Deontologia
Deontologia
Deontologia
Neste livro discorreu-se sobre os fundamentos e problemas específicos do Direito Sanitário Patrícia de Carvalho Mastroianni
e da Deontologia, com o propósito de relacioná-los com as atribuições do farmacêutico. As apro-
Acadêmica
ximações entre a Ética e o Direito são complexas. Os autores fazem uma análise dessa situação, Paulo Angelo Lorandi
mas principalmente descreve os quesitos éticos e jurídicos que requerem respostas urgentes. Tais Keila Daniela Monteiro Esteves (colaboradora)
Cultura
questões evidenciam a existência de uma realidade fatual (“aquilo que é“) e de uma realidade
normativa (“aquilo que deve ser”). Na tentativa de transformar “aquilo que é” em “aquilo que
deve ser” o farmacêutico se apresenta como um ser moral. Recomendamos esta obra como texto
imprescindível à formação dos futuros profissionais de saúde nas Instituições de Ensino Superior
e no labor daqueles que militam ativa e responsavelmente neste ramo de atividade sanitária.
Prof. Dr. Arnaldo Zubioli DIREITO SANITÁRIO E DEONTOLOGIA:
Professor Adjunto na Universidade Estadual de Maringá e
Presidente do Conselho Federal de Farmácia (1996/1997) noções para a prática farmacêutica
Patrícia de Carvalho Mastroianni, graduada em Farmácia (FOC), Especialista em Farmá-
D I R E I T O S A N I TÁ R I O E D E O N T O L O G I A : no çõ e s pa ra a p rá ti ca fa rm a cê ut ic a
cia Hospitalar (HCFM-USP), Saúde Publica (UNB) e Vigilância Sanitária (FSP-USP), Doutora
em Ciências da Saúde – Unifesp, estágio pós-doutoral em Farmácia Social – Universidade
de Sevilla. Professora doutora assistente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Universi-
dade Estadual Paulista – “Júlio de Mesquita Filho” – atuando na área de farmácia social (saúde
coletiva), com os temas: legislação, assistência farmacêutica, farmácia hospitalar, propaganda de
medicamentos, farmacovigilância e promoção ao uso racional de medicamentos. Conselheira
do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Keila Daniela Monteiro Esteves, graduada em Direito (Fadipa), mestre em Direito (UGF).
Professora nas disciplinas de Direito Constitucional, Ética e Estatuto da OAB, Teoria Geral
do Direito Público, Direito Administrativo, Cursos preparatórios para concursos e Exames da
OAB. Professora do Curso de Pós-Graduação em Direito Constitucional do Trabalho e Curso
de Pós-Graduação em Direito pela Faculdade Cândido Mendes/Grupo Frontiere-SP, na Dis-
ciplina Direito Processual Civil (Juizados Especiais Cíveis).
São Paulo
2014
96 p. : il., quadros
ISBN 978-85-7983-506-3
CDD 615
equipe
Apresentação 11
1 a deontologia e a profissão 13
Posfácio 93
Os autores
Até o ano de 2000, com edição da RDC 33, não havia nenhu-
ma norma jurídica autorizando a manipulação de medicamentos
não homeopáticos nessas farmácias. Todavia essa norma não faz
menção explícita da permissão da manipulação de medicamentos
homeopáticos e não homeopáticos em um mesmo estabelecimen-
to farmacêutico. No entanto, o contexto farmacêutico existente
permitiu a interpretação favorável aos interesses das inúmeras
“farmácias únicas” existentes no Brasil. O que está em discussão
aqui não é se as farmácias devem ou não manipular as duas mo-
dalidades de medicamentos, mas que a força política de um grupo
de farmacêuticos fez com que as autoridades sanitárias aceitassem
uma realidade existente, acima da lei. Alguém infringiu o Códi-
go de Ética? A profissão farmacêutica está abalada ou fortalecida
nessa situação?
Como vimos desde o início pela análise da Sociologia das Pro-
fissões, a categoria profissão existe, sobretudo, para garantir o in-
teresse corporativo e não, necessariamente, o coletivo. De todo
modo, parte da justificativa para a existência da “farmácia única”
era a de garantir o “conforto” para os usuários de encontrar em
uma mesma farmácia todas as suas necessidades. A evolução ocor-
reu também pela evolução dos próprios usuários de homeopatia.
Os profissionais buscaram respostas para novas demandas.
REFERÊNCIAS
Lesão Corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
V – aborto:
Pena – reclusão, de 2 (dois) anos a 8 (oito) anos.
Substituição da pena
§ 5º O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir
a pena de detenção pela de multa.
Omissão de Socorro
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, à abandonada ou extraviada ou extraviada,
ou á pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da au-
toridade pública.
Pena – detenção, de 1 (um) ano a 6 (seis) meses, ou multa.
Coleta da Interdita o
+ Lavra o auto de interdição com motivo
amostra estoque 60 dias
Assina: RL ou 2 testemunhas –
dependendo do caso
Lavra o auto de apreensão
1o via RL
4 invólucros + 4 vias 2o via detentor do produto Ética
do fiscal
3o via contraprova – Lab. Oficial (enviado em 5 dias)
4o via autoridade fiscalizadora
?
Se ok
Lab. Oficial 30 dias
+ 15 dias
10 dias
10 dias recorrer
recorrer Se recorre:
Auto de Se violado Se ok
OK Comprovado infração perícia de
LIB. falsificação, contraprova
Não violado, mesmo
adulteração 15 dias
método ou outro em
ou fraude comum acordo
Mesmo
resultado Comprovado Auto de
falsificação, infração
Capítulo VII da Fiscalização – adulteração
Lei 5.991/73 ou fraude
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
4.1 CONCEITOS
CRF INDICIADO
Exemplificando:
4.4.3 Penalidades
I – Advertência:
Aplicada sem publicidade, verbalmente ou por ofício do Pre-
sidente do Conselho Regional, chamando a atenção do culpa-
do para o fato, brandamente no primeiro caso.
IV – eliminação:
Imposta aos que porventura houverem perdido algum dos
requisitos dos artigos 15 e 16 para fazer parte do Conselho
Regional de Farmácia, inclusive aos que forem convenciona-
dos perante o Conselho Federal de Farmácia ou em juízo, de
incontinência pública e escandalosa ou embriaguez habitual;
e aos que por faltas graves, já tenham sido três vezes conde-
nados definitivamente a penas de suspensão, ainda que em
Conselhos Regionais diversos.
4.4.4 Da Prescrição
Conselheiro 2o Etapa
(relata e emite um parecer) (60 dias)
Pautado e votado em plenária
Plenária
(decisão final)
30 dias para recorrer da sentença
REFERÊNCIAS
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nível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L3820.htm>. Aces-
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BRASIL. CFF – Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 418, de 29
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macêutica. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/
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