Porcentagem de Sólidos Moagem
Porcentagem de Sólidos Moagem
Porcentagem de Sólidos Moagem
=
Considerando a gua j adicionada na alimentao, que a parte slida que
alimenta a caixa somente a alimentao nova e que a relao entre slidos e gua na
caixa do SAG deve ser de 50%, a vazo de gua para a caixa (Q
cx
) pode ser determinada
assim:
( ) ( )
a n m
n
cx
Q
h
s
s
Um u U
u
Q
)
`
\
|
=
1
3600
100
1
) (% M % 1
5 , 0
M ) 5 , 0 1 (
Equao (3)
Equao (4)
11
O controle de vazo de gua na alimentao e na caixa de descarga do SAG para
trechos de 100s de correia feito introduzindo as equaes 3 e 4 no algoritmo (1) e
inserindo esse algoritmo dentro de um loop infinito (2):
De 1 at inifinito faa;
Mu
n
= 0
Mu
c
= 0
De 1 at 100 faa;
Contar 1s e continuar (Delay)
Mu
n
= Mu
n
+ [(Tx
n
)/3600]
Mu
c
= Mu
c
+ [(Tx
c
)/3600]
Loop
Ac = (Mu
n
+ Mu
c
)*(%Um)
Ms
T
= (Mu
n
+ Mu
c
) *(1-%Um)
h
s
s
Tx
m
1
3600
100
Ms
T
=
Aplicar Equao (3)
Aplicar Equao (4)
Loop
Ao final de um loop interno de 100s do algoritmo (2), o valor da Taxa Horria
Mdia Seca calculada ficar disponvel durante 100s at que o prximo loop interno
seja completado. Assim, possvel criar outro algoritmo (4) isolando a equao que
calcula a vazo de gua na caixa de descarga, dessa forma o controle seria executado de
acordo com o tempo de resposta uma variao na vazo de polpa na alimentao do
SAG na descarga do moinho:
Aps x segundos de fim do algoritmo (2) executar:
De 1 at inifinito faa;
Aplicar Equao (4)
Contar 100s (Delay)
Loop
Algoritmo (2)
Algoritmo (4)
12
A lgica do controle at aqui aplicvel para a situao de operao normal da
moagem, SAG e Bolas operando e sem recirculao do underflow da ciclonagem do
moinho SAG. Existem outras duas situaes de operao, uma onde necessrio operar
com o fluxo do underflow dividido, onde parte desse fluxo recircula para o moinho
SAG e a outra parte segue para a caixa do moinho Bolas, e outra situao onde
necessrio operar somente com o moinho SAG. Nessas duas outras situaes de
operao seriam necessrias novas equaes baseadas em balano de massas e guas da
bateria de ciclones (proposto no tpico 4.5 deste trabalho) e os controles, tanto para a
operao normal quanto para as outras duas situaes, podem ser amarrados em um s
controle estruturado em uma condicional composta referente s vlvulas que
determinam o destino do underflow da bateria de ciclones como no seguinte algoritmo:
De 1 at inifinito faa;
Mu
n
= 0
Mu
c
= 0
De 1 at 100 faa;
Contar 1s e continuar (Delay)
Mu
n
= Mu
n
+ [(Tx
n
)/3600]
Mu
c
= Mu
c
+ [(Tx
c
)/3600]
Loop
Se vlvula FV-2081 aberta e FV-2082 fechada faa:
Ac = (Mu
n
+ Mu
c
)*(%Um)
Ms
T
= (Mu
n
+ Mu
c
) *(1-%Um)
h
s
s
Tx
m
1
3600
100
Ms
T
=
Aplicar Equao (3)
Aplicar Equao (4)
Se no, faa:
Se vlvula FV-2082 aberta e FV-2081 fechada faa:
Equaes baseadas em balano de massas (1)
Se no, faa:
Equaes baseadas em balano de massas (2)
Fim Se
Fim Se
Loop
Algoritmo (5)
13
4.1.4 Simulao do controle otimizante
Uma simulao do controle de vazo de gua na alimentao e na descarga do
moinho SAG foi feita em planilha Excel e os resultados representados em grfico, nos
grficos o instante 0s a leitura instantnea e o instante -100s o momento em que a
leitura alimentada no moinho SAG, os grficos seguem abaixo:
Taxa Horria Instantnea - Alimenta Moinho SAG - t/h
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
-1 -4 -7 -10 -13 -16 -19 -22 -25 -28 -31 -34 -37 -40 -43 -46 -49 -52 -55 -58 -61 -64 -67 -70 -73 -76 -79 -82 -85 -88 -91 -94 -97 -100
Segundos (s)
T
a
x
a
H
o
r
r
i
a
I
n
s
t
a
n
t
n
e
a
(
t
/
h
)
Srie1
Grfico 1: Simulao de Variao da Taxa Horria Instantnea da alimentao do SAG
No grfico acima, pode-se perceber uma variao negativa acentuada, essa
variao foi inserida propositalmente na simulao para demonstrar como o controle
otimizante proposto atua e comparar com a resposta que o controle atual pode ter.
Intengrao da Taxa Horria Instantnea - Alimenta Moinho SAG - t/h
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
-1 -4 -7 -10 -13 -16 -19 -22 -25 -28 -31 -34 -37 -40 -43 -46 -49 -52 -55 -58 -61 -64 -67 -70 -73 -76 -79 -82 -85 -88 -91 -94 -97 -100
Segundos (s)
T
o
n
e
l
a
d
a
s
(
t
)
toneladas (t)
Grfico 2: Integrao da Taxa Horria Instantnea da alimentao do SAG
Esse grfico representa a integrao do perodo de 100s da simulao, nele
podemos ver uma regio de inflexo referente a um pico de variao negativa acentuada
que considerada pelo controle otimizante.
14
Taxa Horria Mdia e Aleatria - Alimenta Moinho SAG - t/h
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
-1 -4 -7 -10 -13 -16 -19 -22 -25 -28 -31 -34 -37 -40 -43 -46 -49 -52 -55 -58 -61 -64 -67 -70 -73 -76 -79 -82 -85 -88 -91 -94 -97 -100
Segundos (s)
T
a
x
a
H
o
r
r
i
a
-
t
/
h
t/h Instantnea
t/h Mdia
t/h Aleatria
Grfico 3: Taxa Horria Mdia Resultante e Aleatria da alimentao do SAG
O grfico acima representa o resultado do controle para o perodo da simulao.
A rea abaixo da reta calculada pelo controle otimizante proposto (t/h Mdia)
exatamente igual rea abaixo da curva real (t/h Instantnea). Foi inserida no grfico
uma reta que representa a taxa horria (t/h Aleatria) que pode ser considerada pelo
controle atual, podemos ver que o mesmo est sujeito a erros grosseiros, podendo causar
conseqncias desastrosas tanto para o processo quanto para a operao da usina, nesse
caso em especfico ocorrer um aumento significante na porcentagem de slidos.
O controle, por no estar sujeito a valores instantneos, alm de precisar a
quantidade de gua a ser adicionada, gera menores variaes na vazo de gua na
alimentao. O resultado esperado aps vrios loops com o controle segue representado
em grfico abaixo:
Controle timo de vazo de gua na alimentao do SAG -
Resultado esperado
400
450
500
550
600
650
700
750
800
850
900
100 200 300 400 500 600 700 800
Loop - segundos
C
o
n
t
r
o
l
e
A
t
u
a
l
-
m
/
h
400
450
500
550
600
650
700
750
800
850
900
C
o
n
t
r
o
l
e
O
t
i
m
i
z
a
d
o
-
m
/
h
Controle Atual
Controle Otimizado
Grfico 4: Controle timo de vazo de gua na alimentao do SAG Resultado esperado.
15
4.2 Controle de vazo de gua na moagem secundria
Na moagem secundria, para controle da porcentagem de slidos, necessrio
ser feito um balano de massas do circuito que comea com uma pr-classificao do
produto da moagem primria por ciclones e termina com uma classificao, tambm por
ciclones, do produto da moagem primria, que j foi pr-classificado e do produto da
moagem secundria, formando uma carga circulante, e uma carga circulante reduzida
composta pelo concentrado scavenger e rejeito cleaner.
Os balanos de massas e guas podem ser feitos de duas maneiras, uma
utilizando algum dos mtodos de simulao existentes na bibliografia e a outra
medindo. Os mtodos de simulao utilizam um nmero muito elevado de variveis de
processo que so considerados constantes para a simulao, como granulometria de
alimentao, por exemplo. Ser considerado nesse trabalho o mtodo atravs de
instrumentao e amostragens de campo.
4.2.1 Balano de Massas e guas do circuito da Moagem Secundria
A alimentao da moagem secundria formada pelo underflow da classifico
por ciclones, a alimentao desses ciclones formada pelo underflow da pr-
classificao, pelo prprio underflow da classificao, formando uma carga cirulante da
moagem secundria, e carga circulante da flotao. Os fluxos de polpas do circuito da
moagem secundria esto numerados e representados no fluxograma esquemtico (1)
abaixo:
Fluxograma (1): Fluxos do circuito da moagem
16
4.2.2 Balano de Massas e guas das bancadas de ciclones
Os fluxos 1 e 3 formam, respectivamente, as alimentaes da pr-classificao e
classifico. Nesses fluxos existem medidores de vazo e, com medidas de porcentagem
de slidos da alimentao, do overflow e do underflow, pode-se determinar o balano
de massas e guas.
O fluxo de massa de slidos da alimentao dos ciclones pode ser calculado
atravs da seguinte equao:
1
]
1
|
|
\
|
+
=
wf
wf
Q
Ms
s
pp
1 1
Onde:
Ms = Fluxo de massa na alimentao
Qpp = Vazo de polpa na alimentao
s = densidade dos slidos na alimentao
wf = porcentagem de slidos na alimentao
O fluxo de massa de slidos do Underflow dos ciclones pode ser calculado com
as equaes abaixo:
+ =
wf
wf
Ms Ms F
1
F wu
wo wu
wo wf
Us
=
Onde:
F = Massa de polpa na alimentao
Us = massa de slidos no underflow
wo = porcentagem de slidos no overflow
wu = porcentagem de slidos no underflow
A massa de slidos do Overflow (Os) obtida subtraindo da equao (5) a
equao (6):
Us Ms Os =
As massas de guas para a alimentao, underflow e overflow so calculadas
pela equao (1).
Equao (5)
Equao (7)
Equao (8)
Equao (6)
17
4.2.3 Pontos de adio de gua e instrumentao do circuito
No circuito da moagem secundria existem trs pontos de adio de gua, um no
fluxo 2, underflow da pr-classificao, outro na caixa de descarga do moinho de
BOLAS e o terceiro no underflow da classificao. Estes ltimos dois pontos formam
uma bifurcao de uma mesma tubulao.
A adio de gua no underflow da pr-classificao tem somente a funo de
diluio para facilitar a transferncia para a caixa de polpa, a vlvula que controla essa
vazo de gua modulada manualmente em campo e, para adequao dessa polpa
porcentagem de slidos pela adio de gua na caixa na sequncia, seria necessrio
somente quantificar a vazo de gua de diluio do underflow instalando um medidor de
vazo.
A tubulao principal que bifurcada para adio de gua na caixa e no
underflow da classificao possui um medidor de vazo e uma vlvula que controlada
remotamente da sala de controle. Para um controle eficaz, seria necessria a instalao
de um medidor de vazo e uma vlvula de controle remoto na tubulao da vazo de
gua na caixa, ento, a vazo de gua na caixa e no underflow seriam calculados e a
soma aplicada na tubulao principal, ao mesmo tempo, a vlvula de controle da caixa
ajustaria a vazo calculada para ela e, por subtrao, a quantidade necessria de gua
iria para o underflow.
Poucos so os fluxos do circuito da moagem secundria que so equipados com
densmetros, mas, sabido da necessidade e importncia de instalaes de densmetros
na alimentao da pr-classificao e clasificao, existindo, inclusive, projetos para
adequao de densmetros existentes. Nos overflows existe um PSI que possui
densmetro. A instalao de densmetros nos underflows praticamente invivel, mas,
tambm, so os fluxos que apresentao menores variaes na porcentagem de slidos,
ento, esses fluxos seriam amostrados em campo frequentemente e as porcentagem de
slidos inseridas pelo operador da sala de controle no Sistema Supervisrio.
Para o controle do fluxo da carga circulante da flotao seria necessrio, ao
menos, um medidor de vazo e a porcentagem de slidos seria feita em campo e
inserida no sistema supervisrio. Esse fluxo importante, pois, a gua que vem por este
fluxo consitui uma gua que recirulada dentro da prpria usina, evitando que esse
volume de gua se perca por evaporao ou infiltrao, o que ocorre quando a
recirculao de gua se estende at a barragem de rejeitos.
4.2.4 Clculo de vazo de gua na caixa e no underflow
De incio, o controle de vazo de gua na caixa ser estruturado de acordo com a
massa slida que a alimenta. O fluxo de massa slida do underflow da pr-classificao
(Usp) calculado unindo as equaes 6,7 e 8, usando na equao 6 a vazo da bomba
PP-01 ou 02. No underflow da classificao (Usc), o fluxo de massa slida tambm
calculado unindo as equaes 6,7 e 8, s que agora, usando na equao 6 a vazo da
bomba PP-03 ou 04. E, por fim, a massa de slidos proveniente da recirculao da
flotao (Msf) calculada utilizando a equao 5. Ento, o fluxo de massa slida total
na caixa (Msc) vai ser:
Msf Usc Usp Msc + + =
Equao (9)
18
Com a gua, a polpa contida na caixa deve ter sua porcentagem de slidos
prxima de 59%. Para atingir esta porcentagem de slidos a vazo de gua na tubulao
que alimenta a caixa e o underflow calculada da seguinte forma:
Qdup
Wsf
Wsf
Msf
Wuc
Wuc
Usc
Wup
Wup
Usp Msc Q
=
1 1 1
% 59
% 59 1
Onde:
Msc = massa total slida que alimenta a caixa
Wup = porcentagem de slidos do underflow da pr-classificao
Wuc = porcentagem de slidos do underflow da classificao
Wsf = porcentagem de slidos da carga circulante da flotao
Qdup = gua de diluio do underflow da pr-classificao
A equao 10 est simulada em planilha Excel e validada de acordo com o
fluxograma de projeto.
Como dito anteriormente, o clculo acima para a tubulao principal que
alimenta tanto a caixa como o underflow. As vlvulas das tubulaes ramificadas da
tubulao principal, uma que vai para a caixa e outra que vai para o underflow, so
moduladas em campo e a relao de abertura entre as duas pode ser determinada na
prtica sem problemas. Caso seja necessrio um controle com maior preciso, seria
necessria a instalao de um medidor de vazo e uma vlvula automtica na
ramificao que vai para a caixa, ento, o resultado da subtrao do clculo de gua
para o underflow da equao 10 seria aplicado vlvula da caixa.
4.3 Algoritmo final para a vazo de gua na alimentao do SAG
De posse do balano de massas dos ciclones proposto no item 4.2.2 pode-se
determinar o algoritmo indicado no inicio deste trabalho onde so consideradas duas
outras situaes de operao do moinho, uma com o underflow da pr-classificao
dividido, metade recirculando para o SAG e a outra metade indo para o circuito da
moagem secundria, a outra quando o moinho est operando sozinho, o underflow
recircula todo para ele, e a recirculao da flotao que antes ia para a caixa do bolas
agora vai para a caixa do SAG. O controle amarrado na posio das vlvulas que
controlam o destino deste fluxo.
Nessa outras duas situaes, como o tempo de defasagem entre a vazo de polpa
medida na tubulao da bomba PP-01/02 e a alimentao no moinho da carga circulante
do underflow muito curto, pode ser considerado como instantneo e o fluxo de massa
e de gua, considerando a gua de diluio, dessa carga circulante adicionado
equao (3) e (4).
Esses controles esto simulados e validados em planilha excel.
Equao (10)
19
4.4 Carga Circulante do Moinho de Bolas
Um controle de extrema importncia para o processo determinar a carga
circulante do moinho de bolas, essa carga circulante tem influncia direta no
desempenho de moabilidade deste moinho. Com a implementao dos controles
propostos at aqui, o clculo dessa carga circulante pode ser exibido a todo o momento
pelo Sistema Supervisrio, possibilitando operao da planta o seu controle. A carga
circulante calculada de acordo com o balano de massas proposto no item 4.2.2 da
seguinte forma:
Us Ms
Us
CC
= %
4.5 OTIMIZAO
A estratgia de otimizao proposta aqui consiste em um ajuste da granulometria
do produto da moagem que gere um melhor desempenho do processo de flotao e
elimine remoagem, remoagem essa que ocupa espao de alimentao nova da planta,
conseqentemente, possibilitando um aumento dessa vazo de alimentao nova na
planta. Assim, essa otimizao determina uma vazo mxima de alimentao para uma
dada granulometria de produto da moagem.
A principal varivel contida na estratgia proposta a porcentagem de slidos de
alimentao da pr-classificao e da classificao. Mediante o seu controle, possvel
diminuir ou aumentar o dimetro de corte dos ciclones, diminuindo ou aumentando a
porcentagem de slidos nessa alimentao consecutivamente.
4.5.1 Prioridade de variveis a serem controladas
So identificadas aqui trs variveis que geram grande impacto no processo de
moagem e de alimentao da flotao em relao s outras. Essas trs variveis devem
ser controladas na seguinte ordem de prioridade:
1. Granulometria do Overflow da pr-classificao:
Controlando a porcentagem de slidos da alimentao da pr-classificao pode-
se trabalhar no limite superior de granulometria no overflow que no prejudique a
recuperao. Evitando carregamento desnecessrio na moagem secundria. A
granulometria indicada por um PSI.
2. Granulometria do Overflow da classificao:
Como na pr-classificao, pode-se trabalhar no limite superior de granulometria
overflow da classificao, evitando remoagem e carregamento desnecessrio na
moagem secundria. A granulometria indicada por um PSI.
Equao (11)
20
3. Carga circulante (CC%) do Moinho de Bolas:
Com o controle da carga circulante proposto no item 4.4 pode-se trabalhar
dentro de um faixa operacional a qual a eficincia do moinho maior.
As outras variveis, como nveis de caixa e presso dos ciclones, por exemplo,
bastam estar dentro de suas faixas operacionais que no geram distrbios elevados como
a porcentagem de slidos.
Com os controles propostos at aqui, foi criado um diagrama de pirmide
representando a estratgia de otimizao descrita acima.
Diagrama 01: Pirmide prioridade de controles
21
CAPTULO 5
RESULTADOS E DISCUSSES
5.1 Resultados obtidos em fase de teste do controle otimizante
O controle otimizante foi inserido no Sistema Supervisrio para teste indicando
somente o resultado que teria sem modular vlvula que controla a vazo de gua, e,
mantendo o controle atual, os dois controles foram comparados atravs de grficos
(trends) criados pelo prprio Sistema Supervisrio como pode ser visto nas figuras
retiradas das telas de computador do sistema.
Figura 01: Integrao da taxa horria em loops de 100s
O grfico acima demonstra a taxa horria sendo integrada em loops de 100s, a
linha amarela o resultado da integrao que fica disponvel at o final do prximo
perodo.
A massa de alimentao nova contida entre a alimentao do SAG e a balana
o resultado dessa integrao, ento, esse valor usado pelo controle proposto nesse
trabalho para calcular a vazo de gua que est estruturado dentro do mesmo loop da
integrao, ou seja, ao trmino do perodo de integrao a vlvula modulada para esse
valor resultante. O grfico a seguir representa qual valor de taxa horria esse controle
usaria, linha verde, representa, tambm, qual valor de taxa horria o controle atual usou,
linha azul claro, e o clculo de vazo de gua resultante, linha azul escuro.
22
Figura 02: Taxa horria instantnea e atuao dos controles atual e proposto
A figura 02 representa bem como o controle atual pode gerar distrbios na
estabilidade de porcentagem de slidos na alimentao da planta, ele tomou um valor
bem abaixo do que vinha sendo a alimentao anteriormente e tomou como realidade
para os prximos 90 segundos. Vale lembrar que nessa figura no est aplicada a
defasagem entre a balana e a alimentao do SAG, o Sistema Supervisrio toma como
verdade que o valor medido pela balana o valor que est sendo alimentado no SAG, o
controle proposto corrige est defasagem.
O grfico da figura 02 foi vetorizado, a defasagem aplicada e os grficos
resultantes seguem a seguir na figura 03.
Figura 03: Defasagem entre balana e alimentao aplicada aos controles atual e proposto
23
Na figura percebe-se bem a dimenso do erro do controle atual e como o
controle proposto otimizante. Na figura identificado dois cenrios de risco a
operao do moinho SAG. No primeiro, representado pelo perodo da linha tracejada
amarela, o controle atual utilizou uma taxa horria de alimentao nova para o clculo
de vazo de gua abaixo de 50% do que estava realmente alimentando o SAG,
aumentando muito a porcentagem de slidos da polpa no chute de alimentao do SAG,
dificultando o fluxo dessa polpa e, mesmo que improvvel, a chance de entupimento do
chute por qualquer outro motivo aumenta. No outro cenrio, representado pelo perodo
da linha tracejada vermelha, como no primeiro, a porcentagem de slidos no interior do
moinho aumenta consideravelmente, e depois, quando a queda da alimentao
identificada pela balana comea entrar no moinho e o sistema atravs do controle atual
entende que a alimentao restabeleceu a normalidade anterior, aplica muito mais gua
do que o necessrio causando uma desconsolidao da alta porcentagem de slidos no
interior do moinho repentinamente, podendo causar golfamentos do moinho que
ativam a emergncia de corda da CV-03 parando o moinho.
Est representado na figura 02 um momento da alimentao da planta com
muitas variaes, existem, tambm, momentos em que ocorre uma variao grande e
pontual que o controle atual pode assumir como no exemplo da figura 04 a seguir.
Figura 04: Variao pontual na alimentao do SAG
24
Neste outro exemplo da figura 05 abaixo a vazo de gua chegou a zerar com a
atuao do controle atual, enquanto que o controle proposto utilizou uma mdia da taxa
horria no perodo de 100s.
Figura 05: Vazo de gua zerada
Um ltimo exemplo demonstrado pela figura 06 abaixo. Nesse exemplo
percebe-se como o controle proposto atua amortecendo as variaes de vazo de gua
na alimentao do moinho SAG em relao ao controle atual que escolhe um valor
aleatrio.
Figura 06: Comportamento do controle atual e o proposto durante operao normal
25
5.2 Implementao do controle otimizante
Aps os testes virtuais o controle foi inserido no Sistema Supervisrio e atuou
como previsto. Foi percebido, tambm, que o PID que controla a abertura da vlvula
passou a ter uma sintonia muito mais fina do que com o controle anterior.
O controle de vazo de gua na alimentao do moinho SAG, que j existia,
agora usa um valor de taxa horria mdia em vez de um valor aleatrio e o controle de
vazo de gua na caixa do mesmo moinho que era feito com um Set-Point de vazo de
gua pelo operador da sala de controle, agora feito com um Set-Point determinado
pelo Sistema Supervisrio. Segue abaixo a tela do sistema demonstrando os dois
controles (Figura 07).
Figura 07: Controles de vazo de gua na alimentao e na caixa do SAG
26
CAPTULO 6
CONCLUSO
Os resultados esperados em fase de estudo foram os obtidos em fase de teste e
obtidos tambm aps implementao.
O controle proposto para a moagem secundria pode ser implementado com
facilidade e ter como conseqncia os benefcios obtidos na faze primria.
Esse trabalho proporcionou uma ferramenta extremamente muito til para a
engenharia de processo para a fase primria da moagem, possibilitando a manipulao
da porcentagem de slidos na alimentao da pr-classificao. Com a implementao
dos controles para a fase secundria da moagem, possvel otimizar o fluxo de
alimentao da flotao de acordo com o produto da moagem manipulando a
porcentagem de slidos da alimentao dos cilclones, e determina a carga circulnte. O
conjunto desses trs controles possibilita otimizar a vazo de alimentao nova da
planta de beneficiamento.
Na operao atual da usina verifica-se que boa parte do material que poderia
seguir direto para a flotao pelo overflow da pr-classificao est indo para o seu
underflow, carregando desnecessariamente o circuito da etapa secundria da moagem,
gerando ineficincia das bombas dessa etapa pelo acumulo desnecessrio de finos, ou
seja, na etapa primria o corte dos ciclones pode ser aumentado tranquilamente. Uma
boa flexibilidade para o controle desse corte seria configurar os ciclones da bancada da
pr-classificao com diferentes aberturas de vortex, e nesse caso, em conjunto com o
controle da porcentagem de slidos seriam utilizados os ciclones com maiores aberturas
de vortex. Por outro lado, o corte dos ciclones da classificao, etapa secundria, esta
alto e pode ser diminudo.
A ferramenta de fcil instalao e no requer investimentos elevados.