Guia de Inspecao de Tanques Rev
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INSPEO DE EQUIPAMENTOS
GUIA N 9 INSPEO EM TANQUES ATMOSFRICOS E DE BAIXA PRESSO
Relatores: Albary Eckmann Peniche Jos Barbato Aprovada na reunio de 5. 6/3/70 da Comisso de Inspeo de equipamentos do Instituto Brasileiro de Petrleo. Membros da Comisso de Inspeo de Equipamentos do IPB que participaram da elaborao desta guia: Aldo Cordeiro Dutra (Coordenador) Albary E. Peniche Djalma Bezerra Haroldo Garrastazu Fernandes J. E. Amaral Sampaio Jos Barbato Mrio Duque Estrada CENPES/PETROBRS RPBC/PETROBRS IMEEL S/A REF. MANGUINHOS REF. UNIO RPBC PETROBRS
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Menbros do GRINSP N-Ne que revisaram o guia: Moacir Bispo Ramos CEFET-BA/COOEND
GUIA N 9
INSPEO DE TANQUES ATMOSFRICOS E DE BAIXA PRESSO 01 INTRODUO Na industria de petrleo e derivados, os tanques so usados para armazenar petrleo bruto, produtos intermedirios e acabados da refinao, gases, produtos qumicos em geral e gua. Esses tanques so construdos em diferentes tipos, formas, tamanhos e com variados tipos de materiais. Dado ao domnio da tecnologia de fabricao e de controle de deteriorao usa-se o ao carbono como principal material de fabricao de tanques de armazenamento. As caractersticas do lquido armazenado, tais como volatilidade, inflamabilidade, temperatura e presso de armazenamento so importantes fatores na seleo do tipo de tanques a ser utilizado. 02 - NORMAS DE REFERNCIA API American Petroleum Institute API 575 API 620 API Standard 650 Walded steel tanks for oil storage. API 653 API Standard 12A Specification for oil storage tanks with riveted shells. PETROBRAS Petrleo Brasileiro S/A N 270 N 271 ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 7821 Abr/83 da ABNT Tanques soldados para armazenamento de petrleo e derivados. 03 OBJETIVO O objetivo deste guia apresentar as diretrizes bsicas a serem seguidas nos trabalhos de inspeo e manuteno de tanques atmosfricos e de baixa presso utilizados para o armazenamento de petrleo e seus derivados. No se trata, entretanto, de regras e nem se tem a pretenso de ser base para elaborao de um cdigo, porem uma boa pratica de engenharia o que no descarta o julgamento soberano de um competente engenheiro de inspeo. Estas diretrizes cobrem uma srie de prticas observadas na inspeo de tanques atmosfricos e de baixa presso atualmente em uso, focalizando os mtodos e procedimentos a serem utilizados, seqncia de inspeo, causas de deteriorao e/ou avarias e outros aspectos da inspeo.
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3.1.3 Estruturas de sustentao do teto 3.1.3.1 Coluna central 3.1.3.2 Colunas intermedirias 3.13.3 Coroa central 3.1.3.4 Vigas radiais principais 3.1.3.5 vigas radiais secundarias 3.1.3.6 Vigas transversais 3.1.3.7 Cantoneira de apoio 3.1.3.8 Perna de apoio 3.1.2 Costado 3.1.3 Cilndrico 3.1.4 Esferoidal 3.1.5 Fundo 3.1.6 Plano 3.1.7 Curvo
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3.1.15 Vlvula de presso e vcuo 3.1.16 Tampa de alvio 3.1.17 Anti-rotacional 3.1.18 Vedao do teto flutuante 3.1.19 Corta chama ou retentor de chama 3.1.20 Sistema de medio 3.1.20.1 Trena 3.1.20.2 Roldanas 3.1.20.3 Peso 3.1.20.4 Visor 3.1.20.5 Bia 3.1.20.6 - Remoto 3.1.21 Porta de limpeza 3.1.22 Contraventamento 3.1.23 Escadas 3.1.23.1 Marinheiro 3.1.23.2 Helicoidal 3.1.23.3 Com patamares
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Figura 1
Figura 2
Figura 3
05- TIPOS E DESCRIO 3.3 TANQUES ATMOSFRICOS So aqueles projetados para operarem a presses entre a atmosfrica e 0,05 Kg/cm2, acima do nvel, do lquido armazenado. Tais tanques so usualmente construdos de ao carbono ou ao liga podendo ser rebitados ou soldados. As normas que regulamentam o projeto e a construo desses tanques em ao carbono so as seguintes: NBR 7821 Abr/83 da ABNT Tanques soldados para armazenamento de petrleo e derivados. API Standard 650 Walded steel tanks for oil storage. API Standard 12A Specification for oil storage tanks with riveted shells. 3.3.1 Usos Os tanques atmosfricos so usados para o armazenamento de fludos de baixa volatilidade. Estes so lquidos que tm na temperatura de armazenamento uma presso de vapor absoluta inferior atmosfrica. Presso de vapor a presso na superfcie do lquido causada pelos vapores do prprio lquido; ela varia diretamente com o aumento da temperatura.
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FIGURA 4 (P-116B)
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Figura 5 (P-116B)
V-se a grande quantidade de produtos de corroso depositados sobre o teto flutuante A corroso interna no espao de vapor acima do nvel de lquido comumente causada por vapores de gs sulfdrico, vapor de gua, oxignio ou uma combinao dos trs; nas reas cobertas pelo lquido armazenado a corroso pode ser causada pelo gs sulfdrico, sais,outros compostos de enxofre ou pela gua. A solubilidade da gua no petrleo e derivados que aumenta com o aumento de temperatura e independe do grau API e a solubilidade do oxignio (que aumenta com aumento dos graus API e diminui com o aumento da temperatura) a freqncia de utilizao do tanque, o tipo do teto, a presso de vapor e alocao do tanque so os fatores de influncia das taxas de corroso previstas para o teto, costado e o fundo do tanque em questo. Mecanismos associados a tenses cclicas ou no normalmente relacionados com o regime operacional do equipamento tambm podem influenciar nas taxas de corroso dos tanques.
Figura 6
Teto corrodo e perfurado pela corroso interna A corroso galvnica do ao carbono pode ser encontrada nas chapas galvanizadas de selagem do teto flutuante, ou na superfcie interna do fundo quando em contato com o lato da bia ou bronze da trena de medio, que se tenha desprendido. Outras deterioraes que podem ser consideradas como formas de corroso so: empolamento pelo hidrognio, fendimento por lcali, corroso grafdica e a dezincificao. Exceto o fendimento lcali, que pode ser causado por qualquer material custico existente no lquido armazenado, as demais deterioraes no so comuns nos tanques de armazenamento.
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O termo ensaio aqui usado aplica-se unicamente ao processo de enchimento do tanque com um liquido ou gs, a uma presso estipulada pelas normas com a finalidade de testa-lo quanto a sua resistncia estrutural e estanqueidade. Tal ensaio e executado aps o termino da construo, de um novo tanque porem aplica-se tambm para a verificao de vazamentos ou aps execuo de reparos estruturais. Neste caso, aps os trabalhos de reconstruo ou de reparos, tais como a instalao de um novo fundo ou substituio de anis do costado, o tanque atmosfrico deve ser cheio co gua e no decorrer do enchimento observados quanto a possveis vazamentos; vinte quatro horas aps devera ele ser esvaziado, no sem antes ser feita nova observao. Caso inexista gua para o ensaio e as conexes do teto do tanque possa ser devidamente bloqueadas, pode ser usado o ensaio com ar pressurizado com 5 cm de coluna de gua, embora este procedimento tenha muito pouco uso como ensaio de estanqueidade, aplica-se ento a soluo de sabo nas reas suspeitas de tanque, particularmente nas soldas afim de verificar possveis vazamentos. Os tanques de baixa presso so ensaiados da mesma forma que os atmosfricos, exceto com relao a presso que deve ser maior e de acordo com a presso do projeto. Os tanques projetados e suportados de tal modo que sejam instveis quando cheios de gua ou tanques nos quais a corroso e bastante severa, ou tanques nos quais a
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Determinao da forca resistente presso , para uma altura unitria: DF = p.dS como dS = d.r.h, e h = 1 DF = p. d. r As componentes atuante de dF se reduzem a dV, j que a componente dH se anula por simetria, e como: dV = d.F. sen. , obtem-se: dV = pr.sen. . d integrando V = o dv V = 2.p.r Como nas condies de equilbrio V = Fe =2F1 Obtem-se : F1 = p.r 2) Como a presso exercida sobre um anel do costado e funo do peso especifico do liquido armazenado, ou seja: p=.H sendo = peso especifico H = altura do anel Obtemos : F1 = .H.r 3 )- Para o calcula da espessura de uma anel e por definio. = F1 sendo = carga suportada pela seo unitria do material e como A F1 A H r =.H.r = h.e =1 =D 2 obtemos = logo =
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O valor de , considerado como a taxa mxima de trabalho permissvel do material, deve ser comutado na formula acima j levando em considerao o coeficiente de segurana, que e a relao entre as tenses de ruptura e permissvel. Como nos anis do costado existem juntas verticais da amarrao das chapas, devera a formula em questo ser corrigida, considerando-se um fator de eficincia das ditas juntas, E. Logo, a formula geral ser: e = HD 2E 12.2.2 Formula pela norma P-NB-89 da ABNT Considerando: ( taxa mxima de trabalho permissvel para o ao carbono especificado) = 1.500kg/cm2 j com um coeficiente de segurana de 2,5; 3 (peso especifico do liquido) = g (em g cm ); H (altura da base do anel medida na aresta superior da cantoneira de fixao do teto ou na parte inferior de qualquer ladro que limite o nvel de enchimento do tanque = h (em metros); D (dimetro interno do tanque, em metros) Obtemos: e = g(g/cm3) X100 (cm) h X100 (cm) D= 2 X 1.500 X 1.000 X (g/cm 2) X E ghD 300E (em cm) ou e = g.h.D 30.E (em mm)
Quando as juntas verticais soldadas so de topo com o cordo duplo, ou seja C E = 0,85, Obtm-se : e = 0,39,g.h.D (mm) Quando as juntas verticais soldadas so sobrepostas com cordo integral duplo de ngulo, ou seja: E = 0,75, Obtm-se : e = 0,044 . g.h.D (mm)
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Quando as juntas verticais soldadas so sobrepostas com cordo integral duplo de ngulo, ou seja: E = 0,75, Obtm-se:
e = 0,044 . g . h D (mm)
12.2.3 - Frmula pela Norma 650 do AP1 Considerando : r (taxa mxima de trabalho permissvel para o ao carbono especificado) = 21 000 Ib/pol , j considerado um coeficiente de segurana de.. 2,5: (peso especfico do lquido armazenado, igual sua densidade vezes o pelo especfico da gua) = g.62,42 lb/p; (H-1) (altura da base do anel medida na aresta superior da cantoneira, de fixao do, teto na arte Inferior de qualquer ladro que limite o nvel de enchimento do tanque, menos 1 p) em Ps; D (dimetro interno nominal do tanque) -em ps -obtemos: E= g. 62,42 (Ib) x (H-l) (p) x D(p) (pol2]) -2 x (p3) x 21000 (lb) x E
Quando as juntas verticais soldadas so de topo com cordo duplo, ou seja: E := 0,85, obtm-se: e = 0,000146.g. (H-l).D (em polegadas)
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FIGURA 11 ( P-111C)
Aplicao de "Gunite" no costado do tanque vendo-se a aplicao da 1camada que recobre a sustentao . Os vazamentos do fundo de tanques atmosfricos podem tambm ser reparados temporariamente do mesmo modo que os do teto; neste caso importante saber at que ponto o material do remendo atacado pelo liquido armazenado. As bases de tanques porventura removidas ou que cederem por compactao do terreno podem ser reparadas pela injeo, sob o fundo, de areia, argila, concreto magro ou material similar ao da base . 14 - REGISTROS DE INSPEO 14.1 -Importncia
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Figura 12
12 - altura mxima de utilizao em metros (valor de H considerado para. o clculo de espessura mnima). 13 -dimetro, em metros, obtido dos desenhos de fabricao; 14 -capacidade, em m3 ou litros, obtida do projeto. 15 -temperatura do produto, em graus centgrados. 16 -densidade relativa. 17 - graus API. 18 - indicar os anis do costado, ordenados de baixo para cima, o fundo e o teto. 19 especificao ASTM, ABNT, ou outras 20 - espessura nominal em mm, obtida dos desenhos de fabricao, preferentemente por determinao direta. 21 - largura. em metros das chapas dos componentes considerados . 22 - espessura mnima, em mm, calculada para o produto efetivamente armazenado. 23 - diferena entre as espessuras nominal e mnima. 24 - obtida da norma de projeto em funo do tipo de Junta empregada 25 - indicar se foi radiografada ou no. 26 - indicar a existncia de serpentina ou aquecedor, seu tipo e material data, tipo, fabricante . 27 - indicar sua existncia ou no, quantidade, tipo, fabricante, 28 - indicar quais os dispositivos de respirao e alivio existentes, tipos e dimenses. 29 - indicar sua existncia ou no .
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