Eletrônica Digital - Relatório 05
Eletrônica Digital - Relatório 05
Eletrônica Digital - Relatório 05
Sobral – CE,
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 3
2. OBJETIVO............................................................................................................. 6
3. MATERIAL UTILIZADO .................................................................................... 6
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................ 7
5. CONCLUSÃO........................................................................................................ 9
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................10
1. INTRODUÇÃO
Transformador
Transformadores são equipamentos utilizados para transformar valores de tensão
ou corrente, assim como para modificar impedâncias em circuitos elétricos. Os
princípios de funcionamento de um transformador são baseados nas leis do
eletromagnetismo e da indução eletromagnética.
Esses equipamentos possuem mais de um enrolamento, conhecidos como
primário e secundário, no caso de dois enrolamentos. Caso tenha três, o terceiro será
conhecido como terciário. Um transformador pode ser monofásico, trifásico, um
autotransformador ou um de baixa tensão.
Os transformadores monofásicos operam no máximo em duas fases (127 V-220
V), os trifásicos operam em três fases (220 V-380 V-440 V) e são aplicados na
transformação de tensão e corrente, em que se eleva a tensão e se reduz a corrente,
minimizando, dessa maneira, a perda por efeito Joule. Já os autotransformadores têm o
enrolamento secundário ligado eletricamente ao enrolamento primário e os de baixa
potência são utilizados unicamente para reduzir impedâncias de circuitos eletrônicos e
para casar impedâncias e a utilização deste tipo de transformador é dada a partir da
acoplagem deste à entrada do primário de outro transformador.
Além disso, os transformadores também podem ser classificados de acordo com
o núcleo. Eles podem ter o núcleo de ar, em que os enrolamentos ficam em contato com
a própria atmosfera ou ter o núcleo ferromagnético, em que são usadas chapas de aço
laminadas, sendo usadas geralmente chapas de aço-silício, por diminuírem a perda por
Corrente de Foucault ou correntes parasitas.
Figura 1 – Representação esquemática de um transformador elétrico
Fonte: Eletrônica PT
Fonte: http://www.newtoncbraga.com.br
Dessa maneira, existem três tipos de tensão.
A tensão eficaz:
1
V RMS= Vmax (3)
√2
A tensão de pico:
V p=V max (4)
Existe também o valor da tensão de pico a pico, que é o dobro da tensão de pico, e a
tensão média. Para encontrar o valor da tensão média, consideramos apenas meio ciclo
para uma forma de onda senoidal. Esse valor médio é obtido integrando-se a função
senoidal no meio ciclo e dividindo-se esse valor pela sua duração.
Diodo Retificador
O diodo mais utilizado na eletrônica é o diodo retificador. A razão disso é que
ele atende a maioria das aplicações utilizadas em projetos eletrônicos. A principal
característica de um diodo é permitir a passagem da corrente elétrica em apenas um
sentido. Nos diodos a corrente flui do ânodo para o cátodo.
O diodo retificador é um dispositivo semicondutor que serve para converter
sinais em corrente alternada para corrente contínua. Ao fazer isso, ele mantém apenas
meio ciclo da onda senoidal, característica da corrente alternada, por isso é um diodo
“retificador”. Além disso, o diodo retificador pode ser utilizado como um diodo para
qualquer aplicação em que haja a necessidade de passagem da corrente em apenas um
sentido.
2. OBJETIVO
Entender o funcionamento e a utilidade dos transformadores e dos diodos retificadores
na eletrônica e aprender a montar uma fonte de tensão regulada.
3. MATERIAL UTILIZADO
Transformador;
Multímetro digital;
Osciloscópio digital;
Diodo retificador.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiro foram realizados os ensaios básicos com o transformador. O primeiro
foi o teste de continuidade. O teste foi feito conectando-se as pontas de prova do
multímetro digital, que foi colocado na escala de continuidade, aos extremos do
primário e depois do secundário. Como os valores encontrados da resistência estavam
todos entre 50 e 1000 ohms, o transformador estava bom. Em seguida, foi feito o teste
de isolamento. Esse teste foi feito tocando com uma das ponteiras em um dos fios no
primário e no secundário, e com a outra na carcaça do transformador. Para o
transformador ser considerado bom, o resultado da resistência não poderia ser diferente
de infinito, o que indicaria a existência de um vazamento de corrente, o que de fato
ocorreu experimentalmente.
Depois disso, foi feito a identificação dos enrolamentos. Para isso, tendo
conhecimento de quem é o neutro e para testar o primário, conecta-se uma das ponteiras
no neutro e a outra ponteira nos demais um por um, com o multímetro na escala X1. O
maior valor encontrado foi de 214 ohms, que é o terminal de 220 V, e o menor foi de
115 ohms, que é o de 110 V. Para o teste no secundário, para encontra o CT, foi
conectada cada um dos terminais em a um dos ponteiros. O valor do terminal central
com cada um dos extremos deu em torno de 1, indicando que esse terminal era o CT, o
valor entre os estremos deu em torno de 2, indicando que esses eram os terminais de
saída.
Dessa maneira, conhecendo quem eram o CT e os terminais de saída, foi
possível medir a tensão de saída no secundário. Primeiro, essa medição foi feita
utilizando o multímetro e com o osciloscópio, utilizando uma fonte de tensão de 110 V
e uma frequência de 60 Hz. Para isso, o transformador foi alimentado com a tensão da
rede comercial. A medição foi realizada de um polo ao CT, e de um polo ao outro. Os
valores da tensão de pico, eficaz e média encontrados com o multímetro,
respectivamente, foram de 15,2 V-8,2 V-9,7 V do CT a um dos polos e de 11,8 V-7,8
V-7,6 V do CT ao segundo polo. Com o osciloscópio, esses valores foram de 11 V-7,8
V-7 V, e de 11 V-7,8 V-7 V. A razão entre as tensões no primário e no secundário é
diretamente proporcional à razão do número de espiras no primário sobre o secundário.
Após isso, foi montado o circuito com o transformador e o diodo retificador. As
especificações de uso do diodo retificador foram observadas em seu datasheet e, então,
foi montada a ponte retificadora de meia onda, que recebe tensão alternada e converte
em tensão contínua pulsante, considerando apenas a parte da onda senoidal positiva,
excluindo os pontos onde a função assume valores que estão abaixo do eixo. A ponte é
montada com quatro diodos, dois diodos são ligados em série que são ligados em
paralelo com outros dois diodos em série, e assim, ligados ao secundário do
transformador. Desse modo, foi medido novamente a tensão no secundário do
transformador.
Depois disso, um capacitor eletrolítico foi colocado na saída do retificador meia
onda. O lado negativo (ânodo) foi ligado na carga negativa e o lado positivo (cátodo) foi
ligado à carga positiva. Um capacitor tem a capacidade de manter de maneira
temporária uma pequena quantidade de energia, então, o capacitor foi utilizado para
manter a tensão positiva onde ele era zero no retificador. O resultado foi uma forma de
onda diferente obtida no osciloscópio, com a tensão retificada e filtrada. A explicação
para a forma de onda obtida é que a corrente não mantém períodos de tensão nula.
Depois foi montado o sistema completo de fonte regulada utilizando o regulador
7805. Esse regulador é capaz de regular a tensão de saída em seu terminal e pode
receber tensão de 7 V a 20 V, oferecendo, no entanto, 5V no seu terminal de saída,
estabilizado com uma corrente máxima de 1 A. Para a proteção do sistema em relação a
sua máxima tensão pode ser colocado um fusível no circuito para cortar a corrente
quando atinge um determinado limite.
5. CONCLUSÃO
Comparando os valores de tensão medidos no multímetro e no osciloscópio, observa-se
diferenças nos valores. Como essas diferenças são pequenas, elas estão dentro de uma
margem de erro aceitável e são relativas a fatores como perda de carga causada pelo
aquecimento, a indutância, a resistência, a reatância ou a contínua colisão entre os
campos magnéticos. Além disso, outros fatores para esses erros podem ser a calibração
dos equipamentos ou um eventual mal contato entre as ponteiras e os fios do
transformador.
No entanto, apesar dessa pequena diferença nos valores, todos os valores obtidos
ficaram dentro de uma margem de erro aceitável. Logo, conclui-se que os objetivos da
prática foram alcançados, entendendo o funcionamento de um transformador, dos
diodos retificadores, sobre uma ponte retificadora de meia onda e a como montar uma
fonte reguladora de tensão utilizando os princípios aprendidos e utilizando um
transformador, diodos retificadores, capacitores eletrolíticos e o regulador.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] BRUM, Bruno. Transformadores. Disponível em: <
https://www.infoescola.com/eletricidade/transformadores/>. Acesso em: 01 de maio de
2019.
[2] Transformador. Disponível em: < https://www.electronica-
pt.com/transformadores>. Acesso em: 01 de maio de 2019.
[3] Diodo retificador! O que é? Pra que serve? Disponível em: <
https://www.mundodaeletrica.com.br/diodo-retificador-o-que-e-pra-que-serve/>. Acesso
em: 02 de maio de 2019.
[4] Tensão de Pico Eficaz e RMS (IP1315). Disponível em: <
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/ideias-dicas-e-informacoes-uteis/177-
ideias-praticas/12290-tensao-de-pico-eficaz-e-rms-ip1315>. Acesso em: 03 de maio de
2019.