Escatologia

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Curso de Escatologia

Bispo José Ildo Swartele de Mello


Perigos de uma má Escatologia

• Os Adventistas do Sétimo Dia


• Marcaram a volta de Cristo para 1843
• Remarcaram para 22/10/1844
• Como Jesus não retornou do modo esperado,
reinterpretaram dizendo que Jesus, nesse dia, passou
para o segundo compartimento do santuário do céu,
ou “Lugar Santíssimo”, com a finalidade de levar à
conclusão sua obra da redenção iniciada na cruz.
• Testemunhas de Jeová
• Marcaram a volta de Cristo para 1914
• Ensinam que só 144 mil vão para o céu
Perigos de uma má Escatologia

• Liberalismo:
• “A volta de Cristo está revelada nas
Escrituras, não para a gente esperar por Ele.
A volta de Cristo está revelada nas escrituras
para nos mobilizar a ir na direção daquilo
que a volta de Cristo significa, a agirmos,
para dizer que o Reino de Deus é chegado
entre os homens” (Ricardo Gondim).
Perigos de uma má Escatologia
Escapismo Canção de Shirley Carvalhais

Pois, “Você não dá uma Vou voar, vou subir


polida no casco do navio Nos braços da liberdade
que está afundando”. (J No vôo livre eu vou seguir
Vernon McGee) Não tente me impedir
Não peça pra ficar
Aqui neste mundo pra mim não há
lugar
Cansada já estou, de tudo isso
aqui
Jesus por mim espera
Adeus eu vou partir
Relacionamento estreito entre ì
Escatologia, Espírito Santo e a Missão da Igreja
Escatologia, Espírito Santo e Missão

• Espírito Santo - dom escatológico (At 2.16-21; cp..


Jl 2.28-32)
• Pergunta escatológica (At 1.6)
• Resposta de Cristo: Dom do Espírito equipando p/
missão (At 1.8)
• “Por que estais olhando para as alturas?” (At 1.11)
• Pois Jesus não nos chamou para uma mera vida
contemplativa, mas para missão!
Escatologia, Espírito Santo e Missão

• O período que vai desde a ascensão de


Cristo até o Seu retorno deve ser
preenchido com a missão do povo de Deus,
que não pode parar esta obra antes do fim.
• Mc 13.10 “Mas é necessário que primeiro o
evangelho seja pregado a todas as nações”.
(Mt 24.14).
Escatologia, Espírito Santo e Missão
• 2Pe 3.12 “Esperando e apressando a vinda do dia de Deus...”

• 2Pe 2.9: “Não retarda o Senhor a sua promessa como alguns


julgam demorada; pelo contrário; ele é longânimo para
convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que
todos cheguem ao arrependimento.”

• At 3.19-21: “arrependei-vos, pois, e convertei-vos para


serem cancelados os vossos pecados, a fim de que da
presença do Senhor venham tempos de refrigério, e que
envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é
necessário que o céu receba até os tempos da restauração
de todas as coisas...”
ì
Questões Tribulacionistas
A Igreja passa pela Grande Tribulação?
Pós-tribulacionismo

• Até meados do Século XIX, todos os cristãos


eram pós-tribulacionistas!
• A Segunda Vinda entendida como:
• um evento único
• visível e glorioso
• que acontecerá após a Grande Tribulação
• e que promoverá a ressurreição dos mortos e o
arrebatamento da Igreja.
• Precedida por sinais
Pré-tribulacionismo

• Surgiu em 1830, baseado em uma visão de Margaret McDonald

• que era uma profetiza membro da Igreja Católica Carismática.

• “Segunda vinda” seria antes da “grande tribulação”

• A Igreja não passaria pela “grande tribulação”

• Arrebatamento seria secreto

• Segunda vinda de Cristo em duas fases:

• 1) Arrebatamento (antes da Gde. Trib.)

• 2) Vinda Manifesta a todos (após)

• Vinda iminente, nenhum sinal necessariamente antecede a Segunda


Vinda.
Mid-tribulacionismo

• História: o mais recente de todos (início do século XX)

• “Segunda vinda” no meio da “grande tribulação”

• A Igreja passa pela “a grande tribulação” - mas é removida


antes do derramamento da ira de Deus
• Arrebatamento é secreto

• Segunda vinda de Cristo em duas fases:

• 1) arrebatamento (no meio da Gde. Trib. Ap 11.15-18)

• 2) Vinda Manifesta (após)

• Sinais antecedem a Segunda Vinda


Dispensacionalismo
• O Pré-tribulacionismo é um ramo do dispensacionalismo

• Deus teria dois povos e dois distintos propósitos:


• um relativo à terra, com pessoas terrestres e objetivos terrestres,
que é o judaísmo;
• enquanto o outro está relacionado ao céu, com um povo celestial e
objetivos celestiais, que é o cristianismo.

• A Igreja seria um parêntesis no plano de Deus


• pois dizem que o relógio profético parou devido à rejeição de Israel o
que possibilitou, segundo eles, o surgimento da Igreja, fazendo do
período da Igreja, um período de intervalo no “jogo” da história de
Deus com Israel, no mundo.
Ensinos Dispensacionalistas
• os apóstolos de Jesus representariam Israel e não a igreja em grande
parte dos escritos dos Evangelhos, cujos textos passariam a não ter
nenhum ensino para nós, como Igreja.
• Exemplo: O Sermão do Monte e o Sermão das últimas coisas.

• existem dois Evangelhos, um para salvar gentios na era presente e


outro para judeus no período da Grande Tribulação.
• Mas Paulo expressamente advertiu: "Se alguém vos anunciar outro
evangelho além do que já recebestes, seja anátema" (Gálatas 1:9);

• haverá mais de duas vindas, dividindo a Segunda Vinda em duas ou


três etapas;

• a Igreja não passa pela grande Tribulação;


Ensinos Dispensacionalistas

• A arrebatamento será um evento secreto, separado por 7 anos da


Segunda Vinda gloriosa e manifesta de Cristo;
• Haverá possibilidade de salvação após o arrebatamento da Igreja

• O anticristo será, de fato, antissemita, pois, para eles, quando ele


surgir, a Igreja já terá sido arrebatada e não poderá ser perseguida
por ele, restando a ele perseguir apenas os judeus;
• A sétima e última trombeta não será, de fato, a última, pois creem
em múltiplas Segundas Vindas de Cristo e em múltiplas
ressurreições.
• E o ensino de que haverá muitos juízos finais;
Refutando o dispensacionalismo
• o Novo Testamento vê as profecias do Antigo Testamento
encontrando seu cumprimento em Cristo e sua Igreja.

• A Igreja Cristã foi edificada sobre o fundamento dos profetas e dos


apóstolos judeus (Ef 2.14-16).

• Deus tem apenas um povo (Jo 10.16; Ef 2.14-16).

• A esperança futura para Israel é aceitar o Cristo, sendo novamente


reconduzido a mesma e única Árvore, a Oliveira, da qual fazem
parte judeus e gentios crentes, o Corpo de Cristo, que é a Igreja,
onde não há mais lugar para distinções entre judeus e gentios, pois,
em Cristo foi derrubada a parede de separação.
Refutando o dispensacionalismo
• Paulo usa 14 capítulos em Romanos para provar que nunca existiu
um plano de salvação para judeus e outro para os gentios, mas,
ao contrário, sempre houve um único plano eterno incluindo
judeus e gentios (Gn 17.5; Rm 4.11, 12, 16, 17, 23, 24).

• Paulo não diz que Deus mudou o seu plano original, antes, ele
afirma que a Igreja sempre foi o plano de Deus (Ef 3.4-6, 21, 26,
31; Gl 3.8, 16; ver também Gn 3.15).

• O N.T. fala da lei, da circuncisão e do próprio povo de Israel em


termos simbólicos, como sendo sombras da realidade que se
encontra na Igreja (Cl 2.17; Hb 10.1; Ef 1.22,23).
Refutando o dispensacionalismo

• A Igreja é a manifestação do remanescente de Israel;


composta originariamente de crentes judeus (Rm 2.28,29;
3.3,4; 9.6-8,27,29; 11.15),

• os gentios foram acrescentados nesta mesma Oliveira.

• Neste sentido, há muito mais continuidade do que


descontinuidade (Ef 2.18-20; 3.6; Gl 3.6-29).

• Não houve mudança no plano de Deus (Ef 1.3-4), mas


revelação progressiva (Gl 6.16; 3.13,14).
Refutando o dispensacionalismo
• Israel era um tipo da Igreja como povo de Deus, o
remanescente de Israel que recebeu o Messias;

• a circuncisão um tipo do novo nascimento e do batismo;

• a lei um tipo e um aio para o Evangelho;

• o templo um tipo do “Corpo de Cristo”;

• Páscoa Judaica um tipo da Páscoa de Cristo;

• Os cordeiros imolados um tipo do Cordeiro de Deus


Refutando o dispensacionalismo

• O Verdadeiro Israel é aquele que possui o Messias.

• Cristo é a Videira verdadeira (Jo 15.1), a videira é


símbolo notório de Israel.

• O verdadeiro herdeiro de Abraão é o que tem fé no


Messias (Gl 3.1s).

• O número de apóstolos da Igreja é idêntico ao número de


tribos de Israel.
Refutando o dispensacionalismo

• Não haverá possibilidade de salvação após a Segunda


Vinda de Cristo e o Arrebatamento da Igreja.
• Como ensina a Parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-13)

• “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o


vosso Senhor” (Mt 24.42).
• "Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o dia do
Senhor virá como ladrão à noite. Quando disserem:
“Paz e segurança”, a destruição virá sobre eles de
repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de
modo nenhum escaparão" (1Ts 5.2,3).
ì
Refutando o Pré-tribulacionismo
Refutando o pré-tribulacionismo
• Tal conceito surgiu de uma visão e não das Escrituras

• Nenhum texto bíblico ensina que a Igreja não passará


pela Grande Tribulação

• Nenhum texto tem sido encontrado em apoio a esse


ponto de vista, nem nos escritos dos primeiros séculos,
nem em escritos posteriores, até 1830, com Darby.

• Cada pai da Igreja que trata do assunto prevê que a


Igreja sofrerá nas mãos do Anticristo.
Refutando o pré-tribulacionismo

• O próprio Walvoord, um dos maiores


expoentes do dispensacionalismo,
chega a admitir que o “pré-
tribulacionismo” não é explicitamente
ensinado na Bíblia. (J. Walvoord, The
Rapture Question. 1957, p. 148)
Refutando o pré-tribulacionismo

• Não há nada de secreto e silencioso nos relatos que


descrevem o arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16-17; Mt
24.31);
• Como é que os cristãos primitivos poderiam entender que
Deus não permitiria que a Igreja passasse pela Grande
Tribulação sendo eles próprios vítimas de tão Grande
Tribulação?
• Os primeiros séculos da era cristã são conhecidos como
a Era dos Mártires.
Refutando o pré-tribulacionismo

• Se a igreja, que é o Corpo de Cristo, fosse arrebatada


antes da Grande Tribulação, o anticristo seria anti o quê?

• Isto, de remover a Igreja e o Espírito Santo e aí termos a


conversão de Israel num período curto de 7 anos, é uma
ofensa ao ministério da Igreja, ao Evangelho e a obra do
Espírito Santo.

• Engano perigoso ensinar qualquer possibilidade de


salvação após a Sua Segunda Vinda (Mt 25.1-13 e 1Ts 5.2,3)
Jesus refutando o pré-tribulacionismo
• O primeiro requerimento para se ser cristão é “tomar a
cruz” (Mc 8.34).

• "Então eles os entregarão para serem perseguidos e


condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as
nações por minha causa. Naquele tempo muitos ficarão
escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos
falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao
aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele
que perseverar até o fim será salvo. E este evangelho do
Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a
todas as nações, e então virá o fim. (Mt 24:9-14)
Jesus refutando o pré-tribulacionismo

• “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros,
me odiou a mim... Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é
o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim,
também perseguirão a vós outros... Tudo isto, porém, vos farão
por causa do meu nome... Tenho-vos dito estas coisas para que
não vos escandalizeis. Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem
a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar
culto a Deus... Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo,
eu venci o mundo”. (Jo 15.18, 20, 21; 16.1,2,33).
Jesus refutando o pré-tribulacionismo
• “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol
escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas
cairão do firmamento e os poderes dos céus serão
abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o
Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com
poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com
grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus
escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra
extremidade dos céus” (Mt 24.29-31).
Paulo refutando o pré-tribulacionismo

• Primeiro vem o anticristo, depois acontece o arrebatamento

• O apóstolo Paulo ensina que a Segunda Vinda de Cristo e a


nossa reunião com ele, reunião esta que se dá através do
arrebatamento, conforme 1 Tessalonicenses 4.16,17,9.
• “não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e
seja revelado o homem da iniquidade, o filho da
perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se
chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no
santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio
Deus.” (2 Ts 2.3b,4).
Paulo refutando o pré-tribulacionismo

• O Apóstolo Paulo não nos dá esperança de escape ao


sofrimento:
• “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou
espada? Como está escrito: por amor de ti, somos
entregues à morte o dia todo, fomos considerados como
ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém,
somos mais que vencedores por meio daquele que nos
amou.” (Rm 8.35-37).
• “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em
Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 2.12).
Paulo refutando o pré-tribulacionismo

• “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por


Cristo, e não somente de crerdes nEle” (Fl. 1.29);

• Paulo exortava os cristãos a permanecerem firmes na fé


“mostrando que, através de muitas tribulações nos
importa entrar no reino de Deus” (At 14.22);

• “a fim de que ninguém se inquiete com estas


tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos
designados para isto” (1 Ts 3.3, ver também v.7; 2 Ts
1.4-7).
O Apocalipse refutando o pré-tribulacionismo

• O livro de Apocalipse tem como propósito confortar e animar cristãos


que estão em grande tribulação (Ap 1.9; 2.3,9,10,13; 6.9s; 7.9-17;
11.1-10; 12.11, 17; 13.7,8 e 15; 14.1-5,13).
• Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles
que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do
testemunho que deram. Eles clamavam em alta voz: "Até quando, ó
Soberano santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da
terra e vingar o nosso sangue? “Então cada um deles recebeu uma
veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que
se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que
deveriam ser mortos como eles. (Ap 6:9-11)
• "Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas
vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. (Ap 7:14)
O templo judaico deverá ser reconstruído de ì
novo?
O templo judaico deverá ser reconstruído
de novo?

ì Os dispensacionalistas ensinam:
ì que o templo judaico será reconstruído para
ser profanado novamente pelo anticristo no
período da Grande Tribulação
ì e para que também possam ser celebrados
sacrifícios no templo no período do milênio.
O templo deverá ser reconstruído?

ì Todas as referências à reconstrução do templo registradas


no Antigo Testamento referem-se ao templo reconstruído
na época de Esdras.
ì Jesus falou da destruição do templo (Mt 24:2; Mc 13:2; Lc
19:44; 21:6).
ì Jesus deixa claro que a destruição do templo se daria
naquela mesma geração (Mt 23.36). O que se cumpriu na
íntegra no ano de 70 d.C.
ì Não existe um único versículo no novo Testamento que
prometa a reconstrução do templo judaico.
O templo deverá ser reconstruído?

ì Os cristãos dispensacionalistas fazem questão de ignorar o


fato de que o Templo se revestiu de um novo significado no
Novo Testamento, tornando-se um tipo de Cristo e de sua
Igreja (Ef 2:19-21).
ì O termo templo aparece 12 vezes no livro de Apocalipse e, em
cada uma das ocorrências, está se referindo ao templo
celestial ou ao Senhor Deus mesmo.
ì “Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o
Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21:22).
ì Deus não habita em templos construídos por mãos humanas
(At 7.48; 17.24)
O templo deverá ser reconstruído?

ì O tabernáculo ou o templo do Antigo Testamento eram sombra da


realidade que se manifestou em Cristo e na sua Igreja (Hb 9.9-10.14).

ì Pois, templo, no Novo Testamento, passa a significar Jesus e a Igreja,


como Corpo de Cristo (1 Co 3.16; Ef 2.22).
ì O corpo físico dos crentes é chamado de templo no Novo Testamento
(2 Co 6.16-19).

ì O templo, portanto, encontra seu último e definitivo significado e


cumprimento não em um outro templo construído por mãos
humanas, mas em Jesus Cristo que está nos céus e na sua Igreja na
terra.
O templo deverá ser reconstruído?

ì O autor de Hebreus descreve os sacrifícios do templo


como ilustração ou cópia das realidades celestiais (Hb
9:9, 23, 24; 10:1-3, 11).
ì Pedro usa a mesma terminologia para descrever o
modo como os cristãos foram feitos nova casa de Deus,
edifício este que tem Jesus por pedra de esquina (1 Pe
2:5-7).
ì Com a chegada do verdadeiro templo, não há lugar mais
para templos construídos por mãos humanas.
O templo deverá ser reconstruído?

ì A verdadeira adoração não está mais confinada


ao templo de Jerusalém, mas tornou-se
universal, realizada em espírito e em verdade!
(Jo 4)
O sacrifício do Cordeiro de Deus não
permite mais lugar para outros sacrifícios.

ì Os dispensacionalistas advogam o retorno da


celebração de sacrifícios no templo no período do
milênio
ì Um verdadeiro absurdo que se opõe ao sacrifício eficaz
e pleno de Jesus.
ì Não há mais lugar para os cerimoniais e sacrifícios
judaicos que haviam sido instituídos como sombras da
realidade que se cumpriu em Cristo. (Hb 9.9 - 10:14)
144.000

O Apocalipse foi escrito para a Igreja que é assim representada:


ì 7 candelabros (1.20),

ì 24 anciãos (4.4)
ì = 12 patriarcas + 12 apóstolos
ì Fundamento: profetas do AT e 12 Apóstolos NT (Ef 2.20)

ì 144.000 (7.4)
ì = 12 X 12 X 1.000
ì composta por homens castos ou virgens (14.4)

ì E, por fim, a Igreja é também descrita como uma multidão incontável de


remidos de todos os povos, tribos, línguas e nações (7.9).
144.000 não é literal, pois...

ì As dimensões da Nova Jerusalém seriam imensamente


desproporcionais para um número tão reduzido de habitantes
(Ap 21.16-17)

ì Teríamos de concluir que apenas homens virgens do povo


hebreu seriam selados (14:4)
ì Ficando de fora os casados: Abraão e Moisés, e todas as
mulheres.
144.000 não é literal, pois...

ì que conforto e ânimo as igrejas destinatárias compostas


por gentios teriam numa interpretação literal dos
144.000 que contempla apenas os judeus?
ì Por que Jesus concederia proteção especial para
144.000 judeus e não para a Sua Igreja (7.3)?
ì Por que apenas os 144.000 seriam selados e não
também aquela multidão inumerável de cristãos de
todos os povos, tribos, línguas e nações?
144.000 não é literal, pois...
ì a parede de separação entre judeus e gentios foi
derrubada (Ef 2.14) e não poderia estar aqui em
Apocalipse de novo reconstruída através uma visão
celestial que separasse Israel da Igreja.
ì Tiago escrevendo a Igreja a chama de “às doze tribos
dispersas entre as nações”.
ì Paulo afirma que "... mediante o evangelho, os gentios são
co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-
participantes da promessa em Cristo Jesus" (Ef 3.6).
144.000 não é literal, pois...

ì a parede de separação entre judeus e gentios foi derrubada (Ef


2.14) e não poderia estar aqui em Apocalipse de novo
reconstruída através uma visão celestial que separasse Israel
da Igreja.

ì Tiago escrevendo a Igreja a chama de “às doze tribos dispersas


entre as nações”.

ì Paulo afirma que "... mediante o evangelho, os gentios são co-


herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-
participantes da promessa em Cristo Jesus" (Ef 3.6).
144.000 não é literal, pois...

ì os filhos da promessa é que são considerados


descendência de Abraão (Rm 9.6-8)
ì "os que são da fé, estes é que são filhos de
Abraão" (Gl 4.7).
ì pois sabemos que os salvos da Igreja é que são
descritos como os selados (Ef 1.13; 4.30);
144.000 não é literal, pois...
ì Os "servos do nosso Deus” (7.3) no NT são parte da
Igreja:
ì Paulo e Tiago, se apresentam como "servos de
Deus" (Tt 1.1 e Tg 1.1)
ì membros da Igreja são chamados de servos (Ap
22.3-9; Ap 19.10).
ì sabemos que a revelação do Apocalipse foi dada as
Sete Igrejas: “o Senhor enviou o seu anjo para
mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão
de acontecer” (Ap 22.3).
144.000 não é literal, pois...

ì São descritos como estando ao lado do


Cordeiro, trazendo escritos na testa o nome
dele, pois também é dito que eles "seguem o
Cordeiro por onde quer que ele vá" (14.4).
ì também são descritos como aqueles que
"haviam sido comprados da terra", e sabemos
bem que os remidos da Igreja é que "foram
comprados por alto preço" (1 Co 6.20; 7.23).
144.000 não é literal, pois...

ì doze é o número usado para representar o povo de Deus,


tanto no Antigo como no Novo Testamento.
ì São Doze Tribos no Antigo e Doze Apóstolos no Novo.
ì Sabemos também que o número mil representa plenitude
como vemos em Apocalipse 20 e no Salmo 84:10: "Melhor é
um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar";
ì é bastante lógico concluir que o que o número 144.000 (12
X 12 X 1.000) está sendo utilizado para representar a
totalidade do povo de Deus, a soma dos remidos do Antigo
e do Novo Testamento.
ì
A Cruz de Cristo provocou mudanças
A cruz provocou mudanças
ì O Antigo Testamento foi superado pelo Novo Testamento.

ì O sacrifício de animais foi superado pelo sangue do


Cordeiro;
ì O Sábado foi superado pelo Dia do Senhor;

ì A lei é substituída pelo Evangelho (Rm 6.14; 10.4);

ì A circuncisão pelo Novo Nascimento e o batismo (Cl 2.11)


ì “verdadeiro judeu é aquele que é circuncidado no
coração” (Rm 2.28,29)
ì “Porque nós é que somos a circuncisão...” (Fl. 3.3 )
A cruz provocou mudanças
ì O sacerdócio levítico é substituído pelo sumo-sacerdócio de
Cristo (Livro de Hebreus) e pelo sacerdócio universal de todos
os crentes (1 Pe 2);
ì A Jerusalém terrestre é substituída pela Nova Jerusalém
celestial;
ì A terra prometida pelo céu;

ì O templo pelo Corpo de Cristo (Igreja)

ì Israel dá lugar a Igreja como povo de Deus (Ef 2.14,16; Gl 6.16).


Haveria um plano distinto de salvação para ì
Israel?
Salvação através da lei?
ì ... os israelitas foram designados para viver e servir
debaixo de um sistema meritório e legal, ao passo que os
cristãos vivem e servem debaixo de um sistema de graça;
que os israelitas, como uma nação, têm a sua cidadania
agora e seu destino futuro se concentra somente na terra,
estendendo-se até a nova terra que está por vir, ao passo
que os cristãos têm sua cidadania e destino futuro
centralizados somente no céu, estendendo-se até os
novos céus que ainda hão de ser cridos...
ì (L.S. Chafer, Teologia Sistematica. Dalton:
Publicaciones Españolas, 1974, Tomo II, p. 31).
Ninguém é justificado pela lei
ì "É evidente que diante de Deus ninguém é justificado pela Lei,
pois “o justo viverá pela fé” (Gl 3.11).

ì “ninguém será declarado justo diante dele baseando- se na


obediência à Lei" (Rm 3.20).

ì "Pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu


inutilmente!” (Gl 2.21)

ì "Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único


Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E
a todos nós foi dado beber de um único Espírito" (1 Co 12.13).
O Fim da lei é Cristo!

ì Dizer que o antigo regime da Lei, que foi superado pelo


Evangelho da Graça, vai ser ainda reavivado é o mesmo
que dizer que o sacrifício de Cristo não foi eficaz e
suficiente (Gl 2.21).
ì A Bíblia nada diz sobre o fim da era da Igreja e a
restauração da era judaica e também nada ensina sobre
um dia de restauração do período da Lei, pois segundo
as Escrituras, a Lei serviu de tutor (Gl 3.24) para o
Evangelho e não tem porque voltar a cena, porque "O
FIM DA LEI É CRISTO" (Rm 10.4)!
Moradia Celestial – Apocalipse 21
ì "a noiva e a esposa do Cordeiro” (v.10).

ì Este novo céu é chamado de Nova Jerusalém (v.11)

ì Nas portas estão escritos os nomes das 12 tribos de


Israel (12).
ì E nos fundamentos, "os nomes dos 12 apóstolos”

ì O povo do Antigo e Novo Testamento habitarão


juntos na Nova Jerusalém!
Igreja descrita em termos judaicos
ì O “Israel de Deus”
(Gl 6.16; 3.6-16; 1 Pe 2.6s comparar com Ex 19.5,6; Rm 2.11, 28,
29; Jo 15.1; Rm 11.17-24; Ef 2.12-22; 3.6; 4.4; Jo 10.16; Rm 9.24,
25 cf. Os 2.23)
ì "Raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus"
(1Pe 2.9-10; Ap 1.6; Tt 2.14; cf. Ex. 19.6; Dt 7.6); A diáspora
(1Pe 1.1; Tg 1.1)
ì As doze tribos
(Tg 1.1; Ap 7.4; Lc 22.30)
ì Judeu interiormente
(Rm 2.28-29);
ì A circuncisão
(Fp 3.3 cf. Cl.2.11; Rm 2.29)
Igreja descrita em termos judaicos
ì Os que "chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à
cidade do Deus vivo" (Hb 12.22)
ì O novo céu, onde a Igreja morará, é denominado de "A
Nova Jerusalém" e possui portas onde estão "escritos os
nomes das doze tribos de Israel" (Ap 21.12)
ì Filhos da promessa como Isaque (Gl 4.28)

ì Legítimos descendentes de Abraão e herdeiros segundo a


promessa (Gl 3.29)
ì “Eleitos de Deus” (Rm 9.33)
Apocalipse 3.10
• 3.10: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança,
também eu te guardarei (tereo) da (ek) hora da provação que
há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que
habitam sobre a terra.”
• Erickson faz uma excelente exegese do texto dizendo que o
sentido primário da preposição ek, “sair de dentro”, refuta a
interpretação pré-tribulacionista do versículo.
• Para a Igreja emergir de dentro da hora do teste, deve ter
estado presente durante aquele teste.
• O mesmo se dá em Apocalipse 7.14, onde os mártires saem
“fora da (ek) grande tribulação”.
Apocalipse 3.10
• Por que João não empregou apo em Apocalipse 3.10, que pelo menos
permitiria uma interpretação pré-tribulacionista?

• Quando está em vista uma situação de perigo, tereo significa ‘guardar’.


O perigo está implícito na ideia de guardar.
• Em João 17.15, tereo também ocorre juntamente com a preposição ek:
‘Não peço que os tires (airo) do (ek) mundo; e, sim, que os guardes (tereo)
do (ek) mal’”.

• O povo hebreu foi guardado das pragas que caíram sobre o Egito, mesmo
permanecendo dentro do Egito.

• É preciso também que se faça distinção entre “ira de Deus” e


“perseguição do Anticristo”.
• Concordamos que a Bíblia ensina que seremos protegidos da ira de Deus (1
Ts 1.9-10; 5.9; Rm 5.9), mas, como já vimos, não é necessário ser
arrebatado para ser guardado do mal.
A Segunda Vinda de Cristo é iminente?
• Não seria lógico concluir que determinados textos estão ensinando a ideia da
iminência hoje, quando se evidencia que estes mesmos textos não poderiam
ter sido interpretados neste sentido por seus primitivos destinatários.
• (Mc 9.1; Mc 13.29-30; Mt 10.23; Rm 13.11-12; Tg 5.8; 1 Pe 4.7; Ap 22.20; Hb
10.25, 37; 1 Jo 2.18).
• Pois quando foram escritos, certos eventos tinham, necessariamente, que
ocorrer antes da Segunda Vinda de Cristo, por exemplo:
• A promessa do consolador (Jo 16.7, 13, 26);
• Evangelho deveria ser pregado a todo mundo (Mt 26.13; At 1.8; 9.15);
• Pedro seria morto conforme profetizado por Cristo (Jo 21.18);
• ocorreria a apostasia e o aparecimento do Anticristo (2 Ts 2.2,3).
• Paulo recebeu de Deus diversas orientações sobre o que lhe ocorreria no decurso
de sua vida e ministério, inclusive sobre sua morte (At 9.15; 22.15; 26.2; 23.11;
27.24; 28.30; 2 Tm 4.5ss.)
A Segunda Vinda de Cristo é iminente?

• Sinais depõem contra a ideia de “iminência”.

• Os sinais não têm a intenção de nos conceder condições para precisar


o dia da Segunda Vinda, Jesus denuncia a fascinação por cálculos (Mt
24.33-36);

• o propósito é preparar o povo de Deus com a compreensão das


pressões que terá de suportar.

• O propósito de Jesus é encorajar, não a especulação, mas a vigilância.

• a situação não está fora do controle de Deus, podemos ‘perseverar


até o fim e sermos salvos’ (Mc 13.13)

• e que além dessas tribulações está o retorno triunfante do Filho do


Homem (Mc 13.24-27)”.15
A Segunda Vinda de Cristo é iminente?

• Por não sabermos quando se dará Sua Segunda


Vinda, é necessária a vigilância (Mt 24.42-25.13).
• Alguns textos sugerem um tempo relativamente
longo entre a ascensão e a Segunda Vinda de
Cristo (Rm 9; 11; Mt 24.45-51; 2 Pe 3).
• O livro de Atos é um livro de história da Igreja e
ninguém escreve história convencido de que o
mundo está para acabar.
A Segunda Vinda de Cristo é iminente?

★ A Segunda Vinda de Cristo não é iminente, pois depende da


realização dos propósitos de Deus, que, por sua vez, estão
vinculados à missão da Igreja (2 Pe 3.12).
• “É necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as
nações” (Mc 13.10).
• Pedro disse que há um propósito para a “demora”:
• a longanimidade de Deus e seu desejo que nenhum pereça
(2Pe 3.9)
• Pedro ensina que podemos fazer algo para “apressar” a Segunda
Vinda (2 Pe 3.12), que depende, em algum sentdo, das
conversões (At 3.19-21).
O Arrebatamento não será secreto
• Será um evento barulhento:
• com “grande clangor de trombeta” (Mt 24.31; 1 Ts 4.16,17);
• visível:
• “assim como o relâmpago” (Mt 24.27);
• “assim virá do modo como o vistes subir” (At 1.11);
• “aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem” (Mt 24.30);
• “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até
quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se
lamentarão sobre ele.” (Ap 1.7)
O Arrebatamento não será secreto
• “pela manifestação de sua vinda” (2Ts 2.8);

• “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas... bramido do mar e das


ondas; haverá homens que desmaiarão de terror... pois os poderes
dos céus serão abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa
nuvem, com poder e grande glória..” (Lc 22.25-28);

• “aparecerá segunda vez” (Hb 9.28);

• “Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus


passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão
abrasados” (2 Pe 3.10);

• aguardando “a manifestação da glória do nosso grande Deus e


Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.12).
O Arrebatamento acontecerá no último dia 

e não antes da Grande Tribulação

• “Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o


Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei
no último dia.” (Jo 6.40)

• “nós, que ficarmos vivos até a vinda do Senhor, não


precederemos os mortos; pois o próprio Senhor, ao soar
uma ordem, à voz do arcanjo e ao toque da trombeta
divina, descerá do céu; então ressuscitarão primeiro os
cristãos mortos; depois nós, que estivermos vivos,
seremos arrebatados com eles entre as nuvens no ar, ao
encontro do Senhor;” (1Ts 4,15-17).
70

1 Tessalonicenses 4.16-17

• 16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra


de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro;

• 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos


arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor.
1 Tessalonicenses 4.16

• Paulo conecta a ressurreição dos crentes que estão mortos


com a parousia e com o encontro com Cristo nos ares.

• A parousia precipita esses outros dois eventos.

• Será um evento público, anunciado não apenas por um


comando alto, como em um campo de batalha, a voz do
arcanjo (veja Judas 9; 1 Enoque 20:1–7; 4 Esdras 4.36), mas
também pelo chamado do ressoar da trombeta de Deus.

• As imagens são marciais, como se Jesus estivesse


convocando seu exército.
1 Tessalonicenses 4.16

• Diz-se que o ponto de encontro ocorre nas visíveis nuvens ou


no ar, na atmosfera terrestre, e não nos altos céus. Paulo
considera que os mortos em Cristo são pessoas que podem
ser “despertadas” (1Co 15.52). Uma visita real a uma cidade
era anunciada por um arauto (Sl 24:7-10) e também poderia
ser anunciada por um forte ressoar de trombeta para alertar
as pessoas da cidade de que o rei está chegando.

• ἀπάντησις, -εως, ἡ, encontro, (da ida da comitiva para a


recepção e boas vindas de um rei ou oficial). Taylor, W. C.
(2011). Dicionário do Novo Testamento Grego (11a Edição, p.
26). Rio de Janeiro, RJ: JUERP.
1 Tessalonicenses 4.17

• Essa imagem é reforçada a seguir, no verso 17, com o uso do termo


apantesin.

• Por exemplo, Cícero, a respeito da viagem de vitória de Júlio César


pela Itália em 49 aC, disse: “Imagine que reunião de boas-vindas ao
rei (apantesis) ele está recebendo das cidades, que honras tem sido
tributadas a ele!” (Ad. Atticus 8.16.2; cf. 16.11.6 de Augusto: “as
cidades estão mostrando ao rapaz um favor notável.… Apantesis e
encorajamento maravilhosos”).

• Esta palavra refere-se, então, às ações do comitê de boas-vindas que


saem da cidade para encontrar-se com o rei, a fim de escoltá-lo,
acompanhando-o em sua chegada triunfal à cidade por ocasião de sua
visita oficial.
1 Tessalonicenses 4.17

• Essas analogias (especialmente em associação com o termo


parousia) sugerem a possibilidade de que o Senhor seja retratado
aqui como sendo encontrado nas nuvens pelo seu povo que o
acompanhará pelo restante da jornada à terra, servindo como sua
escolta - tributando-lhe toda a honra devida.

• Crisóstomo escolheu estas nuances claramente: “Pois quando um rei


se dirige a uma cidade, as pessoas mais honradas da cidade saem ao
seu encontro; mas os condenados aguardam o juiz dentro. E na
vinda de um pai afetuoso, seus filhos de fato, e aqueles que são
dignos de serem seus filhos, são levados em uma carruagem, para
que possam vê-lo e beijá-lo; mas os donos da casa que o ofenderam
permanecem lá dentro. (Homilia 8 em 1 Tessalonicenses).
1 Tessalonicenses 4.16-17

• Deve ficar claro desde o início do verso 16 que se diz que Cristo
desce do céu e encontra seus seguidores em algum outro lugar, neste
caso na atmosfera, onde há nuvens. Há provavelmente um eco de
Miquéias 1:3 aqui: "Pois eis que o SENHOR está saindo do seu lugar, e
descerá e pisará nas alturas da terra."
• Nuvens são regularmente mencionadas quando Deus desce ao nível
humano não quando os humanos são levados para a presença de Deus
no céu (veja Ex 19:16; 40:34; 1Rs 8:10-11; Sl 97: 2). Trombetas
também acompanham as teofanias (Ex 19:16; Is 27:13; Jl 2: 1; Zc
9:14).
• A reunião não acontece no céu, então não há arrebatamento para o
céu aqui.
1 Tessalonicenses 4.16-17

• Longe dos cristãos falecidos serem deixados de fora


da parousia, eles serão os primeiros a se
envolverem nela.
• Os mortos em Cristo se levantarão primeiro, após
o que, de acordo com o v. 17, os cristãos, que
estiverem vivos na ocasião, serão arrebatados
fisicamente (Ap. 12:5; At 8:39), juntando-se aos
ressuscitados nas nuvens para encontrar o Senhor
nos ares e estar com ele para sempre.
ì
Daniel 9
Contexto de Daniel

• Daniel estava estudando as profecias de


Jeremias que previam que o exílio duraria 70
anos (Dn 9.2).
• "Assim diz o Senhor: Logo que se cumprirem
para a Babilônia setenta anos, atentarei para
vós outros e cumprirei para convosco a minha
boa palavra, tornando a trazer-vos para este
lugar.” (Jr 29.10; cf Jr. 25.11).
Contexto de Daniel
• Consciente de que o exílio havia sido uma punição de Deus
por causa dos pecados de Israel, começa a interceder
pedindo perdão a Deus em nome do seu povo, na
esperança de que o castigo de Israel estava para acabar
com o final dos 70 anos de cativeiro.
• A oração de Daniel é ouvida (Dn 9.20-23).
• Mas, para sua surpresa, ele recebe uma visão de haveria
uma espera de mais 70 Semanas para o cumprimento das
promessas, com advento e morte do Ungido (Messias).
Propósitos das 70 Semanas (9.24)
1. fazer cessar a transgressão;
2. dar fim aos pecados;
3. expiar a iniquidade;
4. trazer a justiça eterna;
5. selar a visão e a profecia;
6. ungir o Santo dos Santos.

Todos estes propósitos tiveram seu cumprimento na


pessoa de Cristo. Da cruz, Jesus bradou:
“Está consumado!” (Jo 19.30).
As 70 Semanas dividas em 3 períodos

1. SeteSemanas (7 x 7 = 49 anos) de
reedificação (v. 25)

2. Sessenta e duas semanas (62 X 7 =


434 anos)

3. Uma semana (1 X 7 = 7 anos)


Cumprimento da Visão

•Em 457 A.C. o rei Artaxerxes decretou que os


judeus podiam retornar a Jerusalém para
reconstruir a cidade (Ed 7:12-26).
•Se contarmos 483 anos a partir dessa data,
chegaremos ao ano 26 d.C.
•Sabemos que Jesus nasceu no ano 4 a.C.,
então, ele tinha 30 anos em 26 D.C., ocasião
em que foi batizado e iniciou seu ministério
terreno.
Cumprimento da Visão
•Três anos e meio depois, Jesus foi crucificado.
•É também dito que o Messias “fará firme aliança com
muitos, por uma semana; na metade da semana, fará
cessar o sacrifício” (Dn 9.26–27).
•Ao fim desses três anos e meio, O Ungido Jesus foi morto
na cruz e estabeleceu a Nova Aliança. (1Co 11:24-25).
•Jesus tornou-se o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo, pondo assim fim ao sacrifício e as ofertas de
manjares, que eram sombras da realidade que nele
encontram plena realização (Hb 8 e 9).
O Primeiro Mártir Cristão

•Três anos e meio após a morte de Cristo, ou


seja, 490 anos após o decreto de Artaxerxes,
tivemos a morte do primeiro mártir cristão,
Estevão (At 7:59-60).
•Lucas fez questão de registrar que o próprio
sumo sacerdote esteve presente, liderando o
grupo de religiosos judeus que rejeitou o
Evangelho de Cristo pregado por Estevão e o
condenou a morte (At 7:1).
Rejeição de Israel e a Evangelização dos Gentios

•A morte de Estevão é um verdadeiro marco,


pois, a partir daí, temos a conversão de Saulo
que será levantado como Apóstolo aos Gentios
(At 9:1-6; 26:15-18).
•Na sequência, Deus desperta Pedro para a
evangelização dos gentios! (At 10). 
•As setenta semanas de favor de Deus para com
Israel encerraram-se com a morte de Estevão.
Evangelho se volta para os gentios
•A partir daí a pregação do Evangelho se volta para
os gentios: 
•“Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente,
disseram: Cumpria que a vós outros, em
primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus;
mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos
julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos
volvemos para os gentios. Porque o Senhor assim
no-lo determinou: Eu te constituí para luz dos
gentios, a fim de que sejas para salvação até
aos confins da terra. (At 13.46–47).
Destruição de Jerusalém

•A profecia de Daniel não diz que o Assolador viria


exatamente no final das Setenta Semanas, como
parte dela, podendo ser entendido como
consequência dos eventos dela, principalmente, a
morte do Ungido.
•Portanto, em decorrência de Israel ter rejeitado
seu Messias, Jerusalém seria cercada por seus
inimigos e destruída, o que aconteceu algumas
décadas depois, ainda naquela geração,
exatamente como profetizou Jesus no final do
capítulo 23 de Mateus.
O Assolador e a destruição de Jerusalém

• O v. 26 diz que após as sessenta e duas semanas,


ou seja, já dentro da última semana, seria morto o
ungido, o que traria um juízo com uma nova
destruição de Jerusalém e do templo por um povo
de um príncipe que haveria de vir (v.26b);
• período em que surge o assolador (v.27);
• a visão de Daniel termina com o assolador
recebendo o merecido juízo de Deus.
Jesus interpretando as 70 Semanas
“Enchei vós, pois, a medida de vossos pais (comparar com Dn 9.24
e 1 Ts 2.16)… eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns
matareis e crucificareis; a outros açoitareis de cidade em cidade;
para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a
terra… Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir
sobre a presente geração. Jerusalém, Jerusalém! Que matas os
profetas e apedrejas os que te foram enviados… Eis que a vossa
casa vos ficará deserta... não ficará aqui pedra sobre pedra, que
não seja derrubada... Quando, pois, virdes o abominável da
desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo… porque
nesse tempo haverá grande tribulação...” (Mt 23.32-24.2, 15, 21).
Jesus interpretando as 70 Semanas

• Jesus deixa claro que aquela geração (Mt 24.36)


de judeus que o rejeitaram seria punida conforme
profetizou Daniel, com a casa ficando deserta (v.
38) e o templo destruído (24.2).
• Mais de 1.3000.000 judeus foram mortos durante
os sete anos em que Jerusalém ficou sitiada pelos
exércitos romanos, chefiados pelo General Tito,
que culminou, em 70 d.C., com a destruição do
templo e da cidade.
Jesus interpretando as 70 Semanas
• O historiador Josefo disse que os judeus nunca haviam
sofrido tamanha tribulação em toda a sua história
como nação.
• “Ai das grávidas”- Nos últimos anos de cerco, a fome
era tanta em Jerusalém, que as mães judias estavam
matando os seus filhos para comer.
• Os judeus eram crucificados e que por ocasião da
invasão não havia lugar na cidade onde não houvessem
corpos esparramados uns por cima dos outros.
Relatos dos Evangelhos

• Os Evangelhos sinópticos, escritos antes de 70


a.C., relatam a profecia de Cristo quanto ao
“abominável da desolação” e a consequente
destruição de Jerusalém e do templo.
• Já o Evangelho de João, escrito depois, nada
menciona a este respeito, pois não era mais
profecia, mas, sim, história.
A Grande Tribulação dos cristãos

• A Grande Tribulação mencionada no livro de Apocalipse


nada tem de judaica, nenhuma palavra é dita sobre
destruição de templo.

• Os mártires são cristãos procedentes de todas as partes


do mundo e de todas as nacionalidades (Ap 7.9-14).

• Não foram mortos como juízo de Deus por rejeitarem a


Cristo, pelo contrário, foram mortos por causa do
testemunho que deram de Cristo.
Intervalo? Relógio profético parou?

• Em nenhum lugar no livro de Daniel ou em qualquer


outra passagem da Bíblia encontramos qualquer
menção de que exista um um intervalo entre a
sexagésima-nona e septuagésima semanas da profecia
de Daniel.
• Pelo contrário, Daniel profetiza: “Mas, nos dias
destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que
não será jamais destruído; este reino não passará a
outro povo, esmiuçará e consumirá todos estes
reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre.” (Dn
2.44,45).
ì
A Ira de Deus e o Dia do Senhor
A Ira de Deus e o Dia do Senhor
• A Igreja não está destina a ira de Deus.
• A ira de Deus é o seu justo juízo sobre toda a impiedade (Rm
1.18).
• "O Dia da Ira" (Rm 2.5) e "a Ira" (Ef 5.6) são também conhecidos
como "O Dia do Senhor" (Is 13.9; Joel 2.1-11; 1Ts 5.2; 2Ts 2.2).
• É o Dia do Juízo Final:
• "Vejam! O dia do Senhor está perto, dia cruel, de ira e grande
furor, para devastar a terra e destruir os seus pecadores. As
estrelas do céu e as suas constelações não mostrarão a sua
luz. O sol nascente escurecerá, e a lua não fará brilhar a sua
luz. Castigarei o mundo por causa da sua maldade, os ímpios
pela sua iniquidade. Darei fim à arrogância dos altivos e
humilharei o orgulho dos cruéis" (Is 13.8-11).
A Ira de Deus e o Dia do Senhor

• Qualquer tentativa de distinguir entre o Dia do


Senhor e o Dia de Cristo e encontrá-los em dois
diferentes programas escatológicos, um para Israel
e outro para a Igreja está fadada ao fracasso, pois,
para os cristãos do Novo Testamento, Jesus é o
Senhor! (Fp 2.11; Rm 10.9).
• A vinda de Cristo, para reunir seu povo, tanto os
vivos como os mortos, para si (1 Ts 4.13-17), é
chamada de o Dia do Senhor (1Ts 5.2), como o é
sua vinda para julgar os infiéis (2Ts 2.2).
A Ira de Deus e o Dia do Senhor
• Em 1Ts 5.9, Paulo afirma: "porque Deus não nos
destinou para a ira, mas para recebermos a salvação
por meio de nosso Senhor Jesus Cristo". Observe que
o Apóstolo está contrastando "Ira" com "Salvação".
• Paulo está afirmando que os salvos em Cristo não
estão destinados a condenação no Juízo Final (Rm
2.5; 5.9; Ef 5.6; Cl 3.6; 1 Ts 5.9; Ap 14.10 e 19;
19.15).
• "Nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus" (Rm 8.1).
A Ira de Deus e o Dia do Senhor
• "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já
quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a
ira de Deus permanece sobre ele”.
• 1 Ts 5.9 não diz respeito a Grande Tribulação,
mas sim a condenação do Juízo Final. De
modo que, no Dia da Ira de Deus, os ímpios
clamarão para que as rochas caiam sobre suas
cabeças tal é a expectativa de condenação
final (Ap 6.11-17; Ap 11.18).
A Ira de Deus e o Dia do Senhor

• Paulo não estava prometendo aos cristãos


tessalonicenses que eles seriam livres das
tribulações, pelo contrário, Paulo enaltece a
firmeza e a alegria deles mesmo em meio a muitas
tribulações:
• “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e
do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que
em meio de muita tribulação, com alegria do
Espírito Santo” (1Ts 1.6).
A Ira de Deus e o Dia do Senhor
• Observe também que, no início da sua segunda
carta, Paulo volta a elogiar a perseverança dos
tessalonicenses diante das perseguições e
tribulações que eles estavam sofrendo. Paulo
garante que o Senhor castigará os opressores e
consolará os afligidos quando do céu se manifestar
com os anjos do seu poder, em chama de fogo,
tomando vingança contra os que não conhecem a
Deus. Portanto, a Segunda Vinda que trará alivio
para os crentes é a mesma que trará destruição
para os perdidos.
A Ira de Deus e o Dia do Senhor
“a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus,
à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e
nas tribulações que suportais, sinal evidente do reto juízo de Deus,
para que sejais considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com
efeito, estais sofrendo; se, de fato, é justo para com Deus que ele dê
em paga tribulação aos que vos atribulam e a vós outros, que sois
atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se
manifestar o Senhor Jesus com os anjos e do seu poder, em chama
de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e
contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.
Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do
Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado
nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia
(porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho).” (2Ts 1.4–10).
A Ira de Deus ≠ Perseguição do Anticristo

• Embora a Igreja não esteja destina à Ira, ela está


destinada à Tribulação
• 1 Pe 2.20-21; At 14.22; Jo 16.33; Rm 8.18, 23, 35,
36; 2 Co 8.2
• “Então eles os entregarão para serem perseguidos
e condenados à morte, e vocês serão odiados por
todas as nações por minha causa" (Mt 24.9).
• "...Estes são os que vieram da grande tribulação e
lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue
do Cordeiro" (Ap 7.14).
ì
Refutando o Mid-tribulacionismo
Refutando o Mid-tribulacionismo
• Concordamos que a Bíblia ensina que seremos protegidos da ira de
Deus (1 Ts 1.9-10; 5.9; Rm 5.9), mas, como já vimos, não é
necessário ser arrebatado para ser guardado do mal.

• Quando está em vista uma situação de perigo, tereo significa


‘guardar’. O perigo está implícito na ideia de guardar (Ap 3.10)

• O Arrebatamento não é um evento secreto e distinto da Segunda


Vinda gloriosa de Cristo

• O Juízo Final se seguirá a Segunda Vinda de Cristo

• De acordo com a lógica mid-tribulacionista seria possível prever a


data aproximada do retorno de Cristo, contando três anos e meio
após a aparição do anticristo.
ì
Segunda Vinda traz o Juízo Final
E não 7 anos de Grande Tribulação e nem um milênio na terra
A Segunda Vinda traz o Juízo Final
• O Novo Testamento diz que o Juízo Final se seguirá a
Segunda Vinda de Cristo
• (Mt 16.27; 25.31-32; Jd 14-15 e Ap 22.12).

• Daniel e Jesus ensinaram que a ressurreição dos


mortos é geral e acontece exatamente antes do Juízo
final.
• (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-29; Jó 19:23-27; Is
26:19; At 24:15; Rm 8:11, 23; Fp 3:20 e 1Ts 4:16).

• E o Credo Apostólico ensina o mesmo: “de onde há


de vir pra julgar os vivos e os mortos”.
A Segunda Vinda traz o Juízo Final

• "Quando o Filho do homem vier em sua


glória, com todos os anjos, assentar-se-á em
seu trono na glória celestial. Todas as nações
serão reunidas diante dele, e ele separará
umas das outras como o pastor separa as
ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua
direita e os bodes à sua esquerda... E estes
irão para o castigo eterno, mas os justos
para a vida eterna" (Mt 25.31-33 e 46).
A Segunda Vinda traz o Juízo Final
• "O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus
desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão
desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será
desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de
pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira
santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a
sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo,
e os elementos se derreterão pelo calor" (2Pe 3.10-12).
• "Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o dia do
Senhor virá como ladrão à noite. Quando disserem: “Paz e
segurança”, a destruição virá sobre eles de repente, como
as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum
escaparão" (1Ts 5.2,3).
A Segunda Vinda traz o Juízo Final

• Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá


do céu, com os seus anjos poderosos, em meio a
chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem
a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso
Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição
eterna, a separação da presença do Senhor e da
majestade do seu poder. Isso acontecerá no dia em
que ele vier para ser glorificado em seus santos e
admirado em todos os que creram, inclusive vocês que
creram em nosso testemunho. (2 Ts 1:7-10)
A Última Trombeta

• A Última Trombeta de 1 Coríntios 15.52 é também a Sétima


Trombeta de Apocalipse 11.15-18.
• É importante notar que na expressão tripla e recorrente de louvor
referente a Cristo que encontramos em Apocalipse 1:4, 8; 4:8, a
saber: “aquele que era, que é e que há de vir”, aparece em Ap
11.17 faltando propositalmente a terceira parte. Isto porque, com o
soar da Sétima Trombeta, se dará a Segunda Vinda de Cristo, não
sendo mais apropriado dizer: “e que há de vir”, pois, nesta ocasião,
já terá Ele regressado ao mundo com poder e glória para julgar os
vivos e os mortos!
• Portanto, a Sétima Trombeta traz consigo o último “ai”, o Juízo
Final (Ap 8:13; 9:12; 11:14).
A Última Trombeta e o Juízo Final

• Lembrando que o Livro de Apocalipse não é uma


narrativa retilínea de começo, meio e fim, mas
de visões do mesmo quadro final, cada uma delas
agregando detalhes mais específicos, de modo
que temos pelo menos 3 visões do Juízo Final
(Capítulos 11, 19 e 20).
ì
Milênio
Quadro Comparativo quanto ao Milênio
Amilenismo Pós-milenismo Pré-mil. Hist. Pré-Mil Dispensanc.
Origem Primórdios Primórdios Primórdios Recente
da igreja da igreja da igreja 1830
Povo de Deus 1 1 1 2
Gde. Tribul. Pós Pós Pós Pré
2ª. Vinda Evento único Evento único Evento único 2 fases
2ª. Vinda Visível Visível Visível Secreta

2ª. Vinda traz Juízo Final Juízo Final Milênio Grande Tribul.
Milênio Simbólico Literal Literal Literal e Judaico
Era Presente Era Presente No Futuro No Futuro
Ressurreição Única e Geral Única e Geral 2 3
Juízo Final Evento Único Evento Único 2 Etapas 3 Etapas
Qual é a relevância do tema?

• Qual é a relação entre a Missão da Igreja e o


Reino de Deus?
• O que queremos dizer com venha a nós o teu
reino e seja feita a tua vontade assim na
terra como no céu?
• Qual é o alcance da missão da Igreja e do
Evangelho de Cristo?
Tema Central das Escrituras

Reino de Deus
• Messias
• Igreja
• Missão
Tema Central de Jesus
• Jesus iniciou seu ministério anunciando o Reino de Deus
• (Mt 4.17)

• A Primeira Vinda de Cristo amarrou Satanás


• (Mt 12 e Jo 12.31, 32)

• Seu primeiro e mais importante discurso fala sobre a


ética do Reino
• (Mt 5-7)

• Suas últimas Palavras “Todo o poder me foi dado no céu


e na Terra”
• (Mt 28.18).
Tema Central de Jesus

• “depois de ter padecido, se apresentou vivo, com


muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por
espaço de quarenta dias, e falando das coisas
concernentes ao reino de Deus”
• (At 1:3).

• Por que Jesus falaria tanto sobre um reino que só teria


início na era vindoura?
• Jesus jamais mencionou um reinado milenar na Terra
após Sua Segunda Vinda.
ì
O Milênio Apocalíptico
Apocalipse 20
Apocalipse não é uma narrativa cronológica

ì Está dividido em 7 seções paralelas e progressivas:


1. Os sete candeeiros (1-3);
2. Os sete selos (4-7);
3. As sete trombetas (8-11);
4. A trindade maligna (12-14) ;
5. As sete taças (15-16);
6. A derrota dos agentes do Dragão (17-19);
7. Reinado de Cristo com as almas do santos no céu
(20-22)
Apocalipse não é uma narrativa cronológica
ì Os eventos descritos no Capítulo 20 não seguem os do capítulo 19
em ordem cronológica
ì O capítulo 19 descreve a Segunda Vinda de Cristo o juízo final.
ì O capítulo 20 começa descrevendo os eventos que marcaram a
primeira vinda.
ì Porque foi por ocasião da Primeira Vinda de Cristo que
aconteceu o aprisionamento de Satanás (Mt 12.27-29; Jo
1.5; Mt 16.18; Mt 28.18) e seu lançamento no abismo (Lc
10.18; 2Pe 2.4 e Jd 6).
ì Igualmente:
ì o capítulo 11 termina com uma descrição do Juízo Final
ì e o capítulo 12 recomeça contando a história do nascimento de
Jesus.
Apocalipse 20

ì É o único texto que fala de um reinado de 1.000 anos

ì O Apocalipse está repleto de figuras de linguagem:


ì A Besta do Mar com sete cabeças e dez chifres (Ap 13),
ì Os Gafanhotos do Abismo (Ap 9)
ì E os números 7, 24, 666, 144.000 e 1.000

ì Um texto claro lança luz sobre um texto mais obscuro.

ì O Apocalipse não está ensinando uma coisa nova.


Apocalipse 20

ì Baseados nos Evangelhos e nas epístolas jamais


chegaríamos a ideia de um reino de Deus de 1000
anos na terra após a Segunda Vinda de Cristo.
ì Os pré-milenistas leem toda a Bíblia à luz de
Apocalipse 20 quando o correto seria fazer o
contrário por tratar-se e um único texto isolado que
faz parte de um livro repleto de figuras de
linguagem.
Apocalipse 20 à luz dos Evangelhos e das
Epístolas

ì Apocalipse 20 não é chave hermenêutica para a


compreensão dos eventos escatológicos registrados
nos Evangelhos e nas Epístolas.
ì Apocalipse 20 deve ser interpretado à luz de todo o
ensino de Cristo e seus Apóstolos.
ì Veremos a seguir um quadro demonstrando como os
eventos registrados em Apocalipse 20 encontram-se
presentes no restante das Escrituras Sagradas.
Eventos Apocalipse 20 Evangelhos e Epístolas
Aprisionamento de Satanás Ap 20.2 Mt 12.28-29 e Jo 12.31,32.

Apocalipse 20 à luz dos Evangelhos


Lançado no abismo
Para não mais enganar as nações
Ap 20.3
Ap 20.3
Lc 10.18; 2Pe 2.4 e Jd 6.
Jo 12.31, 32; Jo 1.5; Mt 16.18; 24.14 e
28.18-20.
Milênio Ap 20.3-6 Mt 12.28; 13 e 21.43; Mc 9.1; Lc
10.18-19; Lc.17:20,21; At 2.34-36; 1Co
15.25,26; Dn 2.44-45; Cl 1.13; Ef
1.3,20-23; 2.6 e 4.10; e Hb 2.8.
Mártires reinando com Cristo Ap 20.4; 6.9 e Ef 1.3,20-23; 2.6; At 1.8; Rm 8:36; Hb
“Ser-me-eis mártires” (At 1.8) 1.6 11. 37-12.1.
O Trono de Cristo está no céu e não Ap 4:10; 7:17; Mt 25:31; Lc 22:69; Sl 103:19; Sl 47:8.
em um palácio em Jerusalém 12:5 e 20.4
Primeira Ressurreição é espiritual Ap 20.5 e 15 Jo 5:24; Ef 2.6; Cl 2:12 e 3.1.
No final, Satanás solto p/ enganar Ap 20.7-9; 12.9; Mc 13.13; Lc 21.17 e 2 Ts 2.1-3.
nações e perseguir a Igreja 13.7-14
Jesus vem como fogo Ap 20:9 2 Ts 1.6-10 e Is 66.15-16.

Ressurreição Geral Ap 20.13 Mt 25.31-46 e Jo 5:28-29.


Juízo Final Ap 20.13-15 Mt 25.31-33,46; 2Co 5.10 e Dn 12.2
ì
O Aprisionamento de Satanás
Apocalipse 20.1-3
Satanás já foi amarrado

• O mesmo termo dhshi é utilizado em Mt 12 e Ap


20 para descrever o aprisionamento de Satanás
• Aprisionamento de Satanás (Mt 12.27-29; Mt
28.18)
• Lançado no abismo (Lc 10.18; 2Pe 2.4 e Jd 6).

• “agora será expulso o príncipe deste mundo” (Jo


12.31, 32)
Satanás já foi amarrado

• Satanás foi amarrado de modo a não impedir a


Missão da Igreja
• “As portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16.18)

• “As trevas não prevalecem contra a luz” (Jo 1.5)

• “Todo poder me foi dado no céu e na terra,


portanto ide...” (Mt 28.18-20)
ì
As almas dos decaptados
Apocalipse 20.4
Apocalipse 20.4 e os mártires
• O Apocalipse foi escrito por volta do ano 95
• época em que a Igreja padecia uma horrenda perseguição
por parte do Imperador Domiciano.

• Há várias menções aos mártires ao lado de Cristo:


• sendo consolados por Ele (6.9-11),
• louvando e servindo ao Senhor (7.9-12)
• cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro (15.2-4)
• recebendo coroas e reinando com Cristo (20)

• Eles não são uns mortos e derrotados.


• "Em todas estas coisas eles são mais do que vencedores!"
• Eles vivem e reinam com Cristo!
Apocalipse 20.4 e os mártires
• Hebreus 11 descreve uma série de mártires como heróis da

• Hebreus 12 inicia falando deles como uma nuvem tão
grande de testemunhas que estão ao nosso redor.
• “Ser-me-eis testemunhas” ou “Ser-me-eis mártires” (At
1.8)
• Cada cristão deve carregar sua cruz numa atitude de mártir.
• “Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à
morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o
matadouro” (Romanos 8:36).
Apocalipse 20.4 paralelo a 6.9-11
• É impressionante a similaridade das duas descrições. Compare:
• “as almas dos que foram mortos por amor da palavra de
Deus e por amor do testemunho que deram” (Ap 6.9)
• “as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho
de Jesus, e pela palavra de Deus” (Ap 20.4).
• Os mártires estão conscientes do que se passa aqui na terra no
período ainda da Grande Tribulação. Eles clamam por justiça e
recebem vestiduras brancas e lhes é dito que aguardem um
pouco mais, pois a Segunda Vinda de Cristo e a consequente
ressurreição e o juízo final ainda estão por vir!
• O que é visto em Apocalipse 6 é visto também em Apocalipse
20, pois as almas dos decapitados aguardam a ressurreição do
corpo cuja descrição se dá no final do capítulo 20, mais
precisamente, no versículo 13.
ì
É chegado o Reino
O Milênio já começou
Daniel 2.44 - reinado de Cristo teria início no Império Romano 


• A interpretação do sonho indica quatro grandes


reinos:
• 1) a cabeça de ouro = império babilônico,
• 2) o peito e o braço = império medo-persa,
• 3) o ventre e os quadris = o império grego
• 4) as pernas e os pés = império Romano.

• "Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá


um reino que jamais será destruído"(Dn 2.44).
Daniel 2.44 - reinado de Cristo teria início no Império Romano 


• "Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem


auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de
barro e os esmigalhou. Mas a pedra que atingiu a estátua
tornou-se uma montanha e encheu a terra toda" (Dn
2.34-35).
• “A terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as
águas cobrem o mar" (Is 11.9).
• Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os
céus, a fim de encher todas as coisas. (Efs 4:10)
• “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre
vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda
a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1:8).
Daniel 2.44 - reinado de Cristo teria início no Império Romano 


• Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do


inferno não prevalecerão contra ela!” (Mt 16.18)

• O Reino começa singelo como um Grão de Mostarda e a


pequena pedra (Mt 13 cp. Dn 2.34-35).

• Jesus disse: “É chegado o Reino de Deus” (Mt 12.28)

• e garantiu que alguns dos seus discípulos imediatos não


morreriam antes de verem o Reino de deus vindo com
poder! (Mc 9.1).

• "Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou


para o Reino do Filho Amado"(Cl 1.13).
Daniel 2 ì
Reino já inaugurado e em processo de expansão aqui e agora!

Torna-se grande
montanha e
enche toda a
Cresce terra (v. 35)
paulatinamente
Como a pequena
Reino pedra que
inaugurado começa a rolar
na época sobre os
inimigos e que
do Império torna-se
Romano (v. montanha
44) (v. 34, 35 e 44)
1 Coríntios 15.25, 26 e 54
• A expressão "até que” indica um desenvolvimento paulatino do
Reino em que os inimigos vão sendo gradativamente postos
debaixo dos pés de Cristo e não abruptamente como ensinam
os pré-milenistas.
• "é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos
sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser
destruído é a morte" (1Co 15.25,26).
• Tal reinado só pode ser na era presente, pois sabemos que é
por ocasião da Segunda Vinda de Cristo que o último inimigo
que é a morte será destruído;
• "A morte foi destruída pela vitória"! (V.54)
• Se a morte é destruída na Segunda Vinda de Cristo, como dizem
os pré-milenistas que haverá morte no milênio que segundo eles
acontecerá após a Segunda Vinda de Cristo?
O Reino de Israel será restaurado para ì
cumprir literalmente as profecias do
Antigo Testamento?
Cumprimento Espiritual das Promessas

• Os pré-milenistas afirmam a necessidade de um


cumprimento literal das profecias do A.T. De restauração
do reino de Israel:

• Mas os próprios livros dos profetas já contêm indicações


que apontam para um cumprimento espiritual,

• Quando vocês aumentarem e se multiplicarem na sua


terra naqueles dias", declara o Senhor, "não dirão mais: ‘A
arca da aliança do Senhor’. Não pensarão mais nisso nem
se lembrarão dela; não sentirão sua falta nem será feita
outra arca. (Jr 3.16)
Os próprios profetas interpretaram de maneira não
literal a Lei Mosaica

• Pois desejo misericórdia, não sacrifícios, e


conhecimento de Deus em vez de holocaustos.
• Oséias 6:6

• “... Deveria oferecer holocaustos de bezerros de


um ano? Ficaria o Senhor satisfeito com milhares de
carneiros, com dez mil ribeiros de azeite? ... Ele
mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o
Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e
ande humildemente com o seu Deus.”
• Miquéias 6:6-8
A promessa para Israel foi 

uma Nova Aliança
• "Estão chegando os dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova
aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá".

• "Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando
os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha
aliança, apesar de eu ser o Senhor deles", diz o Senhor.

• "Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois


daqueles dias", declara o Senhor: "Porei a minha lei no íntimo deles e
a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu
povo.

• Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo:


‘Conheça ao Senhor’, porque todos eles me conhecerão, desde o
menor até o maior", diz o Senhor. "Porque eu lhes perdoarei a
maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados. ”
Jr 31:31-34
Jesus disse que Reino foi tirado do Israel Nacional 

e dado a Igreja

• "Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado


de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do
Reino.”
• Mt 21:43

• Pois Davi não subiu ao céu, mas ele mesmo declarou:


‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha
direita até que eu ponha os teus inimigos como
estrado para os teus pés’. "Portanto, que todo Israel
fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês
crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo”.
• At 2:34-36
ì
A Natureza do Reino
A Natureza do Reino

• Reino já foi Inaugurado (Mt 12; Lc 10.18-19; Dn


2.44-45; Co 1.13; Ef 1.3, 20-23 e 2.6)
• Caráter espiritual: "...não vem o reino de Deus com
visível aparência... está dentro em vós” (Lc.
17:20,21).
• Em processo de expansão (1 Co 15.25-26, Dn 2.35)
• Plenitude após a Segunda Vinda (1 Co 15.28)
• Diferença entre batalha decisiva e final
ì
O Trono de Cristo está no céu
O Trono de Cristo está nos céus
• “Mas de agora em diante o Filho do homem
estará assentado à direita do Deus Todo-
poderoso” (Lc 22:69).
• “O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus,
e como rei domina sobre tudo o que existe”.
(Sl 103:19)
• Deus reina sobre as nações; Deus está
assentado em seu santo trono. (Sl 47:8)
O Trono de Cristo está nos céus
• “os vinte e quatro anciãos se prostram diante
daquele que está assentado no trono e adoram
aquele que vive para todo o sempre”. (Ap 4:10).
• “Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de
seu trono”. (Ap 12:5)
• “O Cordeiro que está no centro do trono será o seu
Pastor”. (Ap 7:17 )
• "Quando o Filho do homem vier em sua glória, com
todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória
celestial. (Mt 25:31)
ì
As Duas Ressurreições
As Duas Ressurreições

ì A primeira (v. 5) é de caráter espiritual, sendo uma referência ao novo


nascimento e a condição de salvo, inscritos no Livro da Vida, como se
pode ver no texto paralelo que se encontra no v.15.

ì Pois quem nasceu de novo não sofre o dano da segunda morte ou


condenação do inferno.
ì O v. 14 diz que a Segunda Morte é o Lago de Fogo. “Nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).

ì “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê
naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas
passou da morte para a vida” (Jo 5:24).
As Duas Ressurreições

ì Portanto, quem tem o seu nome inscrito no Livro da Vida, ou


seja, quem já participou da Primeira Ressurreição, não sofrerá o
dano da Segunda Morte.

ì Tanto a Primeira Ressurreição como a Segunda Morte são de


caráter espiritual.

ì Não seria coerente dizer que um Ressurreição física livra o


homem de uma condenação espiritual.
As Duas Ressurreições

ì Vemos, no capítulo 5 do Evangelho de João, o emprego do termo


ressurreição tanto no sentido espiritual como no físico e isto
num mesmo contexto (Jo 5.25-29).

ì Portanto, não seria de se estranhar que o mesmo acontecesse


neste outro escrito de João.
As Duas Ressurreições

ì A primeira ressurreição mencionada em Apocalipse 20 é espiritual,


apresentada aqui principalmente para indicar a vitória dos mártires que
vivem e reinam com Cristo, pois o estado intermediário dos crentes,
entre a morte e a ressurreição, é um período de vida (Lc 20.38) e
consciência (Ap 6.9-11), que segundo Paulo é incomparavelmente
melhor do que a dos crentes antes da morte (Fp 1.23), que o faz até
preferir deixar o corpo para habitar com o Senhor (2 Co 5.8), pois eles
desfrutam da presença do Senhor numa dimensão superior, por se
acharem diante do trono de Deus, servindo a Deus de dia e de noite no
seu santuário, já não tem mais fome, nem sede, e já não sofrem mais a
intempéries da vida, pois são apascentados e consolados por Jesus (Ap
7.15-17), e, aqui, em Ap 20, vemos que eles também partilham de
alguma maneira do privilégio de reinar juntamente com Cristo.
As Duas Ressurreições

ì Já, a segunda ressurreição é descrita nos versos de 11 a 13 como


algo distinto da primeira, sendo uma clara referência a
ressurreição do corpo que se dará por ocasião da Segunda Vinda
de Cristo.
As Duas Ressurreições

ì Paralelo que demonstra o caráter espiritual da primeira


ressurreição:
ì (v. 6) “aquele que tem parte na primeira ressurreição”
ì (v. 15) “foi achado inscrito no Livro da Vida”.

ì Ou seja, “aquele que tem parte na primeira ressurreição” é o


mesmo que dizer: aquele que “foi achado inscrito no Livro da
Vida”.
ì
Nossa condição em Cristo
Espiritualmente ressuscitados e assentados com Cristo
Ressuscitados e assentados com Cristo

• “Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos


fez assentar nos lugares celestiais em Cristo
Jesus” (Ef 2.6).
• “Isso aconteceu quando vocês foram sepultados
com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou
dentre os mortos” (Cl 2:12)
• Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo,
procurem as coisas que são do alto, onde Cristo
está assentado à direita de Deus (Cl 3:1).
Reinamos com Cristo

• “Todo poder me foi dado no céu e na terra,


portanto ide...” (Mt 28.18-20)
• "nos constituiu reis e sacerdotes para servir a seu
Deus e Pai” (Ap 1.6).
• “o que ligardes na terra terá sido ligado nos
céus” (Mt 18.18).
• “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e
escorpiões e sobre todo o poder do inimigo” (Lc
10:19).
Otimismo

• As portas do inferno não prevalecerão contra a


Igreja (Mt 16:18)
• A Igreja será bem-sucedida em sua missão (Mt
24:14)
• Nos céus haverá uma multidão de salvos de todas as
nações (Ap 7)
• “A terra se encherá do conhecimento do Senhor,
como as águas cobrem o mar" (Is 11.9).
Realismo Bíblico
• Hebreus 2:8: “todas as coisas sujeitaste debaixo dos
seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas,
nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém,
ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas”
• Como a interpretação pré-milenista se harmoniza
com as Parábolas do Reino (Mt 13) que ensinam que o
Reino de Deus se estabelece de maneira gradativa
como o desenvolvimento da plantação de um grão de
mostarda e também híbrida com a presença do joio
no meio do trigo, onde temos também a presença do
maligno representado pelo inimigo que planta o joio
e pelos pássaros?
Realismo Bíblico
• Multiplicam-se os convertidos e a ciência, mas também a
iniquidade (Dn 12.4; Mt 24.12-14)
• A semente é plantada em toda parte, mas apenas ¼ das
sementes caem em terra boa (Mt 13)
• Cresce o trigo, mas também o joio (Mt 13)

• Cresce a árvore, mas aproximam-se os pássaros (Mt 13)

• Envangelho pregado a todas as nações, mas “quando o Filho


do homem vier, encontrará fé na terra?” (Mc 13.10; Lc 18.18)
• A batalha decisiva já foi ganha, mas ainda falta a batalha
final.
Após o Milênio temos a Segunda ì
Vinda e o Juízo Final (Ap 20.9-15)
Segunda Vinda após o milênio
• “As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram
o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo
desceu do céu e as devorou”. (Ap 20:9)
• Jesus não é ajudado por labaredas de fogo, Ele retorna a terra
em labaredas de fogo!
• Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá do céu,
com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. (2
Ts 1.6-10)

• "Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são como um


turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de
fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor
executará julgamento sobre todos os homens" (Is 66.15-16)
Segunda Vinda e Ressurreição após o milênio

• “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida


foi lançado no lago de fogo” (v.15).
• Isto indica a existência de dois grupos distintos, os que não
estão inscritos no livro da vida e os que estão, o que
concorda perfeitamente com a descrição do juízo final feita
pelo Senhor Jesus em Mt 25.31-33 e 46;
• exatamente o mesmo que profetizou Daniel: "Multidões
que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida
eterna, outros para a vergonha, para o desprezo
eterno" (Dn 12.2. Veja também: 2 Co 5.10; Rm 14.10-12).
Outras Questões

1. Como a interpretação pré-milenista se


harmoniza com as Parábolas do Reino (Mt 13)
que ensinam que o Reino de Deus se estabelece
de maneira gradativa como o desenvolvimento
da plantação de um grão de mostarda e também
híbrida com a presença do joio no meio do trigo,
onde temos também a presença do maligno
representado pelo inimigo que planta o joio e
pelos pássaros?
Outras Questões

2. Se o último inimigo que é a morte será destruído na Segunda


Vinda, por que ainda haveria espaço para o surgimento de
novos inimigos e de mais uma rebelião e guerra no final do
milênio conforme afirmam os pré-milenistas?

3. Por que que razão Jesus, após sua vinda gloriosa, deveria
ainda ter de governar sobre seus inimigos com vara de ferro, e
ainda ter de esmagar uma absurda rebelião no fim do milênio?

4. Por que razão Jesus, após a sua sua gloriosa Segunda Vinda,
teria de passar por nova humilhação representada por uma
rebelião mundial contra o seu justo governo de mil anos?
Outras Questões

5. Não é absurda a idéia de que uma multidão de rebeldes


alimente qualquer espécie de esperança de vitória contra o
Todo Poderoso Cristo e seus santos com corpos glorificados e
imortais?
6. Quem serão as pessoas e os povos sobre os quais Cristo e os
remidos com corpos imortais reinarão? Não me diga que serão
exatamente aqueles vivos por ocasião da Segunda Vinda de
Cristo que não se acharam entre o grupo de salvos, ou seja,
os seguidores da Besta?
7. Se for este o caso, como justificar, que uma multidão de
seguidores do anticristo, possuidores da marca da besta,
possam ter o privilégio de desfrutar o Reino Milenar de Cristo
em vez de se depararem com o Juízo Final?
Outras Questões

8. Jesus ensinou mais sobre o Reino de Deus do que


qualquer outro assunto, então, por que será que ele
nunca mencionou nada a respeito de um reino milenar
na terra após a sua Segunda Vinda?
9. Por que os mortos em Cristo que já estavam desfrutando
da glória celeste no estado intermediário ressuscitariam
para voltar a um terra onde o pecado e a morte ainda
existem? Não seria isto um retrocesso?
10. A existência de corpos ressurrectos e celestiais não
reivindica uma vida em uma Nova Jerusalém celestial
onde não há mais lugar para o pecado e a morte?
Outras Questões

11.Como encaixar o milênio entre a Segunda


Vinda de Cristo e o Juízo Final, quando Jesus
e seus Apóstolos categoricamente ensinaram
que o Juízo Final acontecerá imediatamente
após a Segunda Vinda?

• (Mt 25.31.33; 1 Ts 5.2,3; 2 Ts 1.6-10).


Outras Questões

12. Como dizem os pré-milenistas que o Livro de Apocalipse


narra os fatos futuros em ordem cronológica se o
nascimento de Jesus registrado no capítulo 12 é
descrito logo após a uma narrativa do juízo final
registrada no capítulo 11?
13. O próprio capítulo 19 encerra-se com uma descrição do
juízo final que resulta na destruição de todos os
inimigos de Deus? Quem restaria das nações para o
milênio?
14. O Juízo final não está também sendo narrado no
capítulo 14?
Outras Questões

15.E quando é que “a seara da terra” estará madura


para “o grande lagar da ira de Deus” no final do
milênio pré-milenista ou na Segunda Vinda de
Cristo?
16.E a descrição do Filho do Homem assentado sobre
uma nuvem branca não é uma clara imagem da
Segunda Vinda de Cristo? (Ap 14.16; ver também:
Mc 13.26; 14.62; Mt 24.30; 26.64; Lc 21.27; 1 Ts
4.17; Ap 1.7 e Dn 7.13);
Outras Questões

17. Por que não encontramos o ensino de duas ressurreições


separadas por mil anos nas Escrituras do Antigo
Testamento, nem nos Evangelhos e nem nas Epístolas,
antes, pelo contrário, o que vemos é o claro ensino de
que haverá uma ressurreição geral para o juízo final?

18. Por que os discípulos deveriam almejar um reinado


milenar na terra quando o que Jesus lhes prometeu foi
um lar celestial? O que Jesus prometeu foi voltar para
levá-los para si ou voltar para ficar com eles,
constituindo um reino aqui na terra?
Outras Questões

19.Onde é que Pedro disse que se cumpriria a


promessa de justiça na velha terra ou nos novos
céus e terra?

• “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos


novos céus e nova terra, em que habita a
justiça” (2 Pe 3:13)
Outras Questões

20. Se Jesus declarou que seu reino não era deste mundo,
por que ele teria de voltar para reinar na terra?

• “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste


mundo; se o meu reino fosse deste mundo,
pelejariam os meus servos, para que eu não fosse
entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é
daqui” (Jo 18:36);

• “E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima;


vós sois deste mundo, eu não sou deste
mundo” (Jo 8:23)
Outras Questões

21. Qual seria a duração do Reino de Cristo de acordo


com as profecias do Antigo e Novo Testamentos?
(Dn 2:44; Dn 4:3; Dn 7:14; Dn 7:27; Is 9.6,7; Sl
145:13; Sl 45:6; 2 Pe 1:11);

• “Este será grande, e será chamado filho do


Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de
Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de
Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1:32,33)
Outras Questões

22. Onde está o trono do Rei Jesus na terra ou no céu?

23. Por que nem mesmo Apocalipse 20 descreve Jesus


fisicamente reinando em um trono na cidade de
Jerusalém e por que o Apocalipse diz que Jesus
precisou ser arrebatado da terra para chegar ao
seu trono celeste para reger as nações com vara
de ferro?
Outras Questões

24.Após a Segunda Vinda gloriosa de Cristo,


haverá realmente um retorno aos
“rudimentos fracos e pobres”, tais como o
templo em Jerusalém, os sacrifícios, a
exaltação judaica e coisas desta natureza?
Escatologia Cristã
Faculdade de Teologia Metodista Livre

Bispo José Ildo Swartele de Mello

www.escatologiacrista.blogspot.com
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