Cinemática Do Trauma
Cinemática Do Trauma
Cinemática Do Trauma
MD 03 CINEMTICA DO TRAUMA
OBJETIVOS
Proporcionar aos participantes conhecimentos que os capacitem a: 1. Listar os mecanismos bsicos de leso por movimento. 2. Discutir mecanismos de leso no trauma fechado e penetrante. 3. Identificar as trs colises associadas com acidentes automobilsticos e relacionar leses potenciais da vtima com deformidade do veculo, estruturas interiores e estruturas do corpo. 4. Descrever as leses potenciais associadas com a utilizao correta e incorreta do cinto de segurana, apoio lateral de cabea e air bags em uma coliso frontal. 5. Descrever leses potenciais derivadas de colises de veculo. 6. Descrever os trs critrios de avaliao para desacelerao vertical rpida e correlacion-los antecipao de leses. 7. Conhecer as duas formas mais comuns de leses penetrantes, discutir mecanismos associados e extenso da leso. 8. Correlacionar trs fatores envolvidos em leses por exploso com a avaliao da vtima.
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros Inesperadas leses traumticas so responsveis anualmente por milhares de mortes. Os acidentes automobilsticos respondem pela maior parte destas mortes. O tratamento destas vtimas depende da identificao das leses ou potenciais leses. avaliao de profissionais uma necessidade. Contudo, mesmo com avaliaes de profissionais, muitas leses podem passar desapercebidas se o ndice de suspeita no for o suficiente. Mesmo se leses obvias sejam tratadas, leses no obvias podem, ser fatal porque elas no so encontradas e assim vo sem tratamento por muito tempo. Conhecer onde procurar por leses to importante quanto saber o que fazer aps encontr-las. Um completo, preciso histrico e apropriada interpretao destas informaes pode proporcionar ao Socorrista de Resgate predizer mais de 90% das leses da vtima antes de ter posto a mo sobre a vtima.7 As leses podem ser descrita como interaes entre o hospedeiro (vtima) e o agente (energia) em um ambiente. O agente (energia) se apresenta em cinco formas bsicas: (1) mecnica ou cintica, (2) trmica, (3) qumica, (4) eltrica, e (5) radiao. A energia mecnica ( movimento) permanece como o agente de leso mais comum e o agente dos acidentes automobilsticos, quedas, traumatismos penetrante e por exploso. A transmisso de energia segue as leis da fsica; deste modo, as leses se apresentam em padres previsveis. O conhecimento e a apreciao do mecanismo de trauma permitem que o Socorrista mantenha um elevado ndice de suspeita para auxiliar na busca de leses. As vtimas envolvidas em eventos de alta energia so propensos a possuir leses graves, e 5% a 15% deles, apesar de sinais vitais normais e de no possurem leses corporais na primeira avaliao, evidenciam leses graves em exames posteriores. Os fatores que devem ser considerados so a direo e velocidade do impacto, tamanho do paciente e os sinais de liberao de energia (danos ao veculo). Existe uma forte correlao entre a severidade das leses e as alteraes da velocidade do veculo medidas pelos danos do carro. Sem a compreenso do mecanismo do trauma, no ser possvel predizer as leses. O mecanismo de trauma uma ferramenta importante de triagem e deve ser reportada ao mdico da emergncia. A severidade dos danos ao veculo utilizada como um instrumento de triagem. As leses por movimento (mecnicas) so as principais causas de mortalidade por trauma. Sempre considerar a leso potencial como presente at que esta seja afastada no ambiente hospitalar. existem trs mecanismos bsicos de leses por movimento: 1. Desacelerao frontal rpida. 2. Desacelerao vertical rpida. 3. Penetrao de projtil. Os traumatismos podem ser classificados em fechados e penetrantes. A cinemtica do trauma estuda a transferncia de energia de uma fonte externa para o corpo da vtima. O entendimento do mecanismo de leso reduz a possibilidade de o Socorrista no reconhecer uma leso grave e permite que seja desenvolvida tecnologia de proteo. Para possibilitar este estudo necessrio que o Socorrista conhea algumas leis bsicas da fsica:
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Lei da Conservao da Energia: a energia no pode ser criada nem destruda, mas sua forma pode ser modificada. Primeira Lei de Newton: um corpo em movimento ou em repouso permanece neste estado at que uma fora externa atue sobre ele. Segunda Lei de Newton: fora igual massa (peso) do objeto multiplicada por sua acelerao. Energia Cintica: a energia do movimento. igual metade da massa multiplicada pela velocidade elevada ao quadrado. Troca de Energia: quando dois corpos se movimentando em velocidades diferentes interagem, as velocidades tendem a se igualarem. A rapidez com que um corpo perde velocidade para o outro depende da densidade (nmero de partculas por volume) e da rea de contato entre os corpos. Quanto maior a densidade do maior a troca de energia. Por exemplo, o osso mais denso que o fgado e este mais denso que o pulmo. TRAUMATISMOS FECHADOS O trauma fechado difere do penetrante no seguinte aspecto: o impacto se distribui em uma rea mais extensa de maneira que a superfcie do corpo no penetrada. Ocorre uma cavidade temporria formada pela deformao dos tecidos que depois voltam sua posio normal.
Como no exemplo mostrado nesta figura, a superfcie do corpo atingida por um basto, se deforma e depois volta ao normal. No h penetrao da pele pelo objeto. Nos traumatismos penetrantes o objeto que colide com o corpo vence a elasticidade dos tecidos e penetra no corpo.
As causas principais de trauma fechado so os impactos diretos de objetos em movimento e acelerao/desacelerao. Em colises de veculos, o dano depende da energia cintica, da utilizao de equipamentos de segurana tais como: cintos de segurana, banco com encosto, bolsas de ar. As leses corporais so mais freqentes em passageiros no contidos e ocorrem na cabea, trax, abdome e ossos longos. O dispositivo mais eficaz. o cinto de segurana,
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros que, apesar de causar compresso de rgos durante colises, impede que o corpo se choque com o painel e o pra-brisa. As leses por desacelerao so causadas principalmente por acidentes automobilsticos e quedas de grandes alturas. medida que o corpo desacelera, os rgos continuam a se mover com a mesma velocidade que apresentavam, rompendo vasos e tecidos nos pontos de fixao. rgo Bao Corao Crebro Fgado Corpo Peso dos rgos Humanos Durante Impacto Peso Normal Peso Durante Impacto (Kg) (Kg) 36 Km/h 72 Km/h 108 Km/h 0,25 2,5 10 22,5 0,35 3,5 14 31,5 1,5 15 60 31,5 1,8 18 2 162 70 700 2800 6300
COLISES DE VECULOS A absoro de energia cintica do movimento o componente bsico da produo de leso. Voc deve considerar as colises de veculo como ocorrendo em trs eventos distintos:
Coliso da mquina
1. Coliso da mquina.
Coliso do corpo
2. Coliso do corpo.
A energia cintica do movimento do veculo absorvida medida que ele freado subitamente pelo impacto. O corpo do ocupante est viajando com a velocidade que o carro trafegava at que colida com alguma estrutura interna do carro como o pra-brisa, volante ou painel. Ao examinar o carro colidido observamos as seguintes evidncias de trauma da vtima: Deformidade do veculo ( indicao das foras envolvidas). Deformidade de estruturas interiores (indicao de onde a vtima colidiu).
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Padres de leso da vtima (indicao de quais partes do corpo podem ter colidido ).
As colises de veculos ocorrem em vrias formas e cada uma delas associada com certos padres de leso. As quatro formas comuns de acidentes com veculos automotores so: Coliso frontal. Coliso traseira. Coliso lateral. Capotagem. COLISO FRONTAL Neste tipo de acidente, um corpo no contido freado subitamente e a transferncia de energia capaz de produzir leses mltiplas.
pulmes
Luxao do joelho
Fratura do fmur
Luxao do acetbulo
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Ocupante do banco dianteiro direcionado para cima e para frente: em algumas colises frontais o corpo do ocupante pode ser arremessado para cima e para frente, atingindo com a cabea o pra-brisa sem nenhuma dissipao prvia de energia cintica. Existem grandes probabilidades de traumatismos da cabea e de coluna cervical. O impacto secundrio com o trax e abdome .
CORRELAO ENTRE LESES E PARTES lNTERNAS DO VECULO 1) Leses pelo pra-brisas: ocorrem nos tipos de evento por desacelerao frontal rpida, o ocupante, sem cinto colide fortemente com o pra-brisa. A possibilidade de leses maior sob estas condies. Lembrando as trs colises separadas observe o seguinte: 1. Coliso da mquina: deformidade da frente. 2. Coliso do corpo: rachaduras do pra-brisa. 3. Coliso de rgos: golpe/contragolpe do crebro, leso de partes moles (couro cabeludo, face, pescoo), hiperextenso da coluna cervical. 2) Leses pelo volante: so mais freqentes no motorista de um veculo, sem cinto de segurana aps uma coliso frontal. O motorista posteriormente pode colidir com o pra-brisa. O volante a causa mais comum de leses para o motorista sem cinto e qualquer grau de deformidade ao volante deve ser tratada com elevado ndice de suspeita para leses de face, pescoo, torcicas ou abdominais . Utilizando o conceito das trs colises, verificar a presena do seguinte: 1. Coliso da mquina: deformidade frontal. 2. Coliso do corpo: fratura ou deformidade do anel, coluna normal / deslocada. 3. Coliso dos rgos: tatuagem traumtica da pele. O volante capaz de produzir leses ocultas, devastadoras. A deformidade do volante uma causa de preocupao.
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3) Leses pelo painel: ocorrem geralmente no passageiro no contido. O painel Tem a capacidade de produzir uma variedade de leses, dependendo da rea do corpo que impacte com ele. Geralmente as leses envolvem a face e os joelhos, porm vrios tipos de leses tm sido descritos. Aplicando o conceito das trs colises: 1. Coliso da mquina: deformidade do carro. 2. Coliso do corpo: fratura ou deformidade do painel. 3. Coliso dos rgos: trauma facial, golpe/contragolpe no crebro, hiperextenso flexo da coluna cervical. traumatismo de joelho. A leso de joelho pode representar que outros ferimentos esto presentes. Os joelhos freqentemente atingem o painel, causando desde uma simples contuso at uma fratura exposta da patela. A luxao franca dos joelhos pode ocorrer. A energia cintica pode ser transmitida para a coxa e resultar em fratura do fmur ou quadril. s vezes a pelve pode colidir com o painel, resultando em fraturas. Estas leses so associadas com hemorragia que pode levar ao choque. Sempre palpe o fmur dos dois lados assim como a pelve e a snfise pbica. 4) Outros fatores: objetos soltos no veculo como bagagem, livros e passageiros. Estes objetos podem se tornar msseis mortais nos eventos por desacelerao rpida. COLlSO LATERAL
Em cruzamentos ou derrapagens os impactos podem ser na lateral do veculo. A porta ou a lateral do veculo pode atingir o ocupante. O brao e o ombro tendem a ser atingidos em primeiro lugar, pode ocorrer fratura de mero e de clavcula. Se o brao estiver fora do local de impacto e este atingir o trax pode fraturar costelas e estruturas intratorcicas. O abdome tambm sofre impacto, e as vsceras mais atingidas so o bao do motorista e o fgado do passageiro. O trocanter maior do fmur pode ser atingido fazendo com que a cabea do fmur entre no acetbulo. As fraturas de ilaco tambm so comuns. Existe um grande risco de dano coluna cervical, pois ocorre flexo Iateral do pescoo e rotao da cabea na direo oposta do tronco.
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Utilizando o conceito das trs colises, procurar pela presena de: 1. Coliso da mquina: deformidade primria do carro, verificar o lado do impacto (motorista / passageiro). 2. Coliso do corpo: grau de deformidade da porta (entortamento do descanso do brao, deformidade para fora ou para dentro da porta). 3. Coliso de rgos: inclui mltiplas possibilidades. Cabea: golpe/contragolpe pelo desposicionamento lateral. Pescoo: as leses pelo desposicionamento lateral variam de estiramento muscular cervical a subluxao com dficit neurolgico. Leses de membro superior e ombro do lado do impacto. Trax / abdome: leso direta por desposicionamento da porta no lado do impacto ou pelo passageiro solto sendo lanado atravs do assento.
Pelve / pernas: ocupantes no lado do impacto so propensos a apresentar fraturas de pelve, quadril ou fmur. As leses do trax podem afetar tecidos moles, arcabouo sseo com trax instvel, pulmes com contuso, pneumotrax ou hemotrax. Leses abdominais incluem 3-8
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros aquelas de rgos slidos ou ocos. Leses plvicas podem incluir fratura / luxao, ruptura da bexiga e leses uretrais. As leses da cintura escapular ou de extremidades inferiores so comuns dependendo do nvel de fora do impacto. COLISO TRASEIRA As duas formas de coliso traseira so: carro parado atingido por outro veculo em movimento ou carro pode ser atingido na traseira por outro carro deslocando-se mais rpido na mesma direo. O aumento sbito da acelerao produz deslocamento posterior dos ocupantes e hiperextenso da coluna cervical se o descanso de cabea no estiver propriamente ajustado. Pode tambm haver desacelerao frontal rpida se o carro colidir de frente com um objeto ou se o motorista frear subitamente.
O Socorrista de Resgate deve observar deformidades anterior e posterior do auto, assim como do interior e posio do descanso de cabea. pois existe um grande potencial para leses de coluna cervical. Esteja alerta para leses por desacelerao frontal associadas.
CAPOTAGEM Durante a capotagem, o corpo pode sofrer impacto em qualquer direo, chocando-se com o pra-brisa, teto, laterais e assoalho do veculo. O potencial de leses grande. As leses so um misto dos padres anteriormente descritos. A possibilidade de leses por compresso da coluna vertebral aumenta nesta forma de acidente. O TEM deve estar alerta para indicadores de que o carro capotou (mossas, arranhes e deformidade das colunas da capota). Existem mais leses letais nesta forma de acidente pois o ocupante tem mais chances de ser ejetado do veculo. O ocupante ejetado do carro tem 25 vezes mais chance de morrer do que os no ejetados.
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SISTEMAS DE CONTENO DO OCUPANTE CINTO DE SEGURANA Ocupantes contidos tm mais chance de sobreviver, pois eles so protegidos de grande parte do impacto no interior do carro e so impedidos de ser ejetados do auto. Estes ocupantes so, todavia, ainda suscetveis a certas leses.
Cinto abdominal:
Compresso com fratura de T-12, L-1 e L-2
Deve cruzar a pelve (cristas ilacas), no o abdome. Caso o cinto esteja bem posicionado e a vtima submetida a uma coliso com desacelerao frontal, seu corpo tende a se dobrar como um canivete. A cabea pode ser atirada para frente no volante ou painel. Leses faciais, de cabea ou pescoo so comuns. As leses abdominais ocorrem se o cinto estiver posicionado incorretamente. As foras de compresso produzidas quando o corpo subitamente dobrado na linha da cintura podem lesar o abdome ou a coluna lombar.
Cinto com fixao em trs pontos ou cruzado: Prende o corpo bem melhor que o cinto abdominal isolado. O trax e a pelve so contidos, assim, leses com risco de vida so bem menos comuns. A cabea no contida, e, assim. o pescoo ainda submetido a estresses que podem causar fraturas, luxaes ou leses de medula espinhal. Fraturas de clavcula (onde a faixa torcica cruza) so comuns. A leso de rgos internos pode ocorrer ainda devido ao movimento de rgos dentro do corpo.
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AIR BAGS As air bags reduziro as leses das vtimas de coliso na maior parte mas no em todas as situaes. As air bags so feitas para inflar do centro do volante e do painel para proteger os ocupantes do assento dianteiro em caso de um acidente por desacelerao frontal. Se funcionam corretamente, amortecem a cabea e o trax no momento do impacto. So muito eficientes em reduzir as leses em face, pescoo e trax. As air bags esvaziam-se imediatamente assim protegem contra um s impacto. O motorista cujo carro atinge mais que um objeto est desprotegido aps a coliso inicial. As air bags tambm no impedem os movimentos para baixo, assim, motoristas que esto estendidos (motoristas altos ou de carros baixos) podem ainda bater com as pernas e sofrer leses nas pernas, pelve ou no abdome. importante para os ocupantes utilizarem o cinto de segurana mesmo quando o carro est equipado com air bags. O volante danificado uma evidncia da presena de leses internas no motorista. MOTOCICLETAS Os motociclistas no esto dentro de cabinas com equipamentos de conteno. Quando o motociclista submetido s colises clssicas, colises frontais, laterais, de traseira ou capotagens, sua nica forma de proteo : Manobras evasivas. Uso do capacete. Vestes de proteo (por exemplo, roupas de couro, capacete, botas). Uso do veculo para absorver energia cintica. muito importante que os motociclistas usem o capacete. Os capacetes previnem traumas de cabea (que causam 75% das mortes).Os capacetes no protegem a coluna. Devido falta de proteo da cabina, existe freqncia mais elevada de leses de cabea, pescoo e extremidades. Evidncias importantes incluem danos apresentados pela motocicleta, distncia de derrapagem e deformidade de objetos estacionrios ou carros.
Ejeo do motociclista.
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ATROPELAMENTOS As leses produzidas nos atropelamentos tendem a ser mais graves pois o pedestre tem menos proteo que o ocupante de um veculo em que a carroceria absorve parte da energia cintica da coliso. O pedestre atingido por um carro quase sempre sofre leses internas graves, mesmo que o carro esteja baixa velocidade. A massa do veculo to grande que ocorre transferncia de grande quantidade de energia mesmo com baixas velocidades, e se alta velocidade est envolvida os resultados geralmente so desastrosos. Mecanismos de Leso 1. Pra-choque atinge o corpo. 2. Corpo acelerado pela transferncia de energia atinge o cho ou outro objeto. Os danos tendem a ocorrer em trs estgios: 1. Impacto inicial com o corpo, impacto secundrio do corpo com o veculo e com o solo. Nos adultos o impacto inicial na altura do joelho, que se move na mesma direo do carro, o impacto pode ser lateral, anterior ou posterior. Nos impactos laterais tende a haver leso do ligamento cruzado. As leses frontais tambm tendem a lesar o ligamento cruzado e a produzir luxao posterior da tbia e fbula. . 2. Aps o impacto inicial a vtima pode ser lanada sobre o veculo. sofrendo danos no trax e abdome, dependendo da posio em que se encontrava no momento do impacto. 3. O estgio final a queda da vtima sobre o solo, quando os traumatismos da cabea e coluna cervical so freqentes. Padres de Leso Os padres de leso variam com o tamanho da vtima e a altura do pra-choque do veculo:
Adulto: geralmente tem fraturas bilaterais baixas nas pernas ou fraturas de joelho associadas a leses secundrias que ocorrem quando o corpo atinge o carro e Ago00 depois o cho.
Crianas: so mais baixas e o pra-choque tem maior chance de atingi-las na pelve ou no tronco. Geralmente caem sobre suas cabeas no impacto secundrio. Quando responder chamada para um 3-12 atropelamento, esteja preparado para fraturas, leses internas e da cabea.
TRAUMATISMOS POR DESACELERAO VERTICAL Constituem um importante subgrupo dos traumatismos contusos em que a maioria envolve quedas com a vtima de p em curtas distncias. A leso tecidual resulta da absoro cintica acumulada durante o perodo de queda, variando com uma srie de fatores. 1. Altura da queda. 2. rea do corpo que sofre o impacto. 3. Superfcie atingida. Os grupos mais envolvidos em quedas so os adultos e as crianas com menos de cinco anos. rea do corpo atingida: as leses da cabea so comuns em crianas, pois esta a parte mais pesada do corpo e deste modo a primeira a sofrer o impacto. As quedas de adultos so geralmente acidentes de trabalho ou ocorrem sob influncia de lcool e drogas. Os adultos tentam aterrissar sobre os ps e suas quedas so mais controladas. Nesta forma de aterrissar, a vtima geralmente sofre o primeiro impacto nos ps e depois cai para trs atingindo o solo com as ndegas e as mos estendidas. Este padro de queda pode resultar em mltiplas leses em potencial: Fraturas dos ps ou das pernas. Leses de quadril e pelve. Compresso axial da coluna lombar e cervical. Foras de desacelerao vertical para os rgos. Fraturas de Colles nos punhos.
Altura: quanto maior a altura, maior o potencial da leso. Porm, no seja enganado acreditando que existe pouco risco de leso em quedas de baixa altura. A relao entre sobrevida e altura da queda no absoluta, existem casos de bito em quedas da prpria altura e de sobrevida em quedas de grandes alturas.
Ponto de impacto: a densidade da superfcie (concreto versus serragem) e irregularidade (cho de um ginsio de esportes versus uma escadaria) tambm influencia o potencial de severidade da leso. A superfcie onde ocorre o impacto tem grande importncia, choques contra superfcies que se deformam tm um maior tempo para desacelerao e dissipao de energia cintica do que impactos contra superfcies rgidas.
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FERIMENTOS PENETRANTES Nos ferimentos penetrantes produzida uma cavidade permanente pela passagem do objeto atravs do corpo. POR ARMA DE FOGO Balstica: a cincia que estuda o movimento de um projtil atravs do cano de uma arma de fogo, sua trajetria no ar e aps atingir o alvo. O projtil impulsionado atravs do cano de uma arma pela expanso dos gases produzidos pela queima do propulsor. Quando o projtil atinge o corpo humano sua energia cintica se transforma na fora que afasta os tecidos de sua trajetria. Balstica do Ferimento Devido energia cintica (energia cintica = da massa x velocidade 2) produzida por um projtil e dependente principalmente da velocidade, as armas so classificadas em alta e baixa velocidades. As armas com velocidades menores que 2000 ps/seg. so consideradas baixa velocidade e incluem essencialmente todas as armas de mo e alguns rifles. Leses destas armas so muito menos destrutivas do que aquelas que disparam msseis que excedem esta velocidade. As armas de baixa velocidade so capazes de leses letais dependendo da rea do corpo que atingida. Todas as leses infligidas por armas de alta velocidade apresentam o fator lesivo adicional de presso hidrosttica. Categoria Baixa Mdia Alta Classificao dos Projteis pela Velocidade Velocidade Exemplo < 1.000 ps/s .32, .45 1.000 a 2.000 ps/s .38 Especial, Magnum 44 > 2.000 ps/s AR-15, AK-47, FAL
Os fatores que contribuem para o dano incluem: 1. Tamanho do mssil: Quanto maior a bala, maior a resistncia e maior a cavidade permanente. 2. Deformao do mssil: Balas ocas e ponta macia se achatam com o impacto, resultando em maior superfcie envolvida na troca de energia. 3. Tamanho do mssil: A jaqueta se expande e se adiciona superfcie. 4. Movimentao do projtil ( oscilao e rotao ). Feridas por Arma de Fogo Tm trs componentes:
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros 1. Orifcio de entrada: Ao redor pode ter tatuagem da plvora, rea de queimadura e abraso da pele. Como o projtil empurra os tecidos para dentro onde estes tm suporte trata-se de uma ferida oval. 2. Orifcio de sada: Nem todos os orifcios de entrada tm um orifcio de sada correspondente, algumas vezes pode haver mltiplos orifcios de sada devido fragmentao ssea e do mssil. Geralmente o orifcio de sada maior e tem as bordas irregulares para fora. Como o projtil empurra os tecidos para fora, onde estes esto no tm suporte, tratase de uma ferida estreladal. orifcio de sada depende da energia cintica, deformao, inclinao e fragmentao do projtil. Se o projtil gastar toda sua energia cintica cavitando o tecido, o orifcio de sada pode ter aparncia incua ou mesmo no existir. Em outras situaes com pouca degradao da energia cintica mas com inclinao e deformao do projtil, o orifcio de sada pode ser irregular e maior que o orifcio de entrada. 3. Leso interna: Projteis de baixa velocidade infligem dano principalmente aos tecidos que esto em contato direto com eles; projteis de alta velocidade infligem dano por contato com o tecido e transferncia de energia cintica aos tecidos circundantes. O dano causado por: Ondas de choque. Cavidade temporria, que 30 a 40 vezes o dimetro do projtil e cria presses imensas nos tecidos. O grau da leso produzida por uma arma de fogo dependente da troca de energia cintica entre o projtil e os tecidos da vtima. Quanto maior a troca de energia cintica maior ser a leso.
Alta energia
Perfil frontal do projtil: altera significativamente a troca de energia com o alvo. afetado por: forma do projtil, ngulo de penetrao e fragmentao.
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros Alguns projteis como os de ponta oca e ponta macia podem alargar seu perfil frontal aps penetrar nos tecidos, o efeito prtico deste fato aumentar a dissipao da energia cintica e consequentemente a leso tecidual. INFORMAES BALSTICAS TEIS Calibre: dimetro interno do cano e corresponde munio utilizada para a arma em particular. Raia: srie de sulcos espirais na superfcie interior do cano de algumas armas. As raias imprimem uma rotao que estabiliza o projtil. Munio: cartucho, plvora e projtil. Construo do projtil: geralmente liga de chumbo slida, podendo possuir uma jaqueta parcial ou completa de ao ou cobre. O nariz do projtil pode ser macio ou oco (para expanso ou fragmentao).
Fragmentao: os projteis que se fragmentam aps penetrao ou aps deixarem o cano da arma (espingardas, por exemplo) tambm aumentam a rea frontal. Os mltiplos fragmentos atingem mais tecido, aumentando a troca de energia. Cavitao: a acelerao dos tecidos no sentido lateral e de deslocamento do projtil cria um orifcio ou cavidade. Nos projteis de baixa velocidade o trajeto de destruio apenas ligeiramente maior que o dimetro, porm nos de alta velocidade o trajeto de destruio muito maior. Durante alguns milissegundos criada uma cavidade temporria vrias vezes maior que o dimetro do projtil (30 ou mais vezes). A cavidade temporria tem presso interna menor que a atmosfrica e pode aspirar corpos estranhos (pedaos de roupa) atravs do orifcio de entrada para o interior do ferimento. rgos, vasos sangneos e nervos podem ser lesados. sem ter contato direto com o projtil. O dano produzido proporcional densidade do tecido. rgos altamente densos como osso, msculo e fgado sustentam mais dano que rgos menos densos como os pulmes. Quando um tecido denso como o osso atingido, pode ocorrer fragmentao deste, gerando projteis secundrios. Em tecidos como o fgado, a cavitao mais grave devido fora tensional baixa. Uma vez que a bala entra no corpo, sua trajetria pode no ser mais uma linha reta. Indivduo baleado utilizando colete prova de balas deve ser tratado com cautela; devido a possvel contuso cardaca ou de outros rgos. Qualquer paciente com uma penetrao por um mssil na cabea, no trax ou abdome deve ser transportado imediatamente. Em ferimentos abdominais por arma de fogo, o Socorrista de Resgate deve sempre assumir a existncia de leso visceral, pois muito raro que projteis, mesmo os de baixa velocidade, no penetrem na cavidade. FERIMENTOS POR ESPINGARDA
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros As espingardas foram feitas para atingir animais pequenos movendo-se velozmente. O interior de seu cano no possui raias. O projtil disparado se fragmenta em um nmero de esferas de chumbo que varia de algumas poucas a vrias centenas. Ocorre disperso progressiva dos projteis com o aumento da distncia. A velocidade inicial na boca da arma elevada 1200 ps/s, mas diminui rapidamente devido s caractersticas dos projteis individuais, tornando esta arma ineficaz em produzir leses graves a longas distncias . A distncia do alvo o principal determinante da gravidade da leso. Distncia
Longa distncia > 6,4 m Curta distncia 2,7 a 6,4 m Distncia ultracurta < 2,7 m
FERIMENTOS POR ARMA BRANCA OU MSSEIS DE BAIXA VELOCIDADE Armas de baixa energia incluem armas guiadas pela mo, tal como facas, picadores de gelo, chaves de parafuso, garrafas quebradas e flechas. A leso produzida eqivale geralmente ao trajeto do objeto, pois a energia cintica pequena. Assim, o Socorrista de Resgate tem melhores condies de prever a extenso das leses internas. A severidade dos ferimentos por faca depende da rea anatmica penetrada, comprimento da lmina e do ngulo de penetrao. Caso a arma tenha sido removida, o Socorrista deveria identificar o tipo de arma utilizada e o sexo do agressor quando possvel; homens tendem a esfaquear com a lmina no lado do polegar da mo e com empurro para cima, enquanto mulheres tendem esfaquear para baixo e seguram a lmina pelo lado do dedo mnimo.
O agressor pode esfaquear sua vtima e ento mover a faca dentro do corpo. Uma simples entrada do ferimento pode ser pequena, mas os danos internos podem ser extensos. Isto no pode ser determinado no local, mas possibilidade deve sempre ser suspeitada, mesmo que aparentemente menores leses. O escopo potencial do movimento da lmina inserida uma rea de possvel dano.
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Quando avaliamos uma vtima com um ferimento faca, importante procurar por mais que um ferimento. Mltiplos ferimentos faca so possveis e no deveriam ser desconsiderados at o paciente ser exposto e examinado com ateno. Esta inspeo com ateno pode ser feita no local ou a caminho do hospital, dependendo das circunstncias em volta do incidente e condies da vtima. Avaliao da vtima para leses associadas importante. Por exemplo, o diafragma pode estender na altura da linha das mamas durante expirao profunda. Um ferimento de facada no trax inferior pode lesionar estruturas intratorcica e intra-abdominais. Conhecimento da vtima, da posio do agressor e da arma utilizada essencial na determinao do caminho do ferimento. Uma facada na parte superior do abdome pode causar leso de rgos intratorcicos, e ferimentos abaixo do quarto espao intercostal podem penetrar o abdome. LESES POR EXPLOSO Exploses podem lesar 70% das pessoas na vizinhana, enquanto que uma arma automtica usada contra o mesmo grupo pode lesar 30%. Minas, estaleiros, fbricas qumicas, refinarias, empresas de fogos de artifcio, fbrica e elevadores de gros so muitas reas nas quais explosivos so um particular perigo. Entretanto, muitos materiais volteis transportados por caminhes ou trens e gs domstico so itens domsticos comuns, assim uma exploso pode ocorrer em qualquer lugar. A energia contida no explosivo convertida em luz, calor e presso. A gravidade das leses depende da fora da exploso e da distncia da vtima. Luz: pode causar dano ocular, sendo o primeiro agente a atingir a vtima. Calor: produzido pela combusto do explosivo, influenciado principalmente pela distncia, intensidade e pela existncia de barreiras de proteo (roupas, paredes) entre a vtima e a exploso). Ondas de choque: que se irradiam da exploso, causam leses por trs mecanismos: arremessar objetos prximos rea da exploso contra a vtima, que podem causar traumatismos fechados ou abertos. deslocamento da prpria vtima, que se transforma em um mssil, se ferindo ao cair ou se chocar com outros objetos.
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros criao sbita e transitria de um gradiente de presso entre o ambiente e o interior do corpo. 0s rgos mais suscetveis so os ouvidos e os pulmes. Os tmpanos so forados para dentro pelo aumento de presso, podendo se romper. A compresso sbita do trax pode produzir pneumotrax e hemorragia pulmonar. .As leses causadas pelos fatores secundrios so semelhantes s discutidas previamente, e leses tercirias so muito parecidas como ser ejetado de um automvel.
Os mecanismos de leso por exploso se devem a trs fatores: Primrio: deslocamento de ar inicial, criando onda de presso. Usualmente ocorrem leses em rgos contendo gs, tal como o pulmo e sistema gastrointestinal. Incluem hemorragia pulmonar, pneumotrax, embolia ou perfurao de rgos gastrointestinais. Ondas de presso rompem e rasgam os pequenos vasos e membranas dos rgos contendo gs (cavitao0 e ode tambm lesionar o sistema nervoso central. Estas ondas causam graves danos ou morte sem qualquer sinal de leso externa. Queimaduras pela onda de calor tambm uma leso primria comum. Queimaduras ocorrem em reas do corpo desprotegidas que so expostas fonte da exploso. Secundrio: vtima sendo atingida por material lanado pela fora da exploso. Ocorrem quando a vtima abatida por estilhaos de vidros, lajes ou outros escombros da exploso. Estas leses so bvias: lacerao, fraturas e queimaduras. Tercirio: O corpo sendo lanado e atingindo o solo ou outro objeto. Ocorrem leses no ponto de impacto e a fora da exploso ser transferida para outros rgos do corpo assim que a energia do impacto absorvida. As leses tercirias so usualmente aparentes, mas o Socorrista de Resgate deve procurar por leses associadas de acordo com o tipo de impacto que a vtima sofreu as leses que ocorrem na fase terciria so similares quelas recebidas em ejees de automveis e quedas de alturas significativas. Leses secundrias e tercirias so as mais bvias e so usualmente as mais agressivamente tratadas, contudo as leses primrias so as mais graves e em geral so negligenciadas e algumas vezes nunca suspeitas. Avaliao adequada dos vrios tipos de leses vital para o Socorrista de Resgate tratar a vtima corretamente. Leses de exploses geralmente causam graves complicaes que resultam em morte se negligenciada ou ignorada. RESUMO A cinemtica deve ser considerada em todos os acidentes. Avaliao apropriada da cinemtica proporcionar um guia do tipo de leso a suspeitar, avaliar e tratar. As questes a seguir guiam na avaliao e aprimora a qualidade do cuidado vtima: A. IMPACTOS Que tipo de impacto ocorreu frontal, lateral, traseiro, rotacional, capotamento, inclinao ou ejeo? A qual acelerao ou velocidade o acidente ocorreu?
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Curso de Especializao de Praas - Bombeiros Qual a distncia necessria para a parada? Estavam as vtimas utilizando dispositivos de proteo? Onde provavelmente esto as leses mais graves na vtima? Que foras foram envolvidas (exploso x penetrao compresso x corte ) ? Que caminho a energia seguiu; que rgos podem ter sido lesados no caminho? A vtima criana ou adulto? B. QUEDAS Qual a altura da queda? Qual a superfcie onde ocorreu a queda da vtima? Que parte do corpo foi impactada primeiro? C. EXPLOSES Quo perto estava a vtima da exploso? Que leses primrias da exploso so provveis? Que leses secundrias da exploso so provveis? Que leses tercirias da exploso so provveis? D. PERFURAO Onde est o criminoso? Quem era o criminoso (homem ou mulher? Que altura ? ). Que arma foi usada? Se arma de fogo foi usada, que tipo? Que tipo de projtil atingiu a vtima? Qual era a distncia? Qual era o ngulo? SEMPRE SUSPEITAR DE TRAUMATISMO GRAVE NAS CONDIES ABAIXO: Queda de altura superior a que 6 metros. Colises a mais de 32 Km/h. Expulso da vtima para fora do veculo. Morte de um ocupante do veculo. Danos severos ao veculo.
Respostas para estas questes so essenciais para localizar o efeito oculto do trauma no corpo. Avaliao apropriada da cinemtica da leso pode ajudar o Socorrista de Resgate a predizer e suspeitar dos tipos de determinadas leses e examinar especificamente e encontrar ou rejeitar leses ocultas. Acima de tudo, lembrar que energia manifestada como movimento dever ser transformada em algo mais quando o movimento pra e quando o trabalho do Socorrista comea.
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