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sumrio

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cartadoeditor contatoeditorial expedientecontato coforienta colunatica pordentro inquietaes
Sob a luz do mito de Procrustro: a intolerncia no mbito das abordagens Psicolgicas

Conselho Regional de Psicologia 8 Regio (CRP-PR)


Diretoria - Presidente: Joo Baptista Fortes de Oliveira - Vice-presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso - Secretria: Mrcia Regina Walter - Tesoureiro: Sergio Luis Braghini Conselheiros Amarilis de Ftima Wozniack Falat, Anades Pimentel da Silva Orth, Andrea Simone Schaack Berger, Benedito Guilherme Falco Farias, Bruno Jardini Mder, Carolina de Souza Walger, Clia Regina Cortellete, Fernanda Rossetto, Guilherme Bertassoni da Silva, Harumi Tateiva, Joo Baptista Fortes de Oliveira, Jos Antonio Baltazar, Karin Odette Bruckheimer, Liliane Casagrande Sabbag, Ludiana Cardozo Rodrigues, Mrcia Regina da Silva Santos, Mrcia Regina Walter, Maria Sara de Lima Dias, Maria Sezineide Cavalcante de Mlo, Nelson Fernandes Junior, Nicolau Steibel, Paula Matoski Butture, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Sergio Luis Braghini, Suzana Maria Borges e Vera Regina Miranda. Subsedes Londrina Avenida Paran, 297- 8 andar - salas 81 e 82 - Ed. Itaipu CEP 86010-390 Fone: (43) 3026-5766 / (43) 8806-4740 Conselheiro: Jos Antonio Baltazar Coordenadora: Denise Matoso E-mail: [email protected]
Maring Avenida Mau, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020 Fone: (44) 3031-5766 / (44) 8808-8545 Conselheira: Clia Cortellete Coordenadora: Soraia Ribari Saito Vinholi E-mail: [email protected] Cascavel Rua Paran, 3033 - salas 53 e 54 - CEP 85810-010 Fone: (45) 3038-5766 / (45) 8808-5660 Conselheira: Harumi Tateiva Coordenadora: Viviane de Paula E-mail: [email protected]

contatoplenria acontecenoParan matriacapa


Escuta de crianas e adolescentes envolvidos em situao de violncia

contatoartigo
Psicologia Cultural

matriacontato

A democracia no Brasil e nos Conselhos de Psicologia

psiclogodaSilva SindypsiPR contatoagenda classificados novosinscritos

www.crppr.org.br

Representaes setoriais Campos Gerais - e-mail: [email protected] - Fone: (42) 8802-0949 Representantes suplentes: Juliano Del Gobo e Kamilla Scremim Figueiredo Centro-Ocidental - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Dbora M. Almeida de Carvalho Fone: (44) 8828-2290 Representante suplente: Monica Vaz de Carvalho Centro-Oeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Angela Cristina da Silva Fone: (42) 8801-8948 Representante suplente: Larissa Cabreira Extremo-Oeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Jane Margareth Moreira de Carvalho Fone: (45) 8809-7555 Representantes suplentes: Marta Elena Ormaechea, Anna Maria F. de C. Sanseverino, Giuliana Rosa de Oliveira e Tuvia Nunes Costa Sudoeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Cristiane Rocha Kaminski Fone: (46) 8822-6897 Representantes suplentes: Lauana Edina Simes Oeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Janeth Knoll Inforzato Fone: (44) 8828-4511 Representantes suplentes: Sonia de Ftima dos Santos Pego e Viviane Barbosa da Cruz Castilho Sudeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Daniele Jasniewski Fone: (42) 8802-0714 Representantes suplentes: Marly Perrelli, Cristiane Lampe Holovaty e Elvis Olimar Venso Sikorski Litoral - e-mail: [email protected] Representante efetivo: Andr Luiz Cyrillo Fone: (41) 8407-9367 Representante suplente: Simone Wachter Muller Noroeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Lucy Lemes de Toledo Silva Fone: (44) 8812-3781 Representante suplente: Thais Fernanda Gimenez Norte Pioneiro - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Priscilla Moreira de Mattos Fone: (43) 9126-7037 Representante suplente: Ana Thais Santos Vaz Ronque

cartadoeditor

edio de janeiro e fevereiro da Revista Contato chega com ares de renovao. fato que todo ano que inicia possui essa expectativa de mudana, mas 2013

trico apresenta a trajetria da Psicologia no Brasil e no Paran. Na coluna Inquietaes, um espao voltado para a reflexo e questionamentos da categoria, apresentamos o artigo Sob a luz do mito de Procrustro: a intolerncia no mbito das abordagens Psicolgicas, do Psiclogo Nlio Pereira da Silva. A sesso COF Orienta traz esclarecimentos sobre as alteraes definidas para os servios psicolgicos realizados virtualmente. Alm disso, voc fica por dentro das decises pautadas nas reunies plenrias do CRP-PR, acompanha a participao da categoria no Paran e no Brasil, entre outros assuntos.

carrega consigo o desejo de melhorar, de buscar novas formas de fazer e pensar. A matria de capa confirma isso apresentando as propostas e reflexes trazidas pela concluso do GT da Escuta de Crianas e Adolescentes de Violncia no mbito Jurdico. Aps um ano de encontros e estudos interdisciplinares, o grupo apresenta propostas de melhorias na metodologia aplicada Escuta. A Matria Contato, por sua vez, traz a continuao de uma srie de reportagens cujo levantamento his-

Boa leitura!

Curso de Terapia Individual


Incio: 23 de maro de 2013

e Familiar Sistmica

Curso de Terapia de Casal


Incio: 16 de maro de 2013
Coordenao:

Inscries abertas, vagas limitadas.

Psic. Mariza Bregola de Carvalho


CRP: 08/1230

Psic. Rosana Ferrari


CRP: 08/0501

Psic. Rosicler Santos Bahr


CRP: 08/0231

Fone/Fax: 41 - 3338-8855 :: Curitiba - PR www.intercef.com.br :: [email protected]


Rua Tapajs, 577 - So Francisco - Cep: 80510-330 - CRP 08-PJ/00215

contatoeditorial

Amanh vai ser outro dia


stamos em 2013! O que significa, apesar das previses catastrficas, que a vida continua. Sempre h, assim como j houve na histria, previses de fim do mundo. possvel que alguma delas acerte em algum momento, mas no teremos como testemunhar sobre isso. Essa raiz primordial de algo que nos transcende e no podemos controlar, parte da natureza (que um contra-senso chamar assim) humana. Mas a partir desse princpio que alguns fazem sua poltica: a poltica do medo. Projetam escurido quando

queremos alcanar a luz, lanam o terror quando queremos ter voz. Falam de perdas e nunca de ganhos. contra essa poltica que foram pensados os Congressos Regionais e Nacional da Psicologia, que chegam suaoitava edio em 2013. Esse o momento em que todos, Psiclogos e Psiclogas do Paran e do Brasil, tm efetivamente voz para decidirem sobre os rumos que queremos seguir nos prximos anos. Esses Congressos, parafraseando Chico Buarque, podem propiciar, apesar de alguns, que amanh ser outro dia.

expedientecontato
Produo
Contato: Informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 Regio (ISSN - 1808-2645) Avenida So Jos, 699 CEP 80050-350 Cristo Rei Curitiba/PR Fone/Fax: (41) 3013-5766 Site: www.crppr.org.br E-mail: [email protected] Tiragem: 14.000 exemplares Impresso: Primagraf Indstria Grfica. Jornalista responsvel: Priscilla Cesar (DRT 7828) e Vivian Fiorio (MTB 46258/SP) Estagiria de jornalismo: Tatiane de Vasconcelos Comisso de Comunicao Social do CRP-PR: Karin Odette Bruckheimer e Sergio Luis Braghini Projeto grfico: RDO Brasil Rua Mamor, 479 CEP 80510-362 Mercs Curitiba/PR Fone/Fax: (41) 3338-7054 Site: www.rdobrasil.com.br E-mail: [email protected] Designer responsvel: Leandro Roth Ilustrao (Psiclogo da Silva): Ademir Paixo Diagramao: Gabriela Simes Preo da assinatura anual (6 edies): R$ 30,00 Os artigos so de responsabilidade de seus autores no expressando necessariamente a opinio do CRP-PR.

PaRa MaNDaR SUGESTES E COMENTRIOS SOBRE aS MaTRIaS Da REVISTa CONTaTO ENVIE UM E-MaIL paRa:

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coforienta

Alteraes nos servios psicolgicos realizados por meios de comunicao a distncia

m dezembro de 2012, entrou em vigor a Resoluo CFP N. 011/2012, que regulamenta os servios psicolgicos realizados por meios tecnolgicos de comunicao a distncia e o atendimento psicoteraputico em carter experimental (revogando a Resoluo CFP n 12/2005). Essa nova Resoluo permite que alguns servios psicolgicos sejam realizados por meios tecnolgicos, desde que sejam pontuais, informativos, focados em um tema e de que no firam o disposto no Cdigo de tica Profissional do Psiclogo (CEPP). Assim, foram adicionadas as seguintes possibilidades: I. As Orientaes Psicolgicas de diferentes tipos, entendendo-se por orientao o atendimento realizado em at 20 encontros ou contatos virtuais, sncronos ou assncronos; II. Os processos prvios de Seleo de Pessoal; III. A Aplicao de Testes devidamente regulamentados por Resoluo pertinente; IV. A Superviso do trabalho de psiclogos, realizada de forma eventual ou complementar ao processo de sua formao profissional presencial; V. O Atendimento Eventual de clientes em trnsito e/ou de clientes que momentaneamente se encontrem impossibilitados de comparecer ao atendimento presencial. Caso o Psiclogo preste algum desses servios em carter regular fica obrigado a realizar o cadastramento de um site no CRP no qual est inscrito. O site criado dever ser de uso exclusivo para tal fim, com registro de domnio prprio, mantido no Brasil e, de acordo com a legislao brasileira, no poder ser cadastrado site no formato de blog, por exemplo. O site tambm no poder conter links para nenhum outro, exceto para o CEPP; para a resoluo CFP N. 011/2012; para o site do CRP da jurisdio na qual est inscrito; e para o site do CFP. Em relao ao atendimento a crianas, adolescentes e interditos realizado por meios tecnolgicos, o profissional dever obedecer aos critrios estabelecidos no Estatuto da Criana e do Adolescente, no CEPP e nos demais dispositivos legais pertinentes.

No site dever conter o nome completo e o nmero de registro do Psiclogo responsvel tcnico pelo site, bem como os dados de outros Psiclogos citados. Tambm dever ser mencionado o nmero mximo de sesses, que de 20 encontros ou contatos virtuais, sncronos ou assncronos. Alm disso, devem constar no site: descrio clara dos servios que sero realizados por meio tecnolgico de comunicao a distncia; pblico alvo; e-mail e telefone dos Psiclogos. O endereo para credenciamento selo.cfp.org.br/credenciamento, incluindo as seguintes etapas: 1) Recepo: preencher o protocolo a partir do recebimento, o CRP ter 60 dias para proceder anlise e emitir parecer. 2) Avaliao do CRP: verificar se o profissional est ativo e se no consta processo tico (transitado em julgado) contra ele; verificar as condies contidas na referida Resoluo. 3) Ajustes no site: o profissional, aps receber orientaes de adequaes no site, ter 20 dias para realiz-las. Se aps esse prazo no houver manifestao do profissional, o processo de cadastramento receber avaliao desfavorvel. 4) Recurso: caso seja indeferido o processo de cadastramento, o profissional ter 30 dias para recorrer ao CFP, que, por sua vez, ter 30 dias para analisar o site. 5) Avaliao do recurso: os sites que obtiverem parecer indeferido pelo CRP e pelo CFP podero, a qualquer tempo, iniciar um novo processo de cadastramento. A qualquer momento tambm, um site j cadastrado poder solicitar, por meio do seu responsvel tcnico, o cancelamento ou qualquer tipo de alterao, requerendo ao CRP que analise o pedido e o autorize no sistema. Aps a aprovao do site, a permisso de funcionamento ter a durao de trs anos, renovveis por igual perodo. O CFP enviar um script a ser includo no cdigo fonte do site que oferece exclusivamente os servios Psicolgicos. A Resoluo pode ser lida na ntegra no site www.cfp.org.br > Legislao > Resolues.

contato

colunatica

Avaliao Psicolgica
Orientaes sobre elaborao de laudos, relatrios e documentos

Comisso de tica do CRP-PR tem avaliado o aumento significativo de representaes nos ltimos anos. O que chama ateno sobre a matria da maioria das denncias que so submetidas apreciao. So geralmente referentes Avaliao Psicolgica, sobre elaborao de Laudos e Relatrios e Documentos escritos pelos Psiclogos e que fazem parte de de processos em Vara de Famlia, processo de avaliao Psicolgica aos candidatos Carteira Nacional de Habilitao, bem como avaliao Psicolgica aos candidatos para Concurso Pblico. A constatao destes dados levanta alguns questionamentos sobre o conhecimento das Resolues do CFP dos profissionais que trabalham nesta rea. Como a Resoluo do CFP N 007/2003 - que institui o Manual de Elaborao de Documentos Escritos produzidos pelo Psiclogo, decorrente de Avaliao Psicolgica, sobre a Resoluo do CFP N 07/2009 - que regulamenta os procedimentos para Avaliao Psicolgica no contexto do Trnsito - e sobre a Resoluo do CFP- N 01/2009 - que regulamenta os procedimentos para Avaliao Psicolgica em Concursos Pblicos.

A Comisso de tica recebe estas denncias encaminhadas ao Conselho Regional Psicologia e analisa cada uma. Neste primeiro momento apurar faltas e infraes ao Cdigo de tica e seguir o dispositivo CPD - Cdigo de Processamento Disciplinar - que a Resoluo do CFP N 006/2007- que regulamenta os trmites processuais dos Processos Disciplinar tico, Ordinrio e Funcional. Os eventos e matrias a respeito esto sendo divulgados na revista Contato e no site do CRP-PR (www.crppr.org.br). Os Psiclogos podero acompanhar e participar. A atualizao do profissional um compromisso tico. Lembramos os Princpios IV e V que fundamentam o Cdigo de tica do Psiclogo: IV - O psiclogo atuar com responsabilidade, por meio do contnuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo cientfico de conhecimento e de prtica. V - O psiclogo contribuir para promover a universalizao do acesso da populao s informaes, ao conhecimento da cincia psicolgica, aos servios e aos padres ticos da profisso.

pordentro

Comisso de Estudantes do CRP-PR realiza Blitz Informativa

Comisso de Estudantes do CRP-PR, dentre suas atividades, tem como objetivo a busca constante pela conscientizao social acerca da importncia da Psicologia e suas atribuies nos mais diversos mbitos da sociedade. Para tanto, inclui em sua pauta de tarefas a discusso e o planejamento de aes que atinjam esse escopo, sendo que a ao mais recentemente empreendida foi a Blitz Informativa. O projeto foi lanado no dia 21 de outubro, em formato flash mob (ao rpida e envolvente), durante a feira cultural do Largo da Ordem, conhecida por acontecer em um ponto turstico de Curitiba e por ser realizada tradicionalmente aos domingos. Para a realizao desse evento, foram convidados acadmicos(as) de diversas Instituies de Ensino Superior (IES) da cidade, bem como Associaes de Psicologia. Por meio da ampla divulgao do CRP-PR, bem como o uso das redes sociais pelos colaboradores da Comisso, a informao se expandiu rapidamente e muitos acadmicos(as) marcaram presena na Blitz Informativa. Durante a manifestao, foram distribudos aproximadamente 500 bales nas cores verde e azul e mais de 2000 flyers, informando sobre o que a Psicologia, quais so suas reas de atuao, e os endereos fsico e virtual do CRP-PR, para que a populao pudesse buscar mais informaes sobre profissionais registrados. A banda curitibana Narciso Nada tambm prestigiou o evento com a apresentao de algumas de suas msicas.

A Blitz Informativa teve continuidade durante os meses de novembro e dezembro de 2012, com aes em Curitiba, Londrina, Maring e Cascavel sempre com o intuito de disseminar informaes sobre a profisso e aproximar a populao dos servios que o Psiclogo pode oferecer. Em novembro, a Comisso de Estudantes participou da Blitz Paz no Trnsito, juntamente com o Setran e o SESI-PR, na Vila Sandra, no bairro do CIC, em Curitiba, onde foram distribudos panfletos informativos e foram esclarecidas as dvidas de pedestres e motoristas. A Blitz foi uma ao da Feira da Paz (evento de iniciativa do SESI e da comunidade local), que teve como objetivo contribuir para o estabelecimento dos vnculos entre os diferentes atores, reforando o sentimento de pertena e a prtica cotidiana na construo de comunidades sustentveis para a paz. J em dezembro, a ao aconteceu na regio conhecida como Boca Maldita, que, alm de ser uma regio central de alto fluxo da cidade, representa um espao de discusso de todos os assuntos presentes nas manchetes dos jornais do momento, em uma tribuna livre de palavras e pensamentos. Alguns dos participantes deram seus depoimentos sobre a iniciativa Houve pouca adeso da classe, mas os participantes estavam engajados e muito entusiasmados, foi um bom comeo, conseguimos chamar ateno das pessoas que frequentaram a

contato

Da esquerda para a direita: Jeniffer Mosello, Sandra Mosello, Iara Baratieri, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Raquel Rodrigues, Geisy Cceres e Neuza dos Santos. Embaixo: Renan Lafraia

Feira do Largo atravs da nossa motivao e dos bales que chamaram ateno das pessoas nas barracas e das crianas. Pude conhecer estudantes de outras faculdades e tirar dvidas das pessoas na feira" (Michelle Micosz, 10 perodo, Universidade Tuiuti do Paran). Sou do Curso de Psicologia, 6 perodo, da Universidade Positivo, e tive o prazer de fazer parte do Flash Mob organizado pela Comisso de Estudantes do CRP-PR. Alm da IES que perteno, fao parte da Psicologia e acredito que toda e qualquer mobilizao que venha a fortalecer nossa profisso e fomentar o acesso da sociedade aos nossos servios, beneficiando o coletivo, vlida. Sempre terei orgulho de vestir a camisa da Psico e dizer "EU FAO PARTE! (talo Esper, Universidade Positivo). Participar do Flash Mob foi muito recompensador! Poder ver em um nico evento vrias IES reunidas e todos juntos colorindo a Feira do Largo foi emocionante. Foi muito interessante tambm poder perceber como a comunidade aceitava de bom grado os flyers da Psicologia, muitos aproveitavam para tirar algumas dvidas. Considero bastante vlida esta aproximao com a comunidade! (Sandra Cristine Machado Mosello, 10 perodo, Universidade Tuiuti do Paran). O Flash Mob nos fez entrar em contato principalmente com crianas e pais, devido aos bales comemorativos. Aps explicar um pouco quem ramos, o que estvamos fazendo ali e como as pessoas podiam nos encontrar, algumas de-

monstravam interesse e surpresa, tanto pela acessibilidade aos servios-escola quanto pela nossa ao; outras, com a simpatia curitibana, apenas recebiam o folheto; e algumas (adolescentes) at perguntaram se Psicologia difcil... Aproximar-se da populao o primeiro passo para desconstruir o preconceito que esconde os nossos profissionais e esta ao foi gratificante para mim, que pude expor um pouco do que estamos fazendo pela sade mental da sociedade fora os momentos entre futuros colegas de profisso, que nos fazem ter insights ainda no vividos dentro da sala de aula (Dafne Gonzaga, FAE).

A Comisso de Estudantes foi criada com os objetivos de aproximar o Conselho Regional de Psicologia do Paran e as Instituies Formadoras, de forma que os estudantes, futuros profissionais, possam: colaborar com a categoria desde o momento de sua formao acadmica; desmitificar a imagem de rgo inquisidor e de punio; disseminar as finalidades e o sistema de funcionamento desse rgo de classe, de maneira a contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como cincia e profisso; construir uma rede integrada entre as IES, por meio de redes sociais e reunies presenciais da comisso; levantar necessidades, por parte dos estudantes, em relao a temas e reas da Psicologia, bem como repassar informaes s respectivas IES sobre tais necessidades. contato 9

Edital de Convocao Assembleia Geral

Presidente do Conselho Regional de Psicologia 8 Regio (CRP-PR), cumprindo as determinaes que lhe so conferidas pela Lei 5.766 de 20 de dezembro de 1971, convoca os Psiclogos do Estado do Paran para a ASSEMBLEIA GERAL, a ser realizada no dia 25 de janeiro de 2013, na sede do CRP-PR, na Avenida So Jos, 699 Cristo Rei, nesta capital e Estado, s 17h30, em primeira convocao com 2/3 (dois teros) de seus membros, e s 18h, em segunda convocao, com qualquer nmero de psiclogos presentes, com a seguinte Ordem do Dia: a) deflagrar o processo eleitoral; b) eleger a Comisso Regional Eleitoral, conforme art. 11 do Regimento Eleitoral (Resoluo CFP n 015/2012). Psic. Joo Baptista Fortes de Oliveira Conselheiro CRP-08/00173 Conselheiro Presidente

10 contato

inquietaes

Nlio Pereira da Silva (CRP-08/00016)

Sob a luz do mito de Procrustro: a intolerncia no mbito das abordagens Psicolgicas

processo de escolha de uma abordagem Psicolgica resultado de uma vivncia individual, do amadurecimento da vida pessoal do Psiclogo. algo que no vem pronto, que no simplesmente aprendido ou assimilado, pois atravessa dificuldades prprias, inerentes a qualquer modalidade de escolha.

A atribuio de pouca seriedade a abordagens que apresentam fundamentos diferentes dos j adotados; A gratuita suspeio moral s abordagens corporais. possvel ainda destacar situaes nas quais esses posicionamentos chegam a assumir o papel de seitas sectrias, que precisam converter o infiel ao seu modo de viver a Psicologia, exatamente como ocorria com as Cruzadas ou com a Guerra Santa. Dessa forma, explico que recorri mitologia para entendermos o padro atvico que nos leva a excluir e a negar o outro para assim podermos impor a nossa posio. Antes disso, cabe ressaltar que o termo mito, como entendido aqui, ser utilizado para fazer referncia a todo e qualquer padro de comportamento humano. Procrustro era um assaltante sui generis, que praticava seus malfeitos numa estrada litornea que levava a Atenas. O curioso que, quando atacava suas vtimas, nada lhes roubava. Seu objetivo era outro. Pouco gentilmente, levava-as a um recinto, onde mantinha dois leitos: um grande e outro pequeno. Procrustro deitava os infelizes que eram maiores no leito menor e decepava-lhes as partes do corpo que sobravam para fora. Os outros, que tinham propores menores, eram estirados no leito maior e esticados at atingissem o tamanho da cama. Esse mito simboliza a reduo da alma a uma medida meramente convencional e nos remete a mais alta perverso de um ideal autorreferente. Com isso, podemos refletir que o mito serviria igualmente para retratar uma tirania tica e intelectual. Procrustro espelha o tirano totalitrio, que pode aparecer num partido poltico, num regime governamental, numa religio, num time de futebol ou, at mesmo, numa abordagem Psicolgica. Possudos por Procrustro, lanamo-nos num paradoxo insupervel: como conciliar nossa misso de aceitar o outro como este realmente , se precisamos cortar dele o que no aceitamos, ou estic-lo at que atinja o padro de nossas medidas? contato 11

Para decidir com qual abordagem ir trabalhar, isto , para escolher o caminho que ir trilhar na Psicologia, o profissional conta com dois pressupostos bsicos: o de perceber a si mesmo e o de perceber os modelos que lhe inspiram. Perceber-se nada mais do que amadurecer, do que desenvolver o autoconhecimento e apropriar-se do seu eu, do seu si mesmo o que pode ser encaminhado num trabalho pessoal de psicoterapia. J a escolha de modelos inspiradores acontece de forma diferente e regulada por mecanismos de projeo. Tanto o sujeito como os objetos de suas projees ficam visveis nas amizades que este estabelece, nas simpatias que surgem em sua vida, nas escolhas afetivo-amorosas que faz e no despertar de identificaes com aqueles que representam modelos profissionais. Junto com a definio das abordagens com as quais ir trabalhar, pode surgir um mecanismo de identificao macia e radical com a prpria escolha, o que pode mobilizar uma grande dificuldade e at impossibilitar o profissional de conviver com outras maneiras de ver a Psicologia ou at de suport-las. E justamente ao chegar nesse ponto que encontramos o tema de reflexo deste artigo: a intolerncia. Em nossa lida profissional, cotidianamente, encontramos diversos exemplos de intolerncia. Para efeito de exemplificao, vamos apontar alguns: Os preconceitos criados em escolas que oferecem uma formao unidirecionada a seus alunos; O olhar de pena, de misericrdia ou de desprezo voltado para abordagens que so consideradas antagnicas; A clebre pendenga entre o vis da comportamental e o psicanalista;

contatoplenria

Plenrias de outubro e novembro


Reunio plenria realizada em Curitiba no dia 24 de novembro de 2012

ATA 627

Vdeo sobre Uma histria da Psicologia no Paran Aps

No dia 5 de outubro, foi realizada a 627 reunio plenria, em Curitiba. Foram discutidos, assuntos da COE, entre outros:

apresentao do vdeo houve discusso sobre a proposta de produzir um documentrio. A proposta foi aprovada por votao.

Plenrio, conforme norma regimental. O plenrio, por unanimidade, reconduz os membros da Diretoria aos respectivos cargos.
Novo colaborador Apresentao de minicurrculo do Psiclogo Cludio Mrcio Antunes Franco (CRP08/13547) para a Comisso de Direitos Humanos.

Diretoria A Diretoria coloca seus cargos disposio do

Concurso Hospital do Idoso A Fundao Estadual de Ateno Especializada em Sade de Curitiba (FEAES) enviou o ofcio n 187/2012-FEAES, no qual esclarece que o balizador para o quesito remunerao foram as Convenes Coletivas dos Sindicatos Representativos. APAF O plenrio indicou os Conselheiros Joo Baptis-

ATA 628

No dia 27 de outubro, foi realizada a 628 reunio plenria, em Cascavel. Foram discutidos, entre outros, os seguintes assuntos:

ta (CRP-08/00173), Sergio Braghini (CRP-08/15660), Anades Pimentel (CRP-08/01175), Clia Cortellete (CRP-08/00457) e Suzana Borges (CRP-08/01855) para serem delegados da APAF representando o CRP-PR. foi aprovada por unanimidade.
Proposta de Convnio com a Sociedade Thalia A proposta Aprovao da proposta oramentria de 2013 A propos-

GT para discutir a organizao de cursos para capacitao dos Psiclogos na elaborao de documentos psicolgicos O

GT, com prazo de encerramento no final de janeiro de 2013, ser coordenado pelo Cons. Presidente Psic. Joo B. F. de Oliveira (CRP-08/00173).

Oficio Circular n 235-12/ASJUR-CFP Leitura do ofcio 23512/ASJUR-CFP, referente Resoluo CFP 01-99. Houve processos em duas instncias com objetivo de suspender a Resoluo CFP N 01/99 e o CFP venceu nas duas etapas, mantendo a Resoluo em vigor.

ta oramentria para 2013 foi aprovada em Assembleia Geral Oramentria. Destaca-se que os tetos de anuidades foram estabelecidos de acordo com a Lei 1514/2011.
Resoluo CRP-08/02-2012 A resoluo sobre a definio

de cidades que compem os setores e subsedes foi aprovada por unanimidade.

ao movida pela Federao Brasileira de Hospitais, para evitar que o CFP se abstivesse de editar, divulgar, distribuir e comercializar o livro: A Instituio Sinistra Mortes Violentas em Hospitais Psiquitricos no Brasil e o vdeo: Tribunal dos Crimes da Paz. A Justia deliberou em favor do CFP, concluindo que as publicaes do livro e do vdeo, em questo, tratam de uma crtica construtiva ao atual sistema brasileiro.

Of. Circ. 244-12/SG-CFP Leitura do ofcio CFP, referente

Apresentao de Colaboradores Foram apresentados os minicurrculos dos novos colaboradores das seguintes Comisses do Conselho: Direitos Humanos de Curitiba, Psicologia Escolar/Educacional de Curitiba e Psicologia Hospitalar de Curitiba. Solicitao do plenrio sobre divulgao de pagamentos dos sites com parecer favorvel Foram divulgadas, ao plen-

rio, as informaes referentes aos sites aprovados e os valores dos servios divulgados.

12 contato

III Frum de Professores de tica Apresentao dos resul-

tados do III Frum dos Professores de tica e Deontologia realizado no XIV EPP.
Representao Setorial de Foz do Iguau Informou que

foi organizada a Comisso de Psicologia Escolar-Educacional em Foz do Iguau.

formou tambm sobre pedidos de indicao de profissionais que trabalhem com LIBRAS. Aps discusses o plenrio vota por maioria pela criao do cadastro de profissionais que trabalham com LIBRAS para insero no site do CRP-PR.

ATA 629

ATA 631

No dia 9 de novembro, foi realizada a 629 reunio plenria, em Curitiba. Foram discutidos assuntos da COE, entre outros:

No dia 24 de novembro, foi realizada a 631 reunio plenria, em Curitiba. Foram discutidos, entre outros, os seguintes assuntos:

Apresentao de funcionrias Foi apresentada a nova

Orientadora Fiscal Psic. Milena Luiza Poletto (CRP08/13823) e a advogada do Departamento Jurdico Adv. Karen Priscila da Rosa como novas funcionrias do CRP-PR.

Comunicado CFP Foi agendado o julgamento do Pro-

Ofcio Circular 0260-12/RT-CFP Leitura do ofcio CFP, que visa discutir o Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, o qual pretende sustar a aplicao da Resoluo do CFP n 001/1999 e assinatura do Termo de Compromisso entre DH/CFP em apoio criao dos Comits Estaduais. Ofcio Circular 0248-12 RT-CFP Leitura do ofcio CFP, so-

cesso tico CFP n 1654/2012 (recurso do PDE CRP08/N 021/2009).


Fiscalizao UNIFIL O plenrio sugeriu que a retomada de vistoria na clnica de Psicologia da UNIFIL seja feita pelo Orientador Fiscal da Subsede, acompanhado de fora policial. Apresentao de Colaboradores Apresentao da nova colaboradora da Comisso de Psicologia Organizacional e do Trabalho de Curitiba, Marina Pires Alves Machado (CRP-08/10216).
ATA 630 No dia 23 de novembro, foi realizada a 630 reunio plenria, em Curitiba. Foram discutidos, assuntos da COE, entre outros:

bre o contedo do Teste Inventrio Fatorial de Personalidade, o qual contm perguntas que podem constranger o candidato ao emprego, como as de cunho sexual. O CFP encaminhou o Ofcio n 1274-12 comunicando aos responsveis pelo teste sobre a necessidade de reviso. A Casa do Psiclogo, editora responsvel pelo teste IFP, informou que esto sendo realizados estudos de atualizao do teste Inventrio Fatorial de Personalidade e nessa atualizao j estava prevista a excluso dos itens que faziam referncia a questes ligadas vida sexual do respondente.
Comisso de Avaliao Psicolgica Apresentao de resu-

mo do I Frum de Professores de Avaliao Psicolgica, realizado no XIV EPP.


COREP Foram enviadas informaes e o regulamen-

Piso salarial O depto. Administrativo informou que o

piso salarial dos Orientadores e Orientadoras Fiscais est defasado em relao aos demais Conselhos Regionais e prope a readequao dos salrios. O Plenrio vota e delibera, por unanimidade, pelo aumento do piso salarial dos Orientadores e Orientadoras Fiscais.
Indicao de profissionais A Comisso de Orientao e Fiscalizao recebeu da sociedade solicitao de indicao de profissionais para psicoterapia, entre outros. In-

to do COREP para todas as subsedes e representaes setoriais. O plenrio foi informado em relao a data para realizao dos pr-congressos e prazo para envio de propostas de teses.
Comisso de Orientao e Fiscalizao Foi apresentado

o relato de treinamento realizado pela Diviso de Medicina e Psicologia do Detran, para tratar sobre mudanas no processo de obteno de CNH, em que o CRP-PR participou. Aps discusses o plenrio vota e delibera pelo apoio a modificao, a qual prope que os
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candidatos sejam submetidos inicialmente a Avaliao Mdica e Psicolgica do Detran e apenas aps poderiam dar entrada nos Centro de Formao de Condutores, entendendo que esta interessante do ponto de vista tcnico e tico da profisso. Foi proposto o seguinte encaminhamento: que o CRP, conjuntamente com o Detran e o SindyPsi deem andamento ao, a partir da elaborao de um documento oficial de apoio modificao.
Psicomotricidade Relacional A COF informa que rece-

Ludiana questiona se ser criada a Comisso Regional de Credenciamento de Sites (CRCS) no CRP-PR. O plenrio vota e delibera, por maioria, pela criao da CRCS. A composio fica a cargo da COF e dever ser apresentada na prxima plenria.
SINDYPSI Informou que est aberto o prazo para ins-

cries de chapa para as eleies do sindicato que acontecero em janeiro de 2013 e convidam os interessados a comporem chapa para as eleies.
Comisso de Direitos Humanos Apresentao de resumo de participao no Encontro Nacional de Comisses de Direitos Humanos e Comisses de Orientao e Fiscalizao: Internao Compulsria Involuntria e Interdio. Seminrio conjunto CRP/CRESS A Comisso de Psicologia

beu vrios questionamentos sobre a associao da psicomotricidade relacional prtica da Psicologia. Aps discusses o plenrio delibera que a apresentao do parecer final em plenria seja no ms de fevereiro de 2013.
Procedimentos de divulgao O plenrio vota e delibera, por maioria, pela aprovao do protocolo de divulgaes elaborado pela COF. Credenciamento de sites Apresentao dos assuntos

Social e Comunitria fez repasse da reunio conjunta com CRESS para planejamento de Seminrio sobre trabalho interdisciplinar no SUAS.

discutidos na reunio nacional de Capacitao para o Credenciamento de Sites, realizada em Braslia. Cons.

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acontecenoParan/Brasil

Palestra Transtorno Mental e Deficincia cional (ABRAPEE) e o Programa de Ps-Graduao em Psicologia da UEM realizaram, entre os dias 5 e 7 de noIntelectual: Interfaces e Diferenas
No dia 24 de novembro, o CRP-PR realizou a palestra Transtorno Mental e Deficincia Intelectual: Interfaces e Diferenas, com o tema A avaliao psicolgica e a atuao psicossocial, na Subsede de Londrina. O encontro teve como objetivo definir as diferenas entre o transtorno mental e a deficincia intelectual a partir do relato do trabalho do Psiclogo que est inserido nas polticas pblicas, assim como refletir sobre a atuao do Psiclogo nas diversas reas de abrangncia dos temas e as limitaes. O evento foi ministrado pela Psicloga Luciana Helena Silva (CRP-08/15219). vembro, o IV Encontro Paranaense de Psicologia Escolar e Educacional, na Universidade Estadual de Maring.

A programao contou com Conferncias, mesas redondas, palestras, apresentao de painis e sesso de comunicao oral. A Psicloga Mariita Bertassoni da Silva (CRP-08/00101) participou, como palestrante nas mesas-redondas: Formao do Psiclogo escolar no sculo XXI e Atuao do Psiclogo escolar: limites e possibilidades, representando o CRP-PR.

Feira da PaZ
O SESI PR, em parceria com a Associao de Moradores Moradias Zimbros, realizou, nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro, a segunda edio da Feira da Paz, na Cidade Industrial de Curitiba. O evento teve como objetivo resgatar a cultura da paz e diminuir a violncia por meio de atividades culturais e de lazer. O projeto visa o desenvolvimento de comunidades locais atravs de atividades coletivas. A programao contou com oficinas de desenho, trilhas, maquiagem infantil, peas de teatro, bandas, brinquedos inflveis, rodas de conversa sobre paz nos lares, blitz paz no trnsito, distribuio de mudas, apresentao de dana e coral, entre outras. O CRP-PR foi representado pela Comisso de Estudantes de Curitiba, que participou distribuindo flyers sobre conscientizao no trnsito.

Mesa-redonda de Polticas Pblicas de lcool e outras Drogas em Maring


O Programa de Ps-Graduao da Universidade Estadual de Maring, em parceria com a Comisso de Sade do CRP-PR da subsede de Maring, realizou, no dia 19 de novembro, uma mesa-redonda com o tema Polticas pblicas sobre lcool e outras drogas: impasses e desafios rede de ateno psicossocial. O evento teve como objetivo principal discutir as polticas pblicas sobre lcool e outras drogas e os desafios atuais rede de ateno psicossocial. Durante o evento foram debatidos os seguintes assuntos: A rede pblica de ateno aos usurios de lcool e outras drogas, a incluso das comunidades teraputicas na rede de ateno psicossocial, SUS e Reforma Psiquitrica brasileira. A Psicloga Carina Furlaneto Frazatto (CRP-08/13422), que participou do evento representando o CRP-PR, relatou que o evento conseguiu atingir o objetivo geral proposto e ressaltou a importncia de eventos que disponibilizam espaos para discusso dessa temtica. Considerando o cenrio de abuso das drogas, lcitas e ilcitas, bem como alguns direcionamentos atuais da rede pblica de sade, imprescindvel que se viabilizem espaos de discusso como este, para que profissionais e estudantes compreendam tal fenmeno e elaborem estratgias de enfrentamento aos problemas dele decorrentes.

APAF
Nos dias 15 e 16 de dezembro foi realizada a Assembleia das Polticas, da Administrao e das Finanas (APAF) na sede do Conselho Federal de Psicologia, em Braslia. Entre os assuntos discutidos estavam: - apreciao da ata da APAF de maio de 2012; - proposta oramentria do CFP para 2013; - reviso da poltica de orientao e fiscalizao do sistema conselhos de Psicologia; - Psicologia das emergncias e desastres e poltica nacional de defesa civil; - 10 anos da resoluo CFP n 018/2002 relaes raciais;

IV Encontro Paranaense de Psicologia Escolar e Educacional


A Associao Brasileira de Psicologia Escolar e Educa-

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- fundao estatais de direito privado: desprecarizar ou privatizar o SUS?; - teste rpido para diagnstico de HIV: Implicaes para a participao da Psicologia na poltica de DST/AIDS; - Caso EMDR Dessensibilizao e reprocessamento por meio dos movimentos oculares; - lcool e outras drogas; - 50 anos da Psicologia brasileira; - eleies; - GT avaliao psicolgica e direitos humanos (antigo GT Escala Hare); - Pesquisa: Efeitos do feminino no exerccio da Psicologia no Brasil; - GT mobilidade Urbana e Trnsito na Perspectiva Social; - critrios para desmembramentos de regionais;

- desmembramento das sees PI e MA, entre outros. O evento reuniu representantes do CFP e dos Conselhos Regionais de Psicologia. Os Conselheiros Joo Baptista (CRP-08/00173), Sergio Braghini (CRP-08/15660), Anades Pimentel (CRP-08/01175), Clia Cortellete (CRP-08/00457) e Suzana Borges (CRP-08/01855) participaram da APAF representando o CRP-PR.

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Propostas visam melhorias na metodologia da Escuta de Crianas e Adolescentes


Definio da atuao do Psiclogo no mbito jurdico como instrumento de construo conjunta. Este foi um dos objetivos do Grupo de Trabalho coordenado pelo CRP-PR atravs da Comisso de Psicologia Jurdica

temtica da Escuta de Crianas e Adolescentes em situao de violncia j foi abordada em edies passadas pela Revista Contato, sobretudo pela representao dessa importante luta dos Psiclogos(as) por melhorias na metodologia aplicada no mbito jurdico e pela fundamental contribuio da categoria nesse processo. Nos ltimos 20 anos, importantes avanos foram feitos pelos Conselhos Regionais em conjunto com representantes de outros rgos relacionados.

averiguar a existncia de indcios ou no da ocorrncia dos fatos; para os Psiclogos, o documento tem o intuito de tambm identificar sinais emocionais e/ou comportamentais observados naquele momento, os quais indiquem sofrimento e possveis traumas e, quando necessrio, realizar os encaminhamentos adequados. Conforme explica Maria Teresa, a falta de cuidado nesse processo de escuta psicolgica pode deixar crianas e adolescentes desprotegidos, dificultando a apurao dos fatos, a absolvio dos inocentes e a punio dos responsveis.

A Escuta
Aqui, h a necessidade de se deixar bastante clara a diferena entre a escuta (a avaliao psicolgica) e o inqurito jurdico. A avaliao psicolgica pode ser conceituada conforme dispem as resolues do Conselho Federal de Psicologia. Nos termos da resoluo 007/2003, que institui o Manual de Elaborao de Documentos Escritos produzidos por Psiclogos, a avaliao psicolgica entendida como o processo tcnico-cientfico de coleta de dados, estudos e interpretao de informaes a respeito dos fenmenos psicolgicos, que so resultantes da relao do indivduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratgias psicolgicas mtodos, tcnicas e instrumentos. J o Inqurito Policial um procedimento administrativo de incumbncia da polcia judiciria, voltada coleta preliminar de provas no intuito de apurar a existncia de uma infrao penal e o autor da mesma. Esse procedimento visa colher provas urgentes, ou seja, aquelas que podem se perder se no forem colhidas logo aps o cometimento do delito. Enquanto para os operadores do direito em delegacia de polcia especializada o documento tcnico-psicolgico representa a declarao da vtima, tendo a finalidade de

A necessidade de mudanas
Um dos momentos que marca a evoluo do processo de escuta de crianas e adolescentes no Brasil a implantao do projeto Depoimento sem Dano (DSD), o mtodo mais usado at hoje e que tem como objetivo a humanizao da inquirio, a no revitimizao e a produo de provas antecipadas com o intuito de responsabilizar o agressor. No entanto, os questionamentos a respeito da atuao do Psiclogo nesse contexto levam o CRP-PR, atravs da Comisso de Psicologia Jurdica, a continuar estudando novas referncias na rea, sobretudo pela necessidade de se estabelecer uma via de atendimento que realmente priorizasse o bem-estar da criana e do adolescente. Os debates iniciaram em 2008, tomando corpo a partir de 2010 com a preocupao de analisar o tema de forma crtica, pautada numa prtica profissional tica, qualificada e com a garantia da proteo integral da criana e do adolescente. Por outro lado, a preocupao tambm era dos profissionais da rea jurdica. A partir de uma questo levantada pelo Promotor de Justia Dr. Wilson Galheira, que ansiava por mudanas no processo de escuta de crianas e adolescentes, foi criado o GT (Grupo de Trabalho) - A

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Escuta da Criana e do Adolescente vtimas de violncia no mbito Jurdico, um grupo de trabalho interinstitucional que contou com a participao do poder pblico, para que dessa forma fosse garantida a eficcia na transformao das aes.

Propostas que visam melhorias na legislao brasileira


Segundo Maria Teresa, o mais importante desse GT foi sensibilizar os operadores do direito, no sentido de minimizar as aes que levam revitimizao. Enquanto nos outros pases a criana/adolescente escutada duas vezes, no Brasil esse nmero sobe para 6 a at 12 vezes. Isso absurdo!, explica. A Psicloga Terezinha Kulka, da Comisso de Psicologia Jurdica, ressalta, ainda, que alm de ter que falar muitas vezes, as crianas e adolescentes brasileiros so ouvidos muito tempo depois do ocorrido. Segundo ela, fundamental que a justia preconize a criana e o adolescente como prioridade absoluta e em condio peculiar de desenvolvimento, merecendo ateno especial os casos em que os direitos so tutelados com amparo legal e constitucional. Alguns estudos sobre vtimas de abuso sexual infantil revelam que a primeira fala da criana a mais fidedigna. Dessa forma, Fbio Brando, que tambm participou das reunies do GT, complementa: a Psicologia totalmente subjetiva e os juzes esto demandando a melhor metodologia para escutar a criana (formas de ouvir e conversar com a criana, etc.), com o objetivo de evoluir em conjunto e talvez, chegar a uma mudana de legislao. Para Sergio Artur M. Ferreira, representante do NUCRIA, o objetivo principal da escuta psicolgica nos moldes propostos pelo grupo de acolher o sofrimento, visando proteo integral, considerando o tempo e o momento da criana/adolescente, alm de auxili-lo na identificao e responsabilizao dos autores.

Organizao do GT
Durante os encontros do GT, foram discutidas as possibilidades de elaborar um protocolo de atendimento. Ao todo foram realizados 11 encontros durante o perodo de um ano, contando com a contribuio de Psiclogos da Comisso de Orientao e Fiscalizao, Comisso de Psicologia Jurdica e Comisso de Avaliao Psicolgica, alm de representantes da Delegacia do Adolescente, do Ncleo de Proteo Criana e ao Adolescente Vtimas de Crimes (NUCRIA) e da 12 Vara de Crimes Contra Crianas e Adolescentes. Aps cuidadosa pesquisa, ser elaborado um pr-projeto baseado em estudos de outros pases onde j existem protocolos, e tambm nas recomendaes da Unicef (The United Nations Children's Fund), numa tentativa de criar um conceito adaptado realidade brasileira. Conforme a Psicloga Maria Teresa Moraes e Silva, coordenadora da Comisso de Psicologia Jurdica do CRP-PR e do GT, embora as diretrizes ainda no estejam definidas, h um consenso sobre como dever ser esse projeto. importante que se contemple, em um mesmo local, representantes da Secretaria da Segurana, do Ministrio Pblico e do Poder Judicirio, alm de uma equipe multidisciplinar, incluindo Psiclogos, mdicos peritos e assistentes sociais. A sugesto, proposta no relatrio final do GT da Comisso Jurdica, teve o aval de diversos representantes do Poder Judicirio que acompanharam as reunies. O juiz da Vara da Infncia e Juventude de Colombo, Dr. Fbio Ribeiro Brando, que tambm membro do Conselho da Infncia e Juventude (CONSIJ), defende a organizao desse espao fsico para que a proximidade seja mais um fator positivo de livre comunicao entre todos os profissionais envolvidos.

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Histrico da Escuta de Criana em Situao de Violncia no B


2003: Juizado da Infncia e Juventude de Porto Alegre implementa a metodologia Depoimento Sem Dano (DSD); 2004: PL 4126 que prev regras especiais quanto relao de laudo pericial e psicossocial nos crimes contra a liberdade sexual de criana ou adolescente; 2005: CRP-07/RS remete consulta ao CFP solicitando orientaes a respeito das possveis faltas ticas cometidas por Psiclogos ao participarem do DSD; 2006: presidentes dos CRPs decidem pela organizao de evento a respeito do DSD, a cargo do CRP-07/RS; 2007: Carta Aberta aprovada no VIII Encontro das Comisses de Direitos Humanos, manifestando a preocupao com o PLC 035/2007 (que dispe sobre a forma de inquirio de testemunhas e produo antecipada de prova quando se tratar de delitos com vtima ou testemunha criana ou adolescente) e solicitando a no votao da matria; 2008: CFP e sua Comisso Nacional de Direitos Humanos (CNDH) lanam um documento pblico se posicionando pela no aprovao do PL do DSD e sugerem a ampliao das discusses com os setores diretamente envolvidos e com os diversos segmentos sociais; Audincia Pblica no Senado Federal para debater questes relacionadas ao PL do DSD, no qual o CFP e o CONANDA propem a realizao de um seminrio nacional sobre a escuta de crianas e adolescentes em processos judiciais sob o marco da proteo integral; APAF decide pela criao de um GT para encaminhar a construo, no mbito da Psicologia, de uma proposta de rede de proteo e escuta de crianas e adolescentes e pela organizao de um Seminrio Nacional;

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as e Adolescentes Envolvidos Brasil


2009: CFP participa de debate sobre o DSD no Frum Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente; Seminrio Nacional "Escuta de crianas e adolescentes envolvidos em situao de violncia e a rede de proteo" acontece no Rio de Janeiro. Durante o evento foi lanada uma publicao com discusses, manifestaes pblicas e textos produzidos durante os quase quatro anos de debate da questo; 2010: realizada Ocina Papel do Psiclogo no Processo de Escuta de Crianas e Adolescentes; APAF aprovou Resoluo sobre tema, elaborada a partir da discusso ocorrida na Ocina; Resoluo CFP n 010/2010, que institui a regulamentao da Escuta Psicolgica de Crianas e Adolescentes envolvidos em situao de violncia na Rede de Proteo; no Rio Grande do Sul, a Resoluo CFP n 010/10 suspensa liminarmente; CFP envia o Ofcio n 2223-10 ao Ministro Cesar Peluso, Presidente do CNJ, pela qual requer seja suspensa a deliberao acerca da expedio de Recomendao 33, como tambm requer seja promovida a audincia com o CFP a m de possibilitar o aprofundamento da discusso; 2011: a Resoluo CFP n 010/10 suspensa tambm no Acre, Sergipe e Pernambuco; CFP envia o Ofcio Circular n 0134-11 e 0135-11 aos membros do CNJ, ao MJ e a SDH, que encaminha o artigo Inquirio Judicial de Crianas: um debate necessrio da Psicloga e professora Esther Arantes; CFP responde ao convite do CNJ para abertura do I Encontro Nacional de Experincias de Tomadas de Depoimento Especial de Crianas e Adolescentes no Judicirio Brasileiro; depois de decretada a nulidade da Resoluo CFP n 010/10 no RS, o CFP impetra recurso; MP-RJ solicita informaes sobre a Resoluo CFP n 010/10, indicando que entrar com Ao Civil Pblica com efeitos para todo o Brasil; CNJ convoca reunio com CFP para tratar do Depoimento Especial. (Fonte: http://site.cfp.org.br)

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Rafael Tassi Teixeira

Psicologia cultural: breve mbito terico e temtico


A Psicologia Cultural (Cross-Cultural Psychology) no uma nova disciplina para produzir um antigo debate (a importncia da centralidade da cultura na confeco da subjetividade), mas sim uma rea que se mostra significativa no apontamento da cultura como a varivel interdependente nas relaes entre pessoa-conjunto de representaes. Segundo um de seus mais importantes representantes, Michael Cole, ela deve desenvolver e estimular a sensibilidade psicolgica para a compreenso do papel da cultura na vida humana (Cole, 2003). Tem uma tradio relevante que remonta desde a dcada de 1970, com a criao, nos Estados Unidos, do primeiro peridico voltado exclusivamente para o debate intercultural. Dois anos mais tarde, h a fundao de uma associao4, que concentra sua preocupao no estudo das relaes interculturais e os problemas decorrentes da mobilidade humana e seus efeitos no psiquismo a partir daquilo que supostamente lhe mais caro: a codependncia com um contexto (fsico, simblico, emocional, etc.) quando o sujeito sofre uma mudana (forada ou no) de localidade. Esses dois momentos iniciais so importantes porque caracterizam a proposta de uma Psicologia Cultural a partir de temticas prprias e de um enfoque terico e emprico que leva em grande considerao a problemtica da cultura e seus efeitos nos diversos contextos de transio espacial. A Psicologia Cultural, desse modo, recebe a influncia da semitica, durante a dcada de 1970, e avana em questes metodolgicas em relao adaptao e integrao de imigrantes (Monteiro, 2008). Nas dcadas seguintes, seus estudos ampliam para o eixo terico dos Estudos Culturais e voltam-se, paralelamente s questes migratrias e assimilativas, para a rea da identidade, do pertencimento, do impacto da interculturalidade no estresse de aculturao associado mobilidade territorial em sociedades de grande e pequena escala. Alguns autores so fundamentais para se interpretar essa passagem da Psicologia Cultural para uma rea no autnoma do conhecimento intercultural mas que se dedica a promover estudos de campo e anlises tericas enfocando o papel da codependncia cultura-indivduo e suas caractersticas especficas quando h alguma mudana de contexto que requer a preocupao com possveis vulnerabilidades e adaptaes. Douglas Price-Williams, Marshall Segall, John Berry, Pierre Dasen, Ypes Poortinga, Richard Shweder, Michael Cole, etc., so influncias significativas para se perceber a ao da cultura e seus efeitos nutridores e inibidores no trnsito ou deslocamento intersociedades. Como cincia histrico-cultural, a Psicologia Cultural procura, portanto, reconciliar a Psicologia com as humanidades em um esforo de criar um enfoque conjunto para o desenvolvimento humano. Ela analisa as relaes humanas e sua interface socio-cultural, com a exigncia de incluir a cultura como destaque central no programa cientfico-analtico da Psicologia, observando interdisciplinarmente as relaes sujeito-modelo de organizao do conhecimento social especfico que representam os cdigos culturais. Ela est, contemporaneamente, muito bem situada para dispor um domnio preponderante que se inscreve na forma com que a cultura influencia o comportamento humano e influenciada por ele. Pretende produzir, desse modo, anlises comparativas entre as semelhanas e diferenas em diferentes sociedades e cuida do papel das adaptaes psicolgicas e as presses aculturativas em mudanas de contextos (Shiraev, 2003). Tem como principais objetivos: (1) a formao de psiclogos voltados ao conhecimento e (2) a aplicabilidade cultural com ateno questo mais atual dos deslocamentos populacionais e individuais. Por isso, concentra seu mbito de conhecimento no suporte e assistncia integrao do sujeito em contextos que no so os de origem, paralelamente a insistncia para que a sensibilidade intercultural seja o foco principal das relaes entre subjetividades que mudam de lugar e se deparam com sociedades de hospedagem que normalmente no esto preparadas ou no se preocupam o bastante com questes de adaptabilidade. A Psicologia Cultural, nesse sentido, quer trabalhar a questo do pertencimento e da identidade na relao entre deslocamentos e recepes,

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com destaque para o aumento do nvel de reforo cognitivo para que o sujeito consiga melhor fazer o trnsito entre grupo de referncia e sociedade de encontro. Alguns outros objetivos importantes tambm entram no programa da Psicologia Cultural e so sintetizados por Monteiro (2008): (1) testar a generalidade do conhecimento e das teorias psicolgicas existentes; (2) descobrir variveis psicolgicas fora da rea da experincia cultural conhecida; (3) juntar e integrar numa Psicologia os resultados dos dois primeiros. Essa linha de entendimento orienta-se fundamentalmente sobre uma questo maior que, segundo Richard Shweder (1990) pode ser resumida no prprio ponto de partida da Psicologia Cultural: Por que tradicionalmente to difcil aos psiclogos trabalhar cultura? E a resposta do autor tem a ver com a maneira com que os conjuntos de representao so trabalhados dentro da prpria disciplina: por que a tratam como varivel independente (Shweder: 1990). Isso significa que a Psicologia Cultural procura testar a Psicologia alm de alguns de seus limites tericos em algumas escolas que julgam cultura no como um ingrediente fundamental na constituio filogentica (Geertz, 1989), mas como uma rea posterior ao incio do processo de subjetivao. A proposta da Psicologia Cultural , contrariamente, demarcar-se naquilo que segundo outro representante da escola, Ratner (2002), aponta com claridade no mbito das cincias humanas: ao estudar o desenvolvimento apenas dentro de uma cultura, muitos acontecimentos se tomam como naturais. Sobressair-se dessa condio de tratamento independente e essencialista da cultura reconhec-la a partir daquilo que ela tem de mais caro: ser entendida como um processo, referente a um mbito especfico na relao colaborativa entre sujeitos e estruturas de referncia dinamicamente abertas, caracterizadas tanto por orientao, estmulo como em cobrana e vigia das relaes sociais. Nesse sentido, a Psicologia Cultural dispe de um repertrio aproximativo

das cincias sociais ao analisar cultura como conjunto de cdigos explcitos e implcitos inscritos em sistemas simblicos que atuam como uma partitura (Geertz, 1989) que modula e modulada pelos sujeitos culturais. Essa simbiose importante, pois a Psicologia Cultural frisa justamente o mbito dialtico da relao cultura-subjetividade, colocando em um mesmo patamar a filogenia e a histria cultural, uma vez que a cultura participa da constituio da mente e fonte mltipla para o processo de encefalizao (Morton, 1996). Manejar conceitos de cultura como uma estrutura aberta, inacabada e em contnuo reprocessamento, significa, portanto, que a Psicologia Cultural se debrua sobre outra premissa bsica apontada pela semitica: a no crena em uma estabilidade e uma coerncia do cultural como elementos independentes da formao do indivduo. Nesse aspecto, a dialtica da simultaneidade est em reconhecer que cultura (1) emerge de interaes adaptativas; (2) a partir de elementos partilhados e (3) transmitida atravs do tempo e das geraes. Apoiando-se em uma viso de cultura como jogo simblico que demarca, mas no restringe, as fronteiras entre o subjetivo e cultural, ela tem como elemento maior reconhecer modelos culturais como estruturas de significao que oferecem as instrues histricas que vo servir de apoio constituio do lao interpsquico. A relao entre identidade e identificao se torna a base de um aprendizado que tem a ver com a o estabelecimento de contornos diferenciais, de onde o sujeito pode se projetar e se situar a partir de um sistema que no est definitivamente fechado a histria e as escolhas subjetivas. Essa abordagem da codependncia, aproxima a Psicologia Cultural da Teoria da Estruturao de Anthony Giddens (2001) e, mais amplamente, de muitas escolas da Teoria Social contemporneas (Giddens e Turner, 1999) que tratam do duplo aspecto da estrutura entre permanncia relativa (sistema) e variabilidade inscrita (subjetividade). Estando em um mundo cada vez mais interconectado (Castells, 1999) e geograficamente menos difcil5, a Psicologia contato 23

Cultural atua em diversos temas atuais bem relevantes, tais como: globalizao, telecomunicaes, trocas culturais, turismo, fluxos migratrios, pertencimento, identidade, memria, assimilao, aculturao, integrao, etc. Tem um histrico importante dentro da Psicologia e uma bagagem terica e metodolgica que utiliza sensivelmente da preocupao com o aspecto psicossocial nas relaes entre grupos e indivduos (Dantas, 2010), pautadas pelo sentimento de que a mudana de contexto produz alguma ruptura ou, ao menos, alguma necessidade de reestruturao do vnculo comunidade de referncia e insero psicolgica. Essa bagagem terico-metodolgica, como aponta um dos mais importantes autores da Psicologia Cultural, John Berry (2002), ajuda a entender a influncia da mobilidade na adaptao psicolgica a partir das estratgias coletivas e individuais quando ocorre uma mudana de localizao. A Psicologia Cultural (Ratner, 2002) traz, dessa maneira, preocupaes com questes como estratgias aculturativas, estresse de aculturao, dificuldades associadas aos trnsito de pessoas (forado, planejado ou espontneo) que esto relacionados vulnerabilidade adaptativa imposta pelos deslocamentos e suas caractersticas e estmulos positivos e negativos. O papel das novas possibilidades de convivncia e receptividade nas sociedades interconectadas esto estabelecidas pelas relaes entre sade mental, adaptao e mobilidade nos diferentes grupos culturais transfronteirios e em seus sujeitos psi. Estes sujeitos se veem forados, mltiplas vezes, a elaborar os processos de luto e dor nas condies desafiantes de um cruzamento de fronteiras (Achotegui, 2002). A Psicologia Cultural analisa a teia de dificuldades (entre lngua, clima, alimentao, prticas religiosas, modo de trabalhar, etc.) que esto nas relaes psicolgicas dos sujeitos deslocados e avalia como o contato intercultural pode interferir nas reaes psicolgicas da pessoa. Observa como as experincias de transio podem ser patolgicas e disruptivas para indivduo e grupo, afetando aspectos psicolgicos (lembrando que o estresse no necessariamente negativo), e qual o papel do choque cultural e do luto adaptativo, sob a perda de referncias comunais que se estabelecem inicialmente e nutrem a relao indivduo,

cultura e sociedade (Ramos, 2008). A Psicologia Cultural, insistimos, no disciplina inovadora ou panacia cultural estabelecida em um entendimento especfico para vender-se como rea do conhecimento que se dispe a estudar algo que no tenha sido levado em considerao anteriormente6. , sim, um conjunto de foras terias e prticas que frisam de modo imprescindvel a importncia de um amplo e contextual enfoque da cultura como procedimento relevante para se analisar, traar bons quadros comparativos e propor metodologias de interveno e apoio ao sujeito em trnsito potencialmente vulnervel. Reconhecer que os contextos de origem (partida), recepo e retorno, so marcadores no secundrios da experincia intercultural da mudana de um local para outro , para a Psicologia Cultural, entender quo nocivas e difceis podem ser os deslocamentos humanos nos lugares onde h perda, continuidade e reconfeco dos laos (socioculturais, familiares, psicolgicos, etc.). A proposta da Psicologia Cultural , sobremaneira, dispor de um repertrio terico interdisciplinar7 e metodologias especficas que reconciliem a Psicologia com a prpria diversidade das formas culturais para, ao mesmo tempo, propor um esforo de criar um enfoque conjunto na interface Psicologia-Cultura. Seu conhecimento e aplicabilidade revela-se fundamental dentro do tratamento psicoterpico com sujeitos de outras culturas, no tratamento de grupos e subjetividades influenciadas pelos trnsitos contextuais, e para o prprio desenvolvimento humano.

Bibliografia
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Cambridge University Press, 1990. VELHO, Gilberto. Individualismo e Cultura: Notas para uma Antropologia da Sociedade Contempornea. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. Rafael Tassi Teixeira psicoterapeuta com doutorado em sociologia pela Universidad Complutense de Madrid (2004). professor da Unespar/Fap e associado a International Association for Cross-Cultural Psychology. Preferimos a perspectiva Psicologia Cultural antes que intercultural ou transcultural porque entendemos a cultura como um conjunto de representaes que, fundacionalmente, so interculturais e, por isso mesmo, acreditamos que um vis cultural , por sua vez, intercultural e transcultural. Para essa argumentao, seguimos as discusses sobre a proximidade e as diferenas entre estes campos conceituais que Pombo (2004) produz ao demarcar as diferenas entre a trans e a interdisciplinaridade, bem como a discusso levantada por Michael Cole (2003), dentro da prpria Psicologia Cultural. O International Journal of Cross-Cultural Psychology, em 1970. 4 International Association of Cross-Cultural Psychology (IACCP). 5 Ainda que, como aponta Octavio Ianni (1996) fronteirio e seletivo, exclusrio e impeditivo. 6 Lembremos, sempre, que toda e qualquer psicologia no deixa de ser, como ressalta Robert M. Farr (2000), scio-cultural, e que toda subjetividade est inserida em um contexto de referncia que obrigatoriamente deve levar em conta o projeto ou modelo cultural (Velho, 1981) que tem como mbito colaborativo a estruturao do lao interpsquico. 7 Como se refere Sylvia Dantas (2010), a Psicologia Intercultural um espao por excelncia interdisciplinar.

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matriacontato

A democracia no Brasil e nos Conselhos de Psicologia


Considerando o contexto poltico-social em que a Lei 5.766, de 1971, foi criada (durante um regime governamental de ditadura militar) e as interferncias que isso causou nas estruturas dos Conselhos de Psicologia, os Psiclogos, de todo o pas, acompanhando o processo de redemocratizao do governo brasileiro (que j era notvel em meados dos anos 80), comearam tambm a discutir a necessidade de promover alteraes na Lei 5.766, a fim de tornar o funcionamento dos Conselhos mais democrtico e menos centralizador, reconfigurando o papel de rgo detentor de poder absoluto atribudo ao Conselho Federal de Psicologia. Com a poltica de redemocratizao avanando no Brasil como exemplo, podemos apontar a Constituio de 1988, que estabeleceu um regime poltico democrtico e pluripartidrio; e a primeira eleio direta para Presidente da Repblica, que aconteceu em 1989, elegendo Fernando Collor de Mello (o qual recebeu impeachment em 1992), a classe dos Psiclogos pode se organizar mais livremente. Mas, somente em 1996, pela primeira vez, os conselheiros do CFP, foram eleitos por voto direto. o CONUP apenas acirrou as divergncias, pois alguns segmentos do Sindicato defenderam a proposta de acabar com o Conselho, por entenderem que o CRP era uma entidade que representava a captura estatal, posicionamento que marcou a grande ciso entre Sindicato e CRP (Hur, 2012). Uma das decises aprovadas no Conup foi a de realizar o Encontro Geral de Plenrias. Foi nesse evento, que aconteceu em outubro de 1991, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e que reuniu os Plenrios do CFP e dos Regionais, que foi decidido realizar um Congresso Constituinte da Psicologia, com a finalidade de discutir a estrutura dos Conselhos e de propor alteraes que pudessem democratizar o Sistema e possibilitar que a Psicologia, como cincia e profisso, obtivesse mais espao e respeito na sociedade.

Congresso Constituinte da Psicologia (I Congresso Nacional da Psicologia)


Para que o Congresso fosse realizado, foi preciso antes promover a reflexo e a produo de teses entre os Psiclogos. Assim, o Processo Constituinte Repensando a Psicologia durou 3 anos, e o Congresso Constituinte da Psicologia aconteceu somente em 1994, entre os dias 25 e 28 de agosto, em Campos do Jordo, So Paulo. A realizao do Congresso Constituinte pode ser considerada mais uma vitria dos Psiclogos, pois, por meio desse evento, os profissionais poderiam propor ideias e defender seus posicionamentos com relao s polticas e diretrizes que os Conselhos deveriam seguir. Como no poderia deixar de ser, havia um carter fortemente poltico no evento. Os eixos temticos aprovados foram: Entidades e Organizao Poltica; Exerccio Profissional; e Formao Profissional. Um dos objetivos estabelecidos pelo Frum de Entidades (instncia naciocontato 27

Congresso Nacional Unificado dos Psiclogos (Conup)


J em 1989 aconteceu o Congresso Nacional Unificado dos Psiclogos (Conup), um evento que teve como principal objetivo reunir membros de entidades sindicais e dos Conselhos para discutir assuntos de interesse de toda classe dos Psiclogos. A ideia de promover esse evento veio da necessidade de apaziguar o conflito entre os Sindicatos e os Conselhos que era bastante claro. Havia muita divergncia quanto s delimitaes dos campos de atuao e dos assuntos concernentes a cada rgo, e a proposta de criar um Congresso Unificado teve como meta justamente proporcionar um espao para que esses grupos pudessem debater e estabelecer posicionamentos que, acima de tudo, fossem em prol dos interesses dos Psiclogos. No entanto,

nal, responsvel por discutir, articular e encaminhar as deliberaes decorrentes do Congresso) era de: Produzir e apresentar um Projeto de Lei que disponha sobre o novo ordenamento jurdico da instituio, a ser apreciado pelas plenrias dos Regionais, garantindo a participao dos Delegados presentes no Congresso Nacional Constituinte, responsabilizando-se pela campanha de mobilizao nacional de Psiclogos para sua aprovao no Congresso Nacional (CNC, 1994) Assim, fica bastante claro que a meta foi rever a Lei 5.766 e, coletivamente, chegar a uma proposta para mud-la. Entre as valiosas decises (como as eleies por voto direto), est a indicao do Congresso Constituinte para transformar o Conselho Federal de Psicologia em Conselho Nacional de Psicologia, alm da constituio de um Conselho Regional por Estado. Ao final do Congresso, ficou decidido que este seria considerado o I Congresso Nacional da Psicologia, e que o II Congresso Nacional da Psicologia aconteceria dois anos depois, em 1996 mais tarde, no IV CNP, esse intervalo passou a ser de 3 em 3 anos, a fim de coincidir com as eleies para os plenrios do CFP e dos CRPs. Tambm no II CNP, acontecido entre os dias 28 de agosto e 1 de setembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi discutida a necessidade de alterar a Lei 5.766. Ao final do evento, chegou a ser produzido um texto substitutivo com esse fim. No entanto, a gesto que assumiu o Conselho Federal de Psicologia (e que est l desde ento) engavetou todo avano proposto para se apresentar um Projeto de Lei que alterasse as estruturas dos Conselhos de Psicologia. A questo voltou a fazer parte do eixo de debate apenas em 2007, quando foi discutida no VI CNP, realizado em Braslia, Distrito Federal, entre os dias 14 e 17 de junho. No caderno de deliberaes desse CNP, consta a seguinte deliberao, referente reviso da Lei 5.766: Desencadear, a partir do Conselho Federal de Psicologia (CFP), um debate sobre as necessrias mudanas, com realizao de fruns regionais e um frum nacional que indique a minuta da alterao da Lei (p.15). Com base nisso, em 2008, foram realizados Seminrios Regionais, nos diversos estados do Brasil, para que fossem discutidas entre os Psiclogos quais alteraes poderiam ser propostas. O que indica que a gesto atual do CFP vem tentando apagar a histria dos Congressos anteriores e produzir uma nova proposta que perpetue sua gesto no poder.

VIII Congresso Nacional da Psicologia


Em 2013, dos dias 30 de maio a 2 de junho, em Braslia, Distrito Federal, acontecer o VIII CNP, com o tema Psicologia, tica e Cidadania: Prticas Profissionais a Servio da Garantia de Direitos. Um dos eixos temticos aprovados pela Assembleia de Polticas, da Administrao e das Finanas (APAF), em maio de 2012, foi justamente a Democratizao do Sistema Conselhos e Ampliao das Formas de Interao com a Categoria. Curiosamente, em 31 de agosto deste ano, foi encaminhado ao Congresso Nacional, pela presidenta Dilma Rousseff, o Projeto de Lei n 4364/2012, que prope alteraes na Lei 5.766. Embora uma matria publicada no site do CFP, em setembro de 2012, diga que a proposta resultado de uma ampla discusso que envolveu toda a categoria e obteve parecer favorvel do Governo, basta observar os diversos comentrios que constam em outra matria (intitulada Ministro Carvalho diz que alterao da Lei 5.766/71 seguir ainda este ano para o Congresso e publicada em agosto de 2012, tambm no site do rgo) de Psiclogos reclamando no fazer ideia do que constava no PL e afirmando que esse encaminhamento no fora acordado com a classe ou sequer divulgado previamente. Alm disso, parece ser no mnimo um contrassenso encaminhar um Projeto de Lei que objetiva alterar a estrutura do Sistema Conselhos logo aps essa questo ter sido aprovada como eixo temtico a ser discutido no VIII CNP. Afinal, teses esto sendo produzidas para que, coletivamente, os Psiclogos possam se organizar e criar, juntos, a redao de um Projeto de Lei que contemple as necessidades reais da classe.

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A razo de se realizar um Congresso Nacional justamente possibilitar o debate coletivo, propiciando aos Psiclogos e Psiclogas de todo o Brasil o espao para participarem efetivamente das decises que determinaro as diretrizes e aes polticas dos Conselhos, assim como suas configuraes. Considerando que a instncia mxima de deliberao dos Conselhos de Psicologia, o Congresso Nacional, para o qual a discusso em torno da alterao da lei 5.766 est pautada, ainda no aconteceu, h de se compreender que o PL 4364/2012 no foi produzido com base no debate entre os Psiclogos. Pelo contrrio, foi redigido por alguns, de acordo com o interesse desses o que, certamente, no configura um processo democrtico.

Referncias
Conselho Federal de Psicologia (CFP). Cmara define tramitao do PL que altera Lei n 5.766/1971. 12 set 2012. Disponvel em: http://site.cfp.org.br/camara-dos-deputados-define-tramitacao-do-projeto-de-lei-que-altera-lei-no-5-7661971/ . Acesso em: 06 dez 2012. Conselho Federal de Psicologia (CFP). Ministro Carvalho diz que alterao da Lei 5.766/71 seguir ainda este ano para o Congresso. 14 agosto 2012. Disponvel em: http://site.cfp.org.br/ministro-carvalho-diz-que-alteracao-da-lei-5-76671-seguira-ainda-este-ano-para-o-congresso/. Acesso em: 06 dez de 2012. Frum de Entidades do Conselho Nacional de Psicologia. Congresso Nacional Constituinte da Psicologia. Caderno de deliberaes. 03 dez de 1994. HUR, U. D. Polticas da psicologia: histrias e prticas das associaes profissionais (CRP e SPESP) de So Paulo, entre a ditadura e a redemocratizao do pas. Disponvel em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65642012000100004&script=sci_arttext. Acesso em: 06 dez de 2012.

psiclogodaSilva

Tnio Luna

Alto-mar

em ao norte da desembocadura do Rio Amazonas, cerca de 700 quilmetros mar adentro, ainda se percebe claramente a mudana de cor da gua. Esta fica mais escura por influncia das folhas, arbustos e troncos que caram no rio ao longo de seus 1700 quilmetros. Quando se cruza em um navio esse encontro de guas, a imaginao levada a lugares desconhecidos, selva amaznica adentro. No por

serem distantes, desconhecidos e frutos da imaginao que esses lugares no so reais. Ali, ao lado do costado do navio, danam as guas sombras da real imaginao. Como Psiclogo, imagino um mundo melhor, ainda que as cores das guas escuras no sejam, por inmeras vezes, to definidas e ainda que tenham infinitas tonalidades.

Ao amigo Heitor, companheiro de enfermaria, cuja vida no lhe deu mais tempo para comermos a costela com batatas.

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O CRP-PR d boas-vindas aos novos inscritos dos meses de Outubro e Novembro de 2012

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