Trabalho de Fai (II Trimestre)
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Trabalho de Fai (II Trimestre)
A Docente ___________________
DEDICATRIA
O trabalho elaborado dedicado todos os leitores interressados no tema, aos familiares e professora.
AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente Deus por criar tudo quanto existe, aos meus pais pelo apoio escolar, ao professor pela disponibilidade de nos transmittir os conhecimentos. Que continuem a fazer tudo quanto bom para o nosso futuro.
NDICE
Pg. Introduo --------------------------------------------------------------------------------------------- 6 Conceito de famlia ---------------------------------------------------------------------------------- 7 Evoluo da famlia ao longo da histria ------------------------------------------------ 8 Caracerizao da famlia angolana ---------------------------------------------------------------- 10 A famlia tradicional Kikongo ------------------------------------------------------------ 10 Os Kibalas ----------------------------------------------------------------------------------- 11 O valor do dote (alembamento) como sinal de casamento ---------------------------- 11 Concluso --------------------------------------------------------------------------------------------- 13 Bibliografia ------------------------------------------------------------------------------------------- 14
INTRODUO
O termo famlia derivado do latim famulus que significa domstico, servidor ou escravos, este que foi criado em Roma para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas agricultura e tambm escravido legalizada. Ou, entende-se tambm como o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar. A famlia considerada uma instituio responsvel por promover a educao dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. Nesta, abordaremos sobre a famlia ao longo do tempo, a sua constituio e sobre a famlia angolana.
CONCEITO DE FAMLIA
Como retratado acima, a famlia uma instituio responsvel por promover a educao dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. no seio familiar que so transmitidos os valores morais e sociais que serviro de base para o processo de socializao da criana, bem como as tradies e os costumes perpetuados atravs de geraes. Para definir de forma extensa o conceito de famlia podemos falar que um conjunto de pessoas que moram no mesmo teto que esto organizados e contam com regras e normas para o correto funcionamento dela, alm de contar com vnculos afectivos ou consanguneos. Segundo a antropologia, existem 3 tipos bsicos de famlia: tradicional, nuclear e ps-moderna. A tradicional era aquela famlia geralmente numerosa, centrada na autoridade do patriarca, mais comum at a primeira metade do sculo passado (sculo XX). Eram considerados "familiares" no estava s os pais e filhos, mas todo o entorno familiar (avs, tios, primos, etc.), e as relaes eram baseadas nos conceitos morais e autoritrios da poca. A famlia nuclear, ou psicolgica, aquela surgida a partir da metade do sculo XX, fundamentada basicamente em pai, me e poucos filhos. As relaes no so mais to autoritrias, e o conceito de famlia engloba um ncleo mais caseiro. J a famlia ps-moderna/arco ris a que surgiu mais actualmente, aquela em que no existem regras bsicas de parentesco. Filhos morando com s um dos pais (devido ao divrcio), casais sem filhos, unies homossexuais, etc. Para alguns, no um estilo de famlia, mas justamente a falta de um "estilo" pr-determinado. Outro tipo (particular) conhecido de estrutura familiar so as famlias real. Denomina-se famlia real a relao estendida dos membros de um soberano, geralmente de um estado monrquico. Os membros das famlias reais recebem destaque e privilgio perante o crculo social de sua nao, sendo muitas vezes tidos como personalidades polticas destes. Uma das mais famosas famlias reais do mundo a Famlia real britnica.
Hoje em dia, podemos identificar esses trs tipos bsicos de famlia coexistindo, com suas variaes, cada famlia a seu modo. No direito romano clssico a "famlia natural" cresce de importncia - esta famlia baseada no casamento e no vnculo de sangue. A famlia natural o agrupamento constitudo apenas dos cnjuges e de seus filhos. A famlia natural tem por base o casamento e as relaes jurdicas deles resultantes, entre os cnjuges, e pais e filhos. Se nesta poca predominava uma estrutura familiar patriarcal em que um vasto leque de pessoas se encontrava sob a autoridade do mesmo chefe, nos tempos medievais (Idade Mdia), as pessoas comearam a estar ligadas por vnculos matrimoniais, formando novas famlias. Dessas novas famlias fazia tambm parte a descendncia gerada que, assim, tinha duas famlias, a paterna e a materna. A famlia vem-se transformando atravs dos tempos, acompanhando as mudanas religiosas, econmicas e socioculturais do contexto em que se encontram inseridas. Esta um espao sociocultural que deve ser continuamente renovado e reconstrudo; o conceito de prximo encontra-se
realizado mais que em outro espao social qualquer, e deve ser visto como um espao poltico de natureza criativa e inspiradora. Assim, a famlia dever ser encarada como um todo que integra contextos mais vastos como a comunidade em que se insere. Dentro de uma famlia existe sempre algum grau de parentesco, os membros da famlia partilham o mesmo apelido, herdado dos ascendentes directos. A famlia unida por mltiplos laos capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as geraes. Podemos ento, definir famlia como um conjunto invisvel de exigncias funcionais que organiza a interaco dos membros da mesma, considerando-a, igualmente, como um sistema, que opera atravs de padres transaccionais. Assim, no interior da famlia, os indivduos podem constituir subsistemas, podendo estes ser formados pela gerao, sexo, interesse e/ ou funo, havendo diferentes nveis de poder, e onde os comportamentos de um membro afectam e influenciam os outros membros. A famlia como unidade social, enfrenta uma srie de tarefas de desenvolvimento, diferindo a nvel dos parmetros culturais, mas possuindo as mesmas razes universais. Parentesco a relao que une duas ou mais pessoas por vnculos de sangue (descendncia/ascendncia) ou sociais que vm sobretudo pelo casamento, onde a partir da se vo criando laos e constituindo ou unido famlias e assim tornando-as mais fortes. O parentesco estabelecido mediante um ancestral em comum chamado parentesco consanguneo, enquanto o criado pelo casamento e outras relaes sociais recebe o nome de parentesco por afinidade. Chama-se de parentesco em linha repta quando as pessoas descendem umas das outras directamente (filho, neto, bisneto, trisneto, tataraneto, etc.), e parentesco colateral quando as pessoas no descendem uma das outras, mas possui um ancestral em comum (tios, primos, etc.). O parentesco que temos com qualquer pessoa sendo pai, mo, tio ou at mesmo prima liga-nos de uma forma mais directa, em que as afinidades e cumplicidades normalmente seriam muito mais fortes do que com qualquer outra pessoa.
Mudana de atitude em relao aos filhos e obrigaes parentais; Legalizao do divrcio e consequente aumento da taxa de divrcios; Reduo da nupcialidade.
Assistimos, deste modo, inverso do conceito tradicional de famlia motivada pelas razes acima apresentadas. Todos estes motivos originaram novas tipologias familiares:
a) Famlias monoparentais: referem-se relao com os filhos por parte das mes ou pais solteiros, vivos ou divorciados. Em 2005, estas famlias representavam 20% do total de todas as famlias. Na origem das famlias monoparentais esto os novos processos ideolgicos e tecnolgicos, a libertao sexual, o maior entendimento das necessidades e direitos das crianas, uma vivncia mais individualista, na emancipao da mulher e na sua entrada no mundo laboral, bem como no aumento da igualdade de gneros. b) Famlias recompostas: a realidade do divrcio em Portugal recente: foi autorizado em 1975 e tem vindo a aumentar no nosso pas. Portanto, nada mais natural que uma pessoa divorciada contraia novo matrimnio e tendo, geralmente, filhos da anterior relao, constitua com eles uma nova famlia. A este novo tipo de famlia chamamos famlia recomposta; c) Unio de facto: trata-se de uma realidade bastante semelhante ao casamento. No entanto, a Unio de facto no implica a existncia de qualquer contrato escrito, podendo ser realizada por pessoas do mesmo sexo e embora se estabelea como comunho plena de vida, no plano pessoal o mesmo no se aplica no plano patrimonial. O casamento, por seu lado, exceptuando o regime de separao de bens, trata-se de um contrato de comunho de vida pessoal e patrimonial. d) Famlias Unipessoais: a par do divrcio, da viuvez e do facto de se ser solteiro existem as famlias unipessoais, numa variao que entre 1991 e 2001 rondava 45% das famlias portuguesas. Estamos a falar de pessoas que vivem sozinhas, resultado das causas j referidas, acentuando-se uma tendncia de gnero feminino na populao jovem, pois nas camadas mais idosas femininas a vivncia com os filhos em situao de divrcio ou viuvez ainda bastante frequente.
CARACTERIZAO DAS FAMLIAS ANGOLANAS A nossa realidade social caracterizada pela presena maioritria de valores e referncias espirituais da cultura tradicional africana, a que se sobrepem valores e referncias da cultura ocidental de importao. A tudo isto acresce a influncia dinmica da globalizao cultural universal. Por fora dessa combinao cultural, existem dois grandes tipos de organizao familiar na nossa sociedade: famlia tradicional e famlia do tipo europeu. A famlia tradicional em regra extensa, podendo ser poligmica. Este tipo de organizao originrio e inerente ao sistema cultural tradicional angolano, em todas as suas matizes regionais e locais. Comeou por ter inspirao espiritual animista, mas no incompatvel com a viso crist do mundo. Predomina nos meios rurais, mas vigora tambm em largas faixas da populao urbana, independentemente do estrato a que pertenam os seus membros. Nos meios urbanos, o tipo de organizao familiar tradicional seguido pela populao que no aderiu ao sistema de organizao familiar do tipo europeu, ou que prefere conduzir a sua vida familiar com base nos valores e referncias da cultura tradicional.
Nas famlias estruturadas de acordo com o sistema tradicional, em regra os processos de casamento, paternidade e de hereditariedade obedecem ao princpio uterino de linhagem. Segundo os critrios que presidem a este tipo de linhagem, os membros das famlias a que pertence cada um dos cnjuges so os que resultam dos laos uterinos anteriores ao casamento. As relaes e factos familiares posteriores ao casamento seguem a linha uterina de cada cnjuge. Assim, os filhos pertencem me e esto vinculados famlia desta, pois considera-se que, em ltima anlise, a ligao uterina de procriao mais decisiva do que a ligao testicular, designadamente em sede de dvida sobre a paternidade. Seguindo a linha materna, o poder paternal sobre os filhos do casal exercido pela me e pelos seus irmos uterinos, os tios. Na senda do mesmo princpio matrilinear, na constncia do casamento os bens so geridos com alguma autonomia por cada um dos cnjuges. Depois da morte de um deles, ou da separao do casal, os bens so repartidos pelos familiares uterinos de cada cnjuge. A famlia organizada de acordo com os padres da cultura europeia constitui o tipo de famlia de referncia legal em Angola. O quadro normativo de regulao do fenmeno familiar no nosso sistema jurdico inspira-se neste modelo de estruturao familiar. Por isso, as solues jurdicas para os factos e processos familiares que encontramos na ordem jurdica angolana tm no sistema jurdico romano-germnico e na viso crist do mundo o seu modelo normativo inspirador. A organizao familiar do tipo europeu pode apresentar-se na forma de famlia nuclear - formada por pai, me e filhos; ou segundo alguma das variantes da famlia extensa consangunea; ou por conjugao dos dois tipos de famlia predominantes: tradicional e europeu. A famlia organizada de modo ecltico, conjugando elementos do tipo tradicional e do tipo europeu, muito comum nos meios urbanos, representando uma forma de transio cultural do sistema familiar tradicional para o europeu, ou vice-versa.
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A famlia tradicional Kikongo Quando o jovem se acha na idade de constituir famlia, dirige-se aos pais, a quem apresentam a questo. Estes analisam a capacidade da Mulher Kikongo de gesto de um lar por parte do jovem caso cheguem concluso da sua aptido, iniciam o processo de verificao e avaliao das moas dos arredores poder servir como melhor esposa ao filho. A escolha s poder recair entre as filhas de famlias com as quais tm boas relaes. Aps a escolha da moa, os pais do rapaz acompanhados de familiares (tios) dirigem-se, aps aviso prvio, a casa dos pais da rapariga, levando sangas de Malavu, e apresentam a questo. Os pais da pretendida agradecem aos visitantes, pedindo-lhes que regressem no dia a seguir. Em casa da jovem, os pais chamam-na e pem-lhe ao corrente da questo questionando-a se esta de acordo. Caso no esteja de acordo, os pais argumentam, mostrando-lhe as qualidades morais e materiais do pretendente, porem se a negativa se mantiver eles ameaam-na, chegando a afirmar-lhe que se no aceitar o pretendente no ter outro. Posta a questo desta forma, se a rapariga no pretende de maneira nenhuma ser mulher daquele rapaz, s lhe resta defender-se com a ameaa de desaparecimento. Quando se chega a esse extremo, os pais normalmente tornam-se condescendentes. Se, pelo contrrio, os pais da rapariga no querem o pretendente como genro, embora ela queira, induzem-na a afirmar que o no aceita, e normalmente ela acaba por satisfazer os pais, profundamente receosa de eventuais males futuros, como a esterilidade. Entretanto os pais do pretendente regressam no dia imediato a casa dos pais da rapariga para saber qual a resposta. Depois de os visitados reafirmarem o seu agradecimento pela atitude, lhes dada resposta. Quando esta negativa, devolvido o Malavo, mas tal devoluo nunca se chega a efectivar, com base no provrbio: za sala toko ndumba nutandi, o que, literalmente, se Aldeia tradicional Kikongo poder traduzir dizendo que os gestos do jovem pretendente so farnel para a jovem. Caso a rapariga aceite ser desposada pelo jovem em questo, diz aos seus pais que bebam o Malavo e, quando os familiares do pretendente questionam a resposta, diz-se-h-lhes que podem ir sompar (constituir famlia segundo o costume local). A partir do momento que as sangas de Malavo tenham sido aceites, a jovem fica comprometida, no podendo a sua famlia receber outra proposta. Ao Malavo levado chama-se Mwanga Matoko ou KanLimite geografico da etnia Kikongoga Mafula, o que significa respectivamente dispersar rapazes e fechar as entradas. Depois de preparadas as coisas por parte dos noivos e seus familiares, estes mandam recado dizendo o dia em que iro sompar a noiva. Na data combinada, os familiares do noivo dirigemse a casa dos pais da rapariga, iniciando-se ento o acto de sompar. Aps o Yala Nkuwo por parte dos pais da rapariga, estes convidam os visitantes a tomar a palavra. Algum da famlia do noivo comea por recordar que foram eles quem foi Vaikila-o-Wwanaou seja pessoas que vivem em matas e tm aspecto de fantasmas, s querendo o mal dos que vivem na aldeia. Depois reiterado o consentimento de que ela seja sompada pelo rapaz em questo. Seguidamente faz-se a narrativa da genealogia da rapariga, ressaltando se os pontos onde as duas famlias tenham laos de parentescos. Depois a famlia do noivo apresenta-o e tambm faz a narrativa da sua genealogia. Ento, as tias da noiva comeam a cobrar as Mayanga,(problema/questo) devidas por qualquer atitude incorrecta do noivo em relao a elas. Mesmo que tais atitudes nunca tiveram lugar.
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Os Kibalas A regio da kibala situa-se na provncia angolana do kuanza-sul e tm os seguintes limites geogrficos: Ao norte os municpios de Libolo e kissama ao leste com o municpio de mussnde e a oeste com a Kilenda e Ebo a sul com oInstrumentos de Trabalhos municpios de Waco-Kungo e Andulo. banhada pelos rios Puimbuije, Nhia, Longa, Lombe, cato e vrios Riachos. Segundo os seus usos e costumes tradicionais, a unio de um casal de jovens, no depende exclusivamente destes, mas sim dos pais, pois so eles que determinam a opo de determinada companheira para o seu filho. Por vezes a opo previamente acertada com os pais da moa, s ento que estes por sua vez comunicam a filha. Cumprido este pressuposto, os pais do jovem do-lhe a conhecer a opo feita e este deve dirigir-se com urgncia a sua prometida e respectivos pais. O moo geralmente acompanhado de um amigo vai agir em conformidade com a orientao dos pais, e se tudo correr bem ou seja de acordo ao planificado, ento, estes esto em condies de deixar algo como sinal de ocupao, em dinheiro ou espcie, que assim vem selar o comprometimento, garantindo e promovendo assim, a confiana previamente depositada entre as partes. Cumprida esta formalidade, segue-se o momento de apresentao oficial do rapaz acompanhado do seu pai ou de outro representante dele aos pais da moa fazendo-se acompanhar de um ou dois garrafes de caporroto (makyakya), e uma certa importncia em dinheiro, da Famlia em pausa para alimentao durante o qual devem combinar os preos do "alembamento" e a data da boda. O alembamento feito em dinheiro ou um boi acompanhado de um bode ou uma cabra, panos para a me, um garrafo de caporroto, (bebida tradicional fermentada), um de vinho e mais recentemente uma garrafa de aguardente.
O valor do dote (alembamento) como sinal de casamento Secagem de caf, o dote visto como smbolo de casamento, sinal de casamento, prmio aos pais da nubente como indemnizao pelos gastos feitos com ela desde o seu nascimento at ao dia do casamento, o dote ainda visto pelos socilogos como transaco mercantil, Tambm chamado de alembamento, passou a considerar-se como smbolo de garantia do contrato de casamento, ou como cauo impeditiva da sua resciso. So factores que se encaram para justificar o dote perante a renitncia ou ate aos perigos da sua abolio. O que certo que o dote, no seu conceito afro-asitico, mantm-se ainda nos dias de hoje. Em concreto qual ento a sua verdadeira justificao? Nestes casos, o alembamento simbolizaria uma transferncia de direitos. Em virtude da entrega do ajuste em valores estimativos, feita aos pais da nubente, pelo facto da aceitao destes valores operava-se a sua renncia a ela, e consequente passagem dos mesmos direitos para a famlia que a adoptava. Garantia de cedncia por parte de uns, garantia de aquisio por parte de outros. Garantia esta que entrava no mbito da justia. Assim, os pais da nubente, recompensados no mais a reclamariam, caso contrario ver-se-iam forados restituio do dote. Por sua vez, a famlia que a pretendera no podia recambi-la por motivos fteis.
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Praticamente o dote passou a ser interpretado como uma cauo de garantia. Era um depsito em dinheiro ou valores condicionados a outro depsito, que era o da pessoa visada. Ela representa um papel bem valioso porque quanto maior o pagamento, maior prestigio ter a esposa. O quantitativo era previamente discutido resolvido e solucionado para que ambas as partes se pudessem dar por satisfeitas, incluindo as responsabilidades que assumiam. Estas responsabilidades podiam considerar-se quadripartidas, repartidas pelos dois futuros cnjuges e pelas respectivas famlias. Confiados em que, a partir, da entrega da noiva, tudo corresse pelo melhor, e assim a famlia podia usar ou empregar os valores recebidos conforme o entendessem, s em caso de divorcio forado e com as culpas para as noiva, que seriam obrigadas as devolues, completas ou parciais. wsSe as culpas pertencessem integralmente ao rapaz ou a sua famlia, a exigncia da restituio do dote tornava-se improvvel.
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CONCLUSO
Fruto do atrs referido chegamos a concluso que a famlia no deixa de ser hoje, o que foi no passado. No ponto de vista da famlia e do casamento em Angola h uma coexistncia em varias regies (tendencialmente no interior) dos usos e costumes tradicionais com as praticas modernas, no que toca a unio entre famlias e seus procedimentos. Realcemos tambm o papel que tem sido exercido pelas autoridades tradicionais Angolanas, bem como as pessoas mais idosas, pelo culto de personalidade e influencia que gozam nos pequenos espaos (aldeias) na preservao, coeso e fortalecimento destes usos e costumes tradicionais, para que possam promover o fortalecimento da famlia no seu conceito tradicional. necessrio continuar a promover a manuteno do status quo tradicional porem dever-se- prestar maior ateno a casos sensveis em que o tradicional se incompatibiliza com o contemporneo, nomeadamente quando choca de forma flagrante com os direitos, liberdades e garantias de cidados envolvidos.
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BIBLIOGRAFIA
VALENTE Francisco, a problemtica do matrimnio tribal, instituto de Investigao cientifica Tropical- Lisboa 1985. www.geocities.net www.bing.com Fascculo de Psicologia (a famlia e sua funcionalidade).
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