Este documento discute a meteorologia de mesoescala, que lida com fenômenos meteorológicos de escala menor que a sinótica, entre 2 km e 2000 km, como ventos de montanha, brisas e complexos convectivos. A resolução espacial dos modelos numéricos é crucial para capturar esses processos, que também são influenciados pela topografia e não seguem aproximações hidrostáticas e geostróficas válidas para a escala sinótica.
Este documento discute a meteorologia de mesoescala, que lida com fenômenos meteorológicos de escala menor que a sinótica, entre 2 km e 2000 km, como ventos de montanha, brisas e complexos convectivos. A resolução espacial dos modelos numéricos é crucial para capturar esses processos, que também são influenciados pela topografia e não seguem aproximações hidrostáticas e geostróficas válidas para a escala sinótica.
Este documento discute a meteorologia de mesoescala, que lida com fenômenos meteorológicos de escala menor que a sinótica, entre 2 km e 2000 km, como ventos de montanha, brisas e complexos convectivos. A resolução espacial dos modelos numéricos é crucial para capturar esses processos, que também são influenciados pela topografia e não seguem aproximações hidrostáticas e geostróficas válidas para a escala sinótica.
Este documento discute a meteorologia de mesoescala, que lida com fenômenos meteorológicos de escala menor que a sinótica, entre 2 km e 2000 km, como ventos de montanha, brisas e complexos convectivos. A resolução espacial dos modelos numéricos é crucial para capturar esses processos, que também são influenciados pela topografia e não seguem aproximações hidrostáticas e geostróficas válidas para a escala sinótica.
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Definio da Meteorologia de Mesoescala
O que a Meteorologia de Mesoescala?
Embora o termo "mesoescala" possa ser familiar, talvez a prpria definio e aplicao da Meteorologia de mesoescala ainda no uma segunda natureza.
Escala sintica da Meteorologia
Tradicionalmente, os meteorologistas operacionais foram treinados na meteorologia escala sintica. Este tipo de meteorologia lida com anlise e previso dos recursos meteorolgicos de escalas superiores a 2000 km. Fenmenos tais como cavados, cristas, altas, baixas e limites frontais so bem compreendidos. Com o tempo, os meteorologistas desenvolveram regras de ouro para derivar parmetros meteorolgicos sensveis, tais como temperatura, vento, gelo, turbulncia, e precipitao a partir de modelos sinticos. Eles tambm desenvolveram uma noo dos pontos fortes e fracos dos modelos numricos sinticos.
Meteorologia de Mesoescala
Mas e quanto s caractersticas de tempo de menores propores? Quantas previses so "presas" por um fenmeno de tempo sub-sintico, forado topograficamente, escondido dentro do principal padro sintico? E se ns soubssemos o quo rapidamente um mximo de vorticidade se moveria atravs da nossa rea de previso? Se soubssemos isso, poderamos fazer um trabalho melhor com a previso de tempestade. E se tivssemos um melhor controle sobre o efeito do afunilamento do vento no terreno? Ns poderamos fornecer uma forma mais precisa de alerta a Santa Ana, Mistral, ou Estreito de Taiwan. Estes cenrios exigem o conhecimento da sub-sintica, ou meteorologia de mesoescala. Quo diferente a previso de mesoescala da sintica?
Modelos sinticos e de mesoescala so duas ferramentas na mesma caixa de ferramentas. As condies iniciais e de fronteira do modelo sintico servem como um guia para orientar o modelo de mesoescala. Previses meteorolgicas, especialmente processos de mesoescala e em escala local, elementos meteorolgicos sensveis sempre tero um pouco de arte implcita. No importa o quo habilidoso o modelo, sempre seremos obrigados a aplicar "olho de artista" para derivar condies especficas sobre a sua regio de interesse. Classificao da Mesoescala Processos meteorolgicos sinticos como frentes, altas e baixas presses esto associados com comprimentos de onda superiores a 2000 km e normalmente persistem por dias ou semanas. Caractersticas de Mesoescala abrangem uma gama de escalas prximas a escala sintica (meso-alfa) at as clulas individuais de nuvem, com dimenses de 1-20 km e com tempo de vida inferior a uma hora (meso-gama). Nomenclatura Dimenses Caracterstica tpica de tempo Mesoscala-alfa (a) 200 - 2000 km 6 hrs - 2 dias Correntes de jato, pequenos furaces, anticiclones fracos Mesoescala-beta (b) 20 - 200 km 30 mins - 6 hrs Sistemas de vento locais, ventos de montanha, brisa terra / mar, complexos convectivos de mesoescala (CCMs), grandes tempestades Mesoescale-gama (c) 2 - 20 km 3 - 30 mins A maioria das tempestades, grandes cumulus, tornados extremamente grandes. Fonte: Fujita (1986) A tecnologia atual, tanto nos setores civil e militar, est se concentrando em meso-gama. Por exemplo, o Sistema de Previso de Mesoescala Oceanogrfica e Atmosfrica Acoplado (COAMPS) modelo de Fleet Numerical Meteorology and Oceanography Center, Monterey CA, executado para vrias regies com resoluo espacial de 15 km (meso-beta). Centros regionais de apoio direto a clientes especficos funcionam normalmente com regies COAMPS locais a 5 e to baixa quanto 1 km de tamanho das clulas de grade, com possibilidade de resolver recursos na faixa de mesoescala-gama. O Funil de Previso e a Pirmide do Tempo
Observe a relao inversa entre o funil de previso e a pirmide do tempo. Meteorologistas operacionais ainda sero obrigados a manter os seus conhecimentos nas escalas planetria e sintica durante o desenvolvimento de suas habilidades na mesoescala. No entanto, devido crescente complexidade, os meteorologistas tero de reduzir o tempo gasto na anlise planetria e sintica, a fim de dedicar mais tempo e esforo em um estudo aprofundado das caractersticas de mesoescala. Ao lidar com os processos de mesoescala, voc precisa estar ciente de que aproximaes geostrficas e hidrostticas no podem ser invocadas. O Equilbrio Geostrfico existe quando h um equilbrio entre a fora de Coriolis e a fora do gradiente horizontal de presso. Nas atmosfera livre de latitudes extratropicais, o equilbrio geostrfico pode dar resultados aceitveis para movimentos de escala sintica, mas no em mesoescala. Equilbrio hidrosttico Uma das chaves para os processos de mesoescala o papel dos processos no-hidrostticos. Modelos hidrostticos assumem, como seu nome indica, uma dependncia de "equilbrio hidrosttico." A atmosfera est em equilbrio hidrosttico, quando as foras de gradiente vertical de presso de ar, a partir de presses maiores perto da superfcie para presses mais baixas no alto, equilibrada pela fora da gravidade puxando o ar de volta para a superfcie.
Processos no-hidrostticos e meteorologia de mesoescala
Numa escala sintica e at mesmo numa superior a meso-alpha, o ambiente est quase em equilbrio hidrosttico. Consequentemente, as parcelas de ar em escala sintica sobem e caem muito lentamente em relao aos seus movimentos horizontais. No entanto, isto no verdade para as escalas menores, meso-beta e especialmente para meso-gama. Aqui, as velocidades verticais, impulsionado por processos, incluindo flutuabilidade e efeitos topogrficos, podem se aproximar ou at mesmo ultrapassar velocidades horizontais (em distncias curtas). Como resultado, a meteorologia de mesoescala frequentemente determinado por processos no-hidrostticos Processos Atmosfricos com efeitos no-hidrostticos A figura abaixo ilustra muitos dos processos atmosfricos que no tm efeitos hidrostticos. Estas incluem fluxos de calor e umidade da superfcie e da atmosfa, turbulncia, conveco, evaporao e condensao. Para as caractersticas menores que 10 km, os modelos meteorolgicos devem incorporar diretamente esses processos no-hidrostticos.
Por que a resoluo dos pontos de grade importante?
Para qualquer modelo numrico para analisar uma simples forma de onda, so necessrios 5 pontos para definir a sua estrutura. Ento, se estamos lidando com um modelo de 50 km (ou seja, a distncia horizontal entre dois pontos quaisquer do grfico 50 km) o modelo s ser capaz de analisar completamente as ondas ou os sistemas de 200 km ou mais.
Mesmo com COAMPS funcionando com resoluo de 9 km, o modelo s vai ser capaz de analisar completamente os sistemas que se estendem 36 quilmetros ou mais. Estaremos estudando as caractersticas de mesoescala, como as de jatos costeiros formados por obstculos e ventos entre montanhas que podem exigir modelo de resolues de 1-2 km. Exemplos de resoluo de grade
medida que aumentamos a resoluo (isto , diminuir a distncia entre sucessivos pontos do grfico), muitos processos de mesoescala importantes podem ser perdidas. Aqui temos um campo com resoluo de 30 km. O que voc est vendo a formao de uma chuva convectiva e as temperaturas de ar frio perto da superfcie. Como este processo esta em desenvolvimento, falta no modelo a maior parte da informao, devido limitao de interface com os reais pontos do grfico.
A Topografia influncia profundamente a Meteorologia de Mesoescala
Na mesoescala, o terreno afeta profundamente o trabalho meteorolgico e s vezes desempenha um papel dominante. Em modelos com resolues de 20 km ou menos, os efeitos topogrficos so fundamentais para a compreenso dos efeitos locais sobre a previso. Brisas de vale e de montanhas, os efeitos de ventos entre regies montanhosas, jatos costeiros, e ventos de altos e baixos nveis exigem alta resoluo na topografia para que possam ser definidos com preciso.
Atuais Modelos Digitais de Elevao (DEM) do uma boa aproximao da topografia. Modelos de mesoescala, como COAMPS, incorporam a topografia digitalizada nos campos de previso meteorolgica. importante que as resolues do DEM e do modelo meteorolgico se aproximem para uma previso apurada e significativa. A representao acima mostra fitas amarelas refletindo as trajetrias de vento em 1000 ps. Note o canal em que o vento passa atravs da montanha. Para quais outros elementos de tempo devemos aplicar nosso conhecimento de mesoescala?
Evaporao, Transpirao e Nevoeiro
Se voc est fazendo a previso para uma estao costeira, a bordo de uma plataforma flutuante, ou centenas de milhas da costa, a previso de um nevoeiro pode ser a parte mais difcil de seu trabalho. A principal preocupao a segurana de voo, navegao de superfcie, ou at mesmo a segurana de veculos em rodovias. Mais difcil ainda prever a localizao exata e o tempo em que os nevoeiros acontecem. Sutis variaes de temperatura e umidade afetam profundamente a formao e distribuio de nevoeiro. Variaes de temperatura e umidade na mesoescala so movidos por evaporao local e transpirao. Por exemplo, a presena de um lago ou de neve ou o tipo de vegetao numa rea pode afetar os campos de temperatura e umidade. Consequentemente, os analistas de mesoescala precisam olhar para resolues de 1-2 km para que seja possvel afirmar se o nevoeiro ira se estender para a regio local. Efeitos naturais e antropognicos (causados pelo homem)
Efeitos naturais e artificiais desempenham um papel significativo na meteorologia de mesoescala. Por exemplo, erupes vulcnicas, incndios florestais e at mesmo poluio podem afetar o tempo. Infelizmente, sua natureza espordica ou escala limitada os torna extremamente difceis de serem incorporados nos modelos numricos e quase impossvel prev-los com preciso.
Erupes vulcnicas Incndios florestais Nevoeiros
Efeitos sobre operaes de frota
Meteorologistas militares tm o encargo adicional de usar suas previses meteorolgicas para efeitos reais sobre armas, plataformas e sensores. Por exemplo: n
Nevoeiro e baixas nuvens que limitam operaes de vo. Rajadas que afetam operaes de helicpteros. Preciptao que diminui a refrao eletromagntica e eletro-optica.
Ventos locais que geram ondas no mar.
Ventos da costa que podem levar ao aumento da ressurgncia que interrompe localmente a estratificao trmica dos oceanos e acstica submarina.
Algumas consideraes tticas e crticas exigiro um estudo em resoluo ainda maior na "microescala". No entanto, com um bom controle sobre a meteorologia de mesoescala, um profissional estar bem equipado para prever a maioria dos eventos climticos.