Este documento apresenta um estudo sobre o uso de drywall em edificações residenciais. Discute os processos de fabricação do drywall, seus principais componentes e características do sistema construtivo. Apresenta detalhes sobre instalação elétrica, hidráulica e de gás utilizando drywall, além de abordar aspectos como redução de custos, desempenho acústico, cargas suportadas, durabilidade e preconceitos relacionados ao material.
Este documento apresenta um estudo sobre o uso de drywall em edificações residenciais. Discute os processos de fabricação do drywall, seus principais componentes e características do sistema construtivo. Apresenta detalhes sobre instalação elétrica, hidráulica e de gás utilizando drywall, além de abordar aspectos como redução de custos, desempenho acústico, cargas suportadas, durabilidade e preconceitos relacionados ao material.
Este documento apresenta um estudo sobre o uso de drywall em edificações residenciais. Discute os processos de fabricação do drywall, seus principais componentes e características do sistema construtivo. Apresenta detalhes sobre instalação elétrica, hidráulica e de gás utilizando drywall, além de abordar aspectos como redução de custos, desempenho acústico, cargas suportadas, durabilidade e preconceitos relacionados ao material.
Este documento apresenta um estudo sobre o uso de drywall em edificações residenciais. Discute os processos de fabricação do drywall, seus principais componentes e características do sistema construtivo. Apresenta detalhes sobre instalação elétrica, hidráulica e de gás utilizando drywall, além de abordar aspectos como redução de custos, desempenho acústico, cargas suportadas, durabilidade e preconceitos relacionados ao material.
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GUSTAVO ARAUJO DIAS THEMUDO LESSA
DRYWALL EM EDIFICAES RESIDENCIAIS
Trabalho de Concluso de Curso apresentado Universidade Anhembi Morumbi no mbito do Curso de Engenharia Civil com nfase Ambiental. SO PAULO 2005
GUSTAVO ARAUJO DIAS THEMUDO LESSA DRYWALL EM EDIFICAES RESIDENCIAIS
Trabalho de Concluso de Curso apresentado Universidade Anhembi Morumbi no mbito do Curso de Engenharia Civil com nfase Ambiental.
Orientador: Prof. Dr. Sidney Lazaro Martins SO PAULO 2005
i
ii AGRADECIMENTOS
Agradeo pela execuo deste trabalho aos meus pais que me deram incentivo aos meus estudos, ao professor e orientador Dr. Sidney Lazaro Martins, a professora Jane Luchtenberg Vieira e a professora Gisleine Coelho de Campos.
iii RESUMO
O desenvolvimento deste trabalho visa obter os conhecimentos do uso das divisrias de Drywall no processo de construo a seco, o qual leva uma grande vantagem em relao s paredes de alvenaria, pois apresenta caractersticas prprias, que as diferem muito das vedaes de alvenaria, gerando uma alta produtividade com ganho de eficincia e um melhor padro de qualidade nas construes.
O Drywall um sistema construtivo industrializado o que faz reduzir bastante o tempo de execuo da obra e o desperdcio, fazendo com que as construes sejam mais limpas e com um timo acabamento final.
As caractersticas do Drywall foram abordadas de uma maneira tcnica e usual, fazendo com que o usurio saiba exatamente o potencial deste produto e principalmente as possibilidades de utilizao que iro gerar um custo menor na edificao e uma produtividade maior, que foi analisado, para que o usurio consiga unir e dirigir a sua necessidade ao produto.
Palavras-Chave: drywall; sistema construtivo; construo a seco; paredes internas.
iv ABSTRACT
This paper intends to discuss the tecnique of use of Drywall in the process of dry construction. This process has a great advantage over brick contraction, since it has its own characteristics, which differ considerably from the sealment of brick construction. This process generates high productivity with efficiency gain and a better quality standard for constructions.
Drywall is an industrialized construction system which reduces considerably the time for execution of the civil work and the loss, making civil work cleaner and with great end result.
Drywall characteristics shall be discussed in technical and in usual manners, allowing the reader to understand the potential of this product and, mainly, the situations which such material may be used that will produce civil work with less cost and better productivity. These aspects will be discussed to allow the reader to unify and drive the product to its need.
Keywords: drywall; construction system; dry construction; internal walls.
v LISTA DE ILUSTRAES
Figura 5.1: Matria Prima .9 Figura 5.2: Fbrica .10 Figura 5.3: Tubulao eltrica na estrutura de Drywall .15 Figura 5.4: Painis de manuteno .18 Figura 5.5: Shaft .18 Figura 5.6: Retirada da placa do caminho .24 Figura 5.7: Subida vertical do material .25 Figura 5.8: Carrinho paleteiro descarregando as placas no pavimento .25 Figura 5.9: Armazenamento no pavimento .26 Figura 5.10: Marcao da parede com trena de p xadrez .28 Figura 5.11: Conferncia da marcao .28 Figura 5.12: Estrutura .31 Figura 5.13: Colocao de reforos de madeira .31 Figura 5.14: Chapeamento .33 Figura 5.15: Placa colocada .34 Figura 5.16: L mineral .35 Figura 5.17: Aplicao do rejunte .37 Figura 5.18: Parede acabada .38 Figura 5.19: Forro de Drywall .39 Figura 6.2: Tabela de Custos .43
vi LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1: Produo de chapas de gesso .9 Tabela 5.2: Tabela dos elementos estruturais .12 Tabela 5.3: Tabela de fitas, massas e parafusos .13 Tabela 5.4: Tabela de ferramentas .14
vii GLOSSRIO
Mani-fold: um quadro com distribuidores, onde a gua distribuda diretamente aos pontos de consumo sem conexes intermedirias.
Tubos Pex: tubos de polietileno reticulado
Polietileno: uma resina plstica composta de macromolculas lineares constitudas de Hidrognio e Carbono em ligaes alternadas.
Reticulao: nada mais que expulsar o Hidrognio do sistema fazendo com que as novas ligaes espaciais formadas de Carbono mais Carbono, gerem ao novo produto suas principais qualidades.
Shaft: duto, espcie de quadros embutidos na parede que percorrem verticalmente todo o edifcio.
viii
SUMRIO
1 INTRODUO.....................................................................................................1 2 OBJETIVOS.........................................................................................................4 2.1 Objetivo Geral............................................................................................................. 4 2.2 Objetivo Especfico................................................................................................... 4 3 METODOLOGIA DO TRABALHO.......................................................................5 4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................6 5 O DRYWALL .......................................................................................................7 5.1 Processo de Fabricao do Drywall..................................................................... 7 5.2 Componentes ........................................................................................................... 10 5.2.1 Placas..................................................................................................................... 10 5.2.2 Elementos estruturais .......................................................................................... 11 5.2.3 Acessrios ............................................................................................................. 12 5.3 Caractersticas do Sistema................................................................................... 15 5.3.1 Instalao Eltrica................................................................................................ 15 5.3.2 Instalao de Gs................................................................................................. 16 5.3.3 Instalao Hidrulica............................................................................................ 17 5.3.4 Reduo de Custos.............................................................................................. 18 5.3.5 Recomendaes................................................................................................... 19 5.3.6 Desempenho Acstico......................................................................................... 20 5.3.7 Cargas.................................................................................................................... 21 5.3.8 Durabilidade .......................................................................................................... 22
ix 5.3.9 Preconceitos.......................................................................................................... 22 5.4 Manual de montagem............................................................................................. 23 5.4.1 Armazenamento e logstica ................................................................................ 23 5.4.2 Marcao e fixao das guias............................................................................ 27 5.4.3 Montagem da Estrutura....................................................................................... 29 5.4.4 Chapeamento........................................................................................................ 32 5.4.5 Tratamento em Juntas......................................................................................... 35 5.4.6 Forros ..................................................................................................................... 38 6 ESTUDO DE CASO...........................................................................................41 6.1 Drywall x Alvenaria Convencional ...................................................................... 41 7 COMPARAO DO DRYWALL EM RELAO A ALVENARIA CONVENIONAL........................................................................................................44 7.1 Vantagens.................................................................................................................. 44 7.2 Desvantagens........................................................................................................... 46 8 CONCLUSES..................................................................................................49 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.........................................................................50
1 1 INTRODUO
Construes rpidas, econmicas e eficientes so alguns desafios da construo civil para o novo milnio. Como uma soluo alternativa para o novo quadro de necessidades da construo, a chamada obra seca apresenta vantagens quanto rapidez, manuteno e desperdcio durante a execuo da obra. Comparando aos mtodos construtivos tradicionais, quase sempre leva vantagem em relao rapidez da instalao. Um dos sistemas de melhor custo x produtividade para as paredes internas o Drywall palavra composta de origem do velho alemo, utilizado na composio da lngua inglesa. Dry = seco Wall = parede
Composto de duas placas de gesso acartonado acopladas em estrutura metlicas (resistentes corroso), que dispensam as argamassas do sistema tradicional. Entre as placas, a utilizao de l de vidro proporciona o conforto trmico e acstico de cada ambiente. Hoje se faz necessrio um desenvolvimento maior, pois, a carncia de estudos sobre este servio no Brasil bastante grande. Este estudo alm de mostrar o potencial deste servio, ainda serve de ferramenta para construtoras, para que as mesmas possam balizar o planejamento das equipes e previso de gastos de materiais;
Um pedreiro para executar 40m 2 de uma parede, leva em mdia, quatro dias para deixar pronta para receber massa corrida, enquanto que com as placas de gesso acartonado, o servio estaria concludo em apenas oito horas. Outra importante inovao para uso em instalaes hidrulicas, o uso de tubos flexveis de
2 polietileno reticulado. Semelhantes a mangueiras, elas correm dentro de condutes que fazem curvas sem dobrar nem estrangular a passagem de gua. Havendo a necessidade de manuteno, basta retir-los e reinstal-los sem "quebra-quebra".
Trata-se, na verdade, de um sistema que substitui o tradicional e que permite tambm encaixes externos sem qualquer conexo dentro da parede.
Entretanto todas as fases do processo devem ser antes previstas e planejadas, como uma linha de montagem. A manuteno fcil e limpa outra vantagem, basta apenas cortar um pedao da placa do gesso para ter acesso as instalaes e realizar o conserto, depois s emendar o gesso.
Na dcada de 40, nos Estados Unidos, foram inventadas as chapas de gesso acartonado - Drywall por Augustine Sackett. No Brasil a produo destas chapas iniciou-se em Petrolina, no Nordeste pela empresa Gypsum na dcada de 70, mais especificamente em 1972.
Existem registros de inmeras utilizaes de chapas de gesso acartonado anteriores a Gypsum, somente quando se iniciou a produo, pela mesma, que passou a haver disponibilizao no mercado de mtodos construtivos que as empregassem.
Um marco representativo foi construo do conjunto habitacional Zezinho Magalhes, na cidade de Guarulhos com apartamentos e 950 casas. Por diversas razes as divisrias de Drywall no obtiveram o sucesso esperado a exemplo do que ocorreu na Europa.
3
Este fato despertou o interesse de diversos grupos estrangeiros, que passaram a analisar o mercado brasileiro e em 1995 o grupo francs Lafarge comprou a Gypsum do Nordeste e constituiu a Lafarge Gypsum, objetivando ofertar sistemas de construo a seco. Neste mesmo ano um grupo francs BPB constituiu a Placo do Brasil e em 1997 o grupo alemo Knauf instalou-se no Brasil.
4 2 OBJETIVOS
O presente trabalho tem os seguintes objetivos
2.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem por objetivo mostrar o que vem a ser o Drywall - gesso acartonado e sua aplicao na construo civil.
2.2 Objetivo Especfico
Este trabalho tem por objetivo especfico estudar quais so as vantagens e as desvantagens do uso do Drywall em empreendimentos residenciais, em especial na obra Maison Lalique da Construtora INPAR.
5 3 METODOLOGIA DO TRABALHO
Para realizar este trabalho, foram feitas visitas a obras que utilizam o mtodo construtivo, pesquisas com consultores e engenheiros, e anlise de bibliografias disponveis.
O estudo de caso mostra um comparativo entre uma obra em alvenaria convencional em relao a uma obra em Drywall.
Tambm so mostradas quais so as vantagens e desvantagens dos Drywall em relao alvenaria convencional.
6 4 JUSTIFICATIVA
Construes rpidas, econmicas, eficientes e mais limpas so alguns dos desafios da construo civil e uma soluo para essa alternativa o uso do Drywall - gesso acartonado, o qual apresenta vantagens quanto rapidez, manuteno e desperdcio durante a execuo de uma obra.
O presente estudo analisa as caractersticas tcnicas da produo e sua execuo do Drywall em uma obra residencial.
O estudo de caso apresenta um comparativo entre um apartamento realizado em alvenaria convencional e um realizado em Drywall, destacando as caractersticas tcnicas e oramento.
7 5 O DRYWALL
Este capitulo detalha todo o processo de fabricao das placas de gesso acartonado.
5.1 Processo de Fabricao do Drywall
O gesso misturado com gua e aditivos para a moldagem. Posteriormente, as chapas recebem uma camada de carto de cada lado e depois passam por uma guilhotina que as corta nas dimenses necessrias. Essas chapas so ento encaminhadas secagem. As chapas de gesso devem ser produzidas de acordo com as seguintes Normas ABNT: NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:20. No processo de fabricao existem 2 etapas, figuras 5.1 e 5.2. Placo do Brasil (2003).
A primeira fase a gessaria que constitui na extrao da gipsita, moagem e calcinao.
A segunda fase, conforme figura 5.3, o processo de fabricao que constitui em:
Matria Prima - O minrio gipsita extrado de jazidas selecionadas que garantem alto grau de pureza mnima, conforme figura 5.1.
Tremonha - Equipamento atravs do qual o minrio introduzido no processo produtivo.
Gessaria - O minrio transformado em semi-hidrato, tambm conhecido como stucco. O processo de beneficiamento inclui moagem, calcinao remoo das molculas de gua atravs de calor e resfriamento controlado.
8 Papel - O papel especial de fibras longas, obtido atravs de matria prima reciclada. Introduzidos continuamente na linha de produo, os papis superior e inferior so devidamente tencionados e alinhados.
Misturador - O misturador especialmente desenvolvido recebe o gesso calcinado (stucco), os aditivos e a gua convertendo-os numa massa homognea, que continuamente depositada sobre o papel inferior.
Sala de Controle - o crebro da fbrica, onde todo processo fabril, da alimentao das matrias primas a paletizao das placas, integrado, monitorado e continuamente ajustado. A tecnologia de ponte aqui instalada no s otimiza o fluxo produtivo, mas principalmente assegura a qualidade.
Guilhotina - Uma vez formado e endurecido o tapete de gesso acartonado, cortado em placas nos comprimentos programados.
Transferncia mida - Depois de cortadas, as placas so transferidas para uma mesa elevatria que alimenta os nveis do secador.
Secador - O secador de doze estgios responsvel pela eliminao da gua excedente existente nas placas. Nele tambm se conclui o processo de aderncia papel/miolo de gesso.
Acabamento e paletizao - Ao deixar o secador, as placas so transferidas para o acabamento, onde so esquadrejadas, identificadas e paletizadas.
Armazenagem - Os paletes so transferidos para o setor de armazenagem, em reas pr definidas e identificadas, para despacho.
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Tabela 5.1: Produo de chapas de gesso EMPRESA SISTEMA PRODUO DE CHAPAS DE GESSO
FABRICA
m chapa / ano Incio
Lafarge Gypsum Pregymetal
Petrolina-PE
3.500.000 1995 Placo Placostil Mogi das Cruzes 11.000.000 1998 Knauf
seco-Knauf
Queimados-RJ
12.000.000
1999
Fonte: Yazigi, 1997.
Figura 5.1: Matria Prima do Drywall
10
Figura 5.2: Fbrica Knauf (2003).
5.2 Componentes
Este capitulo aborda quais tipos de placas existem, como so os elementos estruturais e os tipos de ferramentas utilizados.
5.2.1 Placas
Existem 3 tipos de placas de Drywall:
A Standard uma chapa de uso geral, destinada a paredes de reas secas.
A chapa tipo RU (resistente umidade, popular chapa verde) empregada em reas de servio, cozinhas e banheiros, por sua composio especial prpria a ambientes molhveis ou expostos umidade momentnea. A absoro mxima de gua desse tipo de placa no deve ultrapassar 5%, e devem ser previstos detalhes
11 especiais de impermeabilizao flexvel na base da parede e no encontro com o piso.
A chapa RF (resistente ao fogo) apresenta caractersticas que conferem parede resistncia ao fogo. Vale lembrar que, seja qual for a placa, o gesso acartonado deve ser empregado apenas em ambientes internos e nunca em locais sujeitos a intempries ou umidade permanente, como sauna ou piscina.
As dimenses tpicas das chapas de gesso acartonado so de 1,20m de largura por comprimentos de 2,60 a 3,0 m e espessura de 12,5 mm, 15 mm e 18 mm. No Brasil, a chapa mais utilizada a de 12,5 mm de espessura.
A borda das chapas rebaixada deve estar situada na face da frente da chapa e sua largura e profundidade devem ser medidas de acordo com a NBR 14716 (2001).
5.2.2 Elementos estruturais
Os elementos estruturais so constitudos de perfis de ao galvanizado, protegidos com tratamento de zincagem tipo B (260g/m), em chapas de 0,5mm de espessura, conformados a frio em perfiladeiras de rolete, garantindo a preciso dimensional. A tabela 5.2 mostra os tipos de guias, montantes, perfis, cantoneiras, tabicas e rodaps utilizados na montagem.
12
Tabela 5.2: Tabela dos elementos estruturais
Fonte: Placo do Brasil (2003).
5.2.3 Acessrios Cada fabricante possui conjunto de acessrios especfico do seu sistema. Dentre eles, so bsicos os seguintes: Parafuso para fixao das chapas de gesso acartonado a estrutura; Fita de papel reforado, empregada na junta entre chapas ou em reforos ou acabamento de cantos;
13 Cantoneiras metlicas para acabamento e proteo das chapas nos cantos de paredes ou em reforos ou acabamentos de cantos; L de vidro ou rocha para enchimento do miolo`` das paredes, visando melhor desempenho acstico; Massa especial para rejuntamento, a base de gesso e aditivos, inclusive resinas, que conferem maior trabalhabilidade e plasticidade;
As massas para rejuntamento so geralmente preparadas no local da obra, por meio da mistura de material em p com gua. Podem ser encontradas massas prontas para uso. No deve ser empregada de para gesso e gua, preparada em obra com gesso em p comum Placo do Brasil (2003). Os acessrios e as ferramentas esto nas tabelas 5.3 e 5.4.
Tabela 5.3: Tabela de fitas, massas e parafusos
Fonte: Placo do Brasil (2003).
14 Tabela 5.4: Tabela de ferramentas
Fonte: Placo do Brasil (2003).
15 5.3 Caractersticas do Sistema
Este capitulo mostra as caractersticas que existem como as instalaes eltricas e hidrulicas e algumas recomendaes.
5.3.1 Instalao Eltrica
Os condutores eltricos so instalados diretamente nos espaos ocos das paredes, facilitando muito a sua colocao, j que no h necessidade de cortar as paredes.
Os condutores eltricos devero ser instalados de tal maneira que no sejam danificados por cantos vivos ou pelos parafusos de fixao das chapas. Isto significa que os condutores eltricos jamais podero ser instalados nos perfis de ao sem o devido isolamento, conforme figura 5.3.
Figura 5.3: Tubulao eltrica na estrutura de Drywall INPAR (2004).
16 Os montantes so perfurados de 50 em 50 cm facilitando assim a passagem de condutores e condutes.
As caixas de passagem para tomadas/interruptores utilizadas em paredes montadas devero ser do tipo adequado para paredes ocas. Os furos para estas caixas devero ser feitos com serra-copo ou tico-tico, no tamanho exato das caixas. As caixas sero fixadas nas chapas ou em travessas. Havendo necessidade, devero ser utilizados os gabaritos do fabricante das caixas. Este pode ser o caso quando vrias caixas forem instaladas lado a lado.
Aberturas para caixas especiais, retangulares ou quadradas, sero feitas com serras tico-tico ou serrote de ponta.
Em recintos midos, recomenda-se a distncia mnima de 60 mm entre os condutores e as paredes sujeitas ao direta da gua. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR.
5.3.2 Instalao de Gs
Em paredes de Drywall o projeto de instalaes de gs deve atender algumas exigncias.
As prumadas devem preferencialmente localizar-se externamente ao edifcio, sendo totalmente proibido a passagem pelo shaft que tenham continuidade com o ambiente interno ou pelas paredes de Drywall. Essas tubulaes de gs devem ser de cobre ou ao galvanizado
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5.3.3 Instalao Hidrulica
A parede hidrulica feita com uma placa cimentcia resistente a ao direta da gua.
Nesta parede esto integradas o shaft do empreendimento, onde se encontram as tubulaes de gua pluvial, esgoto, ventilao, gua quente. A espessura da parede determinada pelo dimetro das instalaes e pelo seu percurso. Para a fixao das tubulaes utilizam-se suportes especficos, ou quando possvel, fixa-se a tubulao com respectivas braadeiras aos perfis montantes ou guias. Peas e elementos em cobre devem necessariamente ser isoladas dos perfis zincados.
Os condutores de encanamento devero recomendavelmente ser revestidos com uma fita para isolamento a fim de reduzir a transmisso de rudos e vibraes.
Deve-se colocar um reforo para que seja fixado o mani-fold. As tubulaes que ligam o mani-fold at as respectivas louas e metais feita atravs de tubos pex.
Normalmente so colocados alguns painis para futuras manutenes das tubulaes dos shafts. Alguns podem ter uma tampa visitavel, onde se encontrar os registros, figuras 5.4 e 5.5. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
18
Figura 5.4: Painis de manuteno Pex do Brasil (2003).
Figura 5.5: Shaft INPAR (2004).
5.3.4 Reduo de Custos
Devido ao seu baixo peso cerca de 23 N por m contra 165 N por m da alvenaria convencional, em um edifcio a economia nas fundaes cerca de 10%,
19 consequentemente proporcionado uma reduo no custo da obra entre 20 30%,quando comparado com a alvenaria convencional.
5.3.5 Recomendaes
Antes da aplicao de cermica, a superfcie deve estar completamente limpa, livre de poeira. Neste caso no necessrio o lixamento das juntas nem das cabeas dos parafusos.
Na aplicao da pintura, a regio das juntas e dos parafusos deve ser lixada adequadamente com o taco de madeira ou suporte plano para a lixa, evitando criar ondulaes e eliminando rebarbas ou salincias.
Nos forros somente permitida a fixao de spots de iluminao ou outras cargas diretamente na chapa de gesso desde que no excedam 3 N por pea. O espaamento entre os eixos dos spots deve ser de no mnimo 60 cm.
Nas paredes, antes de executar a fixao de peas suspensas, deve-se observar o peso da carga a ser fixada e o tipo da carga.
As peas devem ser fixadas com o auxlio de buchas de expanso, prprias para materiais vazados. O espaamento mnimo entre pontos de fixao deve ser de 40 cm.
20 5.3.6 Desempenho Acstico
O conforto acstico merece maior ateno em construes com gesso acartonado. Um tratamento fundamental. Uma parede constituda por uma placa simples de cada lado tem 36 dB (decibis), sem l de vidro, chegando a 43 dB com o material, diz Mitidieri (2000). O mais indicado trabalhar com uma parede dupla, com montantes de 48 ou 70 mm e materiais acsticos absorventes no miolo. Dessa forma possvel alcanar 50 dB, ndice bastante significativo, j que a norma de desempenho acstico estabelece um mnimo de 45 dB para as divisrias internas de apartamentos e de 50 dB para paredes entre habitaes. A l de vidro no miolo da parede pode ter espessura entre 45 e 50 mm, com uma massa especfica de 16 kg/m. Eventualmente pode ocorrer uma perda do desempenho acstico quando existem muitos pontos de instalao eltrica e caixas dos dois lados de uma parede. Nesses casos recomendvel mudar a disposio das instalaes ou adotar um material absorvente entre as caixas. Um nmero exagerado de juntas o fator que mais pode prejudicar o desempenho acstico das paredes. Portanto, no recomendvel que se use pequenos pedaos de chapas (retalhos) para compor a parede. Alm disso, para evitar a passagem de som, recomenda-se tambm que as juntas sejam desencontradas. No caso de paredes com duas chapas, preciso defas-las duplamente. Na montagem as guias devem ser fixadas no piso e no teto a cada 60 cm no mximo, com parafuso, bucha ou pino de ao, e os montantes devem possuir aproximadamente a altura do p direito, com 5 a 10 mm, menor. As chapas de gesso tambm devem possuir 10 mm a menos que o p direito. As chapas so parafusadas nos montantes, com espaamento entre parafusos de 25 cm, no mnimo 1 cm da borda da chapa. No caso de duas chapas pode-se aumentar a
21 distncia entre os parafusos da primeira camada de chapa para 75 cm, pois, os parafusos empregados para a segunda camada tambm atravessam a primeira, fixando a chapa. A cabea do parafuso no deve perfurar totalmente o carto nem ficar saliente em relao ao carto da chapa, aconselha Mitidieri (2000). As aberturas para caixas eltricas e outras instalaes podem ser feitas antes ou aps a montagem, dependendo da seqncia executiva, e os fios e cabos eltricos devem ser colocados em eletrodutos, principalmente quando passarem nos furos dos montantes. Um outro cuidado para que as tubulaes de cobre ou bronze sejam isoladas dos perfis de ao galvanizado, para evitar corroso.
5.3.7 Cargas
Para fixao de peas suspensas na parede, o fornecedor deve deixar claro ao usurio a carga de uso recomendada, que no pode chegar no limite da ruptura. No caso de mo francesa (prateleira) com brao vertical de 15 cm, a carga total deve ser aplicada dois braos distantes 50 cm entre si. Cantoneiras com pequenas dimenses como 75 x 75 mm, so indicadas para objetos menores. Buchas aplicadas diretamente na chapa proporcionam menor resistncia, enquanto fixaes que ancoram por trs da chapa so melhores. Os limites de carga de uso deve ter um coeficiente de carga trs. Se feito um ensaio e a carga de ruptura de 30 N, o recomendado que a carga de servio seja 10 N, explica Mitidieri (2000).
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5.3.8 Durabilidade
O usurio de gesso acartonado deve mudar alguns hbitos para conviver bem com o sistema. Mesmo que a parede suporte impactos normais, no se deve bater com objetos pontiagudos, como o martelo, por exemplo.
Caso ocorra alguma avaria, no entanto, as paredes podem ser reparadas com fitas microperfuradas, trechos de chapa de gesso e massa para rejuntamento. Os vazamentos devem ser consertados imediatamente. O gesso, diferente da alvenaria, no suporta exposio umidade por muito tempo.
5.3.9 Preconceitos
Apesar do crescimento pela procura do gesso acartonado, algumas construtoras no utilizam o sistema, por constatarem que os usurios no estariam satisfeitos, principalmente com o desempenho acstico, no caso quando realizado com chapas simples e sem l mineral.
Outro dado importante est na colocao de quadros e prateleiras que exigem que sejam colocados com buchas especiais que tem ancoragem.
Tambm vale ressaltar que como um sistema de placas de gesso acartonado no se pode lavar o local onde foi utilizada chapas tipo RU, pois as mesmas no resistem a gua e sim umidade, portanto chamamos isso de lavagem a seco.
23
5.4 Manual de montagem
Ver-se- todo o processo de montagem do Drywall, desde a logstica, passando pela marcao, estrutura, plaqueamento e acabamento das paredes e forros, num sistema de uso de paredes acartonadas.
5.4.1 Armazenamento e logstica
As chapas de Drywall chegam na obra em pallets vindo em de caminhes,conforme figura 5.6.
O descarregamento dessas placas feito atravs de uma empilhadeira, normalmente locado pela construtora, e levada ao local de armazenagem, conforme figura 5.6.
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Figura 5.6: Retirada da placa do caminho INPAR (2004).
As chapas devem ser empilhadas sobre apoios de no mnimo 5 cm de largura, espaados de aproximadamente 40 cm. Para no sofrerem abalos o comprimento dos apoios deve ser igual largura das chapas. O alinhamento dos apoios deve ser mantido ao empilhar vrios pallets. No deve-se empilhar chapas curtas em conjunto com chapas longas ou fora de alinhamento.
O transporte manual do local de armazenamento para o local de execuo feito com um carrinho paleteiro movido por duas pessoas. O transporte vertical deste carrinho paleteiro feito com um elevador cremalheira, conforme figura 5.7.
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Figura 5.7: Subida vertical do material INPAR (2004).
As placas so distribudas pelo carrinho paleteiro nos andares, de forma que fiquem bem espaadas e perto de pilares. colocada uma lona plstica branca (de preferncia), ou preta para que as mesmas fiquem protegidas de eventuais chuvas, conforme figuras 5.8 e 5.9.
Figura 5.8: Carrinho paleteiro descarregando as placas no pavimento INPAR (2004).
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Figura 5.9: Armazenamento no pavimento INPAR (2004).
Os perfis metlicos devem ser mantidos preferencialmente amarrados e alinhados.
Deve-se evitar balanos ou distores que possam causar amassamento ou tores nos perfis. Perfis menores sempre devem estar apoiados sobre perfis maiores. As massas, no caso de serem em p, devem ser estocadas em local seco, afastados do piso, preferencialmente sobre estrados e em pilha de no mximo 20 sacos intercalados para assegurar a estabilidade da pilha.
Se for massa pronta deve estocar em local seco e em pilhas de no mximo 3 baldes. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
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5.4.2 Marcao e fixao das guias
Antes de comear a marcao precisa ter condies para o incio do servio. Essas condies so: Revestimentos internos e externos concludos; Shafts vedados; Furaes executadas; Chapas estocadas no andar.
Depois do andar liberado demarcam-se, onde ser colocada a guia, a partir dos eixos, com uma linha vermelha conforme o projeto e uma trena calibrada.
Concluda a marcao coloca-se uma banda acstica auto adesiva nas guias e as posiciona-se conforme a marcao fixando-as no cho com uma pistola, utilizando carga e ferramenta de tiro adequada para cada tipo de superfcie ser afixada, sendo que a distncia de fixao entre tiros dever ser de 60 cm e o tiro deve ser realizado de 5 a 10 cm das extremidades. Em todas as reas de portas deixa-se 20 cm para cima da superfcie do montante do batente, evitando sobrepor as abas, cortando-as com ngulo igual ou superior a 45(corte em v).
28 Para executar a guia superior deve-se utilizar um nvel a laser. O servio deve ser feito com muita ateno para que as guias fiquem no esquadro, conforme figuras 5.10 e 5.11. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
Figura 5.10: Marcao da parede com trena de p xadrez INPAR (2004).
Figura 5.11: Conferncia da marcao INPAR (2004).
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5.4.3 Montagem da Estrutura
O montante deve ser apoiado totalmente na guia inferior, e deve-se deixar um espaamento de 1 cm em relao a guia superior.
A instalao dos montantes deve ser feita respeitando o espaamento e a quantidade descrita no projeto.
O travamento dos montantes na guia superior deve ser feito com um alicate de puno, nos dois lados, e na guia inferior o travamento deve ser feito com aparafusamento nos dois lados do montante.
No caso das bandeiras das portas, realizar o travamento da guia superior, aparafusando a aba da guia de virada da bandeira com 20 cm. O nvel das bandeiras deve sempre ser checado.
Na superfcie lisa interna do montante de vo de porta deve ser feito a fixao com 4 parafusos na diagonal, tanto na guia inferior como na guia superior.
No permitido aparafusar nas abas externas e viradas de bandeiras, reforos, para que se evite salincia na chapa. Antes de passar para a fase de chapeamento os prumos internos dos montantes devem ser checados.
30 Havendo a necessidade da passagem de instalaes eltricas, hidrulicas e outras, ou da colocao de reforos para a fixao de peas suspensas pesadas, estes elementos devem ser aplicados preferencialmente antes da colocao das chapas, facilitando a sua execuo. Certificar-se do seu correto posicionamento conforme o projeto e testar a estanqueidade das instalaes hidrulicas antes do fechamento das paredes.
As aberturas para as caixas eltricas e outras instalaes podem ser feitas antes ou aps a colocao das chapas, dependendo da seqncia executiva e do tipo de instalao utilizada.
No caso de uma abertura de vo de janela interna, devem-se utilizar preferencialmente montantes duplos nas laterais da janela. Encaixa-los e fix-los nas guias superior e inferior, conforme figuras 5.12 e 5.13. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
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Figura 5.12: Estrutura INPAR (2004).
Figura 5.13: Colocao de reforos de madeira INPAR (2004).
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5.4.4 Chapeamento
Antes de iniciar este servio recomendvel que os caixilhos e vidros dos andares estejam colocados com a finalidade de proteger as chapas numa eventual chuva forte.
As placas precisam ser cortadas nas medidas necessrias, com a utilizao de rgua t, serra copo e raspador para acabamento, antes de serem instaladas.
Na instalao das chapas, necessrio verificar no projeto qual placa est sendo pedida e a sua paginao adequada evitando possveis transtornos.
O aparafusamento sempre deve ser perpendicular chapa no deixando frestas entre as mesmas.
Precisam ser efetuadas folgas na parte inferior e superior da laje com 1 cm.
Os parafusos precisam ter uma distncia entre a borda (com ou sem rebaixo), de 1 cm e a ltima linha deve estar a 5 cm do teto. A profundidade de penetrao do parafuso deve ser de 1 mm, para que se evite estourar o carto e permitir o cobrimento da camada de massa, conforme figuras 5.14 e 5.15.
33 No caso de haver paredes duplas, deve-se instalar a primeira chapa de forma que a mesma esteja utilizada na posio que se contenha um melhor aproveitamento, evitando o desperdcio de material. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
Figura 5.14: Chapeamento INPAR (2004).
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Figura 5.15: Placa colocada INPAR (2004).
Executar a segunda chapa de acordo com a seqncia para paredes simples, obervando-se que o aparafusamento deve estar a cada 50 cm na vertical e as juntas entre as chapas devem ser desencontradas.
Caso previsto em projeto, a instalao de l mineral no interior das paredes, revestimentos ou forros, a mesma dever ser posicionada antes do fechamento. prefervel a instalao da l mineral no interior das paredes aps a fixao das chapas sobre uma das faces da mesma.
A l mineral dever ser colocada entre os montantes, de acordo com o espaamento dos mesmos. Zelar para que as ls minerais estejam uniformemente distribudas no interior das paredes, evitando espaos vazios, conforme figura 5.16.
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Figura 5.16: L mineral INPAR (2004).
Os feltros de l devem ser desenrolados e em seguida cortados no sentido transversal, em funo do p direito a ser aplicado, e no sentido transversal, em funo do espaamento dos montantes. O corte pode ser feito com faca, estilete ou serra. No caso da colocao de ls juntamente com tubulaes internas das paredes, executar se necessrio, um corte em cada uma das faces da l, facilitando o envolvimento da tubulao. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
5.4.5 Tratamento em Juntas
O tratamento das juntas inicia-se com a preparao da massa com um batedor eltrico at atingir o ponto de enfitamento. Logo aps deve-se embeber o lado correto da fita com o auxlio de ferramenta apropriada na massa pr misturada.
36 A fita deve ser aplicada no centro das juntas com o lado correto, comprimindo-a com os dedos, para que se obtenha a aderncia inicial, alisando gradativamente com uma esptula de 4(polegadas) de largura at a retirada parcial da massa e possveis bolhas.
Em cantos internos com ngulos maiores que 90 e menores que 180, utiliza-se uma fita com alma de ao.
Aps a secagem da fita, deve-se lixar levemente as superfcies enfitadas com o uso de um lixador com cabo. A massa tem que ser aplicada com consistncia maior que a do enfitamento, com uma esptula de 8 de largura, no centro da fita, para poder preencher o rebaixo entre as chapas.
Depois que a 1 demo de massa estiver seca, lixa-se levemente as juntas suavizando e limpando a superfcie por completo, para que se possa obter a planicidade da junta.
A massa da 2 demo deve ser aplicada com uma esptula de 10 de largura no centro da fita, reforando o preenchimento do rebaixo da junta e as suavizaes laterais.
Aps seca, lixa-se levemente as juntas, para que se obtenha uma planicidade entre as chapas.
37 Depois aplica-se uma 3 demo de massa com uma esptula de 12 de largura no centro da fita, garantindo o aumento gradativo de cobrimento na largura e espessura da junta, assegurando a planicidade entre as chapas. Nos cantos internos, o processo o mesmo com a diferena que s precisa ser feita uma demo de massa com a consistncia da 2 demo utilizando uma esptula de 5 de largura.
O acabamento dos parafusos e alguma eventual irregularidade na superfcie da chapa, deve ser feita com uma massa de consistncia mais dura que a da 1 demo para juntas, utilizando uma esptula de 3 de largura. Deve-se alizar a rea em sentidos opostos, no caso dos parafusos, e suavizar a rea em casos de regularidades na superfcie das chapas. O mesmo processo deve ser feito na 2 demo, s que utiliza-se uma esptula de 4 de largura. A aplicao das massas em todos os casos em que tiver mais de uma demo necessrio respeitar o perodo mnimo de 24 horas, figuras 5.17 e 5.18. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
Figura 5.17: Aplicao do rejunte INPAR (2005).
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Figura 5.18: Parede acabada INPAR (2005).
5.4.6 Forros
O processo de construo do forro inicia-se primeiramente com a marcao do nvel do forro com o auxlio de uma mangueira ou laser em todo o permetro da rea.
Concluda a marcao deve-se fixar os perfis perimetrais utilizando bucha e parafuso.
Depois fixam-se os perfis principais. Se o perfil ficar curto possvel prolong-lo usando um conector de perfil. Sobrepor os montantes com o transpasse mnimo de 30 cm, com pelo menos dois parafusos de cada lado. Pode-se, tambm, emend-los com o auxlio de pedao de guia ou de montante. Em ambos os casos o transpasse deve ser de pelo menos 30 cm de cada lado da emenda e com, no mnimo, quatro parafusos de cada lado, conforme figura 5.19.
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Figura 5.19: Forro de Drywall INPAR (2005).
Os tirantes so fixados na laje com espaamentos definidos em projeto. O espaamento destes elementos depende do peso do forro. Os tirantes devem ser encaixados na estrutura do forro com o auxlio de regulador compatvel com o tipo de estrutura, e se deve nivelar estrutura.
Aps finalizada a estrutura vem a etapa da fixao das chapas, onde as chapas devem estar com o seu comprimento perpendicular estrutura do forro.
Utilizar chapas de gesso com o comprimento mltiplo do espaamento da estrutura. Em casos especiais, como por exemplo, circulaes, podem-se aplicar as chapas de gesso com o seu comprimento paralelo estrutura do forro.
As chapas so aparafusadas aos perfis, com o espaamento entre 25 e 30 cm entre os parafusos e no mnimo a 1 cm da borda. No caso de duas camadas de gesso, pode-se aparafusar a primeira camada de chapa nos perfis com o espaamento de
40 60 cm entre os parafusos, pois os parafusos de fixao da segunda camada, espaados entre 25 e 30 cm, transpassam e fixam tambm a primeira camada aos perfis. Deve-se tomar cuidado no aparafusamento para que a cabea do parafuso no perfure totalmente o carto e para que no fique saliente em relao face da chapa. Defasar as juntas das chapas nas duas camadas.
A execuo das juntas entre as chapas de gesso nos forros deve ser executada da mesma maneira que nas paredes. Manual do procedimento executivo - Construtora INPAR (1997).
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6 ESTUDO DE CASO O estudo de caso mostra um comparativo do drywall em relao alvenaria convencional.
6.1 Drywall x Alvenaria Convencional
Neste estudo de caso mostra diferenas em relao a um apartamento feito em Drywall em relao ao mesmo apartamento feito em alvenaria com o auxlio da figura 6.2.
Foram feitos levantamentos em cima de projetos de vedao e de arquitetura da obra Maison Lalique da Construtora INPAR e conversas realizadas junto ao engenheiro responsvel pela obra.
Os valores foram de contratos com o dissdio de maio de 2004 e no foram inclusas as alvenarias externas, j que no se usa o fechamento externo em Drywall.
O Empreendimento tem duas torres de 28 pavimentos, sendo 26 apartamentos tipos e uma cobertura duplex. O apartamento possui 2 opes de plantas onde opo tipo contm 4 dormitrios, a opo 1 contm 3 dormitrios com sala ampliada. A rea til do apartamento de 181m, e o empreendimento fica localizado na Alameda dos Arapans, 631 Moema, So Paulo, SP, Maison Lalique, INPAR (2005).
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Na figura 6.2, v se uma tabela que mostra o custo de mo-de-obra de uma obra em Drywall, conforme proposta da empreiteira que realizou o empreendimento, e os valores estimados de uma obra alvenaria convencional. Maison Lalique, INPAR (2005).
A reduo de custos de uma obra feita com Drywall considervel, pois o seu peso gira em torno de 23 N por m contra 165 N por m da alvenaria convencional, gerando uma economia considervel nas fundaes de cerca de 10%, porque a estrutura mais leve. Isso ocorre, pois as lajes de uma obra de Drywall so nervuradas e as dimenses das vigas e pilares so menores, com isso consegue-se reduzir o volume de ao e concreto.
Esse sistema construtivo alm de ser de fcil manuteno tambm mais rpido e mais limpo durante a sua execuo em relao alvenaria convencional, gerando muito menos volume de entulho, onde no Drywall temos este volume reduzido devido ao desperdcio minimizado, diferentemente da alvenaria convencional que gera um desperdcio muito alto de material.
Em razo destas economias proporcionada uma reduo considervel do custo final da obra, girando em torno de 20 a 30% comparado a obra feita com alvenaria convencional.
Valor de contratos com preos sem o dissdio de maio/04
No esto inclusos preos do forro no apto com alvenaria
Valores referentes a mo-de-obra
Figura 6.2: Tabela de custos, INPAR (2005).
44 7 COMPARAO DO DRYWALL EM RELAO A ALVENARIA CONVENIONAL
Este captulo mostra quais so as vantagens e desvantagens do Drywall em relao alvenaria convencional.
7.1 Vantagens
Versatilidade para diferentes formas geomtricas das paredes; Capacidade de atendimento de diferentes necessidades em termos de desempenho acstico, quando realizado com chapa dupla e l mineral; Perfeito acabamento de paredes e tetos, resultando em uma superfcie plana, sem trincas ou imperfeies, comuns na alvenaria convencional, e prontas para receber os mais variados acabamentos; Graas ao seu reduzido peso, as paredes de gesso acartonado permitem o alvio das fundaes, simplificao das estruturas, assim como maior espaamento entre pilares, a adoo de lajes planas de concreto armado ou protendido, a eliminao das vigas entre pilares assim como das vigas de borda. A reduo do volume e do peso dos elementos que compem as paredes de gesso acartonado resultam, tambm, em sensveis economias no transporte vertical e horizontal de material na obra, assim como a virtual eliminao do entulho decorrentes das quebras e do retrabalho; Capacidade de obteno de solues racionalizadas para os demais subsistemas instalaes (com acesso para manuteno); componentes internos tais como eletrodutos, canalizao de gua e de esgotos,
45 instalaes de sistemas centralizados de aspirao de p e dutos de ar condicionado, so facilmente incorporados s paredes de gesso acartonado nos espaos vazios existentes entre os painis de gesso acartonado; Elevao da produtividade: pela continuidade de trabalho proporcionada, pelas operaes de montagem, com elementos de grandes dimenses em relao aos blocos, pela repetio de operaes resultantes da modulao, pela eliminao de perda de materiais e de tempo no produtivo de mo-de-obra; Incremento da velocidade de execuo da obra, com a eliminao de etapas de trabalho e liberao para a fase de acabamento em curto espao de tempo; Possibilidade de obteno de ganhos diversos pela reduo dos prazos de obra custos globais da construo em at 15% em relao aos processos construtivos tradicionais j registrados por construtores brasileiros que adotaram o sistema; Velocidade de vendas; Executado com equipes especializadas e com etapas claramente definidas, o processo de montagem das paredes, assim como da incorporao de elementos internos, proporciona condies ideais de controle de qualidade, que reduz o retrabalho na obra.
46 7.2 Desvantagens
Vazamento acidental, este o maior problema que pode ocorrer com as divisrias de gesso acartonado. A parede sendo oca dissimula o local do vazamento, que tende a se difundir por uma grande extenso, at ser identificado. Isto pode provocar danos irreparveis em muitas paredes. Deve-se analisar durante a fase de projeto as opes de instalaes hidrulicas em tubos flexveis ou soluo que minimize os riscos como, por exemplo, as instalaes hidrulicas serem executadas sobre o forro, e no no interior das divisrias. Sistemas de drenagem e alarme tambm so opes a serem consideradas, obviamente elevando o custo; Umidade relativa do ar permanentemente elevada no ambiente. O carto submetido a uma atmosfera prxima a de saturao, tende a desenvolver fungos. Para evitar a formao de fungos deve-se proteger a superfcie com uma pintura de baixa permeabilidade ao vapor e/ou com fungicida; Divisrias em contato com boxe, banheira e bancada de pia no se recomenda o emprego de chapas de gesso acartonado, mesmo as resistentes gua, pelo alto risco quanto a durabilidade da divisria. Existem chapas especiais, cimentcias, adequadas para esta situao e devem ser previstas em projeto; A execuo da divisria deve ser totalmente protegida da chuva. Para evitar o comprometimento das divisrias pela ao da chuva, recomenda-se que o incio dos servios se d aps o fechamento dos vos de janelas e, impermeabilizao da cobertura (ou execuo dos
47 telhados). Isto impe que este incio se d aps o trmino do revestimento da fachada; Encontro divisria-parede externa. A parede externa pode eventualmente umedecer-se por ao de infiltrao de gua de chuva. Se o risco for significativo, deve-se prever um detalhe que garanta a separao da chapa (junta de trabalho) e do montante da parede externa; O maior aspecto negativo quando a divisria percutida o som oco, que quanto a isso, nada pode ser feito, pois uma caracterstica intrnseca da divisria. O usurio final pode e deve ser convencido de que isto no um defeito, uma questo de natureza cultural, e que pode ser equacionada com base em campanhas publicitrias de esclarecimento; Os vazios internos podem se transformar em ninho e esconderijo de insetos, como baratas, cupins e formigas. Os detalhes construtivos devem impedir totalmente esta possibilidade. Esses vazios internos tambm podem se transformar em caminho para difuso de vazamentos. A caracterstica de emprego de perfis em 'U' com montantes e guias podem trazer algumas dificuldades que devem ser equacionadas. Por exemplo, as guias no devem ser atravessadas por canalizaes e condutes, porque isso, alm de provocar interferncias na produo, que causa perda de produtividade, exigem uma maior preciso dimensional no posicionamento daquelas canalizaes. Os montantes, em estruturas muito deformveis, precisam ser telescpicos e pode-se utilizar chapas duplas ao invs da simples, e o que est sendo feito
48 devido a alguns casos, as chapas simples no possurem resistncia de compresso para suportar tais deformaes , se forem comprimidos pela deformao lenta das lajes podero flambar e provocar trincas no fechamento. Os montantes que se fixam s paredes de alvenaria precisam ser isolados com banda acstica para permitir um adequado isolamento acstico.
49 8 CONCLUSES O uso das divisrias de gesso acartonado possui caractersticas prprias que limitam a sua utilizao, e que devem ser respeitadas para que se obtenha o mximo das suas propriedades.
Quando for utilizada de maneira correta e racional, trazem benefcios significativos, que viabilizam a sua aplicao, pois um sistema construtivo rpido, econmico, eficiente e mais limpo, reduzindo indiretamente os custos e os prazos na obra.
Este sistema construtivo tem grandes indcios de sucesso no Brasil, porm ainda depende de alguns fatores para o seu emprego efetivo no Pas, principalmente o da informao das suas vantagens e limitaes, que atravs dos fabricantes das chapas de gesso e das empresas especializadas, devam fornecer corretamente tais informaes, como propagandas em revistas e em televises para que o possam mostrar quais so as qualidades e vantagens deste produto, que no acontece com todas estas empresas. Isso vale tambm para as construtoras que utilizam este sistema e tambm aos corretores que muitas das vezes no sabem o que esto vendendo e tambm no sabem as qualidades do Drywall, prejudicando o proprietrio que acaba achando que adquiriu um produto com uma qualidade inferior ao da alvenaria convencional.
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