A Adopo em Portugal

Neste trabalho falo sobre a adopo um tema muito importante pois esto em jogo vidas de crianas. A adopo um vinculo que se estabelece semelhante ao da filiao natural. Este vinculo constitu-se por setena judicial. No qualquer um que pode adoptar uma criana, as pessoas que se candidatam tem de corresponder a certos requisitos. Existem diversos tipos de adopo em Portugal, a adopo plena, a restrita e o regime transitrio. A maioria das pessoas que adoptam uma criana na impossibilidade de ter um filho biolgico, para cimentar os laos com o seu conjugue, satisfao do desejo de ser me/pai. Cada vez mais assistimos a um menor nmero de adopes de crianas em Portugal pois a crise que assistimos tambm muito evidente neste campo. um tema que causa bastante polmica em Portugal, devido aos entraves que do processo de adopo, neste trabalho pretendo demonstrar o to difcil que a adopo, as dificuldades em conseguila e a situao actual em Portugal.

Para realizar este trabalho necessitei de consultar vrios sites e livros e algum conhecimento geral adquirido sobre a matria.

Segundo o Ministrio da Justia, a adopo em Portugal o vnculo que, semelhana da filiao natural mas independentemente dos laos de sangue, se estabelece legalmente entre duas pessoas. Este vnculo constitu-se por sentena judicial em processo que corre nos seus termos no Tribunal de Famlia ou de Comarca. O processo instrudo por um inqurito, que relativamente ao menor averigua o seu desenvolvimento, sade,e situao familiar e jurdica. Relativamente a quem quer adoptar averiguado; a personalidade e a sade de quem quer adoptar, a idoneidade de quem quer adoptar para criar e educar o menor, a situao familiar e econmica de quem quer adoptar, as razes quem levaram o casal/ pessoa a querer adoptar.

Quem deseja adoptar deve; apresentar reais vantagens para o menor a adoptar, fundar-se em

motivos legtimos, no envolver sacrficio injusto para os restantes filhos,permitir que entre o menor e quem quer adoptar se estabelecer um vnculo legtimo, o menor for filho de pais incgnitos ou falecidos,tiver havido consentimento prvio para a adopo, os pais biolgicos tiverem abandonado o menor,os pais puserem em perigo a sua segurana, a sade, formao moral, ou educao do menor em termos que pela sua gravidade compromentam seriamente os vnculos afectivos da prpria filiao, os pais do menor acolhido por uma instituio revelem desinteresse pelo filho, durante, pelo menos seis meses que antecederam o pedido de confiana.

Existem trs tipos de adopo em Portugal: -Plena; -Restrita; -Regime transitrio.

No Regime de adopo Plena podem adoptar: -Duas pessoas casadas mais de quatro anos e no separadas judicialmente de pessoas e de bens ou de factos, se ambas tiverem mais de 25 anos; -Quem tiver mais de trinta anos, ou se o menor a adoptar for filho do conjugue de quem quer adopdar, tiver mais de 25 anos;

-Quem no tiver mais de sessenta anos data em que o menor lhe tenha sido confiado; Neste regime podem ser adoptados: -Os menores filhos do conjugue de quem quer adoptar; -Aqueles que tenham sido confiados judicialmente ou administrativamente a quem quer adoptar; -O menor a adoptar deve ter menos de 15 anos data de entrada do processo no tribunal. Pode no entanto, ser adoptado quem nessa data tenha menos de 18 anos, se no for emancipado, quando desde a idade no superior aos 15 anos.

No que diz respeito ao segredo de identidade, a identidade dos adoptantes no pode ser revelada aos naturais do menor a adoptar, salvo se estes declararem que no se opem a essa revelao. Os pais naturais do menor adoptado podem opor-se mediante declarao expressa a que a sua identidade seja declarada a quem vai adoptar. Depois de declarada a adopo plena no possvel revelar ou fazer prova dos pais naturais. Esta questo s pode ser lanada mais tarde para efeitos matrimonias. Em termos de direitos sucessrios o adoptado tem os mesmos direitos que os filhos biolgicos. -No regime de adopo restrita podem adoptar:

-Quem tiver mais de 25 anos; -Quem tiver menos de 60 anos; -Neste regime podem ser adoptados j os menores referidos na adopo plena. -No regime Restrito os efeitos so mais limitados do que na adopo plena: -O menor adoptado conserva todos os direitos e deveres em relao famlia natural; -O menor adoptado,os seus descendentes, e os parentes de quem adopta, no so herdeiros legtimos ou legitimrios uns dos outros, nem ficam reciprocamente vinculados prestao de alimentos -Cabe a quem adopta, ou a este e a seu conjugue, se este for pai ou me do menor adoptado dos quais o adoptante s poder despender a quantia que o tribunal fixar para alimentos deste;

o adoptado ou seus descendentes so obrigados a prestar alimentos ao adoptante, na falta de cnjuge, descendentes ou ascendentes, em condies de satisfazer esse encargo; ao menor adoptado, poder o tribunal, a requerimento de quem adopta, atribuir apelidos deste, compondo-se assim um novo nome, mas em que figure um ou mais apelidos da famlia natural. -A adopo restrita pode a todo o tempo, mediante requerimento dos adoptantes, ser

convertida em adopo plena, desde que se verifiquem os requesitos para esta exigidos. No entanto, a adopo restrita pode ser revogada se os pais adoptivos no cumprirem os seus deveres.

Em 2011 foram acolhidas 379, mais 32 do que no ano de 2010, mas mesmo assim menos do que em anos anteriores. Em Portugal existem 561 crianas para adoptar e 2243 candidatas espera. O nmero de adopes em Portugal diminuiu relativamente nos ltimos dois anos. Apesar da Lista Nacional ter entrado em vigor no ano passado com o nico intuito de agilizar e tornar mais rpidos e em maior nmero o processo de adopo. Lisboa foi a regio que mais beneficiou com o novo sistema, j

que 55 das 101 crianas adoptadas so oriundas desta regio. O tempo mdio de espera dos candidatos adopo em relao as crianas adoptadas foi de dois anos e meio, mas os dados do ISS acrescentam que os tempos mdios no tem em conta as especificidades das crianas, como a idade, a sade,uma deficincia, ou os grupos de irmos. Isto quem pretende crianas at as trs anos de idade tem de esperar muito mais tempo. Apenas um quinto das pessoas aceitam adoptar irmos e muito menos mais do que dois. No esta a opinio de Luis Villas-Boas, director do refgio Aboim Ascenso, este afirma que em 2009 estavam 9563 crianas e jovens em instituies mas o nmero daqueles que ficam em condies de serem adoptados 17 vezes menor. Este afirma que deve existir uma base de dados com todos os candidatos a adopo, todas aquelas crianas que tivessem menos de quinze anos e sem ligao nenhuma com a famlia deveriam estar em plena condio de adoptabilidade, este diz-nos tambm que a lei aumentou para os 59 anos a idade mxima permitida para adoptar, mas este afirma que no tem conhecimento de ningum com 52 ou 53 anos que tivesse adoptado uma criana. O perfil da maioria das crianas adoptadas tem menos de 6 anos, so saudveis e de raa branca, este o perfil registado pela Santa Casa da Misericrdia de Lisboa responsvel pela adopo no concelho. No final de 2010, 54 crianas

encontravam-se em lista de espera, sem resposta familiar adoptiva o numero aumentou para 58 em 2011. Estas crianas apresentam um tempo mdio de espera de 9,2 anos, encontramdo-se sinalizadas para adoo a 6,2 anos. A maioria dos casos arrastam-se anos a fio, enquanto que os candidatos esperam uma criana que preencha as suas expectativas, depois de entrarem com os ditos papis os candidatos a pais tem de passar por diversas entrevistas, testes de aptido e conhecimento. Muitos Portugueses optam por ir a Frana ou Itlia, h mais crianas residentes em Portugal adoptadas no estrangeiro do que o inverso. Os nmeros de adopo internacional em Portugal so residuais, o que tem a ver com o facto de existirem poucos acordos internacionais nessa rea. Portugal recebe principalmente crianas oriundas de pases de Lngua Oficial Portuguesa, os PALOP, sobretudo do Brasil e de Cabo Verde. A nossa Associao Bem Me Queres, foi autorizada a exercer actividade mediadora para a adopo internacional, mas at ao momento apenas para a Bulgria.

As instituies insistem muito no regressos das crianas e jovens s famlias originrias, onde estas muitas vezes so mal tratadas e abandonadas e no tem qualquer ligao e muitas vezes s em casos

limites que se processa a adopo procurando depois os casais a aceitar crianas de 14/15 anos e argumentando com estes que so esquisitos nas escolhas que fazem.

Trabalho realizado por: Melissa Merkens nmero:20094297