Resenha dos bestializados Jos Murilo de carvalho apresentao dom autor Em seu livro Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a republica

que no foi. Vai demostrar caractersticas da at ento capital da republica, e de que modo essa nova ordem de poder trouxe mudanas na vida social e politica da cidade; como no prprio titulo o autor trata dos bestializados em sua obra ele tambm explicar seu significado e demonstrar os fatos e o porqu que essa republica realmente no foi. Para isso ele vai se utilizar de cinco captulos onde discorrera sobre o tema em questo de diversos meios, alm disso, em seu final trar fontes iconogrficas, mapas para demostrar as agitaes e como se comportavam a populao, sem contar na modificao da estrutura e da paisagem da cidade podendo assim nos mostrar uma analise mais realista de como estava a poca trazida em questo. Na introduo, Jos Murilo, j vai trazer a discusso de como a falta de participao do povo a quem acreditava ser o protagonista da republica, fez mal ao iderio popular, pois se acreditava que com a proclamao da republica, e a sada da monarquia este povo poderia ter uma participao maior no cenrio politico; participao que o autor deixa bem claro que no aconteceu. Outro fator importante tratado na introduo a separao do estado e da populao, j que considerado um inexistente sem a presena do outro para legitimalo, porm no inicio da republica via-se o estado com um problema de relacionamento com seus cidados, ou seja, o estado era visto como vilo e os cidados como vitima indefesa. Alm do mais ele vai da um panorama de sobre o que ser abordado em seus prximos captulos. No primeiro capitulo o Rio de janeiro e a repblica o autor vai falar sobre as primeiras dcadas da republica explicando como foram feitas as transformaes tanto no ramo politico, econmico e social. Colocando o Rio de Janeiro como centro da vida politica nacional, assim a cidade tambm que mais sentiu os impactos do fim do imprio e do inicio da republica. CARVALHO, vai elencar a partir de ento as mudanas que ocorreram na sociedade, colocando o fim da escravido como fator preponderante para essas mudanas, a partir de ento abre-se um leque de oportunidades e novos empregos, com

isso a um grande inchao populacional, um enorme xodo rural, e um aumento da imigrao estrangeira que fazem, alm de uma discrepncia entre os sexos e alarde a sade publica devida ao modos de habitao e os vrios focos de doena. Ressalta tambm o autor o crescimento do desemprego e o aumento da criminalidade e de varias, classes abnegadas pela burguesia republicana como ladroes, prostitutas, bicheiros, vadios, eram visto com maus olhos e tiravam a beleza e o glamour da nova capital da Republica. No campo econmico a especulao do capital, comeou-se a torna um jogo um vinculo vicioso em que todos queriam ganhar dinheiro a todo e qualquer custo; uma crise com isso foi instalada e a necessidade de moeda para prover o mercado e

construo desta nova cidade fez os preos subirem dos produtos e que a inflao fosse o ponto alto desta dcada, a briga por um emprego entre os nacionais e estrangeiros fez surgir uma xenofobia ( que a dcadas j era instaladas principalmente contra os portugueses), implantando assim o movimento jacobiano que com a queda do caf s iria se agravar. J no campo politico o auto se houve uma grande esperana, que no foram concretizadas, se criou uma expectativa que o povo governaria como um todo, que teria o poder a partir de agora, porm isto passou longe de ocorrer, o que trouxe uma certa frustao camadas da sociedade brasileira deste perodo. Tratando de se acabar pelo lado politico ou burgus, ou retaliar qualquer tipo de aglomerado ou de pensamento que fosse institudo contra essa nova repblica, excluindo os negros, capoeiras retirando qualquer tipo de ideia anarquista e at punindo os mesmo. No campo das ideias se abriu um cenrio mais liberal com a quebra de velhos costumes at ento sempre expostos pela monarquia, os casamentos, a instituio famlia, a vadiagem tudo se tornou um caos, se abrindo literalmente este campo da liberdade moral. Colocando o grande problema da Repblica em seu principio como justamente este novo pacto de poder, que com esse pudesse haver estabilidade e substituir de forma centrada a anterior, dessa forma foi-se a busca dessa definio para que acabasse a instabilidade poltica, pois a fora de um pas est ligada diretamente a poltica, atravs delas que se define o sucesso da nova ordem imposta. E com Campos Salles que comea a fortalecer a oligarquia, formando assim um estado nacional, uma unio de poderes polticos que deviam estar em conjunto, buscando assim uma paz interna, e a partir desta consolidao politica se traz uma forma de se negociar a divida externa, e colocar a republica em seus devidos trilhos e foi desta forma pacificando e nomeando

seus chefes que ele conseguiu uma politica mais coesa, liberal e positivista. Que embelezou o Rio de Janeiro e o transformou num dos cartes postais desta republica.

No segundo capitulo Repblica e cidadanias o autor partira do pressuposta da cidadania para elencar os seus problemas; na poca em questo grande parte da populao no votava; mulheres, pobres , mendigos ou seja a classe dominante era o que mantinha o poder e a cidadania; j que a educao outro fator do cidado era praticamente inexistente. O analfabetismo era um modo de excluso de voto porm era vista de forma discriminatria j que a prpria constituio republicana se exauria de fornecer a instruo primaria. O autor coloca tambm a republica ou seus vitoriosos, como pouco participantes em mudanas em termo de expanso de direitos polticos e civis. Colocando-o quase como um retrocesso e colocando a expanso da cidadania apenas para a classe dominante. Com isso muitos grupos sociais surgiram, pois a propaganda republicana se desdiz ao longo do tempo, a liberdade que era dada e prometida no se conduzia no ramo da cidadania, fazendo assim com propagandistas civis, os militares, conservadores e liberais; cada um tivesse sua viso de como se daria o novo regime buscando sempre privilegiar a sua classe. Outro fator colocado pelo autor a classe operaria que desde de 1890 tenta se organizar politicamente. E uma das suas maiores conquista forar o governo atravs de greves; o descontentamento com a republica se d no manifesto do centro socialista aos operrios e proletrios. Com ele o partido socialista se divide entre os que defendiam uma cooperao ao governo e outros que queriam sua desestruturao. A partir de ento o autor traz o anarquismo como uma nova forma de imposio a republica retirando toda a defesa de ptria uma e s entendiam a ideia de cidadania como uma ideia universal. Essa ideia era colocada pela republica como uma ideia estrangeira na cabea dos operrios o que fez a republica lutar contra isso. Ou seja, Jos Murilo Carvalho coloca as avarias mentalidades da poca preocupadas em certas partes nos seus prprio interesses, os republicanos radicais como

uma ideia de cidadania liberal e democrtica mas por outro lado sua viabilidade politica foi dificultada pelos estrangeiros nos setores populares; os positivistas queriam uma ampliao dos direitos scias com tanto que no precisam passar por mudanas politicas para isto; e os socialista que munidos principalmente das classes inferiores, tinham um planejamento que conseguiam munir os direitos polticos e sociais dentro de uma perspectiva liberal da republica.

No terceiro capitulo Cidado inativo: a absteno eleitoral. Como o titulo j nos remonta, ele tratar da forma de como se dava as conflitantes propostas de cidadania e para isso deveria-se fazer um estudo para se ver como o povo, as massa sociais que se mobilizavam naquele instante, sem contar na reao do publico a que essas propostas se dirigiam. assim o exame das propostas da cidadania deve ter como contraponto o estudo dos candidatos a cidados e das praticas concretas de participao poltica como cita o prprio Jose Murilo de Carvalho. Ele vai abordar o tema do ponto de vista tanto de testemunhos de estrangeiro, como brasileiros contemporneos a poca, o olhar estrangeiro colocado como um olhar preconceituoso que via o povo brasileiro sem uma contestao politica, ou seja colocava-se o povo em papel de submisso, ao que fosse institudo sem nenhuma voz, ou fora para se modificar o poder, e a nica forma de modificao seria trazer ou buscar um padro de cidado Europeu. E nessa discusso que autor trata esses testemunhos com cautela e no como uma fonte exata da realidade, e coloca se essa impercebida participao do povo em duvida; e traz a indagao se no era consequncia antes do tipo de povo ou do cidado que se buscava. E nesse fator que ele discorda, pois traz a participao do povo e de suas agitaes mais frequentes por mais que sua participao realmente na proclamao tenha sido apenas cosmtica . A partir dos sensos o autor vai confirmar como vivia e como era formada a base dessa populao j que para ele o fator econmico era de extrema importncia, e a os ndices populao economicamente ativa da populao(1980-1906), podiam mostrar

como era a base econmica da populao brasileira e como estava separados na pirmides social. O autor coloca como importncia a pirmide ocupacional que era muito extensa na base e afunilada no seu vrtice. Onde coloca no topo da pirmide banqueiros capitalistas, e proprietrios; no setor intermedirios estavam funcionrios pblicos, comercirios e profissionais liberais; de tamanho no to diferente estavam o setor de operariado, que inclua artistas, operrios do estado, trabalhadores da indstrias txteis alm de empregados de transporte. Mas o autor prioriza e diz que o que dava a diferena ao Rio de Janeiro de outras capitais era o enorme contingente de trabalhadores domsticos, jornaleiros e pessoas sem profisso conhecida o que era 50% da populao economicamente ativa. A classe estrangeira que s crescia j era de 30% da populao em 1890 onde 70% deste eram portugueses sendo muito forte sua participao tanto na classe operrio quanto no alto escalo do poder, onde dominavam o setor do comercio e tambm grande parte das propriedades da cidade. Era visvel a participao na riqueza da cidade por estrangeiros onde essa participao era quase de 70% do capital financeiro, imobilirio e comercial do Rio o que faz o autor remontar o processo de povos distintos porm que lutavam sim por sua cidadania e tinham uma participao politico. Vale se observar tambm A lei de grande naturalizao em 1980 que declarava cidado brasileiro todos os estrangeiros que em seis meses no manifestassem desejo expresso de manter sua cidadania original. S que apenas 20% deste se naturalizavam, pois como cita o autor os custos da cidadania brasileira eram maiores que suas vantagens. A partir de ento o autor parte para a analise que seria difcil pelo fator social e demogrfico a perspectiva para a cidadania politica no Rio de Janeiro no incio da Republica, esse povo politico era bem reduzido pelos diversos fatores, a classe estrangeira- principalmente portugueses- reduziam o envolvimento principalmente a organizao da vida politica na cidade. E a resposta para a apatia do Rio de janeiro esta na participao deste nos canais oficiais, mesmo que a republica tivesse eliminado o voto censitrio, manteve por outro lado todas as outras restries. E a excluso de

mulheres, analfabetos, menores de 21 anos, praas de pr e frades. O pequeno eleitorado era composto de alguns funcionrios pblicos. A excluso de 80% da populao do direito politico do voto j um indicador do pouco que significou o novo regime em termos de ampliao da participao, e o numero menor ainda de quem se alistava para realmente votar; como afirma o autor sem contar tambm na auto excluso, que era a escolha por no ser cidado ativo, devido as fraudes e o exerccio do voto que era considerado extremamente perigoso. Pois muito estava em jogo e quase sempre se usava da fora de capangas para coibir o eleitorado. O qu