Relatorio Laboratorial Transformador

1.
INTRODUO
Um transformador um dispositivo destinado a transmitir energia eltrica ou potncia eltrica de um circuito a outro, transformando tenses, correntes e ou de modificar os valores das impedncias eltricas de um circuito eltrico. Inventado em 1831 por Michael Faraday, os transformadores so dispositivos que funcionam atravs da induo de corrente de acordo com os princpios do eletromagnetismo, ou seja, ele funciona baseado nos princpios eletromagnticos da Lei de Faraday-Neumann-Lenz e da Lei de Lenz, onde se afirma que possvel criar uma corrente eltrica em um circuito uma vez que esse seja submetido a um campo magntico varivel, e por necessitar dessa variao no fluxo magntico que os transformadores s funcionam em corrente alternada (Nussenzveig, 1997).
2. OBJECTIVOS
Comprovar qualitativamente o cumprimento da Lei de Faraday num transformador. Calcular a relao de transformao e a eficincia de um transformador.
3. RESUMO TERICO
O transformador consiste de duas ou mais bobinas ou enrolamentos e um "caminho", ou circuito magntico, que "acopla" essas bobinas. H uma variedade de transformadores com diferentes tipos de circuito, mas todos operam sobre o mesmo princpio de induo eletromagntica. No caso dos transformadores de dois enrolamentos, comum denomin-los como enrolamento primrio e secundrio, e nos transfomadores de trs enrolamentos o terceiro chamado de tercirio.
1
O transformador constitudo de um ncleo de material ferromagntico, como ao, a fim de produzir um caminho de baixa relutncia para o fluxo gerado (Nussenzveig, 1997). A tenso nas bobinas de um transformador diretamente proporcional ao numero de espiras das bobinas. Esta relao expressa atravs da formula:
Onde: - Voltagem na bobina primria - Voltagem na bobina secundria - Nmero de espiras da bobina primria - Nmero de espiras da bobina secundria Uma razo de tenso de 1:4 (l-se um para quatro) significa que para cada volt no primrio do transformador h 4 volts no secundrio. Quando a voltagem no secundrio ( ) maior que no primrio ( ) o transformador chamado de transformador elevador (de subida) e, se que , denominado transformador redutor (Halliday e Resnick, 2009). menor
Figura 1. Diagrama simplificado de um transformador.
Define-se a eficincia de um transformador como a razo entre a potncia instantnea de sada e a potncia instantnea de entrada. Matematicamente:
Num transformador ideal
, mas na realidade existem perdas por efeito Joule nos
enrolamentos, assim como devido as correntes parasitas no ncleo, a disperso das linhas do fluxo e a histerese do ncleo. Isso faz com que a eficincia dos transformadores ideais nao seja 1 ou 100% (Halliday e Resnick, 2009). Um transformador ideal aquele que cumpre com as seguintes condies: Todo o fluxo est confinado ao ncleo e enlaa ambos os rolamentos. As resistncias nos enrolamentos so desprezveis. As perdas do ncleo so desprezveis. A permeabilidade do ncleo to alta que s uma fora magnetomotriz desprezvel se requere para estabelecer o fluxo. Porm, na realidade no possivel obter estas condies com exactido, somente de forma aproximada (Halliday e Resnick, 2009).
4. MATERIAL UTILIZADO
Para a realizao desta experincia foi utilizado o seguinte material: Fonte de corrente alternada Transformador eltrico com duas bobinas Resistor fixo Interruptor simples 2 ampermetros de corrente alternada
3
2 voltmetros de corrente alternada Cabos de conexo
Figura 2. Material utilizado na experincia (fonte: laboratrio do ISUTC).
5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS E RESULTADOS

Iniciou-se a experincia montando o circuito da Fig. 3, com o transformador em (sendo neste caso um transformador elevador).
Figura 3. Circuito montado com transformador elevador (fonte: laboratrio do ISUTC).
Com o interruptor aberto, foram-se atribuindo valores diferentes tenso na fonte de corrente alternada (CA) e foram registados os valores obtidos nos ampermetros e voltmetros. Em seguida repetiu-se a experincia mas com o interruptor fechado. Seguidamente, montou-se o circuito da Fig. 4, com o transformador em redutor). (transformador
Figura 4. Circuito montado com transformador redutor (fonte: laboratrio do ISUTC).
Novamente, com o interruptor aberto, atribuiram-se valores diferentes tenso na fonte de CA e os valores obtidos foram registados. Repetiu-se a experincia, desta vez com o interruptor fechado. Usando , determinou-se a razo de transformao k terica e atravs de , a razo k
experimental. Em seguida, foram construidos grficos transformao para
e ajustando a equao da razo de
, obteve-se a razo de transformao graficamente.
Figura 5. Grfico Vs x Vp para Np < Ns, com interruptor aberto.
Figura 6. Grfico Vs x Vp para Np < Ns, com interruptor fechado.
Figura 7. Grfico Vs x Vp para Np > Ns, com interruptor aberto.
Figura 8. Grfico Vs x Vp para Np > Ns, com interruptor fechado.
Tabela 1: Anlise dos resultados obtidos na experincia.
Np 500 500 1000 1000
Ns 1000 1000 500 500
Interruptor Aberto Fechado Aberto Fechado
K terico 0.5 0.5 2 2
experimental 0.53 0.55 2.4 2.2
Erro percentual 6% 10% 20% 10%
K grfico 0.52 0.53 2.1 2.1
Em seguida, foi determinada a eficincia de cada transformador. Para o transformador elevador, a eficincia determinada foi de 0.34, ou seja, de 34%.
Para o transformador redutor, foi determinada uma eficincia de 0.08, ou seja, de 8%.
6. CONCLUSES
Chegou-se concluso que a lei de induo de Faraday cumpre-se nos transformadores, pois de acordo com a lei de Faraday, se h variao de fluxo atravs de uma espira condutora, h um campo eltrico induzido. Consequentemente uma corrente eltrica ir circular pela espira e atravs dos instrumentos utilizados (como o ampermetro), foi possvel confirmar este fenmeno.
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
1. Halliday, D. e Resnick, R. (2009). Fundamentos de Fisica. (8 ed), (Vol. 3). Rio de Janeiro: LTC. 2. Nussenzveig, H.M. (1997). Fsica 3 Eletromagnetismo. So Paulo: Edgard Blcher.

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Figura 1. Diagrama simplificado de um transformador.

Num transformador ideal

, mas na realidade existem perdas por efeito Joule nos

2 voltmetros de corrente alternada Cabos de conexo

Figura 2. Material utilizado na experincia (fonte: laboratrio do ISUTC).

5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS E RESULTADOS

Figura 3. Circuito montado com transformador elevador (fonte: laboratrio do ISUTC).

Figura 4. Circuito montado com transformador redutor (fonte: laboratrio do ISUTC).

experimental. Em seguida, foram construidos grficos transformao para

e ajustando a equao da razo de

, obteve-se a razo de transformao graficamente.

Figura 5. Grfico Vs x Vp para Np < Ns, com interruptor aberto.

Figura 6. Grfico Vs x Vp para Np < Ns, com interruptor fechado.

Figura 7. Grfico Vs x Vp para Np > Ns, com interruptor aberto.

Figura 8. Grfico Vs x Vp para Np > Ns, com interruptor fechado.

Tabela 1: Anlise dos resultados obtidos na experincia.

Np 500 500 1000 1000

Ns 1000 1000 500 500

Interruptor Aberto Fechado Aberto Fechado

K terico 0.5 0.5 2 2

experimental 0.53 0.55 2.4 2.2

Erro percentual 6% 10% 20% 10%

K grfico 0.52 0.53 2.1 2.1

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