Das Fontes e Chafarizes Às Águas Limpas

C el s o Lui z Cau s
Evoluo do saneamento no Esprito Santo

Cesan ~ 2012
C el s o Lui z Cau s
GUAS LIMPAS
1 edio
DAS
Fontes e Chafarizes S
Evoluo do saneamento no Esprito Santo

Cesan
Vitria, ES ~ 2012
Co o r d e n a o g e r a l Produo
Coordenadoria de Comunicao Empresarial da Cesan MP Publicidade

Edio e reviso
Linda Kogure
Pr o j e to g r f i c o e di a g ra m a o
Link Editorao
Fotos
Sagrilo(415, 416, 417, 418, 419, 420, 421, 422, 424, 425, 426, 427, 452 e 458) , Celso Luiz Caus (33, 60, 63, 64, 65, 69, 70, 73, 75, 83, 86, 89, 94, 95, 100, 101, 102, 283, 285 e 293), Edson de A. Quintaes (138), Helder Faria Varejo (87, 88, 165, 175, 201, 204, 244, 245, 273, 276, 284, 364, 365 e 392), Ana Nery Correa Barbosa (74), acervos da Cesan, do Arquivo Pblico do Esprito Santo, da Ufes, de Terezinha de Novaes Rocha (90), de Dalton Ramaldes (96), de Fernando Csar Costa (141), de Jaciel dos Santos Silva (284, 286 e 287), da famlia de Jonas Hortelio da Silva Filho (122) e fotos restauradas por Jos Tatagiba (28, 34, 36, 50, 55, 72, 79, 81 e 133).
Impresso Ti r a g e m
GSA Grfica e Editora 2.000 exemplares
Companhia Esprito Santense de Saneamento (Cesan)

Avenida Governador Blay, 186, 3 andar, Centro, Vitria, ES CEP 29010-150 telefone + 55 (27) 2127.5000
CIP Catalogao na fonte Biblioteca de Apoio Maria Stella de Novaes Arquivo Pblico do Estado do Esprito Santo C374d Caus, Celso Luiz. Das fontes e chafarizes s guas limpas : evoluo do saneamento no Esprito Santo / Celso Luiz Caus. Vitria : CESAN, 2012. 528 p. : Il., fotografias, grficos e tabelas ; 20 x 26 cm. ISBN : 978-85-65901-01-7 1. CESAN Histria. 2. Saneamento (ES). 3. Saneamento Histria Brasil. 4. Hidrografia (ES). 5. Departamento de gua e Esgotos (ES). I. Ttulo.
CDD : 363.6198152 CDU : 628.198.152/.398.152
Para Antnio Caus e Alira Nico Caus, meus amados pais. Eliana Barbosa Caus, minha querida esposa. Kryn Barbosa Caus Pelio e Klvyn Barbosa Caus, os brilhos da minha vida. Joo Guilherme Pelio e Rafaella Oliveira de Morais, pelo afeto. Meus queridos irmos Clia, Srgio, Lurdinha, ngela, Gilmar e Soraia, por tudo. Hamilton Coelho Filho (in memoriam), meu primeiro mestre e engenheiro da Cesan.
Agradecimentos
A Deus, por tudo; Neivaldo Bragato, pela oportunidade; diretoria da Cesan, pelo apoio; Biblioteca da Cesan, especialmente o Jlio Csar da Silva Rocha; rea de Patrimnio da Cesan; Paulo Csar Fontinelli, pelo apoio; ngela Zorzal; Mrcia Brito e o pessoal da Comunicao; equipe do Planejamento da Cesan, sobretudo o Srgio Rabelo; Ana Cristina Munhs de Souza; rea de meio ambiente, especialmente o Luciano Firme de Almeida; Elmo Luiz Campo Dall Orto; empregados que j se foram, aposentados que construram a base da Cesan e os que esto na ativa; Arquivo tcnico da Cesan, em especial a Jos Pedro da Rocha; Arquivo Pblico do Estado; e a todos que contriburam para a concretizao desta publicao. Muito obrigado!
Sumrio
Palavra do governador 11 13 17 21 Apresentao Prefcio Introduo
PA RT E 1
Cap. I

Col on iz ao, fon tes e ch afarizes

Novo Arrabalde
27 49
39
Cap. II

Fim da era do s ch afarizes
Primeira dcada do sculo XX: captao das guas no Rio Duas Bocas e construo do primeiro reservatrio da capital Dcada de 1910 Um projeto de gua para Vila Velha: o reservatrio do Cercadinho Dcada de 1920 O Estado arrenda os servios de gua e esgotos a uma empresa privada e depois os retoma Dcada de 1930 Estudos e projetos da barragem de Duas Bocas da nova adutora e do segundo reservatrio da capital Dcada de 1940 Transferncia dos servios de gua e esgoto para a Prefeitura de Vitria Dcada de 1950 Reverso e transferncia dos servios pblicos de gua e esgotos da Prefeitura de Vitria para o Estado. Criao do Departamento de gua e Esgoto (DAE) De 1960 a 1967 A tuao do Departamento de gua e Esgoto (DAE)
49 72 75 82 90
97 115
Cap. III Jucu e San ta M ari a : prin ci pais m an an ci ais da Gran de Vi t ri a

Bacia hidrogrfica de Duas Bocas Atuao do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) Rio Santa Maria da Vitria A degradao e suas consequncias A degradao dos mananciais do interior do Estado e suas consequncias Rio Jucu, maior abastecedor de gua da Grande Vitria e as intervenes desde o perodo colonial
127
129 131 136 144 151
PA RT E 2
Cap. IV D o t em po da Cesan
Dcada de 1960
157 166 168 171 180 200 A criao da Cesan Saneamento no Brasil Aspectos relevantes Plano Nacional de Saneamento (Planasa) Primeiro relatrio do sistema de gua e esgotos elaborado para a Cesan pelo Consrcio Sondotcnica e pelo escritrio tcnico Enaldo Cravo Peixoto Primeiro Plano Diretor para o Sistema de Abastecimento de gua e Esgoto Sanitrio de Vitria, Vila Velha e Cariacica Conceio da Barra: primeiro sistema de abastecimento de gua do interior do Estado
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Dcada de 1970
A sequncia das concesses e as primeiras obras Principais estudos e projetos realizados e previstos na dcada de 70 Construo das instalaes em Cobilndia para suporte operao, manuteno, almoxarifado e transporte Construo das instalaes em Santa Clara para suporte rea de projetos obras e licitao Construo da primeira Estao de Tratamento de gua de Duas Bocas Construo do novo sistema de produo de gua da Grande Vitria no Rio Jucu Construo e ampliao do novo sistema de distribuio de gua da Grande Vitria no Rio Jucu Captao no Canal Marinho desativada Abastecimento aos conjuntos habitacionais Primeiro sistema completo de esgotamento sanitrio Primeiro abastecimento da Serra Sede com captao nas nascentes das encostas do Morro Mestre lvaro Sistema de abastecimento de gua de Guarapari Dcada de 1980 Principais estudos e projetos Construo do sistema de produo e distribuio de gua de Carapina no Rio Santa Maria da Vitria Programa para Atendimento a Comunidades de Pequeno Porte (CPP) Outras obras Programa de Desenvolvimento Operacional (PECOP) Esgotamento sanitrio 305 318 333 356 368 370 203 229 258 260 264 267 278 282 288 292 292 298
Dcada de 1990 Escassez de recursos financiados Financiamento do Banco Mundial Reestudo do Planejamento Global (Plano diretor) e Projeto Tcnico do Sistema de Abastecimento de gua da Grande Vitria Ampliao do sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria Outros estudos, projetos e programas Perodo institucional do setor Primeira dcada de 2000 A retomada dos investimentose a Cesan no cenrio nacional Esgotamento sanitrio: concluso das grandes estaes de tratamento da Regio Metropolitana e de Domingos Martins Programa guas Limpas Programa guas Limpas ampliado Fortalecimento institucional da Cesan Desempenho administrativo e operacional Indicadores gerais da empresa 407 408 412 430 448 450 460 375 375 382 387 401 405
Dcada de 2010
465 466 471 479 484
Metas de cobertura de gua e esgotamento sanitrio guas Limpas dobram a capacidade dos reservatrios de gua dos ltimos 100 anos Cesan alcana o dobro da cobertura mdia nacional em esgotamento sanitrio Programa de Saneamento Rural (Pr-Rural) De 1967 a 2012: aonde a Cesan chegou
Prolas Anexos Referncias Sobre o autor
503 511 523 527
Fontes
Pa l av r a d o g o v e r n a d o r
Renato Casagrande
Governador do Esprito Santo
de muito saber
odos os capixabas, que amam tanto esta nossa terra, merecem ler este livro. Em primeiro lugar, porque esta obra, assinada por Celso Luiz Caus e editada pela Cesan, faz justia a pessoas que ao longo de dcadas trabalharam arduamente para oferecer ao nosso povo um servio de inestimvel valor. Em segundo lugar, pela riqueza dos conhecimentos histricos aqui reunidos. Toda pesquisa sobre os diversos aspectos da evoluo histrica do nosso estado uma nova oportunidade que nos dada de conhecer melhor o patrimnio de experincias, conquistas e realizaes que herdamos do passado. So exemplos memorveis de trabalho e viso que servem de orientao e inspirao para nossos contemporneos e, em especial, para aqueles que tm como misso e compromisso contribuir para aumentar cada vez mais a qualidade de vida em nossa terra. Penso que conhecer e estudar o que se fez pelo Esprito Santo antes de ns no dever apenas do governante, mas de todos os cidados, porque saber mais e melhor faz parte da prpria essncia da cidadania. S assim podemos entender, por exemplo, que caminhos aquela Vitria dos tempos coloniais trilhou, at se transformar nesta capital linda e moderna da qual tanto nos orgulhamos. com essa convico que convido os capixabas a lerem este livro. Mais que tra-
tar de fontes e chafarizes, ele faz justia a homens pblicos com os quais teremos uma eterna dvida de gratido, pelo maravilhoso trabalho que realizaram. O programa de saneamento que estamos executando d continuidade a esse esforo histrico de promoo do bem-estar e da qualidade de vida para todos os capixabas. E, assim, mirando nos melhores exemplos do passado, estamos construindo o Esprito Santo do presente e pavimentando o caminho para um futuro mais prspero e feliz.
Pa l av r a d o g o v e r n a d o r
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Um novo enfoque
A p r e s e n ta o
Neivaldo Bragato
Presidente da Cesan
sobre o saneamento
om o lanamento do livro Das fontes e chafarizes s guas limpas: evoluo do saneamento no Esprito Santo, a Cesan deixa marcada na histria a comemorao dos seus 45 anos. Escrito por Celso Luiz Caus, um dos nossos mais antigos e respeitados engenheiros, trata-se de um investimento para materializar e preservar o valor da cultura pelo resgate da memria da Companhia e de toda a trajetria do saneamento no Esprito Santo. A Cesan sempre se preocupou em preservar sua histria. O primeiro livro publicado pela Companhia, A Cesan e sua histria, foi escrito em 1994 por Dalva Broedel, tambm da nossa equipe de empregados. Aps 18 anos o mundo outro. A Cesan e o saneamento conquistaram outra feio em todos os sentidos. Nesta obra, Celso Caus amplia a pesquisa e extrapola o foco institucional, norteando-se pela evoluo do saneamento. Da origem da distribuio de gua em Vitria e em Vila Velha, com os chafarizes, que tiveram dupla funo: distribuir gua e embelezar as cidades moda artstica europeia, o livro percorre toda a evoluo dos sistemas de saneamento, passando pelas obras do Governo de Jernimo Monteiro (1908-1912), quando os capixabas da capital pela primeira vez tiveram gua encanada em suas moradias, at os dias de hoje, em que a Cesan, por meio do Programa guas Limpas, universalizou o abastecimento nos 52 municpios capixabas atendidos pela Empresa. Quanto aos sistemas de esgotamento sanitrio, os municpios do Esprito Santo onde a Cesan atua deram um salto de qualidade. Da estaca zero, dos sculos passados, em que o esgoto era lanado in natura e em tonis no mar, ao
A p r es en tao
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aumento da cobertura de 20% para 60%, em menos de 10 anos, entre 2003 e 2012, com meta de atingir 70% em 2014 e a sonhada universalizao na prxima dcada, em 2025. O leitor tambm conhecer os rios que abastecem a Regio Metropolitana de Vitria, com informaes tcnicas, a situao da degradao e as intervenes histricas ocorridas desde o perodo colonial at a atual dcada nos principais sistemas. Os rios do interior do Estado tambm esto contemplados, incluindo a substituio dos primitivos mananciais por outros mais distantes dos centros urbanos e pela construo de barragens, uma das consequncias da deteriorao ambiental das ltimas dcadas. O livro registra ainda aspectos relevantes do saneamento no Brasil, como o Plano Nacional de Saneamento (Planasa) e o perodo institucional do setor at ser sancionada a Lei 11.445 da Poltica Nacional de Saneamento. E muito sobre a criao da Cesan e do rgo que a antecedeu, o Departamento de gua e Esgotos (DAE). Ricamente ilustrado com fotografias, grficos e tabelas, Das fontes e chafarizes s guas limpas pretende contribuir com um novo enfoque do saneamento pela tica de sua contribuio ao desenvolvimento econmico, social e ambiental do Esprito Santo.
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Uma obra
Pr efcio
Robson Sarmento*
sem precedentes
enho participado da evoluo do saneamento bsico no Estado do Esprito Santo desde 1964, quando atuei no primeiro Plano Diretor de Esgotamento Sanitrio de Vitria como estagirio de engenharia. Em 1966 ingressei no Departamento de gua e Esgotos do Estado do Esprito Santo (DAE) que, em 1967, se tornou Companhia Esprito Santense de Saneamento (Cesan), onde permaneci at 1971. Foi na Cesan que nasceu a minha motivao para aprofundar os estudos na rea de saneamento bsico por meio da convivncia com os excelentes funcionrios dessa empresa, resultando em especializao, mestrado e doutorado, o que me possibilitou atuar como professor no Departamento de Hidrulica e Saneamento da Ufes, de 1971 a 2003. Atualmente sou professor titular na Faculdade de Aracruz e consultor. Em 1999, fui diretor presidente da Cesan quando o engenheiro Celso Luiz Caus coordenava os estudos relativos ao planejamento (Plano Diretor) e ao projeto tcnico do sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria. Porm, nos aproximamos, de fato, em 1984, quando ele coordenava os projetos de engenharia do Programa de Abastecimento de gua de Comunidades de Pequeno Porte (CPP), hoje, denominado Programa Pr-Rural da Cesan. A dimenso social desse programa fantstica, pois beneficia as populaes ru-
rais sem gua potvel para consumo. Eu e o Celso saamos de madrugada de Vitria rumo ao interior, comunidade a ser contemplada com o sistema de abastecimento de gua. Na comunidade, definamos o manancial abastecedor, amos de casa em casa contando o nmero de moradores, o que permitia quantificar a vazo de gua
Prefcio
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requerida pela populao, parmetro essencial para a elaborao do projeto de engenharia para qualquer sistema de abastecimento de gua. No me esqueo das advertncias feitas por ele inmeras vezes, quando estvamos com sede e fome: no beba essa gua (bebamos guaran sem gelo porque no havia energia eltrica), no coma verduras e no coloque os ps na gua, pois o crrego que a populao utiliza contm o parasita transmissor da esquistossomose. Tambm destaco uma situao em que coletamos amostra de gua da nascente que iria suprir a comunidade de Estrela do Norte. No era possvel chegar nascente, pois a vrzea estava inundada, mas Celso no viu qualquer dificuldade e logo viabilizou um trator para chegarmos ao local. Poderia enumerar vrios outros eventos semelhantes aos citados. Afinal, sempre foi notrio o compromisso do Celso de levar gua potvel at quelas comunidades carentes. Assim foi meu encontro com o Celso durante as elaboraes e implantaes dos mais simples aos mais complexos projetos de sistemas de abastecimento de gua para o nosso Estado. O currculo do Celso: engenheiro civil pela Ufes, especialista em engenharia sanitria e sade pblica pela Fundao e Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), atuando na Cesan h 37 anos, ocupando vrias gerncias, assessorias e Diretoria de Relaes com o Cliente e membro do Conselho Estadual de Recursos Hdricos desde o seu incio, o lhe permite escrever Das fontes e chafarizes s guas limpas: evoluo do saneamento no Esprito Santo. O texto apresenta a evoluo do saneamento no Esprito Santo. Na sequncia, est um resumo do contedo. A partir de 1643, um aqueduto levou gua da Fonte Grande para a cozinha do convento So Francisco na cidade alta de Vitria. Em 1828, foi construdo o primeiro chafariz na Rua Baro de Monjardim. Ao trmino do sculo XIX, Vitria contava com cinco chafarizes. Em 1909, foi feita a captao
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de gua em Duas Bocas no municpio de Cariacica. Os servios de esgotos so descritos, contemplando desde os carregadores do Centro de Vitria (que descartavam os dejetos no mar) at o presente dia. O desenvolvimento institucional descreve a operao do Estado no sistema de gua e esgoto, passando pela iniciativa privada, Prefeitura de Vitria e retorno ao Estado com a criao do Departamento de gua e Esgoto (DAE) at a criao da Cesan. As principais obras abrangem 45 anos de existncia do saneamento no Estado. Alm disso, so abordados: as concesses dos servios de gua e esgoto, os planos diretores de gua e esgoto, sistemas construdos, principais relatrios, estudos e projetos, evoluo do atendimento populao com servios de gua e esgoto. A evoluo em epgrafe inclui as dcadas do perodo de 1910-2010. O livro ilustrado com mapas, grficos, plantas e fotografias cuidadosamente elaborados, o que torna sua leitura mais atrativa. Das fontes e chafarizes s guas limpas: evoluo do saneamento no Esprito Santo constitui-se numa obra-prima para a literatura capixaba sem precedentes no tema. Pelo contedo, profundidade e complexidade dos detalhes, ele um livro notvel, uma bibliografia que soma o que sabemos sobre o saneamento bsico no Estado do Esprito Santo. Certamente, o livro uma fonte de inspirao constante para futuras obras desse tipo. Ao Celso, minha gratido por ter o privilgio de escrever este prefcio e, como capixaba, os sinceros agradecimentos pelo livro. Finalmente, o meu respeito e admirao pela pessoa e pelo profissional que voc . Que Deus o acompanhe sempre.
*Ex-diretor presidente da Cesan; engenheiro; especialista; mestre; Ph.D e professor aposentado da Ufes e professor titular Faculdade de Aracruz.
Prefcio
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l o n g a
Introduo
Celso Luiz Caus
t r a j e t r i a
uando comecei na Cesan como estagirio de engenharia, a Companhia existia h apenas sete anos e meio. Tive o privilgio de presenciar, participar e acompanhar nesses 37 anos o impulso da nossa competente Cesan. No final de 1969 tinha cerca de 50 mil ligaes de gua e, no trmino de 2011, as ligaes somavam 347.763 na Grande Vitria e 180.728 no interior. Em setembro de 2011, recebi o convite do presidente da empresa, Neivaldo Bragato, para escrever um livro sobre a Cesan. No hesitei, pois era uma forma de retribuir tudo o que aprendi. Por outro lado, seria a oportunidade de revisitar a histria e reencontrar os responsveis por grande parte do que foi construdo e a razo de estarmos aqui. Conhecer a histria sem dvida, o melhor caminho para entender o presente e mudar o futuro. Imediatamente comecei a pensar no que escrever e para quem. Primeira resposta: aos empregados que ainda esto na ativa e aos recm-chegados para que tenham acesso longa trajetria da construo da Cesan, e que este livro seja til na construo da Cesan de hoje e do futuro. Toda concepo e execuo se voltaram tambm aos empregados aposentados verdadeiros profissionais em prol do saneamento que construram a base da empresa e, certamente, por tudo que vivenciaram, devem se encontrar nas pginas a seguir. Segunda resposta: conclu que seria importante ampliar o escopo aos pesquisa-
dores, estudantes e ao pblico em geral. Por isso, a pesquisa abrangeu o perodo anterior Cesan, a fase atual e a projeo futura. Assim, na Parte I, est uma sntese histrica desde o perodo da colonizao at a criao da Cesan, sem deixar de contextualizar o cenrio dos recursos hdricos e do meio ambiente na Grande Vitria e no in-
Introduo
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terior do Estado. Na Parte II, mais tcnica, apresenta a evoluo da Cesan, enfocando tambm o Plano Estratgico do Governo do Estado do Esprito Santo 2011-2014. O desafio de pesquisar a evoluo do saneamento no Esprito Santo trouxe surpresas. Umas delas foi encontrar o registro da primeira construo abastecida com gua encanada em domiclio, em Vitria, a partir de 1643, um aqueduto que trouxe gua da Fonte Grande para a cozinha do convento So Francisco. Nos primrdios da Vila de Vitria esto as fontes de gua potvel que, no incio do sculo XIX, de to precrias precisaram de reformas. Em 1828, na antiga Rua So Joo, hoje Baro de Monjardim, foi construdo o primeiro chafariz do Estado. Em Vila Velha, mais precisamente na orla da Prainha, a gua era obtida da fonte de Inho, considerada de excelente qualidade e to importante que recebeu a visita de D. Pedro II, em 1860. No fim do sculo XIX e incio do sculo XX, Vitria contava com cinco chafarizes, cujo triste perodo foi finalizado, em 1909, com a canalizao das guas de Duas Bocas, notadamente no Rio Pau Amarelo, em Cariacica. E Jernimo Monteiro construiu o primeiro reservatrio da capital no Morro de Santa Clara. Os servios foram estendidos para Vila Velha, e construdo o reservatrio no Morro do Cercadinho, prximo Prainha. Hoje, a realidade outra com a universalizao dos servios de gua. Em Das fontes e chafarizes s guas limpas tambm mostro a trajetria dos servios de esgoto, pioneiramente no Centro de Vitria, desde os carregadores que transportavam e lanavam os dejetos na mar at o recente aumento da cobertura de es-
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goto de 20% para 60% em menos de 10 anos, com meta de 70% em 2014 e a universalizao em 2025. Na parte institucional, descrevo a operao do sistema de gua e esgoto pelo Estado, passando pela iniciativa privada, Prefeitura de Vitria e o retorno ao Estado, com a criao do Departamento de gua e Esgoto (DAE) at a criao da Cesan. Esto descritas as atuaes de cada rgo notadamente nas suas realizaes de estudos, projetos, obras e operao. Estruturei a evoluo da Cesan por dcadas, com a sequncia das concesses dos servios, planos diretores de gua e esgoto, sistemas construdos, principais relatrios, estudos e projetos, evoluo do atendimento at chegar universalizao do atendimento com gua e o alcance da cobertura de 60% com esgotamento sanitrio, o dobro da mdia nacional. Relacionei as principais obras construdas ao longo dos 45 anos na Grande Vitria e no interior, e situei tambm as dificuldades e as conquistas relativas aos recursos financiados, incluindo a linha de financiamento do Banco Mundial, nos anos 1990, e a retomada dos investimentos a partir da dcada de 2000, cujo fortalecimento, desempenho administrativo e operacional, e os indicadores gerais da empresa destacaram a Cesan no cenrio nacional. Os grficos, mapas, desenhos esquemticos e fotografias permitem, em funo do que foi construdo pelos seus empregados ao longo dos anos, visualizar as conquistas da Cesan. Espero ter contribudo para o registro da evoluo do saneamento no Esprito Santo.
Boa leitura!
Introduo
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Pa rt e I
PaR TE
Colonizao, fontes e chafarizes
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C ap t ulo I
C O L O N I Z A O,
fontes
E cHA FA RIZES
histrico 23 de maio de 1535 marcou a chegada de Vasco Fernandes Coutinho e sua tripulao de 60 homens. Do batismo das terras de sua Capitania habitada somente por ndios, surgiu o nome Esprito Santo em homenagem ao dia dedicado terceira pessoa da Santssima Trindade, segundo o historiador Jos Teixeira de Oliveira. Fundada a Vila do Esprito Santo, hoje, Vila Velha, ainda em 1535, passou de Vila Capitania. Depois, de Provncia (1822) a Estado (1889). primeira vista, o local parecia ser a foz de um grande rio, mas era uma baa ma-
rtima entre os morros Piratininga e Moreno. Ao longe, avistaram as pequenas ilhas que, posteriormente, foram doadas a alguns parceiros. A atual Ilha do Boi a Dom Jorge de Menezes e, a Ilha do Frade, para Valentim Nunes. A do Frade tem esse nome porque, tempos depois, os beneditinos tomaram posse dela. A atual Ilha de Vitria, chamada de Santo Antnio, a maior de todas, coube a Duarte de Lemos, em 15 de julho de 1537, por sua luta vitoriosa contra os indgenas na ocupao do territrio. Conhecida como Ilha do Mel, Ilha de Santo Antnio, Ilha de Duarte de Lemos e Vila Nova, em 8 de setembro de 1551, batizaram-na de Ilha da Vitria pelo sucesso conseguido numa sangrenta batalha contra os ndios.
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Duarte de Lemos edificou a Capela de Santa Luzia na sede de sua fazenda e deu incio agricultura. Entre 1537 e 1540 construiu um engenho de acar, cujas plantaes ocupavam principalmente a parte lateral oeste do Morro de So Francisco. Casas foram erguidas na parte mais alta da ilha, formando o primeiro ncleo habitacional. Como havia muitas capixabas roas de milho, ou roas velhas, na expresso indgena o termo capixaba passou a denominar os moradores da Ilha. Depois, ampliou-se para toda a populao do Esprito Santo. Ao que parece, Vasco Coutinho e Duarte de Lemos tiveram desavenas. A historiografia registra que os dois se encontraram em Portugal para passar uma escritura de doao da Ilha de Santo Antnio perante o notrio geral da Corte, em 22 de agosto de 1540, conforme Jos Teixeira de Oliveira. Duarte de Lemos s retornou ao Brasil na comitiva de Tom de Souza, em 1550, que o nomeou delegado da Capitania de Porto Seguro.
Capela de Santa Luzia erguida por Duarte de Lemos
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Pa rt e I
possvel que Vasco Coutinho s tenha retornado ao Esprito Santo, em 1547, ao ser informado sobre as condies deplorveis de suas terras brasileiras. O que houve? A incompatibilidade entre brancos e ndios e o desgoverno de Dom Jorge de Menezes, o substituto dos sete anos de ausncia do donatrio. Diante dos constantes ataques indgenas, iniciou-se, no Brasil, o movimento de catequizao dos ndios. D. Joo III confiou a misso Companhia de Jesus, fundada pelo espanhol Incio de Loyola, na Frana, em 1534. O padre Afonso Brs, possuidor de qualidades de carpinteiro e arquiteto, foi designado para a Capitania do Esprito Santo, chegando Vila de Vitria em abril de 1551. Construiu uma casa, depois conhecida como Porto dos Padres, prximo ao atual Porto de Vitria e Rua General Osrio. A Vila de Vitria, fundada em 1551, est entre as seis mais antigas do Brasil. Como j mencionado, o ncleo urbano originou-se na parte alta. Com topografia montanhosa e rochosa, suas ruas eram sinuosas e estreitas. Circundada pelo mar, a parte mais baixa sempre alagava. Atesta o historiador Mrio Freire: A preocupao em evitar as baixadas paludosas nesta ilha, [...] e, ao mesmo tempo, o cuidado de melhor defesa contra constantes assaltos de indgenas ou de invasores teriam, provavelmente, determinado a fundao de Vitria no alto da colina. Os jesutas tambm se instalaram na parte alta da ilha e construram sua igreja e um colgio. Em 1552, quando visitavam Vitria, o governador geral Tom de Souza e o padre Manoel da Nbrega encontraram o Colgio Jesuta e a Igreja So Tiago em fase embrionria. Um ano depois, Afonso Brs foi substitudo pelo padre Brs Loureno, que chegou na mesma expedio de Jos de Anchieta, em 1553. Quase uma dcada depois, em fevereiro de 1561, faleceu Vasco Fernandes Coutinho. Seu corpo foi sepultado na Capela Nossa Senhora do Rosrio, perto da Prainha. Seu sucessor, Vasco Coutinho Filho, tomou posse em 1563, ficando no cargo at a sua morte, em 1589. Foi sucedido pela esposa, Lusa Grimaldi, a nica mulher que governou o Esprito Santo por quase quatro anos. Ela doou uma rea de terra aos recm-chegados frades franciscanos para que construssem o Convento de So Francisco, no Morro da Fonte Grande. Na encosta do morro foram erguidas a residncia e a capela e, na parte mais alta, o convento, iniciado em 1591, pelo frade franciscano Antnio dos Mrtires. O mor-
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ro foi batizado de Fonte Grande por possuir uma das maiores fontes de gua da regio. Foi a primeira construo abastecida com gua canalizada em domiclio, em Vitria, a partir de 1643. Descreve o historiador Luiz Derenzi: O guardio frei Paulo de Santo Antnio deve ter sido o primeiro entendido na arte de nivelar, topgrafo, digamos assim, na Vila de Vitria. Foi o construtor do aqueduto que trouxe gua da Fonte Grande para a cozinha do convento. A gesto de Lusa Grimaldi registrou outro trunfo: a vitria sobre a invaso de Thomas Cavendish, o corsrio ingls expulso da Ilha, em 1592. Naquele mesmo ano registrou-se a construo de dois fortins no lugar mais estreito da baa, em frente ao atual Morro do Penedo, ento chamado Po de Acar. Noventa anos depois, em 1682, construiu-se, no local, o Forte de So Joo para defender a entrada da baa. No incio do sculo XVII, o aspecto da ilha permanecia semelhante ao do incio da sua ocupao: casas construdas de taipa, cobertas com sap ou palha de pindoba formavam o ncleo urbano. O desenvolvimento da ilha ocorria de maneira lenta, fruto de sucessivas administraes mal preparadas, descaso do Governo de Portugal, tributos cobrados para recuperar as finanas portuguesas e constantes invases. Em 1674, a Capitania, decadente pelo desinteresse dos herdeiros de Vasco Coutinho, foi vendida ao coronel Francisco Gil de Arajo. Ele reconstruiu os engenhos e o Forte So Joo, j que este sofrera muitos danos na batalha contra os holandeses. Na entrada da baa, em Vila Velha, edificou-se o Forte So Francisco Xavier, onde, hoje, est a guarnio do Exrcito. Mesmo com toda disposio, Francisco Gil de Arajo no conseguiu erguer a Capitania. Mudou-se para Salvador, onde faleceu em 1685. No final do sculo XVII, a situao ainda era de extrema pobreza. Diante desse cenrio, Derenzi traduz: Fecha-se o sculo com mais um compasso de espera morti-
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Pa rt e I
Convento de So Francisco: primeira construo com gua canalizada a partir de 1643
ficante. E a vila no se faz cidade, sem ruas, sem escolas, onde as notcias, de longe em longe, chegam com os veleiros arribados e por bandos afixados pelos capites-mores impertinentes. O nico destaque fica para as obras dos jesutas e dos franciscanos. A populao, em 1751, era de 1.390 habitantes, quase o dobro do quarto do sculo anterior. Em 3 de setembro de 1758, surgiu, em Lisboa, uma onda de protestos contra o monoplio do vinho, poca em que o Rei Dom Jos sofrera um atentado. A culpa por fomentar tal rebelio foi atribuda aos jesutas. Um ano depois, em 3 de setembro de 1759, sob a influncia do ministro Sebastio Jos de Carvalho e Melo,
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o Marqus de Pombal, publicou-se o decreto de expulso dos jesutas de Portugal e de suas colnias. O decreto tachava aqueles religiosos de traidores, rebeldes e adversrios da Coroa portuguesa. Em 1760, os jesutas foram expulsos do Esprito Santo, a exemplo do que ocorreu no Brasil. No final do sculo XVIII, a populao da Vila de Vitria contava com 7.225 habitantes, dos quais 4.898 eram escravos. No incio do sculo XIX, com a queda dos regimes absolutistas e o desejo de pases como a Frana e a Inglaterra de conquistarem novos mercados Portugal anunciou nova diretriz: priorizar a ocupao do interior, abrindo estradas e ligando os ncleos povoados na colnia brasileira. Parte dessa misso coube a Francisco Alberto Rubim, nomeado em 12 de junho de 1812, responsvel pela abertura de parte da atual BR-262. At parte do sculo XIX, o Esprito Santo pertencia jurisdio da Bahia. Sua separao foi assinada em 1809. De acordo com Derenzi, [...] na Vila de Vitria, os mangues, os banhados urbanos, as fontes de gua potvel, o aspecto das casas, as praas e os cais de atracao de barcos, reclamavam providncias, necessrias ao conforto dos pobres moradores, insulanos. Coube a Rubim aterrar alguns alagadios, facilitando a locomoo dos pedestres, reparar as fontes de gua potvel, levantar a planta da zona urbana e realizar um novo censo populacional da Capitania, que contava com 24.587 almas, incluindo 12.100 escravos. Eram 3.729 casas e 75 engenhos. Rubim governou o Esprito Santo durante sete anos. Proclamada a Independncia do Brasil, a Ilha de Vitria passou categoria de cidade, em 17 de maro de 1823. Posteriormente, ficou conhecida como Vitria, Cidade Prespio. Em 1828, na antiga Rua So Joo, atual Baro de Monjardim, foi construdo o primeiro chafariz do Estado. A gua brotava de fontes da mata do Macio Central, do Morro do Vigia. Foi restaurado em 1938. o nico que restou. A cidade tinha cerca de 900 casas. Em Vila Velha, mais precisamente na orla da Prainha, a gua era obtida da Fonte de Inho, considerada de excelente qualidade. Inho, em tupi, significa centopeia. Em 1844, preocupado com a sade pblica, o vice-presidente da Provncia, Jos Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, disse em seu pronunciamento
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Pa rt e I
Primeiro chafariz da Capichaba, 1828
Assembleia: Julga a Cmara da Vila do Esprito Santo que as obras mais necessrias quele municpio so [...] a pequena ponte que d passagem para a fonte de Inho, e o conserto desta fonte, cujo mau estado faz com que se misture a gua potvel com as de lavar, o que muito deve prejudicar a sade pblica. A Fonte de Inho foi to importante que recebeu a visita do imperador D. Pedro II, em 28 de janeiro de 1860. A agenda imperial incluiu tambm o Convento da Penha, a Igreja do Rosrio e a Cmara. Pouco a pouco, a pioneira fonte de Vila Velha ampliou seu status e passou a ser canalizada. Primeiro, virou caixa dgua de Inho, cuja obra foi sancionada (lei n 25) pelo presidente da Provncia, Francisco Ferreira Coelho, em 1871. O custo girou em torno de 1:386$000 ris. Dois anos depois, em contrato firmado com Henrique Gonalves Laranja, Vila Velha teve gua canalizada da Fonte de Inho para o chafariz da Praa da Matriz.
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Possvel chafariz em frente Igreja Nossa Senhora do Rosrio, Vila Velha
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Pa rt e I
Vista geral do Convento e Prainha, 1905
Bomba de gua manual na praa em frente ao Palcio
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Mapa da Provncia do Esprito Santo
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Pa rt e I
Em Vitria, no final do sculo XIX e incio do sculo XX, o abastecimento de gua era feito por meio de chafarizes e por carroas, que transportavam gua em barris. Quem necessitava de gua enfrentava filas, munido de baldes, panelas, talhas ou latas. Em tempos de estiagem, os moradores buscavam gua em canoas no Rio Marinho. Eram cinco chafarizes: da Fonte Grande, da Capixaba, da Lapa, da Ladeira do Chafariz e de So Francisco, cujas guas foram canalizadas de fontes da encosta que circunda a baa de Vitria. Alm da sua funo pblica, os chafarizes eram tambm monumentos artsticos e arquitetnicos.
Abastecimento de gua em Vitria: chafariz do Largo de Santa Luzia at 25 de setembro de 1909
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Antigo chafariz na Villa Moscoso
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Pa rt e I
Aps a proclamao da Repblica, a nova Constituio Poltica do Estado foi proclamada em 2 de maio de 1892. No dia seguinte, Jos de Melo Carvalho Muniz Freire assumiu o Governo. Com a nova Constituio, foi extinta a Intendncia e criado o Governo Municipal de Vitria. Cleto Nunes Pereira foi eleito para presidir o Conselho Municipal, em 27 de novembro, tomando posse no dia 19 de dezembro. Aps muitos anos de insucessos, somente em 1891, surgiram os primeiros estudos para o sistema canalizado de abastecimento de gua. Foi assinado contrato com a Companhia Brasileira Torrens, que apenas iniciou a construo do alicerce do reservatrio de Santa Clara, em Vitria, alm de uma pequena represa no Rio Formarth (era assim a grafia na poca), em Viana. A Torrens abandonou a obra, rescindiu o contrato e, mais uma vez, frustrou a expectativa da populao. A canalizao das guas da Fonte Grande para a construo do Reservatrio de Santa Clara comeou no Governo de Muniz Freire (1892-1896) e chegou a ter at pedra fundamental, datada de 23 de outubro de 1893. Porm, nada prosseguiu. O nico imvel que dispunha de gua encanada era a fbrica de cerveja Serrat & Schimidt, construdo em 1884. A gua era da Fonte dos Cavalos. Um detalhe que chamava ateno era o apelido dado aos carregadores de dejetos, Os Tigres, que lanavam os dejetos nas mars durante a noite.
Novo Arrabalde
Em 1896, ainda no governo Muniz Freire, a meta era a expanso urbana norteada pelos princpios de higiene e salubridade adotados em So Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, criou-se a Comisso de Melhoramentos da Capital. Para coordenar os trabalhos, contratou-se o engenheiro sanitarista Francisco Saturnino de Brito que iniciou o levantamento topogrfico da rea litornea do nordeste da Ilha. Chamado de Projeto de um Novo Arrabalde pretendia ampliar a mancha urbana habitacional de Vitria, com a ocupao das praias. O projeto incluiu estudos especficos sobre saneamento, como abastecimento de gua e drenagem. Para o sistema de esgoto, inicialmente definiu-se um sistema separador de coleta mas, logo em seguida, o autor adotou um sistema unitrio, indicando um sistema de propulso mecnica e a abertura de um canal axial grande avenida.
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Capa do Projeto Um Novo Arrabalde e Relatrio da Commisso de Melhoramentos da Capital
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O abastecimento dgua ao Novo Arrabalde importa em um volume de cerca de 4.500.000 litros, tomando a base de 300 litros por habitante, com populao estimada em 15 mil habitantes e vazo de 53 litros por segundo. A captao estudada era do crrego de Jucutuquara, onde duas nascentes produziam 4,7 litros por segundo. Adotaram-se para estudo e segurana, 4,4 litros por segundo para abastecer somente 1.267 habitantes. As nascentes ficavam nas cotas de 90 e de 68,8 metros e foram reunidas na cota de 68,8 metros e numa tubulao de 100 milmetros de ao at o reservatrio de Jucutuquara. O autor do projeto fez ainda referncia a uma poss-
Anteprojeto de esgoto do Novo Arrabalde, 1896
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vel captao nas cabeceiras do Rio Fonte Limpa, na Serra do Mestre lvaro, com vazo de 55 litros por segundo, medida por flutuador. Por segurana, sugeriu 20 litros por segundo. O comprimento da adutora seria de aproximados 12.500 metros. Desses estudos no foi possvel identificar at que ponto houve fidelidade ao projeto ao longo dos trabalhos de urbanizao do Novo Arrabalde. Sabe-se que, na dcada de 1920, houve captao no Crrego Jucutuquara. Saturnino de Brito (Campos, 1864 Pelotas, 1929) considerado pioneiro da engenharia sanitria e ambiental no Brasil. Foi responsvel por importantes projetos urbansticos de cidades brasileiras, como Vitria, Santos, Petrpolis. Campos, Recife, Natal, Pelotas e Rio de Janeiro. Entre 1896 e 1929, realizou projetos para mais de 40 cidades de diferentes regies do pas. Tinha preocupao com as condies sanitrias e ambientais causadoras de graves surtos epidmicos humanos. Em 1930, as capitais com sistemas de gua e esgotos, em parte, deveu-se aos seus esforos. Foi eleito patrono da engenharia sanitria brasileira pelo Congresso da Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental. Em 1996, completaram-se 100 anos do Projeto de um Novo Arrabalde para Vitria (ES), elaborado por Saturnino de Brito. Em 1901, Vitria ainda era abastecida por cinco chafarizes. A populao havia passado para cerca de 12 mil pessoas. Em 1905, no Governo de Aristides Navarro, passou-se a fornecer um barril por famlia a preo varivel, com gua vinda do Rio Jucu. Entre 1905 e 1907, com a mancha urbana se expandindo, os chafarizes j no ficavam to prximos das novas reas, por isso, o transporte de gua era feito por bondes movidos a trao animal. O primeiro sistema de abastecimento de gua da capital vindo das cabeceiras do Rio Duas Bocas, de Cariacica, foi imSaturnino de Brito
plantado entre 1909 e 1912. Em seu trajeto, a adutora de cerca de 18 Km transpunha obstculos, inclusive a travessia no fundo da baa de Vitria. Naquela poca, no havia a Ponte Florentino Avidos (Cinco Pontes), inaugurada em 1928. A gua chegava, ento, ao reservatrio construdo no final da ladeira Santa Clara, com grandes blocos de pedra e rejuntado com leo de baleia, com volume de 3.600 metros cbicos, concludo somente em 1909, no Governo Jernimo Monteiro.
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Captao no Crrego Fradinhos e construo de barragem, dcada 1920
Arrabalde de Vitria: incio do sculo XX
Construo da linha adutora do Crrego Fradinho, dcada 1920
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Descarga da linha adutora do Crrego Fradinhos, dcada 1920
Planta da Ilha, 1896
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Planta de Vitria: projeto do Novo Arrabalde
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C ap t ulo I I
FI M D A E R A d O S
chafarizes
Como o Executivo estadual criou a Prefeitura Municipal de Vitria, Ceciliano Com quatro longos meses de seca, o Governo foi obrigado a adotar medidas em
Primeira dcada do sculo XX Captao das guas na cabeceira do Rio Duas Bocas e construo do primeiro reservatrio da capital
omente na gesto de Jernimo de Souza Monteiro (1908-1912), os capixabas de Vitria, depois de longa espera, finalmente conseguiram desfrutar de gua encanada em suas casas, vinda das cabeceiras do Rio Duas Bocas, a cerca de 16 km, no municpio de Cariacica. Os servios prestados pela Diretoria da Viao e Obras Pblicas estavam sob o comando de Ceciliano Abel de Almeida. Em seu relatrio enviado ao governador, em 30 de junho de 1909, Abel de Almeida apresentava informaes sobre os servios de sua Diretoria, sobretudo, o abastecimento de gua. Abel de Almeida teve que se desvincular do seu cargo, j que fora nomeado prefeito, o primeiro de Vitria, tambm em 1909. tempo hbil para regularizar o fornecimento de gua em domiclio, uma vez que os poucos chafarizes atendiam 12 mil pessoas.
Fim da era dos chafarizes
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Jernimo Monteiro e seus auxiliares
A alternativa emergencial foi contratar o empreendedor Antenor Guimares por cinquenta ris pelo barril de 16 litros. O contratante recebeu a subveno de 400$000. A distribuio era feita em seis pipas at as primeiras horas da noite. Enquanto isso, as guas das duas nascentes dos morros da Lapa e de So Francisco foram captadas e canalizadas em uma caixa na encosta do morro de So Francisco para abastecer o Palcio da Presidncia, as reparties pblicas e algumas casas particulares. O fato ocorreu em agosto de 1908. Quase um semestre depois, em janeiro de 1909, as duas nascentes secaram. No final da Rua 7 de Setembro, montou-se uma bomba para retirar de um poo gua no potvel para abastecer a caixa do morro de So Francisco. O local, hoje, abriga o Arquivo Pblico estadual. Uma segunda bomba foi assentada na Rua General Osrio, junto Escola Modelo, nos fundos de uma casa. Diante da catica situao e de acordo com o pensamento do Governo de dotar Vitria de um dos servios mais reivindicados pela populao desde 1828, em tom animador, Abel de Almeida relatou ao governador:
Felizmente o abastecimento dgua em Vitria j um fato do qual no lcito se duvidar, e a situao aflitiva da populao desaparecer para sempre; os expedientes de bombas e poos que aqui, a maior parte das vezes, s do gua insuficiente e de nfima qualidade, estaro, de todo, abolidos. Como esprito-santense e como o mais obscuro dos auxiliares do patritico Governo de V. Exa., s me resta o gratssimo dever de sinceramente congratular-me com V. Ex. pela prxima realizao do melhoramento, que marca, por si s, o fim de uma era de entorpecimento e o comeo do franco progresso da Capital do nosso estremecido Estado.
O impulso tomou flego com os estudos direcionados ao abastecimento de gua em Vitria. A Companhia Brasileira Torrens j havia iniciado a construo da represa
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no Rio Formate e de outras obras destinadas ao assentamento de tubos, no final do sculo XIX. Ceciliano visitou o manancial, em 24 de junho de 1908, observou a boa qualidade da gua, porm, duvidou da quantidade. Tudo se esclareceu com as informaes dos moradores antigos, inclusive do proprietrio da rea onde a represa fora construda. Em agosto de 1908, Ceciliano visitou o Brao Sul do Rio Jucu e verificou que, na altitude de 102 metros, nas proximidades do primeiro tnel da Estrada de Ferro
Barragem no Rio Formate
Sul, Km 34, haveria possibilidade de se fornecer 2.400.000 litros em 24 horas ao reservatrio da cidade. Na altitude de 171,5 metros, a vazo do rio era de 7 metros cbicos por segundo. A confirmao ocorreu em duas fases: outubro daquele ano e janeiro de 1909. Com aquela vazo, evidenciou-se que o Brao Sul no s tinha condio de realizar o abastecimento de gua como tambm de montar a usina eltrica. A partir de janeiro de 1909, Abel de Almeida, em companhia de Augusto Ferreira Ramos e Raul Ribeiro, visitou outros mananciais, como o Rio Borba, a cerca de 8 Km de Viana, numa cota de 150 metros, com vazo suficiente para abastecer a cidade. Visitaram tambm o Duas Bocas. Este foi escolhido para atender a capital, j que abastecia a Vila de Cariacica h 15 anos. Mais: com gua de qualidade superior e facilidade para transportar material pela Estrada de Ferro Vitria Diamantina e a baa da Vitria. Outra vantagem: demandava menos desapropriaes se comparado aos demais rios. Alm disso, sua perenidade fora confirmada por informaes de moradores que viviam no local, alguns h mais de 100 anos.
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Na j citada mensagem ao governador, Ceciliano Abel de Almeida finalizou:

Enfim, j sendo esse rio empregado no abastecimento da Villa de Cariacica, com resultados esplndidos, devido excellncia de suas guas, e sendo attestada a sua perennidade por pessoas respeitabilssimas que fornecem informaes seguras, que remontam h mais de 100 anos, no se pode esperar seno, que o seu aproveitamento traga a Victoria todo o beneficio que costumam offerecer s populaes as guas potveis de ba qualidade.
O Rio Santa Maria da Vitria foi descartado porque a altitude necessria para abastecer Vitria ficava h mais de 50 km de distncia, sem mencionar a necessidade de grandes desapropriaes. Seria utilizada a Cachoeira da Fumaa, do Santa Maria, para a instalao da usina eltrica, caso o Brao Sul do Jucu no apresentasse, sob muitos aspectos, maiores convenincias. Enfim, os estudos concluram que a instalao da usina eltrica seria no Brao Sul do Rio Jucu e a captao da gua pelo Rio Duas Bocas. O contrato firmado com Augusto Ramos, em 13 de novembro de 1908, foi homologado pelo Congresso no dia 16 do mesmo ms. Os objetivos eram executar a captao no Brao Sul, alimentar o reservatrio com 2.400.000 litros por dia, ou seja, 27,8 litros por segundo, e manter potncia de 400 cavalos eltricos na usina distribuidora. Os servios foram iniciados em 17 de dezembro de 1908. Com os levantamentos realizados por Abel de Almeida, a captao de gua passava para as cabeceiras de Duas Bocas, denominadas Pau Amarelo, onde o comprimento da adutora era menor.
Aditamento de contrato h mais de 100 anos

Decidiu-se pela captao no Rio Duas Bocas e, como medida compensatria pelo encurtamento da adutora e pela mudana da captao, estabeleceu-se um aditamento, em 6 de agosto de 1909, ao contrato original. O contratado obrigou-se s seguintes clusulas: 1. Fornecer ao reservatrio de distribuio 3.600.000 litros ao invs de 2.400.000 litros. 2. Abreviar o prazo para o trmino dos trabalhos.
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3. Levantar a planta topogrfica e cadastral da cidade. 4. Fazer a captao no Rio Pau Amarelo a cerca de 3,5 km a montante (antes da barragem) da atual represa e executada pelo Municpio de Cariacica. 5. Fornecer 800 cavalos eltricos ao invs de 400. 6. Empregar lmpadas de 50 velas e focos de 800 velas em substituio s de 32 velas e focos de 500 na iluminao da cidade. 7. Fornecer em duplicata a turbina, a geradora e o transformador. Em virtude desse aditamento, o Estado concederia ao contratado a utilizao por 35 anos de 130 Kilowatts, correspondentes fora de 200 cavalos eltricos, sem prejuzo da energia eltrica de 800 cavalos, e facilitaria sem prejuzo de seus interesses a montagem e explorao de fbricas ou empresas que utilizassem 130 kilowatts. Analisando as condies contratuais daquela poca, esse aditivo, se fosse realizado na atual legislao de licitao, dificilmente obteria xito e a primeira captao
Represa para usina eltrica no Jucu
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de gua para a capital teria sido no Brao Sul do Rio Jucu e no no Rio Duas Bocas. A captao em Duas Bocas, notadamente no Rio Pau Amarelo, ficou a montante da captao inicial da Vila de Cariacica. Com o desnvel de 125 metros aproximados entre a captao e o reservatrio da cidade localizado h 16 quilmetros, o dimetro da adutora fora dimensionado em 250 mm de ao. Nessa condio, a adutora veicularia 4 milhes de litros em 24 horas. Situao diferente foi definida para a travessia da baa de Vitria, em direo ao reservatrio, feita em duas tubulaes de 150 mm cada, com luva e rosca de construo especial. J naquela poca, utilizavam ventosas, registros de parada e descargas. A tubulao tinha proteo asfltica, com juta alcotroada. As soldas do tubo de 250 mm foram feitas com chenulo desfibrado (filasse). Nas travessias areas, os pilaretes eram de alvenaria de pedra. O reservatrio foi dividido em duas cmaras. Os tubos para rede de distribuio eram de 250 mm de ao e ferro fundido para 8, 6, 5 e 4 polegadas. Para os dimetros de 3 e 2 polegadas, utilizou-se o ferro galvanizado. Em 13 de maro de 1909, chegaram da Anturpia no navio alemo Asuncion, 689 tubos de ao, cinco barricas de asfalto, dois fardos de juta, dois barris de basto de madeira, 18 volumes contendo peas de chafariz, 25 sacos de cordas de cnhamo, duas caixas de isoladores e 85 peas de acessrios para os servios destinados gua e luz eltrica. Em 17 de maio, outro vapor alemo, o Macednia, trazia mais materiais, incluindo cinco caixas com chumbo para os servios de tubulao de gua. Tanto o material para os servios de gua quanto de luz foram transportados pelas Estradas de Ferro Sul e Vitria Diamantina. Con-
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Navio Asuncion: chegada dos tubos da adutora de Duas Bocas para os servios de gua de Vitria, 1909
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Chegada dos tubos da adutora de Duas Bocas: prximo ponte da Estrada de Ferro Leopoldina, 1909
Primeiros materiais que chegaram em Victoria para servios de gua, luz e esgotos, fevereiro de 1909
tudo, o transporte dos tubos Mannesmann, de 250 mm, com comprimento variando de 10 a 12 metros, pesando de 500 a 600 quilogramas, foram conduzidos tambm por carros de bois. O tubo adutor era todo Mannesmann e tinha quatro trechos principais: 1. D a represa inicial, ou seja, daquela que atendia Cariacica Sede at a atual, projetada no Rio Duas Bocas (Rio Pau Amarelo).
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Pa rt e I
Primeira captao em Duas Bocas para atender a Sede de Cariacica, final do sculo XIX
Filtros de gua no Rio Pau Amarelo para abastecimento de Vitria, 1909
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Filtros de gua para abastecimento de Vitria: Rio Pau Amarelo, 1909
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Pa rt e I
Rio Pau Amarelo: filtros de gua para abastecimento da capital, 1909
Filtros de gua para abastecimento de Vitria: Rio Pau Amarelo, 1909
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Caixa de gua e possveis filtros no Rio Pau Amarelo
Antiga caixa de gua e possveis filtros no Rio Pau Amarelo
2. Desse ltimo ponto at Guayamuns.
Passagem do encanamento de Duas Bocas na Grota Grande
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Pa rt e I
3. Travessia do canal (baa de Vitria).
Primeira adutora para o Reservatrio de Santa Clara, 1909
Conduo de canalizao para o Reservatrio de Santa Clara, 1909
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4. Trecho situado na ilha de Vitria: do canal at o Reservatrio de Santa Clara.
Assentamento do encanamento de gua para abastecer Vitria, 1909
Rio Duas Bocas: servio de assentamento do encanamento de gua para o abastecimento da capital, 1909
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Pa rt e I
Pilar de apoio da primeira adutora de 250 mm de Duas Bocas, 1909
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O primeiro teste da adutora foi realizado em 9 de julho de 1909 no trecho at Guayamuns, quando o reservatrio estava quase concludo, assim como a travessia da adutora na baa. A rede de distribuio comeava a ser implantada. interessante comentar o dimetro, o volume do reservatrio e a vazo de gua para a cidade, definidos pelo engenheiro Ceciliano Abel de Almeida. Como o desnvel entre a captao e o Reservatrio de Santa Clara era de apro-
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Pa rt e I
ximados 125 metros, e o comprimento da adutora de 16 Km, ento, o dimetro compatvel para essa condio era realmente o de 250 mm e, consequentemente, a vazo a ser veiculada de aproximados 46 litros por segundo. Com isso, definiu-se que o volume do Reservatrio de Santa Clara seria de 4 milhes de litros por dia, ou seja, 4 mil metros cbicos. Concluindo: os clculos de engenharia estavam corretssimos.
Primeira adutora de 250 mm de Duas Bocas: chegada ao Reservatrio de Santa Clara, 1909
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Construo do Reservatrio de Santa Clara, 1909
Caixa de gua em construo: Reservatrio de Santa Clara, 1908
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Construo do Reservatrio de Santa Clara: parede divisria da caixa de gua, 1909
Reservatrio de Santa Clara antes da cobertura, 1909
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Caixa de gua de Santa Clara para abastecimento de Vitria, 1909
Reservatrio de Santa Clara com a cobertura
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Os servios de luz, gua e esgoto contratados de Augusto Ferreira Ramos, iniciados em 17 de dezembro de 1908, totalizaram em mdia 623 trabalhadores entre maro e julho de 1909. Tambm atuaram seis engenheiros, seis auxiliares tcnicos, dois desenhistas e oito auxiliares de escritrio. Os servios de luz foram inaugurados em 23 de setembro de 1909. O de gua teve at festa no Morro de Santa Clara, local do reservatrio. Chegava, assim, o fim da era do abastecimento pelos chafarizes e das tropas de burros fretadas para transportar gua pelas ruas, vielas e ladeiras. Alm dos colgios e reparties pblicas, no final do Governo Jernimo Monteiro, 1.279 casas j eram abastecidas com gua encanada.
O centenrio da Reserva de Duas Bocas

No dia mundial da gua 22 de maro de 2012 comemorou-se o centenrio da Reserva de Duas Bocas. Vale registrar tambm que o Governo Jernimo Monteiro, para proteger a captao e garantir a qualidade e quantidade da gua que h trs anos j atendia Vitria, tomou providncias para desapropriar as terras da Reserva Biolgica (Rebio). Foi necessria a retirada de moradores que viviam s margens da atual barragem maior que abastece, atualmente, em torno de 45 mil moradores de Cariacica Sede e bairros adjacentes. Caminhando 3,5 mil metros at uma antiga barragem construda em 1918 possvel verificar vestgios de construes no meio da mata. Uma rea com plantaes de jaqueiras demonstram que, no passado, houve moradores no local.
Runas e plantaes de jaqueiras na Reserva
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Runas da fundao de uma construo dentro da Reserva Biolgica de Duas Bocas, 2012
Reserva Biolgica de Duas Bocas: runas de um quitungo, 2012
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Esgotamento sanitrio
A concluso dos servios de esgoto ocorreu em 29 de janeiro de 1911. Consistia de tubos de manilhas, dois poos com estaes elevatrias de 30 cavalos de fora cada, que bombeavam para o Forte de So Joo, ento, rea distante da cidade. Um sifo colocado em ponto apropriado descarregava o esgoto diretamente no mar, em caso de falha no bombeamento. Vale um comentrio: como naquela poca no existiam leis ambientais, no havia punio para crime contra a natureza.
Um dos tanques auxiliares do primeiro sistema de esgoto de Vitria
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Dcada de 10 Um projeto de gua para Vila Velha: o reservatrio do Cercadinho

Havia um porm. Vila Velha precisava ampliar seu abastecimento de gua. Por isso, o ento diretor de Agricultura, Terras e Obras do Estado, Antnio Francisco de Athade, em 30 de julho de 1910, encaminhou projeto para Jernimo Monteiro, propondo: A gua de Vila Velha ser recebida na linha adutora acima do stio Guaymum, passando em Porto Velho e Porto de Argolas e da pela linha de bondes at aquela cidade que prospera. A proposta foi aceita. Em mensagem Assembleia Legislativa, de 23 de setembro do mesmo ano, Jernimo Monteiro informou: Tomei a deliberao de fazer a canalizao dgua para a Vila do Esprito Santo pelo Continente e diretamente do encanamento geral para aquele local, servindo na passagem os povoados de Argolas e Porto Velho. Assim, foi construdo o reservatrio de gua para a Sede da cidade no Morro do Cercadinho.
Regio da caixa de gua do Cercadinho, Vila Velha
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Caixa de gua do Cercadinho, Vila Velha
Qualidade da gua do Rio Duas Bocas

Foram analisadas tanto a gua de Duas Bocas como a do Jucu, consideradas de boa qualidade pelo mestre Daniel Henninger, da Escola Politcnica do Rio de Janeiro. A anlise foi feita por Theodor Peckolt e Gustavo Peckolt. A gua de Duas Bocas apresentou-se lmpida, transparente, incolor, sem cheiro e de sabor agradvel. O exame cientfico no detectou vegetais microscpicos (Dermdeas, Leptornites, Saprophitas ou outras, muito menos algas brancas) nem bactrias. Revelou-se, ainda, que a porcentagem dos elementos da gua de Duas Bocas era de gua potvel, segundo o Congresso Internacional de Bruxelas e de acordo com a tabela do Laboratrio Municipal de Paris.
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A barragem no Rio Pau Amarelo

Outra pequena barragem no Rio Pau Amarelo foi concluda em 1918. Est situada a montante e a cerca de 3 Km da barragem maior que foi construda em 1951. Como no foi submersa pelas guas represadas da barragem maior, permite visitao pblica com caminhada ecolgica muito agradvel.
Barragem de 1918 no Rio Pau Amarelo: vista de frente
Barragem no Rio Pau Amarelo em 1918: vista lateral
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1918: ano registrado na parede lateral da barragem no Rio Pau Amarelo
Dcada de 20 O Estado arrenda os servios de gua e esgotos a uma empresa privada e depois os retoma
1922 O arrendamento Com a crise financeira que o Estado enfrentava, sobretudo, pela queda do preo do caf, nos anos 1920, todos os servios pblicos ficaram prejudicados, incluindo o abastecimento de gua. Em 1922, o Estado arrendou servios essenciais, como gua, esgoto, energia, bonde e telefone. O que ocorreu? A empresa no conseguiu ampliar os sistemas e a populao se impacientava com a situao, obrigando o Estado a retomar a responsabilidade dos servios de gua e esgoto. O engenheiro Florentino Avidos, que governou o Estado de 1924 a 1928, em um dos seus relatrios, registrou: As longas crises que advieram, aps a administrao de 1908 a 1912, no permitiram a construo de obras necessrias para o desenvolvimento de nossa capital e nem, ao menos, a conservao dos grandes servios de abastecimento de gua, esgoto, eletricidade e viao urbana.
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1925 A retomada Em funo desse estancamento, em 1925, o Governo voltou a retomar a responsabilidade pelos servios de gua e esgoto. Para isso, criou a Diretoria de gua e Esgotos subordinada Secretaria de Viao e Obras Pblicas. Construiu duas novas barragens nos rios Bubu e Panelas, alm de melhorias na adutora, elevando sua capacidade de produo. Outra adutora foi construda para levar mais gua ao Reservatrio de Santa Clara. Era de ao Manesmann tambm com dimetro de 250 milmetros (10 polegadas), com subtrao de trs quilmetros. Mais duas travessias submarinas passaram a ser realidade. Com isso, a capacidade quase triplicou: de 3 mil para 8 mil metros cbicos dirios de gua para os moradores de Vitria.
Adutora do Rio Panelas transportada por carros de bois
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Passagem da rede adutora do Rio Panelas em Itangu
Montagem da rede adutora do Rio Panelas na regio de Guayamum para travessia submarina na baa de Vitria
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Assentamento da rede adutora do Rio Panelas no fundo da baa de Vitria
Adutora do Rio Panelas: travessia submarina entre a Ilha do Prncipe e o continente
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Construo da rede adutora do Rio Panelas
Tubos estocados na Ilha do Prncipe para travessia na baa de Vitria
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Os servios na tubulao submersa, sempre problemticos, tiveram uma soluo: com a construo da Ponte Florentino Avidos, a adutora pde ser transferida para ser apoiada na ponte, em 1929. Alguns bairros tambm passaram a contar com servios razoveis de gua: Jucutuquara, Praia Comprida, Praia do Su, em Vitria, Paul, em Vila Velha, e Campo Grande, em Cariacica.
Adutora do Rio Panelas: travessia no mangue
Construo da Ponte Florentino Avidos: passagem da rede adutora de 500 mm, 1929
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Cobertura em cimento armado do Reservatrio de Santa Clara
Rede de esgoto na Capixaba, 1926
Construo da rede de esgoto e drenagem na Esplanada Capixaba, 1926
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Dcada de 30 Estudos e projetos da barragem de Duas Bocas da nova adutora e do segundo reservatrio da capital
Ano: 1930. O abastecimento contemplava Vitria e alguns distritos de Vila Velha e Cariacica, como j mencionado. O pas passava por transformaes com a crise que culminou na Revoluo de 30, na era Vargas. No Esprito Santo, em 22 de novembro de 1930, o capito Joo Punaro Bley fora nomeado interventor federal. E o abastecimento de gua e esgotamento sanitrio continuava sendo administrado pela Diretoria de guas e Esgoto da Secretaria de Agricultura, Terras e Obras. Quatro anos depois, em 1934, a populao beirava 48 mil habitantes e a vazo mdia de gua distribuda era de 67 litros por segundo, com volume de 5.780 metros cbicos por dia. Grande parte das tubulaes estava em estado precrio e, como consequncia, as perdas do precioso lquido eram elevadas. Se compararmos a vazo distribuda de 1910, de 46 litros por segundo que correspondia a 4 mil metros cbicos por dia, com o incio dos anos 30, a nova vazo de 67 litros por segundo aumentou muito pouco, j que houve crescimento populacional e ampliao do atendimento para mais distritos de outros municpios. Pior: o abastecimento tornou-se insuficiente e a populao gritava por falta de gua. No deu outra: mais uma vez, o Governo do Estado solicitou que a Diretoria de guas e Esgoto realizasse estudos e projetos para atender a demanda necessria. Foi, ento, que o engenheiro Renato Leal, colega de turma do secretrio de Agricultura, Terras e Obras, Augusto Seabra Moniz, entrou em ao. Quem comandava a Diretoria de gua e Esgoto era o engenheiro Jos Alves Braga. Os estudos concluram que havia necessidade de captao das guas do Ribeiro Duas Bocas, aps a confluncia dos crregos Panelas e Pau Amarelo, e a construo de uma grande barragem de acumulao. A vazo de regularizao da barragem foi estimada em 444 litros por segundo. Prevendo uma demanda maior para o futuro, com projeo para 1966, estudouse outro manancial, o Mangara, afluente do Rio Santa Maria da Vitria. O Manga-
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ra pertence sub-bacia vizinha de Duas Bocas. Foram realizados os levantamentos topogrficos e medies de vazo que apontaram 1.200 litros por segundo em poca de estiagem, em 1935. Vencendo o divisor de guas do Mangara para Duas Bocas, a gua seria distribuda por gravidade por uma segunda adutora de 20 polegadas (500 mm), semelhante primeira. Era o que faltava. O projeto definitivo previa a desapropriao do restante da rea da bacia, a construo de uma barragem de terra com 17 metros de altura, 200 metros de extenso, duas adutoras de 500 mm cada e um reservatrio de 4 mil metros cbicos. Para a execuo dos servios, em 1935, constituiu-se a Comisso de Obras para o Reforo do Abastecimento de gua de Vitria (Coraav) ligada Diretoria de gua e Esgotos. A primeira etapa do projeto teve inaugurao em 27 de dezembro de 1936, com uma adutora de 20 polegadas (500 mm) de traado mais curto. O segundo Reservatrio de Santa Clara, com 4 mil metros cbicos, ficaria assentado na cota de 57 metros em rea mais elevada que o primeiro reservatrio de 1909. A programao de obras previa, na sequncia, a construo da grande barragem de Duas Bocas, que somente foi concluda 15 anos depois, isto , em 1951. O traado mais curto da adutora de 20 polegadas (500 mm) pode ser observado no prprio projeto, pois seu traado era mais retilneo, parecendo uma tangente. O outro trajeto da adutora de 10 polegadas (250 mm) era mais longo, em curva, formando um S.
Reservatrio superior de Santa Clara
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Planta do projeto da adutora de Duas Bocas, 1936
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Adutora de Duas Bocas, com dimetro de 500 mm, 1936
Transporte dos tubos de 500 mm do Porto para Duas Bocas
Pilar de pedra para apoio da adutora de Duas Bocas (500 mm) construda em 1936
A nova adutora tinha extenso total prevista de 17.400 metros, sendo os primeiros 1.400 metros em tubos de concreto armado de 600 mm de dimetro at o dispositivo de quebra -presso, e os restantes 16 mil metros em tubos de ao, de dimetro de 500 mm at o se-
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gundo reservatrio de Santa Clara. Do total, quase 1.000 metros foram assentados sobre estacas em regio de mangue. Estavam devidamente previstas caixas de passagem, objetivando no cortar a linha piezomtrica, bem como retirar o ar da rede e diminuir a presso esttica que, em alguns pontos, chegava a quase 100 metros da coluna dgua. Mais tarde, em 1973, a Cesan estudou a remoo de 448 metros de trecho assentado em regio de mangue, em Porto de Santana, para um desvio de 798 metros, contornando o mangue. A adutora assentada, em 1936, estava em pssimo estado de conservao nesse trecho, oxidada na parte superior e com constantes afloramentos de gua. Foram observados reparos na rede, como soldas, tarugos de madeira e abraadeiras cegas. A quantidade de tarugos de madeira era colocada porque a rede no suportava mais ser soldada. Tambm estavam em pssimo estado de conservao diversos quadros de concreto para apoio da rede, num total de 43 confeccionados em concreto armado, e alguns escoramentos simples de alvenaria de pedra. As caractersticas da adutora, nesse trecho de mangue, eram de tubos de 500 mm, confeccionados em chapa de ao de 5/16 polegadas de espessura, sem costura, em barras de 11 a 12 metros de comprimento, com ponta e bolsa para chumbao, e assentados sobre quadros de concreto. A adutora, nesse trecho do mangue que passava por rea apoiada em pilaretes, acabou caindo devido ao seu pssimo estado de conservao e dos pilaretes de apoio. As fotos mostram o acidente:
Queda da adutora de Duas Bocas de 500 mm na travessia do mangue prximo a Porto de Santana
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Queda da adutora de Duas Bocas de 500 mm: travessia no mangue prximo a Porto de Santana
Queda da adutora de Duas Bocas de 500 mm na travessia do mangue prximo a Porto de Santana
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Em 2009, a Cesan concluiu a substituio de todo o trecho da adutora de 500 mm na atual rea de influncia que diminuiu, estando agora restrita da barragem at a regio de Cariacica Sede e bairros adjacentes.
Adutora de Duas Bocas substituda em 2009
Na sequncia, estava prevista a construo da barragem e, em 1951, a segunda adutora de 500 mm. Na projeo para 1966, previa-se a transposio da bacia do Mangara para Duas Bocas. A barragem foi concluda em 1951. As demais previses no se concretizaram.
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Dcada de 40 Transferncia dos servios de gua e esgoto para a Prefeitura de Vitria

Por meio do Decreto 11.012, de 18 de dezembro de 1939, o Governo do Estado transferiu para a Prefeitura de Vitria os servios de gua e esgoto. O Executivo municipal passou a geri-los somente a partir de 1 de janeiro de 1940. Antes disso, a administrao estava sob o comando, como j mencionado, do extinto Departamento Geral de Agricultura do Governo estadual. Da forma como foi feita, a transferncia no permitia poderes sobre os bens administrados. Em 16 de dezembro de 1946, o Estado assinou a doao condicional Prefeitura dos servios de gua e esgoto, reservando para si o direito de promover a reverso integral do patrimnio estadual, mas sem o direito de indenizar o errio municipal, se essa atitude fosse conveniente. Durante a administrao municipal dos servios de gua, o prefeito e engenheiro Henrique de Novaes (22 de janeiro a 12 de novembro de 1945) iniciou a construo da barragem de Duas Bocas, cujo volume girava em torno de 140 mil metros cbicos. O engenheiro Henrique de Novaes nasceu, em 1884, em Cachoeiro de Itapemirim. Formou-se em engenharia pela Escola Politcnica do Rio de Janeiro, em 1903. Trabalhou na Diretoria de Obras do Estado, na Usina Paineiras, nos servios pblicos da Prefeitura de Vitria, alm de ter atuado como engenheiro e urbanista. Foi prefeito de Vitria duas vezes, sendo a primeira de 24 de maio de 1916 a 5 de janeiro de 1920. Durante seu ltimo mandato, de 22 de janeiro a 12 de novembro de 1945, deixou a Prefeitura para ocupar o cargo de senador da Repblica.
Engenheiro Henrique de Novaes
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Em Vitria, em 1917, desenvolveu o projeto da Catedral Metropolitana com detalhes neogticos. Prestou servios no Rio de Janeiro, onde projetou e construiu o reservatrio do Engenho de Dentro, conhecido, na poca, como a obra mais notvel do Brasil em cimento armado. Em Natal, construiu uma barragem com acmulo de gua que se transformou em piscina pblica. Em agosto de 1921 foi nomeado Diretor de Obras contra as secas no Rio Grande do Norte. Em 1924, convidado pelo governador do Rio Grande do Norte, Jos Augusto Bezerra de Medeiros, passou a coordenar a ento criada Comisso de Saneamento de Natal, quando elaborou o Plano Geral de Obras de Saneamento de Natal. Henrique de Novaes faleceu em Vitria, em 1950, aos 65 anos de idade. Retomando a barragem de Duas Bocas, a obra iniciou-se em 9 de julho de 1945. Foi concluda em 1951 no Governo Jones dos Santos Neves. O prefeito e engenheiro Jos Ribeiro Martins (de 7 de abril de 1951 a 5 de maio de 1953) deu a ordem para o enchimento da barragem que, para sua surpresa, vazou em vrios pontos com jatos violentos. No h descrio detalhada desses pontos de vazamento. Porm, existe relato de carreamento de material slido e um acidente mais grave que ocorreu no macio, a montante e nas proximidades da ombreira direita. O acidente provocou a formao de uma abertura no talude de montante, prximo crista, alm de um escorregamento que pode ter sido pelo efeito piping. Aps obras de recuperao, a barragem apresentou novos vazamentos e sua capacidade de produo caiu pela metade, em condies de alimentar apenas a adutora de 500 mm construda em 1936. Com isso, a reverso do Mangara para Duas Bocas e a construo da segunda adutora de 500 mm jamais aconteceram. Nas consideraes preliminares sobre a barragem realizada pela empresa Engenharia Gallioli Ltda1 , consta: No foi construdo o muro em seco que figura no desenho de outubro de 1934. Constatou-se, no primeiro enchimento do reservatrio, a duvidosa impermeabilidade da barragem reconstruda numa grande parte do talude de montante e aprofundada a cortina de montante. Sucessivas manifestaes de permeabilidade perigosa da obra obrigaram o rebaixamento do nvel da
1 A Engenharia Gallioli Ltda interpelou o engenheiro Manoel Vivacqua Vieira, da Soletec, anteriormente diretor da Koteca, que construiu a barragem e efetuou a primeira reconstruo de parte do macio a montante.
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gua, dinamitando parte da estrutura do vertedouro e, repetindo, a permeabilidade perigosa, o nvel foi rebaixado ainda mais para reduzir a acumulao de gua num volume quase insignificante. Os rios abastecedores da barragem so o Pau Amarelo, Panela, Nanhu-Au, Biquinha e Serto Velho. A rea de drenagem na seo da barragem de aproximadamente 30 Km. A bacia hidrogrfica do Rio Duas Bocas, afluente do Santa Maria da Vitria, j nas proximidades da baa de Vitria de aproximadamente 85 Km. A Reserva Biolgica de Duas Bocas foi criada pela Lei n 4503, de 2 de abril de 1991. Consta na placa ainda existente em Duas Bocas: Construo iniciada em 0907-1945 na interventoria Jones dos Santos Neves continuada nas administraes Octaviano Lengruber Aristides Campos, Moacir Ubirajara, Carlos Fernando Monteiro Lindenberg e Jos Rodrigues Sette, sendo concluda a 8 de setembro de 1951 como parte das comemoraes do IV centenrio da fundao de Vitria sob o Governo do Dr. Jones dos Santos Neves.
Planta do projeto da tomada de gua de Duas Bocas
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Planta do projeto da fundao e ferragem da tomada de gua de Duas Bocas
Barragem de Duas Bocas antes do enchimento, 1951
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Tulipa (tomada de gua e estravazor) da barragem de Duas Bocas
Monumento de inaugurao da barragem de Duas Bocas, 1951
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Placa de inaugurao do Governo do Estado: barragem de Duas Bocas, 1951
Placa de inaugurao da Prefeitura de Vitria: barragem de Duas Bocas, 1951
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Com a construo da barragem de Duas Bocas, algumas das menores e primitivas barragens ficaram submersas. Curiosamente na dcada de 1980, com o rebaixamento em nvel crtico da gua ocorrido em pocas de estiagem foi possvel ver uma das barragens do Rio Pau Amarelo. A foto, a seguir, mostra esta barragem que em condies normais fica submersa.
Barragem submersa no Rio Pau Amarelo que apareceu em poca de grande estiagem, 1986
Atendendo ao Decreto 5.929, de 23 de fevereiro de 1935, foi prevista uma instalao completa para clorao das guas de Duas Bocas. Outro fato significativo que a adutora de 500 mm foi totalmente substituda por outra de dimetro de 400 mm no trecho da barragem at as imediaes de Cariacica Sede. A concluso aconteceu em 2009. rea de influncia de abastecimento de Duas Bocas que anteriormente ia at Vitria, com a expanso urbana, hoje atende a Sede de Cariacica e bairros adjacentes.
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Dcada de 50 Reverso e transferncia dos servios pblicos de gua e esgotos da Prefeitura de Vitria para o Estado. Criao do Departamento de gua e Esgoto (DAE)
Plano de emergncia Captao no Rio Marinho e construo da Estao de Tratamento de gua no morro de Cobi Diante da crtica situao, o Governo do Estado recorreu ao Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), onde se realizou um Plano de Emergncia para abastecer Vitria de gua potvel. Como aes principais foram construdos o canal de aduo do Rio Marinho, a estao elevatria de gua bruta no Marinho e a Estao de Tratamento no Alto de Cobi, na altitude de 68 metros. Em seguida, houve desvio da adutora de 500 mm de Duas Bocas para a Estao de Tratamento de Cobi. A construo da ETA iniciou-se, em 1952, no Governo de Jones dos Santos Neves, e terminou em 1956, na gesto de Francisco Lacerda de Aguiar. A captao, aps a inaugurao da ETA de Cobi, passou a ser realizada atravs do Rio Marinho, em Vila Velha, que permitia uma vazo de cerca de 440 litros por segundo de gua tratada. O projeto da ETA foi elaborado pela empresa Permutit Water Co. Constava basicamente do canal de chegada da gua com chicanas para mistura dos coagulantes, dosadores, duas unidades de precipitao e decantao, alm de quatro unidades filtrantes com leito de areia.
Antiga casa das motobombas no Rio Marinho
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Construo da Estao de Tratamento de gua de Cobi
Parte da rea onde foi construda a ETA no lugar denominado Cobi, antigo Paul do Bosque, foi adquirida de Verino Caus e Domingos Caus, herdeiros do italiano Giuseppe Andrea Cauz. A rea desapropriada dos Caus era de 5.014,00 metros quadrados. A rea complementar, de 5.347,70 e 2.028,80 metros quadrados, foi adquirida respectivamente de Otaclio Coser e da viva, Maria Lyra Sarmento, e filhos. A rea foi desapropriada por utilidade pblica, na conformidade do Decreto 3.125, publicado no Dirio Oficial de 14 de julho de 1957. Consta na escritura de desapropriao, de 19 de julho de 1957, o valor e a rea do terreno adquirido pelo Estado de Verino Caus e Domingos Caus:
[...] pelo valor de CR$ 501.400,00 (quinhentos e um mil e quatrocentos cruzeiros), cujo pagamento ser feito da forma seguinte: CR$ 101.400,00 recebida no ato e da qual os outorgantes do aos outorgados plena e geral quitao e, os restantes, CR$ 400.000,00 em 4 notas promissrias emitidas nesta data pela Contadoria Geral do Estado em favor dos mesmos outorgantes, com vencimentos para 15 de agosto de 1957, 14 de setembro de 1957, 14 de outubro de 1957 e 13 de novembro de 1957. Caractersticas do imvel: metade de um terreno prprio, sito em Coby, antigo Paul do Bosque, Municpio do Esprito Santo, terreno representado por uma faixa, medindo 5.014,14 m (cinco mil e quatorze metros quadrados) e que se limita ao sul com terrenos de ngelo Caus e a leste com Otaclio Coser.
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Planta do projeto de desapropriao da rea da ETA de Cobi
Desativao do dispositivo de quebra-presso da Ladeira Grande em Duas Bocas

O antigo morador e proprietrio de terras em Duas Bocas, Jurandir Coutinho Ribeiro, confirmou que uma tubulao de manilha de concreto armado vinda da captao de Duas Bocas seguia at um dispositivo de gua situado na Ladeira Grande, passava na propriedade do seu pai, que atualmente sua. A rea vizinha barragem. A entrevista nos foi concedida em 8 de fevereiro de 2012. O dispositivo situado na Ladeira Grande tinha a funo de quebrar a presso da gua vinda de Duas Bocas, uma vez que as presses nos pontos baixos da adutora seriam muito elevadas. A gua era transportada da tomada de Duas Bocas at o dispositivo
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de quebra-presso na Ladeira Grande por uma tubulao de manilhas de concreto armado, com cerca de 1.400 metros de comprimento. A gua descia pelo dispositivo de quebra-presso e era recolhida, no final do seu trajeto, por uma caixa de onde a gua seguia para as adutoras de 500 mm e 250 mm. Com a desativao do quebra-presso, foi construda uma rede adutora de dimetro de 600 mm, em ferro fundido, para interligar diretamente as redes de 500 e 250 mm, situadas no final da Ladeira Grande. A informao de Antnio Bessa, aposentado da Cesan e operador da adutora de Duas Bocas desde 1959, poca do antigo DAE. A entrevista foi realizada em 10 de abril de 2012. Com a construo da ETA de Cobi na cota de 68 metros, ou seja, acima do Reservatrio de Santa Clara, precisava-se aumentar a presso na rede de 500 mm que foi estendida at a ETA. Para isso, se fez necessrio desativar o dispositivo de quebra-presso na Ladeira Grande e fazer a tomada diretamente na barragem de Duas Bocas. Esta desativao foi realizada na poca da transio do sistema de gua da Prefeitura de Vitria para o DAE. No relatrio de 1965, o engenheiro Jos Augusto Netto Souto, ento diretor
Dispositivo de quebra-presso na Ladeira Grande a cerca de 1,4 km abaixo da barragem de Duas Bocas
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geral do DAE (atuou de outubro de 1964 a dezembro de 1965), comentou: Em decorrncia da construo da Estao de Tratamento de Cobi, em 1956, foi desviada a adutora de 20 polegadas (500 mm) de Duas Bocas para o alto de Cobi, na cota de 68 metros, e em consequncia do aumento de presso na adutora e fechamento das duas chamins de equilbrio, da construo inicial, bem como do dispositivo de aerao da gua na Ladeira Grande, foram danificados vrios macios de ancoragem das deflexes da adutora e prejudicada a qualidade da gua de Duas Bocas por falta de aerao, j que procede de grande acumulao. Outro fato relatado por Antnio Bessa diz respeito manuteno da adutora de Duas Bocas de 500 mm. Segundo ele, a adutora j estava em estado precrio e que a cada 3 mil metros havia um empregado responsvel por sua fiscalizao e acompanhamento de manuteno. Bessa comentou ainda que os vazamentos muitas vezes eram corrigidos com tarugos de miolo de madeira camar. A rede de 250 mm foi, em seguida, desativada por causa da rugosidade interna, j que no trazia mais a vazo do projeto original e, sim, somente 20 litros por segundo.
Caixa no final do dispositivo de quebra-presso na Ladeira Grande
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Manilha de concreto armado de 600 mm que transportava gua de Duas Bocas at o dispositivo de quebrapresso na Ladeira Grande
Travessia para apoio da manilha de 600 mm que transportava gua de Duas Bocas at o dispositivo de quebrapresso na Ladeira Grande
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Vazamentos na adutora de Duas Bocas corrigidos com tarugos de madeira
Reverso e transferncia dos servios

Vitria, Palcio Anchieta, 3 de maio de 1958. A data sela outro divisor de guas. O que ocorreu? O Servio de gua e Esgoto da Prefeitura de Vitria retorna autarquia estadual como Departamento de gua e Esgoto (DAE), pela lei n 1.374, sancionada pelo governador Francisco Lacerda de Aguiar, em 30 de dezembro de 1957. O ato solene contou com a presena do tabelio do Cartrio do 4 Ofcio de Notas, Wlademiro da Silva Santos; Francisco Lacerda de Aguiar, representando o Governo do Estado; Mrio Gurgel, representante da Prefeitura Municipal de Vitria; e Jonas Hortlio da Silva Filho, designado pelo Departamento de gua e Esgotos, e das duas testemunhas, Alberto de Oliveira e Setembrino Pelissari, para a solenidade da reverso e transferncia dos servios pblicos de gua e de esgoto para o Estado. Tambm assinaram o documento Rmulo Finamore, Kleber J. C. Guimares e Rubens Rangel. Foi publicado na Secretaria do Interior e Justia do Estado do Esprito Santo pelo diretor da Diviso de Interior e Justia, Milton Caldeira.
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Criao do Departamento de gua e Esgotos (DAE)

Por que esse servio to essencial retornou gesto do Executivo estadual? Simples: houve o desmembramento dos municpios de Vila Velha e Cariacica, porm, na prtica, eles dependiam da Prefeitura de Vitria, ferindo assim suas autonomias. Alm disso, as peas principais dos sistemas estavam situadas nas cidades desmembradas. Sentindo de perto a gravidade do problema e percebendo que a Prefeitura de Vitria no tinha condies de arcar com tamanha responsabilidade, o Governo do Estado decidiu retomar os servios. Para isso, criou o Departamento de gua e Esgoto (DAE). Os trabalhos da Comisso de Recepo dos Servios, criada pelo Governo do Estado, e todos os demais atos iniciais do DAE acabaram prejudicados pela reao dos responsveis pela municipalidade da capital, que arrecadava as taxas que cobrava pela explorao dos servios, embora no aplicasse no melhoramento dos servios. Mais: a Prefeitura de Vitria no arcava totalmente com o pesado nus do tratamento da gua realizado com a cooperao e a administrao do Executivo estadual, j que a Estao de Tratamento de Cobi era gerida pelo Departamento Estadual de Sade. Para criar o DAE, o Governo espelhou-se nos exemplos de outros grandes Estados, como So Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Foi nomeado como primeiro diretor o engenheiro Jonas Hortlio da Silva Filho, que permaneceu no cargo de maro de 1958 a maro de 1964. Na sequncia assumiram o interventor capito Ricardo Gianordolli (de maro a setembro de 1964); Jos
Jonas Hortlio da Silva Filho, primeiro diretor do DAE
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Augusto Netto Souto (de outubro de 1964 a dezembro de 1965) e, por ltimo, Gladstone Hoffmann (de janeiro de 1966 a dezembro de 1967). A lei que criou o DAE permitiu a nomeao, em carter efetivo, de 14 funcionrios, dos quais 11 j eram antigos servidores do Estado; trs foram transferidos da Prefeitura de Vitria (por fora da lei de criao do Departamento) e outros 51 puderam ser admitidos. Os operrios, no final do ano, totalizavam 194 servidores. Pouco depois, criou-se o Conselho Estadual de gua e Esgotos (CAE), em 9 de abril de 1958, que teve como primeiro presidente e diretor o sanitarista do DAE, Jonas Hortlio da Silva Filho. Os demais membros foram: Elmo Luiz Campos Dall Orto, Amrico de Oliveira, Jos Rebouas, Irineu Rodrigues, Cristiano Ferreira Fraga, Olegrio Ramalhete. A Resoluo n 6, de 13 de setembro de 1958, estabeleceu que a jurisdio do DAE fosse estendida a todo o Estado e aqueles sistemas de gua e esgotos construdos pelo Executivo estadual que no estivessem transferidos aos municpios, passariam a ser patrimnios do DAE.
Nova adutora de 500 mm: trecho Sotema a Cobi de 2.600 metros
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O antigo trecho de 20 polegadas (500 mm), construdo em 1936, continuava ainda como nica rede alimentadora para abastecimento de Vitria, mas era totalmente insuficiente em virtude do permanente crescimento da demanda.
1958 O primeiro ano de atuao do DAE

A importncia da Estao de Tratamento de gua de Cobi A problemtica da gua no se restringia ao territrio capixaba. Era uma questo nacional. O prprio presidente da Repblica, Getlio Vargas, em 1952, criou uma comisso constituda por tcnicos de alto nvel para estudar a situao das populaes das cidades do interior e solucionar o problema de abastecimento de gua. As concluses do relatrio tcnico evidenciaram as enfermidades ligadas falta dos servios de gua e esgotos:
A vida das pessoas que contraem enfermidades de origem hdrica , em mdia, vinte e cinco anos mais curta que a do resto da populao; alm da morte prematura e da reduo da capacidade de trabalho, as molstias intestinais obrigam os doentes a longos perodos de inatividade, afetando, dessa forma seu potencial de produo, representando perdas econmicas diretas considerveis, s quais devem ser adicionadas as despesas com assistncia mdica, farmacutica e hospitalar; estatsticas elaboradas, pelo Ministrio da Educao e Sade revelam que superior a 90% a incidncia de molstias intestinais nas cidades desprovidas do servio de gua; o confronto das taxas de mortalidade, antes e depois da realizao de tais servios, no deixam a menor dvida sobre o que eles representam em vidas poupadas; necessrio tambm notar que o custo da gua de m qualidade consumida na maioria das cidades brasileiras representam, segundo estimativas do Sesp, no mnimo, cinco vezes mais do que seria despendido com a utilizao da gua de um sistema de abastecimento pblico.
Quem confirmou as concluses do relatrio da Comisso foi o pediatra Jolindo Martins, mdico do Departamento Nacional da Criana, com atuao em Vitria.
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Ele apresentou artigo cientfico na primeira reunio anual da Associao Mdica do Esprito Santo, comprovando que, durante 1950 a 1957, ocorreram 13 bitos entre as lactentes em Vitria por disenteria e 582 por gastroenterite, totalizando 595 bitos diretamente ligados desidratao. De todas as causas de bitos em crianas de menos de um ano, 31,9% foram causados por desidratao, segundo Jolindo. A pesquisa foi apresentada, em Vitria, em outubro de 1958. O pediatra tambm se referiu importncia bioestatstica e social de desidratao. Quase invariavelmente a relao entre a queda ou a elevao da mortalidade infantil est diretamente ligada mortalidade por desidratao. Jolindo Martins afirmou:
Observe-se que, quando em 1957, graas ao funcionamento do modelar servio de gua do Cobi, as gastroenterites e disenterias acusaram seu mais baixo nvel, isso se refletiu imediatamente na curva da mortalidade infantil, que acusou o mais baixo coeficiente de nossa histria (95,6 por 1.000).
Os problemas iniciais encontrados pelo DAE

No seu primeiro ano de atuao, o DAE no pde dar a devida ateno aos municpios do interior do Estado, pois ainda estava se organizando e ganhando experincia. A ao do DAE, ao longo de 1958, restringiu-se s cidades de Vitria, Vila Velha e Cariacica, j que o Estado no contava com recursos ou financiamentos federais. Os servios correram por conta do Governo estadual. Como j mencionado, os projetos e obras eram realizados antes da criao do DAE pelo setor de Engenharia Sanitria do Departamento Estadual de Sade, rgo que no estava, por sua natureza, preparado para tal. Os servios concludos eram passados para as prefeituras que no tinham recursos nem meios tcnicos para a operao e a manuteno dos servios de gua. A tabela a seguir mostra a situao, em 1957, do abastecimento de gua encanada nas zonas urbanas e suburbanas das cidades do Esprito Santo. O levantamento foi realizado pelo Departamento Estadual de Estatsticas. Observa-se que nos trs municpios Vitria, Vila Velha e Cariacica onde o DAE j atuava diretamente, mais de 60% da populao gozavam do benefcio da gua tratada.
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Dos 38 municpios recenseados, somente 11 possuam servios de gua em suas sedes. De 950.856 habitantes do Estado, apenas 13% da populao recebiam gua no poluda. Apesar de as aes iniciais de 1958 se restringirem aos municpios de Vitria, Vila Velha e Cariacica, os trabalhos j realizados permitiram ganho de experincias e demonstraram que a soluo mais acertada seria a centralizao num rgo autrquico como o DAE. Logo no incio das suas atividades, o DAE recebeu C$ 1.500.000,00 para as despesas de organizao e instalao. Porm, o valor no foi suficiente nem para cumprir
Situao do abastecimento de gua no Esprito Santo em 1957
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Pa rt e I
o mnimo de sua funo. O estado precrio dos servios e a desorganizao tcnica e administrativa exigiram muito empenho do novo rgo que utilizou somente a arrecadao diria de taxas que, por sua vez, era deficitria para a realizao de obras. O nmero de ligaes clandestinas era incalculvel. Enfim, veio o represamento do Crrego Duas Bocas, com a premissa da alta purificao das guas armazenadas. Para tanto, o Governo do Estado e a Prefeitura de Vitria desapropriaram as terras com as respectivas benfeitorias da bacia hidrogrfica para desalojar os proprietrios e os colonos. Tudo para evitar a contaminao da gua. Acontece que os proprietrios foram indenizados, mas a Prefeitura no providenciou a retirada dos moradores e deixou que outros l se estabelecessem. Com isso, demonstrou-se por exames do Departamento Estadual de Sade que as guas servidas s populaes de Vitria e circunvizinhanas estavam sendo contaminadas. O DAE, ao receber os servios de volta da Prefeitura, encontrou 23 famlias de colonos residindo em terras da bacia desapropriada, explorando os cafezais como meeiros da municipalidade. A contaminao foi equacionada com a construo da ETA de Cobi. A barragem de Duas Bocas, mesmo aps a sua reconstruo, tornou a ruir, no suportando o armazenamento pleno. Quanto ao Rio Marinho, a vazo do manancial era mais do que suficiente para atender a demanda, s que apresentava problema de penetrao da gua do mar. O sistema, em 1958, compreendia uma estao elevatria com 4 conjuntos motobombas que bombeavam at 36 milhes de litros por dia; uma usina diesel-eltrica com dois geradores, com capacidade total de 720 HP; e um canal adutor com comportas automticas construdas pelo DNOS. As adutoras de Duas Bocas, de 250 mm (10 polegadas) e 500 mm (20 polegadas), veiculavam no mximo 250 litros por segundo. A rede de 250 mm, em 1958, j tinha quase 50 anos e estava em pssimo estado de conservao. Transportava apenas aproximados 20 litros por segundo. Com o abastecimento a contento feito pelo Rio Marinho, essa adutora foi desativada. A outra de 500 mm passou, ento, a veicular o mximo de 230 litros por segundo. A necessria obra de ligao da Ladeira Grande para retirar o quebra-presso, aumentou em cerca de 45% a capacidade de transporte em meados de 1957. A realizao foi da Prefeitura de Vitria, com recursos do Governo do Estado.
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As travessias da adutora de Duas Bocas sob as linhas frreas e no ptio da CVRD apresentavam constantes problemas de acidentes e vazamentos. A adutora de 32 polegadas de dimetro, que ligava o sistema Marinho Estao de Cobi, estava conectada de Duas Bocas no incio da subida, formando, dessa forma, uma s adutora. A Estao de Tratamento de Cobi funcionava ininterruptamente desde agosto de 1957, aduzindo para as redes um volume mdio dirio de 22 milhes de litros. Sua construo era de caracterstica moderna e das melhores at ento construdas para tratar dois tipos de guas diferentes dos rios Duas Bocas e Marinho. A principal inovao foi o decantador mecnico, escolhido pela pouca rea de cota suficiente e o sucesso que conquistou em outros pases com piores condies de mo de obra. O Esprito Santo foi pioneiro nessa tecnologia. Os 14 meses de operao confirmaram o acerto da escolha. O setor de distribuio era bastante precrio e o principal problema do sistema. As redes transferidas ao DAE, em sua quase totalidade, ainda eram as mesmas desde a implantao do sistema em 1909. Os dimetros permaneciam insuficientes e obstrudos. A expanso realizada pela Prefeitura, de pequena monta, utilizou ferro galvanizado que apresentava problemas de incrustaes, alm de redes de meia polegada. A proliferao de loteamentos gerou entraves de toda ordem. Dos reservatrios transferidos ao DAE, apenas os de Santa Clara estavam em bom estado de conservao, porm, com volumes insuficientes. O de Vila Velha, alm do pouco volume, estava mal localizado. Os demais j estavam abandonados h muito tempo, em runas e em terrenos invadidos. As redes de esgotos existentes, em Vitria, eram as mesmas da poca de Jernimo Monteiro, indo de Caratora at o Forte So Joo. Nada foi construdo at o DAE assumir o sistema. Ainda foram retiradas as elevatrias de So Miguel e da Rua do Comrcio. Para piorar, as redes de esgoto foram misturadas s de drenagem pluvial, trazendo transtornos de obstruo, transbordamentos e mau cheiro na cidade.
As realizaes no primeiro ano do DAE

O atendimento foi estabelecido como prioridade inicial, j que exigia mais urgncia normalizao dos servios e realizao de obras inadiveis para minorar os problemas, forma de evitar a repetio da situao quase catastrfica da falta de gua de 1952 a 1954.
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De abril a dezembro de 1958, dentre os principais servios, o DAE realizou:
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Reverso dos servios da Prefeitura para o Departamento. Novas tomadas com aumento de presso e vazo das seguintes redes: Cariacica; Itanhenga; Itangu; Porto de Cariacica; Tabajara; Santana; Hospital Adauto Botelho; Porto Novo; Itacib; Sotema; Jardim Amrica; Itaquari; e Porto Velho.
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Execuo de vrios reparos na adutora de Duas Bocas e reforma da rede de gua de Porto Novo. Construo de trs reservatrios de emergncia nas localidades de Goiabeiras, Morro do Bonfim e Alagoano. Desobstruo das redes de gua dos seguintes logradouros: em Vila Velha, ruas Araribia, P. Lima, 15 de Novembro, Antnio Atade, Vasco Coutinho, 23 de Maio, Pedro Palcios, Praa da Bandeira e Henrique Moscoso. E, em Vitria, em diversas ruas em Santo Antnio, Praia Comprida e Praia do Su.
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Construo de 14 redes de esgoto nas ruas Baro de Monjardim; Uruguai; Bernardino Monteiro; Jos de Anchieta; Praa Costa Pereira; Vintm; Cleto Nunes; 23 de Maio; General Osrio; Parque Moscoso; Quintino Bocaiva; Baro de Mau; Pinto Homem de Azevedo; e Soldado Apolinrio dos Reis.
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Execuo de 609 ligaes de gua, 58 novas ligaes de esgotos, 87 mudanas de derivao, substituio de 27 tubos de derivao e 3.169 atendimentos de reclamao.
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Recuperao de 11 mil metros de redes da antiga adutora de Duas Bocas, constando de limpeza, soldagens e proteo asfltica. Construo de 2.600 metros da subadutora de 10 polegadas para Vila Velha e Praia da Costa. Construo de 5.120 metros de redes de 10 polegadas para a Zona Norte, totalizando 7.144 metros, aliviando a antiga rede de 10 polegadas da Praia de Santa Helena que servia 1.500 famlias.
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Nova tomada do aumento de presso de Paul, Argolas, Glria e Aribiri. Incio da rede de 10 polegadas para transportar gua tratada aos bairros de Jardim Amrica e Itaquari, j tendo sido construdos 520 metros, com possibilidade de aproveitamento da antiga rede de 3 polegadas que seria aplicada em Campo Grande.
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Nova tomada em 10 polegadas para reforo da rede que serve Cobilndia, Alvorada e Alecrim.
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Reforo com interligao das redes de 10 e de 4 polegadas para a parte alta de Santo Antnio.
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Incio da instalao de rede composta por 10 hidrantes para preveno contra incndios da Zona Centro da cidade.
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Adaptao da antiga elevatria de esgotos, situada Rua Gonalves Dias. Levantamento do cadastro imobilirio, totalizando 4.133 prdios. Levantamento e registro dos bens patrimoniais. Projetos diversos de redes.
Adutora da Praia de Santa Helena de 8 polegadas
Foram elaborados tambm anteprojetos de construo de grandes reservatrios e subadutoras tanto para Vitria quanto para Vila Velha e Cariacica. Os objetivos eram normalizar os servios e preparar a cidade para o crescimento demogrfico e o surto industrial que se prenunciava, com a instalao de indstrias, como a Cia Ferro e Ao, de Vitria, Brasprola, Siderrgica de Vitria, fbrica de papel etc. No foi possvel elaborar um projeto de esgotamento sanitrio para corrigir a grande deficincia pelo custo dos investimentos que a autarquia no tinha condies de arcar. Tambm seria necessrio um estudo do comportamento das correntes marinhas da baa de Vitria.
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Departamento de gua e Esgoto: torneiras pblicas, 1959
Evento comemorativo
DAE: comemorao dos 6 mil metros de redes assentadas, 1960
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De 1960 a 1967 Atuao do Departamento de gua e Esgoto (DAE)

Em 1962, o diretor do DAE, Jonas Hortlio da Silva Filho, publicou um relatrio definindo as obras necessrias para a soluo definitiva do abastecimento de gua de Vitria, Cariacica e Vila Velha. J sinalizava que o manancial a ser aproveitado deveria ser os rios Jucu e o Duas Bocas. A vazo esperada com a captao do Rio Jucu era de 1,23 metros cbicos por segundo. O DNOS forneceu o valor de 10,8 metros cbicos por segundo como vazo mnima do Jucu. Quanto ao manancial de Duas Bocas, estimava-se captar 400 litros por segundo, de acordo com os estudos hidrolgicos. A vazo esperada desses dois mananciais, somando 142.600 metros cbicos por dia (1,63 metros cbicos por segundo), superava a demanda necessria da populao estimada em 129 mil metros cbicos por dia (1,49 por segundo), considerando um consumo per capta de 330 litros dirios, e um coeficiente de 1,25 para o dia de maior consumo. Quanto ao Rio Santa Maria, Jonas Hortlio previu o futuro aproveitamento em funo do crescimento populacional ou consumo industrial de monta, por meio de obras de captao prximas localidade de Capitania, longe da influncia da mar. A gua seria recalcada por uma adutora de 1.000 mm de dimetro e comprimento aproximado de 19 km at a ETA de Cobi. Como se observa hoje, a previso do engenheiro Jonas Hortlio de utilizar o Duas Bocas e, na sequncia, os rios Jucu e o Santa Maria, estava correta. Com o Jucu, aconteceu a captao em 1977 e, com o Santa Maria, em 1983. A nica diferena que o Santa Maria da Vitria alimentou a Estao de Tratamento em Carapina (na Serra) e no a ETA de Cobi (em Vila Velha). Quanto s obras imediatas, o engenheiro previu: captao no Jucu no incio da Vala Neves, onde no mais se fazia sentir a influncia da cunha salina; canal adutor destinado a levar gua ao poo de suco na Casa de Bombas; Casa de Bombas com quatro conjuntos de motobombas centrfugas e uma de reserva, tendo cada uma 600 HP, e recalcando 300 litros por segundo cada, com altura manomtrica de 100 mca (metro de coluna de gua); adutora at a ETA de Cobi com dois trechos, sendo o primeiro com recalque at um reservatrio intermedirio e, o segundo, por gravidade daquele ponto intermedirio at a referida ETA; ampliao da ETA de Cobi com
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mais dois decantadores e mais oito filtros; construo de reservatrios em Vila Velha, Paul, Cobilndia, Jardim Amrica, Santo Antnio e Praia Comprida; ampliao do reservatrio inferior de Santa Clara assentado na cota de 45 metros; reforma das redes de distribuio da Zona Norte, Centro, Vila Velha, Atade, Glria, Paul e Jardim Amrica; construo de nova barragem em concreto ciclpico no manancial de Duas Bocas a jusante da barragem existente; construo de uma nova adutora de 800 mm em ferro fundido, ligando a nova barragem de Duas Bocas ETA de Cobi. Sobre Duas Bocas, informao importante foi feita pelo engenheiro Elmo Luiz Campo Dall Orto, primeiro ex-conselheiro do DAE e ex-diretor do DNOS:
Em 1960, ocorreu uma grande e excepcional enchente no ms de maro, ocasio em que o nvel da barragem de Duas Bocas estava subindo rpido e assustadoramente. Numa atitude corajosa, o engenheiro Jonas Hortlio, ento diretor do DAE, autorizou a execuo da abertura emergencial de um grande orifcio (buraco) na parte lateral da tulipa e mais abaixo do vertedouro para que a gua extravasasse em uma cota abaixo do vertedouro (sangradouro), pois a descarga de fundo no conseguia esgotar a vazo afluente e a subida do nvel da gua na barragem ameaava o rompimento da mesma. A abertura foi feita com explosivos (dinamites) colocados na parede da tulipa voltada para o reservatrio. Para fazer esse trabalho, estavam presentes Jonas Hortlio, Elmo Luiz Campo Dall Orto, e um tcnico do Exrcito, especialista em dinamite. Nesse enorme rombo feito na parede, a gua passou a verter.
O engenheiro Helder Faria Varejo, ex-empregado e ex-diretor tcnico da Cesan, relatou:

Em 1969, por ocasio de uma grande enchente, estava ocorrendo o rompimento da barragem prximo ao centro da mesma. Naquela ocasio, contou com a ajuda do DER, por meio do Sr. Jos Carlos Pereira Neto, que auxiliou nas intervenes de emergncias com a utilizao de mquinas para fechar a abertura que ameaava romper a barragem. Foram lanados alm de terras, bagaos de cana, bananeiras, vegetao, enfim, tudo que era possvel. Posteriormente, o engenheiro Benedito Andrade aumentou a abertura do buraco para dar maior vazo nas enchentes. Tambm rebaixou e retificou a base do buraco em forma de um vertedor.
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Pa rt e I
Tomada de gua (tulipa) de Duas Bocas
Duas Bocas: aumento e retificao da base do furo da tulipa
Nas fotos possvel ver essa modificao no buraco. A cota do vertedor original do projeto, no nvel mximo, era de 190,50 metros. Aps a abertura do orifcio extravasor, passou a verter a gua na cota de 184,43 metros na sua borda inferior, portanto, com um rebaixamento de 6,07 metros. A cota mnima de chegada ETA era de 180,44 metros. Na cota de 184,43 (orifcio), o volume armazenado que condicionado pelo orifcio extravasor tinha 1.929.500 metros cbicos. Na cota de 190,50 metros (nvel original da tulipa), o volume armazenado era de 5.285.272 metros cbicos. Da cota do vertedor original de 190,50 at a cota de 172,30 metros do fundo da tulipa, o desnvel foi de 18,20 metros. Na tulipa, existem mais aberturas feitas no concreto de dimenses menores e que, provavelmente, foram feitas com ferramentas manuais.
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Barragem de Duas Bocas Cotas dos nveis da tulipa e da chegada ETA:
Corte transversal da barragem
Cotas da tomada e buraco da tulipa de Duas Bocas
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Pa rt e I
Detalhe da tomada na barragem indo at a ETA
Detalhe do canal de descarga do fundo da barragem
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Realizaes do DAE e convnio com o DNOS

Mesmo com as obras emergenciais da nova captao no Rio Marinho e na Estao de Tratamento de Cobi, a linha adutora de 20 polegadas para o suprimento de gua entre o continente e a ilha de Vitria continuava a mesma de 1936. Essa situao perdurou at 1963, quando se planejou construir uma rede adutora de 24 polegadas (600 mm), partindo da Estao de Tratamento de Cobi at a Praia Comprida. Em 1964, a linha de recalque no trecho horizontal de 800 mm em ao, com apenas oito anos entre a elevatria no Rio Marinho e a Estao de Tratamento, comeava a ser substituda, j que tinha sido instalada em terreno alagadio e com caractersticas cidas. A troca foi por duas redes de ferro fundido no dimetro de 600 mm cada, assentadas num dique de argila compactada. Utilizou-se parte do material da adutora da Praia Comprida. O convnio do DAE com o DNOS (final de 1963) para solucionar os problemas teve reduo no ritmo de trabalho das adutoras de 600 mm da Praia Comprida e de 400 mm, de Vila Velha, por causa do plano de economia e conteno de despesas do Governo Federal e, tambm, por problemas financeiros do DAE.
Vista do Canal do Marinho com captao e Casa de Bombas (elevatria)
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Pa rt e I
Outras obras estavam em andamento pelo DAE:
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Recuperao da Estao Elevatria do Rio Marinho, com assentamento de dois conjuntos motobombas de 300 HP cada. Restaurao da Estao de Tratamento do Alto de Cobi, com recuperao dos quatro filtros existentes. Construo da oficina eletromecnica para execuo de todos os servios. Aquisio de oficina completa de mecnica e de recuperao de motores eltricos. Os servios que anteriormente eram feitos por terceiros, passaram a ser realizados com mo de obra prpria.
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Assentamento da subadutora de 14 polegadas de ferro fundido para Jardim Amrica e Paul, com extenso de 760 metros.
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Construo da subadutora da Praia da Costa de 8 polegadas, com 2.500 metros de extenso.
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Construo da rede de Santa Clara-So Francisco, de 8 polegadas em ferro fundido e extenso de 650 metros.
Montagem de conjuntos motobombas no Marinho
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Placa do convnio do DAE e DNOS em destaque durante a visita da comitiva do governador
Governador Francisco Lacerda de Aguiar; Jonas Hortllio, Roberto Viana e comitiva na subadutora de 600 mm da zona norte
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Sada das redes do ptio da ETA de Cobi para o Ibes em Vila Velha
Rede adutora da ETA de Cobi ao Ibes: travessia no brejo
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1964 Relatrio da Sondotcnica Engenharia de Solos para o DNOS

Em 1964, a Sondotcnica elaborou para o DNOS um relatrio preliminar sobre captao provisria da gua do Rio Jucu. Esse documento contm a concepo do conjunto de obras a serem projetadas sobre o Rio Jucu e a Vala Neves, com a finalidade de melhorar as condies de abastecimento de gua de Vitria. O relatrio continha basicamente o seguinte:
O abastecimento dgua proveniente dos mananciais de Duas Bocas e pelo canal Marinho esteve a ponto de entrar em colapso. O canal Marinho alimentado pelo Rio Jucu, atravs da Vala Neves aos quais se misturam as guas do Rio Formate. Cerca de 70% do abastecimento feito atravs desse manancial, cujas guas so bombeadas para a estao de tratamento. Problemas de escassez de guas do Jucu, infiltrao da gua salgada atravs dos difusores laterais ao canal e excesso da poluio do Rio Formate, agravado pela maior concentrao de indstrias na poca de estiagem, levaram o DNOS a tomar providncias imediatas tendentes a corrigir, pelo menos provisoriamente, esta situao calamitosa.
As ideias gerais que nortearam as obras projetadas foram: Na Vala Neves Aumento da capacidade de aduo da Vala em poca de estiagem mediante a construo de uma barragem de laminao a jusante da sua entrada, elevando o N. A. do Jucu at a cota adequada. No Rio Formate Construo de uma pequena barragem-vertedor no curso do Rio Formate, com 3 a 4 metros de altura, deixando uma abertura no corpo da barragem para passagem do Rio Formate. Dessa maneira, isolavando esses dois mananciais, evitava-se o problema de poluio das guas devido, em grande parte, ao Rio Formate.
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Pa rt e I
No Canal Marinho Construo de uma obra adequada a jusante da Casa de Bombas, elevando o N. A. atual do canal em torno de 0,50 metros acima do piso atual da Casa de Bombas e conservando esse nvel de forma constante. Isso implica no levantamento do piso das bombas e dos geradores em 0,50 metros acima do nvel. Em consequncia, o fluxo de infiltrao se d de dentro para fora do canal, evitando, assim, o problema da salinizao de gua provocada pela mar. Cabe registrar que Robson Sarmento ingressou no DAE, em 1966, e permaneceu na Cesan at 1971. Mais tarde, em 1999, tornou-se presidente da empresa.
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C ap t ulo I I I
mananciais
J U c U E S A N T A M A R I A: PRINcIPAIS dA GRANdE VITRIA
ntes de descrever a atuao da Cesan ao longo da sua existncia curioso saber de onde vem a nossa principal matria-prima: a gua. Para tanto, fundamental conhecer um pouco sobre os principais mananciais utilizados no passado e nos dias atuais. A Mata Atlntica um dos ecossistemas mais ameaados do planeta e est reduzida a menos de 8% de sua extenso original. Prioridade da biodiversidade mundial, com nveis de riqueza e endemismo notveis, raramente ultrapassados em qualquer parte do mundo, a Mata Atlntica brasileira oriental est agora confinada a uma paisagem fragmentada. Ainda assim, no Estado do Esprito Santo, essas fraes de mata so responsveis pela proteo e manuteno do fluxo de mananciais hdricos que abastecem em torno de 1,6 milho de pessoas na Regio Metropolitana da Grande Vitria. No Esprito Santo, as bacias dos rios Jucu e Santa Maria da Vitria ocupam em torno de 9% do territrio estadual e so estratgicos por fornecerem 99% da gua potvel distribuda populao, alm de atenderem ao seu mais expressivo complexo industrial e comercial. O Rio Santa Maria o principal tributrio de gua doce do seu esturio e da baia de Vitria, sendo fundamental na manuteno desse ecossistema.
Jucu e San ta Mar i a : p r i nc i pais m ananc i ais da Gr ande Vitr i a
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As duas bacias so responsveis pela gerao de 25% da energia eltrica consumida no Estado. A produo de alimentos tambm distintiva, especialmente a produo de hortalias, legumes e avcolas. Santa Maria de Jetib se destaca como o segundo maior produtor de ovos do Brasil. As principais fontes de contaminao e degradao desses mananciais so: lanamento de esgoto domstico, industrial e hospitalar; efluentes de pocilgas, matadouros, currais e granjas; manejo inadequado do solo, principalmente na agricultura com utilizao de vrzeas e rea ciliar para o cultivo, arao de morro abaixo, alm de poluio por uso indiscriminado de fertilizantes e de agrotxicos. Estradas vicinais mal construdas e mal conservadas e sem o correto sistema de drenagem so outros fatores que provocam o assoreamento e o aumento da carga de slidos na gua.
Bacias hidrogrficas dos rios Jucu e Santa Maria da Vitria
Rio Santa Maria da Vitria Rio Jucu Estaes de Tratamento de gua (ETA) Pontos de captao Cesan
Barragens Limites da bacia hidrogrfica Limite municipal Sede municipal
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Pa rt e I
Bacia hidrogrfica de Duas Bocas

Duas Bocas pertence bacia hidrogrfica do Santa Maria da Vitria. afluente pela margem direita do Rio Santa Maria da Vitria, j nas proximidades do esturio da baa de Vitria. Apresenta em sua cabeceira a Reserva Biolgica de Duas Bocas. A represa foi construda para armazenar gua e atender crescente demanda. Atualmente, sua rea de influncia contempla o abastecimento dos bairros situados na Sede de Cariacica. Sua bacia hidrogrfica possui aproximados 85 quilmetros quadrados, alm de uma rea de drenagem til na seo da barragem que gira em torno de 30 quilmetros quadrados. Calcula-se que a rea alagada da represa equivalente a 51 hectares. A Reserva Biolgica de Duas Bocas foi criada pela lei 4.503, de 2 de abril de 1991. Alm da sua funo como rea de preservao permanente tambm atrai o setor turstico e mantm aes voltadas educao ambiental.
Bacia hidrogrfica de Duas Bocas
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Reserva Biolgica de Duas Bocas e tomada de gua, 1996
Reserva Biolgica de Duas Bocas, 2011
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Pa rt e I
Rio Jucu, maior abastecedor de gua da Grande Vitria e as intervenes desde o perodo colonial
A bacia hidrogrfica Jucu uma palavra de origem tupi-guarani que significa rvore de canela. Esse rio tem importncia histrica relevante, pois permitiu o desbravamento do interior, principalmente dos municpios de Vila Velha, Cariacica e Viana. Naquela poca, as estradas eram os rios. A bacia do Rio Jucu se desenvolve na direo leste-oeste. formada por Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana, partes de Guarapari e Vila Velha. Nasce na Serra de Castelo em uma ramificao da serra da Pedra Azul. Suas cabeceiras esto localizadas na regio montanhosa do Estado no entorno do Parque Estadual da Pedra Azul, de Domingos Martins. A parte oriental ou inferior est situada na regio de Vila Velha, Cariacica e Viana, enquanto a parte mdia e superior, na regio serrana do Centro. Limita-se ao norte com a bacia do Rio Santa Maria da Vitria, ao sul com a bacia do Benevente, a oeste com a bacia do Itapemirim e, a leste, com o Oceano Atlntico. Desgua no oceano na Barra do Jucu, em Vila Velha. Cerca de 60% de sua rea esto situados em Domingos Martins. O ponto culminante est a 1.800 metros de altitude. Atende 65% dos habitantes da Grande Vitria, ou seja, cerca de 1,05 milho de pessoas. O Brao Norte corta Domingos Martins e, o Brao Sul, Marechal Floriano. Os principais afluentes so o Brao Norte e o Brao Sul, com rea de drenagem prxima de 1.100 e 400 quilmetros quadrados, respectivamente. A rea de drenagem total de 2.220 quilmetros quadrados. Percorre 126 km pelo Brao Norte e 80 km pelo Brao Sul at o ponto de encontro desses dois braos. O trecho do rio, da confluncia desses dois braos at a foz, no mar, de 43 km. Possui tambm como afluentes os rios Santo Agostinho e o Jacarand. Ainda na parte baixa, os tributrios, situados na zona urbana so o Rio do Congo, Canal Camboapina e Canal Guaranhuns. No trecho sul, existe uma pequena hidreltrica construda no comeo do sculo passado. As principais atividades econmicas so hortifrutigranjeiros; pecuria; agricultura; indstrias; turismo; e gerao de energia. Tem como unidades de conservao os parques estaduais Ilha das Flores
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e da Pedra Azul, a rea de Proteo Permanente Morro da Concha e as reservas ecolgicas de Jabaet e de Jacarenema. A vazo mdia captada pela Cesan, em Caaroca, em 2010, foi de cerca de 3.700 litros por segundo. A vazo mdia do rio de 29 mil litros por segundo e a vazo com tempo de permanncia de 90% de aproximados 12.600 litros por segundo. As intervenes na bacia do Jucu, assim como nas bacias do Formate e Marinho, notadamente nos seus trechos inferiores remontam a cerca de 300 anos e ocorreram desde o perodo colonial. possvel visualizar ainda hoje, em planta, uma extensa rede de canais fluviomarinhos existentes devido atuao antrpica que ocorreu desde o sculo XVIII. A parte inferior do rio possui baixa declividade e capacidade de transporte de sedimentos. Os ventos fortes do nordeste levam grande quantidade de sedimentos que tem, como consequncia, a obstruo da barra do rio. Existem quatro pontos de controles importantes que interferem na mobilidade do rio: o Morro da Concha, na Barra do Jucu, que evita que a foz do rio continue mudando na costa do oceano em direo norte-sul; a garganta localizada prxima do comeo da Vala Neves e dois promontrios, um em Caaroca, prximo captao da Cesan e, outro, em Itaputera, antes da travessia da Rodovia do Sol, esquerda da margem do rio. Os outros de origem antrpica so: os diques Guaranhuns que impede a inundao de grande parte da rea urbana de Vila Velha e o de Santa Ins, que dividiu a bacia do antigo Rio da Costa.
O transporte de mercadorias da fazenda Araatiba para a ilha de Vitria

Como se sabe, no processo de colonizao do pas, Portugal dividiu o Brasil em capitanias hereditrias que eram transferidas de pai para filho, da o nome donatrio ou capito-mor aos governantes das capitanias. Os jesutas atuaram no processo de colonizao ensinando o cristianismo e catequizando os ndios, como j mencionado. Aos ndios, ensinaram atividades relacionadas s prticas agrcolas, carpintaria, alm, claro, da religio. Vrias fazendas e aldeamentos que, depois, transformaram-se em povoaes foram implantadas no Estado. Uma delas era Araatiba, hoje, Viana. Os jesutas do Colgio
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Pa rt e I
de Vitria instalaram-se em Araatiba, considerada uma das maiores fazendas da Provncia e da costa brasileira. Foi responsvel pelo abastecimento de produtos agrcolas da Ilha de Vitria durante perodo significativo. Como no havia estradas, o transporte da produo agrcola era feito por tropeiros (tropas de burros) at Porto de Santana, em Cariacica, s margens da baa de Vitria. A partir desse ponto, atravessava-se a baa em embarcaes at o porto da Vila de Vitria, conhecido como Porto das Roas Velhas ou Porto dos Padres. O nome surgiu pela presena dos jesutas. Era um porto de pequenas embarcaes e localizava-se prximo ao atual viaduto da Rua Caramuru.
Rua Porto dos Padres e Santa Casa de Misericrdia, 1915
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Outra forma de transporte para abastecer a Vila de Vitria era sair de Araatiba, seguir pelo Rio Jucu at o mar aberto, passar pela baa de Vitria at o destino final, ou seja, o Porto dos Padres. Nesta rota havia uma parada tcnica num porto intermedirio margem direita do Rio Jucu, em Vila Velha, chamado Rancho Forte, hoje, em runas. Desse antigo porto de transbordo, as mercadorias eram transportadas das pequenas para as maiores canoas e seguiam viagem at o Porto dos Padres.
Transposio de guas do Rio Jucu ao Rio Marinho

O transporte dos produtos agrcolas tanto por via fluviomartima quanto por terra, via tropeiros, era cansativo, demorado e com perdas de mercadorias. Os jesutas conheciam a topografia e, utilizando-a, descobriram que na regio prxima do ponto de transbordo, em Caaroca, existia um desnvel do Rio Jucu para o Marinho. Entretanto, havia um obstculo ou pequeno morro que separava os dois rios. Os jesutas tiveram a ideia de ligar o Rio Jucu cabeceira do Rio Marinho. Aps levantamentos, estudos e planejamento, eles decidiram ligar os dois rios em 1712. Foi a primeira obra de engenharia e de transposio de guas de uma bacia hidrogrfica para outra que se tem notcia no Brasil. Consistiu na construo de um canal de 1.500 metros, corte de 180 metros de comprimento por 10 metros de altura, no morro de Caaroca, permitindo, assim, que as canoas transportassem mercadorias de Araatiba at o Porto dos Padres em tempo mais reduzido, com menos perigo e perda de mercadorias. A obra foi utilizada por sculos, pois fora construda de tal forma que, na pior condio de estiagem, a velocidade de escoamento do rio era suficiente para evitar o assoreamento e, por consequncia, permitir a contnua navegabilidade. Sem disponibilidade de mquinas, a opo utilizada pelos jesutas era a mo de obra indgena. Os ndios eram educados para viver e trabalhar num regime chamado aldeamento. Este regime foi extinto por volta de 40 anos aps a abertura do canal, quando houve a expulso dos jesutas entre 1757 e 1759. No incio do sculo XX, a populao de Vitria crescia e continuava com o grave problema de abastecimento de gua. Em pocas de seca e com a diminuio
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Pa rt e I
de vazo das encostas da ilha, o reforo era feito por tonis de gua transportados do Rio Jucu por canoas pelo canal dos jesutas, que funcionou perfeitamente por mais de 200 anos aps a sua abertura.
Planta das intervenes nas bacias dos rios Jucu e Marinho desde o perodo colonial, 1712
Centro de Vitria Antigo Porto dos Padres BAIA DE VITRIA
VITRIA
CARIACICA
Antigo Porto de Santana
Rio Ari
ETA de Cobi (1956)

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Elevatria (Casa de bombas) Dcada de 50
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PRAIA DA COSTA
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Dique Santa Ins (DNOS, 1962/1963)
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By Pass Campo Grande (DNOS, 1970)
2) ta 196 s Co a 58 l d , 19 a n S Ca NO (D
PRAIA DE ITAPU
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VILA VELHA
Rio Marinho
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Canal Aras
Passagem de trs manilhas (DNOS, 1965)
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Comportas Automticas (DNOS, 1962)
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Ressalto Hidrulico (CESAN, 1977) pina
hus (1958 Dique Guaran

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- 1962)
LEGENDA: Principais Intervenes Drenagem atual Diques de conteno de Cheia Canal executado pelos Jesutas (1500m) Corte executado pelos Jesutas (150m)
Ponto de transbordo Manilha de (Faz. Boa Vista) reduo de vazo Barragem de pedras (DNOS, 1958) para Laminao
(DNOS, 1965)
as sut al Je Can(1712)
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Intervenes nas bacias dos Rios Jucu e Marinho desde o perodo colonial (1712) Referncia histrica
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Vrias informaes contidas na planta foram obtidas com a colaborao dos engenheiros Elmo Luiz Campo Dall Orto e Henrique Kale Junior, ento diretores do extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento.
Atuao do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS)

Criado na dcada de 1940, o DNOS foi transformado em autarquia em 1962. A lei 819, de 19 de setembro de 1949, foi sancionada pelo presidente Eurico G. Dutra que instituiu o regime de cooperao para execuo de obras de saneamento. Logo no artigo 1 dizia: O DNOS, do Ministrio da Viao e Obras Pblicas, poder executar obras de drenagem, irrigao e defesa contra enchentes em cooperao com governos estaduais, municipais, do Distrito Federal e de Territrio, pessoas naturais ou pessoas jurdicas de direito privado. A ele, portanto, destinavam funes para desenvolver servios complementares ao saneamento. Ao longo da sua existncia, coube ao DNOS inmeras obras e aes para conter enchentes, drenar reas insalubres, canalizar crregos e rios urbanos, melhorar o solo rural por meio de drenagem e infraestrutura de irrigao, entre outras. No Esprito Santo, o DNOS atuou em obras conhecidas, como a da regio do Orob, em Pima: foram construdos extensos diques ao longo dos rios Novos e Iconha; canal de derivao de mais de 40 km que liga o Rio Doce, nas proximidades de Linhares, foz dos rios Riacho e Caboclo Bernardes (Aracruz); construo do canal do Marinho entre o Rio Jucu e a baa de Vitria; construo do dique Jucu-Guaranhuns ao longo do Rio Jucu entre Caaroca e Aras, em Vila Velha; drenagem na regio de Suruaca, em Linhares; Vale do Rio Benevente, em Anchieta; Vale do Itabapoana, em Presidente Kennedy, dentre outras. Os resultados positivos dessas obras executadas, naquela poca, so evidentes, no cabendo aqui comentar aspectos e impactos ambientais at porque, naquela poca, a questo ambiental no tinha a magnitude de hoje. O DNOS foi extinto na dcada de 90 e deixou um vcuo em termos da atuao do poder pblico, descontinuidade das aes desenvolvidas, e perda do seu enorme acervo tcnico.
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Pa rt e I
A atuao do DNOS na Grande Vitria foi iniciada principalmente na parte inferior da bacia do Jucu, com a finalidade de melhorar o fluxo do rio, em 1952. Para tanto, as obras aprofundaram a calha do rio e retificaram o seu curso. Ao mesmo tempo em que pretendia diminuir o nvel das guas no perodo das cheias tambm queria drenar reas agricultveis, aumentar a fronteira agrcola, ampliar a rea para ocupao urbana (mais de 4 mil hectares) e proteg-la dos constantes alagamentos em Vila Velha. Os estudos feitos pelo DNOS concluram: para a vazo mxima de 420 metros cbicos por segundo, seria necessria a execuo de retificao e alargamento do leito natural do Rio Jucu para se ter um escoamento mais rpido. Os trabalhos de canalizao foram concludos por volta de 1956. O trecho inicial da ponte para cima, numa extenso de 1.500 metros, teve 60 metros de largura de fundo, com 4 metros de profundidade. O trecho adiante, com extenso de 4.100 metros, tinha largura de fundo de 40 metros. Da sua foz at prximo atual ponte na Rodovia do Sol, sua extenso beirava 2 mil metros. Este trecho no foi dragado porque a draga flutuante no estava disponvel para a execuo dos servios, ficando a calha na forma natural, provocando prejuzo ao escoamento. Essas intervenes foram uma das maiores e mais complexas realizadas em rea fluviomartima em todo o territrio nacional. Na poca, havia orientao do Governo federal para expandir a agricultura e o interior do continente, incluindo drenagem de vales midos ou de terras baixas. No Esprito Santo, a drenagem das terras baixas serviu para ampliar a fronteira agrcola, principalmente para o cultivo de arroz, alm da expanso da pecuria. A drenagem no leito do Jucu interferiu diretamente no antigo canal dos jesutas, pois houve reduo da vazo que flua para o Rio Marinho ao mesmo tempo em que a velocidade de escoamento diminua, favorecendo, por consequncia, o seu assoreamento. Em Vila Velha, havia quatro rios: o Jucu, o maior e que inundava tudo quando chovia; o Rio da Costa que corria paralelo praia e ligava o Jucu ao canal de Vitria; o Aribiri que est na parte do meio; e o Rio Marinho que divide os municpios de Vila Velha e Cariacica. Na poca em que o DNOS executava a retificao no Jucu, a Grande Vitria j demandava mais gua para consumo humano. O manancial existente em Duas Bocas demonstrava ser insuficiente para atender crescente demanda. Mas havia outro porm: suas guas no recebiam tratamento completo, pois eram apenas cloradas. Somente tempos depois, reforou-se o abastecimento via Rio Marinho.
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Dique Jucu-Guaranhuns e Santa Ins

Em condies normais, as guas do Rio Jucu tinham destino final em sua foz na Barra do Jucu. Em caso de vazes mximas, por exemplo, da ordem de 300 metros cbicos por segundo, a gua superava a cota de 2,20 metros (IBGE). Nessas condies, as enchentes atingiam diretamente a regio do Centro de Vila Velha pelo transbordamento do Rio Jucu para o Rio da Costa; Aribiri pelas guas do Rio Aribiri, e So Torquato pelo transbordamento para o Rio Marinho. As reas inundadas dessas regies tinham a cota topogrfica (IBGE) entre 0,80 e 1,50 acima do nvel do mar. Como o trecho final do Rio Jucu entre a ponte e a foz no foi dragado nem alargado, as guas, nas vazes mximas, no tinham condies hidrulicas ideais para sua veiculao. Consequncia: elevao das guas, com transbordamento e inundao das trs regies. Em 1956, uma enchente atingiu Vila Velha e Cariacica, causando no s prejuzos como centenas de desabrigados. Em Vila Velha, o nvel da gua atingiu a cota em torno de 2 metros (IBGE). A soluo encontrada pelo DNOS para compensar o trecho no dragado foi construir um dique de proteo, o Jucu-Guaranhuns. A construo comeou em 1958, com o mesmo material da dragagem dos terrenos naturais provenientes de turfa, que tem baixa resistncia. Dois anos depois, como as obras ainda estavam em andamento, ocorreu uma enchente, no ms de maro, que provocou a maior calamidade da histria de Vila Velha. Com o dique rompido, decidiu-se construir outro, o de Santa Ins, j que a recuperao e o revestimento do dique de Guaranhuns demandariam tempo. Nessa trgica enchente, a gua invadiu a rua do Colgio Marista, no centro de Vila Velha. Na Rodovia Carlos Lindenberg, o nvel da gua ficou 60 cm acima da pista e chegou a 6 km do Rio Jucu.
Enchente de 1960 no Rio Jucu
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Pa rt e I
Iniciado em 1962, o dique Santa Ins prolongou-se do bairro Santa Ins at a atual Rodovia do Sol, na altura de Coqueiral de Itaparica. Assim, o Centro de Vila Velha e bairros adjacentes de cota abaixo de 2,20 metros ficariam protegidos. Como o dique foi erguido em terreno de boa resistncia, ao longo do tempo virou pista para veculos (atual Avenida Joo Mendes). Nesse novo cenrio, o Rio da Costa transformou-se no atual Canal da Costa, no trecho do dique at sua foz na baa, prximo ao 38 Batalho do Exrcito. Parte do outro trecho, prximo ao dique Santa Ins at o Rio Jucu, tornou-se o que hoje o Canal Guaranhuns. A reconstruo do dique Guaranhuns foi iniciada aps a concluso do dique Santa Ins. Construdo com material de qualidade superior, sua extenso era de cerca de 5 mil metros e cota de 3,50 metros, indo da atual Rodovia do Sol, prximo a Aras at a captao de gua da Cesan. Sua altura de 3,50 metros ficou acima do nvel da enchente de 1960, que atingiu trs metros. Nos anos seguintes, verificaram-se recalques do terreno que provocaram a reduo da sua altura. Como o patrolamento da sua pista tambm rebaixava a altura houve necessidade de ampli-la. Resultado: conteno das cheias de 1979 e 1982. Antes, porm, em 1972, o DNOS elevou e reforou o dique na cota de 3,50 metros, o que evitou uma catstrofe na pior enchente de 1979 que atingiu a cota de 3,20 metros, provocada pela grande precipitao de chuva. Nos pontos baixos que recalcaram, colocaram-se sacos de areia. Depois do susto, o dique foi recomposto para a cota de 3,50 metros. Em 1989, o DNOS constatou que houve rebaixamento de at 60 cm, mas a obra de recomposio no foi realizada por causa da extino do rgo. Coube Prefeitura de Vila Velha, em 1995, reforar a base do dique e recompor parcialmente a sua cota. No levantamento topogrfico, a Prefeitura verificou rebaixamentos no greide em alguns trechos que chegavam at 1,66 metros. At 2011 no ocorreram manutenes adequadas, colocando em risco inmeras famlias de Vila Velha, como na enchente de 2009 e incio de 2012 (ver fotos). Em 2011, o Governo do Estado licitou e executou as obras de recuperao do dique.
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Rio Jucu: enchente de 2009. Acima e direita, Dique Guaranhuns
Enchente de 2009 no Rio Jucu: caminhes colocando terra sobre o dique
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Pa rt e I
Enchente no Rio Jucu no incio de 2012
Para reforar o abastecimento e melhorar a qualidade da gua distribuda, em 1956, foi construda a Estao de Tratamento de Cobi margem direita do Rio Marinho, a cerca de 1.500 metros da sua foz em uma elevao na cota de 68 metros. Na poca, a ETA foi considerada uma das mais modernas do Brasil. O Rio Marinho tem esse nome porque era invadido pela mar e sua gua era salgada.
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ETA de Cobi
Reativao da transposio do Jucu para o Marinho Canal Neves

Em pocas de estiagem, as obras de retificao do Jucu reduziam a vazo no canal dos jesutas para o Marinho. Para compensar essa perda e manter a filosofia de transposio das guas do Jucu para o Marinho, mantendo o corte dos jesutas, entre 1956 e 1958, foi construdo pelo DNOS o canal denominado Neves, com 3,5 Km de extenso. O local escolhido foi o Rio Jucu, no lugarejo chamado Joo Santos. Um pequeno enrocamento no rio, no ponto a montante do canal dos jesutas, permitiu elevar o nvel do rio e veicular gua suficiente para o Marinho para ser bombeada para a ETA de Cobi. Assim, foi reativada a transposio das guas feita h mais de 200 anos.
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Pa rt e I
Uma situao diz respeito s cheias vindas do Jucu, via canal Neves, que causavam alagamentos da captao e transbordamento do canal Marinho. Trs manilhas foram colocadas, em 1965, a jusante do corte executado pelos jesutas na ligao entre os rios Formate e o Marinho. Elas funcionam como limitador de vazo, no permitindo enchentes do Formate no Marinho. Este servio foi coordenado pelo engenheiro Henrique Kale Junior. Ele tambm atuou, em 1965, no barramento de pedras para laminao no Rio Jucu, a jusante do incio da Vala Neves, e no by pass do Crrego Campo Grande para o Marinho, em 1970. Quando o atual Canal do Marinho, paralelo ao rio natural, foi construdo, permitiu a instalao definitiva da Estao Elevatria, com quatro conjuntos motobomba para bombear 440 litros por segundo para a Estao de Tratamento. A adutora, no dimetro de 800 milmetros, ligando a Estao Elevatria ETA de Cobi tinha comprimento aproximado de 600 metros. Entretanto, sempre ocorria problema quando a mar alta estava associada vazo baixa em perodos de estiagens no Jucu. A intruso da cunha salina obrigava a paralisao do sistema de bombeamento. Para equacionar a situao, construam-se mecanismos de barragem e comportas. O processo de crescimento da Grande Vitria continuava acelerado. O Marinho no era s insuficiente para atender populao. A qualidade de suas guas e do Rio Formate que desaguava no Marinho, tornava-se imprpria para consumo humano, principalmente pela presena de esgoto e pelo processo de urbanizao da regio. O crescimento desordenado da cidade, a falta de investimentos em infraestrutura e saneamento, e o desrespeito pelo meio ambiente fizeram com que o Rio Marinho fosse destrudo. O engenheiro Roberto Viana Rodriguez foi professor da Ufes e o primeiro diretor do DNOS no Esprito Santo.
Roberto Viana Rodriguez, primeiro diretor do DNOS no Esprito Santo
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Rio Santa Maria da Vitria A degradao e suas consequncias

A bacia do Rio Santa Maria tem uma rea de drenagem de 1.844 km. formada pelos municpios de Santa Maria de Jetib e parte de Santa Leopoldina, Cariacica, Vitria e Serra. O rio nasce na serra do Garrafo, em Santa Maria de Jetib. Limita-se a leste com a baa de Vitria, ao norte e a oeste com as bacias dos rios Reis Magos e Doce e, ao sul, com as bacias do Jucu, Bubu e Formate. O rio percorre 122 km de extenso por sua calha principal e desgua na Reserva Ecolgica da Ilha do Lameiro, em Vitria. Em seu mdio curso, o rio sofre dois barramentos: Rio Bonito e Sua, responsveis pela produo de 10 MW e 30 MW de energia eltrica, respectivamente. As principais atividades econmicas so: agropecuria; hortifrutigranjeiros; gerao de energia: turismo; indstria e pesca profissional. O rio tem como unidades de conservao as reas de Proteo Ambiental Mestre lvaro e de Praia Mole, alm da Reserva Biolgica de Duas Bocas. Com a gua captada nesse rio, a Cesan abastece uma populao em torno de 550 mil pessoas, incluindo Praia Grande, no municpio de Fundo. A vazo mdia captada, em 2010, gerou em torno de 2.700 litros por segundo. A vazo mdia do rio de 18 mil litros por segundo, e a vazo com tempo de permanncia de 90% de aproximadamente 9.100 litros por segundo na captao da Cesan. Os afluentes principais so os rios Posmouser, So Luiz, Claro, Bonito, da Prata, Mangara, Caramuru, Duas Bocas, Triunfo, Farinhas, Fumaa e So Luiz. O assoreamento da baa de Vitria, que depende do manejo da bacia do Santa Maria, fator limitante no uso do complexo porturio nessa bacia. A manuteno do equilbrio de nutrientes na Baa de Vitria dependente das contribuies do Rio Santa Maria. o principal tributrio de gua doce do seu esturio e da baa, sendo fundamental na manuteno desse ecossistema. Reflorestamento, recomposio ciliar e prticas conservacionistas em reas agrcolas e estradas so fundamentais para se promover o controle da eroso do solo e a proteo dos mananciais, com consequente retorno da sua fertilidade e capacidade de acumulao de gua. Na sua desembocadura juntamente com o Jucu, esto manguezais com aproximados 18 Km de rea, representando 20% da rea total dos manguezais do Estado, que so fortemente dependentes da qualidade desses mananciais.
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Pa rt e I
Foz do Rio Santa Maria da Vitria
Garantir gua hoje e no futuro

O aspecto mais sensvel da degradao da Mata Atlntica para a populao capixaba o impacto no abastecimento de gua potvel. At 2007 os sistemas de tratamento e distribuio de gua tiveram que ser interrompidos vrias vezes devido ao aumento de turbidez (barro), passando quase do estado lquido para o pastoso
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na gua do Rio Santa Maria da Vitria, que abastece a Serra, parte de Vitria e, Praia Grande, em Fundo. At o incio do sculo XX, os rios faziam o papel das estradas. A Provncia do Esprito Santo foi visitada por Dom Pedro II, no incio de 1860. Para chegar a Santa Leopoldina, o trajeto foi o Santa Maria da Vitria, a bordo de uma galeota, segundo o escritor Levy Rocha em Viagem de Pedro II ao Esprito Santo. Resumindo a viagem: O rio muito tortuoso e s vezes as varas no tocavam o fundo, grande correnteza por estar muito cheio; mata pelas margens; bastante mosquitos. V-se nos dias atuais a desfigurao do que foi observado poca: de fundo, o rio passou a raso, comprometendo a navegabilidade; o desmatamento quase total na bacia, chegando lama em pleno sculo 21, uma clara involuo humana. Tivemos oportunidade de apresentar, em maio de 2008, no Simpsio talo-Brasileiro de Engenharia Sanitria e Ambiental, a convite da Universidade de Firenze, na Itlia, a relao direta entre degradao ambiental, turbidez e o consumo de produtos para tratamento da gua. O manejo inadequado do solo, arao de morro abaixo, construo de estradas vicinais sem planejamento e sem correto sistema de drenagem, entre outros fatores, reduzem a infiltrao da gua no solo e aumentam o escoamento hdrico superficial. O principal efeito desse fenmeno a alterao na qualidade da gua, por meio do aumento da turbidez, enlameando e turvando as guas, provocando o assoreamento e o aumento da carga de slidos nos rios. A pesquisa apontou que o ndice mdio de turbidez no Rio Santa Maria da Vitria aumentou 100% entre 1996 a 2007, o que obrigou a Cesan a dobrar a quantidade de produtos utilizados no tratamento da gua. J a quantidade de slidos transportados pelo rio passou da mdia de 26 toneladas dirias, em 1996, para 46 toneladas por dia, em 2007. a clara manifestao da destruio da natureza. Nas ltimas dcadas esse processo se intensificou, tornando-se crtico. A partir desses dados, entendemos que necessria uma atuao efetiva nas causas da degradao dos mananciais. Esse o foco de importantes iniciativas do Governo do Estado. Entre outras aes, o Projeto Florestas para a Vida pretende aplicar US$ 12 milhes na restaurao e conservao da biodiversidade e dos recursos hdricos nos rios Santa Maria da Vitria e Jucu, responsveis pelo fornecimento de aproximados 99% da gua para cerca de 1,6 milho de habitantes da Grande Vitria. O
146
Pa rt e I
projeto Produtores de gua, iniciado em maro de 2009, na bacia do Benevente, e j expandido para as bacias do Guandu e So Jos, utiliza recursos dos royalties do petrleo para custear o pagamento por servios ambientais aos produtores rurais que recuperarem ou preservarem nascentes, a mata ciliar e outras iniciativas que melhorem a recarga dos aquferos. preciso que o pagamento dos servios ambientais seja expandido para outras bacias. O desafio de garantir gua no presente e para futuras geraes monumental, pois se trata de modificar prticas que degradaram a cobertura vegetal ao longo de mais de um sculo, desde o incio da imigrao europeia no Estado.
Impacto no tratamento
Na figura abaixo, observa-se a mdia dos resultados de anlise de turbidez da gua do Rio Santa Maria da Vitria em pocas de chuvas. No perodo avaliado, a turbidez aumentou em 100%, tornando evidente a degradao da qualidade da gua desse manancial.
Histrico da turbidez do Rio Santa Maria da Vitria

(SETEMBRO/95 A MARO/07)
110 100 90 80
Turbidez NTU
70 60 50 40 30 20 10 0 SET
1995
JUN
1997
AGO
1998
SET NOV JUN

1999 2000 2001
AGO
2002
MAR
2003
MAI
2004
JUN
2005
JAN
2006
MAR
2007
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O grfico, a seguir, mostra os valores de turbidez relacionados ao consumo de produtos qumicos na Estao de Tratamento de Carapina.
Turbidez do Rio Santa Maria da Vitria x Consumo de produtos qumicos da ETA de Carapina
(JANEIRO/96 A FEVEREIRO/07)
120
Turbidez
Prod.qumicos
100
80
60
40
20
JAN
1996
NOV
1997
SET
1999
NOV
2000
JAN DEZ
2001 2002
NOV
2004
JAN
2005
DEZ
2006
FEV
2007
Assoreamento no Rio Santa Maria da Vitria
148
Pa rt e I
Filtros da ETA de Carapina durante o processo de flotofiltrao: slidos na parte superior, evidenciando a degradao ambiental
Impactos da degradao
149
Para garantir a operao do sistema de abastecimento, a Cesan investiu em torno R$ 5 milhes, entre 2005 e 2008, na implantao de novas tecnologias nas ETAs de Carapina e de Santa Maria. Mesmo assim, o tratamento de gua demanda cada vez mais o uso de produtos qumicos e de energia eltrica nos sistemas para assegurar sua potabilidade.
Impactos na Usina Hidreltrica Sua

Constata-se, atualmente, uma obstruo de mais de 50% da seo, ou seja, so mais de 4 metros de altura de lama no local em que a altura original da lmina de gua era de 8 metros. Diante da crescente degradao da bacia, a situao poder ser crtica para a gerao de energia na Usina Sua. Para se ter uma ordem de grandeza, estima-se que uma usina desse porte (30 MW), no interior do Estado, custe em torno de R$ 100 milhes.
Impactos na Usina Hidreltrica Sua
Impactos na baa de Vitria

Na regio prxima desembocadura do Rio Santa Maria da Vitria, ocorre o preenchimento por fcies lama arenosa, que so sedimentos de caractersticas lamosas, associadas ao aporte fluvial. Os sedimentos do restante do Fundo da Baa de Vitria so compostos predominantemente de areias mdia, fina e muito fina. Este padro de areias provavelmente esteja associado ao fluxo do Rio Santa Maria da Vitria, que maior na sua desembocadura ao sul, como resultado do intenso processo de eroso da bacia hidrogrfica do Rio Santa Maria da Vitria.
150
Pa rt e I
Impacto na baa de Vitria
A degradao dos mananciais do interior do Estado e suas consequncias

Da mesma forma como foi dito sobre a bacia do Rio Santa Maria da Vitria, a degradao no diferente para a maioria dos mananciais dos outros sistemas da Cesan. A causa j relacionada, principalmente da ao do homem, inclui dentre outros o manejo inadequado do solo, estradas vicinais mal construdas e conservadas, ausncia de vegetao ciliar, lanamento de lixo, pocilgas currais, matadouros e esgotos. Como consequncia, alm da piora da qualidade e diminuio da quantidade da gua, observam-se fenmenos que tm ocorrido, como chuvas mais intensas e secas mais severas. Diante do agravamento da degradao, a Cesan investiu nos sistemas de abastecimento de gua que, anteriormente, mantinham captaes em mananciais prximos cidade. O trajeto teve que ser alterado para mananciais mais distantes, o que exigiu esforo de investimento: construo de longas redes adutoras e superao dos desafios diante da dificuldade operacional e de manuteno. Barragens tambm foram construdas em locais que, anteriormente, mantinham seus abastecimentos feitos diretamente por mananciais. Para comprovar o relato, listamos algumas intervenes realizadas pela Cesan, j que traduzem dramticas situaes ligadas ao desabastecimento de gua.
151
Redes adutoras construdas:
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No Rio Cricar, em So Mateus, a cerca de 20 Km para abastecer o sistema de Conceio da Barra. No Rio So Jos a cerca de 10 km para abastecer a Sede de Vila Valrio. No Crrego Socorro, distante 9 km para abastecer a Sede de Vila Pavo. No Rio Muqui a cerca de 15 km para abastecer a Sede de Presidente Kennedy. No Rio Benevente, distante 20 km para abastecer Guarapari.
Barragens:
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Construes de barragens nas sedes de Montanha, Mucurici, Ponto Belo e no distrito de Vinhtico.
Captao:
~~ ~~ ~~ ~~
Desativao da captao de gua no Marinho para o Rio Jucu para abastecer Vitria, Vila Velha e Cariacica. Mudana da captao de gua do Rio Novo para o Iconha para abastecer a Sede de Pima. Desativao da tomada de gua na Lagoa Maemb que abastecia Meape. Desistncia de possvel reativao da captao de gua na Lagoa Jacunm.
Intervenes em andamento:
~~
Construo de barragem e nova rede adutora de cerca de 11 km para abastecer a Sede de So Roque do Cana.
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Cesan
A criao da Cesan
om a criao da Companhia Esprito Santense de Saneamento (Cesan), em 1967, muita coisa mudou, incluindo a escalada de uma nova filosofia nacional em prol da expanso do saneamento associado ao desenvolvimento socioeconmico do Brasil. O Esprito Santo no ficou margem. Tanto que, em 2008, o abastecimento de gua para a populao urbana nos municpios atendidos pela Companhia foi universalizado. E a cobertura no atendimento de esgoto coletado e tratado chegou, em 2012, a 60%, isto , o dobro da mdia nacional. A Cesan foi criada pela Lei estadual 2.282, de 8 de fevereiro de 19672, alterada pela Lei 2.295 (de 13 de julho de 1967) e regulamentada pelo Decreto 2.575, de 11 de setembro de 19673 . Como foi constituda? Por Assembleia Geral realizada em 29 de dezembro de 1967. uma empresa de economia mista, enquadrada no regime jurdico de Direito Privado como sociedade annima. H mais de 44 anos cumpre a misso de prestar servios de saneamento ambiental que contribuam para
2 Publicado no Dirio Oficial de 13 de setembro de 1967. 3 Conforme ata arquivada na Junta Comercial do Estado do Esprito Santo, a de nmero 20.860, de acordo com a Certido 120.662/68, publicada no Dirio Oficial de 18 de janeiro de 1968.
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melhorar a qualidade de vida da populao e o desenvolvimento socioeconmico em prol da satisfao da sociedade, dos clientes, dos acionistas e dos colaboradores. Sua administrao composta pela Assembleia Geral dos Acionistas, Conselho de Administrao, Conselho Fiscal e diretoria da Cesan. H artigos da Lei 2.282 fundamentais que merecem ser detalhados: a constituio de um Fundo de Saneamento com autonomia contbil administrado pela Cesan formado por 2% da receita tributria do Estado, a partir do exerccio financeiro de 1968, um dos exemplos. A integralizao do capital do Estado na Companhia pde ser realizada com bens do DAE, excluda a Reserva de Duas Bocas, subordinada Secretaria de Agricultura, Terras e Colonizao. Esta tinha a misso de preserv-la como proteo dos mananciais ali existentes e atender ao disposto nas leis federais 4.771, de 3 de janeiro de 1967 (Cdigo Florestal), e 5.197, de 3 de janeiro de 1967 (proteo fauna e outras providncias). A Companhia teria que assumir os acordos, convnios, contratos e demais obrigaes existentes entre o DAE e terceiros. Os empregados do DAE foram aproveitados com as vantagens e demais direitos adquiridos at a data da constituio da Cesan. O Poder Executivo ficou autorizado a abrir crdito especial de NCR$ 5.000.00 (cinco mil cruzeiros novos) para cobrir as despesas da constituio da Cesan. Cabe ainda registrar pontos importantes dos artigos da Lei 2.295: a Cesan uma sociedade formada por aes de economia mista, com sede e foro na cidade de Vitria e por prazo indeterminado. Dentre os objetivos esto: realizar estudos, projetos, construo, operao e explorao industrial dos servios de abastecimento de gua e esgotos sanitrios, bem como de qualquer outra atividade afim. O capital inicial foi de NCR$ 15 milhes (cruzeiros novos), representado por 300 mil aes ordinrias de valor nominal de NCR$ 50,00 cada, com direito a voto devendo o Estado subscrever no mnimo 51%, mantendo nos aumentos de capital subsequentes a mesma porcentagem mnima. A integralizao da parcela do capital social subscrita pelo Estado se fez com os bens do DAE, excluda a Reserva Florestal de Duas Bocas, com os recursos previstos no primeiro item do artigo 9 da Lei 2.282. Os trs diretores da Cesan devem ser eleitos pela Assembleia Geral, com mandato de trs anos. A eles compete a gesto dos negcios na forma do estatuto. O Conselho de Administrao de cinco membros composto de um dos dire-
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tores da Cesan e, os demais, eleitos pela Assembleia Geral com mandato de trs anos. O Fundo de Saneamento (Fusan) com autonomia contbil e administrado pela Companhia constitui-se com 2% da receita tributria do Estado, a partir do exerccio financeiro de 1968. Na aplicao dos recursos do Fusan, devem-se observar as condies estabelecidas em regulamento prprio, elaborado pela diretoria e aprovado pelo Conselho de Administrao. Os recursos do Fusan e os da Companhia s podem ser movimentados por meio de estabelecimento oficial de crdito e podem ser dados como garantia de emprstimos contrados em prol dos objetivos da Cesan e do prprio Fundo.
Organizao da Assembleia Geral preparatria da Cesan

O gabinete do diretor geral do Departamento de guas e Esgoto (DAE) reuniu, em 15 de dezembro de 1967, os subscritores do capital social da Cesan em fase de organizao, conforme previsto no Artigo 5 e pargrafos do Decreto-Lei 2.627, de 26 de setembro de 1940 (lei das sociedades annimas). Pauta: a eleio de trs peritos para avaliar parte do acervo patrimonial e a constituio da parcela do capital social subscrito pela Cesan. Estiveram presentes os incorporadores Ary Frana, procurador do Estado, e o engenheiro Gladstone Hoffmann, diretor geral do DAE, designados por decreto pelo governador do Estado. Tambm credenciados pelo Estado, participaram Ary Cavalcante Frana; pela Escelsa, Lenidas dos Arcos Rodrigues; pela Companhia de Desenvolvimento Econmico do Esprito Santo, Ricardo Coelho Vello; pela Companhia de Habitao de Vitria, Salim Calil Salim; e pela Companhia de Pesca do Esprito Santo, Luis Flores Alves. Por unanimidade, Gladstone Hoffmann foi eleito para presidir a Assembleia Geral Preparatria. E Zlio Ribeiro Borges, servidor do DAE, assumiu a secretaria dos trabalhos. Ficou definido ainda quem faria parte da Comisso de Avaliao: o engenheiro Nelson Monjardim Faria Santos, diretor tcnico da Escelsa, o economista Geraldo Rocha, professor universitrio e analista de projetos da Companhia de
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Desenvolvimento Econmico do Esprito Santo, e o engenheiro Antnio Brasil Maia, servidor do Departamento de Edificaes e Obras (DEO). Estabeleceu-se prazo para a concluso da avaliao: at 29 de dezembro de 1967. A relao de bens apresentada era de imveis, instalaes, equipamentos, mveis e utenslios, veculos e tudo que integrava o sistema de abastecimento de gua e coleta de esgotos sanitrios de Vitria, Vila Velha e Cariacica. A relao de bens foi levantada pela Comisso Especial designada pela direo geral do DAE.
Primeira convocao da Assembleia Geral de constituio da Cesan pelos jornais O Dirio, A Tribuna e A Gazeta, de 21 de dezembro de 1967
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Termo de posse da primeira diretoria da Cesan: 2 de janeiro de 1968
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Termo de posse do primeiro Conselho de Administrao e fiscal da Cesan: 2 de janeiro de 1968
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Termo de abertura do livro do primeiro Conselho de Administrao da Cesan: 25 de janeiro de 1968
Da Assembleia definitiva da constituio da Cesan

Aps a convocao dos anncios publicados no Dirio Oficial do Estado, A Gazeta, O Dirio e A Tribuna, em 21 de dezembro de 1967, os subscritores do capital da Cesan se reuniram novamente, em 29 de dezembro de 1967, s 15 horas no DAE (Av. Governador Bley, 186, 3 andar, Vitria-ES) para a seguinte ordem do dia: a) Aprovao do laudo de avaliao dos bens subscritos pelo Estado do Esprito Santo. b) Discusso e aprovao do projeto do estatuto. c) Constituio da Cesan. d) Eleio dos membros da primeira diretoria e dos conselhos de Administrao e Fiscal. e) Fixao dos respectivos honorrios e jetons. f ) Outros assuntos correlatos e de interesse da sociedade.
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Apresentou-se a relao dos bens avaliados, sua especificao e respectivos valores. Os bens no avaliados, como redes de distribuio, redes coletoras de esgoto e materiais de estoque at a data da Assembleia, ficaram sob a guarda da Cesan para posteriores aumentos de capital. Nos bens avaliados, constavam reservatrios; elevatrias; adutoras e subadutoras; bens imveis diversos; linhas de alta tenso; mquinas de escritrio, mveis e utenslios; instrumentos de desenho e topografia; livros diversos; aparelhos para laboratrio; mquinas, motores e aparelhos diversos; barragem de Duas Bocas; e a Casa de Bombas do Rio Marinho. Os valores foram avaliados em NCR$ 15.030.128,68. A segunda parte da ordem do dia foi a aprovao do projeto dos estatutos sociais. O presidente anunciou que fora depositado, no Banco do Brasil, a parte do capital recebida em dinheiro dos subscritores, conforme comprovante bancrio. Ao final dos trabalhos, o presidente declarou: est definitivamente constituda a Cesan para todos os efeitos de direito e da lei, e que os trabalhos deveriam prosseguir com a eleio dos diretores e membros dos conselhos de Administrao e Fiscal; a fixao dos respectivos honorrios e jetons, alm da remunerao devida. Separadamente ocorreu a eleio dos primeiros diretores e dos efetivos e suplentes dos dois conselhos. Ary Cavalcante Frana, representando o Estado, sugeriu o nome de Dcio da Silva Thevenard para diretor presidente, de Gladstone Hoffmann para diretor tcnico, e Wenceslau Lamy de Miranda para diretor financeiro, o que foi aprovado pelos acionistas. Depois, Ary Cavalcante Frana sugeriu para o Conselho de Administrao como membros efetivos Paulo de Miranda Pereira, Geraldo Rocha, Wilson de Castro Barbosa e Apolinrio Del Maestro. E, como suplentes, Vitor Hugo Pimentel, Obd Emmerich, Reynaldo Pereira Brotto e Paulo Augusto Vivcqua. Todos aprovaram. Para o Conselho Fiscal, como efetivos, ureo Antunes James Frana Martins e Mrio Freitas Ribeiro e, como suplentes, Pablo Tumang, Vitor Rodrigues da Costa e Lenaldo da Silva Amaral, que obtiveram aprovao geral. A sugesto foi de Ary Cavalcante Frana. Tambm se decidiu a data da posse dos eleitos: 2 de janeiro de 1968 na prpria sede da Cesan. As cotas foram: Escelsa, NCR$ 1.000,00; Companhia de Habitao de Vitria, NCR$ 100,00; Companhia de Desenvolvimento Econmico do Esprito Santo, NCR$ 100,00; Fbrica de Tecidos de Cachoeiro de Itapemirim,
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NCR$ 50,00; Cooperativa Leiteira de Vitria Ltda, NCR$ 25,00; Companhia de Pesca do Esprito Santo, NCR$ 20,00. Total: NCR$ 1.295,00.4
Primeiro presidente da Cesan: Dcio da Silva Thevenard ( direita, em p)
Dos bens avaliados

Parte dos bens do DAE integrantes do sistema de abastecimento de gua e coleta de esgotos sanitrios de Vitria, Vila Velha e Cariacica que foram incorporados ao capital da Cesan, passaram por avaliao de uma comisso criada para tal fim em Assembleia Geral Preparatria da Cesan. A comisso foi constituda por Nelson Monjardim Faria Santos, Geraldo Rocha e Antnio Brasil Maia, e os trabalhos terminaram em 29 de dezembro de 1967.
4 Assinam os subscritores: Gladstone Hoffmann (presidente); Ary Cavalcante Frana (Estado do Esprito Santo); Gabriel Lenidas dos Arcos Rodrigues (Escelsa); Ricardo Coelho Vello (Companhia de Desenvolvimento do Esprito Santo); Salim Calil Salim (Companhia de Habitao de Vitria); Moacyr Pimentel (Fbrica de Tecidos de Cachoeiro do Itapemirim S.A.); Wilson de Castro Barbosa (Cooperativa Leiteira de Vitria Ltda); Luis Flores Alves (Companhia de Pesca do Esprito Santo); Nelson Monjardim Faria Santos (perito); Geraldo Rocha (perito); Antnio Brasil Maia (perito); e Zlio Ribeiro Borges (secretrio da Assembleia).
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Resumindo, os bens avaliados foram: barragem de terra de Duas Bocas com cerca de 170 mil metros cbicos de terraplena, inclusive estruturas e equipamentos de manobra; Estao de Tratamento de Cobi; aparelhagem para laboratrio da Estao de Tratamento de gua de Cobi; Casa de Bombas do Rio Marinho com galpo de 361 metros quadrados, conjuntos motobombas, subestao abaixadora, usina dieselgeradora e instalaes complementares; linhas de alta tenso interligando a subestao de Alto Lage com a Casa de Bombas e a Estao de Tratamento de Cobi, num total de 4.350 metros; reservatrios situados no Morro de Santa Clara, em Vitria; 11 elevatrias em diversos bairros da rea servida pelo DAE; adutoras e subadutoras principais de dimetro acima de 100 mm; bens imveis, como edifcios e terrenos; veculos; mquinas, motores e aparelhos diversos; mquinas de escritrio, mveis e utenslios; instrumentos para desenho e topografia; e livros diversos de obras tcnicas de consulta da biblioteca do DAE. O valor dos bens avaliados foi de NCR$ 15.030.128,68. Dentre os que no foram avaliados e que ficaram sob a guarda da Cesan para posterior aumento de capital, estavam: redes de distribuio de gua; redes coletoras de esgotos sanitrios; e materiais em estoque na data de entrega da avaliao.
Saneamento no Brasil Aspectos relevantes

At meados do sculo XX, a situao do saneamento bsico no Brasil era crtica tanto do ponto de vista da qualidade quanto da quantidade dos servios de abastecimento de gua. Isso porque as deficincias estavam em grande parte dos sistemas e sempre relacionadas ao tratamento qumico e operao defeituosa. Na dcada de 30, o crescimento urbano, o xodo rural, o processo de industrializao e a crise econmica mundial fizeram com que o Governo Federal adotasse medidas de interveno no setor. Porm, no foram suficientes para aumentar a cobertura dos servios nem para melhorar a sua qualidade. A interveno federal deixou para os municpios a responsabilidade pela construo das redes e posterior proviso dos servios. Os municpios mais bem organizados, o que no representava a maioria, conseguiam melhor desempenho, entretanto, os oramentos e as tarifas cobradas eram insuficientes para cobrir os custos e os investimentos necessrios.
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Em funo do crescimento da urbanizao e da economia, na dcada de 60, comearam as mudanas no setor de saneamento. A Carta de Punta del Este, em 1961, foi um documento formulado pelas Amricas e definiu, como metas, o nvel de atendimento dos servios de gua e esgoto para 70% da populao urbana e 50% da rural. A elaborao de um programa visava ao cumprimento das metas pactuadas. Os poucos servios de saneamento encontravam-se em operao e administrao pelas prefeituras municipais. Uns de forma autnoma, outros em conjunto com os municpios vizinhos. Um modelo bem-sucedido era formado por departamentos estaduais de gua e esgoto que planejavam, executavam e operavam os sistemas. No Esprito Santo, para recapitular, o Governo do Estado atuou de 1957 a 1967 at a criao da Cesan na Grande Vitria e em alguns municpios do interior, atravs do DAE. Tambm o DNOS, nas dcadas de 50 e 60, atuou na construo de vrios sistemas de gua no interior do Estado. Na esfera federal, alm do DNOS, existiam ainda o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERU) e o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS). Na dcada de 60, o novo sistema de saneamento ensejou mudanas importantes, pois a prioridade era a ampliao da cobertura dos servios nos planos de desenvolvimento. As necessidades das mudanas justificavam-se porque o baixo desempenho desses servios de saneamento comprometia os objetivos de desenvolvimento socioeconmico, afetava as atividades industriais e as condies de sade. Em 1964, foi criado o Banco Nacional de Habitao (BNH), cujo objetivo era implantar uma poltica de desenvolvimento urbano, ficando para si a coordenao dos recursos para o saneamento. Dessa forma, o to propalado milagre econmico em uma conjuntura econmica favorvel no s incentivou como viabilizou a criao, em 1967, do Sistema Financeiro de Saneamento (SFS). Tambm foram criados os Fundos de gua e Esgoto estaduais (FAE). Os financiamentos passaram a ser realizados com uma contrapartida dos municpios, ou seja, que organizassem os servios em forma de autarquia ou em sociedade de economia mista. No Brasil, a criao desses instrumentos pode ser considerada como um marco inicial, uma vez que se obtinha, a partir de ento, a garantia de um estruturado sistema de financiamento para o setor de saneamento.
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Plano Nacional de Saneamento (Planasa)

Em 1968, o Governo Federal criou, sob a coordenao do BNH, o Plano Nacional de Saneamento (Planasa) implantado em 1971, medida que alterou a configurao do setor, viabilizando a implantao de uma poltica nacional de saneamento bsico. Visava ao atendimento de 80% da populao urbana com servios de gua e de 50% com esgotamento sanitrio at 1980. Incentivava os municpios a concederem os direitos de explorao dos servios s Companhias Estaduais de Saneamento Bsico (Cesbs), que passaram a ser responsveis pela execuo de obras e operao dos sistemas. Objetivo: melhorar a administrao dos riscos por meio de uma centralizao estadual e, principalmente, do estabelecimento de subsdios cruzados que permitissem que as regies mais rentveis financiassem as menos lucrativas. O critrio tarifrio assegurava subsdio dos usurios de maior poder aquisitivo para os de menor renda, assim como dos grandes consumidores para os pequenos usurios, ou ainda, dos municpios ricos em favor das cidades pobres de um mesmo Estado. A concepo e a criao do Planasa foram do ministro Afonso Augusto de Albuquerque Lima, que ocupou a pasta do Interior. Nesse contexto nacional, a Cesan nasceu em 1967. Dois anos depois, foi editado o Decreto-Lei 949 que definiu o que, de fato, mudaria o saneamento bsico no Brasil em termos de grandes investimentos. O BNH passou a aplicar recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS). As companhias tiveram acesso aos emprstimos do BNH com recursos do FGTS para financiar parte dos investimentos aplicados na ampliao e na construo dos sistemas dos municpios que aderiram concesso. Apenas 25% do total dos municpios ento existentes, ou seja, cerca de mil mantiveram sua autonomia na gesto e na operao dos seus servios de saneamento. Os demais praticamente optaram pela concesso dos servios s companhias estaduais. A dcada de 70 foi o momento das grandes obras de saneamento e, consequentemente, do crescimento dos ndices de cobertura dos servios no Brasil. No Esprito Santo, a Cesan realizou as obras do seu maior sistema de abastecimento de gua: a captao no Rio Jucu e a construo da Estao de Tratamento de gua de Vale Esperana. Vrios sistemas das sedes do interior foram construdos e ampliados. Iniciaram-se tambm os estudos para a construo do segundo maior
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sistema de abastecimento de gua para captao no Rio Santa Maria da Vitria e a Estao de Tratamento de Carapina. Apesar de todas as conquistas, o Planasa, no final da dcada de 70, comeou a entrar em colapso. No incio dos anos 1980, as medidas adotadas para superar a crise no lograram o xito desejado. O sucesso do Planasa ficou evidenciado no aumento significativo da oferta de abastecimento de gua como tambm, em proporo menor, na melhoria dos servios de esgotamento sanitrio. Em 1970, a populao abastecida de gua era de apenas 20 milhes de pessoas, das quais parcela significativa convivia com suprimento irregular e deficiente. Uma dcada depois, o abastecimento de gua em boas condies de salubridade j atingia 65 milhes de pessoas. Em 1970, a populao servida por esgotos sanitrios era de 11 milhes de pessoas. Em 29 de setembro de 1981, foi publicada a Portaria 140 do ento ministro do Interior, Mrio David Andreazza, que fixou as novas metas do Planasa para 19811990 em considerao instituio da Dcada Internacional da gua Potvel e do Saneamento Ambiental, sob os auspcios da Organizao das Naes Unidas (ONU). Outra razo foram os resultados expressivos alcanados pelo Planasa. As metas estabelecidas visavam ao atendimento de pelo menos 90% da populao urbana, com servios de abastecimento de gua e, no mnimo, 65% da populao urbana, com servios adequados de esgotos sanitrios. Em apoio s metas fixadas, alguns aspectos deveriam ser observados como: programaes voltadas para o atendimento s cidades mdias e s Comunidades de Pequeno Porte (CPP), sendo que 70% das localidades beneficiadas deveriam ter at 5 mil habitantes; necessidade de proteo dos mananciais de abastecimento de gua, principalmente contra a poluio e a ocupao predatria; adoo de procedimentos de economia de escala por meio de racionalizao de mtodos operacionais, de solues integradas, padronizao de projetos, materiais e equipamentos, objetivando a reduo de custos e ganho de produtividade; execuo programada por etapas em funo das disponibilidades financeiras; ampliao dos sistemas de abastecimento de gua em conformidade com as programaes de reduo de perdas e desperdcios de gua; nfase especial programao de pesquisas tecnolgicas e ao desenvolvimento institucional das companhias estaduais de saneamento bsico, tendo em vista a obteno de menores nveis tarifrios.
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Em 1985, o Ministrio do Interior, ao qual se vinculava o Planasa, foi extinto. Suas funes referentes ao saneamento bsico transferiram-se para o ento recm-criado Ministrio do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU), que passou a ser responsvel pelo BNH e pelo Planasa. O BNH foi extinto em 1986. As responsabilidades do BNH relativas ao financiamento de saneamento foram repassadas Caixa Econmica Federal (CEF), que recebeu o Sistema Financeiro do Saneamento. Diante desse quadro e com as limitaes oramentrias, iniciava-se uma grande crise institucional no setor. Em 1987, com a transformao do MDU em Ministrio da Habitao, Urbanismo e Meio Ambiente (MHU), a CEF (fazia parte do Ministrio da Fazenda) passou sua responsabilidade para o MHU. Em 1988, o MHU foi transformado em Ministrio do Bem-Estar Social (MBES), e a Caixa Econmica retomou seu vnculo com o Ministrio da Fazenda. Em 1989, foi extinto o MBES e recriado o Ministrio do Interior, reassumindo as funes do saneamento bsico. Segundo Turolla, o Planasa foi o nico mecanismo articulado de financiamento e de modernizao do setor de saneamento no Brasil. As iniciativas governamentais de poltica nacional de saneamento, aps o fim do Planasa, permaneceram em regulamentao por toda a dcada de 1990. Alguns dispositivos constitucionais comearam a se concretizar na segunda metade dos anos 90, como o gerenciamento de recursos hdricos, as concesses e as permisses de servios pblicos, dentre outros, graas demanda de regulamentao no setor de saneamento criada na Constituio de 1988. Em 1990, foi extinto o Ministrio do Interior, criando-se a Secretaria do Saneamento ligada ao recm-lanado Ministrio da Ao Social (MAS). A criao da Fundao Nacional de Sade (Funasa) teve como objetivo substituir a antiga Superintendncia de Campanhas de Sade (Sucam) e outros rgos extintos. A CEF permaneceu na rea do Ministrio da Economia, Fazenda e Planejamento. A administrao do FGTS ficou no Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social, entretanto, o MAS fazia a gesto da aplicao dos seus recursos. O Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) tambm foi extinto. Criou-se o Programa Nacional de Descentralizao (PND) para o setor de infraestrutura. Foi o marco para a participao do setor privado na rea. Finalmente, o Planasa foi extinto em 1992. Um ano depois, o MAS deu lugar ao Ministrio do Bem-Estar Social. Em 1995, as atribuies da poltica de saneamento passaram para a Secretaria de Poltica Urbana (Sepurb), ligada ao Ministrio do
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Planejamento. De 1999 em diante, a Sepurb ficou vinculada Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedur) da Presidncia da Repblica. No decorrer da dcada de 90, distintos programas foram implementados com avanos na expanso das redes sem, contudo, alavancar a universalizao dos servios, fato prejudicado pela indefinio da titularidade e marco regulatrio. A Constituio de 1988 deixou dvidas quanto titularidade e ao marco regulatrio, que influenciaram negativamente nos investimentos pblicos e privados, criando entrave expanso do setor. No campo da regulamentao e da definio da titularidade, os avanos ficaram limitados. A cobertura dos servios foi impulsionada por alguns programas federais, como o Pr-Saneamento, os de Ao Social e as atuaes da Fundao Nacional da Sade (Funasa). Outros programas foram criados no para as desigualdades socioeconmicas, mas para a modernizao do setor: o de Modernizao do Setor de Saneamento (PMSS) e o de Pesquisas em Saneamento Bsico (Prosab) so apenas exemplos. Enfim, a expanso atingiu basicamente o crescimento vegetativo da populao com a cobertura de redes de gua e de esgotamento sanitrio. O Censo de 2000 mostrou alguns nmeros: 44% da populao brasileira estavam ligadas rede de esgotos ou drenagem pluvial. Em 2003, a cobertura de redes de esgotos chegou a 55,3% e, a de gua, a 89,6%.
Primeiro relatrio do sistema de gua e esgotos elaborado para a Cesan pelo Consrcio Sondotcnica e pelo escritrio tcnico Enaldo Cravo Peixoto
O Consrcio Sondotcnica e Enaldo Cravo Peixoto, dentro dos estudos do Plano Diretor para o sistema de abastecimento de gua e esgotos sanitrios de Vitria, Cariacica e Vila Velha, no item Sistema atual de abastecimento de gua e esgotos sanitrios, abordou, em 1969, os problemas referentes ao funcionamento atual do sistema, conforme resumo a seguir: Toda gua consumida em Vitria, Vila Velha e Cariacica proveniente de
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dois mananciais: Duas Bocas e Rio Marinho. O Duas Bocas concorre com cerca de 30% da gua de abastecimento e, o Rio Marinho, com 70%. A barragem de Duas Bocas continua com as deficincias apontadas: infiltraes de gua permitem apenas que se utilize menos de 25% da sua cota de armazenagem. Nas condies atuais so captados apenas cerca de 240 litros por segundo da gua desse manancial. A captao no Rio Marinho executada atravs de uma pequena barragem, com tomada de gua controlada por comporta para um canal lateral no revestido, com cerca de 2.200 metros de extenso. Uma nova barragem, no final do percurso, impede que o reflexo da mar, atravs do Rio Marinho, salgue a gua do canal. A cerca de 1.700 metros da captao, situa-se uma estao elevatria. Dali, duas tubulaes de ferro, com dimetro de 600 mm e 1.064 metros de comprimento, se unem em uma nica tubulao de 800 mm de dimetro e comprimento de 260 metros, que vai para a Estao de Tratamento.
Planta do sistema de abastecimento de gua de 1969
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Em condies normais so aduzidos, em mdia, cerca de 900 a 1.000 litros por segundo de gua nesse canal. A estao elevatria consta de uma rea coberta de 15,80 por 12,90 metros quadrados, abrigando os seguintes conjuntos motobombas: 2 horizontais de 300 HP cada um, com capacidade de 200 litros por segundo; 4 conjuntos verticais de 125 HP, cada um com capacidade de 110 litros por segundo; 2 conjuntos horizontais de 75 HP e cada um com capacidade de 50 litros por segundo; 1 conjunto horizontal de 350 HP e capacidade de 220 litros por segundo, em fase de instalao; 2 conjuntos geradores por motor a diesel, com capacidade nominal de 300 KVA para suprimento de energia em caso de pane. A Estao de Tratamento de Alto Cobi, projeto elaborado pela Permutit Water Co., em 1954, consta basicamente de canal de chegada da gua com chicanas5 para mistura dos coagulantes; dosadores; duas unidades de precipitao e decantao; e quatro unidades filtrantes com leito de areia. A capacidade da estao de cerca de 440 litros por segundo.
ETA de Cobi
5 No processo de tratamento da gua, o conjunto de cmaras instaladas nos floculadores para se dissipar a energia hidrulica disponvel denominado de chicanas. A gua passa pelas chicanas efetuando um movimento sinuoso.
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Tratamento de gua no Canal do Marinho

A capacidade insuficiente da Estao de Tratamento de Alto Cobi para suprir a demanda de gua e a falta de verba para ampliar a estao levou os responsveis pelo abastecimento da populao de Vitria utilizao de um sistema de emergncia, cujos resultados eram satisfatrios. A cerca de 600 metros da tomada de gua do canal do Rio Marinho foi construdo um conjunto de chicanas. No incio dessas chicanas era lanada uma soluo de sulfato de alumnio preparada numa casa de dosagem ao lado do canal. A floculao6 se dava em boas condies, sem necessitar de adio de cal, j que a natureza da gua permitia essa vantagem. Ao longo dos 1.100 metros do canal, ocorria a decantao e, a gua, assim tratada, era recebida na estao elevatria e da bombeada para a ETA, onde era clorada e corrigido o pH. O canal era mantido livre por uma turma volante de limpeza. O lodo era periodicamente removido por meio de dragas e lanado no terreno adjacente ao canal.
Tratamento da gua no Canal Marinho, casa de dosagem e floculador de madeira, dcadas de 60 e 70
6 Floculao a formao de flocos sedimentveis de suspenses finas, por meio do emprego de coagulantes.
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Os inconvenientes desse tratamento eram bvios, residindo, principalmente, nas dificuldades de limpeza que exigiam a paralisao do sistema, j que era feita com equipamento emprestado de vez em quando pelo DNOS. Tambm havia falta de revestimento do canal, com possibilidade de desmoronamento e infiltraes de guas poludas que dificultavam a limpeza; e faltava filtragem adequada do efluente, uma vez que a decantao formava prxima tomada de gua da elevatria, bancos de lodo que estrangulavam a seo do canal e provocavam, por aumento de velocidade, o arrastamento de material j decantado. Os filtros da Estao de Tratamento no tinham capacidade para filtrar a gua exigida para consumo. Havia necessidade de vigilante permanente do canal e, por fim, ocorriam as frequentes inundaes das margens do Rio Marinho causadas pela barragem.
Floculador de madeira no Canal Marinho, dcadas de 60 e 70
Adutoras e redes distribuidoras

Excetuando-se a distribuio de gua para a zona de Cariacica proveniente da sangria da adutora de Duas Bocas, o abastecimento geral da Grande Vitria feito a partir da Estao de Tratamento do alto de Cobi. Da ETA partem as seguintes adutoras, uma delas de ferro fundido, com dimetro de 800 mm e com as seguintes ramificaes:
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Tubulao de ferro fundido com dimetro de 500 mm, abastecendo os dois reservatrios de Santa Clara. Tubulao de ferro fundido com dimetro de 600 mm, abastecendo diretamente a zona norte. Essa zona ser brevemente abastecida atravs de um reservatrio que est concludo, mas ainda no funciona. Prev-se tambm para breve a concluso da construo de uma adutora de ferro fundido, de dimetro de 600 mm, que abastecer tambm o reservatrio da zona norte, partindo diretamente da ETA.
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Tubulao de ferro fundido com dimetro de 350 mm, que serve aos bairros Jardim Amrica e Campo Grande. Tubulao de ferro fundido com dimetro de 250 mm, que serve ao bairro Paul. Uma adutora de ferro fundido com dimetro de 250 mm e comprimento de 4.200 metros, abastecendo Vila Velha. Uma adutora de ferro fundido com dimetro de 400 mm, abastecendo tambm Vila Velha. Uma adutora de ferro fundido com dimetro de 250 mm, abastecendo o Ibes. Finalmente, uma adutora em plstico para abastecimento local do bairro Cobi.
Nos ltimos anos, a Cesan tem procurado cadastrar a rede distribuidora. Numa planta em escala 1:4.000 esto lanadas as canalizaes mestras com dimetros que atingem, em certos casos, duas polegadas. Entretanto, o cadastro no est completo e no inspira total confiana. Sabe-se que so utilizados tubos de ferro fundido, ferro galvanizado e fibrocimento. Dados extrados do Relatrio da Sondotcnica, elaborado em 1964 para o DNOS, informa que a rede distribuidora compe-se de canalizaes de dimetros entre 50 mm (2 polegadas) e 250 mm (10 polegadas), sendo aproximados 70% de dimetros de 50 mm a 100 mm; a extenso total de canalizao de 140.257 metros (1962), o que corresponde a cerca de 1.300 metros por 1.000 habitantes. Existem no
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sistema oito conjuntos de elevao mecnica para atender o abastecimento das zonas altas e crticas da cidade. Existem 43 hidrantes do tipo baixo instalados em caladas (ocorreram em Vitria, em 1960, 19 incndios). Quanto ao estado da rede, informa a Cesan que, de modo geral, precrio. Essa entidade mantm em servios ativos cerca de 240 homens que atendem correo dos vazamentos que, com frequncia, se manifestam ao longo das ruas. O abastecimento dos bairros situados nas extremidades da rede em geral deficiente, agravando-se nos pontos situados em cotas altas.
Desenho esquemtico do sistema de abastecimento de gua de Cariacica, Vitria e Vila Velha, 1969
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Reservatrios
Existem apenas os seguintes:
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2 reservatrios na zona de Santa Clara, com capacidades respectivas de 3.713 metros cbicos e 3.417 metros cbicos. 1 reservatrio na zona norte recm-construdo e que ainda no est em funcionamento, com capacidade de 5 mil metros cbicos, na cota de 40 metros. Existem ainda pequenos reservatrios com bombas de recalque, situados em pontos especiais, destinados a abastecer reas cuja presso na linha deficiente.
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Os bairros Morro do Moscoso e Santo Antnio so exemplos de locais abastecidos atravs de estaes elevatrias suplementares. Duas unidades de recalque com 15 HP e 30 HP, respectivamente, situadas junto a um dos reservatrios de Santa Clara, recalcam a gua que distribuda nesses bairros.
De qualquer forma, a capacidade total de recalque, mesmo considerando ligado o reservatrio da zona norte, representar menos de 16% do volume de gua distribuda diariamente. Esse volume estimado em 900 litros por segundo, ou seja, 77.760 metros cbicos por dia para uma reserva de cerca de 13 mil metros cbicos.
Reservatrio de Santa Lcia construdo pelo DNOS
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Sistema atual de redes de esgotos sanitrios

De modo geral, Vitria, Vila Velha e Cariacica no possuem um sistema separador de esgotos sanitrios. Eles so encaminhados para fossas spticas individuais e os efluentes vo s valas ou aos coletores de esgotos pluviais, quando eles existem. Durante a administrao do prefeito Henrique Novaes houve uma tentativa de servir a metrpole com esse importante melhoramento pblico. Chegaram a construir redes de esgotos sanitrios em Jucutuquara e no Centro de Vitria. Foram construdas estaes elevatrias e muitos prdios chegaram a ser ligados s redes. Entretanto, com o correr dos anos, foram interligando guas pluviais e esgotos sanitrios. As elevatrias no existem mais e, atualmente, no possvel sequer identificar o que foi construdo diante da falta de projeto ou dados esclarecedores.
Primeiro Plano Diretor para o sistema de abastecimento de gua e esgoto sanitrio de Vitria, Vila Velha e Cariacica
Primeiro Plano Diretor para o sistema de abastecimento de gua O consrcio formado pelo Escritrio Tcnico Enaldo Cravo Peixoto e a Sondotcnica Engenharia de Solos S. A. elaborou, entre 1969 e 1970, o primeiro Plano Diretor de gua e Estudos de Viabilidade dos Sistemas de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio da Grande Vitria. A rea de abrangncia foi Vitria e reas urbanas adjacentes de Vila Velha, Itaquari, Argolas, So Torquato, Ibes e Goiabeiras, alm do aglomerado urbano de Cariacica, cuja populao na poca era em torno de 300 mil habitantes. A previso era de ultrapassar 1 milho de habitantes no fim do sculo XX. Teve trs fases: a primeira foi para coleta de dados; a segunda, o Plano Diretor e, a terceira, o estudo de viabilidade. As obras previstas foram dimensionadas para as condies previstas no fim do sculo XX. A sua implantao seria feita em duas etapas: a primeira para atender a demanda at por volta de 1983-84. Os dois sistemas de abastecimento dispunham de uma vazo mdia de 1.140 litros por segundo, sendo 900 do Rio Jucu, via captao no canal Marinho, e 240
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do reservatrio de Duas Bocas. O canal Marinho, alm da influncia da mar em alguns perodos, sofria efeitos da poluio devido ao crescimento das populaes ribeirinhas. A capacidade da ETA de Cobi, de 440 litros por segundo, era muito inferior vazo bombeada do Marinho. Isso obrigou a adoo de uma soluo provisria de decantar a gua no canal. Parte da vazo de Duas Bocas era distribuda, sem tratamento, aos bairros situados ao longo da adutora de 500 mm e, a outra parte, chegava ETA de Cobi. Os trs reservatrios tinham capacidade de 12 mil metros cbicos, correspondendo a cerca de trs horas da vazo efluente da ETA. A rede de distribuio no dispunha de cadastro atualizado. O nmero de ligaes, em agosto de 1969, era de 43.654 para uma populao urbana da ordem de 280 mil habitantes. O consumo per capita estimado, na poca, era de 450 litros por dia, valor elevado em face da no existncia de medidor para a maioria dos usurios, alm do funcionamento precrio do sistema. Em 1960, Vitria, Cariacica e Vila Velha somavam uma populao em torno de 180 mil habitantes e, a projeo para 1970, com base nos dados do IBGE, atingiria 330 mil habitantes. Naquela poca, a populao se concentrava nas cidades de Vitria e Vila Velha, nas vilas de Goiabeiras, Itaquari, Argolas, So Torquato, Ibes, e na cidade de Cariacica, situada a 15 km de Vitria. Foi adotada uma taxa geomtrica de crescimento de 6,38% em que se chegou a uma populao projetada de 300 mil habitantes para 1970, 481 mil para 1980, 719 mil para 1990, e 1.090.000 habitantes para o ano 2000. Em maio de 1969, o nmero de ligaes de gua era:
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Vitria: total de 19.284, sendo 18.791 na parte da Ilha e 493 em Goiabeiras, incluindo Camburi. Cariacica: total de 7.336, das quais 1.018 em Itaquari; 1.049 em Itacib, 1.825 em Jardim Amrica, 1.129 em Campo Grande, e 2.315 nos demais bairros. Vila Velha: total de 15.033 ligaes, sendo 677 em Argolas, 1.687 no Ibes, 1.076 em So Torquato e 11.593 nos demais bairros.
Em agosto de 1969, o nmero de ligaes teve um acrscimo e o total foi de
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43.654. Vitria passou a ter 20.213 ligaes, Cariacica 7.572 e, Vila Velha, 15.869 ligaes. O percentual de inadimplncia superava 35%. O quantitativo de empregados no optantes pelo FGTS era de 267 empregados e a relao dos optantes atingiu 350 empregados. O consumo per capita adotado foi de 250 litros por dia, coeficiente dirio de 1,25 e horrio de 1,5. Assim, a vazo mdia diria calculada para o ano 2000, considerando 80% da populao atendida, chegou a 3,1 metros cbicos por segundo. Previu-se que as obras de captao, aduo e tratamento seriam feitas em duas etapas de 1,65 metros cbicos por segundo. Os centros de reservao previstos foram Santa Clara, Jucutuquara, zona norte, Jardim Amrica e Vila Velha. Quanto ao aproveitamento das obras existentes de captao e aduo, o Plano Diretor informou que no era recomendvel continuar a utilizar a captao no Canal Marinho, pois estava afetada pela variao de nvel com a reduo da descarga derivada do Rio Jucu, pela poluio causada pela populao ribeirinha e infiltraes de gua do mar. Recomendava tambm limitar o atendimento de Duas Bocas cidade de Cariacica diante das condies da barragem e o estado precrio da adutora de Duas Bocas; desativar a floculao e decantao no Canal Marinho to logo fosse ampliado o sistema; dificuldades de utilizao da ETA de Cobi, pois tratava apenas 440 litros por segundo com filtrao direta e rea desfavorvel para ampliao e construo de um reservatrio de distribuio. Recomendou-se ainda o aproveitamento dos dois reservatrios de Santa Clara (7 mil metros cbicos) de um total de 12 mil metros cbicos, assim como o de Santa Lcia que ainda no tinha sido colocado em operao. Outra recomendao foi aproveitar as subadutoras, desde que fosse tcnica e economicamente possvel, como as de 600 e 500 mm que abastecem a Ilha de Vitria. Por fim, sugeriu-se a substituio das redes de distribuio que predominavam, as de 2 polegadas, em face da diversidade de material (ferro galvanizado, ferro fundido, fibrocimento, plstico), de seu estado precrio e de cadastro incompleto. Com relao escolha dos mananciais abastecedores, o Plano Diretor indicou a utilizao dos rios Jucu e Santa Maria, no sendo necessria a construo de represas se a captao fosse feita no curso inferior. De fato, foi o que aconteceu: tanto a captao no Rio Jucu como no Santa Maria, onde foram feitas as captaes a fio de gua
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na parte inferior dos dois rios, sem necessitar de barragens, assim como o consumo de 2011 que ainda no sinalizava a necessidade de tal barragem a curto prazo. Foi sugerido ao manancial Duas Bocas atender Cariacica e bairros vizinhos e, realmente, foi o que aconteceu em 2011: a rea de Duas Bocas ficou reduzida regio da Sede. Foi descartada a captao de gua subterrnea. Foram estudadas quatro alternativas para a captao, aduo e tratamento, tendo como manancial abastecedor o Rio Jucu para etapas com vazes lquidas de 1,65 metros cbicos por segundo e 3,3 metros cbicos por segundo, com alcance previsto at o ano 2000. Cariacica Sede continuaria com Duas Bocas. As alternativas foram: 1. A captao seria feita a 6 km a jusante dos dois braos do Rio Jucu. A gua seria conduzida por gravidade por uma tubulao de concreto protendido de 33 km de comprimento at a ETA que seria localizada nas proximidades de Jardim Amrica. Dali, as guas seriam recalcadas at um reservatrio no morro de cota de 70 metros, em Jardim Amrica. 2. A captao seria feita na altura da Vala Neves mediante uma barragem de comportas que elevasse o nvel de gua no Jucu. Da, a aduo seria por gravidade por um canal aberto at a ETA que seria localizada nas proximidades de Jardim Amrica, de onde as guas seriam recalcadas para o reservatrio no topo de um morro, na cota de 70 metros, em Jardim Amrica. 3. Esta alternativa idntica alternativa 2, diferenciando apenas nas obras de aduo at a ETA, que seria composta por uma estao elevatria (pela margem esquerda do rio), recalcando as guas por uma tubulao de concreto protendido de baixa presso. 4. idntica s alternativas 2 e 3, entretanto, a ETA foi prevista no topo do morro, junto com o reservatrio. A aduo seria feita por uma estao elevatria na margem esquerda do Jucu e uma tubulao de ao, de recalque de alta presso. A alternativa mais atrativa foi a de nmero 2, que apresentou menores valores de investimento nas duas etapas do projeto. O desenho esquemtico, a seguir, indica as caractersticas bsicas das quatro alternativas estudadas.
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Alternativas estudadas do primeiro plano diretor de gua 1969 a 1970
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Desenho esquemtico do primeiro Plano Diretor de gua de 1969-70: alternativa 2
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Planta do primeiro Plano Diretor de gua de 1969-70: subadutoras
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Planta do primeiro Plano Diretor de gua de 1969-70: rede de distribuio e malhas principais
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O primeiro Plano Diretor de gua e Estudos de Viabilidade dos Sistemas de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio da Grande Vitria foi elaborado, entre 1969 e 1970, pelo Consrcio constitudo pelo Escritrio Tcnico Enaldo Cravo Peixoto e a Sondotcnica Engenharia de Solos S.A. A rea de estudo abrangeu Vitria, Vila Velha e Cariacica. Foram consideradas as reas habitadas e as provveis ocupaes dos prximos 30 anos. As reas em expanso no consideradas como, ao norte, a localidade de Goiabeiras e, ao sul, os aglomerados que se desenvolvem principalmente ao longo da BR-101, as reas ao sul de Cariacica e Vila Velha e, finalmente, a Sede de Cariacica, no tiveram condies de integrar esse plano de conjunto. Definiu-se que to logo acontecesse a expanso e as condies urbansticas nessas localidades, deveriam ser estudadas solues individuais para o destino final dos esgotos, seja por tratamento, seja por lanamento no prprio sistema atual com ou sem ampliao, ou seja, por outros lanamentos submarinos quando fosse o caso. A rea de abrangncia e as bacias de contribuio esto indicadas nas figuras seguintes.
Planta do primeiro Plano Diretor de Esgoto de 1969-70: rea abrangida pelo projeto
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Planta do primeiro Plano Diretor de Esgoto de 196970: bacias de contribuio
Foram estudadas trs solues e alternativas que, nos estudos de concepo do sistema, foram denominados de Plano A, Plano B e Plano C. O Plano A considerou dois sistemas independentes para concentrar os esgotos, contemplando o lanamento dos efluentes para o mar aberto em dois pontos distintos: um em Vitria e outro em Vila Velha. Mas seria necessrio construir emissrios tanto em Vitria quanto em Vila Velha. Em Vitria, seria um emissrio ao longo das margens do canal, prximo ao canal de acesso, desde Santo Antnio, passando pelo Centro e Bento Ferreira at o ponto de concentrao do esgoto na regio da Praia do Su. Como informou a projetista, o ponto de lanamento final dos efluentes poder ser feito a partir de pontos elevados com carga suficiente para permitir uma velocidade compatvel com as condies do projeto. O lanamento previsto a partir da Ilha do Boi, onde poder ser escolhida uma rea em cota alta e ser instalada uma estao de remoo de flutuantes, se essa medida se revelar necessria. Para a parte continental, no caso Vila Velha e Cariacica, o ponto de concentrao seria na regio de Piratininga, prximo Prainha. O lanamento poderia ser feito a partir da cota alta nas encostas do Morro do Moreno.
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O Plano B, como segunda alternativa, levou em conta o custo elevado das obras de lanamento submarino, as vantagens operacionais e de manuteno. Com isso, adotou a mesma concepo dos interceptores do Plano A, porm utilizando apenas um emissrio submarino. Este, alm dos esgotos de Vila Velha e Cariacica, receberia
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Planta do primeiro Plano Diretor de Esgoto de 1969-70: Plano A
tambm os de Vitria, atravs do recalque de uma elevatria que seria localizada na Praia do Su, com emissrio passando pelo fundo da baa de Vitria indo at a Praia da Costa (Morro do Moreno). O lanamento submarino seria o mesmo da alternativa A, ou seja, a partir do Morro do Moreno.
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Planta do primeiro Plano Diretor de Esgoto de 196970: Plano B
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A projetista descreve o Plano C: considerando as dificuldades que possam acarretar a construo do emissrio de recalque no fundo do canal de acesso para remoo dos esgotos da Ilha e do continente, conforme preconiza o Plano B, considerando que se trata de um canal de navegao, relativamente estreito, sujeito, talvez, a dragagens peridicas, surgiu o Plano C que uma variante do Plano B, prevendo a travessia do canal na Ponte que liga a Ilha do Prncipe ao continente. Este plano prev uma nova estao elevatria nas imediaes da Ilha do Prncipe.
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Planta do primeiro Plano Diretor de Esgoto de 196970: Plano C
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Seleo do plano mais indicado

Na seleo do plano ou a alternativa mais indicada, considerou-se os fatores tcnicos, locais, econmicos e de flexibilidade. O alto custo do lanamento de dois emissrios submarinos e as condies locais (movimento de ancoragem das embarcaes que demandam o Porto de Vitria e a presena de cabos submarinos na regio) fez com que a alternativa A fosse eliminada. Assim, analisaram-se as alternativas B e C. Uma vez oradas as solues B e C e juntamente com os fatores apontados, indicou-se que a alternativa eleita foi a B. Numa primeira etapa foi sugerida a construo das redes de esgoto, concentrando nas elevatrias com recalque por elevatrias do tipo flygt para o canal e, numa segunda etapa, construir os maiores interceptores e o emissrio submarino.
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Desenho do primeiro Plano Diretor de Esgoto de 196970: interceptor do continente, Plano B
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Desenho do primeiro Plano Diretor de Esgoto de 1969-70: interceptor da Ilha, Plano B
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Primeira logomarca da Cesan

Surgiu na gesto de Gladstone Hoffmann e pode ser vista nas fotos a seguir.
Primeira logomarca da Cesan
Conceio da Barra: primeiro sistema de abastecimento de gua no interior do Estado

Fato histrico para ser registrado: na fase de transio do DAE para a Cesan construiu-se o primeiro sistema de abastecimento de gua no interior do Estado, em Conceio da Barra, no dia 8 de dezembro de 1967. Segundo o engenheiro Helder Faria Varejo, alguns poos foram perfurados e em um deles ocorreu o sucesso da produo de gua. Esse poo passou, ento, a abastecer a comunidade. As fotos, a seguir, registraram esse acontecimento. O engenheiro Helder Faria Varejo, que era o coordenador dos municpios, no aparece, pois estava tirando as fotografias. O passo seguinte foi a ampliao do sistema com a captao superficial e a Estao de Tratamento.
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Casa onde estava localizada a elevatria do poo do primeiro sistema de gua do interior: Conceio da Barra, 8 de dezembro de 1967
Mario Petroch esquerda do poo do primeiro sistema de gua do interior: 8 de dezembro de 1967
Autmio Teubner e Dcio Sobral ao lado da elevatria do primeiro sistema de gua do interior: 8 de dezembro de 1967
Descerramento da placa do primeiro sistema de gua do interior em Conceio da Barra, 8 de dezembro 1967
Governador Cristiano Dias Lopes (centro), Gladstone Hoffmann ao lado de Mrio Petroch ( direita) e o bispo ( esquerda): inaugurao do primeiro sistema de gua do interior em 8 de dezembro de 1967
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D c a d a de
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A sequncia das concesses e as primeiras obras

A Cesan, ao assumir o acervo do antigo DAE, alm das cidades de Vitria, Vila Velha e Cariacica, passou a operar tambm Castelo, So Gabriel da Palha, Nova Vencia e Conceio da Barra. Em Vitria e Castelo havia um singelo sistema de esgotos sanitrios, que passaram a ser administrados pela Cesan. A Fundao Sesp, atual Funasa, atuava com os SAAEs em Aracruz, Baixo Guandu, Cachoeiro do Itapemirim, Colatina, Ibirau, Iconha, Itapemirim, Jernimo Monteiro, Linhares e So Mateus. As demais prefeituras administravam diretamente os servios de abastecimento de gua e esgotos sanitrios de suas comunidades.
ETA de Castelo do sistema de gua transferido do DAE para a Cesan
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ETA de Nova Vencia do sistema de gua transferido do DAE para a Cesan
ETA de Nova Vencia do sistema de gua transferido do DAE para a Cesan
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Desenho do antigo sistema de gua de Castelo
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Desenho do antigo sistema de gua de So Gabriel da Palha
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Sistema de gua de Nova Vencia construdo pelo Departamento Estadual de Sade para ser operado pelo DAE
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Desenho do antigo sistema de abastecimento de Nova Vencia
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No decorrer de 1970, ainda com menos de trs anos de criao, a Cesan prosseguiu suas realizaes de estudos, projetos e obras tanto na Grande Vitria quanto no interior. Na Grande Vitria, concluiu-se o Plano Diretor de gua que norteou, em boa parte, as grandes obras do sistema de produo do Rio Jucu, previstas para o final de 1975. Foram construdas 85 mil metros de redes de distribuio e 12 mil metros de subadutoras em Camburi, Goiabeiras, Santa Mnica, Itaparica, Jaburuna, Cobilndia, dentre outros. A estao elevatria de Cobilndia, no Rio Marinho, foi ampliada com a instalao de um novo conjunto de motobomba de 350 HP e vazo de 220 litros por segundo. No interior do Estado foram concludos os projetos tcnicos dos sistemas de abastecimento de gua de Pima, Bom Jesus do Norte, Apiac, Conceio do Castelo, Mantenpolis, Pinheiros, Boa Esperana e Conceio da Barra. Na concluso das obras de abastecimento de gua de Ina constavam: captao, aduo, reservao (200 metros cbicos), filtrao e redes de distribuio; de Muqui continham captao, estao de recalque, adutora de gua bruta, tratamento e rede de distribuio; de So Jos do Calado havia captao, estao elevatria de recalque, adutora de gua bruta, estao de tratamento, reservatrio (130 metros cbicos), rede de distribuio e adutora de gua tratada. Aquele perodo tambm assinalou o incio da segunda etapa da obra de abastecimento de gua de Conceio da Barra, e de execuo da soluo de emergncia para a melhoria do sistema de abastecimento de gua da Sede de Bom Jesus do Norte Tambm foram construdos 6.300 metros de redes de distribuio, 3 mil metros de adutora e 550 metros de rede de esgoto, em Castelo, Conceio da Barra, Nova Vencia e So Gabriel da Palha, alm da construo parcial da Estao de Tratamento e da Casa de Bombas, em Conceio da Barra. Em So Gabriel da Palha realizou-se a ampliao do reservatrio, com acrscimo de mais 100 metros cbicos. No incio de 1971, a Cesan j atendia com servio de abastecimento de gua Grande Vitria e a nove municpios do interior. Estes municpios, assim como todos os outros, foram convidados a fazerem sua adeso ao Planasa, via transferncia da concesso de seus servios para a Cesan. Para fazer frente nova demanda, em 1971, foi criado o organograma.
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Pa rt e I I
SERVIOS AUXILIARES ESTUDOS E LEVANTAMENTOS PROJETOS
INSTALAES E CADASTROS REDES ESTUDOS E PROJETOS PLANEJAMENTO TCNICO PROGRAMAO E CONTROLE TCNICO AUXILIAR FISCALIZAO CONSTRUO DE REDES MANOBRAS E RECAL UES MANUTENO DE VECULOS OPERAO E MANUTENO CONSERVAO GERAL GUA ESGOTO SERVIOS AUXILIARES TRATAMENTO LABORATRIOS DE CONTROLE TRATAMENTO CAPTAO, ADUO E RECAL UE OFICINA ELTRICA OFICINA MECNICA MANUTENO E INDUSTRIALIZAO CAPTAO, ADUO E RECAL UE RECAL UE CONSERVAO DE MANANCIAIS FABRICAO DE SULFATO SERVIOS AUXILIARES GUA E ESGOTO GABRIEL DA PALHA GUA E ESGOTO CASTELO GUA E ESGOTO C. DA BARRA SERVIOS AUXILIARES GUA E ESGOTO NOVA VENCIA PRODUO INDUSTRIAL INSTALAES PREDIAIS MANUTENO E TRANSPORTE OPERAO E CONSTRUO
SERVIOS AUXILIARES RESERVATRIO SANTA CLARA
MARCENARIA E CARPINTARIA
DIRETORIA TCNICA
Do tempo da Cesan Dcada de 1970

COORDENAO DE MUNICPIOS ASSESSORIA JURDICA
CONSELHO FISCAL
ASSEMBLEIA GERAL
DIRETORIA
PRESIDNCIA
CONSELHO DE ADMINISTRAO
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REGISTRO E PAGAMENTOS SELEO E TREINAMENTO COMPRAS ALMOXARIFADO EXPEDIENTE PROTOCOLO E AR UIVO ZELADORIA SERVIOS AUXILIARES ARRECADAO DE CARIACICA COBRANA SERVIOS AUXILIARES
ASSESSORIA DE GABINETE COMISSO EXECUTIVA FUSAN SERVIO SOCIAL
PESSOAL MATERIAL ADMINISTRAO
ADMINISTRAO GERAL DIRETORIA FINANCEIRA PLANEJAMENTO ECONMICO
PATRIMNIO CONTABILIDADE CONFERNCIA E CONTROLE ARRECADAO CADASTRO TESOURARIA COMERCIAL
CONTABILIDADE E FINANAS
Ao longo de 1972 foram assinados 19 contratos de adeso ao Planasa. Em 1973, outros sete aderiram e, em 1974, mais um municpio, totalizando 30 municpios que correspondiam a 45 localidades atendidas, atravs de 35 sistemas de abastecimento de gua. A Cesan, gradativamente, ia assumindo a administrao dos sistemas nos diversos municpios do Estado, buscando, assim, alcanar os objetivos estabelecidos pelo Planasa para todo o pas. No perodo de 1971 a 1974, dentro da poltica coerente com o Planasa e por orientao do Governo do Estado face s grandes necessidades, a Cesan atuou de forma prioritria no abastecimento de gua da Grande Vitria e em 42 localidades do interior, cujas prefeituras aderiram ao Plano Nacional de Saneamento. Tambm foi possvel desenvolver, de 1973 a 1974, os estudos preliminares e a elaborao do anteprojeto do sistema de abastecimento de gua do Planalto de Carapina e do complexo industrial, com previso de instalao naquela regio a partir de 1977. Emergencialmente, foi construdo um sistema provisrio com captao na Lagoa de Jacunm para atender inicialmente demanda da regio, bem como a proveniente da fase de construo das novas indstrias. O financiamento coube ao Estado e ao BNH. A Cesan, como empresa responsvel pela execuo dos empreendimentos, de forma eficaz e compatvel com a importncia da tarefa do seu cargo, desenvolveu um Programa de Desenvolvimento Institucional estruturado com a assistncia da Organizao Pan-Americana de Sade (Opas). Isso permitiu o equacionamento da necessria reorganizao administrativa da recm-criada Companhia, imperativo determinante de uma nova concepo de empresa de saneamento bsico exigido pelo Planasa para possibilitar o cumprimento de suas metas. O novo organograma foi elaborado em 1974.
Estrutura orgnica da Cesan em 31/12/1971

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Pa rt e I I
ESTUDOS DE REDES PROJETOS ESTUDOS E PROJETOS
FISCALIZAO DE OBRAS PRODUTOS E OBRAS CONTROLE DE OBRAS PROGRAMAO E CONTROLE
INSCRIO E LICITAO LICITAO CONSULTORIA TCNICA DE CONTROLE DE UALIDADE ANLISE E CUSTOS ASSESSORIA TCNICA
FISCALIZAO DAS OBRAS, CAPTAO E RECAL UE FISCALIZAO DAS OBRAS, ADUO E TRATAMENTO SUPERINTENDNCIA DE PROJETOS E OBRAS DA G. VITRIA SERVIO TCNICO DO SISTEMA DE PRODUO DIRETORIA DE PRODUO SERVIO TCNICO DO SISTEMA DE DISTRIBUIO PROGRAMAO E CONTROLE CONSULTOR TCNICO PITOMETRIA ADUO DISTRIBUIO LABORATRIO REDES E ADUTORAS ESGOTOS MANUTENO DE INSTRUMENTAO MANUTENO MECNICA MANUTENO ELTRICA PAVIMENTAO CONSERVAO GERAL MANUTENO ELETRO MECNICA MANUTENO DE REDES OPERAO DE ETAS OPERAO ADUO E DISTRIBUIO
APOIO ADMINISTRATIVO
Do tempo da Cesan Dcada de 1970

MANUTENO PROGRAMAO E CONTROLE ACOMPANHAMENTO DE PROJETO OPERAO E MANUTENO SUPERINTENDNCIA DO PROJETO DE CARAPINA
CONSELHO DE ADMINISTRAO
ASSESSORIAS JURDICA
COMUNICAO
PLANEJAMENTO TCNICO ORGANIZAO E MTODOS
PLANEJAMENTO ECONMICO E FINANCEIRO
SISTEMATIZAO E PROCESSAMENTO DE DADOS
213
SERVIOS LOCAIS SERVIOS LOCAIS INSTALAO DE RAMAIS ATENDIMENTO E COBRANA CONFERNCIA E CONTROLE ZELADORIA FATURAMENTO COBRANA FISCALIZAO SERVIO LOCAL SELEO DE TREINAMENTO CADASTRO CONTROLE DE PAGAMENTO COMPRAS ALMOXARIFADO CONTROLE DE ESTO UES CONTROLE DE VIATURAS CORTE E RELIGAO REGISTROS CONTBEIS TESOURARIA
ASSEMBLEIA GERAL
DIRETORIA
PRESIDNCIA
SERVIOS COMPLEMENTARES
REGIO NORTE REGIO SUL
ADMINISTRAO REGIONAL
MANUTENO DE HIDRMETROS
INSTALAO E MEDIO COMERCIAL
ARRECADAO COMISSES
CONSELHO FISCAL
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL PESSOAL
DIRETORIA DE ADMINISTRAO
CARGOS E SALRIOS
MATERIAL
MANUTENO VIATURAS E E UIPAMENTOS
SERVIOS GERAIS
TRANSPORTE E RDIO COMUNICAO
DOCUMENTAO
SERVIOS AUXILIVEIS
FINANCEIRO E CONTBIL
CONT. ORAMENTRIO E PATRIMONIAL
CONTABILIDADE
FINANAS
Com recursos financeiros do Governo do Estado (50%) e do BNH (50%), a meta que foi estipulada, em 1975, de abastecimento de gua a ser cumprida pela Cesan era de atender aos 30 municpios que aderiram ao Planasa. Inicialmente, os projetos da Cesan financiados pelo BNH eram analisados pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), rgo tcnico escolhido pelo BNH. Posteriormente, o rgo tcnico passou a ser a Fundao Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Feema). A partir da e at a extino do BNH, todos os projetos passaram a ser analisados no Rio de Janeiro, sede da Feema.
Planta do sistema existente de gua da Grande Vitria no incio dos anos 1970
Estrutura orgnica da Cesan em 31/12/1974

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Pa rt e I I
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
215
Sequncia das adeses ao Planasa

1972: Grande Vitria (Vitria, Cariacica, Vila Velha); Castelo; Conceio da Barra; So Gabriel da Palha; Nova Vencia; Ina; So Jos do Calado; Muqui; Mantenpolis; Barra de So Francisco; Mucurici; Boa Esperana; Pinheiro; Apiac; Montanha; Afonso Cludio; Ecoporanga; Pancas; Santa Teresa; e Anchieta. 1973: Conceio do Castelo; Atlio Vivcqua; Dores do Rio Preto; Divino de So Loureno; Rio Novo do Sul; Serra; e Pima. 1974: Domingos Martins. Em 1975, como nenhum municpio transferiu a concesso de seu servio de gua Cesan, permaneceu o total de 30 municpios e 37 sistemas de abastecimento de gua.
Mapa das reas de ao da Cesan, 1974
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Pa rt e I I
Sistemas de abastecimento de gua da Cesan Situao em dezembro de 1974 em teste operacional, em projeto e em obras:
1. Grande Vitria; 2. Castelo - Aracu; 3. So Gabriel da Palha; 4. Conceio da Barra; 5. Nova Vencia; 6. Ina; 7. Muqui; 8. Barra de So Francisco; 9. So Jos do Calado; 10. Mantenpolis; 11. Afonso Cludio; 12. Mucurici; 13. Ecoporanga; 14. Apiac; 15. Boa Esperana; 16. Pinheiro; 17. So Sebastio; 18. Serra; 19. Barra do Jucu; 20. Carapina; 21. Conceio do Castelo; 22. Venda Nova; 23. Atlio Vivcqua; 24. Anchieta-Iriri -Pima; 25. Santa Teresa; 26. Divino de So Loureno; 27. Dores do Rio Preto; 28. Rio Novo do Sul; 29. Pancas; 30. Ibatiba; 31. Vila Verde; 32. Carapebus (Manguinhos, Jacarape, Nova Almeida e Praia Grande.; 33. Planalto de Carapina; 34. Montanha; 35. Domingos Martins Marechal Floriano. Observa-se no mapa que 13 sistemas j estavam em operao definitiva (Mucurici, Boa Esperana, Pinheiro, Conceio
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
217
Mapa dos sistemas em operao, em projeto e em obras: situao em dezembro de 1974
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Pa rt e I I
da Barra, Mantenpolis, Carapina, So Sebastio, Ina, Barra do Jucu, Castelo-Aracu, Muqui, So Jos do Calado e Apiac); sete em teste de operao (Ecoporanga, Nova Vencia, Barra de So Francisco, So Gabriel da Palha, Afonso Cludio, Serra, Grande Vitria); 10 em obras (Pancas, Santa Teresa, Ibatiba, Conceio do Castelo, Venda Nova, Divino de So Loureno, Dores do Rio Preto, Anchieta-Iriri-Pima, Rio Novo do Sul e Atlio Vivcqua); e cinco em projeto (Montanha, Vila Verde, Carapebus/ Manguinhos/ Jacarape/ Nova Almeida/ Praia Grande, Domingos Martins/ Marechal Floriano, e Planalto Carapina). Aps a concluso dos projetos, planejou-se iniciar, em 1975, a construo dos sistemas do interior do Estado, como: Vila Verde, Domingos Martins/ Marechal Floriano e Serra. Como se observa, naquela poca, a Serra pertencia ao interior. No final daquele ano estavam em obras alm da Grande Vitria, So Gabriel da Palha, Nova Vencia, Barra de So Francisco, Ecoporanga, Anchieta/ Iriri/ Pima, Rio Novo do Sul e Pancas.
Sistema do interior nos primeiros anos da dcada de 70
Filtros da ETA de Conceio da Barra
Filtros de Mucurici
ETA de Dores do Rio Preto
Sistemas do interior nos primeiros anos da dcada de 70
Reservatrio de Conceio do Castelo
Reservatrio de Santa Teresa
Captao: ETA de Boa Esperana
Reservatrio da ETA de So Gabriel da Palha
ETA de Venda Nova
Reservatrio de Montanha
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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ETA de Conceio da Barra
Reservatrio de Conceio da Barra
ETA de Pinheiros
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Pa rt e I I
ETA de Mantenpolis
ETA de Barra de So Francisco
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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Barragem do sistema Anchieta, Iriri e Pima ETA de So Gabriel da Palha Reservatrio de Iriri
Obras do sistema do interior, dcada de 1970
Descrio sumria das obras em execuo nos municpios do interior em 1975:

~~
Anchieta, Iriri e Pima: ETA de 30.8 litros por segundo; barragem; elevatria de gua bruta com 2 conjuntos de 100 HP cada; elevatria de gua tratada (2 conjuntos de 10 HP cada); adutora de gua bruta de 200 mm e extenso de 7.600 metros; subadutora de 150 mm e extenso de 6.500 metros; dois reservatrios para 1.050 metros cbicos e 21.940 metros de redes. Populao do projeto: 15 mil habitantes.
~~
So Gabriel da Palha: ETA de 29,1 litros por segundo; elevatria de gua bruta com 2 conjuntos de 75 HP cada; adutora de 200 mm e extenso de
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Pa rt e I I
3.180 metros; reservatrio de 824 metros cbicos e 19.800 metros de redes. Populao do projeto: 14 mil habitantes.
~~
Barra de So Francisco: ETA de 52,08 litros por segundo; barragem; elevatria de gua bruta com 2 conjuntos de 30 HP cada; adutora de 200 mm e extenso de 330 metros; dois reservatrios para 1.100 metros cbicos e 15.500 metros de redes. Populao do projeto: 25 mil habitantes.
~~
Ecoporanga: ETA de 25 litros por segundo; adutora de 250 mm e extenso de 450 metros; subadutora 175 mm e extenso de 1.150 metros, e 7.770 metros de redes. Populao do projeto: 12 mil habitantes.
~~
Nova Vencia: ETA de 44,1 litros por segundo; elevatria de gua bruta de 3 conjuntos de 40 HP cada; 3 conjuntos de gua tratada de 20 HP cada; adutora de gua tratada de 150 e 200 mm e extenso de 2.500 metros; reservatrio para 600 metros cbicos e 18.105 metros de redes. Populao do projeto: 22 mil habitantes.
~~
Pancas: ETA de 10 litros por segundo; adutora de 150 mm e extenso de 1.038 metros; reservatrio para 300 metros cbicos e 6.609 metros de redes. Populao do projeto: 5 mil habitantes.
~~
Rio Novo do Sul: ETA de 10 litros por segundo; barragem; adutora de 100 mm e extenso de 1.300 metros; reservatrio para 300 metros cbicos e 8.794 metros de redes. Populao do projeto: 6 mil habitantes.
~~
Montanha: 5 poos tubulares profundos de vazo mdia de 15 litros por segundo; reservatrio para 400 metros cbicos e rede de distribuio para toda a cidade. Populao do projeto: 12 mil habitantes. Os poos que foram construdos, principalmente a partir da dcada de 1980, tiveram seu sistema de bombeamento feito por bombas submersas instaladas nos poos, situadas normalmente a 10 metros abaixo do nvel dinmico. Na poca, no sistema de Montanha ao invs das bombas submersas foram utilizados compressores que injetavam ar para retirar gua dos poos. Esse processo acabou sendo operacionalmente dificultoso e foi extinto juntamente com a diminuio da vazo desses mananciais subterrneos e com a piora da quali-
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Dcada de 1970
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dade da gua. No final, a gua, alm de ter incrustado as tubulaes de metal, j apresentava aspecto diferente. Por isso, os poos foram abandonados. A veio a utilizao dos crregos Caboclo e Salvao. Mais tarde, na dcada de 90, a soluo definitiva veio com a construo de uma barragem, resolvendo de vez o abastecimento da cidade de Montanha.
Descrio sumria das obras concludas nos municpios do interior

~~
Afonso Cludio: ETA de 19,8 litros por segundo; elevatria de gua bruta com 2 conjuntos de 30 HP cada; adutora de gua bruta de 200 mm e extenso de 140 metros; reservatrio para 330 metros cbicos e 7.600 metros de redes. Populao do projeto: 9 mil habitantes.
~~
Conceio do Castelo: ETA de 5,5 litros por segundo; barragem; adutora de gua bruta de 100 mm e extenso de 460 metros; reservatrio para 150 metros cbicos e 3.675 metros de redes. Populao do projeto: 2,6 mil habitantes.
~~
Santa Teresa: ETA de 15,5 litros por segundo; barragem; adutora de gua bruta de 150 mm e extenso de 520 metros, e de 150 mm e extenso de 380 metros; reservatrio para 300 metros cbicos e 6.560 metros de redes. Populao do projeto: 7,5 mil habitantes.
~~
Atlio Vivcqua: ETA de 2,5 litros por segundo; barragem; adutora de gua bruta de 60 mm e extenso de 2.100 metros; reservatrio para 78 metros cbicos e 1.775 metros de redes. Populao do projeto: 1,5 mil habitantes.
~~
Dores do Rio Preto: ETA de 2,5 litros por segundo; barragem; adutora de gua bruta de 85 mm e extenso de 2.550 metros; reservatrio para 65 metros cbicos e 2.069 metros de redes. Populao do projeto: 1,5 mil habitantes.
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Pa rt e I I
~~
Divino de So Loureno: ETA de 2,5 litros por segundo; barragem; adutora de gua bruta de 85 mm e extenso de 2,204 metros; reservatrio para 100 metros cbicos e 793 metros de redes. Populao do projeto: 1,5 mil habitantes.
~~
Venda Nova: ETA de 2,8 litros por segundo; barragem; adutora de gua bruta de 100 mm e extenso de 3.100 metros; reservatrio para 50 metros cbicos e 6.460 metros de redes. Populao do projeto: 1,7 mil habitantes.
~~
Ibatiba: ETA de 8,2 litros por segundo; barragem; adutora de gua bruta de 100 mm com 124 metros e, de 160 mm, numa extenso de 146 metros; elevatria de gua bruta com 2 conjuntos de 10 HP cada; reservatrio para 150 metros cbicos e 5.087 metros de redes. Populao do projeto: 6,2 mil habitantes.
~~ ~~
Obviamente, com o crescimento das cidades todos os dados citados foram significativamente ampliados. Em dezembro de 1975, foi produzido um demonstrativo da evoluo da capacidade de atendimento dos 29 sistemas do interior, conforme mostrado a seguir:
Demonstrativo da evoluo da capacidade de atendimento dos 29 sistemas do interior

Ano 1971 1972 1973 1974 1975*
* Previso
Nmero de sistemas 9 11 15 16 29
Populao urbana 50.273 60.682 80.688 88.491 135.000
Populao abastecida 31.622 40.159 53.438 65.597 98.200
% 63 66 66 74 73
Capacidade dos sistemas (HAB) 36.400 48.700 85.600 97.900 225.800
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
225
(x 1.000 habitantes)
250
Populao urbana Populao abastecida Capacidade do sistema
200
150
100
50
71
72
73
74
75
Da mesma forma, foi produzido (dezembro de 1975) um demonstrativo da evoluo da capacidade de atendimento dos quatro sistemas da Grande Vitria, conforme mostrado a seguir:
Demonstrativo da evoluo da capacidade de atendimento dos 4 sistemas da Grande Vitria

Ano 1971 1972 1973 1974 1975*
* Previso
Nmero de sistemas 1 1 2 3 4
Populao urbana 339.828 353.024 367.145 381.830 437.000
Populao abastecida 233.807 270.306 299.862 316.166 371.000
% 69 77 82 83 85
Capacidade dos sistemas (HAB) 260.000 280.000 315.000 350.000 1.000.000
226
Pa rt e I I
(x 1.000 habitantes)
1000
900
Populao urbana Populao abastecida Capacidade do sistema
800
700 600
500
400
300
200
100
Previso
71
72
73
74
75
Em 1971, o volume de gua produzido foi de 30.454.420 metros cbicos. Em 1972, chegou a 31.225.120 metros cbicos. Em 1973, foi de 35.702.385 metros cbicos e, em 1974, o volume totalizou 40.086.635 metros cbicos.
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
227
Nmero de economias nos municpios operados pela Cesan

MUNICPIO 1971 1972 1973 1974
Afonso Cludio Apiac Barra de So Francisco Boa Esperana Castelo e Guau Conceio da Barra Ecoporanga Ina Mantenpolis Mucurici Muqui Nova Vencia Pinheiro So Gabriel da Palha So Jos do Calado Serra Cariacica Vila Velha Vitria Total
696 1.308 383 353 82 672 1.075 797 721 10.004 19.480 19.688 55.532
654 1.002 1.484 473 415 118 54 733 1.402 896 638 10.120 22.500 24.228 64.717
772 438 1.048 66 1.678 567 592 447 328 98 930 1.434 255 1.067 770 11.868 23.956 27.240 73.557
797 481 1.459 192 1.808 793 882 592 373 113 999 1.748 621 1.233 799 853 13.599 25.348 30.200 82.890
O nmero de empregados da Cesan, em 1971, somava 548 pessoas. Em 1972, passou a ter 635, saltando para 670, em 1973. Em 1974, contava com 734. Em 1975, foram produzidos 34.112.092 metros cbicos de gua na Grande Vitria e 5.888.850 metros cbicos em 22 municpios do interior. O nmero de ligaes na Grande Vitria chegou a 52.388 e, de economias,
Bombeiro usava bicicleta para os atendimentos de ligaes e vazamentos nos sistemas do interior
a 73.582, enquanto no interior somaram 14.630 ligaes e 16.679 economias. O nmero de empregados era de 673 na Grande Vitria e 98 no interior.
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Pa rt e I I
Principais estudos e projetos realizados e previstos na dcada de 70

O Esprito Santo, nos anos 1970, beneficiado por sua privilegiada situao geogrfica passou por transformaes radicais com forte impacto dos empreendimentos classificados como Grandes Projetos nas reas de siderurgia, paraqumico, porturio, naval e turstico. A Cesan teve que planejar estudos e projetos para o abastecimento de gua aos ncleos em formao. No Planalto de Carapina surgia o complexo siderrgico, alm do Civit. Acontecia o estudo para a implantao da Companhia Siderrgica de Tubaro (CST). Tambm no setor de habitao, a Cohab e o Inocoop-ES desenvolviam programas para implantao de conjuntos habitacionais na Grande Vitria. Durante os anos 1972-73 foi elaborado o Estudo de Viabilidade EconmicoFinanceiro Global da Cesan (EVG) para obteno de financiamento do BNH.
Projeto da Estao de Tratamento de Duas Bocas

A equipe tcnica da Cesan projetou, em 1972, a Estao de Tratamento de gua de Duas Bocas, integrante do novo sistema de produo de gua da Grande Vitria. A capacidade da ETA era de 240 litros por segundo, suficiente para atender 85 mil habitantes.
Estudos e projetos do sistema Jucu/ Caaroca e ETA de Vale Esperana

A elaborao do anteprojeto e do projeto executivo do sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria, relativos ao novo sistema de produo de gua, com captao no Rio Jucu, em Caaroca, se iniciaram em 1972 e foram concludos em 1973 pela empresa Serete S.A. Engenharia. Sua capacidade de produo prevista, na primeira etapa, estava estimada em 2,5 metros cbicos por segundo para atender 1 milho de habitantes. A previso para a segunda etapa girava em torno de 4 metros cbicos por
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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segundo para atender 2 milhes de habitantes. Basicamente, para a primeira etapa, estavam previstas as seguintes unidades:
~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~
Captao com barragem no Rio Jucu, canal adutor e desarenador. Estao elevatria de baixo recalque com 4 conjuntos motobombas de 800 litros por segundo. Adutora de baixa carga: dimetro de 1.300 mm, em ao, e 5.600 metros de extenso. Chamin de equilbrio de 5 metros de dimetro e 25 metros de altura. Estao elevatria de alto recalque com 4 conjuntos motobombas de 800 litros por segundo, 4 de 125 litros por segundo, e 2 de 250 litros por segundo. Adutora de alta carga: dimetro de 1.800 mm, em ao, e 140 metros de extenso. Adutora para ETA de Cobi: dimetro de 900 mm, em ao, e 1.600 metros de extenso. Adutora para ETA de Vale Esperana: dimetro de 1.200 mm, em ao, e 1.900 metros de extenso. Estao de Tratamento de Vale Esperana para capacidade, na primeira etapa, de 1.500 litros por segundo, e de 3 mil litros na segunda etapa; tratamento completo com mistura rpida, coagulao, floculao, decantao, filtrao, desinfeco e fluoretao.
~~
Reabilitao da Estao de Tratamento de Cobi para capacidade nominal de 1.000 litros por segundo, tratamento completo com mistura rpida, coagulao, floculao, decantao, filtrao, desinfeco e fluoretao.
O canal de captao foi dimensionado para satisfazer s vazes de projeto at a mxima de 6 metros cbicos por segundo. A caixa de areia (desarenador) teve a base da sua seo trapezoidal dobrada para ampliar a margem de segurana e permitir a veiculao de vazo superior ao do projeto.
230
Pa rt e I I
Alm do projeto executivo, a Serete tambm foi contratada para fiscalizar e gerenciar a execuo das obras de implantao do sistema de produo. Os servios de topografia, inicialmente, ficaram a cargo da empresa Contato, de Salvador e, posteriormente, da Maplan. O engenheiro Miguel Roberto Seixas Chagas revelou que a relao da Serete com a Cesan se deteriorou em pouco tempo. Enquanto a Companhia resolvia rescindir o contrato com a Serete, convidou o engenheiro para assumir uma vaga na nova estrutura da P-GV que estava sendo formada. O cargo era para fiscalizar e gerenciar a implantao do projeto na P-GV, cujo comando foi dado ao engenheiro Jos Luiz Loureiro Barroso. Miguel disse: Aceitei e ingressei na equipe da Cesan para assumir o brao tcnico, denominado V-AT, da Superintendncia de Obras da Grande Vitria, sigla P-GV, com atribuies de gerenciar a implantao topogrfica e assistir ao Departamento Jurdico da Cesan, com subsdios para fazer as desapropriaes e instituir as faixas de servido necessrias, complementar detalhes do projeto executivo em paralelo com as demandas da obra, acompanhar a finalizao dos projetos eltricos e de instrumentao das novas unidades de tratamento e bombeamento, e diligenciar a fabricao e testes dos equipamentos em geral. A equipe da P-GV era formada por Jos Luiz Barroso (Superintendncia); Miguel Seixas (Diviso Tcnica); o engenheiro Arildo de Jesus (atividades de medies, oramentos e controle financeiro); os engenheiros Antnio Brasil Maia e Henrique Cavalcante (fiscalizao e acompanhamento das obras); Marleni Rossi (secretria); Artur Amaral Faria (auxiliar tcnico); Alvimar (desenhista); Joo Batista Costalonga e Jos Carlos (auxiliares administrativos). E, como estagirios de engenharia, assumiram os ento estudantes Fernando Guzzo, Renato Pazzolini e Hermano Colodetti. Dentre outros profissionais contratados para atuar nesse empreendimento esto os engenheiros Arildo de Jesus e Vander Augusto, e o tcnico Jos de Oliveira Dutra, que posteriormente passaram a fazer parte do quadro de funcionrios da Cesan. Em 1976 e 1977, o engenheiro Jair Casagrande e o estagirio de engenharia Celso Luiz Caus incorporaram a equipe da P-GV para atuarem nas grandes adutoras, grandes redes tronco e redes de distribuio de gua tratada.
Do tempo da Cesan
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Planta esquemtica do projeto do novo sistema de produo de gua da Grande Vitria, 1972 a 1973
Estudos e projetos do sistema de distribuio e reservao de gua da Grande Vitria

Os estudos preliminares para a elaborao do Planejamento Global do sistema de aduo, reservao e distribuio de gua da Grande Vitria foram realizados em 1973. Objetivo: possibilitar a distribuio da gua produzida. Um ano depois, foram contratados, concludos e aprovados pelo BNH o planejamento e anteprojeto, projeto bsico e o projeto executivo da primeira etapa do sistema de distribuio e reservao da Grande Vitria (Vitria, Vila Velha e Cariacica) para possibilitar o incio das obras em 1975. A Engemeter Engenharia realizou os estudos e os projetos. J o Relatrio Tcnico Preliminar (RTP) do sistema de abastecimentos de gua de Carapina foi elaborado, em 1974, pela TAMS Engenharia. A Cesan contratou, em 1975, a empresa Coplasa S. A. Engenharia de Projetos para os servios de atualizao do Estudo de Viabilidade Econmico-Financeira de Carapina.
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Pa rt e I I
Estudos e projetos do sistema Planalto de Carapina Captao no Rio Santa Maria da Vitria
Relatrio Tcnico Preliminar (RTP) Conforme mencionado, a TAMS Engenharia elaborou para a Cesan o relatrio preliminar do anteprojeto e do projeto executivo para o abastecimento de gua do Planalto de Carapina e dos balnerios. Para a primeira etapa, em 1977, a demanda seria de 2,25 metros cbicos por segundo. Na segunda etapa, em 1980, mais 2,25 metros cbicos por segundo. O estudo direcionou-se aos ncleos habitacionais de Carapina, Carapebus, Jacarape, Manguinhos, Nova Almeida, Praia Grande e outros bairros, ao complexo industrial da Companhia Siderrgica de Tubaro (CST), s usinas de pelotizao da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e ao Porto de Tubaro. Tambm estavam includos o Civit e outras indstrias, alm da populao das margens da BR-101. Concludo o anteprojeto, em 1974, constavam da primeira etapa as seguintes unidades:
~~ ~~ ~~
Barragem no Rio Santa Maria da Vitria. Estao elevatria de gua bruta com 3 conjuntos motobombas, com potncia de 1.500 HP cada. Adutora de gua bruta no dimetro de 1.200 mm e extenso de 18.800 metros, Estao de Tratamento de gua (ETA) em Carapina, com vazo de 2,25 metros cbicos por segundo.
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Reservatrio elevado junto ETA, com volume de 3 mil metros cbicos. Reservatrio semienterrado junto ETA, com volume de 16 mil metros cbicos. Estao elevatria junto ETA com potncia de 3 x 720 HP. Redes tronco de distribuio com dimetros variando de 150 a 350 mm e extenso total de 14.500 metros. Barragem na Lagoa Jacunm para volume de reservao de 15 milhes de metros cbicos de gua.
Do tempo da Cesan
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~~ ~~
Estao elevatria na Lagoa Jacunm com potncia de 1.200 HP. Adutora Jacunm no dimetro de 1.200 mm e extenso de 2.600 metros.
Os estudos tambm contemplaram os balnerios

Com a implantao do complexo industrial de Carapina, a Cesan considerou (nos projetos) a ampliao do sistema do Planalto de Carapina para ser integrado Lagoa Jacunm. Objetivo: atender a populao ligada s atividades do complexo industrial de Carapina, que poderia se instalar nos possveis ncleos habitacionais na regio de Jacarape, Manguinhos, Carapebus, Nova Almeida e Praia Grande. O sistema dos balnerios, em sua primeira etapa, seria constitudo das seguintes unidades:
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Captao na Lagoa Jacunm. Elevatria junto captao com potncia de 150 HP. Adutora de gua bruta, de dimetro de 400 mm e extenso de 660 metros. ETA em Jacarape, com capacidade para tratar a vazo de 220 litros por segundo. Reservatrio semienterrado, com capacidade de 2 mil metros cbicos, junto ETA. Reservatrio elevado, com capacidade de 750 metros cbicos, junto ETA. Reservatrio semienterrado, com capacidade de 1.000 metros cbicos, em Nova Almeida. Reservatrio elevado, com capacidade de 450 metros cbicos, em Carapebus. Booster com potncia de 2 x 20 HP em Jacarape. Booster com potncia de 2 x 15 HP em Manguinhos. Redes tronco alimentadoras e subadutoras, com dimetros variando de 200 a 500 mm e extenso de 22.900 metros.
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Na fase final de concluso dos estudos, previram-se as seguintes etapas: Subetapa A (dezembro de 1975 a janeiro de 1977): para atender a populao da rea do Planalto de Carapina, CVRD, Setor I do Civit e as indstrias ao longo da BR-101. O atendimento previsto era pelo sistema existente e construdo pela Cesan e pela Suppin (Civit) na Lagoa Jacunm; interligao das duas redes de 350 mm existentes nos dois lados da BR-101, partindo de uma nova rede de 500 mm que seria ligada de 1.200 mm proposta no projeto do sistema de Carapina. Tambm seria construda uma complementao do tronco alimentador de Carapina, com dimetro de 700 mm e extenso de 4.340 metros. Subetapa B (dezembro de 1975 a janeiro de 1977): barragem e extravasor no Rio Santa Maria da Vitria, com a construo de um dique extravasor desde o aterro da CVRD, prximo elevatria da CVRD, indo at as primeiras elevaes margem direita do rio para impedir a intruso da cunha salina; canal de aduo logo a montante da ponte ferroviria para funcionar com caixa de areia, reteno de partculas slidas do Santa Maria; estao elevatria no Santa Maria, com 4 conjuntos de 1.200 CV, sendo um de reserva; na primeira etapa, adutora de dimetro de 1.200 mm e extenso de 18.800 metros at a ETA; dois troncos alimentadores da rea do Planalto, a partir do reservatrio de 3 mil metros cbicos, um em direo CVRD e CST, e o outro para alimentar as indstrias ao longo da BR-101 e do Civit. Subetapa C (junho de 1977 a dezembro de 1978): adutora da Lagoa Jacunm ETA do Planalto. Nessa etapa, a adutora supriria o reservatrio de Jacunm da vazo necessria ao abastecimento dos balnerios, no dimetro de 1.200 mm e extenso de 1.885 metros. Tambm constavam: construo da ETA do Planalto, com capacidade de 2,25 metros cbicos por segundo, do tipo simplificado, com calha parshall, canal de gua decantada e 14 filtros de alta taxa; dois reservatrios de 8 mil metros cbicos cada junto ETA, recalcando para um reservatrio elevado de 1.500 metros cbicos para lavagem dos filtros e, o segundo, de 3 mil metros cbicos para distribuio; estao elevatria com 3 conjuntos de 650 CV para recalcar os reservatrios elevados; barragem de terra, vertedor e tomada de gua, no extremo leste na Lagoa Jacunm, que funcionaria como reservatrio de regularizao; elevatria Jacunm da ETA dos balnerios, com dois conjuntos de 25 CV e dois de 50 CV, vazes respectivas
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de 44 e 86 litros por segundo; adutora Jacunm da ETA dos balnerios no dimetro de 400 mm e extenso de 660 metros; Estao de Tratamento de gua (ETA) dos balnerios com capacidade de 220 litros por segundo, com clarificador de contato e Casa de Qumica; um reservatrio de 2 mil metros cbicos junto ETA; um elevado de 450 metros cbicos em Jacarape; um reservatrio de 1.000 metros cbicos em Nova Almeida; e um reservatrio de ponta, de 700 metros cbicos, em Carapebus. Tambm foram estudadas e previstas redes adutoras de gua tratada para alimentar os reservatrios e redes de distribuio das diversas localidades do Planalto e balnerios. Subetapa D (janeiro de 1980 a dezembro de 1980): estao elevatria do Rio Santa Maria com mais um conjunto de 1.200 CV; segunda linha de 1.200 mm e extenso de 18.800 mm; ampliao da ETA do Planalto com mais 14 filtros; regularizao do fluxo junto ETA para que a vazo excedente aduzida do Rio Santa Maria seja encaminhada Lagoa Jacunm quando for superior demanda da ETA. Numa segunda etapa, se necessrio, sobretudo em perodos de estiagem, o Santa Maria seria reforado com o volume reservado em Jacunm por recalque at a ETA. Seriam ampliados os reservatrios do Planalto, balnerios adutoras, barragem e vertedor da lagoa e da ETA dos balnerios em mais 220 litros por segundo. Importante frisar que, parte da concepo bsica desses estudos, foi seguida na construo do sistema definitivo, como por exemplo, a manuteno da captao no Rio Santa Maria, o traado da adutora de gua bruta do Santa Maria at a ETA Carapina, a posio da ETA em Carapina, e parte da posio dos reservatrios. A ideia da transposio das guas do Rio Santa Maria para a Lagoa Jacunm foi desconsiderada. Tambm as vazes e o tamanho das unidades de produo, aduo, reservao e distribuio foram revistas e redimensionadas na construo do sistema de Carapina, como veremos adiante. De qualquer forma foi interessante conhecer esse estudo, pois se houver necessidade de novas alternativas de atendimento a possveis demandas futuras, sabe-se que existiu uma opo de transposio de bacias para reservar gua do Santa Maria na Lagoa Jacunm. Tambm se cogitou interligar a Lagoa Capuba Lagoa Jacunm, mas no foi avante.
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Planta esquemtica do projeto do sistema de gua do Planalto de Carapina e dos balnerios (1 etapa)
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Sistema de emergncia Captao na Lagoa Jacunm

Ao mesmo tempo em que estavam sendo elaborados os estudos e projetos para o sistema de produo da Grande Vitria, via captao no Rio Jucu, a Cesan tambm desenvolvia estudos e projetos para captar e tratar gua da Lagoa Jacunm, na Serra. Objetivo: priorizar o atendimento demanda da populao de Carapina e adjacncias, fornecer gua necessria construo das usinas siderrgicas, s indstrias existentes e s demais que ali se instalariam. Para tanto, projetou-se um sistema com capacidade para tratar 280 litros por segundo, alternativa que vingou at a concluso do sistema definitivo, via Rio Santa Maria da Vitria. O sistema de emergncia, construdo em 1974, constava basicamente da utilizao da Lagoa Jacunm, com captao atravs de tomada direta na lagoa e recalque por uma estao elevatria, com 2 conjuntos de 340 HP cada, sendo um de reserva, com capacidade de 1.000 metros cbicos por hora. Nesta fase, o tratamento constava de apenas clorao junto Casa de Bombas. A aduo era feita por adutora de fiber-glass, com dimetro de 500 mm e extenso de 4.400 metros.
Lagoa de Jacunm: sistema de emergncia de Carapina, dcada de 70
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Captao e estao elevatria na Lagoa Jacunm, dcada de 70
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Planta esquemtica do sistema existente no Planalto de Carapina: captao da Cesan na Lagoa Jacunm, 1974
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Antes da Cesan construir a captao emergencial na Lagoa Jacunm, a Superintendncia de Polarizao Industrial (Suppin) j havia construdo um sistema prprio para atender o Civit, com captao menor para 56 litros por segundo.
Planta do sistema de captao da Suppin na Lagoa Jacunm, dcada de 70
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Para atender CVRD, a deciso foi por duas etapas. A primeira, com obras at junho de 1976 e, a segunda, para junho de 1977. A vazo estimada para 1976 foi de 288 litros por segundo, dos quais 200 somente para o consumo da CVRD. Os restantes 88 litros por segundo destinavam-se s habitaes das margens da BR-101 e ao Planalto de Carapina. Porm, a demanda quase dobrou em junho de 1977: 504 litros por segundo, sendo 433 somente para a Vale. As alternativas tcnicas estudadas utilizaram a Lagoa Jacunm e o Rio Santa Maria da Vitria. A vazo das duas lagoas, a Jacunm e a Capuba, estavam estimadas em 320 litros por segundo, portanto, inferior demanda de 504 litros por segundo. Para junho de 1976, j era possvel utilizar as duas lagoas, porque a Vale no exigia ainda que a gua fosse tratada. Estudou-se, ento, uma alternativa de ligar as duas lagoas, fazer um barramento e um extravasor na Lagoa Capuba, e bombear a gua de um ponto da Lagoa Jacunm
Antiga captao da CVRD no Rio Santa Maria da Vitria
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(prximo estrada velha para Jacarape) at a futura ETA. Porm, a alternativa foi descartada pelos elevados custos e incertezas da capacidade de vazo das lagoas. H de se considerar que existiam em funcionamento duas captaes na Lagoa Jacunm: uma do Civit, com 56 litros por segundo, e outra da Cesan, de 280 litros por segundo. A CVRD tinha sistema prprio com capacidade de 130 litros por segundo, com captao no Rio Santa Maria a 50 metros da ponte da Estrada de Ferro Vitria a Minas. O sistema era por recalque com trs bombas, sendo uma de reserva em uma tubulao de 350 mm de dimetro at um stand-pipe instalado na cota 42 do terreno e cota do topo de 71,5 metros. Do stand-pipe a gua era conduzida por gravidade at uma ETA nas instalaes da CVRD, no Porto de Tubaro. A extenso total da linha adutora era de 16.520 metros, com 1.740 metros de recalque e o restante por gravidade.
Proximidade da antiga captao da CVRD no Rio Santa Maria da Vitria
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Antiga estao de tratamento de gua da CVRD
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Para junho de 1976, estudou-se uma soluo que possibilitasse a interligao do sistema proposto para Carapina, aproveitando ao mximo as redes projetadas. Previu-se utilizar o bombeamento existente da Cesan na Lagoa Jacunm, interligando as duas linhas de 350 mm existentes em ambos os lados da BR-101. Dali partiria nova rede de 500 mm, ligando de 1.200 mm proposta no projeto do sistema de Carapina. Para diminuir os custos, algumas modificaes alteraram os dimetros das linhas: a de 500 e 1.200 mm para 400 e 800 mm, respectivamente, a partir da interligao no Km 265 + 560 metros at a rea da futura ETA do Planalto. Na sequncia, houve a ligao da rede de 800 mm at a conexo com a de 700 mm para chegar ao reservatrio da Vale. Para o ano seguinte (junho de 1977), previa-se a implantao parcial do sistema proposto no projeto de Carapina, contemplando somente as unidades necessrias para essa etapa inicial em que todas as unidades seriam construdas com capacidades definitivas, exceto a elevatria de Santa Maria. Em funo da reduo de custos, a alternativa enfrentou restries: a adutora do trecho do Rio Santa Maria at a ETA do Planalto, cujo dimetro de 1.200 mm passou para 800 mm. Idem ao nmero de conjuntos motobombas e de potncia da elevatria do Santa Maria. Para o futuro, j estavam previstas mais duas adutoras de 800 e 1.200 mm para o projeto de Carapina. Veremos adiante que foi construda uma linha de 800 mm e outra de 1.200 mm, com comprimento de 10.860 metros. Tambm veremos que as obras previstas de captao no ponto de tomada no rio com barragem e canal junto elevatria, prxima antiga captao da Vale e ponte da linha frrea, foram modificadas na fase de construo do sistema definitivo de Carapina. Em resumo, na primeira etapa junho de 1976 para a Vale foi previsto ligar as duas linhas existentes de 350 mm, situadas na BR-101, que eram abastecidas pela elevatria da Cesan na Lagoa Jacunm. Dessa interligao, partiria uma rede de 400 mm com cerca de 460 metros at a futura ETA do Planalto. Deste local, partiria at o reservatrio da Vale uma rede de 7.296 metros de extenso, nos dimetros de 800 e 700 mm, respectivamente, com 2.581 e 4.715 metros. Essas redes seriam aproveitadas na segunda etapa, isolando-se o trecho de 400 mm e fazendo a interligao da rede de 800 mm ao distribuidor da segunda etapa. Na segunda fase, para abastecer a Vale, previu-se captar a gua no Rio Santa Maria com a construo de canal aberto, de aproximados 700 metros, do ponto prximo
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antiga captao da Vale que ligaria o rio ao poo de suco da elevatria. Esta foi prevista com dois conjuntos motobombas, sendo um de reserva. A elevatria bombearia gua por uma adutora de 800 mm at a rea da futura ETA do Planalto. De um distribuidor nesta rea, a gua bruta seguiria nos mesmos dimetros da primeira etapa at o reservatrio da Vale. Assim, a Cesan celebrou contrato com a CVRD em abril de 1976. Misso: fornecer gua, atravs do sistema de abastecimento de gua do Planalto de Carapina at as instalaes industriais da Vale, na Ponta de Tubaro, em Vitria. O volume mnimo mensal, a partir de junho de 1976, era de 570.240 metros cbicos e o volume mdio dirio de 19.008 metros cbicos; a partir de julho de 1977, o volume mnimo mensal foi de 1.123.260 metros cbicos e o volume mdio dirio de 37.440 metros cbicos. O fornecimento seria com gua da Lagoa Jacunm e/ou do Rio Santa Maria, apenas com adio de cloro para desinfeco. Aps a construo da Estao de Tratamento do Planalto de Carapina, a Cesan passou a fornecer gua, seguindo os padres da ABNT.
Planta alternativa descartada: captao na Lagoa Jacunm com interligao da Jacunm com a Capuba, dcada de 70
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Planta da alternativa eleita: captao no Rio Santa Maria da Vitria, dcada de 70
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Planta da alternativa eleita: no Rio Santa Maria da Vitria, dcada de 70
Primeira estao elevatria emergencial e canal aberto no Rio Santa Maria da Vitria
Primeira estao elevatria emergencial e canal aberto no Rio Santa Maria da Vitria
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Planta da captao no Rio Santa Maria: alternativa 2 eleita, dcada de 70
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Atualizao do estudo de demanda do sistema de abastecimento de gua do Planalto de Carapina

Em funo das alteraes ocorridas desde a formulao do anteprojeto do sistema de abastecimento de gua at 1978, a Cesan, em novembro de 1978, reavaliou a evoluo da demanda para a regio do Planalto de Carapina. Era preciso adaptar ou reformular o projeto existente e refazer o cronograma de obras. O estudo anterior levou em considerao hipteses que incluam alm dos grandes consumidores Civit, CVRD, indstrias ao longo da BR-101, a usina de semiacabados da CST outra usina de acabados planos e a de acabados no planos da Cofavi. Havia outra hiptese: a que exclua, do grupo anterior, a usina de acabados planos. A ltima exclua tambm a usina de acabados no planos da Cofavi. A que estava se concretizando era a terceira hiptese. Algumas datas para a realizao de determinados eventos ainda indefinidos foram estipuladas, como a entrada em operao da segunda fase da CST. O ano meta (alcance) do desenvolvimento do estudo foi o ano 2000. As informaes fornecidas pela CST sobre o consumo geral de gua na usina de semiacabados so: 1,25 litros por segundo (1998); 6,6 (1999); 89,5 (1980); 99,5 (1981); 136,8 (maro de 1982); 311 (maio de 1982, start-up); 622 (agosto de 1982), e 883,3 litros por segundo (dezembro de 1982). No relatrio, a CST ainda no havia definido o ano de entrada da operao do segundo estgio da usina de Tubaro, porm, informava o consumo de 1.464 litros por segundo. A Cesan, com base nas informaes da CST e de acordo com algumas premissas, estimou a evoluo anual da demanda em 90 litros por segundo, em 1980; 100 para 1981; 883 para 1982; 983 para 1986 e, para 1987, 1.464 litros por segundo. J as informaes prestadas pela CVRD sobre a produo anual de pellets e consumo de gua foi a seguinte: 414 litros por segundo para maio de 1978, 482 para janeiro de 1979 e, 569 litros por segundo para 1982. Quanto ao consumo do Civit, a estimativa foi de 14 litros por segundo (1978); 43 (1980); 84 (1982); 167 (1987); 229 (1990); e 436 litros por segundo para o ano 2000. Ao longo da BR-101 a demanda estimada era de 20 litros por segundo (1978); 28 (1980); 36 (1982); 56 (1987); 68 (1990) e 77 litros por segundo para o ano 2000.
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A estimativa de crescimento da populao na rea de atendimento do sistema de abastecimento de gua de Carapina envolveu, alm de Carapina, os balnerios de Carapebus, Manguinhos, Jacarape e Nova Almeida (na Serra), e Joaripe e Praia Grande (Fundo). Embora fossem outros os dados disponveis e defasados em relao ao estudo de 1974, o critrio utilizado permaneceu vlido, talvez a nica sobre a evoluo populacional da regio do projeto. Os conjuntos habitacionais em construo, na poca, eram o reflexo da atratividade da formao do polo industrial que se concretizava. O crescimento populacional, induzido por ele, diretamente dependente da demanda de empregos gerada pelo polo industrial. Entretanto, o crescimento vegetativo deve ser estimado em funo dos indicadores no afetados pela influncia da implantao das indstrias. Os resultados dos estudos indicaram uma populao total de 91.189 habitantes para 1980. Para 1990, o salto quase triplicou: 283.320 habitantes. E, para 2000, nova expanso: 455.517 habitantes. O quadro a seguir, mostra o resultado do estudo, os valores das vazes com base no que foi reavaliado o projeto do sistema de abastecimento de gua do Planalto de Carapina. A vazo da populao est multiplicada pelo coeficiente de reforo do dia de maior consumo K=1,2, e o coeficiente de reforo de 1,1 para as vazes industriais. O per capita utilizado foi de 200 litros por dia.
Tabela de vazes do projeto do sistema de gua do Planalto de Carapina, dcada de 70
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Se compararmos a estimativa para o ano 2000 de 455.517 habitantes com o Censo de 2010 (IBGE) que totalizou 409.324 habitantes, vemos que o crescimento real da populao foi menor. Tambm o consumo mdio da Vale, nos ltimos anos at o final de 2011, girou em torno de 150 a 200 litros por segundo. O contrato firmado, em 5 de abril de 1976, direcionava um volume mnimo mensal de 570.240 metros cbicos e, o mdio dirio, de 19.008 metros cbicos (220 litros por segundo). A partir de junho de 1977, o volume mnimo mensal seria de 1.123.200 metros cbicos e volume mdio dirio de 37.440 metros cbicos (433 litros por segundo). Era obrigao da CVRD construir, em Tubaro, um reservatrio para utilizao mnima de 24 horas sem o abastecimento da Cesan; e a execuo do sistema de abastecimento de gua pela Cesan, em etapas, sendo a primeira com gua da Lagoa Jacunm e/ou do Rio Santa Maria. Para a CST/Arcelor Mittal, o consumo mdio nos ltimos anos at o final de 2011 girou em torno de 550 a 750 litros por segundo. O contrato firmado em 23 de dezembro de 1980 era para um volume de 2.566.000 metros cbicos por ms (990 litros por segundo). O consumo a menor demonstra que o setor industrial tem trabalhado o item perdas e o reuso da gua. Outra observao que a vazo mdia atual captada pela Cesan no Rio Santa Maria da Vitria foi, em 2011, de cerca de 2.800 litros por segundo para atender a Serra, Praia Grande (Fundo), Vale, Arcelor Mittal, zona norte de Vitria, alm da regio de Nova Rosa da Penha, em Cariacica. Essa vazo captada inferior aos 3.813 litros por segundo previstos, naquela poca, para o ano 2000. Se o consumo previsto tivesse ocorrido, certamente seria buscado o reforo de outro manancial.
Estudos e projetos do sistema de abastecimento de gua do interior

Entre os anos de 1971 a 1974, a Cesan, com sua equipe de engenharia e contratos com firmas projetistas, elaborou a maioria dos relatrios tcnicos preliminares e dos projetos tcnicos de 28 sistemas de abastecimento de gua do interior, de acordo com
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o programa de obras elaborado em 1971. Os sistemas projetados tiveram capacidade para atender 183 mil habitantes. Constavam no projeto em 31 de dezembro de 1975: Serra; Vila Verde (Pancas); Carapebus/ Manguinhos/ Jacarape/ Nova Almeida/ Praia Grande (Serra); Planalto de Carapina (Serra); Montanha; e Domingos Martins/ Marechal Floriano. Para Guarapari, estavam os levantamentos topogrficos e os estudos preliminares para a elaborao do projeto do sistema de abastecimento de gua.
Estudos e projetos previstos

A Cesan previu iniciar, em 1975, os seguintes estudos e projetos:
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Estudos preliminares e contratao do sistema de esgotos sanitrios da Grande Vitria. Estudos preliminares e contratao do projeto do sistema de esgotos sanitrios e industriais de Carapina. Concluso do projeto executivo da primeira etapa do sistema de reservao e macro distribuio da Grande Vitria. Incio do projeto da micro distribuio da primeira etapa do sistema de reservao e distribuio da Grande Vitria. Concluso dos projetos dos dois ltimos sistemas de abastecimento de gua do programa de obras da Serra e de Domingos Martins/ Marechal Floriano. Projeto de ampliao das instalaes de Cobilndia: oficinas eltrica, mecnica e de hidrmetros, garagens e almoxarifado.
Do tempo da Cesan
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Construo das instalaes em Cobilndia para suporte operao, manuteno, almoxarifado e transporte
Nos primeiros anos da criao da Cesan, para reverter o grande dficit do abastecimento e dar suporte s obras, alm de elevar os padres de eficincia operacional e melhor atendimento aos clientes, foram necessrias vrias aes. Em Cobilndia foram construdos o almoxarifado; a oficina mecnica; garagens; carpintaria; refeitrio; oficina de hidrmetros; escritrio; e ptio de estacionamento. A rea edificada totalizou 1.980 metros quadrados. Para o almoxarifado, houve adaptao de uma instalao existente, objetivando dotar a rea de materiais necessrios para melhor atender aos usurios. Foi adquirida uma rea contgua, com 10.166 metros quadrados para dar suporte ao almoxarifado. A renovao e ampliao da frota era uma necessidade. De 1967 at 1971, a frota era composta por 24 viaturas e, no final de 1974, a empresa j contava com 45 viaturas, com pintura padronizada. Com o crescimento da Grande Vitria, o raio de atuao para atender aos bairros perifricos distanciava-se cada vez mais, o que exigiu a instalao de um sistema de radiocomunicao nas viaturas especializadas, ligadas ao setor de operao e manuteno. O sistema contou com a instalao de 22 unidades transceptoras VHF, o que permitiu melhorar e aumentar a produtividade dos servios de manuteno, operao e fiscalizao das obras. Foram adquiridos quatro carros-oficina, equipados com esta finalidade para uma melhor e mais rpida execuo dos servios de manuteno das redes.
Instalaes do Centro Operativo de Cobilndia
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Escritrio do Centro Operativo de Cobilndia
Radiocomunicao, dcada de 1970
Carro-oficina para manuteno de redes, dcada de 1970
Frota padronizada de carros, dcada de 1970
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Almoxarifado de Cobilndia
Construo das instalaes em Santa Clara para suporte rea de projetos obras e licitao
Os primeiros estudos e projetos desenvolvidos pela rea de engenharia da Cesan foram feitos nos escritrios do edifcio Bemge. Para atender grande demanda decorrente do Planasa, foi preciso construir uma instalao de 300 metros quadrados de rea, em Santa Clara, prximo ao reservatrio. Este prdio abrigou o Departamento
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de Projetos e Obras e a Comisso de Licitao. A rea de engenharia permaneceu no local at 1983, mudando, em seguida, para o edifcio Tucum, na Enseada do Su. Foram locados imveis para abrigar a equipe das obras do novo sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria e para a Superintendncia do Projeto de Carapina.
Instalaes de Santa Clara: rea de projetos e obras, dcada de 1970
Naquela poca, para elaborar os clculos, a equipe de engenheiros projetistas utilizava mquinas manuais e s posteriormente surgiram as mquinas de calcular eletrnicas. As planilhas de clculo das redes, fossem ramificadas ou por anel, eram feitas manualmente, j que o computador no existia. Para criar seus trabalhos em papel vegetal, os desenhistas trabalhavam nas saudosas pranchetas, utilizando canetas de tinta nanquim e de normgrafo para a escrita. As cpias das plantas eram feitas numa mquina copiadora, cujas cpias dos desenhos ficavam na cor azul porque se utilizava amnia naquele processo de reproduo.
Do tempo da Cesan
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Para dar suporte grande demanda de obras assumidas com as concesses obtidas junto s prefeituras e de acordo com o Planasa, era preciso elaborar estudos e projetos que prioritariamente recaam nas sedes municipais. No existia mo de obra nessa rea de saneamento, portanto, era preciso form-la. O engenheiro Mrio Luiz Petroch, sanitarista experiente, orientou vrios profissionais que a Cesan contratou nos primeiros tempos. Os pioneiros no escritrio, em Santa Clara, na rea de projeto foram os engenheiros Helvcio Nascimento; Hamilton Coelho Filho; Ailton Kale; Lenidas Pompei; Jair Casagrande; Joo E. Ortulane Nardoto; Esmael Barbosa de Almeida; Jamir Merom; e o ento estagirio, atual engenheiro Celso Luiz Caus. Os desenhistas eram: Gecer Tobias; Gerson Tobias; Wertes Peanha Igreja; Luiz Carlos; Jorgetom Pizzani; Jorge Pizzani; Roberto Antnio Bianchi; Tito Togneri; Luiz Paulo Amorim; Jorge Martins; e Ariltom Nunes Santana.
Engenheiros e desenhistas da rea de projetos da Cesan, dcada de 70
Tabela auxiliar para o dimensionamento de redes
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Planilha padro utilizada nos clculos das redes
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Construo da primeira Estao de Tratamento de gua de Duas Bocas

Em 1973, a rea metropolitana da Grande Vitria constituda ainda por Vitria, Vila Velha e Cariacica era servida por dois sistemas de abastecimento. O sistema Jucu, tendo como manancial o Rio Jucu, tinha a gua encaminhada atravs de um canal at a Casa de Bombas e dali bombeada para a ETA de Cobi. O outro sistema o Duas Bocas era o antigo abastecedor de Vitria com captao realizada atravs de uma barragem de terra, com vazo mdia de 240 litros por segundo. A barragem de Duas Bocas fez com que a qualidade das suas guas piorasse com o passar do tempo. A gua distribuda populao por esse sistema no recebia nenhum tratamento. A proliferao de algas e a prpria cor da gua exigiram que a Cesan construsse um sistema de tratamento. Na primeira etapa foi projetada e construda uma Estao de Tratamento, com capacidade nominal de 200 litros por segundo. No entanto, poderia chegar a 240 com sobrecarga de 20% em seu funcionamento. Essa estao era composta de mistura rpida; coagulao; floculao; decantao; desinfeco; fluoretao; e correo de alcalinidade. Os estudos e projetos de engenharia foram desenvolvidos pela equipe tcnica da Cesan. As obras foram concludas em 1974. O floculador era hidrulico, tipo up and down, j que havia falta de energia eltrica e dificuldades de mo de obra operacional. Os decantadores convencionais, inicialmente quatro, foram substitudos por decantadores de alta taxa denominados sedimentadores de placas paralelas, com taxa de aplicao de 172,8 m/m.dia, espaamento entre as placas de 5 cm e inclinao de 60 graus. Esse tipo de sistema de decantao tinha sido apresentado, em agosto de 1972, no Congresso Interamericano de Engenharia Sanitria, promovido pela CEPIS, em Assuno, Paraguai. No Brasil, existia experincia em Barra Mansa, onde um decantador convencional foi transformado em decantador de escoamento laminar atravs de dutos confeccionados em chapas de PVC. Na segunda etapa, foram previstas unidades filtrantes construdas anos mais tarde.
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Pa rt e I I
Vista geral de Duas Bocas (anos 60) antes da primeira Estao de Tratamento de gua
Vista geral de Duas Bocas aps a primeira Estao de Tratamento, dcada de 1970
Vista da barragem de Duas Bocas com a primeira Estao de Tratamento de gua, dcada de 70
Do tempo da Cesan
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Construo da primeira Estao de Tratamento em Duas Bocas, incio da dcada de 70
Primeira Estao de Tratamento de gua de Duas Bocas, incio da dcada de 1970
Vista da tomada de gua (Tulipa) na barragem de Duas Bocas
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Construo do novo sistema de produo de gua da Grande Vitria no Rio Jucu

Diante da necessidade de sanar as deficincias dos sistemas de gua da Grande Vitria, j que a produo e distribuio de Duas Bocas e Rio Marinho no eram suficientes, a Cesan, com recursos do Planasa, contratou um conjunto de obras que contemplou, prioritariamente, a construo do novo sistema de produo de gua da Grande Vitria, com captao no Rio Jucu e tratamento no Vale Esperana, em Cariacica. Houve tambm ampliao da Estao de Tratamento de Cobi. A rea de abrangncia considerou o atendimento a Vila Velha, Vitria e Cariacica. Na primeira etapa, 50% do investimento previsto foram financiados pelo BNH e, os restantes 50%, pelo Fundo de Financiamento para gua e Esgoto do Estado do Esprito Santo (FAE). As obras iniciadas em setembro de 1973 e com previso de concluso para final de 1975. Terminaram em 17 de junho de 1977, data da inaugurao. A obra foi realizada pela Cesan sob os auspcios do Planasa, via convnio do Governo do Estado e BNH. Os principais componentes do sistema foram: captao; estao de baixo recalque; adutora de baixa carga; estao de alto recalque; adutora de alta carga; ETA de Vale Esperana; e melhoria e ampliao da ETA de Cobi.
Planta esquemtica do sistema de produo do Jucu, dcada de 70
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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A captao
Foi constituda pelas unidades de barragem de laminao, gradeamento do canal de tomada e desarenador, este construdo para a demanda do final do projeto. A barragem de laminao (ressalto hidrulico), constituda de enrocamento de pedras, est situada a cerca de 300 metros a jusante da tomada, ou seja, da entrada do canal. Sua finalidade no armazenar gua e sim estabelecer as condies de cota mnima para submergncia e suco nos equipamentos para, ento, acionar a operao dos conjuntos motobombas. Outra finalidade foi impedir a penetrao da cunha salina para que a gua do mar no atinja a tomada de gua. A entrada do canal de captao tem a largura de 7 metros e comprimento em torno de 22 metros. O canal de tomada possui comprimento de 280 metros e tem forma trapezoidal, com 4 metros de base e 3,60 metros de altura mdia. O desarenador (caixa de areia) tem 60 metros de comprimento, 10 de base menor, 41,5 de base maior e 4,5 metros de altura; protegido por diques nas laterais situados na cota de 5 metros. Na entrada da estrutura de tomada que conduz ao poo de suco das bombas foi construdo um gradeamento para impedir a entrada de materiais, principalmente flutuantes que possam obstruir os crivos das bombas.
Desvio do Rio Jucu na fase de obras
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Pa rt e I I
Captao no Rio Jucu, canal de entrada e desarenador
Captao no Rio Jucu: desarenador, dcada de 70
Canal e gradeamento: entrada da gua na estao elevatria de baixo recalque
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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Elevatria de baixo recalque

O sistema elevatrio de baixo recalque foi formado pela estao elevatria de baixo recalque e pela adutora de baixo recalque. A elevatria com 4 conjuntos motobombas de 350 CV, alimentados por transformadores de 1.000 KVA, foi construda junto captao no Rio Jucu, em Caaroca, e teve por finalidade recalcar a gua bruta captada at a estao elevatria de alto recalque. O poo de suco, escavado em rocha, possui 6 cmaras independentes interligadas ao desarenador por um canal de concreto e tubulaes de 1.500 mm de dimetro. A tubulao da adutora de gua bruta no dimetro de 1.280 mm e espessura de 3/8 polegadas tem comprimento de 5.600 metros. Para o controle das presses transientes e proteo das bombas, foi construdo na rea da estao elevatria uma chamin de equilbrio (stand-pipe) em concreto, no dimetro de 5 metros e 25 metros de altura. Outro dispositivo de proteo, constitudo por uma tubulao de ao no dimetro de 800 mm, foi construdo na adutora em um ponto alto do caminhamento, prximo ao bairro Rio Marinho.
Captao no Rio Jucu: baixo recalque, dcada de 70 Obra do sistema de captao no Rio Jucu em Caaroca, dcada de 1970
Elevatria de baixo recalque no Rio Jucu, dcada de 70
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Pa rt e I I
Vista area das obras do sistema de captao no Rio Jucu em Caaroca, dcada de 1970
Assentamento da adutora de baixa carga, dcada de 1970
Do tempo da Cesan
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Elevatria de alto recalque

O sistema elevatrio de alto recalque foi formado pela estao elevatria de alto recalque e pela adutora de alto recalque. A elevatria foi constituda por 3 conjuntos de bombas acionadas por motores de 1.100 CV e 2 conjuntos de 350 CV para flexibilidade operacional. Teve a finalidade de recalcar a gua bruta at a Estao de Tratamento, no Vale Esperana, e Estao de Tratamento de Cobi. O poo de suco tem 11 cmaras independentes, j prevendo a expanso futura. As adutoras de alto recalque tm um pequeno trecho inicial a partir da elevatria no dimetro de 1.800 mm. Dessa linha derivou uma adutora para a Estao de Tratamento de Cobi, no dimetro de 900 mm, em ao, e extenso de 1.600 metros. Outra linha adutora derivou para a Estao de Tratamento de Vale Esperana, no dimetro de 1.200 mm, em ao, espessura da chapa de 3/8 de polegadas e extenso de 1.950 metros.
Vista area das obras da estao elevatria de alto recalque em Cobilndia, dcada de 70
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Pa rt e I I
Estao elevatria de alto recalque situada em Cobilndia, dcada de 70
Construo da elevatria de alto recalque em Cobilndia, dcada de 70
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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Estao de Tratamento
A Estao de Tratamento de Vale Esperana foi construda para tratar a vazo nominal de 1,5 metros cbicos por segundo, porm com previso de ampliao da segunda etapa para tratar mais 1,5 metros cbicos por segundo, totalizando 3 metros cbicos por segundo. A vazo do dimensionamento da ETA de Vale Esperana foi considerada com sobrecarga de 50%, ou seja, a vazo da primeira etapa (de 1,50 metros cbicos por segundo) pode tratar at 2,25 metros cbicos por segundo e, a vazo final da segunda etapa (de 3 metros cbicos por segundo) pode tratar at 4,50 metros cbicos por segundo. Na prtica, essa vazo de 2,25 metros cbicos por segundo j foi testada com sucesso. O clculo hidrulico considerou a capacidade de 3 metros cbicos por segundo, incluindo a chegada de gua bruta; medio; mistura rpida; coagulao; canal de interligao; floculao; decantao; filtrao; extravasor da ETA e reservatrio de lavagem dos filtros. Para construir essa estao, a Cesan firmou contrato, em 4 de setembro de 1973, com a Construtora Oxford Ltda para executar os servios e obras da nova Estao de Tratamento de gua (ETA I), em Vale Esperana, e reformar a Estao de Tratamento de gua existente (ETA II), de Cobi, compreendendo basicamente:
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ETA I: servios gerais de terraplenagem; construo civil; instalaes eltricas e sanitrias; montagem de equipamentos e tubulaes para a Casa de Qumica; floculadores; decantadores e filtros (drenagens pluviais, arruamento, pavimentao e paisagismo).
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Reforma da ETA II: pequenos servios de terraplenagem; construo civil de floculadores e depsito de cloro; pequenas obras civis de reformas internas e externas da Casa de Qumica existente; montagem dos novos equipamentos e tubulaes da estao, inclusive ligaes eltricas.
Vista geral da obra da ETA de Vale Esperana, 1974
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Pa rt e I I
ETA de Vale Esperana: obras dos drenos do fundo do floculador, maro 1974
Obras da ETA de Vale Esperana, agosto de 1976
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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Vista geral da ETA de Vale Esperana, dcada de 1970
Vista area do local onde passariam, em 1976, as adutoras de alto recalque para a ETA de Vale Esperana e da ETA para Vila Velha
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Vista geral das obras da ETA do novo sistema da Grande Vitria
Painel de comando e controle da ETA, dcada de 1970
Galeria de comando dos filtros, dcada de 1970
Do tempo da Cesan
Dcada de 1970
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As empresas participantes desse sistema Jucu foram: Maplan (topografia); Yamagata (adutora de baixa carga); Oxford (obras civis da ETA de Vale Esperana); Delphos Engenharia (obras da adutora de alta carga); Sertep (montagens hidrulicas e eltricas); Wortington (fornecedor das bombas de baixa e alta carga); Electra (painis eltricos); e Bristol (instrumentao e painis de controle do processo). A Electra tambm fez consultoria para o acompanhamento e diligenciamento da fabricao dos painis para as subestaes e para o suprimento de fora para as estaes de bombeamento e de tratamento de gua. Face ao vertiginoso crescimento econmico e significativa implantao de unidades habitacionais, iniciou-se, em 1974, a construo de uma subadutora e do anel de distribuio de Goiabeiras/ Camburi. Foi concluda em 1975, com extenso de 10.860 metros, com dimetros variando de 250 a 500 mm, em ferro fundido. O trecho da rede de 500 mm foi implantado na Avenida Fernando Ferrari, em frente Ufes, reduzindo para 400 mm e 300 mm, com trajeto passando por Goiabeiras, Av. Fernando Ferrari, Adalberto Simo Nader e Av. Dante Michelini at chegar ao bairro de Camburi. Para atender ao bairro de Camburi (a urbanizao foi feita pela Prefeitura de Vitria), a Cesan construiu, em 1974, a rede de distribuio (extenso de 8.688 metros) em vrios dimetros em PVC. Aps a construo do sistema de produo, planejou-se, para ter incio em 1975 to logo fossem concludos os projetos, a construo do novo sistema de reservao e distribuio.
Construo e ampliao do novo sistema de distribuio de gua da Grande Vitria no Rio Jucu
Com recursos prprios e financiados, a Cesan executou a ampliao do sistema de distribuio, compreendendo redes subadutoras e de distribuio tanto para promover a melhoria como o atendimento aos conjuntos habitacionais. As principais obras executadas, entre 1974 e 1975, foram:
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Vitria: subadutora de Jucutuquara/ Marupe, com dimetro de 250 a 350
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Pa rt e I I
mm, em ferro fundido e extenso de 3.180 metros. Subadutora de Jardim Camburi: dimetro de 125 mm, em cimento amianto e extenso de 4.600 metros.
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Cariacica: subadutora de Campo Grande, com dimetro de 250 a 350 mm, em ferro fundido e extenso de 2.960 metros. Anel de distribuio de Jardim Amrica: dimetro de 200 mm, em ferro fundido e extenso de 4.015 metros; desvio da adutora de Duas Bocas em Sotema, com dimetro de 500 mm e extenso aproximada de 800 metros.
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Serra: rede para o bairro So Sebastio, com dimetros diversos e extenso de 2.500 metros. Vila Velha: anel de distribuio de Vila Velha, com dimetro de 250 a 350 mm, em ferro fundido e extenso de 2 mil metros. Foram construdas redes de distribuio com fornecimento de material pelas cooperativas ou empresas interessadas para os seguintes conjuntos habitacionais: Vitria: Goiabeiras II, Goiabeiras III, Antnio Honrio e Gemini. Vila Velha: Novo Mxico; Jardim Asteca; Jardim Guadalajara; Colorado (2 etapa), Militares (Itapo); Novo Mxico (2 etapa); Itapo; Santa Mnica II; e Costa Azul.
Foram construdas tambm as redes tronco alimentadoras para os bairros Camburi, Jardim Asteca, Jardim Guadalajara e Novo Mxico. Construram-se redes de distribuio para a Ilha do Boi e o bairro Comdusa, em Vitria. O programa para construo e substituio de redes na Grande Vitria, de 1971 a 1974, permitiu assentar 142 mil metros de redes. Ao longo de 1976 a 1977 foram construdas as principais redes subadutoras e as linhas tronco para veicular a gua tratada da ETA de Vale Esperana, principalmente para Vila Velha e Cariacica. Construdas de acordo com os estudos de concepo do Plano Diretor elaborado pela Engemeter Engenharia, no qual as redes principais alimentadas a partir da ETA de Vale Esperana chegariam at os centros de reservao sem distribuio em marcha. Os reservatrios alimentariam as redes tronco.
Do tempo da Cesan
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Para a execuo desses servios, a Cesan contratou a Sociedade de Instalaes Tcnicas S.A (SIT), em 11 de novembro de 1975. O contrato foi para execuo de obras de construo civil, montagem e assentamento de tubos e peas especiais de ferro fundido, nos dimetros de 1.000, 900, 600 e 450 mm, necessrios s obras das subadutoras de gua tratada para as interligaes da ETA de Vale Esperana, com os troncos existentes em Vila Velha e de Itaquari (Cariacica). Os principais trechos construdos para Vila Velha foram:
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Sada da ETA de Vale Esperana: subadutora no dimetro de 1.000 mm, em ferro fundido (atravessa o Canal do Marinho, passa por Cobilndia, segue pela Av. Carlos Lindenberg at o cruzamento com a Rua Felicidade Siqueira).
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No cruzamento da Av. Carlos Lindenberg com a Rua Felicidade Siqueira teve incio a subadutora de 900 mm, em ferro fundido. Indo da Rua Felicidade Siqueira at a Ana Siqueira, incio da subida para o Hospital Evanglico, a rede de 900 mm interligava s de 250 e 400 mm existentes no local. Essas redes existentes so da poca em que a ETA de Cobi atendia esse trecho de Vila Velha. A nova subadutora de 900 mm tinha a finalidade de alimentar o reservatrio previsto no Morro do Camelo que at hoje no foi construdo por causa de um campo de futebol situado no local previsto para o reservatrio. Em 2009, face agressividade do solo na regio, essa adutora de 900 mm foi totalmente substituda por outra.
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Do cruzamento da Carlos Lindenberg com a Felicidade Siqueira: subadutora no dimetro de 800 mm, indo neste dimetro at a entrada do Ibes. Na sequncia foi construda a rede de dimetro de 700 mm, em ferro fundido, da entrada do Ibes at a Rua Godofredo Schneider (sada do terminal de nibus) e entre o Ibes e a entrada de Santa Ins. Nesse ponto foi feita a interligao s redes existentes de 400 e 600 mm.
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Do bairro da Glria at a Luciano das Neves: subadutora no dimetro de 500 mm, em ferro fundido, da Glria at a entrada de Vila Velha, e dois trechos, um de 400 mm provisrio, e outro de 700 mm, em ferro fundido, assentados na Rua 7 de Setembro at a Luciano das Neves. O estrangulamento do trecho de 400 mm requer detalhes tcnicos: havia projeto de cons-
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truo de um centro de reservao no Morro de Jaburuna do qual desceria uma rede de 700 mm para ser interligada de 700 mm da Rua 7. Para alimentar o reservatrio de Jaburuna, era preciso prolongar o final da rede de 500 mm. Ou seja, o trecho de 400 mm, construdo provisoriamente e que ainda permanece no local, requer ampliao do seu dimetro porque h perda de carga considervel. Isso vem ocorrendo desde a expanso imobiliria da Praia da Costa e de Itapo. Se isso no bastasse, os posteriores planos diretores mudaram o local do reservatrio para o Morro do Garoto, onde foi construdo um centro de reservao de 10 mil metros cbicos.
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Do cruzamento da 7 de Setembro com a Luciano das Neves: subadutora no dimetro de 600 mm, em ferro fundido, na Luciano das Neves indo at as proximidades da Rua Resplendor. Desta rede de 600 mm derivaram vrias ramificaes em dimetros menores de 200, 250, 300 e 350 mm para Itapo, Itaparica e em direo ao bairro Aras.
Planta da adutora para Vila Velha: travessia area sobre o Rio Aribiri
Do tempo da Cesan
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Em Cariacica, as principais obras foram: subadutora de 600, 450 e 400 mm, em ferro fundido, da ETA de Vale Esperana que passa em frente antiga sede da Prefeitura e interliga as redes tronco de Campo Grande e bairros adjacentes. A Cesan iniciou, na dcada de 70, um programa de ampliao de redes para a Grande Vitria, denominado Macro/Micro. Assim, foi concludo em 1978 o projeto bsico e executivo da Macro II/Micro I tendo como base o Planejamento Global elaborado pela Engemeter. Em seguida, este projeto foi transformado em obra contemplando os bairros de Cariacica, quais sejam: So Geraldo, Rosa da Penha, Santa F, Cruzeiro do Sul, So Vicente, Santo Andr, Vila Palestina, Barbados e Vila Capixaba. Contemplou cerca de 50 mil pessoas. Em 1979, foram concludos os projetos bsico e executivo da Macro III e, em seguida, executadas as obras que beneficiaram os seguintes bairros de Vitria: Jucutuquara; Ilha de Santa Maria; Marupe; Horto; Eucalipto; Santa Lcia; Itarar; So Cristvo; Praia do Canto; e Jardim da Penha. Contemplou em torno de 100 mil pessoas.
Captao no Canal Marinho desativada

Na dcada de 1970, a Cesan construiu o novo sistema de produo e tratamento de gua da Grande Vitria com captao direta no Rio Jucu, em Caaroca, divisa de Vila Velha e Cariacica. A Estao de Tratamento de Vale Esperana (ETA Engenheiro Helder Faria Varejo) foi construda em Cariacica. A localizao da captao defendida pelo DNOS era junto Vala Neves a montante da confluncia com o Rio Formate, a 2.800 metros acima. O novo sistema entrou em operao em 1977, desativando, em seguida, a captao no Canal Marinho.
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Canal Marinho: localizao da antiga Casa de Bombas, dezembro de 2011
Antiga captao e elevatria (Casa de Bombas) e oficina eletromecnica no Canal Marinho
Do tempo da Cesan
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Transiente hidrulico: deslocamento da adutora de gua bruta da ETA de Cobi, dcada de 70
Antiga casa de dosagem e floculador de madeira no Canal Marinho, dcadas de 60-70
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Antigo floculador de madeira no Canal Marinho, dcadas 60 e 70
Antigo local do floculador de madeira no Canal Marinho
Do tempo da Cesan
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Dragagem de slidos decantados no Canal Marinho, dcadas 60 e 70
Interior da Casa de Bombas no Canal Marinho
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Tipo de conjunto motobombas da Casa de Bombas do Canal Marinho, anos 60 e 70
Interior da Casa de Bombas no Canal Marinho, anos 60 e 70
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O rio est totalmente degradado, mas ainda h soluo. importante que a populao no jogue lixo, ligue seus esgotos rede coletora e que os servios de coleta e tratamento de esgoto cheguem a 100% da populao. Outra ao fundamental para a reabilitao do Rio Marinho e que o tornaria novamente um rio perene e piscoso, seria o seu desassoreamento, sua consequente desobstruo e a reativao da Vala Neves, ligando de novo o Jucu ao Marinho. de suma importncia como segurana contra as enchentes que continue existindo um estrangulamento entre as ligaes para limitar a vazo mxima de aduo do Jucu para o Marinho. Uma notcia importantssima que o Governo do Estado est tomando providncias, em 2012, para a licitao das obras de revitalizao do Rio Marinho e da construo de uma barragem para conter as enchentes no Rio Formate.
Abastecimento aos conjuntos habitacionais

Conforme mencionado, com a exploso demogrfica ocorrida na dcada de 70 no Esprito Santo e em sintonia com a poltica habitacional do Governo Federal, por meio do BNH, sobretudo via Cohab-ES e Inocoop-ES, foram implantados inmeros conjuntos habitacionais na Grande Vitria. No caso especfico de Vila Velha, para dar suporte a esse atendimento, a Cesan implantou as redes subadutoras e redes macro do novo sistema de produo do Jucu, previstas no Planejamento Global do sistema de aduo, reservao e distribuio, elaborado pela Engemeter Engenharia. No caso dos conjuntos habitacionais, a construo do sistema de gua e esgoto foi de responsabilidade do interessado. Somente em Vila Velha foram implantados os seguintes conjuntos habitacionais: Novo Mxico; Jardim Asteca; Jardim Guadalajara; Colorado; Militares; Santa Mnica; Costa Azul; Santos Dumont; Boa Vista II;
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Jardim Itapo; Beira-Mar; Abacateiros; Coophabsol; Coophabvila; Coophabitapo; Aras; Guaranhuns; Coqueiral de Itaparica; e Ilha dos Bentos. Em 1981, foram projetados e implantados os conjuntos Boa Vista II e Ilha dos Bentos. Na Serra, outros conjuntos habitacionais: Jardim Limoeiro; So Diogo; Jos de Anchieta; Helio Ferraz; Fazenda Cacu; Parque Serra Dourada; e Bairro das Flores. Em Cariacica, houve a construo da Cohab, em Santana. Em Vitria, foram entregues os seguintes conjuntos habitacionais: Antnio Honrio, Goiabeiras II e III, e Gemini. Em 1980, surgiu o Conjunto Capivari com 3.800 unidades. Entre 1983 e 1984 foi implantado o conjunto Castelndia, em Jacarape. Em Cariacica, em 1982, foram projetados e depois construdos os conjuntos Mocambo e Jos Maria Ferreira e, em Viana, o Marclio de Noronha. Coqueiral de Itaparica foi o maior que a Cesan atendeu na dcada de 70, com 5.096 apartamentos, considerado, na poca, o maior da Amrica do Sul. O conjunto Serra Dourada tinha 4.500 unidades. A Cesan garantiu, com sucesso, o abastecimento dessas unidades habitacionais e da grande expanso imobiliria de prdios na orla. Naquela poca, principalmente na Serra, surgiram os primeiros sistemas independentes de tratamento de esgotamento sanitrio, a maioria por lagoas de estabilizao. As obras de construo civil, montagem e assentamento de tubos e conexes de ferro fundido e PVC do sistema de distribuio de gua do conjunto habitacional Santos Dumont foi executado pela Prisma Construo e Incorporao Ltda, em contrato de 9 de setembro de 1977. As obras de distribuio de gua do conjunto Guaranhuns foram executadas pela Lima Construes S. A., em contrato de 26 de junho de 1978. As de Itaparica II, pela Serenge Construes, Indstria e Comrcio Ltda (contrato de 24 de agosto de 1982). J a Saneamento Engenharia Ltda (Sanec) executou a terceira parte da sexta e stima etapa do abastecimento de gua do conjunto Itaparica, em contrato de 23 de setembro de 1983.
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Diagrama esquemtico das redes tronco principais de Vila Velha, dcada de 1970
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O primeiro sistema completo de esgotamento sanitrio

Em 1976, foi construdo, no bairro Civit I, na Serra, o primeiro sistema com redes coletoras e tratamento. O tratamento ocorreu por lagoa de estabilizao. Na sequncia, para atendimento aos conjuntos habitacionais em construo na Serra, a soluo para o tratamento foi com as lagoas de estabilizao. Esta concepo, na poca, era justificada pela facilidade de operao desse tipo de tratamento e disponibilidade de rea. Ainda no existiam as atuais leis ambientais.
O primeiro abastecimento da Serra Sede com captao nas nascentes das encostas do Morro Mestre lvaro
Situados na Serra, o Parque Florestal e a Reserva Ecolgica Mestre lvaro foram criados pelo Governo do Estado, em 1977. Possuem rea de aproximados 3.470 hectares e suas riquezas naturais, incluindo flora e fauna, tm servido s pesquisas cientficas, educacionais e ao setor turstico. uma das maiores elevaes litorneas da costa brasileira, com 833 metros de altitude, e um dos mais belos monumentos naturais da Mata Atlntica brasileira. Sua altura e localizao tm orientado, historicamente, a navegao martima e os pescadores. Antigos moradores informam que ali morava um mestre de carpintaria ou professor chamado lvaro. Da o nome Mestre lvaro. H tambm quem diga que como sempre serviu de orientao aos pescadores que do alto mar avistam seu cume passaram a cham-lo de Mestre lvaro. O Mestre lvaro, em fins do sculo XIX, foi includo nos estudos do engenheiro sanitarista Saturnino Brito, quando pesquisou o abastecimento de gua do Novo Arrabalde, regio da atual Praia do Canto e outros bairros da zona norte de Vitria. Outra curiosidade: a primeira captao de gua para atender a Serra Sede foi instalada na encosta do Mestre lvaro atravs de uma barragem de alvenaria de pedra, de onde uma tubulao de dimetro de 150 mm, com cerca de 2.500 metros, conduzia
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a gua por gravidade at um reservatrio de pedra de igual volume: 900 metros cbicos. Esse reservatrio tinha a cota do seu nvel mnimo de gua igual a 88,31 metros e, a cota do nvel de gua mximo, de 90,62 metros. O desnvel da captao para o reservatrio era de 40 metros, com vazo mdia veiculada de 12 litros por segundo. O reservatrio estava situado no morro do Urubu, de cota de 90 metros, ponto mais alto da Sede do municpio. Recentemente, em 2011, a Cesan construiu no local um reservatrio com volume de 6 mil metros cbicos.
Antiga captao no Mestre lvaro para a Serra Sede
Antiga barragem da captao no Mestre lvaro para a Serra Sede
Vista da regio do antigo reservatrio no Morro Urubu, na Serra Sede
Antiga estao de tratamento de gua da Cesan na Serra sede dcada de 1970 e 80
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Quando a Cesan assumiu a operao do sistema da Serra, no incio da dcada de 70, imediatamente construiu uma Casa de Qumica para clorar a gua e distribu-la populao, uma vez que antes da Cesan a gua era distribuda sem tratamento. Em seguida, para reforar o sistema de gua, a Cesan construiu outra captao tambm na encosta do Mestre lvaro e uma adutora at o reservatrio do morro do Urubu. Esse sistema funcionou provisoriamente at ser construdo o sistema definitivo de abastecimento de gua, com captao no Rio Santa Maria e tratamento na Estao de Carapina, o que ocorreu em 1983. Os outros sistemas existentes eram:
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Jacarape: o sistema estava abandonado desde 1960 e constava basicamente de captao em poo raso, sem nenhum tratamento, Casa de Bomba sobre o poo, reservatrio elevado de 163 metros cbicos e 600 metros de redes.
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Manguinhos: no possua sistema de abastecimento de gua. Carapebus: tinha sistema construdo e operado pela Polcia Militar de Minas Gerais que ali mantinha uma colnia de frias. Esse sistema atendia a colnia e pequena parte do povoado. A captao era feita em dois poos tubulares profundos com capacidade total de 14 metros cbicos por hora e o reservatrio enterrado, de 70 metros cbicos, e o elevado de 25 metros cbicos com 3 mil metros de redes.
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Bairro So Sebastio: no possua sistema de abastecimento. Nova Almeida: a captao era feita sem nenhum tratamento em trs poos rasos interligados, recalque por elevatria de 15 HP, adutora de gua bruta de 100 mm e extenso de 1.200 metros, e um reservatrio de 185 metros cbicos. A rede era de 5.650 metros.
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Planta do sistema existente de gua de Nova Almeida, dcada de 1970
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Praia Grande (Fundo): captao em dois poos rasos, sem tratamento, Casa de Bombas sobre o poo, duas adutoras de 100 mm e extenso de 200 e 70 metros, respectivamente, alm do reservatrio de 95 metros cbicos e 6.300 metros de redes.
Planta do sistema existente de gua em Praia Grande, dcada de 1970
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Sistema de abastecimento de gua de Guarapari

A colonizao de Guarapari teve incio em 1569, com a chegada do Padre Jos de Anchieta. Como catequizador dos ndios e representante dos jesutas, nas suas peregrinaes, fundou a aldeia que mais tarde se transformaria na Sede do municpio. O primeiro nome foi Vila dos Jesutas, depois Aldeia Nossa Senhora, Aldeia de Santa Maria de Guaraparim, Guaraparim e, finalmente, Guarapari. Guarapari uma palavra de origem indgena derivada de guar (ave de plumagens avermelhadas) e pari (lao ou armadilha). Assim como Vitria e Vila Velha, Guarapari um dos mais antigos municpios do Esprito Santo e teve sua colonizao iniciada com a Capitania de Vasco Fernandes Coutinho. O sistema de abastecimento de gua de Guarapari era administrado pela Prefeitura Municipal. Teve suas primeiras unidades construdas somente em 1950 e o Crrego Oratrio era o manancial que abastecia a cidade. Com o aumento da demanda, o Crrego Oratrio passou a no ter vazo suficiente para o atendimento. Assim, em 1962, construiu-se a captao nas cabeceiras do Rio Conceio. O intenso desmatamento da regio de Guarapari, a partir de 1964, provocou queda de disponibilidade hdrica e de qualidade das guas dos mananciais. Elaborou-se um projeto global, em 1966, que considerou o aproveitamento do Rio Conceio. Com esse projeto, construiu-se apenas a adutora, mas houve algumas ampliaes na rede de distribuio. Antes de 1976 no existia tratamento, portanto, a gua era distribuda populao em estado bruto; os sistemas de captao, reservao e distribuio necessitavam de ampliaes e reformas e apenas a rede adutora estava em boas condies; o volume de gua distribudo no era suficiente, necessitando de ampliao do sistema de produo; no havia sistema pblico de abastecimento de gua, em Meape, Santa Mnica e Peroco. Basicamente, o abastecimento era individual, por poos; em Setiba, havia um sistema particular, porm sem sistema de esgotos sanitrios. Alguns estudos da poca, como o projeto da empresa Tecnosan (contratada pelo DNOS, em 1966), referiam-se ao abastecimento de gua de Guarapari. Depois,
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houve o estudo de viabilidade econmico-financeira de todo o conjunto de sistemas de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio estadual elaborado pela Coplasa, contratada pela Cesan, em 1972. Dois anos depois, a Prefeitura de Guarapari contratou o Escritrio Tcnico Ary Garcia Rosa que elaborou o Plano de Ao Imediata do Municpio de Guarapari. Em 1975, iniciaram-se os levantamentos topogrficos e os estudos preliminares para a elaborao do Projeto do Sistema de Abastecimento de gua. No ano seguinte, a Cesan preparou um relatrio com uma dramtica concluso: das unidades de todo o sistema, apenas a linha adutora funcionava adequadamente. Mais: a captao, reservao e as redes de distribuio precisavam de reformulao total. Alm disso, o sistema no tinha unidade de tratamento, ou seja, a gua era distribuda in natura. O ponto de tomada estava situado na elevao aproximada de 75 metros em relao cidade nas cabeceiras do Rio Conceio em uma caixa deficiente, nas dimenses de 8 x 5 x 1 metros, com duas partes, uma delas funcionando como caixa de areia. A adutora que abastecia por gravidade o centro urbano de Guarapari era de ferro fundido, no dimetro de 400 mm e extenso de 6.583 metros. A capacidade de aduo era de 150 litros por segundo. A cerca de 1.500 metros da chegada da cidade derivavam vrias sadas em bom estado de conservao: uma sada de 200 mm para Muquiaba, com extenso de 720 metros; outra, no dimetro de 200 mm para o bairro Ipiranga, com extenso de 2.800 metros; havia ainda outra em direo ao Centro, no dimetro de 250 mm e extenso de 1.420 metros, com dimetro de 200 mm e extenso de 360 metros. A reservao era de apenas 725 metros cbicos, assim distribudos: reservatrio da Matriz, com volume de 481 metros cbicos para o apoiado e 14 metros cbicos para o elevado; bairro Ipiranga com reservatrio apoiado de volume de 120 metros cbicos; e, finalmente, Muquiaba, com volume no reservatrio apoiado de 80 metros cbicos e com 30 metros cbicos no elevado. Esses reservatrios, em estado precrio e volume insuficiente, apresentavam poucas possibilidades de aproveitamento. Grande parte da rede de distribuio foi construda em 1950, com algumas melhorias em 1968, quando da construo da adutora de 400 mm. O comprimento era de 20.690 metros, com dimetros entre 25 e 200 mm, a maioria em fibro cimento, exceto os dimetros de 25 a 50 mm que eram em PVC. O nmero de ligaes girava em torno de 5.500 domiclios e 196 comerciais, sem hidrmetros para a medio. As ligaes
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prediais tiveram evoluo vertiginosa a partir de 1973, ano que chegou a 1.500. No ano seguinte, saltou para 2.500. Em 1975, foram mais 4 mil e, em maio de 1976, outras 5.696 ligaes prediais. Em decorrncia do estado precrio, grande parte da rede de distribuio no foi aproveitada. Os funcionrios ligados manuteno e operao do sistema eram de quase quinze pessoas: um encarregado geral, um motorista, seis bombeiros, trs ajudantes, dois administrativos e dois vigias. A operao e a manuteno eram feitas pelos prprios bombeiros e ajudantes, com pouca qualificao, e os materiais de manuteno eram adquiridos em Vitria.
O sistema projetado
A elaborao do projeto do sistema de abastecimento de gua da Cesan considerou, entre outras concluses do Relatrio Tcnico Preliminar (aprovado aps complementaes sugeridas pela ento Feema, rgo tcnico do BNH), o abastecimento de 80% da populao urbana. O alcance do projeto era de 20 anos. Considerou-se o atendimento das populaes por etapas. A primeira seria em 1986 e, a partir de ento, a previso era de complementar as unidades at 1996, ano da etapa final do plano. A vazo mxima diria considerada na primeira etapa foi de 171 litros por segundo e, 261 litros por segundo, na segunda etapa. As fases de implantao do projeto foram de 1977 a 1986 e de 1987 a 1996. Das unidades previstas na primeira etapa, algumas tiveram previso de perodo de atendimento de apenas dois anos (1977 a 1979) e, outras, com implantao prevista para aps o trmino desse perodo. A populao projetada para o final do plano era de 93.600 habitantes. Para o abastecimento da regio, foram considerados os rios Conceio e So Joo do Jaboti. Nesse projeto foram consideradas a barragem e a caixa de areia no Rio Conceio, com tomada de gua a 1.410 metros acima da captao da poca, num ponto de cota de 112 metros a cerca de 40 metros acima da cota de captao existente. Inicialmente, considerou-se a utilizao de uma vazo de 81,39 litros por segundo. Previu-se que, a partir de 1979, haveria captao das guas do Rio So Joo do Jaboti para complementar a vazo necessria de cada etapa.
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A aduo de gua bruta, de ferro fundido, por gravidade, num total de 7.300 metros, aproveitou a rede existente de 5.629 metros com a complementao de mais 1.671 metros de tubulao no mesmo dimetro de 400 mm, sendo 261 metros da adutora at a futura ETA e 1.410 metros da captao atual at a projetada. Tambm fez parte do sistema o aproveitamento de um trecho de 391 metros para funcionar como bay pass da ETA. A capacidade de veiculao dessa adutora era de 150 litros por segundo e foi considerada integrante do sistema at fins de 1996. Inicialmente, o tratamento considerou apenas a clorao e correo de pH das guas do Rio Conceio. Com isso, foram previstas de imediato a construo de um tanque de contato para permitir um tempo de deteno do cloro. Esse tanque foi dimensionado para ter vazo necessria para 1986, objetivando seu aproveitamento quando da implantao das demais etapas do sistema. O tratamento inicial era necessrio para que os dois anos seguintes fossem o tempo necessrio para a definio do tratamento mais adequado das guas do manancial. Previu-se, ento, que a partir de 1979, haveria a implantao nas unidades do tratamento adequado para as guas do Rio Conceio que, junto com as unidades de tratamento das guas do So Joo do Jaboti, formariam o sistema de tratamento das guas dos dois mananciais. E foi o que aconteceu nos anos seguintes, resultando na construo da primeira Estao de Tratamento de Guarapari para tratar 171 litros de gua por segundo. A tomada de gua no Rio So Joo do Jaboti foi prevista num ponto a cerca de 3 mil metros da sua foz, no Oceano Atlntico, e a aproximados 4 Km de onde se situaria mais tarde e definitivamente numa elevao a nova Estao de Tratamento. Construram-se uma soleira de vertedor para impedir a influncia da cunha salina e um canal desarenador. A vazo final do plano foi de 180 litros por segundo, com recalque a ser feito por trs conjuntos elevatrios de 150 HP cada, desnvel geomtrico de 65 metros, aduo em rede de ferro fundido no dimetro de 400 mm e extenso de 4 mil metros. Nas anlises da Feema, houve solicitao para diviso em etapas, com dois conjuntos elevatrios para bombear a vazo de 90 litros por segundo e adutora de 300 mm. Um terceiro conjunto seria instalado em 1987, assim como a instalao de outra linha adutora paralela primeira para atingir o recalque de 180 litros por segundo. Os reservatrios tinham capacidade total prevista para a primeira etapa (1986) de 5.019 metros cbicos, distribudos em trs centros de reservao, a saber: Centro
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(setor 1), reservatrio semienterrado de 741 metros cbicos a construir e 481 metros cbicos semienterrado a aproveitar, e 170 metros cbicos elevado a construir. Nos bairros Muquiaba e Praia do Morro (setor 2), reservatrio semienterrado de 2.272 metros cbicos a construir e reservatrio elevado de 75 metros cbicos tambm a construir. Para a rea de influncia do bairro Ipiranga (setor 3), foi previsto um reservatrio semienterrado de 980 metros cbicos a construir e outro elevado de 300 metros cbicos ainda a construir. A partir de 1987, os reservatrios semienterrados seriam complementados para atingir a capacidade final do plano, ou seja, 7.528 metros cbicos para que o Setor 1 tivesse acrscimo de 696 metros cbicos, o setor 2 mais 1.173 metros cbicos e, o setor 3, outros 640 metros cbicos. Quanto s redes de distribuio, houve previso de construo inicial de 87.978 metros de redes e 10 mil ligaes domiciliares. As redes foram nos dimetros de 60 a 350 mm, sendo em ferro fundido de 150 a 350 mm e PVC de 60 a 140 mm. Foi aproveitado o reservatrio semienterrado da Matriz, com 481 metros cbicos e 6.020 metros de adutora de gua bruta do Rio Conceio.
Planta esquemtica do sistema de gua de Guarapari
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D c a d a de
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Principais estudos e projetos

Abastecimento de gua
A partir de 1980, o abastecimento de gua do sistema Jucu tomou novo rumo para a implantao do Programa Macro/Micro e dos reservatrios. De janeiro daquele ano a setembro de 1984, o Planejamento Global e o Projeto Bsico do sistema de distribuio de gua da Grande Vitria (das zonas 1, 2, 3, 4, 5, e 9 A, e das zonas 6, 7, 8, 10 e 9 B) foram executados pela empresa Consultores Associados Brasileiros (CAB). Os estudos, projetos bsico e executivo envolveram os municpios da Grande Vitria, compreendendo Vitria (zonas 1, 2, 3), Cariacica (zonas 4, 5 e 9 A), Vila Velha (zonas 6, 7, 8 e 10) e Viana (zona 9 B). A populao atendida pelo projeto (ano 2000) estava estimada em 1,04 milho de habitantes. Na concepo bsica, a gua seria conduzida das estaes de tratamento, atravs de adutoras, indo at um grande centro de reservao sem distribuio em marcha. Cada centro de reservao estava dotado de um grande reservatrio, responsvel por uma zona de atendimento ou setor que facilitava o controle operacional e de presso, medio e, consequentemente, o de perdas. O volume dos grandes reservatrios projetados de 2 mil a 10 mil metros cbicos das 12 zonas totalizava 152 mil metros cbicos. Os pequenos reservatrios reguladores de presso, num total de 49, apoiados ou elevados possuam volumes projetados de 25, 50, 75, 100, 150,
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250 e 300 metros cbicos. As 47 estaes elevatrias tinham potncias projetadas de 3, 5, 7, 5, 10, 15, 20, 25, 40, 60, 100 e 125 CV. As adutoras de gua tratada, nos dimetros de 200, 300, 400, 500, 600, 700 e 800 mm, totalizavam 35.685 metros. As redes de macro distribuio, nos dimetros de 75, 100, 150, 200, 250, 300, 400, 500, 600, 700, e 800 mm, somavam 303.720 metros.
J o Plano Diretor de esgotamento sanitrio da Grande Vitria foi elaborado, abrangendo Vitria, Vila Velha e Cariacica. Os estudos ficaram a cargo da Hidroservice Engenharia.
Subsistema Jucu
Em 1988, os novos estudos e projetos tcnicos do subsistema de produo de gua do Jucu, integrantes do sistema de produo de gua da Grande Vitria, foram elaborados pela Aquaconsult.
A continuao do Programa Macro/Micro

Esse programa utilizou, a partir da dcada de 80, os projetos do novo Plano Diretor e do Planejamento Global que estavam em elaborao. Concludos em 1982, os projetos bsico e executivo da Macro IV envolveram a construo do reservatrio de 10 mil metros cbicos na rea da ETA, em Vale Esperana, e as obras das adutoras de grandes dimetros de 600, 700, e 800 mm, numa extenso de 8 mil metros. Essas adutoras saam da ETA de Vale Esperana, as de 700 e 600 mm para Cariacica e, as de 800 e 600 mm, para Vitria. A Macro V/Micro II, cujos projetos bsicos e executivos foram concludos em 1983, tiveram as obras executadas na sequncia e contemplaram alguns bairros de Cariacica e Viana, como: So Francisco, Ipiranga, Piranema, Cana, Universal, Mucuri, Beira Rio, Industrial, 13 de Maio e Primavera. Cerca de 50 mil pessoas foram atendidas.
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Sistema de abastecimento de gua de Carapina

O sistema de Carapina iniciou sua fase de teste pr-operacional em 1983. O manancial responsvel o Rio Santa Maria da Vitria, com captao atravs de barragem laminadora, canal de aduo, recalque e aduo at a Estao de Tratamento de gua. Dessa estao partem os troncos principais de distribuio que, atravs de um sistema de elevatrias, bombeia a gua para os reservatrios responsveis pelos diversos centros de consumos. Antes de apresentar o sistema construdo, faz-se necessrio descrever resumidamente o relatrio de alteraes do projeto existente e o estudo das alternativas das unidades componentes do sistema elaborados pela Geotcnica S.A., em 1979. Basicamente, alm das modificaes do projeto existente, tratam dos estudos das alternativas de captao no Rio Santa Maria da Vitria e das alternativas de gua dos balnerios. O projeto existente o Projeto Tcnico do sistema de abastecimento de gua do Planalto de Carapina, elaborado pela TAMS em 1975. As modificaes no projeto existente considerou a atualizao do estudo de demanda elaborado pela Cesan, em novembro de 1978, e contemplaram basicamente as seguintes unidades: Barragem de laminao no Rio Santa Maria e canal de aduo Considerou-se uma aduo de 5,1 metros cbicos por segundo, atravs de um canal desde a tomada de gua no rio at a estao de bombeamento e um nvel mnimo de gua no poo de suco das bombas de 0,80 metros. O canal do projeto original foi substitudo por outro que liga a captao estao elevatria do Rio Santa Maria. Quatro alternativas pautaram o estudo: a primeira e a segunda, a 4,3 km da captao at a elevatria, tinham barragem de laminao do Rio Santa Maria, prximo confluncia dos rios So Miguel e Tau, nas imediaes do Morro de Queimados. A terceira e a quarta corresponderam ao projeto proposto inicialmente, com estrutura de controle de nvel logo a jusante da ponte da Estrada de Ferro Vitria a Minas e, adicionalmente, a construo de diques junto s margens do Rio Santa Maria, e desvio dos rios So Miguel e Tau. Para as alternativas 1 e 2, algumas proposies para o revestimento foram analisadas, considerando os canais adutores revestidos em concreto com colcho de gabies, com colcho de concreto, e aduo atravs de galeria de seo retangular. Analisadas as questes do ponto de vista de inundao e considerando as me-
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lhores condies de operao e manuteno, concluiu-se ser tcnica e economicamente mais indicada a adoo da alternativa 1, conforme o desenho direita.
Planta da captao no Rio Santa Maria: alternativa 1 eleita
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A alternativa 1 teve uma modificao posterior, j na fase de execuo da obra: substitui-se o canal de terra por uma galeria de concreto armado de seo 2,58 x 2,60 metros, ligando a bacia de desarenao estao elevatria do Santa Maria. Tal modificao objetivou garantir o teor de cloreto exigido pela contratante CST, inferior a 20 miligramas por litro. Estao elevatria do Santa Maria Sua localizao e concepo no foram modificadas em relao ao projeto original. As guas provenientes do canal de aduo so conduzidas at o poo de suco dessa elevatria que as recalcar atravs de conjuntos de bombeio at a ETA de Carapina. Essa estrutura foi projetada e construda para 5,1 metros cbicos por segundo, sendo as bombas moduladas para as vazes ao longo do tempo. Adutora do Santa Maria ao Planalto No foi necessria a modificao do projeto original, mantendo as redes projetadas: uma de 1.200 mm e duas de 800 mm, com comprimento de 11.360 metros, porm, houve necessidade apenas do estudo de transientes hidrulicos. A rede de 800 mm j havia sido construda em carter provisrio, atravs de uma elevatria de emergncia para atender a construo da CST, alm do abastecimento provisrio da CVRD. Estao elevatria e adutora de Jacunm para bombear a ETA do Planalto Foram suprimidas do projeto em decorrncia do abandono da Lagoa Jacunm como manancial. Barragem na Lagoa Jacunm Tambm suprimida em funo do abandono da Lagoa Jacunm como manancial. Em decorrncia, houve suspenso dos seguintes projetos: vertedor em Jacunm, estao elevatria Jacunm, adutora Jacunm e estao de tratamento dos balnerios. Estao de Tratamento de gua (ETA do Planalto) Modificou-se o projeto em funo da nova vazo e na eliminao da ETA dos balnerios. Alm disso, a deciso da CST de adquirir gua bruta diminuiu a demanda, que passou a ser de 1,27 metros cbicos por segundo, na primeira etapa e, de 2,203 metros cbicos por segundo, no final de plano. Para definio do processo de tratamento, a Cesan realizou experincias com filtrao direta atravs de uma unidade piloto junto ETA da CVRD, que tinha como manancial o mesmo Rio Santa Maria da Vitria. Concluso: a filtrao direta seria o processo vlido para a gua ser tratada e a taxa de filtrao, em filtros de dupla camada, poderia atingir 220 m/m/ por dia. Para a adoo de filtrao direta, os valores de turbidez e cor alcanaram valores de 28 mg/l.SiO2 e 75 mg/l.Pt. A
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nova concepo previu filtrao direta, mas tambm a possibilidade de se ampliar as instalaes com a incluso de floculadores e decantadores, caso a turbidez de gua do Rio Santa Maria aumentasse acima do limite aceitvel no tratamento por filtrao direta. Realmente, a turbidez aumentou significativamente ao longo do tempo e a Cesan teve que introduzir, em 2005, o sistema de flotao. Com base no estudo da Cesan Atualizao do Estudo de Demanda, realizado em novembro de 1978, a vazo estimada no projeto teve seu valor alterado na primeira e segunda etapa diante da deciso oficial da CST de receber gua bruta. Dessa forma, para a primeira etapa 1985 a vazo tratada de 1,27 metros cbicos por segundo o resultado da diferena de 2,296 metros cbicos por segundo e a vazo de 1,026 metros por segundo, calculada para o consumo da CST. Para a segunda fase, tendo como horizonte o ano 2000, a vazo tratada de 2,203 metros cbicos por segundo corresponde diferena entre a vazo de 3,813 metros cbicos por segundo e a de 1,610 metros cbicos por segundo calculada para o consumo da CST. Com o acrscimo de 1 metro cbico por segundo, previsto pela Cesan para atender s indstrias satlites, a demanda final passou para 3,203 metros cbicos por segundo. Para a vazo de tratamento, considerou-se o acrscimo de 10% sobre a demanda prevista, que resultaria na vazo final de tratamento de 3,523 metros cbicos por segundo. A vazo de dimensionamento hidrulico de 4,756 metros cbicos por segundo resultou do aumento de 35% sobre a vazo de tratamento devido s sobrecargas que ocorrem em estaes de tratamento desse porte. A aduo final de gua bruta seria de 5,133 metros cbicos por segundo, pois a vazo de tratamento, na segunda etapa, de 3,523 metros cbicos por segundo, teria acrscimo da demanda de gua bruta de 1,610 metros cbicos por segundo calculada para a CST. O quadro resumido mostra as vazes previstas:
Quadro de resumo de vazes previstas para o sistema de Carapina
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Estao elevatria junto ETA Planalto Sofreu modificaes nos equipamentos em funo da nova vazo. Sistema independente para a CST Conforme visto, a CST optou pelo recebimento de gua bruta, realizando seu prprio tratamento. Conforme o novo quadro da demanda, a vazo da primeira etapa fora previsto em 1.026 litros por segundo e, a da segunda etapa, em 1.610 litros por segundo. Depois, o contrato com a CST (atual Arcelor Mittal) passou a ser de 2.566.000 metros cbicos de gua bruta por ms, ou seja, 990 litros por segundo. O consumo mdio variou de 550 a 750 litros por segundo de 2010 at o final de 2011. Para liberar os recursos para a obra de Carapina, o BNH, em junho de 1980, condicionou a assinatura desses contratos especiais entre a Cesan, a CST e a CVRD, desde que as condies satisfizessem o BNH, fato que se concretizou. Atualizao do estudo de demanda Em funo das alteraes ocorridas desde a formulao do anteprojeto at 1978, a Cesan, em novembro de 1978, reavaliou a evoluo da demanda na regio de abastecimento do Planalto de Carapina para fornecer elementos para a adaptao e/ou reformulao do projeto existente e fazer a programao das obras. Segue o quadro geral de vazes do projeto atualizado na poca, pela Cesan.
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Quadro geral de vazes do projeto do sistema do Planalto de Carapina
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Planta da subetapa C: projeto bsico do Planalto de Carapina, 1979, arranjo geral
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Planta da subetapa C: projeto bsico de 1979, com layout das obras civis do Planalto
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Construo do sistema de produo e distribuio de gua de Carapina no Rio Santa Maria da Vitria
O sistema de abastecimento de gua de Carapina via Rio Santa Maria da Vitria constitui-se no segundo maior sistema da Cesan. Concludo em 1983, passou por teste pr-operacional e operacional e recebeu ajustes nas obras em 1984. Foi concebido para atender a populao da Serra e da regio de Praia Grande (Fundo), as indstrias da regio do Civit, a CVRD e a CST (esta, com gua bruta). Posteriormente, seu abastecimento se estendeu para a regio continental de Vitria. Conforme mencionado, os primeiros estudos foram realizados pela TAMS Engenharia e, posteriormente (1979 e 1980), enquanto a Geotcnica desenvolveu o projeto bsico da Fase C, a Engevix fez o gerenciamento das obras. As obras do Lote 1 correspondem tomada de gua, canal de aduo e estao elevatria, construdas pela Concic. O Lote 2, envolvendo a Estao de Tratamento, redes para a Serra Sede, Planalto e adutora de gua bruta de 1.200 mm, ficou a cargo da Itapema. O Lote 3, regies das praias de Jacarape, Manguinhos e Nova Almeida, foi da SIT que, posteriormente, assumiu tambm a concluso das obras do Lote 2.
Construo da CST: foto area de 1978
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Ptio da CVRD, Porto de Tubaro, 1979
A captao Constituda pela barragem de laminao, canal de captao e desvio do rio, estrutura de tomada de gua, desarenador e galeria de aduo. O sistema de captao foi projetado e construdo para vazo do final de plano de 5,1 metros cbicos por segundo. A galeria de aduo constitui-se de uma estrutura fechada para evitar as enchentes do Rio Santa Maria e garantir o teor de cloreto exigido pela CST, inferior a 20 miligramas por litro. Tem uma seo de 2,58 x 2,60 metros e extenso de 4.270 metros. A barragem de laminao teve dupla finalidade: elevar o nvel de gua para a manuteno do nvel operacional e para evitar a intruso da cunha salina.
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Galeria de aduo: planta e perfil do projeto do trecho inicial, a partir do Rio Santa Maria, da estaca 0 a 72
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Galeria de aduo: planta e perfil do projeto do trecho da chegada elevatria do Rio Santa Maria, da estaca 145 a 213
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Captao e galeria de aduo do Santa Maria: vista geral
Fase de construo da caixa de areia e barragem de laminao: captao no Santa Maria
Fase de construo da caixa de areia, canal de desvio e barragem de laminao no Rio Santa Maria
Fase de construo da caixa de areia e canal de desvio: captao no Santa Maria
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Fase de construo da galeria de aduo da captao no Rio Santa Maria, agosto de 1981
Fase de construo da galeria de aduo da captao no Rio Santa Maria, 1981-1982
Fase de construo da caixa de areia e barragem de laminao: captao no Rio Santa Maria, 1983
Fase de construo da caixa de areia e barragem de laminao: captao no Rio Santa Maria, 1983
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Fase de construo da estao elevatria do Santa Maria
Estrutura de transio entre a galeria e a estao elevatria do Santa Maria
Estao elevatria do Santa Maria: vista geral
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Conjuntos motobombas da elevatria do Santa Maria, 1988
Adutoras de gua bruta Foram projetadas para transportar a gua bruta da estao elevatria do Santa Maria at a Estao de Tratamento de Carapina. Elas seguem pelo lado esquerdo da BR-101, sentido Cariacica-Serra, atravessando o Canal dos Escravos at uma caixa de transio. Dessa caixa que tambm auxilia a questo do transiente hidrulico, a gua segue por gravidade at a Estao de Tratamento. Em torno de 85% da linha trabalham por bombeamento e 15% por gravidade. Foram construdas duas adutoras em ferro fundido, de dimetros 800 mm e 1.200 mm, respectivamente, com extenso aproximada de 11.600 metros, com capacidade nominal de projeto de 4,1 metros cbicos por segundo. A adutora de 800 mm j havia sido instalada junto com uma elevatria provisria para atender a CVRD e a implantao das obras da CST. O projeto elaborado pela Geotcnica previu a instalao de mais uma linha adutora de dimetro de 800 mm.
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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Fase de construo da adutora de gua bruta do Santa Maria, 1982
Fase de construo da adutora de gua bruta do Santa Maria
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Pa rt e I I
rea da ETA de Carapina antes do incio das obras
Construo da ETA de Carapina
Construo da ETA de Carapina 1983
Do tempo da Cesan
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Vista geral da ETA de Carapina
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Pa rt e I I
Estao elevatria de gua tratada do Planalto

Adjacente ao reservatrio enterrado do Planalto, a estao tem um canal coletor de gua tratada e outro de gua bruta. A estao abriga, em uma estrutura nica, todos os sistemas elevatrios do Planalto. Foram projetados conjuntos motobombas e centrfugas de eixo vertical. A estrutura foi dividida de tal forma que separa os dois canais: o coletor de gua tratada e o de gua bruta para a CST. Os sistemas que compem as unidades de recalque so: Bairro das Flores, reservatrio elevado, balnerios Jacarape, CVRD e CST. Foi previsto, no projeto, a instalao de mais um recalque. Sistema de recalque para a CST Constaram de trs conjuntos motobombas de 200 CV cada, sendo um de reserva, recalcando 513 litros por segundo e por conjunto atravs da linha de dimetro de 1.000 mm. Foi considerada a possibilidade da gua bruta vinda do Santa Maria, utilizar um by pass sem passar pela estao elevatria. O projeto original previu a instalao de mais um conjunto motobomba e a implantao de mais uma linha de 600 mm para a CST para vazo da segunda etapa de 1,61 metros cbicos por segundo. Para a CVRD Previu-se, para o recalque, a instalao de dois conjuntos motobombas de 250 CV, sendo um de reserva para bombear at 626 litros por segundo de gua tratada nas linhas de aduo de 700 e 800 mm. Em abril de 1983, firmou-se o termo aditivo do contrato original, de 5 de abril de 1976, obrigando a Cesan a abastecer de gua a contratante CVRD (Ponta de Tubaro), assegurando o fornecimento de acordo com as seguintes quantidades e prazos: de 1/10/82 a 31/12/83, com volume mnimo mensal de 700 mil metros cbicos e mdio dirio de 23.330 metros cbicos (270 litros por segundo); de 1/1/84 a 31/12/84, volume mnimo mensal de 850 mil metros cbicos e mdio dirio de 28.330 metros cbicos (328 litros por segundo); de 1/1/85 em diante, volume mnimo mensal de 1.010.000 metros cbicos e mdio dirio de 33.660 metros cbicos (390 litros por segundo). Durante o quarto trimestre de 1983, a gua foi fornecida em estado bruto, com apenas adio de cloro, porm, a partir de janeiro de 1984, j era tratada de acordo com a Associao Brasileira de Norma Tcnica (ABNT).
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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O consumo mdio do final de 2010 at fins de 2011 girou em torno de 150 a 200 litros por segundo para o fornecimento contratado e 650 mil metros cbicos por ms, com volume mdio dirio mnimo de 21.666 metros cbicos (250 litros por segundo). Recalque para o reservatrio elevado Implantado com trs conjuntos de 300 CV com vazo nominal de 418 litros por segundo. Esse reservatrio foi previsto para a distribuio do Planalto de Carapina e a lavagem dos filtros. Recalque para o Bairro das Flores Foi implantado atravs de dois conjuntos de 150 CV, e construdo pela Cesan, em 1995. Recalque para os balnerios Dimensionada com dois sistemas: um para atender Manguinhos e Jacarape, na primeira etapa e, Carapebus, na segunda; o outro sistema direcionou-se populao de Joaripe (Praia Grande) e Nova Almeida. Inicialmente, a elevatria atendeu esses balnerios. O sistema da primeira etapa foi constitudo por dois conjuntos de 150 CV, um deles de reserva para recalcar 202 litros por segundo atravs de uma linha de 500 mm, com extenso de 7.900 metros at o Bairro das Flores e o segundo, no dimetro de 350 mm at o reservatrio de Jacarape. Previram-se para a segunda etapa, trs conjuntos de 200 CV para bombear 373 litros por segundo e a implantao da rede adutora de 600 mm de dimetro em paralelo primeira.
Reservatrios
Dois tipos foram projetados e construdos Os apoiados e os elevados, alimentados por adutoras, sem distribuio em marcha. Cada reservatrio era responsvel por uma rea de atuao (ou setor) para melhorar o controle operacional. Os reservatrios esto descritos a seguir: Reservatrio enterrado do Planalto Construdo junto Estao de Tratamento com volume de 10 mil metros cbicos e duas cmaras de 5 mil metros cbicos cada. O projeto inicial previa mais sete cmaras de 5 mil metros cbicos cada. A cota do seu nvel de gua mximo era de 30,80 metros e, mnimo, de 26,23 metros. Reservatrio elevado do Planalto Localizado junto Estao de Tratamento, tem volume de 1.500 metros cbicos e atendia no s o Planalto de Carapina como a lavagem dos filtros da ETA. A cota do seu nvel de gua mximo de 66,90 metros e, mnimo, de 62,40 metros.
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Pa rt e I I
Fase de construo do reservatrio elevado de Carapina
Reservatrio apoiado e elevado de Jacarape Os reservatrios apoiado e elevado esto situados na mesma rea de cota alta em Jacarape. O apoiado foi construdo com volume de 5 mil metros cbicos e cota do nvel de gua mnimo de 17,30 metros e, mximo, de 21,60 metros. O elevado, com volume de 1.500 metros cbicos, tem cota do nvel de gua mximo de 46,90 metros e, mnimo, de 43 metros.
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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Fase de construo dos reservatrios apoiado e elevado de Jacarape
Reservatrios apoiado e elevado de Nova Almeida Os reservatrios apoiado e elevado esto situados na mesma rea de cota alta em Nova Almeida. O apoiado com volume de 2.400 metros cbicos e cota do nvel de gua mnimo de 27,90 metros e, mximo, de 31,90 metros. J o elevado, com volume de 75 metros cbicos e cota do nvel de gua mximo de 47,50 metros e, mnimo, de 43,20 metros.
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Pa rt e I I
Esquemtico do sistema de produo de Carapina
Programa para Atendimento a Comunidades de Pequeno Porte (CPP)

O quadro epidemiolgico das reas rurais sempre amargou inmeros problemas de sade por causa da ausncia ou das precrias condies de saneamento bsico e ambiental. O baixo nvel dos servios e a alta incidncia de doenas de veiculao hdrica so reflexos da incipiente e tradicional poltica nacional para o setor. Em 1977, conforme j enfatizado, entre as diretrizes do Planasa e do BNH criouse tambm o Programa de Comunidades de Pequeno Porte (CPP) para atender os municpios e suas comunidades com populao inferior a 5 mil habitantes. Para tal, considerou-se o Censo do IBGE da poca para embasar o ento recm-criado ndice de Investimento Per Capita (IPC), que relacionava o investimento da primeira etapa das
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
333
obras pela populao abastecida no primeiro ano de operao do sistema. Esse quociente no deveria ultrapassar o valor de 17 UPC por habitante. Se o valor fosse superior deveria ser justificado ao BNH. UPC, na poca, era a Unidade Padro de Capital. Inicialmente, o Planasa no tinha tratamento diferenciado para atender as CPPs. Eram semelhantes aos tratamentos concedidos s Comunidades Mdias e Grandes tanto no mecanismo financeiro quanto no procedimento tcnico. No entanto, diante do elevado nmero de CPPs, a lentido do processo no deu conta de atender demanda. Assim, as companhias de saneamento se tornariam inviveis diante das necessidades de investimentos para equacionar as CPPs. Outro detalhe: no era possvel utilizar as mesmas tecnologias aplicadas nas Comunidades Mdias e Grandes nas CPPs. Como exemplo prtico, em 1970, cerca de 80% das comunidades brasileiras tinham menos de 5 mil habitantes. Diante dessa realidade, concluiu-se que teriam de serem adotadas aes diferenciadas para viabilizar o atendimento s CPPs, como: mecanismos financeiros de emprstimos mais suaves; substituio do tradicional Relatrio Tcnico Preliminar (RTP) por outro, a chamada Definio de Manancial; os projetos tcnicos, a princpio, no seriam objeto de aprovao pelo BNH; utilizao de tecnologias apropriadas e projetos padronizados para CPPs; simplificao, repetitividade de unidade projetada, modulao, economia de escala, agilizao na elaborao dos projetos e construo das obras; e baixo custo e facilidade de operao e manuteno dos sistemas. O Censo de 1980 mostrou que 78% das sedes municipais e dos distritos tinham populao inferior a 5 mil habitantes, ou seja, nmero expressivo se compararmos com os cerca de 9% da populao entre 5 mil e 10 mil moradores, e os 13% acima de 10 mil habitantes. A companhia estadual que aderisse ao programa tinha que elaborar o planejamento de execuo para as localidades pretendidas, incluindo o valor do investimento anual. O plano era submetido ao BNH. No entanto, mesmo antes da CPP, a Cesan j vinha implantando, desde a sua criao, vrios sistemas no interior, principalmente nas sedes com menos de 5 mil
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Pa rt e I I
habitantes. Antes de aderir ao programa, em 1983, a companhia atendia 26 comunidades. A partir da sua adeso, a Cesan criou nova estrutura: a Gerncia de Programas Especiais (P-GPE) com autonomia para elaborar os projetos e gerenciar as obras. Para executar o programa, a Cesan assinou um Convnio de Cooperao Tcnica com a Fundao Ceciliano Abel de Almeida (da Ufes). O acordo levou em considerao as funes sociais das duas entidades todas voltadas promoo do desenvolvimento econmico e social do Estado e a juno dos recursos humanos, materiais e financeiros, com vistas consecuo do processo de desenvolvimento estadual. At ento a Cesan, em 16 anos, ou seja, desde a sua criao (1967) at 1983, havia implantado 26 sistemas. De 1983 a 1989, em apenas seis anos, foram concludos 58 sistemas, mais do que o dobro do perodo anterior, como pode ser visto nas relaes anuais das obras realizadas e no grfico adiante. A padronizao na CPP apresentou vantagens expressivas se considerarmos a diminuio das despesas operacionais e as simplificaes na realizao de projetos, com consequentes resultados na execuo da obra. Assim, para agilizar o programa, a Cesan padronizou projetos de engenharia, equipamentos, estaes de tratamento pr-fabricadas e equipamentos de dosagem de produtos qumicos. Casa de Qumica, controle e dosagem dos produtos com todos os equipamentos, procurou-se, alm da padronizao, dot-la de concepo tal que ao aplicar os produtos de tratamento por gravidade, no havia mais necessidade de se utilizar as bombas dosadoras. Nessa padronizao foi fundamental a experincia de um dos mais conceituados tcnicos em tratamento de gua do Estado, o empregado aposentado da Cesan, Jos Figueiredo. Aps o fim do convnio com a Fundao Ceciliano Abel de Almeida, contratouse uma gerenciadora para elaborar os projetos e gerenciar as obras. As estaes de tratamento padro foram desenvolvidas para tratar as vazes nominais de 3, 6, 9, 12, 15 e 20 litros por segundo. Os reservatrios padres de concreto armado ou blocos de concreto tinham capacidades de 50, 100, 150, 200 e 300 metros cbicos. A Cesan partiu de padres e concepes bsicos para desenvolver e adot-los em seus projetos, conforme mostramos a seguir:
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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Concepo bsica de captao em poo profundo
Concepo bsica para captao em manancial de serra
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Pa rt e I I
Concepo bsica em rio ou represa com estao de tratamento na cidade
Concepo bsica em rio ou represa com estao de tratamento junto captao
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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Planta da concepo bsica de estao de tratamento do Tipo I, com dupla filtrao
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Pa rt e I I
Planta da concepo bsica de estao de tratamento do Tipo II, com dupla filtrao
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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Planta da concepo bsica de estao de tratamento compacta com flocodecantao e filtrao
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Pa rt e I I
Obras das CPPs realizadas at 1983

Vinte e seis obras construdas, das quais 18 nas sedes de Conceio do Castelo; Muniz Freire; Ibatiba; Atlio Vivcqua; Apiac; So Jos do Calado; Divino de So Loureno; Boa Esperana; Pima; Santa Maria de Jetib; Rio Novo do Sul; Domingos Martins; Mucurici; Pancas; Mantenpolis; Dores do Rio Preto; guia Branca; e gua Doce do Norte. Outras oito nas localidades de Venda Nova (Conceio do Castelo); Barra do Jucu (Vila Velha); Meape (Guarapari); So Roque (Santa Teresa); Marechal Floriano (Domingos Martins); Mucurici (Ponto Belo); Iriri (Anchieta); e Santo Agostinho (gua Doce do Norte). Posteriormente, algumas das oito localidades transformaram-se em sedes municipais.
ETA de Apiac
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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ETA de Conceio do Castelo
ETA de Santa Maria de Jetib
Venda Nova: ETA com filtro de presso autolavvel
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ETA de guia Branca
ETA de Santo Agostinho
Obras das CPPs em 1984

Dez obras foram realizadas em Cedrolndia (Nova Vencia); Vila Pavo (Nova Vencia); Patrimnio de XV (Nova Vencia); Venda Nova do Imigrante (ampliao na Sede); So Joo de Viosa (Venda Nova); Manguinhos (Serra); Vila Verde (Pancas); Floresta do Sul (Pedro Canrio); So Jacinto (So Roque); e Sobreiro (Afonso Cludio).
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
343
Captao de poo e ETA de Cedrolndia
ETA de Patrimnio do XV
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Pa rt e I I
ETA de Vila Verde
ETA de Sobreiro
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
345
Obras das CPPs de 1985

Doze obras contemplaram Santa Leopoldina (Sede); Fundo (Sede); Presidente Kennedy (Sede); Joauba (Ecoporanga); So Jos de Mantenpolis (Mantenpolis); So Roque da Terra Rocha (So Gabriel da Palha); Vila Nelita (gua Doce do Norte); Ponta da Fruta (Vila Velha); Barra do Jucu (ampliao, Vila Velha); Fartura (So Gabriel da Palha); Pancas (ampliao, Sede); e Vrzea Alegre (Santa Teresa).
ETA de Presidente Kennedy
ETA de Santa Leopoldina
ETA de Vrzea Alegre
ETA de Fundo: filtros de ao da adutora de baixa carga de dimetro de 1.280 mm
ETA de Fundo: filtros de ao
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Pa rt e I I

Foram 12 obras em Cristal (Pedro Canrio); Pima (ampliao, Sede); Itaputanga (Pima); Belvedere (Serra); Estrela do Norte (Castelo); Serra Pelada (Afonso Cludio); Santa Mnica (ampliao, Guarapari); Peroco (Guarapari); Setiba (Guarapari); Alto Rio Novo (Sede); So Joo do Sobrado (Pinheiros); e Vila Valrio (So Gabriel da Palha).
ETA de So Joo do Sobrado
Captao: So Joo do Sobrado
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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ETA de Vila Valrio
ETA de Santa Mnica/Peroco
Reservatrio elevado da localidade de Cristal
348
Pa rt e I I
ETA da localidade de Cristal
Captao flutuante no Rio Novo em Pima, dcada de 80

Seis obras do programa foram realizadas em Brao do Rio (Conceio da Barra); Boa Esperana (ampliao, Sede); Ubu (Anchieta); Jucu (Viana); Viana (Sede); e Sayonara (Conceio da Barra).
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
349
Captao de poo profundo de Ubu
ETA e reservatrio de Ubu

Sete obras contemplaram as comunidades de Paulista (Barra de So Francisco); Santa Luzia (Mantenpolis); Boa Vista (Nova Vencia); Guararema (Nova Vencia); Lajinha (Pancas); Imburana (Ecoporanga); e Santo Antnio (Santa Teresa).
350
Pa rt e I I
ETA de Imburana
ETA de Guararema
Obras das CPPs realizadas em 1989

Foram 11 obras em Arac (Pedra Azul, Domingos Martins); Maemb; (Anchieta); Cotax (Ecoporanga); Prata dos Baianos (Ecoporanga); Timbu (Fundo); Vinhtico (Montanha); Itamira (Mucurici); Santo Antnio (Boa Esperana); Sobradinho (Boa Esperana); Itanas (Conceio da Barra); e Governador Lacerda (Barra de So Francisco).
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
351
ETA de Arac, Pedra Azul
ETA e reservatrio de Itamira
ETA e reservatrio de Vinhtico
ETA de Timbu
352
Pa rt e I I
ETA de Maemb
Coleta de gua a cavalo por falta de acesso de carros a determinados locais
Coleta de gua para anlise, utilizando trator por excesso de chuva e barro
Comunidade sem abastecimento de gua
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
353
Comunidade sem abastecimento de gua: poo individual
Pa rt e I I
De 1989 a 1992, a Cesan realizou nove obras em outras Comunidades de Pequeno Porte: Irupi, Piau e Pequi (Ina); Laranja da Terra (Sede); Ponto Alto (Domingos Martins); Alto Rio Possmouser e So Joo do Garrafo (Santa Maria de Jetib); Itabaiana (Mucurici); e Monte Sinai (Barra de So Francisco).
ETA de Pequi
Grfico da evoluo da implantao das Comunidades de Pequeno Porte (CPPs)
ETA de Piau
ETA de So Joo do Garrafo
ETA de Monte Sinai
Do tempo da Cesan
355
Outras obras
Sistema Jucu Adutora da ETA de Cobi at a Vila Rubim A antiga adutora de dimetro de 800 mm no trecho da ETA de Cobi at as linhas frreas, em So Torquato, teve que ser substituda em funo do seu precrio estado de conservao, bem como a de 500 mm no trecho da antiga adutora de Duas Bocas (assentada na Ponte Florentino Avidos) at a Vila Rubim. Outro fato tcnico significativo que a nova adutora, na sada da Estao de Tratamento, foi assentada em cota mais baixa, resolvendo um problema hidrulico na antiga adutora que cortava a linha piezomtrica, o que prejudicava o seu desempenho. A nova adutora foi construda no dimetro de 800 mm. Naquela oportunidade, a Cesan reconstruiu uma passarela sobre a outra adutora de dimetro de 600 mm, situada do outro lado da Ponte Florentino Avidos.
Adutora de 800 mm substituda na sada da ETA de Cobi
Reservatrio de Vale Esperana Foi construdo, numa rea adjacente Estao de Tratamento de Vale Esperana, um reservatrio de volume igual a 10 mil metros cbicos, com duas cmaras de 5 mil metros cbicos cada. A cota de fundo de 61,90 metros e o nvel de gua mximo de 67 metros. A sua rea de influncia contemplou o atendimento dos bairros Campo Grande, Santa F, Cruzeiro do Sul, Rosa da Penha, Santa Brbara, e outros.
356
Pa rt e I I
Reservatrio de Alto Lage Construdo em uma elevao prxima ao trevo de Alto Lage, do lado esquerdo no sentido Itangu, seu volume de 4 mil metros cbicos, com duas cmaras de 2 mil metros cbicos cada. A cota de fundo de 61 metros e o seu nvel de gua mximo de 66 metros. A sua rea de influncia contemplou os bairros Alto Lage, Itacib, Itangu, Oriente, e outros. Foi construda uma adutora de dimetro de 600 mm, saindo da ETA de Vale Esperana at esse reservatrio.
Construo do reservatrio e da adutora de Alto Lage
Reservatrio do Morro do Pico Foi construdo em uma elevao atrs da antiga Brasprola. Seu volume foi de 300 metros cbicos. A cota do seu nvel mximo de gua foi de 94 metros. A sua rea de influncia contemplou alguns bairros de Cariacica: Piranema, Flor de Piranema, Novo Brasil, Vale dos Reis, e os bairros de Viana: Areinha, Cana, Universal, Vila Betnia, Nova Betnia e outros. Para atender esse reservatrio, foi construda a estao elevatria de So Francisco, situada no bairro So Francisco, prximo Ceasa. Uma adutora partindo da ETA de Vale Esperana foi construda para alimentar a elevatria e o reservatrio. Pequenos reservatrios Foram construdos pequenos reservatrios reguladores de presso, como o reservatrio elevado So Francisco, de 50 metros cbicos; o elevado de Santa Brbara, de 200 metros cbicos; e o apoiado de Grana, de 300 metros cbicos. Reservatrio de Fradinhos Foi construdo em elevao no Morro de Fradinhos, em Vitria. Seu volume foi de 5 mil metros cbicos, com duas cmaras de 2.500 metros
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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cbicos cada. A cota de fundo de 65 metros e, a cota do seu nvel de gua mximo, de 70 metros. Sua rea de influncia contemplou os bairros de Fradinhos, Marupe, parte de Jucutuquara, Horto, e diversos outros situados no contorno da Ilha de Vitria. Para alimentar esse reservatrio, foi construda a estao elevatria da Av. Alberto Torres. um dos principais reservatrios da Cesan, pois atende o maior nmero de elevatrias que bombeiam para a parte elevada de vrios bairros, cujas cotas atingem a altitude de at 170 metros acima do nvel do mar.
Construo do reservatrio de Fradinhos
Adutora para alimentao do reservatrio de Fradinhos, descarga e adutora na sada do reservatrio para a distribuio
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Pa rt e I I
Adutora do trecho da Vila Rubim at a Av. Alberto Torres Para alimentar a estao elevatria da Alberto Torres e o reservatrio de Fradinhos, foi construda a adutora de gua tratada no dimetro de 800 mm, em ferro fundido, paralela antiga de 600 mm. O detalhe particular da construo foi assentar a adutora no calado da Avenida Beira-Mar e sob a ciclovia em profundidade mnima que pudesse no interferir com as galerias de drenagem da Prefeitura. Adutora do trecho da ETA de Vale Esperana at a Ponte Florentino Avidos Para reforar o abastecimento de Vitria, foi construda uma adutora nos dimetros de 800 e 600 mm. Essa adutora saa da ETA de Vale Esperana, passava por trs da antiga sede da Ferro e Ao de Vitria, seguia por Jardim Amrica e So Torquato indo at a Ponte Florentino Avidos, onde se interliga com a rede existente (de dimetro de 600 mm). Sistema de Viana A captao foi feita em barragem existente no Rio Formate, construindo-se uma adutora de ferro fundido de dimetro de 150 mm e de aproximados 7 Km de extenso.
Barragem no Rio Formate
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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A Estao de Tratamento tinha filtrao direta com capacidade nominal de 18 litros por segundo. O reservatrio construdo junto ETA teve seu volume igual a 300 metros cbicos. O sistema de distribuio foi reforado com a construo de redes. Em 2012, a Cesan triplicou o sistema de captao e de tratamento para 60 litros por segundo com outra captao no Rio Santo Agostinho. O tratamento passou a ser completo com floculao, decantao e filtrao.
ETA e reservatrio de Viana
Sistema de Duas Bocas O sistema inicial de tratamento de 1974 era por floculao e decantao. Em 1986, passou a ser por filtrao direta, desinfeco por cloro, correo de pH e fluoretao. Entretanto, a concepo inicial era compatvel com a poca em que foi construda e com a qualidade da gua do manancial.
Construo dos filtros na ETA de Duas Bocas
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Sistema de abastecimento de gua de Guarapari O sistema foi implantado no final da dcada de 70 e incio de 80, tendo como rgo o BNH. Na poca, o rgo tcnico que analisava os projetos era a Fundao Estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Feema). Captao O manancial que j abastecia Guarapari, o Rio Conceio, foi aproveitado com alterao do ponto de captao. A nova captao passou a ser num ponto a montante da antiga, em cota mais alta, de forma a veicular quantidade maior de gua e transport-la at a Estao de Tratamento por gravidade, ou seja, sem necessidade de bombeamento. No novo ponto de captao foi construda uma pequena barragem de nvel de concreto armado. Na outra captao, no Rio Jabuti, construiu-se uma barragem de nvel de enrocamento de pedras, cuja funo era impedir a intruso da cunha salina, j que a captao fora construda quase no final da foz do Rio Jabuti. Outra funo era permitir o direcionamento da gua ao poo de suco da estao elevatria de bombeamento, garantindo a submergncia da tomada das bombas. Estao elevatria de gua bruta Construda junto s margens do Rio Jabuti para bombear a gua at a nova Estao de Tratamento.
Barragem: tomada de gua no Rio Conceio, em Guarapari
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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Barragem com tomada de gua no Rio Conceio, em Guarapari
Enrocamento com tomada de gua no Rio Jabuti, em Guarapari
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Adutoras de gua bruta A adutora do Rio Conceio, de dimetro de 400 mm e com 7.300 metros de extenso, por gravidade, foi aproveitada por seu bom estado de conservao. Foram construdos 1.671 metros, no dimetro de 400 mm, para atender a nova captao que teve alterado seu ponto de tomada para a montante da antiga. J a adutora do Rio Jabuti foi construda no dimetro de 400 mm e extenso de 3.800 metros. Estao de Tratamento de gua Construda em uma elevao s margens da Rodovia Jones dos Santos Neves com floculao, decantao, filtrao, desinfeco e correo de pH. Sua capacidade nominal, na primeira etapa, foi de 171 litros por segundo.
Estao de Tratamento de gua de Guarapari
Um acidente durante a construo da Estao de Tratamento Para ser construda, a obra necessitava do desmonte da rocha para assentar os floculadores, decantadores e filtros. O material armazenado para desmonte a fogo eram dinamites que ficavam armazenados no canteiro de obras. Um grave acidente ocorreu no local: uma exploso levou tudo pelos ares. Felizmente, nenhum funcionrio estava no local e no houve feridos. As fotos, a seguir, mostram o que aconteceu.
Do tempo da Cesan
Dcada de 1980
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Incidente com explosivos durante a obra da ETA de Guarapari
Reservatrios Guarapari, principal balnerio capixaba, conhecido no cenrio nacional e internacional como Cidade Sade, por suas areias monazticas e por ser o mais tradicional destino turstico do Estado. Por isso, na poca da implantao do sistema de gua, o Governo definiu que os reservatrios deveriam ter uma arquitetura compatvel com o balnerio: em formato de guarda-sol. No Centro da cidade foi construdo um reservatrio apoiado de volume igual a 741 metros cbicos e um elevado com capacidade de 170 metros cbicos. O antigo reservatrio, de 481 metros cbicos, foi recuperado. No bairro Ipiranga, o reservatrio apoiado construdo teve volume de 980 metros cbicos e, o elevado, de 300 metros cbicos. Outro, em Muquiaba, teve volume de 2.272 metros cbicos e, o elevado, de 75 metros cbicos. Pelo design diferenciado, a construo exigiu nova tcnica: a parte superior que armazena a gua, o guarda-sol, teve que ser construdo no solo e, depois de pronto, levado para o alto na posio definitiva, com macacos hidrulicos. medida que
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Pa rt e I I
subia, cunhava-se o reservatrio no fuste, ou melhor, na coluna. Essa tcnica foi desenvolvida pela empresa Faulhaber. Os reservatrios comuns, no geral, so construdos e estruturados no local, na posio definitiva, apoiados em uma estrutura de ao ou de madeira.
Construo do reservatrio elevado de Guarapari
Reservatrio elevado e escritrio de Guarapari
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Subadutoras e redes de distribuio Foram construdas novas subadutoras saindo da Estao de Tratamento at os reservatrios. Os dimetros variaram de 200 a 500 mm. As redes de distribuio tinham dimetros entre 50 e 350 mm. As redes implantadas e as subadutoras totalizaram aproximados 90 mil metros de redes. Sistema de Meape e da Enseada Azul Tambm houve a construo de um sistema independente para Meape e Enseada Azul, utilizando como manancial a Lagoa Maemb. Construiu-se uma estao elevatria s margens da lagoa e uma adutora de gua bruta, de dimetro 200 mm, em ferro fundido e comprimento de 3.572 metros, que ia at a Estao de Tratamento. Esta tinha capacidade nominal de 18,5 litros por segundo, do tipo filtrao direta, com desinfeco e correo de pH. Os reservatrios apoiados de volume igual a 600 metros cbicos e elevado de 75 metros cbicos foram construdos na mesma rea da Estao de Tratamento. Em Nova Guarapari, o reservatrio existente tem capacidade para armazenar 600 metros cbicos. As redes de distribuio variaram de 40 a 200 mm. Na poca, construram-se em torno de 21 mil metros de redes.
Estao de tratamento de gua e reservatrios de Meaipe
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Sistema Santa Mnica, Peroco e Setiba Esse foi outro sistema independente, construdo em 1986, tendo como captao o Rio Peroco. Construram-se uma estao elevatria, nas margens do Rio Peroco, e uma adutora de gua bruta, em ferro fundido, no dimetro de 200 mm, comprimento de 1.750 metros que ia at a Estao de Tratamento. Essa estao com capacidade nominal de 21 litros por segundo foi construda em Santa Mnica/Peroco, composta de mistura rpida, com quatro clarificadores de contato, desinfeco, correo de pH e fluoretao. Na rea da ETA tambm foram construdos dois reservatrios: um apoiado, com capacidade para 520 metros cbicos e, outro elevado, com 25 metros cbicos. Em Setiba, construiu-se uma elevatria do tipo booster para recalcar a gua at um reservatrio de capacidade de 171 metros cbicos, numa elevao junto ao bairro. As redes de distribuio variaram de 50 a 300 mm, sendo construdas cerca de 20 mil metros de redes, na poca. Mais tarde, ergueu-se uma Estao Elevatria de gua Tratada para atender o Peroco e o Jabara, atravs do sistema de Guarapari.
Estao de Tratamento de gua de Santa Mnica/Peroco
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Programa de Desenvolvimento Operacional (Pecop)

Em 1988, foi elaborado pela Coordenao Geral do Pecop, por meio do coordenador geral e coordenador do Projeto de Planejamento e Controle Operacional, um relatrio denominado Estudo dos Efeitos do Pecop na Evoluo da Demanda de gua da Grande Vitria. O objetivo do relatrio era analisar os reflexos da implementao das aes do Pecop na evoluo da demanda de gua da Grande Vitria, alm de estabelecer os parmetros que permitissem Cesan planejar as aes para ampliar as unidades de produo responsveis pelo abastecimento de gua da Grande Vitria. A principal ao era a meta de ampliar at dezembro de 1991 o ndice de hidrometrao para 85% do total de economias e manter esse percentual nos anos seguintes. Como premissa, considerou-se invivel a hidrometrao de 15% das economias do tipo rtico, situadas basicamente nas partes mais altas e nas periferias da Grande Vitria. O ndice de hidrometrao, em dezembro de 1987, era de apenas 50,83%. Alm da micromedio, outras atividades tambm faziam parte do Pecop: os projetos da macromedio, pitometria, manuteno e reabilitao de unidade, sistema integrado de comercializao (comercializao, faturamento, cobrana e cadastro de consumidores). As principais grandezas fsicas realizadas em 1987, na Grande Vitria, foram as seguintes: volume mdio mensal produzido, 13.430.471 metros cbicos; volume mdio mensal consumido pelos grandes consumidores industriais, 2.787,514 metros cbicos; volume mdio mensal consumido, micromedido sem os grandes consumidores industriais, 2.881.517 metros cbicos; nmero de economias medidas, 118.797; nmero de economias no medidas, 114.787; consumo mdio mensal por economia medida, 24,25 metros cbicos; consumo mdio mensal por economia no medida, 48,13 metros cbicos; populao total abastecida, 981.707 habitantes; habitantes por economia, 4,2; consumo dirio per capta nas economias medidas, 192 litros por dia; consumo dirio per capta nas economias no medidas, 382 litros por dia; e ndice de perdas total (no sistema mais desperdcio) sem os consumidores industriais, de 46,77%. O programa de aes do Pecop, elaborado em 1984, estabeleceu como meta para o projeto de micromedio, a hidrometrao de 100% do total das economias, entretanto, em decorrncia principalmente da falta de recursos financeiros, o ndice
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da hidrometrao da Grande Vitria, atingiu, em dezembro de 1987, apenas a metade do total das economias. O ndice de perdas foi de 46,77%, em 1987. Com as aes operacionais emergenciais do vero 89-90, foi estimado que a capacidade mxima de produo dos sistemas que abasteciam a regio da Grande Vitria seria ampliada em aproximados 15%, ou seja, de 5.624 para 6.479 litros por segundo. As principais aes do Pecop programadas para janeiro de 1989 a dezembro de 1991, na Grande Vitria, contemplaram a macromedio e a pitometria para a instalao de 15 aparelhos, aquisio de equipamentos, veculos e ferramentas para oficina e equipes de pitometria. Tambm houve a instalao de cerca de 100 mil hidrmetros; construo de seis polos de manuteno, dos quais dois j estavam construdos; cadastro das redes de distribuio; manuteno e reabilitao de vrias unidades que compem os sistemas; planejamento e controle operacional; e sistema integrado de comercializao. Como as perdas continuavam elevadas foram, ento, estimadas a reduo dos ndices de perdas na Grande Vitria, com aes de controle de vazamentos e de combate aos desperdcios. As projees estimadas foram: para 1988, perdas de 46,77%; 1989, de 41,32%; 1990, de 33,55%; 1991, de 27,68%; e, para 1992 em diante, perdas de 27, 68%. As concluses principais desse relatrio intitulado Estudo dos efeitos do Pecop na evoluo da demanda de gua da Grande Vitria foram que, no estudo de demanda para o dimensionamento das obras de ampliao dos sistemas da Grande Vitria em elaborao pela firma contratada, fosse considerado o programa de aes do Pecop; que priorizassem as aes emergenciais do vero 89-90; que levassem em conta os resultados esperados das aes do Pecop para o estagiamento das obras; e que priorizassem as aes do Pecop indispensveis postergao de alguns investimentos na ampliao dos sistemas da Grande Vitria. Muitas das aes previstas no se concretizaram por falta de recursos financeiros e, como consequncia, os ndices de perdas no reduziram as estimativas projetadas. As perdas decresceram ao longo dos anos seguintes, mas em baixa velocidade. Somente com a retomada dos investimentos que os ndices na Cesan, de acordo com o Sistema de Informaes do Controle Operacional (Sincop) reduziram, chegando, em dezembro de 2011, em 35,6%. Desse ndice, as perdas por vazamento representam 15% e os restantes 20,6% so relativos s ligaes clandestinas (os populares gatos) e submedio de hidrmetros. O ndice atual de micromedio chegou a 94%.
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Entre 1987 e 1990, apesar da restrio de novos investimentos, notadamente imposta pelo Governo Federal, por meio da Caixa Econmica, foram realizadas obras tanto de gua quanto de esgotamento sanitrio que exigiram empenho e criatividade do corpo gerencial. Uma ao importante, na poca, foi a implantao do Programa de Controle de Incidncia de Mosquitos (Procim) iniciado, em Vila Velha, e estendido depois para Vitria. Na rea de combate a vetores realizou-se o revestimento de parte do Canal da Costa e drenagem da Rua Maria Amlia, em Vila Velha.
Revestimento do Canal da Costa
Em 1987, o total de economia de gua era de 319.600 e, de esgoto, 38.300; um ano depois, o total foi de 334.700 (gua) e 39.100 (esgoto). Em 1989, mais economia: 354.600 (gua) e 39.600 (esgoto); em 1990, o total de economia de gua era de 373.400 e, de esgoto, 40.500.
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A populao abastecida com gua e esgoto na Grande Vitria e no interior era, em 1987, de 1.211.000 habitantes (gua) e 117 mil pessoas (esgoto); em 1988, 1.266.000 habitantes (gua) e 119 mil (esgoto); em 1989, 1.342.000 moradores (gua) e 121 mil (esgoto); e, em 1990, o abastecimento de gua totalizava 1.419.000 habitantes e, de esgoto, 124 mil pessoas. Na Grande Vitria, notadamente na capital, concluiu-se a maior obra de esgotamento sanitrio do Estado at aquela poca: a Estao de Tratamento de Esgoto de Camburi que atendeu a parte continental de Vitria, sobretudo, Jardim da Penha, Camburi e adjacncias. Para implantar a Estao de Tratamento, negociou-se a utilizao da rea necessria com a Infraero. A concepo da estao foi realizada atravs das lagoas de estabilizao.
Estao de Tratamento de Esgoto de Camburi
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No interior, as aes de saneamento voltadas ao esgotamento sanitrio contemplaram obras nos municpios, como por exemplo, Venda Nova do Imigrante, com a construo de uma lagoa de estabilizao.
Estao de Tratamento de Esgoto de Venda Nova do Imigrante
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D c a d a de
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Escassez de recursos financiados

Diante das dificuldades de recursos financeiros, a Cesan usou a criatividade para driblar a chamada dcada perdida: os anos 1990. Como construir e ampliar os sistemas de gua e de esgoto sanitrio? A sada foi buscar alternativas para outras linhas de financiamento, inclusive externa, como a do Banco Mundial. A Cesan tinha 1.283 empregados, em agosto de 1997, mas havia tendncia de reduo dos quadros, principalmente com os planos de demisso voluntria em implantao desde 1996. O nmero de economias de gua era de 497 mil, em 1995; 523.200, em 96; e de 558 mil, em novembro de 1997. Quanto ao esgotamento sanitrio mantinham-se 62.300 economias, em 1995, e 76.400, em 96. Pior: o nvel de cobertura de esgoto, em 1996, era de apenas 13,5%.
Financiamento do Banco Mundial

Para obter financiamento do Banco Mundial (Bird) ao projeto de gerenciamento de Poluio da gua e Litornea, a Cesan e a Secretaria Estadual para Assuntos de Meio Ambiente (Seama), em maro de 1992, apresentaram uma proposta Comisso de Financiamentos Externos (Cofiex) que foi aprovada pela Comisso de Financiamentos Externos, em maio de 1992, mas o projeto s foi identificado em novembro de 1992. Sequenciaram-se algumas misses do banco para ajudar na preparao do projeto avaliado, em novembro de 1993, e aprovado em dezembro daquele mesmo ano pela Cofiex. O valor total do investimento foi de US$ 308 milhes, com financiamento de US$ 154 milhes. O tomador do emprstimo foi o Estado do Esprito Santo, tendo como beneficirios a Cesan e a Seama. O fiador foi a Repblica Federativa do Brasil e os rgos executores, a Cesan e a Seama.
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Em 1993, o nvel de cobertura de gua da Cesan era de pouco mais de 90% e, o de esgotamento sanitrio, em torno de 11%. O nmero de funcionrios permanentes era de 1.577. Os objetivos especficos iniciais do projeto foram aumentar o nvel de abastecimento de gua e servios sanitrios bsicos, contemplando a coleta e o tratamento de esgoto nas reas urbanas da Grande Vitria, Guarapari, Castelo, Ina, So Gabriel da Palha, Conceio da Barra e outras cidades situadas nas bacias dos rios Jucu e Santa Maria da Vitria; propiciar uma apropriada infraestrutura de abastecimento de gua e saneamento nas reas urbanas de baixa renda da Grande Vitria e Guarapari; alm de melhorar a eficincia na prestao de servios. O projeto contemplava tambm a reduo de doenas transmissveis de veiculao hdrica, a melhoria na qualidade de vida da populao e da qualidade da gua de consumo humano e recreativo dos rios da Grande Vitria, Guarapari e esturios, e outras reas litorneas do projeto. Contemplava, ainda, benefcios para 640 mil pessoas com gua potvel, incluindo aquelas com ligaes domsticas e outras com menor perodo de racionamento, alm de cerca de 770 mil pessoas com servios de esgotos, incluindo tratamento. Outros benefcios do projeto incluam gua de melhor qualidade nos rios e reas marinhas; aumento das atividades tursticas; melhores condies de higiene para reduzir a mortalidade infantil e a incidncia de doenas de causa hdrica, alm da preservao da qualidade da gua nos ecossistemas, envolvendo os manguezais e lagoas costeiras, dentre outros. O projeto teve um componente de investimento da Cesan e outro institucional para reforar as capacidades organizacionais e operacionais da Cesan e da Seama. Na rea de abastecimento de gua, os investimentos propostos pela Cesan focaram na melhoria da operao dos sistemas, eliminao dos estrangulamentos, insero das reas urbanas de baixa renda aos sistemas da Cesan, e ampliao do nvel de prestao de servios no Estado em torno de 2% para 93%. Quanto ao componente de saneamento, as metas foram: construir 12 sistemas de esgotos e 10 plantas de tratamentos de esgotos para aumentar de 32% para 42% a prestao de servios no Estado. O reforo institucional da Seama visou ao reforo do gerenciamento dos recursos hdricos, monitoramento da qualidade da gua e controle da poluio, implantao de sistemas de informaes ambientais e programas educacionais. Os investimentos em abastecimento de gua consideraram as estaes de tra-
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tamento, estaes elevatrias, redes adutoras, reservatrios, redes de distribuio e ligaes. Dentre as principais obras previstas, citamos a instalao de duas unidades de bombeamento na elevatria do Santa Maria; dois filtros na ETA de Carapina; reservatrios de Vale Esperana, Garoto, Santa Clara, Planalto, Ibes e Civit; adutoras para alimentao e sada desses reservatrios; elevatrias de gua tratada; redes de distribuio para expanso dos sistemas Jucu e Santa Maria. Previram-se para a regio de Guarapari a nova captao com bombeamento e aduo de gua do Rio Benevente; ampliao da ETA, reservatrios e rede. Para o interior, constavam investimentos em Ina, Nova Vencia, Castelo, Conceio da Barra e So Gabriel da Palha. Tambm houve investimentos externos ao banco, com financiamento da Caixa Econmica Federal e do Governo do Estado, que j estavam em andamento para ampliar o sistema de produo da Grande Vitria, projetando aumento de 1.300 litros por segundo. Outras obras merecem ser mencionadas, como a construo da nova ETA de Vale Esperana, com mais 1.800 litros por segundo; a ampliao da capacidade de bombeamento dos sistemas Jucu, do alto e baixo recalque, alm de uma nova adutora de alta carga. Dos investimentos relacionados na Grande Vitria, apenas no foram construdos os reservatrios do Ibes e do Civit. Em compensao, construiu-se o de Aras. Os dois filtros da ETA de Carapina no aconteceram, mas implantou-se o servio de tratamento com a introduo da flotao. Tambm foi construda outra adutora para o booster do Civit. Os investimentos em esgotamento sanitrio consideraram a Grande Vitria, Guarapari e outras cidades do interior. Para a Grande Vitria, foram relacionadas as regies Vitria-Centro, Jucutuquara e adjacncias (Bacia B5); Praia do Canto, Barro Vermelho, Santa Lcia, Ilha do Boi, Ilha do Frade, Praia do Su, Bento Ferreira e adjacncias (Bacia B4); em Vila Velha, Praia da Costa, Itapo at Aras, Glria, Cristvo Colombo, Soteco e arredores (Bacia B13); a regio de Cariacica, notadamente Campo Grande, Bandeirantes, Jardim Amrica, Rio Marinho e imediaes. Em Guarapari, foram relacionadas a Praia do Morro, o Aeroporto, Muquiaba e redondeza, e o Centro e adjacncias. Em outras cidades, visando principalmente proteger as bacias dos rios Jucu e Santa Maria da Vitria, abastecedores da Grande Vitria, o projeto considerou a coleta e o tratamento de esgoto para as sedes de Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Maria de Jetib e Santa Leopoldina.
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Desses investimentos com recursos do Banco Mundial ou de outras fontes de financiamento, apenas no foram realizados os servios de esgotamento sanitrio de Santa Leopoldina. O Centro de Guarapari e Marechal Floriano esto em obras. A partir da segunda metade da dcada de 90, deu-se incio a construo das redes coletoras, interceptores e ligaes prediais da Praia do Canto e imediaes; Praia da Costa e adjacncias; Campo Grande e cercanias; e Praia do Morro e redondeza. As estaes de tratamento de esgotos s se tornaram realidade apenas no incio de 2000. Reservatrio de Vale Esperana Foi construda, em 1999, a ampliao do reservatrio de gua de Vale Esperana, com duas cmaras de 5 mil metros cbicos cada.
Despoluio dos ecossistemas do Esprito Santo: rea de abrangncia de esgoto
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Reservatrio de Vale Esperana: volume de 10 mil metros cbicos
Sistema de abastecimento de gua de Guarapari O balnerio apresentava srios problemas de abastecimento em pocas de veraneio e de estiagem. Na alta estao e seca prolongada, as vazes dos mananciais abastecedores, os rios Jabuti e Conceio, eram insuficientes para atender a demanda. Como soluo, construiuse, com recursos de financiamento do Banco Mundial, nova captao de gua no Rio Benevente, na localidade de Jabaquara (Anchieta), constituda por uma estao elevatria de gua bruta com trs conjuntos motobombas de 40 CV cada, sendo um de reserva, uma estao elevatria de gua bruta com trs conjuntos de 300 CV cada, dos quais um de reserva, e uma elevatria do tipo booster com trs conjuntos de 300 CV cada, com um de reserva. Tambm foi construda uma adutora de dimetro de 500 mm, com cerca de 18 mil metros e 6.400 metros de redes de distribuio. Nessa primeira fase, o sistema foi concebido para bombear 187 litros por segundo. A vazo total do projeto foi igual a 374 litros por segundo.
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Planta esquemtica do sistema de gua de Guarapari: captao no Rio Benevente
Esquemtico do sistema existente e projetado de gua de Guarapari
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Elevatria de Jabaquara: sistema de gua do Rio Benevente
Os estudos e projetos realizados com recursos do Banco Mundial foram iniciados a partir de 1996 e concludos no final da dcada de 90. So eles: reestudo do Planejamento Global (Plano Diretor) e Projeto Tcnico do sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria; Planejamento Global (Plano Diretor) de esgotamento sanitrio da Serra e distrito de Praia Grande (Fundo); elaborao dos estudos de concepo e desenvolvimento dos projetos tcnicos e executivos do sistema de coleta e transporte de esgoto sanitrio da Bacia B-5, de Jucutuquara e adjacncias, em Vitria.
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Reestudo do Planejamento Global (Plano diretor) e Projeto Tcnico do Sistema de Abastecimento de gua da Grande Vitria
Entre maio de 1996 e setembro de 1999 foi elaborada, pelo Consrcio Aquaconsult -Hidroconsult, a reestruturao do Planejamento Global (Plano Diretor) e Projeto Tcnico do sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria, com financiamento do Banco Mundial. Diferente dos demais, o estudo envolveu ao mesmo tempo todos os municpios da Grande Vitria, ou seja, Vitria, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana e o distrito de Praia Grande (Fundo). Outro diferencial foi a avaliao realizada sobre os recursos hdricos da regio, contemplando os rios Jucu, Santa Maria da Vitria, Reis Magos e Duas Bocas. Objetivo: definir a disponibilidade hdrica da regio, suas condies crticas e estudos de regularizao de vazes. Estabeleceu-se como horizonte do projeto o ano 2030. A populao projetada, para final o do plano, foi de 3,11 milhes de habitantes.
Mapa de localizao do reestudo do planejamento global do sistema de distribuio de gua da Grande Vitria
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A Fase A foi relativa ao reestudo do Planejamento Global (Plano Diretor). A Fase B constituiu-se da elaborao dos projetos tcnicos dos sistemas de reservao, distribuio, estaes elevatrias e adutoras. Posteriormente, desenvolveu-se a Fase C com os projetos complementares das unidades definidas como prioritrias pela Cesan, conforme o Planejamento Global. A concepo bsica considerou que a gua conduzida das estaes de tratamento por adutoras para alimentar os reservatrios sem distribuio em marcha, ou seja, sem sangrias ao longo do percurso. Cada centro de reservao passou a ser responsvel por uma zona de atendimento, ou setor, o que facilitava o controle operacional, o controle de presso, medio e, consequentemente, o controle de perdas. Foram projetadas, a partir dos reservatrios, redes tronco principais e secundrios, criando anis em cada setor de distribuio para ampliar a eficincia da rede e abastecer adequadamente, com vazo e presso, todos os pontos do setor. O sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria foi dividido em nove subsistemas de abastecimento, caracterizados por suas respectivas ETAs, e mananciais abastecedores, ou seja, os subsistemas Jucu/Vale Esperana; Caaroca; Duas Bocas; Araatiba; Jucu/Antrtica; Carapina; Reis Magos; Santa Maria/Itanhenga; e Viana.
Subsistema de abastecimento: manancial abastecedor e estaes de tratamento
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Cada subsistema foi subdividido por setores de distribuio caracterizados por seus respectivos centros de reservao. Cada centro de reservao foi projetado com cmaras moduladas para permitir a confirmao das estimativas, incluindo projees futuras para o volume de reserva de cada setor at o final do projeto, isto , o ano 2030. O subsistema Jucu/Vale Esperana dividiu-se em 15 setores de distribuio, cada qual caracterizado por seu centro de reservao: So Francisco/ Marclio/ Bethnia; Vale Esperana, Valverde/ Porto de Santana; Alto Lage; Aras; Alan Kardec; Boa Vista; Garoto; Garrido; Rio Marinho; Santa Clara; Barro Vermelho; Fradinhos; Santa Lcia; e So Pedro.
Subsistema de Jucu/Vale Esperana: setorizao do subsistema
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O subsistema de Caaroca tem quatro setores de distribuio, cada um com seu centro de reservao: Castelo Branco/ Metalpen; Barra do Jucu; Grande Terra Vermelha; e Ponta da Fruta. O subsistema de Duas Bocas e Santa Maria/ Itanhenga foi dividido em dois setores de distribuio, cada qual tambm com seu centro de reservao: Duas Bocas e Santa Maria/ Itanhenga. O subsistema de Araatiba tem somente um setor com o mesmo nome, assim como o de Jucu/ Antrtica. J o subsistema de Viana subdividiu-se em dois setores de distribuio. Cada setor tem seu centro de reservao: Viana e BR-262. Quando entrar em operao, prevista para 2019, o subsistema de Reis Magos ter trs setores: Serra Sede, Civit e Maraj. O subsistema de Carapina tem 11 setores: Goiabeiras, Jardim Camburi, Carapina, Laranjeiras, Bairro das Flores, Civit, Maraj, Serra Sede, Jacarape, Nova Almeida e Praia Grande (Fundo).
Subsistema de Carapina: setorizao do subsistema
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As unidades projetadas foram:
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Subsistema de Jucu/Vale Esperana Adutoras de gua tratada com 27.323 metros, nos dimetros de 250 a 1000 mm; estaes elevatrias de gua tratada, 8 elevatrias com potncia de 15 a 500 CV; reservatrios e 13 centros de reservao, totalizando 122.900 metros cbicos.
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Subsistema de Caaroca Adutoras de gua tratada com 15.946 metros, nos dimetros de 350 a 400 mm; estaes elevatrias de gua tratada; trs elevatrias com potncia de 60 a 800 CV; reservatrios; e trs centros de reservao, somando 12.100 metros cbicos.
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Subsistema de Duas Bocas e de Santa Maria/ Itanhenga Adutoras de gua tratada com 15.480 metros, nos dimetros de 350 a 450 mm; reservatrios; e dois centros de reservao, totalizando 16 mil metros cbicos.
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Subsistema de Araatiba Reservatrios e um centro de reservao. Total: 60 metros cbicos. Subsistema de Viana Adutoras de gua tratada com 1.587 metros, no dimetro de 200 mm; reservatrios; e dois centros de reservao, totalizando 850 metros cbicos.
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Subsistema de Carapina e de Reis Magos Adutoras de gua tratada com 61.804 metros, nos dimetros de 300 a 800 mm; estaes elevatrias de gua tratada; 14 elevatrias com potncia de 10 a 1.500 CV; reservatrios; e 11 centros de reservao. Total: 83.200 metros cbicos.
Para todos os subsistemas citados foram projetadas redes de distribuio nos dimetros de 50 a 700 mm, totalizando em torno de 1,60 milho de metros.
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Ampliao do sistema de abastecimento de gua da Grande Vitria

Para atender crescente demanda do abastecimento de gua, a Cesan ampliou seu sistema de produo da Grande Vitria. Diante das dificuldades para viabilizar os recursos financeiros, as obras se realizaram por etapas. A primeira subdividiu-se em duas, cuja execuo em determinado momento aconteceu simultaneamente. O prazo previsto de execuo foi de 18 meses para a primeira etapa e de 24 meses para a segunda. A realizao das obras aconteceu de setembro de 1991 a abril de 1997. Compreendeu basicamente a linha de transmisso; captao no Rio Jucu, estao elevatria de gua bruta baixo recalque; estao elevatria de gua bruta alto recalque, adutora de gua bruta; Estao de Tratamento de Vale Esperana (ampliaes); Estao de Tratamento de Cobi (melhorias); distribuio de gua tratada, incluindo melhorias, adutoras, reservatrios, redes de distribuio, e ligaes prediais e controle operacional (micromedio). A ampliao do subsistema Jucu/Barra do Jucu-Caaroca tambm foi contemplada.
Vista geral da captao no Rio Jucu, em Caaroca, e estao elevatria de baixo recalque antes da ampliao
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Naquela poca, a produo de gua totalizava 5.054 litros por segundo, distribudos da seguinte forma:
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ETA de Vale Esperana: 2.350 litros por segundo (com sobrecarga). ETA de Cobi: 750 litros por segundo. ETA de Carapina (Mrio Petrochi): 1.650 litros por segundo. ETA de Duas Bocas: 250 litros por segundo. ETA de Viana: 27 litros por segundo. Poo da Barra do Jucu: 9,6 litros por segundo. ETA de Belvedere: 1,6 litros por segundo. Poo da Ponta da Fruta: 5,8 litros por segundo. ETA do Jucu: 10 litros por segundo.
Com a ampliao, o total chegou a 6.354 litros por segundo, assim distribudos:
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ETA de Vale Esperana (existente): 1.500 litros por segundo (nominal). ETA de Vale Esperana (ampliao): 1.800 litros por segundo. ETA de Cobi: 1.100 litros por segundo. ETA de Carapina (Mrio Petrochi): 1.650 litros por segundo. ETA de Duas Bocas: 250 litros por segundo. ETA de Viana: 27 litros por segundo. Poo da Barra do Jucu: 9,6 litros por segundo. ETA de Belvedere: 1,6 litros por segundo. Poo da Ponta da Fruta: 5,8 litros por segundo. ETA do Jucu: 10 litros por segundo.
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Portanto, a ampliao prevista para a produo de gua da Grande Vitria foi de 1.300 litros por segundo, correspondendo a 25%. Aps a ampliao, a quantidade de gua tratada da ETA de Vale Esperana na parte existente, que funcionava com at 2.250 litros por segundo (com sobrecarga), voltou a operar com a sua vazo nominal do projeto: 1.500 litros por segundo. De forma sucinta, as principais obras da primeira etapa subdividiram-se em duas fases, conforme descrito na sntese das obras a seguir:
Primeira fase
Foi prevista a implantao de novas unidades de filtrao na Estao de Tratamento de gua de Vale Esperana e melhoria na j existente, alm da implantao das redes de distribuio nas Macro VIII e Micro V. Estao de Tratamento de Vale Esperana (existente) do tipo convencional completa, com floculao, decantao e filtrao. Foi projetada e construda para tratar vazo nominal de 1.500 litros por segundo em pocas de grande consumo e, dependendo da qualidade da gua, chegou a tratar at 2.250 litros por segundo. Previu-se melhoria operacional nos floculadores existentes para evitar zonas mortas e curtos-circuitos hidrulicos. Estao de Tratamento de Vale Esperana (nova) Do tipo filtrao direta, com cinco filtros construdos ao lado da ETA existente, em espao previamente reservado. Adicionalmente, foram construdas duas cmaras: uma de mistura rpida e outra de floculao primria, com duas cmaras independentes em srie, cada uma subdividida em dois compartimentos. Implantou-se um tanque de contato sob as estruturas dos filtros e foi ampliada a Casa de Qumica com outras melhorias. Sua capacidade foi de 1.800 litros por segundo. Houve ainda previso de transformar essa nova estao em uma ETA convencional, com floculao e decantao, caso piorasse a qualidade da gua do Rio Jucu ao longo dos anos. O previsto ocorreu tempos depois: a qualidade das guas piorou, principalmente quanto turbidez. Isso obrigou a Cesan, em 2012, a contratar um projeto para transformar a parte nova da ETA em tratamento completo, ou seja, incorporar as unidades de floculao e decantao.
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Com a inaugurao das obras de ampliao, a ETA passou a se chamar Estao de Tratamento de gua Helder Faria Varejo, em justa homenagem a este profissional que atuou desde a criao da Cesan, sendo diretor de Produo por duas vezes.
ETA de Vale Esperana Helder Faria Varejo
Inaugurao da ampliao da ETA de Vale Esperana, agora ETA Helder Faria Varejo, 1999
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Redes, reservatrios e elevatrias A expanso da malha distribuidora das redes para atender o crescimento vegetativo, muitas vezes prolongando as extremidades do sistema, nem sempre considerou o reforo necessrio do sistema macro das redes tronco. Por isso, as redes macro foram implantadas nos bairros de Cariacica, como Cruzeiro do Sul; Santa Brbara; Jardim Botnico; Rio Mar; Campo Grande; Cariacica Sede; Independncia; Vale dos Reis; Vale Dourado; e Mucuri. Tambm se previu um reservatrio elevado em concreto armado, de 200 metros cbicos, alimentado por uma elevatria construda com potncia de 20 CV para o bairro Santa Brbara. Uma adutora interligou a elevatria So Francisco ao reservatrio no Morro do Pico (atrs da antiga Brasprola). Construram-se redes de distribuio tronco para os bairros de Vale Dourado, Vale dos Reis, Mucuri e Independncia. Construiu-se ainda uma rede em forma de anel para interligar o sistema de Cariacica Centro ao bairro Mocambo. Em Vila Velha, mais obras: nova rede adutora de dimetro 500 e 400 mm e extenso de 6.370 metros para atender Aras e adjacncias, que foi interligada rede de 1.000 mm em Cobilndia.
Obras da segunda fase

A previso foi recuperar a captao de gua do Rio Jucu; ampliar a capacidade da elevatria de baixo recalque e de alto recalque; implantar uma adutora de alta carga, interligando a estao elevatria de alto recalque ETA de Vale Esperana; melhorar as operaes da ETA de Cobi; e implantar as redes de distribuio das Macro VIII e Micro V. Recuperao da captao de gua do Rio Jucu No houve necessidade de ampliao das suas instalaes. Sua capacidade de atendimento era de at 7.100 litros por segundo. Ampliao da capacidade da estao elevatria de baixo recalque O sistema existente tinha capacidade mxima de 3.400 litros por segundo e era composta por cinco conjuntos elevatrios de 350 CV cada. Com a ampliao, previa-se bombear at 4.560 litros por segundo. Para tanto, foram instalados cinco novos conjuntos motobombas, de 850 CV, sendo um de reserva, e vazo nominal de 1.140 litros por segundo cada. Tambm se realizaram alteraes no sistema de proteo contra transientes hidrulicos, com a transformao da chamin de concreto existente em one way.
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Baixo recalque em Caaroca: ampliao da subestao e troca dos conjuntos motobombas Ampliao do subsistema de Jucu em Caaroca
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Baixo recalque em Caaroca: troca dos conjuntos motobombas Baixo recalque: instalao de cinco novos conjuntos motobombas de 850 CV cada
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Ampliao da capacidade da estao elevatria de alto recalque O sistema existente era composto por sete conjuntos motobombas: dois de 350 CV e cinco de 1.100 CV. Reservou-se espao para instalar mais conjuntos em caso de necessidade. O sistema existente de proteo contra transientes hidrulicos era por tanque hidropneumtico de ao. Diante do aumento da vazo para 4.560 litros por segundo, os dois conjuntos motobombas de 350 CV foram desativados; houve troca dos rotores das cinco bombas de 1.100 CV; instalao do novo conjunto de motobomba de 1.100 CV, idntico aos existentes; alterao do sistema de proteo contra transientes hidrulicos, transformando o tanque hidropneumtico em one way. Tambm houve ampliao da casa de comando para abrigar o PLC e o sistema supervisrio.
Instalao de vlvula da travessia da adutora de alta carga sobre o Canal Marinho
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Implantao de uma adutora de alta carga, interligando a elevatria de alto recalque Estao de Tratamento de Vale Esperana A adutora existente tem dimetro de 1.200 mm, em ao, e extenso de 1.950 metros. Previu-se a implantao de uma segunda adutora de dimetro de 1.500 mm, em ao, com 2.021 metros de extenso, com travessia sobre o Rio Marinho e tambm sob a linha frrea, prximo ao bairro Ferro e Ao. Estas duas redes adutoras passariam a funcionar juntas. Foram construdos 1.929 metros dessa rede adutora. O restante ocorreu em 2002, pois faltavam as travessias sob a linha frrea e sobre o Rio Marinho. Essa rede de 1.500 mm corresponde ao maior dimetro de uma adutora de gua da Cesan.
Travessia da adutora de alta carga sobre o Canal Marinho
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Implantao de redes de distribuio da Macro VIII/ Micro V Complementam as redes iniciadas na primeira fase. Foi construda a adutora de gua tratada, de dimetro de 400 mm e extenso de 8.166 metros, ligando a estao elevatria de gua tratada do Planalto ao reservatrio do Bairro das Flores. Tambm foram contemplados os bairros Planalto Serrano e Jacarape. Construiu-se ainda a adutora para reforar o abastecimento de gua dos bairros Santo Antnio e So Pedro, em Vitria. Houve substituio de alguns trechos da adutora de Duas Bocas, no dimetro de 400 mm, em Roas Velhas, sada da ETA e Mochuara. Foi atendido tambm o bairro Mocambo. O total de redes de distribuio construdas na primeira e segunda etapa, nos dimetros de 50, 75, 100, 150, 200, 250 e 300 mm foi de 80.543 metros. Os materiais foram em PVC/PBA, PVC de FoFo e ferro fundido. Estao elevatria Instalao de dois conjuntos motobombas de 150 CV na estao elevatria do Planalto para abastecer o Bairro das Flores. Substituio da adutora do trecho da Avenida Brasil at Jardim Amrica A adutora que sai da Estao de Tratamento de Vale Esperana para Vitria, nos dimetros de 800 e 600 mm, diante das condies de solo agressivo, teve um trecho da rea baixa de Jardim Amrica (a Avenida Brasil) substituda. Utilizou-se o mesmo dimetro de 800 mm, com extenso de 358 metros, em material de ao carbono e junta soldada.
Subsistema da Barra do Jucu-Caaroca

A Barra do Jucu e adjacncias eram abastecidas por uma tubulao que atravessava a ponte sobre o Rio Jucu, cuja gua vinha da ETA de Vale Esperana. Ns, da rea de projetos, verificamos que o trajeto era muito longo e a gua voltava a passar prximo ao ponto de captao. A surgiu a ideia de fazer uma Estao de Tratamento de gua junto captao no Rio Jucu com travessia em arco sobre o rio e bombeamento da gua tratada at um reservatrio em uma elevao do outro lado, na Barra do Jucu. Ento, elaborou-se um projeto para atender, em Vila Velha, os balnerios da Barra do Jucu, Ponta da Fruta, Interlagos, Morada do Sol, alm de Itanhang e a Grande Terra Vermelha. Para Cariacica, Caaroca, Jardim Botnico e Rio Marinho,
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Liberdade, Jardim de Alah e Metalpen. E, em Viana, a Nova Bethnia. O projeto e a obra foram executados de 1992 a 1994. Captao Feita junto estao elevatria de baixa carga no Rio Jucu. Foi construda uma elevatria de potncia igual a 50 CV. Como opo operacional, para alimentar a nova ETA de Caaroca, foi feito um by pass na adutora de recalque de gua bruta. A adutora de gua bruta, com material de ferro fundido, tinha 400 mm e extenso de 167 metros. Estao de Tratamento Localizada junto captao no Rio Jucu, teve dimenso e construo para vazo nominal de 200 litros por segundo, mas deixou-se espao para futura ampliao. Considerou-se a possibilidade para tratar at 25% com sobrecarga. A ETA foi composta por mistura rpida, coagulao e filtrao. Previu-se incluir unidades de floculao e decantao se piorasse a qualidade da gua. Como piorou ao longo do tempo, em 2006, houve ampliao com floculao e flotao, e a vazo total da ETA passou para 396 litros por segundo.
ETA de Caaroca: sistema da Barra do Jucu
Elevatria de gua tratada, adutora de gua tratada e reservatrio As construes realizadas foram uma estao elevatria de gua junto Estao de Tratamento, com trs conjuntos motobombas de 250 CV cada, sendo um de reserva; uma adutora de gua bruta de dimetro de 400 mm e extenso de 5.300 metros; um reservatrio de volume igual a 2.600 metros cbicos em elevao do outro lado do Rio Jucu, prximo ao bairro Santa Paula. Sua cota de fundo de 70 metros. A travessia da adutora sobre o Rio Jucu foi feita na forma de arco alto portante.
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Travessia em arco sobre o Rio Jucu
Reservatrio da Barra do Jucu: volume de 2.600 metros cbicos
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Subsistema de Santa Maria Nova Rosa da Penha

A regio de Nova Rosa da Penha (antigo bairro Itanhenga e adjacncias) era abastecida precariamente pelo sistema de Duas Bocas. Como sua rea de influncia era elevada, a vazo necessria para o atendimento ultrapassava a vazo de 200 litros por segundo. Com isso, em poca de estiagem a gua na barragem descia para nveis crticos. Resultado: adotaram-se medidas operacionais para evitar o desabastecimento. A situao se repetiu vrias vezes na dcada de 1980, o que provocou reclamaes dos clientes e desgaste na imagem da empresa. A foto, a seguir, mostra a gua quase no fundo da barragem e vrios pontos de entrada na torre de tomada acima do nvel da gua.
Nvel crtico da gua na barragem de Duas Bocas, 1986
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Para desafogar o sistema de Duas Bocas e compatibilizar a demanda com a disponibilidade hdrica, surgiu a ideia de construir uma Estao de Tratamento de gua junto captao no Rio Santa Maria da Vitria. Elaborou-se, ento, um projeto para atender as regies da Grande Nova Rosa da Penha; Porto Belo; Porto de Cariacica; Bubu; Vila Progresso; Nova Esperana e adjacncias, em Cariacica. Houve previso tambm de atender a expanso em direo BR-101, sentido Serra, j que a captao no Rio Santa Maria localiza-se naquele municpio. A obra foi concluda em 1994. Captao feita atravs de uma derivao na adutora de gua bruta a jusante da estao elevatria de Santa Maria do subsistema de Carapina. Da derivao da rede de 1.200 mm existente, a gua bruta aduzida at a Estao de Tratamento por uma tubulao de dimetro de 400 mm e extenso aproximada de 80 metros.
Estao de tratamento do Santa Maria
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Estao de Tratamento Est localizada junto captao e estao elevatria de gua bruta do Rio Santa Maria da Vitria, s margens da BR-101, no contorno de Vitria. Dimensionada e construda para uma vazo nominal de 200 litros por segundo, considerou-se a possibilidade de se tratar at 25% com sobrecarga. No local, foi prevista uma rea para futura ampliao. A ETA foi composta por mistura rpida, coagulao e filtrao direta. Previu-se incluir unidades de floculao e decantao em caso de piora na qualidade da gua. Como piorou ao longo do tempo, em 2008, foi ampliada com floculao e flotao. Elevatria de gua tratada, adutora de gua tratada e reservatrio Foi construda uma estao elevatria de gua junto Estao de Tratamento com trs conjuntos motobombas de 300 CV cada, sendo um de reserva; uma adutora de gua bruta de dimetro de 400 mm e extenso de 7.460 metros; e um reservatrio de volume igual a 1.074 metros cbicos em elevao prxima ao Hospital Pedro Fontes. Sua cota de nvel de gua mxima de 89,5 metros.
Outros estudos, projetos e programas

Elaborados: os estudos de concepo e projetos de engenharia de esgotamento sanitrio de Cariacica e adjacncias; os estudos e projetos de esgotamento sanitrio de Domingos Martins; Santa Maria de Jetib; Marechal Floriano; Santa Leopoldina; Meape/ Nova Guarapari/ Enseada Azul, em Guarapari; Anchieta, Praia do Morro e Muquiaba, em Guarapari; Venda Nova do Imigrante; Barra de So Francisco; e Fundo. No Plano Operacional da Superintendncia de Engenharia (Planopes) foram realizados servios de execuo de estudos e projetos de engenharia para ampliaes e melhorias no sistema de abastecimento de gua em 35 localidades do interior do Estado.
Pr-Rural
Aps a extino do BNH, o Programa de Atendimento s Comunidades de Pequeno Porte (CPP) tambm deixou de existir. Para preencher essa lacuna, a Cesan e o Governo do Estado criaram outro programa alternativo chamado Pr-Rural. O objetivo foi implantar pequenos sistemas de abastecimento de gua e esgotamento
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sanitrio para a populao rural. De 1995 a 1998, estavam em construo 45 novos sistemas, dos quais 32 de abastecimento de gua e 13 de esgoto sanitrio. O programa era viabilizado em parceria entre a Cesan, as prefeituras e as comunidades.
PANF
No financiamento do Banco Mundial tambm se desenvolveu o Programa de Controle e Reduo de guas no Faturadas (PANF) para reduzir as perdas de gua que, na poca, situavam-se em torno de 40%. Porm, essas perdas eram a mdia nacional do setor. A meta do programa era baixar os ndices de perdas para 24%. Quatorze projetos faziam parte do programa. Grande parcela das perdas estava ligada ao baixo ndice de micromedio. Foram adquiridos mais de 100 mil hidrmetros, pois apenas 65% dos clientes possuam o aparelho de medio. Houve tambm a implantao de macromedidores. O resultado dos ndices no foi alcanado. Em 2012, as perdas superam 30%, dos quais a parte fsica gira em torno de 15%. As demais resultam de ligaes clandestinas, os populares gatos, e da submedio dos aparelhos medidores.
Prosege
O Programa de Ao Social e Saneamento (Prosege) contou com financiamento do Governo Federal, recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida do Governo do Estado. Na Grande Vitria, foram realizadas obras de esgotamento sanitrio em Jardim Camburi; Maria Ortiz; Bairro de Ftima; Laranjeiras; Jacarape; Rio Marinho; e Vale Encantado. No interior, Guarapari, Domingos Martins, Laranja da Terra e Pima.
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Sistema de esgotamento sanitrio: ETE de Pima e Iriri
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Pr- saneamento
Em 1996 e 1997, com recursos do FGTS, via Caixa Econmica Federal, e contrapartida da Cesan, foram contratados recursos para as obras de abastecimento de gua de Santa Isabel, em Domingos Martins; Vila Pavo; Domingos Martins; Marechal Floriano; Montanha; Pima e Anchieta, alm da micromedio dos sistemas do interior. Foram implantados sistemas em Porto Belo e Nova Rosa da Penha, em Cariacica; Jardim Tropical, na Serra, e na regio urbana de Barra de So Francisco e Santa Maria de Jetib. Em 1998, foi praticamente zerado o oramento do FGTS, o que prejudicou o planejamento de investimentos da Cesan.
ETE de Santa Maria de Jetib
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Perodo institucional do setor

Ainda na dcada de 90, aconteceram intensos debates no Congresso Nacional relativos ao projeto de lei da Cmara. O mais famoso foi o PLC 199. Vrias entidades do setor participaram do processo. O projeto versava sobre a poltica nacional de saneamento que previa a criao de um fundo nacional por onde deveriam convergir os recursos para o setor, como o FGTS, o Oramento Geral da Unio (OGU) e os financiamentos externos. Isto , o ponto de vista se centralizava no financiamento dos investimentos geridos pelo Governo Federal, subordinado a um conselho setorial. Esse projeto de lei foi aprovado pelo Congresso, porm, vetado pelo presidente da Repblica, na poca, Fernando Henrique Cardoso. Na sequncia, o Governo Federal props a criao de outro projeto, estabelecendo diretrizes gerais para a prestao e regulamentao dos servios de saneamento, proposta que, posteriormente, se respaldou no projeto de lei do Senado, o PLS 266/96, do ento senador Jos Serra. A fragilidade do setor, em termos institucionais, ainda permaneceu na esfera federal, mas procurou-se definir legalmente sua poltica para a rea, por meio da lei de diretrizes nacionais para o saneamento. Encaminhado ao Congresso Nacional, o projeto de lei 4147/2001 teve em sua conceituao o PLS 266/96, paralisado no Senado Federal e que tambm no prosperou. Em 2003, foi criado o Ministrio das Cidades e a Secretaria de Saneamento Ambiental vinculou-se a ele. Dois anos depois, em setembro de 2005, o presidente da Repblica encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de lei 5296, iniciando-se a partir de ento, os debates at a edio da Lei 11.445. As entidades participaram ativamente dos debates, como a Associao das Empresas de Saneamento Bsico Estaduais (Aesbe), a Associao Nacional dos Servios Municipais de Saneamento (Assemae) e a Associao Brasileira das Concessionrias Privadas dos Servios Pblicos de gua e Esgoto (Abcon). A Aesbe, junto com o Frum Nacional de Secretrios Estaduais de Saneamento, props o projeto de lei 155/2005, que foi assumido pelo senador Gerson Camata. Em 5 de janeiro de 2007, houve inmeras discusses e, no final de 2006, chegouse a um consenso e, finalmente, o ento presidente da Repblica, Luiz Incio Lula da Silva, sancionou a Lei 11.445.
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D c a d a de
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A retomada dos investimentos e a Cesan no cenrio nacional

Iniciados os anos 2000, o Governo do Estado do Esprito Santo permanecia em
dvida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES). O dbito vinha das gestes passadas, referentes ao pagamento de despesas correntes. O Governo, naquela ocasio, deu as aes da Cesan como garantia e consentiu a sua privatizao como condio para quitar a dvida. O valor original foi de R$ 115 milhes, em 1996. Porm, em 2003, o Estado resgatou integralmente as aes da Cesan para o Estado, evitando, com isso, a privatizao da empresa. Mesmo com a falta de recursos para o setor de saneamento antes de 2000, pode-se considerar que importantes obras foram realizadas, como a ampliao do sistema de Jucu que aumentou a produo de gua em pouco mais de 25%, alm da ampliao da principal Estao de Tratamento, situada em Vale Esperana (ETA Helder Faria Varejo). Tambm se pode citar a implantao de centenas de quilmetros de redes de esgoto e do andamento das obras de cinco importantes estaes de tratamento de esgoto, sendo quatro na Regio Metropolitana e uma no interior, em Domingos Martins. Essas estaes de tratamento colocadas em operao, no segundo semestre de 2003, permitiram um salto histrico na oferta de servios de esgotamento sanitrio prestados pela Cesan.
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Para um setor cuja demanda cresce continuamente, a falta de recursos obviamente gera comprometimento dos servios. Felizmente, na dcada de 2000, os recursos foram liberados. fundamental acrescentar que as atuaes dos empregados e da direo da Cesan foram fundamentais tanto na conduo quanto na realizao das obras necessrias universalizao da oferta dos servios de gua e ao avano na cobertura de esgoto, acompanhados pela modernizao da estrutura e dos mecanismos de gesto administrativa e operacional, como sero vistos a seguir. No final da dcada de 2000, os resultados apresentados para o cliente, sociedade e acionistas, levaram a Cesan a ser destaque nacional entre as empresas de saneamento. A Revista Isto Dinheiro apontou a Cesan como uma das cinco melhores empresas de servio pblico do Brasil em 2009, 2010 e 2011. A revista selecionou as 500 melhores empresas do pas. Foram divididas por setores e classificadas a partir dos critrios de sustentabilidade financeira, recursos humanos, inovao e qualidade, responsabilidade social e ambiental, alm da governana corporativa. Na verso online de economia de O Globo, a Cesan foi destaque entre as empresas mais equilibradas do setor de saneamento do Brasil. O ranking foi elaborado a partir dos dados do Ministrio das Cidades e avaliou 27 companhias do pas. A revista guas, de circulao nacional, na avaliao das empresas de saneamento nacional que apresentaram boa sade financeira, a Cesan conquistou o quarto lugar. As trs primeiras foram a Copasa-MG, a Sabesp-SP e a Sanepar-PR.
Esgotamento sanitrio: concluso das grandes estaes de tratamento da Regio Metropolitana e de Domingos Martins
Em 1990, a cobertura dos servios de abastecimento de gua na rea dos 52 municpios de atuao da Cesan girava em torno de 87% da populao. Por outro lado, o esgoto coletado e tratado era de apenas 10%. Sabe-se que o baixo percentual de tratamento de esgoto contribui para piorar a qualidade das guas dos mananciais abastecedores, alm de trazer consequncias ao turismo, pesca e sade humana, provocando doenas de veiculao hdrica. Mais grave ainda a mortalidade infantil. Diante
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desse quadro, iniciou-se, em 1994, o Programa de Despoluio dos Ecossistemas Litorneos do Estado do Esprito Santo (Prodespol), com recursos iniciais de US$ 308 milhes, dos quais 50% com financiamento do Banco Mundial e, os restantes 50%, como contrapartida do Governo do Estado. At 1998, o Programa de Despoluio investiu em torno de US$ 120 milhes e, em 2000, passou a ser chamado Prodesan. A concluso da primeira etapa ocorreu em 2003, com investimentos superiores a US$ 55 milhes. Cerca de US$ 100 milhes do total de US$ 175 milhes foram investidos em esgotamento sanitrio. No incio de 2003, estavam paralisadas as obras de cinco grandes sistemas de coleta e tratamento de esgoto, situados em Vila Velha, Vitria, Cariacica, Guarapari e Domingos Martins. A deciso foi pela concluso dos servios e, em outubro de 2003, j estavam em operao as estaes de tratamento de esgoto desses sistemas, alm da recuperao de parte das redes coletoras inoperantes.
ETE de Mulemb: Vitria, 2003
ETE de Aras: Vila Velha, 2003
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ETE do Aeroporto: Guarapari, 2003 ETE de Bandeirante: Cariacica, 2003
ETE de Domingos Martins, 2003
Na Grande Vitria, em dezembro de 2002, o volume mdio de esgoto gerado por consumo de gua era de 200 milhes de litros por dia e, o esgoto tratado, de at 48 milhes. Ou seja, apenas 24% (em mdia) do esgoto na Grande Vitria eram tratados. Dos 52 municpios atendidos pela Cesan at dezembro de 2002, apenas 14 tinham esgoto tratado e, ainda assim, com baixo ndice de cobertura. O quadro abaixo mostra o nvel de cobertura nos 14 municpios.
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MUNICPIO Vitria Vila Velha Guarapari Cariacica Serra So Gabriel da Palha Mantenpolis Santa Maria de Jetib Bom Jesus do Norte Barra de So Francisco Castelo Anchieta Venda Nova do Imigrante Viana Cesan
Ligaes gua 49.803 73.555 21.846 69.705 80.142 4.486 1.971 1.790 2.364 6.434 4.911 4.866 2.027 11.460 335.360
Economias gua 112.195 120.785 46.855 90.045 97.007 6.460 2.098 2.258 3.026 7.557 7.485 6.413 2.928 13.069 518.181
Ligaes Esgoto 14.682 1.286 680 5.404 31.525 2.701 875 1.090 1.853 1.273 3.878 1.004 1.601 3.848 71.700
Economias Esgoto 49.508 2.118 6.401 6.276 39.436 3.916 942 1.448 2.387 1.769 5.914 1.536 2.400 4.451 128.502
Nivel de Cobertura 44,13% 1,75% 13,66% 6,97% 40,65% 60,62% 44,9% 64,13% 78,88% 23,41% 79,01% 23,95% 81,97% 34,06% 24,8%
A evoluo do atendimento em abastecimento de gua comparado ao de esgotamento sanitrio pode ser visto no grfico a seguir. Observa-se que em relao gua fornecida, considerando todos os municpios operados pela Cesan, o esgoto coletado e tratado, em dezembro de 2002, era de aproximados 20,8%.
Economias - Total da Cesan

710.000 610.000 510.000 410.000 310.000 210.000 110.000 10.000
582.748 373.009
617.511
Esgoto gua
165.203 15.189
1980
41.843
97.866
128.721
1990
2000
2002
Do tempo da Cesan
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Todas as consideraes sobre o percentual de atendimento de esgoto em 2002, seja por volume, ligaes ou economias na Grande Vitria ou nas cidades do interior atendidas pela Cesan, levaram a mesma concluso: a mdia de esgoto tratado girava em torno de apenas 20%. As metas estabelecidas pelo Governo do Estado em seu Planejamento Estratgico realizado em fevereiro de 2003, considerando os 52 municpios operados pela Cesan, foram: universalizar os servios de gua e ampliar a coleta e o tratamento de esgoto de 20% para 60%.
Programa guas Limpas

Financiado pelo Banco Mundial, Caixa Econmica Federal e Governo do Estado, via Cesan, inicialmente chamado Projeto guas Limpas, objetivou ampliar a cobertura dos servios de saneamento bsico, incluindo coleta e tratamento de esgoto e abastecimento de gua. Foi caracterizado por um conjunto de aes de saneamento ambiental para melhorar a qualidade de vida da populao. A preparao do guas Limpas teve incio, em 2003, com financiamento adicional e objetivos originais do Programa de Gerenciamento da Poluio Costeira e de guas do Esprito Santo realizado com dois acordos de emprstimos entre o Estado do Esprito Santo e o Banco Mundial: o de nmero 7248-BR, de novembro de 2004, e o 7655-BR, de emprstimo adicional, de setembro de 2009, encerrado em setembro de 2011. Em sua primeira etapa, o projeto contemplou a Regio Metropolitana de Vitria. As principais metas para o abastecimento de gua eram saltar dos 95,1% de cobertura para a universalizao, ampliando o atendimento dos ento 1.432.000 habitantes para 1.615.000 moradores. Com isso, o volume de reservao passaria de 72 mil metros cbicos para 105 mil metros cbicos. Para o esgotamento sanitrio, a meta era atingir 60% da cobertura, ou seja, quase triplicando o atendimento: de 320 mil para 978 mil habitantes. Na primeira fase, as principais obras de gua abrangeram a ampliao do sistema de produo Santa Maria/ Carapina, Caaroca/ Barra do Jucu e Guarapari e, a
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ampliao da reservao, em Vitria, Cariacica e Viana. O esgotamento sanitrio contemplou a operacionalizao das redes inoperantes e complementao do sistema coletor e de ligaes domiciliares: em Vitria, na Praia do Canto e adjacncias para conduzir o esgoto at a ETE de Mulemb; em Vila Velha, na Praia da Costa e seu entorno para a ETE de Aras; em Cariacica, na regio de Campo Grande, Rio Marinho e Sotelndia para a ETE de Bandeirantes; e, em Guarapari, na regio da Praia do Morro para a ETE do Aeroporto. Tambm foi prevista a implantao de novos sistemas de esgotamento sanitrio com redes e ligaes em Vitria, em Jucutuquara e adjacncias; em Viana, na Sede e nos bairros Santa Terezinha e Santo Agostinho; em Fundo, na regio de Praia Grande; em Guarapari, no Centro e adjacncias; na Serra, nas praias de Nova Almeida e de Manguinhos. Conforme j explicitado, os investimentos e fontes de recursos contemplaram o financiamento do Banco Mundial no valor de US$ 36 milhes, celebrado com o Estado do Esprito Santo (novembro de 2004), e previso inicial de contrapartida de US$ 26,3 milhes, perfazendo um total de US$ 62,3 milhes finalizado em setembro de 2008, no montante de US$ 65,38 milhes. Em seguida, houve uma operao de crdito adicional (emprstimo n 7655-BR) de US$ 71,5 milhes e contrapartida inicial de US$ 38,5 milhes, totalizando investimentos da ordem de US$ 110 milhes, assinados em setembro de 2009. Os emprstimos e as contrapartidas totalizaram US$ 175,38 milhes, sem a variao cambial. Os benefcios esperados com a implantao do guas Limpas traduzem, alm da melhoria da qualidade de vida da populao capixaba, uma infinidade de itens: queda da taxa de mortalidade infantil; reduo de gastos com a sade; recuperao da balneabilidade das praias; preservao e recuperao da fauna e da flora dos ecossistemas; reduo dos custos operacionais com tratamento da gua; incremento de oportunidade de gerao de emprego e renda; ampliao das atividades pesqueiras; e desenvolvimento do turismo. Quanto ao esgotamento sanitrio, o programa alcanou os resultados esperados, triplicando a cobertura de 20% para 60%, meta atingida em 2012 com a concluso das obras. A capital, Vitria, alcanou a universalizao tanto do atendimento de esgotamento sanitrio quanto do abastecimento de gua. Em 2003, o ndice de perdas totais que era de 47,2% foi reduzido para 35,6% e, nas perdas de faturamento de gua, houve queda de 35,5% para 25,1%.
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Do total da populao da Grande Vitria, 1.688.485 habitantes, em 2011, foram beneficiados com abastecimento de gua e, 1.033.800 moradores com os investimentos em esgotamento sanitrio. Esses nmeros de atendimentos so superiores aos previstos inicialmente. Tambm houve avanos no Sistema Seama-Iema, como na instituio da outorga pelo uso dos recursos hdricos; incentivo criao dos Comits de Bacias Hidrogrficas; monitoramento da qualidade das guas do litoral em dezenas de pontos diferentes e com informaes disponveis ao pblico; reduo do prazo para emisso de licenas ambientais; reviso e adequaes na legislao ambiental vigente; e instituio do cadastro de consultores e da licena simplificada.
guas Limpas Obras financiadas pelo Banco Mundial

Realizaes em abastecimento de gua Conforme j explicitado, o projeto contribuiu para universalizar o fornecimento de gua tanto em quantidade quanto em qualidade para a populao da Regio Metropolitana de Vitria, bem como reduziu a intermitncia e a deficincia do abastecimento de gua para 1,5% dessa populao. A construo dos reservatrios mostrados a seguir, num volume total de 32.500 metros cbicos, aumentou a capacidade de reservao em relao a 2002 em cerca de 60%.
Municpio de Vitria
Implantao do centro de reservao de Pedreiras (Santo Antnio): foi construdo, na cota de 42,10 metros na cratera de uma pedreira desativada, um centro de reservao de 4 mil metros cbicos, com dois reservatrios de formato circular de 2 mil metros cbicos cada. O atendimento do reservatrio realizou-se por uma adutora construda no dimetro de 450 mm, numa extenso de 1.831 metros, cuja sangria ocorreu na adutora de dimetro de 600 mm, prximo Rodoviria de Vitria, cuja gua vem da ETA Helder Faria Varejo (Vale Esperana). Na sada do reservatrio, construiu-se
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uma estao elevatria com trs conjuntos de 75 CV cada e 509 metros de redes de distribuio para bombear a gua para o setor do Plano Diretor de gua, denominado Setor So Pedro. Os principais bairros atendidos foram: Nova Palestina I e II; Ilha das Caieiras; Santo Andr; Redeno; Comdusa; Grande Vitria; So Jos; So Pedro; Estrelinha; Universitrio; Santa Teresa; Inhanguet; e Santo Antnio. A populao beneficiada girou em torno de 45 mil pessoas. A obra foi concluda em julho de 2009.
Implantao do centro de reservao de Pedreiras
Implantao do centro de reservao de Pedreiras: vista area
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Recuperao do Reservatrio de Santa Clara: recuperou-se o Reservatrio inferior de Santa Clara, na cota de 37,85 metros, situado no Morro de Santa Clara prximo ao Parque Moscoso, Centro de Vitria, com volume de 4 mil metros cbicos, e caractersticas originais. Trata-se de uma obra que resgatou a histria do abastecimento de gua, pois foi o primeiro reservatrio da capital construdo h mais de cem anos (1909) para receber gua de Duas Bocas. Foram substitudos 165 metros de adutora na chegada do reservatrio, no dimetro de 500 mm. Esse reservatrio atende ao setor do Plano Diretor de gua (Setor Santa Clara) e beneficia a regio central de Vitria, ou seja, aproximados 68 mil habitantes. A obra foi concluda em julho de 2009.
Recuperao do centro de reservao de Santa Clara: vista area
Recuperao do Reservatrio de Santa Clara
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Municpio de Vila Velha

Implantao do centro de reservao do Garoto: construiu-se na cota de 49 metros, no bairro Garoto, um centro de reservao de 10 mil metros cbicos, com dois reservatrios de formato circular de 5 mil metros cbicos cada. O atendimento do reservatrio foi atravs da construo de um booster (estao de bombeamento), com trs conjuntos de 100 CV cada e uma adutora no dimetro de 500 mm e extenso de 923 metros, cuja sangria foi feita na adutora de dimetro de 600 mm, situada Avenida Carlos Lindenberg, com gua vinda da ETA Helder Faria Varejo (Vale Esperana). Na sada dos reservatrios foram construdos 2.354 metros de redes de distribuio para interligar as redes macro existentes do setor do Plano Diretor de gua (Setor Garoto). Os principais bairros atendidos foram: Glria; Centro de Vila Velha; Praia da Costa; Itapo; Soteco; Santa Ins; Toca; Conjunto Ari Barcelos; Divino Esprito Santo; Cristvo Colombo; Ilha dos Aires; Conjunto Militar; Aribiri; Prainha; e Jaburuna. Em torno de 105 mil pessoas foram beneficiadas. A concluso da obra ocorreu em julho de 2009.
Implantao do centro de reservao do Garoto: vista area
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Implantao do centro de reservao do Garoto
Implantao do centro de reservao de Aras: construiu-se na cota de 20 metros, prximo ao Sesi de Aras, um centro de reservao de 6.500 metros cbicos, com dois reservatrios de formato circular de 3.250 metros cbicos cada. O atendimento do reservatrio foi feito por um booster construdo com dois conjuntos de 75 CV cada, situado entre os bairros Rio Marinho e Vale Encantado, e uma adutora construda no dimetro de 400 mm e extenso de 1.243 metros, cuja sangria foi feita na adutora de dimetro de 400/500 mm, com gua vinda da ETA Helder Faria Varejo (Vale Esperana). Na sada do reservatrio foram construdos 1.373 metros de redes de distribuio para interligar as redes macro do Setor do Plano Diretor de gua (Setor Aras). Os principais bairros atendidos foram: Aras; Novo Mxico; Cocal; Jardim Colorado; Guaranhuns; Jardim Asteca; Santa Mnica; Vila Nova; e Pontal das Garas. Mais de 68 mil pessoas foram atendidas com a concluso da obra ocorrida em julho de 2009.
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Implantao do centro de reservao de Aras
Ampliao do sistema de produo de gua de Caaroca: a capacidade da ETA de Caaroca, situada junto captao no Rio Jucu, em Vila Velha, quase dobrou, passando de 200 para 393 litros por segundo. Anteriormente, o tratamento era feito por filtrao direta. Com a piora da qualidade da gua do Rio Jucu, houve alterao e o tratamento passou a ser completo. Por isso, foram construdas as unidades de floculao, flotao e ampliao da filtrao. Tambm se implantou um sistema que recircula praticamente toda gua do processo, com destinao final do lodo produzido nas centrfugas. Para alimentar a Estao de Tratamento, ampliou-se a estao elevatria de gua bruta com dois conjuntos de 175 CV. Tambm foram ampliadas as estaes elevatrias de gua tratada, situada na sada da Estao de Tratamento. Uma estao elevatria, com 3 conjuntos de 330 CV, foi construda para bombear a
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gua para o reservatrio da Barra do Jucu, em Vila Velha, atravs da duplicao de uma adutora construda no dimetro de 400 mm e extenso de 2.251 metros. A outra elevatria, com 2 conjuntos de 150 CV, teve que ser ampliada para bombear gua por uma adutora construda no dimetro de 400 mm e extenso de 1.456 metros para a regio de Castelo Branco, em Cariacica. Os bairros atendidos, em Vila Velha, foram os do setor Barra do Jucu/Terra Vermelha e Ponta da Fruta tambm do Plano Diretor de gua, ou seja: bairros da regio sul, como Barra do Jucu; Terra Vermelha; Dona Normlia; Vale do Amanhecer; Santa Paula; Ulisses Guimares; Interlagos; Morada do Sol; Itanhang; Ponta da Fruta; Morro da Lagoa; Portal das guas; e alguns bairros de Guarapari prximos ao pedgio da Rodovia do Sol. Em Cariacica e parte de Viana, os bairros atendidos foram Castelo Branco; Caaroca; Jardim Botnico; e Jardim de Alah. A populao beneficiada girou em torno de 110 mil pessoas. A obra foi concluda em julho de 2009.
Ampliao da Estao de Tratamento de gua de Caaroca
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Vista area da ampliao da Estao de Tratamento de gua de Caaroca
Implantao da adutora do Ibes at o reservatrio de Boa Vista: construiu-se uma adutora nos dimetros de 600 e 500 mm, com extenso de 2.805 metros. A interligao foi realizada na rede de 800 mm, situada prxima entrada do Ibes, da Avenida Carlos Lindenberg at o reservatrio de Boa Vista (este pertence ao Setor do Plano Diretor de gua, o Setor Boa Vista). A gua vem da Estao de Tratamento Helder Faria Varejo (Vale Esperana) para atender Boa Vista e Coqueiral de Itaparica, beneficiando 78 mil pessoas. A concluso da obra ocorreu em maro de 2009.
Municpio de Cariacica
Implantao do centro de reservao do Morro do Pico Construiu-se (na cota de 100 metros) um centro de reservao de 8 mil metros cbicos, com dois reservatrios de formato circular de 4 mil metros cbicos cada, numa elevao atrs da
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antiga Brasprola. O atendimento do reservatrio ocorreu com a ampliao do booster So Francisco (estao de bombeamento), com trs conjuntos de 200 CV e uma adutora construda no dimetro de 400 mm e extenso de 888 metros. A gua vem da ETA Helder Faria Varejo (Vale Esperana). Na sada do reservatrio foram construdos 1.903 metros de redes de distribuio para interligar as redes macro do Setor do Plano Diretor de gua (Setor So Francisco/ Marclio/ Bethnia). Os principais bairros atendidos em Cariacica e Viana foram os situados s margens do Rio Formate e ao longo da BR-101, ou seja, Mucuri; Beira Rio; Piranema; Ipanema; Independncia; Flor de Piranema; Vale dos Reis I, II, III e IV; Novo Brasil; 13 de Maio; Cana; Vista Dourada; Marclio de Noronha; Primavera; Universal; Industrial; Vila Bethnia; e Areinha. A populao beneficiada foi de 118 mil habitantes. A obra foi concluda em julho de 2009.
Implantao do centro de reservao no Morro do Pico em Cariacica
Vista area da implantao do centro de reservao no Morro do Pico em Cariacica
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Municpio da Serra
Ampliao do sistema de produo de gua de Santa Maria/Carapina: ampliao da capacidade de produo da estao elevatria de gua bruta de 2.600 para 3.600 litros por segundo, com a instalao de outros dois conjuntos motobombas. A potncia de cada conjunto instalado foi de 1.250 CV, de fabricao KSB. Antes da implantao desses dois conjuntos, o sistema de bombeamento em determinadas pocas de alto consumo, tinha que acionar todos os conjuntos existentes, inclusive o de reserva. O bombeamento feito para as estaes de tratamento de Carapina e Santa Maria/ Itanhenga, bem como para a Siderrgica Arcelor Mittal, atravs de duas adutoras de dimetros de 800 e 1.200 mm. Est prevista, no Plano Diretor, a construo da terceira adutora ligando a captao ETA de Carapina.
Ampliao do sistema de produo do Santa Maria: instalao de mais dois conjuntos motobombas de 1.250 CV cada
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Municpio de Guarapari
Ampliao do sistema de produo de gua de Guarapari 100% de contrapartida ao guas Limpas: ampliou-se a capacidade da Estao de Tratamento de gua de Guarapari de 300 para 440 litros por segundo. A Estao de Tratamento, cuja vazo nominal de dimensionamento era de 171 litros por segundo, chegava a tratar cerca de 300 litros por segundo, ou seja, com sobrecarga. Os bairros atendidos foram os da Grande Guarapari, ou seja, desde Setiba, Santa Mnica, Praia do Morro e Centro, indo at Meape e Anchieta, na localidade de Maemb. O sistema de Meape, que tinha uma estao de tratamento prpria, era atendido pela Lagoa Maemb, mas foi
Ampliao da Estao de Tratamento de gua de Guarapari
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desativado. Passou a ser atendido, em dezembro de 2003, pela ETA de Guarapari, com a construo de uma adutora de 300 mm, numa extenso aproximada de 10 mil metros. A vazo mdia de tratamento mensal durante 2011 era de 366 litros por segundo. Durante o perodo de veraneio (uns dois meses), a vazo mdia superior. Em janeiro de 2011, chegou a 535 litros por segundo. A Cesan tem um Plano Diretor de gua para Guarapari, Anchieta e parte de Pima, cuja soluo uma nova captao no Rio Benevente e a construo de uma nova Estao de Tratamento complementar, situada prxima captao ou entre Jabaquara e Ubu. A populao atendida chegou a 244.845 pessoas. A obra foi concluda em maro de 2005 e executada pela Gerncia de Empreendimentos (I-GEP).
Vista area da ampliao da Estao de Tratamento de gua de Guarapari
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guas Limpas: obras financiadas pelo Banco Mundial

Obras realizadas em esgotamento sanitrio Os componentes do projeto contriburam para mais que dobrar a capacidade de tratamento da Estao de Tratamento de Mulemb: de 210 litros por segundo, em 2003, saltou para 570 litros por segundo, em 2011, universalizando, assim, a capacidade de tratamento de esgoto de Vitria, dos balnerios de Manguinhos (Serra) e da Praia do Morro (Guarapari), dos balnerios de Nova Almeida (Serra) e Praia Grande (Fundo). Alm disso, houve a construo de 577 mil metros de redes coletoras na Grande Vitria, 31.694 novas ligaes de esgotos e operacionalizao de 6.840 ligaes inoperantes, alm de 14.645 ligaes potenciais disponveis. Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Manguinhos (Serra) 100% de contrapartida da Cesan e da Caixa: construo de uma estao de tratamento com capacidade de 111 litros por segundo, e implantao de 27.476 metros de redes coletoras e linhas de recalque, emissrio de 853 metros, 830 ligaes domiciliares e quatro estaes elevatrias com potncia entre 2 CV e 32,2 CV. Os bairros atendidos, nessa primeira etapa, foram Manguinhos e Bicanga. A estao de tratamento tem capacidade para atender tambm s regies de Jardim Limoeiro e adjacncias, Carapebus e Cidade Continental. A populao beneficiada, na primeira etapa, foi de 4.850 pessoas. Concluso da obra: fevereiro de 2009.
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Estao de Tratamento de Esgoto de Manguinhos
Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Nova Almeida (Serra) e Praia Grande (Fundo) 100% de contrapartida Cesan/Caixa: obra concluda no segundo semestre de 2011. Sua descrio est na Dcada de 2010. Interligao das redes coletoras implantadas na Praia do Canto e adjacncias B4 (Vitria): obra concluda em janeiro de 2012. Sua descrio est na Dcada de 2010. Interligao das redes coletoras implantadas na Praia da Costa e adjacncias B13 (Vila Velha) Foram implantados 5.770 metros
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de redes coletoras que viabilizaram a operao de outros 41.171 metros existentes e 5.670 ligaes prediais executadas pelo Prodespol. Foram executadas tambm mais de 350 novas ligaes domiciliares. Teve o objetivo de incorporar as redes coletoras de esgoto construdas na fase do Prodespol, assim como outras reas do planejamento inicial integrantes da Bacia B13, que foram desconsideradas nas obras do Prodesan, contribuindo para aumentar a rea de influncia da ETE de Aras, e a eficincia de tratamento dessa estao. Principais bairros atendidos: Praia da Costa; Itapo; Itaparica; Cristvo Colombo; Glria; Santa Ins; Jaburuna; Soteco; Jardim Colorado; Coqueiral; Santa Mnica; Boa Vista; Divino Esprito Santo; e Vila Nova. A populao beneficiada de 34.718 pessoas. Obra concluda em outubro de 2010. Interligao das redes coletoras implantadas nos bairros Castelo Branco, Jardim de Alah e adjacncias (Cariacica): obra concluda no final do primeiro semestre de 2012. Sua descrio est na Dcada de 2010. Interligao das redes coletoras implantadas na Praia do Morro e adjacncias (Guarapari): foram implantados 1.473 metros de redes coletoras, 1.032 novas ligaes prediais e uma elevatria de esgoto, o que viabilizou a operao de 7.167 metros de redes existentes e 430 ligaes prediais assentadas na poca do Prodespol. Teve o objetivo de incorporar as redes coletoras de esgoto construdas na regio, na fase do Prodespol, assim como outras reas do planejamento inicial dessa bacia desconsideradas nas obras do Prodesan. Isso contribuiu para aumentar a rea de influncia da ETE do Aeroporto, e melhorar a eficincia de tratamento dessa estao. Os principais bairros atendidos foram: Aeroporto; Praia do Morro; Muquiaba; Jardim Boa Vista; Bela Vista; Lagoa Funda; Itapebussu; Sol Nascente; Santa Rosa; e Adalberto Simo Nader. A populao beneficiada de cerca de 2.300 habitantes. Concluso da obra: agosto de 2010. Complementao das redes coletoras implantadas na Praia do Canto e adjacncias B4 (Vitria): obra concluda em janeiro de 2012. Sua descrio est na Dcada de 2010. Complementao das redes coletoras implantadas na Praia do Morro (Guarapari): foram implantados 19.043 metros de redes coletoras e de recalque, executadas 1.032 novas ligaes prediais e construda uma estao elevatria de esgoto. Teve o objetivo de incorporar as redes coletoras de esgoto construdas na regio, na fase do Prodespol, assim como outras reas do planejamento inicial integrantes dessa bacia e
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no contempladas com as obras do Prodesan, contribuindo para aumentar a rea de influncia da ETE do Aeroporto, e a eficincia de tratamento dessa estao. Principais bairros atendidos: Praia do Morro; Adalberto Simo Nader; Jardim Boa Vista; Bela Vista; Muquiaba; Itapebussu; Aeroporto; Santa Rosa; Lagoa Funda; e Sol Nascente. A populao beneficiada de 20.344 pessoas. Concluso da obra: agosto de 2010. Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Jucutuquara e adjacncias B5 (Vitria): obra concluda no primeiro semestre de 2012. Sua descrio est na Dcada de 2010. Implantao do sistema de esgotamento sanitrio do Centro de Vitria B1/B2 (Vitria): obra concluda no primeiro semestre de 2012. Sua descrio est na Dcada de 2010. Execuo das obras de implantao do sistema de esgotamento sanitrio da Ilha do Boi e Ilha do Frade (Vitria) Financiamento da Caixa: na Ilha do Boi foram implantados 5.921 metros redes coletoras e de recalque, 236 ligaes prediais e trs estaes elevatrias. Na Ilha do Frade foram outros 6.543 metros de redes coletoras e de recalque, 167 ligaes prediais e 5 estaes elevatrias. O objetivo foi incorporar ao sistema de esgotamento sanitrio das redes coletoras construdas na fase do Prodespol, bem como de outras reas contempladas ou no no planejamento inicial para contribuir para o aumento da rea de influncia da ETE de Mulumb e melhorar a eficincia de tratamento dessa estao. Principais bairros atendidos: Ilha do Boi e Ilha do Frade. Populao atingida: 1.534 moradores. A obra foi concluda em maio de 2010. Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Aras e adjacncias e complementao do SES da Praia da Costa B13 (Vila Velha) Financiamento da Caixa: obra concluda no primeiro semestre de 2012. Sua descrio est na Dcada de 2010. Execuo das obras de implantao do sistema de esgotamento sanitrio do Centro de Guarapari e adjacncias (Guarapari) Financiamento do BNDES: a obra est prevista para ser concluda no primeiro semestre de 2013. Sua descrio est na Dcada de 2010. Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Baixo Marinho e Sotelndia (Cariacica) Obra financiada pelo PAC: obra concluda em novembro de 2011. Sua descrio est na Dcada de 2010.
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Execuo das obras de implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Viana Financiamento BNDES: a obra est prevista para ser concluda no primeiro semestre de 2013. Sua descrio est na Dcada de 2010. Plano Diretor de Esgotamento Sanitrio da Regio Metropolitana de Vitria: teve por objetivo estabelecer as diretrizes e metas para a programao e a elaborao dos projetos; elaborou o diagnstico dos sistemas existentes; definiu a melhor alternativa de projeto; orientou o que e quando executar; e elaborou a estimativa dos custos dos investimentos. Elaborado em 2007 pelo Consrcio Figueiredo Ferraz e JNS Engenharia, o Plano teve seu alcance at 2035, contemplando redes coletoras, execuo e desativao de estaes de tratamento de esgoto, alm da execuo de emissrios de esgoto tratado at o corpo receptor. A soluo tima de projeto resultou das avaliaes tcnica, econmica e ambiental. Considerou-se o aproveitamento com melhorias e/ou ampliaes de unidades existentes, bem como a complementao das novas unidades adequadas s necessidades requeridas pelos sistemas propostos. De uma forma geral, o Plano Diretor para Vila Velha foi constitudo por trs sistemas principais: o de Aras, Ulisses Guimares e Ponta da Fruta. O sistema de esgotamento sanitrio de Cariacica ficou constitudo por dois sistemas principais de Bandeirantes e de Nova Rosa da Penha.
Programa guas Limpas ampliado

Em sequncia ao Prodesan, criou-se o guas Limpas. Face ao volume de obras e recursos colocados pelo Governo do Estado, incluindo financiamentos, recursos prprios da Cesan, e outros, a denominao foi estendida a todas as obras e passou a se chamar Programa guas Limpas. A meta foi estabelecida no Plano Estratgico de Governo para o perodo 2003 a 2010: universalizar o abastecimento de gua nas reas urbanas dos 52 municpios atendidos pela Cesan, com abastecimento de gua regular e de qualidade, e de elevar de 20% para 60% o servio de esgoto sanitrio coletado e tratado nos locais atendidos pela empresa. Para o cumprimento das metas, estabeleceu-se um volume de recursos de R$ 1 bilho para aplicao em oito anos, isto , de 2003 a 2010.
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Para monitorar os principais programas envolvendo as diversas secretarias e rgos, o Governo criou um Sistema de Gerenciamento Informatizado (Siges): o Pr-Gesto. A Cesan passou a ter seus principais projetos monitorados dentro do guas Limpas. Quanto ao abastecimento de gua foi priorizada, inicialmente, a ampliao de estaes de tratamento para aumentar a produo ou para melhorar a qualidade da gua em pocas de chuva. Merecem destaques as obras da flotao da ETA de Carapina e da ETA de Duas Bocas, alm da ampliao da capacidade da ETA de Guarapari. Dezenas de sistemas do interior tiveram melhorias e problemas significativos foram equacionados. Para executar as obras previstas com recursos, principalmente do Banco Mundial, criou-se um setor especfico: a Unidade Gerenciadora do Projeto (UGP). Com a ampliao dos recursos, por meio do Governo do Estado, de recursos prprios da Cesan, ou por financiamento da Caixa Econmica Federal e com o Programa de Acelerao do Crescimento (PAC), as demais obras na Grande Vitria e no interior ficaram sob a responsabilidade da Gerncia de Empreendimentos I-GEP. A UGP foi responsvel pela construo das obras maiores, basicamente as da Regio Metropolitana, enquanto a I-GEP tratou de um quantitativo maior de obras, abrangendo toda a rea de atuao da Cesan no Estado.
Principais obras executadas pela Gerncia de Empreendimentos (I-GEP)

Em 2003 1. gua Doce do Norte Implantao da flotao na ETA. Populao beneficiada: aproximados 2.800 habitantes. Concluso da obra: fevereiro de 2003. 2. gua Doce do Norte. Melhoria do sistema de gua de Santo Agostinho. Implantao de floculador, decantador e 516 metros de adutora de gua bruta. Populao beneficiada: cerca de 1.100 habitantes. Concluso da obra: setembro de 2003. 3. Cariacica Complementao da ETE de Padre Gabriel. Implantao de um reator anaerbio, 51 metros de redes coletoras e 2.115 metros de limpeza e desobstruo de redes. Populao beneficiada: em torno de 3 mil moradores. Obra concluda em julho de 2003.
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4. C astelo Melhorias nos sistemas de abastecimento de gua e esgoto. Construo de 810 metros de redes e adutora de gua, 615 metros de redes de esgoto e 46 ligaes de esgoto. Populao beneficiada: aproximados 17 mil habitantes. Concluso da obra: setembro de 2003. 5. G uarapari Construo de adutora para abastecimento de gua de Meape. Construda no dimetro de 300 mm, com extenso de 9.336 metros. Populao beneficiada: cerca de 16.500 habitantes. Obra concluda em dezembro de 2003. A construo dessa adutora permitiu a desativao da captao e do tratamento de gua da Lagoa de Maemb. O abastecimento passou a ser via ETA de Guarapari. 6. Rio Novo do Sul Implantao da flotao e melhorias na ETA. Populao beneficiada: em torno de 6 mil habitantes. Concluso da obra: novembro de 2003. 7. Serra Complementao do Sistema de Esgoto Sanitrio (SES) dos bairros Jardim Bela Vista, Jardim Guanabara, Jardim Primavera e So Domingos. Construdos 1.567 metros de redes, 1.200 metros de emissrio, 122 ligaes prediais, 4 elevatrias e 1 ETE. Populao beneficiada: cerca de 15 mil pessoas. Obra concluda em maio de 2003. 8. V ila Velha Complementao do SES do bairro Vale Encantado. Construdos 630 metros de redes e 1 ETE. Populao beneficiada: em torno de 6 mil habitantes. Concluso da obra: novembro de 2003. 9. Nova Vencia Ampliao do escritrio do Polo Regional. Obra concluda em janeiro de 2003. As gerncias Metropolitana e do Interior tambm executaram as obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao. Em 2004 1. Cariacica Assentamento de 13.577 hidrmetros. Populao beneficiada: 101.550 habitantes. Concluso: maio de 2004. 2. Castelo Ampliao do SES. Construdos 8.956 metros de redes, 3.546 metros de emissrio, 360 ligaes, 4 elevatrias e 1 ETE. Populao beneficiada: 15.518 pessoas. Obra concluda em maro de 2004. 3. Conceio da Barra Melhoria da impermeabilizao e recuperao do reservatrio elevado. Populao beneficiada: 7.050 habitantes. Concluso da obra: janeiro de 2004.
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4. Ecoporanga Construo de redes de gua. Construdos 1.356 metros de redes e 90 metros de adutora. Populao beneficiada: cerca de 850 habitantes. Obra concluda em setembro de 2004. 5. G uarapari Desobstruo, recuperao das redes do sistema coletor de esgoto da Praia do Morro e adjacncias. Servios realizados em 7.900 metros de redes; 50.164 metros de teste de deformao, declividade e limpeza; 664 metros de reparo de ligaes de gua; 397 limpezas de poos de visita; 420 metros de desobstruo de redes; e 50 remanejamentos de interferncias. Populao beneficiada: 75.623 moradores. Concluso da obra: agosto de 2004. 6. Ina Implantao de floculao, decantao na ETA do SAA de Pequi. Populao beneficiada em torno de 800 moradores. Obra concluda em agosto de 2004. 7. Marechal Floriano Duplicao da adutora de gua bruta. Construo de 660 metros de redes de dimetro de 200 mm. Populao beneficiada: cerca de 5 mil habitantes. Concluso da obra: julho de 2004. 8. Pedro Canrio Melhoria, impermeabilizao e recuperao de reservatrio elevado da Sede. Populao beneficiada: em torno de 4.300 habitantes. Obra concluda em maro de 2004. 9. Serra Assentamento de 18.945 hidrmetros. Populao beneficiada: 101.250 habitantes. Concluso da obra: julho de 2004. 10. So Gabriel da Palha Implantao de redes para melhoria do sistema. Construo de 1.712 metros. Populao beneficiada: em torno de 700 habitantes. Obra concluda em junho de 2004. 11. Viana Assentamento de 604 hidrmetros. Populao beneficiada: mais de 8 mil moradores. Obra concluda em maio de 2004. 12. Vila Velha Assentamento de 3.546 hidrmetros. Populao beneficiada: mais de 49 mil pessoas. Concluso da obra: maio de 2004. 13. Vila Velha Desobstruo e recuperao das redes do sistema coletor de esgoto da Praia da Costa e adjacncias. Servios realizados em 3.914 metros de redes; 60.719 metros de teste de deformao, declividade e limpeza; 117 unidades de reparo de ligaes de esgoto; 109 unidades de reparo de ligao de gua; 402 limpezas de poos de visita; 388 metros de desobstruo
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de redes; e 369 remanejamentos de interferncias. Populao beneficiada: 146.825 moradores. Concluso da obra: setembro de 2004. 14. Vitria Desobstruo e recuperao de redes do sistema coletor de esgoto da Praia do Canto e adjacncias. Servios realizados em 2.718 metros de redes; 34.411metros de teste de deformao, declividade e limpeza; 114 unidades de reparo de ligaes de esgoto; 132 unidades de reparo de ligao de gua; 481 limpezas de poos de visita; 393 metros de desobstruo de redes; e 220 remanejamentos de interferncias. Populao beneficiada: 67.144 habitantes. Obra concluda em maio de 2004. 15. Vitria Assentamento de 555 hidrmetros. Populao beneficiada: 13.050 habitantes. Concluso da obra: julho de 2004. As gerncias Metropolitana e do Interior tambm executaram as obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao. Em 2005 1. guia Branca Implantao da flotao na ETA. Populao beneficiada: cerca de 3 mil habitantes. Obra concluda em maio de 2005. 2. Bom Jesus do Norte Obras e servios de reabilitao e complementao do SES. Melhoria nas elevatrias e na ETE. Populao beneficiada: 8.800 habitantes. Concluso em agosto de 2005. 3. Cariacica Implantao de flotao e floculao na ETA de Duas Bocas. Populao beneficiada: em torno de 45 mil pessoas. Concluso da obra: janeiro de 2005. 4. Castelo Construo e montagem de reator, redes coletoras e ligaes para a sub-bacia A 1.016 metros de redes, 147 ligaes e 1 reator anaerbio. Populao beneficiada: 7.891 habitantes. Obra concluda em outubro de 2005. 5. Guarapari Ampliao da ETA. Populao beneficiada: 244.845 habitantes. Concluso da obra: maro de 2005. 6. Serra Reforo de abastecimento de gua no bairro de Carapebus. Construo de 3.349 metros de redes. Populao beneficiada: 5.330 habitantes. Obra concluda em abril de 2005. 7. Santa Teresa Ampliao do SES. Construo de 27.657 metros de redes coletoras; 2.141 metros de emissrio; 5 elevatrias; 1 ETE; e 1.147 ligaes. Populao beneficiada: 7.891 pessoas. Concluso da obra: junho de 2005.
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Alm dessas obras, foram executadas pelas gerncias Metropolitana e do Interior as obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao. Em 2006 1. Cariacica Implantao do SES de Campo Grande e adjacncias, da 1 Fase (redes e ligaes). Construo de 193.864 metros de redes e emissrios, e 15.482 ligaes domiciliares. Populao beneficiada: 94.985 moradores. Concluso da obra: abril de 2006. 2. Serra Implantao do processo de flotao por ar dissolvido na ETA de Carapina (Mrio Luiz Petrochi). Populao beneficiada: pouco mais de 400 mil habitantes. Obra concluda em 2006. 3. Serra Recuperao do canal adutor (galeria) do sistema de produo do Rio Santa Maria. Populao beneficiada: em torno de 500 mil habitantes. Concluso da obra: dezembro de 2006. 4. So Jos do Calado Construo de reservatrio enterrado. Volume de 540 metros cbicos. Populao beneficiada: mais de 8 mil moradores. Obra concluda em junho de 2006. 5. Vila Velha Reforma da ETA de Cobi. Populao beneficiada: cerca de 200 mil habitantes. Reforma concluda em outubro de 2006. 6. V ila Velha Substituio de trecho da adutora na Avenida Carlos Lindenberg: 404 metros de adutora no dimetro de 1.000 mm, em ao. Populao beneficiada: em torno de 300 mil habitantes. Concluso da obra: novembro de 2006. Alm disso, foram executadas pelas gerncias Metropolitana e do interior as obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao. Em 2007 1. Castelo Construo de adutora e rede de distribuio: 2.951 metros de rede adutora e 6.722 metros de redes de distribuio. Populao beneficiada: 25.590 habitantes. Obra concluda em outubro de 2007. 2. Serra Implantao da adutora do trevo de Laranjeiras ao booster do Civit: 2.319 metros de rede adutora no dimetro de 700 mm. Tambm houve melhoria no abastecimento de gua dos bairros situados ao longo da BR-101
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Norte, do booster do Civit at a Serra Sede e adjacncias. Populao beneficiada: cerca de 250 mil habitantes. Obra concluda em abril de 2007. 3. Serra Implantao do sistema de climatizao da reforma e ampliao das gerncias no Centro Operativo de Carapina. Concluso da obra: setembro de 2007. 4. Vila Velha Ampliao da adutora da Barra do Jucu at a Ponta da Fruta: 11.166 metros de rede adutora no dimetro de 400 mm. Esta rede teve origem no Reservatrio da Barra do Jucu sendo alimentada por ele. Faz parte do abastecimento da regio sul de Vila Velha depois da ponte sobre o Rio Jucu. No Plano Diretor de gua atende ao setor de Ponta da Fruta. Populao beneficiada: cerca de 80 mil habitantes. Obra concluda em maro de 2007. 5. Venda Nova do Imigrante Ampliao do sistema de abastecimento de gua: 5.993 metros de rede adutora e 9.630 metros de redes de distribuio. Populao beneficiada: 10.883 pessoas. Concluso da obra: agosto de 2007. 6. Vitria Implantao de redes coletoras de esgoto sanitrio de Vitria (lote I): 2.332 metros de rede coletora e 105 ligaes. Populao beneficiada: em torno de 5.400 habitantes. Obra concluda em maro de 2007. As gerncias Metropolitana e do Interior tambm executaram as obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao. Em 2008 1. Anchieta Construo do sistema de esgotamento sanitrio: 1 Estao de Tratamento de Esgoto; 6.703 metros de redes coletoras; 3.081 metros de emissrio; 5 elevatrias; e 580 ligaes. Populao beneficiada: mais de 5 mil habitantes. Concluso da obra: maio de 2008. 2. So Gabriel da Palha Ampliao e melhorias da Estao de Tratamento de gua. Ampliao da Casa de Qumica; floculador; transformao de 2 decantadores para flotao; 3 novos filtros; tanque de contato; elevatria; reforma dos filtros e urbanizao. Populao beneficiada: 21.817 moradores. Obra concluda em agosto de 2008.
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Ampliao e melhorias da ETA de So Gabriel da Palha
3. Cariacica Substituio de tubulao da galeria dos filtros da ETA de Vale Esperana (ETA Helder Faria Varejo). Populao beneficiada: cerca de 1 milho de habitantes. Obra concluda em 4 de janeiro de 2009.
Substituio das tubulaes da galeria dos filtros da ETA Helder Faria Varejo em Vale Esperana
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4. Domingos Martins Ampliao dos sistemas de esgotamentos sanitrios da Vila Pedra Azul e das Vivendas de Pedra Azul: 2 estaes de tratamento de esgoto (Vila Pedra Azul e Vivendas); 5.294 metros de redes coletoras; 432 metros de emissrio; 2 elevatrias; e 393 ligaes. Populao beneficiada: 3.804 habitantes. Concluso da obra: maro de 2008.
Ampliao do sistema de esgotamento sanitrio de Vila Pedra Azul
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5. Nova Vencia Ampliao do sistema de abastecimento de gua. Construo de 1 reservatrio (R3) de 1.000 metros cbicos; 1 reservatrio (R4) de 200 mil metros cbicos; 1 reservatrio reformado (R2) de 600 mil metros cbicos; 3.449 metros de adutora; 17.277 metros de redes; e 272 ligaes. Populao beneficiada: 32.595 habitantes. Obra concluda em dezembro de 2008.
Construo do reservatrio elevado de 200 metros cbicos de Nova Vencia
6. Santa Teresa Sistema de esgotamento sanitrio: 2 reatores. Populao beneficiada: 7.778 pessoas. Concluso da obra: maio de 2008.
Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Santa Teresa
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7. Cariacica e Serra Implantao da flotao e reforma da Estao de Tratamento de gua de Santa Maria. Implantao de 2 flotadores; 2 decantadores; 1 estao elevatria de gua tratada; 2 leitos de secagem; e reforma da ETA. Populao beneficiada: cerca de 50 mil habitantes. Obra concluda em agosto de 2008.
Implantao da flotao e ampliao da ETA de Santa Maria
8. Serra Adutora da BR-101 ao reservatrio da Serra. Construo de 1.766 metros de redes. Populao beneficiada: 34.532 moradores. Concluso da obra: outubro de 2008. 9. Vila Velha Substituio da adutora da Rua Felicidade Siqueira: 765 metros de adutora no dimetro de 700 mm. Populao beneficiada: 7.850 pessoas. Obra concluda em dezembro de 2008. 10. Vila Velha Rede de distribuio da Ponta da Fruta e balnerio. Construo de 2.754 metros de rede adutora; 28.741 metros de redes de distribuio; e 960 ligaes. Populao beneficiada: cerca de 30 mil habitantes. Concluso da obra: novembro de 2008. 11. Vila Velha Reforma do escritrio de atendimento ao pblico, sistema de climatizao do laboratrio central. Obras concludas em 2008.
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12. Serra Construo do prdio e climatizao da Gerncia de Recursos Humanos, portaria do Centro Operativo de Carapina, nova subestao e reforo estrutural do almoxarifado central. Alm disso, as gerncias Metropolitana e do Interior executaram obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao. Em 2009 1. Anchieta Sistema de esgotamento sanitrio (bacia B 14). Construo de 1 estao elevatria; 5.294 metros de redes coletoras; 432 metros de emissrio; e 393 ligaes. Populao beneficiada: cerca de 2 mil habitantes. Obra concluda em maro de 2008. 2. Conceio da Barra Demolio do reservatrio elevado em julho de 2009. 3. Cariacica Canalizao do Rio Itangu: 2.192 metros de revestimento do Canal Duas Pontes e 3 passarelas. Concluso da obra: dezembro de 2009. 4. Cariacica Substituio da adutora de Duas Bocas e 5.741 metros de dimetro de 400 mm. Populao beneficiada: 25.670 habitantes. Obra concluda em setembro de 2009.
Substituio da adutora de Duas Bocas
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5. Cariacica Substituio e construo de redes no bairro Planeta: 2.063 metros de redes de 200 e 250 mm. Populao beneficiada: mais de 1.000 moradores. Concluso da obra: outubro de 2009. 6. Cariacica Complementao do Sistema de Esgotamento Sanitrio de Campo Grande e adjacncias (Fase II). 7. Domingos Martins Ampliao do sistema de esgotamento sanitrio: 1 estao elevatria; 2.072 metros de redes coletoras; 606 metros de emissrio; e 135 ligaes. Populao beneficiada: em torno de 540 habitantes. Concluso da obra: fevereiro de 2009. 8. Guarapari Recuperao dos reservatrios elevados de Muquiaba, Ipiranga e Matriz. Populao beneficiada: cerca de 20 mil moradores. Obra concluda em dezembro de 2009.
Recuperao dos reservatrios elevados de Guarapari
9. Montanha Ampliao e melhoria do sistema de esgotamento sanitrio da Sede. Recuperao de 1 ETE; 2 estaes elevatrias; e 1.625 metros de redes coletoras. Populao beneficiada: 6.022 habitantes. Concluso da obra: junho de 2009.
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Ampliao e melhoria do sistema de esgotamento sanitrio da Sede de Montanha
10. Serra Ampliao da Estao de Tratamento do Civit II (1 etapa): 1 lagoa de polimento; filtro de pedra; calha parshall; e recomposio e reflorestamento dos taludes. Populao beneficiada: pouco mais de 15 mil habitantes. Obra concluda em dezembro de 2009. 11. Vila Velha Remanejamento da adutora na Av. Carlos Lindenberg e na travessia da Rua Felicidade Siqueira. Substituio do trecho de dimetro de 1.000 mm da Sexta Avenida at a entrada da Rua Felicidade Siqueira e construo de cavalete. Populao beneficiada: cerca de 250 mil pessoas. Concluso da obra: maio de 2009. 12. Venda Nova do Imigrante Complementao da barragem de Bananeira: 1 captao, barragem e 1.518 metros de redes de 150 a 300 mm. Populao beneficiada: 9.482 habitantes. Obra concluda em fevereiro de 2009.
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Complementao da barragem de Bananeira em Venda Nova do Imigrante
13. Vitria Implantao de redes da Grande So Pedro: 5.108 metros de redes de 100 a 250 mm. Populao beneficiada: 58.612 habitantes. Concluso da obra: agosto de 2009. Alm disso, as gerncias Metropolitana e do Interior executaram obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao. Em 2010 1. Guarapari Ampliao da estao elevatria de Jaboti. Ampliao com troca dos conjuntos motobombas para bombas de eixo vertical e uma subestao de 1.000 KVA. Populao beneficiada: 98.073 pessoas. Obra concluda em maro de 2010.
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Ampliao da estao elevatria do Rio Jaboti em Guarapari
2. Guarapari Melhorias no sistema de abastecimento de gua. Construo de 6.279 metros de rede adutora. Populao beneficiada: 157.041 moradores. Concluso da obra: junho de 2010. 3. Guarapari Abastecimento de gua para o Centro de Deteno: 2.162 metros de rede adutora. Obra concluda em dezembro de 2010. 4. Mantenpolis Sistema de So Jos. Construo de 1 estao de tratamento e 1 estao elevatria. Obra concluda em maio de 2010.
Estao de Tratamento de gua de So Jos de Mantenpolis
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5. So Domingos do Norte Abastecimento de gua para o Centro de Deteno. Construo de 5.339 metros de rede adutora e 1 estao elevatria. A gua do sistema de So Gabriel da Palha. Concluso da obra: junho de 2010. 6. Muniz Freire Construo do sistema de esgotamento sanitrio da localidade de Piau: 1 estao de tratamento de esgoto; 4.994 metros de redes; 205 metros de emissrio; 2 estaes elevatrias; e 378 ligaes. Populao beneficiada: 2.738 habitantes. Obra concluda em novembro de 2010.
Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Pia em Muniz Freire
7. Nova Vencia bairros Coqueiral e Aeroporto. Construo de 3.459 metros de rede adutora; 10.504 metros de rede de distribuio; 1 estao elevatria do tipo booster; reforma do reservatrio R1, construo da caixa de areia e urbanizao da captao. Populao beneficiada: 32.595 pessoas. Concluso da obra: dezembro de 2010. 8. So Gabriel da Palha Sistema de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio dos bairros Joo Colombi e Gustavo Booni. Construo de 4.209 metros de redes de distribuio de gua; 1 reservatrio de 40 mil metros cbicos; 1 elevatria tipo booster; 1.650 metros de rede coletora; e 102 ligaes de esgoto. Populao beneficiada: 1.150 habitantes. Obra concluda em maro de 2010.
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9. Viana Rede de distribuio para o bairro Areinha. Substituio de 2.315 metros de rede. Populao beneficiada: 13.032 moradores. Obra concluda em agosto de 2010. 10. Viana Implantao e melhorias do sistema de esgotamento sanitrio do bairro Soteco: 1 Estao de Tratamento de Esgoto; 886 metros de emissrio; 9.023 metros de redes coletoras; 3 elevatrias; e 470 ligaes. Populao beneficiada: 2.260 habitantes. Concluso da obra: julho de 2010.
Implantao e melhorias do sistema de esgotamento sanitrio do bairro Soteco em Viana
11. Vila Velha Implantao do sistema de esgotamento sanitrio do bairro Joo Goulart: 1 Estao de Tratamento; 2 estaes elevatrias; 7.396 metros de redes coletoras; 1.811 metros de emissrio e 576 ligaes. Populao beneficiada: 2.372 habitantes. Obra concluda em maro de 2010. 12. Vila Velha Implantao do sistema de esgotamento sanitrio do bairro Ulisses Guimares: 1 Estao de Tratamento de Esgoto. Populao beneficiada: 19.682 moradores. Concluso da obra: dezembro de 2010.
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Implantao da Estao de Tratamento de Esgoto de Ulisses Guimares em Vila Velha
As gerncias Metropolitana e do Interior tambm executaram as obras das redes para atendimento do crescimento vegetativo da populao.
Fortalecimento institucional da Cesan

Objetivou apoiar aes para o desenvolvimento e a organizao do setor de saneamento no Estado e melhorar o desenvolvimento tcnico, operacional, ambiental e financeiro da Cesan e uma relao, desde 2003, de dezenas de indicadores de monitoramento da qualidade dos servios prestados. A Cesan vem se projetando no cenrio nacional como uma empresa de referncia em gesto corporativa e tem conquistado prmios em outros segmentos. Em 2003, 76,15% dos clientes avaliaram os servios de fornecimento de gua da Cesan como bom e timo e este ndice aumentou para 84,34% no final de 2010.
Indicadores de desempenho da Cesan:

Ao longo do projeto, a Cesan aperfeioou os indicadores de desempenho de avaliao. Fsicos de monitoramento de abrangncia do projeto: capacidade de tratamento de gua; capacidade de tratamento de esgoto; ligaes de gua ativas (faturadas); ligaes de gua ativas mais ligaes inativas; ligaes de gua ativas e ligaes totais
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de gua; ligaes de esgoto ativas (faturadas); ligaes de esgoto ativas mais inativas e mais factveis; ligaes de esgoto ativas e ligaes totais de esgoto. Sociais de abrangncia do projeto: populao de baixa renda sujeita a racionamento, intermitncia e populao urbana. Operacionais de abrangncia: cobertura com gua e ligaes ativas; nvel de cobertura com gua e ligaes ativas e inativas; nvel de cobertura com esgoto em ligaes ativas; nvel de cobertura com esgoto e ligaes ativas mais inativas mais factvel; ligaes de gua com hidrmetros; ligaes de gua e esgoto por funcionrio permanente; ligaes de gua e esgoto por funcionrios permanentes/temporrios; perdas de faturamento; perdas totais; ndice de perdas por ligao. Ambientais de abrangncia da Cesan: ndice de esgoto tratado referido gua consumida; ndice de Controle de Qualidade de ETEs-ICQE; e eficincia dos sistemas de tratamento de esgotos maior que 80%. Indicadores financeiros: tarifa mdia de gua; tarifa mdia de esgoto; margem operacional; margem de despesa com pessoal; prazo de recebimento; retorno sobre patrimnio lquido; ndice de liquidez; retorno sobre o capital empregado; quociente de cobertura do servio da dvida. De qualidade do servio e performance operacional na Grande Vitria: tempo total de atendimento para ligao de gua; tempo total de atendimento para ligao de esgoto; tempo mdio de atendimento ao cliente nos escritrios da Grande Vitria; tempo total de atendimento para eliminao de vazamentos nas redes de gua; tempo total de atendimento para manuteno de redes de esgoto; vazamento por 100 Km de rede; consumo de energia eltrica por metros cbicos de gua tratada; tempo mdio total de atendimento pelo Call Center; ndice de Qualidade da gua Distribuda (IQA).
Organizao e estruturao do setor (arranjo institucional)

Para tratar da poltica do saneamento estadual, entre outras atribuies, foi criada a Secretaria de Estado de Saneamento, Habitao e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), por meio da Lei Complementar 380, de 13 de fevereiro de 2007. A poltica estadual
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de saneamento foi instituda em 30 de dezembro de 2008 (Lei 9.096). Na mesma data, pela lei complementar 447, foi criada a Agncia Reguladora do Saneamento Bsico e Infraestrutura Viria do Esprito Santo (Arsi).
Programa de Reduo de Presso

Contemplou pesquisas de vazamentos em Vitria, Vila Velha, Cariacica, Viana e Guarapari, tendo como base a implementao de um programa de controle de presso voltado para os sistemas de distribuio. Foram instaladas vlvulas redutoras de presso VRP para reduzir os vazamentos e, por conseguinte, as perdas fsicas. As obras foram concludas em 2008.
Sistemas informatizados de gesto e controle operacional

Foi desenvolvido um sistema de controle operacional e de gesto ambiental, o Siga-O, que disponibiliza dados integrados operacionais e financeiros e realiza a gesto de documentos e informaes necessrias para o processo de licenciamento ambiental. A Cesan, com recursos prprios, est desenvolvendo o Sistema de Informaes Geogrficas (GIS).
Aquisio de computadores
Adquiridos 10 computadores (servidores) e um backup de dados, servios de configurao, de instalao, configurao e manuteno, com garantia de 36 meses.
Desempenho administrativo e operacional

Para fazer frente grande demanda e atingir as metas estabelecidas, foram priorizadas aes de modernizao da estrutura e dos mecanismos de gesto administrativa e operacional. To importante quanto os investimentos est a estrutura adequada para se obter qualidade nos servios de operao e de manuteno, que funcionem
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24 horas por dia ao longo dos 365 dias do ano. Expanso na rea administrativa Com a estruturao do Planejamento Estratgico, em 2002, foi necessrio redesenhar os processos em algumas unidades para adequar e racionalizar alguns processos e criar novas unidades. Nesse redesenho, criouse uma rea especfica de tecnologia da informao: em 2003, o Ncleo de Tecnologia da Informao e, em 2006, a Gerncia de Tecnologia da Informao e suas divises. Assim, uma das principais linhas de modernizao foram os investimentos em infraestrutura de tecnologia da informao, previstos como um dos objetivos estratgicos da Cesan, ou seja, conseguir integrar os processos, viabilizando o fluxo de informaes entre as reas, com agilidade e preciso. Os principais sistemas foram: ERP (Enterprise Resource Planning) Implantao do Sistema Integrado de Gesto Corporativa ERP/SAP. A implantao do software modernizou os processos internos, propiciando agilidade na tomada de deciso e no planejamento dos investimentos. Alm de substituir os sistemas defasados, informatizou os processos. O ERP integra os processos das reas administrativas e abrange outros setores, como a Controladoria, os empreendimentos, a manuteno, os suprimentos e os recursos humanos. Sicat Sistema Integrado de Comercializao e Atendimento Implantado em 2005, registra e controla informaes sobre todas as demandas dos clientes, alm do atendimento realizado. Siga-O Sistema Integrado de Gesto Ambiental e Operacional Desenvolvido para auxiliar a gesto dos processos ambientais e operacionais, assim como automatizar o controle e registro dos indicadores de desempenho. GIS Corporativo Foi iniciada, em 2010, a ampliao e modernizao do Sistema de Informao Geogrfica (GIS), sigla em ingls que significa Geografic Information System. Numa tela de computador, est o mapa da infraestrutura da empresa distribuda por aproximados 46 mil quilmetros quadrados. possvel controlar a operao, mensurar a qualidade dos servios e planejar os investimentos, tendo o cliente como foco na melhoria do atendimento. Certificao importante aperfeioar os processos e as relaes com os clientes, deciso estratgica que permitiu a obteno de certificaes da qualidade dentro dos rigorosos requisitos de normas nacionais e internacionais de excelncia da gesto. A Gerncia de Gesto da Qualidade da Cesan obteve, em 2006, a primeira certificao ISO, concedida pela avaliadora internacional BSI. Mais do que isso, a Gerncia tem
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mantido a certificao em sucessivas auditorias. A ltima ocorreu no final de 2010, de acordo com a nova verso: a ISO 9001:2008. Foi uma conquista pela excelncia nas prticas de monitoramento da qualidade da gua distribuda e dos efluentes das estaes de tratamento de esgoto. A certificao incluiu anlises fsico-qumicas, microbiolgicas, hidrolgicas de gua e esgotos, produtos qumicos e consultoria de qualidade da gua. A certificao ISO 9001:2008 foi conquistada pelo Call Center e pelos escritrios de atendimento ao cliente da Cesan na Regio Metropolitana de Vitria. Os escritrios avaliam a satisfao por meio de urnas colocadas nos escritrios, onde os clientes podem opinar sobre a qualidade do atendimento prestado. Em 2011, o Centro de Controle Operacional (CCO) tambm obteve a mesma certificao e, em 2012, iniciou-se a implantao desse padro de qualidade nas gerncias de Recursos Humanos, de Logstica, de Tecnologia da Informao e no Comercial. MEG Modelo da Excelncia da Gesto Desde 1999, a Cesan atua de acordo
Escritrio de atendimento de Laranjeiras na Serra
Call Center comercial
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Pa rt e I I
com o Modelo de Excelncia em Gesto. Foram premiados no PNQS os Polos de So Gabriel da Palha e o sistema de Santa Maria, em 1999; o sistema Jucu e os Polos de Santa Teresa e de Conceio da Barra, em 2000; os Polos de Mantenpolis e Pinheiros, em 2001; Venda Nova do Imigrante, em 2002; Afonso Cludio e Pedro Canrio, em 2003; Fundo, em 2004; Pima, em 2008; Pima e Montanha (no PQES), em 2008; a Gerncia de Produo de gua, Distribuio e Coleta e Tratamento de Esgoto (no PQES), em 2010; e a Gerncia de Distribuio de gua (no PNQS), em 2010. Na Gesto da Qualidade, trs gerncias da Diretoria de Operao Metropolitana, a de Produo de gua e a de Coleta e Tratamento de Esgoto, implantaram o Modelo de Excelncia da Gesto (MEG), concebido pela Fundao Nacional da Qualidade. Os pilares da contnua melhoria, a partir de 11 fundamentos reconhecidos internacionalmente, o MEG, possibilitaram uma viso sistmica da gesto, visando maior eficincia e agilidade no processo de deciso. Como resultado, foi conquistado o Prmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS) Nvel I, alm do Prmio Qualidade Esprito Santo.
Histrico da excelncia
1992 Adoo do Programa Qualidade Total e implantao do Programa 5 S. 1999 Adoo do Modelo de Excelncia em Gesto. 1999 Polo de So Gabriel da Palha e Sistema de Santa Maria: premiao no PNQS. 2000 Sistema Jucu e Polos de Santa Teresa e de Conceio da Barra: premiao no PNQS. 2001 Polos de Mantenpolis e Pinheiros: premiao no PNQS. 2002 Polo de Venda Nova do Imigrante: premiao no PNQS. 2003 Polos de Afonso Cludio e Pedro Canrio: premiao no PNQS. 2004 Polo de Fundo: premiao no PNQS. 2008 Polo de Pima: premiao no PNQS. 2008 Polos de Pima e de Montanha: premiados no PQES. 2010 Gerncias de Produo de gua, Distribuio de gua e Coleta e Tratamento de Esgoto: premiadas no PQES. 2010 Gerncia de Distribuio de gua: premiada no PQES.
Do tempo da Cesan
Dcada de 2000
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2011 Toda a empresa foi premiada no PNQS: Nvel 1. 2002 Planejamento estratgico 2002 Processos de revitalizao da Cesan. 2002 Adoo do Planejamento Estratgico como principal ferramenta de gesto. 2006 Implantao da ISO 9001:2008. 2006 Certificao: Gerncia de Gesto e Controle da Qualidade e Laboratrio. 2010 Recertificao: Gerncia de Gesto e Controle da Qualidade e Laboratrio. 2010 Certificao do Call Center e escritrios de atendimento presencial da Regio Metropolitana de Vitria (Cariacica, Viana, Fundo, Guarapari, Serra, Vila Velha e Vitria). 2010 Implantao no Centro de Controle Operacional (CCO). 2006 Outras aes 2006 Implantao da Gesto Empresarial por Resultados (GER). 2009 Implantao do Programa 10 Sensos: trofu ouro para as gerncias de Engenharia de Servios e Gesto e Controle da Qualidade. 2010 Implantao do ERP-SAP: integrao dos sistemas da Controladoria, Empreendimentos, Gesto da Manuteno, Recursos Humanos e Suprimentos. 2006 Participao no Inoves. 2006 Meno Especial: destaque de participao. 2007 Meno destaque (premiados): Gesto Empresarial por Resultados (GER) e Portal de Compras. 2008 Meno especial: destaque de participao. 2009 Premiao pelo projeto Uso do Lodo de Esgoto na Adubao de Fruteiras. 2010 Premiao: avaliao de desempenho. 2010 MEG Corporativo. 2010/1011 Ampliao do modelo de excelncia de gesto implantado nas unidades para o modelo de excelncia corporativo. Recursos humanos O ltimo concurso tinha acontecido em 1990, mas entre 2003 e 30 de maio de 2010 foram contratados (para reas distintas) 557 empregados, todos aprovados em concurso pblico. Para que o custo com pessoal no sobrecarregasse a folha de pagamento, a Cesan estimulou as aposentadorias e as demisses incentivadas. Tambm foi implantado um novo Plano de Carreiras e Remunerao
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Pa rt e I I
com avaliao de desempenho, promoes anuais, concursos internos, capacitao dos novos empregados e treinamento. Plano de Carreira e Remunerao (PCR) um dos instrumentos de gesto de pessoas da Cesan que institucionaliza e disciplina procedimentos: admisso, salrios, crescimento, movimentaes e resultados esperados, contribuindo para que a Cesan cumpra a sua misso. Gesto social Ao longo da sua histria, a Cesan dedica ateno especial questo social. Atua para informar a populao sobre as suas aes empresariais, divulgando desde a implantao das novas obras at campanhas educativas para estimular o uso correto dos servios de saneamento bsico. Diante do crescente volume de obras dos ltimos anos, sobretudo, com as de esgotamento sanitrio do Programa guas Limpas, as atividades foram incrementadas, incluindo o envolvimento das comunidades: lideranas comunitrias, associao de moradores, dentre outros, participam de reunies, de visitas tcnicas e de atendimento por demandas. Comunicao social e educao ambiental O objetivo da educao ambiental despertar a conscincia para a importncia dos servios de saneamento em prol da sade preventiva e preservao dos recursos naturais. importante transmitir informaes para que os cidados participem desde a implantao das obras at o uso adequado dos servios fornecidos de gua e esgoto. Entre as atividades relacionadas ao assunto pode-se citar:
~~ ~~
Atendimento s condicionantes ambientais como contrapartida na implantao das obras. Visitas monitoradas de estudantes de todos os nveis, de representantes de prefeituras, empresas e organizaes s estaes de tratamento de gua e de esgoto.
~~ ~~
Evento do Dia Mundial da gua, objetivando a educao ambiental, voltada para os alunos da rede pblica. Cesan na escola. Palestras e atividades didticas em sala de aula ou na Unidade Mvel de Educao Ambiental. So realizadas normalmente em instituies de ensino e em empresas.
Do tempo da Cesan
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~~
Participao em feiras. Atividades em feiras ambientais, com instalao de estandes, com objetivo de divulgar o trabalho desenvolvido pela Cesan.
Gesto ambiental. Em 2002, foi criada a Diretoria de Meio Ambiente que passou a gerir os assuntos relacionados aos impactos ambientais advindos dos processos de tratamento e distribuio de gua e de coleta e tratamento de esgotos, por meio da Gerncia de Meio Ambiente e de suas divises que atuam, ainda hoje, nas aes relacionadas ao licenciamento ambiental, gesto dos recursos hdricos, resduos e educao ambiental. Apoia, tambm, as atividades e servios das unidades da empresa que tm relao com o meio ambiente. Antes dessas aes, em agosto de 2000, sob a coordenao do empregado Paulo Cesar Fontinelli, foi lanado no Auditrio do Crea, o projeto para implantao de um Sistema de Gesto Ambiental (SGA) na Cesan, abrangendo dois dos seus principais sistemas: a Estao de Tratamento de gua Engenheiro Mario Luiz Petrochi, de Carapina, e a Estao de Tratamento de Esgoto de Camburi. Objetivo: suas certificaes pela norma ISO 14.001. No mesmo evento foi lanada a Poltica Ambiental da Cesan para orientar a empresa a desenvolver aes ambientalmente sustentveis. Em julho de 2010, publicou-se o Manual Ambiental de Projetos e Obras, indicando prticas ambientais a serem adotadas pela empresa e seus prestadores de servios para desenvolver projetos de engenharia, executar obras e desenvolver atividades de operao e manuteno dos sistemas de saneamento. Quanto questo da outorga de direito de Uso de Recursos Hdricos, a Cesan vem desde a publicao da Resoluo Normativa N 005/2005, regularizando suas captaes de gua e seus lanamentos de efluentes para atender a lei federal 9.433/1997. A Cesan tem participado dos Comits de Bacias Hidrogrficas em busca de atuao em todas elas. A empresa faz parte dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e de Recursos Hdricos, nos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e em Cmaras Tcnicas, que so frum de debates e de propostas de polticas para o meio ambiente e recursos hdricos. A implantao do Siga-O informatizado na rea ambiental, objetivou o controle, dentre outros processos, das licenas ambientais com suas respectivas condicionantes dos projetos de educao ambiental, das outorgas de captaes e de lanamentos e das notificaes e multas.
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Pa rt e I I
O Projeto Florestas para a Vida, que tem a participao da Cesan, entre outras aes vai atuar na restaurao e conservao da biodiversidade e dos recursos hdricos das bacias dos rios Jucu e Santa Maria da Vitria.
Crescimento na rea operacional

Call center operacional Com apoio da tecnologia da informao e automao, a Cesan conta com um Centro de Controle Operacional qualificado e dos mais modernos que atua por telemetria e telecomando nos sistemas da Regio Metropolitana. Instalado no Centro Operativo de Carapina, os controladores trabalham distncia em dezenas de itens operacionais, como nveis de reservatrios; presses nas redes e adutoras; funcionamento de elevatrias; controle de presso na suco e recalque de diversas estaes de bombeamento; vazes de entrada e sada das estaes de tratamento; e outros mais. Para chegar a esse estgio muita coisa aconteceu. Antes da sua atuao direta no controle operacional dos sistemas, principalmente de abastecimento de gua, o atendimento ao pblico, em 1980, estava instalado numa sala em frente ento Rodovia Carlos Lindenberg. O telefone de atendimento era 2260597. Em 1985, teve incio o Controle Operacional em Carapina, na ETA V, local que sediava a Gerncia Metropolitana (e as divises de aduo e tratamento), que cuidava desde as captaes at o tratamento de gua e esgoto, e as divises metropolitanas norte e sul que coordenavam a operao e manuteno de redes e elevatrias de gua e esgoto. Ainda na poca em que o micro computador inexistia, as vazes e nveis de reservatrios eram monitorados de hora em hora, num grande quadro de frmica branca, arquivados em fichas e coletadas, via rdio de comunicao, linhas privadas de telefonia (LPs) e ramais. Em 1987, com a chegada do primeiro micro computador na gerncia, passou-se a digitalizar essas informaes. Mais tarde, em 1988, em Cobilndia, na mesma estrutura antiga margem da Rodovia, com os operadores Srgio Rabello, Jsus e Jos Luiz e Marcos Casoto, foi criada a Diviso de Controle Operacional, subordinada Gerncia Metropolitana. Ali, iniciou-se a possibilidade de interveno nos sistemas de monitoramento e histricos dos registros. As intervenes ocorriam no controle de nveis, vazes, presses e manobras realizadas por solicitao aos
Do tempo da Cesan
Dcada de 2000
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supervisores e operadores da ETA e elevatrias. Objetivos: reduzir os nmeros de vazamentos, falta de gua e extravasamentos de reservatrios. O atendimento ao pblico, ligado rea comercial, teve passagem pela sobreloja da galeria dos edifcios Bemge e Tucum. Depois, o setor retornou para o segundo e sexto andares do Edifcio Bemge para, em seguida, instalar-se prximo ao Controle Operacional em Cobilndia. Posteriormente, foi deslocado para o segundo andar da nova estrutura construda em Cobilndia, ao lado do campinho de futebol e, j com as novas tecnologias, conquistou de vez sua atuao como Centro de Controle Operacional (CCO). Foi importante a atuao do tcnico Paulo da Silva Bacelar por sua experincia nos sistemas Jucu e Santa Maria. No seu primrdio, teve como controladores os empregados Gedaias Freire Costa, Vanderlei Jos Nicchio e Mrio Lima Alvarenga. Na dcada de 2000, o CCO foi transferido para o Centro Operativo de Carapina, na Serra.
Centro de Controle Operacional (CCO)
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Eficincia energtica A utilizao da tecnologia da informao uma realidade nas reas mais representativas da empresa. Na operacional, sobretudo, no setor energtico, a reduo do gasto com energia surpreendente: cerca de 50% no valor das multas por ultrapassagem de demandas e baixo fator de potncia, comparando somente os anos de 2009 e 2010. Como assim? Dois fatos merecem destaque: a atuao do Progen (Sistema de Gesto de Energia Eltrica) gerou relatrios que conduziram, com eficcia, as aes por reduo de energia. E, em 2010, a Cesan assinou contrato de eficincia com a EDP Escelsa (a concessionria de energia eltrica local) para reduzir o consumo de energia nas elevatrias do sistema de produo de gua do Rio Jucu, responsvel pelo consumo de aproximadamente 30% de toda energia consumida pela Cesan. O contrato prev a prestao de servios para compra e implantao de equipamentos e obteno de recursos por meio do programa de eficincia da Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel). Lodo de esgoto na agricultura O projeto foi desenvolvido a partir dos estudos realizados pela Cesan e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia Tcnica e Extenso Rural (Incaper), que comprovaram o uso eficiente do lodo proveniente das Estaes de Tratamento de Esgoto (ETEs) como fertilizante agrcola. O projeto resultou na implantao da primeira Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL). Reduo de perdas Levou-se em considerao a reduo de perdas nas reas operacional e comercial. Mesmo com o crescimento do nmero de novas ligaes na Grande Vitria, a produo de gua no cresceu na mesma proporo por causa da reduo das perdas. A
Do tempo da Cesan
Dcada de 2000
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reduo foi possvel pela instalao contnua de hidrmetros nas ligaes no medidas, substituio de hidrmetros; retirada de fraudes e regularizao das ligaes clandestinas. A construo dos novos reservatrios contribuiu tambm na busca por medidas necessrias para o auxlio operacional, com a setorizao das suas reas de influncia, controle das vazes e presses, alm das vazes mais constantes no sistema de produo. A instalao de vrias vlvulas redutoras de presso foi importante no controle das perdas. Inovao tecnolgica A pesquisa de inovao e a disseminao de boas prticas nos processos so estimuladas na empresa e no Encontro de Inovao Tecnolgica e Prticas Inovadoras, realizado anualmente desde 2008. Com a ampliao dos sistemas, a rea operacional tem empreendido medidas inovadoras para aprimorar os mecanismos de atuao e reduzir custos. A constante busca por novas formas de realizao de procedimentos internos impulsiona a implantao de ferramentas mais eficazes. Por isso, o Encontro de Inovao Tecnolgica se consolidou como um dos eventos internos mais importantes da Cesan. Em 2010, foram apresentados 17 trabalhos tcnicos desenvolvidos por empregados da prpria empresa.
Indicadores gerais da empresa

A seguir, os grficos demonstram a evoluo na dcada de 2000, entre 2002 e 2010. So evidenciados: 1. Cobertura da populao com gua tratada. 2. Cobertura da populao com esgotamento sanitrio. 3. ndice de cobertura em gua tratada. 4. ndice de cobertura em esgotamento sanitrio. 5. Localidades atendidas com gua tratada. 6. Localidades atendidas com esgotamento sanitrio. 7. Imveis atendidos com gua tratada. 8. Imveis atendidos com esgotamento sanitrio. 9. Redes de gua em quilmetros. 10. Redes de esgoto em quilmetros. 11. Empregados efetivos da Cesan. 12. Fontes de investimentos 2003-2010.
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Pa rt e I I
Populao coberta - gua

2.212.854 2.040.920 1.765.653
ndice de cobertura - gua

98,7% 100%
2010
2010 2010
2002
2006
2010
2002
94,5%
2006
Populao coberta Esgotamento sanitrio

980.971 748.666
ndice de cobertura Esgotamento sanitrio

36% 46%
2002
2002
378.403
2006
2010
20%
2006
Localidades atendidas com gua

314 308
Localidades atendidas com esgotamento sanitrio

68 72
296
2002
2006
2010
2002
52
2006
Do tempo da Cesan
Dcada de 2000
461
780.508
Imveis atendidos com gua tratada

617.511 678.208
Rede de gua em Km
5.417 6.184 6.754
2010
2002
2006
2010
2002
2006
262.012
128.721
200.574
2002
2006
2010
2002
592
2006
1.275
2010
Empregados efetivos
1.437 1.027 1.006
2002
2006
2010
462
Pa rt e I I
1.582
Imveis atendidos com esgotamento sanitrio
Rede de esgoto em Km
Fontes de investimento na Cesan

(2003 a 2010)
Governo do Estado (aumento de capital)
19%
OGU
3%
MCidades/Funasa MTurismo
1%
Governo do Estado (lucro reinvestido)
9%
30%
Cesan
Governo do Estado Bird
15%
9% BNDES
1.437
14% Caixa
Do tempo da Cesan
Dcada de 2000
463
2010
D c a d a de
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Pa rt e I I
Metas de cobertura de gua e de esgotamento sanitrio

O acionista majoritrio da Cesan, em 2012, o Governo do Estado com participao de 99,61%, portanto, os minoritrios tm participao de 0,39%. Conforme mencionado na Dcada de 1960, a Companhia atua no setor concessionrio de abastecimento de gua e coleta e tratamento de esgoto, realizando estudos, projetos, construo, operao e explorao industrial dos servios. Desenvolve tambm aes relacionadas ao meio ambiente. Atua em 52 municpios dos 78 do Esprito Santo, sendo 7 na Regio Metropolitana da Grande Vitria e 45 no interior. Sua performance traduzida pelos princpios de sua misso: Prestar servios de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio de forma sustentvel, buscando a satisfao da sociedade, dos clientes, acionistas e colaboradores. Sua viso: Ser uma excelncia no setor de saneamento do Brasil. Seus valores: Respeito, responsabilidade, comprometimento, tica, transparncia, competitividade, qualidade e inovao. O Plano Estratgico 2011-2014 do Governo do Estado do Esprito Santo, dentro do Eixo Estratgico de Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana, definiu as seguintes estratgias: ampliao da cobertura de coleta e tratamento de esgoto da Cesan e universalizao do abastecimento de gua nas reas de concesso da empresa. Tambm foi considerada a expanso da oferta de gua tratada e da coleta e tratamento de esgotamento sanitrio para localidades de pequeno porte. Em resumo: quanto gua tratada, a meta manter a universalizao do atendimento da populao urbana nas reas de atuao da Cesan, acompanhando o crescimento da populao e a formao de novos ncleos urbanos e elevar o ndice de cobertura dos servios de esgotamento sanitrio. At 2014, a meta saltar para 70% nas reas urbanas dos municpios de concesso da Cesan. Em 2010, o ndice era de 46%. As principais concluses previstas em abastecimento de gua, de 2011 a 2014, so 481 Km de redes adutoras e de distribuio e 12 reservatrios, alm de ampliao e construo de 13 estaes de tratamento de gua. Para o esgotamento sanitrio, no mesmo perodo, a previso de construir 1.057 Km de redes coletoras e 18 estaes de tratamento.
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Dcada de 2010
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A aplicao de recursos gira em torno de R$ 1 bilho. As principais fontes de recursos so: Governo do Estado; Cesan (recursos prprios); CEF; Governo Federal; Banco Mundial; e BNDES.
guas Limpas dobram a capacidade dos reservatrios de gua dos ltimos 100 anos.
A construo dos grandes centros de reservao dos ltimos 10 anos e as obras em fase de concluso dobram a capacidade de reservao de gua implantada nos ltimos 100 anos, passando de 62 milhes para 124 milhes de litros. Os reservatrios de grande porte construdos na Grande Vitria foram: Garoto e Aras, em Vila Velha; Pedreiras e recuperao de Santa Clara, em Vitria; Morro do Pico e Valverde, em Cariacica; e Morro do Urubu, no Centro da Serra. Em fase de concluso esto os reservatrios de Nova Rosa da Penha (Cariacica), Carapina (Serra) e de Praia Grande (Fundo).
Volume da reservao de gua da Grande Vitria

140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000
(m )
1969
1990
2000
2012
466
Pa rt e I I
Principais realizaes em abastecimento de gua em 2011 e 2012

Serra Ampliao do centro de reservao na Sede. Construo de um reservatrio de volume igual a 6 mil metros cbicos. Populao beneficiada: 34.532 habitantes. Obra concluda em 2011.
Ampliao do centro de reservao da Serra Sede para 6 mil metros cbicos
Cariacica Implantao do centro de reservao de Valverde. Reservatrio de 5 mil metros cbicos, com 2 cmaras de 2.500 metros cbicos cada, 2.189 metros de adutora para alimentao do reservatrio. Populao beneficiada: 30.788 habitantes. Obra concluda em 2012.
Implantao do centro de reservao de Valverde, Cariacica: 5 mil metros cbicos
Do tempo da Cesan
467
Cariacica Implantao do centro de reservao de Nova Rosa da Penha. Reservatrio de 5 metros cbicos com 2 cmaras com 2.500 metros cbicos cada, 7.913 metros de adutora da ETA de Santa Maria at o reservatrio. Populao beneficiada: 30.788 moradores. Previso de concluso: segundo semestre de 2012. Ibatiba Ampliao do sistema de abastecimento de gua. Ampliao da Estao de Tratamento de gua, 3 reservatrios, 1 estao elevatria, 2 booster, 12.221 metros de redes de distribuio e 900 ligaes. Populao beneficiada: 12.034 habitantes. Obra concluda em 2012.
Ampliao do sistema de gua de Ibatiba
Santa Teresa Ampliao do sistema de abastecimento de gua. Ampliao da ETA, nova captao no crrego So Loureno, 1 reservatrio, 2.750 metros de rede adutora de gua bruta e 6.990 metros de redes de distribuio. Populao beneficiada: 15 mil moradores. Obra concluda em 2012. Castelo Adutora de gua bruta. Construo de 4.040 metros de adutora de gua bruta no dimetro de 350 mm. Populao beneficiada: 26.800 habitantes. Obra concluda em 2012.
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Pa rt e I I
Implantao da adutora de gua bruta de Castelo
Serra Ampliao do sistema de abastecimento de gua de Laranjeiras e adjacncias. Construo de 21.196 metros de redes tronco.
Ampliao do sistema de abastecimento de gua de Laranjeiras e adjacncias
Do tempo da Cesan
Dcada de 2010
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Viana Ampliao do sistema de abastecimento de gua da Sede e bairros adjacentes. Ampliao da ETA de 20 para 60 litros por segundos; nova captao no Rio Santo Agostinho; 1 elevatria de gua bruta; 1 reservatrio; e 2.600 metros de adutora de gua bruta. Populao beneficiada: 9.237 habitantes. Obra concluda em 2012.
Ampliao do sistema de abastecimento de gua da Sede de Viana
Vitria e Serra Ampliao da reservao e adutora. Construo do segundo reservatrio semienterrado de volume de 10 mil metros cbicos, ao lado do existente na rea da ETA. Construo de 8.452 metros de adutora de 700 mm, saindo da ETA at o bairro Maria Ortiz para reforar Jardim da Penha, Maria Ortiz, Jabour, Goiabeiras, Mata da Praia, Bairro Repblica, alm de 3.672 metros de redes tronco de distribuio. Cerca de 70 mil moradores de Vitria se beneficiam com a adutora concluda e em funcionamento desde o incio de 2012. A previso para a concluso do reservatrio o segundo semestre de 2012. So Gabriel da Palha Ampliao do sistema de reservao. Construo de reservatrio apoiado de volume igual a 1.000 metros cbicos.
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Pa rt e I I
Construo do reservatrio apoiado de So Gabriel da Palha: 1.000 metros cbicos
Cesan alcana o dobro da cobertura mdia nacional em esgotamento sanitrio

No ano de 2012, a Cesan deixou de ser chamada de Companhia de gua para ser tambm uma empresa de esgotamento sanitrio. Isto porque, com as obras de coleta e tratamento concludas em 2012, a cobertura chegou a 60%, muito acima da mdia nacional de cerca de 30%.
ndice de cobertura - Esgotamento sanitrio (1969 a 2012)

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10%
*ano 2012 - Meta atingida *ano 2014 - Meta do Governo
70%** 60%* 46% 36% 20%
1%
1969
10%
1983
10%
1990 2002 2006 2010 2012 2014
Do tempo da Cesan
Dcada de 2010
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Principais realizaes em esgotamento sanitrio em 2011 e 2012

~ Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Nova Almeida (Serra) e
Praia Grande (Fundo) 100% de contrapartida Cesan/Caixa: implantao de uma Estao de Tratamento situada s margens da Rodovia ES-264 (zona rural) com capacidade de tratamento de 120 litros por segundo. Implantao de 67.368 metros de redes coletoras e linhas de recalque; emissrio de 1.321 metros; 3.779 ligaes domiciliares; e 6 estaes elevatrias com potncia entre 4,7 CV e 100,0 CV. Bairros beneficiados: Nova Almeida; Praia Grande; Barrinha; Areia Branca; Poo dos Padres; Parque das Orqudeas; Boa Vista; Serra Mar I e II; Parque Reis Magos; Santa F; e Timbu. Populao beneficiada: 65.160 pessoas. Obra concluda em 2011.
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Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Nova Almeida e Praia Grande
~ Interligao das redes coletoras implantadas na

Praia do Canto e adjacncias (B4 Vitria) Implantados 8.370 metros de redes coletoras que viabilizaram a operao de 5.300 metros existentes e 737 ligaes executadas pelo Prodespol. Foram executadas tambm mais de 740 novas ligaes domiciliares. O objetivo foi ampliar a rea de influncia da Estao de Tratamento de Mulemb, com o atendimento de outras reas e incorporar as redes construdas na fase do Prodespol. Principais bairros atendidos:
Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Nova Almeida e Praia Grande
Bento Ferreira; Horto; Monte Belo; Gurigica; Jesus Nazareth; Bairro de Lourdes; Consolao; Santos Dumont; Santa Lcia; Praia do Su; Enseada do Su; Praia do Canto; e Santa Helena A populao beneficiada: cerca de 12.500 pessoas. Obra concluda em janeiro de 2012.
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~ Interligao das redes coletoras implantadas em Castelo Branco, Jardim

de Alah e adjacncias (Cariacica) Implantados 3.238 metros de redes coletoras e de recalque, 170 ligaes domiciliares e 2 estaes elevatrias de esgoto. Objetivo: incorporar as redes coletoras de esgoto construdas na regio e outras das reas integrantes do planejamento inicial, que no foram consideradas nas obras do Prodesan, contribuindo para aumentar a rea de influncia da ETE de Bandeirantes e a eficincia do seu tratamento. Principais bairros atendidos: Jardim de Alah, Castelo Branco, Bela Vista e Val Paraso. Populao beneficiada: 10.835 pessoas. Obra concluda no final do primeiro semestre de 2012.
~ Complementao das redes coletoras implantadas na Praia do Canto e

adjacncias (B4 Vitria) Foram implantados 7.685 metros de redes coletoras e 1.070 novas ligaes prediais. Objetivo: incorporar as redes coletoras de esgoto construdas na regio na fase do Prodespol e outras reas contempladas ou no no planejamento inicial, contribuindo no s para aumentar a rea de influncia da ETE de Mulemb como a eficincia do seu tratamento. Principais bairros atendidos: Praia do Canto; Bento Ferreira; Gurigica; Monte Belo; Horto; Santa Lcia; Santa Helena; Consolao; Enseada do Su; Praia do Su; e Bairro de Lourdes. Populao beneficiada: cerca de 34.500 pessoas. Obra concluda em janeiro de 2012.
~Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Jucutuquara e adjacncias (B5 Vitria) Construo de outra unidade de tratamento para tratar mais 360 litros por segundo, adjacente existente, situada no Vale de Mulemb, no Bairro Joana DArc. Implantao de 95.346 metros de redes coletoras e de recalque, emissrio de 1.809 metros; 8.630 ligaes domiciliares; e 8 estaes elevatrias com potncia entre 5,0 CV e 215,0 CV. Principais bairros atendidos: Jucutuquara; Romo; Forte So Joo; Nazareth; Marupe; Santa Ceclia; Fradinhos; Tabuazeiro; Bonfim; Santos Dumont; Barro Vermelho; Santa Maria; Santa Luzia; Monte Belo; Ilha de Santa Maria; e Andorinhas. Populao beneficiada: em torno de 63 mil pessoas. Obra concluda em 2012.
Ampliao da Estao de Tratamento de Esgoto de Mulemb
474
~Implantao do sistema de esgotamento sanitrio do Centro de Vitria (B1/

B2 Vitria) Implantados 37.065 metros de redes coletoras e de recalque, executadas 7.800 ligaes prediais e construdas 4 estaes elevatrias de esgoto. O esgoto coletado bombeado at chegar Estao de Tratamento de Mulemb. Principais bairros atendidos: Centro; Vila Rubim; Fonte Grande; Santa Clara; Ilha do Prncipe; Mrio Cipreste; Caratora; Ariovaldo Favalessa; Parque Moscoso; e Piedade. Populao beneficiada: 31.751 pessoas. Obra concluda no primeiro semestre de 2012.
~Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Aras e adjacncias

e complementao do SES da Praia da Costa (B13 Vila Velha) Financiamento Caixa Implantados 163.135 metros de redes coletoras e de recalque, executadas 10.150 ligaes prediais, construdas 8 estaes elevatrias de esgoto e reformadas 2 estaes elevatrias existentes. O objetivo foi incorporar ao sistema de esgotamento sanitrio das redes coletoras construdas na fase do Prodespol, alm de outras reas do planejamento inicial integrantes desta bacia e no contempladas com as obras na fase do Prodesan, contribuindo para o aumento da rea de influncia da ETE de Aras e a melhoria da eficincia do seu tratamento. O esgoto coletado bombeado at chegar Estao de Tratamento de Aras. Principais bairros atendidos: Praia da Costa; Centro; Aras; Aribiri; Cristvo Colombo; Soteco; Boa Vista; Santa Ins; Guadalupe; Divino Esprito Santo; Ilha dos Ayres; Jardim So Paulo; Jardim Guadalajara; Jardim Colorado; Santos Dumont; Santa Mnica; Coqueiral de Itaparica; Itaparica; Cocal; Ibes; Jquei; Vila Nova; Brisa Mar; Jaburuna; Guaranhuns; Nova Itaparica; Jardim Asteca; Ilha dos Bentos; Novo Mxico; e Nova Itaparica. Populao beneficiada: 120.282 pessoas. Obra concluda em 2012.
Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Aras e adjacncias e complementao do sistema da Praia da Costa e adjacncias
Do tempo da Cesan
Dcada de 2010
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~ Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Baixo Marinho, Sotelndia e adjacncias, em Cariacica Financiamento do PAC Implantados mais de 40 mil metros de redes coletoras e de recalque nos dimetros de 150 a 400 mm, 2.869 ligaes domiciliares e 4 estaes elevatrias de esgoto. O objetivo foi incorporar ao sistema de esgotamento sanitrio das redes coletoras implantadas na fase do Prodesan para ampliar a rea de influncia da ETE de Bandeirante, contribuindo, assim, para melhorar a eficincia do tratamento projetado para esta estao. Principais bairros atendidos: Itaquari; Alto Lage; Morro da Companhia; Jardim Amrica; Bela Vista; Progresso; Vasco da Gama; e Nova Amrica (Vila Velha). Populao beneficiada: 38.950 habitantes. Obra concluda em novembro de 2011.
Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Baixo Marinho e Sotelndia em Cariacica
~ Execuo das obras de implantao do sistema de esgotamento sanitrio

do Centro de Guarapari e adjacncias (Guarapari) Financiamento BNDES A obra est em andamento. Est prevista a implantao de 66.310 metros de redes coletoras e de recalque; execuo de 6.577 ligaes prediais; 11 estaes elevatrias; e a construo de 1 Estao de Tratamento com capacidade de 193 litros por segundo. Principais bairros a serem atendidos: Centro; Santa Margarida; So Judas Tadeu; So Joo; Praia da Areia Preta; Paissandu; Olaria; Lameiro; Ipiranga; Concha DOstra; Atalaia; e Kubitcheck. A populao beneficiada vai girar em torno de 78 mil pessoas. Obra prevista para ser concluda no primeiro semestre de 2013. Conceio da Barra Implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Itanas 1 Estao de Tratamento de Esgoto; 3 elevatrias; 14.167 metros de redes coletoras; 856 metros de emissrio; e 856 ligaes. Populao beneficiada: 8 mil habitantes. Obra concluda em 2011.
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Pa rt e I I
Implantao do sistema de esgotamento sanitrio da Vila de Itanas
Muniz Freire Implantao do sistema de esgotamento sanitrio 1 Estao de Tratamento de Esgoto; 2 elevatrias; 6.882 metros de rede coletora; e 1.650 ligaes. Populao beneficiada: 30.788 habitantes. Obra concluda em 2012. Serra Complementao da Estao de Tratamento de Esgoto do Civit II (2 etapa) 1 lagoa de polimento, aerao das lagoas existentes e limpeza das lagoas existentes. Populao beneficiada: 15 mil habitantes. Obra concluda em 2012. Execuo das obras de implantao do sistema de esgotamento sanitrio de Viana (Viana) Financiamento do BNDES A obra est em andamento. Foram implantados inicialmente 7.594 metros de redes coletoras e de recalque, e 641 ligaes prediais. Est prevista a complementao de mais 1.916 metros de redes coletoras e de recalque; 147 metros de emissrios de esgoto tratado; 135 ligaes prediais; complementao de 1 estao elevatria de esgoto bruto; e construo de 1 ETE de 14 litros por segundo. Principais bairros a serem atendidos: Centro de Viana; Santo Agostinho; Santa Terezinha; e Nova Viana. A populao beneficiada ser de cerca de 4 mil pessoas. Obra prevista para ser concluda no primeiro semestre de 2013.
Do tempo da Cesan
Dcada de 2010
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Principais obras em andamento sob o comando da Gerncia de Empreendimentos I-GEP

1. Afonso Cludio Implantao do sistema de esgotamento sanitrio: 1 Estao de Tratamento; 3 elevatrias; 37.115 metros de redes coletoras; e 3.821 metros de emissrios. Populao beneficiada: 14.095 pessoas. Obra prevista para concluso em 2013. 2. Marechal Floriano Implantao do sistema de esgotamento sanitrio: 1 Estao de Tratamento de Esgoto; 3 elevatrias; 10.824 metros de rede coletora; 1.333 metros de emissrio; e 613 ligaes. Populao beneficiada: 30.788 moradores. Obra prevista para concluso em 2013. 3. Nova Vencia Implantao do sistema de esgotamento sanitrio (1 etapa): 4 elevatrias; 17.856 metros de rede coletora; 3.687 metros de emissrio; e 1.737 ligaes. Populao beneficiada: 11.904 habitantes. Obra prevista para concluso no segundo semestre de 2012. 4. Serra Melhorias sanitrias da Lagoa Pau Brasil e entorno: 2 elevatrias; 1.368 metros de rede coletora; 1.577 metros de emissrio; e 140 ligaes. Populao beneficiada: 9.237 pessoas. Obra prevista para concluso no segundo semestre de 2012. 5. S erra Complementao do sistema de esgotamento sanitrio dos bairros Cascata, So Marcos, Santo Antnio, Roncador e Colina da Serra: 1 Estao de Tratamento de Esgoto; 6 elevatrias; 41.166 metros de redes coletoras; 4.607 metros de emissrio; e 3.694 ligaes. Populao beneficiada: 13.525 habitantes. Obra prevista para concluso em 2013. 6. Serra Ampliao do sistema
Obra do booster Rio Grande do sistema do Rio Benevente em Guarapari
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Pa rt e I I
de esgotamento sanitrio dos bairros Jardim Limoeiro, Serra Sede e Jardim Tropical: 12 elevatrias; 93.832 metros de redes coletoras; 7.987 metros de emissrio; e 9.414 ligaes. Populao beneficiada: 136.306 habitantes. Obra prevista para concluso em 2013. 7. Viana Ampliao da Estao de Tratamento de gua de Jucu/Antrtica. Obra prevista para concluso em 2013. 8. Guarapari Ampliao do sistema de gua de Guarapari via Rio Benevente. Ampliao da rede adutora de gua bruta no dimetro de 500 mm e construo do booster Rio Grande. Obra prevista para concluso em 2013. 9. Nova Almeida e Praia Grande Construo de reservatrio de 2 mil metros cbicos, adutora e rede de distribuio. Uma parte foi concluda em 2012 e est em operao. Outra parte deve ser concluda em 2013. 10. Serra/Fundo Ampliao do sistema de gua de Jacarape, Nova Almeida e Praia Grande. Obra prevista para concluso em 2013.
Principais obras a iniciar, com acompanhamento da Gerncia de Empreendimentos I-GEP

Meape Ampliao do sistema de esgotamento sanitrio. Vila Velha Construo do sistema de esgotamento sanitrio da Barra do Jucu, Morada do Sol e Ponta da Fruta. Pinheiros Construo do sistema de esgotamento sanitrio. Serra Ampliao do sistema de esgotamento sanitrio de Manguinhos.
Programa de Saneamento Rural (Pr-Rural)

O Programa Pr-Rural comeou na dcada de 90 na Cesan para fazer frente ao Programa de Atendimento s Comunidades de Pequeno Porte (CPPs) que, conforme j explicitado, deixou de existir com o fim do Planasa e a extino do BNH.
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J citamos que as CPPs so aglomerados rurais, vilas, povoados, lugarejos ou aldeias definidos pelo IBGE, de acordo com a lei 11.445 (nacional de saneamento bsico) e a 9.096/08 (estadual de saneamento bsico). Voltamos a lembrar que, no Esprito Santo, a maioria das comunidades rurais entre 50 e 1.500 habitantes no possuem servios adequados de saneamento, o que reflete negativamente nas condies de vida e bem-estar da populao. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domiclios (PNAD-2007), do IBGE, nas comunidades rurais brasileiras vivem em torno de 31 milhes de pessoas, o que representa 23% da populao nacional, cuja maioria, ou melhor, quase dois teros no possuem servios bsicos. Os agravantes refletem na sade da populao e no meio ambiente, com o aumento de doenas pela falta de saneamento, conforme j detalhamos anteriormente. Na maioria das vezes, a pobreza, a baixa densidade habitacional, a pouca ou quase inexistente disponibilidade dos recursos financeiros e o custo normalmente alto para se implantar o sistema de gua ou esgotamento sanitrio, so fatores que dificultam estender o saneamento a essas carentes comunidades. As premissas bsicas de atendimento a uma localidade do Pr-Rural contemplava a parceria entre a Cesan, as prefeituras e as comunidades. So mais de 500 lugarejos no Estado, a maioria sem abastecimento adequado. A soluo tcnica ideal o atendimento por nascentes ou poos, pois resultam em baixo custo de construo, fcil operao e manuteno. Ocorre que, at hoje, os resultados pouco satisfatrios dos poos perfurados, evidenciaram que o Estado tem pouca vocao para esses mananciais em funo da baixa produtividade. Outra questo que as nascentes secam em determinadas pocas. Portanto, o atendimento passa a ser por manancial de superfcie, com estao de tratamento completa. Ou seja, os custos de construo so elevados e as dificuldades operacionais idem. No caso do esgotamento sanitrio, na rea rural geralmente no h coleta de esgoto atravs de redes, existindo muitas vezes fossas spticas. Estas quando localizadas perto de um poo de captao de gua, corre srio risco de contaminao do lenol fretico. Existem inmeras localidades sem nenhum sistema de abastecimento, e muitos sistemas quando existem precisam de recuperao ou de ampliao. Quando um sistema construdo, sempre que possvel realiza-se a capacitao da comunidade para operar e manter o sistema. cobrado um valor controlado pela
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Pa rt e I I
prpria comunidade para garantir a sustentabilidade. Existem inmeras comunidades com sistemas de gua e esgotamento sanitrio em operao diversificada sem a participao do poder pblico municipal. H sistemas que funcionam bem, mas a maioria est sucateada. Enquanto algumas prefeituras participam ativamente outras so totalmente ausentes. A viabilidade e a sustentabilidade do sistema passam pela maior participao das prefeituras no processo operacional e de manuteno. A Cesan possui um setor que trata do assunto. Esta unidade elabora estudos e projetos e presta auxilio tcnico s prefeituras. A Cesan atua na elaborao de projetos de engenharia, na execuo das obras com recurso prprio ou de outros e no treinamento de um responsvel da comunidade para a operao e manuteno do sistema. Isso permite que a prpria comunidade faa sua autogesto. A comunidade e/ou o municpio compra os produtos qumicos utilizados no tratamento e na manuteno das instalaes do sistema de gua e/ou esgoto. Muitas vezes, a populao recebe o benefcio do sistema, porm no se sente na obrigao de pagar a tarifa para a autogesto do processo, prejudicando a eficincia dos sistemas e, em seguida, o abandono. No existem recursos suficientes e assegurados nos municpios em que a Cesan atua ou nas demais cidades. No h recursos financeiros assegurados no prprio oramento do Estado nem dos municpios para assumir a responsabilidade em conjunto com a comunidade.
Algumas sugestes para o atendimento das comunidades rurais

O sucesso para um programa de saneamento em comunidades rurais passa pela necessidade de uma poltica de saneamento rural do Estado; da educao ambiental junto s comunidades; do diagnstico detalhado das condies de saneamento rural no Estado; do estabelecimento de critrios de escolha das comunidades prioritrias; e da elaborao de um programa estadual de saneamento rural. importante registrar que h situaes particulares para agilizar o atendimento a um maior nmero possvel de comunidades. Para tanto, devem ser observadas solues tcnicas simplificadas de baixo custo, que permitam condies de operao
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e manuteno do sistema compatvel com o autogerenciamento pela comunidade. Fundamentalmente, participao e comprometimento da comunidade no processo decisrio. preciso que cada qual se sinta responsvel pelo funcionamento do sistema, sem desconsiderar que a comunidade pagar uma tarifa compatvel para custear o sistema. Os investimentos devero ser feitos com o apoio do governo, das prefeituras e pelo envolvimento da comunidade. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saneamento, Habitao e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), poderia elaborar um programa estadual de saneamento rural. Coordenaria a elaborao dos projetos e de convnios para a liberao dos recursos. As obras seriam executadas pelos municpios, com apoio tcnico da Cesan ou dos Servios Autnomos de gua e Esgoto (SAAEs), e dos municpios mediante convnio com a Sedurb. Uma estrutura municipal poderia garantir a eficcia operacional dos servios construdos e garantiria a cobrana da prestao de servios (tarifas) aos usurios. A Cesan elabora 33 projetos para comunidades rurais desde 2011 e prossegue em 2012. Nesse perodo, executou quatro obras nas localidades de Garrucha (Boa Esperana), Indai, Alto Mata Fria e Taquarussu, em Conceio do Castelo.
Sistema de gua de Mata Fria em Conceio do Castelo
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Sistema de gua de Taguarussu em Conceio do Castelo
Sistema de gua da comunidade de Garrucha em Boa Esperana
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De 1967 a 2012 Aonde a Cesan chegou

Ao visitar a Histria, encontramos os responsveis por grande parte do que foi construdo e a razo por estarmos aqui. Os grficos, mapas e desenhos esquemticos que seguem, permitem, em funo do que foi construdo pelos seus empregados ao longo dos anos, desde a sua criao, visualizar aonde a Cesan chegou.
Nmero de economias - gua (1969 a 2011)

800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000 1969 1971 1974 1978 1983 1986 1990 1994 1998 2002
ndice de cobertura - gua (1969 a 2011)

98,7% 94,5% 87% 100% 100% 100%
81%
84%
65%
1969 1974 1983 1990 2002 2006 2008 2010 2011
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Pa rt e I I
Rede de gua em Km (1969 a 2011)

7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000
2006
2008
2010
2011
1969
2002
2006
2010
2011
300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000
Nmero de economias - Esgotamento sanitrio (1983 a 2012)
1983
1985
1990
1994
1998
2002
2006
2010
2012
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90 80 70 60 50 40 30 20 10
Nmero de Estaes de Tratamento de Esgoto
1969
1983
1998
2002
2006
2010
2012
Avaliao dos clientes A principal ferramenta para monitorar a satisfao dos clientes a pesquisa realizada anualmente, desde 2003, por um instituto de pesquisa independente. uma pesquisa de opinio com os clientes que avaliam itens, como servios prestados, produtos oferecidos, preo dos servios, qualidade do atendimento, e outros. uma importante ferramenta de monitoramento da evoluo e da qualidade da empresa pela viso dos clientes. A pesquisa realizada na Grande Vitria e no interior do Estado na rea de atuao da Cesan. Em 2010, o ndice geral de satisfao de todos os servios no interior chegou a 68,93% e, na Grande Vitria, a 69,37%. Com relao ao abastecimento de gua que j est universalizado, a avaliao positiva foi de 85,8% na Grande Vitria, e de 83,3% no interior e, de 84,34%, considerando a Grande Vitria e o interior. J em 2011, na Grande Vitria foi de 82,60% e, no
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Pa rt e I I
Pesquisa de satisfao do cliente - Fornecimento de gua (% de bom e timo)

83,35% 84,34% 82,31% 83,85%
78,7% 76,15%
78,79% 77,29% 77,13%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
interior, de 86%, mas considerando a Grande Vitria e o interior, a avaliao foi de 83,85%. O Instituto de Pesquisa Futura realizou a pesquisa e, por tratar-se de um servio pblico essencial, os ndices foram considerados muito bons.
Mapa dos municpios atendidos

O mapa a seguir indica que, dos 78 municpios do Estado do Esprito Santo, 52 incluindo os sete da Regio Metropolitana so atendidos pela Cesan, e 25 pelos municpios ou autarquias denominadas SAAEs - Sistemas Autnomos de gua e Esgoto. Apenas um municpio atendido por uma empresa privada.
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MUCURICI PONTO BELO ECOPORANGA PINHEIROS BOA ESPERANA GUA DOCE DO NORTE BARRA DE SO FRANCISCO VILA PAVO SO MATEUS NOVA VENCIA CONCEIO DA BARRA MONTANHA PEDRO CANRIO MANTENPOLIS SO GABRIEL DA PALHA GUIA BRANCA ALTO RIO NOVO PANCAS SO DOMINGOS DO NORTE RIO BANANAL MARILNDIA LINHARES JAGUAR VILA VALRIO SOORETAMA GOVERNADOR LINDENBERG BAIXO GUANDU COLATINA
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Municpios atendidos pela Cesan
Sistemas Autnomos de gua e Esgoto
Privado
ITAGUAU ARACRUZ IBIRAU
SO ROQUE DO CANA JOO NEIVA
LARANJA DA TERRA BREJETUBA FUNDO ITARANA
SANTA TERESA
VENDA NOVA DO IMIGRANTE
CONCEIO DO CASTELO SANTA MARIA DE JETIB SANTA LEOPOLDINA SERRA
AFONSO CLUDIO
IBATIBA DOMINGOS MARTINS IRUPI INA VIANA VILA VELHA CASTELO GUARAPARI VARGEM ALTA ALEGRE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM ICONHA ANCHIETA ALFREDO CHAVES MUNIZ FREIRE CARIACICA VITRIA
DIVINO DE SO LOURENO
IBITIRAMA
DORES DO RIO PRETO
GUAU
MARECHAL FLORIANO
Do tempo da Cesan
JERNIMO MONTEIRO MUQUI ITAPEMIRIM
RIO NOVO DO SUL
PIMA
SO JOS DO CALADO MIMOSO DO SUL PRESIDENTE KENNEDY
Dcada de 2010
MARATAZES
BOM JESUS DO NORTE APIAC
ATLIO VIVACQUA
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Populao da Regio Metropolitana da Grande Vitria entre 1940 e 2010

Analisando o grfico, verifica-se que a curva do crescimento populacional da Regio Metropolitana desde a criao da Cesan foi bastante acentuada. Por volta de 1970, a populao dos sete municpios metropolitanos no ultrapassava 400 mil habitantes e, em 2010, chegou prximo a 1,7 milho de habitantes, ou seja, mais que quadriplicou. Todos os municpios tiveram crescimento acentuado, com destaque para a Serra, cuja populao no chegava a 17 mil habitantes, mas em pouco mais de 40 anos atingiu 409 mil habitantes, em 2010. Na poca da criao da Cesan, a populao atendida era inferior a 70% e hoje a Companhia atingiu a universalizao do abastecimento de gua. O esgotamento sanitrio que era pouco expressivo chegou, em 2012, a 60% de cobertura.
Populao da Regio Metropolitana da Grande Vitria

(1940 a 2010)
400.000 Vila Velha 414.586 Serra 409.267 Cariacica 348.738 Vitria 327.801 300.000
200.000
100.000
Guarapari 105.286 Viana 65.001 Fundo 17.025
1940
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
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Mapa geogrfico da Regio Metropolitana da Grande Vitria

O mapa mostra o tamanho dos municpios metropolitanos, os municpios limtrofes e as vias principais.
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Mapa dos sistemas integrados de abastecimento de gua da Regio Metropolitana da Grande Vitria
O Mapa mostra que o sistema de abastecimento de gua da Regio Metropolitana da Grande Vitria totalmente integrado. Por exemplo, o subsistema Jucu tem a sua captao de gua no municpio de Vila Velha para abastecer no s Vila Velha como Cariacica, a Ilha de Vitria, partes de Viana e de Guarapari. A ETA de Vale Esperana, principal Estao de Tratamento de gua desse subsistema, est situada em outro municpio, o de Cariacica e atende Cariacica, a Ilha de Vitria, Vila Velha, e partes de Viana e de Cariacica. O subsistema de Santa Maria da Vitria tem sua captao e Estao de Tratamento no municpio da Serra e o abastecimento feito para o municpio da Serra, parte Continental de Vitria e Praia Grande (Fundo). Essa integrao mostra a importncia e a necessidade do Estado fazer a gesto do abastecimento como feito pela Cesan.
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Mapa dos sistemas integrados de abastecimento de gua da Regio Metropolitana da Grande Vitria
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Esquemtico do subsistema de produo do Rio Jucu
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Desenhos esquemticos dos sistemas de produo de gua da Grande Vitria (ano 2012)
Esses desenhos esquemticos mostram as principais unidades de produo de gua da Grande Vitria, referentes aos subsistemas dos rios Jucu e Santa Maria da Vitria. Mostram as interligaes entre suas unidades desde a captao at o tratamento da gua e as sadas da estao de tratamento em direo aos centros de reservao e bairros.
Do tempo da Cesan
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Esquemtico do subsistema de produo do Rio Santa Maria da Vitria
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Prolas
Ai, que dor de cabea!
Um engenheiro da Cesan acompanhava tcnicos do banco alemo KFW ao interior do Estado para conhecer as instalaes sanitrias domiciliares. L pelas tantas reclamou que estava com muita dor de cabea. A dona da casa imediatamente trouxe gua e um comprimido. Como o engenheiro tinha visto que o poo da casa estava muito prximo da fossa, recusou a gua dizendo que a dor de cabea j tinha passado. Discretamente fingiu que bebeu, foi janela e jogou a gua fora. A bondosa mulher no percebeu e, em seguida, preparou uma jarra de suco dos mais suculentos.
A nuvem e o reservatrio de Pedro Canrio

O sistema de abastecimento de gua de Pedro Canrio estava prestes a ser inaugurado. Na vspera, o vigia olha para cima e v o reservatrio elevado balanar. Liga apavorado para Vitria que, imediatamente, envia um engenheiro para o local. O que aconteceu? O vigia viu uma nuvem passando e a impresso foi de que o reservatrio balanou. Quase que a inaugurao foi suspensa.
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A lei da gravidade e os vereadores

Tnhamos ido ao interior do Estado para explicar como seria o abastecimento da cidade. Seria por um manancial vindo das montanhas e, por isso, abasteceria a cidade por gravidade, sem necessidade de bombeamento. Ao explicar isso na Cmara de Vereadores, o presidente disse: no precisamos nos preocupar com a atual lei da gravidade, pois podemos aprovar nova lei em seo especial para derrubar a tal lei da gravidade, que nem parece to grave assim.
Poo jorrante
Depois de muitas pesquisas e centenas de poos profundos perfurados durante dcadas, o Esprito Santo no demonstrou ser um Estado com vocao para os mananciais subterrneos. O insucesso acabou em brincadeira. Um poo perfurado foi muito comemorado pela sua grande vazo e mais ainda por ser jorrante. Depois de muita comemorao, veio a frustrao: tinha-se, na verdade, atingido uma rede adutora da Cesan.
Cad a bomba de gua?

Em um dos estudos de definies de mananciais para abastecimento a uma Comunidade de Pequeno Porte do interior, o operador local nos levou para conhecer a captao da gua. Logo pela manh, fomos ao local e, ao abrirmos a porta da estao elevatria, uma estranha surpresa: tinham roubado a bomba elevatria da cidade.
Patrimnio do burro
No incio era muito comum o uso de animais no transporte de produtos qumicos para tratar a gua direcionada Estao de Tratamento de Duas Bocas. No era fcil o acesso local por veculos. Os animais tambm eram utilizados no difcil acesso adutora de Duas Bocas nos trabalhos de inspeo e verificao de vazamentos. Quando um dos burros faleceu foi preciso dar baixa patrimonial. O coordenador da rea de
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patrimnio encaminhou pedido ao responsvel pela rea operacional para anexar o documento mais pertinente para tal ato. A resposta foi imediata: Infelizmente, no encontramos ainda nenhum rgo que possa emitir o atestado de bito do animal. Como no se podia esperar, o burro foi sepultado sem a sua placa de patrimnio.
A gua no chegava
Partimos para o interior para a inaugurao de um sistema de abastecimento de gua de uma Comunidade de Pequeno Porte. A festa estava preparada com a presena da populao local e autoridades. Claro, a diretoria da Cesan estava presente, o governador do Estado, o prefeito, alguns vereadores... Todos a postos e o presidente fora informado que o registro tinha sido aberto, ainda pela manh, mas a gua no chegava. O clima ficou tenso. O presidente andava de um lado para o outro, batia a caneta na mo e falou para o diretor Tcnico: Eu no vou fazer o discurso, voc faz. E desabafou: Os ndios traziam gua encanada com bambu e os meus tcnicos no conseguiram trazer gua nos tubos. Foi um desespero!
A vaca e o crrego
Um engenheiro do setor de obras da Cesan recebeu o projeto para iniciar a obra de uma localidade do interior. Foi ao local para fazer o reconhecimento. Quando l chegou, depois de conhecer as vrias partes do sistema que seria construdo, foi tambm conhecer o manancial onde seria feita a captao da cidade. Quando o engenheiro viu o crrego e umas vacas prximas, se assustou, dizendo: Tem tanta gua nesse crrego que, se essas vacas vierem beber gua aqui, vai secar o crrego.
Estouro da lmpada
A rea da Cesan responsvel pelas obras das Comunidades de Pequeno Porte recebeu a visita de um prefeito do interior. A autoridade andava escoltada e diziam ser seu capanga. Quando chegou ao escritrio no ltimo andar do Edifcio Tucum, o pes-
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soal da rea de projetos que estava em outra sala, avisou: O homem est chegando. Pouco depois, se ouviu um estrondo. Algum falou: Acho que o homem atirou em algum. Felizmente, no foi nada alm de um susto pelo estouro da lmpada fluorescente no exato momento em que o prefeito passava.
A localidade do prefeito era outra

Fizemos uma visita tcnica para a elaborao do projeto do sistema de abastecimento de gua de uma comunidade do interior. Quando conclumos os levantamentos, passamos na Prefeitura para comunicar o resultado ao sr. prefeito. Para a nossa surpresa, fomos questionados veementemente pela autoridade: a comunidade a ser atendida no era aquela que tnhamos ido. Era outra. O clima ficou tenso. Pior: havia um revlver em cima do gaveteiro. Sorte nossa que, naquele momento cavernoso, entrou na sala um empregado que tinha sido companheiro de faculdade do nosso projetista. Da para frente, o clima ficou mais cordial.
Solda do tubo
Um tcnico recm-admitido recebeu do chefe do Departamento de Operao a tarefa de coordenar a eliminao de um vazamento numa tubulao de fibrocimento. Preparou os equipamentos como se fosse executar o servio numa rede de ao. Levou mquina de solda, maarico e tudo mais. Foi aquela gozao e muitos se lembram at hoje.
Bomba submersa anexada

Certa feita chegou ao protocolo da Cesan um processo deveras interessante que gerou a curiosidade do responsvel pelo protocolo. Dizia a comunicao interna de um dos nossos Polos de atendimento no interior do Estado: Comunicamos a essa Diretoria de Operaes que tivemos grave problema de queima do equipamento usado para o tratamento da gua de todo o municpio.
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Diante da urgncia que o caso requer, segue em anexo (ou seja, na carroceria do caminho Trunk) uma bomba submersa para ser consertada na capital e devolvida o mais rpido possvel. Curioso e todo afobado, o protolista dirigiu-se direo da empresa para se isentar daquela responsabilidade, porque recebera o documento sem o devido anexo. Foi pacientemente acalmado pelo assistente do diretor que lhe explicou a real impossibilidade de se anexar o equipamento ao tal documento e, que seguramente, estaria recolhido em um local mais espaoso e apropriado at ser levado oficina reparadora. Vale registrar que esse tipo de bomba pesa mais de 200 quilos.
Anexos separados
Havia em nossa rea financeira um mensageiro, empregado dos mais antigos do quadro da Companhia, que era conhecido por suas constantes iniciativas para ser til aos colegas. Certa vez, eis que chega um volumoso processo que lhe pareceu muito desarrumado. Como estava com tempo disponvel, cuidou de arrumar o tal processo. Sem se preocupar com a ordem cronolgica dos acontecimentos, foi organizando as pginas do seu jeito. Depois, tratou de enumerar as pginas e, ao final, soltou um memorvel despacho que lhe assegurou a autoria do feito at hoje: Informamos que organizamos o presente processo que estava uma baguna e depois enumeramos as pginas. Em tempo: Informamos que os anexos seguem separados. Baguna total! Foi no que transformou o que restou do processo que, obviamente, teve que ser todo refeito!
Uma visita tcnica

Anos atrs, numa visita a uma Prefeitura do interior, os tcnicos foram informados que o prefeito estava numa localidade prxima. Foram procura dele e quando o encontraram justificou que estava l porque tinha feito uma viajem com previso para cinco dias. Como retornou antes, estava em casa esperando passar os dias para ter todas as dirias.
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Carneiro hidrulico
Sabemos que o carneiro hidrulico, tambm chamado de ariete hidrulico ou balo de ar, um aparelho simples e de grande utilidade para o abastecimento de gua nas fazendas para elevao da gua com energia prpria. Um tcnico nosso resolveu instalar esse aparelho no Morro da Fonte Grande, em Vitria. A comunidade no entendeu nada quando foi avisada que ali teria um tal carneiro. Preocupadas, as pessoas comearam a indagar: que bicho esse que vo colocar no nosso morro? Quem vai tomar conta do carneiro para ele no fugir? Ser que no vo fazer churrasquinho do carneiro?
Conserto da adutora na Cinco Pontes

Estava sendo corrigido um vazamento na antiga adutora que passava pendurada sob a passarela da ponte. Para realizar o servio, um operrio precisou ficar pendurado numa gaiola de ao por baixo da ponte. Um diretor que foi ao local indagou ao empregado que j estava exausto pelas mais de seis horas do difcil e estressante servio: Fulano, o servio ainda vai demorar? De imediato, respondeu o operrio: Doutor quem t doido pra terminar esse servio sou eu. E o diretor saiu de fininho.
O pato que virou marreco

L pelos meados dos anos 80, a rea de Recursos Humanos da Companhia verificou que havia na Cesan empregados antigos, ocupantes de pequenos cargos operacionais e que no eram devidamente alfabetizados. Comearam a trabalhar muito cedo e a vida no lhes permitiu estudar. Elaboraram, ento, fundamentada justificativa direo da empresa, sugerindo um convnio de cooperao com o MEC para implementar um programa de alfabetizao integrada. A ideia, bastante nobre, foi inteiramente abraada pelos diretores. Celebrado o convnio, tiveram incio as aulas dirias num ambiente de entusiasmo. Todas as manhs aproximadamente 10 empregados, j maduros e tarimbados nos servios da Cesan, deixavam de lado suas atividades para participar das famosas
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aulas de alfabetizao. Caderno, lpis, cartilha, hora da merenda... Tudo conforme manda o figurino. Somente aps as aulas, dirigiam-se s suas atividades laborais. E assim se passou todo o ano. Chegado o ms de dezembro, terminava o curso e chegava o dia da formatura. A rea de RH esmerou-se na confeco da festa e dos convites para a colao de grau aos nobres guerreiros que, assiduamente, dedicaram-se tarefa de se alfabetizarem mesmo de cabelos grisalhos. No Dia D, representantes da diretoria, gerncias convidadas, toda a unidade de RH que se orgulhava do feito e vrios convidados de fora estavam a postos. Depois do evento, haveria um farto caf da manh para comemorar a data histrica. O mais falante dos alunos foi escolhido como orador para representar a turma. Todos os formandos estavam muito arrumadinhos e perfumados, com seus cabelos assentados em gumalina quando os trabalhos comearam e o orador chamado frente. A dirigente do evento muito solcita cumprimentou o orador em nome de todos e pediu-lhe que, antes de receber o diploma, demonstrasse aos presentes os progressos que o curso lhes proporcionara, fazendo uma demonstrao de leitura de um breve texto que projetou num telo. Muito nervoso, o formando quase no conseguia falar. A dirigente apressou-se, e passou para a sesso de leitura para acabar com a aflio do pobre orador. Era um texto muito simples e em cada linha tinha a figura de um animal e sua frente o seu nome. Primeiro desenho: um patinho amarelo. sua frente, estava escrito PATO; o segundo era um ratinho cinza tambm com a palavra RATO e assim por diante at completar uns cinco bichos com seus respectivos nomes. Seria bem fcil e tudo acabaria bem! Vamos l, fulano. Mostre-nos o que aprendeu, leia para todos a primeira frase. Tratava-se do patinho. E o formando lanou a inesquecvel prola: MARRECO. Todos riram e a dirigente, meio sem graa, tentou ajud-lo. Olhe bem, estou pedindo para ler o que est escrito ao lado do primeiro bichinho. Vamos de novo. E o orador: MARRECO! Diante da gargalhada geral, algum gritou: pato, pato. E o pobre formando muito irritado, falou: Se queriam que eu dissesse pato, ento, porque colocaram a gravura de um marreco? O pessoal do RH ficou sem entender onde errou, pois todos juravam que a reproduo era de um pato, s o orador, por azar, reconhecia a diferena entre um filhote de pato e de marreco.
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Anexos
Parte I - Captulo 2
Reverso e transferncia dos servios de gua Vitria-ES, Palcio Anchieta, 3 de maio de 1958. Estiveram na solenidade, diante do tabelio do 4 Ofcio de Notas o governador Francisco Lacerda de Aguiar; o representante da Prefeitura de Vitria, Mrio Gurgel; o representante do Departamento de gua e Esgotos (DAE), Jonas Hortlio da Silva Filho, alm de duas testemunhas: Alberto de Oliveira e Setembrino Pelissari. O objetivo da solenidade foi a reverso e a transferncia dos servios pblicos de gua e de esgoto de Vitria. Segundo a ata, Mrio Gurgel em nome da Prefeitura disse que, por escritura pblica lavrada no Cartrio do 4 Ofcio de Notas (16 de novembro de 1946, no livro n 61, folhas 26 e 34), o Estado do Esprito Santo fez a doao condicional Prefeitura de Vitria dos servios pblicos de gua e esgoto da capital, reservando, entretanto para si, o direito de promover a reverso integral desses servios, acrescidos dos respectivos melhoramentos ao patrimnio estadual, sem direito indenizao, se fosse julgado conveniente pelo Estado. Explicou ainda que, nessa escritura pblica, estipulava-se (na clusula terceira) a doao com encargo e que pela Lei estadual 1.374 (de 30 de dezembro de 1957, que criou o DAE como entidade autrquica) foi determinada a reverso ao patrimnio do Estado dos servios de gua e esgoto dessa capital para serem transferidos ao DAE e serem incorporados ao seu patrimnio, conforme os artigos 21 e 22 (letra A) da j mencionada Lei 1.374. Dessa forma, por essa escritura (Livro 101, folhas 19 v. a 27 v. de 3 de maio de 1958) a Prefeitura de Vitria fez reverter ao Estado os servios pblicos de gua e esgoto da capital capixaba. Esses servios pblicos eram constitudos pelos grupos da seguinte forma: I) Terrenos. II) Barragens. III) Adutoras de gua. IV) Casas de guardas. V) Reservatrios. VI) Redes de distribuio. VII) Elevatrias de gua. VIII) Rede de esgoto. IX) Elevatrias de esgotos. X) Linha telefnica. XI) Rampa de hidrmetros. XII) Barraco de almoxarifado.
Anexos
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A seguir, os grupos esto discriminados: Grupo I Terrenos com benfeitorias da bacia do Pau Amarelo, em Cariacica, com rea de 10.542.500 metros quadrados, no valor de Cr$ 250.000,00. Na bacia de Nai-A, Panelas e Bubu, tambm em Cariacica, rea de 16.610.000 metros quadrados, no total de Cr$ 380.000,00. Em Vitria, estavam os terrenos no Reservatrio de Santa Clara, medindo 21.201 metros quadrados, avaliados em Cr$ 60.000,00; no Reservatrio de Jucutuquara, rea de 1.090 metros, no valor de Cr$ 10.000,00; almoxarifado da Ilha do Prncipe, rea de 2.500 metros quadrados, avaliada em Cr$ 50.000,00. Grupo II Barragens no Rio Pau Amarelo somando Cr$ 84.000,00 e, no Rio Panelas, outros Cr$ 33.600,00. Grupo III Adutoras: de ao, no Pau Amarelo, de 10 polegadas, no valor de Cr$ 408.000,00; no Rio Panelas, de 10 polegadas totalizando Cr$ 825.692,00 e, em Duas Bocas, as de 20 polegadas, no valor de Cr$ 3.277.500,00. Grupo IV Casas de guarda: no Pau Amarelo, no valor de Cr$ 6.800,00; no Panelas, Cr$ 8.160,00; no Goyamuns, Cr$ 4.040,00 e, em Santa Clara, no valor de Cr$ 8.160,00. Grupo V Reservatrios - de Santa Clara: Cr$ 351.875,00; de Jucutuquara: Cr$ 25.000,00; de Vila Velha: Cr$ 16.800,00; de Argolas: Cr$ 16.800,00; da Fonte Grande: Cr$ 8.400,00; de Santo Antnio: Cr$ 11.760,00; da Chcara do Muniz: Cr$ 6.045,00; da Ilha do Prncipe: Cr$ 4.910,00; de Santa Clara: Cr$ 250.000,00. Grupo VI Rede de distribuio: em ferro fundido, Cr$ 492.800,00 e, em ao galvanizado, Cr$ 597.255,00. Grupo VII Elevatrias de gua - em Jucutuquara: Cr$ 13.600,00; em Santa Clara: Cr$ 18.497,00; e, na Chcara do Muniz, Cr$ 5.540,00. Grupo VIII Redes de esgoto: Cr$ 226.446,00. Grupo IX Elevatrias de esgoto: no poo do Comrcio, Cr$ 6.000,00 e, no poo de So Manoel, Cr$ 21.639,00. Grupo X Linha telefnica: Cr$ 33.550,00. Grupo XI Rampa de hidrmetros: Cr$ 13.600,00. Grupo XII Barraco de almoxarifado: Cr$ 38.753,00. O total geral dos terrenos das referidas bacias consta da planta (N.136, P. 4. A) que foi levantada pelo antigo DAE, passando a ser parte integrante dessa escritura.
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Essas terras foram compradas em diferentes pocas pelo Estado, sobretudo, nos governos de Jernimo de Souza Monteiro (entre 1910 e 1912) e de Florentino Avidos (de 1924 a 1928) para os servios de abastecimento de gua populao de Vitria. As escrituras do primeiro perodo, num total de 29, das quais 25 foram lavradas no Cartrio da ento Vila, cidade de Cariacica (pelo tabelio Joo Ferreira Corra); duas no Cartrio de Vitria (Tabelio Simo Bittencourt) e as duas restantes tambm em Vitria (Tabelio Arthur Cardoso). As 83 do segundo perodo foram lavradas no Cartrio dos feitos da Fazenda (Tabelio Wlademiro da Silva Santos). Todas as escrituras foram devidamente transcritas no Registro Geral de Imveis da Comarca de Vitria. Ainda durante a solenidade, o representante do Estado anunciou ao tabelio Dr. Wlademiro que, de acordo com os artigos 21 e 22 (letra a, da Lei 1374) a partir daquele momento estava confirmada a transferncia, por escritura ao DAE, de todo o domnio de ao e posse. O representante do DAE declarou que aceitava a escritura de reverso e transferncia. A escritura foi juramentada por Luiz Olavo Besouchet da Silva.
Parte II Dcada de 1960

Bens avaliados na constituio da Cesan Dentre todos os bens j listados interessante detalhar as adutoras e as subadutoras:
Cariacica
Adutora de Duas Bocas, partindo da barragem, trecho at a ETA de Cobi: dimetro de 500 mm, em ao. Extenso de 16.367 metros. Roas Velhas (adutora Duas Bocas) at Patronato: dimetro de 200 mm, em fibro cimento. Extenso: 400 metros. Patronato at Cariacica: dimetro de 150 mm, em fibro cimento. Extenso: 3 mil metros. Praa de So Torquato at Comaupa, em Jardim Amrica: dimetro de 350 mm, em ferro fundido. Extenso: 750 metros.
Anexos
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Comaupa at o Posto Fiscal: dimetro de 250 mm, em ferro fundido. Extenso: 2.640 metros. Posto Fiscal at o Centro de Campo Grande: dimetro de 250 mm, em ao. Extenso: 600 metros. Sotema at Porto Velho: dimetro de 250 mm, em ferro fundido. Extenso: 1.032 metros.
Vila Velha
Recalque da Casa de Bombas at a Rodovia Carlos Lindenberg: dimetros de 2 x 600 mm, em ferro fundido. Extenso de 1.020 metros cada. Rodovia Carlos Lindenberg at a ETA de Cobi: dimetro de 800 mm, em ao. Extenso: 300 metros. Saindo da Estao de Tratamento de Cobi at Santa Ins: dimetro de 400 mm, em ferro fundido. Extenso: 4.710 metros. Saindo da Estao de Tratamento de Cobi at a Praa Duque de Caxias: dimetro de 250 mm, em ao. Extenso: 7.920 metros. Praa Duque de Caxias at o Canal DNOS: dimetro de 200 mm, em ferro fundido. Extenso: 1.570 metros. Canal DNOS at a Praia da Costa: dimetro de 200 mm, em fibro cimento. Extenso: 920 metros. Rede do 38 BI, saindo da Estao de Tratamento de Cobi at Alecrim: dimetro de 250 mm, em ao. Extenso: 3.080 metros. Alecrim at a Glria: dimetro de 250 mm, em ferro fundido. Extenso: 2.400 metros. Glria at Jaburuna: dimetro de 200 mm, em ferro fundido. Extenso: 940 metros. Jaburuna at o Colgio Marista: dimetro de 150 mm, em ferro fundido. Extenso: 960 metros. Rede Paul, trecho So Torquato at Aribiri: dimetro de 250 mm, em ao. Extenso: 4.460 metros. Aribiri at o Centro de Vila Velha: dimetro de 150 mm, em ferro fundido. Extenso: 4.080 metros.
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Vila Batista at a Ilha das Flores: dimetro de 150 mm, em ferro fundido. Extenso: 360 metros. Cohab-Santa Ins at Soteco: dimetro de 150 mm, em PVC. Extenso: 200 metros.
Vitria
Trecho do viaduto da CVRD ao Mercado da Vila Rubim: dimetro de 600 mm, em ferro fundido. Extenso: 1.050 metros. Mercado-Balana APV: dimetro de 500 mm, em ao, extenso de 450 metros. Balana APV-Av. Csar Hilal: dimetro de 600 mm, em ferro fundido. Extenso: 5.200 metros. Para Santa Clara saindo da ETA de Cobi at o Viaduto da CVRD: dimetro de 800 mm, em ao. Extenso: 1.300 metros. Viaduto da CVRD at Santa Clara: dimetro de 500 mm, em ao. Extenso: 1.517 metros. Saindo do Reservatrio de Santa Clara at Santo Antnio: dimetro de 250 mm, em ao. Extenso: 2.160 metros. Saindo do Reservatrio de Santa Clara at Caratora: dimetro de 150 mm, em ferro fundido. Extenso: 960 metros. Santo Antnio at o Contorno: dimetro de 200 mm, em ferro fundido. Extenso: 560 metros. Para Praia Velha saindo do Reservatrio de Santa Clara at Santa Lcia: dimetro de 250 mm, em ferro fundido. Extenso: 6.960 metros. Para Marupe saindo do Reservatrio de Santa Clara at Gurigica: dimetro de 250 mm, em ao. Extenso: 5.360 metros. Gurigica at a Faculdade de Medicina: dimetro de 250 mm, em ferro fundido. Extenso: 490 metros. Faculdade de Medicina at So Cristvo: dimetro de 200 mm, em fibro cimento. Extenso: 840 metros. Goiabeiras Constante Sodr at a Ponte da Passagem: dimetro de 200 mm, em fibro cimento. Extenso: 1.880 metros.
Anexos
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Ponte da Passagem at a Universidade Federal do Esprito Santo (Ufes): dimetro de 200 mm, em fibro cimento. Extenso: 979 metros. Ufes at Goiabeiras: dimetro de 150 mm, em fibro cimento. Extenso: 1.300 metros. Quartel-Escola Tcnica Federal at o Quartel da Polcia Militar: dimetro de 150 mm, em ferro fundido. Extenso: 2.640 metros. So Francisco saindo do Reservatrio de Santa Clara at So Francisco: dimetro de 200 mm, em ferro fundido. Extenso: 800 metros. Cidade Baixa saindo do Reservatrio de Santa Clara at a Rua General Osrio: dimetro de 300 mm, em ferro fundido. Extenso: 620 metros. Rua General Osrio at o prdio do Dirio Oficial do Esprito Santo: dimetro de 200 mm, em ferro fundido. Extenso: 940 metros. Prdio do Dirio Oficial at a Rua Baro de Monjardim: dimetro de 150 mm, em ferro fundido. Extenso: 440 metros. Para Jucutuquara saindo do Reservatrio de Santa Clara at a Cia de Tecidos: dimetro de 200 mm, em ferro fundido. Extenso: 3.300 metros. Saindo do Reservatrio de Santa Clara at a Rua Afonso Brs: dimetro de 250 mm, em ferro fundido. Extenso: 130 metros. Afonso Brs at a Rua Cleto Nunes: dimetro de 200 mm, em ferro fundido. Extenso: 120 metros. Rua Cleto Nunes at Av. Florentino Avidos: dimetro de 150 mm, em ferro fundido. Extenso: 180 metros. Zona norte complementao da adutora da Zona Norte (no assentada): dimetro de 600 mm, em ferro fundido. Extenso: 1.700 metros. Fato interessante que o terceiro pavimento da Estao de Tratamento de Cobi era destinado residncia do encarregado da estao. O subsolo era o depsito de produtos qumicos: o primeiro para filtros duplos completos (nmero de 4) e o quarto para o reservatrio de gua de lavagem dos filtros.
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Diretorias da Cesan
Composio da primeira diretoria 1968
Diretor Presidente Dcio da Silva Thevenard (engenheiro) de 2/1/1968 a 26/4/1970 Jos Alberto de Arajo Serafini (engenheiro) de 27/4/1970 a 4/1971 Diretor Tcnico Gladstone Hoffmann (engenheiro) de 2/1/1968 a 17/8/1969 Helder Faria Varejo (engenheiro) de 18/8/1969 a 4/1971 Diretor Financeiro Wenceslau Lamy de Miranda de 2/1/1968 a 4/4/1971
Composio da segunda diretoria 1971

Diretor Presidente Gladstone Hoffmann (engenheiro) de 5/4/1971 a 17/3/1975 Diretor Financeiro Geraldo Rocha (economista) de 5/4/1971 a 17/3/1975 Diretor Tcnico Jos Valado Arantes Jnior (engenheiro) de 5/4/1971 a 17/3/1975
Composio da terceira diretoria 1975

Diretor Presidente Paulo de Miranda Pereira (engenheiro) de 18/3/1975 a 22/3/1983 Diretor de Administrao Vicente Jos Tedesco (administrador) de 18/3/1975 a 28/5/1981 Deuslrio Neri Silva (economista) de 29/5/1981 a 14/3/1983 Diretor de Produo Helder Faria Varejo (engenheiro) de 18/3/1975 a 22/3/1983
Anexos
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Composio da quarta diretoria 1983

Diretor Presidente Srgio Manoel Nader Borges (engenheiro) de 23/3/1983 a 5/5/1987 Diretor de Administrao e Finanas Paulo Roberto Ferreira (administrador) de 23/3/1983 a 5/5/1987 Diretor de Produo Joo Ismael Ortulane Nardotto (engenheiro) de 23/3/1983 a 5/5/1987
Composio da quinta diretoria 1987

Diretor Presidente Wilson Calmon Alves (engenheiro) de 5/5/1987 a 17/5/1988 Saturnino de Freitas Mauro (engenheiro) de 18/5/1988 a 12/7/1988 Aramiz Bussular da Silva (administrador) de 13/7/1988 a 23/8/1988 (cumulativamente) Murilo Gomes Serpa (engenheiro) de 24/8/1988 a 13/3/1990 Aramiz Bussular da Silva (administrador) de 14/3/1990 a 14/4/1991 Diretor de Administrao e Finanas Aramiz Bussular da Silva (administrador) de 7/5/1987 a 13/3/1990 Cludio Sabino de Resende (administrador) de 14/3/1990 a 17/4/1991 Diretor de Produo Helvcio Nascimento (engenheiro) de 7/5/1987 a 28/3/1988 Joel Henrique da Silva (engenheiro) de 29/3/1988 a 17/4/1991
Composio da sexta diretoria 1991

Diretor Presidente Aramiz Bussular da Silva (administrador) de 18/4/1991 a 16/1/1995 Diretor de Administrao e Finanas Madson Barboza Cunha (administrador) de 18/4/1991 a 18/1/1995 Diretor de Produo Esmael Barbosa de Almeida (engenheiro) de 18/4/1991 a 18/1/1995 Diretor Vice-Presidente Executivo Cludio Sabino de Resende (administrador) de 10/11/1993 a 18/1/1995
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Composio da stima diretoria 1995

Diretor Presidente Joo Luiz Paste 16/1/1995 a 17/3/1996 Cludio de Moraes Machado (zootecnlogo) de 18/3/1996 a 4/1/1999 Diretor Vice-Presidente Executivo Cludio de Moraes Machado (zootecnlogo) de 19/1/1995 a 17/3/1996 Samuel Ortulane Nardotto (administrador) de 18/3/1996 a 25/10/1999 Diretor de Administrao e Finanas Luiz Carlos Cotta (administrador) de 19/1/1995 a 23/6/1995 Ewerton Loureno Pessotti (economista) de 26/6/1995 a 25/7/1996 ngelo Andr Vieira Segatto (administrador) de 26/7/1996 a 22/6/1999 Diretor de Produo Roberto Antonio Bianchi (engenheiro) de 19/1/1995 a 6/3/1997 Luiz Henrique Dinelli do Amaral (engenheiro) de 7/3/1997 a 4/1/1999
Composio da oitava diretoria 1999

Diretor Presidente Robson Sarmento (engenheiro) de 4/1/1999 a 2/9/1999 Fernando Joo Mendona Guzzo (engenheiro) de 2/9/1999 a 31/10/2000 Nilton Jos de Andrade (engenheiro) de 1/11/2000 a 30/12/2002 Diretor Vice-Presidente Executivo Samuel Ortulane Nardotto (administrador) de 18/3/1996 a 25/10/1999 Joo Alfredo Ribeiro (administrador) de 25/10/1999 a 3/1/2003 Diretor de Administrao e Finanas ngelo Andr Vieira Segatto (administrador) de 26/7/1996 a 22/6/1999 Srgio Neves SantAnna (engenheiro) de 22/6/1999 a 2/9/1999 Edson Luiz Bermudes Ferreira (contador) de 2/9/1999 a 15/5/2001 Samuel Ortulane Nardotto (administrador) de 16/5/2001 a 10/1/2003 Diretor de Produo Fernando Joo Mendona Guzzo (engenheiro) de 5/1/1999 a 2/9/1999 Srgio Neves SantAnna (engenheiro) de 2/9/1999 a 5/5/2000 Elias Antnio Coelho Marochio (engenheiro) de 5/5/2000 a 15/8/2001 Srgio Jacob Cupertino de Castro (engenheiro) de 15/8/2001 a 10/1/2003
Anexos
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Diretor de Meio Ambiente William Vairo (administrador) de 21/12/2001 a 14/2/2003
Composio da nona diretoria 2003/2007

Diretor Presidente Paulo Ruy Valim Carnelli (engenheiro) de 3/1/2003 a 30/6/2007 Diretor Vice-Presidente Executivo Luiz Paulo Rodrigues de Amorim (economista) de 6/1/2003 a 1/4/2004 Diretor de Administrao e Finanas Irimar Fim Francischeto (economista) de 10/1/2003 a 29/9/2003 R icardo Maximiliano Goldschmidt (administrador) de 29/9/2003 a 30/6/2007. Diretor de Meio Ambiente Paulo Ruy Valim Carnelli (engenheiro) de 10/1/03 a 24/2/2003 (cumulativamente) Marcelo de Oliveira (advogado) de 25/2/2003 a 1/4/2004 Diretor de Produo Carlos Fernando Martinelli (engenheiro) de 10/01/2003 a 01/04/2004 Em 2/4/2004, com nova estrutura, a Diretoria da Vice-Presidncia foi extinta, e criou-se a Diretoria de Operao do Interior. Alterou-se tambm a nomenclatura da Diretoria de Produo para Diretoria de Operao Metropolitana e a Diretoria de Meio Ambiente passou a ser Diretoria de Meio Ambiente e de Ao Social. Diretor de Operao Metropolitana Carlos Fernando Martinelli (engenheiro) de 2/4/2004 a 30/6/2007 Diretor de Operao do Interior Luiz Paulo Rodrigues de Amorim (economista) de 2/4/2004 a 9/4/2004 Carlos Eduardo Fernandes Saleme (engenheiro) de 12/4/2004 a 30/6/2007 Diretor de Meio Ambiente e de Ao Social Marcelo de Oliveira (advogado) de 2/4/2004 a 29/11/2004 Luiz Ferraz Moulin (advogado) de 29/11/2004 a 30/6/2007 Composio da diretoria, aps a Assembleia de 2007, que alterou o estatuto e a estrutura orgnica. Foram reeleitos os diretores:
520
Composio da dcima diretoria

Diretor Presidente Paulo Ruy Valim Carnelli (engenheiro) de 1/07/07 a 24/4/2008 Ricardo Maximiliano Goldschmidt (administrador) de 24/4/2008 a 5/10/2009 Paulo Ruy Valim Carnelli (engenheiro) de 6/10/1009 a 3/1/2011 Diretor de Relaes com o Cliente Ricardo Maximiliano Goldschmidt (administrador) de 1/7/07 a 13/5/2008 Celso Luiz Caus (engenheiro) de 13/5/2008 a 5/10/2009 Ricardo Maximiliano Goldschmidt (administrador) de 6/10/2009 a 3/5/2011 Diretor de Administrao e de Meio Ambiente Luiz Ferraz Moulin (advogado) de 1/7/2007 a 21/2/2011 Diretor de Operao Metropolitana Carlos Eduardo Fernandes Saleme (engenheiro) de 1/7/2007 a 2/3/2012 Diretor de Operao do Interior Carlos Fernando Martinelli (engenheiro) Desde 1/7/2007
Composio da dcima primeira diretoria 2011/2014

Diretor Presidente Neivaldo Bragato (economista) Desde 3/1/2011 Diretor de Relaes com o Cliente Antonina Sily Vargas Zardo (odontloga) Desde 3/5/2011 Diretor de Meio Ambiente Anselmo Tozi (mdico) Desde 21/2/2011 Diretor de Operao Metropolitana Carlos Eduardo Fernandes Saleme (engenheiro) de 1/7/2007 a 2/3/2012 Sandra Sily (engenheira) Desde 5/3/2012 Diretor de Operao do Interior Carlos Fernando Martinelli (engenheiro) Desde 1/7/2007
Secretrias da diretoria e C.A.

Lourdes Simes Ayres 1968 a 1983 Adelaide Mora 1984 a 1999 Maria Angela Zorzal Desde 1999
Anexos
521
Referncias
BROEDEL, Dalva. A Cesan e sua histria. Vitria: Cesan, 1994. CAUS, Celso Luiz; GORZA, Nadja Lima. Bacia sustentvel: estudo da correlao entre a degradao da Mata Atlntica e mananciais hdricos do Esprito Santo. In: Simpsio Internacional de Engenharia Sanitria Ambiental. [Trabalhos apresentados]. Firenzi, 2008. DANTAS, George Alexandre Ferreira; DIAS, Ana Carolina Dantas; EDUARDO, Anna Rachel Baracho; FERREIRA, ngela Lcia. Uma cidade s e bela: a trajetria do saneamento de Natal 1850 a 1969. Natal: IAB-RN/ Crea-RN, 2008. DERENZI, Serafim. Biografia de uma ilha. Vitria: Secretaria Municipal de Cultura, 1995. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Arquivo Tcnico. Sistema de Duas Bocas: estao de tratamento de gua. Vitria: [s.n.], 1973. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Consrcio Sondotcnica Engenharia de Solos; Escritrio Tcnico Enaldo Cravo Peixoto. Plano Diretor para o sistema de abastecimento dgua de Vitria, Vila Velha e Cariacica. Vitria: [s.n.], 1970. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Consrcio Sondotcnica Engenharia de Solos; Escritrio Tcnico Enaldo Cravo Peixoto. Plano Diretor para o sistema de esgotos de Vitria, Vila Velha e Cariacica. Vitria: [s.n.], 1970. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Relatrio de atividades 1971-1974. Vitria: [s.n.], 1975. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Relatrio de atividades - 1975. Vitria: [s.n.], 1975. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Relatrio de atividades: 1995-1998. Vitria: [s.n.], 1998. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Coplasa. Atualizao do estudo de viabilidade econmico-financeira de conjuntos de sistemas de abastecimento de gua em operao, em obras, ou a ser implantados no Estado do Esprito Santo 1974-1975. Anexo 2. Viabilidade econmico-financeira do sistema de Carapina. Vitria: [s.n.], 1975. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Arquivo Tcnico. Sistema de abastecimento de gua de Guarapari. Vitria: [s.n.], 1976. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Arquivo Tcnico. Complementaes do relatrio tcnico preliminar do sistema de abastecimento de gua de Guarapari. Vitria: [s.n.], 1976. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento; TAMS Engenharia. Relatrio tcnico preliminar. Vitria: [s.n.], 1974. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento; TAMS Engenharia. Alternativa de abastecimento para a CVRD. Vitria: [s.n.], 1975. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento; TAMS Engenharia. Relatrio tcnico preliminar. Desenhos. Vitria: [s.n.], 1974. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento; TAMS Engenharia. Projeto de abastecimento de gua para a CVRD. Vitria: [s.n.], 1976. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento; Engevix. Sistema de abastecimento de gua de Carapina para a subetapa C. Gerenciamento do relatrio fsico-financeiro. Vitria: [s.n.], 1981. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Sistema de abastecimento de gua do Planalto de Carapina. Atualizao do estudo de demanda. Vitria: [s.n.], 1978. ESPRITO SANTO (Estado). Companhia Esprito Santense de Saneamento. Consultores Associados Brasileiros.
Referncias
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524
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Referncias
525
Sobre o autor
Engenheiro civil, especialista em engenharia sanitria, sade pblica e segurana do trabalho, Celso Luiz Caus atua h 37 anos na Cesan. Iniciou a carreira como estagirio, ocupou inmeras gerncias e assessorias at assumir o cargo de diretor de Relaes com o Cliente. Nasceu em Quatituba, municpio de Itueta, Minas Gerais, e veio para Vila Velha em 1969, aos 17 anos por deciso dos pais de seguir o curso do Rio Doce. Portanto, de certa forma, Celso Luiz Caus sempre esteve ligado gua. Sua relao com o saneamento vem desde o bisav, o italiano Giuseppe Andrea Cauz, que foi proprietrio da metade da rea da primeira Estao de Tratamento de gua da regio da Grande Vitria (ETA de Cobi). Quando a rea dos herdeiros do Giuseppe foi desapropriada em 1957, Celso tinha 5 anos. Depois, na graduao de Engenharia, despertou seu interesse pelos estudos de saneamento. O autor vem se destacando como palestrante sobre o tema gua e esgoto e considerado uma das referncias capixabas em abastecimento de gua e recursos hdricos. conselheiro titular do Conselho Estadual de Recursos Hdricos desde a sua criao. Recebeu do Governo do Estado o prmio Gerente da gente 2009, por ter sido o melhor projeto do Programa de Gerenciamento Intensivo de Projetos (Pr-Gesto) referente ao Programa guas Limpas.
S obr e o autor
527
ISBN 978-85-65901-01-7
9 788565 901017

Das Fontes e Chafarizes Às Águas Limpas

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C el s o Lui z Cau s

Evoluo do saneamento no Esprito Santo

Evoluo do saneamento no Esprito Santo

Coordenadoria de Comunicao Empresarial da Cesan MP Publicidade

GSA Grfica e Editora 2.000 exemplares

Companhia Esprito Santense de Saneamento (Cesan)

CDD : 363.6198152 CDU : 628.198.152/.398.152

Col on iz ao, fon tes e ch afarizes 

Fim da era do s ch afarizes 

Cap. III Jucu e San ta M ari a : prin ci pais m an an ci ais da Gran de Vi t ri a 

Prolas  Anexos  Referncias  Sobre o autor 

503 511 523 527

Celso Luiz Caus

Colonizao, fontes e chafarizes

Capela de Santa Luzia erguida por Duarte de Lemos

Colonizao, fontes e chafarizes

Convento de So Francisco: primeira construo com gua canalizada a partir de 1643

Colonizao, fontes e chafarizes

Primeiro chafariz da Capichaba, 1828

Colonizao, fontes e chafarizes

Possvel chafariz em frente Igreja Nossa Senhora do Rosrio, Vila Velha

Vista geral do Convento e Prainha, 1905

Bomba de gua manual na praa em frente ao Palcio

Colonizao, fontes e chafarizes

Mapa da Provncia do Esprito Santo

Abastecimento de gua em Vitria: chafariz do Largo de Santa Luzia at 25 de setembro de 1909

Colonizao, fontes e chafarizes

Antigo chafariz na Villa Moscoso

Colonizao, fontes e chafarizes

Capa do Projeto Um Novo Arrabalde e Relatrio da Commisso de Melhoramentos da Capital

Colonizao, fontes e chafarizes

Anteprojeto de esgoto do Novo Arrabalde, 1896

Colonizao, fontes e chafarizes

Captao no Crrego Fradinhos e construo de barragem, dcada 1920

Arrabalde de Vitria: incio do sculo XX

Construo da linha adutora do Crrego Fradinho, dcada 1920

Descarga da linha adutora do Crrego Fradinhos, dcada 1920

Planta da Ilha, 1896

Colonizao, fontes e chafarizes

Planta de Vitria: projeto do Novo Arrabalde

Fim da era dos chafarizes

Jernimo Monteiro e seus auxiliares

Barragem no Rio Formate

Fim da era dos chafarizes

Na j citada mensagem ao governador, Ceciliano Abel de Almeida finalizou:

Aditamento de contrato h mais de 100 anos

Represa para usina eltrica no Jucu

Fim da era dos chafarizes

Fim da era dos chafarizes

Filtros de gua no Rio Pau Amarelo para abastecimento de Vitria, 1909

Fim da era dos chafarizes

Filtros de gua para abastecimento de Vitria: Rio Pau Amarelo, 1909

Rio Pau Amarelo: filtros de gua para abastecimento da capital, 1909

Filtros de gua para abastecimento de Vitria: Rio Pau Amarelo, 1909

Fim da era dos chafarizes

Caixa de gua e possveis filtros no Rio Pau Amarelo

Antiga caixa de gua e possveis filtros no Rio Pau Amarelo

2. Desse ltimo ponto at Guayamuns.

Passagem do encanamento de Duas Bocas na Grota Grande

Col on iz ao, fon tes e ch afarizes

Fim da era do s ch afarizes

Cap. III Jucu e San ta M ari a : prin ci pais m an an ci ais da Gran de Vi t ri a

Prolas Anexos Referncias Sobre o autor