O Superior Tribunal de Justiça rejeitou os embargos de declaração interpostos pela UNIFENAS contra acórdão anterior. A UNIFENAS alegava que a competência para reconhecer a validade de seu curso de mestrado seria do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais e não da CAPES. No entanto, o STJ entendeu que essa questão não poderia ser analisada pelo recurso especial, pois diz respeito à legislação estadual e não à aplicação indevida de lei federal.
O Superior Tribunal de Justiça rejeitou os embargos de declaração interpostos pela UNIFENAS contra acórdão anterior. A UNIFENAS alegava que a competência para reconhecer a validade de seu curso de mestrado seria do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais e não da CAPES. No entanto, o STJ entendeu que essa questão não poderia ser analisada pelo recurso especial, pois diz respeito à legislação estadual e não à aplicação indevida de lei federal.
O Superior Tribunal de Justiça rejeitou os embargos de declaração interpostos pela UNIFENAS contra acórdão anterior. A UNIFENAS alegava que a competência para reconhecer a validade de seu curso de mestrado seria do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais e não da CAPES. No entanto, o STJ entendeu que essa questão não poderia ser analisada pelo recurso especial, pois diz respeito à legislação estadual e não à aplicação indevida de lei federal.
O Superior Tribunal de Justiça rejeitou os embargos de declaração interpostos pela UNIFENAS contra acórdão anterior. A UNIFENAS alegava que a competência para reconhecer a validade de seu curso de mestrado seria do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais e não da CAPES. No entanto, o STJ entendeu que essa questão não poderia ser analisada pelo recurso especial, pois diz respeito à legislação estadual e não à aplicação indevida de lei federal.
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Superior Tribunal de Justia
EDcl no RECURSO ESPECIAL N 773.994 - MG (2005/0135336-0)
RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI EMBARGANTE : UNIFENAS - UNIVERSIDADE JOS DO ROSRIO VELLANO ADVOGADO : CAMILA FRANCO E SILVA VELANO E OUTRO(S) EMBARGADO : CLODOALDO COUTINHO PIRAGIBE DA FONSECA E OUTROS ADVOGADO : MARLENE DE ALVIM BRAGA E OUTRO(S) EMENTA Embargos de declarao. Alegao de omisso e contradio no decisum. Pedido de conseqente atribuio de efeitos infringentes. Acrdo que no conhece do recurso especial, quanto a determinado argumento, porquanto ele se fundamenta na regulao da matria pela Constituio do Estado de Minas Gerais e por resolues do respectivo Conselho de Educao. Alegao de que a anlise desses dispositivos necessria para a apurao de violao ao art. 186 do CC. Impossibilidade. - Se determinada matria diretamente regulada por legislao estadual, no possvel argumentar que seu controle, pelo STJ, pode ser feito para verificar a ocorrncia de violao a norma federal de carter geral. - Inexistncia de omisso ou contradio no acrdo, que analisou a matria sob o enfoque devido. Embargos de declarao rejeitados. ACRDO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justia, na conformidade dos votos e das notas taquigrficas constantes dos autos, por unanimidade, rejeitar os embargos de declarao, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Castro Filho e Humberto Gomes de Barros votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausentes, ocasionalmente, os Srs. Ministros Ari Pargendler e Carlos Alberto Menezes Direito. Braslia (DF), 23 de agosto de 2007 (data do julgamento). MINISTRA NANCY ANDRIGHI Relatora Documento: 714680 - Inteiro Teor do Acrdo - Site certificado - DJ: 17/09/2007 Pgina 1 de 6
Superior Tribunal de Justia EDcl no RECURSO ESPECIAL N 773.994 - MG (2005/0135336-0)
EMBARGANTE : UNIFENAS - UNIVERSIDADE JOS DO ROSRIO VELLANO ADVOGADO : CAMILA FRANCO E SILVA VELANO E OUTRO(S) EMBARGADO : CLODOALDO COUTINHO PIRAGIBE DA FONSECA E OUTROS ADVOGADO : MARLENE DE ALVIM BRAGA E OUTRO(S) RELATRIO A EXMA. SRA. MINISTRA NANCY ANDRIGHI (Relator): Trata-se de embargos de declarao, com efeitos infringentes, interpostos por UNIVERSIDADE JOS DO ROSRIO VELLANO, visando ao esclarecimento e modificao de acrdo assim ementado: "Direito do consumidor. Oferecimento de curso de mestrado. Posterior impossibilidade de reconhecimento, pela CAPES/MEC, do ttulo conferido pelo curso. Alegao de decadncia do direito do consumidor a pleitear indenizao. Afastamento. Hiptese de inadimplemento absoluto da obrigao da instituio de ensino, a atrair a aplicao do art. 27 do CDC. Alegao de inexistncia de competncia da CAPES para reconhecimento do mestrado, e de exceo por contrato no cumprido. Ausncia de prequestionamento. - Na esteira de precedentes desta Terceira Turma, as hipteses de inadimplemento absoluto da obrigao do fornecedor de produtos ou servios atraem a aplicao do art. 27 do CDC, que fixa prazo prescricional de 5 anos para o exerccio da pretenso indenizatria do consumidor. - Ausente o prequestionamento da matria, no possvel conhecer das alegaes de que no da competncia da CAPES reconhecer o mestrado controvertido, ou de que se aplicaria, hiptese dos autos, a exceo de contrato no cumprido. Recurso especial no conhecido." Alega-se omisso e contradio no acrdo. No que diz respeito competncia da CAPES para regularizar o mestrado, a recorrente afirma: (i) que a interpretao da Constituio do Estado de Minas Gerais e das resolues do Conselho de Educao desse Estado so necessrias para aferir a violao do art. 186 do CC/02, de Documento: 714680 - Inteiro Teor do Acrdo - Site certificado - DJ: 17/09/2007 Pgina 2 de 6
Superior Tribunal de Justia modo que podem ser enfrentadas pelo STJ; (ii) que, apesar de a matria no ter sido enfrentada diretamente pelo Tribunal a quo, ela est implcita no julgado e no demanda prequestionamento especfico. o relatrio.
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Superior Tribunal de Justia EDcl no RECURSO ESPECIAL N 773.994 - MG (2005/0135336-0)
RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI EMBARGANTE : UNIFENAS - UNIVERSIDADE JOS DO ROSRIO VELLANO ADVOGADO : CAMILA FRANCO E SILVA VELANO E OUTRO(S) EMBARGADO : CLODOALDO COUTINHO PIRAGIBE DA FONSECA E OUTROS ADVOGADO : MARLENE DE ALVIM BRAGA E OUTRO(S) VOTO A EXMA. SRA. MINISTRA NANCY ANDRIGHI (Relator): No recurso especial sub judice , a recorrente no afirma ter tomado todas as medidas necessrias para o credenciamento do mestrado perante a CAPES mas, em vez disso, argumenta que no dessa instituio a competncia para regular o mestrado. O fundamento jurdico dessa alegao o de que "A Universidade Jos do Rosrio Vellano - UNIFENAS, no est subordinada ao sistema federal, mas sim ao sistema estadual de educao previsto no artigo 82 e incisos I e II das Disposies Constitucionais Transitrias da Constituio do Estado de Minas Gerais" . A conseqncia que esse fato teria, segundo suas palavras, que a competncia para o reconhecimento da validade do mestrado seria do Conselho Estadual de Educao, o que estaria regulado na resoluo n 452 daquele rgo. Depois de fazer tais ponderaes, conclui que "a recorrente preenche todos os requisitos previstos nas resolues do Conselho Estadual de Educao, sendo que os cursos de mestrado oferecidos so perfeitamente vlidos, perante a instituio competente." Com a devida vnia combativa embargante, a sua pretenso, nesse aspecto, somente pode ser apreciada luz da referida legislao. O que est em discusso, aqui, no a violao direta norma do art. 186 do CC/02, mas sim o suposto equvoco, do Tribunal, em considerar competente o CAPES para um ato que a legislao estadual atribui ao Conselho Estadual de Educao. Essa questo no pode ser analisada pela via do Recurso Especial, como argumentado no acrdo embargado, porque foge do estreito mbito do controle quanto correta aplicao da legislao federal, conforme art. Documento: 714680 - Inteiro Teor do Acrdo - Site certificado - DJ: 17/09/2007 Pgina 4 de 6
Superior Tribunal de Justia 105, inc. II, alneas "a" e "c" da CF/88. No h, portanto, nem contradio nem omisso no acrdo embargado e, como conseqncia, no possvel atribuir ao presente recurso os pretendidos efeitos infringentes. Forte em tais razes, rejeito os embargos de declarao. Documento: 714680 - Inteiro Teor do Acrdo - Site certificado - DJ: 17/09/2007 Pgina 5 de 6
Superior Tribunal de Justia CERTIDO DE JULGAMENTO TERCEIRA TURMA
EDcl no Nmero Registro: 2005/0135336-0 REsp 773994 / MG Nmeros Origem: 0466925203 20030313544 200501019828 466925203 EM MESA JULGADO: 23/08/2007 Relatora Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI Presidente da Sesso Exmo. Sr. Ministro CASTRO FILHO Subprocurador-Geral da Repblica Exmo. Sr. Dr. FRANCISCO DIAS TEIXEIRA Secretria Bela. SOLANGE ROSA DOS SANTOS VELOSO AUTUAO RECORRENTE : UNIFENAS - UNIVERSIDADE JOS DO ROSRIO VELLANO ADVOGADO : CAMILA FRANCO E SILVA VELANO E OUTRO(S) RECORRIDO : CLODOALDO COUTINHO PIRAGIBE DA FONSECA E OUTROS ADVOGADO : MARLENE DE ALVIM BRAGA E OUTRO(S) ASSUNTO: Civil - Ensino Fundamental / Mdio / Superior EMBARGOS DE DECLARAO EMBARGANTE : UNIFENAS - UNIVERSIDADE JOS DO ROSRIO VELLANO ADVOGADO : CAMILA FRANCO E SILVA VELANO E OUTRO(S) EMBARGADO : CLODOALDO COUTINHO PIRAGIBE DA FONSECA E OUTROS ADVOGADO : MARLENE DE ALVIM BRAGA E OUTRO(S) CERTIDO Certifico que a egrgia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epgrafe na sesso realizada nesta data, proferiu a seguinte deciso: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declarao, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Castro Filho e Humberto Gomes de Barros votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausentes, ocasionalmente, os Srs. Ministros Ari Pargendler e Carlos Alberto Menezes Direito. Braslia, 23 de agosto de 2007 SOLANGE ROSA DOS SANTOS VELOSO Secretria Documento: 714680 - Inteiro Teor do Acrdo - Site certificado - DJ: 17/09/2007 Pgina 6 de 6