O documento discute o "fruto do Espírito" mencionado em Gálatas 5:22-23. Ele explica que:
1) O fruto do Espírito tem origem sobrenatural, produzido pelo Espírito Santo, ao contrário das obras da carne que surgem naturalmente.
2) Embora tenha origem sobrenatural, o fruto do Espírito cresce de forma natural, requerendo certas condições para seu desenvolvimento.
3) O fruto do Espírito retrata o relacionamento do cristão com Deus, com os
O documento discute o "fruto do Espírito" mencionado em Gálatas 5:22-23. Ele explica que:
1) O fruto do Espírito tem origem sobrenatural, produzido pelo Espírito Santo, ao contrário das obras da carne que surgem naturalmente.
2) Embora tenha origem sobrenatural, o fruto do Espírito cresce de forma natural, requerendo certas condições para seu desenvolvimento.
3) O fruto do Espírito retrata o relacionamento do cristão com Deus, com os
O documento discute o "fruto do Espírito" mencionado em Gálatas 5:22-23. Ele explica que:
1) O fruto do Espírito tem origem sobrenatural, produzido pelo Espírito Santo, ao contrário das obras da carne que surgem naturalmente.
2) Embora tenha origem sobrenatural, o fruto do Espírito cresce de forma natural, requerendo certas condições para seu desenvolvimento.
3) O fruto do Espírito retrata o relacionamento do cristão com Deus, com os
O documento discute o "fruto do Espírito" mencionado em Gálatas 5:22-23. Ele explica que:
1) O fruto do Espírito tem origem sobrenatural, produzido pelo Espírito Santo, ao contrário das obras da carne que surgem naturalmente.
2) Embora tenha origem sobrenatural, o fruto do Espírito cresce de forma natural, requerendo certas condições para seu desenvolvimento.
3) O fruto do Espírito retrata o relacionamento do cristão com Deus, com os
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O FRUTO DO ESPRITO
John Stott Batismo e plenitude do Esprito Santo
pp. 70-79
J fiz referncia mais de uma vez ao fruto do Esprito. Chegou a hora de examinar com mais detalhes o que isto quer dizer. A expresso vem da carta de Paulo aos glatas. Estas so suas palavras: Mas o fruto do Esprito : amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansido, domnio prprio (Gl 5:22, 23a). Uma simples leitura destas graas crists deve ser suficiente para encher de gua a boca e fazer o corao bater mais forte, porque este um retrato de Jesus Cristo. Nenhum homem ou mulher at hoje apresentou estas qualidades com tal equilbrio ou perfeio como o homem Jesus Cristo. Assim, este o tipo de pessoa que todo cristo gostaria de ser. J foram feitas diversas tentativas de classificar as nove qualidades que Paulo alista. Nenhuma classificao completamente satisfatria; no entanto, existe o perigo de impor uma que seja artificial. Talvez a mais simples seja aquela que as v como trs (conjuntos) trades, que retratam nosso relacionamento primeiro com Deus, depois com outras pessoas e, por ltimo, conosco mesmos. Primeiro vem nosso relacionamento com Deus: Amor, alegria, paz. O Esprito Santo coloca o amor de Deus em nosso corao (Rm 5:5), a alegria dele em nossa alma e a paz divina em nossa mente. Amor, alegria e paz permeiam um cristo cheio do Esprito. Na verdade, podemos dizer que estas so suas caractersticas principais e permanentes. Tudo o que ele faz concebido com amor, iniciado com alegria e executado com paz. Depois vem nosso relacionamento com as outras pessoas: Pacincia, ternura, bondade (NTLH). Temos aqui a pacincia que suporta grosseria e insensibilidade dos outros e se recusa a se vingar; a gentileza que vai alm da tolerncia negativa de no desejar o mal para ningum, passando para a benevolncia de desejar o bem a todos; e a bondade que transforma o desejo em atos, e toma a iniciativa de servir as pessoas de maneira concreta e construtiva. No difcil ver pacincia, ternura e bondade como trs degraus ascendentes em nossa atitude para com os outros. Por ltimo, nosso relacionamento conosco mesmos: Fidelidade, mansido, domnio prprio. A palavra fidelidade a mesma que geralmente traduzida por f (pistis). Aqui parece no significar a f que confia em Cristo ou em outras pessoas, mas a confiabilidade, que convida outras pessoas a confiarem em ns. a fidelidade privada, a dignidade slida de algum que sempre cumpre suas promessas e termina o que comea. Mansido no uma qualidade de pessoas meigas e fracas, mas de pessoas fortes e dinmicas, que mantm sua fora e energia sob controle. Domnio prprio o senhorio sobre a lngua, os pensamentos, os apetites e as paixes. Este, ento, o retrato de Cristo, e, da mesma forma pelo menos em termos ideais do cristo equilibrado, parecido com Cristo, cheio do Esprito. No temos liberdade para escolher algumas destas qualidades, porque conjunto (como um cacho de uvas ou um feixe de trigo) que elas nos fazem semelhantes a Cristo. Cultivar algumas, e no outras, coloca-nos em desequilbrio. O Esprito d diferentes dons a diferentes cristos, como veremos nos prximos estudos, mas ele atua no sentido de produzir o mesmo fruto em todos. Ele no se satisfaz se demonstramos amor aos outros, mas no controlamos a ns mesmos; ou se temos alegria e paz em ns, mas no somos gentis para com os outros; ou se temos pacincia, mas no temos bondade; ou se apresentamos humildade e flexibilidade, sem sermos um cristo confiavel. O cristo desequilibrado carnal; todavia, existe uma perfeio, uma compleio (disposio de espirito, inclinao), uma plenitude de carter cristo que somente cristos cheios do Esprito tm. Porm, como possvel desenvolver estas qualidades? Esta a pergunta que queremos fazer ao apstolo. Sua resposta surge do fato de que as nove qualidades so reunidas na expresso nica o fruto do Esprito. Desta metfora emergem 3 verdades importantes.
1 Origem Sobrenatural A primeira verdade que o fruto do Esprito de origem sobrenatural. Isto evidente, porque as qualidades alistadas so o fruto do Esprito. O prprio Esprito Santo responsabilizado por sua produo. Eles so a colheita do que ele planta na vida das pessoas que ele preenche. Tambm no contexto isto fica evidente, pois o fruto do Esprito contrastado intencionalmente com as obras da carne. A carne, na linguagem de Paulo, geralmente no se refere substncia que cobre nosso esqueleto, mas representa ns mesmos, todo nosso ser, aquilo que somos por natureza, decados, pecaminosos e egostas. O Esprito, por sua vez, no uma parte de ns, Ele no o nosso esprito, mas o Esprito Santo de Deus, do prprio Deus que mora nas pessoas nascidas de novo (regeneradas) e est empenhado em transform-las na imagem de Cristo. luz desta distino entre carne e Esprito podemos dizer que as obras da carne so atos que praticamos naturalmente, quando limitados aos nossos recursos, e o fruto do Esprito consiste de qualidades que o Esprito faz surgir em ns de maneira sobrenatural (porque elas esto alm da nossa capacidade natural), quando colaboramos com Ele. Quando dependemos de ns mesmos, o que surge naturalmente so pecados como prostituio, impureza, lascvia, bebedices, glutonaria (vv. 19, 21), enquanto o fruto sobrenatural do Esprito exatamente o contrrio, virtudes como confiabilidade, bondade, domnio prprio. Quando agimos por conta prpria, ns nos rebelamos contra Deus e camos em idolatria e feitiarias (v. 20), porm o Esprito Santo nos conduz ao amor, alegria e paz. Igualmente, as obras da carne so defeitos (faltas) anti-sociais como inimizades, porfias (competio), cimes, iras, discrdias, dissenes (troca de opinies), faces, invejas (v. 20, 21), enquanto o fruto correspondente do Esprito longanimidade, benignidade, bondade. Portanto, fica claro que, por natureza, todos os nossos relacionamentos so falhos. Desviam-nos de Deus para os dolos. Desentendemo-nos com outras pessoas e vivemos em discrdia. Desculpamo-nos em vez de nos controlarmos. Viver em harmonia com Deus e com as pessoas, e manter-se sob controle, so obras sobrenaturais da graa de Deus. o fruto do Esprito. Na verdade, este fruto (o que a soma de todas estas qualidades crists) a melhor evidncia que algum pode apresentar de ter em si a plenitude do Esprito Santo por causa da sua solidez e objetividade. A verdadeira prova de uma atuao profunda do Esprito de Deus em algum ser humano, no so suas experincias subjetivas e emocionais, nem sinais espetaculares, mas qualidades morais, como Cristo as teve. Creio que um cristo, que alega ter tido experincias grandiosas, mas no tem amor, alegria, paz, bondade e domnio de si, vai causar em todas ns a impresso de que algo est errado com suas alegaes. Um outro cristo que, sejam quais forem suas experincias e dons, traz em seu carter um aroma suave do Senhor Jesus, certamente ser preferido para companhia. Isto porque vemos nele uma marca da graa de Deus e ele um templo do Esprito Santo.
2 Crescimento Natural A prxima verdade que devemos observar que estas qualidades so chamadas de fruto do Esprito. Em condies normais, qualquer fruto cresce naturalmente. verdade que possvel acelerar o crescimento de plantas, colocando-as em uma estufa, sob uma certa temperatura. O que estamos fazendo provar artificialmente as condies em que a planta cresceria de modo natural. Porque o processo de crescimento em se (mesmo em uma estufa) no artificial; ele ainda natural. Ao chamar o carter cristo de fruto do Esprito, o apstolo Paulo estava ensinando que sua origem sobrenatural (j que o fruto do Esprito), e que seu crescimento natural (pois o fruto do Esprito). importante manter um equilbrio entre estas duas verdades, no mnimo por uma razo: o fato de que uma vida santa produto do Esprito Santo pode facilmente levar algumas pessoas a pensarem que no h nada de sua parte que possam fazer no processo. Porm, o fato de que o Esprito o produz como seu fruto indica ao mesmo tempo que h certas condies das quais o crescimento depende, pelas quais ns somos responsveis, isto porque o que natural sempre condicionado. O processo s natural quando as condies esto de acordo. Esta lio que extramos da horticultura tambm se aplica ao crescimento em maturidade crist. O prprio Paulo faz a aplicao, embora no em Glatas 5, mas em Glatas 6. Este outro bom exemplo da necessidade de se estudar cada texto em um contexto amplo e de se passar por cima das divises arbitrrias dos captulos em nossa Bblia. No captulo 5 Paulo fala do fruto, e no captulo 6 ele aborda a questo de semear, do qual, no fundo, depende qualquer colheita. Estas so suas palavras: No vos enganeis: de Deus no se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso tambm ceifar. Porque o que semeia para a sua prpria carne da carne colher corrupo; mas o que semeia para o Esprito do Esprito colher vida eterna (Gl 6:7,8). O princpio fundamental est registrado no ttulo: Aquilo que o homem semear, isto tambm ceifar. Este um princpio inflexvel de todos os procedimentos de Deus, uma lei de consistncia prpria, tanto na rea fsica como na moral, tanto no carter da natureza como no carter humano. Sempre, invariavelmente, colhemos o que plantamos. Por isso, devido confiabilidade de Deus, podemos determinar com antecedncia o que colheremos, decidindo o que iremos plantar. Se eu fosse um agricultor que quisesse colher feijo, eu teria de semear feijo. Seria ridculo plantar milho ou trigo e querer colher feijo. O mesmo princpio se aplica ao comportamento humano. Se queremos que o Esprito Santo produza um fruto bom em nossa rida, precisamos semear sementes boas. O antigo provrbio expressa isto muito bem: Semeie um pensamento, e voc colher uma ao; Semeie uma ao, e voc colher um hbito; Semeie um hbito, e voc colher um carter; Semeie um carter, e voc colher um destino. No podemos alterar isto. Como Paulo disse, de Deus no se zomba. O verbo grego que ele escolheu muito ilustrativo. Significa literalmente levantar o nariz para algum. Ele quis dizer que no podemos tratar Deus com desprezo, nem passar por cima das leis que ele instituiu. Alguns cristos se surpreendem por no estar colhendo o fruto do Esprito, mas passam uma grande parte de seu tempo semeando para a carne. Ser que eles acham que podem enganar Deus e faz-lo de bobo, e torcer suas leis, segundo sua convenincia? Olhe com mais ateno para o que o apstolo disse. Ele compara nossa personalidade com um campo onde estamos semeando todos os dias. O campo est dividido. Uma parte ele chama de carne (ns mesmos, ou o que somos por natureza), a outra de Esprito (o Esprito Santo, ou o que somos pela graa). possvel semear nos dois lados do campo. Um cristo semeia para a sua prpria carne, outro semeia para o Esprito. Em conseqncia, cada um ter uma colheita diferente. O que esta semeadura? E o que esta colheita? Por semear parece que o apstolo est entendendo todo o padro dos nossos pensamentos e hbitos, nosso estilo de vida, a direo e a disciplina da nossa vida. Isto Inclui as companhias que temos, as amizades que cultivamos, a literatura que lemos, os filmes que assistimos no cinema ou na televiso, o tipo de lazer com que preenchemos nosso tempo livre, e tudo o que ocupa nosso interesse, absorve nossa energia e domina nossa mente. Em relao a todas estas coisas precisamos tomar uma deciso, tendo em vista tanto a tendncia geral de nossa vida quanto a mirade de escolhas menores que se nos apresentam todos os dias. Porque nestas coisas estamos semeando, semeando o tempo todo; e haveremos de colher de acordo com o que e onde semeamos. Sempre Paulo volta a estes assuntos em suas cartas, ilustrando-os com metforas abundantes. s vezes so roupas (aquilo que vestimos); outras vezes so competies atlticas (fugir de algumas coisas e correr atrs de outras). s vezes a questo de vida ou morte (matar de verdade, at por crucificao, nossos desejos e paixes pecaminosos e, em lugar deles, viver de modo sensveis s sugestes do Esprito). Ainda outras vezes o negcio pagar dvidas (porque somos devedores ao Esprito, e no carne). De todas estas figuras, no entanto, nenhuma enfatiza melhor a naturalidade da santificao do cristo, desde que haja as condies corretas, do que a necessidade de semear a semente certa no campo certo, se quisermos contar com a colheita certa. Que colheita essa? Paulo diz que semear para a carne produz uma colheita de corrupo. Esta uma palavra repugnante, que desperta imagens horrveis de decadncia, decomposio, morte e podrido cadavrica. Provavelmente ela simboliza uma deteriorao constante do carter nesta vida e tambm a runa na prxima. Semear para o Esprito, por sua vez, produz uma colheita de vida eterna, que uma comunho cada vez mais ntima, j agora com o Deus vivo, (vida eterna conhec- Lo: Joo 17:3), alm daquela comunho plena com Ele que desafia a imaginao e espera por ns no ltimo dia. Portanto, no s o nosso carter moral neste mundo, mas tambm nosso destino definitivo no prximo dependem da semente que estamos lanando agora, e onde a estamos semeando.
3 Maturidade Gradual Temos a aprender uma terceira lio do uso que o apstolo faz desta metfora do fruto. Um conhecimento de botnica, mesmo que elementar, suficiente para que constatemos que os procedimentos de Deus amadurecem com lentido. Jesus o diz em uma de suas parbolas sobre o trigo: Primeiro a erva, depois a espiga, e, por fim, o gro cheio na espiga (Mc 4:28). Tambm podemos usar a ilustrao de uma fruta: Primeiro o renovo, depois o broto da flor, depois a flor aberta; depois a fruta fertilizada, como um tipo de embrio, porm ainda dura, verde e no comestvel; depois ela aumenta, vai ficando macia e adquire as primeiras cores, finalmente temos a fruta madura e saborosa. um processo natural, condicional e gradual. O que vale para uma fruta do pomar vale tambm para o fruto do Esprito. O Esprito Santo implanta vida na alma instantaneamente, no momento do novo nascimento (apesar de vrios meses de preparo poderem t-lo precedido); mas ele leva tempo, muito tempo, para produzir um carter cristo maduro. Esta nfase na santificao gradual no tem a inteno de desculpar nossa pecaminosidade contnua, nem de incentivar nossa preguia, nem de afrouxar nossa expectativa, mas de nos advertir contra jardineiros charlates que nos oferecem frutos maduros na hora. Nossa poca mais de indstria que de agricultura. Seu smbolo mais o martelo que a foice. A automao tem a ver com rapidez. O computador nos d respostas em instantes. Mas o Esprito Santo no tem esta pressa. Um carter o produto de uma vida inteira. Se compreendermos como esta atuao de Deus gradual, seremos mais ativos em colaborar com o Esprito (o jardineiro celestial) que cuida do fruto, prestaremos mais ateno no que semeamos, se quisermos ter uma boa colheita, e disciplinaremos melhor nossos hbitos de devoo pblica e particular, de maneira que cresamos atravs destes meios de graa que Deus nos concedeu, e o fruto do Esprito se desenvolva e amadurea em ns. Charles Simeon, um erudito clrigo de Cambridge do incio do sculo passado, cuja profunda influncia sob a mo de Deus ainda sentida hoje, era por natureza e disposio um homem esquentado, orgulhoso e impetuoso. Quando ele fez sua primeira visita ao seu colega evangelista Henry Venn, em Yelling, a filha mais velha deste descreveu muito bem a ocasio. O incidente registrado por Michael Hennell: impossvel imaginar algo mais ridculo do que sua aparncia e sua maneira de ser. Suas caretas esto alm do que algum pare conceber. Assim que ele se foi, reunimo-nos na biblioteca e rimos s gargalhadas. Mas seu pai chamou todos ao jardim e pediu que lhe apanhassem um pssego, apesar de o vero estar apenas comeando e as frutas ainda estarem verdes. Quando eles se mostraram surpresos, ele disse: Est certo, meus caros, o pssego ainda est verde, e precisamos esperar, entretanto, com um pouco mais de sol e algumas poucas chuvas, ele estar maduro e doce. O mesmo acontece com o Sr. Simon. E assim se deu, porque ele foi colhendo o que ia semeando e, sob a influncia graciosa do Esprito Santo, tornou-se uma pessoa gentil, humilde, amorosa e semelhante a Cristo.
Aplicao
Eu comecei por alistar as nove qualidades crists que em conjunto perfazem o "fruto do Esprito", e mencionei que a simples relao destas qualidades suficiente para despertar o apetite espiritual dos cristos. Na verdade, para mim ponto pacfico que todos temos "fome e sede de justia" (Mat. 5:6; 6:33). Vimos tambm trs razes pelas quais estas qualidades so chamadas de fruto do Esprito. Para concluir, devemos tirar uma lio de cada uma. Em primeiro lugar, j que a semelhana a Cristo de origem sobrenatural, precisamos ter humildade e f a humildade para reconhecer que ns no podemos produzir esta colheita por ns mesmos, e f para crer que Deus pode faz-la amadurecer em ns como fruto do Esprito. Por isto Jesus ensinou: Permanecei em mim, e eu permanecer em vs. Como no pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se no permanecer na videira; assim nem vs o podeis dar, se no permanecerdes em mim (Jo 15:4). A santidade comea com a auto-desiluso, porque a f tambm nasce somente com auto-desiluso. No confiar na carne, porque estamos convictos de que nela no habita bem nenhum (Rm 7:18), uma pr-condio essencial para confiar plenamente no Esprito. Em segundo lugar, j que a semelhana a Cristo tem um crescimento natural, desde que disponha das condies adequadas, precisamos ter disciplina para garantir que as condies estaro disponveis. S se pode colher o que foi semeado. Precisamos semear com dedicao, o que significa cultivar hbitos disciplinados tanto na rea do pensamento (concentrando nossa mente no que bom), quanto na rea da vivncia (no por ltimo na meditao diria na Palavra de Deus e na orao). Crescimento natural crescimento condicionado. Se formos conscienciosos em fornecer as condies, o crescimento haver de ser abundante. Se cuidarmos das sementes, o Esprito Santo cuidar do fruto. Por ltimo, j que ser semelhante a Cristo vem de um amadurecimento gradual, precisamos ter pacincia para esperar. Podemos at cham-la de pacincia impaciente, porque por pacincia eu no entendo resignao. Todo jardineiro, todo agricultor, cada pessoa que vive em contato com o solo sabe que preciso ter pacincia. No h sentido em querer mudar a ordem das estaes ou as leis de crescimento que Deus estabeleceu. Corno Tiago escreveu em um contexto diferente: Eis que o lavrador aguarda com pacincia o precioso fruto da terra, at receber as primeiras e as ltimas chuvas (Tg 5:7). Ele estava recomendando uma espera paciente da vinda do Senhor, mas ele, da mesma forma, poderia ter aplicado a mesma metfora para uma espera paciente pelo fruto do Esprito. Como vimos, precisamos preencher as condies, mas depois devemos esperar a vinda do Senhor e buscar nEle com expectativa o amadurecimento do fruto, at que, afinal, venha o dia da colheita de um carter cristo maduro nesta vida e semelhana completa com Cristo na prxima.