade2 se4 dMvida o 4ais lido2 o 4ais debatido2 o 4ais
criticado e o 4ais endeusado dos te;tos cient3Iicos. [ ,oss3vel Kue
ta4bR4 sePa o 4ais traduGido. Por isso tudo2 vertJ'lo 4ais u4a veG
a,resenta certos dile4as Kue u4a tradu/0o co4u4 n0o a,resenta.
InIor4ar ao leitor 4ais e;igente
o 4odo co4o esses dile4as Iora4 resolvidos2 na ,resente tradu/0o
,ara
o ,ortuguJs2 torna'se assi4 i4,rescind3vel2 o Kue PustiIica esta nota.
! ,ri4eira Kuest0o R obvia4ente a Iidelidade ao original.
Cada tradu/0o n0o ,ode dei;ar de ser ta4bR4 inter,reta/0o2 na
4edida e4 Kue n0o h corres,ondJncia ,erIeita entre os vocbulos
e a sinta;e das diIerentes l3nguas. Cada autor luta co4 as li4ita/=es
de sua ,rQ,ria l3ngua ,ara e;,ri4ir co4 a 4;i4a ,erIei/0o seu
,ensa4ento. Sue Har; 4es4o travou essa luta contra as insuIiciJncias
do ale40o2 l3ngua ,articular4ente rica e Ile;3vel2 ,rova4 as inM4eras
e;,ress=es e4 inglJs2 IrancJs2 lati42 grego etc. Kue se encontra4 e4
seus escritos2 ,articular4ente e4 Ca- pital. Suando o traduGir
deter4inados trechos i4,lica inter,retar2 colo' ca'se a Kuest0o9 o
Kue o autor de Iato Kueria diGerZ )4bora nesses 4o' 4entos a
convic/0o do tradutor tenha seu ,eso2 ele ,recisa seguir certas nor4as
,ara Kue suas o,/=es n0o sePa4 aleatQrias ou inconsistentes. "Ver
a esse res,eito o V!,JndiceW de F. Kothe2 neste volu4e.(
C4a sa3da cY4oda seria tornar a tradu/0o a 4ais literal ,oss3vel2
escolhendo as ,alavras e a constru/0o das Irases de 4odo a re,roduGir
co4 a 4aior ,erIei/0o original. SQ Kue essa 4aneira de ,roceder
al' gu4as veGes obscurece ou detur,a 4es4o o sentido2 sobretudo
nas ,assagens 4ais co4,le;as e 4ais densas de signiIicado. Har;
4es4o criticou o tradutor do volu4e I de Capital ,ara o
IrancJs2 ,or ter sido literal de4ais.
D5
Para Har;2 traduGir signiIica

144

inter,retar e4 sen'
D5 Ver o V!o +eitorW do PosIcio da )di/0o Francesa2 neste volu4e.

145

OS ECONOMISTAS
tido a4,lo2 o obPetivo 4aior sendo o de revelar o sentido essencial
do
enunciado2 se4 4anter se4,re res,eito absoluto F Ior4a. )le 4es4o
,rocedeu assi4 e4 nu4erosas cita/=es Kue a,resenta vertidas ,ara o
ale40o. SaIar'se2 ,ortanto2 das diIiculdades a,elando F autoridade do
dicionrio seria u4a Iuga F res,onsabilidade de a,resentar ao
leitor e4 l3ngua ,ortuguesa u4 te;to Iiel ao es,3rito do seu autor
e n0o a,enas a sua Ior4a.
)sse dile4a se desdobra e4 outro9 si4,liIicar a e;,osi/0o
,ara torn'la 4ais acess3vel ao leitor co4u4 ou 4anter a
4agn3Iica co4' ,le;idade do te;to originalZ [ ,reciso notar Kue Har;
4es4o se esIor/ou ao 4;i4o ,ara ser claro2 4antendo ao 4es4o
te4,o a elegUncia do estilo2 e4 si erudito. :a3 ele IreKOente4ente
a,resentar a 4es4a idRia e4 seus vrios desdobra4entos tendo e4
vista sua co4,leta elucida/0o. !s ,ri4eiras tradu/=es de Capital2
Ieitas ainda e4 vida de Har; e de )ngels2 tendera4 a certa
si4,liIica/0o2 o Kue se PustiIicava2 ao ver deles2 ,ela necessidade de
a,resentar ao ,Mblico u4 conPunto de no/=es
e u4a Ior4a de inter,retar a realidade Kue ent0o era4
inteira4ente
novos e inusitados. ?oPe2 ce4 anos a,Qs a 4orte de Har;2 a
situa/0o
R co4,leta4ente outra. 4ar;is4o R a4,la4ente divulgado e
estu' dado2 i4,regnando de 4il 4odos n0o sQ as teorias econY4icas2
sociolQgicas2 ,ol3ticas2 antro,olQgicas etc. 4as ta4bR4 a literatura2 o
teatro2 a ,oesia2
a linguage4 Pornal3stica e atR 4es4o o linguaPar co4u4.
ConseKOente'
4ente2 o ,Mblico est 4ais be4 ,re,arado do Kue h u4 sRculo
,ara ,enetrar nos 4eandros do ,ensa4ento de Har;2 de 4odo Kue
P n0o se PustiIica IaGer u4a tradu/0o si4,liIicadora de sua obra
4;i4a.
*esta tradu/0o2 deu'se ,rioridade F clareGa do te;to2 se42 no
entanto2 tentar si4,liIic'lo. Procurou'se2 se4,re Kue ,oss3vel2 traduGir
tanto a Ior4a Kuanto o conteMdo do te;to original. !o 4es4o
te4,o Kue se ,rocurou a 4;i4a Iidelidade ao original2 tentou'se
recriar a sua beleGa literria2 no es,3rito da l3ngua ,ortuguesa.
)sse ,ro,Qsito 4ostrou'se 4enos diI3cil de realiGar do Kue se
,ensava a ,rinc3,io. ! e;,lica/0o ,rovvel ,ara isso R Kue2 co4 a
diIus0o do 4ar;is4o2 o estilo da l3ngua ,ortuguesa Ioi2 e4 algu4a
4edida2 inIluenciado ,elas Ior4as ,eculiares de Har; e;,ri4ir seu
,ensa4ento. ,ortuguJs Kue se ,ratica no Brasil no Iinal do sRculo
]] R2 se4 dMvida2 inIluenciado ,elas grandes correntes universais de
,ensa4ento2 Kue aKui encontra4 ta4bR4 sua ressonUncia. Cabe
le4brar Kue te;tos ,ri4orosos2 ins,i' rados e4 Har;2 P Iora4
,roduGidos ,or autores e4 l3ngua ,ortuguesa. )sses te;tos IaGe4

146

,arte da cultura viva do ,a3s e contribue4 ,ara 4oldar'lhe a
l3ngua. :e 4odo Kue o nosso ,ortuguJs R hoPe u4 ins' tru4ento
bastante adeKuado ,ara e;,ressar a grande obra de Har;2
inclusive Kuanto a sua Kualidade literria. Huito do Kue R belo e4
ale40o ,ode ser devida4ente a,reciado e4 ,ortuguJs.
Passando agora aos as,ectos 4ais tRcnicos da tradu/0o2 convR4
inIor4ar Kue o original adotado Ioi o ,ublicado na cole/0o VKarl Har;.

14'

MARX
Friedrich )ngels <er\eW2 volu4es 6D2 67 e 652 da editora :ietG Verlag2
Berli42 #$&&2 Kue re,roduG a 7k edi/0o de Capital2 revista e ,ublicada
,or )ngels2 e4 #E$%. s ,reIcios ,ublicados nesse volu4e
4ostra4 Kue essa edi/0o R a 4ais co4,leta e a 4ais autoriGada
da obra. *a tareIa de inter,retar e desentranhar ,assagens diI3ceis
ou obscuras2 vale4o'nos de tradu/=es de Capital e4 outras l3nguas2
4as se4,re dando ,rioridade ao original ale40o. )sta tradu/0o
n0o R de 4odo algu4 u4a tradu/0o de tradu/=es2 4as seria Ialtar
F verdade negar ou silenciar o Iato de Kue2 e4 vrios 4o4entos2
solu/=es encontradas ,or tradutores ,ara outras l3nguas Iora4
Mteis ,ara Kue ,udRsse4os encontrar as 4ais adeKuadas e4
,ortuguJs. ConIessa4os co4 gratid0o essa d3vida e es,era4os Kue esta
tradu/0o sirva2 ,or sua veG2 de a,oio
a Iuturas tradu/=es de Capital ,ara outras l3nguas.
!dotou'se co4o nor4a utiliGar as e;,ress=es 4ar;istas vertidas
ao ,ortuguJs ,or econo4istas2 sociQlogos2 IilQsoIos etc. e de uso corrente2
de 4odo a Iacilitar a co4,reens0o do te;to. Pareceu'nos Kue seria u4
,uris4o inPustiIicvel retraduGir ,or e;e4,lo "ehrAert ,or mais-valor
"e4 analogia co4 4ais'trabalho e 4ais',roduto(2 Kuando a
e;,ress0o mais-valia R o vocbulo consagrado e4 ,ortuguJs. *0o
obstante2 u4 grande nM4ero de novas e;,ress=es L tais co4o
,roduto'valor2 obPe' tividade do valor2 Ior4a'valor2 4ercadoria
4onetria2 giro 4onetrio etc. L tivera4 Kue ser criadas. [
,reciso notar Kue boa ,arte dos ter4os tRcnicos de )cono4ia2
utiliGados ,or Har;2 s0o correntes na literatura econY4ica 4oderna
e tJ4 e;,ress=es ,ortuguesas P consa' gradas2 Kue Iora42 ,or isso2
siste4atica4ente adotadas na tradu/0o. )4 su4a2 a inven/0o de
novas e;,ress=es e4 ,ortuguJs Ioi restrita ao indis,ensvel2
,rocurando'se adeKu'las F ter4inologia corrente.
Co4o P 4enciona4os2 Har;2 ao citar autores e4 outras l3nguas
Kue n0o o ale40o2 ne4 se4,re Ioi co4,leta4ente Iiel ao original.
)ntende4os Kue n0o nos cabia Vcorrigi'loW. Todas as cita/=es s0o
tra' duGidas da vers0o ale40 de Har;. )4 alguns casos Iora4
acrescentadas Vnotas do tradutorW e4 Kue se a,resenta4 tradu/=es
4ais literais dos reIeridos te;tos2 de 4odo Kue o leitor ,ossa
a,reciar a 4aneira de Har; inter,ret'los.
utro ,or4enor n0o des,reG3vel R Kue o volu4e I de
Capital
tinha2 e4 sua #k edi/0o2 nu4erosos trechos e vocbulos e4 itlico. )4
edi/0o ,osterior2 Har; retirou os griIos. Pedro Scaron2 tradutor de
Capital ,ara o es,anhol
D1
alega Kue isso se IeG ,ara reduGir os
custos de i4,ress0o. *as edi/=es ,osteriores F ,ri4eira2 do volu4e I2
o te;to Ioi e4 ,arte substancial4ente alterado ,or Har;. *esta ,arte
do te;to2 assi4 co4o nos volu4es de Capital o 4Rtodo de griIar
e;tensa4ente n0o Ioi utiliGado. Resolveu'se ,or isso seguir nesse

14/

,articular a 7k edi/0o2
D1 H!R]2 K. *l Capital. HR;ico2 Siglo Veintiuno )ditores2 #$&5. v. I2 ,. ]II.

140

OS ECONOMISTAS
Kue n0o contR4 os griIos2 de 4odo a ,reservar a unidade de estilo da
obra co4o u4 todo.
Final4ente2 Kuere4os assinalar Kue n0o se ,retende Kue esta
tradu/0o de Capital sePa deIinitiva ou ,erIeita. [ ,rovvel Kue con'
tenha Ialhas e as,ectos criticveis. Pretende4os a,enas ter
realiGado u4 trabalho consciencioso2 visando corres,onder Fs
necessidades de u4 ,Mblico de estudantes e estudiosos P
consideravel4ente soIisticado
e e;igente. TraduGir Capital R u4a aventura trabalhosa e atR certo
,onto esgotante2 4as alta4ente co4,ensadora e4 ter4os de satisIa/0o
e cresci4ento intelectual. )s,era4os Kue os leitores ,artici,e4 da
4es4a co4 igual ,roveito.
S0o Paulo2 #$ de 4aio de #$ED
$l(vio -!
Kothe Paul
<in2er -e2is
'ar.osa

141

ADVERTONCIA DO EDITOR
Notas de rodap#
Chaves ou colchetes indica4 acrRsci4os de )ngels.

:edicado a 4eu a4igo inesKuec3vel2
o coraPoso2 Iiel e nobre ,ioneiro do ,roletariado
<I+?)+H <+FF
*ascido e4 Tarnau2 e4 6# de Punho de #E%$.
Falecido no e;3lio2 e4 Hanchester2 e4 $ de 4aio de #E17.
142

PREBLCIO DA PRIMEIRA EDIO
D&
A obra2 cuPo volu4e I entrego ao ,Mblico2 constitui a continua/0o
de 4eu te;to ,ublicado e4 #E5$9 Contri.uio 0 Cr)tica da *conomia
Pol)tica. ! longa ,ausa entre co4e/o e continua/0o deve'se a u4a
enIer4idade de 4uitos anos2 Kue reiterada4ente interro4,eu o
4eu trabalho.
conteMdo daKuele te;to anterior est resu4ido no ca,3tulo
I deste volu4e.
DE
Isso aconteceu n0o sQ ,or causa da cone;0o e da
ne' cessidade de torn'lo co4,leto. ! e;,osi/0o est a,erIei/oada. N
4edida Kue2 de algu4 4odo2 o conte;to o ,er4itiu2 ,ontos antes
a,enas indi' cados Iora4 aKui desenvolvidos2 enKuanto2
inversa4ente2 o Kue l Ioi a4,la4ente desenvolvido R a,enas
indicado aKui. !s ,artes sobre a histQria da teoria do valor e do
dinheiro Iora4 natural4ente eli4ina' das. leitor do te;to anterior
encontra2 no entanto2 abertas novas Iontes ,ara a histQria daKuela
teoria nas notas do ca,3tulo I.
Todo co4e/o R diI3cil^ isso vale ,ara KualKuer ciJncia.
enten' di4ento do ca,3tulo I2 e4 es,ecial a ,arte Kue contR4 a
anlise da 4ercadoria2 a,resentar2 ,ortanto2 a diIiculdade 4aior.
Suanto ao Kue se reIere 4ais es,eciIica4ente F anlise da
substUncia do valor e da grandeGa do valor2 ,rocurei torn'las
acess3veis ao 4;i4o.
D$
! Ior4a
D& Para 4aiores esclareci4entos a res,eito da obra2 ver2 neste volu4e2 a Apresentao de
Jacob Gorender. "*. do ).(
DE Har; reIere'se aKui ao ca,3tulo I da ,ri4eira edi/0o "#E1&( e Kue tinha o t3tulo de VHercadoria
e :inheiroW. Para a segunda edi/0o2 Har; IeG a revis0o do volu4e e 4odiIicou a sua
es' trutura/0o. Subdividiu o antigo ,ri4eiro ca,3tulo e4 trJs ca,3tulos autYno4os Kue2
agora2 co4 o 4es4o t3tulo2 constitue4 a Se/0o I. "*. da )d. !le40.(
D$ Isso ,areceu tanto 4ais necessrio Kuando atR 4es4o a ,arte do ensaio de F. +assalle
contra SchulGe':elitGsch2 na Kual ,retende e;,or Va Kuinta'essJncia es,iritualW de
4inhas idRias sobre o assunto2 contR4 4al'entendidos graves. *n passant!
P
Se F.
+assalle to4ou todas as teses teQricas gerais de seus trabalhos sobre )cono4ia2 co4o2
,or e;e4,lo2 sobre
o carter histQrico do ca,ital2 sobre a cone;0o entre as rela/=es de ,rodu/0o e o 4odo de
,rodu/0o etc. etc.2 de 4inhas obras2 Kuase literal4ente2 se4 citar as Iontes e atR co4
a ter4inologia elaborada ,or 4i42 esse ,rocedi4ento Ioi co4 certeGa deter4inado ,or
obPetivos de ,ro,aganda. bvia4ente n0o estou Ialando das suas e;,osi/=es sobre detalhes

153

ne4 das suas a,lica/=es ,rticas2 co4 as Kuais nada tenho a ver.
P
:e ,assage4. "*. dos T.(

151

OS ECONOMISTAS
do valor2 cuPa Iigura acabada R a Ior4a do dinheiro2 R 4uito si4,les
e
vaGia de conteMdo. Hes4o assi42 o es,3rito hu4ano te4 ,rocurado
Iun' da4ent'la e4 v0o h 4ais de 6 %%% anos2 enKuanto2 ,or outro
lado2 teve J;ito2 ao 4enos a,ro;i4ado2 a anlise de Ior4as 4uito 4ais
co4,licadas
e re,lenas de conteMdo. Por KuJZ PorKue o cor,o desenvolvido R 4ais
Icil de estudar do Kue a cRlula do cor,o. !lR4 disso2 na anlise
das Ior4as econY4icas n0o ,ode4 servir ne4 o 4icroscQ,io ne4
reagentes Ku34icos.
! Iaculdade de abstrair deve substituir a4bos. Para a sociedade
burguesa2
a Ior4a celular da econo4ia R a Ior4a de 4ercadoria do ,roduto
do trabalho ou a Ior4a do valor da 4ercadoria. Para o leigo2 a anlise
,arece ,erder'se e4 ,edantis4o. Trata'se2 eIetiva4ente2 de
,edantis4o2 4as daKuele de Kue se ocu,a a anato4ia 4icroscQ,ica.
Por isso2 co4 e;ce/0o da ,arte relativa F Ior4a do valor2 n0o se
,oder acusar este livro de ser de diI3cil co4,reens0o.
Pressu,onho2 natural4ente2 leitores Kue Kueira4 a,render algo de
novo e Kueira42 ,ortanto2 ta4bR4 ,ensar ,or conta ,rQ,ria.
I3sico observa ,rocessos naturais sePa onde eles a,arece4 4ais
nitida4ente e 4enos turvados ,or inIluJncias ,erturbadoras2 sePa
Ia' Gendo2 se ,oss3vel2 e;,eri4entos sob condi/=es Kue assegure4 o
trans' curso ,uro do ,rocesso. Kue eu2 nesta obra2 4e ,ro,onho a
,esKuisar
R o 4odo de ,rodu/0o ca,italista e as suas rela/=es
corres,ondentes de ,rodu/0o e de circula/0o. !tR agora2 a sua
localiGa/0o clssica R a Inglaterra. Por isso ela serve de ilustra/0o
,rinci,al F 4inha e;,lana/0o teQrica. Caso o leitor ale40o encolha2
Iarisaica4ente2 os o4bros ante
a situa/0o dos trabalhadores ingleses na indMstria e na agricultura
ou2 ent0o2 caso oti4istica4ente se assossegar achando Kue na !le4a'
nha as coisas est0o longe de estar t0o ruins2 sQ ,osso gritar'lhe9
De
te fa.ula narraturj
7%
)4 si e ,ara si2 n0o se trata do grau 4ais elevado ou 4ais bai;o
de desenvolvi4ento dos antagonis4os sociais Kue decorre4 das leis
naturais da ,rodu/0o ca,italista. !Kui se trata dessas leis 4es4o2
dessas tendJncias Kue atua4 e se i4,=e4 co4 necessidade IRrrea.
,a3s industrial4ente 4ais desenvolvido 4ostra ao 4enos
desenvolvido t0o'so4ente a i4age4 do ,rQ,rio Iuturo.
:ei;e4os2 ,orR42 isso de lado. nde a ,rodu/0o ca,italista se
i4,lantou ,lena4ente entre nQs2 ,or e;e4,lo2 nas Ibricas
,ro,ria' 4ente ditas2 as condi/=es s0o 4uito ,iores do Kue na
Inglaterra2 ,ois Ialta o contra,eso das leis Iabris. )4 todas as

154

outras esIeras2 tortu' ra'nos L assi4 co4o e4 todo o resto do
continente da )uro,a ocidental
L n0o sQ o desenvolvi4ento da ,rodu/0o ca,italista2 4as ta4bR4
a carJncia do seu desenvolvi4ento. !lR4 das 4isRrias 4odernas2
o,ri' 4e'nos toda u4a sRrie de 4isRrias herdadas2 decorrentes do
Iato de
7% :e ti Iala a Ibulaj L :as stiras de ?orcio. +ivro Pri4eiro. Stira #. #6. "*. da )d. !le40(.

155

MARX
continuare4 vegetando 4odos de ,rodu/0o arcaicos e ultra,assados2
co4
o seu sRKuito de rela/=es sociais e ,ol3ticas anacrYnicas. So4os
ator4entados n0o sQ ,elos vivos2 co4o ta4bR4 ,elos 4ortos. %e mort
saisit le vifR
7#
Co4,arada co4 a inglesa2 a estat3stica social da !le4anha e do
resto do continente euro,eu ocidental R 4iservel. !inda assi42 levanta
o vRu o bastante ,ara dei;ar entrever atrs do 4es4o u4a cabe/a de
Hedusa. Ficar3a4os horroriGados ante a nossa ,rQ,ria situa/0o
caso nossos Governos e ,arla4entares constitu3sse4 ,eriodica4ente2
co4o na Inglaterra2 co4iss=es de inKuRrito acerca das condi/=es
econY4icas^ caso essas co4iss=es Iosse4 investidas2 co4o na
Inglaterra2 da 4es4a ,lenitude de ,oderes ,ara ,esKuisar a
verdade^ caso Iosse ,oss3vel encontrar2 ,ara tal 4iss0o2 ho4ens t0o
es,ecialiGados2 i4,arciais e inti4oratos Kuanto o s0o os ins,etores
de Ibrica na Inglaterra e os seus relatores 4Rdicos sobre Pu.lic
1ealth "SaMde PMblica(2 os seus co4issrios encarregados de
e;a4inar a e;,lora/0o das 4ulheres e crian/as2 as condi/=es de
4oradia e ali4enta/0o etc. Perseu ,recisava de u4 ca,acete da
invisibilidade ,ara ,erseguir os 4onstros. *Qs ,u' ;a4os o ca,acete
4gico a Iundo sobre nossos olhos e orelhas2 ,ara ,oder4os negar
a e;istJncia de 4onstros.
[ ,reciso n0o se enganar Kuanto a isso. !ssi4 co4o2 no sRculo
]VIII2 a Guerra da Inde,endJncia a4ericana tocou o sino de alar4e ,ara
a classe 4Rdia euro,Ria2 no sRculo ]I] a Guerra Civil norte'
a4ericana tocou'o ,ara a classe o,erria euro,Ria. *a Inglaterra2 o
,rocesso de sub' vers0o tornou'se ,al,vel. Suando alcan/ar certa
altura2 h de re,ercutir no continente. !li2 h de 4over'se e4
Ior4as 4ais brutais ou 4ais hu' 4anas2 segundo o grau de
desenvolvi4ento da ,rQ,ria classe o,erria. !bstraindo 4otivos 4ais
elevados2 os interesses 4ais es,ec3Iicos das atuais classes do4inantes
obriga4'nas F eli4ina/0o de todos os e4,ecilhos le' gal4ente
controlveis Kue iniba4 o desenvolvi4ento da classe o,erria. Por
isso R Kue 4e estendi tanto2 neste volu4e2 sobre a histQria2 o conteMdo
e os resultados da legisla/0o inglesa relativa Fs Ibricas. C4a na/0o deve
e ,ode a,render das outras. Hes4o Kuando u4a sociedade
descobriu a ,ista da lei natural do seu desenvolvi4ento L e a
Iinalidade Mlti4a desta obra R descobrir a lei econY4ica do 4ovi4ento
da sociedade 4oderna L2 ela n0o ,ode saltar ne4 su,ri4ir ,or
decreto as suas Iases naturais de desenvolvi4ento. Has ela ,ode
abreviar e 4inorar as dores do ,arto.
Para evitar ,oss3veis erros de entendi4ento2 ainda u4a ,alavra.
*0o ,into2 de 4odo algu42 as Iiguras do ca,italista e do
,ro,rietrio Iundirio co4 cores rQseas. Has aKui sQ se trata de
,essoas F 4edida Kue s0o ,ersoniIica/=es de categorias econY4icas2

156

portadoras de deter' 4inadas rela/=es de classe e interesses. Henos do
Kue KualKuer outro2
o 4eu ,onto de vista2 Kue enIoca o desenvolvi4ento da Ior4a/0o
eco'
7# 4orto se a,odera do vivo. "*. dos T.(

15'

OS ECONOMISTAS
nY4ica da sociedade co4o u4 ,rocesso histQrico'natural2 ,ode tornar
o indiv3duo res,onsvel ,or rela/=es das Kuais ele R2 social4ente2 u4a
criatura2 ,or 4ais Kue ele Kueira colocar'se subPetiva4ente aci4a delas.
*o ca4,o da )cono4ia Pol3tica2 a livre ,esKuisa cient3Iica de'
,ara'se n0o sQ co4 o 4es4o ini4igo Kue e4 todos os outros
ca4,os.
! natureGa ,eculiar do 4aterial Kue ela aborda cha4a ao ca4,o
de batalha as ,ai;=es 4ais violentas2 4esKuinhas e odiosas do
cora/0o hu4ano2 as IMrias do interesse ,rivado. ! IgrePa !nglicana
da Ingla' terra2 ,or e;e4,lo2 ,erdoaria antes o ataKue a DE de
seus D$ artigos de IR do Kue a #`D$ de suas rendas 4onetrias.
*os dias de hoPe2 o ,rQ,rio ate3s4o R u4a culpa levis
76
se
co4,arado co4 a cr3tica Fs rela/=es tradicionais de ,ro,riedade.
*o entanto2 aKui u4 avan/o R inegvel. Re4eto2 ,or e;e4,lo2 ao
+ivro !Gul
7D
,ublicado nas Mlti4as se4anas9 Correspondence Aith
her "aPestDSs "issions A.road, -e2ar- din2 /ndustrial 3uestions
and Trades Mnions. s re,resentantes da Coroa inglesa no e;terior
e;,=e4 a32 se4 subterIMgios2 Kue na !le4a' nha2 na Fran/a2 e4
su4a2 e4 todos os ,a3ses cultos do continente euro,eu2 R t0o
,erce,t3vel e t0o inevitvel u4a 4odiIica/0o das rela/=es vigentes entre
ca,ital e trabalho Kuanto na Inglaterra. !o 4es4o te4' ,o2 do outro
lado do !tlUntico2 Hr. <ade2 vice',residente dos )stados Cnidos da
!4Rrica2 declarava e4 reuni=es ,Mblicas Kue2 de,ois da aboli/0o da
escravatura2 a Kuest0o ,osta na orde4 do dia seria a 4udan/a das
rela/=es de ca,ital e ,ro,riedade da terra. S0o esses os sinais dos
te4,os e Kue n0o se dei;a4 encobrir ,or 4antos ,ur,Mreos ne4
,or sotainas negras. *0o signiIica4 Kue 4ilagres h0o de ocorrer
a4anh0. Indica4 Kue nas ,rQ,rias classes do4inantes P se
insinua o ,ressenti' 4ento de Kue a atual sociedade n0o R u4 cristal
sQlido2 4as u4 organis4o ca,aG de 4udar e Kue est e4 constante
,rocesso de 4udan/a.
segundo volu4e desta obra vai tratar do ,rocesso de circula/0o
do ca,ital "+ivro Segundo( e das estrutura/=es do ,rocesso global "+ivro
Terceiro(^ o terceiro "+ivro Suarto(2 da histQria da teoria.
Todo Pulga4ento da cr3tica cient3Iica ser be4'vindo. Suanto aos
,reconceitos da assi4 cha4ada o,ini0o ,Mblica2 F Kual nunca IiG con'
cess=es2 to4o ,or divisa o le4a do grande Ilorentino9
<e2ui il tuo corso, e lascia dir le 2entiR
77
+ondres2 65 de Pulho de #E1&
Karl "ar:
76 Pecado venial. "*. dos T.(
7D +ivros !Guis "Blue Boo\s(. :eno4ina/0o geral das ,ublica/=es de 4ateriais do Parla4ento
inglJs e docu4entos di,lo4ticos do HinistRrio das Rela/=es );teriores. s +ivros
!Guis2
assi4 cha4ados devido a suas ca,as aGuis2 s0o ,ublicados na Inglaterra desde o

15/

sRculo ]VII e s0o a Ionte oIicial 4ais i4,ortante ,ara a histQria da econo4ia e di,lo4acia
desse ,a3s. "*. da )d. !le40.(
77 Segue o teu curso e dei;a a gentalha Ialarj L Cita/0o derivada de :ante. A Divina Com#dia.
V PurgatQrioW. Canto V. "*. da )d. !le40.(

150

POSBLCIO DA SEJUNDA EDIO
75
Antes de tudo2 tenho de a,resentar aos leitores da ,ri4eira edi'
/0o esclareci4entos Kuanto Fs 4odiIica/=es Ieitas na segunda edi/0o.
[ evidente a ordena/0o 4ais clara do livro. !s notas adicionais
est0o se4,re assinaladas co4o notas F segunda edi/0o. Suanto ao
,rQ,rio te;to2 eis o 4ais i4,ortante9
*o ca,3tulo I2 #2 a dedu/0o do valor ,or 4eio da anlise das
eKua/=es2 nas Kuais se e;,ri4e todo valor de troca2 R realiGada
co4 rigor cient3Iico 4aior2 assi4 co4o R destacada e;,ressa4ente a
cone;0o2 a,enas indicada na ,ri4eira edi/0o2 entre a substUncia do
valor e a deter4ina/0o da grandeGa do valor ,or 4eio do te4,o
de trabalho social necessrio. ca,3tulo I2 D "! Ior4a do valor(
est total4ente reelaborado2 o Kue P se i4,unha ,ela e;,osi/0o
du,la na ,ri4eira edi/0o. L :e ,assage4 observo Kue essa
e;,osi/0o du,la deveu'se a 4eu a4igo2 dr. +. Kugel4ann de
?anover. )u estava a visit'lo na ,ri4avera de #E1& Kuando as
,ri4eiras ,rovas chegara4 de ?a4burgo
e ele 4e convenceu de Kue2 ,ara a 4aioria dos leitores2 seria necessria
u4a discuss0o su,le4entar e 4ais didtica da Ior4a do valor. L
! Mlti4a ,arte do ca,3tulo I2 V Ietichis4o da 4ercadoria etc.W2
est grande4ente 4odiIicada. ca,3tulo III2 # "Hedida dos
valores( Ioi cuidadosa4ente revisto ,orKue essa ,arte tinha sido
negligenciada na ,ri4eira edi/0o2 re4etendo F discuss0o P Ieita na
Contri.uio 0 Cr)- tica da *conomia Pol)tica2 Berli42 #E5$. ca,3tulo
VII2 es,ecial4ente
a Se/0o II2 Ioi reIor4ulado de 4odo signiIicativo.
Seria inMtil entrar detalhada4ente nas 4odiIica/=es2 4uitas ve'
Ges a,enas estil3sticas2 de trechos do te;to. )las se estende4 ,or todo
o livro. !,esar disso2 creio Kue2 a,Qs a revis0o da tradu/0o Irancesa
a ser ,ublicada e4 Paris2 vrias ,artes do original ale40o e;igiria4
aKui u4a reelabora/0o 4ais ,roIunda2 ali u4a corre/0o estil3stica 4aior
75 *a 7k edi/0o do volu4e I de Capital "#E$%( Iora4 dei;ados Iora os Kuatro ,ri4eiros
,argraIos deste ,reIcio. *o ,resente volu4e2 o ,reIcio R ,ublicado integral4ente. "*.

151

da )d. !le40.(

OS ECONOMISTAS
152

ou atR 4es4o a eli4ina/0o cuidadosa de descuidos ocasionais. Para
tanto
Ialtou'4e te4,o2 ,ois a,enas no outono de #E&#2 e4 4eio a outros
tra' balhos urgentes2 recebi a not3cia de Kue o livro estava esgotado
e Kue a i4,ress0o da segunda edi/0o P teria de ser iniciada e4
Paneiro de #E&6.
! co4,reens0o Kue Capital ra,ida4ente encontrou e4 a4,los
c3rculos da classe o,erria ale40 R a 4elhor reco4,ensa de 4eu tra'
balho. C4 ho4e42 econo4ica4ente situado nu4a ,ers,ectiva burgue'
sa2 o sr. Ha-er2 industrialista vienense2 aIir4ou co4 acerto2 nu4a
brochura ,ublicada durante a guerra Iranco'ale402 Kue o grande senso
teQrico2 considerado ,atri4Ynio hereditrio ale40o2 teria desa,arecido
co4,leta4ente das assi4 cha4adas classes cultas da !le4anha2 ,ara
ressuscitar2 e4 co4,ensa/0o2 na sua classe trabalhadora.
*a !le4anha2 a )cono4ia Pol3tica continuou sendo2 atR agora2 u4a
ciJncia estrangeira. Gustav von GOllich2 na -epresentao 1ist6rica
dos f)cios etc.2 P discutiu e4 grande ,arte2 es,ecial4ente nos dois
,ri4eiros volu4es de sua obra ,ublicados e4 #ED%2 as circunstUncias
histQricas Kue inibia4 o desenvolvi4ento do 4odo de ,rodu/0o
ca,italista entre nQs e2 ,ortanto2 ta4bR4 a constru/0o da 4oderna
sociedade burguesa. Faltava2 ,or conseguinte2 o terreno vivo da
)cono4ia Pol3tica. )la Ioi i4,ortada da Inglaterra e da Fran/a
co4o 4ercadoria ,ronta e acabada^ seus ca' tedrticos ale40es n0o
,assara4 de estudantes. )4 suas 40os2 a e;' ,ress0o teQrica de
u4a realidade estrangeira transIor4ou'se nu4a cole' tUnea de
dog4as2 ,or eles inter,retada2 de acordo co4 o 4undo ,eKue' no'
burguJs Kue os circundava2 sendo ,ortanto distorcida. Para dissi4ular
a sensa/0o2 n0o co4,leta4ente re,ri43vel2 de i4,otJncia cient3Iica2
be4 co4o a 4 consciJncia de ter Kue lecionar nu4a rea de Iato
estranha2 ostentava'se erudi/0o histQrico'literria ou 4isturava'se
4aterial estra' nho2 e4,restado Fs assi4 cha4adas ciJncias
ca4eral3sticas2 u4a 4isce' lUnea de conheci4entos2 ,urgatQrio ,elo
Kual te4 de ,assar o es,eran/oso
71
candidato F burocracia ale40.
:esde #E7E2 a ,rodu/0o ca,italista te4 crescido ra,ida4ente na
!le4anha2 e P ostenta hoPe seus Irutos enganadores. Has2 ,ara nossos
es,ecialistas2 o destino continuou adverso. )nKuanto ,odia4 tratar de
)cono4ia Pol3tica de 4odo desco4,ro4etido2 Ialtava4 as rela/=es eco'
nY4icas 4odernas F realidade ale40. !ssi4 Kue essas rela/=es viera4
F luG2 isso ocorreu sob circunstUncias Kue n0o 4ais ,er4itia4 o
seu estudo desco4,ro4issado na ,ers,ectiva burguesa. N 4edida
Kue R burguesa2 ou sePa2 ao invRs de co4,reender a orde4
ca,italista co4o u4 estgio historica4ente transitQrio de evolu/0o2
a encara co4o a conIigura/0o Mlti4a e absoluta da ,rodu/0o social2 a
)cono4ia Pol3tica sQ ,ode ,er4anecer co4o ciJncia enKuanto a luta de
classes ,er4anecer latente ou sQ se 4aniIestar e4 e,isQdios

MARX
163

isolados.
71 *a Dk e 7k edi/=es9 se4 es,eran/a. "*. da )d. !le40.(

161
OS ECONOMISTAS
To4e4os a Inglaterra. ! sua )cono4ia Pol3tica clssica cai no
,er3odo e4 Kue a luta de classes n0o estava desenvolvida. seu Mlti4o
grande re,resentante2 Ricardo2 to4a aIinal consciente4ente2 co4o ,on'
to de ,artida de suas ,esKuisas2 a contradi/0o dos interesses de classe2
do salrio e do lucro2 do lucro e da renda da terra2 considerando2
in' genua4ente2 essa contradi/0o u4a lei natural da sociedade. Co4
isso2
a ciJncia burguesa da econo4ia havia2 ,orR42 chegado aos seus li4ites
intrans,on3veis. !inda durante a vida de Ricardo a,areceu2 contra ele2
a cr3tica na ,essoa do Sis4ondi.
7&
*a Inglaterra2 o ,er3odo seguinte2 de #E6% a #ED%2 destaca'se
,ela vivacidade cient3Iica no ca4,o da )cono4ia Pol3tica. Foi tanto
o ,er3odo de e;,ans0o e vulgariGa/0o da teoria de Ricardo2 Kuanto
de sua luta contra a velha escola. Celebrara4'se brilhantes
torneios. :o Kue ent0o se IeG2 ,ouco chegou ao conheci4ento do
continente euro,eu2 ,ois a ,olJ4ica encontra'se2 e4 grande ,arte2
es,arsa e4 artigos de revistas2 ,ublica/=es ocasionais e ,anIletos.
carter i4,arcial dessa ,olJ4ica L ainda Kue a teoria de Ricardo
ta4bR4 P tivesse sido utiliGada2 e;ce,cional4ente2 co4o ar4a de
ataKue contra a econo4ia burguesa L e;,lica'se ,elas
circunstUncias da R,oca. Por u4 lado2 a grande indMstria 4es4a
a,enas co4e/ava a sair da sua inIUncia2 o Kue se co4,rova ,elo
Iato de Kue sQ co4 a crise de #E65 ela inaugura
o ciclo ,eriQdico de sua vida 4oderna. Por outro lado2 a luta de classes
entre ca,ital e trabalho Iicou restrita a segundo ,lano^ ,olitica4ente2
,or 4eio da contenda entre os governos e interesses Ieudais agru,ados
e4 torno da Santa !lian/a e a 4assa ,o,ular conduGida ,ela burguesia^
econo4ica4ente2 ,or 4eio da dis,uta do ca,ital industrial co4 a ,ro'
,riedade aristocrtica da terra2 Kue se escondia2 na Fran/a2 atrs
da o,osi/0o entre 4iniIMndio e latiIMndio e Kue2 na Inglaterra2
irro4,eu aberta4ente desde as leis do trigo. *esse ,er3odo2 a
literatura sobre )cono4ia Pol3tica le4bra2 na Inglaterra2 o ,er3odo de
te4,estuoso avan/o econY4ico ocorrido na Fran/a de,ois da 4orte do
dr. Suesna-2 4as a,enas co4o nuvens ligeiras do ver0o tardio
le4bra4 a ,ri4avera. *o ano de
#ED% co4e/ou a crise Kue se tornou2 de u4a veG ,or todas2 decisiva.
! burguesia tinha conKuistado ,oder ,ol3tico na Fran/a e Ingla'
terra. ! ,artir de ent0o2 a luta de classes assu4iu2 na teoria e na
,rtica2 Ior4as cada veG 4ais e;,l3citas e a4ea/adoras. )la IeG
soar
o sino IMnebre da econo4ia cient3Iica burguesa. J n0o se tratava de
saber se este ou aKuele teore4a era ou n0o verdadeiro2 4as se2
,ara
o ca,ital2 ele era Mtil ou ,rePudicial2 cY4odo ou incY4odo2 subversivo
ou n0o. *o lugar da ,esKuisa desinteressada entrou a es,adacharia

164
MARX
4ercenria2 no lugar da ,esKuisa cient3Iica i4,arcial entrou a 4 cons'
7& Ver 4inha obra Tur Kritik etc. ,. D$.
P
P
Publicado e4 H!R]2 K. "anuscritos *con5mico-$ilos6ficos e utros Te:tos *scolhidos.
"*. dos T.(

165
OS ECONOMISTAS
ciJncia e a 4 inten/0o da a,ologRtica. *o entanto2 4es4o os
i4,or'
tunos tratadoGinhos Kue a Anti-Com-%aA-%ea2ue2
7E
cheIiada ,elos
in' dustrialistas Cobden e Bright2 lan/ava aos Kuatro ventos2
,ossu3a42 se n0o u4 interesse cient3Iico2 ao 4enos histQrico ,or
sua ,olJ4ica contra a aristocracia Iundiria. :esde Sir Robert Peel2
ta4bR4 este Mlti4o es,or0o cr3tico Ioi e;tra3do da econo4ia vulgar
,ela legisla/0o livre'ca4bista.
! revolu/0o continental de #E7E ta4bR4 re,ercutiu na
Inglaterra. ?o4ens Kue ainda ,retendia4 ter algu4 signiIicado
cient3Iico e Kue Kue' ria4 ser algo 4ais do Kue 4eros soIistas e
sicoIantas das classes do4i' nantes ,rocurava4 sintoniGar a )cono4ia
Pol3tica do ca,ital co4 as rei' vindica/=es n0o 4ais ignorveis do
,roletariado. :a3 surge u4 sincretis4o des,rovido de es,3rito2 cuPo
4elhor re,resentante R Stuart Hill. [ u4a declara/0o de IalJncia
da econo4ia VburguesaW2 Kue o grande erudito e cr3tico russo *.
Tchernichves\i P evidenciou 4agistral4ente e4 sua obra
Delineamentos da *conomia Pol)tica <e2undo "ill.
*a !le4anha2 o 4odo de ,rodu/0o ca,italista atingiu a
4atu' ridade de,ois Kue o seu carter antagYnico P tinha se
revelado rui' dosa4ente na Fran/a e na Inglaterra ,or 4eio de
lutas histQricas2 enKuanto o ,roletariado ale40o P ,ossu3a u4a
consciJncia teQrica de classe 4uito 4ais decidida do Kue a burguesia
ale40. !ssi4 Kue u4a ciJncia burguesa da )cono4ia Pol3tica ,areceu
tornar'se ,oss3vel aKui
lna !le4anham2 ela havia'se tornado2 ,ortanto2 nova4ente i4,oss3vel.
*essas circunstUncias2 seus ,orta'voGes dividira4'se e4 dois gru'
,os. Cns2 astutos2 a4biciosos e ,rag4ticos2 Puntara4'se sob a
bandeira de Bastiat2 o 4ais su,erIicial e2 ,or isso 4es4o2 o 4ais
be4'sucedido re,resentante da econo4ia a,ologRtica vulgar^ outros2
ciosos da cate' drtica dignidade de sua ciJncia2 seguira4 J. St. Hill
na tentativa de reconciliar o irreconcilivel. !ssi4 co4o na R,oca
clssica da econo4ia burguesa2 ta4bR4 na R,oca da sua decadJncia
os ale40es ,er4ane' cera4 4eros disc3,ulos2 re,etidores e
i4itadores2 4ascates 4odestos do grande atacado estrangeiro.
desenvolvi4ento histQrico ,eculiar da sociedade ale40 e;clu3a
a ,ossibilidade de KualKuer desenvolvi4ento original da econo4ia bur'
7E +iga'!nti'+ei'do'Trigo. L Cni0o livre'ca4bista Kue Ioi Iundada e4 #EDE e4 Hanchester
,elos Iabricantes Cobden e Bright. !s assi4 cha4adas leis do trigo2 Kue tinha4 ,or
Iina' lidade a li4ita/0o2 talveG a ,roibi/0o2 da i4,orta/0o do trigo do estrangeiro2 Iora4
intro'
duGidas na Inglaterra2 no ano de #E#52 no interesse dos latiIundirios2 dos lordes da terra.
! +iga ,leiteou a e;igJncia de total liberdade de co4Rrcio e lutava e4 ,rol da eli4ina/0o
das leis do trigo co4 a Iinalidade de bai;ar os salrios dos trabalhadores e
enIraKuecer as ,osi/=es ,ol3ticas da aristocracia Iundiria. )4 sua luta contra os
,ro,rietrios rurais2

166
MARX
a +iga ,rocurava e;,lorar as 4assas o,errias. Has e;ata4ente nessa R,oca os trabalha'
dores 4ais ,rogressistas da Inglaterra aceitara4 o ca4inho de u4 4ovi4ento
o,errio ,olitica4ente autYno4o "cartis4o(. ! luta entre a burguesia industrial e a
aristocracia rural ter4inou e4 #E71 co4 a ,ro4ulga/0o da lei sobre a eli4ina/0o das
leis do trigo. :e,ois disso2 a +iga se dissolveu. "*. da )d. !le40.(

16'
OS ECONOMISTAS
guesa2 4as n0o a sua L cr3tica. N 4edida Kue tal cr3tica
re,resenta2
alR4 disso2 u4a classe2 ela sQ ,ode re,resentar a classe cuPa
4iss0o histQrica R a derrubada do 4odo de ,rodu/0o ca,italista e
a aboli/0o Iinal das classes L o ,roletariado.
s ,orta'voGes eruditos e n0o eruditos da burguesia ale40
,ro'
curara4 ,ri4eiro aniKuilar Capital ,or 4eio do silJncio2 co4o tinha4
conseguido IaGer co4 os 4eus escritos anteriores. Suando essa ttica
P n0o corres,ondia Fs circunstUncias da R,oca2 ,assara4 a redigir2
,rete;tando criticar 4eu livro2 instru/=es VPara tranKOiliGar a
cons' ciJncia burguesaW2 4as encontrara4 na i4,rensa o,erria L
vePa4'se2 ,or e;e4,lo2 os artigos de Jose,h :ietGgen no Volksstaat
7$
L
lutadores de 4aior ,orte2 aos Kuais est0o devendo res,osta atR
hoPe.
5%
)4 Petersburgo Ioi ,ublicada u4a e;celente tradu/0o russa de
Capital na ,ri4avera de #E&6. ! edi/0o de D 4il e;e4,lares P
se encontra agora Kuase esgotada. )4 #E&#2 o sr. *. Sieber2
catedrtico de )cono4ia Pol3tica na Cniversidade de Kiev2 e4 seu
escrito A Teoria de D! -icardo do Valor e do Capital etc!2 P
a,ontava a 4inha teoria do valor2 do dinheiro e do ca,ital co4o2
e4 suas linhas bsicas2 con' tinua/0o necessria da doutrina de
S4ith e de Ricardo. Kue sur' ,reende o euro,eu ocidental2 ao ler
seu valioso livro2 R a 4anuten/0o conseKOente do ,onto de vista
,ura4ente teQrico.
4Rtodo a,licado e4 Capital Ioi ,ouco entendido2 co4o P
o
de4onstra4 as inter,reta/=es contraditQrias do 4es4o.
!ssi42 a -evue Positiviste
5#
4e acusa de Kue eu2 ,or u4
lado2 trato a )cono4ia 4etaIisica4ente e2 ,or outro L adivinhe4j
L2 de Kue eu 4e li4itaria F 4era anlise cr3tica do dado2 e4 veG de
,rescrever
7$ artigo de J. :ietGgen V:as Ka,ital. Kriti\ der ,olitischen e\ono4ie von Karl Har;W2
P
?a4burgo2 #E1&2 Ioi ,ublicado no V:e4o\ratischen <ochenblattW
PP
n8 D#2 D72 D5 e D1. :e
#E1$ atR #E&12 esse Pornal a,areceu co4 o t3tulo de V:er Vol\sstaatW.
PPP
"*. da )d. !le40.(
P
V Ca,ital. Cr3tica da )cono4ia Pol3tica de Karl Har;W. "*. dos T.(
PP
VSe4inrio :e4ocrticoW. "*. dos T.(
PPP
V )stado do PovoW. "*. dos T.(
5% s e4busteiros grandiloKOentes da )cono4ia vulgar ale40 censurara4 o estilo e o 4odo
de e;,osi/0o do 4eu livro. *inguR4 ,ode Pulgar 4ais severa4ente do Kue eu as carJncias
literrias de Capital. !inda assi42 ,ara alegria e ,roveito desses senhores e de seu
,Mblico2 Kuero citar u4 Pu3Go inglJs e u4 russo. <aturdaD -evieA2 Kue R total4ente hostil
Fs 4inhas idRias2 disse e4 sua nota sobre a ,ri4eira edi/0o ale409 o 4odo de
e;,osi/0o VconIere u4 char4e ,eculiar atR 4es4o Fs Kuest=es econY4icas 4ais ridasW.
4ornal de <o Peters.ur2o observa2 entre outras coisas2 e4 seu nM4ero de 6% de abril
de #E&69 V! e;,osi/0o2 e;cetuadas algu4as ,artes de4asiada4ente es,ecialiGadas2
distingue'se ,or sua geral acessibilidade2 ,ela clareGa e2 a,esar da altura cient3Iica do
obPeto2 ,ela e;traordinria vivacidade. Suanto a isso "...(2 n0o e;iste ne4 de longe KualKuer
se4elhan/a do autor co4

16/
MARX
a 4aioria dos intelectuais ale40es2 Kue "...( escreve4 os seus livros nu4a linguage4
t0o obscura e rida Kue IaG estourar a cabe/a dos 4ortais co4unsW. !os leitores da
literatura catedrtica teuto'nacional'liberal conte4,orUnea estoura2 ,orR42 algo
co4,leta4ente di'
verso da cabe/a.
5# %a Philosophie Positive! -evue. Revista Kue a,areceu e4 Paris de #E1& atR #EED. *o nM4ero
D de nove4bro`deGe4bro de #E1E2 ela ,ublicou u4a curta resenha sobre o volu4e I de
Capital2 da ,ena de :e Rebort-2 u4 disc3,ulo do IilQsoIo ,ositivista !uguste Co4te.
"*.
da )d. !le40.(

160
OS ECONOMISTAS
receitas "co4teanasZ( ,ara a coGinha do Iuturo. Contra a acusa/0o de
4etaI3sica2 o ,roI. Sieber observa9
V*o Kue tange F teoria ,ro,ria4ente dita2 o 4Rtodo de
Har;
R o 4Rtodo dedutivo de toda a escola Inglesa2 cuPos deIeitos e
virtudes s0o co4uns aos 4elhores econo4istas teQricosW.
56
sr. H. Bloc\ descobre e4 V+es ThRoriciens du Socialis4e
en !lle4agne. );trait du 4ournal des =conomistes2 Puillet et aout
#E&6i2
5D
Kue o 4eu 4Rtodo R anal3tico e2 entre outras coisas2
aIir4a Kue9
VPar cet ouvrage H. Har; se classe ,ar4i les es,rits anal-'
tiKues les ,lus R4inentesW.
57
s resenhistas ale40es grita42 obvia4ente2 contra a
soI3stica hegeliana. Correio *uropeu2 de Petersburgo2 nu4 artigo
Kue e;a' 4ina e;clusiva4ente o 4Rtodo de Capital "nM4ero de
4aio de
#E&62 ,. 76&'7D1(2 considera o 4eu 4Rtodo de ,esKuisa rigorosa'
4ente realista2 4as o 4eu 4Rtodo de e;,osi/0o desgra/ada4ente
teuto'dialRtico. )le aIir4a9
VN ,ri4eira vista2 se Pulgado ,ela Ior4a e;terna de e;,osi/0o2
Har; R o 4aior IilQsoIo idealista2 no sentido ger4Unico2 ou sePa2
no 4au sentido da ,alavra. :e Iato ele R2 ,orR42
inIinita4ente 4ais realista do Kue os seus ,redecessores na
tareIa da cr3tica econY4ica. "...( *0o se ,ode2 de 4odo algu42
cha4'lo de idealistaW.
! 4elhor res,osta Kue ,ossa dar ao autor R 4ediante alguns
e;tratos de sua ,rQ,ria cr3tica2 cuPa transcri/0o ,oder interessar a
4uitos dos 4eus leitores2 ,ara os Kuais o original russo n0o sePa aces'
s3vel. :e,ois de u4a cita/0o de 4eu ,reIcio da VContribui/0o F Cr3tica
da )cono4ia Pol3ticaW "Berli42 #E5$2 ,. IV'VII(2 onde eu e;,us a Iun'
da4enta/0o 4aterialista do 4eu 4Rtodo2 continua o senhor autor9
VPara Har;2 sQ i4,orta u4a coisa9 descobrir a lei dos
IenY' 4enos de cuPa investiga/0o ele se ocu,a. ) ,ara ele R
i4,ortante n0o sQ a lei Kue os rege2 F 4edida Kue eles tJ4
Ior4a deIinida
e est0o nu4a rela/0o Kue ,ode ser observada e4 deter4inado
,er3odo de te4,o. Para ele2 o 4ais i4,ortante R a lei de sua
4odiIica/0o2 de seu desenvolvi4ento2 isto R2 a transi/0o de u4a
Ior4a ,ara outra2 de u4a orde4 de rela/=es ,ara outra.
C4a veG descoberta essa lei2 ele e;a4ina detalhada4ente as
conse' KOJncias ,or 4eio das Kuais ela se 4aniIesta na vida
social. "...(

161
MARX
56 )*G)+S. Teoria do Valor e do Capital de David -icardo em -elao com Posteriores
Complementos e *sclarecimentos! Kiev2 #E&#2 ,. #&%. "*. da )d. !le40.(
5D Ws TeQricos do Socialis4o na !le4anha. );trato do 4ornal dos *conomistas2 Pulho e agosto
de #E&6.i"*. dos T.(
57 Co4 esta obra2 o sr. Har; se classiIica entre os es,3ritos anal3ticos 4ais e4inentes. "*. dos
T.(

162
OS ECONOMISTAS
Por isso2 Har; sQ se ,reocu,a co4 u4a coisa9 ,rovar2
4ediante
escru,ulosa ,esKuisa cient3Iica2 a necessidade de
deter4inados ordena4entos das rela/=es sociais e2 tanto Kuanto
,oss3vel2 cons' tatar de 4odo irre,reens3vel os Iatos Kue lhe
serve4 de ,ontos de ,artida e de a,oio. Para isso2 R
inteira4ente suIiciente Kue ele ,rove2 co4 a necessidade da
orde4 atual2 ao 4es4o te4,o
a necessidade de outra orde42 na Kual a ,ri4eira inevitavel4ente
te4 Kue se transIor4ar2 Kuer os ho4ens acredite4 nisso2
Kuer n0o2 Kuer eles estePa4 conscientes disso2 Kuer n0o. Har;
considera
o 4ovi4ento social u4 ,rocesso histQrico'natural2 dirigido ,or
leis Kue n0o a,enas s0o inde,endentes da vontade2 consciJncia
e inten/0o dos ho4ens2 4as2 ,elo contrrio2 4uito 4ais lhes de'
ter4ina4 a vontade2 a consciJncia e as inten/=es. "...( Se o
ele' 4ento consciente dese4,enha ,a,el t0o subordinado na
histQria da cultura2 R claro Kue a cr3tica Kue tenha a ,rQ,ria
cultura ,or obPeto n0o ,ode2 4enos ainda do Kue KualKuer
outra coisa2 ter ,or Iunda4ento KualKuer Ior4a ou KualKuer
resultado da cons' ciJncia. Isso Kuer diGer Kue o Kue lhe ,ode
servir de ,onto de ,artida n0o R a idRia2 4as a,enas o
IenY4eno e;terno. ! cr3tica vai li4itar'se a co4,arar e
conIrontar u4 Iato n0o co4 a idRia2 4as co4 o outro Iato.
Para ela2 o Kue i4,orta R Kue a4bos os Iatos sePa4
e;a4inados co4 o 4;i4o de Iidelidade e Kue cons' titua42 uns
e4 rela/0o aos outros2 4o4entos diversos de desen' volvi4ento^
4as2 aci4a de tudo2 i4,orta Kue sePa4 estudadas de 4odo
n0o 4enos e;ato a sRrie de ordena/=es2 a seKOJncia e
a cone;0o e4 Kue os estgios de desenvolvi4ento a,arece4. Has2
dir'se'2 as leis gerais da vida econY4ica s0o se4,re as 4es4as2
sePa4 elas a,licadas no ,resente ou no ,assado. "...( [ e;ata4ente
isso o Kue Har; nega. Segundo ele2 essas leis abstratas n0o e;is'
te4. "...( Segundo sua o,ini0o2 ,elo contrrio2 cada ,er3odo
his' tQrico ,ossui suas ,rQ,rias leis. !ssi4 Kue a vida P
esgotou deter4inado ,er3odo de desenvolvi4ento2 tendo
,assado de de' ter4inado estgio a outro2 co4e/a a ser dirigida
,or outras leis. *u4a ,alavra2 a vida econY4ica oIerece'nos
u4 IenY4eno an' logo ao da histQria da evolu/0o e4 outros
territQrios da Biologia. "...( s antigos econo4istas conIundira4
a natureGa das leis eco' nY4icas Kuando as co4,arara4 Fs leis
da F3sica e da Su34ica. "...( C4a anlise 4ais ,roIunda dos
IenY4enos de4onstrou Kue organis4os sociais se distingue4
entre si t0o Iunda4ental4ente Kuanto organis4os vegetais e
ani4ais. "...( Si42 u4 4es4o Ie' nY4eno rege'se ,or leis
total4ente diversas e4 conseKOJncia da estrutura diversa

1'3
MARX
desses organis4os2 da 4odiIica/0o e4 alguns de seus Qrg0os2
das condi/=es diversas e4 Kue Iunciona4 etc. Har; nega2 ,or
e;e4,lo2 Kue a lei da ,o,ula/0o sePa a 4es4a e4 todos os
te4,os e e4 todos os lugares. )le assegura2 ,elo

1'1
OS ECONOMISTAS
contrrio2 Kue cada estgio de desenvolvi4ento te4 u4a lei
de'
4ogrIica ,rQ,ria. "...( Co4 o desenvolvi4ento diIerenciado
da Ior/a ,rodutiva2 4odiIica4'se as circunstUncias e as leis
Kue as rege4. Har;2 ao se colocar a 4eta de ,esKuisar e
esclarecer2 a ,artir desta ,ers,ectiva2 a ordena/0o econY4ica
do ca,italis4o2 a,enas Ior4ula2 co4 todo rigor cient3Iico2 a
4eta Kue deve ter KualKuer investiga/0o e;ata da vida
econY4ica. "...( valor cien' t3Iico de tal ,esKuisa reside no
esclareci4ento das leis es,ec3Iicas Kue regula4 nasci4ento2
e;istJncia2 desenvolvi4ento e 4orte de dado organis4o social e
a sua substitui/0o ,or outro2 su,erior.
) o livro de Har; te42 de Iato2 tal 4RritoW.
!o descrever de 4odo t0o acertado e2 tanto Kuanto entra e4
considera/0o a 4inha a,lica/0o ,essoal do 4es4o2 de 4odo t0o
benRvolo aKuilo Kue o autor cha4a de V4eu verdadeiro 4RtodoW2 o Kue
descreveu ele sen0o o 4Rtodo dialRticoZ
[2 se4 dMvida2 necessrio distinguir o 4Rtodo de e;,osi/0o
Ior'
4al4ente do 4Rtodo de ,esKuisa. ! ,esKuisa te4 de ca,tar
detalha' da4ente a 4atRria2 analisar as suas vrias Ior4as de
evolu/0o e ras' trear sua cone;0o 3nti4a. SQ de,ois de conclu3do
esse trabalho R Kue se ,ode e;,or adeKuada4ente o 4ovi4ento real.
Caso se consiga isso2
e es,elhada ideal4ente agora a vida da 4atRria2 talveG ,ossa ,arecer
Kue se estePa tratando de u4a constru/0o a priori!
Por sua Iunda4enta/0o2 4eu 4Rtodo dialRtico n0o sQ diIere
do hegeliano2 4as R ta4bR4 a sua ant3tese direta. Para ?egel2 o
,rocesso de ,ensa4ento2 Kue ele2 sob o no4e de idRia2 transIor4a
nu4 suPeito autYno4o2 R o de4iurgo do real2 real Kue constitui
a,enas a sua 4a' niIesta/0o e;terna. Para 4i42 ,elo contrrio2 o
ideal n0o R nada 4ais Kue o 4aterial2 trans,osto e traduGido na
cabe/a do ho4e4.
? Kuase trinta anos2 nu4a R,oca e4 Kue ela ainda estava
na 4oda2 critiKuei o lado 4istiIicador da dialRtica hegeliana.
Suando eu elaborava o ,ri4eiro volu4e de Capital, e,3gonos
55
aborrecidos2 ar' rogantes e 4ed3ocres2 Kue agora ,ontiIica4 na
!le4anha culta2 se ,er4itia4 tratar ?egel co4o o bravo Hoses
Hendelssohn tratou )s' ,inosa na R,oca de +essing2 ou sePa2 co4o
u4 Vcachorro 4ortoW. Por isso2 conIessei'4e aberta4ente disc3,ulo
daKuele grande ,ensador e2 no ca,3tulo sobre o valor2 atR andei
na4orando aKui e acol os seus 4odos ,eculiares de e;,ress0o. !
4istiIica/0o Kue a dialRtica soIre nas 40os de ?egel n0o i4,ede2
de 4odo algu42 Kue ele tenha sido o ,ri4eiro a e;,or as suas
Ior4as gerais de 4ovi4ento2 de 4aneira a4,la e consciente. [

1'4
MARX
necessrio invertJ'la2 ,ara descobrir o cerne racional dentro do
invQlucro 43stico.
55 Har; reIere'se a3 aos IilQsoIos burgueses ale40es BOchner2 +ange2 :Ohring2 Fechner e
outros. "*. da )d. !le40.(

1'5
OS ECONOMISTAS
)4 sua Ior4a 4istiIicada2 a dialRtica Ioi 4oda ale40 ,orKue ela
,arecia tornar subli4e o e;istente. )4 sua conIigura/0o racional2 R
u4 incY4odo e u4 horror ,ara a burguesia e ,ara os seus ,orta'voGes
doutrinrios2 ,orKue2 no entendi4ento ,ositivo do e;istente2 ela inclui
ao 4es4o te4,o o entendi4ento da sua nega/0o2 da sua
desa,ari/0o inevitvel^ ,orKue a,reende cada Ior4a e;istente no
Ilu;o do 4ovi' 4ento2 ,ortanto ta4bR4 co4 seu lado transitQrio^
,orKue n0o se dei;a i4,ressionar ,or nada e R2 e4 sua essJncia2
cr3tica e revolucionria.
4ovi4ento2 re,leno de contradi/=es2 da sociedade
ca,italista IaG'se sentir ao burguJs ,rtico de 4odo 4ais contundente
nos vaivRns do ciclo ,eriQdico Kue a indMstria 4oderna ,ercorre e
e4 seu ,onto cul4inante L a crise geral. )sta se a,ro;i4a
nova4ente2 e4bora ainda se encontre nos estgios ,reli4inares2 e2
tanto ,ela sua ,resen/a ,or toda ,arte Kuanto ,ela intensidade de
seus eIeitos2 h de enIiar a dialRtica atR 4es4o na cabe/a dos
,arasitas aIortunadas do novo Sacro I4,Rrio Teuto'Prussiano.
+ondres2 67 de Paneiro de #E&D
Karl "ar:

165

PREBLCIO DA EDIO BRANCESA
Londres2 #E de 4ar/o de #E&6
!o cidad0o Haurice +a ChUtre
Caro Cidad0oj
!,laudo a sua idRia de ,ublicar a tradu/0o de Capital e4
Iasc3culos. :essa Ior4a2 a obra ser 4ais acess3vel F classe o,erria
e2 ,ara 4i42 isso R 4ais i4,ortante do Kue todo o resto.
)sse R o lado bo42 4as R ,reciso considerar o reverso da 4edalha9
o 4Rtodo Kue utiliGei e Kue ainda n0o havia sido a,licado aos assuntos
econY4icos torna bastante rdua a leitura dos ,ri4eiros ca,3tulos2 e
R de se te4er Kue o ,Mblico IrancJs2 se4,re i4,aciente e4 chegar Fs
conclus=es e vido e4 conhecer a cone;0o entre os Iunda4entos gerais
e as Kuest=es i4ediatas Kue o a,ai;ona42 venha a desani4ar e4 ,ros'
seguir a leitura ,orKue tudo n0o se encontra logo no co4e/o.
)ssa R u4a desvantage4 contra a Kual nada ,osso IaGer2 e;ceto
,revenir e acautelar os leitores seKuiosos da verdade. *0o h entrada
P aberta ,ara a ciJncia e sQ aKueles Kue n0o te4e4 a Iadiga de galgar
suas escar,as abru,tas R Kue tJ4 a chance de chegar a seus
ci4os lu4inosos.
Karl "ar:

16'

POSBLCIO DA EDIO BRANCESA
Ao leitor
sr. J. Ro- se ,ro,Ys IaGer u4a tradu/0o t0o e;ata e atR 4es4o
literal Kuanto ,oss3vel^ ele cu4,riu co4 e;tre4a e;atid0o a sua tareIa.
Has essa e;tre4a e;atid0o 4e obrigou a 4odiIicar a reda/0o ,ara
torn'la 4ais acess3vel ao leitor. )sses re4anePa4entos2 Ieitos no dia'
a'dia2 ,ois o livro Ioi editado e4 Iasc3culos2 Iora4 e;ecutados co4 cui'
dado desigual e tinha4 de originar discre,Uncias de estilo.
C4a veG e4,reendido esse trabalho de revis0o2 Iui levado a a,li'
c'lo ta4bR4 ao te;to original subPacente "a segunda edi/0o
ale40(2 si4,liIicando algu4as assertivas2 co4,letando outras2
acrescentando 4aterial histQrico ou estat3stico2 incor,orando
observa/=es cr3ticas etc. SePa4 Kuais Iore4 as i4,erIei/=es
literrias dessa edi/0o Irancesa2 ela ,ossui valor cient3Iico
inde,endente do original e deve ser consul' tada 4es4o ,elos
leitores Ia4iliariGados co4 a l3ngua ale40.
Re,roduGo2 4ais adiante2 as ,assagens do ,osIcio da
segunda edi/0o ale40 relativas ao desenvolvi4ento da )cono4ia
Pol3tica na !le4anha e ao 4Rtodo e4,regado nesta obra.
+ondres2 6E de abril de #E&5
Karl "ar:

160

PREBLCIO DA TERCEIRA
EDIO ALEM
N0o Ioi ,oss3vel ao ,rQ,rio Har; a,rontar2 ,ara ser
i4,ressa2 esta terceira edi/0o. ,oderoso ,ensador2 ante cuPa
grandeGa atR os adversrios agora se curva42 Ialeceu no dia #7 de
4ar/o de #EED.
Sobre 4i4 Kue ,erdi2 co4 ele2 o 4elhor e ,or Kuatro
dRcadas o 4ais constante dos a4igos2 o a4igo a Kue4 devo 4ais do
Kue ,alavras ,er4ite4 diGer2 sobre 4i4 recai agora a obriga/0o de
,rovidenciar esta terceira edi/0o2 be4 co4o ,re,arar o segundo
volu4e2 dei;ado e4 4anuscrito. !o leitor tenho de ,restar aKui
contas de co4o dese4' ,enhei a ,ri4eira ,arte dessa obriga/0o.
:e in3cio2 Har; ,retendia reelaborar grande4ente o te;to do vo'
lu4e I2 Ior4ulando de 4odo 4ais ,reciso certos ,ontos teQricos2 acres'
centando novos e co4,le4entando2 atR o ,resente2 o 4aterial histQrico
e estat3stico. Seu 4au estado de saMde e o desePo de chegar F reda/0o
Iinal do volu4e II obrigara4'no a renunciar a isso. SQ o 4ais necessrio
devia ser 4odiIicado2 sQ devia4 ser inseridos os acrRsci4os
contidos na edi/0o Irancesa "%e Capital! Par Karl "ar:! Paris2
+achUtre2 #E&D(
51
e ,ublicada nesse 3nteri4.
*o es,Qlio Ioi encontrado ta4bR4 u4 e;e4,lar e4 ale40o
Kue havia sido corrigido ,or ele e4 alguns trechos e Kue tinha
reIerJncias re4issivas F edi/0o Irancesa^ encontrou'se ta4bR4 u4
e;e4,lar e4 Iran' cJs2 no Kual ele havia indicado co4 ,recis0o as
,assagens a sere4 utili' Gadas. )ssas 4odiIica/=es e esses
acrRsci4os li4ita4'se2 co4 raras e;' ce/=es2 F Mlti4a ,arte do livro2
intitulada V Processo de !cu4ula/0o do Ca,italW. !Kui2 o te;to
,ublicado atR agora seguia 4ais a reda/0o original2 enKuanto os
ca,3tulos anteriores tinha4 sido 4uito 4ais reelaborados.
estilo era2 ,ortanto2 4ais vivo2 4ais de u4a sQ Iornada2 4as ta4bR4
4ais descuidado2 recheado de anglicis4os e ,ouco claro e4 alguns
trechos^

161

51 ! edi/0o Irancesa do volu4e I de Capital a,areceu e4 cadernos seriados de #E&6 atR
#E&5. "*. da )d. !le40.(

162

OS ECONOMISTAS
o transcurso da e;,osi/0o a,resentava lacunas aKui e ali2 enKuanto
alguns 4o4entos i4,ortantes tinha4 sido a,enas esbo/ados.
Suanto ao estilo2 Har; havia revisto cuidadosa4ente vrios sub'
ca,3tulos2 dando'4e co4 isso2 be4 co4o ,or IreKOentes indica/=es orais2
a 4edida ,ara eu saber atR onde ir na eli4ina/0o de ter4os
tRcnicos ingleses e de outros anglicis4os. Har; teria2 e4 todo caso2
reelaborado os acrRsci4os e as co4,le4enta/=es2 substituindo2 alR4
disso2 o IrancJs Iluente ,elo seu ,rQ,rio ale40o conciso^ eu tive de 4e
li4itar a trans' ,Y'los co4 o 4;i4o de integra/0o ao te;to
original.
*enhu4a ,alavra Ioi2 ,ortanto2 4odiIicada nesta terceira edi/0o
se4 Kue eu n0o tivesse certeGa de Kue o ,rQ,rio autor a
4odiIicaria. *0o 4e ,assa ,ela cabe/a introduGir e4 Capital o
Parg0o corrente e4 Kue os econo4istas ale40es costu4a4 e;,ressar'
se2 Ior4a t0o con' Iusa Kue2 ,or e;e4,lo2 aKuele Kue2 4ediante
,aga4ento e4 dinheiro2 IaG co4 Kue outros lhe dJe4 trabalho R
cha4ado de V!rbeit2e.erW2
5&
enKuanto aKuele de Kue4 o trabalho R
e;tra3do 4ediante salrio R cha4ado de V!rbeitnehmerW.
5E
Ta4bR4
e4 IrancJs travail R usado2 na linguage4 corrente2 no sentido de
Vocu,a/0oW. Has os Iranceses2 co4 raG0o2 consideraria4 louco o
econo4ista Kue Kuisesse cha4ar o ca,i' talista de donneur de
travail e o trabalhador de receveur de travail.
Ta4,ouco eu 4e ,er4iti reduGir o dinheiro2 os ,esos e as 4edidas
ingleses usados ao longo de todo o te;to a seus eKuivalentes
ale40es atuais. Suando surgiu a ,ri4eira edi/0o2 havia na
!le4anha tantos ti,os de ,eso e 4edida Kuantos dias no ano^
alR4 disso2 havia duas es,Rcies de 4arco "naKueles te4,os o -eichs-
mark
5$
sQ tinha validade na cabe/a de Soetbeers2 Kue o inventou no
Iinal dos anos D%(2 duas es,Rcies de Ilori4 e ao 4enos trJs de tler2
das Kuais u4a cuPa unidade era o Vnovo dois ter/osW.
1%
*as ciJncias
naturais do4inava o siste4a 4Rtrico^ no 4ercado 4undial2 os
,esos e 4edidas ingleses. *essas circunstUncias2 as unidades
inglesas de 4edida i4,unha4'se natural' 4ente a u4 livro Kue
tinha de basear'se e4 dados Iactuais oriundos Kuase
e;clusiva4ente de condi/=es industriais inglesas. ) esse Mlti4o
4otivo continua vlido ainda hoPe2 tanto 4ais Kue Kuase n0o
houve 4aiores 4odiIica/=es no 4ercado 4undial Kuanto a isso2 e
notada4ente nas indMstrias 4ais signiIicativas L Ierro e algod0o
L ,redo4ina4 atR hoPe Kuase e;clusiva4ente ,esos e 4edidas
ingleses.
Por Ii42 ainda u4a ,alavra sobre o ,ouco co4,reendido 4odo
de Har; IaGer cita/=es. Suando se trata de inIor4a/=es e descri/=es
a,enas Iactuais2 as cita/=es2 co4o2 ,or e;e4,lo2 as dos +ivros !Guis
5& Dador de trabalho. "*. dos T.(

1'3

5E Tomador de trabalho. "*. dos T.(
5$ Harco ale40o. "*. dos T.(
1% Hoeda de ,rata no valor de 6`D de tler2 Kue circulou do Iinal do sRculo ]VII atR
4etade
do sRculo ]I] e4 diIerentes territQrios ale40es. "*. da )d. !le40.(

1'1

MARX
ingleses2 serve4 evidente4ente co4o si4,les ele4entos de co4,rova'
/0o. [ diIerente2 ,orR42 Kuando s0o citadas teorias de outros
econo' 4istas. *esse caso2 a cita/0o visa a,enas constatar onde2
Kuando e ,or Kue4 Ioi clara4ente e;,resso ,ela ,ri4eira veG u4
,ensa4ento econY4ico 4encionado no decorrer do desenvolvi4ento
do te;to. I4' ,orta a3 a,enas Kue a conce,/0o econY4ica e4
Kuest0o tenha signiIi' cado ,ara a histQria da ciJncia2 Kue ela sePa
a e;,ress0o teQrica 4ais ou 4enos adeKuada da situa/0o
econY4ica de sua R,oca. Has n0o interessa2 de 4odo algu42 saber
se essa ,ro,osi/0o te4 valor absoluto ou relativo ,ara a ,ers,ectiva
do autor ou se ela P tinha sido ultra' ,assada ,ela ?istQria. )ssas
cita/=es constitue42 ,or conseguinte2 a,e' nas co4entrios ao longo
do te;to e4,restados da histQria da ciJncia econY4ica e
,atenteia4 cada u4 dos avan/os 4ais i4,ortantes da teoria
econY4ica de acordo co4 a data e o autor. ) isso era 4uito
necessrio nu4a ciJncia cuPos historiadores tJ4'se destacado atR agora
a,enas ,ela ignorUncia tendenciosa e Kuase orgulhosa. Tornar'se' en'
t0o ta4bR4 co4,reens3vel ,or Kue Har;2 de acordo co4 o ,osIcio da
segunda edi/0o2 sQ 4uito e;ce,cional4ente tenha chegado a citar eco'
no4istas ale40es.
)s,ero Kue o segundo volu4e ,ossa vir a ser ,ublicado no trans'
correr do ano de #EE7.
+ondres2 & de nove4bro de #EED
$riedrich *n2els

1'1

PREBLCIO DA EDIO INJLESA
A ,ublica/0o de u4a edi/0o inglesa de Capital n0o
,recisa ser PustiIicada. Pelo contrrio2 ,ode'se es,erar u4a e;,lica/0o
do ,or' KuJ Ioi retardada atR agora esta edi/0o inglesa2 Kuando h
vrios anos as teorias deste livro tJ4 sido constante4ente citadas2
atacadas e de' Iendidas2 e;,licadas e distorcidas2 tanto na i4,rensa
,eriQdica e coti' diana da Inglaterra Kuanto da !4Rrica.
Suando2 ,ouco a,Qs a 4orte do autor e4 #EED2 se tornou
claro Kue se tornava real4ente necessria u4a edi/0o inglesa da obra2
o sr. Sa4uel Hoore2 velho a4igo de Har; e do autor destas linhas2
,essoa talveG a 4ais Ia4iliariGada co4 o livro do Kue KualKuer
outra2 ,ron' tiIicou'se a IaGer a tradu/0o Kue os testa4enteiros
literrios de Har; instava4 Kue Iosse ,ublicada. Ficou acertado Kue
eu deveria co4,arar
o 4anuscrito co4 o original e ,ro,or as 4odiIica/=es Kue 4e
,arecesse4 aconselhveis. Suando ,ouco a ,ouco se 4ostrou Kue
as ocu,a/=es ,roIissionais i4,edia4 o sr. Hoore de concluir a
tradu/0o t0o ra,ida' 4ente Kuanto todos nQs desePva4os2
aceita4os co4 alegria a oIerta do dr. !veling de incu4bir'se de
,arte do trabalho. !o 4es4o te4,o2
a sra. !veling2 a Iilha 4ais Pove4 de Har;2 oIereceu'se ,ara
conIerir
as cita/=es e recu,erar o te;to original das nu4erosas ,assagens de
autores ingleses e dos +ivros !Guis traduGidas ,or Har; ,ara o ale40o.
Fora4 traduGidas ,elo dr. !veling as seguintes ,artes do livro9
#( os ca,3tulos ] "i! Jornada de Trabalhoi( e ]I "iTa;a e Hassa
de Hais'valiai(^ 6( a Se/0o VI "i Salrioi(2 co4,reendendo os
ca,3tulos ]I] a ]]II^ D( do ca,3tulo ]]IV2 Se/0o IV "iCircunstUncias
Kuei etc.( atR o Iinal do livro2 abrangendo a Mlti4a ,arte do
ca,3tulo ]]IV2 ca' ,3tulo ]]V e toda a Se/0o VIII "os ca,3tulos
]]VI atR ]]]III(^ 7( os dois ,reIcios do autor. Todo o resto do
livro Ioi traduGido ,elo sr. Hoore.
1#
)nKuanto cada tradutor R
res,onsvel a,enas ,or sua ,arte2 cabe'4e res,onsabilidade geral
,elo todo.

1'4

1# ! nu4era/0o dos ca,3tulos da edi/0o inglesa do volu4e I de Capital n0o coincide co4
a nu4era/0o das edi/=es ale40s. "*. da ). !le40.(

1'5

OS ECONOMISTAS
! terceira edi/0o ale402 na Kual se baseou inteira4ente o nosso
trabalho2 Ioi ,re,arada ,or 4i4 e4 #EED2 levando e4 considera/0o
as notas dei;adas ,elo autor2 Kue indica4 as ,assagens da
segunda edi/0o Kue deveria4 ser substitu3das ,or ,assagens
corres,ondentes do te;to IrancJs ,ublicado e4 #E&D.
16
!s
4odiIica/=es assi4 introdu' Gidas no te;to da segunda edi/0o
coincidia42 geral4ente2 co4 as al' tera/=es Kue Har; reco4endara
nu4a sRrie de instru/=es do ,rQ,rio ,unho ,ara u4a vers0o ,ara
o inglJs Kue havia sido ,lanePada nos )stados Cnidos h deG anos2
4as da Kual se desistiu ,rinci,al4ente ,or Ialta de u4 tradutor
ca,aG e adeKuado. )sse 4anuscrito Ioi colocado
F nossa dis,osi/0o ,or nosso velho a4igo2 o sr. F. !. Sorge2 de ?obo\en2
*eX Jerse-. Continha ainda a indica/0o de inserir alguns outros
trechos da edi/0o Irancesa^ 4as2 co4o ele era vrios anos 4ais antigo
do Kue as Mlti4as instru/=es ,ara a terceira edi/0o2 n0o 4e
considerei auto' riGado a IaGer uso delas a n0o ser e4 casos
e;ce,cionais e es,ecial4ente Kuando nos aPudava4 a su,erar
diIiculdades. Igual4ente o te;to Iran' cJs Ioi usado2 na 4aioria das
,assagens diI3ceis2 ,ara indicar o Kue o ,rQ,rio autor estava
,re,arado ,ara sacriIicar2 se4,re Kue algo do sentido integral do
original tivesse Kue ser sacriIicado na tradu/0o.
C4a diIiculdade ,ersiste2 no entanto2 e dela n0o ,ode4os ,ou,ar
o leitor9 o e4,rego de certas e;,ress=es e4 sentido diIerente n0o
sQ do uso na linguage4 cotidiana2 4as ta4bR4 na )cono4ia
Pol3tica usual. Isso era2 ,orR42 inevitvel. Cada conce,/0o nova de
u4a ciJncia i4,lica u4a revolu/0o nos ter4os tRcnicos dessa
ciJncia. Isso se evi' dencia 4elhor na Su34ica2 cuPa ter4inologia
toda est sendo radical' 4ente alterada a cada vinte anos 4ais ou
4enos e na Kual diIicil4ente se ,ode encontrar u4 co4,osto orgUnico
Kue n0o tenha tido toda u4a sRrie de no4es diIerentes. ! )cono4ia
Pol3tica geral4ente te4'se con' tentado e4 to4ar2 tal co4o se
encontra42 as e;,ress=es da vida co' 4ercial e industrial e o,erar
co4 elas se4 se dar e4 absoluto conta de Kue ela2 co4 isso2 se
restringe ao c3rculo estreito das idRias Kue essas ,alavras
e;,ri4e4. !ssi42 a ,rQ,ria )cono4ia Pol3tica clssica
L e4bora tivesse consciJncia ,lena de Kue tanto o lucro Kuanto a
renda s0o a,enas subdivis=es2 ,arcelas daKuela ,arte n0o ,aga do
,roduto Kue o trabalhador te4 de Iornecer ao ,atr0o "o ,ri4eiro
Kue dela se a,ro,ria2 ainda Kue n0o sePa seu Mlti4o ne4 Mnico
dono( L Pa4ais ultra,assou os conceitos usuais de lucro e renda2
Pa4ais e;a' 4inou e4 seu conPunto2 co4o u4 todo2 essa ,arte n0o
,aga do ,roduto "Kue Har; cha4ou de 4ais'valia( e2 ,or isso2 ela
Pa4ais atingiu u4a co4,reens0o clara2 sePa de sua orige4 e de sua
natureGa2 sePa ta4bR4 das leis Kue regula4 a ,osterior re,arti/0o
do seu valor. :e 4odo

1'6

16 %e Capital! Par Karl "ar:. Tradu/0o de H. J. Ro-2 total4ente revista ,elo autor2 Paris2
+achUtre. )ssa tradu/0o contR42 es,ecial4ente na Mlti4a ,arte do livro2 considerveis
4udan/as e co4,le4enta/=es e4 rela/0o ao te;to da 6k edi/0o ale40.

1''

MARX
se4elhante2 toda a indMstria2 e;cetuando'se a agricultura e o artesa'
nato2 R subsu4ida2 se4 nenhu4a diIerencia/0o2 no ter4o V4anuIaturaW
e2 co4 isso2 a,aga'se a diIeren/a entre dois ,er3odos i4,ortantes e
essencial4ente diversos9 o ,er3odo da 4anuIatura ,ro,ria4ente
dita2 baseado na divis0o do trabalho 4anual2 e o ,er3odo da
indMstria 4o' derna2 baseado na 4aKuinaria. [ no entanto evidente
Kue u4a teoria Kue considera a 4oderna ,rodu/0o ca,italista 4era
eta,a de evolu/0o da histQria econY4ica da hu4anidade tenha de
e4,regar outras e;' ,ress=es do Kue aKueles autores Kue encara4
essa Ior4a de ,rodu/0o co4o i4,erec3vel e deIinitiva.
TalveG n0o sePa ino,ortuna u4a ,alavra Kuanto ao 4Rtodo de
citar e4,regado ,elo autor. *a 4aioria dos casos2 as cita/=es serve42
co4o R usual2 ,ara docu4entar asser/=es Ieitas no te;to. Has2 e4
4uitos casos2 s0o transcritas ,assagens de econo4istas ,ara
4ostrar Kuando2 onde e ,or Kue4 deter4inado ,onto de vista Ioi ,ela
,ri4eira veG clara4ente e;,resso. Isso ocorre nos casos e4 Kue a
o,ini0o trans' crita R i4,ortante co4o e;,ress0o 4ais ou 4enos
adeKuada das con' di/=es sociais de ,rodu/0o e de troca do4inantes e4
deter4inada R,oca2 inde,endente4ente do Iato de Har; a aceitar ou
se ela tinha validade geral. )ssas cita/=es enriKuece42 ,ortanto2 o
te;to co4 u4 co4entrio corrente e;tra3do da histQria da ciJncia.
! nossa tradu/0o co4,reende a,enas o +ivro Pri4eiro da
obra.
Has esse livro R e4 grande 4edida u4 todo e4 si 4es4o e2 ,or vinte
anos2 ,assou ,or obra autYno4a. +ivro Segundo2 Kue editei e4
ale40o e4 #EE52 Iica decidida4ente inco4,leto se4 o +ivro Terceiro2
Kue n0o ,oder ser ,ublicado antes do Iinal de #EE&. Suando sair
F luG2 no original ale40o2 o +ivro Terceiro2 haver bastante te4,o
,ara ,ensar e4 ,re,arar u4a edi/0o inglesa de a4bos.
Capital2 no continente euro,eu2 R cha4ado IreKOente4ente de
VB3blia da classe o,erriaW. Sue as conclus=es sustentadas nesta obra
se torna4 cada dia 4ais os ,rinc3,ios Iunda4entais do grande
4ovi' 4ento da classe o,erria2 n0o sQ na !le4anha e na Su3/a2 4as
ta4bR4 na Fran/a2 na ?olanda e na BRlgica2 na !4Rrica e atR
4es4o na Itlia e na )s,anha^ Kue2 ,or toda ,arte2 a classe
o,erria reconhe/a cada veG 4ais nessas conclus=es a e;,ress0o
4ais adeKuada da sua situa/0o e dos seus anseios2 isso ninguR4
Kue estePa a ,ar desse 4o' vi4ento h de negar. )2 neste instante2
ta4bR4 na Inglaterra as teorias de Har; e;erce4 inIluJncia
,oderosa sobre o 4ovi4ento socialista2 Kue se e;,ande nas Iileiras
das V,essoas cultasW n0o 4enos Kue nas Iileiras da classe o,erria.
Has isso n0o R tudo. :e,ressa se a,ro;i4a
o te4,o e4 Kue h de se i4,or u4a investiga/0o ,roIunda da situa/0o
econY4ica da Inglaterra co4o u4a irresist3vel necessidade nacional.
! 4archa do siste4a industrial da Inglaterra2 Kue R i4,oss3vel
se4 u4a e;,ans0o r,ida e ,er4anente da ,rodu/0o e2 ,ortanto2 dos

1'/

4er' cados2 est e4,errada. livre'ca4bis4o esgotou seus
recursos^ atR

1'0

OS ECONOMISTAS
4es4o Hanchester ,erdeu a IR nesse seu antigo evangelho econY4ico.
1D
! indMstria estrangeira2 Kue se desenvolve ra,ida4ente2 desaIia a ,ro'
du/0o inglesa ,or toda ,arte2 n0o sQ e4 4ercados deIendidos ,or tariIas
aduaneiras2 4as ta4bR4 e4 4ercados neutros2 atR 4es4o deste lado
do canal. )nKuanto a Ior/a ,rodutiva cresce e4 ,rogress0o geo4Rtrica2
a e;,ans0o dos 4ercados cresce2 na 4elhor das hi,Qteses2 e4 ,rogres'
s0o arit4Rtica. ciclo decenal de estagna/0o2 ,ros,eridade2 su,er,ro'
du/0o e crise2 Kue se re,etiu se4,re de #E65 a #E1&2 ,arece ter'se
esgotado^ 4as sQ ,ara dei;ar'nos aterrissar no loda/al
deses,erador de u4a de,ress0o crYnica e duradoura. al4ePado
,er3odo de ,ros' ,eridade reluta e4 voltar^ toda veG Kue acredita4os
divisar os sinto4as Kue a anuncia42 eles desa,arece4 nova4ente
no ar. )ntre4entes2 cada novo inverno recoloca a Kuest0o9 V Kue
IaGer co4 os dese4,re' gadosZW Has enKuanto se avolu4a2 a cada
ano2 o nM4ero de dese4' ,regados2 n0o h ninguR4 ,ara
res,onder a essa ,ergunta^ e Kuase ,ode4os calcular o 4o4ento
e4 Kue os dese4,regados v0o ,erder a ,aciJncia e to4ar o seu
destino e4 suas ,rQ,rias 40os. )4 tal 4o' 4ento2 deveria
certa4ente ser ouvida a voG de u4 ho4e4 cuPa teoria
R2 toda ela2 o resultado de u4a vida inteira de estudos da histQria e
da situa/0o econY4ica da Inglaterra2 levando'o F conclus0o de Kue2 ao
4enos na )uro,a2 a Inglaterra R o Mnico ,a3s onde a inevitvel
revolu/0o social ,oderia realiGar'se inteira4ente ,or 4eios ,ac3Iicos
e legais. Certa4ente ele nunca se esKueceu de acrescentar Kue n0o
es,erava Kue as classes do4inantes da Inglaterra se sub4etesse4 a
essa revo' lu/0o ,ac3Iica e legal se4 tentar u4a proslaverD
re.ellion.
17
5 de nove4bro de #EE1
$riedrich *n2els
1D *a reuni0o tri4estral da CU4ara de Co4Rrcio de Hanchester2 eIetuada hoPe F tarde2
ocorreu u4 ani4ado debate sobre a Kuest0o do livre'ca4bis4o. Foi a,resentada u4a re'
solu/0o declarando Kue V,or Kuarenta anos se tinha es,erado e4 v0o Kue outras na/=es
seguisse4 o e;e4,lo inglJs do livre'ca4bis4o e Kue a CU4ara considera ter chegado
a hora de 4udar esse ,onto de vistaW. ! resolu/0o Ioi rePeitada ,or u4a 4aioria de
a,enas u4 voto2 havendo 6# a Iavor e 66 contra. "*venin2 <tandard, #8 de nove4bro
de #EE1.(

1'1

17 Rebeli0o e4 ,rol da escravatura. +evante Kue os donos de escravos do sul dos )stados
Cnidos desencadeara4 e Kue levou F Guerra Civil de #E1#`15. "*. da )d. !le40.(

1'2

PREBLCIO DA QUARTA
EDIO ALEM
A Kuarta edi/0o 4e obrigou a estabelecer u4a vers0o t0o
deIi' nitiva Kuanto ,oss3vel do te;to e das notas. Sobre co4o ,rocurei
IaGJ'lo2 algu4as ,alavras9
:e,ois de conIrontar 4ais u4a veG a edi/0o Irancesa e as notas
4anuscritas de Har;2 to4ei daKuela alguns acrRsci4os ,ara o
te;to ale40o. )ncontra4'se F ,. E% "na terceira edi/0o2 ,. EE(2 ,. 75E
a 71% "terceira edi/0o2 ,. 5%$'5#%(2 ,. 57&'55# "terceira2 ,. 1%%(2
5$# a 5$D "terceira2 ,. 177( e ,. 5$1 "terceira2 ,. 17E( na nota &$. :e
conIor4idade co4 as edi/=es Irancesa e inglesa2 incor,orei ao te;to
"Kuarta edi/0o2
,. 71# a 71&(
15
a longa nota sobre os trabalhadores das 4inas "terceira
edi/0o2 ,. 5%$ a 5#5(. !s outras ,eKuenas 4odiIica/=es s0o de natureGa
,ura4ente tRcnica.
!crescentei ainda algu4as notas e;,licativas2 ,rinci,al4ente
onde a 4udan/a das circunstUncias histQricas ,arecia e;igi'lo.
Todas essas notas adicionais est0o colocadas entre colchetes e
assinaladas co4 4inhas iniciais ou co4 :. ?.
C4a revis0o co4,leta das nu4erosas cita/=es tornou'se neces'
sria devido F edi/0o inglesa surgida nesse 3nteri4. Para essa edi/0o2
a Iilha 4ais Pove4 de Har;2 )leanor2 deu'se ao trabalho de co4,arar
co4 os originais todas as ,assagens citadas2 de 4odo Kue o
,rQ,rio te;to das cita/=es de Iontes inglesas2 as 4ais nu4erosas2 n0o
a,arecesse nu4a retradu/0o do ale40o2 4as co4 o te;to inglJs
original. )sse te;to estava2 ,ortanto2 a 4eu dis,or ,ara a Kuarta
edi/0o. !ssi4 Iora4 descobertas diversas ,eKuenas i4,recis=es.
Indica/=es erradas de ,' ginas2 e4 ,arte co4etidas ao co,iar dos
cadernos2 e4 ,arte devidas
a erros de i4,ress0o acu4ulados ao longo de trJs edi/=es. !s,as
ou reticJncias 4al colocadas2 co4o R inevitvel nu4 volu4e t0o
grande de cita/=es tiradas de cadernos de notas2 aKui e ali a tradu/0o
4enos

1/3

15 Ver v. I2 t. II. "*. do ).(

OS ECONOMISTAS
1/1

IeliG de u4a ,alavra. Certas cita/=es tiradas dos velhos cadernos de
Paris2 de #E7D a #E752 Kuando Har; n0o sabia inglJs e lia os
econo' 4istas ingleses e4 tradu/=es ,ara o IrancJs2 casos e4 Kue
a du,la tradu/0o acarretava leve 4udan/a de colorido2 ,or
e;e4,lo2 co4 Steuart2 Cre e outros L Kuando ent0o o te;to
inglJs tinha de ser usado. ) todos os casos se4elhantes de ,eKuenos
la,sos e ine;atid=es. Suando agora se co4,ara a Kuarta edi/0o co4
as anteriores2 ,ode'se ver Kue todo esse trabalhoso ,rocesso de
corre/0o nada 4odiIicou no livro Kue 4ere/a 4en/0o. !,enas u4a
Mnica cita/0o n0o ,Yde ser en' contrada2 a e;tra3da de Richard
Jones "Kuarta edi/0o2 ,. 5162 nota
7&(^
11
Har; ,rovavel4ente se enganou ao transcrever o t3tulo do livro.
Todas as de4ais conserva4 todo o seu ,oder co4,robatQrio ou o re'
Ior/a4 na atual Ior4a e;ata.
!Kui sou Ior/ado2 ,orR42 a voltar a u4a velha histQria.
SQ conhe/o u4 caso e4 Kue a corre/0o de u4a cita/0o de
Har; Ioi ,osta e4 dMvida. Co4o continuou2 ,orR42 a circular 4es4o
de,ois da 4orte de Har;2 n0o ,osso dei;ar de avent'lo aKui.
1&
)4 & de 4ar/o de #E&62 a,areceu no Conc6rdia de Berli42 Qrg0o
da Cni0o dos Fabricantes !le40es2 u4 artigo anYni4o9 VCo4o
Karl Har; citaW. *ele se aIir4a2 co4 u4 gasto enor4e de indigna/0o
4oral
e de e;,ress=es nada ,arla4entares2 Kue teria sido IalsiIicada "na sau'
da/0o inaugural da !ssocia/0o Internacional dos Trabalhadores2 de
#E172
1E
e re,etida e4 Capital I2 ,. 1#&2 Kuarta edi/0o e ,. 1&%'
1&# da terceira edi/0o(
1$
a cita/0o e;tra3da do discurso ,ronunciado
a #1 de abril de #E1D ,or Gladstone sobre o or/a4ento. *enhu4a
,alavra da Irase Veste au4ento e4briagador de riKueGa e ,oder "...(
est to' tal4ente li4itado Fs classes ,ossuidorasW constaria no
relatQrio este' nogrIico "Kuase'oIicial( de ?ansard.
V)ssa Irase n0o consta e4 ,arte algu4a do discurso de
Gladstone. );ata4ente o contrrio R Kue R dito.W "Co4
negrito( ?Bor*% e *#eri%*e.#e9 MrH *e.#i$
cresce.#.:o ess frse(@
Har;2 a Kue4 esse nM4ero do Conc6rdia Ioi enviado no 4Js
de 4aio seguinte2 res,ondeu ao !nYni4o no Volksstaat de #8 de Punho.
Co4o n0o se le4brava 4ais Kue relato Pornal3stico havia citado2
li4itou'se2 ,ri' 4eiro2 a co4,rovar a 4es4a cita/0o e4 duas
,ublica/=es inglesas e citar2 e4 seguida2 o relato do Times2 segundo o
Kual Gladstone aIir4a9
11 Ver t. II. "*. do ).(
1& )ngels ocu,ou'se co4 o des4ascara4ento de reiterados ataKues diIa4atQrios ,or ,arte de
re,resentantes da burguesia2 no sentido de Kue Har; teria IalsiIicado u4a cita/0o de

MARX
1/4

u4
discurso de Gladstone de #1 de abril de #E1D2 nu4 trabalho es,ecial9 VSuando F
Kuest0o de Brentano contra Har; ,or causa de ,retensa IalsiIica/0o de cita/0oW. )sse
trabalho a,areceu e4 ?a4burgo2 e4 #E$#. Ver v. 66 da edi/0o "*@. "*. da )d.
!le40.(
1E Ver v. #1 da edi/0o "*@2 ,. D'#D. "*. do ).(
1$ Ver t. II. "*. do ).(

1/5
OS ECONOMISTAS
VThat is the state oI the case as regards the Xealth oI this
countr-.
I 4ust sa- Ior one2 I should loo\ al4ost Xith a,,rehension
and Xith ,ain u,on this into;icating aug4entation oI Xealth and
,oXer2
iI it Xere 4- belieI that it Xas conIined to classes Xho are in
eas- circunstances. This ta\es no cogniGance at all oI the
condition oI the labouring ,o,ulation. The aug4entation I have
described and Xhich is Iounded2 I thin\2 u,on accurate returns2 is
an aug4entation entirel- conIined to classes oI ,ro,ert-W.
&%
Gladstone aIir4a aKui2 ,or conseguinte2 Kue lasti4aria se assi4
Iosse2 4as Kue # assi49 Kue esse au4ento e4briagador de riKueGa
e ,oder est( total4ente li4itado Fs classes ,ossuidoras. ) Kuanto
ao Kuase'oIicial ?ansard2 Har; acrescenta9
V!Kui2 Hr. Gladstone2 e4 edi/0o ,osterior4ente aPeitada2
Ioi bastante es,erto ,ara IaGer su4ir a ,assage4 Kue seria
co4,ro' 4etedora na boca de u4 Chanceler do Tesouro
inglJs. )sse R2 alis2 u4 consagrado costu4e ,arla4entar
britUnico e2 de 4odo algu42 u4a inven/0o do ,eKueno +as\er
contra BebelW.
&#
!nYni4o se irrita cada veG 4ais. :es,reGando as Iontes de
segunda 40o e4 sua res,osta no Conc6rdia de 7 de Pulho2 sugere
envergonhada4ente Kue R Vcostu4eW citar discursos ,arla4entares se'
gundo o registro estenogrIico^ 4as ta4bR4 o relato do Times "no Kual
est a Irase V4entirosa4ente acrescentadaW( e o de ?ansard "no Kual
ela n0o est( Vcoincide4 inteira4ente no ,lano 4aterialW2 e 4es4o
o relato do Times conteria Vdireta4ente o o,osto daKuela
Ia4igerada ,assage4 do discurso inauguralW2 co4 o Kue o ho4e4
cuidadosa4ente silencia Kue2 ao lado desse ,retenso Vo,ostoW2 ele
contR4 e;,ressa4ente VaKuela Ia4igerada ,assage4W. !,esar de tudo
isso2 o !nYni4o sente Kue est encalhado e Kue sQ u4 novo
subterIMgio ,ode salv'lo. Por' tanto2 enKuanto ele criva seu artigo
Vatrevida4ente 4entirosoW2 co4o Ioi 4ostrado h ,ouco2 de
ediIicantes ;inga4entos co4o V"ala fidesW2
&6
&% )ssa R a situa/0o do caso no Kue concerne F riKueGa deste ,a3s. :evo diGer ,or 4i4 Kue
eu veria co4 a,reens0o e co4 dor esse e4briagador acM4ulo de riKueGa e ,oder se eu
acreditasse estar ele conIinado Fs classes abastadas. Isso n0o to4a absoluta4ente
conhe' ci4ento das condi/=es da ,o,ula/0o trabalhadora. au4ento Kue acabo de
descrever e Kue se Iunda4enta2 creio2 e4 inIor4es e;atos2 R u4 au4ento inteira4ente
conIinado Fs classes ,ro,rietrias. "*. dos T.(
&# *a sess0o ,arla4entar de E de nove4bro de #E&#2 o de,utado liberal nacionalista
+as\er declarou2 nu4a ,olJ4ica contra Bebel2 Kue se os trabalhadores ale40es ,usesse4 na
cabe/a i4itar o e;e4,lo dos integrantes da Co4una de Paris2 o honesto ,ro,rietrio
burguJs iria V4at'lo a ,orreta/oW. orador n0o se decidiu2 ,orR42 a ,ublicar essas
Ior4ula/=es e P no registro estenogrIico constava42 e4 veG de V4at'lo a ,orreta/oW2

1/6
MARX
as ,alavras VsubPu' g'los co4 ,oder ,rQ,rioW. Bebel descobriu essa IalsiIica/0o. +as\er
tornou'se obPeto de escrnio entre os o,errios. Por causa de sua estatura di4inuta2
deu'se'lhe o a,elido de V,eKueno +as\erW. "*. da )d. !le40.(
&6 H IR. "*. dos T.(

1/'
OS ECONOMISTAS
VdesonestidadeW2 Vassertiva 4entirosaW2 VaKuela cita/0o 4entirosaW2
V4entira deslavadaW2 Vu4a cita/0o co4,leta4ente IorPadaW2 Vesta
Ial' siIica/0oW2 Vsi4,les4ente inIa4eW etc.2 considera necessrio
deslocar a Kuest0o ,ara outro terreno e ,ro4ete2 ,ortanto2 Ve;,licar
nu4 ,rQ;i4o artigo o sentido Kue nQs "o n0o'W4entirosoi !nYni4o(
da4os ao conteMdo das ,alavras de Gladstonei. Co4o se essa sua
o,ini0o se4 autoridade tivesse o 43ni4o a ver co4 a coisaj )sse
segundo artigo est no Con- c6rdia de ## de Pulho.
Har; res,ondeu 4ais u4a veG no Volksstaat de & de agosto2
traGendo os relatos do "ornin2 <tar e do "ornin2 Advertiser
&D
de #&
de abril de #E1D. :e acordo co4 a4bos2 Gladstone diG Kue veria
co4 ,reocu,a/0o etc. esse au4ento e4briagador de riKueGa e ,oder
se o acreditasse li4itado Fs classes real4ente abastadas "classes in
easD circunstances(. Has Kue esse au4ento estaria real4ente
li4itado a classes ,ossuidoras de ,ro,riedades "entirelD confined to
classes pos- sessed of propertD(. Portanto2 ta4bR4 esses relatos
re,roduGe4 de 4odo literal a Irase considerada V4entirosa4ente
acrescentadaW. !lR4 disso2 conIrontando os te;tos do Times e de
?ansard2 Har; nova4ente cons' tatou Kue nos relatos de trJs Pornais2
inde,endentes entre si2 ,ublicados na 4anh0 seguinte2 estava a
4es4a Irase co4o tendo sido real4ente dita2 Ialtando ela no te;to de
?ansard ,orKue revisto segundo o notQrio Vcostu4eW2 ou sePa2
Gladstone Vesca4oteou'a ,osterior4enteW2 segundo as ,alavras de
Har;2 Kue2 ,ara concluir2 declarava n0o ter 4ais te4,o ,ara ,erder
co4 o !nYni4o. )ste ,arecia ta4bR4 estar saturado^ ao 4enos n0o
Iora4 enviados a Har; nM4eros ,osteriores do Conc6rdia.
Co4 isso2 a coisa ,arecia estar 4orta e enterrada. :esde
ent0o chegara4'nos2 no entanto2 u4a ou duas veGes2 ,or 4eio de
,essoas Kue tinha4 rela/=es co4 a Cniversidade de Ca4bridge2
ru4ores Kuanto
a u4 ino4invel cri4e literrio Kue Har; teria co4etido e4 Capital^
4as2 a,esar de todas as nossas investiga/=es2 nada se conseguiu a,urar
de concreto. :e re,ente2 e4 61 de nove4bro de #EED2 oito 4eses de,ois
da 4orte de Har;2 a,areceu no Times u4a carta2 oriunda do
Trinit- College2 Ca4bridge2 e assinada ,or Sedle- Ta-lor2 na Kual
o ho4en' Ginho2 Kue 4e;e co4 o ti,o 4ais inoIensivo de
coo,erativis4o2 de sMbito2 ino,ortuna4ente2 lan/ou'nos luG aIinal n0o
sQ sobre a boataria de Ca4' bridge2 co4o ta4bR4 sobre o !nYni4o
do Conc6rdia9
V Kue ,arece e;traordinrio ao e;tre4oW2 diG o
ho4enGinho do Trinit- College2 VR ter sido reservado ao prof!
dr! 'rentano "na ocasi0o2 e4 Breslau2 hoPe2 e4 )strasburgo(
"...( revelar a "ala fides Kue2 evidente4ente2 ditou aKuela
cita/0o do discurso de Gladstone na ora/0oW "inaugural(. V sr.
Karl Har;2 Kue "...( ,rocurou deIender a cita/0o2 teve a

1//
MARX
audcia de aIir4ar L e4
&D "ornin2 <tar. )strela da Hanh0. L "ornin2 Advertiser. !nunciador da Hanh0. "*. dos
T.(

1/0
OS ECONOMISTAS
4eio aos estertores 4ortais a Kue ra,ida4ente o lan/ara4 os
ataKues 4agistrais de Brentano L Kue o sr. Gladstone teria re'
tocado o relato do seu discurso no Times de #& de abril de #E1D2
antes de ser ,ublicado e4 ?ansard2 ,ara IaGer su4ir u4a
,as' sage4 Kue seria u4 tanto co4,ro4etedora ,ara u4
Chanceler do Tesouro inglJs. Suando Brentano2 ,or 4eio de
u4a co4,a' ra/0o 4inuciosa dos te;tos2 ,rovou Kue os relatos
do Times e de ?ansard coincidia4 e4 e;clu3re4 de 4odo
absoluto o sentido Kue a cita/0o ladina4ente isolada i4,utava
Fs ,alavras de Glads' tone2 ent0o Har; bateu e4 retirada sob o
,rete;to de Ialta de te4,ojW
)sse era2 Iinal4ente2 o osso enterradoj ) assi4 se reIletiu2
glorio' sa4ente2 na Iantasia coo,erativista de Ca4bridge2 a ca4,anha
anYni4a do sr. Brentano no Conc6rdiaj !ssi4 se ,ostava ele2 e assi4
ele brandia
a sua es,ada2
&7
Vnu4 ataKue conduGido 4agistral4enteW2 este S0o Jorge
da Cni0o dos Fabricantes !le40es2 enKuanto o drag0o dos inIernos2 Har;2
estertorava a seus ,Rs Vra,ida4ente e4 4eio a agonias 4ortaisW.
*o entanto2 toda essa descri/0o R,ica a !riosto sQ serve ,ara
encobrir os truKues desse S0o Jorge. !Kui P n0o se Iala de VacrRsci4os
4entirososW2 de VIalsiIica/0oW2 4as de Vcita/0o ca,ciosa4ente
isoladaW "craftilD isolated Cuotation(. Toda a Kuest0o tinha sido
deslocada2 e S0o Jorge e seu escudeiro ca4bridgeano sabia4 4uito
be4 ,or KuJ.
Co4o o Times recusou ,ublicar a rR,lica2 )leanor Har; enca4i'
nhou'a F revista 4ensal To-DaD de Ievereiro de #EE72 reconduGindo o
debate ao Mnico ,onto de Kue se tratava9 Har; havia ou n0o
Vacres' centado 4entirosa4ente aKuela IraseWZ sr. Sedle-
re,licou9
V! Kuest0o de saber se deter4inada Irase constou ou n0o
no discurso do sr. Gladstone eraW2 na sua o,ini0o2 Vde
i4,ortUncia 4uito subalternaW na dis,uta entre Har; e
Brentano2 Vse co4' ,arada co4 a Kuest0o de saber se a
cita/0o Iora Ieita co4 a inten/0o de re,roduGir ou de
deIor4ar o sentido de GladstoneW.
)2 ent0o2 ele ad4ite Kue o relato do Times VcontR4 de Iato u4a
contradi/0o nas ,alavrasW^ 4as2 o resto do conte;to e;,licaria2
4os' traria2 correta4ente2 isto R2 no sentido liberal'gladstoniano2 o
Kue o sr. Gladstone teria desePado diGer "To-DaD, 4ar/o de #EE7(.
cY4ico
R Kue o nosso ho4enGinho de Ca4bridge e4,enha'se agora e4 no
citar o discurso conIor4e ?ansard2 co4o seria Vcostu4eiroW2 segundo
o anYni4o Brentano2 4as conIor4e o relato do Times2 designado ,elo

1/1
MARX
4es4o Brentano co4o Vnecessaria4ente 4alIeitoW. *atural4ente2
P Kue a Irase Iatal falta no ?ansardj
&7 )ngels IaG a3 u4a varia/0o e4 torno das ,alavras do IanIarr0o e covarde FalstaII2 Kue
conta co4o ele teria2 soGinho2 lutado contra cinKOenta ,essoas. "S?!K)SP)!R). 1enriCue
/V. Parte Pri4eira. !to II. Cena IV.( "*. da )d. !le40.(

1/2
OS ECONOMISTAS
Foi Icil a )leanor Har;2 no 4es4o nM4ero do To-DaD,
reduGir
essa argu4enta/0o a ,Q. u o sr. Ta-lor tinha lido a controvRrsia
de
#E&6 e2 nesse caso2 tinha agora V4entidoW2 n0o sQ VacrescentandoW2 4as
ta4bR4 Vindo alR4W. u n0o a tinha lido e2 ent0o2 era sua
obriga/0o calar a boca. :e u4 4odo ou de outro2 Iicou claro Kue
ele n0o ousou2 e4 nenhu4 4o4ento2 4anter de ,R a acusa/0o do seu
a4igo Brentano de Kue Har; teria Vacrescentado 4entirasW. Pelo
contrrio2 agora Har; n0o teria acrescentado 4entiras2 4as teria
dei;ado Iora u4a Irase i4,ortante. Has essa 4es4a Irase R citada F
,. 5 do :iscurso Inaugural2 ,oucas linhas antes do Kue teria sido
Vacrescentado 4entirosa4enteW.
) no Kue se reIere F Vcontradi/0oW no discurso de Gladstone2 Kue4
R
sen0o e;ata4ente Har; Kue4 Iala2 na nota #%5
&5
de Capital, F ,.
1#E "terceira edi/0o2 ,. 1&6(2 das Vsucessivas e gritantes
contradi/=es nos discursos de Gladstone sobre os or/a4entos de
#E1D e #E17ij SQ Kue Har; n0o se lan/a F 4aneira de Sedle-
Ta-lor a dilu3'los e4 a4abilidades liberais. ) o resu4o conclusivo2
na res,osta de ). Har;2 aIir4a ent0o9
VPelo contrrio2 Har; nada ocultou digno de 4en/0o ne4 acres'
centou a 43ni4a 4entira. Has ele reconstituiu e arrancou do
esKueci4ento deter4inada Irase do discurso de Gladstone Kue
indubitavel4ente Ioi dita2 4as Kue2 de u4 Peito ou de outro2
encontrou o seu ca4inho L ,ara Iora de ?ansardW.
Co4 isso2 o sr. Sedle- Ta-lor ta4bR4 achou Kue bastava2 e desse
conluio de catedrticos tra4ado durante duas dRcadas e e4 dois gran'
des ,a3ses resultou Kue n0o 4ais se ousou Kuestionar a ,robidade
literria de Har;2 enKuanto o sr. Sedle-2 a ,artir de ent0o2 h de
conIiar t0o ,ouco nos boletins de guerra do sr. Brentano Kuanto o
sr. Brentano na inIalibilidade ,a,al de ?ansard.
+ondres2 65 de Punho de #E$%
$! *n2els

103
MARX
&5 Ver t. 6. "*. do ).(


LIVRO PRIMEIRO
O PROCESSO DE PRODUO DO CAPITAL


SEO I
MERCADORIA E DIN=EIRO

1/'

CAPTULO I
A MERCADORIA
1( Os :ois f#ores : *erc:oriR V%or :e $so e A%or
(s$)s#S.ci :o A%or9 ,r.:eT :o A%or&
A riKueGa das sociedades e4 Kue do4ina o 4odo de
,rodu/0o ca,italista a,arece co4o u4a Vi4ensa cole/0o de
4ercadoriasW
&1
e a 4ercadoria individual co4o sua Ior4a
ele4entar. *ossa investiga/0o co4e/a2 ,ortanto2 co4 a anlise da
4ercadoria.
! 4ercadoria R2 antes de tudo2 u4 obPeto e;terno2 u4a coisa2
a Kual ,elas suas ,ro,riedades satisIaG necessidades hu4anas de
Kual' Kuer es,Rcie. ! natureGa dessas necessidades2 se elas se
origina4 do estY4ago ou da Iantasia2 n0o altera nada na coisa.
&&
!Kui ta4bR4 n0o se trata de co4o a coisa satisIaG a necessidade
hu4ana2 se i4e' diata4ente2 co4o 4eio de subsistJncia2 isto R2
obPeto de consu4o2 ou se indireta4ente2 co4o 4eio de ,rodu/0o.
Cada coisa Mtil2 co4o Ierro2 ,a,el etc.2 deve ser encarada sob du,lo
,onto de vista2 segundo Kualidade e Kuantidade. Cada u4a dessas coisas
R u4 todo de 4uitas ,ro,riedades e ,ode2 ,ortanto2 ser Mtil2 sob
diversos as,ectos. :escobrir esses diversos as,ectos e2 ,ortanto2 os
4Mlti,los 4odos de usar as coisas R u4 ato histQrico.
&E
!ssi4 co4o
ta4bR4 o R a descoberta de 4edidas sociais ,ara a Kuantidade das
coisas Mteis. ! diversidade das 4edidas de 4ercadorias origina'se e4
,arte da natureGa diversa dos ob' Petos a sere4 4edidos2 e4 ,arte de
conven/0o.
&1 H!R]2 Karl. Tur Kritik der politischen ekonomie! Berli42 #E5$2 ,. D.
&& i:esePo inclui necessidade2 R o a,etite do es,3rito e t0o natural co4o a Io4e ,ara o
cor,o. "...( a 4aioria "das coisas( te4 seu valor derivado da satisIa/0o das necessidades do
es,3rito.i "B!RB*2 *icholas. A Discourse on Coinin2 the ?eA "oneD %i2hter! /n
AnsAer to "r!
%ockeSs Considerations etc. +ondres2 #1$1. ,. 6'D.(
&E iCoisas tJ4 u4a intrinsick vertueV "isto ,ara Barbon R a es,ec3Iica designa/0o ,ara
valor de uso( WKue R igual e4 toda ,arte2 assi4 co4o a do 340 de atrair o Ierroi "op!

1//

cit!, ,. 1(.
! ,ro,riedade do 340 de atrair Ierro sQ se tornou Mtil de,ois de descobrir'se ,or 4eio dela
a ,olaridade 4agnRtica.

OS ECONOMISTAS
1/0

! utilidade de u4a coisa IaG dela u4 valor de uso.
&$
)ssa
utili'
dade2 ,orR42 n0o ,aira no ar. :eter4inada ,elas ,ro,riedades do cor,o
da 4ercadoria2 ela n0o e;iste se4 o 4es4o. cor,o da
4ercadoria 4es4o2 co4o Ierro2 trigo2 dia4ante etc. R2 ,ortanto2 u4
valor de uso ou be4. )sse seu carter n0o de,ende de se a
a,ro,ria/0o de suas ,ro,riedades Mteis custa ao ho4e4 4uito ou
,ouco trabalho. e;a4e dos valores de uso ,ressu,=e se4,re sua
deter4ina/0o Kuantitativa2 co4o dMGia de relQgios2 vara de linho2
tonelada de Ierro etc. s valores de uso das 4ercadorias Iornece4 o
4aterial de u4a disci,lina ,rQ,ria2
a 4erceologia.
E%
valor de uso realiGa'se so4ente no uso ou no con'
su4o. s valores de uso constitue4 o conteMdo 4aterial da
riKueGa2 KualKuer Kue sePa a Ior4a social desta. *a Ior4a de
sociedade a ser ,or nQs e;a4inada2 eles constitue42 ao 4es4o
te4,o2 os ,ortadores 4ateriais do L valor de troca.
valor de troca a,arece2 de in3cio2 co4o a rela/0o Kuantitativa2
a ,ro,or/0o na Kual valores de uso de u4a es,Rcie se troca4
E#
contra
valores de uso de outra es,Rcie2 u4a rela/0o Kue 4uda constante4ente
no te4,o e no es,a/o. valor de troca ,arece2 ,ortanto2 algo
casual
e ,ura4ente relativo^ u4 valor de troca i4anente2 intr3nseco F 4er'
cadoria "valeur intrensUCue(2 ,ortanto u4a contradictio in adPecto.
E6
bserve4os a coisa 4ais de ,erto.
:eter4inada 4ercadoria2 # Cuarter de trigo2 ,or e;e4,lo2 troca'se
,or : de gra;a de sa,ato2 ou ,or D de seda2 ou ,or & de ouro etc.2
resu4indo ,or outras 4ercadorias nas 4ais diIerentes ,ro,or/=es. !s'
si42 o trigo ,ossui 4Mlti,los valores de troca e4 veG de u4 Mnico.
PorR42 sendo : de gra;a2 assi4 co4o D de seda ou & de ouro o
valor de troca de # Cuarter de trigo2 : de gra;a2 D de seda2 & de
ouro etc. tJ4 de ser valores de troca ,er4utveis uns ,elos outros
ou iguais entre si. Por conseguinte2 ,ri4eiro9 os valores de troca
vigentes da 4es4a 4ercadoria e;,ressa4 algo igual. Segundo2
,orR49 o valor de troca sQ ,ode ser o 4odo de e;,ress0o2 a VIor4a
de 4aniIesta/0oW de u4 conteMdo dele distingu3vel.
&$ i Aorth natural de cada coisa consiste e4 sua a,tid0o ,ara satisIaGer as necessidades
ou servir Fs co4odidades da vida hu4ana.i "+CK)2 John. <ome Considerations on the
ConseCuences of the %oAerin2 of /nterest. #1$#. In9 <or\s. )dit. +ondres2 #&&&. v. II2 ,.
6E.( *o sRculo ]VII encontra4os ainda2 co4 IreKOJncia2 nos escritores ingleses2 Aorth ,ara
valor de uso e value ,ara valor de troca2 total4ente no es,3rito de u4 idio4a Kue
gosta de e;,ressar as coisas diretas co4 u4 ter4o ger4Unico2 e as coisas reIletidas
co4 u4 ter4o ro4Unico.
E% *a sociedade burguesa do4ina a fictio Puris2 Kue cada ,essoa2 co4o co4,rador2 ,ossui u4
conheci4ento enciclo,Rdico das 4ercadorias.
E# i valor consiste na rela/0o de troca Kue se estabelece entre u4a coisa e outra2 entre
a Kuantidade de u4 ,roduto e a de outro.i "+) TRS*). V:e lnIntRrJt SocialW. In9 PhDsiocrates!
)d. :aire2 Paris2 #E71. ,. EE$.(
E6 i*ada ,ode ter u4 valor de troca intr3nsecoi "B!RB*2 *. p! cit!, ,. 1(2 ou2 co4o diG

MARX
1/1

Butler9 V valor de u4a coisa R Pusta4ente tanto Kuanto ela renda.W
P
P
HodiIica/0o de u4 citado da e,o,Ria 1udi.ras de Sa4uel Butler. Parte Segunda. Canto
I. "*. da )d. !le40.(

1/2
OS ECONOMISTAS
To4e4os ainda duas 4ercadorias2 ,or e;e4,lo2 trigo e Ierro.
SualKuer Kue sePa sua rela/0o de troca2 ,oder'se'2 se4,re2 re,resen'
t'la ,or u4a eKua/0o e4 Kue dada Kuantidade de trigo R igualada a
algu4a Kuantidade de Ierro2 ,or e;e4,lo2 # Cuarter de trigo c a
Kuintais de Ierro. Sue diG essa eKua/0oZ Sue algo e4 co4u4 da 4es4a
grandeGa e;iste e4 duas coisas diIerentes2 e4 # Cuarter de trigo e
igual4ente e4 a Kuintais de Ierro. !4bas s0o2 ,ortanto2 iguais a
u4a terceira2 Kue e4 si e ,ara si n0o R ne4 u4a ne4 outra.
Cada u4a das duas2 enKuanto valor de troca2 deve2 ,ortanto2 ser
redut3vel a essa terceira.
C4 si4,les e;e4,lo geo4Rtrico torna isso evidente. Para deter'
4inar e co4,arar as reas de todas as Iiguras retil3neas te4'se
Kue deco4,Y'las e4 triUngulos. triUngulo2 ,or sua veG2 reduG'se
a u4a e;,ress0o co4,leta4ente diIerente de sua Iigura vis3vel L
a 4etade do ,roduto de sua base ,ela sua altura. 4es4o ocorre co4
os valores de troca das 4ercadorias9 te4'se Kue reduGi'los a algo
co4u42 do Kual eles re,resenta4 u4 4ais ou u4 4enos.
)sse algo e4 co4u4 n0o ,ode ser u4a ,ro,riedade geo4Rtrica2
I3sica2 Ku34ica ou KualKuer outra ,ro,riedade natural das 4ercadorias.
Suas ,ro,riedades cor,Qreas sQ entra4 e4 considera/0o F 4edida Kue
elas lhes conIere4 utilidade2 isto R2 torna4'nas valor de uso. Por outro
lado2 ,orR42 R ,recisa4ente a abstra/0o de seus valores de uso
Kue caracteriGa evidente4ente a rela/0o de troca das 4ercadorias.
:entro da 4es4a u4 valor de uso vale e;ata4ente tanto co4o outro
KualKuer2 desde Kue estePa dis,on3vel e4 ,ro,or/0o adeKuada. u
co4o diG o velho Barbon9
VC4a es,Rcie de 4ercadoria R t0o boa Kuanto a outra se o
seu valor de troca Ior igual. Pois n0o e;iste nenhu4a
diIeren/a ou distin/0o entre coisas de valor de troca igualW.
ED
Co4o valores de uso2 as 4ercadorias s0o2 antes de 4ais
nada2 de diIerente Kualidade2 co4o valores de troca sQ ,ode4 ser
de Kuantidade diIerente2 n0o contendo2 ,ortanto2 nenhu4 to4o de
valor de uso.
:ei;ando de lado ent0o o valor de uso dos cor,os das 4ercadorias2
resta a elas a,enas u4a ,ro,riedade2 Kue R a de sere4 ,rodutos
do trabalho. )ntretanto2 o ,roduto do trabalho ta4bR4 P se
transIor4ou e4 nossas 40os. Se abstra34os o seu valor de uso2
abstra34os ta4bR4 os co4,onentes e Ior4as cor,Qreas Kue IaGe4
dele valor de uso. :ei;a
P de ser 4esa ou casa ou Iio ou KualKuer outra coisa Mtil. Todas as
suas Kualidades sensoriais se a,agara4. Ta4bR4 P n0o R o ,roduto
ED ine sort oI Xares are as good as another2 iI the value be eKual. There is no diIIerence
or
distinction in things oI eKual value. "...( ne hundred ,ounds Xorth oI lead or iron2 is

103
MARX
oI as great a value as one hundred ,ounds Xorth oI silver and gold.i
P
"B!RB*2 *.
p! cit!, ,. 5D e &.(
P
V... #%% libras esterlinas de chu4bo ou Ierro tJ4 o 4es4o valor Kue #%% libras esterlinas
de ouro ou ,rata.W "*. dos T.(

101
OS ECONOMISTAS
do trabalho do 4arceneiro ou do ,edreiro ou do Iiandeiro ou de KualKuer
outro trabalho ,rodutivo deter4inado. !o desa,arecer o carter
Mtil dos ,rodutos do trabalho2 desa,arece o carter Mtil dos trabalhos
neles re,resentados2 e desa,arece4 ta4bR42 ,ortanto2 as diIerentes
Ior4as concretas desses trabalhos2 Kue dei;a4 de diIerenciar'se u4
do outro ,ara reduGir'se e4 sua totalidade a igual trabalho hu4ano2 a
trabalho hu4ano abstrato.
Considere4os agora o res3duo dos ,rodutos do trabalho. *0o res'
tou deles a n0o ser a 4es4a obPetividade Iantas4agQrica2 u4a si4,les
gelatina de trabalho hu4ano indiIerenciado2 isto R2 do dis,Jndio de
Ior/a de trabalho hu4ano2 se4 considera/0o ,ela Ior4a co4o Ioi des'
,endida. Kue essas coisas ainda re,resenta4 R a,enas Kue e4
sua ,rodu/0o Ioi des,endida Ior/a de trabalho hu4ano2 Ioi acu4ulado
tra' balho hu4ano. Co4o cristaliGa/=es dessa substUncia social
co4u4 a todas elas2 s0o elas valores L valores 4ercantis.
*a ,rQ,ria rela/0o de troca das 4ercadorias seu valor de
troca a,areceu'nos co4o algo total4ente inde,endente de seu valor
de uso. !bstraindo'se agora2 real4ente2 o valor de uso dos ,rodutos do
trabalho obtR4'se seu valor total co4o h ,ouco ele Ioi deIinido.
Kue h de co4u42 Kue se revela na rela/0o de troca ou valor de
troca da 4er' cadoria2 R2 ,ortanto2 seu valor. ,rossegui4ento da
investiga/0o nos trar de volta ao valor de troca2 co4o a 4aneira
necessria de e;,ress0o ou Ior4a de 4aniIesta/0o do valor2 o Kual
deve ser2 ,or agora2 consi' derado inde,endente4ente dessa Ior4a.
Portanto2 u4 valor de uso ou be4 ,ossui valor2 a,enas2
,orKue nele est obPetivado ou 4aterialiGado trabalho hu4ano
abstrato. Co4o 4edir ent0o a grandeGa de seu valorZ Por 4eio do
Cuantum nele contido da VsubstUncia constituidora do valorW2 o
trabalho. ! ,rQ,ria Kuantidade de trabalho R 4edida ,elo seu te4,o de
dura/0o2 e o te4,o de trabalho ,ossui2 ,or sua veG2 sua unidade de
4edida nas deter4inadas Ira/=es do te4,o2 co4o hora2 dia etc.
Se o valor de u4a 4ercadoria R deter4inado ,ela Kuantidade
de trabalho des,endido durante a sua ,rodu/0o2 ,oderia ,arecer
Kue Kuanto 4ais ,regui/oso ou inbil sePa u4 ho4e42 tanto 4aior o
valor de sua 4ercadoria2 ,ois 4ais te4,o ele necessita ,ara
ter4in'la. trabalho2 entretanto2 o Kual constitui a substUncia
dos valores2 R tra' balho hu4ano igual2 dis,Jndio da 4es4a Ior/a de
trabalho do ho4e4.
! Ior/a conPunta de trabalho da sociedade2 Kue se a,resenta nos valores
do 4undo das 4ercadorias2 vale aKui co4o u4a Mnica e a 4es4a
Ior/a de trabalho do ho4e42 n0o obstante ela ser co4,osta de inM4eras
Ior/as de trabalho individuais. Cada u4a dessas Ior/as de trabalho
individuais R a 4es4a Ior/a de trabalho do ho4e4 co4o a outra2
F 4edida Kue ,ossui o carter de u4a Ior/a 4Rdia de trabalho
social2
e o,era co4o tal Ior/a de trabalho social4ente 4Rdia2 contanto Kue

104
MARX
na ,rodu/0o de u4a 4ercadoria n0o consu4a 4ais Kue o trabalho e4

105
OS ECONOMISTAS
4Rdia necessrio ou te4,o de trabalho social4ente necessrio. Te4,o
de trabalho social4ente necessrio R aKuele reKuerido ,ara
,roduGir u4 valor de uso KualKuer2 nas condi/=es dadas de ,rodu/0o
social4ente nor4ais2 e co4 o grau social 4Rdio de habilidade e de
intensidade de trabalho. *a Inglaterra2 ,or e;e4,lo2 de,ois da
introdu/0o do tear a va,or2 bastava talveG so4ente 4etade do
trabalho de antes ,ara trans' Ior4ar certa Kuantidade de Iio e4
tecido. tecel0o 4anual inglJs ,recisava ,ara essa transIor4a/0o2
de Iato2 do 4es4o te4,o de tra' balho Kue antes2 ,orR4 agora o
,roduto de sua hora de trabalho in' dividual so4ente re,resentava
4eia hora de trabalho social e caiu2 ,ortanto2 F 4etade do valor
anterior.
[2 ,ortanto2 a,enas o Cuantum de trabalho social4ente
necessrio ou o te4,o de trabalho social4ente necessrio ,ara
,rodu/0o de u4 valor de uso o Kue deter4ina a grandeGa de seu
valor.
E7
! 4ercadoria individual vale aKui a,enas co4o e;e4,lar
4Rdio de sua es,Rcie.
E5
Hercadorias Kue contJ4 as 4es4as Kuantidades de trabalho ou
Kue ,ode4 ser ,roduGidas no 4es4o te4,o de trabalho2 tJ42
,ortanto2 a 4es4a grandeGa de valor. valor de u4a 4ercadoria
est ,ara o valor de cada u4a das outras 4ercadorias assi4 co4o
o te4,o de trabalho necessrio ,ara a ,rodu/0o de u4a est ,ara
o te4,o de trabalho necessrio ,ara a ,rodu/0o de outra.
V)nKuanto valores todas as 4ercadorias s0o a,enas 4edidas
deter4inadas de te4,o de trabalho cristaliGado.W
E1
! grandeGa de valor de u4a 4ercadoria ,er4aneceria
,ortanto constante2 caso ,er4anecesse ta4bR4 constante o te4,o
de trabalho necessrio ,ara sua ,rodu/0o. )ste 4uda2 ,orR42 co4
cada 4udan/a na Ior/a ,rodutiva do trabalho. ! Ior/a ,rodutiva do
trabalho R deter' 4inada ,or 4eio de circunstUncias diversas2 entre
outras ,elo grau 4Rdio de habilidade dos trabalhadores2 o n3vel de
desenvolvi4ento da ciJncia e sua a,licabilidade tecnolQgica2 a
co4bina/0o social do ,rocesso de ,rodu/0o2 o volu4e e a eIiccia dos
4eios de ,rodu/0o e as condi/=es naturais. !ssi42 ,or e;e4,lo2 o
4es4o Cuantum de trabalho e4 con' di/=es cli4ticas Iavorveis2 se
re,resenta e4 E .ushels de trigo2 e4
E7 *ota F 6k edi/0o. VThe value oI the4 "the necessaries oI liIe( Xhen the- are e;changed the
one Ior another2 is regulated b- the Kuantit- oI labour necessaril- reKuired2 and co44onl-
ta\en in ,roducing the4.W V valor de obPetos de uso2 t0o logo eles s0o trocados entre
si2
R deter4inado ,elo Cuantum de trabalho necessaria4ente e;igido e habitual4ente
usado ,ara sua ,rodu/0o.W "<ome Thou2hts on the /nterest of "oneD in ,eneral, and
ParticularlD in the Pu.lic $unds etc. +ondres. ,. D1'D&(. )sse notvel escrito anYni4o do
sRculo ,assado n0o traG data. :e seu conteMdo deduG'se2 entretanto2 Kue ele a,areceu
sob Jorge II2 ,or volta de #&D$ ou #&7%.

106
MARX
E5 iTodos os ,rodutos da 4es4a es,Rcie Ior4a4 ,ro,ria4ente a,enas u4a 4assa2 cuPo ,re/o
R deter4inado de Ior4a geral e se4 considera/0o Fs situa/=es es,eciais.i "+) TRS*)2
p! cit!2 ,. E$D.(
E1 H!R]2 K. p! cit!, ,. 1.

10'
OS ECONOMISTAS
condi/=es cli4ticas desIavorveis2 e4 so4ente 7. ! 4es4a Kuantidade
de trabalho Iornece 4ais 4etais e4 4inas ricas do Kue e4 4inas
,obres etc. :ia4antes a,arece4 4uito rara4ente na crosta terrestre^
encontr'los custa2 ,ortanto2 e4 4Rdia2 4uito te4,o de trabalho. )4
conseKOJncia re,resenta42 e4 ,ouco volu4e2 4uito trabalho. Jacob
duvida Kue o ouro tenha algu4a veG ,ago seu valor total.
E&
Co4 4aior
raG0o2 vale isso ,ara o dia4ante. Segundo )schXege2 e4 #E6D a
e;' ,lora/0o de oitenta anos das 4inas de dia4ante2 no Brasil2 n0o
al' can/ava seKuer o ,re/o do ,roduto 4Rdio de #25 ano das
,lanta/=es brasileiras de a/Mcar ou caIR2 a,esar de Kue ela
re,resentava 4uito 4ais trabalho e2 ,ortanto2 4ais valor. Co4 4inas
4ais ricas o 4es4o Cuantum de trabalho re,resentar'se'ia e4 4ais
dia4antes2 e di4inui' ria o seu valor. Caso se conseguisse2 co4 ,ouco
trabalho2 transIor4ar carv0o e4 dia4ante2 o valor deste ,oderia
cair abai;o do de tiPolos. Generica4ente2 Kuanto 4aior a Ior/a
,rodutiva do trabalho2 tanto 4e' nor o te4,o de trabalho e;igido
,ara a ,rodu/0o de u4 artigo2 tanto 4enor a 4assa de trabalho
nele cristaliGada2 tanto 4enor o seu valor. Inversa4ente2 Kuanto
4enor a Ior/a ,rodutiva do trabalho2 tanto 4aior
o te4,o de trabalho necessrio ,ara a ,rodu/0o de u4 artigo2
tanto 4aior o seu valor. ! grandeGa do valor de u4a 4ercadoria
4uda na raG0o direta do Cuantum2 e na raG0o inversa da Ior/a
,rodutiva do trabalho Kue nela se realiGa.
EE
C4a coisa ,ode ser valor de uso2 se4 ser valor. [ esse o
caso2
Kuando a sua utilidade ,ara o ho4e4 n0o R 4ediada ,or
trabalho. !ssi42 o ar2 o solo virge42 os gra4ados naturais2 as 4atas
n0o culti' vadas etc. C4a coisa ,ode ser Mtil e ,roduto do trabalho
hu4ano2 se4 ser 4ercadoria. Sue4 co4 seu ,roduto satisIaG sua
,rQ,ria necessidade cria valor de uso 4as n0o 4ercadoria. Para
,roduGir 4ercadoria2 ele n0o ,recisa ,roduGir a,enas valor de uso2
4as valor de uso ,ara outros2 valor de uso social. o) n0o sQ ,ara
outros si4,les4ente. ca4,onJs da Idade HRdia ,roduGia o trigo
do tributo ,ara o senhor Ieudal2 e o trigo do d3Gi4o ,ara o clRrigo.
)4bora Iosse4 ,roduGidos ,ara outros2 ne4 o trigo do tributo ne4
o do d3Gi4o se tornara4 ,or causa disso 4ercadorias. Para tornar'
se 4ercadoria2 R ,reciso Kue o ,roduto sePa transIerido a Kue4 vai
servir co4o valor de uso ,or 4eio da troca.p
E$
Final4ente2 nenhu4a coisa ,ode ser valor2 se4 ser obPeto de uso.
E& J!CB2 <illia4. An 1istorical /nCuirD into the Production and Consumption of the Precious
"etals. +ondres2 #ED#. "*. da )d. !le40.(
EE *a #k edi/0o segue9 Conhece4os agora a su.stBncia do valor. [ o tra.alho. Conhece4os
sua medida de 2rande&a. [ o te4,o de trabalho. Sua forma, Kue Pusta4ente cunha o valor
ao valor de troca, resta ainda ,ara analisar. !ntes2 ,orR42 R necessrio desenvolver
4ais de ,erto as deter4ina/=es P encontradas. "*. da )d. !le40.(

10/
MARX
E$ *ota F 7k edi/0o. )u introduGo o trecho entre chaves ,orKue sua o4iss0o te4 IreKOente4ente
originado o 4al'entendido de considerar Kue2 ,ara Har;2 vale co4o 4ercadoria todo ,roduto
Kue R consu4ido ,or outro2 Kue n0o o ,rodutor. L F. ).

100
OS ECONOMISTAS
Sendo inMtil2 do 4es4o 4odo R inMtil o trabalho nela contido2 n0o
conta co4o trabalho e n0o constitui nenhu4 valor.
4( D$!%o cr#er :o #r)%7o re!rese.#:o .s *erc:oris
! 4ercadoria a,areceu'nos2 inicial4ente2 co4o algo dM,lice2
valor de uso e valor de troca. :e,ois 4ostrou'se Kue ta4bR4 o
trabalho2 F 4edida Kue R e;,resso no valor2 P n0o ,ossui as 4es4as
caracter3sticas Kue lhe advJ4 co4o ,rodutor de valores de uso. )ssa
natureGa du,la da 4ercadoria Ioi critica4ente de4onstrada ,ela
,ri4eira veG ,or 4i4.
$%
Co4o esse ,onto R o ,onto crucial e4 torno do Kual gira a co4,reens0o
da )cono4ia Pol3tica2 ele deve ser e;a4inado 4ais de ,erto.
To4e4os duas 4ercadorias2 diga4os u4 casaco e #% varas
de linho. Sue a ,ri4eira tenha o dobro do valor da Mlti4a2 de 4odo
Kue2 se #% varas de linho c @2 o casaco c V@.
casaco R u4 valor de uso Kue satisIaG a u4a necessidade
es' ,ec3Iica. Para ,roduGi'lo2 ,recisa'se de deter4inada es,Rcie de
atividade ,rodutiva. )la R deter4inada ,or seu Ii42 4odo de
o,erar2 obPeto2 4eios e resultado. trabalho cuPa utilidade
re,resenta'se2 assi42 no valor de uso de seu ,roduto ou no Iato de
Kue seu ,roduto R u4 valor de uso cha4a4os2 e4 resu4o2 trabalho
Mtil. Sob esse ,onto de vista
R considerado se4,re e4 rela/0o a seu eIeito Mtil.
Co4o casaco e linho s0o valores de uso Kualitativa4ente diIe'
rentes2 assi4 os trabalhos aos Kuais deve4 sua e;istJncia s0o ta4bR4
Kualitativa4ente diIerentes L o trabalho de alIaiataria e o de tecela'
ge4. Se aKuelas coisas n0o Iosse4 valores de uso Kualitativa4ente
diIerentes e2 ,or isso2 ,rodutos de trabalhos Mteis Kualitativa4ente
diIerentes2 elas n0o ,oderia42 de nenhu4 4odo2 conIrontar'se
co4o 4ercadorias. Casaco n0o se troca ,or casaco2 o 4es4o valor
de uso ,elo 4es4o valor de uso.
*a totalidade dos vrios ti,os de valores de uso ou cor,os de
4ercadorias a,arece u4a totalidade igual4ente diversiIicada2 de acor'
do co4 gJnero2 es,Rcie2 Ia43lia2 subes,Rcie2 variedade2 de
diIerentes trabalhos Mteis L u4a divis0o social do trabalho. )la R
condi/0o de e;istJncia ,ara a ,rodu/0o de 4ercadorias2 e4bora2
inversa4ente2 a ,rodu/0o de 4ercadorias n0o sePa a condi/0o de
e;istJncia ,ara a di' vis0o social do trabalho. *a antiga
co4unidade hindu o trabalho R social4ente dividido se4 Kue os
,rodutos se torne4 4ercadorias. u2 u4 e;e4,lo 4ais ,rQ;i4o2 e4
cada Ibrica o trabalho R siste4atica' 4ente dividido2 4as essa
divis0o n0o se realiGa 4ediante a troca2 ,elos trabalhadores2 de seus
,rodutos individuais. !,enas ,rodutos de tra' balhos ,rivados
autYno4os e inde,endentes entre si conIronta4'se co4o
4ercadorias.

101
MARX
$% p! cit!2 ,. #6'#D et passim.

102
OS ECONOMISTAS
Viu'se2 ,ortanto9 o valor de uso de cada 4ercadoria encerra
de'
ter4inada atividade ,rodutiva adeKuada a u4 Ii42 ou trabalho
Mtil. Valores de uso n0o ,ode4 deIrontar'se co4o 4ercadoria2 caso eles
n0o contenha4 trabalhos Mteis Kualitativa4ente diIerentes. *u4a
socie' dade cuPos ,rodutos assu4e42 generica4ente2 a Ior4a de
4ercadoria2 isto R2 nu4a sociedade de ,rodutores de 4ercadorias2
desenvolve'se essa diIeren/a Kualitativa dos trabalhos Mteis2
e;ecutados inde,enden' te4ente uns dos outros2 co4o negQcios
,rivados de ,rodutores autY' no4os2 nu4 siste4a co4,le;o2 nu4a
divis0o social do trabalho.
Para o casaco2 tanto IaG ser usado ,elo alIaiate ou ,elo IreguJs
do
alIaiate. )4 a4bos os casos ele Iunciona co4o valor de uso.
Ta4,ouco
a rela/0o entre o casaco e o trabalho Kue o ,roduG 4uda2 e4 si e
,ara si2 ,elo Iato de a alIaiataria tornar'se u4a ,roIiss0o
es,ec3Iica2 u4 elo autYno4o da divis0o social do trabalho. nde a
necessidade de vestir o obrigou2 o ho4e4 costurou durante
4ilJnios2 antes de u4 ho4e4 tor' nar'se u4 alIaiate. Has a
e;istJncia do casaco2 do linho2 de cada ele4ento da riKueGa 4aterial n0o
e;istente na natureGa2 se4,re teve de ser 4ediada ,or u4a atividade
es,ecial ,rodutiva2 adeKuada a seu Ii42 Kue assi4ila ele4entos
es,ec3Iicos da natureGa a necessidades hu4anas es,ec3Iicas. Co4o
criador de valores de uso2 co4o trabalho Mtil2 R o trabalho2 ,or isso2 u4a
condi/0o de e;istJncia do ho4e42 inde,endente de todas as Ior4as de
sociedade2 eterna necessidade natural de 4edia/0o do 4etabolis4o
entre ho4e4 e natureGa e2 ,ortanto2 da vida hu4ana.
s valores de uso casaco2 linho etc.2 enIi42 os cor,os das 4er'
cadorias2 s0o liga/=es de dois ele4entos2 4atRria Iornecida ,ela natu'
reGa e trabalho. Subtraindo'se a so4a total de todos os trabalhos Mteis
contidos no casaco2 linho etc.2 resta se4,re u4 substrato 4aterial Kue
e;iste se4 a/0o adicional do ho4e42 Iornecido ,ela natureGa. !o ,ro'
duGir2 o ho4e4 sQ ,ode ,roceder co4o a ,rQ,ria natureGa2 isto R2
a,enas 4udando as Ior4as das 4atRrias.
$#
Hais ainda. *esse trabalho
de Ior4a/0o ele R constante4ente a4,arado ,or Ior/as naturais. Por'
tanto2 o trabalho n0o R a Mnica Ionte dos valores de uso Kue
,roduG2 da riKueGa 4aterial. :ela o trabalho R o ,ai2 co4o diG
<illia4 Pett-2
e a terra a 40e.
$6
$# iTodas as 4aniIesta/=es do universo2 sePa4 elas causadas ,ela 40o do ho4e4 ou ,elas
leis gerais da F3sica2 n0o s0o real4ente novas cria/=es2 a,enas ,ura e si4,les4ente
u4a transIor4a/0o da 4atRria. !ssocia/0o e dissocia/0o s0o os Mnicos ele4entos Kue o
es,3rito
hu4ano encontra se4,re de novo ao analisar a idRia da re,rodu/0o^ e do 4es4o

113
MARX
4odo co4,orta'se co4 a re,rodu/0o do valori "valor de uso2 a,esar de Kue aKui Verri2
e4 sua ,olJ4ica contra os Iisiocratas2 n0o sabe ao certo de Kue es,Rcie de valor ele
Iala( Ve da riKueGa2 Kuando terra2 ar e gua transIor4a4'se e4 cereais sobre os
ca4,os ou ta4bR4 Kuando ,ela 40o do ho4e4 a secre/0o de u4 inseto transIor4a'se
e4 seda2 ou algu4as ,arteGinhas de 4etal ordena4'se ,ara Ior4are4 u4 relQgio de
re,eti/0o.W "V)RRI2 Pietro. "edita&ioni sulla *conomia Politica! I4,resso ,ri4eiro e4
#&&#2 na edi/0o dos econo4istas italianos2 de Custodi. Parte Hoderna2 v. ]V2 ,. 6#'66.(
$6 P)TT>2 <. A Treatise of Ta:es and Contri.utions. +ondres2 #11&2 ,. 7&. "*. da )d. !le40(

111
OS ECONOMISTAS
Passe4os2 agora2 da 4ercadoria2 enKuanto obPeto de uso2 ,ara o
valor'4ercadoria.
Segundo nosso su,osto2 o casaco te4 o dobro do valor do
linho. Isto R2 ,orR42 sQ u4a diIeren/a Kuantitativa Kue ,or agora
n0o nos interessa ainda. Recorde4os2 ,or isso2 Kue2 se u4 casaco
vale duas veGes 4ais Kue #% varas de linho2 6% varas de linho tJ4
a 4es4a grandeGa de valor de u4 casaco. )nKuanto valores2 casaco e
linho s0o coisas de igual substUncia2 e;,ress=es obPetivas do 4es4o
ti,o de tra' balho. Has a alIaiataria e a tecelage4 s0o trabalhos
Kualitativa4ente diIerentes. );iste42 entretanto2 circunstUncias
sociais e4 Kue a 4es4a ,essoa2 alternada4ente2 costura e tece.
)sses dois 4odos diIerentes de trabalho s0o2 ,or isso2 a,enas
4odiIica/=es do trabalho do 4es4o indiv3duo2 e ainda n0o Iun/=es
Ii;as2 es,ec3Iicas de indiv3duos diIeren' tes2 assi4 co4o o casaco Ieito2
hoPe2 ,or nosso alIaiate2 e as cal/as Kue ele IaG a4anh0 so4ente
,ressu,=e4 varia/=es do 4es4o trabalho in' dividual. ! evidJncia
ensina ainda Kue e4 nossa sociedade ca,italista2 conIor4e a 4utvel
orienta/0o da ,rocura de trabalho2 dada ,or/0o do trabalho
hu4ano dever ser alternada4ente oIerecida ora sob a Ior4a de
alIaiataria2 ora sob a Ior4a de tecelage4. )ssa varia/0o da Ior4a
do trabalho ,ode n0o transcorrer se4 atritos2 4as ela te4 de
ocorrer. !bstraindo'se da deter4ina/0o da atividade ,rodutiva e2 ,or'
tanto2 do carter Mtil do trabalho2 resta a,enas Kue ele R u4 dis,Jndio
de Ior/a hu4ana de trabalho. !lIaiataria e tecelage42 a,esar de sere4
atividades ,rodutivas Kualitativa4ente diIerentes2 s0o a4bas
dis,Jndio ,rodutivo de cRrebro2 4Msculos2 nervos2 40os etc.
hu4anos2 e nesse sentido s0o a4bas trabalho hu4ano. S0o a,enas
duas Ior4as diIerentes de des,ender Ior/a hu4ana de trabalho.
Contudo2 ,ara ,oder ser des' ,endido dessa ou daKuela Ior4a2
,recisa a Ior/a hu4ana de trabalho estar 4ais ou 4enos
desenvolvida. Has o valor da 4ercadoria re,re' senta si4,les4ente
trabalho hu4ano2 dis,Jndio de trabalho hu4ano sobretudo. !ssi4
co4o na sociedade burguesa u4 general ou banKueiro dese4,enha u4
grande ,a,el2 enKuanto o ho4e4 si4,les2 ao contrrio2 dese4,enha
u4 ,a,el ordinrio2
$D
assi4 R ta4bR4 aKui co4 o trabalho hu4ano.
)le R dis,Jndio da Ior/a de trabalho si4,les Kue e4 4Rdia toda
,essoa co4u42 se4 desenvolvi4ento es,ecial2 ,ossui e4 seu or'
ganis4o I3sico. )4bora o ,rQ,rio tra.alho m#dio simples 4ude seu
carter2 e4 diIerentes ,a3ses ou R,ocas culturais2 ele R ,orR4 dado
e4 u4a sociedade ,articular. Trabalho 4ais co4,le;o vale a,enas
co4o trabalho si4,les potenciado ou2 antes2 multiplicado2 de 4aneira
Kue u4 ,eKueno Cuantum de trabalho co4,le;o R igual a u4
grande Cuantum de trabalho si4,les. Sue essa redu/0o ocorre
constante4ente2 4ostra'o a e;,eriJncia. C4a 4ercadoria ,ode ser o
,roduto do trabalho

114
MARX
$D Ver ?)G)+. Philosophie des -echts!
P
Berli42 #E7%. ,. 65%2 q #$%.
P
$ilosofia do Direito.

115
OS ECONOMISTAS
4ais co4,le;o2 seu valor a eKui,ara ao ,roduto do trabalho si4,les
e2 ,or isso2 ele 4es4o re,resenta deter4inado Cuantum de
trabalho si4,les.
$7
!s diIerentes ,ro,or/=es2 nas Kuais as diIerentes
es,Rcies de trabalho s0o reduGidas a trabalho si4,les co4o unidade de
4edida2 s0o Ii;adas ,or 4eio de u4 ,rocesso social ,or trs das
costas dos ,rodutores e lhes ,arece42 ,ortanto2 ser dadas ,ela
tradi/0o. Para eIeitos de si4,liIica/0o valer a seguir cada es,Rcie de
Ior/a de trabalho2 direta4ente2 co4o Ior/a de trabalho si4,les2 co4
o Kue a,enas se ,ou,a o esIor/o de redu/0o.
!ssi4 co4o nos valores casaco e linho R abstra3da a diIeren/a
de seus valores de uso2 ta4bR4 nos trabalhos Kue se re,resenta4
nesses valores abstrai'se a diIeren/a de suas Ior4as Mteis2 a alIaiataria
e a tecelage4. !ssi4 co4o os valores de uso casaco e linho
resulta4
de liga/=es de atividades ,rodutivas internacionais co4 tecido e
Iio2 os valores casaco e linho s0o2 ao contrrio2 si4,les gelatinas
ho4ogJ' neas de trabalho2 assi4 os trabalhos contidos nestes valores
n0o vale4 devido F rela/0o ,rodutiva Kue 4antJ4 co4 tecido e Iio2
4as a,enas co4o dis,Jndios de Ior/a de trabalho do ho4e4.
!lIaiataria e tecelage4 s0o ele4entos Ior4adores dos valores de
uso2 casaco e linho2 gra/as Fs suas diIerentes Kualidades^ elas
so4ente s0o substUncias do valor do casaco e do valor do linho na
4edida e4 Kue se abstrai sua Kualidade es,ec3Iica e a4bas ,ossue4
a 4es4a Kualidade2 a Kualidade do tra' balho hu4ano.
Casaco e linho n0o s0o a,enas valores ao todo2 4as valores de
deter4inada grandeGa2 e segundo nossa su,osi/0o2 o casaco te4 o
dobro do valor de #% varas de linho. :e onde ve4 essa diIeren/a de
suas gran' deGas de valorZ :e Kue o linho sQ contR4 4etade do
trabalho Kue o casaco2 ,ois ,ara a ,rodu/0o do Mlti4o a Ior/a de
trabalho ,recisa ser des,endida durante o dobro do te4,o Kue ,ara
a ,rodu/0o do ,ri4eiro.
Se2 ,ortanto2 e4 rela/0o ao valor de uso o trabalho contido na
4ercadoria vale a,enas Kualitativa4ente2 e4 rela/0o F grandeGa
do valor ele vale sQ Kuantitativa4ente2 de,ois de P reduGido a
trabalho hu4ano2 se4 outra Kualidade. +2 trata'se do co4o e do
KuJ do tra' balho2 aKui do seu Kuanto2 da sua dura/0o te4,oral.
Co4o a grandeGa do valor de u4a 4ercadoria re,resenta a,enas o
Cuantum de trabalho nela contido2 4ercadorias deve42 e4
deter4inadas ,ro,or/=es2 ser se4' ,re valores da 4es4a grandeGa.
Per4anecendo inalterada a Ior/a ,rodutiva2 diga4os2 de todos
os trabalhos Mteis necessrios F ,rodu/0o de u4 casaco2 a grandeGa
de valor do casaco sobe co4 a sua ,rQ,ria Kuantidade. Se u4
casaco
$7 leitor deve estar atento ,ara o Iato de aKui n0o se Ialar de salrio ou valor2 Kue o

116
MARX
trabalhador obtR4 a,ro;i4ada4ente ,or u4 dia de trabalho2 4as si4 do valor de 4er'
cadorias e4 Kue se 4aterialiGa seu dia de trabalho. ! categoria salrio ainda n0o e;iste
de Ior4a algu4a nesta altura de nossa a,resenta/0o.

11'
OS ECONOMISTAS
re,resenta : dias de trabalho2 dois casacos re,resenta4 6 : e assi4
,or diante. Su,onha2 ,orR42 Kue o trabalho necessrio ,ara a ,rodu/0o
de u4 casaco suba ,ara o dobro ou caia ,ara 4etade. *o ,ri4eiro
caso u4 casaco ,ossui tanto valor Kuanto antes dois casacos2 no
segundo caso dois casacos a,enas tanto valor Kuanto anterior4ente
u42 a,esar de Kue e4 a4bos os casos u4 casaco2 tanto de,ois co4o
antes2 ,resta os 4es4os servi/os e da 4es4a Ior4a o trabalho Mtil
nele contido ,er4anece2 tanto antes co4o de,ois2 co4 a 4es4a
Kualidade. Hudou2 ,orR42 o Cuantum de trabalho des,endido e4
sua ,rodu/0o.
C4 Cuantum 4aior de valor de uso re,resenta e4 si e ,ara
si
4aior riKueGa 4aterial2 dois casacos 4ais Kue u4. Co4 dois
casacos ,ode4'se vestir duas ,essoas2 co4 u4 casaco2 so4ente
u4a ,essoa etc. )ntretanto2 F crescente 4assa de riKueGa 4aterial
,ode corres' ,onder u4 decrRsci4o si4ultUneo da grandeGa de
valor. )sse 4ovi' 4ento contraditQrio origina'se do du,lo carter do
trabalho. For/a ,ro' dutiva R se4,re2 natural4ente2 Ior/a ,rodutiva
de trabalho Mtil con' creto2 e deter4ina2 de Iato2 a,enas o grau de
eIiccia de u4a atividade ,rodutiva adeKuada a u4 Ii42 nu4 es,a/o
de te4,o dado. trabalho Mtil torna'se2 ,ortanto2 u4a Ionte 4ais rica
ou 4ais ,obre de ,rodutos2 e4 ,ro,or/0o direta ao au4ento ou F
Kueda de sua Ior/a ,rodutiva. !o contrrio2 u4a 4udan/a da Ior/a
,rodutiva n0o aIeta2 e4 si e ,ara si2 de 4odo algu4 o trabalho
re,resentado no valor. Co4o a Ior/a ,rodutiva ,ertence F Ior4a
concreta Mtil do trabalho2 P n0o ,ode esta2 natural4ente2 aIetar o
trabalho2 t0o logo Ia/a'se abstra/0o da sua Ior4a concreta Mtil.
4es4o trabalho ,ro,orciona2 ,ortanto2 nos 4es4os es,a/os de
te4,o2 se4,re a 4es4a grandeGa de valor2 KualKuer Kue sePa a
4udan/a da Ior/a ,rodutiva. Has ele Iornece2 no 4es4o es,a/o de
te4,o2 Kuantidades diIerentes de valores de uso^ 4ais2 Kuando a
Ior/a ,rodutiva sobe2 e 4enos2 Kuando ela cai. ! 4es4a varia/0o
da Ior/a ,rodutiva2 a Kual au4enta a Iecundidade do trabalho e2
,ortanto2
a 4assa de valores de uso ,or ela Iornecida2 di4inui2 assi42 a grandeGa
de valor dessa 4assa global au4entada2 Kuando ela encurta a so4a
do te4,o de trabalho necessrio F sua ,rodu/0o. ) vice'versa.
Todo trabalho R2 ,or u4 lado2 dis,Jndio de Ior/a de trabalho do
ho4e4 no sentido IisiolQgico2 e nessa Kualidade de trabalho
hu4ano igual ou trabalho hu4ano abstrato gera o valor da
4ercadoria. Todo trabalho R2 ,or outro lado2 dis,Jndio de Ior/a de
trabalho do ho4e4 sob Ior4a es,eciIica4ente adeKuada a u4 Ii42
e nessa Kualidade de trabalho concreto Mtil ,roduG valores de uso.
$5
$5 *ota F 6k edi/0o. Para ,rovar VKue o trabalho2 soGinho2 R a 4edida real e deIinitiva co4

11/
MARX
o Kue se avalia e ,ode ser co4,arado o valor de todas as 4ercadorias e4 todos os te4,osW2
diG !. S4ith9 VSuantidades iguais de trabalho ,recisa4 e4 todos os te4,os e e4 todos os
lugares ter ,ara o ,rQ,rio trabalhador o 4es4o valor. )4 seu estado nor4al de
saMde2 Ior/a e atividade2 e co4 o grau 4Rdio de habilidade2 Kue ele ,ossua2 ,recisa ceder a
4es4a ,or/0o de seu sossego2 sua liberdade e sua IelicidadeW. "@ealth of ?ations. v. I2
ca,. V2 l,.

110
OS ECONOMISTAS
5( A for* :e A%or o$ o A%or :e #roc
!s 4ercadorias vJ4 ao 4undo sob a Ior4a de valores de uso ou
de cor,os de 4ercadorias2 co4o Ierro2 linho2 trigo etc. )ssa R a
sua Ior4a natural co4 Kue esta4os habituados. )las s0o sQ
4ercadorias2 entretanto2 devido F sua du,licidade2 obPetos de uso e
si4ultanea4ente ,ortadores de valor. )las a,arece42 ,or isso2 co4o
4ercadoria ou ,os' sue4 a Ior4a de 4ercadoria a,enas na 4edida e4
Kue ,ossue4 Ior4a du,la2 Ior4a natural e Ior4a de valor.
! obPetividade do valor das 4ercadorias diIerencia'se de <ittib
?urtig2 ,ois n0o se sabe ,or onde a,anh'la.
$1
)4 direta o,osi/0o
F ,al,vel e rude obPetividade dos cor,os das 4ercadorias2 n0o se
encerra nenhu4 to4o de 4atRria natural na obPetividade de seu
valor. Po' de4os virar e revirar u4a 4ercadoria2 co4o Kueira4os2
co4o coisa de valor ela ,er4anece i4,erce,t3vel. Recorde4o'nos2
entretanto2 Kue as 4ercadorias a,enas ,ossue4 obPetividade de
valor na 4edida e4 Kue elas sePa4 e;,ress=es da 4es4a unidade
social de trabalho hu' 4ano2 ,ois sua obPetividade de valor R
,ura4ente social e2 ent0o2 R evidente Kue ela ,ode a,arecer a,enas
nu4a rela/0o social de 4erca' doria ,ara 4ercadoria. Parti4os2 de
Iato2 do valor de troca ou da rela/0o de troca das 4ercadorias ,ara
chegar F ,ista de seu valor a3 oculto. *Qs ,recisa4os agora voltar
a essa Ior4a de 4aniIesta/0o do valor.
Toda ,essoa sabe2 ainda Kue n0o saiba 4ais do Kue isso2 Kue as
4ercadorias ,ossue4 u4a Ior4a co4u4 de valor2 Kue contrasta de
4aneira 4uito 4arcante co4 a heterogeneidade das Ior4as
naturais Kue a,resenta4 seus valores de uso L a Ior4a dinheiro.
!Kui cabe2 no entanto2 realiGar o Kue n0o Ioi Pa4ais tentado ,ela
econo4ia bur' guesa2 isto R2 co4,rovar a gJnese dessa Ior4a dinheiro2
ou sePa2 aco4'
#%7'#%5m.( :e u4 lado2 conIunde !. S4ith aKui "ne4 se4,re( a deter4ina/0o do valor ,elo
Cuantum de trabalho des,endido na ,rodu/0o da 4ercadoria co4 a deter4ina/0o dos valores
das 4ercadorias ,elo valor do trabalho2 e ,rocura2 ,ortanto2 co4,rovar Kue as 4es4as
Kuantidades de trabalho tJ4 se4,re o 4es4o valor. Por outro lado2 ,ressente ele Kue
o trabalho2 na 4edida e4 Kue se re,resenta no valor das 4ercadorias2 vale a,enas
co4o dis,Jndio de Ior/a de trabalho2 4as ca,ta esse dis,Jndio a,enas co4o sacriI3cio do
sossego2 liberdade e Ielicidade2 e n0o co4o u4a atividade ta4bR4 nor4al de vida. *a
realidade2 ele te4 e4 vista o trabalhador assalariado 4oderno. L Huito 4ais ,reciso2 diG o
antecessor anYni4o de !. S4ith2 citado anterior4ente9 VC4 ho4e4 e4,regou u4a se4ana
no Iabrico deste obPeto necessrio "...( e aKuele Kue lhe dar outro obPeto e4 troca n0o
,ode esti4ar 4elhor o Kue seria u4 eKuivalente a,ro,riado2 sen0o ,or 4eio do
cY4,uto do Kue lhe custa a 4es4a Kuantidade de trabalho e te4,o. Isso signiIica de
Iato a troca do trabalho Kue u4a ,essoa2 e4 deter4inado te4,o2 e4,regou e4 u4
obPeto2 ,elo trabalho de outra2 no 4es4o te4,o a,licado a outro obPeto.W "<ome
Thou2hts on the /nterest of "oneD in ,eneral etc. ,. D$.( L oN 7k edi/0o9 ! l3ngua
inglesa te4 a vantage4 de ,ossuir duas ,alavras distintas ,ara esses dois as,ectos
diIerentes do trabalho. trabalho Kue gera valores de uso e R Kualitativa4ente
deter4inado cha4a'se de Aork2 e4 o,osi/0o a la.our^

111
MARX
o trabalho Kue cria valor e R 4edido a,enas Kuantitativa4ente cha4a'se la.our2 e4 o,osi/0o
a Aork! Ver nota F ,. #7 da tradu/0o inglesa. L F. ).p
$1 S?!K)SP)!R). 1enriCue /V! Parte Pri4eira. !to III. Cena III. "*. da )d. !le40.(

112
OS ECONOMISTAS
,anhar o desenvolvi4ento da e;,ress0o do valor contida na rela/0o
de valor das 4ercadorias2 de sua Ior4a 4ais si4,les e se4 brilho atR
a oIuscante Ior4a dinheiro. Co4 isso desa,arece o enig4a do dinheiro.
! rela/0o 4ais si4,les de valor R evidente4ente a rela/0o de
valor de u4a 4ercadoria co4 u4a Mnica 4ercadoria de ti,o
diIerente2 n0o i4,orta Kual ela sePa. ! rela/0o de valor entre duas
4ercadorias Iornece2 ,or isso2 a e;,ress0o 4ais si4,les de valor ,ara
u4a 4ercadoria.
AL $orma <imples, <in2ular ou Acidental de Valor
: 4ercadoria A c D 4ercadoria '2 ou9 : 4ercadoria A vale D
4ercadoria '.
"6% varas de linho c # casaco2 ou9 6% varas de linho vale4 #
casaco.(
7L s dois p6los da e:presso de valorW forma relativa de valor e forma
eCuivalente
segredo de toda Ior4a de valor encerra'se nessa Ior4a si4,les
de valor. *a sua anlise reside a verdadeira diIiculdade.
:uas 4ercadorias diIerentes2 ! e B2 e4 nosso e;e4,lo linho
e casaco2 re,resenta4 aKui2 evidente4ente2 dois ,a,Ris distintos.
linho e;,ressa seu valor no casaco2 o casaco serve de 4aterial ,ara
essa e;,ress0o de valor. ! ,ri4eira 4ercadoria re,resenta u4 ,a,el
ativo2
a segunda u4 ,a,el ,assivo. valor da ,ri4eira 4ercadoria R
a,re' sentado co4o valor relativo ou ela encontra'se sob Ior4a
relativa de valor. ! segunda 4ercadoria Iunciona co4o eKuivalente ou
encontra'se e4 Ior4a eKuivalente.
For4a relativa de valor e Ior4a eKuivalente ,ertence4 u4a
F outra2 se deter4ina4 reci,roca4ente2 s0o 4o4entos inse,arveis2
,o' rR42 ao 4es4o te4,o2 s0o e;tre4os Kue se e;clue4
4utua4ente ou se o,=e42 isto R2 ,Qlos da 4es4a e;,ress0o de valor^
elas se re,arte4 se4,re entre as diversas 4ercadorias relacionadas
entre si ,ela e;' ,ress0o de valor. )u n0o ,osso2 ,or e;e4,lo2
e;,ressar o valor do linho e4 linho. 6% varas de linho c 6% varas de
linho n0o R nenhu4a e;,ress0o de valor. ! eKua/0o diG2 ao contrrio9
6% varas de linho s0o nada 4ais Kue 6% varas de linho2 u4 Cuantum
deter4inado do obPeto de uso linho. valor do linho ,ode assi4
ser e;,resso a,enas relati' va4ente2 isto R2 ,or 4eio de outra
4ercadoria. ! Ior4a relativa de valor do linho su,=e2 ,ortanto2 Kue
algu4a outra 4ercadoria a ela se o,onha na Ior4a eKuivalente. Por
outro lado2 essa outra 4ercadoria2 Kue Iigura co4o eKuivalente2 n0o
,ode ao 4es4o te4,o encontrar'se e4 Ior4a relativa de valor.
*0o R ela Kue e;,ressa seu valor. )la Iornece a,enas o 4aterial F
e;,ress0o do valor de outra 4ercadoria.

123
MARX
[ verdade Kue a e;,ress0o 6% varas de linho c # casaco2 ou
6%
varas de linho vale4 # casaco2 encerra ta4bR4 as rela/=es contrrias9
# casaco c 6% varas de linho2 ou # casaco vale 6% varas de linho.

121
OS ECONOMISTAS
PorR42 assi4 ,reciso inverter a eKua/0o ,ara ,oder e;,ressar o valor
relativo do casaco2 e t0o logo eu Ia/o isso2 torna'se o linho eKuivalente
e4 veG do casaco. ! 4es4a 4ercadoria n0o ,ode2 ,ortanto2 a,arecer2
ao 4es4o te4,o2 sob a4bas as Ior4as na 4es4a e;,ress0o de valor.
)ssas Ior4as antes e;clue4'se ,olar4ente.
Se u4a 4ercadoria encontra'se sob a Ior4a relativa de valor ou
sob a Ior4a o,osta2 a Ior4a eKuivalente2 de,ende e;clusiva4ente
da ,osi/0o Kue essa 4ercadoria ocu,e na e;,ress0o de valor2 e4
cada 4o4ento2 ou sePa2 se R a 4ercadoria cuPo valor R e;,resso ou
aKuela na Kual R e;,resso o valor.
VL A forma relativa de valor
a( ConteMdo da Ior4a relativa de valor
Para descobrir co4o a e;,ress0o si4,les do valor de u4a
4er' cadoria se esconde na rela/0o de valor entre duas 4ercadorias2
deve'se considerar essa rela/0o2 de in3cio2 total4ente inde,endente de
seu lado Kuantitativo. Procede'se2 na 4aioria das veGes2 Pusta4ente ao
contrrio2
e vJ'se na rela/0o de valor a,enas a ,ro,or/0o na Kual
deter4inados
Kuanta de duas es,Rcies de 4ercadoria se eKui,ara4. Perde'se de vista
Kue as grandeGas de coisas diIerentes torna4'se Kuantitativa4ente
co4,arveis sQ de,ois de reduGidas F 4es4a unidade. So4ente co4o
e;,ress=es da 4es4a unidade2 s0o elas ho4Yni4as2 ,or
conseguinte2 grandeGas co4ensurveis.
$&
Se 6% varas de linho c # casaco ou c 6% ou c : casacos2 isto
R2 se dado Cuantum de linho vale 4uitos ou ,oucos casacos2 cada
u4a dessas ,ro,or/=es i4,lica se4,re Kue linho e casaco2 co4o
grandeGas de valor2 sePa4 e;,ress=es da 4es4a unidade2 coisas da
4es4a na' tureGa. +inho c casaco R o Iunda4ento da eKua/0o.
Has as duas 4ercadorias Kuantitativa4ente eKui,aradas n0o de'
se4,enha4 o 4es4o ,a,el. !,enas o valor do linho R e;,resso. )
co4oZ Por 4eio de sua rela/0o co4 o casaco co4o seu
VeKuivalenteW2 ou seu V,er4utvelW. *essa rela/0o2 o casaco vale co4o
Ior4a de e;is' tJncia de valor2 co4o coisa de valor2 ,ois a,enas
co4o tal R o 4es4o Kue o linho. Por outro lado2 a ,rQ,ria e;istJncia
do valor do linho ve4
F tona ou obtR4 u4a e;,ress0o autYno4a2 ,ois so4ente co4o
valor ,ode o linho relacionar'se co4 o casaco co4o eKuivalente ou
co4 ele ,er4utvel. !ssi42 o cido but3rico R u4 cor,o diIerente
do Ior4iato de ,ro,ilo. !4bos2 entretanto2 s0o constitu3dos das
4es4as substUncias Ku34icas L carbono "C(2 hidrogJnio "?( e
o;igJnio "(2 co4binadas na
$& s ,oucos econo4istas Kue2 co4o S. Baile-2 se ocu,ara4 co4 a anlise da Ior4a de valor

124
MARX
n0o ,odia4 chegar a nenhu4 resultado2 ,ri4eiro ,orKue conIunde4 Ior4a de valor e
valor2 segundo ,orKue eles2 sob a inIluJncia crua do burguJs ,rtico2 de in3cio2 considera4
e;clusiva4ente a deter4ina/0o Kuantitativa. V! dis,osi/0o sobre a Kuantidade "...( IaG
o
valor.W ""oneD and its Vicissitudes! +ondres2 #ED&. ,. ##.( !utor S. Baile-.

125
OS ECONOMISTAS
4es4a ,ercentage42 a saber2 C
7
?
E

6
. Se Iosse4 eKui,arados cido
but3rico e Ior4iato de ,ro,ilo2 valeria nessa rela/0o2 ,ri4eiro2 o Ior4iato
de ,ro,ilo co4o si4,les Ior4a de e;istJncia do C
7
?
E

6
2 e segundo2
seria dito Kue o cido but3rico co4,=e'se ta4bR4 de C
7
?
E

6
. Pela
eKui,ara/0o do Ior4iato de ,ro,ilo co4 o cido but3rico seria e;,ressa
,ortanto sua substUncia Ku34ica e4 contraste co4 sua Ior4a cor,Qrea.
:iga4os9 co4o valores2 as 4ercadorias s0o 4eras gelatinas
de trabalho hu4ano2 ent0o a nossa anlise reduG as 4es4as F
abstra/0o de valor2 se4 dar'lhes2 ,orR42 KualKuer Ior4a de valor
diIerente de suas Ior4as naturais. ! coisa R diIerente na rela/0o
de valor de u4a 4ercadoria F outra. Seu carter de valor revela'
se aKui ,or 4eio de sua ,rQ,ria rela/0o F outra 4ercadoria.
!o eKui,arar'se2 ,or e;e4,lo2 o casaco2 co4o coisa de valor2
ao linho2 R eKui,arado o trabalho inserido no ,ri4eiro co4 o
trabalho contido neste Mlti4o. *a verdade2 a alIaiataria Kue IaG o
casaco R u4a es,Rcie de trabalho concreto diIerente da tecelage4
Kue IaG o linho. PorR42 a eKui,ara/0o co4 a tecelage4 reduG a
alIaiataria real4ente FKuilo e4 Kue a4bos s0o iguais2 a seu
carter co4u4 de trabalho hu4ano. Indireta4ente R ent0o dito Kue
ta4bR4 a tecelage42 contanto Kue ela te/a valor2 n0o ,ossui nenhu4a
caracter3stica Kue a diIerencie da alIaiataria2 e R2 ,ortanto2 trabalho
hu4ano abstrato. So4ente a e;,ress0o de eKuivalJncia de diIerentes
es,Rcies de 4ercadoria revela
o carter es,ec3Iico do trabalho gerador de valor2 ao reduGir2 de
Iato2 os diversos trabalhos contidos nas 4ercadorias diIerentes a algo
co4u4 neles2 ao trabalho hu4ano e4 geral.
$E
*0o basta2 ,orR42 e;,ressar o carter es,ec3Iico do trabalho e4
Kue consiste o valor do linho. ! Ior/a de trabalho do ho4e4 e4 estado
l3Kuido ou trabalho hu4ano cria valor2 ,orR4 n0o R valor. )le torna'se
valor e4 estado cristaliGado2 e4 Ior4a concreta. Para e;,ressar o valor
do linho co4o gelatina de trabalho hu4ano2 ele deve ser e;,resso
co4o u4a VobPetividadeW concreta4ente diIerente do linho 4es4o e
si4ultanea4ente co4u4 ao linho e a outra 4ercadoria. ! tareIa
P est resolvida.
*a rela/0o de valor do linho vale o casaco co4o seu igual
e4 Kualidade2 co4o coisa da 4es4a natureGa2 ,orKue R u4 valor.
)le vale aKui2 ,ortanto2 co4o coisa2 na Kual a,arece valor ou a
Kual e4 sua Ior4a natural ,al,vel re,resenta valor. *a verdade2
o casaco2 o
$E *ota F 6k edi/0o. C4 dos ,ri4eiros econo4istas Kue a,Qs <illia4 Pett- enIocou a
natureGa
do valor2 o Ia4oso Fran\lin2 diG9 VC4a veG Kue o co4Rrcio nada 4ais R Kue a troca de
u4 trabalho ,or outro2 o valor de todas as coisas ser avaliado 4ais Pusta4ente e4
trabalhoW.
"The @orks of '! $ranklin etc. )dit. ,or S,ar\s2 Boston2 #ED1. v. II2 ,. 61&.( !o avaliar o

126
MARX
valor de todas as coisas Ve4 trabalhoW2 Fran\lin n0o est consciente de Kue abstrai a
diversidade dos trabalhos trocados L e assi4 os reduG a trabalho hu4ano igual. :iG
contudo o Kue n0o sabe. )le Iala ,ri4eiro de Vu4 trabalhoW2 de,ois de Voutro trabalhoW e
Iinal4ente de VtrabalhoW se4 outra KualiIica/0o2 co4o substUncia do valor de todas as
coisas.

12'
OS ECONOMISTAS
cor,o da 4ercadoria casaco2 R u4 4ero valor de uso. C4 casaco e;'
,ressa t0o ,ouco valor Kuanto KualKuer ,e/a de linho. Isso
co4,rova a,enas Kue ele signiIica 4ais dentro da rela/0o de valor
co4 o linho Kue Iora dela2 assi4 co4o algu4as ,essoas signiIica4
4ais dentro de u4 casaco co4 gal=es Kue Iora dele.
*a ,rodu/0o do casaco Ioi real4ente des,endida Ior/a de trabalho
hu4ana sob a Ior4a de alIaiataria. [2 ,ortanto2 trabalho hu4ano nele
acu4ulado. Por esse lado2 R o casaco V,ortador de valorW2 ainda
Kue essa sua ,ro,riedade n0o se vePa 4es4o atravRs de sua Ior4a
4ais ,u3da. ) na rela/0o de valor do linho ele vale a,enas
segundo esse lado2 ,ortanto co4o valor cor,oriIicado2 co4o cor,o de
valor. !,esar de sua a,ari/0o abotoada2 o linho reconheceu nele a bela
al4a de valor de orige4 co4u4. casaco2 e4 rela/0o ao linho2 n0o
,ode re,resentar valor2 se4 Kue ,ara este o valor assu4a
si4ultanea4ente a Ior4a de u4 casaco. !ssi4 o indiv3duo ! n0o ,ode
co4,ortar'se ,ara o indiv3duo
B co4o u4a 4aPestade2 se4 Kue ,ara ! 4aPestade assu4a si4ultanea'
4ente a Ior4a cor,Qrea de B e2 ,ortanto2 Kue 4odiIiKue Iei/=es2
cabelos
e vrias outras caracter3sticas cada veG Kue 4uda o ,ai do ,ovo.
*a rela/0o de valor2 na Kual o casaco constitui o eKuivalente do
linho2 vale2 ,ortanto2 a Ior4a de casaco co4o Ior4a de valor.
valor da 4ercadoria linho R assi4 e;,resso no cor,o da 4ercadoria
casaco2
o valor de u4a 4ercadoria no valor de uso da outra. Co4o valor
de uso R o linho u4a coisa Iisica4ente diIerente do casaco2 co4o
valor R algo igual ao casaco e ,arece2 ,ortanto2 co4o u4 casaco. !ssi42
o linho recebe u4a Ior4a de valor diIerente de sua Ior4a natural. Sua
e;istJncia de valor a,arece e4 sua igualdade co4 o casaco2 assi4
co4o a natureGa de carneiro do crist0o e4 sua igualdade co4 o
cordeiro de :eus.
VJ'se2 tudo Kue nos disse antes a anlise do valor das
4ercadorias2 diG'nos o linho logo Kue entra e4 rela/0o co4 outra
4ercadoria2 o casaco. SQ Kue ele revela seu ,ensa4ento e4 sua
linguage4 e;clusiva2 a lingua' ge4 das 4ercadorias. Para diGer Kue o
seu ,rQ,rio valor Ioi gerado ,elo trabalho e4 sua abstrata
,ro,riedade de trabalho hu4ano2 ele diG Kue
o casaco2 na 4edida e4 Kue ele lhe eKuivale2 ,ortanto R valor2 co4,=e'
se do 4es4o trabalho Kue o linho. Para diGer Kue a sua subli4e
obPetividade de valor R distinta de seu cor,o entretelado2 ele diG Kue o
valor se ,arece co4 u4 casaco e Kue2 ,ortanto2 ele 4es4o2 co4o coisa
de valor2 iguala'se ao casaco2 co4o u4 ovo ao outro. :iga'se de
,assage4 Kue a linguage4 das 4ercadorias2 alR4 do hebraico2 ,ossui
ta4bR4 4uitos outros idio4as 4ais ou 4enos corretos. ! ,alavra
ale40 @ertsein "valer( e;,ressa2 ,or e;e4,lo2 co4 4enos acerto Kue o
verbo ro4ano valere, valer, valoir2 Kue

12/
MARX
a eKui,ara/0o da 4ercadoria ' co4 A R a ,rQ,ria e;,ress0o de valor da
4ercadoria A! Paris vaut .ien une messe.
$$
$$ iParis vale be4 u4a 4issai2 teria dito ?enriKue IV e4 #5$D Kuando de sua convers0o ao
catolicis4o2 e4 Iavor de u4a ,ol3tica nacional. "*. da )d. !le40.(

120
OS ECONOMISTAS
Por 4eio da rela/0o de valor2 a Ior4a natural da 4ercadoria
'
torna'se a Ior4a de valor da 4ercadoria A ou o cor,o da
4ercadoria
' o es,elho do valor da 4ercadoria A.
#%%
!o relacionar'se co4 a 4er'
cadoria ' co4o cor,o de valor2 co4o 4aterialiGa/0o de trabalho
hu' 4ano2 a 4ercadoria A torna o valor de uso de ' 4aterial de
sua ,rQ,ria e;,ress0o de valor. valor da 4ercadoria A, assi4
e;,resso no valor de uso da 4ercadoria ', ,ossui a Ior4a do valor
relativo.
b( :eter4ina/0o Kuantitativa da Ior4a de valor relativa
Toda 4ercadoria2 cuPo valor deve ser e;,resso2 R u4 obPeto
de uso e4 dado Cuantum2 #5 arrobas de trigo2 #%% libras de caIR etc.
)sse dado Cuantum de 4ercadoria contR4 deter4inado Cuantum de
trabalho hu4ano. ! Ior4a de valor te4 de e;,ressar n0o sQ valor
e4 geral2 4as ta4bR4 valor deter4inado Kuantitativa4ente2 ou
grandeGa de valor. *a rela/0o de valor da 4ercadoria A co4 a
4ercadoria '2 do linho co4 o casaco2 R eKui,arada n0o a,enas
Kualitativa4ente ao linho
a es,Rcie de 4ercadoria casaco co4o cor,o de valor e4 geral2 4as
deter4inado Cuantum de linho2 ,or e;e4,lo 6% varas2 eKui,ara'se a
deter4inado Cuantum do cor,o de valor ou eKuivalente2 ,or e;e4,lo
# casaco.
! eKua/0o9 V6% varas de linho c # casaco2 ou9 6% varas de
linho vale4 # casacoW ,ressu,=e Kue # casaco contR4 tanta
substUncia de valor Kuanto 6% varas de linho2 Kue a4bas as
Kuantidades de 4erca' dorias custa4 assi4 o 4es4o trabalho ou
igual Kuantidade de te4,o de trabalho. te4,o de trabalho
necessrio ,ara a ,rodu/0o de 6% varas de linho ou # casaco
altera'se2 ,orR42 co4 cada altera/0o na Ior/a ,rodutiva da
tecelage4 ou da alIaiataria. ! inIluJncia de tais 4udan/as sobre a
e;,ress0o relativa da grandeGa de valor deve agora ser e;a4inada
4ais de ,erto.
I. Sue 4ude o valor do linho2
#%#
enKuanto o valor do casaco ,er'
4anece constante. Se o te4,o de trabalho necessrio ,ara a ,rodu/0o
do linho dobra2 talveG e4 conseKOJncia de crescente inIertilidade
do solo e4 Kue se ,roduG o linho2 ent0o du,lica seu valor. )4 veG de
6% varas de linho c # casaco2 ter3a4os 6% varas de linho c 6 casacos2
,ois
# casaco contR4 agora a,enas 4etade do te4,o de trabalho das 6%
varas de linho. !o contrrio2 se di4inui F 4etade o te4,o de trabalho
#%% :e certa Ior4a2 sucede ao ho4e4 co4o F 4ercadoria. Pois ele n0o ve4 ao 4undo ne4

121
MARX
co4 u4 es,elho2 ne4 co4o u4 IilQsoIo Iichtiano9 eu sou eu2 o ho4e4 se es,elha
,ri4eiro e4 outro ho4e4. SQ ,or 4eio da rela/0o co4 o ho4e4 Paulo2 co4o seu
se4elhante2
reconhece'se o ho4e4 Pedro a si 4es4o co4o ho4e4. Co4 isso vale ,ara ele ta4bR4
o Paulo2 co4 ,ele e cabelos2 e4 sua cor,oralidade ,aul3nica2 co4o Ior4a de 4aniIesta/0o
do gJnero hu4ano.
#%# ! e;,ress0o VvalorW2 co4o P ocorreu anterior4ente algu4as veGes2 R usada aKui ,ara valor
Kuantitativa4ente deter4inado2 ,ortanto2 ,ara grandeGa de valor.

122
OS ECONOMISTAS
necessrio ,ara a ,rodu/0o do linho e4 conseKOJncia2 ,or e;e4,lo2
da 4elhoria dos teares2 cai ta4bR4 o valor do linho ,ela 4etade.
ConseKOente4ente2 agora9 6% varas de linho c #`6 casaco. valor
relativo da 4ercadoria A, isto R2 seu valor e;,resso na 4ercadoria
', sobe e cai2 ,ortanto2 direta4ente co4 o valor da 4ercadoria A,
enKuanto ,er4anece o 4es4o o valor da 4ercadoria '.
II. Sue o valor do linho ,er4ane/a constante2 enKuanto 4uda o
valor do casaco. :u,lica2 sob essas circunstUncias2 o te4,o de trabalho
necessrio ,ara a ,rodu/0o do casaco2 eventual4ente2 e4 conseKOJncia
de u4a tosKuia desIavorvel2 ent0o te4os e4 veG de 6% varas de linho
c # casaco2 agora9 6% varas de linho c #`6 casaco. Se2 ao contrrio2
o valor do casaco cai F 4etade2 ent0o 6% varas de linho c 6
casacos. Per4anecendo constante o valor da 4ercadoria A2 cai ou sobe2
,ortanto2 seu valor relativo e;,resso na 4ercadoria '2 e4 rela/0o
inversa F 4udan/a de valor de '.
!o se co4,arare4 os diIerentes casos2 sob I e II2 resulta Kue
a 4es4a 4udan/a de grandeGa do valor relativo ,ode ,rovir de
causas total4ente o,ostas. !ssi4 6% varas de linho c # casaco se
transIor4a e49 #( a eKua/0o 6% varas de linho c 6 casacos2 ou
,orKue o valor do linho du,lica'se2 ou ,orKue o valor dos casacos
cai F 4etade^ e 6( a eKua/0o 6% varas de linho c #`6 casaco2 ou
,orKue o valor do linho cai
F 4etade ou ,orKue o valor do casaco sobe ao dobro.
III. !s Kuantidades de trabalho necessrias ,ara a ,rodu/0o
de linho e casaco ,ode4 variar si4ultanea4ente2 na 4es4a dire/0o e
na 4es4a ,ro,or/0o. *esse caso2 de,ois co4o antes2 6% varas de
linho c
# casaco2 KuaisKuer Kue sePa4 as 4udan/as de seus valores. :escobre'
se sua 4udan/a de valor t0o logo se as co4,are co4 u4a terceira
4er' cadoria2 cuPo valor ,er4aneceu constante. Subisse4 ou ca3sse4
os va' lores de todas as 4ercadorias si4ultanea4ente e na 4es4a
,ro,or/0o2 ent0o seus valores relativos ,er4aneceria4 i4utveis.
Sua real 4u' dan/a de valor seria inIerida do Iato de Kue no 4es4o
te4,o de trabalho seria agora Iornecido2 e4 geral2 u4 Cuantum 4aior
ou 4enor de 4er' cadorias do Kue antes.
IV. s te4,os de trabalho necessrios F ,rodu/0o de linho e
casaco2 res,ectiva4ente2 e2 ,ortanto2 seus valores2 ,ode4 variar si'
4ultanea4ente2 na 4es4a dire/0o2 ,orR4 e4 grau diIerente2 ou
e4 dire/0o contrria etc. ! inIluJncia de todas as ,oss3veis
es,Rcies de co4bina/=es sobre o valor relativo de u4a 4ercadoria
obtR4'se ,ela si4,les a,lica/0o dos casos I2 II e III.
!s 4udan/as reais na grandeGa de valor n0o se reIlete4
ne4 clara ne4 co4,leta4ente2 e4 sua e;,ress0o relativa ou na

433
MARX
grandeGa do valor relativo. valor relativo de u4a 4ercadoria
,ode 4udar2

431
OS ECONOMISTAS
a,esar de seu valor ,er4anecer constante. Seu valor relativo ,ode
,er4anecer constante2 a,esar de 4udar seu valor e2 Iinal4ente2
n0o necessita42 de nenhu4a Ior4a2 coincidir as 4udan/as
si4ultUneas e4 sua grandeGa de valor e na e;,ress0o relativa dessa
grandeGa.
#%6
XL A forma eCuivalente
Viu'se9 ao e;,ressar u4a 4ercadoria A "o linho( seu valor no
valor de uso de u4a 4ercadoria diIerente ' "o casaco( i4,ri4e a esta
Mlti4a u4a Ior4a ,eculiar de valor2 a de eKuivalente. !
4ercadoria linho traG sua ,rQ,ria Kualidade de ter valor F luG2
,elo Iato de Kue
o casaco2 se4 assu4ir u4a Ior4a de valor diIerente de sua Ior4a
cor,Qrea2 se lhe eKui,ara. linho e;,ri4e assi42 de Iato2 sua ,rQ,ria
Kualidade de ter valor na circunstUncia de Kue o casaco R co4 ele
direta4ente ,er4utvel. ! Ior4a eKuivalente de u4a 4ercadoria R
conseKOente4ente a Ior4a de sua ,er4utabilidade direta co4
outra 4ercadoria.
Suando u4a es,Rcie de 4ercadoria2 co4o casaco2 serve de eKui'
valente a outra es,Rcie de 4ercadoria2 co4o linho2 e ,or
conseguinte casacos recebera4 a ,ro,riedade caracter3stica de se
encontrare4 e4 Ior4a ,er4utvel direta co4 o linho2 n0o R dada2 de
nenhu4a 4aneira2
a ,ro,or/0o na Kual o linho e o casaco s0o trocveis. )la de,ende
da grandeGa de valor dos casacos2 P Kue a grandeGa de valor do
linho R dada. Se se e;,ressa o casaco co4o eKuivalente e o linho
co4o valor relativo2 ou ao contrrio2 o linho co4o eKuivalente e o
casaco co4o valor relativo2 sua grandeGa de valor ,er4anece2
de,ois co4o antes2 deter4inada ,elo te4,o de trabalho necessrio
,ara sua ,rodu/0o2 ,ortanto2 inde,endente de sua Ior4a de valor.
T0o logo2 ,orR42 a es' ,Rcie de 4ercadoria casaco assu4e na
e;,ress0o de valor o lugar de eKuivalente2 sua grandeGa de valor
n0o adKuire nenhu4a e;,ress0o
#%6 *ota F 6k edi/0o. )ssa incongruJncia entre grandeGa de valor e sua e;,ress0o relativa Ioi
e;,lorada co4 habitual sagacidade ,ela econo4ia vulgar. Por e;e4,lo9 V!d4ita Kue A
bai;a2 ,orKue ', co4 o Kue R trocado2 sobe2 e4bora na ocasi0o n0o decres/a o trabalho
des,endido e4 A2 e seu ,rinc3,io geral de valor cai ,or terra "...( Suando se ad4ite
Kue o valor de ' cai relativa4ente ao de A ,orKue o valor de A sobe e4 rela/0o ao de '2
destrQi'se
a base sobre a Kual Ricardo estabelece sua grande ,ro,osi/0o de Kue o valor de u4a
4ercadoria R se4,re deter4inado ,elo Cuantum de trabalho nela incor,orado^ ,ois Kuando
u4a 4udan/a nos custos de A altera n0o so4ente seu ,rQ,rio valor e4 rela/0o a '2
co4
o Kue se troca2 4as ta4bR4 o valor de ' relativa4ente ao de A2 se4 ter ocorrido nenhu4a
4udan/a no Cuantum de trabalho reKuerido ,ara a ,rodu/0o de '2 ent0o cai ,or terra n0o
a,enas a doutrina Kue assegura Kue a Kuantidade de trabalho des,endida e4 u4

434
MARX
artigo regula seu valor2 4as ta4bR4 a doutrina Kue assegura Kue os custos de
,rodu/0o de u4 artigo regula4 seu valorW. "BR!:?CRST2 J. Political *conomD! +ondres2
#E76. ,. ##'#7.(
sr. Broadhurst ,oderia ta4bR4 diGer9 Considere'se as Ira/=es #%`6%2 #%`5%2 #%`#%% etc.
nM4ero #% ,er4anece inalterado e a,esar disso decresce constante4ente sua grandeGa
,ro,orcional2 sua grandeGa relativa aos deno4inadores2 6%2 5%2 #%%. !ssi42 cai ,or terra
o grande ,rinc3,io de Kue a grandeGa de u4 nM4ero inteiro2 co4o #%2 ,or e;e4,lo2 R
VreguladaW ,or 4eio da Kuantidade de unidades nela contidas.

435
OS ECONOMISTAS
co4o grandeGa de valor. )la Iigura na eKua/0o de valor 4uito 4ais
a,enas co4o deter4inado Cuantum de u4a coisa.
Por e;e4,lo9 7% varas Vvale4W L o KuJZ :ois casacos. Co4o a
es,Rcie de 4ercadoria casaco dese4,enha aKui o ,a,el de eKuivalente2
o valor de uso e4 Iace do linho co4o cor,o de valor2 basta ta4bR4
deter4inado Cuantum de casacos ,ara e;,ressar deter4inado
Cuantum de valor de linho. :ois casacos ,ode4 e;,ressar2 ,ortanto2 a
grandeGa de valor de 7% varas de linho2 4as n0o ,ode4 nunca
e;,ressar sua ,rQ,ria grandeGa de valor2 a grandeGa de valor de
casacos. ! inter' ,reta/0o su,erIicial dessa realidade2 Kue o
eKuivalente se4,re ,ossui na eKua/0o de valor a,enas a Ior4a de
si4,les Cuantum de u4a coisa2 de u4 valor de uso2 induGiu Baile-2
co4o 4uitos de seus antecessores
e sucessores2 a ver na e;,ress0o de valor a,enas u4a rela/0o Kuan'
titativa. Pelo contrrio2 a Ior4a eKuivalente de u4a 4ercadoria n0o
contR4 nenhu4a deter4ina/0o Kuantitativa de valor.
! ,ri4eira ,eculiaridade Kue cha4a a aten/0o Kuando se observa
a Ior4a eKuivalente R esta9 o valor de uso torna'se Ior4a de 4aniIes'
ta/0o de seu contrrio2 do valor.
! Ior4a natural da 4ercadoria torna'se Ior4a de valor. PorR42
nota .ene2 esse KOi,roKOQ ocorre ,ara u4a 4ercadoria ' "casaco
ou trigo ou Ierro etc.( a,enas interna4ente F rela/0o de valor2 na
Kual outra 4ercadoria KualKuer A "linho etc.( Punta'se a ela2
a,enas no interior dessa rela/0o. Co4o nenhu4a 4ercadoria ,ode
Iigurar co4o eKuivalente de si 4es4a2 ,ortanto t0o ,ouco ,odendo
IaGer de sua ,rQ,ria ,ele natural e;,ress0o de seu ,rQ,rio valor2
ela te4 de rela' cionar'se co4o eKuivalente a outra 4ercadoria2 ou
IaGer da ,ele natural de outra 4ercadoria sua ,rQ,ria Ior4a de
valor.
Sue nos ilustre isso o e;e4,lo de u4a 4edida Kue se a,lica aos
cor,os de 4ercadorias co4o cor,os de 4ercadorias2 isto R2 co4o valores
de uso. C4 ,0o de a/Mcar sendo cor,o R ,esado e te42 ,ortanto2 ,eso2
,orR4 n0o se ,ode ver ou servir o ,eso de nenhu4 ,0o de a/Mcar.
To4e4os ent0o ,eda/os diIerentes de Ierro2 cuPo ,eso Ioi deter4inado
antes. Considerada e4 si2 a Ior4a do Ierro R t0o ,ouco Ior4a de
4a' niIesta/0o do ,eso Kuanto a do ,0o de a/Mcar. Contudo2 ,ara
e;,ressar
o ,0o de a/Mcar co4o ,eso2 nQs o coloca4os nu4a rela/0o de ,eso co4
o Ierro. *essa rela/0o o Ierro Iigura co4o u4 cor,o2 Kue nada
re,resenta alR4 de ,eso. Suantidades de Ierro serve42 ,ortanto2
co4o 4edida de ,eso do a/Mcar e re,resenta4 ,erante o cor,o do
a/Mcar 4era Ii' gura/0o do ,eso2 Ior4a de 4aniIesta/0o de ,eso.
Ierro dese4,enha esse ,a,el a,enas dentro dessa rela/0o2 na Kual
entra o a/Mcar ou KualKuer outro cor,o2 cuPo ,eso deve ser
encontrado. Caso a4bas as coisas n0o Iosse4 ,esadas2 n0o
,oderia4 entrar nessa rela/0o2 e u4 n0o ,oderia sentir2 ,ortanto2 de

436
MARX
e;,ress0o do ,eso do outro. +ance4os a4bos sobre u4a balan/a2 e
vere4os de Iato Kue eles enKuanto ,eso s0o o 4es4o e2 ,ortanto2
e4 ,ro,or/0o deter4inada2 s0o do 4es4o

43'
OS ECONOMISTAS
,eso. Co4o 4edida de ,eso2 o Ierro re,resenta e4 conIronto co4 o
,0o de a/Mcar a,enas ,eso2 e assi42 e4 nossa e;,ress0o de valor2 o
cor,o do casaco re,resenta e4 rela/0o ao linho a,enas valor.
!Kui ter4ina2 entretanto2 a analogia. Ierro re,resenta na
e;' ,ress0o de ,eso do ,0o de a/Mcar u4a ,ro,riedade natural
co4u4 a a4bos os cor,os2 seu ,eso2 enKuanto o casaco re,resenta na
e;,ress0o de valor do linho u4a ,ro,riedade sobrenatural a a4bas
as coisas9 seu valor2 algo ,ura4ente social.
);,ressando a Ior4a relativa de valor de u4a 4ercadoria2 ,or
e;e4,lo do linho2 sua Kualidade de ter valor co4o algo
inteira4ente distinto de seu cor,o e suas ,ro,riedades2 ,or
e;e4,lo2 co4o algo igual a u4 casaco2 essa e;,ress0o 4es4a
indica Kue nela se oculta u4a rela/0o social. Co4 a Ior4a
eKuivalente se d o contrrio. )la consiste Pusta4ente e4 Kue u4
cor,o de 4ercadoria2 co4o o do casaco2 tal Kual ela R2 e;,ressa valor2
,ossuindo ,ortanto2 ,or natureGa2 Ior4a de valor. [ verdade Kue isso
vale a,enas interna4ente F rela/0o de valor2 na Kual a 4ercadoria
linho est relacionada F 4ercadoria casaco enKuanto eKuivalente.
#%D
Co4o2 ,orR42 as ,ro,riedades de u4a coisa n0o se origina4 de sua
rela/0o co4 outras coisas2 antes a,enas atua4 e4 tal rela/0o2 ,arece
ta4bR4 Kue o casaco ,ossui2 ,or natureGa2 sua Ior4a eKuivalente2
sua ,ro,riedade de ser direta4ente trocvel2 tanto Kuanto sua
,ro,riedade de ser ,esado ou de 4anter alguR4 aKuecido. :a3 o
enig4tico da Ior4a eKuivalente2 Kue de in3cio Iere o olhar bur' guJs
rMstico de econo4ista ,ol3tico2 t0o logo esta se a,resenta a ele2
P ,ronta2 sob a Ior4a dinheiro. )nt0o2 ele busca e;,lica/=es Kue
,o'
nha4 de lado o carter 43stico de ouro e ,rata2 substituindo'os
,or 4ercadorias 4enos oIuscantes2 e sal4odiando2 co4 se4,re
renovado ,raGer2 o catlogo das 4ercadorias vulgares2 Kue e4
outros te4,os dese4,enhara4 o ,a,el do eKuivalente de
4ercadorias. )le n0o sus' ,eita Kue a 4ais si4,les e;,ress0o de
valor2 co4o 6% varas de linho
c # casaco2 P d a solu/0o do enig4a da Ior4a eKuivalente.
cor,o da 4ercadoria Kue serve de eKuivalente Iigura
se4,re co4o cor,oriIica/0o do trabalho hu4ano abstrato e R se4,re o
,roduto de deter4inado trabalho concreto2 Mtil. )sse trabalho concreto
torna'se ,ortanto e;,ress0o de trabalho hu4ano abstrato. Se o
casaco Iigura2 ,or e;e4,lo2 co4o si4,les realiGa/0o2 ent0o a
alIaiataria2 a Kual nele real4ente se realiGa2 vale co4o si4,les Ior4a
de realiGa/0o do trabalho hu4ano abstrato. *a e;,ress0o de valor
do linho2 a utilidade da al' Iaiataria n0o consiste e4 IaGer rou,as2
,ortanto ta4bR4 ,essoas2 4as si4 e4 Kue ela IaG u4 cor,o e4
Kue R vis3vel Kue R valor2 ,or conse' guinte2 gelatina de trabalho2
Kue e4 nada se diIerencia do trabalho

43/
MARX
#%D )4 geral2 essas deter4ina/=es reIle;ivas s0o 4uito ,eculiares. )sse ho4e42 ,or e;e4,lo2
R rei a,enas ,orKue outros ho4ens co4,orta4'se co4o sMditos diante dele. )les ,ensa42
ao contrrio2 Kue s0o sMditos ,orKue ele R rei.

430
OS ECONOMISTAS
obPetivado no valor do linho. Para IaGer tal es,elho do valor2 R ,reciso
Kue a alIaiataria 4es4a n0o reIlita nada a n0o ser sua ,ro,riedade
abstrata de ser trabalho hu4ano.
*a Ior4a de alIaiataria co4o na Ior4a de tecelage4 R des,endida
Ior/a de trabalho do ho4e4. !4bas as atividades ,ossue42 ,ortanto2
a ,ro,riedade geral do trabalho hu4ano e2 ,or conseguinte2 e4 deter'
4inados casos2 co4o2 ,or e;e4,lo2 na ,rodu/0o de valor2 ,ode4
ser consideradas so4ente sob esse ,onto de vista. Tudo isso n0o R
4iste' rioso. Has na e;,ress0o de valor da 4ercadoria a coisa
torna'se dis' torcida. Por e;e4,lo2 ,ara e;,ressar Kue a tecelage42
n0o e4 sua Ior4a concreta co4o tecelage42 4as si4 e4 sua
,ro,riedade geral co4o trabalho hu4ano2 gera o valor do linho2 ela
R conIrontada co4
a alIaiataria2 o trabalho concreto Kue ,roduG o eKuivalente do linho2
co4o a Ior4a de realiGa/0o ,al,vel do trabalho hu4ano abstrato.
[ ,ortanto u4a segunda ,eculiaridade da Ior4a eKuivalente Kue
trabalho concreto se converta na Ior4a de 4aniIesta/0o de seu
con' trrio2 trabalho hu4ano abstrato.
Has na 4edida e4 Kue esse trabalho concreto2 a alIaiataria2
Iunciona co4o 4era e;,ress0o de trabalho hu4ano indiIerenciado2
,ossui ele a Ior4a da igualdade co4 outro trabalho2 o trabalho
contido no linho2 e R2 ,ortanto2 ainda Kue trabalho ,rivado2 co4o todos
os outros2 trabalho Kue ,roduG 4ercadorias2 ,or conseguinte2 trabalho
e4 Ior4a direta4ente so' cial. Por isso 4es4o2 a,resenta'se ele
nu4 ,roduto Kue R direta4ente trocvel ,or outra 4ercadoria. [2
,ortanto2 u4a terceira ,eculiaridade da Ior4a eKuivalente Kue
trabalho ,rivado se converta na Ior4a de seu contrrio2 trabalho e4
Ior4a direta4ente social.
!s duas ,eculiaridades da Ior4a eKuivalente desenvolvidas ,or
Ml' ti4o torna4'se ainda 4ais ,al,veis2 Kuando retorna4os ao
grande ,es' Kuisador Kue ,ri4eira4ente analisou a Ior4a de valor2
assi4 co4o 4uitas Ior4as de ,ensa4ento2 de sociedade e da
natureGa. )ste R !ristQteles.
:e in3cio declara !ristQteles clara4ente Kue a Ior4a dinheiro
da 4ercadoria R a,enas a Iigura 4ais desenvolvida da Ior4a
si4,les de valor2 isto R2 da e;,ress0o do valor de u4a 4ercadoria
e4 outra 4ercadoria KualKuer. Pois ele diG9
V5 al4oIadas c # casaW
"V W(
Vn0o se diIerenciaW de9
V5 al4oIadas c tanto dinheiroW
"i ... V(

431
MARX
)le reconhece2 ade4ais2 Kue a rela/0o de valor2 e4 Kue essa
e;,ress0o de valor est contida2 condiciona ,or seu lado Kue a casa
R

432
OS ECONOMISTAS
eKui,arada Kualitativa4ente F al4oIada e Kue essas coisas ,erce,ti'
vel4ente diIerentes2 se4 tal igualdade de essJncias2 n0o ,oderia4 ser
relacionadas entre si2 co4o grandeGas co4ensurveis.
V! trocaW2 diG ele2 Vn0o ,ode e;istir se4 a igualdade2 ne4 a igual'
dade se4 a co4ensurabilidadeW "in
V(
Has aKui ele se detR4 desconIiado e renuncia a seguir2 analisando
a Ior4a de valor.
[2 ,orR42 e4 verdade2 i4,oss3vel "i
V( Kue coisas de es,Rcies t0o diIerentes sePa4
co4ensurveis2 isto R2 Kualitativa4ente iguais. )ssa eKui,ara/0o
,ode a,enas ser algo es' tranho F verdadeira natureGa das coisas2
,or conseguinte2 so4ente u4 artiI3cio ,ara a necessidade
,rtica.W
#%7
,rQ,rio !ristQteles nos diG e4 Kue Iracassa o
,rossegui4ento de sua anlise2 a saber2 na Ialta do conceito de
valor. Sue R o igual2 isto R2 a substUncia co4u4 Kue a casa
re,resenta ,ara a al4oIada na e;,ress0o de valor da al4oIadaZ Tal
coisa n0o ,ode Ve4 verdade e;is' tirW2 diG !ristQteles. Por KuJZ ! casa
re,resenta2 contra,osta F al4oIada2 algo igual2 na 4edida e4 Kue
re,resente o Kue R real4ente igual e4 a4bas2 a al4oIada e a
casa. ) isso R L trabalho hu4ano.
Sue na Ior4a dos valores de 4ercadorias todos os trabalhos s0o
e;,ressos co4o trabalho hu4ano igual2 e ,ortanto co4o eKuivalentes2
n0o ,odia !ristQteles deduGir da ,rQ,ria Ior4a de valor2 ,orKue a
sociedade grega baseava'se no trabalho escravo e tinha2 ,ortanto2 ,or
base natural a desigualdade entre os ho4ens e suas Ior/as de trabalho.
segredo da e;,ans0o de valor2 a igualdade e a eKuivalJncia de todos
os trabalhos2 ,orKue e na 4edida e4 Kue s0o trabalho hu4ano e4
geral2 so4ente ,ode ser deciIrado Kuando o conceito da igualdade hu'
4ana P ,ossui a consciJncia de u4 ,reconceito ,o,ular. Has isso
sQ
R ,oss3vel nu4a sociedade na Kual a Ior4a 4ercadoria R a Ior4a geral
do ,roduto de trabalho2 ,or conseguinte ta4bR4 a rela/0o das ,essoas
u4as co4 as outras enKuanto ,ossuidoras de 4ercadorias R a rela/0o
social do4inante. gJnio de !ristQteles res,landece Pusta4ente
e4 Kue ele descobre u4a rela/0o de igualdade na e;,ress0o de
valor das 4ercadorias. So4ente as li4ita/=es histQricas da
sociedade2 na Kual ele viveu2 o i4,edira4 de descobrir e4 Kue
consiste Ve4 verdadeW essa rela/0o de igualdade.
9L conPunto da forma simples de valor

413
MARX
! Ior4a si4,les de valor de u4a 4ercadoria est contida e4
#%7 Har; cita aKui a obra de !ristQteles *thica ?icomachea de V!ristotelis o,era e; recensione
I44anuelis Be\\eriW2 v. $. ;onii2 #ED&. ,. $$'#%%. "*. da )d. !le40.(

411
OS ECONOMISTAS
sua rela/0o de valor co4 outra 4ercadoria de ti,o diIerente2 ou na
rela/0o de troca co4 a 4es4a. valor da 4ercadoria A R e;,resso
Kuantitativa4ente ,or 4eio da ,er4utabilidade direta da 4ercadoria
' co4 a 4ercadoria A. )le R e;,resso Kualitativa4ente ,or 4eio
da ,er4utabilidade de u4 Cuantum deter4inado da 4ercadoria B
,or dado Cuantum da 4ercadoria A. )4 outras ,alavras9 o valor
de u4a 4ercadoria te4 e;,ress0o autYno4a ,or 4eio de sua
re,resenta/0o co4o Vvalor de trocaW. Suando no in3cio deste
ca,3tulo2 ,ara seguir a 4aneira ordinria de Ialar2 hav3a4os dito9
! 4ercadoria R valor de uso e valor de troca2 isso era2 a rigor2
Ialso. ! 4ercadoria R valor de uso ou obPeto de uso e VvalorW. )la
a,resenta'se co4o esse du,lo2 Kue ela R2 t0o logo seu valor ,ossua
u4a Ior4a r,ida de 4aniIesta/0o2 diIerente da sua Ior4a natural2 a
do valor de troca2 e ela Pa4ais ,ossui essa Ior4a Kuando considerada
isolada4ente2 ,orR4 se4,re a,enas na rela/0o de valor ou de
troca co4 u4a segunda 4ercadoria de ti,o diIerente. *o entanto2
u4a veG conhecido isso2 aKuela 4aneira de Ialar n0o causa ,rePu3Go2
4as serve co4o abrevia/0o.
*ossa anlise ,rovou Kue a Ior4a de valor ou a e;,ress0o de
valor da 4ercadoria origina'se da natureGa do valor das 4ercadorias2
e n0o2 ao contrrio2 Kue valor e grandeGa de valor tenha4 orige4 e4
sua e;,ress0o co4o valor de troca. )ssa R2 entretanto2 a ilus0o2 tanto
dos 4ercantilistas e seus 4odernos reKuentadores2 co4o Ferrier2
Ga' 4illo etc.
#%5
Kuanto ta4bR4 de seus ant3,odas2 os 4odernos
commis- voDa2eurs do livre'ca4bis4o2 co4o Bastiat e consortes. s
4ercanti' listas d0o a 4aior i4,ortUncia ao lado Kualitativo da
e;,ress0o de valor2 ,ortanto2 na Ior4a eKuivalente da 4ercadoria2
Kue ,ossui no dinheiro sua Ior4a co4,leta L os 4odernos
4ascates do livre'ca4' bis4o2 Kue necessita4 dese4bara/ar'se de
suas 4ercadorias a KualKuer ,re/o ressalta42 ao contrrio2
e;clusiva4ente o lado Kuantitativo da Ior4a relativa de valor. Para
eles n0o e;iste42 e4 conseKOJncia2 ne4 valor ne4 grandeGa de
valor da 4ercadoria2 e;ceto na e;,ress0o ,or 4eio da rela/0o de
troca2 ,ortanto2 a,enas no boleti4 dirio dos ,re/os.
escocJs Hacleod2 e4 sua Iun/0o de ordenar a adornar2 co4 a 4aior
erudi/0o ,oss3vel2 as conIusas idRias de +o4bardstreet2
#%1
Ior4a a s3n'
tese be4'sucedida entre os 4ercantilistas su,ersticiosos e os 4ascates
esclarecidos do livre'ca4bis4o.
e;a4e 4ais ,or4enoriGado da e;,ress0o de valor da 4erca'
doria A2 contida na rela/0o de valor co4 a 4ercadoria '2 de4onstrou
Kue dentro da 4es4a a Ior4a natural da 4ercadoria A Iunciona a,enas
#%5 *ota F 6k edi/0o. F)RRI)R2 F. +. !. "sous-inspecteur des douanes
P
. Du ,ouvernement
Consid#r# dans ses -apports avec le Commerce! Paris2 #E%5^ e G!*I+?2 Charles. Des
<DstUmes dS=conomie PolitiCue! 6k ed.2 Paris2 #E6#.
P
Subins,etor de aduanas. "*. dos T.(

414
MARX
#%1 +o4bardstreet. Rua na VCit-W de +ondres onde se encontra4 as 4ais signiIicativas e4,resas
bancrias e co4erciais da Inglaterra. "*. da )d. !le40.(

415
OS ECONOMISTAS
co4o Iigura/0o de valor de uso2 a Ior4a natural da 4ercadoria ' a,enas
co4o Ior4a valor ou Iigura/0o de valor. ! ant3tese interna entre
valor de uso e valor2 oculta na 4ercadoria2 R2 ,ortanto2 re,resentada
,or 4eio de u4a ant3tese e;terna2 isto R2 ,or 4eio da rela/0o de duas
4ercadorias2 na Kual u4a delas2 cuPo valor deve ser e;,resso2
Iunciona direta4ente a,enas co4o valor de uso^ a outra2 ao contrrio2
na Kual o valor R e;,resso vale direta4ente a,enas co4o valor de
troca. ! Ior4a si4,les de valor de u4a 4ercadoria R2 ,or
conseguinte2 a Ior4a si4,les de 4aniIesta/0o da ant3tese entre valor
de uso e valor2 nela contida.
,roduto de trabalho R e4 todas as situa/=es sociais obPeto
de uso2 ,orR4 a,enas u4a R,oca historica4ente deter4inada de
desen' volvi4ento L a Kual a,resenta o trabalho des,endido na
,rodu/0o de u4 obPeto de uso co4o sua ,ro,riedade VobPetivaW2 isto
R2 co4o seu valor L transIor4a o ,roduto de trabalho e4
4ercadoria. Segue da3 Kue a Ior4a si4,les de valor da 4ercadoria
R ao 4es4o te4,o a Ior4a 4ercadoria si4,les do ,roduto do
trabalho e2 Kue2 ,ortanto2 ta4bR4 o desenvolvi4ento da Ior4a
4ercadoria coincide co4 o de' senvolvi4ento da Ior4a valor.
,ri4eiro olhar 4ostra a insuIiciJncia da Ior4a si4,les de valor2
esta Ior4a e4brionria Kue so4ente a4adurece ,or 4eio de u4a sRrie
de 4eta4orIoses atR a Ior4a ,re/o.
! e;,ress0o e4 KualKuer 4ercadoria ' distingue o valor da 4er'
cadoria A a,enas de seu ,rQ,rio valor de uso e a coloca2 ,ortanto2
nu4a rela/0o de troca co4 algu4a es,Rcie individual de
4ercadoria2 diIerente dela 4es4a2 e4 veG de re,resentar sua
igualdade Kualitativa
e sua ,ro,orcionalidade Kuantitativa co4 todas as outras 4ercadorias.
! Ior4a si4,les de valor relativo de u4a 4ercadoria corres,onde
F Ior4a de eKuivalente individual de outra 4ercadoria. !ssi4 o
casaco ,ossui2 na e;,ress0o relativa de valor do linho2 a,enas a
Ior4a de eKuivalente ou a Ior4a de ,er4utabilidade direta co4
rela/0o a essa es,Rcie individual de 4ercadoria2 o linho.
)ntretanto2 a Ior4a individual de valor ,assa ,or si 4es4a
a u4a Ior4a 4ais co4,leta. Por 4eio da 4es4a2 o valor de u4a
4er' cadoria A R certa4ente e;,resso a,enas e4 u4a 4ercadoria de
outro ti,o. Sual R2 ,orR42 a es,Rcie dessa segunda 4ercadoria2 se
casaco2 se Ierro2 se trigo etc.2 R total4ente indiIerente. !ssi42
conIor4e ela entre nu4a rela/0o de valor co4 esta ou aKuela outra
es,Rcie de 4er' cadoria2 surge4 diIerentes e;,ress=es si4,les de valor2
de u4a 4es4a 4ercadoria.
#%&
nM4ero de suas ,oss3veis e;,ress=es
de valor R a,enas li4itado ,elo nM4ero de es,Rcies de 4ercadorias
diIerentes dela. Sua e;,ress0o individualiGada de valor converte'se2
,ortanto2 e4 u4a sRrie constante4ente a4,livel de suas diIerentes
e;,ress=es si4,les de valor.

416
MARX
#%& *ota F 6k edi/0o. )4 ?o4ero2 ,or e;e4,lo2 o valor de u4a coisa R e;,resso nu4a sRrie
de coisas diIerentes.

41'
OS ECONOMISTAS
'L $orma de Valor Total ou Desdo.rada
& 4ercadoria A c u 4ercadoria ' ou c v 4ercadoria C ou c
A
4ercadoria D ou c : 4ercadoria * ou c etc.
"6% varas de linho c # casaco ou c #% libras de ch ou c 7%
libras de caIR ou c # Cuarter de trigo ou c 6 on/as de ouro ou c
#`6 tonelada de Ierro ou c etc.(
7L A forma relativa de valor desdo.rada
valor de u4a 4ercadoria2 do linho2 ,or e;e4,lo2 R agora
e;' ,resso e4 inu4erveis outros ele4entos do 4undo das
4ercadorias. SualKuer outro cor,o de 4ercadorias torna'se es,elho
do valor do li' nho.
#%E
!ssi42 a,arece esse valor 4es4o ,ela
,ri4eira veG verdadei' ra4ente co4o gelatina de trabalho hu4ano
indiIerenciado. Pois o tra' balho Kue o gera R agora e;,ressa4ente
re,resentado co4o trabalho eKui,arado a KualKuer outro trabalho
hu4ano2 sePa Kual Ior a Ior4a natural Kue ele ,ossua e se2
,ortanto2 se obPetiva e4 casaco ou trigo ou Ierro ou ouro etc. Por
4eio de sua Ior4a valor2 o linho se encontra ,ortanto agora ta4bR4
e4 rela/0o social n0o 4ais a,enas co4 outra es,Rcie individual de
4ercadoria2 4as si4 co4 o 4undo das 4erca' dorias. Co4o
4ercadoria2 ele R cidad0o deste 4undo. !o 4es4o te4,o2 de,reende'se
da inter4invel sRrie de suas e;,ress=es Kue R indiIerente ao valor
4ercantil a Ior4a es,ec3Iica do valor de uso na Kual ele se
4aniIesta.
*a ,ri4eira Ior4a9 6% varas de linho c # casaco2 ,ode ser casual
Kue essas duas 4ercadorias sePa4 ,er4utveis e4 deter4inada
rela/0o Kuantitativa. *a segunda Ior4a2 ao contrrio2 trans,arece
i4ediata' 4ente u4 Iunda4ento essencial4ente diIerente da
4aniIesta/0o casual
e Kue a deter4ina. valor do linho ,er4anece de igual ta4anho2 sePa
ele re,resentado e4 casaco2 ou caIR2 ou Ierro etc.2 e4 inu4erveis
4ercadorias Kue ,ertence4 aos 4ais diIerentes ,ro,rietrios. :esa'
,arece a rela/0o eventual de dois donos individuais de
4ercadorias.
#%E Fala'se2 ,or isso2 do valor do linho e4 casaco2 Kuando seu valor se re,resenta e4 casacos2
de seu valor e4 gr0o2 Kuando e4 gr0o etc. Cada e;,ress0o dessas diG Kue R o seu valor
o Kue se 4aniIesta nos valores de uso casaco2 gr0o etc. VCo4o o valor de cada 4ercadoria
deno4ina sua rela/0o na troca2 ,ode4os trat'lo co4o "...( valor e4 gr0o2 valor e4
,ano2 segundo a 4ercadoria co4 a Kual ela R co4,arada^ e2 ,ortanto2 e;iste4 4ilhares
de diIe'
rentes es,Rcies de valores2 tanto Kuanto as 4ercadorias e;istentes2 e todas s0o igual4ente
reais e igual4ente no4inais.W "A Critical Dissertation on the ?ature, "easures and Causes of
Value; chieflD in reference to the Aritin2s of "r! -icardo and his folloAers! 'D the Author of
*ssaDs on the $ormation etc! of pinions! +ondres2 #E65. ,. D$.( S. Baile-2 o autor desse

41/
MARX
escrito anYni4o2 Kue a seu te4,o causou 4uita celeu4a na Inglaterra2 i4agina ter destru3do
toda deter4ina/0o de conceito do valor2 ,or 4eio dessa indica/0o sobre as variadas e;'
,ress=es relativas do 4es4o valor 4ercantil. Sue ele2 de resto2 a,esar de sua ,rQ,ria
estreiteGa2 tenha tocado e4 Ieridas da teoria ricardiana2 R co4,rovado ,ela irrita/0o
co4
Kue a escola ricardiana o atacou2 ,or e;e4,lo2 na @estminster -evieA!

410
OS ECONOMISTAS
)videncia'se Kue n0o R a troca Kue regula a grandeGa de valor2
4as2
ao contrrio2 R a grandeGa de valor da 4ercadoria Kue regula suas
rela/=es de troca.
VL A forma eCuivalente particular
Cada 4ercadoria2 casaco2 trigo2 ch2 Ierro etc.2 vale na e;,ress0o
de valor do linho co4o eKuivalente e2 ,ortanto2 co4o cor,o de valor.
! Ior4a natural deter4inada de cada u4a dessas 4ercadorias R agora
u4a Ior4a eKuivalente ,articular ao lado de 4uitas outras. :o 4es4o
4odo2 as variadas es,Rcies de trabalho2 deter4inadas2 concretas2 Mteis2
contidas nos diIerentes cor,os de 4ercadorias Iigura42 agora2 co4o
outras tantas Ior4as ,articulares de eIetiva/0o ou de 4aniIesta/0o do
trabalho hu4ano co4o tal.
XL /nsufici+ncias da forma de valor total ou desdo.rada
Pri4eiro2 a e;,ress0o relativa de valor da 4ercadoria R
inco4' ,leta2 ,orKue sua sRrie de re,resenta/=es n0o ter4ina nunca. !
corrente e4 Kue u4a eKui,ara/0o de valor se liga F outra
,er4anece se4,re ,rolongvel ,or 4eio de cada nova es,Rcie de
4ercadoria Kue surge2
a Kual Iornece o 4aterial ,ara nova e;,ress0o de valor. Segundo2
ela
Ior4a u4 4osaico colorido de e;,ress=es de valor2 descone;as e
diIe' renciadas. Se Iinal4ente2 co4o deve ocorrer2 o valor relativo
de cada 4ercadoria Ior e;,resso nessa Ior4a desdobrada2 ent0o a
Ior4a relativa de valor de cada 4ercadoria R u4a sRrie inIinita de
e;,ress=es de valor2 diIerente da Ior4a relativa de valor de
KualKuer outra 4erca' doria. !s insuIiciJncias da Ior4a relativa de
valor desdobrada reIle' te4'se na sua Ior4a eKuivalente
corres,ondente. Co4o aKui a Ior4a natural de cada es,Rcie
,articular de 4ercadoria R u4a Ior4a eKui' valente ,articular ao
lado de inu4erveis outras Ior4as eKuivalentes ,articulares2 e;iste42
e4 geral2 a,enas Ior4as eKuivalentes li4itadas2 das Kuais cada u4a
e;clui a outra. :o 4es4o 4odo2 R a es,Rcie de trabalho
deter4inada2 concreta2 Mtil2 contida e4 cada 4ercadoria eKui' valente
,articular2 a,enas Ior4a de 4aniIesta/0o ,articular L ,ortanto n0o
e;austiva L do trabalho hu4ano. )ste ,ossui2 e4 verdade2 sua
Ior4a de 4aniIesta/0o co4,leta ou total no ciclo inteiro daKuelas Ior'
4as ,articulares de 4aniIesta/0o. PorR42 assi4 ele n0o ,ossui nenhu'
4a Ior4a de 4aniIesta/0o unitria.
! Ior4a relativa de valor desdobrada consiste nu4a so4a de
e;,ress=es de valor ou eKua/=es da ,ri4eira Ior4a2 co4o9
6% varas de linho c # casaco

411
MARX
6% varas de linho c #% libras de ch etc.
Cada u4a dessas eKua/=es contR42 reci,roca4ente2 a eKua/0o
idJntica9

412
OS ECONOMISTAS
# casaco c 6% varas de linho
#% libras de ch c 6% varas de linho etc.
:e Iato9 Kuando u4 ho4e4 troca seu linho ,or 4uitas
outras 4ercadorias e2 ,ortanto2 e;,ressa seu valor nu4a sRrie de
outras 4er' cadorias2 ent0o necessaria4ente os 4uitos outros
,ossuidores de 4er' cadorias ,recisa4 ta4bR4 trocar as suas
4ercadorias ,or linho e2 ,or conseguinte2 e;,ressar os valores de
suas diIerentes 4ercadorias na 4es4a terceira 4ercadoria e4 linho.
L Inverta4os2 ,ortanto a sRrie9
6% varas de linho c # casaco ou c #% libras de ch c etc.2 isto R2
e;,resse4os a rela/0o rec3,roca i4,licita4ente P contida na sRrie2
ent0o obte4os9
CL $orma ,eral de Valor
# casaco c
#% libras de ch c
7% libras de caIR c
# Cuarter de trigo c 6% varas de linho
6 on/as de ouro c
#`6 tonelada de Ierro c
; 4ercadoria ! c
etc. 4ercadoria c
7L Car(ter modificado da forma valor
!s 4ercadorias re,resenta4 agora seus valores #( de 4odo si4'
,les2 ,orKue na 4es4a 4ercadoria2 e 6( de 4odo unitrio2 ,orKue
na 4es4a 4ercadoria. Sua Ior4a valor R si4,les e co4u4 a
todas2 ,or' tanto2 geral.
!s Ior4as I e II chegara4 a4bas a e;,ressar a,enas o valor de
u4a 4ercadoria co4o algo distinto de seu ,rQ,rio valor de uso ou
de seu cor,o de 4ercadoria.
! ,ri4eira Ior4a resultou e4 eKua/=es de valor co4o9 # casaco
c
6% varas de linho2 #% libras de ch c #`6 tonelada de Ierro etc.
valor
do casaco se e;,ressa co4o algo igual ao linho2 o valor do ch co4o
algo igual ao Ierro etc.2 4as algo igual ao linho e algo igual ao
Ierro2 estas e;,ress=es de valor do casaco e do ch s0o t0o diIerentes
Kuanto linho e Ierro. )ssa Ior4a evidente4ente sQ se encontra na
,rtica dos ,ri4eiros co4e/os2 Kuando ,rodutos de trabalho se
transIor4a4 e4 4ercadorias ,or 4eio de troca casual e ocasional.
! segunda Ior4a distingue o valor de u4a 4ercadoria de
seu ,rQ,rio valor de uso de 4aneira 4ais co4,leta2 ,ois o valor do
casaco2 ,or e;e4,lo2 conIronta agora sua Ior4a natural e4 todas
as Ior4as ,oss3veis2 co4o algo igual ao linho2 ao Ierro2 ao ch etc.2

443
MARX
co4o tudo 4ais2 e;ceto algo igual ao casaco. Por outro lado2 toda
e;,ress0o co4u4 de valor R aKui direta4ente e;clu3da2 ,ois na
e;,ress0o de valor de

441
OS ECONOMISTAS
u4a 4ercadoria a,arece4 agora todas as outras 4ercadorias a,enas
sob a Ior4a de eKuivalentes. ! Ior4a de valor desdobrada encontra'se2
de Iato2 ,ela ,ri4eira veG t0o logo u4 ,roduto do trabalho2 gado2
,or e;e4,lo2 sePa trocado ,or diversas outras 4ercadorias2 n0o
4ais ,or e;ce/0o 4as habitual4ente.
! Ior4a obtida ,or Mlti4o e;,ressa os valores do 4undo das
4ercadorias nu4a e 4es4a es,Rcie de 4ercadoria2 isolada das outras2
,or e;e4,lo2 no linho2 e re,resenta assi4 os valores de todas as 4er'
cadorias ,or 4eio de sua igualdade co4 o linho. Co4o algo igual
ao linho2 o valor de cada 4ercadoria n0o a,enas distingue'se de seu
,rQ,rio valor de uso2 4as de KualKuer valor de uso e Pusta4ente
,or isso ele
R e;,resso co4o aKuilo Kue ela te4 e4 co4u4 co4 todas as
4erca' dorias. )ssa Ior4a R a ,ri4eira ,ortanto a relacionar
real4ente as 4ercadorias entre si co4o valores2 ou as dei;a a,arecer
reci,roca4ente co4o valores de troca.
!s duas Ior4as anteriores e;,ressa4 o valor de cada 4ercadoria2
sePa nu4a Mnica 4ercadoria de es,Rcie diIerente2 sePa nu4a sRrie
de 4uitas 4ercadorias diIerentes dela. )4 a4bos os casos R2 ,or
assi4 diGer2 Kuest0o ,articular da 4ercadoria individual dar'se
u4a Ior4a valor e ela o realiGa se4 Kue contribua4 as outras
4ercadorias. )stas dese4,enha42 contra,ostas a ela2 o ,a,el
4era4ente ,assivo do eKui' valente. ! Ior4a valor geral surge2 ao
contrrio2 a,enas co4o obra co4u4 do 4undo das 4ercadorias.
C4a 4ercadoria sQ ganha a e;' ,ress0o geral do valor ,orKue
si4ultanea4ente todas as de4ais 4er' cadorias e;,ressa4 seu valor
no 4es4o eKuivalente e cada nova es,Rcie de 4ercadoria Kue a,arece
te4 Kue IaGer o 4es4o. )videncia'se2 co4 isso2 Kue a obPetividade do
valor das 4ercadorias2 ,or ser a 4era Ve;is' tJncia socialW dessas
coisas2 so4ente ,ode ser e;,ressa ,or sua rela/0o social ,or todos os
lados2 e sua Ior4a2 ,or isso2 te4 de ser u4a Ior4a social4ente
vlida.
*a Ior4a de igual ao linho2 todas as 4ercadorias a,arece4 agora
n0o sQ Kualitativa4ente iguais2 co4o valores sobretudo2 4as ta4bR42
ao 4es4o te4,o2 co4o grandeGas de valor Kuantitativa4ente co4,a'
rveis. !o es,elhar suas grandeGas de valor nu4 Mnico 4aterial2
no linho2 essas grandeGas de valor reIlete4'se 4utua4ente. Por
e;e4,lo2
#% libras de ch c 6% varas de linho2 e 7% libras de caIR c 6%
varas de linho. )nt0o2 #% libras de ch c 7% libras de caIR. u2 #
libra de caIR contR4 a,enas #`7 da substUncia de valor2 trabalho2
contida e4
# libra de ch.
! Ior4a valor geral relativa do 4undo das 4ercadorias i4,ri4e
F 4ercadoria eKuivalente2 e;clu3da dele2 ao linho2 o carter de eKui'
valente geral. Sua ,rQ,ria Ior4a natural R a Iigura de valor co4u4

444
MARX
a esse 4undo2 o linho sendo2 ,or isso2 direta4ente trocvel ,or
todas as outras 4ercadorias. Sua Ior4a cor,Qrea ,assa ,ela
encarna/0o vi' s3vel2 ,ela crislida social geral de todo trabalho
hu4ano. ! tecelage42

445
OS ECONOMISTAS
o trabalho ,rivado Kue ,roduG linho2 encontra'se2 ao 4es4o te4,o2
e4 Ior4a social geral2 na Ior4a da igualdade co4 todos os outros
trabalhos. !s inu4erveis eKua/=es e4 Kue consiste a Ior4a valor
geral eKui,ara42 sucessiva4ente2 o trabalho realiGado no linho a cada
trabalho contido e4 outra 4ercadoria e torna42 co4 isso2 a tecelage4
a Ior4a geral de 4aniIesta/0o do trabalho hu4ano enKuanto tal. !ssi42
o trabalho obPetivado no valor das 4ercadorias n0o se re,resenta a,e'
nas de u4 4odo negativo2 co4o trabalho e4 Kue todas as Ior4as
concretas e ,ro,riedades Mteis dos trabalhos reais s0o abstra3das. Sua
,rQ,ria natureGa ,ositiva R e;,ressa4ente ressaltada. )le R a redu/0o
de todos os trabalhos reais F sua caracter3stica co4u4 de trabalho
hu4ano2 ao dis,Jndio de Ior/a de trabalho do ho4e4.
! Ior4a valor geral2 Kue re,resenta os ,rodutos de trabalho co4o
4eras gelatinas de trabalho hu4ano indiIerenciado2 4ostra ,or
4eio de sua ,rQ,ria estrutura Kue R a e;,ress0o social do 4undo das
4er' cadorias. !ssi42 ela evidencia Kue no interior desse 4undo o
carter hu4ano geral do trabalho constitui seu carter
es,eciIica4ente social.
VL -elao de desenvolvimento da forma valor relativa e da forma
eCuivalente
!o grau de desenvolvi4ento da Ior4a valor relativa corres,onde
o grau de desenvolvi4ento da Ior4a eKuivalente. Has R de se notar
Kue o desenvolvi4ento da Ior4a eKuivalente R a,enas e;,ress0o e
resultado do desenvolvi4ento da Ior4a valor relativa.
! Ior4a valor relativa si4,les ou individualiGada de u4a
4er' cadoria IaG de outra 4ercadoria eKuivalente individual. !
Ior4a des' dobrada do valor relativo2 esta e;,ress0o do valor de u4a
4ercadoria e4 todas as outras 4ercadorias2 i4,ri4e nelas a Ior4a de
eKuivalentes ,articulares de diIerentes es,Rcies. Por Ii42 u4a es,Rcie
,articular de 4ercadoria recebe a Ior4a geral de eKuivalente2 ,orKue
todas as outras 4ercadorias IaGe4 dela o 4aterial de sua Ior4a valor
unitrio e geral.
*o 4es4o grau2 ,orR42 e4 Kue se desenvolve a Ior4a valor e4
geral2 desenvolve'se ta4bR4 a ant3tese entre a4bos os ,Qlos2 a Ior4a
valor relativa e a Ior4a eKuivalente.
J a ,ri4eira Ior4a L 6% varas de linho c # casaco L
contR4 essa ant3tese2 4as n0o a Ii;a. ConIor4e se leia essa
4es4a eKua/0o de Irente ,ara trs ou de trs ,ara Irente2 cada
u4a das duas 4er' cadorias e;tre4as2 co4o linho e casaco2 encontra'
se na 4es4a 4edida2 ora na Ior4a valor relativa2 ora na Ior4a
eKuivalente. !Kui ainda reKuer esIor/o Ii;ar a ant3tese ,olar.
*a Ior4a II2 sQ u4a das es,Rcies de 4ercadoria ,ode de
cada veG desdobrar total4ente seu valor2 ou ela 4es4a ,ossui
a,enas a Ior4a valor relativa desdobrada2 ,orKue e na 4edida e4
Kue todas as outras 4ercadorias se encontra42 e4 conIronto co4 ela2

446
MARX
na Ior4a eKui' valente. !Kui n0o se ,ode 4ais inverter os dois
lados da eKua/0o de

44'
OS ECONOMISTAS
valor L co4o 6% varas de linho c # casaco ou c #% libras de ch
ou
c # Cuarter de trigo etc. L se4 4odiIicar seu carter global e
trans' Ior4'la da Ior4a valor total na geral.
! Mlti4a Ior4a2 a Ior4a III2 ,or Ii42 d ao 4undo das
4ercadorias Ior4a valor relativa social geral2 ,orKue e na 4edida
e4 Kue2 co4 u4a Mnica e;ce/0o2 todas as 4ercadorias Kue lhe
,ertence4 s0o e;' clu3das de Ior4a eKuivalente geral. C4a
4ercadoria2 o linho2 encon' tra'se2 ,ois2 na Ior4a de
,er4utabilidade direta e4 todas as outras 4ercadorias ou na
Ior4a direta4ente social2 ,orKue e na 4edida e4 Kue todas as
de4ais 4ercadorias n0o se encontra4 nela.
#%$
)2 inversa4ente2 a 4ercadoria Kue Iigura co4o eKuivalente geral
R e;clu3da da Ior4a valor relativa unitria e2 ,ortanto2 geral do 4undo
das 4ercadorias. Para Kue o linho2 isto R2 KualKuer 4ercadoria Kue se
encontra na Ior4a eKuivalente geral2 ,ossa2 ao 4es4o te4,o2
,artici,ar da Ior4a valor relativa geral2 ela teria de servir de
eKuivalente a si 4es4a. *Qs obter3a4os ent0o9 6% varas de linho c
6% varas de linho2 u4a tautologia2 e4 Kue n0o se e;,ressa ne4
valor ne4 grandeGa de valor. Para e;,ressar o valor relativo do
eKuivalente geral te4os so' bretudo de inverter a Ior4a III. )le n0o
,ossui nenhu4a Ior4a valor relativa e4 co4u4 co4 as outras
4ercadorias2 4as seu valor se e;' ,ressa relativa4ente na sRrie
inIinita de todos os outros cor,os de 4ercadorias. !ssi4 a,resenta'
se agora a Ior4a valor relativa desdo' brada ou a Ior4a II co4o
Ior4a valor relativa es,ec3Iica da 4ercadoria eKuivalente.
XL Transio da forma valor 2eral para a forma dinheiro
! Ior4a eKuivalente geral R u4a Ior4a do valor e4 si. )la ,ode
ser recebida2 ,ortanto2 ,or KualKuer 4ercadoria. Por outro lado2
u4a 4ercadoria encontra'se a,enas na Ior4a eKuivalente geral "Ior4a
III(2
#%$ :e Iato2 a Ior4a de ,er4utabilidade direta geral n0o sugere2 de 4odo algu42 Kue R u4a
Ior4a 4ercantil antitRtica2 t0o inse,arvel da Ior4a de ,er4utabilidade n0o direta co4o
a ,ositividade de u4 ,Qlo 4agnRtico da negatividade do outro. Pode'se2 ,ortanto2 i4aginar
Kue se ,ossa i4,ri4ir ao 4es4o te4,o a toda 4ercadoria o cari4bo de
,er4utabilidade direta2 da 4es4a 4aneira co4o se ,oderia i4aginar Kue se ,ossa IaGer de
todos os catQlicos ,a,as. Para o ,eKueno burguJs2 Kue vJ na ,rodu/0o de 4ercadorias o
nec plus ultra
P
da liberdade hu4ana e da inde,endJncia individual2 seria natural4ente
4uito desePvel Kue ele estivesse livre das cala4idades ligadas a essa Ior4a2 a saber2
ta4bR4 da ,er4utabilidade n0o direta das 4ercadorias. ! descri/0o dessa uto,ia
IilistRia constitui o socialis4o de Proudhon2 Kue co4o P de4onstrei e4 outra ,arte
PP
ne4 ,ossui o 4Rrito da originalidade2 ,ois 4uito antes dele Ioi 4ais be4 desenvolvida
,or Gra-2 Bra- e outros. Isso n0o i4,ede2 hoPe e4 dia2 tal sabedoria de grassar e4
certos c3rculos sob o no4e de science. Ja4ais u4a escola alardeou 4ais a ,alavra
VscienceW Kue a ,roudhoniana2 ,ois
ionde conceitos Ialta42
ali encai;a'se no 4o4ento certo u4a ,alavrai.
PPP
P
! e;,ress0o 4;i4a. "*. dos T.(

44/
MARX
PP
H!R]2 Karl. "isUre de la Philosophie! -#ponse 0 la Philosophie de la "isUre de "!
Proudhon! Paris2 Bru;elas2 #E7&. Ca,. #. "*. da )d. !le40.(
PPP
HodiIica/0o de u4 citado do $austo de Goethe. Parte Pri4eira. VSuarto de )studosW.
"*. da )d. !le40.(

440
OS ECONOMISTAS
,orKue e na 4edida e4 Kue R e;clu3da ,or todas as de4ais 4ercadorias
co4o eKuivalentes. ) sQ a ,artir do 4o4ento e4 Kue essa
e;clus0o se li4ita deIinitiva4ente a u4 gJnero es,ec3Iico de
4ercadorias2 a Ior4a valor relativa unitria do 4undo das
4ercadorias adKuire con' sistJncia obPetiva e validade social geral.
)nt0o2 o gJnero es,ec3Iico de 4ercadoria2 co4 cuPa Ior4a natural
a Ior4a eKuivalente se Iunde social4ente2 torna'se 4ercadoria dinheiro
ou Iunciona co4o dinheiro. Torna'se sua Iun/0o es,eciIica4ente social
e2 ,ortanto2 seu 4ono,Qlio social2 dese4,enhar o ,a,el de eKuivalente
geral dentro do 4undo das 4ercadorias. )ntre as 4ercadorias Kue na
Ior4a II Iigura4 co4o eKuivalentes ,articulares do linho2 e na Ior4a
III e;,ressa4 e4 co4u4 seu valor relativo e4 linho2 deter4inada
4ercadoria conKuistou historica4ente essa ,osi/0o ,rivilegiada2 o ouro.
Se substitu34os2 ,ois2 na Ior4a III2 a 4ercadoria linho ,ela 4ercadoria
ouro2 obte4os9
DL $orma Dinheiro
6% varas de linho c
# casaco c
#% libras de ch c
7% libras de caIR c 6 on/as de ouro
# Cuarter de trigo c
#`6 tonelada de Ierro c
; 4ercadoria A c
corre4 4odiIica/=es essenciais na transi/0o da Ior4a I ,ara a
Ior4a II2 da Ior4a II ,ara a Ior4a III. )4 co4,ensa/0o2 a Ior4a
IV n0o diIere e4 nada da Ior4a III2 a n0o ser Kue agora2 e4 veG do
linho2 ,ossui o ouro a Ior4a de eKuivalente geral. ouro se torna na
Ior4a IV o Kue o linho era na Ior4a III L eKuivalente geral.
,rogresso a,enas consiste e4 Kue a Ior4a de ,er4utabilidade direta
geral ou a Ior4a eKuivalente geral se Iundiu agora deIinitiva4ente2
,or 4eio do hbito social2 co4 a Ior4a natural es,ec3Iica da
4ercadoria ouro.
ouro sQ se conIronta co4 outras 4ercadorias co4o dinheiro
,or P antes ter'se contra,osto a elas co4o 4ercadoria. Igual a
todas as outras 4ercadorias Iuncionou ta4bR4 co4o eKuivalente2 sePa
co4o eKuivalente individual e4 atos isolados de troca2 sePa co4o
eKuivalente ,articular ao lado de outros eKuivalentes 4ercantis.
Pouco a ,ouco2 ,assou a Iuncionar2 e4 c3rculos 4ais estreitos ou 4ais
e;tensos2 co4o eKuivalente geral. T0o logo conKuistou o 4ono,Qlio
dessa ,osi/0o na e;,ress0o de valor do 4undo das 4ercadorias2
torna'se 4ercadoria dinheiro2 e sQ a ,artir do 4o4ento e4 Kue P
se converteu e4 4er' cadoria dinheiro distingue'se a Ior4a IV da
Ior4a III2 ou a Ior4a valor geral se transIor4a e4 Ior4a
dinheiro.

441
MARX
! e;,ress0o relativa si4,les de valor de u4a 4ercadoria2 ,or

442
OS ECONOMISTAS
e;e4,lo2 do linho2 na 4ercadoria Kue P Iunciona co4o 4ercadoria
dinheiro2 ,or e;e4,lo2 o ouro2 R a Ior4a ,re/o. ! VIor4a ,re/oW do
linho R2 ,ois9
6% varas de linho c 6 on/as de ouro
ou2 se 6 libras esterlinas Ioi o no4e 4onetrio de 6 on/as de ouro2
6% varas de linho c 6 libras esterlinas
! diIiculdade no conceito da Ior4a dinheiro se li4ita F co4'
,reens0o da Ior4a eKuivalente geral2 ,ortanto2 da Ior4a valor
geral co4o tal2 da Ior4a III. ! Ior4a III se resolve2
retroativa4ente2 na Ior4a II2 a Ior4a valor desdobrada e seu ele4ento
constitutivo R Ior4a
I9 6% varas de linho c # casaco2 ou : 4ercadoria A c D 4ercadoria
'.
! Ior4a 4ercadoria si4,les R2 ,or isso2 o ger4e da Ior4a dinheiro.
6( O cr#er fe#ic7is# : *erc:ori e se$ se,re:o
N ,ri4eira vista2 a 4ercadoria ,arece u4a coisa trivial2 evidente.
!nalisando'a2 vJ'se Kue ela R u4a coisa 4uito co4,licada2 cheia
de sutileGa 4etaI3sica e 4anhas teolQgicas. Co4o valor de uso2 n0o
h nada 4isterioso nela2 Kuer eu a observe sob o ,onto de vista
de Kue satisIaG necessidades hu4anas ,elas suas ,ro,riedades2 ou
Kue ela so4ente recebe essas ,ro,riedades co4o ,roduto do trabalho
hu4ano.
[ evidente Kue o ho4e4 ,or 4eio de sua atividade 4odiIica as Ior4as
das 4atRrias naturais de u4 4odo Kue lhe R Mtil. ! Ior4a da 4adeira2
,or e;e4,lo2 R 4odiIicada Kuando dela se IaG u4a 4esa. *0o obstante2
a 4esa continua sendo 4adeira2 u4a coisa ordinria I3sica. Has
logo Kue ela a,arece co4o 4ercadoria2 ela se transIor4a nu4a
coisa Iisi' ca4ente 4etaI3sica. !lR4 de se ,Yr co4 os ,Rs no ch0o2
ela se ,=e sobre a cabe/a ,erante todas as outras 4ercadorias e
desenvolve de sua cabe/a de 4adeira cis4as 4uito 4ais estranhas
do Kue se ela co4e/asse a dan/ar ,or sua ,rQ,ria iniciativa.
##%
carter 43stico da 4ercadoria n0o ,rovR42 ,ortanto2 de
seu valor de uso. )le n0o ,rovR42 ta4,ouco2 do conteMdo das
deter4ina/=es de valor. Pois2 ,ri4eiro2 ,or 4ais Kue se diIerencie4 os
trabalhos Mteis ou atividades ,rodutivas2 R u4a verdade IisiolQgica Kue
eles s0o Iun/=es do organis4o hu4ano e Kue cada u4a dessas
Iun/=es2 KualKuer Kue sePa seu conteMdo ou Ior4a2 R essencial4ente
dis,Jndio de cRrebro2
##% Recorda'se Kue a China e as 4esas co4e/ara4 a dan/ar2 Kuando todo o resto do 4undo
,arecia estar tranKOilo L pour encoura2er les autres!
P
P
Para encoraPar os outros. L :e,ois da derrota das revolu/=es de #E7E`7$ co4e/ou na

453
MARX
)uro,a u4 ,er3odo da 4ais obscura ,ol3tica reacionria. )nKuanto2 neste te4,o2 as rodas
aristocrticas e ta4bR4 as burguesas se entusias4ara4 ,elo es,iritis4o2 es,ecial4ente
,or IaGer a 4esa andar2 desenvolveu'se na China u4 ,oderoso 4ovi4ento de
liberta/0o antiIeudal2 ,articular4ente entre os ca4,oneses2 Kue entrou ,ara a ?istQria
co4o a revo' lu/0o de Tai,ing. "*. da )d. !le40.(

451
OS ECONOMISTAS
nervos2 4Msculos2 sentidos etc. hu4anos. Segundo2 Kuanto ao Kue serve
de base F deter4ina/0o da grandeGa de valor2 a dura/0o daKuele
dis' ,Jndio ou a Kuantidade do trabalho2 a Kuantidade R
distingu3vel atR ,elos sentidos da Kualidade do trabalho. Sob todas
as condi/=es2 o te4,o de trabalho2 Kue custa a ,rodu/0o dos 4eios
de subsistJncia2 havia de interessar ao ho4e42 e4bora n0o
igual4ente nos diIerentes estgios de desenvolvi4ento.
###
Final4ente2 t0o logo os ho4ens tra' balha4 uns ,ara os outros de
algu4a 4aneira2 seu trabalho adKuire ta4bR4 u4a Ior4a social.
:e onde ,rovR42 ent0o2 o carter enig4tico do ,roduto do
tra' balho2 t0o logo ele assu4e a Ior4a 4ercadoriaZ )vidente4ente2
dessa Ior4a 4es4o. ! igualdade dos trabalhos hu4anos assu4e a
Ior4a 4aterial de igual obPetividade de valor dos ,rodutos de
trabalho2 a 4edida do dis,Jndio de Ior/a de trabalho do ho4e42 ,or
4eio da sua dura/0o2 assu4e a Ior4a da grandeGa de valor dos
,rodutos de trabalho2 Iinal4ente2 as rela/=es entre os ,rodutores2 e4
Kue aKuelas carater3s' ticas sociais de seus trabalhos s0o ativadas2
assu4e4 a Ior4a de u4a rela/0o social entre os ,rodutos de
trabalho.
4isterioso da Ior4a 4ercadoria consiste2 ,ortanto2 si4,les'
4ente no Iato de Kue ela reIlete aos ho4ens as caracter3sticas sociais
do seu ,rQ,rio trabalho co4o caracter3sticas obPetivas dos ,rQ,rios ,ro'
dutos de trabalho2 co4o ,ro,riedades naturais sociais dessas coisas e2
,or isso2 ta4bR4 reIlete a rela/0o social dos ,rodutores co4 o trabalho
total co4o u4a rela/0o social e;istente Iora deles2 entre obPetos.
Por 4eio desse KOi,roKOQ os ,rodutos do trabalho se torna4
4ercadorias2 coisas I3sicas 4etaI3sicas ou sociais. !ssi42 a
i4,ress0o lu4inosa de u4a coisa sobre o nervo Qtico n0o se
a,resenta co4o u4a e;cita/0o subPetiva do ,rQ,rio nervo2 4as co4o
Ior4a obPetiva de u4a coisa Iora do olho. Has2 no ato de ver2 a luG
se ,roPeta real4ente a ,artir de u4a coisa2 o obPeto e;terno2 ,ara
outra2 o olho. [ u4a rela/0o I3sica entre coisas I3sicas. PorR42 a
Ior4a 4ercadoria e a rela/0o de valor dos ,rodutos de trabalho2 na
Kual ele se re,resenta2 n0o tJ4 Kue ver absoluta4ente nada co4
sua natureGa I3sica e co4 as rela/=es 4ateriais Kue da3 se origina4.
*0o R 4ais nada Kue deter4inada rela/0o social entre os ,rQ,rios
ho4ens Kue ,ara eles aKui assu4e a Ior4a Iantas' 4agQrica de
u4a rela/0o entre coisas. Por isso2 ,ara encontrar u4a analogia2
te4os de nos deslocar F regi0o nebulosa do 4undo da religi0o. !Kui2 os
,rodutos do cRrebro hu4ano ,arece4 dotados de vida ,rQ,ria2 Iiguras
autYno4as2 Kue 4antJ4 rela/=es entre si e co4 os ho4ens.
### *ota F 6k edi/0o. )ntre os antigos ger4anos o ta4anho de u4 "or2en
P
de terra era
calculado segundo o trabalho de u4 dia2 e da3 deno4inado "or2en Ta2Aerk "ta4bR4
Ta2Aanne( "Purnale ou Purnalis, terra Purnalis, Pornalis ou diurnalis(2 "annAerk,
"anns- kraft, "annsmaad, "annhauet etc. Ver H!CR)R2 Georg +udXig von. *inletun2

454
MARX
&ur ,es- chichte der "ark-, 1ofit-, usA! Verfassun2! HuniKue2 #E572 ,. #6$ et seCs!
P
Jeira. "*. dos T.(

455
OS ECONOMISTAS
!ssi42 no 4undo das 4ercadorias2 acontece co4 os ,rodutos da
40o
hu4ana. Isso eu cha4o o Ietichis4o Kue adere aos ,rodutos de
trabalho2 t0o logo s0o ,roduGidos co4o 4ercadorias2 e Kue2 ,or isso2 R
inse,arvel da ,rodu/0o de 4ercadorias.
)sse carter Ietichista do 4undo das 4ercadorias ,rovR42 co4o
a anlise ,recedente P de4onstrou2 do carter social ,eculiar do tra'
balho Kue ,roduG 4ercadorias.
bPetos de uso se torna4 4ercadorias a,enas ,or sere4 ,rodutos
de trabalhos ,rivados2 e;ercidos inde,endente4ente uns dos outros.
co4,le;o desses trabalhos ,rivados Ior4a o trabalho social total.
Co4o os ,rodutores so4ente entra4 e4 contato social 4ediante a
troca de seus ,rodutos de trabalho2 as caracter3sticas es,eciIica4ente
sociais de seus trabalhos ,rivados sQ a,arece4 dentro dessa troca. )4
outras ,alavras2 os trabalhos ,rivados sQ atua42 de Iato2 co4o 4e4bros
do trabalho social total ,or 4eio das rela/=es Kue a troca
estabelece entre os ,rodutos do trabalho e2 ,or 4eio dos 4es4os2
entre os ,ro' dutores. Por isso2 aos Mlti4os a,arece4 as rela/=es
sociais entre seus trabalhos ,rivados co4o o Kue s0o2 isto R2 n0o co4o
rela/=es direta4ente sociais entre ,essoas e4 seus ,rQ,rios trabalhos2
sen0o co4o rela/=es reiIicadas entre as ,essoas e rela/=es sociais
entre as coisas.
So4ente dentro da sua troca2 os ,rodutos recebe4 u4a obPeti'
vidade de valor social4ente igual2 se,arada da sua obPetividade de
uso2 Iisica4ente diIerenciada. )ssa cis0o do ,roduto de trabalho
e4 coisa Mtil e coisa de valor realiGa'se a,enas na ,rtica2 t0o logo a
troca tenha adKuirido e;tens0o e i4,ortUncia suIicientes ,ara Kue
se ,ro' duGa4 coisas Mteis ,ara sere4 trocadas2 de 4odo Kue o
carter de valor das coisas P sePa considerado ao sere4
,roduGidas. ! ,artir desse 4o4ento2 os trabalhos ,rivados dos
,rodutores adKuire4 real' 4ente du,lo carter social. Por u4 lado2
eles tJ4 de satisIaGer deter' 4inada necessidade social2 co4o
trabalhos deter4inados Mteis2 e assi4 ,rovar sere4 ,artici,antes do
trabalho total2 do siste4a natural4ente desenvolvido da divis0o social
do trabalho. Por outro lado2 sQ satisIaGe4 Fs 4Mlti,las necessidades de
seus ,rQ,rios ,rodutores2 na 4edida e4 Kue cada trabalho ,rivado
Mtil ,articular R ,er4utvel ,or toda outra es,Rcie de trabalho
,rivado2 ,ortanto lhe eKuivale. ! igualdade de trabalhos toto
coelo
##6
diIerentes sQ ,ode consistir nu4a abstra/0o de sua
verdadeira desigualdade2 na redu/0o ao carter co4u4 Kue eles
,ossue4 co4o dis,Jndio de Ior/a de trabalho do ho4e42 co4o trabalho
hu4ano abstrato. cRrebro dos ,rodutores ,rivados a,enas reIlete
esse du,lo carter social de seus trabalhos ,rivados sob aKuelas Ior4as
Kue a,arece4 na circula/0o ,rtica2 na troca dos ,rodutos L o carter
social4ente Mtil de seus trabalhos ,rivados2 ,ortanto2 sob aKuela Ior4a

456
MARX
##6 Total4ente. "*. dos T.(

45'
OS ECONOMISTAS
Kue o ,roduto de trabalho te4 de ser Mtil2 isto R2 Mtil aos outros L
o
carter social da igualdade dos trabalhos de diIerentes es,Rcies sob a
Ior4a do carter do valor co4u4 a essas coisas 4aterial4ente
diIe' rentes2 os ,rodutos de trabalho.
Portanto2 os ho4ens relaciona4 entre si seus ,rodutos de tra'
balho co4o valores n0o ,orKue considera4 essas coisas 4eros
envol' tQrios 4ateriais de trabalho hu4ano da 4es4a es,Rcie. !o
contrrio. !o eKui,arar seus ,rodutos de diIerentes es,Rcies na
troca2 co4o va' lores2 eKui,ara4 seus diIerentes trabalhos co4o
trabalho hu4ano. *0o
o sabe42 4as o IaGe4.
##D
Por isso2 o valor n0o traG escrito na testa
o
Kue ele R. valor transIor4a 4uito 4ais cada ,roduto de
trabalho e4 u4 hierogliIo social. Hais tarde2 os ho4ens ,rocura4
deciIrar o sentido do hierogliIo2 descobrir o segredo de seu ,rQ,rio
,roduto social2 ,ois a deter4ina/0o dos obPetos de uso co4o valores2
assi4 co4o a l3ngua2 R seu ,roduto social. ! tardia descoberta
cient3Iica2 de Kue os ,rodutos de trabalho2 enKuanto valores2 s0o
a,enas e;,ress=es 4ate' riais do trabalho hu4ano des,endido e4
sua ,rodu/0o2 IaG R,oca na histQria do desenvolvi4ento da
hu4anidade2 4as n0o dissi,a2 de 4odo algu42 a a,arJncia obPetiva
das caracter3sticas sociais do trabalho. Kue so4ente vale ,ara
esta Ior4a ,articular de ,rodu/0o2 a ,rodu/0o de 4ercadorias2 a
saber2 o carter es,eciIica4ente social dos trabalhos ,rivados2
inde,endentes entre si2 consiste na sua igualdade co4o tra' balho
hu4ano e assu4e a Ior4a de carter de valor dos ,rodutos de
trabalho2 ,arece FKueles Kue est0o ,resos Fs circunstUncias de ,rodu/0o
4ercantil2 antes co4o de,ois dessa descoberta2 t0o deIinitivo
Kuanto
a deco4,osi/0o cient3Iica do ar e4 seus ele4entos dei;a ,erdurar a
Ior4a do ar2 enKuanto Ior4a de cor,o I3sico.
Kue2 na ,rtica2 ,ri4eiro interessa aos Kue troca4 ,rodutos
R a Kuest0o de Kuantos ,rodutos alheios eles recebe4 ,elo seu2 e4
Kuais ,ro,or/=es2 ,ortanto2 se troca4 os ,rodutos. T0o logo essas ,ro'
,or/=es a4adurece42 alcan/ando certa estabilidade costu4eira2 elas
,arece4 ,rovir da natureGa dos ,rodutos de trabalho2 de 4odo
Kue2 ,or e;e4,lo2 # tonelada de Ierro e 6 on/as de ouro tJ4 o 4es4o
valor2 co4o # libra de ouro e # libra de Ierro tJ42 a,esar de suas
diIerentes ,ro,riedades I3sicas e Ku34icas2 o 4es4o ,eso. :e Iato2
o carter de valor dos ,rodutos de trabalho a,enas se consolida
4ediante sua eIe' tiva/0o co4o grandeGas de valor. !s Mlti4as varia4
se4,re2 inde,en' dente4ente da vontade2 da ,revis0o e da a/0o dos
Kue troca4. Seu ,rQ,rio 4ovi4ento social ,ossui ,ara eles a Ior4a
de u4 4ovi4ento de coisas2 sob cuPo controle se encontra42 e4

45/
MARX
veG de control'las. [
##D *ota F 6k edi/0o. Suando2 ,ortanto2 Galiani diG9 valor R u4a rela/0o entre ,essoas L
V+a RiccheGGa T una ragione tra due ,ersoneW L2 ele deveria ter acrescentado9 u4a rela/0o
oculta sob u4a ca,a 4aterial. "G!++I!*I. Della "oneta! ,. 66#2 t. III da cole/0o de
Custodi. VScrittori Classici Italiani di )cono4ia PoliticaW. Parte Hoderna2 Hil0o2 #E%D.(

450
OS ECONOMISTAS
4ister u4a ,rodu/0o de 4ercadorias total4ente desenvolvida antes
Kue da e;,eriJncia 4es4a nas/a o reconheci4ento cient3Iico2 Kue
os trabalhos ,rivados2 e4,reendidos de Ior4a inde,endente uns dos
ou' tros2 4as universal4ente interde,endentes co4o 4e4bros
natural' 4ente desenvolvidos da divis0o social do trabalho2 s0o o
te4,o todo reduGidos F sua 4edida social4ente ,ro,orcional ,orKue2
nas rela/=es casuais e se4,re oscilantes de troca dos seus
,rodutos2 o te4,o de trabalho social4ente necessrio F sua ,rodu/0o
se i4,=e co4 violJncia co4o lei natural reguladora2 do 4es4o 4odo
Kue a lei da gravidade2 Kuando a alguR4 a casa cai sobre a
cabe/a.
##7
! deter4ina/0o da grandeGa de valor ,elo te4,o de
trabalho R2 ,or isso2 u4 segredo oculto sob os 4ovi4entos 4aniIestos
dos valores relativos das 4ercadorias. Sua descoberta su,era a
a,arJncia da deter4ina/0o 4era4ente casual das grandeGas de valor
dos ,rodutos de trabalho2 4as de nenhu4 4odo sua Ior4a
4aterial.
! reIle;0o sobre as Ior4as de vida hu4ana2 e2 ,ortanto2 ta4bR4
sua anlise cient3Iica2 segue sobretudo u4 ca4inho o,osto ao
desen' volvi4ento real. Co4e/a post festum e2 ,or isso2 co4 os
resultados deIinitivos do ,rocesso de desenvolvi4ento. !s Ior4as
Kue certiIica4 os ,rodutos do trabalho co4o 4ercadorias e2 ,ortanto2
s0o ,ressu,ostos da circula/0o de 4ercadorias2 P ,ossue4 a
estabilidade de Ior4as naturais da vida social2 antes Kue os
ho4ens ,rocure4 dar'se conta n0o sobre o carter histQrico dessas
Ior4as2 Kue eles antes P consi' dera4 i4utveis2 4as sobre seu
conteMdo. !ssi42 so4ente a anlise dos ,re/os das 4ercadorias levou
F deter4ina/0o da grandeGa do valor2 so4ente a e;,ress0o 4onetria
co4u4 das 4ercadorias levou F Ii;a/0o de seu carter de valor. [
e;ata4ente essa Ior4a acabada L a Ior4a dinheiro L do 4undo das
4ercadorias Kue obPetiva4ente vela2 e4 veG de revelar2 o carter
social dos trabalhos ,rivados e2 ,ortanto2 as re' la/=es sociais entre
os ,rodutores ,rivados. Suando eu digo casaco2 botas etc. se
relaciona4 ao linho co4o a cor,oriIica/0o geral de trabalho hu4ano
abstrato2 salta aos olhos o absurdo dessa e;,ress0o. Has Kuan' do os
,rodutores de casaco2 botas etc. relaciona4 essas 4ercadorias ao
linho L ou ao ouro e F ,rata2 Kue e4 nada 4uda a coisa L
co4o eKuivalente geral2 a rela/0o dos seus trabalhos ,rivados co4 o
trabalho social total lhes a,arece e;ata4ente nessa Ior4a absurda.
Tais Ior4as constitue4 ,ois as categorias da econo4ia burguesa.
S0o Ior4as de ,ensa4ento social4ente vlidas e2 ,ortanto2
obPetivas ,ara as condi/=es de ,rodu/0o desse 4odo social de
,rodu/0o2 histo' rica4ente deter4inado2 a ,rodu/0o de 4ercadorias.
Todo o 4isticis4o
##7 iSue se deve ,ensar de u4a lei Kue se ,ode i4,or a,enas ,or 4eio de revolu/=es ,eriQdicasZ

451
MARX
[2 ,ois2 u4a lei natural2 Kue se baseia na inconsciJncia dos ,artici,antes.i ")*G)+S2
Friedrich. VC4risse Gu einer Kriti\ der *ationaloe\ono4ieW. In9 Deutsch-$ran&oesische 4ahr-
.uecher! )ditado ,or !rnold Ruge e Karl Har;2 Paris2 #E77.(

452
OS ECONOMISTAS
do 4undo das 4ercadorias2 toda a 4agia e a Iantas4agoria Kue
ene'
voa4 os ,rodutos de trabalho na base da ,rodu/0o de 4ercadorias
desa,arece42 ,or isso2 i4ediata4ente2 t0o logo nos reIugie4os e4 ou'
tras Ior4as de ,rodu/0o.
Co4o a )cono4ia Pol3tica gosta de robinsonadas2
##5
a,arece ,ri'
4eiro Robinson e4 sua ilha. Hoderado ,or orige42 ele ,recisa
satis' IaGer2 entretanto2 a vrias necessidades e2 ,or isso2 te4 de
e;ecutar trabalhos Mteis de diIerentes es,Rcies2 IaGer Ierra4entas2
Iabricar 4Q' veis2 do4esticar lha4as2 ,escar2 ca/ar etc. *0o Iala4os
aKui das ora/=es
e coisas se4elhantes2 ,orKue nosso Robinson se co4,raG nelas e
con'
sidera tais atividades recreio. !,esar da diversidade de suas
Iun/=es ,rodutivas ele sabe Kue elas s0o a,enas diIerentes Ior4as da
atividade do 4es4o Robinson2 ,ortanto2 so4ente 4odos diIerentes
de trabalho hu4ano. ! ,rQ,ria necessidade o obriga a distribuir seu
te4,o 4inu' ciosa4ente entre suas diIerentes Iun/=es. Se u4a
ocu,a 4ais2 outra 4enos es,a/o na sua atividade total de,ende da
4aior ou 4enor di' Iiculdade Kue se te4 de vencer ,ara conseguir o
eIeito Mtil ,retendido.
! e;,eriJncia lhe ensina isso2 e nosso Robinson2 Kue salvou do nauIrgio
o relQgio2 o livro raG0o2 tinta e caneta2 co4e/a2 co4o bo4 inglJs2
logo
a escriturar a si 4es4o. Seu inventrio contR4 u4a rela/0o dos obPetos
de uso Kue ele ,ossui2 das diversas o,era/=es reKueridas ,ara sua
,rodu/0o e2 Iinal4ente2 do te4,o de trabalho Kue e4 4Rdia lhe custa4
deter4inadas Kuantidades desses diIerentes ,rodutos. Todas as
rela' /=es entre Robinson e as coisas Kue Ior4a4 sua riKueGa2 ,or ele
4es4o criada2 s0o aKui t0o si4,les e trans,arentes Kue atR o sr.
H. <irth deveria entendJ'las2 se4 e;traordinrio esIor/o
intelectual. ) todavia
P contR4 todas as caracter3sticas essenciais do valor.
:esloKue4o'nos da ilha lu4inosa de Robinson F so4bria
Idade HRdia euro,Ria. )4 veG do ho4e4 inde,endente2
encontra4os aKui todos de,endentes L servos e senhores Ieudais2
vassalos e suseranos2 leigos e clRrigos. ! de,endJncia ,essoal
caracteriGa tanto as condi/=es sociais da ,rodu/0o 4aterial Kuanto
as esIeras de vida estruturadas sobre ela. Has2 Pusta4ente ,orKue
rela/=es de de,endJncia ,essoal constitue4 a base social dada2 os
trabalhos e ,rodutos n0o ,recisa4
##5 *ota F 6k edi/0o. Ricardo ta4bR4 n0o est livre de sua robinsonada. V)le IaG i4ediata4ente
o ,escador e o ca/ador ,ri4itivos2 co4o ,ossuidores de 4ercadorias2 trocar o ,ei;e e a
ca/a2 e4 ,ro,or/0o ao te4,o de trabalho 4aterialiGado nesses valores de troca. *essa

463
MARX
o,ortunidade ele cai no anacronis4o de IaGer co4 Kue ,escadores e ca/adores
,ri4itivos2 ,ara calcular o valor de seus instru4entos de trabalho2 utiliGe4 as tabelas
de anuidades de uso corrente e4 #E#& na Bolsa de +ondres. s r,aralelogra4os do sr.
Xenn
P
,arece4 ser a Mnica Ior4a de sociedade Kue ele conhecia alR4 da burguesa.W
"H!R]2 Karl. Tur Kritik etc. ,. DE'D$.(
P
Ricardo 4enciona os V,aralelogra4os do sr. XenW e4 seu escrito n Protection to A2ri-
culture! 7k ed.2 +ondres2 #E66. ,. 6#. )4 seus ,lanos utQ,icos de u4a reIor4a social2 Xen
,rocurou co4,rovar Kue tanto sob o as,ecto da rentabilidade co4o da vida do4Rstica seria
4ais conveniente assentar u4a colYnia e4 Ior4a de u4 ,aralelogra4o. "*. da )d. !le40.(

461
OS ECONOMISTAS
adKuirir Ior4a Iantstica2 diIerente de sua realidade. )les entra4
na
engrenage4 social co4o servi/os e ,aga4entos e4 natura. ! Ior4a
natural do trabalho2 sua ,articularidade2 e n0o2 co4o na base da
,rodu/0o de 4ercadorias2 a sua generalidade2 R aKui sua Ior4a
direta4ente social. ! corvRia 4ede'se tanto ,elo te4,o Kuanto o
trabalho Kue ,roduG 4erca' dorias2 4as cada servo sabe Kue R certa
Kuantidade de sua Ior/a ,essoal de trabalho Kue ele des,ende no
servi/o do seu senhor. d3Gi4o2 a ser ,ago ao cura2 R 4ais claro
Kue a bJn/0o do cura. Portanto2 co4o Kuer Kue se Pulgue4 as
4scaras Kue os ho4ens2 ao se deIrontare4 aKui2 veste42 as
rela/=es sociais entre as ,essoas e4 seus trabalhos a,arece4 e4
KualKuer caso co4o suas ,rQ,rias rela/=es ,essoais2 e n0o s0o disIar'
/adas e4 rela/=es sociais das coisas2 dos ,rodutos de trabalho.
Para observar o trabalho co4u42 isto R2 o trabalho direta4ente
socialiGado2 n0o ,recisa4os voltar F Ior4a natural4ente desenvolvida
do 4es4o Kue encontra4os no li4iar da histQria de todos os
,ovos civiliGados.
##1
! indMstria rural ,atriarcal de u4a Ia43lia
ca4,onesa2 Kue ,roduG ,ara seu ,rQ,rio uso cereais2 gado2 Iio2
linho2 ,e/as de rou,a etc.2 constitui u4 e;e4,lo 4ais ,rQ;i4o. )ssas
diversas coisas deIronta4'se F Ia43lia co4o ,rodutos diIerentes de
seu trabalho Ia' 4iliar 4as n0o se relaciona4 entre si co4o
4ercadorias. s trabalhos diIerentes Kue cria4 esses ,rodutos2
lavoura2 ,ecuria2 Iia/0o2 tecela' ge42 costura etc.2 s0o na sua Ior4a
natural Iun/=es sociais2 ,or sere4 Iun/=es da Ia43lia2 Kue ,ossui sua
,rQ,ria divis0o de trabalho natu' ral4ente desenvolvida2 assi4 co4o
a te4 a ,rodu/0o de 4ercadorias. :iIeren/as de se;o e idade e as
condi/=es naturais do trabalho2 Kue 4uda4 co4 as esta/=es do ano2
regula4 sua distribui/0o dentro da Ia43lia e o te4,o de trabalho
dos 4e4bros individuais da Ia43lia. dis,Jndio das Ior/as
individuais de trabalho2 4edido ,ela sua dura/0o2 a,arece aKui2
,orR42 desde sua orige4 co4o deter4ina/0o social dos ,rQ,rios
trabalhos2 ,orKue as Ior/as de trabalho individuais a ,artir de sua
orige4 sQ atua4 co4o Qrg0os da Ior/a co4u4 de trabalho da Ia43lia.
I4agine4os2 Iinal4ente2 ,ara variar2 u4a associa/0o de ho4ens
livres2 Kue trabalha4 co4 4eios de ,rodu/0o co4unais2 e des,ende4
suas nu4erosas Ior/as de trabalho individuais consciente4ente
co4o u4a Mnica Ior/a social de trabalho. Re,ete4'se aKui todas as
deter' 4ina/=es do trabalho de Robinson2 sQ Kue de 4odo social e4
veG de
##1 *ota F 6k edi/0o. V[ u4 ,reconceito rid3culo2 diIundido recente4ente2 de Kue a Ior4a de
,ro,riedade co4unal Kue se desenvolveu de 4odo natural sePa es,eciIica4ente Ior4a eslava2
atR 4es4o e;clusiva4ente Ior4a russa. )la R a Ior4a original2 Kue ,ode4os
co4,rovar entre ro4anos2 ger4anos2 celtas2 da Kual2 ,orR42 u4 4ostrurio co4,leto
co4 4Mlti,las ,rovas se encontra ainda hoPe entre os hindus2 4es4o Kue ,arcial4ente

464
MARX
e4 ru3nas. C4 estudo 4ais e;ato das Ior4as asiticas de ,ro,riedade co4unal2
es,ecial4ente das indianas2 co4,rovaria co4o das distintas Ior4as de ,ro,riedade co4unal
desenvolvida natural4ente resulta4 diIerentes Ior4as de sua dissolu/0o. !ssi4 ,ode4 ser
derivados2 ,or e;e4,lo2 os diIerentes ti,os originais de ,ro,riedade ,rivada ro4ana e
ger4Unica das diIerentes Ior4as de ,ro,riedade coletiva indiana.W "H!R]2 Karl. Tur
Kritik etc. ,. #%.(

465
OS ECONOMISTAS
individual. Todos os ,rodutos de Robinson era4 e;clusiva4ente ,ro'
duto ,essoal seu2 e2 ,or isso2 direta4ente obPetos de uso ,ara ele.
,roduto total da associa/0o R u4 ,roduto social. Parte desse
,roduto serve nova4ente co4o 4eio de ,rodu/0o. )la ,er4anece
social. Has ,arte R consu4ida ,elos sQcios co4o 4eios de
subsistJncia. Por isso2 te4 de ser distribu3da entre eles. 4odo
dessa distribui/0o variar co4 a es,Rcie ,articular do ,rQ,rio
organis4o social de ,rodu/0o e o corres,ondente n3vel de
desenvolvi4ento histQrico dos ,rodutores. SQ ,ara IaGer u4
,aralelo co4 a ,rodu/0o de 4ercadorias2 ,ressu,o4os Kue a ,arte
de cada ,rodutor nos 4eios de subsistJncia sePa deter4i' nada ,elo
seu te4,o de trabalho. te4,o de trabalho dese4,enharia2 ,ortanto2
du,lo ,a,el. Sua distribui/0o social4ente ,lanePada regula
a ,ro,or/0o correta das diIerentes Iun/=es de trabalho2 conIor4e as
diversas necessidades. Por outro lado2 o te4,o de trabalho serve
si' 4ultanea4ente de 4edida da ,artici,a/0o individual dos
,rodutores no trabalho co4u4 e2 ,or isso2 ta4bR4 na ,arte a ser
consu4ida individual4ente do ,roduto co4u4. !s rela/=es sociais
dos ho4ens co4 seus trabalhos e seus ,rodutos de trabalho
continua4 aKui trans' ,arente4ente si4,les tanto na ,rodu/0o
Kuanto na distribui/0o.
Para u4a sociedade de ,rodutores de 4ercadorias2 cuPa rela/0o
social geral de ,rodu/0o consiste e4 relacionar'se co4 seus
,rodutos co4o 4ercadorias2 ,ortanto co4o valores2 e nessa Ior4a
reiIicada re' lacionar 4utua4ente seus trabalhos ,rivados co4o
trabalho hu4ano igual2 o cristianis4o2 co4 seu culto do ho4e4
abstrato2 R a Ior4a de religi0o 4ais adeKuada2 notada4ente e4 seu
desenvolvi4ento burguJs2
o ,rotestantis4o2 o de3s4o etc. *os 4odos de ,rodu/0o da velha @sia
e da !ntiguidade etc.2 a transIor4a/0o do ,roduto e4 4ercadoria2
e2 ,ortanto2 a e;istJncia dos ho4ens co4o ,rodutores de
4ercadorias2 dese4,enha ,a,el subordinado2 Kue ,orR4 se torna
tanto 4ais i4' ,ortante Kuanto 4ais as co4unidades entra4 na Iase
de decl3nio. Povos ,ro,ria4ente co4erciantes sQ e;iste4 nos
inter4Mndios do 4undo an' tigo2 co4o os deuses de ),icuro
##&
ou
co4o os Pudeus nos ,oros da sociedade ,olonesa. !Kueles antigos
organis4os sociais de ,rodu/0o s0o e;traordinaria4ente 4ais si4,les
e trans,arentes Kue o organis4o burguJs 4as eles baseia4'se na
i4aturidade do ho4e4 individual2 Kue n0o se des,rendeu do
cord0o u4bilical da liga/0o natural aos outros do 4es4o gJnero2 ou
e4 rela/=es diretas de do43nio e servid0o. )les s0o condicionados ,or
u4 bai;o n3vel de desenvolvi4ento das Ior/as ,rodutivas do trabalho
e rela/=es corres,ondente4ente li4itadas dos ho4ens dentro do
,rocesso 4aterial da ,rodu/0o de sua vida2 ,or' tanto2 entre si e co4
a natureGa. )ssa restri/0o real se reIlete ideal'

466
MARX
##& Segundo a idRia do antigo IilQsoIo grego ),icuro2 os deuses e;istira4 nos inter4Mndios2
os es,a/os entre os 4undos^ eles n0o tJ4 nenhu4a inIluJncia ne4 sobre o desenvolvi4ento
do universo ne4 sobre a vida do ho4e4. "*. da )d. !le40.(

46'
OS ECONOMISTAS
4ente nos cultos da *atureGa e nas religi=es ,o,ulares da !ntiguidade.
reIle;o religioso do 4undo real so4ente ,ode desa,arecer Kuando
as circunstUncias cotidianas2 da vida ,rtica2 re,resentare4 ,ara os
ho4ens rela/=es trans,arentes e racionais entre si e co4 a natureGa. !
Iigura do ,rocesso social da vida2 isto R2 do ,rocesso da ,rodu/0o
4aterial2 a,enas se des,render do seu 43stico vRu nebuloso Kuando2
co4o ,roduto de ho4ens livre4ente socialiGados2 ela Iicar sob seu
controle consciente e ,lanePado. Para tanto2 ,orR42 se reKuer u4a base
4aterial da sociedade ou u4a sRrie de condi/=es 4ateriais de e;istJncia2
Kue2 ,or sua veG2 s0o
o ,roduto natural de u4a evolu/0o histQrica longa e ,enosa.
! )cono4ia Pol3tica analisou2 de Iato2 e4bora
inco4,leta4en' te2
##E
valor e grandeGa de valor e o conteMdo oculto
nessas Ior4as. Has nunca chegou a ,erguntar ,or Kue esse
conteMdo assu4e aKuela Ior4a2 ,or KuJ2 ,ortanto2 o trabalho se
re,resenta ,elo valor e a 4edida do trabalho2 ,or 4eio de sua dura/0o2
,ela grandeGa do valor do ,roduto de trabalho.
##$
FQr4ulas Kue n0o
dei;a4 lugar a dMvidas de Kue ,er'
##E ! insuIiciJncia da anlise de Ricardo da grandeGa de valor L e ela R a 4elhor L ser
de4onstrada nos +ivros Terceiro e Suarto desse escrito. Suanto ao valor e4 geral2 a )co'
no4ia Pol3tica clssica2 e4 lugar algu42 distingue e;,ressa4ente e co4 consciJncia clara
o trabalho2 co4o ele se re,resenta no valor2 do 4es4o trabalho2 co4o ele se re,resenta no
valor de uso de seu ,roduto. *atural4ente2 ela IaG de Iato essa distin/0o2 ,ois ,or u4 lado
considera o trabalho sob o as,ecto Kuantitativo2 ,or outro sob o as,ecto Kualitativo.
*0o lhe ocorre2 ,orR42 Kue a 4era diIeren/a Kuantitativa entre os trabalhos ,ressu,=e
sua unidade ou igualdade Kualitativa2 ,ortanto2 sua redu/0o a trabalho hu4ano
abstrato. Ri' cardo2 ,or e;e4,lo2 declara'se de acordo co4 :estutt de Trac-2 Kuando este
diG9 VVisto Kue
R seguro Kue so4ente nossas ca,acidades I3sicas e es,irituais s0o nossa riKueGa original2
R o uso dessas ca,acidades2 certa es,Rcie de trabalho2 nosso tesouro original^ R se4,re esse
uso aKuele Kue cria todas aKuelas coisas2 Kue deno4ina4os riKueGa. "...( !lR4 disso R sabido
Kue todas essas coisas re,resenta4 a,enas o trabalho Kue as criou2 e se elas tJ4 u4 valor
ou atR 4es4o dois valores diIerentes2 ent0o a,enas ,ode4 tJ'los a ,artir "do valor( do
trabalho do Kual eles se origina4W. "RIC!R:. The Principles of Pol! *con. Dk ed.2 +ondres2
#E6#. ,. DD7.
P
( !,enas indica4os Kue Ricardo atribui a :estutt seu ,rQ,rio sentido
4ais ,roIundo. :estutt2 de Iato2 diG2 ,or u4 lado2 Kue todas as coisas Kue Ior4a4 a
riKueGa
Vre,resenta4 o trabalho Kue as criouW2 ,or outro lado2 ,orR42 Kue elas recebe4 seus
Vdois valores diIerentesW "valor de uso e valor de troca( do Vvalor do trabalhoW. )le cai
assi4 na su,erIicialidade da econo4ia vulgar2 Kue ,ressu,=e o valor de u4a
4ercadoria "aKui do trabalho( ,ara ,or 4eio disso deter4inar de,ois o valor das outras
4ercadorias. Ricardo
o lJ de tal Ior4a Kue2 tanto no valor de uso co4o no valor de troca2 re,resenta'se trabalho
"n0o o valor do trabalho(. )le 4es4o2 ,orR42 distingue t0o ,ouco as duas Iaces do
carter do trabalho Kue se re,resenta du,la4ente2 Kue R obrigado ,or todo o ca,3tulo
VValue and Riches2 their :istinctive Pro,ertiesW a se haver2 co4 4uito esIor/o2 co4
as trivia' lidades de u4 J.'B. Sa-. *o Ii42 ele Iica2 ,ortanto2 todo sur,reendido Kue
:estutt concorde co4 ele sobre o trabalho co4o Ionte de valor e ainda assi4 co4
Sa-2 sobre o conceito de valor.
P
Co4,are :)STCTT :) TR!C>. =t#ments dS/d#olo2ie! Partes Suarta e Suinta. Paris2
#E61. ,. D5'D1. "*. da )d. !le40.(
##$ [ u4a das Ialhas bsicas da )cono4ia Pol3tica clssica n0o ter Pa4ais conseguido descobrir2
a ,artir da anlise da 4ercadoria e2 4ais es,ecial4ente2 do valor das 4ercadorias2 a Ior4a
valor2 Kue Pusta4ente o torna valor de troca. Precisa4ente2 seus 4elhores re,resentantes2

46/
MARX
co4o !. S4ith e Ricardo2 trata4 a Ior4a valor co4o algo total4ente indiIerente ou
co4o algo e;terno F ,rQ,ria natureGa da 4ercadoria. ! raG0o n0o R a,enas Kue a
anlise da grandeGa de valor absorve total4ente sua aten/0o. [ 4ais ,roIunda. !
Ior4a valor do ,roduto de trabalho R a Ior4a 4ais abstrata2 contudo ta4bR4 a Ior4a
4ais geral do 4odo burguJs de ,rodu/0o Kue ,or 4eio disso se caracteriGa co4o u4a
es,Rcie ,articular de

460
OS ECONOMISTAS
tence4 a u4a Ior4a/0o social e4 Kue o ,rocesso de ,rodu/0o do4ina
os ho4ens2 e ainda n0o o ho4e4 o ,rocesso de ,rodu/0o2 s0o
consi' deradas ,or sua consciJncia burguesa u4a necessidade
natural t0o evidente Kuanto o ,rQ,rio trabalho ,rodutivo. Por isso2
ela trata as Ior4as ,rR'burguesas do organis4o social de ,rodu/0o
co4o os ,adres da IgrePa as religi=es ,rR'crist0s.
#6%
,rodu/0o social e2 co4 isso2 ao 4es4o te4,o historica4ente. Se no entanto Ior vista de
4aneira errYnea co4o a Ior4a natural eterna de ,rodu/0o social2 dei;a'se ta4bR4 neces'
saria4ente de ver o es,ec3Iico da Ior4a valor2 ,ortanto2 da Ior4a 4ercadoria2 de 4odo
4ais desenvolvido da Ior4a dinheiro2 da Ior4a ca,ital etc. )ncontra4'se ,or isso
entre econo4istas2 Kue concorda4 inteira4ente co4 a 4edida da grandeGa de valor
,or 4eio do te4,o de trabalho2 os 4ais contraditQrios e conIusos conceitos de dinheiro2
isto R2 da Iigura ter4inada do eKuivalente geral. Isso a,resenta'se de Ior4a 4ais cabal2
,or e;e4,lo2 no trata4ento do siste4a bancrio2 no Kual P n0o basta4 as deIini/=es banais
do dinheiro. Co4o ant3tese2 ,ortanto2 criou'se u4 4ercantilis4o restaurado "Ganilh etc.(2
o Kual vJ no valor a,enas a Ior4a social ou2 4ais ,recisa4ente2 a,enas sua a,arJncia
se4 substUncia.
L ) ,ara esclarecer de u4a veG ,or todas2 entendo co4o )cono4ia Pol3tica clssica toda
econo4ia desde <. Pett- Kue investiga o ne;o interno das condi/=es de ,rodu/0o burguesas
co4o ant3tese da econo4ia vulgar2 Kue a,enas se 4ove dentro do ne;o a,arente2
ru4ina constante4ente de novo o 4aterial P h 4uito Iornecido ,ela econo4ia cient3Iica
oIerecendo u4 entendi4ento ,laus3vel dos IenY4enos2 ,or assi4 diGer2 4ais grosseiros
e ,ara o uso caseiro2 da burguesia2 e li4ita'se2 de resto2 a siste4atiGar2 ,edantiGar e
,rocla4ar co4o verdades eternas as idRias banais e ,resun/osas Kue os agentes da
,rodu/0o burguesa Ior4a4 sobre seu 4undo2 ,ara eles o 4elhor ,oss3vel.
#6% is econo4istas tJ4 u4 4odo ,eculiar de ,roceder. Para eles h a,enas duas es,Rcies
de institui/0o2 as artiIiciais e as naturais. !s institui/=es do Ieudalis4o s0o artiIiciais2
as da burguesia2 naturais. )les iguala4'se nisso aos teQlogos2 Kue ta4bR4 distingue4
dois ti,os de religi0o. Toda religi0o2 Kue n0o sua ,rQ,ria2 R u4a inven/0o dos ho4ens2
a sua ,rQ,ria no entanto u4a revela/0o divina. L !ssi4 ,ortanto houve histQria2 4as
agora n0o h 4ais.i "H!R]2 Karl. "isUre de la Philosophie! -#ponse a la Philosophie
de la "isUre de "! Proudhon. #E7&. ,. ##D.( Verdadeira4ente engra/ado R o senhor
Bastiat2 Kue i4agina Kue os antigos gregos e ro4anos teria4 vivido a,enas do roubo.
Suando ,orR4 se vive 4uitos sRculos do roubo2 te4 Kue haver constante4ente algo ,ara
roubar2 ou sePa2
o obPeto do roubo te4 Kue re,roduGir'se incessante4ente. Parece2 ,ortanto2 Kue
ta4bR4 os gregos e ro4anos tinha4 u4 ,rocesso de ,rodu/0o2 ,ortanto2 u4a
econo4ia2 a Kual Ior4ava a base 4aterial de seu 4undo2 tanto Kuanto a econo4ia
burguesa Ior4a a do 4undo atual. u talveG Bastiat Kueira diGer Kue u4 siste4a de
,rodu/0o2 Kue se baseia e4 trabalho escravo2 se a,Qia nu4 siste4a de rouboZ )le
coloca'se2 ent0o2 e4 terreno ,erigoso. Se u4 gigante do ,ensa4ento co4o !ristQteles2
e4 sua a,recia/0o do trabalho escravo2 errou2 ,or Kue deveria u4 econo4ista an0o e4
sua a,recia/0o do trabalho assa' lariado acertarZ !,roveito essa o,ortunidade ,ara
reIutar2 de Ior4a breve2 u4a obPe/0o Kue 4e Ioi Ieita2 Kuando do a,areci4ento de 4eu
escrito Tur Kritik der Pol! ekonomie2
#E5$2 ,or u4 Pornal teuto'a4ericano. )ste diGia2 4inha o,ini0o2 Kue deter4inado siste4a
de ,rodu/0o e as rela/=es de ,rodu/0o a ele corres,ondentes2 de cada veG2 e4 su4a2
Va estrutura econY4ica da sociedade seria a base real sobre a Kual levanta'se u4a
su,eres'
trutura Pur3dica e ,ol3tica e F Kual corres,onderia4 deter4inadas Ior4as sociais de
cons' ciJnciaW2 Kue Vo 4odo de ,rodu/0o da vida 4aterial condicionaria o ,rocesso da vida
social2 ,ol3tica e intelectual e4 geralW L tudo isso estaria atR 4es4o certo ,ara o
4undo atual2 do4inado ,elos interesses 4ateriais2 4as n0o ,ara a Idade HRdia2
do4inada ,elo catoli' cis4o2 ne4 ,ara !tenas e Ro4a2 onde do4inava a ,ol3tica. )4
,ri4eiro lugar2 R estranhvel Kue alguR4 ,reIira su,or Kue esses lugares'co4uns
arKuiconhecidos sobre a Idade HRdia
e o 4undo antigo sePa4 ignorados ,or algu4a ,essoa. :eve ser claro Kue a Idade
HRdia n0o ,odia viver do catolicis4o ne4 o 4undo antigo da ,ol3tica. ! Ior4a e o
4odo co4o

461
MARX
eles ganhava4 a vida e;,lica2 ao contrrio2 ,or Kue l a ,ol3tica2 aKui o catolicis4o2
de' se4,enhava o ,a,el ,rinci,al. :e resto basta ,ouco conheci4ento2 ,or e;e4,lo2 da
histQria re,ublicana de Ro4a2 ,ara saber Kue a histQria da ,ro,riedade Iundiria
constitui sua histQria secreta. Por outro lado2 :o4 Sui;ote P ,agou ,elo erro de ,resu4ir
Kue a cavalaria andante seria igual4ente co4,at3vel co4 todas as Ior4as econY4icas
da sociedade.

462
OS ECONOMISTAS
!tR Kue ,onto u4a ,arte dos econo4istas R enganada ,elo
Ieti'
chis4o aderido ao 4undo das 4ercadorias ou ,ela a,arJncia obPetiva
das deter4ina/=es sociais do trabalho de4onstra2 entre outras coisas2
a dis,uta aborrecida e ins3,ida sobre o ,a,el da *atureGa na Ior4a/0o
do valor de troca. Co4o o valor de troca R u4a 4aneira social es,ec3Iica
de e;,ressar o trabalho e4,regado nu4a coisa2 n0o ,ode conter 4ais
4atRria natural do Kue2 ,or e;e4,lo2 a cota/0o de cU4bio.
Co4o a Ior4a 4ercadoria R a Ior4a 4ais geral e 4enos
desen' volvida da ,rodu/0o burguesa2 raG0o ,or Kue a,arece cedo2
e4bora n0o da 4es4a 4aneira do4inante e2 ,ortanto2
caracter3stica co4o hoPe e4 dia2 seu carter Ietichista ,arece ainda
relativa4ente Icil de ,enetrar. *as Ior4as 4ais concretas desa,arece
4es4o essa a,arJncia da si4,licidade. :e onde ,roviera4 as ilus=es
do siste4a 4onetrioZ *0o reconheceu ao ouro e F ,rata Kue eles
re,resenta42 co4o dinheiro2 u4a rela/0o social de ,rodu/0o2 ,orR42
na Ior4a de obPetos naturais co4 insQlitas ,ro,riedades sociais. )
a )cono4ia 4oderna2 Kue so' branceira olha o siste4a 4onetrio
de ci4a ,ara bai;o2 n0o se torna evidente seu Ietichis4o logo Kue
trata do ca,italZ ? Kuanto te4,o desa,areceu a ilus0o Iisiocrtica
de Kue a renda da terra origina'se do solo e n0o da sociedadeZ
Para n0o anteci,ar2 ,orR42 li4ita4o'nos aKui a dar 4ais u4
e;e4,lo relativo F ,rQ,ria Ior4a 4ercadoria. Se as 4ercadorias
,u' desse4 Ialar2 diria49 [ ,oss3vel Kue nosso valor de uso
interesse ao ho4e4. )le n0o nos co4,ete enKuanto coisas. Has o
Kue nos co4,ete enKuanto coisas R nosso valor. *ossa ,rQ,ria
circula/0o co4o coisas 4ercantis de4onstra isso. *Qs nos
relaciona4os u4as co4 as outras so4ente co4o valores de troca.
u/a4os agora co4o
a Iala do econo4ista revela a al4a da 4ercadoria9
VValor "valor de troca( R ,ro,riedade das coisas2 riKueGa
"valor de uso( do ho4e4. Valor2 nesse sentido2 i4,lica
necessaria4ente troca2 riKueGa n0o.
#6#
RiKueGa "valor de uso( R u4
atributo do ho4e42 valor u4 atributo das 4ercadorias. C4
ho4e42 ou u4a co4uni' dade2 R rico^ u4a ,Rrola ou u4
dia4ante2 R valiosa. "...( C4a ,Rrola ou u4 dia4ante te4 valor
co4o ,Rrola ou dia4antei.
#66
!tR agora nenhu4 Ku34ico descobriu valor de troca e4
,Rrolas ou dia4antes. s descobridores econY4icos dessa substUncia
Ku34ica2 Kue se ,retende4 ,articular4ente ,roIundos na cr3tica2
acha42 ,orR42 Kue o valor de uso das coisas R inde,endente de
suas ,ro,riedades
#6# WValue is a ,ro,ert- oI things2 riches oI 4an. Value2 in this sense2 necessaril- i4,lies

4'3
MARX
e;changes2 riches do not.i ".servations on some Ver.al Disputes in Pol! *con!, ParticularlD
-elatin2 to Value, and to <upplD and Demand. +ondres2 #E6#. ,. #1.(
#66 iRiches are the attribute oI 4an2 value is the attribute oI co44odites. ! 4an or a co44unit-
is rich a ,earl or a dia4ond is valuable. "...( ! ,earl or a dia4ond is valuable as a
,earl
or dia4ond.i "B!I+)>2 S. p! cit!2 ,. #15 et seCs.(

4'1
OS ECONOMISTAS
enKuanto coisas2 Kue seu valor2 ao contrrio2 lhes R atribu3do enKuanto
coisas. Kue lhes conIir4a isso R a estranha circunstUncia Kue o valor
de uso das coisas se realiGa ,ara o ho4e4 se4 troca2 ,ortanto2 na
rela/0o direta entre coisa e ho4e42 4as seu valor2 ao contrrio2 se
realiGa a,enas na troca2 isto R2 nu4 ,rocesso social. Sue4 n0o se
le4bra aKui do bo4 :ogberr-2 ensinando ao vigilante Seacoal9
#6D
VSer u4 ho4e4 de boa a,arJncia R u4a ddiva das
circuns' tUncias2 4as saber ler e escrever ,rovR4 da
natureGa.W
#67
#6D S?!K)SP)!R). "uch Ado A.out ?othin2! !to III. Cena III. "*. da )d. !le40.(
#67 autor de .servations e S. Baile- acusa4 Ricardo de Kue ele teria transIor4ado o valor
de troca de algo a,enas relativo e4 absoluto. !o contrrio. )le reduGiu a relatividade
a,arente2 Kue estas coisas2 dia4ante e ,Rrola2 ,or e;e4,lo2 ,ossue4 co4o valores de troca2
F verdadeira rela/0o2 Kue se oculta ,or trs dessa a,arJncia2 F sua relatividade co4o 4eras
e;,ress=es do trabalho hu4ano. Se os ricardianos res,onde4 a Baile- co4 grosseria2 4as
n0o co4 acerto2 isso se deve so4ente a Kue eles n0o encontrara4 no ,rQ,rio Ricardo
nenhu4a e;,lica/0o sobre a cone;0o interna entre valor e Ior4a valor ou valor de troca.

4'4

CAPTULO II
O PROCESSO DE TROCA
As 4ercadorias n0o ,ode4 ,or si 4es4as ir ao 4ercado e
se trocar. :eve4os2 ,ortanto2 voltar a vista ,ara seus guardi=es2 os
,os' suidores de 4ercadorias. !s 4ercadorias s0o coisas e2
conseKOente' 4ente2 n0o o,=e4 resistJncia ao ho4e4. Se elas n0o
se sub4ete4 a ele de boa vontade2 ele ,ode usar de violJncia2 e4
outras ,alavras2 to4'las.
#65
Para Kue essas coisas se reIira4
u4as Fs outras co4o 4ercadorias2 R necessrio Kue os seus
guardi=es se relacione4 entre
si co4o ,essoas2 cuPa vontade reside nessas coisas2 de tal 4odo Kue
u42 so4ente de acordo co4 a vontade do outro2 ,ortanto cada u4
a,enas 4ediante u4 ato de vontade co4u4 a a4bos2 se a,ro,rie
da 4ercadoria alheia enKuanto aliena a ,rQ,ria. )les deve42
,ortanto2 reconhecer'se reci,roca4ente co4o ,ro,rietrios ,rivados.
)ssa rela/0o Pur3dica2 cuPa Ior4a R o contrato2 desenvolvida
legal4ente ou n0o2 R u4a rela/0o de vontade2 e4 Kue se reIlete a
rela/0o econY4ica. conteMdo dessa rela/0o Pur3dica ou de vontade
R dado ,or 4eio da rela/0o econY4ica 4es4a.
#61
!s ,essoas aKui
sQ e;iste42 reci,roca'
#65 *o sRculo ]II2 reno4ado ,or sua ,iedade2 encontra4os IreKOente4ente entre essas 4er'
cadorias coisas 4uito delicadas. C4 ,oeta IrancJs dessa R,oca conta2 ,or e;e4,lo2 entre
as 4ercadorias Kue se via4 no 4ercado de +andit2
P
alR4 de tecidos2 sa,atos2 couro2 ins'
tru4entos agr3colas2 ,eles etc.2 femmes folles de leurs corps.
PP
P
+andit. Vila ,erto de Paris2 onde todos os anos tinha lugar u4a grande Ieira2 do sRculo
]II atR o sRculo I]. "*. da )d. !le40.(
PP
Hulheres de cor,os Iogosos. "*. dos T.(
#61 Proudhon cria2 ,ri4eira4ente2 seu ideal de Pusti/a2 da Pustice #ternelle,
P
a ,artir das rela/=es
Pur3dicas corres,ondentes F ,rodu/0o de 4ercadorias2 co4 o Kue2 diga'se de ,assage42
,ro,orciona a ,rova t0o consoladora a todos os Iilisteus de Kue a Ior4a de ,rodu/0o
de
4ercadorias R algo t0o eterno Kuanto a Pusti/a. :e,ois inversa4ente2 ele ,retende re4odelar
a ,rodu/0o real de 4ercadorias e o direito real corres,ondente a ela segundo esse
ideal. Sue ,ensar3a4os de u4 Ku34ico2 Kue2 e4 veG de estudar as verdadeiras leis
do 4eta' bolis4o e co4 base nelas resolver deter4inados ,roble4as2 resolvesse
re4odelar o 4e'
tabolis4o ,or 4eio das VidRias eternasW2 da naturalit#
PP
e da affinit#Z
PPP
!caso sabe'se
4ais sobre a VusuraW Kuando diG'se Kue ela contraria a Pustice #ternelle, a #Cuit# #ternelle
9
PPPP
a mutualit# #ternelle
PPPPP
e outras v#rit#s #ternelles,
PPPPPP
do Kue os ,adres da IgrePa

4'5

sabia42 Kuando diGia4 Kue a usura contraria a 2rBce #ternelle, a foi #ternelle e a volont#
#ternelle de DieuY
PPPPPPP

MARX
4'6

4ente2 co4o re,resentantes de 4ercadorias e2 ,or isso2 co4o ,ossui'
dores de 4ercadorias. Vere4os no curso do desenvolvi4ento2 e4 geral2
Kue os ,ersonagens econY4icos encarnados ,elas ,essoas nada
4ais s0o Kue as ,ersoniIica/=es das rela/=es econY4icas2 co4o
,ortadores das Kuais elas se deIronta4.
Kue distingue sobretudo o ,ossuidor de 4ercadoria desta Mlti4a
R Kue ,ara ela cada outro cor,o de 4ercadoria conta a,enas co4o
Ior4a de 4aniIesta/0o de seu ,rQ,rio valor. Igualitria e c3nica nata2
a 4ercadoria est se4,re dis,osta a trocar n0o sQ a al4a2 co4o ta4bR4
o cor,o2 co4 KualKuer outra 4ercadoria2 4es4o Kuando esta sePa
t0o desagradvel co4o Haritornes. )sse sentido2 Kue Ialta F
4ercadoria2 ,ara a,reciar o concreto do cor,o da 4ercadoria2 o dono da
4ercadoria su,re ,or 4eio dos seus cinco ou 4ais sentidos. Sua
4ercadoria n0o te4 ,ara ele nenhu4 valor de uso direto. :o
contrrio n0o a levaria ao 4ercado. )la te4 valor de uso ,ara
outros. Para ele2 ela te4 di' reta4ente a,enas valor de uso de ser
,ortadora do valor de troca e2 ,ortanto2 4eio de troca.
#6&
Por isso2
ele Kuer alien'la ,or 4ercadoria cuPo valor de uso o satisIa/a. Todas
as 4ercadorias s0o n0o'valores de uso ,ara seus ,ossuidores e valores
de uso ,ara seus n0o',ossuidores. )las ,recisa42 ,ortanto2
universal4ente 4udar de 40os. Has essa 4udan/a de 40os
constitui sua troca e essa troca as reIere co4o valores entre si e as
realiGa co4o valores. !s 4ercadorias tJ4 Kue realiGar'se2 ,ortanto2
co4o valores2 antes de ,odere4 realiGar'se co4o valores de uso.
Por outro lado2 as 4ercadorias tJ4 de co4,rovar'se co4o valores
de uso2 antes de ,odere4 realiGar'se co4o valores. Pois o trabalho
hu4ano2 des,endido e4 sua ,rodu/0o2 conta so4ente na 4edida
e4 Kue sePa des,endido de Ior4a Mtil ,ara outros. Se o trabalho R
Mtil ,ara outros2 se2 ,ortanto2 seu ,roduto satisIaG as necessidades
alheias2 so4ente sua troca ,ode de4onstrar.
Cada ,ossuidor de 4ercadorias sQ Kuer alienar sua
4ercadoria ,or outra 4ercadoria cuPo valor de uso satisIa/a sua
necessidade. *essa 4edida2 a troca R ,ara ele a,enas u4 ,rocesso
individual. Por outro lado2 ele Kuer realiGar sua 4ercadoria
enKuanto valor2 e4 KualKuer outra 4ercadoria Kue o agrade do
4es4o valor2 Kuer a sua ,rQ,ria
P
Justi/a eterna. "*. dos T.(
PP
*aturalidade. "*. dos T.(
PPP
!Iinidade. "*. dos T.(
PPPP
)KOidade eterna. "*. dos T.(
PPPPP
Reci,rocidade eterna. "*. dos T.(
PPPPPP
Verdades eternas. "*. dos T.(
PPPPPPP
! gra/a eterna^ a IR eterna^ a vontade eterna de :eus. "*. dos T.(
#6& iPois du,lo R o uso de cada be4. C4 R ,rQ,rio F coisa2 co4o tal2 o outro n0o2 co4o
,ara u4a sandlia servir ,ara cal/ar e ser trocvel ,or outro obPeto. !4bos s0o valores
de uso da sandlia2 ,ois ta4bR4 Kue4 troca a sandlia ,or algo Kue lhe Ialta2 ali4ento2
,or e;e4,lo2 usa a sandlia co4o sandlia. PorR42 n0o e4 seu 4odo natural de
uso2 ,ois a sandlia n0o e;iste ,ara ser trocada.i "!RISTsT)+)S. De -epu.lica!

OS ECONOMISTAS
4''

+ivro Pri4eiro. Ca,. $.(

4'/
MARX
4ercadoria tenha ou n0o valor de uso ,ara o ,ossuidor da outra. *essa
4edida2 a troca R ,ara ele u4 ,rocesso generica4ente social. Has
o 4es4o ,rocesso n0o ,ode ser si4ultanea4ente ,ara todos os
,ossui' dores de 4ercadorias a,enas individual e2 ao 4es4o te4,o2
a,enas generica4ente social.
Vista a coisa 4ais de ,erto2 ,ercebe'se Kue ,ara todo
,ossuidor de 4ercadoria toda 4ercadoria alheia Iunciona co4o
eKuivalente ,ar' ticular de sua 4ercadoria2 sua 4ercadoria2 ,ortanto2
co4o eKuivalente geral de todas as outras 4ercadorias. Has co4o
todos os ,ossuidores de 4ercadorias IaGe4 o 4es4o2 nenhu4a
4ercadoria R eKuivalente geral e ,or isso as 4ercadorias n0o
,ossue4 ta4bR4 nenhu4a Ior4a valor geral relativa2 na Kual elas
,ossa4 eKui,arar'se co4o valores e co4,arar'se co4o grandeGas de
valor. Portanto2 elas n0o se deIronta42 de 4odo algu42 co4o
4ercadorias2 4as a,enas co4o ,rodutos ou va' lores de uso.
)4 sua ,er,le;idade2 ,ensa4 os nossos ,ossuidores de
4erca' dorias co4o Fausto. *o co4e/o era a a/0o. )les P agira42
,ortanto2 antes de tere4 ,ensado. !s leis da natureGa das
4ercadorias atua4 atravRs do instinto natural dos seus ,ossuidores.
)les so4ente ,ode4 reIerir suas 4ercadorias2 u4as Fs outras2
co4o valores2 e ,or isso a,enas co4o 4ercadorias ao reIeri'las2
antitetica4ente2 a outra 4er' cadoria co4o eKuivalente geral. [ o
Kue resultou da anlise da 4er' cadoria. Has a,enas a a/0o social
,ode IaGer de u4a 4ercadoria eKui' valente geral. ! a/0o social de
todas as outras 4ercadorias2 ,ortanto2 e;clui deter4inada 4ercadoria
,ara nela re,resentar universal4ente seus valores. ! Ior4a natural
dessa 4ercadoria ve4 a ser assi4 a Ior4a eKuivalente social4ente
vlida. Ser eKuivalente geral ,assa2 ,or 4eio do ,rocesso social2 a ser
a Iun/0o es,eciIica4ente social da 4er' cadoria e;clu3da. !ssi4 ela
torna'se L dinheiro.
VIlli unu4 consiliu4 habent et virtute4 et ,otestate4
sua4 bestiae tradunt. )t ne Kuis ,ossit e4ere aut vendere2
nisi Kui habet charactere4 aut no4en bestiae2 aut nu4eru4
no4inis ePus.W
#6E
"Apocalipse!
#6$
(
cristal 4onetrio R u4 ,roduto necessrio do ,rocesso de troca2
no Kual diIerentes ,rodutos do trabalho s0o2 de Iato2 igualados entre
si e2 ,ortanto2 convertidos e4 4ercadorias. ! a4,lia/0o e a,roIunda'
#6E )stes tJ4 u4 des3gnio e dar0o sua Ior/a e seu ,oder F besta. ) Kue ninguR4 ,ossa co4,rar
ou vender a n0o ser aKuele Kue tenha o sinal2 ou sePa2 o no4e da besta ou o nM4ero
do seu no4e.i "*. dos T.(
#6$ bra da literatura crist0 da ,ri4eira Iase2 Kue Ioi inclu3da no *ovo Testa4ento^ a autoria
R geral4ente atribu3da ao !,Qstolo Jo0o. Apocalipse contR4 ,roIecias 43sticas do
VIi4 do 4undoW e de u4a Vvolta de CristoW2 o Kue na Idade HRdia IreKOente4ente
levou a 4ovi4entos ,o,ulares herRticos. Posterior4ente2 a IgrePa usava as ,roIecias do
Apocalipse ao inti4idar as 4assas do ,ovo. Har; cita aKui dos ca,3tulos #&2 #D e #D2 #& do
Apocalipse de S0o Jo0o. "*. da )d. !le40.(

4'0
OS ECONOMISTAS
4ento histQricos da troca desenvolve4 a ant3tese entre valor de uso
e valor latente na natureGa da 4ercadoria. ! necessidade de dar a
essa ant3tese re,resenta/0o e;terna ,ara a circula/0o leva a u4a Ior4a
inde,endente do valor da 4ercadoria e n0o se detR4 ne4
descansa atR tJ'la alcan/ado deIinitiva4ente ,or 4eio da du,lica/0o
da 4erca' doria e4 4ercadoria e e4 dinheiro. *a 4es4a 4edida2
,ortanto2 e4 Kue se d a transIor4a/0o do ,roduto do trabalho
e4 4ercadoria2 co4,leta'se a transIor4a/0o da 4ercadoria e4
dinheiro.
#D%
! troca direta de ,rodutos ,ossui P2 ,or u4 lado2 a Ior4a da
e;,ress0o si4,les do valor e2 ,or outro lado2 ainda n0o a te4. !Kuela
Ior4a era : 4ercadoria A c D 4ercadoria '! ! Ior4a da troca
direta de ,rodutos R9 : obPeto de uso A c D obPeto de uso '.
#D#
!s
coisas A e
' n0o s0o aKui 4ercadorias antes da troca2 4as torna4'se tais
,or 4eio da 4es4a. ,ri4eiro 4odo2 ,elo Kual u4 obPeto de uso
R ,os' sivel4ente valor de troca2 R sua e;istJncia co4o n0o'valor
de uso2 co4o Cuantum de valor de uso Kue ultra,assa as necessidades
diretas de seu ,ossuidor. !s coisas s0o2 e4 si e ,ara si2 e;ternas
ao ho4e4
e2 ,ortanto2 alienveis. Para Kue a aliena/0o sePa rec3,roca2 basta Kue
os ho4ens se deIronte42 tacita4ente2 co4o ,ro,rietrios ,rivados da'
Kuelas coisas alienveis e ,ortanto2 ,or inter4Rdio disso2 co4o ,essoas
inde,endentes entre si. Tal rela/0o de estranha4ento rec3,roco n0o
e;iste2 ,orR42 ,ara os 4e4bros de u4a co4unidade ,ri4itiva2 tenha
ela a Ior4a de u4a Ia43lia ,atriarcal2 de u4a antiga co4unidade
indiana2 u4 )stado inca
#D6
etc. ! troca de 4ercadorias co4e/a
onde as co4unidades ter4ina42 e4 seus ,ontos de contato co4
outras co' 4unidades ou co4 4e4bros de outras co4unidades. T0o
logo as coisas se torna4 4ercadorias no e;terior da co4unidade2
torna4'se ta4bR4 ,or re,ercuss0o 4ercadorias no interior da vida
co4unal. Sua rela/0o Kuantitativa de troca R ,or enKuanto
inteira4ente casual. S0o ,er4u' tveis ,ela vontade de seus
,ossuidores de alien'las reci,roca4ente. *esse 4eio te4,o2 se
consolida2 ,ouco a ,ouco2 a necessidade ,or obPetos de uso
estrangeiros. ! constante re,eti/0o da troca transIor4a'a e4 u4
,rocesso social regular. Co4 o correr do te4,o2 torna'se necessrio2
#D% Julgue'se2 ,ois2 a habilidade do socialis4o ,eKueno'burguJs Kue Kuer eterniGar a ,rodu/0o
de 4ercadorias e2 ao 4es4o te4,o2 abolir a Vant3tese entre dinheiro e 4ercadoriaW e2
,ortanto2 o ,rQ,rio dinheiro2 ,ois este so4ente e;iste dentro dessa ant3tese. :o 4es4o
4odo ,oder'se'ia abolir o ,a,a e dei;ar ,er4anecer o catolicis4o. Ver ,or4enores e4
4inha obra Tur Kritik der Politischen ekonomie. ,. 1# et seCs!
#D# )nKuanto n0o se troca4 ainda dois diIerentes obPetos de uso2 ,orR42 co4o veriIica4os
IreKOente4ente entre selvagens2 u4a 4assa caQtica de coisas R oIerecida co4o eKuivalente
de u4 terceiro2 a ,rQ,ria troca direta est ainda e4 seu li4iar.
#D6 )stado escravagista co4 restos signiIicantes da sociedade ,ri4itiva. ! base da organiGa/0o
social e econY4ica era a ,arentela ou co4unidade ca4,onesa "aDlla(2 Kue ,ossu3a terras

4'1
MARX
e gado e4 co4u4. )stado inca viveu seu Iloresci4ento no Ii4 do sRculo ]V atR a
conKuista es,anhola2 e seu e;ter43nio total nos anos trinta do sRculo ]VI^ naKuela
R,oca ela se estendeu sobre os territQrios do Peru2 )Kuador2 Bol3via e norte do Chile2
de hoPe
"*. da )d. !le40.(

4'2
OS ECONOMISTAS
,ortanto2 Kue ,arte do ,roduto do trabalho sePa intencional4ente Ieita
,ara a troca. ! ,artir desse 4o4ento2 consolida'se2 ,or u4 lado2 a
se,ara/0o entre a utilidade das coisas ,ara as necessidades i4ediatas
e sua utilidade ,ara a troca. Seu valor de uso dissocia'se de seu valor
de troca. Por outro lado2 torna'se a rela/0o Kuantitativa2 e4 Kue
se troca42 de,endente de sua ,rQ,ria ,rodu/0o. costu4e Ii;a'as
co4o grandeGas de valor.
*a troca direta de ,rodutos2 cada 4ercadoria R direta4ente 4eio
de troca ,ara seu ,ossuidor2 eKuivalente ,ara seu n0o',ossuidor2 4as
so4ente enKuanto Ior valor de uso ,ara ele. artigo de troca n0o
adKuire ainda nenhu4a Ior4a valor inde,endente de seu ,rQ,rio valor
de uso ou da necessidade individual dos ,er4utantes. !
necessidade dessa Ior4a desenvolve'se co4 o crescente nM4ero e
variedade das 4ercadorias Kue v0o entrando no ,rocesso de troca.
,roble4a surge si4ultanea4ente co4 os 4eios ,ara sua solu/0o.
C4a circula/0o e4 Kue ,ossuidores de 4ercadorias troca4 e
co4,ara4 seus artigos co4 outros artigos diIerentes Pa4ais se
realiGa se4 Kue diIerentes 4erca' dorias de diIerentes ,ossuidores
de 4ercadorias e4 sua circula/0o se' Pa4 trocadas e co4,aradas co4o
valores co4 u4a terceira 4ercadoria2 se4,re a 4es4a. Tal terceira
4ercadoria2 ao se tornar eKuivalente de outras 4ercadorias
diIerentes2 recebe direta4ente2 ainda Kue e4 li4ites estreitos2 a
Ior4a de eKuivalente geral ou social. )ssa Ior4a de eKuivalente
geral surge e desa,arece co4 o contato social 4o4en' tUneo Kue
lhe deu vida. [ atribu3da alternativa e transitoria4ente a esta ou
FKuela 4ercadoria. Co4 o desenvolvi4ento da troca de 4er'
cadorias ela se Ii;a e;clusiva4ente e4 es,Rcies ,articulares de
4er' cadorias ou se cristaliGa na Ior4a dinheiro. ! Kue classe de
4ercadorias ela adere R2 no in3cio2 algo ocasional. *o entanto2
e;iste4 duas cir' cunstUncias Kue 2rosso modo s0o decisivas. !
Ior4a Ii;a'se ou nos artigos de troca 4ais i4,ortantes vindos do
estrangeiro2 os Kuais de Iato s0o Ior4as de 4aniIesta/0o
natural4ente desenvolvidas do valor de troca dos ,rodutos locais2
ou no obPeto de uso Kue re,resenta o ele4ento ,rinci,al do
,atri4Ynio local alienvel2 co4o o gado2 ,or e;e4' ,lo. s ,ovos
nY4ades s0o os ,ri4eiros a desenvolver a Ior4a dinheiro2 ,orKue todos
os seus haveres e bens tJ4 Ior4a 4Qvel e2 ,ortanto2 direta4ente
alienvel e ,orKue seu 4odo de vida os ,=e e4 constante contato co4
co4unidades estrangeiras2 solicitando'os F troca de ,ro' dutos. s
ho4ens IiGera42 IreKOente4ente2 do ,rQ,rio ho4e42 na Ii' gura do
escravo2 a 4atRria original de dinheiro2 ,orR4 nunca as terras. Tal
idRia so4ente ,oderia surgir nu4a sociedade burguesa P desen'
volvida. :ata do Mlti4o ter/o do sRculo ]VII e sQ se tentou concretiG'la2
e4 escala nacional2 u4 sRculo 4ais tarde2 na revolu/0o burguesa dos
Iranceses.

4/3
MARX
*a 4es4a 4edida e4 Kue a troca de 4ercadorias ro4,e seus
la/os a,enas locais e2 co4 isso2 o valor das 4ercadorias se desenvolve

4/1
OS ECONOMISTAS
,ara vir a ser 4aterialiGa/0o do trabalho hu4ano e4 geral2 a Ior4a
dinheiro trans,=e'se a 4ercadorias Kue ,or natureGa s0o adeKuadas
,ara a Iun/0o social de eKuivalente geral2 os 4etais ,reciosos.
Sue Vouro e ,rata2 ,or natureGa2 n0o sePa4 dinheiro2 e4bora
dinheiro2 ,or natureGa2 sePa de ouro e ,rataW2
#DD
de4onstra a congruJn'
cia de suas ,ro,riedades naturais co4 suas Iun/=es.
#D7
Has atR agora
conhece4os a,enas u4a Iun/0o do dinheiro2 a de servir de Ior4a
de 4aniIesta/0o do valor das 4ercadorias ou de 4aterial2 no Kual
as grandeGas de valor das 4ercadorias se e;,ressa4 social4ente.
For4a adeKuada de 4aniIesta/0o do valor ou 4aterialiGa/0o de
trabalho hu' 4ano abstrato e2 ,ortanto2 igual2 ,ode ser a,enas u4a
4atRria cuPos diversos e;e4,lares ,ossua4 todos a 4es4a Kualidade
uniIor4e. Por outro lado2 co4o a diIeren/a das grandeGas de valor R
,ura4ente Kuan' titativa2 R necessrio Kue a 4ercadoria 4onetria
sePa ca,aG de e;' ,ressar varia/=es 4era4ente Kuantitativas2
,ortanto2 ,ossa ser divi' dida F vontade e nova4ente reco4,osta a
,artir de suas ,artes. uro
e ,rata ,ossue42 ,orR42 essas ,ro,riedades ,or natureGa.
valor de uso da 4ercadoria 4onetria dobra. !lR4 de seu
valor de uso ,articular co4o 4ercadoria2 co4o ouro ,or e;e4,lo serve
,ara obturar dentes2 co4o 4atRria',ri4a ,ara artigos de lu;o etc.2 ela
adKuire u4 valor de uso Ior4al decorrente de suas Iun/=es sociais
es,ec3Iicas.
Sendo todas as 4ercadorias 4eros eKuivalentes ,articulares
do dinheiro e o dinheiro seu eKuivalente geral2 elas se
relaciona4 co4o 4ercadorias ,articulares e4 rela/0o ao dinheiro2
co4o a 4er' cadoria geral.
#D5
Viu'se Kue a Ior4a dinheiro R a,enas o reIle;o aderente a
u4a Mnica 4ercadoria das rela/=es de todas as outras 4ercadorias.
Sue o dinheiro sePa 4ercadoria
#D1
R2 ,ortanto2 a,enas u4a
descoberta ,ara aKuele Kue ,arte de sua Ior4a acabada ,ara
,osterior4ente analis'la.
,rocesso de troca d F 4ercadoria2 a Kual R ,or ele transIor4ada
e4 dinheiro2 n0o o seu valor2 ,orR4 sua Ior4a valor es,ec3Iica. !
#DD H!R]2 Karl. p! cit!, ,. #D5. Vs 4etais "...( s0o2 ,or natureGa2 dinheiro.W "G!+I!*I. Della
"oneta. *a cole/0o de Custodi2 Parte Hoderna2 t. III2 ,. #D&.(
#D7 Ver 4ais detalhes e4 4inha obra aci4a citada no ca,3tulo Vs Hetais PreciososW.
#D5 i dinheiro R a 4ercadoria geral.i "V)RRI. p! cit!2 ,. #1.(
#D1 iPrata e ouro e4 si2 aos Kuais ,ode4os dar o no4e geral de 4etais ,reciosos2 s0o "...(
4ercadorias "...( Kue sobe4 e bai;a4 "...( de valor. !o 4etal ,recioso ,ode'se
reconhecer u4 valor 4ais alto Kuando ,or u4 ,eso 4enor dele co4,ra'se 4aior Kuantidade
do ,roduto
ou 4anuIatura do ,a3s etc.i "lC+)H)*T2 S.m A Discourse of the ,eneral ?otions of "oneD
Trade, and *:chan2e as theD <tand in -elations to each ther. B- a Herchant. +ondres
#1$5. ,. &.( V!inda Kue o ouro e a ,rata cunhados ou se4 cunhar sePa4 usados co4o
unidade de 4edida de todas as de4ais coisas2 n0o s0o 4enos 4ercadoria Kue vinho2
Qleo2
tabaco2 ,ano ou tecido.W "lC?I+:2 J.m A Discourse Concernin2 Trade, and that in Particular of

4/4
MARX
the *ast-/ndies etc. +ondres #1E$. ,. 6.( V! Iortuna e a riKueGa do reino to4adas co4
,recis0o n0o ,ode4 se li4itar a dinheiro2 ne4 o ouro ne4 a ,rata ,ode4 dei;ar de ser
considerados 4ercadorias.W lP!PI++*2 Th.m The *ast /ndia Trade a most Profita.le Trade.
+ondres #1&&. ,. 7.(

4/5
OS ECONOMISTAS
conIus0o entre essas duas deter4ina/=es levou a considerar o valor
do ouro e da ,rata co4o sendo i4aginrio.
#D&
Podendo o dinheiro ser
substitu3do2 e4 certas Iun/=es2 ,or 4eros signos dele 4es4o2 surgiu
o outro erro2 Kue ele sePa 4ero signo. Por outro lado2 essa no/0o i4'
,licava vislu4brar Kue a Ior4a dinheiro da coisa R e;terna a ela 4es4a
e 4era Ior4a de 4aniIesta/0o de rela/=es hu4anas ocultas atrs dela.
*esse sentido2 cada 4ercadoria seria u4 signo2 ,ois2 co4o valor2 R
a,enas u4 invQlucro reiIicado do trabalho hu4ano nela des,endido.
#DE
Has2 ao considerar signos os caracteres sociais Kue as coisas ou os
caracteres reiIicados Kue as deter4ina/=es sociais do trabalho recebe42
co4 base e4 deter4inado 4odo de ,rodu/0o2 co4o 4eros signos2 eles
,assa42 ao 4es4o te4,o2 a ser e;,licados co4o ,roduto arbitrrio da
reIle;0o dos ho4ens. )ssa era u4a 4ania de esclarecer 4uito
a,re' ciada2 no sRculo ]VIII2 ,ara eli4inar ,elo 4enos
transitoria4ente a a,arJncia estranha das Ior4as enig4ticas de
Kue se revestia4 as con' di/=es hu4anas2 cuPo ,rocesso de Ior4a/0o
n0o se ,odia ainda deciIrar.
bservou'se anterior4ente Kue a Ior4a eKuivalente de u4a 4er'
cadoria n0o i4,lica a deter4ina/0o Kuantitativa de sua grandeGa de
#D& i ouro e a ,rata tJ4 valor co4o 4etais2 antes de sere4 dinheiro.i "G!+I!*I. p! cit!2
l,. &6m.( +oc\e diG9 V! o,ini0o geral das ,essoas atribuiu F ,rata2 devido Fs suas Kualidades
Kue a torna4 adeKuada ,ara ser dinheiro2 u4 valor i4aginrioW. l+CK)2 John. <ome
Considerations etc. #1$#. In9 @orks. )d. #&&&. v. II ,. #5.m !o contrrio2 +aX9 VCo4o ,oderia4
diIerentes na/=es atribuir u4 valor i4aginrio a u4a coisa KualKuer "...( ou co4o
deveria ter ,odido 4anter'se este valorZW Has Ku0o ,ouco ele 4es4o entendia sobre o
assunto9 V! ,rata trocava'se segundo o valor de uso Kue ,ossu3a2 ou sePa2 segundo seu
valor real^ ,or 4eio de sua deter4ina/0o co4o dinheiro ela adKuiriu u4 valor
adicional "une valeur ad- ditionnelle(. "+!<2 Jean. Consid#rations sur le ?um#raire et
le Commerce! *a edi/0o de ). :aire dos =conomistes $inanciers du ZV/// <iUcle, ,.
71$'7&%.(
#DE W dinheiro R seu "das 4ercadorias( signo.i "Ver :) FRB**!IS. =lements du Commerce.
*ouv. [dit.2 +e-de2 #&11 t. II ,. #7D.( VCo4o signo R atra3do ,elas 4ercadorias.W "p!
cit!2 ,. #55.( V dinheiro R signo de u4a coisa e a re,resenta.W "H*T)SSCI)C.
*sprit des %ois. euvres2 +ondres #&1&. t. II ,. D.( V dinheiro n0o R 4ero signo2 ele R
,or si 4es4o
riKueGa^ ele n0o re,resenta os valores2 ele R o eKuivalente deles.W "+) TRS*). p!
cit!2 ,. $#%.( VSe e;a4ina4os o conceito de valor2 a ,rQ,ria coisa so4ente R considerada
u4 signo2 e ela n0o conta co4o ela 4es4a2 sen0o co4o o Kue vale.W "?)G)+. p! cit!, ,.
#%%.( Huito antes dos econo4istas2 os Puristas i4,ulsionara4 a idRia do dinheiro co4o
4ero signo e do valor si4,les4ente i4aginrio dos 4etais ,reciosos2 co4 o Kue
,restava4 u4 servi/o de sicoIantas ao ,oder real2 cuPo direito de IalsiIicar 4oeda
Iunda4entara42 durante toda a Idade HRdia2 sobre as tradi/=es do I4,Rrio Ro4ano e
os conceitos 4onetrios das Pandectas.
P
*u4 decreto de #D712 diG seu dQcil disc3,ulo
Phili,,e de Valois9 V*inguR4 ,ode ne4 deve levantar dMvidas de Kue sQ cabe a *Qs e
a *ossa HaPestade real "...( a o,era/0o 4onetria2 a Iabrica/0o2 a dis,osi/0o2 o
a,rovisiona4ento e toda regula4enta/0o relativa Fs 4oedas2 coloc'las e4 circula/0o
assi4 e a tal ,re/o2 conIor4e nos co4,raGa e bo4 nos ,are/aW. )ra dog4a do direito
ro4ano Kue o i4,erador decretasse o valor do dinheiro. )ra e;,ressa4ente ,roibido
tratar o dinheiro co4o 4ercadoria. V*0o deve2 en' tretanto ser ,er4itido a ninguR4
co4,rar dinheiro2 ,ois2 tendo sido criado ,ara uso geral2 n0o deve ser 4ercadoria.W !
obra de G. F. Pagnini2 <a22io <opra il ,iusto Pre2io delle Cose2 #&5#2 )d. de Custodi2
Parte Hoderna2 t. II2 contR4 boa e;,osi/0o a res,eito. *ota' da4ente na segunda ,arte
da obra2 Pagnini ,ole4iGa contra os senhores Puristas.
P
Pandectas "grego( ou digestos "lati4(. Parte ,rinci,al do direito civil ro4ano "corpus Puris

4/6
MARX
civilis(. !s ,andectas era4 u4a co4,osi/0o de e;certos das obras de Puristas ro4anos
e corres,ondera4 aos interesses dos escravagistas. )las Iora4 redigidas ,or incu4bJncia
do
i4,erador biGantino Justiniano I e ,rocla4adas co4o lei no ano 5DD. "*. da )d. !le40.(

4/'
OS ECONOMISTAS
valor. Sabe'se Kue ouro R dinheiro2 sendo2 ,ortanto2 direta4ente ,er'
4utvel co4 todas as 4ercadorias. Has ne4 ,or isso sabe'se Kuanto
vale42 ,or e;e4,lo2 #% libras de ouro. Co4o KualKuer outra 4ercadoria2
o dinheiro ,ode e;,ressar sua ,rQ,ria grandeGa de valor a,enas rela'
tiva4ente e4 outras 4ercadorias. Seu ,rQ,rio valor R deter4inado
,elo te4,o de trabalho necessrio a sua ,rodu/0o e se e;,ressa naKuele
Cuantum de KualKuer outra 4ercadoria e4 Kue est cristaliGado o
4es4o te4,o de trabalho.
#D$
)ssa constata/0o de sua grandeGa relativa
de valor ocorre e4 sua Ionte de ,rodu/0o2 ,or 4eio da troca
direta. Suando entra e4 circula/0o2 co4o dinheiro2 seu valor P
est dado. Se P nas Mlti4as dRcadas do sRculo ]VII2 u4a veG
a4,la4ente su' ,erado o co4e/o da anlise do dinheiro2 sabia'se
Kue dinheiro R 4er' cadoria2 isso era a,enas o co4e/o. !
diIiculdade n0o reside e4 co4' ,reender Kue dinheiro R 4ercadoria2
,orR4 co4o2 ,or KuJ2 ,or 4eio de Kue 4ercadoria R dinheiro.
#7%
J vi4os Kue na e;,ress0o 4ais si4,les de valor2 :
4ercadoria
A [ D 4ercadoria '2 a coisa2 e4 Kue a grandeGa de valor de outra
coisa R re,resentada2 ,arece ,ossuir sua Ior4a eKuivalente
inde,en' dente4ente dessa rela/0o2 co4o u4a ,ro,riedade social de
sua natu' reGa. J investiga4os a consolida/0o dessa Ialsa
a,arJncia. )la co4' ,letou'se t0o logo a Ior4a de eKuivalente geral
se Iundiu co4 a Ior4a natural de u4a es,Rcie ,articular de
4ercadoria ou cristaliGou'se na Ior4a dinheiro. C4a 4ercadoria n0o
,arece tornar'se dinheiro ,orKue todas as outras 4ercadorias
re,resenta4 nela seus valores2 4as2 ao contrrio2 ,arece4 todas
e;,ressar seus valores nela ,orKue ela R di' nheiro. 4ovi4ento
4ediador desa,arece e4 seu ,rQ,rio resultado
e n0o dei;a atrs de si nenhu4 vest3gio. !s 4ercadorias
encontra42 se4 nenhu4a colabora/0o sua2 sua ,rQ,ria Iigura de
valor ,ronta2 co4o u4 cor,o de 4ercadoria e;istente Iora e ao
lado delas. )ssas
#D$ iSe alguR4 ,ode traGer # on/a de ,rata a +ondres2 desde as entranhas da terra no
Peru2
utiliGando o 4es4o te4,o Kue necessitaria ,ara ,roduGir # .ushel de trigo2 ent0o u4 R o
,re/o natural do outro^ se ele agora2 e4 virtude da abertura de novas 4inas 4ais
ricas2 e4 veG de u4a2 conseguir 6 on/as co4 o 4es4o esIor/o de antes2 o trigo ,elo ,re/o
de #% ;elins ,or .ushel ser t0o barato agora Kuanto antes ,elo ,re/o de 5 ;elins coeteris
pari.us.i "P)TT>2 <illia4. A Treatise on Ta:es and Contri.utions. +ondres #11&. ,.
D#.(
#7% :e,ois Kue o ,roI. Roscher nos ensinou9 V!s Ialsas deIini/=es do dinheiro ,ode4 dividir'se
e4 dois gru,os ,rinci,ais9 aKueles Kue o considera4 4ais e aKueles Kue o considera4
4enos Kue u4a 4ercadoriaW2 segue u4 catlogo e4baralhado de escritos sobre o
siste4a 4onetrio2 e4 Kue ta4bR4 n0o trans,arece a 4ais re4ota co4,reens0o da
histQria real da teoria2 e ent0o ve4 a 4oral9 V:e resto n0o se ,ode negar Kue a 4aioria dos
econo4istas 4ais Povens n0o tenha considerado suIiciente4ente as es,eciIicidades Kue
distingue4 o dinheiro das de4ais 4ercadoriasW ",ortanto2 a,esar de tudo 4ais ou
4enos do Kue 4er' cadoriaZ(. V*esse sentido2 a rea/0o se4i4ercantilista de Ganilh "...(

4//
MARX
n0o R total4ente se4 4otivo.W "RSC?)R2 <ilhel4. Die ,rundla2en der
?ationaloekonomie. Dk ed.2 #E5E. ,.
6%&'6#%.( Hais L 4enos L insuIiciente L na 4edida e4 Kue L n0o total4entej Sue
deter4ina/=es conceituaisj ) se4elhante ,rosa eclRtica ,roIessoral o senhor Roscher batiGa
4odesta4ente de V4Rtodo anatY4ico'IisiolQgicoW da )cono4ia Pol3tica. :eve4os'lhe2 no
entanto2 u4a descoberta2 a saber2 Kue o dinheiro R Vu4a 4ercadoria agradvelW.

4/0
OS ECONOMISTAS
coisas2 ouro e ,rata2 tais co4o sae4 das entranhas da terra2 s0o i4e'
diata4ente a encarna/0o direta de todo o trabalho hu4ano. :a3 a
4agia do dinheiro. ! conduta 4era4ente ato43stica dos ho4ens
e4 seu ,rocesso de ,rodu/0o social e2 ,ortanto2 a Iigura reiIicada de
suas ,rQ,rias condi/=es de ,rodu/0o2 Kue R inde,endente de seu
controle e de sua a/0o consciente individual2 se 4aniIesta4
inicial4ente no Iato de Kue seus ,rodutos de trabalho assu4e4 e4
geral a Ior4a 4erca' doria. enig4a do Ietiche do dinheiro R2
,ortanto2 a,enas o enig4a do Ietiche da 4ercadoria2 tornado vis3vel
e oIuscante.

412

CAPTULO III
O DIN=EIRO OU A CIRCULAO DAS MERCADORIAS
1( Me:i: :os A%ores
A Ii4 de si4,liIicar2 ,ressu,onho se4,re neste escrito o ouro
co4o a 4ercadoria 4onetria.
! ,ri4eira Iun/0o do ouro consiste e4 Iornecer ao 4undo das
4ercadorias o 4aterial ,ara sua e;,ress0o de valor ou e4 re,resentar
os valores das 4ercadorias co4o grandeGas de 4es4a
deno4ina/0o2 Kualitativa4ente iguais e Kuantitativa4ente
co4,arveis. !ssi42 ele Iunciona co4o 4edida geral dos valores e
R a,enas ,or 4eio dessa Iun/0o Kue o ouro2 a 4ercadoria
eKuivalente es,ec3Iica2 se torna ini' cial4ente dinheiro.
*0o R ,or 4eio do dinheiro Kue as 4ercadorias se torna4
co' 4ensurveis. !o contrrio. Sendo todas as 4ercadorias2 enKuanto
va' lores2 trabalho hu4ano obPetivado2 e ,ortanto sendo e4 si e
,ara si co4ensurveis2 elas ,ode4 4edir seus valores2 e4 co4u42 na
4es4a 4ercadoria es,ec3Iica e co4 isso transIor4ar esta Mlti4a e4
sua 4e' dida co4u4 de valor2 ou sePa2 e4 dinheiro. :inheiro2 co4o
4edida de valor2 R Ior4a necessria de 4aniIesta/0o da 4edida
i4anente do valor das 4ercadorias9 o te4,o de trabalho.
#7#
#7# ! ,ergunta ,or Kue o dinheiro n0o re,resenta direta4ente o ,rQ,rio te4,o de trabalho2
de Ior4a Kue2 ,or e;e4,lo2 u4a nota de ,a,el re,resente : horas de trabalho2 se reduG
si4,les4ente F ,ergunta ,or Kue2 na base da ,rodu/0o de 4ercadorias2 os ,rodutos de
trabalho ,recisa4 re,resentar'se co4o 4ercadorias2 ,ois a re,resenta/0o de 4ercadoria
i4,lica sua du,lica/0o e4 4ercadoria e 4ercadoria 4onetria. u ,or Kue o trabalho
,rivado n0o ,ode ser tratado co4o seu contrrio2 trabalho direta4ente social. J tratei
4inuciosa4ente2 e4 outra ,arte2 do uto,is4o su,erIicial de u4a V4oeda trabalhoW2
co4 base na ,rodu/0o de 4ercadorias. "p! cit!2 ,. 1# et seCs!( bservaria ainda Kue2 ,or
e;e4,lo2
a V4oeda trabalhoW de Xen R t0o ,ouco VdinheiroW co4o u4 bilhete de teatro. Xen
,ressu,=e trabalho direta4ente socialiGado2 u4a Ior4a de ,rodu/0o dia4etral4ente o,osta
F ,rodu/0o de 4ercadorias. certiIicado de trabalho constata a,enas a ,artici,a/0o
individual do ,rodutor no trabalho co4u4 e seu direito individual F ,arte do
,roduto co4u4 destinada ao consu4o. PorR42 a Xen n0o ocorre ,ressu,or a
,rodu/0o de 4ercadorias e2 a,esar disso2 Kuerer esca4otear suas condi/=es
necessrias ,or 4eio de arti4anhas 4onetrias.

! e;,ress0o de valor de u4a 4ercadoria e4 ouro L : da
4er'
cadoria A [ D da 4ercadoria 4onetria L R sua Ior4a de dinheiro ou
seu ,re/o. C4a eKua/0o isolada2 co4o # tonelada de Ierro c 6
on/as de ouro2 basta agora ,ara re,resentar o valor do Ierro de u4a
4aneira social4ente vlida. ! eKua/0o P n0o te4 de 4archar e4 Iila
e coluna co4 as eKua/=es de valor das outras 4ercadorias2 ,orKue a
4ercadoria eKuivalente2 o ouro2 P ,ossui o carter de dinheiro. !
Ior4a valor relativa geral das 4ercadorias te4 assi4 de novo a
Iigura de sua Ior4a valor relativa original2 si4,les ou singular.
Por outro lado2 a e;,ress0o relativa de valor desdobrada ou a inIinita
sRrie de e;,ress=es relativas de valor torna'se a Ior4a de valor
es,eciIica4ente relativa da 4ercadoria dinheiro. Has essa sRrie agora
P est dada social4ente nos ,re/os das 4ercadorias. Basta ler2 ao
revRs2 as cota/=es de u4a lista de ,re/os2 ,ara encontrar a
grandeGa de valor do dinheiro2 re' ,resentada e4 todas as
4ercadorias ,oss3veis. :inheiro2 ,or sua veG2 n0o te4 ,re/o. Para
,artici,ar dessa Ior4a relativa unitria das outras 4ercadorias2 teria
de ser relacionado a si 4es4o2 co4o seu ,rQ,rio eKuivalente.
,re/o ou a Ior4a 4onetria das 4ercadorias2 co4o sua Ior4a
valor e4 geral2 R distinta de sua Ior4a cor,Qrea real e tang3vel2
u4a Ior4a so4ente ideal ou i4aginria. valor de Ierro2 linho2 trigo
etc.2 e4bora invis3vel2 e;iste nessas coisas 4es4as^ ele R i4aginado
,or sua igualdade co4 ouro2 u4a rela/0o co4 o ouro Kue2 ,or assi4
diGer2 sQ asso4bra suas cabe/as. guardi0o das 4ercadorias te42
,or isso2 de 4eter sua l3ngua na cabe/a delas ou ,endurar nelas
,eda/os de ,a,el ,ara co4unicar seus ,re/os ao 4undo e;terior.
#76
Co4o a e;' ,ress0o dos valores das 4ercadorias e4 ouro R ideal2
a,lica'se nessa o,era/0o ta4bR4 so4ente ouro ideal ou i4aginrio.
Cada guardi0o de 4ercadorias sabe Kue ainda est longe de dourar
suas 4ercadorias2 Kuando d a seu valor a Ior4a de ,re/o ou
Ior4a ouro i4aginria e Kue ele n0o ,recisa de nenhu4a 4igalha
de ouro real ,ara avaliar2 e4 ouro2 4ilh=es de valores 4ercantis.
)4 sua Iun/0o de 4edida de
#76 selvage4 ou se4i'selvage4 usa a l3ngua de outro 4odo. Ca,it0o Parr- observa2 ,or
e;e4,lo2 nos habitantes da costa ocidental da ba3a de BaIIin9 V*esse casoW "ao interca4biar
,rodutos( V"...( eles o la4bia4W "o Kue lhes Ioi oIerecido( Vduas veGes co4 a l3ngua2 co4
o
Kue ,arecia4 considerar o negQcio conclu3do satisIatoria4enteW.
P
:o 4es4o 4odo2 entre
os esKui4Qs orientais2 o ,er4utante la4bia o artigo ao recebJ'lo. Se a l3ngua no
norte2 ,ortanto2 serve de Qrg0o de a,ro,ria/0o2 n0o R de ad4irar Kue no sul a barriga
Iunciona co4o Qrg0o de ,ro,riedade acu4ulada e Kue o caIre calcule a riKueGa de
u4 ho4e4 segundo a sua ,an/a. s caIres s0o ti,os 4uito es,ertos2 ,ois enKuanto o
relatQrio oIicial inglJs sobre a saMde2 de #E172 de,lora a Ialta de substUncias
Ior4adoras de gorduras e4 grande ,arte da classe trabalhadora2 u4 certo dr. ?arve-2 n0o
o Kue descobriu a circula/0o do sangue2 no 4es4o ano IeG a sua Iortuna ,or 4eio de
receitas charlatanescas Kue ,ro' 4etia4 livrar a burguesia e a aristocracia da carga
MARX
441

de gordura e;cessiva.
P
P!RR>2 <. ). 4ournal of a VoDa2e for the DiscoverD of a ?orth-@est Passa2e from
the Atlantic to the Pacific; Performed in the \ears 787E-78VN, in 1is "aPestDSs <hips
1ecla and ,riper, under the rders of @illiam *dAard ParrD! 6k ed. +ondres2 #E6#. ,.
6&&'6&E.
"*. da )d. !le40.(

444
OS ECONOMISTAS
valor2 o dinheiro serve2 ,ortanto2 co4o dinheiro a,enas i4aginrio ou
ideal. )ssa circunstUncia deu orige4 Fs 4ais absurdas teorias.
#7D
)4'
bora a,enas dinheiro i4aginrio sirva ,ara a Iun/0o de 4edida do
valor2 o ,re/o de,ende total4ente do 4aterial 4onetrio real. valor2
isto R2 o Cuantum de trabalho hu4ano contido2 ,or e;e4,lo2 nu4a
tonelada de Ierro2 R e;,resso nu4 Cuantum i4aginrio da 4ercadoria
4onetria2 Kue contR4 a 4es4a Kuantidade de trabalho. Por isso2
conIor4e ouro2 ,rata ou cobre sirva4 de 4edida do valor2 o valor
da tonelada de Ierro recebe e;,ress=es de ,re/o inteira4ente
diIerentes ou
R a,resentado e4 Kuantidades de ouro2 ,rata ou cobre total4ente
diversas.
Se2 ,or isso2 duas 4ercadorias diIerentes2 ,or e;e4,lo ouro e
,rata2 serve42 ao 4es4o te4,o2 de 4edidas de valor2 ent0o todas as
4ercadorias ,ossue4 duas e;,ress=es diIerentes de ,re/os2 o ,re/o e4
ouro e o ,re/o e4 ,rata2 Kue corre4 tranKOila4ente u4 ao lado do
outro2 enKuanto a rela/0o de valor entre ouro e ,rata Iicar
inalterada2 ,or e;e4,lo #9 #5. Has cada altera/0o dessa rela/0o de
valores ,erturba a rela/0o entre os ,re/os e4 ouro e os ,re/os e4
,rata das 4ercadorias2 ,rovando assi42 de Iato2 Kue a du,lica/0o da
4edida de valor contradiG sua Iun/0o.
#77
Todas as 4ercadorias co4 ,re/os deter4inados a,resenta4'se
sob a Ior4a9 a 4ercadoria A c : ouro2 . 4ercadoria . c & ouro2 c
4ercadoria C c D ouro etc.2 e4 Kue a, ., c re,resenta4 certas
Kuan' tidades das es,Rcies de 4ercadorias A, ', C, e :, D, & certas
Kuantidades de ouro. s valores das 4ercadorias s0o assi4
transIor4ados e4 Kuan' tidades i4aginrias de ouro de ta4anhos
diIerentes2 ,ortanto2 a,esar
#7D Ver H!R]2 Karl. Tur Kritik etc.2 VTheorien von der Hasseinheit des GeldesW2 ,. 5D et seCs!
#77 *ota F 6k edi/0o. Vnde o ouro e a ,rata ,er4anece4 legal4ente u4 ao lado do
outro2 co4o dinheiro2 isto R2 co4o 4edida de valor2 se4,re tentou'se2 e4 v0o2 trat'los
co4o u4a Mnica e 4es4a 4atRria. Se Ioi ad4itido Kue o 4es4o te4,o de trabalho
te4 Kue2 i4uta' vel4ente2 obPetivar'se na 4es4a ,ro,or/0o de ,rata e de ouro2 ad4ite'se
de Iato Kue ,rata
e ouro s0o a 4es4a 4atRria e Kue deter4inada Kuantidade do 4etal 4enos valioso2
da ,rata2 Ior4a u4a Ira/0o i4utvel de deter4inada 4assa de ouro. :o governo de
)duardo III atR o te4,o de George II2 a histQria do siste4a 4onetrio inglJs decorre
nu4a sRrie ,rogressiva de ,erturba/=es resultante da colis0o entre a Ii;a/0o legal da
rela/0o de valor entre ouro e ,rata e suas reais oscila/=es de valor. ra era o ouro
avaliado e4 de4asia2 ora era a ,rata. 4etal subavaliado era retirado de circula/0o2
Iundido e e;,ortado. ! rela/0o de valor de a4bos os 4etais era ent0o legal4ente
alterada2 4as o novo valor no4inal entrava logo no 4es4o conIlito co4 a rela/0o de
valor real2 co4o o antigo. L )4 nossa ,rQ,ria R,oca2 a Kueda 4uito Iraca e ,assageira no
valor do ouro e4 rela/0o F ,rata2 e4 conseKOJncia da de4anda de ,rata na Bndia e na
China2 ,roduGiu o 4es4o IenY4eno na 4aior escala2 na Fran/a9 e;,orta/0o da ,rata e
sua e;,uls0o da circula/0o ,elo ouro. :urante os anos de #E552 #E51 e #E5&2 o
e;cedente de i4,orta/0o de ouro ,ela Fran/a sobre a e;,orta/0o de ouro ,ela Fran/a
4ontou a 7#25E 4ilh=es de libras esterlinas2 enKuanto
o e;cedente de e;,orta/0o de ,rata sobre a i4,orta/0o de ,rata Ioi de D72&%7 4ilh=es

445
MARX
de libras esterlinas. :e Iato2 nos ,a3ses onde os dois 4etais s0o as 4edidas legais de
valor2 ,ortanto2 onde a4bos tJ4 Kue ser aceitos e4 ,aga4ento2 4as KualKuer u4 ,ode
,agar F
vontade e4 ouro e ,rata2 o 4etal co4 valor e4 alta ,orta u4 gio e 4ede co4o
KualKuer outra 4ercadoria seu ,re/o no 4etal su,eravaliado2 enKuanto o Mlti4o R o Mnico
Kue serve de 4edida de valor. Toda a e;,eriJncia histQrica nessa rea se reduG
si4,les4ente a Kue2 onde duas 4ercadorias est0o legal4ente ,rovidas co4 a Iun/0o de
4edida de valor2 sQ u4a delas se i4,=e co4o tal.W "H!R]2 Karl. p! cit!, ,. 56'5D.(

446
OS ECONOMISTAS
da conIusa variedade dos cor,os das 4ercadorias2 e4 grandeGas de
4es4a deno4ina/0o2 grandeGas de ouro. Co4o tais Kuantidades de
ouro2 elas se co4,ara4 e 4ede4 entre si e se desenvolve tecnica4ente
a necessidade de relacion'las a u4 Cuantum Ii;ado de ouro co4o sua
unidade de 4edida. )ssa 4es4a unidade de 4edida2 ,or 4eio de ,os'
terior divis0o e4 ,artes al3Kuotas2 R transIor4ada e4 ,adr0o de
4e' dida. !ntes de se tornare4 dinheiro2 o ouro2 a ,rata e o cobre P
,os' su3a4 tais ,adr=es de 4edida e4 seus ,esos 4etlicos2 de 4odo
Kue2 ,or e;e4,lo2 u4a libra serve de unidade de 4edida2
subdividindo'a2 ,or u4 lado2 outra veG e4 on/as etc.2 e so4ando'a2 ,or
outro lado2 e4 Kuintais etc.
#75
!ssi42 e4 toda circula/0o 4etlica2
as deno4ina/=es ,ree;istentes do ,adr0o de ,eso Ior4a4 ta4bR4 as
deno4ina/=es ori' ginais do ,adr0o 4onetrio ou ,adr0o de 4edida
dos ,re/os.
Co4o 4edida dos valores e co4o ,adr0o dos ,re/os2 o
dinheiro e;erce duas Iun/=es inteira4ente diIerentes. [ 4edida dos
valores ,or ser a encarna/0o social do trabalho hu4ano2 ,adr0o dos
,re/os ,or ser u4 ,eso Ii;ado de 4etal. Co4o 4edida de valor2 serve
,ara trans' Ior4ar os valores das 4ais variadas 4ercadorias e4
,re/os2 e4 Kuan' tidades i4aginrias de ouro^ co4o ,adr0o dos ,re/os2
4ede essas Kuan' tidades de ouro. *a 4edida dos valores2 as
4ercadorias se 4ede4 co4o valores^ o ,adr0o dos ,re/os2 ao
contrrio2 4ede as Kuantidades de ouro e4 u4 Cuantum de ouro2 e
n0o o valor de u4 Cuantum de ouro no ,eso do outro. Para o
,adr0o dos ,re/os2 deter4inado ,eso de ouro te4 de ser Ii;ado co4o
unidade de 4edida. !Kui2 co4o e4 todas as outras deter4ina/=es
de 4edida de grandeGa de 4es4a deno4ina/0o2
a estabilidade das rela/=es de 4edida torna'se decisiva. Por isso2 o
,adr0o de ,re/os cu4,re sua Iun/0o tanto 4elhor Kuanto 4ais
invariavel4ente u4 4es4o Cuantum de ouro sirva de unidade de
4edida. Co4o 4edida de valores o ouro so4ente ,ode servir ,orKue
ele 4es4o R ,roduto de trabalho2 sendo2 ,ortanto2 u4 valor
,otencial4ente varivel.
#71
[ claro2 agora2 Kue u4a 4udan/a de valor do ouro n0o ,rePudica2
de 4odo algu42 sua Iun/0o co4o ,adr0o de ,re/os. Por 4ais Kue varie
o valor do ouro2 diIerentes Kuantidades de ouro 4antJ4 entre si se4,re
a 4es4a rela/0o de valor. Caia de # %%%b o valor do ouro2 de,ois
co4o antes2 #6 on/as de ouro ter0o #6 veGes o valor de # on/a de ouro
e no Kue se reIere aos ,re/os trata'se a,enas das rela/=es de vrias
#75 *ota F 6k edi/0o. ! singularidade de2 na Inglaterra2 a on/a de ouro co4o unidade do ,adr0o
4onetrio n0o estar dividida e4 ,artes al3Kuotas e;,lica'se do seguinte 4odo9 V*osso
siste4a 4onetrio originaria4ente estava ada,tado a,enas F utiliGa/0o de ,rata L
,or' tanto2 # on/a de ,rata ,ode se4,re ser dividida e4 deter4inado nM4ero al3Kuoto de
,e/as 4onetrias^ visto2 ,orR42 Kue o ouro so4ente Ioi introduGido nu4a R,oca
,osterior nu4 siste4a de 4oedas Kue estava ada,tado a,enas F ,rata2 # on/a de ouro
n0o ,oderia ser cunhada nu4 nM4ero al3Kuoto de 4oedasW. "H!C+!R)*. 1istorD of the
CurrencD! +ondres2

44'
MARX
#E5E2 ,. #1.(
#71 *ota F 6k edi/0o. *os escritos ingleses R indiG3vel a conIus0o sobre 4edida dos valores
"measure of values( e ,adr0o dos ,re/os "standard of value(. !s Iun/=es e2 ,ortanto2 seus
no4es s0o constante4ente trocados.

44/
OS ECONOMISTAS
Kuantidades de ouro entre si. Co4o2 ,or outro lado2 # on/a de ouro
n0o 4uda de nenhu4a Ior4a seu ,eso co4 a Kueda ou subida de seu
valor2 ta4,ouco 4uda o ,eso de suas ,artes al3Kuotas2 e assi4 o ouro2
co4o ,adr0o Ii;o dos ,re/os2 ,resta se4,re o 4es4o servi/o2 KualKuer
Kue sePa a 4udan/a do seu valor.
! 4udan/a de valor do ouro ta4bR4 n0o i4,ede sua Iun/0o de
4edida de valor. )la atinge si4ultanea4ente todas as
4ercadorias2 dei;ando assi42 coeteris pari.us2 inalterados seus
valores rec3,rocos relativos2 e4bora eles todos se e;,resse4 agora
e4 ,re/os de ouro 4ais altos ou 4ais bai;os do Kue antes.
Co4o na re,resenta/0o do valor de u4a 4ercadoria no valor de
uso de KualKuer outra2 ta4bR4 na avalia/0o das 4ercadorias e4 ouro
so4ente se ,ressu,=e Kue2 na R,oca dada2 a ,rodu/0o de deter4inado
Cuantum de ouro custa dado Cuantum de trabalho. Co4 rela/0o ao
4ovi4ento dos ,re/os das 4ercadorias e4 geral2 vale4 as leis
ante' rior4ente desenvolvidas da e;,ress0o relativa si4,les de
valor.
s ,re/os das 4ercadorias sQ ,ode4 subir generaliGada4ente2
,er' 4anecendo igual o valor do dinheiro2 se os valores das 4ercadorias
sobe4^ ,er4anecendo iguais os valores das 4ercadorias2 se cai o valor
do dinheiro.
) vice'versa. s ,re/os das 4ercadorias sQ ,ode4 cair
generaliGada4ente2
,er4anecendo igual o valor do dinheiro2 se cae4 os valores das
4erca' dorias^ ,er4anecendo iguais os valores das 4ercadorias2 se
sobe o valor do dinheiro. *0o segue da32 de 4odo algu42 Kue u4a
subida do valor do dinheiro acarreta u4a Kueda ,ro,orcional dos
,re/os das 4ercadorias2 e u4a Kueda do valor do dinheiro u4a subida
,ro,orcional dos ,re/os das 4ercadorias. Isso so4ente vale ,ara
4ercadorias de valor inalterado. Her' cadorias2 ,or e;e4,lo2 cuPo
valor sobe ,ro,orcional e si4ultanea4ente co4 o valor do dinheiro
4antJ4 os 4es4os ,re/os. Se seu valor sobe 4ais lenta ou 4ais
ra,ida4ente Kue o valor do dinheiro2 a Kueda ou a subida de seus
,re/os ser deter4inada ,ela diIeren/a entre o 4ovi4ento do valor
delas e o do dinheiro etc.
Volte4os agora F observa/0o da Ior4a ,re/o.
!s deno4ina/=es 4onetrias dos ,esos 4etlicos se desliga42
,ouco a ,ouco2 de suas deno4ina/=es originais de ,eso ,or
diIerentes 4otivos2 sendo os seguintes os historica4ente decisivos9 #(
Introdu/0o de dinheiro estrangeiro e4 ,a3ses 4enos desenvolvidos^ na
Ro4a !n' tiga2 ,or e;e4,lo2 circulava42 inicial4ente2 4oedas de ,rata
e de ouro2 co4o 4ercadorias estrangeiras. !s deno4ina/=es desse
dinheiro es' trangeiro s0o diIerentes das deno4ina/=es de ,eso do
,a3s. 6( Co4 o desenvolvi4ento da riKueGa2 o 4etal 4enos nobre R
deslocado da Iun/0o de 4edida de valor ,elo 4ais nobre. cobre
,ela ,rata2 a ,rata ,elo ouro2 ,or 4ais Kue essa seKOJncia
contradiga
#7&
a cronologia ,oRtica.
#7E

440
MARX
#7& :e resto2 ela ta4bR4 n0o ,ossui validade histQrica universal.
#7E Cronologia ,oRtica. *a 4itologia antiga a histQria da hu4anidade era dividida e4 cinco
,er3odos. *a idade do ouro2 os ho4ens vivia4 4ais IeliGes e se4 ,reocu,a/=es^ a terra era

441
OS ECONOMISTAS
+ibra2 ,or e;e4,lo2 era ent0o a deno4ina/0o 4onetria de u4a ver'
dadeira libra de ,rata. T0o logo o ouro desloca a ,rata da Iun/0o
de
4edida de valor2 o 4es4o no4e associa'se talveG a #`#5 etc. de # libra
de ouro2 conIor4e a rela/0o de valor entre o ouro e a ,rata. +ibra
co4o deno4ina/0o 4onetria2 e libra2 co4o deno4ina/0o ordinria de
,eso do ouro2 s0o agora se,aradas.
#7$
D( ! IalsiIica/0o de dinheiro2
continuada durante sRculos ,elos ,r3nci,es2 Kue do ,eso original
das 4oedas dei;ou2 de Iato2 a,enas o no4e.
#5%
)sses ,rocessos histQricos converte4 e4 costu4e ,o,ular a se'
,ara/0o da deno4ina/0o 4onetria dos ,esos 4etlicos de sua
deno' 4ina/0o corrente de ,eso. Co4o ,adr0o 4onetrio R2 ,or u4
lado2 ,ura4ente convencional e co4o necessita2 ,or outro lado2 de
validade geral2 ele acaba sendo regulado ,or lei. :eter4inado ,eso
do 4etal nobre2 ,or e;e4,lo2 # on/a de ouro2 R oIicial4ente dividido
e4 ,artes al3Kuotas2 Kue recebe4 no4es de batis4o legais co4o
libra2 tler etc. Tal ,arte al3Kuota2 Kue Iunciona agora co4o a
verdadeira unidade de 4edida do dinheiro2 R dividida e4 outras
,artes al3Kuotas co4 no4es de batis4o legais2 co4o ;eli42 ,Jni
etc.
#5#
!gora co4o antes2 deter' 4inados ,esos 4etlicos
,er4anece4 co4o ,adr0o do dinheiro 4et' lico. Kue 4udou Ioi a
divis0o e a deno4ina/0o.
s ,re/os2 ou as Kuantidades de ouro2 e4 Kue se
transIor4a4 ideal4ente os valores reais das 4ercadorias2 s0o
e;,ressos agora nas deno4ina/=es 4onetrias ou nas deno4ina/=es
de conta do ,adr0o ouro legal4ente vlidos. Portanto2 e4 lugar de
diGer Kue o Cuarter de trigo R igual a # on/a de ouro2 dir3a4os2 na
Inglaterra2 Kue R igual a
D libras esterlinas2 #& ;elins e #% #`6 ,ence. !s 4ercadorias
co4uni' ca4'se 4utua4ente2 assi42 e4 suas deno4ina/=es
4onetrias2 Kuanto vale4 e o dinheiro serve de dinheiro de conta
se4,re Kue se trata de Ii;ar u4a coisa co4o valor e2 ,ortanto2 e4
Ior4a dinheiro.
#56
,ro,riedade co4u4 e ,roduGia tudo o Kue era necessrio F vida. ! esse estado ,erIeito
seguiu2 ,orR42 u4a ,iora gradual do 4undo2 re,resentada co4o idade da ,rata2 idade do
bronGe2 idade dos herQis e idade do Ierro. )sta Mlti4a R,oca era caracteriGada ,or trabalho
,enoso e solo inIecundo^ a vida era cheia de inPusti/a2 violJncia e ho4ic3dio. L !
lenda
das cinco idades R reto4ada nova4ente nas obras do R,ico grego ?es3odo e2 ,osterior4ente2
nas do ,oeta l3rico ro4ano v3dio. "*. da )d. !le40.(
#7$ *ota F 6k edi/0o. !ssi42 a libra inglesa signiIica 4enos de #`D de seu ,eso original2 a libra
escocesa antes da Cnion
P
a,enas #`D12 a libra Irancesa #`&72 o 4aravedi es,anhol 4enos
de #`# %%%2 o real ,ortuguJs u4a ,ro,or/0o ainda 4uito 4enor.
P
! uni0o entre Inglaterra e )scQcia2 Kue se deu e4 #&%&2 ligou a )scQcia deIinitiva4ente
F Inglaterra. Parla4ento escocJs Ioi dissolvido e todas as barreiras econY4icas entre os
dois ,a3ses re4ovidas. "*. da )d. !le40.(
#5% *ota F 6k edi/0o. !s 4oedas cuPas deno4ina/=es hoPe s0o a,enas ideais2 s0o e4 todas
as na/=es as 4ais antigas^ outrora Iora4 todas reais2 e Pusta4ente ,orKue Iora4
reais2 cal' culava'se co4 elas.i "G!+I!*I. Della "oneta! p! cit!2 ,. #5D.(
#5# *ota F 6k edi/0o. sr. :avid CrKuhart observa2 e4 suas $amiliar @ords, sobre a 4ons'

442
MARX
truosidade "j( de Kue hoPe e4 dia # libra "t St.(2 a unidade do ,adr0o 4onetrio
inglJs2 R a,ro;i4ada4ente igual a #`7 de on/a de ouro9 VIsso R IalsiIica/0o de u4a
4edida e n0o Ii;a/0o de u4 ,adr0oW. l,. #%5.m )le vJ nessa VIalsa deno4ina/0oW do
,eso do ouro2 co4o e4 tudo 4ais2 a 40o IalsiIicadora da civiliGa/0o.
#56 *ota F 6k edi/0o. Suando se ,erguntou a !nacharsis ,ara Kue os helenos ,recisava4 de

453
OS ECONOMISTAS
! deno4ina/0o de u4a coisa R total4ente e;tr3nseca F sua
na'
tureGa. )u n0o sei nada sobre u4 ho4e4 sabendo Kue o seu
no4e R Jacobus. :o 4es4o 4odo desa,arece nos no4es 4onetrios
libra2 tler2 Iranco2 ducado etc. KualKuer vest3gio da rela/0o de
valor. ! conIus0o sobre o sentido secreto desses signos cabal3sticos
R tanto 4aior na 4edida e4 Kue as deno4ina/=es 4onetrias
e;,ressa4 ao 4es4o te4' ,o o valor das 4ercadorias e ,artes
al3Kuotas de u4 ,eso 4etlico2 do ,adr0o 4onetrio.
#5D
Por outro
lado2 R necessrio Kue o valor2 e4 contraste co4 os coloridos cor,os
do 4undo das 4ercadorias2 evolua ,ara essa Ior4a reiIicada se4
sentido ,rQ,rio2 4as ta4bR4 si4,les' 4ente social.
#57
,re/o R a deno4ina/0o 4onetria do trabalho obPetivado na
4ercadoria. Por isso2 a eKuivalJncia da 4ercadoria e do Cuantum de
dinheiro2 cuPa deno4ina/0o R o ,re/o dela2 R u4a tautologia2
#55
co4o
a e;,ress0o relativa de valor de u4a 4ercadoria ,or si R se4,re
a e;,ress0o da eKuivalJncia de duas 4ercadorias. Has se o ,re/o
co4o e;,oente da grandeGa de valor da 4ercadoria R e;,oente de sua
rela/0o de troca co4 dinheiro2 n0o se segue2 ao contrrio2 Kue o
e;,oente de sua rela/0o de troca co4 dinheiro sePa necessaria4ente o
e;,oente de sua grandeGa de valor. Su,onha4os Kue o trabalho
social4ente ne' cessrio de igual grandeGa re,resente'se e4 #
Cuarter de trigo e e4
6 libras esterlinas "cerca de #`6 on/a de ouro(. !s 6 libras
esterlinas s0o a e;,ress0o 4onetria da grandeGa de valor do
Cuarter de trigo ou seu ,re/o. Se as circunstUncias ,er4itire4 sua
cota/0o a D libras esterlinas ou Ior/are4 sua cota/0o a # libra
esterlina2 ent0o co4o e;'
dinheiro2 res,ondeu ele9 ,ara IaGer contas.i "!T?)*l!)CSm. Deipn! +ivro Suarto2 7$2 v.
62 ,. #6%2 ed. SchXeighaeuser2 #E%6.(
#5D *ota F 6k edi/0o. VCo4o o ouro2 co4o ,adr0o dos ,re/os2 a,arece co4 deno4ina/=es de
conta iguais Fs dos ,re/os das 4ercadorias2 de Ior4a Kue2 ,or e;e4,lo2 # on/a de ouro
tanto Kuanto o valor de # tonelada de Ierro R e;,ressa e4 D libras esterlinas2 #& ;elins
e
#% #`6 ,ence2 essas suas deno4ina/=es de conta Iora4 designadas co4o o seu ,re/o
4o' netrio. Surgiu2 ,or isso2 essa estranha conce,/0o de Kue o ouro "res,ectiva4ente a
,rata( seria avaliado e4 seu ,rQ,rio 4aterial e2 e4 contraste co4 todas as outras
4ercadorias2
receberia do )stado u4 ,re/o Ii;o. ConIundiu'se a Ii;a/0o dessas deno4ina/=es de conta
de deter4inados ,esos de ouro co4 a Ii;a/0o do valor desses ,esos.W "H!R]2 Karl. p! cit!2 ,.
56.(
#57 Ver VTeorias da Cnidade de Hedida do :inheiroW. In9 Tur Kritik der Pol! ekon! etc. ,. 5D
et seCs! !s Iantasias sobre o au4ento ou a di4inui/0o do V,re/o da 4oedaW2 Kue consiste4
e4 Kue as deno4ina/=es 4onetrias legais de ,esos legal4ente Ii;ados de ouro ou ,rata
sePa4 transIeridas2 ,or ,arte do )stado2 ,ara ,esos 4aiores ou 4enores2 e assi4 ,assar
a cunhar #`7 de on/a de ouro2 e4 7% ;elins e4 veG de e4 6% L essas Iantasias2 na 4edida
e4 Kue n0o obPetive4 o,era/=es Iinanceiras inbeis contra credores ,Mblicos ou ,rivados2
4as si4 Vcuras 4ilagrosasW econY4icas2 P Iora4 tratadas t0o e;austiva4ente ,or
Pett- e4 3uantulumcumCue Concernin2 "oneD! To the %orde "arCuis of 1alifa:, 7Q8V, Kue
seus sucessores i4ediatos2 Sir :udle- *orth e John +oc\e2 ,ara n0o Ialar nos

451
MARX
,osteriores2 ,u' dera4 a,enas vulgariG'lo. VSe a riKueGa de u4a na/0oW2 diG ele2 entre outras
coisas2 V,udesse ser decu,licada ,or 4eio de u4 decreto2 seria de estranhar Kue nossos
governos n0o tivesse4 P h 4uito te4,o ,ro4ulgado tais decretos.W "p! cit!2 ,. D1.(
#55 iu ent0o deve'se reconhecer Kue # 4ilh0o e4 dinheiro te4 4ais valor Kue igual valor
e4 4ercadoriasi "+)TRS*)2 p! cit!2 ,. $#$(2 ,ortanto2 VKue u4 valor vale 4ais Kue
outro valor igual.W

454
OS ECONOMISTAS
,ress0o da grandeGa de valor do trigo # libra esterlina e D libras
es'
terlinas s0o ou ,eKuenas ou grandes de4ais2 4as 4es4o assi4
elas s0o ,re/os do 4es4o2 ,ois s0o2 ,ri4eiro2 sua Ior4a valor2
dinheiro2 e segundo2 e;,oentes de sua rela/0o de troca co4 dinheiro.
Co4 condi/=es de ,rodu/0o constantes ou Ior/a ,rodutiva do trabalho
constante2 deve' se des,ender ,ara a re,rodu/0o de # Cuarter de
trigo2 tanto antes co4o de,ois2 a 4es4a Kuantidade de te4,o
social de trabalho. )ssa circunstUncia n0o de,ende da vontade do
,rodutor do trigo ne4 da de outros ,ossuidores de 4ercadorias. !
grandeGa de valor da 4ercadoria e;,ressa2 assi42 u4a rela/0o
necessria i4anente a seu ,rocesso de Ior4a/0o co4 o te4,o de
trabalho social. Co4 a transIor4a/0o da grandeGa de valor e4
,re/o2 essa rela/0o necessria a,arece co4o re' la/0o de troca de
u4a 4ercadoria co4 a 4ercadoria 4onetria2 Kue e;iste Iora dela.
Has nessa rela/0o ,ode e;,ressar'se tanto a grandeGa de valor da
4ercadoria co4o o 4ais ou o 4enos e4 Kue2 sob dadas
circunstUncias2 ela R alienvel. ! ,ossibilidade de u4a
incongruJncia Kuantitativa entre o ,re/o e a grandeGa de valor ou
da divergJncia entre o ,re/o e a grandeGa de valor R2 ,ortanto2
inerente F ,rQ,ria Ior4a ,re/o. Isso n0o R u4 deIeito dessa Ior4a2
4as torna'a2 ao contrrio2
a Ior4a adeKuada a u4 4odo de ,rodu/0o e4 Kue a regra so4ente ,ode
i4,or'se co4o lei cega da 4Rdia F Ialta de KualKuer regra.
! Ior4a ,re/o2 ,orR42 n0o sQ ad4ite a ,ossibilidade de
incon' gruJncia Kuantitativa entre grandeGa de valor e ,re/o2 isto
R2 entre a grandeGa de valor e sua ,rQ,ria e;,ress0o 4onetria2
4as ,ode en' cerrar u4a contradi/0o Kualitativa2 de 4odo Kue o
,re/o dei;a de todo de ser e;,ress0o de valor2 e4bora dinheiro sePa
a,enas a Ior4a valor das 4ercadorias. Coisas Kue2 e4 si e ,ara si2
n0o s0o 4ercadorias2 co4o ,or e;e4,lo consciJncia2 honra etc.2
,ode4 ser ,ostas F venda ,or dinheiro ,elos seus ,ossuidores e
assi4 receber2 ,or 4eio de seu ,re/o2 a Ior4a 4ercadoria. Por isso2
u4a coisa ,ode2 Ior4al4ente2 ter u4 ,re/o2 se4 ter u4 valor. !
e;,ress0o de ,re/o torna'se aKui i4a' ginria2 co4o certas
grandeGas da Hate4tica. Por outro lado2 a Ior4a i4aginria de ,re/o2
co4o2 ,or e;e4,lo2 o ,re/o da terra n0o cultivada2 Kue n0o te4 valor2
,ois nela n0o est obPetivado trabalho hu4ano2 ,ode encerrar u4a
rela/0o real de valor ou u4a rela/0o derivada dela.
Co4o a Ior4a relativa de valor e4 geral2 o ,re/o e;,ressa o
valor de u4a 4ercadoria2 ,or e;e4,lo2 de # tonelada de Ierro2
,elo Iato de Kue certo Cuantum do eKuivalente2 ,or e;e4,lo2 #
on/a de ouro2 sePa direta4ente trocvel ,or Ierro2 4as de 4odo
algu4 o con' trrio2 Kue o Ierro2 ,or sua ,arte2 sePa direta4ente
trocvel ,or ouro. Portanto2 ,ara e;ercer ,ratica4ente a a/0o de
valor de troca2 a 4er' cadoria te4 de desIaGer'se de seu cor,o

455
MARX
natural2 transIor4ar'se de ouro i4aginrio e4 ouro real2 ainda Kue
essa transubstancia/0o lhe sePa 4ais VrduaW do Kue ao VconceitoW
hegeliano a transi/0o da ne' cessidade ,ara a liberdade2 ou a u4a
lagosta o ro4,er de sua casca2

456
OS ECONOMISTAS
ou ao Padre da IgrePa2 S0o JerYni4o2 o des,oPar'se do velho !d0o.
#51
!lR4 de sua Ior4a real2 ,or e;e4,lo2 Ierro2 a 4ercadoria ,ode ,ossuir2
no ,re/o2 Ior4a ideal de valor ou Ior4a i4aginria de ouro2 4as
ela n0o ,ode ser2 ao 4es4o te4,o2 real4ente Ierro e real4ente ouro.
Para dar'lhe u4 ,re/o2 basta eKui,ar'la a ouro i4aginrio. ! Ii4 de
,restar
a seu ,ossuidor o servi/o de eKuivalente geral2 ela te4 de ser
substitu3da ,or ouro. Se o ,ossuidor do Ierro conIrontar'se co4 o
,ossuidor de u4a 4ercadoria 4undana e o re4eter ao ,re/o do
Ierro2 co4o Ior4a de dinheiro2 o 4undano res,onderia co4o no cRu2
S0o Pedro ao :ante2 Kue lhe recita a IQr4ula da IR9
#5&
V!ssai bene T trascorsa
:nesta 4oneta giF la lega enl ,eso2
Ha di44i se tu lnhai nella tua borsa.W
#5E
! Ior4a ,re/o i4,lica a alienabilidade das 4ercadorias
contra dinheiro e a necessidade dessa aliena/0o. Por outro lado2 ouro
Iunciona so4ente co4o 4edida ideal de valor2 ,orKue P est
circulando no ,rocesso de troca2 co4o 4ercadoria 4onetria. *a
4edida ideal dos valores es,reita2 ,or isso2 o dinheiro sonante.
4( Meio :e circ$%;<o
a( ! 4eta4orIose das 4ercadorias
Viu'se Kue o ,rocesso de troca das 4ercadorias encerra rela/=es
contraditQrias e 4utua4ente e;clusivas. desenvolvi4ento da
4er' cadoria n0o su,ri4e essas contradi/=es2 4as gera a Ior4a
dentro da Kual elas ,ode4 4over'se. )sse R2 e4 geral2 o 4Rtodo
co4 o Kual contradi/=es reais se resolve4. [ u4a contradi/0o2 ,or
e;e4,lo2 Kue u4 cor,o caia constante4ente e4 outro e2 co4 a
4es4a constUncia2 IuPa dele. ! eli,se R u4a das Ior4as de
4ovi4ento e4 Kue essa con' tradi/0o tanto se realiGa co4o se
resolve.
*a 4edida e4 Kue o ,rocesso de troca transIira 4ercadorias da
40o e4 Kue elas s0o n0o'valores de uso ,ara a 40o e4 Kue elas
s0o valores de uso2 ele R 4etabolis4o social. ,roduto de u4a
4odalidade Mtil de trabalho substitui o da outra. C4a veG tendo
alcan/ado o lugar
#51 Se S0o JerYni4o2 e4 sua Puventude2 teve de lutar 4uito contra a carne 4aterial2 co4o o
de4onstra sua luta no deserto co4 as i4agens de lindas 4ulheres2 assi42 na velhice2 co4
a carne es,iritual. V)u acrediteiW2 diG ele2 Vestar e4 es,3rito diante do PuiG do 4undo.W
VSue4 Rs tuZW2 ,erguntou u4a voG. V)u sou u4 crist0o.W VTu 4entesW2 trovePou o PuiG
do 4undo. VTu Rs a,enas u4 ciceroniano.W
P
P
Har; cita aKui S0o JerYni4o2 V),3stola a )ustQKuio L sobre a conserva/0o da virgindadeW.
"*. da )d. !le40.(
#5& :!*T). A Divina Com#dia! V Para3soW. Canto ]]IV. "*. da )d. !le40.(

45'
MARX
#5E iCuidadosa4ente e;a4inados
J est0o a lei e o ,eso dessa 4oeda.
Has2 diGe'4e2 tens dela e4 tua bolsaZi "*. dos T.(

45/
OS ECONOMISTAS
e4 Kue serve de valor de uso2 a 4ercadoria cai da esIera de intercU4bio
das 4ercadorias na esIera do consu4o. !,enas a ,ri4eira R Kue nos
interessa aKui. Te4os2 ,or isso2 de observar o ,rocesso inteiro segundo
o as,ecto Ior4al2 ,ortanto so4ente a 4udan/a de Ior4a ou a 4eta'
4orIose das 4ercadorias2 a Kual 4edia o 4etabolis4o social.
! inter,reta/0o inteira4ente deIeituosa dessa 4udan/a de Ior4a2
dei;ando de lado a Ialta de clareGa sobre o ,rQ,rio conceito do
valor2
R devida F circunstUncia de Kue cada 4udan/a de Ior4a de u4a 4er'
cadoria realiGa'se na troca de duas 4ercadorias2 u4a 4ercadoria
co' 4u4 e a 4ercadoria 4onetria. !tendo'se so4ente a esse
4o4ento 4aterial2 o intercU4bio de 4ercadoria ,or ouro2 dei;a'se de
ver o Kue deve ser visto2 isto R2 o Kue ocorre co4 a Ior4a. *0o se
,ercebe Kue
o ouro2 co4o si4,les 4ercadoria2 n0o R dinheiro e Kue as outras 4er'
cadorias e4 seus ,re/os se relaciona4 a si 4es4as co4 ouro2 co4o
sua ,rQ,ria Iigura 4onetria.
! ,rinc3,io2 as 4ercadorias entra4 no ,rocesso de
intercU4bio se4 sere4 douradas2 ne4 a/ucaradas2 da Ior4a Kue
chega4 ao 4undo. )sse ,rocesso ,roduG u4a du,lica/0o da
4ercadoria e4 4ercadoria e dinheiro2 u4a ant3tese e;terna2 dentro
da Kual elas re,resenta4 sua ant3tese i4anente entre valor de uso
e valor. *essa ant3tese2 as 4er' cadorias conIronta4'se2 co4o
valores de uso2 co4 o dinheiro2 co4o valor de troca. Por outro
lado2 a4bos os lados da ant3tese s0o 4erca' dorias2 ,ortanto2
unidades de valor de uso e valor. Has essa unidade de diIeren/as
se re,resenta inversa4ente e4 cada u4 dos dois ,Qlos2
e ,or isso re,resenta2 ao 4es4o te4,o2 a correla/0o entre eles. !
4ercadoria R real4ente valor de uso2 a sua e;istJncia co4o valor a,a'
rece a,enas ideal4ente no ,re/o2 Kue a relaciona co4 o ouro2 situado
no outro ,Qlo2 co4o sua Iigura real de valor. !o contrrio2 o
4aterial ouro so4ente Iunciona co4o 4aterialiGa/0o do valor2 dinheiro.
Por isso2
R real4ente valor de troca. Seu valor de uso se a,resenta a,enas ideal'
4ente na sRrie das e;,ress=es relativas de valor e4 Kue se
relaciona co4 as 4ercadorias situadas de outro lado2 co4o o
c3rculo de suas Iiguras de uso reais. )ssas Ior4as antitRticas das
4ercadorias s0o os 4ovi4entos reais de seu ,rocesso de
intercU4bio.
!co4,anhe4os agora u4 ,ossuidor KualKuer de 4ercadorias2
,or e;e4,lo2 nosso velho conhecido tecel0o de linho2 F cena do ,rocesso
de intercU4bio2 ao 4ercado. Sua 4ercadoria2 6% varas de linho2
te4 ,re/o deter4inado. Seu ,re/o R 6 libras esterlinas. )le a troca
,or 6 libras esterlinas e2 ho4e4 de velha ce,a2 troca as 6 libras
esterlinas2 ,or sua veG2 ,or u4a B3blia Ia4iliar do 4es4o ,re/o.
linho2 ,ara ele a,enas 4ercadoria2 ,ortador de valor2 R alienado

450
MARX
,or ouro2 sua Iigura de valor^ e dessa Iigura volta a ser alienado ,or
outra 4ercadoria2
a B3blia2 Kue2 ,orR42 co4o obPeto de uso2 deve ir ,ara a casa do tecel0o
e l satisIaGer Fs necessidades de ediIica/0o. ,rocesso de intercU4bio
da 4ercadoria o,era'se2 ,ortanto2 ,or 4eio de duas 4eta4orIoses o,os'

451
OS ECONOMISTAS
tas e reci,roca4ente co4,le4entares L transIor4a/0o da 4ercadoria
e4 dinheiro e sua retransIor4a/0o de dinheiro e4 4ercadoria.
#5$
s 4o4entos da 4eta4orIose da 4ercadoria s0o2 ao 4es4o te4,o2
tran' sa/=es do ,ossuidor de 4ercadoria L venda2 intercU4bio da
4ercadoria ,or dinheiro^ co4,ra2 intercU4bio do dinheiro ,or
4ercadoria e unidade de a4bos os atos9 vender2 ,ara co4,rar.
Conte4,lando agora o resultado Iinal da transa/0o2 o tecel0o de
linho ,ossui u4a B3blia2 e4 veG de linho2 e4 veG de sua
4ercadoria original outra do 4es4o valor2 4as de utilidade diIerente.
:o 4es4o 4odo2 ele se a,ro,ria de seus outros 4eios de
subsistJncia e de ,ro' du/0o. :e seu ,onto de vista2 todo o
,rocesso so4ente 4edia a troca de seu ,roduto de trabalho ,or
,roduto do trabalho alheio2 o intercU4bio de ,rodutos.
,rocesso de intercU4bio da 4ercadoria se co4,leta2 ,ortanto2
na seguinte 4udan/a de Ior4a9
Hercadoria L :inheiro L Hercadoria
" J D J
"
Segundo seu conteMdo 4aterial2 o 4ovi4ento R " J "2
troca de 4ercadoria ,or 4ercadoria2 4etabolis4o do trabalho social2
e4 cuPo resultado o ,rQ,rio ,rocesso se e;tingue.
" J D. Pri4eira 4eta4orIose da 4ercadoria ou venda. salto
do valor da 4ercadoria2 do cor,o da 4ercadoria ,ara o cor,o do ouro2
R2 co4o o designei e4 outro lugar2 o salto 4ortal da 4ercadoria. Caso
ele Ialhe2 n0o R a 4ercadoria Kue R de,enada2 4as si4 o
,ossuidor dela. ! divis0o social do trabalho torna t0o unilateral
seu trabalho Kuanto 4ultilaterais suas necessidades. Por isso
4es4o2 seu ,roduto
serve'lhe a,enas de valor de troca. Has ele so4ente obtR4 a
Ior4a eKuivalente geral2 social4ente vlida2 co4o dinheiro e o
dinheiro en' contra'se e4 bolso alheio. Para tir'lo de l2 a
4ercadoria te4 de ser2 sobretudo2 valor de uso ,ara o ,ossuidor do
dinheiro2 Kue o trabalho des,endido nela2 ,ortanto2 tenha sido
des,endido e4 Ior4a social4ente Mtil ou Kue se conIir4e co4o elo
da divis0o social do trabalho. Has a divis0o do trabalho R u4
organis4o de ,rodu/0o Kue se desenvolveu natural4ente e cuPos Iios
se tecera4 e continua4 a tecer'se Fs costas dos ,rodutores de
4ercadorias. TalveG a 4ercadoria sePa ,roduto de u4a nova
4odalidade de trabalho2 Kue ,retende satisIaGer a u4a ne' cessidade
recente4ente surgida ou Kue ,retende ainda ,rovocar ,or iniciativa
,rQ,ria u4a necessidade. Fun/0o Kue era ainda onte4 u4a entre as
4uitas Iun/=es do 4es4o ,rodutor de 4ercadorias2 u4a o,e' ra/0o
,articular se des,rende hoPe desse conPunto2 torna'se autYno4a
#5$ i:o "...( Iogo2 entretanto2 ,rovR4 tudo2 disse ?erclito2 e de tudo2 Iogo2 co4o do ouro2 os
bens e dos bens2 ouro.i "+!SS!++)2 F. Die Philosophie 1erakleitos des Dunklen! Berli42

452
MARX
#E5E. +ivro Pri4eiro. ,. 666.( *ota de +assalle a essa ,assage42 ,. 6672 n8 D2 declara o
dinheiro2 incorreta4ente2 co4o 4ero signo de valor.

463
OS ECONOMISTAS
e2 ,or isso2 envia seu ,roduto ,arcial co4o 4ercadoria inde,endente
ao 4ercado. !s circunstUncias ,ode4 estar 4aduras ou i4aturas ,ara
esse ,rocesso de se,ara/0o. ,roduto satisIaG hoPe a u4a necessidade
social. !4anh0 ser2 talveG2 deslocado ,arcial ou total4ente2 de
seu
lugar2 ,or u4a es,Rcie se4elhante de ,roduto. Hes4o Kue o trabalho2
co4o o de nosso tecel0o de linho2 sePa u4 elo ,atenteado da
divis0o social de trabalho2 n0o est co4 isso garantido2 de 4odo
algu42 o valor de uso ,recisa4ente de suas 6% varas de linho. Se a
necessidade social de linho2 e ela te4 sua 4edida co4o tudo 4ais2
estiver saturada ,or tecel=es rivais2 o ,roduto de nosso a4igo
torna'se e;cedente2 su' ,RrIluo e co4 isso inMtil. ! cavalo dado n0o
se olha o dente2 4as ele n0o vai ao 4ercado ,ara distribuir
,resentes. Su,onha4os2 ,orR42 Kue o valor de uso de seu ,roduto se
conIir4e e o dinheiro sePa ,ortanto atra3do ,ela 4ercadoria. Has
agora se ,ergunta9 Suanto dinheiroZ ! res,osta P est de certo
4odo anteci,ada no ,re/o da 4ercadoria2 no e;,oente de sua
grandeGa de valor. :ei;a4os de lado eventuais erros de clculo
,ura4ente subPetivos do ,ossuidor de 4ercadorias2 Kue s0o logo
corrigidos obPetiva4ente no 4ercado. Su,o4os Kue tenha des,en' dido
e4 seu ,roduto a,enas a 4Rdia social4ente necessria de te4,o de
trabalho. ,re/o da 4ercadoria R2 ,ortanto2 a,enas o no4e 4o'
netrio do Cuantum de trabalho social obPetivado nela. Has2 se4
,edir licen/a e Fs costas de nosso tecel0o2 as condi/=es P h 4uito
estabelecidas2 de ,rodu/0o da tecelage4 de linho2 entrara4 e4
eIervescJncia. Kue onte42 se4 dMvida2 era te4,o de trabalho
social4ente necessrio ,ara
a ,rodu/0o de # vara de linho2 hoPe dei;a de o ser2 conIor4e o
,ossuidor de dinheiro se e4,enhe e4 de4onstrar co4 as cota/=es
de ,re/os de diversos co4,etidores de nosso a4igo. Para sua
inIelicidade2 h 4uitos tecel=es no 4undo. !d4ita4os2 Iinal4ente2
Kue cada ,e/a de linho e;is'
tente no 4ercado contenha a,enas o te4,o de trabalho social4ente
ne' cessrio. !,esar disso2 a so4a total dessas ,e/as ,ode conter
te4,o de trabalho su,RrIluo. Se o estY4ago do 4ercado n0o ,ode
absorver o Cuan- tum total de linho2 ao ,re/o de 6 ;elins ,or vara2
isso co4,rova Kue Ioi des,endida ,arte e;cessiva do te4,o de
trabalho social total e4 Ior4a de tecelage4 de linho. eIeito R o
4es4o Kue se cada tecel0o individual de linho tivesse utiliGado e4 seu
,roduto individual 4ais do Kue o te4,o de trabalho social4ente
necessrio. !Kui vale o ditado9 Presos Puntos2 Puntos enIorcados.
#1%
Todo o linho e;istente no 4ercado vale co4o u4 Mnico artigo
co4ercial2 cada ,e/a a,enas co4o ,arte al3Kuota. )2 de Iato2
o valor de cada vara individual R so4ente a 4aterialiGa/0o do
4es4o
Cuantum2 social4ente deter4inado2 de trabalho hu4ano
ho4ogJneo.
#1#

461
MARX
#1% "it2efan2en, mit2ehan2en! ProvRrbio ale40o. "*. dos T.(
#1# )4 carta de 6E de nove4bro de #E&E2 dirigida a *. F. :a4elson2 o tradutor de Capital
,ara o russo2 Har; altera o Mlti4o ,er3odo nos seguintes ter4os9 V:e Iato2 o valor de cada
vara individual n0o R sen0o a 4aterialiGa/0o de u4a ,arte da Kuantidade de trabalho
social gasta na Kuantidade total de varasW. ! 4es4a corre/0o ta4bR4 se encontra no
e;e4,lar ,essoal de Har;2 na segunda edi/0o ale40 do volu4e I de Capital, 4as
n0o anotada de ,rQ,rio ,unho. "*. da )d. !le40.(

464
OS ECONOMISTAS
Co4o se vJ2 a 4ercadoria a4a o dinheiro2 4as the course of
true
love never does run smooth.
#16
T0o natural4ente aleatQria co4o a
Kuali' tativa R a articula/0o Kuantitativa do organis4o social de
,rodu/0o2 Kue re,resenta seus mem.ra disPecta
#1D
no siste4a da
divis0o do trabalho. *ossos ,ossuidores de 4ercadorias descobre4
,or isso Kue a 4es4a di' vis0o de trabalho2 Kue os torna ,rodutores
,rivados inde,endentes2 torna inde,endentes deles 4es4os o ,rocesso
social de ,rodu/0o e suas rela/=es dentro desse ,rocesso2 e Kue a
inde,endJncia rec3,roca das ,essoas se co4,le4enta nu4 siste4a
de de,endJncia reiIicada universal.
! divis0o do trabalho transIor4a o ,roduto do trabalho e4 4er'
cadoria2 tornando2 co4 isso2 necessria sua transIor4a/0o e4 dinheiro.
!o 4es4o te4,o2 ela torna aleatQrio o sucesso dessa transubstancia/0o.
Has te4os de observar aKui o IenY4eno e4 sua ,ureGa2
,ressu,ondo assi4 seu transcurso nor4al. Suando2 de resto2
transcorre de todo2 n0o sendo2 ,ortanto2 a 4ercadoria invendvel2
realiGa'se se4,re sua 4udan/a de Ior4a2 ainda Kue nessa 4udan/a
de Ior4a substUncia L grandeGa de valor L anor4al4ente ,ossa
haver ,rePu3Go ou acrRsci4o.
! u4 dos ,ossuidores de 4ercadoria o ouro substitui sua 4er'
cadoria e ao outro a 4ercadoria substitui seu ouro. IenY4eno evidente
R a 4udan/a de 40os ou de lugar de 4ercadoria e dinheiro2 de 6%
varas de linho e 6 libras esterlinas2 isto R2 seu intercU4bio. Has ,or
Kue coisa se troca a 4ercadoriaZ Por sua ,rQ,ria Iigura geral de valor.
) ,or Kue coisa o ouroZ Por u4a Iigura ,articular de seu valor de uso.
Por Kue o ouro deIronta'se co4 o linho co4o dinheiroZ PorKue o
seu ,re/o2 6 libras esterlinas ou sua deno4ina/0o 4onetria2 P o
reIere ao ouro co4o dinheiro. ! aliena/0o de sua Ior4a original de
4ercadoria se realiGa ,ela aliena/0o da 4ercadoria2 isto R2 no
4o4ento e4 Kue seu valor de uso atrai real4ente o ouro Kue e4
seu ,re/o era a,enas i4aginrio. ! realiGa/0o do ,re/o ou da Ior4a
valor 4era4ente ideal da 4ercadoria R2 ,or isso2 si4ultUnea e
inversa4ente2 a realiGa/0o do valor de uso so4ente ideal do dinheiro^
a transIor4a/0o de 4ercadoria e4 dinheiro R2 ao 4es4o te4,o2
transIor4a/0o de dinheiro e4 4er' cadoria. ,rocesso uno R
,rocesso bilateral2 do ,Qlo do ,ossuidor de 4ercadorias2 venda2 do
,Qlo contrrio2 do ,ossuidor de dinheiro2 co4,ra. u venda R co4,ra2
" J D ao 4es4o te4,o D J ".
#17
*0o conhe' ce4os2 atR agora2
nenhu4a outra rela/0o econY4ica dos ho4ens2 alR4 da de
,ossuidores de 4ercadorias2 u4a rela/0o e4 Kue eles so4ente
#16 i curso do verdadeiro a4or nunca R suave.i S?!K)SP)!R). A "idsummer ?i2htSs Dream!
!to I. Cena I. "*. da )d. !le40.(
#1D He4bros dis,ersos. "*. dos T.(
#17 iToda venda R co4,rai ":r. SC)S*!>2 V:ialogues sur le Co44erce et les Travau; des
!rtisans.W In9 PhDsiocrates! )d. :aire2 I Partie2 Paris2 #E712 ,. #&%(2 ou co4o Suesna-2 e4

465
MARX
suas "a:imes ,#n#rales, di&9 VVender R co4,rarW.
P
P
)sse citado de Suesna- encontra'se na obra de :u,ont de *e4ours2 VHa;i4es du :octeur
Suesna-2 ou rRsu4R de ses ,rinci,es dnRcono4ie socialeW. In9 PhDsiocrates K!!!L par *u2Une
Daire! Parte Pri4eira. Paris2 #E71. ,. D$6. "*. da )d. !le40.(

466
OS ECONOMISTAS
se a,ro,ria4 do ,roduto do trabalho alheio2 alienando o ,rQ,rio. Por'
tanto2 u4 ,ossuidor de 4ercadorias a,enas ,ode deIrontar'se co4
o outro2 co4o ,ossuidor de dinheiro ,orKue seu ,roduto ,ossui2 ,or
na' tureGa2 a Ior4a 4onetria2 ,ortanto R 4onetrio2 ouro etc.2 ou
,orKue
a sua ,rQ,ria 4ercadoria P 4udou de ,ele e desIeG'se de sua
Ior4a de uso original. Para Iuncionar co4o dinheiro2 o ouro
evidente4ente te4 de entrar no 4ercado ,or algu4 ,onto. )sse
,onto se situa e4 sua Ionte de ,rodu/0o2 onde se troca co4o
,roduto direto de trabalho ,or outro ,roduto de trabalho do 4es4o
valor. Has2 a ,artir desse 4o4ento2 re,resenta constante4ente
,re/os realiGados de 4ercado' rias.
#15
);ceto no 4o4ento da troca
de ouro ,or 4ercadoria2 e4 sua Ionte de ,rodu/0o2 o ouro R na 40o
de cada ,ossuidor de 4ercadorias
a Iigura alienada de sua 4ercadoria alienada2 ,roduto da venda
ou da ,ri4eira 4eta4orIose da 4ercadoria2 " J D.
#11
ouro se
tornou dinheiro ideal ou 4edida de valor ,orKue todas as 4ercadorias
4ede4 nele seus valores e2 assi42 o IaGia4 a contra,artida
i4aginria de sua Iigura de uso2 a sua Iigura de valor. Torna'se
dinheiro real ,orKue as 4ercadorias2 ,ela sua aliena/0o universal2
IaGe4 dele sua Iigura de uso real4ente alienada ou transIor4ada
e2 ,or isso2 sua Iigura real de valor. )4 sua Iigura de valor2 a
4ercadoria desIaG'se de KualKuer vest3gio de seu valor de uso
natural e do trabalho Mtil ,articular ao Kual deve sua orige42 ,ara
se 4eta4orIosear na 4aterialiGa/0o social uniIor4e de trabalho
hu4ano indistinto. *0o se reconhece2 ,ortanto2 no dinheiro2 a
es,Rcie de 4ercadoria nele transIor4ada. )4 sua Ior4a 4onetria2
u4a ,arece e;ata4ente igual F outra. :inheiro2 ,or isso2 ,ode ser
li;o2 e4bora li;o n0o sePa dinheiro. Su,ore4os Kue as duas 4oedas
de ouro ,elas Kuais o nosso tecel0o de linho aliena sua 4er'
cadoria sePa4 a Iigura transIor4ada de # Cuarter de trigo. !
venda do linho2 " J D2 R2 ao 4es4o te4,o2 sua co4,ra2 D J ".
Has2 co4o venda do linho2 inicia esse ,rocesso u4 4ovi4ento Kue
ter4ina co4 sua contra,artida2 co4 a co4,ra da B3blia^ co4o
co4,ra do linho ele ter4ina u4 4ovi4ento Kue co4e/ou co4 seu
contrrio2 co4 a venda do trigo. " J D "linho L dinheiro(2 essa
,ri4eira Iase de " J D J " "linho L dinheiro L B3blia(2 R2 ao
4es4o te4,o2 D J " "dinheiro
L linho(2 a Mlti4a Iase de outro 4ovi4ento " J D J " "trigo L
dinheiro L linho(. ! ,ri4eira 4eta4orIose de u4a 4ercadoria2
sua transIor4a/0o da Ior4a 4ercadoria e4 dinheiro2 R se4,re2
si4ulta' nea4ente2 a segunda 4eta4orIose inversa de outra
4ercadoria2 sua retransIor4a/0o da Ior4a dinheiro e4
4ercadoria.
#1&

46'
MARX
#15 i ,re/o de u4a 4ercadoria ,ode a,enas ser ,ago co4 o ,re/o de outra 4ercadoria.i
"RIVIuR)2 Hercier de la. V+nrdre *aturel et )ssentiel des SociRtRs PolitiKues.W In9
PhD- siocrates! )d. :aire2 Parte Segunda. ,. 557.(
#11 iPara ter esse dinheiro2 R ,reciso ter vendido.i "p! cit!2 ,. 57D.(
#1& Constitui e;ce/0o2 co4o P Ioi observado anterior4ente2 o ,rodutor de ouro "ou ,rata(2 Kue
interca4bia seu ,roduto se4 o ter vendido antes.

46/
OS ECONOMISTAS
D J ". Heta4orIose segunda ou Iinal da 4ercadoria9 co4,ra.
Por ser a Iigura alienada de todas as outras 4ercadorias ou o ,roduto
da sua aliena/0o geral2 R o dinheiro a 4ercadoria absoluta4ente alie'
nvel. )le lJ todos os ,re/os ao revRs e se reIlete2 assi42 e4 todos
os cor,os das 4ercadorias co4o o 4aterial oIertado F sua ,rQ,ria
con' vers0o e4 4ercadoria. !o 4es4o te4,o2 os ,re/os2 os olhos
a4orosos co4 Kue as 4ercadorias ,isca4 ao dinheiro2 4ostra4 o
li4ite de sua ca,acidade de transIor4a/0o2 isto R2 sua ,rQ,ria
Kuantidade. Co4o a 4ercadoria desa,arece ao converter'se e4
dinheiro2 n0o se reconhece no dinheiro co4o chegou Fs 40os de seu
,ossuidor ou o Kue transIor' 4ou'se nele. ?on olet2
#1E
KualKuer Kue
sePa sua orige4. Se ,or u4 lado re,resenta 4ercadoria vendida2 ,or
outro re,resenta 4ercadorias co4,rveis.
#1$
D J "2 a co4,ra2 R ao 4es4o te4,o venda2 " J D^ a
Mlti4a 4eta4orIose de u4a 4ercadoria R2 ,or isso2
si4ultanea4ente2 a ,ri' 4eira 4eta4orIose de outra 4ercadoria.
Para nosso tecel0o de linho2
o curso da vida de sua 4ercadoria acaba co4 a B3blia2 e4 Kue ele
reconverteu as 6 libras esterlinas. Has o vendedor da B3blia converte
as 6 libras esterlinas ganhadas do tecel0o de linho e4 aguardente.
:
L H2 a Iase Iinal de " J D L " "linho L dinheiro L B3blia(2 R2
ao
4es4o te4,o2 " J D2 a ,ri4eira Iase de " J D L " "B3blia
L dinheiro L aguardente(. Co4o ,rodutor de 4ercadorias Iornece
a,enas u4 ,roduto unilateral2 ele o vende IreKOente4ente e4
grandes Kuan' tidades2 enKuanto suas necessidades 4ultilaterais o
obriga4 a Irag' 4entar constante4ente o ,re/o realiGado ou a so4a
de dinheiro rece' bida e4 nu4erosas co4,ras. C4a venda dese4boca2
,or isso2 e4 4ui' tas co4,ras de vrias 4ercadorias. ! 4eta4orIose
Iinal de u4a 4er' cadoria constitui2 assi42 u4a so4a de ,ri4eiras
4eta4orIoses de ou' tras 4ercadorias.
bservando2 agora2 a 4eta4orIose total de u4a 4ercadoria2 ,or
e;e4,lo2 do linho2 ve4os2 e4 ,ri4eiro lugar2 Kue consiste e4 dois
4ovi4entos Kue se o,=e4 e se co4,leta42 " J D e D L ".
)ssas duas transIor4a/=es contra,ostas da 4ercadoria o,era4 e4
dois ,ro' cessos sociais contra,ostos do ,ossuidor de 4ercadorias e
se reIlete4 e4 dois caracteres econY4icos contra,ostos do 4es4o.
Co4o agente da venda ele se torna vendedor2 co4o agente da
co4,ra2 co4,rador. Has2 co4o e4 cada transIor4a/0o da
4ercadoria e;iste42 ao 4es4o te4,o2 as duas Ior4as dela2 Ior4a
4ercadoria e Ior4a dinheiro2 a,enas e4 ,Qlos contra,ostos2 assi4 o
4es4o ,ossuidor de 4ercadorias co4o vendedor se deIronta co4 outro
co4,rador e co4o co4,rador co4 outro

460
MARX
#1E i*0o Iedei2 disse o i4,erador ro4ano Ves,asiano "1$'&$( sobre o dinheiro Kuando seu Iilho
o re,reendeu ,or lan/ar i4,ostos sobre as retretas ,Mblicas. "*. da )d. !le40.(
#1$ iSe o dinheiro e4 nossas 40os re,resenta as coisas Kue ,ode4os desePar co4,rar2 re,resenta
ta4bR4 as coisas Kue vende4os ,or esse dinheiro.i "RIVIuR)2 Hercier de la. p! cit!2 ,. 5E1.(

461
OS ECONOMISTAS
vendedor. Co4o a 4es4a 4ercadoria ,ercorre as duas transIor4a/=es
inversas sucessiva4ente L de 4ercadoria se torna dinheiro e de
di' nheiro 4ercadoria L assi4 o 4es4o ,ossuidor de 4ercadorias
troca os ,a,Ris de vendedor e co4,rador. )sses n0o s0o2 ,ortanto2
caracteres Ii;os2 4as Kue 4uda4 constante4ente de ,essoa dentro da
circula/0o de 4ercadorias.
! 4eta4orIose global de u4a 4ercadoria i4,lica2 e4 sua Ior4a
4ais si4,les2 Kuatro e;tre4os e trJs personae dramatis.
#&%
Pri4eiro2
o dinheiro deIronta'se F 4ercadoria co4o sua Iigura de valor2 Kue
no outro lado2 no bolso alheio2 ,ossui realidade reiIicada4ente
contun' dente. !ssi42 ao ,ossuidor de 4ercadorias se deIronta u4
,ossuidor de dinheiro. T0o logo a 4ercadoria se transIor4a e4
dinheiro2 torna'se este Mlti4o a Ior4a eKuivalente transitQria dela2 cuPo
valor ou conteMdo de uso e;iste desse lado2 nos cor,os das outras
4ercadorias. Co4o ,onto Iinal de ,ri4eira transIor4a/0o da
4ercadoria2 o dinheiro R ao 4es4o te4,o ,onto de ,artida da
segunda. !ssi42 o vendedor do ,ri' 4eiro ato torna'se co4,rador2 no
segundo2 onde co4 ele se deIronta u4 terceiro ,ossuidor de
4ercadorias2 co4o vendedor.
#&#
!s duas Iases inversas da 4eta4orIose das 4ercadorias Ior4a4
u4 ciclo9 Ior4a 4ercadoria2 abandono da Ior4a 4ercadoria2 volta
F Ior4a 4ercadoria. !Kui2 no entanto2 a ,rQ,ria 4ercadoria R
deter4i' nada antitetica4ente. )la R n0o'valor de uso no ,onto de
,artida2 valor de uso no ,onto Iinal ,ara seu ,ossuidor. !ssi42 o
dinheiro a,a' rece2 ,ri4eiro2 co4o sQlido cristal de valor2 no Kual a
4ercadoria se transIor4a2 ,ara diluir'se de,ois co4o si4,les Ior4a
eKuivalente dela.
!s duas 4eta4orIoses Kue Ior4a4 o ciclo de u4a 4ercadoria
constitue42 ao 4es4o te4,o2 as 4eta4orIoses ,arciais inversas de
duas outras 4ercadorias. ! 4es4a 4ercadoria "linho( inicia a
sRrie de suas ,rQ,rias 4eta4orIoses e ter4ina a 4eta4orIose total de
outra 4ercadoria "trigo(. :urante sua ,ri4eira transIor4a/0o2 a
venda2 ela dese4,enha esses dois ,a,Ris e4 ,essoa. Co4o crislida
de ouro2 ao contrrio2 Ior4a e4 Kue ela cu4,re o destino de toda
a carne2 ela co4,leta2 ao 4es4o te4,o2 a ,ri4eira 4eta4orIose de
u4a terceira 4ercadoria. ciclo descrito ,ela sRrie de
4eta4orIoses de cada 4er' cadoria entrela/a'se ,ortanto2
ine;tricavel4ente2 co4 os ciclos de outras 4ercadorias. ,rocesso e4
seu conPunto a,resenta'se co4o circula/0o de 4ercadorias.
! circula/0o de 4ercadorias distingue'se n0o sQ Ior4al4ente2
4as ta4bR4 essencial4ente2 do intercU4bio direto de ,rodutos. Basta
lan/ar u4 olhar retros,ectivo ao ,ercurso. tecel0o de linho
trocou2 se4 dMvida2 linho ,or B3blia2 4ercadoria ,rQ,ria ,or alheia.
Has esse

462
MARX
#&% Pessoas atuantes. "*. dos T.(
#&# i);iste42 ,ortanto2 Kuatro ,ontos Iinais e trJs contratantes2 dos Kuais u4 intervR4 duas
veGes.i "+) TRS*). p! cit!2 ,. $%$.(

4'3
OS ECONOMISTAS
IenY4eno R verdadeiro so4ente ,ara ele. vendedor de B3blias2 Kue
,reIere o calor ao Irio2 n0o ,ensou trocar a B3blia ,or linho2 assi4
co4o o tecel0o de linho n0o sabe Kue seu linho Ioi trocado ,or
trigo etc. ! 4ercadoria de ' substitui a 4ercadoria de A2 4as A e
' n0o troca4 suas 4ercadorias reci,roca4ente. Pode2 de Iato2 ocorrer
Kue A
e ' co4,re4 reci,roca4ente u4 do outro2 4as tal rela/0o
,articular n0o R condicionada2 de 4odo algu42 ,elas rela/=es gerais da
circula/0o de 4ercadorias. Por u4 lado2 vJ'se aKui co4o o
intercU4bio de 4er' cadorias ro4,e as li4ita/=es individuais e locais
do intercU4bio direto de ,rodutos e desenvolve o 4etabolis4o do
trabalho hu4ano. Por outro lado2 desenvolve'se todo u4 c3rculo de
v3nculos naturais de carter social2 incontrolveis ,elas ,essoas
atuantes. tecel0o so4ente ,ode vender linho ,orKue o ca4,onJs P
vendeu trigo2 o cabe/a Kuente a,enas ,ode vender a B3blia ,orKue o
tecel0o P vendeu linho2 o destilador sQ ,ode vender aguardente
,orKue o outro P vendeu a gua da vida eterna etc.
Por isso2 o ,rocesso de circula/0o n0o se e;tingue2 co4o o inter'
cU4bio direto de ,rodutos2 ao 4udare4 de lugar ou de 40os os valores
de uso. dinheiro n0o desa,arece2 ao sair2 Iinal4ente2 da sRrie de
4eta4orIose de u4a 4ercadoria. )le se4,re se de,osita e4
algu4 ,onto de circula/0o abandonado ,elas 4ercadorias. Por
e;e4,lo2 na 4eta4orIose total do linho9 linho L dinheiro L
B3blia2 ,ri4eiro sai
o linho da circula/0o e o dinheiro ocu,a seu lugar2 de,ois sai a B3blia
e o dinheiro to4a seu lugar. ! substitui/0o de 4ercadoria ,or 4erca'
doria dei;a2 ao 4es4o te4,o2 a 4ercadoria 4onetria nas 40os
de u4 terceiro.
#&6
! circula/0o e;suda2 constante4ente2 dinheiro.
*ada ,ode ser 4ais rid3culo Kue o dog4a de Kue a
circula/0o de 4ercadorias condiciona u4 eKuil3brio necessrio entre
as vendas e co4,ras2 ,orKue cada venda R co4,ra e vice'versa. Se
isso signiIica Kue o nM4ero das vendas eIetiva4ente realiGadas R
igual ao 4es4o nM4ero de co4,ras R u4a trivial tautologia. Has a
inten/0o R ,rovar Kue o vendedor conduG seu ,rQ,rio co4,rador ao
4ercado. Venda e co4,ra s0o u4 ato idJntico2 ao constituir u4a
rela/0o rec3,roca entre duas ,essoas ,olar4ente contra,ostas2 o
,ossuidor de 4ercadoria e o ,ossuidor de dinheiro. )nKuanto a/=es
da 4es4a ,essoa2 elas Ior4a4 dois atos ,olar4ente contra,ostos. !
identidade de venda e co4,ra i4,lica2 ,ortanto2 Kue se torna
inMtil a 4ercadoria Kue2 Pogada na retorta alKui4ista da
circula/0o2 n0o sai co4o dinheiro2 n0o sendo vendida ,elo
,ossuidor de 4ercadoria2 ,ortanto ta4,ouco co4,rada ,elo
,ossuidor de dinheiro. !Kuela identidade co4,reende2 alR4 disso2 Kue
o ,rocesso2 no caso de realiGar'se2 constitui u4 ,onto de re,ouso2
u4a Iase da vida da 4ercadoria2 Kue ,ode durar 4ais ou 4enos te4,o.

4'1
MARX
#&6 *ota F 6k edi/0o. !,esar desse IenY4eno ser t0o evidente2 n0o R notado ,elos
econo4istas
,ol3ticos2 na 4aioria das veGes2 no4eada4ente ,elo livre'ca4bista vul2aris!

4'4
OS ECONOMISTAS
Co4o a ,ri4eira 4eta4orIose da 4ercadoria R2 ao 4es4o te4,o2 venda
e co4,ra2 esse ,rocesso ,arcial R2 si4ultanea4ente2 u4 ,rocesso au'
tYno4o. co4,rador te4 a 4ercadoria2 o vendedor o dinheiro2 isto
R2 u4a 4ercadoria Kue conserva u4a Ior4a a,ta ,ara a
circula/0o2 Kuer a,are/a 4ais cedo ou 4ais tarde de novo no
4ercado. *inguR4 ,ode vender2 se4 Kue outro co4,re. Has
ninguR4 ,recisa co4,rar i4ediata4ente a,enas ,or ter vendido. !
circula/0o ro4,e as li4ita' /=es te4,orais2 locais e individuais do
intercU4bio de ,rodutos ,reci' sa4ente ,orKue ,arte a identidade
i4ediata Kue e;iste aKui entre a aliena/0o do ,rQ,rio ,roduto de
trabalho e a aKuisi/0o do alheio2 na ant3tese entre venda e co4,ra.
Sue os ,rocessos2 Kue se conIronta4 autono4a4ente2 Ior4e4 u4a
unidade interna2 signiIica ,or outro lado Kue a sua unidade interna se
4ove e4 ant3teses e;ternas. Se a auto' no4iGa/0o e;terna dos
interna4ente n0o'autYno4os ,or sere4 4u' tua4ente
co4,le4entares se ,rolonga atR certo ,onto2 a unidade se IaG valer
de Ior4a violenta2 ,or 4eio de u4a L crise. ! ant3tese2 i4anente
F 4ercadoria2 entre valor de uso e valor2 de trabalho ,rivado2 Kue ao
4es4o te4,o te4 de re,resentar'se co4o trabalho direta4ente social2
de trabalho concreto ,articular2 Kue ao 4es4o te4,o Iunciona a,enas
co4o trabalho geral abstrato2 de ,ersoniIica/0o da coisa e rei' Iica/0o
das ,essoas L essa contradi/0o i4anente assu4e nas ant3teses da
4eta4orIose das 4ercadorias suas Ior4as desenvolvidas de 4ovi4en'
tos. )ssas Ior4as encerra42 ,or isso2 a ,ossibilidade2 e so4ente a
,ossi' bilidade2 das crises. desenvolvi4ento dessa ,ossibilidade
atR Kue se realiGe e;ige todo u4 conPunto de condi/=es Kue do
,onto de vista da circula/0o si4,les de 4ercadorias2 ainda n0o
e;iste42 de 4odo algu4.
#&D
Co4o 4ediador da circula/0o das 4ercadorias2 o dinheiro assu4e
a Iun/0o do 4eio circulante.
.L curso do dinheiro
! 4udan/a de Ior4a2 ,or 4eio da Kual o 4etabolis4o dos
,ro' dutos do trabalho se realiGa2 " J D L "2 e;ige Kue o
4es4o valor2 co4o 4ercadoria2 Ior4e o ,onto de ,artida do
,rocesso e retorne ao
#&D Co4,are 4inhas observa/=es sobre Ja4es Hill2 Tur Kritik etc. ,. &7'&1. :ois ,ontos aKui
s0o caracter3sticos ,ara o 4Rtodo da a,ologia econo43stica. Pri4eiro2 a identiIica/0o de
circula/0o das 4ercadorias e a troca direta dos ,rodutos ,or 4eio da si4,les
abstra/0o de suas diIeren/as. Segundo2 a tentativa de esca4otear as contradi/=es do
,rocesso de ,rodu/0o ca,italista ao dissolver as rela/=es de seus agentes de ,rodu/0o
nas rela/=es si4,les Kue se origina4 da circula/0o de 4ercadorias. Produ/0o de
4ercadorias e circula/0o de 4ercadorias s0o2 ,orR42 IenY4enos Kue ,ertence4 aos 4ais
diIerentes 4odos de ,ro' du/0o2 e4bora co4 e;tens0o e alcance diIerentes. *0o se sabe2
,ortanto2 ainda nada sobre
a differentia specifica
P
desses 4odos de ,rodu/0o e n0o se ,ode2 assi42 Pulg'los2 Kuando
a,enas as categorias abstratas da circula/0o de 4ercadorias Kue lhes s0o co4uns s0o

4'5
MARX
conhecidas. )4 nenhu4a outra ciJncia2 alR4 da )cono4ia Pol3tica2 ,redo4ina tanta
,re' tens0o Iundada e4 vulgaridades ele4entares. Por e;e4,lo2 J.'B. Sa- se arroga
Pulgar as crises ,orKue ele sabe Kue a 4ercadoria R ,roduto.
P
:iIeren/a es,ec3Iica. "*. dos T.(

4'6
OS ECONOMISTAS
4es4o ,onto co4o 4ercadoria. )sse 4ovi4ento das 4ercadorias R2
,ortanto2 u4 ciclo. Por outro lado2 essa 4es4a Ior4a e;clui o ciclo do
dinheiro. Seu resultado R o distancia4ento constante do dinheiro
de seu ,onto de ,artida e n0o o retorno a esse 4es4o ,onto.
)nKuanto
o vendedor 4antiver consigo a Iigura transIor4ada de sua 4ercadoria2
o dinheiro2 a 4ercadoria encontra'se na Iase da ,ri4eira 4eta4orIose
ou a,enas ,ercorreu a ,ri4eira 4etade de sua circula/0o. Se o ,rocesso2
vender ,ara co4,rar2 estiver co4,letado2 ent0o ta4bR4 o dinheiro
estar outra veG aIastado das 40os de seu ,ro,rietrio original.
Se2 entretanto2 o tecel0o de linho2 de,ois Kue co4,rou a B3blia2
vender nova4ente linho2 o dinheiro ta4bR4 retornar Fs suas
40os. PorR42 ele n0o retorna ,or 4eio da circula/0o das ,ri4eiras 6%
varas de linho2 ,or 4eio da Kual antes aIastou'se das 40os do
tecel0o ,ara as 40os do vendedor de B3blias. )le retorna a,enas ,ela
renova/0o ou re,eti/0o do 4es4o ,rocesso de circula/0o ,ara nova
4ercadoria e ter4ina tanto aKui co4o l co4 o 4es4o resultado.
)ssa Ior4a de 4ovi4ento dire' ta4ente conIerida ao dinheiro ,ela
circula/0o das 4ercadorias R2 ,or' tanto2 seu aIasta4ento constante
do ,onto de ,artida2 seu ,ercurso das 40os de u4 ,ossuidor de
4ercadoria ,ara as de outro ou seu curso "currencD, cours de la
monnaie(.
curso do dinheiro 4ostra u4a constante2 4onQtona re,eti/0o
do 4es4o ,rocesso. ! 4ercadoria ,er4anece se4,re ao lado do
ven' dedor2 o dinheiro se4,re ao lado do co4,rador2 co4o 4eio de
co4,ra. )le Iunciona co4o 4eio de co4,ra ao realiGar o ,re/o da
4ercadoria. )nKuanto ele o realiGa2 transIere a 4ercadoria das 40os
do vendedor ,ara as do co4,rador2 ao ,asso Kue ele2 ao 4es4o
te4,o2 se aIasta das 40os do co4,rador ,ara as do vendedor2 ,ara
re,etir o 4es4o ,rocesso co4 outra 4ercadoria. Sue essa Ior4a
unilateral do 4ovi' 4ento do dinheiro nas/a do 4ovi4ento de Ior4a
bilateral das 4erca' dorias R ocultado. ! natureGa da ,rQ,ria
circula/0o das 4ercadorias ,roduG u4a a,arJncia contrria. !
,ri4eira 4eta4orIose da 4erca' doria R vis3vel n0o a,enas co4o
4ovi4ento do dinheiro2 4as ta4bR4 co4o seu ,rQ,rio 4ovi4ento2
,orR4 sua segunda 4eta4orIose R a,enas vis3vel co4o 4ovi4ento do
dinheiro. *a ,ri4eira 4etade de sua cir' cula/0o2 a 4ercadoria
troca de lugar co4 o dinheiro. ) co4 isso2 sua Ior4a de uso sai
da circula/0o e entra ,ara o consu4o.
#&7
Sua Iigura de valor ou
larva do dinheiro coloca'se e4 seu lugar. ! segunda 4etade de sua
circula/0o2 ela ,ercorre n0o 4ais e4 sua ,rQ,ria ,ele natural2 4as
si4 e4 sua ,ele de ouro. ! continuidade do 4ovi4ento Iica2 co4 isso2
total4ente ao lado do dinheiro2 e o 4es4o 4ovi4ento2 Kue ,ara
a 4ercadoria encerra dois ,rocessos contra,ostos2 encerra co4o 4ovi'

4''
MARX
#&7 Hes4o se a 4ercadoria R vendida re,etidas veGes2 u4 IenY4eno Kue n0o e;iste ainda aKui
,ara nQs2 ela sai co4 a Mlti4a venda deIinitiva da esIera de circula/0o ,ara a de consu4o2
,ara servir aKui de 4eio de subsistJncia ou de 4eio de ,rodu/0o.

4'/
OS ECONOMISTAS
4ento ,rQ,rio do dinheiro se4,re o 4es4o ,rocesso2 sua troca de ,osi/0o2
cada veG co4 outra 4ercadoria. resultado da circula/0o2
substitui/0o de u4a 4ercadoria ,or outra 4ercadoria2 a,arece
,ortanto inter4ediado n0o ,ela ,rQ,ria 4udan/a de Ior4a2 ,orR4 ,ela
Iun/0o do dinheiro co4o 4eio circulante2 o Kual circula as
4ercadorias e4 si 4es4as inertes2 transIerindo'as das 40os nas
Kuais elas s0o n0o'valores de uso ,ara as 40os nas Kuais elas s0o
valores de uso2 se4,re e4 dire/0o contrria ao seu ,rQ,rio curso.
dinheiro aIasta as 4ercadorias constante4ente da esIera de
circula/0o2 ao colocar'se continua4ente e4 seus lugares na cir' cula/0o
e2 co4 isso2 distanciando'se de seu ,rQ,rio ,onto de ,artida. )4' bora
o 4ovi4ento do dinheiro sePa ,ortanto a,enas a e;,ress0o da cir'
cula/0o de 4ercadorias2 a circula/0o de 4ercadorias a,arece2 ao
contrrio2 a,enas co4o resultado do 4ovi4ento do dinheiro.
#&5
Por outro lado2 cabe ao dinheiro a Iun/0o de 4eio circulante
so4ente ,orKue R ele o valor autono4iGado das 4ercadorias. Por isso2
seu 4ovi4ento co4o 4eio circulante R2 de Iato2 a,enas o ,rQ,rio
4o' vi4ento da Ior4a delas. )ste deve2 ,ortanto2 reIletir'se
ta4bR4 sen' sivel4ente no curso do dinheiro. !ssi42 ,or e;e4,lo2
o linho trans' Ior4a2 ,ri4eiro2 sua Ior4a de 4ercadoria e4 sua
Ior4a de dinheiro.
Mlti4o e;tre4o de sua ,ri4eira 4eta4orIose " J D2 a Ior4a di'
nheiro2 torna'se ent0o o ,ri4eiro e;tre4o de sua Mlti4a 4eta4orIose2
D J "2 sua reconvers0o F B3blia. Cada u4a2 ,orR42 dessas duas
4udan/as de Ior4a realiGa'se 4ediante u4a troca entre 4ercadoria
e dinheiro2 4ediante 4udan/a rec3,roca de suas ,osi/=es. !s 4es4as
4oedas chega4 Fs 40os do vendedor co4o Iigura alienada da 4erca'
doria e as dei;a4 co4o Iigura absoluta4ente alienvel da 4ercadoria.
)las 4uda4 duas veGes de ,osi/0o. ! ,ri4eira 4eta4orIose do linho
traG essas 4oedas ,ara o bolso do tecel0o2 a segunda leva'as2 de novo2
,ara Iora. !4bas as 4udan/as o,ostas de Ior4a da 4es4a 4ercadoria
reIlete4'se2 assi42 na du,la 4udan/a de ,osi/0o do dinheiro2 e4
di' re/=es o,ostas.
Se2 no entanto2 sQ tJ4 lugar 4eta4orIoses unilaterais de
4er' cadorias2 4eras co4,ras ou 4eras vendas2 co4o se Kueira2 o
4es4o dinheiro ta4bR4 sQ 4uda u4a veG de lugar. Sua segunda
4udan/a de ,osi/0o e;,ressa se4,re a segunda 4eta4orIose da
4ercadoria2 sua reconvers0o e4 dinheiro. *a re,eti/0o IreKOente da
troca de ,osi/0o das 4es4as 4oedas reIlete'se n0o so4ente a sRrie
de 4eta4orIoses de u4a Mnica 4ercadoria2 4as ta4bR4 o
entrela/a4ento das inu4e' rveis 4eta4orIoses do 4undo das
4ercadorias2 e4 geral. [ Iacil4ente co4,reens3vel Kue tudo isso R
vlido a,enas ,ara a Ior4a si4,les da circula/0o de 4ercadorias2
aKui considerada.
Cada 4ercadoria2 ao dar seu ,ri4eiro ,asso na circula/0o2 F sua

4'0
MARX
#&5 i)lei "o dinheiro( Vn0o te4 nenhu4 outro 4ovi4ento alR4 daKuele Kue lhe R dado ,or
4eio dos ,rodutos.W "+) TRS*). p! cit!2 ,. EE5.(

4'1
OS ECONOMISTAS
,ri4eira 4udan/a de Ior4a2 cai Iora da circula/0o2 na Kual se4,re
entra nova 4ercadoria. dinheiro2 ao contrrio2 co4o 4eio circulante2
4ora constante4ente na esIera da circula/0o e 4ovi4enta'se conti'
nua4ente nela. Surge ,ortanto a ,ergunta2 Kuanto dinheiro essa esIera
continua4ente absorve.
*u4 ,a3s2 ocorre4 todos os dias2 si4ultanea4ente e ,ortanto
correndo ,aralela4ente no es,a/o2 nu4erosas 4eta4orIoses
unilate' rais de 4ercadorias2 ou2 e4 outras ,alavras2 4eras vendas
,or u4 lado2 4eras co4,ras ,or outro. )4 seus ,re/os as 4ercadorias
P est0o eKui,aradas a deter4inadas Kuantidades i4aginrias de
dinheiro. Co4o a Ior4a direta de circula/0o2 aKui considerada2 se4,re
conIronta entre si 4ercadoria e dinheiro2 de Ior4a tang3vel2 u4a
no ,Qlo da venda2 o outro no ,Qlo o,osto da co4,ra2 o volu4e de
4eio circulante reKuerido ,ara o ,rocesso de circula/0o do 4undo das
4ercadorias P est deter4inado ,ela so4a dos ,re/os das
4ercadorias. :e Iato2 o dinheiro re,resenta a,enas de 4odo real a
so4a de ouro P e;,ressa ideal4ente na so4a dos ,re/os das
4ercadorias. ! igualdade dessas so4as entende'se2 ,ortanto2 ,or si
4es4a. Sabe4os2 entretanto2 Kue2 ,er4anecendo iguais os valores
das 4ercadorias2 seus ,re/os varia4 co4 o valor do ,rQ,rio ouro "do
4aterial 4onetrio(2 ,ro,orcional4ente subindo2 Kuando ele cai2 e
caindo Kuando ele sobe. ConIor4e a so4a dos ,re/os das
4ercadorias assi4 subir ou cair2 deve o volu4e do dinheiro
circulante subir ou cair na 4es4a 4edida. ! 4udan/a no volu4e
do 4eio circulante origina'se aKui2 na verdade2 do ,rQ,rio di'
nheiro2 ,orR4 n0o de sua Iun/0o co4o 4eio circulante2 4as si4
de sua Iun/0o co4o 4edida de valor. ,re/o das 4ercadorias
4uda2 ,ri4eiro2 inversa4ente ao valor do dinheiro2 e de,ois 4uda o
volu4e do 4eio circulante direta4ente co4 o ,re/o das 4ercadorias.
Sucederia
o 4es4o IenY4eno2 ,or e;e4,lo2 se n0o ca3sse o valor do ouro2
4as Kue a ,rata o substitu3sse co4o 4edida de valor ou se n0o
subisse o valor da ,rata2 4as Kue o ouro a deslocasse da Iun/0o
de 4edida de valor. )4 u4 caso deveria circular 4ais ,rata Kue
anterior4ente ouro2 no outro 4enos ouro Kue anterior4ente ,rata.
)4 a4bos os casos teria 4udado o valor do 4aterial 4onetrio2 isto
R2 da 4ercadoria Kue Iunciona co4o 4edida dos valores e2 ,or
conseguinte2 a e;,ress0o e4 ,re/o dos valores das 4ercadorias e2
,or isso2 o volu4e do dinheiro circulante2 Kue serve F realiGa/0o
desses ,re/os. Viu'se Kue a esIera de circula/0o das 4ercadorias
te4 u4 buraco atravRs do Kual o ouro ",rata2 e4 su4a2 o 4aterial
4onetrio( nela ,enetra co4o 4ercadoria de dado valor. )sse valor
est ,ressu,osto na Iun/0o do dinheiro co4o 4edida de valor2
,ortanto2 na deter4ina/0o de ,re/os. Se2 ent0o2 ,or e;e4,lo2 o valor
da ,rQ,ria 4edida de valor cai2 isso a,arece ,ri4eiro na 4udan/a de

4'2
MARX
,re/o daKuelas 4ercadorias2 Kue s0o trocadas direta' 4ente2 nas
Iontes da ,rodu/0o dos 4etais nobres ,elos 4es4os en' Kuanto
4ercadorias. )s,ecial4ente e4 estgios 4enos desenvolvidos

4/3
OS ECONOMISTAS
da sociedade burguesa2 grande ,arte das de4ais 4ercadorias continua
durante longo te4,o a ser avaliada ,elo valor ultra,assado e
agora ilusQrio da 4edida de valor. )ntretanto2 u4a 4ercadoria
contagia a outra ,or 4eio de sua rela/0o de valor F 4es4a2 os
,re/os e4 ouro ou e4 ,rata das 4ercadorias se aPusta42
,rogressiva4ente2 Fs ,ro' ,or/=es deter4inadas ,elos seus valores
4es4os2 atR Kue ,or Ii4 todos os valores das 4ercadorias s0o Ii;ados
de acordo co4 o novo valor do 4etal 4onetrio. )sse ,rocesso de
aPusta4ento R aco4,anhado ,elo au4ento cont3nuo dos 4etais
,reciosos2 os Kuais aIlue4 e4 substitui/0o Fs 4ercadorias direta4ente
interca4biadas ,or eles. *a 4es4a 4e' dida2 ,ortanto2 e4 Kue a
Ii;a/0o aPustada dos ,re/os das 4ercadorias se generaliGa2 ou e4 Kue
seus valores s0o Ii;ados segundo o novo valor reduGido e atR certo
,onto continuando a se reduGir2 do 4etal2 P est dis,on3vel u4a
4assa adicional necessria F sua realiGa/0o. C4a ob' serva/0o
unilateral dos Iatos conseKOentes F descoberta das novas Ion' tes de
ouro e de ,rata induGiu2 no sRculo ]VII e notada4ente2 no sRculo
]VIII2 F conclus0o errYnea de Kue os ,re/os das 4ercadorias ter'
se'ia4 elevado ,orKue 4ais ouro e ,rata Iuncionara4 co4o 4eio
circulante. *o Kue segue2 o valor do ouro R ,ressu,osto co4o
dado2 co4o ele2 de Iato2 no 4o4ento da Ii;a/0o dos ,re/os2 R dado.
Sob esse ,ressu,osto2 ,ortanto2 o volu4e do 4eio circulante R
deter4inado ,ela so4a dos ,re/os das 4ercadorias a ser realiGada.
Considere4os2 alR4 disso2 o ,re/o de cada es,Rcie de 4ercadoria co4o
dado^ ent0o a so4a dos ,re/os das 4ercadorias de,ende evidente4ente
da 4assa de 4ercadorias e4 circula/0o. *0o se necessita Kuebrar
a cabe/a ,ara entender Kue2 se # Cuarter de trigo custa 6 libras
esterlinas2
#%% Cuarters custa4 6%% libras esterlinas2 6%% Cuarters2 7%% libras
esterlinas etc.^ co4 a 4assa de trigo deve2 ,ortanto2 crescer a
4assa do dinheiro Kue2 na realiGa/0o da venda2 troca de lugar co4
ele.
Pressu,osto o volu4e de 4ercadorias co4o dado2 a 4assa do
dinheiro circulante oscila ,ara ci4a e ,ara bai;o co4 as
Ilutua/=es de ,re/os das 4ercadorias. )le sobe e cai2 ,orKue a
so4a dos ,re/os das 4ercadorias2 e4 conseKOJncia da 4udan/a dos
,re/os das 4es4as2 cresce ou di4inui. Para isso2 n0o R2 de nenhu4a
Ior4a2 necessrio Kue os ,re/os de todas as 4ercadorias suba4 ou
caia42 ao 4es4o te4,o.
au4ento de ,re/os de certo nM4ero de artigos l3deres2 e4 u4 caso2
ou a Kueda de seus ,re/os2 e4 outro2 basta ,ara Kue a so4a de ,re/os
a ser realiGada de todas as 4ercadorias e4 circula/0o au4ente ou
di4inua2 e ,ortanto ,ara colocar 4ais ou 4enos dinheiro e4 circula/0o.
Suer a 4udan/a de ,re/os das 4ercadorias reIlita reais 4udan/as de
valores ou 4eras oscila/=es dos ,re/os de 4ercado2 o eIeito sobre o
volu4e do 4eio circulante ,er4anece o 4es4o.

4/1
MARX
SePa dado certo nM4ero de vendas ou 4eta4orIoses ,arciais n0o
relacionadas2 si4ultUneas e2 ,ortanto2 es,acial4ente ,aralelas2 co4o2
,or e;e4,lo2 de # Cuarter de trigo2 6% varas de linho2 # B3blia2 7 gal=es

4/4
OS ECONOMISTAS
de aguardente. Se o ,re/o de cada artigo Ior de 6 libras esterlinas2
e
a so4a de ,re/os a realiGar Ior2 ,or isso2 de E libras esterlinas2
deve entrar na circula/0o u4 volu4e de dinheiro de E libras
esterlinas. Has se2 ao contrrio2 as 4es4as 4ercadorias Ior4a4 os
elos de nossa
P conhecida cadeia de 4eta4orIoses9 # Cuarter de trigo L 6
libras esterlinas L 6% varas de linho L 6 libras esterlinas L #
B3blia L 6 libras esterlinas L 7 gal=es de aguardente L 6 libras
esterlinas2 as
6 libras esterlinas ter0o Ieito circular as diversas 4ercadorias2 e4
sRrie2 realiGando sucessiva4ente seus ,re/os e2 ,or conseguinte a so4a
deles2 de E libras esterlinas2 ,ara Iinal4ente re,ousar nas 40os
do destilador. )les e;ecuta4 Kuatro cursos. )ssa re,etida 4udan/a
de ,osi/0o das 4es4as 4oedas re,resenta a du,la 4udan/a de Ior4a
da 4ercadoria2 seu 4ovi4ento atravRs de dois estgios o,ostos da
circu' la/0o e o entrela/a4ento das 4eta4orIoses de 4ercadorias
diIeren' tes.
#&1
!s Iases o,ostas e 4utua4ente co4,le4entares2
,ercorridas ,or esse ,rocesso2 n0o ,ode4 ocorrer ,aralela4ente no
es,a/o2 4as a,enas sucessiva4ente no te4,o. Per3odos Ior4a42
assi42 a 4edida de sua dura/0o2 ou o nM4ero de cursos das 4es4as
4oedas2 e4 dado te4,o2 4ede a velocidade do curso do dinheiro.
Sue o ,rocesso de circula/0o daKuelas Kuatro 4ercadorias dure2
,or e;e4,lo2 u4 dia. !ssi42 a so4a de ,re/os a realiGar i4,orta
e4 E libras esterlinas2 o nM4ero de cursos das 4es4as 4oedas2
durante o dia9 72 e o volu4e de dinheiro circulante2 6 libras
esterlinas ou2 ,ara dado ,er3odo de te4,o do ,rocesso de
circula/0o9
So4a dos ,re/os das 4ercadorias
c
Volu4e do dinheiro Iuncionando
*M4ero de cursos das ,e/as co4o 4eio circulante
4onetrias da 4es4a
deno4ina/0o
)ssa lei vale e4 geral. ,rocesso de circula/0o e4 u4 ,a3s2 e4
dado ,er3odo2 co4,reende na verdade2 ,or u4 lado2 4uitas vendas
"co4,ras( ou 4eta4orIoses ,arciais dis,ersas2 si4ultUneas e es,acial'
4ente ,aralelas2 nas Kuais as 4es4as 4oedas a,enas u4a veG 4uda4
de ,osi/0o ou realiGa4 a,enas u4 sQ curso. Por outro lado2 h 4uitas
cadeias de 4eta4orIoses2 co4 4aior ou 4enor nM4ero de elos2
Kue e4 ,arte corre4 ,aralelas2 e4 ,arte entrela/a4'se e nas
Kuais as 4es4as ,e/as 4onetrias ,ercorre4 cursos 4ais ou 4enos
nu4erosos. :o nM4ero total de cursos de todas as ,e/as
4onetrias Kue se en' contra4 e4 circula/0o2 co4 a 4es4a
deno4ina/0o2 resulta2 contudo2

4/5
MARX
#&1 iS0o os ,rodutos Kue o ,=e4i "o dinheiro( Ve4 4ovi4ento e o IaGe4 circular. "...( Por 4eio
da velocidade de seuW "isto R2 do dinheiro( V4ovi4ento R co4,le4entada sua Kuantidade.
Se necessrio2 desliGa a,enas de u4a 40o F outra2 se4 deter'se u4 4o4ento.W "+) TRS*).
p! cit!2 ,. $#5'$#1.(

4/6
OS ECONOMISTAS
o nM4ero 4Rdio de cursos da ,e/a 4onetria individual ou a velocidade
4Rdia do giro 4onetrio. volu4e de dinheiro2 Kue2 ,or e;e4,lo2 no
co4e/o do ,rocesso de circula/0o R Pogado nele2 R natural4ente deter'
4inado ,ela so4a dos ,re/os das 4ercadorias Kue circula4 si4ultUnea
e ,aralela4ente no es,a/o. PorR42 interna4ente ao ,rocesso2 u4a
,e/a 4onetria2 ,or assi4 diGer2 R tornada res,onsvel ,ela outra.
!celera u4a a velocidade de seu curso2 a outra a desacelera2 ou
ela cai inteira4ente Iora da esIera de circula/0o2 ,ois esta ,ode
a,enas absorver u4a 4assa de ouro2 a Kual2 4ulti,licada ,elo
nM4ero 4Rdio de cursos de seu ele4ento individual2 R igual F so4a
dos ,re/os a ser realiGada. Se2 ,or conseguinte2 o nM4ero de cursos das
,e/as 4onetrias cresce2 di4inui o seu volu4e circulante. :ecresce
o nM4ero de seus cursos2 cresce o seu volu4e. Co4o o volu4e de
dinheiro2 Kue ,ode Iuncionar co4o 4eio circulante2 R dado a
deter4inada velocidade 4R' dia2 te4'se2 ,or e;e4,lo2 a,enas de
Pogar na circula/0o deter4inada Kuantidade de notas de # libra2 ,ara
e;,ulsar outros tantos soverei2ns2 ,roeGa 4uito be4 conhecida de
todos os bancos.
Co4o no curso do dinheiro2 e4 geral2 sQ a,arece o ,rocesso de
circula/0o das 4ercadorias2 isto R2 seu ciclo atravRs de
4eta4orIoses o,ostas2 assi4 na velocidade do giro 4onetrio
a,arece a velocidade de sua 4udan/a de Ior4a2 o cont3nuo
entrela/a4ento das sRries de 4eta4orIoses2 a ,ressa do 4etabolis4o2
o r,ido desa,areci4ento das 4ercadorias da esIera de circula/0o e
sua substitui/0o2 igual4ente r,ida2 ,or novas 4ercadorias. *a
velocidade de circula/0o do dinheiro a,arece assi4 a unidade Iluida
das Iases o,ostas e co4,le4entares2 transIor4a/0o da Iigura de
uso e4 Iigura de valor e retransIor4a/0o de sua Iigura de valor e4
Iigura de uso2 ou de a4bos os ,rocessos de venda e co4,ra.
Inversa4ente2 na desacelera/0o do curso do dinheiro a,arece o Iato
de esses ,rocessos se dissociare4 e se tornare4 anta' gonica4ente
autYno4os2 a ,aralisia da 4udan/a de Ior4a2 e ,or con' seguinte do
4etabolis4o. ! ,rQ,ria circula/0o2 natural4ente2 n0o nos dei;a ver
de onde ,rovR4 essa estagna/0o. )la nos 4ostra a,enas o ,rQ,rio
IenY4eno. ! inter,reta/0o ,o,ular2 Kue vJ2 co4 u4 giro 4o'
netrio 4ais lento2 o dinheiro a,arecer ou desa,arecer 4enos IreKOen'
te4ente e4 todos os ,ontos da ,eriIeria da circula/0o2 tende a atribuir
esse IenY4eno F Kuantidade insuIiciente do 4eio circulante.
#&&
#&& iCo4o o dinheiro "...( re,resenta a 4edida co4u4 ,ara a co4,ra e venda2 KualKuer u4
Kue tenha algo ,ara vender2 4as n0o encontra co4,rador2 est i4ediata4ente ,ro,enso
a ,ensar Kue a cul,a de suas 4ercadorias n0o encontrare4 sa3da seria da Ialta de dinheiro
no kin2dom
P
ou no ,a3s^ da3 a gritaria ,or toda ,arte contra a Ialta de dinheiro2 o
Kue2 entretanto2 R u4 grande erro. "...( :e Kue ,recisa4 essas ,essoas Kue grita4 ,or
dinheiroZ
"...( arrendatrio Kuei;a'se2 "...( ele ,ensa2 se houvesse 4ais dinheiro no ,a3s2
,oderia obter u4 ,re/o ,ara seus bens. "...( )nt0o2 ,arece Kue Ialta'lhe n0o dinheiro2

4/'
MARX
,orR4 u4 ,re/o ,ara seu gr0o e gado Kue ele gostaria de vender2 4as n0o ,ode. "...( Por
Kue ele n0o ,ode conseguir ,re/oZ "...( #( u h trigo e gado de4ais no ,a3s e a
4aioria dos Kue v0o ao 4ercado te42 co4o ele2 necessidade de vender2 e ,oucos de
co4,rar^ ou 6( a sa3da

4//
OS ECONOMISTAS
! Kuantidade global do dinheiro Iuncionando co4o 4eio circu'
lante2 e4 cada ,er3odo2 R assi4 deter4inada2 ,or u4 lado2 ,ela so4a
de ,re/os do 4undo das 4ercadorias circulantes2 ,or outro2 ,elo Ilu;o
4ais lento ou 4ais r,ido de seus ,rocessos antitRticos de circula/0o2
do Kual de,ende Kue Ira/0o dessa so4a de ,re/os ,ode ser
realiGada ,or inter4Rdio das 4es4as ,e/as 4onetrias. ! so4a de
,re/os das 4ercadorias de,ende2 ,orR42 tanto do volu4e co4o dos
,re/os de cada es,Rcie de 4ercadoria. s trJs Iatores9 o 4ovi4ento
dos ,re/os2 o vo' lu4e de 4ercadorias circulantes e2 Iinal4ente2 a
velocidade de circu' la/0o do dinheiro ,ode4 no entanto 4udar e4
dire/=es e ,ro,or/=es diIerentes2 de 4odo Kue a so4a de ,re/os a
realiGar e2 ,or conseguinte2
o volu4e do 4eio circulante ,or ela deter4inado ,ode42 ,ortanto2
,assar ,or nu4erosas co4bina/=es. *Qs enu4era4os aKui a,enas as
4ais i4,ortantes na histQria dos ,re/os das 4ercadorias.
Per4anecendo constantes os ,re/os das 4ercadorias2 ,ode crescer
o volu4e do 4eio circulante2 ,orKue au4enta a 4assa da 4ercadoria
e4 circula/0o ou ,orKue di4inui a velocidade de circula/0o do dinheiro
ou ,orKue a4bos ocorre4 conPunta4ente. !o contrrio2 o volu4e
do 4eio circulante ,ode di4inuir ao di4inuir a 4assa de 4ercadorias
ou ao au4entar a velocidade de circula/0o.
Subindo2 e4 geral2 os ,re/os das 4ercadorias2 o volu4e do 4eio
circulante ,ode ,er4anecer constante2 se a 4assa das 4ercadorias e4
circula/0o di4inuir na 4es4a ,ro,or/0o e4 Kue seu ,re/o
au4enta ou se a velocidade de circula/0o do dinheiro au4entar t0o
ra,ida4ente Kuanto a subida dos ,re/os2 enKuanto a 4assa de
4ercadorias e4 circula/0o ,er4anecer constante. volu4e do
4eio circulante ,ode di4inuir2 ,orKue a 4assa de 4ercadorias
decresce 4ais ra,ida4ente ou a velocidade de giro cresce 4ais
ra,ida4ente Kue os ,re/os.
Caindo2 e4 geral2 os ,re/os das 4ercadorias2 o volu4e do
4eio
circulante ,ode ,er4anecer constante se a 4assa de 4ercadorias cres'
cer na 4es4a ,ro,or/0o e4 Kue seu ,re/o estiver caindo ou se a
ve'
habitual2 ,or 4eio de e;,orta/0o2 ,aralisa'se "...( ou D( o consu4o reduG'se2 Kuando2 ,or
e;e4,lo2 as ,essoas2 e4 conseKOJncia da ,obreGa2 P n0o des,ende4 tanto ,ara a
4anu' ten/0o do4Rstica co4o antes. Por isso2 n0o R o au4ento do dinheiro2 ,uro e
si4,les2 Kue re,ercutiria Iavoravel4ente sobre os bens do arrendatrio2 4as si4 a
eli4ina/0o de u4a
dessas trJs causas Kue real4ente de,ri4e4 o 4ercado. "...( Co4erciante e 4erceeiro
ne' cessita4 igual4ente de dinheiro2 isto R2 co4o os 4ercados ,ara42 Ialta'lhes a
sa3da ,ara os bens2 co4 os Kuais negocia4. "...( C4a na/0o nunca ,ros,era 4ais do
Kue Kuando as riKueGas ,assa4 ra,ida4ente de 40o e4 40o.i "*RT?2 Sir :udle-.
Discourses upon Trade! +ondres2 #1$#2 ,. ##'#52 passim!( Todos os e4bustes de
?errenschXand se resu4e4 na idRia de Kue as contradi/=es Kue se origina4 da
natureGa da 4ercadoria e2 ,ortanto2 a,arece4 na circula/0o 4ercantil2 ,ode4 ser
su,ri4idas 4ediante au4ento do 4eio cir' culante. :a ilus0o ,o,ular Kue atribui a

4/0
MARX
,aralisa/0o dos ,rocessos de ,rodu/0o e circula/0o
a u4a Ialta de 4eio circulante2 n0o segue2 de 4odo algu42 o o,osto2 ou sePa2 Kue a
Ialta real de 4eio circulante2 ,or e;e4,lo2 e4 conseKOJncia de tra,alhadas oIiciais co4 a
re2u- lation of currencD,
PP
n0o ,ossa2 ,or seu lado2 ,rovocar ,aralisa/=es.
P
Reino. "*. dos T.(
PP
Regula/0o do curso 4onetrio. "*. dos T.(

4/1
OS ECONOMISTAS
locidade de circula/0o do dinheiro di4inuir na 4es4a ,ro,or/0o Kue
os ,re/os. )la ,ode crescer se a 4assa de 4ercadorias crescer
4ais r,ido ou a velocidade de circula/0o di4inuir 4ais
ra,ida4ente do Kue os ,re/os das 4ercadorias estivere4 caindo.
!s varia/=es dos diIerentes Iatores ,ode4 co4,ensar'se reci,ro'
ca4ente2 de tal Ior4a Kue2 a des,eito de sua cont3nua instabilidade2
a so4a total dos ,re/os das 4ercadorias a realiGar ,er4anece constante
e2 ,or conseKOJncia2 ta4bR4 o volu4e de dinheiro circulante.
)ncon' tra'se ,or isso2 sobretudo ao observar ,er3odos 4ais longos2
u4 n3vel 4Rdio 4uito 4ais constante do volu4e de dinheiro
circulante e4 cada ,a3s assi4 co4o L co4 e;ce/0o de Iortes
,erturba/=es Kue se origina4 ,eriodica4ente das crises da ,rodu/0o e
do co4Rrcio2 4ais rara4ente de u4a 4udan/a do ,rQ,rio valor do
dinheiro L desvios 4uito 4enores desse n3vel 4Rdio2 do Kue F
,ri4eira vista seria de se es,erar.
! lei2 segundo a Kual a Kuantidade do 4eio circulante R deter'
4inada ,ela so4a de ,re/os das 4ercadorias e4 circula/0o e ,ela
velocidade 4Rdia de circula/0o do dinheiro2
#&E
,ode ta4bR4 ser e;'
,ressa assi49 dadas a so4a de valores das 4ercadorias e a velocidade
4Rdia de suas 4eta4orIoses2 a Kuantidade do dinheiro ou do 4aterial
4onetrio e4 circula/0o de,ende de seu ,rQ,rio valor. ! ilus0o de
Kue2 ao contrrio2 os ,re/os das 4ercadorias s0o deter4inados ,elo
vo' lu4e do 4eio circulante e o Mlti4o2 ,or seu lado2 ,elo volu4e
do 4a' terial 4onetrio e;istente e4 u4 ,a3s
#&$
te4 suas ra3Ges
nos re,re'
#&E i);iste deter4inada 4edida e ,ro,or/0o de dinheiro necessrias ,ara 4anter e4 4archa
o co4Rrcio de u4a na/0o^ u4 4ais ou 4enos ,rovocar'lhe'ia u4a Kuebra. !ssi4 co4o
nu4 ,eKueno estabeleci4ento varePista R necessria certa Kuantidade de farthin2s ,ara
trocar 4oedas de ,rata e ,ara IaGer ,aga4entos Kue n0o ,ode4 ser eIetuados co4 as
4enores 4oedas de ,rata. "...( !ssi4 co4o a ,ro,or/0o nu4Rrica de farthin2s necessrios
,ara o co4Rrcio de,ende do nM4ero de co4,radores2 da IreKuJncia de suas co4,ras e2
sobretudo2 ta4bR4 do valor da 4enor 4oeda de ,rata2 de 4odo se4elhante2 a
,ro,or/0o do dinheiro necessrio ,ara nosso co4Rrcio "4oedas de ouro e ,rata( R
deter4inada ,ela IreKOJncia das transa/=es e ,elo ta4anho dos ,aga4entos.i "P)TT>2
<illia4. A Treatise on Ta:es and Contri.utions. +ondres2 #11&. ,. #&.( !. >oung
deIendeu a teoria de ?u4e2 contra J. Steuart e outros2 e4 seu Political Arithmetic2
+ondres2 #&&72 nu4 ca,3tulo ,rQ,rio9 VPrices :e,end on Suantit- oI Hone-W2 ,. ##6 et
seCs. )u observo e4 Tunt Kritik etc. ,.
#7$9 V! Kuest0o da Kuantidade da 4oeda circulante2 ele "!da4 S4ith( su,ri4e tacita4ente2
ao tratar o dinheiro de 4odo total4ente errYneo2 co4o si4,les 4ercadoriaW. Isso vale
a,enas na 4edida e4 Kue !. S4ith trata e: officio
P
do dinheiro. casional4ente2 entretanto2
,or e;e4,lo2 na cr3tica aos siste4as 4ais antigos de )cono4ia Pol3tica2 ele se
,ronuncia correta4ente9 V! Kuantidade de dinheiro cunhado de cada ,a3s R regulada
,or 4eio do valor das 4ercadorias2 cuPa circula/0o ela te4 de 4ediar. "...( valor dos
bens co4,rados
e vendidos anual4ente nu4 ,a3s e;ige certa Kuantidade de dinheiro ,ara IaGJ'los circular
e distribu3'los aos seus verdadeiros consu4idores2 4as n0o ,ode criar ,ara 4ais
dinheiro nenhu4a a,lica/0o. canal da circula/0o atrai necessaria4ente u4a so4a Kue R
suIiciente ,ara ,reenchJ'lo2 4as nunca absorve u4a 4aiorW. "@ealth of ?ations lv. IIIm
#. IV. ca,. I
l,. E&'E$m.( :e Ior4a se4elhante !. S4ith inicia sua obra e: officio co4 u4a a,oteose da

4/2
MARX
divis0o do trabalho. :e,ois2 no Mlti4o livro sobre as Iontes das rendas do )stado2 re,roduG
ele2 ocasional4ente2 a denMncia da divis0o do trabalho2 de !. Ferguson2 seu 4estre.
P
);,licita4ente. "*. dos T.(
#&$ is ,re/os das coisas subir0o segura4ente e4 cada ,a3s2 na 4edida e4 Kue cresce a
Kuantidade de ouro e ,rata entre as ,essoas^ ,or conseguinte Kuando o ouro e a ,rata

403
OS ECONOMISTAS
sentantes originais da insossa hi,Qtese de Kue 4ercadorias se4 ,re/o
e dinheiro se4 valor entra4 no ,rocesso de circula/0o e l ent0o u4a
,arte al3Kuota do angu Ior4ado ,elas 4ercadorias R interca4biada
,or u4a ,arte al3Kuota da 4ontanha de 4etal.
#E%
cL A moeda! si2no do valor
:a Iun/0o do dinheiro co4o 4eio circulante surge sua Iigura de
4oeda. ! Ira/0o de ,eso do ouro2 re,resentada ,elo ,re/o ou no4e
4onetrio das 4ercadorias2 te4 de deIrontar'se co4 estas na circula/0o
nu4 ,a3s se reduGe42 os ,re/os de todas as 4ercadorias deve4 cair ta4bR4 ,ro,orcional'
4ente a essa di4inui/0o do dinheiro.i "V!*:)R+I*T2 Jacob. "oneD AnsAers all Thin2s.
+ondres2 #&D7. ,. 5.( C4a co4,ara/0o 4ais ,or4enoriGada entre Vanderlint e os V)ssa-sW
de ?u4e n0o dei;a a 4i4 a 4enor dMvida de Kue ?u4e conheceu e utiliGou o
escrito2 alis signiIicativo2 de Vanderlint. ! idRia de Kue o volu4e do 4eio circulante
deter4ina os ,re/os encontra'se ta4bR4 e4 Barbon e e4 outros escritores ainda 4uito
4ais antigos. V*enhu4a inconveniJnciaW2 diG Vanderlint2 V,ode surgir do co4Rrcio
desi4,edido2 4as a,e' nas grandes vantagens2 ,ois Kuando a Kuantidade de dinheiro eIetivo
da na/0o Ior di4inu3da ,or 4eio dele2 o Kue as 4edidas de ,roibi/0o deve4 i4,edir2 as
outras na/=es2 ,ara as Kuais Ilui o dinheiro2 veriIicar0o certa4ente Kue os ,re/os de
todas as coisas subir0o na 4edida e4 Kue nelas cresce a Kuantidade de dinheiro
eIetivo. ) "...( nossos ,rodutos de 4anuIatura e todas as outras 4ercadorias logo Iicar0o
t0o baratos Kue a balan/a co4ercial outra veG se tornar Iavorvel a nQs e2 e4
conseKOJncia disso2 o dinheiro Ilui de volta ,ara *Qs.W "p! cit!2 ,. 7D'77.(
#E% [ evidente Kue cada ti,o individual de 4ercadoria constitui2 ,or 4eio de seu ,re/o2
u4 ele4ento da so4a dos ,re/os de todas as 4ercadorias e4 circula/0o. PorR42 co4o
valores de uso inco4ensurveis entre si deve4 trocar'se en masse
P
co4 a 4assa de ouro
ou ,rata e;istente nu4 ,a3s R total4ente inco4,reens3vel. Se ardilosa4ente se
converte o 4undo das 4ercadorias e4 u4a Mnica 4ercadoria global2 da Kual cada
4ercadoria constitui a,enas u4a ,arte al3Kuota2 obtR4'se o lindo e;e4,lo arit4Rtico9
Hercadoria global c : Kuintais de ouro. Hercadoria A c ,arte al3Kuota da 4ercadoria
global c a 4es4a ,arte al3Kuota de
: Kuintais de ouro. HontesKuieu e;,ressa isso honesta4ente9 VSuando se co4,ara a 4assa
de ouro e ,rata e;istente no 4undo co4 a so4a das 4ercadorias e;istentes2 do
4es4o 4odo ,ode'se certa4ente co4,arar cada ,roduto es,ec3Iico2 isto R2 4ercadoria2
co4 u4a Kuantidade deter4inada de dinheiro. Su,onha4os Kue e;ista a,enas u4
Mnico ,roduto2 ou sePa2 u4a Mnica 4ercadoria2 no 4undo2 ou Kue a,enas u4a sePa
co4,rada2 e Kue ela sePa divis3vel2 da 4es4a Ior4a Kue o dinheiro9 certa ,arte dessa
4ercadoria corres,onder ent0o F ,arte da 4assa de dinheiro^ a 4etade da totalidade
das 4ercadorias F 4etade da 4assa total de dinheiro etc. "...( a deter4ina/0o dos ,re/os
das 4ercadorias de,ende se4,re2 Iunda4ental4ente2 da rela/0o entre a Kuantidade total
das 4ercadorias e a Kuantidade total dos signos 4onetriosW. "H*T)SSCI)C. p!
cit!2 t. III2 ,. #6'#D.( Sobre o desen' volvi4ento ulterior dessa teoria2 ,or Ricardo2 seu
disc3,ulo Ja4es Hill2 +ord verstone etc. co4,are Tur Kritik etc.2 ,. #7%'#71 e ,. #5%
et seCs! sr. J. St. Hill consegue2 co4 sua habitual lQgica eclRtica2 adotar o ,onto de
vista de seu ,ai2 J. Hill2 e si4ultanea4ente
o o,osto. Co4,are'se o te;to de seu co4,Jndio Princ! of Pol! *con! co4 o ,reIcio ",ri4eira
edi/0o(2 no Kual ele 4es4o se anuncia co4o o !da4 S4ith conte4,orUneo2 ent0o n0o
se sabe o Kue 4ais ad4irar2 se a ingenuidade do ho4e4 ou a do ,Mblico Kue o aceita
credu' la4ente co4o u4 !da4 S4ith2 co4 o Kual ele se asse4elha tanto Kuanto o General
<illia4s Kars von Kars ao :uKue de <ellington. !s ,esKuisas originais do sr. J. St.
Hill2 ne4 e;tensas ne4 ricas e4 conteMdo2 no ca4,o da )cono4ia Pol3tica2 desIila4 todas
e4 Ior4a/0o e4 sua brochurinha a,arecida e4 #E779 <ome Mnsettled 3uestions of
Political *conomD! +oc\e enuncia direta4ente a cone;0o entre a ine;istJncia de valor
e4 ouro e ,rata e a deter4ina/0o de seu valor ,or 4eio da Kuantidade. VTendo a
hu4anidade acordado e4 conIerir ao ouro e F ,rata u4 valor i4aginrio "...( o valor
intr3nseco2 Kue se observa nesses 4etais2 R nada 4ais Kue a sua Kuantidade.W "<ome
Considerations etc. #1$#2 In9 @orks! )d. #&&&. v. II2 ,. #5.(

401
MARX
P
)4 4assa. "*. dos T.(

404
OS ECONOMISTAS
sob a Ior4a de u4a ,e/a de ouro de igual deno4ina/0o ou 4oeda.
!ssi4 co4o a Ii;a/0o do ,adr0o dos ,re/os2 a cunhage4 R incu4bJncia
do )stado. *os diversos uniIor4es nacionais vestidos ,elo ouro e a
,rata enKuanto 4oedas e dos Kuais s0o desvestidos no 4ercado 4un'
dial2 a,arece o divQrcio entre as esIeras internas ou nacionais de
cir' cula/0o das 4ercadorias e a sua esIera geral2 o 4ercado
4undial.
Hoeda de ouro e barras de ouro diIerencia4'se original4ente
a,enas ,ela grava/0o2 e o ouro R suscet3vel de ,assar constante4ente
de u4a Ior4a F outra.
#E#
Has o ca4inho ,ara dei;ar de ser 4oeda R2
ao 4es4o te4,o2 a 4archa ao cadinho. Pois2 na circula/0o2 as 4oedas
de ouro se desgasta42 u4a 4ais2 a outra 4enos. t3tulo de ouro
e
a substUncia de ouro2 o conteMdo no4inal e conteMdo real co4e/a4
seu ,rocesso de dissocia/0o. Hoedas de ouro de 4es4a
deno4ina/0o assu4e4 valor desigual2 ,or tere4 ,esos diIerentes.
ouro co4o 4eio circulante diIerencia'se do ouro co4o ,adr0o dos
,re/os e dei;a co4 isso de ser ta4bR4 eKuivalente verdadeiro das
4ercadorias2 cuPos ,re' /os realiGa. ! histQria dessa desorde4 Ior4a
a histQria das 4oedas da Idade HRdia e dos te4,os 4odernos atR o
sRculo ]VIII. ! tendJncia natural4ente es,ontUnea do ,rocesso de
circula/0o de converter a es' sJncia urea da 4oeda e4 a,arJncia
urea ou a 4oeda nu4 s34bolo de seu conteMdo 4etlico oIicial R
reconhecida 4es4o ,elas leis 4ais 4odernas sobre o grau de ,erda
4etlica Kue torna u4a ,e/a de ouro inca,aG de circular ou a
des4onetiGa.
Se o ,rQ,rio curso do dinheiro dissocia o conteMdo real do conteMdo
no4inal da 4oeda2 sua e;istJncia 4etlica de sua e;istJncia Iuncional2
ele P contR4 latente4ente a ,ossibilidade de substituir o dinheiro
4etlico e4 sua Iun/0o de 4oeda ,or senhas de outro 4aterial ou ,or
s34bolos. !s diIiculdades tRcnicas ,ara cunhar Ira/=es ,eKuen3ssi4as
de ,eso de ouro ou ,rata e o Iato de Kue originaria4ente se
e4,re' gasse42 co4o 4edidas de valores2 e circulasse42 co4o
dinheiro2 outros 4etais de categoria inIerior F dos 4etais ,reciosos2
,rata e4 veG de ouro e cobre e4 veG de ,rata2 atR o instante e4
Kue o 4etal ,recioso
#E# )st2 natural4ente2 4uito alR4 do 4eu obPetivo tratar de detalhes co4o cunhage4 e
outros se4elhantes. ! ,ro,Qsito da ad4ira/0o Kue o sicoIanta ro4Untico !da4 Hueller
devota F Vgrandiosa liberalidadeW2 co4 a Kual Vo Governo inglJs cunha gratuita4enteW2
P
vePa4os o seguinte ,arecer de Sir :udle- *orth9 VPrata e ouro a,resenta42 co4o
outras 4ercadorias2 Ilu;o e reIlu;o. Suando chega u4 carrega4ento da )s,anha2 "...( ele R
traGido ao ToXer e cunhado. *0o 4uito de,ois2 surge ,rocura ,or barras ,ara a e;,orta/0o.
Suando no entanto n0o h nenhu4a dis,on3vel2 ,orKue todas est0o2 ,or acaso2
cunhadas2 o Kue IaGerZ Fundi'las de novo^ isso n0o signiIica nenhu4a ,erda2 ,ois
cunhar n0o custa nada ao ,ro,rietrio. Has a na/0o te4 o ,rePu3Go2 ,ois ela ,aga ,elo
entran/ar da ,alha2 co4 Kue se ali4enta de,ois o burro. WSe o co4erciantei "*orth era

405
MARX
ele 4es4o u4 dos 4aiores co4erciantes ao te4,o de Charles II( Vtivesse de ,agar u4
,re/o ,ela cunhage42 n0o enviaria sua ,rata ao ToXer se4 reIletir2 e dinheiro cunhado
teria se4,re u4 valor 4ais alto Kue ,rata n0o a4oedada.W "*RT?. p! cit!2 ,. #E.(
P
HC)++)R2 !. ?. Die *lemente der <taatskunst! Parte Segunda. Berli42 #E%$. ,. 6E%
"*. da )d. !le40.(

406
OS ECONOMISTAS
os destrona2 e;,lica4 historica4ente o ,a,el das senhas de ,rata e
cobre co4o substitutos da 4oeda de ouro. )las substitue4 o ouro na'
Kueles setores da circula/0o de 4ercadorias e4 Kue a 4oeda
circula co4 4aior ra,ideG e2 ,ortanto2 desgasta'se 4ais
ra,ida4ente2 isto R2 onde as co4,ras e as vendas sucede4
incessante4ente e4 ,ro,or/=es 3nIi4as. Para i4,edir esses satRlites
de ocu,are4 deIinitiva4ente o lugar do ouro2 a lei se encarrega de
deter4inar as ,ro,or/=es 4uito reduGidas e4 Kue R obrigatQrio
sere4 aceitas e4 ,aga4ento2 e4 lugar de ouro. !s esIeras
,articulares2 e4 Kue circula4 as diversas classes de 4oedas2
conIunde4'se natural4ente. ! 4oeda divisionria a,arece ao lado do
ouro2 ,ara o ,aga4ento de Ira/=es da 4enor 4oeda de ouro^ o
ouro ,enetra constante4ente na circula/0o varePista2 4as R da3
e;,ulso co4 a 4es4a constUncia 4ediante a troca ,or 4oedas
divisionrias.
#E6
conteMdo 4etlico das senhas de ,rata e de cobre R deter4inado
de Ior4a arbitrria ,ela lei. *a circula/0o elas se desgasta4
ainda 4ais ra,ida4ente Kue a 4oeda de ouro. )2 ,ortanto2 sua
Iun/0o 4o' netria torna'se2 de Iato2 total4ente inde,endente de seu
,eso2 isto R2 de todo o valor. ! e;istJncia do ouro co4o 4oeda
dissocia'se radical' 4ente de sua substUncia de valor. Coisas
relativa4ente se4 valor2 bilhetes de ,a,el2 ,ode4 ,ortanto Iuncionar2
e4 seu lugar2 co4o 4oeda. *as senhas 4etlicas de dinheiro2 o carter
,ura4ente si4bQlico ainda est e4 certa 4edida oculto. *a 4oeda
,a,el revela'se ,lena4ente. Co4o se vJ2 ce nSest pas Cue le premier
pas Cue co]te.
#ED
Trata'se aKui a,enas de 4oeda ,a,el do )stado co4 curso
Ior/ado. rigina'se direta4ente do curso 4etlico. dinheiro de
crRdito ,res' su,=e2 ao contrrio2 rela/=es Kue2 do ,onto de vista da
circula/0o si4,les das 4ercadorias2 ainda nos s0o inteira4ente
desconhecidas. bserve' 4os2 ,orR42 de ,assage42 Kue2 do 4es4o
4odo Kue a verdadeira 4oeda ,a,el origina'se da Iun/0o do dinheiro
co4o 4eio circulante2 o dinheiro de crRdito ,ossui sua raiG
natural4ente desenvolvida na Iun/0o do dinheiro co4o 4eio de
,aga4ento.
#E7
#E6 iSuando P n0o h dinheiro de ,rata alR4 do necessrio ,ara os ,eKuenos ,aga4entos2
n0o ,ode ser reunido e4 Kuantidades suIicientes ,ara ,aga4entos 4aiores. "...( uso
de ouro ,ara grandes ,aga4entos i4,lica ta4bR42 necessaria4ente2 seu uso no
co4Rrcio
varePista9 Sue4 ,ossui 4oedas de ouro usa'as ta4bR4 ,ara co4,ras 4enores e recebe de
volta co4 as 4ercadorias co4,radas o resto e4 ,rata^ assi4 R o resto e;cedente e4 ,rata2
Kue de outra 4aneira ,esaria ao co4erciante varePista2 retirado deste e lan/ado de
volta na circula/0o geral. Suando2 ,orR42 e;iste tanta ,rata Kue os ,eKuenos ,aga4entos
,ode4 ser realiGados inde,endente4ente do ouro2 ent0o o varePista receber ,rata ,or
,eKuenas co4,ras2 Kue ser necessaria4ente acu4ulada ,or ele.i "BCC?!*!*2 :avid.
/nCuirD into the Ta:ation and Commercial PolicD of ,reat 'ritain! )di4burgo2 #E772 ,.
67E'67$.(
#ED So4ente o ,ri4eiro ,asso R Kue custa. "*. dos T.(

40'
MARX
#E7 4andari4 das Iinan/as <an'4ao'in se ,er4itiu sub4eter ao Filho do CRu u4
,roPeto cuPo obPetivo secreto era transIor4ar os assi2nats i4,eriais chineses e4 notas
bancrias convers3veis. *o relatQrio do co4itJ de assi2nats de abril de #E57 recebeu
4erecida re,ri' 4enda. Se ele recebeu ta4bR4 as obrigatQrias vergastadas de ba4bu2
n0o est relatado. V co4itJW2 diG o Iinal do relatQrio2 Ve;a4inou atenta4ente seu
,roPeto e acha Kue tudo

40/
OS ECONOMISTAS
Bilhetes de ,a,el Kue leva4 i4,ressos deno4ina/=es 4onetrias2
co4o # libra esterlina2 5 libras esterlinas etc.2 s0o lan/ados de
Iora ,elo )stado no ,rocesso de circula/0o. *a 4edida e4 Kue
real4ente circula4 e4 lugar da so4a de ouro de 4es4a deno4ina/0o2
reIlete4'se e4 seu 4ovi4ento a,enas as leis do ,rQ,rio curso do
dinheiro. C4a lei es,ec3Iica da circula/0o do ,a,el so4ente ,ode
originar'se de sua rela/0o de re,resentatividade do ouro. ) a lei R
si4,les4ente esta9 Kue a e4iss0o de 4oeda ,a,el deve li4itar'se
F Kuantidade na Kual
o ouro "ou a ,rata(2 si4bolica4ente ,or ela re,resentado2 real4ente
teria Kue circular. [ claro Kue a Kuantidade de ouro Kue a esIera
da circula/0o ,ode absorver oscila continua4ente aci4a ou abai;o de
de' ter4inado n3vel 4Rdio. )ntretanto2 o volu4e do 4eio
circulante2 e4 dado ,a3s2 nunca desce abai;o de deter4inado
43ni4o2 Kue se Ii;a segundo a e;,eriJncia. Iato de Kue essa
4assa 43ni4a 4uda con' tinua4ente seus co4,onentes2 isto R2 de
Kue ela se co4,=e de ,e/as de ouro se4,re diIerentes2
natural4ente n0o altera nada e4 seu ta' 4anho e e4 seu
constante 4ovi4ento na esIera da circula/0o. )la ,ode2 ,or isso2 ser
substitu3da ,or s34bolos do ,a,el. Se hoPe todos os canais de
circula/0o s0o ,reenchidos co4 4oeda ,a,el e4 grau ,leno de sua
ca,acidade de absor/0o de dinheiro2 a4anh02 e4 virtude das
oscila/=es na circula/0o de 4ercadorias2 eles ,ode4 estar su,ercheios.
Perde4'se ent0o todas as 4edidas. Cltra,assa o ,a,el2 ,orR42 sua
4edida2 isto R2 a Kuantidade de 4oeda de ouro co4 a 4es4a
deno' 4ina/0o Kue ,oderia circular abstraindo'se o ,erigo do descrRdito
geral2
e ele re,resenta no 4undo das 4ercadorias a,enas a Kuantidade de
ouro deter4inada ,elas suas leis i4anentes2 ,ortanto2 so4ente a Kue
R suscet3vel de ser re,resentada. Se2 ,or e;e4,lo2 a 4assa de bilhetes
de ,a,el re,resenta 6 on/as de ouro2 ,or cada on/a2 ent0o # libra
esterlina torna'se2 de Iato2 a deno4ina/0o 4onetria de2 diga4os2 #`E
de on/a e4 veG de #`7 de on/a. eIeito R o 4es4o Kue se o ouro
tivesse sido 4odiIicado e4 sua Iun/0o co4o 4edida dos ,re/os. s
4es4os valores2 ,ortanto2 Kue se e;,ressava4 antes no ,re/o de #
libra esterlina2 e;,ressa4'se agora no ,re/o de 6 libras esterlinas.
! 4oeda ,a,el R o signo de ouro ou signo de dinheiro. Sua rela/0o
nele resulta vantaPoso ,ara os co4erciantes e nada sendo de vantage4 ,ara a Coroa.W
"Ar.eiten der Kaiserlich -ussischen ,esandtschaft &u Pekin2 ue.er China! !us de4
Rus' sischen von dr. K. !belund F. !. Hec\lenburg. v. I2 Berli42 #E5E2 ,. 57.( Sobre a
cont3nua des4etaliGa/0o das 4oedas de ouro2 devida a seu curso2 diG u4 2overnor
P
do
Ban\ oI
)ngland2 co4o teste4unha ,erante o ?ouse oI +ordns Co44ittee "sobre 'ankacts
PP
(9 VTodo
ano u4a nova classe de soverei2nsW
PPP
"estes n0o ,ol3ticos2 ,ois soverei2n R o no4e da libra
esterlina( Vtorna'se leve de4ais. ! classe Kue nu4 ano ,assa ,or ter ,eso ,leno2 ,erde
,elo desgaste o bastante ,ara tornar'lhe2 no ano seguinte2 a balan/a desIavorvelW. "?ouse
oI +ordns Co44ittee #E7E2 n8 76$.(

400
MARX
P
Governador. "*. dos T.(
PP
+eis bancrias. "*. dos T.(
PPP
C4 Pogo de ,alavras9 <overei2n signiIica VsoberanoW2 V4onarcaW2 4as R2 ao 4es4o te4,o2
o no4e de u4a 4oeda de ouro inglesa "# libra esterlina(. "*. da )d. !le40.(

401
OS ECONOMISTAS
co4 os valores 4ercantis consiste a,enas e4 Kue estes est0o
e;,ressos
ideal4ente nas 4es4as Kuantidades de ouro Kue s0o re,resentadas
si4' bQlica e sensivel4ente ,elo ,a,el. So4ente na 4edida e4 Kue
re,resenta Kuantidades de ouro2 Kue s0o ta4bR42 co4o todas as
Kuantidades de 4ercadorias2 Kuantidades de valor2 a 4oeda ,a,el R
signo de valor.
#E5
Pergunta'se2 Iinal4ente2 ,or Kue o ouro ,ode ser substitu3do ,or
4eros signos de si 4es4o2 se4 valorZ PorR42 co4o P Ioi visto2 o ouro
R so4ente substitu3vel na 4edida e4 Kue2 e4 sua Iun/0o co4o 4oeda
ou co4o 4eio circulante2 R isolado ou tornado autYno4o.
)ntretanto2 essa Iun/0o n0o se torna autYno4a ,ara 4oedas
individuais de ouro2 e4bora sua autono4ia a,are/a no Iato de Kue
,e/as de ouro desgas' tadas continua4 a circular. !s ,e/as de ouro
s0o si4,les 4oedas ou 4eio circulante so4ente enKuanto
eIetiva4ente circula4. Kue2 ,o' rR42 n0o vale ,ara u4a 4oeda
individual de ouro2 R a,licvel F 4assa 43ni4a de ouro substitu3vel
,or 4oeda ,a,el. )sta reside constante' 4ente na esIera de
circula/0o2 Iunciona continua4ente co4o 4eio cir' culante e e;iste2
,ortanto2 e;clusiva4ente co4o ,ortador dessa Iun/0o. Seu 4ovi4ento
li4ita'se a re,resentar as 4uta/=es rec3,rocas cont3' nuas Kue
Ior4a4 os ,rocessos antagYnicos da 4eta4orIose das 4er'
cadorias2 " J D J "2 e4 Kue F 4ercadoria se deIronta sua
Iigura de valor ,ara i4ediata4ente desa,arecer de novo. !
re,resenta/0o autYno4a do valor de troca da 4ercadoria R2 aKui2
a,enas u4 4o4ento eIJ4ero. [ substitu3da de i4ediato ,or outra
4ercadoria. Por isso2 basta Kue o dinheiro e;ista a,enas de Ior4a
si4bQlica nu4 ,rocesso Kue o IaG ,assar continua4ente de 40o e4
40o. Sua e;istJncia Iun' cional absorve2 ,or assi4 diGer2 sua
e;istJncia 4aterial. ReIle;o obPe' tivado evanescente dos ,re/os das
4ercadorias2 Iunciona a,enas co4o signo de si 4es4o e2 ,or isso2 ,ode
ser substitu3do ,or outros signos.
#E1
#E5 *ota F 6k edi/0o. Co4o Ialta clareGa F conce,/0o das diIerentes Iun/=es do dinheiro2 4es4o
nos 4elhores escritores sobre o siste4a 4onetrio2 de4onstra2 ,or e;e4,lo2 a seguinte
,assage4 de Fullarton9 VSuanto F nossa troca interna2 todas as Iun/=es do dinheiro2
Kue s0o costu4eira4ente ,reenchidas ,or 4oedas de ouro e ,rata2 ,ode4 ser
dese4,enhadas
co4 a 4es4a eIiccia ,or u4a circula/0o de notas n0o convers3veis2 Kue n0o tJ4 nenhu4
outro valor sen0o esse valor artiIicial e Iunda4entado e4 conven/0o2 Kue recebera4
,or lei L u4 Iato Kue2 ,enso eu2 n0o ,ode ser contestado. C4 valor dessa es,Rcie
,oderia servir a todos os obPetivos de u4 valor intr3nseco e atR 4es4o tornar su,RrIlua a
necessidade de u4 ,adr0o de valor2 desde Kue a Kuantidade de suas e4iss=es sePa
4antida dentro dos li4ites ,ertinentesW. "FCR++!RT*. -e2ulation of Currencies! 6k
ed.2 +ondres2 #E75. ,.
6#.( !ssi42 co4o a 4ercadoria 4onetria ,ode ser substitu3da na circula/0o ,or 4eros
signos de valor2 R ela su,RrIlua co4o 4edida dos valores e ,adr0o dos ,re/osj
#E1 :o Iato de ouro e ,rata2 enKuanto 4oeda ou na Iun/0o e;clusiva de 4eio circulante2
tor' nare4'se s34bolos deles 4es4os2 deriva *icholas Barbon o direito dos governos to
raise moneD,
P
isto R2 ,or e;e4,lo2 dar a u4 Cuantum de ,rata2 Kue se cha4ou

402
MARX
,roschen, a deno4ina/0o de u4 Cuantum 4aior de ,rata2 co4o Taler, e assi4 ,agar os
credores co4 ,roschen, e4 veG de Taler! V:inheiro se desgasta e torna'se 4ais leve
,elas 4Mlti,las veGes Kue R contado. "...( [ a deno4ina/0o e o curso do dinheiro o Kue
as ,essoas Kue co4ercia4 observa42 e n0o a Kuantidade de ,rata. "...( [ a autoridade
do )stado Kue IaG do 4etal dinheiro.W "B!RB*2 *. p! cit!2 ,. 6$'D%2 65.(
P
)levar o dinheiro. "*. dos T.(

413
OS ECONOMISTAS
signo do dinheiro sQ necessita de sua validade social obPetiva ,rQ,ria
e esta R recebida ,elo s34bolo de ,a,el 4ediante o curso Ior/ado. )sse
curso Ior/ado ,elo )stado rege so4ente dentro das Ironteiras de
u4a co4unidade ou na esIera interna de circula/0o2 4as ta4bR4
so4ente aKui o dinheiro reduG'se total4ente F sua Iun/0o de 4eio
circulante ou de 4oeda2 e ,ode2 ,ortanto2 receber na 4oeda ,a,el u4a
4odalidade de e;istJncia ,ura4ente Iuncional e e;terior4ente
se,arada de sua substUncia 4etlica.
5( Di.7eiro
! 4ercadoria Kue Iunciona co4o 4edida de valor e ta4bR42
cor' ,oral4ente ou ,or inter4Rdio de re,resentantes2 co4o 4eio
circulante2
R dinheiro. ouro "ou ,rata( R2 ,ortanto2 dinheiro. Co4o dinheiro
Iunciona2 ,or u4 lado2 onde a,arece e4 sua cor,oralidade urea
"ou ,rateada(2 isto R2 co4o 4ercadoria 4onetria2 ,ortanto2 ne4
a,enas de Ior4a ideal2 co4o na 4edida de valor2 ne4 sendo
suscet3vel de re,resenta/0o2 co4o no 4eio circulante^ ,or outro
lado2 onde sua Iun/0o2 Kuer a e;ecute e4 ,essoa2 Kuer ,or 4eio de
re,resentantes2 Ii;a'o co4o Iigura de valor e;' clusiva ou Mnica
e;istJncia adeKuada do valor de troca ,erante todas as de4ais
4ercadorias2 enKuanto si4,les valores de uso.
aL *ntesouramento
ciclo cont3nuo das duas 4eta4orIoses contra,ostas da 4erca'
doria ou a rota/0o Iluida de co4,ra e venda revela'se no
inIatigvel curso do dinheiro ou e4 sua Iun/0o de perpetuum mo.ile da
circula/0o.
dinheiro i4obiliGa'se ou transIor4a'se2 co4o disse Boisguillebert2
de meu.le e4 immeu.le2
#E&
de 4oeda e4 dinheiro2 assi4 Kue se
in' terro4,a a sRrie de 4eta4orIoses e a venda n0o se co4,leta
co4 a co4,ra seguinte.
Co4 o desenvolvi4ento inicial da ,rQ,ria circula/0o de
4erca' dorias2 desenvolve'se a necessidade e a ,ai;0o de Ii;ar o
,roduto da ,ri4eira 4eta4orIose2 a Ior4a 4odiIicada da
4ercadoria ou a sua crislida urea.
#EE
Vende4'se 4ercadorias n0o
,ara co4,rar 4erca' dorias2 4as ,ara substituir a Ior4a
4ercadoria ,ela Ior4a dinheiro. :e si4,les inter4edia/0o do
4etabolis4o2 essa 4udan/a de Ior4a torna'se Ii4 e4 si 4es4a. !
Iigura alienada da 4ercadoria R i4,edida de Iuncionar co4o sua
Iigura absoluta4ente alienvel ou co4o sua Ior4a dinheiro a,enas
evanescente. dinheiro ,etriIica'se2 ent0o2 e4 tesouro e o vendedor
de 4ercadorias torna'se entesourador.

411
MARX
#E& HQvel e4 i4Qvel. L BISGCI++)B)RT. V+e :Rtail de la FranceW. In9 =conomistes $i-
nanciers du ZV///
e
<iUcle "...( par *u2Une Daire! Paris2 #E7D. ,. 6#D. "*. da )d. !le40.(
#EE iRiKueGa e4 dinheiro nada 4ais R "...( Kue a riKueGa e4 ,rodutos Kue Iora4 transIor4ados
e4 dinheiro.i "RIVIuR)2 Hercier de la. p! cit!2 ,. 5&D.( VC4 valor na Ior4a de
,rodutos
a,enas 4udou de Ior4a.W "/.id!, ,. 7E1.(

414
OS ECONOMISTAS
Precisa4ente no co4e/o da circula/0o de 4ercadorias2 a,enas o
e;cesso de valores de uso converte'se e4 dinheiro. uro e ,rata
tor' na4'se assi42 ,or si 4es4os2 e;,ress=es sociais do e;cedente
ou da riKueGa. )ssa Ior4a ingJnua de entesoura4ento eterniGa'se
naKueles ,ovos e4 Kue o 4odo de ,rodu/0o tradicional e orientado
F auto'sub' sistJncia corres,onde a u4 c3rculo de necessidades
Iorte4ente deli4i' tado. Tal co4o acontece co4 os asiticos2
no4eada4ente os indianos. Vanderlint2 Kue acredita sere4 os ,re/os
das 4ercadorias deter4inados ,ela 4assa de ouro e ,rata e;istente
nu4 ,a3s2 ,ergunta'se ,or Kue as 4ercadorias indianas s0o t0o
baratas. Res,osta9 ,orKue os indianos enterra4 o dinheiro. :e #1%6
a #&D72 observa2 eles enterrara4 #5% 4ilh=es de libras esterlinas
e4 ,rata2 Kue viera4 original4ente da !4Rrica ,ara a )uro,a.
#E$
:e #E51 a #E112 e4 deG anos2 ,ortanto2 a Inglaterra e;,ortou ,ara
a Bndia e ,ara a China "o 4etal e;,ortado ,ara a China reIlui2 e4
grande ,arte2 ,ara a Bndia( #6% 4ilh=es de libras esterlinas e4
,rata2 a Kual2 antes2 havia sido trocada ,or dinheiro australiano.
Co4 a ,rodu/0o de 4ercadorias 4ais desenvolvida2 cada ,rodutor
de 4ercadorias te4 de assegurar'se o nervus rerum ou o V,enhor
so' cialW.
#$%
Suas necessidades renova4'se incessante4ente e e;ige4
co4' ,ra incessante de 4ercadorias alheias2 enKuanto a ,rodu/0o e
venda de suas ,rQ,rias 4ercadorias custa4 te4,o e de,ende4 de
acasos. Para co4,rar se4 vender2 te4 de haver vendido antes2
se4 haver co4,rado. )ssa o,era/0o2 e;ecutada e4 escala geral2 ,arece
contradiGer
a si 4es4a. )ntretanto2 e4 suas Iontes de ,rodu/0o2 os 4etais
,reciosos se troca4 direta4ente ,or outras 4ercadorias. !3 realiGa4'
se vendas ",or ,arte dos ,ossuidores das 4ercadorias( se4 co4,ras
",or ,arte dos ,ossuidores de ouro e ,rata(.
#$#
Vendas ,osteriores
n0o seguidas de co4,ras a,enas 4edia4 a distribui/0o ulterior dos
4etais ,reciosos entre todos os ,ossuidores de 4ercadorias. !ssi42
surge42 e4 todos os ,ontos da circula/0o2 tesouros de ouro e ,rata2
de ta4anhos os 4ais diIerentes. Co4 a ,ossibilidade de 4anter a
4ercadoria co4o valor de troca ou o valor de troca co4o
4ercadoria2 des,erta a cobi/a ,elo ouro. Co4 a a4,lia/0o da
circula/0o de 4ercadorias2 au4enta o ,oder do di' nheiro2 da Ior4a
se4,re dis,on3vel e absoluta4ente social de riKueGa.
V ouro R u4a coisa 4aravilhosaj Sue4 o ,ossui R senhor de
tudo o Kue desePa. Co4 o ouro ,ode'se atR IaGer entrar
al4as no ,ara3so.W "Colo4bo2 e4 carta da Ja4aica2 #5%D.(
#E$ iPor 4eio dessa 4edida eles 4antJ4 t0o bai;os os ,re/os de todos os bens e 4anuIaturados.i
"V!*:)R+I*T. p! cit!2 ,. $5'$1.(
#$% i:inheiro R u4 ,enhor.i "B)++)RS2 John. *ssaDs a.out the Poor, "anufacturers, Trade,
Plantations, and /mmoralitD! +ondres2 #1$$. ,. #D.(

415
MARX
#$# Co4,ra e4 sentido categQrico ,ressu,=e ouro ou ,rata co4o Iigura P transIor4ada da
4ercadoria ou co4o ,roduto da venda.

416
OS ECONOMISTAS
Co4o ao dinheiro n0o se ,ode notar o Kue se transIor4ou
nele2
converte'se tudo2 4ercadoria ou n0o2 e4 dinheiro. Tudo se torna ven'
dvel e co4,rvel. ! circula/0o torna'se a grande retorta social2
na Kual lan/a'se tudo2 ,ara Kue volte co4o cristal 4onetrio. )
n0o es' ca,a4 dessa alKui4ia ne4 4es4o os ossos dos santos
ne4 as res sacrosanctae, e:tra commercium hominum.
#$62 #$D
Co4o
no dinheiro R a,agada toda diIeren/a Kualitativa entre as
4ercadorias2 ele a,aga ,or sua veG2 co4o leveller
#$7
radical2 todas as
diIeren/as.
#$5
dinheiro 4es4o2 ,orR42 R u4a 4ercadoria2 u4a
coisa e;terna2 Kue ,ode con' verter'se e4 ,ro,riedade ,rivada de
KualKuer u4. ,oder social tor' na'se2 assi42 ,oder ,rivado da
,essoa ,rivada. ! sociedade antiga o denuncia2 ,ortanto2 co4o
ele4ento dissolvente de sua orde4 econY4ica
e 4oral. ! 4oderna sociedade2 Kue P e4 seus anos de inIUncia arranca
Plut0o ,elos cabelos das entranhas da Terra2
#$1
saMda no Graal de
ouro
a res,landecente encarna/0o de seu 4ais autJntico ,rinc3,io de vida.
! 4ercadoria2 co4o valor de uso2 satisIaG a u4a necessidade
,articular e constitui u4 ele4ento es,ec3Iico da riKueGa 4aterial. Has
o valor da 4ercadoria 4ede o grau de sua Ior/a de atra/0o sobre todos
os ele4entos da riKueGa 4aterial2 ,ortanto 4ede a riKueGa social de
#$6 Coisas sacrossantas2 e;clu3das do co4Rrcio hu4ano. "*. dos T.(
#$D ?enriKue III2 rei cristian3ssi4o da Fran/a2 rouba aos 4osteiros etc. suas rel3Kuias
,ara convertJ'las e4 ,rata. Sabe'se Kual o ,a,el Kue dese4,enhou o roubo dos
tesouros do te4,lo de :elIos ,elos IQcios2 na histQria grega. Para o deus das
4ercadorias2 o te4,lo2 na !ntiguidade2 servia de 4oradia. )les era4 Vbancos
sagradosW. !os Ien3cios2 u4 ,ovo co4erciante par e:cellence, o dinheiro valia co4o a
Iigura alienada de todas as coisas. )ra2 entretanto2 lQgico Kue as virgens Kue se
entregava4 aos estranhos ,or ocasi0o da Iesta da deusa do a4or oIertasse4 F deusa a
4oeda recebida e4 ,aga4ento.
#$7 *ivelador. "*. dos T.(
#$5 iuroj uro ver4elho2 Iulgurante2 ,reciosoj
C4a ,or/0o dele IaG do ,reto2 branco2 do Ieio2 bonito^
:o rui42 bo42 do velho2 Pove42 do covarde2 valente2 do vil0o2 nobre.
... s deusesj Por Kue issoZ Por Kue isso2 deuses^
!h2 isso vos aIasta o sacerdote e do altar^
) arranca o travesseiro do Kue nele
re,ousa^ Si42 esse escravo ver4elho ata e
desata V3nculo sagrados^ aben/oa o
a4aldi/oado^
FaG a le,ra adorvel^ honra o ladr0o2
:'lhe t3tulos2 genuIle;=es e inIluJncia2
*o conselho dos senadores^
TraG F viMva carregada de anos ,retendentes^
... Hetal 4aldito2
[s da hu4anidade a co4u4 ,rostituta.i
"S?!K)SP)!R). Timo de Atenas.(
i*ada suscitou nos ho4ens tantas igno43nias
Co4o o ouro. [ ca,aG de arruinar
cidades2 :e e;,ulsar os ho4ens de seus
lares^
SeduG e detur,a o es,3rito nobre

41'
MARX
:os Pustos2 levando'os a a/=es abo4inveis^
)nsina aos 4ortais os ca4inhos da astMcia e da
,erI3dia2 ) os induG a cada obra a4aldi/oada ,elos
deuses.i
"SsFC+)S. Ant)2ona!(
#$1 i! avareGa es,era arrancar o ,rQ,rio Plut0o do interior da Terra.i "!T?)*l!)CSm.
Deipnos.(

41/
OS ECONOMISTAS
seu ,ossuidor. Para o barbara4ente si4,les ,ossuidor de 4ercadorias2
4es4o ,ara u4 ca4,onJs da )uro,a ocidental2 o valor R inse,arvel
da Ior4a valor2 ,ortanto acrRsci4o do tesouro e da ,rata R ,ara
ele acrRsci4o de valor. valor do dinheiro varia2 entretanto2 e4
conse' KOJncia da varia/0o sePa de seu ,rQ,rio valor2 sePa do valor
das 4er' cadorias. PorR42 isso n0o i4,ede2 ,or u4 lado2 Kue 6%%
on/as de ouro continue4 contendo 4ais valor Kue #%%2 D%% 4ais
Kue 6%% etc.2 ne4 i4,ede2 ,or outro lado2 Kue a Ior4a 4etlica
natural dessa coisa con' tinue sendo a Ior4a eKuivalente geral de
todas as 4ercadorias2 a en' carna/0o direta4ente social de todo
trabalho hu4ano. i4,ulso ,ara entesourar R ,or natureGa se4
li4ite. Sualitativa4ente ou segundo
a sua Ior4a2 o dinheiro R ili4itado2 isto R2 re,resentante geral da
riKueGa 4aterial2 ,ois ,ode trocar'se direta4ente ,or KualKuer
4er' cadoria. PorR42 ao 4es4o te4,o2 toda a so4a eIetiva de
dinheiro R Kuantitativa4ente li4itada2 ,ortanto ta4bR4 a,enas 4eio
de co4,ra de eIiccia li4itada. )ssa contradi/0o entre a li4ita/0o
Kuantitativa
e o carter Kualitativa4ente ili4itado do dinheiro i4,ulsiona
inces' sante4ente o entesourador ao trabalho de S3siIo da acu4ula/0o.
!con' tece a ele co4o ao conKuistador do 4undo2 Kue co4 cada
novo ,a3s so4ente conKuista u4a nova Ironteira.
Para reter o ouro co4o dinheiro e2 ,ortanto2 co4o ele4ento de
entesoura4ento2 R necessrio i4,edi'lo de circular ou de dissolver'
se co4o 4eio de co4,ra2 e4 artigos de consu4o. entesourador
sacriIica2 ,or isso2 ao Ietiche do ouro os seus ,raGeres da carne.
!bra/a co4 seriedade o evangelho da absten/0o. Por outro lado2
so4ente ,ode sub' trair da circula/0o e4 dinheiro o Kue a ela
incor,ora e4 4ercadoria. Suanto 4ais ele ,roduG2 tanto 4ais ,ode
vender. +aboriosidade2 ,ou' ,an/a e avareGa s0o2 ,ortanto2 suas
virtudes cardeais2 vender 4uito
e co4,rar ,ouco s0o o resu4o de sua econo4ia ,ol3tica.
#$&
Paralelo F Ior4a direta do tesouro2 ocorre sua Ior4a estRtica2
a ,osse de 4ercadorias de ouro e ,rata. ) esta cresce co4 a riKueGa
da sociedade burguesa. V<oDons riches ou paraissons riches.W
#$E
":iderot.( For4a'se assi42 e4 ,arte2 u4 4ercado cada veG 4ais
e;tenso ,ara
o ouro e a ,rata2 inde,endente4ente de suas Iun/=es co4o
dinheiro2 e4 ,arte2 u4a Ionte latente de oIerta de dinheiro2 a Kual
Ilui notada' 4ente e4 ,er3odos de agita/0o social.
entesoura4ento dese4,enha diversas Iun/=es na econo4ia de
circula/0o 4etlica. ! Iun/0o 4ais ,rQ;i4a decorre das condi/=es
de curso da 4oeda de ouro e ,rata. Vi4os co4o2 co4 as cont3nuas
osci' la/=es da circula/0o das 4ercadorias e4 volu4e2 ,re/os e
velocidade2

410
MARX
#$& i!u4entar o 4ais ,oss3vel o nM4ero dos vendedores de cada 4ercadoria2 di4inuir o 4ais
,oss3vel o nM4ero dos co4,radores2 estes s0o os ,ontos cruciais e4 torno dos Kuais gira4
todas as 4edidas da )cono4ia Pol3tica.i "V)RRI. p! cit!2 ,. 56'5D.(
#$E SePa4os ricos ou ,are/a4os ricos. "*. dos T.(

411
OS ECONOMISTAS
a Kuantidade de dinheiro e4 curso di4inui e au4enta inIatigavel4en'
te. [ necessrio2 ,ortanto2 Kue sePa ca,aG de contrair'se e e;,andir'se.
ra dinheiro te4 de ser atra3do co4o 4oeda^ ora 4oeda te4 de
ser re,elida co4o dinheiro. Para Kue a 4assa de dinheiro
real4ente cir' culante corres,onda2 a todo 4o4ento2 ao grau de
satura/0o da esIera de circula/0o2 R necessrio Kue o Cuantum de
ouro e ,rata e;istente nu4 ,a3s e;ceda o Cuantum absorvido ,ela
Iun/0o 4onetria. )ssa condi/0o R satisIeita ,or 4eio do dinheiro
e4 Ior4a de tesouro. !s reservas de tesouro serve42 ao 4es4o
te4,o2 de canais de adu/0o e de deriva/0o do dinheiro circulante2 o
Kual2 ,or isso2 nunca transborda os canais de seu curso.
#$$
.L "eio de pa2amento
*a Ior4a direta de circula/0o de 4ercadorias2 Kue vi4os atR
agora2 a 4es4a grandeGa de valor est se4,re ,resente du,la4ente2
4ercadoria nu4 ,Qlo e dinheiro no ,Qlo o,osto. s ,ossuidores de
4ercadorias ,ortanto entrava4 e4 contato a,enas co4o re,resentan'
tes de eKuivalentes reci,roca4ente ,resentes. Co4 o desenvolvi4ento
da circula/0o de 4ercadorias2 ,orR42 desenvolve4'se condi/=es e4 Kue
a aliena/0o da 4ercadoria se,ara'se te4,oral4ente da realiGa/0o
de seu ,re/o. Basta indicar aKui a 4ais si4,les dessas condi/=es.
C4a classe de 4ercadorias reKuer 4ais2 outra 4enos2 te4,o ,ara
ser ,ro' duGida. ! ,rodu/0o de diversas 4ercadorias de,ende das
diversas es' ta/=es do ano. C4a 4ercadoria nasce no lugar de seu
4ercado2 outra
#$$ iPara co4erciar2 cada na/0o ,recisa de u4a so4a deter4inada de specifick moneD
P
Kue
varia2 sendo u4a veG 4aior2 outra veG 4enor2 conIor4e e;iPa4 as circunstUncias. "...( )sses
Ilu;os e reIlu;os de dinheiro regula4'se ,or si 4es4os2 se4 nenhu4a aPuda dos ,ol3ticos.
"...( s baldes trabalha4 alternada4ente9 Kuando R escasso o dinheiro2 a4oeda4'se barras^
sendo escassas as barras2 Iunde4'se 4oedas.i "*RT?2 Sir :. p! cit! lpostscript!m2 ,.
D.( John Stuart Hill2 durante 4uito te4,o Iuncionrio da Co4,anhia das Bndias
rientais2
PP
conIir4a Kue na Bndia os orna4entos de ,rata Iunciona4 ainda direta4ente
co4o tesouro. s Vorna4entos de ,rata s0o levados F cunhage4 Kuando h u4a alta ta;a
de Puros^ eles volta4 Kuando a ta;a de Puros caiW. "iJ. St. Hillns )vidence.i In9 -epts! on
'ankacts! #E5&2 n8 6 %E72 6 #%#.( Segundo u4 docu4ento ,arla4entar de #E17 sobre a
i4,orta/0o e e;' ,orta/0o de ouro e ,rata na Bndia2
PPP
e4 #E1D2 a i4,orta/0o de ouro
e ,rata ultra,assou
a e;,orta/0o e4 #$ D1& &17 libras esterlinas. *os Mlti4os oito anos antes de #E172 o
e;cedente da i4,orta/0o sobre a e;,orta/0o dos 4etais ,reciosos 4ontou a #%$ 156 $#&
libras esterlinas. *o curso deste sRculo2 cunhara4'se na Bndia be4 4ais de 6%%
4ilh=es de libras esterlinas.
P
:inheiro 4etlico. "*. dos T.(
PP
Co4,anhia das Bndias rientais L co4,anhia co4ercial inglesa Kue e;istiu de #1%% a
#E5E. )la era u4 instru4ento da ,ol3tica colonial de roubo da Inglaterra na Bndia2 China
e e4 outros ,a3ses asiticos. Por 4eio dela2 os coloniGadores ingleses conseguira4 a
,au' latina conKuista da Bndia. ! Co4,anhia das Bndias rientais dis,Ys ,or 4uito
te4,o do 4ono,Qlio do co4Rrcio co4 a Bndia e tinha e4 suas 40os as Iun/=es
ad4inistrativas 4ais
i4,ortantes2 nesse ,a3s. levante ,ara a liberta/0o nacional na Bndia "#E5&`5$( Ior/ou os
ingleses a 4udare4 as Ior4as de seu do43nio colonial^ a Co4,anhia das Bndias rientais
Ioi dissolvida e a Bndia declarada ,osse da Coroa inglesa. "*. da )d. !le40.(

412
MARX
PPP
V)ast India "Bullion(. Return to an address oI the ?onourable ?ouse oI Co44ons2 dated
E Februar- #E17.W "*. da )d. !le40.(

423
OS ECONOMISTAS
te4 de viaPar ,ara u4 4ercado distante. !ssi42 u4 ,ossuidor de 4er'
cadorias ,ode a,resentar'se co4o vendedor antes Kue outro co4o co4'
,rador. Co4 constante re,eti/0o das 4es4as transa/=es entre as 4es'
4as ,essoas2 as condi/=es de venda das 4ercadorias se regula4 ,elas
suas condi/=es de ,rodu/0o. Por outro lado2 vende'se o uso de
certas classes de 4ercadorias2 ,or e;e4,lo2 u4a casa2 ,or deter4inado
es,a/o de te4,o. So4ente a,Qs o decurso do ,raGo Ii;ado recebe o
co4,rador real4ente o valor de uso da 4ercadoria. )le a co4,ra2
,ortanto2 antes de ,ag'la. C4 ,ossuidor de 4ercadorias vende
4ercadorias Kue P e;iste42 o outro co4,ra co4o si4,les
re,resentante do dinheiro ou co4o re,resentante de dinheiro
Iuturo. vendedor torna'se credor2 o co4,rador2 devedor. Co4o a
4eta4orIose da 4ercadoria ou o desen' volvi4ento de sua Ior4a
valor se altera aKui2 o dinheiro assu4e outra Iun/0o. Converte'se e4
4eio de ,aga4ento.
6%%
carter de credor ou devedor origina'se aKui da circula/0o si4'
,les de 4ercadorias. Sua 4udan/a de Ior4a i4,ri4e esse novo cunho
ao vendedor e ao co4,rador. Inicial4ente2 trata'se ,ois de ,a,Ris eva'
nescentes e dese4,enhados alternada4ente ,elos 4es4os agentes de
circula/0o2 do 4es4o 4odo Kue os de vendedor e co4,rador.
PorR42
a ant3tese ,arece agora desde sua orige4 4enos conIortvel e te4
4aior ca,acidade de cristaliGar'se.
6%#
Has os 4es4os caracteres ,ode4
ta4bR4 a,resentar'se e4 cena2 inde,endente4ente da circula/0o
de 4ercadorias. !ssi42 ,or e;e4,lo2 a luta de classe no 4undo
antigo a,resenta'se ,rinci,al4ente sob a Ior4a de u4a luta entre
credor e devedor e ter4ina e4 Ro4a co4 a decadJncia do devedor
,lebeu2 Kue
R substitu3do ,elo escravo. *a Idade HRdia essa luta ter4ina co4 a
decadJncia do devedor Ieudal2 Kue ,erde seu ,oder ,ol3tico co4 sua
base econY4ica. Contudo2 a Ior4a dinheiro L a rela/0o entre credor
e devedor ,ossui a Ior4a de u4a rela/0o 4onetria L so4ente reIlete
o antagonis4o de condi/=es de e;istJncias econY4icas 4ais ,roIundas.
Volte4os F esIera da circula/0o de 4ercadorias. Cessou o
a,a' reci4ento si4ultUneo dos eKuivalentes 4ercadoria e dinheiro2
sobre os dois ,Qlos de ,rocesso de venda. dinheiro Iunciona agora2
,ri4eiro2 co4o 4edida de valor na deter4ina/0o do ,re/o da
4ercadoria vendida. Seu ,re/o Ii;ado contratual4ente 4ede a
obriga/0o do co4,rador2 isto
6%% +utero distingue dinheiro co4o 4eio de co4,ra e co4o 4eio de ,aga4ento. VFaGes de 4i4
u4 gJ4eo do avarento2 de 4odo Kue n0o ,osso ,agar aKui2 ne4 co4,rar ali.W
"+CT?)R2 Hartin. An die Pfarrherrn, Aider den @ucher &u predi2en! <ittenberg. #57%.(
P

421
MARX
6%# Sobre as rela/=es entre devedor e credor2 entre os co4erciantes ingleses2 no in3cio do sRculo
]VIII9 V)ntre os co4erciantes2 aKui na Inglaterra2 reina tal es,3rito de crueldade Kue
n0o se encontra e4 nenhu4a outra sociedade hu4ana ne4 e4 nenhu4 outro ,a3s do
4undo.W "An *ssaD on Credit and the 'ankrupt Act! +ondres2 #&%&. ,. 6.(
P
*Qs cita4os +utero conIor4e a 7k edi/0o de Capital. "*. da )d. !le40.(

424
OS ECONOMISTAS
R2 a so4a de dinheiro2 a Kual ele deve e4 certo ,raGo. Segundo2 Iunciona
co4o 4eio ideal de co4,ra. )4bora a,enas e;ista no co4,ro4isso
4onetrio do co4,rador2 IaG co4 Kue a 4ercadoria 4ude de 40os.
!,enas ao vencer o ,raGo Ii;ado ,ara o ,aga4ento2 o 4eio de
,aga' 4ento entra real4ente e4 circula/0o2 isto R2 ele ,assa
real4ente das 40os do co4,rador ,ara as do vendedor. 4eio
circulante converteu'se e4 tesouro2 ao interro4,er o ,rocesso de
circula/0o e4 sua ,ri4eira Iase ou ao ser subtra3da da circula/0o
a Ior4a transIor4ada da 4er' cadoria. 4eio de ,aga4ento entra
na circula/0o2 ,orR4 de,ois Kue
a 4ercadoria P se retirou dela. dinheiro P n0o 4edia o
,rocesso. )le o Iecha de 4odo autYno4o2 co4o e;istJncia absoluta
do valor de troca ou 4ercadoria geral. vendedor converte sua
4ercadoria e4 dinheiro ,ara satisIaGer a u4a necessidade ,or
4eio do dinheiro2 o entesourador2 ,ara ,reservar a 4ercadoria e4
Ior4a de dinheiro2 o co4,rador Kue Iicou devendo2 ,ara ,oder
,agar. Se n0o ,agar2 seus bens s0o vendidos Pudicial4ente. ! Iigura
de valor da 4ercadoria2 di' nheiro2 torna'se2 ,ortanto2 agora u4 Ii4
e4 si da venda2 e4 virtude de u4a necessidade social Kue se
origina das condi/=es do ,rQ,rio ,rocesso de circula/0o.
co4,rador retransIor4a dinheiro e4 4ercadoria antes de ter
convertido 4ercadoria e4 dinheiro ou realiGa a segunda 4eta4orIose
da 4ercadoria antes da ,ri4eira. ! 4ercadoria do vendedor
circula2 4as realiGa seu ,re/o so4ente sob a Ior4a de u4 t3tulo de
crRdito de direito ,rivado. Converte'se e4 valor de uso antes de
haver'se con' vertido e4 dinheiro. Sua ,ri4eira 4eta4orIose
so4ente se realiGa a posteriori.
6%6
)4 todo ,er3odo deter4inado do ,rocesso de circula/0o2 as obri'
ga/=es vencidas re,resentava4 a so4a de ,re/os das 4ercadorias cuPa
venda as IeG surgir. ! 4assa de dinheiro necessria ,ara realiGar essa
so4a de ,re/os de,ende2 antes de tudo2 da velocidade de
circula/0o dos 4eios de ,aga4ento. )sta R condicionada ,or duas
circunstUncias9
o encadea4ento das rela/=es entre credor e devedor2 ,elas Kuais A
recebe o dinheiro de seu devedor '2 e ,aga co4 ele ao seu credor
C etc.^ e o la,so de te4,o entre os diversos ,raGos de ,aga4ento.
)ssa cadeia e4 ,rocessa4ento de ,aga4entos ou das ,ri4eiras
4eta4or'
6%6 *ota F 6k edi/0o. VJ'se2 ,ela seguinte cita/0o de 4eu escrito surgido e4 #E5$2 ,or Kue2
no te;to2 n0o to4o e4 considera/0o u4a Ior4a o,osta9 VInversa4ente2 o dinheiro ,ode2
no ,rocesso D J ", ser alienado co4o verdadeiro 4eio de co4,ra e assi4 ser
realiGado
o ,re/o da 4ercadoria antes de realiGar'se o valor de uso do dinheiro ou alienar'se a
4ercadoria. Isso ocorre2 ,or e;e4,lo2 na Ior4a costu4eira dos ,aga4entos adiantados.

425
MARX
u na Ior4a e4 Kue o Governo inglJs "...( co4,ra o Q,io dos R-ots na Bndia. :esse 4odo2
,orR42 o dinheiro atua so4ente na Ior4a P conhecida co4o 4eio de co4,ra. "...(
*atu' ral4ente Kue ta4bR4 se adianta ca,ital sob a Ior4a de dinheiro. "...( Has esse
as,ecto n0o cabe no horiGonte da circula/0o si4,lesW. "Tur Kritik etc. ,. ##$'#6%.(

426
OS ECONOMISTAS
Ioses a posteriori distingue'se essencial4ente do entrela/a4ento das
sRries de 4eta4orIoses2 a,reciadas anterior4ente. *o curso do
4eio circulante a cone;0o entre co4,radores e vendedores n0o R
a,enas e;,ressa. ! ,rQ,ria cone;0o surge ,ri4eiro no curso do
dinheiro e co4 ele. 4ovi4ento dos 4eios de ,aga4ento e;,ressa2 ao
contrrio2 u4a cone;0o social Kue P se tinha co4,letado antes
dele.
! si4ultaneidade e o ,aralelis4o das vendas li4ita4 a
substi' tui/0o da 4assa de 4oedas 4ediante a velocidade de
circula/0o. )las ,ro,orciona42 ao contrrio2 nova alavanca na
econo4ia dos 4eios de ,aga4ento. Co4 a concentra/0o dos
,aga4entos na 4es4a ,ra/a de' senvolve4'se natural4ente
institui/=es e 4Rtodos ,rQ,rios ,ara sua co4,ensa/0o. !ssi42 ,or
e;e4,lo2 os virements de +-on2 na Idade HR' dia. s crRditos de A
contra ', ' contra C e C contra A etc. ,recisa4 a,enas ser
conIrontados ,ara se cancelar 4utua4ente2 atR certo total2 co4o
grandeGas ,ositivas e negativas. !ssi4 Iica so4ente u4 saldo
devedor a ser liKuidado. Suanto 4ais 4aci/a Ior a concentra/0o de
,aga4entos2 tanto 4enor ser relativa4ente o saldo e2 ,ortanto2 a
4assa dos 4eios de ,aga4ento e4 circula/0o.
! Iun/0o do dinheiro co4o 4eio de ,aga4ento i4,lica u4a con'
tradi/0o direta. *a 4edida e4 Kue os ,aga4entos se co4,ensa42 ele
Iunciona a,enas ideal4ente2 co4o dinheiro de conta ou 4edida de
valor. *a 4edida e4 Kue te4'se de IaGer ,aga4entos eIetivos2 ele n0o
se a,resenta co4o 4eio circulante2 co4o Ior4a a,enas evanescente
e inter4ediria do 4etabolis4o2 sen0o co4o a encarna/0o individual
do trabalho social2 e;istJncia autYno4a do valor de troca2 4ercadoria
ab' soluta. )ssa contradi/0o estoura no 4o4ento de crises
co4erciais e de ,rodu/0o a Kue se d o no4e de crise
4onetria.
6%D
)la ocorre so4ente onde a cadeia e4 ,rocessa4ento dos
,aga4entos e u4 siste4a artiIicial ,ara sua co4,ensa/0o est0o
,lena4ente desenvolvidos. ?a' vendo ,erturba/=es as 4ais gerais
desse 4ecanis4o2 sePa Kual Ior a sua orige42 o dinheiro se
converte sMbita e direta4ente de Iigura so' 4ente ideal de dinheiro
de conta e4 dinheiro sonante. Torna'se in' substitu3vel ,or
4ercadorias ,roIanas. valor de uso da 4ercadoria torna'se se4
valor e seu valor desa,arece diante de sua ,rQ,ria Ior4a de valor.
!inda h ,ouco o cidad0o2 ,resu4indo'se esclarecido e Rbrio de
,ros,eridade2 ,rocla4ava o dinheiro co4o u4a ,ai;0o inMtil. So'
4ente a 4ercadoria R dinheiro. !,enas o dinheiro R 4ercadoria2
cla' 4a'se agora ,or todo o 4ercado 4undial. ) co4o o cervo Kue
grita
6%D :eve'se distinguir be4 a crise 4onetria2 deIinida no te;to co4o Iase ,articular de cada

42'
MARX
crise geral de ,rodu/0o e co4Rrcio2 do ti,o es,ecial de crise Kue se cha4a ta4bR4 de crise
4onetria2 4as Kue ,ode a,arecer inde,endente4ente2 de 4odo Kue ela sQ aIeta indMstria
e co4Rrcio ,or re,ercuss0o. )stas s0o crises cuPo 4ovi4ento se centra no ca,ital 4onetrio
e2 ,or isso2 bancos2 bolsas de valores e Iinan/as s0o sua esIera i4ediata. "*ota de Har;
F
Dk edi/0o.(

42/
OS ECONOMISTAS
,or gua Iresca2 assi4 grita a sua al4a ,or dinheiro2 a Mnica riKueGa.
6%7
*a crise2 a ant3tese entre a 4ercadoria e sua Iigura de valor2 o dinheiro2
R elevada a u4a contradi/0o absoluta. ! Ior4a de 4aniIesta/0o do
dinheiro R aKui ,ortanto ta4bR4 indiIerente. ! Io4e de dinheiro R
a 4es4a2 Kuer se tenha de ,agar e4 ouro ou e4 dinheiro de
crRdito2 e4 notas de banco2 ,or e;e4,lo.
6%5
Se observar4os agora a so4a total do dinheiro e4 circula/0o
durante dado ,er3odo2 veriIica4os Kue2 dada a velocidade de circula/0o
do 4eio circulante e dos 4eios de ,aga4ento2 ela R igual F so4a
dos ,re/os das 4ercadorias a sere4 realiGados 4ais a so4a dos
,aga4entos vencidos 4enos os ,aga4entos Kue se co4,ensa4 e2
Iinal4ente2 4enos
o nM4ero de giros Kue a 4es4a 4oeda descreve2 Iuncionando
alter' nada4ente co4o 4eio de circula/0o e co4o 4eio de ,aga4ento.
!ssi42 ,or e;e4,lo2 o ca4,onJs vende seu gr0o ,or 6 libras
esterlinas2 Kue serve42 desse 4odo2 de 4eio circulante. *o dia do
venci4ento2 ele ,aga co4 elas o linho Kue lhe Iorneceu o tecel0o.
!s 4es4as 6 libras esterlinas Iunciona4 agora co4o 4eio de
,aga4ento. tecel0o2 ,or sua veG2 co4,ra co4 elas u4a B3blia e
,aga F vista L elas Iunciona4 de novo co4o 4eio circulante L etc.
Hes4o sendo dados os ,re/os2 a velocidade de circula/0o de dinheiro
e a econo4ia dos ,aga4entos2 P n0o coincide4 a 4assa de dinheiro
Kue gira e a 4assa de 4ercadorias Kue circula durante u4 ,er3odo2
durante u4 dia2 ,or e;e4,lo. )st e4 curso dinheiro Kue re,resenta
4ercadorias retiradas h 4uito te4' ,o de circula/0o. Circula4
4ercadorias cuPo eKuivalente e4 dinheiro sQ a,arece no Iuturo. Por
outro lado2 os ,aga4entos contra3dos cada dia e os ,aga4entos Kue
vence4 nesse 4es4o dia s0o grandeGas ab' soluta4ente
inco4ensurveis.
6%1
6%7 i)sse salto brusco do siste4a de crRdito ,ara o siste4a 4onetrio acrescenta o susto
teQrico ao ,Unico ,rtico9 e os agentes da circula/0o estre4ece4 ,erante o 4istRrio i4,e'
netrvel de suas ,rQ,rias rela/=es.i "H!R]2 Karl. p! cit!2 ,. #61.( Vs ,obres n0o
tJ4 trabalho2 ,orKue os ricos n0o tJ4 dinheiro ,ara e4,reg'los2 e4bora ,ossua4 as
4es4as terras e as 4es4as Ior/as de trabalho Kue antes2 ,ara ,oder ,roduGir ali4entos e
rou,as^ s0o estas2 ,orR42 Kue constitue4 a verdadeira riKueGa de u4a na/0o e n0o o
dinheiro.W "B)++)RS2 John. Proposals for -aisin2 a Colled2e of /ndustrD! +ondres2
#1$12 ,. D'7.(
6%5 Co4o tais 4o4entos s0o e;,lorados ,elos amis du commerceW
P
VCerta ocasi0oW "#ED$( Vu4
velho e vido banKueiroW "da VCit-W( Vlevantou a ta4,a da escrivaninha2 e4 sua sala
,rivada2 F Kual ele se sentava2 e e;ibiu a u4 a4igo 4a/os de notas bancrias^ co4 ,raGer
eIusivo2 ele contou Kue era4 1%% 4il libras esterlinas2 Kue teria4 sido retidas ,ara tornar
o dinheiro escasso e seria4 todas ,ostas e4 circula/0o de,ois das D horas2 no 4es4o diaW.
"lR>2 ?.m The TheorD of the *:chan2es! The 'ank Charter Act of 7899! +ondres2
#E17. ,. E#.( Qrg0o se4i'oIicial The .server relata Kue no dia 67 de abril de #E179
V)st0o
circulando ru4ores 4uito estranhos sobre os 4eios e4,regados co4 o Ii4 de ,rovocar
u4a escasseG de notas bancrias. "...( Por 4ais Kuestionvel Kue ,ossa ,arecer ad4itir'se
Kue truKues desse ti,o ,udesse4 ter sido e4,regados2 diIundiu'se tanto a not3cia a res,eito
Kue ela te42 de Iato2 de ser 4encionadaW.
P
!4igos do co4Rrcio. "*. dos T.(

420
MARX
6%1 i volu4e de vendas ou contratos2 realiGados durante u4 dia deter4inado2 n0o inIlui
na Kuantidade de dinheiro Kue circula nesse dia2 4as2 na grande 4aioria dos casos2
vai se traduGir e4 4Mlti,las e4iss=es de letras de cU4bio sobre a Kuantidade de
dinheiro Kue
,oder estar e4 curso no Iuturo2 e4 dias 4ais ou 4enos distantes. !s letras concedidas

421
OS ECONOMISTAS
dinheiro de crRdito se origina direta4ente da Iun/0o do dinheiro
co4o 4eio de ,aga4ento2 P Kue s0o colocados e4 circula/0o os ,rQ,rios
certiIicados de d3vidas ,or 4ercadorias vendidas2 ,ara transIerir os
res,ectivos crRditos. Por outro lado2 ao estender'se o siste4a de crRdito2
estende'se a Iun/0o do dinheiro co4o 4eio de ,aga4ento.
)nKuanto tal2 recebe Ior4a ,rQ,ria da e;istJncia2 na Kual ocu,a a
esIera das grandes transa/=es co4erciais2 enKuanto as 4oedas de
ouro e ,rata Iica4 conIinadas F esIera do varePo.
6%&
Co4 certo n3vel e volu4e de ,rodu/0o de 4ercadorias2 a Iun/0o
do dinheiro co4o 4eio de ,aga4ento ultra,assa a esIera da circula/0o
de 4ercadorias. )le torna'se a 4ercadoria geral dos contratos.
6%E
Ren'
das2 i4,ostos etc. transIor4a4'se de entregas e4 natura e4 ,aga'
4entos e4 dinheiro. !tR Kue ,onto essa transIor4a/0o R condicionada
,ela conIigura/0o geral do ,rocesso de ,rodu/0o R de4onstrado2
,or e;e4,lo2 ,elo Iato de Kue tenha Iracassado ,or duas veGes a
tentativa do I4,Rrio Ro4ano de cobrar todos os tributos e4
dinheiro. ) a in' descrit3vel 4isRria da ,o,ula/0o ca4,onesa da
Fran/a2 sob o reinado
ou crRditos abertos hoPe n0o ,recisa42 no Kue diG res,eito ao seu nM4ero2 4ontante ou
,raGo2 ter nenhu4a se4elhan/a co4 aKueles Kue Iora4 concedidos ou aceitos ,ara a4anh0
ou de,ois de a4anh0^ antes2 ,elo contrrio2 4uitos dos crRditos e das letras de hoPe2 Kuando
vencidos2 se cobre4 co4 u4 4ontante de obriga/=es cuPa orige4 se distribui ,or u4a sRrie
de datas anteriores2 total4ente indeter4inadas. +etras de cU4bio co4 ,raGos se #6 4eses2
12 D ou # coincide4 4uitas veGes de tal 4odo Kue au4enta4 e;traordinaria4ente as
obriga/=es vencidas e4 deter4inado dia.i "The CurrencD TheorD -evieAed; a %etter to
the <cotch People! 'D a 'anker in *n2land! )di4burgo2 #E752 ,. 6$'D% passim.(
6%& Co4o u4 e;e4,lo de Ku0o ,eKuena R a Kuantidade de dinheiro real Kue entra nas
verda' deiras o,era/=es co4erciais2 segue aKui o esKue4a de u4a das 4aiores casas de
co4Rrcio de +ondres "Horrison2 :illon v Co.( sobre seus recebi4entos e ,aga4entos
4onetrios anuais. Suas transa/=es2 no ano de #E512 Kue abrange4 4uitos 4ilh=es de
libras2 est0o reduGidas F escala de # 4ilh0o.
"-eport from the <elect Committee on the 'ank Acts. Julho de #E5E. ,. +]]I.(
6%E i carter do co4Rrcio 4udou de tal 4aneira Kue agora2 e4 veG da troca de bens ,or bens
ou entrega e rece,/0o2 h venda e ,aga4ento e todos os negQcios "...( a,resenta4'se atual'
4ente co4o negQcios ,uros de dinheiro.i ":)F)2 :. An *ssaD upon Pu.lick Credit! Dk
ed.2 +ondres2 #&#%. ,. E.(
P
Vales ,ostais. "*. dos T.(

422
MARX
de +u3s ]IV2 Kue co4 tanta eloKOJncia Ioi denunciada ,or Boisguille'
bert2 Harechal Vauban etc.2 n0o se devia so4ente ao 4ontante dos
i4,ostos2 4as ta4bR4 F convers0o dos i4,ostos e4 natura e4
i4' ,ostos e4 dinheiro.
6%$
Por outro lado2 se a Ior4a natural da
renda do solo2 Kue constitui2 na @sia2 ao 4es4o te4,o2 o ele4ento
Iunda4ental do i4,osto ,Mblico2 baseia'se l e4 condi/=es de
,rodu/0o Kue se re' ,roduGe4 co4 a i4utabilidade de condi/=es
naturais2 aKuela Ior4a de ,aga4ento re,ercurte sobre a Ior4a
antiga de ,rodu/0o2 conser' vando'a. [ u4 dos segredos da
autoconserva/0o do I4,Rrio Turco. ) se2 no Ja,0o2 o co4Rrcio
e;terno i4,osto ,ela )uro,a ,rovoca a con' vers0o da renda e4
natura e4 renda e4 dinheiro2 ser F custa de sua agricultura
e;e4,lar. Suas estreitas condi/=es econY4icas de e;is' tJncia
dissolver'se'0o.
)4 cada ,a3s se Ii;a4 certos ,raGos gerais de ,aga4ento. )sses
,raGos2 abstraindo outros ciclos da re,rodu/0o2 obedece4 e4 ,arte Fs
condi/=es naturais da ,rodu/0o2 vinculadas Fs 4udan/as de
esta/0o. )sses ,raGos regula4 ta4bR4 ,aga4entos Kue n0o surge4
direta' 4ente da circula/0o de 4ercadorias2 tais co4o i4,ostos2
rendas etc.
volu4e de dinheiro Kue R e;igido2 e4 certos dias do ano2 ,ara
,a'
ga4entos dis,ersos ,or toda a su,erI3cie da sociedade2 origina ,ertur'
ba/=es ,eriQdicas2 4as Kue s0o co4,leta4ente su,erIiciais2 na
econo' 4ia dos 4eios de ,aga4ento.
6#%
:a lei Kue regula a
velocidade de circula/0o dos 4eios de ,aga4ento de,reende'se Kue
,ara todos os ,aga4entos ,eriQdicos2 KualKuer Kue sePa a sua
orige42 o volu4e de 4eios de ,aga4ento necessrio est e4
,ro,or/0o direta F dura/0o dos ,raGos de ,aga4ento.
6##
6%$ i dinheiro tornou'se o verdugo de todas as coisas.i ! arte Iinanceira R Va retorta na Kual
se eva,orou u4a Kuantidade assustadora de bens e 4ercadorias a Ii4 de obter esse
Iatal e;tratoW. V dinheiro declara guerra a todo o gJnero hu4ano.W "BISGCI++)B)RT.
V:is'
sertation sur la *ature des Richesses2 de ln!rgent et des TributsW. )dit. :aire. =conomistes
$inanciers! Paris2 #E7D2 t. I2 ,. 7#D2 7#&2 7#E2 7#$.(
6#% iSegunda'Ieira de Pentecostes de #E67i2 conta o sr. Craig F co4iss0o de investiga/0o
,ar' la4entar de #E612 Vhavia u4a ,rocura t0o i4ensa ,or notas bancrias e4 )di4burgo
Kue
Fs ## horas n0o t3nha4os 4ais nenhu4a nota sob nossa custQdia. :irigi4o'nos aos
diIe' rentes bancos2 u4 a,Qs o outro2 ,ara obter algu4as e4,restadas2 4as n0o Ioi
,oss3vel e 4uitas transa/=es sQ ,udera4 ser acertadas ,or 4eio de slips of paper.
P
Ns
D horas da tarde2 ,orR42 diversas notas P havia4 retornado aos bancos dos Kuais havia4
sa3do. )las a,enas tinha4 4udado de 40os.W )4bora a circula/0o 4Rdia eIetiva das
notas bancrias na )scQcia i4,orte e4 4enos de D 4ilh=es de libras esterlinas2 s0o
,ostas e4 atividade e4 diversos dias de ,aga4ento do ano2 todas as notas Kue se
encontra4 na ,osse dos banKueiros2 nu4 total de cerca de & 4ilh=es de libras esterlinas.
*essas ocasi=es2 as notas tJ4 de e;ercer u4a Iun/0o Mnica e es,ec3Iica e t0o logo
estePa e;ercida2 reIlue4 aos res' ,ectivos bancos dos Kuais sa3ra4.i "FC++!RT*2
John. -e2ulation of Currencies. 6k ed.2 +ondres2 #E752 nota F ,. E1.( ! t3tulo de
esclareci4ento acrescente'se Kue na )scQcia2 ao te4,o do escrito de Fullarton2 n0o se

533
OS ECONOMISTAS
e4itia4 cheKues2 4as sQ notas ,ara os de,Qsitos.
P
Peda/os de ,a,el. "*. dos T.(
6## N ,ergunta Vse houvesse a necessidade de 4ovi4entar 7% 4ilh=es ,or ano2 bastaria4
os 4es4os 1 4ilh=esW "ouro( V,ara os giros e ciclos2 Kue se d0o ,or e;igJncia do
co4RrcioW Pett- res,onde co4 sua costu4eira 4estria9 V)u res,ondo si49 ,ara a
Kuantia de 7%
4ilh=es bastaria4 7%`56 de # 4ilh0o2 se os ciclos durasse4 u4 ,er3odo t0o curto isto R2

531
MARX
desenvolvi4ento do dinheiro co4o 4eio de ,aga4ento e;ige certa
acu4ula/0o 4onetria2 nas datas de venci4ento das so4as devidas.
)n' Kuanto o entesoura4ento desa,arece co4o Ior4a autYno4a de
enriKue' ci4ento2 co4 o ,rogresso da sociedade burguesa2 ele2 ao
contrrio2 cresce na Ior4a de Iundos de reserva dos 4eios de
,aga4ento.
cL Dinheiro mundial
!o sair da esIera interna de circula/0o2 o dinheiro des,rende'
se das Ior4as locais do ,adr0o de ,re/os2 4oeda2 4oeda
divisionria e signo de valor2 e reassu4e a Ior4a originria de
barras dos 4etais ,reciosos. *o co4Rrcio 4undial as 4ercadorias
desdobra4 seu valor universal4ente. Sua Iigura autYno4a de valor
se deIronta2 ,ortanto2 aKui ta4bR4 co4 elas sob a Ior4a de dinheiro
4undial. [ sQ no 4er' cado 4undial Kue o dinheiro Iunciona
,lena4ente co4o 4ercadoria2 cuPa Ior4a natural R2 ao 4es4o
te4,o2 Ior4a direta4ente social de realiGa/0o do trabalho hu4ano
e4 abstrato. Seu 4odo de e;istir aPus' ta'se ao seu conceito.
*a esIera interna de circula/0o ,ode servir co4o 4edida de valor
e2 ,ortanto co4o dinheiro2 so4ente u4a 4ercadoria. *o 4ercado 4un'
dial do4ina du,la 4edida de valor2 o ouro e a ,rata.
6#6
se4anal2 co4o acontece co4 ,obres artes0os e trabalhadores2 Kue recebe4 e ,aga4 todos
os sbados^ se2 ,orR4 os ,raGos Iore4 tri4estrais2 conIor4e nosso costu4e de ,agar ar'
renda4ento e de coletar i4,ostos2 ent0o seria4 necessrios #% 4ilh=es. Se su,user4os2
,ortanto2 Kue os ,aga4entos geral4ente ocorre4 e4 ,raGos diIerentes2 entre # e #D se4anas2
ent0o te4'se de adicionar #% 4ilh=es a 7%`562 cuPa 4etade R cerca de 5 #`6 4ilh=es2
de 4odo Kue 5 #`6 4ilh=es seria4 suIicientesW. "P)TT>2 <illia4. Political AnatomD of
/reland,
7QIV. )dit. +ondres2 #1$#. ,. #D'#7.(
P
P
Har; cita aKui o escrito de Pett- VVerbu4 sa,ientiW2 Kue Ioi ,ublicado co4o
su,le4ento da obra Political AnatomD of /reland! "*. da )d. !le40.(
6#6 :a3 a inadeKua/0o de KualKuer legisla/0o Kue ,rescreva aos bancos nacionais sQ entesou'
rare4 o 4etal ,recioso Kue Iunciona co4o dinheiro no interior do ,a3s. s Vdoces
i4,edi'
4entosW assi4 auto'i4,ostos do Ban\ oI )ngland2 ,or e;e4,lo2 s0o conhecidos. Sobre
as grandes R,ocas histQricas da 4udan/a do valor relativo do ouro e da ,rata2 ver
H!R]2 Karl. p! cit.2 ,. #D1 et seCs! L !dita4ento F 6k edi/0o. Sir Robert Peel
,rocurou e4 sua lei bancria de #E77 re4ediar esse 4al2 ,er4itindo ao Ban\ oI
)ngland e4itir notas ga' rantidas ,or barras de ,rata2 de tal 4aneira ,orR4 Kue a
reserva de ,rata nunca Iora 4ais Kue #`7 da reserva de ouro. valor da ,rata esti4a'se2
nesse caso2 segundo seu ,re/o de 4ercado "e4 ouro( no 4ercado de +ondres. oN 7k edi/0o.
)ncontra4o'nos2 de novo2 nu4a R,oca de grande 4udan/a do valor relativo do ouro e
da ,rata. ? cerca de 65 anos2 a rela/0o de valor do ouro F ,rata era de #5 #`69 #2
hoPe R de a,ro;i4ada4ente 669 #2 e a ,rata est caindo ainda continua4ente e4 rela/0o
ao ouro. Isso R no essencial a conseKOJncia de u4a 4udan/a no 4odo de ,rodu/0o de a4bos
os 4etais. !ntiga4ente2 e;tra3a'se o ouro Kuase e;clusiva4ente ,or 4eio da lavage4 de
ca4adas aluviais2 ,rodutos da eros0o de rochas aur3Ieras. !gora P n0o basta esse
4Rtodo2 Kue Ioi relegado a segundo ,lano ,elo ,rocessa4ento dos ,rQ,rios Iil=es
aur3Ieros de KuartGo2 4Rtodo Kue2 e4bora be4 conhecido dos antigos ":I:R. III2 #6'
#7(2 era utiliGado antes a,enas e4 segundo lugar. Por outro lado2 n0o a,enas
descobrira4'se novas PaGidas i4ensas de ,rata a oeste das 4ontanhas Rochosas
a4ericanas2 4as ta4bR4 estas e as 4inas de ,rata 4e;icanas Iora4 abertas ao trIego
,or vias IRrreas2 ,ossibilitando a introdu/0o de 4aKuinaria 4oderna e de co4bus'

534
OS ECONOMISTAS
t3veis e2 desse 4odo2 a e;tra/0o de ,rata e4 4aior escala e a custos 4ais bai;os.
);iste2 ,orR42 grande diIeren/a Kuanto ao 4odo de ocorrJncia dos dois 4etais nos
Iil=es. ouro est geral4ente e4 estado ,uro2 4as e4 co4,ensa/0o dis,erso no KuartGo
e4 Kuantidades

535
MARX
dinheiro 4undial Iunciona co4o 4eio geral de ,aga4ento2
4eio geral de co4,ra e 4aterialiGa/0o social absoluta da riKueGa
e4 geral "universal Aealth(. ! Iun/0o co4o 4eio de ,aga4ento2
,ara a co4,ensa/0o de saldos internacionais2 R ,redo4inante. :a3 a
,alavra de orde4 dos 4ercantilistas L balan/a co4ercialj
6#D
ouro e
a ,rata Iunciona4 co4o 4eio internacional de co4,ra sobretudo cada
veG Kue se ,erturba brusca4ente o eKuil3brio tradicional do
4etabolis4o entre na/=es diIerentes. Final4ente2 co4o 4aterialiGa/0o
social absoluta da riKueGa2 onde n0o se trata ne4 de co4,ras ne4
de ,aga4entos2 4as
4inMsculas^ ,or isso2 toda a ganga te4 de ser triturada2 e;traindo'se de,ois o ouro ,or
4eio de lavage4 ou ,or 4eio de 4ercMrio. FreKOente4ente obtR4'se de # 4ilh0o de gra4as
de KuartGo a,enas # a D gra4as2 4uito rara4ente D% a 1% gra4as de ouro. ! ,rata Kuase
nunca ocorre ,ura2 4as e4 co4,ensa/0o e4 4inRrios ,rQ,rios2 Kue ,ode4 ser
se,arados co4 relativa Iacilidade da ganga e contJ4 geral4ente 7% a $%b de ,rata^
ou R contida e4 Kuantidades 4enores nos 4inRrios de cobre2 chu4bo etc.2 cuPo
,rocessa4ento P R ,or
si 4es4o lucrativo. :a3 P se vJ Kue2 enKuanto o trabalho de ,rodu/0o do ouro tende a
au4entar2 ao ,asso Kue o da ,rata indubitavel4ente di4inui2 a Kueda do valor da Mlti4a
se e;,lica de 4aneira inteira4ente natural. )ssa Kueda do valor e;,ressar'se'ia e4 Kueda
ainda 4aior de ,re/o2 caso n0o se 4antivesse o ,re/o da ,rata elevado ,or 4eios artiIiciais.
s tesouros de ,rata da !4Rrica2 ,orR42 sQ Iora4 colocados ao alcance dos e;,loradores
e4 ,eKuena ,arte2 e assi4 toda a ,ers,ectiva R de Kue o valor da ,rata continue a
bai;ar ,or 4ais te4,o. Contribui ainda ,ara isso a relativa di4inui/0o da de4anda
de ,rata ,ara artigos de uso e de lu;o2 sua substitui/0o ,or 4ercadorias ,rateadas2
alu43nio etc. :a3 avalie'se o uto,is4o da idRia bi4etalista de Kue u4 curso Ior/ado
internacional elevaria a ,rata F antiga ,ro,or/0o de valor #9 #5 #`6. [ 4ais
,rovvel Kue a ,rata ,erca ta4bR4 no 4ercado 4undial2 cada veG 4ais2 sua Kualidade
4onetria.
L F. ).p
6#D s antagonistas do siste4a 4ercantilista2 Kue considerava a liKuida/0o do saldo e;cedente
da balan/a co4ercial ,or 4eio de ouro e ,rata co4o obPetivo do co4Rrcio
internacional2 desconhecera4 total4ente2 ,or seu lado2 a Iun/0o do dinheiro 4undial.
Co4o a conce,/0o Ialsa das leis Kue regula4 o volu4e do 4eio circulante se reIlete na
conce,/0o Ialsa sobre
o 4ovi4ento internacional dos 4etais ,reciosos2 de4onstrei 4inuciosa4ente e4 Ricardo.
"p! cit!, ,. #5% et seCs.( Seu Ialso dog4a9 VC4a balan/a co4ercial desIavorvel sQ
,ode originar'se de u4 e;cesso de 4eio circulante. "...( ! e;,orta/0o de 4oedas R
devido a seu ,re/o bai;o e n0o R conseKOJncia2 ,orR4 causa2 de u4a balan/a
desIavorvel.W
P
J se encontra e4 Barbon9 V! balan/a co4ercial2 Kuando e;iste u4a2
n0o R a causa de Kue o dinheiro sePa e;,ortado de u4 ,a3s. ! e;,orta/0o resulta
antes da diIeren/a de valor dos 4etais ,reciosos e4 cada ,a3sW. "B!RB*2 *. p! cit!2 ,.
5$.( HacCulloch e4 The %iterature of Political *conomDW a Classified Catalo2ue, +ondres2
#E752 louva Barbon ,or essa ante' ci,a/0o2 4as evita ,rudente4ente 4encionar as
Ior4as ingJnuas2 e4 Kue a,arece4 ainda e4 B.2 os ,ressu,ostos absurdos do currencD
principle!
PP
! Ialta de cr3tica e 4es4o a desonestidade desse catlogo cul4ina4 nas
se/=es sobre a histQria da teoria 4onetria2 ,orKue aKui HcCulloch est baPulando
co4o sicoIanta de +ord verstone "o e;'banKueiro +o-d(2 a Kue4 cha4a Vfacile
princeps ar2entariorumW.
PPP
P
Har; cita aKui o livro de RIC!R:2 :. The 1i2h Price of 'ullion a Proof of the Depreciation
of 'ank ?otes! 7k ed.2 +ondres2 #E##.
PP
Teoria 4onetria 4uito divulgada na Inglaterra na ,ri4eira 4etade do sRculo ]I]2 Kue
,artiu da teoria Kuantitativa do dinheiro. s re,resentantes da teoria Kuantitativa aIir4a4
Kue os ,re/os das 4ercadorias seria4 deter4inados ,ela Kuantidade de dinheiro e4
cir' cula/0o. s re,resentantes do currencD principle Kueria4 i4itar as leis da
circula/0o 4e' tlica. *o currencD "4eio circulante( inclu3a42 alR4 do dinheiro 4etlico2
ta4bR4 as notas bancrias. )les acreditava4 alcan/ar u4 curso estvel do dinheiro
,or 4eio da ,lena cobertura e4 ouro das notas^ a e4iss0o devia ser regulada

536
OS ECONOMISTAS
conIor4e a i4,orta/0o e e;' ,orta/0o do 4etal ,recioso. !s tentativas do Governo
inglJs "lei bancria de #E77( de basear'se nessa teoria n0o tivera4 nenhu4 sucesso e
so4ente conIir4ara4 sua Ialta de sustenta/0o cient3Iica e sua total inutilidade ,ara
Iins ,rticos. "*. da )d. !le40.(
PPP
reconhecido rei da gente de dinheiro. "*. dos T.(

53'
MARX
si4 de transIerJncia de riKueGa de u4 ,a3s a outro e onde essa trans'
IerJncia n0o R ,er4itida sob a Ior4a de 4ercadoria2 sePa ,elas con'
Punturas do 4ercado2 sePa ,elo Ii4 Kue se busca alcan/ar.
6#7
:o 4es4o 4odo co4o ,ara sua circula/0o interna2 necessita todo
,a3s contar co4 u4 Iundo de reserva ,ara a circula/0o do
4ercado 4undial. !s Iun/=es dos tesouros surge42 assi42 e4 ,arte
da Iun/0o do dinheiro co4o 4eio interno de ,aga4ento ou de
circula/0o2 e4 ,arte de sua Iun/0o co4o dinheiro 4undial.
6#5
*este
Mlti4o ,a,el se4' ,re R e;igida a 4ercadoria 4onetria eIetiva2 o
ouro e a ,rata e4 ,essoa^ da3 ter Ja4es SteXart e;,ressa4ente
caracteriGado ouro e ,ra' ta e4 contraste co4 suas re,resenta/=es
,ura4ente locais2 co4o moneD
of the Aorld.
6#1
4ovi4ento do Ilu;o de ouro e ,rata R du,lo. :e u4 lado2
ele se es,alha a ,artir de suas Iontes2 sobre todo o 4ercado 4undial2
onde
R absorvido2 e4 diIerentes volu4es2 ,elas distintas esIeras
nacionais de circula/0o2 ,ara ,enetrar ,elos seus canais internos de
circula/0o2 substituir 4oedas de ouro e ,rata desgastadas2 Iornecer
4aterial ,ara 4ercadorias de lu;o e i4obiliGar'se co4o tesouros.
6#&
)sse ,ri4eiro 4ovi4ento R eIetuado ,or 4eio do intercU4bio direto
dos trabalhos nacionais realiGados e4 4ercadorias2 ,elo trabalho
realiGado e4 4etais ,reciosos dos ,a3ses ,rodutores de ouro e ,rata.
Por outro lado2 o ouro e a ,rata Ilue4 constante4ente de l ,ara
c entre as diIerentes esIeras nacionais de circula/0o2 u4 4ovi4ento
Kue aco4,anha as incessantes oscila/=es do curso de cU4bio.
6#E
s ,a3ses de ,rodu/0o burguesa desenvolvida li4ita4 os tesouros
6#7 Por e;e4,lo2 nos casos de subs3dios2 de e4,rRsti4os de dinheiro ,ara condu/0o de guerras
ou ,ara a reto4ada dos ,aga4entos a vista ,elos bancos etc.2 o valor ,ode ser e;igido
Pusta4ente na Ior4a de dinheiro.
6#5 *ota F 6k edi/0o. V:e Iato2 eu n0o ,osso i4aginar nenhu4a ,rova 4ais convincente de Kue
o 4ecanis4o do entesoura4ento2 e4 ,a3ses de ,adr0o 4etlico2 R ca,aG de
dese4,enhar cada Iun/0o necessria F co4,ensa/0o de obriga/=es internacionais2 se4
nenhu4 a,oio ,erce,t3vel ,or ,arte da circula/0o geral2 do Kue a Iacilidade co4 Kue a
Fran/a2 ainda e4
vias de se recu,erar do abalo de u4a destruidora invas0o estrangeira2 conseguiu
eIetuar2 nu4 ,er3odo de 6& 4eses2 o ,aga4ento de Kuase 6% 4ilh=es de indeniGa/0o de
guerra2 i4,osta a elas ,elas ,otJncias aliadas2 sendo de se notar Kue ,arte
considervel dessa so4a e4 dinheiro 4etlico2 se4 restri/0o ou ,erturba/0o vis3vel do curso
interno do dinheiro ou se4 KuaisKuer oscila/=es alar4antes de seu curso de cU4bio.W
"FC++!RT*. p! cit!2 ,. #7#.( "N 7k edi/0o. L C4 e;e4,lo de 4aior i4,acto te4os
na Iacilidade co4 Kue a 4es4a Fran/a2 de #E&# a #E&D2 conseguiu ,agar2 e4 D% 4eses2
u4a indeniGa/0o de guerra 4ais de deG veGes su,erior2 sendo2 da 4es4a Ior4a2 u4a
,arte signiIicativa e4 dinheiro 4etlico. L F. ).p
6#1 :inheiro do 4undo. "*. dos T.(
6#& i dinheiro distribui'se ,elas na/=es segundo suas necessidades "...( ao ser atra3do se4,re
,elos ,rodutos.i "+) TRS*). p! cit!2 ,. $#1.( V!s 4inas2 Kue est0o Iornecendo continua'
4ente ouro e ,rata2 s0o suIiciente4ente Iecundas ,ara Iornecer a cada na/0o esse Cuantum
necessrio.W "V!*:)R+I*T2 J. p! cit!2 ,. 7%.(

53/
OS ECONOMISTAS
6#E is cursos de cU4bio sobe4 e desce4 toda se4ana^ e4 certos ,er3odos do ano2 sobe4
e4 ,rePu3Go de u4a na/0o2 e4 outros chega4 F 4es4a altura e4 Iavor desta.i "B!RB*2
*.
p! cit!2 ,. D$.(

530
MARX
4aci/a4ente concentrados nas reservas bancrias ao 43ni4o reKuerido
,or suas Iun/=es es,ec3Iicas.
6#$
)4bora haPa e;ce/=es2 o
cresci4ento e;traordinrio da reserva do tesouro2 aci4a de seu n3vel
4Rdio2 indica estanca4ento da circula/0o das 4ercadorias ou
interru,/0o do Ilu;o de 4eta4orIose das 4ercadorias.
66%
6#$ )ssas Iun/=es diIerentes ,ode4 entrar e4 conIlito ,erigoso logo Kue se lhes adiciona a
Iun/0o de u4 Iundo de convers0o ,ara notas bancrias.
66% i Kue e;iste e4 dinheiro alR4 do 43ni4o indis,ensvel ,ara o co4Rrcio interno re,resenta
ca,ital 4orto2 e n0o traG nenhu4 ganho ao ,a3s Kue o ,ossui2 e;ceto Kuando ele 4es4o
R e;,ortado res,ectiva4ente i4,ortado.i "B)++)RS2 John. *ssaDs etc. ,. #D.( V Kue acon'
tece se te4os dinheiro cunhado e4 de4asiaZ Podere4os Iundir o 4ais ,esado e transIor4'lo
e4 suntuosas bai;elas2 vasos e utens3lios do4Rsticos de ouro e ,rata^ ou envi'lo
co4o 4ercadoria ,ara onde h necessidade e ,rocura ,or ele^ ou e4,rest'lo a Puros2
onde se ,aga alta ta;a de Puros.W "P)TT>2 <. 3uantulumcumCue! ,. D$.( V dinheiro R
a,enas a gordura do cor,o do )stado2 e ,or isso seu e;cesso aIeta tanto sua 4obilidade
Kuanto sua Ialta torna'o doente "...( co4o a gordura lubriIica o 4ovi4ento dos
4Msculos2 substitui ali4entos Ialtantes2 a,laina desn3veis e e4beleGa o cor,o2 assi4 o
dinheiro Iacilita os 4ovi4entos do )stado2 traG ali4entos do e;terior Kuando h carestia
no ,a3s2 ,aga d3vidas "...( e e4beleGa o conPunto^ ,orR4 ,articular4enteW2 conclui
ironica4ente2 Vos indiv3duos Kue ,ossue4 4uito dele.W "P)TT>2 <. Political AnatomD of
/reland! ,. #7'#5.(

SEO II
A TRANSBORMAO DO DIN=EIRO EM CAPITAL
11

CAPTULO IV
TRANSBORMAO DO DIN=EIRO EM CAPITAL
1( A f8r*$% ,er% :o c!i#%
A circula/0o de 4ercadorias R o ,onto de ,artida do ca,ital.
Produ/0o de 4ercadorias e circula/0o desenvolvida de 4ercadorias2
co4Rrcio2 s0o os ,ressu,ostos histQricos sob os Kuais ele surge.
Co4Rrcio 4undial e 4ercado 4undial inaugura4 no sRculo ]VI a
4oderna his' tQria da vida do ca,ital.
!bstraia4os o conteMdo 4aterial da circula/0o de 4ercadorias2
o intercU4bio dos diIerentes valores de uso2 e considere4os a,enas as
Ior4as econY4icas engendradas ,or esse ,rocesso2 ent0o encontrare4os
co4o seu ,roduto Mlti4o o dinheiro. )sse ,roduto Mlti4o da circula/0o
de 4ercadorias R a ,ri4eira Ior4a de a,ari/0o do ca,ital.
?istorica4ente2 o ca,ital se deIronta co4 a ,ro,riedade
Iundiria2 no in3cio2 e4 todo lugar2 sob a Ior4a de dinheiro2 co4o
Iortuna e4 dinheiro2 ca,ital co4ercial e ca,ital usurrio.
66#
*o
entanto2 n0o se ,recisa re4ontar F histQria da Ior4a/0o do ca,ital
,ara reconhecer o dinheiro co4o a sua ,ri4eira Ior4a de a,ari/0o. !
4es4a histQria se desenrola diaria4ente ante nossos olhos. Cada
novo ca,ital ,isa e4 ,ri4eira instUncia o ,alco2 isto R2 o 4ercado2
4ercado de 4ercadorias2 4ercado de trabalho ou 4ercado de
dinheiro2 se4,re ainda co4o di' nheiro2 dinheiro Kue deve
transIor4ar'se e4 ca,ital ,or 4eio de de' ter4inados ,rocessos.
:inheiro co4o dinheiro e dinheiro co4o ca,ital diIerencia4'se
,ri4eiro ,or sua Ior4a diIerente de circula/0o.
! Ior4a direta de circula/0o de 4ercadorias R " J D J "2
66# ! ant3tese entre o ,oder da ,ro,riedade Iundiria2 re,ousando sobre rela/=es ,essoais de
servid0o e senhorio2 e o ,oder i4,essoal do dinheiro2 est clara4ente ca,tada e4 dois
ditos Iranceses. ?ulle terre sans sei2neur!
P
%Sar2ent nSa pas de ma^tre!
PP
P
V*enhu4a terra se4 senhor.W"*. dos T.(
PP
V dinheiro n0o te4 4estre.W"*. dos T.(

MARX
14

transIor4a/0o de 4ercadoria e4 dinheiro e retransIor4a/0o de di'
nheiro e4 4ercadoria2 vender ,ara co4,rar. !o lado dessa Ior4a2
encontra4os2 no entanto2 u4a segunda2 es,eciIica4ente diIerenciada2
a Ior4a D J " J D2 transIor4a/0o de dinheiro e4 4ercadoria e
retransIor4a/0o de 4ercadoria e4 dinheiro2 co4,rar ,ara vender. :i'
nheiro Kue e4 seu 4ovi4ento descreve essa Mlti4a circula/0o
trans' Ior4a'se e4 ca,ital2 torna'se ca,ital e2 de acordo co4 sua
deter4ina/0o2
P R ca,ital.
VePa4os 4ais de ,erto a circula/0o D J " J D. )la
,ercorre2 co4o a circula/0o si4,les de 4ercadorias2 duas Iases
antitRticas. *a ,ri4eira Iase2 D J "2 co4,ra2 o dinheiro R
transIor4ado e4 4erca' doria. *a segunda Iase2 " J D2 venda2 a
4ercadoria R retransIor4ada e4 dinheiro. ! unidade de a4bas as
Iases R2 ,orR42 o 4ovi4ento global2 Kue troca dinheiro ,or
4ercadoria e2 nova4ente2 a 4es4a 4er' cadoria ,or dinheiro2
co4,ra 4ercadoria ,ara vendJ'la2 ou2 se n0o se considera4 as
diIeren/as Ior4ais entre co4,ra e venda2 co4,ra 4er' cadoria co4 o
dinheiro e dinheiro co4 a 4ercadoria.
666
resultado2 e4 Kue todo
o ,rocesso se a,aga2 R troca de dinheiro ,or dinheiro2 D
J D. Se co4 #%% libras esterlinas co4,ro 6 %%% libras de algod0o e
revendo as 6 %%% libras de algod0o ,or ##% libras esterlinas2 ent0o
troKuei aIinal #%% libras esterlinas ,or ##% libras esterlinas2
dinheiro ,or dinheiro.
[ agora evidente Kue o ,rocesso de circula/0o D J " J D seria
insosso e se4 conteMdo caso se Kuisesse2 ,or inter4Rdio de seu rodeio2
,er4utar o 4es4o valor e4 dinheiro ,or igual valor e4 dinheiro2
assi42 ,or e;e4,lo2 #%% libras esterlinas ,or #%% libras esterlinas.
Inco4,aravel4ente 4ais si4,les e 4ais seguro seria o 4Rtodo do
entesourador2 Kue retR4 as suas #%% libras esterlinas e4 veG de e;,Y'
las ao ,erigo da circula/0o. Por outro lado2 se o co4erciante
revende ,or
##% libras esterlinas o algod0o co4,rado a #%% libras esterlinas ou se
R Ior/ado a desIaGer'se dele ,or #%% libras esterlinas ou atR 4es4o
,or 5% libras esterlinas2 e4 KualKuer circunstUncia seu dinheiro
des' creveu u4 4ovi4ento ,rQ,rio e original2 de es,Rcie total4ente
diversa da descrita na circula/0o si4,les de 4ercadorias2 ,or
e;e4,lo2 nas 40os do ca4,onJs2 Kue vende gr0o e2 co4 o dinheiro
obtido2 co4,ra rou,as. Por enKuanto2 vale a caracter3stica das
diIeren/as Ior4ais entre os ciclos D J " J D e " J D L ".
Co4 isso h de se revelar logo
a diIeren/a de conteMdo Kue es,reita ,or trs dessas diIeren/as Ior4ais.
);a4ine4os2 antes de tudo2 o Kue R co4u4 a a4bas as Ior4as.
!4bos os ciclos se deco4,=e4 nas duas 4es4as Iases contra'
,ostas2 " J D2 venda2 e D J "2 co4,ra. )4 cada u4a das duas
Iases se conIronta4 os 4es4os dois ele4entos 4ateriais2 4ercadoria

OS ECONOMISTAS
15

666 iCo4 dinheiro se co4,ra4 4ercadorias e co4 4ercadorias se co4,ra dinheiro.i "RIVIuR)2
Hercier de la. %Srdre ?aturel et *ssentiel des <oci#t#s PolitiCues! ,. 57D.(

16
MARX
e dinheiro L e duas ,essoas2 nas 4es4as 4scaras de ,ersonagens
econY4icas2 u4 co4,rador e u4 vendedor. Cada u4 dos dois ciclos R
a unidade das 4es4as Iases contra,ostas e2 e4 a4bos os casos2
essa unidade R 4ediada ,elo surgi4ento de trJs contraentes2 dos
Kuais u4 a,enas vende2 outro a,enas co4,ra2 4as o terceiro
alternada4ente co4,ra e vende.
Kue2 no entanto2 se,ara de ante40o a4bos os ciclos " J D
J " e D J " J D R a sucess0o inversa das 4es4as Iases contra,ostas
de circula/0o. ! circula/0o si4,les de 4ercadorias co4e/a co4 a venda
e ter4ina co4 a co4,ra2 a circula/0o do dinheiro co4o ca,ital co4e/a
co4 a co4,ra e ter4ina co4 a venda. + a 4ercadoria2 aKui o dinheiro
constitui o ,onto de ,artida e o ,onto de chegada do 4ovi4ento.
*a ,ri4eira Ior4a R o dinheiro2 no outro2 inversa4ente2 R a
4ercadoria Kue 4edia o transcurso global.
*a circula/0o " J D J "2 o dinheiro R Iinal4ente transIor4ado
e4 4ercadoria Kue seria de valor de uso. dinheiro est2 ,ois2
deIi' nitiva4ente gasto. *a Ior4a inversa2 D J " J D2 o co4,rador
gasta dinheiro ,ara co4o vendedor receber dinheiro. Co4 a co4,ra2 ele
lan/a dinheiro na circula/0o2 ,ara retir'lo dela nova4ente ,ela
venda da 4es4a 4ercadoria. )le libera o dinheiro sQ co4 a
astuciosa inten/0o de a,oderar'se dele nova4ente. )le R2 ,ortanto2
a,enas adiantado.
66D
*a Ior4a " J D J "2 a 4es4a ,e/a 4onetria 4uda duas
veGes de lugar. vendedor a recebe do co4,rador e ,aga'a adiante
a outro vendedor. ,rocesso global2 Kue co4e/a co4 o
recebi4ento do dinheiro ,or 4ercadoria2 ter4ina co4 a entrega de
dinheiro ,or 4ercadoria. Inversa4ente2 na Ior4a D J " J D.
*0o R a 4es4a ,e/a 4onetria Kue 4uda aKui duas veGes de
lugar2 4as a 4es4a 4ercadoria. co4,rador a recebe das 40os
do vendedor e a de,=e nas 40os de outro co4,rador. !ssi4 co4o
na circula/0o si4,les de 4ercadorias a du,la 4udan/a de lugar da
4es4a ,e/a 4onetria acar' reta a sua transIerJncia deIinitiva de
u4a 40o ,ara outra2 assi4 aKui
a du,la 4udan/a de lugar da 4es4a 4ercadoria acarreta o reIlu;o
do dinheiro a seu ,ri4eiro ,onto de ,artida.
reIlu;o do dinheiro a seu ,onto de ,artida n0o de,ende de
a 4ercadoria ser vendida 4ais cara do Kue ela Ioi co4,rada. )ssa
cir' cunstUncia inIlui a,enas na grandeGa da so4a de dinheiro
reIluente.
,rQ,rio IenY4eno do reIlu;o ocorre assi4 Kue a 4ercadoria co4,rada
R revendida2 ,ortanto o ciclo D J " J D est co4,leta4ente descrito.
)ssa R2 ,ortanto2 u4a diIeren/a Kue salta aos olhos entre a circula/0o
do dinheiro co4o ca,ital e sua circula/0o co4o 4ero dinheiro.
66D iSe u4a coisa R co4,rada ,ara ser nova4ente vendida2 cha4a'se a so4a a,licada nisso

OS ECONOMISTAS
1'

de dinheiro adiantado^ se co4,rada ,ara n0o ser revendida2 ela ,ode ser designada
co4o gasta.i "ST)C!RT2 Ja4es. @orks etc. )dit. ,or General Sir Ja4es Steuart2 seu
Iilho.
+ondres2 #E%5. v. I2 ,. 6&7.(

1/
MARX
ciclo " J D J " est ,ercorrido co4,leta4ente assi4 Kue
a venda de u4a 4ercadoria traga dinheiro Kue a co4,ra de outra
4ercadoria nova4ente retira. Se ainda ocorrer reIlu;o de dinheiro ao
seu ,onto de ,artida2 isso a,enas ,ode ser ,or 4eio da renova/0o
ou re,eti/0o de todo o ,ercurso. Se vendo # Cuarter de gr0o ,or D
libras esterlinas e co4,ro rou,as co4 essas D libras esterlinas2 as
D libras esterlinas est0o deIinitiva4ente gastas ,ara 4i4. )u nada
4ais tenho
a IaGer co4 elas. )las s0o do co4erciante de rou,as. Se2 agora2 vendo
u4 segundo Cuarter de gr0o2 ent0o o dinheiro reIlui ,ara 4i42
4as n0o e4 conseKOJncia da ,ri4eira transa/0o2 e si4 a,enas e4
conse' KOJncia de sua re,eti/0o. )le se aIasta nova4ente de 4i4
assi4 Kue levo a cabo a segunda transa/0o e co4,ro de novo. *a
circula/0o "
J D J "2 o gasto do dinheiro nada te42 ,ois2 a ver co4 seu reIlu;o.
*a circula/0o D J " J D2 ,elo contrrio2 o reIlu;o do dinheiro R
deter4inado ,elo 4odo de seu ,rQ,rio gasto. Se4 esse reIlu;o2 a o,e'
ra/0o est Iracassada ou o ,rocesso interro4,ido e ainda n0o acabado2
,orKue Ialta a sua segunda Iase2 a venda2 Kue co4,le4enta e co4,leta
a co4,ra.
ciclo " J D J " ,arte do e;tre4o de u4a 4ercadoria e
se encerra co4 o e;tre4o de outra 4ercadoria2 Kue sai da
circula/0o e entra no consu4o. Consu4o2 satisIa/0o de
necessidades2 e4 u4a ,a' lavra2 valor de uso2 R2 ,or conseguinte2 seu
obPetivo Iinal. ciclo D J " J D2 ,elo contrrio2 ,arte do e;tre4o do
dinheiro e volta Iinal4ente ao 4es4o e;tre4o. Seu 4otivo indutor e
sua Iinalidade deter4inante
R2 ,ortanto2 o ,rQ,rio valor de troca.
*a circula/0o si4,les de 4ercadorias2 a4bos os e;tre4os tJ4
a 4es4a Ior4a econY4ica. )les s0o a4bos 4ercadoria. )les s0o ta4'
bR4 4ercadorias de 4es4a grandeGa de valor. Has eles s0o
Kualita' tiva4ente valores de uso diIerentes2 ,or e;e4,lo2 gr0o e
rou,as. intercU4bio de ,rodutos2 a 4udan/a dos diIerentes
4ateriais e4 Kue
o trabalho social se re,resenta2 constitui aKui o conteMdo do 4ovi4ento.
:e outro 4odo na circula/0o D J " J D. )la ,arece F ,ri4eira vista
se4 conteMdo ,orKue tautolQgica. !4bos os e;tre4os tJ4 a 4es4a
Ior4a econY4ica. )les s0o a4bos dinheiro2 ,ortanto n0o'valores de
uso Kualitativa4ente diIerenciados2 ,ois dinheiro R a Iigura 4eta4or'
Ioseada das 4ercadorias2 e4 Kue seus valores de uso es,ec3Iicos est0o
a,agados. Pri4eiro trocar #%% libras esterlinas ,or algod0o e2
ent0o2 trocar nova4ente o 4es4o algod0o ,or #%% libras esterlinas2
,ortanto2 interca4biar ,or 4eio de u4 rodeio2 dinheiro ,or
dinheiro2 o 4es4o ,elo 4es4o2 ,arece u4a o,era/0o t0o se4
Iinalidade Kuanto insossa.
667

10
OS ECONOMISTAS
667 i*0o se troca dinheiro ,or dinheiroi2 cla4a Hercier de la RiviTre aos 4ercantilistas "p!
cit!2 ,. 7E1(. *u4a obra Kue e: professo
P
trata do Vco4RrcioW e da Ves,ecula/0oW2 lJ'se9 VTodo
co4Rrcio consiste na troca de coisas de es,Rcies diIerentes^ e o ,roveitoW ",ara o co4ercianteZ(
Vse origina 4es4o dessa diIeren/a. Trocar # libra de ,0o ,or # libra de ,0o n0o traria

11
MARX
C4a so4a de dinheiro ,ode diIerenciar'se de outra so4a de
dinheiro
t0o so4ente 4ediante sua grandeGa. Portanto2 o ,rocesso D J "
J
D n0o deve seu conteMdo a nenhu4a diIeren/a Kualitativa de seus
e;tre4os2 ,ois a4bos s0o dinheiro2 4as a,enas F sua diIeren/a Kuan'
titativa. *o Iinal2 4ais dinheiro R retirado da circula/0o do Kue Ioi
lan/ado nele no co4e/o. algod0o co4,rado ,or #%% libras esterlinas
R2 ,or e;e4,lo2 revendido a #%% a #% libras esterlinas2 ou ##%
libras esterlinas. ! Ior4a co4,leta desse ,rocesso R2 ,ortanto2 D
J " J DS2 e4 Kue DS [ D _ D2 ou sePa2 igual F so4a de dinheiro
original4ente adiantado 4ais u4 incre4ento. )sse incre4ento2 ou o
e;cedente sobre
o valor original2 cha4o de L 4ais'valia "surplus value(. valor
ori' ginal4ente adiantado n0o sQ se 4antR4 na circula/0o2 4as
altera nela a sua grandeGa de valor2 acrescenta 4ais'valia ou se
valoriGa. ) esse 4ovi4ento transIor4a'o e4 ca,ital.
[ ta4bR4 ,oss3vel Kue e4 " J D J " a4bos os e;tre4os2 H2
H2 ,or e;e4,lo2 gr0o e rou,as2 sePa4 grandeGas de valor
Kuantitati' va4ente diIerentes. ca4,onJs ,ode vender seu gr0o
aci4a do valor ou co4,rar as rou,as abai;o do valor delas. )le
,ode2 ,or sua veG2 ser enganado ,elo co4erciante de rou,as. Tal
diIeren/a de valor ,er' 4anece2 no entanto2 ,ara essa 4es4a Ior4a
de circula/0o2 ,ura4ente casual. )la n0o ,erde si4,les4ente
sentido e entendi4ento co4o o ,rocesso D J " J D2 se os dois
e;tre4os2 gr0o e rou,as2 ,or e;e4,lo2 s0o eKuivalentes. Sua
igualdade de valor R aKui 4uito 4ais condi/0o do transcurso
nor4al.
! re,eti/0o ou renova/0o da venda ,ara co4,ra encontra2 co4o
este 4es4o ,rocesso2 4edida e alvo nu4 obPetivo Iinal situado
Iora dela2 o consu4o2 a satisIa/0o de deter4inadas necessidades. *a
co4,ra ,ara a venda2 ,elo contrrio2 co4e/o e tRr4ino s0o o 4es4o2
dinheiro2 valor de troca2 e P ,or isso o 4ovi4ento R se4 Ii4. Se4
dMvida2 de
D adveio D _ D, das #%% libras esterlinas2 #%% a #%. Has consideradas
a,enas Kualitativa4ente2 ##% libras esterlinas s0o o 4es4o Kue #%%
libras esterlinas2 ou sePa2 dinheiro. ) consideradas Kuantitativa4ente
nenhu4a vantage4 "...( da3 o contraste vantaPoso entre co4Rrcio e Pogo2 sendo este a,enas
intercU4bio de dinheiro ,or dinheiroW. "CRB)T2 Th. An /nCuirD into the Causes and
"odes of the @ealth of /ndividuals; or the Principles of Trade and <peculation e:plainedV.
+ondres2 #E7#. ,. 5( )4bora Corbet n0o vePa Kue D J D, trocar dinheiro ,or dinheiro2 R
a Ior4a caracter3stica de circula/0o n0o sQ do ca,ital co4ercial2 4as de todo ca,ital2
,elo 4enos ad4ite Kue essa Ior4a de u4a es,Rcie de co4Rrcio2 da es,ecula/0o2 R
co4u4 ao Pogo2 4as ent0o a,arece HacCulloch e acha Kue co4,rar ,ara vender sePa
es,ecular2 e
Kue2 ,ortanto2 a diIeren/a entre es,ecula/0o e co4Rrcio se desIaG. WCada negQcio e4
Kue u4a ,essoa co4,ra u4 ,roduto ,ara revendJ'lo R2 de Iato2 u4a es,ecula/0o.i

OS ECONOMISTAS
12

"H!CCC+' +C?. A DictionarD, Practical etc! of Commerce! +ondres2 #E7&. ,. #%%$.(
Inco4,aravel' 4ente 4ais ingJnuo2 Pinto2 o P3ndaro da Bolsa de !4sterd09 V co4Rrcio R
u4 PogoW "essa Irase2 e4,restada de +oc\e( Ve co4 4endigos n0o se ,ode ganhar nada. Se2
durante longo te4,o2 se ganhasse tudo de todos2 ter'se'ia2 4ediante acordo a4igvel2 de
devolver de novo
a 4aior ,arte do lucro ,ara nova4ente iniciar o PogoW. "PI*T. Trait# de la Circulation
et du Cr#dit! !4sterd02 #&&#. ,. 6D#.(
P
:e ctedra. "*. dos T.(

43
MARX
##% libras esterlinas s0o u4a so4a t0o li4itada de valor Kuanto
#%%
libras esterlinas. Se as ##% libras esterlinas Iosse4 gastas co4o
di' nheiro2 dei;aria4 de dese4,enhar o seu ,a,el. :ei;aria4 de
ser ca' ,ital. Retiradas de circula/0o2 se ,etriIicaria4 e4 tesouro e
nenhu4 farthin2
665
se acrescenta a elas2 ainda Kue IiKue4 guardadas
atR o :ia do Ju3Go Final. Caso se trate de valoriGa/0o do valor2
e;iste ent0o tanta necessidade da valoriGa/0o de ##% libras
esterlinas Kuanto da de #%% libras esterlinas2 P Kue a4bas s0o
e;,ress=es li4itadas do valor de troca2 a4bas2 ,ortanto2 tendo a
4es4a voca/0o de se a,ro' ;i4are4 da riKueGa si4,les4ente ,or
4eio da e;,ans0o de grandeGa. :e Iato2 o valor original4ente
adiantado de #%% libras esterlinas di' Ierencia'se2 ,or u4 instante2
da 4ais'valia de #% libras esterlinas2 Kue lhe Ioi acrescentada na
circula/0o2 4as essa diIeren/a se esvai logo de novo. *o Ii4 do
,rocesso2 o Kue surge n0o R2 de u4 lado2 o valor original de #%%
libras esterlinas e2 do outro2 a 4ais'valia de #% libras esterlinas.
Kue surge R u4 valor de ##% libras esterlinas Kue se encontra na
4es4a Ior4a adeKuada ,ara co4e/ar o ,rocesso de va' loriGa/0o2
co4o as #%% libras esterlinas iniciais. :inheiro surge de novo no Ii4 do
4ovi4ento co4o seu in3cio.
661
Ii4 de cada ciclo individual2 e4 Kue
a co4,ra se realiGa ,ara a venda2 constitui2 ,ortanto2 ,or si
4es4o o in3cio de novo ciclo. ! circula/0o si4,les de 4ercadorias
L
a venda ,ara a co4,ra L serve de 4eio ,ara u4 obPetivo Iinal
Kue est Iora da circula/0o2 a a,roria/0o de valores de uso2 a
satisIa/0o de necessidades. ! circula/0o do dinheiro co4o ca,ital R2 ,elo
contrrio2 u4a Iinalidade e4 si 4es4a2 ,ois a valoriGa/0o do valor
sQ e;iste dentro desse 4ovi4ento se4,re renovado. Por isso o
4ovi4ento do ca,ital R insacivel.
66&
665 Hoeda inglesa no valor de #`7 de ,Jni. "*. dos T.(
661 i ca,ital se divide "...( e4 ca,ital original e lucro2 o incre4ento do ca,ital "...( e4bora a
,rQ,ria ,r;is converta logo esse lucro nova4ente e4 ca,ital e o coloKue co4 este e4
Ilu;o.i ")*G)+S2 F. V)sbo/o de u4a Cr3tica da )cono4ia *acionalW. In9 !nurios
Teuto' Franceses. )ditados ,or !rnold Ruge e Karl Har;2 Paris2 #E772 ,. $$(
P
P
Ver v. I da edi/0o H)<2 ,. 5##. "n. da )d. !le40.(
66& !ristQteles contra,=e F Cre4at3stica a )cono4ia. )le ,arte da )cono4ia. )nKuanto
arte da aKuisi/0o2 ela se li4ita F obten/0o dos bens necessrios F vida e Mteis ao lar e ao
)stado. V! verdadeira riKueGa " ( consiste e4 tais valores de uso^
,ois ,ara a boa vida2 a 4edida suIiciente dessa es,Rcie de ,ro,riedade n0o R li4itada.
);iste2 ,orR42 u4a segunda arte da aKuisi/0o cha4ada ,reIerencial4ente e co4 direito
de Cre4at3stica2 segundo a Kual n0o ,arece e;istir li4ite F riKueGa e F ,ro,riedade.
co4Rrcio de 4ercadorias "W V signiIica literal4ente co4Rrcio de retalhos2 e
!ristQteles usa essa Ior4a ,orKue nela ,redo4ina o valor de uso( n0o ,ertence ,or
natureGa F Cre4at3stica2 ,ois aKui
o valor de troca sQ se reIere ao Kue R necessrio a eles 4es4os "co4,radores e vendedores(.
Por issoW2 continua ele adiante2 Va Ior4a original do co4Rrcio de 4ercadorias ta4bR4
era
o esca4bo2 4as co4 a sua e;,ans0o surgiu necessaria4ente o dinheiro. Co4 a
inven/0o do dinheiro2 o esca4bo tinha de evoluir necessaria4ente ,ara 2

41
OS ECONOMISTAS
co4Rrcio de 4er' cadorias2 e este2 e4 contradi/0o co4 sua tendJncia original2 evoluiu
,ara a Cre4at3stica2
a arte de IaGer dinheiro. ! Cre4at3stica distingue'se agora da )cono4ia ,orKue ,ara ela
a circula/0o R a Ionte da riKueGa " ... (. ) ela
,arece girar e4 torno do dinheiro2 ,ois o dinheiro R o co4e/o e o Ii4 dessa es,Rcie de
troca " (. Por isso2 a riKueGa2 co4o a

44
MARX
Co4o ,ortador consciente desse 4ovi4ento2 o ,ossuidor do di'
nheiro torna'se ca,italista. Sua ,essoa2 ou 4elhor2 seu bolso2 R o ,onto
de ,artida e o ,onto de retorno do dinheiro. conteMdo obPetivo daKuela
circula/0o L a valoriGa/0o do valor L R sua 4eta subPetiva2 e sQ
en' Kuanto a a,ro,ria/0o crescente da riKueGa abstrata R o Mnico
4otivo indutor de suas o,era/=es2 ele Iunciona co4o ca,italista ou
ca,ital ,ersoniIicado2 dotado de vontade e consciJncia. valor de
uso nunca deve ser tratado2 ,ortanto2 co4o 4eta i4ediata do
ca,italis4o.
66E
Ta4' ,ouco o lucro isolado2 4as a,enas o incessante
4ovi4ento do ganho.
66$
)sse i4,ulso absoluto de enriKueci4ento2 essa ca/a a,ai;onada do
valor
6D%
R co4u4 ao ca,italista e ao entesourador2 4as enKuanto o
entesourador R a,enas o ca,italista de4ente2 o ca,italista R o
ente' sourador racional. ! 4ulti,lica/0o incessante do valor2
,retendida ,elo entesourador ao ,rocurar salvar o dinheiro da
circula/0o2
6D#
R alcan/ada ,elo ca,italista 4ais es,erto ao entreg'lo
se4,re de novo F circula/0o.
6D6
!s Ior4as autYno4as2 as Ior4as dinheiro2 Kue o valor das
4er' cadorias assu4e na circula/0o si4,les 4edia4 a,enas o
intercU4bio de 4ercadorias e desa,arece4 no resultado Iinal do
4ovi4ento. *a circula/0o D J " J D2 ,elo contrrio2 a4bos2
4ercadoria e dinheiro2 Iunciona4 a,enas co4o 4odos diIerentes de
e;istJncia do ,rQ,rio valor2
o dinheiro o seu 4odo geral2 a 4ercadoria o seu 4odo ,articular2
,or
assi4 diGer a,enas ca4uIlado2 de e;istJncia.
6DD
)le ,assa continua'
Cre4at3stica ,retende2 ta4bR4 R ili4itada. !ssi4 co4o toda arte2 ,ara a Kual sua 4eta
n0o vale co4o 4eio2 4as co4o Iinalidade Mlti4a2 R ili4itada2 e4 sua as,ira/0o2 ,ois ,rocura
a,ro;i4ar'se dela se4,re 4ais2 enKuanto as artes2 Kue sQ ,ersegue4 4eios ,ara Iins2 n0o
s0o ili4itadas2 P Kue a ,rQ,ria 4eta R o enriKueci4ento absoluto. ! )cono4ia2 n0o a
Cre4at3stica2 te4 u4 li4ite "...( a ,ri4eira intenciona algo diIerente do ,rQ,rio
dinheiro2
a outra2 a sua 4ulti,lica/0o "...(. ! conIus0o de a4bas as Ior4as2 Kue se sobre,=e4 entre
si2 induG alguns a ver na conserva/0o e 4ulti,lica/0o do dinheiro ao inIinito a
Iinalidade Mlti4a da )cono4ia.W "!RISTsT)+)S. De -ep. )dit. Be\\er2 +ivro Pri4eiro.
Ca,. E e $ passim.(
66E iHercadoriasi "aKui no sentido de valores de uso( Vn0o s0o a Iinalidade Mlti4a do ca,italista
Kue co4ercia "...( a sua Iinalidade Mlti4a R dinheiro.W "C?!+H)RS2 Th! n Politic!
*con! etc. 6k ed.2 GlasgoX2 #ED62 ,. #15'#11.(
66$ i!inda Kue o co4erciante ta4bR4 n0o 4enos,reGe o lucro P alcan/ado2 o seu olhar est2
no entanto2 se4,re voltado ,ara o lucro Iuturo.i "G)*V)SI2 A! %e&ioni di *conomia
Civile "#&15(. )di/0o dos econo4istas italianos de Custodi2 Parte Hoderna. t. VIII2 ,. #D$.(
6D% i! ,ai;0o ine;tingu3vel ,elo lucro2 a auri sacra fames,
P
se4,re caracteriGa o ca,italista.i
"H!CCC++C?. The Principles of Polit! *con! +ondres2 #ED%. ,. #&$.( *atural4ente essa
co4,reens0o n0o i4,ede o 4es4o HcCulloch e consortes2 e4 diIiculdades teQricas2 ,or
e;e4,lo2 no trata4ento da su,er,rodu/0o2 4eta4orIosear o 4es4o ca,italista e4 u4 bo4
cidad0o2 ,ara o Kual sQ se trata do valor de uso e Kue atR desenvolve u4a verdadeira Io4e
de lobiso4e4 ,or botas2 cha,Rus2 ovos2 chitas e outras es,Rcies de valor de uso
e;tre4a4ente Ia4iliares.
P
! sagrada Io4e de ouro. "*. dos T.(
6D# iji
PP
R u4a das e;,ress=es caracter3sticas dos gregos ,ara entesourar. Igual4ente2

OS ECONOMISTAS
45

to save signiIica ao 4es4o te4,o salvar e ,ou,ar.
PP
VSalvarW. "*. dos T.(
6D6 i inIinito Kue as coisas n0o tJ4 no ,rogredir2 elas o tJ4 no ciclo.i "G!+I!*I. lp!
cit!2 ,. #51m.(
6DD i*0o R o 4aterial Kue constitui o ca,ital2 4as o valor desses 4ateriais.i "S!>2 J.'B. Trait#
dS=con! Polit! Dk ed.2 Paris2 #E#&. t. II2 ,. 76$.(

46
MARX
4ente de u4a Ior4a ,ara outra2 se4 ,erder'se nesse 4ovi4ento2 e
assi4 se transIor4a nu4 suPeito auto4tico. Fi;adas as Ior4as
,ar' ticulares de a,ari/0o2 Kue o valor Kue se valoriGa assu4e
alternativa' 4ente no ciclo de sua vida2 ent0o se obtJ4 as
e;,lica/=es9 ca,ital R dinheiro2 ca,ital R 4ercadoria.
6D7
:e Iato2
,orR42 o valor se torna aKui
o suPeito de u4 ,rocesso e4 Kue ele2 ,or 4eio de u4a 4udan/a cons'
tante das Ior4as de dinheiro e 4ercadoria2 4odiIica a sua ,rQ,ria
grandeGa2 enKuanto 4ais'valia se re,ele de si 4es4o2 enKuanto valor
original2 se autovaloriGa. Pois o 4ovi4ento2 ,elo Kual ele adiciona 4ais'
valia2 R seu ,rQ,rio 4ovi4ento2 sua valoriGa/0o2 ,ortanto
autovalori' Ga/0o. )le recebeu a Kualidade oculta de gerar valor ,orKue
ele R valor. )le ,are Iilhotes vivos ou ao 4enos ,=e ovos de ouro.
Co4o suPeito usur,ador de tal ,rocesso2 e4 Kue ele ora assu4e2
ora se desIaG da Ior4a dinheiro e da Ior4a 4ercadoria2 4as se conserva
e se dilata nessa 4udan/a2 o valor ,recisa2 antes de tudo2 de u4a
Ior4a autYno4a2 ,or 4eio da Kual a sua identidade consigo 4es4o R
constatada. ) essa Ior4a ele sQ ,ossui no dinheiro. )ste constitui2 ,or
isso2 o ,onto de ,artida e o ,onto Iinal de todo ,rocesso de valoriGa/0o.
)le era #%% libras esterlinas2 agora R ##% libras esterlinas etc.
Has o ,rQ,rio dinheiro vale aKui a,enas co4o u4a Ior4a do valor2
,ois ele te4 duas. Se4 assu4ir a Ior4a de 4ercadoria2 o dinheiro n0o
se torna ca,ital. dinheiro n0o se a,resenta aKui2 ,ortanto2
,ole4ica4ente contra a 4ercadoria2 co4o no entesoura4ento.
ca,italista sabe Kue todas as 4ercadorias2 ,or 4ais esIarra,adas Kue
elas ,are/a4 ou ,or ,ior Kue elas cheire42 s0o2 na verdade e na IR2
dinheiro2 Pudeus no 3nti4o circuncisos e alR4 disso 4eios 4ilagrosos
,ara IaGer de dinheiro 4ais dinheiro.
Se na circula/0o si4,les o valor das 4ercadorias adKuire no 4'
;i4o2 e4 conIronto co4 seu valor de uso2 a Ior4a autYno4a de dinheiro2
aKui ele se a,resenta subita4ente co4o u4a substUncia e4 ,rocesso
e se4ovente2 ,ara a Kual 4ercadorias e dinheiro s0o a4bos 4eras
Ior4as. Has ainda 4ais. )4 veG de re,resentar rela/=es
4ercantis2 ele entra agora2 ,or assi4 diGer2 nu4a rela/0o ,rivada
consigo 4es4o. )le se distingue2 co4o valor original2 de si 4es4o
co4o 4ais'valia2 assi4 co4o :eus Pai se distingue de si 4es4o
co4o :eus Filho2 e a4bos s0o de 4es4a idade e constitue42 de Iato2
u4a sQ ,essoa2 ,ois sQ ,or 4eio da 4ais'valia de #% libras
esterlinas torna4'se as #%% libras esterlinas adiantadas ca,ital2 e
assi4 Kue se torna4 isso2 assi4 Kue R gerado o Iilho e2 ,or 4eio do
Iilho2 o ,ai2 desa,arece a sua diIeren/a e a4bos s0o unos2 ##%
libras esterlinas.
valor torna'se2 ,ortanto2 valor e4 ,rocesso2 dinheiro e4 ,ro'
6D7 i 4eio circulante "j( Kue R usado ,ara Iins ,rodutivos R ca,ital.i "H!C+):. The TheorD

4'
OS ECONOMISTAS
and Practice of 'ankin2! +ondres2 #E55. v. I2 ca,. #2 ,. 55.( VCa,ital R igual a 4ercadorias.W
"HI++2 Ja4es. *lements of Pol! *con! +ondres2 #E6#. ,. &7.(

4/
MARX
cesso e2 co4o tal2 ca,ital. )le ,rovR4 da circula/0o2 entra nova4ente
nela2 sustenta'se e se 4ulti,lica nela2 retorna au4entado dela e
re' co4e/a o 4es4o ciclo se4,re de novo.
6D5
D J DS2 dinheiro Kue
gera dinheiro L moneD Ahich .e2ets moneD L2 diG a descri/0o do
ca,ital na boca dos seus ,ri4eiros tradutores2 os 4ercantilistas.
Co4,rar ,ara vender2 ou 4elhor2 co4,rar ,ara vender 4ais caro2
D J " J DS2 ,arece ser decerto a,enas u4a es,Rcie do ca,ital2 a
Ior4a ,eculiar do ca,ital co4ercial. Has ta4bR4 o ca,ital industrial
R dinheiro2 Kue se transIor4a e4 4ercadoria e ,or 4eio da venda
de 4ercadoria retransIor4a'se e4 4ais dinheiro. !tos Kue ocorra4
even' tual4ente entre a co4,ra e a venda Iora da esIera da circula/0o
nada 4uda4 nessa Ior4a de 4ovi4ento. *o ca,ital a Puros a
circula/0o D
J " J DS a,resenta'se2 aIinal2 abreviada2 e4 seu resultado se4
a 4edia/0o2 ,or assi4 diGer e4 estilo la,idar2 co4o : L :2
dinheiro Kue R igual a 4ais dinheiro2 valor Kue R 4aior do Kue ele
4es4o.
:e Iato2 ,ortanto2 D J " J D R a IQr4ula geral do ca,ital2
co4o a,arece direta4ente na esIera da circula/0o.
4( Co.#r:i;Ees : f8r*$% ,er%
! Ior4a de circula/0o2 ,ela Kual o dinheiro se revela co4o ca,ital2
contradiG todas as leis anterior4ente desenvolvidas sobre a
natureGa da 4ercadoria2 do valor2 do dinheiro e da ,rQ,ria
circula/0o. Kue a distingue da circula/0o si4,les de 4ercadorias
R a seKOJncia inversa dos 4es4os dois ,rocessos contra,ostos2
venda e co4,ra. ) co4o ,o' deria tal diIeren/a ,ura4ente Ior4al
4udar ,or encanto a natureGa desses ,rocessosZ
!inda 4ais. )ssa invers0o sQ e;iste ,ara u4 dos trJs
,arceiros Kue co4ercia4 uns co4 os outros. Co4o ca,italista2 co4,ro
4ercadoria de A e a revendo ,ara '2 enKuanto co4o si4,les
,ossuidor de 4er' cadorias vendo 4ercadoria ,ara B e co4,ro
ent0o 4ercadoria de A. Para os ,arceiros A e ' essa diIeren/a n0o
e;iste. )les a,arece4 a,enas co4o co4,rador ou vendedor de
4ercadorias. )u 4es4o 4e conIronto co4 eles2 toda veG2 co4o 4ero
,ossuidor de dinheiro ou co4o ,ossuidor de 4ercadorias2 co4,rador
ou vendedor2 e a,are/o e4 a4bas as se' KOJncias deIrontando'4e
co4 u4a ,essoa so4ente co4o co4,rador e co4 a outra so4ente
co4o vendedor2 co4 u4a so4ente co4o dinheiro2 co4 a outra so4ente
co4o 4ercadoria^ co4 nenhu4 deles co4o ca,ital ou ca,italista ou
re,resentante de KualKuer outra coisa Kue Iosse 4ais Kue dinheiro ou
4ercadoria ou Kue ,udesse surtir KualKuer outro eIeito2 e;ceto o do
dinheiro ou da 4ercadoria. Para 4i42 co4,ra de A e venda ,ara '
constitue4 u4a seKOJncia. Has a cone;0o entre esses dois

OS ECONOMISTAS
40

6D5 iCa,ital "...( valor Kue se 4ulti,lica ,er4anente4ente.i "SISH*:I. ?ouveau: Principes
dS=con! Polit! t. +2 ,. E$.(

41
MARX
atos e;iste a,enas ,ara 4i4. A n0o se i4,orta co4 a 4inha transa/0o
co4 '2 e ' ta4bR4 n0o co4 a 4inha transa/0o co4 A. Caso eu Kuisesse
esclarecJ'los Kuanto ao 4Rrito ,articular Kue ,or 4eio da invers0o da
seKOJncia granPeio2 eles 4e de4onstraria4 Kue 4e engano na ,rQ,ria
seKOJncia e Kue a transa/0o global n0o co4e/ou co4 u4a co4,ra
e ter4inou co4 u4a venda2 4as Kue2 inversa4ente2 co4e/ou co4
u4a venda e se encerrou co4 u4a co4,ra. :e Iato2 4eu ,ri4eiro
ato2 a co4,ra2 Ioi do ,onto de vista de A u4a venda2 e 4eu
segundo ato2 a venda2 Ioi do ,onto de vista de ' u4a co4,ra. *0o
satisIeitos co4 isso2 A e ' esclarecer0o Kue toda a seKOJncia Ioi
su,RrIlua e abraca' dabra. A vai vender a 4ercadoria direta4ente
,ara ', e ' co4,r'la direta4ente de A. Co4 isso2 toda a
transa/0o se reduG a u4 ato uni' lateral de circula/0o habitual de
4ercadorias2 da ,ers,ectiva de A 4era venda e da ,ers,ectiva de '
4era co4,ra. Portanto2 ,or 4eio da in' vers0o da seKOJncia2 nQs
n0o transcende4os a esIera da circula/0o si4,les de 4ercadorias2 e
deve4os 4uito 4ais veriIicar se ela ,er4ite2 de acordo co4 sua
natureGa2 valoriGa/0o do valor Kue nela ,enetra e2 da32 gera/0o de
4ais'valia.
To4e4os o ,rocesso de circula/0o nu4a Ior4a e4 Kue ele se
a,resenta co4o 4ero intercU4bio de 4ercadorias. )sse R se4,re o
caso Kuando a4bos os ,ossuidores de 4ercadorias co4,ra4 4ercado'
rias u4 do outro e a balan/a de suas obriga/=es rec3,rocas de dinheiro
se co4,ensa no dia do ,aga4ento. dinheiro serve aKui co4o dinheiro
de conta ,ara e;,ressar os valores das 4ercadorias e4 seus
,re/os2 4as n0o se conIronta 4aterial4ente co4 as ,rQ,rias
4ercadorias. N 4edida Kue se trata do valor de uso2 R claro Kue a4bos
os ,er4utadores ,ode4 ganhar. !4bos aliena4 4ercadorias Kue lhes
s0o inMteis co4o valor de uso2 e recebe4 4ercadorias de Kue
necessita4 ,ara o seu uso. ) essa vantage4 ,ode n0o ser a Mnica.
A2 Kue vende vinho e co4,ra cereal2 ,roduG talveG 4ais vinho do
Kue o ,lantador de cereal
' ,oderia ,roduGir no 4es4o ,er3odo de te4,o de trabalho2 e o ,lan'
tador de cereal ' ,oderia ,roduGir no 4es4o te4,o de trabalho 4ais
cereal do Kue o vinicultor A. A recebe2 ,ortanto2 ,elo 4es4o valor
de troca2 4ais cereal e ' 4ais vinho do Kue se cada u42 se4 troca2
tivesse de ,roduGir vinho e cereal ,ara si 4es4o. *o Kue se reIere
ao valor de uso2 ,ode ser2 ,ortanto2 dito Kue Va troca R u4a
transa/0o e4 Kue a4bas as ,artes ganha4W.
6D1
Co4 o valor de
troca R diIerente.
VC4 ho4e4 Kue ,ossui 4uito vinho e nenhu4 cereal
co4ercia co4 u4 ho4e4 Kue te4 4uito cereal e nenhu4 vinho2 e
entre eles

42
OS ECONOMISTAS
6D1 i+nRchange est une transaction ad4irable dans laKuelle les deu; contractants gagnent L
touPours "j(.i
P
":)STCTT :) TR!C>. Trait# de la Volont# et de ses *ffects! Paris2 #E61.
,. 1E.( 4es4o livro a,areceu ta4bR4 co4o Trait# dS=c! Pol!
P
! troca R u4a transa/0o ad4irvel2 na Kual os dois contratantes ganha4 L se4,re. "*.
dos T.(

53
MARX
se troca trigo no valor de 5% ,or u4 valor de 5% e4 vinho.
)sse
intercU4bio n0o R u4 au4ento do valor de troca2 sePa ,ara
u42 sePa ,ara o outro^ ,ois cada u4 deles P ,ossu3a2 antes do
intercU4bio2 u4 valor igual FKuele Kue obteve ,or 4eio dessa
o,era/0o.W
6D&
*ada 4uda na coisa se o dinheiro se inter,=e co4o 4eio
circu' lante entre as 4ercadorias e os atos de co4,ra e venda se
se,ara4 ,erce,tivel4ente.
6DE
valor das 4ercadorias est
re,resentado e4 seus ,re/os2 antes Kue entre4 na circula/0o2
sendo2 ,ortanto2 ,ressu' ,osto e n0o resultado da 4es4a.
6D$
Considerado abstrata4ente2 isto R2 dei;ando de considerar as
circunstUncias Kue n0o decorre4 das leis i4anentes da circula/0o si4'
,les de 4ercadorias2 o Kue ocorre nela2 Iora a substitui/0o de u4 valor
de uso ,or outro2 nada 4ais R Kue u4a 4eta4orIose2 4era
4udan/a de Ior4a da 4ercadoria. 4es4o valor2 isto R2 o 4es4o
Cuantum de trabalho social obPetivado2 ,er4anece nas 40os do
4es4o ,ossuidor de 4ercadoria2 ,ri4eiro na Iigura de sua
4ercadoria2 de,ois na do dinheiro e4 Kue se transIor4a2 Iinal4ente
na da 4ercadoria na Kual esse dinheiro se retransIor4a. )ssa
4udan/a de Ior4a n0o inclui ne' nhu4a 4udan/a de grandeGa do
valor. Has a 4udan/a Kue o valor da ,rQ,ria 4ercadoria soIre
nesse ,rocesso li4ita'se a u4a 4udan/a da sua Ior4a 4onetria.
)la e;iste ,ri4eiro co4o ,re/o da 4ercadoria ,osta F venda2 e4
seguida co4o u4a so4a de dinheiro2 Kue P estava2 ,orR42 e;,ressa
no ,re/o2 Iinal4ente co4o ,re/o de u4a 4ercadoria eKuivalente.
)ssa 4udan/a de Ior4a i4,lica e4 si e ,ara si t0o ,ouco nu4a
4udan/a na grandeGa do valor Kuanto a troca de u4a nota de
5 libras esterlinas ,or soverei2ns2 4eio soverei2n e ;elins. Portanto2 F
4edida Kue a circula/0o da 4ercadoria sQ condiciona u4a
4udan/a Ior4al do seu valor2 ela condiciona2 Kuando o IenY4eno
ocorre e4 sua ,ureGa2 troca de eKuivalentes. ! ,rQ,ria econo4ia
vulgar2 ,or ,ouco Kue ,ressinta o Kue sePa valor2 su,=e ,or isso2
se4,re Kue ela2 F sua 4aneira2 Kueira considerar o IenY4eno e4
sua ,ureGa2 Kue ,rocura e oIerta se iguala42 isto R2 Kue seu eIeito
si4,les4ente cessa. Se2 ,or' tanto2 e4 rela/0o ao valor de uso2 a4bos
os ,er4utantes ,ode4 lucrar2 a4bos n0o ,ode4 ganhar no valor de
troca. !Kui signiIica sobretudo9 Vnde h igualdade2 n0o h lucroW.
67%
Hercadorias ,ode4 chegar a ser vendidas ,or ,re/os Kue se desvia4
de seus valores2 4as esse desvio a,arece co4o viola/0o da lei da
troca de 4ercadorias.
67#
)4 sua Iigura
6D& RIVIuR)2 Hercier de la. p! cit!2 ,. 577.
6DE iSue u4a dessas 4ercadorias sePa dinheiro ou Kue a4bas sePa4 4ercadorias co4uns2
nada ,ode ser e4 si 4ais indiIerente.i "RIVIuR)2 Hercier de la. p! cit!2 ,. 57D.(

OS ECONOMISTAS
51

6D$ iSobre o valor n0o decide4 os ,arceiros de contrato^ ele P est Ii;ado antes do acordo.i
"+) TRS*). p! cit!2 ,. $%1.(
67% i:ove cnT egualitF non cnT lucro.i "G!+I!*I. Della "oneta! In9 CCST:I. Parte Hoderna.
t. IV2 ,. 677.(
67# i intercU4bio torna'se desvantaPoso ,ara u4a das ,artes se KualKuer circunstUncia es'

54
MARX
,ura2 ela R u4a troca de eKuivalentes2 ,ortanto n0o u4 4eio de en'
riKuecer e4 valor.
676
Por trs das tentativas de a,resentar a circula/0o de 4ercadorias
co4o Ionte de 4ais'valia2 es,reita2 ,ortanto2 geral4ente u4 KOi,roKOQ2
u4a conIus0o entre valor de uso e valor de troca. !ssi42 ,or e;e4,lo2
e4 Condillac9
V[ Ialso Kue na troca de 4ercadorias se troKue valor igual
,or valor igual. Pelo contrrio. Cada u4 dos contraentes se4,re
d u4 valor 4enor ,or u4 valor 4aior. "...( Caso se
trocasse4 de Iato se4,re valores iguais2 ent0o n0o haveria
ganho ,ara nenhu4 dos contraentes 4as os dois ganha4 ou
deveria4 ent0o ganhar. Por KuJZ valor das coisas baseia'se
a,enas e4 sua rela/0o co4 nossas necessidades. Kue ,ara u4 R
4ais2 R 4enos ,ara o outro2 e vice' versa. "...( *0o se ,ressu,=e
Kue oIere/a4os F venda coisas indis' ,ensveis ao nosso
consu4o. Suere4os dar u4a coisa inMtil ,ara nQs2 a Ii4 de
conseguir u4a Kue nos R necessria^ Kuere4os dar 4enos ,or
4ais. "...( )ra natural Pulgar Kue na troca se dJ igual valor
,or valor igual2 se4,re Kue cada u4a das coisas trocadas era
igual e4 valor ao 4es4o Cuantum de dinheiro. "...( Has outra
con' sidera/0o ,recisa ainda entrar no clculo^ R de se ,erguntar
se a4bos troca4os u4 su,RrIluo ,or algo necessrioW.
67D
VJ'se co4o Condillac n0o sQ conIunde valor de uso co4o
valor de troca 4as atribui de 4odo verdadeira4ente inIantil2 a u4a
sociedade co4 ,rodu/0o desenvolvida de 4ercadorias2 u4a situa/0o
e4 Kue o ,rodutor ,roduG ele 4es4o seus 4eios de subsistJncia e
sQ Poga na circula/0o o Kue e;cede sua ,rQ,ria necessidade2 o
su,RrIluo.
677
!,esar disso2 o argu4ento de Condillac R re,etido
IreKOente4ente ,or econo' 4istas 4odernos2 sobretudo Kuando se
trata de a,resentar a Iigura desenvolvida do intercU4bio de
4ercadorias2 o co4Rrcio2 co4o ,rodutor de 4ais'valia.
V co4RrcioW2 diG'se2 ,or e;e4,lo2 Vadiciona valor aos ,rodutos2
tranha di4inui ou au4enta o ,re/o9 ent0o a igualdade R violada2 4as essa viola/0o R
acarretada ,or aKuela causa e n0o ,ela troca.i "+) TRS*). p! cit!2 ,. $%7.(
676 i intercU4bio R2 ,or sua natureGa2 u4 contrato baseado na igualdade2 ou sePa2 Kue ocorre
entre dois valores iguais. )le n0o R2 ,ortanto2 u4 4eio de se enriKuecer2 ,ois d'se
tanto Kuanto se recebe.i "+) TRS*). p! cit!2 ,. $%D'$%7.(
67D C*:I++!C. V+e Co44erce et le Gouverne4entW "#&&1(. [dit. :aire et Holinari. In9 "#-
lan2es dS=conomie PolitiCue! Paris2 #E7&. ,. 61&'6$#.
677 Por isso2 +e Trosne res,onde 4uito acertada4ente ao seu a4igo Condillac9 V*a
sociedade desenvolvida n0o e;iste2 a rigor2 nada su,RrIluoW. !o 4es4o te4,o2 IaG tro/a
dele co4 a
glosa de Kue Vse a4bos os ,artici,antes de troca recebe4 igual4ente 4ais ,or igual4ente
4enos2 a4bos recebe4 ,or igualW. Co4o Condillac ainda n0o te4 a 43ni4a no/0o da
natureGa do valor de troca2 R ele o Iiador adeKuado do sr. ,roI. <ilhel4 Roscher ,ara os
seus ,rQ,rios conceitos inIantis. VePa4 dele9 Die ,rundla2en der ?ational`konomie!
P
Dk

55
OS ECONOMISTAS
ed.2 #E5E.
P
s Funda4entos da )cono4ia Pol3tica. "*. dos T.(

56
MARX
,ois os 4es4os ,rodutos tJ4 4ais valor nas 40os dos consu4i'
dores do Kue nas 40os dos ,rodutores2 e deve ser2 ,ortanto2 con'
siderado estrita4ente "strictlD( ato de ,rodu/0o.W
675
Has n0o se ,aga4 as 4ercadorias du,la4ente2 u4a veG seu
valor de uso e outra veG seu valor. ) se o valor de uso da 4ercadoria
R 4ais Mtil ao co4,rador do Kue ao vendedor2 a sua Ior4a dinheiro R
4ais Mtil ao vendedor do Kue ao co4,rador. Se assi4 n0o Iosse2
iria ele vendJ'laZ ) assi4 se ,oderia igual4ente diGer Kue o
co4,rador realiGa estrita4ente "strictlD( u4 Vato de ,rodu/0oW ao
transIor4ar2 ,or e;e4,lo2 as 4eias do co4erciante e4 dinheiro.
Se 4ercadorias ou 4ercadorias e dinheiro de igual valor de troca2
,ortanto eKuivalentes2 s0o trocados2 ent0o evidente4ente ninguR4 tira
da circula/0o 4ais do Kue lan/a nela. )nt0o n0o ocorre nenhu4a Ior'
4a/0o de 4ais'valia. Has2 e4 sua Ior4a ,ura2 o ,rocesso de circula/0o
das 4ercadorias condiciona o intercU4bio de eKuivalentes. *o entanto2
as coisas na realidade n0o se ,assa4 de 4odo ,uro. Su,onha4os2
,ortanto2 intercU4bio de n0o'eKuivalentes.
)4 todo caso2 no 4ercado de 4ercadorias2 sQ ,ossuidor de
4erca'
dorias se conIronta co4 ,ossuidor de 4ercadorias e o ,oder Kue
essas ,essoas e;erce4 u4as sobre as outras R so4ente o ,oder de
suas 4er' cadorias. ! diIeren/a 4aterial das 4ercadorias R o
4otivo central do intercU4bio e torna os ,ossuidores de
4ercadorias reci,roca4ente de' ,endentes2 ,ois nenhu4 deles te4 o
obPeto de suas ,rQ,rias necessidades
e cada u4 deles te4 e4 suas 40os o obPeto da necessidade do
outro. !lR4 dessa diIerencia/0o 4aterial de seus valores de uso2 sQ
e;iste u4a diIeren/a entre as 4ercadorias2 a diIeren/a entre a sua
Ior4a natural e
a sua Ior4a transIor4ada2 entre 4ercadoria e dinheiro. )2 assi42 os
,os' suidores de 4ercadorias sQ se diIerencia4 enKuanto vendedores2
,ossui' dores de 4ercadoria2 e enKuanto co4,radores2 ,ossuidores
de dinheiro.
!d4ita'se agora Kue sePa ,er4itido aos vendedores2 ,or u4 ,ri'
vilRgio ine;,licvel2 vender a 4ercadoria aci4a do seu valor2 a ##%
Kuando ela vale #%%2 ,ortanto co4 u4 au4ento no4inal de ,re/o
de
#%b. vendedor cobra2 ,ortanto2 u4a 4ais'valia de #%. Has
de,ois de ter sido vendedor2 ele se torna co4,rador. C4 terceiro
,ossuidor de 4ercadorias encontra'o agora co4o vendedor e goGa
,or sua veG do ,rivilRgio de vender a 4ercadoria #%b 4ais cara.
*osso ho4e4 ganhou #% co4o vendedor ,ara ,erder #% co4o
co4,rador.
671
todo acaba redundando no Iato de Kue todos os
,ossuidores de 4ercadorias venda4 reci,roca4ente as suas
4ercadorias #%b aci4a do valor2 o

OS ECONOMISTAS
5'

675 *)<H!*2 S. P. *lements of Polit! *con! !ndover e *ova >or\2 #ED5. ,. #&5.
671 iPor 4eio da eleva/0o do valor no4inal do ,roduto "...( os vendedores n0o Iica4 4ais ricos
"...( P Kue o Kue eles ganha4 co4o vendedores eles gasta4 e;ata4ente de novo e4
sua Kualidade de co4,radores.i "lGR!>2 J.m The *ssential Principles of the @ealth of
?ations
etc. +ondres2 #&$&. ,. 11.(

5/
MARX
Kue R inteira4ente o 4es4o Kue vendere4 as 4ercadorias ,or seus
valores. Tal au4ento no4inal e geral do ,re/o acarreta o 4es4o eIeito
Kue se os valores das 4ercadorias Iosse4 avaliados e4 ,rata e4
veG de e4 ouro. !s deno4ina/=es 4onetrias2 isto R2 os ,re/os das
4er' cadorias iria4 inchar2 4as as suas rela/=es de valor Iicaria4
inalteradas.
Su,onha4os2 ,elo contrrio2 Kue sePa ,rivilRgio do co4,rador
co4' ,rar as 4ercadorias abai;o de seu valor. !Kui n0o R seKuer
necessrio recordar Kue o co4,rador se torna nova4ente vendedor. )le
era vendedor antes de se tornar co4,rador. )le P ,erdeu #%b
co4o vendedor antes de ganhar #%b co4o co4,rador.
67&
Tudo Iica
co4o dantes.
! Ior4a/0o de 4ais'valia e da3 a transIor4a/0o de dinheiro
e4 ca,ital n0o ,ode ser2 ,ortanto2 e;,licada ,or vendere4 os
vendedores as 4ercadorias aci4a do seu valor2 ne4 ,or os
co4,radores as co4' ,rare4 abai;o do seu valor.
67E
:e 4odo algu4 se si4,liIica o ,roble4a inserindo de contrabando
nele considera/=es estranhas2 diGendo co4 o Coronel Torrens9
V! ,rocura eIetiva consiste na Iaculdade e ,ro,ens0o "j(
dos consu4idores2 sePa ,ela troca direta ou indireta2 de dar
,elas 4ercadorias certa ,or/0o 4aior de todos os ingredientes do
ca,ital do Kue custa a sua ,rodu/0oW.
67$
*a circula/0o2 ,rodutores e consu4idores sQ se conIronta4 co4o
vendedores e co4,radores. !Iir4ar Kue a 4ais'valia ,ara os ,rodutores
surPa de Kue os consu4idores ,aga4 as 4ercadorias aci4a do
valor signiIica a,enas 4ascarar essa si4,les Irase9 o ,ossuidor de
4erca' dorias ,ossui co4o vendedor o ,rivilRgio de vender caro
de4ais. vendedor ,roduGiu ele 4es4o a 4ercadoria ou ent0o
re,resenta seus ,rodutores2 ,orR4 o co4,rador ,roduGiu n0o
4enos a 4ercadoria re' ,resentada e4 seu dinheiro ou re,resenta
seus ,rodutores. Portanto2 ,rodutor se deIronta co4 ,rodutor. Kue os
distingue R Kue u4 co4,ra
e o outro vende. *0o nos leva u4 ,asso adiante Kue o ,ossuidor
de 4ercadorias venda2 sob o no4e de ,rodutor2 a 4ercadoria aci4a
de seu valor e2 sob o no4e de consu4idor2 ,ague de4ais ,or
ela.
65%
s re,resentantes conseKOentes da ilus0o de Kue a 4ais'valia
67& iCaso se tenha de vender ,or #E livres
P
u4a Kuantidade de deter4inado ,roduto Kue vale
67 livres, ao se a,licar a 4es4a so4a de dinheiro ,ara a co4,ra2 h de se obter
ta4bR4 ,or #E livres tanto Kuanto ,or 67 livres!V "+) TRS*). p! cit!2 ,. E$&.(
P
+ibras "4oeda(. "*. dos T.(
67E i*enhu4 vendedor ,ode2 ,ortanto2 au4entar habitual4ente o ,re/o de suas 4ercadorias
se4 ter de ,agar ta4bR4 4ais caro as 4ercadorias dos outros vendedores^ e ,ela
4es4a raG0o nenhu4 consu4idor habitual4ente ,ode co4,rar 4ais barato se4 ter de

50
OS ECONOMISTAS
di4inuir igual4ente
o ,re/o das 4ercadorias Kue ele vende.i "RIVIuR)2 Hercier de la. p! cit!2 ,. 555.(
67$ TRR)*S2 R. An *ssaD on the Production of @ealth! +ondres2 #E6#. ,. D7$.
65% i ,ensa4ento de Kue os lucros sePa4 ,agos ,elos consu4idores R decerto total4ente
absurdo. Sue4 s0o os consu4idoresZi "R!HS!>2 G. An *ssaD on the Distri.ution of @ealth!
)di4burgo2 #ED1. ,. #ED.(

51
MARX
se origina de u4 au4ento no4inal de ,re/o ou do ,rivilRgio do vendedor
de vender a 4ercadoria caro de4ais ,ressu,=e42 ,ortanto2 u4a classe
Kue sQ co4,ra se4 vender2 ,or conseguinte2 sQ conso4e se4 ,roduGir.
! e;istJncia de tal classe R2 do ,onto de vista alcan/ado ,or nQs atR
agora2 o da circula/0o si4,les2 ainda ine;,licvel. Has anteci,e4o'nos.
dinheiro2 co4 Kue tal classe continua4ente co4,ra2 deve Iluir
con' tinua4ente dos ,rQ,rios ,ossuidores de 4ercadorias2 se4
intercU4bio2 gratuita4ente2 ,or KuaisKuer t3tulos de direito e ,oder.
Vender2 a essa classe2 as 4ercadorias aci4a do valor signiIica
a,enas recu,erar ar' dilosa4ente e4 ,arte dinheiro dado
gratuita4ente.
65#
!ssi42 as cida' des da @sia Henor ,agava4 u4
tributo anual e4 dinheiro F Ro4a !ntiga. Co4 esse dinheiro2
Ro4a co4,rava 4ercadorias delas e as co4,rava caras de4ais. s
asiticos 4enores enganava4 os ro4anos2 sugando de volta dos
conKuistadores ,arte do tributo ,or 4eio do co' 4Rrcio. Has2
4es4o assi42 esses asiticos continuava4 sendo de,e' nados.
:e,ois co4o antes suas 4ercadorias lhes era4 ,agas co4 o seu
,rQ,rio dinheiro. )sse n0o R u4 4Rtodo de enriKueci4ento ou de
Ior4a/0o de 4ais'valia.
Hantenha4o'nos2 ,ortanto2 dentro dos li4ites do intercU4bio
de 4ercadorias2 onde vendedores s0o co4,radores e co4,radores
s0o ven' dedores. *osso e4bara/o se origina talveG de Kue
tenha4os to4ado as ,essoas a,enas co4o categorias ,ersoniIicadas e
n0o individual4ente.
,ossuidor de 4ercadorias A ,ode ser t0o es,erto Kue ,assa
a
,erna nos seus colegas ' e C2 enKuanto estes Iica4 devendo a revanche
,or 4ais boa vontade Kue tenha4. A vende vinho ,ara ' no valor
de
7% libras esterlinas e adKuire e4 troca cereal no valor de 5%
libras esterlinas. A converteu as suas 7% libras esterlinas e4 5%
libras es' terlinas2 IeG 4ais dinheiro de 4enos dinheiro e
transIor4ou a sua 4ercadoria e4 ca,ital. VePa4os 4ais de ,erto.
!ntes da troca2 t3nha4os vinho e4 40os de A ,or 7% libras
esterlinas e cereal e4 40os de ' ,or 5% libras esterlinas^ valor
global de $% libras esterlinas. :e,ois da troca2 te4os o 4es4o
valor global de $% libras esterlinas. valor circulante n0o
au4entou u4 Mnico to4o2 a sua re,arti/0o entre A e
' R Kue se 4odiIicou. :e u4 lado a,arece co4o 4ais'valia o Kue
do
outro R 4enos'valia2 de u4 lado co4o plus2 do outro co4o minus.
! 4es4a 4udan/a teria ocorrido se A2 se4 a Ior4a dissi4uladora
da troca2 tivesse roubado #% libras esterlinas direta4ente de '. !
so4a dos valores circulantes n0o ,ode evidente4ente ser
au4entada ,or 4eio de nenhu4a 4udan/a e4 sua distribui/0o2

OS ECONOMISTAS
52

ta4,ouco Kuanto u4
65# iSe a alguR4 Ialta de4anda2 aconselha'o o sr. Halthus a ,agar a outra ,essoa ,ara Kue
esta lhe co4,re as suas 4ercadoriasZi ,ergunta u4 indignado ricardiano a Halthus2 Kue2
co4o seu disc3,ulo2 o ,adre Chal4ers2 diviniGa econo4ica4ente a classe dos 4eros
co4' ,radores ou consu4idores. Ver An /nCuirD into those Principles, -espectin2 the
?ature of Demand and the ?ecessitD of Consumption, %atelD Advocated .D "r! "althus
etc. +ondres2
#E6#. ,. 55.

63
MARX
Pudeu au4enta a 4assa dos 4etais ,reciosos nu4 ,a3s vendendo #
farthin2 do te4,o da rainha !na ,or # guinRu. ! totalidade da classe
dos ca,italistas de u4 ,a3s n0o ,ode tirar vantage4 de si 4es4a.
656
Pode'se virar e revirar co4o se Kueira2 o resultado ,er4anece o
4es4o. Se eKuivalentes s0o ,er4utados2 da3 n0o surge 4ais'valia2
e se n0o'eKuivalentes s0o ,er4utados2 da3 ta4bR4 n0o surge 4ais'
va' lia.
65D
! circula/0o ou o intercU4bio de 4ercadorias n0o ,roduG
valor.
657
)ntende'se da3 ,or Kue2 e4 nossa anlise da Ior4a bsica do
ca,ital2 da Ior4a ,ela Kual ele deter4ina a organiGa/0o econY4ica da
sociedade 4oderna2 as suas Iiguras ,o,ulares e2 ,or assi4 diGer2
an' tediluvianas2 ca,ital co4ercial e ca,ital usurrio2 de in3cio
,er4anece4 total4ente Iora de cogita/0o.
*o ca,ital co4ercial autJntico2 a Ior4a D J " J D2 co4,rar
,ara revender 4ais caro2 a,arece na 4aior ,ureGa. Por outro lado2
todo o seu 4ovi4ento ocorre dentro da esIera da circula/0o. Has
P Kue R i4,oss3vel e;,licar ,or 4eio da ,rQ,ria circula/0o a
transIor' 4a/0o de dinheiro e4 ca,ital2 a Ior4a/0o de 4ais'valia2 o
ca,ital co' 4ercial ,arece i4,oss3vel na 4edida e4 Kue se ,er4uta4
eKuivalen' tes2
655
sQ sendo ele2 ,ortanto2 dedut3vel do du,lo ,rePu3Go
inIligido aos ,rodutores de 4ercadorias Kue co4,ra4 e vende4
,elo co4erciante Kue se atravessa ,arasitaria4ente entre eles. *esse
sentido2 diG Fran\' lin9 VGuerra R roubo2 co4Rrcio R engodoW.
651
Para Kue a valoriGa/0o do ca,ital co4ercial n0o sePa e;,licada ,or
4ero engodo dos ,rodutores de 4ercadorias2 R ,reciso dis,or de u4a
longa sRrie de elos inter4e'
656 :estutt de Trac-2 e4bora L talveG ,orKue L mem.re de lS/nstitut,
P
era de o,ini0o
contrria.
s ca,italistas industriais2 diG ele2 obtJ4 os seus lucros V,or vendere4 tudo 4ais caro do Kue
custou ,roduGi'lo. ) a Kue4 eles o vende4Z Pri4eiro2 uns aos outrosW. "p! cit!2 ,. 6D$.(
P
He4bro do Instituto. L /nstitut de $rance! ! 4ais elevada cor,ora/0o da Fran/a2 cons'
titu3da ,or vrias classes ou acade4ias. :estutt de Trac- Ioi 4e4bro da !cade4ia de
CiJncias Horais e Pol3ticas. "*. da )d. !le40.(
65D i intercU4bio de dois valores iguais n0o au4enta a 4assa dos valores e;istentes na
sociedade ne4 a di4inui. intercU4bio de dois valores desiguais "...( ta4bR4 n0o
altera
nada na so4a dos valores sociais2 P Kue acrescenta F Iortuna de u4 o Kue retira da
do outro.i "S!>2 J.'B. p! cit!2 t. II2 ,. 77D'777.( Sa-2 natural4ente des,reocu,ado
Kuanto Fs conseKOJncias dessa Irase2 to4ou'a Kuase literal4ente dos Iisiocratas. !
4aneira co4o ele e;,lora os te;tos deles2 esgotados na sua R,oca2 ,ara o au4ento do
seu ,rQ,rio VvalorW2 4ostra o seguinte e;e4,lo. ! V4ais Ia4osaW Irase de Honsieur Sa-
VsQ se ,ode co4,rar ,rodutos co4 ,rodutosW "p! cit!2 t. II2 ,. 7DE( reGa no original
Iisiocrtico9 V,rodutos sQ se ,ode4 ,agar co4 ,rodutosW. "+) TRS*). p! cit!2 ,. E$$.(
657 i intercU4bio n0o transIere valor de nenhu4a es,Rcie aos ,rodutos.i "<!>+!*:2 F. The
*lements of Pol *con! Boston2 #E7D. ,. #1E.(
655 iSob o do43nio de eKuivalentes i4utveis2 o co4Rrcio seria i4,oss3vel.i "P:>K)2 G. A
Treatise on Polit! *conomD! *ova >or\2 #E5#. ,. 11'1$.( VSob a diIeren/a entre valor real
e valor de troca PaG u4 Iato L ou sePa2 Kue o valor de u4a coisa R diIerente do assi4
cha4ado eKuivalente Kue ,or ela R dado no co4Rrcio2 isto R2 Kue esse eKuivalente n0o R

61
OS ECONOMISTAS
eKuivalente.W ")*G)+S2 F. p! cit!2 ,. $5'$1.(
P
P
Ver v. I da edi/0o "*@2 ,. 5%E. "*. da )d. !le40.(
651 FR!*K+I*2 BenPa4in. @orks! v. II2 edit. S,ar\s. In9 Positions to .e *:amined Concernin2
?ational @ealth! l,. D&1.m

64
MARX
dirios2 Kue ainda Ialta co4,leta4ente aKui onde a circula/0o de 4er'
cadorias e seus 4o4entos si4,les constitue4 nosso Mnico ,ressu,osto.
Kue vale ,ara o ca,ital co4ercial2 vale ainda 4ais ,ara o
ca,ital usurrio. *o ca,ital co4ercial2 os e;tre4os2 o dinheiro lan/ado
no 4ercado e o dinheiro au4entado Kue R retirado do 4ercado2
s0o ao 4enos 4ediados ,or co4,ra e venda2 ,elo 4ovi4ento da
circula/0o. *o ca,ital usurrio2 a Ior4a D L " L DS R reduGida
aos e;tre4os n0o 4ediados D J DS2 dinheiro Kue se troca ,or 4ais
dinheiro2 Ior4a Kue contradiG a natureGa do dinheiro e2 ,or isso2
ine;,licvel do ,onto de vista do intercU4bio de 4ercadorias. :a3
!ristQteles9
VCo4o a Cre4at3stica R du,la2 u4a ,ertencente ao co4Rrcio2
a outra F )cono4ia2 a Mlti4a necessria e louvvel2 a
,ri4eira baseada na circula/0o e Pusta4ente criticada ",ois
ela n0o se baseia na natureGa2 4as no engodo 4Mtuo(2 assi4
ta4bR4 o agiota R odiado co4 toda Pusti/a2 ,orKue o ,rQ,rio
dinheiro R aKui a Ionte do ganho e n0o R usado de acordo
co4 o Ii4 ,ara
o Kual ele Ioi inventado. Pois ele surgiu ,ara o intercU4bio de
4ercadorias2 4as o Puro IaG de dinheiro 4ais dinheiro. :a3 ta4'
bR4 o seu no4e " L Puro e nascido(. Pois os nascidos
s0o se4elhantes aos Kue os gerara4. Has o Puro R dinheiro
de di' nheiro2 de 4odo Kue2 de todas as 4odalidades de
ganho2 esse R
o 4ais antinaturalW.
65&
:o 4es4o 4odo Kue o ca,ital co4ercial2 encontrare4os2 ao longo
de nossa ,esKuisa2 o ca,ital a Puros co4o Ior4a derivada e2 ao 4es4o
te4,o2 vere4os ,or Kue a4bos a,arece4 historica4ente antes da 4o'
derna Ior4a bsica do ca,ital.
Hostrou'se Kue a 4ais'valia n0o ,ode originar'se da
circula/0o2 Kue2 ,ortanto2 e4 sua Ior4a/0o deve ocorrer algo ,or
trs de suas costas e Kue nela 4es4a R invis3vel.
65E
Has ,ode a
4ais'valia origi' nar'se de outro lugar Kue n0o da circula/0oZ !
circula/0o R a so4a de todas as rela/=es rec3,rocas
65$
dos ,ossuidores
de 4ercadorias. Fora da 4es4a o ,ossuidor de 4ercadoria sQ est
ainda e4 rela/0o co4 sua ,rQ,ria 4ercadoria. *o Kue tange ao valor
dela2 a rela/0o se li4ita ao Iato de Kue ela contR4 u4 Cuantum de seu
,rQ,rio trabalho 4edido segundo deter4inadas leis sociais. )sse
Cuantum de trabalho se e;' ,ressa na grandeGa de valor de sua
4ercadoria e2 co4o grandeGa de valor2 se re,resenta e4 dinheiro de
conta2 nu4 ,re/o de2 ,or e;e4,lo2
#% libras esterlinas. Has o seu trabalho n0o se re,resenta no valor

OS ECONOMISTAS
65

65& !RISTsT)+)S2 p! cit!2 ca,. #%2 l,. #&m.
65E iSob as condi/=es costu4eiras do 4ercado2 o lucro n0o R gerado ,elo intercU4bio. Se
ele n0o tivesse estado antes ,resente2 ta4,ouco ,oderia e;istir de,ois dessa transa/0o.i
"R!H' S!>. p! cit!2 ,. #E7.(
65$ Dk e 7k ed.9 rela/=es 4ercantis. "*. da )d. !le40.(

66
MARX
da 4ercadoria e nu4 e;cedente aci4a do seu ,rQ,rio valor2 n0o nu4
,re/o de #% Kue sePa2 ao 4es4o te4,o2 u4 ,re/o de ##2 n0o nu4 valor
Kue sePa 4aior do Kue ele 4es4o. ,ossuidor de 4ercadorias
,ode Ior4ar valores ,or 4eio do seu trabalho2 4as n0o valores Kue
se va' loriGe4. )le ,ode au4entar o valor de u4a 4ercadoria2
acrescentando2 4ediante novo trabalho2 novo valor ao valor
,ree;istente2 ,or e;e4,lo2 ao IaGer de couro2 botas. 4es4o
4aterial te4 agora 4ais valor ,orKue ele contR4 u4 Cuantum
4aior de trabalho. ! bota te42 ,or isso2 4ais valor do Kue o couro2
4as o valor do couro ,er4anece o Kue era. )le n0o se valoriGou2 n0o
se acrescentou u4a 4ais'valia durante
a Iabrica/0o da bota. [2 ,ortanto2 i4,oss3vel Kue o ,rodutor de
4er' cadorias2 Iora da esIera de circula/0o2 se4 entrar e4 contato co4
outros ,ossuidores de 4ercadorias2 valoriGe valor e2 da32 transIor4e
dinheiro ou 4ercadoria e4 ca,ital.
Ca,ital n0o ,ode2 ,ortanto2 originar'se da circula/0o e2 ta4,ouco2
,ode n0o originar'se da circula/0o. :eve2 ao 4es4o te4,o2 originar'se
e n0o se originar dela.
C4 resultado du,lo Ioi2 ,ortanto2 alcan/ado.
! transIor4a/0o do dinheiro e4 ca,ital te4 de ser desenvolvida
co4 base nas leis i4anentes ao intercU4bio de 4ercadorias de
4odo Kue a troca de eKuivalentes sirva de ,onto de ,artida.
61%
*osso
,ossuidor de dinheiro2 ,or enKuanto ainda ,resente a,enas co4o
ca,italista lar' var2 te4 de co4,rar as 4ercadorias ,or seu valor2
vendJ'las ,or seu valor e2 4es4o assi42 e;trair no Iinal do
,rocesso 4ais valor do Kue lan/ou nele. Sua 4eta4orIose e4
borboleta te4 de ocorrer na esIera da circula/0o e n0o te4 de
ocorrer na esIera da circula/0o. S0o essas as condi/=es do
,roble4a. 1ic -hodus, hic saltaj
61#
61% :e acordo co4 essa discuss0o2 o leitor co4,reende Kue isso signiIica a,enas9 a Ior4a/0o
de ca,ital te4 de ser ,oss3vel ta4bR4 Kuando o ,re/o da 4ercadoria sePa igual ao
valor da 4ercadoria. )la n0o ,ode ser e;,licada ,elo desvio dos ,re/os das
4ercadorias e4 rela/0o aos valores das 4ercadorias. Se os ,re/os se desvia4 real4ente
dos valores2 ent0o
R ,reciso co4e/ar ,or reduGi'los aos Mlti4os2 ou sePa2 abstrair essa circunstUncia co4o
sendo casual2 ,ara ter ,ela Irente2 e4 sua ,ureGa2 o IenY4eno da Ior4a/0o de ca,ital co4
base no intercU4bio de 4ercadorias e n0o ser conIundido e4 sua observa/0o ,or
circuns' tUncias secundrias2 ,erturbadoras e estranhas ao verdadeiro decurso. Sabe'se2
alis2 Kue essa redu/0o n0o R2 de 4odo algu42 u4 4ero ,rocedi4ento cient3Iico. !s
constantes osci' la/=es dos ,re/os de 4ercado2 o seu au4ento e Kueda se co4,ensa42
se anula4 reci,ro' ca4ente e se reduGe4 a u4 ,re/o 4Rdio co4o sua regra i4anente.
)sta constitui a estre' la'guia2 ,or e;e4,lo2 do co4erciante ou do industrial2 e4 cada
e4,reendi4ento Kue abranPa es,a/o de te4,o 4aior. )le sabe2 ,or conseguinte2 Kue2
considerando'se u4 ,er3odo 4ais longo co4o u4 todo2 as 4ercadorias real4ente n0o
s0o vendidas ne4 abai;o ne4 aci4a2 4as de acordo co4 o seu ,re/o 4Rdio. Se o
,ensa4ento desinteressado Iosse ao todo de seu interesse2 ent0o ele ,recisaria colocar o
,roble4a da Ior4a/0o de ca,ital assi49 co4o ,ode surgir o ca,ital sendo os ,re/os
regulados ,elo ,re/o 4Rdio2 ou sePa2 e4 Mlti4a instUncia2 ,elo valor das 4ercadoriasZ :igo
Ve4 Mlti4a instUnciaW ,orKue os ,re/os 4Rdios n0o coin' cide4 direta4ente co4 as

6'
OS ECONOMISTAS
grandeGas de valor das 4ercadorias2 conIor4e acredita4 !. S4ith2 Ricardo etc.
61# :e u4a Ibula de )so,o e4 Kue u4 IanIarr0o sustenta ter dado u4 salto ,rodigioso e4
Rodos. ! ele se re,licou9 !Kui est Rodos2 aKui salta. "*. da )d. !le40.(

6/
MARX
5( Co*!r e Ae.: : for; :e #r)%7o
! 4odiIica/0o do valor de dinheiro2 Kue deve transIor4ar'se e4
ca,ital2 n0o ,ode ocorrer neste 4es4o dinheiro2 ,ois co4o 4eio de
co4,ra e co4o 4eio de ,aga4ento ele sQ realiGa o ,re/o da 4ercadoria
Kue ele co4,ra ou ,aga2 enKuanto2 ,ersistindo e4 sua ,rQ,ria Ior4a2
,etriIica'se nu4a grandeGa de valor ,er4anente4ente igual.
616
Ta4' ,ouco ,ode a 4odiIica/0o originar'se do segundo ato de
circula/0o2 a revenda da 4ercadoria2 ,ois esse ato a,enas retransIor4a
a 4ercadoria da Ior4a natural na Ior4a dinheiro. ! 4odiIica/0o
,recisa ocorrer2 ,ortanto2 co4 a 4ercadoria co4,rada no ,ri4eiro
ato D J "2 4as n0o co4 o seu valor2 ,ois s0o trocados
eKuivalentes2 a 4ercadoria R ,aga ,or seu valor. ! 4odiIica/0o sQ
,ode originar'se2 ,ortanto2 do seu valor de uso enKuanto tal2 isto R2
do seu consu4o. Para e;trair valor do consu4o de u4a
4ercadoria2 nosso ,ossuidor de dinheiro ,recisaria ter a sorte de
descobrir dentro da esIera da circula/0o2 no 4ercado2 u4a
4ercadoria cuPo ,rQ,rio valor de uso tivesse a caracte' r3stica
,eculiar de ser Ionte de valor2 ,ortanto2 cuPo verdadeiro consu4o Iosse
e4 si obPetiva/0o de trabalho2 ,or conseguinte2 cria/0o de valor.
) o ,ossuidor de dinheiro encontra no 4ercado tal 4ercadoria es,ec3Iica
L a ca,acidade de trabalho ou a Ior/a de trabalho.
Por Ior/a de trabalho ou ca,acidade de trabalho entende4os
o conPunto das Iaculdades I3sicas e es,irituais Kue e;iste4 na
cor,ora' lidade2 na ,ersonalidade viva de u4 ho4e4 e Kue ele ,=e e4
4ovi4ento toda veG Kue ,roduG valores de uso de KualKuer es,Rcie.
Para Kue2 no entanto2 o ,ossuidor de dinheiro encontre F
dis,o'
si/0o no 4ercado a Ior/a de trabalho co4o 4ercadoria2 diversas
con' di/=es ,recisa4 ser ,reenchidas. intercU4bio de 4ercadorias
n0o inclui e4 si e ,ara si outras rela/=es de de,endJncia Kue n0o
as ori' ginadas de sua ,rQ,ria natureGa. Sob esse ,ressu,osto2 a
Ior/a de trabalho co4o 4ercadoria sQ ,ode a,arecer no 4ercado F
4edida Kue
e ,orKue ela R oIerecida F venda ou R vendida co4o 4ercadoria
,or seu ,rQ,rio ,ossuidor2 ,ela ,essoa da Kual ela R a Ior/a de
trabalho. Para Kue seu ,ossuidor venda'a co4o 4ercadoria2 ele deve
,oder dis,or dela2 ser2 ,ortanto2 livre ,ro,rietrio de sua ca,acidade
de trabalho2 de sua ,essoa.
61D
)le e o ,ossuidor de dinheiro se
encontra4 no 4ercado
e entra4 e4 rela/0o u4 co4 o outro co4o ,ossuidores de 4ercadorias
iguais ,or orige42 sQ se diIerenciando ,or u4 ser co4,rador e o outro2
vendedor2 sendo ,ortanto a4bos ,essoas Puridica4ente iguais. ,ros'

OS ECONOMISTAS
60

616 V*a Ior4a de dinheiro "...( o ca,ital n0o gera lucro.W "RIC!R:. Princ! of Pol! *con! ,.
61&.(
61D *as enciclo,Rdias sobre a antiguidade clssica2 ,ode'se ler o dis,arate de Kue no 4undo
antigo o ca,ital estava ,lena4ente desenvolvido Ve;ceto Kue Ialtava4 o trabalhador
livre
e o siste4a de crRditoW. Ta4bR4 o sr. Ho44sen2 e4 sua 1ist6ria -omana2 ,ratica u4
KOi,roKOQ de,ois do outro.

61
MARX
segui4ento dessa rela/0o e;ige Kue o ,ro,rietrio da Ior/a de trabalho
sQ a venda ,or deter4inado te4,o2 ,ois2 se a vende e4 bloco2 de u4a
veG ,or todas2 ent0o ele vende a si 4es4o2 transIor4a'se de
ho4e4 livre e4 u4 escravo2 de ,ossuidor de 4ercadoria e4 u4a
4ercadoria. Co4o ,essoa2 ele te4 de se relacionar co4 sua Ior/a de
trabalho co4o sua ,ro,riedade e2 ,ortanto2 sua ,rQ,ria 4ercadoria2 e
isso ele sQ ,ode na 4edida e4 Kue ele a coloca F dis,osi/0o do
co4,rador a,enas ,ro' visoria4ente2 ,or u4 ,raGo de te4,o
deter4inado2 dei;ando'a ao con' su4o2 ,ortanto2 se4 renunciar F
sua ,ro,riedade sobre ela ,or 4eio de sua aliena/0o.
617
! segunda condi/0o essencial ,ara Kue o ,ossuidor de dinheiro
encontre no 4ercado a Ior/a de trabalho co4o 4ercadoria R Kue
seu ,ossuidor2 e4 lugar de ,oder vender 4ercadorias e4 Kue seu
trabalho se tenha obPetivado2 ,recisa2 4uito 4ais2 oIerecer F venda
co4o 4er' cadoria sua ,rQ,ria Ior/a de trabalho2 Kue sQ e;iste e4
sua cor,ora' lidade viva.
Para Kue alguR4 venda 4ercadorias distintas de sua Ior/a de
trabalho ele te4 de ,ossuir natural4ente 4eios de ,rodu/0o2 ,or e;e4'
,lo2 4atRrias',ri4as2 instru4entos de trabalho etc. )le n0o ,ode IaGer
botas se4 couro. Precisa2 alR4 disso2 de 4eios de subsistJncia.
*in' guR42 ne4 4es4o u4 4Msico do ,orvir2 ,ode ali4entar'se
co4 ,ro' dutos do Iuturo2 ,ortanto ta4bR4 n0o de valores de uso cuPa
,rodu/0o n0o estePa conclu3da2 e2 co4o nos ,ri4eiros dias de sua
a,ari/0o sobre
o ,alco do 4undo2 o ho4e4 ainda ,recisa consu4ir a cada dia2 antes
617 :iversas legisla/=es estabelecera4 ,or isso u4 4;i4o ,ara o contrato de trabalho. Todos
os cQdigos legais e4 ,a3ses de trabalho livre regula4 condi/=es de rescis0o do contrato.
)4 diversos ,a3ses2 notada4ente no HR;ico "antes da Guerra Civil a4ericana2 ta4bR4
nos territQrios arrancados ao HR;ico e2 de acordo co4 a coisa2 atR a revolu/0o de
Kusa2
P
nas ,rov3ncias do :anMbio(2 a escravatura se oculta sob a Ior4a de ,eonage4.
Por 4eio de adianta4entos resgatveis e4 trabalho e Kue ,assa4 de gera/0o e4
gera/0o2 n0o sQ o trabalhador individual2 4as ta4bR4 sua Ia43lia2 torna'se de Iato
,ro,riedade de outras ,essoas e de suas Ia43lias. JureG tinha abolido a ,eonage4.
assi4 cha4ado I4,erador Ha;i4iliano restabeleceu'a 4ediante u4 decreto2 Kue Ioi
acertada4ente denunciado na CU4ara dos Re,resentantes e4 <ashington co4o decreto
,ara o restabeleci4ento da es' cravatura no HR;ico. V:e 4inhas es,ec3Iicas habilidades e
,ossibilidades I3sicas e es,irituais de atividade ,osso "...( alienar a outre4 u4 uso
li4itado no te4,o2 ,orKue elas ,or essa li4ita/0o recebe4 u4a rela/0o e;terna co4
4inha totalidade e universalidade. Por 4eio da aliena/0o de todo o 4eu te4,o concreto
,elo trabalho e da totalidade de 4inha ,rodu/0o2 eu converteria e4 ,ro,riedade de outro o
substancial da 4es4a2 4inha atividade e realidade gerais2 a 4inha ,ersonalidade.W
"?)G)+ Philosophie des -echts. Berli42 #E7%. ,. #%72 q 1&.(
P
Revolu/0o de Kusa. )4 Paneiro de #E5$2 !le;andre Kusa Ioi eleito hos,odar da Holdvia
e ,ouco de,ois da ValKuia. Pela uniIica/0o desses dois ,rinci,ados danubianos2 Kue durante
4uito te4,o estivera4 sub4etidos ao do43nio do i4,Rrio oto4ano2 criou'se u4 )stado
unitrio ro4eno. Kusa se colocou co4o 4eta realiGar u4a sRrie de reIor4as
de4ocrtico' burguesas. Sua ,ol3tica encontrou2 no entanto2 Iorte resistJncia dos
,ro,rietrios Iundirios
e de certa ,arte da burguesia. :e,ois Kue a !sse4blRia *acional2 na Kual os re,resentantes
dos ,ro,rietrios Iundirios ,redo4inava42 rePeitou o ,roPeto de reIor4a agrria
a,resen' tado ,elo Governo2 Kusa dissolveu essa cor,ora/0o reacionria. Foi ,rocla4ada
u4a cons' titui/0o2 o c3rculo de eleitores Ioi a4,liado e o ,oder do Governo Iortalecido.

62
OS ECONOMISTAS
! reIor4a agrria aceita nessa nova situa/0o ,ol3tica ,revia a aboli/0o da servid0o e a
re,arti/0o da terra entre os ca4,oneses 4ediante sua reco4,ra. "*. da )d. !le40.(

'3
MARX
de ,roduGir e enKuanto ,roduG. Caso os ,rodutos sePa4 ,roduGidos
co4o 4ercadorias2 ent0o ,recisa4 ser vendidos de,ois de ,roduGidos2
e sQ ,ode4 satisIaGer Fs necessidades do ,rodutor de,ois da venda.
!o te4,o da ,rodu/0o se acresce o te4,o necessrio F venda.
Para transIor4ar dinheiro e4 ca,ital2 o ,ossuidor de dinheiro
,recisa encontrar2 ,ortanto2 o trabalhador livre no 4ercado de 4erca'
dorias2 livre no du,lo sentido de Kue ele dis,=e2 co4o ,essoa livre2 de
sua Ior/a de trabalho co4o sua 4ercadoria2 e de Kue ele2 ,or
outro lado2 n0o te4 outras 4ercadorias ,ara vender2 solto e
solteiro2 livre de todas as coisas necessrias F realiGa/0o de sua
Ior/a de trabalho.
Por Kue esse trabalhador livre se deIronta co4 ele na esIera
da
circula/0o R Kuest0o Kue n0o interessa ao ,ossuidor de dinheiro2
Kue encontra o 4ercado de trabalho co4o u4a divis0o es,ec3Iica do
4ercado de 4ercadorias. ) ta4,ouco ela nos interessa ,or
enKuanto. *Qs nos atere4os ao Iato na teoria assi4 co4o o
,ossuidor de dinheiro na ,rtica. C4a coisa2 no entanto2 R clara. !
*atureGa n0o ,roduG de u4 lado ,ossuidores de dinheiro e de
4ercadorias e2 do outro2 4eros ,ossui' dores das ,rQ,rias Ior/as de
trabalho. )ssa rela/0o n0o IaG ,arte da histQria natural ne4 ta4,ouco R
social2 co4u4 a todos os ,er3odos histQricos. )la 4es4a R
evidente4ente o resultado de u4 desenvolvi4ento histQrico an' terior2
o ,roduto de 4uitas revolu/=es econY4icas2 da decadJncia de toda u4a
sRrie de Ior4a/=es 4ais antigas da ,rodu/0o social.
Ta4bR4 as categorias econY4icas Kue observa4os antes osten'
ta4 a sua 4arca histQrica. *a e;istJncia do ,roduto co4o 4ercadoria
est0o envolvidas deter4inadas condi/=es histQricas. Para se tornar
4er' cadoria o ,roduto n0o ,ode ser ,roduGido co4o 4eio de
subsistJncia i4ediato ,ara o ,rQ,rio ,rodutor. Se tivRsse4os
,esKuisado 4ais9 sob Kue circunstUncias todos os ,rodutos to4a4 ou
ta4bR4 a,enas a 4aio' ria deles to4a a Ior4a de 4ercadoria2
ent0o se teria descoberto Kue isso sQ ocorre co4 base e4 u4 4odo
de ,rodu/0o be4 es,ec3Iico2 o ca,italista. Tal ,esKuisa n0o se
coadunava2 no entanto2 co4 a anlise da 4ercadoria. Produ/0o de
4ercadorias e circula/0o de 4ercadorias ,ode4 ocorrer e4bora a
grande 4assa de ,rodutos2 orientada direta' 4ente ao
autoconsu4o2 n0o se transIor4e e4 4ercadoria e ,ortanto
o ,rocesso de ,rodu/0o social ainda estePa 4uito longe de estar do4i'
nado e4 toda a sua e;tens0o e ,roIundidade ,elo valor de troca.
! re,resenta/0o do ,roduto co4o 4ercadoria su,=e u4a divis0o de
tra' balho t0o desenvolvida dentro da sociedade2 Kue a se,ara/0o
entre valor de uso e valor de troca2 Kue a,enas ,rinci,ia no esca4bo
direto2
P se tenha co4,letado. Tal estgio de desenvolvi4ento R2 ,orR42 co'

OS ECONOMISTAS
'1

4u4 Fs Ior4a/=es sQcioeconY4icas historica4ente as 4ais diversas.
u se considera4os o dinheiro2 ent0o ,recisa4os ,ressu,or Kue
a troca de 4ercadorias tenha atingido certo n3vel. !s Ior4as es,ec3Iicas
de dinheiro2 4ero eKuivalente de 4ercadoria ou 4eio circulante ou
4eio de ,aga4ento2 tesouro e dinheiro 4undial2 a,onta42 de
acordo

'4
MARX
co4 a e;tens0o diversa e a ,redo4inUncia relativa de u4a ou de outra
Iun/0o2 ,ara estgios 4uito diIerentes do ,rocesso de ,rodu/0o social.
!,esar disso2 de acordo co4 a e;,eriJncia2 basta u4a circula/0o
de 4ercadorias relativa4ente ,ouco desenvolvida ,ara a
constitui/0o de todas essas Ior4as. :iversa4ente co4 o ca,ital.
Suas condi/=es his' tQricas de e;istJncia de 4odo algu4 est0o
,resentes na circula/0o 4er' cantil e 4onetria. )le sQ surge onde o
,ossuidor de 4eios de ,rodu/0o
e de subsistJncia encontra o trabalhador livre co4o vendedor de
sua Ior/a de trabalho no 4ercado2 e esta R u4a condi/0o histQrica
Kue encerra u4a histQria 4undial. ca,ital anuncia2 ,ortanto2 de
ante40o2 u4a R,oca do ,rocesso de ,rodu/0o social.
615
)ssa 4ercadoria ,eculiar2 a Ior/a de trabalho2 te4 de ser agora
e;a4inada 4ais de ,erto. Co4o todas as outras 4ercadorias2 ela te4
u4 valor.
611
Co4o ele R deter4inadoZ
valor da Ior/a de trabalho2 co4o o de toda outra
4ercadoria2
R deter4inado ,elo te4,o de trabalho necessrio F ,rodu/0o2 ,ortanto
ta4bR4 re,rodu/0o2 desse artigo es,ec3Iico. )nKuanto valor2 a ,rQ,ria
Ior/a de trabalho re,resenta a,enas deter4inado Cuantum de trabalho
social 4Rdio nela obPetivado. ! Ior/a de trabalho sQ e;iste co4o
dis' ,osi/0o do indiv3duo vivo. Sua ,rodu/0o ,ressu,=e2 ,ortanto2 a
e;is' tJncia dele. :ada a e;istJncia do indiv3duo2 a ,rodu/0o da
Ior/a de trabalho consiste e4 sua ,rQ,ria re,rodu/0o ou 4anuten/0o.
Para sua 4anuten/0o2 o indiv3duo vivo ,recisa de certa so4a de
4eios de sub' sistJncia. te4,o de trabalho necessrio F ,rodu/0o
da Ior/a de tra' balho corres,onde2 ,ortanto2 ao te4,o de trabalho
necessrio F ,ro' du/0o desses 4eios de subsistJncia ou o valor da
Ior/a de trabalho R
o valor dos 4eios de subsistJncia necessrios F 4anuten/0o do seu
,ossuidor. ! Ior/a de trabalho sQ se realiGa2 no entanto2 4ediante sua
e;terioriGa/0o2 ela sQ se aciona no trabalho. Por 4eio de sua ativa/0o2
o trabalho2 R gasto2 ,orR42 deter4inado Cuantum de 4Msculo2
nervo2 cRrebro etc. hu4anos Kue ,recisa ser re,osto. )sse gasto
acrescido condiciona u4a receita acrescida.
61&
Se o ,ro,rietrio da
Ior/a de tra' balho trabalhou hoPe2 ele deve ,oder re,etir o 4es4o
,rocesso a4anh02 sob as 4es4as condi/=es de Ior/a e saMde. !
so4a dos 4eios de sub' sistJncia deve2 ,ois2 ser suIiciente ,ara
4anter o indiv3duo trabalhador co4o indiv3duo trabalhador e4 seu
estado de vida nor4al. !s ,rQ,rias
615 Kue2 ,ortanto2 caracteriGa a R,oca ca,italista R Kue a Ior/a de trabalho assu4e2 ,ara o
,rQ,rio trabalhador2 a Ior4a de u4a 4ercadoria Kue ,ertence a ele2 Kue2 ,or conseguinte2
seu trabalho assu4e a Ior4a de trabalho assalariado. Por outro lado2 sQ a ,artir desse
instante se universaliGa a Ior4a 4ercadoria dos ,rodutos do trabalho.
611 i valor de u4 ho4e4 R2 co4o o de todas as outras coisas2 igual ao seu ,re/o9 isso
Kuer diGer tanto Kuanto R ,ago ,ara o uso de sua Ior/a.i"?BB)S2 Th. %eviathan! In9

'5
OS ECONOMISTAS
@orks!
)dit. HolesXorth2 +ondres2 #ED$'#E77. v. III2 ,. &1.(
61& villicus da Ro4a !ntiga2 co4o Ieitor de escravos nos trabalhos agr3colas2 recebia2
V,or ter trabalho 4ais leve Kue o dos escravos2 u4a ra/0o 4enor do Kue estesW.
"HHHS)*2 Th. -`mische ,eschichte!
P
#E1&. ,. E#%.(
P
1ist6ria -omana! "*. dos T.(

'6
MARX
necessidades naturais2 co4o ali4enta/0o2 rou,a2 aKueci4ento2 4oradia
etc.2 s0o diIerentes de acordo co4 o cli4a e outras ,eculiaridades
na' turais de u4 ,a3s. Por outro lado2 o U4bito das assi4
cha4adas ne' cessidades bsicas2 assi4 co4o o 4odo de sua
satisIa/0o2 R ele 4es4o u4 ,roduto histQrico e de,ende2 ,or isso2
grande4ente do n3vel cultural de u4 ,a3s2 entre outras coisas
ta4bR4 essencial4ente sob Kue con' di/=es2 e2 ,ortanto2 co4 Kue
hbitos e as,ira/=es de vida2 se constituiu
a classe dos trabalhadores livres.
61E
)4 ant3tese Fs outras 4ercadorias
a deter4ina/0o do valor da Ior/a de trabalho contR42 ,or conseguinte2
u4 ele4ento histQrico e 4oral. *o entanto2 ,ara deter4inado ,a3s2
e4 deter4inado ,er3odo2 o U4bito 4Rdio dos 4eios de subsistJncia
bsicos R dado.
,ro,rietrio da Ior/a de trabalho R 4ortal. Se2 ,ortanto2
sua a,ari/0o no 4ercado R ,ara ser cont3nua2 co4o ,ressu,=e a
cont3nua transIor4a/0o de dinheiro e4 ca,ital2 ent0o o vendedor
da Ior/a de trabalho ,recisa ,er,etuar'se Vco4o todo indiv3duo se
,er,etua ,ela ,rocria/0oW.
61$
!s Ior/as de trabalho subtra3das do
4ercado ,elo des' gaste e 4orte ,recisa4 ser continua4ente
substitu3das ao 4enos ,or u4 nM4ero igual de novas Ior/as de
trabalho. ! so4a dos 4eios de subsistJncia necessrios F ,rodu/0o
da Ior/a de trabalho inclui2 ,or' tanto2 os 4eios de subsistJncia dos
substitutos2 isto R2 dos Iilhos dos trabalhadores2 de 4odo Kue essa
race
6&%
de ,eculiares ,ossuidores de 4ercadorias se ,er,etue no
4ercado de 4ercadorias.
6&#
Para 4odiIicar a natureGa hu4ana geral de tal 4odo Kue ela
alcance habilidade e destreGa e4 deter4inado ra4o de trabalho2
tor' nando'se Ior/a de trabalho desenvolvida e es,ec3Iica2 R ,reciso
deter' 4inada Ior4a/0o ou educa/0o2 Kue2 ,or sua veG2 custa u4a so4a
4aior ou 4enor de eKuivalentes 4ercantis. ConIor4e o carter 4ais ou
4enos 4ediato da Ior/a de trabalho2 os seus custos de Ior4a/0o s0o
diIerentes. )sses custos de a,rendiGage42 3nIi4os ,ara a Ior/a de
trabalho co4u42 entra4 ,ortanto no U4bito dos valores gastos
,ara a sua ,rodu/0o.
valor da Ior/a de trabalho se resolve no valor de u4a
so4a deter4inada de 4eios de subsistJncia. )le 4uda2 ,ortanto2
ta4bR4 co4 o valor desses 4eios de subsistJncia2 isto R2 co4 a
grandeGa do te4,o de trabalho e;igido ,ara sua ,rodu/0o.
Parte dos 4eios de subsistJncia2 ,or e;e4,lo2 ali4enta/0o2 aKue'
ci4ento etc.2 R diaria4ente consu4ida e ,recisa ser diaria4ente re'
61E CI. T?R*T*2 <. Th. ver-Population and its -emedD! +ondres2 #E71.
61$ Pett-.
6&% Ra/a. "*. dos T.(
6&# iSeui "do trabalho( V,re/o natural "...( consiste e4 tal Kuantidade de 4eios de subsistJncia
e obPetos de conIorto2 co4o s0o necessrios de acordo co4 o cli4a e co4 os hbitos de u4
,a3s ,ara 4anter o trabalhador e ,ossibilitar'lhe criar u4a Ia43lia Kue ,ossa

OS ECONOMISTAS
''

assegurar no 4ercado u4a oIerta de trabalho se4 di4inui/0o.W "TRR)*S2 R. An
*ssaD on the *:ternal Corn Trade! +ondres2 #E#5. ,. 16.( ! ,alavra trabalho est a3
erronea4ente e4 lugar de Ior/a de trabalho.

'/
MARX
,osta. utros 4eios de subsistJncia2 co4o rou,as2 4Qveis etc.2 gas'
ta4'se e4 ,er3odos 4ais e;tensos de te4,o e2 ,or isso2 sQ
,recisa4 ser re,ostos e4 ,er3odos 4ais e;tensos de te4,o.
Hercadorias de u4a es,Rcie ,recisa4 ser co4,radas ou ,agas
diaria4ente2 outras se4a' nal4ente2 tri4estral4ente etc. Has co4o
Kuer Kue a so4a dessas des' ,esas se ,ossa re,artir durante2 ,or
e;e4,lo2 u4 ano2 ela ,recisa ser coberta ,ela receita 4Rdia dia ,or
dia. SePa a 4assa das 4ercadorias e;igidas diaria4ente ,ara a
,rodu/0o da Ior/a de trabalho c A2 a e;igida se4anal4ente c '2 a
e;igida tri4estral4ente c C etc.2 ent0o
a 4Rdia diria dessas 4ercadorias seria c D15 A a 56 ' a 7 C a
etc.
D15
Su,ondo'se Kue 1 horas de trabalho social est0o contidas nessa 4assa
de 4ercadorias necessria ao dia 4Rdio2 ent0o se obPetiva diaria4ente
na Ior/a de trabalho 4eio dia de trabalho social 4Rdio2 ou 4eio
dia de trabalho R e;igido ,ara a ,rodu/0o diria da Ior/a de
trabalho. )sse Cuantum de trabalho e;igido ,ara sua ,rodu/0o
diria Ior4a o valor de u4 dia de Ior/a de trabalho ou o valor da
Ior/a de trabalho re,roduGida e4 u4 dia. Se 4eio dia de trabalho
social 4Rdio se re' ,resenta igual4ente nu4a 4assa de ouro de D
;elins ou e4 # tler2 ent0o # tler R o ,re/o corres,ondente ao valor
de u4 dia da Ior/a de trabalho. Se o ,ossuidor da Ior/a de trabalho
oIerece'a ,or # tler ao dia2 ent0o o seu ,re/o de venda R igual ao
seu valor e2 de acordo co4 nossos ,ressu,ostos2 o ,ossuidor de
dinheiro2 Kue cobi/a transIor4ar
o seu tler e4 ca,ital2 ,aga esse valor.
li4ite Mlti4o ou li4ite 43ni4o do valor da Ior/a de
trabalho
R constitu3do ,elo valor de u4a 4assa de 4ercadorias2 se4 cuPo
su' ,ri4ento dirio o ,ortador da Ior/a de trabalho2 o ho4e42 n0o
,ode renovar o seu ,rocesso de vida2 sendo ,ortanto o valor dos
4eios de subsistJncia Iisica4ente indis,ensveis. Se o ,re/o da Ior/a
de trabalho bai;a a esse 43ni4o2 ent0o ele cai abai;o do valor
dela2 ,ois assi4 ela sQ ,ode 4anter'se e desenvolver'se e4 Ior4a
atroIiada. Has o valor de cada 4ercadoria R deter4inado ,elo
te4,o de trabalho re' Kuerido ,ara IornecJ'la co4 sua Kualidade
nor4al.
[ senti4entalis4o e;traordinaria4ente barato considerar brutal
essa deter4ina/0o do valor da Ior/a de trabalho Kue decorre da
natureGa da coisa e la4entar'se2 ,or e;e4,lo2 co4 Rossi9
VConceber a ca,acidade de trabalho "puissance de travail(2 abs'
traindo'se dos 4eios de subsistJncia do trabalho durante o
,ro' cesso de ,rodu/0o2 signiIica conceber u4 ser da raG0o
"+tre de raison(. Sue4 diG trabalho2 Kue4 diG ca,acidade de

'0
OS ECONOMISTAS
trabalho2 diG ao 4es4o te4,o trabalhador e 4eios de
subsistJncia2 traba' lhador e salrioW.
6&6
6&6 RSSI. Cours dS=con! Polit! Bru;elas2 #E7D. ,. D&%'D&#.

'1
MARX
Sue4 diG ca,acidade de trabalho n0o diG trabalho2 co4o Kue4
diG ca,acidade de digest0o ta4,ouco diG digest0o. Para esse Mlti4o
,rocesso R reconhecida4ente necessrio 4ais do Kue u4 bo4 estY4ago.
Sue4 diG ca,acidade de trabalho n0o abstrai dos 4eios necessrios F
sua subsistJncia. valor deles R antes e;,resso no valor dela. Se n0o
R vendida2 de nada serve ao trabalhador2 ele ent0o a ,ercebe
4uito 4ais co4o u4a cruel necessidade natural Kue a sua
ca,acidade de trabalho tenha e;igido deter4inado Cuantum de 4eios
de subsistJncia ,ara sua ,rodu/0o e constante4ente e;ige de novo
,ara a sua re,ro' du/0o. )le descobre2 ent0o2 co4 Sis4ondi9
V! ca,acidade de trabalho "...( nada R se n0o R vendidaW.
6&D
! natureGa ,eculiar dessa 4ercadoria es,ec3Iica2 a Ior/a de
tra' balho2 IaG co4 Kue2 co4 a conclus0o do contrato entre
co4,rador e vendedor2 seu valor de uso ainda n0o se tenha
verdadeira4ente trans' Ierido ,ara as 40os do co4,rador. seu
valor2 co4o o de KualKuer outra 4ercadoria2 estava deter4inado
antes de ela entrar e4 circula' /0o2 ,ois deter4inado Cuantum de
trabalho social havia sido gasto ,ara a ,rodu/0o da Ior/a de
trabalho2 4as o seu valor de uso consiste na e;terioriGa/0o ,osterior
dessa Ior/a. Por isso2 a aliena/0o da Ior/a
e a sua verdadeira e;terioriGa/0o2 ou sePa2 a sua e;istJncia co4o valor
de uso2 se se,ara4 no te4,o. *o caso de 4ercadorias2
6&7
,orR42
e4 Kue a aliena/0o Ior4al do valor de uso 4ediante a venda e
sua ver' dadeira entrega ao co4,rador se se,ara4 no te4,o2 o
dinheiro do co4,rador Iunciona geral4ente co4o 4eio de
,aga4ento. )4 todos os ,a3ses co4 4odo de ,rodu/0o ca,italista2
a Ior/a de trabalho sQ R ,aga de,ois de ter Iuncionado durante o
,raGo ,revisto no contrato de co4,ra2 ,or e;e4,lo2 no Iinal de cada
se4ana. Por toda ,arte2 ,ortanto2
o trabalhador adianta ao ca,italista o valor de uso da Ior/a de trabalho^
ele dei;a consu4i'la ,elo co4,rador2 antes de receber o ,aga4ento
de seu ,re/o^ ,or toda ,arte2 ,ortanto2 o trabalhador Iornece
crRdito ao ca,italista. Sue esse Iorneci4ento de crRdito n0o R nenhu4a
Iantasia v02 4ostra'o n0o sQ a ,erda ocasional do salrio creditado
Kuando ocorre bancarrota do ca,italista2
6&5
4as ta4bR4 u4a sRrie
de eIeitos 4ais duradouros.
6&1
*o entanto2 nada 4uda na natureGa
do ,rQ,rio
6&D SISH*:I. ?ouv! Princ! etc. t. I2 ,. ##D.
6&7 VTodo trabalho R ,ago de,ois de conclu3doW "An /nCuirD into those Principles, -espectin2
the
?ature of Demand etc. ,. #%7(. V crRdito co4ercial tinha de co4e/ar no 4o4ento e4 Kue o
trabalhador2 o ,ri4eiro criador da ,rodu/0o2 estava e4 condi/=es2 co4 base e4 suas
econo4ias2 de es,erar ,elo salrio de seu trabalho atR o Iinal de u4a a duas se4anas2
u4 4Js2 u4 tri4estre etc.W "G!*I+?. Ch. Des <DstUmes dS=con! Polit! 6k ed.2 Paris2
#E6#. t. II2 ,. #5%.(
6&5 i trabalhador e4,resta seu esIor/oi2 4as2 acrescenta Storch2 astuta4ente9 ele Vnada

OS ECONOMISTAS
'2

arriscaW2 e;ceto V,erder o seu salrio "...( o trabalhador n0o transIere nada 4aterial.W
"STRC?. Cours dS=con! Polit. Petersburgo2 #E#52 t. II2 ,. D1'D&.(
6&1 C4 e;e4,lo. )4 +ondres e;iste4 duas es,Rcies de ,adeiros2 os full priced2 Kue vende4
o ,0o ,or seu valor ,leno2 e os undersellers2 Kue o vende4 abai;o desse valor. )ssa Mlti4a
classe constitui D`7 do nM4ero total dos ,adeiros ",. ]]]II no -eport do Co4issrio Go'

/3
MARX
intercU4bio de 4ercadorias se o dinheiro Iunciona co4o 4eio de co4,ra
ou co4o 4eio de ,aga4ento. ,re/o da Ior/a de trabalho est Ii;ado
contratual4ente2 ainda Kue ele sQ venha a ser realiGado de,ois2 co4o
o ,re/o do aluguel de u4a casa. ! Ior/a de trabalho est vendida2
ainda Kue ela sQ sePa ,aga ,osterior4ente. Para a conce,/0o ,ura
da rela/0o R2 no entanto2 Mtil ,ressu,or2 ,or enKuanto2 Kue o
,ossuidor da Ior/a de trabalho recebe co4 sua venda cada veG e
ta4bR4 ,ron' ta4ente o ,re/o esti,ulado contratual4ente.
Conhece4os agora a 4aneira ,ela Kual R deter4inado o valor2
Kue R ,ago ao ,ossuidor dessa 4ercadoria ,eculiar2 a Ior/a de trabalho2
,elo ,ossuidor de dinheiro. valor de uso2 Kue este Mlti4o recebe ,or
sua veG na troca2 sQ se 4ostra na utiliGa/0o real2 no ,rocesso de
consu4o da Ior/a de trabalho. Todas as coisas necessrias a esse
,rocesso2 co4o 4atRria',ri4a etc.2 o ,ossuidor de dinheiro co4,ra no
4ercado e ,aga seu ,re/o integral. ,rocesso de consu4o da Ior/a de
trabalho R2 si4ul'
verna4ental ?. S. Tre4enheere sobre as ,rievances complained of .D the PourneDmen
.akers etc. +ondres2 #E16(. )sses undersellers vende42 Kuase se4 e;ce/0o2 ,0o IalsiIicado
co4 a 4istura de alM4en2 sab0o2 ,otassa2 cal2 ,Q de ,edra de :erb-shire e outros
ingredientes saborosos2 nutritivos e saudveis. "Ver o +ivro !Gul aci4a citado2 be4
co4o o relatQrio do VCo44ittee oI #E55 on the !dulteration oI BreadW e do dr. ?!SS!++.
Adulterations Detected.
6k ed.2 +ondres2 #E1#.( Sir John Gordon declarou ,erante o Co4itJ de #E55 Kue Ve4 con'
seKOJncia dessas IalsiIica/=es2 o ,obre2 Kue vive de 6 libras',eso de ,0o ,or dia2 agora n0o
recebe verdadeira4ente ne4 a Kuarta ,arte do 4aterial nutriente2 se4 considerar os eIeitos
,rePudiciais sobre sua saMdeW. Co4o 4otivo ,ara Kue Vu4a ,arte 4uito grande da
classe o,erriaW2 ainda Kue be4 inIor4ada sobre as IalsiIica/=es2 4es4o assi4 aceite
na co4,ra alM4en2 ,Q de ,edra etc.2 Tre4enheere "#.c2 ,. ]+VIII( inIor4a Kue ,ara
eles VR u4a Kuest0o de necessidade aceitar do seu ,adeiro ou do chandlerSs shop
P
o
,0o co4o eles Kueira4 IornecJ'loW. Co4o eles sQ s0o ,agos no Iinal da se4ana de
trabalho2 sQ ,ode4 ta4bR4 V,agar no Iinal da se4ana o ,0o consu4ido ,ela Ia43lia
durante a se4anaW^ e2 acrescenta Tre4enheere2 a,oiado e4 assertivas de teste4unhas9
V[ notQrio Kue ,0o ,re' ,arado co4 tais 4isturas R Ieito e;,ressa4ente ,ara essa
es,Rcie de IreguesesW. "iIt is notorious that bread co4,osed oI those 4i;tures2 is 4ade
e;,ressl- Ior sale in this 4anner.i( V)4 4uitos distritos agr3colas inglesesW "4as ainda
4ais e4 escoceses( Vo salrio R ,ago
a cada catorGe dias e atR 4es4o 4ensal4ente. Co4 esses longos ,raGos de ,aga4ento
o trabalhador agr3cola te4 de co4,rar as suas 4ercadorias a crRdito. "...( )le te4 de
,agar ,re/os 4ais altos e est ,reso de Iato ao ar4aGR4 Kue lhe Iia. !ssi42 e4
?orningsha42 e4 <ilts2 onde o salrio R 4ensal2 a 4es4a Iarinha Kue e4 outro lugar2
ele ,aga co4 # ;eli4 e #% ,ence2 custa'lhe 6 ;elins e 7 ,ence ,or stoneW.
PP
"iSi;th
Re,orti on VPublic ?ealthW b- VThe Hedical IIicer oI the Priv- Council etc.W2 #E172 ,.
617.( Vs esta4,adores 4anuais de tecido de Paisle- e Kil4arnoc\W ")scQcia ocidental(
VconKuistara4 e4 #E5D2 ,or 4eio de strike2
PPP
a redu/0o do ,raGo de ,aga4ento de u4
4Js ,ara catorGe diasW. "-eports of the /nspectors of $actories for X7st ct! #E5D. ,.
D7.( Co4o outra es,Rcie de desenvolvi4ento do crRdito2 Kue o trabalhador Iornece ao
ca,italista2 ,ode ser considerado
o 4Rtodo de 4uitos ,ro,rietrios ingleses de 4inas de carv0o2 ,elo Kual o trabalhador
a,enas R ,ago no Ii4 do 4Js e2 no 4eio te4,o2 recebe adianta4entos do ca,italista2 4uitas
veGes e4 4ercadorias2 Kue ele ,recisa ,agar aci4a do ,re/o do 4ercado "TrucksDstem(. V[
u4a ,rtica costu4eira dos donos de 4inas de carv0o ,agar a seus trabalhadores u4a
veG ,or 4Js e dar a seus trabalhadores u4 adianta4ento a cada se4ana
inter4ediria. )sse adianta4ento R dado no ar4aGR4W "ou sePa2 no tommD-shop ou loPa
Kue ,ertence ao ,rQ,rio ,atr0o(. Vs ho4ens recebe4'no de u4 lado do ar4aGR4 e o
gasta4 do outro.W "ChildrenSs *mploDment Commission, /// -eport. +ondres2 #E17. ,. DE2

/1
OS ECONOMISTAS
n8 #$6.(
P
+oPa de 4iudeGas. "*. dos T.(
PP
Hedida inglesa de ,eso eKuivalente a 12D5 Kuilos. "*. dos T.(
PPP
Greve. "*. dos T.(

/4
MARX
tanea4ente2 o ,rocesso de ,rodu/0o de 4ercadoria e de 4aisvalia.
con'
su4o da Ior/a de trabalho2 co4o o consu4o de KualKuer outra
4ercadoria2 ocorre Iora do 4ercado ou da esIera de circula/0o.
!bandone4os ent0o2 Punto co4 o ,ossuidor de dinheiro e o ,ossuidor
da Ior/a de trabalho2 essa esIera ruidosa2 e;istente na su,erI3cie e
acess3vel a todos os olhos2 ,ara seguir os dois ao local oculto da
,rodu/0o2 e4 cuPo li4iar se ,ode ler9 ?o admittance e:cept on
.usiness.
6&&
!Kui h de se 4ostrar n0o sQ co4o o ca,ital ,roduG2 4as
ta4bR4 co4o ele 4es4o R ,roduGido2 o ca,ital. segredo da
Iabrica/0o de 4ais'valia h de se Iinal4ente desvendar.
! esIera da circula/0o ou do intercU4bio de 4ercadorias2 dentro
de cuPos li4ites se 4ovi4enta4 co4,ra e venda de Ior/a de
trabalho2 era de Iato u4 verdadeiro Rden dos direitos naturais do
ho4e4. Kue aKui reina R unica4ente +iberdade2 Igualdade2
Pro,riedade e Bentha4. +i' berdadej Pois co4,rador e vendedor de
u4a 4ercadoria2 ,or e;e4,lo2 da Ior/a de trabalho2 s0o deter4inados
a,enas ,or sua livre'vontade. Con' trata4 co4o ,essoas livres2
Puridica4ente iguais. contrato R o resultado Iinal2 no Kual suas
vontades se d0o u4a e;,ress0o Pur3dica e4 co4u4. Igualdadej Pois
eles se relaciona4 u4 co4 o outro a,enas co4o ,ossui' dores de
4ercadorias e troca4 eKuivalente ,or eKuivalente. Pro,riedadej Pois
cada u4 dis,=e a,enas sobre o seu. Bentha4j Pois cada u4 dos
dois sQ cuida de si 4es4o. Mnico ,oder Kue os Punta e leva a
u4 relaciona4ento R o ,roveito ,rQ,rio2 a vantage4 ,articular2 os
seus in' teresses ,rivados. ) Pusta4ente ,orKue cada u4 sQ cuida de si
e nenhu4 do outro2 realiGa4 todos2 e4 decorrJncia de u4a har4onia
,reestabelecida das coisas ou sob os aus,3cios de u4a ,revidJncia
toda es,erta2 t0o'so' 4ente a obra de sua vantage4 4Mtua2 do be4
co4u42 do interesse geral.
!o sair dessa esIera da circula/0o si4,les ou da troca de
4ercadorias2
da Kual o livre'ca4bista vul2aris e;trai conce,/=es2 conceitos e
critRrios ,ara seu Pu3Go sobre a sociedade do ca,ital e do trabalho
assalariado2 P se transIor4a2 assi4 ,arece2 e4 algo a Iisiono4ia de
nossa dramatis per- sonae.
6&E
antigo ,ossuidor de dinheiro 4archa
adiante co4o ca,italista2 segue'o o ,ossuidor de Ior/a de trabalho
co4o seu trabalhador^ u42 cheio de i4,ortUncia2 sorriso satisIeito e
vido ,or negQcios^ o outro2 t34ido2 contraIeito2 co4o alguR4 Kue
levou a sua ,rQ,ria ,ele ,ara o 4ercado e agora n0o te4 4ais nada
a es,erar2 e;ceto o L curtu4e.

OS ECONOMISTAS
/5

6&& *0o se ,er4ite a entrada a n0o ser a negQcio. "*. dos T.(
6&E Personagens do dra4a. "*. dos T.(

SEO III
A PRODUO DA MAISCVALIA A+SOLUTA
61

CAPTULO V
PROCESSO DE TRA+AL=O E PROCESSO DE VALORIUAO
1( O !rocesso :e #r)%7o
A utiliGa/0o da Ior/a de trabalho R o ,rQ,rio trabalho.
co4' ,rador da Ior/a de trabalho a conso4e ao IaGer trabalhar o
vendedor dela. Mlti4o torna'se2 desse 4odo2 actu2
6&$
Ior/a de trabalho
real4ente ativa2 o Kue antes era a,enas potentia.
6E%
Para re,resentar
seu trabalho e4 4ercadorias2 ele te4 de re,resent'lo2 sobretudo2
e4 valores de uso2 e4 coisas Kue sirva4 ,ara satisIaGer a
necessidades de algu4a es,Rcie. [2 ,ortanto2 u4 valor de uso
,articular2 u4 artigo deter4inado2 Kue o ca,italista IaG o
trabalhador ,roduGir. ! ,rodu/0o de valores de uso ou bens n0o
4uda sua natureGa geral ,or se realiGar ,ara o ca,italista
e sob seu controle. Por isso2 o ,rocesso de trabalho deve ser
considerado
de in3cio inde,endente4ente de KualKuer Ior4a social deter4inada.
!ntes de tudo2 o trabalho R u4 ,rocesso entre o ho4e4 e a
*atureGa2 u4 ,rocesso e4 Kue o ho4e42 ,or sua ,rQ,ria a/0o2 4edia2
regula e controla seu 4etabolis4o co4 a *atureGa. )le 4es4o se
deIronta co4 a 4atRria natural co4o u4a Ior/a natural. )le ,=e
e4 4ovi4ento as Ior/as naturais ,ertencentes a sua cor,oralidade2
bra/os
e ,ernas2 cabe/a e 40o2 a Ii4 de a,ro,riar'se da 4atRria natural nu4a
Ior4a Mtil ,ara sua ,rQ,ria vida. !o atuar2 ,or 4eio desse 4ovi4ento2
sobre a *atureGa e;terna a ele e ao 4odiIic'la2 ele 4odiIica2 ao 4es4o
te4,o2 sua ,rQ,ria natureGa. )le desenvolve as ,otJncias nela
ador' 4ecidas e suPeita o Pogo de suas Ior/as a seu ,rQ,rio
do43nio. *0o se trata aKui das ,ri4eiras Ior4as instintivas2
ani4ais2 de trabalho. estado e4 Kue o trabalhador se a,resenta no
4ercado co4o vendedor de sua ,rQ,ria Ior/a de trabalho dei;ou
,ara o Iundo dos te4,os ,ri' 4itivos o estado e4 Kue o trabalho
hu4ano n0o se desIeG ainda de sua ,ri4eira Ior4a instintiva.
Pressu,o4os o trabalho nu4a Ior4a

64

6&$ :e Iato. "*. dos T.(
6E% )4 ,otencial. "*. dos T.(

OS ECONOMISTAS
65

e4 Kue ,ertence e;clusiva4ente ao ho4e4. C4a aranha e;ecuta o,e'
ra/=es se4elhantes Fs do tecel0o2 e a abelha envergonha 4ais de
u4 arKuiteto hu4ano co4 a constru/0o dos Iavos de suas col4eias.
Has
o Kue distingue2 de ante40o2 o ,ior arKuiteto da 4elhor abelha R Kue
ele construiu o Iavo e4 sua cabe/a2 antes de constru3'lo e4 cera.
*o Ii4 do ,rocesso de trabalho obtR4'se u4 resultado Kue P no
in3cio deste e;istiu na i4agina/0o do trabalhador2 e ,ortanto
ideal4ente. )le n0o a,enas eIetua u4a transIor4a/0o da Ior4a da
4atRria natural^ realiGa2 ao 4es4o te4,o2 na 4atRria natural seu
obPetivo2 Kue ele sabe Kue deter4ina2 co4o lei2 a es,Rcie e o 4odo
de sua atividade e ao Kual te4 de subordinar sua vontade. ) essa
subordina/0o n0o R u4 ato isolado. !lR4 do esIor/o dos Qrg0os Kue
trabalha42 R e;igida
a vontade orientada a u4 Ii42 Kue se 4aniIesta co4o aten/0o durante
todo o te4,o de trabalho2 e isso tanto 4ais Kuanto 4enos esse trabalho2
,elo ,rQ,rio conteMdo e ,ela es,Rcie e 4odo de sua e;ecu/0o2 atrai
o trabalhador2 ,ortanto2 Kuanto 4enos ele o a,roveita2 co4o Pogo de
suas ,rQ,rias Ior/as I3sicas e es,irituais.
s ele4entos si4,les do ,rocesso de trabalho s0o a atividade
orientada a u4 Ii4 ou o trabalho 4es4o2 seu obPeto e seus 4eios.
! terra "Kue do ,onto de vista econY4ico inclui ta4bR4 a gua(2
co4o Ionte original de v3veres e 4eios P ,rontos de subsistJncia ,ara
o ho4e42
6E#
R encontrada se4 contribui/0o dele2 co4o obPeto geral do
trabalho hu4ano. Todas as coisas Kue o trabalho sQ des,rende de sua
cone;0o direta co4 o conPunto da terra2 s0o obPetos de trabalho
,ree' ;istentes ,or natureGa. !ssi4 o ,ei;e Kue se ,esca ao
se,ar'lo de seu ele4ento de vida2 a gua2 a 4adeira Kue se
abate na Iloresta virge42 o 4inRrio Kue R arrancado de seu Iil0o.
Se2 ao contrrio2 o ,rQ,rio obPeto de trabalho P R2 ,or assi4 diGer2
Iiltrado ,or 4eio de trabalho anterior2 deno4ina4o'lo 4atRria'
,ri4a. Por e;e4,lo2 o 4i' nRrio P arrancado Kue agora vai ser
lavado. Toda 4atRria',ri4a R obPeto de trabalho2 4as ne4 todo
obPeto de trabalho R 4atRria',ri4a.
obPeto de trabalho a,enas R 4atRria',ri4a de,ois de P ter
e;,eri' 4entado u4a 4odiIica/0o 4ediada ,or trabalho.
4eio de trabalho R u4a coisa ou u4 co4,le;o de coisas
Kue
o trabalhador coloca entre si 4es4o e o obPeto de trabalho e Kue
lhe serve co4o condutor de sua atividade sobre esse obPeto. )le
utiliGa as ,ro,riedades 4ecUnicas2 I3sicas2 Ku34icas das coisas ,ara
IaGJ'las atuar co4o 4eios de ,oder sobre outras coisas2 conIor4e o
seu obPetivo.
6E6
6E# is ,rodutos naturais da terra2 e;istentes e4 ,eKuenas Kuantidades e total4ente inde'
,endentes do ho4e42 ,arece4 ser dados ,ela *atureGa do 4es4o 4odo Kue se d a
u4 Pove4 u4a ,eKuena so4a ,ara Kue ,ossa trabalhar e IaGer sua Iortuna.i "ST)C!RT2

MARX
66

Ja4es.
Principles of Polit! *con! )dit. :ublin2 #&&%2 v. I2 ,. ##1.(
6E6 i! raG0o R t0o ardilosa co4o ,oderosa. ardil consiste na atividade 4ediadora2 a
Kual2 ao IaGer os obPetos atuare4 uns sobre os outros e desgastare4'se 4utua4ente2
segundo sua ,rQ,ria natureGa2 se4 se inserir direta4ente nesse ,rocesso2 todavia2 realiGa
a,enas seu
,rQ,rio Ii4.i "?)G)+. *n&Dklopaedie! Parte Pri4eira. V:ie +ogi\W. Berli42 #E7%. ,. DE6.(

6'
OS ECONOMISTAS
obPeto do Kual o trabalhador se a,odera direta4ente L
abstraindo
a coleta de 4eios ,rontos de subsistJncia2 Irutas2 ,or e;e4,lo2 e4 Kue
so4ente seus ,rQ,rios Qrg0os cor,orais serve4 de 4eios de trabalho
L n0o R obPeto de trabalho2 4as o 4eio de trabalho. !ssi42 4es4o o
natural torna'se Qrg0o de sua atividade2 u4 Qrg0o Kue ele
acrescenta
a seus ,rQ,rios Qrg0os cor,orais2 ,rolongando sua Iigura natural2
a,esar da B3blia. :o 4es4o 4odo co4o a terra R sua des,ensa
original2 R ela seu arsenal original de 4eios de trabalho. Fornece'lhe2
,or e;e4,lo2
a ,edra Kue ele lan/a2 co4 Kue ras,a2 ,rensa2 corta etc. ! ,rQ,ria
terra R u4 4eio de trabalho2 4as ,ressu,=e2 ,ara servir co4o
4eio de trabalho na agricultura2 u4a sRrie de outros 4eios de
trabalho e u4 n3vel de desenvolvi4ento relativa4ente alto da Ior/a de
trabalho.
6ED
T0o logo o ,rocesso de trabalho estePa e4 algu4a 4edida desenvolvido
de todo2 necessita ele de 4eios de trabalho P trabalhados. *as cavernas
hu4anas 4ais antigas encontra4os instru4entos de ,edra e
ar4as de ,edra. !o lado de ,edra2 4adeira2 osso e conchas
trabalhados2 o ani4al do4esticado e2 ,ortanto2 P 4odiIicado ,or
trabalho2 dese4,e' nha no in3cio da histQria hu4ana o ,a,el
,rinci,al co4o 4eio de tra' balho.
6E7
uso e a cria/0o de 4eios de
trabalho2 e4bora e;ista4 e4 ger4e e4 certas es,Rcies de ani4ais2
caracteriGa4 o ,rocesso de tra' balho es,eciIica4ente hu4ano e
Fran\lin deIine2 ,or isso2 o ho4e4 co4o a toolmakin2 animal2 u4
ani4al Kue IaG Ierra4entas. ! 4es4a i4,ortUncia Kue a estrutura de
ossos IQsseis te4 ,ara o conheci4ento da organiGa/0o de es,Rcies de
ani4ais desa,arecidas2 os restos dos 4eios de trabalho tJ4 ,ara a
a,recia/0o de Ior4a/=es sQcioeconY4icas desa,arecidas. *0o R o Kue se
IaG2 4as co4o2 co4 Kue 4eios de trabalho se IaG2 R o Kue distingue as
R,ocas econY4icas.
6E5
s 4eios de trabalho n0o s0o sQ 4edidores do
grau de desenvolvi4ento da Ior/a de trabalho hu4ana2 4as ta4bR4
indicadores das condi/=es sociais nas Kuais se trabalha. )ntre os
4eios de trabalho 4es4os2 os 4eios 4ecUnicos de trabalho2 cuPo
conPunto ,ode'se cha4ar de siste4a Qsseo e 4uscular da ,rodu/0o2
oIerece4 4arcas caracter3sticas 4uito 4ais decisivas de u4a R,oca
social de ,rodu/0o do Kue aKueles 4eios de trabalho Kue a,enas
serve4 de reci,ientes do obPeto de trabalho e cuPo conPunto ,ode'se
designar2 generaliGando2 de siste4a vascular da ,rodu/0o2 co4o2
,or e;e4,lo2 tubos2 barris2 cestas2 cUntaros etc. )les sQ co4e/a4
a dese4,enhar ,a,el signiIicativo na Iabrica/0o Ku34ica.
6E1
6ED Ganilh2 e4 seu escrito2 de resto 4iservel2 Th#orie de lS=con! Polit!, Paris2 #E#52 conIronta
acertada4ente os Iisiocratas co4 a larga sRrie de ,rocessos de trabalho Kue constitue4
o ,ressu,osto da ,rQ,ria agricultura.

6/
MARX
6E7 )4 -#fle:ions sur la $ormation et la Distri.ution des -ichesses "#&11( Turgot desenvolve
be4 a i4,ortUncia do ani4al do4esticado ,ara os in3cios da cultura.
6E5 !s ,rQ,rias 4ercadorias de lu;o s0o2 de todas as 4ercadorias2 as 4enos signiIicativas ,ara
a co4,ara/0o tecnolQgica de diversas R,ocas de ,rodu/0o.
6E1 *ota F 6k edi/0o. Por ,ouco Kue a historiograIia atR agora conhe/a o desenvolvi4ento da
,rodu/0o 4aterial2 a base2 ,ortanto2 de toda vida social e ,or isso de toda verdadeira

60
OS ECONOMISTAS
!lR4 das coisas Kue 4edia4 a atua/0o do trabalho sobre seu
obPeto e2 ,or isso2 serve42 de u4 4odo ou de outro2 de condutor
da atividade2 o ,rocesso de trabalho conta2 e4 sentido lato2 entre
seus 4eios co4 todas as condi/=es obPetivas Kue s0o e;igidas ,ara
Kue o ,rocesso se realiGe. )stas n0o entra4 direta4ente nele2 4as
se4 elas ele n0o ,ode decorrer ao todo ou sQ deIiciente4ente. 4eio
universal de trabalho desse ti,o R a ,rQ,ria terra2 ,ois ela d ao
trabalhador o locus standi
6E&
e ao ,rocesso dele o ca4,o de a/0o "field
of emploDment(. Heios de trabalho desse ti,o2 P 4ediados ,elo
trabalho2 s0o ,or e;e4,lo ediI3cios de trabalho2 canais2 estradas etc.
*o ,rocesso de trabalho a atividade do ho4e4 eIetua2 ,ortanto2
4ediante o 4eio de trabalho2 u4a transIor4a/0o do obPeto de trabalho2
,retendida desde o ,rinc3,io. ,rocesso e;tingue'se no ,roduto.
Seu ,roduto R u4 valor de uso^ u4a 4atRria natural ada,tada Fs
neces' sidades hu4anas 4ediante transIor4a/0o da Ior4a.
trabalho se uniu co4 seu obPetivo. trabalho est obPetivado e o obPeto
trabalhado.
Kue do lado do trabalhador a,arecia na Ior4a de 4obilidade a,arece
agora co4o ,ro,riedade i4Qvel na Ior4a do ser2 do lado do
,roduto. )le Iiou e o ,roduto R u4 Iio.
Considerando'se o ,rocesso inteiro do ,onto de vista de seu
re' sultado2 do ,roduto2 a,arece4 a4bos2 4eio e obPeto de trabalho2
co4o 4eios de ,rodu/0o2
6EE
e o trabalho 4es4o co4o trabalho
,rodutivo.
6E$
Suando u4 valor de uso sai do ,rocesso de trabalho co4o ,roduto2
outros valores de uso2 ,rodutos de ,rocessos anteriores de trabalho2
entra4 nele co4o 4eios de ,rodu/0o. 4es4o valor de uso constitui
o ,roduto desse trabalho2 e o 4eio de ,rodu/0o daKuele. Produtos s0o2
,or isso2 n0o sQ resultados2 4as ao 4es4o te4,o condi/=es do ,rocesso
de trabalho.
);ceto as indMstrias e;trativas2 cuPo obPeto de trabalho R
,ree' ;istente ,or natureGa2 co4o 4inera/0o2 ca/a2 ,esca etc. "a
agricultura sQ no caso e4 Kue se desbrava4 terras virgens(2 todos
os ra4os in' dustriais ,rocessa4 u4 obPeto Kue R 4atRria',ri4a2 isto
R2 u4 obPeto de trabalho P Iiltrado ,elo trabalho2 ele 4es4o P ,roduto
de trabalho. !ssi42 ,or e;e4,lo2 a se4ente na agricultura. !ni4ais e
,lantas2 Kue se costu4a4 considerar ,rodutos da *atureGa2 n0o s0o
a,enas ,rodutos talveG do trabalho do ano ,assado2 4as2 e4 suas
Ior4as atuais2 ,ro' dutos de u4a transIor4a/0o continuada ,or
4uitas gera/=es2 sob con'
?istQria2 ,elo 4enos dividiu'se o te4,o ,rR'histQrico co4 base e4 ,esKuisas das ciJncias
naturais e n0o das cha4adas histQricas2 e4 idade da ,edra2 do bronGe e do Ierro2 segundo
o 4aterial das Ierra4entas e das ar4as.
6E& +ugar ,ara Iicar. "*. dos T.(
6EE Parece u4 ,arado;o2 ,or e;e4,lo2 considerar o ,ei;e Kue ainda n0o Ioi ,escado 4eio
de ,rodu/0o da ,esca. Has atR agora n0o se inventou a arte de ,escar e4 guas onde

MARX
61

n0o haPa ,ei;es.
6E$ )ssa deter4ina/0o de trabalho ,rodutivo2 tal co4o resulta do ,onto de vista do ,rocesso
si4,les de trabalho2 n0o basta2 de 4odo algu42 ,ara o ,rocesso de ,rodu/0o ca,italista.

62
OS ECONOMISTAS
trole hu4ano e 4ediada ,or trabalho hu4ano. Suanto aos 4eios de
trabalho2 ,articular4ente2 a grande 4aioria deles 4ostra atR ao olhar
4ais su,erIicial os vest3gios de trabalho anterior.
! 4atRria',ri4a ,ode constituir a substUncia ,rinci,al de u4
,roduto ou sQ entrar e4 sua Ior4a/0o co4o 4atRria au;iliar. ! 4atRria
au;iliar R consu4ida ,elo 4eio de trabalho2 co4o carv0o ,ela 4Kuina
a va,or2 Qleo ,ela roda2 Ieno ,elo cavalo de tiro2 ou R acrescentada
F 4atRria',ri4a ,ara 4odiIic'la 4aterial4ente2 co4o cloro ao
linho n0o branKueado2 carv0o ao Ierro2 tinta F l02 ou a,Qia a
e;ecu/0o do ,rQ,rio trabalho2 co4o2 ,or e;e4,lo2 as 4atRrias usadas
,ara ilu4inar
e aKuecer o local de trabalho. ! diIeren/a entre 4atRria ,rinci,al e
4atRria au;iliar se conIunde na Iabrica/0o ,ro,ria4ente Ku34ica2 ,or'
Kue nenhu4a das 4atRrias',ri4as a,licadas rea,arece co4o substUn'
cia do ,roduto.
6$%
Co4o cada coisa ,ossui 4uitas ,ro,riedades e2 ,or isso2 R ca,aG
de diversas a,lica/=es Mteis2 o 4es4o ,roduto ,ode constituir a
4a' tRria',ri4a de ,rocessos de trabalho 4uito diIerentes. Gr0o2 ,or
e;e4' ,lo2 R 4atRria',ri4a do 4oleiro2 do Iabricante de a4ido2 do
destilador2 do criador de gado etc. Torna'se 4atRria',ri4a de sua
,rQ,ria ,rodu/0o2 co4o se4ente. !ssi42 o carv0o ,rovR42 co4o
,roduto2 da indMstria de 4inera/0o2 e entra nela co4o 4eio de
,rodu/0o.
4es4o ,roduto ,ode no 4es4o ,rocesso de trabalho servir de
4eio de trabalho e de 4atRria',ri4a. *a engorda do gado2 ,or e;e4,lo2
o gado2 a 4atRria',ri4a trabalhada2 R ao 4es4o te4,o 4eio de ob'
ten/0o de estru4e.
C4 ,roduto Kue e;iste nu4a Ior4a ,ronta ,ara o consu4o2 ,ode
tornar'se2 de novo2 4atRria',ri4a de outro ,roduto2 co4o a uva torna'se
4atRria',ri4a do vinho. u o trabalho des,acha seu ,roduto e4 Ior4as
e4 Kue sQ ,ode ser usado2 de novo2 co4o 4atRria',ri4a. HatRria',ri4a
nessa condi/0o se cha4a ,roduto se4i'elaborado e seria 4ais be4
deno4inada ,roduto inter4edirio2 co4o2 ,or e;e4,lo2 algod0o2 linho2
Iio etc. )4bora 4es4o P sendo ,roduto2 a 4atRria',ri4a original ,ode
ter Kue ,ercorrer todo u4 escal0o de ,rocessos diIerentes2 nos
Kuais Iunciona se4,re de novo2 e4 Ior4a cada veG 4ais alterada2
co4o 4a' tRria',ri4a2 atR o Mlti4o ,rocesso de trabalho Kue a e;,ele
co4o 4eio acabado de subsistJncia ou 4eio acabado de trabalho.
VJ'se9 o Iato de u4 valor de uso a,arecer co4o 4atRria',ri4a2
4eio de trabalho ou ,roduto2 de,ende total4ente de sua Iun/0o de'
6$% Storch distingue entre a ,rQ,ria 4atRria',ri4a2 matiUre, e as 4atRrias au;iliares2 mate-
riau:!
P
CherbulieG deno4ina as 4atRrias au;iliares de matiUres instrumentales!
PP
P
STRC?2 ?enri. Cours dS=conomie PolitiCue, ou *:position des Principes Cui D#terminent
la Prosp#rit# des ?ations. v. #2 S0o Petersburgo2 #E#5. ,. 66E. "*. da )d. !le40.(

'3
MARX
PP
C?)RBC+I)e2 !. -ichesse ou Pauvret#! *:position des Causes et des *ffets de la Dis-
tri.ution Actuelle des -ichesses <ociales! Paris2 #E7#2 ,. #7. "*. da )d. !le40.(

'1
OS ECONOMISTAS
ter4inada no ,rocesso de trabalho2 da ,osi/0o Kue nele ocu,a2 e
co4
a 4udan/a dessa ,osi/0o varia4 essas deter4ina/=es.
!o entrar e4 novos ,rocessos de trabalho co4o 4eios de ,rodu'
/0o2 os ,rodutos ,erde42 ,or isso2 o carter de ,roduto. )les sQ
Iun' ciona4 agora co4o Iatores obPetivos do trabalho vivo. Iiandeiro
trata
o Iuso a,enas co4o o 4eio co4 o Kual Iia e o linho co4o obPeto
Kue Iia. Co4 eIeito n0o se ,ode Iicar se4 4aterial de Iiar e se4
Iuso. ! e;istJncia desses ,rodutos
6$#
R ,ortanto ,ressu,osta ao
co4e/ar a Iiar. Has nesse ,rocesso 4es4o i4,orta t0o ,ouco Kue o
linho e o Iuso sePa4 ,rodutos de trabalho ,assado2 co4o no ato da
ali4enta/0o in' teressa Kue o ,0o sePa ,roduto dos trabalhos
,assados do ca4,onJs2 do 4oleiro2 do ,adeiro etc. !o contrrio2 se os
4eios de ,rodu/0o IaGe4 valer2 no ,rocesso de trabalho2 seu carter
co4o ,rodutos de trabalho ,assado2 isso acontece so4ente ,or
inter4Rdio de seus deIeitos. C4a Iaca Kue n0o corta2 o Iio Kue se
,arte constante4ente etc.2 le4bra4 viva4ente o cuteleiro A e o
Iiandeiro *. *o ,roduto be4 elaborado2 e;tinguiu'se a aKuisi/0o de
suas ,ro,riedades Mteis ,or inter4Rdio do trabalho ,assado.
C4a 4Kuina Kue n0o serve no ,rocesso de trabalho R
inMtil. !lR4 disso2 sucu4be F Ior/a destruidora do 4etabolis4o
natural. Ierro enIerruPa2 a 4adeira a,odrece. Fio Kue n0o R
usado ,ara tecer ou IaGer 4alha R algod0o estragado. trabalho vivo
deve a,oderar'se dessas coisas2 des,ert'las dentre os 4ortos2
transIor4'las de valores de uso a,enas ,oss3veis e4 valores de uso
reais e eIetivos. +a4bidas ,elo Iogo do trabalho2 a,ro,riadas ,or ele
co4o seus cor,os2 ani4adas
a e;ercer as Iun/=es de sua conce,/0o e voca/0o2 R verdade Kue ser0o
ta4bR4 consu4idas2 ,orR4 de u4 4odo orientado a u4 Ii42 co4o
ele4entos constitutivos de novos valores de uso2 de novos ,rodutos2
a,tos a incor,orar'se ao consu4o individual co4o 4eios de subsistJncia
ou a u4 novo ,rocesso de trabalho co4o 4eios de ,rodu/0o.
Se2 ,ortanto2 ,rodutos e;istentes s0o n0o sQ resultados2 4as ta4'
bR4 condi/=es de e;istJncia do ,rocesso de trabalho2 ,or outro
lado R sua introdu/0o nele2 isto R2 seu contato co4 trabalho vivo2 o
Mnico 4eio de conservar e realiGar esses ,rodutos de trabalho ,assado
co4o valores de uso.
trabalho gasta seus ele4entos 4ateriais2 seu obPeto e seu
4eio2 os devora e R2 ,ortanto2 ,rocesso de consu4o. )sse consu4o
,rodutivo distingue'se do consu4o individual ,or consu4ir o Mlti4o
os ,rodutos co4o 4eios de subsistJncia do indiv3duo vivo2 o
,ri4eiro2 ,orR42 co4o 4eios de subsistJncia do trabalho2 da Ior/a de
trabalho ativa do indiv3duo.
,roduto de consu4o individual R2 ,or isso2 o ,rQ,rio consu4idor2

MARX
'4

o
resultado do consu4o ,rodutivo u4 ,roduto distinto do consu4idor.
6$# 7k ed.9 desse ,roduto. "*. da )d. !le40.(

'5
OS ECONOMISTAS
*a 4edida e4 Kue seu 4eio e obPeto 4es4os P sePa4 ,rodutos2
o trabalho conso4e ,rodutos ,ara criar ,rodutos ou gasta ,rodutos
co4o 4eios de ,rodu/0o de ,rodutos. Co4o o ,rocesso de trabalho
se ,assa original4ente sQ entre o ho4e4 e a terra2 Kue ,ree;istia
se4 sua colabora/0o2 continua4 a servir'lhe ainda tais 4eios de
,rodu/0o ,ree;istentes ,or natureGa e Kue n0o re,resenta4 nenhu4a
co4bina' /0o de 4atRria natural e trabalho hu4ano.
,rocesso de trabalho2 co4o o a,resenta4os e4 seus ele4entos
si4,les e abstratos2 R atividade orientada a u4 Ii4 ,ara ,roduGir
valores de uso2 a,ro,ria/0o do natural ,ara satisIaGer as necessidades
hu4anas2 condi/0o universal do 4etabolis4o entre o ho4e4 e a
*a' tureGa2 condi/0o natural eterna da vida hu4ana e2 ,ortanto2
inde,en' dente de KualKuer Ior4a dessa vida2 sendo antes
igual4ente co4u4
a todas as suas Ior4as sociais. Por isso2 n0o tive4os necessidade de
a,resentar o trabalhador e4 sua rela/0o co4 outros trabalhadores.
ho4e4 e seu trabalho2 de u4 lado2 a *atureGa e suas 4atRrias2
do outro2 bastava4. T0o ,ouco Kuanto o sabor do trigo revela
Kue4 o ,lantou2 ,ode4'se reconhecer nesse ,rocesso as condi/=es
e4 Kue ele decorre2 se sob o brutal a/oite do Ieitor de escravos ou
sob o olhar ansioso do ca,italista2 se Cincinnatus o realiGa ao cultivar
suas ,oucas Pu2era
6$6
ou o selvage4 ao abater u4a Iera co4 u4a
,edra.
6$D
Volte4os ao nosso ca,italista in spe!
6$7
:ei;a4o'lo logo de,ois
de ele ter co4,rado no 4ercado todos os Iatores necessrios a u4
,rocesso de trabalho2 os Iatores obPetivos ou 4eios de ,rodu/0o e o
Iator ,essoal ou a Ior/a de trabalho. Co4 o olhar sagaG de conhecedor2
ele escolheu os 4eios de ,rodu/0o e as Ior/as de trabalho
adeKuados ,ara seu negQcio ,articular2 Iia/0o2 Iabrica/0o de botas
etc. *osso ca' ,italista ,=e'se ent0o a consu4ir a 4ercadoria Kue
ele co4,rou2 a Ior/a de trabalho2 isto R2 ele IaG o ,ortador da Ior/a
de trabalho2 o trabalhador2 consu4ir os 4eios de ,rodu/0o
4ediante seu trabalho.
! natureGa geral do ,rocesso do trabalho n0o se altera2 natural4ente2
,or e;ecut'lo o trabalhador ,ara o ca,italista2 e4 veG de ,ara si
4es4o. Has ta4bR4 o 4odo es,ec3Iico de IaGer botas ou de Iiar
n0o ,ode alterar'se de in3cio ,ela intro4iss0o do ca,italista. )le
te4 de to4ar a Ior/a de trabalho2 de in3cio2 co4o a encontra no
4ercado e2 ,ortanto2 ta4bR4 seu trabalho da 4aneira co4o se
originou e4 u4
6$6 Jeiras. "*. dos T.(
6$D Por essa raG0o alta4ente lQgica2 o Coronel Torrens deve ter descoberto na ,edra do selvage4
L a orige4 do ca,ital. V*a ,ri4eira ,edra Kue o selvage4 atira na besta Kue
,ersegue2 no ,ri4eiro ,au Kue a,anha ,ara derrubar a Iruta Kue n0o ,ode alcan/ar
co4 as 40os2 ve4os a a,ro,ria/0o de u4 artigo ,ara o Ii4 de adKuirir outro e

'6
MARX
descobri4os assi4 L a
orige4 do ca,ital.W "TRR)*S2 R. An *ssaD on the Production of @ealth etc. ,. &%'
&#.( :aKuele ,ri4eiro ,au
P
e:plica-se provavelmente por Cue, em in2l+s, stock R
sinYni4o de ca,ital.
P
Stoc\2 e4 ale40o "*. dos T.(
6$7 )4 as,ira/0o. "*. dos T.(

''
OS ECONOMISTAS
,er3odo e4 Kue ainda n0o havia ca,italistas. ! transIor4a/0o do ,rQ'
,rio 4odo de ,rodu/0o 4ediante a subordina/0o do trabalho ao ca,ital
sQ ,ode ocorrer 4ais tarde e deve ,or isso ser considerada
so4ente 4ais adiante.
,rocesso de trabalho2 e4 seu decurso enKuanto ,rocesso de
consu4o da Ior/a de trabalho ,elo ca,italista2 4ostra dois IenY4enos
,eculiares.
trabalhador trabalha sob o controle do ca,italista a Kue4 ,er'
tence seu trabalho. ca,italista cuida de Kue o trabalho se
realiGe e4 orde4 e os 4eios de ,rodu/0o sePa4 e4,regados
conIor4e seus Iins2 ,ortanto2 Kue n0o sePa des,erdi/ada 4atRria'
,ri4a e Kue o ins' tru4ento de trabalho sePa ,reservado2 isto R2 sQ
sePa destru3do na 4e' dida e4 Kue seu uso no trabalho o e;iPa.
Segundo2 ,orR49 o ,roduto R ,ro,riedade do ca,italista2 e n0o
do ,rodutor direto2 do trabalhador. ca,italista ,aga2 ,or e;e4,lo2 o
valor de u4 dia da Ior/a de trabalho. ! sua utiliGa/0o2 co4o a de
KualKuer outra 4ercadoria2 ,or e;e4,lo2 a de u4 cavalo Kue
alugou ,or u4 dia2 ,ertence'lhe2 ,ortanto2 durante o dia. !o
co4,rador da 4ercadoria ,ertence a utiliGa/0o da 4ercadoria2 e o
,ossuidor da Ior/a de trabalho d2 de Iato2 a,enas o valor de uso
Kue vendeu ao dar seu trabalho. ! ,artir do 4o4ento e4 Kue ele
entrou na oIicina do ca,i' talista2 o valor de uso de sua Ior/a de
trabalho2 ,ortanto2 sua utiliGa/0o2
o trabalho2 ,ertence ao ca,italista. ca,italista2 4ediante a
co4,ra da Ior/a de trabalho2 incor,orou o ,rQ,rio trabalho2 co4o
Ier4ento vivo2 aos ele4entos 4ortos constitutivos do ,roduto2 Kue lhe
,ertence4 igual4ente. :o seu ,onto de vista2 o ,rocesso de
trabalho R a,enas o consu4o da 4ercadoria2 Ior/a de trabalho ,or
ele co4,rada2 Kue sQ ,ode2 no entanto2 consu4ir ao acrescentar'lhe
4eios de ,rodu/0o. ,rocesso de trabalho R u4 ,rocesso entre coisas
Kue o ca,italista co4' ,rou2 entre coisas Kue lhe ,ertence4.
,roduto desse ,rocesso lhe ,ertence de 4odo inteira4ente igual ao
,roduto do ,rocesso de Ier' 4enta/0o e4 sua adega.
6$5
6$5 is ,rodutos s0o a,ro,riados antes de se transIor4are4 e4 ca,ital2 essa transIor4a/0o
n0o os livra daKuela a,ro,ria/0oi. "C?)RBC+I)e. -ichesse ou Pauvret#! [dit. Paris2 #E7#.
,. 57.( V!o vender seu trabalho ,or deter4inado Cuantum de 4eios de subsistJncia
"ap- provisionnement(2 renuncia o ,roletrio inteira4ente a toda ,artici,a/0o no
,roduto. ! a,ro,ria/0o dos ,rodutos Iica a 4es4a Kue antes^ ela n0o se altera2 de
4odo algu42 ,elo convJnio 4encionado. ,roduto ,ertence e;clusiva4ente ao
ca,italista2 Kue Iorneceu as 4atRrias',ri4as e o approvisionnement! )ssa R u4a
conseKOJncia rigorosa da lei da a,ro' ,ria/0o2 cuPo ,rinc3,io Iunda4ental era
inversa4ente o direito e;clusivo de ,ro,riedade de cada trabalhador do seu ,roduto.W
"p! cit!, ,. 5E.( HI++2 Ja4es. *lements of Pol! *con! etc. ,. &%'&#9 VSe os
trabalhadores trabalha4 ,or u4 salrio2 R o ca,italista ,ro,rietrio n0o sQ do ca,italW
"o Kue signiIica2 aKui2 dos 4eios de ,rodu/0o( V4as ta4bR4 do trabalho "of the la.our
also(. Incluindo'se2 co4o R costu4e2 no conceito de ca,ital o Kue se ,aga co4o salrio2
R absurdo Ialar do trabalho se,arada4ente do ca,ital. ! ,alavra ca,ital2 nesse sentido2

MARX
'/

co4,reende a4bos2 ca,ital e trabalhoW.

'0
OS ECONOMISTAS
4( O !rocesso :e A%oriT;<o
,roduto L a ,ro,riedade do ca,italista L R u4 valor de uso2
Iio2 botas etc. Has2 e4bora as botas2 ,or e;e4,lo2 constitua4 de certo
4odo a base do ,rogresso social e nosso ca,italista sePa u4
decidido ,rogressista2 n0o Iabrica as botas ,or causa delas 4es4as.
valor de uso n0o R2 de 4odo algu42 a coisa CuSon aime pour lui-
m+me.
6$1
Pro' duGe4'se aKui valores de uso so4ente ,orKue e na
4edida e4 Kue sePa4 substrato 4aterial2 ,ortadores do valor de
troca. ) ,ara nosso ca,italista2 trata'se de duas coisas. Pri4eiro2
ele Kuer ,roduGir u4 valor de uso Kue tenha u4 valor de troca2 u4
artigo destinado F venda2 u4a 4ercadoria9 Segundo2 ele Kuer ,roduGir
u4a 4ercadoria cuPo valor sePa 4ais alto Kue a so4a dos valores
das 4ercadorias e;igidas ,ara ,roduGi'la2 os 4eios de ,rodu/0o e a
Ior/a de trabalho2 ,ara as Kuais adiantou seu bo4 dinheiro no
4ercado. Suer ,roduGir n0o sQ u4 valor de uso2 4as u4a 4ercadoria2
n0o sQ valor de uso2 4as valor e n0o sQ valor2 4as ta4bR4 4ais'
valia.
:e Iato2 tratando'se aKui de ,rodu/0o de 4ercadorias2 conside'
ra4os2 atR agora2 evidente4ente a,enas u4 lado do ,rocesso. Co4o
a ,rQ,ria 4ercadoria R unidade de valor de uso e valor2 seu
,rocesso de ,rodu/0o te4 de ser unidade de ,rocesso de trabalho e
,rocesso de Ior4a/0o de valor.
Considere4os o ,rocesso de ,rodu/0o agora ta4bR4 co4o ,ro'
cesso de Ior4a/0o de valor.
Sabe4os Kue o valor de toda 4ercadoria R deter4inado ,elo
Cuan- tum de trabalho 4aterialiGado e4 seu valor de uso2 ,elo
te4,o de trabalho social4ente necessrio F sua ,rodu/0o. Isso vale
ta4bR4 ,ara
o ,roduto Kue nosso ca,italista obteve co4o resultado do ,rocesso
de trabalho. :e in3cio2 te4'se ,ortanto de calcular o trabalho
4aterialiGado nesse ,roduto.
SePa2 ,or e;e4,lo2 Iio.
Para a Iabrica/0o do Iio ,recisa'se2 e4 ,ri4eiro lugar2 de sua
4atRria',ri4a2 ,or e;e4,lo2 #% libras de algod0o. *0o R necessrio
investigar o valor do algod0o ,ois o ca,italista o co4,rou no 4ercado
,elo seu valor2 ,or e;e4,lo2 #% ;elins. *o ,re/o do algod0o P est
re,resentado o trabalho e;igido ,ara sua ,rodu/0o2 co4o trabalho geral
social. Su,onha4os ainda Kue a 4assa de Iusos desgastada no
,ro' cessa4ento do algod0o2 Kue re,resenta2 ,ara nQs2 todos os outros
4eios de trabalho e4,regados2 tenha u4 valor de 6 ;elins. Se
u4a 4assa de ouro de #6 ;elins R o ,roduto de 67 horas ou 6
dias de trabalho2 segue'se2 de in3cio2 Kue no Iio est0o obPetivados 6
dias de trabalho.
*0o nos deve desconcertar a circunstUncia de Kue o algod0o 4u'

'1
MARX
6$1 Sue se a4a ,or si 4es4a. "*. dos T.(

'2
OS ECONOMISTAS
dou sua Ior4a e a 4assa de Iusos consu4ida desa,areceu total4ente.
Segundo a lei geral do valor2 #% libras de Iio2 ,or e;e4,lo2 s0o u4
eKuivalente de #% libras de algod0o 4ais #`7 de Iuso2 desde Kue o valor
de 7% libras de Iio sePa c o valor de 7% libras de algod0o a o
valor de u4 Iuso inteiro2 isto R2 Kue o 4es4o te4,o de trabalho
sePa e;igido ,ara ,roduGir o Kue est e4 cada u4 dos lados dessa
eKua/0o. *esse caso2 o 4es4o te4,o de trabalho re,resenta'se u4a
veG no valor de uso Iio2 e a outra veG nos valores de uso algod0o e
Iuso. !o valor R indiIerente se a,arece e4 Iio2 Iuso ou algod0o.
Iato de Kue Iuso e algod0o2 e4 veG de Iicare4 ,arados2 u4 ao lado
do outro2 se une4 no ,rocesso de Iia/0o2 Kue 4odiIica suas Ior4as de
uso transIor4ando'se e4 Iio2 aIeta t0o ,ouco o seu valor Kuanto se
Iosse4 realiGados2 4e' diante si4,les intercU4bio2 contra u4
eKuivalente de Iio.
te4,o de trabalho e;igido ,ara a ,rodu/0o do algod0o R ,arte
do te4,o de trabalho e;igido ,ara a ,rodu/0o do Iio2 ao Kual serve de
4atRria',ri4a2 e ,or isso est contido no Iio. 4es4o vale ,ara
o te4,o de trabalho e;igido ,ara ,roduGir a 4assa de Iusos2 se4
cuPa de,recia/0o ou consu4o o algod0o n0o ,oderia ser Iiado.
6$&
*a 4edida e4 Kue2 ,ortanto2 o valor do Iio2 o te4,o de trabalho
e;igido ,ara sua ,rodu/0o2 R considerado2 os diIerentes ,rocessos ,ar'
ticulares de trabalho se,arados no te4,o e no es,a/o2 Kue te4
Kue ser ,ercorridos ,ara ,roduGir o ,rQ,rio algod0o e a 4assa de
Iusos desgastada e ,ara IaGer2 Iinal4ente2 de algod0o e Iuso Iio2
,ode4 ser considerados co4o diversas Iases sucessivas do 4es4o
,rocesso de trabalho. Todo o trabalho contido no Iio R trabalho
,assado. Sue o te4,o de trabalho e;igido ,ara a ,rodu/0o dos
ele4entos constitutivos do Iio tenha ,assado antes2 estando no
4ais'Kue',erIeito2 enKuanto o trabalho e4,regado direta4ente no
,rocesso Iinal2 a Iia/0o2 encontra'se 4ais ,erto do ,resente2 no
,retRrito ,erIeito2 R u4a circunstUncia ab' soluta4ente indiIerente.
Se deter4inada Kuantidade de trabalho2 D% dias de trabalho ,or
e;e4,lo2 R necessria ,ara construir u4a casa2 n0o se altera nada
no Cuantum total do te4,o de trabalho incor,orado
F casa ,elo Iato de Kue o trigRsi4o dia de trabalho entrou na ,rodu/0o
6$ dias de,ois do ,ri4eiro dia de trabalho. ) assi4 ,ode considerar'se
o te4,o de trabalho contido no 4aterial de trabalho e nos 4eios
de trabalho co4o se tivesse sido des,endido nu4a Iase anterior do
,rocesso de Iia/0o2 antes do trabalho Iinal4ente acrescentado2 sob a
Ior4a de Iia/0o.
s valores dos 4eios de ,rodu/0o2 do algod0o e do Iuso2 e;,ressos
no ,re/o de #6 ;elins2 Ior4a42 ,ortanto2 ,artes integrantes do valor
do Iio ou do valor do ,roduto.
SQ duas condi/=es tJ4 de ser ,reenchidas. Pri4eiro2 algod0o e

MARX
/3

6$& i*o valor das 4ercadorias n0o inIlui a,enas o trabalho nelas direta4ente a,licado2 4as
ta4bR4 o trabalho a,licado nos instru4entos2 Ierra4entas e ediI3cios Kue a,Qia4 o trabalho
direta4ente des,endido.i "RIC!R:. p! cit!, ,. #1.(

/1
OS ECONOMISTAS
Iuso deve4 ter servido real4ente F ,rodu/0o de u4 valor de uso.
:eve4 ter'se tornado e4 nosso caso Iio. Sue valor de uso o ,orta
R indiIerente ao valor2 4as u4 valor de uso te4 de ,ort'lo.
Segundo2 ,ressu,=e'se Kue so4ente o te4,o de trabalho necessrio2
sob dadas condi/=es sociais de ,rodu/0o2 Ioi a,licado. Se2 ,ortanto2
a,enas # libra de algod0o Iosse necessria ,ara Iiar # libra de Iio2
ent0o deve'se con' su4ir a,enas # libra de algod0o na Iabrica/0o de
# libra de Iio. 4es4o vale ,ara o Iuso. !inda Kue o ca,italista
tivesse a Iantasia de e4,regar Iusos de ouro e4 veG de Iusos de
Ierro2 no valor do Iio sQ conta2 todavia2 o trabalho social4ente
necessrio2 isto R2 o te4,o de trabalho necessrio ,ara a ,rodu/0o
de Iusos de Ierro.
Sabe4os agora Kual ,arte do valor do Iio Ior4a os 4eios de
,rodu/0o2 algod0o e Iuso. [ igual a #6 ;elins2 ou F 4aterialiGa/0o
de
6 dias de trabalho. Trata'se agora daKuela ,arte de valor Kue o trabalho
do ,rQ,rio Iiandeiro acrescenta ao algod0o.
!gora te4os de observar esse trabalho sob u4 as,ecto total4ente
diverso daKuele sob o Kual o considera4os durante o ,rocesso de
tra' balho. +2 tratava'se da atividade orientada ao Ii4 de
transIor4ar algod0o e4 Iio. Suanto 4ais adeKuado o trabalho a esse2
tanto 4elhor
o Iio2 su,ondo'se inalteradas todas as de4ais circunstUncias. trabalho
do Iiandeiro era es,eciIica4ente diIerente de outros trabalhos
,rodu' tivos2 e a diversidade 4aniIestava'se subPetiva e obPetiva4ente
no Ii4 ,articular da Iia/0o2 e4 seu 4odo ,articular de o,erar2 na
natureGa ,articular de seus 4eios de ,rodu/0o2 no valor de uso
,articular de seu ,roduto. !lgod0o e Iuso serve4 de 4eios de
subsistJncia do trabalho de Iiar2 4as n0o se ,ode co4 eles IaGer
canh=es raiados. *a 4edida e4 Kue o trabalho do Iiandeiro R2 ,elo
contrrio2 Ior4ador de valor2 isto R2 Ionte de valor2 n0o se distingue
e4 nada do trabalho do ,erIu' rador de canh=es2 ou2 Kue est aKui
4ais ,rQ;i4o2 dos trabalhos do ,lantador de algod0o e do ,rodutor
de Iusos2 realiGados nos 4eios de ,rodu/0o do Iio. [ a,enas ,or
causa dessa identidade Kue ,lantar algod0o2 IaGer Iusos e Iiar
,ode4 Ior4ar ,artes a,enas Kuantitativa' 4ente diIerentes do
4es4o valor total2 do valor do Iio. !Kui P n0o se trata da Kualidade2
da natureGa e do conteMdo do trabalho2 4as a,enas de sua
Kuantidade. [ Icil calcul'la. Pressu,o4os Kue o trabalho de Iiar
R trabalho si4,les2 trabalho social 4Rdio. Ver'se' de,ois Kue o
,ressu,osto contrrio n0o altera nada na coisa.
:urante o ,rocesso de trabalho2 o trabalho se trans,=e
continua'
4ente da Ior4a de agita/0o ,ara a de ser2 da Ior4a de 4ovi4ento ,ara
a de obPetividade. !o Ii4 de # hora2 o 4ovi4ento de Iiar est
re,resentado e4 deter4inado Cuantum de Iio2 ,ortanto deter4inado

/4
MARX
Cuantum de tra' balho2 # hora de trabalho2 est obPetivado no
algod0o. :iGe4os hora de trabalho2 isto R2 o dis,Jndio da Ior/a
vital do Iiandeiro durante # hora2 ,ois o trabalho de Iiar a,enas
vale aKui enKuanto dis,Jndio de Ior/a de trabalho e n0o enKuanto
trabalho es,ec3Iico de Iia/0o.

/5
OS ECONOMISTAS
!gora R de i4,ortUncia decisiva Kue durante o ,rocesso2 isto
R2
durante a transIor4a/0o do algod0o e4 Iio2 so4ente o te4,o de
tra' balho social4ente necessrio sePa consu4ido. Se sob condi/=es
sociais de ,rodu/0o nor4ais2 isto R2 4Rdias2 A libras de algod0o
tJ4 de ser transIor4adas2 durante # hora de trabalho2 e4 ' libras
de Iio2 ent0o so4ente vale co4o Pornada de trabalho de #6 horas
aKuela Pornada de trabalho Kue transIor4a #6 ; A libras de algod0o
e4 #6 ; ' libras de Iio. Pois a,enas o te4,o de trabalho social4ente
necessrio conta co4o Ior4ando valor.
Co4o o ,rQ,rio trabalho2 assi4 a 4atRria',ri4a e o ,roduto
a,arece4 aKui sob u4a luG total4ente diIerente da ,roPetada ,elo
,onto de vista do ,rocesso de trabalho ,ro,ria4ente dito. !
4atRria' ,ri4a Iuncionou aKui a,enas co4o algo Kue absorve
deter4inado Cuan- tum de trabalho. Por 4eio dessa absor/0o
transIor4a'se2 de Iato2 e4 Iio2 ,orKue a Ior/a de trabalho Ioi
des,endida e lhe Ioi acrescentada sob a Ior4a de Iia/0o. Has o
,roduto2 o Iio2 R agora a,enas u4a escala graduada Kue 4ede o
trabalho absorvido ,elo algod0o. Se e4 # hora
# 6`D libra de algod0o R Iiada ou transIor4ada e4 # 6`D libra de
Iio2
ent0o #% libras de Iio indica4 1 horas de trabalho absorvidas.
Suan' tidades de ,roduto deter4inadas2 veriIicadas ,ela
e;,eriJncia2 re,re' senta4 agora nada 4ais Kue deter4inadas
Kuantidades de trabalho2 deter4inada 4assa de te4,o de trabalho
solidiIicado. S0o a,enas a 4aterialiGa/0o de # hora2 de 6 horas2 de
# dia de trabalho social.
Sue o trabalho sePa ,recisa4ente trabalho de Iiar2 seu 4aterial
o
algod0o e seu ,roduto o Iio interessa aKui t0o ,ouco Kuanto o
obPeto do trabalho2 ,or sua veG2 ser P ,roduto2 ,ortanto2 4atRria'
,ri4a. Se o tra' balhador2 e4 veG de Iiar2 estivesse ocu,ado nu4a 4ina
de carv0o2 o obPeto de trabalho2 o carv0o2 seria ,ree;istente ,or
natureGa. !,esar disso2 de' ter4inado Cuantum de carv0o arrancado da
rocha2 # Kuintal ,or e;e4,lo2 re,resentaria deter4inado Cuantum de
trabalho absorvido.
!o tratar da venda da Ior/a de trabalho2 Ioi su,osto Kue seu
valor dirio c D ;elins e Kue nestes Mlti4os est0o incor,oradas 1 horas
de trabalho2 sendo2 ,ortanto2 e;igido esse Cuantum de trabalho
,ara ,roduGir a so4a 4Rdia dos 4eios dirios de subsistJncia do
trabalha' dor. Se nosso Iiandeiro2 durante # hora de trabalho2
transIor4a # 6`D libra de algod0o e4 # 6`D libra de Iio2
6$E
ent0o
transIor4ar2 e4 1 horas2 #% libras de algod0o e4 #% libras de Iio.
:urante o ,rocesso da Iia/0o o algod0o absorve2 ,ortanto2 1 horas de
trabalho. 4es4o te4,o de trabalho re,resenta'se nu4 Cuantum de

MARX
/6

ouro de D ;elins. Hediante
a ,rQ,ria Iia/0o acrescenta'se2 ,ois2 ao algod0o u4 valor de D
;elins.
VePa4os agora o valor total do ,roduto2 das #% libras de Iio.
*elas se obPetiva4 6 #`6 dias de trabalho2 sendo 6 dias contidos no
6$E )sses nM4eros s0o total4ente arbitrrios.

/'
OS ECONOMISTAS
algod0o e na 4assa de Iusos2 e #`6 dia absorvido durante o ,rocesso
da Iia/0o. 4es4o te4,o de trabalho re,resenta'se nu4a 4assa
de ouro de #5 ;elins. ,re/o adeKuado ao valor das #% libras de
Iio R2 ,ortanto2 #5 ;elins2 o ,re/o de # libra de Iio2 # ;eli4 e 1
,ence.
*osso ca,italista Iica ,er,le;o. valor do ,roduto R igual ao
valor do ca,ital adiantado. valor adiantado n0o se valoriGou2
n0o ,roduGiu 4ais'valia2 o dinheiro n0o se transIor4ou ,ois e4
ca,ital.
,re/o das #% libras de Iio R #5 ;elins2 e #5 ;elins Iora4 des,endidos
no 4ercado ,elos ele4entos constitutivos do ,roduto ou2 o Kue R o
4es4o2 ,ara os Iatores do ,rocesso de trabalho9 #% ;elins ,ara o
al' god0o2 6 ;elins ,ara a 4assa de Iusos consu4ida e D ;elins
,ara a Ior/a de trabalho. valor inchado do Iio e4 nada aPuda2 ,ois
seu valor
R a,enas a so4a dos valores Kue antes se distribu3ra4 entre algod0o2
Iuso e Ior/a de trabalho2 e de tal adi/0o si4,les de valores ,ree;istentes
n0o ,ode agora e Pa4ais surgir u4a 4ais'valia.
6$$
)sses valores est0o
concentrados agora nu4a sQ coisa2 4as P o estava4 na so4a de
di' nheiro de #5 ;elins antes Kue esta se Irag4entasse ,or 4eio de
trJs co4,ras de 4ercadorias.
)4 si ,ara si2 esse resultado n0o te4 nada de estranho. valor
de # libra de Iio R # ;eli4 e 1 ,ence2 e ,or #% libras de Iio nosso
ca,italista teria de ,agar no 4ercado2 ,ortanto2 #5 ;elins. Tanto
IaG Kue co4,re no 4ercado sua casa ,articular P ,ronta2 ou Kue a
4ande construir2 nenhu4a dessas o,era/=es au4entar o dinheiro
gasto na aKuisi/0o da casa.
ca,italista2 Ia4iliariGado co4 a econo4ia vulgar2 dir
talveG Kue adiantou seu dinheiro co4 a inten/0o de2 co4 isso2
IaGer 4ais dinheiro. Has o ca4inho ao inIerno est cal/ado de
boas inten/=es e ele ,oderia2 do 4es4o 4odo2 ter a inten/0o de
IaGer dinheiro se4 ,roduGir nada.
D%%
!4ea/a. *0o o a,anhar0o de
novo. Futura4ente2 co4,rar a 4ercadoria ,ronta no 4ercado e4
veG de Iabric'la. Has se todos os seus ir40os ca,italistas IiGere4 o
4es4o2 onde dever ele encontrar 4ercadorias ,rontasZ ) dinheiro
ele n0o ,ode co4er. )le IaG u4 ser40o. :eve'se levar e4
considera/0o sua abstinJncia. Poderia esbanPar seus #5 ;elins. )4
lugar disso2 os consu4iu ,rodutiva4ente
6$$ )ssa R a ,ro,osi/0o Iunda4ental e4 Kue se baseia a doutrina Iisiocrtica da i4,rodutividade
de todo trabalho n0o agr3cola2 e ela R irreIutvel ,ara o econo4ista L de ,roIiss0o.
V)ssa 4aneira de i4,utar a u4 Mnico obPeto os valores de vrios outrosW ",or e;e4,lo2
ao linho
a subsistJncia do tecel0o(2 Vde acu4ular2 ,or assi4 diGer2 diversos valores e4 ca4adas
sobre u4 Mnico2 IaG co4 Kue este cres/a na 4es4a ,ro,or/0o. "...( ! ,alavra adi/0o designa
4uito be4 o 4odo co4o se Ior4a o ,re/o das 4anuIaturas^ este ,re/o R a,enas a

//
MARX
so4a total de vrios valores consu4idos e adicionados^ 4as adicionar n0o R
4ulti,licar.W "RI' VIuR)2 Hercier de la. p! cit!, ,. 5$$.(
D%% !ssi42 ,or e;e4,lo2 ele retirou de #E77 a #E7& ,arte de seu ca,ital do negQcio
,rodutivo ,ara ,erdJ'la na es,ecula/0o co4 a/=es Ierrovirias. !ssi42 ao te4,o da Guerra
de Secess0o a4ericana2 Iechou a Ibrica e lan/ou o o,errio na rua2 ,ara Pogar na
Bolsa de algod0o
de +iver,ool.

/0
OS ECONOMISTAS
e os transIor4ou e4 Iio. Has2 gra/as a isso2 ele te4 Iio e4 veG de
re4orsos. )le n0o deve2 de 4odo algu42 recair no ,a,el do entesourador
Kue P nos 4ostrou o Kue se obtR4 do ascetis4o. !lR4 disso2 onde
nada e;iste2 o i4,erador ,erdeu seu direito. SualKuer Kue sePa o 4Rrito
de sua renMncia2 n0o e;iste nada ,ara ,ag'lo adicional4ente2
u4a veG Kue o valor do ,roduto Kue resulta do ,rocesso R a,enas
igual F so4a dos valores das 4ercadorias lan/adas nele. Te4 de
consolar'se co4 a idRia de a virtude ser a reco4,ensa da virtude.
Has2 e4 veG disso2 ele se torna i4,ortuno. Iio n0o lhe serve de nada.
)le o ,roduGiu ,ara a venda. !ssi4 Kue ele o venda ou2 4elhor
ainda2 Kue ,roduGa no Iuturo a,enas coisas ,ara seu ,rQ,rio uso2
receita Kue seu 4Rdico da Ia43lia2 HacCulloch2 P ,rescrevera co4o
re4Rdio co4,rovado con' tra a e,ide4ia da su,er,rodu/0o. )le se
torna tei4oso. :everia o tra' balhador2 co4 seus ,rQ,rios 4e4bros2
criar no Rter Iigura/=es de tra' balho2 ,roduGir 4ercadoriasZ *0o lhe
deu ele a 4atRria2 co4 a Kual
e na Kual ,ode dar cor,o a seu trabalhoZ Sendo a 4aior ,arte da
sociedade constitu3da dos Kue nada tJ4 n0o ,restou ele u4 servi/o
inesti4vel F sociedade co4 seus 4eios de ,rodu/0o2 seu algod0o e
seus Iusos2 e ta4bR4 ao ,rQ,rio trabalhador2 ao Kual Iorneceu
ainda 4eios de subsistJnciaZ *0o deve ele a,resentar a conta ,or tal
servi/oZ Has n0o ,restou'lhe o trabalhador e4 contra,artida o servi/o
de trans' Ior4ar algod0o e Iuso e4 IioZ !lR4 disso2 n0o se trata
aKui de servi' /os.
D%#
C4 servi/o R nada 4ais Kue o eIeito Mtil de
u4 valor de uso2 sePa da 4ercadoria2 sePa do trabalho.
D%6
Has aKui
trata'se do valor de troca. ca,italista ,agou ao trabalhador o
valor de D ;elins. tra' balhador devolveu'lhe u4 eKuivalente e;ato2
no valor de D ;elins2 acres' cido ao algod0o. Valor contra valor. *osso
a4igo2 atR h ,ouco ca,i' talistica4ente arrogante2 assu4e
subita4ente a atitude 4odesta de seu ,rQ,rio trabalhador. *0o
trabalhou ele 4es4oZ *0o e;ecutou o trabalho de vigilUncia e
su,erintendJncia sobre o IiandeiroZ *0o cria valor ta4bR4 esse
seu trabalhoZ Has seu ,rQ,rio overlooker
D%D
e seu gerente encolhe4
os o4bros. )ntre4entes2 P recobrou co4 u4 sorriso
D%# i:ei;a Kue se e;alte42 se adorne4 e se enIeite4. "...( Has Kue to4a 4ais ou algo 4elhori
"do Kue d( V,ratica usura e n0o ,resta servi/o2 4as causa ,rePu3Go a seu ,rQ;i4o2
co4o se Iurtasse ou roubasse. *e4 tudo Kue se cha4a de servi/o e beneI3cio ao ,rQ;i4o R
servi/o
e beneI3cio. Pois u4 adMltero e u4a adMltera se ,resta4 4utua4ente grande servi/o e
,raGer. C4 cavaleiro ,resta grande servi/o ao incendirio e assassino2 aPudando'o a roubar
nas estradas2 a IaGer guerra a terras e gentes. s ,a,istas ,resta4 aos nossos grande
servi/o2 ao n0o aIogare42 Kuei4are42 assassinare4 ou IaGere4 a,odrecer a todos nas
,ris=es2 4as dei;a4 alguns vivere42 desterrando'os ou des,oPando'os de seus haveres.
,rQ,rio diabo ,resta a seus servidores grande e inesti4vel servi/o "...( )4 resu4o2
o 4undo est cheio de grandes e e;celentes servi/os e beneI3cios dirios.W "+CT?)R2
Hartin. An die Pfarrherrn, Aider den @ucher &u Predi2en etc. <ittenberg2 #57%.(
D%6 )4 Tur Kritik der Pol! ek!, ,. #72 observo sobre isso2 entre outras coisas9 VCo4,reende'se
Kual rservi/on a categoria rservi/on "service( deve ,restar a u4a es,Rcie de econo4istas co4o

MARX
/1

J.'B. Sa- e F. BastiatW.
P
P
Ver v. #D da "*@! ,. 67. "*. da )d. !le40.(
D%D Fiscal. "*. dos T.(

/2
OS ECONOMISTAS
alegre sua Iisiono4ia anterior. )le tro/ou de nQs co4 toda essa ladai'
nha. *0o daria u4 centavo ,or ela. )le dei;a esses e se4elhantes
subterIMgios e ,etas vaGias aos ,roIessores da )cono4ia Pol3tica2
e;' ,ressa4ente ,agos ,ara isso. )le 4es4o R u4 ho4e4 ,rtico
Kue ne4 se4,re ,ensa no Kue diG Iora do negQcio2 4as se4,re sabe o
Kue IaG dentro dele.
);a4ine4os a coisa 4ais de ,erto. valor de u4 dia da
Ior/a
de trabalho i4,ortava e4 D ;elins2 ,orKue nela 4es4a est obPetivada
4eia Pornada de trabalho2 isto R2 ,orKue os 4eios de subsistJncia
ne' cessrios ,ara ,roduGir diaria4ente a Ior/a de trabalho custa4
4eia Pornada de trabalho. Has o trabalho ,assado Kue a Ior/a de
trabalho contR42 e o trabalho vivo Kue ela ,ode ,restar2 seus custos
dirios de 4anuten/0o e seu dis,Jndio dirio2 s0o duas grandeGas
inteira4ente diIerentes. ! ,ri4eira deter4ina seu valor de troca2 a
outra Ior4a seu valor de uso. Iato de Kue 4eia Pornada sePa
necessria ,ara 4antJ'lo vivo durante 67 horas n0o i4,ede o
trabalhador2 de 4odo algu42 de trabalhar u4a Pornada inteira.
valor da Ior/a de trabalho
e sua valoriGa/0o no ,rocesso de trabalho s0o2 ,ortanto2 duas grandeGas
distintas. )ssa diIeren/a de valor o ca,italista tinha e4 vista Kuando
co4,rou a Ior/a de trabalho. Sua ,ro,riedade Mtil2 de ,oder IaGer
Iio ou botas2 era a,enas u4a conditio sine Cua non2
D%7
,ois o
trabalho ,ara criar valor te4 de ser des,endido e4 Ior4a Mtil.
Has o decisivo Ioi o valor de uso es,ec3Iico dessa 4ercadoria ser
Ionte de valor2 e de 4ais valor do Kue ela 4es4a te4. )sse R o
servi/o es,ec3Iico Kue o ca,italista dela es,era. ) ele ,rocede2 no
caso2 segundo as leis eternas do intercU4bio de 4ercadorias. *a
verdade2 o vendedor da Ior/a de trabalho2 co4o o vendedor de
KualKuer outra 4ercadoria2 realiGa seu valor de troca e aliena seu
valor de uso. )le n0o ,ode obter u42 se4 desIaGer'se do outro.
valor de uso da Ior/a de trabalho2 o ,rQ,rio trabalho2 ,ertence t0o
,ouco ao seu vendedor2 Kuanto o valor de uso do Qleo vendido2 ao
co4erciante Kue o vendeu. ,ossuidor de dinheiro ,agou o valor de
u4 dia da Ior/a de trabalho^ ,ertence'lhe2 ,ortanto2
a utiliGa/0o dela durante o dia2 o trabalho de u4a Pornada. ! circuns'
tUncia de Kue a 4anuten/0o diria da Ior/a de trabalho sQ custa 4eia
Pornada de trabalho2 a,esar de a Ior/a de trabalho ,oder o,erar2
tra' balhar u4 dia inteiro2 e ,or isso2 o valor Kue sua utiliGa/0o cria
durante u4 dia R o dobro de seu ,rQ,rio valor de u4 dia2 R grande
sorte ,ara
o co4,rador2 4as2 de 4odo algu42 u4a inPusti/a contra o vendedor.
*osso ca,italista ,reviu o caso Kue o IaG sorrir.
D%5
trabalhador
encontra2 ,or isso2 na oIicina2 os 4eios de ,rodu/0o necessrios
n0o ,ara u4 ,rocesso de trabalho de 1 horas2 4as de #6. Se #%

03
MARX
libras de
D%7 Condi/0o indis,ensvel. "*. dos T.(
D%5 iKasus2 der ihn lachen 4achti2 cita/0o 4odiIicada de Goethe2 $austo! Parte Pri4eira.
VSuarto de )studanteW. "*. da )d. !le40.(

01
OS ECONOMISTAS
algod0o absorvia4 1 horas de trabalho e transIor4ava4'se e4 #% libras
de Iio2 ent0o 6% libras de algod0o absorver0o #6 horas de trabalho
e se transIor4ar0o e4 6% libras de Iio. Considere4os o ,roduto do
,ro' cesso ,rolongado de trabalho. *as 6% libras de Iio est0o
obPetivadas agora 5 Pornadas de trabalho9 7 na 4assa consu4ida
de algod0o e Iusos2 # absorvida ,elo algod0o durante o ,rocesso de
Iia/0o. Has a e;,ress0o e4 ouro de 5 Pornadas de trabalho R D%
;elins ou # libra esterlina e #% ;elins. )sse R2 ,ortanto2 o ,re/o
das 6% libras de Iio. C4a libra de Iio custa2 de,ois co4o antes2 #
;eli4 e 1 ,ence. Has a so4a dos valores das 4ercadorias lan/adas
no ,rocesso i4,ortou e4
6& ;elins. valor do Iio R de D% ;elins. valor do ,roduto ultra,assou
de #`$ o valor adiantado ,ara sua ,rodu/0o. :essa 4aneira2 transIor'
4ara4'se 6& ;elins e4 D%. :era4 u4a 4ais'valia de D ;elins. Final'
4ente a arti4anha deu certo. :inheiro se transIor4ou e4 ca,ital.
Todas as condi/=es do ,roble4a Iora4 resolvidas e2 de 4odo al'
gu42 as leis do intercU4bio de 4ercadorias Iora4 violadas. Trocou'se
eKuivalente ,or eKuivalente. ca,italista ,agou2 co4o co4,rador2 toda
4ercadoria ,or seu valor2 algod0o2 4assa de Iusos2 Ior/a de
trabalho. :e,ois IeG o Kue IaG KualKuer outro co4,rador de
4ercadorias. Con' su4iu seu valor de uso. :o ,rocesso de consu4o
da Ior/a de trabalho2 ao 4es4o te4,o ,rocesso de ,rodu/0o da
4ercadoria2 resultou u4 ,roduto de 6% libras de Iio co4 u4 valor
de D% ;elins. ca,italista volta agora ao 4ercado e vende
4ercadoria2 de,ois de ter co4,rado 4ercadoria. Vende a libra de Iio
,or # ;eli4 e 1 ,ence2 nenhu4 centavo aci4a ou abai;o de seu valor. )2
n0o obstante2 tira da circula/0o D ;elins 4ais do Kue nela lan/ou. Todo
esse segui4ento2 a transIor4a/0o de seu dinheiro e4 ca,ital2 se o,era
na esIera da circula/0o e n0o se o,era nela. Por inter4Rdio da
circula/0o2 ,or ser condicionado ,ela co4,ra da Ior/a de trabalho no
4ercado. Fora da circula/0o2 ,ois ela a,enas introduG o ,rocesso de
valoriGa/0o2 Kue ocorre na esIera da ,rodu/0o. ) assi4 R tout pour le
mieu: dans le meilleur des mondes possi.les.
D%1
ca,italista2 ao transIor4ar dinheiro e4 4ercadorias2 Kue ser'
ve4 de 4atRrias constituintes de u4 novo ,roduto ou de Iatores
do ,rocesso de trabalho2 ao incor,orar Ior/a de trabalho viva F sua
obPe' tividade 4orta2 transIor4a valor2 trabalho ,assado2 obPetivado2
4orto e4 ca,ital2 e4 valor Kue se valoriGa a si 4es4o2 u4 4onstro
ani4ado Kue co4e/a a VtrabalharW co4o se tivesse a4or no
cor,o.
D%&
Se co4,ara4os o ,rocesso de Ior4a/0o de valor co4 o
,rocesso
de valoriGa/0o2 ve4os Kue o ,rocesso de valoriGa/0o n0o R nada
4ais Kue u4 ,rocesso de Ior4a/0o de valor ,rolongado alR4 de certo
,onto.

MARX
04

D%1 iTudo ,elo 4elhor no 4elhor dos 4undos ,oss3veis.i !Ioris4o do ro4ance sat3rico de Voltaire
Candide, ou lSptimisme! "*. da )d. !le40.(
D%& iCo4o se tivesse a4or no cor,oi L als haettSes %ie. im %ei.e J cita/0o 4odiIicada de
Goethe. $austo! Parte Pri4eira. V!dega de !uerbach2 e4 +ei,Gig.W "*. da )d. !le40.(

05
OS ECONOMISTAS
Se este a,enas dura atR o ,onto e4 Kue o valor da Ior/a de
trabalho
,ago ,elo ca,ital R substitu3do ,or u4 novo eKuivalente2 ent0o R
u4 ,rocesso si4,les de Ior4a/0o de valor. Se ultra,assa esse
,onto2 tor' na'se ,rocesso de valoriGa/0o.
Se co4,ara4os2 alR4 disso2 o ,rocesso de Ior4a/0o de valor co4
o ,rocesso de trabalho2 ve4os Kue este consiste no trabalho Mtil
Kue ,roduG valores de uso. 4ovi4ento R considerado aKui
Kualitativa' 4ente2 e4 seu 4odo e 4aneira ,articular2 segundo seu
obPetivo e con' teMdo. 4es4o ,rocesso de trabalho a,resenta'se no
,rocesso de Ior' 4a/0o de valor so4ente e4 seu as,ecto
Kuantitativo. Trata'se aKui a,enas do te4,o Kue o trabalho ,recisa
,ara sua o,era/0o ou da du' ra/0o na Kual a Ior/a de trabalho R
des,endida de Ior4a Mtil. Ta4bR4 as 4ercadorias Kue entra4 no
,rocesso de trabalho aKui P n0o vale4 co4o Iatores 4ateriais2
deter4inados Iuncional4ente2 da Ior/a de tra' balho atuando
orientada4ente ,ara u4 Ii4. !,enas conta4 co4 de' ter4inadas
Kuantidades de trabalho obPetivado. trabalho2 sePa contido nos 4eios
de ,rodu/0o2 sePa acrescido a eles ,ela Ior/a de trabalho2 so4ente
conta ,or sua dura/0o. Re,resenta tantas horas2 dias etc.
Has conta so4ente na 4edida e4 Kue o te4,o gasto na ,rodu/0o
do valor de uso R social4ente necessrio. Isso envolve vrios Iatores.
! Ior/a de trabalho te4 de Iuncionar e4 condi/=es nor4ais. Se a 4'
Kuina de Iiar R o instru4ento de trabalho social4ente do4inante ,ara
a Iia/0o2 ent0o n0o se deve ,Yr u4a roda de Iiar nas 40os do
traba' lhador. )le n0o deve receber2 e4 veG de algod0o de Kualidade
nor4al2 u4 reIugo Kue rasga a todo instante. )4 a4bos os casos2 ele
,recisaria de 4ais do Kue o te4,o social4ente necessrio ,ara a
,rodu/0o de # libra de Iio2 4as esse te4,o e;cedente n0o geraria
valor e4 dinheiro.
carter nor4al dos Iatores 4ateriais de trabalho n0o de,ende2 ,orR42
do trabalhador2 4as do ca,italista. utra condi/0o R o carter nor4al
da ,rQ,ria Ior/a de trabalho. *o ra4o Kue se a,lica deve ,ossuir
o grau 4Rdio de habilidade2 destreGa e ra,ideG. Has nosso
ca,italista co4,rou no 4ercado Ior/a de trabalho de Kualidade nor4al.
)ssa Ior/a te4 de ser des,endida no grau 4Rdio habitual de esIor/o2
co4 o grau de intensidade social4ente usual. Sobre isso o ca,italista
e;erce vigi' lUncia co4 o 4es4o te4or Kue 4aniIesta de Kue
nenhu4 te4,o sePa des,erdi/ado2 se4 trabalho. Co4,rou a Ior/a
de trabalho ,or ,raGo deter4inado. Insiste e4 ter o Kue R seu.
*0o Kuer ser roubado. Fi' nal4ente L e ,ara isso te4 ele seu
,rQ,rio code p#nal
D%E
L n0o deve ocorrer nenhu4 consu4o
desnecessrio de 4atRria',ri4a e 4eios de trabalho2 ,orKue
4aterial e 4eios de trabalho des,erdi/ados re,resen' ta4 Kuantidades
des,endidas e4 e;cesso de trabalho obPetivado2 Kue2 ,ortanto2 n0o
conta4 ne4 entra4 no ,roduto da Ior4a/0o de valor.
D%$

06
MARX
D%E CQdigo ,enal. "*. dos T.(
D%$ )ssa R u4a das circunstUncias Kue encarece4 a ,rodu/0o baseada na escravid0o. tra'

0'
OS ECONOMISTAS
VJ'se9 a diIeren/a obtida anterior4ente da anlise da 4ercadoria2
entre o trabalho enKuanto criador de valor de uso e o 4es4o trabalho
enKuanto criador de valor2 a,resenta'se agora co4o diIerencia/0o
dos diIerentes as,ectos do ,rocesso de ,rodu/0o.
Co4o unidade do ,rocesso de trabalho e ,rocesso de Ior4a/0o
de valor2 o ,rocesso de ,rodu/0o R ,rocesso de ,rodu/0o de
4erca' dorias^ co4o unidade do ,rocesso de trabalho e ,rocesso
de valori' Ga/0o2 R ele ,rocesso de ,rodu/0o ca,italista2 Ior4a
ca,italista da ,rodu/0o de 4ercadorias.
bserva4os anterior4ente Kue ,ara o ,rocesso de valoriGa/0o R
total4ente indiIerente se o trabalho a,ro,riado ,elo ca,italista R tra'
balho si4,les2 trabalho social 4Rdio ou trabalho 4ais co4,le;o2
tra' balho de ,eso es,ec3Iico su,erior. trabalho Kue vale co4o
trabalho su,erior2 4ais co4,le;o e4 Iace do trabalho social 4Rdio2
R a e;te' rioriGa/0o de u4a Ior/a de trabalho na Kual entra4 custos
4ais altos de Ior4a/0o2 cuPa ,rodu/0o custa 4ais te4,o de
trabalho e Kue2 ,or isso2 te4 valor 4ais elevado Kue a Ior/a de
trabalho si4,les. Se o valor dessa Ior/a R su,erior2 ela se
e;terioriGa2 ,or conseguinte2 e4 trabalho su,erior e se obPetiva nos
4es4os ,er3odos de te4,o2 e4 valores ,ro,orcional4ente 4ais
altos. SualKuer Kue sePa2 ,orR42 a
balhador a32 segundo a e;,ress0o acertada dos antigos2 a,enas se distingue do ani4al2
co4o instrumentum semivocale,
P
e dos instru4entos de trabalhos 4ortos2 co4o instrumen-
tum mutum,
PP
,or ser instrumentum vocale!
PPP
Has ele 4es4o IaG o ani4al e os instru4entos
de trabalho sentire4 Kue n0o R seu igual2 4as u4 ho4e4. )le ,ro,orciona a si
4es4o a autoconsciJncia de ser diIerente deles ao 4altrat'los e destru3'los con amore!
Vale2 ,or isso2 nesse 4odo de ,rodu/0o2 co4o ,rinc3,io econY4ico2 a,enas e4,regar os
instru4entos de trabalho 4ais toscos2 4ais ,esados2 ,orR4 e;ata4ente devido F sua
canhestra rusticidade diI3ceis de sere4 estragados. !tR a eclos0o da Guerra de Secess0o
encontrava4'se2 ,or isso2 nos )stados escravocratas sobre o golIo do HR;ico arados
constru3dos co4o os dos antigos chineses2 Kue Iu/ava4 a terra co4o u4 ,orco ou u4a
tou,eira2 se4 IendJ'la ne4 revir'la. Ver C!IR*)S2 J. ). The <lave PoAer. +ondres2 #E16.
,. 71 et seCs. )4 seu <ea.oard <lave <tates l,. 71'7&m2 conta l4sted2 entre outras
coisas9 VHostrara4'4e aKui instru4entos Kue2 entre nQs2 nenhu4a ,essoa raGovel
i4,oria a seu trabalhador2 a Kue4 ,agasse salrio. Seu ,eso e;traordinrio e sua
rusticidade torna4 o trabalho e;ecutado co4 ele2 na 4inha o,ini0o ,elo 4enos2 #%b
4ais diI3cil do Kue seria co4 os instru4entos Kue nQs geral4ente usa4os. Co4o 4e
assegurara42 ,orR42 o 4odo negligente e ine,to co4 Kue os escravos a,arente4ente os
4anePa42 n0o ,er4ite conIiar'lhes2 co4 bo4 resultado2 instru4entos 4ais leves ou
4enos toscos^ instru4entos co4o os Kue nQs conIia4os aos nosso trabalhadores
e alis co4 bo4 lucro ,ara nQs2 n0o duraria4 u4 dia nu4 ca4,o de cereais da Virg3nia
L e4bora a terra sePa 4ais leve e 4enos ,edregosa Kue a nossa. :o 4es4o 4odo2 Kuando
,erguntei ,or Kue nas IaGendas se usava4 geral4ente 4ulas e4 veG de cavalos2 4e a,re'
sentara4 co4o raG0o ,ri4ordial e decisiva a de Kue os cavalos n0o su,orta4 o trata4ento
Kue cont3nua e inevitavel4ente recebe4 dos negros. s cavalos2 e4 ,ouco te4,o2 s0o inu'
tiliGados e aleiPados de tanto a,anhar2 enKuanto as 4ulas agOenta4 as bordoadas e a Ialta
ocasional de u4a ou duas ra/=es2 se4 ,rePu3Go I3sico. *0o se resIria42 ne4 adoece4
,or descuido ou e;cesso de trabalho. Has n0o ,reciso ir alR4 da Panela do Kuarto e4 Kue
estou escrevendo ,ara ver2 Kuase a KualKuer hora2 o gado ser tratado de 4odo Kue levaria
KualKuer farmer
PPPP
do norte a des,edir i4ediata4ente o vaKueiroW.
P
Instru4ento se4ivocal "*. dos T.(
PP
Instru4ento 4udo. "*. dos T.(
PPP
Instru4ento vocal. "*. dos T.(

MARX
0/

PPPP
!gricultor. "*. dos T.(

00
OS ECONOMISTAS
diIeren/a de grau entre o trabalho do Iiandeiro e o do Poalheiro2 a
,or/0o de trabalho co4 Kue o Poalheiro a,enas re,=e o valor de
sua ,rQ,ria Ior/a de trabalho n0o se distingue Kualitativa4ente2 de
4odo algu42 da ,or/0o de trabalho adicional2 co4 Kue gera 4ais'valia.
:e,ois co4o antes2 a 4ais'valia resulta so4ente de u4 e;cesso
Kuantitativo de trabalho2 da dura/0o ,rolongada do 4es4o ,rocesso
de trabalho2 Kue R e4 u4 caso o ,rocesso da ,rodu/0o de Iios2 e4
outro2 o ,rocesso da ,rodu/0o de PQias.
D#%
Por outro lado2 e4 todo ,rocesso de Ior4a/0o de valor2 o trabalho
su,erior se4,re te4 de ser reduGido a trabalho social 4Rdio2 ,or e;e4'
,lo2 u4a Pornada de trabalho su,erior a : Pornadas de trabalho
si4' ,les.
D##
)vita'se2 ,ortanto2 u4a o,era/0o su,RrIlua e
si4,liIica'se a anlise2 ,or 4eio da su,osi/0o de Kue o trabalhador
e4,regado ,elo ca,ital e;ecuta trabalho social 4Rdio si4,les.
D#% ! diIeren/a entre trabalho su,erior e trabalho si4,les2 skilled e unskilled la.our2 baseia'se2
e4 ,arte2 e4 4eras ilus=es ou ,elo 4enos diIeren/as Kue h 4uito te4,o cessara4 de
ser reais e sQ ,erdura4 e4 conven/=es tradicionais^ e4 ,arte baseia'se na situa/0o
de' sa4,arada de certas ca4adas da classe trabalhadora2 situa/0o Kue lhes ,er4ite
4enos Kue as outras e;ercer ,ress0o ,ara obtere4 o valor de sua Ior/a de trabalho.
CircunstUncias acidentais dese4,enha4 no caso u4 ,a,el t0o i4,ortante Kue os 4es4os
ti,os de trabalho inverte4 suas ,osi/=es. nde2 ,or e;e4,lo2 a substUncia I3sica da classe
trabalhadora est enIraKuecida e relativa4ente esgotada2 co4o e4 todos os ,a3ses de
,rodu/0o ca,italista desenvolvida2 os trabalhos e4 geral brutais2 Kue e;ige4 4uita
Ior/a 4uscular2 se torna4 geral4ente su,eriores e4 conIronto co4 trabalhos 4uito
4ais delicados2 Kue descende4 ao n3vel de trabalho si4,les2 co4o2 ,or e;e4,lo2 na
Inglaterra2 o trabalho de u4 .ricklaDer ",edreiro( ocu,a u4 n3vel 4uito 4ais alto Kue o
de u4 tecedor de da4asco. Por outro lado2 o trabalho de u4 fustian cutter "tosador de
veludo( Iigura co4o trabalho Vsi4,lesW2 e4bora e;iPa 4uito esIor/o I3sico e Ia/a2 alR4
disso2 4uito 4al F saMde. :e resto2 ninguR4 deve se iludir Kue o cha4ado skilled
la.our re,resente u4a ,ro,or/0o Kuantitativa4ente signiIicativa do trabalho nacional.
+aing calcula Kue na Inglaterra "e Pa3s de Gales( a e;istJncia de 4ais de ## 4ilh=es
baseia'se e4 trabalho si4,les. :e,ois de descontar # 4ilh0o de aristocratas e #25
4ilh0o de 4endigos2 vagabundos2 cri4inosos2 ,rostitutas etc. da ,o,ula/0o de #E
4ilh=es Kue e;istia ao ,ublicar'se sua obra2 Iica4 7215 4ilh=es ,ara
a classe 4Rdia2 inclusive ,eKuenos rentistas2 Iuncionrios2 escritores2 artistas2
,roIessores etc. Para chegar a esses 7 6`D 4ilh=es2 ele inclui na ,arte trabalhadora da
classe 4Rdia2 alR4 de banKueiros etc.2 todos os Vtrabalhadores de IbricaW 4ais be4
re4uneradosj Ta4bR4
os .ricklaDers n0o Ialta4 nessa categoria de Vtrabalhadores ,otenciadosW. Resta4'lhe ent0o
os reIeridos ## 4ilh=es. "+!I*G2 S. ?ational Distress etc. +ondres2 #E77. l,. 7$'56 passim!m(
V! grande classe Kue2 e4 troca de ali4ento2 nada 4ais ,ode dar Kue trabalho co4u42
R
a grande 4aioria do ,ovo.W "HI++2 Ja4es. *o artigo VColon-W. In9 <upplement to the *n-
cDclop! 'rit! #ED#.(
D## iSuando se Iala de trabalho co4o ,adr0o do valor2 subentende'se necessaria4ente
deter' 4inada es,Rcie de trabalho "...( a ,ro,or/0o e4 Kue as outras es,Rcies de

01
MARX
trabalho est0o e4 rela/0o a ela R Icil de averiguar.i "C!e)*V)2 J. utlines of Polit!
*conomD! +ondres2
#ED6. ,. 66'6D.(

/1

CAPTULO VI
CAPITAL CONSTANTE E CAPITAL VARILVEL
Os diIerentes Iatores do ,rocesso de trabalho to4a4 ,arte de
diIerentes 4odos na Ior4a/0o do valor do ,roduto.
trabalhador acrescenta ao obPeto do trabalho novo valor2 ,or
4eio do acrRsci4o de deter4inado Cuantum de trabalho2 abstraindo o
conteMdo deter4inado2 a Iinalidade e o carter tRcnico do trabalho. Por
outro lado2 reencontra4os os valores dos 4eios de ,rodu/0o
consu4idos co4o ,artes integrantes do valor do ,roduto2 ,or e;e4,lo2
os valores do algod0o e do Iuso no valor do Iio. valor dos 4eios de
,rodu/0o conserva'se2 ,ortanto2 ,ela sua transIerJncia ao ,roduto.
)ssa transIerJncia ocorre durante a transIor4a/0o dos 4eios de
,rodu/0o e4 ,roduto2 no ,rocesso de trabalho.
[ 4ediada ,elo trabalho. Has co4oZ
trabalhador n0o trabalha duas veGes ao 4es4o te4,o2
u4a veG ,ara agregar2 ,or 4eio de seu trabalho2 valor ao algod0o2
e outra veG ,ara conservar seu valor anterior2 ou2 o Kue R o
4es4o2 ,ara transIerir ao ,roduto2 o Iio2 o valor do algod0o Kue
transIor4a e do Iuso co4 o Kual ele trabalha. !ntes2 ,elo contrrio2
,elo 4ero acrRsci4o de novo valor conserva o valor antigo. Has
co4o o acrRsci4o de novo valor ao obPeto de trabalho e a
conserva/0o dos valores antigos no ,roduto s0o dois resultados
total4ente diIerentes Kue o trabalhador alcan/a ao 4es4o te4,o2
e4bora trabalhe u4a sQ veG durante esse te4,o2 essa dualidade do
resultado sQ ,ode e;,licar'se2 evidente4ente2 ,ela dualidade de seu
,rQ,rio trabalho. *o 4es4o instante2 o trabalho2 e4 u4a condi/0o2
te4 de gerar valor e e4 outra condi/0o deve con' servar ou
transIerir valor.
Co4o R Kue todo trabalhador agrega te4,o de trabalho e2
,or' tanto2 valorZ Se4,re a,enas sob a Ior4a de seu 4odo
,eculiar de trabalho ,rodutivo. Iiandeiro sQ agrega te4,o de
trabalho2 Iiando2
o tecel0o2 tecendo2 o Ierreiro2 IorPando. Hediante essa Ior4a orientada

/4

a u4 Ii42 ,orR42 sob a Kual agrega4 trabalho e4 geral e2 ,or isso2
novo valor2 4ediante o Iiar2 tecer e IorPar2 os 4eios de ,rodu/0o algod0o

e Iuso2 Iio e tear2 Ierro e bigorna torna4'se ele4entos constituintes
de u4 ,roduto2 de u4 novo valor de uso.
D#6
! Ior4a antiga de
seu valor de uso desa,arece2 4as sQ ,ara a,arecer sob nova Ior4a de
valor de uso. !o considerar o ,rocesso de Ior4a/0o de valor vi4os
Kue2 na 4edida e4 Kue se conso4e u4 valor de uso a Ii4 de
,roduGir novo valor de uso2 o te4,o de trabalho necessrio ,ara a
,rodu/0o do valor de uso consu4ido Ior4a ,arte do te4,o de
trabalho necessrio ,ara
a ,rodu/0o do novo valor de uso2 ,ortanto R te4,o de trabalho Kue se
transIere do 4eio de ,rodu/0o consu4ido ao novo ,roduto.
traba' lhador conserva2 ,ortanto2 os valores dos 4eios de ,rodu/0o
consu4idos ou os transIere2 co4o ,artes co4,onentes do valor2 ao
,roduto2 n0o ,elo seu acrRsci4o de trabalho e4 geral2 4as ,elo
carter ,articular' 4ente Mtil2 ,ela Ior4a es,ec3Iica ,rodutiva desse
trabalho adicional. Co4o atividade ,rodutiva2 adeKuada a u4 Ii4 L
Iiar2 tecer2 IorPar L2
o trabalho2 atravRs de seu 4ero contato2 ressuscita dos 4ortos os 4eios
de ,rodu/0o2 os viviIica ,ara sere4 Iatores do ,rocesso de trabalho
e se co4bina co4 eles ,ara Ior4ar ,rodutos.
Se o trabalho es,ec3Iico ,rodutivo do trabalhador n0o Iosse o de
Iiar2 ele n0o transIor4aria o algod0o e4 Iio e2 ,ortanto2 n0o transIeriria
os valores do algod0o e do Iuso ao Iio. Se2 no entanto2 o 4es4o
tra' balhador 4udar de ,roIiss0o e se tornar 4arceneiro2 agregar2
de,ois co4o antes2 valor a seu 4aterial 4ediante u4a Pornada de
trabalho. !grega valor2 ,ortanto2 4ediante seu trabalho n0o ,or ser
trabalho de Iia/0o ou de 4arcenaria2 4as ,or ser trabalho abstrato2
social geral2
e agrega deter4inada grandeGa de valor n0o ,or ter seu trabalho u4
conteMdo ,articular2 Mtil2 4as ,orKue dura u4 te4,o deter4inado.
Portanto2 e4 virtude de sua ,ro,riedade abstrata2 geral2 co4o
dis,Jndio de Ior/a de trabalho hu4ana2 o trabalho do Iiandeiro agrega
novo valor aos valores do algod0o e do Iuso2 e e4 virtude de sua
,ro,riedade concreta2 es,ec3Iica2 Mtil2 co4o ,rocesso de Iia/0o2
transIere o valor desses 4eios de ,rodu/0o ao ,roduto e recebe assi4
seu valor no ,ro' duto. :a3 a dualidade do seu resultado no 4es4o
instante.
Pela 4era agrega/0o Kuantitativa de trabalho2 valor novo R agre'
gado^ ,ela Kuantidade do trabalho agregado os valores antigos dos
4eios de ,rodu/0o s0o conservados no ,roduto. )sse eIeito dual do
4es4o trabalho e4 virtude de seu carter dual se 4ostra
tangivel' 4ente e4 diversos IenY4enos.
Su,onha Kue u4a inven/0o KualKuer ca,acite o Iiandeiro a
Iiar e4 1 horas a 4es4a Kuantidade de algod0o Kue Iiava antes
e4 D1. Co4o atividade adeKuada a u4 Ii42 Mtil e ,rodutiva2 seu
trabalho au4entou sua Ior/a seis veGes. Seu ,roduto R seis veGes
MARX
/'

4aior2 D1 libras de Iio e4 veG de 1. Has as D1 libras de algod0o
absorve4 agora
D#6 i trabalho gera u4a nova cria/0o e4 lugar de u4a aniKuilada.i "An *ssaD on the Polit!
*con! of ?ations! +ondres2 #E6#. ,. #D.(

//
OS ECONOMISTAS
a,enas o 4es4o te4,o de trabalho Kue antes absorvia4 1. Seis veGes
4enos trabalho novo lhes R agregado e4 co4,ara/0o co4 o
4Rtodo antigo2 ,ortanto a,enas #`1 do valor anterior. Por outro
lado e;iste agora u4 valor e4 algod0o seis veGes 4aior no ,roduto2
nas D1 libras de Iio. *as 1 horas de Iia/0o u4 valor e4 4atRria'
,ri4a seis veGes 4aior R conservado e transIerido ao ,roduto2
e4bora F 4es4a 4atR' ria',ri4a sePa agregado u4 valor novo seis
veGes 4enor. Isso de4onstra Kue a ,ro,riedade e4 virtude da Kual
o trabalho2 durante o 4es4o ,rocesso indivis3vel2 conserva valores
R essencial4ente diIerente da ,ro,riedade e4 virtude da Kual ele
cria valores. Suanto 4ais te4,o de trabalho necessrio R absorvido
durante a o,era/0o de Iiar ,elo 4es4o Cuantum de algod0o2 tanto
4aior R o novo valor agregado ao algod0o^ 4as Kuanto 4ais libras de
algod0o s0o Iiadas no 4es4o te4,o de trabalho2 tanto 4aior R o
valor antigo conservado no ,roduto.
Su,onha2 ao contrrio2 Kue a ,rodutividade do trabalho de Iia/0o
IiKue a 4es4a2 o Iiandeiro ,recisando2 de,ois co4o antes2 do
4es4o te4,o ,ara transIor4ar # libra de algod0o e4 Iio. Has
su,onha Kue 4ude o valor de troca do ,rQ,rio algod0o2 # libra de
algod0o suba ou caia no ,re/o2 de seis veGes. )4 a4bos os casos2
o Iiandeiro continua
a acrescentar ao 4es4o Cuantum de algod0o o 4es4o te4,o de
tra' balho2 ,ortanto o 4es4o valor2 e e4 a4bos os casos ,roduG no
4es4o te4,o a 4es4a Kuantidade de Iio. Todavia2 o valor Kue
transIere do algod0o ao Iio2 ao ,roduto2 R nu4 caso seis veGes
4enor2 noutro caso2 seis veGes 4aior Kue antes. 4es4o ocorre
Kuando os 4eios de tra' balho se torna4 4ais caros ou 4ais baratos2
,restando2 ,orR42 se4,re
o 4es4o servi/o no ,rocesso de trabalho.
Se as condi/=es tRcnicas do ,rocesso de Iia/0o n0o se alterare42
ne4 houver 4udan/a de valor nos 4eios de ,rodu/0o2 o Iiandeiro
conso4e2 de,ois co4o antes2 no 4es4o te4,o de trabalho2 as
4es' 4as Kuantidades de 4atRria',ri4a e de 4aKuinaria co4 os
4es4os valores. valor2 Kue ele conserva no ,roduto2 se
4antR4 e4 raG0o direta ao novo valor Kue ele agrega. )4 duas
se4anas agrega duas veGes 4ais trabalho do Kue e4 u4a2 ,ortanto
duas veGes 4ais valor2
e ao 4es4o te4,o conso4e duas veGes 4ais 4aterial2 de duas veGes
4ais valor2 e de,recia duas veGes 4ais 4aKuinaria2 de u4 valor
duas veGes 4aior^ ele conserva2 ,ortanto2 no ,roduto de duas se'
4anas 4ais valor do Kue no ,roduto de u4a se4ana. Sob
condi/=es dadas i4utveis de ,rodu/0o2 o trabalhador conserva
tanto 4ais valor Kuanto 4ais valor agrega2 4as n0o conserva 4ais
valor ,orKue agrega 4ais valor2 4as ,or agreg'lo sob condi/=es
invariveis e inde,endentes de seu ,rQ,rio trabalho.
*o entanto2 ,ode'se diGer2 e4 sentido relativo2 Kue o trabalhador

/0
MARX
se4,re conserva valores antigos na 4es4a ,ro,or/0o e4 Kue
acres' centa valor novo. Suba o algod0o de # ,ara 6 ;elins2 ou caia
,ara 1 ,ence2 ele conservar no ,roduto de # hora se4,re a,enas
4etade do

/1
OS ECONOMISTAS
valor e4 algod0o Kue conserva e4 6 horas2 KualKuer Kue sePa a varia/0o
desse valor. Varie ainda a ,rodutividade de seu ,rQ,rio trabalho2
au' 4entando ou di4inuindo2 ele Iiar e4 # hora de trabalho2 ,or
e;e4,lo2 4ais ou 4enos algod0o Kue antes2 e conservar
corres,ondente4ente 4ais ou 4enos valor e4 algod0o no ,roduto
de # hora de trabalho. Contudo2 conservar e4 6 horas de trabalho
duas veGes 4ais valor do Kue e4 #.
Valor2 abstraindo sua re,resenta/0o ,ura4ente si4bQlica no sig'
no de valor2 e;iste a,enas nu4 valor de uso2 nu4a coisa. "
,rQ,rio ho4e42 considerado 4era e;istJncia de Ior/a de trabalho2 R
u4 obPeto natural2 u4a coisa2 e4bora u4a coisa viva2 consciente2 e
o ,rQ,rio trabalho R 4aniIesta/0o 4aterial dessa Ior/a.( Portanto2 se
o valor de uso se ,erde2 ,erde'se ta4bR4 o valor. s 4eios de
,rodu/0o n0o ,erde42 si4ultanea4ente co4 seu valor de uso2 seu
valor2 ,orKue de Iato sQ ,erde4 a Iigura originria de seu valor de
uso2 ,or 4eio do ,rocesso de trabalho2 ,ara ganhar no ,roduto a
Iigura de outro valor de uso. Por 4ais2 ,orR42 Kue i4,orte ao
valor e;istir nu4 valor de uso KualKuer2 lhe R igual4ente
indiIerente e4 Kual deles ele e;iste2 co4o o 4ostra a 4eta4orIose
das 4ercadorias. Segue'se da3 Kue no ,rocesso de trabalho sQ se
transIere valor do 4eio de ,rodu/0o ao ,roduto2 na 4edida e4
Kue o 4eio de ,rodu/0o2 Punta4ente co4 seu valor de uso
inde,endente2 ta4bR4 ,erca seu valor de troca. )le cede ao ,roduto
a,enas o valor Kue ,erde co4o 4eio de ,rodu/0o. s Iatores obPetivos
do ,rocesso de trabalho2 ,orR42 co4,orta4'se2 a esse res,eito2
diIerente4ente.
carv0o co4 Kue se aKuece a 4Kuina desa,arece se4 dei;ar
vest3gios2 do 4es4o 4odo o Qleo co4 Kue se lubriIica o ei;o da
roda etc. Tinta e outras 4atRrias au;iliares desa,arece42 4as se
4ostra4 nas ,ro,riedades do ,roduto. ! 4atRria',ri4a constitui a
substUncia do ,roduto2 4as 4udou sua Ior4a. HatRria',ri4a e
4atRrias au;iliares ,erde42 ,ortanto2 a Iigura inde,endente co4 Kue
entra4 no ,rocesso de trabalho co4o valores de uso. Isso R
diIerente co4 os 4eios de trabalho ,ro,ria4ente ditos. C4
instru4ento2 u4a 4Kuina2 u4 edi' I3cio de Ibrica2 u4 reci,iente
etc. ,resta4 servi/o no ,rocesso de tra' balho a,enas enKuanto
conserva4 sua Iigura originria2 entrando a4a' nh0 no ,rocesso de
trabalho co4 a 4es4a Ior4a co4 Kue entrara4 onte4. Co4o
durante sua vida2 durante o ,rocesso de trabalho2 con' serva4 sua
Iigura inde,endente e4 Iace do ,roduto2 assi4 ta4bR4 o IaGe4 a,Qs
sua 4orte. s cadveres de 4Kuinas2 instru4entos2 edi' I3cios
industriais etc. continua4 a e;istir se,arados dos ,rodutos Kue
aPudara4 a Ior4ar. Se considerar4os todo o ,er3odo e4 Kue tal 4eio
de trabalho ,resta servi/o2 desde o dia de sua entrada na oIicina
atR

/2
MARX
o dia de seu bani4ento ao des,ePo2 vere4os Kue2 durante esse ,er3odo2
seu valor de uso Ioi inteira4ente consu4ido ,elo trabalho e seu valor
de troca transIeriu'se2 ,or isso2 total4ente ao ,roduto. Se2 ,or e;e4,lo2

03
OS ECONOMISTAS
u4a 4Kuina de Iiar teve vida Mtil de #% anos2 ent0o seu valor
total
transIeriu'se2 durante o ,rocesso de trabalho de #% anos2 ao
,roduto de #% anos. ,er3odo de vida de u4 4eio de trabalho
co4,reende2 ,ortanto2 u4 nM4ero 4aior ou 4enor de ,rocessos de
trabalho2 re,e' tidos co4 ele se4,re de novo. ) acontece ao 4eio de
trabalho o 4es4o Kue ao ho4e4. Todo ho4e4 ,erece diaria4ente
,or 67 horas. Has n0o se nota e4 ninguR4 ,or Kuantos dias P
,ereceu. Isso n0o i4,ede2 entretanto2 as co4,anhias de seguros de vida
de tirare42 da vida 4Rdia dos ho4ens2 conclus=es 4uito seguras e2 o
Kue R 4uito 4ais2 4uito lucrativas. 4es4o ocorre co4 o 4eio
de trabalho. Sabe'se2 ,or e;' ,eriJncia2 Kuanto te4,o u4 4eio de
trabalho2 deter4inado ti,o de 4Kuina2 ,or e;e4,lo2 dura e4
4Rdia. Su,onha4os Kue seu valor de uso2 no ,rocesso de trabalho2
dure a,enas 1 dias. Perde ent0o2 e4 cada dia de trabalho2 #`1 de
seu valor de uso e cede2 ,or isso2 #`1 de seu valor ao ,roduto dirio.
:esse 4odo calcula'se a de,recia/0o de todos os 4eios de trabalho2
isto R2 ,or e;e4,lo2 sua ,erda diria de valor de uso
e sua corres,ondente transIerJncia diria de valor ao ,roduto.
Isso de4onstra convincente4ente Kue u4 4eio de ,rodu/0o nun'
ca transIere 4ais valor ao ,roduto do Kue ,erde no ,rocesso de trabalho
,ela destrui/0o de seu ,rQ,rio valor de uso. Se n0o tivesse valor a
,erder2 isto R se n0o Iosse ele 4es4o ,roduto do trabalho hu4ano2
ent0o n0o transIeriria nenhu4 valor ao ,roduto. Serviria de Ior4ador
de valor de uso se4 servir de Ior4ador de valor de troca. Isso
ocorre co4 todos os 4eios de ,rodu/0o ,ree;istentes ,or natureGa2
se4 co' labora/0o hu4ana2 co4o a terra2 o vento2 a gua2 o Ierro
no Iil0o2 a 4adeira da Iloresta virge4 etc.
utro IenY4eno interessante a,resenta'se'nos aKui. Su,onha4os
Kue u4a 4Kuina tenha2 ,or e;e4,lo2 u4 valor de # %%% libras
es' terlinas e se de,recie e4 # %%% dias. *esse caso2 todo dia #`#
%%% do valor da 4Kuina ,assa dela 4es4a a seu ,roduto dirio.
!o 4es4o te4,o2 a 4Kuina inteira continua a atuar2 e4bora co4
decrescente Ior/a vital2 no ,rocesso de trabalho. VJ'se2 ,ortanto2
Kue u4 Iator do ,rocesso de trabalho2 u4 4eio de ,rodu/0o2 entra
e4 sua totalidade no ,rocesso de trabalho2 4as sQ e4 ,arte no
,rocesso de valoriGa/0o.
! diIeren/a entre ,rocesso de trabalho e ,rocesso de valoriGa/0o re'
Ilete'se aKui e4 seus Iatores obPetivos2 dado Kue o 4es4o 4eio de
,rodu/0o conta2 e4 sua totalidade2 co4o ele4ento do ,rocesso de tra'
balho2 e a,enas e4 ,arte co4o ele4ento da Ior4a/0o de valor.
D#D
D#D *0o se trata aKui de consertos dos 4eios de trabalho2 4Kuinas2 constru/=es etc. C4a
4Kuina Kue est sendo consertada n0o Iunciona co4o 4eio de trabalho2 4as co4o 4aterial
de trabalho. *0o se trabalha co4 ela2 4as ela 4es4a R trabalhada2 ,ara re4endar
seu valor de uso. Para nosso Ii42 ,ode'se considerar tais trabalhos de re,ara/0o se4,re

01
MARX
inclu3dos no trabalho e;igido ,ara a ,rodu/0o do 4eio de trabalho. *o te;to trata'se da
de,recia/0o Kue nenhu4 4Rdico ,ode curar e Kue ,rogressiva4ente leva F 4orte2 de
VaKuela es,Rcie de desgaste Kue n0o se ,ode re,arar de te4,o a te4,o e Kue2 ,or
e;e4,lo2 leva u4a Iaca

04
OS ECONOMISTAS
Por outro lado2 u4 4eio de ,rodu/0o ,ode2 ao contrrio2
entrar
total4ente no ,rocesso de valoriGa/0o2 e4bora a,enas ,arcial4ente
no ,rocesso de trabalho. Su,onha Kue2 ao Iiar o algod0o2 haPa a
cada
##5 libras #5 Kue n0o constitue4 Iio2 4as a,enas devilSs dust.
D#7
!,esar
disso2 se esse des,erd3cio de #5 libras Ior nor4al e inse,arvel da
elabora/0o 4Rdia do algod0o2 o valor dessas #5 libras2 Kue n0o
cons' titue4 ele4ento do Iio2 entra do 4es4o 4odo no valor do Iio
Kue o valor das #%% libras Kue constitue4 sua substUncia. valor
de uso de #5 libras de algod0o te4 de tornar'se ,Q ,ara IaGer #%%
libras de Iio. ! ,erda desse algod0o R2 ,ortanto2 u4a condi/0o da
,rodu/0o do Iio. Por isso 4es4o transIere seu valor ao Iio. Isso vale
,ara todos os e;cre4entos do ,rocesso de trabalho2 ,elo 4enos na
4edida e4 Kue esses e;cre4entos n0o constitue4 outra veG novos
4eios de ,rodu/0o
e2 ,or conseguinte2 novos valores de uso inde,endentes. VJ'se2 ,or
e;e4' ,lo2 nas grandes Ibricas de 4Kuinas e4 Hanchester2
4ontanhas de reIugos de Ierro2 ,roduGidos ,or 4Kuinas ciclQ,icas
co4o se Iosse4 a,aras de 4adeira2 Kue s0o trans,ortados F noite
e4 grandes carros da Ibrica F Iundi/0o de Ierro2 ,ara voltare4 no dia
seguinte da Iundi/0o de Ierro F Ibrica co4o Ierro 4aci/o.
s 4eios de ,rodu/0o2 a,enas na 4edida e4 Kue2 durante o
,rocesso de trabalho2 ,erde4 valor na Iigura de seus valores
antigos de uso2 transIere4 valor F nova Iigura do ,roduto. 4;i4o
de ,erda de valor Kue ,ode4 soIrer no ,rocesso de trabalho est
evidente4ente li4itado ,ela grandeGa originria de valor co4 Kue
entra4 no ,rocesso de trabalho2 ou ,elo te4,o de trabalho e;igido
,ara sua ,rQ,ria ,ro' du/0o. Heios de ,rodu/0o nunca ,ode42 ,or
isso2 agregar ao ,roduto 4ais valor do Kue ,ossue42
inde,endente4ente do ,rocesso de trabalho
a Kue serve4. Por 4ais Mtil Kue sePa u4 4aterial de trabalho2 u4a
4Kuina2 u4 4eio de ,rodu/0o9 se custa #5% libras esterlinas2 diga4os
5%% dias de trabalho2 nunca agregar ao ,roduto total2 Kue contribui
a Ior4ar2 4ais Kue #5% libras esterlinas. Seu valor n0o R deter4inado
Iinal4ente a tal estado Kue o cuteleiro diG n0o valer 4ais a ,ena colocar u4a lU4ina
novaW. Viu'se no te;to Kue u4a 4Kuina2 ,or e;e4,lo2 entra ,or inteiro e4 cada ,rocesso
de trabalho2 4as sQ e4 ,arte no ,rocesso de valoriGa/0o Kue se realiGa
si4ultanea4ente. Julgue'se2 e4 Iun/0o disso2 a seguinte conIus0o de conceitos9 VRicardo
Iala da Kuantidade
de trabalho des,endida na Iabrica/0o de u4a 4Kuina de IaGer 4eias2 ,elo construtor
de 4KuinasW2 co4o contida2 ,or e;e4,lo2 no valor de u4 ,ar de 4eias. V)ntretanto2 a
totalidade de trabalho Kue ,roduG cada ,ar de 4eias "...( inclui a totalidade do trabalho do
construtor de 4Kuinas e n0o a,enas u4a ,arte^ ,ois u4a 4Kuina IaG na verdade
4uitos ,ares de 4eias2 4as nenhu4 desses ,ares ,oderia ter sido Iabricado co4 a
renMncia a algu4a ,arte da 4KuinaW. ".servations on Certain Ver.al Disputes in Pol!
*con! ParticularlD -elatin2 to Value, and to Demand and <upplD! +ondres2 #E6#. ,. 57.(
autor2 u4 VAiseacreW
P
e;' tre4a4ente ,resun/oso2 sQ te4 raG0o co4 sua conIus0o e2

05
MARX
,or isso2 co4 sua ,olJ4ica na 4edida e4 Kue ne4 Ricardo ne4 KualKuer outro
econo4ista2 antes ou de,ois dele2 distinguiu e;ata4ente os dois as,ectos do trabalho2
tendo2 ,ortanto2 4enos ainda seus diIerentes ,a,Ris na Ior4a/0o do valor.
P
Sabich0o. "*. dos T.(
D#7 PQ de algod0o. "*. dos T.(

06
OS ECONOMISTAS
,elo ,rocesso de trabalho e4 Kue entra co4o 4eio de ,rodu/0o2
4as
,elo ,rocesso de trabalho de Kue sai co4o ,roduto. *o ,rocesso de
trabalho sQ serve de valor de uso2 de coisa co4 ,ro,riedades Mteis2
e n0o transIeriria2 ,or isso2 nenhu4 valor ao ,roduto2 se P n0o
tivesse ,ossu3do valor antes de sua entrada no ,rocesso.
D#5
!o transIor4ar o trabalho ,rodutivo 4eios de ,rodu/0o e4
ele'
4entos constituintes de u4 novo ,roduto2 ocorre co4 o seu valor u4a
trans4igra/0o de al4as. )le trans4igra do cor,o consu4ido ao cor,o
recR4'estruturado. Has essa trans4igra/0o de al4as ocorre igual4en'
te Fs costas do verdadeiro trabalho. trabalhador n0o ,ode
agregar novo trabalho e2 ,ortanto2 criar novo valor2 se4 conservar
valores an' tigos2 ,ois ele te4 de agregar o trabalho se4,re sob
u4a Ior4a Mtil2
e ele n0o ,ode agreg'lo e4 Ior4a Mtil se4 IaGer de ,rodutos
4eios de ,rodu/0o de u4 novo ,roduto e2 co4 isso2 transIerir seu
valor ao novo ,roduto. [ ,ortanto u4 do4 natural da Ior/a de
trabalho e4 a/0o2 do trabalho vivo2 conservar valor ao agregar
valor2 u4 do4 na' tural Kue nada custa ao trabalhador 4as Kue rende
4uito ao ca,italista2
a conserva/0o do valor ,ree;istente do ca,ital.
D#1
)nKuanto o negQcio
4archa be42 o ca,italista est a,roIundado de4ais no ganho de
e;' cedente ,ara ver esse do4 gratuito do trabalho. Interru,/=es
violentas do ,rocesso de trabalho2 crises2 torna4'no sensivel4ente
,erce,t3vel.
D#&
D#5 Co4,reende'se2 ,or isso2 a Ialta de senso do ins3,ido J.'B Sa-2 Kue Kuer deduGir a 4ais'valia
"Puros2 lucro2 renda( dos services productifs
P
Kue os 4eios de ,rodu/0o terra2 instru4entos2
couro etc. ,resta4 no ,rocesso de trabalho ,or 4eio de seus valores de uso. sr. <ilhel4
Roscher2 Kue diIicil4ente dei;a de registrar ,reto no branco es,eciosas idRias a,ologRticas2
e;cla4a9 VJ.'B. Sa- observa co4 4uita raG0o e4 Trait#, t. I2 ca,. 72 Kue o valor ,roduGido
,or u4 4oinho de aGeite2 de,ois de deduGir todos os custos2 R algo novo2
essencial4ente diIerente do trabalho Kue criou o ,rQ,rio 4oinhoW. "p! cit!2 ,. E62
nota.( Huito certo. VQleoW ,roduGido ,elo 4oinho de aGeite R algo 4uito diIerente do
trabalho Kue custa a constru/0o do 4oinho. ) ,or VvalorW entende o sr. Roscher coisas
co4o VQleoW2 ,ois VQleoW te4 valor e Vna *atureGaW encontra'se Qleo 4ineral2 e4bora
relativa4ente Vn0o 4uitoW2 Iato a Kue se reIere sua outra observa/0o9 V)laW "a
*atureGaj( VKuase n0o ,roduG valores de trocaW. lp! cit!2 ,. &$.m Sucede F *atureGa de
Roscher co4 o valor de troca o 4es4o Kue F virge4 tola co4 o Iilho2 Kue a,enas Vera
4uito ,eKuenoW. )sse 4es4o VsbioW "savant s#rieu:( observa ainda2 na ocasi0o
4encionada aci4a9 V! escola de Ricardo costu4a subordinar ta4bR4 o ca,ital no conceito
de trabalho2 co4o rtrabalho ,ou,adon. Isso R inadeKuado "j( co4o "j( o ,ossuidor do ca,ital
"j(2 se4 dMvida "j(2 IeG 4ais "j( do Kue a 4era "Zj( ,rodu/0o "Z( e "ZZ( conserva/0o do 4es4o
"do KuJZ(9 a saber "ZjZ( a abstinJncia do ,rQ,rio ,raGer2 ,elo Kue e;ige2 ,or e;e4,lo "jjj(
PurosW. "p! cit!2 l,. E6m.( Su0o adeKuado "j( R esse V4Rtodo anatY4ico'IisiolQgicoW da )cono4ia
Pol3tica Kue do 4ero VdesePoW desenvolve ,ois o VvalorW.
P
Servi/os ,rodutivos. "*. dos T.(
D#1 i:e todos os recursos au;iliares na agricultura2 o trabalho do ho4e4 R "...( aKuele do Kual
o farmer 4ais de,ende ,ara a re,osi/0o de seu ca,ital. s outros dois L a dis,onibilidade
de ani4ais de trabalho e "...( os carros2 arados2 ,s etc. L n0o s0o nada se4 certa Kuantidade
do ,ri4eiro.i "BCRK)2 )d4und. Thou2hts and Details on <carcitD, ri2inallD

0'
MARX
Presented to the -t! 1on! @! Pitt in the "onth of ?ovem.er 7IEF! )dit. +ondres2 #E%%2
,. #%.(
D#& *o Times de 61 de nove4bro de #E162 u4 Iabricante cuPa Iia/0o ocu,a E%% trabalhadores
e conso4e se4anal4ente2 e4 4Rdia2 #5% Iardos de algod0o da Bndia2 ou a,ro;i4ada4ente
#D% Iardos de algod0o a4ericano2 Kuei;a'se ao ,Mblico sobre os custos anuais
ocasionados ,ela ,aralisa/0o de sua Ibrica. )le as avalia e4 1 4il libras esterlinas. )ntre
esses custos encontra4'se 4uitos itens Kue n0o nos interessa4 aKui2 co4o renda da
terra2 i4,ostos2
,rJ4ios de seguro2 ordenados de trabalhadores contratados anual4ente2 mana2er,
P
contador2

0/
OS ECONOMISTAS
Kue se conso4e dos 4eios de ,rodu/0o R seu valor de uso2
,elo consu4o do Kual o trabalho Ior4a ,rodutos. Seu valor n0o R2
de Iato2 consu4ido2
D#E
ne4 ,ode2 ,ortanto2 ser re,roduGido. )le R
conser' vado2 n0o ,orKue u4a o,era/0o ocorre co4 ele 4es4o no
,rocesso de trabalho2 4as ,orKue o valor de uso2 e4 Kue e;istia
original4ente2 na verdade desa,arece2 4as desa,arece a,enas e4
outro valor de uso. valor dos 4eios de ,rodu/0o rea,arece2 ,or
isso2 no valor do ,roduto2 4as2 Ialando e;ata4ente2 ele n0o R
re,roduGido. Kue R ,roduGido R
o novo valor de uso2 e4 Kue rea,arece o antigo valor de troca.
D#$
[ diIerente o Kue acontece co4 o Iator subPetivo do ,rocesso
de trabalho2 a Ior/a de trabalho e4 a/0o. )nKuanto o trabalho2 ,or
4eio de sua Ior4a adeKuada a u4 Ii42 transIere o valor dos 4eios
de ,ro' du/0o ao ,roduto e o conserva2 cada 4o4ento de seu
4ovi4ento cria valor adicional2 novo valor. Su,onha4os Kue o
,rocesso de ,rodu/0o se interro4,a no ,onto e4 Kue o trabalhador
tenha ,roduGido u4 eKuivalente do valor de sua ,rQ,ria Ior/a de
trabalho2 tendo agregado 4ediante trabalho de 1 horas2 ,or e;e4,lo2
u4 valor de D ;elins. )sse valor Ior4a o e;cedente do valor do
,roduto sobre seus co4,onentes devidos ao valor dos 4eios de
,rodu/0o. )le R o Mnico valor original Kue surgiu de dentro desse
,rocesso2 a Mnica ,arte de valor do ,roduto Kue R ,roduGida ,elo
,rQ,rio ,rocesso. Certa4ente2 substitui a,enas
o dinheiro adiantado ,elo ca,italista na co4,ra da Ior/a de trabalho
e gasto ,elo ,rQ,rio trabalhador e4 4eios de subsistJncia. *o Kue se
reIere aos D ;elins des,endidos2 o novo valor de D ;elins a,arece a,enas
co4o re,rodu/0o. Has ele R re,roduGido real4ente2 e n0o sQ
a,aren'
engenheiro etc. Has ent0o calcula #5% libras esterlinas ,or carv0o2 a Ii4 de aKuecer de
te4,os e4 te4,os a Ibrica e ,Yr e4 4ovi4ento2 ocasional4ente2 a 4Kuina a va,or2
alR4 disso2 salrios ,ara trabalhadores Kue2 4ediante trabalho de ocasi0o2 4antJ4 a
4a'
Kuinaria e4 VIlu;oW. Final4ente # 6%% libras esterlinas ,ela deteriora/0o da
4aKuinaria2 u4a veG Kue Vo te4,o e as causas naturais da decadJncia n0o sus,ende4
sua atua/0o ,orKue a 4Kuina a va,or dei;a de girarW. bserva e;,ressa4ente Kue
essa so4a de # 6%% libras esterlinas R t0o bai;a ,orKue o estado da 4aKuinaria R de
4uito uso.
P
Gerente. "*. dos T.(
D#E iConsu4o ,rodutivo9 onde o consu4o de u4a 4ercadoria R ,arte do ,rocesso de ,rodu/0o.
"...( *esses casos2 n0o h consu4o de valor.i "*)<H!*2 S. P. p! cit!2 ,. 6$1.(
D#$ *u4 co4,Jndio norte'a4ericano2 do Kual houve talveG 6% edi/=es2 lJ'se9 V*0o R signiIicativa
a Ior4a sob a Kual o ca,ital rea,areceW. :e,ois de u4a loKuaG enu4era/0o de todos
os ,oss3veis ingredientes da ,rodu/0o cuPo valor rea,arece no ,roduto2 diG'se
Iinal4ente9 V!s diIerentes es,Rcies de ali4entos2 rou,as e habita/=es necessrias F
e;istJncia e ao conIorto do ho4e4 s0o igual4ente transIor4adas. S0o consu4idas de
te4,o e4 te4,o2 e seu valor rea,arece na nova Ior/a Kue e4,resta4 ao seu cor,o e ao
seu es,3rito2 constituindo assi4 novo ca,ital Kue se a,lica de novo no ,rocesso de
,rodu/0oW. "<!>+!*:2 F. p! cit!2 ,.
D#'D6.( !bstraindo todas as de4ais esKuisitices2 n0o R2 ,or e;e4,lo2 o ,re/o do ,0o Kue

00
MARX
rea,arece na Ior/a renovada2 4as suas substUncias Ior4adoras de sangue. Kue rea,arece2
ao contrrio2 co4o valor da Ior/a2 n0o s0o os 4eios de subsistJncia2 4as seu valor. Se
os 4es4os ali4entos custa4 a,enas a 4etade2 ,roduGir0o e;ata4ente a 4es4a
Kuantidade de 4Msculos2 ossos etc.2 e4 su4a2 a 4es4a Ior/a2 4as n0o Ior/a do 4es4o
valor. )ssa convers0o de VvalorW e4 VIor/aW e toda essa indeter4ina/0o Iarisaica2 dissi4ula4
a tentativa2 de resto v02 de IaGer surgir u4a 4ais'valia do 4ero rea,areci4ento de valores
adiantados.

01
OS ECONOMISTAS
te4ente2 co4o o valor dos 4eios de ,rodu/0o. ! substitui/0o de u4
valor ,elo outro R 4ediada aKui ,or cria/0o nova de valor.
J sabe4os2 entretanto2 Kue o ,rocesso de trabalho ,erdura
alR4 do ,onto e4 Kue seria re,roduGido u4 si4,les eKuivalente do
valor da Ior/a de trabalho e agregado ao obPeto de trabalho. )4 veG
das 1 horas2 Kue basta4 ,ara isso2 o ,rocesso dura2 ,or e;e4,lo2 #6
horas. Hediante
a atividade da Ior/a de trabalho2 re,roduG'se2 ,ortanto2 n0o sQ seu
,rQ,rio
valor2 4as ,roduG'se ta4bR4 valor e;cedente. )ssa 4ais'valia
Ior4a o e;cedente do valor do ,roduto sobre o valor dos constituintes
consu4idos do ,roduto2 isto R2 dos 4eios de ,rodu/0o e da Ior/a de
trabalho.
!o a,resentar os ,a,Ris Kue os diversos Iatores do ,rocesso de
trabalho dese4,enha4 na Ior4a/0o do valor do ,roduto2 caracteriGa'
4os2 de Iato2 as Iun/=es das diIerentes ,artes co4,onentes do ca,ital
e4 seu ,rQ,rio ,rocesso de valoriGa/0o. e;cedente do valor total do
,roduto sobre a so4a dos valores de seus ele4entos constituintes
R o e;cedente do ca,ital valoriGado sobre o valor do ca,ital
original4ente adiantado. Heios de ,rodu/0o2 de u4 lado2 e Ior/a
de trabalho2 do outro2 s0o a,enas as diIerentes Ior4as de
e;istJncia Kue o valor do ca,ital originrio assu4iu ao desIaGer'se
de sua Ior4a dinheiro e ao transIor4ar'se nos Iatores do ,rocesso
de trabalho.
! ,arte do ca,ital2 ,ortanto2 Kue se converte e4 4eios de
,ro' du/0o2 isto R2 e4 4atRria',ri4a2 4atRrias au;iliares e 4eios
de tra' balho2 n0o altera sua grandeGa de valor no ,rocesso de
,rodu/0o. )u
a cha4o2 ,or isso2 ,arte constante do ca,ital2 ou 4ais concisa4ente9
ca,ital constante.
! ,arte do ca,ital convertida e4 Ior/a de trabalho e4
contra' ,osi/0o 4uda seu valor no ,rocesso de ,rodu/0o. )la
re,roduG seu ,rQ,rio eKuivalente e2 alR4 disso2 ,roduG u4 e;cedente2
u4a 4ais'valia Kue ela 4es4a ,ode variar2 ser 4aior ou 4enor. )ssa
,arte do ca,ital transIor4a'se continua4ente de grandeGa constante
e4 grandeGa va' rivel. )u a cha4o2 ,or isso2 ,arte varivel do
ca,ital2 ou 4ais conci' sa4ente9 ca,ital varivel. !s 4es4as ,artes
co4,onentes do ca,ital2 Kue do ,onto de vista do ,rocesso de
trabalho se distingue4 co4o Iatores obPetivos e subPetivos2 co4o
4eios de ,rodu/0o e Ior/a de tra' balho2 se distingue42 do ,onto
de vista do ,rocesso de valoriGa/0o2 co4o ca,ital constante e
ca,ital varivel.
conceito do ca,ital constante n0o e;clui2 de 4odo algu42 u4a
revolu/0o do valor de suas ,artes co4,onentes. Su,onha Kue #
libra de algod0o custe hoPe 1 ,ence e suba a4anh02 e4 virtude de
u4a Kueda na colheita de algod0o2 a # ;eli4. algod0o velho2 Kue
continua
a ser elaborado2 Ioi co4,rado ao valor de 1 ,ence2 4as agrega
agora

02
MARX
ao ,roduto u4 valor de # ;eli4. ) o algod0o Kue P est Iiado e talveG
estePa circulando no 4ercado2 sob a Ior4a de Iio2 agrega ta4bR4
ao ,roduto o dobro de seu valor original. VJ'se2 ,orR42 Kue essas
altera/=es de valor s0o inde,endentes da valoriGa/0o do algod0o no
,rQ,rio ,ro' cesso de Iia/0o. Se o algod0o velho n0o tivesse entrado
ainda no ,rocesso de trabalho2 ,oderia ser revendido agora ,or #
;eli42 e4 veG de 1

13
OS ECONOMISTAS
,ence. !o contrrio9 Kuanto 4enos ,rocessos de trabalho ele ainda
tenha a ,ercorrer2 tanto 4ais seguro R esse resultado. Por isso2 R u4a
lei da es,ecula/0o2 e4 tais revolu/=es de valor2 es,ecular co4 a 4a'
tRria',ri4a e4 sua Ior4a 4enos elaborada2 isto R2 antes co4 o Iio do
Kue co4 o tecido e antes co4 o ,rQ,rio algod0o do Kue co4 o Iio.
! 4udan/a de valor se origina aKui no ,rocesso Kue ,roduG
algod0o2 e n0o no ,rocesso e4 Kue Iunciona co4o 4eio de
,rodu/0o e2 ,or isso2 co4o ca,ital constante. !inda Kue o valor de
u4a 4ercadoria sePa deter4inado ,elo Cuantum de trabalho contido
nela2 esse ,rQ,rio Cuan- tum R social4ente deter4inado. Se 4uda o
te4,o de trabalho social' 4ente necessrio ,ara sua ,rodu/0o L e o
4es4o Cuantum de algod0o2 ,or e;e4,lo2 re,resenta 4aior Cuantum
de trabalho e4 colheitas des' Iavorveis do Kue e4 Iavorveis L h
u4 eIeito retroativo sobre a 4ercadoria antiga2 Kue se4,re vale
co4o e;e4,lo isolado de sua es,R' cie2
D6%
cuPo valor se4,re se
4ede ,elo trabalho social4ente necessrio2 isto R2 se4,re ,elo
trabalho necessrio nas condi/=es sociais ,resentes.
!ssi4 co4o o valor da 4atRria',ri4a2 o valor dos 4eios de ,ro'
du/0o Kue P ,resta4 servi/o no ,rocesso de ,rodu/0o2 da 4aKuinaria2
,or e;e4,lo2 ,ode variar2 e2 ,ortanto2 ta4bR4 a ,arte de valor
Kue transIere4 ao ,roduto. Se2 ,or e;e4,lo2 e4 conseKOJncia de u4a
nova inven/0o2 se re,roduG 4aKuinaria da 4es4a es,Rcie co4
4enos dis' ,Jndio de trabalho2 a antiga 4aKuinaria R 4ais ou 4enos
desvaloriGada
e transIere2 ,or isso2 relativa4ente 4enos valor ao ,roduto. Has ta4'
bR4 aKui a 4udan/a de valor origina'se Iora do ,rocesso de ,rodu/0o2
e4 Kue a 4Kuina Iunciona co4o 4eio de ,rodu/0o. *esse ,rocesso
nunca cede 4ais valor do Kue ,ossui inde,endente4ente dele.
!ssi4 co4o u4a 4udan/a no valor dos 4eios de ,rodu/0o2 4es4o
Kuando ocorre retroativa4ente a,Qs sua entrada no ,rocesso2 n0o altera
seu carter co4o ca,ital constante2 ta4,ouco u4a 4udan/a na
,ro' ,or/0o entre o ca,ital constante e varivel atinge sua
diIeren/a Iun' cional. !s condi/=es tRcnicas do ,rocesso de trabalho
,ode4 ser trans' Ior4adas de Ior4a Kue2 ,or e;e4,lo2 onde antes #%
trabalhadores co4
#% Ierra4entas de ,ouco valor ,rocessava4 u4a 4assa relativa4ente
,eKuena de 4atRria',ri4a2 agora # trabalhador co4 # 4Kuina
cara ,rocessa ce4 veGes 4ais 4atRria',ri4a. *esse caso2 o ca,ital
constante2
isto R2 a 4assa de valor dos 4eios de ,rodu/0o e4,regados2 teria
crescido consideravel4ente e a ,arte do ca,ital varivel2 adiantada
sob a Ior4a de Ior/a de trabalho2 teria ca3do 4uito. )ssa 4udan/a
altera2 entretanto2 a,enas a rela/0o de grandeGas entre o ca,ital cons'
tante e o varivel2 ou a ,ro,or/0o e4 Kue o ca,ital total se deco4,=e
e4 co4,onentes constantes e variveis2 4as e4 contra,osi/0o n0o
atinge a diIeren/a entre constante e varivel.

11
MARX
D6% iTodos os ,rodutos da 4es4a es,Rcie Ior4a42 na verdade2 nada 4ais Kue u4a 4assa cuPo
,re/o R deter4inado de 4odo geral e se4 considera/0o Fs circunstUncias es,ec3Iicas.i "+)
TRS*). p! cit!, ,. E$D.(

c v
c a v
c v
m
CAPTULO VII
A TAXA DE MAISCVALIA
1( O ,r$ :e eH!%or;<o : for; :e #r)%7o
A 4ais'valia Kue o ca,ital C adiantado no ,rocesso de ,rodu/0o
,roduGiu2 ou a valoriGa/0o do ca,ital adiantado C2 a,resenta'se2 de
in3cio2 co4o e;cedente do valor do ,roduto sobre a so4a de valor
de seus ele4entos de ,rodu/0o.
ca,ital C deco4,=e'se e4 duas ,artes2 u4a so4a de dinheiro
c
des,endida co4 4eios de ,rodu/0o2 e outra v2 des,endida co4 Ior/a
de trabalho^ c re,resenta a ,arte do valor transIor4ada e4 ca,ital
constante
e v a ,arte Kue se transIor4ou e4 ca,ital varivel. riginal4ente2
,or' tanto2 R C [ c _ v2 ,or e;e4,lo2 o ca,ital adiantado de 5%% libras
ester'
linas c 7#% libras esterlinas a $% libras esterlinas. *o Ii4 do ,rocesso de
,rodu/0o surge a 4ercadoria cuPo valor R c a m2 re,resentando
m a 4ais'valia2 ,or e;e4,lo2 7#% libras esterlinas a $% libras
esterli'
nas a $% libras esterlinas. ca,ital original C transIor4ou'se e4 CS2
e de 5%% libras esterlinas e4 5$% libras esterlinas. ! diIeren/a
entre a4bos R c m2 u4a 4ais'valia de $%. Co4o o valor dos
ele4entos de ,rodu/0o R igual ao valor do ca,ital adiantado2 R de Iato
u4a tautologia diGer Kue o e;cedente do valor do ,roduto sobre o
valor de seus ele' 4entos de ,rodu/0o R igual F valoriGa/0o do ca,ital
adiantado ou igual
F 4ais'valia ,roduGida.
)ssa tautologia2 entretanto2 e;ige deter4ina/0o 4ais ,recisa.
Kue se co4,ara co4 o valor do ,roduto R o valor dos ele4entos
15

de ,rodu/0o consu4idos e4 sua Ior4a/0o. Vi4os2 ,orR42 Kue a ,arte
do ca,ital constante a,licado Kue consiste e4 4eios de trabalho
transIere ao ,roduto a,enas u4a ,or/0o de seu valor2 enKuanto a
outra ,or/0o ,ersiste e4 sua antiga Ior4a de e;istJncia. Co4o
esta Mlti4a n0o

c a v
c a v
c v
v
ibras esterlinas
m
m
% a v
dese4,enha nenhu4 ,a,el na Ior4a/0o do valor2 deve'se aKui abs'
tra3'la. Sua inclus0o nos clculos nada alteraria. Su,onha Kue c c 7#%
libras esterlinas co4,onha'se de D#6 libras esterlinas de 4atRria',ri'
4a2 77 libras esterlinas de 4atRrias au;iliares2 57 libras esterlinas de
4aKuinaria Kue se de,recia no ,rocesso2 4as Kue o valor da 4aKuinaria
real4ente e4,regada sePa de # %57 libras esterlinas. Co4o adiantado
,ara gerar o valor do ,roduto2 sQ conta4os o valor de 57 libras ester'
linas2 Kue a 4Kuina ,erde devido ao seu Iunciona4ento2
transIerin' do'o2 ,ortanto2 ao ,roduto. Se inclu3sse4os as # %%%
libras esterlinas Kue continua4 e;istindo e4 sua Ior4a antiga co4o
4Kuina a va,or etc.2 ter3a4os de so4'las aos dois lados2 ao lado
do valor adiantado
e ao lado do valor do ,roduto2
D6#
e obter3a4os assi4 res,ectiva4ente
# 5%% libras esterlinas e # 5$% libras esterlinas. ! diIeren/a ou a
4ais'valia seria2 de,ois co4o antes2 $% libras esterlinas. Por
ca,ital constante2 adiantado ,ara a ,rodu/0o de valor2
co4,reende4os2 ,or isso2 se4,re a,enas o valor dos 4eios de
,rodu/0o consu4idos na ,rodu/0o2 a n0o ser Kue o contrrio se
evidencie do conte;to.
Isso ,osto2 volta4os F IQr4ula C [ c _ v2 Kue se transIor4a e4
CS c a m e e4 virtude disso transIor4a C e4 CS. Sabe'se Kue
o valor do ca,ital constante a,enas rea,arece no ,roduto.
,roduto de valor real4ente criado no ,rocesso distingue'se2 ,ortanto2
do valor do ,roduto obtido dele. Por isso2 esse ,roduto de valor n0o
R2 co4o ,a'
rece F ,ri4eira vista2 a m ou 7#% libras esterlinas a $% libras
esterlinas a $% libras esterlinas2 4as si4 v a m ou $% l
a $% libras esterlinas2 n0o 5$% libras esterlinas2 4as #E% libras ester'
linas. Se c2 o ca,ital constante2 Iosse c %2 e4 outras ,alavras2 se hou'
vesse ra4os industriais e4 Kue o ca,italista n0o tivesse de a,licar
4eios de ,rodu/0o ,roduGidos2 ne4 4atRria',ri4a ne4 4atRrias
au' ;iliares ne4 instru4entos de trabalho2 4as a,enas tivesse de
a,licar 4atRrias ,ree;istentes na *atureGa e Ior/a de trabalho2 n0o
haveria2 ,ortanto2 nenhu4a ,arte de valor constante a ser transIerida
ao ,roduto. )sse ele4ento do valor do ,roduto2 e4 nosso e;e4,lo 7#%
libras esterlinas2 n0o e;istiria2 4as o ,roduto de valor de #E% libras
esterlinas2 contendo
$% libras esterlinas de 4ais'valia2 ,er4aneceria inteira4ente de 4es4a
grandeGa2 co4o se c re,resentasse a 4aior so4a de valores. Te'
r3a4os C c c v, e CS2 o ca,ital valoriGado2 c v a m; CS w C seria2
MARX
1'

D6# iSe considerar4os o valor do ca,ital Ii;o a,licado ,arte do ca,ital adiantado2 tere4os de
calcular2 no Ii4 do ano2 o valor re4anescente desse ca,ital co4o ,arte da receita anual.i
"H!+T?CS. Princ! of Pol! *con! 6k ed.2 +ondres2 #ED1. ,. 61$.(

c a v2
v
1/
OS ECONOMISTAS
de,ois co4o antes2 c m. Se2 inversa4ente2 m c %2 e4 outras ,alavras2
se a Ior/a de trabalho2 cuPo valor R adiantado na Ior4a de ca,ital
varivel2 ,roduGisse a,enas u4 eKuivalente2 ent0o C c e Cn "o
valor do ,roduto( c c a v a %2 ,or isso2 C c CS. ca,ital adiantado
n0o teria ent0o se valoriGado.
J sabe4os2 de Iato2 Kue a 4ais'valia R 4era conseKOJncia
da 4udan/a de valor Kue ocorre co4 v2 a ,arte do ca,ital convertida
e4 Ior/a de trabalho2 ,ortanto2 v a m c v a v "v 4ais incre4ento
de v(. Has a verdadeira 4udan/a de valor e a ,ro,or/0o e4 Kue
se altera
o valor s0o obscurecidas ,elo Iato de Kue e4 conseKOJncia do cresci'
4ento de sua ,arte varivel2 cresce ta4bR4 o ca,ital total. )ste era
5%% e tornou'se 5$%. ! anlise ,ura do ,rocesso e;ige2 ,ortanto2 a
abstra/0o total da ,arte do valor do ,roduto e4 Kue a,enas rea,arece
o valor do ca,ital constante2 isto R2 su,=e'se o ca,ital constante c c N
e a,lica'se u4a lei da Hate4tica2 ,ela Kual o,era'se co4 grandeGas
variveis e constantes2 e a grandeGa constante sQ estePa ligada ,or
adi/0o ou subtra/0o F varivel.
utra diIiculdade surge da Ior4a original do ca,ital varivel.
!ssi42 no e;e4,lo aci4a2 CS c 7#% libras esterlinas de ca,ital constante
a $% libras esterlinas de ca,ital varivel a $% libras esterlinas de
4ais'valia. *oventa libras esterlinas s0o2 ,orR4 u4a grandeGa
dada2 ,ortanto constante2 e ,or isso ,arece inconsistente trat'la co4o
gran'
deGa varivel. Has $% libras esterlinas ou $% libras esterlinas de ca,ital
varivel s0o aKui2 de Iato2 nada 4ais Kue u4 s34bolo do ,rocesso Kue
esse valor ,ercorre. ! ,arte do ca,ital adiantada na co4,ra da
Ior/a de trabalho R deter4inado Cuantum de trabalho obPetivado2
,ortanto grandeGa constante de valor2 co4o o valor da Ior/a de
trabalho co4' ,rada. *o ,rQ,rio ,rocesso de ,rodu/0o2 ,orR42 to4a
o lugar das $% libras esterlinas adiantadas a Ior/a de trabalho e4
a/0o2 e4 lugar de trabalho 4orto2 trabalho vivo2 e4 lugar de u4a
grandeGa esttica2 u4a e4 Ilu;o2 e4 lugar de u4a constante u4a
varivel. resultado
R a re,rodu/0o de v 4ais o incre4ento de v. :o ,onto de vista da
,rodu/0o ca,italista2 todo esse ,ercurso R o 4ovi4ento autYno4o
do valor original4ente constante2 convertido e4 Ior/a de trabalho.
!tri' bui'se a ele o ,rocesso e seu resultado. Se a IQr4ula $% libras
esterlinas de ca,ital varivel ou valor Kue se valoriGa ,arece ,ortanto
contraditQria2 ela a,enas e;,ressa u4a contradi/0o i4anente F
,rodu/0o ca,italista.
N ,ri4eira vista2 ,arece estranho igualar o ca,ital constante a
%. )ntretanto2 R o Kue se IaG constante4ente na vida cotidiana. Se
alguR4 Kuiser calcular2 ,or e;e4,lo2 o Kuanto ganha a Inglaterra co4

10
MARX
a indMstria de algod0o2 co4e/aria ,or descontar o ,re/o do algod0o
,ago aos )stados Cnidos2 Bndia2 )gito etc.2 Kuer diGer2 ele iguala a
N
o valor do ca,ital Kue a,enas rea,arece no valor do ,roduto.

c a v v a
m
11
OS ECONOMISTAS
*o entanto2 a rela/0o da 4ais'valia n0o sQ co4 a ,arte do ca,ital
da Kual ela direta4ente se origina e cuPa 4udan/a de valor re,resenta2
4as ta4bR4 co4 o ca,ital total adiantado te4 grande signiIica/0o
econY4ica. Por isso2 trata4os dessa rela/0o ,or4enoriGada4ente
no
+ivro Terceiro. Para valoriGar ,arte do ca,ital 4ediante sua convers0o
e4 Ior/a de trabalho2 a outra ,arte do ca,ital te4 Kue ser transIor4ada
e4 4eios de ,rodu/0o. Para Kue o ca,ital varivel Iuncione2
ca,ital constante e4 ,ro,or/=es adeKuadas2 segundo o carter
tRcnico deter' 4inado do ,rocesso de trabalho2 te4 Kue ser adiantado.
! circunstUncia de Kue se ,recisa de retortas e de outros reci,ientes
,ara u4 ,rocesso Ku34ico n0o i4,ede2 ,orR42 Kue na anlise a
,rQ,ria retorta sePa abs' tra3da. *a 4edida e4 Kue a cria/0o de
valor e a 4udan/a de valor s0o encaradas e4 si 4es4as2 isto R2
e4 sua ,ureGa2 os 4eios de ,ro' du/0o2 essas Ior4as 4ateriais do
ca,ital constante2 sQ Iornece4 a 4a' tRria e4 Kue a Ior/a e4 Ilu;o2
Ior4adora do valor2 se deve Ii;ar. ! natureGa dessa 4atRria R ,or
isso indiIerente2 se algod0o ou Ierro. Ta4bR4 o valor dessa
4atRria R indiIerente. )la te4 Kue e;istir e4 volu4e suIiciente
,ara ,oder absorver o Cuantum de trabalho a ser des,endido
durante o ,rocesso de ,rodu/0o. :ado o volu4e2 seu valor ,ode subir
ou bai;ar ou ela ,ode n0o ter valor2 co4o terra e 4ar2 o ,rocesso
da cria/0o de valor e de 4udan/a do valor n0o R aIetado.
D66
:e in3cio2 iguala4os ,ortanto a ,arte constante do ca,ital a %.
ca,ital adiantado se reduG assi4 de c a v a v2 e o valor do
,roduto
a m ao ,roduto de valor . :ado o ,roduto de valor c
#E% libras esterlinas2 no Kual se re,resenta o trabalho Kue Iluiu
durante todo o ,rocesso de ,rodu/0o2 te4os de deduGir o valor do ca,ital
varivel
c $% libras esterlinas ,ara obter a 4ais'valia c $% libras esterlinas.
nM4ero $% libras esterlinas c m e;,ressa aKui a grandeGa absoluta
da 4ais'valia ,roduGida. Has sua grandeGa ,ro,orcional2 isto R2 a ,ro'
,or/0o e4 Kue se valoriGou o ca,ital varivel2 R evidente4ente
deter' 4inada ,ela rela/0o entre a 4ais'valia e o ca,ital varivel2
e;,res'
sando'se co4o
m
. *o e;e4,lo aci4a R2 ,ortanto2
$ %
c #%%b. )ssa
v $%
valoriGa/0o ,ro,orcional do ca,ital varivel ou a grandeGa ,ro,orcional
da 4ais'valia2 eu cha4o de ta;a de 4ais'valia.
D6D
Vi4os Kue o trabalhador2 durante ,arte do ,rocesso de trabalho2
D66 *ota F 6k edi/0o. )ntende'se ,or si 4es4o o Kue diG +ucrRcio Vnil posse creari de nihiloW.
:e nada sai nada.
P
VCria/0o de valorW R convers0o de Ior/a de trabalho e4 trabalho. !
Ior/a de trabalho2 ,or sua veG2 R sobretudo 4atRria natural convertida no organis4o hu4ano.
P
+CCR[CI. Da ?ature&a! +ivro ,ri4eiro. Versos #51`5&. "*. da )d. !le40.(
D6D :o 4es4o 4odo co4o os ingleses utiliGa4 rate of profits,
P
rate of interest
PP
etc. Reconhe'

12
MARX
cer'se' no +ivro Terceiro Kue R Icil co4,reender a ta;a de lucro2 t0o logo se conhe/a4
as leis da 4ais'valia. Pelo ca4inho inverso n0o se entende ni lSun, ni lSautre!
PPP
P
Ta;a de lucro. "*. dos T.(
PP
Ta;a de Puros. "*. dos T.(
PPP
*e4 u42 ne4 outro. "*. dos T.(

23
OS ECONOMISTAS
a,enas ,roduG o valor de sua Ior/a de trabalho2 isto R2 o valor dos
4eios de subsistJncia de Kue necessita. ProduGindo nu4 conte;to Kue
se baseia na divis0o social de trabalho2 ele n0o ,roduG seus 4eios
de subsistJncia direta4ente2 4as sob a Ior4a de u4a 4ercadoria
,arti' cular2 Iio2 ,or e;e4,lo2 u4 valor igual ao valor de seus 4eios
de sub' sistJncia2 ou ao dinheiro co4 o Kual os co4,ra. ! ,arte de sua
Pornada de trabalho Kue ele ,recisa ,ara isso R 4aior ou 4enor
conIor4e o valor de seus 4eios de subsistJncia dirios 4Rdios2
conIor4e2 ,ortanto2
o te4,o de trabalho dirio 4Rdio e;igido ,ara a sua ,rodu/0o. Se
o valor de seus 4eios dirios de subsistJncia re,resenta e4 4Rdia
1 horas de trabalho obPetivado2 o trabalhador necessita trabalhar
e4 4Rdia 1 horas ,or dia ,ara ,roduGi'lo. Se ele n0o trabalhasse
,ara o ca,italista2 4as ,ara si 4es4o2 inde,endente4ente2 teria2
,er4ane' cendo iguais as de4ais circunstUncias2 de trabalhar2 de,ois
co4o antes2 e4 4Rdia a 4es4a ,arte al3Kuota da Pornada ,ara
,roduGir o valor de sua Ior/a de trabalho e assi4 obter os 4eios
de subsistJncia ne' cessrios F sua 4anuten/0o ou re,rodu/0o
cont3nua. Has2 co4o na ,arte da Pornada de trabalho e4 Kue
,roduG o valor dirio da Ior/a de trabalho2 diga4os D ;elins2 ele
,roduG a,enas u4 eKuivalente ao valor dela P ,ago
D67
,elo
ca,italista e2 ,ortanto2 re,=e a,enas o valor adiantado do ca,ital
varivel ,elo novo valor criado2 a,arece essa ,ro' du/0o de valor co4o
4era re,rodu/0o. ! ,arte da Pornada de trabalho2 ,ortanto2 e4 Kue
sucede essa re,rodu/0o2 eu cha4o de te4,o de tra' balho
necessrio2 e de trabalho necessrio o trabalho des,endido du'
rante esse te4,o.
D65
*ecessrio ao trabalhador2 ,or ser
inde,endente da Ior4a social de seu trabalho. *ecessrio ao ca,ital
e seu 4undo2 ,or ser a e;istJncia cont3nua do trabalhador a sua
base.
segundo ,er3odo do ,rocesso de trabalho2 e4 Kue o trabalhador
labuta alR4 dos li4ites do trabalho necessrio2 e4bora lhe custe
tra' balho2 dis,Jndio de Ior/a de trabalho2 n0o cria ,ara ele nenhu4
valor. )la gera a 4ais'valia2 Kue sorri ao ca,italista co4 todo o
encanto de u4a cria/0o do nada. )ssa ,arte da Pornada de
trabalho cha4o de te4,o de trabalho e;cedente2 e o trabalho
des,endido nela9 4ais'tra' balho "surplus la.our(. !ssi4 co4o2 ,ara
a no/0o do valor e4 geral2
R essencial concebJ'lo co4o 4ero cogulo de te4,o de trabalho2
co4o si4,les trabalho obPetivado2 R igual4ente essencial ,ara a
no/0o de
D67 o*ota F Dk edi/0o. autor usa aKui a linguage4 econY4ica corrente. [ de se le4brar Kue
na ,enMlti4a ,gina do ca,3tulo IV Iicou de4onstrado Kue2 na verdade2 n0o R o ca,italista
Kue VadiantaW ao trabalhador2 4as o trabalhador ao ca,italista. L F. ).p
D65 )4,rega4os atR agora nesta obra a e;,ress0o Vte4,o de trabalho necessrioW ,ara designar

21
MARX
o te4,o de trabalho social4ente necessrio F ,rodu/0o de u4a 4ercadoria2 e4 geral.
:aKui e4 diante e4,reg'la'e4os ta4bR4 ,ara indicar o te4,o de trabalho
necessrio F ,rodu/0o da 4ercadoria es,ec3Iica Ior/a de trabalho. uso dos 4es4os
termini technici
P
co4 sentidos diIerentes R 4elindroso2 4as e4 nenhu4a ciJncia ,ode'
se evit'lo inteira' 4ente. Co4,are'se2 ,or e;e4,lo2 os n3veis su,eriores e inIeriores da
Hate4tica.
P
Ter4os tRcnicos. "*. dos T.(

c
m v
24
OS ECONOMISTAS
4ais'valia concebJ'la co4o 4ero cogulo de te4,o de trabalho e;ce'
dente2 co4o si4,les 4ais'trabalho obPetivado. !,enas a Ior4a ,ela
Kual esse 4ais'trabalho R e;torKuido do ,rodutor direto2 do trabalhador2
diIerencia as Ior4a/=es sQcioeconY4icas2 ,or e;e4,lo a sociedade
da escravid0o da do trabalho assalariado.
D61
Co4o o valor do ca,ital varivel c ao valor da Ior/a de trabalho
co4,rada ,or ele2 co4o o valor dessa Ior/a de trabalho deter4ina
a ,arte necessria da Pornada de trabalho2 enKuanto a 4ais'valia2
,or seu lado2 R deter4inada ,ela ,arte e;cedente da Pornada de
trabalho2 segue'se9 a 4ais'valia est ,ara o ca,ital varivel co4o o
4ais'trabalho
,ara o necessrio2 ou a ta;a da 4ais'valia
m
c
4a is t rab alho
.
v trabalhonecessrio
!4bas as ,ro,or/=es e;,ressa4 a 4es4a rela/0o de Ior4a diIerente2
u4a veG na Ior4a de trabalho obPetivado2 outra veG na Ior4a de
tra' balho e4 Ilu;o.
! ta;a de 4ais'valia R2 ,or isso2 a e;,ress0o e;ata do grau de
e;,lora/0o da Ior/a de trabalho ,elo ca,ital ou do trabalhador ,elo
ca,italista.
D6&
Segundo nossa su,osi/0o2 o valor do ,roduto era c 7#% libras es'
terlinas a $% libras esterlinas a $%2 o ca,ital adiantado c 5%% libras
esterlinas. Co4o a 4ais'valia c $% e o ca,ital adiantado c 5%%2 obter'
se'ia2 segundo o 4odo costu4eiro de clculo2 u4a ta;a de 4ais'
valia "Kue R conIundida co4 a ta;a de lucro( c #Eb2 u4a
,ro,or/0o t0o
D61 Co4 u4a genialidade gottschediana2
P
o sr. <ilhel4 Tuc3dides Roscher
PP
descobre Kue2 se
hoPe e4 dia a Ior4a/0o da 4ais'valia ou 4ais',roduto e a acu4ula/0o da3 decorrente
s0o devidas F V,arci4YniaW do ca,italista2 Kue e4 co4,ensa/0o Ve;ige2 ,or e;e4,lo2
PurosW2 ao contrrio2 Vnos n3veis 4ais bai;os de cultura2 "...( os 4ais Iracos s0o
obrigados ,elos 4ais
Iortes a sere4 ,arci4oniososW. "p! cit!2 ,. E62 &E.( ! ,ou,ar trabalhoZ u ,rodutos
e;cedentes de Kue n0o dis,=e4Z !lR4 da ignorUncia real2 R o receio a,ologRtico de
analisar conscien' ciosa4ente o valor e a 4ais'valia2 e chegar eventual4ente a u4
resultado co4,ro4etedor
e subversivo2 Kue Ior/a Roscher e consortes a convertere4 as PustiIica/=es 4ais ou 4enos
,laus3veis Kue o ca,italista d ,ara sua a,ro,ria/0o das 4ais'valias e;istentes e4
causas da orige4 da 4ais'valia.
P
!lus0o irYnica ao escritor e cr3tico de literatura ale40o Johann Christo,h Gottsched2 Kue
dese4,enhou certo ,a,el ,ositivo na literatura2 4as ao 4es4o te4,o 4aniIestou intole'
rUncia e;traordinria contra novas tendJncias literrias. Por isso2 seu no4e tornou'se s34'
bolo de altiveG e obtusidade literria. "*. da )d. !le40.(
PP
Har; cha4a <ilhel4 Roscher ironica4ente de <ilhel4 Tuc3dides Roscher2 ,orKue este2
no ,reIcio F ,ri4eira edi/0o de seu livro Die ,rundla2en der ?ationaloekonomie "$unda-
mentos da *conomia Pol)tica(2 anunciou'se2 co4o diG Har;2 V4odesta4ente co4o o Tuc3dides
da )cono4ia Pol3ticaW. "Ver H!RK2 Karl. Theorien ue.er den "ehrAert KTeorias da
"ais- ValiaL! lv. IV de Das Capital!m Parte Terceira. Berli42 #$16. ,. 7$$( "*. da )d.
!le40.(
D6& *ota F 6k edi/0o. !,esar de ser e;,ress0o e;ata do grau de e;,lora/0o da Ior/a de trabalho2

25
MARX
a ta;a de 4ais'valia n0o e;,ressa a grandeGa absoluta da e;,lora/0o. Se2 ,or e;e4,lo2
o trabalho necessrio c 5 horas e o 4ais'trabalho c 5 horas2 o grau de e;,lora/0o c
#%%b.
! grandeGa da e;,lora/0o 4ede'se aKui e4 5 horas. Has se o trabalho necessrio c 1 horas
e o trabalho e;cedente c 1 horas2 o grau de e;,lora/0o de #%%b ,er4anece inalterado2
enKuanto a grandeGa da e;,lora/0o au4enta a 6%b2 de 5 ,ara 1 horas.

26
OS ECONOMISTAS
bai;a Kue co4overia o sr. Care- e outros ,regadores da har4onia. *a
realidade2 ,orR42 a ta;a de 4ais'valia n0o R
m
ou
m
2 4as c
m
2
C c+v v
n0o R2 ,ortanto2
$%
2 4as
$ %
c #%%b2 4ais de cinco veGes o grau
5%% $%
a,arente de e;,lora/0o. )4bora n0o conhe/a4os2 no caso dado2 a gran'
deGa absoluta da Pornada de trabalho2 ne4 o ,er3odo do ,rocesso
de trabalho "dia2 se4ana etc.(2 ne42 Iinal4ente2 o nM4ero de
trabalhadores ,ostos e4 4ovi4ento si4ultanea4ente2 ,elo ca,ital
varivel de $%
libras esterlinas2 a ta;a de 4ais'valia
m
indica'nos2 ,or 4eio de sua
v
convertibilidade e4
4a i s tr abal ho
2 e;ata4ente a rela/0o 4Mtua
trabalhonecessrio
entre as duas ,artes co4,onentes da Pornada de trabalho. [ de #%%b.
trabalhador trabalhou2 ,ortanto2 4etade da Pornada ,ara si 4es4o
e a outra ,ara o ca,italista.
)4 resu4o2 o 4Rtodo de calcular a ta;a de 4ais'valia R o
se' guinte9 to4a4os o valor total do ,roduto e iguala4os a Gero o
valor do ca,ital constante Kue a,enas rea,arece nele. ! so4a de
valor res' tante R no ,rocesso de Ior4a/0o da 4ercadoria o Mnico
,roduto de valor real4ente ,roduGido. :ada a 4ais'valia2
desconta4o'la desse ,roduto de valor ,ara encontrar o ca,ital
varivel. Procede4os inver' sa4ente2 se R dado esse Mlti4o e
,rocura4os a 4ais'valia. Sendo a4bos dados2 te4os a,enas de
e;ecutar a o,era/0o Iinal2 calcular a rela/0o
da 4ais'valia ,ara co4 o ca,ital varivel2
m
.
v
Por si4,les Kue sePa o 4Rtodo2 ,arece conveniente e;ercitar o
leitor ,or 4eio de alguns e;e4,los no 4odo de ver Kue o Iunda4enta
e ao Kual n0o est acostu4ado.
Co4ece4os ,elo e;e4,lo de u4a Iia/0o de #% 4il Iusos
VHuleW Kue ,roduG Iio n8 D6 de algod0o a4ericano2 Iabricando ,or
se4ana # libra de Iio ,or Iuso. reIugo R de 1b. Portanto2 #%
1%% libras de algod0o s0o transIor4adas se4anal4ente e4 #% 4il
libras de Iio e
1%% libras de reIugo. )4 abril de #E&#2 esse algod0o custava & D`7
,ence ,or libra^ ,ortanto2 o ,re/o arredondado de #% 1%% libras de
algod0o R de D76 libras esterlinas. s #% 4il Iusos2 inclusive a 4aKui'
naria ,re,aratQria da Iia/0o e a 4Kuina a va,or2 custa4 # libra
esterlina ,or Iuso2 ,ortanto #% 4il libras esterlinas. Sua
de,recia/0o 4onta a #%b c # %%% libras esterlinas2 ou 6% libras
esterlinas ,or se4ana. aluguel do ediI3cio da Ibrica R D%% libras
esterlinas2 ou 1 libras esterlinas ,or se4ana. Carv0o "7 libras ,or
hora e ?P2 ,ara

2'
MARX
#%% ?P "indicador( e 1% horas ,or se4ana2 inclusive aKueci4ento
do ediI3cio(9 ## tons
D6E
,or se4ana2 a E ;elins e 1 ,ence ,or
tonelada2 custa4 arredondados 7 #`6 libras ,or se4ana2 gs2 #
libra esterlina

v m
2/
OS ECONOMISTAS
,or se4ana2 Qleo2 7 #`6 libras esterlinas ,or se4ana2 ,ortanto2 todas
as 4atRrias au;iliares #% libras esterlinas ,or se4ana. !ssi42 a ,arte
de valor constante R de D&E libras esterlinas ,or se4ana. s
salrios i4,orta4 e4 56 libras esterlinas ,or se4ana. ,re/o do
Iio R de #6
#`7 ,ence ,or libra2 ou #% 4il libras c 5#% libras esterlinas2 a 4ais'
valia2 ,ortanto2 5#% w 7D% c E% libras esterlinas. FaGe4os a ,arte
de valor constante de D&E libras esterlinas c %2 ,orKue n0o ,artici,a na
Ior4a/0o
se4anal de valor. Resta o ,roduto se4anal de valor de #D6 c 56
a E% libras esterlinas. ! ta;a de 4ais'valia R2 ,ortanto2 c E%`56 c #5D
##`#Db. Para u4a Pornada de trabalho 4Rdia de #% horas obte4os9
trabalho necessrio c D D#`DD horas e 4ais'trabalho c 1 6`DD
horas.
D6$
Jacob IaG2 ,ara o ano de #E#52 u4 clculo bastante
deIeituoso ,or ter co4,ensado ,revia4ente vrias ,artidas2 o Kual
serve2 ,orR42 ,ara nossos Iins.
DD%
)le su,=e u4 ,re/o de trigo de E%
;elins ,or Cuarter
e u4a colheita 4Rdia de 66 .ushels ,or acre2 rendendo assi4 cada
acre ## libras esterlinas.
Produ/0o de valor ,or acre
Se4entes "trigo( . . . . . . . . . . . . . . # lib. est. $
;el. !dubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 lib. est.
#% ;el. Salrios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D lib.
est. #% ;el.
So4a9 & lib. est. $ ;el
:3Gi4o2 ta;as2 i4,ostos . . . . . . . . # lib. est. #
;el. !rrenda4ento . . . . . . . . . . . . . . . . # lib. est.
E ;el. +ucro de arrendatrio e Puros . . # lib.
e s t . 6 ; el.
So4a9 D lib. est. ## ;el.
! 4ais'valia2 ,ressu,ondo'se se4,re ser o ,re/o do ,roduto
c seu valor distribui'se aKui nas diversas rubricas lucro2 Puros2
d3Gi4o etc. )ssas rubricas s0o indiIerentes ,ara nQs. *Qs as
so4a4os e ob' te4os u4a 4ais'valia de D libras esterlinas e ##
;elins. !s D libras esterlinas e #$ ;elins ,ara se4entes e adubos2
co4o ,arte constante do ca,ital2 IaGe4os igual a %. Resta u4 ca,ital
varivel adiantado de
D libras esterlinas e #% ;elins2 e4 lugar do Kual se ,roduGiu u4 novo
valor de D libras esterlinas #% ;elins a D libras esterlinas ## ;elins.

20
MARX
D6E Toneladas. "*. dos T.(
D6$ *ota F 6k edi/0o. e;e4,lo de u4a Iia/0o do ano #E1%2 dado na #k edi/0o2 continha alguns
erros Iactuais. s dados co4,leta4ente e;atos Kue consta4 do te;to Iora4'4e Iornecidos
,or u4 Iabricante de Hanchester. L :eve'se observar Kue na Inglaterra se calculava
os antigos ?P ,elo diU4etro do cilindro2 enKuanto os novos se conta4 segundo a Ior/a
real Kue 4ostra o indicador.
DD% J!CB2 <illia4. A %etter to <amuel @ith.read, .ein2 a <eCuel to Considerations on the
Protection -eCuired .D 'ritish A2riculture! +ondres2 #E#5. ,. DD. "*. da )d. !le40.(

21
OS ECONOMISTAS
Portanto2
m
v
=
D l ib r as e st er l ina s ## ;eli ns
2 4ais de #%%b. tra'
D libras esterlinas #% ;elins
balhador e4,rega 4ais da 4etade de sua Pornada de trabalho
,ara ,roduGir u4a 4ais'valia Kue vrias ,essoas sob diversos
,rete;tos re' ,arte4 entre si.
DD#
4( Re!rese.#;<o :o A%or :o !ro:$#o e* !r#es
!ro!orcio.is :o !ro:$#o
Volte4os ao e;e4,lo Kue nos 4ostrou co4o o ca,italista IaG de
dinheiro ca,ital. trabalho necessrio de seu Iiandeiro era de 1 horas2
o 4ais trabalho era o 4es4o2 o grau de e;,lora/0o da Ior/a de trabalho
era2 ,ortanto2 de #%%b.
,roduto da Pornada de trabalho de #6 horas s0o 6% libras
de Iio2 co4 u4 valor de D% ;elins. *ada 4enos Kue E`#% do valor
desse Iio "67 ;elins( est0o Ior4ados ,elo valor Kue sQ rea,arece dos
4eios de ,rodu/0o consu4idos "6% libras de algod0o ,or 6% ;elins2
Iuso etc. ,or 7 ;elins(2 ou sePa2 consiste4 e4 ca,ital constante. s 6`#%
restantes s0o o novo valor de 1 ;elins2 surgido durante o ,rocesso
de Iia/0o2 4etade do Kual re,=e o valor adiantado de u4 dia da Ior/a
de trabalho2 ou sePa2 o ca,ital varivel2 e a outra 4etade constitui
u4a 4ais'valia de D ;elins. valor total das 6% libras de Iio est
co4,osto2 ,ortanto2 do seguinte 4odo9
c v m
Valor do Iio2 de D% ;elins c 67 ;elins a D ;elins a D ;elins
Co4o esse valor total se re,resenta no ,roduto total de 6% libras
de Iio2 deve ser ,oss3vel re,resentar os diIerentes ele4entos de
valor e4 ,artes ,ro,orcionais do ,roduto.
Se e;iste u4 valor de Iio de D% ;elins e4 6% libras de Iio2 ent0o
E`#% desse valor2 ou sePa2 sua ,arte constante de 67 ;elins2 est contida
e4 E`#% do ,roduto2 isto R2 e4 #1 libras de Iio. :estas2 #D #`D
libras re,resenta4 o valor da 4atRria',ri4a2 do algod0o elaborado na
Iia/0o2 ,or 6% ;elins2 e 6 6`D libras o valor das 4atRrias au;iliares
e 4eios de trabalho consu4idos2 Iusos etc. ,or 7 ;elins.
#D #`D libras de Iio re,resenta42 ,ortanto2 o algod0o
elaborado de u4 ,roduto total de 6% libras de Iio2 a 4atRria',ri4a
do ,roduto total2 ,orR42 nada 4ais. )4bora elas contenha4 a,enas
#D #`D libras de algod0o2 co4 u4 valor de #D #`D ;elins2 seu valor
adicional de 1
6`D ;elins Ior4a u4 eKuivalente ,ara o algod0o elaborado nas
outras
DD# s clculos dados serve4 a,enas de ilustra/0o. [ ,orKue se ad4ite Kue os ,re/os c os

22
MARX
valores. *o +ivro Terceiro ver'se' Kue essa eKui,ara/0o2 ne4 4es4o ,ara os ,re/os 4Rdios2
Iunciona dessa 4aneira t0o si4,les.

1 6`D libras de Iio. [ co4o se destas Mlti4as houvesse sido arrancado
o algod0o e o algod0o do ,roduto total houvesse sido co4,ri4ido e4
#D #`D libras de Iio. )stas2 ,or outro lado2 n0o contJ4 agora
nenhu4
to4o do valor das 4atRrias au;iliares e 4eios de trabalho consu4idos2
ne4 do novo valor criado no ,rocesso de Iia/0o.
:o 4es4o 4odo2 as outras 6 6`D libras de Iio Kue contJ4 o resto
do ca,ital constante "c 7 ;elins( n0o re,resenta4 nada 4ais Kue o
valor das 4atRrias au;iliares e 4eios de trabalho des,endidos no ,ro'
duto total de 6% libras de Iio.
Por isso2 E`#% do ,roduto2 ou sePa2 #1 libras de Iio2 a,esar de
sere4 Iisica4ente vistos co4o valor de uso2 co4o Iio2 n0o 4enos
,rodutos do trabalho de Iia/0o Kue as de4ais ,artes do ,roduto2 neste
caso n0o contJ4 nenhu4 trabalho de Iia/0o2 isto R2 nenhu4 trabalho
absorvido durante o ,rQ,rio ,rocesso de Iia/0o. [ co4o se tivesse4
sido transIor4ados e4 Iio se4 Iia/0o e co4o se sua Iigura de Iio
Iosse 4era 4entira e Iraude. :e Iato2 Kuando o ca,italista os vende
,or 67 ;elins e co4,ra assi4 de volta seus 4eios de ,rodu/0o2 vJ'se
Kue as #1 libras de Iio n0o s0o nada 4ais Kue algod0o2 Iuso2 carv0o
etc. disIar/ados.
Inversa4ente2 os 6`#% restantes do ,roduto ou 7 libras de Iio
re,resenta4 agora nada 4ais Kue o novo valor de 1 ;elins
,roduGido nas #6 horas do ,rocesso de Iia/0o. Kue se encontrava
neles do valor das 4atRrias',ri4as e 4eios de trabalho consu4ido P
Ioi e;tir,ado e incor,orado Fs ,ri4eiras #1 libras de Iio. trabalho
de Iia/0o cor,o' riIicado e4 6% libras de Iio concentra'se e4 6`#%
do ,roduto. [ co4o se o Iiandeiro tivesse Ieito 7 libras de Iio do ar ou
co4 algod0o e Iusos ,ree;istentes na *atureGa2 se4 colabora/0o de
trabalho hu4ano2 Kue n0o acrescentasse4 nenhu4 valor ao
,roduto.
:as 7 libras de Iio2 nas Kuais se encontra2 assi42 todo o ,roduto
de valor do ,rocesso dirio de Iia/0o2 4etade re,resenta a,enas o valor
de re,osi/0o da Ior/a de trabalho consu4ida2 ,ortanto o ca,ital varivel
de D ;elins2 as outras 6 libras de Iio2 a 4ais'valia de D ;elins.
Co4o #6 horas de trabalho do Iiandeiro se obPetiva4 e4 1 ;elins2
no valor de Iio de D% ;elins est0o obPetivadas 1% horas de
trabalho. )las e;iste4 e4 6% libras de Iio2 das Kuais E`#% ou #1
libras s0o a 4aterialiGa/0o de 7E horas de trabalho ,assado antes
do ,rocesso de Iia/0o2 isto R2 do trabalho obPetivado nos 4eios de
,rodu/0o do Iio2 enKuanto 6`#% ou 7 libras s0o a 4aterialiGa/0o das #6
horas de trabalho des,endidas no ,rQ,rio ,rocesso de Iia/0o.
Vi4os anterior4ente Kue o valor do Iio R igual F so4a do
novo valor criado e4 sua ,rodu/0o 4ais os valores ,ree;istentes
e4 seus 4eios de ,rodu/0o. VeriIicou'se agora co4o as ,artes
co4,onentes do valor do ,roduto2 diIerenciadas Iuncional ou
conceitual4ente2 ,ode4 ser re,resentadas ,elas ,artes
,ro,orcionais do ,rQ,rio ,roduto.
)ssa deco4,osi/0o do ,roduto L resultado do ,rocesso de ,ro'
du/0o L e4 u4 Cuantum de ,roduto Kue re,resenta so4ente o trabalho
contido nos 4eios de ,rodu/0o ou a ,arte do ca,ital constante2 e4
outro Cuantum Kue re,resenta so4ente o trabalho necessrio agregado
durante o ,rocesso de ,rodu/0o ou a ,arte do ca,ital varivel2 e nu4
Mlti4o Cuantum Kue re,resenta so4ente o 4ais'trabalho agregado du'
rante o 4es4o ,rocesso ou a 4ais'valia2 essa deco4,osi/0o R t0o si4'
,les Kuanto i4,ortante2 conIor4e evidenciar sua a,lica/0o
,osterior
a ,roble4as co4,licados e ainda n0o resolvidos.
!caba4os de considerar o ,roduto total o resultado co4,leto da
Pornada de trabalho de #6 horas. Pode4os2 ,orR42 aco4,anh'lo
e4 seu ,rocesso de Ior4a/0o e2 a,esar disso2 re,resentar os ,rodutos
,ar' ciais co4o ,artes do ,roduto Iuncional4ente diIerenciados.
Iiandeiro ,roduG e4 #6 horas 6% libras de Iio2 ,ortanto e4
#
hora # 6`D libra e e4 E horas #D #`D libras2 isto R2 u4 ,roduto ,arcial
do valor total do algod0o Iiado durante a Pornada de trabalho
inteira. :o 4es4o 4odo2 o ,roduto ,arcial da hora e D1 4inutos
seguintes c
6 6`D libras de Iio e re,resenta o valor dos 4eios de trabalho consu4idos
durante as #6 horas de trabalho. *o ,er3odo seguinte de # hora e
#6 4inutos2 o Iiandeiro ,roduG 6 libras de Iio c D ;elins2 u4 valor
de ,roduto igual ao valor do ,roduto de valor inteiro2 Kue ele cria
e4 1 horas de trabalho necessrio. Final4ente2 ,roduG nas Mlti4as 1`5
horas outra veG 6 libras de Iio cuPo valor R igual F 4ais'valia
gerada ,ela sua 4eia Pornada de 4ais'trabalho. )sse 4odo de
calcular serve ao Iabricante inglJs ,ara o uso do4Rstico2 e ele dir2
,or e;e4,lo2 Kue nas ,ri4eiras E horas ou 6`D da Pornada de
trabalho ele recu,era seu algod0o etc. Co4o se vJ2 a IQr4ula R
certa^ na verdade2 nada 4ais R Kue a ,ri4eira IQr4ula transIerida do
es,a/o2 onde as ,artes do ,roduto Iica4 ,rontas2 lado a lado2 ao
te4,o2 onde elas se sucede4. Has a IQr4ula ,ode ta4bR4 estar
aco4,anhada de idRias 4uito brbaras2 sobretudo e4 cabe/as cuPo
interesse ,rtico no ,rocesso de valoriGa/0o n0o R inIerior ao
interesse teQrico de inter,ret'lo eKuivocada4ente. !ssi42 ,ode'se
i4aginar Kue nosso Iiandeiro2 ,or e;e4,lo2 nas ,ri4ei' ras E horas de
sua Pornada de trabalho ,roduG ou re,=e o valor do algod0o2 na #
hora e D1 4inutos seguintes o valor dos 4eios de trabalho consu4idos2
na # hora e #6 4inutos seguintes o valor do salrio2 de' dicando
ao ,atr0o2 F ,rodu/0o da 4ais'valia2 a,enas a Ia4osa VMlti4a horaW.
I4,=e'se assi4 ao Iiandeiro o du,lo 4ilagre de ,roduGir algod0o2 Iuso2
4Kuina a va,or2 carv0o2 Qleo etc. no 4es4o instante e4 Kue co4
eles Iia2 e de IaGer de u4a Pornada de trabalho de dado grau de
intensidade2 cinco dessas Pornadas. [ Kue e4 nosso caso a
,rodu/0o da 4atRria',ri4a e dos 4eios de trabalho e;ige 67`1 c 7
Pornadas de trabalho de #6 horas e a transIor4a/0o deles e4 Iio 4ais
u4a Pornada de #6 horas. Sue a ra,acidade acredita e4 tais 4ilagres
e nunca Ialta
o sicoIanta doutrinrio Kue os ,rova2 ser 4ostrado agora 4ediante
u4 e;e4,lo Ia4oso na ?istQria.
5( A ?V%#i* 7or@ :e Se.ior
*u4a bela 4anh0 do ano de #ED12 *assau <. Senior2
aIa4ado ,or sua ciJncia econY4ica e seu belo estilo e2 de certo 4odo2 o
Clauren entre os econo4istas ingleses2 Ioi cha4ado de ;Iord a
Hanchester2
a Ii4 de a,render a3 )cono4ia Pol3tica2 e4 veG de ensin'la e4 ;Iord.
s Iabricantes elegera4'no ,ara ser seu ca4,e0o contra o $actorD
Act
DD6
recente4ente ,ro4ulgado e contra a agita/0o ainda 4ais
a4' biciosa ,elas #% horas. Co4 sua costu4eira sagacidade ,rtica2
reco' nhecera4 Kue o sr. ,roI. Aanted a 2ood deal of finishin2.
DDD
Por isso2 4andara4'no vir a Hanchester. ,roIessor2 ,or sua veG2
estiliGou a li/0o recebida dos Iabricantes e4 Hanchester no
,anIleto %etters on the $actorD Act, as it Affects the Cotton
"anufacture2 +ondres2 #ED&. *ele ,ode'se ler2 entre outras2 a
seguinte ,assage4 ediIicante9
V:e acordo co4 a lei atual2 nenhu4a Ibrica Kue e4,rega
,essoas co4 4enos de #E anos ,ode trabalhar 4ais de ##
#`6 horas ,or dia2 isto R2 #6 horas durante os ,ri4eiros 5
dias e $ horas aos sbados. ! seguinte anlise "j( 4ostra Kue e4
tal Ibrica todo o lucro l3Kuido deriva da Mlti4a hora. C4
Iabricante gasta
#%% 4il libras esterlinas L E% 4il nos ediI3cios da Ibrica e
4Kuinas2 6% 4il e4 4atRria',ri4a e salrios. ! venda
anual da Ibrica2 su,ondo'se Kue o ca,ital gire u4a veG ,or
ano e o lucro bruto sePa de #5b2 deve corres,onder a
4ercadorias no valor de ##5 4il libras esterlinas "...( :essas
##5 4il libras es' terlinas2 cada u4a das 6D 4eias horas de
trabalho ,roduG dia' ria4ente 5`##5 ou #`6D. :os 6D`6D Kue
constitue4 o total das
##5 4il libras esterlinas "constitutin2 the Ahole ##5 4il
libras esterlinas(2 6%`6D2 isto R2 #%% 4il das ##5 4il2 re,=e4
a,enas o ca,ital^ #`6D ou 5 4il libras esterlinas das #5 4il de
lucro bruto "j( re,=e4 o desgaste da Ibrica e da 4aKuinaria.
s restantes
6`6D2 isto R2 as duas Mlti4as 4eias horas de cada Pornada2
,ro' duGe4 o lucro l3Kuido de #%b. Se2 ,or isso2
,er4anecendo os ,re/os inalterados2 a Ibrica ,udesse
trabalhar #D horas e4 veG de ## #`62 ,oderia2 co4 u4
acrRsci4o de a,ro;i4ada4ente
6 1%% libras esterlinas ao ca,ital circulante2 4ais Kue dobrar
o lucro l3Kuido. Por outro lado2 se o te4,o de trabalho Iosse
reduGido de # hora ,or dia2 o lucro l3Kuido desa,areceria2 se
de # #`6 hora2 ta4bR4 o lucro brutoW.
DD7
DD6 !Kui9 lei Iabril inglesa de #EDD. "*. da )d. !le40.(
DDD *ecessitava de u4 bocado de acaba4ento. "*. dos T.(
DD7 S)*IR. p! cit!2 ,. #6'#D. :ei;a4os de lado certas ,assagens curiosas2 Kue s0o indiIerentes
,ara nosso ,ro,Qsito2 ,or e;e4,lo2 a aIir4a/0o de Kue os Iabricantes inclue42 e4 seus
clculos2 a re,osi/0o da 4aKuinaria desgastada etc.2 isto R2 de u4 co4,onente do
ca,ital2
no lucro2 bruto ou l3Kuido2 suPo ou li4,o. 4es4o Kuanto F corre/0o ou Ialsidade dos
) a isso cha4a o sr. ProIessor de VanliseW. Se acreditasse na
Kuei;a dos Iabricantes de Kue os trabalhadores des,erdi/a4 a 4elhor
,arte do dia na ,rodu/0o2 ,ortanto na re,rodu/0o ou re,osi/0o do valor
de ediI3cios2 4Kuinas2 algod0o2 carv0o etc.2 ent0o toda anlise
seria su,RrIlua. )le teria de res,onder si4,les4ente9 Heus
senhoresj2 se IaGeis trabalhar #% horas e4 veG de ## #`62
,er4anecendo inalteradas as de4ais circunstUncias2 o consu4o
dirio de algod0o2 4aKuinaria etc. di4inuir de # #`6 hora.
Ganhar3eis2 ,ortanto2 e;ata4ente o Kue ,erder3eis. Vossos
trabalhadores des,erdi/ar0o no Iuturo # #`6 hora 4enos ,ara
re,roduGir ou re,or o valor do ca,ital adiantado. Se n0o
acreditasse nas ,alavras dos Iabricantes e co4o ,erito considerasse
necessria u4a anlise2 teria sobretudo de ,edir'lhes2 nu4a
Kuest0o Kue gira e;clusiva4ente e4 torno da rela/0o do lucro l3Kuido
,ara co4
a grandeGa da Pornada de trabalho2 Kue n0o baralhe4 aleatoria4ente
4aKuinaria e ediI3cios de Ibrica2 4atRria',ri4a e trabalho2 4as te'
nha4 a bondade de colocar o ca,ital constante contido no ediI3cio2
na 4aKuinaria2 na 4atRria',ri4a etc.2 de u4 lado2 e o ca,ital
adiantado ,ara os salrios2 do outro. Se veriIicar2 eventual4ente2 Kue
segundo o clculo dos Iabricantes o trabalhador re,roduG ou re,=e o
salrio e4 6`6 horas de trabalho2 ou e4 # hora2 ent0o o analista teria
Kue ,rosseguir9 Segundo vossas inIor4a/=es2 o trabalhador ,roduG
seu salrio
na ,enMlti4a hora e2 na Mlti4a2 vossa 4ais'valia ou o lucro
l3Kuido. Co4o ,roduG e4 ,er3odos iguais valores iguais2 o ,roduto da
,enMlti4a hora te4 o 4es4o valor do da Mlti4a. !lR4 disso2 ele sQ
,roduG valor enKuanto des,ende trabalho2 e o Cuantum de seu
trabalho R 4edido ,or seu te4,o de trabalho. )ste2 segundo vossa
inIor4a/0o2 R de ##
#`6 horas ,or dia. Parte dessas ## #`6 horas ele e4,rega ,ara ,roduGir
dados nu4Rricos. Sue eles n0o vale4 4ais Kue a cha4ada VanliseW de4onstrou +eonard
?orner e4 A %etter to "r! <enior etc. +ondres2 #ED&. +eonard ?orner2 u4 dos factorD
inCuirD commissioners
P
de #EDD e ins,etor de Ibrica2 na realidade censor de Ibrica2 atR
#E5$2 adKuiriu 4Rritos i4orredouros a servi/o da classe trabalhadora inglesa. +utou u4a
vida inteira n0o sQ contra os e;as,erados Iabricantes 4as ta4bR4 contra os
4inistros2 ,ara os Kuais era inco4,aravel4ente 4ais i4,ortante contar os VvotosW dos
Iabricantes na CU4ara dos Co4uns do Kue as horas de trabalho das V40osW na
Ibrica. ! e;,osi/0o de Senior R conIusa2 inde,endente4ente da Ialsidade do seu conteMdo.
Kue ele real4ente Kueria diGer era isto9 Iabricante ocu,a os trabalhadores ## #`6
ou 6D`6 horas ,or dia. Co4o cada Pornada de trabalho2 o trabalho anual consiste e4
## #`6 ou 6D`6 horas "4ul' ti,licadas ,elo nM4ero de dias de trabalho do ano(.
Pressu,osto isto2 ,roduGe4 as 6D`6 horas de trabalho o ,roduto anual de ##5 4il libras
esterlinas^ #`6 hora de trabalho ,roduG
#`6D ; ##5 4il libras esterlinas^ 6%`6 horas de trabalho ,roduGe4 6%`6D ; ##5 4il
libras esterlinas c #%% 4il libras esterlinas2 isto R2 re,=e4 a,enas o ca,ital adiantado.
Resta4
D`6 horas de trabalho Kue ,roduGe4 D`6D ; ##5 4il libras esterlinas c #5 4il2 isto R2 o
lucro bruto. :estas D`6 horas de trabalho2 #`6 hora de trabalho ,roduG #`6D ; ##5 4il
libras esterlinas c 5 4il libras esterlinas2 isto R2 ela ,roduG a,enas a re,osi/0o do desgaste
da Ibrica e da 4aKuinaria. !s duas Mlti4as 4eias horas2 isto R2 a Mlti4a hora de trabalho2
,roduG 6`6D ; ##5 4il libras esterlinas c 4il libras esterlinas2 isto R2 o lucro l3Kuido.
*o te;to2 Senior converte os Mlti4os 6`6D do ,roduto e4 ,artes da ,rQ,ria Pornada de
trabalho.
P
Co4issrios investigadores das condi/=es Iabris. "*. dos T.(
ou re,or seu salrio2 a outra ,ara ,roduGir vosso lucro l3Kuido.
*ada
4ais IaG alR4 disso durante a Pornada de trabalho. Has co4o2 segundo
a inIor4a/0o2 seu salrio e a 4ais'valia Iornecida ,or ele s0o
valores iguais2 ele ,roduG evidente4ente seu salrio e4 5 D`7
horas e vosso lucro l3Kuido e4 outras 5 D`7 horas. Sendo2 alR4
disso2 o valor do Iio ,roduGido e4 6 horas igual F so4a de valor de
seu salrio 4ais vosso lucro l3Kuido2 esse valor do Iio te4 de 4edir'
se ,or ## #`6 horas de trabalho2 o ,roduto da ,enMlti4a hora ,or
5 D`7 horas de trabalho e
o da Mlti4a2 ide4. Chega4os agora a u4 ,onto delicado. Por isso2
aten/0o. ! ,enMlti4a hora de trabalho R u4a hora co4u4 de trabalho
co4o a ,ri4eira. ?i plus, ni moins.
DD5
Co4o ,ode ent0o o
Iiandeiro ,roduGir e4 # hora de trabalho u4 valor de Iio Kue
re,resenta 5 D`7 horas de trabalhoZ :e Iato2 n0o IaG tal 4ilagre.
Kue ,roduG e4 # hora de trabalho e4 valor de uso R deter4inado
Cuantum de Iio. valor desse Iio 4ede'se ,or 5 D`7 horas de
trabalho2 das Kuais 7 D`72 se4 sua colabora/0o2 est0o contidas nos
4eios de ,rodu/0o consu4idos ,or hora2 no algod0o2 na 4aKuinaria
etc.2 e 7`7 ou # hora R agregada ,or ele 4es4o. Co4o2 ,ortanto2 seu
salrio R ,roduGido e4 5 D`7 horas
e o Iio ,roduGido e4 # hora de Iia/0o contR4 ta4bR4 5 D`7 horas
de trabalho2 n0o R nenhu4a bru;aria Kue o ,roduto de valor de
suas 5
D`7 horas de Iia/0o sePa igual ao valor do ,roduto de # hora de Iia/0o.
)stais2 ,orR42 no ca4inho errado2 ,ensando Kue ele ,erde u4
Mnico to4o de te4,o de sua Pornada de trabalho co4 a re,rodu/0o
ou Vre' ,osi/0oW dos valores de algod0o2 4aKuinaria etc. Por seu
trabalho de transIor4ar algod0o e Iuso e4 Iio2 ,or ele Iiar2 o valor
de algod0o e Iuso transIere'se ao Iio2 ,or si 4es4o. :eve'se isto F
Kualidade de seu trabalho2 n0o F Kuantidade. [ verdade Kue
transIerir ao Iio 4ais valor de algod0o etc. e4 # hora do Kue e4
#`6 hora2 4as sQ ,or Iiar 4ais algod0o e4 # hora do Kue e4 #`6.
Co4,reendeis2 ,ortanto9 Vossa e;,ress0o de Kue o trabalhador ,roduG2
na ,enMlti4a hora2 o valor de seu salrio e na Mlti4a2 o lucro
l3Kuido2 n0o signiIica nada 4ais do Kue no Iio ,roduGido e4 6
horas de sua Pornada de trabalho2 estePa4 elas no in3cio ou no Iinal2
est0o cor,oriIicadas ## #`6 horas de trabalho2 e;ata4ente tantas
Kuantas dura toda a sua Pornada de trabalho. ) a e;,ress0o de
Kue durante as ,ri4eiras 5 D`7 horas ele ,roduG seu salrio e
durante as Mlti4as 5 D`7 horas vosso lucro l3Kuido2 4ais u4a veG
signiIica a,enas Kue as ,ri4eiras 5 D`7 horas vQs ,agais e Kue as
Mlti4as 5 D`7 horas n0o ,agais. Falo de ,aga4ento do trabalho e n0o
de ,aga4ento da Ior/a de trabalho2 ,ara usar vosso slan2.
DD1
Se
con' siderardes agora a rela/0o entre o te4,o de trabalho Kue
,agais e o Kue n0o ,agais2 veriIicareis Kue R da 4etade de u4a
Pornada F outra
DD5 *e4 4ais2 ne4 4enos. "*. dos T.(
DD1 +inguage4. "*. dos T.(
4etade2 ,ortanto2 de #%%b2 o Kue R2 ,or certo2 u4a bela ,orcentage4.
*0o h2 ta4bR42 a 4enor dMvida de Kue se IiGerdes vossas
V40osW esIalIar'se #D horas e4 veG de ## #`6 e L o Kue vos ,arece
ter tanta se4elhan/a Kuanto u4 ovo a outro L se Puntardes a #
#`6 hora e;' cedente si4,les4ente ao 4ais'trabalho2 o Mlti4o
cresceria de 5 D`7 horas ,ara & #`7 horas e a ta;a da 4ais'valia2 ,or
isso2 de #%%b ,ara
#61 6`6Db. *o entanto2 ser3eis e;agerada4ente oti4istas2 se es,ers'
seis Kue ela2 ,elo acrRsci4o de # #`6 hora2 subiria de #%%b a 6%%b
e atR a 4ais de 6%%b2 o Kue seria V4ais Kue dobrarW. Por outro lado
L
e o cora/0o do ho4e4 R algo sur,reendente2 sobretudo Kuando ele o
te4 no bolso L2 sois ,essi4istas adoidados de4ais se te4eis Kue co4
a redu/0o da Pornada de trabalho de ## #`6 a #% #`6 horas ,erder'se'
todo vosso lucro l3Kuido. :e 4odo algu4. Per4anecendo iguais
todas as de4ais circunstUncias2 o 4ais'trabalho cair de 5 D`7 horas a
7 D`7 horas2 o Kue ainda ,ro,orciona u4a ta;a de 4ais'valia be4
conside' rvel2 a saber2 E6 #7`6Db. ! VMlti4a horaW Iatal2 ,orR42
sobre a Kual tendes Iabulado 4ais Kue os Kuiliastas
DD&
sobre o Ii4
do 4undo2 R all .osh.
DDE
! ,erda dela n0o vos custar o Vlucro
l3KuidoW ne4 Fs crian/as de a4bos os se;os2 Kue IaGeis trabalhar ,ara
vQs2 a V,ureGa da al4aW.
DD$
DD& s Kuiliastas "grego9 chilioi c 4il( ,regara4 a doutrina religiosa'43stica da segunda a,ari/0o
de Cristo e da ediIica/0o do Vreinado 4ilenarW na Terra2 de u4 reinado da Pusti/a2 da
igualdade e da ,ros,eridade. ! IR Kuiliasta surgiu durante a decadJncia da orde4
escra' vocrata e4 conseKOJncia de Pugo insu,ortvel e dos soIri4entos dos
trabalhadores2 Kue
,rocurara4 u4a sa3da e4 sonhos Iantsticos de salva/0o. )sta IR era 4uito diIundida
e rea,areceu 4ais tarde continua4ente nas doutrinas de diversas seitas da Idade
HRdia. "*. da )d. !le40.(
DDE Puro absurdo. "*. dos T.(
DD$ Se Senior co4,rovou Kue da VMlti4a hora de trabalhoW de,ende o lucro l3Kuido dos
Iabri' cantes2 a e;istJncia da indMstria tJ;til algodoeira inglesa e a grandeGa da
Inglaterra no 4ercado 4undial2 o dr. !ndreX Cre2
P
,or sua veG2 co4,rovou Kue as
crian/as e Povens 4enores de #E anos2 ocu,ados nas Ibricas2 Kue n0o s0o retidos #6
horas inteiras na at4osIera 4oral4ente aKuecida e ,ura da Ibrica2 4as lan/adas V#
horaW antes no Irio e Ir3volo 4undo e;terior2 corre4 o ,erigo de ,erder ,elo Qcio e
,elos v3cios a salva/0o de suas al4as. :esde #E7E2 os ins,etores de Ibrica n0o se cansa42
e4 seus reports se4estrais2 de Go4bar dos Iabricantes co4 a VMlti4a horaW2 a Vhora IatalW.
sr. ?oXell2 ,or e;e4,lo2 diG e4 seu relatQrio Iabril de D# de 4aio de #E559 VSe o
seguinte clculo engenhosoW "ele cita Senior( VIosse correto2 toda Ibrica de tecidos de
algod0o do Reino Cnido teria trabalhado co4 ,rePu3Go desde #E5%i. "-eports of the /nsp!
of $act! for the 1alf \ear *ndin2 XNth April 78FF! ,. #$'6%.( Suando2 e4 #E7E2 a lei
das #% horas ,assou ,elo Parla4ento2 os Iabricantes i4,usera4 a alguns trabalhadores
nor4al4ente ocu,ados nas Iia/=es de linho rurais2 dis,ersas entre os condados de :orset
e So4erset2 u4a ,eti/0o contra a lei2 e4 Kue se diGia2 entre outras coisas9 WVossos
,eticionrios2 ,ais2 acredita4 Kue # hora adicional de Iolga n0o ,ode ter outro eIeito do
Kue a des4oraliGa/0o de seus Iilhos2 ,ois o Qcio R a 40e de todos os v3ciosi. !
,ro,Qsito disso2 observa o relatQrio Iabril de D# de outubro de
#E7E9 V! at4osIera das Iia/=es de linho e4 Kue trabalha4 os Iilhos desses ternos e virtuosos
,ais est t0o i4,regnada de inM4eras ,art3culas de ,Q e de Iibras da 4atRria',ri4a
Kue se torna e;tre4a4ente desagradvel ,er4anecer 4es4o #% 4inutos nas salas de
Iia/0o2
,ois R i4,oss3vel dei;ar de e;,eri4entar a 4ais ,enosa sensa/0o2 P Kue os olhos2 as
orelhas2 as narinas e a boca i4ediata4ente se enche4 de nuvens de ,Q de linho2 das Kuais
n0o h esca,atQria. ,rQ,rio trabalho2 e4 virtude da velocidade Iebril da 4aKuinaria2
e;ige u4 dis,Jndio inIatigvel de habilidade e de 4ovi4ento2 controlados ,or u4a aten/0o
Kue nunca se cansa2 e ,arece algo duro ,er4itir Kue os ,ais a,liKue4 a e;,ress0o rociosidaden
Suando vossa VMlti4a horaGinhaW real4ente soar ,ensai no
,roIessor de ;Iord. ) agora9 *u4 4undo 4elhor2 eu deseParia 4ais
de vossa ,reGada co4,anhia. Addioj
D7%
"...( sinal da VMlti4a
horaW descoberto ,or Senior e4 #ED1 Ioi2 e4 #5 de abril de #E7E2
tocado nova4ente ,or Ja4es <ilson2 u4 dos ,rinci,ais 4andarins
da )co' no4ia2 no %ondon *conomist2 ,ole4iGando contra a lei da
Pornada de #% horas.
6( O *isC!ro:$#o
! ,arte do ,roduto e4 Kue se re,resenta a 4ais'valia "#`#% de
6% libras de Iio ou 6 libras de Iio2 no e;e4,lo do ,argraIo 6( cha4a4os
de 4ais',roduto "surplus produce, produit net(. Co4o a ta;a de 4ais'
valia deter4ina'se ,ela sua rela/0o n0o co4 a so4a total2 4as co4 a
,arte do ca,ital varivel2 assi4 a grandeGa do 4ais ,roduto
deter4i' na'se ,ela sua rela/0o n0o co4 o resto do ,roduto total2
4as co4 aKuela ,arte do ,roduto e4 Kue se re,resenta o trabalho
necessrio. Co4o a ,rodu/0o de 4ais'valia R o obPetivo deter4inante
da ,rodu/0o
a res,eito de seus ,rQ,rios Iilhos Kue2 descontando o te4,o de reIei/=es2 Iica4 encadeados
durante #% horas inteiras e4 tal ocu,a/0o2 e4 tal at4osIera. "...( )ssas crian/as trabalha4
4ais Kue os servos de lavoura nas aldeias viGinhas. "...( )sse ,alavrQrio se4 carinho sobre
rociosidade e v3cion deve ser estig4atiGado co4o a 4ais ,ura cant
PP
e o Iingi4ento 4ais
desavergonhado. "...( !Kuela ,arte do ,Mblico Kue2 h uns doGe anos2 se sur,reendeu co4
a seguran/a co4 Kue se ,rocla4ava ,ublica4ente e co4 toda a seriedade2 sancionado
,or alta autoridade2 Kue todo o rlucro l3Kuidon dos Iabricantes decorre da rMlti4a horan de
trabalho
e2 ,or isso2 a redu/0o de # hora da Pornada de trabalho destruiria o lucro l3Kuido^ essa
,arte do ,Mblico2 diGe4os2 4al acreditar e4 seus ,rQ,rios olhos Kuando veriIicar Kue
a descoberta original das virtudes da rMlti4a horan Ioi desde ent0o t0o a,erIei/oada Kue
inclui
r4oraln e rlucron igual4ente9 de 4odo Kue2 se a dura/0o do trabalho das crian/as Ior reduGida
a #% horas inteiras2 a 4oral das crian/as ,erder'se'ia si4ultanea4ente co4 o lucro l3Kuido
de seus ,atr=es2 sendo a4bos de,endentes desta Iatal hora Mlti4aW. "-epts! of /nsp! of $act!
for X7st ct! 78X8! ,. #%#.( 4es4o relatQrio Iabril a,resenta e4 seguida ,rovas da V4oralW
e da VvirtudeW desses senhores Iabricantes2 das arti4anhas2 dos truKues2 dos engodos2 das
a4ea/as2 das IalsiIica/=es Kue a,licara4 ,ara IaGer uns ,oucos trabalhadores
total4ente desa4,arados assinare4 tais ,eti/=es2 tendo e4 vista enganar o
Parla4ento2 IaGendo'as ,assar ,or ,eti/=es de todo u4 ra4o industrial2 de condados
inteiros L [ alta4ente ca' racter3stico do estado atual da cha4ada VciJnciaW econY4ica
Kue ne4 Senior2 Kue 4ais tarde2 ,ara sua honra2 deIendeu energica4ente a legisla/0o
Iabril2 ne4 seus o,ositores originais e ,osteriores tenha4 sabido resolver os soIis4as
da Vdescoberta originalW. )les a,elara4 F e;,eriJncia real. AhD e Aherefore
PPP
continuara4 sendo u4 4istRrio.
P
CR)2 ! The PhilosophD of "anufactures! +ondres2 #ED5. ,. 7%1. "*. da )d. !le40.(
PP
?i,ocrisia. "*. dos T.(
PPP
,orKuJ e a causa. "*. dos T.(
D7% Contudo2 o Senhor ProIessor acabou ,or lucrar algo co4 sua e;curs0o a Hanchesterj *as
%etters on the $actorD Act, todo o ganho l3Kuido2 VlucroW e VPurosW e atR so4ething 4ore
P
de,ende4 de u4a hora de trabalho n0o ,aga do trabalhador. C4 ano antes2 e4
utlines of Political *conomD, co4,osta ,ara o be4 co4u4 dos estudantes de ;Iord e
Iilisteus cultos2 ele ainda tinha VdescobertoW2 contra a deter4ina/0o ricardiana do valor
,elo te4,o de trabalho2 Kue o lucro se origina do trabalho do ca,italista e os Puros de
sua ascese2 de sua VabstinJnciaW. ! ,atranha 4es4a era velha2 4as a ,alavra
VabstinJnciaW nova. sr. Roscher a traduGiu correta4ente ,ara o ale40o ,ela ,alavra
*nthaltun2! Seus co4,atriotas 4enos versados e4 lati42 <irte2 SchulGen e de4ais
Hichels traduGira4'na2 4onastica' 4ente2 ,or *ntsa2un2 "renMncia(.
P
!lgo 4ais. "*. dos T.(
ca,italista2 n0o R a grandeGa absoluta do ,roduto 4as a grandeGa
relativa do 4ais',roduto Kue 4ede o grau de riKueGa.
D7#
! so4a do trabalho necessrio e do 4ais'trabalho2 dos
,er3odos e4 Kue o trabalhador ,roduG o valor de re,osi/0o de sua
Ior/a de trabalho e a 4ais'valia2 Ior4a a grandeGa absoluta de seu
te4,o de trabalho L a Pornada de trabalho "Aorkin2 daD(.
D7# iPara u4 indiv3duo co4 u4 ca,ital de 6% 4il libras esterlinas2 cuPos lucros anuais i4,or'
tasse4 e4 6 4il esterlinas2 seria total4ente indiIerente Kue seu ca,ital ocu,e #%% ou
# %%% trabalhadores ou Kue as 4ercadorias ,roduGidas se venda4 ,or #% 4il ou 6% 4il
libras esterlinas2 desde Kue seus lucros2 e4 todos os casos2 n0o caia abai;o de 6 4il libras
esterlinas. *0o R o 4es4o o interesse real de u4a na/0oZ Su,ondo'se Kue sua renda
l3Kuida real2 suas rendas e lucros ,er4ane/a4 os 4es4os2 n0o te4 a 43ni4a i4,ortUncia
Kue a na/0o tenha #% ou #6 4ilh=es de habitantes.i "RIC!R:. p! cit!2 ,. 7#1(. Be4
antes de Ricardo2 o Iantico do 4ais',roduto2 !rthur >oung2 de resto u4 autor
,alrador
e se4 Pu3Go cr3tico2 cuPa Ia4a est na raG0o inversa de seu 4Rrito2 diGia2 entre outras
coisas9 VSue utilidade teria nu4 reino 4oderno u4 ,rov3ncia inteira cuPas terras
Iosse4 ao 4odo dos antigos ro4anos cultivadas2 ainda Kue da 4elhor 4aneira2 ,or
,eKuenos ca4,oneses2 inde,endentesZ Sue Iinalidade teria isso a n0o ser a de ,rocriar
ho4ens "the mere purpose of .reedin2 men(2 o Kue2 e4 si e ,ara si2 n0o te4 Iinalidade
nenhu4a "is a most useless purpose(W. ">C*G2 !rthur. Political Arithmetic etc.
+ondres2 #&&72 ,. 7&(.
[ estranha a VIorte ,ro,ens0o a a,resentar a renda l3Kuida co4o vantaPosa ,ara a
classe trabalhadora2 "...( e4bora sePa evidente Kue esta n0o R vantaPosa ,or ser l3KuidaW.
"?PKI*S2
Th. n -ent of %and etc. +ondres2 #E6E. ,. #61(.
12

CAPTULO VIII
A IORNADA DE TRA+AL=O
1( Os %i*i#es : Wor.: :e #r)%7o
Parti4os do ,ressu,osto de Kue a Ior/a de trabalho sePa
co4' ,rada e vendida ,elo seu valor. Seu valor2 co4o o de
KualKuer outra 4ercadoria2 R deter4inado ,elo te4,o de trabalho
necessrio F sua ,rodu/0o. Se2 ,ortanto2 a ,rodu/0o dos 4eios de
subsistJncia 4Rdios dirios do trabalhador e;ige 1 horas2 ent0o ele
,recisa trabalhar 1 horas ,or dia ,ara ,roduGir diaria4ente sua Ior/a
de trabalho ou ,ara re,roduGir o valor recebido ,or sua venda. !
,arte necessria de sua Pornada de trabalho co4,reende ent0o 1
horas e R2 ,ortanto2 4anten' do'se inalteradas as de4ais
circunstUncias2 u4a grandeGa dada. Has co4 isso n0o R dada a
grandeGa da ,rQ,ria Pornada de trabalho.
!d4ita4os Kue a linha a . re,resente a dura/0o ou
o co4,ri4ento do te4,o de trabalho necessrio2 diga4os 1 horas.
Con' Ior4e o trabalho sePa ,rolongado e4 #2 D ou 1 horas2 obte4os as
trJs diIerentes linhas9
Jornada de trabalho I Jornada de trabalho II
a . c2 a . c2
Jornada de trabalho III
a . c
Kue re,resenta4 trJs diIerentes Pornadas de trabalho de &2 $ e #6
horas. ,rolonga4ento .c re,resenta a dura/0o do 4ais'trabalho.
Co4o a Pornada de trabalho c a. a .c ou ac, ela varia co4 a grandeGa
varivel .c. Sendo a. dado2 a ,ro,or/0o de .c e4 rela/0o a a.
,ode ser se4,re 4edida. *a Pornada de trabalho I R #`12 na
Pornada de trabalho II2 D`1 e na Pornada de trabalho III2 1`1 de a..
!de4ais2 co4o
a ,ro,or/0o
t e 4,o de 4 ais tr a balho
te4,o de
trabalho

23

necessrio
deter4ina a ta;a da 4ais'

OS ECONOMISTAS
valia2 esta R dada ,or aKuela ,ro,or/0o. )la se eleva nas trJs diIerentes
Pornadas de trabalho2 res,ectiva4ente2 a #1 6`D2 a 5% e a #%%b.
Inversa' 4ente2 a ta;a da 4ais'valia a,enas n0o nos daria a grandeGa
da Pornada de trabalho. Fosse ela2 ,or e;e4,lo2 de #%%b2 ,oderia a
Pornada de trabalho ser de E2 #%2 #6 horas etc.2 ou 4ais. )la
indicaria Kue as duas ,artes co4,onentes da Pornada de trabalho2
trabalho necessrio e 4ais'trabalho2 s0o iguais2 n0o ,orR4 o ta4anho
de cada u4a das ,artes.
! Pornada de trabalho n0o R2 ,ortanto2 constante2 4as u4a gran'
deGa varivel. [ verdade Kue u4a das suas ,artes R deter4inada ,elo
te4,o de trabalho e;igido ,ara a cont3nua re,rodu/0o do ,rQ,rio tra'
balhador2 4as sua grandeGa total 4uda co4 o co4,ri4ento ou a
du' ra/0o do 4ais'trabalho. ! Pornada de trabalho R2 ,ortanto2
deter4in' vel2 4as e4 si e ,ara si2 indeter4inada.
D76
PorR42 ainda Kue n0o sePa u4a grandeGa Ii;a2 4as Iluente2 a
Pornada de trabalho2 ,or outro lado2 ,ode variar so4ente dentro de
certos li4ites. Seu li4ite 43ni4o R2 entretanto2 indeter4invel. [ certo
Kue2 se estabelecer4os o ,rolonga4ento .c ou o 4ais'trabalho c %2
obte4os assi4 u4 li4ite 43ni4o2 isto R2 a ,arte do dia Kue o
traba' lhador necessaria4ente ,recisa trabalhar ,ara sua auto'
sustenta/0o. Co4 base no 4odo de ,rodu/0o ca,italista2 no
entanto2 o trabalho necessrio ,ode constituir a,enas ,arte de sua
Pornada de trabalho2 isto R2 a Pornada de trabalho n0o ,ode Pa4ais
reduGir'se a esse 43ni4o. )4 contra,osi/0o2 a Pornada de trabalho
,ossui u4 li4ite 4;i4o. )la n0o R2 a ,artir de certo li4ite2 4ais
,rolongvel. )sse li4ite 4;i4o
R du,la4ente deter4inado. C4a veG ,ela li4ita/0o I3sica da Ior/a de
trabalho. C4a ,essoa ,ode2 durante o dia natural de 67 horas2
des' ,ender a,enas deter4inado Cuantum de Ior/a vital. :essa
Ior4a2 u4 cavalo ,ode trabalhar2 u4 dia a,Qs o outro2 so4ente E
horas. :urante ,arte do dia2 a Ior/a ,recisa re,ousar2 dor4ir2
durante outra ,arte a ,essoa te4 outras necessidades I3sicas a
satisIaGer2 ali4entar'se2 li4' ,ar'se2 vestir'se etc. !lR4 desse li4ite
,ura4ente I3sico2 o ,rolonga' 4ento da Pornada de trabalho esbarra
e4 li4ites 4orais. trabalhador ,recisa de te4,o ,ara satisIaGer a
necessidades es,irituais e sociais2 cuPa e;tens0o e nM4ero s0o
deter4inados ,elo n3vel geral de cultura.
! varia/0o da Pornada de trabalho se 4ove2 ,ortanto2 dentro de bar'
reiras I3sicas e sociais. !4bas as barreiras s0o de natureGa 4uito els'
tica e ,er4ite4 as 4aiores varia/=es. :essa Ior4a encontra4os
Por' nadas de trabalho de E2 #%2 #62 #72 #12 #E horas2 ,ortanto2
co4 as 4ais variadas dura/=es.
ca,italista co4,rou a Ior/a de trabalho ,elo seu valor de #
dia. ! ele ,ertence seu valor de uso durante u4a Pornada de trabalho.
MARX
D76 iC4a Pornada de trabalho R u4a grandeGa indeter4inada2 ,odendo ser longa ou curta.i
"An *ssaD on Trade and Commerce, Containin2 .servations on Ta:ation etc! +ondres2
#&&%. ,. &D.(
OS ECONOMISTAS
bteve assi4 o direito de IaGer o trabalhador trabalhar ,ara ele durante
# dia. PorR42 o Kue R u4a Pornada de trabalhoZ
D7D
)4 todo caso2 4enos
Kue # dia de vida natural. Suanto 4enosZ ca,italista te4 sua ,rQ,ria
vis0o sobre esta Mlti4a Thule2
D77
o li4ite necessrio da Pornada de
trabalho. Co4o ca,italista ele R a,enas ca,ital ,ersoniIicado. Sua al4a
R a al4a do ca,ital. ca,ital te4 u4 Mnico i4,ulso vital2 o
i4,ulso de valoriGar'se2 de criar 4ais'valia2 de absorver co4 sua
,arte cons' tante2 os 4eios de ,rodu/0o2 a 4aior 4assa ,oss3vel de
4ais'trabalho.
D75
ca,ital R trabalho 4orto2 Kue a,enas se reani4a2 F 4aneira dos
va4,iros2 chu,ando trabalho vivo e Kue vive tanto 4ais Kuanto
4ais trabalho vivo chu,a. te4,o durante o Kual o trabalhador
trabalha
R o te4,o durante o Kual o ca,italista conso4e a Ior/a de
trabalho Kue co4,rou.
D71
Se o trabalhador conso4e seu te4,o
dis,on3vel ,ara si2 ent0o rouba ao ca,italista.
D7&
ca,italista a,Qia'se ,ois sobre a lei do intercU4bio de
4ercadorias. )le2 co4o todo co4,rador2 ,rocura tirar o 4aior ,roveito
do valor de uso de sua 4ercadoria. :e re,ente2 ,orR42 levanta'se a
voG do trabalhador2 Kue estava e4udecida ,elo estrondo do ,rocesso
de ,rodu/0o9
! 4ercadoria Kue te vendi distingue'se da 4ultid0o das outras
D7D )ssa ,ergunta R inIinita4ente 4ais i4,ortante Kue a Ia4osa ,ergunta de Sir Robert Peel
F CU4ara do Co4Rrcio de Bir4ingha49 @hat is a poundY2
P
u4a ,ergunta Kue
so4ente ,oderia ser colocada ,orKue Peel tinha t0o ,ouca clareGa sobre a natureGa do
dinheiro Kuanto os little shillin2 men
PP
de Bir4ingha4.
P
Kue R u4a libraZ "*. dos T.(
PP
V?o4ens do ;eli4 ,eKuenoW de Bir4ingha4. L Re,resentantes de u4a teoria do dinheiro
na ,ri4eira 4etade do sRculo ]I]. Seus ,artidrios ,ro,agava4 a doutrina de u4a 4edida
4onetria ideal e considerava42 e4 conIor4idade co4 isso2 o dinheiro 4era4ente
u4a entidade de clculo. s re,resentantes dessa escola2 os ir40os Tho4as e Hatthias
!ttXood2 S,ooner e outros2 a,resentara4 u4 ,roPeto sobre a bai;a do conteMdo de ouro da
unidade 4onetria2 na Inglaterra2 Kue Ioi deno4inado co4o V,roPeto do ;eli4 ,eKuenoW. :a3
decorre
a deno4ina/0o da ,rQ,ria escola. !o 4es4o te4,o2 os Vho4ens do ;eli4 ,eKuenoW
Iora4 contra as 4edidas do governo visando ao rebai;a4ento da 4assa de dinheiro e4
circula/0o.
)les deIendia4 a idRia de Kue a a,lica/0o de sua teoria contribuiria ,or 4eio de u4
au4ento artiIicial dos ,re/os ,ara reani4ar a indMstria e garantir a ,ros,eridade
geral do ,a3s. *a realidade2 no entanto2 a ,ro,osta desvaloriGa/0o do dinheiro ,odia servir
si4' ,les4ente ,ara a4ortiGar as d3vidas do )stado e dos grandes e4,resrios2 Kue
era4 os ,rinci,ais to4adores dos 4ais diIerentes crRditos. "*. da )d. !le40.(
Har; Iala ta4bR4 sobre os Vho4ens do ;eli4 ,eKuenoW e4 seu trabalho Tur Kritik der
politischen ekonomie. "*. dos T.(
D77 :escoberta ,elo grego P3teas de Harsella no sRculo IV a.C.2 ,arece ter sido o ,onto 4ais
setentrional alcan/ado ,elos viaPantes da antiguidade clssica2 sendo considerada ,aradig4a
do re4oto2 li4ite Mlti4o do 4undo. "*. dos T.(
D75 i[ tareIa do ca,italista obter2 co4 o ca,ital des,endido2 a 4aior so4a ,oss3vel de
trabalhoi "DSo.tenir du capital d#pens# la plus forte somme de travail possi.le(. "CCRC)++)'
S)*)CI+2
J'G. Trait# T#oriCue et PratiCue des *ntreprises /ndustrielles! 6k ed.2 Paris2 #E5&. ,. 16.(
D71 i! ,erda de # hora de trabalho ,or dia re,resenta u4 ,rePu3Go e;traordinrio ,ara
MARX
u4 )stado Kue co4ercia.i V consu4o de artigos de lu;o ,elos ,obres Kue trabalha4
deste reino R 4uito grande2 es,ecial4ente entre a ,lebe ocu,ada nas 4anuIaturas9 ao
IaGJ'lo2
conso4e4 ta4bR4 seu te4,o2 u4 consu4o 4ais Iat3dico Kue KualKuer outro.W "An
*ssaD on Trade and Commerce etc. ,. 7& e #5D.(
D7& iSuando o trabalhador livre re,ousa u4 instante2 a econo4ia sQrdida2 Kue o segue co4
olhos inKuietos2 aIir4a Kue ele a est roubando.i "+I*GC)T2 *. Th#orie des %oi:
Civiles
etc. +ondres2 #&1&2 t. III2 ,. 711.(
OS ECONOMISTAS
4ercadorias ,elo Iato de Kue seu consu4o cria valor e valor 4aior do
Kue ela 4es4a custa. )ssa Ioi a raG0o ,or Kue a co4,raste. Kue do
teu lado a,arece co4o valoriGa/0o do ca,ital R da 4inha ,arte dis,Jndio
e;cedente de Ior/a de trabalho. Tu e eu sQ conhece4os2 no
4ercado2 u4a lei2 a do intercU4bio de 4ercadorias. ) o consu4o da
4ercadoria n0o ,ertence ao vendedor Kue a aliena2 4as ao co4,rador
Kue a adKuire.
! ti ,ertence2 ,ortanto2 o uso de 4inha Ior/a de trabalho diria. Has
,or 4eio de seu ,re/o dirio de venda tenho de re,roduGi'la
diaria4ente ,ara ,oder vendJ'la de novo. Se4 considerar o
desgaste natural ,ela idade etc.2 ,reciso ser ca,aG a4anh0 de
trabalhar co4 o 4es4o n3vel nor4al de Ior/a2 saMde e dis,osi/0o Kue
hoPe. Tu 4e ,redicas constan' te4ente o evangelho da V,arci4YniaW
e da VabstinJnciaW. Pois be4j Suero gerir 4eu Mnico ,atri4Ynio2 a
Ior/a de trabalho2 co4o u4 ad' 4inistrador racional2 ,arci4onioso2
abstendo'4e de KualKuer des,er' d3cio tolo da 4es4a. )u Kuero
diaria4ente IaGer Iluir2 converter e4 4ovi4ento2 e4 trabalho2
so4ente tanto dela Kuanto sePa co4,at3vel co4 a sua dura/0o
nor4al e seu desenvolvi4ento sadio. Hediante ,ro' longa4ento
des4esurado da Pornada de trabalho2 ,odes e4 # dia IaGer Iluir u4
Cuantum de 4inha Ior/a de trabalho Kue R 4aior do Kue o Kue
,osso re,or e4 D dias. Kue tu assi4 ganhas e4 trabalho2 eu
,erco e4 substUncia de trabalho. ! utiliGa/0o de 4inha Ior/a de
tra' balho e a es,olia/0o dela s0o duas coisas total4ente
diIerentes. Se o ,er3odo 4Rdio Kue u4 trabalhador 4Rdio ,ode
viver co4 u4 volu4e raGovel de trabalho corres,onde a D% anos2
o valor de 4inha Ior/a
de trabalho Kue 4e ,agas2 u4 dia ,elo outro2 R
#
ou
#
de
D15:D% D.15%
seu valor global. Se2 ,orR42 tu a conso4es e4 #% anos2 ,agas'4e dia'
ria4ente
#
e4 veG de
#
seu valor global2 ,ortanto2 a,enas
#%.$5% D.15%
#`D de seu valor de # dia2 e Iurtas'4e assi4 diaria4ente 6`D do
valor de 4inha 4ercadoria. Pagas'4e a Ior/a de trabalho de # dia2
Kuando utiliGas a de D dias. Isso R contra nosso trato e a lei do
intercU4bio de 4ercadorias. )u e;iPo2 ,ortanto2 u4a Pornada de
trabalho de dura/0o nor4al e a e;iPo se4 a,elo a teu cora/0o2 ,ois e4
assuntos de dinheiro cessa a boa vontade. Poders ser u4 cidad0o
4odelar2 talveG sePas 4e4bro da sociedade ,rotetora dos ani4ais2
,odes atR estar e4 odor de santidade2 4as a coisa Kue re,resentas
diante de 4i4 R algo e4 cuPo ,eito n0o bate nenhu4 cora/0o. Kue
,arece bater a3 R a batida de 4eu ,rQ,rio cora/0o. )u e;iPo a Pornada
nor4al de trabalho2 ,orKue eu e;iPo o valor de 4inha 4ercadoria2 co4o
KualKuer outro vendedor.
D7E
MARX
D7E :urante a grande strike
P
dos .uilders,
PP
e4 +ondres2 e4 #E1%`1#2 ,ela redu/0o da Pornada
de trabalho a $ horas2 ,ublicou o co4itJ dos trabalhadores u4a declara/0o Kue coincidia
a,ro;i4ada4ente co4 a argu4enta/0o de nosso trabalhador. ! declara/0o aludia2 n0o se4
ironia2 Kue o 4ais vido ,or lucro entre os Vbuilding 4astersW
PPP
L u4 certo Sir H. Peto
VJ'se Kue9 abstraindo li4ites e;tre4a4ente elsticos2 da natu'
reGa do ,rQ,rio intercU4bio de 4ercadorias n0o resulta nenhu4 li4ite
F Pornada de trabalho2 ,ortanto2 nenhu4a li4ita/0o ao 4ais'trabalho.
ca,italista aIir4a seu direito co4o co4,rador2 Kuando ,rocura ,ro'
longar o 4ais ,oss3vel a Pornada de trabalho e transIor4ar onde
Ior ,oss3vel u4a Pornada de trabalho e4 duas. Por outro lado2 a
natureGa es,ec3Iica da 4ercadoria vendida i4,lica u4 li4ite de
seu consu4o ,elo co4,rador2 e o trabalhador aIir4a seu direito co4o
vendedor Kuan' do Kuer li4itar a Pornada de trabalho a deter4inada
grandeGa nor4al. corre aKui2 ,ortanto2 u4a antino4ia2 direito
contra direito2 a4bos a,oiados na lei do intercU4bio de
4ercadorias. )ntre direitos iguais decide a Ior/a. ) assi4 a
regula4enta/0o da Pornada de trabalho a,re' senta'se na histQria da
,rodu/0o ca,italista co4o u4a luta ao redor dos li4ites da
Pornada de trabalho L u4a luta entre o ca,italista coletivo2 isto R2
a classe dos ca,italistas2 e o trabalhador coletivo2 ou
a classe trabalhadora.
4( A Ai:eT !or *isC#r)%7o( B)ric.#e e )oir:o
ca,ital n0o inventou o 4ais'trabalho. nde Kuer Kue ,arte da
sociedade ,ossua o 4ono,Qlio dos 4eios de ,rodu/0o2 o
trabalhador2 livre ou n0o2 te4 de adicionar ao te4,o de trabalho
necessrio F sua autoconserva/0o u4 te4,o de trabalho e;cedente
destinado a ,roduGir os 4eios de subsistJncia ,ara o ,ro,rietrio dos
4eios de ,rodu/0o2
D7$
sePa esse ,ro,rietrio n
D5%
ateniense2 teocrata etrusco2 civis romanus2
D5#
bar0o nor4ando2
escravocrata a4ericano2 boiardo da ValKuia2 landlord
D56
4oderno
ou ca,italista.
D5D
[ claro2 entretanto2 Kue se nu4a Ior4a/0o
sQcioeconY4ica ,redo4ina n0o o valor de troca2 4as o valor de uso
do ,roduto2 o 4ais'trabalho R li4itado ,or u4 c3rculo 4ais estreito
ou 4ais a4,lo de necessidades2 ao ,asso Kue n0o se origina nenhu4a
necessidade ili4itada ,or 4ais'trabalho do ,rQ,rio carter da
,rodu/0o. sobretrabalho 4ostra'se tenebrosa4ente na
L encontrava'se e4 Vodor de santidadeW. " 4es4o Peto chegou ao Ii4 de,ois de #E1&2
Punto co4 L Strousbergj(
PPPP
P
Greve. "*. dos T.(
PP
Trabalhadores da constru/0o. "*. dos T.(
PPP
)4,reendedores de obras. "*. dos T.(
PPPP
Barthel ?einrich Strousberg Ioi e4,resrio Ierrovirio na !le4anha e sua IalJncia2
e4 #E&D2 teve 4uita re,ercuss0o. "*. dos T.(
D7$ i!Kueles Kue trabalha4 "...( ali4enta4 na realidade tanto os ,ensionistas2 a Kue4 cha'
4a4os de ricos2 Kuanto a si 4es4os.i "BCRK)2 )d4und. p! cit!2 ,. 6'D.(
D5% !ristocrata. "*. dos T.(
D5# Cidad0o ro4ano. "*. dos T.(
D56 Senhor de terras. "*. dos T.(
D5D *iebuhr observa 4uito ingenua4ente e4 sua -`mischen ,eschichte9
P
V*0o se ,ode encobrir
Kue obras co4o as etruscas2 Kue e4 suas ru3nas nos asso4bra42 ,ressu,=e42 e4 ,eKuenos
"j( )stados2 senhores e servosW. Co4 4uito 4aior ,roIundidade observa Sis4ondi Kue
as Vrendas de Bru;elasW ,ressu,=e4 e4,regadores e assalariados.
P
1ist6ria de -oma. "*. dos T.(
!ntiguidade2 ,or conseguinte2 onde se trata de ganhar o valor de troca
e4 sua Iigura autYno4a de dinheiro2 na ,rodu/0o de ouro e ,rata.
Trabalho Ior/ado atR a 4orte R aKui a Ior4a oIicial de
sobretrabalho. Basta ler :iodorus Siculus.
D57
)ntretanto2 estas
constitue4 e;ce/=es no 4undo antigo. T0o logo ,orR4 os ,ovos2
cuPa ,rodu/0o se 4ove ainda nas Ior4as inIeriores do trabalho
escravo2 corvRia etc.2 s0o ar' rastados a u4 4ercado 4undial2
do4inado ,elo 4odo de ,rodu/0o ca,italista2 o Kual desenvolve a
venda de seus ,rodutos no e;terior co4o interesse ,re,onderante2
os horrores brbaros da escravatura2 da servid0o etc. s0o coroados
co4 o horror civiliGado do sobretrabalho. Por isso2 o trabalho dos
negros nos )stados sulistas da Cni0o !4ericana ,reservou u4 carter
4oderada4ente ,atriarcal2 enKuanto a ,rodu/0o destinava'se
sobretudo ao autoconsu4o direto. *a 4edida2 ,orR42 e4 Kue a
e;,orta/0o de algod0o tornou'se interesse vital daKueles )stados2
o sobretrabalho dos negros2 aKui e ali o consu4o de suas vidas e4
&
anos de trabalho2 tornou'se Iator de u4 siste4a calculado e calculista.
J n0o se tratava de obter deles certa Kuantidade de ,rodutos
Mteis. Tratava'se2 agora2 da ,rodu/0o da ,rQ,ria 4ais'valia. !lgo
se4elhante sucedeu co4 a corvRia nos ,rinci,ados do :anMbio.
! co4,ara/0o da avideG ,or 4ais'trabalho nos ,rinci,ados do
:a' nMbio co4 a 4es4a avideG nas Ibricas inglesas oIerece interesse
es,ecial2 ,orKue o 4ais'trabalho na corvRia ,ossui Ior4a
inde,endente2 ,al,vel.
Su,onha Kue a Pornada de trabalho constitua'se de 1 horas de
trabalho necessrio e 1 horas de 4ais'trabalho. !ssi42 o
trabalhador livre Iornece se4anal4ente ao ca,italista 1 ; 1 ou D1
horas de 4ais' trabalho. [ o 4es4o se ele trabalhasse D dias ,or
se4ana ,ara si e
D dias ,or se4ana gratuita4ente ,ara o ca,italista. Isso n0o R2 ,orR42
vis3vel. 4ais'trabalho e o trabalho necessrio conIunde4'se u4 co4
o outro. Posso e;,ri4ir a 4es4a rela/0o2 ,or e;e4,lo2 diGendo
Kue o trabalhador e4 cada 4inuto trabalha D% segundos ,ara si e D%
segundos ,ara o ca,italista etc. J co4 a corvRia R diIerente.
trabalho neces' srio Kue2 ,or e;e4,lo2 o ca4,onJs valKuio
e;ecuta ,ara sua auto' 4anuten/0o est es,acial4ente se,arado de
seu 4ais'trabalho ,ara
o boiardo. C4 ele realiGa e4 seu ,rQ,rio ca4,o2 o outro na ,ro,riedade
do senhor. !4bas as ,artes do te4,o de trabalho e;iste42
inde,en' dente4ente2 u4a ao lado da outra. *a Ior4a de corvRia2 o
4ais'trabalho est nitida4ente dissociado do trabalho necessrio.
*a rela/0o Kuan' titativa entre 4ais'trabalho e trabalho necessrio2
essa Ior4a diIerente de 4aniIesta/0o evidente4ente nada 4uda.
TrJs dias de 4ais'trabalho
D57 i*0o se ,ode ver esses inIeliGesi "nas 4inas de ouro entre o )gito2 )tiQ,ia e !rbia(
VKue
ne4 ,ode4 4anter li4,os os ,rQ,rios cor,os ne4 cobrir sua nudeG se4 la4entar seu
4iservel destino. Pois l n0o se encontra re4iss0o ne4 indulgJncia ,ara os doentes2
os dRbeis2 os velhos2 ne4 ,ara a Iragilidade Ie4inina. Todos tJ4 de continuar
trabalhando2 Ior/ados ,or ,ancadas2 atR Kue a 4orte ,onha Ii4 a seus soIri4entos e F
sua desgra/a.W ":I:. SIC.2 1istorische 'i.liothek! +ivro Terceiro. Ca,. #D l,. 61%m.(
na se4ana ,er4anece4 D dias de trabalho Kue n0o cria nenhu4
eKuiva'
lente ,ara o ,rQ,rio trabalhador2 sePa ele deno4inado corvRia ou
trabalho assalariado. Todavia2 a avideG do ca,italista ,or 4ais'trabalho
4aniIesta'se no e4,enho e4 ,rolongar des4edida4ente a Pornada
de trabalho2 a do boiardo 4ais si4,les4ente na ca/a direta ,or dias
de corvRia.
D55
*os ,rinci,ados do :anMbio2 a corvRia estava associada F renda
natural e de4ais co4,le4entos da servid0o2 4as constitu3a o
tributo decisivo ,ago F classe do4inante. nde esse R o caso2
rara4ente a corvRia originou'se da servid0o2 a servid0o2 ao
contrrio2 4uito 4ais da corvRia.
D51
) assi4 Ioi nas ,rov3ncias
ro4enas. Seu 4odo original de ,rodu/0o baseava'se na ,ro,riedade
co4u42 ,orR4 n0o a ,ro,rie' dade co4u4 sob a Ior4a eslava2 ou
4enos ainda indiana. Parte das terras era cultivada
inde,endente4ente ,elos 4e4bros da co4unidade2 co4o ,ro,riedade
,rivada livre^ outra ,arte L o a2er pu.licus
D5&
L era cultivada e4
co4u4 ,or eles. Parte dos ,rodutos desse trabalho co4unal servia
de Iundo de reserva ,ara o caso de 4s colheitas e outras
casualidades2 ,arte de tesouro do )stado ,ara cobrir os custos de
guerra2 religi0o e outras des,esas co4unais. Co4 o decorrer do
te4,o2 dignitrios 4ilitares e eclesisticos usur,ara4 a
,ro,riedade co4unal e as ,resta/=es devidas F 4es4a. trabalho dos
ca4,oneses livres sobre sua terra co4unal transIor4ou'se e4
corvRia ,ara os la' dr=es da terra co4unal. Co4 isso2 desenvolvera4'
se si4ultanea4ente rela/=es de servid0o2 no entanto a,enas de
Iato2 n0o legal4ente2 atR Kue a RMssia2 libertadora universal sob
,rete;to de abolir a servid0o2 elevou'a F categoria de lei. cQdigo de
corvRia ,rocla4ado ,elo general russo Kisselev2 e4 #ED#2 Ioi
natural4ente ditado ,elos ,rQ,rios boiar' dos. ! RMssia conKuistou2
desse 4odo2 co4 u4 sQ gol,e2 os 4agnatas dos ,rinci,ados
danubianos e os a,lausos dos cretinos liberais de toda
a )uro,a.
Segundo o -U2lement r2aniCue2
D5E
co4o se intitula o cQdigo da
D55 Kue segue reIere'se F situa/0o das ,rov3ncias ro4enas antes da revolu/0o Kue sucedeu
desde a Guerra da Cri4Ria.
D51 o*ota F Dk edi/0o. Isso se a,lica ta4bR4 F !le4anha e es,ecial4ente F PrMssia2 a leste
do )lba. *o sRculo ]V2 o ca4,onJs ale40o estava 4ais sub4etido e4 Kuase toda ,arte
a certas ,resta/=es e4 ,rodutos e e4 trabalho2 4as era de Iato2 Kuanto ao resto2 u4
ho4e4 livre. s colonos ale40es e4 Brandenburgo2 Po4erUnia2 SilRsia e PrMssia riental
era4 atR 4es4o Puridica4ente considerados livres. ! vitQria da nobreGa na Guerra
dos Ca4,oneses ,Ys Ii4 a isso. *0o a,enas os ca4,oneses vencidos da !le4anha
4eridional tornara4'se de novo servos. J desde 4eados do sRculo ]VI os ca4,oneses livres
da PrMssia riental2 de Brandenburgo2 Po4erUnia e SilRsia e ,ouco de,ois os de
SchlesXig'?olstein Iora4 rebai;ados F categoria de servos. "H!CR)R. $ronhoefe! v. IV^
H)ITe)*. Der 'oden des Pr! <taats; ?!*SS)*. %ei.ei2enschaft in <chlesAi2-1olstein!(
L F. ).p
D5& Ca4,o ,Mblico. "*. dos T.(
D5E -U2lement r2aniCue de #ED#. L ! ,ri4eira constitui/0o dos ,rinci,ados do :anMbio
"Holdvia e ValKuia( Kue Iora4 ocu,ados ,or tro,as russas2 co4 base no tratado de
,aG de !drianQ,olis de #7 de sete4bro de #E6$2 ter4inando co4 a guerra russo'turca
de
#E6E`6$. P. :. Kisselev2 cheIe su,erior da ad4inistra/0o desses ,rinci,ados2 tinha elaborado
o ,roPeto ,ara essa constitui/0o. Segundo o Regula4ento2 o ,oder legislativo Ioi concedido2
corvRia2 cada ca4,onJs valKuio deve2 alR4 de u4a Kuantidade deta'
lhada de ,aga4ento e4 natura2 ao assi4 cha4ado ,ro,rietrio da
terra2 o seguinte9 #( #6 Pornadas de trabalho e4 geral2 6( u4a Pornada
de trabalho no ca4,o e D( u4a Pornada ,ara o trans,orte de
lenha. <umma summarum
D5$
#7 dias ,or ano. Co4 ,roIunda vis0o
da )co' no4ia Pol3tica2 a Pornada de trabalho n0o R considerada e4
seu sentido co4u42 4as co4o a Pornada de trabalho necessria ,ara
a realiGa/0o de u4 ,roduto dirio 4Rdio^ deter4ina2 ,orR42 o ,roduto
dirio 4Rdio de 4aneira t0o astuciosa Kue 4es4o u4 ciclo,e n0o
,oderia co4,let'lo e4 67 horas. *as ,alavras secas de autJntica
ironia russa2 declara o ,rQ,rio -U2lement2 ,ortanto2 Kue ,or #6
Pornadas de trabalho deve'se entender o ,roduto de u4 trabalho
4anual de D1 dias2 ,or u4a Pornada de trabalho no ca4,o D dias e
,or # dia ,ara trans,orte de 4adeira do 4es4o 4odo o tri,lo.
<umma9 76 dias de corvRia. Has acresce'se
a isso a cha4ada Po.a2ie2 ,resta/=es de servi/os devidos ao senhor
,ara necessidades e;traordinrias de ,rodu/0o. )4 ,ro,or/0o ao
ta' 4anho de sua ,o,ula/0o cada aldeia deve Iornecer anual4ente
u4 contingente deter4inado ,ara a Po.a2ie. )ssa corvRia adicional
R cal' culada e4 #7 dias ,ara cada ca4,onJs valKuio. !ssi42 a
corvRia ,rescrita ,erIaG 51 Pornadas de trabalho ,or ano. ano
agr3cola2 na regi0o da ValKuia2 ,orR42 ,or causa do ,Rssi4o cli4a2
conta a,enas co4 6#% dias2 dos Kuais 7% ,ara os do4ingos e
Ieriados e e4 4Rdia
D% dias de 4au te4,o2 ao todo &% dias deve4 ser descontados. Resta4
#7% Pornadas de trabalho. ! ,ro,or/0o entre a corvRia e o trabalho
necessrio2 51`E7 ou 11 6`Db2 e;,ressa u4a ta;a da 4ais'valia 4uito
4enor do Kue aKuela Kue regula o trabalho do trabalhador agr3cola
ou industrial na Inglaterra. )sta R2 entretanto2 a,enas a corvRia
le' gal4ente ,rescrita. ) ainda co4 u4 es,3rito 4ais VliberalW Kue
a le' gisla/0o Iabril inglesa2 o -U2lement r2aniCue soube Iacilitar sua
,rQ' ,ria transgress0o. :e,ois de transIor4ar #6 dias e4 572 a tareIa
diria no4inal de cada u4a dessas 57 Pornadas de corvRia R
deter4inada de tal Ior4a Kue te4'se de su,le4ent'la nos dias
seguintes. )4 u4 dia2 ,or e;e4,lo2 deve'se 4ondar u4a e;tens0o
de terra Kue ,ara essa o,e' ra/0o2 sobretudo nas ,lanta/=es de
4ilho2 e;ige o dobro do te4,o. ! tareIa diria legal ,ara
atividades agr3colas individuais ,ode ser inter'
e4 cada ,rinci,ado2 F asse4blRia2 eleita ,elos ,ro,rietrios Iundirios2 e o ,oder e;ecutivo
Ioi trans4itido vitalicia4ente aos hos,odares2 eleitos ,or re,resentantes dos
,ro,rietrios Iundirios2 do clero e das cidades. "*. da )d. !le40.( 1ospodar J T3tulo da
nobreGa eslvica2 ,ro,rietria de terras. Foi 4antida a orde4 Ieudal anterior2 e nesta2
entre outras coisas2
a corvRia. ,oder ,ol3tico concentrou'se e4 40os dos ,ro,rietrios. Regula4ento intro'
duGiu2 ao 4es4o te4,o2 u4a sRrie de reIor4as burguesas9 as barreiras alIandegrias
in' ternas Iora4 abolidas2 Ioi introduGida a liberdade de co4Rrcio2 a Pusti/a se,arada
da ad' 4inistra/0o^ Ioi ,er4itido aos ca4,oneses trocare4 de senhores e Ioi abolida a
tortura. :urante a revolu/0o de #E7E2 o -U2lement r2aniCue Ioi ,osto de lado. "*. dos
T.(
D5$ Total. "*. dos T.(
,retada de tal 4odo2 Kue o dia co4e/a no 4Js de 4aio e ter4ina
no
4Js de outubro. Para a Holdvia as deter4ina/=es s0o ainda 4ais duras.
Vs #6 dias de corvRia do -U2lement r2aniCueW2
,rocla4ou u4 boiardo na e4briagueG da vitQria2
Vcorres,onde4 aos D15 dias do ano.W
D1%
Se o -U2lement r2aniCue dos ,rinci,ados danubianos Ioi
u4a e;,ress0o ,ositiva da avideG ,or 4ais'trabalho2 a Kual cada
,argraIo legaliGa2 as +eis Fabris inglesas s0o u4a e;,ress0o negativa
da 4es4a avideG. )ssas leis reIreia4 o i4,ulso do ca,ital ,or suc/0o
des4esurada da Ior/a de trabalho2 ,or 4eio da li4ita/0o coercitiva
da Pornada de trabalho ,elo )stado e na verdade ,or u4 )stado
Kue ca,italista e +andlord do4ina4. !bstraindo u4 4ovi4ento dos
trabalhadores Kue cresce cada dia 4ais a4ea/adora4ente2 a li4ita/0o
da Pornada de tra' balho nas Ibricas Ioi ditada ,ela 4es4a
necessidade Kue levou F a,li' ca/0o do guano nos ca4,os ingleses. !
4es4a cega ra,acidade2 a Kual2 e4 u4 caso2 esgotou a terra2 e4 outro
aIetou ,elas ra3Ges a Ior/a vital da na/0o. ),ide4ias ,eriQdicas
4aniIesta4'se aKui t0o clara4ente co4o a di4inui/0o da altura dos
soldados na !le4anha e na Fran/a.
D1#
! $actorD Act
D16
atual4ente "#E1&( e4 vigor ,er4ite co4o 4Rdia
diria de trabalho nos dias de se4ana #% horas2 a saber2 ,ara os
,ri4eiros 5 dias da se4ana #6 horas2 das 1 da 4anh0 atR as 1
da tarde2 das Kuais2 ,orR42 desconta'se2 ,or lei2 #`6 hora ,ara o
caIR da 4anh0 e # hora ,ara o al4o/o2 restando2 ,ortanto2 #% #`6
horas de trabalho^ e E horas aos sbados2 das 1 da 4anh0 atR as
6 horas da tarde2 das Kuais subtrai'se #`6 hora ,ara o caIR da
4anh0. Resta4 1% horas de trabalho2 #% #`6 ,ara os ,ri4eiros 5
dias da se4ana2 & #`6 ,ara o Mlti4o dia da se4ana.
D1D
Guardi=es
,rQ,rios da lei Iora4 no' 4eados os ins,etores de Ibrica
subordinados direta4ente ao Hinis'
D1% Hais detalhes encontra4'se e4 1istoire PolitiCue et <ociale des Principaut#s Danu.iennes!
Paris2 #E55. l,. D%7 et seCs!m
D1# i)4 geral2 ultra,assar o ta4anho 4Rdio de sua es,Rcie indica2 dentro de certos
li4ites2 desenvolvi4ento dos seres orgUnicos. Suanto ao ho4e42 reduG'se sua altura2
Kuando seu desenvolvi4ento R ,rePudicado ,or condi/=es I3sicas ou sociais. )4 todos os
,a3ses euro,eus2 onde e;iste a conscri/0o2 di4inuiu2 desde sua introdu/0o2 o ta4anho
4Rdio dos ho4ens adultos e2 de 4odo geral2 sua a,tid0o ,ara o servi/o 4ilitar. !ntes
da Revolu/0o "#&E$(2
o 43ni4o de altura ,ara os soldados de inIantaria na Fran/a era de #15 c4^ e4 #E#E "lei
de #% de 4ar/o(2 #5&2 segundo a lei de 6# de 4ar/o de #ED62 #51 c4^ e4 4Rdia2
4ais de 4etade dos conscritos s0o considerados ina,tos2 na Fran/a2 ,or insuIiciJncia
de altura e
,or debilidade. *a Sa;Ynia2 e4 #&E%2 a altura e;igida era de #&E c42 agora2 #55. *a
PrMssia R de #5&. Segundo inIor4ou o dr. He-er no Pornal 'aDerische Teitun2 de $ de
4aio de #E162 veriIicou'se e4 4Rdia na PrMssia2 durante $ anos2 Kue de # %%%
conscritos2
&#1 era4 ina,tos ,ara o servi/o 4ilitar9 D#& e4 virtude do ta4anho e D$$ ,or deIiciJncia.
"...( )4 #E5E2 Berli4 n0o ,Yde a,resentar seu contingente de reserva2 Ialtava4 #51 ho4ens.i
"+I)BIG2 J. V. Die Chemie in ihrer AnAendun2 auf A2rikultur und PhDsiolo2ie! &k ed.2
#E162 v. I2 ,. ##&'##E.(
D16 +ei Fabril. "*. dos T.(
D1D ! histQria da +ei Fabril de #E5% segue no decorrer deste ca,3tulo.
tRrio do Interior cuPos relatQrios s0o ,ublicados se4estral4ente ,elo
Parla4ento. )les ,ortanto Iornece4 u4a estat3stica cont3nua e oIicial
sobre a avideG dos ca,italistas ,or 4ais'trabalho.
u/a4os ,or u4 4o4ento os ins,etores de Ibrica9
D17
V Iabricante Iraudulento co4e/a o trabalho #`7 de hora antes
das 1 da 4anh02 Fs veGes antes2 Fs veGes 4ais tarde2 e
encerra
#`7 de hora de,ois das 1 da tarde2 Fs veGes antes2 Fs veGes 4ais
tarde. )le corta 5 4inutos tanto no co4e/o co4o ao Iinal da #`6
hora no4inal4ente destinada ao caIR da 4anh02 e retira #% 4i'
nutos tanto no co4e/o co4o ao Iinal da hora reservada ,ara
o al4o/o. !os sbados2 ele trabalha #`7 de hora de,ois das 6
horas da tarde2 Fs veGes 4ais2 Fs veGes 4enos. :essa Ior4a2
o seu ganho ,erIaG9
!ntes das 1 horas da 4anh0 . . . . #5 4inutos
:e,ois das 1 horas da tarde . . . . #5 i So4a e4 5 dias
*o caIR da 4anh0 . . . . . . . . . . . . . #% i c D%% 4inutos
*o al4o/o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6% i
1% 4inutos
!os sbados
!ntes das 1 horas da 4anh0 . . . . #5 4inutos Total do ganho
*o caIR da 4anh0 . . . . . . . . . . . . . #% i se4anal c
:e,ois das 6 horas da tarde . . . . #5 i D7% 4inutos
u 5 horas e 7% 4inutos se4anais2 o Kue2 4ulti,licado ,or
5% se4anas2 de,ois de subtrair 6 se4anas ,ara os dias
Iestivos
ou interru,/=es ocasionais2 d 6& dias de trabalhoi.
D15
D17 :o ,er3odo Kue vai do co4e/o da grande indMstria na Inglaterra atR #E752 ocu,o'4e a,enas
aKui e ali e reco4endo a esse res,eito ao leitor a obra de )*G)+S2 Friedrich. Die la2e
der ar.eitenden Klasse in *n2land! +ei,Gig2 #E75. ! ,roIundidade co4 Kue )ngels a,reendeu
o es,3rito do 4odo de ,rodu/0o ca,italista de4onstra4 os $actorD -eports,
P
-eports on
"ines
PP
e outros2 Kue a,arecera4 a ,artir de #E752 e co4o ele nos ,intou
ad4iravel4ente as condi/=es e4 detalhes2 evidencia'se 4es4o co4 a co4,ara/0o 4ais
su,erIicial entre seu trabalho e os -eports oIiciais da Childrenns )4,lo-4ent
Co44ission
PPP
"#E1D`1&(2 ,u' blicados #E a 6% anos 4ais tarde. )stes trata4 na verdade de
ra4os industriais2 nos Kuais atR #E16 a legisla/0o Iabril n0o havia sido introduGida2 e4
,arte ainda n0o Ioi introduGida. !Kui ainda n0o Ioi i4,osta coercitiva4ente nenhu4a
4odiIica/0o 4ais ou 4enos grande nas condi/=es descritas ,or )ngels. To4o 4eus
e;e4,los ,rinci,al4ente do ,er3odo do livre'cU4bio ,osterior a #E7E2 daKuela R,oca
,aradis3aca2 sobre a Kual os 4ascates do livre'cU4bio2 t0o IanIarr=es Ku0o
cientiIica4ente negligentes2 tanto de Iabuloso i4,inge4 aos ale40es. :e resto2 a
Inglaterra Iigura aKui a,enas e4 ,ri4eiro ,lano2 ,orKue ela re,resenta classica4ente
a ,rodu/0o ca,italista e R a Mnica a ,ossuir2 sobre os assuntos tratados2 u4a
estat3stica oIicial ininterru,ta.
P
RelatQrios Fabris. "*. dos T.(
PP
RelatQrios sobre Hinas. "*. dos T.(
PPP
Co4iss0o de )4,rego InIantil. "*. dos T.(
D15 iSuggestions etc. b- Hr. +. ?orner2 Ins,ector oI Factoriesi. In9 $actories -e2ulation Act!
rdered .D the 1ouse of Commons to .e printed E Au2! 78FE! ,. 7'5.
VSe se ,rolonga a Pornada de trabalho diaria4ente de 5 4i'
nutos2 aci4a da dura/0o nor4al2 obtR4'se 6 #`6 dias de ,rodu/0o
,or ano.W
D11
VC4a hora adicional diaria4ente2 ganha co4 o Iurto
de u4 ,edacinho de te4,o aKui2 logo ali de outro ,edacinho2 IaG
dos #6 4eses do ano #D.W
D1&
Crises2 durante as Kuais a ,rodu/0o R interro4,ida2
trabalhan' do'se a,enas Vcurto te4,oW durante alguns dias da se4ana2
n0o 4uda4 e4 nada2 natural4ente2 o e4,enho de ,rolongar a Pornada
de trabalho. Suanto 4enos negQcios s0o Ieitos2 tanto 4aior deve ser o
ganho sobre
o negQcio Ieito. Suanto 4enos te4,o ,ode ser trabalhado2 tanto
4ais te4,o e;cedente de trabalho deve ser trabalhado. !ssi4
relata4 os ins,etores de Ibrica sobre o ,er3odo da crise de #E5& a
#E5E9
VPode'se considerar u4a inconseKOJncia Kue KualKuer
sobre' trabalho sePa realiGado nu4 te4,o e4 Kue o co4Rrcio
v t0o 4al2 ,orR4 a 4 conPuntura incita ,essoas inescru,ulosas
a ,ra' ticare4 transgress=es^ assegura'se assi4 u4 lucro
e;tra.W "...( V!o 4es4o te4,oW2 diG +eonard ?orner2 VKue #66
Ibricas e4 4eu distrito encerrara4 suas atividades2 #7D
est0o ,aradas e todas as outras trabalha4 co4 te4,o reduGido2
,rossegue'se co4
o sobretrabalho alR4 do te4,o legal4ente deter4inado.W
D1E
V)4'
boraW2 diG o sr. ?oXell2 Vna 4aioria das Ibricas2 e4 virtude
da 4 conPuntura dos negQcios2 sQ se trabalhe 4eio ,er3odo2
continuo
a receber2 de,ois co4o antes2 o 4es4o nM4ero de Kuei;as de
Kue #`6 hora ou D`7 de hora s0o Iurtados "snatched( diaria4ente
aos trabalhadores ,or 4eio de incurs=es nos ,raGos Kue lhes s0o
legal4ente assegurados ,ara as reIei/=es e descansoW.
D1$
4es4o IenY4eno re,ete'se2 e4 escala 4enor2 durante a terr3vel
crise do algod0o de #E1# a #E15.
D&%
VNs veGes2 Kuando sur,reende4os os trabalhadores e4
ativi' dade durante as horas das reIei/=es ou durante outras
horas ilegais2 R dada a descul,a de Kue estes n0o Kuere4 de
4odo algu4 abandonar a Ibrica e R necessrio coagi'los a
interro4,er seu trabalhoW "li4,eGa de 4Kuinas etc.(
Vno4eada4ente aos sbados F tarde. Has se os bra/os
,er4anece4 nas Ibricas de,ois de ,arada a 4aKuinaria2 isso
acontece a,enas ,orKue2 entre as
D11 -eports of the /nsp! of $act! for the 1alf \ear, ct! 78FQ! ,. D5.
D1& -eports etc! XNth April 78F8! ,. $.
D1E -eports etc! p! cit!2 ,. #%.
D1$ -eports etc! p! cit!2 ,. 65.
D&% -eports etc! for the 1alf \ear *ndin2 XNth April 78Q7! Ver !,Jndice n8 6^ -eports etc! D#st
ct. #E16. ,. &2 56 e 5D. !s transgress=es torna4'se 4ais nu4erosas de novo no segundo
se4estre de #E1D. Ver -eports etc! *ndin2 X7st ct! 78QX! ,. &.
1 horas da 4anh0 e as 1 horas da tarde2 no horrio legal de
trabalho nenhu4 te4,o lhes R concedido ,ara e;ecutar tais
tareIas.W
D&#
V lucro e;tra obtido ,or 4eio de sobretrabalho alR4 do te4,o
legal ,arece ser tenta/0o de4asiada4ente grande ,ara Kue
os Iabricantes ,ossa4 resistir a ela. )les conta4 co4 a
chance de n0o sere4 descobertos e calcula42 caso sePa42 Kue
o ,eKueno valor da 4ulta e dos custos Pudiciais assegura'lhes
ainda u4 saldo lucrativo.W
D&6
Vnde o te4,o adicional R obtido
4ediante a 4ulti,lica/0o de ,eKuenos Iurtos "a multiplication of
small thefts( no curso do dia2 os ins,etores enIrenta4
diIiculdades Kuase in' su,erveis ,ara conseguire4 ,rovas.W
D&D
! esses V,eKuenos IurtosW ,elo ca,ital do te4,o das reIei/=es
e do te4,o de descanso dos trabalhadores cha4a4 os ins,etores
ta4bR4 de VpettD pilferin2s of minutesW2 ,eKuenas Iurtadelas de
4inutos2
D&7
Vsnatchin2 a feA minutesW2 esca4otear 4inutos2
D&5
ou2
co4o os traba' lhadores os deno4ina4 tecnica4ente2 Vni..lin2 and
cri..lin2 at meal
timesW.
D&12 D&&
VJ'se Kue nessa at4osIera a Ior4a/0o de 4ais'valia ,or 4eio
do 4ais'trabalho n0o R nenhu4 segredo.
D&# -eports etc! X7st ct! 78QN! ,. 6D. Co4 Kue Ianatis4o2 segundo as declara/=es dos Iabricantes
,erante os tribunais2 os seus trabalhadores se o,unha4 a KualKuer interru,/0o do trabalho
da Ibrica 4ostra o seguinte caso curioso9 )4 co4e/o de Punho de #ED1 Iora4 enca4inhadas
denMncias aos ma2istrates
P
de :eXsbur- ">or\shire( relativas F viola/0o da +ei Fabril ,or
,ro,rietrios de E grandes Ibricas2 nas ,ro;i4idades de Batle-. Parte desses senhores era
acusada de ter ,osto a trabalhar 5 4eninos de #6 a #5 anos das 1 horas da 4anh0
de se;ta'Ieira atR as 7 da tarde do sbado seguinte2 se4 lhes conceder nenhu4 descanso2
alR4 do te4,o ,ara as reIei/=es e # hora ,ara dor4ir F 4eia'noite. ) esses 4eninos
tivera4 de realiGar essas D% horas de trabalho ,er4anecendo no shoddDhole, co4o se
cha4a a caverna2 onde s0o des4anchados os tra,os de l0 e onde nuvens de ,oeira2 de
res3duos etc. Ior/a4 4es4o os trabalhadores adultos a ta,ar continua4ente sua boca
co4 len/os a Ii4 de ,roteger os ,ul4=esj s senhores acusados assegurara4 e4 lugar do
Pura4ento L co4o os Kuacres era4 ho4ens religiosos de4asiado escru,ulosos ,ara
,restare4 Pura4ento L Kue tinha4 co4 sua grande co4,ai;0o ,er4itido aos
4iserveis 4eninos dor4ir 7 horas2 4as Kue os cabe/as'duras n0o Kuisera4 de 4odo
algu4 ir ,ara a ca4aj s senhores Kuacres Iora4 condenados a ,agar 6% libras de
4ulta. :r-den ,ressentia esses Kuacres9
iC4a ra,osa cheia de hi,ocrisia2
Kue 4ente co4o o diabo2 entretanto
te4 4edo de Purar2
Kue a,arece co4o i4,enitente2 4as lan/a ,ara os
lados olhares gananciosos2
n0o ousa ,ecar2 se4 antes diGer
sua ,rece.i
PP
P
Hagistrados. "*. dos T.(
PP
:R>:)*. The Cock and the $o:; on the Tale of the ?unSs Priest! "*. da )d. !le40.(
D&6 -ep! etc! X7st ct! 78FQ. ,. D7.
D&D p! cit!2 ,. D5.
D&7 p! cit!2 ,. 7E.
D&5 p! cit!
D&1 Roer e ,eneirar o te4,o das reIei/=es. "*. dos T.(
D&& p! cit!
V rSe o senhor 4e ,er4iten2 disse'4e u4 Iabricante 4uito res'
,eitvel2 rKue eu dei;e2 diaria4ente2 trabalhar a,enas #% 4inutos
de te4,o e;tra2 o senhor colocar anual4ente e4 4eu bolso # %%%
libras esterlinas.n W
D&E
V@to4os de te4,o s0o os ele4entos do
lucro.W
D&$
*ada R nesse sentido 4ais caracter3stico do Kue a designa/0o
dada aos trabalhadores Kue trabalha4 todo o te4,o2 de full times2
DE%
e Fs crian/as de 4enos de #D anos2 Kue sQ ,ode4 trabalhar 1
horas2 de half times.
DE#2 DE6
trabalhador n0o R aKui 4ais Kue
te4,o de trabalho ,ersoniIicado. Todas as diIeren/as individuais
reduGe4'se Fs de Vte4,o integralW e V4eio te4,oW.
5( R*os : i.:Vs#ri i.,%es se* %i*i#e %e,% : eH!%or;<o
i4,ulso F ,rolonga/0o da Pornada de trabalho2 a IeroG voraci'
dade ,or 4ais'trabalho2 Kue te4os observado atR agora nu4a rea2
na Kual os abusos des4esurados n0o ultra,assados2 co4o disse u4
econo4ista burguJs da Inglaterra2 ,elas crueldades dos es,anhQis con'
tra os 3ndios na !4Rrica2
DED
colocara4 Iinal4ente o ca,ital sob os gri'
lh=es da regula/0o legal. +ance4os agora o olhar sobre alguns
ra4os da ,rodu/0o2 e4 Kue a es,olia/0o da Ior/a de trabalho ainda
hoPe n0o conhece li4ites ou atR onte4 n0o os conhecia.
V sr. Broughton2 u4 countD ma2istrate2
DE7
co4o ,residente
de u4a reuni0o realiGada na ,reIeitura da cidade de *ottingha42
e4 #7 de Paneiro de #E1%2 declarou Kue no setor da
,o,ula/0o urbana Kue vivia da Iabrica/0o de rendas reinava
u4 grau de soIri4ento e 4isRria desconhecido no resto do
4undo civiliGado. "...( Ns 62 D2 7 horas da 4anh02 crian/as de
$ a #% anos s0o arrancadas de suas ca4as i4undas e
obrigadas2 ,ara ganhar sua 4era subsistJncia2 a trabalhar atR
as #%2 ## ou #6 horas da noite2 enKuanto seus 4e4bros
deIinha42 sua estatura se atroIia2 suas linhas Iaciais se
e4bota4 e sua essJncia se i4obiliGa nu4 tor,or ,Rtreo2 cuPa
a,arJncia R horri,ilante. "...( *0o nos sur' ,reende4os Kue o
sr. Hallett e outros Iabricantes tenha4'se 4a'
D&E p! cit!2 ,. 7E.
D&$ iHo4ents are the ele4ents oI ,roIit.i "-ep! of the /nsp! etc! XNth April 78QN! ,. 51.(
DE% Te4,o integral "*. dos T.(
DE# Heio te4,o. "*. dos T.(
DE6 ! e;,ress0o te4 Ioros de cidadania tanto nas Ibricas co4o nos relatQrios Iabris.
DED i! voracidade dos donos de Ibrica2 cuPas crueldades na ca/a ao lucro 4al Iora4 ultra,as'
sadas ,or aKuelas ,er,etradas ,elos es,anhQis2 ,or ocasi0o da conKuista da !4Rrica2
na ca/a ao ouro.i "<!:)2 John. 1istorD of the "iddle and @orkin2 Classes! Dk ed.2
+ondres2
#ED5. ,. ##7.( ! ,arte teQrica desse livro2 u4a es,Rcie de Iunda4ento da )cono4ia Pol3tica2
contR42 ,ara seu te4,o2 algu4as idRias originais2 sobre as crises econY4icas2 ,or e;e4,lo.
! ,arte histQrica soIre de u4 ,lgio desavergonhado da obra de ):)*2 H.2 Sir. The <tate
of the Poor! +ondres2 #&$&.
DE7 JuiG de condado. "*. dos T.(
niIestado e4 ,rotesto contra KualKuer discuss0o. "...( siste4a2
co4o o reverendo Hontagu Val,- o descreveu2 R u4 siste4a
de ili4itada escravid0o2 escravid0o no sentido social2 I3sico2
4oral
e intelectual. "...( Kue se deve ,ensar de u4a cidade Kue realiGa
u4a asse4blRia ,Mblica ,ara ,eticionar Kue o te4,o de trabalho
,ara ho4ens se li4ite a #E horas ,or diaj "...( Perora4os contra
os ,lantadores da Virg3nia e da Carolina. [2 entretanto2 seu 4er'
cado de negros2 co4 todos os horrores do ltego e do trIego
de carne hu4ana2 ,or acaso 4ais ignQbil do Kue essa lenta
i4ola/0o de seres hu4anos2 ,raticada a Ii4 de Kue se
,roduGa4 vRus e colarinhos e4 ,roveito dos ca,italistasZW
DE5
! indMstria cerU4ica "potterD( de StaIIordshire Ioi durante os
Mlti4os 66 anos obPeto de trJs inKuRritos ,arla4entares. s resultados
consta4 do relatQrio do sr. Scriven2 de #E7#2 dirigido aos
ChildrenSs *mploDment Comissioners
DE1
no inIor4e do dr. GreenhoX de
#E1%2 ,u' blicado ,or deter4ina/0o do Iuncionrio 4Rdico do PrivD
Council
DE&
"Pu.lic 1ealth, Xrd -eport. I2 #%6'##D(2 e Iinal4ente no
relatQrio do sr. +onge2 #E1D2 no $irst -eport of the ChildrenSs
*mploDment Comission de #D de Punho de #E1D. Para 4eu obPetivo
basta citar dos relatQrios de #E1% e #E1D algu4as declara/=es de
teste4unhos das ,rQ,rias crian' /as e;,loradas. ! ,artir do Kue ocorre
co4 as crian/as2 ,ode'se deduGir
o Kue se ,assa co4 os adultos2 ,rinci,al4ente co4 4eninas e
4ulheres2 nu4 ra4o industrial ao lado do Kual a Iia/0o de algod0o e
outras atividades se4elhantes ,areceria4 u4 negQcio 4uito
agradvel e saudvel.
DEE
<ilhel4 <ood2 $ anos de idade2 tinha & anos e #% 4eses Kuando
co4e/ou a trabalhar. V:esde o co4e/o2 ele ran moulds "levava a
,e/a 4odelada F cU4ara de secage4 e traGia de volta de,ois a IYr4a
vaGia(. Chega todos os dias da se4ana Fs 1 horas da 4anh0 e ,ra
,or volta das $ horas da noite. r)u trabalho todos os dias da
se4ana atR as $ horas da noite. !ssi42 ,or e;e4,lo2 durante as
Mlti4as & a E se4anas.nW Portanto2 #5 horas de trabalho ,ara u4a
crian/a de & anosj J. Hurra-2 u4 4enino de #6 anos2 declara9
V/ run moulds and turn Pi22er "giro a roda(. )u chego Fs
1 horas2 Fs veGes Fs 7 horas da 4anh0. Trabalhei durante
toda a noite ,assada indo atR as 1 horas da 4anh0. )u n0o
estive na ca4a desde a Mlti4a noite. !lR4 de 4i4
trabalhara4 E ou $
DE5 +ondon DailD Tele2raph de #& de Paneiro de #E1%.
DE1 Co4issrios de )4,rego InIantil. "*. dos T.(
DE& Conselho Secreto L C4 Qrg0o es,ecial Punto ao rei da Inglaterra2 constitu3do ,or 4inistros
e outros Iuncionrios2 assi4 co4o ,or dignitrios clericais. Conselho Secreto Ioi constitu3do
no sRculo ]III. )le ,ossuiu2 durante longo te4,o2 direitos legislativos e era res,onsvel
a,enas ,erante o rei2 4as n0o ,erante o Parla4ento. *os sRculos ]VIII e ]I]
di4inuiu bastante o signiIicado do Conselho Secreto. !tual4ente ele n0o te42 na Inglaterra2
nenhu4 signiIicado ,rtico. "*. da )d. !le40.(
DEE CI. )*G)+S. Die %a2e etc. ,. 67$'65#.
outros 4eninos toda a Mlti4a noite. Todos2 co4 e;ce/0o de
u42
retornara4 esta 4anh0. )u recebo se4anal4ente D ;elins e
1 ,enceW "# tler e 5 groschen(. V)u n0o recebo nada a 4ais2
Kuando trabalho toda a noite. )u trabalhei2 na Mlti4a
se4ana2 durante
6 noites inteirasW.
Fern-hough2 u4 4enino de #% anos9
V*e4 se4,re tenho # hora inteira ,ara o al4o/o9 IreKOente'
4ente sQ tenho #`6 hora^ cada Kuinta2 se;ta e sbadoW.
DE$
:r. GreenhoX declara Kue R e;traordinaria4ente curto o te4,o
de vida nos distritos cerU4icos de Sto\e'u,on'Trent e <olstanton. )4'
bora no distrito de Sto\e a,enas D121b e e4 <olstanton a,enas D%27b
da ,o,ula/0o 4asculina aci4a de 6% anos estePa e4,regada nas
ce' rU4icas2 a incidJncia de 4ais da 4etade2 no ,ri4eiro distrito2
e de cerca de 6`52 no segundo2 dos Qbitos causados ,or doen/as
,ul4onares2 entre os ho4ens dessa categoria2 recai sobre os cera4istas.
dr. Booth' ro-d2 4Rdico ,rtico e4 ?anle-2 declara9
VCada gera/0o sucessiva de cera4istas R 4ais raKu3tica e 4ais
Iraca Kue a anteriorW.
:a 4es4a Ior4a2 outro 4Rdico2 Hr. HcBean2 aIir4a9
V:esde Kue iniciei 4inha cl3nica entre os cera4istas h 65
anos2 a degenera/0o dessa classe te4'se 4aniIestado
,rogressi' va4ente na redu/0o de estatura e ,esoW.
)ssas declara/=es Iora4 to4adas do relatQrio do dr. GreenhoX
de #E1%.
D$%
:o relatQrio dos co4issrios de #E1D o seguinte9 :r. J. T. !rledge2
4Rdico'cheIe do hos,ital de *orth StaIIordshire2 diG9
VCo4o u4a classe2 os cera4istas2 ho4ens e 4ulheres "...( re'
,resenta4 u4a ,o,ula/0o I3sica e 4oral4ente degenerada.
S0o e4 regra raKu3ticos2 4al constru3dos e IreKOente4ente
deIor4a' dos no ,eito. )les envelhece4 antes do te4,o e s0o
de vida curta^ Ileg4ticos e anJ4icos2 denuncia4 a IraKueGa de
sua cons' titui/0o ,or 4eio de obstinados ataKues de
dis,e,sia2 ,erturba' /=es he,ticas e renais e reu4atis4o.
Sobretudo soIre4 sob as doen/as do ,eito2 ,neu4onia2 t3sica2
bronKuite e as4a. SoIre4 de u4a Ior4a ,eculiar desta
Mlti4a conhecida co4o as4a de cera4ista ou t3sica de
cera4ista. ! escroIulose2 Kue ataca as
DE$ ChildrenSs *mploDment Commission, $irst -eport etc! 78QX! !,Jndice. ,. #12 #$2 #E.
D$% Pu.lic 1ealth, Xrd -eport etc! ,. #%D2 #%5.
a43gdalas2 ossos ou outras ,artes do cor,o R u4a doen/a Kue
aIeta 4ais de 6`D dos cera4istas. ! degenerescJncia
"de2eneres- cence( da ,o,ula/0o deste distrito n0o R 4uito
4aior e;clusiva' 4ente gra/as ao recruta4ento dos distritos
rurais circunviGinhos
e ao casa4ento co4 ra/as 4ais sadiasW.
sr. Charles Parsons2 ainda h ,ouco house sur2eon
D$#
do 4es4o
hos,ital2 escreve nu4a carta ao co4issrio +onge2 entre outras coisas9
VPosso Ialar co4 base so4ente e4 observa/=es ,essoais n0o
estat3sticas2 4as ne4 ,or isso ,osso dei;ar de aIir4ar Kue
sentia 4ais e 4ais revolta ao ver essas ,obres crian/as2
cuPa saMde Ioi sacriIicada ,ara satisIaGer a avareGa de seus
,ais e de seus e4,regadoresW.
)le enu4era as causas das doen/as dos cera4istas e encerra
a lista cul4inando co4 as lon2 hours "longas horas de trabalho(.
re' latQrio da co4iss0o es,era Kue
Vu4a 4anuIatura de ,osi/0o t0o destacada aos olhos do 4undo
P n0o ir ostentar a 4cula de ter seu grande sucesso aco4,a'
nhado ,ela degenerescJncia I3sica2 ,elos soIri4entos cor,orais
generaliGados e ,ela 4orte ,re4atura da ,o,ula/0o trabalhadora
,or 4eio de cuPo trabalho e habilidade Iora4 atingidos t0o gran'
des resultadosW.
D$6
Kue vale ,ara as cerU4icas da Inglaterra vale ta4bR4 ,ara
as da )scQcia.
D$D
! 4anuIatura de IQsIoros data de #EDD2 Kuando se inventou
o ,rocesso de a,licar o IQsIoro ao ,rQ,rio ,alito. :esde #E75
desenvol' veu'se ra,ida4ente na Inglaterra2 es,alhando'se das
Gonas 4ais ,o' ,ulosas de +ondres no4eada4ente ,ara Hanchester2
Bir4ingha42 +i' ver,ool2 Bristol2 *orXich2 *eXcastle e GlasgoX e
Punto co4 ela o tris4o2 Kue2 segundo a descoberta de u4 4Rdico de
Viena P e4 #E752 R doen/a ,eculiar dos ,rodutores de IQsIoros. !
4etade dos trabalhadores s0o crian/as co4 4enos de #D anos e Povens
co4 4enos de #E. ! 4anuIatura
R t0o 4al'aIa4ada2 ,or ser insalubre e re,ugnante2 Kue so4ente a
,arte 4ais degradada da classe trabalhadora2 viMvas Ia4intas2
entre outras2 cede'lhe crian/as2 Vcrian/as esIarra,adas2 4eio
Ia4intas2 to' tal4ente desa4,aradas e n0o educadasW.
D$7
:as
teste4unhas inKuiri' das ,elo co4issrio <hite "#E1D(2 6&% tinha4
4enos de #E anos2 7% 4enos de #%2 #% a,enas E2 e 5 a,enas 1. !
Pornada de trabalho variava entre #62 #7 e #5 horas2 co4 trabalho
noturno2 reIei/=es irregulares2
D$# HRdico interno. "*. dos T.(
D$6 ChildrenSs *mploDment Commission, 78QX! ,. 672 66 e ]I.
D$D p! cit!2 ,. ]+VII.
D$7 p! cit!2 ,. +IV.
e4 regra no ,rQ,rio local de trabalho2 e4,estado ,elo IQsIoro. :ante
sentiria nessa 4anuIatura suas Iantasias 4ais cruRis sobre o
inIerno ultra,assadas.
*a Ibrica de ,a,Ris de ,arede2 as es,Rcies 4ais grosseiras
s0o
i4,ressas co4 4Kuinas2 as es,Rcies 4ais Iinas2 4anual4ente ".lock
printin2(. s 4eses de negQcios 4ais 4ovi4entados cae4 entre o
co' 4e/o de outubro e Ii4 de abril. :urante esse ,er3odo2 o trabalho
dura IreKOente4ente e Kuase se4 interru,/0o das 1 horas da
4anh0 atR as #% da noite ou ainda 4ais tarde.
J. +each declara9
V*o inverno ,assadoW "#E16( Vde #$ 4o/as2 1 dei;ara4 de vir
e4 conseKOJncia das doen/as ,rovocadas ,or e;cesso de trabalho.
Para 4antJ'las acordadas2 ,reciso gritar'lhes.W <. :uII-9 V!s
crian/as n0o ,odia42 IreKOente4ente devido ao cansa/o2 4an'
ter'se de olhos abertos2 na realidade nQs 4es4os Kuase n0o
o consegui4osW. T. +ightbourne9 V)u tenho #D anos. "...( *o
Mlti4o inverno trabalhva4os atR $ horas da noite e no inverno
anterior2 atR as #% horas. *o inverno ,assado2 eu costu4ava
gritar Kuase todas as noites devido F dor causada ,elos 4eus
,Rs IeridosW. G. !s,den9 V)ste 4eu Iilho2 Kuando tinha & anos
de idade2 eu cos' tu4ava carreg'lo nas costas ,ara l e ,ara
c atravRs da neve2
e ele costu4ava trabalhar #1 horas. "...( )u IreKOente4ente
4e aPoelhei ,ara ali4ent'los enKuanto ele estava Punto F
4Kuina2 ,ois ele n0o ,odia abandon'la ou deslig'laW. S4ith2 o
dirigente associU
D$5
de u4a Ibrica de Hanchester9 V*QsW "ele
Kuer diGer seus Vbra/osW Kue trabalha4 ,ara VnQsW(
Vtrabalha4os se4 in' terru,/0o ,ara as reIei/=es2 de 4odo Kue
o trabalho dirio de #%
#`6 horas est ter4inado Fs 7 #`6 horas da tarde e tudo o
Kue ve4 de,ois R sobretrabalhoW.
D$1
"!caso esse sr. S4ith n0o
IaG algu4a reIei/0o durante as #% #`6 horasZ( V*QsW "o 4es4o
S4ith( Vrara4ente ,ara4os antes das 1 horas da tardeW "ele
se reIere ao consu4o de VnossasW 4Kuinas de Ior/a de trabalho(2
Vde 4odo Kue nQsW "iterum Crispinus(
D$&
Vde Iato2 trabalha4os
o ano todo2
D$5 !ssociado. "*. dos T.(
D$1 Isso n0o se deve co4,reender co4o te4,o de 4ais'trabalho2 segundo nosso conceito. )sses
senhores considera4 as #% #`6 horas de trabalho co4o Pornada nor4al de trabalho2 a Kual
inclui ta4bR4 o 4ais'trabalho nor4al. )nt0o co4e/a Vo te4,o e;traW2 Kue R algo
4ais
be4 ,ago. Ver'se' e4 u4a o,ortunidade 4ais adiante Kue a utiliGa/0o da Ior/a de trabalho
durante a cha4ada Pornada nor4al R ,aga abai;o do valor2 de 4odo Kue o Vte4,o
e;traW
R 4era arti4anha dos ca,italistas ,ara e;trair 4ais V4ais'trabalhoW2 o Kue continuaria
sendo2 4es4o se Iosse ,aga ,lena4ente a Ior/a de trabalho a,licada durante a VPornada
nor4al de trabalhoW.
D$& *cce iterum Crispinus J !ssi4 co4e/a a Kuarta stira de Juvenal2 e4 cuPa ,ri4eira ,arte
Cris,inus2 u4 cortes0o do i4,erador ro4ano :o4iciano2 R criticado dura4ente. )4 sentido
trans,osto2 essas ,alavras signiIica4 Voutra veG a 4es4a ,essoaW ou Voutra veG o 4es4oW.
"*. da )d. !le40.(
te4,o e;tra. "...( !s crian/as e adultosW "#56 crian/as e
,essoas
Povens 4enores de #E anos e #7% adultos( Vtrabalhara4
igual' 4ente e4 4Rdia2 durante os Mlti4os #E 4eses2 e4
4Rdia ,elo 4enos & Pornadas e 5 horas ,or se4ana2 ou sePa2
&E #`6 horas se4anal4ente. *as 1 se4anas Kue ter4inara4 a 6
de 4aio deste anoW "#E1D(2 Va 4Rdia Ioi su,erior9 E Pornadas
ou E7 horas ,or se4anaW.
PorR42 ,rossegue sorrindo satisIeito o 4es4o sr. S4ith2 Kue
R t0o dado ao pluralis maPestatis9
D$E
VTrabalho a 4Kuina R IcilW.
) assi4 diGe4 os usurios do .lock printin29 VTrabalho 4anual R
4ais saudvel Kue trabalho a 4KuinaW. ) os senhores Iabricantes2
co4o u4 todo2 declara4'se co4 indigna/0o contra a ,ro,osta Vde
,arare4 as 4Kuinas2 ,elo 4enos durante as reIei/=esW.
VC4a leiW2 diG o sr. ttle-2 gerente de u4a Ibrica de
,a,Ris de ,arede e4 Borough "+ondres(2 VKue ,er4itisse o
horrio de trabalho das 1 horas da 4anh0 atR as $ horas da
noite2 Iar'nos' "j(ia 4uito be42 entretanto o horrio da Factor-
!ct2 das 1 horas da 4anh0 atR as 1 horas da tarde2 n0o nos
"j( serve. "...( *ossa 4Kuina Iica ,arada durante o al4o/oW
"Kue 4agnani4idade(. V! ,aralisa/0o n0o origina nenhu4a
,erda digna de 4en/0o de ,a,el ou tinta.W VPorR4W2 ,rossegue
ele si4,atica4ente2 V,osso co4,reender Kue n0o goste4 do
,rePu3Go da3 decorrente.W
relatQrio da co4iss0o o,ina ingenua4ente Kue o te4or de
al' gu4as VIir4as l3deresW de ,erdere4 te4,o2 isto R2 te4,o de
a,ro,ria/0o do trabalho alheio2 e ,or 4eio disso V,erdere4 lucroW2
n0o R V4otivo suIicienteW ,ara V,rivarW crian/as co4 4enos de #D
anos e Povens co4 4enos de #E2 Vde seu al4o/oW durante #6 a #1
horas2 ou ,ara IaGJ'los ingerire4 sua reIei/0o co4o a 4Kuina a va,or
conso4e carv0o e gua2
a l02 sab0o2 e a roda2 Qleo2 e assi4 ,or diante L durante o ,rQ,rio
,rocesso de ,rodu/0o2 co4o 4era 4atRria au;iliar do 4eio de trabalho.
D$$
*enhu4 ra4o industrial na Inglaterra "abstra34os o ,0o elabo'
rado 4ecanica4ente2 Kue co4e/a a abrir ca4inho( 4anteve atR
hoPe u4 4odo de ,rodu/0o t0o arcaico2 chegando a ser2 conIor4e
revela4 os ,oetas da R,oca do i4,Rrio ro4ano ,rR'crist0o2 co4o a
,aniIica/0o. !o ca,ital2 ,orR42 co4o P Ioi observado antes2 R
indiIerente2 de in3cio2
o carter tRcnico do ,rocesso de trabalho2 do Kual se a,ossa. *o co4e/o2
ele o to4a co4o o encontra.
! inacreditvel adultera/0o do ,0o2 es,ecial4ente e4
+ondres2 Ioi ,ri4eira4ente desvendada ,elo co4itJ da CU4ara dos
Co4uns Vsobre a adultera/0o de ali4entosW "#E55`51( e ,elo escrito do
dr. ?assall
D$E Plural 4aPesttico. "*. dos T.(
D$$ p! cit!2 !,Jndice2 ,. #6D2 #672 #652 #7% e +]IV.
Adulterations detected.
7%%2 7%#
! conseKOJncia dessas revela/=es Ioi a
lei de 1 de agosto de #E1%9 for preventin2 the adulteration of
articles
of food and drink2
7%6
u4a lei ineIicaG2 ,ois2 co4o R natural2 observa'se
a 4ais alta delicadeGa contra todo freetrader
7%D
Kue se ,ro,=e2 ,or 4eio
da co4,ra e venda de 4ercadorias adulteradas2 to turn an honest
pennD.
7%72 7%5
,rQ,rio co4itJ Ior4ulou2 4ais ou 4enos ingenua4ente2
sua convic/0o de Kue o co4Rrcio livre signiIicaria substancial4ente
o co4Rrcio co4 4atRrias IalsiIicadas ou2 co4o os ingleses
Pocosa4ente os deno4ina42 V4atRrias soIisticadasW. :e Iato essa
es,Rcie de VsoIistasW sabe 4elhor Kue Protgoras co4o IaGer ,reto de
branco e branco de ,reto2 e 4elhor Kue os eleatas
7%1
de4onstrar2 ad
oculos2
7%&
a 4era a,a' rJncia de todo real.
7%E
:e KualKuer 4odo2 o co4itJ dirigiu a aten/0o do ,Mblico
,ara seu V,0o de cada diaW e co4 isso ,ara a ,aniIica/0o. !o 4es4o
te4,o2 ressoou e4 meetin2s
7%$
e e4 ,eti/=es ao Parla4ento o grito dos
oIiciais de ,adeiros de +ondres2 contra o sobretrabalho etc. ! grita
tornou'se t0o insistente Kue o sr. ?. S. Tre4enheere2 4e4bro da
co4iss0o de
#E1D2 P vrias veGes 4encionada2 Ioi no4eado co4issrio real de
in' KuRrito. Seu relatQrio2
7#%
Punta4ente co4 as declara/=es das
teste4u' nhas2 tocou n0o o cora/0o2 4as o estY4ago do ,Mblico.
inglJs a,egado
7%% !dultera/=es detectadas. "*. dos T.(
7%# !lM4en2 ralado Iino ou 4isturado co4 sal2 R u4 artigo nor4al de co4Rrcio Kue leva o
no4e signiIicativo de .akerSs stuII.
P
P
Haterial de ,adeiro. "*. dos T.(
7%6 Para i4,edir a adultera/0o de ,rodutos ali4ent3cios e bebida. "*. dos T.(
7%D +ivre'ca4bista. "*. dos T.(
7%7 Ganhar u4 ,Jni honesto. "*. dos T.(
7%5 Fulige4 R conhecida co4o u4a Ior4a 4uito enRrgica de carbono e constitui u4 adubo
Kue os li4,a'cha4inRs ca,italistas vende4 a arrendatrios ingleses. )4 #E162 u4 PurDman
P
inglJs teve de decidir nu4 ,rocesso se Iulige4 4isturada co4 $%b de ,Q e areia2 se4
conheci4ento do co4,rador2 era Iulige4 VverdadeiraW no sentido Vco4ercialW ou Iulige4
VadulteradaW no sentido VlegalW. s amis du commerce
PP
decidira4 Kue era Iulige4 co4ercial
VverdadeiraW e rePeitara4 a Kuei;a do arrendatrio2 Kue ainda teve de ,agar as custas
do ,rocesso.
P
Jurado. "*. dos T.(
PP
!4igos do co4Rrcio. "*. dos T.(
7%1 rienta/0o idealista na IilosoIia grega antiga2 dos sRculos VI e V a.C. Seus re,resentantes
4ais signiIicativos Iora4 ]enoIonte2 Par4Jnides e eenon. s eleatas ,rocurara42
entre outras coisas2 co4,rovar Kue o 4ovi4ento e a variedade dos IenY4enos e;istia4
n0o na realidade2 4as so4ente e4 ,ensa4ento. "*. da )d. !le40.(
7%& !os olhos. "*. dos T.(
7%E Ku34ico IrancJs Chevalier2 e4 u4 tratado sobre as sophistications
P
das 4ercadorias2
a,resenta ,ara 4uitos dos 4ais de 1%% artigos2 Kue ,assa e4 revista2 #%2 6%2 D% diIerentes
4Rtodos de adultera/0o. !crescenta Kue n0o conhece todos os 4Rtodos e Kue n0o 4enciona
todos Kue conhece. Para o a/Mcar2 d 1 es,Rcies de adultera/0o2 $ ,ara o aGeite de oliva2
#% ,ara a 4anteiga2 #6 ,ara o sal2 #$ ,ara o leite2 6% ,ara o ,0o2 6D ,ara a
aguardente2
67 ,ara a Iarinha2 6E ,ara o chocolate2 D% ,ara o vinho2 D6 ,ara o caIR etc. *e4 4es4o
o bo4 :eus esca,a desse destino. Ver C!R:2 Rouard de. De %a $alsification des <u.stances
<acramentelles! Paris2 #E51.
P
!dultera/=es. "*. dos T.(
7%$ Co43cios ,ol3ticos. "*. dos T.(
7#% -eport etc! -elatin2 to the ,rievances Complained of .D the 4ourneDmen 'akers etc! +ondres2
#E16^ e <econd -eport etc! +ondres2 #E1D.
F B3blia sabia Kue o ser hu4ano2 Kuando gra/as F :ivina ProvidJncia
n0o se torna ca,italista ou landlord ou sinecurista2 est condenado
a co4er ,0o co4 o suor de seu rosto^ 4as ele n0o sabia Kue tinha
de co4er co4 seu ,0o dirio certo Cuantum de suor hu4ano2
e4bebido co4 su,ura/=es de abcessos2 teia de aranha2 baratas 4ortas e
Ier4ento ,odre ale40o2 alR4 de alM4en2 arenito e outros agradveis
ingredientes 4inerais. Se4 nenhu4a considera/0o ,ela sua
santidade2 o freetrade2
a ,aniIica/0o2 atR ent0o VlivreW2 Ioi sub4etida F IiscaliGa/0o de
ins,e'
tores do )stado "Iinal da legislatura de #E1D(2 e ,elo 4es4o ato
do Parla4ento Ioi ,roibido o horrio de trabalho das $ horas da noite
atR as 5 da 4anh0 aos oIiciais de ,adeiros 4enores de #E anos. !
Mlti4a clusula vale ,or volu4es inteiros no Kue se reIere ao e;cesso
de tra' balho nesse ra4o de negQcio ,ara nQs t0o ,aternal4ente
caseiro.
V trabalho de u4 oIicial de ,adeiro2 londrino2 co4e/a e4
regra Fs ## horas da noite. ! essa hora ele ,re,ara a 4assa2
u4 ,rocesso 4uito cansativo2 Kue dura de #`6 a D`7 de hora2
segundo o ta4anho da Iornada e a sua Iinura. )le deita'se ent0o
sobre a tbua de a4assar2 Kue serve ao 4es4o te4,o co4o ta4,a
da a4assadeira onde R Ieita a 4assa2 e dor4e algu4as
horas co4 u4 saco de Iarinha sob a cabe/a e outro saco sobre o
cor,o. )4 seguida co4e/a u4 trabalho r,ido e ininterru,to de 5
horas2 Pogar2 ,assar2 4odelar a 4assa2 lev'la ao Iorno2 retir'la
do Iorno etc. ! te4,eratura nu4a ,adaria varia de &5 a
$%2
7##
e nas ,eKuenas ,aniIicadoras antes 4ais do Kue 4enos.
Suando ter' 4ina o trabalho de IaGer o ,0o2 ,0eGinhos etc.2
co4e/a o trabalho de distribui/0o do ,0o^ e ,arte considervel
dos diaristas2 de,ois de ter levado a cabo o duro trabalho
noturno anterior4ente des' crito2 dedica'se durante o dia a
distribuir os ,0es co4 cestos ou e4 carrinhos de 40o2 Kue
e4,urra de casa e4 casa2 e Fs veGes ainda o,era entre4entes
ta4bR4 na ,adaria. Segundo a esta/0o
e o volu4e de negQcios2 o trabalho ter4ina entre # e 1 horas da
tarde2 enKuanto outra ,arte dos oIiciais continua ocu,ada atR
o Ii4 da tarde na ,adaria.W
7#6
V:urante a te4,orada de
+ondres2 os oIiciais das ,adarias Kue vende4 ,0o a ,re/o
integral2 e4 <est')nd2 co4e/a4 regular4ente Fs ## horas da
noite e est0o ocu,ados assando ,0o2 interro4,idos ,or u4 ou
dois intervalos2 IreKOente4ente 4uito curtos2 atR as E horas da
4anh0 seguinte. )4 seguida2 s0o desgastados atR 72 5 e 1 horas
da tarde e 4es4o
& da noite ,ara a entrega do ,0o ou Fs veGes ,ara assar biscoitos
na ,adaria. :e,ois de conclu3do o trabalho2 desIruta4 de u4
sono de 1 horas2 4uitas veGes de a,enas 5 ou 7 horas. *as se;'
7## Fahrenheit. "*. da )d. !le40.(
7#6 p! cit!, $irst -eport etc. ,. VI'VII.
tas'Ieiras2 o trabalho co4e/a se4,re 4ais cedo2 diga4os Fs #%
horas da noite2 e dura se4 interru,/0o2 sePa na ,re,ara/0o2 sePa
na distribui/0o do ,0o2 atR as E horas da noite do sbado seguinte2
,orR42 o 4ais das veGes atR as 7 ou 5 horas da 4anh0 do do4ingo.
Ta4bR4 nas ,adarias de lu;o2 Kue vende4 ,0es a ,re/os
inte' grais2 te4'se de e;ecutar2 nos do4ingos2 7 a 5 horas de
trabalho de ,re,ara/0o ,ara o dia seguinte. "...( s oIiciais de
,adeiros Kue trabalha4 ,ara undersellin2 masters "aKueles
Kue vende4
o ,0o abai;o do ,re/o integral(2 e estes constitue42 co4o Ioi ob'
servado anterior4ente2 4ais de D`7 dos ,adeiros de +ondres2 tJ4
Pornada de trabalho ainda 4ais longa2 seu trabalho2 ,orR42
li' 4ita'se Kuase total4ente F ,adaria2 ,ois seus 4estres2
co4 e;' ce/0o do Iorneci4ento a ,eKuenas 4ercearias2
vende4 a,enas e4 sua ,rQ,ria loPa. !o Iinal da se4ana "...( isto
R2 na Kuinta'Ieira2 co4e/a o trabalho aKui Fs #% horas da noite e
dura2 co4 ,eKuenas interru,/=es a,enas2 atR be4 tarde no
do4ingo F noite.W
7#D
! res,eito dos undersellin2 masters atR o ,onto de vista burguJs9
Vo trabalho n0o ,ago dos oIiciais "the unpaid la.our of the men( constitui
a base de sua concorrJnciaW.
7#7
) o full priced .ake
7#5
denuncia seus
concorrentes undersellin2 F Co4iss0o de InKuRrito2 co4o ladr=es de
trabalho alheio e adulteradores.
VTJ4 J;ito a,enas enganando o ,Mblico e e;traindo dos
seus oIiciais #E horas ,or u4 salrio de #6 horas.W
7#1
! adultera/0o do ,0o e a Ior4a/0o de u4a classe de
,adeiros Kue vende o ,0o abai;o do ,re/o integral desenvolvera4'
se na Ingla' terra desde o co4e/o do sRculo ]VIII2 t0o logo decaiu o
carter cor,o' rativo do oI3cio e surgiu o ca,italista na Iigura do
4oleiro ou do in' ter4edirio da Iarinha ,or trs do 4estre'
,adeiro no4inal.
7#&
Co4 isso estava constitu3da a base ,ara a
,rodu/0o ca,italista2 ,ara o des'
7#D p! cit!2 ,. +]]I.
7#7 R)!:2 George. The 1istorD of 'akin2! +ondres2 #E7E. ,. #1.
7#5 Padeiro Kue vende a ,re/o integral. "*. dos T.(
7#1 -eport K$irstL etc. *vidence! :e,oi4ento do full priced .aker Chees4nan. ,. #%E.
7#& R)!:2 George. p! cit! *o Ii4 do sRculo ]VII e co4e/o do ]VIII2 ainda era4 denunciados
oIicial4ente co4o pu.lic nuisancesx os factors "agentes( Kue se intro4etia4 e4 todos
os oI3cios ,oss3veis. !ssi42 ,or e;e4,lo2 na sess0o tri4estral dos Pu3Ges de ,aG do
condado de So4erset2 o ,rand 4urD
PP
IeG u4a presentment
PPP
F CU4ara dos Co4uns2
onde se diG2 entre outras coisas2 Kue Vos agentes de Blac\Xell ?all s0o 4alIeitores ,Mblicos2
Kue causa4 danos ao co4Rrcio de ,anos e deveria4 ser re,ri4idos co4o ele4entos
nocivosW. "The Case of our *n2lish @ool etc! +ondres2 #E15. ,. 1 e &.(
P
HalIeitores ,Mblicos. "*. dos T.(
PP
*a Inglaterra2 atR #$DD2 u4 colegiado de 6D Purados2 escolhidos ,elo SheriII2 entre
Vos ho4ens bons e IiRisW do condado e4 Kue ocorreu o evento a ser investigado. )le
decidia se o 4aterial ,robatQrio a,resentado conduGia F cul,abilidade dos acusados
,ela a/0o ou n0o2 e tinha de declarar o acusado livre ou re4etJ'lo F corte cri4inal.
PPP
Re,resenta/0o. "*. dos T.(
4esurado ,rolonga4ento da Pornada de trabalho e ,ara o trabalho
noturno2 ainda Kue este Mlti4o sQ se tenha Iir4ado2 4es4o e4 +ondres2
e4 #E67.
7#E
)ntende'se2 ,elo e;,osto2 ,or Kue o relatQrio da Co4iss0o
clas' siIica os oIiciais de ,adeiros entre os trabalhadores de vida curta2
Kue2 de,ois de tere4 a sorte de esca,ar F diGi4a/0o nor4al de
crian/as Kue se veriIica e4 todos os setores da classe trabalhadora2
rara4ente alcan/a4 o 768 ano de vida. )2 a,esar disso2 a indMstria
de ,0es est se4,re abarrotada de candidatos. !s Iontes de oIerta
dessas VIor/as de trabalhoW ,ara +ondres s0o a )scQcia2 os distritos
agr3colas ocidentais da Inglaterra e L a !le4anha.
*os anos de #E5E`1%2 os oIiciais de ,adeiros2 na Irlanda2 organi'
Gara4 Fs suas ,rQ,rias custas grandes meetin2s
7#$
,ara agita/0o contra
o trabalho noturno e aos do4ingos. ,Mblico2 co4o ocorreu2 ,or e;e4'
,lo2 na 4aniIesta/0o de 4aio e4 :ublin2 #E1%2 to4ou co4 calor
irlandJs ,artido ,or eles. Por 4eio desse 4ovi4ento2 conseguiu'se
estabelecer2 de Iato2 e;clusiva4ente o trabalho diurno e4 <e;Iord2
Kil\enn-2 Clon' 4el2 <aterIord etc.
V)4 +i4eric\2 onde os soIri4entos desses oIiciais assalariados
ultra,assara4 reconhecida4ente todas as 4edidas2 esse 4ovi'
4ento Ioi derrotado ,ela o,osi/0o dos 4estres ,adeiros2 notada'
4ente dos ,adeiros'4oleiros. e;e4,lo de +i4eric\ levou ao
retrocesso e4 )nnis e Ti,,erar-. )4 Cor\2 onde a indigna/0o
,Mblica 4aniIestou'se de Ior4a 4ais Iorte2 os 4estres consegui'
ra4 derrotar o 4ovi4ento utiliGando seu ,oder de ,Yr na
rua os oIiciais. )4 :ublin2 os 4estres o,usera4 a 4ais
decidida resistJncia e2 ,erseguindo os oIiciais Kue estava4 F
Irente da agita/0o2 obrigara4 os restantes a ceder2 a
conIor4ar'se co4 o trabalho noturno e aos do4ingos.W
76%
! co4iss0o do Governo inglJs2 o Kual na Irlanda estava ar4ado
atR os dentes2 obPeta a4arga4ente contra os i4,lacveis 4estres'
,a' deiros de :ublin2 +i4eric\2 Cor\ etc.9
V co4itJ acredita Kue as horas de trabalho s0o li4itadas ,or
leis naturais Kue n0o ,ode4 ser violadas i4,une4ente. s 4es'
tres2 ao Ior/ar2 4ediante a4ea/as de ,Y'los na rua2 seus
traba' lhadores a violare4 suas convic/=es religiosas2 a
desobedecere4
F lei do ,a3s e a des,reGare4 a o,ini0o ,MblicaW "isso tudo reIere'se
ao trabalho aos do4ingos( Ves,alha4 a ciGUnia entre o ca,ital e
o trabalho e d0o u4 e;e4,lo ,erigoso ,ara a religi0o2 a 4ora'
7#E $irst -eport etc. ,. VIII.
7#$ HaniIesta/=es. "*. dos T.(
76% -eport of Commitee on the 'akin2 Trade in /reland for 78Q7!
lidade e a orde4 ,Mblica. "...( co4itJ acredita Kue o ,rolonga'
4ento da Pornada de trabalho2 alR4 das #6 horas2 R u4
ataKue usur,ador F vida ,rivada e do4Rstica do trabalhador
e leva a resultados 4oral4ente Iunestos ,or interIerire4 na
vida do4Rs' tica de u4 ho4e4 e no cu4,ri4ento de suas
obriga/=es Ia4i' liares co4o Iilho2 ir40o2 es,oso e ,ai.
trabalho alR4 de #6 horas tende a 4inar a saMde do
trabalhador2 I'lo envelhecer antes do te4,o e 4orrer
,re4atura4ente e2 ,ortanto2 causa in' Ielicidade Fs Ia43lias
dos trabalhadores2 Kue2 no 4o4ento e4 Kue 4ais necessita42
s0o roubadas "are deprived( do cuidado e do a,oio do cheIe de
Ia43liaW.
76#
*Qs estive4os h ,ouco na Irlanda. :o outro lado do canal2
na )scQcia2 o trabalhador agr3cola2 o ho4e4 do arado2 denuncia
suas #D atR #7 horas de trabalho2 no cli4a 4ais rigoroso2 co4 trabalho
adicional de 7 horas aos do4ingos "nesse ,a3s do sbado
santiIicadoj(2
766
en' Kuanto2 ao 4es4o te4,o2 est0o ,erante u4
,rand 4urD de +ondres trJs Ierrovirios2 u4 condutor2 u4
4aKuinista e u4 sinaliGador. C4 grande desastre Ierrovirio
des,achou centenas de ,assageiros ,ara o outro 4undo. !
negligJncia dos Ierrovirios R a causa do desastre. )les declara42
unani4e4ente2 ,erante os Purados2 Kue h #% ou #6 anos seu
trabalho durava diaria4ente a,enas E horas. :urante os Mlti4os
5'1 anos ele Ioi sendo au4entado ,ara #72 #E e 6% horas e Kuando
a aIluJncia de viaPantes R ,articular4ente intensa2 co4o no ,er3odo
dos trens de e;curs=es2 estendia'se 4uitas veGes a 7% ou 5% horas
se4 interru,/0o. )les s0o ho4ens co4uns e n0o ciclo,es. !lR4 de
certo ,onto Ialha sua Ior/a de trabalho. tor,or os do4ina. Seus
cRrebros ,ara4 de ,ensar e seus olhos de ver. total4ente respecta.le
'ritish 4urDman2
76D
res,onde ,or 4eio de u4 veredicto Kue os
envia2 ,or manslau2hter "ho4ic3dio(2 ao Pu3Go cri4inal e nu4 adendo
4oderado e;,ressa o ,iedoso desePo de Kue os senhores 4agnatas
do ca,ital da estrada'de'Ierro2 no Iuturo2 sePa4 4ais gastadores na
co4,ra do nM4ero
76# p! cit!
766 "eetin2 ,Mblico dos trabalhadores agr3colas e4 +assXade2 ,erto de GlasgoX2 de 5 de Paneiro
de #E11. "Ver @orkmanSs Advocate de #D de Paneiro de #E11.( ! Ior4a/0o2 desde os
Iins de #E152 de u4a tradeSs union
P
dos trabalhadores agr3colas2 co4e/ando ,ela )scQcia2 R
u4 aconteci4ento histQrico. )4 u4 dos distritos rurais 4ais o,ri4idos da Inglaterra2
e4 Buc\ingha4shire2 realiGara4 os trabalhadores assalariados e4 4ar/o de #E1& u4a
grande strike ,elo au4ento do salrio se4anal de $'#% ;elins ,ara #6 ;elins. L "VJ'se
dos Iatos 4encionados Kue o 4ovi4ento do ,roletariado agr3cola2 desde a re,ress0o Fs suas
,oderosas de4onstra/=es a ,artir de #ED%2 e notada4ente desde a introdu/0o da nova lei de
assistJncia aos ,obres2 Ioi inteira4ente destro/ado2 reco4e/a nos anos de #E1% a #E&%2 ,ara
se ,roPetar2 ,or Ii42 de 4aneira 4e4orvel2 e4 #E&6. Volto ao assunto no volu4e II2 do
4es4o 4odo Kue aos +ivros !Guis a,arecidos desde #E1& sobre a situa/0o do trabalhador
agr3cola inglJs
L !dendo F Dk edi/0o.(
P
Sindicato. "*. dos T.(
76D Res,eitvel Purado britUnico. "*. dos T.(
necessrio de VIor/as de trabalhoW e 4ais VabstinentesW ou V4ais
renun'
ciadoresW ou V4ais econY4icosW na e;,lora/0o da Ior/a de trabalho
,aga.
767
:a colorida 4ultid0o de trabalhadores de todas as ,roIiss=es2
idades2 se;os2 Kue nos atro,ela4 co4 4ais Gelo Kue a disseu as al4as
dos assassinados2 e nos Kuais se reconhece F ,ri4eira vista2 se4
le' vare4 sob seus bra/os os +ivros !Guis2 as 4arcas do
sobretrabalho2 selecionare4os2 ainda2 duas Iiguras2 cuPo contraste
Ilagrante de4onstra Kue2 diante do ca,ital2 todos os seres hu4anos
s0o iguais L u4a 4o' dista e u4 Ierreiro.
*as Mlti4as se4anas de Punho de #E1D2 todos os Pornais de +on'
dres trou;era4 u4 ,argraIo co4 o t3tulo sensational9 Death from
simple verAork "4orte ,or si4,les sobretrabalho(. Trata'se da 4orte
da 4odista Har- !nne <al\le-2 de 6% anos2 Kue trabalhava nu4a
4anuIatura de 4odas 4uito res,eitvel2 Iornecedora da Corte2 e;,lo'
rada ,or u4a da4a co4 o agradvel no4e de )lise. ! velha histQria2
tantas veGes contada2 Ioi de novo agora descoberta2
765
de Kue essas
4o/as trabalha4 e4 4Rdia #1 #`6 horas2 ,orR42 durante a te4,orada
IreKOente4ente D% horas se4 interru,/0o2 sendo reani4adas ,or 4eio
de oIerta o,ortuna de Sherr-2 vinho do Porto ou caIR2 Kuando sua
VIor/a de trabalhoW IraKuePa. )stava'se ent0o no ,onto alto da
te4,o' rada. )ra necessrio concluir2 nu4 abrir e Iechar de olhos2
co4o nu4 ,asse de 4gica2 os vestidos de lu;o das nobres ladies
,ara o baile e4 ho4enage4 F recR4'i4,ortada ,rincesa do Pa3s
de Gales. Har- !nne <al\le- tinha trabalhado 61 #`6 horas
ininterru,tas2 Punta4ente co4 1% outras 4o/as2 cada D% nu4 Kuarto2
cuPa ca,acidade cMbica 4al chegava ,ara conter #`D do ar necessrio2
enKuanto F noite ,artilhava42 duas a duas2 u4a ca4a nu4 dos buracos
suIocantes e4 Kue se subdivide u4 Kuarto de dor4ir2 ,or 4eio de
,aredes de tbuas.
761
) essa era
767 -eDnoldSs Paper l6#m de Paneiro de #E11. Se4ana trs se4ana ,ublica o 4es4o se4anrio
sobre os sensational headin2sW $earful and fatal accidents, Apallin2 tra2edies
P
etc.2 u4a
lista co4,leta de novos acidentes Ierrovirios. )4 res,osta2 co4enta u4 trabalhador
da linha de *orth StaIIordshire9 VTodos conhece4 as conseKOJncias2 Kuando IraKuePa
,or u4
instante a aten/0o do 4aKuinista e do Ioguista. ) co4o ,oderia ser diIerente2 co4
,rolon' ga4ento des4edido do trabalho2 se4 ,ausa e ne4 re,ouso2 no te4,o 4ais
incle4enteZ To4e'se ,or e;e4,lo2 co4o ocorre diaria4ente2 o seguinte caso. *a Mlti4a
segunda'Ieira u4 Ioguista co4e/ou seu dia de trabalho 4uito cedo. Ter4inou'o de,ois
de #7 horas e 5% 4inutos. !ntes de ter tido te4,o de ao 4enos to4ar seu ch2 Ioi de
novo cha4ado ao trabalho. Teve assi4 de trabalhar ininterru,ta4ente 6$ horas e #5
4inutos. restante de sua se4ana de trabalho teve o seguinte horrio9 Kuarta'Ieira2 #5
horas^ Kuinta'Ieira2 #5 horas e D5 4inutos^ se;ta'Ieira2 #7 #`6 horas^ sbado2 #7 horas e
#% 4inutos9 o total da se4ana elevou'se a EE horas e D% 4inutos. ) agora i4agine4 sua
sur,resa2 Kuando recebeu
o ,aga4ento de so4ente 1 Pornadas de trabalho. ho4e4 era u4 novato e ,erguntou
o Kue se entendia ,or u4a Pornada de trabalho. Res,osta9 #D horas2 ,ortanto &E horas
,or se4ana. Has2 e o ,aga4ento das #% horas e D% 4inutos e;cedentesZ !,Qs longo
debate2
recebeu u4a co4,ensa/0o de #% ,enceW "4enos Kue #% <il.er2roschen(. "p! cit!, n8 de 7
de Ievereiro de #E11.(
P
Hanchetes sensacionais. L !cidentes te43veis e Iatais. L TragRdias terr3veis. "*. dos T.(
765 Ver )*G)+S2 F. p! cit!, ,. 65D'657.
761 :r. +etheb-2 4Rdico do Board oI ?ealth
P
declarou ent0o9 V 43ni4o de ar necessrio ,ara
u4a das 4elhores casas de 4oda de +ondres. Har- !nne <al\le-
adoeceu na se;ta'Ieira e 4orreu no do4ingo2 se4 haver2 ,ara a
sur,resa de :ona )lise2 ter4inado antes a Mlti4a ,e/a. 4Rdico2
dr. Ke-s2 cha4ado 4uito tarde ao leito de 4orte2 teste4unhou
,erante o Coro- nerSs 4urD
76&
e4 secas ,alavras9
VHar- !nne <al\le- 4orreu2 ,or e;cesso de horas de trabalho
nu4a oIicina su,erlotada e ,or dor4ir nu4 cub3culo su,erestreito
e 4al ventiladoW.
Para dar ao 4Rdico u4a li/0o de boas 4aneiras2 declarou o Co-
ronerSs 4urD9
V! v3ti4a 4orrera de a,o,le;ia2 havendo ,orR4 raG0o
,ara te4er Kue sua 4orte tenha sido a,ressada ,or
sobretrabalho nu4a oIicina su,erlotada etc.W
*ossos Vescravos brancosW2 bradou o "ornin2 <tar2 Qrg0o dos
livre'ca4bistas Cobden e Bright2
Vnossos escravos brancos s0o Ior/ados ao tM4ulo ,elo trabalho2
arru3na4'se e 4orre4 se4 canto ne4 glQria.W
76E
u4 adulto nu4 Kuarto de dor4ir deve ser de D%% ,Rs cMbicos e nu4a sala de estar2 de
5%% ,Rs cMbicosW. :r. Richardson 4Rdico'cheIe de u4 hos,ital de +ondres9 V!s costureiras
de toda es,Rcie2 as 4odistas2 costureiras de vestidos e costureiras ordinrias soIre4 de
tr3,lice inIortMnio9 e;cesso de trabalho2 carJncia de ar e deIiciJncia de ali4enta/0o ou
deIiciJncia de digest0o. :e 4odo geral2 esse ti,o de trabalho R 4ais adeKuado2 sob KualKuer
circunstUncia2 ,ara 4ulheres do Kue ,ara ho4ens. Por desgra/a2 esse negQcio R
4ono,o' liGado2 notada4ente na ca,ital2 ,or uns 61 ca,italistas2 Kue2 co4 as ar4as
Kue decorre4 do ca,ital "that sprin2 from capital(2 es,re4e4 econo4ia do trabalho
"force economD out of la.our^ ele ,ensa econo4iGar des,esas 4ediante des,erd3cio da
Ior/a de trabalho(. Seu ,oder R sentido nos li4ites de toda essa classe de trabalhadoras. Se
u4a costureira consegue u4 ,eKueno c3rculo de clientes2 a concorrJncia a Ior/a a se
4atar de trabalhar e4 casa2 ,ara conserv'lo2 e o 4es4o sobre`trabalho ela te4 de
i4,or necessaria4ente Fs suas au;iliares. Se o negQcio Iracassa ou se ela n0o ,ode
estabelecer'se ,or conta ,rQ,ria2 ent0o se dirige a u4 #ta.lissement2
PP
onde o trabalho
n0o R 4enor2 4as o ,aga4ento R seguro. !ssi4 ,osta2 torna'se u4a si4,les escrava2
Pogada ,ara c e ,ara l conIor4e cada Ilutua/0o da sociedade9 ora est e4 casa2 nu4
,eKueno cub3culo2 ,assando Io4e ou Kuase^ ora est de novo ocu,ada de #52 #1 atR #E
horas e4 67 horas e4 at4osIera Kuase insu,ortvel e co4 ali4enta/0o Kue2 4es4o se
Iosse boa2 n0o ,oderia ser digerida devido F Ialta de ar ,uro. [ ,or causa dessas
v3ti4as Kue ,roliIera a t3sica2 Kue n0o R nada 4ais Kue u4a doen/a oriunda do ar
viciadoW. ":r. RIC?!R:S*2 V<or\ and verXor\. In9 <ocial <cience -evieA. #E de Pulho
de #E1D.
P
Re,arti/0o de saMde. "*. dos T.(
PP
)stabeleci4ento. "*. dos T.(
76& JMri Kue averigua a causa da 4orte. "*. dos T.(
76E "ornin2 <tar! 6D de Punho de #E1D. Times a,roveitou o sucedido ,ara deIender os
senhores de escravos da !4Rrica contra Bright etc. VHuitos de nQsW2 diG2 Vacha4 Kue
enKuanto IiGer4os trabalhar atR a 4orte nossas Povens 4ulheres2 utiliGando o Ilagelo
da Io4e e4 lugar do estalar do chicote2 Kuase n0o te4os o direito de iniciar a Kue se
e4,regue4
o Iogo e a es,ada contra Ia43lias Kue desde o ber/o ,ossue4 escravos e ,elo 4enos
os ali4enta4 be42 IaGendo'os trabalhar 4oderada4ente.W "Times! 6 de Pulho de #E1D.(
:o 4es4o 4odo o <tandard, u4 Pornal dos tories2 re,reendeu o reverendo *eX4an ?all9
V)le e;co4unga os senhores de escravos2 4as reGa co4 a boa gente Kue IaGia
trabalhar os condutores e os cocheiros de Ynibus de +ondres a,enas #1 horas
diaria4ente2 ,or u4
VTrabalhar atR a 4orte est na orde4 do dia2 n0o a,enas na
oIicina das 4odistas2 4as e4 4ilhares de outros lugares2 na
verdade e4 cada lugar onde o negQcio Iloresce. "...( Per4ita'
nos to4ar o e;e4,lo do Ierreiro. Se se deve acreditar nos
,oetas2 n0o e;iste nenhu4 ho4e4 t0o cheio de vida2 ne4
4ais alegre Kue o Ierreiro. )le se levanta cedo e tira Ia3scas ao
sol^ ele co4e2 bebe e dor4e co4o nenhu4 outro ho4e4.
Considerado o as,ecto ,ura4ente I3sico2 ele se encontra co4
trabalho 4oderado2 de Iato nu4a das 4elhores ,osi/=es
hu4anas. PorR42 segui4o'lo F ci' dade e ve4os Kue carga de
trabalho R lan/ada sobre esse ho4e4 Iorte2 e Kual ,osi/0o
ocu,a na lista de 4ortalidade e4 nosso ,a3s. )4
Har-leboneW "u4 dos 4aiores bairros de +ondres( Vos Ierreiros
4orre4 na ,ro,or/0o de D# ,or # %%% anual4ente2 ou
## aci4a da 4Rdia de 4ortalidade dos ho4ens adultos na
In' glaterra. ! ocu,a/0o2 u4a arte Kuase instintiva da
hu4anidade2 e4 si e ,ara si irre,reens3vel2 torna'se2 e4
virtude do e;cesso de trabalho2 destruidora do ho4e4. )le ,ode
vibrar tantas ,an' cadas ,or dia2 andar tantos ,assos2 res,irar
tantas veGes2 realiGar tanto trabalho e viver e4 4Rdia2 diga4os2
5% anos. briga4'no
a vibrar tantas ,ancadas a 4ais2 a andar tantos ,assos a 4ais2
a res,irar durante o dia 4ais IreKOente4ente2 e tudo Punto a
au4entar assi4 diaria4ente de #`7 seu dis,Jndio vital. )le rea'
liGa a tentativa2 e co4o resultado realiGa2 nu4 ,er3odo li4itado2
#`7 a 4ais de trabalho e 4orre aos D& anos e n0o aos 5%.W
76$
6( Tr)%7o :i$r.o e .o#$r.o( O sis#e* :e reAeT*e.#o
ca,ital constante2 os 4eios de ,rodu/0o2 sQ e;iste42
conside' rados do ,onto de vista do ,rocesso de valoriGa/0o2 ,ara
absorver tra' balho e co4 cada gota de trabalho u4 Cuantum
,ro,orcional de 4ais' trabalho. *a 4edida e4 Kue n0o IaGe4 isso2
constitui sua 4era e;is' tJncia ,rePu3Go negativo ,ara o ca,italista2
,ois2 durante o te4,o e4 Kue est0o ociosos2 re,resenta4
adianta4ento inMtil de ca,ital2 e esse ,rePu3Go torna'se ,ositivo t0o
logo a interru,/0o e;igir gastos adicionais ,ara o rein3cio do trabalho.
,rolonga4ento da Pornada de trabalho alR4 dos li4ites do dia
natural ,or noite adentro serve a,enas de
salrio de c0oW. Final4ente Ialou o orculo2 Hr. Tho4as Carl-le2 sobre o Kual ,ubliKuei
e4 #E5%9
P
V!o diabo o gJnio2 Iicou o cultoW. )le reduG e4 u4a curta ,arbola o Mnico
aconteci4ento grandioso da ?istQria conte4,orUnea2 a Guerra Civil a4ericana2 a Kue
o Pedro do *orte Kuer co4 toda violJncia arrebentar o crUnio de Paulo do Sul2 ,orKue
Pedro do *orte aluga sua 40o'de'obra Vdiaria4enteW e Paulo do Sul aluga'se ,ela
Vvida todaW. ""acmillanSs "a2a&ine! Ilias !4ericana in nuce. Caderno de agosto de
#E1D.( Por Ii4 a bolha de sab0o da si4,atia dos tories ,elo assalariado urbano L a Kual
n0o se estende de 4odo algu4 ao rural L arrebentou. U4ago cha4a'se L
escravatura.
P
Har; reIere'se F sua recens0o sobre o livro de Th. Carl-le2 %atter-DaD Pamphlets. "*.
)d. !le40.(
76$ :r. RIC?!R:S*. p! cit!
,aliativo2 a,enas 4itiga a sede va4,iresca ,or sangue vivo do trabalho.
!,ro,riar'se de trabalho durante todas as 67 horas do dia R2 ,or con'
seguinte2 o i4,ulso i4anente da ,rodu/0o ca,italista. Sendo ,orR4
Iisica4ente i4,oss3vel sugar as 4es4as Ior/as de trabalho
continua' 4ente dia e noite2 necessita ,ois2 ,ara su,erar esse
obstculo I3sico2 do reveGa4ento entre as Ior/as de trabalho
consu4idas de dia e de noite2 u4 reveGa4ento Kue ad4ite
diIerentes 4Rtodos2 ,or e;e4,lo2 ,odendo ser ordenado de tal Ior4a
Kue ,arte do ,essoal o,errio Ia/a nu4a se4ana o trabalho diurno2
na outra2 o trabalho noturno etc. Sabe'se Kue esse siste4a de
reveGa4ento2 essa econo4ia de alternUncia ,redo4inava no ,er3odo
,letQrico inicial da indMstria tJ;til inglesa2 Ilorescendo hoPe nas
Iia/=es de algod0o no 2ouvernement
7D%
de Hoscou. Co4o siste4a2
e;iste esse ,rocesso de ,rodu/0o de 67 horas ainda hoPe e4 4uitos
ra4os industriais atR agora VlivresW2 da Inglaterra2 entre outros2 nos
altos'Iornos2 IorPas2 la4ina/=es e outras 4anuIaturas 4etalMrgicas da
Inglaterra2 do Pa3s de Gales e da )scQcia. ,rocesso de trabalho
co4,reende aKui2 alR4 das 67 horas dos 1 dias Mteis da se4ana2
e4 grande ,arte dos casos ta4bR4 as 67 horas do do4ingo. s
trabalhadores s0o ho4ens e 4ulheres2 adultos e crian/as de a4bos os
se;os. ! idade das crian/as e das ,essoas Povens ,ercorre todas as
eta,as inter4edirias dos E anos "e4 alguns casos2 dos 1( atR os
#E anos.
7D#
)4 alguns ra4os2 as 4eninas e as 4ulheres trabalha4
ta4' bR4 F noite Punto co4 o ,essoal 4asculino.
7D6
!bstraindo os eIeitos geral4ente ,rePudiciais do trabalho notur'
no2
7DD
a dura/0o ininterru,ta de 67 horas do ,rocesso de ,rodu/0o
7D% :istrito. "*. dos T.(
7D# ChildrenSs *mploDment Commission! Third -eport! +ondres #E17. ,. IV2 V2 VI.
7D6 )4 StaIIordshire2 co4o ta4bR4 no sul de Gales2 4o/as Povens e 4ulheres s0o e4,regadas
,ara trabalhar nas 4inas de carv0o e nas ,ilhas de coKue n0o a,enas durante o dia2 4as
ta4bR4 F noite. *os relatQrios dirigidos ao Parla4ento2 isso Ioi 4uitas veGes 4encionado
co4o ,rtica Kue d orige4 a 4ales notQrios. )ssas 4ulheres Kue trabalha4 Punto co4
os ho4ens e Kue ,elas rou,as 4al se distingue4 deles2 suPas e enIu4a/adas2 e;,=e4'se
F degenerescJncia de carter2 causada ,ela ,erda de seu auto'res,eito2 conseKOJncia Kuase
inevitvel dessa ocu,a/0o n0o Ie4inina.i "p! cit!2 ,. #$72 ,. ]]VI. Ver $ourth -eport
"#E15( 1#2 ,. ]II.( :a 4es4a Ior4a e4 Ibricas de vidros.
7DD iParece naturali2 observou u4 Iabricante de a/o Kue utiliGa crian/as ,ara o trabalho noturno2
VKue 4eninos Kue trabalha4 F noite n0o dur4a4 durante o dia e n0o ,ossa4
encontrar nenhu4 descanso regular2 ,orR4 ,era4bula4 no dia seguinte inIatigavel4ente.W
"p! cit!,
$ourth -ep!, 1D2 ,. ]II.( Sobre a i4,ortUncia da luG solar ,ara a 4anuten/0o e o
desen' volvi4ento do cor,o2 observa u4 4Rdico2 entre outras coisas9 V! luG atua
direta4ente sobre os tecidos do cor,o2 endurecendo'os e dando'lhes elasticidade. s
4Msculos dos ani4ais aos Kuais se ,riva o Cuantum nor4al de luG torna4'se
es,onPosos e inelsticos2 a Ior/a dos nervos ,erde seu tYnus ,or Ialta de est34ulos e o
acaba4ento de tudo Kue est crescendo torna'se raKu3tico. *o caso de crian/as2 o acesso
cont3nuo F abundante luG do dia e aos raios diretos do sol2 durante ,arte do dia2 R
essencial ,ara a saMde. ! luG aPuda a transIor4ar os ali4entos e4 bo4 sangue ,lstico e
endurece a Iibra de,ois de Ior4ada. )sti4ula os Qrg0os da vis0o e ,rovoca2 desse 4odo2
4aior atividade das diIerentes Iun/=es do cRrebroW. :r. <. Strange2 4Rdico'cheIe do
General ?os,ital de <orcester2 de cuPa obra sobre VSaMdeW
P
"#E17( essa cita/0o Ioi to4ada2
escreve nu4a carta ao sr. <hite2 u4 dos co4issrios de inKuRritos9 V)u tive
anterior4ente2 e4 +ancashire2 o,ortunidade de observar os eIeitos do trabalho noturno
sobre as crian/as das Ibricas e n0o hesito e4 diGer2 contrariando o Kue
oIerece a o,ortunidade alta4ente be4'vinda de ultra,assar os li4ites
da Pornada no4inal de trabalho. !ssi42 ,or e;e4,lo2 nos ra4os
in' dustriais 4encionados anterior4ente2 e;tre4a4ente Iatigantes2 a
Por' nada oIicial de trabalho est Ii;ada ,ara cada trabalhador2 na
4aioria das veGes2 e4 #6 horas2 diurnas ou noturnas. Has o trabalho
e;traor' dinrio alR4 desse li4ite R e4 4uitos casos2 ,ara usar a
e;,ress0o do relatQrio oIicial inglJs2 Vreal4ente horroriGanteW "trulD
fearful(.
7D7
V*enhu4a 4ente hu4anaW2 diG o relatQrio2 V,ode ,ensar
na Kuantidade de trabalho Kue2 segundo os de,oi4entos das
teste' 4unhas2 R realiGado ,or 4eninos de $ a #6 anos2 se4
concluir irresistivel4ente Kue n0o se ,ode 4ais ,er4itir Kue
continue esse abuso de ,oder dos ,ais e dos ,atr=es.W
7D5
V 4Rtodo de IaGer 4eninos trabalhar alternada4ente de dia
e de noite leva ao in3Kuo ,rolonga4ento da Pornada de trabalho2
tanto nos ,er3odos de 4aior ,ress0o dos negQcios2 Kuanto no seu
decurso nor4al. )sse ,rolonga4ento e4 4uitos casos n0o R a,e'
nas cruel2 4as ta4bR4 si4,les4ente inacreditvel. *0o ,ode
dei;ar de ocorrer Kue2 ,or esse ou aKuele 4otivo2 u4 4enino
Ialte veG ou outra ao reveGa4ento. C4 ou 4ais dos 4eninos
,resentes Kue P conclu3ra4 sua Pornada de trabalho tJ4
ent0o de ,reencher a Ialta. )sse siste4a R t0o conhecido Kue o
gerente de u4a la4ina/0o2 Kuando ,erguntei'lhe co4o seria
substitu3do
o 4enino Kue Ialtara ao seu turno2 res,ondeu9 )u sei Kue o senhor
sabe disso t0o be4 Kuanto eu2 e n0o hesitou e4 ad4itir o Iato.W
7D1
V*u4a la4ina/0o e4 Kue a Pornada no4inal de trabalho ia
das 1 horas da 4anh0 atR as 5 #`6 da tarde2 u4 4enino trabalhava
7 noites cada se4ana2 atR ,elo 4enos E #`6 horas da noite
do dia seguinte "...( e isso durante 1 4eses.W Vutro2 co4 a
idade de $ anos2 trabalhava Fs veGes D turnos de #6 horas
seguidos e Kuando tinha #% anos trabalhava 6 dias e 6 noites
consecutivos.W VC4 terceiro2 agora co4 #% anos2 trabalhava
das 1 da 4anh0 atR a 4eia'noite ,or D noites e atR as $
horas da noite durante as outras noites.W VC4 Kuarto2 agora
co4 #D anos2 trabalhava durante toda a se4ana2 das 1 horas
da tarde atR as #6 horas do dia seguinte2 e Fs veGes e4 D turnos
consecutivos2 ,or e;e4,lo2
alguns ,atr=es gosta4 de assegurar2 Kue a saMde das crian/as ra,ida4ente Ioi aIetadaW.
"ChildrenSs *mploDment Commission! $ourth -eport, 6E72 ,. 55.( Iato de Kue coisas dessa
natureGa constitue4 obPeto de sRrias controvRrsias de4onstra do 4elhor 4odo co4o a
,rodu/0o ca,italista atua sobre as VIun/=es do cRrebroW dos ca,italistas e de seus retainers!
PP
P
STR!*G)2 <. The <even <ources of 1ealth! +ondres2 #E17. ,. E7. "*. da )d. !le40.(
PP
Vassalos. "*. dos T.(
7D7 p! cit!2 5&2 ,. ]II.
7D5 p! cit! "9th -ep!, #E15(2 5E2 ,. ]II.
7D1 p! cit!
de segunda'Ieira da 4anh0 atR ter/a F noite.W VC4 Kuinto2 agora
co4 #6 anos2 trabalhava nu4a Iundi/0o de Ierro e4 Stavel-2 das
1 horas da 4anh0 atR a 4eia'noite durante #7 dias2 sendo inca,aG
de IaGJ'lo ,or 4ais te4,o.W George !llinsXorth2 de $ anos de
idade9 VVi4 ,ra c se;ta'Ieira ,assada. *o dia seguinte tive4os
de co4e/ar Fs D horas da 4anh0. Por isso IiKuei aKui a
noite inteira. Horo a 5 4ilhas daKui. :or4i no ch0o co4 u4
avental e4bai;o de 4i4 e co4 u4 casaco ,eKueno e4 ci4a de
4i4. s outros dois dias estive aKui Fs 1 horas da 4anh0.
Si42 este R u4 lugar Kuente. !ntes de vir ,ara c2 trabalhei
ta4bR4 durante u4 ano inteiro nu4 alto'Iorno. )ra u4a grande
usina no ca4,o. Co4e/ava ta4bR4 aos sbados Fs D horas da
4anh02 4as ,elo 4enos ,odia ir dor4ir e4 casa2 ,ois era
,erto. *os outros dias co4e/ava Fs 1 da 4anh0 e ter4inava Fs
1 ou & da noiteW etc.
7D&
7D& p! cit!, ,. ]III. n3vel de instru/0o dessa Ior/a de trabalho deve ser assi4 co4o se revela
nos dilogos seguintes co4 u4 dos 4e4bros da co4iss0o de inKuRritoj Jere4ias
?a-nes2 de #6 anos de idade9 V"...( 7 veGes 7 s0o E2 4as Kuatro Kuartos "7 fours( s0o
#1. "...( C4
rei R Kue4 te4 todo o dinheiro e todo o ouro. "A kin2 is him that has all the moneD
and 2old!( :iGe4 Kue te4os u4 rei2 diGe4 Kue ele R u4a rainha2 cha4a4'no ,rincesa
!le;andra. :iGe4 Kue ela se casou co4 o Iilho da rainha. C4a ,rincesa R u4
ho4e4W. <illia4 Turner2 de #6 anos9 V*0o vivo na Inglaterra. Penso Kue h tal ,a3s2
4as n0o sabia disso antesW. John Horris2 de #7 anos9 Vuvi diGer Kue :eus IeG o
4undo e Kue todo o ,ovo se aIogou2 e;ceto u4^ ouvi Kue este era u4 ,assarinhoW.
<illia4 S4ith2 de #5 anos9 V:eus IeG o ho4e4^ o ho4e4 IeG a 4ulherW. )dXard Ta-lor2
de #5 anos9 V*ada sei de +ondresW. ?enr- HattheX4an2 de #& anos9 VNs veGes vou F
igrePa... u4 no4e sobre Kue ,rega4 era u4 certo Jesus Cristo2 4as n0o ,osso diGer
nenhu4 outro no4e e ta4bR4 nada ,osso diGer sobre ele. )le n0o Ioi assassinado2
4orreu co4o outras ,essoas. )le n0o era co4o as outras ,essoas2 de certo 4odo2 ,ois
era religioso de certo 4odo2 e outros n0o R. "1e Aas not the same as other people in
some AaDs, .ecause he Aas reli2ious in some AaDs, and others isnSt!(W "p! cit! &72 ,.
]V.( V diabo R u4a boa ,essoa. )u n0o sei onde ele vive. Cristo Ioi u4 4au suPeito.W
"The devil is a 2ood person! / donSt knoA Ahere he lives; Christ Aas a Aicked man!aL
V)sta 4enina de #% anos soletra ,od co4o se Iosse do2 e n0o sabe
o no4e da rainha.W "Ch! *mpl! Comm! V! -ep! #E11. ,. 55 n8 6&E.( 4es4o siste4a
do4inante nas 4encionadas 4anuIaturas de 4etal vigora nas Ibricas de vidro e
,a,el. *as Ibricas de ,a,el onde o ,a,el R Ieito a 4Kuina2 o trabalho noturno R a
regra ,ara todos os ,rocessos2 e;ceto ,ara a sele/0o dos tra,os. )4 alguns casos2 o
trabalho noturno ,or reveGa4ento ,rossegue se4 interru,/0o ,or toda a se4ana2 indo
geral4ente de do4ingo
F noite atR a 4eia'noite do sbado seguinte. ! tur4a Kue se encontra no turno diurno
trabalha 5 dias de #6 horas e # dia de #E e a tur4a do turno noturno 5 noites de #6 horas
e u4a de 1 horas ,or se4ana. )4 outros casos2 cada tur4a trabalha 67 horas2 u4a de,ois
da outra2 e4 dias alternados. C4a tur4a trabalha 1 horas segunda'Ieira e #E no sbado2
,ara co4,letar as 67 horas. )4 outros casos2 Ioi introduGido ainda u4 siste4a
inter4e' dirio2 e4 Kue todos os e4,regados na 4aKuinaria de IaGer ,a,el trabalha4
#5'#1 horas cada dia da se4ana. )sse siste4a2 diG o co4issrio de inKuRrito +ord2
,arece unir todos os 4ales dos reveGa4entos de #6 e de 67 horas. Crian/as co4 4enos de #D
anos2 adolescentes co4 4enos de #E e 4ulheres trabalha4 sob esse siste4a noturno.
Ns veGes2 no siste4a de #6 horas2 tinha4 eles2 e4 virtude da ausJncia de Kue4 devia
rendJ'los2 de trabalhar
o turno du,lo de 67 horas. s de,oi4entos das teste4unhas ,rova4 Kue 4eninos e 4eninas
realiGa4 co4 4uita IreKOJncia sobretrabalho2 Kue n0o raro se estende a 67 e atR D1 horas
de trabalho se4 interru,/0o. *o ,rocesso Vcont3nuo e i4utvelW das oIicinas de ,oli4ento2
encontra4'se 4eninas de #6 anos Kue2 durante o 4Js inteiro2 trabalha4 #7 horas ,or dia2
Vse4 nenhu4 descanso ou interru,/0o regular2 alR4 de duas no 4;i4o trJs de #`6 hora2
,ara reIei/=esW. )4 algu4as Ibricas onde se aboliu o trabalho noturno regular2 traba'
lha4'se horas e;tras nu4a e;tens0o terr3vel e Visso IreKOente4ente nos ,rocessos
4ais
u/a4os agora co4o o ,rQ,rio ca,ital concebe o siste4a de 67
horas. *atural4ente dei;a ,assar e4 silJncio os e;cessos do siste4a2
seu abuso do Vcruel e incr3velW ,rolonga4ento da Pornada de trabalho.
)le Iala so4ente do siste4a e4 sua Ior4a Vnor4alW.
s srs. *a-lor e Vic\ers2 Iabricantes de a/o2 Kue e4,rega4
entre
1%% e &%% ,essoas2 e entre elas a,enas #%b 4enores de #E anos2 e destas
so4ente 6% 4eninos no trabalho noturno2 se ,ronuncia4 co4o segue9
Vs garotos n0o soIre4 co4 o calor. ! te4,eratura R
,rova' vel4ente de E1
o
atR $%
o
. "...( *as oIicinas de IorPa e de
la4ina/0o2 os bra/os trabalha4 dia e noite ,or siste4a de
turnos2 4as2 ao contrrio2 todos os de4ais trabalhos s0o
trabalhos diurnos2 das
1 da 4anh0 atR as 1 horas da tarde. *a IorPa trabalha'se das
#6 Fs #6 horas. !lguns bra/os trabalha4 continua4ente no
ho' rrio noturno2 se4 reveGa4ento entre turno diurno e
noturno. "...( !cha4os Kue n0o IaG nenhu4a diIeren/a ,ara a
saMdeW "dos senhores *a-lor e Vic\ersZ( Vo trabalho noturno
ou diurno2 e ,rovavel4ente as ,essoas dor4e4 4elhor Kuando
goGa4 do 4es' 4o ,er3odo de descanso do Kue Kuando ele 4uda.
"...( !,ro;i4a' da4ente 6% garotos 4enores de #E anos
trabalha4 co4 a tur4a da noite. "...( *0o ,oder3a4os IaGJ'lo
be4 "not Aall do( se4 o trabalho noturno de Povens 4enores
de #E anos. *ossa obPe/0o
R L ao au4ento dos custos da ,rodu/0o. Bra/os hbeis e cheIes
de de,arta4ento s0o diI3ceis de conseguir2 Povens2 entretanto2
obtJ4'se tantos Kuantos se Kueira. "...( *atural4ente2
conside' rando'se a ,eKuena ,ro,or/0o de Povens Kue nQs
utiliGa4os2 li' 4ita/=es do trabalho noturno seria4 de ,ouca
i4,ortUncia2 ou interesse ,ara nQsW.
7DE
sr. J. )llis2 da Iir4a John BroXn v Co.2 usinas de Ierro e a/o
Kue e4,rega4 D 4il ho4ens e Povens2 e na verdade e4 lu4am
,arte do trabalho ,esado co4 a/o e Ierro Vde dia e de noite2 ,or
reveGa4entoW declara Kue h no trabalho ,esado co4 a/o # ou 6 Povens
,ara 6 ho4ens. *o seu negQcio e;iste4 5%% Povens co4 4enos de
#E anos2 dos Kuais
#`D2 ou #&%2 te4 4enos de #D anos. Co4 res,eito F ,ro,osta de 4udan/a
na legisla/0o2 o senhor )llis o,ina9
V*0o creio Kue haveria 4uito Kue obPetar "verD
o.Pectiona.le( contra e;igir Kue KualKuer ,essoa 4enor de #E
anos n0o trabalhe 4ais de #6 horas e4 cada 67. Has n0o creio
Kue se ,ossa tra/ar u4a linha ,ara dis,ensar do trabalho
noturno Povens co4 4ais de #6 anos. !ceitar3a4os antes u4a
lei Kue ,ro3ba utiliGar Povens
suPos2 4ais abrasantes e 4ais 4onQtonosW. "ChildrenSs *mploDment Commission, -eport
/V! #E15. ,. ]]]VIII e ]]]I].(
7DE $ourth -eport etc. #E15. &$2 ,. ]VI.
co4 4enos de #D ou atR co4 4enos de #5 anos2 a u4a ,roibi/0o
de utiliGar durante a noite os Povens Kue P te4os. s
Povens da tur4a diurna tJ4 de trabalhar de 4aneira
alternada no ,er3odo noturno2 ,ois os ho4ens n0o ,ode4
incessante4ente realiGar trabalho noturno^ isso arruinaria
sua saMde. !credi' ta4os2 entretanto2 Kue trabalho noturno2
e4 se4anas alter' nadas2 n0o R ,rePudicialW.
"s srs. *a-lor e Vic\ers acreditava42 de acordo co4 o
4elhor de seu negQcio2 Kue2 ao contrrio2 o trabalho noturno
alternado2 e4 lugar do continuado2 sePa ,ossivel4ente ,rePudicial.(
V!cha4os Kue as ,essoas Kue realiGa4 trabalho noturno al'
ternado s0o t0o sadias Kuanto as Kue sQ trabalha4 de dia. "...(
W*ossas obPe/=es contra a n0o utiliGa/0o de Povens 4enores
de #E anos ,ara o trabalho noturno seria4 Ieitas considerando
o au4ento das des,esas2 4as este seria ta4bR4 o Mnico 4otivo.i
"Sue c3nica ingenuidadej( V!credita4os Kue esse au4ento
seria 4aior do Kue o negQcio "the trade( ,oderia
eKOitativa4ente su' ,ortar2 co4 a devida considera/0o F sua
realiGa/0o co4 J;ito. "As the trade Aith due re2ards to etc!
could fairlD .ear.(W "Sue Iraseologia ,astosaj( VTrabalho R raro
aKui e ,oderia tornar'se insuIiciente sob tal regula4enta/0o.W
"Isto R2 )llis2 BroXn v Co. ,oderia4 deIrontar'se co4 o Iatal
e4bara/o de ,recisar ,agar ,lena4ente o valor da Ior/a de trabalho.(
7D$
! C-\lo,s L usinas de a/o e Ierro dos srs. Ca44ell v Co. L
R conduGida e4 escala igual4ente grande co4o as do citado John BroXn
v Co. diretor'gerente enca4inhou seu teste4unho ,or escrito ao
co4issrio do governo <hite2 ,orR4 achou conveniente 4ais tarde
e;traviar o 4anuscrito Kue lhe Ioi devolvido ,ara revis0o. )ntretanto2
o sr. <hite te4 4e4Qria eIicaG. )le recorda'se co4 toda certeGa de
Kue2 ,ara esses senhores ciclo,es2 a ,roibi/0o do trabalho noturno ,ara
crian/as e ,essoas Povens seria Vu4a coisa i4,oss3vel^ seria o
4es4o Kue ,arar suas usinasW e ainda assi4 seu negQcio conta
co4 ,ouco 4ais de 1b de Povens 4enores de #E anos e a,enas #b
de 4enores de #D anos.
77%
Sobre o 4es4o assunto2 declara o sr. ). F. Sanderson2 da Iir4a
Sanderson2 Bros. v Co.2 co4 usinas de a/o2 la4ina/0o e IorPa2 e4
!ttercliIIe9
VGrandes diIiculdades surgiria4 da ,roibi/0o de Povens 4e'
nores de #E anos trabalhare4 F noite. ! ,rinci,al diIiculdade
adviria do au4ento dos custos2 o Kual seria u4a
conseKOJncia
7D$ p! cit!2 E%2 ,. ]VI2 ]VII.
77% p! cit!2 E62 ,. ]VII.
inevitvel da substitui/0o do trabalho inIantil ,or trabalho de
adultos. Suanto isso i4,ortaria2 n0o ,osso diGer2 4as
,rovavel' 4ente n0o seria tanto Kue o Iabricante ,udesse
au4entar o ,re/o do a/o2 de 4odo Kue o ,rePu3Go recairia
sobre ele2 u4a veG Kue os trabalhadoresW "Kue ,ovo tei4osoj(
Vnatural4ente se recusa' ria4 a su,ort'loW.
sr. Sanderson n0o sabe Kuanto ele ,aga Fs crian/as2 4as
VtalveG ,erIa/a 7 atR 5 ;elins ,or cabe/a se4anal4ente. "...(
trabalho dos 4eninos R de u4a es,Rcie ,ara a Kual e4
geralW "2enerallD2 natural4ente ne4 se4,re Ve4 es,ecialW( Va
Ior/a dos ra,aGes R a,enas suIiciente e conseKOente4ente n0o
resultaria nenhu4 lucro da Ior/a 4aior dos ho4ens2 ,ara
co4,ensar o ,re' Pu3Go2 a n0o ser nos ,oucos casos e4 Kue o
4etal R 4uito ,esado.
Ws ho4ens n0o gostaria4 de n0o ter nenhu4 4enino sob
seu co4ando2 ,ois ho4ens s0o 4enos obedientes. !lR4 disso2 os
Povens ,recisa4 co4e/ar cedo ,ara a,render o oI3cio. ! li4ita/0o
dos Povens a 4ero trabalho diurno n0o ,reencheria esse obPetivo.i
) ,or Kue n0oZ Por Kue n0o ,ode4 Povens a,render seu oI3cio
durante o diaZ Suas raG=esZ
VPorKue os ho4ens2 Kue trabalha4 e4 se4anas
alternadas2 ora durante o dia2 ora F noite2 Iicaria4 se,arados
dos Povens de seu turno durante o 4es4o te4,o e ,erderia4
4etade do lucro Kue e;trae4 deles. ! orienta/0o Kue d0o aos
Povens R considerada ,arte do salrio desses Povens e
,ossibilita aos ho4ens obtere4 4ais barato o trabalho
Puvenil. Cada ho4e4 ,erderia 4etade do seu lucro.W
)4 outras ,alavras2 os srs. Sanderson teria4 de ,agar ,arte
dos salrios dos ho4ens adultos de seu ,rQ,rio bolso e n0o co4 trabalho
noturno dos Povens. lucro dos srs. Sanderson cairia u4 ,ouco2 neste
caso2 e essa R a boa raG0o sandersoniana ,or Kue 4enores n0o ,ode4
a,render seu oI3cio de dia.
77#
!de4ais2 isso Iaria o trabalho
regular noturno recair sobre os ho4ens2 Kue se reveGa4 agora co4 os
Povens2
e eles n0o o su,ortaria4. )4 su4a2 as diIiculdades seria4 t0o grandes
Kue ,rovavel4ente levaria4 F su,ress0o total do trabalho noturno.
V*o Kue se reIere F ,rQ,ria ,rodu/0o de a/oW2 diG ). F.
San' derson2 Vn0o Iaria a 4enor diIeren/a2 ,orR4jW
PorR4 os srs. Sanderson tJ4 4ais o Kue IaGer do Kue Iabricar
77# i)4 nossa R,oca rica e4 reIle;0o e racioc3nio2 n0o deve ter subido 4uito Kue4 n0o sabe
a,resentar u4a boa raG0o ,ara tudo2 4es4o ,ara o Kue h de ,ior e de 4ais errado. Tudo
o Kue Ioi estragado neste 4undo2 Ioi estragado ,or boas raG=es.i "?)G)+. p! cit!2 ,. 67$.(
a/o. ! ,rodu/0o de a/o R 4ero ,rete;to ,ara a ,rodu/0o de 4ais'valia.
s Iornos de Iundi/0o2 as oIicinas de la4ina/0o etc.2 as constru/=es2 a
4aKuinaria2 o Ierro2 o carv0o etc.2 tJ4 4ais o Kue IaGer do Kue trans'
Ior4ar'se e4 a/o. )les est0o l ,ara absorver 4ais'trabalho2 e
absorve4 natural4ente 4ais e4 67 horas do Kue e4 #6. *a
realidade d0o aos Sanderson2 ,or gra/a de :eus e de direito2 u4
cheKue sobre o te4,o de trabalho de certo nM4ero de Vbra/osW ,or
67 horas inteiras do dia
e ,erde4 seu carter de ca,ital2 sendo2 ,ortanto2 ,rePu3Go ,uro ,ara
os Sanderson2 t0o logo sePa interro4,ida sua Iun/0o de sugar trabalho.
VHas ent0o haveria o ,rePu3Go de 4aKuinaria t0o cara
Iicar durante 4etade do te4,o ociosa2 e ,ara a 4es4a
Kuantidade de ,rodutos2 Kue ,ode4os Iabricar co4 o siste4a
atual2 ter3a4os de du,licar nossas constru/=es e eKui,a4entos2
o Kue du,licaria
a des,esa.W
Has ,or Kue e;ige4 e;ata4ente estes Sanderson u4
,rivilRgio e4 rela/0o aos de4ais ca,italistas Kue sQ ,ode4 dei;ar
trabalhar du' rante o dia e cuPas constru/=es2 4aKuinaria2 4atRria'
,ri4a2 ,ortanto2 ,er4anece4 VociosasW durante a noiteZ
V[ verdadeW2 res,onde ). F. Sanderson e4 no4e de todos
os Sanderson2 VR verdade Kue esse ,rePu3Go oriundo da
4aKuinaria ociosa atinge todas as 4anuIaturas e4 Kue se
trabalha a,enas de dia. Has o uso dos Iornos de Iundi/0o
,rovocaria2 e4 nosso caso2 ,rePu3Go e;tra. Hantendo'os e4
Iunciona4ento2 des,erdi' /a'se co4bust3velW "enKuanto agora R
a 4atRria vital dos traba' lhadores Kue R des,erdi/ada(2 Ve se
n0o Iore4 4antidos e4 Iun' ciona4ento2 haveria ,erda de
te4,o ,ara acendJ'los e obter o grau necessrio de calorW
"enKuanto ,erda de te4,o de sono2 4es4o ,ara crian/as de
E anos2 R ganho de te4,o de trabalho ,ara o cl0 dos
Sanderson(2 Ve os ,rQ,rios Iornos soIreria4 co4
a 4udan/a de te4,eraturaW "enKuanto os 4es4os Iornos nada
soIre4 co4 o reveGa4ento do trabalho diurno e noturno(.
776
776 ChildrenSs *mploDment Commission, $ourth -eport! 78QF! 8F, ,. ]VII. N ,reocu,a/0o de
delicadeGa se4elhante dos senhores Iabricantes de vidros2 Kue n0o era ,oss3vel conceder
Fs crian/as VreIei/=es regularesW2 ,orKue2 desse 4odo2 deter4inado Cuantum de calor
Kue os Iornos irradia4 seria V,uro ,rePu3GoW ou seria Vdes,erdi/adoW2 res,onde o
co4issrio de inKuRrito <hite2 de nenhu4 4odo igual a Cre2 Senior etc.2 e seus
estreitos i4itadores ale40es2 co4o Roscher etc.2 co4ovidos ,ela VabstinJnciaW2 ,ela
Vabnega/0oW e V,arci4YniaW dos ca,italistas no dis,Jndio de seu dinheiro2 e ,ela sua
V,rodigalidadeW co4 vidas hu4anas2 ,rQ,rias de u4 Ti4ur'Ta4erl0o2 diGendo9 V[ ,oss3vel
Kue se des,erdice deter4inado Cuan- tum de calor2 aci4a da 4edida atual2 ,or assegurar'
se reIei/=es regulares2 4as 4es4o e4 valor 4onetrio n0o R nada2 co4,arado co4 a
devasta/0o de Ior/a vital "the Aaste of animal poAer( Kue hoPe o reino soIre2 e4
virtude de as crian/as e4 Iase de cresci4ento2 e4,regadas nas vidrarias2 n0o
dis,ore4 de te4,o suIiciente ,ara to4ar co4oda4ente seus ali4entos e digeri'losW. "p!
cit!2 ,. ]+V.( ) isso no Vano do ,rogressoW2 #E15j !bstraindo
o dis,Jndio de energia ,ara levantar e carregar2 tal crian/a 4archa2 nas usinas Kue IaGe4
garraIas e flint 2lass,
P
durante a e;ecu/0o cont3nua de seu trabalho2 #5 a 6% 4ilhas "inglesas(
'( A %$# !e% Wor.: .or*% :e #r)%7o(
Leis co*!$%s8ris !r o !ro%o.,*e.#o : Wor.: :e
#r)%7o9 : *e#:e :o s>c$%o XIV o fi* :o s>c$%o
XVII
VSue R u4a Pornada de trabalhoZW :e Kuanto R o te4,o durante
o Kual o ca,ital ,ode consu4ir a Ior/a de trabalho2 cuPo valor
dirio ele ,agaZ Por Kuanto te4,o ,ode ser ,rolongada a Pornada de
trabalho alR4 do te4,o de trabalho necessrio F re,rodu/0o dessa
4es4a Ior/a de trabalhoZ ! essas ,erguntas2 viu'se Kue o ca,ital
res,onde9 a Pornada de trabalho co4,reende diaria4ente as 67 horas
co4,letas2 de,ois de descontar as ,oucas horas de descanso2 se4 as
Kuais a Ior/a de trabalho Iica total4ente i4,ossibilitada de realiGar
nova4ente sua tareIa. )n' tende'se ,or si2 desde logo2 Kue o
trabalhador2 durante toda a sua e;istJncia2 nada 4ais R Kue Ior/a de
trabalho e Kue2 ,or isso2 todo seu te4,o dis,on3vel R ,or natureGa e
,or direito te4,o de trabalho2 ,or' tanto2 ,ertencente F
autovaloriGa/0o do ca,ital. Te4,o ,ara educa/0o hu4ana2 ,ara o
desenvolvi4ento intelectual2 ,ara o ,reenchi4ento de Iun/=es sociais2
,ara o conv3vio social2 ,ara o Pogo livre das Ior/as vitais I3sicas e
es,irituais2 4es4o o te4,o livre de do4ingo L e 4es4o no ,a3s do
sbado santiIicado
77D
L ,ura Iutilidadej Has e4 seu i4,ulso
e4 1 horasj ) o trabalho dura IreKOente4ente #7 a #5 horas. )4 4uitas dessas vidrarias
vigora2 co4o nas Iia/=es de Hoscou2 o siste4a de reveGa4ento de 1 horas. V:urante o
te4,o de trabalho da se4ana2 o ,er3odo ininterru,to 4ais longo de descanso R de 1 horas2
e dele te4 de ser deduGido o te4,o ,ara ir F Ibrica2 voltar2 lavar'se2 vestir'se2 ali4entar'se2
e tudo isso custa te4,o. !ssi4 sQ Iica ,ara descanso u4 ,er3odo e;tre4a4ente curto. *0o
sobra te4,o ,ara brincar e ar ,uro2 a n0o ser F custa do sono2 t0o indis,ensvel Fs crian/as
Kue e;ecuta4 u4 trabalho t0o Iatigante nu4a at4osIera t0o Kuente. "...( Hes4o o
breve
sono R interro4,ido2 ,ois o 4enino te4 de des,ertar a si 4es4o2 F noite2 ou R des,ertado
,or ru3dos e;ternos de dia.W senhor <hite a,resenta casos2 de u4 Pove4 Kue
trabalhou
D1 horas consecutivas^ outros2 de 4eninos de #6 anos Kue se esIalIa4 atR as 6 horas da
noite dor4indo na Ibrica atR as 5 horas da 4anh0 "D horasj( ,ara co4e/ar de novo o
trabalhoj V! 4assa de trabalhoW2 diGe4 os redatores do relatQrio geral2 Tre4enheere e
TuInell2 VKue os 4eninos2 as 4eninas e 4ulheres realiGa42 no curso de seu ,er3odo de
trabalho "spell of la.our( dirio2 noturno ou diurno2 R Iabulosa.W "p! cit!2 ,. ]+III e ]+IV.(
)nKuanto isso ca4baleia2 talveG tarde da noite2 o ca,ital do vidro Vcheio de
abstinJnciaW e de vinho do Porto2 do clube ,ara casa2 cantarolando i4becil4ente9
'ritons never, never, shall .e slavesR
PP
P
Cristal. "*. dos T.(
PP
Ingleses nunca2 nunca ser0o escravosj "*. dos T.(
77D *a Inglaterra2 ,or e;e4,lo2 ainda se condena Fs veGes2 no ca4,o2 u4 trabalhador F ,ris0o
,or ,roIana/0o do sbado2 ,or trabalhar no PardinGinho e4 Irente F sua casa.
4es4o trabalhador R ,unido ,or Kuebra de contrato2 se Ialta ao trabalho aos do4ingos2 sePa
4es4o ,or beatice religiosa2 nas usinas 4etalMrgicas2 de ,a,el ou vidro. ,arla4ento
ortodo;o n0o te4 ouvidos ,ara a ,roIana/0o dos sbados2 Kuando ela se d no V,rocesso de
valoriGa/0oW do ca,ital. *u4 4e4orial "agosto de #E1D( e4 Kue os diaristas londrinos
das ,ei;arias e casas de aves reivindica4 a su,ress0o do trabalho aos do4ingos2
consta Kue seu trabalho nos ,ri4eiros 1 dias da se4ana dura2 e4 4Rdia2 #5 horas
dirias2 e no do4ingo2 E a #% horas. Por esse 4e4orial Iica4os sabendo2 ao 4es4o
te4,o2 Kue a reIinada 2ourmandise
P
dos beatos aristocrticos de );eter ?all
PP
incentiva
esse Vtrabalho aos do4ingosW. )sses VsantosW t0o cuidadosos in cute curanda
PPP
de4onstra4
seu cristianis4o ,elo 4odo resignado co4 Kue su,orta4 a estaIa2 as ,riva/=es e a Io4e
de terceiros. .seCuium ventria istis "dos trabalhadores( perniciosius est.
PPPP
cego2 des4edido2 e4 sua voracidade ,or 4ais'trabalho2 o ca,ital atro'
,ela n0o a,enas os li4ites 4;i4os 4orais2 4as ta4bR4 os ,ura4ente
I3sicos da Pornada de trabalho. Csur,a o te4,o ,ara o cresci4ento2
o desenvolvi4ento e a 4anuten/0o sadia do cor,o. Rouba o te4,o
ne' cessrio ,ara o consu4o de ar ,uro e luG solar. )sca4oteia
te4,o destinado Fs reIei/=es ,ara incor,or'lo onde ,oss3vel ao
,rQ,rio ,ro' cesso de ,rodu/0o2 su,rindo o trabalhador2 enKuanto
4ero 4eio de ,rodu/0o2 de ali4entos2 co4o a caldeira2 de carv0o2 e
a 4aKuinaria2 de gra;a ou Qleo. ReduG o sono saudvel ,ara a
concentra/0o2 renova/0o
e restaura/0o da Ior/a vital a tantas horas de tor,or Kuanto a
reani' 4a/0o de u4 organis4o absoluta4ente esgotado torna
indis,ensveis. )4 veG da conserva/0o nor4al da Ior/a de trabalho
deter4inar aKui
o li4ite da Pornada de trabalho2 R2 ao contrrio2 o 4aior dis,Jndio
,oss3vel dirio da Ior/a de trabalho Kue deter4ina2 ,or 4ais ,enoso
e doentia4ente violento2 o li4ite do te4,o de descanso do trabalhador.
ca,ital n0o se i4,orta co4 a dura/0o de vida da Ior/a de trabalho.
Kue interessa a ele2 ,ura e si4,les4ente2 R u4 ma:imum de
Ior/a de trabalho Kue e4 u4a Pornada de trabalho ,oder ser Ieita
Iluir. !tinge esse obPetivo encurtando a dura/0o da Ior/a de trabalho2
co4o u4 agricultor ganancioso Kue consegue au4entar o rendi4ento
do solo ,or 4eio do saKueio da Iertilidade do solo.
! ,rodu/0o ca,italista2 Kue R essencial4ente ,rodu/0o de
4ais' valia2 absor/0o de 4ais'trabalho2 ,roduG2 ,ortanto2 co4 o
,rolonga' 4ento da Pornada de trabalho n0o a,enas a atroIia da Ior/a de
trabalho2
a Kual R roubada de suas condi/=es nor4ais2 4orais e I3sicas2 de de'
senvolvi4ento e atividade. )la ,roduG a e;aust0o ,re4atura e o
ani' Kuila4ento da ,rQ,ria Ior/a de trabalho.
777
)la ,rolonga o
te4,o de ,rodu/0o do trabalhador nu4 ,raGo deter4inado 4ediante
o encurta' 4ento de seu te4,o de vida.
valor da Ior/a de trabalho co4,reende2 entretanto2 o valor das
4ercadorias necessrias ,ara a re,rodu/0o do trabalhador ou a
,ro' ,aga/0o da classe trabalhadora. Portanto2 se esse
,rolonga4ento an' tinatural da Pornada de trabalho2 a Kue o ca,ital
visa e4 seu i4,ulso des4edido de autovaloriGa/0o2 encurta o ,er3odo
de vida dos trabalha' dores individuais e co4 isso a dura/0o de sua
Ior/a de trabalho2 torna'se necessria a 4ais r,ida substitui/0o dos
Kue Iora4 desgastados. Tor' na'se ,ortanto necessrio incluir custos
4aiores de de,recia/0o na re'
P
Glutonaria. "*. dos T.(
PP
)diI3cio e4 +ondres2 lugar de asse4blRia de sociedades religiosas e IilantrQ,icas. "*. da
)d. ale40.(
PPP
)4 ,reocu,ar'se co4 seu be4'estar cor,oral. "*. dos T.(
PPPP
! glutonaria R ,ara eles "os trabalhadores( ,erniciosa. "*. dos T.(
777 i)4 nossos relatQrios anteriores re,roduGi4os as constata/=es de vrios Iabricantes e;,e'
rientes Kue aIir4a4 Kue horas e;traordinrias "...( traGe4 e4 si2 segura4ente2 o ,erigo
de e;aurir ,re4atura4ente a Ior/a de trabalho dos seres hu4anos.i "p! cit! 172 ,. ]III.(
,rodu/0o da Ior/a de trabalho2 do 4es4o 4odo co4o a ,arte do valor
Kue te4 de re,roduGir'se diaria4ente de u4a 4Kuina R tanto 4aior
Kuanto 4ais r,ido sePa o seu desgaste. Parece2 ,ortanto2 co4o sendo
do ,rQ,rio interesse do ca,ital u4a Pornada nor4al de trabalho.
senhor de escravos co4,ra seu trabalhador co4o ele
co4,ra seu cavalo. Co4 o escravo2 ele ,erde u4 ca,ital Kue te4 Kue ser
re,osto2 4ediante nova des,esa no 4ercado de escravos. PorR4
Vos ca4,os de arroG da GeQrgia e os ,Untanos do Hississ3,i ,ode4
e;ercer Iatal4ente sua a/0o destruidora sobre a constitui/0o hu'
4ana^ a,esar de tudo2 esse des,erd3cio de vida hu4ana n0o
R t0o grande Kue n0o ,ossa ser re,arado ,elas ,uPantes
reservas de Virg3nia e Kentuc\-. Considera/=es econY4icas Kue
,oderia4 oIerecer u4a es,Rcie de seguran/a ,ara o
trata4ento hu4ano dos escravos2 na 4edida e4 Kue identiIica4
o interesse do senhor co4 a ,reserva/0o dos escravos2
transIor4a4'se no seu inverso2 a,Qs a introdu/0o do trIego
negreiro2 e4 raG=es ,ara elevar a e;,lora/0o do escravo ao
4;i4o2 ,ois logo Kue o lugar de u4 escravo ,ossa ser
,reenchido ,or su,ri4entos de reservas es' trangeiras de
negros2 a dura/0o de sua vida cede e4 i4,ortUncia
F sua ,rodutividade enKuanto ela durar. [ ,or isso u4a 4;i4a
da econo4ia escravagista2 e4 ,a3ses de i4,orta/0o de escravos2
Kue a econo4ia 4ais eIicaG consiste e4 e;trair do gado hu4ano
"human chattle( a 4aior 4assa ,oss3vel de trabalho no
4enor te4,o ,oss3vel. Justa4ente nas culturas tro,icais2 onde os
lucros anuais iguala4'se co4 IreKOJncia ao ca,ital global das
,lanta' /=es2 a vida dos negros R 4ais inescru,ulosa4ente
sacriIicada.
[ a agricultura das Bndias cidentais2 h sRculos ber/o de ri'
KueGas Iabulosas2 Kue te4 devorado 4ilh=es de ho4ens da ra/a
aIricana. !tual4ente R e4 Cuba2 cuPas rendas conta4'se ,or
4ilh=es e cuPos ,lantadores s0o verdadeiros ,r3nci,es2 onde
ve' 4os2 alR4 da ali4enta/0o 4ais grosseira e da Iaina 4ais
esgo' tante e inter4invel2 boa ,arte da classe escrava ser
cada ano destru3da direta4ente ,ela tortura lenta do
sobretrabalho e da Ialta de sono e de descansoW.
775
"utato nomine de te fa.ula narraturj
771
+eia'se2 e4 veG de 4er'
cado de escravos2 4ercado de trabalho2 e4 veG de Kentuc\- e Virg3nia2
Irlanda e os distritos agr3colas da Inglaterra2 )scQcia e Pa3s de Gales2
e4 veG de @Irica2 !le4anhaj uvi4os co4o o sobretrabalho diGi4a
e4 +ondres os e4,regados das ,adarias2 e a,esar disso o 4ercado de
trabalho londrino est se4,re abarrotado de ale40es e de outros can'
775 C!IR*)S. p! cit!, ,. ##%'###.
771 Sob outro no4e2 aKui R narrado de ti. L ?R@CI. <(tiras! +ivro Pri4eiro. St. #. "*.
da )d. !le40.(
didatos F 4orte na ,aniIica/0o. ! cerU4ica2 conIor4e vi4os2 R u4 dos
ra4os industriais e4 Kue a vida R 4ais curta. Falta42 ,or isso2 cera'
4istasZ Josiah <edgXood2 o inventor da cerU4ica 4oderna2 u4 si4,les
trabalhador de orige42 declarou e4 #&E5 ,erante a CU4ara dos
Co' 4uns Kue toda a 4anuIatura ocu,ava de #5 4il atR 6% 4il
,essoas.
77&
*o ano de #E1#2 sQ a ,o,ula/0o dos centros urbanos dessa indMstria
na Gr0'Bretanha elevava'se a #%# D%6 ,essoas.
V! indMstria de tecelage4 de algod0o conta $% anos. "...(
:u' rante trJs gera/=es da race inglesa2 ela devorou nove
gera/=es de trabalhadores algodoeiros.W
77E
Certa4ente e4 algu4as R,ocas de ,ros,eridade Iebril2 o 4ercado
de trabalho 4ostrou lacunas ,reocu,antes. !ssi42 ,or e;e4,lo2 e4
#ED7. s senhores Iabricantes2 ,orR42 ,ro,usera4 ent0o aos Poor %aA
Commissioners
77$
de 4andar ,ara o *orte Vo e;cesso de ,o,ula/0oW
dos distritos agr3colas2 co4 a e;,lica/0o de Kue Vos Iabricantes os
ab' sorveria4 e consu4iria4W. )ssas Iora4 suas ,rQ,rias
,alavras.
75%
VFora4 designados agentes ,ara Hanchester2 co4 a autoriGa'
/0o dos Poor %aA Commissioners. Fora4 ,re,aradas listas de
trabalhadores agr3colas e entregues a esses agentes. s Iabri'
cantes acorria4 aos escritQrios e de,ois de escolher o Kue
lhes convinha2 as Ia43lias Iora4 des,achadas do sul da
Inglaterra. )ssas enco4endas de gente Iora4 trans,ortadas
co4 etiKuetas co4o Iardos de 4ercadorias2 ,or via Iluvial ou ,or
carros de carga. !lguns Iora4 a ,R e 4uitos deles vagueava4
,erdidos e 4eio 4ortos de Io4e ,elos distritos industriais. Isso
tornou'se u4 ver' dadeiro ra4o de co4Rrcio. ! CU4ara dos
Co4uns ter diIiculdade e4 acreditar nisso. )sse co4Rrcio
regular2 esse trIico de carne hu4ana ,rosseguiu2 essa gente
Ioi co4,rada e vendida ,elos agentes de Hanchester aos
Iabricantes de Hanchester t0o regu' lar4ente co4o os negros
aos ,lantadores de algod0o dos )stados sulinos. "...( ano de
#E1% 4arca o a,ogeu da indMstria de al' god0o. "...( Faltara4
nova4ente bra/os. s Iabricantes voltara4' se outra veG ,ara
os agentes de carne hu4ana "...( e estes es' Kuadrinhara4 as
dunas de :orset2 as colinas de :evon e as ,lan3cies de <ilts2
4as a ,o,ula/0o e;cedente P Iora devorada.W
'urD ,uardian
75#
se la4entou Kue2 a,Qs a conclus0o do acordo
77& <!R:2 John. 1istorD of the 'orou2h of <toke-upon-Trent etc. +ondres2 #E7D. ,. 76.
77E :iscurso de Ferrand na V?ouse oI Co44onsW
P
de 6& de abril de #E1D.
P
CU4ara dos Co4uns. "*. dos T.(
77$ Co4issrios das +eis dos Pobres. "*. dos T.(
75% That the manufacturers Aould a.sor. it and use it up! Those Aere the verD Aords used .D
the cotton manufacturers! Kp! cit!L
75# PeriQdico inglJs. "*. dos T.(
de co4Rrcio anglo'IrancJs2 ,oderia4 ser absorvidos #% 4il bra/os adi'
cionais e2 e4 breve2 4ais de D% ou 7% 4il viria4 a ser
necessrios. )4 #E1%2 de,ois de os agentes e subagentes do
co4Rrcio de carne tere4 varrido os distritos agr3colas Kuase se4
resultado2 Vu4a dele' ga/0o de Iabricantes dirigiu'se ao sr. Villiers2
,residente do Poor %aA 'oard2
756
solicitando Kue ,er4itisse de novo o
Iorneci4ento de crian/as ,obres e QrI0s das AorkhousesW.
75D2 757
Kue a e;,eriJncia e4 geral 4ostra ao ca,italista R u4a su'
,er,o,ula/0o constante2 isto R2 su,er,o,ula/0o e4 rela/0o F
necessi' dade 4o4entUnea de valoriGa/0o do ca,ital2 a,esar de Kue
seu Ilu;o sePa constitu3do de gera/=es hu4anas atroIiadas2 cuPa vida
se conso4e de,ressa2 Kue ra,ida4ente se su,lanta42 co4o se
Iosse42 ,or assi4
756 Junta da +ei dos Pobres. "*. dos T.(
75D Casas de trabalho. "*. dos T.(
757 p! cit! Villiers2 a,esar da 4elhor vontade2 estava Vlegal4enteW obrigado a recusar as
,retens=es dos Iabricantes. )sses senhores2 entretanto2 conseguira4 seus obPetivos gra/as
F condescendJncia das ad4inistra/=es locais dos ,obres. senhor !. Redgrave2
ins,etor de Ibricas2 assegura Kue desta veG o siste4a segundo o Kual QrI0os e crian/as de
paupersx era4 Vlegal4enteW considerados apprentices "a,rendiGes( Vn0o Ioi aco4,anhado
dos velhos
abusosW L "sobre esses VabusosW co4,are )*G)+S. p! cit!( L se be4 Kue e4 u4
caso ocorresse Vabuso co4 o siste4a2 e4 rela/0o a 4eninas e Povens Pulheres2 Kue Iora4
traGidas dos distritos agr3colas da )scQcia ,ara +ancashire e CheshireW. :e acordo co4 esse
Vsiste4aW2
o Iabricante IaG u4 contrato co4 os ad4inistradores das casas dos ,obres ,or ,er3odos
deter4inados. )le ali4enta2 veste e aloPa as crian/as e lhes d u4a ,eKuena so4a e4
dinheiro. Soa u4 tanto estranha a seguinte observa/0o do Sr. Redgrave2 sobretudo se
se considera Kue o ano de #E1% Ioi u4 ano Mnico2 4es4o entre os anos de
,ros,eridade da indMstria algodoeira inglesa2 e Kue2 alR4 disso2 os salrios ent0o
estava4 altos2 ,ois Kue
a e;traordinria de4anda ,or trabalho se chocou co4 o des,ovoa4ento da Irlanda e
co4 u4a corrente de e4igra/0o se4 ,recedente dos distritos agr3colas da Inglaterra e
)scQcia2 ,ara a !ustrlia e !4Rrica2 co4 u4 decrRsci4o ,ositivo da ,o,ula/0o e4 alguns
distritos agr3colas ingleses2 resultante2 e4 ,arte2 do aniKuila4ento2 obtido co4 sucesso2 das
energias vitais2 e4 ,arte2 ,elo esgota4ento ,re4aturo da ,o,ula/0o dis,on3vel2 ,elos
co4erciantes de carne hu4ana. ) a,esar de tudo isso2 diG o Sr. Redgrave9 V)ste gJnero de
trabalhon "das crian/as das casas dos ,obres( WR2 entretanto2 so4ente ,rocurado Kuando
n0o se ,ode en' contrar nenhu4 outro2 ,ois R trabalho caro "hi2h priced la.our(.
salrio co4u4 ,ara u4 4enino de #D anos R a,ro;i4ada4ente 7 ;elins ,or se4ana^
,orR4 aloPar2 vestir e ali4entar 5% a #%% 4eninos destes2 co4 assistJncia 4Rdica e
co4 su,ervis0o adeKuada2 dando'lhes2 alR4 disso2 u4a ,eKuena re4unera/0o e4
dinheiro2 n0o R algo Kue se ,ossa conseguir ,or 7 ;elins ,or cabe/a2 se4anal4entei.
"-ep! of the /nsp! of $act! for XNth April
78QN! ,. 6&.( Sr. Redgrave esKueceu'se de diGer co4o o ,rQ,rio trabalhador ,ode dar
tudo isso a seus Iilhos co4 seus 7 ;elins de salrio2 se o Iabricante n0o ,ode IaGJ'lo
,ara
5% ou #%% Povens Kue s0o aloPados2 nutridos e su,ervisionados coletiva4ente. Para evitar
Kue se tire4 Ialsas conclus=es do te;to2 devo observar Kue a indMstria algodoeira da In'
glaterra2 desde Kue Ioi sub4etida F $actorD Act de #E5%2 co4 a sua regula4enta/0o do
te4,o de trabalho etc.2 deve ser considerada a indMstria 4odelar da Inglaterra.
trabalhador da indMstria algodoeira da Inglaterra est2 sob todos os ,ontos de vista2
4elhor Kue seu co4,anheiro de inIortMnio no continente9 V trabalhador ,russiano de
Ibrica trabalha ,elo 4enos #% horas ,or se4ana 4ais Kue seu rival inglJs e Kuando
trabalha e4 casa2 e4 seu ,rQ,rio tear2 desa,arece atR 4es4o esse li4ite colocado Fs suas
horas de trabalho adicionalW. "-ep! of /nsp! of $act! X7st ct! 78FF! ,. #%D.( aci4a reIerido
ins,etor de Ibricas Redgrave viaPou de,ois da e;,osi/0o industrial de #E5# ,elo
continente2 visitando es,ecial4ente a Fran/a e a PrMssia2 ,ara l investigar as
condi/=es das Ibricas. Sobre o trabalhador de Ibrica ,russiano ele relata9 VRecebe u4
salrio Kue chega ,ara lhe ,ro,orcionar a ali4en' ta/0o si4,les e o ,eKueno conIorto a Kue
est acostu4ado e co4 o Kue se satisIaG. "...( )le vive ,ior e trabalha 4ais dura4ente Kue
seu rival inglJsW. "-ep! of /nsp! of $act!, X7st ct!
78FX! ,. E5(.
diGer2 colhidas ,re4atura4ente.
755
)ntretanto2 a e;,eriJncia de4ons'
tra ao observador entendido2 ,or outro lado2 Ku0o r,ida e
,roIunda' 4ente a ,rodu/0o ca,italista2 Kue historica4ente
considerada data Kua' se de onte42 aIetou a Ior/a do ,ovo e4 sua
raiG vital2 co4o a dege' nera/0o da ,o,ula/0o industrial R retardada
a,enas ,ela cont3nua ab' sor/0o de ele4entos vitais natural4ente
desenvolvidos no ca4,o2 e co4o 4es4o os trabalhadores rurais2
a,esar do ar livre e do principle
of natural selection2
751
t0o ,oderoso entre eles2 Kue sQ ,er4ite sobre'
vivere4 os indiv3duos 4ais Iortes2 P co4e/a4 a Ienecer.
75&
ca,ital2
Kue te4 t0o Vboas raG=esW ,ara negar os soIri4entos da gera/0o
tra' balhadora Kue o circunda2 R condicionado e4 seu 4ovi4ento
,rtico ,ela ,ers,ectiva de a,odreci4ento Iuturo da hu4anidade e2
,or Ii42 do incontrolvel des,ovoa4ento t0o ,ouco ou tanto co4o ,ela
,oss3vel Kueda da Terra sobre o Sol. )4 KualKuer 4alandrage4
co4 a/=es ninguR4 ignora Kue u4 dia a casa cai2 ,orR4 todos
conIia4 Kue ela cair sobre a cabe/a do ,rQ;i4o2 a,Qs ele ,rQ,rio
ter colhido a chuva de ouro e a ,osto e4 seguran/a. AprUs moi le
d#lu2ej
75E
R a divisa de todo ca,italista e toda na/0o ca,italista.
ca,ital n0o te42 ,or isso2
a 4enor considera/0o ,ela saMde e dura/0o de vida do trabalhador2 a
n0o ser Kuando R coagido ,ela sociedade a ter considera/0o.
75$
N Kuei;a
sobre degrada/0o I3sica e 4ental2 4orte ,re4atura2 tortura do
sobre' trabalho2 ele res,onde9 :eve esse tor4ento ator4entar'nos2 P
Kue ele au4enta o nosso goGo "o lucro(Z
71%
:e 4odo geral2 ,orR42 isso
ta4bR4
755 is Ior/ados ao sobretrabalho 4orre4 co4 estranha ra,ideG^ 4as os lugares daKueles Kue
sucu4be4 s0o i4ediata4ente ,reenchidos2 e u4a troca IreKOente de ,essoas n0o traG
nenhu4a altera/0o F cena.i <!K)FI)+:2 ). G. *n2land and America! +ondres2 #EDD.
t.
I2 ,. 55.(
751 Princ3,io de sele/0o natural. "*. dos T.(
75& Ver Pu.lic 1ealth, <i:th -eport of the "edical fficer of the PrivD Council! 78QX! Publicado
e4 +ondres2 #E17. Pois esse relatQrio trata dos trabalhadores agr3colas. VTe4'se a,resentado
o condado de Sutherland co4o u4 condado 4uito 4elhorado2 4as u4a investiga/0o 4ais
recente descobriu Kue2 e4 distritos outrora Ia4osos ,elos seus belos ho4ens e
soldados coraPosos2 Kue os habitantes degenerara4 nu4a race lra/am 4agra e atroIiada.
*os lugares 4ais saudveis2 nas encostas Kue d0o ,ara o 4ar2 os rostos das crian/as s0o
Iinos e ,lidos co4o sQ ,ode4 sJ'lo na at4osIera viciada de u4a viela de +ondres.W
"T?R*T*. p! cit!, ,. &7'&5.( )Kui,ara4'se2 de Iato2 aos D% 4il Vgallant ?ighlandersW
P
Kue vive4 ,ro4is' cua4ente co4 ,rostitutas e ladr=es nos ADnds e closes
PP
de GlasgoX.
P
Galantes 4ontanheses. "*. dos T.(
PP
Ruas e ,tios. "*. dos T.(
75E :e,ois de 4i42 o dilMvio. L )ssas ,alavras teria4 sido ditas ,ela 4arKuesa de
Po4,adour Kuando alguR4 da Corte e;ternou a ,reocu,a/0o de Kue os constantes
Iestins e Iestividades lu;uosos teria4 ,or conseKOJncia Iorte au4ento da d3vida ,Mblica da
Fran/a. "*. da )d. !le40.(
75$ i)4bora a saMde da ,o,ula/0o sePa u4 ele4ento t0o i4,ortante do ca,ital nacional2
re' cea4os ter de conIessar Kue os ca,italistas n0o se sente4 inclinados a conservar e
Gelar ,or esse tesouro e dar'lhe valor. "...( ! considera/0o ,ela saMde dos
trabalhadores Ioi i4,osta aos Iabricantes.i "Times, 5 de nove4bro de #E1#.( Vs
ho4ens de <est Riding tornara4'se os ,rodutores de tecidos da hu4anidade "...( a
saMde dos trabalhadores Ioi sacriIicada2 e a race teria degenerado dentro de algu4as
gera/=es2 4as ocorreu u4a rea/0o. !s horas de trabalho das crian/as Iora4 li4itadas
etc.W "TAentD-second Annual -eport of the -e2istrar-,eneral! #E1#.(
71% G)T?). An <uleika! "*. da )d. !le40.(
n0o de,ende da boa ou da 4 vontade do ca,italista individual. !
livre'concorrJncia i4,=e a cada ca,italista individual4ente2 co4o leis
e;ternas ine;orveis2 as leis i4anentes da ,rodu/0o ca,italista.
71#
estabeleci4ento de u4a Pornada nor4al de trabalho R o
re' sultado de u4a luta 4ultissecular entre ca,italista e trabalhador.
)n' tretanto2 a histQria dessa luta 4ostra duas tendJncias o,ostas.
Co4' ,are'se2 ,or e;e4,lo2 a legisla/0o Iabril inglesa de nosso
te4,o co4 os estatutos ingleses do trabalho do sRculo ]IV atR be4
na 4etade do sRculo ]VIII.
716
)nKuanto a 4oderna lei Iabril reduG
co4,ulsoria' 4ente a Pornada de trabalho2 aKueles estatutos
,rocurava4 co4,ul' soria4ente ,rolong'la. Se4 dMvida2 as
,retens=es do ca,ital2 e4 seu estado e4brionrio2 Kuando ele ainda
vir a ser2 ,ortanto2 e4 Kue ainda n0o assegura 4ediante a si4,les
Ior/a das condi/=es econY4icas2 4as ta4bR4 4ediante a aPuda do
,oder do )stado2 seu direito de absorver u4 Cuantum suIiciente de
4ais'trabalho ,arece4 atR 4odes' tas2 se as co4,arar4os co4 as
concess=es Kue ele te4 de IaGer rosnando
e resistindo2 e4 sua idade adulta. Custou sRculos ,ara Kue o
traba' lhador VlivreW2 co4o resultado do 4odo de ,rodu/0o ca,italista
desen' volvido2 consentisse voluntaria4ente2 isto R2 social4ente
coagido2 e4 vender todo o seu te4,o ativo de sua vida2 atR sua
,rQ,ria ca,acidade de trabalho2 ,elo ,re/o de seus 4eios de
subsistJncia habituais2 e seu direito F ,ri4ogenitura ,or u4 ,rato de
lentilhas. [ natural2 ,ortanto2 Kue a ,rolonga/0o da Pornada de
trabalho2 Kue o ca,ital ,rocura i4,or aos trabalhadores adultos ,or
4eio da Ior/a do )stado2 da 4etade do sRculo ]IV ao Ii4 do sRculo
]VII2 coincida a,ro;i4ada4ente co4 a li4ita/0o do te4,o de
trabalho Kue2 na segunda 4etade do sRculo ]I]2
R i4,osta ,elo )stado2 aKui e acol2 F transIor4a/0o de sangue inIantil
e4 ca,ital. Kue hoPe2 ,or e;e4,lo2 no )stado de Hassachusetts2 atR
recente4ente o )stado 4ais livre da Re,Mblica *orte'!4ericana2 R
71# !ssi42 veriIica4os2 ,or e;e4,lo2 Kue no co4e/o de #E1D2 61 Iir4as2 ,ro,rietrias de grandes
cerU4icas e4 StaIIordshire2 entre elas J. <edgXood e Filhos2 nu4 4e4orial ,ede4 Va
enRrgica interven/0o do )stadoW. ! VconcorrJncia co4 outros ca,italistasW n0o lhes ,er4ite
nenhu4a li4ita/0o VvoluntriaW do te4,o de trabalho das crian/as etc. VPor 4ais Kue
la4ente4os os 4ales aci4a 4encionados2 seria i4,oss3vel i4,edi'los ,or 4eio de KualKuer
es,Rcie de acordo entre os Iabricantes. "...( Considerando todos esses ,ontos2 chega4os
F convic/0o de Kue R necessria u4a lei coativa.W "ChildrenSs *mp! Comm!, -ep! /!
#E1D. ,.
D66.( C4 e;e4,lo 4uito 4ais e;,ressivo oIereceu o ,assado recente. ! alta dos ,re/os
do algod0o2 nu4a R,oca de atividade Iebril2 induGiu os ,ro,rietrios de tecelagens de
algod0o e4 Blac\burn2 4ediante acordo geral2 a reduGir o te4,o de trabalho e4 suas
Ibricas ,or
deter4inado ,raGo. ,raGo ter4inou e4 Iins de nove4bro "#E&#(. )ntre4entes2 os
Iabri' cantes 4ais ricos2 Kue co4bina4 Iia/0o co4 tecelage42 a,roveitara4 a Kueda de
,rodu/0o decorrente desse acordo2 ,ara e;,andir seu ,rQ,rio negQcio2 alcan/ando assi4
grandes lucros
F custa dos ,eKuenos 4estres. )stes Mlti4os2 vendo'se e4 a,uros2 voltara4'se ,ara os
o,errios Iabris e incitara4'nos a to4ar a sRrio a agita/0o ,ela Pornada de $ horas2
,ro' 4etendo'lhes ,ara esse Ii4 contribui/=es e4 dinheiro.
716 )sses estatutos dos trabalhadores2 Kue havia na 4es4a R,oca na Fran/a2 na ?olanda etc.2
Iora4 abolidos Ior4al4ente na Inglaterra so4ente e4 #E#D2 de,ois de as condi/=es de
,rodu/0o P os tere42 h 4uito2 su,erado.
,rocla4ado co4o li4ite estatal do trabalho de 4eninos co4 4enos de
#6 anos2 era a Pornada nor4al de trabalho na Inglaterra2 ainda na
4etade do sRculo ]VII2 ,ara artes0os e4 ,leno vigor2 ,ara
robustos servos do ca4,o e ,ara gigantescos Ierreiros.
71D
,ri4eiro <tatute of %a.ourers
717
"6D )dXard III2 #D7$( encon'
trou seu ,rete;to i4ediato "n0o sua causa2 ,ois esse ti,o de legisla/0o
,rosseguiu durante sRculos se4 o ,rete;to( na grande ,este
715
Kue
diGi4ou a ,o,ula/0o a tal ,onto Kue2 co4o diG u4 escritor torD2 Va
diIiculdade de encontrar trabalhadores a ,re/os raGoveisW "isto R2
a ,re/os Kue dei;e4 ,ara seus e4,regadores u4 Cuantum raGovel
de 4ais'trabalho( V,ara se ,Yr no trabalho tornou'se2 de Iato2
insu,ort' velW.
711
Salrios raGoveis Iora42 ,ortanto2 ditados ,or
Ior/a da lei2 assi4 co4o os li4ites da Pornada de trabalho.
Mlti4o ,onto2 Kue R
o Mnico Kue nos interessa aKui2 Ioi re,etido no estatuto de #7$1 "sob
?enr- VII(. ! Pornada de trabalho ,ara todos os artes0os "artificers(
e trabalhadores agr3colas2 de 4ar/o atR sete4bro2 deveria durar
naKuele te4,o2 o Kue entretanto nunca se ,Ys e4 ,rtica2 das 5
horas da 4anh0 atR entre & e E da noite. Has o te4,o ,ara as
reIei/=es era de # hora ,ara o caIR da 4anh02 # #`6 hora ,ara o
al4o/o e #`6 hora ,ara a 4erenda das 7 horas2 ,ortanto Pusta4ente
o dobro do ,revisto segundo a lei Iabril2 agora e4 vigor.
71&
*o inverno2
devia'se trabalhar das 5 da 4anh0 atR o escurecer2 co4 as 4es4as
interru,/=es. C4
71D i*0o R ,er4itido e4,regar nenhu4a crian/a co4 4enos de #6 anos diaria4ente ,or 4ais
de #% horas nu4a Ibrica.i ",eneral <tatutes of "assachusetts! Ca,. 1%2 qD. !s ordenan/as
Iora4 ,ro4ulgadas a ,artir de #ED1 atR #E5E.( VTrabalho Kue Ioi realiGado nu4 es,a/o de
#% horas diaria4ente e4 todas as Ibricas de algod0o2 l02 seda2 ,a,el2 vidros2 linho ou e4
usinas de a/o e outros 4etais2 deve ser considerado2 no sentido da lei2 co4o Pornada
de trabalho. Fica legal4ente estabelecido Kue2 de agora e4 diante2 nenhu4 4enor de
idade2 Kue Ior e4,regado e4 KualKuer Ibrica2 ,oder ser retido ou e;igido Kue
trabalhe 4ais de #% horas diaria4ente ou 1% horas se4anais^ alR4 disso2 Kue no
Iuturo nenhu4 4enor de #% anos dever ser e4,regado co4o trabalhador nu4a Ibrica do
territQrio deste )stado.W "<tate of ?eA 4erseD! An Act to %imit the 1ours of %a.our etc. q #
e 6. +ei de #E de 4ar/o de #E5#.( V*enhu4 4enor entre #6 e #5 anos dever ser
e4,regado e4 KualKuer Ibrica 4ais de ## horas dirias ou antes das 5 horas da
4anh0 ou de,ois das & #`6 da noite.W "-evised <tatutes of the <tate of -hode /sland etc.
Ca,. #D$2 q 6D2 de #8 de Pulho de #E5&.(
717 )statuto de Trabalhadores. "*. dos T.(
715 Terr3vel e,ide4ia de ,este2 ta4bR4 cha4ada 4orte negra2 Kue de #D7& atR #D5% devastou
a )uro,a ocidental. :essa ,este 4orrera4 cerca de 65 4ilh=es de ,essoas2 isto R2 #`7 da
,o,ula/0o euro,Ria total daKuela R,oca. "*. da )d. !le40.(
711 lB>+)S2 J. B.m <ophisms of $ree Trade! &k ed.2 +ondres2 #E5%. ,. 6%5. 4es4o torD ad4ite2
de resto2 Kue Vatos ,arla4entares Kue regulava4 os salrios contra os trabalhadores e e4
Iavor dos e4,regadores vigorava4 durante o longo ,er3odo de 717 anos. ! ,o,ula/0o
cresceu. )ssas leis tornara4'se su,RrIluas e incY4odasW. "p! cit!, ,. 6%1.(
71& Co4 reIerJncia a esse estatuto2 observa co4 acerto J. <ade9 V:o estatuto de #7$1 se deduG
Kue a ali4enta/0o eKuivalia a #`D da receita de u4 art3Iice e a #`6 da receita de u4
trabalhador agr3cola2 o Kue indica 4aior grau de inde,endJncia dos trabalhadores Kue
o
Kue ,revalece hoPe2 Kuando a ali4enta/0o do trabalhador agr3cola industrial re,resenta
u4a ,ro,or/0o 4uito 4aior do seu salrioW. "<!:)2 J. p! cit!, ,. 672 65 e 5&&.( ! o,ini0o
de Kue essa diIeren/a sePa talveG devida F diIeren/a na rela/0o de ,re/os entre
ali4entos e ,e/as de vesturio2 agora e antiga4ente2 R reIutada ,ela 4ais su,erIicial
consulta de Chronicon Preciosum etc. B- Bisho, FleetXood2 #k ed.2 +ondres2 #&%&^ 6k ed.2
+ondres2 #&75.
estatuto da rainha )liGabeth2 de #5162 ,ara todos os trabalhadores
VaPustados ,or salrio dirio ou se4analW dei;a a dura/0o da
Pornada de trabalho intocada2 4as ,rocura li4itar os intervalos a 6
#`6 horas no ver0o e 6 no inverno. al4o/o deveria durar a,enas
# hora e a Vsesta da tarde de #`6 horaW R ,er4itida so4ente entre
4eados de 4aio e agosto. Para cada hora de Ialta ao trabalho
deve'se deduGir # ,Jni "a,ro;i4ada4ente E pfenni2( do salrio. *a
,rtica2 entretanto2 as condi/=es era4 4uito 4ais Iavorveis aos
trabalhadores do Kue no te;to dos estatutos. ,ai da )cono4ia
Pol3tica e de certo 4odo o inventor da )stat3stica2 <illia4 Pett-2 diG
e4 u4 escrito2 Kue ,ublicou no Mlti4o ter/o do sRculo ]VII9
VTrabalhadoresW "la.ourin2 men de Iato ent0o
trabalhadores agr3colas( Vtrabalha4 #% horas diaria4ente e
to4a4 6% reIei/=es ,or se4ana2 a saber2 D reIei/=es dirias
nos dias de trabalho e aos do4ingos 6^ ,or a3 vJ'se
clara4ente Kue2 se eles Kuisesse4 PePuar se;ta'Ieira F noite e
Kuisesse4 al4o/ar durante # #`6 hora2 e4 veG de gastare4 6
nessa reIei/0o2 co4o atual4ente2 das ## da 4anh0 F #2 se
,ortanto trabalhasse4 #`6% 4ais e consu4isse4
#`6% 4enos2 ,oder'se'ia conseguir o dRci4o do i4,osto aci4a
reIerido.W
71E
*0o tinha raG0o o dr. !ndreX Cre ao denunciar a lei das #6
horas2 de #EDD2 co4o retrocesso F Idade das TrevasZ [ verdade
Kue as nor4as contidas nos estatutos e 4encionadas ,or Pett- vale4
ta4' bR4 ,ara os apprentices "a,rendiGes(. Sual2 no entanto2 era a
situa/0o do trabalho inIantil ainda no Iinal do sRculo ]VII2
,ercebe'se da se' guinte recla4a/0o9
V*ossa Puventude2 Kue na Inglaterra n0o IaG
absoluta4ente nada atR a R,oca de se tornar a,rendiGes e ent0o2
natural4ente2 ,recisa de longo te4,o L & anos L ,ara se Ior4ar
co4o artes0os co4,letosW.
+ouva'se2 ao contrrio2 a !le4anha2 ,orKue l as crian/as2 desde
o ber/o2 s0o Veducadas ,ara ao 4enos u4 ,ouKuinho de trabalhoW.
71$
71E P)TT>2 <. Political AnatomD f /reland 7QIV2 ed. #1$#. ,. #%.
71$ A Discourse on the ?ecessitD of *ncoura2in2 "echanick /ndustrD! +ondres2 #1$%. ,. #D.
Hacaula-2 Kue IalsiIicou a histQria inglesa no interesse dos Ahi2s e da burguesia2 decla4a
co4o segue9 V! ,rtica de ,Yr crian/as a trabalhar ,re4atura4ente ,revalecia no sRculo
]VII nu4 grau Kuase inacreditvel ,ara a situa/0o de ent0o da indMstria. )4
*orXich2 o centro ,rinci,al da indMstria de l02 considerou'se u4a crian/a de 1 anos a,ta ,ara
o trabalho. :iversos escritores daKuele te4,o2 entre eles alguns Kue ,assara4 ,or 4uito
benevolentes2 4encionara4 co4o e:ultation "encanto( o Iato de Kue 4eninos e 4eninas2
naKuela cidade2 criava4 u4a riKueGa Kue ultra,assava o valor de sua subsistJncia e4 #6 4il
libras esterlinas ,or ano. Suanto 4ais e;ata4ente e;a4ina4os a histQria do ,assado2
4ais raG0o encon' tra4os ,ara discordar daKueles Kue sustenta4 ser a nossa R,oca
IRrtil e4 novos 4ales sociais. Kue R novo R a inteligJncia Kue descobre os 4ales e a
hu4anidade Kue os curaW. "1istorD of *n2land, v. I2 ,. 7#&.( Hacaula- ,oderia continuar
relatando Kue Vos e;traor'
!inda durante a 4aior ,arte do sRculo ]VIII2 atR a R,oca da
grande indMstria2 o ca,ital2 na Inglaterra2 n0o havia conseguido2
4e' diante ,aga4ento do valor se4anal da Ior/a de trabalho2
a,ossar'se de toda a se4ana do trabalhador2 constituindo e;ce/0o2
entretanto2 os trabalhadores agr3colas. ! circunstUncia de Kue eles
,odia4 viver u4a se4ana toda co4 o salrio de 7 dias n0o ,arecia
aos trabalhadores raG0o suIiciente ,ara trabalhar ta4bR4 os outros
6 dias ,ara o ca,i' talista. Parte dos econo4istas ingleses2 a servi/o
do ca,ital2 denunciou Iuriosa4ente essa obstina/0o2 outra ,arte
deIendia os trabalhadores. u/a4os2 ,or e;e4,lo2 a ,olJ4ica entre
PostlethXa-t2 cuPo dicionrio do co4Rrcio goGava ent0o da 4es4a
Ia4a Kue hoPe e4 dia goGa4 os escritos se4elhantes de HacCulloch
e HacGregor2 e o P anterior4ente citado autor do *ssaD on Trade
and Commerce.
7&%
PostlethXa-t diG entre outras coisas9
V*0o ,osso encerrar essas breves observa/=es se4 registrar o
co4entrio trivial na boca de 4uitos2 Kue Kuando o trabalhador
"industrious poor( ,ode conseguir o suIiciente e4 5 dias ,ara
viver2 ele n0o desePa trabalhar os 1 dias co4,letos. :a3 conclue4
,ela necessidade de encarecer2 ,or 4eio de i4,ostos ou de Kual'
Kuer outra 4edida2 4es4o os 4eios de subsistJncia necessrios
a Ii4 de Ior/ar o artes0o e o trabalhador da 4anuIatura a
tra' balhar ininterru,ta4ente 1 dias ,or se4ana. Tenho de
,edir ,er4iss0o ,ara discordar desses grandes ,ol3ticos Kue
se bate4 ,ela ,er,Rtua escraviGa/0o da ,o,ula/0o trabalhadora
deste reino
dinaria4ente benRvolosW amis du commerce no sRculo ]VII conta4 co4 e:ultation co4o
u4a crian/a de 7 anos Iora e4,regada nu4 asilo ,ara ,obres na ?olanda e Kue esse
e;e4,lo da Vvertu mise en pratiCueW
P
transita e4 todos os escritos hu4anitrios F la
Ha' caula-2 atR a R,oca de !da4 S4ith. [ certo Kue co4 a chegada da 4anuIatura2
e4 con'
tra,osi/0o aos oI3cios2 4ostra4'se tra/os da e:ploitation
PP
de crian/as2 Kue atR certo
grau P e;istia entre os ca4,oneses2 e tanto 4ais desenvolvido Kuanto 4ais duro o
Pugo Kue recai sobre o ho4e4 do ca4,o. ! tendJncia do ca,ital R ineKu3voca2 4as os Iatos
4es4os a,resenta4'se ainda t0o isolados2 co4o o a,areci4ento de crian/as de duas
cabe/as. Por isso2 Iora4 assinalados co4 Ve;ulta/0oW ,or clarividentes amis du
commerce co4o dignos de aten/0o e ad4ira/0o2 sendo reco4endados a seus
conte4,orUneos e F ,osteridade Kue os i4itasse4. 4es4o sicoIanta e beletrista
escocJs Hacaula- diG9 Vuve'se hoPe a,enas de retrocesso e vJ'se so4ente ,rogressoW.
Sue olhos e sobretudo Kue ouvidosj
P
Virtude colocada e4 ,rtica. "*. dos T.(
PP
);,lora/0o. "*. dos T.(
7&% )ntre os acusadores dos trabalhadores2 o 4ais Iurioso R o autor anYni4o 4encionado no
te;to2 de An *ssaD on Trade and CommerceW Containin2 .servation on Ta:ation etc.
+ondres2 #&&%. !nterior4ente P2 e4 seu escrito Consideration on Ta:es! +ondres2
#&15. Ta4bR4 Polonius !rthur >oung2 o ineIvel tagarela estat3stico2 segue na 4es4a
linha. )ntre os deIensores dos trabalhadores destaca4'se9 Jacob Vanderlint e4 "oneD
AnsAers all Thin2s, +ondres2 #&D72 Rev. *athaniel Forster2 :.:. e4 An *nCuirD into
the Causes of the Present b1i2hc Price of Provisions, +ondres2 #&1&2 dr. Price e
sobretudo ta4bR4 PostlethXa-t2 tanto nu4 su,le4ento ao seu Mniversal DictionarD of
Trade and Commerce Kuanto e4 ,reat 'ritainSs Commercial /nterest *:plained and
/mproved, 6k ed.2 +ondres2
#&5$. s Iatos 4es4os encontra4'se constatados ,or 4uitos outros autores conte4,orUneos2
entre outros2 ,or Josiah Tuc\er.
"the perpetual slaverD of the Aorkin2 people(^ eles esKuece4 o
,rovRrbio de Kue all Aork and no plaD "a,enas trabalho e
ne' nhu4a divers0o( i4beciliGa. *0o se vangloria4 os
ingleses da genialidade e habilidade de seus art3Iices e
trabalhadores e4 4anuIaturas2 Kue atR agora ,ro,orcionara4
crRdito e Ia4a e4 geral Fs 4ercadorias britUnicasZ ! Kue
circunstUncias se deveu issoZ Provavel4ente a nenhu4a outra2
a n0o ser o 4odo ,eculiar co4o nosso ,ovo trabalhador2 co4
seus ,rQ,rios 4eios2 sabe se divertir. Se eles estivesse4
obrigados a trabalhar o ano inteiro2 todos os 1 dias da
se4ana2 e4 constante re,eti/0o da 4es4a atividade2 isso n0o
suIocaria sua genialidade2 n0o se tornaria4 estM,idos e lerdos
e4 lugar de alertas e hbeis^ n0o ,erderia4 nossos
trabalhadores2 e4 conseKOJncia dessa eterna escravid0o2 seu
reno4e2 e4 veG de conserv'loZ "...( Sue es,Rcie de habilidade
art3stica se ,oderia es,erar de ani4ais estaIados "hard
driven animals(Z "...( Huitos deles realiGa4 e4 7 dias de
trabalho o Kue u4 IrancJs e;ecuta e4 5 ou 1. Has se os
ingleses deve4 ser transIor4ados e4 trabalhadores Ior/ados2
h de se te4er Kue eles degenere4 "de2enerate( 4ais Kue os
Iranceses. Se nosso ,ovo
R Ia4oso ,or causa de sua valentia na guerra2 n0o diGe4os
Kue isso R devido2 ,or u4 lado2 ao bo4 roast.eef e puddin2
7&#
ingleses e4 seu cor,o2 ,or outro lado n0o 4enos ao nosso
es,3rito cons' titucional de liberdadeZ ) ,or Kue n0o se
deveria4 a 4aior ge' nialidade2 energia e habilidade de nossos
art3Iices e trabalhadores de 4anuIatura F liberdade co4 Kue se
diverte4 F sua 4aneiraZ )u es,ero Kue eles nunca 4ais
,erca4 esses ,rivilRgios e ne4
a boa vida2 da Kual decorre42 na 4es4a 4edida2 sua
engenho'
sidade e sua corage4W.
7&6
! isso res,onde o autor do *ssaD on Trade and Commerce9
VSe se considera u4a institui/0o divina descansar o sRti4o
dia da se4ana2 isso i4,lica Kue os de4ais dias ,ertence4 ao
trabalhoW "ele Kuer diGer ao ca,ital2 co4o logo se ver( Ve
n0o ,ode ser considerado cruel obrigar'se o cu4,ri4ento desse
4an' da4ento de :eus. "...( Sue a hu4anidade e4 geral
tende2 ,or natureGa2 ,ara a co4odidade e indolJncia2 co4,rova a
e;,eriJncia Iatal co4 o co4,orta4ento de nossa ,lebe da
4anuIatura2 Kue n0o trabalha2 e4 4Rdia2 4ais Kue 7 dias
,or se4ana2 salvo no caso de encareci4ento dos 4eios de
subsistJncia. "...( Su,onha'se Kue # .ushel de trigo re,resente
todos os 4eios de subsistJncia do trabalhador e Kue custe 5
;elins2 ganhando o trabalhador ,elo seu trabalho diaria4ente #
;eli4. )le ,recisa2 ent0o2 trabalhar
7&# RosbiIe e ,udi4. "*. dos T.(
7&6 PST+)T?<!>T. p! cit! VFirst Preli4inar- :iscourseW. ,. #7.
si4,les4ente 5 dias na se4ana^ a,enas 72 se o .ushel custa 7
;elins. "...( Has co4o neste reino o salrio est 4uito 4ais alto2
co4,arado co4 os ,re/os dos 4eios de subsistJncia2 o trabalhador
da 4anuIatura2 Kue so4ente trabalha 7 dias2 ,ossui u4
e;cedente de dinheiro2 co4 o Kual vive o resto da se4ana na
ociosidade. "...( )s,ero Kue tenha dito o suIiciente ,ara tornar
claro Kue o trabalho co4edido durante os 1 dias da se4ana n0o
R nenhu4a escravid0o. *ossos trabalhadores agr3colas IaGe4
isso e s0o2 con' Ior4e toda a,arJncia2 os 4ais IeliGes entre os
trabalhadores "la- .ourin2 poor(2
7&D
4as os holandeses IaGe4
isso nas 4anuIaturas
e ,arece4 u4 ,ovo 4uito IeliG. s Iranceses o IaGe42 na 4edida
e4 Kue n0o se inter,onha4 4uitos Ieriados.
7&7
"...( PorR4 nossa
,lebe 4eteu na cabe/a a idRia Ii;a de Kue2 co4o ingleses2
,er' tence'lhes ,or direito de nascen/a o ,rivilRgio de sere4
4ais livres e inde,endentes Kuei "o ,ovo trabalhador( Ve4
KualKuer outro ,a3s da )uro,a. !gora2 essa idRia2 na 4edida e4
Kue aIeta
a corage4 de nossos soldados2 ,ode ser de algu4a utilidade^ en'
tretanto2 Kuanto 4enos os trabalhadores da 4anuIatura tenha4
dela2 tanto 4elhor ,ara eles 4es4os e ,ara o )stado. Trabalha'
dores nunca deveria4 considerar'se inde,endentes de seus
su' ,eriores "independents of their superiors(. "...( [
e;traordinaria' 4ente ,erigoso encoraPar a ralR2 nu4 ,a3s
co4ercial co4o o nosso2 onde talveG & ,artes de cada E da
,o,ula/0o tJ4 ,ouca ou ne' nhu4a ,ro,riedade.
7&5
! cura n0o
ser co4,leta atR Kue nossos ,obres Kue trabalha4 n0o se
resigne4 a trabalhar 1 dias ,ela 4es4a so4a Kue agora
ganha4 e4 7 diasW.
7&1
Para tanto2 V,ara a e;tir,a/0o da ,regui/a2 da licenciosidade
e das divaga/=es ro4Unticas de liberdadeW2 assi4 co4o V,ara a
redu/0o da ta;a dos ,obres2 ,ara o incentivo do es,3rito da
indMstria e rebai' ;a4ento do ,re/o do trabalho nas 4anuIaturasW2
nosso Iiel )c\art do ca,ital ,ro,=e u4 4eio eIicaG2 a saber2
encarcerar trabalhadores Kue ,assa4 a de,ender da beneIicJncia
,Mblica2 e4 u4a ,alavra paupers2 nu4a Vcasa ideal de trabalhoW "an
ideal Aorkhouse(.
V[ necessrio tornar tal casa u4a casa de terror "house of
7&D An *ssaD etc. )le 4es4o conta F ,. $1 e4 Kue consistia P e4 #&&% Wa Ielicidadei dos
trabalhadores agr3colas ingleses. VSuas Ior/as de trabalho "their Aorkin2 poAers( est0o
constante4ente na 4;i4a tens0o "on the stretch(^ eles n0o ,ode4 viver ,ior do Kue o
IaGe4 "TheD cannot live cheaper than theD do(2 ne4 trabalhar 4ais dura4ente "nor
Aork harder(W.
7&7 ,rotestantis4o dese4,enha2 4ediante sua transIor4a/0o e4 dias Mteis de Kuase todos
os Ieriados tradicionais2 i4,ortante ,a,el na gJnese do ca,ital.
7&5 An *ssaD etc. ,. 7#2 #52 $12 $&2 552 512 5&.
7&1 p! cit!, ,. 1$. Jacob Vanderlint declarou P e4 #&D7 Kue o segredo da Kuei;a
ca,italista sobre a ,regui/a do ,ovo trabalhador consistia a,enas e4 Kue eles e;igia42
,elo 4es4o
salrio2 1 dias de trabalho e4 lugar de 7.
terror(.W
7&&
*esta R,oca Vcasa de terrorW2 nesse Videal de trabalhoW2
deve4 ser trabalhadas V#7 horas diaria4ente2 inclusive ,orR4
o te4,o adeKuado ,ara as reIei/=es2 de 4odo Kue reste4 #6
horas co4,letas de trabalho.W
7&E
:oGe horas de trabalho dirio na ideal Aorkhouse2 na casa de
terror de #&&%j Sessenta e trJs anos de,ois2 e4 #EDD2 Kuando o
Par' la4ento inglJs reduGiu a Pornada de trabalho ,ara 4enores de
#D a
#E anos2 e4 Kuatro ra4os industriais2 a #6 horas inteiras de trabalho2
,arecia Kue o dia do Pu3Go Iinal tinha soado ,ara a indMstria
inglesa. )4 #E562 Kuando +. Bona,arte ,rocurou Iir4ar sua
,osi/0o Punto F burguesia2 4e;endo na Pornada legal de trabalho2 o
,ovo trabalhador IrancJs gritou a u4a sQ boca9
V! lei Kue reduG a Pornada de trabalho a #6 horas R o
Mnico be4 Kue nos restou da legisla/0o da Re,MblicajW
7&$
)4 euriKue2 o trabalho de crian/as co4 4ais de #% anos Ioi
li4itado a #6 horas^ e4 !rgQvia2 #E162 o trabalho de crian/as entre
#D e #5 anos Ioi reduGido de #6 #`6 a #6 horas2 na @ustria2 #E1%2 ,ara
crian/as entre #7 e #1 anos igual4ente a #6 horas.
7E%
Sue V,rogresso
desde #&&%i bradaria Hacaula- co4 e:ultationj
! Vcasa de terrorW ,ara os ,obres2 co4 a Kual ainda sonhava
a al4a do ca,ital e4 #&&%2 ergueu'se ,oucos anos de,ois co4o
gi' gantesca Vcasa de trabalhoW ,ara os ,rQ,rios trabalhadores da
4a' nuIatura. Cha4ou'se Ibrica. ) dessa veG o ideal
e4,alideceu e4 Iace da realidade.
7&& An *ssaD etc. ,. 676'67D9 V<uch ideal Aorkhouse must .e made a d1ouse of TerrorS, e n0o
u4 asilo de ,obres onde eles obtJ4 ali4enta/0o Iarta2 agasalhos e boas rou,as e onde
sQ trabalha4 ,oucoW.
7&E i/n this ideal Aorkhouse the poor shall Aork 79 hours in a daD, alloAin2 proper time
for meals, in such manner that there shall remain 7V hours of neat la.our!a Kp! cit!, l,.
61%m(.
Vs IrancesesW2 diG ele2 Vrie4 de nossas entusisticas idRias de liberdade.W "p! cit!, ,. &E.(
7&$ i)les se o,unha4 ,articular4ente a aceitar u4a Pornada co4 4ais de #6 horas de trabalho2
,orKue a lei Kue Ii;ou esse nM4ero de horas R o Mnico be4 Kue lhes restou da
legisla/0o da Re,Mblica.i "-ep! of /nsp! of $act! X7st ct! 78FF! ,. E%.( ! lei Irancesa de
#6 horas2 de
5 de sete4bro de #E5%2 u4a vers0o burguesa do decreto do Governo ,rovisQrio de 6 de
4ar/o de #E7E2 a,lica'se indistinta4ente a todas as oIicinas. !ntes dessa lei2 a Pornada de
trabalho na Fran/a era ili4itada. :urava nas Ibricas #72 #5 ou 4ais horas. Ver Des classes
ouvriUres en $rance, pendant lSann#e 7898! Par "! 'lanCui! sr. BlanKui2 o
econo4ista2 n0o revolucionrio2 estava encarregado dos inKuRritos sobre as condi/=es dos
trabalhadores.
7E% ! BRlgica conIir4a'se ta4bR4 no Kue se reIere F regula4enta/0o da Pornada de
trabalho co4o )stado'4odelo burguJs. +ord ?oXard de <alden2 ,leni,otencirio inglJs e4
Bru;elas2 inIor4a ao Foreign IIice e4 #6 de 4aio de #E169 V 4inistro Rogier
inIor4ou'4e Kue
ne4 u4a lei geral ne4 regula4enta/=es locais li4ita4 e4 KualKuer Ior4a o trabalho
inIantil^ Kue o Governo2 nos Mlti4os trJs anos2 ali4entou2 e4 cada sess0o2 a idRia de ,ro,or
F CU4ara u4a lei sobre o assunto2 Kue ,orR4 encontrou se4,re obstculo insu,ervel na
ansiedade ciu4enta contra KualKuer legisla/0o e4 contradi/0o co4 o ,rinc3,io da
,erIeita
liberdade do trabalhoWj
/( A %$# !e% Wor.: .or*% :e #r)%7o(
Li*i#;<o !or for; :e %ei :o #e*!o :e #r)%7o(
A %e,is%;<o f)ri% i.,%es :e 1155X/6
:e,ois Kue o ca,ital ,recisou de sRculos ,ara ,rolongar a Pornada
de trabalho atR seu li4ite 4;i4o nor4al e ,ara ultra,ass'lo atR os
li4ites do dia natural de #6 horas2
7E#
ocorreu ent0o2 a ,artir do
nas' ci4ento da grande indMstria no Mlti4o ter/o do sRculo ]VIII2 u4
assalto des4edido e violento co4o u4a avalancha. Toda barreira
inter,osta ,ela 4oral e ,ela natureGa2 ,ela idade ou ,elo se;o2
,elo dia e ,ela noite Ioi destru3da. s ,rQ,rios conceitos de dia e
noite2 rustica4ente si4,les nos velhos estatutos2 conIundira4'se
tanto Kue u4 PuiG inglJs2 ainda e4 #E1%2 teve de e4,regar argMcia
verdadeira4ente tal4Mdica2 ,ara esclarecer VPuridica4enteW o Kue
sePa dia e o Kue sePa noite.
7E6
ca,ital celebrava suas orgias.
+ogo Kue a classe trabalhadora2 atordoada ,elo barulho da
,ro' du/0o2 recobrou de algu4 4odo seus sentidos2 co4e/ou sua
resistJncia2 ,ri4eiro na terra natal da grande indMstria2 na
Inglaterra. Contudo2 durante trJs decJnios2 as concess=es
conKuistadas ,or ela ,er4anece' ra4 ,ura4ente no4inais.
Parla4ento ,ro4ulgou2 de #E%6 atR #EDD2
5 leis sobre o trabalho2 4as Ioi t0o astuto Kue n0o voltou u4
tost0o seKuer ,ara sua a,lica/0o co4,ulsQria2 ,ara os Iuncionrios
necessrios etc.
7ED
)ssas leis ,er4anecera4 letra 4orta.
V! verdade R Kue antes da lei de #EDD2 crian/as e adolescentes
tinha4 de trabalhar "Aere Aorked( a noite toda2 o dia todo2
ou a4bos ad li.itum.
7E72 7E5
7E# i[ ,or certo 4uito la4entvel Kue KualKuer classe de ,essoas sePa obrigada a se esIalIar
#6 horas diaria4ente. !dicionando'se as horas das reIei/=es e ,ara ir e voltar da
Ibrica2 elas totaliGa42 de Iato2 #7 das 67 horas do dia. "...( !bstraindo a saMde2 ninguR4
hesitar2
es,ero2 e4 ad4itir Kue do ,onto de vista 4oral essa absor/0o co4,leta do te4,o das
classes trabalhadoras2 se4 interru,/=es2 desde a idade dos #D anos e desde 4uito
antes2 nos ra4os industriais VlivresW R e;tre4a4ente neIasta e u4 4al terr3vel. "...( *o
interesse da 4oral ,Mblica2 ,ara a Ior4a/0o de u4a ,o,ula/0o a,ta e a Ii4 de ,ro,orcionar
F grande 4assa do ,ovo raGovel goGo da vida2 R necessrio Kue e4 todos os ra4os de
atividade sePa reservada u4a ,arte de cada dia de trabalho ,ara descanso e laGer.i
"?R*)R2 +eonard. In9 -ep! of /nsp! of $act! X7st Dec! 7897!(
7E6 Ver 4ud2ement of "r! 4! 1! tAaD, 'elfast, 1ilarD <essions, CountD Antrim, 78QN!
7ED [ 4uito caracter3stico ,ara o regi4e de +ouis'Phili,,e2 do roi .our2eois2
P
Kue a Mnica
lei Iabril ,ro4ulgada e4 seu reinado2 de 66 de 4ar/o de #E7#2 n0o Ioi Pa4ais
a,licada. ) essa lei reIere'se a,enas ao trabalho inIantil. )stabelece E horas ,ara
crian/as entre E e
#6 anos2 #6 horas ,ara crian/as entre #6 e #1 etc.2 co4 4uitas e;ce/=es Kue ,er4ite4 o
trabalho noturno atR ,ara crian/as de E anos. VigilUncia e i4,osi/0o da lei nu4 ,a3s2 onde
cada rato R ad4inistrado ,olicial4ente2 Iora4 dei;adas F boa vontade dos amis du
commerce! So4ente a ,artir de #E5D2 e;iste u4 Mnico de,arta4ento2 no de,arta4ento
du *ord2 u4 ins,etor governa4ental ,ago. *0o 4enos caracter3stico do
desenvolvi4ento da sociedade Irancesa e4 geral R o Iato de a lei de +ouis'Phili,,e
,er4anecer2 atR a revolu/0o de #E7E2 co4o Mnica e4 4eio F Ibrica Irancesa de leis Kue
tudo envolvej
P
Rei burguJs. "*. dos T.(
7E7 N vontade. "*. dos T.(
7E5 -ep! of /nsp! of $act! XNth April 78QN! ,. 5%.
So4ente a ,artir da +ei Fabril de #EDD L abrangendo a indMstria
algodoeira2 a indMstria do linho e seda L nasceu ,ara a indMstria
4oderna u4a Pornada nor4al de trabalho. *ada caracteriGa 4elhor o
es,3rito do ca,ital Kue a histQria da legisla/0o Iabril inglesa de
#EDD atR #E17j
! lei de #EDD declara Kue a Pornada nor4al de trabalho
Iabril deveria co4e/ar Fs 5 #`6 horas da 4anh0 e ter4inar Fs E
#`6 horas da noite2 e dentro desses li4ites2 u4 ,er3odo de #5
horas2 R legal utiliGar adolescentes "isto R2 ,essoas entre #D e #E
anos( a KualKuer hora do dia2 ,ressu,ondo'se se4,re Kue u4
4es4o adolescente n0o trabalhe 4ais Kue #6 horas nu4 4es4o dia2
co4 e;ce/0o ,ara certos casos es,ecial4ente ,revistos. ! 1k se/0o
da lei deter4ina9
VKue no decorrer de cada dia ,ara cada u4a dessas ,essoas co4
li4ita/0o de te4,o de trabalho dever'se' ,ro,orcionar ,elo 4e'
nos # #`6 hora ,ara as reIei/=esW.
e4,rego de crian/as 4enores de $ anos2 co4 e;ce/=es Kue
4encionare4os 4ais tarde2 Ioi ,roibido2 o trabalho de crian/as entre
$ e #D anos li4itado a E horas dirias. Trabalho noturno2 isto R2 segundo
essa lei2 trabalho entre E #`6 horas da noite e 5 #`6 horas da
4anh02 Ioi ,roibido ,ara toda ,essoa entre $ e #E anos.
s legisladores estava4 t0o longe de Kuerer tocar a liberdade
do ca,ital na e;tra/0o da Ior/a de trabalho dos adultos2 ou co4o
eles
a deno4inava42 Va liberdade do trabalhoW2 Kue i4aginara4 u4 siste4a
a,ro,riado ,ara coibir essa horri,ilante conseKOJncia da +ei Fabril.
V grande 4al do siste4a Iabril co4o R atual4ente
organiGadoW2 diG o ,ri4eiro relatQrio do conselho central da
co4iss0o de 65 de Punho de #EDD2 Vconsiste na cria/0o da
necessidade de estender o trabalho inIantil atR a dura/0o
4;i4a do trabalho dos adultos. Mnico re4Rdio ,ara esse
4al2 se4 li4itar o trabalho dos adultos2
o Kue seria u4 4al 4aior Kue o Kue se ,retende evitar2 ,arece ser
o ,lano de e4,regar tur4as du,las de crian/as.W
7E1
Sob o no4e de siste4a de turnos "sDstem of relaDs; relaD signiIica
tanto e4 inglJs co4o e4 IrancJs9 troca dos cavalos da ,osta nas
di' Ierentes esta/=es( Ioi ,ortanto realiGado esse V,lanoW de tal Ior4a
Kue das 5 #`6 horas da 4anh0 atR a # #`6 da tarde Ioi atrelada ao
trabalho u4a tur4a de crian/as entre $ e #D anos2 e da # #`6 da
tarde atR as
E #`6 da noite2 outra tur4a etc.
Co4o reco4,ensa ,or tere4 os senhores Iabricantes durante os
7E1 $actories /nCuirD Commission! $irst -eport of the Central 'oard of 1is "aPestDSs Commis-
sioners! rdered, .D the 1ouse of Commons, to .e Printed, V8 4une 78XX! ,. 5D.
Mlti4os 66 anos ignorado todas as leis ,ro4ulgadas sobre o trabalho
inIantil Ioi'lhes dourada a ,3lula. Parla4ento deter4inou Kue de,ois
de #8 de 4ar/o de #ED72 nenhu4a crian/a 4enor de ## anos2
de,ois de #8 de 4ar/o de #ED52 nenhu4a crian/a 4enor de #6 anos2 e
de,ois de #8 de 4ar/o de #ED12 nenhu4a crian/a 4enor de #D
anos devia trabalhar 4ais Kue E horas nu4a Ibrica. Para o
Vca,italW u4 Vlibe' ralis4oW t0o indulgente Ioi tanto 4ais digno de nota
Kuanto o dr. Farre2 sr. !. Carlisle2 e Sir B. Brodie2 Sir C. Bell2 sr.
Guthrie etc.2 enIi42 os 4ais reno4ados phDsicians e sur2eons
7E&
de
+ondres declarara4 e4 seus de,oi4entos ,erante a CU4ara dos
Co4uns Kue e;istia periculum in mora.
7EE
:r. Farre e;,ressou'se
ainda de Ior4a algo 4ais rude9
V! legisla/0o R igual4ente necessria ,ara a ,reven/0o da
4orte e4 todas as Ior4as e4 Kue ela ,ode ser ,re4atura4ente
inIligida2 e esseW "4odo Iabril( Vdeve ser certa4ente considerado
u4 dos 4eios 4ais cruRis de inIligi'laW.
7E$
4es4o Parla4ento VreIor4adoW2 Kue ,or delicadeGa ,ara co4
os senhores Iabricantes condenou crian/as 4enores de #D anos ,or
ainda longos anos a trabalhar no inIerno das Ibricas &6 horas ,or
se4ana2 ,roibiu na lei de e4anci,a/0o2 Kue ta4bR4 4inistrava a
li' berdade e4 conta'gotas2 ao contrrio2 desde o in3cio2 aos
,lantadores IaGere4 seus escravos negros trabalhar 4ais de 75 horas
,or se4anaj
Has de nenhu4a Ior4a a,aGiguado2 o ca,ital inaugurou
agora2 ,or vrios anos2 u4a estre,itosa agita/0o. )la girava
,rinci,al4ente e4 torno da idade das categorias Kue sob o no4e de
crian/as estava4 li4itadas a E horas de trabalho e suPeitas a certa
obriga/0o escolar. Segundo a antro,ologia ca,italista2 a idade inIantil
acaba aos #% anos ou Kuando 4uito aos ##. Suanto 4ais ,rQ;i4a a
data da vigJncia da +ei Fabril2 o ano Iatal de #ED12 tanto 4ais se
enIurecia a corPa dos Iabricantes. )les conseguira42 de Iato2
inti4idar tanto o Governo2 Kue este e4 #ED5 ,ro,Ys reduGir o li4ite
da idade inIantil de #D ,ara #6 anos. )ntre4entes2 cresceu a
pressure from Aithout2
7$%
a4ea/adora' 4ente. ! corage4 Ialhou F
CU4ara dos Co4uns. )la recusou'se a lan/ar sob a roda do
Jagren
7$#
do ca,ital 4eninos de #D anos ,or
7E& HRdicos e cirurgi=es. "*. dos T.(
7EE "iPerigo i4inentei L :a obra do historiador ro4ano Tito +3vio. A.ur.e Condita! +ivro
TrigRsi4o itavo. Ca,. 652 verso #D. "*. da )d. !le40.(
7E$ %e2islation is eCuallD necessarD for the prevention of death in anD form in Ahich it can
.e prematurelD inflicted, and certainlD this must .e vieAed as a most cruel mode of inflictin2
it!
P
P
VRe,ort Iro4 the co44ittee on the rBill to regulate the labour oI children in the
4ills and Iactories oI the Cnited Kingdo4n9 <ith the 4inutes oI evidence. rdered2 b- the
?ouse oI Co44ons2 to be ,rinted2 E !ugust #ED6.W "*. da )d. !le40.(
7$% Press0o de Iora. "*. dos T.(
7$# Juggernaut ":schagannat(. L C4a das Ior4as do deus Vi;nu2 u4 dos 4ais altos dos
deuses hindus. culto a Jagren distinguia'se ,or u4 ritual ,articular4ente Iaustoso
e ,or e;tre4o Ianatis4o religioso2 Kue encontrava sua e;,ress0o na auto4ortiIica/0o e
no auto'sacriI3cio dos IiRis. *os dias das grandes Iestividades os IiRis se Pogava4 sob o
carro2 sobre o Kual se encontrava u4a Iigura de Vi;nu'Jagren. "*. da )d. !le40.(
4ais de E horas dirias2 e a lei de #EDD entrou e4 ,leno vigor. )la
,er4aneceu se4 altera/=es atR Punho de #E77.
:urante o decJnio no Kual esta lei2 ,ri4eiro ,arcial4ente e de,ois
total4ente2 regulou o trabalho Iabril2 regurgita4 os relatQrios oIiciais
dos ins,etores de Ibrica de Kuei;as sobre a i4,ossibilidade de
sua e;ecu/0o. C4a veG2 ,ois2 Kue a lei de #EDD2 e4 verdade2
dei;ava aos senhores do ca,ital a deter4ina/0o de Kuando2 durante
o ,er3odo de
#5 horas2 das 5 #`6 da 4anh0 atR as E #`6 da noite2 cada VadolescenteW
e cada Vcrian/aW deveria iniciar2 interro4,er2 encerrar a Pornada de
res,ectiva4ente #6 e E horas2 e ta4bR4 a deter4ina/0o de horas
distintas de reIei/0o ,ara as diIerentes ,essoas2 esses senhores desco'
brira4 logo u4 novo Vsiste4a de relaDsW segundo o Kual os cavalos de
trabalho n0o s0o 4udados e4 deter4inadas esta/=es de troca2 4as
s0o se4,re de novo atrelados e4 esta/=es alternantes. *Qs n0o
nos detere4os 4ais na beleGa desse siste4a2 ,ois Kue 4ais tarde
tere4os de retornar a ele. )4 todo caso2 Iica claro F ,ri4eira
vista Kue toda
a +ei Fabril Ioi ,or ele revogada2 n0o a,enas e4 seu es,3rito2 4as
ta4bR4 e4 sua letra. Co4 u4a contabilidade t0o co4,licada2
co4o ,oderia4 os ins,etores de Ibrica i4,or o cu4,ri4ento do
te4,o de trabalho legal4ente deter4inado e a concess0o do
horrio legal de reIei/=es ,ara cada crian/a e cada adolescente
individual4enteZ )4 grande ,arte das Ibricas voltou a Ilorescer
i4,une4ente o antigo e brutal abuso. )4 reuni0o co4 o Hinistro do
Interior "#E77(2 os ins,e' tores de Ibrica de4onstrara4 a
i4,ossibilidade de KualKuer controle sob o siste4a de turnos
tra4ado recente4ente.
7$6
)ntre4entes2 no entanto2 as
circunstUncias 4udara4 4uito. s trabalhadores Iabris2
notada4ente a ,artir de #EDE2 havia4 Ieito da lei das #% horas
sua ,alavra de orde4 eleitoral econY4ica2 co4o IiGera4 da Charter
7$D
sua ,alavra de orde4 eleitoral ,ol3tica. Hes4o u4a ,arte dos
Iabricantes Kue tinha regulado as atividades de suas Ibricas de
acordo co4 a lei de #EDD inundou o Parla4ento co4 4e4oriais
sobre a VconcorrJnciaW i4oral dos Ialsos ir40os2 aos Kuais 4aior
atrevi4ento ou circunstUncias locais 4ais IeliGes ,er4itia4 a
viola/0o da lei. !lR4 disso2 ,or 4ais Kue o Iabricante individual
Kuisesse dar livre curso a sua antiga ra' ,acidade2 os
re,resentantes e dirigentes ,ol3ticos da classe dos Iabri' cantes
ordenava4 u4a atitude diIerente e u4a linguage4 diIerente e4
Iace dos trabalhadores. )les tinha4 aberto a ca4,anha ,ara a
aboli/0o das leis do trigo e ,recisava4 da aPuda dos trabalhadores
7$6 -ep! of /nsp! of $act! X7st cto.er 789E! ,. 1.
7$D Carta do ,ovo "peopleSs charter( L C4 docu4ento Kue continha as reivindica/=es dos car'
tistas^ Ioi dado a ,Mblico e4 E de 4aio de #EDE co4o ,roPeto de lei Kue deveria ser
levado ao Parla4ento. !s reivindica/=es era49 #( suIrgio universal ",ara ho4ens
4aiores de 6# anos(^ 6( elei/=es anuais do Parla4ento^ D( vota/0o secreta^ 7( igualdade das
circunscri/=es eleitorais^ 5( aboli/0o do censo de Iortuna ,ara os candidatos Fs elei/=es ao
Parla4ento^ 1( re4unera/0o ,ara os 4e4bros do Parla4ento. "*. da )d. !le40.(
,ara a vitQriaj )les ,ro4etia42 ,ortanto2 n0o a,enas a du,lica/0o do
ta4anho do ,0o2
7$7
4as ta4bR4 a ado/0o da lei das #% horas sob
o reinado 4ilenar do free trade.
7$5
)les n0o devia42 ,ortanto2 de
4odo algu42 co4bater u4a 4edida destinada a,enas a tornar
eIetiva a lei de #EDD. !4ea/ados e4 seus 4ais sagrados
interesses2 a renda da terra2 trovePara4 Iinal4ente os tories2
Iilantro,ica4ente indignados ,elas V,rticas inIa4esW
7$1
de seus
ini4igos.
!ssi4 surgiu a +ei Fabril adicional de & de Punho de #E77. )ntrou
e4 vigor e4 #% de sete4bro de #E77. )la agru,ava u4a nova categoria
de trabalhadores entre os ,rotegidos2 a saber2 as 4ulheres 4aiores de
#E anos. )las Iora4 e4 todos os sentidos eKui,aradas aos adolescentes2
co4 o te4,o de trabalho reduGido a #6 horas2 sendo'lhes vedado o
trabalho noturno etc. Pela ,ri4eira veG via'se a legisla/0o2
,ortanto2 obrigada a controlar direta e oIicial4ente ta4bR4 o trabalho
de ,essoas 4aiores. *o relatQrio Iabril de #E77`75 diG'se
ironica4ente9
V*0o chegou ao nosso conheci4ento nenhu4 caso de 4u'
lheres adultas Kue se teria4 Kuei;ado dessa interIerJncia
e4 seus direitosW.
7$&
trabalho de crian/as 4enores de #D anos Ioi reduGido a 1
#`6
horas2 e sob deter4inadas condi/=es2 a & horas diaria4ente.
7$E
Para eli4inar os abusos do Ialso Vsiste4a de turnosW2 a lei de'
ter4inou entre outros os seguintes detalhes i4,ortantes9
V! Pornada de trabalho ,ara crian/as e adolescentes deve ser
contada a ,artir do 4o4ento e4 Kue KualKuer crian/a ou
ado' lescente co4ece a trabalhar na Ibrica ,ela 4anh0W.
:e 4odo Kue2 se !2 ,or e;e4,lo2 co4e/a o trabalho Fs E
horas da 4anh0 e B Fs #% horas2 a Pornada de trabalho de B deve2
entretanto2 ter4inar na 4es4a hora Kue a de !. co4e/o da Pornada
de trabalho deve ser 4arcado ,or u4 relQgio ,Mblico2 ,or e;e4,lo2
o relQgio da esta/0o Ierroviria 4ais ,rQ;i4a2 ,elo Kual te4 de
regular'se o sino da Ibrica. Iabricante te4 de aIi;ar na Ibrica
u4 aviso i4,resso
7$7 s ,artidrios da !nti'Corn'+aX'+eague ,rocurava4 de Ior4a de4agQgica convencer os
trabalhadores de Kue co4 a introdu/0o do livre'cU4bio subiria4 seu salrio real e
du,li' caria4 o Iil0o de ,0o ".i2 loaf(. Para isso2 eles traGia4 ,elas ruas2 co4o 4eio
visual2 dois Iil=es de ,0o L u4 grande e u4 ,eKueno L co4 as corres,ondentes inscri/=es.
! realidade co4,rovou a 4entira dessas ,ro4essas. ca,ital industrial da Inglaterra2 Kue
se Iortaleceu ,or 4eio da revoga/0o das leis do trigo2 reIor/ou seus ataKues aos
interesses vitais da classe trabalhadora. "*. da )d. !le40.(
7$5 -ep! of /nsp! of $act! X7st cto.er 7898! ,. $E.
7$1 :e resto2 +eonard ?orner usa oIicial4ente a e;,ress0o nefarious practices!
P
"-eports of
/nsp! of $act! X7st cto.er 78FE! ,. &.(
P
Prticas inIa4es. "*. dos T.(
7$& -ep! etc. for XNth <ept! 7899. ,. #5.
7$E ! lei ,er4ite utiliGar crian/as ,or #% horas2 se4,re e Kuando n0o trabalhe4 dia a,Qs dia2
4as si4 e4 dias alternados. :e 4odo geral essa clusula Iicou se4 eIeitos.
e4 letras grandes2 no Kual s0o dados o co4e/o2 o Ii4 e os
intervalos
da Pornada de trabalho. Crian/as Kue co4e/a4 seu trabalho da 4anh0
antes das #6 horas n0o ,ode4 ser utiliGadas de novo de,ois da # hora
da tarde. turno da tarde deve2 ,ortanto2 consistir e4 outras crian/as
Kue n0o as do turno da 4anh0. ! # #`6 hora ,ara a reIei/0o deve ser
concedida a todos os trabalhadores ,rotegidos nos 4es4os ,er3odos
do dia2 ,elo 4enos # hora antes das D horas da tarde. Crian/as
ou adolescentes n0o ,ode4 ser e4,regados 4ais de 5 horas antes
da # hora da tarde2 se4 Kue tenha4 ,elo 4enos #`6 hora de ,ausa
,ara a reIei/0o. Crian/as2 adolescentes e 4ulheres n0o ,ode4
,er4anecer durante o te4,o de nenhu4a das reIei/=es e4 KualKuer
co4,arti4ento da Ibrica onde estePa e4 curso KualKuer ,rocesso
de trabalho etc.
ConIor4e se viu9 essas deter4ina/=es 4inuciosas2 Kue regula4
o ,er3odo2 li4ites2 ,ausas no trabalho de 4odo t0o 4ilitar4ente
uni' Ior4e de acordo co4 o bater do sino2 n0o era42 de 4odo algu42
,roduto de algu4a Iantasia ,arla4entar. :esenvolvera4'se
,rogressiva4ente das ,rQ,rias circunstUncias2 co4o leis naturais do
4odo de ,rodu/0o 4oderno. Sua Ior4ula/0o2 reconheci4ento oIicial
e ,rocla4a/0o ,elo )stado Iora4 o resultado de ,rolongadas lutas
de classes. C4a de suas conseKOJncias 4ais i4ediatas Ioi sub4eter2
na ,rtica2 a Pornada de trabalho dos o,errios 4asculinos adultos aos
4es4os li4ites2 u4a veG Kue a coo,era/0o das crian/as2 dos
adolescentes e das 4ulheres era i4,rescind3vel na 4aioria dos
,rocessos de ,rodu/0o. )4 su4a2 durante o ,er3odo de #E77`7&
vigorou geral e uniIor4e4ente o dia de trabalho de #6 horas e4
todos os ra4os industriais sub4etidos F le' gisla/0o Iabril.
s Iabricantes2 entretanto2 n0o ,er4itira4 esse V,rogressoW
se4 u4 VretrocessoW co4,ensador. Sob ,ress0o deles2 a CU4ara dos
Co4uns reduGiu a idade 43ni4a das crian/as a sere4 e;,loradas
de $ anos ,ara E2 a Ii4 de assegurar o Vsu,ri4ento adicional de
crian/as ,ara as IbricasW2
7$$
devido ao ca,ital ,or deter4ina/0o
de :eus e de direito.
s anos de #E71`7& IaGe4 R,oca na histQria econY4ica da Ingla'
terra. Revoga4'se as leis do trigo2 eli4ina4'se as tariIas alIandegrias
,ara o algod0o e outras 4atRrias',ri4as2 declara'se o livre'cU4bio co4o
a estrela'guia da legisla/0o. )4 su4a2 raiou o i4,Rrio 4ilenarj Por
outro lado2 nos 4es4os anos2 o 4ovi4ento cartista e a agita/0o ,elas
#% horas alcan/ara4 seus ,ontos 4;i4os. )ncontrara4 aliados
nos tories sedentos de vingan/a. !,esar da Iantica resistJncia das
hostes ,erPuras do livre'ca4bis4o2 co4 Bright e Cabden F Irente2
,assou no Parla4ento ,or tanto te4,o al4ePada a lei das #%
horas.
7$$ iCo4o u4a redu/0o de seu te4,o de trabalho levaria F necessidade de e4,regar u4
nM4ero 4aiori "de crian/as(2 V,ensou'se Kue u4a oIerta adicional de crian/as e4 idade
entre E e $ anos cobriria a de4anda au4entada.W "p! cit!, ,. #D.(
! nova +ei Fabril de E de Punho de #E7& decretava Kue
deveria
entrar e4 vigor2 a ,artir de #8 de Pulho deste 4es4o ano2 u4a redu/0o
,rovisQria da Pornada de trabalho das V,essoas PovensW "de #D atR
#E anos( e de todas as trabalhadoras2 ,ara ## horas2 e4 #8 de
4aio de
#E7E2 a li4ita/0o deIinitiva a #% horas. :e resto2 a lei era a,enas u4
co4,le4ento Kue e4endava as leis de #EDD e #E77.
ca,ital e4,reendeu u4a ca4,anha ,reli4inar ,ara i4,edir
a a,lica/0o total da lei de #8 de 4aio de #E7E. ) seria4 os
,rQ,rios trabalhadores Kue2 su,osta4ente escar4entados ,ela
e;,eriJncia2 de' veria4 aPudar a destruir a sua ,rQ,ria obra.
4o4ento Ioi habil4ente escolhido.
V:eve'se le4brar Kue2 e4 conseKOJncia da terr3vel crise de
#E71`7&2 reinava 4uita 4isRria entre os trabalhadores Iabris2
,ois 4uitas Ibricas trabalhava4 a,enas e4 te4,o reduGido
e outras estava4 total4ente ,aralisadas. Considervel nM4ero
de trabalhadores encontrava'se sob Iorte ,ress0o2 4uitos
endivida' dos. Podia'se ,or isso ad4itir2 co4 raGovel certeGa2
Kue ,reIe' riria4 u4 te4,o de trabalho 4ais longo2 ,ara se
reIaGer das ,erdas soIridas2 talveG ,agar d3vidas ou resgatar
seus 4Qveis da casa de ,enhores ou substituir haveres
vendidos ou ,rover de rou,as a si 4es4os e a suas
Ia43lias.W
5%%
s senhores Iabricantes buscara4 intensiIicar os eIeitos naturais
dessas circunstUncias 4ediante rebai;a4ento geral dos salrios e4
#%b. Isso ocorreu2 ,or assi4 diGer2 ,ara IestePar a inaugura/0o da
nova era do livre'cU4bio. Seguiu'se ent0o nova redu/0o de E #`Db2
logo Kue a Pornada de trabalho Ioi reduGida a ## horas2 e do
dobro2 logo Kue Ioi reduGida deIinitiva4ente a #% horas. nde de
algu4a Ior4a as circunstUncias o ,er4itira42 teve lugar u4a
redu/0o dos salrios de ,elo 4enos 65b.
5%#
Sob condi/=es t0o
Iavoravel4ente ,re' ,aradas teve in3cio a agita/0o entre os
trabalhadores2 e4 Iavor da revoga/0o da lei de #E7&. *enhu4
4eio de logro2 de sedu/0o e de a4ea/a Ioi desdenhado2 tudo ,orR4
e4 v0o. Co4 reIerJncia F 4eia dMGia de ,eti/=es2 nas Kuais os
trabalhadores Kuei;ava4'se de Vsua o,ress0o ,ela leiW2 os ,rQ,rios
,eticionrios esclarecera42 e4 interro' gatQrio oral2 Kue suas
assinaturas Iora4 e;torKuidas.
V)les estava4 o,ri4idos2 4as ,or alguR4 outro Kue n0o a
+ei Fabril.W
5%6
5%% -ep! of /nsp! of $act! X7st ct! 7898! ,. #1.
5%# iVeriIiKuei Kue ,essoas2 as Kuais ganhava4 #% ;elins se4anal4ente2 tivera4 u4a redu/0o
de # ;eli4 ,or conta da rebai;a geral de #%b e # ;eli4 e 1 ,ence dos restantes $
;elins2 ,or 4otivo da di4inui/0o do te4,o de trabalho2 ao todo 6 ;elins e 1 ,ense2 e
a,esar de tudo a 4aioria se 4anteve Iir4e4ente e4 ,rol da lei de #% horas.i "p!
cit!(
5%6 VSuando assinei a ,eti/0o2 declarei na 4es4a ocasi0o Kue eu estava IaGendo algo errado.
L
Suanto 4ais2 ,orR42 os Iabricantes n0o conseguia4 IaGer co4
Kue os trabalhadores Ialasse4 co4o eles desePava42 tanto 4ais
alto gritava4 eles 4es4os na i4,rensa e no Parla4ento2 e4 no4e
dos trabalhadores. )les denunciara4 os ins,etores de Ibricas co4o
u4a es,Rcie de co4issrios da Conven/0o2
5%D
Kue sacriIicava4
i4,iedosa' 4ente os inIeliGes trabalhadores Fs suas Kui4eras de
reIor4a do 4un' do. Ta4bR4 essa 4anobra Iracassou. ins,etor
de Ibrica +eonard ?orner realiGou ,essoal4ente e ,or 4eio de
seus subins,etores nu' 4erosas to4adas de de,oi4entos de
teste4unhas nas Ibricas do +an' cashire. Cerca de &%b dos
trabalhadores ouvidos declarara4'se ,elas
#% horas2 u4a ,orcentage4 4uito 4enor ,or ## e u4a insigniIicante
4inoria ,elas velhas #6 horas.
5%7
utra 4anobra VbondosaW Ioi dei;ar os trabalhadores adultos
4asculinos trabalhare4 de #6 atR #5 horas e ent0o declarar esse Iato
co4o a 4elhor e;,ress0o dos desePos 3nti4os ,roletrios. Has o
Vi4' ,lacvelW ins,etor +eonard ?orner estava de novo a ,ostos. !
4aioria dos Kue trabalhara4 horas e;tras declarou9
Veles ,reIeria4 de longe trabalhar #% horas ,or 4enor
salrio2 4as n0o tivera4 escolha2 tantos deles estava4 se4
trabalho2 tantos Iiandeiros estava4 obrigados a trabalhar
co4o si4,les piecers2
5%5
Kue2 se recusasse4 o te4,o 4ais
longo de trabalho2 outros to4aria4 i4ediata4ente seus lugares^
,ortanto2 a Kuest0o ,ara eles era9 trabalhar ,or te4,o 4ais longo
ou Iicar na ruaW.
5%1
! ca4,anha ,reli4inar do ca,ital havia Iracassado e a lei das
#% horas entrou e4 vigor e4 #8 de 4aio de #E7E. )ntre4entes2 o Iiasco
do ,artido cartista2 co4 seus cheIes na cadeia e sua organiGa/0o
ar' rebentada2 tinha abalado a autoconIian/a da classe
trabalhadora in' glesa. +ogo e4 seguida2 a insurrei/0o ,arisiense
de Punho e seu aIo' ga4ento e4 sangue unira42 tanto na
Inglaterra Kuanto na )uro,a continental2 todas as Ira/=es das
classes do4inantes2 ,ro,rietrios de terra e ca,italistas2
es,eculadores da Bolsa e loPistas2 ,rotecionistas e livre'ca4bistas2
governo e o,osi/0o2 ,adres e livre',ensadores2 Povens
Por Kue ent0o a assinouZ L PorKue2 e4 caso de recusa2 ter'4e'ia4 Pogado na rua. L
,eticionrio sentia'se de Iato o,ri4ido2 ,orR4 n0o e;ata4ente ,ela +ei Fabril.W "p!
cit!, ,. #%6.(
5%D Co4issrios da conven/0o deno4inara4'se2 durante a Revolu/0o Francesa2 os re,resen'
tantes da Conven/0o *acional2 co4 ,oderes ,lenos es,eciais2 nos de,arta4entos e nos
cor,os de tro,a. "*. da )d. !le40.(
5%7 p! cit!, ,. #&. *o distrito do sr. ?orner Iora4 assi4 ouvidos #% 6&% trabalhadores adultos
4asculinos e4 #E# Ibricas. Suas declara/=es se encontra4 no a,Jndice do relatQrio Iabril
do se4estre Kue ter4ina e4 outubro de #E7E. )sses de,oi4entos oIerece4 ta4bR4 sob
outros as,ectos 4aterial valioso.
5%5 Trabalhadores ,or ,e/as.
5%1 p! cit! VePa as declara/=es coligidas ,elo ,rQ,rio +eonard ?orner2 nM4eros 1$2 &%2 &#2 &62
$62 $D e ta4bR4 aKuelas recolhidas ,elo subins,etor !.2 de nM4eros 5#2 562 5E2 5$2 162 &%
do V!,,endi;W. C4 Iabricante 4es4o conIessou toda a verdade. Ver n8 #7 e n8 615. p! cit!
,rostitutas e velhas Ireiras2 sob a bandeira co4u4 da salva/0o da
,ro,riedade2 da religi0o2 da sociedadej ! classe trabalhadora Ioi ,or
toda ,arte ,roscrita2 anate4atiGada2 colocada sob a loi des suspects.
5%&
s senhores Iabricantes P n0o ,recisava42 ,ortanto2 se
constranger. Rebelara4'se aberta4ente n0o sQ contra a lei das #%
horas2 4as ta4' bR4 contra toda a legisla/0o Kue a ,artir de #EDD
,rocurava2 de certa Ior4a2 reIrear a VlivreW e;,lora/0o da Ior/a de
trabalho. Foi u4a pros- laverD re.ellion
5%E
e4 4iniatura2 conduGida
durante 4ais de 6 anos2 co4 c3nica Ialta de escrM,ulos2 co4
energia terrorista2 a4bas tanto 4ais baratas Kuanto o ca,italista
rebelde nada arriscava alR4 da ,ele de seus trabalhadores.
Para a co4,reens0o do Kue segue deve'se recordar Kue as
+eis Fabris de #EDD2 #E77 e #E7& estava4 todas as trJs e4 ,leno
vigor2 na 4edida e4 Kue u4a n0o e4endava a outra^ Kue
nenhu4a delas li4ita a Pornada do trabalhador do se;o 4asculino2
4aior de #E anos2
e Kue a ,artir de #EDD o ,er3odo de #5 horas2 das 5 #`6 horas da
4anh0 atR as E #`6 da noite2 ,er4anecia o VdiaW legal2 dentro de cuPos
li4ites devia ser e;ecutado inicial4ente o trabalho de #6 horas2 4ais
tarde o trabalho de #% horas2 dos adolescentes e das 4ulheres2 sob as
condi/=es legal4ente ,rescritas.
s Iabricantes co4e/ara4 aKui e ali a des,edir u4a ,arte2 Fs
veGes 4etade2 dos adolescentes e trabalhadoras e4,regados ,or eles
e restaurara4 o P Kuase e;tinto trabalho noturno entre os
trabalha'
dores 4asculinos adultos. ! lei das #% horas2 bradava42 n0o lhes dei'
;ava outra alternativa.
5%$
segundo ,asso Ioi dado e4 rela/0o aos intervalos legais
,ara as reIei/=es. u/a4os os ins,etores de Ibrica.
V:esde a li4ita/0o das horas de trabalho a #%2 os Iabricantes2
e4bora n0o leve4 ,ratica4ente Fs Mlti4as conseKOJncias seu
,onto de vista2 aIir4a4 Kue est0o cu4,rindo os ,receitos da lei
ao concedere42 Kuando se trabalha2 ,or e;e4,lo2 das $ horas da
4anh0 atR as & horas da noite2 # hora ,ara as reIei/=es
antes das $ da 4anh0 e #`6 hora de,ois das & da noite2
assi4 sendo
# #`6 hora ,ara as reIei/=es. )4 alguns casos ,er4ite4 agora
#`6 hora ou # hora ,ara o al4o/o2 insistindo2 ,orR42 Kue n0o
s0o de 4odo nenhu4 obrigados a incluir KualKuer ,arte da #
#`6 hora no transcurso da Pornada de #% horas.W
5#%
5%& +ei dos sus,eitos L lei sobre 4edidas ,ara a seguran/a geral2 a Kual Ioi decidida e4 #$
de Ievereiro de #E5E ,elo corps l#2islatif "cor,o legislativo(. ! lei dava ao i4,erador e seu
governo o direito irrestrito de lan/ar Fs ,ris=es ou banir ,ara diIerentes lugares da Fran/a
ou !rgRlia2 ou 4es4o ,ara Iora de todo o territQrio IrancJs2 KualKuer ,essoa Kue Iosse
sus,eita de ter ,ostura ini4iga ,ara co4 o Segundo I4,Rrio. "*. da )d. !le40.(
5%E Rebeli0o escravista. "*. dos T.(
5%$ -eports etc. for X7st cto.er 7898! ,. #DD'#D7.
5#% -eports etc. for XNth April 7898! ,. 7&.
s senhores Iabricantes aIir4ava42 ,ortanto2 Kue as deter4ina'
/=es 4eticulosas da lei de #E77 sobre as reIei/=es daria4 ao trabalhador
a,enas a ,er4iss0o ,ara co4er e beber antes de entrar na Ibrica
e de,ois de sair dela2 ou sePa2 e4 casaj ) ,or Kue n0o ,oderia4
os trabalhadores al4o/ar antes das $ horas da 4anh0Z s Puristas
da Coroa decidira42 entretanto2 Kue as reIei/=es ,rescritas
Vdeveria4 ser realiGadas e4 ,ausas da Pornada real de trabalho
e Kue era ilegal IaGer trabalhar #% horas sucessivas2 das $ horas
da 4anh0 atR as & horas da noite se4 interru,/0o.W
5##
:e,ois dessas cordiais de4onstra/=es2 o ca,ital enca4inhou sua
revolta atravRs de u4 ,asso2 o Kual corres,ondia F letra da lei de
#E772 sendo ,ortanto legal.
! lei de #E77 ,roibia ocu,ar crian/as de E atR #D anos2 Kue
Iosse4 ocu,adas ,ela 4anh0 antes das #6 horas2 outra veG de,ois da
# hora da tarde. *0o regulava2 de 4odo nenhu42 entretanto2 as 1 #`6
horas de trabalho das crian/as cuPo te4,o de trabalho co4e/asse
ao 4eio'dia ou de,oisj Crian/as de E anos ,odia42 ,ortanto2
Kuando co' 4e/asse4 o trabalho ao 4eio'dia2 ser utiliGadas das #6
atR # hora2 # hora^ das 6 horas atR as 7 horas da tarde2 6 horas2
e das 5 horas atR
E #`6 da noite2 D #`6 horas^ no total2 as 1 #`6 horas legaisj u
4elhor ainda. Para ada,tar sua a,lica/0o F atividade do
trabalhador adulto atR as E #`6 da noite2 o Iabricante ,recisava
so4ente n0o dar'lhes nenhu4 trabalho antes das 6 horas da tarde
e ,odia 4antJ'los da3 e4 diante ininterru,ta4ente na Ibrica atR
as E #`6 da noitej
V) agora R e;,ressa4ente ad4itido Kue2 e4 virtude da
ganUncia dos Iabricantes Kue Kuere4 4anter sua 4aKuinaria
Iuncionando ,or 4ais de #% horas2 Ioi introduGida na
Inglaterra a ,rtica de IaGer trabalhar crian/as de E a #D anos2
de a4bos os se;os2 atR as
E #`6 da noite2 Punto co4 ho4ens adultos2
5#6
a,Qs todos os
adoles' centes e todas as 4ulheres tere4 dei;ado a Ibrica.W
Trabalhadores e ins,etores de Ibrica ,rotestara4 ,or 4otivos
higiJnicos e 4orais. ca,ital2 ,orR42 res,ondeu9
VSue 4eus atos recaia4 sobre 4inha cabe/aj Heu direito e;iPo
euj ! 4ulta e o ,enhor do 4eu t3tulojW
5#D
*a verdade2 segundo dados estat3sticos a,resentados F
CU4ara dos Co4uns e4 61 de Pulho de #E5%2 a,esar de todos os
,rotestos2 D &76 crian/as e4 65& Ibricas estava4 sub4etidas a essa
V,rticaW2 e4 #5 de Pulho de #E5%.
5#7
!inda n0o bastavaj olhar
de lince do ca,ital
5## -eports etc. for X7st ct! 7898! ,. #D%.
5#6 -eports etc. p! cit!, ,. #76.
5#D S?!K)SP)!R). "ercador de Vene&a! !to IV. Cena I. "*. da )d. !le40.(
5#7 -eports etc. for X7st ct! 78FN! ,. 5'1.
descobriu Kue a lei de #E772 e4bora n0o ,er4itisse trabalhar 5 horas
,ela 4anh0 se4 intervalo de ,elo 4enos D% 4inutos ,ara descanso2
nada ,rescrevia desse gJnero ,ara o trabalho F tarde. ca,ital e;igiu
e se obstinou no ,raGer de IaGer crian/as trabalhadoras de E anos n0o
a,enas 4ourePare4 se4 descanso2 4as ta4bR4 ,assar Io4e das 6
horas da tarde atR as E #`6 da noitej
VSi42 o ,eito2
assi4 diG o t3tulo.W
5#52 5#1
)sse a,ego sh-loc\iano F letra da lei de #E772 na ,arte Kue regula
o trabalho das crian/as2 deveria so4ente trans4itir a revolta aberta
contra
a 4es4a lei2 na ,arte Kue regula o trabalho de ,essoas Povens e
4ulheres. Recorda'se Kue a eli4ina/0o do VIalso siste4a de turnosW
constitu3a o ,rinci,al obPetivo e o ,rinci,al conteMdo daKuela lei. s
Iabricantes inau' gurara4 sua revolta co4 a si4,les declara/0o de Kue
as se/=es da lei de
#E77 Kue ,roibia4 o abuso F vontade de adolescentes e 4ulheres e4
,artes 4ais curtas e arbitrrias da Pornada Iabril de #5 horas era4
Vco4,arativa4ente inoIensivos "comparativelD harmless(
enKuan' to a Pornada de trabalho estava li4itada a #6 horas. Sob
a lei das
#% horas re,resentava4 u4a iniKOidade "hardship(
insu,ortvelW.
5#&
:o 4odo 4ais Irio de4onstrara4 aos ins,etores Kue colocava4'se
aci4a da letra da lei e i4,lantaria4 de novo2 ,or conta ,rQ,ria2 o
velho siste4a.
5#E
) o Iaria4 no interesse dos ,rQ,rios
trabalhadores 4al aconselhados2
5#5 S?!K)SP)!R). "ercador de Vene&a! !to IV. Cena I. "*. da )d. !le40.(
5#1 ! natureGa do ca,ital ,er4anece a 4es4a2 tanto e4 suas Ior4as n0o desenvolvidas Kuanto
nas desenvolvidas. *o cQdigo de leis i4,osto ao territQrio do *ovo HR;ico sob a inIluJncia
dos senhores de escravos ,ouco antes de rebentar a guerra civil a4ericana2 lJ'se9 o traba'
lhador2 na 4edida e4 Kue o ca,italista tenha co4,rado sua Ior/a de trabalho2 VR seu
"do ca,italista( dinheiroW. "The la.ourer is his Kthe capitalistSsL moneD!( ! 4es4a vis0o
era corrente entre os ,atr3cios ro4anos. dinheiro Kue eles adiantava4 aos devedores
,lebeus transIor4ava'se2 ,elos 4eios de subsistJncia2 e4 carne e sangue do devedor.
)ssa Vcarne
e sangueW era2 ,ortanto2 Vseu dinheiroW. :a3 a lei sh-loc\iana das #% tbuasj
P
Sue a hi,Qtese
de +inguet2
PP
Kue os credores ,atr3cios2 de te4,o e4 te4,o2 organiGava4 Iestins co4 carne
coGida de seus devedores2 do outro lado do Tibre2 ,er4ane/a no 4es4o ,R Kue a
hi,Qtese de :au4er sobre a Ceia da )ucaristia.
PPP
P
+ei das #% tbuas L Variante do original da lei das V#6 tbuasW2 do 4ais antigo 4onu4ento
legislativo do )stado escravagista ro4ano. )ssa lei ,rotegia a ,ro,riedade ,rivada e ,revia
,ena de ,ris0o2 escraviGa/0o ou des,eda/a4ento de seu cor,o2 ,ara o devedor inca,aG
de saldar suas d3vidas. Foi o ,onto de ,artida do direito ,rivado ro4ano. "*. da )d.
!le40.(
PP
historiador IrancJs +inguet Ior4ula essa hi,Qtese e4 seu trabalho Th#orie des %oi:
Civiles, ou Principes $ondamentau: de la <oci#t#! +ondres2 #&1&. t. 62 +ivro Suinto. Ca,.
6%. "*. da )d. !le40.(
PPP
:au4er deIendeu e4 seu trabalho ,eheimnisse des christlichen Altertums a hi,Qtese
de Kue os ,ri4eiros crist0os teria4 degustado carne hu4ana na Ceia da )ucaristia. "*.
da )d. !le40.(
5#& -eports etc. for X7st ct! 7898! ,. #DD.
5#E !ssi4 se e;,ressa2 entre outros2 o Iilantro,o !shXorth nu4a re,ugnante carta de Kuacre
a +eonard ?orner. "-ep! Apr! 789E! ,. 7.(
V,ara ,oder ,agar'lhes 4elhores salriosW. VSeria o Mnico ,lano
,oss3vel2 sob a lei das #% horas2 ,ara 4anter a su,re4acia
in' dustrial britUnica.W
5#$
VPoderia ser u4 ,ouco diI3cil
descobrir ir' regularidades sob o siste4a de turnos2 4as e da3Z
"@hat of thatY( :eve o grande interesse Iabril deste ,a3s ser
tratado co4o coisa secundria2 ,ara ,ou,ar aos ins,etores e
subins,etores Iabris u4 ,ouco 4ais de esIor/o "some little
trou.le(ZW
56%
Todos esses e4bustes e4 nada aPudara42 natural4ente. s ins'
,etores de Ibrica iniciara4 ,rocedi4entos Pudicirios. +ogo2 ,orR42
tal nuve4 de ,eti/=es dos Iabricantes cobriu o 4inistro do interior2
Sir George Gre-2 Kue ele2 nu4a circular de 5 de agosto de #E7E2 instruiu
os ins,etores no sentido de
Ve4 geral2 n0o ,roceder contra a viola/0o da letra da lei2 enKuanto
n0o houvesse abuso co4,rovado do siste4a de turnos2
IaGendo trabalhar adolescentes e 4ulheres 4ais de #% horasW.
)4 conseKOJncia2 o ins,etor J. Stuart ,er4itiu o assi4 cha4ado
siste4a de turnos2 durante o ,er3odo de #5 horas da Pornada Iabril
e4 toda a )scQcia2 onde logo Iloresceu outra veG2 F velha 4aneira. s
ins,etores ingleses2 e4 contra,osi/0o2 declarara4 Kue o 4inistro
n0o ,ossu3a ,oder ditatorial ,ara a sus,ens0o das leis e ,rosseguira4
co4 ,rocedi4entos Pudiciais contra os rebeldes proslaverD.
Para Kue2 entretanto2 todas aKuelas cita/=es ,erante os tribunais2
se os tribunais2 os countD ma2istrates2
56#
os absolvia4Z *esses tribunais
sentava4'se os ,rQ,rios senhores Iabricantes2 ,ara Pulgar a si 4es4os.
C4 e;e4,lo. C4 certo )s\rigge2 Iabricante de Iio de algod0o2 da Iir4a
KershaX2 +eese v Co.2 a,resentou ao ins,etor de Ibrica de seu distrito
o esKue4a de u4 siste4a de turnos destinado F sua Ibrica. Tendo a
decis0o sido negativa2 4anteve'se a seguir ,assivo. Poucos 4eses
de' ,ois2 u4 indiv3duo de no4e Robinson2 da 4es4a Ior4a
Iabricante de Iios de algod0o2 e se n0o o Se;ta'Feira2 era e4 todo
caso ,arente do )s\rigge2 co4,areceu ,erante os .orou2h Pustices
566
e4 Stoc\,ort ,or haver introduGido u4 siste4a de turnos idJntico
ao urdido ,or )s' \rigge. )ra4 7 Pu3Ges2 D entre eles Iabricantes de
Iios de algod0o2 tendo
F Irente o 4es4o indeIect3vel )s\rigge. )s\rigge absolveu Robinson
e declarou ent0o Kue o Kue era legal ,ara Robinson era ,er4itido a
)s\rigge. !,oiado e4 sua ,rQ,ria decis0o Pudicial2 introduGiu i4edia'
5#$ -eports etc. for X7st ct! 7898! ,. #DE.
56% p! cit!2 ,. #7%.
56# )sses countD ma2istrates, os 2reat unpaid,
P
co4o os deno4ina <. Cobbett2 s0o u4a es,Rcie
de Pu3Ges de ,aG2 n0o re4unerados2 escolhidos entre os honorveis dos condados. Constitue4
de Iato as cortes ,atri4oniais das classes do4inantes.
P
Grandes n0o',agos. "*. dos T.(
566 Ju3Ges de ,aG urbanos. "*. dos T.(
ta4ente o siste4a e4 sua Ibrica.
56D
)4 verdade2 a co4,osi/0o desses
tribunais era P u4a aberta viola/0o da lei.
567
V)ssa es,Rcie de Iarsas PudiciaisW2 e;cla4a o ins,etor ?oXell2
Vcla4a ,or u4 re4Rdio2 "...( a lei deve ser ou ada,tada a
essas senten/as ou ad4inistrada ,or u4 tribunal 4enos
Ial3vel2 Kue ada,te suas decis=es F lei "...( e4 tais casos.
Co4o seria bo4 ter u4 PuiG re4uneradojW
565
s Puristas da Coroa declarara4 a inter,reta/0o Kue os Iabri'
cantes dava4 F lei de #E7E absurda2 4as os salvadores da
sociedade n0o se dei;ava4 desconcertar.
V:e,ois de haver tentadoW2 relata +eonard ?orner2 V,or
4eio de #% a/=es e4 & co4arcas Pudiciais diIerentes2 i4,or a
a,lica/0o da lei2 e a,enas e4 u4 caso ter sido a,oiado ,elos
4agistrados "...( considero inMteis outras a/=es ,or inIra/=es F
lei. ! ,arte da lei institu3da ,ara conseguir uniIor4idade nas
horas de trabalho "...( P n0o e;iste e4 +ancashire. )u
ta4bR4 n0o ,ossuo2 co4 4eus subagentes2 nenhu4 4eio
,ara assegurar'nos de Kue I' bricas onde e;iste o
deno4inado siste4a de turnos n0o ocu,e4 adolescentes e
4ulheres ,or 4ais de #% horas. "...( !o Iinal de abril de
#E7$2 P trabalhava4 e4 4eu distrito ##7 Ibricas se' gundo
esse 4Rtodo e seu nM4ero cresce ra,ida4ente nos Mlti4os
te4,os. )4 geral2 eles trabalha4 agora #D #`6 horas2 das 1 horas
da 4anh0 atR as & #`6 da noite^ e4 alguns casos2 #5 horas2
das
5 #`6 da 4anh0 atR as E #`6 da noite.W
561
J e4 deGe4bro de #E7E ,ossu3a +eonard ?orner u4a lista de
15 Iabricantes e 6$ su,ervisores Kue declarava4 unani4e4ente
Kue nenhu4 siste4a de IiscaliGa/0o ,oderia i4,edir o sobretrabalho
4ais e;tensivo sob esse siste4a de turnos.
56&
!s 4es4as crian/as e
adoles' centes era4 ,assados "shifted( ora da Iia/0o ,ara a
tecelage4 etc.2 ora2 durante #5 horas2 de u4a Ibrica F outra.
56E
Co4o controlar u4 siste4a
VKue abusa da ,alavra turno2 ,ara 4isturar os trabalhadores2
e4 inIinitas varia/=es co4o cartas e 4udar diaria4ente as horas
de trabalho e de descanso ,ara os diIerentes indiv3duos2 de
tal
56D -eports etc! for XNth April 789E! ,. 6#'66. Ver e;e4,los ,arecidos2 ,. 7'5.
567 Pelos arts. # e 6 de <lilliam4 IV2 c. 6$2 s. #%2 conhecidos co4o Sir John ?obhousens Factor-
!ct2 ,ro3be'se Kue KualKuer ,ro,rietrio de Iia/0o ou tecelage4 de algod0o ou ,ai2 Iilho e
ir40o de tal dono2 Iuncione4 co4o PuiG de ,aG e4 Kuest=es Kue diga4 res,eito F $actorD Act!
565 -eports etc! for XNth April 789E! l,. 66.m
561 -eports etc. for XNth April 789E! ,. 5.
56& -ep. etc. for X7st ct! 789E. ,. 1.
56E -ep! etc. for XNth April 789E! ,. 6#.
4odo Kue u4 4es4o sorti4ento co4,leto de bra/os nunca atue
conPunta4ente no 4es4o lugar e ao 4es4o te4,ojW
56$
Has2 abstraindo total4ente o sobretrabalho real2 esse assi4 cha'
4ado siste4a de turnos era ,roduto da Iantasia do ca,ital2 Kue Fourier
e4 seu esbo/o hu4or3stico das courtes s#ances
5D%
Pa4ais su,erou2
sQ Kue a atra/0o do trabalho Ioi transIor4ada na atra/0o do ca,ital.
b' serve4'se tais esKue4as dos Iabricantes2 Kue Iora4 louvados ,ela
boa i4,rensa co4o 4odelo Vdo Kue ,ode realiGar raGovel grau de
cuidado
e de 4RtodoW "Ahat a reasona.le de2ree of care and method can
ac- complish(. ,essoal trabalhador Ioi dividido Fs veGes e4 #6
atR #5 categorias2 Kue ,or sua veG 4udava4 constante4ente suas
,artes co4' ,onentes. :urante o ,er3odo de #5 horas da Pornada
Iabril2 o ca,ital incor,orava o trabalhador ora ,or D% 4inutos2 ora ,or
# hora2 e re,elia'o outra veG2 ,ara de novo incor,or'lo F Ibrica e
e;,uls'lo da Ibrica2 IaGendo'o correr ,ara l e ,ara c2 e4
,eda/os alternados de te4,o2 se4 dei;ar de tJ'lo e4 suas garras
enKuanto as #% horas de trabalho n0o estivesse4 ,reenchidas. Co4o
sobre o ,alco2 as 4es4as ,essoas tinha4 de entrar alternada4ente
nas diversas cenas dos diIerentes atos. Has co4o u4 ator ,ertence
ao ,alco durante toda a dura/0o do dra4a2 assi4 os trabalhadores
,ertencia4 agora durante #5 horas F Ibrica2 n0o incluindo o
te4,o de ida e retorno. !s horas de re,ouso transIor4ara4'se
assi4 e4 horas de ociosidade Ior/ada2 Kue i4,elia4 os Povens
trabalhadores F taverna e as Povens trabalhadoras ao bordel. Co4
cada nova idRia urdida diaria4ente ,elo ca,italista2 ,ara 4anter sua
4aKuinaria e4 anda4ento ,or #6 ou #5 horas se4 au4ento do
,essoal2 o trabalhador tinha de engolir sua reIei/0o ora e4 u4 ora
e4 outro Irag4ento de te4,o n0o utiliGado. !o te4,o da agita/0o
,elas #% horas2 os Iabricantes gritava4 Kue a corPa de
trabalhadores IaGia ,eti/=es na es,eran/a de receber u4 salrio de
#6 horas ,or #% horas de trabalho. !gora eles invertera4 a 4edalha.
Pagava4 salrio de #% horas ,or u4a dis,osi/0o de #6 atR #5 horas
sobre as Ior/as de trabalho.
5D#
)ssa era a essJncia da coisa2 essa
era a vers0o dos Iabri' cantes da lei das #% horas. )ra4 os 4es4os
untuosos livre'ca4bistas2
56$ -ep! etc. X7st ct! 7898! ,. $5.
5D% Sess=es curtas L Fourier desenvolveu a i4age4 de u4a sociedade Iutura2 na Kual a ,essoa
durante u4a Pornada de trabalho realiGaria diIerentes trabalhos2 ,ois a Pornada de trabalho
seria co4,osta ,or vrias courtes s#ances, das Kuais nenhu4a duraria 4ais de # #`6
atR
6 horas. )4 virtude disso2 segundo o ,ensa4ento de Fourier2 au4entaria de tal Ior4a
a ,rodutividade do trabalho Kue o 4ais ,obre dos trabalhadores estaria e4 condi/=es
de satisIaGer 4ais co4,leta4ente suas necessidades do Kue KualKuer ca,italista e4
R,ocas anteriores. "*. da )d. !le40.(
5D# Ver -eports etc. for XNth April 789E! ,. 12 e a e;,lana/0o ,or4enoriGada do shiftin2 sDstem
P
,elos ins,etores de Ibricas ?oXell e Saunders e4 -eports etc. for X7st ct! 7898! Ver
ta4bR4 a ,eti/0o F rainha do clero de !shton e viGinhan/a2 na ,ri4avera de #E7$2 contra
o shift sDstem!
P
Siste4a de turnos. "*. dos T.(
,orePantes de a4or F hu4anidade2 Kue durante todos os #% anos da
anti-corn-laA-a2itation
5D6
de4onstrara4 atR o Mlti4o tost0o aos
tra' balhadores Kue2 co4 livre i4,orta/0o de trigo2 e co4 os 4eios
da in' dMstria inglesa2 #% horas de trabalho seria4 suIicientes ,ara
enriKuecer os ca,italistas.
5DD
s dois anos de revolta do ca,ital Iora4 Iinal4ente coroados ,or
u4a decis0o de u4a das Kuatro 4ais altas cortes da Inglaterra2
da Court oI );cheKuer2 Kue nu4 caso traGido ,erante ela decidiu2
e4 E de Ievereiro de #E5%2 Kue os Iabricantes na verdade agira4
contra o sentido da lei de #E772 4as Kue essa 4es4a lei continha certas
,alavras Kue a tornava4 se4 sentido. VCo4 essa decis0o a lei das #%
horas Ioi revogada.W
5D7
C4a 4assa de Iabricantes Kue atR ent0o ainda
havia se abstido de a,licar a adolescentes e trabalhadoras o siste4a
de turnos2 atacou agora co4 as duas 40os.
5D5
Has a,Qs essa vitQria a,arente4ente deIinitiva do ca,ital houve
de i4ediato u4a reviravolta. s trabalhadores tinha4 atR ent0o
oIe' recido resistJncia ,assiva2 e4bora inIle;3vel e diaria4ente
renovada. )les ,rotestara4 agora e4 co43cios aberta4ente
a4ea/adores e4 +an' cashire e >or\shire. ! ,retensa lei das #% horas
seria2 ,ortanto2 4ero e4buste2 logro ,arla4entar2 e n0o teria Pa4ais
e;istidoj s ins,etores de Ibrica ,revenira4 urgente4ente o Governo
Kue o antagonis4o de classe havia atingido u4 grau inacreditvel de
tens0o. C4a ,arte dos ,rQ,rios Iabricantes 4ur4urava9
V)4 virtude das decis=es contraditQrias dos 4agistrados reina
situa/0o total4ente anor4al e anrKuica. utra lei vigora e4
>or\shire2 outra e4 +ancashire2 outra lei nu4a ,arQKuia de +an'
cashire2 outra e4 sua viGinhan/a i4ediata. Iabricante nas gran'
des cidades ,ode burlar a lei2 o da rea rural n0o encontra o
,essoal necessrio ,ara o siste4a de turnos e 4enos ainda ,ara
o desloca4ento do trabalhador de u4a Ibrica ,ara a outra etc.W.
) igual e;,lora/0o da Ior/a de trabalho R o ,ri4eiro direito
hu' 4ano do ca,ital.
Sob essas circunstUncias chegou'se a u4 co4,ro4isso entre
Ia' bricantes e trabalhadores2 Kue Ioi consagrado ,elo Parla4ento
na nova +ei Fabril adicional de 5 de agosto de #E5%. Para V,essoas
Povens e 4u' lheresW a Pornada de trabalho Ioi elevada de #% ,ara
#% #`6 horas nos cinco ,ri4eiros dias da se4ana e aos sbados Ioi
li4itada a & #`6 horas.
5D6 !gita/0o contra a +ei do Trigo. "*. dos T.(
5DD Co4,are2 ,or e;e4,lo2 The $actorD 3uestion and the Ten 1ours 'ill, de R. ?. Greg. #ED&.
5D7 )*G)+S2 F. V:ie englische eehnstundenbillW "na revista ,or 4i4 editada ?eue -h! Teitun2!
Politisch-oekonomische -evue! Caderno de abril2 #E5%. ,. #D.( ! 4es4a ValtaW corte descobriu
ta4bR42 durante a guerra civil a4ericana2 u4a a4bigOidade de e;,ress0o Kue transIor4ava
a lei contra o ar4a4ento de navios ,iratas e4 seu o,osto.
5D5 -ep! etc. for XNth April 78FN!
trabalho deve ser realiGado no ,er3odo das 1 da 4anh0 atR as 1 da
tarde2
5D1
co4 # #`6 hora de intervalo ,ara reIei/=es2 a ser Ii;ado ao
4es4o te4,o e de acordo co4 as deter4ina/=es de #E77 etc. Co4
isso ,Ys'se de u4a veG e ,ara se4,re Ii4 deIinitivo ao siste4a de
turnos.
5D&
Para
o trabalho das crian/as ,er4aneceu e4 vigor a lei de #E77.
C4a categoria de Iabricantes assegurou ,ara si2 dessa veG2 co4o
antes2 direitos senhoriais es,eciais sobre as crian/as ,roletrias. Fora4
os Iabricantes de seda. *o ano de #EDD2 tinha4 bra4ido a4ea/adora'
4ente Vse lhes rouba4 a liberdade de esIalIar crian/as de
KualKuer idade2 ,or #% horas diaria4ente2 isso ,aralisaria suas
IbricasW "if the li.ertD of Aorkin2 children of anD a2e for 7N hours
a daD Aas taken aAaD, it Aould stop their Aorks(. Ser'lhes'ia
i4,oss3vel co4,rar u4 nM4ero suIiciente de crian/as 4aiores de
#D anos. )les e;torKuira4
o ,rivilRgio desePado. ,rete;to revelou'se2 nu4a investiga/0o ,oste'
rior2 co4o ,ura 4entira2
5DE
o Kue2 entretanto2 n0o os i4,ediu de2 co4
o sangue de crian/as ,eKuenas2 Kue ,ara a e;ecu/0o de seu
trabalho
,recisava4 ser colocadas e4 ci4a de cadeiras2 Iiare4 seda #%
horas diaria4ente.
5D$
! lei de #E77 Vroubou'lhesW2 e4 verdade2 a
VliberdadeW de ,Yr a trabalhar crian/as 4enores de ## anos 4ais Kue
1 #`6 horas ,or dia2 4as assegurou'lhes2 e4 co4,ensa/0o2 o
,rivilRgio de IaGer trabalhar crian/as entre ## e #D anos ,or #%
horas dirias e cassou
a obrigatoriedade escolar ,rescrita ,ara crian/as de outras Ibricas.
:esta veG o ,rete;to9
V! delicadeGa do tecido e;ige u4a leveGa de tato Kue so4ente
,ode ser assegurada ,or entrada ,recoce na IbricaW.
57%
:evido F delicadeGa dos dedos2 crian/as Iora4 co4,leta4ente
sacriIicadas2 co4o gado no sul da RMssia ,or causa da ,ele e do sebo.
Final4ente2 e4 #E5%2 o ,rivilRgio concedido Ioi li4itado aos
de,arta' 4entos de torci4ento e enrola4ento da seda2 4as2 co4o
co4,ensa/0o dos danos causados ,ela VliberdadeW roubada ao
ca,ital2 o te4,o de trabalho ,ara crian/as de ## a #D anos Ioi
au4entado de #% ,ara #%
#`6 horas. Prete;to9
V trabalho seria 4ais leve nas Ibricas de seda do Kue
nas outras e de nenhu4 4odo t0o ,rePudicial F saMdeW.
57#
5D1 *o inverno2 o ,er3odo ,ode ser ta4bR4 entre & horas da 4anh0 e & horas da noite.
5D& i! lei atuali "de #E5%( VIoi u4 co4,ro4isso2 ,or 4eio do Kual os trabalhadores abrira4
40o dos beneI3cios de lei das #% horas ,ela vantage4 de u4 co4e/o e tRr4ino uniIor4e
do trabalho daKueles cuPo te4,o de trabalho est sub4etido F li4ita/0oW "-eports etc.
for
XNth April 78FV! ,. #7.(
5DE -eports etc. for XNth <ept! 7899! ,. #D.
5D$ p! cit!
57% The delicate te:ture of the fa.ric in Ahich theD Aere emploDed reCuirin2 a li2htness of touch,
onlD to .e acCuired .D their earlD introduction to these factories! K-ep! etc. for X7st ct!
789Q! ,. 6%.(
57# -eports etc. for X7st ct! 78Q7! ,. 61.
Investiga/0o 4Rdica oIicial de4onstrou ,osterior4ente Kue2 ao
contrrio2
Va ta;a 4Rdia de 4ortalidade nos distritos de lIbricasm de seda
R e;ce,cional4ente alta e entre a ,arte Ie4inina da ,o,ula/0o
ainda 4ais alta Kue nos distritos algodoeiros do +ancashireW.
576
!,esar dos ,rotestos se4estrais dos ins,etores de Ibricas2 o abu'
so continua atR hoPe.
57D
! lei de #E5% transIor4ou a,enas ,ara V,essoas Povens e 4u'
lheresW o ,er3odo de #5 horas2 das 5 #`6 da 4anh0 atR as E #`6
da noite2 no ,er3odo de #6 horas2 das 1 da 4anh0 atR as 1 da
tarde. Portanto n0o ,ara as crian/as2 Kue seguia4 sendo dis,on3veis
se4,re
#`6 hora antes do co4e/o e 6 #`6 horas de,ois do tRr4ino desse ,er3odo2
4es4o Kuando a dura/0o total de seu trabalho n0o devesse ultra,assar
1 #`6 horas. :urante a discuss0o da lei2 os ins,etores de Ibricas sub'
4etera4 ao Parla4ento u4a estat3stica sobre os inIa4es abusos
de' correntes daKuela ano4alia. )ntretanto2 e4 v0o. *o Iundo2 se
ocultava
a inten/0o de elevar a Pornada de trabalhadores adultos2 co4 a aPuda
das crian/as2 de novo a #5 horas2 e4 anos de ,ros,eridade. !
e;,e' riJncia dos D anos seguintes de4onstrou Kue tal tentativa
tinha de Iracassar e4 Iace da resistJncia dos trabalhadores
4asculinos adul' tos.
577
! lei de #E5% Ioi2 ,ortanto2 e4 #E5D
co4,letada ,ela ,roibi/0o
576 p! cit!2 ,. 6&. :e 4odo geral a ,o,ula/0o trabalhadora sub4etida F +ei Fabril 4elhorou
bastante Iisica4ente. Todos os teste4unhos 4Rdicos s0o concordantes a esse res,eito e
convenci'4e do 4es4o 4ediante observa/0o ,essoal e4 diIerentes ,er3odos. Contudo2 e
abstraindo a enor4e ta;a de 4ortalidade inIantil nos ,ri4eiros anos de vida2 os relatQrios
oIiciais do dr. GreenhoX 4ostra4 as desIavorveis condi/=es de saMde dos distritos Iabris2
co4,arados co4 os Vdistritos agr3colas de saMde nor4alW. Co4o ,rova2 entre outras2 a
seguinte tabela do seu relatQrio de #E1#9
57D Sabe'se co4 Kue relutUncia os Vlivre'ca4bistasW ingleses renunciara4 F ,rote/0o
alIande' gria ,ara a 4anuIatura de seda. )4 lugar da ,rote/0o contra a i4,orta/0o
Irancesa2 serve agora a Ialta de ,rote/0o Fs crian/as inglesas Kue trabalha4 nas
Ibricas.
Vde utiliGar crian/as2 na 4anh0 antes e2 F noite2 de,ois das ,essoas
Povens e 4ulheresW. ! ,artir de ent0o2 co4 ,oucas e;ce/=es2 a +ei
Fabril de #E5% regulou a Pornada de trabalho de todos os trabalhadores
nos ra4os industriais sub4etidos a ela.
575
:esde a ,ro4ulga/0o da
,ri4eira +ei Fabril2 havia P decorrido 4eio sRculo.
571
! legisla/0o ultra,assou ,ela ,ri4eira veG sua esIera original
co4 o PrintAorkSs Act "lei sobre as oIicinas de esta4,age4 de tecidos
etc.( de #E75. desagrado co4 Kue o ca,ital ,er4itiu essa nova
Ve;' travagUnciaW ressalta de cada linha da lei. )la li4ita a
Pornada de trabalho ,ara crian/as de E a #D anos e ,ara 4ulheres
a #1 horas2 entre 1 horas da 4anh0 e #% horas da noite2 se4
nenhu4 intervalo legal ,ara as reIei/=es. )la ,er4ite ,Yr
trabalhadores do se;o 4asculino 4aiores de #D anos2 a trabalhar F
vontade2 dia e noite.
57&
[ u4 aborto ,arla4entar.
57E
Contudo2 venceu o ,rinc3,io co4 sua vitQria nos grandes
ra4os
industriais2 Kue constitue4 a cria/0o 4ais caracter3stica do
4oderno 4odo de ,rodu/0o. Seu desenvolvi4ento 4aravilhoso de
#E5D a #E1%2 ,ar a ,ar co4 o renasci4ento I3sico e 4oral dos
trabalhadores Iabris2 evidenciou'se atR aos olhos 4ais i4becis. s
,rQ,rios Iabricantes2 aos Kuais Iora4 arrancadas2 ,asso a ,asso2 no
curso de u4a guerra civil de 4eio sRculo2 a li4ita/0o e
regula4enta/0o legal da Pornada de tra' balho2 a,ontava4
orgulhosos ,ara o contraste co4 os setores ainda de VlivreW
e;,lora/0o.
57$
s Iariseus da V)cono4ia Pol3ticaW ,rocla4a' ra4
ent0o a co4,reens0o da necessidade de u4a Pornada de trabalho
577 -eports etc. for XNth April 78FX. ,. D%.
575 :urante os anos de a,ogeu da indMstria inglesa de algod0o2 #E5$ e #E1%2 alguns Iabricantes
tentara42 ,or 4eio da isca de salrios 4ais altos ,or horas e;tras2 levar os Iiandeiros
4asculinos adultos etc. a Iavorecer a ,rolonga/0o da Pornada de trabalho. s hand-
mule- spinners
P
e os self-actor minders
PP
,usera4 u4 Ii4 ao e;,eri4ento 4ediante
4e4orando
a seus e4,regadores2 onde se lJ2 entre outras coisas9 VFalando Iranca4ente2 nossa vida R
,ara nQs u4a carga e enKuanto nQs Iica4os Kuase 6 dias a 4ais ,or se4anaW "6%
horas( Vacorrentados F Ibrica do Kue os outros trabalhadores2 senti4o'nos co4o hilotas
no ,a3s
e nos censura4os ,or ,er,etuar u4 siste4a Kue ,rePudica 4oral e Iisica4ente a nQs 4es4os
e a nossos descendentes. "...( Portanto2 inIor4a4os'lhes2 res,eitosa4ente2 Kue a ,artir do
!no *ovo n0o trabalhare4os nenhu4 4inuto 4ais Kue 1% horas se4anais2 das 1 horas
atR 1 horas2 co4 o desconto das ,ausas legais de # #`6 horaW. "-eport etc. for XNth
April
78QN! ,. D%.(
P
Fiandeiros 4anuais. "*. dos T.(
PP
,eradores de Iiadoras auto4ticas. "*. dos T.(
571 Sobre os 4eios Kue a reda/0o dessa lei oIerece ,ara sua viola/0o2 ver no
Parlia4entar- Return $actories -e2ulations Acts "$ de agosto de #E5$( e nela2 de
+eonard ?orner2 V<u2- 2estions for Amendin2 the $actorD Acts to ena.le the /nspectors to
Prevent /lle2al @orkin2,
noA 'ecome verD PrevalentW.
57& iCrian/as de E anos de idade e 4ais Iora4 de Iato esIalIadas das 1 horas da 4anh0 atR
$ horas da noite2 durante o Mlti4o 4eio anoi "#E5&( Ve4 4eu distrito.W "-eports etc. for
X7st ct! 78FI. ,. D$.(
57E V! lei sobre esta4,aria de algod0o R conIessada4ente u4 Iracasso no Kue se reIere
Fs suas dis,osi/=es tanto de educa/0o Kuanto ta4bR4 de ,rote/0o.W "-eports etc. for
X7st ct! 78QV! ,. 56.(
57$ !ssi42 ,or e;e4,lo2 ). Potter nu4a carta ao Times de 67 de 4ar/o de #E1D. Times
le4brou'lhe a revolta dos Iabricantes contra a lei das #% horas.
legal4ente regulada co4o conKuista caracter3stica de sua VciJnciaW.
55%
Co4,reende'se Iacil4ente Kue2 de,ois de tere4 os 4agnatas
indus' triais se conIor4ado e se reconciliado co4 o inevitvel2
enIraKuecesse gradual4ente a Ior/a de resistJncia do ca,ital2
enKuanto2 ao 4es4o te4,o2 a Ior/a de ataKue da classe trabalhadora
cresceu co4 o nM4ero de seus aliados nas ca4adas sociais n0o
direta4ente interessadas. :a3
o ,rogresso relativa4ente r,ido a ,artir de #E1%.
!s tinturarias e branKuearias
55#
Iora4 e4 #E1% sub4etidas F
+ei Fabril de #E5%^ as Ibricas de rendas e de 4eias e4 #E1#.
)4 virtude do ,ri4eiro relatQrio da VCo4iss0o sobre o e4,rego de
crian/asW "#E1D( ,artici,ara4 do 4es4o destino todas as 4anuIaturas
de artigos de cerU4ica "n0o a,enas as de lou/as(2 IQsIoros2
es,oletas2 cartuchos2 Ibricas de ,a,Ris de ,arede2 a,ara4ento de
veludo "fustian cuttin2(
e nu4erosos ,rocessos Kue s0o resu4idos sob a e;,ress0o finishin2
"acaba4ento(. *o ano de #E1D2 as VbranKuearias ao ar livreW
556
e as
55% !ssi42 entre outros2 o sr. <. *eX4arch2 colaborador e editor da 1istorD of Prices de Too\e.
Constitui ,rogresso cient3Iico IaGer concess=es covardes F o,ini0o ,MblicaZ
55# ! lei ,ro4ulgada e4 #E1% sobre branKuearias e tinturarias deter4ina Kue a Pornada de
trabalho a #8 de agosto de #E1# seria reduGida ,reli4inar4ente a #6 horas e a #8 de agosto
de #E162 deIinitiva4ente a #% horas2 isto R2 #% #`6 horas ,ara dias Mteis e & #`6
horas ,ara os sbados. !o ro4,er o ano 4au de #E162 re,etiu'se a velha farce.
P
s
senhores Iabricantes IiGera4 u4a ,eti/0o ao Parla4ento ,ara tolerar ,or 4ais u4 ano
a Pornada de trabalho de #6 horas ,ara adolescentes e 4ulheres. "...( V*a situa/0o atual dos
negQciosW "ao te4,o da crise do algod0o( VR grande vantage4 ,ara os trabalhadores se se
lhes ,er4ite trabalhar #6 horas ,or dia e ganhar o 4aior salrio ,oss3vel "...( J se
havia conseguido a,resentar u4 ,roPeto nesse sentido na CU4ara dos Co4uns. )le
caiu e4 virtude da agita/0o dos trabalhadores nas branKuearias da )scQcia.W "-eports
etc. for X7st ct! 78QV! ,. #7'#5.( !ssi42 derrotado ,elos ,rQ,rios trabalhadores2 e4
cuPo no4e ,retendia Ialar2 o ca,ital descobriu2 co4 a aPuda de Qculos Pur3dicos2 Kue a
lei de #E1%2 do 4es4o 4odo Kue as outras leis ,arla4entares destinadas F V,rote/0o do
trabalhoW2 Iora redigida e4 ter4os retorcidos e eKu3vocos e daria 4arge4 a e;cluir de sua
a,lica/0o os calenderers e finishers.
PP
! Purisdi/0o inglesa2 se4,re Iiel serva do ca,ital2 sancionou a chicana ,or 4eio da
corte das Common Pleas.
PPP
VSuscitou grande descontenta4ento entre os trabalhadores e R
4uito la4entvel Kue a clara inten/0o da legisla/0o Iicasse Irustrada sob o ,rete;to da
deIini/0o
deIeituosa de u4a ,alavra.W "p cit!, ,. #E.(
P
Farsa. "*. dos T.(
PP
Prensadores e a,restadores. "*. dos T.(
PPP
Corte de Pusti/a civil. "*. dos T.(
556 !s VbranKuearias ao ar livreW esca,ara4 F lei de #E1% sobre VbranKuea4entoW2 ,or
4eio da 4entira de Kue elas n0o ,unha4 4ulheres a trabalhar F noite. ! 4entira Ioi
denunciada ,elos ins,etores de Ibricas2 4as ao 4es4o te4,o ,eti/=es dos
trabalhadores roubara4 ao Parla4ento a i4age4 de reIrescantes ca4,inas ,erIu4adas
dessas VbranKuearias ao ar livreW. *essas branKuearias s0o utiliGadas cU4aras de secage4
co4 $% atR #%% Fahrenheit2 onde trabalha4 ,rinci,al4ente 4o/as. Coolin2
"resIria4ento( R a e;,ress0o tRcnica ,ara designar as ocasionais esca,adas da cU4ara
de secage4 ao ar livre. VSuinGe 4o/as nas cU4aras de secage4. Calor de E%
o
a $%
o
,ara linho2 de #%%
o
e 4ais ,ara a cam.ric.
P
:oGe 4o/as ,assa4 e dobra4 "cam.ric etc.(
nu4 ,eKueno Kuarto de cerca de #% ,Rs Kuadrados2 no 4eio u4 Iog0o her4etica4ente
Iechado. !s 4o/as est0o e4 volta do Iog0o2 Kue irradia u4 calor terr3vel e seca a
ca4braia ra,ida4ente ,ara as ,assadeiras. nM4ero de horas ,ara esses bra/os R
ili4itado. Suando h 4aior 4ovi4ento2 elas trabalha4 atR as $ ou
#6 horas da noite2 4uitos dias seguidos.W "-eports etc. for X7st ct! 78QV! ,. 51.( C4 4Rdico
declara9 VPara o resIria4ento n0o se concede4 horas es,ec3Iicas2 4as Kuando a te4,eratura
torna'se insu,ortvel2 ou as 40os das trabalhadoras Iica4 suPas de suor2 R'lhes ,er4itido
sair ao ar livre ,or alguns 4inutos. "...( Hinha e;,eriJncia no trata4ento das doen/as
dessas trabalhadoras obriga'4e a constatar Kue o estado de saMde delas R 4uito
inIerior
,aniIicadoras Iora4 sub4etidas a leis ,rQ,rias2 das Kuais a ,ri4eira
,roibia2 entre outras coisas2 o trabalho de crian/as2 adolescentes e 4u'
lheres F noite "das E horas da noite atR as 1 horas da 4anh0( e a
segunda2 a utiliGa/0o de oIiciais de ,adeiros 4enores de #E anos2 entre
$ horas da noite e 5 da 4anh0. Sobre as ,ro,ostas ,osteriores da
citada co4iss0o2 as Kuais a4ea/a4 roubar a VliberdadeW de todos
os 4ais i4,ortantes ra4os industriais ingleses2 co4 e;ce/0o da
agricul' tura2 das 4inas e do siste4a de trans,ortes2 voltare4os
de,ois.
55D
0( A %$# !e% Wor.: .or*% :e #r)%7o( Re!erc$ss<o :
Le,is%;<o B)ri% i.,%es e* o$#ros !"ses
leitor recorda'se Kue a ,rodu/0o de 4ais'valia ou a
e;tra/0o de 4ais'trabalho constitui o conteMdo e o obPetivo es,ec3Iico da
,rodu/0o ca,italista2 abstra3das as transIor4a/=es do ,rQ,rio 4odo de
,rodu/0o Kue ,ossa4 surgir da subordina/0o do trabalho ao ca,ital.
Recordar' se' Kue2 do ,onto de vista desenvolvido atR agora2 a,enas o
trabalhador inde,endente e2 ,ortanto2 legal4ente e4anci,ado
contrata co4o ven' dedor de 4ercadorias co4 o ca,italista. Se2
,ortanto2 e4 nosso esbo/o histQrico dese4,enha ,a,el i4,ortante2
de u4 lado2 a 4oderna in' dMstria e2 de outro2 o trabalho dos Kue
s0o I3sica e Puridica4ente 4e' nores2 a ,ri4eira Iuncionou a,enas
co4o esIera es,ec3Iica2 o segundo co4o e;e4,lo ,articular4ente
convincente da e;,lora/0o do trabalho. Se4 entretanto anteci,ar o
desenvolvi4ento ,osterior2 segue da 4era intercone;0o dos Iatos
histQricos9
Pri4eiro9 *as indMstrias revolucionadas de in3cio ,or gua2 va,or
e 4aKuinaria2 nessas ,ri4eiras cria/=es do 4oderno 4odo de ,rodu/0o2
nas Iia/=es e tecelagens de algod0o2 l02 linho e seda2 R satisIeito ,ri'
ao das Iiandeiras de algod0oW. ") o ca,ital2 e4 suas ,eti/=es ao Parla4ento2 as tinha
,intado transbordantes de saMde2 F 4aneira de Rubensj( VSuas doen/as 4ais notQrias s0o
a t3sica2 bronKuite2 irregularidades das Iun/=es uterinas2 histeria e4 sua Ior4a 4ais agra'
vada e reu4atis4o. Todas decorre42 acredito2 direta ou indireta4ente da at4osIera su,e'
raKuecida de suas cU4aras de trabalho e da Ialta de suIiciente rou,a conIortvel ,ara
,rotegJ'las2 ao ire4 ,ara casa2 da at4osIera M4ida e Iria durante os 4eses de
inverno.W "p! cit!, ,. 512 5&.( s ins,etores de Ibricas observa42 sobre a lei arrancada
aos Poviais VbranKuerios ao ar livreW a duras ,enas ,osterior4ente2 e4 #E1D9 V)ssa lei n0o
sQ Iracassou e4 ,restar aos trabalhadores a ,rote/0o Kue ,arece ,restar "...( ela est
redigida de tal 4odo Kue a ,rote/0o sQ se d ao sur,reender'se crian/as e 4ulheres
trabalhando de,ois das E horas da noite2 e 4es4o ent0o o 4Rtodo legal4ente
estabelecido de ,rova R t0o duvidoso Kue R Kuase i4,oss3vel obter u4a condena/0oW.
"p! cit!, ,. 56.( VCo4o u4a lei co4 obPetivos hu4anitrios e educativos2 ela Iracassou
,or co4,leto. :iIicil4ente se ,ode KualiIicar de hu4anitrio ,er4itir 4ulheres e
crian/as trabalhar ou2 o Kue ve4 a ser o 4es4o2 obrig'las a trabalhar #7 horas
diaria4ente2 co4 ou se4 reIei/=es conIor4e Ior o caso2 e talveG ,or 4ais horas2 se4
li4ite co4 reIerJncia F idade2 se4 diIerenciar os se;os
e se4 considera/0o dos hbitos sociais das Ia43lias da viGinhan/a2 onde se situa4 as bran'
Kuearias.W "-eports etc. for XNth April 78QX! , 7%.(
P
Ca4braia. "*. dos T.(
55D *ota F 6k edi/0o. :esde #E112 Kuando escrevi o Kue se acha no te;to2 sobreveio de novo
u4a rea/0o.
4eira4ente o i4,ulso do ca,ital ,ara a ,rolonga/0o se4 li4ites e
se4 considera/=es da Pornada de trabalho. 4odo de ,rodu/0o
4aterial 4odiIicado e as condi/=es sociais 4odiIicadas2 Kue lhe
corres,onde42 dos ,rodutores
557
d0o orige4 ,ri4eira4ente a abusos
des4edidos e ,rovoca4 ent0o2 e4 contra,osi/0o2 o controle social2 Kue
li4ita2 regula
e uniIor4iGa legal4ente a Pornada de trabalho co4 suas ,ausas. )sse
controle a,arece2 ,ortanto2 durante a ,ri4eira 4etade do sRculo ]I]2
a,enas co4o legisla/0o de e;ce/0o.
555
T0o logo ela conKuistou a
rea original do novo 4odo de ,rodu/0o2 veriIicou'se Kue2
entre4entes2 n0o a,enas 4uitos outros ra4os de ,rodu/0o havia4
se incor,orado ao regi4e ,ro,ria4ente Iabril2 4as Kue2 alR4 disso2
4anuIaturas co4 4Rtodos de ,rodu/0o 4ais ou 4enos antiKuados2
co4o as de lou/as2 de vidros etc.2 oI3cios F 4oda antiga2 co4o
,aniIica/0o2 e2 Iinal4ente2 atR es,arsas indMstrias assi4 cha4adas
do4iciliares2 co4o o Iabrico de ,regos etc.2
551
h 4uito ca3ra4 sob
a e;,lora/0o ca,italista tanto Kuanto a Ibrica. ! legisla/0o Ioi2
,ortanto2 obrigada a desIaGer'se ,ro' gressiva4ente de seu carter de
e;ce/0o2 ou2 onde ela ,rocede conIor4e
a casu3stica ro4ana2 co4o na Inglaterra2 a declarar arbitraria4ente
KualKuer casa2 na Kual se trabalhe2 co4o sendo u4a Ibrica "factorD(.
55&
Segundo9 ! histQria da regula4enta/0o da Pornada de
trabalho e4 alguns 4odos de ,rodu/0o e a luta Kue ainda ,rossegue
e4 outros ,or essa regula4enta/0o de4onstra4 ,al,avel4ente Kue o
trabalhador individual2 o trabalhador co4o VlivreW vendedor de sua
Ior/a de trabalho2
a certo n3vel de a4adureci4ento da ,rodu/0o ca,italista encontra'
se inca,aG de resistir. ! cria/0o de u4a Pornada nor4al de
trabalho R2 ,or isso2 o ,roduto de u4a guerra civil de longa
dura/0o2 4ais ou 4enos oculta entre a classe ca,italista e a classe
trabalhadora. Co4o
a luta Ioi inaugurada no U4bito da indMstria 4ais 4oderna2 travou'se
,ri4eiro na terra natal dessa indMstria2 na Inglaterra.
55E
s trabalha'
557 i! conduta de cada u4a dessas classesi "ca,italistas e trabalhadores( Vte4 sido o
resultado
da situa/0o relativa e4 Kue elas tJ4 sido colocadas.W "-eports etc. for X7 st ct! 7898! ,. ##D.(
555 i!s ocu,a/=es suPeitas Fs li4ita/=es estava4 relacionadas co4 a Iabrica/0o de ,rodutos
tJ;teis co4 a aPuda da Ior/a de va,or ou hidrulica. C4a atividade tinha de ,reencher
duas condi/=es ,ara estar sob a ,rote/0o da ins,e/0o de Ibricas2 a saber2 a a,lica/0o
do va,or ou da Ior/a hidrulica e o ,rocessa4ento de deter4inadas Iibras
es,eciIicadas.i "-eports etc. for X7st! cto.er 78Q9! ,. E.(
551 Sobre a situa/0o da assi4 cha4ada indMstria do4iciliar encontra'se 4aterial abundante
nos Mlti4os relatQrios da ChildrenSs *mploDment Commission!
55& i!s leis da Mlti4a sess0o legislativai "#E17( V"...( co4,reende4 ra4os de ocu,a/0o de
gJneros diversos2 nos Kuais reina4 costu4es 4uito diIerentes e a a,lica/0o de Ior/a
4ecUnica ,ara 4ovi4entar as 4Kuinas P n0o se inclui2 co4o antiga4ente2 entre as
condi/=es
necessrias ,ara Kue u4 estabeleci4ento sePa considerado Ibrica no sentido da lei.W "-eports
etc. for X7st ct! 78Q9! ,. E.(
55E ! BRlgica2 o ,ara3so do liberalis4o continental2 n0o a,resenta ta4bR4 nenhu4 ind3cio
desse 4ovi4ento. Hes4o e4 suas 4inas de carv0o e de 4etal2 os trabalhadores de a4bos
os se;os e de KualKuer idade s0o consu4idos co4 co4,leta VliberdadeW ,or KualKuer dura/0o
de te4,o e ,er3odo de te4,o. Para cada # %%% ,essoas ali ocu,adas h &DD ho4ens2
EE 4ulheres2 #D5 ra,aGes e 77 4o/as co4 4enos de #1 anos^ nos altos'Iornos etc.
encontra4'se ,ara cada # %%%9 1EE ho4ens2 #7$ 4ulheres2 $E ra,aGes e E5 4o/as co4
4enos de #1 anos. !crescenta'se a isso o salrio bai;o ,ara enor4e e;,lora/0o de
Ior/as de trabalho2
dores Iabris ingleses Iora4 os ca4,e=es da 4oderna classe trabalha'
dora n0o so4ente inglesa2 4as e4 geral2 co4o ta4bR4 seus teQricos
Iora4 os ,ri4eiros a lan/ar a luva F teoria do ca,ital.
55$
IilQsoIo
Iabril Cre denuncia2 ,ortanto2 co4o vergonha ine;tingu3vel da classe
trabalhadora inglesa ter inscrito e4 sua bandeira Va escravid0o
das +eis FabrisW2 e4 contra,osi/0o ao ca,ital2 Kue lutava
viril4ente ,or Vco4,leta liberdade do trabalhoW.
51%
! Fran/a claudica lenta4ente atrs da Inglaterra. Foi necessria
a Revolu/0o de Fevereiro ,ara o nasci4ento da lei das #6
horas2
51#
Kue R 4uito 4ais deIiciente Kue o seu original inglJs. Contudo2
o 4Rtodo revolucionrio IrancJs IaG valer ta4bR4 suas vantagens
es,ec3Iicas. :e u4 sQ gol,e2 dita a todas as oIicinas e Ibricas2
se4 diIeren/a2 a 4es4a li4ita/0o ,ara a Pornada de trabalho2
enKuanto a legisla/0o inglesa cede relutante4ente2 ora neste ,onto2
ora naKuele outro2 F ,ress0o das circunstUncias e est no 4elhor
ca4inho de se ,erder enredada e4 novos casu3s4os Pur3dicos.
516
Por
outro lado2 a lei Irancesa ,rocla4a co4o ,rinc3,io o Kue na Inglaterra
sQ e4 no4e de crian/as2 4enores e 4ulheres Ioi conKuistado e sQ
recente4ente se reivindica co4o direito geral.
51D
a4adurecidas e n0o a4adurecidas2 recebendo os ho4ens e4 4Rdia ,or dia 6 ;elins e E
,ence2 as 4ulheres # ;eli4 e E ,ence e os adolescentes # ;eli4 e 6 #`6 ,ence. Por isso
4es4o2 e4 #E1D2 a BRlgica a,ro;i4ada4ente du,licou2 e4 co4,ara/0o co4 #E5%2 o Cuantum
e o valor de sua e;,orta/0o de carv0o2 Ierro etc.
55$ Suando Robert Xen2 logo de,ois do ,ri4eiro decJnio deste sRculo2 n0o sQ deIendeu teo'
rica4ente a necessidade de u4a li4ita/0o da Pornada de trabalho2 4as ta4bR4 introduGiu
real4ente a Pornada de #% horas e4 sua Ibrica e4 *eX'+anar\2 isso Ioi
ridiculariGado co4o uto,ia co4unista2 assi4 co4o sua Vuni0o de trabalho ,rodutivo co4
a educa/0o de crian/asW2 co4o ta4bR4 as e4,resas coo,erativas dos trabalhadores2
Iundadas ,or ele. ?oPe e4 dia2 a ,ri4eira uto,ia R +ei Fabril2 a segunda Iigura co4o
Irase oIicial e4 todas as $actorD Acts e a terceira P serve atR co4o 4anto de cobertura ,ara
e4bustes reacionrios.
51% CR) "tradu/0o Irancesa(. Philosophie des "anufactures! Paris2 #ED1. t. II2 ,. D$2 7%2
1&2 && etc.
51# *o Compte -endu
P
do VCongresso )stat3stico Internacional e4 Paris2 #E55i2 lJ'se entre
outras coisas9 W! lei Irancesa Kue li4ita a dura/0o do trabalho dirio a #6 horas2 e4 Ibricas
e oIicinas2 n0o restringe esse trabalho dentro de horas Ii;asi ",er3odos de te4,o(2 Vna
4edida e4 Kue a,enas ,ara o trabalho inIantil R ,rescrito o ,er3odo entre 5 horas da
4anh0 e $ horas da noite. Por isso2 ,arte dos Iabricantes serve'se do direito Kue lhes
d esse silJncio Iatal2 ,ara IaGere4 trabalhar dia ,or dia2 co4 e;ce/0o talveG dos
do4ingos2 se4 interru,/0o. )les utiliGa4 ,ara isso dois turnos diIerentes de
trabalhadores2 nenhu4 dos Kuais ,assa 4ais de #6 horas na oIicina2 ,orR4 o trabalho do
estabeleci4ento dura dia e noite. ! lei est atendida2 4as o est2 da 4es4a Ior4a2 a
hu4anidadeZW !lR4 da Vdestruidora inIluJncia do trabalho noturno sobre o organis4o
hu4anoW R ressaltada ta4bR4 Va Iatal in' IluJncia da associa/0o noturna de a4bos os
se;os nas 4es4as oIicinas 4al ilu4inadasW.
P
RelatQrio. "*. dos T.(
516 i)4 4eu distrito2 ,or e;e4,lo2 no 4es4o ediI3cio Iabril2 o 4es4o Iabricante R branKueador
e tingidor sob a Vlei das branKuearias e tinturariasW2 esta4,ador sob a PrintAorks Act
P
e finisher, suPeitos F +ei Fabril "...(i "Re,ort oI Hr. Ba\er. In9 -eports etc. X7st ct! 78Q7! ,.
6%.( :e,ois de enu4erar as diIerentes dis,osi/=es dessas leis e a conseKOente co4,lica/0o
diG o senhor Ba\er9 VVJ'se Ku0o diI3cil R assegurar o cu4,ri4ento dessas trJs leis
,arla' 4entares2 Kuando o ,ro,rietrio da Ibrica gosta de burlar a leiW. lp! cit!2 ,. 6.m
Has o Kue se assegura aos senhores Puristas ,or 4eio disso s0o ,rocessos.
P
+ei das esta4,arias. "*. dos T.(
51D !ssi4 os ins,etores de Ibricas atreve4'se Iinal4ente a diGer9 V)ssas obPe/=esW "do ca,ital
*os )stados Cnidos da !4Rrica do *orte2 todo 4ovi4ento
o,errio inde,endente Iicou ,aralisado enKuanto a escravatura
des' Iigurava u4a ,arte da Re,Mblica. trabalhador de ,ele branca
n0o ,ode e4anci,ar'se onde o trabalhador de ,ele negra R 4arcado
co4 Ierro e4 brasa. Has da 4orte da escravid0o nasceu
i4ediata4ente u4a vida nova e rePuvenescida. ,ri4eiro Iruto
da guerra civil Ioi
a agita/0o ,elas E horas2 Kue se ,ro,agou co4 as botas de sete
lRguas da loco4otiva do !tlUntico ao Pac3Iico2 de *ova Inglaterra
atR a CaliIQrnia. congresso geral de trabalhadores de Balti4ore
517
declara "agosto de #E11(9
V! ,ri4eira e 4ais i4,ortante e;igJncia dos te4,os ,resentes
,ara libertar o trabalho deste ,a3s da escravid0o ca,italista R
a ,ro4ulga/0o de u4a lei2 ,ela Kual deve ser estabelecida
u4a Pornada nor4al de trabalho de E horas e4 todos os
)stados da Cni0o. )sta4os decididos a e4,regar todas as
nossas Ior/as atR ter4os alcan/ado esse glorioso resultadoW.
515
!o 4es4o te4,o "in3cio de sete4bro de #E11(2 decidiu o
VCon' gresso Internacional de TrabalhadoresW2 e4 Genebra2 ,or
,ro,osta do Conselho Geral de +ondres9
V:eclara4os a li4ita/0o da Pornada de trabalho u4a condi/0o
,reli4inar2 se4 a Kual todas as de4ais tentativas ,ara a e4an'
ci,a/0o deve4 necessaria4ente Iracassar. "...( Pro,o4os E horas
de trabalho co4o li4ite legal da Pornada de trabalhoW.
511
contra a li4ita/0o legal do te4,o de trabalho( Vdeve4 ceder diante do grande ,rinc3,io
do direito do trabalho "...( e;iste u4 ,onto no te4,o e4 Kue cessa o direito do e4,resrio
sobre o trabalho de seu trabalhador e este 4es4o ,ode dis,or de seu te4,o2 4es4o Kuando
ele ainda n0o estePa esgotadoW. "-eports etc. for X7st ct! 78QV! ,. 57.(
517 congresso geral a4ericano de trabalhadores reuniu'se de 6% a 65 de agosto de #E112 e4
Balti4ore. Partici,ara4 do congresso 1% delegados2 Kue re,resentava4 4ais de 1% 4il
trabalhadores organiGados e4 trade unions lsindicatosm. congresso tratou das
seguintes
Kuest=es9 a introdu/0o legal da Pornada de E horas2 a atividade ,ol3tica dos trabalhadores2
as sociedades coo,erativas2 a uni0o de todos os trabalhadores nas trade unions e
outras Kuest=es. !lR4 disso Ioi decidida a Iunda/0o da *ational +abor Cnion lCni0o
*acional do Trabalhom2 u4a organiGa/0o ,ol3tica da classe trabalhadora. "*. da )d.
!le40.(
515 i*Qs2 os trabalhadores de :un\ir\2 declara4os Kue a Pornada de trabalho e;igida sob
o atual siste4a R de4asiado longa e Kue n0o dei;a ao trabalhador te4,o ,ara re,ouso
e desenvolvi4ento2 4as2 ao contrrio2 o reduG a u4a condi/0o de servo2 a Kual R
,ouco 4elhor Kue a escravid0o "a condition of servitude .ut little .etter than slaverD(.
Por isso2 resolve4os Kue E horas basta4 ,ara u4a Pornada de trabalho e deve4 ser
legal4ente reconhecidas co4o suIicientes^ Kue a,ela4os ,ara a aPuda da i4,rensa2
essa ,oderosa alavanca "...( e considerar todos Kue recusa4 essa aPuda ini4igos da
reIor4a do trabalho
e dos direitos dos trabalhadores.i "Resolu/=es dos trabalhadores de :un\ir\2 )stado de
*ova >or\2 #E11.(
511 ! resolu/0o aKui citada2 do Congresso da !ssocia/0o Internacional dos Trabalhadores
e4 Genebra2 Ioi aceita co4 base nas VInstru\tionen Iuer die :elegierten des
Provisorischen eentralrats Gu den einGelnen FragenW lInstru/=es aos delegados do
Conselho Central Pro'
visQrio ,ara Kuest=es isoladasm2 redigidas ,or Har;. "*. da )d. !le40.(
!ssi4 o 4ovi4ento de trabalhadores surgido instintiva4ente das
,rQ,rias condi/=es de ,rodu/0o2 e4 a4bos os lados do !tlUntico2
con' sagrou as ,alavras do ins,etor de Ibricas inglJs R. J.
Saunders9
V*ovos ,assos ,ara a reIor4a da sociedade n0o ,oder0o
ser dados co4 KualKuer ,ers,ectiva de sucesso se n0o Ior
li4itada antes a Pornada de trabalho e estrita4ente i4,osta a
observa/0o do li4ite ,rescritoW.
51&
[ ,reciso reconhecer Kue nosso trabalhador sai do ,rocesso
de ,rodu/0o diIerente do Kue nele entrou. *o 4ercado ele2 co4o
,os' suidor da 4ercadoria VIor/a de trabalhoW2 se deIrontou co4
outros ,ossuidores de 4ercadorias2 ,ossuidor de 4ercadoria diante
de ,os' suidores de 4ercadorias. contrato ,elo Kual ele vendeu
sua Ior/a de trabalho ao ca,italista co4,rovou2 ,or assi4 diGer2
,reto no bran' co2 Kue ele dis,=e livre4ente de si 4es4o. :e,ois
de conclu3do o negQcio2 descobre'se Kue ele n0o era Vnenhu4
agente livreW2 de Kue
o te4,o de Kue dis,=e ,ara vender sua Ior/a de trabalho R o
te4,o e4 Kue R Ior/ado a vendJ'la2
51E
de Kue2 e4 verdade2 seu
e;,lorador n0o o dei;a2 VenKuanto houver ainda u4 4Msculo2 u4
tend0o2 u4a gota de sangue ,ara e;,lorarW.
51$
Co4o V,rote/0oW
contra a ser,ente de seus 4art3rios2
5&%
os trabalhadores tJ4 de
reunir suas cabe/as
e co4o classe conKuistar u4a lei estatal2 u4a barreira social in'
trans,on3vel2 Kue os i4,e/a a si 4es4os de vendere4 a si e F
sua descendJncia2 ,or 4eio de contrato voluntrio co4 o ca,ital2 F
noite
e F escravid0oj
5&#
*o lugar do ,o4,oso catlogo dos Vdireitos ina'
lienveis do ho4e4W entra a 4odesta Hagna Charta
5&6
de u4a Por'
nada de trabalho legal4ente li4itada Kue
51& -eports etc. for X7st ct! 7898. ,. ##6.
51E i)sses ,rocedi4entos "as 4anobras do ca,ital2 ,or e;e4,lo2 #E7E`5%( V,ro,orcionara42
alR4 disso2 ,rova incontestvel de co4o R Ialsa a aIir4ativa2 tantas veGes Ieita2 de
Kue os trabalhadores n0o ,recisa4 de ,rote/0o2 4as deve4 ser considerados livres
,ossuidores dis,ondo da Mnica ,ro,riedade Kue eles tJ42 o trabalho de suas 40os e do
suor de seu rosto.W "-eports etc. for XNth April 78FN! ,. 75.( VTrabalho livre2 se assi4 ,ode
ser cha4ado ao todo2 ,recisa ,ara sua ,rote/0o2 4es4o nu4 ,a3s livre2 do bra/o Iorte
da lei.W "-eports etc. for X7st ct! 78Q9! ,. D7.( VPer4itir2 o Kue signiIica o 4es4o Kue
Ior/ar "...( a trabalhar
#7 horas diaria4ente2 co4 ou se4 reIei/=es etc.W "-eports etc. for XNth April 78QX! ,. 7%.(
51$ )*G)+S2 Friedrich. Die en2lische Tehnstunden.ill! p! cit!, ,. 5.
5&% <chlan2e ihrer 3ualen J Palavra 4odiIicada da ,oesia conte4,orUnea de ?einrich ?eine2
1einrich! "*. da )d. !le40.(
5&# ! lei das #% horas2 nos ra4os industriais a ela sub4etidos2 Vsalvou os trabalhadores da
degenera/0o co4,leta e ,rotegeu suas condi/=es I3sicasW. "-eports etc. for X7st ct!
78FE. ,. 7&.( V ca,italW "nas Ibricas( Vn0o ,ode Pa4ais 4anter a 4aKuinaria e4
4ovi4ento alR4 de u4 ,er3odo li4itado de te4,o2 se4 ,rePudicar os trabalhadores
ocu,ados e4 sua saMde e sua 4oral^ e eles n0o est0o e4 condi/=es de ,roteger a si
4es4os.W "p! cit!, ,. E.(
5&6 "a2na Charta %i.ertatum J :ocu4ento i4,osto ao rei inglJs Jo0o I "iSe4 Terrai(
,elos senhores Ieudais2 os bar=es e ,r3nci,es da IgrePa revoltosos2 a,oiados ,elos
cavaleiros e ,elas cidades. ! Charta, assinada e4 #5 de Punho de #6#52 li4itou os
direitos do rei sobretudo e4 Iavor dos grandes senhores Ieudais e continha
deter4inadas concess=es aos cavaleiros e Fs cidades^ F 4assa ,rinci,al da ,o,ula/0o2
os ca4,oneses servos2 a Charta
VIinal4ente esclarece Kuando ter4ina o te4,o Kue o traba'
lhador vende e Kuando co4e/a o te4,o Kue a ele 4es4o
,ertenceW.
5&D
3uantum mutatus a. illoj
5&7
n0o trou;e nenhu4 direito. Har; reIere'se aKui Fs leis ,ara a li4ita/0o da Pornada de
trabalho2 Kue Iora4 conseguidas ,ela classe trabalhadora da Inglaterra nu4a luta longa
e obstinada. "*. da )d. !le40.(
5&D iC4a vantage4 4aior ainda signiIica Kue Iinal4ente se distingue co4 clareGa o
te4,o do ,rQ,rio trabalhador do Kue ,ertence ao seu e4,resrio. trabalhador sabe agora
Kuando ter4ina o te4,o Kue ele vende e o seu ,rQ,rio co4e/a e2 co4o ele de
ante40o sabe disso e;ata4ente2 ,ode dis,or de seus ,rQ,rios 4inutos ,ara seus ,rQ,rios
Iins anteci,ada4ente.i "p! cit!, ,. 56.( V!o torn'los donos de seu ,rQ,rio te4,o2 elas "as
+eis Fabris( dera4'lhes u4a energia 4oral2 Kue os conduG ,ossivel4ente a to4ar ,osse
do ,oder ,ol3tico.W "p! cit!, ,. 7&.( Co4 discreta ironia e co4 e;,ress=es 4uito cautelosas2
os ins,etores de Ibricas indica4 Kue a atual lei das #% horas2 de certo 4odo2 libertou o
ca,italista da sua brutalidade natural4ente desenvolvida co4o si4,les encarna/0o do
ca,ital2 e lhe ,ro,orcionou te4,o ,ara adKuirir algu4a Veduca/0oW. !ntes2 Vo e4,resrio
n0o tinha te4,o ,ara 4ais nada sen0o o dinheiro2 o trabalhador ,ara nada 4ais
sen0o o trabalhoW. "p! cit!, ,. 7E.(
5&7 Sue grande 4udan/aj L :a e,o,Ria de Virg3lio. *neida! +ivro Segundo. Verso 6&7. "*.
da )d. !le40.(
1/1

CAPTULO IX
TAXA E MASSA DA MAISCVALIA
Neste ca,3tulo su,o4os2 co4o atR aKui2 Kue o valor da Ior/a
de trabalho2 ou sePa2 a ,arte da Pornada de trabalho necessria ,ara
re,roduGir ou 4anter a Ior/a de trabalho2 R u4a grandeGa
constante2 dada.
Pressu,osto isso2 co4 a ta;a nos R dada si4ultanea4ente a 4assa
de 4ais'valia Kue o trabalhador individual Iornece ao ca,italista
e4 deter4inado ,er3odo de te4,o. Se2 ,or e;e4,lo2 o trabalho
necessrio consiste e4 1 horas ,or dia2 e;,ressas nu4 Cuantum de
ouro de D ;elins c # tler2 ent0o R o tler o valor dirio de u4a Ior/a
de trabalho ou o valor do ca,ital adiantado na co4,ra de u4a
Ior/a de trabalho.
) se ade4ais a ta;a da 4ais'valia R de #%%b2 esse ca,ital
varivel de # tler ,roduG u4a 4assa de 4ais'valia de # tler2 ou o
trabalhador Iornece diaria4ente u4a 4assa de 4ais'trabalho de 1
horas.
ca,ital varivel R2 no entanto2 a e;,ress0o 4onetria do valor
total de todas as Ior/as de trabalho Kue o ca,italista e4,rega
si4ul' tanea4ente. Seu valor R2 ,ortanto2 igual ao valor 4Rdio de
u4a Ior/a de trabalho2 4ulti,licado ,elo nM4ero das Ior/as de
trabalho e4,re' gadas. :ado o valor da Ior/a de trabalho2 a grandeGa
do ca,ital varivel est2 ,ortanto2 na raG0o direta do nM4ero de
trabalhadores si4ulta' nea4ente e4,regados. Se o valor dirio de
u4a Ior/a de trabalho c
# tler2 u4 ca,ital de #%% tleres te4 de ser adiantado ,ara e;,lorar
#%% e de n tleres ,ara e;,lorar n Ior/as de trabalho diaria4ente.
:o 4es4o 4odo9 se u4 ca,ital varivel de u4 tler2 o valor
dirio de u4a Ior/a de trabalho2 ,roduG u4a 4ais'valia diria de
# tler2 u4 ca,ital varivel de #%% tleres ,roduG u4a 4ais'valia
diria de #%%2 e u4 de n tleres u4a 4ais'valia diria de # tler
; n. ! 4assa da 4ais'valia ,roduGida R ,ortanto igual F 4ais'valia
Kue a Pornada de trabalho do trabalhador individual Iornece2

1/4

4ulti,licada ,elo nM4ero dos trabalhadores e4,regados. Has
co4o2 alR4 disso2 dado o valor da Ior/a de trabalho2 a 4assa de
4ais'valia ,roduGida ,elo trabalhador individual R deter4inada
,ela ta;a de 4ais'valia2


segue'se da3 esta ,ri4eira lei9 ! 4assa da 4ais'valia ,roduGida R
igual F grandeGa do ca,ital varivel adiantado 4ulti,licado ,ela ta;a
de 4ais'valia ou R deter4inada ,ela rela/0o co4,osta entre o nM4ero
das Ior/as de trabalho e;,loradas si4ultanea4ente ,elo 4es4o
ca,i' talista e o grau de e;,lora/0o da Ior/a de trabalho
individual.
5&5
Cha4e4os ,ortanto " a 4assa de 4ais'valia2 m a 4ais'valia
diaria4ente Iornecida e4 4Rdia ,elo trabalhador individual2 v o ca,ital
varivel adiantado diaria4ente ,ara co4,rar u4a Ior/a de
trabalho individual2 V a so4a total do ca,ital varivel2 k o valor de
u4a Ior/a
de trabalho 4Rdia2
a n
a
tr a. a lho e: c edente
o grau de sua e;,lora/0o
tra.alho

necess(rio

e n o nM4ero dos trabalhadores e4,regados. Tere4os ent0o9
m
; V
v
H c
\ ;
a n
; n
a
Pressu,o4os se4,re n0o sQ Kue o valor de u4a Ior/a de trabalho
4Rdia R constante2 4as ta4bR4 Kue os trabalhadores e4,regados ,or
u4 ca,italista s0o reduGidos a trabalhadores 4Rdios. ? casos e;ce,'
cionais e4 Kue a 4ais'valia ,roduGida n0o cresce na ,ro,or/0o do
nM4ero dos trabalhadores e;,lorados2 4as ent0o o valor da Ior/a
de trabalho ta4bR4 n0o ,er4anece constante.
*a ,rodu/0o de deter4inada 4assa de 4ais'valia o
decrRsci4o de u4 Iator ,ode ,or isso ser co4,ensado ,elo acrRsci4o
do outro. Se di4inui o ca,ital varivel e2 ao 4es4o te4,o e na
4es4a ,ro,or/0o2 au4enta a ta;a de 4ais'valia2 a 4assa da 4ais'
valia ,roduGida ,er' 4anece inalterada. Se2 de acordo co4 os
,ressu,ostos anteriores2 o ca,italista te4 de adiantar #%% tleres
,ara e;,lorar diaria4ente #%% trabalhadores e a ta;a de 4ais'valia
R de 5%b2 ent0o esse ca,ital varivel ,ro,orciona u4a 4ais'valia de
5% tleres ou de #%% ; D horas de trabalho. Se a ta;a de 4ais'valia
du,lica ou a Pornada de trabalho se ,rolonga2 e4 veG de 1 a $2 de 1 a
#6 horas2 ent0o o ca,ital varivel reduGido F 4etade2 a 5% tleres2
,ro,orciona igual4ente u4a 4ais'valia de 5% tleres2 ou de 5% ; 1
horas de trabalho. C4a di4inui/0o do ca,ital varivel ,ode2
,ortanto2 ser co4,ensada ,or u4 au4ento ,ro' ,orcional no grau de
e;,lora/0o da Ior/a de trabalho2 ou o decrRsci4o do nM4ero dos
trabalhadores e4,regados ,or ,rolonga4ento ,ro,or' cional do dia
de trabalho. :entro de certos li4ites2 a oIerta de trabalho
MARX
1/'

5&5 *a tradu/0o Irancesa autoriGada2 a segunda ,arte da Irase R Ior4ulada da seguinte 4aneira9
"...( Vou ela R igual ao valor de u4a Ior/a de trabalho2 4ulti,licado ,elo grau de sua
e;,lora/0o e 4ulti,licado ,elo nM4ero das Ior/as de trabalhos si4ultanea4ente e;,loradasW.
"*. da )d. !le40.(

e;,lorvel ,elo ca,ital torna'se2 ,ortanto2 inde,endente da oIerta de
trabalhadores.
5&1
!o contrrio2 u4 decrRsci4o na ta;a de 4ais'
valia dei;a a 4assa da 4ais'valia ,roduGida inalterada2 se
au4enta2 na 4es4a ,ro,or/0o2 a grandeGa do ca,ital varivel ou o
nM4ero dos trabalhadores ocu,ados.
Contudo2 a co4,ensa/0o do nM4ero de trabalhadores ou da gran'
deGa do ca,ital varivel ,ela eleva/0o da ta;a da 4ais'valia ou
,elo ,rolonga4ento da Pornada de trabalho te4 li4ites
intrans,on3veis. SualKuer Kue sePa o valor da Ior/a de trabalho2 se
chega a 6 ou a #% horas o te4,o de trabalho necessrio ,ara
sustentar o trabalhador2 o valor total Kue u4 trabalhador ,ode
,roduGir dia ,or dia R se4,re 4enor do Kue o valor e4 Kue 67 horas
de trabalho se obPetiva42 4enor do Kue #6 ;elins ou 7 tleres2 se
essa Ior a e;,ress0o 4onetria de
67 horas obPetivadas de trabalho. Sob nosso ,ressu,osto anterior2
de Kue 1 horas de trabalho ,or dia s0o reKueridas ,ara re,roduGir a
,rQ,ria Ior/a de trabalho ou re,or o valor do ca,ital adiantado na sua
co4,ra2 u4 ca,ital varivel de 5%% tleres2 Kue e4,rega 5%%
trabalhadores co4 ta;a de 4ais'valia de #%%b ou co4 Pornada de
trabalho de #6 horas2 ,roduG diaria4ente u4a 4ais'valia de 5%%
tleres ou 1 ; 5%% horas de trabalho. C4 ca,ital de #%% tleres2 Kue
e4,rega diaria4ente
#%% trabalhadores co4 ta;a de 4ais'valia de 6%%b ou co4 Pornada de
trabalho de #E horas2 ,roduG a,enas u4a 4assa de 4ais'valia de 6%%
tleres ou #6 ; #%% horas de trabalho. ) seu ,roduto'valor total2 eKui'
valente do ca,ital varivel adiantado 4ais a 4ais'valia2 nunca
,ode alcan/ar2 dia ,or dia2 a so4a de 7%% tleres ou 67 ; #%%
horas de trabalho. li4ite absoluto da Pornada 4Rdia de trabalho2
Kue ,or natureGa se4,re R 4enor Kue 67 horas2 Ior4a u4 li4ite
absoluto F co4,ensa/0o de ca,ital varivel di4inu3do ,or au4ento
da ta;a de 4ais'valia ou de u4 nM4ero reduGido de trabalhadores
e;,lorados ,or u4 acrRsci4o do grau de e;,lora/0o da Ior/a de
trabalho. )ssa segunda lei2 4ais ,al,vel2 R i4,ortante ,ara
e;,licar 4uitos IenY4enos Kue surge4 da tendJncia do ca,ital2 a
ser desenvolvida 4ais tarde2 de reduGir tanto Kuanto ,oss3vel o
nM4ero de trabalhadores ,or ele e4' ,regados2 ou sePa2 seu
co4,onente varivel convertido e4 Ior/a de trabalho2 e4
contradi/0o co4 sua outra tendJncia de ,roduGir a 4aior 4assa
,oss3vel de 4ais'valia. Pelo contrrio. Se a 4assa das Ior/as de
trabalho e4,regadas ou a grandeGa do ca,ital varivel cresce2 4as
n0o na 4es4a ,ro,or/0o e4 Kue cai a ta;a de 4ais'valia2 di4inui
a 4assa da 4ais'valia ,roduGida.
C4a terceira lei decorre da deter4ina/0o da 4assa de 4ais'valia
5&1 )ssa lei ele4entar ,arece ser desconhecida aos senhores da )cono4ia vulgar Kue2 ao
contrrio de !rKui4edes2 acredita4 ter encontrado2 na deter4ina/0o dos ,re/os de 4ercado
do trabalho ,ela de4anda e ,ela oIerta2 o ,onto n0o ,ara levantar o 4undo de seu Iulcro2
4as si4 ,ara o ,aralisar.
,roduGida ,elos dois Iatores2 ta;a de 4ais'valia e grandeGa do ca,ital
varivel adiantado. :ados a ta;a de 4ais'valia ou o grau de e;,lora/0o
da Ior/a de trabalho e o valor da Ior/a de trabalho ou a grandeGa
do te4,o de trabalho necessrio2 R evidente Kue Kuanto 4aior o
ca,ital varivel2 tanto 4aior a 4assa de valor e de 4ais'valia
,roduGidos. Se
o li4ite da Pornada de trabalho R dado assi4 co4o o li4ite de sua
,arte necessria2 a 4assa de valor e de 4ais'valia Kue u4 ca,italista
individual ,roduG de,ende2 co4o R Qbvio2 e;clusiva4ente da 4assa de
trabalho Kue ,=e e4 4ovi4ento. )sta2 ,or sua ,arte2 de,ende2 sob os
,ressu,ostos dados2 da 4assa de Ior/a de trabalho ou do nM4ero
de trabalhadores Kue ele e;,lora2 e esse nM4ero ,or sua veG R
deter4inado ,ela grandeGa do ca,ital varivel ,or ele adiantado.
:ados a ta;a de 4ais'valia e o valor da Ior/a de trabalho2 as
4assas de 4ais'valia ,roduGidas estar0o2 assi42 e4 raG0o direta
Fs grandeGas dos ca,itais variveis adiantados. Pois be42 sabe'se
Kue o ca,italista divide o seu ca,ital e4 duas ,artes. C4a ,arte
des,ende co4 4eios de ,rodu/0o. )ssa R a ,arte constante de seu
ca,ital. ! outra ,arte converte e4 Ior/a de trabalho viva. )ssa
,arte constitui seu ca,ital varivel. Co4 base no 4es4o 4odo de
,rodu/0o2 diIere a divis0o do ca,ital e4 seus co4,onentes constante e
varivel nos diversos ra4os de ,rodu/0o. :en' tro do 4es4o ra4o de
,rodu/0o2 essa ,ro,or/0o varia ao variar a base tRcnica e a co4bina/0o
social do ,rocesso de ,rodu/0o. Has co4o Kuer Kue u4 ca,ital dado
se deco4,onha e4 ,arte constante e varivel2 relacionando'se a
Mlti4a ,ara a ,ri4eira co4o # 9 62 # 9 #%2 ou # 9 :2
a lei Kue acaba4os de Ior4ular n0o R aIetada2 u4a veG Kue2
segundo
nossa anlise anterior2 o valor do ca,ital constante rea,arece no valor
do ,roduto2 4as n0o entra no novo ,roduto'valor criado. Para utiliGar
# %%% Iiandeiros2 s0o necessrios natural4ente 4ais 4atRrias',ri4as2
Iusos etc.2 do Kue ,ara utiliGar #%%. valor desses 4eios de ,rodu/0o
a sere4 adicionados ,orR4 ,ode subir2 cair2 ,er4anecer inalterado2
ser grande ou ,eKueno2 4as ele ,er4anece se4 nenhu4a
inIluJncia sobre o ,rocesso de valoriGa/0o das Ior/as de trabalho
Kue os ,=e4 e4 4ovi4ento. ! lei constatada aci4a assu4e2
,ortanto2 a seguinte Ior4a9 as 4assas de valor e 4ais'valia
,roduGidas ,or diIerentes ca' ,itais est0o co4 dado valor da Ior/a
de trabalho e igual grau de e;' ,lora/0o da 4es4a2 e4 raG0o
direta Fs grandeGas dos co4,onentes variveis desses ca,itais2 isto
R2 de seus co4,onentes transIor4ados e4 Ior/a de trabalho viva.
)ssa lei o,=e'se evidente4ente a toda e;,eriJncia baseada na
4era a,arJncia. Todo 4undo sabe Kue u4 Iabricante de Iios Kue2 con'
siderando'se a ,orcentage4 do ca,ital total a,licado2 utiliGa
relativa' 4ente 4uito ca,ital constante e ,ouco varivel2 n0o
obtR42 ,or isso2 u4 lucro ou u4a 4ais'valia 4enor Kue u4
,adeiro Kue ,=e e4 4o' vi4ento relativa4ente 4uito ca,ital
varivel e ,ouco constante. Para resolver essa contradi/0o a,arente
necessita4'se ainda 4uitos ter4os
inter4edirios2 do 4es4o 4odo Kue2 do ,onto de vista da lgebra
ele4entar2 4uitos ter4os inter4edirios s0o necessrios ,ara se
co4,reender Kue
%
%
,ode re,resentar u4a grandeGa real. )4bora
nunca tenha Ior4ulado essa lei2 a )cono4ia clssica instintiva4ente
a,ega'se a ela ,orKue R u4a conseKOJncia necessria da lei do valor
e4 geral. Procura salv'la 4ediante abstra/0o Ior/ada das
contra' di/=es da a,arJncia. Hais adiante
5&&
vere4os co4o a
escola de Ri' cardo tro,e/ou nessa ,edra. ! )cono4ia vulgar Kue
Vreal4ente nada te4 a,rendidoW
5&E
insiste aKui2 co4o e4 tudo2 na
a,arJncia2 contra
a lei Kue a rege. )4 o,osi/0o a )s,inosa2 ela acredita Kue Va
igno' rUncia R u4a raG0o suIicienteW.
5&$
trabalho Kue o ca,ital total de u4a sociedade ,=e e4
4ovi' 4ento2 dia a dia2 ,ode ser considerado u4a Mnica Pornada de
trabalho. Se2 ,or e;e4,lo2 o nM4ero de trabalhadores R de # 4ilh0o e
a Pornada de trabalho 4Rdia de u4 trabalhador R de #% horas2 a
Pornada de trabalho social ser de #% 4ilh=es de horas. :ada a
dura/0o desta Pornada de trabalho2 a 4assa de 4ais'valia sQ ,ode
ser au4entada ,or 4eio do au4ento do nM4ero de trabalhadores2 isto
R2 da ,o,ula/0o trabalhadora. cresci4ento da ,o,ula/0o constitui
aKui o li4ite 4a' te4tico da ,rodu/0o de 4ais'valia ,elo ca,ital
total social. Pelo con' trrio. Co4 dada grandeGa da ,o,ula/0o2 esse
li4ite ser constitu3do ,elo ,rolonga4ento ,oss3vel da Pornada de
trabalho.
5E%
Ver'se' no ca' ,3tulo seguinte Kue essa lei sQ vale ,ara a
Ior4a da 4ais'valia de Kue trata4os atR agora.
:a considera/0o Ieita atR agora sobre a ,rodu/0o da 4ais'valia
resulta Kue n0o se ,ode transIor4ar KualKuer so4a de dinheiro ou de
valor e4 ca,ital2 4as Kue essa transIor4a/0o ,ressu,=e certo 43ni4o
de dinheiro ou de valor de troca nas 40os do ,ossuidor individual
de dinheiro ou de 4ercadorias. 43ni4o de ca,ital varivel R o
,re/o de custo de u4a Ior/a individual de trabalho Kue2 durante o ano
inteiro2 dia a dia2 R desgastada ,ara a obten/0o de 4ais'valia. Se
esse traba'
5&& Por4enores sobre isso no +ivro Suatro.
5&E i)les nada a,rendera4 e nada esKuecera4i2 dito de Talle-rand sobre os e4igrantes aris'
tocrticos retornados F Fran/a de,ois da restaura/0o do do43nio dos Bourbons no ano de
#E#52 Kue tentara4 reto4ar sua ,ro,riedade Iundiria e obrigar os ca4,oneses a assu4ir
de novo suas obriga/=es Ieudais. "*. da )d. !le40.(
5&$ i! ignorUncia R u4a raG0o suIiciente.i L *o a,Jndice F ,ri4eira ,arte de sua obra =tica2
)s,inosa Iala de Kue a ignorUncia no R raG0o suIiciente e co4 isso dirige'se contra
os re,resentantes da vis0o clerical'teleolQgica da *atureGa2 Kue coloca4 co4o causa das
causas de todos os IenY4enos a Vvontade de :eusW2 e cuPo Mnico argu4ento ,ara isso era a
a,ela/0o
F ignorUncia de outras causas. "*. da )d. !le40.(
5E% i trabalho de u4a sociedade2 isto R2 o te4,o e4,regado na econo4ia2 re,resenta
u4a grandeGa dada2 diga4os #% horas ,or dia de # 4ilh0o de ,essoas ou #% 4ilh=es de
horas. "...( ca,ital R li4itado e4 seu cresci4ento. )4 cada ,er3odo dado2 esse li4ite
consiste na e;tens0o real do te4,o e4,regado na econo4ia.i "An *ssaD in the
Political *conomD of ?ations! +ondres2 #E6#. ,. 7&'7$.(
lhador estivesse de ,osse de seus ,rQ,rios 4eios de ,rodu/0o e se
contentasse e4 viver co4o trabalhador2 bastar'lhe'ia trabalhar o te4,o
necessrio ,ara re,roduGir seus 4eios de subsistJncia2 diga4os2 E horas
,or dia. Portanto2 ,recisaria a,enas de 4eios de ,rodu/0o ,ara E horas
de trabalho. !o contrrio2 o ca,italista Kue o IaG e;ecutar 7 horas
de 4ais'trabalho alR4 daKuelas E horas ,recisa de u4a so4a de
dinheiro adicional ,ara adKuirir os 4eios de ,rodu/0o adicionais.
:e acordo co4 nossa su,osi/0o2 ,orR42 teria de e4,regar dois
trabalhadores ,ara ,oder viver da 4ais'valia a,ro,riada diaria4ente2
co4o u4 trabalha' dor2 isto R2 ,ara ,oder satisIaGer as suas
necessidades indis,ensveis. *esse caso2 a Iinalidade de sua ,rodu/0o
seria a 4era subsistJncia2 e n0o a 4ulti,lica/0o da riKueGa2 e esta
Mlti4a est ,ressu,osta na ,rodu/0o ca,italista. Para ,oder viver
duas veGes 4elhor do Kue u4 trabalhador co4u4 e retransIor4ar a
4etade da 4ais'valia ,roduGida e4 ca,ital2 ele teria de 4ulti,licar
,or E ao 4es4o te4,o o nM4ero de trabalhadores e o 43ni4o do
ca,ital adiantado. *o entanto2 ele 4es4o ,ode2 co4o seu
trabalhador2 ,artici,ar direta4ente do ,rocesso de ,rodu/0o2 4as
ent0o ser a,enas u4 4eio'ter4o entre ca,italista
e trabalhador2 u4 V,eKueno ,atr0oW. Certo grau de
desenvolvi4ento da ,rodu/0o ca,italista e;ige Kue o ca,italista
,ossa a,licar todo o te4,o2 durante o Kual Iunciona co4o
ca,italista2 isto R2 co4o ca,ital ,ersoniIicado2 F a,ro,ria/0o e
,ortanto ao controle do trabalho alheio
e F venda dos ,rodutos desse trabalho.
5E#
siste4a cor,orativo da
Idade HRdia ,rocurou i4,edir coercitiva4ente a transIor4a/0o do
4es' tre'artes0o e4 ca,italista2 li4itando a u4 4;i4o 4uito
reduGido o nM4ero de trabalhadores Kue u4 4estre individual
,odia e4,regar.
,ossuidor de dinheiro ou de 4ercadorias sQ se transIor4a real4ente
e4 ca,italista Kuando a so4a 43ni4a adiantada ,ara a ,rodu/0o
ul' tra,assa de 4uito o 4;i4o 4edieval. !Kui2 co4o nas ciJncias
natu' rais2 co4,rova'se a e;atid0o da lei descoberta ,or ?egel2 e4 sua
+Qgica2
5E# i arrendatrio n0o deve de,ender do seu ,rQ,rio trabalho^ e se assi4 o IiGer2 estar2 na
4inha o,ini0o2 ,erdendo. Sua atividade deve consistir na su,ervis0o do conPunto9 h de
,restar aten/0o a seu debulhador2 ,ois sen0o e4 breve estar ,erdido o salrio ,ago ,or
cereal Kue n0o Ioi debulhado^ do 4es4o 4odo seus ceiIeiros2 segadores etc. tJ4 de ser
su,ervisionados^ necessita revisar continua4ente suas cercas^ te4 de cuidar ,ara Kue nada
sePa negligenciado^ o Kue ser o caso se se li4itar a u4 Mnico ,onto.i "!RBCT?*T2
J. An *nCuirD into the Connection .etAeen the Price of Provisions and the <i&e of
$arms etc! B- a Far4er. +ondres2 #&&D. ,. #6.( )sse escrito R 4uito interessante. *ele
,ode'se estudar
a gJnese do capitalist farmer
P
ou merchant farmer2
PP
co4o R cha4ado e;,ressa4ente2 e
escutar sua autogloriIica/0o e4 conIronto co4 o small farmer,
PPP
cuPo obPetivo essencial R
a subsistJncia. V! classe ca,italista R liberada de in3cio ,arcial4ente e ,or Ii4 total4ente
da necessidade do trabalho 4anual.W "Te:t.ook of %ectures on the Pol! *conomD of ?ations!
B- the Rev. Richard Jones. ?ertIord2 #E56. +ecture III2 ,. D$.(
P
!gricultor ca,italista. "*. dos T.(
PP
!gricultor 4ercantil. "*. dos T.(
PPP
PeKueno agricultor. "*. dos T.(
de Kue 4odiIica/=es 4era4ente Kuantitativas e4 certo ,onto se trans'
Ior4a4 e4 diIeren/as Kualitativas.
5E6
43ni4o da so4a de valor Kue deve dis,or u4 ,ossuidor
indi' vidual de dinheiro ou de 4ercadorias ,ara 4eta4orIosear'se
e4 ca' ,italista varia e4 diIerentes graus de desenvolvi4ento da
,rodu/0o ca,italista e2 dado o grau de desenvolvi4ento2 R diIerente nas
diIerentes esIeras de ,rodu/0o2 conIor4e as condi/=es tRcnicas
es,ec3Iicas de cada u4a. Certas esIeras de ,rodu/0o e;ige4 P nas
,ri4eiras eta,as da ,rodu/0o ca,italista u4 43ni4o de ca,ital Kue
ainda n0o se encontra e4 40os de indiv3duos isolados. Isso leva2
e4 ,arte2 o )stado a sub' sidiar tais ,articulares2 co4o na Fran/a
no te4,o de Colbert e e4 alguns )stados ale40es atR a nossa
R,oca2 e4 ,arte F constitui/0o de sociedades co4 4ono,Qlio legal ,ara
e;,lorar deter4inados ra4os in' dustriais e co4erciais
5ED
L as
,recursoras das 4odernas sociedades ,or a/=es.
*0o nos detere4os e4 detalhes das 4odiIica/=es Kue a
rela/0o entre ca,italista e trabalhador assalariado soIreu no curso do
,rocesso de ,rodu/0o2 ne42 ,ortanto2 nas de4ais deter4ina/=es
conseKOentes do ,rQ,rio ca,ital. !,enas destacare4os aKui alguns
,oucos ,ontos ,rinci,ais.
:entro do ,rocesso de ,rodu/0o2 o ca,ital evoluiu ,ara o co4ando
sobre o trabalho2 isto R2 sobre a Ior/a de trabalho e4 atividade2 ou
sePa2 sobre o ,rQ,rio trabalhador. ca,ital ,ersoniIicado2 o ca,italista2
cuida de Kue o trabalhador e;ecute seu trabalho ordenada4ente e co4
o grau adeKuado de intensidade.
ca,ital evolui2 alR4 disso2 ,ara u4a rela/0o coercitiva Kue
obriga a classe trabalhadora a e;ecutar 4ais trabalho do Kue e;igia
o estreito c3rculo de suas ,rQ,rias necessidades vitais. ) co4o ,rodutor
de laboriosidade alheia2 e;trator de 4ais'trabalho e e;,lorador da Ior/a
de trabalho2 o ca,ital su,era e4 energia2 e;orbitUncia e eIiccia todos
os siste4as de ,rodu/0o anteriores baseados e4 trabalho Ior/ado direto.
:e in3cio2 o ca,ital sub4ete o trabalho ao seu do43nio nas
con' di/=es tRcnicas e4 Kue o encontra historica4ente. *0o altera2
,ortanto2 i4ediata4ente o 4odo de ,rodu/0o. ! ,rodu/0o da 4ais'valia
na Ior4a
5E6 ! teoria 4olecular a,licada ,ela Su34ica 4oderna e desenvolvida cientiIica4ente2 ,ela
,ri4eira veG2 ,or +aurent e Gerhardt2 n0o se baseia e4 outra lei. L o!dita4ento F
Dk edi/0op L Para esclarecer essa anota/0o2 bastante obscura ,ara Kue4 n0o R
Ku34ico2 ob' serva4os Kue o autor Iala aKui das VsRries ho4QlogasW de co4,ostos de
hidrocarbonetos2
assi4 deno4inados ,ela ,ri4eira veG ,or C. Gerhardt e4 #E7D2 cada u4a das Kuais
te4 sua ,rQ,ria IQr4ula algRbrica de co4,osi/0o. !ssi4 a sRrie das ,araIinas9 Cn?6na6^
a dos lcoois nor4ais9 Cn?6na6^ a dos cidos gra;os nor4ais9 Cn?6n6 e 4uitas
outras. *os e;e4,los aci4a2 obtR4'se cada veG u4 cor,o Kualitativa4ente diIerente
4ediante si4,les adi/0o Kuantitativa de C?6 F IQr4ula 4olecular. Suanto F ,artici,a/0o
de +aurent e Ger' hardt2 sobresti4ada ,or Har;2 na veriIica/0o desse Iato i4,ortante2 ver
KPP. *ntAicklun2 der Chemie! HuniKue2 #E&D. ,. &%$'&#1^ e SC?R+)HH)R. -ise and
Pro2ress of r2anic ChemistrD! +ondres2 #E&$. ,. 57. L F. ).
5ED Hartin +uther cha4a a tais institui/=es de VSociedade "onopoliaW.
observada atR agora2 4ediante si4,les ,rolonga4ento do dia de tra'
balho2 ,arecia2 ,or isso2 inde,endente de KualKuer 4udan/a do ,rQ,rio
4odo de ,rodu/0o. *0o era 4enos eIicaG na ,adaria antiga do Kue na
4oderna Iia/0o de algod0o.
)ncarado o ,rocesso de ,rodu/0o do ,onto de vista do
,rocesso de trabalho2 o trabalhador se co4,ortava ,ara co4 os
4eios de ,ro' du/0o n0o co4o ca,ital2 4as co4o si4,les 4eio e
4aterial ,ara sua atividade ,rodutiva racional. *u4 curtu4e2 ,or
e;e4,lo2 trata as ,eles co4o 4ero obPeto de seu trabalho. *0o R ao
ca,italista Kue ele curte
a ,ele. Tudo R diIerente Kuando observa4os o ,rocesso de
,rodu/0o do ,onto de vista do ,rocesso de valoriGa/0o. s 4eios de
,rodu/0o transIor4ara4'se i4ediata4ente e4 4eios ,ara a absor/0o
de trabalho alheio. *0o R 4ais o trabalhador Kue4 e4,rega os 4eios
de ,rodu/0o2 4as os 4eios de ,rodu/0o Kue e4,rega4 o
trabalhador. )4 veG de sere4 consu4idos ,or ele co4o ele4entos
4ateriais de sua atividade ,rodutiva2 s0o eles Kue o conso4e4
co4o Ier4ento de seu ,rQ,rio ,rocesso vital2 e o ,rocesso vital do
ca,ital consiste a,enas e4 seu 4ovi4ento co4o valor Kue valoriGa a
si 4es4o. Fornos de Iundi/0o e ediI3cios de trabalho Kue se i4obiliGa4
F noite e n0o absorve4 nenhu4 trabalho vivo s0o V4era ,erdaW "mere
loss( ,ara o ca,italista. Por isso2 Iornos de Iundi/0o e ediI3cios de
Ibrica constitue4 u4 Vdireito de e;igir trabalho noturnoW das Ior/as
de trabalho. ! 4era transIor4a/0o do dinheiro e4 Iatores obPetivos
do ,rocesso de ,rodu/0o2 e4 4eios de ,rodu/0o2 torna os Mlti4os
t3tulos Pur3dicos e t3tulos coercitivos ao trabalho e 4ais'trabalho
alheios. Co4o essa invers0o2 ,articular e ca' racter3stica da ,rodu/0o
ca,italista2 essa distor/0o da rela/0o entre trabalho 4orto e vivo2
entre valor e Ior/a criadora do valor2 se reIlete na consciJncia das
cabe/as ca,italistas ser Iinal4ente 4ostrado ,or 4ais u4 e;e4,lo.
:urante a revolta inglesa dos Iabricantes de #E7E`5%2 escreveu
Vo cheIe da Iia/0o de linho e algod0o e4 Paisle-2 u4a das
4ais antigas e res,eitveis Iir4as da )scQcia ocidental2 a
co4' ,anhia Carl-le2 Filhos v Cia.2 e;istente desde #&56 e
dirigida ,or gera/0o a,Qs gera/0o da 4es4a Ia43liaW L
esse 2entleman e;tre4a4ente inteligente escreveu u4a carta
5E7
ao
,las2oA DailD "ail de 65 de abril de #E7$2 sob o t3tulo V
siste4a de turnoW2 na Kual se encontra2 entre outras2 a seguinte
,assage4 de u4a ingenuidade grotesca9
VConsidere4os agora os 4ales Kue decorre4 de u4a redu/0o
do te4,o de trabalho de #6 ,ara #% horas. "...( )les r4onta4n ao
5E7 -eports of /nsp! of $act! for XNth April 789E! ,. 5$.
dano 4ais sRrio das ,ers,ectivas e da ,ro,riedade do Iabricante.
Se eleW "isto R2 suas V40osW( Vtrabalhava #6 horas e R li4itado
a #%2 ent0o cada #6 4Kuinas ou Iusos e4 seu
estabeleci4ento
s0o reduGidos a #% "then everD 7V machines or spindles, in
his esta.lishment, shrink to 7N(2 e se Kuisesse vender sua
Ibrica2 seria4 avaliados a,enas co4o #%2 de 4odo Kue seria
subtra3da2 e4 todo o ,a3s2 a se;ta ,arte do valor de cada
IbricaW.
5E5
*esse cRrebro ca,italista hereditaria4ente condicionado2 da )s'
cQcia ocidental2 o valor dos 4eios de ,rodu/0o2 Iusos etc.2 conIunde'se
tanto co4 sua ,ro,riedade de ca,ital de valoriGar a si 4es4o ou
de tragar diaria4ente deter4inado Cuantum de trabalho alheio
gratuito2 Kue o cheIe da casa Carl-le v Co. ,resu4e real4ente
Kue2 ao vender sua Ibrica2 ser'lhe'ia ,ago n0o sQ o valor dos
Iusos2 4as alR4 disso sua valoriGa/0o2 n0o sQ o trabalho contido
neles e necessrio ,ara ,ro' duGir Iusos do 4es4o ti,o2 4as ta4bR4 o
4ais'trabalho Kue eles aPu' da4 a e;trair diaria4ente dos honrados
escoceses de Paisle-. )2 ,or isso2 ele ,ensa Kue2 reduGindo'se a
Pornada de trabalho e4 6 horas2 o ,re/o de venda de cada #6
4Kuinas de Iiar se contrairia ao de #%.
5E5 p! cit!, ,. 1%. ins,etor de Ibrica Stuart2 ta4bR4 escocJs e2 ao contrrio dos ins,etores
de Ibrica ingleses2 inteira4ente i4bu3do da Ior4a de ,ensar ca,italista2 observa
e;,res' sa4ente Kue essa carta2 Kue incor,ora a seu relatQrio2 V[ a co4unica/0o 4ais
Mtil Ieita ,or KualKuer dos Iabricantes Kue e4,rega4 o siste4a de turnos e a 4ais
be4 concebida
,ara re4over os ,reconceitos e escrM,ulos contra aKuele siste4aW.

SEO IV
A PRODUO DA MAISCVALIA RELATIVA

105

CAPTULO X
CONCEITO DA MAISCVALIA RELATIVA
A ,arte da Pornada de trabalho Kue a,enas ,roduG u4
eKuivalente do valor da Ior/a de trabalho ,ago ,elo ca,ital Ioi atR
agora ,or nQs considerada u4a grandeGa constante2 o Kue ela
real4ente R sob condi/=es de ,rodu/0o dadas2 e4 dado grau de
desenvolvi4ento econY4ico da so' ciedade. Para alR4 desse te4,o
de trabalho necessrio2 o trabalhador ,odia trabalhar 62 D2 72 1
horas etc. :a grandeGa desse ,rolonga4ento de,endia4 a ta;a de
4ais'valia e a dura/0o da Pornada de trabalho. Se
o te4,o de trabalho necessrio era constante2 a Pornada de trabalho
total2 ao contrrio2 era varivel. Su,onha agora u4a Pornada de
trabalho2 cuPa dura/0o e cuPa divis0o e4 trabalho necessrio e
4ais'trabalho sePa4 dadas. ! linha ac2 ou sePa2 a . c2
re,resenta2 ,or e;e4,lo2 u4a Pornada de trabalho de #6 horas^ o
seg4ento a. #% horas de trabalho necessrio2 o seg4ento .c 6 horas
de 4ais'trabalho. Co4o se ,ode au4entar a ,rodu/0o de 4ais'valia2
isto R2 ,rolongar o 4ais'tra' balho2 se4 KualKuer ,rolonga4ento ou
inde,endente4ente de KualKuer ,rolonga4ento de acZ
!,esar dos li4ites dados da Pornada de trabalho ac2 ,arece
Kue se ,ode ,rolongar o seg4ento .c n0o estendendo'o alR4 de seu
,onto Iinal c2 Kue R2 ao 4es4o te4,o2 o ,onto Iinal da Pornada de
trabalho ac2 4as si4 deslocando seu ,onto inicial . na dire/0o
o,osta ,ara a. Su,onha Kue .S . na linha a .S . c
sePa igual F 4etade de .c2 ou sePa2 igual a # hora de trabalho. Se na
Pornada de trabalho de #6 horas ac o ,onto . se desloca ,ara .S,
.c ser ,ro' longado ,ara .c2 o 4ais'trabalho ser au4entado de
4etade2 de 6 horas ,ara D2 e4bora a Pornada de trabalho dure2
de,ois co4o antes2 a,enas #6 horas. )ssa e;tens0o do 4ais'trabalho
de .c ,ara .Sc2 de 6 horas ,ara D2 R ,orR4 evidente4ente
i4,oss3vel se4 o trabalho ne' cessrio contrair'se de a. ,ara a.S2 de
#% horas ,ara $. ,rolonga4ento do 4ais'trabalho corres,onderia F
redu/0o do trabalho necessrio2 ou sePa2 u4a ,arte do te4,o de

106

trabalho Kue o trabalhador atR agora

utiliGava de Iato2 ,ara si 4es4o2 transIor4a'se e4 te4,o de trabalho
,ara o ca,italista. Kue teria 4udado n0o seria a dura/0o da Pornada
de trabalho2 4as sua divis0o e4 trabalho necessrio e 4ais'trabalho.
Por outro lado2 a grandeGa do 4ais'trabalho R evidente4ente
dada2 co4 dada grandeGa da Pornada de trabalho e dado valor da Ior/a
de trabalho. valor da Ior/a de trabalho2 isto R2 o te4,o de
trabalho e;igido ,ara ,roduGi'la2 deter4ina o te4,o de trabalho
necessrio ,ara re,rodu/0o de seu valor. Se # hora de trabalho se
re,resenta nu4 Cuantum de ouro de #`6 ;eli4 ou 1 ,ence e o valor da
Ior/a de trabalho 4onta a 5 ;elins2 o trabalhador te4 de trabalhar
#% horas ,or dia ,ara re,or o valor dirio de sua Ior/a de trabalho
,ago ,elo ca,ital ou ,ara ,roduGir u4 eKuivalente do valor dos seus
4eios de subsistJncia diaria4ente necessrios. Co4 o valor desses
4eios de subsistJncia R dado o valor de sua Ior/a de trabalho2
5E1
co4 o valor de sua Ior/a de trabalho R dado seu te4,o de trabalho
necessrio. ! grandeGa do 4ais' trabalho obtR4'se2 ,orR42
subtraindo da Pornada de trabalho total o te4,o de trabalho
necessrio. Subtraindo'se #% horas de #6 Iica4 62
e n0o se ,ode ver co4o2 nas condi/=es dadas2 o 4ais'trabalho ,ode
ser ,rolongado alR4 de 6 horas. *a verdade2 o ca,italista ,ode ,agar
ao trabalhador2 e4 veG de 5 ;elins2 7 ;elins e 1 ,ence ou 4enos ainda.
Para re,roduGir esse valor de 7 ;elins e 1 ,ence bastaria4 $
horas de trabalho2 cabendo assi4 ao 4ais'trabalho D horas e4 veG
de 6 da Pornada de trabalho de #6 horas e au4entando'se a ,rQ,ria
4ais'valia de # ;eli4 ,ara # ;eli4 e 1 ,ence. Has esse resultado
so4ente seria obtido 4ediante co4,ress0o do salrio do trabalhador
abai;o do valor de sua Ior/a de trabalho. Co4 os 7 ;elins e 1
,ence Kue ,roduG e4 $ horas2 ele dis,=e de #`#% 4enos 4eios de
subsistJncia do Kue antes2
e assi4 a re,rodu/0o de sua Ior/a de trabalho sQ se d de 4aneira
atroIiada. 4ais'trabalho neste caso a,enas seria ,rolongado ,or ul'
tra,assar seus li4ites nor4ais2 seu do43nio sQ se e;,andiria
usur,ando ,arte do do43nio do trabalho necessrio. !,esar do
,a,el i4,ortante Kue esse 4Rtodo dese4,enha no 4ovi4ento real do
salrio2 ele R aKui e;clu3do ,elo ,ressu,osto de Kue as 4ercadorias2
inclusive ,ortanto a Ior/a de trabalho2 sePa4 co4,radas e vendidas
,or seu ,leno valor.
5E1 valor do salrio 4Rdio dirio deter4ina'se ,elo Kue o trabalhador ,recisa V,ara viver2
trabalhar e re,roduGir'seW. "P)TT>2 <illia4. Political AnatomD of /reland! #1&6. ,. 17.( V
,re/o do trabalho R se4,re deter4inado ,elo ,re/o dos 4eios de subsistJncia necessrios.W
trabalhador n0o recebe o salrio adeKuado VKuando "...( o salrio do trabalhador n0o
basta ,ara ali4entar u4a Ia43lia t0o grande co4o costu4a ser o destino de 4uitos deles2
de acordo co4 sua bai;a condi/0o social e sua situa/0o de trabalhadoresW. "V!*:)R+I*T2 J.
p! cit!2 ,. #5.( V si4,les trabalhador Kue nada ,ossui alR4 dos seus bra/os e de sua
a,lica/0o nada te4 a n0o ser Kuando consegue vender seu trabalho a outros. "...( )4
MARX
100

KualKuer es,Rcie de trabalho te4 de ocorrer2 e de Iato ocorre2 Kue o salrio do trabalhador
Iica li4itado ao Kue ele ,recisa ,ara seu sustento.W "TCRGT. -#fle:ions etc! In9
euvres! )d. :aire2 t. I2 ,. #%.( V ,re/o dos 4eios de subsistJncia R2 de Iato2 igual aos
custos da
,rodu/0o do trabalho.W "H!+T?CS. /nCuirD into etc! -ent! +ondres2 #E#5. ,. 7E2 nota.(

101
OS ECONOMISTAS
C4a veG ad4itido isso2 o te4,o de trabalho necessrio ,ara ,roduGir
a Ior/a de trabalho ou ,ara re,roduGir seu valor ,ode di4inuir2
n0o ,orKue o salrio do trabalhador cai abai;o do valor de sua
Ior/a de trabalho2 4as sQ ,orKue esse ,rQ,rio valor cai. Co4 a
dura/0o da Pornada de trabalho dada o ,rolonga4ento do 4ais'
trabalho te4 de decorrer da redu/0o do trabalho necessrio e n0o do
contrrio2 ou sePa2
a redu/0o do trabalho necessrio do ,rolonga4ento do 4ais'trabalho.
)4 nosso e;e4,lo2 o valor da Ior/a de trabalho real4ente te4 de cair
de #`#% ,ara Kue o te4,o de trabalho necessrio di4inua de #`#%2 de
#% horas ,ara $2 e assi4 se ,rolongue o 4ais'trabalho de 6 horas
,ara D.
PorR42 tal di4inui/0o do valor da Ior/a de trabalho de #`#%
re'
Kuer2 ,or sua veG2 Kue se ,roduGa e4 $ horas a 4es4a
Kuantidade de 4eios de subsistJncia Kue antes se ,roduGia e4 #%.
Isso ,orR4 R i4,oss3vel2 se4 au4entar a Ior/a ,rodutiva do trabalho.
Co4 os 4eios dados2 u4 sa,ateiro ,ode2 ,or e;e4,lo2 IaGer u4 ,ar
de botas nu4a Pornada de trabalho de #6 horas. Para IaGer2 no
4es4o te4,o2 dois ,ares de botas2 te4 de du,licar'se a Ior/a
,rodutiva de seu trabalho2
e ela n0o ,ode du,licar'se se4 altera/0o e4 seus 4eios de
trabalho ou e4 seu 4Rtodo de trabalho2 ou e4 a4bos ao 4es4o
te4,o. Por isso te4 de ocorrer u4a revolu/0o nas condi/=es de
,rodu/0o de seu trabalho2 isto R2 e4 seu 4odo de ,rodu/0o2 e
,ortanto no ,rQ,rio ,ro' cesso de trabalho. )ntende4os aKui ,or
au4ento da Ior/a ,rodutiva do trabalho e4 geral u4a altera/0o no
,rocesso de trabalho2 ,ela Kual se reduG o te4,o de trabalho
social4ente necessrio ,ara ,roduGir u4a 4ercadoria2 Kue u4 4enor
Cuantum de trabalho adKuira ,ortanto
a Ior/a ,ara ,roduGir u4 4aior Cuantum de valor de uso.
5E&
)nKuanto
,ois na ,rodu/0o da 4ais'valia2 na Ior4a atR aKui considerada2 o 4odo
de ,rodu/0o R su,osto co4o dado2 n0o basta de 4odo algu42 ,ara
,roduGir 4ais'valia 4ediante a transIor4a/0o do trabalho
necessrio e4 4ais'trabalho2 Kue o ca,ital se a,odere do ,rocesso
de trabalho e4 sua Ior4a historica4ente herdada ou P e;istente2 e
a,enas alongue sua dura/0o. Te4 de revolucionar as condi/=es
tRcnicas e sociais do ,rocesso de trabalho2 ,ortanto o ,rQ,rio 4odo
de ,rodu/0o2 a Ii4 de au4entar a Ior/a ,rodutiva do trabalho2
4ediante o au4ento da Ior/a ,rodutiva do trabalho reduGir o valor
da Ior/a de trabalho2 e assi4 encurtar ,arte da Pornada de
trabalho necessria ,ara a re,rodu/0o deste valor.
! 4ais'valia ,roduGida ,elo ,rolonga4ento da Pornada de tra'

MARX
102

5E& iSuando os oI3cios se a,erIei/oa42 isso n0o signiIica outra coisa Kue a descoberta de novos
ca4inhos ,ara Kue se ,ossa Iabricar u4 ,roduto co4 4enos ,essoas ou "o Kue R o 4es4o(
e4 4enos te4,o Kue antes.i "G!+I!*I. p! cit!2 ,. #5E'#5$.( V! redu/0o dos custos
da ,rodu/0o n0o ,ode ser outra coisa sen0o a econo4ia da Kuantidade de trabalho
a,licada
na ,rodu/0o.W "SISH*:I. =tudes etc! t. I2 ,. 66.(

113
OS ECONOMISTAS
balho cha4o de 4ais'valia absoluta^ a 4ais'valia Kue2 ao contrrio2
decorre da redu/0o do te4,o de trabalho e da corres,ondente 4udan/a
da ,ro,or/0o entre os dois co4,onentes da Pornada de trabalho cha4o
de 4ais'valia relativa.
Para Kue di4inua o valor da Ior/a de trabalho2 o au4ento
da Ior/a ,rodutiva te4 de atingir ra4os industriais cuPos ,rodutos
deter' 4ina4 o valor da Ior/a de trabalho2 Kue2 ,ortanto2 ou
,erten/a4 F esIera dos 4eios de subsistJncia costu4eiros ou ,ossa4
substitu3'los. Has o valor de u4a 4ercadoria n0o R deter4inado
a,enas ,elo Cuan- tum de trabalho Kue lhe d sua Ior4a deIinitiva2
4as ta4bR4 ,ela 4assa de trabalho contida e4 seus 4eios de
,rodu/0o. valor de u4a bota2 ,or e;e4,lo2 n0o se deter4ina
a,enas ,elo trabalho do sa,ateiro2 4as ta4bR4 ,elo valor do couro2
do ,eG2 do Iio etc. au4ento da Ior/a ,rodutiva e o corres,ondente
baratea4ento das 4ercadorias nas indMstrias Kue Iornece4 os
ele4entos 4ateriais do ca,ital cons' tante2 os 4eios de trabalho e o
4aterial de trabalho ,ara ,roduGir os 4eios de subsistJncia
necessrios2 do 4es4o 4odo reduGe4 o valor da Ior/a de trabalho.
Por outro lado2 e4 ra4os de ,rodu/0o Kue n0o Iornece4 ne4 4eios
de subsistJncia necessrios ne4 4eios de ,rodu/0o ,ara Iabric'los2 o
au4ento da Ior/a ,rodutiva dei;a o valor da Ior/a de trabalho
igual ao Kue era.
! 4ercadoria 4ais barata di4inui natural4ente o valor da Ior/a
de trabalho a,enas pro tanto2 isto R2 na ,ro,or/0o e4 Kue entra
na re,rodu/0o da Ior/a de trabalho. Ca4isas2 ,or e;e4,lo2 s0o
4eios de subsistJncia necessrios2 4as sQ u4 entre 4uitos. Seu
baratea4ento di4inui a,enas a des,esa do trabalhador co4
ca4isas. ! totalidade dos 4eios de subsistJncia co4,=e'se2 ,orR42 de
diIerentes 4ercadorias2 todos ,rodutos de indMstrias ,articulares2 e o
valor de cada u4a dessas 4ercadorias constitui u4a ,arte al3Kuota do
valor da Ior/a de trabalho. )sse valor di4inui co4 o te4,o de
trabalho necessrio F sua re,ro' du/0o2 cuPa redu/0o total R igual F
so4a de suas redu/=es e4 todos aKueles ra4os de ,rodu/0o
,articulares. Trata4os esse resultado geral aKui co4o se Iosse
resultado direto e Ii4 direto e4 cada caso individual. Suando u4
ca,italista individual 4ediante o au4ento da Ior/a ,ro' dutiva do
trabalho barateia2 ,or e;e4,lo2 ca4isas2 n0o lhe a,arece
necessaria4ente co4o obPetivo reduGir o valor da Ior/a de trabalho e2
co4 isso2 o te4,o de trabalho necessrio pro tanto2 4as na
4edida e4 Kue2 ,or Ii42 contribui ,ara esse resultado2 contribuir
,ara elevar
a ta;a geral de 4ais'valia.
5EE
!s tendJncias gerais e necessrias do
ca,ital deve4 ser diIerenciadas de suas Ior4as de 4aniIesta/0o.
5EE iSe o Iabricante2 ,or 4eio do a,erIei/oa4ento da 4aKuinaria2 du,lica seus ,rodutos "...(

111
MARX
sQ ganha "ao Iinal(2 se isso lhe ca,acita vestir 4ais barato o trabalhador "...( e assi4
u4a
,arte 4enor do rendi4ento total Iica co4 o trabalhador.i "R!HS!>. p! cit!, ,. #1E'#1$.(

114
OS ECONOMISTAS
4odo co4o as leis i4anentes da ,rodu/0o ca,italista a,arece4
no 4ovi4ento e;terno dos ca,itais2 co4o se i4,=e4 co4o leis
coerci' tivas da concorrJncia e assi4 surge4 na consciJncia do
ca,italista individual co4o 4otivos i4,ulsionadores n0o R ,ara ser
a,reciado ago' ra2 4as esclare/a4os de ante40o9 u4a anlise
cient3Iica da concor' rJncia sQ R ,oss3vel de,ois de se co4,reender
a natureGa interna do ca,ital2 do 4es4o 4odo Kue o 4ovi4ento
a,arente dos cor,os celestes so4ente R co4,reens3vel ,ara Kue4
conhece seu 4ovi4ento real2 e4' bora i4,erce,t3vel aos sentidos.
*0o obstante2 ,ara co4,reender a ,rodu/0o da 4ais'valia relativa
co4 base a,enas nos resultados P obtidos2 deve'se observar o
seguinte.
Se # hora de trabalho se re,resenta nu4 Cuantum de ouro de
1 ,ence ou #`6 ;eli42 nu4a Pornada de trabalho de #6 horas se
,roduGir u4 valor de 1 ;elins. !d4ita'se Kue2 co4 a Ior/a ,rodutiva
de trabalho dada2 se ,roduGa4 #6 ,e/as de 4ercadoria nestas #6 horas
de trabalho.
valor dos 4eios de ,rodu/0o2 4atRria',ri4a etc.2 gastos e4 cada
,e/a sePa de 1 ,ence. *essas circunstUncias2 cada 4ercadoria custa
# ;eli42 a saber2 1 ,ence ,elo valor dos 4eios de ,rodu/0o e 1
,ence ,elo novo valor adicionado e4 sua elabora/0o. Sue u4
ca,italista con' siga agora du,licar a Ior/a ,rodutiva e ,roduGir2
,ortanto2 durante a Pornada de trabalho de #6 horas2 67 ,e/as dessa
es,Rcie de 4ercadoria2 e4 veG de #6. Per4anecendo inalterado o valor
dos 4eios de ,rodu/0o2
o valor de cada 4ercadoria individual cai a $ ,ence2 a saber2 1
,ence ,ara o valor dos 4eios de ,rodu/0o e D ,ence ,ara o novo
valor adi' cionado ,elo Mlti4o trabalho. !,esar da Ior/a ,rodutiva
du,licada2 a Pornada de trabalho gera2 de,ois co4o antes2 a,enas
u4 novo valor de 1 ;elins2 Kue se distribui2 entretanto2 sobre duas
veGes 4ais ,rodutos. Sobre cada ,roduto singular cai ,or isso
a,enas #`67 e4 veG de #`#6 desse valor total2 D ,ence e4 veG de 1
ou2 o Kue R o 4es4o2 aos 4eios de ,rodu/0o e4 sua transIor4a/0o e4
,roduto2 contando'se cada ,e/a2 adiciona'se agora a,enas #`6 hora de
trabalho e4 veG de # hora inteira2 co4o antes. valor individual
dessa 4ercadoria Iica agora abai;o de seu valor social2 isto R2 ela
custa 4enos te4,o de trabalho do Kue a grande 4assa dos
4es4os artigos ,roduGidos nas condi/=es sociais 4Rdias. ! ,e/a
custa e4 4Rdia # ;eli4 ou re,resenta 6 horas de trabalho social^
co4 o 4odo de ,rodu/0o 4odiIicado custa a,enas $ ,ence ou
contR4 so4ente # #`6 hora de trabalho. verdadeiro valor de u4a
4ercadoria2 ,orR42 n0o R seu valor individual2 4as si4 seu valor
social2 isto R2 n0o se 4ede ,elo te4,o de trabalho Kue custa
real4ente ao ,rodutor2 no caso individual2 4as ,elo te4,o de trabalho
social4ente e;igido ,ara sua ,rodu/0o. Portanto2 se o ca,italista
Kue a,lica o novo 4Rtodo vende sua 4ercadoria ,or seu valor

MARX
115

social de # ;eli42 ele a vender D ,ence aci4a de seu valor
individual2 realiGando assi4 u4a 4ais'valia e;tra de D ,ence. Has2
,or outro lado2 a Pornada de trabalho de #6 horas re,resenta'se ,ara
ele agora e4 67 ,e/as de

116
OS ECONOMISTAS
4ercadoria2 e4 veG de #62 co4o antes. Para vender2 ,ortanto2 o ,roduto
de u4a Pornada de trabalho2 ele ,recisa de u4a de4anda
du,licada ou de u4 4ercado duas veGes 4aior. Per4anecendo iguais
as de4ais circunstUncias2 suas 4ercadorias sQ conKuistar0o 4aior
es,a/o no 4er' cado 4ediante contra/0o de seus ,re/os. Por isso2 ele as
vender aci4a de seu valor individual2 4as abai;o de seu valor
social2 diga4os ,or
#% ,ence cada ,e/a. :esse 4odo2 ele obtR4 ainda de cada ,e/a
indi'
vidual u4a 4ais'valia e;tra de # ,Jni. )ssa eleva/0o da 4ais'
valia se realiGa ,ara ele2 ,erten/a ou n0o sua 4ercadoria F esIera dos
4eios de subsistJncia necessrios e Kue2 ,or isso2 entra4 na
deter4ina/0o do valor geral da Ior/a de trabalho. !bstraindo dessa
Mlti4a circuns' tUncia2 e;iste2 ,ortanto2 ,ara cada ca,italista
individual2 4otivo ,ara ba' ratear a 4ercadoria 4ediante au4ento
da Ior/a ,rodutiva do trabalho.
*o entanto2 4es4o nesse caso2 a ,rodu/0o 4ais elevada de 4ais'
valia decorre da redu/0o do te4,o de trabalho necessrio e do corres'
,ondente ,rolonga4ento do 4ais'trabalho.
5E$
Su,osto Kue o te4,o de
trabalho necessrio sePa de #% horas ou o valor dirio da Ior/a de
trabalho de 5 ;elins2 o 4ais'trabalho2 de 6 horas2 a 4ais'valia ,roduGida
diaria4ente ,ortanto R de # ;eli4. Has nosso ca,italista ,roduG agora
67 ,e/as Kue vende ,or #% ,ence cada u4a ou ,or 6% ;elins todas
Puntas. Co4o o valor dos 4eios de ,rodu/0o R igual a #6 ;elins2 #7
6`5 ,e/as da 4ercadoria a,enas re,=e4 o ca,ital constante adiantado.
! Pornada de trabalho de #6 horas re,resenta'se nas $ D`5 ,e/as
res' tantes. Co4o o ,re/o da Ior/a de trabalho R de 5 ;elins2 o
te4,o de trabalho necessrio re,resenta'se e4 1 ,e/as ,roduGidas e o
4ais'tra' balho e4 D D`5. ! ,ro,or/0o entre o trabalho necessrio e o
4ais'tra' balho Kue2 nas condi/=es sociais 4Rdias2 era de 59 #2 R
agora a,enas de 59 D. 4es4o resultado se obtR4 da 4aneira
seguinte9 o valor do ,roduto da Pornada de trabalho de #6 horas R de
6% ;elins. :estes2 #6 ;elins ,ertence4 ao valor dos 4eios de ,rodu/0o2
Kue a,enas rea,arece. Resta42 ,ortanto2 E ;elins co4o e;,ress0o
4onetria do valor e4 Kue se re,resenta a Pornada de trabalho. )ssa
e;,ress0o 4onetria R 4aior do Kue a e;,ress0o 4onetria do
trabalho social 4Rdio da 4es4a es,Rcie2 da Kual #6 horas se
re,resenta4 e4 a,enas 1 ;elins. trabalho de Ior/a ,rodutiva
e;ce,cional atua co4o trabalho ,otenciado ou cria2 no 4es4o es,a/o
de te4,o2 valores 4aiores do Kue o trabalho social 4Rdio da 4es4a
es,Rcie. Has nosso ca,italista ,aga2 de,ois co4o antes2 a,enas 5
;elins ,elo valor dirio da Ior/a de trabalho. trabalhador ,recisa2
,ortanto2 e4 veG de co4o antes #% horas2 agora a,enas de &
5E$ i lucro de u4a ,essoa n0o de,ende de seu co4ando sobre o ,roduto do trabalho dos

11'
MARX
outros2 4as de seu co4ando sobre o ,rQ,rio trabalho. Se ,ode vender suas
4ercadorias a u4 ,re/o 4ais alto2 enKuanto os salrios de seus trabalhadores Iica4
inalterados2 obter evidente4ente lucros da3. "...( C4a ,arte 4enor do Kue ,roduG basta
,ara ,Yr esse trabalho e4 4ovi4ento e2 e4 conseKOJncia2 Iica ,ara ele u4a ,arte 4aior do
,roduto.i "lC!e)*V)2 J.m utlines of Polit! *con! +ondres2 #ED6. ,. 7$'5%.(

11/
OS ECONOMISTAS
#`6 ,ara re,roduGir esse valor. Seu 4ais'trabalho au4enta2 ,or isso2
de 6 #`6 horas e a 4ais'valia ,or ele ,roduGida2 de # ,ara D ;elins.
ca,italista Kue a,lica o 4odo de ,rodu/0o a,erIei/oado a,ro,ria'
se ,ortanto de 4aior ,arte da Pornada de trabalho ,ara o 4ais'
trabalho do Kue os de4ais ca,italistas no 4es4o ra4o. )le IaG
individual4ente
o Kue o ca,ital2 na ,rodu/0o da 4ais'valia relativa2 IaG e4
conPunto. Has2 ,or outro lado2 aKuela 4ais'valia e;tra desa,arece
t0o logo se generaliGa o novo 4odo de ,rodu/0o2 ,ois co4 isso a
diIeren/a entre
o valor individual das 4ercadorias ,roduGidas 4ais baratas e seu valor
social se desvanece. ! 4es4a lei da deter4ina/0o do valor ,elo te4,o
de trabalho2 Kue se IeG sentir ao ca,italista co4 o novo 4Rtodo na
Ior4a de ter Kue vender sua 4ercadoria abai;o de seu valor
social2 i4,ele seus co4,etidores2 co4o lei coercitiva da concorrJncia2 a
a,licar
o novo 4odo de ,rodu/0o.
5$%
Portanto2 o ,rocesso inteiro sQ aIeta Ii'
nal4ente a ta;a geral de 4ais'valia se o au4ento da Ior/a
,rodutiva do trabalho atingiu ra4os de ,rodu/0o2 ,ortanto barateou
4ercadorias2 Kue entra4 no c3rculo dos 4eios de subsistJncia
necessrios e conse' KOente4ente constitue4 ele4entos do valor da
Ior/a de trabalho.
valor das 4ercadorias est na raG0o inversa da Ior/a ,rodutiva
do trabalho. :o 4es4o 4odo2 ,or ser deter4inado ,or valores de 4er'
cadorias2 o valor da Ior/a de trabalho. ! 4ais'valia relativa2 ao
con' trrio2 est na raG0o direta da Ior/a ,rodutiva do trabalho.
Sobe co4 Ior/a ,rodutiva e4 au4ento e cai co4 Ior/a ,rodutiva e4
Kueda. Per' 4anecendo inalterado o valor do dinheiro2 u4a Pornada
de trabalho social 4Rdia de #6 horas ,roduG se4,re o 4es4o
,roduto'valor de 1 ;elins2 KualKuer Kue sePa a distribui/0o dessa
so4a de valor entre eKuivalente do valor da Ior/a de trabalho e
4ais'valia. Has2 se e4 conseKOJncia do au4ento da Ior/a
,rodutiva cair o valor dos 4eios dirios de subsistJncia e2 ,or isso2
o valor dirio da Ior/a de trabalho de 5 ;elins ,ara D2 a 4ais'valia
au4entar de # ;eli4 ,ara D. Para re,roduGir o valor da Ior/a de
trabalho era4 necessrias #% horas de trabalho e agora basta4 1.
Suatro horas de trabalho Iora4 liberadas
e ,ode4 ser ane;adas ao do43nio do 4ais'trabalho. Por isso2 R i4,ulso
i4anente e tendJncia constante do ca,ital au4entar a Ior/a ,rodutiva
do trabalho ,ara baratear a 4ercadoria e2 4ediante o
baratea4ento da 4ercadoria2 baratear o ,rQ,rio trabalhador.
5$#
5$% iSe 4eu viGinho ,ode vender barato ,or ,roduGir 4uito co4 ,ouco trabalho2 tenho de
tratar de vender t0o barato Kuanto ele. :esse 4odo2 cada arte2 cada ,rocedi4ento ou cada
4Kuina Kue consegue trabalhar co4 4enor nM4ero de 40os e conseKOente4ente
4ais barato ,rovoca nos outros u4a es,Rcie de coer/0o e u4a co4,eti/0o2 sePa ,ara

MARX
110

a,licar a 4es4a arte2 o 4es4o ,rocedi4ento ou a 4es4a 4Kuina2 sePa ,ara
inventar algo se4e' lhante2 a Ii4 de Kue todos IiKue4 no 4es4o n3vel e ninguR4
,ossa vender ,or 4enor ,re/o do Kue seu viGinho.i "The Advanta2es of the *ast /ndia
Trade to *n2land! +ondres2
#&6%. ,. 1&.(
5$# iSualKuer Kue sePa a ,ro,or/0o e4 Kue se di4inua4 as des,esas de u4 trabalhador2 seu
salrio di4inuir na 4es4a ,ro,or/0o Kuando2 ao 4es4o te4,o2 s0o eli4inadas as res'

111
OS ECONOMISTAS
valor absoluto da 4ercadoria R2 e4 ,rinc3,io2 indiIerente ao
ca,italista Kue a ,roduG. SQ lhe interessa a 4ais'valia contida nela
e realiGvel na venda. ! realiGa/0o da 4ais'valia i4,lica2 ,or si 4es4a2
a re,osi/0o do valor adiantado. C4a veG Kue a 4ais'valia relativa
cresce na raG0o direta do desenvolvi4ento da Ior/a ,rodutiva do
tra' balho2 enKuanto o valor das 4ercadorias cai na raG0o inversa
desse 4es4o desenvolvi4ento2 sendo2 ,ortanto2 o 4es4o ,rocesso
idJntico Kue barateia as 4ercadorias e eleva a 4ais'valia contida
nelas2 Iica solucionado o 4istRrio de Kue o ca,italista2 ,ara Kue4
i4,orta a,enas
a ,rodu/0o de valor de troca2 tenta constante4ente reduGir o valor de
troca das 4ercadorias2 u4a contradi/0o co4 Kue u4 dos
Iundadores da )cono4ia Pol3tica2 Suesna-2 ator4entava seus
adversrios e F Kual eles lhe Iicara4 devendo a res,osta.
VReconheceisW2 diG Suesna-2 VKue Kuanto 4ais se ,uder2
se4 ,rePu3Go ,ara a ,rodu/0o2 ,ou,ar custos ou trabalhos
dis,endiosos na Iabrica/0o de ,rodutos industriais2 tanto 4ais
vantaPosa ser essa ,ou,an/a2 ,orKue di4inui o ,re/o do ,roduto.
) a,esar disso acreditais Kue a ,rodu/0o da riKueGa Kue
decorre dos trabalhos dos industriais consiste no au4ento do
valor de troca de seus ,rodutos.W
5$6
)cono4ia do trabalho ,or 4eio do desenvolvi4ento da Ior/a ,ro'
dutiva do trabalho
5$D
n0o obPetiva2 ,ortanto2 na ,rodu/0o ca,italista2
a redu/0o da Pornada de trabalho. Seu obPetivo R a,enas reduGir o
te4,o de trabalho necessrio ,ara a ,rodu/0o de deter4inado Cuantum
de 4ercadorias. Iato de Kue o trabalhador co4 Ior/a ,rodutiva
au' 4entada de seu trabalho2 ,roduG2 e4 # hora2 diga4os #% veGes
4ais
tri/=es sobre a indMstria.i "Considerations2 Concernin2 Takin2 off the 'ountD on Corn *:-
ported etc! +ondres2 #&5D. ,. &.( V interesse da indMstria e;ige Kue cereais e todos os 4eios
de subsistJncia sePa4 t0o baratos Kuanto ,oss3vel^ o Kue Kuer Kue os encare/a2 h de
encarecer ta4bR4 o trabalho "...( e4 todos os ,a3ses2 nos Kuais a indMstria n0o est suPeita
a restri/=es2 o ,re/o dos 4eios de subsistJncia te4 de inIluenciar o ,re/o do trabalho. )ste
ser se4,re rebai;ado2 Kuando os 4eios de subsistJncia necessrios se torna4 4ais baratos.W
"p! cit!2 ,. D.( Vs salrios s0o rebai;ados na 4es4a ,ro,or/0o e4 Kue cresce4 as
Ior/as ,rodutivas. ! 4Kuina na realidade barateia os 4eios de subsistJncia necessrios2
4as ela barateia2 alR4 disso2 ta4bR4 o trabalhador.W "A Pri&e *ssaD on the Comparative
"erits of Competition and Cooperation! +ondres2 #ED7. ,. 6&.(
5$6 iIls conviennent Kue ,lus on ,eut2 sans ,rRPudice2 R,argner de Irais ou de travau; dis,en'
dieu; dans la Iabrication des ouvrages des artisans2 ,lus cette R,argne est ,roIitable
,ar la di4inution des ,ri; et des ouvrages. Ce,endant ils croient Kue la ,roduction de
richesse Kue rRsulte des travau; des artisans consiste dans lnaug4entation de la valeur
vRnale de leurs ouvrages.i "SC)S*!>. Dialo2ues sur le Commerce et sur les Travau:
des Artisans. ,. #EE'#E$.(
5$D i)sses es,eculadores Kue ,ou,a4 tanto o trabalho dos trabalhadores Kue teria4 de ,agar.i
"BI:!CT2 J. *. Du "onopole Cui sS=ta.lit dans les Arts /ndustriels et le Commerce! Paris2
#E6E. ,. #D.( V e4,resrio Iar se4,re tudo ,ara ,ou,ar te4,o e trabalho.W "ST)<!RT2
:ugald. @orks. )d. ,or Sir <. ?a4ilton2 v. VIII2 )di4burgo2 #E55. %ectures on Polit! *con!
,. D#E.( V)lesW "os ca,italistas( Vest0o interessados e4 Kue as Ior/as ,rodutivas dos

112
MARX
traba' lhadores Kue e4,rega4 sePa4 as 4aiores ,oss3veis. )4 au4entar essa Ior/a sua
aten/0o se Ii;a e na verdade Kuase e;clusiva4ente.W "J*)S2 R. p! cit!, %ecture ///.(

123
OS ECONOMISTAS
4ercadorias Kue antes2 ,recisando2 ,ortanto2 #% veGes 4enos te4,o
de trabalho ,ara cada ,e/a de 4ercadoria2 n0o i4,ede2 de 4odo algu42
de IaGJ'lo trabalhar2 assi4 co4o antes2 #6 horas e ,roduGir2 nestas #6
horas2 # 6%% ,e/as e4 veG de co4o antes #6%. Sua Pornada de trabalho
atR ,ode ser ,rolongada2 ao 4es4o te4,o2 de 4odo Kue ,roduGa agora2
e4 #7 horas2 # 7%% ,e/as etc. Por isso2 nos econo4istas da estir,e de
u4 HacCulloch2 Cre2 Senior e tutti Cuanti2 ,ode'se ler2 nu4a ,gina2
Kue o trabalhador deve gratid0o ao ca,ital ,elo desenvolvi4ento
das Ior/as ,rodutivas2 ,orKue este reduG o te4,o de trabalho
necessrio2
e na ,gina seguinte2 Kue ele deve 4aniIestar essa gratid0o ,assando
a trabalhar2 e4 veG de #%2 #5 horas. desenvolvi4ento da Ior/a ,ro'
dutiva do trabalho2 no seio da ,rodu/0o ca,italista2 te4 ,or Iinalidade
encurtar a ,arte da Pornada de trabalho durante a Kual o trabalhador
te4 de trabalhar ,ara si 4es4o2 Pusta4ente ,ara ,rolongar a
outra ,arte da Pornada do trabalho durante a Kual ,ode trabalhar
gratuita' 4ente ,ara o ca,italista. !tR Kue ,onto ,ode'se alcan/ar
ainda esse resultado se4 baratear as 4ercadorias2 4ostrar'se' nos
4Rtodos ,arti' culares de ,rodu/0o da 4ais'valia relativa2 a cuPo e;a4e
,assa4os agora.

115

CAPTULO XI
COOPERAO
A ,rodu/0o ca,italista co4e/a2 co4o vi4os2 de Iato a,enas onde
u4 4es4o ca,ital individual ocu,a si4ultanea4ente u4 nM4ero
4aior de trabalhadores2 onde o ,rocesso de trabalho2 ,ortanto2
a4,lia sua e;tens0o e Iornece ,rodutos nu4a escala Kuantitativa
4aior Kue antes.
! atividade de u4 nM4ero 4aior de trabalhadores2 ao 4es4o te4,o2
no 4es4o lugar "ou2 se se Kuiser2 no 4es4o ca4,o de trabalho(2 ,ara
,roduGir a 4es4a es,Rcie de 4ercadoria2 sob o co4ando do 4es4o
ca,italista2 constitui histQrica e conceitual4ente o ,onto de ,artida da
,rodu/0o ca,italista. Co4 res,eito ao ,rQ,rio 4odo de ,rodu/0o2 a
4anuIatura2 ,or e;e4,lo2 4al se distingue2 nos seus co4e/os2 da
in' dMstria artesanal das cor,ora/=es2 a n0o ser ,elo 4aior nM4ero
de trabalhadores ocu,ados si4ultanea4ente ,elo 4es4o ca,ital. !
oIicina do 4estre'artes0o R a,enas a4,liada.
:e in3cio2 a diIeren/a R2 ,ortanto2 4era4ente Kuantitativa. Viu'se
Kue a 4assa de 4ais'valia ,roduGida ,or deter4inado ca,ital R
igual
F 4ais'valia Iornecida ,or u4 trabalhador individual2 4ulti,licada ,elo
nM4ero de trabalhadores si4ultanea4ente ocu,ados. )sse nM4ero2
e4 si e ,ara si2 e4 nada altera a ta;a da 4ais'valia ou o grau
de e;,lora/0o da Ior/a de trabalho2 e Kuanto F ,rodu/0o de valor
4ercantil
L e4 geral2 KualKuer 4odiIica/0o Kuantitativa do ,rocesso de trabalho
,arece ser indiIerente. Isso decorre da natureGa do valor. Se u4a Por'
nada de trabalho se obPetiva e4 1 ;elins2 ent0o # 6%% de tais Pornadas
e4 1 ;elins ; # 6%%. )4 u4 caso incor,ora4'se #6 horas de trabalho
e no outro2 #6 ; # 6%% aos ,rodutos. *a ,rodu/0o de valor2 os
4uitos se4,re conta4 co4o 4uitos indiv3duos. Para a ,rodu/0o de
valor2 n0o IaG diIeren/a Kue # 6%% trabalhadores ,roduGa4
isolada4ente ou uni' Iicados sob o co4ando do 4es4o ca,ital.
Contudo2 dentro de certos li4ites2 ocorre u4a 4odiIica/0o.

116

trabalho obPetivado e4 valor R trabalho de Kualidade social 4Rdia2
,ortanto a 4aniIesta/0o de u4a Ior/a de trabalho 4Rdia. Has
u4a

OS ECONOMISTAS
11'

grandeGa 4Rdia e;iste se4,re a,enas co4o 4Rdia de 4uitas grandeGas
diIerentes individuais da 4es4a es,Rcie. )4 cada ra4o industrial2
o trabalhador individual2 Pedro ou Paulo2 diIere 4ais ou 4enos do
tra' balhador 4Rdio. )sses desvios individuais2 cha4ados e4
Hate4tica de VerrosW2 co4,ensa4'se e desa,arece42 t0o logo se to4e
u4 nM4ero 4aior de trabalhadores e4 conPunto. )d4und Bur\e2 o
Ia4oso soIista
e sicoIanta2 ,retende atR saber2 co4 base nas suas e;,eriJncias ,rticas
de arrendatrio2 Kue toda diIeren/a individual do trabalho P
desa,arece Vnu4 ,elot0o t0o ,eKuenoW Kuanto o de 5 servos
agr3colas^ ,ortanto2 Kue os 5 ,ri4eiros servos agr3colas ingleses no
4elhor da idade adulta e;ecutar0o Punta4ente2 no 4es4o te4,o2 a
4es4a Kuantidade de tra' balho Kue KuaisKuer outros 5 servos
agr3colas ingleses.
5$7
Co4o Kuer Kue sePa2 R claro Kue a Pornada
total de trabalho de u4 nM4ero rela' tiva4ente grande de
trabalhadores si4ultanea4ente e4,regados2 di' vidido ,elo nM4ero
de trabalhadores2 R e4 si e ,ara si u4a Pornada de trabalho social
4Rdia. Su,onha4os Kue a Pornada de u4 trabalhador individual sePa
de #6 horas. !ssi42 u4a Pornada de trabalho de #6 trabalhadores
si4ultanea4ente ocu,ados constitui ent0o u4a Pornada global de #77
horas2 e e4bora o trabalho de cada u4 dessa dMGia se desvie 4ais
ou 4enos do trabalho social 4Rdio2 o indiv3duo ,odendo ,or isso
,recisar de 4ais ou 4enos te4,o ,ara a 4es4a o,era/0o2 a
Pornada de trabalho de cada indiv3duo2 co4o #`#6 da Pornada
global de #77 horas2 ,ossui a Kualidade social 4Rdia. Has2 ,ara o
ca,italista Kue e4,rega # dMGia2 e;iste a Pornada de trabalho co4o
Pornada de trabalho global da dMGia. ! Pornada de trabalho de
cada indiv3duo e;iste co4o ,arte al3Kuota da Pornada de trabalho
global2 inde,enden' te4ente do Iato dos #6 colaborare4 entre si ou
Kue toda a cone;0o entre seus trabalhos consista a,enas e4
trabalhare4 ,ara o 4es4o ca,italista. Se2 ao contrrio2 dos #6
trabalhadores Iore4 e4,regados
6 de cada veG ,or u4 ,eKueno 4estre2 ser u4a casualidade Kue cada
4estre ,roduGa a 4es4a 4assa de valor e ,ortanto realiGe a ta;a
geral de 4ais'valia. correria4 desvios individuais. Se u4 trabalhador
utiliGasse signiIicativa4ente 4ais te4,o na ,rodu/0o de u4a
4erca' doria do Kue o social4ente e;igido2 se o te4,o de trabalho
individual' 4ente necessrio se desviasse signiIicativa4ente do te4,o
de trabalho social4ente necessrio ou te4,o de trabalho 4Rdio2 seu
trabalho n0o
5$7 iSe4 dMvida2 e;iste grande diIeren/a entre o valor do trabalho de u4 ho4e4 e o de outro2
e4 virtude da diIeren/a de Ior/a2 habilidade e honesta diligJncia. PorR42 co4 base e4
4inhas cuidadosas observa/=es2 estou co4,leta4ente seguro de Kue KuaisKuer 5
ho4ens2 e4 sua totalidade2 realiGar0o u4a Kuantidade de trabalho igual F de
KuaisKuer outros 52 Kue se encontra4 nos ,er3odos de vida 4encionados. Isto R2 Kue

MARX
11/

entre esses 5 ho4ens encontre'se # Kue te4 todas as Kualidades de u4 bo4
trabalhador2 # Kue R u4 4au trabalhador2 enKuanto os outros D s0o 4Rdios e se
a,ro;i4a4 do ,ri4eiro e do Mlti4o. !ssi4 se encontrar2 ,ortanto2 e4 u4 gru,o t0o
,eKueno de 5 ho4ens 4es4o a totalidade de tudo o Kue 5 ho4ens ,ode4 render.i
"BCRK)2 ). p! cit!, ,. #5'#1.( Ver SuRtelet sobre
o indiv3duo 4Rdio.

110
OS ECONOMISTAS
contaria co4o trabalho 4Rdio ne4 sua Ior/a de trabalho co4o Ior/a
de trabalho 4Rdia. )sta n0o se venderia ao todo ou a,enas abai;o do
valor 4Rdio da Ior/a de trabalho. Pressu,=e'se2 ,ortanto2 deter4inado
43ni4o de eIiciJncia no trabalho2 e vere4os 4ais adiante Kue a
,ro' du/0o ca,italista encontra 4eios ,ara 4edir esse 43ni4o.
*e4 ,or isso esse 43ni4o dei;a de se desviar da 4Rdia2 e4bora2 ,or
outro lado2
o valor 4Rdio da Ior/a de trabalho tenha de ser ,ago. :os 1 ,eKuenos
4estres2 ,ortanto2 u4 obteria 4ais2 outro 4enos do Kue a ta;a
geral da 4ais'valia. !s desigualdades se co4,ensaria4 ,ara a
sociedade2 4as n0o ,ara o 4estre individual. Portanto2 a lei geral da
valoriGa/0o sQ se realiGa co4,leta4ente ,ara o ,rodutor individual
t0o logo ele ,roduGa co4o ca,italista2 e4,regue 4uitos
trabalhadores2 ao 4es4o te4,o2 ,ondo assi4 e4 4ovi4ento2 desde o
in3cio2 trabalho social 4Rdio.
5$5
Hes4o n0o se alterando o 4odo de trabalho2 o e4,rego si4ul'
tUneo de u4 nM4ero relativa4ente grande de trabalhadores eIetua
u4a revolu/0o nas condi/=es obPetivas do ,rocesso de trabalho. )diI3cios
e4 Kue 4uitos trabalha42 de,Qsitos ,ara 4atRria',ri4a etc.2 reci,ien'
tes2 instru4entos2 a,arelhos etc.2 Kue serve4 a 4uitos si4ultUnea ou
alternada4ente2 e4 su4a2 u4a ,arte dos 4eios de ,rodu/0o R
agora consu4ida e4 co4u4 no ,rocesso de trabalho. Por u4 lado2
o valor de troca de 4ercadorias e2 ,ortanto2 ta4bR4 de 4eios de
,rodu/0o2 n0o au4enta ,or u4a e;,lora/0o KualKuer au4entada de
seu valor de uso. Por outro lado2 cresce a escala dos 4eios de ,rodu/0o
utiliGados e4 co4u4. C4 Kuarto e4 Kue trabalha4 6% tecel=es
co4 seus 6% teares deve ser 4ais es,a/oso do Kue o Kuarto de #
tecel0o co4 6 aPudantes. Has a ,rodu/0o de u4a oIicina ,ara 6%
,essoas custa 4enos trabalho do Kue a ,rodu/0o de #% oIicinas ,ara
6 ,essoas cada u4a2
e assi4 o valor de 4eios de ,rodu/0o coletivos e concentrados
4assi' va4ente n0o cresce e4 geral na ,ro,or/0o de seu volu4e e
seu eIeito Mtil. Heios de ,rodu/0o utiliGados e4 co4u4 cede4
,arte 4enor do seu valor ao ,roduto individual2 sePa ,orKue o
valor global Kue trans' Iere4 se re,arte si4ultanea4ente ,or u4a
4assa 4aior de ,rodutos2 sePa ,orKue2 co4,arados co4 4eios de
,rodu/0o isolados2 entra4 no ,rocesso de ,rodu/0o co4 u4 valor
Kue2 e4bora sePa absoluta4ente 4aior2 considerando sua escala de
a/0o2 R relativa4ente 4enor. Co4 isso di4inui u4 co4,onente do
valor do ca,ital constante2 di4inuindo ta4bR42 ,ortanto2 na ,ro,or/0o
de sua grandeGa2 o valor total da 4er' cadoria. eIeito R o 4es4o Kue
se os 4eios de ,rodu/0o da 4ercadoria
5$5 senhor ,roI. Roscher ,retende ter descoberto Kue # costureira Kue durante 6 dias R
e4,regada ,ela senhora ,roIessora realiGa 4ais trabalho Kue 6 costureiras Kue a senhora
,roIessora e4,rega no 4es4o dia.
P
senhor ,roIessor n0o devia IaGer suas

111
MARX
observa/=es sobre o ,rocesso de ,rodu/0o ca,italista no Kuarto das crian/as e ne4 e4
circunstUncias e4 Kue Ialta o ,ersonage4 ,rinci,al2 o ca,italista.
P
RSC?)R2 <. Die ,rundla2en der ?ationaloekonomie! Dk ed.2 Stuttgart2 !ugsburg2 #E5E.
,. EE'E$. "*. da )d. !le40.(

112
OS ECONOMISTAS
Iosse4 ,roduGidos 4ais baratos. )ssa econo4ia no e4,rego dos 4eios
de ,rodu/0o decorre a,enas de seu consu4o coletivo no ,rocesso
de trabalho de 4uitos. ) eles adKuire4 esse carter de condi/=es do
tra' balho social ou condi/=es sociais do trabalho e4 contraste co4 os
4eios de ,rodu/0o dis,ersos e relativa4ente custosos de
trabalhadores au' tYno4os isolados ou ,eKuenos ,atr=es2 4es4o
Kuando os 4uitos a,enas trabalha4 no 4es4o local2 se4 colaborar
entre si. Parte dos 4eios de trabalho adKuire esse carter social
antes Kue o ,rQ,rio ,rocesso de trabalho o adKuira.
econo4iGar 4eios de ,rodu/0o2 e4 geral2 te4 de ser considerado
de u4 du,lo ,onto de vista. C4a veG2 na 4edida e4 Kue barateia
4ercadorias2 abai;ando desse 4odo o valor da Ior/a de trabalho. utra
veG2 na 4edida e4 Kue 4odiIica a ,ro,or/0o entre 4ais'valia e o ca,ital
global adiantado2 isto R2 a so4a de valor de seus co4,onentes constante
e varivel. )sse Mlti4o ,onto ser e;a4inado na ,arte ,ri4eira do
+ivro Terceiro desta obra2 onde2 ,or causas conte;tuais2 tratare4os
ta4bR4 de assuntos Kue teria4 aKui seu lugar. ! 4archa da anlise
e;ige essa Kuebra do obPeto Kue corres,onde2 ao 4es4o te4,o2 ao
es,3rito da ,rodu/0o ca,italista. Co4o aKui2 co4 eIeito2 as
condi/=es de trabalho se coloca4 e4 Iace do trabalhador de Ior4a
autYno4a2 o econo4iG'las a,resenta'se ta4bR4 co4o u4a o,era/0o
,articular2 Kue e4 nada lhe interessa e Kue ,or isso se se,ara dos
4Rtodos Kue eleva4 sua ,rodutividade ,essoal.
! Ior4a de trabalho e4 Kue 4uitos trabalha4 ,lanePada4ente
lado a lado e conPunta4ente2 no 4es4o ,rocesso de ,rodu/0o ou e4
,rocessos de ,rodu/0o diIerentes2 4as cone;os2 cha4a'se coo,era/0o.
5$1
:o 4es4o 4odo Kue a Ior/a de ataKue de u4 esKuadr0o de
ca'
valaria ou a Ior/a de resistJncia de u4 regi4ento de inIantaria diIere
essencial4ente da so4a das Ior/as de ataKue e resistJncia
desenvol' vidas individual4ente ,or cada cavaleiro e inIante2 a
so4a 4ecUnica das Ior/as de trabalhadores individuais diIere da
,otJncia social de Ior/as Kue se desenvolve Kuando 4uitas 40os
age4 si4ultanea4ente na 4es4a o,era/0o indivisa2 ,or e;e4,lo2
Kuando se trata de levantar u4a carga2 IaGer girar u4a 4anivela ou
re4over u4 obstculo.
5$&
eIeito do trabalho co4binado n0o ,oderia
neste caso ser ,roduGido ao todo ,elo trabalho individual ou a,enas
e4 ,er3odos de te4,o 4uito 4ais longos ou so4ente e4 3nIi4a
escala. *0o se trata aKui a,enas do au4ento da Ior/a ,rodutiva
individual ,or 4eio da coo,era/0o2 4as
5$1 iConcours de Iorces.i ":)STCTT :) TR!C>. p! cit!, ,. E%.(
5$& i);iste4 nu4erosas o,era/=es de es,Rcie t0o si4,les Kue n0o ,er4ite4 sua deco4,osi/0o
e4 ,artes2 entretanto a,enas 4ediante a/0o conPunta de 4uitos ,ares de 40os ,ode4 ser
e;ecutadas. !ssi42 o levantar u4 grande tronco de rvore sobre u4 carro "...(2 e4
su4a2 tudo Kue n0o ,ode ser Ieito2 se4 Kue grande nM4ero de ,ares de 40os se

123
MARX
aPude4 4Mtua
e si4ultanea4ente na 4es4a tareIa indivisa.i "<!K)FI)+:2 ). G. A VieA of the Art of
Coloni&ation! +ondres2 #E7$. ,. #1E.(

121
OS ECONOMISTAS
da cria/0o de u4a Ior/a ,rodutiva Kue te4 de ser2 e4 si e ,ara si2
u4a Ior/a de 4assas.
5$E
!bstraindo da nova ,otJncia de Ior/as Kue decorre da Ius0o
de 4uitas Ior/as nu4a Ior/a global2 o 4ero contato social ,rovoca2
na 4aioria dos trabalhos ,rodutivos2 e4ula/0o e e;cita/0o ,articular
dos es,3ritos vitais "animal spirits( Kue eleva4 a ca,acidade
individual de rendi4ento das ,essoas2 de Ior4a Kue # dMGia de ,essoas
Puntas2 nu4a Pornada si4ultUnea de #77 horas2 ,ro,orciona u4
,roduto global 4uito 4aior do Kue #6 trabalhadores isolados2 cada
u4 dos Kuais trabalha
#6 horas2 ou do Kue # trabalhador Kue trabalhe #6 dias consecutivos.
5$$
Isso resulta do Iato de Kue o ho4e4 R2 ,or natureGa2 se n0o u4 ani4al
,ol3tico2
1%%
co4o acha !ristQteles2 e4 todo caso u4 ani4al social.
)4bora 4uitos e;ecute4 si4ultUnea e conPunta4ente o 4es4o
ou algo se4elhante2 o trabalho individual de cada u4 ,ode ainda assi4
re,resentar2 co4o ,arte do trabalho global2 diIerentes Iases do ,rQ,rio
,rocesso de trabalho2 as Kuais o obPeto de trabalho ,ercorre 4ais
ra' ,ida4ente e4 virtude da coo,era/0o. !ssi42 ,or e;e4,lo2 Kuando
,e' dreiros Ior4a4 u4a Iila de 40os ,ara levar tiPolos do ,R ao
alto do andai4e2 cada u4 deles IaG o 4es4o2 4as n0o obstante as
o,era/=es individuais Ior4a4 ,artes cont3nuas de u4a o,era/0o
global2 Iases es,ec3Iicas2 Kue cada tiPolo te4 de ,ercorrer no
,rocesso de trabalho2
e ,elas Kuais2 diga4os2 as 67 40os do trabalhador coletivo o trans'
,orta4 4ais ra,ida4ente do Kue as 6 40os de cada trabalhador in'
dividual Kue subisse e descesse o andai4e.
1%#
obPeto de trabalho
5$E i)nKuanto u4 ho4e4 n0o R ca,aG de levantar # tonelada e #% ho4ens ,recisa4 esIor/ar'se
,ara isso2 #%% ho4ens2 ,orR42 ,ode4 IaGJ'lo co4 a Ior/a a,enas de u4 de seus dedos.i
"B)++)RS2 John. Proposals for -aisin2 a Colled2e of /ndustrD! +ondres2 #1$1. ,. 6#.(
5$$ i? ta4bR4i "Kuando2 ,or e;e4,lo2 o 4es4o nM4ero de trabalhadores R e4,regado ,or
u4 arrendatrio co4 D%% acres e4 veG de ,or #% arrendatrios co4 D% acres cada u4(
Vu4a vantage4 no nM4ero relativo dos servos2 a Kual n0o R t0o Icil de reconhecer2 a n0o
ser ,or ho4ens de ,rtica. :iG'se natural4ente Kue assi4 co4o # est ,ara 72 assi4
D est ,ara #6^ 4as isso n0o se conIir4a na ,rtica. Pois no te4,o da colheita e e4
4uitas outras o,era/=es Kue e;ige4 a 4es4a ,ressa2 o trabalho R realiGado 4elhor e 4ais
r,ido ,ela uni0o de 4uitas Ior/as de trabalho. Por e;e4,lo durante a colheita2 6
carroceiros2 6 carregadores2 6 enIei;adores2 6 recolhedores e os trabalhadores restantes
no ,alheiro ou no celeiro realiGa4 o dobro do trabalho Kue o 4es4o nM4ero de
trabalhadores2 se estivesse4 divididos e4 gru,os se,arados e e4 diIerentes s3tios.W
"l!RBCT?*T2 J.m An /nCuirD into the Connection .etAeen the Present Price of
Provisions and the <i&e of $armns. Por u4 Iar4er2 +ondres2 #&&D. ,. &'E.(
1%% ! deIini/0o de !ristQteles R na verdade Kue o ho4e4 R ,or natureGa u4 cidad0o urbano.
)la R t0o caracter3stica ,ara a antiguidade clssica co4o a deIini/0o de Fran\lin2 de Kue
o ho4e4 R ,or natureGa u4 IaGedor de instru4entos2 ,ara os ianKues.
1%# i:eve'se observar ainda Kue essa divis0o ,arcial do trabalho ta4bR4 ,ode ocorrer
onde os trabalhadores est0o ocu,ados nu4a o,era/0o igual. Pedreiros2 ,or e;e4,lo2
Kue IaGe4 ,assar tiPolos de 40o e4 40o2 atR ao alto de u4 andai4e e;ecuta4 todos
eles o 4es4o
trabalho^ e;iste2 ainda assi42 entre eles u4a es,Rcie de divis0o de trabalho2 Kue
consiste e4 Kue cada u4 deles IaG o tiPolo cobrir deter4inada distUncia2 todos e4 conPunto

124
MARX
IaGendo'o chegar a u4 ,onto dado 4ais ra,ida4ente do Kue o Iaria4 se cada u4
deles carregasse se,arada4ente seu tiPolo ao alto do andai4e.i "SK!RB)K2 F. Th#orie des
-ichesses <ociales.
6k ed.2 Paris2 #ED$. t. I2 ,. $&'$E.(

125
OS ECONOMISTAS
,ercorre o 4es4o es,a/o e4 4enos te4,o. Por outro lado2 ocorre co4'
bina/0o de trabalho Kuando2 ,or e;e4,lo2 u4a constru/0o R
iniciada2 ao 4es4o te4,o2 de vrios lados2 e4bora os Kue
coo,era4 Ia/a4 o 4es4o ou algo da 4es4a es,Rcie. ! Pornada de
trabalho co4binado de #77 horas2 Kue ataca o obPeto de trabalho
es,acial4ente de vrios lados2 ,orKue o trabalhador co4binado ou
trabalhador coletivo ,ossui olhos e 40os F Irente e atrs e2 atR certo
,onto2 o do4 da ubiKOidade2 IaG avan/ar o ,roduto global 4ais
ra,ida4ente do Kue #6 Pornadas de trabalho de #6 horas de
trabalhadores 4ais ou 4enos isolados2 obri' gados a atacar sua
obra 4ais unilateral4ente. Partes do ,roduto e4 loca/=es
diIerentes a4adurece4 ao 4es4o te4,o.
!centua4os Kue os 4uitos Kue se co4,leta4 4utua4ente IaGe4
o 4es4o ou algo da 4es4a es,Rcie2 ,orKue essa Ior4a 4ais
si4,les de trabalho coletivo dese4,enha2 4es4o na Ior4a 4ais
desenvolvida da coo,era/0o2 ,a,el i4,ortante. Se o ,rocesso de
trabalho R co4,li' cado2 a si4,les 4assa dos Kue trabalha4 Puntos
,er4ite distribuir as diIerentes o,era/=es entre diIerentes bra/os e2
,ortanto2 e;ecut'las si4ultanea4ente2 e e4 virtude disso encurtar
o te4,o de trabalho necessrio ,ara Iabricar o ,roduto global.
1%6
)4 4uitos ra4os de ,rodu/0o h 4o4entos cr3ticos2 isto R2
,e' r3odos de te4,o Ii;ados ,ela ,rQ,ria natureGa do ,rocesso de
trabalho2 durante os Kuais deter4inados resultados do trabalho tJ4 de
ser atin' gidos. Se2 ,or e;e4,lo2 trata'se de tosKuiar u4 rebanho
de ovelhas ou de ceiIar e colher deter4inada rea de trigo2 a
Kuantidade e a Kualidade do ,roduto de,ende4 de a o,era/0o ser
iniciada e4 deter' 4inado 4o4ento e ter4inada e4 deter4inado
4o4ento. ,er3odo de te4,o Kue deve ser ocu,ado ,elo ,rocesso de
trabalho R aKui ,res' crito2 co4o2 ,or e;e4,lo2 na ,esca de arenKue.
indiv3duo sQ ,ode recortar de # dia u4a Pornada de trabalho2
diga4os2 de #6 horas2 4as
a coo,era/0o de #%% ,essoas2 ,or e;e4,lo2 e;,ande u4a Pornada de
#6 horas a u4a Pornada de trabalho de # 6%% horas. ! brevidade
do ,raGo de trabalho R co4,ensada ,ela grandeGa da 4assa de
trabalho lan/ada no ca4,o de ,rodu/0o2 no 4o4ento decisivo. eIeito
o,ortuno de,ende aKui do e4,rego si4ultUneo de 4uitas Pornadas
co4binadas de trabalho e o volu4e do eIeito Mtil2 do nM4ero de
trabalhadores2 sendo esse nM4ero2 entretanto2 se4,re 4enor do
Kue o nM4ero de trabalhadores Kue atingiria42 isolada4ente2 o
4es4o resultado2 no 4es4o ,er3odo de te4,o.
1%D
[ ,or Ialta dessa
coo,era/0o Kue no oeste
1%6 iSuando se trata da e;ecu/0o de u4 trabalho co4,licado2 coisas diIerentes ,recisa4 ser
Ieitas si4ultanea4ente. C4 IaG u4a coisa2 enKuanto o outro IaG algu4a outra2 e todos
contribue4 ,ara u4 resultado Kue u4 Mnico ho4e4 n0o ,oderia ter ,roduGido. C4 re4a2
enKuanto o outro dirige2 u4 terceiro lan/a a rede ou ar,oa o ,ei;e2 e a ,escaria te4 sucesso2

126
MARX
o Kual se4 essa coo,era/0o seria i4,oss3vel.i ":)STCTT :) TR!C>. p! cit!, ,. &E.(
1%D iSuai "do trabalho na agricultura( VrealiGa/0o no 4o4ento decisivo te4 eIeito ainda 4aior.W
"l!RBCT?*T2 J.m An /nCuirD into the Connection .etAeen the Present Price etc! ,. &.(

12'
OS ECONOMISTAS
dos )stados Cnidos se des,erdi/a2 todo ano2 u4a Kuantidade de trigo
e naKuelas ,artes da Bndia riental onde o do43nio inglJs destruiu
o velho siste4a de co4unidade2 u4a Kuantidade de algod0o.
1%7
Por u4 lado2 a coo,era/0o ,er4ite estender o es,a/o e4 Kue se
realiGa o trabalho2 sendo2 ,or isso2 e;igida e4 certos ,rocessos de tra'
balho ,ela ,rQ,ria conIigura/0o es,acial do obPeto de trabalho2
co4o2 ,or e;e4,lo2 na drenage4 de terras2 na constru/0o de
diKues2 na ir' riga/0o2 na constru/0o de canais2 estradas2 Ierrovias
etc. Por outro lado2 ela ,ossibilita e4 ,ro,or/0o F escala de
,rodu/0o u4 estreita' 4ento es,acial do ca4,o de ,rodu/0o. )ssa
li4ita/0o do U4bito es,acial do trabalho co4 a si4ultUnea e;,ans0o
de sua escala de a/0o2 co4 o Kue se ,ou,a u4a Kuantidade de
Ialsos custos "fau: frais(2 surge da aglo4era/0o dos trabalhadores2
da Pun/0o na 4es4a rea de diversos ,rocessos de trabalho e da
concentra/0o dos 4eios de ,rodu/0o.
1%5
)4 co4,ara/0o co4 u4a so4a igual de Pornadas de trabalho
isoladas individuais2 a Pornada de trabalho co4binada ,roduG 4aiores
Kuantidades de valor de uso2 di4inuindo ,or isso o te4,o de trabalho
necessrio ,ara ,roduGir deter4inado eIeito Mtil. Se2 conIor4e o caso2
ela obtR4 essa Ior/a ,rodutiva 4ais elevada ,or au4entar a ,otJncia
das Ior/as 4ecUnicas do trabalho ou ,or estender sua escala
es,acial de a/0o2 ou ,or estreitar o ca4,o es,acial de ,rodu/0o e4
rela/0o F escala da ,rodu/0o2 ou ,or 4obiliGar no 4o4ento cr3tico
4uito trabalho e4 ,ouco te4,o2 ou ,or ,rovocar a e4ula/0o entre
os indiv3duos e e;citar seus es,3ritos vitais2 ou ,or i4,ri4ir Fs
o,era/=es se4elhantes de 4uitos o cunho da continuidade e da
4ulti,licidade2 ou ,or e;ecutar diversas o,era/=es ao 4es4o te4,o2
ou ,or econo4iGar os 4eios de ,rodu/0o 4ediante seu uso coletivo2
ou ,or e4,restar ao trabalho in' dividual o carter de trabalho social
4Rdio2 e4 todas as circunstUncias
a Ior/a ,rodutiva es,ec3Iica da Pornada de trabalho co4binada R Ior/a
,rodutiva social do trabalho ou Ior/a ,rodutiva do trabalho social. )la
decorre da ,rQ,ria coo,era/0o. !o coo,erar co4 outros de u4 4odo
V*a agricultura n0o e;iste Iator 4ais i4,ortante Kue o Iator te4,o.W "+I)BIG. Me.er
Theorie und Pra:is in der %andAirtschaft. #E51. ,. 6D.(
1%7 iutro 4al Kue diIicil4ente se es,era encontrar nu4 ,a3s Kue e;,orta 4ais trabalho Kue
KualKuer outro do 4undo2 e;cetuando talveG a China e a Inglaterra2 consiste na
i4,ossi' bilidade de se conseguir suIiciente nM4ero de bra/os ,ara a colheita de
algod0o. )4 con' seKOJncia disso grandes Kuantidades de algod0o Iica4 se4 colher2
enKuanto outra ,arte
R recolhida do ch0o de,ois de ter ca3do2 obvia4ente descolorida e ,arcial4ente deteriorada2
de tal 4odo Kue2 ,or Ialta de trabalhadores2 na esta/0o certa2 o ,lantador R Ior/ado a
sub4eter'se F ,erda de grande ,arte da colheita t0o ansiada na Inglaterra.i "'en2al 1ur-
karu! 'i-"onthlD verland <ummarD of ?eAs. 66 de Pulho de #E1#.(
1%5 iCo4 o ,rogresso da lavoura todo ca,ital e todo trabalho2 Kue antes era4 dis,ersos e4
5%% acres ou talveG 4ais2 s0o concentrados agora no cultivo 4ais co4,leto de #%%
acres.i )4bora Ve4 rela/0o ao 4ontante e4,regado de ca,ital e trabalho o es,a/o se tenha

12/
MARX
tornado 4enor2 re,resenta ele u4a esIera de ,rodu/0o 4aior Kue a esIera de ,rodu/0o
ocu,ada ou cultivada antes ,or u4 Mnico ,rodutor inde,endenteW. "J*)S2 R. An
*ssaD on the Distri.ution of @ealth Vn RentW2 +ondres2 #ED#. ,. #$#.(

120
OS ECONOMISTAS
,lanePado2 o trabalhador se desIaG de suas li4ita/=es individuais e
desenvolve a ca,acidade de sua es,Rcie.
1%1
Se os trabalhadores n0o ,ode4 coo,erar direta4ente se4
estar Puntos2 sendo2 ,ortanto2 sua aglo4era/0o e4 deter4inado local
condi/0o de sua coo,era/0o2 os trabalhadores assalariados n0o ,ode4
coo,erar2 se4 Kue o 4es4o ca,italista os e4,regue si4ultanea4ente e2
,ortanto2 co4,re ao 4es4o te4,o suas Ior/as de trabalho. valor
global dessas Ior/as de trabalho ou a so4a dos salrios dos
trabalhadores ,or u4 dia2 u4a se4ana etc.2 te4 de estar reunido2
,ortanto2 no bolso do ca,italista antes de as ,rQ,rias Ior/as de
trabalho sere4 unidas no ,rocesso de ,rodu/0o. ,aga4ento de D%%
trabalhadores2 de u4a veG2 4es4o ,or u4 dia sQ2 e;ige 4aior dis,Jndio
de ca,ital Kue o ,aga4ento de ,oucos trabalhadores2 se4ana ,or
se4ana2 durante o ano inteiro. Portanto2 o nM4ero dos
trabalhadores Kue coo,era4 ou a escala da coo,era/0o de,ende de
in3cio da grandeGa do ca,ital Kue o ca,italista individual ,ode
des,ender na co4,ra da Ior/a de trabalho2 isto R2 da 4edida e4
Kue cada ca,italista dis,=e dos 4eios de subsistJncia de 4uitos
trabalhadores.
) co4 o ca,ital constante acontece o 4es4o Kue co4 o
ca,ital varivel. ! des,esa co4 4atRria',ri4a2 ,or e;e4,lo2 R D%
veGes 4aior ,ara u4 ca,italista Kue e4,rega D%% trabalhadores do
Kue ,ara cada u4 dos D% ca,italistas Kue e4,rega4 de cada veG
#%. volu4e de valor e a 4assa 4aterial dos 4eios de trabalho
utiliGados e4 co4u4 n0o cresce4 na verdade na 4es4a 4edida
Kue o nM4ero de traba' lhadores e4,regados2 4as cresce4
consideravel4ente. ! concentra/0o de grandes Kuantidades de 4eios
de ,rodu/0o e4 40os de ca,italistas individuais R2 ,ortanto2 a
condi/0o 4aterial ,ara a coo,era/0o de tra' balhadores assalariados2
e a e;tens0o da coo,era/0o2 ou a escala da ,rodu/0o2 de,ende do
grau dessa concentra/0o.
Inicial4ente2 certa grandeGa 43ni4a de ca,ital individual
,areceu
ser necessria ,ara Kue o nM4ero de trabalhadores si4ultanea4ente
e;' ,lorados2 ,ortanto a 4assa de 4ais'valia ,roduGida2 Iosse
suIiciente ,ara libertar o ,rQ,rio e4,regador do trabalho 4anual2 ,ara
IaGer do ,eKueno ,atr0o u4 ca,italista e estabelecer assi4
Ior4al4ente o ca,ital co4o rela/0o. )sse 43ni4o a,arece agora co4o
condi/0o 4aterial ,ara a trans' Ior4a/0o de 4uitos ,rocessos de
trabalho individuais2 dis,ersos e inde' ,endentes entre si e4 u4
,rocesso de trabalho social co4binado.
:o 4es4o 4odo2 o co4ando do ca,ital sobre o trabalho
,arecia
original4ente ser a,enas conseKOJncia Ior4al do Iato de o trabalhador
trabalhar2 e4 veG de ,ara si2 ,ara o ca,italista e2 ,ortanto2 sob o

121
MARX
1%1 i! Ior/a do ho4e4 isolado R 43ni4a2 4as a uni0o dessas Ior/as t0o 43ni4as gera u4a
Ior/a total Kue R 4aior Kue a so4a de todas as Ior/as ,arciais2 de 4odo Kue a 4era uni0o
das Ior/as ,ode di4inuir o te4,o e alargar o U4bito de suas atividades.i "C!R+I2 G. R.
*ota a V)RRI2 P. p! cit!, t. ]V2 ,. #$1.(

122
OS ECONOMISTAS
ca,italista. Co4 a coo,era/0o de 4uitos trabalhadores assalariados2 o
co4ando do ca,ital converte'se nu4a e;igJncia ,ara a e;ecu/0o do
,rQ,rio ,rocesso de trabalho2 nu4a verdadeira condi/0o da
,rodu/0o. !s ordens do ca,italista no ca4,o de ,rodu/0o torna4'se
agora t0o indis,ensveis Kuanto as ordens do general no ca4,o de
batalha.
Todo trabalho direta4ente social ou coletivo e;ecutado e4 4aior
escala reKuer e4 4aior ou 4enor 4edida u4a dire/0o2 Kue estabelece
a har4onia entre as atividades individuais e e;ecuta as Iun/=es gerais
Kue decorre4 do 4ovi4ento do cor,o ,rodutivo total2 e4 contraste
co4 o 4ovi4ento de seus Qrg0os autYno4os. C4 violinista isolado
dirige a si 4es4o2 u4a orKuestra e;ige u4 4aestro. )ssa Iun/0o
de dirigir2 su,erintender e 4ediar torna'se Iun/0o do ca,ital2 t0o
logo o trabalho a ele subordinado torna'se coo,erativo. Co4o Iun/0o
es,ec3Iica do ca,ital2 a Iun/0o de dirigir assu4e caracter3sticas
es,ec3Iicas.
)4 ,ri4eiro lugar2 o 4otivo Kue i4,ulsiona e o obPetivo Kue
deter4ina o ,rocesso de ,rodu/0o ca,italista R a 4aior autovaloriGa/0o
,oss3vel do ca,ital2
1%&
isto R2 a 4aior ,rodu/0o ,oss3vel de 4ais'
valia2 ,ortanto2 a 4aior e;,lora/0o ,oss3vel da Ior/a de trabalho
,elo ca,i' talista. Co4 a 4assa dos trabalhadores ocu,ados ao
4es4o te4,o cresce ta4bR4 sua resistJncia e co4 isso
necessaria4ente a ,ress0o do ca,ital ,ara su,erar essa resistJncia.
! dire/0o do ca,italista n0o
R sQ u4a Iun/0o es,ec3Iica surgida da natureGa do ,rocesso social
de
trabalho e ,ertencente a ele2 ela R ao 4es4o te4,o u4a Iun/0o
de e;,lora/0o de u4 ,rocesso social de trabalho e2 ,ortanto2
condicionada ,elo inevitvel antagonis4o entre o e;,lorador e a
4atRria',ri4a de sua e;,lora/0o. :o 4es4o 4odo2 co4 o volu4e dos
4eios de ,rodu/0o2 Kue se coloca4 e4 Iace do assalariado co4o
,ro,riedade alheia2 cresce
a necessidade do controle sobre sua adeKuada utiliGa/0o.
1%E
!lR4 disso2
1%& i+ucros "...( s0o o Mnico obPetivo do negQcio.i "V!*:)R+I*T2 J. p! cit!, ,. ##.(
1%E C4 Pornal Iilisteu inglJs2 o <pectator, de 61 de 4aio de #E112 noticiou Kue2 de,ois da
introdu/0o de u4a es,Rcie de associa/0o entre ca,italista e trabalhadores2 na
AireAork companD of "anchesterW Vo ,ri4eiro resultado Ioi u4a sMbita redu/0o do
des,erd3cio de
4aterial2 ,ois Kue os trabalhadores n0o co4,reendia4 ,or Kue deveria4 des,erdi/ar
sua ,ro,riedade 4ais Kue a dos ca,italistas2 e des,erd3cio de 4aterial R2 ao lado de 4s
d3vidas
a receber2 talveG a 4aior Ionte de ,rePu3Gos nas IbricasW. 4es4o Pornal descobriu co4o
erro bsico da e;,eriJncia coo,erativista de Rochdale9
P
GTheD shoAed that associations of
Aorkmen could mana2e shops, mills, and almost all forms of industrD Aith success,
and theD immenselD improved the condition of the men, .ut then theD did not leave a clear
place for mastersW. "i)las co4,rovara4 Kue associa/=es de trabalhadores ,ode4 gerir co4
sucesso loPas2 Ibricas e Kuase toda Ior4a de indMstria2 e elas 4elhorara4
e;traordinaria4ente a situa/0o dos o,errios2 ,orR4 "j(2 n0o dei;ara4 nenhu4 lugar

MARX
433

vis3vel ,ara ca,italistas.i 3uelle horreurR
PP
P
-ochdale cooperative e:periments! J Sob a inIluJncia das idRias dos socialistas utQ,icos2
reunira4'se trabalhadores de Rochdale "norte de Hanchester( e4 #E77 na Societ- oI )Kui'
table Pioneers "Sociedade dos Pioneiros Justos.( riginal4ente2 Ioi u4a coo,erativa de
consu4o^ logo a4,liou'se e deu vida a organiGa/=es coo,erativas de ,rodu/0o. Co4 os
,ioneiros de Rochdale co4e/ou u4 novo ,er3odo do 4ovi4ento coo,erativo na
Inglaterra
e e4 outros ,a3ses. "*. da )d. !le40.(
PP
Sue horrorj "*. dos T.(

431
OS ECONOMISTAS
a coo,era/0o dos assalariados R 4ero eIeito do ca,ital2 Kue os
utiliGa
si4ultanea4ente. ! cone;0o de suas Iun/=es e sua unidade co4o cor,o
total ,rodutivo situa'se Iora deles2 no ca,ital2 Kue os reMne e os 4antR4
unidos. ! cone;0o de seus trabalhos se conIronta ideal4ente ,ortanto
co4o ,lano2 na ,rtica co4o autoridade do ca,italista2 co4o ,oder de
u4a vontade alheia2 Kue subordina sua atividade ao obPetivo dela.
Se2 ,ortanto2 a dire/0o ca,italista R2 ,elo seu conteMdo2
dM,lice2
e4 virtude da du,licidade do ,rQ,rio ,rocesso de ,rodu/0o Kue dirige2
o Kual ,or u4 lado R ,rocesso social de trabalho ,ara a elabora/0o de
u4 ,roduto2 ,or outro2 ,rocesso de valoriGa/0o do ca,ital2 ela R Kuanto
F Ior4a des,Qtica. Co4 o desenvolvi4ento da coo,era/0o e4 4aior
escala2 esse des,otis4o desenvolve suas Ior4as ,eculiares. Co4o o
ca,italista2 de in3cio2 R libertado do trabalho 4anual2 t0o logo seu
ca,ital tenha atingido aKuela grandeGa 43ni4a2 co4 a Kual a
,rodu/0o ver' dadeira4ente ca,italista a,enas co4e/a2 assi4 ele
transIere agora a Iun/0o de su,ervis0o direta e cont3nua do
trabalhador individual ou de gru,os de trabalhadores a u4a
es,Rcie ,articular de assalariados. :o 4es4o 4odo Kue u4 e;Rrcito
,recisa de oIiciais su,eriores 4ilitares2 u4a 4assa de trabalhadores2
Kue coo,era4 sob o co4ando do 4es4o ca,ital2 necessita de oIiciais
su,eriores industriais "dirigentes2 mana- 2ers
1%$
e suboIiciais
"ca,ataGes2 foremen, overlookers, contre-ma^tres( durante Kue o
,rocesso de trabalho co4anda4 e4 no4e do ca,ital. trabalho da
su,erintendJncia se cristaliGa e4 sua Iun/0o e;clusiva. Co4,arando
o 4odo de ,rodu/0o de ca4,oneses inde,endentes ou de art3Iices
autYno4os co4 a econo4ia das ,lanta/=es2 baseada na escra' vatura2
o econo4ista ,ol3tico considera esse trabalho de su,erinten' dJncia
co4o u4 dos fau:
1#%
frais de production.
1##
!o considerar o 4odo
de ,rodu/0o ca,italista2 ele identiIica e4 contra,osi/0o a Iun/0o de
dire/0o2 na 4edida e4 Kue deriva da natureGa do ,rocesso de tra'
balho coletivo2 co4 a 4es4a Iun/0o na 4edida e4 Kue R condicionada
,elo carter ca,italista e2 ,or isso2 antagYnico2 desse ,rocesso.
1#6

ca,italista n0o R ca,italista ,orKue ele R dirigente industrial2 ele

torna'se co4andante industrial ,orKue ele R ca,italista. co4ando
su,re4o na indMstria torna'se atributo do ca,ital2 co4o no te4,o
1%$ "ana2ersW gerentes. L $oremenW 4estres. L verlookersW su,ervisores. L Contre-ma^tresW
contra'4estres. "*. dos T.(
1#% Falsos custos de ,rodu/0o. "*. dos T.(
1## ,roI. Cairnes2 de,ois de a,resentar a superintendence of la.our
P
co4o caracter3stica ,rin'
ci,al da ,rodu/0o baseada na escravatura2 nos )stados sulistas da !4Rrica do *orte2
,rossegue9 VC4a veG Kue o ,ro,rietrio ca4,onJsW "do norte( VIica co4 todo o ,roduto
de seu solo ,ara si2 ele n0o ,recisa de nenhu4 est34ulo es,ec3Iico ,ara esIor/ar'se. !
IiscaliGa/0o aKui R total4ente desnecessriaW. "C!IR*)S2 p! cit!, 7E'7$.(
P
Su,erintendJncia do trabalho. "*. dos T.(
1#6 Sir Ja4es Steuart2 Kue se destaca ,ela e;celente vis0o das diIeren/as

434
MARX
caracteristica4ente sociais entre diIerentes 4odos de ,rodu/0o2 observa9 VPor Kue as
grandes e4,resas 4anu' Iatureiras destroe4 as indMstrias do4iciliares2 sen0o ,or
estare4 4ais ,rQ;i4as da si4'
,licidade do trabalho escravoZW "Princ! of Pol! *con! +ondres2 #&1&. v. I2 ,. #1&'#1E.(

435
OS ECONOMISTAS
Ieudal o co4ando su,re4o na guerra e no tribunal era atributo da
,ro,riedade Iundiria.
1#D
Pro,rietrio de sua Ior/a de trabalho R o trabalhador2
enKuanto co4o vendedor da 4es4a 4ercadePa co4 o ca,italista2 e
ele sQ ,ode vender o Kue ,ossui2 sua Ior/a de trabalho individual
isolada. )ssa condi/0o n0o se altera de 4odo algu4 ,or o
ca,italista co4,rar #%% Ior/as de trabalho e4 veG de u4a ou ,or
concluir contratos co4 #%% trabalhadores inde,endentes entre si e4
veG de a,enas co4 u4. )le ,ode utiliGar os #%% trabalhadores se4
IaGJ'los coo,erar. ca,italista ,ortanto ,aga o valor das #%% Ior/as
de trabalho inde,endentes2 4as n0o ,aga a Ior/a co4binada dos #%%.
Co4o ,essoas inde,endentes2 os trabalhadores s0o indiv3duos Kue
entra4 e4 rela/0o co4 o 4es4o ca,ital2 4as n0o entre si. Sua
coo,era/0o co4e/a sQ no ,rocesso de trabalho2 4as no ,rocesso de
trabalho eles P dei;ara4 de ,ertencer
a si 4es4os. Co4 a entrada no 4es4o eles s0o incor,orados ao ca,ital.
Co4o coo,eradores2 co4o 4e4bros de u4 organis4o Kue trabalha2
eles n0o s0o 4ais do Kue u4 4odo es,ec3Iico de e;istJncia do ca,ital.
! Ior/a ,rodutiva Kue o trabalhador desenvolve co4o trabalhador social
R2 ,ortanto2 Ior/a ,rodutiva do ca,ital. ! Ior/a ,rodutiva social do
trabalho desenvolve'se gratuita4ente t0o logo os trabalhadores s0o
colocados sob deter4inadas condi/=es2 e o ca,ital os coloca sob
essas condi/=es. C4a veG Kue a Ior/a ,rodutiva social do trabalho n0o
custa nada ao ca,ital e2 ,or outro lado2 n0o R desenvolvida ,elo
trabalhador2 antes Kue seu ,rQ,rio trabalho ,erten/a ao ca,ital2 ela
a,arece co4o Ior/a ,rodutiva Kue o ca,ital ,ossui ,or natureGa2 co4o
sua Ior/a ,ro' dutiva i4anente.
eIeito da coo,era/0o si4,les 4ostra'se colossal nas obras gi'
gantescas dos antigos asiticos2 eg3,cios2 etruscos etc.
V!conteceu e4 R,ocas ,assadas Kue esses )stados
asiticos2 de,ois de custear suas des,esas civis e 4ilitares2 se
encontrava4 na ,osse de u4 e;cedente de 4eios de
subsistJncia2 Kue ,odia4 a,licar e4 obras de 4agniIicJncia ou
utilidade. Seu co4ando sobre as 40os e bra/os de Kuase toda
a ,o,ula/0o n0o agr3cola
e o do43nio e;clusivo do 4onarca e do sacerdQcio sobre esse
e;cedente ,ro,orcionava4'lhes os 4eios ,ara constru3re4 aKue'
les 4onu4entos ,ortentosos2 co4 os Kuais cobrira4 o ,a3s.
"...( Para 4ovi4entar esttuas colossais e 4assas enor4es2
cuPo trans,orte causa es,anto2 e4,regou'se Kuase
e;clusiva4ente e de 4aneira ,rQdiga trabalho hu4ano.
nM4ero de trabalhadores
e a concentra/0o de seus esIor/os bastava4. :o 4es4o 4odo
ve4os ,ossantes reciIes de coral surgire4 da ,roIundidade do

MARX
436

1#D !uguste Co4te e sua escola teria4 ,odido de4onstrar2 ,ortanto2 da 4es4a Ior4a2 a eterna
necessidade dos senhores Ieudais2 co4o eles o IiGera4 ,ara os senhores ca,italistas.

43'
OS ECONOMISTAS
oceano2 Ior4ando ilhas e constituindo terra Iir4e2 e4bora cada de'
,ositante individual "depositarD( sePa 3nIi4o2 Irgil e
des,reG3vel. s trabalhadores n0o agr3colas de u4a 4onarKuia
asitica tJ4 4uito ,ouco a contribuir ,ara as obras alR4 de seus
esIor/os I3sicos individuais2 4as seu nM4ero R a sua Ior/a e o
,oder de dire/0o sobre essa 4assa deu orige4 FKuelas obras
gigantescas. Foi a con' centra/0o das rendas2 das Kuais vive4
os trabalhadores2 e4 u4a ou ,oucas 40os2 Kue tornou
,oss3veis tais e4,reendi4entos.W
1#7
)sse ,oder dos reis asiticos e eg3,cios ou teocratas etruscos etc.
Ioi conIerido2 na sociedade 4oderna2 ao ca,italista2 Kuer ele se
a,resente co4o ca,italista individual2 Kuer co4o nas sociedades ,or
a/=es2 co4o ca,italista co4binado.
! coo,era/0o no ,rocesso de trabalho2 co4o a encontra4os
nas origens culturais da hu4anidade2 ,redo4inante4ente nos
,ovos ca' /adores
1#5
ou eventual4ente na agricultura da
co4unidade indiana2 Iunda4enta'se2 ,or u4 lado2 na ,ro,riedade
co4u4 das condi/=es de ,rodu/0o e2 ,or outro2 na circunstUncia de
Kue o indiv3duo isolado desligou'se t0o ,ouco do cord0o u4bilical
da tribo ou da co4unidade co4o a abelha individual da col4eia.
!4bos diIerencia4'na da coo,e' ra/0o ca,italista. ! utiliGa/0o da
coo,era/0o e4 grande escala no 4un' do antigo2 na Idade HRdia e
nas colYnias 4odernas baseia'se e4 re' la/=es diretas de do43nio e
servid0o2 na 4aioria das veGes na escra' vid0o. ! Ior4a ca,italista
,ressu,=e2 ao contrrio2 desde o ,rinc3,io o trabalhador assalariado
livre2 Kue vende sua Ior/a de trabalho ao ca' ,ital. ?istorica4ente2
no entanto2 ela se desenvolve e4 o,osi/0o F econo4ia ca4,onesa e
ao e;erc3cio inde,endente dos oI3cios2 ,ossuindo este Ior4a
cor,orativa
1#1
ou n0o. *esse conIronto2 a coo,era/0o ca,i' talista
a,arece n0o co4o Ior4a histQrica es,ec3Iica da coo,era/0o2 4as
a coo,era/0o 4es4a a,arece co4o u4a Ior4a histQrica ,eculiar do
,rocesso de ,rodu/0o ca,italista Kue o distingue es,eciIica4ente.
:o 4es4o 4odo Kue a Ior/a ,rodutiva social do trabalho desen'
volvida ,ela coo,era/0o a,arece co4o Ior/a ,rodutiva do ca,ital2 a
,rQ,ria coo,era/0o a,arece co4o Ior4a es,ec3Iica do ,rocesso de
,ro' du/0o ca,italista2 e4 contra,osi/0o ao ,rocesso de ,rodu/0o de
traba' lhadores isolados inde,endentes ou 4es4o dos ,eKuenos
4estres. [
1#7 J!H)S2 R. Te:t-.ook of %ectures etc! ,. &&'&E. !s cole/=es dos antigos ass3rios2 eg3,cios
etc.2 e4 +ondres e e4 outras ca,itais euro,Rias2 IaGe4'nos teste4unhas oculares daKueles
,rocessos coo,erativos de trabalho.
1#5 +inguet e4 sua Th#orie des %ois Civiles n0o est talveG se4 raG0o Kuando declara a
ca/a co4o a ,ri4eira Ior4a de coo,era/0o e a ca/a ao ho4e4 "guerra( co4o u4a das
,ri4eiras Ior4as de ca/a.
1#1 ! ,eKuena econo4ia ca4,onesa e o e;erc3cio inde,endente dos oI3cios2 Kue constitue4
e4 ,arte a base do 4odo de ,rodu/0o Ieudal^ e4 ,arte a,Qs a dissolu/0o deste

43/
MARX
a,arece4 ao lado da e4,resa ca,italista2 Ior4a4 ao 4es4o te4,o a base econY4ica
das co4unidades clssicas e4 sua 4elhor R,oca2 de,ois de ter'se dissolvido a ,ro,riedade
co4u4 de orige4 oriental e antes de a escravatura ter'se a,ossado eIetiva4ente da
,rodu/0o.

430
OS ECONOMISTAS
a ,ri4eira 4odiIica/0o Kue o ,rocesso de trabalho real e;,eri4enta
,ela sua subordina/0o ao ca,ital. )ssa 4odiIica/0o se d natural4ente.
Seu ,ressu,osto2 ocu,a/0o si4ultUnea de u4 nM4ero relativa4ente
grande de assalariados no 4es4o ,rocesso de trabalho2 constitui o
,onto de ,artida da ,rodu/0o ca,italista. )ste coincide co4 a e;istJncia
do ,rQ,rio ca,ital. Se o 4odo de ,rodu/0o ca,italista se a,resenta2
,ortanto2 ,or u4 lado2 co4o u4a necessidade histQrica ,ara a
trans' Ior4a/0o do ,rocesso de trabalho e4 u4 ,rocesso social2
ent0o2 ,or outro lado2 essa Ior4a social do ,rocesso de trabalho
a,resenta'se co4o u4 4Rtodo2 e4,regado ,elo ca,ital2 ,ara 4ediante
o au4ento da sua Ior/a ,rodutiva e;,lor'lo 4ais lucrativa4ente.
)4 sua Iigura si4,les2 atR agora considerada2 a coo,era/0o coin'
cide co4 a ,rodu/0o e4 4aior escala2 ,orR4 n0o constitui
nenhu4a Ior4a caracter3stica Ii;a de u4a R,oca ,articular de
desenvolvi4ento do 4odo de ,rodu/0o ca,italista. *o 4;i4o2
a,arece a,ro;i4ada' 4ente assi4 nos in3cios ainda artesanais da
4anuIatura
1#&
e e4 cada es,Rcie de agricultura e4 grande escala2 a
Kual corres,onde ao ,er3odo 4anuIatureiro e se distingue
substancial4ente da econo4ia ca4,onesa a,enas ,ela 4assa de
trabalhadores e4,regados ao 4es4o te4,o e ,elo volu4e dos 4eios
de ,rodu/0o concentrados. ! coo,era/0o si4,les continua sendo ainda
a Ior4a ,redo4inante nos ra4os de ,rodu/0o e4 Kue o ca,ital o,era
e4 grande escala2 se4 Kue a divis0o do trabalho ou a 4aKuinaria
dese4,enhe4 ,a,el signiIicativo.
! coo,era/0o ,er4anece a Ior4a bsica do 4odo de ,rodu/0o
ca,italista2 e4bora sua Iigura si4,les 4es4a a,are/a co4o Ior4a
,articular ao lado de suas Ior4as 4ais desenvolvidas.
1#& i*0o R a uni0o da habilidade2 da diligJncia e da e4ula/0o de 4uitos Puntos na 4es4a
obra o 4eio de lev'la adianteZ ) teria sido2 de outro 4odo2 ,oss3vel F Inglaterra
levar sua 4anuIatura de l0 a tal grau de ,erIei/0oZi "B)RK)+)>. The 3uerist!
+ondres2 ,.

MARX
431

512 q 56#.(

120

CAPTULO XII
DIVISO DO TRA+AL=O E MANUBATURA
1( D$!% ori,e* : *.$f#$r
A coo,era/0o baseada na divis0o do trabalho adKuire sua Ior4a
clssica na 4anuIatura. Co4o Ior4a caracter3stica do ,rocesso de ,ro'
du/0o ca,italista ela ,redo4ina durante o ,er3odo 4anuIatureiro ,ro'
,ria4ente dito2 Kue2 2rosso modo2 dura de 4eados do sRculo ]VI
atR
o Mlti4o ter/o do sRculo ]VIII.
! 4anuIatura origina'se de 4odo du,lo. )4 u4 4odo2 traba'
lhadores de diversos oI3cios autYno4os2 ,or cuPas 40os te4 de ,assar
u4 ,roduto atR o acaba4ento Iinal2 s0o reunidos e4 u4a oIicina
sob
o co4ando de u4 4es4o ca,italista. Por e;e4,lo2 u4a carruage4
era o ,roduto global do trabalho de grande nM4ero de art3Iices
inde' ,endentes2 tais co4o segeiro2 seleiro2 costureiro2 serralheiro2
correeiro2 torneiro2 ,assa4aneiro2 vidraceiro2 ,intor2 enverniGador2
dourador etc.
! 4anuIatura de carruagens reMne todos esses diIerentes art3Iices e4
u4a casa de trabalho2 onde eles trabalha4 si4ultanea4ente e4 co'
labora/0o uns co4 os outros. *0o se ,ode na verdade dourar u4a
carruage4 antes de IaGJ'la. Se2 ,orR42 4uitas carruagens s0o Ieitas
ao 4es4o te4,o2 u4a ,arte ,ode ser continua4ente dourada2 enKuanto
outra ,arte ,ercorre u4a Iase anterior do ,rocesso de ,rodu/0o. !tR
a3 esta4os ainda no terreno da coo,era/0o si4,les Kue encontra ,ree'
;istente seu 4aterial hu4ano e de coisas. Has logo sucede u4a 4o'
diIica/0o essencial. costureiro2 o serralheiro2 o correeiro etc.2 Kue se
ocu,a4 a,enas co4 a Ieitura de carruagens2 ,erde4 ,ouco a ,ouco
co4 o costu4e a ca,acidade de e;ercer seu antigo oI3cio e4 toda a
sua e;tens0o. Por outro lado2 a sua atividade tornada unilateral adKuire
a Ior4a 4ais adeKuada ,ara a sua restrita escala de a/0o. riginal'
4ente2 a 4anuIatura de carruagens a,arecia co4o u4a
co4bina/0o de oI3cios autYno4os. Progressiva4ente2 ela se transIor4a

121

e4 divis0o da ,rodu/0o de carruagens e4 suas diversas o,era/=es
,articulares2 e4 Kue cada o,era/0o cristaliGa'se e4 Iun/0o
e;clusiva de u4 traba'

lhador2 e a sua totalidade R e;ecutada ,ela uni0o desses trabalhadores
,arciais. :o 4es4o 4odo surgira4 a 4anuIatura de ,anos e toda
u4a sRrie de outras 4anuIaturas2 da co4bina/0o de diIerentes oI3cios
sob o co4ando do 4es4o ca,ital.
1#E
Has a 4anuIatura se origina ta4bR4 ,or ca4inho o,osto. Huitos
art3Iices Kue IaGe4 o 4es4o ou algo da 4es4a es,Rcie2 ,or
e;e4,lo2 ,a,el ou ti,os de i4,rensa ou agulhas2 s0o ocu,ados ,elo
4es4o ca,ital si4ultanea4ente na 4es4a oIicina. [ essa a
coo,era/0o na Ior4a 4ais si4,les. Cada u4 desses art3Iices "talveG
co4 u4 ou dois aPu' dantes( ,roduG ,or inteiro a 4ercadoria e leva
a cabo ,ortanto suces' siva4ente as diIerentes o,era/=es e;igidas
,ara a sua Iabrica/0o. )le continua a trabalhar de acordo co4 o seu
antigo 4odo artesanal. Con' tudo2 circunstUncias e;ternas leva4 logo a
utiliGar'se de outra 4aneira
a concentra/0o dos trabalhadores no 4es4o local e a si4ultaneidade
de seus trabalhos. C4 Cuantum 4aior de 4ercadorias ,rontas
te42 ,or e;e4,lo2 de ser Iornecido e4 deter4inado ,raGo. trabalho
R ,or isso dividido. )4 veG de o 4es4o art3Iice e;ecutar as
diIerentes o,e' ra/=es dentro de u4a seKOJncia te4,oral2 elas s0o
des,rendidas u4as das outras2 isoladas2 Pusta,ostas no es,a/o2 cada
u4a delas conIiada
a u4 art3Iice diIerente e todas e;ecutadas ao 4es4o te4,o ,elos coo'
,eradores. )ssa divis0o acidental se re,ete2 4ostra suas vantagens
,eculiares e ossiIica'se ,ouco a ,ouco e4 divis0o siste4tica do
tra' balho. :o ,roduto individual de u4 art3Iice autYno4o2 Kue IaG
4uitas coisas2 a 4ercadoria transIor4a'se no ,roduto social de u4a
uni0o de art3Iices2 cada u4 dos Kuais realiGa ininterru,ta4ente
u4a 4es4a tareIa ,arcial. !s 4es4as o,era/=es Kue se engrenara4
co4o tareIas sucessivas do ,rodutor de ,a,el nas cor,ora/=es
ale40s tornara4'se autYno4as na 4anuIatura de ,a,el holandesa2
co4o o,era/=es ,arciais2 e;ecutadas u4a ao lado da outra ,or 4uitos
trabalhadores coo,erantes.
agulheiro cor,orativo de *ure4berg constitui o ele4ento Iunda4en'
tal da 4anuIatura inglesa de agulhas. Has enKuanto aKuele agulheiro
isolado realiGava u4a sRrie de talveG 6% o,era/=es consecutivas2
aKui
6% agulheiros logo ,assara4 a e;ecutar ,aralela4ente cada u4 a,enas
1#E Para dar u4 e;e4,lo 4ais 4oderno dessa es,Rcie de Ior4a/0o da 4anuIatura2 eis a seguinte
cita/0o. ! Iia/0o e tecelage4 de seda de +-on e *y4es VR inteira4ente ,atriarcal^ ela ocu,a
4uitas 4ulheres e crian/as2 4as se4 Iatig'las ne4 corro4,J'las^ ,er4ite'lhes Iicar
e4 seus belos vales da :rY4e2 do Var2 da IsTre e de Vaucluse2 ,ara l criare4 o bicho
da seda e enovelar seus casulos^ nunca chega a ser u4 e4,reendi4ento Iabril regular. )
,ara ,er4itir u4a e;,lica/0o t0o e;tensa "...( o ,rinc3,io da divis0o do trabalho
assu4e aKui carter es,ecial. ? dobadouras2 torcedores de seda2 tintureiros2
encoladores2 alR4 de te' cel=es^ 4as n0o est0o reunidos na 4es4a oIicina ne4
MARX
431

de,ende4 de u4 4es4o 4estre^ todos eles s0o inde,endentesW. "B+!*SCI2 !. Cours
dS=con! /ndustrielle! Recueilli ,ar !. Blaise2 Paris2 #EDE`D$2 ,. &$.( :esde Kue BlanKui
escreveu isso2 os diversos trabalhadores inde,endentes Iora4 e4 ,arte reunidos e4
Ibricas. oN 7k edi/0o. L ) desde Kue Har; escreveu o Kue est aci4a2 o tear a va,or
invadiu as Ibricas2 e;,ulsando ra,ida4ente o tear 4anual. ! indMstria de sedas de
KreIeld sabe igual4ente cantar u4a can/0o sobre isso. L F. ).p

OS ECONOMISTAS
434

u4a das 6% o,era/=es2 as Kuais2 e4 virtude das e;,eriJncias2 Iora4
ainda 4uito 4ais subdivididas2 isoladas e tornadas autYno4as co4o
Iun/=es e;clusivas de trabalhadores individuais.
! orige4 da 4anuIatura2 sua Ior4a/0o a ,artir do artesanato2
R ,ortanto dM,lice. :e u4 lado2 ela ,arte da co4bina/0o de oI3cios
autYno4os de diIerentes es,Rcies2 Kue s0o des,idos de sua autono4ia
e tornados unilaterais atR o ,onto e4 Kue constitue4 a,enas o,era/=es
,arciais Kue se co4,le4enta4 4utua4ente no ,rocesso de
,rodu/0o de u4a Mnica e 4es4a 4ercadoria. :e outro lado2 ela
,arte da coo' ,era/0o de art3Iices da 4es4a es,Rcie2 deco4,=e o
4es4o oI3cio indi' vidual e4 suas diversas o,era/=es ,articulares e
as isola e as torna autYno4as atR o ,onto e4 Kue cada u4a delas
torna'se Iun/0o e;clusiva de u4 trabalhador es,ec3Iico. Por u4 lado
a 4anuIatura introduG2 ,ortanto2 a divis0o do trabalho e4 u4
,rocesso de ,rodu/0o ou a de' senvolve 4ais^ ,or outro lado2 ela
co4bina oI3cios anterior4ente se' ,arados. SualKuer Kue sePa seu
,onto ,articular de ,artida2 sua Iigura Iinal R a 4es4a L u4
4ecanis4o de ,rodu/0o2 cuPos Qrg0os s0o seres hu4anos.
Para o entendi4ento correto da divis0o do trabalho na 4anuIa'
tura R essencial atentar ,ara os seguintes ,ontos9 antes de 4ais nada2
a anlise do ,rocesso de ,rodu/0o e4 suas Iases ,articulares coincide
inteira4ente co4 a deco4,osi/0o de u4a atividade artesanal e4 suas
diversas o,era/=es ,arciais. Co4,osta ou si4,les2 a e;ecu/0o continua
artesanal e ,ortanto de,endente da Ior/a2 habilidade2 ra,ideG e
segu' ran/a do trabalhador individual no 4anePo de seu instru4ento.
oI3cio ,er4anece a base. )ssa estreita base tRcnica e;clui u4a
anlise ver' dadeira4ente cient3Iica do ,rocesso de ,rodu/0o2 ,ois
cada ,rocesso ,arcial ,ercorrido ,elo ,roduto te4 Kue ,oder ser
realiGado co4o tra' balho ,arcial artesanal. Precisa4ente ,or
continuar sendo a habilidade 4anual a base do ,rocesso de ,rodu/0o R
Kue cada trabalhador R a,ro' ,riado e;clusiva4ente ,ara u4a Iun/0o
,arcial e sua Ior/a de trabalho
R transIor4ada ,or toda vida e4 Qrg0o dessa Iun/0o ,arcial. Final'
4ente2 essa divis0o do trabalho R u4a es,Rcie ,articular da coo,era/0o
e algu4as de suas vantagens decorre4 da natureGa geral e n0o dessa
Ior4a ,articular da coo,era/0o.
4( O #r)%7:or !rci% e s$ ferr*e.#
:escendo agora aos ,or4enores2 R desde logo claro Kue u4
tra' balhador2 o Kual e;ecuta a sua vida inteira u4a Mnica o,era/0o
si4,les2 transIor4a todo o seu cor,o e4 Qrg0o auto4tico unilateral
dessa o,e' ra/0o e ,ortanto necessita ,ara ela 4enos te4,o Kue o
art3Iice2 Kue e;ecuta alternada4ente toda u4a sRrie de o,era/=es.
trabalhador coletivo co4binado2 Kue constitui o 4ecanis4o vivo
da 4anuIatura2 co4,=e'se ,orR4 a,enas de tais trabalhadores
,arciais unilaterais. )4 co4,ara/0o co4 o oI3cio autYno4o ,roduG

MARX
435

,or isso 4ais e4 4enos

436
OS ECONOMISTAS
te4,o ou eleva a Ior/a ,rodutiva do trabalho.
1#$
4Rtodo do trabalho
,arcial ta4bR4 se a,erIei/oa2 a,Qs tornar'se autYno4o2 co4o Iun/0o
e;clusiva de u4a ,essoa. ! re,eti/0o cont3nua da 4es4a a/0o li4itada
e a concentra/0o da aten/0o nela ensina42 conIor4e indica a e;,e'
riJncia2 a atingir o eIeito Mtil desePado co4 u4 43ni4o de gasto
de Ior/a. Has co4o diIerentes gera/=es de trabalhadores se4,re
convive4 si4ultanea4ente e coo,era4 nas 4es4as 4anuIaturas2
os truKues tRcnicos do oI3cio assi4 adKuiridos se consolida42
acu4ula4 e trans' 4ite4 ra,ida4ente.
16%
! 4anuIatura ,roduG2 de Iato2 a virtuosidade do trabalhador de'
talhista2 ao re,roduGir2 dentro da oIicina2 a diIerencia/0o natural4ente
desenvolvida dos oI3cios2 Kue P encontrou na sociedade2 e ao
i4,ul' sion'la siste4atica4ente ao e;tre4o. Por outro lado2 a
transIor4a/0o do trabalho ,arcial na ,roIiss0o ,or toda vida de u4
ser hu4ano cor' res,onde F tendJncia de sociedades anteriores de
tornar hereditrios os oI3cios2 de ,etriIic'los e4 castas ou2 caso
deter4inadas condi/=es histQricas ,roduGisse4 no indiv3duo u4a
variabilidade Kue contradis' sesse o siste4a de castas2 de ossiIic'
los e4 cor,ora/=es. Castas e cor,ora/=es surge4 da 4es4a lei
natural Kue regula a diIerencia/0o de ,lantas e ani4ais e4 es,Rcies e
subes,Rcies2 sQ Kue e4 deter4inado grau de desenvolvi4ento a
hereditariedade das castas e a e;clusividade das cor,ora/=es s0o
decretadas co4o lei social.
16#
V!s 4usselinas de :a\\a e4 sua Iinura2 as chitas e
outros tecidos de Coro4andel na 4agniIicJncia e durabilidade
de suas cores nunca Iora4 su,erados. S0o entretanto ,roduGidos
se4 ca' ,ital2 4aKuinarias2 divis0o do trabalho ou KualKuer u4
dos outros 4eios Kue ,ro,orciona4 tantas vantagens F
Iabrica/0o euro,Ria.
tecel0o R u4 indiv3duo isolado2 Kue IaG o tecido ,or enco4enda
de u4 cliente2 co4 u4 tear da 4ais rudi4entar constru/0o2 cons'
titu3do Fs veGes a,enas de hastes de 4adeira unidas tosca4ente.
1#$ iSuanto 4ais u4 trabalho de grande variedade R des4e4brado e atribu3do a diIerentes
trabalhadores ,arciais2 tanto 4ais ele dever ser Ieito necessaria4ente 4elhor e 4ais
de,ressa2 co4 4enos ,erda de te4,o e trabalho.i "The Advanta2es of the *ast /ndia Trade,
+ondres2 #&6%2 ,. &#.(
16% iTrabalho realiGado Iacil4ente R habilidade trans4itida.i "?:GSKI*2 Th. Popular Political
*conomD, ,. 7E.(
16# iTa4bR4 as artes "...( alcan/ara4 no )gito o devido grau de ,erIei/0o. Pois sQ nesse
,a3s os artes0os n0o ,ode4 intervir nos negQcios de outra classe de cidad0os2 4as deve4
a,enas
dese4,enhar a ,roIiss0o Kue ,or lei R hereditria e4 sua tribo. "...( )4 outros ,ovos
veriIica'se Kue os artes0os dis,ersa4 sua aten/0o ,or obPetos de4ais. "...( ra tenta4
a agricultura2 ora se lan/a4 ao co4Rrcio2 ora se ocu,a4 co4 duas ou trJs artes ao
4es4o te4,o. )4 )stados livres o 4ais das veGes IreKOenta4 as asse4blRias do ,ovo.
"...( *o )gito2 ao contrrio2 KualKuer artes0o R severa4ente ,unido se se i4iscui nos
negQcios do )stado ou se e;erce2 ao 4es4o te4,o2 vrias artes. !ssi42 nada ,ode ,erturbar

43'
MARX
sua diligJncia ,roIissional. "...( !lR4 disso2 co4o tJ4 nu4erosas regras de seus ante,assados2
e4,enha4'se e4 descobrir ainda novas vantagens.i "SICC+CS2 :iodorus. 1istorische
'i.liothek! +ivro Pri4eiro. Ca,. &7.(

OS ECONOMISTAS
43/

)le n0o ,ossui seKuer u4 dis,ositivo ,ara ,u;ar a corrente ,ara
ci4a2 o tear te4 de ser utiliGado e4 todo o seu co4,ri4ento
e torna'se assi4 t0o inIor4e e longo Kue n0o cabe na
chou,ana do ,rodutor2 obrigando'o a e;ecutar seu trabalho ao
ar livre2 onde R interro4,ido ,or KualKuer 4udan/a do
te4,o.W
166
[ a,enas a ,er3cia acu4ulada de gera/0o e4 gera/0o e
legada de ,ai ,ara Iilho Kue ,ro,orciona ao indiano co4o F aranha
essa vir' tuosidade. )2 n0o obstante2 tal tecel0o indiano e;ecuta u4
trabalho 4uito co4,licado e4 co4,ara/0o co4 a 4aioria dos
trabalhadores da 4anuIatura.
C4 artes0o Kue e;ecuta2 u4 a,Qs outro2 os diversos ,rocessos
,arciais da ,rodu/0o de u4a obra2 R obrigado a 4udar ora de
lugar2 ora de instru4entos. ! ,assage4 de u4a o,era/0o ,ara
outra inter' ro4,e o Ilu;o de seu trabalho e Ior4a e4 certa 4edida
,oros e4 sua Pornada de trabalho. )sses ,oros veda4'se2 t0o logo
ele e;ecute o dia inteiro continua4ente u4a Mnica e 4es4a
o,era/0o2 ou desa,arece4 na 4edida e4 Kue di4inue4 as
4udan/as de o,era/0o. au4ento da ,rodutividade se deve aKui
ao dis,Jndio crescente de Ior/a de tra' balho e4 dado es,a/o de
te4,o2 ,ortanto crescente intensidade de trabalho ou decrRsci4o do
dis,Jndio i4,rodutivo da Ior/a de trabalho.
e;cesso de dis,Jndio de Ior/a e;igida2 a saber2 de cada transi/0o do
re,ouso ,ara o 4ovi4ento2 se co4,ensa ,ela 4aior ,erdura/0o da
velocidade nor4al2 u4a veG esta sendo alcan/ada. Por outro lado2
a continuidade de u4 trabalho uniIor4e destrQi a tens0o e o
i4,ulso dos es,3ritos vitais2 Kue encontra4 sua recrea/0o e seu
est34ulo na ,rQ,ria 4udan/a de atividade.
! ,rodutividade do trabalho de,ende n0o sQ da virtuosidade do
trabalhador 4as ta4bR4 da ,erIei/0o de suas Ierra4entas. Ferra4en'
tas da 4es4a es,Rcie2 co4o instru4entos cortantes2 ,erIuradores2 ,i'
l=es2 4artelos etc.2 s0o utiliGadas e4 diversos ,rocessos de
trabalho2
e o 4es4o instru4ento se ,resta ,ara e;ecutar o,era/=es
diIerentes2
no 4es4o ,rocesso de trabalho. Has t0o logo as diversas
o,era/=es de u4 ,rocesso de trabalho se dissocia4 e cada o,era/0o
,arcial adKuire na 40o do trabalhador ,arcial a Ior4a 4ais adeKuada
,oss3vel e ,or' tanto e;clusiva2 torna4'se necessrias 4odiIica/=es
nas Ierra4entas anterior4ente utiliGadas ,ara Iins diIerentes.
sentido de sua 4u' dan/a de Ior4a resulta da e;,eriJncia das
diIiculdades es,ec3Iicas oca' sionadas ,ela Ior4a inalterada. !
diIerencia/0o dos instru4entos de trabalho2 Kue atribui aos
instru4entos da 4es4a es,Rcie Ior4as Ii;as ,articulares ,ara cada

MARX
430

e4,rego Mtil ,articular2 e sua es,ecialiGa/0o2
166 1istorical an Descriptive Account of 'rit! /ndia etc! Por ?ugh Hurra-2 Ja4es <ilson etc.2
)di4burgo2 #ED6. v. II2 ,. 77$'75%. tear indiano Iica de ,R2 isto R2 a cadeia R
estendida
vertical4ente.

431
OS ECONOMISTAS
Kue IaG co4 Kue cada u4 desses instru4entos ,articulares sQ atue
co4 total ,lenitude na 40o de trabalhadores ,arciais es,ec3Iicos2
ca' racteriGa4 a 4anuIatura. !,enas e4 Bir4ingha4 s0o ,roduGidas
cerca de 5%% variedades de 4artelos2 cada u4 deles servindo n0o
sQ a u4 ,rocesso ,articular de ,rodu/0o2 4as u4 nM4ero de
variedade Ire' KOente4ente serve ,ara o,era/=es diIerentes do
4es4o ,rocesso. ,er3odo 4anuIatureiro si4,liIica2 4elhora e
diversiIica os instru4entos de trabalho2 4ediante sua ada,ta/0o Fs
Iun/=es e;clusivas ,articulares dos trabalhadores ,arciais.
16D
)le cria co4 isso2 ao 4es4o te4,o2 u4a das condi/=es
4ateriais da 4aKuinaria2 Kue consiste nu4a co4bina/0o de
instru4entos si4,les.
trabalhador detalhista e seu instru4ento constitue4 os
ele4entos si4,les da 4anuIatura. Volte4o'nos agora ,ara sua Iigura
conPunta.
5( As :$s for*s f$.:*e.#is : *.$f#$r D
*.$f#$r 7e#ero,-.e e *.$f#$r or,S.ic
! articula/0o da 4anuIatura ,ossui duas Ior4as Iunda4entais2
Kue a,esar de eventual entrela/a4ento constitue4 duas es,Rcies
es' sencial4ente diIerentes e ta4bR4 dese4,enha4 ,a,Ris
inteira4ente diIerentes2 no4eada4ente na transIor4a/0o ,osterior
da 4anuIatura na grande indMstria2 4ovida ,or 4aKuinaria. )sse
carter du,lo ori' gina'se da natureGa do ,rQ,rio ,roduto. )ste ou se
constitui ,or co4' ,osi/0o 4era4ente 4ecUnica de ,rodutos ,arciais
autYno4os ou deve sua Iigura acabada a u4a seKOJncia de ,rocessos e
4ani,ula/=es cone;as.
C4a loco4otiva2 ,or e;e4,lo2 constitui'se de 4ais de 5 4il ,e/as
autYno4as. )la n0o ,ode2 ,orR42 servir de e;e4,lo ,ara a
,ri4eira es,Rcie de 4anuIatura2 ,ois R u4a cria/0o da grande
indMstria. Has si4 o relQgio2 co4 o Kual ta4bR4 <illia4 Pett-
ilustrou a divis0o 4anuIatureira do trabalho. :e obra individual de
u4 art3Iice de *u' re4berg2 o relQgio transIor4ou'se no ,roduto
social de inu4erveis trabalhadores ,arciais2 co4o o IaGedor das
,e/as e4 bruto2 o IaGedor das 4olas2 o IaGedor dos 4ostradores2 o
IaGedor da 4ola es,iral2 o IaGedor dos Iuros ,ara as ,edras e as
alavancas co4 rubis2 o IaGedor dos ,onteiros2 o IaGedor da cai;a2 o
IaGedor dos ,araIusos2 o dourador2 co4 4uitas subdivis=es2 co4o2
,or e;e4,lo2 o IaGedor de rodas "de rodas de lat0o e de a/o2 de
novo se,arados(2 o IaGedor dos carretes2 o IaGedor da engrenage4
dos ,onteiros2 o acheveur de pi2non "Ii;a as
16D :arXin observa e4 sua cRlebre obra A ri2em das *sp#cies, co4 reIerJncia aos Qrg0os
naturais das ,lantas e ani4ais9 V)nKuanto u4 4es4o Qrg0o te4 de e;ecutar diIerentes
trabalhos2 ,ode'se talveG encontrar u4 4otivo ,ara a sua variabilidade no Iato de a sele/0o

432
MARX
natural ,reservar ou su,ri4ir cada ,eKuena varia/0o de Ior4a co4 4enos cuidado do Kue
se esse Qrg0o Iosse destinado a,enas a u4a Iun/0o ,articular. !ssi42 Iacas destinadas
a cortar KualKuer coisa ,ode4 ser e4 linhas gerais da 4es4a Ior4a2 enKuanto
Ierra4entas destinadas a u4 uso deter4inado deve4 ter ,ara cada outro uso u4a
Ior4a ta4bR4 distintaW.

OS ECONOMISTAS
413

rodas nos carretes2 d ,oli4ento Fs facettes etc.(2 o IaGedor do ,ivY2
o
planteur de finissa2e "coloca diversas rodas e carretes na
4Kuina(2 finisseur de .arrillet "entalha os dentes nas rodas2 d
aos Iuros as di4ens=es adeKuadas2 endurece as ,osi/=es e travas(2
o IaGedor da tranKueta de Uncora2 o IaGedor do cilindro ,ara essa
tranKueta2 o IaGedor da roda catarina2 o IaGedor do volante2 o IaGedor
do balanci42 o IaGedor da raKuete "4ecanis4o co4 Kue se regula o
relQgio(2 o planteur dSechap- pement "o Kue IaG o esca,o ,ro,ria4ente(2 o
repasseur de .arrillet "co4' ,leta a cai;a da 4ola e a ,osi/0o(2 o
,olidor do a/o2 o ,olidor das rodas2 o ,olidor dos ,araIusos2 o ,intor
dos nM4eros2 o es4altador do 4ostrador "Iunde o es4alte sobre o
cobre(2 o fa.ricant de pendants "IaG a,enas as argolas do relQgio(2 o
finisseur de charniUre "coloca o ei;o de lat0o no centro da cai;a
etc.(2 o faiseur de secret "coloca na cai;a as 4olas Kue IaGe4 ,ular a
ta4,a(2 o 2raveur, o ciseleur, polisseur de .o^te
167
etc. e2 Iinal4ente2 o
repasseur2 Kue 4onta todo o relQgio e
o entrega Iuncionando. SQ ,oucas ,artes do relQgio ,assa4 ,or
diIe' rentes 40os2 e todos esses mem.ra disPecta s0o reunidos
so4ente na 40o Kue os co4bina Iinal4ente ,ara Ior4ar u4 todo
4ecUnico. )ssa rela/0o e;terna do ,roduto acabado co4 seus
ele4entos de diIerentes es,Rcies torna aKui2 co4o e4 Iabrica/=es
se4elhantes2 acidental a co4' bina/0o dos trabalhadores ,arciais na
4es4a oIicina. s trabalhos ,arciais ,ode4 4es4o ser e;ecutados
co4o oI3cios inde,endentes entre si2 co4o no cant0o de <aadt e
*euchUtel2 enKuanto e4 Genebra2 ,or e;e4,lo2 e;iste4 grandes
4anuIaturas de relQgios2 isto R2 realiGa'se
a coo,era/0o direta dos trabalhadores ,arciais sob o co4ando de u4
ca,ital. Ta4bR4 no Mlti4o caso2 4ostrador2 4ola e cai;a s0o rara4ente
Ieitos na ,rQ,ria 4anuIatura. ! e4,resa 4anuIatureira co4binada
aKui R lucrativa a,enas sob condi/=es e;ce,cionais2 ,ois a concorrJncia
entre os trabalhadores2 Kue Kuere4 trabalhar e4 casa2 R a 4aior ,os'
s3vel2 o Iraciona4ento da ,rodu/0o e4 nu4erosos ,rocessos heterogJ'
neos ,er4ite ,ouco e4,rego de 4eios coletivos de trabalho e o
ca,i' talista co4 a Iabrica/0o dis,ersa ,ou,a as des,esas co4 ediI3cios
Iabris etc.
165
)ntretanto2 a ,osi/0o desses trabalhadores detalhistas
Kue tra'
167 Gravador2 cinGelador2 ,olidor da cai;a. "*. dos T.(
165 Genebra ,roduGiu2 no ano de #E572 E% 4il relQgios2 4enos de #`5 da ,rodu/0o do
cant0o de *euchUtel. Chau;'de'Fonds2 Kue se ,ode considerar u4a Mnica 4anuIatura de
relQgios2 Iornece soGinha anual4ente o dobro de Genebra. :e #E5% a #E1#2 Genebra
Iorneceu &6% 4il relQgios. Ver VRe,ort Iro4 Geneva on the <atch TradeW. In9 -eports .D 1!
"!Ss <ecretaries of *m.assD and %e2ation on the "anufactures, Commerce etc! n8 12
#E1D. Se a Ialta de cone;0o entre os ,rocessos e4 Kue se deco4,=e a ,rodu/0o de
obPetos a,enas Pusta,ostos P diIiculta e4 si e ,ara si a transIor4a/0o de
4anuIaturas desse gJnero e4 grande indMstria 4ecaniGada2 ,ara os relQgios acresce4
ainda dois outros obstculos2 a ,eKueneG

MARX
411

e delicadeGa de seus ele4entos e seu carter de lu;o2 ,ortanto2 sua variedade2 de
4odo Kue2 ,or e;e4,lo2 nas 4elhores casas de +ondres2 o ano todo2 diIicil4ente
chega'se a Iabricar # dMGia de relQgios Kue sePa4 ,arecidos. ! Ibrica de relQgios de
Vacheron v Constantin2 Kue utiliGa 4aKuinaria co4 sucesso2 ta4bR4 Iornece no
4;i4o D ou 7 diIe' rentes variedades e4 ta4anho e Ior4a.

414
OS ECONOMISTAS
balha4 e4 do4ic3lio2 4as ,ara u4 ca,italista "Iabricante2 #ta.lisseur(2
R inteira4ente diIerente da do art3Iice inde,endente Kue trabalha ,ara
seus ,rQ,rios clientes.
161
! segunda es,Rcie de 4anuIatura2 sua Ior4a co4,leta2 ,roduG
artigos Kue ,ercorre4 Iases interligadas de desenvolvi4ento2 u4a se'
KOJncia de ,rocessos gradativos2 co4o2 ,or e;e4,lo2 o ara4e2 na
4a' nuIatura de agulhas ,ara costura2 Kue ,assa ,elas 40os de &6
e atR de $6 trabalhadores ,arciais es,ec3Iicos.
*a 4edida e4 Kue tal 4anuIatura co4bina oI3cios original4ente
dis,ersos2 ela reduG a se,ara/0o es,acial entre as Iases
,articulares de ,rodu/0o do artigo. te4,o de sua ,assage4 de
u4 estgio a outro R reduGido2 do 4es4o 4odo Kue o trabalho Kue
4edia essa ,as' sage4.
16&
)4 co4,ara/0o co4 o artesanato ganha'se
assi4 Ior/a ,ro' dutiva2 na verdade originando'se esse ganho do
carter coo,erativo geral da 4anuIatura. Por outro lado2 seu ,rinc3,io
,eculiar da divis0o de trabalho causa u4 isola4ento das diIerentes
Iases de ,rodu/0o2 Kue co4o outros tantos trabalhos ,arciais
artesanais se autono4iGa4 reci,roca4ente. )stabelecer e 4anter a
cone;0o entre as Iun/=es iso' ladas reKuer trans,orte ininterru,to do
artigo de u4a 40o ,ara outra
e de u4 ,rocesso ,ara outro. :o ,onto de vista da grande
indMstria2
isso se a,resenta co4o u4a li4ita/0o caracter3stica2 custosa e i4anente
ao ,rinc3,io da 4anuIatura.
16E
! observa/0o de deter4inado Cuantum de 4atRria',ri4a2 ,or
e;e4,lo2 de tra,os na 4anuIatura de ,a,el ou de ara4e na 4anuIatura
de agulhas2 4ostra Kue ela ,ercorre2 nas 40os dos diIerentes
traba' lhadores ,arciais2 u4a seKOJncia cronolQgica de Iases de
,rodu/0o atR chegar a sua Iigura Iinal. Has se observar4os ,elo
contrrio a oIicina co4o u4 4ecanis4o global2 ve4os Kue a
4atRria',ri4a se encontra si4ultanea4ente e4 todas as suas Iases
de ,rodu/0o de u4a veG. Co4 u4a ,arte de suas 4uitas 40os
ar4adas de instru4entos2 o trabalhador coletivo2 Ior4ado ,ela
co4bina/0o de trabalhadores deta' lhistas2 estira o ara4e2 enKuanto
si4ultanea4ente co4 outras 40os
e outras Ierra4entas o estica2 co4 outras o corta2 o a,onta etc.
:e u4a sucess0o no te4,o2 os diversos ,rocessos graduais
transIor4a4'se e4 u4a Pusta,osi/0o no es,a/o. :a3 o Iorneci4ento de
4ais 4ercadorias ,rontas no 4es4o ,er3odo de te4,o.
16$
!Kuela
si4ultaneidade decorre2
161 *a Ieitura de relQgios2 esse e;e4,lo clssico da 4anuIatura heterogJnea2 ,ode'se estudar
co4 ,recis0o a aci4a 4encionada diIerencia/0o e es,ecialiGa/0o dos instru4entos de tra'
balho oriunda da deco4,osi/0o da atividade artesanal.
16& iSuando os ho4ens trabalha4 t0o Puntos uns dos outros2 o trans,orte te4 de ser neces'
saria4ente 4enor.i "The Advanta2es of the *ast /ndia Trade2 ,. #%1.(

415
MARX
16E i isola4ento das diIerentes Iases de ,rodu/0o na 4anuIatura2 Kue decorre do
e4,rego de trabalho 4anual2 eleva e;traordinaria4ente os custos de ,rodu/0o2 originando'se
a ,erda sobretudo do 4ero trans,orte de u4 ,rocesso de trabalho ,ara outro.i "The
/ndustrD of ?ations. +ondres2 #E552 Parte Segunda. ,. 6%%.(
16$ i)lai "a divis0o do trabalho( V,roduG ta4bR4 u4a econo4ia de te4,o ao deco4,or o

OS ECONOMISTAS
416

na verdade2 da Ior4a coo,erativa geral do ,rocesso global2 4as a 4anu'
Iatura n0o a,enas encontra2 desde o in3cio2 as condi/=es ,ara a
coo,era/0o2 sen0o Kue e4 ,arte as cria ,ela deco4,osi/0o da
atividade artesanal. Por outro lado2 ela alcan/a essa organiGa/0o social
do ,rocesso de trabalho a,enas soldando o 4es4o trabalhador ao
4es4o detalhe.
Sendo o ,roduto ,arcial de cada trabalhador ,arcial a,enas u4
degrau ,articular no desenvolvi4ento do 4es4o artigo2 cada traba'
lhador ou gru,o de trabalhadores Iornece ao outro sua 4atRria',ri4a.
resultado do trabalho de u4 constitui o ,onto de ,artida ,ara o
trabalho do outro. C4 trabalhador ocu,a2 ,ortanto2 direta4ente o ou'
tro. te4,o de trabalho necessrio ,ara alcan/ar o eIeito Mtil
a4bi' cionado e4 cada ,rocesso ,arcial R Ii;ado de acordo co4 a
e;,eriJncia2
e o 4ecanis4o global da 4anuIatura baseia'se no ,ressu,osto de Kue
e4 dado te4,o de trabalho u4 resultado dado R obtido. So4ente
sob esse ,ressu,osto os diIerentes ,rocessos de trabalho2 Kue se
co4,le' 4enta4 4utua4ente2 ,ode4 ,rosseguir es,acial4ente lado
a lado2 si4ultanea4ente e se4 interru,/0o. [ claro Kue essa
de,endJncia direta dos trabalhos e ,ortanto dos trabalhadores entre
si obriga cada indiv3duo a e4,regar sQ o te4,o necessrio F sua Iun/0o2
,roduGindo'se assi4 u4a continuidade2 uniIor4idade2 regularidade2
ordena4ento
1D%
e no4eada4ente ta4bR4 intensidade de trabalho total4ente diIeren'
tes das vigentes no oI3cio inde,endente ou 4es4o na coo,era/0o si4'
,les. Sue se a,liKue a u4a 4ercadoria a,enas o te4,o de
trabalho social4ente necessrio F sua ,rodu/0o2 a,arece na ,rodu/0o
4ercantil e4 geral co4o co4,uls0o e;terna da concorrJncia2
,orKue2 e;,resso su,erIicial4ente2 cada ,rodutor individual te4 de
vender a 4ercadoria ,elo seu ,re/o de 4ercado. Iorneci4ento de
dado Cuantum de ,ro' dutos nu4 te4,o de trabalho deter4inado
torna'se na 4anuIatura lei tRcnica do ,rQ,rio ,rocesso de
,rodu/0o.
1D#
,era/=es diIerentes necessita42 entretanto2 de ,er3odos desi'
guais de te4,o e Iornece42 ,or isso2 e4 ,er3odos iguais2
Kuantidades desiguais de ,rodutos ,arciais. Se2 ,ortanto2 o 4es4o
trabalhador deve e;ecutar2 dia a,Qs dia2 se4,re a 4es4a o,era/0o2
ent0o R necessrio e4,regar e4 diIerentes o,era/=es nM4eros
,ro,orcional4ente diIe' rentes de trabalhadores2 ,or e;e4,lo2 nu4a
4anuIatura de ti,os de
trabalho e4 seus diversos ra4os2 Kue ,ode4 todos ser e;ecutados ao 4es4o te4,o. "...(
Por 4eio da e;ecu/0o si4ultUnea de todos os diIerentes ,rocessos de trabalho2 Kue u4
indiv3duo isolado teria de e;ecutar se,arada4ente2 torna'se ,oss3vel2 ,or e;e4,lo2 ,roduGir
u4a Kuantidade de agulhas no 4es4o te4,o Kue se necessitaria ,ara cortar ou
agu/ar u4a Mnica agulha.W "ST)<!RT2 :ugald. p! cit!, ,. D#$.(

MARX
41'

1D% iSuanto 4aior a variedade de trabalhadores es,ecialiGados e4 cada 4anuIatura "...( tanto
4ais ordenado e regular R cada trabalho^ este deve necessaria4ente ser e;ecutado e4
4enos te4,o e o trabalho deve reduGir'se.i "The Advanta2es etc!, ,. 1E.(
1D# )4 4uitos ra4os2 contudo2 a e;,lora/0o 4anuIatureira alcan/a esse resultado a,enas
i4,erIeita4ente2 ,ois n0o sabe controlar co4 seguran/a as condi/=es I3sicas e Ku34icas
gerais do ,rocesso de ,rodu/0o.

41/
OS ECONOMISTAS
i4,rensa2 7 Iundidores e 6 Kuebradores ,ara # ,olidor2 na Kual o Iun'
didor Iunde 6 4il ti,os ,or hora2 o Kuebrador tira 7 4il do 4olde
e o ,olidor d ,oli4ento a E 4il. Rea,arece a3 o ,rinc3,io da
coo,era/0o e4 sua Ior4a 4ais si4,les2 a ocu,a/0o si4ultUnea de
4uitos Kue e;ecuta4 trabalho da 4es4a es,Rcie2 agora ,orR4 co4o
e;,ress0o de u4a rela/0o orgUnica. ! divis0o 4anuIatureira do
trabalho si4,liIica
e diversiIica ,ortanto n0o sQ os Qrg0os Kualitativa4ente diIerenciados
do trabalhador coletivo social2 4as ta4bR4 cria u4a ,ro,or/0o 4ate'
4tica Ii;a ,ara o volu4e Kuantitativo desses Qrg0os2 isto R2 ,ara
o nM4ero relativo de trabalhadores ou ,ara a grandeGa relativa dos
gru' ,os de trabalhadores e4 cada Iun/0o ,articular. )la
desenvolve co4
a articula/0o Kualitativa a regra Kuantitativa e a ,ro,orcionalidade
do ,rocesso de trabalho social.
C4a veG Ii;ada ,ela e;,eriJncia a ,ro,or/0o 4ais adeKuada dos
diIerentes gru,os de trabalhadores ,arciais ,ara deter4inada
escala de ,rodu/0o2 so4ente ,ode'se a4,liar essa escala de ,rodu/0o
e4,re' gando'se u4 4Mlti,lo de cada gru,o ,articular de
trabalhadores.
1D6
!cresce Kue o 4es4o indiv3duo realiGa certos trabalhos t0o be4
e4 escala 4aior Kuanto 4enor2 co4o2 ,or e;e4,lo2 o trabalho de
su,e' rintendJncia2 o trans,orte dos ,rodutos ,arciais de u4a Iase
de ,ro' du/0o ,ara outra etc. ! autono4iGa/0o dessas Iun/=es ou sua
atribui/0o
a trabalhadores es,ec3Iicos sQ se torna vantaPosa co4 a a4,lia/0o
do nM4ero de trabalhadores ocu,ados2 4as essa a4,lia/0o te4 de
atingir de u4a veG todos os gru,os ,ro,orcional4ente.
gru,o individual2 u4 nM4ero de trabalhadores Kue
e;ecuta4
a 4es4a Iun/0o ,arcial2 consiste e4 ele4entos ho4ogJneos e constitui
u4 Qrg0o ,articular do 4ecanis4o global. )4 diIerentes 4anuIaturas2
entretanto2 o ,rQ,rio gru,o R u4 cor,o articulado de trabalho2 enKuanto
o 4ecanis4o global R constitu3do ,ela re,eti/0o ou ,ela 4ulti,lica/0o
desses organis4os ,rodutivos ele4entares. To4e4os ,or e;e4,lo a
4anuIatura de garraIas de vidro. )la deco4,=e'se e4 trJs Iases
es' sencial4ente diversas. Pri4eiro2 a Iase ,re,aratQria2 co4o
,re,ara/0o da co4,osi/0o do vidro2 4istura de areia2 cal etc.2 e
Iundi/0o dessa co4,osi/0o e4 u4a 4assa l3Kuida de vidro.
1DD
*a
,ri4eira Iase est0o ocu,ados diIerentes trabalhadores ,arciais2
ocorrendo o 4es4o na Iase Iinal2 retirada das garraIas dos Iornos de
secage42 sua sele/0o2 e4ba' lage4 etc. )ntre a4bas as Iases est a
Ieitura ,ro,ria4ente dita do
1D6 iSuando a e;,eriJncia2 de acordo co4 a natureGa ,articular dos ,rodutos de cada 4anu'

410
MARX
Iatura2 revela tanto a 4aneira 4ais vantaPosa de dividir a Iabrica/0o e4 o,era/=es ,arciais
co4o ta4bR4 o nM4ero de trabalhadores a elas necessrio2 os estabeleci4entos Kue n0o
e4,regue4 u4 4Mlti,lo e;ato desse nM4ero Iabricar0o co4 custos 4aiores. "...( )ssa
R u4a das causas da a4,lia/0o colossal dos estabeleci4entos industriais.i "B!BB!G)2
Ch. n the *conomD of "achinerD. +ondres2 #ED62 Ca,. ]]I2 ,. #&6'#&D.(
1DD *a Inglaterra2 o Iorno de Ius0o R se,arado do Iorno de vidro2 no Kual se elabora o vidro^
na BRlgica2 ,or e;e4,lo2 o 4es4o Iorno serve ,ara os dois ,rocessos.

OS ECONOMISTAS
411

vidro ou a elabora/0o da 4assa l3Kuida do vidro. *a 4es4a boca de
Iorno trabalha u4 gru,o2 Kue na Inglaterra cha4a'se hole2
co4,osto de u4 .ottle maker ou finisher2 u4 .loAer2 u4 2atherer2
u4 putter up ou Ahetter off e u4 taker.
1D7
)sses cinco
trabalhadores ,arciais constitue4 outros tantos Qrg0os ,articulares
de u4 Mnico cor,o de trabalho Kue sQ ,ode atuar co4o unidade ,or
4eio da coo,era/0o direta de todos os cinco. Faltando u4 4e4bro
do cor,o de cinco ,artes2 ele Iica ,aralisado. 4es4o Iorno de vidro2
,orR42 te4 diversas aberturas2 na Inglaterra2 ,or e;e4,lo2 de 7 a 12
cada u4a delas co4 u4 cadinho de argila contendo a 4assa l3Kuida
de vidro e ocu,ando seu ,rQ,rio gru,o de trabalhadores2 co4,osto
dos 4es4os cinco 4e4bros. ! ar' ticula/0o de cada gru,o
individual baseia'se aKui direta4ente na di' vis0o do trabalho2
enKuanto o v3nculo Kue reMne os diversos gru,os da 4es4a es,Rcie
R a coo,era/0o si4,les2 Kue utiliGa u4 dos 4eios de ,rodu/0o2 no
caso o Iorno de vidro2 de 4aneira 4ais econY4ica 4ediante seu
consu4o coletivo. Cada u4 desses Iornos co4 seus 7 a
1 gru,os constitui u4a vidraria2 e u4a 4anuIatura de vidro co4'
,reende vrias vidrarias Punta4ente co4 as instala/=es e os trabalha'
dores ,ara as Iases ,re,aratQrias e Iinais de ,rodu/0o.
Final4ente2 a 4anuIatura2 originando'se da co4bina/0o de
di' Ierentes oI3cios2 ,ode'se desenvolver nu4a co4bina/0o de
diIerentes 4anuIaturas. !s 4aiores vidrarias inglesas2 ,or e;e4,lo2
Iabrica4 elas 4es4as seus cadinhos de argila2 ,or de,ender
essencial4ente da sua Kualidade o sucesso ou Iracasso da ,rodu/0o.
! 4anuIatura de u4 4eio de ,rodu/0o se associa aKui co4 a
4anuIatura do ,roduto. Inversa4ente2 a 4anuIatura do ,roduto
,ode ser associada a 4anu' Iaturas2 Fs Kuais serve ,or sua veG de
4atRria',ri4a ou co4 cuPos ,rodutos R 4ontado ,osterior4ente.
!ssi42 ,or e;e4,lo2 encontra'se
a 4anuIatura de flint 2lass
1D5
co4binada co4 o ,oli4ento de vidro e
co4 a Iundi/0o de lat0o2 o Mlti4o ,ara a guarni/0o 4etlica de diversos
artigos de vidro. !s diversas 4anuIaturas co4binadas Ior4a4
ent0o de,arta4entos 4ais ou 4enos se,arados es,acial4ente de
u4a 4a' nuIatura global e ao 4es4o te4,o ,rocessos de ,rodu/0o
inde,endentes entre si2 cada u4 co4 sua ,rQ,ria divis0o de
trabalho. !,esar de algu4as vantagens Kue a 4anuIatura
co4binada oIerece2 ela nunca adKuire2 sobre sua ,rQ,ria base2 u4a
verdadeira unidade tRcnica. )sta surge so4ente ,ela sua
transIor4a/0o e4 e4,resa 4ecaniGada.
,er3odo da 4anuIatura2 o Kual logo ,rocla4a consciente4ente
co4o ,rinc3,io
1D1
a di4inui/0o do te4,o de trabalho necessrio ,ara
1D7 1ole9 buraco. L 'ottle maker9 IaGedor de garraIa. L $inisher9 acabador. L 'loAer9 so,rador.
L ,atherer9 coletor. L Putter up9 estivador. L @hetter off9 a4olador. L Taker9 entregador.
"*. dos T.(

MARX
412

1D5 Cristal. "*. dos T.(
1D1 Pode'se ver isto2 entre outros2 e4 <. Pett-2 John Bellers2 !ndreX >arranton2 The Advanta2es
of the *ast /ndia Trade e Vanderlint.

443
OS ECONOMISTAS
a ,rodu/0o de 4ercadorias2 ta4bR4 chega es,oradica4ente a desen'
volver a utiliGa/0o de 4Kuinas2 sobretudo ,ara certos ,rocessos
iniciais si4,les Kue tJ4 de ser e;ecutados 4aci/a4ente e co4 grande
e4,rego de Ior/a. !ssi42 ,or e;e4,lo2 logo se e;ecuta na 4anuIatura
de ,a,el
a tritura/0o de tra,os ,or 4eio de 4oinhos de ,a,el e na
4etalurgia
a Irag4enta/0o de 4inRrios ,or 4eio dos assi4 cha4ados 4oinhos de
,il=es.
1D&
I4,Rrio Ro4ano trans4itiu'nos a Ior4a ele4entar de toda
a 4aKuinaria co4 o 4oinho de gua.
1DE
,er3odo do artesanato dei;ou
as grandes inven/=es da bMssola2 da ,Qlvora2 da i4,ress0o de livros
e do relQgio auto4tico. )4 geral2 entretanto2 a 4aKuinaria
dese4' ,enha o ,a,el secundrio Kue !da4 S4ith lhe atribui ao
lado da divis0o do trabalho.
1D$
Tornou'se 4uito i4,ortante a
utiliGa/0o es,o' rdica da 4aKuinaria no sRculo ]VII2 ,or ter
oIerecido aos grandes 4ate4ticos daKuele te4,o ,ontos de a,oio
,rticos e est34ulos ,ara criare4 a 4ecUnica 4oderna.
! 4aKuinaria es,ec3Iica do ,er3odo 4anuIatureiro ,er4anece
o ,rQ,rio trabalhador coletivo2 co4bina/0o de 4uitos trabalhadores
,ar' ciais. !s diIerentes o,era/=es Kue s0o e;ecutadas alternada4ente
,elo ,rodutor de u4a 4ercadoria e Kue se entrela/a4 no conPunto
de seu ,rocesso de trabalho a,resenta4'lhe e;igJncias diIerentes.
*u4a ele te4 de desenvolver 4ais Ior/a2 e4 outra 4ais habilidade2
nu4a terceira 4ais aten/0o 4ental etc.2 e o 4es4o indiv3duo n0o
,ossui essas Kua' lidades no 4es4o grau. :e,ois da se,ara/0o2
autono4iGa/0o e isola' 4ento das diIerentes o,era/=es2 os
trabalhadores s0o se,arados2 clas' siIicados e agru,ados segundo
suas Kualidades do4inantes. Se suas ,eculiaridades naturais
Ior4a4 a base sobre a Kual se 4onta a divis0o do trabalho2 a
4anuIatura desenvolve2 u4a veG introduGida2 Ior/as de trabalho Kue
,or natureGa sQ s0o a,tas ,ara Iun/=es es,ec3Iicas uni' laterais.
trabalhador coletivo ,ossui agora todas as ,ro,riedades ,rodutivas
no 4es4o grau de virtuosidade e ao 4es4o te4,o as des' ,ende da
4aneira 4ais econY4ica2 e4,regando todos os seus Qrg0os2
individualiGadas e4 trabalhadores ou gru,os de trabalhadores
deter'
1D& !inda nos Iins do sRculo ]VI na Fran/a utiliGava'se o al4oIariG e a ,eneira ,ara ,ilar e
lavar os 4inRrios.
1DE Toda a histQria do desenvolvi4ento da 4aKuinaria ,ode ser seguida atravRs da histQria
dos 4oinhos de trigo. ! Ibrica e4 inglJs cha4a'se ainda mill l4oinhom. )4 escritos
tec' nolQgicos ale40es dos ,ri4eiros decJnios do sRculo ]I] encontra'se ainda a
e;,ress0o 4oinho n0o sQ ,ara designar toda 4aKuinaria 4ovida ,or Ior/as naturais2
4as ta4bR4 todas as 4anuIaturas Kue a,licava4 a,arelhos 4ecUnicos.
1D$ Co4o se ver 4ais ,or4enoriGada4ente no +ivro Suarto desta obra2 !. S4ith n0o elaborou
nenhu4a ,ro,osi/0o nova sobre a divis0o do trabalho. Kue2 ,orR42 o caracteriGa
co4o econo4ista ,ol3tico Kue sintetiGa todo o ,er3odo da 4anuIatura R o acento Kue coloca
sobre

441
MARX
a divis0o do trabalho. ,a,el subordinado Kue atribui F 4aKuinaria ,rovocou no co4e/o
da grande indMstria a ,olJ4ica de +auderdale e nu4a R,oca 4ais desenvolvida2 a de Cre.
!. S4ith conIunde ta4bR4 a diIerencia/0o dos instru4entos2 na Kual o ,rQ,rio trabalhador
,arcial da 4anuIatura teve ,artici,a/0o 4uito ativa2 co4 a inven/0o das 4Kuinas.
*0o s0o os trabalhadores das 4anuIaturas2 4as os estudiosos2 os art3Iices2 inclusive os
ca4,o' neses "'rindleD( etc. Kue aKui dese4,enha4 ,a,el i4,ortante.

OS ECONOMISTAS
444

4inados2 e;clusiva4ente ,ara suas Iun/=es es,ec3Iicas.
17%
! unilate'
ralidade e 4es4o i4,erIei/0o do trabalhador ,arcial torna4'se sua
,erIei/0o co4o 4e4bro do trabalhador coletivo.
17#
hbito de e;ercer
u4a Iun/0o unilateral transIor4a'o e4 seu Qrg0o natural e de atua/0o
segura2 enKuanto a cone;0o do 4ecanis4o global o obriga a o,erar
co4 regularidade de u4 co4,onente de 4Kuina.
176
C4a veG Kue as diIerentes Iun/=es do trabalhador coletivo ,ode4
ser 4ais si4,les ou 4ais co4,le;as2 4ais bai;as ou 4ais
elevadas2 seus Qrg0os2 as Ior/as de trabalho individuais2 e;ige4
diIerentes graus de Ior4a/0o2 ,ossuindo ,or isso valores 4uito
diIerentes. ! 4anuIatura desenvolve ,ortanto u4a hierarKuia das
Ior/as de trabalho2 F Kual corres,onde u4a escala de salrios. Se2
,or u4 lado2 o trabalhador individual R a,ro,riado e ane;ado ,or
toda a vida a u4a Iun/0o uni' lateral2 ent0o as diIerentes o,era/=es
daKuela hierarKuia s0o ada,tadas Fs habilidades naturais e
adKuiridas.
17D
Todo ,rocesso de ,rodu/0o e;ige no entanto certos
4anePos si4,les Kue KualKuer ser hu4ano R se4 4ais ca,aG de
realiGar. )les ta4bR4 s0o destacados de sua cone;0o e4 Ilu;o co4 os
4o4entos de 4ais conteMdo da atividade e ossiIicados e4 Iun/=es
e;clusivas.
! 4anuIatura cria ,ortanto e4 todo oI3cio2 de Kue se a,ossa2
u4a classe dos cha4ados trabalhadores n0o KualiIicados2 os Kuais era4
rigorosa4ente e;clu3dos ,elo artesanato. Se ela desenvolve a es,ecia'
lidade inteira4ente unilateraliGada2 F custa da ca,acidade total de
trabalho2 atR a virtuosidade2 ela P co4e/a ta4bR4 a IaGer da
Ialta de todo desenvolvi4ento u4a es,ecialidade. !o lado da
gradua/0o hie' rrKuica surge a si4,les se,ara/0o dos trabalhadores
e4 KualiIicados
e n0o KualiIicados. Para os Mlti4os os custos de a,rendiGage4 desa'
17% i:ividindo a Iabrica/0o de u4 artigo e4 vrias o,era/=es diIerentes2 cada u4a e;igindo
graus diIerentes de habilidade e Ior/a2 o 4estre'4anuIatureiro ,ode conseguir e;ata4ente
o Cuantum de Ior/a e de habilidade corres,ondente a cada o,era/0o. Se2 ao contrrio2 toda
a obra tivesse de ser e;ecutada ,or u4 sQ trabalhador2 o 4es4o indiv3duo teria de ,ossuir
suIiciente habilidade ,ara as o,era/=es 4ais delicadas e suIiciente Ior/a ,ara as 4ais
,enosas.i "B!BB!G)2 Ch. p! cit!, ca,. ]I].(
17# Por e;e4,lo2 desenvolvi4ento unilateral dos 4Msculos2 deIor4a/0o dos ossos etc.
176 Huito correta4ente res,onde o sr. <4. Harshall2 o 2eneral mana2er
P
de u4a 4anuIatura
de vidros2 F ,ergunta do co4issrio de inKuRrito2 co4o a laboriosidade dos Povens
traba' lhadores era 4antida9 V)les n0o ,ode42 de Ior4a algu4a2 negligenciar seu trabalho^
de,ois
de tere4 co4e/ado a trabalhar2 tJ4 de ,rosseguir^ eles s0o e;ata4ente co4o ,artes de
u4a 4KuinaW. "Child! *mpl! Comm!, $ourth -eport! #E15. ,. 67&.(
P
Gerente geral. "*. dos T.(
17D :r. Cre2 e4 sua a,oteose da grande indMstria2 ,ercebe as caracter3sticas ,eculiares da
4anuIatura co4 4ais nitideG Kue os econo4istas anteriores2 Kue n0o tinha4 seu interesse
,olJ4ico2 e 4es4o Kue seus conte4,orUneos2 co4o2 ,or e;e4,lo2 Babbage2 Kue e4bora
su,erior a ele co4o 4ate4tico e 4ecUnico2 co4,reende a grande indMstria a,enas do
,onto de vista da 4anuIatura. Cre observa9 V! a,ro,ria/0o dos trabalhadores a cada o,e'
ra/0o ,articular constitui a essJncia da distribui/0o dos trabalhosW. Por outro lado2 KualiIica
ele essa distribui/0o co4o Vada,ta/0o dos trabalhos Fs diIerentes ca,acidades individuaisW

MARX
445

e caracteriGa Iinal4ente todo o siste4a de 4anuIatura co4o Vu4 siste4a de grada/=es
segundo o n3vel de habilidadeW2 co4o Vu4a divis0o do trabalho segundo os diIerentes graus
de habilidadeW etc. "CR). PhilosophD of "anufactures. ,. #$'6D et passim.(

446
OS ECONOMISTAS
,arece4 ,or inteiro2 ,ara os ,ri4eiros esses custos se reduGe42 e4
co4,ara/0o co4 o artes0o2 devido F Iun/0o si4,liIicada. )4
a4bos os casos cai o valor da Ior/a de trabalho.
177
corre4 e;ce/=es na
4edida e4 Kue a deco4,osi/0o do ,rocesso de trabalho gerava novas
Iun/=es co4,reensivas Kue no artesanato ou n0o e;istia4 ou n0o
na 4es4a e;tens0o. ! desvaloriGa/0o relativa da Ior/a de trabalho2
Kue decorre da eli4ina/0o ou da redu/0o dos custos de
a,rendiGage42 i4,lica di' reta4ente u4a valoriGa/0o 4aior do
ca,ital2 ,ois tudo Kue reduG o te4,o de trabalho necessrio ,ara
re,roduGir a Ior/a de trabalho a4,lia os do43nios do 4ais'trabalho.
6( DiAis<o :o #r)%7o :e.#ro : *.$f#$r e
:iAis<o :o #r)%7o :e.#ro : socie::e
Inicial4ente2 analisa4os a orige4 da 4anuIatura2 de,ois
seus ele4entos si4,les2 o trabalhador ,arcial e sua Ierra4enta2
Iinal4ente seu 4ecanis4o total. );a4inare4os agora2
ra,ida4ente2 a rela/0o entre a divis0o 4anuIatureira do trabalho e a
divis0o social do trabalho2
a Kual constitui a base geral de toda a ,rodu/0o de 4ercadorias.
Se se considera a,enas o ,rQ,rio trabalho2 ,ode4os designar
a se,ara/0o da ,rodu/0o social e4 seus grandes gJneros2 co4o
agricul' tura2 indMstria etc.2 de divis0o do trabalho e4 geral2 a
diIerencia/0o desses gJneros de ,rodu/0o e4 es,Rcies e subes,Rcies2
de divis0o do trabalho e4 ,articular2 e a divis0o do trabalho dentro
de u4a oIicina de divis0o do trabalho e4 detalhe.
175
! divis0o do trabalho dentro da sociedade e a corres,ondente
li4ita/0o dos indiv3duos a esIeras ,roIissionais ,articulares se desen'
volve2 co4o a divis0o do trabalho dentro da 4anuIatura2 a ,artir
de ,ontos o,ostos. :entro de u4a Ia43lia2
171
e co4
desenvolvi4ento ul' terior2 dentro de u4a tribo2 origina'se u4a
divis0o do trabalho Kue
177 iTodo artes0o Kue "...( Ioi ca,acitado a a,erIei/oar'se2 ,ela ,rtica2 nu4a o,era/0o ,arcial
"...( tornou'se u4 trabalhador 4ais barato.i "CR). p! cit!2 ,. #$.(
175 i! divis0o do trabalho vai desde a se,ara/0o das ,roIiss=es 4ais diIerentes atR aKuela
divis0o e4 Kue diversos trabalhadores divide4 entre si a elabora/0o de u4 Mnico ,roduto2
co4o na 4anuIatura.i "STRC?. Cours dS=con! Pol! )d. de Paris2 t. I2 ,. #&D.( V)ncontra4os
nos ,ovos Kue alcan/ara4 certo grau de civiliGa/0o trJs es,Rcies de divis0o do
trabalho9 a ,ri4eira2 Kue cha4a4os de geral2 leva F distin/0o dos ,rodutores e4
agricultores2 4anu' Iatores e co4erciantes2 corres,ondendo aos trJs ra4os ,rinci,ais do
trabalho nacional^ a segunda2 Kue se ,oderia cha4ar es,ecial2 R a divis0o de cada ra4o de
trabalho e4 es,Rcies "...( a terceira divis0o do trabalho2 Iinal4ente2 Kue se deveria designar
de divis0o da o,era/0o de trabalho ou divis0o do trabalho ,ro,ria4ente dita2 R a Kue se
estabelece nos oI3cios e ,roIiss=es se,arados "...( e Kue se estabelece na 4aioria das
4anuIaturas e das oIicinas.W "SK!RB)K. p! cit!, ,. E7'E5.(
171 o*ota F Dk edi/0o. )studos ,osteriores 4uito ,roIundos sobre as condi/=es ,ri4itivas do
ho4e4 levara4 o autor a concluir Kue original4ente n0o Ioi a Ia43lia Kue evoluiu
,ara Ior4ar a tribo2 4as si42 ao contrrio2 Ioi a tribo a Ior4a ,ri4itiva2 natural4ente
desen' volvida da socialiGa/0o hu4ana baseada no ,arentesco de sangue2 de 4odo Kue

44'
MARX
sQ 4ais tarde se desenvolvera42 a ,artir do in3cio da dissolu/0o dos la/os tribais2 as
4Mlti,las e diversas Ior4as da Ia43lia. L F. ).p

OS ECONOMISTAS
44/

evolui natural4ente das diIeren/as de se;o e de idade2 ,ortanto sobre
u4a base ,ura4ente IisiolQgica2 Kue a4,lia seu 4aterial co4 a
e;' ,ans0o da co4unidade2 co4 o cresci4ento da ,o,ula/0o e
notada4ente co4 o conIlito entre as diversas tribos e a subPuga/0o
de u4a tribo ,ela outra. Por outro lado2 co4o P observei
anterior4ente2 o inter' cU4bio de ,rodutos origina'se nos ,ontos
e4 Kue diIerentes Ia43lias2 tribos2 co4unidades entra4 e4 contato2
,ois nos co4e/os da civiliGa/0o n0o s0o ,essoas ,rivadas2 4as
Ia43lias2 tribos etc. Kue se deIronta4 autono4a4ente. Co4unidades
diIerentes encontra4 4eios diIerentes de ,rodu/0o e 4eios diIerentes
de subsistJncia e4 seu 4eio a4biente natural. Seu 4odo de
,rodu/0o2 4odo de vida e ,rodutos s0o ,ortanto diIerentes. [ essa
diIeren/a natural4ente desenvolvida Kue2 ao entra' re4 e4 contato
as co4unidades2 ,rovoca o intercU4bio rec3,roco dos ,rodutos e
,ortanto a transIor4a/0o ,rogressiva desses ,rodutos e4
4ercadorias. intercU4bio n0o cria a diIeren/a entre as esIeras
de ,rodu/0o2 4as as coloca e4 rela/0o e as transIor4a assi4 e4
ra4os 4ais ou 4enos interde,endentes de u4a ,rodu/0o social
global. !Kui surge a divis0o social do trabalho ,or 4eio do intercU4bio
entre esIeras de ,rodu/0o original4ente diIerentes ,orR4
inde,endentes entre si. nde a divis0o IisiolQgica do trabalho
constitui o ,onto de ,artida2 os Qrg0os ,articulares de u4 todo
direta4ente cone;o des,rende4'se uns dos outros2 deco4,=e4'se2
,ara cuPo ,rocesso de deco4,osi/0o o in' tercU4bio de 4ercadorias
co4 co4unidades estranhas d o i4,ulso ,rinci,al2 e se
autono4iGa4 atR o ,onto e4 Kue a cone;0o entre os diIerentes
trabalhos R 4edida ,elo intercU4bio dos ,rodutos co4o 4er' cadorias.
)4 u4 caso R a de,endentiGa/0o do Kue era autYno4o2 no outro a
autono4iGa/0o dos antes de,endentes.
! base de toda divis0o do trabalho desenvolvida e 4ediada ,elo
intercU4bio de 4ercadorias R a se,ara/0o entre a cidade e o ca4,o.
17&
Pode'se diGer Kue toda a histQria econY4ica da sociedade resu4e'se
no 4ovi4ento dessa ant3tese2 do Kual ,orR4 P n0o ire4os tratar aKui.
!ssi4 co4o ,ara a divis0o do trabalho dentro da 4anuIatura
certo nM4ero de trabalhadores utiliGados si4ultanea4ente constitui
o ,ressu,osto 4aterial2 este R ,ara a divis0o do trabalho dentro da
sociedade a grandeGa da ,o,ula/0o e sua densidade2 Kue ocu,a aKui
o lugar da aglo4era/0o na 4es4a oIicina.
17E
)ssa densidade no entanto
17& Sir Ja4es Steuart Ioi Kue4 4elhor tratou desse ,onto. Su0o ,ouco conhecida R2 hoPe e4
dia2 sua obra2 Kue a,areceu #% anos antes da @ealth of ?ations2 vJ'se2 entre outras coisas2
,ela circunstUncia de Kue os ad4iradores de Halthus seKuer sabe4 Kue este2 na ,ri4eira
edi/0o de sua obra sobre a Population2 ,ondo'se de lado a ,arte ,ura4ente
decla4atQria2 Kuase Kue se li4ita a co,iar Steuart2 alR4 dos clRrigos <allace e
ToXnsend.
17E i);iste certa densidade de ,o,ula/0o Kue R conveniente tanto ao inter'relaciona4ento
social Kuanto FKuela co4bina/0o de Ior/as2 ,or 4eio da Kual au4enta o ,roduto de trabalho.i

MARX
440

"HI++2 Ja4es. p! cit!, ,. 5%.( VSe o nM4ero dos trabalhadores cresce2 au4enta a
Ior/a ,rodutiva da sociedade na 4es4a ,ro,or/0o desse cresci4ento2 4ulti,licado ,elo
eIeito da divis0o do trabalho.W "?:GSKI*2 Th. p! cit!, ,. #6%.(

441
OS ECONOMISTAS
R algo relativo. C4 ,a3s de ,ovoa4ento relativa4ente es,arso co4
4eios de co4unica/0o desenvolvidos ,ossui u4 ,ovoa4ento 4ais denso
do Kue u4 ,a3s 4ais ,ovoado co4 4eios de co4unica/0o 4enos
de' senvolvidos2 e desse 4odo2 ,or e;e4,lo2 os )stados
setentrionais da Cni0o !4ericana s0o 4ais densa4ente ,ovoados
do Kue a Bndia.
17$
Sendo a ,rodu/0o e circula/0o de 4ercadorias o ,ressu,osto geral
do 4odo de ,rodu/0o ca,italista2 a divis0o 4anuIatureira do trabalho
e;ige Kue a divis0o do trabalho tenha a4adurecido atR certo grau
de desenvolvi4ento no interior da sociedade. Inversa4ente2 a divis0o
4a' nuIatureira do trabalho desenvolve e 4ulti,lica ,or eIeito
rec3,roco aKuela divis0o social do trabalho. Co4 a diIerencia/0o dos
instru4entos de trabalho diIerencia4'se cada veG 4ais os oI3cios Kue
,roduGe4 esses instru4entos.
15%
Se a e4,resa 4anuIatureira
a,ossa'se de u4 oI3cio2 Kue atR ent0o era ligado a outros2 co4o
atividade ,rinci,al ou acessQria2 sendo e;ercido ,elo 4es4o ,rodutor2
ocorre i4ediata4ente u4a se' ,ara/0o e autono4iGa/0o rec3,roca.
Se ela se a,ossa de u4a Iase es' ,ec3Iica de ,rodu/0o de u4a
4ercadoria2 ent0o suas diIerentes Iases de ,rodu/0o transIor4a4'se
e4 diIerentes oI3cios inde,endentes. J veriIica4os Kue2 Kuando o
artigo R u4 todo co4,osto ,ura4ente 4e' cUnico de ,rodutos
,arciais2 os trabalhos ,arciais ,ode4 autono4iGar'se ,or sua veG e4
oI3cios ,rQ,rios. Para realiGar 4ais ,erIeita4ente a divis0o do
trabalho dentro de u4a 4anuIatura2 o 4es4o ra4o de ,rodu/0o
R2 conIor4e a diversidade de suas 4atRrias',ri4as ou das Ior4as
diIerentes Kue a 4es4a 4atRria',ri4a ,ode assu4ir2 dividido e4
4anuIaturas diIerentes2 e4 ,arte inteira4ente novas. !ssi42 P na
,ri4eira 4etade do sRculo ]VIII2 era4 tecidas so4ente na Fran/a
4ais de #%% variedades de seda2 e e4 !vignon era lei Kue
Vtodo a,rendiG tinha de dedicar'se a a,enas u4a es,Rcie
de Iabrica/0o2 n0o devendo a,render a conIec/0o de vrias
es,Rcies2 ao 4es4o te4,oW.
! divis0o territorial do trabalho2 Kue conIina ra4os ,articulares
de ,rodu/0o e4 distritos ,articulares de u4 ,a3s2 recebe novo i4,ulso
da e4,resa 4anuIatureira2 a Kual e;,lora todas as ,articularidades.
15#
17$ )4 conseKOJncia da grande ,rocura de algod0o2 a ,artir de #E1#2 Ioi a4,liada2 e4 alguns
distritos densa4ente ,o,ulosos da Bndia oriental2 a ,rodu/0o de algod0o2 F custa da ,rodu/0o
de arroG. Surgiu assi4 ,enMria ali4entar e4 certas ,artes2 ,orKue a Ialta de 4eios de
co4unica/0o2 e ,ortanto da cone;0o I3sica2 n0o ,er4itia co4,ensar a Kueda de ,rodu/0o
de arroG de u4 distrito ,or su,ri4ento de outros distritos.
15% !ssi4 a 4anuIatura de lan/adeiras P constitu3a durante o sRculo ]VII2 na ?olanda2 u4a
indMstria es,ec3Iica.
15# i*0o est a 4anuIatura de l0 da Inglaterra2 dividida e4 diIerentes ,artes ou ra4os2
Kue se assentara4 e4 lugares ,articulares2 onde elas s0o 4anuIaturadas Mnica ou
,rinci,al' 4ente^ tecidos Iinos e4 So4ersetshire2 grossos e4 >or\shire2 enIestados e4

MARX
442

);eter2 seda e4 Sudbur-2 cre,es e4 *orXich2 IaGendas de 4eia'l0 e4 Kendal2
cobertores e4 <hitne- etc.ji "B)RK)+)>. The 3uerist2 #&5%2 q 56%.(

OS ECONOMISTAS
453

Rico 4aterial ,ara a divis0o do trabalho dentro da sociedade
recebeu
o ,er3odo 4anuIatureiro2 co4 a a4,lia/0o do 4ercado 4undial e o
siste4a colonial2 Kue ,ertence4 F esIera de suas condi/=es gerais
de e;istJncia. !Kui n0o R o lugar ,ara de4onstrar alR4 disso co4o
essa divis0o se a,ossa2 alR4 da econY4ica2 de todas as outras
esIeras da sociedade2 lan/ando ,or toda ,arte a base ,ara aKuele
avan/o da es' ,ecialiGa/0o2 de es,ecialidades e u4 ,arcela4ento do
ho4e42 Kue levou !. Ferguson2 ,roIessor de !. S4ith2 a e;cla4ar9
V)sta4os criando u4a na/0o de hilotas e n0o e;iste4 livres
entre nQsW.
156
!,esar das nu4erosas analogias2 ,orR42 a das cone;=es entre a
divis0o do trabalho no interior da sociedade e a divis0o dentro de u4a
oIicina2 a4bas n0o s0o a,enas gradual2 4as essencial4ente diIerentes.
! analogia ,arece 4ais ,al,avel4ente incontestvel onde u4 v3nculo
3nti4o entrela/a diIerentes ra4os de negQcios. criador de gado2 ,or
e;e4,lo2 ,roduG ,eles2 o curtidor transIor4a as ,eles e4 couro2 o sa'
,ateiro2 o couro e4 botas. Cada u4 deles ,roduG aKui u4 ,roduto
gradual2 e a Ior4a Iinal acabada R o ,roduto co4binado de seus
tra' balhos es,ec3Iicos. So4a4'se a isso os 4Mlti,los ra4os de
trabalho Kue Iornece4 ao criador de gado2 ao curtidor e ao
sa,ateiro os 4eios de ,rodu/0o. Pode'se2 ent0o2 i4aginar co4 !.
S4ith Kue essa divis0o social do trabalho se distinga a,enas
subPetiva4ente da 4anuIatureira2 ,ois aKui o observador vJ2 nu4 sQ
olhar2 es,acial4ente Punta a varie' dade dos trabalhos ,arciais2
enKuanto l a cone;0o R obscurecida ,ela sua dis,ers0o ,or grandes
reas e ,elo grande nM4ero dos Kue est0o ocu,ados e4 cada ra4o
es,ec3Iico.
15D
Kue estabelece ,orR4 a cone;0o entre os trabalhos
inde,endentes do criador de gado2 do curtidor e do sa,ateiroZ !
e;istJncia de seus ,rodutos res,ectivos co4o 4ercadorias.
Kue caracteriGa2 ao contrrio2 a divis0o 4anuIatureira do trabalhoZ
Sue o trabalhador ,arcial n0o ,roduG 4ercadoria.
157
SQ o ,roduto co'
156 F)RGCS*2 !. 1istorD of Civil <ocietD. )di4burgo2 #&1&. Parte Suarta2 se/0o II2 ,. 6E5.
15D *as 4anuIaturas ,ro,ria4ente ditas2 diG ele2 a divis0o do trabalho ,arece 4aior
,orKue Vos ocu,ados e4 cada ra4o de trabalho ,ode4 4uitas veGes estar reunidos na
4es4a oIicina e ser abarcados co4 u4 olhar ,elo observador. !o contrrio2 naKuelas
grandes
4anuIaturas "j(2 as Kuais s0o destinadas a satisIaGer Fs ,rinci,ais necessidades da grande
4assa da ,o,ula/0o2 cada ra4o de trabalho ocu,a u4 nM4ero t0o grande de trabalhadores
Kue R i4,oss3vel reuni'los na 4es4a oIicina "...( a divis0o a3 est longe de ser t0o evidenteW.
"SHIT?2 !. @ealth of ?ations. +ivro Pri4eiro. Ca,. I.( cRlebre passus no 4es4o ca,3tulo
Kue co4e/a co4 as ,alavras9 Vbserve4'se os haveres do 4ais co4u4 dos artes0os
ou dos Pornaleiros nu4 ,a3s civiliGado e Ilorescente etc.W e ent0o ,rossegue descrevendo
co4o inM4eros e variados oI3cios trabalha4 e4 conPunto ,ara satisIaGer Fs necessidades
de u4 trabalhador co4u42 R co,iado Kuase literal4ente dos remarks lco4entriosm de B.
de Han' derville F sua $a.le of the 'ees, or, Private Vices, Pu.lick 'enefits. "Pri4eira
edi/0o se4 co4entrios #&%52 co4 co4entrios #&#7.(

MARX
451

157 iHas n0o e;iste nada 4ais Kue se ,ossa designar co4o o salrio natural do trabalho de
u4 indiv3duo. Cada trabalhador ,roduG so4ente u4a ,arte de u4 todo2 e u4a veG Kue
cada ,arte ,or si 4es4a n0o te4 valor ou utilidade2 n0o e;iste nada Kue o trabalhador

454
OS ECONOMISTAS
4u4 dos trabalhadores ,arciais transIor4a'se e4 4ercadoria.
155
!
divis0o do trabalho no interior da sociedade R 4ediada ,ela co4,ra e
venda dos ,rodutos de diIerentes ra4os de trabalho2 a cone;0o dos
trabalhos ,arciais na 4anuIatura ,ela venda de diIerentes Ior/as
de trabalho ao 4es4o ca,italista2 Kue as e4,rega co4o Ior/a de
trabalho co4binada. ! divis0o 4anuIatureira do trabalho ,ressu,=e
concentra' /0o dos 4eios de ,rodu/0o nas 40os de u4 ca,italista2 a
divis0o social do trabalho2 Iraciona4ento dos 4eios de ,rodu/0o
entre 4uitos ,ro' dutores de 4ercadorias inde,endentes entre si.
)nKuanto na 4anuIa' tura a lei de bronGe da ,ro,orcionalidade
sub4ete deter4inadas Kuan' tidades de trabalhadores a
deter4inadas Iun/=es2 na sociedade2 o va' riado Pogo do acaso e do
arb3trio deter4ina a distribui/0o dos ,rodutores de 4ercadorias e de
seus 4eios de ,rodu/0o entre os diIerentes ra4os sociais de trabalho.
!s diIerentes esIeras de ,rodu/0o ,rocura42 e4 verdade2
constante4ente2 ,Yr'se e4 eKuil3brio2 de u4 lado2 ao dever
,roduGir cada ,rodutor de 4ercadorias u4 valor de uso2 ,ortanto
sa' tisIaGer u4a necessidade social ,articular2 4as a e;tens0o dessas
ne' cessidades R Kuantitativa4ente diIerente e u4 v3nculo interno
conca' tena as diIerentes 4assas de necessidades nu4 siste4a
natural4ente desenvolvido^ ,or outro lado a lei do valor das
4ercadorias deter4ina Kuanto de todo te4,o de trabalho dis,on3vel a
sociedade ,ode des,ender ,ara ,roduGir cada es,Rcie ,articular de
4ercadoria. Todavia essa cons' tante tendJncia das diIerentes esIeras
de ,rodu/0o de se colocar e4 eKuil3brio atua a,enas co4o rea/0o
contra a cont3nua eli4ina/0o desse eKuil3brio. ! regra Kue se segue a
priori e ,lanePada4ente na divis0o do trabalho dentro da oIicina
atua na divis0o do trabalho no interior da sociedade a,enas a
posteriori2 co4o necessidade natural2 interna2 4uda2 ,erce,t3vel nas
Ilutua/=es baro4Rtricas dos ,re/os do 4ercado2 subPugando o
desregrado arb3trio dos ,rodutores de 4ercadorias. ! divis0o
4anuIatureira do trabalho ,ressu,=e a autoridade incondicional
,ossa to4ar e do Kual ,ossa diGer9 Isto R 4eu ,roduto2 isto Kuero ,ara 4i4.i "%a.our
Defended A2ainst the Claims of Capital. +ondres2 #E65. ,. 65.( autor dessa e;celente
obra R o P anterior4ente citado Th. ?odgs\in.
155 *ota F 6k edi/0o. )ssa diIeren/a entre divis0o 4anuIatureira e divis0o social do trabalho
Ioi ilustrada na ,rtica ,ara os ianKues. C4 dos novos i4,ostos ideados e4 <ashington
durante a guerra civil Ioi o tributo de 1b sobre Vtodos os ,rodutos industriaisW. Pergunta9
Kue R u4 ,roduto industrialZ Res,osta do legislador9 C4a coisa R ,roduGida2
VKuando R IeitaW "Ahen it is made(2 e ela R Ieita Kuando est ,ronta ,ara a venda. )nt0o
u4 e;e4,lo2 entre 4uitos. HanuIaturas de *ova >or\ e FiladRlIia anterior4ente
costu4ava4 VIaGerW
guarda'chuvas co4 todos os acessQrios. Has sendo u4 guarda'chuva u4 mi:tum compositum
de vrias ,artes inteira4ente diversas2 tornara4'se elas2 ,ouco a ,ouco2 artigos
inde,en' dentes entre si2 ,roduGidos ,or ra4os de negQcios localiGados e4 diIerentes
lugares. s seus ,rodutos ,arciais inseria4'se ent0o co4o 4ercadorias inde,endentes2 na
4anuIatura de guarda'chuva2 Kue a,enas os co4bina ,ara Ior4are4 u4 todo. s
ianKues batiGara4 artigos dessa es,Rcie co4 o no4e de assem.led articles2
P
no4e Kue
4erecera4 sobretudo ,or reunire4 i4,ostos. !ssi42 o guarda'chuva VreuniaW 1b de

MARX
455

i4,ostos sobre o ,re/o de cada u4 de seus ele4entos e nova4ente 1b sobre seu ,re/o
global.
P
!rtigos reunidos "*. dos T.(

OS ECONOMISTAS
456

do ca,italista sobre seres hu4anos transIor4ados e4 si4,les 4e4bros
de u4 4ecanis4o global Kue a ele ,ertence^ a divis0o social do trabalho
conIronta ,rodutores inde,endentes de 4ercadorias2 Kue n0o reconhe'
ce4 nenhu4a outra autoridade sen0o a da concorrJncia2 a coer/0o
e;ercida sobre eles ,ela ,ress0o de seus interesses rec3,rocos2 do 4es4o
4odo Kue no reino ani4al o .ellum omnium contra omnes
151
,reserva
4ais ou 4enos as condi/=es de e;istJncia de todas as es,Rcies. ! 4es4a
consciJncia burguesa2 Kue IestePa a divis0o 4anuIatureira do trabalho2
a ane;a/0o do trabalhador ,or toda a vida a u4a o,era/0o ,arcial
e
a subordina/0o incondicional dos trabalhadores ,arciais ao ca,ital co4o
u4a organiGa/0o do trabalho Kue au4enta a Ior/a ,rodutiva2 denuncia
co4 igual alarido KualKuer controle e regula/0o social consciente
do ,rocesso social de ,rodu/0o co4o u4a inIra/0o dos inviolveis
direitos de ,ro,riedade2 da liberdade e da VgenialidadeW
autodeter4inante do ca,italista individual. [ 4uito caracter3stico Kue
os 4ais entusisticos a,ologistas do siste4a Iabril n0o saiba4 diGer
nada ,ior contra toda organiGa/0o geral do trabalho social alR4 de
Kue ela transIor4aria toda a sociedade nu4a Ibrica.
)nKuanto na sociedade do 4odo de ,rodu/0o ca,italista a anar'
Kuia da divis0o social do trabalho e o des,otis4o da divis0o
4anuIa' tureira do trabalho se condiciona4 reci,roca4ente2 Ior4as
sociais an' teriores2 nas Kuais a ,articulariGa/0o dos oI3cios se
desenvolveu natu' ral4ente2 ,ara de,ois cristaliGar'se e ,or Ii4
Iir4ar'se legal4ente2 a,resenta42 ao contrrio2 de u4 lado2 o
Kuadro de u4a organiGa/0o do trabalho social subordinada a u4
,lano e a u4a autoridade2 en' Kuanto de outro e;clue4
inteira4ente a divis0o do trabalho dentro da oIicina2 ou sQ a
desenvolve4 nu4a escala 4inMscula2 ou de 4odo a,enas es,ordico e
acidental.
15&
!Kuelas ,eKuenas co4unidades indianas antiKO3ssi4as2 ,or
e;e4,lo2 Kue e4 ,arte ainda continua4 a e;istir baseia4'se na ,osse
co4u4 das terras2 na uni0o direta entre agricultura e artesanato
e nu4a divis0o Ii;a do trabalho2 Kue no estabeleci4ento de novas
co' 4unidades serve de ,lano e de ,roPeto. Constitue4 organis4os
de ,rodu/0o Kue basta4 a si 4es4os2 variando suas reas de
,rodu/0o de #%% a alguns 4ilhares de acres. ! 4aior ,arte dos
,rodutos R des' tinada ao autoconsu4o direto da co4unidade n0o
co4o 4ercadoria2 sendo ,ortanto a ,rQ,ria ,rodu/0o inde,endente da
divis0o do trabalho 4ediada ,elo intercU4bio de 4ercadorias no
conPunto da sociedade indiana. !,enas os ,rodutos e;cedentes
transIor4a4'se e4 4ercado'
151 ! guerra de todos contra todos. ?BB)S2 Tho4as. %eviathan. "*. da )d. !le40.(
15& iPode'se estabelecer co4o regra geral9 Kuanto 4enos intervR4 a autoridade na divis0o do
trabalho no interior da sociedade2 tanto 4ais se desenvolve a divis0o do trabalho

MARX
45'

dentro da oIicina e tanto 4ais ela se subordina F autoridade de u4 indiv3duo.
ConseKOente4ente2
a autoridade na oIicina e a autoridade na sociedade est0o2 co4 reIerJncia F divis0o do
trabalho2 e4 raG0o inversa u4a da outra.i "H!R]2 Karl. p! cit!, ,. #D%'#D#.(

45/
OS ECONOMISTAS
rias2 ,arte deles sQ de,ois de chegar Fs 40os do )stado2 ,ara o
Kual
Ilui desde te4,os i4e4oriais certo Cuantum co4o renda natural.
:i' Ierentes regi=es da Bndia ,ossue4 diIerentes Ior4as de
co4unidades. )4 sua Ior4a 4ais si4,les a co4unidade cultiva a
terra e4 co4u4
e distribui seus ,rodutos entre seus 4e4bros2 enKuanto cada
Ia43lia Iia2 tece etc. co4o atividade acessQria do4Rstica. !o lado
dessa 4assa ho4ogenea4ente ocu,ada encontra4os Vo habitante
,rinci,alW2 PuiG2 ,ol3cia e coletor de i4,ostos e4 u4a ,essoa^ o
guarda'livros2 Kue IaG
a contabilidade do cultivo e Kue registra e cadastra tudo Kue a ele diG
res,eito^ u4 terceiro Iuncionrio2 Kue ,ersegue cri4inosos e
,rotege viaPantes estrangeiros2 escoltando'os de u4a aldeia a outra^ o
guarda de Ironteira2 Kue vigia as Ironteiras de sua co4unidade
contra as co' 4unidades viGinhas^ o ins,etor de guas2 Kue
distribui2 ,ara as ne' cessidades agr3colas2 a gua dos reservatQrios
co4unais^ o brU4ane2 Kue e;erce as Iun/=es do culto religioso^ o
4estre'escola2 Kue ensina Fs crian/as da co4unidade a ler e a
escrever na areia^ o brU4ane do calendrio2 Kue co4o astrQlogo
indica as ocasi=es ,ara a se4eadura2 colheita e as boas e as 4s
horas ,ara todos o trabalhos agr3colas ,articulares^ u4 Ierreiro e
u4 car,inteiro Kue conIecciona4 e conser' ta4 todos os instru4entos
agr3colas^ o oleiro2 Kue IaG todo o vasilha4e da aldeia^ o barbeiro2 o
lavador ,ara a li4,eGa das rou,as2 o ourives de ,rata2 aKui ou ali
o ,oeta2 Kue e4 algu4as co4unidades substitui
o ourives de ,rata e e4 outras o 4estre'escola. )ssa dMGia de ,essoas
R sustentada F custa de toda a co4unidade. Se a ,o,ula/0o au4enta2
estabelece'se u4a nova co4unidade e4 terra n0o cultivada2 segundo
o 4odelo da anterior. 4ecanis4o co4unal a,resenta u4a
divis0o ,lanePada do trabalho 4as sua divis0o 4anuIatureira R
i4,oss3vel2 ,ois o 4ercado do Ierreiro2 do car,inteiro etc.
,er4anece inalterado2 ,odendo'se2 de acordo co4 o ta4anho da
aldeia2 encontrar no 4;i4o2 e4 veG de u4 Ierreiro2 oleiro etc.2
dois ou trJs deles.
15E
! lei2 Kue regula a divis0o do trabalho
co4unal2 o,era aKui co4 a autoridade inKuebrantvel de u4a lei
natural2 enKuanto cada artes0o ,articular2 co4o o Ierreiro etc.2 realiGa
todas as o,era/=es ,ertinentes a seu oI3cio2 de 4aneira tradicional2
4as inde,endente e se4 reconhecer nenhu4a autoridade e4 sua
oIicina.
organis4o ,rodutivo si4,les dessas co4unidades auto'suIi'
cientes2 Kue se re,roduGe4 constante4ente da 4es4a Ior4a e2 se Iore4
destru3das acidental4ente2 s0o de novo reconstru3das no 4es4o lugar2
co4 o 4es4o no4e2
15$
oIerece a chave ,ara o segredo da i4utabilidade

MARX
450

15E <I+KS2 Tenente'coronel Har\. 1istorical <ketches of the <outh of /ndia. +ondres2 #E#% e
#E#&2 v. I2 ,. ##E'#6%. C4 bo4 co4,Jndio das diIerentes Ior4as de co4unidade indiana
encontra'se e4 "odern /ndia2 de George Ca4,bell2 +ondres2 #E56.
15$ i:essa Ior4a si4,les "...( tJ4 vivido2 desde te4,os i4e4oriais2 os habitantes do ,a3s.
s li4ites das aldeias Iora4 rara4ente alterados2 e e4bora estas tenha4 sido re,etidas
veGes
atingidas e 4es4o devastadas ,ela guerra2 ,ela Io4e ou ,or e,ide4ias2 o 4es4o no4e2

OS ECONOMISTAS
451

de sociedades asiticas Kue contrasta4 de 4aneira t0o i4,ressionante
co4 a constante dissolu/0o e reconstru/0o dos )stados asiticos e co4
as incessantes 4udan/as de dinastias. ! estrutura dos ele4entos eco'
nY4icos Iunda4entais da sociedade n0o R atingida ,elas tor4entas
desencadeadas no cRu ,ol3tico.
!s leis das cor,ora/=es2 conIor4e P observa4os2 i4,edia4 ,la'
nePada4ente2 ao li4itar co4 severidade o nM4ero de aPudantes
Kue u4 Mnico 4estre de cor,ora/0o ,odia e4,regar2 a sua
transIor4a/0o e4 ca,italista. :a 4es4a Ior4a2 so4ente era'lhe
,er4itido e4,regar aPudantes no oI3cio e4 Kue ele era 4estre. !
cor,ora/0o deIendia'se Gelosa4ente contra KualKuer intrus0o do
ca,ital 4ercantil2 a Mnica Ior4a livre de ca,ital2 co4 Kue se
deIrontava. co4erciante ,odia co4,rar todas as 4ercadorias2
4as n0o o trabalho co4o 4ercadoria. )le era a,enas tolerado co4o
distribuidor dos ,rodutos artesanais. Se circunstUncias e;ternas
,rovocasse4 u4a ,rogressiva divis0o do tra' balho2 as cor,ora/=es
e;istentes dividia4'se e4 subes,Rcies ou Iunda' va4'se novas
cor,ora/=es ao lado das antigas2 ,orR4 se4 Kue diIerentes oI3cios se
reunisse4 e4 u4a oIicina. ! organiGa/0o cor,orativa2 ,or 4ais Kue
sua es,ecialiGa/0o2 isola4ento e a,erIei/oa4ento dos oI3cios
,erten/a4 Fs condi/=es de e;istJncia 4ateriais do ,er3odo de
4anuIatura2 e;clu3a2 ,ortanto2 a divis0o 4anuIatureira do trabalho.
)4 geral2 o tra' balhador e seus 4eios de ,rodu/0o ,er4anecia4
unidos co4o o caracol
e sua concha2 e Ialtava assi4 a base ,rinci,al da 4anuIatura2 a autono'
4iGa/0o dos 4eios de ,rodu/0o co4o ca,ital ,erante o trabalhador.
)nKuanto a divis0o do trabalho no todo de u4a sociedade2
sePa ou n0o 4ediada ,elo intercU4bio de 4ercadorias2 e;iste nas
4ais diIerentes Ior4a/=es sQcioeconY4icas2 a divis0o 4anuIatureira
do trabalho R u4a cria/0o total4ente es,ec3Iica do 4odo de ,rodu/0o
ca,italista.
'( O cr#er c!i#%is# : *.$f#$r
C4 nM4ero relativa4ente grande de trabalhadores sob o co4an'
do de u4 4es4o ca,ital constitui o ,onto de ,artida natural4ente
desenvolvido tanto da coo,era/0o e4 geral Kuanto da 4anuIatura. Re'
ci,roca4ente2 a divis0o 4anuIatureira do trabalho desenvolve o
cres' ci4ento do nM4ero de trabalhadores e4,regados nu4a
necessidade tRcnica. 43ni4o de trabalhadores2 Kue u4 ca,italista
individual te4 de e4,regar2 R'lhe agora ,rescrito ,ela divis0o do
trabalho estabelecida. Por outro lado2 as vantagens de u4a divis0o
ulterior s0o condicionadas
os 4es4os li4ites2 os 4es4os interesses e inclusive as 4es4as Ia43lias tJ4 sobrevivido
atravRs de gera/=es. s habitantes n0o se ,reocu,ara4 co4 o des4orona4ento ou a divis0o
de reinos^ desde Kue a aldeia ,er4ane/a 3ntegra ,ouco lhes i4,orta o ,oder a Kue Ioi

MARX
452

transIerida ou a Kue soberano Ioi adPudicada. Sua econo4ia interna ,er4anece inalterada.i
"R!FF+)S2 Th. Sta4Iort. V+ate +ieut. Gov. oI JavaW. In9 The 1istorD of 4ava.
+ondres2
#E#&. v. I2 ,. 6E5.(

463
OS ECONOMISTAS
,elo au4ento ulterior do nM4ero de trabalhadores2 Kue sQ se ,ode realiGar
,or 4Mlti,los. Co4 a ,arte varivel te4 de crescer ta4bR4 a ,arte
cons' tante do ca,ital2 alR4 do volu4e das condi/=es co4uns de
,rodu/0o2 co4o constru/=es2 Iornos etc.2 no4eada4ente ta4bR4 e co4
4uito 4ais ra,ideG Kue o nM4ero de trabalhadores2 a 4atRria',ri4a. !
sua 4assa consu4ida nu4 te4,o dado2 ,or dado Cuantum de
trabalho2 au4enta na 4es4a ,ro,or/0o Kue a Ior/a ,rodutiva do
trabalho e4 conseKOJncia da divis0o deste. incre4ento ,rogressivo
do volu4e 43ni4o de ca,ital e4 40os de ca,italistas individuais ou
a transIor4a/0o crescente dos 4eios sociais de subsistJncia e dos
4eios de ,rodu/0o e4 ca,ital R ,ortanto u4a lei Kue decorre do
carter tRcnico da 4anuIatura.
11%
!ssi4 co4o na coo,era/0o si4,les2 na 4anuIatura R o cor,o de
trabalho e4 a/0o u4a Ior4a de e;istJncia do ca,ital.
4ecanis4o social de ,rodu/0o co4,osto de 4uitos trabalhadores
,arciais indivi' duais ,ertence ao ca,italista. ! Ior/a ,rodutiva
originada da co4bi' na/0o dos trabalhos a,arece ,or isso co4o
Ior/a ,rodutiva do ca,ital.
! 4anuIatura ,ro,ria4ente dita n0o sQ sub4ete ao co4ando e F dis'
ci,lina do ca,ital o trabalhador antes autYno4o2 4as cria ta4bR4
u4a gradua/0o hierrKuica entre os ,rQ,rios trabalhadores. )nKuanto
a coo,era/0o si4,les e4 geral n0o 4odiIica o 4odo de trabalho do
indiv3duo2 a 4anuIatura o revoluciona ,ela base e se a,odera da Ior/a
individual de trabalho e4 suas ra3Ges. )la aleiPa o trabalhador
con' vertendo'o nu4a ano4alia2 ao Io4entar artiIicial4ente sua
habilidade no ,or4enor 4ediante a re,ress0o de u4 4undo de
i4,ulsos e ca,a' cidades ,rodutivas2 assi4 co4o nos )stados de +a
Plata abate'se u4 ani4al inteiro a,enas ,ara tirar'lhe a ,ele ou o
sebo. s trabalhos ,arciais es,ec3Iicos s0o n0o sQ distribu3dos entre os
diversos indiv3duos2 4as o ,rQ,rio indiv3duo R dividido e transIor4ado
no 4otor auto4tico de u4 trabalho ,arcial2
11#
tornando assi4 a Ibula
insossa de Henenius !gri,,a2
116
segundo a Kual u4 ser hu4ano R
re,resentado co4o 4ero
11% i*0o basta Kue o ca,ital necessrio ,ara a subdivis0o dos oI3ciosi "deveria diGer2 os 4eios
de subsistJncia e os de ,rodu/0o2 ,ara esse Ii4 necessrios( Vse encontre dis,on3vel na
sociedade^ alR4 disso2 R ,reciso Kue estePa acu4ulado e4 40os dos e4,resrios e4
Kuan' tidade suIiciente4ente grande2 ,ara ca,acit'los a trabalhar e4 grande escala. "...(
Suanto 4ais a divis0o au4enta2 a ocu,a/0o constante de u4 4es4o nM4ero de
trabalhadores e;ige ca,ital cada veG 4aior e4 Ierra4entas2 4atRrias',ri4as etc.W "STRC?.
Cours dS=con! Polit. )di/0o de Paris2 t. I2 ,. 65%'65#.( V! concentra/0o dos instru4entos
de ,rodu/0o e
a divis0o do trabalho s0o t0o inse,arveis u4a da outra Kuanto2 na rea da ,ol3tica2 a
centraliGa/0o dos ,oderes ,Mblicos e a divis0o dos interesses ,rivados.W "H!R]2 Karl.
p!
cit!, ,. #D7.(
11# :ugald SteXart deno4ina os trabalhadores de 4anuIatura VautY4atos vivos "...( Kue s0o
e4,regados e4 trabalhos ,arciaisW. "p! cit!, ,. D#E.(
116 Fbula de HenJnio !gri,a. L )4 7$7 a.C. ocorreu o ,ri4eiro grande choKue entre ,atr3cios

MARX
461

e ,lebeus. Segundo a saga2 o ,atr3cio HenJnio !gri,a conseguiu co4 u4a ,arbola convencer
os ,lebeus a aceitar a reconcilia/0o. ! subleva/0o dos ,lebeus asse4elhar'se'ia a u4a
recusa dos Qrg0os do cor,o hu4ano e4 ,er4itir Kue o estY4ago recebesse ali4ento2 o Kue
teria ,or conseKOJncia Kue esses 4es4os Qrg0os e4agreceria4 4uito. ! recusa dos ,lebeus
de cu4,rire4 seus deveres levaria o I4,Rrio Ro4ano ao decl3nio. "*. da )d. !le40.(

OS ECONOMISTAS
464

Irag4ento de seu ,rQ,rio cor,o2 realidade.
11D
Se o trabalhador origi'
nal4ente vendeu sua Ior/a de trabalho ao ca,ital2 ,or lhe Ialtare4 os
4eios 4ateriais ,ara a ,rodu/0o de u4a 4ercadoria2 agora sua Ior/a
individual de trabalho dei;a de cu4,rir seu servi/o se n0o estiver
vendida ao ca,ital. )la a,enas Iunciona nu4a cone;0o Kue e;iste
so' 4ente de,ois de sua venda2 na oIicina do ca,italista. Inca,acitado
e4 sua Kualidade natural de IaGer algo autYno4o2 o trabalhador
4anu' Iatureiro sQ desenvolve atividade ,rodutiva co4o acessQrio
da oIicina ca,italista.
117
Co4o o ,ovo eleito levava escrito na Ironte
Kue era ,ro' ,riedade de Jeov2 assi4 a divis0o do trabalho 4arca
o trabalhador 4anuIatureiro co4 Ierro e4 brasa2 co4o ,ro,riedade
do ca,ital.
s conheci4entos2 a co4,reens0o e a vontade2 Kue o ca4,onJs
ou artes0o autYno4o desenvolve 4es4o Kue e4 ,eKuena escala2 co4o
o selvage4 e;ercita toda arte da guerra co4o astMcia ,essoal2
agora ,assa4 a ser e;igidos a,enas ,ela oIicina e4 seu conPunto. !s
,otJncias intelectuais da ,rodu/0o a4,lia4 sua escala ,or u4 lado
,orKue de' sa,arece4 ,or 4uitos lados. Kue os trabalhadores
,arciais ,erde42 concentra'se no ca,ital co4 Kue se conIronta4.
115
[ u4 ,roduto da divis0o 4anuIatureira do trabalho o,or'lhes as
Ior/as intelectuais do ,rocesso 4aterial de ,rodu/0o co4o
,ro,riedade alheia e ,oder Kue os do4ina. )sse ,rocesso de
dissocia/0o co4e/a na coo,era/0o si4,les2 e4 Kue o ca,italista
re,resenta e4 Iace dos trabalhadores individuais
a unidade e a vontade do cor,o social de trabalho. ,rocesso
desen' volve'se na 4anuIatura2 Kue 4utila o trabalhador2
convertendo'o e4 trabalhador ,arcial. )le se co4,leta na grande
indMstria2 Kue se,ara do trabalho a ciJncia co4o ,otJncia
autYno4a de ,rodu/0o e a Ior/a
a servir ao ca,ital.
111
*a 4anuIatura2 o enriKueci4ento do trabalhador coletivo e2 ,or'
tanto2 do ca,ital e4 Ior/a ,rodutiva social R condicionado ,elo
e4,o' breci4ento do trabalhador e4 Ior/as ,rodutivas individuais.
V! ignorUncia R a 40e da indMstria2 co4o da su,ersti/0o.
! reIle;0o e a i4agina/0o est0o suPeitas ao erro^ 4as o
hbito de 4ovi4entar o ,R ou a 40o n0o de,ende ne4 de
u4a ne4 da
11D *os corais2 cada indiv3duo constitui real4ente o estY4ago de todo o gru,o. Has esse in'
div3duo lhe Iornece substUncia nutritiva2 e4 veG de2 co4o o ,atr3cio ro4ano2 as tirar dele.
117 i trabalhador Kue do4ina u4a ,roIiss0o co4,leta ,ode trabalhar e encontrar seu sustento
e4 KualKuer lugar^ o outroi "o trabalhador de 4anuIatura( VR a,enas u4 acessQrio e2
se,arado de seus colegas de trabalho2 n0o ,ossui ne4 ca,acidade ne4 inde,endJncia2
sendo Ior/ado2 ,ortanto2 a aceitar a lei Kue se considere correta lhe i4,or.W "STRC?. p!
cit! )d. S0o Petersburgo2 #E#5. t. I2 ,. 6%7.(
115 F)RGCS*2 !. p! cit!, ,. 6E#9 VC4 ,ode ter ganho o Kue o outro ,erdeuW.

MARX
465

111 i ho4e4 do saber e o trabalhador ,rodutivo est0o a4,la4ente se,arados u4 do outro2
e a ciJncia2 e4 veG de nas 40os do trabalhador au4entar suas ,rQ,rias Ior/as ,rodutivas
,ara ele 4es4o2 colocou'se contra ele e4 Kuase toda ,arte. "...( conheci4ento torna'
se u4 instru4ento ca,aG de ser se,arado do trabalho e o,osto a ele.i "T?HPS*2
<. An
/nCuirD into the Principles of the Distri.ution of @ealth! +ondres2 #E67. ,. 6&7.(

466
OS ECONOMISTAS
outra. !s 4anuIaturas ,ros,era4 ,ortanto 4ais onde 4ais se
dis,ensa o es,3rito2 de 4odo Kue a oIicina ,ode ser
considerada u4a 4Kuina cuPas ,artes s0o seres hu4anos.W
11&
*a realidade2 algu4as 4anuIaturas na 4etade do sRculo
]VIII e4,regava4 de ,reIerJncia2 e4 certas o,era/=es si4,les2
4as Kue constitu3a4 segredos de Ibrica2 indiv3duos 4eio idiotas.
11E
V! inteligJncia da 4aior ,arte dos ho4ensW2 diG !. S4ith2
Vdesenvolve'se necessaria4ente a ,artir e ,or 4eio de suas ocu'
,a/=es dirias. C4 ho4e4 Kue des,ende toda a sua vida na
e;ecu/0o de algu4as o,era/=es si4,les "...( n0o te4
nenhu4a o,ortunidade de e;ercitar sua inteligJncia. "...( )le
torna'se ge' ral4ente t0o estM,ido e ignorante Kuanto R ,oss3vel
a u4a cria' tura hu4ana.W
:e,ois de !. S4ith descrever o a,arvalha4ento do
trabalhador ,arcial2 ,rossegue9
V! uniIor4idade de sua vida estacionria corro4,e natural'
4ente ta4bR4 a corage4 de sua 4ente. "...( )la destrQi 4es4o
a energia de seu cor,o e o inca,acita a e4,regar suas Ior/as
co4 vigor e ,erseveran/a2 a n0o ser na o,era/0o ,arcial ,ara
a Kual Ioi adestrado. Sua habilidade e4 seu oI3cio ,articular
,arece assi4 ter sido adKuirida F custa de suas virtudes
intelectuais2 sociais e guerreiras. Has2 e4 toda sociedade
industrial e civili' Gada2 esse R o estado no Kual
necessaria4ente te4 de cair o ,obre Kue trabalha "the
la.ourin2 poor(2 isto R2 a grande 4assa do ,ovoW.
11$
! Ii4 de evitar a degenera/0o co4,leta da 4assa do ,ovo2
originada ,ela divis0o do trabalho2 !. S4ith reco4enda o ensino
,o,ular ,elo )stado2 e4bora e4 doses ,rudente4ente ho4eo,ticas.
Seu tradutor e co4enta' rista IrancJs2 G. Garnier2 Kue no ,ri4eiro
i4,Rrio IrancJs 4eta4orIo' seou'se e4 senador2 ,ole4iGa
conseKOente4ente contra essa idRia. en' sino ,o,ular contraria as
leis ,ri4ordiais da divis0o do trabalho e co4 ele Vse ,roscreveria
todo o nosso siste4a socialW.
11& F)RGCS*2 !. p cit!, ,. 6E%.
11E TCCK)TT2 J. :. A 1istorD of the Past and Present <tate of the %a.ourin2 Population.
+ondres2 #E712 v. I2 ,. #7E.
11$ SHIT?2 !. @ealth of ?ations. +ivro Suinto. Ca,. I2 art. II. Co4o disc3,ulo de !. Ferguson2
Kue desenvolvera as desvantaPosas conseKOJncias da divis0o do trabalho2 !. S4ith era
e;tre4a4ente claro sobre esse ,onto. *a introdu/0o de sua obra2 onde a divis0o do trabalho
R IestePada e: professo2 ele a 4enciona a,enas de ,assage4 co4o Ionte das desigualdades
sociais. SQ no +ivro Suinto2 relativo F receita do )stado2 re,roduG ele2 Ferguson. )u e;,us
e4 "isUre de la Philosophie o necessrio sobre a rela/0o histQrica entre Ferguson2 !. S4ith2
+e4onte- e Sa- e4 sua cr3tica da divis0o do trabalho e l ta4bR4 a,resentei a
divis0o 4anuIatureira do trabalho co4o Ior4a es,ec3Iica do 4odo de ,rodu/0o
ca,italista. "p! cit!, ,. #66 et seCs.(

46'
MARX
VCo4o todas as outras divis=es do trabalhoW2 disse ele2 Va do
trabalho 4anual e trabalho intelectual
1&%
se torna 4ais acentuada
e 4ais resoluta F 4edida Kue a sociedadei "ele e4,rega
acerta' da4ente essa e;,ress0o reIerindo'se ao ca,ital2 F
,ro,riedade da terra e ao seu )stado( Vtorna'se 4ais rica.
Co4o KualKuer outra divis0o do trabalho essa R a
conseKOJncia de ,rogressos ,assados e causa de ,rogressos
Iuturos. "...( Pode ent0o o governo contrariar essa divis0o do
trabalho e retardar sua 4archa natu' ralZ Pode ele e4,regar
,arte da receita ,Mblica ,ara tentar con' Iundir e 4isturar duas
classes de trabalho Kue al4ePa4 sua di' vis0o e se,ara/0oZW
1&#
Certa deIor4a/0o I3sica e es,iritual R inse,arvel 4es4o da di'
vis0o do trabalho e4 geral na sociedade. Has co4o o ,er3odo
4anu' Iatureiro leva 4uito 4ais longe essa divis0o social dos
ra4os de tra' balho e2 ,or outro lado2 a,enas co4 a sua divis0o
,eculiar alcan/a o indiv3duo e4 suas ra3Ges vitais2 R ele o ,ri4eiro a
Iornecer o 4aterial
e dar o i4,ulso ,ara a ,atologia industrial.
1&6
VSubdividir u4 ho4e4 signiIica e;ecut'lo2 se 4erece a ,ena
de 4orte2 assassin'lo2 se ele n0o a 4erece. ! subdivis0o do tra'
balho R o assassinato de u4 ,ovo.W
1&D
1&% Ferguson diG de i4ediato "p! cit!, ,. 6E#(9 W) o ,ensar ,ro,ria4ente ,ode2 nesta R,oca
de divis=es do trabalho2 vir a ser u4 oI3cio es,eciali.
1&# G!R*I)R2 G. t. V de sua tradu/0o2 ,. 7'5.
1&6 Ra4aGGini2 ,roIessor de 4edicina ,rtica e4 Pdua2 ,ublicou e4 #&#D sua obra De mor.is
artificum2 e4 #&&& traduGida ,ara o IrancJs2 i4,ressa nova4ente e4 #E7#2 na *ncDclop#die
des <ciences "#dicales, I
me
Div! Auteurs ClassiCues. ,er3odo da grande indMstria a4,liou
de 4uito2 natural4ente2 seu catlogo de doen/as dos trabalhadores. VePa entre outras
obras 1D2iUne PhDsiCue et "orale de lSuvrier dans les ,randes Villes en ,#n#ral, et dans
la Ville de %Don en Particulier. Par le :r. !. +. Fonteret2 Paris2 #E5E e lR?!TeSC?2
R. ?.m Die Krankheiten, Aelche verschiednen <tenden, Altern und ,eschlechtern
ei2enthfmlich sind2
1 v.2 Cl42 #E7%. *o ano de #E572 a <ocietD of Arts
P
no4eou u4a co4iss0o de inKuRrito
sobre ,atologia industrial. ! lista dos docu4entos reunidos ,or essa co4iss0o encontra'se no
catlogo do VTXic\enha4 )cono4ic Huseu4W. Huito i4,ortante os -eports on Pu.lic
1ealth oIiciais.
Ver ta4bR4 ):C!R: R)IC?2 H. :. Me.er die *ntartun2 des "enschen. )rlangen2 #E1E.
P
Societ- oI !rts and Trades "Sociedade das !rtes e I3cios( L "Sociedade IilantrQ,ica
Iundada e4 #&572 Kue se encontrava ,rQ;i4a do ilu4inis4o burguJs. :urante os anos 5%
do sRculo ]I]2 o ,r3nci,e !lbert liderou essa sociedade. obPetivo da sociedade2 a,regoado
co4 4uito barulho2 era Vo a,oio F arte2 aos oI3cios e ao co4RrcioW e a reco4,ensa
,ara Kue4 contribu3sse V,ara dar e4,rego aos ,obres2 a4,liar o co4Rrcio2 au4entar as
riKueGas do ,a3s etc.W *a ,retens0o de i4,edir o desenvolvi4ento do 4ovi4ento grevista
de 4assas na Inglaterra2 essa sociedade tentou a,resentar'se co4o inter4ediria entre
os trabalha' dores e e4,resrios. Har; deno4inou essa sociedade de <ocietD of Arts and
Tricks "Sociedade das !rtes e !rti4anhas(. "*. da )d. !le40.(
1&D iTo su.divide a man is to e:ecute him, if he deserves the sentence, to assassinate him,
if he does not "...( the su.division of la.our is the assassination of a people.i
"CRSC?!RT2
:. $amiliar @ords. +ondres2 #E55. ,. ##$.( ?egel tinha idRias 4uito herRticas sobre a
divis0o do trabalho. VPor ho4ens cultos ,ode'se entender aKueles Kue ,ode4 IaGer

OS ECONOMISTAS
46/

tudo Kue os outros IaGe4W2 diG ele e4 sua obra -echtsphilosophie.
P
P
?)G)+. ,rundlinien der Philosophie des -echts, oder ?aturrecht und <taatsAissenschaft
im ,rundrisse. Berli42 #E7%. q #E&2 co4,le4ento. "*. da )d. !le40.(

MARX
460

! coo,era/0o baseada na divis0o do trabalho ou a 4anuIatura
R nos seus in3cios u4a Ior4a/0o natural4ente desenvolvida. T0o logo
ela tenha ganho algu4a consistJncia e a4,litude de e;istJncia2 torna'se
a Ior4a consciente2 ,lanePada e siste4tica do 4odo de ,rodu/0o
ca' ,italista. ! histQria da 4anuIatura ,ro,ria4ente dita 4ostra
co4o2 de in3cio2 a sua divis0o ,eculiar do trabalho atinge2 de
acordo co4 a e;,eriJncia2 igual4ente ,elas costas das ,essoas
atuantes2 as Ior4as adeKuadas2 e co4o al4ePa de,ois2 da 4es4a
Ior4a Kue o artesanato cor,orativo2 4anter tradicional4ente a
Ior4a u4a veG descoberta2 e
a 4antR4 e4 casos isolados ,or sRculos. );cetuando as,ectos
secun' drios2 essa Ior4a altera'se so4ente e4 conseKOJncia de u4a
revolu/0o nos instru4entos de trabalho. ! 4anuIatura 4oderna L
n0o Ialo aKui da grande indMstria baseada na 4aKuinaria L ou
encontra os disPecta mem.ra poetae
1&7
P ,rontos2 co4o2 ,or e;e4,lo2 a
4anuIatura de rou,a nas grandes cidades2 onde ela nasce2 tendo
so4ente de Punt'los de sua dis,ers0o2 ou o ,rinc3,io da divis0o R
evidente2 bastando atribuir as diIerentes o,era/=es da ,rodu/0o
artesanal ",or e;e4,lo2 da enca' derna/0o( e;clusiva4ente a
trabalhadores ,articulares. *0o custa ne4 u4a se4ana de
e;,eriJncia descobrir e4 tais casos a ,ro,or/0o entre os bra/os
necessrios ,ara cada Iun/0o.
1&5
! divis0o 4anuIatureira do trabalho cria2 ,or 4eio da
anlise da atividade artesanal2 da es,eciIica/0o dos instru4entos de
trabalho2 da Ior4a/0o dos trabalhadores es,eciais2 de sua
agru,a/0o e co4bi' na/0o e4 u4 4ecanis4o global2 a gradua/0o
Kualitativa e a ,ro,or' cionalidade Kuantitativa de ,rocessos sociais
de ,rodu/0o2 ,ortanto de' ter4inada organiGa/0o do trabalho social2
e desenvolve co4 isso2 ao 4es4o te4,o2 nova Ior/a ,rodutiva
social do trabalho. Co4o Ior4a es,eciIica4ente ca,italista do
,rocesso de ,rodu/0o social L e sob as bases ,ree;istentes ela n0o
,odia desenvolver'se de outra Ior4a2 a n0o ser na ca,italista L R
a,enas u4 4Rtodo es,ecial de ,roduGir 4ais'valia relativa ou
au4entar a autovaloriGa/0o do ca,ital L o Kue se deno4ina riKueGa
social2 @ealth of ?ations etc. L F custa dos tra' balhadores. )la
desenvolve a Ior/a ,rodutiva social do trabalho n0o sQ ,ara o
ca,italista2 e4 veG de ,ara o trabalhador2 4as ta4bR4 ,or 4eio da
4utila/0o do trabalhador individual. ProduG novas condi/=es de
do4ina/0o do ca,ital sobre o trabalho. !inda Kue a,are/a de u4
lado co4o ,rogresso histQrico e 4o4ento necessrio de
desenvolvi4ento do ,rocesso de Ior4a/0o econY4ica da sociedade2
,or outro ela surge co4o u4 4eio de e;,lora/0o civiliGada e
reIinada.
1&7 s 4e4bros dis,ersos do ,oeta L das <(tiras de ?orcio. +ivro Pri4eiro2 stira 7. "*. da
)d. !le40.(
1&5 ! cren/a cY4oda no gJnio inventivo2 Kue o ca,italista individual e;erceria a priori na
divis0o do trabalho2 sQ se encontra hoPe e4 ,roIessores ale40es2 tais co4o o sr.

OS ECONOMISTAS
461

Roscher2 ,or e;e4,lo2 Kue consagra ao ca,italista2 co4o sinal de gratid0o ,ela divis0o
do trabalho Kue salta ,ronta de sua cabe/a Pu,iteriana2 Vdiversos salriosW. ! 4aior ou
4enor a,lica/0o da divis0o do trabalho de,ende do ta4anho da bolsa2 n0o da grandeGa
do gJnio.

462
MARX
! )cono4ia Pol3tica2 Kue sQ a,arece co4o ciJncia ,rQ,ria no
,er3odo 4anuIatureiro2 considera a divis0o social do trabalho
e;clu' siva4ente do ,onto de vista da divis0o 4anuIatureira do
trabalho
1&1
co4o u4 4eio de ,roduGir co4 o 4es4o Cuantum de
trabalho 4ais 4ercadorias2 ,ortanto ,ara baratear as
4ercadorias e acelerar a acu4ula/0o do ca,ital. *a 4ais rigorosa
o,osi/0o a essa acentua/0o da Kuantidade e do valor de troca2 se
atJ4 os escritores da anti' guidade clssica e;clusiva4ente F
Kualidade e ao valor de uso.
1&&
)4 conseKOJncia da se,ara/0o dos ra4os sociais da ,rodu/0o2 as
4ercadorias s0o 4ais be4'Ieitas2 os diversos instintos e talentos
dos seres hu4anos escolhe4 as corres,ondentes esIeras de
a/0o
1&E
e se4 li4ita/0o nada signiIicativo ,ode ser realiGado.
1&$
!ssi42 ,ois2
co4 a divis0o do trabalho 4elhora4 o ,roduto e o ,rodutor. Suando
eventual4ente R reIerido ta4bR4 o au4ento da Kuantidade de ,ro'
1&1 Hais Kue !. S4ith2 escritores 4ais antigos2 co4o Pett-2 co4o o autor anYni4o das Ad-
vanta2es of the *ast /ndia Trade etc.2 Ii;ara4 o carter ca,italista da divis0o 4anuIatureira
do trabalho.
1&& )ntre os escritores 4odernos constitue4 e;ce/0o alguns do sRculo ]VIII2 co4o
Beccaria e Ja4es ?arris2 Kue e4 rela/0o F divis0o do trabalho Kuase n0o IaGe4 4ais
Kue seguir os antigos. !ssi4 diG Beccaria9 V! cada u4 co4,rova sua ,rQ,ria
e;,eriJncia Kue2 Kuando
se e4,rega4 40os e engenho se4,re na 4es4a es,Rcie de trabalho e de ,rodutos2 os
resultados s0o 4ais Iceis2 4ais abundantes e 4elhores do Kue se cada u4 IiGesse
isola' da4ente todas as coisas de Kue necessita. "...( :esse 4odo2 os ho4ens divide4'
se2 ,ara ,roveito de todos e ,ara seu ,rQ,rio ,roveito2 e4 diIerentes classes e
esta4entosW. "B)C' C!RI!2 Cesare. *lementi di *con! Pu..lica. )d. Custodi2 Part.
Hoderna2 t. ]I. ,. 6E.( Ja4es ?arris2 4ais tarde2 e4 *arl of "almes.urD2 Ia4oso
,elos Diaries ldiriosm de sua R,oca de e4bai;ador e4 S0o Petersburgo2 diG 4es4o e4
u4a nota a seu Dialo2ue Con- cernin2 1appiness. +ondres2 #&7#2
P
4ais tarde de novo
i4,resso e4 Three Treatises etc!2
Dk ed.2 +ondres2 #&&69 VToda a de4onstra/0o de Kue a sociedade R algo naturalW "isto R2
,ela Vdivis0o das ocu,a/=esW( VIoi tirada do +ivro Segundo da -ep;.lica de Plat0oW.
P
autor da obra Dialo2ue Concernin2 1appiness n0o R o di,lo4ata Ja4es ?arris2
autor dos Diaries and Correspondence2 4as si4 seu ,ai Ja4es ?arris. Har; cita aKui
de Three
Treatises. +ondres2 #&&6. ,. 6$6. "*. da )d. !le40.(
1&E !ssi4 diG a diss#ia2 ]IV2 66E9 VPois u4 outro ho4e4 se deleita ta4bR4 co4 outros trabalhosW
e !rKu3loco2 e4 Se;to )4,3rico9 VCada u4 recreia seus sentidos e4 outro trabalhoW.
P
P
Har; cita essa e;,ress0o do !rKu3loco segundo a obra de Se;to )4,3rico2 Adversus
"athematicos. +ivro ##2 ,. 77. "*. da )d. !le40.(
1&$ in 2 n ji
P
L ateniense sentia'se su,erior ao
es,artano2 co4o ,rodutor de 4ercadorias2 ,orKue este na guerra ,odia dis,or de
ho4ens2 4as n0o de dinheiro2 conIor4e ,alavras Kue Tuc3dides ,=e na boca de PRricles e4
discurso
incitando os atenienses F guerra do Pelo,oneso. Vs Kue vive4 e4 auto'subsistJncia est0o
4ais ,re,arados ,ara IaGer guerra co4 seus cor,os do Kue co4 dinheiro.W
"TCCB:I:)S. +ivro Pri4eiro. Ca,. #7#.( )ntretanto2 ,er4anecia seu ideal2 ta4bR4 na
,rodu/0o 4aterial2
a j
PP
Kue se o,=e F divis0o do trabalho2 V,ois co4 esta h ,ros,eridade2 4as
co4 aKuela h ta4bR4 inde,endJnciaW. [ necessrio considerar'se Kue F R,oca da
Kueda dos D% tiranos
PPP
n0o chegava4 a 5 4il os atenienses se4 ,ro,riedade de terra.

OS ECONOMISTAS
4'3

P
Huitos trabalhos sabia ele2 entretanto sabia todos 4al. "*. dos T.(
PP
!utarKuia. "*. dos T.(
PPP
D% tiranos L C4a co4iss0o Kue de,ois do tRr4ino da guerra do Pelo,oneso "7%7
a.C.( Ioi encarregada2 e4 !tenas2 de elaborar u4a nova constitui/0o. )ssa cor,ora/0o2
entretanto2 e4 ,ouco te4,o cha4ou ,ara si todo o ,oder e realiGou u4 regi4e de
terror. !,Qs oito 4eses de do43nio ,ela violJncia2 os tiranos Iora4 derrubados e Ioi
restaurada e4 !tenas
a de4ocracia escravocrata. "*. da )d. !le40.(

MARX
4'1

dutos2 isso R Ieito a,enas relativa4ente F 4aior abundUncia do
valor
de uso. *0o se IaG a 4enor alus0o ao valor de troca2 ao
baratea4ento das 4ercadorias. )sse ,onto de vista do valor de
uso do4ina tanto e4 Plat0o
1E%
Kue IaG da divis0o do trabalho o
Iunda4ento da divis0o social dos esta4entos2 co4o e4
]enoIonte2
1E#
Kue co4 seu instinto caracteristica4ente burguJs
acerca'se P F divis0o do trabalho na oIicina. ! Re,Mblica de
Plat0o2 na 4edida e4 Kue a divis0o do tra' balho R desenvolvida
nela co4o ,rinc3,io Ior4ador do )stado2 n0o ,assa de idealiGa/0o
ateniense do siste4a eg3,cio de castas2 sendo
o )gito o ,a3s industrial 4odelar ta4bR4 ,ara outros conte4,orU'
1E% Plat0o desenvolve a divis0o do trabalho dentro da co4unidade a ,artir da 4ulti,licidade
das necessidades e da unilateralidade das ca,acidades dos indiv3duos. as,ecto
,rinci,al ,ara ele R Kue o trabalhador deve aPustar'se F obra e n0o a obra ao
trabalhador2 co4o seria inevitvel2 se ele e;ercesse diversas artes si4ultanea4ente2
,ortanto u4a ou outra delas co4o oI3cio secundrio. VPois o trabalho n0o Kuer es,erar
,elo te4,o livre daKuele Kue o e;ecuta2 4as o trabalhador te4 de ater'se ao trabalho2
todavia n0o de 4aneira leviana. L Isto R necessrio. L :a3 segue Kue se Iabrica 4ais
de tudo2 assi4 co4o co4 4ais beleGa e Iacilidade2 Kuando cada u4 IaG a,enas u4a coisa2
de acordo co4 seus talentos naturais2 no 4o4ento adeKuado2 estando livre de outras
ocu,a/=es.W "De -epu.lica. +ivro Segundo. Ca,. 6. )d. Baiter2 relli etc.(
P
Se4elhante
e4 Tuc3dides2 op! cit!, c. #769 V! navega/0o R u4a arte co4o KualKuer outra2 e n0o
,ode ser e;ercida circunstancial4ente de 4aneira acessQria sen0o2 ,elo contrrio2 outras
ocu,a/=es n0o ,ode4 ser e;ercidas aces' soria4ente ao lado delaW. Se a obra2 diG Plat0o2
Vte4 de es,erar ,elo trabalhador2 ent0o2 4uitas veGes2 o 4o4ento cr3tico da ,rodu/0o
ser ,erdido e a obra se estraga2 W n V
PP
! 4es4a idRia ,latYnica
encontra'se de novo no ,rotesto dos ,ro,rietrios ingleses de branKuearias contra a clusula
da +ei Fabril Kue estabelece deter4inada hora ,ara as reIei/=es de todos os
trabalhadores. Seu negQcio n0o ,oderia aPustar'se aos traba' lhadores2 ,ois Was diIerentes
o,era/=es de aKuecer2 lavar2 clarear2 ,assar2 calandrar e tingir n0o ,ode42 ,or nenhu4
4o4ento2 ser interro4,idas se4 ,erigo de danos. "...( I4,or a 4es4a hora de reIei/0o
,ara todos os trabalhadores ,ode suPeitar ocasional4ente bens valiosos ao ,erigo de o
,rocesso de trabalho n0o ser ter4inadoi. %e platonisme og va-t-il se nicherR
PPP
P
Re,Mblica de Plat0o L ti,o ideal de u4 )stado escravagista co4o o descreveu o IilQsoIo
grego Plat0o e4 sua obra. ,rinc3,io bsico dessa Ior4a de )stado deveria ser a rigorosa
divis0o do trabalho entre os esta4entos dos cidad0os livres. ! Iun/0o de governar
seria
concedida aos IilQsoIos^ u4a casta de guerreiros2 liberados de KualKuer dever de trabalhar2
estaria encarregada de ,roteger a vida e a ,ro,riedade dos cidad0os2 enKuanto os
ca4,o' neses2 artes0os e co4erciantes ,roduGiria4 e;clusiva4ente os bens 4ateriais Kue
eles Iaria4 chegar ao ,ovo. "*. da )d. !le40.(
PP
te4,o correto ,ara o trabalho R ,erdido. "*. dos T.(
PPP
,latonis4o2 aonde ele vai se aninharj "*. dos T.(
1E# ]enoIonte conta n0o ser a,enas honroso receber ali4entos da 4esa do rei ,ersa2 4as
Kue esses ali4entos s0o 4uito 4ais saborosos Kue os outros. V) isso n0o R nada 4ilagroso2
,ois
assi4 co4o as outras artes adKuire4 u4a ,erIei/0o es,ecial nas grandes cidades2 as iguarias
reais s0o ,re,aradas de u4 4odo todo ,articular. Pois nas ,eKuenas cidades o 4es4o
indiv3duo IaG ca4a2 ,orta2 arado2 4esa^ IreKOente4ente ainda constrQi casas e Iica satisIeito
Kuando consegue desse 4odo u4a clientela suIiciente ,ara 4anter'se. [ i4,oss3vel Kue
u4a ,essoa Kue IaG tanta coisa2 Ia/a tudo be4. *as grandes cidades ,orR42 onde cada u4
encontra 4uitos co4,radores2 basta u4 oI3cio ,ara ali4entar u4 ho4e4. Huitas
veGes2 ne4 R necessrio u4 oI3cio ,or inteiro2 u4 IaGendo sa,atos ,ara ho4e42 o
outro2 sa,atos ,ara 4ulher. !Kui e ali2 u4 vive si4,les4ente de costurar2 o outro de
cortar sa,atos2 u4 si4,les4ente corta vesti4entas2 o outro assenta as ,artes. [ necessrio2
,ois2 Kue o e;ecutor do trabalho 4ais si4,les o Ia/a indubitavel4ente da 4elhor

OS ECONOMISTAS
4'4

4aneira. :o 4es4o 4odo ocorre co4 a culinria.W "])*F*T). Cirop. +ivro itavo.
Ca,. 6.( !centua'se aKui e;' clusiva4ente a Kualidade a ser atingida ,elo valor de uso2
e4bora ]enoIonte P saiba Kue
a escala da divis0o do trabalho de,ende da e;tens0o do 4ercado.

4'5
MARX
neos2 ,or e;e4,lo2 IsQcrates2
1E6
e atR 4es4o ,ara os gregos do te4,o
do I4,Rrio Ro4ano.
1ED
:urante o ,er3odo 4anuIatureiro ,ro,ria4ente dito2 isto R2 o
,er3odo e4 Kue a 4anuIatura era a Ior4a do4inante do 4odo de
,rodu/0o ca,italista2 a ,lena realiGa/0o de suas tendJncias se
choca co4 obstculos de diversas natureGas. )4bora2 co4o vi4os2 ela
criasse ao lado da gradua/0o hierrKuica dos trabalhadores u4a
divis0o si4' ,les entre trabalhadores KualiIicados e n0o KualiIicados2 o
nM4ero dos Mlti4os Iica 4uito li4itado e4 virtude da inIluJncia
,redo4inante dos ,ri4eiros. )4bora aPustasse as o,era/=es es,eciais
aos diversos graus de 4aturidade2 Ior/a e desenvolvi4ento dos seus
Qrg0os vivos de tra' balho e ,ortanto induGindo a e;,lora/0o
,rodutiva de 4ulheres e crian' /as2 essa tendJncia 4alogra
geral4ente devido aos hbitos e F resis' tJncia dos trabalhadores
4asculinos. )4bora a deco4,osi/0o da ati' vidade artesanal
reduGisse os custos de Ior4a/0o e ,ortanto o valor do trabalhador2
continua necessrio ,ara o trabalho de detalhe 4ais diI3cil u4
te4,o 4ais longo de a,rendiGage42 e 4es4o onde este se tornava
su,RrIluo2 os trabalhadores ,rocurava4 Gelosa4ente ,reser' v'lo.
)ncontra4os2 ,or e;e4,lo2 na Inglaterra2 as laAs of apprenti-
ceship
1E7
co4 seus sete anos de a,rendiGage4 e4 ,leno vigor atR o
Ii4 do ,er3odo 4anuIatureiro2 tendo sido ,ostas de lado a,enas
,ela grande indMstria. C4a veG Kue a habilidade artesanal
continua a ser
a base da 4anuIatura e Kue o 4ecanis4o global Kue nela Iunciona
n0o ,ossui nenhu4 esKueleto obPetivo inde,endente dos ,rQ,rios
tra' balhadores2 o ca,ital luta constante4ente co4 a
insubordina/0o dos trabalhadores.
V! IraKueGa da natureGa hu4anaW2 e;cla4a o a4igo Cre2
VR t0o grande Kue Kuanto 4ais hbil Ior o trabalhador2 tanto
4ais ele se torna voluntarioso e 4ais diI3cil de ser tratado e2 ,or
con' seguinte2 causa grande dano ao 4ecanis4o global2 ,or
4eio de seus ca,richos tolos.W
1E5
Por todo o ,er3odo 4anuIatureiro continua2 ,or isso2 a Kuei;a
sobre a Ialta de disci,lina dos trabalhadores.
1E1
) se n0o tivRsse4os
1E6 i)lei "Bus3ris( Vdividiu a todos e4 castas es,eciais "...( ordenou Kue se4,re os 4es4os
indiv3duos e;ecutasse4 os 4es4os oI3cios2 ,orKue ele sabia Kue os Kue 4uda4 suas
ocu' ,a/=es n0o se a,roIunda4 e4 nenhu4a^ os Kue2 ,orR42 ,er4anece4 na 4es4a
ocu,a/0o2 realiGa4 tudo co4 a 4aior ,erIei/0o. Real4ente veriIicare4os Kue e4 suas
artes e oI3cios
eles su,erara4 seus rivais e4 4aior 4edida do Kue o 4estre su,erou o re4end0o2 e
e4 rela/0o F institui/0o ,or 4eio da Kual 4antJ4 a 4onarKuia e a constitui/0o
restante do )stado2 s0o t0o e;celentes Kue os cRlebres IilQsoIos2 Kue tratara4 do
assunto2 elogiara4 a constitui/0o estatal eg3,cia 4ais Kue as outras.W "ISsCR!T)S.
'us)ris2 ca,. E.(
1ED Cf. :iod. Sic.

OS ECONOMISTAS
4'6

1E7 +eis da a,rendiGage4. "*. dos T.(
1E5 CR). p! cit!2 ,. 6%.
1E1 Kue Ioi dito no te;to R 4ais vlido ,ara a Inglaterra do Kue ,ara a Fran/a2 e 4ais ,ara
a Fran/a do Kue ,ara a ?olanda.

MARX
4''

os teste4unhos dos escritores da R,oca2 os si4,les Iatos de Kue do
sRculo ]VI atR a R,oca da grande indMstria o ca,ital n0o
conseguiu a,oderar'se do te4,o total dis,on3vel dos trabalhadores
4anuIaturei' ros2 Kue as 4anuIaturas era4 de vida curta e2 de
acordo co4 a i4i' gra/0o ou a e4igra/0o dos trabalhadores2
tinha4 de dei;ar u4 ,a3s ,ara instalare4'se e4 outro2 Ialaria4 co4
a eloKOJncia de bibliotecas. Vrde4 te4 de ser estabelecida2 de u4
4odo ou de outroW2 e;cla4a e4 #&&% o re,etida4ente citado autor
do *ssaD on Trade and Com- merce. rde42 ressoa 11 anos 4ais
tarde da boca do dr. !ndreX Cre2 Vorde4W Ialtou na 4anuIatura
baseada no Vdog4a escolstico da divis0o do trabalhoW e V!r\Xright
criou a orde4W.
!o 4es4o te4,o2 a 4anuIatura ne4 ,odia a,ossar'se da
,ro' du/0o social e4 toda a sua e;tens0o2 ne4 revolucion'la e4
sua ,ro' Iundidade. Co4o obra de arte econY4ica ela eleva'se Kual
,ice sobre
a a4,la base do artesanato urbano e da indMstria do4Rstica rural.
Sua ,rQ,ria base tRcnica estreita2 ao atingir certo grau de
desenvol' vi4ento2 entrou e4 contradi/0o co4 as necessidades de
,rodu/0o Kue ela 4es4a criou.
C4a de suas obras 4ais co4,letas Ioi a oIicina ,ara a
,rodu/0o
dos ,rQ,rios instru4entos de trabalho2 no4eada4ente ta4bR4 dos a,a'
relhos 4ecUnicos 4ais co4,licados Kue P co4e/ava4 a ser a,licados.
VTal oIicinaW2 diG Cre2 VoIerecia aos olhos a divis0o do trabalho
e4 suas 4Mlti,las grada/=es. ! Iuradeira2 o cinGel2 o torno tinha4
cada u4 seus ,rQ,rios trabalhadores2 classiIicados
hierarKuica' 4ente segundo o grau de sua habilidade.W
1E&
)sse ,roduto da divis0o 4anuIatureira do trabalho ,roduGiu2 ,or
sua veG L 4Kuinas. )las su,era4 a atividade artesanal co4o
,rin' c3,io regulador da ,rodu/0o social. !ssi42 ,or u4 lado2 R
re4ovido o 4otivo tRcnico da ane;a/0o do trabalhador a u4a
Iun/0o ,arcial2 ,or toda a vida. Por outro lado2 cae4 as barreiras
Kue o 4es4o ,rinc3,io i4,unha ao do43nio do ca,ital.

OS ECONOMISTAS
4'/

1E& CR). p! cit!2 ,. 6#.

APONDICE
A QUESTO DA TRADUO
Partindo do ,ressu,osto de Kue l3nguas diversas designa4
entes idJnticos co4 ,alavras diIerentes2 ,ode'se chegar logo F conclus0o
de Kue
a tradu/0o R ,oss3vel ,orKue os entes reIeridos s0o os 4es4os. u
sePa2 veriIicando Kue2 e4 veG de diGer VcasaW2 e4 outra l3ngua se
diG VhouseW ou V4aisonW2 ou Kue2 e4 veG de VcavaloW R dito VhorseW
ou VchevalW2 e4 su4a2 Kue o ente A R designado nu4a l3ngua ,ela
,alavra a e Kue2 e4 outra l3ngua2 este 4es4o ente sePa designado
,ela ,alavra aS2 conclui'se Kue a tradu/0o R ,oss3vel ,orKue2 sendo A
[ A2 ent0o a [ aS!
:e u4a cultura ,ara a outra2 n0o sQ os entes Kue
,artici,a4 da e;,eriJncia e do vocabulrio da coletividade n0o s0o2
contudo2 ri' gorosa4ente os 4es4os2 co4o ta4bR4 a divis0o2 Ieita
,elas diIerentes l3nguas2 e4 ca4,os se4Unticos n0o R a 4es4a e4
rela/0o aos entes Kue a,arenta4 ser idJnticos. Inclusive a
colora/0o e conota/0o dada aos V4es4osW ca4,os se4Unticos n0o R
se4,re a 4es4a. C4a l3ngua ,ode o,erar co4 dois gJneros^ outra2
alterando radical4ente a sua vis0o do 4undo2 ,ode o,erar co4
trJs ou IaGer u4a classiIica/0o atR antitRtica de entes e4 gJneros.
C4a l3ngua ,ode distinguir entre o VeuW usado ,elo ho4e4 e o VeuW
e4,regado ,ela 4ulher2 outras l3nguas ,ode4 ser indiIerentes a isso.
C4a l3ngua ,ode distinguir o gJnero ,ara certos nM4eros ou atR
,ara vrios nM4eros2 outra l3ngua ,ode n0o IaGer nunca KualKuer
distin/0o^ u4a l3ngua ,ode agru,ar certos nM4eros ,ouco elevados2
outra ,ode levar tais agru,a4entos 4ais de' talhada4ente avante.
Tais diIeren/as2 Kue se4,re e;iste4 entre as l3nguas2 constitue4
diIiculdades ,ara a tradu/0o. *0o se ,ode2 ,ortanto2 ,ressu,or
si4,les4ente Kue as diversas l3nguas a,enas designa4 entes idJnticos
co4 ,alavras diIerentes.
Sob a a,arJncia de designar o 4es4o ente2 as l3nguas ,ode4
4'2

IaGJ'lo de 4odo bastante diversiIicado2 co4,licando a Kuest0o da
si' non34ia. !ssi42 dois entes Kue aparentam ,ertencer F 4es4a
Ia43lia2 V4orcegoW e VratoW2 tJ42 na l3ngua inglesa2 u4a ,ro;i4idade
e4 ter4os

de signiIicante2 VbatW e VratW2 Kue ine;iste e4 ,ortuguJs. ! l3ngua Iran'
cesa leva essa a,ro;i4a/0o ainda 4ais avante2 ao designar o rato
co4o VsourisW e o 4orcego co4o Vchauve'sourisW2 Kue literal4ente sig'
niIica Vrato carecaW. *a l3ngua ale402 tal associa/0o entre rato e 4or'
cego ta4bR4 e;iste2 sQ Kue P R diIerente9 o 4orcego2
VFleder4ausW2
R designado2 ,ortanto2 co4o u4 rato2 ou 4elhor2 u4 ca4undongo
""aus(2 cuPa ca,acidade de voar R Kue R destacada e KualiIicada. Por'
tanto2 ao considerar sinYni4os tais ter4os2 est'se IaGendo u4a
tra' du/0o2 ao 4es4o te4,o2 correta e ine;ata2 assi4 co4o u4a
tradu/0o literal ,oderia ser 4ais e;ata nos detalhes e 4enos
co4unicativa no todo. FaGendo ou dei;ando de IaGer associa/=es dessa
orde42 cada l3n' gua organiGa os dados da e;,eriJncia de u4 4odo
,eculiar2 e;,eriJncia Kue R historica4ente 4utvel.
*0o sQ na tradu/0o de te;tos estrita4ente literrios2 ne4 se4,re
a tradu/0o VcorretaW R eIetiva4ente a 4elhor tradu/0o9 as ,erdas e
acrRsci4os e4 tais ,rocessos de trans,osi/0o ,ode4 ser Fs veGes
de tal 4onta Kue R necessrio criar novos ter4os2 literal4ente 4ais
e;atos^
o dicionrio ,ode inclusive n0o ser o 4elhor conselheiro. C4
ter4o co4o V<ertIor4W ,ode ser 4elhor traduGido ,or VIor4a'valorW
do Kue ,or VIor4a de valorW ou VIor4a do valorW. ! tradu/0o literal
,ode Fs veGes criar cacQIatos na l3ngua de chegada2 sendo
reco4endvel evi' t'los. circunlQKuio altera a natureGa co4,acta
do original^ o 4o' noss3labo do original ,ode ter sua
corres,ondJncia nu4 triss3labo e isso ,ode2 eventual4ente2 ser u4
,roble4a. ? 4il e u4a ar4adilhas Kue2 a todo 4o4ento2 o
tradutor ,recisa evitar.
! Kuest0o da tradu/0o te4 tido trJs res,ostas bsicas9 a 4ate'
rialista vulgar2 a idealista e a 4aterialista dialRtica.
! teoria 4aterialista vulgar su,=e Kue L estabelecendo'se aKui
a conven/0o de designar os entes ,or letras 4aiMsculas e as ,alavras
,or letras 4inMsculas L2 co4o aos entes A, ', C, D,
corres,onde42 nu4a deter4inada l3ngua2 as ,alavras a, ., c, d,
enKuanto2 e4 outra l3ngua2 aos 4es4os entes corres,onde4 as
,alavras aS, .S, cS, dS2 a tradu/0o R ,oss3vel P Kue2 ent0o2 a [ aS, .
[ .S, c [ cS, d [ dS etc. s signos seria42 ,ortanto2 arbitrrios2 4as2
corres,ondendo a entes idJn' ticos da realidade2 acabaria4 tendo2 de
u4a l3ngua ,ara outra2 u4a identidade entre si2 ,ossibilitando2
assi42 a tradu/0o. [ u4a teoria Kue ,arte da e;istJncia dos entes
reais2 4as su,=e Kue sePa4 auto' idJnticos e conIunde'os co4
Vcoisas e4 siW. Su,=e Kue os entes sePa4 iguais ,ara todas as
culturas2 e4 todos os te4,os e lugares. Se ,arte da 4aterialidade dos
entes2 cai2 ,orR42 no 4ecanicis4o de n0o ,erceber Kue as diIerentes
culturas n0o o,era4 co4 os 4es4os entes ne4 as suas l3nguas
MARX
4/1

destaca4 e divide4 o real do 4es4o 4odo9 n0o h cor'
res,ondJncia direta e idJntica entre entes e ,alavras2 ,ois Vcoisa
sig' niIicadaW e VsigniIicadoW n0o s0o e;ata4ente o 4es4o.
! teoria idealista aIir4a Kue toda l3ngua contR4 u4a anlise
e

OS ECONOMISTAS
4/4

u4a vis0o do real ca,aG de estruturar o universo 4ental de seus
Ia'
lantes2 a ,onto de estes2 a rigor2 n0o Ialare4 a ,rQ,ria l3ngua2 4as
a l3ngua se Ialar atravRs deles. *essa conce,/0o2 a l3ngua R Kue constrQi
o real2 divide'o e4 co4,arti4entos2 destaca certos as,ectos2
esKuece ou ,ouco discerne a outros2 4ostra'os e;istindo de u4
certo 4odo e n0o de outro. )4 su4a2 s0o as ,alavras Kue
distinguiria4 a natureGa dos entes9 ,orKue e;iste a ,alavra VaW R
Kue se conIigura no real a coisa V!W co4o sendo A e n0o ' ou C.
J Kue2 e4 outra l3ngua2 AS corres,onde a aS, 'S a .S, CS a cS etc.2
co4o2 ,ortanto2 AS R diIerente de A, 'S R diIerente de ', CS R
diIerente de C etc.2 ,ois a aS, . .S, c
cS2 ent0o2 a rigor2 a tradu/0o R i4,oss3vel. Chega'se assi4 F IQr4ula
Vtraduttori2 traditoriW.
! ter4inologia lingO3stica corrente R idealista. Re,etindo toda a
tradi/0o 4etaI3sica ocidental2 IaG u4a distin/0o entre a ,arte cor,Qrea
e a es,iritual do signo2 Iala de signiIicante e de signiIicado2 4as2
ao se,arar radical4ente o signiIicado da Vcoisa signiIicadaW2
entende o signiIicado co4o a resultante de u4 Pogo de diIeren/as entre
ele4entos do signiIicante2 co4o se a diIeren/a entre ,ato2 gato2 rato e
4ato Iosse
a diIeren/a entre p, 2, r, m. ,rQ,rio ter4o VsignoW R idealista2
,ois su,=e Kue ele R Kue designa o Kue o ente R9 ele R2 de Iato2 4ais
designado do Kue designa. Suando se concebe o signiIicante co4o
u4 Pogo de diIeren/as e esse Pogo de diIeren/as co4o gerador do
signiIicado2 con' cebe'se o signiIicante co4o anterior ao signiIicado e2
inclusive2 F coisa signiIicada "da Kual2 alis2 R ent0o ,rescindido e4
no4e da ciJncia(. Cai'se na ,osi/0o ,redileta do idealis4o9 de cabe/a
,ara bai;o. PorKue e;iste4 os entes reais distintos R Kue se cria4
distin/=es verbais2 o Kue n0o Kuer diGer Kue distin/=es lingO3sticas n0o
au;ilia4 a distinguir ele4entos do real. !o contrrio do Kue reGa a
ter4inologia corrente2
a coisa signiIicada R Kue R signiIicante2 o signiIicante R Kue R u4a
coisa signiIicada2 tornada signiIicativa2 e o signiIicado n0o sQ signiIica2
4as R basica4ente signiIicado "e n0o ,or u4 4ero Pogo de
diIeren/as entre ele4entos do signiIicante(.
Se o idealis4o R a ,osi/0o ,re,onderante na VciJncia lingO3sticaW2
o 4aterialis4o vulgar R a ,osi/0o do senso co4u4 e2 e4 ,arte2
dos dicionrios. ,ressu,osto do 4aterialis4o vulgar2 de Kue os
entes reIeridos ,elas ,alavras das diIerentes l3nguas sePa4 os
4es4os2 es' barra na ine;atid0o do esKue4a a [ A e aS [ A2 ,ois
n0o sQ n0o h essa identidade absoluta de A2 co4o ta4bR4 ,ode
atR ocorrer Kue L co4o se 4ostra ao ter de se traduGir2 nu4
certo sentido2 o ter4o ,ortuguJs VburroW ,elo ter4o ale40o
corres,ondente a Vca4eloW L2 e4bora A '2 se tenha a [ .S.
!inda Kue2 atR certo ,onto2 isso cor' res,onda ao ,rocesso de

4/5
MARX
a,rendiGado2 o idealis4o se engana ao ,res' su,or2 de 4odo
absoluto2 Kue se te4 ,ri4eiro a l3ngua e de,ois2 e4 decorrJncia2 o
real. !certa2 ,orR4 L assi4 co4o o 4aterialis4o vulgar acerta ao
,artir dos entes L Kuando insiste na n0o'corres,ondJncia

4/6
OS ECONOMISTAS
e;ata entre ,alavras de l3nguas diIerentes2 be4 co4o no Iato de elas
conIigurare4 u4a divis0o e u4a JnIase diIerenciada do real. SQ Kue2
,elo Iato de A n0o ser e;ata4ente igual a AS2 conclui logo2 a ,artir de
e;e4,los relativa4ente esdrM;ulos2 Kue A R total4ente diIerente de AS2
Kuando e4 geral este A R 4uito 4ais idJntico a AS do Kue a ChCS
ou DhDS.
Se o 4aterialis4o vulgar se engana ao ,ressu,or a
identidade entre os entes reIeridos ,elos entes das diIerentes
l3nguas ,ara2 da32 su,or a identidade entre as ,alavras2 o engano
do idealis4o reside e4 conIerir F linguage4 u4 ,oder Kue ela n0o
te4 e e4 e;acerbar diIeren/as2 esKuecendo os ele4entos de
identidade entre ,alavras e entes. Tanto u4 Kuanto o outro s0o
inca,aGes de e;,licar a contento os IenY4enos Kue detecta42 o Kue
revela2 alis2 a necessidade de su' ,erar a4bas as ,osi/=es. ra2 a
divis0o do real e a sensibilidade se' 4Untica ao real n0o de,ende
sQ das coisas2 4as do IaGer continuado da co4unidade Kue usa
u4a l3ngua2 na Kual se sedi4enta a sua e;' ,eriJncia histQrica2
aPudando a Ior4ar a 4ente e a 4entalidade das novas gera/=es.
Co4o esse IaGer R diIerenciado no es,a/o e no te4,o2 nunca se te4
u4a corres,ondJncia e;ata de u4a l3ngua ,ara outra2 4as
e;ata4ente a diIeren/a R Kue coloca a ,ossibilidade e a necessidade
desse dilogo Kue R a tradu/0o.
*enhu4a l3ngua designa todos os entes e es,ectros dos entes
designados ,or outras l3nguas2 4as toda l3ngua te4 a ,ossibilidade
de absorver ou desenvolver os ter4os Kue Iore4 necessrios F
co4u' nidade Kue a utiliGa. )ssa necessidade R historica4ente
gerada2 4an' tida e2 assi4 ta4bR42 ela ,ode dei;ar de e;istir2
conIigurando a dia' cronia se4Untica da l3ngua. Se os entes
obPetivos e o IaGer da co4u' nidade condiciona4 a conIigura/0o do
es,ectro se4Untico da l3ngua2 esse IaGer R Kue acaba sendo a grande
4ola ,ro,ulsora e ,ossibilitadora da tradu/0o. [ co4,reens3vel Kue
u4a l3ngua esKui4Q Ia/a 4uitas distin/=es entre os ti,os de neve ou
gelo2 assi4 co4o u4a co4unidade rural ,ode IaGer distin/=es entre
ti,os de cavalo Kue o habitante da 4etrQ,ole n0o seria ca,aG de
designar.
!s l3nguas n0o s0o2 contudo2 a,enas ca4,os se4Unticos 4ais ou
4enos isolados2 4as ta4bR4 co4,le;as articula/=es IYnicas2 4orIolQ'
gicas e sintticas Kue2 constituindo totaliGa/=es estruturadas2 IaGe4
co4 Kue2 de u4a l3ngua ,ara outra2 4es4o as eKuivalJncias Kue a,a'
renta4 ,lena identidade se4,re tenha4 ,resente o 4o4ento da n0o'
identidade. );ata4ente essa tens0o dialRtica2 ao invRs de negar a via'
bilidade da tradu/0o2 R Kue a torna ,oss3vel e necessria. Tradu/0o
n0o R ,ura identidade2 4as dilogo e4 busca de identiIica/0o2 encontro
de diIeren/as. *enhu4a tradu/0o ,ode ser a re,rodu/0o absoluta
da identidade do original2 P ,orKue o ,rQ,rio original n0o te4 essa

MARX
4/'

iden' tidade absoluta2 ,ois R se4,re u4a recria/0o a ,artir do
,resente e guarda e4 seus ,assos as contradi/=es do seu te4,o.
Toda leitura reconstrQi a obra a ,artir das ru3nas dela dei;adas
co4o registros

OS ECONOMISTAS
4//

grIicos sobre o ,a,el9 tal reconstru/0o o,era co4 registros2 cQdigos e
re,ertQrios Kue n0o s0o e;ata4ente os 4es4os do autor. !tR o
autor Kuando relJ seu te;to P n0o o vJ co4 os 4es4os olhos de
Kuando o escreveu. Toda leitura R u4a tradu/0o da obra do autor
,ara a obra do leitor9 a tradu/0o concretiGa e;,licita4ente o Kue a
leitura IaG i4' ,licita4ente. *0o h tradu/0o se4 inter,reta/0o.
)ssa inter,reta/0o busca a identidade atravRs das diIeren/as de
l3ngua e de cultura2 atra' vRs do co4,le;o Pogo de identidade e
diIeren/as entre ,alavras e entes. *a tradu/0o co4o na co4unica/0o2
a diIeren/a R Kue leva F busca da convergJncia. Se a co4unica/0o R
,oss3vel2 a tradu/0o ta4bR4 o R^ se
o bilingOis4o R ,oss3vel2 a tradu/0o ta4bR4 R. *0o R ,reciso a,elar
,ara a hi,Qtese idealista de u4a l3ngua ,rR'babRlica2 u4a l3ngua adU'
4ica ou u4a l3ngua dos anPos ,ara encontrar universais
,ossibilitadores de tradu/0o. )sta te42 aIinal2 tantos ,roble4as
,rticos a resolver Kue P n0o lhe resta te4,o ,ara envolver'se e4
4istiIica/=es.
)4 su4a2 4antida a conven/0o inicial2 surge o seguinte esKue4a
das trJs res,ostas bsicas F Kuest0o da tradu/0o9
7! TeseW "AT*-/A%/<" VM%,A-
Sendo !2 B2 C2 :... c a2 b2 c2 d...
e !2 B2 C2 :... c an2 bn2 cn2
dn...
co4o !2 B2 C2 :... c !2 B2 C2
:... ent0o a2 b2 c2 d... c an2 bn2 cn2
dn...
V! Ant)teseW /D*A%/<"
Sendo a2 b2 c2 d... c !2 B2 C2 :...
e an2 bn2 cn2 dn... c !n2 Bn2 Cn2
:n...
co4o !2 B2 C2 :... !n2 Bn2 Cn2
:n... ent0o a2 b2 c2 d... an2 bn2 cn2 dn...
X! <)nteseW "AT*-/A%/<" 1/<Ti-/C-D/A%=T/C
Sendo !2 "B(2 C2 :...

e !n2 Bn2 "Cn(2 :n...

co4o !2 "B(2 C2 :...

ent0o a2 "b(2 c2 d...

a2 "b(2 c2 d...
an2 bn2 "cn(2 dn...
!n2 Bn2 "Cn(2 :n...
an2 bn2 "cn(2 dn...
!lR4 de tais Kuest=es teQricas relativas aos Iunda4entos da tra'

4/0
MARX
du/0o2 na ,rtica e;iste a hi,Qtese de Kue se deve traduGir co4o
se i4agina Kue o autor escreveria caso tivesse redigido o seu te;to
na

l3ngua ,ara a Kual R traduGido. SQ Kue isso geral4ente n0o ,assa
de
i4agina/0o do tradutor. Co4o2 devido F ,rQ,ria sele/0o de te;tos e ao
4ercado de trabalho2 os tradutores tende4 a ser escritores de
n3vel inIerior ao dos autores2 ta4bR4 a tradu/0o se inclina a ser
u4 te;to de Kualidade inIerior F do original e2 ent0o2 a ,rete;to de
Kuerer IaGer u4a boa tradu/0o2 te4'se u4a boa trai/0o. Trata'se de
u4a VliberdadeW Kue tende a IalsiIicar o original2 a co4e/ar ,or seus
tra/os estil3sticos 4ais ,eculiares. !lR4 da ,rtica corrente de
IaGer a tradu/0o sQ de tradu/=es2 essa R2 ,orR42 a tendJncia ainda
,re,onderante.
?i,Qtese antitRtica de trabalho R a de traGer F l3ngua ,ara a
Kual se traduG tra/os caracter3sticos e 4arcantes da l3ngua da Kual se
traduG2 ,ara Kue aKuela se enriKue/a co4 o acervo desta. Isso
,ode ocorrer eIetiva4ente e ,ode re,resentar ta4bR42 Fs veGes2 a
4elhor solu/0o ,ara ,roble4as bastante intrincados.
:esenvolvendo'se isso ,orR42 de 4odo siste4tico e rigoroso2 acaba
criando u4 te;to t0o estranho e biGarro Kue o leitor ,recisa ,oder
retraduGi'lo i4,licita4ente ,ara a l3ngua original a Ii4 de veriIicar
o Kue Ioi Ieito. Co4 isso se nega2 no entanto2 o ,rQ,rio esIor/o e
esco,o da tradu/0o.
! su,era/0o dialRtica das li4ita/=es dessas duas hi,Qteses
an' tagYnicas de trabalho a,onta ,ara u4a tradu/0o Kue sePa Iiel
se4 dei;ar de re,roduGir o original2 Kue n0o IiKue aKuR4 dos
tra/os do original ne4 v alR4 do ,ossibilitado ,or eles2 Kue n0o sePa
desinibida Iantasia do tradutor ne4 IiKue ,resa Fs idiossincrasias de
u4a l3ngua e4 rela/0o F outra. *or4al4ente2 4aior Iidelidade ao
original acaba IaGendo co4 Kue a tradu/0o sePa u4 te;to 4ais Iiel
ao te;to Kue o autor escreveria se escrevesse na l3ngua ,ara a
Kual R traduGido. ! boa tradu/0o deve ser o ,rQ,rio original
Iuncionando na l3ngua'rece,' tora co4o u4 original2 ,ossibilitando a
este conte4,lar a si 4es4o co4o u4a tradu/0o atravRs dessa
tradu/0o9 descobre nela o seu ,rQ,rio ,roPeto i4,l3cito e2 assi42
a,rende a se reler.
:evido Fs diIeren/as entre as l3nguas2 as culturas2 os
4o4entos histQricos2 os interesses ,ol3ticos2 a ca,acidade de
co4,reens0o e de re' cria/0o2 toda tradu/0o necessaria4ente IaG
vrios desloca4entos e4 re' la/0o ao original2 condensando e atR
su,ri4indo signiIicados. Por isso2 toda tradu/0o R u4a
inter,reta/0o "inclusive a tradi/0o ta4bR4 R tra' du/0o(2 Kue ,ode2
contudo2 ser 4ais ou ser 4enos e;ata. !,arente4ente sendo u4
4odelo de Iidelidade2 a tradu/0o literal tende2 ,or causa dessas
diIeren/as2 a trair ainda 4ais o original. Has2 invertendo o chav0o
idea' lista2 4uitas veGes sQ a trai/0o R Kue ,ossibilita u4a boa
tradu/0o. ! tradu/0o livre2 a ,rete;to de IaGer u4a recria/0o a
,artir do original2 tende a ser a,enas u4a ,arIrase e n0o u4a
tradu/0o conIivel. ! tradu/0o literal tanto ,ode ser a 4elhor
4aneira de trair o original2 Kuanto ,ode ser2 es,ecial4ente ao ter na
eti4ologia a chave da eKuivalJncia2 a 4elhor 4aneira de trans,Y'lo9
e4 cada caso concreto2 o tradutor ,recisa unir talento e
conheci4ento ,ara chegar F 4elhor decis0o.
C4a caracter3stica da 4 tradu/0o R ela estar a,enas ,reocu,ada
co4 o n3vel se4Untico do original. [ ,reciso traduGir n0o sQ o Cue u4
autor diG2 4as como ele o diG2 ,ois esse como R essencial e
decisivo ,ara o Cue ele diG. *0o R ,oss3vel IaGer u4a boa tradu/0o do
conteMdo do original se42 ao 4es4o te4,o2 IaGer u4a boa
tradu/0o de sua Ior4a. Co4o n0o h corres,ondJncias e;atas de u4a
l3ngua ,ara outra2
R ,reciso IaGer todo u4 Pogo de eKuivalJncias recriativas9 o Kue se
,erdeu de algu4 4odo aKui2 ,or diIeren/as entre as l3nguas2
,recisa ser recu,erado acol ou ,recisa logo ter outra constru/0o
Kue ,ossa ser eKui,arada e Kue2 assi42 reeKuilibre o te;to.
utra es,Rcie de 4 tradu/0o R aKuela Kue basica4ente sQ se
,reocu,a co4 traduGir o n3vel do VsigniIicanteW2 4es4o Kue o Ia/a e4
detri4ento do n3vel do VsigniIicadoW. !o a,arentar IaGer 4aravilhas
co4 o signiIicante2 ,or tir'lo de sua Iun/0o2 tende a descaracteriG'lo^
ent0o2 alR4 de n0o traduGir be4 o signiIicado2 acaba n0o
traduGindo be4 o ,rQ,rio signiIicante. Co4o toda grande obra
literria2 a boa tradu/0o R aKuela Kue consegue su,erar as
diIiculdades geradas ,elas contradi/=es entre Ior4a e conteMdo e2
atravRs dos ,rQ,rios e4,ecilhos2
R ca,aG de encontrar solu/=es Kue n0o ,rePudiKue4 a nenhu4 dos
n3veis2 elevando a a4bos.
C4a tradu/0o2 es,ecial4ente de obra literria2 ,ode inclusive
chegar a ser 4elhor do Kue o original. )la ,ode ser a descoberta
do te;to subPacente ao te;to original e Kue o ,rQ,rio original n0o
conseguiu ser eIetiva4ente ca,aG de te;tualiGar. Isso se 4ostra 4ais
clara4ente no caso li4ite da inteligibilidade do te;to e da tradu/0o
Kue R o ,oe4a her4Rtico. C4a tradu/0o de 4enor Kualidade ,ode ser
u4 bo4 au;iliar ,ara chegar a u4a boa tradu/0o2 ,ois os seus
desacertos e as suas diIeren/as ,ara co4 o original assinala4 o novo
ca4inho a ,ercorrer. Todo acerto 4aior e4 algu4 4o4ento da
tradu/0o ,rovoca a neces' sidade de rever e reelaborar as outras
,artes atR chegar a u4 todo coerente2 de 4elhor n3vel. tradutor
R u4 4ediador entre autor e rece,tor9 ao 4es4o te4,o Kue R
rece,tor do original2 ele R autor de u4 novo te;to. )le R u4 leitor
Kue gera leitores9 ,odendo ser leitor2 sub4ete'se ao gesto de
escrever ,ara Kue outros ,ossa4 ler. Te4 a ,roIunda hu4ildade de
subordinar'se ao co4ando do te;to original. seu gesto bsico R de
subserviJncia2 4as co4anda a leitura de todos os seus leitores.
!travRs de u4 Vco4oW ele busca chegar a u4 Vo KuJW. Passo a ,asso2
no esIor/o de subir cada degrau do te;to2 tenta chegar ao horiGonte
conIigurado ,elo autor ,ara2 assi42 ,oder re,roduGi'lo. [ u4a
Kuest0o de artesanato2 de saber IaGer2 4as R ta4bR4 u4 IaGer Kue
busca u4 saber.
*0o h te;to Kue n0o sePa traduG3vel. ! hi,Qtese de Kue ne4
tudo R traduG3vel ,orKue todo ato de entendi4ento R
historica4ente deter4inado e Kue2 ,ortanto2 ,ode'se ,erder o
conte;to do original2 a,enas coloca de 4odo 4ais e;acerbado o Kue
ocorre e4 KualKuer
,rocesso de co4unica/0o9 entre e4issor e rece,tor h se4,re distUncia
e diIeren/a. );ata4ente o esIor/o da tradu/0o enKuanto
co4unica/0o reside e4 entender e2 de certo 4odo2 su,erar essa
distUncia2 4as u4 4o4ento de inco4unicabilidade R inerente a
todo ,rocesso de co4u' nica/0o. TraduGir R IaGer u4 ,ercurso de
busca do original2 4as co4o as obras s0o reIeitas ao sere4
a,reendidas2 co4o elas tJ4 contradi/=es internas IreKOente4ente n0o
desenvolvidas2 co4o elas 4antJ4 e4 es' tado de torso os ,roPetos de
leitura Kue elas s0o2 co4o n0o h2 ,ortanto2 nenhu4a obra ,erIeita2
ta4bR4 o traduGir R u4 ,erIaGer. ! tradu/0o
R u4 dilogo co4 o original e aco4,anha'o co4o se Iosse a sua so4bra.
Co4o se4,re h diIeren/a entre o 4undo lingO3stico'cultural do
original e o da tradu/0o2 traduGir R ad4inistrar deseKuil3brios e
ca' rJncias2 R u4a ,ol3tica ,er4anente de buscar atender a 4uitas
soli' cita/=es co4 recursos Kue se4,re ,arece4 insuIicientes.
tradutor te4 de a,render a ,ol3tica de transIor4ar as ,rQ,rias
e;igJncias e4 recursos. Toda tradu/0o R u4 estranha4ento e4
rela/0o ao original2 4as2 atravRs da boa gerJncia do ,ercurso e do
ritual de ,assage42 a boa tradu/0o acaba Iuncionando co4 u4 novo
original9 co4o a so4bra de Peter Schle4ihl2 consegue inde,endiGar'
se2 IaGer as suas ,rQ,rias ,iruetas2 criar as suas ,rQ,rias alegrias
e agonias2 ser talveG atR u4 Iantas4a Kue ator4ente a seu
original. Tudo2 ,orR42 a,arentando a 4aior subserviJncia2 a ,onto
de encontrar a sua identidade naKuilo a Kue2 de certo 4odo2
aniKuila.
original se conte4,la no es,elho da tradu/0o e ,ercebe Kue a
boa tradu/0o sai do es,elho2 dei;a de viver a,enas e4 Iun/0o do
ori' ginal. Ca4inho de acesso ao original2 ,assa a assu4ir o seu
,rQ,rio ca4inho. riginal e tradu/0o se a,ro;i4a4 e se aIasta4
entre si9 converge4 e diverge4. !,arente4ente a4igos2 ,ai e Iilho2
re,ete4 o ,ercurso de [di,o. rei antigo ,recisa ,rovar a sua
soberania ante
o rebento Kue nasce. Para evitar a a4ea/a do original2 Kue n0o
Kuer ver nenhu4 eKuivalente reinando e4 seu territQrio2 a tradu/0o
se re' Iugia no ,a3s distante de outra l3ngua e cultura^ 4es4o n0o
Kuerendo2 volta de l ,ara2 se de boa estir,e2 ter/ar ar4as co4 o
original. ! autono4ia da grande tradu/0o guarda o estig4a do gesto
sacr3lego do assassinato involuntrio do ,ai2 alteridade Kue se
a,resenta co4o her' deira do trono do ,ai2 co4 o aIasta4ento2 o
olvido e o enterro do original ,ro,ria4ente dito. Iantas4a do
original rea,arece cla4ando ,elos corredores do te4,o2 concla4ando
a vingan/a de u4a nova tra' du/0o2 e;igindo a rei4,osi/0o de sua
diIeren/a e o ,ri4ado de sua e;istJncia. Co4o o veneno ,ingado2
gota a gota2 no ouvido do ,ai de ?a4let2 a tradu/0o ,inga2
,alavra a,Qs ,alavra2 a 4orte do original9 de,ois ela se entroniGa2
co4 a aPuda da l3ngua Kue Ioi a rainha de u4
e Kue agora R a de outro2 no trono dele2 ,rocurando esKuecer Kue o
original dei;a u4 herdeiro ,otencial2 u4a nova tradu/0o Kue2 no ter/ar
das ar4as dos novos te4,os2 h de cu4,rir o ritual da vingan/a
as'
sinalado ,ela inevitvel diIeren/a e releitura do original.
! estranheGa Kue2 sob u4a a,arJncia de originalidade2 a tradu/0o
constrQi e4 outra l3ngua e4 rela/0o ao original R o Kue ,ossibilita
a sua autono4iGa/0o e o seu Iunciona4ento. Isso IaG co4 Kue a
tradu/0o dei;e de Iuncionar si4,les4ente co4o u4a Vtradu/0oW9 h
co4o Kue u4 esKueci4ento de Kue ela sePa u4a tradu/0o2 ela ,assa a
Iuncionar co4o u4 novo original2 a ,onto de sugerir atR Kue o
original sePa a sua tradu/0o. Suanto 4elhor u4a tradu/0o2 tanto
4enos ela R a,enas u4a tradu/0o. )la sQ se cu4,re ,lena4ente
Kuando consegue a,er' Iei/oar'se a ,onto de negar a si 4es4a.
)s,ecial4ente a tradu/0o literria2 4ais ainda o caso'li4ite Kue R a
tradu/0o de ,oesia2 ,recisa levar avante o ,roPeto i4,l3cito no
original e Kue ta4bR4 R a sua ,ro,osta de tradu/0o. ! eventual
inIidelidade ao te;to e F estrutura de su,erI3cie ,ode ser a 4aior
Iidelidade ao te;to subPacente Kue R al4ePado. *esse caso2 o original
co4o Kue entra no es,elho da tradu/0o
e a tradu/0o sai do es,elho do original. ) a4bos se conte4,la4 e4
du,la estranheGa e 4Mtuo reconheci4ento.
S0o Paulo2 6$ de 4aio de #$ED.
$l(vio -! Kothe
450

NDICE
Apresentao de 4aco. ,orender . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Indica/=es BibliogrIicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1&
S!+@RI2 PR)z ) +CCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . &#
bserva/=es ,reli4inares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . &D
I L Produ/0o e Salrios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . &D
II L Produ/0o2 Salrios e +ucros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . &5
III L Salrios e :inheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ED
IV L Ierta e Procura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E&
V L Salrios e Pre/os . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . EE
VI L Valor e Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $%
VII L For/a de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $E
VIII L ! Produ/0o da Hais'Valia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #%%
I] L Valor do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #%6
] L +ucro btR4'se Vendendo u4a Hercadoria ,elo seu
Valor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #%D
]I L !s :iversas Partes e4 Kue se :ivide a Hais'Valia . . . . . . #%7
]II L ! Rela/0o Geral entre +ucros2 Salrios e Pre/os . . . . . . . #%1
]III L Casos Princi,ais de +uta ,elo !u4ento de Salrios
ou Contra a sua Redu/0o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #%E
]IV L ! +uta )ntre o Ca,ital e o Trabalho e seus
Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ##D
C!PIT!+ L CRBTIC! :! )C*HI! P+BTIC!
A -espeito da Traduo de Ca,ital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #6#
Advert+ncias do *ditor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #65
Pref(cio da Primeira *dio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #6$
Posf(cio da <e2unda *dio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #DD
Pref(cio da *dio $rancesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #7D
Posf(cio da *dio $rancesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #75
Pref(cio da Terceira *dio Alem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #7&

451

OS ECONOMISTAS
Pref(cio da *dio /n2lesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #5#
Pref(cio da 3uarta *dio Alem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #55
+IVR PRIH)IR L Processo de Produ/0o do Ca,ital . . . . . #1#
S)zA I L H)RC!:RI! ) :I*?)IR . . . . . . . . . . . . . . . . . . #1D
C!P. I L ! Hercadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #15
#. s dois Iatores da 4ercadoria9 Valor de uso e valor
"substUncia do valor2 grandeGa do valor( . . . . . . . . . . . . #15
6. :u,lo carter do trabalho re,resentado nas
4ercadorias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #&#
D. ! Ior4a de valor ou o valor de troca . . . . . . . . . . . . . . .
#&1
AL $orma simples, sin2ular ou acidental de valor . . . .
#&&
#( s dois ,Qlos da e;,ress0o de valor9 Ior4a relativa
de valor e Ior4a eKuivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #&&
6( ! Ior4a relativa de valor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
#&E a( ConteMdo da Ior4a relativa de valor . . . . . . . . . . . .
. #&E b( :eter4ina/0o Kuantitativa da Ior4a de valor
relativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #E#
D( ! Ior4a eKuivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #ED
7( conPunto da Ior4a si4,les de valor . . . . . . . . . . . . . . #E&
'L $orma de valor total ou desdo.rada . . . . . . . . . . . . .
#$%
#( ! Ior4a relativa de valor desdobrada . . . . . . . . . . . . #$%
6( ! Ior4a eKuivalente ,articular . . . . . . . . . . . . . . . . . . #$#
D( InsuIiciJncias da Ior4a de valor total ou
desdobrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #$#
CL $orma 2eral de valor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #$6
#( Carter 4odiIicado da Ior4a valor . . . . . . . . . . . . . . #$6
6( Rela/0o de desenvolvi4ento da Ior4a valor relativa e
da Ior4a eKuivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #$7
D( Transi/0o da Ior4a valor geral ,ara a Ior4a
dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #$5
DL $orma dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . #$1
7. carter Ietichista da 4ercadoria e seu segredo . . . . .
#$&
C!P. II L Processo de Troca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6%$
C!P. III L :inheiro ou a Circula/0o das Hercadorias . . . . . . 6#$
#. Hedida dos valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6#$
6. Heio de circula/0o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

452

66& aL A metamorfose das mercadorias . . . . . . . . . . . . . . . .
. 66& .L curso do dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . 6D1 cL A moeda! si2no do valor . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . 675

463

MARX
D. :inheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65%
aL *ntesouramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
65% .L "eio de pa2amento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
657 cL Dinheiro mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
61#
S)zA II L ! TR!*SFRH!zA : :I*?)IR )H
C!PIT!+ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 615
C!P. IV L TransIor4a/0o do :inheiro e4 Ca,ital . . . . . . . . . . . 61&
#. ! IQr4ula geral do ca,ital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61&
6. Contradi/=es da IQr4ula geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6&5
D. Co4,ra e venda da Ior/a de trabalho . . . . . . . . . . . . . . .
6E5
S)zA III L ! PR:CzA :! H!IS'V!+I!
!BS+CT! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6$5
C!P. V L Processo de Trabalho e Processo de ValoriGa/0o . . . . 6$&
#. ,rocesso de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6$&
6. ,rocesso de valoriGa/0o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D%5
C!P. VI L Ca,ital Constante e Ca,ital Varivel . . . . . . . . . . . . D#&
C!P. VII L ! Ta;a de Hais'valia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D6&
#. grau de e;,lora/0o da Ior/a de trabalho . . . . . . . . . . D6&
6. Re,resenta/0o do valor do ,roduto e4 ,artes
,ro,orcionais do ,roduto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . DD5
D. ! VMlti4a horaW de Senior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . DDE
7. 4ais',roduto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D76
C!P. VIII L ! Jornada de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D75
#. s li4ites da Pornada de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . D75
6. ! avideG ,or 4ais'trabalho. Fabricante e boiardo . . . . . D7$
D. Ra4os da indMstria inglesa se4 li4ite legal da
e;,lora/0o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D5&
7. Trabalho diurno e noturno. siste4a de
reveGa4ento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D&%
5. ! luta ,ela Pornada nor4al de trabalho. +eis
co4,ulsQrias ,ara o ,rolonga4ento da Pornada
de trabalho2 da 4etade do sRculo ]IV ao Ii4 do
sRculo ]VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D&E
1. ! luta ,ela Pornada nor4al de trabalho. +i4ita/0o
,or Ior/a de lei do te4,o de trabalho. !
legisla/0o
Iabril inglesa de #EDD`17 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D$#

461

&. ! luta ,ela Pornada nor4al de trabalho. Re,ercuss0o
da +egisla/0o Fabril inglesa e4 outros ,a3ses . . . . . . .
7#%

464

OS ECONOMISTAS
C!P. I] L Ta;a e Hassa da Hais'valia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7#&
S)zA IV L ! PR:CzA :! H!IS'V!+I! R)+!TIV! . . . 76&
C!P. ] L Conceito de Hais'Valia Relativa . . . . . . . . . . . . . . . . . 76$
C!P. ]I L Coo,era/0o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7D$
C!P. ]II L :ivis0o do Trabalho e HanuIatura . . . . . . . . . . . . . . 75D
#. :u,la orige4 da 4anuIatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75D
6. trabalhador ,arcial e sua Ierra4enta . . . . . . . . . . . . . 755
D. !s duas Ior4as Iunda4entais da 4anuIatura L
4anuIatura heterogJnea e 4anuIatura orgUnica . . . . . 75E
7. :ivis0o do trabalho dentro da 4anuIatura e divis0o
do trabalho dentro da sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 711
5. carter ca,italista da 4anuIatura . . . . . . . . . . . . . . . . 7&D
!Pg*:IC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7ED