MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO - IPR

DIVISO DE CAPACITAO TECNOLGICA
Rodovia Presidente Dutra km 163 - Centro Rodovirio, Parada de Lucas
Rio de Janeiro, RJ - CEP 21240-330
Norma rodoviria
Especificao de Servio
DNER-ES 291/97
p. 01/06
Drenagem - entradas e descidas dgua
RESUMO
Este documento define a sistemtica a ser adotada na
construo de entradas e descidas d'gua integrantes
do sistema de drenagem de rodovias. So tambm
apresentados os requisitos concernentes a materiais,
equipamentos, execuo, manejo ambiental, controle
da qualidade e os critrios para aceitao, rejeio e
medio dos servios.
ABSTRACT
This document presents procedures for the building
of water exits and downward slope integrant of the
drainage roads systems. It presents requirements
concerning materials, equipment, execution,
ambiental preserving, quality control and the criteria
for acceptance and rejection of the services.
SUMRIO
0 Prefcio
1 Objetivo
2 Referncias
3 Definies
4 Condies gerais
5 Condies especficas
6 Manejo ambiental
7 Inspeo
8 Critrios de medio
0 PREFCIO
Esta Norma estabelece a sistemtica a ser empregada
na execuo e no controle da qualidade do servio em
epgrafe.
1 OBJETIVO
Estabelecer os procedimentos a serem seguidos na
execuo de entradas e descidas dgua de concreto
destinadas captao e transferncia das guas que
incidem sobre a plataforma das rodovias.
2 REFERNCIAS
Para o entendimento desta Norma devero ser
consultados os documentos seguintes:
a) DNER-ES 330/97 - Obras-de-Arte Especiais -
Concretos e argamassas;
Macrodescritores MT : drenagem
Microdescritores DNER : dispositivo de drenagem
Palavras-chave IRRD/IPR : drenagem(2937)
Descritores SINORTEC : drenagem, normas
Aprovado pelo Conselho Administrativo em: 05/03/97, Resoluo n 16/97, Sesso n CA/08/97
Autor: DNER/ DrDTc (IPR) Substitui a DNER-ES 025/70
Processo n 51100.000912/97-63 Reviso e Adaptao DNER-PRO 101/97,
Aprovada pela DrDTc em 06/11/97
DNER-ES 291/97 p. 02/06
b) DNER-ES 331/97 - Obras-de-Arte Especiais - Obras Armaduras para concreto armado;
c) DNER-ES 333/97 - Obras-de-Arte Especiais - Frmas;
d) DNER-ES 337/97 - Obras-de-Arte Especiais - Escoramentos;
e) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatstico de obras e servios;
f) DNER-ISA 07 - Instruo de servio ambiental;
g) DNER - lbum de Projetos - Tipo de Drenagem, 1988;
h) DNER - Manual de Drenagem de Rodovias, 1990;
i) ABNT NBR-12654/92 - Controle tecnolgico de materiais componentes do concreto;
j) ABNT NBR-12655/96 - Preparo, controle e recebimento do concreto.
3 DEFINIES
Para os efeitos desta Norma, so adotadas as definies de 3.1 e 3.2.
3.1 Descidas dgua - dispositivos que possibilitam o escoamento das guas que se concentram em
talvegues interceptados pela terraplenagem, e que vertem sobre os taludes de cortes ou aterros.
Nestas condies, para evitar os danos de eroso, torna-se necessria a sua canalizao e conduo
atravs de dispositivos, adequadamente construdos, de forma a promover a dissipao das
velocidades e com isto, desenvolver o escoamento em condies favorveis at os pontos de
desgue, previamente escolhidos.

3.2 Entradas dgua - por outro lado, constituem-se nos dispositivos de transferncia das guas
captadas de um dispositivo para outro, possibilitando o escoamento de forma segura e eficiente.
4 CONDIES GERAIS
4.1 Os dispositivos abrangidos por esta Especificao sero executados de acordo com as
indicaes do projeto e suas especificaes particulares.

4.2 Na ausncia de projetos especficos devero ser utilizados os dispositivos padronizados pelo
DNER que constam do lbum de Projetos - Tipo de Drenagem, 1988.
5 CONDIES ESPECFICAS
5.1 Material
As obras abrangidas por esta Norma referem-se, basicamente, a dispositivos construdos com
concreto de cimento, que satisfaam s recomendaes preconizadas nas especificaes
relacionadas na Seo 2 - Referncias.
5.1.1 Concreto de cimento
5.1.1.1 O concreto, quando utilizado nos dispositivos, conforme especificao, dever ser dosado
experimentalmente para alcanar resistncia caracterstica compresso (fck) min., aos 28 dias, de
11 MPa.

5.1.1.2 O concreto utilizado dever ser preparado de acordo com o prescrito nas Normas ABNT
NBR-6118/80 e ABNT NBR-7187/87, alm de atender o que dispe a DNER-ES 330/97.
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5.2 Equipamento
Todo o equipamento a ser utilizado dever ser vistoriado, antes do incio da execuo do servio de
modo a se garantir que esteja em condies apropriadas de operao, sem o que, no poder ser
autorizada a sua execuo.
Para a realizao dos trabalhos so recomendados:
a) Caminho basculante;
b) Caminho de carroceria fixa;
c) Betoneira ou caminho betoneira;
d) Motoniveladora;
e) P carregadeira;
f) Rolo compactador metlico;
g) Retroescavadeira ou valetadeira.
5.3 Execuo
5.3.1 Dispositivos de concreto
As entradas e descidas dgua de concreto devero ser moldadas in loco atendendo o que for
disposto nos projetos especficos e desenvolvidas de acordo com as etapas adiante relacionadas.

5.3.1.1 Escavao, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimenses indicadas no projeto.

5.3.1.2 Execuo de base de brita para regularizao e apoio.

5.3.1.3 Instalao das formas e cimbramento.

5.3.1.4 Lanamento e vibrao do concreto.

5.3.1.5 Retirada das guias e das frmas laterais.

5.3.1.6 Preenchimento das juntas com argamassa cimento-areia, trao 1:3.
5.3.2 Processo executivo alternativo
Opcionalmente, podero ser adotados outros procedimentos executivos, atravs de elementos pr-
moldados, envolvendo as etapas de 5.3.2.1 a 5.3.2.4.

5.3.2.1 Escavao do material situado nas adjacncias do bordo do pavimento, obedecendo aos
alinhamentos, cotas e dimenses indicadas no projeto.

5.3.2.2 Execuo de base de brita para regularizao e apoio.

5.3.2.3 Instalao e assentamento dos pr-moldados, de forma compatvel com o projeto-tipo
considerado.

5.3.2.4 Rejuntamento com argamassa cimento-areia, trao 1:3.
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6 MANEJO AMBIENTAL
Durante a construo dos dispositivos de drenagem devero ser preservadas as condies
ambientais, exigindo-se, entre outros, os procedimentos de 6.1 a 6.7.
6.1 Todo o material excedente de escavao ou sobras, dever ser removido das proximidades dos
dispositivos de modo a no provocar o seu entupimento cuidando-se ainda, que este material no
seja conduzido para os cursos dgua de modo a no causar seu assoreamento.
6.2 Nos pontos de desgue dos dispositivos devero ser executadas obras de proteo de modo a
no promover a eroso das vertentes ou assoreamento de cursos dgua.
6.3 Em todos os locais onde ocorrerem escavaes ou aterros necessrios implantao das obras,
devero ser tomadas medidas que proporcionem a manuteno das condies locais atravs de
replantio da vegetao local ou de grama.
6.4 Como em geral as guas de drenagem superficial afetam as condies de escoamento difuso,
consequentemente dos mananciais locais, durante a execuo dos dispositivos ou aps a sua
concluso, dever ser mantida a qualidade das guas e sua potabilidade, impedindo-se a
contaminao, especialmente por despejos sanitrios.
6.5 Durante o desenvolvimento das obras dever ser evitado o trfego desnecessrio de
equipamentos ou veculos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfigurao.
6.6 Nas reas de bota-fora ou de emprstimos necessrios realizao dos dispositivos, devero
ser evitados os lanamentos de materiais de escavao que possam afetar o sistema de drenagem
superficial.
6.7 Alm destas, devero ser atendidas, no que couber, as recomendaes da DNER-ISA-07-
Instruo de servio ambiental, referente ao escoamento das guas e a proteo contra a eroso.
7 INSPEO
7.1 Controle do material
7.1.1 O controle tecnolgico do concreto empregado ser realizado pelo rompimento de corpos-de-
prova compresso simples, aos 7 dias, com base no que dispe a ABNT NBR-5739/94.

7.1.2 O ensaio de consistncia do concreto ser feito de acordo com a ABNT NBR-7223/92 ou a
ABNT NBR-9606/92, sempre que ocorrer alterao no teor de umidade dos agregados, na execuo
da primeira amassada do dia aps o reincio dos trabalhos, desde que tenha ocorrido interrupo por
mais de duas horas e cada vez que forem moldados corpos-de-prova.

7.2 Controle da execuo

7.2.1 Dever ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto e das
amostras de ao estrutural, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer s
especificaes referidas.

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7.2.2 No controle de qualidade do concreto atravs dos ensaios de resistncia compresso, ou
flexo, o nmero de determinaes ser definido em funo do risco de rejeio de um servio de
boa qualidade a ser assumido pelo Executante, conforme a tabela seguinte:

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIVEL
n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 15
k 1,32 1,26 1,15 1,14 1,05 1,03 0,99 0,97 0,95 0,92
! 0,30 0,25 0,16 0,15 0,08 0,06 0,04 0,03 0,02 0,01
n =n de amostras; k =coeficiente multiplicador; ! =risco do Executante.

7.2.3 O concreto ciclpico, quando utilizado, dever ser submetido ao controle fixado pelos
procedimentos da ABNT NBR-7223/92, quanto consistncia e ABNT NBR-5739/94, quanto a
resistncia compresso.
7.3 Verificao final da qualidade
7.3.1 Controle geomtrico
7.3.1.1 O controle geomtrico da execuo das obras ser feito atravs de levantamentos
topogrficos, auxiliados por gabaritos para execuo das canalizaes e acessrios.

7.3.1.2 Os elementos geomtricos caractersticos sero estabelecidos em Notas de Servio com as
quais ser feito o acompanhamento da execuo.

7.3.1.3 As dimenses das sees transversais avaliadas no devem diferir das indicadas no projeto de
mais de 1%, em pontos isolados.

7.3.1.4 Todas as medidas de espessuras efetuadas devem se situar no intervalo de 10% em relao
espessura de projeto.

7.3.2 Controle de acabamento

7.3.2.1 Ser feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avaliando-se as
caractersticas de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros processos de controle,
para garantir que no ocorra prejuzo operao hidrulica da canalizao.
7.3.2.2 Da mesma forma ser feito o acompanhamento das camadas de embasamento dos
dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.
7.4 Aceitao e rejeio
7.4.1 Ser controlado o valor mnimo da resistncia compresso ou flexo do concreto, com
valores de k obtidos na Tabela de Amostragem Varivel, adotando-se o procedimento seguinte:
X - ks <valor mnimo admitido - rejeita-se o servio;
X - ks valor mnimo admitido - aceita-se o servio.
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Sendo:
X
Xi
n
=

s
Xi X
n
=

( )
2
1
Onde:
X i - valores individuais;
X - mdia da amostra;
s - desvio padro da amostra;
k - coeficiente tabelado em funo do nmero de determinaes;
n - nmero de determinaes.
7.4.2 Os servios rejeitados devero ser corrigidos, complementados ou refeitos.
7.4.3 Os resultados de controle sero registrados nos relatrios peridicos de acompanhamento.
8 CRITRIOS DE MEDIO
Os servios aceitos sero medidos de acordo com os critrios constantes de 8.1 a 8.2.
8.1 As entradas e descidas dgua sero medidas pelo seu comprimento, determinado em metros,
acompanhando as declividades executadas, de acordo com os tipos indicados no projeto, incluindo
fornecimento e colocao de materiais, mo-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e
eventuais necessrios execuo.

8.2 As escavaes de valas e os volumes de apiloamento de solos nos locais contguos aos
dispositivos, no sero medidos.