Cartilha Resolucao1048

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Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

Profissionais
da Engenharia
e da Agronomia
O que fazem?
Conhea as atribuies,
reas de atuao
e atividades desses
prossionais
Resoluo Confea n 1048/2013

Conselho Federal de Engenharia e Agronomia


Resoluo n 1.048
2013

Expediente
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)
SEPN 508 Bloco A CEP: 70.740-541 Braslia-DF
Telefone Geral: (61) 2105-3700 e GCO (61) 2105-3739
Presidente: Eng. civ. Jos Tadeu da Silva

Eng. Mec. Jlio Fialkoski (titular)


Eng. Mec. Jlio Cesar Bertoldo (suplente)
Eng. Agr. Marcelo Gonalves Nunes de Oliveira Morais (titular)
Eng. Agr. Jos Borges de Sousa Arajo (suplente)

Conselheiros Federais:

Eng. Eletric. Marcos Vinicius Santiago Silva (titular)


Eng. Eletric. Eduardo Delmondes Goes (suplente)

Eng. Eletric. Ana Constantina Oliveira Sarmento de Azevedo (titular)


Eng. Eletric. Michelle Calado Palladino (suplente)

Eng. Civ. Melvis Barrios Jnior (titular)


Eng. Civ. Ruy Knorr (suplente)

Eng. Agr. Arciley Alves Pinheiro (titular)


Eng. Agr. Ib dos Santos Silva (suplente)

Eng. Civ. Walter Logatti Filho(titular)


Eng. Civ. Osvaldo Luiz Valinote (suplente)

Eng. Mec. Cleudson Campos de Anchieta (titular)


Eng. Ind. Mec. Adriano Henrique Martins Rabelo (suplente)
Eng. Eletric. Darlene Leito e Silva (titular)
Eng. Eletric. Jos Lurene Nunes Avelino Jnior (suplente)
Eng. Agr. Dirson Artur Freitag (titular)
Eng. Agr. Renato Roscoe (suplente)
Tecg. Constr. Civ. Dixon Gomes Afonso (titular)
Tecg. Heveicult. Jurandi Teles Machado (suplente)
Eng. Civ. Francisco Jos Teixeira Coelho Ladaga (titular)
Eng. Civ. Luz Mitsuaki Sato (suplente)
Eng. Mec. Gustavo Jos Cardoso Braz (titular)
Eng. Mec. Carlos Antnio de Magalhes (suplente)
Eng. Agr. Joo Francisco dos Anjos(titular)
Eng. Agr. Antnio Moreira Barros (suplente)
Eng. Agr. Jos Geraldo de Vasconcelos Baracuhy (titular)
Eng. Agr. Daniel Antnio Salati Marcondes (suplente)

Realizao: Gerncia de Comunicao do Confea GCO.


Capa e ilustraes: J. Castro
Fotos: Acervo Confea, Crea/PR e
Igor Fernandes
Colaborao: Cheila Carolina Roderjan - Crea/PR

ndice
8

Apresentao

11

Resoluo n 1048, de 14 de agosto de 2013

32

Legislao de Referncia

Cmaras Nacionais das Engenharias


e Agronomia
Cmara Especializada de Engenharia de Agrimensura
Cmara Especializada de Agronomia
Cmara Especializada de Engenharia Civil
Cmara Especializada de Engenharia Eltrica
Cmara Especializada de Engenharia Industrial
Cmara Especializada de Engenharia Qumica
Cmara Especializada de Engenharia de Minas e Geologia
Cmara Especializada de Engenharia de Segurana do Trabalho
Cmara Especializada de Engenharia Florestal

Apresentao
Classifiquei como histrico o momento em que o plenrio
do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)
aprovou a Resoluo n 1048/2013 publicada no Dirio
Oficial da Unio (DOU), no dia 19 de agosto. Esse normativo
consolida as reas de atuao, as atribuies e as atividades
profissionais relacionadas nas leis, nos decretos-lei e nos
decretos que regulamentam as profisses de nvel superior
abrangidas pelo Sistema Confea/Crea e Mtua.
O dia 14 de agosto de 2013 ficar registrado como um
marco para o Sistema, porque a Resoluo n 1.048/2013

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rene o arcabouo legal que regula nossas competncias


profissionais. Esse documento fez-se necessrio para
esclarecer as atividades que podem ser desenvolvidas
pelos profissionais reunidos por nosso sistema profissional
e suas prerrogativas precisam ser divulgadas e conhecidas.
A Resoluo n 1.048/2013 fruto do esforo concentrado
do Colgio de Presidentes (CP), do Colgio de Entidades
Nacionais (CDEN) e dos Conselheiros Federais, que a
apreciaram e aprovaram a matria na 3 Sesso Plenria
Extraordinria deste ano, no dia 14 de agosto de 2013. Uma

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ao integrada que demonstra o compromisso do Confea


na defesa da sociedade e dos profissionais legalmente
habilitados a realizarem atividades tcnicas especializadas,
uma vez que seu exerccio por profissionais no capacitados
pode colocar em risco a incolumidade pblica.

RESOLUO N 1048,
DE 14 DE AGOSTO DE 2013

O objetivo desta publicao complementa o objetivo


do documento em si, de elucidar e informar as nossas
lideranas, os nossos profissionais e a sociedade em geral,
para que no restem dvidas sobre as reas de atuao, as
atribuies e as atividades de competncia dos profissionais
do Sistema Confea/Crea e Mtua.
Braslia-DF
Engenheiro Civil Jos Tadeu da Silva
Presidente do Confea

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Consolida as reas de atuao, as atribuies e as


atividades profissionais relacionadas nas leis, nos
decretos-lei e nos decretos que regulamentam
as profisses de nvel superior abrangidas pelo
Sistema Confea/Crea e Mtua.

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Consideraes
Gerais
O
CONSELHO
FEDERAL
DE
ENGENHARIA E AGRONOMIA
CONFEA, no uso das atribuies que
lhe confere a alnea f do art. 27 da Lei
n 5.194, de 24 de dezembro 1966, e
Considerando
que
compete
exclusivamente ao Confea baixar e
fazer publicar as resolues previstas
para regulamentao e execuo da
lei, bem como proceder a consolidao
e o estabelecimento das atribuies
dos profissionais por ele abrangidos,
conforme o Decreto-Lei n 8.620, de
10 de janeiro de 1946;
Considerando a Lei n 5.194, de 24
de dezembro de 1966, que regula o
exerccio das profisses de engenheiro
e de engenheiro agrnomo;

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Considerando a Lei n 4.076, de 23 de junho de 1962,


que regula o exerccio da profisso de gelogo;
Considerando a Lei n 6.664, de 26 de junho de 1979,
que disciplina a profisso de gegrafo;
Considerando a Lei n 6.835, de 14 de outubro de
1980, que dispe sobre o exerccio da profisso de
meteorologista;
Considerando o Decreto n 23.196, de 12 de outubro de
1933, que regula o exerccio da profisso agronmica;
Considerando o Decreto n 23.569, de 11 de dezembro
de 1933, que regula o exerccio das profisses de
engenheiro e de agrimensor;
Considerando o Decreto-Lei n 8.620, de 10 de janeiro
de 1946;
Considerando a Lei n 4.643, de 31 de maio de 1965,
que determina a incluso da especializao de
engenheiro florestal na enumerao do art. 16 do
Decreto-Lei n 8.620, de 1946;

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Considerando a Lei n 7.410, de 27 de novembro de


1985, que dispe sobre a especializao em nvel
de ps-graduao em Engenharia de Segurana do
Trabalho;
Considerando o disposto na Constituio Federal,
art. 5, inciso XIII, que preconiza livre o exerccio

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de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as


qualificaes profissionais que a lei estabelecer; e
Considerando o disposto na Constituio Federal, art. 5,
inciso XXXVI, que preconiza a lei no prejudicar o direito
adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;

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reas
de Atuao
RESOLVE:

I - aproveitamento e utilizao de recursos naturais;

Art. 1 Consolidar as reas de


atuao, as atribuies e as atividades
dos Engenheiros Agrnomos ou
Agrnomos,
Engenheiros
Civis,
Engenheiros Industriais, Engenheiros
Mecnicos Eletricistas, Engenheiros
Eletricistas, Engenheiros de Minas,
Engenheiros Gegrafos ou Gegrafos,
Agrimensores, Engenheiros Gelogos
ou Gelogos e Meteorologistas, nos
termos das leis, dos decretos-lei e
dos decretos que regulamentam tais
profisses.

II - meios de locomoo e comunicaes;


III - edificaes, servios e equipamentos urbanos,
rurais e regionais, nos seus aspectos tcnicos e
artsticos;
IV - instalaes e meios de acesso a costas, cursos e
massas de gua e extenses terrestres; e
V - desenvolvimento industrial e agropecurio.

Art. 2 As reas de atuao dos


profissionais contemplados nesta
resoluo so caracterizadas pelas
realizaes de interesse social e
humano que importem na realizao
dos seguintes empreendimentos:

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Atividades
Profissionais
Art. 3 As atividades dos profissionais
citados no art. 1 desta resoluo so
as seguintes:
I - desempenho de cargos, funes
e comisses em entidades estatais,
paraestatais, autrquicas e de
economia mista e privada;
II - planejamento ou projeto, em
geral, de regies, zonas, cidades,
obras,
estruturas,
transportes,
exploraes de recursos naturais
e desenvolvimento da produo
industrial e agropecuria;

IV - ensino, pesquisa, experimentao e ensaios;


V - fiscalizao de obras e servios tcnicos;
VI - direo de obras e servios tcnicos;
VII - execuo de obras e servios tcnicos;
VIII- produo tcnica especializada, industrial ou
agropecuria.

III - estudos, projetos, anlises,


avaliaes,
vistorias,
percias,
pareceres e divulgao tcnica;

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Atribuies
Art. 4 O exerccio das atividades e das
reas de atuao profissional elencadas
nos arts. 2 e 3 correlacionam-se s
seguintes atribuies:
I - ensino agrcola em seus diferentes
graus;
II - experimentaes racionais e
cientficas referentes agricultura, e,
em geral, quaisquer demonstraes
prticas
de
agricultura
em
estabelecimentos federais, estaduais e
municipais;
III - propagar a difuso de mecnica
agrcola, de processos de adubao,
de mtodos aperfeioados de colheita
e de beneficiamento dos produtos
agrcolas, bem como de mtodos de
aproveitamento industrial da produo
vegetal;

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IV - estudos econmicos relativos agricultura e


indstrias correlatas;
V - gentica agrcola, produo de sementes,
melhoramento das plantas cultivadas e fiscalizao do
comrcio de sementes, plantas vivas e partes vivas de
plantas;
VI - fitopatologia, entomologia e microbiologia agrcolas;
VII - aplicao de medidas de defesa e de vigilncia
sanitria vegetal;
VIII - qumica e tecnologia agrcolas;
IX - reflorestamento, conservao, defesa, explorao e
industrializao de matas;
X - administrao de colnias agrcolas;
XI - ecologia e meteorologia agrcolas;
XII - fiscalizao de estabelecimentos de ensino
agronmico reconhecidos, equiparados ou em via de
equiparao;
XIII - fiscalizao de empresas agrcolas ou de indstrias
correlatas;

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XIV - barragens;
XV - irrigao e drenagem para fins agrcolas;
XVI - estradas de rodagem de interesse local e destinadas
a fins agrcolas;
XVII - construes rurais, destinadas a moradias ou fins
agrcolas;
XVIII - avaliaes e percias;
XIX - agrologia;
XX - peritagem e identificao, para desembarao em
reparties fiscais ou para fins judiciais, de instrumentos,
utenslios e mquinas agrcolas, sementes, plantas ou
partes vivas de plantas, adubos, inseticidas, fungicidas,
maquinismos e acessrios e, bem assim, outros artigos
utilizados na agricultura ou na instalao de indstrias
rurais e derivadas;
XXI - determinao do valor locativo e venal das
propriedades rurais, para fins administrativos ou judiciais,
na parte que se relacione com a sua profisso;
XXII - avaliao e peritagem das propriedades rurais, suas
instalaes, rebanhos e colheitas pendentes, para fins
administrativos, judiciais ou de crdito;

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XXIII - avaliao dos melhoramentos fundirios;


XXIV - o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo
de obras de drenagem e irrigao;
XXV - o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo
de edifcios, com todas as suas obras complementares;
XXVI - o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo
das estradas de rodagem e de ferro;
XXVII - o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo
das obras de captao e abastecimento de gua;
XXVIII - trabalhos de captao e distribuio da gua;
XXIX - o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo
das obras destinadas ao aproveitamento de energia e dos
trabalhos relativos s mquinas e fbricas;
XXX - o estudo, projeto, direo, execuo e explorao de
instalaes industriais, fbricas e oficinas;
XXXI - o estudo, projeto, direo e execuo das instalaes
das oficinas, fbricas e indstrias;

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XXXII - o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo


das obras relativas a portos, rios e canais e das concernentes
aos aeroportos;
XXXIII - o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo
das obras peculiares ao saneamento urbano e rural;
XXXIV - projeto, direo e fiscalizao dos servios de
urbanismo;
XXXV - assuntos de engenharia legal;
XXXVI - assuntos legais relacionados com suas
especialidades;
XXXVII - percias e arbitramentos;
XXXVIII - fazer percias, emitir pareceres e fazer divulgao
tcnica;

XLII - a direo, fiscalizao e construo das instalaes


que utilizem energia eltrica;
XLIII - o estudo, projeto, direo e execuo das instalaes
mecnicas e eletromecnicas;
XLIV - o estudo, projeto, direo e execuo de obras
relativas s usinas eltricas, s redes de distribuio e s
instalaes que utilizem a energia eltrica;
XLV - a direo, fiscalizao e construo de obras
concernentes s usinas eltricas e s redes de distribuio
de eletricidade;
XLVI - vistorias e arbitramentos;
XLVII - o estudo de geologia econmica e pesquisa de
riquezas minerais;

XXXIX - trabalhos topogrficos e geodsicos;

XLVIII - a pesquisa, localizao, prospeco e valorizao


de jazidas minerais;

XL - o estudo e projeto de organizao e direo das


obras de carter tecnolgico dos edifcios industriais;

XLIX - o estudo, projeto, execuo, direo e fiscalizao


de servios de explorao de minas;

XLI - o estudo, projeto, direo e execuo das instalaes


de fora motriz;

L - o estudo, projeto, execuo, direo e fiscalizao de


servios da indstria metalrgica;

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LI - reconhecimentos, levantamentos, estudos e


pesquisas de carter fsico-geogrfico, biogeogrfico,
antropogeogrfico e geoeconmico e as realizadas nos
campos gerais e especiais da Geografia, que se fizerem
necessrias:
a) na delimitao e caracterizao de regies, sub-regies
geogrficas naturais e zonas geoeconmicas, para fins de
planejamento e organizao fsico-espacial;
b) no equacionamento e soluo, em escala nacional,
regional ou local, de problemas atinentes aos recursos
naturais do Pas;

regies de velho povoamento;


h) no estudo fsico-cultural dos setores geoeconmicos
destinados ao planejamento da produo;
i) na estruturao ou reestruturao dos sistemas de
circulao;
j) no estudo e planejamento das bases fsicas e
geoeconmicas dos ncleos urbanos e rurais;
k) no aproveitamento, desenvolvimento e preservao
dos recursos naturais;

c) na interpretao das condies hidrolgicas das bacias


fluviais;

l) no levantamento e mapeamento destinados soluo


dos problemas regionais;

d) no zoneamento geo-humano, com vistas aos


planejamentos geral e regional;

m) na diviso administrativa da Unio, dos Estados, dos


Territrios e dos Municpios.

e) na pesquisa de mercado e intercmbio comercial em


escala regional e inter-regional;

LII - a organizao de congressos, comisses, seminrios,


simpsios e outros tipos de reunies, destinados ao
estudo e divulgao da Geografia;

f ) na caracterizao ecolgica e etolgica da paisagem


geogrfica e problemas conexos;
g) na poltica de povoamento, migrao interna, imigrao
e colonizao de regies novas ou de revalorizao de

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LIII - levantamentos geolgicos, geoqumicos e geofsicos;


LIV - estudos relativos a cincias da terra;

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LV - trabalhos de prospeco e pesquisa para cubao


de jazidas e determinao de seu valor econmico;
LVI - ensino das cincias geolgicas nos estabelecimentos
de ensino secundrio e superior;
LVII - relatrio circunstanciado, nos termos do inciso IX
do art. 16, do Decreto-lei n 1.985, de 29 de janeiro de
1940 (Cdigo de Minas);

LXV - introduzir tcnicas, mtodos e instrumental em


trabalhos de Meteorologia;

LVIII - dirigir rgos, servios, sees, grupos ou setores


de Meteorologia em entidade pblica ou privada;

LXVI - pesquisar e avaliar recursos naturais na atmosfera;

LIX - julgar e decidir sobre tarefas cientficas e operacionais


de Meteorologia e respectivos instrumentais;

LXVII - pesquisar e avaliar modificaes artificiais nas


caractersticas do tempo; e

LX - pesquisar, planejar e dirigir a aplicao da


Meteorologia nos diversos campos de sua utilizao;

LXVIII - atender a consultas meteorolgicas e suas


relaes com outras cincias naturais.

LXI - executar previses meteorolgicas;

Pargrafo nico. Os profissionais citados no art. 1 desta


resoluo podero exercer qualquer outra atividade que,
por sua natureza, se inclua no mbito de suas profisses.

LXII - executar pesquisas em Meteorologia;


LXIII - dirigir, orientar e controlar projetos cientficos em
Meteorologia;
LXIV - criar, renovar e desenvolver tcnicas, mtodos e
instrumental em trabalhos de meteorologia;

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Consideraes
finais

Art. 5 Compete exclusivamente ao


Sistema Confea/Crea definir as reas de
atuao, as atribuies e as atividades
dos profissionais a ele vinculados, no
possuindo qualquer efeito prtico
e legal resolues ou normativos
editados e divulgados por outros
conselhos de fiscalizao profissional
tendentes a restringir ou suprimir reas
de atuao, atribuies e atividades
dos profissionais vinculados ao Sistema
Confea/Crea.
Art. 6 Esta resoluo entra em vigor na
data de sua publicao.
Braslia, 14 de agosto de 2013.
Eng. Civ. Jos Tadeu da Silva
Presidente
Publicada no D.O.U., de 19 de agosto de
2013 Seo 1, pg. 149 e 150.

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Legislao de
Referncia

-DECRETO N 23.196, DE 12 OUT DE 1933


- DECRETO N 23.569, DE 11 DEZ DE 1933
-DECRETO-LEI N 8.620, DE 10 JAN DE 1946

- LEI N 4.076, DE 23 DE JUN DE 1962


- LEI N 4.643, DE 31 DE MAIO DE 1965
- LEI N 5.194, DE 24 DEZ DE 1966
- LEI N 6.664,DE 26 JUN DE 1979
- LEI N 6.835, DE 14 OUT DE 1980
- LEI N 7.410, DE 27 NOV DE 1985
- CF/1988 - ART. 5

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DECRETO N 23.196, DE 12 OUT 1933


Regula o exerccio da profisso agronmica e d outras
providncias
O Chefe do Governo provisrio da Repblica dos Estados
Unidos do Brasil, na conformidade do Art. 1 do Decreto n
19.398, de 11 NOV 1930,
DECRETA:
Art. 1 - O exerccio da profisso de agrnomo ou engenheiro
agrnomo, em qualquer dos seus ramos, com as atribuies
estabelecidas neste Decreto, s ser permitido:
a) aos profissionais diplomados no Pas por escolas ou
institutos de ensino agronmicos oficiais, equiparados ou
oficialmente reconhecidos;
b) aos profissionais que, sendo diplomados em agronomia
por escolas superiores estrangeiras, aps curso regular
e vlido para o exerccio da profisso no pas de origem,
tenham revalidado no Brasil os seus diplomas de acordo
com a legislao federal.
Pargrafo nico - No ser permitido o exerccio da profisso
aos diplomados por escolas ou cursos cujos estudos hajam
sido feitos por meio de correspondncia.
Art. 2 - Aos diplomados por escolas estrangeiras, que,

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satisfazendo as exigncias da alnea b do Art. 1, salvo na


parte relativa revalidao dos diplomas, provarem, ao
rgo fiscalizador, que exercem a profisso no Brasil h
mais de cinco anos e que, no prazo de seis meses, a contar
da publicao deste Decreto, registrarem os seus diplomas,
ser, por exceo, permitido o exerccio da profisso no
Pas.
Art. 3 - Os funcionrios pblicos federais, estaduais e
municipais que, posto no satisfaam as exigncias dos
artigos 1 e 2, estiverem, data deste Decreto, exercendo
cargos ou funes que exijam conhecimentos tcnicos de
agronomia, podero continuar no respectivo exerccio, mas
no podero ser promovidos nem removidos para outros
cargos tcnicos.
Pargrafo nico - Os funcionrios a que se refere este
Artigo, logo que se oferea oportunidade, podero, a seu
requerimento, ser transferidos para outros cargos, de iguais
vencimentos, para os quais no se exija habilitao tcnica.
Art. 4 - Os profissionais de que tratam os Arts. 1 e 2 deste
Decreto s podero exercer a profisso aps haverem
registrado seus ttulos ou diplomas na Diretoria Geral de
Agricultura, do Ministrio da Agricultura.
Art. 5 - O certificado de registro ou a apresentao do
ttulo registrado ser exigido pelas autoridades federais,
estaduais e municipais, para a assinatura de contratos,
termos de posse, inscrio em concursos, pagamentos

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de licena ou impostos para o exerccio da profisso e


desempenho de quaisquer funes a esta inerentes.

g) aplicao de medidas de defesa e de vigilncia sanitria


vegetal;

Art. 6 - So atribuies dos agrnomos ou engenheiros


agrnomos a organizao, direo e execuo dos
servios tcnicos oficiais, federais, estaduais e municipais,
concernentes s matrias e atividades seguintes:

h) qumica e tecnologia agrcolas;

a) ensino agrcola em seus diferentes graus;

j) administrao de colnias agrcolas;

b) experimentaes racionais e cientficas referentes


agricultura, e, em geral, quaisquer demonstraes prticas
de agricultura em estabelecimentos federais, estaduais e
municipais;

l) ecologia e meteorologia agrcolas;

c) propagar a difuso de mecnica agrcola, de processos


de adubao, de mtodos aperfeioados de colheita e
de beneficiamento dos produtos agrcolas, bem como
de mtodos de aproveitamento industrial da produo
vegetal;

n) fiscalizao de empresas agrcolas ou de indstrias


correlatas, que gozarem de favores oficiais;

d) estudos econmicos relativos agricultura e indstrias


correlatas;

p) irrigao e drenagem para fins agrcolas;

e) gentica agrcola, produo de sementes, melhoramento


das plantas cultivadas e fiscalizao do comrcio de
sementes, plantas vivas e partes vivas de plantas;
f ) fitopatologia, entomologia e microbiologia agrcolas;

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i)reflorestamento, conservao, defesa, explorao e


industrializao de matas;

m) fiscalizao de estabelecimentos de ensino agronmico


reconhecidos, equiparados ou em via de equiparao;

o) barragens em terra que no excedam de cinco metros


de altura;

q) estradas de rodagem de interesse local e destinadas


a fins agrcolas, desde que nelas no existam bueiros e
pontilhes de mais de cinco metros de vo;
r) construes rurais, destinadas a moradias ou fins
agrcolas;

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s) avaliaes e percias relativas s alneas anteriores;


t) agrologia;
u) peritagem e identificao, para desembarao em
reparties fiscais ou para fins judiciais, de instrumentos,
utenslios e mquinas agrcolas, sementes, plantas ou
partes vivas de plantas, adubos, inseticidas, fungicidas,
maquinismos e acessrios e, bem assim, outros artigos
utilizados na agricultura ou na instalao de indstrias
rurais e derivadas;
v) determinao do valor locativo e venal das propriedades
rurais, para fins administrativos ou judiciais, na parte que
se relacione com a sua profisso;
x) avaliao e peritagem das propriedades rurais, suas
instalaes, rebanhos e colheitas pendentes, para fins
administrativos, judiciais ou de crdito;
z) avaliao dos melhoramentos fundirios para os mesmos
fins da alnea x.
Art. 7 - Tero preferncia, em igualdade de condies, os
agrnomos, ou engenheiros agrnomos, quanto parte
relacionada com a sua especialidade, nos servios oficiais
concernentes a:
a) experimentaes racionais e cientficas, bem como
demonstraes prticas referentes a questes de fomento
da produo animal, em estabelecimentos federais,
estaduais ou municipais;

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b) padronizao e classificao dos produtos de origem


animal;
c) inspeo, sob o ponto de vista de fomento da produo
animal, de estbulos, matadouros, frigorficos, fbricas
de banha e de conservas de origem animal, usinas,
entrepostos, fbricas de laticnios e, de um modo geral, de
todos os produtos de origem animal, nas suas fontes de
produo, fabricao ou manipulao;
d) organizao e execuo dos trabalhos de recenseamento,
estatstica e cadastragem rurais;
e) fiscalizao da indstria e comrcio de adubos, inseticidas
e fungicidas;
f ) sindicalismo e cooperativismo agrrio;
g) mecnica agrcola;
h) organizao de congressos, concursos e exposies
nacionais ou estrangeiras relativas agricultura e indstria
animal, ou representao oficial nesses certames.
Pargrafo nico - A preferncia estabelecida nos servios
oficiais especificados nas alneas a, b, c, e h deste Artigo
no prevalecer quando for concorrente um veterinrio ou
mdico veterinrio.
Art. 8 - Nas escolas ou institutos de ensino agronmico,

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oficiais, equiparados ou reconhecidos, cabe aos agrnomos


ou engenheiros agrnomos, e, em concorrncia com os
veterinrios ou mdicos veterinrios, o ensino das cadeiras
ou disciplinas de zoologia, alimentao e exterior dos
animais domsticos e daqueles cujos estudos se relacionem
com os assuntos mencionados nas alneas a, b, c e h do
Artigo 7.
Pargrafo nico - Nos estabelecimentos de ensino
agronmico a que se refere este Artigo, sempre que, em
concursos de ttulos ou de provas para o preenchimento
de cargos de lente catedrtico, professor, assistente
ou preparador das demais cadeiras ou disciplinas, for
classificado em igualdade de condies um agrnomo
ou engenheiro agrnomo, ter ele preferncia sobre seu
concorrente no diplomado ou diplomado em outra
profisso.
Art. 9 - Constitui tambm atribuio dos agrnomos ou
engenheiros agrnomos a execuo dos servios no
especificados no presente Decreto que, por sua natureza,
exijam conhecimentos de agricultura, de indstria animal,
ou de indstrias que lhe sejam correlatas.

Art. 11 - Os indivduos que exercerem a profisso de


agrnomo sem serem diplomados, ou sem haverem
registrado, dentro do prazo de seis meses, no Ministrio da
Agricultura, o seu ttulo ou diploma, incorrero na multa
de 200$ (duzentos mil-ris) a 5:00$ (cinco contos de ris),
que ser elevada ao dobro em caso de reincidncia.
Art. 12 - Revogam-se as disposies em contrrio.
Rio de Janeiro, 11 OUT 1933; 112 da Independncia e 45
da Repblica
GETLIO VARGAS
Joaquim Pedro Salgado Filho
Publicado no D.O.U de 30 OUT 1933.

Art. 10 - Desde que preencham as exigncias da


respectiva regulamentao, assegurado aos agrnomos
e engenheiros agrnomos o exerccio da profisso de
agrimensor, sendo, portanto, vlidas, para todos os efeitos,
as medies, divises e demarcaes de terras por eles
efetuadas.

42

43

DECRETO N 23.569, DE 11 DEZ 1933

federal;

Regula o exerccio das profisses de engenheiro, de


arquiteto e de agrimensor.

c) queles que, diplomados por escolas ou institutos tcnicos


superiores estrangeiros de Engenharia, Arquitetura ou
Agrimensura, aps curso regular e vlido para o exerccio
da profisso em todo o pas onde se acharem situados,
tenham revalidado os seus diplomas, de acordo com a
legislao federal do ensino superior;

O Chefe do Governo Provisrio da Repblica dos Estados


Unidos do Brasil, na conformidade do Art. 1 do Decreto n
19.398, de 11 NOV 1930, resolve subordinar o exerccio das
profisses de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor s
disposies seguintes:
CAPTULO I
Dos profissionais de engenharia, arquitetura e agrimensura
Art. 1 - O exerccio das profisses de engenheiro, de
arquiteto e de agrimensor ser somente permitido,
respectivamente:
a) aos diplomados pelas escolas ou cursos de Engenharia,
Arquitetura ou Agrimensura, oficiais, da Unio Federal, ou
que sejam, ou tenham sido ao tempo da concluso dos
seus respectivos cursos, oficializados, equiparados aos da
Unio ou sujeitos ao regime de inspeo do Ministrio da
Educao e Sade Pblica;
b) aos diplomados, em data anterior respectiva
oficializao ou equiparao s da Unio, por escolas
nacionais de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura,
cujos diplomas hajam sido reconhecidos em virtude de Lei

44

d) queles que, diplomados por escolas ou institutos


estrangeiros de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura,
tenham registrado seus diplomas at 18 JUN 1915, de
acordo com o Decreto n 3.001, de 9 OUT 1880, ou os
registraram consoante o disposto no Art. 22 da Lei n 4.793,
de 7 JAN 1924.
Pargrafo nico - Aos agrimensores que, at data da
publicao deste Decreto, tiverem sido habilitados
conforme o Decreto n 3.198, de 16 DEZ 1863, ser
igualmente permitido o exerccio da respectiva profisso.
Art. 2 - Os funcionrios pblicos e os empregados
particulares que, dentro do prazo de seis meses, contados
da data da publicao deste Decreto, provarem perante
o Conselho de Engenharia e Arquitetura que, posto no
satisfaam as condies do Art. 1 e seu pargrafo nico,
vm, data da referida publicao, exercendo cargos
para os quais se exijam conhecimentos de engenharia,
arquitetura ou agrimensura, podero continuar a exerclos, mas no podero ser promovidos nem removidos para

45

outros cargos tcnicos.


Pargrafo nico - Os funcionrios pblicos a que se refere
este artigo devero, logo que haja vaga, ser transferidos
para outros cargos de iguais vencimentos e para os quais
no seja exigida habilitao tcnica.
Art. 3 - garantido o exerccio de suas funes, dentro
dos limites das respectivas licenas e circunscries,
aos arquitetos, arquitetos-construtores, construtores e
agrimensores que, no diplomados, mas licenciados pelos
Estados e Distrito Federal, provarem, com as competentes
licenas, o exerccio das mesmas funes data da
publicao deste Decreto, sem notas que os desabonem, a
critrio do Conselho de Engenharia e Arquitetura.
Pargrafo nico - Os profissionais de que trata este Artigo
perdero o direito s licenas se deixarem de pagar os
respectivos impostos durante um ano, ou se cometerem
erros tcnicos ou atos desabonadores, devidamente
apurados pelo Conselho de Engenharia e Arquitetura.
Art. 4 - Aos diplomados por escolas estrangeiras que,
satisfazendo s condies da alnea c do Art. 1, salvo na
parte relativa revalidao, provarem perante o rgo
fiscalizador a que se refere o Art. 18 que, data da publicao
deste Decreto, exerciam a profisso no Brasil e registrarem
os seus diplomas dentro do prazo de seis meses, contados
da data da referida publicao, ser permitido o exerccio
das profisses respectivas.

46

Art. 5 - S podero ser submetidos ao julgamento das


autoridades competentes e s tero valor jurdico os
estudos, plantas, projetos, laudos e quaisquer outros
trabalhos de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura,
quer pblicos, quer particulares, de que forem autores
profissionais habilitados de acordo com este Decreto, e as
obras decorrentes desses trabalhos tambm s podero
ser executadas por profissionais habilitados na forma deste
Decreto.
Pargrafo nico - A critrio do Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura, e enquanto em dado municpio
no houver profissionais habilitados na forma deste
Decreto, podero ser permitidas, a ttulo precrio, as funes
e atos previstos neste Artigo a pessoas de idoneidade
reconhecida.
Art. 6 - Nos trabalhos grficos, especificaes, oramentos,
pareceres, laudos e atos judicirios ou administrativos,
obrigatria, alm da assinatura, precedida do nome
da empresa, sociedade, instituio ou firma a que
interessarem, a meno explcita do ttulo do profissional
que os subscrever.
Pargrafo nico - No sero recebidos em juzo e nas
reparties pblicas federais, estaduais ou municipais,
quaisquer trabalhos de engenharia, arquitetura ou
agrimensura, com infrao do que preceitua este Artigo.

47

Art. 7 - Enquanto durarem as construes ou instalaes de


qualquer natureza, obrigatria a afixao de uma placa,
em lugar bem visvel ao pblico, contendo, perfeitamente
legveis, o nome ou firma do profissional legalmente
responsvel e a indicao de seu ttulo de formatura, bem
como a de sua residncia ou escritrio.
Pargrafo nico - Quando o profissional no for diplomado,
dever a placa conter mais, de modo bem legvel, a inscrio
- Licenciado.
Art. 8 - Os indivduos, firmas, sociedades, associaes,
companhias e empresas, em geral, e suas filiais, que
exeram ou explorem, sob qualquer forma, algum dos
ramos de engenharia, arquitetura ou agrimensura, ou a seu
cargo tiverem alguma seco dessas profisses, s podero
executar os respectivos servios depois de provarem,
perante os Conselhos de Engenharia e Arquitetura, que
os encarregados da parte tcnica so, exclusivamente,
profissionais habilitados e registrados de acordo com este
Decreto.
1 - A substituio dos profissionais obriga a nova prova,
por parte das entidades a que se refere este Artigo.
2 - Com relao nacionalidade dos profissionais a que
este Artigo alude, ser observado, em todas as categorias, o
que preceituam o Art. 3 e seu pargrafo nico do Decreto
n 19.482, de 12 DEZ 1930, e o respectivo regulamento,
aprovado pelo Decreto n 20.291, de 12 AGO 1931.

48

Art. 9 - A Unio, os Estados e os Municpios, em todos os


cargos, servios e trabalhos de Engenharia, Arquitetura
e Agrimensura, somente empregaro profissionais
diplomados pelas escolas oficiais ou equiparadas,
previamente registrados de acordo com o que dispe
este Decreto, ressalvadas unicamente as excees nele
previstas.
Pargrafo nico - A requerimento do Conselho de
Engenharia e Arquitetura, de profissional legalmente
habilitado e registrado de acordo com este Decreto, ou
de sindicato ou associao de Engenharia, Arquitetura ou
Agrimensura, ser anulado qualquer ato que se realize com
infrao deste artigo.
CAPTULO II
Do registro e da carteira profissional
Art. 10 - Os profissionais a que se refere este Decreto s
podero exercer legalmente a Engenharia, a Arquitetura
ou a Agrimensura, aps o prvio registro de seus ttulos,
diplomas, certificados-diplomas e cartas no Ministrio da
Educao e Sade Pblica, ou de suas licenas no Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura, sob cuja jurisdio
se achar o local de sua atividade.
Pargrafo nico - A continuao do exerccio da profisso,
sem o registro a que este Artigo alude, considerar-se-

49

como reincidncia de infrao deste Decreto.

c) a data de seu nascimento;

Art. 11 - Os profissionais punidos por inobservncia do


artigo anterior no podero obter o registro de que este
trata, sem provarem o pagamento das multas em que
houverem incorrido.

d) a denominao da escola em que se formou ou da


repartio local onde obteve licena para exercer a
profisso;

Art. 12 - Se o profissional registrado em qualquer dos


Conselhos de Engenharia e Arquitetura mudar de jurisdio,
far visar, no Conselho Regional a que o novo local de seus
trabalhos estiver sujeito, a carteira profissional de que
trata o Art. 14, considerando-se que h mudana desde
que o profissional exera qualquer das profisses na nova
jurisdio por prazo maior de noventa dias.
Art. 13 - O Conselho Federal a que se refere o Art. 18
organizar, anualmente, com as alteraes havidas,
a relao completa dos registros, classificados pelas
especialidades dos ttulos e em ordem alfabtica, e a far
publicar no Dirio Oficial.
Art. 14 - A todo profissional registrado de acordo com este
Decreto ser entregue uma carteira profissional, numerada,
registrada e visada no Conselho Regional respectivo, a qual
conter:
a) seu nome por inteiro;
b) sua nacionalidade e naturalidade;

50

e) a data em que foi diplomado ou licenciado;


f ) a natureza do ttulo ou dos ttulos de sua habilitao;
g) a indicao da revalidao do ttulo, se houver;
h) o nmero do registro no Conselho Regional respectivo;
i) sua fotografia de frente e impresso dactiloscpica
(polegar);
j) sua assinatura.
Pargrafo nico - A expedio da carteira a que se refere
o presente artigo fica sujeita taxa de 30$000 (trinta milris).
Art. 15 - A carteira profissional, de que trata o Art. 14,
substituir o diploma para os efeitos deste Decreto, servir
de carteira de identificao e ter f pblica.
Art. 16 - As autoridades federais, estaduais ou municipais s
recebero impostos relativos ao exerccio profissional do
engenheiro, do arquiteto ou do agrimensor vista da prova

51

de que o interessado se acha devidamente registrado.


Art. 17 - Todo aquele que, mediante anncios, placas,
cartes comerciais ou outros meios quaisquer, se
propuser ao exerccio da Engenharia, da Arquitetura ou
da Agrimensura, em algum de seus ramos, fica sujeito s
penalidades aplicveis ao exerccio ilegal da profisso, se
no estiver devidamente registrado.
CAPTULO III
Da Fiscalizao
Art. 18 - A fiscalizao do exerccio da Engenharia, da
Arquitetura e da Agrimensura ser exercida pelo Conselho
Federal de Engenharia e Arquitetura e pelos Conselhos
Regionais a que se referem os Arts. 25 a 27.
Art. 19 - Ter sua sede no Distrito Federal o Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura, ao qual ficam subordinados
os Conselhos Regionais.
Art. 20 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
ser constitudo de dez membros, brasileiros, habilitados
de acordo com o Art. 1 e suas alneas, e obedecer
seguinte composio:
a) um membro designado pelo Governo Federal;
b) trs profissionais escolhidos pelas congregaes de

52

escolas padres federais, sendo um engenheiro pela


da Escola Politcnica do Rio de Janeiro; outro, tambm
engenheiro, pela da Escola de Minas de Ouro Preto, e,
finalmente, um engenheiro arquiteto ou arquiteto pela da
Escola Nacional de Belas Artes;
c) seis engenheiros, ou arquitetos, escolhidos em assemblia
que se realizar no Distrito Federal e na qual tomar parte
um representante de cada sociedade ou sindicato de classe
que tenha adquirido personalidade jurdica seis meses
antes, pelo menos, da data da reunio da assemblia.
Pargrafo nico - Na representao prevista na alnea c
deste Artigo haver, pelo menos, um tero de engenheiros
e um tero de engenheiros arquitetos ou arquitetos.
Art. 21 - O mandato dos membros do Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura ser meramente honorfico
e durar trs anos, salvo o do representante do Governo
Federal.
Pargrafo nico - Um tero dos membros do Conselho
Federal de Engenharia e Arquitetura ser anualmente
renovado, podendo a escolha fazer-se para novo trinio.
Art. 22 - So atribuies do Conselho Federal de Engenharia
e Arquitetura:
a) organizar o seu regimento interno;

53

b) aprovar os regimentos internos organizados pelos


Conselhos Regionais, modificando o que se tornar
necessrio, a fim de manter a respectiva unidade de ao;

Art. 24 - Constitui renda do Conselho Federal de Engenharia


e Arquitetura o seguinte:

c) examinar, decidindo a respeito em ltima instncia, e


podendo at anular o registro de qualquer profissional
licenciado que no estiver de acordo com o presente
decreto;

a) um tero da taxa da expedio de carteiras profissionais


estabelecida no Art. 14 e pargrafo nico;

d) tomar conhecimento de quaisquer dvidas suscitadas


nos Conselhos Regionais e dirimi-las;

c) doaes;

e) julgar em ltima instncia os recursos de penalidades


impostas pelos Conselhos Regionais;
f ) publicar o relatrio anual dos seus trabalhos, em
que dever figurar a relao de todos os profissionais
registrados.
Art. 23 - Ao presidente, que ser sempre o representante do
Governo Federal, compete, alm da direo do Conselho, a
suspenso de qualquer deciso que o mesmo tome e lhe
parea inconveniente.
Pargrafo nico - O ato da suspenso vigorar at novo
julgamento do caso, para o qual o presidente convocar
segunda reunio, no prazo de quinze dias, contados do seu
ato; e se, no segundo julgamento, o Conselho mantiver,
por dois teros de seus membros, a deciso suspensa, esta
entrar em vigor imediatamente.

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b) um tero das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais;

d) subvenes dos Governos.


Art. 25 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
fixar a composio dos Conselhos Regionais, que deve,
quanto possvel, ser semelhante sua, e promover a
instalao, nos Estados e no Distrito Federal, de tanto
desses rgos quantos forem julgados necessrios para a
melhor execuo deste Decreto, podendo estender-se a
mais de um Estado a ao de qualquer deles.
Art. 26 - So atribuies dos Conselhos Regionais:
a) examinar os requerimentos e processos de registro de
licenas profissionais, resolvendo como convier;
b) examinar reclamaes e representaes escritas acerca
dos servios de registro e das infraes do presente decreto,
decidindo a respeito;

55

c) fiscalizar o exerccio das profisses de engenheiro,


de arquiteto e de agrimensor, impedindo e punindo as
infraes deste Decreto, bem como enviando s autoridades
competentes minuciosos e documentados relatrios sobre
fatos que apurarem e cuja soluo ou represso no seja
de sua alada;

b) dois teros das multas aplicadas conforme a alnea c do


artigo anterior;

d) publicar relatrios anuais de seus trabalhos e a relao


dos profissionais registrados;

CAPTULO IV

e) elaborar a proposta de seu regimento interno,


submetendo-a aprovao do Conselho Federal de
Engenharia e Arquitetura;
f ) representar ao Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura acerca de novas medidas necessrias para a
regularizao dos servios e para a fiscalizao do exerccio
das profisses indicadas na alnea c deste Artigo;

c) doaes;
d) subvenes dos Governos.

Das especializaes profissionais


Art. 28 - So da competncia do engenheiro civil:
a) trabalhos topogrficos e geodsicos;
b) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo de
edifcios, com todas as suas obras complementares;

g) expedir a carteira profissional prevista no Art. 14;

c) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo das


estradas de rodagem e de ferro;

h) admitir a colaborao das sociedades de classe nos casos


relativos matria das alneas anteriores.

d) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo das


obras de captao e abastecimento de gua;

Art. 27 - A renda dos Conselhos Regionais ser constituda


do seguinte:

e) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo de


obras de drenagem e irrigao;

a) dois teros da taxa de Expedio de carteiras profissionais,


estabelecidas no Art. 14 e pargrafo nico;

f ) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo das


obras destinadas ao aproveitamento de energia e dos
trabalhos relativos s mquinas e fbricas;

56

57

g) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo das


obras relativas a portos, rios e canais e das concernentes
aos aeroportos;
h) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo das
obras peculiares ao saneamento urbano e rural;

e de rodagem;
d) aprovao na Cadeira de saneamento e arquitetura,
para exercerem funes de Urbanismo ou de Engenheiro
de Seces Tcnicas destinadas a projetar grandes edifcios.

i) projeto, direo e fiscalizao dos servios de urbanismo;

Pargrafo nico - Somente engenheiros civis podero


exercer as funes a que se referem as alneas a, b e c
deste Artigo.

j) a engenharia legal, nos assuntos correlacionados com as


especificaes das alneas a a i;

Art. 30 - Consideram-se da atribuio do arquiteto ou


engenheiro-arquiteto:

k) percias e arbitramento referentes matria das alneas


anteriores.

a) estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo de


edifcios, com todas as suas obras complementares;

Art. 29 - Os engenheiros civis diplomados segundo a Lei


vigente devero ter:

b) o estudo, projeto, direo, fiscalizao e construo


das obras que tenham carter essencialmente artstico ou
monumental;

a) aprovao na Cadeira de portos de mar, rios e canais,


para exercerem as funes de Engenheiro de Portos, Rios
e Canais;

c) o projeto, direo e fiscalizao dos servios de


urbanismo;

b) aprovao na Cadeira de saneamento e arquitetura,


para exercerem as funes de Engenheiro Sanitrio;

d) o projeto, direo e fiscalizao das obras de arquitetura


paisagstica;

c) aprovao na Cadeira de pontes e grandes estruturas


metlicas e em concreto armado, para exercerem as
funes de Engenheiro de Seces Tcnicas, encarregadas
de projetar e executar obras-de-arte nas estradas de ferro

e) o projeto, direo e fiscalizao das obras de grande


decorao arquitetnica;

58

f ) a arquitetura legal, nos assuntos mencionados nas alneas

59

a a c deste Artigo;

c) trabalhos de captao e distribuio da gua;

g) percias e arbitramentos relativos matria de que


tratam as alneas anteriores.

d) trabalhos de drenagem e irrigao;

Art. 31 - So da competncia do engenheiro industrial:


a) trabalhos topogrficos e geodsicos;
b) a direo, fiscalizao e construo de edifcios;
c) o estudo, projeto, direo, execuo e explorao de
instalaes industriais, fbricas e oficinas;

e) o estudo, projeto, direo e execuo das instalaes de


fora motriz;
f ) o estudo, projeto, direo e execuo das instalaes
mecnicas e eletromecnicas;
g) o estudo, projeto, direo e execuo das instalaes
das oficinas, fbricas e indstrias;

d) o estudo e projeto de organizao e direo das obras


de carter tecnolgico dos edifcios industriais;

h) o estudo, projeto, direo e execuo de obras relativas


s usinas eltricas, s redes de distribuio e s instalaes
que utilizem a energia eltrica;

e) assuntos de engenharia legal, em conexo com os


mencionados nas alneas a a d deste Artigo;

i) assuntos de engenharia legal concernentes aos indicados


nas alneas a a h deste Artigo:

f ) vistorias e arbitramentos relativos matria das alneas


anteriores.

j) vistorias e arbitramentos relativos matria das alneas


anteriores.

Art. 32 - Consideram-se da atribuio do engenheiro


mecnico eletricista:

Art. 33 - So da competncia do engenheiro eletricista:

a) trabalhos topogrficos e geodsicos;


b) a direo, fiscalizao e construo de edifcios;

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a) trabalhos topogrficos e geodsicos;


b) a direo, fiscalizao e construo de edifcios;
c) a direo, fiscalizao e construo de obras de estradas

61

de rodagem e de ferro;
d) a direo, fiscalizao e construo de obras de captao
e abastecimento de gua;
e) a direo, fiscalizao e construo de obras de drenagem
e irrigao;
f ) a direo, fiscalizao e construo das obras destinadas
ao aproveitamento de energia e dos trabalhos relativos s
mquinas e fbricas;

b) a pesquisa, localizao, prospeco e valorizao de


jazidas minerais;
c) o estudo, projeto, execuo, direo e fiscalizao de
servios de explorao de minas;
d) o estudo, projeto, execuo, direo e fiscalizao de
servios da indstria metalrgica;
e) assuntos de engenharia legal, relacionados com a sua
especialidade;

g) a direo, fiscalizao e construo de obras concernentes


s usinas eltricas e s redes de distribuio de eletricidade;

f ) vistorias e arbitramentos concernentes matria das


alneas anteriores.

h) a direo, fiscalizao e construo das instalaes que


utilizem energia eltrica;

Art. 35 - So da competncia do engenheiro-gegrafo ou


do gegrafo:

i) assuntos de engenharia legal, relacionados com a sua


especialidade;

a) trabalhos topogrficos, geodsicos e astronmicos;

j) vistorias e arbitramentos concernentes matria das


alneas anteriores.
Art. 34 - Consideram-se da atribuio do engenheiro de
minas:
a) o estudo de geologia econmica e pesquisa de riquezas
minerais;

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b) o estudo, traado e locao das estradas, sob o ponto de


vista topogrfico;
c) vistorias e arbitramentos relativos matria das alneas
anteriores.
Art. 36 - Consideram-se da atribuio do agrimensor:
a) trabalhos topogrficos;

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b) vistorias e arbitramentos relativos agrimensura.


Art. 37 - Os engenheiros agrnomos, ou agrnomos,
diplomados pela Escola Superior de Agricultura e Medicina
Veterinria do Rio de Janeiro, ou por escolas ou cursos
equivalentes, a critrio do Conselho Federal de Engenharia
e Arquitetura, devero registrar os seus diplomas para os
efeitos do Art. 10.
Pargrafo nico - Aos diplomados de que este Artigo trata
ser permitido o exerccio da profisso de agrimensor e a
realizao de projetos e obras concernentes ao seguinte:
a) barragens em terra que no excedam a cinco metros de
altura;
b) irrigao e drenagem, para fins agrcolas;
c) estradas de rodagem de interesse local e destinadas a
fins agrcolas, desde que nelas s haja bueiros e pontilhes
at cinco metros de vo;
d) construes rurais destinadas moradia ou fins agrcolas;
e) avaliaes e percias relativas matria das alneas
anteriores.

Art. 38 - As penalidades aplicveis por infrao do presente


decreto sero as seguintes:
a) multas de 500$ (quinhentos mil-ris), a 1:000$ (um conto
de ris) aos infratores dos arts. 1, 3, 4, 5, 6, e seu nico,
e 7, e seu nico;
b) multas de 500$ (quinhentos mil-ris) a 1:000$ (um
conto de ris) aos profissionais, e de 1:000$ (um conto de
ris) a 5:000$ (cinco contos de ris) s firmas, sociedades,
associaes, companhias e empresas, quando se tratar de
infrao do Art. 8 e seus pargrafos e do Art. 17;
c) multas de 200$ (duzentos mil ris) a 500$ (quinhentos
mil ris) aos infratores de disposies no mencionadas
nas alneas a e b deste Artigo ou para os quais no haja
indicao de penalidades em artigo ou alnea especial;
d) suspenso do exerccio da profisso, pelo prazo de seis
meses a um ano, ao profissional que, em virtude de erros
tcnicos, demonstrar incapacidade, a critrio do Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura;

CAPTULO V

e) suspenso de exerccio, pelo prazo de quinze dias a um


ms, s autoridades administrativas ou judicirias que
infringirem ou permitirem se infrinjam o Art. 9 e demais
disposies deste Decreto.

Das penalidades

Art. 39 - So considerados como exercendo ilegalmente a

64

65

profisso e sujeitos pena estabelecida na alnea a do Art. 38:

representantes legais, a cujo servio se achem.

a) os profissionais que, embora diplomados e registrados,


realizarem atos que no se enquadrem nos de sua
atribuio, especificados no captulo IV deste Decreto;

Art. 42 - As penas de suspenso do exerccio sero


impostas:

b) os profissionais licenciados e registrados que exercerem


atos que no se enquadrem no limite de suas licenas.
Art. 40 - As penalidades estabelecidas neste captulo no
isentam de outras, em que os culpados hajam porventura
incorrido, consignadas nos Cdigos Civil e Penal.
Art. 41 - Das multas impostas pelos Conselhos Regionais
poder, dentro do prazo de sessenta dias, contados da
data da respectiva notificao, ser interposto recurso, sem
efeito suspensivo, para o Conselho Federal de Engenharia
e Arquitetura.
1 - No se efetuando amigavelmente o pagamento das
multas, sero estas cobradas por executivo fiscal, na forma
da legislao vigente.
2 - Os autos de infrao, depois de julgados,
definitivamente, contra o infrator, constituem ttulos de
dvida lquida e certa.
3 - So solidariamente responsveis pelo pagamento
das multas os infratores e os indivduos, firmas, sociedades,
companhias, associaes ou empresas e seus gerentes ou

66

a) aos profissionais, pelos Conselhos Regionais, com recurso


para o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura;
b) s autoridades judicirias e administrativas, pela
autoridade competente, aps inqurito administrativo
regular, instaurado por iniciativa prpria ou a pedido, quer
do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura ou dos
Conselhos Regionais, quer de profissional ou associao de
classe legalmente habilitados.
Pargrafo nico - As autoridades administrativas e
judicirias incursas na pena de suspenso sero, tambm,
responsabilizadas pelos danos que a sua falta houver
porventura causado ou venha a causar a terceiros.
Art. 43 - As multas sero inicialmente aplicadas no grau
mximo quando os infratores j tiverem sido condenados,
por sentena passada em julgado, em virtude de violao
dos arts. 134, 135, 148, 192 e 379 do Cdigo Penal e dos
arts. 1.242, 1.243, 1.244 e 1.245 do Cdigo Civil.
Art. 44 - No caso de reincidncia na mesma infrao,
praticada dentro do prazo de dois anos, a penalidade ser
elevada ao dobro da anterior.

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CAPTULO VI
Disposies gerais
Art. 45 - Os engenheiros civis, industriais, mecnicoeletricistas, eletricistas, arquitetos, de minas e gegrafos
que, data da publicao deste Decreto, estiverem
desempenhando cargos, ou funes, em ramos diferentes
daquele cujo exerccio seus ttulos lhe asseguram, podero
continuar a exerc-los.
Art. 46 - As disposies do captulo IV no se aplicam aos
diplomados em poca anterior criao das respectivas
especializaes nos cursos das escolas federais consideradas
padres.
Art. 47 - Aos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura
fica cometido o encargo de dirimir quaisquer dvidas
suscitadas acerca das especializaes de que trata o captulo
IV, com recurso suspensivo para o Conselho Federal, a quem
compete decidir em ltima instncia sobre o assunto.
Art. 48 - Tornando-se necessrio ao progresso da tcnica,
da arte ou do Pas, ou ainda, sendo modificados os cursos
padres, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
proceder reviso das especializaes profissionais,
propondo ao Governo as modificaes convenientes.
Art. 49 - Dos anteriores registros de ttulos de profissionais,
efetuados nas Secretarias de Estado, federais ou estaduais,

68

os quais ficam adestritos reviso do Ministrio da


Educao e Sade Pblica, sero cancelados os que este
reputar irregulares ou ilegais e incorporados ao registro de
que se ocupa o captulo II deste Decreto os que considerar
regulares e legais.
Pargrafo nico - Os profissionais cujos ttulos forem
considerados regulares e legais consoante este Artigo
ficam sujeitos tambm ao pagamento da taxa de 30$000
(trinta mil-ris), relativa expedio da carteira profissional
de que trata o Art. 14.
Art. 50 - Dos nove membros que, consoante as alneas b e
cdo Art. 20, constituiro o Conselho Federal de Engenharia
e Arquitetura, sero sorteados, na reunio inaugural, os
seis que devero exercer o respectivo mandato por um
ano ou por dois anos, cabendo cada prazo deste a um dos
membros constante da primeira daquelas alneas e a dois
dos da segunda.
Art. 51 - A exigncia do registro do diploma, carta ou outro
ttulo, s ser efetiva aps o prazo de seis meses contados
da data da publicao deste Decreto.
Art. 52 - O presente Decreto entrar em vigor na data de
sua publicao.
Art. 53 - Ficam revogadas as disposies em contrrio.

69

Rio de Janeiro, 11 DEZ 1933; 112 da Independncia e 45


da Repblica.
GETLIO VARGAS
Joaquim Pedro Salgado Filho
Washington Ferreira Pires
Publicado no D.O.U de 15 DEZ 1933.
Retificao Publicada no D.O.U. de 16 JAN 1934

DECRETO-LEI N 8.620, DE 10 JAN 1946


Dispe sobre a regulamentao do exerccio das profisses
de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo
Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e d outras providncias.
O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe
confere o artigo 180 da Constituio, e
CONSIDERANDO o que representou o Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura, quanto necessidade
de completar disposies, dirimir dvidas e preencher
omisses que a prtica tem revelado na regulamentao
do exerccio das profisses de engenheiro, de arquiteto e
de agrimensor, regida pelo Decreto n 23.569, de 11 DEZ
1933;
CONSIDERANDO que o Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ
1941, contm disposies que devem ser modificadas ou
revogadas;
CONSIDERANDO que a finalidade e organizao dos
Conselhos de Engenharia e Arquitetura exigem novos
moldes;
CONSIDERANDO que j se tornou imprescindvel a soluo
de questes relativas aos tcnicos de grau superior e mdio,
estrangeiros e nacionais;

70

CONSIDERANDO que outras medidas de carter geral e

71

transitrio devem ser adotadas para completar, esclarecer,


modificar ou revogar disposies do Decreto n 23.569, de
11 DEZ 1933, e do Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ 1941;
CONSIDERANDO a convenincia de que sejam definidas
pelas prprias classes interessadas atravs do Conselho
Federal de Engenharia e Arquitetura as especializaes
da Engenharia e da Arquitetura, que se desenvolvem e se
caracterizam com o progresso da tcnica e da cincia,
DECRETA:
CAPTULO I
Dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura
Art. 1 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
e seus Conselhos Regionais, criados pelo Decreto n
23.569, de 11 DEZ 1933, constituem em seu conjunto uma
autarquia, sendo cada um deles dotado de personalidade
jurdica de direito pblico.
Art. 2 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
ser constitudo de brasileiros natos ou naturalizados,
legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8 deste
Decreto-Lei e obedecer seguinte composio:
a) Um presidente, nomeado pelo Presidente da Repblica,
escolhido entre os nomes de lista trplice organizada pelos
membros do Conselho;

72

b) seis (6) conselheiros federais efetivos e trs (3) suplentes,


escolhidos em assemblia constituda por um delegado
eleitor de cada Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura.
c) trs (3) conselheiros federais efetivos, escolhidos
pelas Congregaes de Escolas-Padro federais, sendo
um engenheiro pela Escola Nacional de Engenharia,
um engenheiro pela Escola de Minas e Metalurgia, e um
engenheiro-arquiteto ou arquiteto pela Faculdade Nacional
de Arquitetura.
Art. 3 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e
Arquitetura sero constitudos de brasileiros natos ou
naturalizados, legalmente habilitados, de acordo com
o Art. 8 deste Decreto-Lei, e tero a lotao que for
determinada pelo Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura.
1 - Na composio dos Conselhos Regionais de Engenharia
e Arquitetura ser atendida a representao das escolas
superiores de engenharia ou arquitetura existentes na
Regio, oficiais ou reconhecidas pelo Governo, bem como
as das associaes de profissionais de Engenharia e de
Arquitetura, legalmente habilitados, de acordo com o Art.
8 deste Decreto-Lei, quando quites com suas obrigaes
em relao ao respectivo Conselho Regional.
2 - A escolha dos Conselheiros se efetuar separadamente

73

em assemblias realizadas nos Conselhos Regionais,


por delegados-eleitores das escolas interessadas e das
associaes de classe registradas no Conselho Regional
respectivo.

sujeito ao disposto no Art. 2 do Decreto-Lei n 3.347, de 12


JUN 1941.

Art. 4 - O Conselheiro Federal ou Regional de Engenharia e


Arquitetura que durante um ano faltar, sem licena prvia, a
seis sesses consecutivas ou no, embora com justificao,
perder, automaticamente, o mandato, que passar a ser
exercido em carter efetivo pelo suplente que for sorteado.

Do exerccio profissional

Art. 5 - O mandato dos Conselheiros de Engenharia e


Arquitetura, inclusive o dos Presidentes dos respectivos
Conselhos, ser honorfico e durar trs (3) anos.
Pargrafo nico - O nmero de Conselheiros ser anualmente
renovado pelo tero.
Art. 6 - O exerccio da funo de membros dos Conselhos de
Engenharia e Arquitetura, por espao de tempo no inferior
a dois teros do respectivo mandato, ser considerado
servio relevante.
Pargrafo nico - O Conselho Federal de Engenharia
e Arquitetura conceder aos que se acharem nas
condies deste artigo o certificado de servio relevante,
independentemente de requerimento do interessado, at
sessenta (60) dias aps a concluso do mandato.
Art. 7 - O pessoal a servio do Conselho Federal e dos
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura continuar

74

CAPTULO II

Art. 8 - O exerccio das profisses de engenheiro, arquiteto e


agrimensor, em todo o territrio nacional, somente permitido
a quem for portador da carteira de profissional expedida pelos
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura.
Art. 9 - A prova do exerccio da profisso, na data da
publicao do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, de que
trata o Art. 4 do mesmo decreto, poder ser feita, em
qualquer tempo, perante os Conselhos Regionais, desde
que o profissional efetue o pagamento da multa, ou multas,
em que houver incorrido.
Pargrafo nico - A prova documentada do exerccio da
profisso de engenheiro ou de arquiteto, por cinco (5)
anos consecutivos, anteriormente ao decreto supracitado,
poder a juzo do Conselho Regional respectivo substituir
a prova do exerccio da profisso mencionada neste Artigo.
Art. 10 - Aos profissionais diplomados de acordo com
as exigncias do Art. 1 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ
1933, cujos ttulos no correspondam a nenhuma das
especializaes profissionais descritas no Captulo VI do
mesmo decreto, permitido o exerccio efetivo da profisso,
dentro dos limites de atribuies que o Conselho Federal

75

de Engenharia e Arquitetura estabelecer, tendo em vista os


respectivos cursos.

correspondentes aos seus cursos, sem a exigncia da prova


de revalidao do diploma.

Art. 11 - Aos profissionais diplomados de que trata o Decreto


n 23.569, de 11 DEZ 1933, e que, data da regulamentao
de novas especialidades da Engenharia e Arquitetura,
estiverem exercendo funes dessas especialidades, ser
garantida a continuao do exerccio de tais funes,
mediante anotao em sua carteira profissional.

Art. 14 - A todos os que apresentarem certificados de


aprovao em exames realizados nas escolas a que se
refere o Art. 1 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933,
ou nas que, com as suas caractersticas, posteriormente
tenham sido ou venham a ser criadas, ser concedida
pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura
autorizao temporria para o exerccio das atividades
correspondentes s matrias de aplicao em cujo exame
final foram aprovados.

Pargrafo nico - Aos no-diplomados que estiverem nas


condies deste Artigo ser aplicado o que dispe o Art. 2
do referido Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933.
Art. 12 - Aos portadores de carteiras de diplomados,
quando habilitados, na forma do Decreto n 23.569, de
11 DEZ 1933, e deste Decreto-Lei, ao exerccio efetivo de
qualquer especializao profissional, fica, em segunda
inscrio, assegurado o direito de participar de concurso
para cargos de repartio federal, estadual ou municipal,
ou de organizaes autrquicas ou paraestatais, ainda que
tais cargos correspondam a ramos diferentes daqueles cujo
exerccio esteja garantido pelos seus ttulos, desde que no
tenham inscrito profissionais devidamente especializados.
Art. 13 - Ao brasileiro diplomado por escola ou instituto
tcnico superior estrangeiro de engenharia, arquitetura ou
agrimensura, reconhecido idneo pelo Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura, aps curso regular e vlido
para o exerccio da profisso no pas onde se achar situada
a referida escola ou instituto, assegurado o direito ao
exerccio da profisso como diplomado, com as atribuies

76

Pargrafo nico - O disposto neste Artigo somente ser


aplicado s regies do pas onde se verificar a escassez de
profissionais diplomados.
Art. 15 - O Art. 6 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933,
passa a ter a seguinte redao: - Nos trabalhos grficos,
especificaes, oramentos, pareceres, laudos, termos
de compromisso de vistorias e arbitramentos e demais
atos judicirios ou administrativos obrigatria, alm da
assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade,
instituio ou firma a que interessarem, a declarao do
nmero da carteira do profissional diplomado e a meno
explcita do ttulo legal que possuir.
CAPTULO III
Das especializaes

77

Art. 16 - Fica autorizado o Conselho Federal de Engenharia


e Arquitetura a proceder consolidao das atribuies
referidas no captulo IV do Decreto n 23.569, de 11 DEZ
1933, com as das suas Resolues, bem como a estabelecer
as atribuies das profisses civis de engenheiro naval,
construtor naval, engenheiro aeronutico, engenheiro
metalrgico, engenheiro qumico e urbanista.
Art. 17 - Sendo modificados os cursos-padro existentes,
criados outros ou modificada a estrutura do ensino tcnico
superior, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura,
em reunio de que participar um representante de cada
Conselho Regional, proceder reviso das atribuies
profissionais.
Pargrafo nico - O Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura consubstanciar as modificaes introduzidas
em resoluo aprovada por maioria absoluta de votos,
dando publicidade aos respectivos atos.
CAPTULO IV
Dos tcnicos de grau superior e mdio
Art. 18 - Tornando-se necessrio ao progresso da tcnica,
da arte ou do Pas, e a critrio do Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura, verificada a escassez de
profissionais habilitados e especializados, os Conselhos
Regionais de Engenharia e Arquitetura podero autorizar,

78

a requerimento de firmas, empresas ou instituies


interessadas, pblicas e particulares, o contrato de tcnicos
de grau superior ou mdio, especializados em ramos ou
atividades de Engenharia ou de Arquitetura, nacionais ou
estrangeiros, julgados capazes pelos referidos Conselhos.
1 - Os tcnicos a quem for concedida a autorizao
aludida sero registrados nos respectivos Conselhos
Regionais, e suas atribuies cessaro automaticamente
na data do trmino dos seus contratos de trabalho.
2 - As autorizaes referidas sero vlidas pelo perodo
mximo de trs anos, podendo ser renovadas ou revalidadas
pelos Conselhos Regionais que as concederam.
3 - As firmas, empresas ou instituies contratantes
sero obrigadas a manter, junto aos tcnicos contratados,
por determinao dos Conselhos Regionais, profissionais
brasileiros diplomados por escolas superiores ou tcnicas,
conforme se trate de tcnicos de grau superior ou mdio.
Art. 19 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura
estabelecero o registro dos tcnicos de grau mdio
formados pelas escolas tcnicas da Unio ou equivalentes,
concedendo-lhes carteiras profissionais em que constaro
as respectivas atribuies fixadas pelo Conselho Federal.
CAPTULO V
Dos auxiliares de engenheiro

79

Art. 20 - Ficam substitudas em todo o territrio nacional,


inclusive nas reparties federais, estaduais e municipais e
nas entidades paraestatais, as denominaes de Prtico de
Engenharia, Engenheiro-Prtico ou equivalentes, pela de
Auxiliar de Engenheiro, sem prejuzo dos vencimentos e
vantagens dos atuais possuidores de tais ttulos, devendo as
modificaes necessrias ser executadas pelas autoridades
competentes dentro do prazo de um ano.
Pargrafo nico - Os Auxiliares de Engenheiro sero
registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e
Arquitetura mediante prova de capacidade e tero suas
atribuies limitadas a conduzir trabalhos projetados e
dirigidos por profissionais legalmente habilitados.
CAPTULO VI
Das anuidades e taxas
Art. 21 - Os profissionais habilitados, de que tratam o
Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e este Decreto-Lei,
ficam obrigados ao pagamento de anuidade de Cr$ 50,00
(cinqenta cruzeiros) ao Conselho Regional de Engenharia
e Arquitetura a cuja jurisdio pertencerem.
Art. 22 - As firmas, sociedades, empresas, companhias
ou organizaes que explorem quaisquer dos ramos da
Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura, ou tiverem a
seu cargo alguma seco dessas profisses, ficam obrigadas

80

a pagar a anuidade de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) ao


Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja
jurisdio pertencerem.
Art. 23 - As contribuies fixadas nos artigos 21 e 22 sero
pagas at 31 MAR de cada ano.
1 - No primeiro ano de exerccio da profisso, esse
pagamento devido na ocasio de ser expedida a carteira
profissional.
2 - O pagamento da primeira anuidade das firmas,
empresas, companhias ou organizaes realizar-se- por
ocasio do respectivo registro, nos termos do Art. 8 do
Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933.
3 - O pagamento da anuidade fora do prazo estabelecido
ter o acrscimo de 20% a ttulo de mora.
Art. 24 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura
cobraro as seguintes taxas:
a) Cr$ 50,00 (cinqenta cruzeiros) pela expedio ou
substituio da carteira de profissional ou da carteira de
autorizao;
b) Cr$ 50,00 (cinqenta cruzeiros) pela renovao anual
das licenas precrias;
c) Cr$ 50,00 (cinqenta cruzeiros) por certido referente

81

anotao de responsabilidade tcnica ou de registro de


firma.
CAPTULO VII
Das multas e penalidades
Art. 25 - O Art. 7 do Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ 1941, fica
acrescido do seguinte pargrafo: Para o fim de que trata este
Artigo, os Conselhos Regionais procedero ao lanamento
da sua dvida ativa nos moldes dos regulamentos fiscais
vigentes, sendo-lhes extensivas as disposies do DecretoLei n 960, de 17 DEZ 1938.
Art. 26 - So fixadas em Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) a
Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) as multas referidas na
alnea a do Art. 38 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933,
pela infrao do disposto no Art. 7 e seu pargrafo desse
Decreto.
Art. 27 - Tratando-se de infrao primria, que se apure
tenha resultado de incompreenso da Lei, podero os
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura relevar a
penalidade respectiva, sem prejuzo do disposto no Art. 44
do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e do pagamento das
despesas de expediente que se tornarem devidas.
CAPTULO VIII
Disposies gerais

82

Art. 28 - Enquanto no houver em nmero suficiente


profissionais habilitados em determinada especialidade
na forma deste Decreto-Lei, em municpio ou distrito
compreendido na sua jurisdio, podero os Conselhos
Regionais de Engenharia e Arquitetura permitir, a ttulo
precrio, a execuo de trabalhos previstos no Art. 5 do
Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, por pessoas idneas,
dentro das atribuies que fixarem.
Art. 29 - Sempre que a execuo de uma obra ou de algumas
de suas partes no couber diretamente ao autor do projeto,
ou ao profissional responsvel pela firma executora,
devero constar da respectiva placa, ou de outra contgua,
os nomes dos profissionais executantes, acompanhados
da indicao da parte que lhes cabe, da de seus ttulos de
habilitao e dos nmeros de suas carteiras de profissional,
correndo por conta deles a responsabilidade pela colocao
da placa devida.
Art. 30 - As entidades a que se refere o Art. 8 do Decreto n
23.569, de 11 DEZ 1933, bem como as que necessitem, sob
qualquer modalidade, da assistncia tcnica do engenheiro
ou do arquiteto, ou tenham, na sua composio, qualquer
seco de um dos ramos da Engenharia ou da Arquitetura,
ficam obrigadas a apresentar ao Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdio pertencerem
o esquema de sua organizao tcnica, especificando os
seus departamentos, seces, subseces e servios, com
as respectivas atribuies.

83

Art. 31 - So nulos de pleno direito os contratos referentes a


qualquer ramo da Engenharia ou da Arquitetura, inclusive
a elaborao de projeto, direo ou execuo das obras
respectivas, quando firmados por entidade pblica ou
particular com pessoa fsica no-habilitada legalmente a
exercer no Pas a profisso de engenheiro ou de arquiteto,
ou com pessoa jurdica no-habilitada legalmente a
executar servio de Engenharia ou de Arquitetura.
Pargrafo nico - Tais contratos no podero ser levados
a registro, tornando-se passveis da multa de Cr$ 1.000,00
(mil cruzeiros) o notrio que houver lavrado a respectiva
escritura e o oficial que houver efetuado o registro.
Art. 32 - Excetuam-se das exigncias do Art. 5 do Decreto
n 23.569, de 11 DEZ 1933, as construes residenciais,
de pequena rea, com um s pavimento, isoladas, que
no constituam conjuntos residenciais, nem possuam
arcabouos ou pisos de concreto armado, bem como as de
pequenos acrscimos em edifcios residenciais existentes, a
juzo dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura.
Pargrafo nico - Os Conselhos Regionais podero conceder,
a ttulo precrio, de acordo com as necessidades de cada
Regio, municpio ou distrito, certificado de habilitao
para executar essas construes a pessoas idneas ou a
tcnicos de grau mdio diplomados por escolas tcnicas.
Art. 33 - As autoridades federais, estaduais e municipais

84

devero fornecer, quando solicitadas pelos Conselhos


Regionais de Engenharia e Arquitetura, as informaes que
possam concorrer para o exato cumprimento da legislao
profissional do engenheiro, do arquiteto e do agrimensor.
Art. 34 - Ficam revogados o pargrafo nico do Art. 20 e o
Art. 48 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, os Arts. 6,
9 e 12 e seu pargrafo do Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ
1941, e o Decreto-Lei n 8036, de 4 OUT 1945.
Art. 35 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
baixar as Resolues que se tornarem necessrias para o
cumprimento das disposies deste Decreto-Lei.
Art. 36 - Os casos omissos verificados neste Decreto-Lei
sero resolvidos pelo Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura.
CAPTULO IX
Disposies transitrias
Art. 37 - De acordo com a resoluo aprovada na reunio
do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura com os
Presidentes e representantes dos Conselhos Regionais,
realizada nesta capital de 14 a 21 DEZ 1945, para melhor
cumprimento deste Decreto-Lei e organizao das
indispensveis resolues, o exerccio das funes do
atual Presidente do Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura fica mantido at 31 DEZ 1948, e o mandato

85

dos Presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia


e Arquitetura terminar nas datas correspondentes aos
perodos para os quais foram, respectivamente, escolhidos
e eleitos.
Art. 38 - Revogam-se as disposies em contrrio, entrando
o presente Decreto-Lei em vigor na data de sua publicao.

LEI N 4.076, DE 23 JUN 1962


Regula o exerccio da profisso de Gelogo.
O Presidente da Repblica.
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:

Rio de Janeiro, 10 JAN 1946; 125 da Independncia e 58


da Repblica

Art. 1 - O exerccio da profisso de gelogo ser somente


permitido:

JOS LINHARES

a) aos portadores de diploma de Gelogo, expedido por


curso oficial;

R. Carneiro de Mendona
Raul Leito da Cunha
Publicado no D.O.U DE 12 JAN 1946 e Ret. no D.O.U. DE 24
JAN 1946 - Seo I - Pg. 19

b)aos portadores de diploma de Gelogo ou de Engenheiro


Gelogo expedido por estabelecimento estrangeiro de
ensino superior, depois de revalidado.
Art. 2 - Esta Lei no prejudicar, de nenhum modo, os
direitos e garantias institudos pela Lei n 3.780, de 12
JUL 1960, para os funcionrios que, na qualidade de
naturalistas, devam ser enquadrados na srie de Classe
de Gelogo.
Art. 3 - O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
somente conceder registro profissional mediante
apresentao de diploma registrado no rgo prprio do
Ministrio da Educao e Cultura.

86

87

Art. 4 - A fiscalizao do exerccio da profisso de Gelogo


ser exercida pelo Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura e pelos Conselhos Regionais.
Art. 5 - A todo profissional registrado de acordo com
a presente Lei ser entregue uma carteira profissional
numerada, registrada e visada no Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura, na forma do artigo 14 do Decreto
n 23.569 de 11 DEZ 1933.
Art. 6 - So da competncia do gelogo ou engenheiro
gelogo:
a) trabalhos topogrficos e geodsicos;
b) levantamentos geolgicos, geoqumicos e geofsicos;
c) estudos relativos s cincias da terra;
d) trabalhos de prospeco e pesquisa para cubao de
jazidas e determinao de seu valor econmico;
e) ensino das cincias geolgicas nos estabelecimentos de
ensino secundrio e superior;
f ) assuntos legais relacionados com suas especialidades;
g) percias e arbitramentos referentes s matrias das
alneas anteriores.

88

Pargrafo nico - tambm da competncia do gelogo


ou engenheiro-gelogo o disposto no item IX, artigo 16,
do Decreto-Lei n 1.985, de 29 JAN 1940 (Cdigo de Minas).
(*)
Art. 7 - A competncia e as garantias atribudas por esta
Lei aos gelogos ou engenheiros gelogos so concedidas
sem prejuzo dos direitos e prerrogativas conferidos a
outros profissionais da engenharia pela legislao que lhes
especfica.
Art. 8 - A presente Lei entrar em vigor na data de sua
publicao, revogadas as disposies em contrrio.
Braslia, 23 JUN 1962, 141 da Independncia e 74 da
Repblica
JOO GOULART
Tancredo Neves
Antnio de Oliveira Brito
Publicado no D.O.U. de 27 JUN 1962 - Seo I - Parte I - Pg.
7.022
(*) IX - Na concluso dos trabalhos, dentro do prazo da
autorizao, e sem prejuzo de quaisquer informaes
pedidas pelo D.N.P.M. no curso deles, o concessionrio

89

apresentar um relatrio circunstanciado, sob a


responsabilidade do profissional legalmente habilitado ao
exerccio de Engenharia de Minas com dados informativos
que habilitem o Governo a formar juzo seguro sobre
a reserva mineral da jazida, qualidade do minrio e
possibilidade de lavra.
Nomeadamente:

LEI N 4.643, DE 31 DE MAIO DE 1965

a) situao, vias de acesso e comunicao;

fao saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

b) planta topogrfica da rea pesquisada, na qual figurem as


exposies naturais de minrio e as que forem descobertas
pela pesquisa;
c) perfis geolgicos-estruturais;
d) descries detalhada da jazida;
e) quadro demonstrativo de quantidade e da qualidade do
minrio;
f ) resultado dos ensaios de beneficiamento;
g) demonstrao da possibilidade de lavra;
h) no caso de jazidas da classe XI, estudo analtico das guas,
do ponto de vista de suas qualidades qumicas, fsicas e
fsico qumicas, alm das exigncias supra-referidas que
lhes forem aplicveis.

90

Determina a incluso da especializao de engenheiro


florestal na enumerao do art. 16 do Decreto-lei n 8.620,
de 10 de janeiro de 1946.
O PRESIDENTE DA REPBLICA,

Art 1 A especializao de engenheiro florestal fica includa


na enumerao do art. 16 do Decreto-lei n 8.620, de 10 de
janeiro de 1946.
Art 2 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art 3 Revogam-se as disposies em contrrio.
Braslia, 31 de maio de 1965; 144 da Independncia e 77
da Repblica.
H. CASTELLO BRANCO
Arnaldo Sussekind
Publicada no DOU de 02 JUN 1965, Pg. 005217, Coluna 2

91

LEI N 5.194, DE 24 DEZ 1966


Regula o exerccio das profisses de Engenheiro, Arquiteto*
e Engenheiro-Agrnomo, e d outras providncias.
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
O Congresso Nacional decreta:
TTULO I
Do Exerccio Profissional da Engenharia, da Arquitetura* e
da Agronomia
CAPTULO I
Das Atividades Profissionais
Seo I
Caracterizao e Exerccio das Profisses
Art. 1 - As profisses de engenheiro, arquiteto* e
engenheiro-agrnomo so caracterizadas pelas realizaes
de interesse social e humano que importem na realizao
dos seguintes empreendimentos:
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

92

a) aproveitamento e utilizao de recursos naturais;


b) meios de locomoo e comunicaes;
c) edificaes, servios e equipamentos urbanos, rurais e
regionais, nos seus aspectos tcnicos e artsticos;
d) instalaes e meios de acesso a costas, cursos, e massas
de gua e extenses terrestres;
e) desenvolvimento industrial e agropecurio.
Art. 2 - O exerccio, no Pas, da profisso de engenheiro,
arquiteto* ou engenheiro-agrnomo, observadas as
condies de capacidade e demais exigncias legais,
assegurado:
a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de
faculdade ou escola superior de Engenharia, Arquitetura*
ou Agronomia, oficiais ou reconhecidas, existentes no Pas;
b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado
no Pas, diploma de faculdade ou escola estrangeira de
ensino superior de Engenharia, Arquitetura* ou Agronomia,
bem como os que tenham esse exerccio amparado por
convnios internacionais de intercmbio;
c) aos estrangeiros contratados que, a critrio dos
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

93

Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura*


e Agronomia, considerados a escassez de profissionais de
determinada especialidade e o interesse nacional, tenham
seus ttulos registrados temporariamente.
Pargrafo nico - O exerccio das atividades de engenheiro,
arquiteto* e engenheiro-agrnomo garantido, obedecidos
os limites das respectivas licenas e excludas as expedidas,
a ttulo precrio, at a publicao desta Lei, aos que, nesta
data, estejam registrados nos Conselhos Regionais.
Seo II
Do uso do Ttulo Profissional
Art. 3 - So reservadas exclusivamente aos profissionais
referidos nesta Lei as denominaes de engenheiro,
arquiteto*
ou
engenheiro-agrnomo,
acrescidas,
obrigatoriamente, das caractersticas de sua formao
bsica.
Pargrafo nico - As qualificaes de que trata este Artigo
podero ser acompanhadas de designaes outras
referentes a cursos de especializao, aperfeioamento e
ps-graduao.
Art. 4 - As qualificaes de engenheiro, arquiteto*
ou engenheiro-agrnomo s podem ser acrescidas
denominao de pessoa jurdica composta exclusivamente
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

94

de profissionais que possuam tais ttulos.


Art. 5 - S poder ter em sua denominao as palavras
engenharia, arquitetura* ou agronomia a firma comercial
ou industrial cuja diretoria for composta, em sua maioria,
de profissionais registrados nos Conselhos Regionais.
Seo III
Do exerccio ilegal da Profisso
Art. 6 - Exerce ilegalmente a profisso de engenheiro,
arquiteto* ou engenheiro-agrnomo:
a) a pessoa fsica ou jurdica que realizar atos ou prestar
servios, pblicos ou privados, reservados aos profissionais
de que trata esta Lei e que no possua registro nos
Conselhos Regionais:
b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas
s atribuies discriminadas em seu registro;
c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas,
organizaes ou empresas executoras de obras e servios
sem sua real participao nos trabalhos delas;
d) o profissional que, suspenso de seu exerccio, continue
em atividade;
e) a firma, organizao ou sociedade que, na qualidade
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

95

de pessoa jurdica, exercer atribuies reservadas


aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura* e da
Agronomia, com infringncia do disposto no pargrafo
nico do Art. 8 desta Lei.
Seo IV
Atribuies profissionais e coordenao de suas atividades
Art. 7 - As atividades e atribuies profissionais do
engenheiro, do arquiteto* e do engenheiro-agrnomo
consistem em:
a) desempenho de cargos, funes e comisses em
entidades estatais, paraestatais, autrquicas e de economia
mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de regies, zonas,
cidades, obras, estruturas, transportes, exploraes de
recursos naturais e desenvolvimento da produo industrial
e agropecuria;
c) estudos, projetos, anlises, avaliaes, vistorias, percias,
pareceres e divulgao tcnica;
d) ensino, pesquisa, experimentao e ensaios;

f ) direo de obras e servios tcnicos;


g) execuo de obras e servios tcnicos;
h) produo
agropecuria.

tcnica

especializada,

industrial

ou

Pargrafo nico - Os engenheiros, arquitetos* e


engenheiros-agrnomos podero exercer qualquer outra
atividade que, por sua natureza, se inclua no mbito de
suas profisses.
Art. 8 - As atividades e atribuies enunciadas nas alneas
a, b, c, d, e e f do artigo anterior so da competncia
de pessoas fsicas, para tanto legalmente habilitadas.
Pargrafo nico - As pessoas jurdicas e organizaes
estatais s podero exercer as atividades discriminadas
no Art. 7, com exceo das contidas na alnea a, com a
participao efetiva e autoria declarada de profissional
legalmente habilitado e registrado pelo Conselho Regional,
assegurados os direitos que esta Lei lhe confere.
Art. 9 - As atividades enunciadas nas alneas g e h do Art.
7, observados os preceitos desta Lei, podero ser exercidas,
indistintamente, por profissionais ou por pessoas jurdicas.

e) fiscalizao de obras e servios tcnicos;

Art. 10 - Cabe s Congregaes das escolas e faculdades


de Engenharia, Arquitetura* e Agronomia indicar ao

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

96

97

Conselho Federal, em funo dos ttulos apreciados


atravs da formao profissional, em termos genricos, as
caractersticas dos profissionais por elas diplomados.
Art. 11 - O Conselho Federal organizar e manter atualizada
a relao dos ttulos concedidos pelas escolas e faculdades,
bem como seus cursos e currculos, com a indicao das
suas caractersticas.
Art. 12 - Na Unio, nos Estados e nos Municpios, nas
entidades autrquicas, paraestatais e de economia
mista, os cargos e funes que exijam conhecimentos
de Engenharia, Arquitetura* e Agronomia, relacionados
conforme o disposto na alnea g do Art. 27, somente
podero ser exercidos por profissionais habilitados de
acordo com esta Lei.
Art. 13 - Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer
outro trabalho de Engenharia, de Arquitetura* e de
Agronomia, quer pblico, quer particular, somente
podero ser submetidos ao julgamento das autoridades
competentes e s tero valor jurdico quando seus autores
forem profissionais habilitados de acordo com esta Lei.
Art. 14 - Nos trabalhos grficos, especificaes, oramentos,
pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos,
obrigatria, alm da assinatura, precedida do nome
da empresa, sociedade, instituio ou firma a que
interessarem, a meno explcita do ttulo do profissional
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

98

que os subscrever e do nmero da carteira referida no Art.


56.
Art. 15 - So nulos de pleno direito os contratos referentes
a qualquer ramo da Engenharia, Arquitetura* ou da
Agronomia, inclusive a elaborao de projeto, direo ou
execuo de obras, quando firmados por entidade pblica
ou particular com pessoa fsica ou jurdica no legalmente
habilitada a praticar a atividade nos termos desta Lei.
Art. 16 - Enquanto durar a execuo de obras, instalaes
e servios de qualquer natureza, obrigatria a colocao
e manuteno de placas visveis e legveis ao pblico,
contendo o nome do autor e co-autores do projeto, em
todos os seus aspectos tcnicos e artsticos, assim como os
dos responsveis pela execuo dos trabalhos.
CAPTULO II
Da Responsabilidade e Autoria
Art. 17 - Os direitos de autoria de um plano ou projeto
de Engenharia, Arquitetura* ou Agronomia, respeitadas
as relaes contratuais expressas entre o autor e outros
interessados, so do profissional que os elaborar.
Pargrafo nico - Cabem ao profissional que os tenha
elaborado os prmios ou distines honorficas concedidas
a projetos, planos, obras ou servios tcnicos.
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

99

Art. 18 - As alteraes do projeto ou plano original s


podero ser feitas pelo profissional que o tenha elaborado.
Pargrafo nico - Estando impedido ou recusando-se o
autor do projeto ou plano original a prestar sua colaborao
profissional, comprovada a solicitao, as alteraes ou
modificaes deles podero ser feitas por outro profissional
habilitado, a quem caber a responsabilidade pelo projeto
ou plano modificado.

que aceitar esse encargo, sendo-lhe, tambm, atribuda a


responsabilidade das obras, devendo o Conselho Federal
adotar resoluo quanto s responsabilidades das partes j
executadas ou concludas por outros profissionais.
Art. 21 - Sempre que o autor do projeto convocar, para o
desempenho do seu encargo, o concurso de profissionais da
organizao de profissionais especializados e legalmente
habilitados, sero estes havidos como co-responsveis na
parte que lhes diga respeito.

Art. 19 - Quando a concepo geral que caracteriza


um plano ou projeto for elaborada em conjunto por
profissionais legalmente habilitados, todos sero
considerados co-autores do projeto, com os direitos e
deveres correspondentes.

Art. 22 - Ao autor do projeto ou aos seus prepostos


assegurado o direito de acompanhar a execuo da obra,
de modo a garantir a sua realizao, de acordo com as
condies, especificaes e demais pormenores tcnicos
nele estabelecidos.

Art. 20 - Os profissionais ou organizaes de tcnicos


especializados que colaborarem numa parte do projeto
devero ser mencionados explicitamente como autores da
parte que lhes tiver sido confiada, tornando-se mister que
todos os documentos, como plantas, desenhos, clculos,
pareceres, relatrios, anlises, normas, especificaes e outros
documentos relativos ao projeto sejam por eles assinados.

Pargrafo nico - Tero o direito assegurado neste Artigo,


o autor do projeto, na parte que lhe diga respeito, os
profissionais especializados que participarem, como coresponsveis, na sua elaborao.

Pargrafo nico - A responsabilidade tcnica pela


ampliao, prosseguimento ou concluso de qualquer
empreendimento de engenharia, arquitetura* ou
agronomia caber ao profissional ou entidade registrada

Art. 23 - Os Conselhos Regionais criaro registros de autoria


de planos e projetos, para salvaguarda dos direitos autorais
dos profissionais que o desejarem.
TTULO II
Da Fiscalizao do Exerccio das Profisses

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

100

101

CAPTULO I

Federal, em capital de Estado ou de Territrio Federal.

Dos rgos Fiscalizadores

CAPTULO II

Art. 24 - A aplicao do que dispe esta Lei, a verificao


e a fiscalizao do exerccio e atividades das profisses
nela reguladas sero exercidas por um Conselho Federal
de Engenharia, Arquitetura* e Agronomia (CONFEA),
e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura* e
Agronomia (CREA), organizados de forma a assegurarem
unidade de ao.

Do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura* e


Agronomia

Art. 25 - Mantidos os j existentes, o Conselho Federal


de Engenharia, Arquitetura* e Agronomia promover
a instalao, nos Estados, Distrito Federal e Territrios
Federais, dos Conselhos Regionais necessrios execuo
desta Lei, podendo a ao de qualquer deles estender-se a
mais de um Estado.
1 - A proposta de criao de novos Conselhos Regionais
ser feita pela maioria das entidades de classe e escolas
ou faculdades com sede na nova Regio, cabendo aos
Conselhos atingidos pela iniciativa opinar e encaminhar a
proposta aprovao do Conselho Federal.
2 - Cada unidade da Federao s poder ficar na
jurisdio de um Conselho Regional.

Seo I
Da Instituio do Conselho e suas Atribuies
Art. 26 - O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura* e
Agronomia, (CONFEA), a instncia superior da fiscalizao
do exerccio profissional da Engenharia, da Arquitetura* e
da Agronomia.
Art. 27 - So atribuies do Conselho Federal:
a) organizar o seu regimento interno e estabelecer normas
gerais para os regimentos dos Conselhos Regionais;
b) homologar os regimentos internos organizados pelos
Conselhos Regionais;
c) examinar e decidir em ltima instncia os assuntos
relativos ao exerccio das profisses de Engenharia,
Arquitetura* e Agronomia, podendo anular qualquer ato
que no estiver de acordo com a presente Lei;

3 - A sede dos Conselhos Regionais ser no Distrito


(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

102

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

103

d) tomar conhecimento e dirimir quaisquer dvidas


suscitadas nos Conselhos Regionais;
e) julgar em ltima instncia os recursos sobre registros,
decises e penalidades impostas pelos Conselhos
Regionais;
f ) baixar e fazer publicar as resolues previstas para
regulamentao e execuo da presente Lei, e, ouvidos os
Conselhos Regionais, resolver os casos omissos;
g) relacionar os cargos e funes dos servios estatais,
paraestatais, autrquicos e de economia mista, para cujo
exerccio seja necessrio o ttulo de engenheiro, arquiteto*
ou engenheiro-agrnomo;
h) incorporar ao seu balancete de receita e despesa os dos
Conselhos Regionais;
i) enviar aos Conselhos Regionais cpia do expediente
encaminhado ao Tribunal de Contas, at 30 (trinta) dias
aps a remessa;
j) publicar anualmente a relao de ttulos, cursos e escolas
de ensino superior, assim como, periodicamente, relao
de profissionais habilitados;

l) promover, pelo menos uma vez por ano, as reunies de


representantes dos Conselhos Federal e Regionais previstas
no Art. 53 desta Lei;
m) examinar e aprovar a proporo das representaes dos
grupos profissionais nos Conselhos Regionais;
n) julgar, em grau de recurso, as infraes do Cdigo de
tica Profissional do engenheiro, arquiteto* e engenheiroagrnomo, elaborados pelas entidades de classe;
o) aprovar ou no as propostas de criao de novos
Conselhos Regionais;
p) fixar e alterar as anuidades, emolumentos e taxas a pagar
pelos profissionais e pessoas jurdicas referidos no Art. 63.
q) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante
licitao, alienar bens imveis.
Pargrafo nico - Nas questes relativas a atribuies
profissionais, a deciso do Conselho Federal s ser tomada
com o mnimo de 12 (doze) votos favorveis.
Art. 28 - Constituem renda do Conselho Federal:

k) fixar, ouvido o respectivo Conselho Regional, as condies


para que as entidades de classe da regio tenham nele
direito representao;

I - quinze por cento do produto da arrecadao prevista


nos itens I a V do Art. 35;

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

104

105

II - doaes, legados, juros e receitas patrimoniais;


III - subvenes;
IV - outros rendimentos eventuais.
Seo II
Da Composio e Organizao
Art. 29 - O Conselho Federal ser constitudo por 18
(dezoito) membros, brasileiros, diplomados em Engenharia,
Arquitetura* ou Agronomia, habilitados de acordo com
esta Lei, obedecida a seguinte composio:
a) 15 (quinze) representantes de grupos profissionais, sendo
9 (nove) engenheiros representantes de modalidades
de engenharia estabelecidas em termos genricos pelo
Conselho Federal, no mnimo de 3(trs) modalidades,
de maneira a corresponderem s formaes tcnicas
constantes dos registros nele existentes; 3 (trs) arquitetos*
e 3 (trs) engenheiros-agrnomos;
b) 1 (um) representante das escolas de engenharia, 1
(um) representante das escolas de arquitetura* e 1 (um)
representante das escolas de agronomia.
1 - Cada membro do Conselho Federal ter 1 (um)

suplente.
2 - O presidente do Conselho Federal ser eleito, por
maioria absoluta, dentre os seus membros.
3 - A vaga do representante nomeado presidente do
Conselho ser preenchida por seu suplente.
Art. 30 - Os representantes dos grupos profissionais referidos
na alnea a do Art. 29 e seus suplentes sero eleitos pelas
respectivas entidades de classe registradas nas regies,
em assemblias especialmente convocadas para este fim
pelos Conselhos Regionais, cabendo a cada regio indicar,
em forma de rodzio, um membro do Conselho Federal.
Pargrafo nico - Os representantes das entidades de
classe nas assemblias referidas neste artigo sero por elas
eleitos, na forma dos respectivos estatutos.
Art. 31 - Os representantes das escolas ou faculdades e
seus suplentes sero eleitos por maioria absoluta de votos
em assemblia dos delegados de cada grupo profissional,
designados pelas respectivas Congregaes.
Art. 32 - Os mandatos dos membros do Conselho Federal e
do Presidente sero de 3 (trs) anos.
Pargrafo nico - O Conselho Federal se renovar
anualmente pelo tero de seus membros.

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

106

107

CAPTULO III
Dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura* e
Agronomia
Seo I
Da Instituio dos Conselhos Regionais e suas Atribuies
Art. 33 - Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura*
e Agronomia (CREA) so rgos de fiscalizao do exerccio
de profisses de engenharia, arquitetura* e agronomia, em
suas regies.
Art. 34 - So atribuies dos Conselhos Regionais:
a) elaborar e alterar seu regimento interno, submetendo-o
homologao do Conselho Federal;
b) criar as Cmaras especializadas atendendo s condies
de maior eficincia da fiscalizao estabelecida na presente
Lei;
c) examinar reclamaes e representaes acerca de
registros;

e) julgar, em grau de recurso, os processos de imposio de


penalidades e multas;
f ) organizar o sistema de fiscalizao do exerccio das
profisses reguladas pela presente Lei;
g) publicar relatrios de seus trabalhos e relaes dos
profissionais e firmas registrados;
h) examinar os requerimentos e processos de registro em
geral, expedindo as carteiras profissionais ou documentos
de registro;
i) sugerir ao Conselho Federal medidas necessrias
regularidade dos servios e fiscalizao do exerccio das
profisses reguladas nesta Lei;
j) agir, com a colaborao das sociedades de classe e
das escolas ou faculdades de engenharia, arquitetura* e
agronomia, nos assuntos relacionados com a presente Lei;
k) cumprir e fazer cumprir a presente Lei, as resolues
baixadas pelo Conselho Federal, bem como expedir atos
que para isso julguem necessrios;

d) julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de


infrao da presente Lei e do Cdigo de tica, enviados
pelas Cmaras Especializadas;

l) criar inspetorias e nomear inspetores especiais para maior


eficincia da fiscalizao;

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

108

109

m) deliberar sobre assuntos de interesse geral e


administrativos e sobre os casos comuns a duas ou mais
especializaes profissionais;
n) julgar, decidir ou dirimir as questes da atribuio ou
competncia das Cmaras Especializadas referidas no
artigo 45, quando no possuir o Conselho Regional nmero
suficiente de profissionais do mesmo grupo para constituir
a respectiva Cmara, como estabelece o artigo 48;
o) organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos
profissionais e pessoas jurdicas que, nos termos desta
Lei, se inscrevam para exercer atividades de engenharia,
arquitetura* ou agronomia, na Regio;
p) organizar e manter atualizado o registro das entidades
de classe referidas no artigo 62 e das escolas e faculdades
que, de acordo com esta Lei, devam participar da eleio de
representantes destinada a compor o Conselho Regional e
o Conselho Federal;
q) organizar, regulamentar e manter o registro de projetos
e planos a que se refere o artigo 23;
r) registrar as tabelas bsicas de honorrios profissionais
elaboradas pelos rgos de classe;
s) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante
licitao, alienar bens imveis.
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

110

Art. 35 -Constituem rendas dos Conselhos Regionais:


I - anuidades cobradas de profissionais e pessoas jurdicas;
II - taxas de expedio de carteiras profissionais e
documentos diversos;
III - emolumentos sobre registros, vistos e outros
procedimentos;
IV - quatro quintos da arrecadao da taxa instituda pela
Lei n 6.496, de 7 DEZ 1977;
V - multas aplicadas de conformidade com esta Lei e com a
Lei n 6.496, de 7 DEZ 1977;
VI - doaes, legados, juros e receitas patrimoniais;
VII - subvenes;
VIII - outros rendimentos eventuais.
Art. 36 - Os Conselhos Regionais recolhero ao Conselho
Federal, at o dia trinta do ms subseqente ao da
arrecadao, a quota de participao estabelecida no item
I do Art. 28.
Pargrafo nico - Os Conselhos Regionais podero destinar
parte de sua renda lquida, proveniente da arrecadao
das multas, a medidas que objetivem o aperfeioamento

111

tcnico e cultural do Engenheiro, do Arquiteto* e do


Engenheiro-Agrnomo.

respectivos suplentes sero eleitos por aquelas entidades


na forma de seus Estatutos.

Seo II

Art. 40 - O nmero de conselheiros representativos das


entidades de classe ser fixado nos respectivos Conselhos
Regionais, assegurados o mnimo de 1 (um) representante
por entidade de classe e a proporcionalidade entre os
representantes das diferentes categorias profissionais.

Da Composio e Organizao
Art. 37 - Os Conselhos Regionais sero constitudos de
brasileiros diplomados em curso superior, legalmente
habilitados de acordo com a presente Lei, obedecida a
seguinte composio:
a) um presidente, eleito por maioria absoluta pelos
membros do Conselho, com mandato de 3 (trs) anos;
b) um representante de cada escola ou faculdade de
Engenharia, Arquitetura* e Agronomia com sede na Regio;
c) representantes diretos das entidades de classe
de engenheiro, arquiteto* e engenheiro-agrnomo,
registradas na Regio, de conformidade com o artigo 62.
Pargrafo nico - Cada membro do Conselho ter um
suplente.
Art. 38 - Os representantes das escolas e faculdades e
seus respectivos suplentes sero indicados por suas
congregaes.
Art. 39 - Os representantes das entidades de classe e
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

112

Art. 41 - A proporcionalidade dos representantes de


cada categoria profissional ser estabelecida em face
dos nmeros totais dos registros no Conselho Regional,
de engenheiros das modalidades genricas previstas
na alnea a do Art. 29, de arquitetos* e de engenheirosagrnomos que houver em cada regio, cabendo a cada
entidade de classe registrada no Conselho Regional o
nmero de representantes proporcional quantidade
de seus associados, assegurando o mnimo de 1 (um)
representante por entidade.
Pargrafo nico - A proporcionalidade de que trata este
Artigo ser submetida prvia aprovao do Conselho
Federal.
Art. 42 - Os Conselhos Regionais funcionaro em
pleno e para os assuntos especficos, organizados em
Cmaras Especializadas correspondentes s seguintes
categorias profissionais: engenharia nas modalidades
correspondentes s formaes tcnicas referidas na alnea
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

113

a do Art. 29, arquitetura* e agronomia.

b) julgar as infraes do Cdigo de tica;

Art. 43 - O mandato dos Conselheiros Regionais ser de 3


(trs) anos e se renovar anualmente pelo tero de seus
membros.

c) aplicar as penalidades e multas previstas;

Art. 44 - Cada Conselho Regional ter inspetorias, para


fins de fiscalizao nas cidades ou zonas onde se fizerem
necessrias.
CAPTULO IV
Das cmaras especializadas
Seo I
Da instituio das cmaras e suas atribuies
Art. 45 - As Cmaras Especializadas so os rgos
dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e
decidir sobre os assuntos de fiscalizao pertinentes s
respectivas especializaes profissionais e infraes do
Cdigo de tica.
Art. 46 - So atribuies das Cmaras Especializadas:
a) julgar os casos de infrao da presente Lei, no mbito de
sua competncia profissional especfica;

d) apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais,


das firmas, das entidades de direito pblico, das entidades
de classe e das escolas ou faculdades na Regio;
e) elaborar as normas para a fiscalizao das respectivas
especializaes profissionais;
f ) opinar sobre os assuntos de interesse comum de duas
ou mais especializaes profissionais, encaminhando-os
ao Conselho Regional.
Seo II
Da composio e organizao
Art. 47 - As Cmaras Especializadas sero constitudas pelos
conselheiros regionais.
Pargrafo nico - Em cada Cmara Especializada haver um
membro, eleito pelo Conselho Regional, representando as
demais categorias profissionais.
Art. 48 - Ser constituda Cmara Especializada desde que
entre os conselheiros regionais haja um mnimo de 3 (trs)
do mesmo grupo profissional.

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

114

115

CAPTULO V
Generalidades
Art. 49 - Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais
compete, alm da direo do respectivo Conselho, sua
representao em juzo.
Art. 50 - O conselheiro federal ou regional que durante
1 (um) ano faltar, sem licena prvia, a 6 (seis) sesses,
consecutivas ou no, perder automaticamente o mandato,
passando este a ser exercido, em carter efetivo, pelo
respectivo suplente.
Art. 51 - O mandato dos presidentes e dos conselheiros
ser honorfico.
Art. 52 - O exerccio da funo de membro dos Conselhos
por espao de tempo no inferior a dois teros do respectivo
mandato ser considerado servio relevante prestado
Nao.
1 - O Conselho Federal conceder aos que se acharem
nas condies deste Artigo o certificado de servio
relevante, independentemente de requerimento do
interessado, dentro de 12 (doze) meses contados a partir
da comunicao dos Conselhos.
2 - Ser considerado como servio pblico efetivo, para
efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de
servio como Presidente ou Conselheiro, vedada, porm,

116

a contagem cumulativa com o tempo exercido em cargo


pblico.
Art. 53 - Os representantes dos Conselhos Federal e
Regionais reunir-se-o pelo menos uma vez por ano
para, conjuntamente, estudar e estabelecer providncias
que assegurem ou aperfeioem a aplicao da presente
Lei, devendo o Conselho Federal remeter aos Conselhos
Regionais, com a devida antecedncia, o temrio respectivo.
Art. 54 - Aos Conselhos Regionais cometido o encargo
de dirimir qualquer dvida ou omisso sobre a aplicao
desta Lei, com recurso ex-offcio, de efeito suspensivo,
para o Conselho Federal, ao qual compete decidir, em
ltima instncia, em carter geral.
TTULO III
Do registro e fiscalizao profissional
CAPTULO I
Do registro dos profissionais
Art. 55 - Os profissionais habilitados na forma estabelecida
nesta Lei s podero exercer a profisso aps o registro no
Conselho Regional sob cuja jurisdio se achar o local de
sua atividade.
Art. 56 - Aos profissionais registrados de acordo com esta
Lei ser fornecida carteira profissional, conforme modelo

117

adotado pelo Conselho Federal, contendo o nmero do


registro, a natureza do ttulo, especializaes e todos os
elementos necessrios sua identificao.

CAPTULO II

1 - A expedio da carteira a que se refere o presente


artigo fica sujeita a taxa que for arbitrada pelo Conselho
Federal.

Art. 59 - As firmas, sociedades, associaes, companhias,


cooperativas e empresas em geral, que se organizem
para executar obras ou servios relacionados na forma
estabelecida nesta Lei, s podero iniciar suas atividades
depois de promoverem o competente registro nos
Conselhos Regionais, bem como o dos profissionais do seu
quadro tcnico.

2 - A carteira profissional, para os efeitos desta Lei,


substituir o diploma, valer como documento de
identidade e ter f pblica.
3 - Para emisso da carteira profissional, os Conselhos
Regionais devero exigir do interessado a prova de
habilitao profissional e de identidade, bem como
outros elementos julgados convenientes, de acordo com
instrues baixadas pelo Conselho Federal.

Do registro de firmas e entidades

1 - O registro de firmas, sociedades, associaes,


companhias, cooperativas e empresas em geral s ser
concedido se sua denominao for realmente condizente
com sua finalidade e qualificao de seus componentes.

Art. 57 - Os diplomados por escolas ou faculdades de


Engenharia, Arquitetura* ou Agronomia, oficiais ou
reconhecidas, cujos diplomas no tenham sido registrados,
mas estejam em processamento na repartio federal
competente, podero exercer as respectivas profisses
mediante registro provisrio no Conselho Regional.

2 - As entidades estatais, paraestatais, autrquicas e de


economia mista que tenham atividade na engenharia, na
arquitetura* ou na agronomia, ou se utilizem dos trabalhos
de profissionais dessas categorias, so obrigadas, sem
qualquer nus, a fornecer aos Conselhos Regionais todos
os elementos necessrios verificao e fiscalizao da
presente Lei.

Art. 58 - Se o profissional, firma ou organizao, registrado


em qualquer Conselho Regional, exercer atividade em
outra Regio, ficar obrigado a visar, nela, o seu registro.

3 - O Conselho Federal estabelecer, em resolues, os


requisitos que as firmas ou demais organizaes previstas
neste Artigo devero preencher para o seu registro.

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

118

119

Art. 60 - Toda e qualquer firma ou organizao que, embora


no enquadrada no artigo anterior, tenha alguma seo
ligada ao exerccio profissional da Engenharia, Arquitetura*
e Agronomia, na forma estabelecida nesta Lei, obrigada
a requerer o seu registro e a anotao dos profissionais,
legalmente habilitados, delas encarregados.
Art. 61 - Quando os servios forem executados em lugares
distantes da sede, da entidade, dever esta manter junto
a cada um dos servios um profissional devidamente
habilitado naquela jurisdio.
Art. 62 - Os membros dos Conselhos Regionais s podero
ser eleitos pelas entidades de classe que estiverem
previamente registradas no Conselho em cuja jurisdio
tenham sede.
1 - Para obterem registro, as entidades referidas neste
artigo devero estar legalizadas, ter objetivo definido
permanente, contar no mnimo trinta associados
engenheiros, arquitetos* ou engenheiros-agrnomos
e satisfazer as exigncias que forem estabelecidas pelo
Conselho Regional.
2 - Quando a entidade reunir associados engenheiros,
arquitetos* e engenheiros-agrnomos, em conjunto, o
limite mnimo referido no pargrafo anterior dever ser de
sessenta.
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

120

CAPTULO III
Das anuidades, emolumentos e taxas
Art. 63 - Os profissionais e pessoas jurdicas registrados
de conformidade com o que preceitua a presente Lei so
obrigados ao pagamento de uma anuidade ao Conselho
Regional a cuja jurisdio pertencerem.
1 - A anuidade a que se refere este artigo ser devida a
partir de 1 de janeiro de cada ano.
2 - O pagamento da anuidade aps 31 de maro ter
o acrscimo de vinte por cento, a ttulo de mora, quando
efetuado no mesmo exerccio.
3 - A anuidade paga aps o exerccio respectivo ter o
seu valor atualizado para o vigente poca do pagamento,
acrescido de vinte por cento, a ttulo de mora.
Art. 64 - Ser automaticamente cancelado o registro do
profissional ou da pessoa jurdica que deixar de efetuar
o pagamento da anuidade, a que estiver sujeito, durante
2(dois) anos consecutivos sem prejuzo da obrigatoriedade
do pagamento da dvida.
Pargrafo nico - O profissional ou pessoa jurdica que
tiver seu registro cancelado nos termos deste Artigo, se
desenvolver qualquer atividade regulada nesta Lei, estar
exercendo ilegalmente a profisso, podendo reabilitar-se

121

mediante novo registro, satisfeitas, alm das anuidades


em dbito, as multas que lhe tenham sido impostas e os
demais emolumentos e taxas regulamentares.
Art. 65 - Toda vez que o profissional diplomado apresentar
a um Conselho Regional sua carteira para o competente
visto e registro, dever fazer prova de ter pago a sua
anuidade na Regio de origem ou naquela onde passar a
residir.
Art. 66 - O pagamento da anuidade devida por profissional
ou pessoa jurdica somente ser aceito aps verificada a
ausncia de quaisquer dbitos concernentes a multas,
emolumentos, taxas ou anuidades de exerccios anteriores.
Art. 67 - Embora legalmente registrado, s ser considerado
no legtimo exerccio da profisso e atividades de que trata
a presente Lei o profissional ou pessoa jurdica que esteja
em dia com o pagamento da respectiva anuidade.
Art. 68 - As autoridades administrativas e judicirias,
as reparties estatais, paraestatais, autrquicas ou de
economia mista no recebero estudos, projetos, laudos,
percias, arbitramentos e quaisquer outros trabalhos, sem
que os autores, profissionais ou pessoas jurdicas faam
prova de estar em dia com o pagamento da respectiva
anuidade.
Art. 69 - S podero ser admitidos nas concorrncias
pblicas para obras ou servios tcnicos e para concursos de

122

projetos, profissionais e pessoas jurdicas que apresentarem


prova de quitao de dbito ou visto do Conselho Regional
da jurisdio onde a obra, o servio tcnico ou projeto deva
ser executado.
Art. 70 - O Conselho Federal baixar resolues
estabelecendo o Regimento de Custas e, periodicamente,
quando julgar oportuno, promover sua reviso.
TTULO IV
Das penalidades
Art. 71 - As penalidades aplicveis por infrao da presente
Lei so as seguintes, de acordo com a gravidade da falta:
a) advertncia reservada;
b) censura pblica;
c) multa;
d) suspenso temporria do exerccio profissional;
e) cancelamento definitivo do registro.
Pargrafo nico - As penalidades para cada grupo profissional
sero impostas pelas respectivas Cmaras Especializadas
ou, na falta destas, pelos Conselhos Regionais.

123

Art. 72 - As penas de advertncia reservada e de censura


pblica so aplicveis aos profissionais que deixarem de
cumprir disposies do Cdigo de tica, tendo em vista a
gravidade da falta e os casos de reincidncia, a critrio das
respectivas Cmaras Especializadas.
Art. 73 - As multas so estipuladas em funo do maior
valor de referncia fixada pelo Poder Executivo e tero os
seguintes valores, desprezadas as fraes de um cruzeiro:
a) de um a trs dcimos do valor de referncia, aos infratores
dos arts. 17 e 58 e das disposies para as quais no haja
indicao expressa de penalidade;
b) de trs a seis dcimos do valor de referncia, s pessoas
fsicas, por infrao da alnea b do Art. 6, dos arts. 13, 14
e 55 ou do pargrafo nico do Art. 64;
c) de meio a um valor de referncia, s pessoas jurdicas,
por infrao dos arts. 13, 14, 59 e 60 e pargrafo nico do
Art. 64;
d) de meio a um valor de referncia, s pessoas fsicas, por
infrao das alneas a, c e d do Art. 6;
e) de meio a trs valores de referncia, s pessoas jurdicas,
por infrao do Art. 6.
Pargrafo nico - As multas referidas neste artigo sero
aplicadas em dobro nos casos de reincidncia.

124

Art. 74 - Nos casos de nova reincidncia das infraes


previstas no artigo anterior, alneas c, d e e, ser
imposta, a critrio das Cmaras Especializadas, suspenso
temporria do exerccio profissional, por prazos variveis de
6 (seis) meses a 2 (dois) anos e, pelos Conselhos Regionais
em pleno, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Art. 75 - O cancelamento do registro ser efetuado por m
conduta pblica e escndalos praticados pelo profissional
ou sua condenao definitiva por crime considerado
infamante.
Art. 76 - As pessoas no habilitadas que exercerem as
profisses reguladas nesta Lei, independentemente da
multa estabelecida, esto sujeitas s penalidades previstas
na Lei de Contravenes Penais.
Art. 77 - So competentes para lavrar autos de infrao das
disposies a que se refere a presente Lei os funcionrios
designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de
Engenharia, Arquitetura* e Agronomia nas respectivas
Regies.
Art. 78 - Das penalidades impostas pelas Cmaras
Especializadas, poder o interessado, dentro do prazo de
60 (sessenta) dias, contados da data da notificao, interpor
recurso que ter efeito suspensivo, para o Conselho Regional
e, no mesmo prazo, deste para o Conselho Federal.
(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

125

1 - No se efetuando o pagamento das multas,


amigavelmente, estas sero cobradas por via executiva.

Lei 4.950-A, de 22 ABR 1966).(VETADO, no que se refere aos


servidores pblicos regidos pelo RJU.)

2 - Os autos de infrao, depois de julgados


definitivamente contra o infrator, constituem ttulos de
dvida lquida e certa.

Art. 83 - Os trabalhos profissionais relativos a projetos no


podero ser sujeitos a concorrncia de preo, devendo,
quando for o caso, ser objeto de concurso.

Art. 79 - O profissional punido por falta de registro no


poder obter a carteira profissional, sem antes efetuar o
pagamento das multas em que houver incorrido.

Art. 84 - O graduado por estabelecimento de ensino agrcola


ou industrial de grau mdio, oficial ou reconhecido, cujo
diploma ou certificado esteja registrado nas reparties
competentes, s poder exercer suas funes ou atividades
aps registro nos Conselhos Regionais.

TTULO V
Das disposies gerais
Art. 80 - Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia,
Arquitetura* e Agronomia, autarquias dotadas de
personalidade jurdica de direito pblico, constituem
servio pblico federal, gozando os seus bens, rendas
e servios de imunidade tributria total (Art. 31, inciso
V, alnea a da Constituio Federal) e franquia postal e
telegrfica.
Art. 81 - Nenhum profissional poder exercer funes
eletivas em Conselhos por mais de dois perodos sucessivos.

Pargrafo nico - As atribuies do graduado referido neste


Artigo sero regulamentadas pelo Conselho Federal, tendo
em vista seus currculos e graus de escolaridade.
Art. 85 - As entidades que contratarem profissionais nos
termos da alnea c do artigo 2 so obrigadas a manter,
junto a eles, um assistente brasileiro do ramo profissional
respectivo.
TTULO VI
Das disposies transitrias

Art. 82 - As remuneraes iniciais dos engenheiros,


arquitetos* e engenheiros-agrnomos, qualquer que seja
a fonte pagadora, no podero ser inferiores a 6 (seis)
vezes o salrio mnimo da respectiva regio (Ver tambm

Art. 86 - So assegurados aos atuais profissionais de


Engenharia, Arquitetura* e Agronomia e aos que se
encontrem matriculados nas escolas respectivas, na data
da publicao desta Lei, os direitos at ento usufrudos

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

(*) Termo afastado pelo Art. 66 da Lei 12.378/2010

126

127

e que venham de qualquer forma a ser atingidos por suas


disposies.
Pargrafo nico - Fica estabelecido o prazo de 12
(doze) meses, a contar da publicao desta Lei, para os
interessados promoverem a devida anotao nos registros
dos Conselhos Regionais.
Art. 87 - Os membros atuais dos Conselhos Federal e Regionais
completaro os mandatos para os quais foram eleitos.
Pargrafo nico - Os atuais presidentes dos Conselhos
Federal e Regionais completaro seus mandatos, ficando o
presidente do primeiro dsses Conselhos com o carter de
membro do mesmo.
Art. 88 - O Conselho Federal baixar resolues, dentro
de 60 (sessenta) dias a partir da data da presente Lei,
destinadas a completar a composio dos Conselhos
Federal e Regionais.
Art. 89 - Na constituio do primeiro Conselho Federal aps
a publicao desta Lei sero escolhidos por meio de sorteio
as Regies e os grupos profissionais que as representaro.
Art. 90 - Os Conselhos Federal e Regionais, completados
na forma desta Lei, tero o prazo de 180 (cento e oitenta)
dias, aps a posse, para elaborar seus regimentos internos,
vigorando, at a expirao deste prazo, os regulamentos e
resolues vigentes no que no colidam com os dispositivos

128

da presente Lei.
Art. 91 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 92 - Revogam-se as disposies em contrrio.
Braslia, 24 DEZ l966; 145 da Independncia e 78 da
Repblica.
H. CASTELO BRANCO
L. G. do Nascimento e Silva
Publicada no D.O.U. de 27 DEZ 1966.Redao dada pela Lei
n 6.619/78, no Art. 28, inciso IV
Alterado o pargrafo 2 do artigo 29, pela Lei n 8.195/91
3 do Art. 29 Derrogado pela Lei n 8.195/91
Art. 34, letra s - Redao da Lei n 6.619/78
Art. 35, inciso VIII - Ibidem
Pargrafo nico do Art. 36 - Ibidem
Alnea a do Art. 37 - Redao dada pela Lei n 8.195/91
2 do Art. 52 - Vetado pelo Senhor Presidente da Repblica

129

e mantido pelo Congresso Nacional (D.O.U. de 24 ABR


1967.)
1 do Art. 63 - Nova redao da Lei 6.619/78
2 do Art. 63 - Ibidem
3 do Art. 63 - Ibidem
Alnea e do Art. 73 - Nova redao da Lei 6.619/78
Art. 82 - Vetado, em parte, pelo Senhor Presidente da
Repblica e mantido pelo Congresso Nacional (D.O.U. de
24 ABR 1967). (*)
(*) O Supremo Tribunal Federal, in Dirio de Justia de 13
MAR 1968, na Representao n 745-DF, declarou no se
aplicar o dispositivo ao pessoal regido pelo Estatuto dos
Funcionrios Pblicos, por ser inconstitucional. A iniciativa
da Lei era do Presidente da Repblica e isso no ocorreu.
Art. 83 - Revogado pela Lei n 8.666/93

LEI N 6.664, DE 26 JUN 1979


Disciplina a profisso de Gegrafo e d outras providncias.
O Presidente da Repblica.
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1 - Gegrafo a designao profissional privativa dos
habilitados conforme os dispositivos da presente Lei.
Art. 2 - O exerccio da profisso de Gegrafo somente ser
permitido:
I - aos Gegrafos e aos bacharis em Geografia e em
Geografia e Histria, formados pelas Faculdades de Filosofia,
Filosofia Cincias e Letras, pelos Institutos de Geocincias
das Universidades oficiais ou oficialmente reconhecidas;
II - (vetado);

LEI N 12.378, DE 31 DEZ 2010

III - aos portadores de diploma de Gegrafo, expedido


por estabelecimentos estrangeiros similares de ensino
superior, aps revalidao no Brasil.

Art. 66. As questes relativas a arquitetos e urbanistas


constantes das Leis nos 5.194, de 24 de dezembro de 1966
e 6.496, de 7 de dezembro de 1977, passam a ser reguladas
por esta Lei.

Art. 3 - da competncia do Gegrafo o exerccio das


seguintes atividades e funes a cargo da Unio, dos
Estados dos Territrios e dos Municpios, das entidades
autrquicas ou de economia mista e particulares:

130

131

I - reconhecimentos, levantamentos, estudos e pesquisas de


carter fsico-geogrfico, biogeogrfico, antropogeogrfico
e geoeconmico e as realizadas nos campos gerais e
especiais da Geografia, que se fizerem necessrias:
a) na delimitao e caracterizao de regies, sub-regies
geogrficas naturais e zonas geoeconmicas, para fins de
planejamento e organizao fsico-espacial;
b) no equacionamento e soluo, em escala nacional,
regional ou local, de problemas atinentes aos recursos
naturais do Pas;

h) no estudo fsico-cultural dos setores geoeconmicos


destinados ao planejamento da produo;
i) na estruturao ou reestruturao dos sistemas de
circulao;
j) no estudo e planejamento das bases fsicas e
geoeconmicas dos ncleos urbanos e rurais;
l) no aproveitamento, desenvolvimento e preservao dos
recursos naturais;
m) no levantamento e mapeamento destinados soluo
dos problemas regionais;

c) na interpretao das condies hidrolgicas das bacias


fluviais;

n) na diviso administrativa da Unio, dos Estados, dos


Territrios e dos Municpios.

d) no zoneamento geo-humano, com vistas aos


planejamentos geral e regional;

II - A organizao de congressos, comisses, seminrios,


simpsios e outros tipos de reunies, destinados ao estudo
e divulgao da Geografia.

e) na pesquisa de mercado e intercmbio comercial em


escala regional e inter-regional;
f ) na caracterizao ecolgica e etolgica da paisagem
geogrfica e problemas conexos;
g) na poltica de povoamento, migrao interna, imigrao
e colonizao de regies novas ou de revalorizao de
regies de velho povoamento;

132

Art. 4 - As atividades profissionais do Gegrafo, sejam as de


investigao puramente cientfica, sejam as destinadas ao
planejamento e implantao da poltica social, econmica
e administrativa de rgos pblicos ou s iniciativas de
natureza privada, se exercem atravs de:
I - rgos e servios permanentes de pesquisas e estudos,
integrantes de entidades cientficas, culturais, econmicas
ou administrativas;

133

II - prestao de servios ajustados para a realizao


de determinado estudo ou pesquisa, de interesse de
instituies pblicas ou particulares, inclusive percia e
arbitramentos;
III - prestao de servios de carter permanente, sob a
forma de consultoria ou assessoria, junto a organizaes
pblicas ou privadas.
Art. 5 - A fiscalizao do exerccio da profisso de Gegrafo
ser exercida pelo Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia.
Art. 6 - O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia somente conceder registro profissional
mediante apresentao de diploma registrado no rgo
prprio do Ministrio da Educao e Cultura.
Art. 7 - A todo profissional registrado de acordo com a
presente Lei ser entregue uma carteira de identidade
profissional, numerada, registrada e visada no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, na
forma da Lei.

Gegrafo ser obrigatoriamente exigida para inscrio em


concurso, assinatura em termos de posse ou de quaisquer
documentos, sempre que se tratar de prestao de servios
ou desempenho de funo atribuda ao Gegrafo, nos
termos previstos nesta Lei.
Art. 10 - O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo
de 90 (noventa) dias.
Art. 11 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao.
Art. 12 - Revogam-se as disposies em contrrio.
JOO BAPTISTA DE FIGUEIREDO
Presidente da Repblica
Murilo Macedo.
Publicada no D.O.U. DE 27 JUN 1979 - Seo I - Pg. 9.017.
ALTERADA a redao pela Lei n. 7.399/1985.

Art. 8 - vedado o exerccio da atividade de Gegrafo aos


que, 360 (trezentos e sessenta) dias aps a regulamentao
desta Lei, no portarem o documento de habilitao na
forma prevista na presente Lei.
Art. 9 - A apresentao da carteira profissional de

134

135

LEI N 6.835, DE 14 OUT 1980


Dispe sobre o exerccio da profisso de Meteorologista, e
d outras providncias.
O Presidente da Repblica.
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1 - livre o exerccio da profisso de Meteorologista
em todo o territrio nacional, observadas as condies
previstas na presente Lei;
a) aos possuidores de diploma de concluso de curso
superior de Meteorologia, concedido no Brasil, por escola
oficial ou reconhecida e devidamente registrado no rgo
prprio do Ministrio da Educao e Cultura;
b) aos possuidores de diploma de concluso de curso
superior de Meteorologia, concedido por instituto
estrangeiro, que revalidem seus diplomas de acordo com
a Lei;
c) aos possuidores de diploma de Bacharel em Fsica,
modalidade Meteorologia, concedido pelo Instituto de
Geocincias da Universidade Federal do Rio de Janeiro e
devidamente registrado no rgo prprio do Ministrio da
Educao e Cultura;
d) os meteorologistas que ingressaram no servio pblico

136

mediante concurso pblico e que sejam portadores de


diploma de um dos cursos superiores de Fsica, Geografia,
Matemtica e Engenharia;
e)
os
meteorologistas
no-diplomados
que,
comprovadamente, tenham exercido ou estejam exercendo,
por mais de 3 (trs) anos, funes de Meteorologista
em entidades pblicas ou privadas, e que requeiram os
respectivos registros, dentro do prazo de 1 (um) ano, a
contar da data da publicao da presente Lei.
Art. 2 - O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CONFEA o rgo superior da fiscalizao
profissional.
Art. 3 - O registro profissional ser requerido aos Conselhos
Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREAs.
1 - Aos meteorologistas referidos nas alneas a, b e c
do artigo 1, aps cumpridas as exigncias da Lei, sero
expedidas carteiras profissionais pelo Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA.
2 - Aos meteorologistas referidos na alnea d do artigo
1, aps cumpridas as exigncias da Lei, sero feitas as
respectivas anotaes em suas carteiras profissionais.
3 - Aos meteorologistas referidos na alnea e do artigo

137

1 sero expedidos documentos hbeis pelo Conselho


Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA,
equivalentes carteira profissional, que lhes assegure o
pleno exerccio da profisso.

Meteorologia em entidade pblica ou privada;

Art. 4 - Todo aquele que exercer a funo de meteorologista


em entidade pblica ou privada fica obrigado ao uso da
carteira profissional de meteorologista ou ao respectivo
registro, de acordo com a Lei.

c) pesquisar, planejar e dirigir a aplicao da Meteorologia


nos diversos campos de sua utilizao;

Art. 5 - Satisfeitas as exigncias da legislao especfica


do ensino, prerrogativa do meteorologista o exerccio do
magistrio das disciplinas constantes dos currculos dos
cursos de Meteorologia em escolas oficiais ou reconhecidas.
Art. 6 - Os tcnicos de Meteorologia diplomados pelas
Escolas Tcnicas de grau mdio, oficiais ou reconhecidas,
cujo diploma ou certificado esteja registrado nas
reparties competentes, s podero exercer suas funes
ou atividades aps registro nos CREAs.

b) julgar e decidir sobre tarefas cientficas e operacionais


de Meteorologia e respectivos instrumentais;

d) executar previses meteorolgicas;


e) executar pesquisas em Meteorologia;
f ) dirigir, orientar e controlar projetos cientficos em
Meteorologia;
g) criar, renovar e desenvolver tcnicas, mtodos e
instrumental em trabalhos de meteorologia;
h) introduzir tcnicas, mtodos e instrumental em trabalhos
de Meteorologia;
i) pesquisar e avaliar recursos naturais na atmosfera;

Pargrafo nico - As atribuies dos graduados referidos


neste Artigo sero regulamentadas pelo CONFEA, tendo
em vista seus currculos e grau de escolaridade.

j) pesquisar e avaliar modificaes artificiais nas


caractersticas do tempo;

Art. 7 - So atribuies do meteorologista:

l) atender a consultas meteorolgicas e suas relaes com


outras cincias naturais;

a) dirigir rgos, servios, sees, grupos ou setores de

138

m) fazer percias, emitir pareceres e fazer divulgao tcnica

139

dos assuntos referidos nas alneas anteriores.

LEI N 7.410, DE 27 NOV 1985

Art. 8 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao.

Dispe sobre a especializao de Engenheiros e Arquitetos


em Engenharia de Segurana do Trabalho, a profisso de
Tcnico de Segurana do Trabalho, e d outras providncias.

Art. 9 - Revogam-se as disposies em contrrio.

O Presidente da Repblica,
JOO FIGUEIREDO
Presidente da Repblica
Murilo Macedo
Publicada no D.O.U. DE 15 OUT 1980 - Seo I - Pg. 20.609.

Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei:
Art. 1 - O exerccio da especializao de Engenheiro de
Segurana do Trabalho ser permitido, exclusivamente:
I - ao Engenheiro ou Arquiteto portador de certificado de
concluso de curso de especializao em Engenharia de
Segurana do Trabalho, a ser ministrado no Pas, em nvel
de ps-graduao;
II - ao portador de certificado de curso de especializao
em Engenharia de Segurana do Trabalho, realizado em
carter prioritrio, pelo Ministrio do Trabalho;
III - ao possuidor de registro de Engenheiro de Segurana
do Trabalho expedido pelo Ministrio do Trabalho at a
data fixada na regulamentao desta Lei.

140

Pargrafo nico - O curso previsto no inciso I deste Artigo ter


o currculo fixado pelo Conselho Federal de Educao, por
proposta do Ministrio do Trabalho, e seu funcionamento

141

determinar a extino dos cursos de que trata o inciso II,


na forma da regulamentao a ser expedida.
Art. 2 - O exerccio da profisso de Tcnico de Segurana
do Trabalho ser permitido, exclusivamente:
I - ao portador de certificado de concluso de curso de
Tcnico de Segurana do Trabalho, a ser ministrado no Pas
em estabelecimento de ensino de 2 Grau;
II - ao portador de certificado de concluso de curso de
Supervisor de Segurana do Trabalho, realizado em carter
prioritrio pelo Ministrio do Trabalho;
III - ao possuidor de registro de Supervisor de Segurana
do Trabalho, expedido pelo Ministrio do Trabalho, at a
data fixada na regulamentao desta Lei.
Pargrafo nico - O curso previsto no inciso I deste Artigo
ter o currculo fixado pelo Ministrio da Educao, por
proposta do Ministrio do Trabalho, e seu funcionamento
determinar a extino dos cursos de que trata o inciso II,
na forma da regulamentao a ser expedida.
Art. 3 - O exerccio da atividade de Engenheiros e
Arquitetos na especializao de Engenharia de Segurana
do Trabalho depender de registro em Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, aps a
regulamentao desta Lei, e o de Tcnico de Segurana do
Trabalho, aps o registro no Ministrio do Trabalho.

142

Art. 4 - O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo


de 120 (cento e vinte) dias, contados de sua publicao.
Art. 5 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 6 - Revogam-se as disposies em contrrio.
JOS SARNEY
Presidente da Repblica
Almir Pazzianotto
Publicada no D.O.U. DE 28 NOV 1985 - Seo I - Pg. 17.421.
Regulamentada pelo Decreto 92.530 - 09/04/86

143

CONSTITUIO FEDERAL DE 1988


TTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito
vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade,
nos termos seguintes:
(...)
XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou
profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei
estabelecer;
(...)
XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato
jurdico perfeito e a coisa julgada;
(...)

144

145

O crescimento e
desenvolvimento do pas passam
pelos profissionais registrados no
Conselho Federal de Engenharia
e Agronomia
146

147

Mensagem final
Profissionais que tiverem cerceados seus direitos no exerccio
de suas profisses, direitos estes garantidos pela Constituio
Federal e legislao especfica vigente, podero encaminhar as
denncias para os Creas e Confea para que possamos tomar
todas as medidas cabveis na defesa legtima das prerrogativas
legais e privilgios exclusivos dos profissionais habilitados pelo
Sistema Confea/Crea.
Engenheiro Jos Tadeu da Silva
Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
Braslia-DF

148

149

Anotaes

150

Anotaes

151

Anotaes

152

Anotaes

153

Anotaes

154

Anotaes

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Anotaes

156

Anotaes

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