Política Educacional e Organização Da Educação Básica
Política Educacional e Organização Da Educação Básica
Política Educacional e Organização Da Educação Básica
Regina Maria de Oliveira Brasileiro Elisabete Duarte de Oliveira Maria Vernica Teixeira Gomes
Poltica Educacional e Organizao da Educao Bsica no Brasil / Regina Maria de Oliveira Brasileiro [et al] Macei, 2012. 67f.; 26cm UAB Universidade Aberta do Brasil 1. Poltica Educacional e Organizao da Educao Bsica no Brasil . I Brasileiro, Regina Maria de Oliveira; II Oliveira, Elisabete Duarte de; III Gomes, Maria Vernica Teixeira
No posso ser professor se no percebo cada vez melhor que, por no poder ser neutra, minha prtica exige de mim uma definio. Uma tomada de posio. Deciso. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. No posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de no importa o que. [...] Sou professor a favor da decncia contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminao, contra a dominao econmica dos indivduos ou das classes sociais. [...] Sou professor a favor da esperana que me anima apesar de tudo. (Paulo Freire Pedagogia da Autonomia, 2001, p.115)
Introduo
Os estudos que compem a disciplina Poltica Educacional e Organizao da Educao Bsica no Brasil so de grande relevncia para o processo formativo dos professores da Educao Bsica nas diversas reas do conhecimento. Esse livro reflete as discusses geradas na disciplina, em que buscaremos estudar a poltica e organizao da educao brasileira nos seus diversos nveis e modalidades de ensino, considerando os aspectos legais, histricos, polticos, sociais, econmicos e culturais, dando nfase na Educao Bsica, nosso campo de atuao. Compreendemos que o papel das instituies de ensino superior de suma importncia na formao bsica do professor, em que o IFAL assume esse desafio ao instituir cursos de licenciaturas na modalidade a distncia, atendendo a uma demanda de sujeitos que buscam uma qualificao profissional de qualidade. Dessa forma, as discusses propostas nesse livro tm um lugar significativo na formao docente, mostrando que somos ns, trabalhadores da educao, responsveis pela organizao educacional do nosso pas, uma vez que exercemos os nossos direitos de cidados participando, resistindo, traando e propondo mudanas nas polticas educacionais, sempre em busca da educao de qualidade que tanto queremos para o Brasil de hoje. Nesse sentido, o livro est dividido em quatro captulos. O primeiro, intitulado O Sistema Educacional, conceitua as categorias da disciplina, alm de discutir os conceitos gerais sobre sistema educacional brasileiro e a educao como direito.
compreenso maior das polticas e organizao da educao brasileira, a partir da sua legislao, de forma que ns, profissionais da educao, assumamos nossos papis frente aos desafios e rumos educacionais do nosso pas.
Sumrio
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1.1. Iniciando a Discusso....................................................................................... 8 1.2. Conceito de Sistema de Educao ................................................................. 10 1.3. A Educao como Direito .............................................................................. 13 Leituras Complementares .................................................................................... 15 Atividades ............................................................................................................. 15 2. EVOLUO DA EDUCAO BRASILEIRA, BASES HISTRICAS E POLTICAS DA LEGISLAO EDUCACIONAL ................................................. 17 2.1. A Organizao do Ensino do Brasil na Institucionalizao do Projeto Colonizador e a Legislao Educacional do Imprio ........................................... 17 2.2. O Perodo Republicano e a Organizao Educacional Brasileira ................. 24 2.3. Regime Militar - autoritarismo e centralizao: preocupaes em torno da organizao educacional e a formao do professor. .......................................... 31 Leituras Complementares .................................................................................... 34 Atividades ............................................................................................................. 35 3. A ORGANIZAO EDUCACIONAL NO BRASIL DE HOJE: CONCEPO, LEGISLAO, POLTICAS E ORGANIZAO DA EDUCAO BSICA ......... 37 3.1. A Constituio Federal de 1988 e a LDB 9.394/96: refletindo a organizao da educao no Brasil ...........................................................................................38 Leituras Complementares .................................................................................... 57 Atividades ............................................................................................................. 58 4. A LEGISLAO BRASILEIRA E AS MODALIDADES DE ENSINO ...........60 Leituras Complementares .................................................................................... 62 Atividades ............................................................................................................. 63 4.1 Roteiro Base para Diagnstico da Realidade Educacional do Municpio e/ou Estado sobre as Modalidades de Ensino .............................................................. 64 4.2 Prtica Scio-Poltico-Pedaggica ................................................................. 65 4.3 Outros Questionamentos ........................................................................... 65 Referncias............................................................................................................68
Unidade 1
Sistema Educacional
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O art. 1 da LDB, citado acima, define a educao na sua forma mais abrangente, considerando que ela ocorre em todos os processos formativos desenvolvidos nas mais variadas manifestaes da sociedade, pois ela no Sistema Educacional
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A partir do significado apresentado por Ferreira (2001), percebemos que o termo sistema amplo e usado nas mais diversas reas do conhecimento. Considerando essa amplitude, no podemos nos ater ao seu conceito restrito, principalmente porque nosso objeto de estudo se d na discusso sobre o sistema educacional brasileiro. Segundo Lalande (1993, p.1034), sistema se define como Conjunto de elementos, materiais ou no, que dependem reciprocamente uns dos outros, de maneira a formar um todo organizado. Essa definio nos possibilita dizer que todo sistema se apresenta como algo formado em sua totalidade, que possui
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Compreendendo a noo geral de sistema, iremos nos deter em sistema educacional. Considerando que sistema ser o resultado de uma ao sistematizadora, o sistema educacional, consequentemente, s acontecer a partir de uma educao sistematizada, pois implica em uma ao intencional comum e no individual. Entretanto, Saviani (2005) afirma que no existe um sistema educacional no Brasil. Sua afirmao alega que, apesar de a LDB se destinar a sistematizar a educao brasileira, enquanto a sociedade for dividida em classes antagnicas ser impossvel a existncia de um sistema educacional enquanto produto intencional da atividade educativa. Para Romo (apud ABREU, 1999, p.30),
[...] negar, pura e simplesmente, a existncia de sistemas educacionais em sociedade hierarquizadas e enxerg-los como possveis apenas em sociedade sem classes, desconhecer o embate real, histrico, que se d entre as criaes ideolgicas dos opressores e as elaboraes das vises de mundo dos dominados. E, claro, os sistemas no existem enquanto abstraes, generalizaes desencarnadas, mas como processos de articulao de atores, meios e fins em contextos especficos.
Nesse sentido, se acreditamos na perspectiva dialtica, os conceitos construdos precisam apreender o carter processual e contraditrio da realidade, pois os sistemas educacionais se alternam de acordo com o seu contexto. Os sistemas educacionais nascem da necessidade de sistematizar a educao, tornando-a uma atividade intencional, que resultado comum das aes concretas dos homens, vivendo em sociedade, pautando-se nas normas de organizao e funcionamento de um sistema educacional.
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Dessa forma, mesmo havendo algumas divergncias quanto ao conceito de sistema educacional, pode-se dizer, em termos bastante prticos, que o sistema de ensino refere-se a um determinado conjunto de escolas que apresenta traos comuns; um conjunto de rgos administrativos e pedaggicos; um conjunto de recursos humanos, financeiros e materiais e um conjunto de normas que estrutura e pe em funcionamento o ensino de forma harmnica para buscar objetivos comuns. Portanto, o sistema de ensino um conjunto de instituies de ensino, pblicas e privadas, de diferentes nveis e modalidades, e de rgos educacionais que interagem entre si com unidade e coerncia, passiveis de conflitos; tendo como base as normas legais que visam ao desenvolvimento educacional do pas. A partir desse debate sobre sistema educacional, iremos agora discutir a educao como direito e a quem compete a garantia desse direito. 1.3. A Educao como Direito Ao discutirmos a educao, logo pensamos que ela um direito. Mas direito de quem? Quem tem direito? Quem deve garantir esse direito?
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Dessa forma, todos cidados tm o direito educao, cabendo ao Estado e famlia garantir esse direito, de forma que seja ofertado com qualidade, principalmente no ensino fundamental obrigatrio e gratuito dos 6 aos 14 anos. O art. 5 da LDB 9.394/96 afirma que
O acesso ao ensino fundamental um direito pblico subjetivo, podendo qualquer cidado, grupos de cidados, associao comunitria, organizao sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituda, e, ainda, o Ministrio Pblico, acionar o Poder Pblico para exigi-lo.
O acesso ao ensino fundamental ser um direito pblico subjetivo uma conquista da sociedade, pois se ele no for oferecido pelo Poder Pblico, ou tiver oferta irregular, implica na responsabilizao da autoridade competente por essa oferta, podendo o Poder Judicirio ser acionado e exigir o cumprimento da lei. Dessa forma, se compreendemos que a educao um direito cidadania, jamais podemos conceb-la, nem aceit-la enquanto mercadoria, como algo que tem apenas valor econmico, passando a ser tratada sob os critrios que regem o mercado e a poltica neoliberal, que defende, acima de tudo, o lucro, enfatizando-se a fora do privado sobre o pblico. Para Azevedo (1997, p.15), A ampliao das oportunidades
educacionais considerada um dos fatores mais importantes para a reduo das desigualdades. Da a importncia que o saber tem na sociedade que vivemos,
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Leituras Complementares A Educao Bsica como Direito Jamil Cury. Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v38n134/a0238134.pdf. A Idia de Sistema Nacional de Ensino e as Dificuldades para sua Realizao No Brasil No Sculo XIX Demerval Saviani. Disponvel em: http://www.fae.unicamp.br/dermeval/texto2001-1.html.
Atividades 1. A partir das leituras realizadas e das discusses ocasionadas no momento presencial, discuta com seus colegas a existncia do sistema de educao e de ensino no Brasil, apresentando os argumentos relativos a sua opinio, alm de comentar as repostas dos colegas no frum de discusso Existe um sistema de educao no Brasil?. 2. Organizar uma resenha do texto A Educao Bsica como Direito, de Jamil Cury, disponvel em http://www.scielo.br/pdf/cp/v38n134/a0238134.pdf.
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Unidade 2
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Poltica Educacional e Organizao da Educao Bsica no Brasil 2. Evoluo da Educao Brasileira, Bases Histricas e Polticas da Legislao Educacional
Na segunda unidade, iremos resgatar alguns aspectos da histria da educao no Brasil, como parte do contexto de mudanas ocorridas durante a nossa organizao educacional. Sabemos que ainda perduram, na nossa realidade atual, caractersitcas peculiares da educao dos tempos coloniais e do perodo imperial. Tais caractersticas so notrias quando percebemos que ainda existe uma dualidade educacional, que define uma educao para as massas e outra para as elites. Essa dualidade se faz presente nos nveis de ensino, nas questes de acesso e permanncia na escola, na diferenciao dos contedos, na formao e condies de trabalho dos professores, na organizao curricular, dentre outros. Dessa forma, acreditamos que esse captulo de suma importncia para entendermos os elementos que constituram as polticas educacionais e a organizao do nosso sistema de ensino, afim de que possamos compreender melhor o que vivenciamos hoje na nossa educao, cujas especificidades discutiremos no captulo III. 2.1. A Organizao do Ensino do Brasil na Institucionalizao do Projeto Colonizador e a Legislao Educacional do Imprio A educao brasileira sempre foi um assunto bastante discutido, desde o perodo colonial at os nossos dias. importante entendermos os mecanismos do processo de ensino-aprendizagem, como tambm compreendermos o movimento histrico de cada poca, pois a educao um processo histrico e social.
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Esse partido liberal tinha como objetivo a autonomia total do Brasil com relao a Portugal, alm da luta por uma carta constitucional, legislao, governo prprio que firmasse a nao brasileira. Com relao a essa busca pela identidade nacional, Munanga tambm nos diz que [...] a questo da identidade nacional aflorou principalmente em trs grandes conjunturas histricas: com a independncia inserida no poder monrquico de 1822, lanou-se a semente da nacionalidade a partir da reivindicao metrpole portuguesa; com a abolio do regime escravo, em 1888, e o surgimento da Repblica, em 1880; e com a revoluo de 1930 (1996, p.181). nesse emaranhado de ideias que se inicia a formulao da Constituinte de 1823, na intensa busca por novas tendncias que pudessem dar outros rumos ao pas. De acordo com o primeiro projeto constituinte, Pereira da Cunha (apud FVERO, 2001, p.35) afirma que nele esto as regras adequadas Evoluo da Educao Brasileira, Bases Histricas e Polticas da Legislao Educacional
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interessante observarmos que a organizao desse sistema de educao pblica foi encarada como uma competio, em que o vencedor, ou seja, aquele que conseguisse elaborar tal plano seria premiado. Aps todo esse incentivo dado pelo governo brasileiro, dentre os projetos encaminhados, escolhido o plano de educao elaborado por Martim Francisco, intitulado Memrias sobre a Reforma dos Estudos Menores da Provncia de So Paulo. Nele estava descrito todo mtodo que deveria ser adotado para o comeo e o progresso da educao brasileira.
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2 Nomenclatura utilizada nesse perodo, equivalente hoje a Ensino Fundamental e Ensino Mdio, respectivamente.
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Aos professores cabia ensinar tais contedos. Para isso, eles seriam capacitados na capital de cada provncia e admitidos atravs de exames de seleo. Cada professor selecionado teria direito a uma remunerao, muito baixa, que no atraa os docentes para o exerccio nas escolas de primeiras letras. Com isso, continua a desvalorizao da formao profissional docente. Outro aspecto importante nesse perodo o crescente nmero de escolas profissionais, em que as pessoas viam nesse modo de organizao uma maneira mais vivel de receber a formao mais prtica, que as universidades no poderiam dar. Assim, com essas escolas profissionais isoladas, o ensino universitrio tambm se restringia educao profissional. Isso pode ser explicado por Kullok (2000, p.33), quando nos diz que;
Sabe-se que a universidade, originariamente, nada mais foi que um centro de licenciamento do magistrio. Seu fim nunca deixou de ser este: preparar para a profisso fundamental de mestre, scholar, do zelador e guardio da cultura e dos mtodos de elabor-la. Dessa forma, durante todo o Imprio, o nosso sistema escolar se estabeleceu com o ensino secundrio do tipo ecltico3, em que na verdade no havia uma real formao dos professores em nvel superior, restando apenas as escolas profissionalizantes. Essa formao resumia-se s aulas-conferncia. Os professores que se interessavam pelos estudos se tornavam homens de cultura atravs do autoditamismo, pois o sistema de ensino era muito rgido e centralizador. 3 Estudos clssicos, no sentido de incluso do grego e do latim, e geografia, histria e cincia.
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2.2. O Perodo Republicano e a Organizao Educacional Brasileira Com o regime republicano, em 1891, alguns decretos tentaram dar um novo rumo educao brasileira. O saber ler e escrever passou a ser prrequisito para o direito ao voto; a instruo pblica deve ser competncia das unidades federadas em todos os graus; e o currculo passa a ser laico4. A partir dessa laicizao do currculo, o ensino oficial era mantido, mas tambm era admitido o ensino livre, em que as escolas particulares religiosas poderiam ser institudas. Porm, o ensino religioso comeava a ser questionado, e as questes relativas ao progresso da sociedade precisavam ser explicadas pela cincia, no mais pela f. Entretanto, com a Repblica, a descentralizao dos deveres do Estado continuava, pois a estrutura era do Estado Mnimo, cada vez menos responsvel por suas obrigaes com sade, educao, moradia, entre outros. Tambm se buscava, ainda nesse momento, a construo da nao brasileira. Para isso, a nica forma de se estabelecer essa nao era atravs do modelo de escola nica5, em que essa seria instalada em todo o pas. Contudo tambm existem aspectos bastante positivos nesse perodo. com a Constituio de 1891 que se estabelece o recurso financeiro para a
4 Liberdade plena de expresso e de culto e a separao da Igreja e do Estado. 5 Neste modelo de escola haveria uma nica legislao que deveria ser aplicada a qualquer escola do pas, mesmo aquelas que no tivessem condies de desenvolv-la. Com isso, seriam desconsideradas as especificidades de cada regio.
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Pedagogium, que so escolas destinadas ao aperfeioamento do magistrio. Essas escolas constituem-se em estudos pedaggicos de nvel superior. Porm essa iniciativa foi extinta, e o pas voltava descentralizao educacional ocorrida no Imprio. Outra iniciativa foi a formao do primeiro modelo de escola superior para a formao de profissionais da educao. Essa escola destinava-se formao dos professores das escolas complementares e aos professores do ginsio, em nvel superior. Ento, teramos a formao do professor tcnico e do professor em curso superior. Essa proposta de Escola Normal superior tambm no vingou devido a essa ambiguidade na formao dos professores. Em 1901, criada a primeira faculdade de filosofia, cincias e letras com instituto de educao em anexo, porm os cursos oficiais no conseguem assumir essa formao, e a oficializao do ensino leigo desvaloriza ainda mais o magistrio. O avano que podemos notar nesse perodo que h um crescimento dos sistemas de ensino e um aparecimento dos profissionais da educao, que tentavam transformar o ensino atravs da sua atuao concreta, baseados nas ideias da escola nova de John Dewey. Com a reviso constitucional de 1926, ocorreram algumas emendas, dentre elas, o ensino religioso era introduzido novamente nas escolas pblicas, Evoluo da Educao Brasileira, Bases Histricas e Polticas da Legislao Educacional
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Com essa conscincia razovel, entendendo que os ndices de analfabetismo no pas estavam elevados, algumas medidas foram tomadas no sentido de acabar com essa situao. a partir da que se efetiva a criao de um fundo nacional para financiamento de um conselho nacional de instruo publica, com a inteno de normatizao dos estabelecimentos; o controle das escolas e a associao entre gratuidade e obrigatoriedade, inclusive para o ensino secundrio.
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Na dcada de 30, no que se refere formao do professor, h a criao do Estatuto das Universidades Brasileiras, documento no qual se estabelecem os padres de organizao do ensino superior. Ele admitia duas formas de organizao do ensino: a universidade e o instituto isolado. Com essa forma de organizao, as unidades de pedagogia foram intituladas como os cursos especficos para a formao de professores secundrios. Esses cursos tinham por objetivo [...] ampliar a cultura de domnio das cincias puras, promover e facilitar a prtica de investigaes originais, desenvolver e especializar conhecimentos necessrios ao exerccio do magistrio (KULLOK, 2000, p.41). Tambm nesse perodo que ocorre a elevao do Instituto de Educao categoria de ensino superior, tornando-se Faculdade de Educao. Porm, mesmo tornando-se superior, os cursos de formao pedaggica tinham um carter cientfico diferenciado dos demais cursos. Essas faculdades de carter profissional se envolviam no esquema 3+1, pois a preparao dos alunos ao magistrio do ensino secundrio e normal estava estruturada em quatro reas: filosofia, cincias, letras e pedagogia, que anexava a didtica como disciplina que dava o suporte para se compreenderem as tcnicas de ensino. Com a Constituio de 1946, mesmo com todas as suas limitaes, entra em vigor um longo perodo de construo da sociedade democrtica no pas, durando 20 anos. Segundo Fvero (2001, p.165), algumas das idias-fora que percorrem todos os partidos, grupos e instituies criam as condies para a Evoluo da Educao Brasileira, Bases Histricas e Polticas da Legislao Educacional
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Por isso afirmamos que houve um grande retrocesso na histria do pas. O regime autoritrio e controlador do governo militar fizeram com que anos de luta da sociedade em prol dos direitos civis fossem destrudos. Com a implementao da Constituio de 1967, no ano seguinte instaurada a Lei n 5.540/68 que traz a reforma universitria. Nessa reforma se estabelece uma nova formao para os professores. Ela transforma a faculdade de educao em duas sees: uma de pedagogia, para a formao do bacharel; e a seo de didtica, que dava habilitao aos bacharis, no s do curso de pedaggica, como tambm de qualquer outra licenciatura, a titulao para ensinar no ensino secundrio. Acreditamos que, a partir dessa reforma e desse regime, acentuou-se ainda a mais a desvalorizao do magistrio, restando o chavo de que qualquer pessoa que tenha um curso superior pode ser professor. Nesse governo militar, mesmo com a reforma universitria, a formao docente tinha um carter especfico. A tendncia predominante era o tecnicismo, em que o professor deveria ter toda a tcnica para transmitir os
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Isso nos permite dizer que, nesse contexto, a educao passou a ser vista como treinamento. Dessa forma, a educao seria instrumento de desenvolvimento econmico e progresso social. Alguns princpios da teoria econmica, como eficincia e produtividade, foram adaptados para a educao. Para Sader (1998, p.32), E numa sociedade impulsionada pelos ritmos da acumulao de capitais, os discursos dominantes passam a ser os dos economistas, nos quais os trabalhadores s aparecem como fatores de produo. E com a educao no foi diferente. Um outro fator desse perodo que no pode ser desprezado a formulao da Lei 5.692/71, que veio para reformar os ensinos de 1 e 2 graus, sendo considerada como um milagre brasileiro. Essa lei tambm aproveita alguns dispositivos da Lei n 4.024/61, com relao aos objetivos gerais da educao. A diferena est no tratamento dos objetivos do ensino 1 e 2 graus, em que ela define os objetivos gerais para esse Evoluo da Educao Brasileira, Bases Histricas e Polticas da Legislao Educacional
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Leituras Complementares
Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 4.024/61, disponvel em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4024.htm. Evoluo da Educao Brasileira, Bases Histricas e Polticas da Legislao Educacional
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Atividades 1. A partir das leituras realizadas, das discusses nos grupos, das pesquisas realizadas, aponte os marcos mais importantes da organizao da educao brasileira ao longo da sua histria, apresentando os argumentos relativos a sua opinio, alm de comentar as repostas dos colegas no frum de discusso Quais os aspectos mais importantes da organizao da educao brasileira ao longo da sua histria? 2. Contextualize historicamente a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 5.692/71, comentando os aspectos de organizao da educao que considerarem de maior relevncia, principalmente no que se refere ao ensino de primeiro grau e quais as respectivas responsabilidades administrativas.
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Unidade 3
A Organizao Educacional no Brasil de hoje: Concepo, Legislao, Polticas e Organizao da Educao Bsica
A Organizao Educacional no Brasil de hoje: Concepo, Legislao, Polticas e Organizao da Educao Bsica
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Poltica Educacional e Organizao da Educao Bsica no Brasil 3. A Organizao Educacional no Brasil de hoje: Concepo, Legislao, Polticas e Organizao da Educao Bsica
A terceira unidade trata da atual organizao educacional do Brasil, discutindo sua legislao e as polticas educacionais vigentes. Continuaremos a nossa caminhada pela histria, resgatando os elementos educacionais presentes na Constituio Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 9.394/96, que so considerados os marcos iniciais do processo de redemocratizao do ensino no pas. Alm disso, iremos analisar o Plano Nacional de Educao, que teve, inicialmente, uma proposta da sociedade civil e, posteriormente, uma proposta do governo. Hoje vivenciamos um momento de grande importncia na histria da educao brasileira, com a realizao das conferncias municipais e estaduais de educao, que visam a um espao de discusso e preparao para a Conferncia Nacional de Educao CONAE, em 2010. De acordo com o Documento-Referncia (2009, p.4),
A CONAE dever, portanto, constituir-se em espao social de discusso da educao brasileira, articulando os diferentes agentes institucionais, da sociedade civil e dos governos, em prol da construo de um projeto nacional de educao e de uma Poltica de Estado.
O tema central visa discusso sobre a construo do sistema nacional articulado de educao, pondo em prtica o regime de colaborao que consta na LDB 9.394/96. A partir dessa perspectiva que se consolidar o Plano Nacional de Educao, com suas diretrizes e estratgias de ao para a prxima dcada educacional (2011-2020). O Documento-Referncia consta de seis eixos temticos abordando: 1. Papel do Estado na Garantia do Direito Educao de A Organizao Educacional no Brasil de hoje: Concepo, Legislao, Polticas e Organizao da Educao Bsica
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Dessa forma, novas organizaes sociais foram se efetivando em busca de um nico objetivo: a liberalizao para reconstruo do sistema democrtico brasileiro. Os movimento sociais foram se intensificando. Porm, no h uma formulao concreta sobre seu conceito. Conforme Scherer-Warren (1993, p.18), Para alguns, toda ao coletiva com carter reivindicativo ou de protesto movimento social, independente do alcance ou do significado poltico ou cultural da luta. Para Touraine (apud SCHERER-WARREN, 1993, p.18), [...]
movimento sociais seriam aqueles que atuam no interior de um tipo de sociedade, lutando pela direo de seu modelo de investimento, de conhecimento ou cultural. Com essa ascenso dos movimentos sociais, nota-se que as
reivindicaes pela democracia e pela cidadania partiram da organizao da sociedade civil para surpresa e declnio total do regime militar. Cabe a ns perguntarmos: como se organizou o movimento de educadores nessa nova poltica educacional? E que transformaes ocorreram para melhoria da sua formao? A cidadania o elo entre os movimentos sociais e a educao. Dessa forma, a educao tem papel fundamental na cidadania coletiva, em que ela se constri num processo de luta, que um movimento educativo. Assim, podemos A Organizao Educacional no Brasil de hoje: Concepo, Legislao, Polticas e Organizao da Educao Bsica
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Outras associaes tiveram papel importante nesse processo de redemocratizao do ensino, sendo elas: Associao Brasileira de Educao ABE, e a Associao dos Educadores Catlicos AEC. A ABE foi uma entidade civil interessada nas questes do campo educacional, e seus participantes aderiam voluntariamente. Suas aes envolviam pesquisas, realizao de cursos, palestras e organizao de conferncias nacionais de educao. Como a ABE era favorvel ao ensino pblico laico, e o ensino religioso tornando-se obrigatrio desde a Constituio de 1934, essa contraposio originou a AEC.
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7 O primeiro nmero dessa revista foi intitulado O educador precisa ser educado.
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Esses pontos discutidos nesse captulo da Constituio comprovam ainda mais a vontade de todos em tornar o Brasil um pas democrtico e de reduzir os ndices alarmantes de analfabetismo.
Porm, nem sempre as vontades so efetivadas plenamente. Pode-se afirmar que o texto da Constituio foi um avano significativo para o campo educacional, se no fosse comparado s propostas das entidades que estavam debatendo tais questes. Mesmo assim, houve um grande ganho, em que se destacam [...] compromisso da educao com a cidadania; a igualdade de condies para o acesso e a permanncia na escola; a garantia da gesto democrtica do ensino pblico e a gratuidade do ensino pblico em todos os nveis (INFORME ANPED, apud TAVARES, 2003, p.31).
No que se refere ao direito educao, a partir da Constituio de 1988 que se estabelece o princpio da gratuidade e da obrigatoriedade do ensino pblico, e a garantia desses princpios ao ensino fundamental, mdio e aos alunos que no tiveram acesso em idade prpria, alm da instituio de creches e pr-escolas para as crianas de 0 a 6 anos9. Com a garantia desses princpios que comea a se oficializar a educao de adultos no ensino noturno, quando Tavares (2003, p.46) nos diz que [...] a Constituio de 1988 amplia as possibilidades de o adulto se tornar um cidado, atravs do acesso a um ensino de qualidade, adequado s condies do educando. Com todos esses avanos, o ponto central dessa Constituio o princpio da gesto democrtica, pois o prprio processo de formulao da mesma se deu num processo de resgate e implantao da democracia no pas.
9 Com a instituio do Ensino Fundamental de Nove Anos, a Educao Infantil destina-se a crianas de 0 a 5 anos.
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Assim,
os
anos
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foram
um
marco
para
processo
de
redemocratizao do Brasil, principalmente no mbito educacional, pois a partir desse momento que os professores comeam a construir sua prpria histria. Aps o processo de redemocratizao do pas e as lutas constantes dos movimentos sociais, chegamos aos anos de 1990, em que uma nova lei educacional comea a se fortalecer para ser institucionalizada. Na LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996, encontraremos alguns avanos e retrocessos tambm, os quais tentaremos comentar brevemente. A partir da analisaremos a atual situao da formao do professor. Para que a LDB 9.394/96 fosse aprovada, se passaram-se oito anos de discusses e debates sobre a educao do pas, na busca por uma diretriz que guiasse o processo educativo brasileiro.
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Nesse sentido, poderamos dizer que a partir de instrumentos democrticos, como a avaliao, a lei garante Unio uma centralizao maior do poder de coordenar e avaliar? Chegamos a um outro eixo dessa LDB, que a avaliao. A partir dela, criado o Sistema Nacional de Avaliao, cuja responsabilidade ser avaliar o rendimento escolar de todos os nveis de ensino. Esse rendimento escolar ser avaliado a partir dos resultados apresentados pelos alunos atravs de provas e trabalhos, com base em critrios estabelecidos, para que seja atribudo algum conceito. Ser esse o objetivo dessa avaliao? Vejamos, a Unio deve garantir a participao da sociedade no aperfeioamento da educao nacional e divulgar os resultados dos processos de avaliao dos diferentes nveis e modalidades. Assim, a lei d s instituies e docentes a incumbncia de elaborarem esse projeto pedaggico, pois entende-se que a partir dele que podemos assegurar uma melhoria na qualidade do ensino e uma maior participao da sociedade nesses estabelecimentos, garantindo a escola como espao coletivo de inovao educacional (CURY, [199?], p.107). Nesse sentido, pensando a escola como lcus para a participao democrtica da sociedade em geral, encontraremos tambm na LDB 9.394/96 a gesto democrtica como princpio do ensino pblico. Isso nos mostra que o esprito da lei foi se efetivando a partir da Constituio Federal de 1988, em que a educao uma forma de comunicao dos seres humanos, baseada no dilogo, e que para se estabelecer a democracia no se pode ter um sistema centralizador, uniforme e com uma nica avaliao.
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11 Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio, hoje regulamentado pelo FUNDEB, que o Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao do Magistrio, que amplia os investimentos dos recursos financeiros para a educao infantil e para o ensino mdio.
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Cury faz uma crtica a essa etapa da educao bsica, por entender que a educao infantil, sendo ofertada apenas pelos municpios, no conseguir dar conta de todas as crianas que necessitam de escola e tm o direito a essa educao. J o ensino fundamental a etapa de exigncia obrigatria, incluindo aqueles que no tiveram acesso em idade prpria ( o caso da educao de jovens e adultos). Alm disso, de responsabilidade prioritria dos municpios. Digamos que essa etapa a de maior relevncia para a educao bsica, visto que ela abarcar com todas as modalidades de ensino no contempladas nos outros nveis. E, por fim, o ensino mdio passa a ser obrigatrio e gratuito e de responsabilidade dos estados, de forma que estes garantam a continuao do ensino fundamental. Para Cury (2002, p.183),
Assim, do ponto de vista jurdico, consideradas as trs funes clssicas atribudas ao ensino mdio: a funo propedutica, a funo profissionalizante e a funo normativa, esta ltima que agora, conceitual e legalmente, predomina sobre as outras. Legalmente falando, o ensino mdio no , como etapa formativa, nem porta para o ensino superior e nem chave para o mercado de trabalho. Ele tem uma finalidade em si, embora seja requisito tanto do ensino superior quanto da educao profissional de nvel terico.
Isso nos deixa claro que o ensino mdio no apenas profissionalizante, nem to pouco de formao cientfica, mas que ele tem uma especificidade que atende a esses dois modelos. Dessa forma,
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Depois de toda essa explanao sobre a LDB 9.394/96, poderamos nos perguntar: como est a formao do professor dentro dessa perspectiva? Os anos 90 podem ser denominados de Dcada da Educao, pois houve uma intensificao nas relaes polticas, passando a educao e a formao do professor a ganharem reformas educativas, principalmente a partir de 1995. Podemos dizer que todas as reformas educacionais, nesse perodo, tiveram a avaliao como base, abrindo caminho para as polticas de formao, financiamento, descentralizao e gesto de recursos. A partir desse perodo, o que observamos que a concepo tecnicista de educao da dcada de 70 retorna sob nova verso, nas reformas educativas, sob o discurso das competncias, qualificao, competitividade, globalizao. A formao inicial do professor, a partir desse momento, deve ser regida pelas normas e recomendaes pedaggicas da educao bsica. Segundo Freitas (2002, p.144),
A poltica de expanso dos institutos superiores de educao dos e cursos normais superiores, desde 1999, obedece portanto a balizadores postos pela poltica educacional em nosso pas em cumprimento s lies dos organismos financiadores internacionais. Caracterizados como instituies de carter tcnicoprofissionalizante, os ISEs tm como objetivo principal a formao de professores com nfase no carter tcnico instrumental, com competncias determinadas para solucionar problemas da prtica cotidiana, em sntese, um prtico.
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Isso nos permite afirmar que as atuais polticas de formao de professores nos remete a um perodo j vivenciado na histria da educao brasileira, pois o professor est sendo desvalorizado e desqualificado, ficando merc de um processo excludente e centralizador de poder.
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Leituras Complementares
Documento-Referncia 2.pdf;
da
CONAE,
disponvel
em
http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/doc_base_conae_revisado Educao Bsica no Brasil na dcada de 1990: subordinao ativa e consentida lgica do mercado - Gaudncio Frigotto e Maria Ciavatta, disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/es/v24n82/a05v24n82.pdf; Ensino Fundamental de 9 anos: estamos preparados para implant-lo? Doralice Cartilha Aparecida do Paranzini FUNDEB, Gorni, disponvel disponvel em: em: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n54/a05v1554.pdf; http://www.mp.rs.gov.br/areas/infancia/arquivos/cartilhafundeb.pdf Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988, disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao. htm; Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 9.394/96, disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm; Plano Nacional de Educao, disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/LEIS_2001/L10172.htm;
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1. A partir das leituras realizadas do Documento-Referncia da CONAE, discuta com seus colegas os eixos temticos apresentados no documento, explicitando os argumentos relativos a sua opinio, alm de sugerir propostas no frum de discusso sobre Documento-Referncia da CONAE.
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Unidade 4
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Poltica Educacional e Organizao da Educao Bsica no Brasil 4. A Legislao Brasileira e as Modalidades de Ensino
Chegamos ltima unidade do nosso livro. Esperamos que as discusses geradas nos trs captulos anteriores tenham sido importantes para a compreenso da poltica educacional e da organizao da Educao Bsica no Brasil. Passamos por um longo percursso histrico, em que discutimos a educao desde a chegada dos jesutas ao Brasil at a legislao regente do sculo XXI. Agora chegou a hora de ver um pouco mais de perto a realidade da Educao Bsica. Nesse sentido, essa unidade visa a discutir as modalidade de ensino da Educao Bsica, pautadas na LDB 9.394/96, a partir da observao de como essas modalidades esto sendo ofertadas nas realidades dos nossos municpios e estado. Dessa forma, iremos estudar a legislao educacional brasileira para as modalidades de ensino: Educao Profissional, Educao de Jovens e Adultos, Educao Especial, Educao do Campo e Educao Indgena. Prentendemos, portanto, articular a teoria com a prtica, verificando como a oferta da Educao Bsica nessas modalidades de ensino esto sendo efetivadas no estado de Alagoas. As modalidades de ensino so alternativas de procedimentos didticos especficos e adequados s necessidades educacionais do educando, que implicam espaos fsicos, recursos humanos, materiais didticos, metodologias que atendam a essas necessidades. Sabemos hoje que a LDB n 9.394/96 trata das diversas Modalidades de Ensino: Educao Profissional, Educao de Jovens e Adultos, Educao A Legislao Brasileira e as Modalidades de Ensino
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Leituras Complementares
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao de Jovens e Adultos, disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB01200 A Legislao Brasileira e as Modalidades de Ensino
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Atividades
Aps as leituras realizadas da legislao sobre cada modalidade de ensino, discuta com seus colegas e registre as iniciativas que esto sendo realizadas em cada municpio que efetivem as aes em cada modalidade, postando no frum de discusso sobre a legislao brasileira e as modalidades de ensino: Educao Profissional, Educao de Jovens e Adultos, Educao Especial, Educao do Campo, Educao Indgena. Considerando os estudos realizados sobre a legislao brasileira e as modalidades de ensino, em grupo, faam uma pesquisa de campo nas redes municipal e/ou estadual da localidade onde moram, para diagnosticar a realidade educacional sobre uma das modalidades de ensino, de acordo com o roteiro apresentado abaixo:
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1. IDENTIFICAO DA MODALIDADE Modalidade de ensino. Localidade. Rede de ensino. Nveis de ensino atendidos pela modalidade. Legislao vigente.
2. PERFIL PROFISSIONAL Organizao dos profissionais que trabalham com a modalidade: corpo tcnico-administrativo: quantidade de profissionais, cargo, funo, formao; corpo docente: formao, carga horria, srie/ano que leciona, tempo de atuao na modalidade. 3. PERFIL DOS ALUNOS Origem dos alunos da modalidade: situao scio-econmica e universo cultural. Idade/escolaridade nvel de aprendizagem. Identificar se h alunos trabalhadores e que tipo de trabalham realizam. Levantamento de alunos beneficiados com auxlio do governo (bolsaescola, benefcio, etc.). 4. GESTO EDUCACIONAL Gerenciamento da modalidade de ensino pela rede mantenedora:
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4.2 PRTICA SCIO-POLTICO-PEDAGGICA Identificar a existncia de programas e/ou projetos em desenvolvimento (filosofia, objetivos, fase de desenvolvimento, metodologia, avaliao, dificuldades encontradas e alternativas de soluo). Planejamento: como feito, quem participa, metodologia, como acompanham e avaliam, concepo de planejamento que perpassa a ao educacional. Currculo. Avaliao (concepes, instrumentos usados, acompanhamento aos alunos que apresentam dificuldades de aprender, tempo pedaggico. Prtica docente: como se realiza, como so tratados os conhecimentos, habilidade e competncias, metodologia, recusos utilizados. Coordenao pedaggica: funo e o que desenvolvem. Formao continuada dos profissiopnais: quem coordena e como se desenvolve.
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Referncias
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