UFPB - Universidade Federal da Paraba.

CCEN - Centro de Cincias Exatas e da Natureza.

Departamento de Qumica
Qumica Bsica Experimental
Aluna: Suelen Alves de Lima Silva.
Matrcula: 10811422.






Rendimento de uma Reao de Precipitao













03 de Dezembro de 2008.


Introduo

1. Estequiometria
Para trabalhos em laboratrios ou indstrias, importante conhecer as quantidades
dos reagentes que so necessrios para produzir determinadas quantidades de produto.
Clculo estequiomtrico o clculo das quantidades das substncias envolvidas numa
reao qumica, ou seja, aplicar as leis das combinaes qumicas s reaes.
Os clculos estequiomtricos, em princpio, so de dois tipos:
- dada uma determinada quantidade em massa ou volume de um reagente, calcular a
quantidade de um componente do produto da reao qumica.
- calcular a quantidade de um dos reagentes necessria para produzir determinada
quantidade de produtos atravs de uma dada reao qumica.

Podem-se considerar quatro tipos de problemas que envolvem clculos
estequiomtricos:
- relao de massa com massa;
- relao de massa com volume;
- relao de volume com volume;
- relao de mol com tomos ou molculas.

Para facilitar a resoluo de problemas que envolvem a estequiometria deve-se
seguir determinada tcnica:
1 ) Equaciona-se e ajusta-se a reao qumica.
2 ) Sublinham-se, na equao qumica, as substncias envolvidas nos dados e perguntas
do problema.
3 ) Abaixo das frmulas, escrevem-se os dados estequiomtricos correspondentes s
unidades dos dados (mol, gramas, nmero de tomos ou molculas, volume molar).
4 ) Abaixo dos dados estequiomtricos, escrevem-se os dados do problema,
estabelecendo-se assim a regra de trs.
5 ) Resolve-se a regra de trs.

2. Grau de Pureza
Os materiais que participam de um processo qumico geralmente no so puros.
Por isso, em clculo estequiomtrico, muitas vezes necessrio descontar as
impurezas, pois estas no participaro da reao qumica. Por exemplo, se
trabalhamos com NaCl com 20 % de impurezas, teremos uma massa total, que
corresponde ao sal mais as impurezas que poderiam ser outras substncias. Assim,
por exemplo, em 60 gramas de cloreto de sdio, temos:


20 % de impurezas = 12 g
80 % de NaCl puro = 48 g
Massa total = 60 g

2.1 Determinao de quantidades (pureza e impureza)
A massa total (60 g) corresponde a 100%, pois toda a substncia que possui.
Estabelece-se, ento, uma regra de trs simples para determinar as outras
percentagens.

3. Rendimento de uma reao

O rendimento de uma reao qumica est relacionado com vrios fatores, tais
como:
- Aparelhagem utilizada;
- Deficincia do operador;
- Impureza das substncias.

4. Excesso de reagente

Muitas vezes o enunciado do problema fornece as quantidades de dois reagentes,
neste caso, necessrio verificar se algum dos reagentes est em excesso.
Exemplo: na reao de 100 g de NaOH com 73 g de HCl, uma vez completada a
reao, existir excesso de algum reagente?



Deve-se verificar se estes valores constituem uma proporo, isto , se
obedecem lei de Proust. A maneira mais fcil de determinar se a lei de Proust
obedecida ou no multiplicando os meios e os extremos. Se estes dois produtos
so iguais, estes valores constituem uma proporo; se forem diferentes, o excesso
estar com o reagente que pertencer ao maior produto.



Concluso: existe excesso de NaOH. Este excesso ser:





x = 80 g de NaOH ( a quantidade de NaOH que reage).
Logo, o excesso ser: 100 - 80 = 20 g.

























Finalidade


Observar uma reao de precipitao;

Realizar clculos estequiomtricos envolvendo reagente limitante e em excesso;


Calcular o rendimento de uma reao.





















Parte Experimental

Materiais Utilizados:
Vidro de Relgio
Proveta
02 Bqueres
02 Bastes de Vidro
Estufa
Papel de Filtro
Dessecador
Funil
Suporte com anel de ferro
Bico de Gs


1. Pesou-se 0,8 g de cromato de potssio e transferiu para um bquer de 250 ml,
adicionou 100 ml de gua destilada, medida em uma proveta. Homogeneizou-se
a soluo com o auxlio de um basto de vidro, at sua completa dissoluo.
Logo aps, a soluo foi aquecida at a fervura.

2. Depois pesou 0,6 g de cloreto de brio e o transferiu para um bquer de 250 ml,
adicionou 50 ml de gua destilada medida em uma proveta. Homogeneizou-se a
soluo com um basto de vidro, at sua completa dissoluo.

3. Pesou um papel filtro. Adaptou um anel de ferro num suporte e nele colocou-se
um funil de filtrao.

4. Enquanto isso adicionou o cloreto de brio ao cromato de potssio. E logo aps,
adaptou o papel de filtro no funil.

5. Iniciou-se a filtrao com cuidado para que no haja perda de precipitado. Lavou
o bquer e o basto de vidro com gua destilada para remoo de resduos de
precipitado. Colocou a gua de lavagem no funil. Aps a completa decantao,
retirou-se o papel de filtro e colocou-o em cima de um vidro de relgio.
Desprezou o filtrado.

6. Levou o precipitado para secar em estufa a 150C, por 30 minutos. Retirou-se o
precipitado seco da estufa e colocou-o para resfriar num dessecador. Depois de
frio, pesou-o novamente e anotou o peso obtido.




Folha de Dados

Equao Qumica:
BaCl
2
. 2 H
2
O
(aq)
+ K
2
CrO
4 (aq)
BaCrO
4 (s)
+ 2KCl
(aq)


Clculo da Massa:
BaCl
2
. 2 H
2
O K
2
CrO
4

Ba = 137 K = 2 * 39,1 = 78,2
Cl = 2 * 35,5 = 71 Cr = 52,0
H = 4 * 1,008 = 4,032 O = 4 * 16 = 64
O = 2 *16 = 32 194,2 g/mol
244,032 g/mol

A. Reagente em Excesso

1 mol de BaCl
2
. 2 H
2
O 1 mol de K
2
CrO
4
M M

244,032 g de BaCl
2
. 2 H
2
O 194,2 g de K
2
CrO
4
0,6 g x
x = 0,47
x = 0,5 g de K
2
CrO
4


B. Reagente Limitante

244,032 g de BaCl
2
. 2 H
2
O 194,2 g de K
2
CrO
4

x 0,8 g de K
2
CrO
4

x = 1,005 g de BaCl
2
. 2 H
2
O









C. Rendimento Terico
BaCrO
4
Ba = 137
Cr = 52,0
O = 4 * 16 = 64
253 g/mol

244,032 g de BaCl
2
. 2 H
2
O 253 g de BaCrO
4
0,6 g de BaCl
2
. 2 H
2
O x

x = 0,6 g de BaCrO
4



Substncia Quantidade (g) Observaes
K
2
CrO
4
0,8 Colorao amarelada
BaCl
2
. 2 H
2
O 0,6 Colorao Branca
Papel de Filtro 1,04 -
Papel de Filtro + BaCrO
4
1,64 -


BaCrO
4



0,892
A adio rpida das duas
substncias causou uma
precipitao mais rpida
da soluo, fazendo com
que houvesse perda de
precipitado.

R = Papel de Filtro c/ o precipitado Papel de Filtro * 100
Rendimento Terico
R = 1,64 1,04 * 100
0,672
R = 89,28 %















Pesquisa

Cromato de Potssio
O Cromato de potssio (K
2
CrO
4
) um sal de potssio cuja massa molar de
194.21 g/mol. um produto bastante txico podendo causar cncer por inalao. um
composto slido, estrutura cristalina rmbica, de aspecto granulado, inodoro e de
colorao amarela ctrica. um forte agente oxidante, podendo reagir rapidamente.
Pode reagir explosivamente com outros compostos, reduzindo e incendiando objetos
inflamveis.
Caractersticas:
Solvel em gua na temperatura de 20C
A densidade de 2,73 g/cm
3
(18 C)
Coeficiente de solubilidade em gua de 637 g/l (20 C)
Ponto de fuso ocorre a 985C
Ponto de ebulio ocorre a 1.000C



Cloreto de brio
O cloreto de brio, de frmula qumica BaCl
2
, uma substncia muito utilizada
no setor de metalurgia em sais de tmpera, com a finalidade de aumentar a dureza de
ferros-liga e/ou aos (tratamento trmico de metais). utilizado tambm em indstrias
de sais de brio e em indstrias para eliminao de sulfato.
Caractersticas Fsico-Qumicas:
Estado Fsico: p branco e inodoro
Solubilidade (0C) 31g/100g de gua
Peso molecular: 208,24 para anidro (BaCl
2
) e 244,27 para o dihidratado
(BaCl
2
.2H
2
O)
pH (sol 10%): 7,0 (25C)
Massa Especifica (24C): 3,86g/cm

Solubilidade de Compostos


Compostos Solveis:
Quase todos os sais de Na
+
, K
+
e NH
4
+

Excees: Haletos de Ag
+
, (Hg
2
)
2+
e Pb
2+



Todos os sais de Cl
-
, Br
-
e I
-

Excees: Fluoretos dos ons grupo 2 e Pb
2+



Sais de Nitrato, Clorato, Perclorato e Acetato


Sais de Sulfato
Excees: Sulfatos dos ons grupo 2


Compostos Insolveis:
Todos os sais de Carbonato, Fosfato, Oxalato, Cromato e Sulfeto.
Excees: Sais de NH
4
+
e ctions do grupo 1

A maioria dos hidrxidos e xidos metlicos


Compostos com OH
-

Excees: NaOH, KOH, Ca(OH)
2
, Sr(OH)
2
e Ba(OH)
2
































Concluso

Os clculos de reagente em excesso, reagente limitante, e de rendimento terico
so muito importantes para uma reao de precipitao. Aps o clculo do rendimento
percentual pde-se observar que realmente tem que se ter muito cuidado ao manusear a
filtrao, pois poder haver perdas desse precipitado. Sendo provado assim neste
clculo.
As etapas do rendimento de uma reao de precipitao foram comprovadas
atravs deste experimento feito em laboratrio, e reafirmando assim a importncia dada
nos livros de que a manipulao das substncias sempre induz perdas.





















Bibliografia

Site:
http://www.setrem.com.br/ti/trabalhos/quimica/calcest.htm