Instrumentacao - Industrial - Livro

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Instrumentao

9a edio

Marco Antnio Ribeiro

Instrumentao
9a edio

Marco Antnio Ribeiro


Dedicado a Marcelina e Arthur, meus pais, sem os quais este trabalho no teria sido possvel, em todos os sentidos.

Quem pensa claramente e domina a fundo aquilo de que fala, exprime-se claramente e de modo compreensvel. Quem se exprime de modo obscuro e pretensioso mostra logo que no entende muito bem o assunto em questo ou ento, que tem razo para evitar falar claramente (Rosa Luxemburg)

1978, 1982, 1986, 1989, 1992, 1995, 1997, 1999, 2002, Tek Treinamento & Consultoria Ltda Salvador, Outono 2002

Prefcio
Qualquer planta nova, bem projetada para produzir determinado produto, sempre requer sistemas de instrumentao para fazer a medio, controle, monitorao e alarme das variveis. A escolha correta dos sistemas pode ser a diferena entre sucesso e fracasso para uma unidade, planta ou toda a companhia. Tambm, como h uma rpida evoluo das tecnologias e conseqente obsolescncia, periodicamente toda planta requer ampliaes e modificaes radicais que incluem a atualizao dos seus instrumentos e seus sistemas de controle. Assim, tcnicos e engenheiros que trabalham com o projeto, especificao, operao e manuteno de plantas de processo devem estar atualizados com a instrumentao e as recentes tecnologias envolvidas. O presente trabalho foi escrito como suporte de um curso ministrado a engenheiros e tcnicos ligados, de algum modo, a estas atividades. Este trabalho de Instrumentao e um outro de Controle de processo constituem um conjunto completo para estudo e consulta. Neste trabalho, d-se nfase aos equipamentos e instrumentos e so apresentados trs grandes temas: Fundamentos, Funes dos Instrumentos e Medio das Variveis.

Na primeira parte, de Fundamentos de Instrumentao, so apresentados os conceitos relacionados com Instrumentao, Terminologia, Smbolos e Identificao dos instrumentos analgicos e digitais; vistos os instrumentos sob a ptica de sistemas; mostradas a evoluo e as ondas da instrumentao. So apresentados os parmetros para a Especificao correta do instrumento individual, considerando o processo, ambiente, risco e corroso. Na parte de Funes de instrumentos, so estudados individualmente os instrumentos, tais como sensor, transmissor, condicionador de sinal, indicador, registrador, totalizador, controlador e vlvula de controle. Finalmente na terceira parte, so mostradas as tecnologias empregadas para medir as principais Variveis de Processo, como presso, temperatura, vazo nvel, pH, condutividade e cromatografia, que so as variveis mais encontradas nas indstrias qumicas, petroqumicas e de petrleo. Sugestes e crticas destrutivas so benvidas, no endereo: Rua Carmen Miranda 52, A 903, CEP 41820-230, Fone (071) 452-3195 e Fax (071) 452-3058 e no e-mail: [email protected] .
Marco Antnio Ribeiro Salvador, vero 1999

Autor
Marco Antnio Ribeiro se formou no ITA, em 1969, em Engenharia de Eletrnica Durante quase 14 anos foi Gerente Regional da Foxboro, em Salvador, BA, perodo da implantao do polo petroqumico de Camaari . Fez vrios cursos no exterior e possui dezenas de artigos publicados nas reas de Instrumentao, Controle de Processo, Automao, Segurana, Vazo e . Desde 1987, diretor da Tek Treinamento & Consultoria Ltda. , firma que presta servios nas reas de Instrumentao e Controle de Processo.

Contedo
Fundamentos
1. Instrumentao
Objetivos de Ensino 1. Instrumentao 1.1. Conceito e aplicaes 1.2. Disciplinas relacionadas 2. Vantagens e Aplicaes 2.1. Qualidade do Produto 2.2. Quantidade do Produto 2.3. Economia do Processo 2.4. Ecologia 2.5. Segurana da Planta 2.6. Proteo do Processo 2 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4

3. Sistemas de Instrumentao
1. Classes de Instrumentos 2. Manual e Automtico 4. Pneumtico ou Eletrnico 4.1. Instrumento pneumtico 4.2. Instrumento eletrnico 5. Analgico ou Digital 5.1. Sinal 5.2. Display 5.3. Tecnologia 5.4. Funo Matemtica 5.5. Analgica Versus Digital 6. Burro ou inteligente 7. Campo ou sala de controle 7.1. Instrumento de campo 7.2. Instrumentos na sala 8. Modular ou integral 8.1. Painel de leitura 8.2. Instrumentos cegos 9. Dedicado ou compartilhado 10. Centralizado ou distribudo 1 1 2 3 3 4 4 5 5 5 6 7 8 8 9 11 11 12 13 13

3. Alimentao dos Instrumentos 1

2. Smbolos e Identificao
1. Introduo 2. Aplicaes 3. Roteiro da identificao 3.1. Geral 3.2. Nmero de tag tpico 3.3. Identificao funcional 3.4. Identificao da malha 4. Simbologia de Instrumentos 4.1. Parmetros do Smbolo 4.2. Alimentao 4.3. Linhas entre os Instrumentos 4.4. Balo do Instrumento 5. Malha de controle 6. Sistemas completos 7. Referncias bibliogrficas 1 1 1 1 1 1 2 3 3 3 6 6 13 13 16

11. Real ou Virtual 14 11.1. Instrumento real 14 11.2. Instrumento virtual 15 11.3. Controlador virtual comercial 15

4. Terminologia
5.1. Introduo 5.2. Definies e Conceitos

Funes dos Instrumentos


0. Funes dos Instrumentos
1. Instrumentos de Medio 1.1. Introduo 1.2. Tipos de Medio 2. Aplicaes da Medio 2.1. Controle 2.2. Monitorao 2.3. Alarme 3. Sistema de Medio 1 1 3 3 4 4 4 3. Transmissor e manuteno 3.1. Transmissor descartvel 3.2. Transmissor convencional 3.3. Transmissor digital 3.4. Transmissor hbrido 11 11 12 12 14

4. Receptores associados 14 4.1. Instrumentos associados 14 4.2. Alimentao 14 4.3. Transmissor como controlador 15 5. Servios associados 5.1. Especificao 5.2. Instalao 5.3. Configurao 5.4. Operao 5.5. Calibrao 5.6. Manuteno 15 15 15 16 16 16 18

1. Elemento Sensor
1. Conceito 2. Terminologia 3. Modificadores 3. Princpios de transduo 4. Sensores Mecnicos 5. Sensores Eletrnicos 5.1. Sensor capacitivo 5.2. Sensor indutivo 5.3. Sensor relutivo 5.4. Sensor eletromagntico 5.5. Sensor piezoeltrico 5.6. Sensor resistivo 5.7. Sensor potenciomtrico 5.8. Sensor strain-gage 5.9. Sensor fotocondutivo 5.10. Sensor fotovoltico 5.11. Sensor termoeltrico 5.12. Sensor inico 6. Escolha do sensor 7. Caractersticas Desejveis 1 1 2 3 3 3 4 4 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7

3. Condicionadores de Sinal
1. Conceito 2. Aplicaes 3. Funes desenvolvidas 4. Linearizao da Vazo 4.1. Introduo 4.2. Lineares e No-lineares 1 1 2 4 4 5

5. Compensao 6 5.1. Introduo 6 5.2. Condies normal, padro e real 7 5.3. Compensao da Temperatura 8 5.4. Tomadas 8 6. Totalizao da Vazo 7. Servios associados 9 10

2. Transmissor
1. Conceitos bsicos 1 1.1. Introduo 1 1.2. Justificativas do Transmissor 1 1.3. Terminologia 2 1.4. Transmisso do sinal 4 1.5. Sinais padro de transmisso 4 2. Natureza do transmissor 5 2.1. Transmissor pneumtico 2.2. Transmissor eletrnico

4. Indicador
1. Conceito 2. Varivel Medida 3. Local de Montagem 4. Tipo da Indicao 5. Rangeabilidade da Indicao 5 7 6. Associao a Outra Funo 7. Servios Associados 1 1 2 2 3 4 5

5. Registrador
1. Introduo 2. Topografia 3. Acionamento do Grfico 4. Penas 5. Grficos 6. Associao a Outra Funo 7. Servios Associados 1 1 2 2 3 4 5

4. Controlador Microprocessado 4.1. Conceito 4.2. Caractersticas 4.3. Controladores comerciais 4. Controlador SPEC 200 4.1. Descrio e Funes

14 14 14 15 16 16

5. Estao Manual de Controle 18 5.1. Estao Manual 18 5.2. Estao de Chaveamento A/M 18 5.3. Estao A/M e Polarizao 19 5.4. Servios Associados 20

6. Computador de Vazo
1. Conceito 2. Programveis 3. Dedicado 1 1 2

8. Vlvula de Controle
1. Introduo 2. Elemento Final de Controle 3. Vlvula de Controle 4. Corpo 4.1. Conceito 4.2. Sede 4.3. Plug 5. Castelo 6. Atuador 6.1. Operao 6.2. Atuador Pneumtico 6.3. Aes do Atuador 6.4. Escolha da Ao 6.5. Mudana da Ao 6.6. Dimensionamento 6.7. Outro Elemento Final 7. Acessrios 7.1. Volante 7.2. Posicionador 7.3. Booster 8. Caracterstica da Vlvula 10 8.1. Conceito 8.2. Vlvula e Processo 8.3. Escolha de Caractersticas 9. Operao da Vlvula 9.1. Aplicao da Vlvula 9.2. Desempenho 9.3. Rangeabilidade 10. Vedao e Estanqueidade 10.1. Classificao 10.2. Fatores do Vazamento 10.3. Vlvulas de Bloqueio 15 11. Dimensionamento 11.1. Filosofia 11.2. Vlvulas para Lquidos 11.3. Vlvulas para Gases 11.4. Queda de Presso 1 1 2 3 3 3 3 4 4 4 5 5 6 7 7 7 8 8 8 9

4. Aplicaes Clssicas 2 4.1. Vazo de liquido 2 4.2. Vazo de gs 3 4.3. Sistema com 2 transmissores 3 4.5. Vazo de massa de gs 3 5. Seleo do Computador 4 6. Planmetro 4 6.1. Histrico 4 6.2. Clculo matemtico 5 6.3. Mtodo do corte e peso 5 6.4. Mtodo do planmetro 5 6.5. Grficos Circulares Uniformes6 6.6. Seleo e Especificao 6

7. Controlador
1. Conceito 2. Componentes Bsicos 2.1. Medio 2.2. Ponto de Ajuste 2.3. Estao Manual Integral 2.4. Balano Automtico 2.5. Malha Aberta ou Fechada 2.6. Ao Direta ou Inversa 1 1 1 1 2 2 3 3

10 10 12 13 13 13 14 15 15 15

3. Especificao do Controlador 5 3.1. Controlador Liga-Desliga 5 3.2. Controlador com Intervalo Diferencial 5 3.3. Controlador Proporcional 6 3.4. Controlador P + I 7 3.5. Controlador P + D 8 3.6. Controlador P + I + D 10 3.7. Controlador Tipo Batelada 10 3.8. Controlador Analgico 12 3.9. Controlador Digital 13

16 16 17 17 17

12. Instalao 12.1. Introduo 12.2. Localizao da Vlvula 12.3. Comissionamento 12.4. Tenses da Tabulao 12.5. Redutores 12.6. Instalao da Vlvula 13. Parmetros de Seleo 20 13.1. Funo da Vlvula 13.2. Fluido do Processo 13.3. Perdas de Atrito do Fluido 13.4. Condies de Operao 13.5. Vedao 13.6. Materiais de Construo 13.7. Elemento de Controle 14. Tipos de Vlvulas 14.1. Vlvula Gaveta 14.2. Vlvula Esfera 14.3. Vlvula Borboleta 14.4. Vlvula Globo 14.5. Vlvula Auto-regulada 15. Vlvulas Especiais 15.1. Vlvula Reteno 15.2. Tipo Levantamento 15.3. Reteno Esfera 15.4. Reteno Borboleta 15.5. Reteno e Bloqueio 32 16. Vlvula de Alvio de Presso 16.1. Funo do Equipamento 16.2. Definies e Conceitos 16.3. Sobrepresso 16.4. Vlvula de Segurana 17. Vlvulas Solenides 17.1. Solenide 17.2. Vlvula Solenide 17.3. Operao e Ao 18. Vlvula Redutora de Presso 18.1. Conceito 18.2. Preciso da Regulao 18.3. Sensibilidade 18.4. Seleo 18.5. Instalao 18.6. Operao

18 18 18 18 19 19 19 20 20 20 21 21 21 21 22 23 24 25 27 28 30 30 31 31 31

5. Especificao de Instrumentos
1. Informao do Produto 1.1. Propriedade (feature) 1.2. Especificao 1.3. Caracterstica 2. Propriedades do Instrumento 2.1. Funcionalidade 2.2. Estabilidade 2.3. Integridade 2.4. Robustez 2.5. Confiabilidade 11 2.6. Disponibilidade 2.7. Calibrao 2.8. Manuteno 2.9. Resposta dinmica 1 1 1 2 2 2 6 6 10 15 16 17 18

3. Especificaes do instrumento 20 3.1. Especificaes de Operao 20 Caracterstica 20 3.2. Especificao de desempenho 20 3.3. Especificaes funcionais 30 3.4. Especificaes fsicas 31 3.5. Especificao de segurana 32 4. Corroso dos Instrumentos 4.1. Tipos de Corroso 4.2. Corroso nos instrumentos 4.3. Partes molhadas 4.4. Materiais de revestimento 4.5. Partes expostas ao ambiente 4.6. Instrumentos pneumticos 4.7. Instrumentos eletrnicos 4.8. Processos Marginais 5 Terminologia 2.1. Introduo 2.2. Definies e Conceitos 2.3. Referncias Bibliogrficas 41 41 41 42 42 43 43 43 45 1 1 31

32 32 32 33 34 36 36 36 37 38 38 38 38 39 39 40

Medio das Variveis


Objetivos de Ensino 1. Variveis de Processo 1.1. Introduo 1.2. Conceito 1.3. Dimenses 1 2 2 2 2 2.5. Enchimento Termal 8 2.6. Termopar 9 2.7. Resistncia detectora de temperatura (RTD) 14 3. Acessrios 3.1. Bulbo 3.2. Capilar 3.3. Poo de temperatura 4. Referncias Bibliogrficas 27 27 28 29 30

2. Tipos das Quantidades 3 2.1. Energia e Propriedade 3 2.2. Extensivas e Intensivas 3 2.3. Pervariveis e Transvariveis 3 2.4. Variveis e Constantes 4 2.5. Contnuas e Discretas 4 2.6. Mecnicas e Eltricas 4 3. Faixa das Variveis 3.1. Faixa e Amplitude de Faixa 3.2. Limites de Faixa 3.3. Faixa e Desempenho 4. Funo Matemtica 4.1. Conceito 4.2. Notao 4.3. Funo Linear 4.4. Correlao 6 6 6 6 7 7 7 7 8

3. Vazo
1. Fundamentos 1.1. Conceito de vazo 1.2. Unidades 1.3. Funes Associadas 1.4. Dificuldades da Vazo 2. Medidores de Vazo 2.1. Sistema de Medio 2.2. Tipos de Medidores 2.3. Quantidade ou Instantnea 2.4. Relao Matemtica 2.5. Dimetros Totais e Parciais 2.6. Com e Sem Fator K 2.7. Volumtricos ou Mssicos 2.8. Energia Extrativa ou Aditiva 2.9. Medidor Universal Ideal 2.10. Medidores Favoritos 3. Geradores de p 3.1. Elemento Gerador 1 1 2 2 3 4 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 8 9

1. Presso
1. Conceitos Bsicos 1.1. Definio 1.2. Unidades 1.3. Tipos 2. Medio da Presso 2.1. Objetivos da medio 2.2. Padres de calibrao 2.3. Sensores Mecnicos 2.4. Sensores Eltricos 2.5. Seleo do Sensor 3. Acessrios 3.1. Selo Qumico 3.2. Pressostato 1 1 1 2 3 3 4 6 9 9 9 9 10

2. Temperatura
1. Conceitos Bsicos 1.1. Definies 1.2. Unidades 1.3. Escalas 1.4. EPIT 2. Medio da Temperatura 2.1. Introduo 2.2. Sensores 2.3. Termmetros de vidro 2.4. Bimetal 1 1 2 2 3 5 5 5 6 7

4. Placa de Orifcio 9 4.1. Conceito 9 4.2. Caractersticas Fsicas 9 4.3. Tomadas da Presso 10 4.4. Dimensionamento 10 4.5. Vantagens 11 4.6. Desvantagens e Limitaes 11 4.7. Orifcio Integral 12 4.8. Tubo Venturi 12 4.9. Outros Geradores da Presso13 4.10.Seleo do Elemento 13 4.11. Medidor do p 13 5. Medidor Tipo Alvo (Target) 6. Rotmetro de rea Varivel 7. Deslocamento Positivo 14 15 16

8. Medidor Magntico 8.1. Princpio de funcionamento 8.2. Sistema de Medio 8.3. Tubo Medidor 8.4. Transmissor de Vazo 8.5. Vantagens 8.6. Desvantagens e limitaes 9. Turbina 9.1. Princpio de funcionamento 9.2. Construo 9.3. Vantagens 9.4. Desvantagens e limitaes 10. Medidor tipo Vortex 11. Medidor Coriolis 11.1. Introduo 11.2. Efeito Coriolis 11.3. Calibrao 11.4. Medidor Industrial 11.5. Caractersticas 11.6. Aplicaes 11.7. Limitaes

17 17 17 17 18 18 19 19 19 19 20 20 21 23 23 23 24 24 25 25 26

12. Medidor termal 26 12.1. Princpio de Funcionamento 26 12.2. Medidor a Calor 26 13. Medidor ultra-snico 13.1. Introduo 13.2. Diferena de Tempo 13.3. Diferena de Freqncia 13.4. Efeito Doppler 28 28 28 29 29

4. Nvel
1. Conceitos Bsicos 1.1. Introduo 1.2. Conceito 1.3. Unidades 1.4. Aplicaes 2. Medio de Interface 3. Medio de Nvel 1 1 1 2 2 3 4

4. Visor de nvel 4 4.1. Medidor com Bia 5 4.2. Presso Diferencial 6 4.3. Medio a borbulhamento 9 4.4. Medio com Deslocador 11 4.5. Medio Radioativa 13 4.6. Sistema com radar 20 4.7. Medidor snico e ultra-snico 25

Instrumentao
1. Fundamentos 2. Funes 3. Variveis

1. Fundamentos
1. 2. 3. 4. Instrumentao Smbolos e Identificao Sistemas de Instrumentao Terminologia

1.1 Instrumentao

Fig. 1.1.1. Operador de campo, sala de controle centralizada e arrea industrial

Instrumentao Objetivos de Ensino


1. Definir o significado de instrumentao e listar as disciplinhas correlatas. 2. Descrever as aplicaes e as vantagens do controle e da automao industrial. 3. Informar acerca do histrico e da evoluo das tecnologias aplicadas: analgica e digital, pneumtica e eletrnica, centralizada e distribuda, dedicada e compartilhada, real e virtual.. 5. Controle: garantir que o valor de uma varivel permanea igual, em torno ou prximo de um valor desejvel 6. Alarme e intertravamento: gerao de sinais para chamar a ateno do operador para condies que exijam sua interferncia ou para atuar automaticamente no processo para mant-lo seguro As variveis envolvidas incluem mas no se limitam a 1. Presso 2. Temperatura 3. Vazo 4. Nvel 5. Anlise Os instrumentos esto associados e aplicados aos seguintes equipamentos: 1. Caldeira: equipamento para gerar vapor 2. Reator: equipamento onde se realiza uma reao qumica ordenada 3. Compressor: equipamento para mover gases 4. Bomba: equipamento para mover liquidos 5. Coluna de destilao: equipamento para separar diferentes produtos com diferentes pontos de ebulio 6. Forno: equipamento para aquecer algum produto 7. Refrigerador: equipamento para esfriar algum produto 8. Condicionador de ar: equipamento para manter as condies do ar ambiente dentro de determinados limites As indstrias que utilizam os instrumentos de medio e de controle do processo, de modo intensivo e extensivo so: 1. Qumica 2. Petroqumica 3. Refinaria de petrleo 4. Gs e leo 5. Dutos e Terminais 6. Txtil 7. Fertilizante 8. Papel e celulose 9. Alimentcia 10. Farmacutica 11. Cimento 12. Siderrgica 13. Minerao 14. Nuclear

1. Instrumentao
1.1. Conceito e aplicaes
A instrumentao o ramo da engenharia que trata de instrumentos industriais. Os enfoques da Instrumentao podem ser de 1. Fabricao: construo de componentes e instrumento 2. Projeto: detalhamento bsico e especfico de sistemas equipamentos e instrumentos 3. Especificao: estabelecimento de caractersticas fsicas, funcionais e de segurana dos instrumentos 4. Vendas: comercializao, marketing e promoo de instrumentos 5. Montagem: fixao correta dos instrumentos no local de trabalho, para que ele opere conforme o previsto 6. Operao: monitorao do desempenho do instrumento e atuao manual, quando necessrio, para garantir segurana e eficincia 7. Manuteno dos instrumentos: reparo do instrumento quando inoperante, calibrao e ajuste do instrumento quando o desempenho metrolgico o exigir As principais funes dos instrumentos so: 1. sensor: deteco da varivel medida 2. Indicao: apresentao do valor instantneo da variavel 3. Condicionamento do sinal: operao de tornar mais amigvel e tratvel o sinal original 4. Registro: apresentao do valor histrico e em tempo real da variavel

Instrumentao
15. Hidreltrica 16. Termeltrica 17. Tratamento d'gua e de efluentes foles, estabelecimento de ngulos retos entre alavancas, colocao de parafusos em locais quase inacessveis. A manuteno dos instrumentos eletrnicos requer o conhecimento da eletrnica bsica, do funcionamento dos amplificadores operacionais e atualmente das tcnicas digitais. O fabricante correto fornece os circuitos eletrnicos e os diagramas de bloco esquemticos dos instrumentos. Para a sintonia do controlador e o entendimento dos fenmenos relativos ao amortecimento, oscilao e saturao til o conhecimento rigoroso dos conceitos matemticos da integral e da derivada. A analise terica da estabilidade do processo requer uma matemtica transcendental, envolvendo a funo de transferncia, os zeros e os plos de diagramas, as equaes diferenciais, a transformada de Laplace e os critrios de Routh-Hurwitz.

1.2. Disciplinas relacionadas


O projeto completo do sistema de controle de um processo envolve vrios procedimentos e exige os conhecimentos dos mais diversos campos da engenharia, tais como: 1. Mecnica dos fluidos, para a especificao de bombas, dimensionamento de tubulaes, disposio de bandejas da coluna de destilao, dimensionamento de trocadores de calor, especificao de bombas e compressores. 2. Transferncia de calor, para a determinao da remoo do calor dos reatores qumicos, praquecedores, caldeiras de recuperao e dimensionamento de condensadores. 3. Cintica das reaes qumicas, para o dimensionamento dos reatores, escolha das condies de operao (presso, temperatura e nvel) e de catalizadores, 4. Termodinmica, para o calculo da transferncia de massa, do nmero e da relao das placas de refluxo e das condies de equilbrio do reator. Esses conhecimentos auxiliam na escolha e na aplicao do sistema de controle automtico associado ao processo. Os modelos matemticos, as analogias e a simulao do processo so desenvolvidos e dirigidos para o entendimento do processo e sua dinmica e finalmente para a escolha do melhor sistema de controle. A especificao dos instrumentos requer o conhecimento dos catlogos dos fabricantes e das funes a serem executadas, bem como das normas, leis e regulamentaes aplicveis. A manuteno dos instrumentos exige o conhecimento dos circuitos mecnicos, pneumticos e eletrnicos dos instrumentos, geralmente fornecidos pelos fabricantes dos instrumentos. Para a manuteno da instrumentao pneumtica exige-se a habilidade manual e uma pacincia bovina para os ajustes de elos, alinhamento de

2. Vantagens e Aplicaes
Nem todas as vantagens da instrumentao podem ser listadas aqui. As principais esto relacionadas com a qualidade e com a quantidade dos produtos, fabricados com segurana e sem subprodutos nocivos. H muitas outras vantagens. O controle automtico possibilita a existncia de processos extremamente complexos, impossveis de existirem apenas com o controle manual. Um processo industrial tpico envolve centenas e at milhares de sensores e de elementos finais de controle que devem ser operados e coordenados continuamente. Como vantagens, o instrumento de medio e controle 1. no fica aborrecido ou nervoso, 2. no reclama, 3. no fica distrado ou atrado por pessoas bonitas, 4. no assiste a um jogo de futebol na televiso nem o escuta pelo rdio, 5. no pra para almoar ou ir ao banheiro, 6. no fica cansado de trabalhar, 7. no tem problemas emocionais, 8. no abusa seu corpos ou sua mente, 9. no tem sono, 10. no folga do fim de semana ou feriado, 11. no sai de frias, 12. no reivindica aumento de salrio.

Instrumentao
Porm, como desvantagens, o instrumento 1. sempre apresenta erro de medio 2. opera adequadamente somente quando estiver nas condies previstas pelo fabricante, 3. requer calibraes e ajustes peridicos, para se manter exato 4. requer manuteno corretiva, preventiva ou preditiva, para que sua preciso se mantenha dentro dos limites estabelecidos pelo fabricante 5. provvel que algum dia ele falhe e pela lei de Murphy, esta falha geralmente acontece na pior hora possvel e pode acarretar grandes complicaes. Atualmente, o conjunto de normas ISO 9000 exige que os instrumentos que impactam a qualidade do produto tenham um sistema de monitorao, onde esto includas a manuteno e calibrao documentada deles.

2.2. Quantidade do Produto


As quantidades das matrias primas, dos produtos finais e das utilidades devem ser medidas e controladas para fins de balano do custo e do rendimento do processo. Tambm freqente a medio de produtos para venda e compra entre plantas diferentes. Os instrumentos de indicao, registro e totalizao da vazo e do nvel fazem a aquisio confivel dos dados atravs das medies de modo continuo e preciso. Os instrumentos asseguram a quantidade desejada das substncias.

2.1. Qualidade do Produto


A maioria dos produtos industriais fabricada para satisfazer determinadas propriedades fsicas e qumicas. Quanto melhor a qualidade do produto, menores devem ser as tolerncias de suas propriedades. Quanto menor a tolerncia, maior a necessidade dos instrumentos para a medio e o controle automtico. Os fabricantes executam testes fsicos e qumicos em todos os produtos feitos ou, pelo menos, em amostras representativas tomadas aleatoriamente das linhas de produo, para verificar se as especificaes estabelecidas foram atingidas pela produo. Para isso, so usados instrumentos tais como indicadores de densidade e viscosidade, espectrmetros de massa, analisadores de infravermelho, cromatgrafos e outros.

Fig. 1.1.2. Instrumentos de medio de nvel

2.3. Economia do Processo


O controle automtico economiza a energia, pois elimina o superaquecimento de fornos, de fornalhas e de secadores. O controle de calor est baseado geralmente na medio de temperatura e no existe nenhum operador humano que consiga sentir a temperatura com a preciso e a sensitividade do termopar ou da resistncia. Os instrumentos garantem a conservao da energia e a economia do processo .

Fig. 1.1.1. Transmissor de pH Os instrumentos possibilitam a verificao, a garantia e a repetibilidade da qualidade dos produtos.

Instrumentao
2.5. Segurana da Planta
Muitas plantas possuem uma ou vrias reas onde podem estar vrios perigos, tais como o fogo, a exploso, a liberao de produtos txicos. Haver problema, a no ser que sejam tomados cuidados especiais na observao e no controle destes fenmenos. Hoje so disponveis instrumentos que podem detectar a presena de concentraes perigosas de gases e vapores e o aparecimento de chama em unidades de combusto. Os instrumentos protegem equipamentos e vidas humanas.

2.6. Proteo do Processo


Fig. 1.1.3. Instrumentao aplicada indstria O processo deve ter alarme e proteo associados ao sistema de medio e controle. O alarme realizado atravs das mudanas de contatos eltricos, monitoradas pelos valores mximo e mnimo das variveis do processo. Os contatos dos alarmes podem atuar (ligar ou desligar) equipamentos eltricos, dispositivos sonoros e luminosos. Os alarmes podem ser do valor absoluto do sinal, do desvio entre um sinal e uma referncia fixa e da diferena entre dois sinais variveis. til o uso do sistema de desligamento automtico ou de trip do processo. Deve-se proteger o processo, atravs de um sistema lgico e seqencial que sinta as variveis do processo e mantenha os seus valores dentro dos limites de segurana, ligando ou desligando os equipamentos e evitando qualquer seqncia indevida que produza condio perigosa. Os primeiros sistemas de intertravamento utilizavam contatos de reles, contadores, temporizadores e integradores. Hoje, so utilizados os Controladores Lgicos Programveis (CLP), a base de microprocessadores, que possuem grande eficincia em computao matemtica, seqencial e lgica, que so os parmetros bsicos do desligamento para garantir a segurana da planta.

2.4. Ecologia
Na maioria dos processos, os produtos que no so aproveitveis e devem ser jogados fora, so prejudiciais s vidas animal e vegetal. A fim de evitar este resultado nocivo, devem ser adicionados agentes corretivos para neutralizar estes efeitos. Pela medio do pH dos efluentes, pode se economizar a quantidade do agente corretivo a ser usado e pode se assegurar que o efluente esteja no agressivo. Os instrumentos garantem efluentes limpos e inofensivos.

Fig. 1.1.2. Incndio em rea industrial

Apostilas\Instrumentao.

11 Introduo.doc

23 MAR 01 (Substitui 03 SET 00)

1.2 Smbolos e Identificao


1. Introduo
A simbologia de instrumentao analgica e digital, compartilhada e integral, distribuda e centralizada se baseia nas seguintes normas americanas (geralmente traduzidas para o portugus) : 1. ISA S5.1, Instrumentation Symbols and Identification, 1984 2. ISA S5.3, Graphic Symbols for Distributed Control/Shared Display Instrumentation, Logic and Computer Systems, 1983

3. Roteiro da identificao
3.1. Geral
Cada instrumento ou funo a ser identificada designado por um conjunto alfanumrico, chamado de tag. A parte de identificao da malha correspondente ao nmero comum a todos os instrumentos da mesma malha. O tag pode ainda ter sufixo para completar a identificao.

2. Aplicaes
Os smbolos de instrumentao so encontrados principalmente em 1. fluxogramas de processo e de engenharia, 2. desenhos de detalhamento de instrumentao instalao, diagramas de ligao, plantas de localizao, diagramas lgicos de controle, listagem de instrumentos, 3. painis sinpticos e semigrficos na sala de controle, 4. diagramas de telas de vdeo de estaes de controle.

3.2. Tag completo tpico


TIC 103 T... ...C ...I... 103 Identificao do instrumento ou tag do instrumento Primeira letra: varivel da malha, Temperatura ltima letra: identificao funcional: Controlador Modificador ou complemento da funo: Indicador Nmero da malha de temperatura

O nmero da malha do instrumento pode incluir o cdigo da informao da rea . Por exemplo, o TIC 500-103, TIC 500-104, aos dois controladores indicadores de temperatura, ambos da rea 500 e os nmeros seqenciais so 103 e 104.

3.3. Identificao funcional


A identificao funcional do instrumento ou seu equivalente funcional consiste de

Smbolos e Identificao
letras da Tab. 1.2.5 e inclui uma primeira letra, que a varivel do processo medida ou de inicializao. A primeira letra pode ter um modificador opcional. Por exemplo, PT o transmissor de presso e PDT o transmissor de presso diferencial. A identificao funcional do instrumento feita de acordo com sua funo e no de sua construo. Assim, um transmissor de presso diferencial para medir nvel tem o tag LT (transmissor de nvel) e no o de PDT, transmissor de presso diferencial. Embora o transmissor seja construdo e realmente mea presso diferencial, seu tag depende de sua aplicao e por isso pode ser LT, quando mede nvel ou FT, quando mede vazo. Outro exemplo, uma chave atuada por presso ligada sada de um transmissor pneumtico de nvel tem tag LS, chave de nvel e no PS, chave de presso. O tag tambm no depende da varivel manipulada, mas sempre da varivel inicializada ou medida. Assim, uma vlvula que manipula a vazo de sada de um tanque para controlar nvel, tem tag de LV ou LCV e no de FV ou FCV. A segunda letra tipicamente a funo do instrumento. FT o tag de um transmissor (T) de vazo (F). Tambm a segunda letra pode ter um ou mais modificadores. FIA o tag de um indicador de vazo, com alarme. Alarme o modificador da funo indicao. Tambm pode se detalhar o tipo de alarme, p. ex., FIAL o tag de um indicador de vazo com alarme de baixa. O tag pode ter modificador da varivel (primeira letra) e da funo (segunda letra). Por exemplo, PDIAL um indicador de presso diferencial (modificador de presso) com alarme (modificador do indicador) de baixa (modificador do alarme). Quando o tag possuir vrias letras, pode-se dividi-lo em dois tags. O instrumento simbolizado por dois bales se tangenciando e o tag por ser, por exemplo, TIC-3 para o controlador indicador de temperatura e TSH-3 para a chave manual associada ao controlador. Todas as letras de identificao de instrumentos so maisculas. Por isso, deve-se evitar usar FrC para controlador de relao de vazes e usar FFC, controlador de frao de vazes. As funes de computao (+. -, x, , ), seleo (<, >), lgica e covnerso (i/p, p/i) deve ter os smbolos ao lado do balo, para esclarecer a funo executada.

3.4. Identificao da malha


A identificao da malha geralmente feita por um nmero, colocado ao final da identificao funcional do instrumento associado a uma varivel de processo. A numerao pode ser serial ou paralela. Numerao paralela comea de 0 ou para cada varivel, TIC-100, FIC-100, LIC-100 e AI-100. Numerao serial usa uma nica seqncia de nmeros, de modo que se tem TIC-100, FIC-101, LIC-102 e AI-103. A numerao pode comear de 1 ou qualquer outro nmero conveniente, como 101, 1001, 1201. Quando a malha tem mais um instrumento com a mesma funo, geralmente a funo de condicionamento, deve-se usar apndice ou sufixo ao nmero. Por exemplo, se a mesma malha de vazo tem um extrator de raiz quadrada e um transdutor corrente para pneumtico, o primeiro pode ser FY-101-A e o segundo FY-101-B. Quando se tem um registrador multiponto, com n pontos, comum numerar as malhas como TE-18-1, TE-182, TE-18-3 at TE-18-n. Quando um registrador tem penas dedicadas para vazo, presso, temperatura, seu tag pode ser FR-2, PR-5 e TR-13. Se ele registra trs temperaturas diferentes, seu tag pode ser TR-7/8/9. Acessrios de instrumentos, como medidores de purga, regulador de presso, pote de selagem e poo de temperatura, que s vezes nem mostrado explicitamente no diagrama, precisam ser identificados e ter um tag, de acordo com sua funo e deve ter o mesmo nmero da malha onde utilizado. Esta identificao no implica que o acessrio deva ser representado no diagrama. Tambm pode usar o mesmo tag da malha e colocandose a palavra de sua funo, como SELO, POO, FLANGE, PURGA. H acessrio que possui letra correspondente, como W para poo termal.

Smbolos e Identificao
Pode haver diferenas de detalhes de identificao. Por exemplo, para a malha 301 de controle de temperatura, pode-se ter a seguinte identificao:

4.1. Parmetros do Smbolo


A simbologia correta da instrumentao deve conter os seguintes parmetros 1. identificao das linhas de interligao dos instrumentos, p. ex.., eletrnica fsica , eletrnica por configurao, pneumtica. 2. determinao do local de instalao dos instrumentos, acessvel ou no acessvel ao operador de processo. 3. filosofia da instrumentao, quanto ao instrumento ser dedicado a cada malha ou compartilhado por um conjunto de malhas de processo 4. identificao (tag) do instrumento, envolvendo a varivel do processo, a funo do instrumento e o numero da malha do processo. 5. outras informaes adicionais.

TE-301
TT 301 TIC-301 TCV-301

sensor de temperatura transmissor de temperatura controlador de temperatura vlvula controladora (ou de controle) de temperatura

Porm, h quem prefira e use:

TIC-301-E
TIC 301-T TIC-301-C TIC-301-V

sensor de temperatura transmissor de temperatura controlador de temperatura vlvula controladora (ou de controle) de temperatura

Tambm possvel encontrar em diagramas o tag de TIC ou TC para o controlador de temperatura. Como praticamente todo controlador tambm indicador, comum simplificar e usar TC. Alguns projetistas usam pequenas diferenas de tag para distinguir vlvulas auto controladas (reguladoras) de vlvulas convencionais que recebem o sinal do controlador. Assim, a vlvula auto controlada de temperatura tem tag de TCV e a vlvula convencional de TV.

4.2. Alimentao dos instrumentos


A maioria absoluta dos instrumentos de medio e de controle requer alguma fonte de alimentao, que lhe fornea algum tipo de energia para seu funcionamento. Os tipos mais comuns de alimentao so a eltrica e a pneumtica, porm h muitas outras disponveis. As seguintes abreviaes so sugeridas para denotar os tipos de alimentao. Opcionalmente, elas podem indicar tambm tipos de purga.

4. Simbologia de Instrumentos
A normalizao dos smbolos e identificaes dos instrumentos de medio e controle do processo, que inclui smbolos e cdigos alfa numricos, torna possvel e mais eficiente a comunicao do pessoal envolvido nas diferentes reas de uma planta manuteno, operao, projeto e processo. Mesmo os no especialistas em instrumentao devem saber a identificao dos instrumentos.

AS
ES GS HS NS SS WS

Suprimento de ar (Air supply) Suprimento eltrico (Electric supply) Suprimento de gs (Gas supply) Suprimento hidrulico Suprimento de Nitrognio Suprimento de Vapor (Steam supply) Suprimento de gua (Water supply)

O nvel de alimentao pode ser adicionado linha de alimentao do instrumento. Por exemplo, AS 100 kPa (alimentao pneumtica de 100 kPa), ES 24 V cc (alimentao de 24 V cc para instrumento eltrico).

Smbolos e Identificao
Tab. 1.2.1. Vlvulas de controle
Vlvula de controle com atuador pneumtico

Tab. 1.2.2. Vlvulas manuais

(*) (*)

Vlvula gaveta (*) Pode ser acoplado atuador ao corpo Vlvula globo

Vlvula atuada por cilindro (ao dupla)

Vlvula reteno Vlvula auto regulada ou reguladora

Vlvula plug

Reguladora com tomada de presso externa

Vlvula controle manual

(*)
Reguladora de vazo autocontida S R

Vlvula esfera

(*)

Vlvula borboleta ou damper Vlvula de reteno e bloqueio Vlvula de blowdown

Vlvula solenide com trs vias com reset

Atuada por diafragma com presso balanceada

(*) (*)

Vlvula diafragma

Vlvula ngulo

Vlvula com atuador a diafragma e posicionador

(*)

Vlvula trs vias

FO ou FC

Ao da vlvula FC Falha fechada FO Falha aberta IhV Vlvula de controle com atuador manual NV

Vlvula quatro vias Corpo de vlvula isolado Vlvula agulha Outras vlvulas com abreviatura sob o corpo TSO

Smbolos e Identificao
Tab. 1.2.3. Miscelnea
PSV Vlvula de segurana de presso, ajuste em 100 kPa Filtro tipo T
FE

Placa de orifcio com flange PSV Vlvula de segurana de vcuo, ajuste em 50 mm H2O vcuo
FQI

Totalizador indicador de vazo a DP Indicador de vazo tipo rea varivel


FE

PSE

Disco de ruptura (presso)

FI

PSE

Disco de ruptura (vcuo)

Tubo venturi ou bocal medidor de vazo

C = selo qumico P = amortecedor de pulsao S = sifo

FE

Turbina medidora de vazo ou elemento propelente

Plug

FE

Placa de orifcio em porta placa

Mangueira

FE

Tubo pitot ou Annubar

Filtro, tipo Y Espetculo cego instalado com anel em linha (passagem livre) Espetculo cego instalado com disco em linha (bloqueado) Dreno contnuo Transmissor de nvel a presso diferencial
LT

LSV T LSV T

Purgador de vapor

Cdigo item #1234

Funil de dreno (Ver abreviaturas)

LT

Instrumento de nvel tipo deslocador, montado externamente ao tanque

10

Smbolos e Identificao
4.3. Linhas entre os Instrumentos
As linhas de ligaes entre os instrumentos devem ser mais finas que as linhas de processo e so simbolizadas como mostrado a seguir. Sinal indefinido: conexo com processo, elo mecnico ou alimentao do instrumento Sinal pneumtico, tpico de 20 a 100 kPa (3 a 15 psi) Sinal eletrnico, tpico de 4 a 20 mA cc Sinal de ligao por programao ou elo de comunicao Elo mecnico Sinal eletromagntico ou snico (guiado) Sinal eletromagntico ou snico (no guiado) Sinal hidrulico Tubo capilar Linha de processo

~ ~ ~

L L L

~ ~ ~

4.4. Balo do Instrumento


O instrumento completo simbolizado por um pequeno balo circular, com dimetro aproximado de 12 mm. Porem, os avanos nos sistemas de controle com instrumentao aplicando microprocessador, computador digital, que permitem funes compartilhadas em um nico instrumento e que utilizam ligaes por programao ou por elo de comunicao, fizeram surgir outros smbolos de instrumentos e de interligaes. Tab. 1.2.4. Representao dos instrumentos em Diagramas P&I

Sala de Controle Central


Acessvel ao operador Equipamento Instrumento discreto Equipamento compartilhado Instrumento compartilhado Software Funo de computador Lgica compartilhada Controle Lgico Programvel Instrumentos compartilhando o mesmo invlucro. No mandatrio mostrar uma caixa comum. Atras do painel ou inacessvel ao operador

Local Auxiliar
Acessvel ao operador Atras do painel ou inacessvel ao operador

Campo
Montado no campo

Tab. 1.2.5. Letras de Identificao

11

Smbolos e Identificao
Primeira letra Varivel Modificador A B C D E F G H I J K L
M

Letras subsequentes Funo display Funo sada Modificador


Alarme Escolha (1) Escolha (1) Controle (13) Escolha (1)

Anlise (5,19) Queimador Escolha (1) Escolha (1) Tenso (f.e.m.) Vazo (flow) Escolha (1) Manual (hand) Corrente Potncia Tempo Nvel (level) Escolha (1) Escolha (1) Escolha (1) Presso, Vcuo Quantidade Radiao Velocidade ou Freqncia Temperatura Multivarivel (6) Vibrao, Anlise mecnica Peso, Fora No classificado (2) Varivel a definir Evento, Estado Funo a definir Posio ou Dimenso Eixo X Eixo Y Eixo Z Segurana (8) Integral, Total (4) Varredura (scan) (7) Tempo de mudana (4, 21) Momentneo Frao ou relao (4) Diferencial

Elemento sensor

Visor (9) ou indicador local Indicao (10)

Alto (high) (7, 15, 16)

Lmpada (11)

Estao controle (22)

Baixo (low) (7, 15, 16) Mdio (7, 15) Escolha (1)

N O P Q R S T U V
W

Escolha (1) Orifcio ou Restrio Ponto de teste

Escolha (1)

Registro (17) Chave (13) Transmisso (18) Multifuno (12) Multifuno (12) Vlvula, damper (13) No classificado (2) Rel, computao (13, 14, 18) Elemento final No classificado (2) Multifuno (12)

Poo (well) No classificado (2)

X Y Z

12

Smbolos e Identificao
1. Uma letra de escolha do usurio tem o objetivo de cobrir significado no listado que necessrio em uma determinada aplicao. Se usada, a letra pode ter um significado como de primeira letra ou de letras subsequentes. O significado precisa ser definido uma nica vez em uma legenda. Por exemplo, a letra N pode ser definida como mdulo de elasticidade como uma primeira letra ou como osciloscpio como letra subsequente. 2. A letra X no classificada tem o objetivo de cobrir significado no listado que ser usado somente uma vez ou usado em um significado limitado. Se usada, a letra pode ter qualquer nmero de significados como primeira letra ou como letra subsequente. O significado da letra X deve ser definido do lado de fora do crculo do diagrama. Por exemplo, XR pode ser registrador de consistncia e XX pode ser um osciloscpio de consistncia. 3. A forma gramatical do significado das letras subsequentes pode ser modificado livremente. Por exemplo, I pode significar indicador, ou indicao; T pode significar transmisso ou transmissor. 4. Qualquer primeira letra combinada com as letras modificadoras D (diferencial), F (relao), M (momentneo), K (tempo de alterao) e Q (integrao ou totalizao) representa uma varivel nova e separada e a combinao tratada como uma entidade de primeira letra. Assim, os instrumentos TDI e TI indicam duas variveis diferentes: diferena de temperatura e temperatura. As letras modificadoras so usadas quando aplicvel. 5. A letra A (anlise) cobre todas as anlises no descritas como uma escolha do usurio. O tipo de anlise deve ser especificado fora do circulo de identificao. Por exemplo, anlise de pH, anlise de O2. Anlise varivel de processo e no funo de instrumento, como muitos pensam principalmente por causa do uso inadequado do termo analisador. 6. O uso de U como primeira letra para multivarivel em lugar de uma combinao de outras primeiras letras opcional. recomendvel usar as primeiras letras especificas em lugar da letra U, que deve ser usada apenas quando o nmero de letras for muito grande. Por exemplo, prefervel usar PR/TR para indicar um registrador de presso e temperatura em vez de UR. Porm, quando se tem um registrador multiponto, com 24 pontos e muitas variveis diferentes, deve-se usar UR. 7. O uso dos termos modificadores alto (H), baixo (L), mdio (M) e varredura (J) opcional. 8. O termo segurana se aplica a elementos primrios e finais de proteo de emergncia. Assim, uma vlvula auto atuada que evita a operao de um sistema de fluido atingir valores elevados, aliviando o fluido do sistema tem um tag PCV (vlvula controladora de presso). Porm, o tag desta vlvula deve ser PSV (vlvula de segurana de presso) se ela protege o sistema contra condies de emergncia, ou seja, condies que so perigosas para o pessoal ou o equipamento e que so raras de aparecer. A designao PSV se aplica a todas as vlvulas de proteo contra condies de alta presso de emergncia, independente de sua construo, modo de operao, local de montagem, categoria de segurana, vlvula de alvio ou de segurana. Um disco de ruptura tem o tag PSE (elemento de segurana de presso). 9. A funo passiva G se aplica a instrumentos ou equipamentos que fornecem uma indicao no calibrada, como visor de vidro ou monitor de televiso. Costuma-se aplicar TG para termmetro e PG para manmetro, o que no previsto por esta norma. 10. A indicao normalmente se aplica a displays analgicos ou digitais de uma medio instantnea. No caso de uma estao manual, a indicao pode ser usada para o dial ou indicador do ajuste. 11. Uma lmpada piloto que parte de uma malha de instrumento deve ser designada por uma primeira letra seguida pela letra subsequente L. Por exemplo, uma lmpada piloto que indica o tempo expirado deve ter o tag KQL (lmpada de totalizao de tempo). A lmpada para indicar o funcionamento de um motor tem o tag EL (lmpada de voltagem), pois a voltagem a varivel medida conveniente para indicar a operao do motor ou YL (lmpada de evento) assumindo que o estado de operao est sendo monitorado. No se deve usar a letra genrica X, como XL 12. O uso da letra U para multifuno, vem vez da combinao de outras letras funcionais opcional. Este designador no especfico deve ser usado raramente. 13. Um dispositivo que liga, desliga ou transfere um ou mais circuitos pode ser uma chave, um rel, um controlador liga-desliga ou uma vlvula de controle, dependendo da aplicao. Se o equipamento manipula uma vazo de fluido do processo e no uma vlvula manual de bloqueio liga-desliga, ela projetada como vlvula de controle. incorreto usar o tag CV para qualquer coisa que no seja uma vlvula de controle auto atuada. Para todas as aplicaes que no tenham vazo de fluido de processo, o equipamento projetado como: a) Chave, se for atuada manualmente. b) Chave ou controlador liga-desliga, se for automtico e for o primeiro dispositivo na malha. O termo chave geralmente usado se o dispositivo aplicado para alarme, lmpada piloto, seleo, intertravamento ou segurana. O termo controlador usado se o dispositivo aplicado para o controle de operao normal. c) Rel, se for automtico e no for o primeiro dispositivo na malha, mas atuado por uma chave ou por um controlador liga-desliga. 14. As funes associadas com o uso de letras subsequentes Y devem ser definidas do lado de fora do circulo de identificao. Por exemplo, FY pode ser o extrator de raiz quadrada na malha de vazo; TY pode ser o conversor corrente para pneumtico em uma malha de controle de temperatura. Quando a funo evidente como para uma vlvula solenide ou um conversor corrente para pneumtico ou pneumtico para corrente a definio pode no ser obrigatria. 15. Os termos modificadores alto, baixo, mdio ou intermedirio correspondem aos valores da varivel medida e no aos valores do sinal. Por exemplo, um alarme de nvel alto proveniente de um transmissor de nvel com ao inversa deve ser LAH, mesmo que fisicamente o alarme seja atuado quando o sinal atinge um valor mnimo crtico. 16. Os termos alto e baixo quando aplicados a posies de vlvulas e outras dispositivos de abrir e fechar so assim definidos: a) alto significa que a vlvula est totalmente aberta b) baixo significa que a vlvula est totalmente fechada 17. O termo registrador se aplica a qualquer forma de armazenar permanentemente a informao que permita a sua recuperao por qualquer modo. 18. Elemento sensor, transdutor, transmissor e conversor so dispositivos com funes diferentes, conforme ISA S37.1. 19. A primeira letra V, vibrao ou anlise mecnica, destina-se a executar as tarefas em monitorao de mquinas que a letra A executa em uma anlise mais geral. Exceto para vibrao, esperado que a varivel de interesse seja definida fora das letras de tag. 20. A primeira letra Y se destina ao uso quando as respostas de controle ou monitorao so acionadas por evento e no acionadas pelo tempo. A letra Y, nesta posio, pode tambm significar presena ou estado. 21. A letra modificadora K, em combinao com uma primeira letra como L, T ou W, significa uma variao de taxa de tempo da quantidade medida ou de inicializao. A varivel WKIC, por exemplo, pode representar um controlador de taxa de perda de peso. 22. A letra K como modificador uma opo do usurio para designar uma estao de controle, enquanto a letra C seguinte usada para descrever controlador automtico ou manual.

Notas para a Tabela das Letras de Identificao

13

Smbolos e Identificao

AI-

PAH dp/dt

C-#2 (PI) PIC 211 S.P. AO-21

0-300 PT 211 " AS

PY 211

AS

FC

PCV 211

(a) Representao detalhada

PIC 211

(b) Representao simplificada Fig. 1.2.1. Representao detalhada de uma malha de controle de presso (a) e a equivalente, simplificada (b).

14

Smbolos e Identificao

FR 1

PR 2

FY 1

Fluido do trocador de calor PT 2

FT 1

RTD TV 3 TAL 3 TRC 3 TSL 3

Fig. 1.2.2. Simbologia total

Fluido do trocador de calor FR 1 PR 2

TAL 4

TV 3

TRC 3

Fig. 1.2.3. Simbologia de modo simplificado

15

Smbolos e Identificao

ELEMENTO DE VAZO TRANSMISSOR DE VAZO

FE FT

CAMPO PAINEL REGISTRADOR MEDIO

EXTRATOR DE RAIZ QUADRADA

FR

CONTROLADOR
DIFERENA (ERRO) AO PROPORCIONAL

PONTO DE AJUSTE
AO INTEGRAL SOMADOR

FEEDFORWARD

REL TRANSFERNCIA A/M LIMITADOR AJUSTVEL H e L

<>

TRANSFERNCI MANUAL SADA I T A I

ESTAO AUTO-MANUAL

MANUAL EMERGNCIA L

PAINE CAMPO

TRANSDUTOR I/P

I/P

VLVULA COM ATUADOR PNEUMTICO

Fig. 1.2.4. Diagrama funcional detalhado tpico de malha de controle

16

Smbolos e Identificao
Tab. 1.2.6. Elementos do Diagrama Funcional
FT Transmissor de vazo Polarizao, adio ou subtrao

Comparador, diferena

LT PT TT AT

Transmissor de nvel

/n /t

Adicionador, somador

Transmissor de presso

Tirador de mdia

Transmissor de temperatura

Integrador

Transmissor de anlise Contato normalmente aberto Lmpada de painel Contato normalmente fechado

XI XR T T T

Indicador da varivel X

Gerador de sinal analgico

Registrador da varivel X

Gerador de sinal manual

Bobina de rel Chave de transferncia

Atuador solenoide

>
Rel de transferncia ou trip Seletor de sinal alto Seletor de sinal baixo

Limitador de sinal alto

> <
A/D D/A MO

<
P/I

Limitador de sinal baixo

Conversor analgico/digital Conversor digital/analgico Operador motorizado Operador no especificado Extrator de raiz quadrada

Transdutor ar pneumtico para corrente Vlvula com atuador pneumtico

Ao de controle proporcional

d/dt

Ao de controle integral

f(x)

Ao de controle derivativa

5. Malha de controle
A Fig. 1.2.1 (a). ilustra como os smbolos anteriores so combinados para descrever uma determinada malha de controle. H vrios nveis de detalhamento. esquerda, tem-se a malha com todos os detalhes e direita, a malha simplificada.

Multiplicador

Divisor

17

Smbolos e Identificao
Esta malha de controle e indicao de presso (PIC) controlada por um sistema de controle distribudo compartilhado O ponto de ajuste deste controlador estabelecido por um computador supervisrio atravs de um highway de dados compartilhados que fornece o elo de programao entre o computador e o sistema de controle compartilhado. O nmero da malha de controle nico e igual a 211, que pode indicar a 11a malha da rea 200. Todos os componentes da malha possuem este mesmo nmero, ou seja, 1. transmissor PT 211 2. transdutor i/p PY 211 3. controlador PIC 211 O transmissor PT 211 est ligado ao processo atravs de uma vlvula de bloqueio de " (13 mm) e sente a presso de 0 a 300 psi e gera na sada o sinal padro de corrente eletrnica de 4 a 20 mA cc. O sinal de sada do transmissor recebido e identificado no multiplexador do sistema compartilhado como a entrada analgica #17 (AI- 17). O controlador PIC 211 se encontra no console #2 (C-2) do sistema compartilhado e tem as funes de controle PI. O sistema compartilhado tambm fornece um sinal de alarme de alta e uma variao de presso de alta (dP/dt) desta medio (PAH). No lado da sada do controlador, o sinal que deixa o multiplexador do sistema identificada como a sada analgica (AO-21), que ainda o sinal de 20 mA cc que recebido por um transdutor i/p, que o converte para o sinal pneumtico de 20 a 100 kPa (0,2 a 1,0 kgf/cm2 ou 3 a 15 psi), que est montado na vlvula de controle PCV 211. A vlvula em si linear, em falha ela fecha (fail close - FC) e possui um posicionador (P). O transdutor i/p requer a alimentao pneumtica (AS - air supply), tpica de 140 kPa (22 psi). O diagrama da Fig. 1.2.1 (b) mostra uma malha de controle de presso, digital e compartilhada, PIC.

6. Sistemas completos
A seguir so mostrados outros exemplos com smbolos de instrumentao. As Fig. 1.2.2. e Fig. 1.2.3 mostram o mesmo sistema de controle com diferentes graus de detalhamento. Na Fig. 1.2.3 todos os elementos so mostrados. O registro da vazo obtido de 1. uma placa de orifcio (elemento de vazo, FE-1, no mostrado), 2. transmissor de vazo, montado no campo, FT-1, 3. extrator de raiz quadrada, montado atrs do painel do operador 4. registrador com duas penas, uma para a vazo (FR-1) e outra para a presso (PR-2), montado no painel de leitura. O registro da presso obtido de 1. transmissor de presso, PT-2, montado no campo. A tomada da presso usa a tomada de alta ou de baixa da placa de orifcio. Todos os sinais envolvidos so pneumticos, padro de 20 a 100 kPa. A temperatura da sada do gs medida por um detector de temperatura a resistncia (RTD), montada em um poo, ligado diretamente ao registrador e controlador de temperatura (TRC-3). A sada eltrica do controlador (4 a 20 mA cc) modula a abertura de uma vlvula esfera (TV-3), com atuador a cilindro. O controlador registrador de temperatura tem uma chave de temperatura (termostato TSL-3), que atua um alarme no painel (TAL-3), com a temperatura baixa. A Fig. 1.2.3 usa uma simbologia simplificada para mostrar que um gs aquecido e sua temperatura controlada por um controlador de painel. O fluido de aquecimento modulado por uma vlvula de controle e registra a vazo do gs, presso e temperatura de sada e h um alarme que atua com temperatura baixa.

18

Alimentao

Fig. 1.2.5. Instrumentao para um sistema de distilao

19

Smbolos e Identificao

Fig. 1.2.6. Instrumentao para um sistema de reao

20

Sistemas de Instrumentao
A Fig. 1.2.5. mostra a descrio simblica completa de um processo de distilao. A vazo de alimentao medida (FE-3, FT-3) e registrada (FR-3), mas no controlada A taxa de entrada de calor proporcional taxa de alimentao vezes um ganho de rel (FY-3B), que ajusta o ponto de ajuste do controlador de vazo do leo quente (FRC-1). O produto leve da torre condensado, com a temperatura do condensado controlada mantendo-se constante a presso da coluna (PRC-11). A sada do produto leve tem vazo controlada (FRC-4). O ponto de ajuste do controlador ajustado por um rel divisor (UY-6), cujas entradas so a vazo de alimentao, como modificada pelo rel funo (FY-3A) e a sada do controlador de anlise dos produtos leves (ARC-5). O controlador de anlise recebe a anlise do produto de seu transmissor, que tambm transmite o sinal para uma chave de anlise dual (alta/baixa), que por sua vez, atua em alarmes correspondentes. O nvel do acumulador mantido constante (LIC-7) atravs da manipulao da vazo de refluxo (LV-7), que uma vlvula com falha aberta (FO). Uma chave de nvel separada atua um alarme de nvel do acumulador em alta e baixa (LSH/L 9). H uma indicao de nvel local atravs de visor (LG 10). So medidas temperaturas em vrios pontos do processo e os valores so registrados (6 pontos - TJR 8-1 a 8-6) e indicados (3 pontos - TJI 9-1 a 9-3). Alguns dos pontos de registro possuem chaves de acionamento de temperatura baixa e alta (por exemplo, TJSH 8-2, TAH 8-2 e TJSL 9-5 e TAL 8-5), com respectivos alarmes A Fig. 1.2.6. ilustra o sistema de controle para um reator qumico. O reagente A alimentado com vazo controlada (FC-1). As vazes de A e B so controladas com razo constante, atravs do rel de ganho (FY-1), ajustando o ponto de ajuste do controlador de vazo B (FIC-2). O nvel do reator mantido constante (LIC-3) modulando a sada dos produtos pesados (LC-3). Se o nvel alto, ele automaticamente fecha as vlvulas de alimentao dos reagentes (FV1 e FV-2) atravs de vlvulas solenides (UY-7A e UY-7B) e atua um alarme de nvel alto (LSH-3 e LAH-3). Um alarme separado atuado por nvel baixo do reator (LSL-3 e LAL3). A reao exotrmica e a temperatura controlada (T4) modulando a presso do refrigerante na jaqueta do reator. Isto feito pelo controlador de temperatura do reator ajustando o ponto de ajuste do controlador de presso da jaqueta (PRC-5), que controla a presso do vapor gerado pela transferncia de calor para a gua de refrigerao. A temperatura do reator, se alta, atua um alarme. Se a temperatura fica muito alta, ela fecha as vlvulas de alimentao A (FV-1) e B (FV-2) e a de presso (PV-5), enquanto abre a alimentao d'gua e as vlvulas de retorno atravs de vlvulas piloto solenides de intertravamento (UY-7A, B, C, D). Estas vlvulas de alta temperatura podem tambm ser atuadas por uma chave manual (HS-6). Um nvel constante do refrigerante mantido na jaqueta modulando a alimentao de gua e o nvel baixo da jaqueta atua um alarme (LSL-11 e LAL-11). A presso do reator controlada modulando o venting dos no condensveis formados na reao enquanto um disco de ruptura protege o reator contra altas presses perigosas (PSE-10).

Apostilas\Automao

SimbologiaISA.DOC

24 NOV 98 (Substitui 01 SET 96)

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1.3 Sistemas de Instrumentao


1. Classes de Instrumentos
Os instrumentos de medio e controle de processo podem ser classificados de acordo com a seguinte dialtica: 1. manual ou automtico 2. alimentado ou sem alimentao externa 3. pneumtico ou eletrnico 4. analgico ou digital 5. burro ou inteligente 6. montado no campo ou na sala de controle 7. modular ou integral 8. dedicado ou compartilhado 9. centralizado ou distribudo instrumento e faz a leitura. Tambm neste caso, ele pode anotar a leitura feita para uso posterior. Quando se necessita do registro continuo da varivel, usa-se um registrador, que opera continuamente. Atualmente possvel, num sistema de aquisio de dados, a medio contnua de muitas variveis e a emisso de relatrios de medio atravs de impressoras de computador.

Fig. 1.3.1. Instrumentos portteis (HP)

3. Alimentao dos

2. Manual e Automtico
Com relao interveno humana, a medio instrumento pode ser manual ou automtica. A medio mais simples feita manualmente, com a interferncia direta de um operador. A medio manual geralmente feita por um instrumento porttil. Exemplos de medio manual: medio de um comprimento por uma rgua, medio de uma resistncia eltrica atravs de um ohmmetro, medio de uma voltagem com um voltmetro. As medies feitas manualmente geralmente so anotadas pelo operador, para uso posterior. A medio pode ser feita de modo automtico e continuo, sem interferncia humana direta. O instrumento fica ligado diretamente ao processo, sentindo a varivel e indicando continuamente o seu valor instantneo. Quando o operador quiser saber o valor medido, ele se aproxima adequadamente do

Instrumentos
A energia est associada aos instrumentos de dois modos: atravs da alimentao e do mtodo de transduo. Qualquer instrumento para funcionar necessita de uma fonte de energia. Esta fonte de energia pode ser externa e explcita, quando o instrumento alimentado. As duas fontes clssicas de alimentao de instrumentos so a eletrnica e a pneumtica. Instrumentos eletrnicos so alimentados por uma fonte externa de voltagem, tpica de 24 V cc. Esta alimentao geralmente feita por um nico

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Sistemas de Instrumentao
par de fios que simultaneamente conduz a informao e a alimentao. Por questo econmica e de segurana, raramente se usa um instrumento de medio no campo alimentado com uma bateria integral (colocado no seu interior).

Fig. 1.3.3. Manmetro, sem alimentao externa

4. Pneumtico ou Eletrnico
Os instrumentos de medio e controle necessitam de uma fonte de energia externa para o seu funcionamento adequado. Dependendo da natureza desta fonte de energia, os instrumentos podem ser classificados em: 1. pneumticos, onde esto includos os puramente mecnicos. 2. eletrnicos, ou tambm chamados de eltricos. Ambos os tipos de instrumentos podem executar as mesmas funes, apresentando vantagens e desvantagens, quando comparados. Esta comparao j foi clssica, na dcada de 1970, mas hoje h uma predominncia da instrumentao eletrnica sobre a analgica. A escolha entre pneumtico ou eletrnico no apenas a escolha de um instrumento isolado, mas de todo um sistema de instrumentao de controle do processo. A escolha pode depender do tipo de processo e das variveis envolvidas. A escolha do sistema de instrumentao influi e implica na definio de outros equipamentos e sistemas. Ou seja, quando se escolhe uma instrumentao pneumtica, h a necessidade de se ter um compressor de ar de instrumento, de capacidade adequada quantidade de instrumentos, com filtros, secadores, estgios de reduo e todo um sistema de interligaes e distribuio atravs de tubos plsticos ou de cobre. Quando se escolhe uma instrumentao eletrnica, deve-se considerar o sistema de alimentao eltrica, com eventual opo de reserva de bateria para suprir a energia na falta da alimentao alternada principal. Mesmo com toda a instrumentao eletrnica, deve ser considerado o uso do compressor de ar de instrumento, para alimentar, no mnimo, os transdutores I/P, pois as vlvulas de controle so atuadas pneumaticamente.

Fig. 1.3.2. Alimentao do transmissor eletrnico Instrumentos pneumticos so alimentados por uma fonte externa de ar comprimido, tpica de 140 kPa (20 psi). Cada instrumento pneumtico montado no campo alimentado individualmente atravs de um conjunto filtro-regulador ajustvel ou fixo. O filtro elimina, num estgio final, as impurezas, umidade e leo contaminantes do ar comprimido. O regulador, ajustvel ou fixo, geralmente abaixa a presso mais elevada de distribuio para o valor tpico de 140 kPa. O sinal padro de transmisso pneumtica de 20 a 100 kPa. Existem ainda instrumentos de montagem local que no necessitam de nenhuma alimentao externa para seu funcionamento. Eles so chamados de autoalimentados. Eles utilizam a prpria energia do processo para seu funcionamento. Exemplos de indicadores e registradores que no necessitam de alimentao externa so: 1. indicador local de presso, com elemento sensor tipo bourdon C, helicoidal, espiral, helicoidal ou fole. 2. indicador local de temperatura com elemento sensor tipo bimetal. 3. indicador ou registrador local de vazo com elemento sensor de presso diferencial (diafragma).

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Sistemas de Instrumentao
4.1. Instrumento pneumtico
O instrumento pneumtico aquele que necessita, para seu funcionamento, da alimentao de ar comprimido, presso tpica de 120 kPa (20 psig). O sinal padro de informao pneumtica o de 20 a 100 kPa (0,2 a 1,0 kgf/cm2 ou 3 a 15 psi). O dispositivo para gerar o sinal padro o conjunto bico palheta. A distncia entre o bico que sopra e a palheta que se move em funo da varivel medida modula o sinal de sada entre 20 e 100 kPa. O dispositivo para detectar o sinal padro o fole receptor. adequado para grandes distancias, pois a resistncia parasita da fiao atenua o sinal transmitido. A alimentao dos instrumentos eletrnicos de campo feita atravs do mesmo par de fios que conduz o sinal padro de informao. Tais transmissores so chamados de 2-fios. Pretendeu-se diminuir o sinal padro para faixa menor que 4 a 20 mA, para que a alimentao fosse de 5 V cc, porm, isso no se realizou.

Fig. 1.3.5. Medidor vortex, eletrnico (Foxboro) Fig. 1.3.4. Transmissor pneumtico (Foxboro) Mesmo com o uso intensivo e extensivo de instrumentos eletrnicos, ainda hoje se usa muito a vlvula de controle com atuador pneumtico. Por sua simplicidade, confiabilidade e economia, a vlvula de controle com atuador pneumtico ainda ser usada como elemento final de controle padro por muitos anos. Atualmente, quando se tem todo o sistema digital, a transmisso feita digitalmente. Ainda no h um protocolo padro de transmisso digital e os fabricantes usam os seus protocolos proprietrios, como HART, da FisherRosemount, FOXCOM, da Foxboro. Em outubro de 1996 dever ser assinado uma tentativa de padronizao do Fieldbus. O instrumento eletrnico pode ser uma fonte de energia e por isso ele no seguro, a no ser que sejam tomados cuidados especiais de fabricao e instalao. Ele deve possuir uma classificao eltrica especial, compatvel com a classificao de rea do local onde ele vai operar. H basicamente dois tipos de instrumentos eletrnicos: base de corrente e base de tenso.

4.2. Instrumento eletrnico


O instrumento eletrnico alimentado por energia eltrica, geralmente de 24 V cc. Mesmo quando ele alimentado pela linha alternada de 120 V ca, seus circuitos internos a semicondutores necessitam de corrente contnua para sua polarizao e portanto todos os instrumentos possuem uma fonte de alimentao integralizada. O sinal padro para a transmisso de corrente eletrnica 4 a 20 mA cc. J foi usado o sinal de 10-50 mA cc, porm, por causa da segurana e compatibilidade com computadores digitais, ele desapareceu. Existe tambm o sinal padro de transmisso de 1 a 5 V cc, porm ele no

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Sistemas de Instrumentao
instrumentos do sistema no interferem no seu funcionamento normal. 3. como os instrumentos possuem altssimas impedncias de entrada (M) as correntes circulantes so baixssimas (A ou pA). O nvel de energia dissipada baixo e o calor dissipado desprezvel. Como recomendao: utiliza-se instrumento base de corrente para a transmisso de sinais, pois no h problemas de atenuao com as distancias envolvidas e utiliza-se o sistema com instrumentos base de tenso para a manipulao local dos sinais, dentro do painel, para usufruir das vantagens de baixo consumo, baixa dissipao de calor, facilidade de ligaes, flexibilidade de conexes.

Fig. 1.3.6. Instrumentos eletrnicos As caractersticas dos instrumentos base de corrente so: 1. todos os instrumentos devem ser ligados em serie. Para garantir a integridade do sistema, devem existir dispositivos de proteo que possibilitem a retirada ou colocao de componentes da malha, sem interrupo ou interferncia de funcionamento. Caso no haja essa proteo, quando um instrumento da malha retirado, ou mesmo se estraga, toda a malha fica desligada. 2. a ligao em serie tambm influi no valor mximo da impedncia da malha. A malha de instrumentos base de corrente, onde todos so ligados em serie, a soma das impedncias de entrada de todos os instrumentos limitada por um valor mximo, que funo geralmente do nvel de alimentao da malha. Desse modo, limitado o nmero de instrumentos ligados em serie numa malha. Quando esse limite ultrapassado, a soluo usar o instrumento repetidor de corrente, tambm chamados, casadores de impedncia. 3. as impedncias de entrada dos instrumentos so baixas (dezenas a centenas de ohms) e portanto as correntes circulares so relativamente elevadas (mA). Isso eqivale a dizer que o consumo de energia elevado e h grande dissipao de calor. As caractersticas dos instrumentos base de tenso so: 1. todos os instrumentos so ligados em paralelo. Os diagramas de ligao, como conseqncia, so mais simples, pois podem ser unifilares. 2. os componentes apresentam alta impedncia de entrada, de modo que a retirada, colocao ou defeito dos

5. Analgico ou Digital
O conceito de analgico e digital se refere a 1. sinal 2. tecnologia 3. display 4. funo matemtica.

5.1. Sinal
Sinal uma indicao visual, audvel ou de outra forma que contem informao. Sinal analgico aquele que vria de modo continuo, suave, sem saltos em degrau. O parmetro fundamental do sinal analgico sua amplitude. Medir um sinal analgico determinar o valor de sua amplitude. So exemplos de sinal analgico: 1. Sinal padro pneumtico de 20-100 kPa, onde o 20 kPa corresponde a 0% e 100 kPa a 100%. 2. Sinal padro eletrnico de 4-20 mA cc, onde o 4 mA cc corresponde a 0% e 20 mA a 100%. 3. As variveis de processo so analgicas. Uma temperatura pode variar de 20 a 50 oC, assumindo todos os infinitos valores intermedirios. Uma presso de processo pode variar de 20 a 100 kPa, de modo contnuo. Sinal binrio ou discreto aquele que s pode assumir valores descontnuos. O sinal digital constitudo de pulsos ou de bits. Pulsos s podem ser contados; bits podem ser manipulados.

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Sistemas de Instrumentao
A sada de pulsos da turbina medidora de vazo, onde cada pulso escalonada pode corresponder, por exemplo, a 1 litro/segundo de vazo um sinal binrio. Um sinal digital de 8 bits pode ser 10011101. para polarizar os circuitos. Os componentes ativos (transistores, amplificadores operacionais) operam na regio de amplificao linear. Instrumento digital usa circuitos e tcnicas lgicas para fazer a medio ou para processar os dados. Basicamente, um instrumento digital pode ser visto como um arranjo de portas lgicas que mudam os estados em velocidades muito elevadas para fazer a medio. A base dos circuitos digitais so os circuitos integrados digitais, constitudos de portas lgicas (AND, OR, NAND, NOR, NOT), multivibradores (flipflop), contadores e temporizadores. Atualmente, todos estes circuitos e lgicas esto integradas no microprocessador. Os circuitos digitais podem tambm executar as tarefas analgicas de amplificar e filtrar. Necessariamente, eles devem ter um estgio de converso analgico-digital e eventualmente, de digital-analgico.

5.2. Display
O display ou readout a apresentao visual dos dados. Ele pode ser analgico ou digital. Display analgico aquele constitudo, geralmente, de uma escala fixa e um ponteiro mvel (pode haver escala mvel e ponteiro fixo). O ponteiro se move continuamente sobre a escala graduada, possibilitando a leitura do valor medido. Display digital aquele constitudo por nmeros ou dgitos. Os nmeros variam de modo discreto, descontinuo, possibilitando a leitura do valor medido. O fator mais importante favorecendo o instrumento digital, quando comparado com o analgico, a facilidade de leitura. Quando o operador l um instrumento analgico, ele deve se posicionar corretamente, fazer interpolao, usar espelho da escala, ou seja, ter um bom olho. A leitura analgica suscetvel a erro, subjetiva e demorada.

Fig. 1.3.8. Totalizao (digital) por meio analgico

(a)

5.4. Funo Matemtica


H funes ou tarefas que so tipicamente analgicas, como registro e controle de processo. S possvel registrar um sinal analgico. Por exemplo, quando se quer registrar a vazo, tendo-se uma turbina medidora com sada de pulsos, deve-se converter o sinal de pulsos em analgico. O controle tambm uma funo analgica. O seu algoritmo fundamental, PID, matematicamente analgico e continuo. O controle liga-desliga um caso particular, com uma sada discreta (digital). Um controlador digital envolve uma tecnologia digital para executar a funo analgica de controle. Funes tipicamente digitais so alarme, contagem de eventos e totalizao de vazo. Quando se totalizam pulsos

(b)

Fig. 1.3.7. Display (a) analgico e (b) digital

5.3. Tecnologia
A tecnologia eletrnica pode ser analgica ou digital. A base dos circuitos analgicos o amplificador operacional, que manipula e computada variveis analgicas (corrente e voltagem). Os componentes passivos (resistncia, capacitor e indutor) servem

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Sistemas de Instrumentao
escalonados de medio de vazo, basta cont-los. Quando se totaliza um sinal analgico proporcional vazo, necessrio converter o sinal para digital e depois contar os pulsos correspondentes. Um exemplo relacionando todos estes conceitos a medio do tempo pelo relgio. O tempo uma grandeza analgica. O tempo pode ser medido por um relgio mecnico, com tecnologia analgica e mostrador analgico. Tem-se engrenagens, molas, pinos acionando um ponteiro que percorre uma escala circular graduada. O ponteiro se move continuamente. Este mesmo tempo pode ser medido por um relgio eletrnico, com tecnologia digital mas com mostrador analgico. A tecnologia do relgio digital pois tem um microprocessador e um cristal oscilante. A indicao analgica, pois constituda de escala e ponteiro. Porem, o ponteiro se move com pequenos saltos, mostrando que est sendo acionado por pulsos. Finalmente, o tempo pode ser indicado por um relgio digital. A tecnologia do relgio digital e o indicador tambm digital. O display so nmeros que variam discretamente. Resumindo: a varivel analgica tempo pode ser indicada atravs de relgio analgico (mecnico) ou digital (eletrnico) com display analgico (escala e ponteiro) ou digital (nmeros). Porm, a leitura de instrumento analgico de mais rpida e fcil interpretao, principalmente quando se tem comparaes entre duas medies. Por isso, mesmo a instrumentao eletrnica sofisticada com tecnologia digital possui medidores que simulam indicaes analgicas. Por exemplo, o controlador single loop possui indicaes da medio e do ponto de ajuste feitas atravs de grfico de barras. Os relgios digitais foram muito populares na dcada de 80, porque eles eram novidade e mais baratos. Atualmente, h o reaparecimento de relgios com display analgico, com ponteiros e escala, porque sua leitura mais rpida e fcil, pois se sabe o significado de certas posies dos ponteiros das horas e dos minutos. A preciso uma segunda vantagem do instrumento digital sobre o analgico. Embora a preciso dependa da qualidade e do projeto do instrumento, em geral, o instrumento digital mais preciso que o analgico de mesmo custo. Tipicamente, a preciso do digital de 0,1% e do analgico de 1%. A exatido de qualquer instrumento est relacionada com a calibrao. Como a preciso de um instrumento digital depende da percentagem do valor medido e de mais ou menos alguns dgitos menos significativos (erro de quantizao), o instrumento digital requer calibraes mais freqentes que o instrumento analgico, cuja preciso depende apenas da percentagem do fundo de escala. Os instrumentos digitais fornecem melhor resoluo que os analgicos. A maior resoluo dos instrumentos digitais reduz o nmero de faixas necessrias para cobrir a faixa de medio.

5.5. Comparao Analgica Versus Digital


Deve-se diferenciar um instrumento digital e um instrumento com display digital. Instrumento digital aquele em que o circuito necessrio para obter a medio de projeto digital. Um instrumento com display digital aquele que o circuito de medio de projeto analgico e somente a indicao de projeto digital. Um instrumento analgico com leitura digital geralmente no mais preciso que o mesmo instrumento analgico com leitura analgica. A principal vantagem do display digital a convenincia de leitura, quando no se tem a preocupao de cometer erro de paralaxe, quando se posiciona erradamente em relao ao instrumento de leitura. Os psiclogos garantem que se cansa menos quando se fazem mltiplas leituras digitais.

Fig. 1.3.9. Instrumentos inteligentes (Foxboro)

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Sistemas de Instrumentao 6. Burro ou inteligente


Os instrumentos convencionais de leitura apresentam os resultados para o operador, que deve interpret-los. Esta interpretao envolve o uso da unidade de engenharia apropriada, linearizao, alguma computao matemtica e a concluso final. Obviamente, para isso se requer um operador esperto ou inteligente. Com o uso intensivo e extensivo do microprocessador na instrumentao, tornou-se possvel passar para o instrumento esta capacidade humana de computao matemtica e interpretao de resultados. Em 1983 apareceu o primeiro transmissor microprocessado, lanado pela Honeywell e foi chamado de inteligente. Este outro de muitos exemplos de nomes escolhidos estupidamente para instrumentos de processo. No h nada particularmente inteligente nos medidores inteligentes. Porm, eles possuem caractersticas acima e alm das de seus predecessores e estas capacidades devem ser entendidas. Como estes instrumentos foram chamados de inteligentes, por contraposio, os j existentes so considerados burros (dumb). Atualmente, h o sabido (smart) e o inteligente (intelligent), onde o inteligente tem maiores recursos que o sabido, embora ambos sejam microprocessados. Atualmente, quando se fala indistintamente que um instrumento inteligente quer se referir a um instrumento a base de microprocessador, com a capacidade inerente de computao matemtica, lgica, seqencial, intertravamento. A capacidade adicional tornou-se possvel pelo desenvolvimento da microprocessador e a incluso deste componente admirvel nos instrumentos de medio. Isto significa que um transmissor inteligente possui um pequeno computador em seu interior que geralmente lhe d a habilidade de fazer duas coisas: 1. modificar sua sada para compensar os efeitos de erros 2. ser interrogado pelo instrumento receptor da malha. As capacidades peculiares dos instrumentos inteligentes so: 1. habilidade de transmitir medies do processo, usando um sinal digital que inerentemente um mtodo mais preciso do que o sinal analgico. O principal obstculo a falta de padronizao deste sinal digital e seu respectivo protocolo. Algum dia isto ser resolvido. 2. Todos os instrumentos de medio industriais contem componentes como foles, diafragmas e elos que exibem comportamento no linear ou cujo comportamento pode ser alterado por variaes de temperatura, umidade, presso, vibrao, alimentao ou outros efeitos externos. Em outros casos, os efeitos no lineares aparecem por causa dos princpios de medio, como a medio de vazo com placa de orifcio. A estratgia, at hoje, era usar outros instrumentos para compensar estes efeitos. Como os instrumentos inteligentes possuem uma grande capacidade computacional, estas compensaes, correes e linearizaes so mais facilmente conseguidas atravs de circuitos embutidos no microprocessador. 3. Alm de transmitir a informao, o transmissor inteligente pode tambm ouvir. Um benefcio prtico disto em verificao de pr partida. Da sala de controle, o instrumentista pode perguntar ao transmissor que est no campo qual o seu nmero de identificao. 4. Um transmissor inteligente pode ter sua faixa de calibrao facilmente alterada atravs de comandos de reprogramao em vez de ter ajustes mecnicos locais. Na medio de vazo com placa de orifcio, as verificaes de zero do instrumento requerem a abertura e fechamento das vlvulas do distribuidor no transmissor.

Fig. 1.3.10. rea externa

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Sistemas de Instrumentao 7. Campo ou sala de controle


Os primeiros instrumentos de medio e controle, desenvolvidos at a dcada de 1940, eram de montagem local ou no campo, prximos ao processo. Apenas com o advento do transmissor, pneumtico ou eletrnico, que possibilitou o envio das informaes at distancias de centenas de metros (pneumtico) ou alguns kilmetros (eletrnico), tornou-se possvel a opo de se montar os indicadores, registradores e controladores em painis centralizados e localizados em salas de controle. Outro fato que concorreu para o uso de painis centralizados em salas de controle foi a complexidade crescente dos processos, que requer a leitura e a monitorizao simultnea de muitas variveis simultneas. Com o uso cada vez mais intensivo da instrumentao eletrnica, at com tcnicas digitais de controle distribudo, a tendncia a de se usar instrumentos centralizados em salas de controle, distribudas em toda a extenso da planta.

Fig. 1.3.11. Instrumentos em rea industrial De um modo simplista, um instrumento especificado e construdo para ser montado no campo mais robusto, mais resistente corroso e maior do que o seu correspondente montado no painel da sala de controle. A sua pintura e o seu acabamento so normalmente especiais e especficos para cada atmosfera. Atualmente, se aplicam cada vez mais materiais plsticos (p. ex., epoxy) e fibra de vidro, que so altamente resistente e no sofrem corroso nem ferrugem. A montagem padro dos instrumentos de campo em tubo de 2" (50 mm) de dimetro. Os instrumentos de medio ou registro de vazo, que utilizam o diafragma de presso diferencial (cmara Barton) so montados em pedestal (yoke), que levemente diferente da montagem em tubo de 2". Na montagem em tubo, o instrumento preso lateralmente ao tubo, atravs de uma braadeira. Na montagem em pedestal, o instrumento colocado sobre o tubo, pois no h espao lateral para ser fixado. Os instrumentos de campo que apresenta portas, geralmente so trancados com chave, de modo que apenas as pessoas categorizadas lhe tenham acesso ao interior. As portas e janelas de vidro, normalmente, so anti estilhao, ou seja, quando se quebram no produzem estilhaos, que seriam perigosos aos operadores. Quando no h restries de segurana, por causa da presena de gases inflamveis no meio circundante, os instrumentos so iluminados internamente. As luzes so acesas manualmente pelo operador ou pelo instrumento de manuteno, facilitando a operao noturna.

7.1. Instrumento de campo


H instrumentos, que pela sua prpria funo desempenhada, s podem ser montados no campo, prximos ou em contato direto com o processo. Os sensores (parte dos instrumentos) e as vlvulas de controle so necessariamente montados no campo. Na maioria dos casos mas nem sempre, o transmissor montado no campo. Em uma minoria dos casos, por questo de segurana ou de integridade, o transmissor montado no painel cego da sala de controle. Os outros instrumentos, tais como indicadores, registradores, controladores, totalizadores, transdutores e conversores podem ser montados tanto no campo como no painel da sala de controle. Embora funcionalmente os instrumentos sejam os mesmos, suas caractersticas externas, relacionadas com robustez, segurana, funcionamento so diferentes. E como conseqncia, tambm os custos so diferentes.

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Sistemas de Instrumentao
Os instrumentos de campo devem ser montados em lugares de fcil acesso, para possibilitar abertura, troca de grficos, calibrao e manuteno.

(a) Instrumentos soltos

Fig. 1.3.12. Instrumentos montados no campo Os instrumentos de campo so chamados tambm de "caixa grande". So tipicamente de formato retangular. Os registradores tem o formato retangular, porm, seus grficos so circulares, com dimetro de 12". (b) Instrumentos montados nas estantes Fig.4.13. Instrumentos em painel de leitura (Foxboro)
2. Os instrumentos de painel so mais

7.2. Instrumentos montados na sala de controle


Com a complexidade dos processos industriais, apareceu a necessidade de maior nmero de instrumentos para a manipulao dos sinais de informao. Para que os painis no se tornassem proibitivamente grandes, o que implicaria em maiores custos e maiores dificuldades para os operadores, os fabricantes foram forcados a diminuir os tamanhos dos instrumentos. Esta miniaturizao dos instrumentos foi auxiliada pelo advento da eletrnica e pelo uso de circuitos impressos pneumticos. As caractersticas comuns aos instrumentos montados em painel so: 1. Os instrumentos so montados em estantes padronizadas, atravs de cabos de engate rpido. Esta filosofia, valida para os instrumentos pneumticos e eletrnicos, torna fcil a substituio a manuteno dos instrumentos.

padronizados, pois manipulam sinais padronizados provenientes dos transmissores de campo. A maioria dos instrumentos de painel recebe o sinal de transmissores do campo, por questo de padronizao, de segurana e de tcnica. No seria seguro nem praticvel trazer, por exemplo, um sinal de presso de 100 kg/cm2 do campo para o painel diretamente. Como conseqncia, usa-se um transmissor, eletrnico ou pneumtico, de presso para trazer essa informao para a sala de controle. E o sinal recebido pelo instrumento de painel um sinal padro, de 4 a 20 mA se eletrnico ou 20 a 100 kPa se pneumtico. 3. A padronizao maior dos instrumentos implica em menor nmero de instrumentos reservas. Como conseqncia dessa padronizao, por exemplo, todos os controladores so iguais, quaisquer que sejam as variveis controladas. O controlador do painel recebe um sinal padro do transmissor de campo e remete para a vlvula de controle outro sinal padro. Para facilitar ainda mais, os instrumentos de painel so fornecidos com escalas

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Sistemas de Instrumentao
intercambiveis, de fcil substituio. Assim, em vez de se ter um controlador para cada varivel de processo, tem-se um nico controlador para todas as variveis. Apenas so trocadas as escalas dos instrumentos uma industria cuja rea do campo seja perigosa por manipular produtos com gases inflamveis e explosivos, ela um local seguro. 7. Os tamanhos fsicos dos instrumentos de painel so menores, para que os painis sejam menores, as salas de controle sejam menores. A diminuio do tamanho dos instrumentos no prejudica a operao, pois na sala de controle os operadores podem se aproximar facilmente dos instrumentos de leitura.

(a) Porttil

(b) Painel

(c) rea industrial Fig. 1.3.14. Locais de montagem


4. Os nicos instrumentos de painel que

Fig. 13.15. Painel de leitura e armrio cego

recebem sinais diretamente do processo so os indicadores e registradores de temperatura, com elementos sensores a termopar ou a bulbo de resistncia. Tambm nessa situao, os instrumentos continuam sendo padronizados. Obviamente um registrador de temperatura, com termopar, no poder receber sinal de um transmissor eletrnico de presso. Porm, poder ser ajustado para receber sinal de outro termopar, desde que sejam modificadas as junes de compensao. 5. Os instrumentos de painel so estruturalmente mais frgeis que os instrumentos de campo, pois suas condies ambientais so mais favorveis e porque as estantes de montagem os protegem. 6. Os instrumentos eltricos montados nos painis so de uso geral. Ou seja, mesmo que a sala de controle seja de

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Sistemas de Instrumentao 8. Modular ou integral


Os primeiros instrumentos agrupavam em seu invlucro todos os circuitos funcionais e so chamados de integrais. Como resultado, eram pouco flexveis e praticamente no era possvel fazer modificaes em sua operao.

8.1. Painel de leitura


A parte frontal do painel o espao nobre e portanto deve ser ocupada apenas por instrumentos que apresentem indicao em escalas, mostradores, grficos e contadores. Na parte da frente do painel devem ser montados apenas os instrumentos que exijam leitura ou cuidados do operador: indicador, registrador, controlador, estao manual de controle, anunciador de alarme e contadortotalizador. Os indicadores so lidos e eventualmente, suas leituras anotadas. Os registradores informam os valores registrados. Os seus grficos so periodicamente trocados. Tipicamente um grfico tipo tira, de rolo, tem durao de 30 dias; os grficos tipo tira, sanfonados, tem durao de 16 dias. Raramente h grficos circulares de registradores caixa grande na sala de controle, cuja durao tpica de 24 horas, ou menos comum, de 7 dias. Os controladores apresentam a situao do processo, mostrando o valor da medio, do ponto de ajuste e do sinal de sada e como conseqncia, a abertura da vlvula de controle. O operador pode variar o ponto de ajuste, conforme orientao do processo. Quando requerido, deve atuar direta e manualmente no processo, atravs da estao manual de controle acoplada ao controlador automtico, depois de fazer a conveniente transferncia auto-manual.

Fig. 1.3.15. Instrumento integral Ainda na instrumentao analgica apareceu a filosofia de separar os instrumentos em mdulos independentes fisicamente e separados geograficamente; tem-se a instrumentao modular. Nesta configurao, um controlador era constitudo por: 1. mdulo de entrada, que recebe o sinal de medio da varivel de processo, vindo do campo, 2. mdulo de processamento de sinal, que pode opcionalmente alterar o sinal recebido, por exemplo, linearizando-o, 3. mdulo de controle, onde est alojados os circuitos de controle, com pontos de teste e ajuste de sintonia, 4. mdulo de sada, que envia o sinal de controle de volta para o campo, para o elemento final de controle, 5. estao de controle, que constitui a interface com o operador de processo, 6. cabo de ligao entre o mdulo e a estao de controle. Todos estes instrumentos so montados na sala de controle. Porm, somente as estaes de controle tem informao para o operador. Os instrumentos de painel foram divididos em duas grandes categorias e segregados, para economia de espao e para simplificao da operao: 1. instrumentos de leitura (display) 2. instrumentos cegos (rack)

Fig. 1.3.16. Sistema modular (Foxboro) Alm dos instrumentos de indicao, registro e controle, na parte frontal do painel de leitura, esto colocadas as botoeiras de liga-desliga ou de mltiplas posies, que podem ser acionadas pelo operador, dependendo da situao do processo.

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Sistemas de Instrumentao
processam os sinais de informao: extratores de raiz quadrada (linearizam o sinal quadrtico proveniente do transmissor de vazo, associado placa de orifcio), multiplicador/divisor de sinais (associado medio de vazo com compensao de temperatura ambiente e presso esttica), integrador (cuja sada pulsada alimenta o contador, que est localizado na parte frontal do painel, porque possui uma indicao digital) somador, seletor de sinais. Esses instrumentos, geralmente chamados de computadores analgicos, so montados ou atras do painel de leitura ou em outro painel, colocado atras do painel de leitura. Quando montados em outro painel, esse painel chamado de armrio (ou rack). Os operadores de processo no necessitam ter acesso a esse armrio, desde que no h nenhuma informao a ser lida nesses instrumentos. Como esses instrumentos no apresentam nenhuma leitura so chamados de instrumentos cegos.

Fig. 1.3.17. Estao de operao de SDCD Na parte superior do painel, logo acima dos instrumentos convencionais de leitura est localizado o painel anunciador de alarme. Esse painel consiste de uma associao de som (buzina) e luzes e seu objetivo o de informar ao operador quando os nveis de segurana e funcionamento do processo esto sendo alcanados. Quando ocorre uma situao de alarme, a buzina soa e a luz se acende. Nessa situao, o operador deve acionar o boto de conhecimento do alarme, de modo a desligar o som (que irritante, de propsito). A luz continua acesa, podendo ficar piscando, para indicar que a situao do processo que provocou o alarme continua ocorrendo. O operador deve providenciar uma atuao no processo, atravs da manipulao manual da estao de controle, atravs do ligamento ou desligamento de algum equipamento, de modo que a varivel alarmada retorne sua condio normal. Quando ocorre a normalidade, a luz de alarme se apaga. Ainda acima do anunciador, h o painel sinptico, onde est esquematizado em um fluxograma, o processo da planta. Ela facilita a tarefa do operador pois mostra as ligaes lgicas dos instrumentos e indica os tags de identificao dos instrumentos envolvidos. H painis semigrficos que possuem lmpadas de sinalizao de alarme.

Fig. 1.3. Painel cego de instrumentos

8.2. Armrio de instrumentos cegos


H instrumentos na sala de controle que executam funes inteligentes, porm no apresentam nenhuma informao em forma de indicao ou registro. So os instrumentos auxiliares que condicionam e

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Sistemas de Instrumentao
Em sistema de arquitetura modular ou arquitetura dividida, a separao e o conceito de painel de leitura e armrio de instrumentos cegos so mais ntidos. Atualmente existe um consenso que todas as funes de leitura podem e devem ser separadas fisicamente das funes de processamento e computao matemtica. Essa separao ocorre no apenas na instrumentao eletrnica, mas tambm na instrumentao pneumtica. Fig. 1.3.20. Registro compartilhado de temperatura Porm, o mais comum, o compartilhamento do instrumento eletrnico digital. A interface para o compartilhamento o multiplexador, que o instrumento que converte vrias entradas em uma nica sada. Depois de multiplexar os sinais, h a converso dos sinais analgicos para digital; (A/D). Quando h controle, o sinal digital deve ser reconvertido para analgico e voltar para o elemento final de controle. Usam-se o conversor digital-para-analgico e o de-multiplexador. O conjunto destas funes de multiplexar, converter e demultiplexar feito por um nico instrumento chamado de modem (MODulador-DEModulador).

Fig. 1.3.19. Registrador de 4 penas (Foxboro)

9. Dedicado ou compartilhado
Instrumento dedicado aquele que executa uma funo relacionada com uma nica varivel de processo. Um instrumento corresponde a uma malha e uma malha corresponde a um instrumento. Os primeiros instrumentos analgicos eram dedicados. Atualmente, h instrumentos digitais microprocessados que tambm so dedicados a uma ou duas malhas de controle; so os instrumentos single loop. Instrumento compartilhado aquele que executa a mesma funo, (indicao, registro ou controle), de um grande nmero de variveis, simultaneamente. possvel se ter o compartilhamento de vrias malhas com um nico instrumento mecnico analgico, como o registrador multiponto, quando um instrumento registra at 24 pontos de temperatura (tag TJR .

10. Centralizado ou distribudo


O sistema de controle centralizado aquele que converte todas as funes de interface com o campo (unidades de E/S), interface com operador, unidades de controle analgico e digital e gerenciamento em um nico instrumento. O sistema de controle distribudo executa as funes de controle estabelecidas e permite a transmisso dos sinais de controle e de medio. As diferentes funes de interface com o campo (unidades de E/S), interface com operador, unidades de controle analgico e digital, gerenciamento so distribudas geograficamente e interligadas pelo elo de comunicao. Os primeiros sistemas de instrumentao analgico possuam uma sala de controle centralizada, para onde convergiam todos os sinais de informao do processo. Na sala de controle havia

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Sistemas de Instrumentao
ainda a tomada de deciso do controle. As primeiras aplicaes de controle digital incluam um nico computador centralizado para fazer a coleta de dados e o controle do processo. O alto custo do equipamento permitia a existncia de apenas um (ou dois computadores, quando havia reserva). O uso intensivo e extensivo de microprocessadores devido a grande reduo de seu custo e do equipamento de processamento de dados permitiu a distribuio da inteligncia entre as diferentes fases do processo de coletar dados, condicionar sinais, tomar decises e fornecer informao ao operador. Inicialmente houve a aplicao com muitos pontos de controle indo para um painel centralizado, depois com o sistema digital distribudo, voltou-se a distribuir as funes de controle na rea industrial. A distribuio de equipamentos de controle diminui o nmero e o custo das fiaes entre cada sensor e a sala de controle e requer um sistema de multiplexagem confivel e um sistema de comunicao de dados. No controle digital distribudo, as funes de monitorao e controle so distribudas em vrios painis locais, cada um com seu prprio sistema digital, todos interligados por um sistema de comunicao. As operaes so distribudas funcional e fisicamente entre os vrios processos da planta. comportamento do processo, para que ele possa intervir na operao, nas situaes de emergncia, de modo mais eficiente e seguro. O nfase colocado no desenvolvimento dos equipamentos de comunicao homem-mquina, com aquisio de dados e telas de vdeo dando a possibilidade de estabelecer um dialogo entre os operadores e o processo. Atualmente, os sistemas de controle distribudo proporcionam uma grande quantidade de informao que deve ser passada gradualmente aos computadores perifricos com o fim de prover controles avanados, otimizar o controle da planta e gerenciar a sua eficincia. O xito e eficincia destas decises, independente do seu nvel, se baseiam na informao exata disponvel e na existncia de um sistema padronizado de comunicao entre o sistema de controle distribudo e os computadores que se acoplam a rede.

11. Real ou Virtual


11.1. Instrumento real
Instrumento real ou convencional o equipamento fsico que executa a funo para o qual ele foi projetado, construdo e instalado. Ele deve ser especificado com detalhe para a funo a ser executada, pois ele pouco flexvel. Um controlador convencional deve ser especificado e comprado com as aes de controle necessrias. muito difcil e quase impossvel fazer atualizao (upgrade) de um controlador convencional, para acrescentar alguma caracterstica opcional, no prevista na poca de sua compra. Como j visto, o instrumento real pode ser montado no campo ou na sala de controle, pode ser pneumtico ou eletrnico, pode ser dedicado ou compartilhado por vrias malhas de medio e controle. Atualmente, por causa do uso intensivo e extensivo do computador pessoal na medio e controle de processo, h uma tendncia universal de substituir o instrumento real de painel pelo instrumento virtual. Porm, nem tudo pode ser virtual. Os sensores e transmissores, que so a interface com o processo, certamente

Fig. 1.3.21. Estao de Operao Centralizada A tendncia atual no mais a de eliminar o operador, mas assisti-lo melhor, fornecer-lhe ferramentas mais eficientes e dar-lhe mais informaes acerca do

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Sistemas de Instrumentao
continuaro a ser fsicos, reais, convencionais. A nica diferena entre o instrumento convencional e o virtual o software e por isso tem se a idia que o software o instrumento. Atravs do monitor de vdeo, teclado e mouse, o operador pode fazer tudo no processo industrial que feito com o instrumento convencional, como: 1. alterar ponto de ajuste do controlador, 2. passar de automtico para manual e vice-versa e em modo manual, atuar diretamente no elemento final de controle 3. estabelecer pontos de alarme de mximo e de mnimo 4. alterar os parmetros da sintonia (ganho, tempo integral e tempo derivativo) Adicionalmente, como o instrumento dentro do computador possui muito mais recursos, o operador pode: 5. ver a curva de resposta do controlador para atestar o resultado da sintonia 6. ver a curva de tendncia histrica

11.2. Instrumento virtual


Um instrumento virtual definido como uma camada de software, hardware ou de ambos, colocada em um computador de uso geral, de modo que o usurio possa interagir com o computador como se fosse um instrumento eletrnico tradicional projetado pelo prprio usurio. Controlador virtual aquele construdo dentro de um computador pessoal. Atualmente, so disponveis aplicativos para desenvolver a face do controlador (template), seu bloco funcional PID e os programas intermedirios para interligar imagens, layouts, blocos e sinais externos. Do ponto de vista do operador usurio, muito difcil ver rapidamente as diferenas entre um instrumento virtual, constitudo de programa e equipamento e um real, que apenas equipamento. O que se v na tela do computador no d imediatamente um entendimento da filosofia de base. Diferente de um hardware, em que se pode abrir a caixa e olhar dentro, a arquitetura no software abstrata e no imediatamente visvel para um olho nu.

Fig. 1.3.23. Vista frontal de um controlador virtual Fig. 1.3.22. Controlador virtual na tela do monitor Para dar um exemplo, quando se tem um computador pessoal com um circuito de aquisio de dados embutido, para um instrumentista ou operador de processo, o instrumento pode funcionar como indicador, registrador, controlador ou chave de atuao.

11.3. Controlador virtual comercial


Como visto, o controlador um instrumento que recebe um sinal de medio da varivel controlada (PV), recebe um ponto de ajuste estabelecido pelo operador (SP) e gera um sinal de sada (MV), que uma funo matemtica especfica da diferena entre a medio e o

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ponto de ajuste. Tipicamente, o sinal de sada vai para uma vlvula de controle. O ponto de ajuste pode ser 1. local, estabelecido pelo operador 2. remoto, determinado por um outro sinal, por exemplo sada de outro controlador 3. remoto ou local, selecionado por uma chave Todo controlador possui uma chave seletora para definir o modo de operao: 1. automtico, quando a sada determinada apenas pelo controlador, em funo das aes e da diferena entre a medio e o ponto de ajuste 2. manual, quando a sada gerada diretamente pelo operador O controlador pode ter ou no ter alarme. O alarme pode ser de baixa, de alta ou ambos. Como nos indicadores, o controlador sem alarme possui uma linha do balo preta e o controlador com alarme, linha vermelha. Todo controlador possui um balo com cinza escuro, para permitir a chamada da sua face frontal, atravs de um gatilho. A seqncia do alarme do controlador idntica do indicador. Face frontal do controlador O balo cinza escura do controlador indica que h um gatilho nele. Quando o operador coloca o cursor sobre este balo, aparece a mozinha vermelha. Quando ele clica sobre o balo, aparece ao lado e acima do balo a face frontal do controlador, permitindo ao operador ter mais informaes sobre o controlador e atuar no processo atravs do controlador. A face do controlador virtual similar a de um controlador convencional, possuindo: 1. barra grfica verde da varivel medida (PV) 2. barra grfica azul do ponto de ajuste (SP) 3. barra grfica vermelha da sada do controlador (MV), 4. chave seletora A/M (automtico/manual). Quando est em automtico, aparece a chave Auto e quando est em manual, a chave Manual. 5. Chaves (4) de atuao manual da sada do controlador, atuvel somente quando o controlador est em modo manual: uma lenta e outra rpida, uma subir e outra para descer. Estas chaves no esto habilitadas quando o controlador est em automtico. 6. Chave seletora Remoto ou Local do ponto de ajuste (chave opcional) 7. Chaves (4) de atuao manual do ponto de ajuste local, atuvel somente quando o controlador est com ponto de ajuste local: uma lenta e outra rpida, uma subir e outra para descer. Esta chave no est habilitada quando o controlador est em ponto de ajuste remoto. 8. Indicaes digitais dos valores do ponto de ajuste (SP), varivel medida (PV) e sada do controlador (MV), logo abaixo das barras grficas. 9. Boto (cone parecido com grfico) para chamar a tela de tendncia da varivel controlada. 10. Indicao do status da abertura da vlvula: A para aberta e F para fechada. 11. Boto para chamado das telas de sintonias P, I e D.

Fig. 1.3.24.Face frontal do controlador, com ponto de ajuste apenas local

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Sistemas de Instrumentao
Ao Automtica ou Manual Todos os controladores possuem a opo de modo Automtico ou Manual. Se o operador clicar em Auto, a ao muda ou continua em automtico; se clicar em Manual, a ao muda ou continua em manual e se clicar em Cancel, a ao continua como est (nada alterado). Ponto de ajuste Remoto ou Local H controladores com ponto de ajuste local e controladores com ponto de ajuste local ou remoto (p. ex., controlador de relao de vazes). Em modo Manual, a chave de alterao do ponto de ajuste no est habilitada. Em modo automtico (Auto) e com o ponto de ajuste selecionado para Local, a chave de alterao do ponto de ajuste fica habilitada: o operador pode alterar o ponto de ajuste local, atuando nas chaves esquerda (SP), para aumentar ou diminuir, de modo rpido ou lento. Enquanto o controlador estiver em modo Auto e com a chave de ponto de ajuste em Remoto, as chaves de alterao do ponto de ajuste desaparecem. Neste caso, o ponto de ajuste alterado automaticamente, atravs de algum sinal externo que chegue ao controlador (tipicamente a sada de outro controlador, quando os dois esto em controle cascata).

Fig. 1.3.25. Frontais do controlador: operao do controlador em modo Automtico ou Manual Em modo automtico (Auto), a chave de alterao da sada no est habilitada. O operador pode alterar o ponto de ajuste local, atuando nas chaves esquerda (SP), para aumentar ou diminuir, de modo rpido ou lento. Em modo Manual, a chave de alterao do ponto de ajuste no est habilitada. Atravs das chaves de atuao da sada, o operador pode atuar diretamente no processo, para aumentar ou diminuir, de modo rpido ou lento. Quando o operador clica na chave virtual Manual ou Auto do frontal, aparece uma janela para confirmar ou cancelar a mudana.

Fig. 1.3.27. Frontais do controlador Local ou Remoto Fig.1.3.26. Imagem que aparece para confirmar ou canelar a transferncia Auto-Manual da sada do controlador

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Sistemas de Instrumentao

Fig. 1.3.28. Frontais do controlador Local ou Remoto Quando o operador clica na chave virtual Local ou Remoto do frontal do controlador, aparece uma janela para confirmar ou cancelar a mudana. Fig.1.3.30. Frontal de controlador com ponto de ajuste Remoto ou Local e modo de operao Manual e Automtico. Quando o operador clica na janela da indicao digital da Relao, aparece a janela para a alterao desta relao.

Fig. 1.3.29. Imagem que aparece para confirmar ou canelar a transferncia Local-Remoto do ponto de ajuste Se o operador clicar em Local, a ao muda ou continua em local; se clicar em Remoto, a ao muda ou continua em remoto e se clicar em Cancel, a ao continua como est (nada alterado). Controle de relao H malhas com controle de relao de vazes de HCN e Propanona. A sada do controlador de vazo de Propanona vai para o ponto de ajuste do controlador de vazo de HCN, passando por uma estao de relao (FFC). Esta relao pode ser ajustada pelo controlador, que clica no boto Relao Fig. 1.3.31. Janela para entrar com novo valor da relao

Sintonia do Controlador Quando o operador clica na tecla virtual PID aparece uma nova face frontal dos ajustes de sintonia do controlador.

Fig. 1.3.32. Janela para sintonia do controlador

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Sistemas de Instrumentao
Clicando no boto X, na parte superior direita da janela de sintonia, ela fechada (desaparece da tela). Quando o operador clica na janela com a indicao digital do ganho proporcional (kp), aparece a tela para ajuste do ganho do controlador. Fig. 1.3.35. Janela para entrar com novo valor do ganho derivativo A sintonia do controlador (ajustes do ganho proporcional, ganho integral e ganho derivativo) relativamente complexa e por isso, por enquanto, feita apenas pelo Supervisor ou por instrumentista experiente. Clicando no boto X, na parte superior direita da imagem, a face frontal do controlador fechada (desaparece da tela). Tela de ajuda Quando operador clica na tecla virtual ATUALIZA, o novo valor entra e foi feita a alterao. Quando o operador clica na tecla virtual AJUDA, aparece a tela de ajuda. Janelas de modificao de ajustes Em todas as telas de modificao de ajustes (Modify Tag Value), h as seguintes informaes: 1. Nome do tag (Tag Name) 2. Descrio do parmetro alterado 3. Valor corrente 4. Novo valor a ser ajustado 5. Janela com o novo valor 6. Teclas para confirmar (OK), Cancelar (Cancel) ou de Ajuda (Help). Se operador clica em OK, o novo valor confirmado; se clica em Cancel, o antigo valor mantido. Quando ele clica em Help, aparece a janela de ajuda. Se o valor entrado est fora da faixa aceitvel, aparece uma janela informando o fato e o operador tem que entrar com um valor aceitvel.

Fig. 1.3.33. Janela para entrar com o novo valor do ganho Quando o operador clica na janela com a indicao digital do ganho integral (ki), aparece a tela para ajuste do ganho do controlador.

Fig. 1.3.34. Janela para entrar com novo valor do ganho integral Quando o operador clica na janela com a indicao digital do ganho derivativo (kd), aparece a tela para ajuste da ao derivativa do controlador.

Fig. 1.3.36. Janela de alerta para entrada de valor invlido de qualquer parmetro

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Sistemas de Instrumentao
Tendncia do controlador Quando o operador clica na chave virtual com um cone de grfico, aparece a tela com a tendncia (real ou histrica) da varivel controlada.

Fig. 1.3.37. Imagem do grfico de tendncia do controlador FQC-210-1A No menu e em Modes, pode-se escolher a tendncia real ou tendncia histrica. Em tendncia real, o grfico mostra a varivel em tempo real, a partir do instante zero. Em tendncia real, o grfico mostra o histrico da varivel controlada. Clicando na barra de rolamento, pode-se andar para trs ou para frente no tempo.

Apostila\Instrumentao

Sistemas.doc

03 SET 00 (Substitui 10 DEZ 98)

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1.4 Terminologia
2.1. Introduo
Deve haver uma uniformidade de termos e nomenclatura no campo da instrumentao de processo. Aqui esto definidos os principais termos especializados da Instrumentao, que podem ser levemente ou totalmente diferentes do uso comum. Os termos definidos so convenientes para o uso do pessoal envolvido de algum modo com a Instrumentao, incluindo projeto, fabricao, montagem, operao, manuteno, teste e venda. Os tipos de indstrias de processo incluem: qumica, petrleo, gs e leo, petroqumica, gerao de energia, siderrgica, metalrgica, alimentcia, txtil, farmacutica, papel e celulose e minerao. pela entrada. A sada pode ser um sinal ou um valor da varivel manipulada. A entrada pode ser o sinal de realimentao negativa da malha quando o ponto de ajuste constante, um sinal de erro real ou a sada de outro controlador. Ao tambm chamada de modo. Ao Derivativa (Rate) a ao de controle em que a sada proporcional taxa de variao da entrada. A ao derivativa expressa em tempo (s). Ao Flutuante(Floating) a ao de controle em que a taxa de variao da sada uma funo pr determinada da entrada. Um erro na varivel controlada faz a sada do controlador variar em uma taxa constante. O erro deve exceder limites predeterminados antes do controlador comear a variar. Ao Integral (Reset) a ao de controle em que a sada proporcional integral no tempo da entrada. A taxa de variao da sada proporcional entrada. A ao integral expressa em repeties por tempo (s). Ao Liga-Desliga a ao de controle em que a sada 0 ou 100% e o elemento final de controle est ligado ou desligado. Ao Proporcional a ao de controle em que h uma relao linear contnua entre a sada e a entrada.

2.2. Definies e Conceitos


Ao do Controlador
Modo como a sada do controlador varia em funo da varivel medida. O controlador possui ao direta quando o valor do sinal de sada aumenta quando o valor da entrada (varivel medida) aumenta. O controlador possui ao inversa quando o valor do sinal de sada aumenta quando o valor da entrada (varivel medida) diminui.

Acessvel
Instrumento visvel pelo operador de processo, que apresenta sinais visuais de indicao e registro de valores da varivel de processo ou requer a atuao do operador, para estabelecer ponto de ajuste, transferir de automtico para manual e vice-versa, atuar manualmente

Ao de Controle
Ao do controlador ou de um sistema de controle a natureza matemtica (funo) da variao da sada provocada

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Terminologia
no processo, acionar chaves liga-desliga. Instrumento acessvel ao operador montado no painel de leitura ou display; instrumento no acessvel montado em armrio cego ou rack. consiste em o valor de uma varivel de processo atingir um valor limite, alto ou baixo, predeterminado. O alarme geralmente requer a atuao ou ateno do operador.

Amortecimento
Reduo progressiva ou supresso da oscilao em um instrumento ou sistema. A resposta a um degrau chamada de criticamente amortecida quando o tempo de resposta to rpido quanto possvel sem overshoot. sub amortecida quando ocorre overshoot ou superamortecida quando a resposta mais lenta que a crtica. Amortecimento viscoso usa a viscosidade dos fluidos para fazer o amortecimento. Amortecimento magntico usa a corrente induzida nos condutores eltricos pelas variaes no fluxo magntico para fazer o amortecimento.

Amplificador
Dispositivo que possibilita um sinal de entrada controlar a potncia de uma fonte independe de sinal e assim ser capaz de entregar uma sada que suporta alguma relao com, e geralmente maior que o sinal de entrada.

Analisador
Fig. 1.4.1. Conceitos de Display e Armrio (Rack) Nome incorreto atribudo a instrumento usado para medir pH, concentrao, composio, condutividade ou densidade. Os nomes corretos so sensor de anlise, transmissor de anlise, indicador de anlise ou registrador de anlise.

Ajuste
Operao no instrumento para torn-lo exato ou eliminar seus erros sistemticos. Geralmente o ajuste feito depois da calibrao. Quando o instrumento no fica exato depois de vrios ajustes, ele requer manuteno. Cfr. calibrao. Os principais ajustes de calibrao do instrumento so o de zero e o de amplitude de faixa (span).

Anlise
Varivel de processo que consiste na determinao da composio de uma substancia, em percentagem (%) ou partes por milho (ppm). Tambm includa como anlise o pH (potencial de H+), pIon (potencial de on), ORP (potencial de xido reduo), condutividade eltrica, densidade. Anlise uma quantidade fsica e no uma funo de instrumento e por isso deve ser preferida a forma de sensor de anlise (AE), transmissor de anlise (AT), indicador de anlise (AI) ou registrador de anlise (AR)

Alarme
Alarme a indicao da existncia de uma condio normal ou anormal atravs de um sinal sonoro, visual ou ambos. A condio anormal geralmente

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Terminologia
Analgico
Propriedade que se refere ao sinal, funo, tecnologia e display. Sinal analgico aquele que pode assumir infinito nmero de nveis, entre 0 a 100%. O sinal de comunicao de 4 a 20 mA cc exemplo de um sinal analgico. Funo analgica aquela que envolve medio, como controle ou registro. Tecnologia analgica a baseada no amplificador operacional (amp op). Display analgico baseado em escala e ponteiro, onde um mvel e outro fixo. O instrumento que manipula sinais analgicos na sua entrada ou sada chamado de analgico. Cfr. Digital. rea externa um local em que o equipamento est exposto a condies ambientais sem proteo, incluindo temperatura, umidade, raio de sol direto, vento, chuva e sereno. rea protegida um local de processo industrial com proteo contra exposio direta dos elementos, como luz do sol direta, chuva, vento e sereno. As temperatura e umidade podem ser as mesmas da rea externa. Pode haver condensao. A ventilao natural.

Aquecimento (warm up)


Perodo de tempo necessrio para o instrumento eletrnico se estabilizar e operar normalmente, depois de ligado. O instrumento pode apresentar erros grosseiros ou no operar corretamente durante o perodo de aquecimento.

rea de ambiente
Local qualificado na planta com condies ambientais especificadas de conformidade com a severidade. As reas possveis so: rea de ar condicionado, rea de sala de controle, rea externa e rea protegida rea de ar condicionado um local com temperatura mantida constante em um valor nominal dentro de uma tolerncia estreita e igual a um valor confortvel tpico. A umidade tambm mantida dentro de uma faixa estreita. reas com ar condicionado possuem circulao de ar limpo e so tipicamente usadas para instrumentao como computador ou outro equipamento requerendo ambiente controlado. rea de sala de controle um local com facilidade de aquecer ou resfriar o ambiente. As condies so mantidas dentro de limites especificados. Pode haver ou no controle automtico de temperatura e umidade. As reas da sala de controle so comumente apropriadas para a operao do sistema de controle, havendo a presena continua de operadores.

Fig. 1.4.2. Diferentes reas de processo

Armrio (Rack)
Painel sem indicaes que no fornece informao e nem requer ateno do operador. Pode ser considerado, tambm, a parte traseira de um painel de leitura. Cfr. Painel.

Atenuador
Dispositivo que diminui o tamanho do sinal entre dois pontos ou entre duas freqncias. Atenuao o inverso do ganho. A atenuao pode ser expressa como uma relao adimensional, relao escalar ou em decibel (dB). Atenuao 4:1 um critrio de sintonia de controlador de processo onde a amplitude do desvio (erro) da varivel controlada, seguindo um distrbio, cclica, de modo que a amplitude de cada pico do pico anterior.

Atraso (delay)
O intervalo de tempo entre um sinal variando e sua repetio para alguma

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Terminologia
durao especificada em um ponto a jusante do caminho do sinal. Banda proporcional a regio onde h controle automtico.

Atuador
Parte do elemento final de controle que translada o sinal de controle em ao do equipamento final de controle no processo. A vlvula de controle geralmente possui um diafragma acionado pneumaticamente como atuador.

Bourdon C
Um sensor de presso que converte a presso em um pequeno deslocamento aproximadamente linear. Ele chamado de bourdon por causa de seu inventor e C, por causa de seu formato encurvado. Seu funcionamento se baseia na deformao elstica do elemento. Outros elementos similares so: diafragma, fole, espiral e helicoidal. Fig. 1.4.3. Bourdon C

Auto aquecimento
Aquecimento interno resultante da dissipao da energia eltrica no sensor. Fenmeno indesejvel que ocorre na medio de temperatura com resistncia.

Auto - regulao
A propriedade de algumas variveis no processo adotarem um valor estvel sob dadas condies de carga, mesmo sem um sistema de controle. Por exemplo, a temperatura de fervura da gua de 100 o C, presso atmosfrica padro (103,1 kPa)

Banda morta
A faixa atravs da qual uma entrada pode ser variada sem provocar resposta detectvel. A banda morta geralmente expressa em percentagem da amplitude de faixa.

Auto - sintonia
A propriedade de alguns controladores microprocessados adotarem automaticamente os melhores valores de sintonia (ganho, tempo integral e tempo derivativo), sempre que as condies de carga do processo variarem.

Base de numerao
O nmero cujas potncias determinam o valor de cada posio no nmero. O mais usado no dia a dia o decimal ou base 10. Em computao, o sistema padro o binrio ou base 2. Em configurao de sistemas digitais, comum se encontrar as bases octal (base 8) e hexadecimal (base 16). A base hexadecimal til em casos onde as palavras so compostas de mltiplos de 4 bits (palavras de 4, 8, 16, 32 bits). A base octal mais til onde as palavras so compostas de mltiplos de 3 bits (3, 6, 9 ou 12 bits)

Backlash
Um movimento relativo entre partes mecnicas que interagem, resultando em folga, quando o movimento invertido.

Banda Proporcional
A variao na entrada de um controlador Proporcional requerida para produzir uma variao total na sada. Assim, se 10% de variao no erro causa uma variao de 100% na sada do controlador, ento banda proporcional de 10. Banda proporcional a relao da variao de entrada sobre a da sada. Banda proporcional o inverso do ganho.

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Terminologia
Binrio
Um sistema de representao de nmeros de base 2, onde s existem os dgitos 0 e 1. o sistema de trabalho dos computadores digitais. O binrio pode ser considerado um caso especial de digital, quando se tem apenas um bit. A sada de uma chave um sinal binrio, pois a chave s pode estar ligada ou desligada. Cfr. Digital.

Bypass
Caminho alternativo em torno de outro componente, tubulao, ligao ou sistema, usado principalmente para permitir a manuteno do equipamento colocado no caminho principal.

Bico-Palheta
Pea fundamental de todo instrumento pneumtico que transmite, manipula ou controla sinais. Basicamente, o conjunto converte um pequeno deslocamento da palheta no sinal padro pneumtico de 20 a 100 kPa (0,2 a 1,0 kgf/cm2 ou 3 a 15 psi).

Fig. 1.4.5. Calibrao a seco

Bocal
Tipo especial de restrio usada para medir vazo de fluidos, gerando uma presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo. usado em sistema de calibrao de medidores de vazo de gases, pois ocorre nele o fenmeno da vazo crtica.

Calibrao
Operao de verificar a exatido de um instrumento atravs da comparao com outro padro rastreado. Determinao dos pontos em que as graduaes da escala esto colocados. Tambm chamada de aferio ou verificao. Cfr. Ajuste. Calibrao a seco de transmissor aquela feita contornando o seu elemento sensor; gerando valores internos como padro, no requerendo o padro da varivel sendo medida. Ciclo de Calibrao a aplicao de valores conhecidos da varivel medida e o registro dos valores correspondentes das leituras de sada, sobre a faixa do instrumento, nos sentidos de subida e descida. Curva de Calibrao a representao grfica do relatrio de calibrao. Rastreabilidade da Calibrao a relao da calibrao de um instrumento com um instrumento calibrado e certificado por um Laboratrio Nacional, atravs de um processo passo a passo. Relatrio de Calibrao a tabela ou grfico da relao medida de um instrumento comparado com um padro, em toda sua faixa.

Fig. 1.4.4. Bocal de vazo

Bode, Diagrama de
Um grfico de funo de transferncia versus freqncia, onde o ganho (geralmente em dB) e fase (em graus) so plotados contra a freqncia em uma escala logartmica.

Bulbo
Parte sensvel do elemento primrio de temperatura. Invlucro que protege o termopar ou o fio de resistncia detectora de temperatura ou que contem o fluido de enchimento do elemento termal. O bulbo no o elemento sensor.

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Terminologia
Campo
rea industrial, off site limit bateries, rea externa, local. Cfr. Sala de controle.

Fig. 1.4.7. Operador em Centro de Controle Fig. 1.4.6. Estado de instrumento de campo

Chave
Dispositivo que liga, desliga ou seleciona um determinado circuito eltrico. A chave pode ser manual ou automtica. Chave automtica acionada quando a varivel de processo atinge um valor predeterminado. Chaves automticas clssicas so: presso (pressostato), temperatura (termostato), nvel, vazo, posio (chave fim de curso).

Carga
Carga do processo expressa os valores nominais de todas as variveis em um processo que afetam a varivel controlada, exceto a varivel manipulada e a controlada.

Cavitao
Fenmeno indesejvel da evaporao do lquido e a imploso de bolhas quando o vapor volta ao estado lquido, que ocorre em interior de tubulaes quando h diminuio da presso ou aumento da temperatura. A cavitao pode ocorrer no interior de elementos sensores de vazo, bombas, restries e vlvulas. A cavitao pode destruir internos de vlvulas e sensores colocados na tubulao. Cfr. flacheamento (flashing).

Choque mecnico
Aplicao momentnea de uma fora de acelerao a um equipamento. geralmente expresso em nmero de aceleraes da gravidade (g).

Cclico
Uma condio de estado permanente ou oscilao transiente de um sinal em relao ao valor nominal

Clula de carga
Sensor eltrico para medio de presso ou peso. A ao baseada em strain gauges montados dentro da clula em uma barra de fora. Tambm chamada de clula extensiomtrica. o elemento sensor padro da balana eletrnica. Cfr. cristal piezoeltrico e strain gauge.

Condies de Operao
Condies em que um instrumento ou equipamento est sujeito, no incluindo a varivel medida por ele. As condies de operao incluem: temperatura ambiente, presso ambiente, fora gravitacional, campos eletromagnticos, inclinao, variaes da alimentao (tenso, freqncia, harmnicas), choque e vibrao. As condies de operao normais so a faixa de condies de operao dentro da qual o instrumento projetado para operar e para a qual so estabelecidas as influncias de operao. As condies de operao de referncia so a faixa de condies de operao dentro da qual as influncias de

Centro de Controle
Uma estrutura de equipamentos para medir, controlar ou monitorar um processo. Tambm pode se referir sala de controle da planta.

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Terminologia
operao so desprezveis. As condies de referncia so usualmente estreitas. Por exemplo, a condio de referncia de operao tpica de um instrumento de 24 2 oC .

Condutncia
Em circuito de corrente contnua, o inverso da resistncia e portanto a medida da habilidade de um circuito conduzir a corrente. Em corrente alternada, a parte real da admitncia, quando a impedncia no contem reatncia. Sua unidade SI o siemens (S) e no mho.

Transporte e Armazenamento Limites de operao Operao normal Limites de referncia Condio de referncia Limites de referncia

Condutividade (eltrica)
Varivel de processo ou grandeza fsica que consiste na relao da densidade de corrente eltrica para o campo eltrico no material. Tambm conhecida como condutncia especfica. Condutividade diferente de condutncia. Tambm existe condutividade termal, condutividade acstica

Operao normal Limites de operao Transporte e Armazenamento

Confiabilidade
Probabilidade que uma parte componente, instrumento ou sistema funcione satisfatoriamente, sob condies, determinadas sem manuteno, durante determinado perodo de tempo.

Fig. 1.4.8. Diagrama das condies de operao As condies de transporte e armazenamento so a faixa de condies em que um instrumento ou equipamento est sujeito entre o tempo de construo e o tempo de instalao, incluindo o tempo em que ele estiver desligado. No deve ocorrer nenhum dano fsico ou defeito de operao durante este perodo, porem, pode ser necessrio se fazer pequenos ajustes e calibrao para restaurar sua condio de operao normal.

Conhecimento (Acknowledgement)
Chave do sistema de intertravamento ou alarme utilizada para silenciar o sistema sonoro, depois que o sistema acionado.

Compartilhado
Um nico instrumento executa a mesma funo, geralmente indicao, registro ou controle, de um grande numero de variveis, simultaneamente; o instrumento associado a muitas malhas. Cfr. Dedicado.

Compensao
Proviso de uma construo especial, equipamento suplementar, circuito ou materiais especiais para contrabalanar fontes de erro devidas s variaes em condies de operao especficas. Eliminao de erros variveis provocadas por modificao. Fig. 1.4.9. Instrumento montado no campo

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Terminologia
Compensador
Equipamento que converte um sinal em alguma funo que direciona o elemento final de controle para reduzir desvios na varivel diretamente controlada.

Computador Analgico
Computador analgico o instrumento que 1. faz operaes matemticas (soma, multiplicao, diviso e integrao) 2. seleciona sinais de mximo ou mnimo 3. lineariza sinais, p. ex.., extrao da raiz quadrada e caracterizao de sinal. O computador analgico tambm chamado de rel pneumtico ou pelo nome especfico, p. ex., somador, extrator de raiz quadrada.

Fig. 1.4.11. Instrumento configurvel

Conformidade
Conformidade o grau de aproximao de uma curva a outra especfica (e.g., linear, logartmica, parablica, cbica). Geralmente medida em conformidade e expressa em no conformidade. um dos parmetros da exatido especificada do instrumento. A conformidade pode ser independente, baseada no terminal e baseada no zero.

Constante de Tempo
Um nmero caracterizando o tempo necessrio para a sada de um equipamento atingir aproximadamente 63% do valor final, em resposta a um degrau aplicado na entrada. A constante de tempo tambm chamada de tempo caracterstico.

Fig. 1.4.10. Computador analgico pneumtico

Consumo de ar
A mxima taxa em que o ar comprimido consumido por um instrumento pneumtico, dentro de sua faixa de operao e durante condies de sinal constante. Geralmente expressa em m3/hr, a temperatura e presso especificadas.

Computador Digital
Sistema baseado no circuito integrado microprocessador. O computador inteiro geralmente est embutido em uma nica placa de circuito impresso e trabalha com palavras de dados com 8, 16 e 32 bits.

Controlador
Instrumento que opera automaticamente para regular uma varivel controlada. O controlador a realimentao negativa recebe um sinal proporcional varivel medida, compara-o com um valor de referncia estabelecido pelo operador e gera um sinal padro na sada que funo matemtica da diferena entre a medio e a referncia. O sinal de sada tende a manter a varivel controlada igual ou em torno do valor desejado. O controlador pode ter o nome das aes de controle embutidas; tem-se controlador liga-desliga (on-off), controlador proporcional (P), controlador

Configurao
Seleo atravs de comandos do teclado da estrutura bsica do algoritmo de controle, do formato da leitura e das terminaes de entrada e sada. Configurar por programao fazer as ligaes de blocos funcionais atravs de programao de computador (software). A configurao por programao lgica e no fsica. Cfr. Fiao fsica

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Terminologia
proporcional mais integral (PI), controlador proporcional mais derivativa (PD), controlador mais integral mais derivativa (PID). desliga pode ser realizado atravs de chave. No controle liga-desliga convencional um nico ponto serve para ligar e desligar o sistema. O Controle com Intervalo (Gap) Diferencial um controlador ligadesliga, com dois pontos de atuao: um para ligar e outro para desligar. A vantagem que o elemento final de controle atua menor nmero de vezes e a desvantagem que a amplitude de variao da varivel maior.

Controle Lgico Programvel


Sistema digital, compartilhado, aplicado principalmente para controle lgico de processos com muita operao de ligadesliga. Como no possui interface Homem-Mquina, geralmente associado a um sistema de computador onde roda um aplicativo para controle supervisrio. chamado abreviadamente de CLP.

Fig. 1.4.12. Controladores single loop Controlador Single Loop um instrumento microprocessado, configurvel e dedicado ao controle de uma, duas ou at quatro malhas de controle. Alguns modelos podem ser reconfigurados para computador de vazo. O controlador pode tambm ser autooperado; chama-se regulador.

Controle Multivarivel
Sistema de controle mais elaborado, onde esto envolvidas duas ou mais malhas de controle ou duas ou mais variveis de processo. Controle Adaptativo aquele em que os meios automticos so usados para variar o tipo ou influncia (ou ambos) dos parmetros de controle, de modo a melhorar o desempenho do sistema de controle. Controle Auto-seletor um sistema de controle com dois ou mais controladores, em que apenas um selecionado para executar o controle, enquanto todos os outros ficam em espera. mandatrio o uso de um seletor de sinais. tambm chamado de controle override. Controle Cascata um sistema de controle com duas malhas fechadas, em que a sada de um controlador (primrio) o ponto de ajuste de outro controlador (secundrio). Controle Faixa Dividida um sistema de controle em que o controlador atua em dois ou mais elementos finais de controle. tambm chamado de split range.

Controle Compartilhado
Controle em que um nico controlador divide seu tempo de computao e controle entre vrias malhas de controle. Em vez de ser dedicado a uma nica malha, ele compartilhado por todas as malhas da planta e assume o controle de cada malha, uma por vez, de modo cclico, em uma varredura predeterminada.

Controle Digital Direto


Controle feito por um dispositivo digital que executa todas as funes de deteco de erro e atuao no elemento final de controle.

Controle Liga-Desliga
Um sistema de controle com duas posies, em que um dos dois valores discretos zero. um sistema simples de controle onde a sada do controlador s pode estar ligada (alta) ou desligada (baixa) e consequentemente o elemento final de controle est totalmente aberto (100%) ou fechado (0%). O controle liga-

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Terminologia
Controle Relao de Vazes um sistema de controle em que o controlador recebe n medies de vazo e atua em (n 1) elementos finais de controle para manter constante a relao entre as vazes.

Controle Realimentao Negativa


Controle em que a varivel medida comparada com seu valor desejado para produzir um sinal de erro de atuao que age de tal modo a reduzir o tamanho do erro.

Controle Processo
O controle de processo a regulao ou manipulao das variveis que afetam a operao do processo, de modo a obter um produto com qualidade desejada em quantidade eficiente. o balano dos fluxos de energia (presso e temperatura) e de material (vazo e nvel).
Varivel controlada

Controle Supervisrio
Controle em que as malhas de controle operam independentemente, sujeitas a aes corretivas intermitentes. Exemplo de controle supervisrio o sistema com os pontos de ajustes variados por uma fonte externa.

Conversor
Varivel no controlada Temperatura ambiente

TC

TT

Vapor Varivel manipulada

Sada Carga

Instrumento que transforma uma forma de energia eltrica em outra. Conversor A/D que transforma um a tenso ou corrente de entrada analgica em um sinal digital proporcional. Conversor D/A que transforma um sinal digital, geralmente de um computador, em uma tenso ou corrente de sada analgica proporcional.

Coriolis
Produto Condensado Distrbio

TE

Fig. 1.4.13. Terminologia da malha de controle

Controle Preditivo Antecipatrio


Controle em que a informao referente a uma ou mais condies que podem afetar a varivel controlada so convertidas, fora de qualquer malha de realimentao negativa, em ao corretiva para minimizar os desvios da varivel controlada. O uso do controle preditivo antecipatrio no afeta a estabilidade do sistema, pois ele no parte da malha de realimentao negativa que determina a estabilidade.

Fora Coriolis uma pseudofora dependente da velocidade em relao a um sistema que est em rotao com relao a um sistema inercial de referncia; igual e oposta ao produto da massa da partcula onde a forma age e sua acelerao de Coriolis. Efeito Coriolis a deflexo relativa superfcie da terra a qualquer objeto movendo acima da terra, causada pela fora Coriolis. Um objeto se movendo horizontalmente defletido para a esquerda, no hemisfrio Sul. O medidor de vazo tipo Coriolis determina a vazo mssica a partir do torque em um tubo que sofre uma vibrao externa.

Fig. 1.4.14. Medidor de vazo Coriolis

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Terminologia
Correo
Diferena algbrica entre o valor ideal e a indicao do valor medido. a quantidade que adicionada algebricamente indicao d o valor ideal. Correo positiva denota que a indicao do instrumento menor que o valor ideal. correo = valor ideal indicao caractersticas mais comuns so: linear, abertura rpida e igual percentagem.

Dedicado
Um instrumento executa uma funo relacionada com uma nica varivel de processo; um instrumento corresponde a uma malha e uma malha corresponde a um instrumento. Cfr. Compartilhado.

Corpo Negro
Um corpo ideal que absorve toda a radiao incidente e no emite nenhuma. (Conceito utilizado na medio de temperatura com radiao)

Default
Um valor automaticamente usado, a no ser que seja especificado outro diferente.

Correlao
A interdependncia ou associao entre duas variveis de natureza quantitativa ou qualitativa. A correlao pode variar de 1 (correlao inversa), 0 (no h) a 1 (correlao total).

Densidade
Varivel de processo ou grandeza fsica que consiste na relao da massa sobre volume. A unidade SI kg/m3 . Embora exista instrumento que mea diretamente densidade, na prtica de Instrumentao mais comum medir densidade atravs da presso e temperatura do fluido do processo.

Corroso
Destruio gradual de um metal ou liga devido a processos qumicos como oxidao ou a ao de agente qumico. A corroso pode ser eliminada ou diminuda pela escolha criteriosa dos materiais em contato. Eroso a perda de material ou desgaste de uma superfcie provocada pela alta velocidade de um fluido. A corroso de origem qumica; a eroso fsica.

Desvio (drift)
Uma variao indesejvel na relao sada-entrada durante um perodo de tempo. O ponto de desvio a variao na sada durante um perodo especificado de tempo para uma entrada constante, em determinada condio de operao de referncia. Os pontos de desvio clssicos so os de zero e de amplitude de faixa. Expresso tpica: o desvio no meio da escala para a temperatura ambiente (24 1 oC ), para um perodo de 48 horas, de 0,1% da amplitude de faixa da sada. Desvio permanente (offset) a diferena estvel entre o ponto de ajuste e a medio de um controlador Proporcional, quando h alterao da carga do processo ou do ponto de ajuste do controlador. O desvio permanente pode ser eliminado manualmente ou automaticamente, atravs da ao integral.

Cristal piezoeltrico
Um sensor eltrico de presso que gera uma tenso proporcional presso aplicada na entrada. Cfr. strain gage.

Caracterstica, Curva
Uma curva (grfico) que mostra os valores ideais em regime ou uma sada de um sistema como funo de uma entrada, com as outras entradas sendo mantidas em valores constantes especificados.

Detector
Dispositivo para usado para sentir a presena de um objeto, radiao ou composto qumico; chamado de elemento sensor.

Caracterstica de Vlvula
Relao em percentagem da vazo e abertura correspondente da vlvula. As

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Terminologia
Dew Point
A temperatura e presso em que um gs comea a se condensar em lquido. A temperatura de dew point aquela em que o ar se torna saturado quando resfriado sem adio de umidade ou mudana de presso; qualquer resfriamento adicional causa a condensao.

Digital
Propriedade que se refere ao sinal, funo, tecnologia e display. Sinal digital aquele que s pode assumir determinados nveis, geralmente dois: 0 ou 1. O sinal digital de comunicao (protocolo) um conjunto de bits (0 ou 1). HART exemplo de um sinal digital. Funo digital aquela que envolve contagem ou manipulao de pulsos. Tecnologia digital a baseada em portas lgicas. Display digital baseada em dgitos, que substitui a escala e o ponteiro. O instrumento que manipula sinais digitais na sua entrada ou sada chamado de instrumento digital. Cfr. Analgico.

Diafragma
Um sensor de presso que converte a presso em um pequeno deslocamento aproximadamente linear.

Diagrama ladder
Diagrama consistindo de combinao de entradas (contatos NA e NF de chaves manuais, chaves automticas, rels) e de sadas (bobinas de rels e de solenides, lmpadas piloto, sirenes) colocados em forma de degraus de uma escada, mostrando uma seqncia lgica de eventos e para ser rodado em um CLP. Cfr. CLP.

Display
Representao visvel da informao, em palavras, nmeros, desenhos, monitores ou consoles de computador. Imagem da informao. Instrumento ou painel acessvel ao operador, para apresentar alguma indicao, registro ou contagem. Tambm chamado de read out.

Partida

Parada

CR1
CR1-1 Vout-1

sada 1

Distrbio
Uma variao indesejvel que ocorre em um processo que tende a afetar nocivamente o valor da varivel controlada.

CR1-2

LSH

Vin
Vin-1 Vout-2

sada 2 sada 3 sada 4 sada 5

dp Cell
Um sensor de presso que responde diferena na presso entre duas fontes, geralmente usado para medir vazo pela presso diferencial atravs de uma restrio na tubulao. O transmissor d/p cell possui um diafragma dp cell.

S
Vin-2 1800 TR1-2 T

TR1 H

CR1-3 Vin-3

LSL

TR1-2

Vout Fig. 1.4.15. Diagrama ladder tpico

sada 6

Fig. 1.4.16. Aplicao tpica do d/p cell

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Terminologia
Driver
Uma seqncia de instrues de programa que controla um equipamento de entrada-sada, como um acionador de disco. s vezes, chamado de interface. Erro ambiental o causado pela variao na condio de operao especificada da condio de referncia . Erro de amplitude de faixa a diferena entre a amplitude real e a ideal. Um instrumento apresenta erro de amplitude de faixa quando sua curva de calibrao tem inclinao diferente da ideal. Erro de atrito devido resistncia ao movimento apresentado pelas superfcies em contato. Erro de inclinao a mudana na sada causada somente pela inclinao do instrumento de sua posio normal de operao. Erro de tenso de montagem resultante da deformao de um instrumento causada pela montagem e conexes do instrumento. Erro sistemtico aquele constante em valor absoluto e sinal, quando se faz um grande nmero de medies nas mesmas condies e do mesmo valor de uma dada quantidade. O erro sistemtico pode ser eliminado ou diminudo pela calibrao. Erro de zero o apresentado pelo instrumento operando sob condies determinadas de uso quando sua sada est no valor inferior da faixa. instrumento apresenta erro de zero quando sua curva de calibrao no passa pela origem.

Elemento Final
Elemento que varia diretamente o valor da varivel manipulada. Equipamento da malha de controle que est em contato com o processo, recebendo o sinal do controlador. Normalmente, a vlvula de controle com atuador pneumtico; pode ser, tambm, cilindro, damper, vlvula solenide. Cfr. Elemento sensor.

Eletrnico
Instrumento cuja alimentao a tenso eltrica e cujo sinal padro de transmisso de corrente padronizado de 4 a 20 mA cc. Cfr. Analgico, Digital e Pneumtico

Elo de Comunicao
Circuito fsico para ligar equipamentos com a finalidade de transmitir e receber dados.

Equipamento
Um aparato para fazer uma determinada funo. Tambm chamado de dispositivo.

Erro
A diferena algbrica entre o valor medido de uma varivel e seu valor ideal. Neste caso tambm chamado de incerteza, desvio ou tolerncia. Um erro positivo denota que a indicao do instrumento maior que o valor ideal. erro = indicao valor ideal Em controle de processo, o sinal de diferena entre a medio e o ponto de ajuste do controlador. Erro aleatrio aquele que varia seu pequeno valor e sinal, quando se faz um grande nmero de medies nas mesmas condies e do mesmo valor de dada quantidade. O erro aleatrio nunca pode ser eliminado e o seu tratamento estatstico determina seus limites.

Fig. 1.4.17. Sensores de presso

Espiral
Um sensor de presso que converte a presso em um pequeno deslocamento aproximadamente linear. Elemento sensor mecnico que funciona sob deformao elstica.

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Terminologia
Estao Automtico-Manual
Dispositivo que possibilita ao operador selecionar um sinal automtico ou um sinal manual, como a entrada para um elemento de controle. O sinal automtico normalmente a sada do controlador, enquanto o sinal manual sada de um dispositivo operado manualmente pelo operador. tambm chamada pelo seu tag: HIC. a) percentagem do valor medido real. A expresso tpica 1% do valor medido. b) percentagem do fundo de escala. A expresso tpica 1% do fundo da escala ou limite superior da escala (URL upper range limit). c) percentagem da amplitude de faixa (span). A expresso tpica 1% amplitude de faixa. d) percentagem do comprimento da escala. A expresso tpica 1% o C. Exatido Medida o desvio mximo positivo e negativo observado no teste de um equipamento sob condies especificadas e por um procedimento especfico. Geralmente medida como uma inexatido e expresso como exatido. tipicamente expressa em termos da percentagem do valor medido ou percentagem do fundo de escala.

Estao Manual de Controle


Instrumento cujo sinal de sada gerado arbitrariamente pelo operador. Pode ser independente do controlador automtico ou pode estar acoplado a ele. Cfr. Controlador.

Excitao
Alimentao externa aplicada a um equipamento para sua operao. A excitao sempre tem valores mximo e mnimo, acima e abaixo do qual pode se danificar ou degradar o desempenho do instrumento.

Fig. 1.4.18. Estao manual de controle (HIC)

Exatido (accuracy)
Grau de conformidade de um valor indicado com um valor padro aceito reconhecidamente (valor ideal). Cfr. Preciso Exatido Especificada o nmero que define um limite que os erros no excedero quando um equipamento usado sob condies de operao especificadas. Quando as condies de operao no so especificadas, devem ser assumidas as condies de operao de referncia. Como especificao de desempenho, a exatido (ou a exatido de referncia) deve ser assumida para significar a exatido especificada do instrumento, quando usado nas condies de operao de referncia. A exatido especificada inclui os efeitos combinados de conformidade, histerese, banda morta e repetitividade. A inexatido pode ser expressa por:

Faixa
Faixa a regio entre os limites dentro da qual uma varivel medida. A faixa definida por dois nmeros: limite inferior e limite superior. Assim, a temperatura para ser medida entre 20 e 100 oC , define a faixa da medio de temperatura. Amplitude de faixa a diferena algbrica entre o limite superior e o inferior. Assim, a temperatura na faixa de 10 a 100 o C possui amplitude de faixa de 80 oC. Faixa com zero elevado aquela cujo incio (valor inferior) menor que zero (negativo); por exemplo de 20 a 100 oC, -100 a 0 oC ou -100 a 20 oC. Faixa com zero suprimido aquela cujo incio maior que zero (positivo); por exemplo de 20 a 100 oC.

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Terminologia
Falha
Condio causada pelo colapso, quebra ou encurvamento, de modo que o instrumento ou equipamento no mais desempenhe sua funo. Sistema de falha segura (failsafe) aquele que vai naturalmente para uma condio segura, quando h falha no sistema. Vlvula com falha fechada (FC - fail close) aquela com ao ar para abrir; em caso de falha a vlvula fica totalmente fechada. Vlvula com falha aberta (FO - fail open) aquela com ao ar para fechar; em caso de falha a vlvula fica totalmente aberta. Na medio de temperatura com RTD comum se usar trs fios de ligao.

Flacheamento (flashing)
Fenmeno indesejvel da evaporao do lquido (formao de bolhas de vapor), que ocorre em interior de tubulaes quando h diminuio da presso ou aumento da temperatura. O flacheamento pode ocorrer no interior de elementos sensores de vazo, bombas, restries e vlvulas. Cfr. cavitao.

Fole
Um sensor de presso que converte a presso em um pequeno deslocamento aproximadamente linear.

Fator de Escala
O fator pelo qual o nmero de divises da escala do indicador ou do registrador deve ser multiplicado para se obter o valor da varivel medida.

Foreground/background
Um sistema de controle que usa dois computadores, uma para fazer as funes de controle e o outro para aquisio de dados, avaliao do desempenho off-line, operaes financeiras, programaes de produo. Qualquer um dos dois computadores pode fazer as funes de controle.

Fibra ptica
Cabo (fio) de comunicao longo, fino, de slica fundida ou de outra substancia transparente, usado para transmitir a luz. Tambm conhecido como guia de luz. Sensor de fibra ptica um dispositivo em que a quantidade fsica a ser medida feita para modular a intensidade, espectro, fase ou polarizao da luz de um diodo emissor de luz (LED) ou diodo laser viajando atravs de uma fibra ptica. A luz modulada detectada por um fotodiodo.

Freqncia
Nmero de ciclos completados por uma quantidade peridica na unidade de tempo. A unidade SI de freqncia hertz, que o inverso de segundo. Perodo o inverso de freqncia. Freqncia tambm o nmero de vezes um evento ocorre, durante determinado intervalo de tempo. Por exemplo, a freqncia de calibrao de um instrumento de duas vezes por ano.

Fieldbus
Protocolo digital para comunicao de instrumentos de campo, atualmente suportado pela Fieldbus Foundation.

Funo
Uma regra matemtica entre duas grandezas fsicas, de modo que um valor da primeira grandeza corresponda exatamente um valor da segunda. Por exemplo, a sada de um sensor deve ser funo de sua entrada (varivel medida). Em instrumentao, a funo do instrumento est relacionada com seu objetivo na malha de medio. As funes clssicas so: deteco, transmisso, condicionamento, indicao, registro,

Fio
Condutor eltrico com resistncia teoricamente zero usado para interligar instrumentos ou componentes de circuito. Tambm chamado de cabo. A configurao mais usada em Instrumentao com dois fios tranados, onde so transportados simultaneamente o sinal analgico, a alimentao e o digital.

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Terminologia
contagem, alarme, intertravamento e controle. Funo de Transferncia a resposta de um elemento da malha de controle de processo que especifica como a sada do equipamento determinada pela entrada.

Hot Standby (Reserva a quente)


Sistema onde um equipamento digital reserva do outro, onde o reserva acompanha o status do principal, podendo assumir a funo imediata e automaticamente. Embora apenas um dos equipamentos esteja na funo, o outro est idntico ao primeiro, podendo assumir o comando a qualquer momento.

Ganho
Ganho a relao da variao da sada sobre a variao da entrada. Podese definir ganho de instrumento individual, do processo, da malha fechada ou fechada de controle. Um sistema linear possui ganho constante; o ganho varivel no sistema no linear. Ganho o inverso da banda proporcional O ganho pode ser adimensional ou ter qualquer dimenso. Um controlador possui ganhos ajustveis das aes Proporcional, Integral e Derivativa

Impedncia
Impedncia eltrica a oposio total que um circuito apresenta a uma corrente alternada; possui uma parte resistiva (resistncia) e outra reativa (que pode ser capacitiva ou indutiva). Em circuito de corrente contnua, impedncia equivale resistncia.

Indicador
Instrumento que sente uma varivel de processo e mostra o seu valor atravs do conjunto escala e ponteiro (analgico) ou de dgitos (digital). No indicador, apenas o valor instantneo da varivel medida visualmente mostrado. Tag do indicador da varivel X XI.

Hardware (HD)
No contexto da informtica, hardware se refere ao equipamento fsico associado com o computador, como CI (circuito integrado), placa de circuito impresso, cabos, terminais. Cfr. software (SW).

HART
Acrstico de Highway Adressable Remote Transducer. um protocolo de comunicao digital para instrumentos de campo.

Hidrmetro
Genericamente, instrumento que mede vazo de lquidos. Em instrumentao, se aplica geralmente a indicador local de vazo de gua; s vezes o lquido no gua.

Fig. 1.4.19. Indicadores analgicos

Interface
Alguma forma de dispositivo que permite dois instrumentos incompatveis se comunicarem um com o outro. Instrumentos compatveis so ligados diretamente, sem interface. Interfaces clssicas: transdutor i/p, e transdutor p/i, que permitem a ligao de um instrumento pneumtico a um eletrnico. Tambm chamada de driver.

Histerese
A tendncia de um instrumento dar uma sada diferente uma dada entrada, dependendo se a entrada resulta de um aumento ou diminuio do valor anterior. Histerese diferente de banda morta.

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Terminologia
Interferncia eletromagntica
Qualquer efeito esprio produzido no circuito por campos eletromagnticos externos. A interferncia pode ser eliminada ou diminuda pela nova posio dos equipamento ou por blindagem eltrica.

Intertravamento
Sistema lgico implementado em hardware ou software para coordenar a atividade de dois ou mais dispositivos, onde a ocorrncia de um evento depende da existncia prvia de outros eventos, de aes do operador e da lgica instalada. O intertravamento deve garantir a operao segura da planta. O intertravamento feito por controle lgico. Cfr. Alarme.

Fig. 1.4.20. Face de um instrumento virtual

Invlucro
Estrutura que envolve os circuitos constituintes de um instrumento, garantindo sua integridade fsica e funcional. H normas relacionadas com a escolha do invlucro, relacionadas com sua integridade e a segurana do local.

Instrumentao
Coleo de instrumentos ou sua aplicao com objetivo de observao, medio ou controle. rea da Engenharia que trata dos equipamentos usados na deteco, transmisso, indicao, registro, controle, alarme e intertravamento das variveis de processo.

IPTS
Escala Prtica Internacional de Temperatura a escala baseada em seis pontos, tomados em oC : a) Ponto triplo da gua b) ponto de ebulio da gua c) ponto de ebulio do oxignio d) ponto de ebulio do enxofre e) ponto de solidificao da prata f) ponto de solidificao do ouro

Instrumento inteligente
Instrumento a base de microprocessador, assim chamado porque condiciona e manipula os sinais e apresenta os resultados numa forma amigvel. A inteligncia aplicada a sensores, transmissores, controladores e posicionadores de vlvula.

Isolao
Separao fsica entre partes de um circuito ou sistema. A isolao evita a interao entre as duas partes. A isolao pode ser galvnica (transformador), rel ou ptica (isolador ptico). Por exemplo, o mdulo de entrada do CLP possui isolao entre sua entrada e sua sada.

Instrumento virtual
Instrumento configurado e construdo dentro de um computador atravs de um programa aplicativo especfico. Sua operao e caractersticas so idnticas a de um instrumento convencional, porm ele s existe dentro do computador.

Junta
Ponto de ligao entre dois fios ou dois caminhos condutores de corrente. O termopar possui duas juntas: 1. junta de medio ou junta quente, que o ponto onde quer medir a temperatura desconhecida. 2. junta de compensao, referncia ou junta fria, que deve estar em uma temperatura constante e conhecida e onde os fios esto ligados ao instrumento de display.

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Terminologia
Lmpada Piloto
Dispositivo que indica os estados de operao de um sistema parado, operao, alarme, automtico, manual .

Local de Risco (classificado)


Poro da planta onde lquidos combustveis ou flamveis, vapores, gases ou ps podem estar presentes no ar em quantidades suficientes para provocar misturas explosivas ou ignitveis. Classificar uma rea lhe atribuir atributos relacionados com a Classe, Grupo e Zona. Classe est relacionada com o tipo fsico do material: 1. Gs 2. P 3. Fibra Grupo est relacionado com as caractersticas qumicas do material. Por exemplo, a Classe 1 possui os Grupos A, B, C e D. Zona est relacionada com probabilidade de ocorrncia do material no local. 1. Zona 0 100% de probabilidade 2. Zona 1 alta probabilidade relativa 3. Zona 2 baixa probabilidade relativa.

LASER
Acrstico de Amplificao de Luz por Emisso de Radiao Estimulada (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation). Fonte de radiao, geralmente nas faixas infravermelho, visvel e ultravioleta, caracterizada pela pequena divergncia, coerncia, monocromacidade e alta colimao e potncia.

Linear
Instrumento linear quando sua sada varia na proporo direta da entrada. Grandeza linear possui apenas uma dimenso. Curva linear aquela que se aproxima ou igual a uma linha reta, definida por dois pontos. Sistema linear possui um desempenho uniforme. Escala linear aquela com divises distribudas uniformemente.

LVDT
Transformador Diferencial Varivel Linear que mede deslocamento pela converso para uma tenso linearmente proporcional.

Linearidade
Proximidade de uma curva relacionada com duas variveis com uma linha reta. A linearidade expressa em no linearidade. um dos parmetros da exatido especificada do instrumento. A linearidade pode ser independente, baseada no terminal e baseada no zero.

Malha
Conjunto de instrumentos interligados, fisicamente ou por programao. A malha pode aberta ou fechada, ativa ou passiva. A malha aberta sem realimentao. Exemplos: indicao ou registro de uma varivel (passivas). Outro exemplo: atuao manual no processo (ativa). A malha fechada tem um caminho de sinal que inclui a malha de instrumentos e o processo, onde o processo fecha a malha. A malha de realimentao negativa sempre fechada.

Magntico, Medidor de Vazo


Sistema de medio de vazo de fluido eletricamente condutor baseado na gerao de uma fora eletromotriz com amplitude linearmente proporcional vazo volumtrica. O sistema consiste em um tubo medidor e um transmissor de

Fig. 1.4.21. rea de risco ou classificada

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Terminologia
vazo. O tubo medidor metlico possui um revestimento isolante, bobinas de excitao e eletrodos de deteco.

Modulao
O processo ou resultado do processo, onde alguma caracterstica de uma onda variada de acordo com alguma caracterstica de outra onda.

Mdulo
Um conjunto de peas interligadas que constitui um equipamento ou instrumento identificvel. Um mdulo pode ser desligado, removido como uma unidade e substitudo por um reserva. O mdulo possui uma caracterstica de desempenho definida, que permite que ele seja testado como unidade. s vezes, o mdulo chamado de carto. Exemplos de mdulos: mdulo de entrada e sada (I/O) de CLP ou de SDCD.

Fig. 1.4.22. Medidor magntico de vazo

Manmetro
Genericamente, instrumento que mede presso. Em instrumentao, se aplica geralmente a indicador local de presso.

Multiplexador
Instrumento, circuito ou dispositivo que permite a seleo de um de vrios canais de dados analgicos sob o controle do computador ou do sistema digital. O multiplexador parte integrante de um sistema de aquisio de dados. O multiplexador tambm chamado de modulador. O conjunto moduladordemodulador chamado de MODDEM.

Fig. 1.4.23. Manmetro

No incenditivo
Equipamento que em sua condio normal de operao no provoca a ignio de uma atmosfera perigosa especfica em sua concentrao mais facilmente ignitvel. Equipamento com classificao de no incenditivo s pode ser usado em rea segura e de Zona 2; no pode ser usado em local de Zona 0 e Zona 1. Tambm chamado de no faiscador (no sparking) Esta classe de proteo simbolizada como ex-n.

Medio
Medio a aquisio de informao na forma de resultado, acerca de estado, caracterstica ou fenmeno do mundo externo, observado com auxlio de instrumentos. A medio deve ser descritiva, seletiva e objetiva. A medio pode ser quantitativa ou qualitativa. A medio pode se aplicar quantidade fsica e no fsica. Em Instrumentao, o termo medir vago e deve ser usado um termo mais preciso como indicar, registrar ou totalizar.

Nvel
Varivel de processo ou grandeza fsica que consiste na altura da coluna liquida ou de slido no interior de um tanque ou vaso. O nvel pode ser expresso em altura (m) ou percentagem.

Microprocessador
Um circuito integrado em larga escala que tem todas as funes de um computador exceto memria e sistemas de entrada e sada, tais como: conjunto de instruo, unidade lgica aritmtica, registros e funes de controle.

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Terminologia
Normal
Condies normal de temperatura e presso (CNTP) so: Temperatura = 0,0 oC Presso = 101,3 kPa

P&I
Acrstico de Process & Instruments (ou Piping & Instruments). um diagrama esquemtico que mostra os desenhos das tubulaes e da instrumentao associada para medio e controle.

Oscilao
Qualquer efeito que varia periodicamente entre dois valores, subindo e descendo. Oscilar o mesmo que ciclar. Um controlador oscila ou entra em oscilao quando sua sada varia periodicamente entre dois valores extremos. Um pulso esprio pode provocar a oscilao, que se mantm indefinidamente na malha fechada.

Peso
Varivel de processo ou grandeza fsica derivada igual ao produto da massa pela acelerao da gravidade local. Peso uma fora, cuja unidade SI o newton (N). O peso medido atravs da balana. Bomba de peso morto um instrumento usado como padro para calibrar instrumentos de presso em que a presso hidrulica conhecida gerada por meio de pesos livremente balanceados (mortos) colocados em um pisto calibrado.

Otimizao de Controle
Controle que automaticamente procura e mantm o valor mais vantajoso de uma varivel especificada, em vez de mant-la igual ao ponto de ajuste.

Pirmetro
Um sensor de temperatura baseado na radiao eletromagntica emitida por um objeto, que funo da temperatura.

Padro
Equipamento (instrumento), receita (procedimento) ou material de referncia certificada usado como referncia para a calibrao de uma quantidade fsica ou outro instrumento. Condio padro (conforme ISO 5024): Temperatura = 15,0 oC Presso = 760 mm Hg (101,3 kPa) Condio padro (conforme AGA American Gas Association): Temperatura = 60 oF (15,6 oC) Presso = 762 mm Hg Condio padro (conforme CGI Compressed Gas Institute): Temperatura = 68 oF (20 oC) Presso = 760 mm Hg Clula padro (Weston): fornece uma tenso de 1,018 636 V, @ 20 oC Gravidade padro: 9,806 65 m/s2

Painel de Leitura (Display)


Painel frontal, com acesso ao operador, com as escalas de indicaes, registros e com os dispositivos de atuao, como botoeiras, chaves e teclados. Fig. 1.4.25. Exemplo de um P&I

Pitot
Tubo Pitot um sensor que mede a vazo volumtrica a partir da presso de

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Terminologia
estagnao e da esttica de um fluido. Chamado tambm de tubo de impacto. Instrumento pneumtico alimentado com ar comprimido (120 a 140 kPa) e possui sinal padro de transmisso de 20 a 100 kPa (0,1 a 1,0 kgf/cm2 ou 3 a 15 psig). Cfr. Eletrnico.

pH
Atividade do on H+ de um sistema. definido como log aH+, onde aH+ a atividade do on hidrognio. Em soluo diluda, atividade essencialmente igual concentrao. A soluo de pH de 0 a 7 cida, igual a 7 neutra e de 7 a 14 bsica ou alcalina. O potencial de xido reduo (ORP) ou potencial redox a diferena de tenso em um eletrodo imerso em um sistema reversvel de oxidao e reduo. a medio do estado de oxidao do sistema.

Poo termal
Receptculo metlico onde colocado o bulbo ou o elemento sensor de temperatura, para possibilitar a sua colocao e retirada sem interrupo do processo. Tag: TW.

Placa de orifcio
Tipo especial de restrio usada para medir vazo de fluidos, gerando uma presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo. o elemento sensor de vazo mais usado, por causa da facilidade de calibrao do sistema. Tag da placa: FE. Quando a placa de orifcio to pequena (dimetro menor que 2), ela colocada diretamente na tomada de processo do transmissor, quando chamada de orifcio integral. A placa de orifcio pode ser usada para diminuir vazo ou presso em um sistema, quando chamada de orifcio de restrio (tag RO).

Fig. 1.4.27. Poos de temperatura

Ponto de Ajuste
Valor da varivel que o operador estabelece no controlador como referncia ou ponto ideal de controle. O ponto de ajuste o valor desejado ou ideal para o controle. Tambm chamado de set point. Em controle a diferena entre o ponto de ajuste e a medio chamada de erro.

Posio
Localizao de determinado componente ou dispositivo. comum a chave de posio ou chave fim de curso ou chave limite, que acionada quando determinada pea mecnica atinge determinado ponto. Em Automao, comum usar chave de posio para confirmar abertura ou fechamento de vlvula de controle.

Posicionador
Fig. 1.4.26. Placas de orifcio Dispositivo acoplado haste da vlvula de controle para garantir uma relao biunvoca entre o sinal de sada do controlador e a posio da vlvula. Ele recebe na entrada o sinal do controlador, gera um sinal padro na sada e est mecanicamente ligado vlvula. O posicionador um controlador de posio.

Pneumtico
Sistema que emprega gas, geralmente ar comprimido, como portador da informao e o meio para processar e avaliar a informao.

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Terminologia
Presso
Grandeza fsica ou varivel de processo definida como fora por rea e cuja unidade SI o pascal (1 Pa = 1 N/1 m2) Presso absoluta a presso cujo ponto de referncia (zero) o vcuo total. Presso ambiente a presso que envolve um instrumento. Presso atmosfrica a presso exercida na superfcie da Terra pelos gases que a circundam. A presso atmosfrica varia principalmente com a altura. Tambm chamada de presso baromtrica. Presso diferencial a diferena de presso entre dois pontos. So clssicas as medies de nvel de lquido e de vazo de fluidos atravs da presso diferencial. Presso dinmica a presso que um fluido mvel possui se ele levado ao repouso pela vazo isentrpica contra um gradiente de presso. Tambm conhecida como presso de impacto, presso de estagnao ou presso total. Presso esttica a presso em regime permanente aplicada a um equipamento ou tubulao. Na tubulao, medida na parede interna, onde a velocidade do fluido zero. No elemento de presso diferencial, a presso esttica est aplicada igualmente s duas conexes. Presso manomtrica a presso cujo ponto de referncia a presso atmosfrica. Presso mxima de trabalho (MWP maximum working pressure) a mxima permissvel em um vaso ou equipamento, sob qualquer circunstncia durante a operao, a uma dada temperatura. a mxima presso que pode ser aplicada a um processo ou equipamento. Por norma, se estabelece o limite seguro para uso regular. Pode-se chegar MWP por dois mtodos: 1. Projetada por anlise adequada do projeto, com um fator de segurana. 2. Testada por teste de ruptura de amostras tpicas. Presso de operao a presso real (positiva ou negativa) em que um equipamento opera sob condies normais. Presso de processo a presso em um ponto especificado no meio do processo. Presso de projeto a usada no projeto de um vaso ou instrumento para determinar a espessura mnima permissvel ou caracterstica fsica das peas para uma dada mxima presso de trabalho (MWP), em uma dada temperatura. Presso de ruptura, determinada por teste, aquela em que o equipamento se rompe. O teste consiste em fazer o equipamento se romper. Presso de suprimento aquela aplicada alimentao do instrumento pneumtico para faz-lo operar. Presso de surge um pico de presso acima da presso de operao que ocorre rapidamente em partidas de bombas, fechamentos de vlvulas. Presso de vapor de um lquido aquela em que o lquido comea a se evaporar, a uma dada temperatura. Presso de vazamento (leak) aquela em que ocorre algum escape detectvel em um equipamento.

Presso manomtrica

Presso Atmosfrica Zero Relativo


Vcuo ou presso manomtrica negativa Presso atmosfrica Presso absoluta Presso absoluta

Zero Absoluto Fig. 1.4.28. Terminologia da presso

Pressurizao
Classe de proteo aplicada a ambiente, instrumento e equipamento eltrico, onde se aplica um gs inerte em uma pequena presso positiva. A presso positiva interna impede a entrada de gases

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Terminologia
inflamveis ou explosivos no interior. Tambm chamada de purga e simbolizada por ex-p.

Reao ao Processo
Um mtodo de determinao dos ajustes timos do controlador quando sintonizando uma malha de controle de processo. O mtodo baseado na reao de uma malha aberta a um distrbio tipo degrau.

Procedimento
Uma seqncia de aes escritas que coletivamente mostram como uma determinada tarefa deve ser feita. Procedimento clssico: para calibrao.

Regime permanente
Uma caracterstica de uma condio, como valor, periodicidade, amplitude ou taxa de variao constante (com variao desprezvel), durante longo perodo de tempo. o contrrio de transiente. Chamado steady-state.

Processo
Qualquer sistema composto de variveis dinmicas, usualmente envolvidas em operaes de fabricao ou produo. Qualquer mudana fsica ou qumica de matria ou converso de energia. Na prtica, diz-se tambm do local onde ocorre a mudana ou converso.

Registrador
Instrumento que sente uma varivel de processo e imprime o seu valor histrico em um grfico. O registro pode ser analgico ou digital e pode ser visualmente indicado ou no. XR o tag do registrador de X.

Protocolo
Um conjunto de regras semnticas e sintticas (procedimentos) que permitem a comunicao digital entre dois instrumentos.

Prova de exploso
Equipamento, invlucro ou instrumento que evita que uma exploso ou chama interna se propague para o ambiente exterior, devido sua estrutura mais robusta e a pequenos espaamentos entre peas criticas. Tambm chamado de prova de chama. Classe de proteo tipo ex-d.

Fig. 1.4.30. Instrumentos de leitura (Foxboro)

Regulador
Um controlador em que toda a energia necessria para operar o elemento final de controle derivada do sistema controlado. um conjunto de vlvula (elemento final) com o mecanismo de controle (onde se tem o ajuste do ponto desejado de controle). Os reguladores clssicos so de presso (o mais comum), temperatura e vazo.

Fig. 1.4.29. Invlucro prova de exploso

Rel
Conjunto de bobina e contatores: os contatos se alteram quando a bobina energizada. Dispositivo que liga, desliga ou transfere um ou mais circuitos eltricos. O rel serve para isolar sinais de alto e de baixo nvel de potncia. Em

Prover (l-se prver)


Prover (l-se prver) um sistema usado para calibrar medidor de vazo, in situ. Pode ser balstico ou esfrico.

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Terminologia
Instrumentao, rel o nome alternativo para o computador analgico pneumtico.

Resposta
O comportamento da sada de um instrumento em funo da entrada, ambas relativas ao tempo. As entradas clssicas para se observar a sada so: rampa, degrau e senide. A sada pode ter componentes em regime permanente (steady state) e transiente.

Repetitividade
A proximidade entre um nmero consecutivo de medies do mesmo valor de uma grandeza, sob as mesmas condies de operao. usualmente medida como no repetitividade e expressa como repetitividade, em percentagem da amplitude de faixa. um dos parmetros da preciso do instrumento. Na atual terminologia do INMETRO, mesmo que preciso.

Ressonncia
A ressonncia de um sistema ou elemento uma condio evidenciada por grande amplitude de oscilao, que resulta quando uma pequena amplitude de entrada peridica tem uma freqncia se aproximando da freqncia natural do sistema.

Reprodutitividade
A proximidade entre um nmero consecutivo de medies do mesmo valor de uma grandeza, sob as mesmas condies de operao, durante um perodo de tempo. medida como no reprodutitividade e expressa como reprodutitividade, em percentagem da amplitude de faixa. um dos parmetros da preciso do instrumento e inclui histerese, banda morta, desvio e repetitividade.

Reynolds, nmero de
Nmero adimensional que relaciona as forcas inerciais e viscosas de um escoamento de fluido. Est relacionado com o estado laminar ou turbulento da vazo. Na prtica, usado para verificar a aplicabilidade de determinado medidor de vazo.

Reset
Reset (rearme) a restaurao de um equipamento de memria ou estgio binrio para um estado prescrito, usualmente zero. Chave do sistema de intertravamento ou alarme que habilita o sistema para voltar a funcionar. Nome alternativo para a ao integral, que elimina o desvio permanente do controlador. A condio reset de um circuito flip flop em que o estado interno levado a zero. O modo reset considerado o modo de condio inicial.

RTD
Acrstico para Detector de Temperatura a Resistncia. Sensor de temperatura de natureza eltrica que fornece informao da temperatura quando h variao na resistncia de um fio metlico como uma funo da temperatura. O metal default a platina (Pt 100). Fig. 1.4.31. Sensor tipo RTD dentro do bulbo

Resoluo
A mnima variao detectvel de alguma varivel em um sistema de medio. O mnimo intervalo entre dois detalhes discretos adjacentes que podem ser distinguidos um do outro.

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Terminologia
Rotmetro
Um medidor de vazo baseado na proporcionalidade da elevao de um deslocador em uma tubo graduado cnico, arranjado verticalmente. Genericamente (e erradamente), chama-se qualquer medidor de vazo de rotmetro. Rotmetro de purga um indicador de presena ou no de vazo de ar, usado em medio de nvel de lquido de tanque com borbulhamento de ar comprimido. intensidade luminosa (candela). A partir destas unidades de base, pode-se criar qualquer unidade derivada. O SI d o estado oficial e recomendado para uso universal pela Conferncia Geral de Pesos e Medidas.

Sinal
Varivel fsica (visual, aural ou de outra natureza) que contem a informao acerca de outra varivel. O sinal pode estar na entrada ou na sada do instrumento. Sinal analgico representa uma varivel que pode ser continuamente observada e representada. O sinal analgico medido. O sinal de 4 a 20 mA analgico. Sinal digital representa uma varivel atravs de um conjunto de valores discretos, de acordo com uma regra (protocolo). O protocolo HART um sinal digital. Sinal binrio representa uma varivel atravs de um bit, que pode ser 0 ou 1. A sada de uma chave um sinal binrio, pois ela s pode estar aberta ou fechada. Sinal de pulsos representa uma varivel atravs de um conjunto de pulsos, onde a informao pode estar na freqncia, amplitude, fase ou posio dos pulsos. Um pulso s pode ser contado e no medido. A relao sinal/rudo (S/N signal noise) expressa a qualidade do sinal; quanto maior a relao, melhor o sinal. Em Instrumentao, existe um instrumento com a funo de selecionar sinal (e.g., o maior, o menor, o do meio).

Fig. 1.4.32. Rotmetros de rea varivel

Rudo
Um componente indesejvel de um sinal ou varivel. O rudo deve ser da mesma natureza que a do sinal. O rudo pode ser expresso em unidades da sada ou em percentagem da sada.

Saturao
A condio de um sistema em que o aumento da entrada no produz mais aumento na sada, pois ela j atingiu seu limite fsico. A saturao pode ocorrer no mximo (mais comum) ou no mnimo. Em controle de processo, um controlador com ao integral pode saturar quando o erro da medio for muito demorado.

Segurana intrnseca
Classe de proteo em que o sistema e a fiao so incapazes de liberar energia eltrica ou termal, sob condies normais e anormais, para causar ignio de uma mistura atmosfrica especfica em sua concentrao mais facilmente ignitvel. A segurana intrnseca se baseia em colocao de barreiras de energia eltrica entre as reas de risco e segura. Equipamento intrinsecamente seguro pode ser usado em rea segura e de Zona 0 a 2. Esta classe de proteo simbolizada como ex-ia e ex-ib.

SI
Smbolo do Sistema Internacional de Unidades, criado em 1960. SI um sistema de unidades fsicas em que as quantidades fundamentais so sete (com suas unidades): comprimento (metro), massa (kilograma), tempo (segundo), temperatura (kelvin), corrente eltrica (ampere), quantidade de substncia (mol),

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Terminologia
Segurana aumentada
Equipamento ou instrumento que evita o aparecimento de fasca interna, atravs de um projeto e montagem especiais. Classe de proteo simbolizada como ex-e e s permitida em ambiente de Zona 2 (no pode ser usado em Zona 0 ou 1). aquisio de dados (geralmente feita por Controladores Lgico Programveis) e um sistema de computador digital de uso geral onde rodado um programa aplicativo para o controle supervisrio.

SDCD (Sistema Digital de Controle Distribudo)


Sistema digital de instrumentao que executa funes de controle estabelecidas e permite a transmisso dos sinais de controle e de medio. As diferentes funes: 1. interface com o campo, 2. interface com operador, 3. unidades de controle 4. gerenciamento do controle so distribudas geograficamente e interligadas por um sistema de comunicao. Possui uma poderosa e amigvel interface Homem-Mquina. Aplicado principalmente para controle de processos contnuos complexos.

Sensitividade
Relao da variao da sada sobre a variao da entrada que causa a sada, depois que se atinge o estado de regime. Tambm conhecida com ganho.

Sensor
Um dispositivo que converte uma varivel fsica, como presso, vazo, nvel, anlise e temperatura em uma quantidade analgica mais amigvel, geralmente mecnica (deslocamento) ou eltrica (tenso ou resistncia eltrica). O sensor no um instrumento, mas um componente do instrumento, p. ex.., do indicador, registrador, transmissor e controlador. Geralmente o sensor est em contato com o processo para detectar o valor da varivel. Tambm chamado de elemento sensor, elemento primrio, probe, detector e transdutor. XE o sensor da varivel X. A entrada e sada do elemento sensor so ambas no padronizadas. Cfr. Elemento final.

Servomecanismo
Um dispositivo de controle automtico em que a varivel controlada a posio mecnica ou qualquer uma de suas derivadas no tempo. Fig. 1.4.33. Console de operao de um Sistema Digital de Controle Distribudo

Sistema de Controle
Um sistema em que a manipulao ou atuao usada para conseguir uma valor predeterminado de uma varivel. Sistema de Controle Automtico um sistema de controle que opera sem interveno humana. Sistema de Controle Multivarivel um sistema de controle utilizando sinais de entrada derivados de duas ou mais variveis de processo com o objetivo de afetar conjuntamente a ao do sistema de controle.

Sistema de Aquisio de Dados


Um sistema que faz a interface de muitos sinais analgicos, chamados canais, para um computador. Todas as chaves, controles e converses esto includas no sistema.

SCADA (Supervisory Control And Data Acquision)


Acrstico para Controle Supervisrio e Aquisio de Dados. Sistema digital para

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Terminologia
Sistema de Controle No Interativo um sistema de controle com vrios elementos projetado para evitar distrbios em outras variveis controladas por causa de ajustes na entrada do processo que so feitos com o objetivo de controlar uma determinada varivel de processo. Temperatura absoluta aquela mensurvel em teoria na escala de temperatura termodinmica. A unidade SI o kelvin (K). a escala cujo 0 K corresponde a 273,16 oC. Temperatura ambiente a temperatura do meio envolvendo um equipamento. 1. Para equipamento que no gera calor, a mesma que a temperatura do meio envolvendo o equipamento quando o equipamento no est presente. 2. Para equipamento que gera calor, a mesma que a temperatura do meio envolvendo o equipamento quando o equipamento est presente e dissipando calor. 3. Os limites da mxima temperatura ambiente permissvel so baseados na hiptese que o equipamento em questo no esteja exposto a fonte de energia radiante significativa. Temperatura do processo a do meio do processo no elemento sensor. Temperatura relativa aquela obtida de pontos notveis de mudana de estado de substncia pura. As escalas clssicas so a Celsius (no usar grau centgrado!) e a Farenheit. Estas escalas valem em relao ao zero absoluto: 0 K = -273,16 oC 0 oR = -459,69 oF

Software (SW)
Em informtica, o software se refere aos programas que fornecem as instrues para o computador nas operaes e clculos a serem feitos. Geralmente os softwares so disponveis em disquete, disco rgido ou CD-ROM, de onde podem ser instalados e carregados no computador. Quando o programa est gravado permanentemente em um circuito, ele chamado de firmware.

Solenide
Bobina. A solenide est geralmente associada a um conjunto de contatos (rel) ou a um corpo de vlvula (vlvula solenide).

Strain gage
Ver Clula de Carga

Tacmetro
Instrumento que mede a velocidade angular de um eixo rotativo, em rotao por minuto.

Tempo
Dimenso do universo fsico, em um dado local, que ordena a seqncia de eventos. uma das sete unidades de base do SI, cuja unidade o segundo (s). Tempo caracterstico o atraso de reposta de um sistema, quando a sada leva para atingir aproximadamente 63% do valor final, em resposta a um degrau aplicado na entrada. O tempo caracterstico tambm chamado de constante de tempo do sistema. Tempo derivativo o tempo que a ao derivativa de um controlador PD se adianta da ao proporcional, quando se aplica uma rampa na entrada. O tempo derivativo igual ao integral. Cfr. Controle, ao derivativa. Tempo integral o tempo que a ao integral de um controlador PI leva para repetir a ao proporcional, quando se

Telemetria
Transmisso e recepo a distncia de sinais, atravs do ar, por meio de ondas de rdio freqncia ou linha telefnica.

Temperatura
Uma propriedade de um objeto que determina o sentido do fluxo de calor quando o objeto colocado em contato termal com outro objeto: o calor flui de uma regio de mais alta temperatura para uma de mais baixa. Pode ser medida por uma escala experimental (baseada em alguma propriedade ou por um instrumento) ou por uma escala de temperatura absoluta. A temperatura uma das sete grandezas de base do SI.

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Terminologia
aplica um degrau na entrada. O tempo integral o inverso da ao integral. Cfr. Controle, ao integral. Tempo morto o intervalo de tempo entre uma variao no sinal de entrada para um sistema de controle e a resposta para o sinal. Durante o tempo morto o processo est incapaz de responder a qualquer estmulo na entrada. momento da fora ou momento de rotao. A unidade SI newton x metro (N.m). O produto escalar fora x distncia = trabalho (N x m = J)

Transdutor
Em Engenharia, qualquer dispositivo que converte um sinal de entrada em um sinal de sada de forma diferente. Em Instrumentao, o instrumento que converte o sinal padro pneumtico em sinal eletrnico (P/I) ou vice-versa (I/P). Incorretamente chamado de conversor. A entrada e sada do transdutor so ambas padro. Tag: XY.

Termistor
Sensor de temperatura a semicondutor, que converte a temperatura em resistncia, geralmente no linear e com coeficiente termal negativo.

Termmetro
Genericamente, instrumento que mede temperatura. Em instrumentao, se aplica geralmente a indicador local de temperatura.

Transfervel
Caracterstica do sistema que permite ao operador canalizar ou dirigir um sinal de um instrumento para outro, sem necessidade de alterar a fiao. A transferncia pode ser por chave ou por teclado.

Termopar
Sensor de temperatura de natureza eltrica que produz uma tenso aproximadamente linear e proporcional diferena da temperatura medida e uma temperatura de referncia conhecida.

Transiente
Comportamento de uma varivel durante a transio entre dois estados em regime. Geralmente, o transiente rpido.

Transmissor
Instrumento que sente uma varivel de processo e gera um sinal padro eletrnico ou pneumtico proporcional ao valor da varivel. A entrada do transmissor nopadro e a sada padro. Tag XT Transmisso a transferncia distncia de sinais padronizados, feita atravs de fio (eletrnico) ou tubo (pneumtico). Os sinais padro de transmisso so: 1. pneumtico: 20 a 100 kPa 2. eletrnico analgico: 4 a 20 mA 3. eletrnico digital: HART (de facto) Transmissor inteligente o transmissor a base de microprocessador e cuja sada nica um protocolo digital, como HART, Fieldbus ou FoxCom. Transmissor hbrido aquele com duas sadas simultneas: um protocolo digital e o sinal padro de 4 a 20 mA cc.

Fig. 1.4.37. Sensores tipo termopar

Teste, Ponto de
Pontos acessveis para a instalao temporria e intermitente de instrumento de medio, para fins de manuteno.

Teste, Chave de
Chave do sistema de intertravamento e alarme que, quando acionada, evidenciamse as falhas de lmpadas e verifica a lgica do sistema.

Torque
Produto vetorial de uma fora por uma distancia. Tambm conhecido como

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Terminologia
Vlvula de Controle
Equipamento usado para regular a vazo de fluidos em tubulaes e mquinas, recebendo o sinal de sada do controlador e atuando na varivel manipulada. o elemento final de controle mais utilizado. Tag XV ou XCV.

Fig. 1.4.35. Transmissor eletrnico

Tubo de vazo (flow tube ou meter run)


Tubo metlico, com acabamento especial e dimenses criteriosamente escolhidas, usado para alojar um elemento sensor de vazo, para melhorar a preciso da medio.

Fig. 1.4.38. Vlvula de controle (Fisher) Fig. 1.4.36. Tubo de vazo ou meter run

Vlvula de segurana
Vlvula acionada por mola e atuada pela presso que permite o fluido escapar do recipiente pressurizado em uma presso ligeiramente acima do nvel seguro de trabalho. Chamada de vlvula de seguranca para lquido, quando abre continuamente ou vlvula de alivio para gs, quando abre repentinamente. Tag: PSV.

Turbina medidora de vazo


Instrumento medidor de vazo baseado na gerao de um trem de pulsos cuja freqncia linearmente proporcional vazo volumtrica. Fig. 1.4.37. Turbina medidora de vazo

Vapor
Vapor um gs temperatura abaixo da temperatura crtica, de modo que ele pode ser liqefeito por compresso, sem baixar a temperatura. Sob o ponto de vista termodinmico, gs e vapor possuem o mesmo significado prtico. O vapor d'gua, gua no estado gasoso, o fluido de trabalho mais usado na industria para aquecimento, limpeza e reao de processo. O vapor d'gua gerado na caldeira.

Umidade
Ar uma mistura de oxignio, nitrognio e vapor d'gua. Umidade a quantidade de vapor d'gua na atmosfera. As unidades de umidade so: 1. umidade relativa, de 0 a 100% 2. dew point (ponto de saturao) ou temperatura do bulbo seco e molhado 3. relao de volumes ou de massas Genericamente, o medidor de umidade chamado de higrmetro.

Varivel de Processo
Qualquer grandeza fsica mensurvel, como presso, temperatura, nvel, vazo e anlise. Pode ser classificada como controlada, manipulada e carga do processo.

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Terminologia
Varivel controlada a regulada pela malha de controle. Varivel manipulada a atuada no elemento final de controle, atravs do controlador, para regular a controlada. Geralmente a vazo de um fluido. Varivel medida a quantidade, propriedade ou condio que medida. tambm chamada de mensurando. Carga do processo so todas as variveis envolvidas que afetam a controlada, exceto a controlada e manipulada. as massas de sua posio de equilbrio. A vibrao resultante uma tentativa das foras agirem nas massas para equalizlas.

Viscosidade
Varivel de processo ou grandeza fsica que consiste na resistncia que um gs ou lquido oferece para fluir quando submetido a uma tenso de cisalhamento. Tambm conhecida como resistncia vazo ou atrito interno.

Vazo
Varivel de processo associada com volume ou massa de fluido que passa por um ponto durante determinado intervalo de tempo. Vazo o movimento contnuo de fluido (gs, vapor ou lquido) atravs de uma tubulao fechada ou canal aberto. Vazo tambm pode ser o movimento discreto de objetos slidos atravs de uma esteira. Em Instrumentao, a vazo pode ser detectada (FE), transmitida (FT), indicada (FI), registrada (FR), totalizada (FQ), alarmada (FA) ou chaveada (FS).

Visor de nvel
Indicador local e direto de nvel, atravs de uma escala transparente graduada. Tag do visor LG (level glass).

Vortex
Medidor de vazo baseado na formao e medio da freqncia de vrtices provocados por um sensor de canto vivo colocado no fluxo do fluido.

Venturi
Tubo venturi um elemento sensor de vazo, com geometria definida, que produz uma presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo volumtrica.

Fig. 1.4.40. Medidor de vazo tipo vortex

Wheatstone, ponte de
Fig. 1.4.39. Tubo medidor de vazo venturi Circuito eletrnico consistindo de 4 resistncias, de modo que, quando balanceado (corrente em D nula), so iguais os produtos das duas resistncias opostas (R1 x R4 = R2 x R3). o circuito default para medir resistncias e pequenas tenses desconhecidas.

Vibrao
Movimento peridico ou oscilao de um elemento, equipamento ou sistema. Varivel de processo que medida e monitorada em sistema de proteo de grandes mquinas rotativas. A vibrao causada por qualquer excitao que desloca algumas ou todas

71

Terminologia

R1 E R3 D

R2

R4

Fig. 1.4.41. Circuito da ponte de Wheatstone

Ziegler Nichols
Mtodo de sintonia do controlador, onde a determinao dos ajustes timos se baseia na determinao do ganho proporcional que causa instabilidade na malha fechada.

Decaimento 4:1

Fig. 1.4.42. Resposta de controlador bem sintonizado

Apostilas\Instrumentao

Terminologia.DOC

10 DEZ 98

72

2 Funes
0. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Introduo Elemento Sensor Condicionadores de Sinal Transmissor Indicador Registrador Computador de Vazo Controlador Vlvula de Controle

73

2.0 Funes dos Instrumentos


Objetivos de Ensino
1. Relacionar as necessidades e aplicaes das medies das variveis, em controle, monitorao e alarme de processos industriais. 2. Apresentar as principais funes da medio e controle: deteo da varivel, condicionamento do sinal, apresentao dos dados e atuao no processo. 3. Mostrar os principais tipos de instrumentos, pelo princpio de funcionamento, atuao, alimentao, natureza do sinal. Estas funes podem ser feitas por um ou vrios mdulos.

1.2. Tipos de Medio


H trs procedimentos principais de medio: 1. medio direta 2. comparao 3. substituio Medio direta Como o nome sugere, esta a forma mais simples de medio. Por exemplo, se mede a voltagem escolhendo um medidor com a faixa correta de voltagem, ligando-o nos terminais apropriados e lendo a voltagem diretamente da posio do ponteiro na escala ou nos dgitos do display. O mtodo equivalente na pesagem tomar uma balana com mola, com a faixa correta, colocar nela o peso desconhecido e ler o deslocamento na escala calibrada. Os dois mtodos possuem vrias coisas em comum. Ambos os mtodos se baseiam no comportamento de algum sistema fsico (sensor e processador do sinal) para converter a quantidade medida (sinal de entrada) em uma quantidade observvel (sinal de sada). Para o voltmetro, o processo fsico a rotao da bobina mvel quando a corrente passa por ela. O balano da mola se baseia no deslocamento causado pela fora da gravidade no peso. Para os dois instrumentos, necessria uma calibrao inicial da posio do ponteiro, como uma funo da magnitude do sinal de entrada. Isto feito somente em uma posio, tipicamente na deflexo de fundo de escala e a preciso da leitura em outros pontos depende da linearidade da resposta do sistema. A

1. Instrumentos de Medio
1.1. Introduo
Em Instrumentao, o termo medir vago e ambguo. Normalmente, quando se fala medir, se quer dizer indicar o valor de uma varivel. Porm, o mesmo termo medir se refere a sentir. Mais ainda, medir pode incluir transmitir, registrar, totalizar, alarmar ou controlar. Embora a instrumentao trate dos instrumentos medidores, no existe smbolo (tag) para o medidor, mas para indicador (I), transmissor (T), registrador (R), totalizador (Q), alarme (A) e controlador (C) e condicionador (Y). Esta confuso aparece porque um sistema completo de medio envolve as funes bsicas de 1. sentir a varivel 2. condicionar o sinal 3. apresentar o valor da varivel.

74

Funes dos Instrumentos


preciso contnua do instrumento entre as calibraes depende do valor pelo qual a resposta do sistema pode variar, devido ao envelhecimento e outros efeitos. A preciso da medio direta depende fundamentalmente do sistema fsico escolhido como transdutor e processador do sinal, do nmero de vezes de calibrao do sistema e da qualidade do equipamento usado. outro sistema fsico para se obter o valor da quantidade medida.

Fig. 2.1.2. Medio por comparao verdade que necessrio usar e se usa um sistema de medio para indicar a obteno do balano do nulo. O sistema necessita apenas da leitura do zero; ele no precisa ser calibrado nem precisa dar uma resposta linear. O sistema de medio deve ser calibrado ou ajustado somente quando as leituras estiverem fora do equilbrio. Medio por substituio Como j visto, o mtodo comparativo de medio fundamentalmente mais preciso do que o mtodo correspondente de medio direta, por que se elimina o sistema de medio como meio de interpretar o sinal de entrada sendo medido. Foi visto tambm que uma forma limitada de sistema de medio era usar o registro da posio do balano do nulo. Um mtodo mais preciso ainda de medio elimina qualquer efeito do sistema de medio. Como exemplo, seja a balana qumica com dois pratos, que fica balanada exatamente quando h a massa de 200 g em cada prato. Agora, se estes pesos forem removidos e um peso de apenas 1 g for colocado em cada prato, haver ainda um balano perfeito? Espera-se que sim. Porm, entre a primeira e a segunda medies foram removidas 398 g do sistema e isto afetar as tenses e resistncias presentes nos braos, suportes e ponteiro. bem possvel que haja uma pequena variao no comportamento do sistema, dando um erro na medio da 1 g. Em uma balana mais precisa deveria haver uma garantia que o peso total no

Fig. 2.1.1. Medio direta

Medio comparativa - balano de nulo O mtodo comparativo de pesagem deve ser muito familiar a todos. Usam-se dois pratos da balana para comparar os pesos da massa desconhecida e da massa conhecida. Quando eles forem iguais, no haver deflexo do ponteiro. Quando um for maior que o outro, haver uma deflexo para algum dos lados da balana. Tudo se resume a uma questo de se ter pesos calibrados conhecidos para que se tenha a pesagem exata de qualquer massa desconhecida. No h necessidade de calibrao. Em cada medio, a quantidade desconhecida comparada diretamente com uma quantidade conhecida. Uma situao similar pode ocorrer na medio eltrica. Pode-se produzir uma voltagem conhecida e ento compar-la com uma voltagem desconhecida. A comparao real feita usandose um galvanmetro que detecta se h passagem ou no de corrente por ele. Quando as voltagens forem diferentes, haver passagem de corrente em alguns dos dois sentidos, dependendo do valor relativo das voltagens. Quando elas forem iguais no haver corrente pelo galvanmetro. Quando se obtm a posio zero (nulo), garante-se que as voltagens so exatamente iguais. Este mtodo, chamado de balano de nulo, extremamente preciso porque ele no se baseia em qualquer

75

Funes dos Instrumentos


sistema no variasse, mesmo se forem medidos pesos de diferentes valores. Isto pode ser feito pelo mtodo da substituio. Uma balana perfeita obtida com os pesos calibrados de 200 g no prato B. Um peso desconhecido M colocado no prato A. Para se consiga um novo balano, agora necessrio remover pesos do prato B. desejado ou variando dentro de limites estreitos. S se controla uma varivel. No se pode ou no h interesse em controlar grandeza que seja constante. O controle pode ser obtido manualmente, quando o operador atua no processo baseando-se nas medies e indicaes de grandezas do sistema. O controle manual de malha aberta e matematicamente estvel. H vrias tcnicas e teorias para se obter o controle automtico de processos industriais. A tcnica bsica e a mais usada atravs da malha fechada com realimentao negativa (feedback), onde 1. mede se a varivel controlada na sada do processo, 2. compara-a com um valor de referncia e 3. atua na entrada do processo, 4. de modo a manter a varivel controlada igual ao valor desejado ou variando em torno deste valor. O controle automtico com realimentao negativa pode se tornar mais complexo, envolvendo muitas variveis de processo simultaneamente. So casos particulares de controle a realimentao negativa multi varivel: cascata, faixa dividida (split range) e auto-seletor. Outra tcnica alternativa o controle de malha fechada preditivo antecipatrio (feedforward). Esta estratgia envolve 1. a medio de todos os distrbios que afetam a varivel controlada, 2. um modelo matemtico do processo sob controle, 3. a atuao em uma varivel manipulada, 4. no momento em que h previso de variao na varivel controlada e antecipando-se ao aparecimento do erro. 5. para manter a varivel controlada constante e igual ao valor desejado, Um caso particular e elementar de controle preditivo antecipatrio o controle de relao de vazes. Atualmente, com a aplicao intensiva e extensiva de instrumentao digital a microprocessador e com computadores, h vrios nveis de estratgias de controle, como:

Fig. 2.1.3. Medio por substituio O peso removido de B igual ao peso desconhecido colocado no prato A, de modo que este peso foi medido. Porem, o que significativo neste novo sistema que o peso total na balana no foi alterado. Tudo que aconteceu foi a substituio de um peso desconhecido por um peso conhecido e as condies do sistema de medio (balana) no foram alteradas. Assim, a medio por substituio envolve a recolocao de algo de valor desconhecido por algo de valor conhecido, sem alterar as condies de medio. Por exemplo, seja a resistncia de valor desconhecido em um circuito. Se ela substituda por uma resistncia de valor conhecido, R, de modo que a voltagem e a corrente no circuito continuem exatamente as mesmas, ento o valor da resistncia desconhecida tambm igual a R.

2. Aplicaes da Medio
Os principais usos da medio em processos industriais e operaes so: 1. controle 2. monitorao 3. alarme.

2.1. Controle
Controlar uma varivel de processo mant-la constante e igual a um valor

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Funes dos Instrumentos


1. controle 2. coordenao 3. otimizao 4. gerenciamento. Ao nvel do processo, no cho de fbrica, h o controle de regulao automtica, envolvendo as variveis de processo, dados de engenharia e com alta freqncia de atuaes. Acima do nvel do controle de processo, h o controle de coordenao, quando so estabelecidos os pontos de ajustes dos controladores e feita a superviso do controle. Acima deste nvel, tem-se a otimizao do controle, quando so usados e analisados os dados do processo, para o controle estatstico. Finalmente, no topo da pirmide, temse o controle de gerenciamento da planta. Quanto mais elevado o nvel, maior o nvel de administrao e de complexidade. Quanto mais baixo e prximo do processo, mais engenharia e menos complexidade. continuamente, analisam-se as condies do processo e, em caso extremo, pode-se desligar o sistema, de modo automtico ou manual, quando os limites crticos de segurana so atingidos.

2.3. Alarme
Em sistemas de controle e de monitorao comum se ter alarmes. Um sistema de alarme opera dispositivos de aviso (luminoso, sonoro) aps a ocorrncia de uma condio indesejvel ou perigosa no processo. O sistema de alarme usado para chamar a ateno do operador para condies anormais do processo, atravs de displays visuais e dispositivos sonoros. Os displays visuais geralmente piscam lmpadas piloto para indicar condies anormais do processo e so codificados por cores para distinguir condies de alarme (tipicamente branca) e de desligamento (tipicamente vermelha). Diferentes tons audveis tambm podem ser usados para diferenciar condies de alarme e de desligamento. Um sistema de alarme possui vrios pontos de alarme que so alimentados por uma nica fonte de alimentao. O anunciador de alarme apresenta a informao operando em seqncia. A seqncia descreve a ordem dos eventos, incluindo as aes das chaves de alarme, lgica do anunciador, sinal sonoro, display visual e ao do operador. Tipicamente, cada seqncia tem quatro objetivos: 1. alertar o operador para uma condio anormal, 2. indicar a natureza da condio anormal (alarme ou desligamento), 3. requerer a ao de conhecimento pelo operador 4. indicar quando o sistema retorna condio normal.

2.2. Monitorao
Monitorar supervisionar um sistema, processo ou operao de mquina, para verificar se ele opera corretamente durante sua operao. Em instrumentao, comum usar instrumentos para medir continuamente ou em intervalos uma condio que deve ser mantida dentro de limites pr determinados. So exemplos clssicos de monitorao: 1. radioatividade em algum ponto de uma planta nuclear, 2. deslocamento axial ou vibrao radial de eixos de grandes mquinas rotativas, 3. reao qumica em reatores atravs da anlise de composio dos seus produtos. Um sistema de monitorao diferente de um sistema de controle automtico porque no h atuao automtica no sistema, ou por incapacidade fsica de atuao ou por causa dos grandes atrasos entre as amostragens, medies e atuaes. No sistema de monitorao, todas as indicaes e registros so avaliados

3. Sistema de Medio
Embora haja vrios tipos de controle, vrios nveis de complexidade, vrios enfoques diferentes, h um parmetro em comum no controle, monitorao e

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Funes dos Instrumentos


alarme do processo: a medio das variveis e grandezas do processo. A medio fundamental. A base de um controle correto a medio precisa da varivel controlada. bsicos, que fazem parte de todos instrumentos: 1. elemento sensor ou elemento transdutor, que detecta e converte a entrada desejada para uma forma mais conveniente e prtica a ser manipulada pelo sistema de medio. O elemento sensor tambm chamado de elemento primrio ou transdutor. Ele constitui a interface do instrumento com o processo. 2. elemento condicionador do sinal, que manipula e processa a sada do sensor de forma conveniente. As principais funes do condicionador de sinal so as de amplificar, filtrar, integrar e converter sinal analgicodigital e digital-analgico. 3. o elemento de apresentao do dado, que d a informao da varivel medida na forma quantitativa. O elemento de apresentao de dado tambm chamado de display ou readout. Ele constitui a interface do instrumento com o operador do processo. Os elementos auxiliares aparecem em alguns instrumentos, dependendo do tipo e da tcnica envolvida. Eles so: 1. elemento de calibrao para fornecer uma facilidade extra de calibrao embutida no instrumento. Os transmissores inteligentes possuem esta capacidade de autocalibrao incorporada ao seu circuito. 2. elemento de alimentao externa para facilitar ou possibilitar a operao do elemento sensor, do condicionador de sinal ou do elemento de display. 3. elemento de realimentao negativa para controlar a variao da quantidade fsica que est sendo medida. Este elemento possibilita o conjunto funcionar automaticamente, sem a interferncia do operador.

(a) elemento sensor real desmontado

(b) elemento e transmissor Fig. 2.1.4. Transmissor de temperatura com sistema de enchimento termal A instrumentao para fazer estas medies vital para a indstria. O uso de instrumentao em sistemas como casa de fora, indstrias de processo, mquinas de produo automtica, com vrios dispositivos de controle, manipulao e segurana revolucionou e substituiu velhos conceitos. Os instrumentos tem produzido uma grande economia de tempo e mo de obra envolvida. Os sistemas de instrumentos agem como extenses dos sentidos humanos e facilitam o armazenamento da informao de situaes complexas. Por isso, a instrumentao se tornou um componente importante das atividades rotineiras da indstria e contribuiu significativamente para o desenvolvimento da economia. Um sistema genrico de medio consiste dos seguintes elementos

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Funes dos Instrumentos

(a) instrumento desmontado

(b) lateral

Fig. 2.1.6. Registro de temperatura a termopar ou RTD


(c) Vista frontal do instrumento Fig. 2.1.5. Indicador de presso manomtrica ou manmetro com bourdon C

Por exemplo, no indicador analgico de presso com bourdon C, o elemento sensor o tubo metlico em forma de C. A presso a ser medida aplicada diretamente no sensor que sofre uma deformao elstica, produzindo um pequeno movimento mecnico. A entrada do sensor a presso e a sada um movimento mecnico. Este pequeno movimento mecanicamente amplificado por meio de engrenagens e alavancas, que constituem os elementos condicionadores do sinal. Finalmente, um ponteiro fixado na engrenagem e executa uma excurso angular sobre uma escala graduada em unidade de presso. O conjunto escala e ponteiro constitui o elemento de apresentao de dados. Este instrumento analgico e seu funcionamento mecnico. Ele no requer alimentao externa, pois utiliza a prpria energia da presso para funcionar.

Em outro exemplo, no registro de temperatura com termopar ou RTD, o termopar ou o RTD (detector de temperatura a resistncia) o elemento sensor que detecta a temperatura a ser medida. A temperatura medida gera uma pequena tenso ou varia a resistncia eltrica do RTD. Esta pequena tenso ou resistncia medida por um circuito eletrnico chamado de ponte de Wheatstone. A tenso ou a variao da resistncia linearmente proporcional temperatura medida. A ponte de Wheatstone um condicionador de sinal. Atravs de uma polarizao externa e um balano de nulo, possvel determinar a tenso gerada pelo termopar ou variao da resistncia eltrica do RTD. O circuito da ponte tambm processa o sinal eltrico, amplificando-o, filtrando-o de rudos externos e, no caso, convertendoo para um sinal para o registro final da temperatura. Este instrumento eletrnico e a indicao digital. A apresentao de dados no feita atravs do conjunto pena e grfico do registrador.

Apostilas\Instrumentao

20Ffuno.doc

11 DEZ 98 ( Substitui 26 ABR 97)

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Sensor

2.1 Elemento Sensor


1. Conceito
O elemento sensor no um instrumento mas faz parte integrante da maioria absoluta dos instrumentos. O elemento sensor o componente do instrumento que converte a varivel fsica de entrada para outra forma mais usvel. A grandeza fsica da entrada geralmente diferente grandeza da sada. O elemento sensor depende fundamentalmente da varivel sendo medida. O elemento sensor geralmente est em contato direto com o processo e d a sada que depende da varivel a ser medida. Exemplos de sensores so: 1. o tubo bourdon que se deforma elasticamente quando submetido a uma presso, 2. o strain gauge que varia a resistncia eltrica em funo da presso exercida sobre ele; 3. o sensor bimetal que varia o formato em funo da variao da temperatura medida, 4. o termopar que gera uma militenso em funo da diferena de temperatura entre dois pontos; 5. a placa de orifcio que gera uma presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo volumtrica que passa no seu interior. Se h mais de um elemento sensor no sistema, o elemento em contato com o processo chamado de elemento sensor primrio, os outros, de elementos sensores secundrios. Por exemplo, a placa de orifcio o elemento primrio da vazo; o elemento que mede a presso diferencial gerada pela placa o secundrio. Em alguns processos o elemento sensor pode estar protegido por algum outro dispositivo, de modo que ele no fica em contato direto com o processo. O selo de presso e o poo de temperatura so exemplos de acessrios que evitam o contato direto do sensor com o processo. Os nomes alternativos para o sensor so: elemento transdutor, elemento primrio, detector, probe, pickup ou pickoff.

2. Terminologia
De um modo geral, transdutor o elemento, dispositivo ou instrumento que recebe a informao na forma de uma quantidade e a converte para informao para esta mesma forma ou outra diferente. Aplicando este definio, so transdutores: elemento sensor, transmissor, transdutor corrente para pneumtico (i/p) e pneumtico para corrente (p/i), conversor eletrnico analgico para digital (A/D) e conversor digital para analgico (D/A). A norma ISA 37.1 (1982): Electrical Transducer Nomenclature and Terminology padroniza a terminologia e recomenda o seguinte: 1. elemento sensor ou elemento transdutor para o dispositivo onde a entrada e a sada so ambas no-padronizadas e de naturezas iguais ou diferentes. 2. transmissor para o instrumento onde a entrada no-padronizada e a sada padronizada e de naturezas iguais ou diferentes. 3. transdutor para o instrumento onde a entrada e a sada so ambas padronizadas e de naturezas diferentes.

80

Sensor
4. conversor para o instrumento onde a entrada e a sada so ambas de natureza eltrica mas com caractersticas diferentes, como o conversor A/D (analgico para digital), D/A (digital para analgico), conversor I/F (corrente para freqncia), conversor i/v (corrente para voltagem). O nome correto e completo do elemento transdutor recomendado pela norma ISA 37.1 (1982) inclui: 1. o nome transdutor, 2. varivel sendo medida, 3. modificadora restritiva da varivel, 4. princpio de transduo, 5. faixa de medio, 6. unidade de engenharia. Exemplos de elementos sensores: 1. Transdutor, presso, diferencial, 0 a 100 kPa, potenciomtrico 2. Transdutor, presso de som, capacitivo, 100 a 160 dB. 3. Transdutor, acelerao, relativa, 3 g. 4. Transdutor de presso absoluta a strain gauge amplificador, 0 a 500 MPa. 5. 0-300 oC, resistivo, superfcie, temperatura, transdutor. 14. Posio 15. Potncia 16. Presso e vcuo 17. Queima (combusto) 18. Radiao nuclear 19. Temperatura 20. Tempo 21. Tenso eltrica 22. Torque 23. Umidade 24. Vazo 25. Velocidade 26. Vibrao 27. Viscosidade O segundo modificador do sensor se refere ao tipo ou restrio da quantidade medida. Os exemplos incluem: 1. Absoluta (temperatura, presso) 2. Angular (velocidade) 3. Diferencial (presso, tenso) 4. Escalar (velocidade) 5. Gauge (presso) 6. Infravermelha (luz) 7. Intensidade 8. Linear 9. Mssica (vazo) 10. Radiante 11. Relativa (densidade, presso) 12. Superfcie 13. Total 14. Vetorial (velocidade) 15. Volumtrica (vazo) O terceiro modificador o princpio de transduo eltrico envolvido, como: 1. Capacitivo 2. Eletromagntico 3. Indutivo 4. Ionizante 5. Fotocondutivo 6. Fotovoltico 7. Piezoeltrico 8. Potenciomtrico 9. Relutante 10. Resistivo 11. Strain gauge 12. Termeltrico O quarto modificador do sensor se refere a alguma caracterstica especial ou propriedade relevante do sensor. Ele serve para dar mais detalhe ao nome. Exemplos: 1. Amplificador 2. Autogerador 3. Cpsula 4. Chave 5. Colado

3. Modificadores
H quatro modificadores do sensor: 1. mensurando 2. tipo do mensurando 3. princpio eltrico 4. caractersticas especiais O mensurando ou quantidade medida determina o nome do elemento sensor. Embora as principais variveis de processo sejam nvel, presso, temperatura e vazo, as possveis variveis medidas so: 1. Acelerao 2. Anlise (composio, pH) 3. Atitude 4. Condutividade eltrica 5. Corrente eltrica 6. Deslocamento 7. Densidade 8. Fora (peso) 9. Fluxo de calor 10. Freqncia 11. Luz 12. Nvel de lquido 13. Nmero de Mach (velocidade relativa)

81

Sensor
6. Dobrvel 7. Elemento exposto 8. Fole 9. Giro 10. Incremento discreto 11. Integrante 12. Sada ca (corrente alternada) 13. Sada cc (corrente contnua) 14. Sada digital 15. Sada dual 16. Sada freqncia 17. Semicondutor 18. Servo 19. Soldvel 20. Tubo bourdon 21. Turbina 22. Ultra-snico 23. Vibrante

1.

Espiral

(b) Enchimento termal

(c). Placas de orifcio Fig. 1.1. Elemento sensores mecnicos O elemento sensor mecnico no necessita de nenhuma fonte de alimentao externa para funcionar; ele acionado pela prpria energia do processo ao qual est ligado. Exemplos de elementos sensores mecnicos: 1. Espiral, para a medio de presso; 2. Enchimento termal, para temperatura; 3. Placa de orifcio, para a vazo

3. Princpios de transduo
Conforme a natureza do sinal de sada, os sensores podem ser classificados como: 1. mecnicos 2. eletrnicos Praticamente, toda varivel de processo pode ser medida eletronicamente e nem toda varivel pode ser medida mecanicamente. Por exemplo, o pH s pode ser medido por meio eltrico. As principais vantagens do sinal eletrnico sobre o mecnico so: 1. no h efeitos de inrcia e atrito, 2. a amplificao mais fcil de ser obtida 3. a indicao e o registro distncia so mais fceis. Durante o estudo das variveis de processo, sero vistos com profundidade os princpios mais comuns descritos adiante.

5. Sensores Eletrnicos
O elemento sensor eletrnico recebe na entrada a varivel de processo e gera na sada uma grandeza eltrica, como tenso, corrente eltrica, variao de resistncia, capacitncia ou indutncia, proporcional a esta varivel. H elementos sensores eletrnicos ativos e passivos. Os elementos ativos geram uma tenso ou uma corrente na sada, sem necessidade de alimentao externa. Exemplos: 1. cristal piezeltrico para a presso 2. termopar para a temperatura 3. eletrodos para a medio de pH. Os circuitos que condicionam estes sinais necessitam de alimentao externa. Os elementos passivos necessitam de uma polarizao eltrica externa para poder medir uma grandeza eltrica passiva para medir a varivel de processo. As grandezas eltricas variveis so: a resistncia, a capacitncia e a indutncia.

4. Sensores Mecnicos
O elemento sensor mecnico recebe na entrada a varivel de processo e gera na sada uma grandeza mecnica, como movimento, fora ou deslocamento, proporcional varivel medida.

82

Sensor
Exemplo de elementos sensores passivos eletrnicos: 1. resistncia detectora de temperatura 2. clula de carga (strain gauge) para a medio de presso e de nvel, 3. bobina detectora para a transduo do sinal de corrente para o sinal padro pneumtico. 1. pelo movimento de um dos eletrodos (placas), alterando a distancia d 2. pela variao da rea das placas 3. pela variao do dieltrico entre as duas placas fixas. Atualmente, a maioria dos transmissores eletrnicos usa cpsulas capacitivas para a medio de presso manomtrica, absoluta ou diferencial.

(a) Placas mveis, dieltrico fixo Fig. 1.2. Elemento sensor eletrnico de pH C Os elementos sensores eletrnicos podem ser dos seguintes tipos: 1. capacitivo 2. indutivo 3. relutante 4. eletromagntico 5. piezoeltrico 6. resistivo 7. potenciomtrico 8. strain gauge 9. fotocondutivo 10. fotovoltico 11. termeltrico 12. ionizante

(b) Placas fixas, dieltrico varivel Fig. 1..3. Transduo capacitiva

5.2. Sensor indutivo


O sensor indutivo converte a varivel de processo medida em uma variao da auto-indutncia eltrica de uma bobina. As variaes da indutncia podem ser causadas pelo movimento de um ncleo ferromagntico dentro da bobina ou pelas variaes de fluxo introduzidas externamente na bobina com ncleo fixo. H transmissores eletrnicos, a balano de foras, que utilizam (ou utilizavam) bobinas detetoras para a medio da presso.

5.1. Sensor capacitivo


O sensor capacitivo converte a varivel de processo medida em uma variao da capacitncia eltrica. Um capacitor consiste de duas placas condutoras de rea A separadas por um dieltrico () pela distncia d, conforme a expresso matemtica seguinte:

C=

A d

Assim, a variao de capacitncia pode ser causada

83

Sensor
Fig. 1.6. Transduo eletromagntica L Fig.2.4. Transduo indutiva

5.5. Sensor piezoeltrico


O sensor piezoeltrico converte uma varivel de processo medida em uma variao de carga eletrosttica (Q) ou voltagem (E) gerada por certos materiais quando mecanicamente estressados. O stress tipicamente de foras de compresso ou trao ou por foras de entortamento exercida no cristal diretamente por um elemento sensor ou por um elo mecnico ligado ao elemento sensor. E
ou

5.3. Sensor relutante


O sensor relutante converte a varivel de processo medida em uma variao da voltagem devida a uma variao na relutncia entre duas ou mais bobinas separadas e excitadas por tenso alternada (ou de duas pores separadas de uma mesma bobina). Esta categoria de sensores inclui relutncia varivel, transformador diferencial e ponte de indutncias. A variao na trajetria da relutncia usualmente feita pelo movimento de um ncleo magntico dentro da bobina.

E
ou

Q
Tap central

E Fig. 1.7. Transduo piezoeltrica (a) compresso ou tenso (b) fora de entortamento

Fig. 1.4. Transduo relutiva por transformador diferencial

5.6. Sensor resistivo


O sensor resistivo converte a varivel de processo medida em uma variao de resistncia eltrica. As variaes de resistncia podem ser causadas em condutores ou semicondutores (termistores) por meio de aquecimento, resfriamento, aplicao de tenso mecnica, molhao, secagem de certos sais eletrolticos ou pelo movimento de um brao de reostato.

5.4. Sensor eletromagntico


O sensor eletromagntico converte a varivel de processo medida em uma fora eletromotriz induzida em um condutor pela variao no fluxo magntico, na ausncia de excitao. A variao no fluxo feita usualmente pelo movimento relativo entre um eletromagneto e um magneto ou poro de material magntico.

84

Sensor
R R Fig. 1.10. Transduo de strain gauge A R R Ex D E B Wheatstone polarizada, de modo que a sada uma variao de voltagem.

Fig. 1.8. Transduo resistiva

5.9. Sensor fotocondutivo


O sensor fotocondutivo converte a varivel de processo medida em uma variao de resistncia eltrica (ou condutncia) de um material semicondutor devido variao da quantidade de luz incidente neste material.

5.7. Sensor potenciomtrico


O sensor potenciomtrico converte a varivel de processo medida em uma variao de relao de voltagens pela variao da posio de um contato mvel (wiper) em um elemento resistivo, atravs do qual aplicada uma excitao. A relao dada pela posio do elemento mvel basicamente uma relao de resistncias.

Luz

Ex

+ - Ew

Ew Ex
Luz E

Fig. 1.11. Transduo foto condutiva Fig. 1.9. Transduo potenciomtrica

5.8. Sensor strain gauge


O sensor strain gauge converte a varivel de processo medida em uma variao de resistncia em dois ou quatro braos da ponte de Wheatstone. Este princpio de transduo uma verso especial da transduo resistiva, porm, ela envolve dois ou quatro sensores strain gauges resistivos ligados em uma ponte de

5.10. Sensor fotovoltico


O sensor fotovoltico converte a varivel de processo medida em uma variao de tenso eltrica de um material semicondutor devido variao da quantidade de luz incidente em junes de certos materiais semicondutores.

85

Sensor
Fig. 1.12. Transduo fotovoltica A qualidade da medio da varivel sendo controlada estabelece a linha de referncia do desempenho global do sistema. muito importante entender os princpios fsicos que permitem o sensor converter a varivel do processo em uma grandeza eltrica ou mecnica. fundamental estabelecer a exatido, preciso, resoluo, linearidade, repetitividade e tempo de resposta do sensor para as necessidades do sistema. Um sensor especificado com preciso insuficiente pode comprometer o desempenho de todo o sistema. No outro extremo, selecionar um sensor com preciso exagerada e difcil de ser conseguida na prtica, no justificado para um controle que no requer tanta preciso.

5.11. Sensor termoeltrico


O sensor termoeltrico converte a varivel de processo medida em uma variao de fora eletromotriz gerada pela diferena de temperatura entre duas junes de dois materiais diferentes, devido ao efeito Seebeck.

T1

T2

Fig. 1.13. Transduo termeltrica

5.12. Sensor inico


O sensor inico converte a varivel de processo medida em uma variao da corrente de ionizao existente entre dois eletrodos.

(a) Esquemtico

Fig. 1.14. Transduo ionizante

6. Escolha do sensor
O objetivo de um sistema de controle garantir uma correlao rigorosa entre a sada real e a sada desejada. A sada real a varivel de processo e a sada desejada chamada de ponto de ajuste. Gasta se muita matemtica, eletrnica e dinheiro para se obter e garantir o desempenho do sistema. Porm, por melhor que seja o projeto matemtico ou a implementao eletrnica, o controle final no pode ser melhor que a percepo da varivel do processo. (b) Fsico Fig. 1.15. Elemento de enchimento termal, com compensao de temperatura ambiente

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Sensor 7. Caractersticas Desejveis do Sensor


Em certos casos, o sensor do sinal de entrada pode aparecer discretamente em dois ou mais estgios, tendo-se o elemento primrio, secundrio e tercirio. Em outros casos, o conjunto pode ser integrado em um nico elemento. Algumas caractersticas desejveis de um elemento sensor que devem ser consideradas em sua especificao e seleo para uma determinada aplicao so: 1. o elemento sensor deve reconhecer e detectar somente o sinal da varivel a ser medida e deve ser insensvel aos outros sinais presentes simultaneamente na medio. Por exemplo, o sensor de velocidade deve sentir a velocidade instantnea e deve ser insensvel a presso e temperatura locais. 2. o sensor no deve alterar a varivel a ser medida. Por exemplo, a colocao da placa de orifcio para sentir a vazo, introduz uma resistncia vazo, diminuindo-a. A vazo diminui quando se coloca a placa para medi-la. 3. o sinal de sada do sensor deve ser facilmente modificado para ser facilmente indicado, registrado, transmitido e controlado. Por isso, atualmente os sensores eletrnicos so mais preferidos que os mecnicos, pois so mais facilmente manipulados. 4. o sensor deve ter boa exatido, conseguida por fcil calibrao. 5. o sensor deve ter boa preciso, constituda de linearidade, repetitividade e reprodutibilidade. 6. o sensor deve ter linearidade de amplitude. 7. o sensor deve ter boa resposta dinmica, respondendo rapidamente s variaes da medio. 8. o sensor no deve induzir atraso entre os sinais de entrada e de sada, ou seja, no deve provocar distoro de fase. 9. o sensor deve suportar o ambiente hostil do processo sem se danificar e sem perder suas caractersticas. O sensor deve ser imune corroso, eroso, presso, temperatura e umidade ambientes. 10. o sensor deve ser facilmente disponvel e de preo razovel.

D:\APOSTILA\INSTCONT

21Sensor.DOC

11 DEZ 98 (Substitui 15 ABR 95)

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2.2 Transmissor
1. Conceitos bsicos
1.1. Introduo
Rigorosamente o transmissor no necessrio, nem sob o ponto de vista de medio, nem sob o ponto de vista de controle. A transmisso serve somente como uma convenincia de operao para tornar disponveis os dados do processo em uma sala de controle centralizada, num formato padronizado. Na prtica, por causa das grandes distncias envolvidas, as funes de medio e de controle esto freqentemente associadas aos sinais dos transmissores. O transmissor geralmente montado no campo, prximo ao processo. Porm, ele tambm pode ser montado na sala de controle, como ocorre com o transmissor de temperatura com o termopar ou com a resistncia eltrica.

1.2. Justificativas do Transmissor


Antes do aparecimento do transmissor pneumtico, circa 1930, o controlador era conectado diretamente ao processo. O controlador e o painel de controle deviam estar prximos ao processo. O transmissor oferece muitas vantagens em comparao com o uso do controlador ligado diretamente ao processo, tais como a segurana, a economia e a convenincia. 1. os transmissores eliminam a presena de fluidos flamveis, corrosivos, txicos mal cheirosos e de alta presso na sala de controle. 2. as salas de controle tornam-se mais prticas, com a ausncia de tubos capilares compridos, protegidos, compensados e com grande tempo de atraso. 3. h uma padronizao dos instrumentos receptores do painel; os indicadores, os registradores e os controladores recebem o mesmo sinal padro dos transmissores de campo.

Fig. 2.1. Transmissores para medio de nvel

Fig. 2.2. Transmissor montado em local hostil

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Transmissor
1.3. Terminologia
O transmissor tambm chamado erradamente de transdutor e de conversor. Transdutor um termo genrico que designa um dispositivo que recebe informao na forma de uma ou mais quantidades fsicas, modifica a informao, a sua forma ou ambas e envia um sinal de sada resultante. Este termo genrico e segundo este conceito, o elemento primrio, transmissor, rel, conversor de corrente eltrica para pneumtico e a vlvula de controle so transdutores. H uma norma na instrumentao, ANSI/ISA S37.1-1978 (R1982) que estabelece uma nomenclatura uniforme e consistente entre si e para elemento sensor, transmissor, conversor, transdutor. Elemento sensor Elemento sensor um dispositivo integrante de um instrumento que converte um sinal no-padro em outro sinal nopadro. Por exemplo, o bourdon C um elemento sensor de presso, que converte a presso em um pequeno movimento proporcional. Nem a presso de entrada e nem o deslocamento do sensor so padronizados. Todo transmissor possui um elemento sensor, que depende essencialmente da varivel medida. Atualmente alm do sensor da varivel principal o transmissor inteligente possui outro sensor para medir a temperatura ambiente e fazer a compensao de suas variao sobre a varivel principal. J existe disponvel comercialmente transmissor multivarivel. No nico invlucro do transmissor h vrios sensores para medir simultaneamente a varivel principal (vazo) e as secundrias (presso e temperatura do processo), tambm para fins de compensao. Neste contexto, tem-se: 1. Sensor primrio o sensor que responde principalmente ao parmetro fsico a ser medido. 2. Sensor secundrio o sensor montado adjacente ao primrio para medir o parmetro fsico que afeta de modo indesejvel a caracterstica bsica do sensor primrio (por exemplo, os efeitos da temperatura na medio de presso).

Fig. 2.3. Elementos sensores de presso

Transmissor O transmissor o instrumento que converte um sinal no-padro em um sinal padro de natureza igual ou distinta. O transmissor sente a varivel atravs de um sensor no ponto onde ele est montado e envia um sinal padro, proporcional ao valor medido, para um instrumento receptor remoto. desejvel que a sada do transmissor seja linearmente proporcional varivel medida e nem sempre h esta linearidade. Por exemplo: o transmissor eletrnico de presso sente um sinal de presso, por exemplo, de 15 a 60 MPa, e o converte em um sinal padro de corrente de 4 a 20 mA cc e o transmite. Outro exemplo: o transmissor pneumtico de presso manomtrica converte um sinal de presso, e.g., de 60 a 100 MPa, em um sinal padro pneumtico de 20 a 100 kPa (3 a 15 psi) e o transmite. Nos dois exemplos, as faixas da presso de entrada so no padro mas as sadas dos transmissores eletrnico (4 a 20 mA) e pneumtico (20 a 100 kPa) o so. Transmissor sabido (smart) Transmissor sabido um transmissor em que usado um sistema microprocessador para corrigir os erros de no linearidade do sensor primrio atravs da interpolao de dados de calibrao mantidos na memria ou para compensar os efeitos de influncia secundrias sobre o sensor primrio incorporando um segundo sensor adjacente ao primrio e

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Transmissor
interpolando dados de calibrao armazenados dos sensores primrio e secundrio. Transdutor O transdutor o instrumento que converte um sinal padro em outro sinal padro de natureza distinta. Por exemplo: transdutor presso-para-corrente ou P/I converte o sinal padro pneumtico de 20 a 100 kPa no sinal padro de corrente de 4 a 20 mA cc e o transmite. O transdutor corrente-para-presso ou I/P, converte o sinal padro de corrente de 4-20mA cc no sinal padro pneumtico de 20 a 100 kPa e o transmite. O transdutor i/p compatibiliza o uso de um controlador eletrnico (sada 4 a 20 mA) com uma vlvula com atuador pneumtico (entrada 20 a 200 kPa). Elemento transdutor tem o mesmo significado que elemento sensor ou elemento primrio.

Fig. 2.4. Transmissor eletrnico (Foxboro)

Transmissor inteligente Transmissor inteligente um transmissor em que as funes de um sistema microprocessador so compartilhadas entre 1. derivar o sinal de medio primrio, 2. armazenar a informao referente ao transmissor em si, seus dados de aplicao e sua localizao e 3. gerenciar um sistema de comunicao que possibilite uma comunicao de duas vias (transmissor para receptor e do receptor para o transmissor), superposta sobre o mesmo circuito que transporta o sinal de medio, a comunicao sendo entre o transmissor e qualquer unidade de interface ligada em qualquer ponto de acesso na malha de medio ou na sala de controle. O primeiro termo que apareceu foi smart (sabido), que foi traduzido como inteligente. Depois, apareceu o transmissor intelligent, com mais recursos que o anterior. Porm, j havia o termo inteligente e por isso, no presente trabalho, traduziu-se smart por sabido e intelligent por inteligente. Atualmente os dois termos, smart e inteligente, tem o mesmo significado prtico. Por exemplo, Fisher Rosemount usa o termo smart e a Foxboro usa o termo intelligent para o transmissor com as mesmas caractersticas. Por consistncia, o transmissor convencional no inteligente burro (dumb).

Fig. 2.5. Transdutor i/p, montado na vlvula Conversor O conversor o instrumento que transforma sinais de natureza eltrica para formas diferentes. Por exemplo: conversor analgico/digital: transforma sinais de natureza analgica (contnuo) em sinais digitais (pulso descontnuo). Mutatis mutandis, tem-se o conversor digital/analgico, que transforma sinal digital em analgico. Geralmente, o conversor A/D e D/A est associado ao multiplexador, que converte vrias entradas em uma nica sada e o demultiplexador, que converte uma entrada em vrias sadas. O conjunto conversor A/D e D/A e multiplexador e demultiplexador tambm chamado de Modem (MODulador DEModulador).

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Transmissor
O transmissor inteligente, por ser digital e receber um sinal analgico, tem necessariamente em um conversor A/D em sua entrada. O transmissor hbrido, que digital e possui a sada analgica de 4 a 20 mA deve possuir em sua sada um conversor D/A.

Transmissor Receptor Fonte

(a) Tipo. 2. Circuito com 2 fios

Transmissor Receptor Fonte

Fig. 2.6. Sinal analgico e digital

1.4. Transmisso do sinal


O sinal de transmisso entre subsistemas ou dispositivos separados do sistema deve estar de conformidade com a norma ANSI/ISA SP 50.1 - 1982 (Compatibility of Analog Signals for Electronic Industrial Process Instruments) Esta norma estabelece, entre outras coisas, 1. a faixa de 4 a 20 mA, corrente continua, com largura de faixa de 16 mA, que corresponde a uma tenso de 1 a 5 V cc, com largura de faixa de 4 V 2. a impedncia de carga deve estar entre 0 e um mnimo de 600 . 3. o nmero de fios de transmisso, de 2, 3 ou 4. 4. a instalao eltrica 5. o contedo de rudo e ripple 6. as caractersticas do resistor de converso de corrente para tenso, que deve ser de (250,00 0,25) e coeficiente termal de 0,01%/oC, de modo que a tenso convertida esteja entre (1,000 a 5,000 0,004) V 7. o resistor no deve se danificar quando a entrada for de 10 V ou de 40 mA.

(b) Tipo 3. Circuito com 3 fios

Receptor

(c) Tipo 4. Circuito com 4 fios Fig. 2.7. Considerao do tipo de transmissor

1.5. Sinais padro de transmisso


Sinal pneumtico O sinal padro da transmisso pneumtica no SI 20 a 100 kPa (kilopascal) e os seus equivalentes em unidades no SI: 3 a 15 psig e 0,2 a 1,0 kgf/cm2. Praticamente no h outro sinal pneumtico de transmisso, embora em hidreltricas onde se tem vlvulas enormes, comum o sinal de 40 a 200 kPa (6 a 30 psi). Sinal eletrnico O sinal padro de transmisso eletrnico o de 4 a 20 mA cc, recomendado pela International Electromechanical Commission (IEC), em

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Transmissor
maio de 1975. No inicio da instrumentao eletrnica, circa 1950, o primeiro sinal padro de transmisso foi o de 10 a 50 mA cc, porque os circuitos eram pouco sensveis e este nvel de sinal no necessitava de amplificador para acionar certos mecanismos; hoje ele raramente utilizado, por questo de segurana. Atualmente h uma tendncia em padronizar sinais de baixo nvel, para que se possa usar a tenso de polarizao de 5 V comum aos circuitos digitais. Existe ainda o sinal de transmisso de 1 a 5 V cc, porm ele no adequado pois h atenuao na transmisso da tenso. Usa-se a corrente na transmisso e a tenso para a manipulao e condicionamento do sinal localmente, dentro do instrumento. Relao 5:1 Todos os sinais de transmisso, pneumtico e eletrnicos, mantm a mesma proporcionalidade entre os valores mximo e mnimo da faixa de 5:1, ou seja falhas no sistema, como falta de alimentao ou fio partido no transmissor eletrnico ou entupimento do tubo, quebra do tubo, falta de ar de suprimento no transmissor pneumtico. Quando se manipula a tenso eltrica, pode-se ter e se medir a tenso negativa e portanto pode-se usar uma faixa de 0 a 10 V cc detectora de erro. Isto significa que o 0 V se refere ao valor mnimo da faixa medida e quando h algum problema o sinal assume um valor negativo, por exemplo, -2,5 V cc. Esta faixa possui o zero vivo.

2. Natureza do transmissor
Como h dois sinais padro na instrumentao, tambm h dois tipos de transmissores: pneumtico e eletrnico

2.1. Transmissor pneumtico


O transmissor pneumtico mede a varivel do processo e transmite o sinal padro de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig), proporcional ao valor da medio. A sua alimentao a presso tpica de 140 kPa (20 psig). O mecanismo bsico para a gerao do sinal pneumtico o conjunto bico-palheta, estabilizado pelo fole de realimentao. Para funcionar o transmissor pneumtico requer a alimentao de ar comprimido, no valor tpico de 140 kPa (22 psi). O transmissor alimentado individualmente por um conjunto de filtro regulador. O regulador pode ser fixo (ajustvel na oficina) ou regulvel pelo operador, no local. H dois princpios mecnicos bsicos para o funcionamento do transmissor pneumtico: 1. balano de foras e 2. balano de movimentos.

100 kPa 20 kPa

20 mA 4 mA

15 psi 3 psi

5V 1V

=5

Esta proporcionalidade fixa facilita a converso dos sinais padro, pelos transdutores. Zero vivo Todas as faixas de sinais padro de transmisso comeam com nmeros diferentes de zero, ou seja os sinais padro so 20 a 100 kPa e no 0 a 80 kPa, 4 a 20 mA cc e no 0 a 16 mA cc. Diz-se que uma faixa com supresso de zero, ou seja partindo de nmero diferente de zero detectora de erro. Por exemplo, seja o transmissor eletrnico de temperatura com faixa de medio de 20 a 200 oC. A sua sada vale: 4 mA, quando a medida de 20 oC, 20 mA, quando a medida de 200 oC e 0 mA, quando h problema no transmissor, como falta de alimentao ou fio partido . Se a sada do transmissor fosse um sinal de 0 a 20 mA no haveria meios de identificar o sinal correspondente ao valor mnimo da faixa com o sinal relativo s

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Transmissor

Fig. 2.8. Esquema tpico de um transmissor pneumtico a balano de foras (Foxboro) Balano de foras O sistema mantido estvel, pelo equilbrio das foras aplicadas a uma barra. A variao na medio desequilibra o sistema, alterando a posio da barra, variando proporcionalmente o sinal transmitido e retornando o sistema condio de equilbrio. Como a posio da barra est relacionada com o equilbrio ou balano das foras atuando nesta barra, este sistema chamado de balano de foras. O diafragma sente a presso do processo e atravs de um flexor, transmite uma fora a barra de fora. A barra de fora funciona como a palheta em relao ao bico. A varivel do processo modula a distncia entre o bico e a barra de foras. Atravs do mecanismo de transmisso pneumtica (rel pneumtico, fole de realimentao, mola de ajuste de zero) obtm-se uma sada padro e estvel de 20 a 100 kPa (3 a 15 psi), linearmente proporcional presso medida. Atravs do deslocamento do volante que serve como fulcro para o equilbrio das foras e ajusta a largura de faixa de medio.

Fig. 2.9. Transmissor pneumtico a balano de foras: (a) esquema e (b) vista externa As principais vantagens so: 1. a robustez e a preciso da operao, praticamente sem movimento e desgaste das peas, 2. a opo da supresso ou da elevao do zero, necessria medies de nvel. As suas desvantagens so: 1. no h indicao local da varivel transmitida, mas apenas a indicao opcional do sinal de sada do transmissor, 2. a velocidade da resposta lenta Os transmissores a balano de fora so genericamente chamados de d/p cell, embora rigorosamente d/p cell seja uma marca registrada da Foxboro e se refira ao transmissor de presso diferencial para medio de vazo e de nvel. O transmissor pneumtico a balano de foras da Foxboro foi um dos mais bem sucedidos instrumentos da historia da instrumentao. O transmissor pneumtico era to estvel e repetitivo que, a partir dele, foi projetado e construdo o transmissor eletrnico, tambm a balano de foras. Balano de movimento No sistema a balano de movimentos, a medio sentida pelo elo mecnico, que desequilibra o sistema bico-palheta. Este desequilbrio provoca variaes no sinal transmitido, at haver novo equilbrio. Na realidade h um balano de posies mas o sistema referido como balano de movimentos. O transmissor a balano de movimento permite a indicao local da medio; naturalmente um transmissor-indicador.

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Transmissor
requer a alimentao, geralmente a tenso contnua. Normalmente esta alimentao feita da sala de controle, atravs do instrumento receptor (indicador, controlador ou registrador), onde est a fonte de alimentao. A alimentao feita pelo mesmo fio que porta o sinal transmitido de 4 a 20 mA. Os conceitos de fonte de tenso e de fonte de corrente explicam porque se pode utilizar apenas um par de fios para transportar tanto o sinal de corrente como a alimentao de tenso. A corrente s deve depender da varivel medida e no deve depender da tenso de polarizao. A tenso de alimentao no pode ser afetada pelo valor da corrente gerada. A tenso de alimentao pode variar, dentro de limites convenientes e depende principalmente do valor do sinal transmitido e do valor da resistncia total da malha de controle.

Fig. 2.10. Esquema de transmissor pneumtico a balano de movimentos (Foxboro)

Fig. 2.11. Transmissor a balano de movimento As principais vantagens do transmissor a balano de movimentos so: 1. apresenta a indicao da medida, no local de transmisso 2. opera com grande variedade de elementos primrios, pois a fora necessria para atua-lo pequena (cerca de 2 gramas). As suas desvantagens so: 1. no apresenta a opo de abaixamento e elevao de zero. 2. sua operao mais delicada e sua calibrao mais difcil e menos estvel, por causa dos elos mecnicos e das partes moveis. .

Fig. 2.12. Tenso de alimentao e impedncia da malha de transmisso eletrnica Transmissor indutivo No transmissor eletrnico a balano de foras, o pequeno movimento provocado na barra de fora amplificado e posiciona o ncleo mvel de uma bobina. Quando a presso varia, a barra de fora se movimenta e altera a posio do ncleo da bobina, variando a indutncia. Atravs da variao da indutncia um circuito condicionador gera o sinal padro de 4 a 20 mA cc, proporcional a presso medida. Este transmissor chamado de indutivo, pois se baseia na variao do ncleo de uma bobina detectora. Atualmente, este transmissor foi substitudo por outros

2.2. Transmissor eletrnico


O transmissor eletrnico mede a varivel do processo e transmite o sinal padro de corrente de 4 a 20 mA cc proporcional ao valor da medio. Ele

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Transmissor
menores e melhores, como capacitivo, com fio ressonante e sensor CI. para o diafragma sensor no centro da clula de presso diferencial. O diafragma sensor funciona como um elemento de mola que deflete em resposta presso diferencial aplicada atravs dele. O deslocamento do diafragma sensor, um movimento mximo de 0,10 mm, proporcional presso diferencial. As placas de capacitor em ambos os lados do diafragma sensor detectam a posio do diafragma sensor. A capacitncia diferencial entre o diafragma sensor e as placas do capacitor ento proporcional linearmente presso diferencial aplicada aos diafragma isolantes. A capacitncia detectada por um circuito ponte e convertida e amplificada para o sinal padro, linear, a dois fios de 4 a 20 mA cc.

Fig. 2.13. Transmissor a balano de foras indutivo Transmissor capacitivo No inicio dos anos 80, a Rosemount lanou o transmissor eletrnico capacitivo, que se tornou um dos tipos de instrumentos mais vendidos na instrumentao. O princpio de operao bsico a medio da capacitncia resultante do movimento de um elemento elstico. O elemento elstico mais usado um diafragma de ao inoxidvel ou de Inconel, ou Ni-Span C ou um elemento de quartzo revestido de metal exposto presso do processo de um lado e uma presso de referncia no outro. Dependendo da referncia, pode-se medir presso absoluta (vcuo), manomtrica (atmosfrica) ou diferencial. A capacitncia de um capacitor de placas paralelas, dada simplificadamente por: C= A d

Fig. 2.14. Clula capacitiva (Rosemount) O sensor capacitivo tem preciso tpica de 0,1 a 0,2% da largura de faixa e com a seleo de diafragmas, pode medir faixas de 0,08 kPa a 35 MPa (3 in H20 a 5000 psi). Os transmissores capacitivos perdem em popularidade apenas para os com strain gauge e tem-se as seguintes vantagens 1. alta robustez e 2. grande estabilidade 3. excelente linearidade 4. resposta rpida 5. deslocamento volumtrico menor que 0,16 cm3 elimina a necessidade de cmaras de condensao e potes de nvel Suas limitaes, principalmente dos transmissores capacitivos mais antigos, so: 1. sensitividade temperatura 2. alta impedncia de sada

onde C a capacitncia a constante dieltrica do isolante entre as placas A a rea das placas d a distncia entre as placas. Como a presso pode provocar um deslocamento, ela pode ser inferida atravs da capacitncia, que tambm depende de um deslocamento. Os diafragmas isolantes detectam e transmitem a presso do processo para o fluido de enchimento (leo de silicone). O fluido transmite a presso de processo

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Transmissor
3. sensitividade capacitncia parasita 4. sensitividade a vibrao 5. pequena capacidade de resistir

sobrepresso O transmissor eletrnico capacitivo da Rosemount foi outro instrumento best seller da instrumentao. Transmissor fio ressonante O transmissor com sensor a fio ressonante foi lanado no fim da dcada de 1970, pela Foxboro, que gosta muito de fio, pois j havia aplicado o fio Nitinol, com memria mecnica, para acionar ponteiros e penas dos instrumentos de display do sistema SPEC 200. Neste projeto, um circuito oscilador faz um fio oscilar em sua freqncia de ressonncia, enquanto a tenso do fio variada como uma funo da presso do processo. As presses do processo so detectadas pelos diafragmas de alta e baixa presso, nos lados direito e esquerdo do sensor. Quando a presso diferencial aumenta, o fluido de enchimento transmite uma fora correspondente ao fio, excitado por um campo magntico. O dano por sobrepresso evitado pelos diafragmas sendo suportados por placas reservas. A variao na tenso do fio modifica a freqncia de ressonncia do fio, que ento digitalmente medida. Configuraes semelhantes so usadas na medio de presso absoluta e manomtrica. Quando usado para medir presso absoluta, o lado de baixa coberto por uma capa e faz-se vcuo na cavidade da ordem de 0,52 Pa (0,004 mm Hg).

As vantagens deste transmissor so: boa repetitividade alta preciso boa estabilidade baixa histerese alta resoluo sinal de sada forte gerao de um sinal digital. As limitaes incluem: 1. sensitividade temperatura ambiente, requerendo compensao embutida. 2. sinal de sada no linear 3. alguma sensitividade vibrao e choque.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Transmissor com sensor a CI Os transmissores mais recentes utilizam o estado da arte da tecnologia eletrnica, com um sensor a circuito integrado, com um chip de silcio piezoresistivo difuso. Na fabricao deste sensor, boro difundido em uma estrutura de cristal de silcio para formar uma ponte de Wheatstone totalmente ativa. Neste processo de difuso, o boro e o silcio so unidos a um nvel molecular, eliminado a necessidade de mtodos mecnicos de solda, como usado nos sensores convencionais de strain gauge. Este processo resulta em sensores com altssima repetitividade e estabilidade, somente conseguidas em instrumentos de laboratrio.

Fig. 2.16. Circuito da ponte de Wheatstone Fig. 2.15. Sensor de presso a fio ressonante (Foxboro)

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Transmissor
A faixa de presso de cada sensor de silcio determinada pela espessura do silcio diretamente sob a ponte de Wheatstone. A espessura do diafragma de silcio determinada ataque qumico na parte traseira de cada chip sob a ponte para uma profundidade especfica. O chip acabado ento colada a uma placa de pyrex ou alumina com suporte e isolao do chip. Para medio de presso manomtrica ou diferencial, faz-se um buraco atravs do pyrex para acessar a cavidade na parte traseira do chip. Isto fornece uma referncia da presso atmosfrica para o sensor de presso manomtrica e uma passagem para o lado da baixa presso do sistema de enchimento de fluido para o d/p cell. Para a medio de presso absoluta, a cavidade do chip evacuada antes de colar a placa de pyrex, fornecendo uma referncia de presso absoluta. O chip ento montado em um extrato de cermica ou ao inoxidvel selado a vidro. Conexes com fio de ouro completam o conjunto, que juntado ao pacote completo do sensor. Diafragmas de isolao de vrios materiais resistentes a corroso so soldados no lugar, sobre o chip sensor e as cavidades entre o chip so cheias sob vcuo com leo silicone DC-200 ou Fluorinert FC/B. Este processo isola totalmente o sensor de silcio do meio da presso sem um link mecnico. O diafragma de isolao tambm fornece a proteo de sobrefaixa para o sensor de silcio no d/p cell. Transmissor com sensor piezoeltrico O sensor um cristal de quartzo ou turmalina que, quando exposto a presso ou fora em torno do seu eixo, elasticamente deformado. A deformao produz uma fora eletromotriz proporcional. As vantagens do transmissor com sensor piezoeltrico so: 1. pequeno tamanho 2. robustez 3. alta velocidade de resposta 4. autogerao do sinal. As desvantagens so: 1. limitado medio dinmica 2. sensitividade temperatura
3. necessidade de cabeamento

especial entre sensor e circuito amplificador. A aplicao tpica do sensor piezoeltrico no medidor de vazo vortex. piezoeltrico o sensor que detecta a freqncia criada pelos vrtices de De Karmann.

Fig. 2.17. Transmissor de vazo tipo vortex (Foxboro)

3. Transmissor e manuteno
Quanto manuteno e independente do princpio de funcionamento ou da varivel medida, h quatro tipos bsicos de transmissores eletrnicos disponveis atualmente: 1. analgico descartvel 2. analgico reparvel 3. digital hbrido 4. digital inteligente

3.1. Transmissor analgico descartvel


O transmissor analgico descartvel possui sada analgica de 4 a 20mA cc e um circuito encapsulado irrecupervel quando estragado. Quando o transmissor se danifica (o que os fabricantes asseguram ser raro) integralmente substitudo por outro. Sua confiabilidade expressa no em MTBF (tempo mdio entre falhas) mas em MTFF (tempo mdio para a primeira falha). Como vantagens, tem-se: 1. Baixo custo de aquisio, com preos tpicos entre US$50 a US$350,

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Transmissor
2. Baixo custo de reposio, pois 3. Geralmente so mais frgeis e

mais barato substituir prontamente um transmissor do que mandar um instrumentista de manuteno a um local distante para retirar do processo um transmissor defeituoso, lev-lo para a oficina, repar-lo, lev-lo de volta para o processo e reinstal-lo. A substituio prconfigurada pode ser feita na primeira ida ao local do processo, 3. Pequeno tamanho, simplicidade e transmisso a dois fios, 4. Facilidade de implementar tcnica de proteo, como segurana intrnseca e no incenditivo, pois o encapsulamento favorece a conformidade com exigncias de normas.

menos resistentes a ambientes hostis, o bloco terminal podendo se quebrar quando submetido a abuso; 4. Menos confivel, pois so usados projetos e circuitos mais baratos para torn-los mais competitivos.

3.2. Transmissor analgico convencional


O transmissor analgico convencional possui sada padro de 4 a 20 mA cc e circuitos acessveis para sua calibrao e manuteno. Eles podem ser reparados e ter suas faixas de calibrao alteradas no campo ou na oficina, pelo usurio final. Os seus preos variam de US$300 a US$500,00.

Fig. 2.20. transmissor convencional (Foxboro) Fig. 2.18. Transmissor descartvel de presso (Dynisco) As suas principais vantagens so: 1. O transmissor convencional reparvel, possuindo um invlucro que protege os circuitos e permitindo o seu acesso fcil e seguro aos circuitos. Seus circuitos analgicos so simples e fcil achar os defeitos e repar-los. A possibilidade de ser reparado torna o transmissor convencional mais seguro e menos caro para servio em longo prazo. 2. O transmissor robusto, suportando bem os rigores do processo, grande vibrao mecnica, alto calor e atmosfera agressiva 3. O transmissor convencional pode ter sua faixa alterada dentro de grandes limites. O transmissor de temperatura pode aceitar todos os tipos de termopares ou RTD de vrios valores. Tipicamente as alteraes de parmetros so feitas mecanicamente no campo ou na

Fig. 2.19. Transmissor de temperatura descartvel (Eckardt) As principais desvantagens e limitaes so: 1. A preciso pior do que a dos outros tipos, pois o transmissor deve ter baixo custo, 2. Pequena flexibilidade, pois o transmissor tem somente uma nica entrada e faixa fixa de calibrao e no so convenientes para aplicaes que requerem alteraes freqentes do processo,

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Transmissor
oficina, ajustando-se potencimetros, alterando-se posies de jumpers ou mudando chaves DIP. 4. O transmissor analgico tem melhor tempo de resposta que o do transmissor digital e tambm se recupera mais rapidamente, depois de uma interrupo de alimentao. 5. Possui preciso melhor do que a do transmissor descartvel e pior do que a do digital. Como desvantagens, tem-se: 1. Menos estvel e requer mais calibrao do que o transmissor digital, pois os ajustes mecnicos feitos atravs de potencimetros de fio so pouco estveis. 2. No so adequados para aplicaes com operao e comunicao digitais, porm, para a maioria das aplicaes o alto custo da substituio dos transmissores analgicos convencionais por digitais no se justifica

Fig. 2.21. Instrumentao inteligente


2. Mnimo de reserva: uma grande

3.3. Transmissor inteligente digital


O transmissor inteligente digital tem um microprocessador embutido em seu circuito e possui sada digital, apropriada para se comunicar com outros dispositivos digitais com o mesmo protocolo. Ele no possui a sada padro de 4 a 20 mA cc. Suas vantagens so: 1. Recalibrao remota: o transmissor digital pode ser recalibrado sobre o elo de dados digitais da sala de controle, atravs da estao de operao, de um computador digital ou de um terminal porttil proprietrio. Porm, isso til somente em plantas envolvendo grandes distncias e com variaes freqentes no processo. Ele permite alteraes imediatas de parmetros, sem perda de tempo e custo para mandar um tcnico a cada ponto de medio para fazer uma alterao manual.

variedade de parmetros de operao pode ser armazenadas na memria do microprocessador do transmissor digital. Um nico transmissor pode ser eletronicamente programado para substituir qualquer outro transmissor do sistema. Facilidades com vrios tipos de sensores e faixas de medio permitem um menor nmero de instrumentos reservas para reposio ou adio. 3. Altssima preciso: melhor do que qualquer outro transmissor. Tipicamente, da ordem de 0,05 a 0,1% do fundo de escala. 4. Autodiagnose: a maioria dos transmissores digitais possui um programa de autodiagnose em sua memria interna que automaticamente identifica falhas do sensor e do transmissor. O pessoal de manuteno de instrumentos pode usar a informao fornecida pelas mensagens de erro enviadas do transmissor no campo para a sala de controle para preparar a substituio e reparo do instrumento. O benefcio o menor tempo de malha parada. 5. Segurana de comunicao: diferente do transmissor convencional que tem um par de fios para transportar o sinal seguro e a perigosa alimentao, o sinal digital pode ser comunicado atravs de fibra ptica ou links de luz

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Transmissor
infravermelha, que so seguros por natureza. Fig. 2.22. Transmissor inteligente (Foxboro) As principais desvantagens do transmissor digital inteligente so: 1. Custo: embora os preos tendem a cair e se comparar aos do transmissor convencional, o preo de aquisio do digital ainda um pouco maior do que o do convencional 2. No padronizao do sinal digital: este o maior obstculo tcnico para o uso extensivo do transmissor digital. Atualmente ainda existem vrios protocolos de comunicao digital proprietrios, como HART, Foxcom, Fieldbus. At que se chegue a um consenso acerca do protocolo de comunicao digital, muitos usurios preferiro no usar o transmissor digital. 3. Tempo de resposta: o transmissor de campo operando em baixa potncia tem dificuldade de operar rapidamente a comunicao digital. A resposta demorada inerente para comear e completar uma transao de comunicao digital. Alm disso, alguns transmissores inteligentes tem grande tempo de recuperao aps a perda da alimentao, durante o que os transmissores excedem a faixa por cima ou por baixo, acionando erradamente alarmes e causando problemas para outros instrumentos no sistema. O transmissor simultaneamente analgico e digital e o usurio experiente pode tirar proveito das vantagens isoladas de cada tipo, como as vantagens de padronizao e resposta rpida da transmisso analgica e as vantagens de autodiagnose, facilidade de recalibrao e alterao de parmetros da parte digital do transmissor. O planejamento correto da aquisio de transmissores hbridos pode economizar investimentos quando se implanta uma instrumentao digital do sistema global. O transmissor hbrido pode substituir tanto um transmissor analgico como um digital existente sem necessidade de qualquer componente adicional. Tambm necessrio pouco treinamento de operadores e instrumentistas, quando de sua integrao no sistema.

4. Receptores associados
4.1. Instrumentos associados
A transmisso uma funo auxiliar, opcional. Usa-se o transmissor quando se quer a indicao, o registro ou o controle da varivel de processo em um local remoto do processo, geralmente na sala de controle. Como conseqncia, o transmissor sempre requer outro instrumento para completar sua funo: indicador, registrador, controlador, alarme ou integrador de vazo.

3.4. Transmissor hbrido analgico digital


Como ainda hoje a maioria das aplicaes envolve o sinal padro de corrente de 4 a 20 mA cc e tambm por causa da ausncia de uma padronizao do sinal digital, muitos transmissores digitais possuem simultaneamente os dois sinais de transmisso: 1. analgico de 4 a 20 mA cc e 2. digital

Fig. 2.23. Controladores de painel

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Transmissor
Alguns transmissores podem ter uma indicao local da varivel medida. Outros transmissores podem, opcionalmente, ter a indicao de sua sada, que proporcional ao valor da varivel medida. H transmissores que podem medir simultaneamente vrias variveis de processo e para tanto, eles possuem os vrios sensores destas variveis embutidos em seu corpo. A aplicao clssica na medio de vazo compensada, onde e quanto se quer medir simultaneamente o sinal proporcional vazo (presso diferencial), presso esttica e temperatura. O instrumento receptor associado a este transmissor o computador de vazo. Todos estes instrumentos envolvidos so microprocessados.

4.3. Transmissor como controlador


Em alguns casos raros e simples, o prprio transmissor pode funcionar como um controlador limitado. Para que a sada tpica do controlador de s = s o + K p (m sp ) + Ki edt + K d dt fique igual a do transmissor s = Km s = Km

tem-se

1. com bias igual a zero, (so = 0) 2. com banda proporcional fixa e igual 3. com ponto de ajuste igual a zero (sp

a 100% (Kp = 1) = 0),

4. apenas com o modo proporcional

4.2. Alimentao
O transmissor eletrnico montado no campo sempre necessita de uma alimentao. Raramente esta alimentao fornecida por bateria integral, por questo de economia e de segurana. O comum a alimentao do transmissor ser fornecida por um instrumento montado na sala de controle. Assim, alm de receber o sinal do transmissor, o instrumento receptor tambm alimenta o transmissor. Alguns fabricantes possuem fontes de alimentao separadas, montadas na sala de controle, para alimentar os transmissores de campo, separadas e independentes de outros instrumentos.

(Ki = Kd = 0).

5. Servios associados
Como os outros instrumentos, o transmissor deve ser especificado, montado, calibrado rotineiramente e mantido em perfeitas condies de funcionamento.

5.1. Especificao
Na especificao do transmissor, devem ser fornecidos os seguintes parmetros ao fabricante: 1. a varivel do processo a ser transmitida, 2. o elemento sensor desejado, em funo da faixa, do processo, da varivel e do material, 3. o sinal padro de transmisso e a alimentao, como 20 a 100 kPa ou 3 a 15 psig (rigorosamente so sinais diferentes, quanto a calibrao), 4. os materiais do corpo do transmissor, dos parafusos, da tampa e do elemento sensor, 5. a montagem: tubo de 2" (pipe), pedestal (yoke), superfcie ou painel, 6. a faixa calibrada da varivel, 7. a conexo ao processo: rosca 1/2" NPT, flange 150 psi, selo. 8. quando h contato direto com o fluido do processo: tipo do material

Fig. 2.24. Fiao do transmissor, receptor e fonte

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Transmissor
quanto corroso, eroso, sujeira, temperatura e presso esttica, 9. identificao da malha do processo, 10. a classificao mecnica do invlucro: NEMA ou IEC IP, 11. a classificao eltrica do instrumento, se eltrico e se montado em rea classificada: prova de exploso, purgado ou intrinsecamente seguro, entidade de aprovao, 12. acessrios: conjunto filtro regulador, conjunto distribuidor (manifold), indicao do sinal de sada ou da varivel medida, 13. opes extras, como materiais especiais em contato com o processo (Monel, Hastelloy, tntalo, preparao para manipular oxignio, cloro, hidrognio, aplicao em servio nuclear, amortecimento maior que o normal, sada reversa, aquecimento eltrico para evitar o congelamento, alta temperatura do processo, selo de proteo, pontos de teste, proteo de sobre faixa.

5.3. Configurao 5.4. Operao


O transmissor geralmente um instrumento cego, montado no campo, que no requer a ateno do operador. Quando possui indicao da varivel medida, ele pode requerer a leitura peridica para comparao com a indicao do painel.

5.5. Calibrao
A calibrao do transmissor garante sua exatido. O transmissor calibrado antes de ser montado. Depois, ele deve ser calibrado 1. quando programado pelo plano da qualidade (ISO 9000), 2. depois da manuteno ou 3. quando requisitado pela operao. Calibrar um transmissor requer 1. local adequado, 2. procedimento claro 3. padres rastreados 4. tcnico treinado 5. registro documentado 6. prazo de validade

5.2. Instalao
A montagem do transmissor deve ser feita conforme as recomendaes do fabricante, diagramas do projetista e normas de engenharia aplicveis, quanto aos aspectos de corroso, segurana, localizao e funcionamento. A partida e comissionamento do transmissor de presso diferencial para vazo e nvel envolve algumas operaes seqenciais recomendadas pelo fabricante, que se no forem seguidas corretamente podem danificar o transmissor ou descalibr-lo.

Fig. 2.26. Calibrao de transmissor (Rosemount)

Fig. 2.25. Transmissor para vazo de gs

Ambiente Como o transmissor opera em condies muito pouco exigentes (-40 a +60 oC), raramente ele requer um ambiente de calibrao controlado. Porm, o ambiente deve ser conhecido e as condies de calibrao (presso, temperatura e umidade relativa ambientes) devem ser registradas no relatrio de calibrao.

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Transmissor
Procedimento Procedimento de calibrao no simplesmente o manual do fabricante, mas algo mais abrangente que inclui o manual do fabricante. O procedimento deve ser escrito pelo executante e pode ser copidescado (feita reviso para uniformizar linguagem, arrumar estilo, eliminar erros vernculos) pelo chefe. O procedimento tem o objetivo de garantir que a mesma pessoa, em tempos diferentes ou pessoas diferentes ao mesmo tempo, faam a mesma calibrao exatamente do mesmo modo. Procedimento que usado geralmente sofre revises peridicas. Quando algo deve ser mudado, primeiro se muda o procedimento, com o consenso de todos os envolvidos, e depois de muda o comportamento. Padres Todos os padres usados na calibrao devem ser rastreados, ou seja, calibrados contra outros padres superiores e dentro do prazo de validade. A rastreabilidade do padro que lhe d a garantia que ele est confivel e fornece o valor verdadeiro convencional. Se o padro no estiver rastreado e sua calibrao estiver vencida, a calibrao que ele faz no confivel e portanto intil. Tcnico treinado O executante da calibrao deve conhecer o instrumento que vai calibrar e todos os cuidados e procedimentos envolvidos. Enfim, deve estar treinado especificamente para fazer a calibrao. Calibrao feita por pessoa no habilitada no confivel. Registro Toda calibrao deve ser registrada e os registros devem ser guardados por algum perodo estabelecido pelo executante. Os registros referentes ao programa de qualidade (ISO 9000) devem ser disponveis e acessveis ao auditor. Outros registros podem ser acessveis ao cliente comprador (transferncia de custdia) ou algum fiscal do governo. Calibrao sem registro escrito intil. Prazo de validade Toda calibrao possui um prazo de validade, depois do qual o instrumento se torna no confivel. O prazo de validade estabelecido pelo usurio, pois somente ele tem o domnio completo de todas as informaes e dados do instrumento e do processo. Este prazo considera o tipo de instrumento, recomendaes do seu fabricante, severidade do processo, preciso do instrumento e penalidade da no conformidade. Programa consistente de calibrao sempre prev critrio para administrar os prazos, aumentando e diminuindo os intervalos, para que se trabalhe o mnimo necessrio com o mximo possvel de eficincia. H vrios critrios de alterao de prazos de validade de calibrao; os mais conhecidos so o de Schumacher e o de Grasmann. Realizao A calibrao do transmissor geralmente consiste em 1. Simular a varivel sentida, no a necessariamente a medida. Por exemplo, simula-se a militenso do termopar e no a temperatura medida. Tipicamente so simulados os pontos correspondentes a 0, 25, 50, 75, 100, 75, 50, 25 e 0% da faixa. Sobe-se e desce-se para verificar histerese do transmissor. 2. Comparar os valores lidos com os valores pr-estabelecidos no relatrio, conforme preciso do transmissor, 3. Quando os valores lidos estiverem fora dos limites, ajustar o transmissor nos pontos de zero e de largura de faixa (span). Com os ajustes, a sada do transmissor deve ser igual a 20 kPa ou 4 mA cc para 0% da entrada e 100 kPa ou 20 mA cc, quando a varivel assumir 100% do valor do processo (ou vice-versa, quando a sada do transmissor for invertida). Os pontos intermedirios devem seguir a curva de calibrao, geralmente uma reta. 4. Quando os valores estiverem dentro dos limites, no se faz nada, a no ser desmontar o circo, arrumar o transmissor e volt-lo para o

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Transmissor
processo. As pessoas no resistem e geralmente fazem pequenos ajustes, o que no est de conformidade com o procedimento. 5. Quando o transmissor no gera os sinais dentro dos limites, depois de um (ou dois, ou quantos o executante definir) ajuste, o transmissor est com problema e requer manuteno. 6. Depois de qualquer manuteno, todo instrumento deve ser calibrado. Alm destes pontos, que se aplicam a todo transmissor, ainda se deve tomar os seguintes cuidados: 1. A calibrao dos transmissores a balano de movimentos exige tambm os ajustes de angularidade. 2. Os transmissores de nvel e de vazo, quando operaram em presses diferentes da atmosfrica, devem ser alinhados dinamicamente. 3. A calibrao do transmissor deve ser feita na posio real de trabalho. 4. Transmissor inteligente requer calibrador especial proprietrio (tambm chamado de configurador, comunicador, terminal porttil), que tambm deve ser periodicamente rastreado.

5.6. Manuteno
Quando o transmissor apresenta algum problema evidente de operao, ele deve ser submetido manuteno. Alguns transmissores tambm podem ser submetidos a programas de manuteno preventiva. A manuteno tem os objetivos principais de garantir: 1. a continuidade operacional do instrumento, e como resultado, do processo 2. a preciso nominal do transmissor. Com o tempo, o transmissor sofre desvios que o fazem se afastar de seu desempenho nominal e a manuteno correta elimina estes desvios. Calibrar e fazer manuteno do transmissor so operaes totalmente diferentes, embora haja algumas correlaes como: 1. Se um transmissor no consegue ser calibrado, ele requer manuteno. 2. Depois de qualquer manuteno, o transmissor necessita ser calibrado.

Fig. 2.27. Calibrao de transmissor inteligente atravs do Comunicador Hart (Rosemount)

Apostila\Instrumentao (Substitui 20 SET 96)

22Transmissor. Doc

11 DEZ 98

104

2.3 Condicionadores de Sinal


1. Conceito
H necessidade de se ter instrumentos com funes auxiliares para alterar o sinal gerado pelo sensor e combinar matematicamente vrios sinais padro. Como o sinal gerado pelo elemento sensor pode ser inadequado para ser usado pelo instrumento de display, necessrio utilizar um instrumento para alterar este sinal para torn-lo mais conveniente para o uso no instrumento display. Esta alterao pode ser linearizao do sinal, filtro dos rudos, amplificao do sinal. O computador analgico o instrumento que executa as operaes matemticas, a seleo dos sinais, o alarme, o condicionamento e a gerao de sinais analgicos. Ele pode ser pneumtico ou eletrnico. Quando pneumtico tambm chamado de rel pneumtico ou rel computador. O computador analgico pneumtico mais limitado e pode manipular apenas um ou dois sinais de entrada. Quando eletrnico, ele pode manipular at quatro sinais analgicos ao mesmo tempo. A medio volumtrica dos gases s tem significado prtico quando se faz a compensao da presso esttica e da temperatura do processo. Compensar a medio da vazo significa medir os sinais analgicos proporcionais vazo, presso e temperatura e continuamente executar a seguinte equao matemtica: Como o volume do gs diretamente proporcional temperatura e inversamente proporcional presso, na compensao fazem-se as operaes inversas, ou seja:

Fc = Fm

P T

onde Fc a vazo compensada Fm a vazo medida, sem compensao P proporcional presso absoluta T proporcional temperatura absoluta Quando o sistema de medio inclui a placa de orifcio, o sinal proporcional ao quadrado da vazo e a relao acima fica

2. Aplicaes
O computador analgico processa os sinais de informao para desempenhar as funes matemticas requeridas pelo processo. A aplicao tpica dos computadores analgicos na medio compensada da vazo.

Fc = Fm

P T

Quando se usam computadores pneumticos, so necessrios trs instrumentos: 1. extrator de raiz quadrada 2. divisor 3. multiplicador

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Condicionadores de Sinal
3. Funes desenvolvidas
Os principais computadores analgicos que desenvolvem operaes matemticas so: 3.1. Multiplicador/divisor A sua funo matemtica genrica : D = A.B/C onde D a sada e A, B e C so as entradas. Fig. 3.1. Computador analgico pneumtico Na teoria, indiferente a ordem das operaes, mas na prtica as operaes devem ser feitas na seguinte ordem: 1. No sistema com pequena variao da presso esttica e grande variao na temperatura: primeiro se faz a multiplicao F.P e depois a diviso por T. 2. No sistema com grande variao da presso esttica e pequena variao na temperatura: primeiro se faz a diviso F/T e depois a multiplicao por P. A regra mnemnica : a varivel que sofre pequenas variaes manipulada duas vezes e a que varia muito operada apenas uma vez, de modo que os erros resultantes so os menores possveis. O multiplicador e o divisor podem ser usados tambm no sistema de controle de relao de vazes, quando os computadores servem para determinar o ponto de ajuste ou para modificar a vazo medida. O seletor de sinais o instrumento chave para o controle auto-seletor; o computador seleciona automaticamente a varivel cujo valor est mais prximo do valor critico de segurana. Quando pneumtico, o computador analgico s pode receber dois sinais de entrada e portanto, ele s pode executar uma nica operao, por vez. Atravs da alterao da posio do rel pneumtico ele pode ser : multiplicador: D = A B divisor: D =

A C A

extrator de raiz quadrada: D = elevador ao quadrado: D = A 2

Quando eletrnico, ele pode executar as operaes simultaneamente e atravs da alterao das entradas, realimentaes da sada e colocao de jumpers, pode-se ter a combinao das operaes de multiplicao, diviso, extrao de raiz quadrada e elevao ao quadrado. 3.2. Somador/subtrator A sada do instrumento vale: D = aA +- bB +-cC +-eE, onde A, B, C e E so os sinais de entrada, D o sinal de sada, a, b, c e e so os ganhos das entradas. 3.3. Extrator de raiz quadrada o instrumento tipicamente aplicado para linearizar o sinal de sada do transmissor de vazo associado a placa de orifcio, quando se tem a sada do transmissor proporcional ao quadrado da vazo. Como visto, a extrao da raiz quadrada pode ser executada pelo

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Condicionadores de Sinal
multiplicador/divisor, porem, 'e mais econmico o uso do instrumento especifico. A sada do extrator vale: o de valor intermedirio. O seletor de valor intermedirio recebe trs sinais de entrada e seleciona o sinal do meio. O valor intermedirio entre trs sinais no deve ser confundido com o valor mdio de dois a quatro sinais. Por exemplo, o somador pode ser ajustado para dar a media dos sinais. 3.6. Alarme O alarme pode ser acionado diretamente pela ao do ponteiro do indicador e da pena do registrador em microswitches ou pode ser realizado pelo computador analgico, que recebe o sinal analgico na entrada e muda o contato eltrico da sada, quando o valor do sinal atingir os limites crticos predeterminados. Pode haver trs tipos diferentes de alarme: 1. alarme absoluto, de mximo e/ou de mnimo. A sada do modulo de alarme muda de estado quando o sinal de entrada atinge um valor pr-ajustado, de mximo ou de mnimo. 2. alarme de desvio, aciona o contato de sada quando os dois sinais variveis da entrada se desviam de um valor predeterminado. Este tipo de alarme se aplica principalmente em controle, quando os dois sinais alarmados so a medio e o ponto de ajuste; quando os sinais se afastam de uma valor ajustado, o alarme acionado. 3. alarme de diferena acionado quando o sinal se afasta de um sinal de referencia ajustvel de um valor determinado.

D= A

Fig. 3.2. Sinal linear e quadrtico

3.4. Caracterizador do sinal um instrumento que aproxima qualquer funo matemtica para vrios segmentos de reta, com os pontos de inflexo e as inclinaes dos segmentos ajustveis. Sua aplicao pratica a linearizao dos nveis de tanques de formatos no lineares. Exemplos de tanques com formatos lineares: quadrados, retangulares, cilndrico em p; exemplos de no-lineares: esfricos, cnicos e cilndricos deitados. A curva (nvel x quantidade estocada) de um tanque esfrico tem um formato de S e pode ser aproximada para vrios segmentos de reta atravs do caracterizador de sinal. Atravs da medio do nvel e do caracterizador, pode-se determinar diretamente a quantidade estocada. 3.5. Seletor de sinais Este instrumento recebe de duas a quatro entradas e seleciona automaticamente apenas um sinal de entrada. Os seletores mais usados so o de mximo ou mnimo e

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Condicionadores de Sinal
3.7. Compensador dinmico O compensador dinmico possui a funo de adiantar ou atrasar o sinal aplicado a entrada. Ele chamado de lead/lag e se aplica no controle preditivo antecipatrio (feedforward). 3.8. Gerador de sinais O computador analgico pode gerar sinal na sada, sem sinal aplicado na entrada. A sua sada gera um sinal com caracterstica conhecida e ajustvel, como a rampa universal, a tenso ajustvel, o temporizador. 3.9. Transdutor Genericamente, transdutor qualquer dispositivo que altera a natureza do sinal recebido na entrada com o gerado na sada. Deste ponto de vista, o elemento sensor, o transmissor, o conversor so considerados transdutores. Em instrumentao, transdutor o instrumento que converte o sinal padro pneumtico no sinal padro de corrente eletrnica (P/I) ou vice versa (I/P). Ele possibilita a utilizao de instrumentos pneumticos e eletrnicos na mesma malha. Eles so chamados incorretamente de conversores. Resumidamente, tem-se: 1. elemento sensor, onde a entrada e a sada so ambas no-padronizadas, 2. transmissor, onde a entrada nopadronizada e a sada padronizada, 3. transdutor, onde a entrada e a sada so ambas padronizadas, 4. conversor, onde a entrada e a sada so ambas de natureza eltrica; tem-se conversor A/D (analgico para digital), D/A (digital para analgico), conversor I/F (corrente para freqncia). O transdutor serve de interface entre a instrumentao pneumtica e a eletrnica. Como o elemento final de controle mais usado a vlvula com atuador pneumtico, o transdutor I/P usado principalmente para casar a instrumentao eletrnica de painel com a vlvula com atuador pneumtico.

4. Linearizao da Vazo
4.1. Introduo
Linearizar um sinal no-linear torna-lo linear. S se lineariza sinais no lineares, aplicando-se a funo matemtica inversa. Por exemplo, lineariza-se o sinal quadrtico, extraindo a sua raiz quadrada; lineariza-se o sinal exponencial, aplicando seu logaritmo. A linearizao pode ser feita de vrios modos diferentes, tais como: 1. escolha da poro linear da curva, como na aplicao de medio de temperatura por termopares. Cada tipo de termopar apresenta uma regio linear para determinada faixa de temperatura. 2. uso de uma escala no-linear, como na aplicao de medio de vazo por placa de orifcio. Como a placa de orifcio gera uma presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo, usa-se uma escala do indicador ou um grfico do registrador do tipo raiz quadrtica, podendo ler diretamente o valor da vazo em unidades de engenharia. Quando se usam termopares para medies de temperatura que incluem regies no-lineares, usam-se as escalas especificas para cada termopar, tipo J, K, R, S, T, E. 3. uso de instrumentos linearizadores, como o extrator de raiz quadrada do sinal de presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo, gerado pela placa de orifcio. 4. uso de circuitos linearizadores, incorporados no transmissor (por exemplo, transmissor inteligente) ou no instrumento receptor (registrador de temperatura a termopar). 5. uso de pontos de curva de linearizao, armazenados em ROMs ou PROMs, como nos sistemas de linearizao de baixa vazo em sistemas com turbinas medidoras de vazo. A no linearidade da medio devida a viscosidade e densidade do fluido

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Condicionadores de Sinal
(numero de Reynolds) e do tipo de deteco-gerao de pulsos. 6. uso de programas (software) de linearizao em sistemas digitais, como nos computadores de vazo ou sistemas digitais de aquisio de dados. Durante a configurao do sistema, tecla-se o tipo de nolinearidade do sinal de entrada e o sistema automaticamente lineariza o sinal. correspondem a grandes variaes na vazo e em altas vazes, grandes variaes da sada correspondem a pequenas variaes na vazo. Tab. 3.1. p x sadas Medidor vazo % sada 0,0 1,0 10,0 25,0 50,0 75,0 100,0 Sada linear % vazo 0,0 1,0 10,0 25,0 50,0 75,0 100,0 Sada raiz quad. % vazo 0,0 10,0 31,6 50,0 70,7 86,6 100,0

4.2. Medidores Lineares e Nolineares


O medidor de vazo linear aquele cuja sada varia diretamente com a vazo. Isto significa que uma dada percentagem da sada corresponde `a mesma percentagem de vazo. Matematicamente, tem-se: vazo = K x sada So exemplos de medidores lineares: 1. turbina, cuja freqncia de pulsos linearmente proporcional `a vazo volumtrica instantnea, 2. medidor magntico, cuja amplitude da tenso varivel linearmente proporcional `a vazo volumtrica instantnea, 3. vortex, cuja freqncia de pulsos linearmente proporcional `a vazo volumtrica instantnea, 4. mssico, tipo Coriolis, cuja freqncia de precesso linearmente proporcional `a vazo mssica instantnea, Quando a sada do medidor no corresponde linearmente `a vazo, o medidor no-linear. O medidor no-linear mais comum a placa de orifcio, que produz uma presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo. Temse as seguintes equaes:
vazo = K sada

A linearizao do sinal quadrtico feita pelo computador analgico chamado extrator de raiz quadrada, onde valida a seguinte relao:

% sada = % entrada
O extrator de raiz quadrada possui alto ganho em pequenas vazes e pequeno ganho em grandes vazes. Para contornar a grande instabilidade do instrumento em manipular os pequenos sinais, so usados vrios macetes: 1. a sada fica zero quando a entrada pequena (menor que 10%), 2. a sada fica igual a entrada quando a entrada pequena (menor que 10%), 3. calibra-se o extrator com o zero levemente abaixo do zero verdadeiro, eliminando o erro em baixas vazes e tendo pequeno erro em grandes vazes.

sada = K' (vazo)2 Quando a vazo medida dobra de valor, a presso diferencial gerada aumenta de 4 vezes. Como resultado, em baixas vazes, pequenas variaes da sada

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Condicionadores de Sinal 5. Compensao


5.1. Introduo
Em servios de medio de gs, a maioria dos medidores de vazo mede o volume real ou infere o volume real, tomando como referncia a vazo volumtrica nas condies nominais de operao. Quando as condies reais do processo se afastam das condies nominais de projeto de operao, ocorrem grandes variaes no volume real, resultando em grande incerteza na medio da vazo. Um modo de resolver este problema seria manipular a vazo mssica, medindo-se a vazo volumtrica e a densidade do fluido e usar a relao W=rxQ onde W a vazo mssica Q a vazo volumtrica r a densidade. A medio da densidade de um fluido vazando relativamente cara, demorada e pouco confivel e a prtica mais comum inferir o valor da densidade a partir dos valores da presso esttica absoluta e da temperatura do processo, aplicando-se a lei do gs real. Tem-se: onde o fator simplificado (P/ZT) compensa a variao da presso e temperatura (que determinam a densidade), variando das condies nominais de projeto para as reais de operao e calcula o volume requerido nas condies nominais para provocar o efeito da mesma vazo nas condies reais. Isto significa, por exemplo, que se P/ZT for 1,10, o gs nas condies reais 1,10 mais denso do que o gs nas condies nominais e 10% mais de gs vaza realmente atravs do medidor linear do que est medido, assumindo as condies nominais de operao. Nas condies nominais de operao, o fator (P/ZT) usado para corrigir o volume real antes que as no linearidades sejam compensadas. Assim, estes fatores so tratados do mesmo modo que a densidade, nas equaes do medidor. Quando a vazo variar no linearmente com a densidade do gs, a vazo tambm vai variar no linearmente com o fator P/ZT. Para o sistema com placa de orifcio, portanto, o fator de compensao a raiz quadrada de P/ZT, pois a vazo volumtrica proporcional `a raiz quadrada da densidade. A compensao da presso e temperatura usa a hiptese de o fator de compressibilidade Z ser constante nas condies de operao prximas das condies nominais e despreza os efeitos da compressibilidade. Para se medir a vazo volumtrica compensada usa-se a equao, para o medidor linear:

Z f Pn Tf Vf = Vn Z n Pf Tn
ou quando as condies nominais de operao so conhecidas e podem ser resumidas em uma constante matemtica, a equao fica simplificada como:

Zn Pf Tn Vf = Vn Z P T f n f
e quando o fator de compressibilidade nas condies reais no se afasta do fator nas condies nominais:

Z f Tf Vf = K Vn P f

Pf Tn Vf = Vn P n Tf
Para um medidor com sada proporcional ao quadrado da vazo, tem-se a equao:

Fazer a compensao da temperatura e presso reais do processo, que se afastaram da temperatura e presso nominais justamente multiplicar por

Pf Z f Tf

Pf Tn Vf = Vn P T n f

110

Condicionadores de Sinal
Note-se que a equao da vazo compensada o inverso da equao da lei dos gases, justamente para eliminar os efeitos da presso e da temperatura. Ou seja, como a vazo volumtrica depende da presso e temperatura de um fator (ZT/P), deve-se multiplic-la por um fator de compensao (P/ZT) para se ter uma vazo volumtrica compensada. A operao de corrigir um erro fixo chamada de polarizao (bias) e a compensao a correo de um erro varivel. Quando somente se quer a compensao da presso, pois a temperatura se afasta pouco de seu valor nominal, assume-se um valor constante igual ou diferente do nominal e o incorpora `a constante. Quando a temperatura for constante e diferente do valor nominal, em lugar de usar um medidor de temperatura para fazer a compensao continua, aplica-se um fator de correo na leitura do medidor. A compensao da presso implementada, multiplicando-se a presso absoluta pela vazo medida e uma constante, antes de linearizar a sada do medidor. De modo anlogo, quando a presso assumida constante e diferente do valor nominal, se aplica um fator para a leitura do medidor em lugar de usar um medidor de presso para a compensao. A compensao da temperatura implementada, multiplicando-se a temperatura absoluta pela vazo medida e uma constante, antes de linearizar a sada do medidor. Tab. 3.2. Erros da medio do gs sem compensao de T
Temperatura (oC) -20 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 40 45 50 Erro (%) -13 -11 -7 -6 -4 -2 0 +2 +4 +6 +8 +9 +10

* Condio padro (standard) (Cfr. Industrial Flow Measurement, D.W. Spitzer) Tab. 3.3. Erros da medio do gs sem compensao da P
Presso, psig

Tolerncia em torno da presso nominal

Psig
0,25 2,0 5,0 10 20 50 75 100 125

0,25
1,7% 1,5% 1,3% 1,0% 0,7% 0,4% 0,3% 0,2% 0,2%

0,50
NA 3,0% 2,6% 2,0% 1,5% 0,8% 0,6% 0,4% 0,4%

1
NA 6,1% 5,2% 4,1% 2,9% 1,6% 1,1% 0,9% 0,7%

2
NA 12,2% 10,3% 8,2% 5,8% 3,1% 2,2% 1,7% 1,4%

3
NA NA 25,8% 20,5% 14,5% 7,8% 5,6% 4,4% 3,6%

(Cfr. Industrial Flow Measurement, D.W. Spitzer)

5.2. Condies normal, padro e real


Na medio do fluido compreensvel, mandatrio definir as condies sob as quais est sendo medida sua vazo volumtrica. A mesma vazo de um fluido compreensvel pode ser expressa por valores totalmente diferentes, em funo das condies especificadas.

111

Condicionadores de Sinal
As condies normal de presso e temperatura (CNPT) so: Temperatura : 0,0 oC (273,2 K) Presso : 760 mm Hg (14,6959 psi) Umidade relativa: 0% Pela norma ISO 5024 (1976), as condies padro (standard) so: Temperatura : 15,0 oC (59 oF, 288,2 K) Presso : 101, 3250 kPa (14,6959 psi) umidade relativa: 0% Constante Universal: 8,3144 J/(g.mol.K) H autores que assumem a temperatura padro (standard) igual a 15.56 oC (60 oF). Para lquidos, a temperatura padro base tambm igual a 15,0 oC, na indstria; em laboratrio comum usar a temperatura de 20,0 oC. As condies de operao, de trabalho ou reais so aquelas efetivamente presentes no processo. Por exemplo, seja a vazo volumtrica de ar igual a 100 m3/h, nas condies reais de 30 oC e 2,0 kgf/cm2A. Esta vazo pode ser expressa como: 100 m3/h real, (30 oC e 2,0 kgf/cm2) 180 Nm3/h, (0 oC e 1,0 kgf/cm2 A) 190 Sm3/h, (15,0 oC e 1,0 kgf/cm2 Absoluta) Em ingls, as unidades e abreviaes comuns so: ACFM (actual cubic foot/minute) e SCFM (standard cubic foot/minute). Propriedades do Ar nas Condies Padro: Compressibilidade (Z) Densidade Peso molecular 0,999 582 4 1,225 42 kg/m3 28,962 4

5.3. Compensao da Temperatura de Lquidos


As necessidades da preciso que requerem compensao para as variaes de densidade causadas pelas variaes da temperatura do liquido so poucas (por exemplo, amnia). Neste caso, deve-se medir a temperatura do liquido e compensar segundo a formula: Vf = Vn /T

5.4. Tomadas de Presso e Temperatura


As tomadas da presso e da temperatura devem ser localizadas corretamente para cada tipo de medidor de vazo, para minimizar o erro na medida final. A tomada da presso mais critica que a da temperatura, pois h uma grande variao da presso local no medidor de vazo. Na prtica, h uma pequena diferena entre a presso a montante (maior) e a jusante (menor) do medidor, quando o medidor provoca uma perda de carga. comum se tomar a presso a montante do medidor. Qualquer que seja a localizao, a presso deve corresponder a vazo no perturbada, em pontos sem flutuaes ou pulsaes. Alguns medidores de vazo j possuem a tomada de presso no seu corpo. No sistema com placa de orifcio, comum se usar a mesma tomada a montante da placa usada medir a presso diferencial. Nos programas de computador de clculo de placa, o menu apresenta as opes de tomadas a montante ou a jusante da placa. A tomada de temperatura menos critica, desde que h pouca variao da temperatura ao longo do medidor de vazo. As tomadas de temperatura esto tipicamente localizadas a cerca de 10 dimetros depois do medidor, para no causar turbulncia na entrada do medidor. Deve-se destacar que os sensores de vazo e de temperatura so tem necessidades opostas, quanto ao local de montagem: os sensores de vazo requerem local tranqilo, sem distrbios; os de temperatura devem ser usados em local com turbulncia, para homogeneizar a temperatura.

112

Condicionadores de Sinal
Na implementao da compensao da presso e temperatura na medio de vazo, interessante investigar se j existem medies da presso e da temperatura do processo, a jusante ou a montante do medidor de vazo, pois se elas j existirem em locais corretos, estas medies podem ser usadas para a compensao, sem necessidade de instrumentos adicionais. unidades de engenharia. Este fator de multiplicao do totalizador depende da vazo mxima e da velocidade de contagem desejada pelo operador. O contador s pode ter mostrador digital. Em alguns contadores, os dgitos podem ser mostrados analogicamente, como os indicadores de consumo de energia eltrica caseiros. O totalizador pode receber sinais analgicos ou digitais. Quando o sinal de entrada analgico, o totalizador o converte, internamente, em pulsos e os conta na sada. Quando o sinal de entrada j em pulsos, o totalizador os escalona e os conta. Quando os pulsos j so escalonados, o totalizador os conta diretamente. Pulso escalonado aquele que j possui uma relao definida com a unidade de engenharia de vazo, volume ou massa. H uma certa confuso entre o integrador e o contador. O integrador pode receber sinais analgicos e os integra. Na operao de integrao, o sinal analgico convertido para pulsos que so finalmente contados. Todo integrador de vazo possui um contador; ou seja, o contador o display do integrador. O contador tambm chamado de acumulador. Os contadores podem ser eletromecnicos ou eletrnicos. Os contadores eletromecnicos custam mais caro e requerem maior energia de alimentao, porem, quando h falta da tenso de alimentao, o ultimo valor totalizado permanece indicado. Os contadores puramente eletrnicos so mais econmicos, requerem menor nvel de tenso de alimentao e consomem muito menos energia. Porem, na falta da tenso de alimentao eles perdem a indicao. Para solucionar este problema, so utilizados contadores eletrnicos alimentados com bateria com vida til de 5 a 10 anos. Deste modo, quando h perda da alimentao principal, o contador no zera o valor totalizado.

multiplicador - divisor

extrator raiz quadrada

x/
PT FY si nal FT TT

FY al

controlador de vazo

FIC sin

FCV FE Fig. .3.3. Malha de compensao e linearizao de medio de gs com placa de orifcio

6. Totalizao da Vazo
O totalizador de vazo um instrumento completo que detecta, totaliza e indica, atravs de um contador digital, a quantidade total do produto, que passa por um ponto, durante um determinado intervalo de tempo. O totalizador de vazo tambm chamado de integrador, de FQ, de quantificador e, erradamente, de contador. O contador apenas o display ou o readout do totalizador. Os totalizadores so calibrados para fornecer a leitura direta, em unidades de volume ou de massa do produto. Ele pode possuir uma constante de multiplicao, que o numero que deve multiplicar pela indicao para se ter o valor totalizado em

113

Condicionadores de Sinal
7. Servios associados
O computador analgico especificado, escalonado, montado e mantido para desempenhar a funo desejada. A especificao do computador analgico simples e envolve: 1. a escolha da funo a ser executada, 2. a determinao dos sinais de entrada e de sada, 3. o fornecimento da alimentao compatvel com os sinais manipulados, 4. a identificao na malha.. O escalonamento (scaling) do computador analgico a adequao do instrumento funo matemtica requerida. Escalonar o somador universal ajustar os ganhos e polarizaes dos sinais de entrada para ele fazer a soma especifica do processo. O escalonamento depende da funo matemtica, dos dados do processo, dos sinais manipulados e dos circuitos internos do instrumento. A partir da equao genrica do processo, desenvolve-se a equao normalizada e chega-se a equao da tenso. A partir da equao da tenso se constri a tabela de ajuste, atribuindo valores notveis para as entradas e determinando teoricamente os valores da sada. Fisicamente, ajustando-se os ganhos e as polarizaes do computador, obtm-se as sadas tericas. Os limitadores de sinais e de alarme possuem ajustes que possibilitam a determinao do valor de acionamento. A montagem dos computadores deve ser feita de conformidade com a literatura do fabricante e com os diagramas de ligao do projeto. As ligaes da entrada podem determinar a funo desempenhada pelo computador. Realimentaes, curto circuitos e ligaes adequadas do mesmo instrumento podem determinar funes totalmente diferentes do multiplicador/divisor.

(a) Pneumtico

(b) Eletrnico

Fig. 3..4. Totalizador de vazo

FI

FT

FQ

0 1 3 5 0

FE Fig. 3..5. Indicao e totalizao de vazo H contador com predeterminador: h um contador normal e um contador onde se estabelece o valor determinado. Quando o contador atinge o valor pr-ajustado, ele para de contar e o processo interrompido.

Apostila\Instrumentao

23Condicionador. doc

11 DEZ 98 (Substitui 18 FEV 98)

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2.4 Indicador
1. Conceito
O indicador o instrumento que sente a varivel do processo e apresenta o seu valor instantneo. freqentemente chamado de medidor, receptor, repetidor, gauge, mas estes termos so desaconselhveis por serem ambguos e imprecisos. Indicador especfico de presso chamado de manmetro; de temperatura chamado de termmetro e o de vazo, rotmetro. Estes nomes tambm no so recomendados, embora sejam muito usados. O recomendado chamar respectivamente de indicador de presso, de temperatura e de vazo. O indicador sente a varivel a ser medida atravs do elemento primrio e mostra o seu valor atravs do conjunto escala + ponteiro ou de dgitos. O tag de um indicador da varivel X XI; de um indicador selecionvel XJI. O indicador pode ser estudado considerando os seguintes parmetros 1. a varivel medida 2. o local de montagem 3. o formato exterior 4. natureza do sinal 5. o tipo de indicao como PG (pressure gauge). O elemento sensor do indicador de presso pode ser o tubo Bourdon, o helicoidal, o fole, a espiral, o strain gauge . As escalas possuem unidades de kgf/cm2, Pa (pascal) ou psig. O indicador de temperatura tambm chamado de termmetro. Na prtica, se chama de termmetro apenas o indicador local de temperatura. Em algumas convenes se simboliza o indicador local de temperatura como TG (temperature gauge). O elemento sensor do indicador de temperatura pode ser o bimetal, o enchimento termal, a resistncia eltrica e o termopar. As escalas possuem unidades de oC e K. O indicador de vazo tambm chamado de rotmetro. Na prtica, se chama de rotmetro apenas o indicador de vazo de rea varivel. O smbolo FG significa visor de vazo (flow glass) e usado em sistemas onde se quer verificar a presena da vazo e no necessariamente o seu valor, como na medio de nvel com borbulhamento de gs inerte. O elemento sensor de vazo mais usado a placa de orifcio; quando a escala do indicador raiz quadrtica, pois a presso diferencial gerada pela placa proporcional ao quadrado da vazo. Os outros indicadores da vazo esto associados turbina, ao tubo medidor magntico e ao medidor com deslocamento positivo . As escalas possuem unidades de volume/tempo ou massa/tempo. Adicionalmente, a vazo pode ser totalizada e o valor final indicado atravs de dgitos do contador. No existe contador analgico para a totalizao da vazo.

2. Varivel Medida
Dependendo da varivel a ser indicada, h diferenas bsicas no elemento sensor, nas unidades da escala e pode haver nomes especficos para o indicador. O indicador de presso tambm chamado de manmetro. Na prtica, se chama de manmetro apenas o indicador local de presso. Em algumas convenes se simboliza o indicador local de presso

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Indicador
miniaturizados e pequenos, para economia de espao. Para ainda maior economia de espao comum se ter indicadores com 1, 2 ou 3 ponteiros, para indicar simultaneamente 2 ou 3 variveis independentes. Para facilitar a leitura, neste caso de leituras mltiplas, cada ponteiro tem uma cor diferente. O indicador de painel possui geralmente escala vertical, percorrida por ponteiros horizontais.

Fig. 4. 1. Manmetro ou indicador local de presso (Foxboro) O indicador local de nvel chamado de visor e possui o tag LG (level glass). A maioria dos sistemas de medio de nvel de lquidos se baseia na presso diferencial. A escala tpica para a medio de nvel de 0 a 100% , sem unidade.

4. Tipo da Indicao
A indicao da leitura pode ser analgica, feita atravs de um posicionamento contnuo do ponteiro na escala ou digital, atravs da amostragem de um dgito. O instrumento analgico usa um fenmeno fsico para indicar uma outra grandeza, por analogia. Ele mede um sinal que varia continuamente e como conseqncia, a posio do ponteiro varia continuamente assumindo todas as posies intermedirios entre o 0 e 100%. Pode-se ter escala fixa e ponteiro mvel e mais raramente, escala mvel e ponteiro fixo.

3. Local de Montagem
Os indicadores podem ser montados em dois lugares distintos no campo ou na sala de controle. Os indicadores de campo ou locais so montados prximos ao processo, muitas vezes diretamente na tabulao ou vaso do processo. Os indicadores de campo normalmente so formato grande, tipicamente circulares, que o formato mais resistente. Quando usados ao relento devem ser a prova de tempo e quando montados em locais perigosos devem possuir classificao eltrica especial compatvel com a classificao da rea.

Fig. 4. 3. Indicadores com escala vertical e horizontal (Foxboro) Quando a leitura atravs de um nmero, o indicador digital. Ele conta os pulsos do sinal digital e indica o valor atravs de dgitos que mudam discretamente. Para cada valor da varivel medida, h um nmero indicado. Atualmente j existem instrumentos pneumticos digitais, embora o mais difundido seja o indicador eletrnico digital.

Fig. 4. 2. Indicador de painel (Foxboro) Os indicadores de painel geralmente so retangulares pois mais fcil se fazer uma abertura retangular numa chapa de ao do que uma abertura circular. So tipicamente

116

Indicador

Fig. 4. 4. Indicador digital de presso (HBM) Atualmente, so disponveis indicadores eletrnicos com barra de grfico (bargraph), que possuem tcnicas e circuitos digitais para a manipulao do sinal, porm, com a indicao final em forma de barra de LEDs (diodo emissor de luz) como se fosse analgica. Uma indicao digital, pelo fato apenas de ser digital no necessariamente mais precisa ou confivel que uma indicao analgica. Decididamente mais fcil fazer uma leitura digital do que uma com ponteiro-escala, se cansa menos e h menor probabilidade de cometer erros quando se fazem inmeras leituras digitais. A preciso e a confiabilidade dependem ainda da qualidade dos componentes, do projeto, do mecanismo, da calibrao e de vrios outros fatores. Os indicadores de painel normalmente so montados em estantes apropriadas que j possuem conectores pneumticos e eletrnicos de encaixe rpido para facilitar a substituio para a manuteno. Na eletrnica so comuns as indicaes atravs de LEDs e quartzo liquido. Atualmente. h pesquisa e desenvolvimento com tecnologias baseadas na ionizao de plasma e fluorescncia no vcuo. O objetivo final de qualquer projeto a obteno de uma indicao visvel distncia e de pequeno consumo de energia eltrica. Nos sistemas com computador digital, as indicaes so feitas atravs de monitores de vdeo e as telas tambm simulam as escalas dos instrumentos, com leituras analgicas. Fig. 4. 5. Transmissor e indicador de presso (Foxboro)

5. Rangeabilidade da Indicao
To importante quanto preciso e exatido do instrumento, sua rangeabilidade. Em ingls, h duas palavras, rangeability e turndown para expressar aproximadamente a extenso de faixa que um instrumento pode medir dentro de uma determinada especificao. Usamos o neologismo de rangeabilidade para expressar esta propriedade.

Fig. 4. 6. Escalas de indicao Para expressar a faixa de medio adequada do instrumento define-se o parmetro rangeabilidade. Rangeabilidade a relao da mxima medio sobre a mnima medio, dentro uma determinada preciso. Na prtica, a rangeabilidade estabelece a menor medio a ser feita, depois que a mxima determinada. A rangeabilidade est ligada relao matemtica entre a sada do medidor e a varivel medida. Instrumentos lineares

117

Indicador
possuem maior rangeabilidade que os medidores quadrticos (sada do medidor proporcional ao quadrado da medio). Na medio de qualquer quantidade se escolhe um instrumento pensando que ele tem o mesmo desempenho em toda a faixa. Na prtica, isso no acontece, pois o comportamento do instrumento depende do valor medido. A maioria dos instrumentos tem um desempenho pior na medio de pequenos valores. Sempre h um limite inferior da medio, abaixo do qual possvel se fazer a medio, porm, a preciso se degrada e aumenta muito. Por exemplo, o instrumento com preciso expressa em percentagem do fundo de escala tem o erro relativo aumentando quando se diminui o valor medido. Para estabelecer a faixa aceitvel de medio, associa-se a preciso do instrumento com sua rangeabilidade. Por exemplo, a medio de vazo com placa de orifcio, tem preciso de 3% com rangeabilidade de 3:1. Ou seja, a preciso da medio igual ao menor que 3% apenas nas medies acima de 30% e at 100% da medio. Pode-se medir valores abaixo de 30%, porm, o erro maior que ,3%. Por exemplo, o erro de 10% quando se mede 10% do valor mximo; o erro de 100% quando se mede 1% do valor mximo. valores. Um instrumento com pequena rangeabilidade incapaz de fazer medies de pequenos valores da varivel. A sua faixa til de trabalho acima de determinado valor; por exemplo, acima de 10% (rangeabilidade 10:1), ou de 33% (3:1). Em medio, a rangeabilidade se aplica principalmente a medidores de vazo. Sempre que se dimensiona um medidor de vazo e se determina a vazo mxima, automaticamente h um limite de vazo mnima medida, abaixo do qual possvel fazer medio, porm, com preciso degradada. Em controle de processo, o conceito de rangeabilidade tambm muito usado em vlvulas de controle. De modo anlogo, define-se rangeabilidade da vlvula de controle a relao matemtica entre a mxima vazo controlada sobre a mnima vazo controlada, com o mesmo desempenho. A rangeabilidade da vlvula est associada sua caracterstica inerente. Na vlvula linear, cujo ganho uniforme em toda a faixa de abertura da vlvula, sua rangeabilidade cerca de 10:1. Ou seja, a mesma dificuldade e preciso que se tem para medir e controlar 100% da vazo, tem se em 10%. A vlvula de abertura rpida tem uma ganho muito grande em vazo pequena, logo instvel o controle para vazo baixa. Sua rangeabilidade vale 3:1. A vlvula com igual percentagem, cujo ganho em vazo baixa pequeno, tem rangeabilidade de 100:1.

6. Associao a Outra Funo


A indicao uma funo passiva e sua malha aberta. A indicao pode estar associada com as outras funes, como a transmisso, o controle, o registro e a totalizao. O transmissor a balano de movimento naturalmente um indicador local da varivel transmitida. H transmissores que possuem o indicador do sinal de sada e como conseqncia a indicao indireta da varivel transmitida. Toda malha de controle a realimentao negativa requer a indicao da varivel medida e do ponto de ajuste. Quando o controlador disponvel na

Fig. 4.7. Preciso em percentagem do fundo de escala No se pode medir em toda a faixa por que o instrumento no linear e tem um comportamento diferenciado no incio e no fim da faixa de medio. Geralmente, a dificuldade est na medio de pequenos

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Indicador
arquitetura modular, com a estao de leitura e separada do controlador cego, a indicao fica somente na estao de leitura. O registrador naturalmente um indicador onde a escala o grfico e o ponteiro a pena. Mesmo assim, o registrador possui tambm a escala auxiliar de indicao. A indicao correta do registrador dada pela posio da pena em relao a escala do grfico. O indicador pode possuir alarme, normalmente acionado pela posio do ponteiro. e periodicamente, depois que entra em operao. Os perodos de calibrao so determinados principalmente pelos seguintes parmetros: 1. recomendao do fabricante, 2. classe de preciso do indicador 3. agressividade do meio onde est montado 4. penalidade pela no conformidade da indicao A calibrao do indicador pode tambm ser determinada e requerida pelo pessoal da operao, quando h desconfiana ou certeza de que a sua indicao no confivel. Calibrar um indicador significa 1. simular a varivel medida 2. medi-la com um padro rastreado 3. comparar o valor do padro com o indicado pelo instrumento Quando necessrio, deve-se ajustar a posio do ponteiro na escala, de modo que a indicao fique conforme um padro de referncia, dentro dos limites de tolerncia estabelecidos pela preciso do indicador. O ajuste do indicador consiste na atuao nos mecanismos de zero, largura de faixa, balano ou linearidade (quando h interao entre zero e largura de faixa) e angularidade (se balano de movimentos). Operar um indicador fazer a sua leitura periodicamente. Quando o operador perceber alguma anormalidade no indicador, ele deve requerer um instrumentista para fazer a sua manuteno. O indicador retirado pelo instrumentista e feita a manuteno na oficina.

7. Servios Associados
O indicador deve ser especificado, montado, calibrado, operado e mantido de modo a apresentar as leituras corretas e com a preciso determinada pelo fabricante. Para a especificao do indicador, devem ser considerados os seguintes parmetros: 1. a varivel do processo associada, 2. o elemento sensor, que funo da varivel, da faixa de medio, do fluido e das condies de operao e segurana do processo. 3. a faixa calibrada, importante para a definio do elemento sensor e da escala, 4. a escala, com os valores mnimo e mximo, o formato e a unidade da varivel, 5. a plaqueta gravada, com a indicao til para o operador, 6. a identificao da malha (tag), 7. o tipo de montagem campo, painel, superfcie, tubo de 2" ou pedestal (yoke). 8. o local de montagem e como conseqncia, a classificao eltrica e mecnica do invlucro. 9. as opes extras, com alarme, acabamento especial, proteo contra sobrefaixa. A montagem do indicador deve ser feita conforme a literatura recomendada do fornecedor, dos diagramas do projeto e das normas existentes. Para que a leitura fornecida pelo indicador seja confivel, necessrio que ele seja calibrado, antes da montagem (mesmo que j venha calibrado de fbrica)

119

2.5 Registrador
1. Introduo
O registrador o instrumento que sente uma ou muitas variveis do processo e imprime o seu valor no grfico, de modo contnuo ou descontinuo, mas permanente. Ele fornece o comportamento histrico da varivel. O registro feito atravs de pena com tintas em grfico mvel. O grfico tambm chamado de carta (influencia do ingls, chart). O tag de um registrador da varivel X XR; de um registrador multivarivel UR e de um registrador selecionvel XJR. O registrador diferente do instrumento chamado impressora. A impressora imprime apenas os valores indicados, quando acionada ou programada. O registrador imprime os valores de modo automtico e contnuo. Atualmente, h outros mecanismos mais eficientes e de maior capacidade para o armazenamento das informaes, tais como os disquetes e as fitas magnticas dos computadores digitais. O registrador pode ser estudado considerando os seguintes parmetros: 1. a topografia 2. acionamento do grfico 3. a pena e 4. o grfico. do formato circular. O registrador circular geralmente montado no campo, prximo ao processo e ligado diretamente ao elementos primrio, no necessitando do uso do transmissor. O grfico possui o dimetro externo tpico de 12" e com rotao de 24 horas ou de 7 dias. Diariamente ou semanalmente o operador deve trocar o grfico. O registrador montado no painel possui o grfico em tira. Embora o tamanho fsico do registrador de painel (largura de 4") seja menor que o circular de campo (12" de dimetro) e ocupe um tero do espao, a rea til de registro no grfico de tira a mesma que a do circular (4"). Normalmente o percurso da pena no sentido horizontal, mas existe registrador cuja pena tem uma excurso vertical. O grfico do registrador de painel pode ser do tipo rolo (durao de 30 dias) ou sanfonado (durao de 16 dias). Na parte superior do registrador est colocada a escala, que preferivelmente deve ser igual a do grfico. Quando houver mais de um registro, o registrador continua com uma nica escala e o grfico possui vrias escalas em gomos diferentes. A funo da escala do registrador a de dar a ordem de grandeza do registro e geralmente de 0 a 100, linear, indicando percentagem. Para fins de leitura e de Calibrao, o que deve ser lido a posio da pena em relao ao grfico. O registrador pode possuir as unidades de controle. Tem-se assim o instrumento registrador-controlador. Ele possui um nico elemento receptor, que est acoplado mecanicamente ao sistema de

2. Topografia
Por topografia deve-se entender a forma e o local de montagem do registrador. Em funo do formato, os registradores so divididos em circulares e em tira. O registrador circular possui grfico circular e sua caixa no necessariamente

120

Registrador
registro (pena) e ao sistema de controle (conjunto bico-palheta). demonstraes didticas e na sintonia do controlador desejvel uma velocidade maior. Tipicamente h duraes de grficos circulares desde 1 minuto at 30 dias.

4. Penas
O registrador contnuo possui de 1 a 4 penas de registro. Quando o registrador possui mais de uma pena, os tamanhos e os modelos destas penas so diferentes, para que no haja interferncia mtua dos registros. Isto deve ser considerado ao se especificar as penas de reposio especificar a posio da pena em questo externa, intermediria, interna, primeira, segunda. O registrador multiponto possui uma nica pena ou dispositivo impressor associado a um sistema de seleo de entradas. H um sistema de varredura das entradas, de modo que todas as leituras so lidas e registradas, uma de cada vez, consecutivamente e numa ordem bem estabelecida. Para identificar a entrada ou a varivel registrada, usam-se cores de tintas diferentes ou ento o prprio dispositivo impressor possui diferentes marcas de identificao.

Fig. 5. 1. Registrador de vazo e presso (Foxboro)

3. Acionamento do Grfico
A pena do registrador s se move numa direo e sua posio depende do valor da varivel registrada. para haver um registro contnuo, o grfico deve se mover em relao a pena. O acionamento do grfico conseguido por um motor que move engrenagens, que por sua vez movem o grfico, desenrolando-o ou desdobrando-o de um lado e enrolando-o do outro lado. O motor de acionamento do grfico pode ser eltrico, mecnico ou pneumtico. No painel e em reas seguras usam-se motores eltricos com tenso de alimentao de 24 V ca, 110 V ca ou 220 V ca. Quando o registrador montado no campo, em rea classificada ou em local sem energia eltrica, o acionamento do motor deve ser atravs de mola mecnica; a corda deste acionamento pode durar cerca de uma semana. Alternativamente o registrador com acionamento eltrico pode ser montado em rea classificada, porm, deve ter a classificao eltrica compatvel com o grau de perigo do local. O grfico pode ser acionado e movido em diferentes velocidades. A velocidade mais comum para o registrador retangular de painel de 20 mm/hora, considerada lenta. Em partida de unidades, em laboratrios, em plantas piloto, em

Fig. 5. 2. Registrador de painel (Foxboro) H ainda os registradores de tendncia ou trend recorder. So registradores que possuem 4 penas registradoras e recebem na entrada at 20 sinais diferentes e independentes para serem registrados. Um sistema adequado de seleo escolhe 4 entradas particulares e as registra simultaneamente. Este tipo de registrador faz o registro contnuo de multipontos e muito til em partidas de unidades ou testes, quando se est interessado na

2.5.121

Registrador
tendncia e na variao das grandezas apenas durante o transiente. O registrador de painel geralmente montado em estante apropriada e ocupa duas posies, quando o movimento da pena horizontal; ele ocupa uma nica posio quando a pena se movimenta verticalmente. A pena pode ter formato em V ou em caixa (box). A pena V requer a coloco freqente da tinta. Na pena tipo caixa, o perodo de colocao de tinta maior. Como isso no muito pratico, atualmente a maioria dos registradores usa o sistema de tubo capilar. A tinta acondicionada em pequeno reservatrio e um sistema de tubo capilar a leva para a pena. Deve-se tomar cuidado especial com estes registradores durante seu transporte para manuteno. No inicio da operao necessrio se apertar o reservatrio de tinta - com cuidado - de modo que se encha todo o capilar de tinta, expulse as bolhas de ar e a tinta chegue at a pena. uma boa idia colocar um pedao de papel absorvente debaixo da pena quando se faz esta operao para prevenir borres. O registrador de painel deve ser montado na posio horizontal, preferivelmente. Existem inclinaes mximas permissveis, alm das quais no h registro. As cores das penas so iguais as cores da tinta de registro. As tintas no devem ser misturadas, pois a cor da mistura totalmente diferente da cor dos componentes, e.g., o verde misturado com o vermelho d o marrom. O movimento da pena linear, no registrador de painel com grfico de tira e um arco de circulo, no registrador com grfico circular.

Fig. 5.3. Registrador microprocessado (Yokogawa) Opcionalmente o registrador de painel possui uma lmpada piloto e contatos de alarme acionados fisicamente pela posio da pena. O conhecimento do alarme consiste em abrir a porta do registrador.

5. Grficos
O registro das variveis, feito pela pena, conservado no grfico. O grfico deve ser de papel absorvente, de boa qualidade, de modo que no estrague nem entupa a pena. O traado deve ser contnuo, ntido e sem borro. A analise do registro da varivel pode indicar o horrio dos distrbios do processo. Para isso, assume-se que o grfico esteja corretamente instalado, ajustado para o tempo real do dia e que o registrador esteja calibrado. A tinta deve fluir pela pena, de modo contnuo, conseguido pela presso mecnica adequada entre a pena e o grfico. Se a presso da pena excessiva pode haver rasgos no grfico e desgaste excessivo da pena, se insuficiente, pode haver deslizamentos e saltos da pena. O comprimento de um grfico de tira varia de 30 a 70 metros de comprimento. Normalmente o de rolo tem o dobro do tamanho do grfico sanfonado. O ltimo meio metro do grfico de tira, quando faltam cerca de 18 horas de registro, marcado com uma faixa vermelha, para advertncia da proximidade da troca do grfico. O grfico possui duas coordenadas o valor registrado da varivel e o tempo. O movimento da pena linear em uma direo, normalmente transversal. O

2.5.122

Registrador
movimento mecnico do grfico regular e longitudinal. A maioria dos grficos usa coordenadas cartesianas, geralmente retangulares com as linhas retas se cruzando perpendicularmente. Quando pelo menos uma das linhas de referncia um arco de circulo, as coordenadas so curvilneas. De pouco uso, porm existentes, so as coordenadas polares uma distncia e um ngulo.

6. Associao a Outra Funo


O registro uma funo passiva que armazena os valores histricos da varivel do processo. A malha de registro aberta, iniciada no elemento sensor, ligado ao processo e terminada no registrador. O registrador ligado diretamente ao processo pode alojar a unidade de controle automtico. No painel, as funes de controle e de registro so sempre independentes e executadas por instrumentos separados. O registrador pode ter, opcionalmente, os contatos eltricos para alarme, que so acionados pela posio da pena e podem ser atuados pelo valor mnimo, mximo ou diferencial. Cada pena possui os seus contatos de alarme independentes. O grfico do registro da vazo instantnea pode ser utilizado para a sua totalizao. A partir do registro da presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo pode-se determinar a quantidade total da vazo, numa operao manual ou atravs do planmetro. Embora raro, possvel se associar a transmisso ao registrador local.

(a) Rolo

(b) Sanfonado

Fig. 5.4. Enrolamento do grfico Existe uma grande quantidade de grficos diferentes. As diferenas esto no tamanho fsico, no tamanho da rea til de registro, nas escalas, nos furos de fixao, no sistema de enrolamento. Para a especificao correta de um grfico deve se fornecer nome do fabricante do registrador. Obviamente o fabricante do registrado fornece grficos somente para uso em instrumentos de sua marca. Mesmo que a escala seja a mesma, as dimenses do grfico e da rea til de registro sejam idnticas, pode haver diferenas na funo lateral, no sistema de acionamento. Normalmente os fabricantes de registradores fornecem inicialmente uma quantidade de grficos suficiente para 6 meses de operao. formato e tipo de acionamento. H grficos circulares de 10" e 12" de dimetro e grficos em carta tipo rolo ou sanfonado, de 4". faixa de medio. Deve-se informar a faixa ou as diferentes faixas e suas caractersticas matemticas. Por exemplo, 0-100 uniforme ou linear, 0 a 10 raiz quadrtica. Quando se trata do registro da temperatura, o tipo da curva, alm da faixa de medio. Por exemplo, RTD de Pt, termopar tipo J, K.

Fig. 5.5. Registrador com aes de controle (Foxboro)

2.5.123

Registrador 7. Servios Associados


O registrador deve ser especificado, montado, operado e mantido de modo correto, para que no se danifique e que registro os valores das variveis com o mnimo erro especificado pelo fabricante. Na especificao do registrador, devem ser conhecidos os seguintes parmetros: 1. a varivel do processo P, T, F, L. 2. o elemento sensor desejado 3. a montagem tubo 2", painel, estante especial, ngulo de inclinao. 4. o nmero e o tipo das penas, de acordo com o nmero das variveis registradas 1 a 4 penas continuas ou 6, 12 ou 24 pontos 5. o acionamento do grfico eltrico (tenso e freqncia), e mecnico (durao da corda), 6. o enrolamento do grfico, 7. a escala do registrador valor e tipo (faixa de medio, linear, raiz quadrtica), 8. a escala do grfico valor e tipo (faixa de medio, marcao do tempo, dupla, tripla, linear), 9. a plaqueta gravada dados teis para o operador do processo, como a correspondncia das penas com as variveis registradas. 10. a identificao das malhas, como TR 2O4. 11. o suprimento de grfico e de tinta, 12. as opes extras, como alarme, iluminao interna, acabamento especial, unidade de controle, contador-integrador. 13. a classificao mecnica do invlucro e classificao eltrica, se h alimentao eltrica e se a rea perigosa. A montagem do registrador deve seguir as instrues do fabricante, os diagramas de ligao do projeto detalhado e as normas existentes. O pessoal da operao responsvel pela leitura dos registros, pelo armazenamento organizado dos grficos para consulta posterior, pelo enchimento ou troca dos recipientes de tinta e pela troca dos grficos. Quando os grficos so usados para a totalizao, via planmetro, o pessoal da operao se responsabiliza por esta tarefa. A calibrao do registrador deve ser feita pelo instrumentista. Calibrar um registrador verificar se o sinal de entrada correspondente. Quando estiver fora, o registrador deve ser ajustado. Ajustar o registrador posicionar pena em relao ao grfico (e no em relao a escala do registrador) de conformidade com os sinais de entrada.

2.5.124

2.6 Computador de Vazo


1. Conceito
O computador de vazo projetado para a soluo instantnea e contnua das equaes de vazo dos elementos geradores de presso diferencial (placa, venturi, bocal) e dos medidores lineares de vazo (turbina, medidor magntico, vortex). O computador de vazo recebe sinais analgicos proporcionais presso diferencial, temperatura, presso esttica, densidade, viscosidade e pulsos proporcionais vazo e os utiliza para computar, totalizar e indicar a vazo volumtrica compensada ou nocompensada e a vazo mssica. que pode ser montado em painel da sala de controle ou diretamente no campo, onde alojado em caixa para uso industrial, com classificao mecnica do invlucro prova de tempo e, quando requerido, com classificao eltrica da caixa prova de exploso ou prova de chama. O computador programado e as constantes so entradas atravs de um teclado, colocado na frente ou no lado do instrumento. Os computadores de vazo sofreram uma grande evoluo, desde o seu lanamento no mercado, no inicio dos anos 1960. Eles foram originalmente projetados para manipular as equaes da AGA (American Gs Association) para vazo mssica de gs e foram construdos em torno de multiplicadores, divisores e extratores de raiz quadrada. Atualmente, os computadores so principalmente dispositivos digitais que podem ser classificados em dois tipos 1. programvel, que faz quase qualquer clculo desejado que est programado nele e 2. pr-programado ou dedicado, que manipula apenas uma aplicao selecionada.

Fig. 6.1. Aplicao tpica de computador de vazo A vazo instantnea e a sua totalizao so indicadas nos painis frontais do computador de vazo, na forma de indicadores digitais, contadores eletromecnicos ou eletrnicos. O computador prov ainda sadas analgicas e contatos de reles para fins de controle e monitorao da vazo. O computador de vazo um instrumento a base de microprocessador

2. Programveis
As unidades programveis so os computadores de vazo mais avanados do mercado. Eles custam mais, quando comparados com os computadores dedicados. Dependendo da programao, eles calculam a vazo de gases ou lquidos usando as equaes da AGA, API (American Petroleum Institute e outras

125

Computador de Vazo
relaes. Eles tambm fazem clculos de vazo volumtrica. A compensao, de massa , molar e media, energia, BTU, eficincia, trabalham com nveis de tanque, manipulam vazes em canais abertos, executam o algoritmo de controle PID, fazem clculos de transferncia de custdia e muitas outras coisas.

4. Aplicaes Clssicas
4.1. Vazo de liquido
Quando usado com a placa de orifcio, o computador recebe o sinal analgico de 4 a 20 mA cc do transmissor de vazo d/p cell, proporcional ao quadrado da vazo medida, lineariza-o, extraindo a raiz quadrada e o escalona em unidade de engenharia. Como os lquidos com composio constante so considerados no compressveis, no se necessria a compensao da presso e da temperatura e a vazo proporcional raiz quadrada da presso diferencial, P. Q=C
P

Fig. 6. 2. Totalizador de vazo (Foxboro)

3. Dedicado
Os computadores de vazo dedicados so relativamente mais simples, mais fceis de usar, montados no campo e mais baratos que os programveis. Como desvantagem, eles s fazem uma tarefa, manipulam apenas uma malha e sua capacidade grfica limitada. Tipicamente, eles computam as vazes de gases ou lquidos baseados nas vrias equaes AGA ou API. Alguns, porm, calculam vazes de vrios estados de vapor e outros so dedicados a clculos de vazo para canais abertos, vertedores e calhas. Muitos destes computadores so reprogramveis . Porm, o programa pode ser modificado no campo pelo operador, que responde a perguntas do seu menu.

Esta constante C calculada dos dados relacionados com o tipo do fluido e dos parmetros mecnicos da instalao do medidor, tais como beta da placa, faixa do transmissor, tipo de tomadas da presso diferencial. Esta constante colocado no computador como um fator do sistema digital e escalona a sada para a unidade de vazo desejada.

Fig. 6.3. Computador, com bateria solar (Daniel)

126

Computador de Vazo
4.2. Vazo de gs com compensao
Como os gases so compressveis, necessrio fazer a compensao da presso esttica e da temperatura do processo. Nesta aplicao, o computador recebe trs sinais analgicos o sinal de 4 a 20 mA cc do transmissor de vazo, proporcional ao quadrado da vazo medida, o sinal de 4 a 20 mA cc do transmissor de presso, proporcional presso absoluta esttica do processo. Mesmo que seja usado o valor da presso absoluta, normalmente se usa um transmissor de presso manomtrica e acrescenta-se 1 kgf/cm2 de polarizao. o sinal de 4 a 20 mA cc do transmissor de temperatura, proporcional temperatura absoluta do processo. Opcionalmente, pode-se recebe o sinal de resistncia de um RTD ou a militenso de um termopar. Tambm deve ser usado o valor da temperatura absoluta, em K; basta somar 273,2 escala Celsius. opcionalmente, pode receber o sinal de 4 a 20 mA cc de um transmissor de densidade, para corrigir a densidade do gs. O computador executa a seguinte equao:
Q=C p p TG

correta e aplica o fator de escalonamento certo. Quando a vazo sobe, o chaveamento para o transmissor de 200" ocorre em 98% da faixa do transmissor de 30"; quando a vazo desce, o chaveamento para o transmissor de 20" se d em 96% desta faixa. Esta diferena de chaveamento para evitar a oscilao contnua entre os dois transmissores, quando a vazo estiver marginalmente prxima do fundo de escala do transmissor de 20".

FQI

FY 2

FT11

FT21 FE

PT

TT

TW+TE

Fig. 6.4. Sistema com uma placa e dois transmissores de vazo

4.5. Vazo de massa de gs


Qualquer gs pode ser medido em termos de sua massa ou peso, usando-se a entrada de um medidor de densidade do gs, corrigindo-se a compressibilidade e a composio do gs.

Se a densidade relativa do gs aproximadamente constante com o tempo, um fator mdio 1/G pode entrar como parte da constante C

4.3. Sistema com 2 transmissores e uma placa


Existem computadores de vazo duais que podem receber sinais de sistemas de medio de vazo com uma placa e dois transmissores ou com duas placas e dois transmissores. comum se usar dois transmissores associados a uma nica placa de orifcio para aumentar a rangeabilidade da medio; por exemplo, um calibrado de 0 a 20" c.a. e o outro de 0 a 200" c.a. O computador de vazo seleciona automaticamente a presso diferencial

W = k p

127

Computador de Vazo 5. Seleo do Computador


Quando selecionando um computador de vazo, deve-se primeiro decidir o que o computador vai fazer, se necessrio um instrumento de preciso ou um sistema de controle, lembrando-se que o controle preciso comea com uma medio precisa e de alta resoluo. A resoluo do computador de vazo dada pelo nmero de bits de seu conversor A/D, por exemplo um computador com conversor de 18 bits possui resoluo de 0,01%. Porm, quando se considera a preciso, deve-se tomar o elo mais fraco do sistema, o elemento sensor de vazo. A preciso do sistema nunca ficar melhor que a do sensor do sistema, mesmo com conversor A/D de 18 bits. Tambm deve se considerar a necessidade da compensao de presso, temperatura, densidade e/ou viscosidade e quais os sensores e transmissores usados para as medies destas variveis. As questes que devem ser consideradas acerca do computador de vazo so Desempenho da medio resoluo, capacidade de linearizao, indicao da vazo instantnea, totalizao, alarme, intertravamento, pr-determinao. Condies ambientais e local de montagem sala de controle, que um ambiente excelente ou no campo, que requer caixa prova de tempo e se for rea classificada, requer uma classificao eltrica especial. Quantidade de malhas manipuladas possibilidade de se usar um computador de vazo com canal dual. Tipos de sinais de entrada e sada analgicos eletrnicos de 4 a 20 mA cc e pneumticos de 3 a 15 psig, sinal de resistncia eltrica (RTD) e militenso de termopar, militenso de tubo magntico de vazo, ou sinal de freqncia (turbina, vortex, deslocamento positivo, ultrasnico). Possibilidade de sada analgica para uso em outro equipamento. Comunicaes definir a metodologia de contatos de entrada/sada, sinais analgicos, sinais de pulso, portas de comunicao, por exemplo serial RS 232 C, RS 422 . Interfaces de comunicao definir os tipos de interfaces para Controlador Lgico Programvel, para Sistemas Digitais de Controle Distribudo, para impressoras . Aplicaes definir as equaes matemticas a serem executadas como da AGA-3, AGA-5, AGA-7, ANSI/API 2530, ANSI/API 2540, NX-19, ISO 5167, NIST 1045 e equaes de vapor ASME 9.2. Software entrada da configurao simples de somente alguns parmetros. As modificaes podem ser feitas pelo usurio ou apenas pelo fabricante. Servio no campo partida do sistema, reparo no campo e disponibilidade de peas de reposio.

6. Planmetro
Muitas indstrias armazenam os grficos com os registros permanentes dos valores instantneos da vazo para a observao visual das vazes instantneas e das suas tendncias, para fins de cobrana e para levantamento de balanos. A totalizao da vazo pode ser obtida ou por clculos manuais ou atravs do planmetro.

6.1. Histrico
O planmetro um instrumento de preciso usado para a avaliao rpida e exata de reas planas de qualquer formato ou contorno. Na medio de vazo, o planmetro usado especialmente para totalizar a vazo, a partir de registros da vazo instantnea, da presso esttica e da temperatura em grficos circulares ou de tira. A integrao pode ser feita por um planmetro de mesa operado manualmente, automaticamente ou por um sistema incluindo um computador pessoal. O primeiro planmetro foi desenvolvido pelo matemtico suo James Laffon, em 1854. Ele chamou-o de "Integrador Scheiben". Trabalhando de modo independente, o professor austraco A. Miller Hauenfels inventou o planmetro polar, em 1855. Os fabricantes mais conhecidos so: LASICO (Los Angeles Scientific Instrument Co.), Flow Measurement (Tulsa, OK), UGC Industries e Ott.

128

Computador de Vazo
H trs mtodos bsicos para medir as reas planas de registros de vazes instantneas: 1. clculo matemtico, 2. mtodo do corte e peso e 3. mtodo do planmetro. pedao do mesmo material de tamanho conhecido. Este mtodo lento, destrutivo e impreciso. Pequenas variaes na umidade do ar ambiente pode alterar significativamente o peso do material, provocando grandes erros. Uma balana de preciso to cara e difcil de ser obtida quanto um planmetro.

6.4. Mtodo do planmetro


O mtodo do planmetro o mais profissional, rpido, preciso, eficiente e consistente mtodo para medir reas planas. No se requer nenhuma habilidade matemtica para operar um planmetro, simplesmente deve-se seguir o contorno da rea com um traador e o resultado diretamente indicado, por contadores digitais, mecnicos ou eletrnicos. Atualmente, os planmetros possuem vrias funes, como as de: 1. computao automtica da rea na escala e unidade corretas, 2. processamento dos resultados atravs de calculadoras embutidas, 3. programao para qualquer relao de escala plausvel, 4. acumulao de resultados na memria, para processamento posterior, 5. converso rpida entre unidades de vrios sistemas, 6. programao para medies em volume (m3, ft3) ou $/volume. A preciso tpica do planmetro de 0,1 a 0,5% do fundo de escala.

Fig. 6.5. Planmetro para grfico circular (Lasico)

6.2. Clculo matemtico ou aritmtico


Embora lento, o clculo aritmtico funciona bem, quando so envolvidas reas de formato regular, como o quadrado, retngulo, tringulo e crculo. Quando a figura mais complicada, como o trapzio, ou composta de vrias outras regulares, como o retngulo com extremidades circulares, demora-se mais, pois ela deve ser subdividida em figuras regulares e suas sees so avaliadas separadamente e somadas ao final. Quando a figura completamente irregular, necessrio subdividir a rea em quadrados de tamanho conhecido. Os quadrados devem ser contados e as sees dos quadrados estimados em tamanho e somadas. Neste caso, no mais eficiente usar o mtodo do clculo matemtico, pois o mtodo seria muito lento e impreciso.

6.3. Mtodo do corte e peso


As reas a serem calculadas devem ser cortadas com uma tesoura, colocadas em uma balana de preciso e pesadas. O peso total dividido pelo peso de um

129

Computador de Vazo
6.5. Grficos Circulares Uniformes
Os grficos uniformes so divididos em segmentos iguais, entre o raio interno e o externo. Ao longo de um arco sobre o qual a pena registrou, os grficos podem ser marcados em percentagem do fundo de escala ou em unidades das variveis medidas, como oC, psia, m3/h.)

6.6. Seleo e Especificao do Planmetro


A seleo e especificao do planmetro incluem: 1. formato e tamanho do grfico, circular de 10", circular de 12", tira de 4" tipo rolo, tira de 4" tipo sanfona. 2. relao matemtica da sada com relao a vazo: linear, quadrtica. 3. tipo do totalizador/contador, mecnico ou eletrnico, com ou sem escalonador.

Fig. 6.6. Planmetro para grfico de tira Para um planmetro que integra radialmente, deve-se usar um fator de correo, porque o planmetro radial considera as distancias radiais mdias e os grficos uniformes empregam incrementos iguais ao longo do arco. Este fator pode ser obtido de curvas disponveis na literatura tcnica. A no ser que as presses diferencial e esttica permaneam constantes ou seja usado um extrator de raiz quadrada, os planmetros radiais no devem ser usados para achar a mdia dos registros das presses diferencial e esttica. Nos clculos deve-se achar a mdia da raiz quadrada e no a raiz quadrada da mdia.

Apostilas\Instrumetnacao

Display.doc

11 DEZ 98 (Substitui 27 ABR 97)

130

2.7 Controlador
1. Conceito
O principal componente da malha de controle o controlador, que pode ser considerado um amplificador ou um computador. O controlador automtico o instrumento que recebe dois sinais a medio da varivel e o ponto de ajuste, compara-os e gera automaticamente um sinal de sada para atuar a vlvula, de modo a diminuir ou eliminar a diferena entre a medio e o ponto de ajuste. O controlador detecta os erros infinitsimas entre o valor da varivel de processo e o ponto de ajuste e responde, instantaneamente, de acordo com os modos de controle e seus ajustes. O sinal de sada a funo matemtica cannica do erro entre a medio e o valor ajustado, que inclui as trs aes de controle proporcional, integral e derivativa. A combinao dessas trs aes e os seus ajuste adequados so suficientes para o controle satisfatrio e aceitvel da maioria absoluta das aplicaes prticas.

2.1. Medio
No controlador a realimentao negativa, a varivel controlada sempre deve ser medida. O controlador pode estar ligado diretamente ao processo, quando possui um elemento sensor determinado pela varivel medida. O controlador de painel recebe o sinal padro proporcional a medio do transmissor e deve possuir circuitos de entrada que condicionam o sinal de medio. O controlador pneumtico possui o fole receptor de 3 a 15 psig e o controlador eletrnico possui o circuito receptor, que pode ser a ponte de Wheatstone, o galvanmetro, o circuito potenciomtrico. A medio indicada na escala principal do controlador.

2.2. Ponto de Ajuste


Quanto ao ponto de ajuste, h trs modelos de controladores 1. com o ponto de ajuste manual, 2. com o ponto de ajuste remoto, 3. com o ponto de ajuste manual ou remoto. O controlador com o ponto de ajuste manual possui um boto na parte frontal, facilmente acessvel ao operador de processo, para que ele possa estabelecer manualmente o valor do ponto de referncia. Quando o operador aciona o boto, ele posiciona o ponteiro do ponto de ajuste na escala e gera um sinal de mesma natureza que o sinal da medio.

2. Componentes Bsicos
Para executar estas tarefas, o controlador deve possuir os seguintes blocos funcionais 1. a medio, 2. o ponto de ajuste 2. a comparao 3. a gerao do sinal de sada 4. a atuao manual opcional 5. a fonte de alimentao 6. as escalas de indicao

131

Controlador
2.3. Estao Manual Integral
A maioria absoluta dos controladores possui a estao manual de controle integralizada ao seu circuito. Sob o ponto de vista do controle, as situaes mais comuns que requerem a interveno manual do operador de processo so 1. na partida do processo, quando a banda proporcional menor que 100%. Neste caso, quando a medio est em 0% e o ponto de ajuste est acima de 50%, a varivel controlada est fora da banda proporcional. 2. quando o processo entra em oscilao, ou seja, quando o ganho da malha fechada de controle fica igual a 1. Quando se coloca o controlador em manual, abre se a malha de controle e se pode estabilizar o processo. Assim, para as partidas e emergncias, o controlador deve incluir um gerador de manual do sinal de sada acionado diretamente pelo operador do processo. Quando a sada vem do circuito PID, diz-se que o controlador est em automtico; quando vem do gerador manual, o controlador est em manual.

Fig. 7. 1. Controlador analgico de painel (Foxboro) O controlador com o ponto de ajuste remoto no possui nenhum boto na parte frontal. O sinal correspondente ao ponto de ajuste entra na parte traseira do controlador e indicado na escala principal. O sinal pode ser proveniente da sada de outro controlador ou de uma estao manual. O controlador com os pontos de ajuste remoto e local possui um boto para o operador estabelecer manualmente o ponto de ajuste e recebe o ponto de ajuste remoto. Ambos os sinais so indicados na escala principal. O controlador possui tambm a chave seletora R/L (remotolocal) do ponto de ajuste. fundamental que a medio e o ponto de ajuste sejam de mesma natureza, ambos pneumticos, mecnicos, de corrente ou de tenso eltrica, para que seja possvel a comparao entre eles. O ponto de ajuste e a medio so indicados na mesma escala principal do controlador e a posio relativa dos ponteiros fornece o valor do erro entre os dois sinais.

2.4. Unidade de Balano Automtico


A maioria dos controladores com a estao manual possui a estao de balano automtico que permite a passagem de automtico para manual e vice versa, de modo contnuo, sem provocar distrbio no processo e sem a necessidade de se fazer o balano manual da sada do controlador. Erradamente se pensa que esta transferncia requer a igualdade entre a medio e o ponto de ajuste (?!). Quando o controlador no possui a estao de transferncia automtica, o operador deve garantir que o sinal inicial da sada manual seja igual ao sinal final da sada automtica de modo que o processo no perceba esta mudana de automtico para manual. No mnimo, o controlador possui um dispositivo de comparao que possibilita o balano prvio entre os sinais de sada automtico e manual. O fundamental no provocar uma descontinuidade no sinal de sada

Fig. 7. 2. Controladores e registrador (Foxboro)

132

Controlador
quando da transferncia de automtico para manual ou manual para automtico.

2.5. Malha Aberta ou Fechada


Assim que o controlador instalado em um processo e colocado em automtico, cria-se uma malha fechada. A sada do controlador afeta a medio e vice-versa. Quando este efeito quebrado em qualquer uma das direes, a malha chamada de aberta e no mais existe o controle a realimentao negativa. Vrios eventos podem abrir a malha fechada a realimentao negativa 1. a colocao do controlador em manual. Isto causa a sada se manter constante, mesmo que haja variao da medio, a no ser que o operador a modifique. 2. a falha do sensor ou do transmissor. Isto elimina a habilidade do controlador observar a varivel controlada. 3. a saturao da sada do controlador em 0 ou 100% da escala. Isto elimina a habilidade do controlador atuar no processo. 4. a falha do atuador da vlvula, por causa de atrito ou falha na vlvula. Quando uma malha de controle no est operando corretamente, a primeira coisa a verificar se a malha continua fechada. Muitas vezes, se perde muito tempo tentando sintonizar um controlador quando o problema est em outro local da malha de controle.

Fig. 7. 3. Controlador pneumtico de campo (Foxboro) A regra bsica para a seleo das aes do controlador e da vlvula a seguinte: 1. a partir da segurana do processo, determina-se a ao da vlvula de controle. 2. depois de definida a ao da vlvula e partir da lgica do processo, determina-se a ao do controlador. Por, exemplo, seja o controle do nvel de um tanque. As alternativas so a segurana do tanque cheio ou vazio, a ao do controlador direta ou inversa, a atuao da vlvula ar-para-abrir ou arpara-fechar e a vlvula de controle esta na entrada ou na sada do tanque. Combinando-se estas situaes, chega-se a quatro configuraes possveis Tanque vazio seguro e vlvula na sada. A partir da segurana, obtida com o tanque vazio, a vlvula deve ser ar-parafechar na falta de ar, a vlvula abre e o tanque se esvazia, levando o sistema para a segurana. A vlvula est a 100% com 3 psig e a 0% com 15 psig. A ao do controlador, como conseqncia, deve ser inversa quando o nvel aumenta, a vlvula deve abrir mais para faze-lo diminuir e a sada do controlador deve diminuir, abrindo mais a vlvula.

2.6. Ao Direta ou Inversa


O controlador possui a chave seletora para ao direta e ao inversa. A ao direta significa que o aumento da medio implica no aumento da sada do controlador. A ao inversa significa que o aumento da medio provoca a diminuio da sada do controlador. A escolha da ao do controlador depende da ao da vlvula de controle e da lgica do processo. A atuao da vlvula de controle pode ser ar-para-abrir ou ar-para-fechar deve ser escolhida em funo da segurana do processo.

133

Controlador
Tanque vazio seguro e vlvula na entrada. A partir da segurana, obtida com o tanque vazio, a vlvula deve ser ar-paraabrir na falta de ar, a vlvula fecha e o tanque se esvazia, levando o sistema para a segurana. A vlvula est a 0% com 3 psig e a 100% com 15 psig. A ao do controlador, como conseqncia, deve ser inversa quando o nvel aumenta, a vlvula deve fechar mais para faze-lo diminuir e a sada do controlador deve diminuir, fechando mais a vlvula. Tanque cheio seguro e vlvula na sada. A partir da segurana, obtida com o tanque cheio, a vlvula deve ser ar-paraabrir na falta de ar, a vlvula fecha e o tanque se enche, levando o sistema para a segurana. A vlvula est a 0% com 3 psig e a 100% com 15 psig. A ao do controlador, como conseqncia, deve ser direta quando o nvel aumenta, a vlvula deve abrir mais para faze-lo diminuir e a sada do controlador deve aumentar, abrindo mais a vlvula. Tanque cheio seguro e vlvula na entrada. A partir da segurana, obtida com o tanque cheio, a vlvula deve ser ar-parafechar na falta de ar, a vlvula abre e o tanque se enche, levando o sistema para a segurana. A vlvula est a 100% com 3 psig e a 0% com 15 psig. A ao do controlador, como conseqncia, deve ser direta quando o nvel aumenta, a vlvula deve fechar mais para faze-lo diminuir e a sada do controlador deve aumentar, fechando mais a vlvula. Um controlador que retirado da malha para a manuteno e reinstalado pode ter sua ao de controle invertida. Muitas vezes, o posicionador da vlvula pode reverter a resposta da vlvula. Enfim, a ao do controlador, a ao da vlvula, a posio do atuador, a ao do posicionador, tudo deve ser considerado e coerente para se obter o controle desejado.

LC

100% 0 3

sada 15 psi

Fig. 7.4. Ao inversa do controlador Tanque Tanque vazio seguro. Falta de ar, vlvula abre, tanque fica vazio, que a condio segura. Atuador da vlvula (Falha Aberta) Ao do atuador: ar para fechar. Com 20 kPa (3 psi) vlvula aberta; com 100 psi (15 psi), vlvula fechada. Em caso de falha, vlvula fica aberta. Controlador Ao inversa (inc/dec) Quando nvel aumenta, controlador atua na vlvula para abrir mais, fazendo nvel diminuir Quando vlvula abre mais, sada diminui. Ao inversa porque aumento do nvel produz diminuio da sada do controlador. Esta configurao apresenta o inconveniente de demorar a esvaziar o tanque, quando ele estiver cheio e necessitar ir para a posio segura de vazio. Por isso, a configurao mais conveniente : 1. Tanque vazio seguro 2. Ao do atuador: ar para abrir 3. Controlador atuando na vlvula de entrada do tanque 4. Ao do controlador: direta.

134

Controlador 3. Especificao do Controlador


As dificuldades de controle do processo variam muito e por isso so disponveis controladores comerciais de vrios tipos e modos de controle. Existem caractersticas padronizadas e existem aquelas especiais, fornecidas somente quando explicitamente solicitado. No especificar todas as necessidades requeridas implica em se ter um controle de processo insatisfatrio e at impossvel. Especificar o equipamento com caractersticas extras que no tero utilidade , no mnimo, um desperdcio de dinheiro. Constitui tambm uma inutilidade a especificao do instrumento com caractersticas especiais, sem entende-las e sem ajusta-lo de modo apropriado.

LC

100% 0 3

sada 15 psi

Fig. 7. 5. Ao direta do controlador Tanque Tanque cheio seguro. Falta de ar, vlvula fecha, tanque fica cheio, que a condio segura. Atuador da vlvula (Falha Fechada) Ao do atuador: ar para abrir. Com 20 kPa (3 psi) vlvula fechada; com 100 psi (15 psi), vlvula aberta. Em caso de falha, vlvula fica fechada. Controlador Ao direta (inc/inc) Quando nvel aumenta, controlador atua na vlvula para abrir mais, fazendo nvel diminuir Quando vlvula abre mais, sada aumenta. Ao direta porque aumento do nvel produz aumento da sada do controlador. Esta a configurao preferida para a condio de tanque cheio seguro. Outra configurao possvel, mas que apresenta o inconveniente de demorar a encher o tanque, quando ele estiver vazio e necessitar ir para a posio segura de cheio, : 1. Tanque cheio seguro 2. Ao do atuador: ar para fechar 3. Controlador atuando na vlvula de entrada do tanque 4. Ao do controlador: inversa.

3.1. Controlador Liga-Desliga


O controlador liga-desliga instvel, por construo, pois no possui o circuito de realimentao negativa para diminuir seu ganho, que , infinito. A sua construo a mais simples e o controlador pneumtico consiste de 1. fole de medio 2. fole de ponto de ajuste 3. conjunto bico-palheta Como no se precisa estabilizar o sistema, no se usa o fole de realimentao negativa. O controlador ligadesliga pode ser obtido a partir do controlador proporcional, retirando-se o conjunto fole de realimentao proporcional e a mola. A sada do controlador pneumtico ligadesliga igual a 0 psig ou 20 psig, que o valor da alimentao. O controlador liga-desliga pode sofrer pequenas modificaes que melhoram o desempenho do circuito convencional.

3.2. Controlador de Intervalo Diferencial


O controlador de intervalo diferencial anlogo ao liga-desliga, porm, em vez de ter um nico ponto de referncia, possui dois pontos de atuao um para ligar o

135

Controlador
elemento e outro para desligar. Entre os dois pontos h um intervalo. O principal objetivo do controle de intervalo diferencial evitar as operaes freqentes de partida e parada do operador final. A amplitude de oscilao aumentada, porm, a freqncia de oscilao melhorada e o elemento final de controle acionado um menor nmero de vezes. A principal aplicao do controle de intervalo diferencial em sistema de medio de nvel, quando no se quer o controle exato do nvel, mas se deseja apenas evitar que o tanque vaze ou fique vazio. O motor da bomba de enchimento ligado no nvel mnimo e desligado no nvel mximo. Entre os dois nveis o motor permanece numa situao estvel ligado quando estiver subindo e desligado quando estiver descendo. Deste modo, o motor da bomba de enchimento ligado poucas vezes. sobre a Instrumentao Pneumtica e sobre a Instrumentao Eletrnica. Porm, para fixar idia e para se entender os princpios bsicos, ser visto aqui o circuito bsico do controlador proporcional. Por simplicidade e por exigir menos prrequistos, ser mostrado o esquema simplificado do controlador pneumtico. Ser admitido que seja sabido o funcionamento do conjunto bico-palhetarel pneumtico. O conjunto bico-palheta gera um sinal pneumtico padro de 3 a 15 psig, proporcional a distncia relativa entre o bico que sopra e a palheta que obstru. O bico alimentado pela alimentao pneumtica de 20 psig. O rel serve para amplificar pneumaticamente a presso e o volume de ar comprimido. Os foles pneumticos exercem foras que so proporcionais aos sinais de presso recebidos. Assim, quando se falar do fole de medio, pode se estar referindo indistintamente ao valor da medio, a presso exercida no fole, ou na fora exercida pelo fole. Foi considerado o sistema a balano de foras, quando poderia ter sido escolhido o de balano de movimentos. O circuito bsico do controlador pneumtico com ao proporcional constitudo dos seguintes elementos 1. fole de medio, que recebe o sinal da medio da varivel do processo 2. fole de ponto de ajuste, estabelecido manualmente ou de modo remoto. Esse fole sempre est em oposio ao fole de medio, a fim de que seja detectado o erro ou o desvio entre ambos os valores. 3. conjunto bico-palheta-rel, para gerar o sinal de sada do controlador. 4. A alimentao pneumtica de 20 psig aplicada ao bico, atravs do rel pneumtico. 5. fole proporcional ou fole de realimentao negativa, que recebe o sinal de sada do rel, que a prpria sada do controlador. A finalidade do fole proporcional a de estabilizar o sistema em uma posio intermediria. A realimentao negativa a

sada
100% 80% 60% 40% 20% 0%

0%

Banda larga

100% Temperatura

Banda estreita

Fig. 7. 6. Banda proporcional

3.3. Controlador Proporcional


A relao matemtica da sada do controlador proporcional puro a seguinte:
s = s0 + 100% e BP

Pelo enfoque do presente trabalho, no sero vistos os circuitos interiores dos instrumentos. Esse assunto ser tratado com maior rigor e cuidado nos trabalhos

136

Controlador
responsvel pela estabilidade do sistema. 6. mola, usada para contrabalanar a fora do fole proporcional. Normalmente a mola ajustada para prover a polarizao do controlador. Ela ajustada para o controlador produzir uma sada de 9 psig, quando o erro for igual a zero. 7. o fulcro ou ponto em torno do qual as foras se equilibram. O deslocamento desse ponto em torno da barra de foras que estabelece o valor da banda proporcional do controlador. Quanto mais prximo o ponto estiver dos foles medio-ponto de ajuste, mais larga a banda proporcional, menor o ganho e menos sensvel o controlador. Quanto mais prximo estiver o ponto de apoio do conjunto fole proporcional-mola, mais estreita a banda proporcional, maior o ganho e mais sensvel o controlador. No caso extremo do fulcro estar no ponto de contato dos foles de medio e de ponto de ajuste, o controlador no responde a nenhuma variao; no h controle. Quando o fulcro coincidir com o fole proporcional e a mola, no h realimentao negativa, o sistema instvel e o controlador liga-desliga, a ser visto depois. proporcional dosa a correo do controlador, evitando uma correo exagerada para uma determinada variao do processo. Se houvesse apenas a realimentao externa, provida pela medio do processo, a correo seria muito demorada e sempre haveria sobrepico (overshoot) de correo. Enquanto houver erro entre a medio e o ponto de ajuste, os seus foles tem presses diferentes e o fole de realimentao atua. Quando a medio fica igual ao ponto de ajuste, a sada do controlador se estabiliza. Quando aparece algum erro, a sada do controlador ir tambm variar, para corrigir o erro. Desse modo, como a sada do controlador est realimentada ao fole proporcional, o fole ir atuar at conseguir uma nova estabilizao entre a medio o ponto de ajuste. Porm, desde que a medio se afastou do ponto de ajuste, ele volta a ficar igual a ele, porm, diferente do valor anterior ajustado. O controlador pneumtico proporcional possui os trs foles de medio, de ponto de ajuste e de realimentao negativa. Para completar o balano das foras exercidas por estes foles introduzida uma quarta fora fixa, exercida por uma mola, geralmente ajustada para fornecer uma fora equivalente a presso de 9 psi (50% de 3 a 15 psi). Como a fora da mola fixa, s existe um ponto para a medio ser igual ao ponto de ajuste, que exatamente o ponto correspondente a 9 psi. Em todos os outros pontos, o controlador consegue estabilizar o processo, porm com a medio diferente do ponto de ajuste. Este o modo fsico de mostrar porque o controlador proporcional no consegue eliminar o desvio permanente entre medio e ponto de ajuste, exceto quando ambos so iguais a 9 psi.

Fig. 7. 7. Circuito pneumtico com as aes de controle (Foxboro) O fole proporcional um dispositivo que fornece a realimentao negativa ao controlador antes que a medio o faa atravs do processo. A realimentao interna do controlador mais rpida que a realimentao externa do processo. O fole

3.4. Controlador Proporcional mais Integral


A relao matemtica da sada do controlador proporcional mais integral a seguinte:

s = s0 +

100% 1 e+ edt BP Ti

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Controlador
e a ao integral a mxima possvel. Na prtica, o circuito pneumtico completo da unidade integral possui o fole, o tanque integral e a restrio. Aqui, por simplicidade, supe-se que o prprio fole integral possui uma capacidade suficiente. O controlador proporcional mais integral possui duas realimentaes da sua sada 1. a realimentao negativa, aplicada diretamente ao fole proporcional, 2. a realimentao positiva, aplicada ao fole integral atravs de uma restrio pneumtica ajustvel. Com a restrio numa posio intermediria, as presses do fole proporcional e do fole integral no podem ser simultneas. A ao proporcional imediata e a ao integral atrasada; imediatamente aps o aparecimento do erro h a realimentao negativa e depois de um intervalo ajustvel, atrasada, h a realimentao positiva. Quando o processo se estabiliza, temse o circuito do controlador equilibrado a fora da medio igual a do ponto de ajuste e a fora do fole proporcional igual a do integral. Quando aparece um distrbio no processo e a medio se afasta do ponto de ajuste, o controlador P + I faz uma correo proporcional ao erro, imediatamente. Esta atuao deixa um desvio entre a medio e o ponto de ajuste. Logo depois da ao proporcional e enquanto persistir alguma diferena entre a medio e o ponto de ajuste, a ao integral ir atuar, at que a medio fique novamente igual ao ponto de ajuste. A ao integral ir atuar no processo at que se tenha novamente outro equilbrio entre a medio e o ponto de ajuste.

Raramente se utiliza a ao integral isolada. Em compensao, o controlador com as duas aes, proporcional e integral, utilizado em cerca de 70% das malhas de controle de processo. O controlador proporcional mais integral possui as duas aes independentes e com objetivos diferentes e complementares 1. a ao proporcional esttica e serve para estabilizar o processo. Porm, a ao isolada insuficiente para manter a medio igual ao ponto de ajuste e deixa um desvio permanente. 2. ao integral dinmica e serve para eliminar o desvio permanente deixado pela ao proporcional. A ao integral uma correo adicional e atua depois da ao proporcional. No controlador pneumtico proporcional e integral, acrescenta-se um fole junto mola. Em vez de se ter uma fora fixa, tem se uma fora varivel, que pode equilibrar as foras proporcionais s presses da a medio, do ponto de ajuste e da realimentao negativa. O controlador pneumtico P + I possui os seguintes componentes circuito 1. fole de medio, 2. fole de ponto de ajuste, em oposio ao fole de medio, 3. fole de realimentao negativa ou fole proporcional, 4. fole integral, que se superpe mola e em oposio ao fole de realimentao. Ele tambm recebe a realimentao da sada do controlador, atrasada e em oposio ao fole proporcional. A realimentao positiva da sada do controlador ao fole integral feita atravs de uma restrio pneumtica. O objetivo desta restrio ajustvel o de atrasar o sinal realimentada determinando a ao integral. Ela pode ficar totalmente fechada, de modo que ela corta a realimentao e elimina a ao integral ou totalmente aberta, quando no produz nenhuma restrio, nenhum atraso

3.5. Controlador Proporcional mais Derivativo


A relao matemtica da sada do controlador proporcional mais derivativa a seguinte:

s = so +

100% de e + Td BP dt

No controlador pneumtico proporcional e derivativo, acrescenta se

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uma restrio no circuito de realimentao negativa. Em vez de se ter uma realimentao instantnea, tem-se uma realimentao com um atraso ajustvel. O controlador proporcional mais derivativo possui o seguinte desempenho a ao proporcional estabiliza estaticamente o processo corrigindo os erros proporcionalmente as suas amplitudes, a ao derivativa adiciona uma componente corretiva para cuidar principalmente dos erros com variao rpida. fole integral possui uma capacidade suficiente. O objetivo da restrio o de atrasar a realimentao negativa. Como a realimentao negativa atrasa a resposta do controlador, atrasar o atraso equivale a adiantar a resposta, para os desvios rpidos do processo lento. Por esse motivo, a ao derivativa tambm chamada de ao antecipatria O controlador proporcional mais derivativo possui o seguinte funcionamento: 1. imediatamente aps a variao rpida do processo no h realimentao negativa, pois h uma restrio pneumtica. O controlador se comporta como um controlador liga-desliga ou com uma banda proporcional muito estreita, 2. com o passar do tempo, a realimentao negativa vai se processando e pressurizando o fole proporcional e tornando o controlador estvel. 3. quando a variao do processo muito lenta, praticamente a ao derivativa no atua, pois lentamente tambm est havendo a realimentao negativa. 4. Desse modo, quanto mais brusca for a variao na medio, menor ser a ao imediata da realimentao negativa e mais ao corretiva ser transmitida a vlvula, pela ao derivativa. 5. Quando se coloca o circuito derivativo no elo da realimentao negativa do fole proporcional h alguns inconvenientes 6. h a interao entre os modos proporcional e derivativo. Quando o controlador possui o modo integral, a ao derivativa interfere tambm no modo integral. 7. a ao derivativa segue a ao proporcional 8. a ao derivativa modifica a sada do controlador quando h variao do ponto de ajuste, provocado pelo operador. Se esta variao for muito rpida, e geralmente o , a sada do controlador produz um pico, podendo fazer o processo oscilar.

Ve

+
RI CI R

+
RD R CD

R R R

+ +

Vo

Fig. 7. 8. Circuito eletrnico esquemtico do controlador PID Note se que o controlador P + D deixa o desvio permanente entre a medio e o ponto de ajuste. A ao derivativa incapaz de corrigir o desvio permanente, pois ele constante com o tempo. O circuito do controlador proporcional mais derivativo constitudo de 1. o fole de medio, 2. o fole de ponto de ajuste, em oposio ao fole de medio, 3. o fole proporcional, sendo realimentada negativamente da sada e atravs da 4. restrio derivativa. Na prtica, o circuito pneumtico completo da unidade derivativa possui o fole, o tanque derivativo e a restrio. Aqui, por simplicidade, supe-se que o prprio

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Controlador
A soluo prtica para eliminar esses problemas colocar o circuito derivativo antes das aes proporcional e integral e atuando apenas na medio. 3. a derivativa uma ao adicional que apressa a correo, gerando uma ao proporcional velocidade da variao do erro, antes da ao proporcional. O modo proporcional o modo bsico e sempre utilizado nos controladores analgicos. Ele o principal responsvel pela estabilidade do processo. O modo integral deve ser usado para eliminar o desvio permanente entre a medio e o ponto de ajuste. Ele deve ser evitado quando h possibilidade de saturao. Ou, o que mais inteligente, devem ser tomados cuidados especiais para se evitar que a ao integral leve o controlador para a saturao. O modo derivativo de ser usado em processos com grande inrcia e que sofrem variaes bruscas, que seriam vagarosamente corrigidas, em o modo derivativo. Porm, a ao derivativa deve ser em processos com muito rudo, que so pequenas e numerosas variaes bruscas. A ao derivativa iria amplificar esses rudos, tornando o desempenho do controle do processo prejudicado. O modo proporcional desempenha uma realimentao negativa no interior do controlador, tornando-o mais estvel. A ao integral executa uma realimentao positiva, se opondo ao proporcional. A ao derivativa, geralmente separada e anterior s outras duas aes, retarda a realimentao negativa, apressando a correo.

Fig. 7. 9. Circuito pneumtico do controlador PI

3.6. Proporcional + Integral + Derivativo


A relao matemtica da sada do controlador proporcional mais integral mais derivativa ou do controlador PID a seguinte:

s = s0 +

100% 1 de e + edt + Td BP Ti dt

ou, no caso pratico onde a ao derivativa s atua na medio m da varivel,

s = s0 +

100% 1 dm e + edt + Td BP Ti dt

3.7. Controlador Tipo Batelada


O processo batelada ou descontinuo ciclicamente ligado, controlado e desligado. sempre desejvel que todo o controle seja feito em automtico, sem o envolvimento direto e manual do operador. Quando se utiliza um controlador convencional, contendo modos proporcional e integral, para o controle de processo batelada, os perodos de tempo em que o processo fica desligado e o controlador continua ligado podem causar a saturao do modo integral e, portanto, do controlador. Quando o processo est desligado, o controlador continua integrando o desvio entre a medio e o ponto de ajuste e certamente fica saturado.

O controlador proporcional mais integral mais derivativo possui as trs aes de controle e o mais completo possvel. Repetindo os objetivos das aes 1. a ao proporcional estabiliza o processo, provocando uma correo proporcional ao valor do erro, instantaneamente, 2. a integral uma ao auxiliar que elimina o desvio permanente, produzindo uma correo proporcional durao do erro, depois da ao proporcional,

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Controlador
Tambm, a banda proporcional do controlador se desloca para o fim de escala superior. Quando o processo restabelecido, a medio ir subir e o controlador ainda continua inoperante, pois a medio est totalmente fora da banda proporcional. O controlador s ir comear a atuar quando o desvio mudar de sentido. A medio precisar ultrapassar o ponto de ajuste para se comear o controle do processo. Basta haver uma pequena capacidade no processo, a maioria dos processos a tem, para haver uma ultrapassagem grande da medio em relao ao ponto de ajuste. H um grande overshoot ( inevitvel, outra vez, o uso da palavra em ingls). Para eliminar a saturao e a conseqente ultrapassagem da medio usa-se a chave batelada, desenvolvida especificamente para essa aplicao. Na prtica, usa-se controlador batelada, que um controlador convencional com uma chave batelada incorporada a seu circuito. O controlador batelada, disponvel com dois modos proporcional e integral e com trs modos, proporcional, integral e derivativo, linear, contnuo, com ajustes adicionais de batelada e de precria, feitos na chave batelada. A funo exercida pela chave a de pressurizar o fole integral do controlador pneumtico. No controlador eletrnico, a de carregar artificialmente a uma determinada tenso, o capacitor integral do circuito. Nessa nova condio, o controlador no satura em valor elevado e a banda proporcional no deslocada para o limite superior da faixa de medio. Quando a sada do controlador alcanar um valor pr-determinado, ajustado na chave de batelada, o circuito integral fica grampeado em um valor artificial. Isso fora a banda proporcional a mudar de sentido. Como resultado desse deslocamento, a medio entra mais cedo dentro da banda proporcional. Na partida automtica do processo de batelada, a medio comea a subir e logo entra na banda proporcional, fazendo a sada do controlador atuar cedo no processo, bem antes da medio alcanar o ponto de ajuste. Essa aproximao suave da medio para o ponto de ajuste evita a ultrapassagem, melhorando a resposta do processo. Embora sejam fenmenos interligados e dependentes, h basicamente dois ajustes na chave batelada ajuste de batelada, que determina o valor da sada onde a chave atua, grampeando a sada. Esse o ponto de atuao (trip). ajuste de precarga, que regula o valor da ao batelada, que o valor do deslocamento da banda proporcional para baixo, aps a atuao da chave. Esse o valor de precarga (preload) Existem chaves bateladas para valor mximo e para valor mnimo. Tipicamente, para batelada de mximo, o ponto ajustado 15,2 psig e o valor de precarga ajustado em 3,0 psig. Mutatis mutandi, para batelada de mnimo, normalmente se ajusta o ponto de batelada em 2,8 psig e o ponto de precarga em 15,0 psig. Obviamente, outros valores podem ser reajustado e os fabricantes de instrumentos fornecem a literatura tcnica explicativa para a adequada Calibrao em bancada. Mas, normalmente, ambos os ajustes so feitos na fbrica e no se requer verificao ou mudana posteriores. A chave batelada atua na presso de sada do controlador, cuja faixa de 3 a 15 psig. O ajuste batelada, que determina o ponto de atuao, estabelecido em, p. ex., 15,2 psig. O ajuste pode ser feito por uma mola ou pode ser o valor de um sinal pneumtico remoto. Quando a sada do controlador est abaixo de 15 psig, a presso exercida do lado da mola maior e o sinal de sada do controlador passa livremente pela chave e vai realimentar o circuito integral do controlador. Isso permite que, em operao normal, o controlador atue sem interferncia da chave de batelada. Quando a sada atingir o valor de batelada ajustado na chave, assumido de 15,2 psig, a fora do diagrama da chave menor no lado da mola. A chave batelada atua, cortando o sinal de sada que era realimentada ao controlador. A presso do circuito integral do controlador , ento, aliviada para a atmosfera (quando no h ajuste de precarga) e cai, at atingir 0 psig. Quando utilizado o conceito de precarga, a presso do circuito integral cai at esse valor,

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Controlador
previamente ajustado na chave batelada. Essa situao permanece, enquanto o sinal de sada do controlador continuar maior que o valor batelada ajustado. Como o sinal do modo integral diminui, a banda proporcional deslocada para baixo do ponto de ajuste do controlador. O ajuste de precarga evita que a banda proporcional caia muito aqum do ponto de ajuste, tornando muito longo o perodo que o controlador permanece inativo na malha. Com o ajuste de precarga, durante a partida do processo, a medio entra logo na banda proporcional e o controlador comea a atuar mais cedo. Como conseqncia, a medio no ultrapassa o ponto de ajuste e a resposta dinmica do processo ideal. Na verso eletrnica, a filosofia de operao a mesma, porm os equipamentos so diferentes. No h chave batelada eletrnica. O controlador eletrnico batelada acrescenta configurao convencional um circuito de realimentao contendo amplificadores operacionais e o circuito de polarizao. Os ajustes de batelada e de precarga so feitos em potencimetros e o acesso se d pela parte frontal do controlador. Os limites de batelada e de precarga so atuantes mesmo em operao manual. Referente a saturao do modo integral do controlador devem ser tomadas as seguintes precaues 1. controladores de processo, especialmente os eletrnicos, que possuem limitadores do sinal de sada, podem ser usados sem nenhum cuidado extra em controle de malhas simples. Os limitadores da sada certamente impediro a saturao do modo integral, que poderia ser provocada pela realimentao interna normal. 2. para os sistemas de controle que exijam apenas a realimentao externa, como no caso de controle em cascata e auto-seletor, especificam-se controladores padro com a opo extra de realimentao externa. Normalmente, essa opo de realimentao externa do controlador implica tambm em pequenas modificaes no conector, na estante e nos mdulos de encaixe. No necessrio especificar um controlador batelada que certamente custa mais caro e fica superdimensionado. 3. para controle de processo tipo batelada, deve-se especificar o controlador especial, tambm tipo batelada. Alm de evitar a saturao do modo integral, ele torna possvel a partida automtica do processo, sem ultrapassagem da medio em relao ao ponto de ajuste. Nessa especificao importante definir qual a lgica do sistema, se batelada mxima ou batelada mnima. E, tambm, consultando a literatura dos fabricantes disponvel, determinar o valor dos ajustes de batelada e de precarga requeridos.

3.8. Controlador Analgico


Historicamente, at a dcada de 1970 foi usado principalmente o controlador analgico pneumtico, at a dcada de 1980, o controlador analgico eletrnico e a partir da dcada de 1980, o controlador digital eletrnico. O controlador analgico usa sinais contnuos para computar a sada do controlador. Testes feitos em controlador analgico industrial eletrnico revelaram os seguintes resultados 1. a banda proporcional medida era de 0 a 25% maior que a marcao do dial, 2. o tempo integral medido era cerca de 100% maior que a marcao do dial, 3. o tempo derivativo marcado era cerca de 40% a 70% menor que a marcao do dial, 4. o tempo integral medido no se alterava com a variao do ajuste do tempo derivativo. Teoricamente, para o controlador srie, o tempo integral deveria aumentar com o aumento do tempo derivativo. 5. o tempo derivativo e a banda proporcional medidos obedeceram aproximadamente as equaes tericas, exceto que a variao

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medida foi menor que a calculada para os ajustes grandes do dial. 6. a sada do controlador medida mostrou um pico sempre que um ajuste derivativo de qualquer valor era feito. O algoritmo terico do controlador srie fornece somente um pico se o tempo derivativo fosse ajustado em valores maiores que 1/4 Ti. 5. continua a mesma operao com a prxima varivel controlada. O tempo requerido para conseguir um novo nvel da varivel manipulada curto comparado com o tempo entre as amostragens. Pode-se assumir que a entrada para o processo uma seqncia de valores constantes que variam instantaneamente no inicio de cada perodo de amostragem.

Fig. 7. 10. Ajustes do controlador analgico (Foxboro)

Fig. 7. 11. Painel de programao do single loop Deve-se ter um algoritmo de controle para o clculo dos valores das variveis manipuladas. O prosaico algoritmo PID ainda utilizado. Esta operao discreta repetitiva e o perodo chamado de sample e hold. A grande desvantagem do controlador digital a introduo de vrios tipos de tempo morto devido ao tempo de amostragem, a computao matemtica, a filtragem analgica das harmnicas da freqncia de amostragem e a caracterizao do modo derivativo. Por causa deste tempo morto adicional, o controlador digital no pode ser usado indiscriminadamente em malha de controle de processo critico e rpido, como para o controle de surge de compressor ou controle de presso de forno em faixa estreita. O controlador digital aumentou a capacidade de computao para o controle e para a caracterizao das aes de controle, sendo adequado para estratgias de controle avanadas, como o controle preditivo antecipatrio (feedforward). Tipicamente, o controlador digital superior ao analgico na preciso e resoluo dos ajustes dos modos de controle; na preciso da computao adicional, linearizao e caracterizao de sinal; na flexibilidade em funo da

3.9. Controlador Digital


Hoje se vive em um mundo analgico cercado por um universo de tecnologia digital. O computador digital usado de modo intensivo e extensivo na instrumentao, no controle digital distribudo, no controle lgico programado de processos repetitivos, no controle a realimentao negativa de uma nica malha (single loop), em computao analgica de medio de vazo, na transmisso . Embora o processo seja contnuo no tempo, o controlador digital existe em um mundo discreto porque ele tem conhecimento das sadas do processo somente em pontos discretos no tempo, quando so obtidos os valores de amostragem. Em geral, o controlador digital: 1. obtm um valor amostrado da sada do processo, 2. calcula o erro entre a medida e o ponto de referncia armazenado no computador, 3. computa o valor apropriado para a entrada manipulada do processo, 4. gera um sinal de sada para o elemento final de controle,

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programao e da comunicao. Porm, o aumento da flexibilidade resulta em um aumento da responsabilidade do instrumentista, desde que maior leque de escolha implica em maior probabilidade de cometer erros. O controlador digital usa sinais discretos para computar a sada do controlador. Geralmente, o controlador digital baseado em microprocessador. O controlador digital emula o algoritmo analgico PID.

4.2. Caractersticas
Tamanho Tem tamanho pequeno ou muito pequeno (menor que as dimenses DIN). No necessariamente a mais importante, mas um das caractersticas mais notvel da presente gerao de controladores single loop seu pequeno tamanho fsico. A maioria dos controladores segue as dimenses europias DIN (Deutche Industrie Norm) para aberturas de painel. Funes de controle Muitos controladores chamados de single loop so dual loops. Atravs de microprocessadores no circuito, muitos controladores oferecem os formatos de liga-desliga e PID. Outros controladores incorporam funes matemticas, ou no prprio circuito ou atravs de mdulos funcionais opcionais incorporados na caixa. Estas funes matemticas incluem: 1. Somador - subtrator 2. Ganho ajustvel com polarizao 3. Multiplicador - divisor 4. Compensador lead/lag (avano/atraso) 5. Filtro dual 6. Limitador de rampa 7. Limitador de sinal 8. Rastreamento (tracking) analgico 9. Extrator de raiz quadrada 10. Seletor de sinal (alto/baixo) 11. Seletor de sinal (mdio 12. Conversor de sinal (termopares, RTD) 13. Potencimetro (no isolado e isolado) Auto-sintonia Esta propriedade disponvel na maioria dos controladores single loop, exceto nos de baixo custo. Seqencial e programao de tempo A maioria dos controladores single loop possui capacidade de programao temporal e sequenciamento de operaes. A programao envolve quaisquer duas variveis, porm o mais comum se ter o tempo e a temperatura. Em siderurgias, comum a aplicao de programas de temperatura, onde se tem uma rampa de

4. Controlador Microprocessado
4.1. Conceito
O controlador single loop o instrumento microprocessado com todas as vantagens relacionadas acima inerentes sua natureza que pode ser usado para controlar uma nica malha (da o nome, single loop). tambm chamado de single station. O controlador single loop resolve o algoritmo de controle para produzir uma nica sada controlada. O seu baixo custo permite que ele seja dedicado a uma nica malha. Por questo de marketing e por causa de sua grande capacidade, um nico invlucro pode ter dois e at quatro controladores, porm, com o aumento de dificuldade da operao. O microprocessador pode ter qualquer funo configurvel e por isso, um mesmo instrumento pode funcionar como controlador, controlador cascata, controlador auto-seletor ou como computador de vazo com compensao de presso e temperatura. A configurao pode ser feita atravs de teclados acoplados ao instrumento ou atravs de programadores separados (stand alone). Como a tecnologia do single loop moderna, o instrumento incorpora todos os avanos da tecnologia eletrnica, microprocessadores, displays novos e programas criativos.

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aquecimento, a manuteno da temperatura em um patamar durante um determinado tempo e o abaixamento em vrios degraus. Outras propriedades Os controladores single loop possuem ainda capacidade de auto/manual, ponto de ajuste mltiplo, autodiagnose e memria. So construdos de conformidade com normas para ser facilmente incorporado e acionado por sistemas SDCD. As aplicaes tpicas do single loop so em plantas pequenas e mdias que no podem ou no querem operar, em futuro prximo, em ambiente com controle digital distribudo. Mesmo em sistemas de SDCD, h malhas crticas que, por motivo de segurana, so controladas por controladores single loop.

Fig. 7. 12. Controladores single loop (Foxboro) Suas especificaes funcionais so: 1. sinais de entrada proporcionais, qualquer combinao no excedendo 4 analgicas (4 a 20 mA, 1 a 5 V, voltagem de termopar ou resistncia de RTD) e 2 entradas de freqncia. Todos os sinais de entrada so convertidos e podem ser caracterizados em uma variedade de clculos. 2. cada controlador possui duas funes de controle independentes que podem ser configuradas como um nico controladores, dois controladores em cascata ou em seleo automtica. Os algoritmos padro para cada controlador so P, I, PD, PI, PID e controle EXACT 3. duas sadas analgicas no isolados e duas sadas discretas 4. outras funes de controle como caracterizao, linearizadores, portas lgicas, condicionadores de sinal 5. alarmes 6. computaes matemticas 7. alimentao do transmissor de campo 8. memria para armazenar todos os parmetros de configurao e operao 9. filtros de entrada (Butterworth) 10. distribuio de sinais (at 30 sinais para roteamento interno)

4.3. Controladores comerciais


Controlador Foxboro O controlador single station Foxboro inclui: 1. display analgico fluorescente para mostrar atravs de barra de grfico o valor da varivel, do ponto de ajuste e da sada do controlador 2. display digital para indicar atravs de dgitos os valores e unidades de engenharia 3. display alfanumrico para indicar tag da malha selecionada 4. painel da estao de trabalho, para indicar status de operao (computador ou local), status do ponto de ajuste (remoto, local ou relao), status da sada (automtico ou manual) e status de alarme (ligado ou desligado) 5. teclado com 8 teclas para configurao e operao para selecionar, configurar e sintonizar o controlador

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Controlador
Controlador Yokogawa O controlador single loop da Yokogawa incorporam funes computacionais e de controle que podem ser combinadas do mesmo modo que uma calculadora de bolso. A funo de auto-sintonia para otimizar o controle til principalmente em aplicaes de batelada de multiprodutos, onde as caractersticas do processo podem variar de produto para produto. Suas caractersticas incluem: 1. controle feedforward, com computaes de ganho e polarizao, 2. processamento de sinais 3. entradas analgicas (4 pontos de 1 a 5 V cc) 4. sadas analgicas (3 pontos de 1 a 5 V cc, 1 ponto de 4 a 20 mA cc) 5. estao de computao programvel com display de dados, processamento de sinal e sequenciamento 6. 10 pontos de status de entrada/sada definidos pelo usurio 7. quatro chaves funcionais no painel frontal para iniciar as seqncias de controle 8. quatro lmpadas associadas para indicar o progresso da seqncia ou servir como cursor 9. 43 funes computacionais

4.1. Descrio e Funes


A estao de controle automtico fornece a interface para a interao normal do operador com a malha de controle, de modo automtico ou manual. A estao indica os valores da medio (ponteiro vermelho) e ponto de ajuste (ponteiro preto e branco) em uma escala de 100 mm de altura, vertical, intercambivel com a escala do indicador ou estao manual. A preciso dessas indicaes de 0,5% da largura de faixa. H indicao tambm do sinal de sada, em uma escala horizontal, com preciso de 2,5% da largura de faixa.

Fig. 25. Estao de controle automtico Na parte frontal, a estao de controle possui a chave de transferncia de duas posies AUTOMTICO ou MANUAL, que fornece a transferncia sem necessidade de balano e sem provocar descontinuidade ao processo. Logo abaixo dessa chave h o boto de comando manual, que gera um sinal de 0 a 10 V cc, em duas velocidades distintas. H uma seta indicando o sentido de abertura ou fechamento da vlvula de controle, bem como dois ndices de memria para indicar os limites de trabalho do operador final. Quando a estao do modelo com ponto de ajuste manual, h um boto, na parte frontal da estao, para prover o seu ajuste. Quando a estao tem ponto de ajuste ou manual ou remoto, alm desse boto de ajuste manual, h uma chave seletora com duas posies REMOTO/LOCAL. Opcionalmente, pode haver lmpadas de alarmes, colocadas na parte superior da estao. Nesse caso h

Fig. 7. 13. Controladores single loop (Yokogawa)

4. Controlador SPEC 200

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Controlador
um pequeno boto de reconhecimento e teste do alarme, entre os dois botes ajuste manual e seleo R/L. Quando no h alarme possvel se encontrar o furo, porm com uma tampinha plstica. A identificao da estao feita no visor, na parte superior e frontal. controle, por um cabo padro, de tamanho varivel, 2AK. Normalmente a estao ligado ao mdulo padro 2AC. Porm, quando h caractersticas especiais, p.ex., sistema auto-seletor, a estao de controle deve ser ligada tambm a um mdulo especial, p.ex., 2AC-R3. Ainda, quando h opes extras para a estao de controle, p.ex., indicao do estado AUTO/MANUAL, ajuste externo do modo AUTO/MANUAL, as estaes exigem tambm um mdulo de distribuio de sinais com acesso funo de controle (2AX+DFA). Nesse caso, a estao de controle recebe alimentao das duas reas painel de leitura e armrio. Finalmente, em casos extremos pode se exigir o uso de mdulo especial de controle, p.ex., 2AC+R3 e mdulo de distribuio especial, p.ex., 2AX+DFC. Os fusveis, disponveis no mdulo de controle protegem o sistema SPEC200 de curto circuito eventualmente provocados pela estao de controle e sua fiao. Geralmente a sintonia dos circuitos eletrnicos, ajustes de calibrao so encontrveis e feitos no carto de controle. A estao de controle uma caixa vazia, apenas com o circuito de indicao e com as chaves de monitorao do operador. Nessa configurao o operador no tem aos circuitos de sintonia e ajustes de zero, faixa, limites de sada. Apenas estabelece o ponto de ajuste, aciona manualmente o elemento final de controle. Quando essa situao no desejvel, pode-se ter os circuitos eletrnicos e de alarme na prpria estao de controle. Nesse caso, os cartes de controle so diferentes e no possuem nenhum ajuste em sua parte frontal. So os cartes 2AX+T.

Fig. 26. Estao de controle ligada ao armrio

Fig. 27. Bloco terminal no mdulo de controle

Fig. 28. Estao com tomada para o cabo A estao de controle automtico montada na estante do painel de leitura. Cada estao ocupa um espao de estante. ligada estante atravs de um cabo padro, com 42 polegadas de comprimento, preso estante por uma braadeira e com a tomada fixa parede da estante por 4 parafusos. Esse conjunto de ligao igual, tanto para o indicador, registrador, estao manual ou estao automtica. A estao de controle automtico ligada rea do armrio ao mdulo de

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Controlador 5. Estao Manual de Controle


A estao manual, chamada de HIC (hand indicator controller), de estao auxiliar ou de estao de carga manual (load station) o instrumento que possibilita ao operador atuar diretamente no processo atravs da gerao manual de sinais padro eletrnicos ou pneumticos. As aplicaes tpicas da estao manual incluem 1. a atuao direta e manual no processo, em substituio ao controle automtico ou como nica alternativa. 2. a gerao do ponto de ajuste remoto do controlador 3. o aumento da capacidade, como adicionar polarizao, fazer proporo, atuar em vrios elementos finais. A estao auxiliar tem aparncia externa idntica do controlador, com escala vertical; botes de atuao; chaves de transferncia A/M, polarizao e relao . As estaes so disponveis em vrios modelos de complexidade crescente 1. a estao manual de carga 2. a estao com chaveamento A/M 3. a estao com chave A/M e com 100% de polarizao ajustvel 4. a estao de relao

5.1. Estao Manual


A estao de atuao manual (Manual Loading) gera o sinal padro, pneumtico ou eletrnico, atravs da atuao manual do operador. A estao possui um medidor do sinal de sada gerado manualmente. Duas aplicaes tpicas da estao manual: 1. regular manualmente a posio da vlvula de controle no campo. Esta ao manual pode substituir a atuao automtica do controlador ou a atuao manual feita localmente atravs do volante da vlvula. 2. estabelecer o ponto de ajuste de controlador individual ou mesmo ajustar simultaneamente os pontos de ajuste de vrios controladores no mesmo nvel. Nesta aplicao a sada da estao de ajuste manual alimenta diretamente o circuito do ponto de ajuste dos controladores.

5.2. Estao de Chaveamento A/M


Normalmente o controlador possui uma estao manual auxiliar, que pode ser atuada manualmente pelo operador, desde que a chave seletora esteja na posio Manual. Esta estao manual, acoplada a unidade de controle automtico, de tamanho pequeno, com a resoluo de leitura pior que as indicaes da estao automtica e com a arquitetura pouco flexvel e limitada. Por isso, se desenvolveu comercialmente a estao manual com o chaveamento automtico/manual.

Fig. 7.14. Estao manual acoplada ao controlador

Fig. 7.15. Estao manual (stand alone)

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Controlador
A estao auxiliar de chaveamento A/M usada com outro controlador automtico e permite as seguintes opes 1. Regulao manual da posio da vlvula de controle, quando a chave de transferncia estiver em Manual. 2. Passagem direta do sinal de um controlador automtico para a vlvula de controle, quando a chave de transferncia estiver em Automtico. Tipicamente h uma indicao da diferena entre os sinais automtico e manual de modo a informar e auxiliar o operador nos procedimentos de transferncia. Quando a malha de controle complexa requer um nico controlador atuando em duas ou mais vlvulas de controle, em paralelo, a sada do controlador automtico passa atravs das vrias estaes manuais para atuar nas vrias vlvulas de controle. Esta montagem permite ao operador atuar manualmente uma ou mais vlvulas de controle, enquanto as outras vlvulas esto sendo controladas automaticamente. Isto justificado quando 1. em postas em marcha, quando ainda as capacidades das vlvulas esto excessivas. H excesso de ganho, portanto instabilidade, quando ambas as vlvulas esto operando muito prximos da posio de fechamento. 2. as vlvulas esto superdimensionadas, para atender a capacidade de futuras ampliaes. Tambm neste caso existem malhas com ganhos muito elevados, portanto instveis. Uma outra soluo para este problema seria utilizar, se disponveis, vlvulas com capacidades reduzidas. Nas ampliaes, trocariam os internos das vlvulas para capacidades totais. 3. h necessidade da manuteno de uma das vlvulas, enquanto as outras vlvulas permanecem no processo. 4. se fixa o ponto de operao de uma vlvula manualmente enquanto as outras vlvulas so controladas automaticamente.

Fig. 7. 16. Estao manual A/M

5.3. Estao A/M e Polarizao


A estao com chaveamento A/M e polarizao ajustvel possui as seguintes caractersticas: 1. na posio automtica, ela no atua no processo e o sinal automtico proveniente do controlador automtico, passa atravs dela sem alterao e apenas indicado. 2. na posio manual, o sinal de sada da estao dado pela relao 3. sada manual = sinal automtico + polarizao ajustvel manual O operador de processo pode adicionar ou subtrair, de 0 a 100% do sinal de entrada, do sinal automtico de entrada antes de retransmiti-lo a vlvula de controle. Aplicao tpica para o uso desta estao A/M com polarizao o sistema com dois ou mais elementos finais de controle regulados por um nico controlador. Com esta estao, o operador de processo pode polarizar uma vlvula com relao as outras. A polarizao pode ser desejvel e necessria por uma ou mais das seguintes razes 1. separar os nveis de operao de dois operadores finais idnticos, para impedir a interferncia e interao entre ambos. 2. balancear dois operadores finais para prevenir que apenas um assuma toda a carga do processo. 3. balancear a sada de todos os operadores finais de modo que as entradas do processo fiquem uniformes.

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Controlador

Fig. 7. 17. Estao manual com polarizao

5.4. Servios Associados


Na especificao da estao manual de controle separada do controlador automtico, deve ser conhecidos e informados ao fabricante os seguintes parmetros 1. a funo a desempenhar gerao do sinal, indicao, polarizao, relao , 2. os sinais de entrada e de sada, 3. a faixa da escala de indicao, 4. a montagem, com a verificao previa da estante e dos cabos de engate rpido, 5. as opes extras. 6. A operao da estao manual envolve 7. a leitura do sinal gerado e opcionalmente dos sinais externos, 8. a atuao manual para gerar o sinal interno 9. a atuao manual para gerar a polarizao desejada, se aplicvel, 10. a atuao manual da chave seletora A/M.

Apostilas\Instrumentao

25Controlador.doc

18 OUT 00 (Substitui 11 DEZ 98)

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2.8 Vlvula de Controle


1. Introduo
Aproximadamente 5% dos custos totais de uma indstria de processo qumico se referem a compra de vlvulas. Em termos de nmero de unidades, as vlvulas perdem apenas para as conexes de tubulao. As vlvulas so usadas em tubulaes, entradas e sadas de vasos e de tanques em vrias aplicaes diferentes; as principais so as seguintes 1. servio de liga-desliga 2. servio de controle proporcional 3. preveno de vazo reversa 4. controle e alvio de presso 5. especiais 6. controle de vazo direcional 7. servio de amostragem 8. limitao de vazo 9. selagem de vaso ou de tanque De todas estas aplicaes, a mais comum e importante se relaciona com o

2. Elemento Final de Controle


A malha de controle a realimentao negativa possui um elemento sensor, um controlador e um elemento final de controle. O sensor ou o transmissor envia o sinal de medio para o controlador, que o recebe e o compara com um ponto de ajuste e gera um sinal de sada para atuar no elemento final de controle. O elemento final de controle manipula uma varivel, que influi na varivel controlada, levando-a para valor igual ou prximo do ponto de ajuste. O controle pode ser automtico ou manual. O controle manual pode ser remoto ou local. A vlvula de controle abre e fecha a passagem interna do fluido, de conformidade com um sinal de controle. Quando o sinal de controle proveniente de um controlador, tem-se o controle automtico da vlvula. Quando o sinal de controle gerado manualmente pelo operador de processo, atravs de uma estao manual de controle, tem-se o controle manual remoto. Na atual manual local, o operador atua diretamente no volante da vlvula. H vrios modos de manipular as vazes de materiais e de energia que entram e saem do processo; por exemplo, por bombas com velocidade varivel, bombas dosadoras, esteiras, motor de passo porm, o modo mais simples por meio da vlvula de controle. O controle pode ser feito de modo contnuo ou liga-desliga. Na filosofia continua ou analgica, a vlvula pode assumir, de modo estvel, as infinitas posies entre totalmente fechada e totalmente aberta. Na

controle automtico de processos. Fig. 8.1. Esquema tpico de vlvula de controle

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Vlvula de Controle
filosofia digital ou liga-desliga, a vlvula s fica em duas posies discretas ou totalmente fechada ou totalmente aberta. O resultado do controle menos satisfatrio que o obtido com o controle proporcional, porm, tal controle pode ser realizado atravs de chaves manuais, chaves comandadas por presso (pressostato), temperatura (termostato), nvel, vazo ou controladores mais simples. Neste caso, a vlvula mais usada a solenide, atuada por uma bobina eltrica.

3. Vlvula de Controle
As funes da vlvula de controle so: 1. Conter o fluido do processo, suportando todos os rigores das condies de operao. Como o fluido do processo passa dentro da vlvula, ela deve ter caractersticas mecnicas e qumicas para resistir presso, temperatura, corroso, eroso, sujeira e contaminantes do fluido. 2. Responder ao sinal de atuao do controlador. O sinal padro aplicado ao atuador da vlvula, que o converte em uma fora, que movimenta a haste, em cuja extremidade inferior est o obturador, que varia a rea de passagem do fluido pela vlvula. 3. Variar a rea de passagem do fluido manipulado. A vlvula de controle manipula a vazo do meio de controle, pela alterao de sua abertura. 4. Absorver a queda varivel da presso da linha. Em todo o processo, a vlvula o nico equipamento que pode fornecer ou absorver queda de presso controlvel.

Fig. 8. 2. Vlvula de controle O sinal de controle que chega ao atuador da vlvula pode ser pneumtico ou eletrnico. A vlvula de controle com atuador pneumtico o elemento final de controle da maioria absoluta das malhas. Mesmo com o uso cada vez mais intensivo e extensivo da instrumentao eletrnica, analgica ou digital, a vlvula com atuador pneumtico ainda o elemento final mais aplicado. Ainda no se projetou e construiu algo mais simples, confivel, econmico e eficiente que a vlvula com atuador pneumtico. Ela mais usada que as bombas dosadoras, as alavancas, as hlices, os basculantes, os motores de passo e os atuadores eletromecnicos.

Fig. 8. 3. Vlvula de controle (Fisher) Depois de instalada na tubulao e para poder desempenhar todas as funes requeridas a vlvula de controle deve ter corpo, atuador e castelo. Adicionalmente, ela pode ter acessrios opcionais que facilitam e otimizam o seu desempenho, como posicionador, booster, chaves, volantes, transdutores corrente eltrica para ar pneumtico e rel de inverso.

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Vlvula de Controle 4. Corpo


4.1. Conceito
O corpo da vlvula de controle essencialmente um vaso de presso, com uma ou duas sedes, onde se assenta o plug (obturador), que est na extremidade da haste, que acionada pelo atuador pneumtico. A posio relativa entre o obturador e a sede, modulada pelo sinal que vem do controlador, determina o valor da vazo do fluido que passa pelo corpo da vlvula, variando a queda de presso atravs da vlvula. No corpo esto includos a sede, obturador, haste, guia da haste, engaxetamento e selagem de vedao. O conjunto haste-plug-sede chamado de trim.

4.3. Plug
O plug ou obturador da vlvula pode ter diferentes formatos e tamanhos, para fornecer vazamentos diferentes em funo da abertura. Cada figura geomtrica do obturador corresponde a uma quantidade de vazo em funo da posio da haste. Os formatos tpicos fornecem caractersticas linear, parablica, exponencial, abertura rpida.

Fig. 8. 5. Vlvula com conexo rosqueada Materiais Como a vlvula est em contato direto com o fluido do processo o seu material interior deve ser escolhido para ser compatvel com as caractersticas de corroso e abraso do fluido. A parte externa do corpo da vlvula metlica, geralmente ferro fundido, ao carbono cadmiado, ao inoxidvel AISI 316, ANSI 304, bronze, ligas especiais para alta temperatura, alta presso e resistentes corroso qumica. As partes internas, justamente aquelas que esto em contato com o fluido, so o interior do corpo, sede, obturador, anis de engaxetamento e de vedao e tambm devem ser de material adequado.

Fig. 8. 4. Corpo da vlvula contendo o fluido

4.2. Sede
A vlvula de duas vias pode ter sede simples ou dupla. A sede da vlvula onde se assenta o obturador. A posio relativa entre o obturador e a sede que estabelece a abertura da vlvula. Na vlvula de sede simples h apenas um caminho para o fluido passar no interior da vlvula. A vlvula de sede simples excelente para a vedao, porm requer maior fora de fechamento/abertura. A vlvula de sede dupla, no interior da qual h dois caminhos para o fluxo, geralmente apresenta grande vazamento, quando totalmente fechada. Porm, sua vantagem na exigncia de menor fora para o fechamento e abertura.

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Vlvula de Controle
Conexes Terminais A vlvula instalada na tubulao atravs de suas conexes. O tipo de conexes terminais a ser especificado para uma vlvula normalmente determinado pela natureza do sistema da tubulao em que a vlvula vai ser inserida. As conexes mais comuns so flangeadas, rosqueadas, soldadas. H ainda conexes especiais e proprietrias de determinados fabricantes. Os fatores determinantes das conexes terminais so tamanho da vlvula, tipo do fluido, valores da presso e temperatura e segurana do processo. As conexes rosqueadas so usadas para vlvulas pequenas, com dimetro menor que 2". A linha possui a rosca macho e o corpo da vlvula a rosca fmea. econmico e simples. O corpo da vlvula pode ser soldado diretamente linha. Este mtodo pouco flexvel, porm utilizado para montagem permanente, quando se tem altssimas presses e perigoso o vazamento do fluido. Conectar o corpo da vlvula tubulao atravs do conjunto de flanges, parafusos e porcas o mtodo mais utilizado para vlvulas maiores que 2". As flanges podem ser lisas ou de faces elevadas e sua classe de presso ANSI deve ser compatvel com a presso do processo. Geralmente a vlvula de controle possui uma entrada e uma sada; chamada de duas vias. Porm, h aplicaes de mistura ou diviso, que requerem vlvulas com trs vias duas entradas e uma sada (mistura) ou uma entrada e duas sadas (diviso). prover vedao, usam-se caixas de engaxetamento. Algumas caixas requerem lubrificao peridica. Os materiais tpicos de engaxetamento incluem Teflon, asbesto, grafite e a combinao deles (asbesto impregnado de Teflon e asbesto grafitado). Quando a aplicao envolve temperaturas extremas, muito baixas (criognicas) ou muito elevadas, o castelo deve ter engaxetamento com materiais especiais (semimetlicos) e possuir aletas horizontais, que aumentem a rea de troca de calor, facilitando a transferncia de energia entre o processo e a atmosfera externa e protegendo o atuador da vlvula contra temperaturas extremas. Em aplicaes onde se quer vedao total ao longo da haste, pois o fluido do processo txico, explosivo, pirofosfrico, muito caro, usam-se foles como selos. O fluido do processo pode ser selado interna ou externamente ao fole.

6. Atuador
6.1. Operao Manual ou Automtica
Os modos de operao da vlvula dependem do seu tipo, localizao no processo, funo no sistema, tamanho, freqncia de operao e grau de controle desejado. Os modos possveis so manual ou automtico.

5. Castelo
O castelo (bonnet) liga o corpo da vlvula ao atuador. A haste da vlvula se movimenta atravs do engaxetamento do castelo. H trs tipos bsicos de castelo: aparafusado, unio e flangeado. O engaxetamento no castelo para alojar e guiar a haste com o plug, deve ser de tal modo que no haja vazamento do interior da vlvula para fora e nem muito atrito que dificulte o funcionamento ou provoque histerese. Para facilitar a lubrificao do movimento da haste e

Fig. 8. 6. Atuador pneumtico da vlvula A atuao manual pode ser local ou remota. A atuao local pode ser feita diretamente por volante, engrenagem, corrente mecnica ou alavanca. A atuao manual remota pode ser feita pela gerao

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Vlvula de Controle
de um sinal eltrico ou pneumtico, que acione o atuador da vlvula. Para ser atuada automaticamente a vlvula pode estar acoplada a mola, motor eltrico, solenide, servo mecanismo, atuador pneumtico ou hidrulico. Freqentemente, necessrio ou desejvel operar automaticamente a vlvula, de modo contnuo ou atravs de liga-desliga. Isto pode ser conseguido pela adio vlvula padro um dos seguintes acessrios 1. atuador pneumtico ou hidrulico para operao continua ou de liga-desliga, 2. solenide eltrica para operao de liga-desliga, 3. motor eltrico para operao continua ou de liga-desliga. Geralmente, um determinado tipo de vlvula limitado a um ou poucos tipos de atuadores; por exemplo, as vlvulas de alvio e de segurana so atuadas por mola; as vlvulas de reteno so atuadas por mola ou por gravidade e as vlvulas globo de tamanho grande e com alta presso de processo so atuadas por motores eltricos ou correntes mecnicas. As vlvulas de controle contnuo so geralmente atuadas pneumaticamente e atravs de solenides, quando se tem o controle liga-desliga. Geralmente estes mecanismos de operao da vlvula so considerados acessrios da vlvula. posio extrema, ou totalmente aberta ou totalmente fechada. Operacionalmente, a fora da mola se ope fora do diafragma; a fora do diafragma deve vencer a fora da mola e as foras do processo. Erradamente, se pensa que o atuador da vlvula requer a alimentao de ar pneumtico para sua operao; o atuador funciona apenas com o sinal padro, de 20 a 100 kPa (3 a 15 psi). O atuador pneumtico consiste simplesmente de um diafragma flexvel colocado entre dois espaos. Uma das cmaras deve ser vedada presso e na outra cmara ha uma mola, que exerce uma fora contraria. O sinal de ar da sada do controlador vai para a cmara vedada presso e sua variao produz uma fora varivel que usada para superar a fora exercida pela mola de faixa do atuador e as foras internas dentro do corpo da vlvula e as exercidas pelo prprio processo. O atuador pneumtico deve satisfazer basicamente as seguintes exigncias 1. operar com o sinal de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig), 2. operar sem posicionador, 3. ter uma ao falha-segura quando houver falha no sinal de atuao, 4. ter um mnimo de histerese, 5. ter potncia suficiente para agir contra as foras desbalanceadas, 6. ser reversvel.

6.2. Atuador Pneumtico


Este tipo de operador, disponvel com um diafragma ou pisto, o mais usado. Independente do tipo, o princpio de operao o mesmo. O atuador pneumtico, com diafragma e mola o responsvel pela converso do sinal pneumtico padro do controlador em fora-movimento-abertura da vlvula. O atuador pneumtico a diafragma recebe diretamente o sinal do controlador pneumtico e o converte numa fora que ir movimentar a haste da vlvula, onde est acoplado o obturador que ir abrir continuamente a vlvula de controle. A funo do diafragma a de converter o sinal de presso em uma fora e a funo da mola a de retornar o sistema posio original. Na ausncia do sinal de controle, a mola leva a vlvula para uma

6.3. Aes do Atuador


Basicamente, h duas lgicas de operao do atuador pneumtico com o conjunto diafragma e mola 1. ar para abrir - mola para fechar, 2. ar para fechar - mola para abrir, Existe um terceiro tipo, menos usado, cuja lgica de operao ar para abrir - ar para fechar. Outra nomenclatura para a ao da vlvula falha-aberta (fail-open), que equivale a ar-para-fechar e falha-fechada, igual a ar-para-abrir.

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Vlvula de Controle
ausncia de presso, deve levar a vlvula para o fechamento total. Uma vlvula com atuao ar-parafechar opera de modo contrario. Na ausncia de ar e com presses menores que 20 kPa (3 psig), a vlvula deve estar totalmente aberta. Com o aparecimento de presses acima de 20 kPa (3 psig) e seu aumento, a vlvula diminuir sua abertura. Com a mxima presso do controlador, de 100 kPa (15 psig), a vlvula deve estar totalmente fechada. Na falha do sistema, quando a presso cair o 0 kPa, a vlvula deve estar na posio totalmente aberta. Certas aplicaes exigem um vlvula de controle com um diafragma especial, de modo que a falta do sinal de atuao faca a vlvula se manter na ultima posio de abertura; tem-se a falha-ltima-posio.

(a) Ar para abrir (b) Ar para fechar Fig. 8. 7. Atuador pneumtico da vlvula

A operao de uma vlvula com atuador pneumtico com lgica de ar para abrir a seguinte quando no h nenhuma presso chegando ao atuador, a vlvula est "desligada" e na posio fechada. Quando a presso de controle, tpica de 20 a 100 kPa (3 15 psig) comea a crescer, a vlvula tende a abrir cada vez mais, assumindo as infinitas posies intermedirias entre totalmente fechada e totalmente aberta. Quando no houver sinal de controle, a vlvula vai imediatamente para a posio fechada, independente da posio em que estiver no momento da falha. A posio de totalmente fechada tambm conhecida como a de segura em caso de falha. Quem leva a vlvula para esta posio segura justamente a mola. Assim, o sinal pneumtico de controle deve vencer a fora da mola, a fora apresentada pelo fluido do processo, os atritos existentes entre a haste e o engaxetamento. O atuador ar-para-abrir necessita de presso para abrir a vlvula. Para presses menores que 20 kPa (3 psig) a vlvula deve estar totalmente fechada. Com o aumento gradativo da presso, a partir de 20 kPa (3 psig), a vlvula abre continuamente. A maioria das vlvulas calibrada para estar totalmente aberta quando a presso atingir exatamente 100 kPa (15 psig). Calibrar uma vlvula fazer a abertura da vlvula seguir uma reta, passando pelos pontos 20 kPa x 0% (3 psi x 0%) e 100 kPa x 100% (15 psi x 100%) de abertura. A falha do sistema, ou seja, a

6.4. Escolha da Ao
A primeira questo que o projetista deve responder, quando escolhendo uma vlvula de controle "o que a vlvula deve fazer, quando faltar o suprimento da alimentao?" A questo esta relacionada com a "posio de falha" da vlvula. A segurana do processo determina o tipo de ao da vlvula falha-fechada (FC fail close), falha-aberta (FC - fail open), falha-indeterminada (FI - fail indetermined), falha-ltima-posio (FL - fail last position). A segurana tambm implica no conhecimento antecipado das conseqncias das falha de alimentao na mola, diafragma, pisto, controlador e transmissor. Quando ocorrer falha no atuador da vlvula, a posio da vlvula no mais funo do projeto do atuador, mas das foras do fluido do processo atuando no interior da vlvula e da construo da vlvula. As escolhas so vazo-para-abrir (FTO - flow to open), vazo-para-fechar (FTC - flow to close), ficar na ultima posio (FB - friction bound). A ao vazo-para-fechar fornecida pela vlvula globo; a ao vazopara-abrir dada das vlvulas borboleta, globo e esfera convencional. As vlvulas com plug rotatrio, esfera flutuante so tpicas para ficar na ultima posio.

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Vlvula de Controle
6.5. Mudana da Ao
Porm h vrios modos de se inverter a ao de controle do sistema constitudo de controlador, atuador e vlvula de controle 1. troca da posio do atuador, alternando a posio relativa diafragma e mola. 2. alguns atuadores possuem uma alimentao alternativa o sinal pode ser aplicado em dois pontos possveis, cada um correspondendo a uma ao de controle. 3. alterao do obturador + sede da vlvula. 4. alterao do modo de controle, no prprio controlador. A maioria dos controladores possui uma chave seletora para a ao de controle direta (aumenta medio, aumenta sinal de sada) e inversa (aumenta medio, diminui sinal de sada). Na aplicao prtica, deve se consultar a literatura tcnica disponvel e referente a todos os equipamentos controlador, atuador e vlvula, para se definir qual a soluo mais simples, segura e flexvel. so 40 a 200 kPa (6 a 30 psig) e 20 a 180 kPa (3 a 27 psig). Os fabricantes apresentam equaes para dimensionar e escolher o atuador pneumtico.

6.7. Atuador e outro Elemento Final


O atuador de vlvula pode, excepcionalmente, ser acoplado a outro equipamento que no seja a vlvula de controle. Assim, comum o uso do atuador pneumtico associado a cilindro, basculante e bia. Mesmo nas combinaes que no envolvem a vlvula, o atuador ainda acionado pelo sinal pneumtico padro do controlador. E a funo do atuador continua a de converter o sinal de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig) em uma fora, que pode provocar um movimento. Mesmo em sistema com instrumentao eletrnica, com controladores eletrnicos que geral 4 a 20 mA cc, o comum se usar o atuador pneumtico com diafragma e mola. Para compatibilizar seu uso, insere-se na malha de controle o transdutor corrente-parapneumtico. O conjunto transdutor I/P + atuador pneumtico ainda mais simples, eficiente, rpido e econmico que o atuador eletromecnico disponvel comercialmente. O atuador pneumtico o mais comumente usado, por causa de sua simplicidade, econmica, rapidez e garantia de funcionamento. Os atuadores pneumticos so aplicados principalmente para a obteno do controle proporcional contnuo. Para o controle liga-desliga mais conveniente usar a vlvula solenide.

6.6. Dimensionamento do Atuador


H atuadores de diferentes tamanhos e seu dimensionamento depende dos seguintes parmetros presso esttica do processo, curso da haste da vlvula, deslocamento da mola do atuador e da sede da vlvula. A fora gerada para operar a vlvula funo da rea do diafragma, da presso pneumtica e da presso do processo. Quanto maior a presso do sinal pneumtico, menor pode ser a rea do diafragma. Como normalmente o sinal de atuao padro, de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig), geralmente o tamanho do diafragma depende da presso do processo; quando maior a presso do fluido do processo, maior deve ser a rea do diafragma. O atuador pneumtico da vlvula funciona apenas com o sinal do controlador, padro de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig). Ele no necessita do suprimento de ar de 120 a 140 kPa (20 a 22 psig). O tamanho fsico do atuador depende da presso esttica do processo e da presso do sinal pneumtico. A faixa de presso mais comum o sinal de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig); outras tambm usadas

7. Acessrios
7.1. Volante
O volante manual usado para o fechamento manual da vlvula no local, em substituio ao fechamento automtico ou manual, feito atravs do atuador pneumtico, em casos de emergncia, durante a partida ou na falta de ar. Eles no so muito freqentes e s se justifica sua aplicao em servios crticos ou quando no h vlvulas de bloqueio ou de bypass.

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Os principais acessrios incluem as hastes com extenso, operador com corrente, operador com engrenagens. subtrai ar do atuador da vlvula, at se obter a posio correta. H um elo mecnico atravs do qual o posicionador sente a posio da vlvula e monitora o sinal que vai para o atuador. O posicionador pode ser considerado um controlador proporcional puro. As justificativas legitimas para o uso do posicionador so para 1. eliminar a histerese e banda morta da vlvula, garantindo a excurso linear da haste da vlvula, por causa de sua atuao direta na haste, 2. o posicionador alterar a faixa de sinal pneumtico, por exemplo, de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig) para 100 a 20 kPa (15 a 3 psig) ou de 20 a 60 kPa (3 a 9 psig) para 20 a 100 kPa (3 a 15 psig). O uso do posicionador obrigatrio na malha de controle de faixa dividida (split range), onde o mesmo sinal de controle enviado para vrias vlvulas em paralelo. So razes para o uso do posicionador, mas no muito legitimas 1. aumentar a velocidade de resposta da vlvula, aumentando a presso ou o volume do ar pneumtico de atuao, para compensar atrasos de transmisso, capacidade do atuador pneumtico. Deve-se usar um booster no lugar do posicionador. 2. escolher ou alterar a ao da vlvula, falha-fechada (ar para abrir) ou falhaaberta (ar para fechar). Deve-se fazer isso com rel pneumtico ou no prprio atuador da vlvula. 3. modificar a caracterstica inerente da vlvula, atravs do uso de cam externa ou gerador de funo. Isto tambm no uma justificativa valida, pode-se usar rel externo que no degrade a qualidade do controle. H porm, duas outras regras, talvez mais importantes, embora menos conhecidas, referentes ao no uso do posicionador. So as seguintes 1. no se deve usar posicionador quando o processo mais rpido que a vlvula. 2. ao se usar o posicionador, deve se aumentar a banda proporcional do controlador, de 3 a 5 vezes, em relao sua banda proporcional sem posicionador. Quando isso

Fig. 8. 8. Vlvula com volante

7.2. Posicionador
O posicionador um acessrio opcional e no um componente obrigatrio da vlvula, mesmo que algumas plantas padronizem e tornem seu uso extensivo a todas as vlvulas existentes. O posicionador um dispositivo acoplado haste da vlvula de controle para otimizar o seu funcionamento. Ele recebe o sinal padro de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig) e gera, na sada, tambm o sinal padro de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig) e por isso necessria a alimentao pneumtica de 120 kPa (20 psig).

(a) Posicionador montado (b) Posicionador fora

Fig. 8. 9. Vlvula com posicionador O objetivo do posicionador o de comparar o sinal da sada do controlador com a posio da haste da vlvula. Se a haste no esta onde o controlador quer que ela esteja, o posicionador soma ou

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impossvel, no se pode usar o posicionador. As regras para uso e no uso devem ser conceitualmente entendidas. O posicionador torna a malha mais sensvel, mais rpida, com maior ganho. Se a malha original j sensvel ou rpida, a colocao do posicionador aumenta ainda mais a sensibilidade e rapidez, levando certamente a malha para uma condio instvel, de oscilao. Quando se coloca um posicionador em uma malha de controle rpida, o desempenho do controle se degrada ou tem que se re-sintonizar o controlador, ajustando a banda proporcional em valor muito grande, s vezes, em valores no disponveis no controlador comercial. Geralmente no se usa posicionador em malha de controle de vazo, presso de lquido e presso de gs em volume pequeno, que j estes processos so muito rpidos. Para processos rpidos, mas com linhas de transmisso muito grandes ou com atuadores de grandes volumes, a soluo acrescentar um amplificador pneumtico (booster), em vez de usar o posicionador. O booster tambm melhora o tempo de resposta e aumenta o volume de ar do sinal pneumtico e, como seu ganho unitrio, no introduz instabilidade ao sistema. O posicionador pode ser considerado como um controlador de posio, de alto ganho (banda estreita). Quando ele colocado na vlvula de controle, o posicionador o controlador secundrio de uma malha em cascata, recebendo o ponto de ajuste da sada do controlador primrio. Esta analogia til, pois facilita a orientao de uso ou no-uso do posicionador. Como em qualquer de controle cascata, o sistema s estvel se a constante de tempo do secundrio (posicionador) for muito menor que a do primrio. controle de vazo de lquido ou de presso de lquido.

Fig. 8. 10. Booster O booster usado no atuador da vlvula para apressar a resposta da vlvula, para uma variao do sinal de um controlador pneumtico com baixa capacidade de sada, sem o inconveniente de provocar oscilaes, por no ter realimentao com a haste da vlvula. Eles reduzem o tempo de atraso resultante de longas linhas de transmisso ou quando a capacidade da sada do controlador insuficiente para suprir a demanda de grandes atuadores pneumticos. Os outros possveis usos de booster so 1. amplificar ou reduzir o sinal pneumtico, tipicamente de 1:1 e 1:3 ou 5:1, 2:1 e 3:1 2. reverter um sinal pneumtico por exemplo, quando o sinal de entrada aumenta, a sada diminui. Quando a entrada 20 kPa (3 psig) a sada 100 kPa (15 psig), quando a entrada 100 kPa (15 psig), a sada 20 kPa (3 psig).

8. Caracterstica da Vlvula
8.1. Conceito
A caracterstica da vlvula de controle definida como a relao entre a vazo atravs dela e a posio da haste, variando ambas de 0 a 100%. A vazo na vlvula depende do sinal de sada do controlador que vai para o atuador. Na definio da caracterstica, admite-se que 1. o atuador da vlvula linear (o deslocamento da haste proporcional sada do controlador),

7.3. Booster
O booster, tambm chamado rel de ar ou amplificador pneumtico, tem a funo aproximada do posicionador. A aplicao tpica do booster para substituir o posicionador, quando ele no recomendado, como em malhas de

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Vlvula de Controle
2. a queda de presso atravs da vlvula constante, 3. o fluido do processo no est em cavitao, flashing ou na vazo snica (choked) So definidas duas caractersticas da vlvula: inerente e instalada. A caracterstica inerente se refere observada com uma queda de presso constante atravs da vlvula; a caracterstica construda e fora do processo. A instalada se refere caracterstica quando a vlvula est em operao real, com uma queda de presso varivel e interagindo com as influncias do processo no consideradas no projeto.

Fig. 8. 11. Caractersticas da vlvula O objetivo da caracterizao da vazo o de fornecer um ganho do processo total relativamente constante para a maioria das condies de operao do processo. A caracterstica da vlvula depende do seu tipo. Tipicamente os formatos do contorno do plug e da sede definem a caracterstica. As trs caractersticas tpicas so linear, igual percentagem e abertura rpida; outras menos usadas so hiperblica, raiz quadrtica e parablica. Caracterstica de Igual Percentagem Na vlvula de igual percentagem, iguais percentagens de variao de abertura da vlvula correspondem a iguais percentagens de variao da vazo. Matematicamente, a vazo proporcional exponencialmente abertura. O ndice do expoente a percentagem de abertura. O termo "igual percentagem" se aplica porque iguais incrementos da posio da vlvula causam uma variao da vazo em igual percentagem. Quando se aumenta a abertura da vlvula de 1%,, indo de 20 a 21%, a vazo ira aumentar de 1% de seu valor posio de 20%. Se a posio da vlvula aumentada de 2%, indo de 60 a 61%, a vazo ira aumentar de 1% de seu valor posio de 60%. A vlvula praticamente linear (e com grande inclinao) prximo sua abertura mxima. A vlvula de igual percentagem produz uma vazo muito pequena para grande variao da abertura, no inicio de sua abertura, mas quando est prxima de sua

8.2. Caractersticas da Vlvula e do Processo


Para se ter um controle eficiente e estvel em todas as condies de operao do processo, a malha de controle deve ter um comportamento constante em toda a faixa. Isto significa que a malha completa do processo, definida como a combinao sensor-transmissorcontrolador-vlvula-processo-etc. deve ter seu ganho e dinmicas os mais constantes possvel. Ter um comportamento constante significa ser linear. Na prtica, a maioria dos processos no-linear, fazendo a combinao sensortransmissor-controlador-processo no linear. Assim, deve-se ter o controlador no-linear para ter o sistema total linear. A outra alternativa a de escolher o "comportamento da vlvula" no-linear, para tornar linear a combinao sensortransmissor-controlador-processo. Se isso feito corretamente, a nova combinao sensor-transmissor-processo-vlvula se torna linear, ou com o ganho constante. O comportamento da vlvula de controle a sua "caracterstica de vazo".

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abertura total, pequenas variaes da abertura produzem grandes variaes de vazo. Ela exibe melhor controle nas pequenas vazes e um controle instvel em altas vazes. Caracterstica Linear Na vlvula com caracterstica linear a vazo diretamente proporcional abertura da vlvula. A abertura proporcional ao sinal padro do controlador, de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig), se pneumtico e de 4 a 20 mA cc, se eletrnico. A caracterstica linear produz uma vazo diretamente proporcional ao valor do deslocamento da vlvula ou de sua posio da haste. Quando a posio for de 50%, a vazo atravs da vlvula de 50% de sua vazo mxima. A vlvula com caracterstica linear possui ganho constante em todas as vazes. O desempenho do controle e uniforme e independente do ponto de operao. Caracterstica de Abertura Rpida A caracterstica de vazo de abertura rpida produz uma grande vazo com pequeno deslocamento da haste da vlvula. A curva basicamente linear para a primeira parte do deslocamento com uma inclinao acentuada. A vlvula introduz uma grande variao na vazo quando h uma pequena variao na abertura da vlvula, no inicio da faixa. A vlvula de abertura rpida apresenta grande ganho em baixa vazo e um pequeno ganho em grande vazo. Ela no adequada para controle contnuo, pois a vazo no afetada para a maioria de seu percurso; geralmente usada em controle liga-desliga. Caracterstica Instalada O dimensionamento da vlvula se baseia na queda de presso atravs de suas conexes, assumida como constante e relativa abertura de 100% da vlvula. Quando a vlvula est instalada na tubulao do sistema, a queda de presso atravs dela varia quando h variao de presso no resto do sistema. A instalao afeta substancialmente a caracterstica e a rangeabilidade da vlvula. A caracterstica instalada real e diferente da caracterstica inerente, que terica e de projeto. Na prtica, uma vlvula com caracterstica inerente de igual percentagem se torna linear, quando instalada. A exceo, quando a caracterstica inerente igual instalao, ocorre quando se tem um sistema com bombeamento com velocidade varivel, onde possvel se manter uma queda de presso constante atravs da vlvula, pelo ajuste da velocidade da bomba. A caracterstica instalada de qualquer vlvula depende dos seguintes parmetros 1. caracterstica inerente, ou a caracterstica para a vlvula com queda de presso constante e a 100% de abertura, 2. relao da queda de presso atravs da vlvula com a queda de presso total do sistema, 3. fator de super dimensionamento da vlvula. difcil prever o comportamento da vlvula instalada, principalmente porque a caracterstica inerente se desvia muito da curva terica, h no linearidades no atuador da vlvula, nas curvas das bombas.

8.3. Escolha de Caractersticas


A escolha da caracterstica da vlvula e seu efeito no dimensionamento fundamental para se ter um bom controle, em larga faixa de operao do processo. A vlvula com caracterstica inerente linear parece ser a mais desejvel, porm o objetivo do projetista obter uma caracterstica instalada linear. O que se deseja realmente ter a vazo atravs da vlvula e de todos os equipamentos em srie com ela variando linearmente com o deslocamento de abertura da vlvula. Como a queda de presso na vlvula varia com a vazo (grande vazo, pequena queda de presso) uma vlvula no-linear normalmente fornece uma relao de vazo linear aps a instalao. A escolha da caracterstica correta da vlvula para qualquer processo requer uma analise dinmica detalhada de todo o processo. H numerosos casos onde a escolha da caracterstica da vlvula no resulta em conseqncias serias. Qualquer

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caracterstica de vlvula aceitvel quando 1. a constante de tempo do processo pequena (processo rpido), como vazo, presso de lquido e temperatura com misturadores, 2. a banda proporcional ajustada do controlador estreita (alto ganho), 3. as variaes de carga do processo so pequenas; menos que 2:1. A vlvula com caracterstica linear comumente usada em processo de nvel de lquido e em outros processos onde a queda da presso atravs da vlvula aproximadamente constante. A vlvula com caracterstica de igual percentagem a mais usada; geralmente, em aplicaes com grandes variaes da queda de presso ou onde uma pequena percentagem da queda de presso do sistema total ocorre atravs da vlvula. Quando se tem a medio da vazo com placa de orifcio, cuja sada do transmissor proporcional ao quadrado da vazo, deve-se usar uma vlvula com caracterstica de raiz quadrtica (aproximadamente a de abertura rpida). A vlvula com a caracterstica de vazo de abertura rpida , tipicamente, usada em servio de controle liga-desliga, onde se deseja uma grande vazo, logo que a vlvula comece a abrir. As recomendaes (Driskell) resumidas para a escolha da caracterstica da vlvula so 1. Abertura rpida, para controle de vazo com medio atravs da placa de orifcio e com variao da queda de presso na vlvula pequena (menor que 2:1). 2. Linear, para controle de vazo com medio atravs da placa de orifcio e com variao da queda de presso na vlvula grande (maior que 2:1 e menor que 5:1). 3. Linear, para controle de vazo com sensor linear, nvel e presso de gs, com variao de queda de presso atravs da vlvula menor que 2:1. 4. Igual percentagem, para controle de vazo com sensor linear, nvel e presso de gs, com variao de queda de presso atravs da vlvula maior que 2:1 e menor que 5:1. 5. Igual percentagem, para controle de presso de lquido, com qualquer variao da queda de presso atravs da vlvula. Como h diferenas grandes entre as caractersticas inerente e instalada das vlvulas e por causa da imprevisibilidade da caracterstica instalada, deve-se preferir 1. vlvula cuja construo tenha uma propriedade intrnseca, como a borboleta e a de disco com abertura rpida, 2. vlvula que seja caracterizada pelo projeto, como as com plugs linear e de igual percentagem, 3. vlvula digital, que possa ser caracterizada por software, 4. caracterstica que seja obtida atravs de equipamento auxiliar, como gerador de funo, posicionador caracterizado, cam de formato especial. Estes instrumentos so principalmente teis para a alterao da caracterstica instalada errada. Em resumo, a caracterstica da vlvula de controle deve casar com a caracterstica do processo. Este casamento significa que os ganhos do processo e da vlvula combinados resultem em um ganho total linear.

9. Operao da Vlvula
9.1. Aplicao da Vlvula
Antes de especificar e dimensionar uma vlvula de controle, deve-se avaliar se a vlvula realmente necessria ou se existe um meio mais simples e mais econmico de executar o que se deseja. Por exemplo, pode-se usar uma vlvula autocontrolada em vez da vlvula de controle, quando se aceita um controle menos rigoroso, se quer um sistema econmico ou no se tem energia de alimentao disponvel. Em outra aplicao, possvel e conveniente substituir toda a malha de controle de vazo por uma bomba de medio a deslocamento positivo ou por uma bomba centrfuga com velocidade varivel. O custo benefcio destas alternativas usualmente obtido pelo custo muito menor do bombeamento, pois no se ir produzir energia para ser queimada na queda de presso atravs da vlvula de controle. Quando se decide usar a vlvula de controle, deve-se selecionar o tipo correto

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e dimensiona-se adequadamente. Para a seleo da vlvula certa deve-se entender completamente o processo que a vlvula controla. Conhecer completamente significa conhecer as condies normais de operao e as exigncias que a vlvula deve satisfazer durante as condies de partida, desligamento do processo e emergncia. Todas os dados do processo devem ser conhecidos antecipadamente, como os valores da vazes (mnima, normal e mxima), presso esttica do processo, presso de vapor do lquido, densidade, temperatura, viscosidade. desejvel identificar as fontes e natureza dos distrbios potenciais e variaes de carga do processo. Deve-se determinar ou conhecer as exigncias de qualidade do processo, de modo a identificar as tolerncias e erros aceitveis no controle. Os dados do processo devem tambm estabelecer se a vlvula necessita fornecer vedao total, quando fechada, qual deve ser o nvel aceitvel de rudo, se h possibilidade de martelo d'gua, se a vazo pulsante. rangeabilidade da vlvula de controle a relao matemtica entre a mxima vazo sobre a mnima vazo controlveis com a mesma eficincia. desejvel se ter alta rangeabilidade, de modo que a vlvula possa controlar vazes muito pequenas e muito grandes, com o mesmo desempenho. Na prtica, difcil definir com exatido o que seja "controlvel com mesma eficincia" e por isso os nmeros especificados variam de 10 a 1.000%. O mais importante ter bom senso e tratar o conceito de rangeabilidade sob um ponto de vista qualitativo. A rangeabilidade importante porque 1. diz o ponto em que se espera que a vlvula atue em liga-desliga ou perca completamente o controle, devido a vazamentos, 2. estabelece o ponto em que a caracterstica comea a se desviar do esperado.

9.2. Desempenho
O bom desempenho da vlvula de controle significa que a vlvula 1. estvel em toda a faixa de operao do processo, 2. no opera prxima de seu fechamento ou de sua abertura total, 3. suficientemente rpida para corrigir os distrbios e as variaes de carga do processo, 4. no requer a modificao da sintonia do controlador depois de cada variao de carga do processo. Para se conseguir este bom desempenho da vlvula, deve-se considerar os fatores que afetam seu desempenho, tais como caracterstica, rangeabilidade inerente e instalada, ganho, queda de presso provocada, vazamento quando fechada, caractersticas do fluido e resposta do atuador.

Fig. 8. 12. Caracterstica e rangeabilidade A rangeabilidade da vlvula est associada diretamente caracterstica da vlvula. A vlvula com caracterstica inerente de abertura rpida est praticamente aberta a 40%, pois ela s fornece controle estvel entre 10 e 40% e sua rangeabilidade de 4:1. A vlvula de abertura rpida tem uma ganho varivel, muito grande em vazo pequena e praticamente zero em vazo alta. Ela instvel em vazo baixa e inoperante em alta vazo.

9.3. Rangeabilidade
Um fator de mrito muito importante no estudo da vlvula de controle a sua rangeabilidade. Por definio, a

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A rangeabilidade da vlvula com caracterstica inerente linear de 10:1 pois ela fornece controle entre 10 e 100%. A vlvula linear possui ganho (sensibilidade) uniforme em toda a faixa de abertura da vlvula, ou seja, a mesma dificuldade e preciso que se tem para medir e controlar 100% da vazo, tem se em 10%. A vlvula com caracterstica inerente de igual percentagem tem rangeabilidade de aproximadamente 401, pois ela controla desde 2,5 a 100%. A vlvula com igual percentagem possui ganho varivel, pequeno em vazo baixa e elevado em vazo alta. Ela possui um desempenho excelente em baixas vazes e instvel para vazes muito elevadas. Na considerao da rangeabilidade da vlvula, importante se considerar que a rangeabilidade da vlvula instalada diferente da rangeabilidade terica, fora do processo. A rangeabilidade instalada sempre menor que a terica. Isso ocorre porque o Cv instalado geralmente maior que o Cv terico. Por exemplo, se o Cv real cerca de 1,2 do Cv terico, a mxima vazo controlada pela vlvula cerca de 80% da abertura da vlvula. Se a vlvula de igual percentagem, 80% da abertura corresponde a cerca de 50% da vazo. Deste modo, a rangeabilidade cerca de 50:1, em vez de 100:1. Liptk define "rangeabilidade intrnseca" como a relao do Cvmax para o Cvmin, entre os quais o ganho da vlvula no varie mais que 50% do valor terico. Por esta definio, a rangeabilidade da vlvula linear maior do que a da vlvula de igual percentagem.

Tab. 1. Classificao das Estanqueidades Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V Classe VI No testadas nem garantidas para vazamentos. Especificadas para vazamento menor que 0.5% da vazo mxima. Especificadas para vazamento menor que 0.1% da vazo mxima, Especificadas para vazamento menor que 0.01% da vazo mxima. Especificadas para vazamento menor que 5 x 10-4 ml/min de vazo d'gua por polegada do dimetro da sede. Especificadas para vlvulas com sede macia e o vazamento e expresso como vazo volumtrica de ar, com presso diferencial nominal de at 345 kPa.

No se deve usar uma nica vlvula para fornecer simultaneamente as funes de controle e de vedao completa (tight shutoff). As melhores vlvulas para bloqueio no so necessariamente as melhores escolhas para o controle. De acordo com a norma (ANSI B 16.104), as vlvulas so categorizadas em seis classes, de acordo com seu vazamento permissvel. Estes limites de estanqueidade so aplicveis apenas vlvula nova, sem uso.

10.2. Fatores do Vazamento


Alguns fabricantes listam em seus catlogos os coeficientes de vazo, Cv, aplicveis para as vlvulas totalmente abertas e os valores dos vazamentos, quando totalmente fechadas. Estes valores s valem para a vlvula nova, limpa, operando nas condies ambientes. Aps alguns anos de servio, o vazamento da vlvula varia drasticamente, em funo da instalao, temperatura, presso e caractersticas do fluido. A estanqueidade depende da viscosidade dos fluidos; fluidos com viscosidade muito baixa so muito difceis de serem contidos; por exemplo, dowtherm, freon, hidrognio. A temperatura afeta o vazamento, principalmente quando o corpo da vlvula est a uma temperatura diferente da

10. Vedao e Estanqueidade


10.1. Classificao
Qualquer vazo atravs da vlvula totalmente fechada, quando exposta presso diferencial e temperatura de operao chamada de vazamento (leakage). O vazamento expresso como uma quantidade acumulada durante um perodo de tempo especfico, para aplicaes de fechamento com vedao completa ou como percentagem da capacidade total, para as vlvulas de controle convencionais.

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temperatura do plug ou quando o coeficiente de dilatao termal do material do corpo diferente do coeficiente do material do plug. Em algumas vlvulas, por exemplo, nas borboletas, prtica usual deixar espaamentos entre o disco e a sede, para acomodar a expanso do disco, quando se tem grandes variaes de temperatura do processo. O vazamento ser maior quando se estiver operando em temperaturas abaixo da temperatura de projeto da vlvula. Tenses mecnicas na tubulao onde est instalada a vlvula podem tambm provocar vazamentos na vlvula. Por isso deve se tomar cuidados em sua instalao e principalmente no aperto dos parafusos. Deve-se isolar a vlvula das foras externas da tubulao, atravs de suportes. Cv bem aceito e foi introduzido pela Masoneilan, em 1944. Uma vez calculado o Cv da vlvula e conhecido o tipo de vlvula usada, o projetista pode obter o tamanho da vlvula do catlogo do fabricante. O coeficiente Cv definido como o nmero de gales por minuto (gpm) de gua que flui atravs da vlvula totalmente aberta, quando h uma queda de presso de 1 psi atravs da vlvula, a 60 oF. Desse modo, quando se diz que a vlvula tem o Cv igual a 10, significa que, quando a vlvula est totalmente aberta e com a presso da entrada maior que a da sada em 1 psi e a temperatura ambiente de 15,6 oC, sua abertura deixa passar uma vazo de 10 gpm. O Cv basicamente um ndice de capacidade, atravs do qual o engenheiro capaz de estimar, de modo rpido e preciso, o tamanho de uma restrio necessria, em qualquer sistema de fluido. Mesmo que o mtodo de Cv seja usado por todos os fabricantes, as equaes para calcular o Cv difere um pouco de fabricante para fabricante. A melhor poltica usar a recomendao do fabricante da vlvula escolhida. O dimensionamento correto da vlvula feito atravs de formulas tericas, baseadas na equao de Bernouille e nos dados de vazo, ou atravs de bacos, curvas, rguas de clculo especficas. Atualmente, a prtica mais usada o dimensionamento de vlvula atravs de programas de computador pessoal. O dimensionamento correto da vlvula, determinado por formulas, rgua de clculo ou programa de computador pessoal, sempre se baseia no conhecimento completo das condies reais da vazo. Freqentemente, uma ou vrias destas condies so assumidas arbitrrias; a avaliao destes dados arbitrrios que realmente determinam o tamanho final da vlvula. Nenhuma formula - somente o bom senso combinado com a experincia pode resolver este problema. Nada substitui um bom julgamento de engenharia. A maioria dos erros no dimensionamento devida a hipteses incorretas relativas s condies reais da vazo. Na prtica e por motivos psicolgicos, a tendncia super dimensionar a vlvula,

10.3. Vlvulas de Bloqueio


Quanto maior a fora de assentamento na vlvula, menor a probabilidade de ocorrer vazamentos. Somente as vlvulas pequenas podem suportar grandes foras em suas sedes. Por isso, os materiais da sede devem ser duros, para suportar estas grandes foras de fechamento. Os materiais mais apropriados para aplicaes com fluidos no lubrificantes, abrasivos, com alta temperatura so ao Stellite ou inoxidvel endurecido Por outro lado, os materiais da sede devem ser macios (resilientes) para prover a vedao completa, durante longos perodos. Os materiais padro so o Teflon e Buna-N. O Teflon superior na resistncia corroso e na compatibilidade alta temperatura (at 250 oC); o Buna-N mais macio, mas limitado a temperaturas menores que 100 oC. Estes materiais devem operar em presses menores que 3,5 Mpa (500 psig) e com fluidos no abrasivos.

11. Dimensionamento
11.1. Filosofia
O dimensionamento da vlvula de controle o procedimento de calcular o coeficiente de vazo ou o fator de capacidade da vlvula, Cv. Este mtodo do

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ou seja, estar do lado mais "seguro". Uma combinao destes vrios "fatores de segurana" pode resultar em uma vlvula super dimensionada e incapaz de executar o controle desejado. Aqui sero apresentadas as equaes de clculo da Masoneilan e da Fisher Controls para mostrar as diferenas em suas equaes e seus mtodos. A maior diferena ocorre nas equaes de dimensionamento de fluidos compressveis (gs, vapor ou vapor d'gua) vena contracta. Assim que o gs atinge a velocidade do som, na vazo crtica, a variao na presso jusante no afeta a vazo, somente variao na presso a montante afeta a vazo.

11.4. Queda de Presso na Vlvula


Deve-se entender que a vlvula de controle manipula a vazo absorvendo uma queda de presso do sistema. Esta queda de presso uma perda econmica para a operao do processo, desde que a presso fornecida por uma bomba ou compressor. Assim, a economia deve ditar o dimensionamento da vlvula, com pequena perda de presso. A queda de presso projetada afeta o desempenho da vlvula. Em um sistema de reduo de presso, fcil conhecer precisamente a queda de presso atravs da vlvula. Isto tambm ocorre em um sistema de nvel de um lquido, onde o lquido passando de um vaso para outro, em uma presso constante e baixa. Porm, na maioria das aplicaes de controle, a queda de presso atravs da vlvula deve ser escolhida arbitrariamente. O dimensionamento da vlvula de controle difcil, porque as recomendaes publicadas so ambguas, conflitantes ou no satisfazem os objetivos do sistema. No h regra numrica especfica para determinar a queda de presso atravs da vlvula de controle. Luyben recomenda que a vlvula esteja a 50% de abertura, nas condies normais de operao; Moore recomenda que o Cv necessrio no exceda 90% do Cv instalado e que a vlvula provoque 33% da queda de presso total, na condio nominal de operao. Outros autores sugerem 5 a 10%. Quanto menor a percentagem, maior a vlvula. Quanto maior a vlvula, maior o custo inicial da instalao mas menor o custo do bombeamento. Uma boa regra de trabalho considera um tero da queda de presso do sistema total (filtros, trocadores de calor, bocais, medidores de vazo, restries de orifcio, conexes e a tubulao com atrito) absorvido pela vlvula de controle.

11.2. Vlvulas para Lquidos


A equao bsica para dimensionar uma vlvula de controle para servio em lquido a mesma para todos os fabricantes.

Q = C v f ( x)

onde Q = vazo volumtrica P = queda de presso atravs da vlvula ou P = P1 - P2 P1 = presso a montante (antes da vlvula) P2 = presso a jusante (depois da vlvula) = densidade relativa do lquido H outras consideraes e correes devidas viscosidade, flacheamento e cavitao, na escolha da vlvula para servio em lquido.

11.3. Vlvulas para Gases


O gs mais difcil de ser manipulado que o lquido, por ser compressvel. As diferenas entre os fabricantes so encontradas nas equaes de dimensionamento para fluidos compressveis. Estas diferenas so devidas ao modo que se expressa ou se considera o fenmeno da vazo crtica. A vazo crtica a condio que existe quando a vazo no mais funo da raiz quadrada da diferena de presso atravs da vlvula, mas apenas funo da presso montante. Este fenmeno ocorre quando o fluido atinge a velocidade do som na

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Vlvula de Controle
A presso diferencial absorvida pela vlvula de controle, em operao real, a diferena entre a coluna total disponvel e a necessria para manter a vazo desejada atravs da vlvula. Esta presso diferencial determinada pelas caractersticas do processo e no pelas hipteses tericas do projetista. Por causa da economia, a queda de presso atravs da vlvula deve ser a menor possvel. Por causa do controle, a queda de presso atravs da vlvula deve ser a maior possvel. Para poder fazer o controle correto, a vlvula deve absorver do sistema e devolver para o sistema a queda de presso. Quando a proporo da queda de presso atravs da vlvula diminuda, a vlvula de controle perde a habilidade de aumentar rapidamente a vazo. Tambm, a pequena perda de carga resulta em grande tamanho da vlvula e, como conseqncia, maior custo inicial da vlvula e uma diminuio da faixa de controle, pois a vlvula est super dimensionada. A quantidade de vazo mxima da vlvula deve ser de 15 a 50% acima da mxima vazo requerida pelo processo. As vazes normal e mxima usadas no dimensionamento devem ser baseadas nas condies reais de operao, sem aplicao de qualquer fator de segurana.

12. Instalao
12.1. Introduo
A deciso mais importante na aplicao de uma vlvula a sua colocao certa para fazer o trabalho certo. Depois, mas de igual importncia, a sua localizao e finalmente, a sua instalao. Todas as trs etapas so igualmente importantes para se obter um servio satisfatrio e uma longa vida da vlvula.

12.2. Localizao da Vlvula


As vlvulas devem ser localizadas em uma tubulao, de modo que elas sejam operadas com facilidade e segurana. Se no h operao remota, nem manual nem automtica, as vlvulas devem ser localizadas de modo que o operador possa ter acesso a elas. Quando a vlvula instalada muito alta, alm do alcance do brao levantado do operador, ele ter dificuldade de alcana-la e no poder fecha-la totalmente e eventualmente haver vazamento, que poder causar desgaste anormal nos seus internos.

12.3. Cuidados Antes da Instalao


As vlvulas so geralmente embrulhadas e protegidas de danos durante seu transporte, pelo fabricante. Esta embalagem deve ser deixada no lugar at que a vlvula seja instalada. Se a vlvula deixada exposta, poeira, areia e outros materiais speros podem penetrar nas suas partes funcionais. Se estas sujeiras no forem eliminadas, certamente haver problemas quando a vlvula for instalada para operar. As vlvulas devem ser armazenadas onde sejam protegidas de atmosferas corrosivas e de modo que elas no caiam ou onde outros materiais pesados no possam cair sobre elas. Antes da instalao, conveniente ter todas as vlvulas limpas, normalmente com ar comprimido limpo ou jatos d'gua. A tubulao tambm deve ser limpa, com a remoo de todas as sujeiras e rebarbas metlicas deixadas durante a montagem.

Fig. 8. 13. Quedas de presso ao longo do sistema e na vlvula de controle

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Vlvula de Controle
12.4. Tenses da Tabulao
A tubulao que transporta fluidos em alta temperatura fica sujeita a tenses termais devidas a expanso trmica do sistema da tubulao. Por isso, deve se prover expanso para o comprimento de tubulao envolvido, para que estas tenses no sejam transmitidas s vlvulas e s conexes. A expanso da tubulao pode ser acomodada pela instalao de uma curva em "U" ou de uma junta de expanso entre todos os pontos de apoio, sempre garantindo que h movimento suficiente para acomodar a expanso do comprimento de tubulao envolvido. Note que a mesma condio existe, mas em direo contraria, quando se tem temperaturas criognicas (muito baixas). Neste caso, tambm de se deve prover compensao para a contrao da linha. de vazo crtica corrigido, que relaciona o Cv da vlvula, o Cf da vlvula sem os redutores e os dimetros da vlvula e da tubulao.

12.6. Instalao da Vlvula


H cuidados e procedimentos que se aplicam para todos os tipos de vlvulas e h especificaes especiais para determinados tipos de vlvulas. Quando instalar a vlvula, garantir que todas as tenses da tubulao no sejam transmitidas vlvula. A vlvula no deve suportar o peso da linha. A distoro por esta causa resulta em operao ineficiente, obstruo e a necessidade de manuteno freqente. Se a vlvula possuir flanges, ser difcil apertar os parafusos corretamente. A tubulao deve ser suportada prxima da vlvula; vlvula muito pesada deve ter suporte independente do suportes da tubulao, de modo a no induzir tenso no sistema da tubulao. Quando instalar vlvula com haste mvel, garantir que h espao suficiente para a operao da vlvula e para a remoo da haste e do castelo, em caso de necessidade de manuteno local. conveniente instalar a vlvula com a haste na posio vertical e com movimento para cima; porm, muitas vlvulas podem ser instaladas com a haste em qualquer ngulo. Quando instalar a vlvula com a haste se movimentando para baixo, o castelo fica abaixo da linha de vazo, formando uma cmara para pegar e manter substancias estranhas. Estas sujeiras, se presas, podem eventualmente arruinar a haste interna ou os filetes de rosca.

Fig. 8. 14. Instalao da vlvula em local acessvel

12.5. Redutores
Por questo econmica e para facilitar a sua operao, comum se ter o dimetro da vlvula menor do que o da tubulao. Para acomodar esta diferena de dimetros, usa-se o redutor entre a tubulao e a vlvula. O redutor aumenta as perdas e varia o Cv da vlvula. O comum usar um fator de correo, que a relao dos Cv's, sem e com os redutores. Estes fatores de correo podem ser obtidos dos fabricantes ou levantados experimentalmente. O efeito dos redutores na vazo crtica tambm sentido e deve-se usar o fator

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Vlvula de Controle 13. Parmetros de Seleo


To importante quanto a escolha do elemento sensor e do controlador do processo, a seleo da vlvula de controle. Os fatores que orientem e determinam a escolha da melhor vlvula se referem principalmente aplicao e construo. Os parmetros ligados aplicao so fluido do processo, funo da vlvula, condies do processo, vedao da vazo, queda de presso. Os fatores relacionados com a construo incluem o atuador, elemento de controle, conexes, materiais, engaxetamento, sede, internos . O primeiro passo na seleo da vlvula o de determinar exatamente o que esperado da vlvula, ou seja, qual a funo a ser desempenhada pela vlvula depois dela ter sido instalada. Esta avaliao correta da funo estreita os tipos de vlvulas convenientes para a aplicao. Em muitas aplicaes, h vrios tipos de vlvulas que funcionaro igualmente bem e a escolha pode ser baseada somente em fatores como custo e disponibilidade. Para outras aplicaes, pode ser que a melhor escolhe uma vlvula no disponvel industrialmente; a soluo mandar construir uma vlvula especial ou usar a disponvel que apresente mais vantagens, embora no seja a ideal. Para a resposta rpida para a abertura para sobrepresso e grande vazo para a exausto, deve-se usar as vlvulas de alvio e de segurana. A vlvula padro a poppet, acionada por mola.

13.2. Fluido do Processo


O fluido do processo passa dentro do corpo da vlvula. As propriedades do fluido manipulado devem ser conhecidas. Estas propriedades incluem densidade, viscosidade, corrosividade e abrasividade. Fluido um termo genrico que pode significar gs, vapor, lquido puro ou lquido com sujeira (slurry). importante analisar o sistema para ver se mais de um fluido passa atravs da vlvula. Quando se manipulam fluidos que podem causar deposio de contaminantes, deve-se usar vlvula com o mnimo de obstruo vazo, como esfera, gaveta, globo ou diafragma. As vlvulas esfera e globo so as recomendadas para a manipulao de vapor a alta presso.

13.3. Perdas de Atrito do Fluido


Os vrios tipos de vlvulas exibem quedas de presso diferentes, quando totalmente abertas e por isso este fator deve ser considerado na seleo. Um sistema tpico que requer uma perda de presso limitada a tubulao de suco de uma bomba. No projeto de tal sistema, deve se considerar a altura total da suco, que deve incluir perdas internas da bomba, lift esttico de suco, perdas de atrito, presso de vapor e condies atmosfricas. necessrio diferenciar entre a altura necessria e a disponvel. A altura necessria se refere as perdas internas da bomba e determinada por teste de laboratrio. A altura disponvel uma caracterstica do sistema de suco e pode ser calculada. A altura disponvel sempre deve exceder a altura requerida pela bomba.

13.1. Funo da Vlvula


Para o controle proporcional e contnuo do processo, variando o valor da abertura, a vlvula mais padro a globo, que a mais estvel e previsvel das vlvulas. Para o controle liga-desliga, as melhoras escolhas so as vlvulas globo, esfera, gaveta e com plug. As vlvulas esfera e de plug normalmente executam abertura mais rpida que as vlvulas gaveta e globo. Para o controle da direo da vazo do fluido, usa-se a vlvula de reteno, que bloqueia a vazo em uma direo e permite a passagem normalmente na outra direo ou a vlvula de restrio que permite a passagem de uma determinada vazo, em uma ou mais direes especificadas. As vlvulas com portinhola (swing) so as preferidas.

13.4. Condies de Operao


As presses e temperaturas mximas e mnimas devem ser conhecidas. A resistncia corroso do material de construo da vlvula pode ser

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Vlvula de Controle
influenciada por estes fatores, principalmente quando se tem corpos e revestimentos de plstico. O controle de vazo em alta presso geralmente requer o uso de vlvula esfera ou globo, eventualmente vlvula gaveta. Em aplicaes de alta temperatura, deve-se cuidar para que a expanso termal no cause deformao nas partes molhadas da vlvula. Para servio em alta presso e/ou alta temperatura, deve-se considerar os vrios tipos de aos, ligas de nquel, ligas de titnio e outros materiais de alta resistncia. Para servio em vapor d'gua, considerar o ao carbono, bronze e metais similares. Em todos os casos de condies severas de uso, deve-se consultar a literatura dos fabricantes para determinar a convenincia de uma determinada vlvula.

13.5. Vedao
Quase todas as vlvulas podem prover vedao total, quando totalmente fechadas, porm, muitas vezes, com alto custo e complexidade de construo. Assim, existem alguns tipos que fornecem vedao de modo natural e mais simples, como as vlvulas esfera, gaveta, globo e de plug. A pior vlvula para vedao a borboleta. Geralmente a vlvula de controle no aplicada para prover vedao completa, mas para trabalhar com aberturas tpicas e variveis entre 25 e 85%, dependendo de sua caracterstica de vazo. Quando se quer vedao total, quando no h controle, boa prtica usar uma vlvula de bloqueio (stop) em srie com a vlvula de controle.

13.7. Elemento de Controle


O tipo do elemento de controle ou de fechamento determina o tipo da vlvula a ser usado. Inversamente, a escolha do tipo da vlvula determina o tipo do elemento de fechamento. Os elementos mais comuns so a esfera, disco, cunha, plug e agulha. As peas da vlvula que ficam em contato direto com o fluido do processo so chamadas de partes molhadas. Os formatos e variedades destas partes dependem do tipo da vlvula; os mais comuns so a haste, plug, gaiola, sede ou assento . Em muitas vlvulas, usa-se selos em torno da haste, para prover vedao para o exterior da vlvula. Estes selos esto sujeitos a desgaste e por isso devem ser substitudos periodicamente. H muitos estilos de sedes de vlvula, com diferenas de geometria, material e rigidez . Os formatos determinam a caracterstica da vlvula (vazo x abertura da vlvula) e sua capacidade de vedao, quando totalmente fechada. Efetivamente, h apenas quatro mtodos bsicos de controlar a vazo em uma tubulao, atravs de uma vlvula 1. mover um disco ou um obturador (plug) em ou contra um orifcio, como feito na vlvula globo, ngulo, Y e agulha. 2. deslizar uma superfcie plana, cilndrica ou esfrica atravs de um orifcio, como feito na vlvula gate, plug, esfera e de pisto. 3. rodar um disco ou elipse em torno de um eixo, atravs do dimetro de uma caixa circular, como feito na vlvula borboleta e no damper. 4. mover um material flexvel na passagem da vazo, como feito na vlvula diafragma e pinch.

13.6. Materiais de Construo


O material de construo da vlvula est relacionado diretamente com as propriedades de corrosividade e abrasividade do fluido que ir passar pela vlvula. A escolha da vlvula pode ficar limitada pela disponibilidade das vlvulas em materiais especficos. s vezes, por questo econmica, deve se considerar separadamente o material do corpo e dos internos (plug, haste, anel, disco .) da vlvula. Para certos tipos de vlvulas revestidas, como a diafragma, Saunders, o material do revestimento normalmente diferente do diafragma elstico. A combinao da presso, da temperatura de operao e das caractersticas do fluido determinam os materiais de construo permissveis. Os lquidos e gases corrosivos normalmente requerem aos inoxidveis, ligas de nquel, materiais cermicos e plsticos especiais.

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Vlvula de Controle
Todas as vlvulas atualmente disponveis controlam a vazo por um ou mais de um dos mtodos acima. Muitos refinamentos foram feitos e melhorias incorporadas nos projetos com as novas tecnologias e novos materiais. Cada tipo de vlvula tem sua aplicao tima. Cada tipo de vlvula foi projetado para uma funo especfica e quando usada para desempenhar esta funo, a vlvula opera corretamente e tem longa vida. O movimento do elemento de controle da vazo conseguido por meio de uma haste que fixada ao elemento de controle e gira, move ou combina estes dois movimentos, de modo a estabelecer a sua posio. As excees so as vlvulas de reteno (check) e algumas vlvulas de segurana e auto-reguladas, que so operadas pelas foras do fluido dentro da zona de presso. uma variedade de modos manual, pneumtico, eltrico . Elas podem responder de um modo previsvel a sinais provenientes de sensores de presso, temperatura e outras variveis do processo ou podem simplesmente abrir e fechar independentemente da potncia do sinal de atuao. Aproximadamente todas as vlvulas em uso hoje podem ser consideradas como modificaes de alguns poucos tipos bsicos. As vlvulas podem ser classificadas de diferentes modos, tais como tamanho, funo, material, tipo do fluido manipulado, classe de presso, modo de atuao . H vlvulas com princpios de funcionamento j do domnio pblico, outras que ainda esto patenteadas e so propriedades e fabricadas por uma nica firma. Um modo conveniente de classificar as vlvulas de acordo com a natureza do meio de operao empregado. Este modo esquemtico e simples, pois todas as vlvulas caem em uma das oito categorias gaveta, globo, esfera, borboleta, plug, pinch, poppet, swing. Por exemplo, numa indstria petroqumica, 90% de todas as vlvulas usadas so dos tipos gaveta, globo, reteno, esfera, borboleta e plug. A seguir sero vistos a descrio, uso, vantagens e desvantagens de cada um dos tipos acima.

14. Tipos de Vlvulas


H muitos tipos de vlvulas de controle no mercado. Quase todo ms aparece um vlvula de controle "nova e melhorada", tornando difcil a sua classificao. O nmero de vlvulas usadas para o controle de fluidos elevado, com vlvulas variando de simples dispositivos de ligadesliga at sistemas de servomecanismo complexos. Seus tamanhos variam de pequenssimas vlvulas medidoras usadas em aplicaes aeroespaciais at vlvulas industriais com dimetros de vrios metros e pesando centenas de quilos. As vlvulas controlam a vazo de todos tipos de fluidos, variando de ar e gua at produtos qumicos corrosivos, sujos, metais lquidos e materiais radioativos. Elas podem operar em presses na regio do vcuo at presses de 100 000 psig e temperaturas variando da faixa criognica at as faixas de metais derretidos. Eles podem ter tempo de vida variando de apenas um ciclo at milhares de ciclos, sem a necessidade de reparo ou substituio. As vlvulas podem ter exigncia de vedao total, onde pequenos vazamentos podem ser catastrficos ou elas podem ser complacentes, permitindo a passagem de quantidades razoveis de fluido quando totalmente fechadas, sem que isso seja grave. As vlvulas podem ser operadas por

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Vlvula de Controle
14.1. Vlvula Gaveta
Descrio A vlvula gaveta caracterizada por um disco ou porta deslizante que movida pelo atuador na direo perpendicular vazo do fluido. H muitas variaes na sede, haste e castelo das vlvulas gaveta. Elas so disponveis em vrios tamanhos e pesos. A norma API 600-1973 define e descreve as duas principais classificaes para a vlvula gaveta cunha (wedge) e com disco duplo; a mais popular na indstria petroqumica tipo cunha. A vlvula gaveta tipo cunha disponvel em trs configuraes diferentes cunha slida plana, cunha slida flexvel e cunha partida. 2. 3. 4. 5. queda de presso e pouca turbulncia. Na posio totalmente fechada ela fornece uma excelente vedao. Sua geometria fica relativamente livre de acumulo de contaminantes. Sua construo possui a maior faixa de aceitao para a temperatura e presso do fluido. Quase todo tipo de metal pode ser usado e trabalhado para seus componentes.

Fig. 8. 16. Vlvulas gaveta Desvantagens As numerosas vantagens da vlvula gaveta no a tornam a vlvula universal. Ela possui as seguintes limitaes e inconvenientes 1. A abertura entre a gaveta e o corpo da vlvula, durante a subida ou descida, provoca distrbios na vazo do fluido, resultando em vibrao indesejvel e causando desgaste ou eroso da gaveta. 2. A turbulncia do fluido pode tambm ser causada pelo movimento de subida ou descida da gaveta. A vlvula gaveta vulnervel vibrao, quando praticamente aberta e sujeita ao desgaste da sede e do disco. 3. O ganho da vlvula muito grande, quando ela est prxima de sua abertura total. Isto significa que a operao da vlvula instvel na operao prxima de sua abertura total.

Fig. 8. 15. Vlvula gaveta em angulo

A vlvula gaveta cunha slida flexvel se tornou mais popular que a slida plana, dominando o mercado. Ela possui melhor desempenho de selagem, requer menor torque operacional e apresentar menor desgaste no material da sede. O nico fator negativo sua construo mecnica que no fornece alvio de presso para o corpo da vlvula. Recomenda-se especificar um furo de vent no lado a montante da cunha, para evitar presso elevada na cavidade do corpo. Vantagens 1. Na posio totalmente aberta, a gaveta ou o disco fica fora da rea de vazo do fluido, provocando pequena

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Vlvula de Controle
4. A lmina percorre uma grande distancia entre as posies totalmente aberta e fechada; como conseqncia, vlvula gaveta possui resposta lenta e requer grandes foras de atuao. Aplicaes e Restries A vlvula gaveta o tipo mais freqentemente especificado e corresponde a cerca de 70 a 80% do total de vlvulas da indstria petroqumica. A principal razo de sua popularidade que a planta petroqumica necessita de vlvulas de bloqueio e de vlvulas ligadesliga. A vlvula gaveta ideal para aplicaes de bloqueio (totalmente fechada) e de controle liga-desliga, onde ela opera ou totalmente aberta ou totalmente fechada e no necessitam ser operadas com grande freqncia. Ela conveniente para aplicaes com alta presso e alta temperatura e para uma grande variedade de fluidos. Os fatores limitantes tornam a vlvula gaveta inadequada para controle contnuo, para manipular fluidos em velocidades muito elevadas ou para servio requerendo operao rpida e freqente da vlvula. No se recomenda usar a vlvula gaveta em servio de vapor d'gua. A vlvula gaveta com disco duplo projetada de modo que o ngulo da cunha siga flexivelmente os vrios ngulos da sede da vlvula. Esta construo nica mantm um alto desempenho de selagem, mesmo que o corpo da vlvula seja deformado. A vlvula gaveta com disco duplo usada em servio criognico ou em altssima temperatura, onde o corpo da vlvula pode se deformar com a variao da temperatura do processo. A vlvula gaveta resistente a corroso Classe 150 descrita na norma API 6031977. O corpo da vlvula feito de ao inox tipo 304, 316 ou 347 ou Alloy 20, que apresenta resistncia corroso da maioria dos produtos petroqumicos. A vlvula gaveta de ao carbono compacta, descrita na norma API 6021974, largamente usada em linhas de dreno, linhas de bypass ou com instrumentos na tubulao de processo. A vlvula compacta pode ser disponvel tambm na verso resistente corroso. A vlvula gaveta de ferro fundido, descrita na norma API 593-1973, usada em aplicaes com gua de utilidade, gua do ar e vapor d'gua baixa presso.

14.2. Vlvula Esfera


Descrio A vlvula tipo esfera possui um obturador esfrico, que se posiciona dentro de uma gaiola. Outro tipo de vlvula esfera consiste em um obturador esfrico, com uma abertura. Quando o eixo de abertura coincide com o eixo da vazo, tem-se a mxima vazo. Quando o eixo da abertura perpendicular tubulao, a vlvula est fechada. A vlvula esfera basicamente uma esfera alojada em um invlucro. A rotao da esfera de 90o muda a posio de totalmente aberta para totalmente fechada. A esfera pode ser fixa ou flutuante, com porte reduzido ou total. As vlvulas esfera so disponveis em uma variedade de tamanhos e com vrios mecanismos de atuao. A vlvula esfera pode ser considerada um tipo modificado da vlvula plug; em vez do plug tem-se a esfera polida com um furo que gira, para dar passagem ou bloquear a vazo. A vlvula do tipo esfera flutuante suporta a esfera com dois assentos esfricos colocados no corpo da vlvula, um no lado da entrada e outro no lado da sada. Ela construo mecnica simples torna esta vlvula mais popular que as outras do tipo esfera. A presso a montante empurra a esfera e a esfera comprime a sede da bola do lado a jusante, para bloquear a vazo do fluido.

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Fig. 8.17. Esquema de vlvula esfera Vantagens As caractersticas da vlvula esfera so 1. mudana pequena na direo da vazo dentro do corpo da vlvula, resultando em pequena queda de presso. A resistncia vazo semelhante da vlvula gaveta. 2. a rotao da esfera de 90 graus fornece uma operao completa da vlvula. Diferente das vlvulas globo e gaveta, que requerem espao vertical para o deslocamento da haste, a operao fcil e o tamanho da vlvula pode ser muito pequeno. 3. A abertura da vlvula e a quantidade da vazo podem ser determinadas muito precisamente, tornando-a adequada para controle proporcional, embora sua aplicao principal seja em operao de liga-desliga. 4. Ela prove boa vedao, quando totalmente fechada. 5. Elas so de operao rpida e relativamente insensveis contaminao. Aplicaes e restries A vlvula esfera usada em controle contnuo, quando de pequeno tamanho. Ela mais adequada para servio de desligamento (shutoff). Ela podem manipular fluidos corrosivos, lquidos criognicos, fluidos muito viscosos e sujos. Elas podem ser usadas em alta presses e medias temperaturas. H limitao desfavorvel da temperatura por causa do uso de elastmeros na sede da vlvula. A vlvula esfera no recomendada para controle contnuo, pois quando ela estiver parcialmente aberta, o aumento da velocidade do fluido pode danificar os assentos da esfera expostos ao fluido.

14.3. Vlvula Borboleta


Descrio A vlvula borboleta possui este nome por causa do formato da combinao disco-haste. uma vlvula totalmente diferente da convencional com sedeobturador-haste. A vlvula borboleta consiste de um disco, com aproximadamente o mesmo dimetro externo que o dimetro interno do corpo da vlvula, que gira em torno de um eixo horizontal ou vertical, perpendicular direo da vazo. O disco atua como basculante na posio completamente paralela direo da vazo, vlvula est aberta; na posio perpendicular direo da vazo, a vlvula est fechada. Como ela no veda perfeitamente, pode haver pequeno vazamento.

Fig. 8. 18. Vlvula esfera flutuante Desvantagens As principais limitaes da vlvula so 1. A sede da vlvula esfera pode ser sujeitas distoro, sob a presso de um selo, nos espaamentos entre metais, quando a vlvula usada para controle. 2. O fluido entranhado na esfera na posio fechada pode causar problemas. 3. Por causa de sua abertura rpida, a vlvula esfera pode causar os indesejveis golpe de arete ou pico de presso no sistema.

Fig. 8. 19. Vlvula borboleta tipo flauta A vlvula borboleta tpica consiste de um disco que pode girar em torno de um eixo, em um corpo fechado. O disco fecha contra um anel selante, para fechar a vazo. Vrios mecanismos de atuao,

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como alavanca e cam podem ser usados para operar a vlvula. A norma API 609-1973 Butterfly valves descreve e define os principais tipos de vlvulas borboleta, embora no especifique a sua construo mecnica. limitadas a sistemas de baixa presso. 3. Quando usam materiais elastmeros na sede, h limitao de temperatura (90 oC).

aberta

controlando

fechada

Fig. 8.22. Posies da vlvula borboleta Fig. 8. 20. Elemento de controle da vlvula borboleta Vantagens As vantagens da vlvula borboleta so 1. Produzir uma queda de presso muito pequena, quando totalmente aberta. 2. Ser barata, leve, de comprimento pequeno (raramente flangeada). O dimetro da vlvula pode ser do mesma dimenso que a tubulao. 3. Possuir construo e operao extremamente simples. 4. Fornecer controle liga-desliga e contnuo. 5. Manipular grandes vazes de gua, lquidos contendo slidos e gases sujos. Aplicaes As vlvulas borboleta so usadas geralmente em sistemas de baixa presso, onde no se necessita de vedao completa. Elas so normalmente usadas em linhas de grandes dimetros. Vlvula Swing A vlvula swing semelhante borboleta, exceto que elas giram em torno de um lado e no ao longo do dimetro. Elas podem ser atuadas pela vazo, por molas de torso, por alavancas . As vlvulas swing so usadas principalmente como vlvulas de reteno, para bloquear a vazo em uma direo. As vlvulas swing possuem praticamente todas as vantagens das vlvulas borboleta pequena queda de presso, pequeno peso e custo relativamente pequeno. A vedao da vlvula swing muito alta, so sujeitas deposio de contaminantes e introduz turbulncia em baixas vazes. As superfcies de selagem sofrem eroso, quando o fluido est em alta velocidade.

Fig. 8. 21. Vlvula borboleta Desvantagens 1. A vedao da vlvula borboleta relativamente baixa, a no ser que seja usado selo especial. O selo geralmente danificado pela vazo com alta velocidade. 2. Estas vlvulas usualmente requerem grandes foras de atuao e so

Fig. 8. 23. Vlvula swing para reteno

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vlvula gaveta. As superfcies da sede so menos sujeitas a desgaste e a capacidade de provocar grandes quedas de presso torna a vlvula globo conveniente para controle. A vlvula globo favorita para aplicaes de controle liga-desliga, quando h operao freqente da vlvula, por causa do deslocamento pequeno do disco.

14.4. Vlvula Globo


Descrio uma vlvula com o corpo esfrico, com sede simples ou dupla, com obturador guiado pela haste ou pela gaiola e que pode apresentar vrias caractersticas diferentes liga-desliga, linear, igual percentagem. H trs tipos principais de vlvulas na famlia globo, ngulo e Y. Elas so caracterizadas por um elemento de fechamento, geralmente um disco ou plug, que movido por uma haste atuadora, perpendicular sede em forma de anel. A vazo passa da entrada para a sada, atravs da sede. Os trs tipos diferem principalmente na orientao da sede em relao direo da vazo atravs da vlvula. A vlvula tipo Y uma verso modificada da vlvula globo. O corpo da vlvula construdo de modo que as mudanas na direo do fluido dentro do corpo so minimizadas; tambm chamada de vlvula globo de vazo reta. A vlvula globo no definida por nenhuma norma API. A indstria petroqumica usa a norma inglesa 18731975 Steel globe and globe stop and check valves for the petroleum, petrochemical and allied industries.

Fig. 8. 25. Vlvula globo guiada pela gaiola Desvantagens As vlvulas globo provocam grande perda de presso; isto pode ser indesejvel em muitos sistemas. A direo da vazo alterada repentinamente, quando o fluido atinge o disco, causando uma grande turbulncia no corpo da vlvula. Em grandes tamanhos, elas requerem muita potncia para operar, necessitando de alavancas, engrenagens. As vlvulas globo so normalmente mais pesadas do que outras vlvulas de mesma especificao. A turbulncia do fluido na passagem pela abertura da vlvula globo causa vibrao no disco, resultando em estrago da haste. Para evitar isso, deve se projetar um guia especial do disco, principalmente em servio com alta velocidade do fluido.

Fig. 8. 24. Vlvula globo em ngulo

Vantagens As vlvulas globo so, geralmente, mais rpidas para abrir ou fechar que a

Fig. 8. 26. Vlvula globo Y

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aplicaes requerem vlvulas maiores, a economia comea a tender para os sistemas completos. O regulador requer menor espao e menor trecho da tubulao para a sua instalao e operao. A no necessidade de alimentao torna a vlvula auto-operada mais conveniente para aplicaes em lugares remotos e inacessveis. O regulador no est sujeito a falta de alimentao e por isso o sistema mais seguro, porm o funcionamento da vlvula auto-operada em si no mais seguro ou confivel que o funcionamento da vlvula de controle convencional. Como o regulador no requer fonte externa de energia ele inerentemente seguro e pode ser usado em qualquer local perigoso, pois sua presena no compromete a segurana. As vlvulas com atuador eletrnico requerem classificao eltrica especial, como prova de exploso, segurana intrnseca.

Aplicaes As vlvulas globo so usadas principalmente como vlvulas de controle contnuo; elas podem ser consideradas como uma vlvula de controle de vazo de uso geral. Neste aplicao, a vlvula globo projetada com a sede do corpo com material mais duro, j que o servio severo pode causar desgaste e eroso. Para controle mais fino da vazo, usa-se a vlvula agulha, que uma verso modificada da vlvula globo. A vlvula Y usada para controle contnuo e controle liga-desliga de lquidos sujos (slurry) e de alta viscosidade. A vlvula globo pequena, feita de liga de cobre, usada freqentemente em linhas de gs domesticas ou em servio de baixa presso, com disco de plstico para garantir boa vedao.

(a) sede simples

(b) sede dupla

Fig. 8. 27. Vlvula globo

14.5. Vlvula Auto-regulada


Fig. 8. 28. Vlvula auto-regulada de temperatura Conceito O regulador uma vlvula de controle com um controlador embutido. Ele operado pela energia do prprio fluido sendo controlado e no necessita de fonte externa de energia. O regulador chamado de vlvula auto-operada, autoregulada, reguladora. Vantagens do Regulador A vantagem principal o menor custo do regulador em relao ao custo total da malha convencional com o transmissor, o controlador e a vlvula de controle. O regulador mais barato no custo inicial, na instalao e na manuteno, principalmente quando as linhas de processo so pequenas. Quando as

Desvantagens do Regulador O ponto de ajuste provido manualmente e no possvel o ajuste remoto. A preciso e a resoluo do ajuste do ponto de ajuste so precrias. O controle s pode ser proporcional, com banda proporcional fixa. No possvel a combinao com os outros modos, integral e derivativo. limitado a poucas aplicaes, podendo ser usado para o controle de presso, temperatura e nvel, em determinadas faixas e sob condies muito restritivas. pouco preciso e no possui indicaes da varivel medida.

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Vlvula de Controle
puramente mecnico e incompatvel com os sinais eltricos de termopar, bulbo de resistncia, contato . H ainda a pequena flexibilidade com os acessrios, como o posicionador, a chave limite, o volante manual, a solenide . Regulador de Presso O regulador de presso o dispositivo para reduzir a presso, para controlar o vcuo e a presso diferencial. Ele pode ser aplicado a gases, lquidos e vapores. O diafragma o componente bsico responsvel pela operao do regulador. O diafragma compara o ponto de ajuste, que convertido em uma fora pela compresso ajustvel da mola com a presso a ser regulada, que convertida em outra fora de diafragma em si e ajusta a abertura da vlvula para reduzir o erro entre estas duas presses. Assim o diafragma , simultaneamente, o elemento de realimentao, o dispositivo de deteco de erro e o atuador. A ruptura do diafragma a falha mais comum no regulador. A maioria dos reguladores falha na posio totalmente aberta quando o diafragma falha. Em aplicaes crticas, uma soluo seria o uso de dois reguladores em srie, com o segundo regulador ajustado em um valor maior que o primeiro, por exemplo, 20%. Ele ficar totalmente aberto em operao normal e ser o responsvel pela regulao somente durante a falha do primeiro. O regulador de presso deve ser instalado com filtro a montante, com purgador-separador de condensado, quando houver vapor. Deve haver trechos retos antes e depois do regulador. Regulador de Temperatura Um regulador de temperatura um dispositivo controlador que inclui o elemento sensor termal, a entrada de referncia e a vlvula de controle. O sistema auto-atuado a energia para a atuao da vlvula suprida pelo processo. H basicamente dois tipos, conforme a atuao da vlvula atuado diretamente e atuado por piloto. No tipo de atuao direta, a unidade de potncia (diafragma, fole) do atuador termal est conectada diretamente a haste da vlvula e desenvolve a fora e o deslocamento necessrios para abrirfechar a vlvula. O regulador atuado diretamente mais simples, mais econmico e tem um controle mais proporcional. No tipo atuado por piloto, o atuador termal move uma vlvula piloto, que controla o valor da presso do fluido que passa pela vlvula atravs de um diafragma ou pisto, que estabelece a posio da haste da vlvula principal. O regulador com piloto possui bulbo menor, resposta mais rpida, maior ganho e pode atuar em vlvulas de alta presso. A instalao adequada inclui a correta localizao do bulbo, onde as variaes de temperatura so prontamente sentidas e onde no ha perigo de dano.

Fig. 8. 29. Reguladora com piloto Regulador de Nvel O regulador de nvel um instrumento que atuado pela variao de nvel do lquido do processo. Ele no necessita de suprimento de energia e por isso autoatuado. Os principais tipos so do tipo bia direta e bia piloto. O mais simples regulador de nvel consiste de uma alavanca atuada por uma bia flutuadora e que atua diretamente na vlvula de controle. O regulador com bia piloto mais verstil e sensvel. Neste sistema a alavanca da bia atua um rel pneumtico. A vlvula de controle assim operada por presso pneumtica.

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Vlvula de Controle
Regulador de Vazo O regulador de vazo usa a energia do prprio lquido a ser medido, para sua operao. Ele normalmente possui uma restrio para provocar a presso diferencial e utilizar esta mesma presso diferencial para atuar em um pisto, que por sua vez, controla a vazo. O regulador contem em um nico dispositivo os trs elementos de controle primrio-controlador-final. O ponto de ajuste estabelecido externamente. Quando a vazo atinge o ponto de ajuste estabelecido, a vlvula de controle integral impede qualquer acrscimo de vazo. O regulador um dispositivo utilizado em sistemas onde a preciso no crtica, como em sistemas de irrigao e distribuio de gua. Concluses Mesmo na poca dos controladores a microprocessador, que sero a base do controle do prximo sculo, ainda h aplicaes vlidas para o regulador desenvolvido no sculo passado. O regulador ainda usado para aplicaes pouco exigentes e em locais onde no disponvel nenhuma fonte de energia. Ele justifica a sua aplicao, por causa de sua simplicidade e economia.

15. Vlvulas Especiais


15.1. Vlvula Reteno (Check Valve)
As vlvulas de reteno so projetadas unicamente para evitar a vazo no sentido inverso em uma tubulao, que perturba o processo seriamente e pode at causar acidente. A presso do fluido vazante abre a vlvula e o peso do mecanismo de reteno e qualquer reverso da vazo a fecha, automaticamente. H diferentes tipos de vlvulas de reteno portinhola (swing), com levantamento de disco ou esfera (lift), disco, reteno-bloqueio, tipo sanduche (wafer). A seleo do tipo mais conveniente depende da temperatura, da queda de presso disponvel e da limpeza do fluido.

Fig. 8. 30. Vlvula de reteno com portinhola A vlvula de reteno padro a com portinhola (swing), que abre com a presso da linha, onde a vazo no sentido normal faz o disco se afastar do assento. Ela se fecha quando a presso cai e fica totalmente fechada, quando o disco mantido contra o anel do assento pelo seu peso ou por mecanismos externos ligados ao eixo estendido atravs do corpo da vlvula. Elas podem operar na posio vertical (vazo para cima) ou horizontal. A vlvula de reteno com portinhola usada em velocidades baixas do fluido, onde a reverso da vazo rara. As suas caractersticas so a baixa resistncia vazo, a baixa velocidade e a mudana de sentido da vazo pouco freqente. Uma reverso repentina da vazo do fluido pode fazer o disco martelar a sede, danificandoa ou se danificando.

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Vlvula de Controle
Uma vazo pulsante pode fazer a vlvula de reteno com portinhola oscilar continuamente, danificando a sede, a portinhola ou ambas. Este problema pode ocorrer tambm quando a fora da velocidade do fluido no suficiente para manter a posio da portinhola estvel. A vlvula de reteno geralmente fechada pela presso da vazo reversa e o pelo peso do disco. Se o disco pode ser fechado logo antes do inicio da vazo reversa, o martelo d'gua pode ser evitado. Porm, a maioria das vlvulas de reteno precisa da ajuda da vazo reversa para fechar o disco. A massa e a velocidade do fluido da vazo reversa causam grande martelo d'gua contra a sede do corpo da vlvula. Podem ser usadas molas para proteger contra o martelo d'gua, porm a adio da mola requer mais presso para abrir o disco e aumenta a resistncia do fluido e a queda de presso. Semelhante s vlvulas de controle, as de reteno so disponveis em diferentes materiais, como bronze, ferro fundido, ao carbono, ao inoxidvel, aos especiais . As conexes podem ser rosqueadas, flangeadas, soldadas e tipo wafer. As modernas vlvulas so disponveis com corpo no estilo wafer; elas possuem extremidades planas e sem flanges e so instaladas entre flanges da tubulao. gravidade ou pela ao de uma mola e pela presso da vazo. A vlvula de reteno tipo levantamento pode ser usada em ambas as posies, horizontal e vertical. Ela possui alta resistncia vazo e usada principalmente em tubulaes de 1 1/2" ou menores. Em geral, a vlvula de reteno lift requer queda de presso relativamente alta. Elas possuem uma construo interna semelhante da vlvula globo. Suas caractersticas de operao so mudana freqente do sentido da vazo e preveno de vazo inversa. Elas so usadas com vlvulas globo ou de ngulo.

15.3. Vlvulas de Reteno Esfera


Esta vlvula de reteno similar vlvula lift, exceto que o disco substitudo por uma esfera, que pode girar livremente. Elas so limitadas a servio de fluidos viscosos e so disponveis apenas em pequenos dimetros.

15.4. Vlvulas de Reteno Borboleta


As vlvulas de reteno tipo borboleta tem uma geometria similar vlvula de controle, de modo que elas podem ser usadas em conjunto. As caractersticas de operao da vlvula de reteno borboleta so resistncia mnima vazo, mudana freqente de sentido e uso em linhas equipadas com vlvulas de controle borboleta. Elas podem ser usadas na posio vertical ou horizontal, com a vazo vertical subindo ou descendo.

15.5. Vlvula de Reteno e Bloqueio


Fig. 8. 31. Vlvula de reteno tipo levantamento (lift) A vlvula de reteno e bloqueio (stop check) combina as caractersticas de reteno (vazo em somente um sentido) e de bloqueio (vazo zero, quando totalmente fechada). Ela composta de uma vlvula de reteno com levantamento do disco e uma vlvula globo. Quando a haste levantada para a abertura total, a vlvula opera como uma de reteno normal. Quando a haste move para baixo, para fazer o fechamento total, a vlvula funciona como uma de bloqueio globo.

15.2. Vlvulas de Reteno Tipo Levantamento


Nas vlvulas de reteno tipo levantamento (lift), um disco ou uma esfera levantada da sede, dentro de guias, pela presso de entrada da vazo. Quando a vazo para ou inverte de sentido, o disco volta para o assento, por causa da

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Vlvula de Controle
A vlvula de reteno-bloqueio usada particularmente em casas de fora, para servio com vapor. Ela possui um disco flutuante que levanta sob condies de vazo, como a fora da presso da caldeira de vapor. Suas principais aplicaes incluem 1. evitar a vazo reversa do vapor do header principal, 2. ajudar a colocar a caldeira em servio, depois de ter sido desarmada (shutdown), 3. ajudar a desligar a caldeira, quando a queima parar, 4. agir como uma vlvula de segurana imediata, evitando a vazo de vapor de volta para o header. A norma API Spec. 6D "Pipeline valves" descreve os tipos regulares de vlvulas de reteno tipo portinhola.

Fig. 8.32. Vlvula de alvio

16.2. Definies e Conceitos


Os termos vlvula de segurana e vlvula de alvio so usados com o mesmo sentido, para designar vlvulas que protegem contra a presso excessiva. Porm, h diferena entre elas. A vlvula de segurana projetada para ter uma ao de abertura total, provendo um alvio imediato. Ela est descrita no cdigo ASME, que especifica capacidade, sobre-faixa de presso e diferena entre presso ajustada e de rearme. A vlvula de alvio projetada para abrir lentamente com aumento na presso inicial. Estas vlvulas no possuem um cdigo de projeto. A vlvula de alvio normalmente usada para aliviar presses excessivas desenvolvidas por fluidos no compressveis, desde que uma pequena descarga deste fluido ir prover um alvio imediato. Sob estas condies no necessrio que a vlvula de alvio abra total e imediatamente, mas que ela continua abrindo enquanto a presso estiver subindo. Por causa destas diferenas na ao, as vlvulas de segurana so usualmente empregadas para aliviar presso excessiva causada por gases (fluidos compressveis), enquanto as vlvulas de alvio so usadas para aliviar a presso excessiva causada por lquidos (fluidos no-compressveis). A vlvula de segurana-alvio (safetyrelief) tem um projeto de abertura total e pode ser usada em fluidos compressveis e no-compressveis.

16. Vlvula de Alvio de Presso


16.1. Funo do Equipamento
A funo bsica de um equipamento de alvio a de aliviar uma condio de sobrepresso de um sistema de modo automtico, econmico e eficiente. A funo adicional a de conter o sistema de presso, durante o tempo em que a sobrepresso cai, voltando para a condio normal. Isto conseguido por um sistema de balano de foras agindo no fechamento da rea de alvio. A rea do orifcio de alvio de presso selecionada para passar a vazo necessria, em condies especficas. Esta rea fechada por um disco, at que a presso ajustada seja atingida. A presso contida do sistema age em um lado do disco; do outro lado h uma fora exercida diretamente por uma mola. Todo este conjunto alojado dentro de um corpo, com conexes de entrada e de sada, um prendedor do disco e outros acessrios para prover a caracterstica de desempenho especificada.

16.3. Sobrepresso
Os sistemas de alvio de presso fornecem os meios de proteo de pessoal e equipamento de operao anormal do

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Vlvula de Controle
processo. Algumas das condies que causam aumento excessivo da presso so 1. exposio ao fogo ou outras fontes externas de calor, 2. aquecimento ou resfriamento de lquido bloqueado entre vlvulas ou em alguma outra seo fechada do sistema, resultando em expanso hidrulica, 3. falha mecnica de equipamentos normais de segurana, funcionamento inadequado dos instrumentos de controle, falha na operao manual, resultando em enchimento ou esvaziamento do equipamento, 4. produo de mais vapor do que o sistema pode manipular, seguindo um distrbio operacional, 5. gerao inesperada de vapor, resultando no desequilbrio de energia do processo, 6. reao qumica exotrmica e produo excessiva de gs do sistema. Objetivos A partir destas situaes e necessidades, os objetivos do sistema de alvio de presso so 1. atender as normas e leis governamentais, incluindo o controle ambiental, 2. proteger o pessoal de operao contra perigos causados de sobrepresso de equipamentos, 3. minimizar as perdas de material durante e aps um distrbio operacional, causado por uma sobrepresso rpida, 4. evitar danos a equipamentos e propriedades vizinhos, 5. reduzir os prmios de seguro da planta. Operao da Vlvula de Alvio As vlvulas de alvio tem discos pressionados por mola, que fecham a abertura de entrada da vlvula contra a presso da fonte. O levantamento do disco diretamente proporcional sobrepresso acima da presso ajustada. Quando a presso de entrada se iguala a presso ajustada, o disco pode subir um pouco acima da sede e permitir a passagem de uma pequena vazo do fluido. Quando uma maior presso se acumula na entrada, a mola mais comprimida, fazendo o disco subir mais, aumentando a rea de passagem, aumentando a vazo do fluido. O levantamento gradual do disco com o aumento da presso de entrada, atravs de toda a faixa til da vlvula e a realizao de sua capacidade de descarga total em 25% de sobrepresso so as principais caractersticas da vlvula de alvio. Estas propriedades diferenciam a vlvula de alvio da vlvula de segurana, cujo disco obtm seu levantamento especificado com pequena sobrepresso. A vlvula de alvio usada principalmente para servio de lquido.

16.4. Vlvula de Segurana


A vlvula de segurana e a vlvula de alvio de segurana so projetadas especificamente para dar uma abertura total com pequena sobrepresso. elas possuem discos pressionados por mola que fecham a abertura de entrada da vlvula contra a presso de entrada e so caracterizadas pela abertura rpida e completa, produzida por uma cmara que, a uma presso predeterminada, aumenta a rea entre o disco e a sede a um ponto onde a fora da mola no mais supera a fora de entrada. O fluido vazante dirigido para reagir contra o disco e a fora da mola. Esta ao utiliza a energia cintica (proporcional massa e velocidade) para manter a vlvula na posio aberta. Quando a vazo for menor que 25% da capacidade da vlvula, a energia cintica no suficiente para manter a vlvula totalmente aberta e a mola faz a vlvula se fechar. Esta repetio de abertura e fechamento caracterstica da vlvula de segurana. A freqncia de repetio muito alta (chattering) indesejvel e ocorre com vlvula super dimensionada. essencial o conhecimento da vlvula de alvio. Por exemplo, o coeficiente de descarga diferente para as vrias vlvulas dos fabricantes diferentes. A vlvula pode ser instalada de modo que ela limita as condies nas quais foi feito o seu dimensionamento. As vlvulas de alvio devem ser dimensionadas e instaladas de modo que elas controlem descarga do

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fluido e no sejam vitimas da descarga do fluido. Quando dimensionada corretamente, a vlvula de alvio continua a descarregar, at que a presso de entrada caia de 4 a 5% abaixo do ponto de ajuste. A diferena entre a presso em que a vlvula de alvio abre a presso de fechamento chamada blowdown. A vlvula de segurana possui um anel ajustvel para controlar o blowdown. Vlvula de Alvio e Segurana A vlvula de alvio e segurana usada como equipamento de alvio em refinarias de petrleo e indstrias qumicas. Ela descrita como uma vlvula com um castelo fechado com todas as caractersticas da vlvula de segurana. Como o nome implica, ela pode ser usada em dois tipos de servio como uma vlvula de alvio ou como vlvula de segurana. Quando usada como vlvula de alvio, o anel de blowdown retirado, de modo que a cmara no produz nenhum efeito, evitando a abertura rpida e total da vlvula e fazendo a vlvula operar exatamente como uma vlvula de alvio. Ela pode ser usada tambm como vlvula de segurana, exceto quando a temperatura muito elevada e altera a caracterstica da mola. A vantagem da vlvula de alvio e segurana sua versatilidade, controlando rigorosamente ou evitando a emisso do fluido. Dimensionamento A vlvula de alvio deve proteger equipamento sujeito a sobrepresso, provocada por vrias causas distintas. Por exemplo, numa coluna de fracionamento, pode aparecer sobrepresso por causa de fogo externo, descarga bloqueada, perda de refluxo, falha de alimentao eltrica, falha de resfriamento, falha de instrumentos de controle . A vlvula de alvio deve ser dimensionada para cada uma das condies em separado e o tamanho final deve ser suficientemente grande para manipular a maior capacidade. O primeiro passo calcular a vazo necessria atravs da vlvula de alvio de presso para evitar acmulo excessivo. Em reaes exotrmicas, a vlvula deve ser dimensionada para passar uma vazo capaz de aliviar a presso na mxima presso possvel. Aps a capacidade do fluido a ser aliviada determinada, necessrio calcular a rea do orifcio necessrio para aliviar a quantidade predeterminada de lquido ou vapor. Depois da determinao da rea, pode-se fazer a seleo da vlvula consultando tabelas de fabricantes, que listam vrias vlvulas com a rea do orifcio necessria. A seleo final ser baseada na conformidade da rea do orifcio com a vlvula que satisfaa a presso, temperatura e materiais de construo. A ASME apresenta formulas para determinar a rea efetiva do orifcio que ir determinar a capacidade especificada do fluido. Construo da Vlvula As vlvulas de segurana e alvio so normalmente mantidas na posio fechada por meio de um disco pressionado por uma mola. A presso da mola ajustada de modo que uma presso predeterminada agindo sobre o disco da vlvula (sede) levantar o disco da sede permitindo a passagem do fluido atravs da abertura. Em vlvulas de segurana, o disco se projeta sobre a sede, para fornecer uma rea de passagem adicional aps a abertura inicial e deste modo, levantando rapidamente o disco para a posio de totalmente aberta. A sede usualmente cercada por um anel ajustvel, de modo que, quando a vlvula comea a abrir, a presso tambm aplicada a superfcie exposta adicional e no apenas ao disco. Pelo ajuste deste disco, regula-se a presso de blowdown, que a diferena entre a presso de alvio e uma presso levemente menor em que a vlvula fecha. Um blowdow pequeno inconveniente, pois a vlvula ir abrir-fechar periodicamente e no ir abrir rapidamente. As vlvulas de alvio so projetadas de modo que a rea exposta a sobrepresso a mesma, com a vlvula aberta ou fechada, fazendo com que o disco seja levantado da sede lentamente, quando a

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Vlvula de Controle
presso subir, at que a vlvula atinja a abertura total. A maioria das vlvulas de segura possuem mola. Uma minoria funciona com peso e alavanca externos. As vlvulas de alvio de presso com mola tem a presso de alvio ajustada por meio de um parafuso no topo do castelo, que varia a compresso da mola. As vlvulas de alvio so disponveis para temperatura criognicas at 750 oC e de alta presso at 10 000 psig. A maioria das vlvulas de segurana e algumas vlvulas de alvio so equipadas com uma alavanca externa para verificao do alvio. As vlvulas de alvio so disponveis em uma grande variedade de materiais ferro fundido, ao carbono, ao inoxidvel, bronze, Hastelloy, Monel, revestida de Teflon. Instalao e Manuteno A instalao da vlvula de alvio de presso descrita no cdigo ASME, que deve ser estudado e entendido, para o dimensionamento, seleo e instalao. Os pontos mais importantes so: 1. a vlvula de alvio de presso deve ser localizada e instalada de modo que ela seja facilmente acessvel para reparo. 2. Se o projeto de uma vlvula de alvio de presso ou de segurana tal que acumulado lquido no lado de descarga do disco, a vlvula deve ser equipada com um dreno no ponto mais baixo. 3. A mola em uma vlvula de alvio de segurana em servio para presses at 140 kPa (20 psig), no pode ser resetada para qualquer presso alm de 10% acima ou abaixo do valor marcado na vlvula. Para presses acima de 140 kPa (20 psig), a mola no deve ser reajustada para qualquer presso alm de 5% abaixo ou acima da marcao da vlvula. 4. nenhuma vlvula de alvio de lquido no pode ser menor que 1/2". 5. as vlvulas de segurana e alvio devem ser ligadas ao vaso no espao com vapor, acima do lquido ou em uma tubulao ligada ao espao do vapor no tanque a ser protegido. 6. a abertura atravs de toda a tubulao e conexes entre um vaso de presso e sua vlvula de alvio de presso deve ter, no mnimo, a rea da entrada da vlvula. 7. as vlvulas de alvio de lquido devem ser ligadas abaixo do nvel normal do lquido. 8. todas as linhas de descarga devem ir diretamente para o ponto do alvio final. Para linhas mais longas, devese usar cotovelos com raio grande, quando for necessrio mudar a direo. Deve-se evitar, no projeto da linha, conexes prximas e deve-se minimizar as tenses na linha , usando-se juntas de expanso. 9. essencial fazer e seguir um programa de inspeo e manuteno preventiva para cada vlvula de alvio de presso. Toda e qualquer vlvula de alvio de presso em servio limpo e no corrosivo deve ser inspecionada e testada, no mnimo, uma vez por ano. Vlvula em servio corrosivo ou severo deve ser inspecionada mais freqentemente. Deve-se registrar e manter estes relatrios de teste e inspeo para saber quando e por quem cada vlvula foi inspecionada e testada. 10.Os testes no devem envolver apenas o ponto de ajuste da presso de alvio, mas tambm a capacidade de alvio da vlvula, nas condies do processo. 11.A capacidade nominal de uma vlvula de segurana ou de alvio deve ser conforme o que estiver gravado na plaqueta da vlvula para as condies de projeto originais.

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Vlvula de Controle 17. Vlvulas Solenides


17.1. Solenide
Solenide eltrica uma bobina de fio energizada eletricamente para produzir um campo magntico no seu interior, que provoca um movimento mecnico em um ncleo ferromagntico, colocado no centro do campo. Quando a bobina energizada, o ncleo est em uma posio, quando desenergizada, est em outra posio. A solenide pode ser de operao analgica ou digital. Exemplos de excitao analgica de solenide a ativao da bobina de um alto falante de udio ou o controle de freios mecnicos em carros eltricos. Porm, a solenide mais usada em sistemas de controle como um dispositivo digital, onde uma potncia constante aplicada ou retirada de sua bobina. acionado na solenide, quando a bobina energizada. As vlvulas so disponveis na construo normalmente fechada ou normalmente aberta. A vlvula normalmente fechada abre, quando se aplica corrente (energiza) e fechada quando a corrente cortada (desenergizada). A vlvula normalmente aberta fecha quando a corrente aplicada e abre quando a corrente cortada. Os termos normalmente aberto ou normalmente fechado se referem posio antes da aplicao da corrente. As vlvulas solenides so projetadas para operao liga-desliga (on-off) ou totalmente aberta ou totalmente fechada. Como as vlvulas solenides so de ao rpida, deve-se cuidar que no haja golpe de arete nas tubulaes do processo, o que poderia danificar tubulao, medidores de vazo, vlvulas.

Fig. 8. 33. Aplicao de vlvula solenide Fig. 8. 34. Solenide na vlvula de controle A solenide pode estar acoplada a rel, para operar contatos eltricos. Os contatos so abertos ou fechados, conforme a energizao-desenergizao da bobina. Outra aplicao industrial importante acoplar a solenide ao corpo de uma vlvula; tem-se a vlvula solenide.

17.3. Operao e Ao
As solenides so usualmente empregadas com vlvulas globo ligadesliga com haste deslizante. H basicamente quatro tipos de operao 1. ao direta, 2. operada por piloto interno 3. operada por piloto externo 4. com sede e disco semibalanceados Na vlvula com ao direta o ncleo da solenide (plunger) mecanicamente ligado ao disco da vlvula e abre ou fecha diretamente a vlvula. Uma mola normalmente mantm o plug na posio

17.2. Vlvula Solenide


A vlvula solenide a combinao de duas unidades funcionais bsicas a solenide e a vlvula. A vlvula solenide usada para controlar a vazo de fluidos em tubulaes, principalmente de modo digital (liga-desliga). Ela aberta ou fechada pelo movimento do ncleo

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Vlvula de Controle
aberta ou fechada e contra esta fora que a solenide deve mover o plug para a posio oposta. A operao no depende da presso ou vazo da linha. A vlvula operada com piloto interno equipada com um pequeno orifcio piloto, utilizando a presso da linha para sua operao. Quando a solenide energizada, ela abre o orifcio piloto e alivia a presso do tipo do diafragma ou plug da vlvula para a sada da vlvula. Isto resulta em um desequilibro de presso atravs do plug ou diafragma, que abre o orifcio principal. Quando a solenide desenergizada, o orifcio piloto fechado e toda a presso da linha aplicada ao topo do disco, fornecendo uma fora de assento que fecha totalmente. Ambos os plugs so montados em uma nica haste. A presso da linha do lado da entrada da vlvula introduzida debaixo do plug inferior e acima do plug superior. A fora para baixo no plug superior maior do que a fora para cima do plug inferior. Esta pequena diferena de fora, mais a fora exercida por uma mola, mantm os plugs inferior e superior em suas sedes. Quando a solenide energizada, os plugs so levantados, abrindo a vlvula. Por causa da fora que age para cima no plug inferior, a solenide deve apenas superar estas pequenas diferenas e a fora da mola. As vlvulas solenides so tambm disponveis em configuraes de vrias vias. As vlvulas com duas vias so as convencionais, tendo uma conexo de entrada e outra de sada. A vlvula abre ou fecha, dependendo da solenide energizada ou desenergizada. As vlvulas solenides de trs vias tem trs conexes com a tubulao e dois orifcios. Um orifcio est sempre aberto e outro sempre fechado. Estas vlvulas so usadas comumente para alternadamente aplicar presso para e aliviar presso de uma vlvula. Elas servem tambm para convergir ou divergir a vazo nas conexes. As vlvulas solenides com quatro vias so usadas para operar cilindros de ao dupla. Estas vlvulas possuem quatro conexes uma presso, dois cilindros e uma exausto. Em uma posio da vlvula, a presso aplicada a um cilindro, a outra ligada a exausto. Na outra posio, a presso e a exausto esto invertidas.

Fig. 8. 35. Operao da vlvula solenide A vlvula com piloto externo operada atravs de um diafragma ou cilindro. Esta vlvula equipada com um piloto solenide de trs vias, que alternadamente aplicada a presso para ou aliviada a pressa do diafragma para a operao. A presso da linha ou uma fonte separada de presso usada para operar a vlvula piloto. A vlvula com sede e disco semibalanceados de dupla sede. O corpo contem duas sedes, uma acima da outra, com um espao entre elas. O plug inferior levemente menor do que o superior.

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Vlvula de Controle 18. Vlvula Redutora de Presso


18.1. Conceito
A vlvula redutora de presso serve para diminuir a presso a jusante para um nvel determinado dentro dos limites impostos pelo tipo de vlvula usado. Basicamente h dois tipos de redutoras: 1. operada diretamente, em que a vlvula principal operada pela ao combinada de uma mola e da presso de sada, que aplicada ao lado inferior do diafragma. vlvula redutora mais simples e pode operar apenas em variaes limitadas de vazo. A presso reduzida dependente da presso de entrada. 2. operada por piloto, em que a vlvula principal aberta por meio de um pisto, que atuado pela presso de uma vlvula piloto. Esta vlvula internamente balanceada e controla a presso reduzida de modo preciso, mesmo que haja variao na presso de entrada. Ela manipula variaes grandes de vazo. ser dimensionadas e selecionadas corretamente, instaladas e mantidas de acordo com as instrues do fabricante, de modo que suas peas internas se movam livremente.

18.4. Seleo da Vlvula Redutora de Presso


A determinao da melhor vlvula redutora depende da a aplicao. Devem ser conhecidas as respostas das seguintes perguntas 1. Quais so as presses mxima e mnima a montante? A presso a montante (upstream) tambm referida como presso de entrada ou suprimento. 2. Qual a presso a jusante a ser mantida constante ou qual a faixa ajustvel da presso reduzida desejada? A presso a jusante (downstream) a presso na sada da vlvula, ou presso de descarga ou presso reduzida. O seu valor determinado pelo processo. Quando a presso regulada fixa, o dimensionamento da vlvula se baseia na presso diferencial estabelecida pela mnima presso de entrada. Se a presso regulada ajustvel, a vlvula dimensionada de acordo com a mnima presso diferencial disponvel. 3. Quais as vazes mnima, mxima e media que passam pela vlvula redutora? No escolha o tamanho da vlvula redutora apenas fazendo-o igual ao dimetro da tubulao. Cada fabricante possui sua tabela de capacidade prpria. 4. Deve haver vedao total? Uma vlvula de vedao fecha totalmente, impedindo a vazo do fluido para a sada. Somente vlvulas de sede simples podem prover vedao total. Nunca usar vlvula de sede dupla para reduzir presso e simultaneamente vedar. 5. Qual deve ser o tipo de conexo? Esta resposta determinada pela boa prtica de tubulao e as condies reais de instalao. Se a vlvula rosqueada, recomendado o uso de unies em ambas as extremidades da vlvula.

18.2. Preciso da Regulao


H uma relao definida entre a preciso da regulao e a capacidade da vlvula redutora ou reguladora. A vlvula redutora com mola deve ser ajustada enquanto passa uma vazo mnima. A presso reduzida obtida, quando se aumenta lentamente a vazo, at chegar capacidade especificada, uma medida da preciso da regulao. Uma vlvula redutora ajustada para entregar 600 kPa (100 psig) de presso, na vazo mnima, possui preciso de regulao de 99%, se ela entrega 598 kPa na capacidade especificada.

18.3. Sensibilidade
A sensibilidade de uma vlvula redutora de presso usa a resposta das variaes da presso e a mantm constante a despeito das variaes de carga. Sensibilidade diferente de preciso de regulao. Para se obter a maior sensibilidade, as vlvulas redutoras devem

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Vlvula de Controle
18.5. Instalao
As regras gerais de instalao de vlvulas tambm se aplicam s vlvulas redutoras de presso, alm do seguinte: 1. Deve sempre incluir um bypass para permitir a manuteno de emergncia, sem desligar a alimentao. 2. No instalar uma vlvula redutora em um local inacessvel, o que tornaria difcil ou impossvel a manuteno e servio. 3. Instalar indicadores locais de presso na entrada e sada da vlvula, facilitando o ajuste e a verificao da vlvula redutora. 4. Se a linha tiver sujeira em suspenso no fluido, instalar um filtro antes da redutora. 5. Instalar uma vlvula de segurana depois da vlvula redutora de presso. paralelo pode ser a soluo. Para grandes redues de presso, a operao de duas vlvulas em srie pode ser a soluo.

18.6. Operao
Quando colocar a vlvula redutora em operao, verificar a posio (aberta ou fechada) de todas as vlvulas de bloqueio (stop) ligadas na instalao. Eliminar o condensado, leo e sujeiras que poderiam danificar a vlvula redutora. Quando colocar uma vlvula redutora em operao, melhor abrir a vlvula de bloqueio a jusante e gradualmente abrir a vlvula de bloqueio a montante, antes de ajustar a vlvula redutora. Enquanto esta operao estiver sendo feita, observar o indicador de presso da sada, evitando presso excessiva que poderia aquecer ou danificar o equipamento. Quando a presso ficar muito alta, ela pode ser facilmente controlada com uma vlvula de bloqueio a montante. No resetar a vlvula redutora enquanto estiver enchendo o sistema da tubulao. Quando um sistema de baixa presso est frio, necessrio um razovel intervalo de tempo para pressuriz-lo; durante este tempo a vlvula redutora estar totalmente aberta, at que seja atingida a presso desejada.

Fig. 8.36. Vlvula reguladora de presso com piloto H vrios conceitos errados acerca, da vlvula redutora de presso, nenhum sendo mais grave que fazer o tamanho da vlvula igual ao dimetro interno da tubulao. Invariavelmente, o tamanho correto da vlvula redutora de presso menor que a tubulao. Se este procedimento no for adotado, a vlvula redutora ser sempre superdimensionada e haver instabilidade em baixas vazes. Para grandes variaes de capacidade, a operao de duas vlvulas redutoras em
Apostilas\Instrumentao 25Valvula.doc 11 DEZ 98 (Substitui 25 ABR 97)

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2.9 Especificao de Instrumentos


1. Informao do Produto
Os fabricantes de instrumentos geralmente possuem definies para as especificaes de seus produtos e como elas devem ser apresentadas. Muita coisa est mudando nos anos 90, principalmente por causa das exigncias e da certificao das normas da srie ISO 9000. A informao do produto um termo genrico para qualquer atributo usado para descrever um produto e suas capacidades. o termo mais geral usado para discutir a propriedade de um produto. A informao inclui os dados que so registrados, publicados, organizados, relacionados ou interpretados dentro de um sistema de referncia de modo que tenham significado. As informaes de um instrumento possui a seguinte hierarquia de termos: 1. propriedades (features) 2. especificaes 3. caractersticas estreita um atributo com um parmetro mensurvel, que a largura da faixa de passagem. As propriedades do instrumento so descritas com adjetivos e no com nmeros. Os termos so vagos e promocionais, como 1. qualidade superior, 2. alta preciso, 3. instalao simples. 4. Cpsula possui pequeno volume

1.2. Especificao
A especificao uma descrio quantitativa das caractersticas requeridas de um equipamento, mquina, instrumento, estrutura, produto ou processo. Enquanto a propriedade diz que o instrumento tem alta preciso, a especificao diz que a preciso de 0,1% do valor medido, incluindo linearidade, repetitividade, reprodutibilidade e histerese. Em engenharia, as especificaes so uma lista organizada de exigncias bsicas para materiais de construo, composies de produto, dimenses ou condies de teste ou um nmero de normas publicadas por organizaes (como ASME, API, ISA, ISO, ASTM) e muitas companhias possuem suas prprias especificaes. Em ingls, chamada abreviadamente de specs. As especificaes descrevem formalmente o desempenho do produto. Uma especificao um valor numrico ou uma faixa de valores que limita o desempenho de um parmetro do produto. A garantia do produto cobre o desempenho dos parmetros descritos pelas especificaes. Os produtos satisfazem

1.1. Propriedade (feature)


Propriedade um atributo do produto oferecida como uma atrao especial. As propriedades descrevem ou melhoram a utilidade do produto para o usurio. Uma propriedade no necessariamente mensurvel, mas ela pode ter um parmetro associado mensurvel. Se uma propriedade com um parmetro mensurvel de interesse do usurio, uma especificao do produto descreve e quantifica esta propriedade. Por exemplo, uma interface I/O de um medidor uma propriedade e no mensurvel, mas o filtro de banda de passagem de resoluo

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Especificao de Instrumentos
todas as especificaes quando despachado da fbrica. Algumas especificaes so somente vlidas sobre um conjunto de condies externas limitado ou restrito mas em tais casos a especificao inclui uma descrio destas condies limitadas. As especificaes ambientais tambm definem as condies que um produto pode ser submetido sem afetar permanentemente o seu desempenho ou causar estrago fsico. Estas condies podem ser climticas, eletromagnticas (como susceptibilidade eletromagntica), mecnicas, eltricas ou precondies de operao, (como tempo para aquecimento, intervalo de calibrao) Capacidade A capacidade do sistema depende do nmero e tamanhos dos elementos, estrutura do circuito, tamanho e estrutura do software. Operabilidade Operabilidade o grau em que um sistema fornecido com meios para observar e manipular a operao de um processo. A operabilidade inclui tambm a habilidade de observar e manipular a operao de um sistema. A operabilidade depende das ferramentas e procedimentos para dar comandos e chamar e representar os dados do processo e a velocidade de resposta para executar comandos e fornecer dados para um recipiente exigente. O termo velocidade de resposta est relacionado com a transmisso de informao de 1. processo (medio) para processo (atuador), como em uma malha de controle 2. um elemento do sistema para outro elemento do sistema 3. elemento do processo ou sistema para operador e vice-versa. Compatibilidade A compatibilidade a habilidade de um equipamento poder ser usado em conjunto com outro. tambm a habilidade de um computador aceitar dados manipulados por outro equipamento sem converso de dados ou modificao do cdigo. De um modo geral, a habilidade de um novo sistema servir a usurios de um sistema velho. Em computao, a caracterstica de um computador ou sistema operacional que permite ele rodar programas escritos para outro sistema. Por exemplo, os programas que rodam no Windows 3.1 rodam no Windows 3.11 e Windows 95 e os programas que rodam no Pentium (novo) so compatveis com o processador 80486 (velho). Padronizao A padronizao a reduo dos instrumentos a um s tipo, unificado e simplificado, segundo um consenso preestabelecido e universal. Em instrumentao, a padronizao se refere mesma bitola e tipo de conexo

1.3. Caracterstica
As caractersticas descrevem o desempenho do produto que til na aplicao do produto mas no so cobertas pela garantia do produto. Elas descrevem o desempenho que tpico da maioria de um dado produto, mas no est sujeita ao mesmo rigor associado com as especificaes.

2. Propriedades do Instrumento
As propriedades do sistema so agrupadas juntas nas seguintes categorias: 1. Funcionalidade 2. Estabilidade 3. Preciso 4. Padronizao 5. Operabilidade 6. Segurana 7. No relacionada com a funo

2.1. Funcionalidade
Funcionalidade a extenso na qual um sistema fornecido com uma estrutura bsica inerente de hardware e software com que estruturas funcionais especificas possam ser formadas para controlar processos. A funcionalidade compreende: 1. capacidade 2. operabilidade 3. compatibilidade 4. flexibilidade 5. configurabilidade

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Especificao de Instrumentos
com processo, mesmo sinal de transmisso de informao, mesmo nvel de alimentao, mesmo tipo de montagem, mesma dimenses fsicas, mesmas tomadas de encaixe. A instrumentao pneumtica apareceu cerca de duas dcadas antes da eletrnica. Este maior tempo de aplicao, aliado maior simplicidade e menor obsolescncia, certamente o fator determinante da sua padronizao universal. Essa padronizao se refere a: 1. nvel do sinal de informao e de transmisso nico: 20 a 100 kPa. No h diferena significativa entre este sinal e os equivalentes: 0,2 a 1,0kg/cm2 ou. 3 a 15 psi H apenas um pequeno detalhe de calibrao do mesmo instrumento. 2. nvel de alimentao nico: 20 psi de ar comprimido, seco, limpo e filtrado. Mesmo o consumo de ar, em SCF (standard cubic feet) similar para qualquer instrumento pneumtico. 3. nmero de conexes pneumticas requeridas, com designao nica: ENTRADA, SADA, SUPRIMENTO. O tamanho mais utilizado rosca fmea 1/2" NPT. 4. procedimentos de teste e calibrao. 5. tcnicas de montagem e instalao, tanto no campo como no painel. Assim, a grande vantagem do sistema de instrumentao pneumtica sua padronizao, existindo apenas um sinal inteligente, de 3 a 15 psig. A instrumentao eletrnica ainda atingiu esse grau de padronizao, j alcanado pela pneumtica, porm se percebe uma tendncia para a padronizao. As dificuldades da obteno desta padronizao so devidas aos seguintes fatores: 1. disponibilidade de duas configuraes completamente distintas: base de corrente e base de tenso. 2. possibilidade de se usar fonte de alimentao regulada ou no comum a todo o sistema ou individual a cada instrumento. 3. possibilidade de transmisso com dois ou quatro fios. Atualmente, a maioria dos transmissores eletrnicos usa o sistema de apenas dois condutores. O mesmo condutor que leva o sinal de informao (4 a 20 mA cc) para o painel traz a alimentao (24 V cc). Os conceitos de fonte de tenso, fonte de corrente explicam facilmente esta possibilidade. 4. existncia de sinais em corrente e tenso, contnua e alternados, analgicos ou digitais. Mesmo com essas alternativas e dificuldades, atualmente h uma tendncia para se padronizar o sinal de transmisso em corrente no nvel de 4 a 20 mA cc, a tenso de alimentao de 24 V cc, o sinal padro para manipulao interna em 0-10 V cc, tenso de alimentao dos circuitos internos em +15 V cc, tenso de alimentao do sistema digital em +5 V cc. Flexibilidade A flexibilidade a qualidade de um equipamento ser levemente alterado ou modificado para desempenhar sua funo. Sistema flexvel aquele que pode ser facilmente alterado, como colocao, retirada ou alterao dos componentes. Modularidade a propriedade de montar uma flexibilidade funcionado em um sistema pela montagem de unidades discretas que podem ser facilmente ligadas, combinadas ou arranjadas com outras unidades. Um sistema com mdulos independentes mais flexvel que aquele com as partes integralizadas em um nico equipamento. Flexibilidade resulta em liberdade de escolha e de ligaes de equipamentos. Um instrumento considerado flexvel quando pode ser interligado a uma grande variedade de outros instrumentos., mesmo de diferentes fabricantes ou de diferentes nacionalidades. Um sistema considerado flexvel quando as interligaes podem ser modificadas, quando os componentes podem ser facilmente retirados ou acrescentados. Paradoxalmente, a flexibilidade conseguida pela padronizao. A padronizao na fabricao e fornecimento de instrumentos possibilita uma grande flexibilidade na sua seleo e nas suas ligaes com outros, pelo usurio final. Por exemplo, os instrumentos pneumticos, por serem muito padronizados, podem ser interligados sem nenhuma restrio, mesmo sendo de origem diferentes, pois todos os sinais de sada e de entrada so iguais. Os nicos nveis de sinais so: 20 a 100 kPa para a informao, transmisso e

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Especificao de Instrumentos
controle e 140 kPa para a alimentao. Assim, um transmissor pneumtico do fabricante F1 pode ser ligado entrada do controlador do fabricante F2, cuja sada vai para a vlvula do fabricante F3. hardware entre si para executar uma determinao funo do circuito. Intercambiabilidade a habilidade de substituir componentes, peas ou equipamentos de um fabricante por outros sem perder a funo ou a adequao ao uso, sem necessidade de reconfigurao. Por exemplo, dois transmissores pneumticos de mesma varivel de processo, calibrados na mesma faixa, so intercambiveis entre si, mesmo que sejam de fabricantes diferentes. Um transmissor digital inteligente da Rosemount, com protocolo de comunicao HART no intercambivel com um transmissor inteligente que no suporte este protocolo. Tambm se entende efeito da intercambiabilidade como a variao na funo do instrumento que aparece quando se troca o sensor do instrumento. Por exemplo, seja tolerncia de um sensor de 1 oC em alguma temperatura, espera-se uma variao de 0 a 2 oC quando o sensor for substitudo por outro tendo a mesma tolerncia. Interoperabilidade Interoperabilidade a habilidade de substituir componentes, peas ou equipamentos de um fabricante por outros sem perder a funo ou a adequao ao uso, com necessidade de reconfigurao. Por exemplo, dois transmissores inteligentes de fabricantes diferentes, mas ambos com protocolo HART so interoperveis, pois podem ser substitudos entre si, porm, h necessidade de pequenos ajustes na reconfigurao. Seletividade Seletividade a habilidade de um medidor responder somente s alteraes da varivel que ele mede e ser imune s outras alteraes e influncias. Uma medio pode ser alterada por modificao ou por influncia. Os erros sistemticos de influncia ou interferncia so causados pelos efeitos externos ao instrumento, tais como as variaes ambientais de temperatura, presso baromtrica e umidade. Os erros de influncia so reversveis e podem ser

Fig. 1.4.1. Instrumento configurvel (MTL) Configurabilidade A configurabilidade do sistema a qualidade de se alterar o arranjo dos seus componentes, pela adio ou retirada de equipamentos auxiliares. Instrumento configurvel aquele cuja funo determinada pela configurao ou programao, que pode ser fsica (hardware) ou lgica (software). A configurao lgica pode tambm ser chamada de programao. A configurao fsica feita atravs de mudanas de fiao (hardwire) entre instrumentos entre si, entre instrumentos e equipamentos de entrada e sada, ou alterao de posio de jumpers e chaves thumbwheel no circuito do instrumento ou em sua parte frontal. A configurao lgica ou por programao feita atravs de computadores pessoais ou de terminais dedicados proprietrios portteis (hand held) ou de mesa. Os transmissores inteligentes podem ser configurados atravs de terminais portteis ou microcomputadores e os controladores lgicos programveis atravs de terminais de mesa ou microcomputadores. Para um sistema de computador, configurar relacionar os elementos do

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Especificao de Instrumentos
de natureza mecnica, eltrica, fsica e qumica. Os erros mecnicos so devidos posio, inclinao, vibrao, choque e ao da gravidade. Os erros eltricos so devidos s variaes da voltagem e freqncia da alimentao. As medies eltricas sofrem influncia dos rudos e do acoplamento eletromagntico de campos. Tambm o instrumento pneumtico pode apresentar erros quando a presso do ar de alimentao fica fora dos limites especificados. Sujeiras, umidade e leo no ar de alimentao tambm podem provocar erros nos instrumentos pneumticos. Os efeitos fsicos so notados pela dilatao trmica e da alterao das propriedades do material. Os efeitos qumicos influem na alterao da composio qumica, potencial eletroqumico, no pH. O sistema de medio tambm pode introduzir erro na medio, por causa do modelo, da configurao e da absoro da potncia. Por exemplo, na medio da temperatura de um gs de exausto de uma mquina, 1. a temperatura do gs pode ser no uniforme, produzindo erro por causa da posio do sensor, 2. a introduo do sensor, mesmo pequeno, pode alterar o perfil da velocidade da vazo, 3. o sensor pode absorver (RTD) ou emitir (termopar) potncia, alterando a temperatura do gs. Os efeitos da influncia podem ser de curta durao, observveis durante uma medio ou so demorados, sendo observados durante todo o conjunto das medies. Os erros de influncia podem ser eliminados ou diminudos pela colocao de ar condicionado no ambiente, pela selagem de componentes crticos, pelo uso de reguladores de alimentao, pelo uso de blindagens eltricas e aterramento dos circuitos.

Fig. 1.4.2. Sinal e rudo A diferena entre o erro de interferncia e o de modificao, que a interferncia ocorre no instrumento de medio e o de modificao ocorre na varivel sendo medida. O erro sistemtico de modificao devido influncia de parmetros externos que esto associados a varivel sob medio. Por exemplo, a presso exercida por uma coluna de liquido em um tanque depende da altura, da densidade do liquido e da acelerao da gravidade. Quando se mede o nvel do liquido no tanque atravs da medio da presso diferencial, o erro devido a variao da densidade do liquido um erro de modificao. Outro exemplo, na medio de temperatura atravs de termopar. A militenso gerada pelo termopar depende da diferena de temperatura da medio e da junta de referncia. As variaes na temperatura da junta de referncia provocam erros na medio. Finalmente, a medio da vazo volumtrica de gases modificada pela presso esttica e temperatura. O modo de eliminar os erros de modificao fazer a compensao da medio. Compensar uma medio medir continuamente a varivel que provoca modificao na varivel medida e eliminar seu efeito, atravs de computao matemtica. No exemplo da medio de nvel com presso diferencial, mede-se tambm a densidade varivel do liquido e divide-se este sinal pelo sinal correspondente ao da presso diferencial. Na medio de temperatura por termopar, a temperatura da junta de referncia continuamente medida e o sinal correspondente somado ao sinal da junta

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Especificao de Instrumentos
de medio. Na medio de vazo compensada de gases, medem-se a vazo, presso e temperatura. Os sinais so computados de modo que as modificaes da vazo volumtrica provocadas pela presso e temperatura so canceladas.

2.3. Integridade
Conceitos Integridade a propriedade de um instrumento se manter inteiro, individido, completo, resistente e firme no seu funcionamento. A integridade do instrumento ameaada pelo ambiente onde o instrumento est montado e por isso ela garantida atravs da especificao correta da classificao mecnica do seu invlucro, de conformidade com normas existentes. Em computao de dados, a propriedade dos dados que podem ser recuperados no caso de sua destruio atravs de falha do meio de registro, falta de cuidado do usurio, defeito do programa ou outro acidente. A integridade se relaciona com a garantia de funcionamento especificado do sistema. O sistema que no perde sua integridade confivel. A ausncia de distrbio e falha crtica um aspecto da confiabilidade. O distrbio atrapalha o funcionamento da malha, porm sem interromper completamente a operao do sistema. A falha crtica causa o desligamento do sistema ou a perda de controle da malha. Como exemplos: a flutuao da tenso ou da freqncia da alimentao do sistema, dentro de uma determinada faixa, pode provocar leitura ou controle pouco precisos, porm, o sistema contnua com a medio e com o controle. O desligamento total da tenso de alimentao do sistema eletrnico que interrompe toda medio e todo controle uma falha crtica. Pode haver falha crtica indireta: o desligamento da alimentao do compressor de ar comprimido do sistema pneumtico pode, depois de um determinado tempo, causar o desligamento dos instrumentos pneumticos. Sem energia eltrica no h ar comprimido, no h alimentao pneumtica, no h medio e controle da instrumentao pneumtica. Classificao Mecnica A operao de um instrumento pode ser afetada pela temperatura ambiente, umidade, interferncia eletrnica, vibrao mecnica e atmosfera circundante.

2.2. Estabilidade
H vrios modos diferentes de conceituar estabilidade, tais como 1. Tendncia de um sistema se manter operando, de modo previsvel, preciso, exato e seguro. 2. Extenso na qual um sistema pode ser confivel de desempenhar as funes que lhe foram atribudas, de modo exclusivo e correto. 3. Probabilidade que um componente, equipamento ou sistema desempenhe satisfatoriamente sua funo planejada, sob dadas circunstncias, tais como as condies ambientais, valor da alimentao e atravs da manuteno para um perodo de tempo especificado. Atualmente se usa o termo dependabilidade (dependability) como sinnimo de estabilidade. Alguns parmetros da estabilidade podem ser quantificados por taxa de desvio (drift rate), por perodos de funcionamento, perodos de defeitos, durao de reparo. Como se v, a estabilidade est diretamente ligada com o tempo e indiretamente com outros fatores externos, como temperatura e presso ambientes, vibrao, alimentao. Na falta de estabilidade, o desempenho do instrumento se degrada. Alguns dos aspectos da estabilidade so probabilsticos e outros so determinsticos, por natureza. A estabilidade pode muito aumentada pela adio da redundncia ao sistema. Pelas definies de estabilidade, devem ser includos os seguintes parmetros: 1. integridade 2. disponibilidade 3. confiabilidade 4. robustez 5. calibrao 6. mantenabilidade 7. segurana (safety e security)

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Especificao de Instrumentos
Tipicamente, os instrumentos de medio e controle de processo podem estar montados ou na sala de controle ou na rea industrial. A sala de controle um local fechado, onde a temperatura e umidade so geralmente controladas atravs de ar condicionado. O instrumento de campo pode estar totalmente desprotegido ou ter uma proteo rudimentar adicional contra o sol, a chuva ou o vento. De qualquer modo, quando usado no ar livre, a caixa do instrumento fica exposta aos efeitos da luz ultravioleta, da chuva, da umidade, do orvalho, das poeiras, dos respingos dos lquidos de processo e das sujeiras contaminantes que circulam no ar. Eles esto ainda submetidos a grande e rpidas variaes de temperatura durante o dia, podendo haver um gradiente de temperatura entre o sol e a sombra do instrumento exposto. Por esses motivos, os invlucros dos instrumentos devem ser de alta qualidade, cuidadosamente testados e precisamente classificados de acordo com normas concernentes, de modo que possam prover proteo contra ambientes potencialmente adversos. Os invlucros dos instrumento, mesmo montados em ambientes nocivos, devem protege-los, de modo que durem o mximo e que o ambiente no interfira na sua operao.

Fig. 1.4.3. Instrumento para uso externo Existem basicamente duas normas para a classificao mecnica dos invlucros dos instrumentos: IEC e NEMA.

Fig. 1.4.4. Instrumento para uso interno .

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Especificao de Instrumentos
Tab. 5.1. Proteo do equipamento contra ingresso de corpos slidos e lquidos, IEC IP
1o Teste PRIMEIRO DGITO Grau de Proteo
Sem proteo de pessoas contra contato com peas vivas ou mveis dentro do invlucro. Nenhuma proteo do equipamento contra ingresso de corpos slidos estranhos Proteo contra contato acidental ou involuntrio com pecas mveis ou vivas dentro do invlucro por uma grande superfcie do corpo humano, p. ex., uma mo mas sem proteo contra acesso deliberado de tais partes. Proteo contra ingresso de corpos slidos estranhos de tamanho grande Proteo contra contato com pecas mveis ou vivas dentro do invlucro pelos dedos. Proteo contra ingresso de corpos slidos estranhos de tamanho mdio Proteo contra contato com pecas mveis ou vivas dentro do invlucro por ferramentas, fios ou outros objetos de espessura maior que 2,5 mm Proteo contra ingresso de corpos slidos estranhos de tamanho pequeno Proteo contra contato com pecas mveis ou vivas dentro do invlucro por ferramentas, fios ou outros objetos de espessura maior que 1 mm Proteo contra ingresso de corpos slidos estranhos de tamanho pequeno Proteo completa contra contato com pecas mveis ou vivas dentro do invlucro. Proteo contra depsitos nocivos de p. O ingresso de p no totalmente evitado, mas o p no pode entrar em quantidade suficiente para interferir com a operao satisfatria do equipamento envolvido. Proteo completa contra contato com pecas mveis ou vivas dentro do invlucro. Proteo contra ingresso de p.

2o Teste

SEGUNDO DGITO Grau de Proteo


Sem proteo

Proteo contra gotas de gua condensada. Gotas de gua condensada caindo no invlucro no tem nenhum efeito nocivo

Proteo contra gotas de lquido. Gotas de lquido caindo no invlucro no tem nenhum efeito nocivo, quando o invlucro est deslocado de um ngulo de at 15o da vertical Proteo contra chuva. A gua caindo da chuva em um ngulo igual ou menor que 60o com relao vertical no ter nenhum efeito nocivo.

Proteo contra borrifo. A liquido borrifado de qualquer direo no ter nenhum efeito nocivo.

Proteo contra jatos d'gua. A gua projetada por um bocal de qualquer direo sob condies determinadas no ter nenhum efeito nocivo.

7 8

Proteo contra condies de deck de navio (equipamento vedado a gua). A gua de mar profundo no entra no invlucro sob condies determinadas Proteo contra imerso em gua. No deve ser possvel a entrada de gua no invlucro sob condies determinadas de presso e tempo. Proteo contra imerso indefinida em gua, sob condies determinadas de presso. No deve ser possvel a entrada d'gua no invlucro.

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Especificao de Instrumentos
Norma NBR-IEC No Brasil, o rgo credenciado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial) para emitir a maioria das normas tcnicas a ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), empresa no governamental sem fins lucrativos. A maioria das normas eltricas brasileiras se baseia nas normas do IEC (International Electrotechnical Comission). A norma vlida que fixa as condies exigveis aos graus de proteo dos invlucros de equipamentos eltricos de baixa voltagem a NBR 6146, DEZ 90 Invlucros de equipamentos eltricos Proteo: Especificao, baseada na norma IEC 529/76. Ela substitui e cancela as NBR 5374, 5408 e 5423/77. Estas normas fornecem os mtodos de classificar os instrumentos com relao aos ambientes em que eles podem ser usados e os procedimentos de teste para verificar se tal classificao conveniente. Os tipos de proteo cobertos pela norma so os seguintes: 1. contra o contato ou aproximao de pessoas s partes vivas, contra o contato s partes moveis no interior do invlucro e contra a penetrao de corpos slidos estranhos ao equipamento e 2. contra a penetrao prejudicial de gua no interior do invlucro onde est o equipamento A norma no trata dos graus de proteo contra danos mecnicos, risco de exploso ou condies como umidade, vapores corrosivos, fungos, vermes ou animais daninhos. A designao da norma comea com as letras IP (Ingress Protection - proteo de ingresso) e inclui um sufixo com dois nmeros. Opcionalmente, tem-se as letras suplementar: S, M ou W, que significam: S teste com equipamento em repouso, M teste com equipamento em operao mecnica (A ausncia das letras S e M significa que o grau de proteo vale para todas as condies normais de servio). A letra W aps as letras IP significa que o equipamento apropriado para uso em condies de tempo especificadas e possui caractersticas adicionais de proteo, estabelecidas entre o fabricante e usurio. Por exemplo, um instrumento que a prova de p e a prova de jato fraco d'gua tem a designao de IEC IP 55. A colocao de respiradouro para dreno pode alterar a classificao mecnica do invlucro, por exemplo, de IEC IP 65 para IEC IP 55. possvel haver uma codificao com a omisso de um dos dois dgitos (substitudo por X). Por exemplo, IEC IP X5 significa que o instrumento protegido apenas de jato d'gua. Outro exemplo, IEC IP 5X uma proteo apenas contra p. Norma NEMA A norma NEMA (National Electrical Manufacturers Association) fornece outro mtodo de classificao do invlucro do instrumento para indicar os vrios ambientes para os quais o instrumento adequado. A norma cobre os detalhes de construo e os procedimentos de teste para verificao se o instrumento est conveniente com a classificao recebida. Todas as designaes NEMA requerem invlucros resistentes ferrugem. Basicamente, h dois locais de uso: interno ou externo. Os dgitos que designam a classe NEMA variam de 1 a 13. H trs termos bsicos NEMA: 1. prova de - significa que o ambiente no atrapalha o funcionamento ou operao do instrumento. Por exemplo, instrumento prova de tempo funciona normalmente mesmo quando submetido aos rigores do tempo: vento, umidade, orvalho. Ele no necessariamente vedado ao tempo, porm, se garante que, mesmo que o ambiente entre no seu interior, ele continua funcionando normalmente. 2. resistente a - significa que o instrumento no se danifica quando na presena do determinado ambiente. O equipamento resistente a mais frgil que o a prova de. O equipamento resistente a geralmente possui uma restrio, por exemplo, de presso mxima. Por exemplo, um relgio resistente a gua para 100 metros significa que funciona quando usado dentro

5.197

Especificao de Instrumentos
d'gua, sem se danificar, mas at uma profundidade de 100 metros. Alm deste limite, ele pode se danificar e deixa de funcionar. 3. vedado a - significa que o instrumento hermeticamente selado para aquele determinado ambiente. Por exemplo, instrumento vedado a p evita a entrada de p no seu interior. Tab.5.2. Resumo da denominao NEMA
NEMA 1 NEMA 2 NEMA 3 NEMA 4 NEMA 5 NEMA 6 NEMA 7 NEMA 8 NEMA 9 NEMA 10 NEMA 11 NEMA 12 NEMA 13 NEMA uso geral a prova de respingos a prova de tempo vedado a jatos d'gua vedado a poeira uso imerso a prova de exploso, Classe I prova de exploso, contato em leo a prova de exploso, Classe II a prova de exploso, minas resistente a cidos resistente a choque mecnico leve a prova de poeira, no vedado. IEC

classificada no garante que o instrumento possa ser montado em reas externa.

NEMA 1

NEMA 4

NEMA 7

Fig. 1.4.5. Invlucros com classe NEMA

2.4. Robustez
A robustez a caracterstica de um equipamento funcionar conforme esperado, mesmo quando submetido a condies adversas, pois ele imune s agresses do meio onde ele est colocado. Instrumento robusto aquele que funciona conforme previsto em ambiente hostil. A robustez de um instrumento garantida por sua classificao mecnica de invlucro. Controle robusto aquele insensvel incerteza do modelo e ao comportamento dinmico do processo. Programa robusto aquele que funciona bem mesmo sob condies anormais.

Tab.5.3. Converso de Nmeros NEMA para IEC IP 10 1 IP 11 2 IP 54 3 IP 14 3R IP 54 3S IP 56 4 e 4X IP 52 5 IP 67 6 e 6P IP 52 12 e 12K IP 54 13 Observao: no pode ser usado para converter classificao IEC em NEMA. Embora o NEC tenha algumas classificaes de invlucro que incluem a classificao eltrica, a classificao mecnica no pode ser confundida com a classificao eltrica. Elas so independentes. Por exemplo, o uso do instrumento em local externo nem sempre necessrio para um local de Zona 1. Assim como a classificao mecnica de uso externo no assegura que o instrumento possa ser montado em local perigoso, a classificao para uso em rea

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Especificao de Instrumentos
2.5. Confiabilidade
Conceitos Confiabilidade a habilidade ou probabilidade de um instrumento se manter em operao, em um nvel especificado de desempenho, sob condies ambientais determinadas, durante um determinado perodo de tempo e com um mnimo de ateno. A confiabilidade de um instrumento ou de uma malha de instrumentos a consistncia com que ele mede ou controla quando se supe que hajam condies adequadas e de acordo com seu programa e ajuste. A confiabilidade de um instrumento depende do cuidado com que ele instalado. Para um instrumento ser bem sucedido na sua operao, ele deve ser bem selecionado, montado no lugar apropriado e ser usado corretamente. As condies tpicas que precisam ser consideradas incluem: 1. variaes na tenso de alimentao e tamanho dos transientes de voltagem; 2. com alimentao de corrente alternada, as variaes na freqncia e contedo harmnico; 3. o nvel de energia de rdio freqncia indesejvel radiada pelo equipamento no deve causar interferncia nas comunicaes de rdio; 4. o equipamento deve ser capaz de tolerar alguma radiao de rdio freqncia se previsto seu uso prximo de fontes de alta potncia de rdio ou radar; 5. valores mximo e mnimo da temperatura ambiente; 6. valores mximo e mnimo da umidade; 7. nveis de vibrao e choque mecnico; 8. condies externas, como exposio a p, areia, chuva, radiao solar, respingo de gua salgada ou outros lquidos 9. variaes de carga, quando aplicvel. Confiabilidade e aceitao A confiabilidade importante por que um instrumento que necessita de manuteno ou calibrao freqentes para se manter em funcionamento preciso e exato, se torna mais caro do que um instrumento melhor que tem um maior custo inicial e um menor custo de manuteno. O modo correto de usar qualquer instrumento deve ser aprendido. Por isso, o pessoal de manuteno prefere usar uma mesma marca de instrumento. Marca que seja desconhecida geralmente menos confivel, durante um determinado perodo de tempo. Quando algo funciona bem para a gente antes, apenas natural dar preferncia para ele quando se tem ocorre a mesma aplicao. Mudar para um sistema ou mtodo novo requer boa justificativa. O desempenho passado conhecido no est necessariamente limitado prpria experincia em casa. Tambm inclui a experincia de outros que tenham tido de eliminar problemas similares em aplicaes iguais sua prpria planta e que tenha aprendido a duras penas com a instrumentao ou sistema que esteja sendo considerado. O que se deveria fazer para conseguir os resultados esperados quando se decidiu comprar isto? A Fig. 1.4.6. mostra um padro de aceitao que ocorre muito freqentemente em plantas, especialmente na operao. A escala horizontal o tempo e a vertical mostra os diferentes nveis de aceitao para novos equipamentos em operao. Quando o pessoal de operao primeiro escuta as novidades, usualmente do projeto, que se est adquirindo um equipamento novo que nunca foi usado na planta antes, a reao idia provavelmente fica entre a dvida e a indiferena. Esta atitude prevalece at a poca da partida, quando o operador se familiariza com o novo equipamento e os problemas usuais so eliminados, justo acerca de tudo que pode dar errado acontece. H uma queda no nvel de aceitao. Este descontentamento continua, enquanto durarem os problemas de produo com o novo equipamento, at que numa reunio, o gerente da planta declara: algo tem que ser feito! Neste ponto, reclama-se do fabricante dos instrumentos e um especialista que realmente entende do equipamento, vem, corrige os problemas e fornece as respostas que os manuais de instruo no do ou que os manuais fornecem mas

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Especificao de Instrumentos
que nunca foram lidos e o novo equipamento comea a operar exatamente como era o esperado. O nvel de aceitao se eleva s alturas e permanece l por muito tempo. Eventualmente, porm, o processo natural de desgaste ocorre e aparecem alguns pequenos problemas que requerem manuteno. Estes problemas so facilmente corrigidos de modo que a aceitao do novo equipamento permanece em nvel satisfatrio. equipamentos, interrompendo totalmente o processo. Quando inevitvel a perda do controle, deve se interromper o processo, evitando-se a perda intil de material fora da especificao, protegendo-se o pessoal e o equipamento da operao. Sob o aspecto da confiabilidade, o sistema que requer o uso freqente do controle manual pelo operador pouco confivel. Um outro aspecto da confiabilidade do controle de processo se refere a ausncia de falhas dos instrumentos. Como regra, a confiabilidade do instrumento mecnico e pneumtico total quando o equipamento novo e decresce com a idade. O instrumento pneumtico requer manuteno peridica e ciclicamente ha picos de falta de confiabilidade. A manuteno preventiva pode evitar essas crises de confiabilidade. Confiabilidade e tipo de instrumentos Os instrumentos eletrnicos possuem um comportamento diferente. A instrumentao eletrnica pode operar, sem problemas, durante vrios anos, desde que esteja instalada corretamente, alimentada por tenso regulada e operada adequadamente. Como o instrumento eletrnico possui raras peas moveis, pois mesmo as chaves liga-desliga podem ser estticas, a sua confiabilidade independe da idade. O componente menos confivel do sistema eletrnico o contato. O capacitor eletrnico um componente que pode apresentar problema, porm s usado na fonte de alimentao. Como segunda regra, ou como continuao da regra do instrumento pneumtico, tem-se: o instrumento eletrnico pode apresentar problema assim que ligado e nas primeiras horas de funcionamento. Depois que o instrumento entra em regime permanente, dificilmente apresentar defeito, com o uso e a aplicao correta. Em eletrnica, se define como drift o afastamento gradual das caractersticas de um componente ou de um equipamento das especificadas originalmente. Atualmente, os componentes eletrnicos para uso industrial so submetidos a

Fig. 1.4.6. Curva de aceitao de novos instrumentos

Por isso, quando se pergunta a algum acerca de sua opinio sobre o desempenho de um novo equipamento, importante saber em que poca ou ponto da curva que se est, pois a resposta depende deste ponto. Confiabilidade e falhas Mesmo as falhas crticas podem ser evitadas ou se pode eliminar os efeitos nocivos provocados por elas. Nos exemplos anteriores, a colocao de uma alimentao eltrica alternativa atravs de dcada de bateria pode suprir a energia ao sistema de instrumentao eletrnica durante um tempo limitado e determinado pela capacidade da bateria. No caso do sistema pneumtico, o uso de compressor reserva ou de cilindro de presso aumenta a integridade, portanto a confiabilidade do sistema. Ao lado da preocupao de tornar o funcionamento do sistema mais confivel, h a colocao de dispositivos de alarme e de intertravamento, que podem desligar os

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Especificao de Instrumentos
tratamento especial para minimizar os seus desvios, como o burn in. Este tratamento consiste em submeter o componente e o instrumento inteiro a temperaturas artificialmente elevadas, durante longo tempo (p. ex., 72 horas) de modo que eles ficam envelhecidos precocemente e no se alteram com a idade e com as condies ambientais. Confiabilidade e condies ambientais A maioria dos problemas de funcionamento dos instrumentos causada pelas variaes das condies de contorno e do ambiente, tais como a temperatura, a umidade, a presso, a poeira, a atmosfera corrosiva, a maresia, o vento, a vibrao e os choques mecnicos. Quando as especificaes recomendadas pelo fabricante so excedidas pelas condies reais da operao, certamente aparecero falhas no instrumento. No aspecto de ter o desempenho modificado pelas condies ambientais, o instrumento pneumtico menos sensvel que o eletrnico. O instrumento eletrnico teme a alta temperatura e deixam de funcionar quando submetidos a temperaturas acima de 90 oC, por causa de seus circuitos que incorporam semicondutores. recomendvel o uso de ar condicionado, onde a temperatura e a umidade so controladas dentro de nveis satisfatrios nas salas de controle com instrumentao eletrnica. mandatrio o uso de ar condicionado no ambiente com computadores digitais. Temperaturas muito baixas (criognicas), tambm podem causar problemas aos circuitos eletrnicos, pela reduo do ganho dos circuitos semicondutores e pelo fenmeno da supercondutividade. Por isso, a no ser que o sistema eletrnica tenho sido projetado e previsto para estas condies especiais, o seu uso deve ser evitado. Quando h vibraes, os instrumentos mecnicos so mais afetados, por possurem peas moveis. As vibraes podem causar problemas de contato ou de ruptura dos condutores em equipamentos eletrnicos. Quantificao da confiabilidade A confiabilidade pode ser quantificada com nmeros relacionados com os tempos envolvidos. Tem-se: 1. MTBF, que significa Mean Time Between Fails (Tempo Mdio Entre Falhas). O MTBF de um dado tipo de instrumento ou sistema determinado por teste, experincia ou ambos. Um grande MTBF bom e depende de o fabricante do instrumento usar materiais de alta qualidade, projeto correto e cuidado na fabricao e de o usurio aplicar o instrumento para o tipo de servio para o qual ele foi fabricado e fazer a manuteno de rotina recomendada. 2. MTTR, que significa Mean Time To Repair (Tempo Mdio Para Reparar). O MTTR determinado pela experincia. Um pequeno MTTR bom e depende de o fabricante projetar um instrumento de fcil manuteno e de o usurio ter estocado ou conseguir rapidamente peas de reposio e ter uma equipe de manuteno bem treinada e capacitada com facilidade de acesso ao equipamento que precisa ser reparado. 3. MTFF (Mean Time First Fail - Tempo Mdio Primeira Falha). Quando o instrumento descartvel, pois no pode ser reparado, a confiabilidade dada pelo tempo para haver a primeira falha. Depois desta falha o instrumento jogado fora e substitudo por outro.

5.201

Especificao de Instrumentos
Nmero de componentes da malha A confiabilidade melhorada pela reduo de nmero de elos na corrente de instrumentos. Quanto menos instrumentos tiver a malha, mais confivel ela , pois cada instrumento individual tem algum risco de falha e contribui para o risco da falha da malha. A preciso da malha de instrumentos tambm depende da quantidade de instrumentos componentes. Quanto mais instrumentos tiver a malha, maior o erro total resultante, qualquer que seja o algoritmo de clculo. O melhor projeto de malha de instrumentos aquele que usa o mnimo nmero de instrumentos para executar a tarefa requerida. Seja o mais simples possvel (em ingls: KISS: Keep it simple, stupid!) Confiabilidade e redundncia Deve-se ter redundncia quando a falha da instrumentao na planta resulta em um risco inaceitvel de perigo fsico ou perda momentnea. Redundncia significa fornecer um segundo elemento alternativo para executar uma funo, quando o primeiro falha. A redundncia pode ser aplicada a qualquer tipo de equipamento: sensor, controlador, computador, fonte de alimentao, trocador de calor, sistema completo, tubulao, cabos de comunicao. Para uma redundncia ser totalmente efetiva, cada canal deve operar totalmente independente do outro. Isto significa que nenhuma simples m operao, como abertura ou fechamento incorreto de uma chave e nenhuma simples falha, como a falha de uma fonte de alimentao, possa derrubar os dois canais. Quando dois controladores so alimentados por uma nica linha eltrica, eles no so totalmente independentes pois a falta de energia desliga os dois controladores. A falha de uma fonte de alimentao comum um exemplo de falha de modo comum. A falha de modo comum pode tambm ser causada pela queda de um nico objeto em cima de dois controladores redundantes, que desliga os dois canais. Para evitar este tipo de falha, os dois canais devem ser separados um do outro.
LSH 66 LIC 66 Trip da bomba LT 66

Tanque

Bomba

(a) Menos

LSH 67 LC 67 Trip da bomba LT 67

Tanque

Bomba

(b) Mais

Fig. 1.4.7 Evitando transbordamento do tanque Outro modo de aumentar a confiabilidade da planta pela diversidade. Diversidade quando se tem dois canais fazendo a mesma coisa, mas de modos diferentes. improvvel que os diferentes canais sofram o mesmo tipo de falha. Por exemplo, a medio redundante de nvel atravs de deslocador e de dispositivo a presso diferencial: os dois sistemas so construdos diferentemente e tem princpios de funcionamento fisicamente diferentes. Um bom princpio de projeto para seguir em todas as plantas separar a funo normal de controle da funo de segurana. Separar significa ter diferentes sensores e transmissores. A Fig.4.7(a) mostra como devem ser o sistema de controle e segurana de nvel de um tanque. O controle conseguido atravs de um transmissor de nvel, controlador e vlvula de controle. A segurana conseguida atravs de uma chave de nvel, que desliga o motor da bomba que enche o tanque. O controlador regula normalmente o nvel do tanque e normalmente o tanque

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Especificao de Instrumentos
no derrama. No caso de haver alto nvel por causa de um grande distrbio, a chave de nvel alto desliga a bomba e a vazo de entrada do tanque fica zero, evitando que o nvel do fique excessivamente alto. O tanque no derrama. Todas as partes de um esquema provavelmente operam como o esperado. Porm, o esquema da Fig. 1.4.7 (a) tem uma fraqueza que pode potencialmente causar falha: tanto o controlador como a chave de nvel dependem de um nico transmissor e por isso ambos esto sujeitos a uma falha de modo comum. Na Fig. 1.4.7(b) tem-se um sistema mais confivel para evitar que o tanque derrame. Quase tudo a mesma coisa, exceto que agora a chave de nvel sente o nvel diretamente e independente do controlador. Agora, se a malha de controle falhar, a chave no afetada. Quando a chave falhar, a malha de controle no afetada. Um bom exemplo de redundncia o homem que usa cinto e suspensrio para seguras suas calas. Se o cinto falha, o suspensrio segura; se o suspensrio falha, o cinto segura. Tem-se um sistema de segurana com redundncia, diversidade e separao. Em sistemas de medio crticos, como na indstria nuclear, os sensores so redundantes. Tem-se trs sensores separados e um sistema de votao. O sistema de alarme inicializado pelo sistema de votao um-dos-trs e o desligamento feito pelo sistema dois-dostrs. Se qualquer um dos trs sensores alto, o sistema de alarme toca para chamar a ateno do operador, que pode investigar e julgar qual ao deve ter tomada. Quando dois canais estirem altos, ento o sistema desligado automaticamente. A idia deste sistema que um nico sinal alto pode ser aberrao e falso e no deve ser considerado para se desligar o processo. Mas se a leitura alta confirmada por uma segunda leitura, ento ambas as leituras altas so consideradas vlidas e o sistema desligado automaticamente. Em sistemas mais conservativos pode-se usar um sistema de votao de dois-dos-quatro, que possuem quatro medies em vez de trs. H sistema que mede disparidades entre dois ou mais instrumentos de processo que deveriam dar a mesma indicao. Se a disparidade se torna excessiva, atuado um alarme de disparidade, mesmo que no se detecte nenhuma falha no processo. Medies para aumentar a confiabilidade podem ser aplicadas a qualquer sistema de processo com grande perigo potencial, embora elas sejam mais usadas na indstria de energia nuclear. H um movimento no mundo da eletrnica, incluindo instrumentos, no desenvolvimento de equipamento tolerante a falha, que possui componentes ou circuitos internos redundantes. O efeito possibilitar o instrumento ou sistema envolvido continuar funcionando corretamente mesmo se alguma pea do instrumento ou sistema falhar. Esta tcnica usada extensivamente em alguns sistemas de controle distribudo e controle lgico programado. Para sistemas de processo importantes, pode-se fazer uma anlise de falha. Anlise de falha um estudo detalhado do que pode acontecer ao processo se as vrias partes do sistema de equipamento e instrumento do processo falhar. O estudo pode revelar uma necessidade de equipamento reserva (backup), uma mudana na ao de falhasegura ou outras mudanas ou pode simplesmente confirmar a adequao do sistema existente.

2.6. Disponibilidade
Disponibilidade o tempo disponvel do instrumento em operao normal. o tempo em que o instrumento est ligado, no est sob manuteno e sabido ou acreditado que est operando corretamente. Relao de disponibilidade relao da quantidade de tempo que um sistema est realmente disponvel para uso para a quantidade de tempo que suposto que ele esteja. Disponibilidade de dados, canais de dados e equipamentos I/O de computadores, a condio de estar pronto para uso e no imediatamente colocado para fazer outras tarefas. A disponibilidade ou disponibilidade no tempo pode ser determinada dos

5.203

Especificao de Instrumentos
parmetros MTBF e MTTR. Disponibilidade a frao de tempo que o instrumento ou sistema pode estar pronto para usar e para funcionar corretamente. Costuma-se definir a Disponibilidade, D, como a relao matemtica:
D= MTBF MTBF + MTTR

A disponibilidade de um instrumento aumenta quando o MTBF aumenta e o MTTR diminui. Um instrumento muito disponvel aquele que demora em falhar e quando falha, rapidamente consertado. s vezes, um fabricante no pode fornecer dados para o MTBF e MTTR para calcular a disponibilidade do instrumento, principalmente para equipamentos no eletrnicos. Porm, sempre pode-se tentar estimar a disponibilidade ou julgar a qualidade aparente dos equipamentos. Quando se considera a confiabilidade na escolha de um instrumento ou projeto de um sistema, obtm-se uma planta que tende a ter pequeno custo de manuteno e poucas paradas de produo por causa de falhas de instrumentos. Estes fatores devem ser considerados na escolha de determinado tipo de instrumento em favor daquele mais confivel e disponvel, mesmo que seja o de mais custo inicial.

Por definio do INMETRO (Portaria 029, 10 MAR 95), calibrar e aferir so a mesma coisa e so diferentes de ajustar. Ajustar atuar no instrumento, depois de verificado que ele est fora, durante a calibrao, de modo a torn-lo exato. Ou seja, a calibrao garante a exatido do instrumento ao longo do tempo. Como o ambiente e a idade dos componentes do instrumento alteram seu desempenho, periodicamente o instrumento deve ser calibrado, para voltar a ter o desempenho metrolgico desejado.

Fig. 1.4.8. Calibrao de instrumento pneumtico A calibrao confivel e vlida requer: padres rastreados procedimentos claros e escritos ambiente conhecido pessoal treinado registros documentados perodo de validade O intervalo entre duas calibraes sucessivas estabelecido pelo usurio e funo de: 1. tipo de instrumento 2. recomendao do fabricante 3. severidade do ambiente 4. preciso requerida pelo processo 5. penalidade resultante da medio inexata do instrumento 6. disponibilidade do instrumento pela operao 7. exigncia contratual 8. exigncia legal O intervalo dinmico e deve ser aumentado, diminudo ou mantido em funo do resultado das calibraes anteriores. H regras de bolo (Schumacher, Grasmann) para administrar os perodos de calibrao dos instrumentos.
1. 2. 3. 4. 5. 6.

2.7. Calibrao
Calibrao a verificao, por medio e comparao com um padro rastreado, do valor exato de cada leitura da escala de um instrumento ou do valor de sua sada ou do atributo de um elemento sensor ou de um instrumento que no possui ajuste. Curva de calibrao um registro dos dados de calibrao, dando o valor correto para cada leitura indicada de um instrumento. Um ponto de calibrao aquele em que se faz uma verificao ou ajuste. Um material de referncia certificado um padro que indica se um instrumento ou procedimento analtico est trabalhando dentro de limites prescritos ou uma soluo com concentrao conhecida (soluo padro) usada em instrumentao analtica.

5.204

Especificao de Instrumentos
2.8. Manuteno
Manuteno a ao e o custo de manter algo em boa condio e trabalhando em ordem. Tempo de manuteno o tempo requerido para a manuteno corretiva e preventiva do equipamento. A manuteno correta do instrumento garante que sua preciso no piore ao longo do tempo. Mantenabilidade a habilidade do equipamento satisfazer os objetivos operacionais com um mnimo esforo de manuteno sob condies ambientais operacionais em que a manuteno programada e no programada seja feita. Quantitativamente, a probabilidade que um item seja restaurado para condies especficas dentro de um dado perodo de tempo quando a ao de manuteno feita de acordo com procedimentos e fontes prdeterminadas. A questo de se fazer o servio na prpria planta ou enviar o instrumento para o fabricante deve ser decidida pelo usurio, considerando os aspectos de custo, tempo de entrega, qualidade do produto, materiais, tcnicas e know-how. H usurios que fazem seus prprios termopares. O instrumentista corta dois comprimentos de fio termopar, por exemplo, um de ferro e outros de constantant (tipo J), enrola-os juntos com um alicate e depois solda a junta com um maarico. O instrumentista ento declara que o termopar realmente um sensor de temperatura, ligando-o a um medidor que l militenso. O que foi esquecido que um termopar realmente uma pequena bateria cuja fora eletromotriz (fem) da sada varia com a temperatura. O medidor l uma fem e no a temperatura por si. A fem medida tem de ser convertida para temperatura usando uma tabela de correlao que levantada por laboratrios nacionais, como o NIST americano e PTB alemo. As tabelas do NIST foram levantadas experimentalmente a partir de mtodos rigorosamente controlados. Um fabricante comercial tem mtodo para montar um termopar muito mais cuidadoso que o do instrumentista. A pureza e a qualidade metalrgica dos fios cuidadosamente protegida para que a tabela de correlao seja vlida, atravs de uso de alicate especial e mtodo especial, evitando oxidao, stress termal e mudana na estrutura cristalina. Certamente o mtodo usado pelo instrumentista em sua oficina de manuteno de instrumentos duma planta petroqumica ou siderrgica no to rigoroso. Quando se compra um termopar de um fabricante conceituado, ele fornece junto do termopar a sua especificao tcnica, onde declarada sua preciso. Por exemplo, para o termopar tipo J, a preciso de 2,2 oC ou 0,75% do valor medido, o que for maior. Esta preciso garantida pelos materiais e mtodos empregados pelo fabricante. Qual seria a preciso do termopar construdo pelo instrumentista? Para isto ser respondido, deve-se aferir o termopar, comparando-o com um padro certificado. Como concluso, atualmente raro se fazer um

Fig. 1.4.9. Medies e teste em instrumento eletrnico

Os gostos e desgostos do pessoal de manuteno de instrumentos tambm so fatores de seleo de instrumentos. Geralmente, o pessoal da manuteno de instrumentao quer instrumentos que 1. tenham suas leituras facilmente verificadas 2. possam ser calibrados no zero sem remoo do processo 3. mantenham sua calibrao por longos perodos de tempo 4. possam ser instalados em locais de fcil acesso 5. sejam mantidos pelos prprios instrumentistas, sem a necessidade de envi-los para o fabricante para reparo ou calibrao. O que o pessoal da instrumentao no quer ser pioneiro no uso de uma nova instrumentao, especialmente se eles acreditam que o trabalho possa ser feito com instrumentos que eles j conhecem.

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Especificao de Instrumentos
termopar, quando se quer uma medio com incerteza conhecida. O comum comprar o termopar de fabricante conhecido e especialista e em aplicaes onde h auditorias de qualidade para verificar a evidncia da calibrao, comprase o termopar j rastreado e certificado e com o preo muito maior. Quando a instalao de um novo sistema de medio ou controle completada, a questo que se coloca : quem vai fazer isto operar? A partida de um novo sistema geralmente feita por especialista da companhia que vendeu o sistema. Porm, um dia ele vai embora e deixa a manuteno e o cuidado do sistema para o grupo de instrumentao da planta. Se este grupo no tem o know-how para fazer o trabalho ou se simplesmente ele no tem o tempo suficiente para manter o sistema operando conforme o esperado, depois de algum tempo o desempenho do sistema se deteriora at ficar totalmente intil. O problema se complica mais ainda quando a produo depende da disponibilidade do sistema. Neste caso h chamadas freqentes e caras do pessoal do fabricante. A capacidade de manuteno constituda de conhecimento, tempo e aceitao de responsabilidade. Se o pessoal de manuteno no tem estes trs fatores, com relao nova instrumentao, ou no est preparado para adquiri-los, ento deve-se escolher algo bem simples para fazer o trabalho. velocidade do som; tipicamente h um atraso de 0,25 segundos para cada 30 metros de tubulao de cobre de 1/4" dimetro externo.

Fig. 1.4.10. Tempo de atraso No h limitao prtica para a distancia quando o sinal transmitido eletrnico. Por questes praticas de tamanho de industria, as distancias envolvidas na transmisso eletrnica vo at cerca de alguns kilmetros. Quando as distancias envolvidas so maiores usam-se tcnicas de transmisso sem fio, atravs de ondas de rdio-freqncia: o campo da telemetria, que outro departamento da instrumentao. Por causa dos atrasos envolvidos, as distancias para a transmisso pneumtica so limitadas a algumas centenas de metros, tipicamente 300 metros. As solues, imperfeitas, para se aumentar as distancia ou diminuir os atrasos na transmisso pneumtica, envolvem o uso de tubulaes de cobre em vez de plstico, tubulaes com maiores dimetros, uso de 4 tubos em vez de 2, uso de posicionadores na vlvula de controle e uso de amplificadores pneumticos (booster). A caracterstica dinmica dos equipamentos e atualmente a base da aplicao de microprocessadores no controle de processo. As constantes de tempo dos processos industriais so to maiores que as constantes de tempo dos equipamentos eletrnicos, que um nico controlador analgico pode controlar simultaneamente todas as malhas da planta, desde que haja um conveniente

2.9. Resposta dinmica


A resposta dinmica se refere aos tempos de atraso, s freqncia de corte e ganhos do sinal de sada em funo do sinal de entrada, ambos referidos ao tempo. De modo absoluto, a resposta do instrumento eletrnico melhor (mais rpida) que a do instrumento pneumtico. Tipicamente, a ordem de grandeza dos atrasos dos instrumentos eletrnicos de micro segundos (10-6 s) e de dcimos de segundo para os instrumentos pneumticos (10-1 s) Praticamente no h atraso na transmisso eletrnica, pois a transmisso se processa velocidade da luz. A transmisso pneumtica se processa

5.206

Especificao de Instrumentos
sistema de interface processo-controlador. Na prtica, essa interface existe e consiste num sistema de multiplexagem e converses analgico-digital e digitalanalgico. Embora a resposta dinmica dos instrumentos eletrnicos seja rpida que a dos pneumticos, a dinmica do processo a ser controlado determinante. Quando as constantes de tempo da maioria das malhas do processo so grandes (processos lentos), compatvel e aceitvel o uso de instrumentos pneumticos, principalmente, para aplicaes de montagem local. Em processos que envolvem grandes distancias, o atraso da transmisso pode ser um fator decisivo e a escolha deve recair na instrumentao eletrnica. As curvas de resposta em freqncia so equivalente para ambos os sistemas, talvez com pequena vantagem para o pneumtico. Tipicamente, ambos os sistemas respondem at a freqncia de 10 Hz. A vantagem do sistema eletrnico a facilidade de variao e ajuste dessa freqncia de corte, atravs da substituio de capacitores, que j so componentes naturais dos seus circuitos. O rudo um problema presente nos dois sistemas, pneumticos e eletrnico. O rudo uma interferncia, de origem externa ou interna, que aparece misturado ao sinal de informao. O rudo de mesma natureza fsica do sinal - por isso que ele interfere no sinal - e pode alterar sua informao. Em sistema pneumticos, os rudos so vibraes de estruturas mecnicas, vibraes ou pulsaes de fluidos, tais como ar comprimido, gua, vapor, lquido de processo. Essas turbulncias dos fluidos podem ocorrer quando h restries nas linhas, provocadas por vlvulas de controle, placas de orifcio para medio de vazo, redues de presso, curvas, cotovelos ou conexes de tubulaes. Para se eliminar essas turbulncias e rudos, so usados o amortecimento mecnico, conseguido pelo uso de fluidos de enchimentos de diafragmas mais viscosos e os retificadores de vazo. A colocao de suportes e a melhor ancoragem das tubulaes tambm elimina ou diminui os rudos e perturbaes. Finalmente, o dimensionamento correto de vlvulas de controle, redues e placas de orifcio evita o aparecimento de cavitaes, 'flacheamento" de gases e vibraes. Em sistema eletrnico, os rudos so captados das linhas de energia, motores e transformadores, que criam campos eletromagnticos intensos. o chamado rudo de 60 Hz. Esse rudo facilmente evitado pela separao fsica das linhas de energia das linhas de instrumentao. Quando isso no suficiente, usam-se fios blindados e tranados e bandejas metlicas. E, de qualquer modo, os rudos remanescentes so filtrados nas entradas dos instrumentos receptores de sinais.

5.207

Especificao de Instrumentos 3. Especificaes do instrumento


As especificaes do instrumento incluem as 1. especificaes de desempenho 2. condies de operao 3. especificaes funcionais 4. especificaes fsicas 5. especificaes de segurana 6. caractersticas opcionais 7. dimenses nominais 8. instrues para pedido A Tab. 5.5 mostra valores tpicos de condies de transporte, armazenagem e operao de um transmissor eletrnico microprocessado. Tab. 1. Caractersticas desejveis pelos usurios

Caracterstica
1 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 11 12 Alta exatido Alta confiabilidade (qualidade) Durabilidade robustez Pouca e fcil manuteno Alta preciso (repetitividade) Facilidade de limpeza Suportar poeira Facilidade de instalao Facilidade de configurao Facilidade de uso Sada de 4 a 20 mA cc Resistncia intemprie

3.1. Especificaes de Operao


As especificaes de operao consideram 1. as influncias do fluido do processo 2. condies de operao de referncia 3. condies de operao normal 4. limites de operao onde so estabelecidos os valores de temperatura do processo, temperatura ambiente, umidade relativa, valor da alimentao, impedncia da malha para sinal analgico e digital. As condies de operao de referncia so aquelas com que o instrumento foi testado e calibrado. As especificaes de desempenho do instrumento so vlidas para estas condies de referncia. Estas faixas de operao so as mais estreitas e raramente so iguais s condies reais de processo. Os limites de operao so mais alargados que os de referncia e devem ser respeitados pelo usurio. Operar o instrumento fora destes limites de operao danifica irremediavelmente o instrumento. Embora seja esquecidos pelo instrumento, os limites de transporte e armazenagem tambm devem ser considerados. Muitos instrumentos j chegam danificados ao usurio porque estes limites no foram respeitados pela empresa transportadora e no foram tomados os devidos cuidados pelo despachante do instrumento. A temperatura ambiente de transporte tem uma faixa pouco mais larga que a relativa operao, a umidade relativa do ar tem os mesmos limites que os de operao.

(Fonte: ISA Intech, Abr 1997)

3.2. Especificao de desempenho


Introduo Desempenho o ato de funcionamento do instrumento, de modo previsvel, estvel, exato, preciso e seguro. um termo muito amplo, que inclui operabilidade, previsibilidade, preciso, exatido, estabilidade e segurana. A operabilidade ou funcionamento inclui os parmetros de capacidade, flexibilidade, configurabilidade, robustez, compatibilidade, intercambiabilidade e interoperabilidade. Por sua vez, a preciso inclui os parmetros de repetitividade, reprodutibilidade, linearidade, sensibilidade, rangeabilidade, resoluo, banda morta, histerese. A preciso do instrumento mantida por sua manuteno. A estabilidade da operao inclui os parmetros de confiabilidade, falibilidade, integridade e disponibilidade.

5.208

Especificao de Instrumentos
Tab. 5.5. Condies de Transporte, Armazenamento e Operao
Influncia Temperatura do sensor com silicone Temperatura do sensor com fluorinert Temperatura do circuito eletrnico Opo com LCD Umidade relativa Tenso de alimentao Carga de sada com sada de mA Vibrao Posio de montagem Horizontal ou para cima Condies de Operao de Referncia 24 2 oC 24 2 oC 24 2 oC 24 2 oC 50 10% 30 0,5 V cc 650 1 m/s2 (0,1 "g") Condies de Operao Normal -29 a +82 oC -29 a +82 oC -29 a +82 oC -20 a +82 oC 0 a 100% 12,5 a 42 V cc Ver Fig. 1.4.11 0 e 1450 Ver figura 0 a 30 m/s2 (0 a 3 "g") de 5 a 500 Hz Horizontal ou para cima Limites de Operao -46 e +121 oC -29 e +121 oC -40 e +85 oC -29 a +85 oC 0 e 100% 12,5 a 42 V cc Ver Fig. 1.4.11 0 e 1450 Ver figura 30 m/s2 (3 "g") de 5 a 500 Hz Sem limite Limites de Armazenagem e transporte No aplicvel No aplicvel -54 e +85 oC -54 e +85 oC 0 e 100% no condensante No aplicvel No aplicvel 11 m/s2 (1,1 "g") (Na embalagem) No aplicvel

Notas:
1. Embora o LCD (display de cristal lquido) no seja danificado em qualquer temperatura dentro dos Limites

2. 3. 4. 5.

de Armazenagem e Transporte, as atualizaes ficam mais lentas e a facilidade de leitura piora em temperaturas fora das Condies Normais de Operao Com a tampa superior colocada e as entradas dos condutes seladas. Carga mnima de 200 necessria para a comunicao apropriada (Ver figura). Parte molhada do diafragma sensor em um plano vertical. Ver exigncias de fonte de alimentao e limites de carga

(Cfr. Foxboro, PSS 2A-1A1 C, p. 3)

Fig. 1.4.11. Tenso de alimentao e impedncia da malha de transmisso

5.209

Especificao de Instrumentos
O desempenho do instrumento influenciado por vrios fatores, como temperatura do processo e ambiente, presso do processo e ambiente, propriedade do fluido do processo (densidade, viscosidade, condutividade eltrica, calor especfico), posio do instrumento, vibrao da estrutura de suporte, alimentao e rudos externos. Nas especificaes do instrumento, os parmetros de desempenho geralmente so expressos de modo quantitativo. Exatido Exatido o grau de conformidade do valor indicado para um valor verdadeiro ou ideal. Como o valor verdadeiro desconhecido, usa se o valor verdadeiro convencional, dado por padro reconhecidamente confivel. Para que o valor dado pelo padro seja confivel, necessrio que o padro seja rastreado, ou seja, comparado contra outro padro superior tambm confivel. A exatido medida expressa pelo desvio mximo observado no teste de um instrumento sob determinadas condies e atravs de um procedimento especifico. usualmente medida como uma inexatido e expressa como exatido. A exatido do instrumento est relacionada com os erros sistemticos. A exatido do medidor conseguida atravs da sua calibrao peridica. Preciso Preciso (precision) o grau de concordncia mtua e consistente entre vrias medies individuais replicadas. A preciso uma medida do grau de liberdade dos erros aleatrios do instrumento. A preciso a qualidade que caracteriza um instrumento de medio dar indicaes equivalentes ao valor verdadeiro da quantidade medida. A preciso est relacionada com a qualidade do instrumento. Quando o instrumento deteriora a sua preciso, alargando a disperso de suas medidas do mesmo valor, ele necessita de manuteno. A manuteno criteriosa do instrumento, utilizando peas originais e conservando o projeto original no melhora a preciso nominal do instrumento, fornecida pelo fabricante quando novo mas evita que ela se degrade e ultrapasse os limites originais. Geralmente, quanto mais preciso o instrumento, mais elevado o seu custo. Um instrumento com grande preciso serve de padro para calibrao de um instrumento com menor preciso, ambos da mesma espcie. O mesmo tipo de medidor pode ter diferentes precises em funo do fabricante, projeto de construo e materiais empregados. Por exemplo, um medidor de vazo tipo turbina pode ter diferentes precises em funo de seu fabricante (Foxboro ou Hoffer), princpio de funcionamento (mecnica, deteco magntica ou de RF), geometria (axial, tangencial ou de insero), fluido medido (gs ou lquido).

Grande preciso Pequena exatido

Pequena preciso Grande exatido

Pequena preciso Pequena exatido

Grande preciso Grande exatido

Fig. 1.4.12. Preciso e exatido Exatido e Preciso tentador dizer que se uma medio conhecida com preciso, ento ela tambm conhecida com exatido. Isto perigoso e errado. Preciso e exatido so conceitos diferentes. A preciso uma condio necessria para a exatido, porm, no suficiente.

4.210

Especificao de Instrumentos
Pode-se ter um instrumento muito preciso, mas descalibrado, de modo que sua medio no exata. Mas um instrumento com pequena preciso, mesmo que ele fornea uma medio exata, logo depois de calibrado, com o tempo ele se desvia e no mais fornece medies exatas. Para o instrumento ser sempre exato, necessrio ser preciso e estar calibrado. No tiro ao alvo, quando se tem 1. todos os tiros agrupados, porm fora do centro, tem-se boa preciso e ruim exatido, 2. todos os tiros com grande espalhamento, mas com a mdia no centro, tem-se ruim preciso e boa exatido, 3. todos os tiros com grande espalhamento e com a mdia fora do centro, tem-se ruim preciso e ruim exatido 4. todos os tiros agrupados e com a mdia coincidindo com o centro, tem-se boa preciso e boa exatido. Outro exemplo, um relgio de boa qualidade preciso. Para ele estar exato, ele precisa ter sido acertado (calibrado) corretamente. Desde que o relgio preciso esteja exato, ele marcar as horas, agora e no futuro com um pequeno erro. Seja agora um relgio de m qualidade e impreciso. Logo depois de calibrado, ele marcar a hora com exatido, porm, com o passar do tempo, a sua impreciso far com ele marque o tempo com grandes erros. Um instrumento impreciso tambm inexato. Mesmo que ele esteja exato, com o tempo ele se afasta do valor verdadeiro e dar grande erro. Preciso esttica e dinmica A preciso de uma medio existe em duas formas: esttica e dinmica. Ambos os tipos da preciso so importantes no controle e medio do processo, embora de modos diferentes. A preciso esttica geralmente requerida em situaes de balano, como em custdia, balano de materiais e otimizao de processo. A preciso dinmica importante em controle automtico, desde que o desempenho do controle depende da velocidade com que os componentes reagem. A preciso esttica o status de como as indicaes se agrupam em torno do valor verdadeiro da varivel de processo senso medida sob condies estticas ou de regime permanente. A preciso esttica uma caracterstica sada versus entrada, a entrada sendo o valor verdadeiro da varivel medida e a sada sendo a leitura do medidor. O tempo no entra na determinao da preciso esttica. Quando o valor de uma varivel medida se altera, o medidor tem todo o tempo que ele precisa para assumir sua nova leitura. A preciso esttica usualmente expressa em ternos do erro que se pode esperar. O erro potencial pode ser estabelecido em unidades de engenharia da varivel do processo sendo medida ou em percentagem da largura de faixa medida. Especificao da preciso A preciso pode ser especificada para toda a faixa de operao, para uma faixa limitada de operao ou para um ponto especifico de trabalho. O comum especificar a preciso associada com a rangeabilidade do instrumento. Por exemplo, a preciso do instrumento de 1% do valor medido para rangeabilidade de 10:1 e 0,5% do valor medido para a rangeabilidade de 5:1. Basicamente, a preciso dos instrumentos expressa de dois modos diferentes, como: 1. percentagem do fundo de escala 2. percentagem do valor medido As expresses em percentagem da largura de faixa ou em unidade de engenharia so equivalentes expresso de percentagem do fundo de escala. Instrumentos com preciso expressa em percentagem do fundo de escala possuem erro absoluto constante (igual ao produto da preciso pelo valor do fundo de escala) e o erro relativo aumento com a diminuio do valor medido. Instrumentos com preciso expressa em percentagem do valor medido possuem erro relativo constante (igual ao valor nominal) e o erro absoluto diminui com a diminuio do valor medido. Instrumento com preciso expressa em percentagem do valor medido melhor que o

4.211

Especificao de Instrumentos
instrumento com preciso expressa em percentagem do fundo de escala. Erro de zero ocorre quando a curva de calibrao est levemente fora do zero e faz toda a curva se afastar de igual valor. H instrumentos que possuem a condio de zero definida e portanto no apresentam erro de zero. Erro de largura de faixa (span) ocorre quando a curva de calibrao est com inclinao levemente diferente da terica, e faz a curva se afastar de pouco no inicio e mais no fim da curva, ou seja, o erro proporcional ao valor medido. Todo instrumento possui erro de largura de faixa ou de sensitividade. Instrumento que possui apenas erro de largura de faixa (no tem erro de zero), tem impreciso expressa em % do valor medido. Instrumento que possui os dois tipos de erro, de zero e de largura de faixa, deve ter impreciso expressa em % do fim de escala. A preciso expressa pelo fabricante nos catlogos do instrumento vlida apenas para o instrumento novo e nas condies de calibrao. Especificao do catlogo do fabricante A especificao da preciso do instrumento publicada nos catlogos dos fabricantes, geralmente, feita de modo ambguo, incompleto ou confuso. Por exemplo, a preciso da medio de vazo com placa de orifcio de 3%. H vrias coisas erradas nesta especificao; por exemplo: 1. preciso de 3% tecnicamente significa que o erro de 3% e a preciso de 97%. 2. independe do valor da medio, o erro de 3%. O correto dizer que o erro , no mximo, igual a 3% ou a incerteza est dentro dos limites de 3%. 3. a percentagem do erro deve estar relacionada com o valor medido ou com a largura de faixa. incompleto e intil somente escrever 3%; o correto dizer 3% do fundo de escala. Quando se conhece a faixa calibrada, imediatamente se tem o erro em unidade de engenharia. Comparao da preciso Em algumas organizaes, o estabelecimento da preciso do instrumento feito em uma base especfica. Para ser capaz de interpretar qualquer especificao de preciso feita necessrio entender a base. Um sistema muito usado envolve o clculo de um nmero estatstico chamado de desvio padro. A confiabilidade dos valores da preciso determinados por este mtodo melhora quando o nmero de pontos de calibrao aumenta. Assim, quanto maior o nmero de medies mais confivel o valor do desvio padro obtido. Quando se tem o desvio padro de um instrumento de medio, ento se espera que 99% do tempo as leituras do instrumento caem dentro de trs vezes o desvio padro do valor verdadeiro, 95% do tempo delas esto dentro de duas vezes o desvio padro do valor verdadeiro e 68% do tempo elas esto dentro de um desvio padro do valor verdadeiro. Sempre existe um nvel de confiana ou de probabilidade para as medies carem dentro de um determinado intervalo de medio ou de tempo. Os fabricantes de instrumento que fornecem as suas especificaes, incluindo sua preciso e os laboratrios de calibrao que usam padres e especificam as incertezas da calibrao devem informar claramente quais o nvel de confiana e o nmero de desvios padro usados. Parmetros da preciso Os parmetros constituintes da preciso so os seguintes: 1. linearidade 2. repetitividade 3. reprodutibilidade 4. sensitividade 5. banda morta 6. resoluo 7. banda morta 8. histerese 9. quantizao (se digital) 10. rangeabilidade O fabricante pode quantificar individualmente cada um destes parmetros ou simplesmente expressar o valor final da preciso e declarar que inclui todos estes parmetros.

4.212

Especificao de Instrumentos
Linearidade A linearidade do instrumento sua conformidade com a linha reta de calibrao. Ela usualmente medida em no linearidade e expressa como linearidade. Quando a medio no linear aparecem desvios da linha reta de calibrao. As formas mais comuns so: desvio de zero, desvio da largura de faixa e desvio intermedirio, geralmente provocado pela angularidade ou pela histerese. Quando a medio uma linha reta no passando pela origem, o instrumento necessita de ajuste de zero. Em um sistema mecnico, o desvio de zero usualmente devido ao deslize de um elo no mecanismo. Ele pode ser corrigido pelo reajuste do zero do instrumento. Em um instrumento eletrnico, o desvio de zero causado por variaes no circuito devidas ao envelhecimento dos componentes, mudanas nas condies de contorno, como temperatura, umidade, campos eletromagnticos. Em um instrumento eletrnico, o desvio de largura de faixa pode ser provocado, como no desvio do zero, por uma variao da caracterstica de algum componente. Quando a medio se afasta da linha reta e os valores da medio aumentando so diferentes dos valores tomados com a medio decrescendo, o instrumento apresenta erro de histerese. Tais erros podem ser provocados por folgas e desgastes de peas ou por erros de angularidade do circuito mecnico do instrumento. O desvio intermedirio envolve um componente do instrumento, alterando sua calibrao. Isto pode ocorrer quando uma parte mecnica super forada ou pela alterao da caracterstica de um componente eletrnico. O desvio no instrumento eletrnico ou pneumtico mecnico pode ser compensado e eliminado pela inspeo peridica e calibrao do instrumento. A vantagem de se ter uma curva linear de calibrao que a leitura do instrumento se baseia somente um fator de converso. Quando a curva no linear: 1. usa se uma escala no-linear, com a funo matemtica inversa (impossvel em indicadores digitais), 2. incorpora-se um circuito linearizador antes do fator de converso, 3. usa se uma lgica para avaliar a relao no linear e gravam-se os pontos na memria digital (ROM, PROM) do instrumento, fazendo-se a linearizao por segmentos de reta ou por polinmios. repetitividade A repetitividade de um instrumento a sua habilidade de reproduzir a mesma sada, quando a entrada repetida. A repetitividade de uma malha de controle a habilidade de toda a malha (transmissor, controlador, transdutor, atuador) reproduzir o sinal de controle, quando so repetidas as condies do processo. Quando o instrumento no repetitivo sua curva de resposta para valores crescentes diferente da curva para valores decrescentes.

Sada Linha reta nominal % f. s. % v. m.

Faixa de tolerncia Ponto onde % f. s. = % v. Entrada Fig. 1.4.13. Expresso da linearidade Quando a medio uma linha reta, passando pelo zero porm com inclinao diferente da ideal, o instrumento necessita de ajuste de largura de faixa ou de ganho. Um desvio de largura de faixa envolve uma variao gradual na calibrao, quando a medio se move do zero para o fim da escala. Pode ser causada, em um sistema mecnico, pela variao na constante da mola de uma das partes do instrumento.

4.213

Especificao de Instrumentos
durante um longo perodo de tempo. A reprodutibilidade inclui repetitividade, histerese, banda morta e drift. Sensitividade A sensitividade do medidor a menor alterao na varivel de processo para a qual o medidor ir responder alterando sua sada. A sensitividade usualmente expressa como uma percentagem da largura de faixa. Nenhum medidor industrial possui sensitividade infinita. Quando a alterao da varivel do processo sendo medida se torna cada vez menor, atinge-se um ponto onde o medidor se recusa a responder. Grande sensitividade no garante grande preciso, mas uma grande sensitividade reduz as demandas do sistema do display e aumenta a probabilidade de se conseguir alta preciso total do sistema. Uma sensitividade de 1 mV/oC melhor que uma de 1 V/ oC, pois mais fcil manipular 1 mV do que 1 V, como amplificar ou filtrar rudos. A maioria dos medidores industriais possuem uma sensitividade da ordem de 0,2% da largura de faixa. Assim, para um medidor cuja faixa de 100 a 300 oC, a sensitividade seria de 0,2% de 200 oC, que vale 0,4 oC. Isto significa que se a variao da temperatura medida for menor que 0,4 oC, o medidor no ir responder. Se a faixa acima pudesse ser diminuda para 150 a 250 oC, a sensitividade da medio seria melhorada para 0,2 oC (0,2% x 100 oC = 0,2 oC). A sensitividade da medio importante para o controle automtico. Se o sistema de medio do controlador no reage s alteraes na varivel controlada, ento o controlador no gerar nenhuma ao de controle.

Fig. 1.4.14. Curva de repetitividade Reprodutibilidade Reprodutibilidade tem vrios sentidos: 1. American Society for Testing and Materials (ASTM), a reprodutibilidade mede a habilidade de um segundo instrumento obter a mesma indicao de um termmetro usando o mesmo sensor e o mesmo mtodo mas com equipamentos de teste diferentes. 2. Usurio: reprodutibilidade a capacidade do sistema de medio indicar a mesma condio termal repetidamente e com a substituio de um novo sensor, sem olhar a preciso da temperatura absoluta. 3. Como parmetro da preciso, reprodutibilidade a habilidade de um instrumento dar a mesma medida toda vez que ele medir o mesmo valor. A reprodutibilidade uma expresso do agrupamento da medio do mesmo valor da mesma varivel sob condies diferentes (mtodo diferente, instrumento diferente, local diferente, observao diferente), durante um longo perodo de tempo. A perfeita reprodutibilidade significa que o instrumento no apresenta desvio, com o decorrer do tempo, ou seja, a calibrao do instrumento no se desvia gradualmente, depois de uma semana, um ms ou at um ano. Pode-se tambm entender a reprodutibilidade como a repetitividade

4.214

Especificao de Instrumentos
Sada qo qo qi sensitividade = a resoluo de cinco vezes, de 5 para 1 oC. Esta melhoria devida parcialmente a uma largura de faixa menor e parcialmente ao fato de se usar diviso de 1 oC em vez de diviso de 5 oC.

qo qi
(a) Menor resoluo, menor preciso

Entrada qi Fig. 1.4.15. Expresso da sensitividade

Em muitos casos, a alta sensitividade dos instrumentos eletrnicos pode aumentar a chance de haver interferncias e captao de rudos. Por exemplo, sistema de medio de pH que manipulam nveis de tenso de microvolts so muito susceptveis a rudos. A sensitividade tambm a relao da variao do valor de sada para a variao do valor de entrada que a provoca, aps se atingir o estado de regime permanente. expressa como a relao das unidades das duas quantidades envolvidas. A relao constante na faixa, se o instrumento for linear. Para um instrumento no-linear, deve-se estabelecer o valor da entrada. O inverso da sensitividade o fator de deflexo do instrumento. Resoluo Quando o ponteiro est entre duas graduaes, qual o valor correto? Sempre h um limite prtico de nmero de graduaes que podem ser marcadas em uma dada escala ou grfico, por exemplo, 100. Um medidor com uma faixa de 0 a 300 oC normalmente tem uma escala com 100 divises, com cada diviso representando 3 oC. Os valores aceitveis para as divises da escala so 1, 2 e 5 unidades ou algum fator de 10 destes valores. Deste modo, um indicador com faixa de 0-300 oC provavelmente tem 60 divises na escala, com cada diviso representando 5 oC. Se a faixa pudesse ser diminuda para 100 a 200 oC, seriam usadas 100 divises e cada diviso seria de 1 oC, que melhora

(b) Maior resoluo, maior preciso Fig. 1.4.16. Rguas com resolues diferentes

Sejam duas rguas, de mesmo tamanho, porm a rgua (b) tem mais divises entre os nmeros. Assim, enquanto se l 6,2 na rgua (a) pode-se ler 6,25 na rgua (b). Na primeira rgua, o dgito 2 duvidoso e na segunda, o dgito 2 garantido e o duvidoso o 5. No se deve pensar que h uma funo entre a resoluo e preciso. Qualquer instrumento pode ser feito com maior resoluo, simplesmente expandindo sua escala e colocando mais graduaes ou mais dgitos. Isto no melhora sua preciso. Um medidor honesto aquele em que a resoluo comparvel com a preciso. O indicador de nvel de combustvel de um automvel usualmente graduado em pontos de 25%. Como tal, ele um bom exemplo de um instrumento honesto, desde que sua preciso provvel tambm de cerca de 25%. Seja um indicador compartilhado de temperatura, com um indicador compartilhado por dezenas de termopares. Este indicador tem uma longa escala circular com um grande nmero de graduaes, gerando uma grande confiana na preciso do instrumento. Esta confiana justificada? Os sensores que esto ligados ao indicador multiponto de temperatura so termopares. Assim, o indicador no mede

4.215

Especificao de Instrumentos
temperatura mas pequenas foras eletromotrizes ou militenses. Cada militenso deve ser convertida para uma leitura de temperatura usando uma correlao entre a sada do termopar e a temperatura. (Nos EUA, esta correlao produzida pelo National Institute of Standards and Technoogy - NIST). Um indicador de temperatura multiponto numa siderrgica tem uma faixa de 0 a 1200 oC, com divises de escala de 2 oC. Isto significa que o indicador pode ler 1 oC, que a maior resoluo sobre uma faixa de 1200 oC. A preciso da medio da temperatura to boa assim? Como um instrumento para medir militenso, a preciso do indicador de temperatura boa; o erro provavelmente melhor do que 0,2 % da largura de faixa ou dentro de 2,4 oC. Porm, ainda fica a dvida acerca do comportamento do termopar e a correlao temperatura x militenso do NIST. Os fabricantes que fazem termopares do modo cuidadoso e sob condies controladas, publicam as especificaes de seus termopares como tendo uma preciso 2,2 oC ou 0,75 do valor medido (tipo J). Assim, o indicador de temperatura tem um erro de 7 oC em qualquer temperatura medida. Quando se consideram tambm os erros devidos aos fios de extenso de termopar e junta de compensao, o erro total da malha chega at a 20 oC e por isso no tem nenhum sentido prtico usar uma escala com resoluo de 2 oC. Quando o indicador multiponto de temperatura substitudo por um display de console de computador a preciso no melhora, por que os sensores continuam sendo os termopares, a correlao continua sendo a da NIST, os fios de extenso continuam sendo usados. Como concluso, sempre deve se considerar a incerteza de toda a malha. intil e desperdcio de dinheiro, usar um instrumento de display de painel com grande resoluo (alto custo) quando se tem associado a ele uma malha com sensor e condicionador de sinal com incerteza muito maior que a do indicador. E quem faz a leitura do display deve saber o que est gerando e trazendo esta informao para o display. Quantizao O tratamento digital dos sinais analgicos provenientes das medies do processo sempre resulta em um erro, chamado de erro de quantizao. Por isso a preciso de um instrumento digital expressa em % do valor medido (ou % do fundo de escala) n dgitos. Este n dgitos que o erro de quantizao. O erro de quantizao se refere a leitura digital e resulta do fato de tornar discreto o valor de sada da medida. O melhor modo de entender o erro de quantizao, inerente a todo instrumento digital que sempre possui uma incerteza de n dgitos em sua leitura o erro da idade de uma pessoa. Assim que uma criana nasce, sua idade expressa em dias. A idade expressa em dias tem erro em horas. No primeiro ano, a idade passa a ser expressa em meses. A idade expressa em meses em erro de quantizao de semanas ou dias. Depois de uns 4 ou 5 anos, a idade da criana passa a ser expressa em anos e o erro de quantizao passa a ser de meses. No dia do seu aniversrio, a pessoa tem idade exata em anos, meses e dias. Logo depois do aniversrio, por exemplo de 40 anos, a pessoa tem 40 anos. Um ms depois do aniversrio, a idade continua de 40 anos, mas o erro de quantizao de um ms. Um ms antes de fazer 41 anos, a pessoa ainda tem 40 anos, mas o erro da idade j de 11 meses. Ento, a idade da pessoa sempre tem um erro, pois sua expresso discreta; aumentando de 1 em 1 ano, passando de 40 para 41 anos. Banda Morta O efeito da banda ou zona morta aparece quando a medio cai nas extremidades das escalas. Quando se mede 100 volts, comeando de 0 volt, o indicador mostra um pouco menos de 100 volts. Quando se mede 100 volts, partindo de 200 volts, o ponteiro marca um pouco mais de 100 volts. A diferena das indicaes obtidas quando se aproxima por baixo e por cima a zona morta. O erro de zona morta devido a atritos, campos magnticos assimtricos e folgas mecnicas. Rigorosamente zona morta diferente de histerese, porm, a maioria

4.216

Especificao de Instrumentos
das pessoas consideram zona morta e histerese o mesmo fenmeno. Na prtica, a aplicao repentina de uma grande voltagem pode causar um erro de leitura, pois o ponteiro produz uma ultrapassagem (overshoot), oscila e estabiliza em um valor. Se a ltima oscilao ocorreu acima do valor, a indicao pode ser maior que o valor verdadeiro; se ocorreu abaixo do valor, a indicao pode ser menor que o valor verdadeiro. O bom projeto do instrumento e o uso de materiais especiais para suportes, magnetos e molas, pode reduzir a zona morta. Um modo efetivo para diminuir o efeito da zona morta tomar vrias medies e fazer a mdia delas. Rangeabilidade To importante quanto preciso e exatido do instrumento, sua rangeabilidade. Em ingls, h duas palavras, rangeability e turndown para expressar aproximadamente a extenso de faixa que um instrumento pode medir dentro de uma determinada especificao. Usamos o neologismo de rangeabilidade para expressar esta propriedade. Para expressar a faixa de medio adequada do instrumento define-se o parmetro rangeabilidade. Rangeabilidade a relao da mxima medio sobre a mnima medio, dentro uma determinada preciso. Na prtica, a rangeabilidade estabelece a menor medio a ser feita, depois que a mxima determinada. A rangeabilidade est ligada relao matemtica entre a sada do medidor e a varivel medida. Instrumentos lineares possuem maior rangeabilidade que os medidores quadrticos (sada do medidor proporcional ao quadrado da medio).

Fig. 1.4.17. Escala raiz quadrtica, rangeabilidade 3:1

Na medio de qualquer quantidade se escolhe um instrumento pensando que ele tem o mesmo desempenho em toda a faixa. Na prtica, isso no acontece, pois o comportamento do instrumento depende do valor medido. A maioria dos instrumentos tem um desempenho pior na medio de pequenos valores. Sempre h um limite inferior da medio, abaixo do qual possvel se fazer a medio, porm, a preciso se degrada e aumenta muito. Por exemplo, o instrumento com preciso expressa em percentagem do fundo de escala tem o erro relativo aumentando quando se diminui o valor medido. Para estabelecer a faixa aceitvel de medio, associa-se a preciso do instrumento com sua rangeabilidade. Por exemplo, a medio de vazo com placa de orifcio, tem preciso de 3% com rangeabilidade de 3:1. Ou seja, a preciso da medio igual ao menor que 3% apenas nas medies acima de 30% e at 100% da medio. Pode-se medir valores abaixo de 30%, porm, o erro maior que ,3%. Por exemplo, o erro de 10% quando se mede 10% do valor mximo; o erro de 100% quando se mede 1% do valor mximo.

4.217

Especificao de Instrumentos
baixa pequeno, tem rangeabilidade de 100:1. Histerese A histerese ocorre quando a sada de um sistema de medio depende do valor prvio indicado pelo sistema. Tal dependncia pode ser provocada por alguma limitao realstica do sistema, como atrito e amortecimento viscoso em partes mveis ou carga residual em componentes eltricos. Alguma histerese normal em algum sistema e afeta a preciso do sistema. A histerese afeta a repetitividade, quando h histerese no se tem repetitividade.

Fig. 1.4.18. Preciso em percentagem do fundo de escala, rangeabilidade de 3:1 No se pode medir em toda a faixa por que o instrumento no linear e tem um comportamento diferenciado no incio e no fim da faixa de medio. Geralmente, a dificuldade est na medio de pequenos valores. Um instrumento com pequena rangeabilidade incapaz de fazer medies de pequenos valores da varivel. A sua faixa til de trabalho acima de determinado valor; por exemplo, acima de 10% (rangeabilidade 10:1), ou de 33% (3:1). Em medio, a rangeabilidade se aplica principalmente a medidores de vazo. Sempre que se dimensiona um medidor de vazo e se determina a vazo mxima, automaticamente h um limite de vazo mnima medida, abaixo do qual possvel fazer medio, porm, com preciso degradada. Em controle de processo, o conceito de rangeabilidade tambm muito usado em vlvulas de controle. De modo anlogo, define-se rangeabilidade da vlvula de controle a relao matemtica entre a mxima vazo controlada sobre a mnima vazo controlada, com o mesmo desempenho. A rangeabilidade da vlvula est associada sua caracterstica inerente. Na vlvula linear, cujo ganho uniforme em toda a faixa de abertura da vlvula, sua rangeabilidade cerca de 10:1. Ou seja, a mesma dificuldade e preciso que se tem para medir e controlar 100% da vazo, tem se em 10%. A vlvula de abertura rpida tem uma ganho muito grande em vazo pequena, logo instvel o controle para vazo baixa. Sua rangeabilidade vale 3:1. A vlvula com igual percentagem, cujo ganho em vazo

Fig. 1.4.19. Histerese

3.3. Especificaes funcionais


As especificaes funcionais consideram 1. tipo do sinal de sada, se analgico ou digital 2. ao da sada, se direta ou inversa 3. tipos de ajuste de supresso ou elevao de zero 4. tipos e modos de amortecimento dos sinais manipulados 5. limites de faixa largura de faixa e sobrefaixa aceitvel sem danificar o instrumento 6. limites da presso esttica do instrumento, para os diferentes sensores 7. presso de prova (proof pressure), que aplicada em teste do instrumento conforme norma SAMA 27.1. O instrumento pode ficar sem funcionar logo depois deste teste. 8. tempo de resposta do instrumento, depois de ligado. Atualmente, poucos instrumentos eletrnicos requerem

4.218

Especificao de Instrumentos
tempo de aquecimento (warm up) para operar em regime permanente. 9. posio de montagem. Instrumentos mecnicos ou cujo princpio de funcionamento envolve a acelerao da gravidade devem ter definida a posio de uso. A calibrao do instrumento deve ser feita na mesma posio que ele ir operar no processo, quando a posio afeta seu desempenho. 10. fiao de alimentao e de sinal, definindo suas trajetrias, terminais, separao, tipos de tampas e modos de acesso. 11. exigncias e limitaes da alimentao do instrumento. Os transmissores eletrnicos podem operar com uma larga faixa de tenses de alimentao, em funo da impedncia da malha, do valor do sinal de sada e do uso do terminal de programao porttil. Geralmente, estes valores so mostrados em um grfico com sada (mA) versus tenso de alimentao (V cc). Pelo grfico, para uma determinada impedncia da malha, a tenso pode variar em uma faixa ou para uma determinada tenso, a impedncia pode variar em uma faixa. Por exemplo, para 24 V cc e sinal de sada de 4 a 20 mA, a impedncia da malha pode variar de 200 a 565 . 12. Comunicaes remotas. Com o advento dos transmissores inteligentes, o sinal de sada pode ter vrios formatos (protocolos). 13. proteo contra alta voltagem e transientes 14. faixa de freqncia do sinal de entrada
Sensor Limites de faixa

B C D E
Sensor

kPa -50 e +50 -210 e +210


MPa -0,21 e +0,21 -0,21 e +0,21

inH20 -200 e +200 -840 e +840


psi

mbar -500 e + 500 -2100 e +2100 -2,1 e +2,1 -2,1 e +2,1


bar

-30 e +30 -30 e +30

Nota 1. O sinal (-) significa que h uma presso maior no lado de Baixa do que no lado de Alta. Nota 2. O sinal (+) significa que h uma presso maior no lado de Alta do que no lado de Baixa.

3.4. Especificaes fsicas


As especificaes fsicas definem as dimenses, peso, cor e materiais das peas secas e molhadas do instrumento. Plaqueta de identificao A plaqueta de identificao, chamada de tag pelo instrumentista, de ao inoxidvel, afixadas de modo permanente e difcil de ser tirada, com dados do processo e do instrumento escritos indelevelmente. Ele tem um tamanho padronizado pelo fabricante que pode ser alterado a pedido do usurio, a um custo extra. Alis, tudo que no seja padro do fabricante deve ser pago adicionalmente pelo usurio. Geralmente h uma limitao de caracteres por linha da etiqueta e cuidado, que espao tambm tem tamanho. Nesta plaqueta deve ter: 1. nome e logotipo do fabricante 2. nmero de srie do instrumento (serial) 3. modelo completo do instrumento, em um cdigo alfanumrico compreensvel apenas pelo pessoal envolvido 4. dados do processo, como temperatura, presso, propriedades do fluido 5. dados do instrumento, como sinal de sada, alimentao, faixa calibrada, URL do sensor (limites fsicos de calibrao) Proteo contra o ambiente A classificao mecnica do invlucro, segundo normas IEC IP ou NEMA. Por exemplo, instrumento a prova de tempo, vedado a p, resistente corroso como definido por IEC IP 65 e NEMA tipo 4X. Esta proteo ambiental no tem nada a

Especificaes funcionais
Tab. 5.6. Limites de largura de faixa
Sensor Limites de largura de faixa

B C

Sensor

kPa 0,87 e 50 7 e 210


MPa

inH20 3,5 e 200 28 e 840


psi

mbar 8,7 e 500 70 e 2100 0,7 e 21 7 e 210

bar ou kgf/cm2

D E

0,07 e 2,1 0,7 e 21

10 e 300 100 e 3000

Tab. 5.7. Limites de faixa

4.219

Especificao de Instrumentos
ver com a classificao eltrica do instrumento, que evita que a presena do instrumento cause uma exploso ou incndio no local. Materiais So listados os materiais do sensor, das partes em contato com o processo (partes molhadas), dos invlucros, tampas, parafusos, fluidos de enchimento e de selagem, conexes com o processo. Os sensores geralmente esto em contato direto com o fluido do processo e o seu material deve ser compatvel com o fluido, para no haver corroso. O projeto correto garante tambm que no haver eroso, cavitao e desgaste fsico. O material mais usado para construir sensores o ao inoxidvel AISI 316. Outros usados incluem ligas especiais como Co-Ni-Cr, Hastelloy C, Monel, tntalo, prata, platina. O material dos invlucros pode ser metal, plsticos reforados com fibra de vidro. O material padro uma liga metlica de cobre e alumnio, que tenha pequeno peso e seja resistente mecanicamente. O invlucro prova de exploso tem limitao de contedo de alumnio e magnsio, por questo de segurana. A cermica um material muito pesquisado e usado, por causa de suas vantagens de resistncia corroso e eroso, embora seja quebradio. A cermica um material muito usado, atualmente, para substituir o teflon como revestimento de tubos magnticos de vazo. Os invlucros geralmente so pintados ou revestidos de epoxy e outros materiais plsticos resistentes corroso. Tambm devem ser definidos os materiais de gaxetas e juntas de tampas de instrumentos, que devem ser compatveis com a atmosfera contaminante do ambiente. Buna-N o material padro para aneis-O (O-ring). O invlucro prova de tempo deve ter gaxetas que vedem a entrada d'gua e umidade; o invlucro prova de chama no pode ter gaxetas entre seus espaamentos crticos e esta incompatibilidade deve ser verificada. possvel, embora difcil, a compatibilizao de prova de tempo e prova de exploso. Geralmente tampa prova de tempo tem gaxeta e parafuso; tampa prova de exploso e de tempo tem tampa aparafusada, com nmero mnimo de filete e anel-O especial. O material dos parafusos de fixao no necessariamente igual ao material do invlucro. O material padro dos parafusos ao carbono; quando se quiser ao inoxidvel, deve-se especificar. Os sensores de presso diferencial e os selos de presso so cheios de leo. O silicone o material padro. Aplicaes especiais como manipulao de oxidante (oxignio, cloro) requerem o uso de Fluorinert. Geralmente a especificao informa a massa aproximada do instrumento. Esta informao til para saber como transportar, armazenar ou suportar na instalao do processo. Um transmissor eletrnico, sem indicador, pesa tipicamente de 2,0 a 5,0 kg.

3.5. Especificao de segurana


Segurana Segurana a extenso em que um sistema provido com facilidade que excluem perigos a pessoas, equipamentos da planta e ambiente. A segurana depende da excluso de e proteo contra choques eltricos, temperaturas excepcionalmente elevadas, radiao, emisso de gases perigosos ou venenosos, exploso e imploso e fogo. Os aspectos de segurana so em geral sujeitos a regras bem definidas e rigorosas para aprovao. Seguridade (security) a existncia e causa de tcnicas que restringem acesso a dados e a condies sob as quais os dados podem ser obtidos. a habilidade de um sistema de potncia eltrica responder adequadamente a distrbios que aparecem dentro do sistema. Segurana e sade Nos Estados Unidos da Amrica, o assunto que envolve segurana e sade ocupacionais de lei. Em 29/12/70 foi promulgada pelo Congresso a lei publica 91-596 do OSHA (Occupational Safety and

4.220

Especificao de Instrumentos
Health Act). Este ato define o local seguro para todos os americanos trabalharem nele. O OSHA afeta todos profissionais envolvidos em projeto. Os engenheiros, arquitetos e construtores de equipamentos e prdios devem incluir em seus planos e projetos tudo que deva satisfazer as normas de segurana e sade, a fim de evitar as penalidades pelo seu no cumprimento. As penalidades podem ser as de refazer os projetos, alterar prdios e equipamentos j acabados, pagar pesadas multas financeiras e at fechar plantas. O OSHA compreende sete grandes reas: local do trabalho, maquina e equipamentos, materiais, empregados, fontes de energia, processos e regras administrativas. O OSHA incorpora as normas existentes elaboradas por outras organizaes privadas ou governamentais, como NFPA (National Fire Protection Association), ANSI (American National Standards Institute) API (American Petroleum Institute), ASME (American Society of Mechanical Engineers), ASTM (American Society for Testing and Materials), NEMA (National Electrical Manufacturers Association), AEC (Atomic Energy Commission) e outras. De um modo simplificado, o instrumento construdo por um fabricante, especificado por uma firma de engenharia e aplicado pelo usurio final. Quando se considera essa cadeia de eventos: fabricao, especificao e uso do instrumento, h cuidados que devem ser considerados para garantir a integridade e funcionamento do instrumento. Deve ser entendido e aceito que um instrumento, antes de desempenhar sua funo desejada, deve sobreviver. Nenhum amontoado de sofisticao na sua fabricao ou especificao compensa a incapacidade do instrumento viver em um ambiente hostil. H duas razes fundamentais para justificar a harmonia de cooperao na fabricao, especificao e uso do instrumento: segurana e economia. A segurana de um local pode ser comprometida com a simples presena de um instrumento. o caso do uso de um instrumento eltrico de uso geral, em um local onde existe um gs flamvel ou explosivo. Em casos menos aparentes, um processo pode falhar ou se romper, por causa de um instrumento mal especificado. Essa ruptura pode desprender alguma coisa indesejvel s pessoas ou aos equipamentos que estejam prximos, tais como presso, vapor, gs txico, liquido corrosivo ou p explosivo. Isso pode provocar mortes, danos fsicos, perda de materiais e de equipamentos. O instrumento, em virtude de sua natureza funcional, pode ser o elo mais frgil em uma linha de processo, com relao capacidade de conter o processo rigoroso e resistir corroso. A economia, embora menos visvel, tambm fundamental. quase impossvel colocar em nmeros o quanto custa a corroso do instrumento. Porem, fcil entender que ela custa a todos. A corroso custa ao fabricante, em termos de vantagem de competio, ela custa ao usurio final em termos de manuteno, paradas foradas, mau funcionamento do instrumento e pobre eficincia do processo e finalmente, ela custa ao consumidor por causa do maior custo final do produto. Classificao de rea De um modo geral, diz-se que uma rea industrial perigosa quando nesse local processado, armazenado, transportado e manuseado material que possua vapor, gs ou p flamvel ou explosivo. Como isso vago e pouco operacional, classifica-se uma rea perigosa considerando todos os parmetros relacionados com o grau de perigo, atribuindo-lhe nmeros e letras relacionados com Classe, Grupo e Zona (Diviso). A Classe da rea se relaciona com o estado fsico da substncia: gs (I), p (II) e fibras (III). O Grupo uma subdiviso da Classe. Ele mais especifico e agrupa os produtos de mesma Classe, levando em considerao as propriedades qumicas relacionadas com a segurana: temperatura de auto-ignio, nvel de energia necessrio para a combusto, mnima corrente e tenso eltricas de ignio, velocidade de queima de chama, facilidade de vazamento entre

4.221

Especificao de Instrumentos
espaamentos, estrutura qumica, presso final de exploso. Zona expressa a probabilidade relativa do material perigoso estar presente no ar ambiente, formando uma mistura em concentrao perigosa. As normas europias e a brasileira se referem a trs zonas: Zonas 0, 1 e 2. As normas americanas se referem Diviso e definem apenas duas reas: Diviso 1 (Zonas 0 + 1) e Diviso 2 (Zona 2). Zona 0 um local onde a presena do gs perigoso praticamente constante ou 100%. Tipicamente, o interior de um tanque ou de uma vaso. Zona 1 um local de alta probabilidade relativa de haver gs. um local onde pode existir o gs, mesmo em condio normal de operao do processo. Zona 2 um local de pequena probabilidade relativa da presena do gs. um local onde a existncia do gs s ocorre em condio anormal do processo, como ruptura de flange, falha de bomba. Mesmo que a probabilidade da presena do gs seja pequena, Zona 2 ainda uma rea perigosa. O local que no nem Zona 0, 1 ou 2 por excluso e definio, rea segura. Exemplo clssico de rea segura a sala de controle. Porem, h normas relacionadas com as condies interiores da sala de controle para garantir sua segurana. Essas normas estabelecem e exigem a pressurizao da sala, vedao das portas e janelas, selos nos cabos que se comunicam com as reas classificadas, ventilao e temperatura adequadas. A classificao de rea de responsabilidade exclusiva do usurio final, pois apenas ele pode garantir a observncia de normas de operao, manuteno, bem como de fazer inspees peridicas no local. O conhecimento da classificao da rea fundamental e o ponto de partida para a especificao correta dos instrumentos. A especificao do instrumento, encaminhada do fabricante pela firma de engenharia ou pelo pessoal do processo da planta, deve determinar claramente qual a classificao do local onde ser montado o instrumento: Classe, Grupo e Zona. Instrumento Eltrico Na pratica e no presente trabalho, instrumento eltrico e eletrnico possuem o mesmo significado. Instrumento eltrico todo aquele que, por algum motivo, recebe uma alimentao eltrica. Geralmente so alimentados com 110 V, ca ou 24 V, cc. O sinal padro de transmisso em corrente de 4-20 mA cc. Em instrumentao, h ainda circuitos que envolvem termopares, resistncia para determinao de temperatura, clulas de carga, eletrodos de pH. So circuitos que geram sinais de militenso continua e que so polarizados com tenses de alguns volts. Para efeito de classificao eltrica, o enfoque mais amplo. Por exemplo, um registrador pneumtico ou mecnico, com acionamento eltrico do grfico considerado como instrumento eltrico. Quando se incorporam alarmes acionados eletricamente por microchaves a instrumentos mecnicos ou pneumticos, tambm se muda sua classificao para eltrica. Finalmente, a opo extra de aquecimento eltrico, quando se tem, o risco de congelamento ou quando se quer reduzir a viscosidade do fluido de enchimento, torna-se o instrumento envolvido em eltrico. Como concluso, instrumento eltrico todo aquele que incorpora um circuito funcional ou auxiliar de natureza eltrica. Classificao de Temperatura A eletricidade, por causa do efeito Joule, pode provocar aquecimento. A alta temperatura, por sua vez, pode se constituir em fonte de energia, capaz de inflamar ou provocar exploso de determinada mistura ar + gs perigoso. Em vista desses fatos, todo instrumento eltrico deve tambm possuir uma classificao de temperatura. A classificao de temperatura est relacionada com a mxima temperatura que a superfcie ou qualquer componente interno do instrumento pode atingir, em funcionamento normal, quando a temperatura ambiente de 40oC. Foram estabelecidas e definidas seis classes de temperatura, mostradas na Tab. 5.8.

4.222

Especificao de Instrumentos
Tab.5.8. Classificao de Temperatura Classe T1 T2 T3 T4 T5 T6 Temperatura (oC) 450 300 200 135 100 80 seguro. Por isso os principais laboratrios de teste e certificao, Factory Mutual e Underwriters, so suportados por companhias de seguro, particulares. No Canad, porm, o governo federal est envolvido. contra a lei canadense energizar qualquer equipamento operado eletricamente a no ser que ele tenha sido certificado para uso por um laboratrio governamental, que o CSA (Canadian Standards Association). O CSA um laboratrio suportado pelo governo, cuja diretiva garantir que os equipamentos oferecidos para venda ao pblico so realmente seguros para serem usados. Embora a maior parte do trabalho do laboratrio parea considerar os equipamento eltricos, tambm so considerados materiais de construo, conexes e outros produtos. O CSA funciona testando produtos em seus laboratrios, enviando inspetores qualificados para examinar produtos e publicando normas. O CSA no tem autoridade para escrever leis, porm, possvel e muito provvel que qualquer estado canadense (provncia) requeira que produtos ou trabalhos estejam de conformidade com uma determinada norma CSA, que, em efeito, torna esta norma uma lei. Muitos inspetores estaduais no se sentem qualificados para avaliar a segurana de instrumentos de processo construdos por cartes de circuito integrados, chips de microprocessadores e por isso eles requerem que os instrumentos tenham certificao CSA. Se um produto tem um selo CSA, ele passa. Se ele no tem o selo CSA, ele devolvido. A obteno de um certificado CSA no muito fcil. Antes de tudo, o CSA tem muitos instrumentos para certificar. Um instrumento do modelo a ser certificado deve ser submetido a teste de laboratrio para verificar sua segurana causada por falha eltrica. O instrumento pode ser destrudo durante o processo do teste. Finalmente, o CSA tem tanto trabalho, que um teste e sua certificao podem levar mais de um ano para serem realizados. A situao brasileira teoricamente igual do Canad. Aqui h o Labex, no Cepel.

A classe de temperatura do instrumento deve ser marcada na sua plaqueta de identificao. Equipamentos cujas superfcies ou componentes no excedem a 100 oC no necessitam de marcao explcita (Classes T5 e T6). Para se usar um instrumento eltrico em rea perigosa importante se comparar sua classe de temperatura com a mnima temperatura de auto-ignio do gs presente. obvio que a mxima temperatura alcanada pelo instrumento deve estar abaixo da mnima temperatura de auto-ignio do gs presente. A norma brasileira (ABNT EB 239) estabelece que a temperatura mxima que o instrumento pode alcanar deve ser igual ou menor que 70% da mnima temperatura de ignio do gs flamvel. Certificao da Classificao Eltrica Todo instrumento que tenha alguma alimentao eltrica deve ter uma classificao eltrica associada com sua segurana. A presena de um instrumento eltrico em um local no pode aumentar o risco de haver exploso ou incndio no local. Em outras palavras, a presena do instrumento em um local no pode aumentar o perigo deste local. Este problema de segurana est envolvido, principalmente em plantas que processam produtos flamveis. Quando h vapores, gases, ps e fibras em um local, em condio normal ou devido a um vazamento anormal, o instrumento eltrico pode fornecer a fonte de ignio necessria para criar uma exploso ou um incndio. Isto j aconteceu. H diferenas filosficas nos enfoques tomados com este problema em funo do pas. Nos Estados Unidos da Amrica, a questo da segurana do equipamento alimentado eletricamente uma questo entre o usurio e sua companhia de

4.223

Especificao de Instrumentos
Classes de proteo O instrumento eltrico, mesmo de uso geral em rea segura, deve prover proteo pessoal contra choque eltrico, contra efeito de temperatura excessiva, contra propagao de fogo, contra os efeitos de exploso ou imploso, contra os efeitos de ionizao e radiao de microondas, presso de ultra-som. Um instrumento eltrico para uso em rea perigosa deve prover todas as protees dos instrumentos de uso geral mais a proteo contra a ignio da atmosfera externa. Qual a classificao da rea, quais as normas aplicveis e qual a aprovao da agncia de teste: tudo isso deve ser definido e informado para a compra de um instrumento eltrico. H vrios tipos de proteo para evitar que um instrumento eltrico provoque ignio ou exploso de misturas gasosas perigosas. Qualquer proteo aceitvel, desde que o instrumento seja adequadamente instalado e todas as instrues mencionadas nos certificados e relatrios sejam seguidas. Deve ser levado em conta que a classificao eltrica do instrumento deve garantir que a sua simples presena no compromete a segurana do local. As normas de segurana nada dizem, nem poderiam dizer, acerca do funcionamento operacional do instrumento de controle. Fundamentalmente, h duas grandes categorias de proteo: 1) H exploso, porem a exploso confinada ou controlada no interior do instrumento, de modo que no se propaga para o seu exterior. Por exemplo, prova de exploso (ou prova de chama). 2) No h exploso. Nesse caso, pode se evitar a exploso ou cuidando-se da mistura gasosa (purga/pressurizao) ou cuidando-se da fonte de energia (segurana intrnseca e no acendvel). Prova de exploso ou prova de chama Prova de exploso (linguagem norte americana) ou prova de chama (linguagem europia) uma tcnica de proteo alternativa que permite a ocorrncia de uma exploso no interior do instrumento. Porem, o invlucro do instrumento to resistente que a exploso fica confinada no seu interior. De outro modo, o instrumento prova de chama possui aberturas de escape de modo que, quando houver um incndio no seu interior, a chama resfriada quando vai para fora. Embora os enfoques sejam diferentes, o resultado final o mesmo: a exploso ou a chama no interior do instrumento no se propaga para a rea externa. Em qualquer situao h segurana, o instrumento continua operando normalmente, sem interrupo, mesmo com a ocorrncia de exploso ou chama no seu interior. O instrumento no , no pode e nem precisa ser, totalmente vedado e contem em seu interior um circuito eltrico perigoso. As superfcies do instrumento que esto em contato direto com a atmosfera flamvel exterior devem ter a mxima temperatura abaixo da temperatura de ignio da mistura gasosa especifica. A prova de exploso uma tcnica geralmente aplicada a instrumentos ou equipamentos de pequeno volume fsico. Extensivamente, pode ser aplicada a motores, luminrias, conexes. O instrumento deve ter uma marcao que o identifique como tal. Deve ainda haver advertncias relacionadas com a operao e manuteno do instrumento. O instrumento prova de exploso s pode ser aberto ou desligado eletricamente ou quando se garante, por analisadores locais, que no h a presena do gs perigoso no local de montagem do instrumento.

Fig. 1.4.20. Invlucro prova de exploso Um instrumento prova de exploso pode ser usado normalmente em Zona 2 em todas as Classes e Grupos e em Zona 1, com algumas restries de Grupos. No se pode usar instrumento prova de exploso em Zona 0. Purga ou pressurizao Na pratica e para efeito de proteo, purga (vazo) e pressurizao (presso) possuem o mesmo significado. A proteo conseguida pela aplicao de uma presso positiva em relao presso

4.224

Especificao de Instrumentos
externa, atravs da vazo de um gs inerte ou ar puro, no interior da caixa do instrumento. Esta presso interna positiva impede a entrada dos gases perigosos existentes na atmosfera circundante. A pressurizao impede o contato da mistura perigosa com a fonte de ignio. A presso aplicada da ordem de 5 a 10 mm de coluna dgua. Um instrumento com purga pode ser usado em Zona 1 ou Zona 2, dependendo do tipo do circuito interior, se de uso geral ou no acendvel. Dependendo da Zona do local e do tipo do circuito interno, so necessrias salvaguardas adicionais ao sistema de pressurizao, tais como, chaves de desligamento com abertura da porta, temporizadores, portas trancada, fusveis, pressostatos. A tcnica de purga/pressurizao pode ser aplicada a instrumentos de grande volume, onde a tcnica de prova de exploso impraticvel. Segurana intrnseca Um sistema intrinsecamente seguro constitudo pelo equipamento e sua respectiva fiao, onde a energia eltrica ou trmica insuficiente para provocar a ignio ou exploso de uma mistura gasosa especifica, em condies normais e anormais determinadas. A segurana intrnseca inclui consideraes combinadas de limitao de tenso (diodos Zener), limitaes de corrente (resistores e fusveis) e mxima indutncia e capacitncia reais e parasitas da carga e da fiao. O sistema se baseia na colocao de barreira de energia eltrica entre o local seguro e o local perigoso. Desse modo, o sistema inclui equipamentos montados na rea perigosa e alguns equipamentos (geralmente a barreira de energia) montados na rea segura. No sistema podem ser combinados instrumentos de fabricantes diferentes, porem, todos os equipamentos com aprovao devem ter certificados do mesmo laboratrio de teste. Pelo prprio principio, o conceito de segurana intrnseca s se aplica a sistema de instrumentao de controle de processo e de comunicao, que naturalmente podem operar com baixo nvel de energia. Os instrumentos intrinsecamente seguros podem ser montados em Zona 2, 1 e at Zona 0.

Fig. 1.4.21. Sistema com segurana intrnseca Os instrumentos com classificao de segurana intrnseca devem ter marcao que os identifique como tais. Na plaqueta de aprovao deve haver a recomendao de que a segurana pode ser perdida com a substituio no criteriosa de alguns componentes crticos. No acendvel e outros Um circuito no acendvel pode conter componentes que produzam fasca em condies normal, porem, a energia entregue por tais componentes limitada a valores incapazes de provocar ignio na mistura perigosa especifica. O circuito no acendvel s seguro em condio normal de operao. O instrumento no acendvel s pode ser usado em Zona 2, sem restries. Quando usado em Zona 1, deve ser pressurizado com gs inerte. Circuito no-faiscadores contem componentes que no produzem fasca em operao normal. Isso conseguido atravs de encapsulamento de componentes, imerso em leo. Circuito com segurana aumentada envolvem componentes de equipamento com selagem, encapsulamento, dupla isolao, espaamentos maiores que os normais, resistncia corroso e controle de qualidade mais severo e individual. Critrios da classificao eltrica A classificao eltrica do instrumentos deve ser compatvel com a classificao do local perigoso. Um principio bsico comum a todos os tipos de proteo e aceito por todos o de que h segurana quando e somente quando so providos dois eventos independentes, cada um de baixa probabilidade, entre a probabilidade de haver a presena do gs perigoso com a

4.225

Especificao de Instrumentos
probabilidade de falha do equipamento eltrico. Desse modo, h segurana nos seguintes casos combinatrios: 1) Local seguro (probabilidade zero de haver gs perigoso) com um instrumento de uso geral (probabilidade 1 de haver fonte perigosa). 2) Local de Zona 2 (pequena probabilidade de haver gs) com um instrumento no incenditivo (pequena probabilidade de falhar). 3) Local de Zona 1 (grande probabilidade de haver gs) com um instrumento intrinsecamente seguro (s se torna inseguro quando houver duas falhas independentes e de pequena probabilidade individual). 4) Local de Zona 1 (grande probabilidade de haver gs) com um instrumento no incenditivo (pequena probabilidade de falha) com pressurizao (pequena probabilidade de falha no sistema de presso). 5) Local de Zona 1 (grande probabilidade de haver gs) com um instrumento de uso geral (grande probabilidade de perigo) com pressurizao (pequena probabilidade de falha) e com salvaguarda adicional, tal como colocao de pressostato (pequena probabilidade de falha). De qualquer modo, em um local com determinada classificao s pode ser montado um instrumento eltrico que possua uma classificao eltrica e de temperatura, marcada em sua etiqueta e compatvel com a do local. Obviamente, um instrumento para Zona 1 pode ser usado em Zona 2, assim como um instrumento para Grupo B pode ser usado em Grupo C e D. Porem, qualquer exagero de classificao do instrumento inconveniente. S se deve usar um instrumento com classificao eltrica especial quando exigido, pois a classificao eltrica especial pode custar mais e principalmente, exige cuidados de operao e manuteno mais rigorosos e restritivos. H vrios aspectos relacionados com a segurana do controle do processo e a instrumentao: 1. projeto incorreto do sistema,
2. mau funcionamento dos

equipamentos e
3. presena dos instrumentos no local.

Quando o sistema mal projetado, ele no funcionar, quer seja pneumtico, quer seja eletrnico. E o mau projeto pode levar o sistema para uma condio insegura. A probabilidade de um instrumento pneumtico levar o sistema bem projetado para uma situao perigosa, por causa de seu mau funcionamento equivalente do instrumento eletrnico. A probabilidade da presena do instrumento pneumtico provocar um incndio ou uma exploso num local perigoso praticamente zero e por isso no h nenhuma restrio de uso de instrumentos pneumticos em reas classificadas, onde h a presena de gases, ps e fibras inflamveis e explosivas. O instrumento eletrnico pode constituir a fonte de energia suficiente para provocar o incndio ou a exploso de atmosferas perigosas. Deste modo, a no ser que o instrumento eletrnico tenha uma classificao eltrica e de temperatura de conformidade com a classificao do local onde ele instalado, vedado o seu uso em locais perigosos. Para tornar permitido e seguro o uso de instrumentos eletrnicos em reas perigosas foram desenvolvidas tcnicas especiais e alternativas de proteo, incorporadas aos seus circuitos e aos seus invlucros. As tcnicas de proteo mais conhecidas e usadas so: prova de exploso ou de chama, a purga ou a pressurizao e a segurana intrnseca.

4.226

Especificao de Instrumentos
Tab. 5.9. Tipos de Proteo para Equipamentos Eltricos

Tipo de Proteo
Uso geral Prova de exploso ou de Chama Segurana aumentada Segurana intrnseca Hermeticamente selado Encapsulamento (potting) No incenditivo (no-sparking) Imerso em leo Pressurizao ou Purga Enchimento de areia Especial Placa protegida Respirao restrita Instalao

Ex
d e i h m n o p q s

IEC
79-0 79-1 79-7 79-11 3-36 79-5 31-49 79-6 79-2 e 79-13 79-5 Sua BS 4137 79-14

NBR
9518 5363 9883 8446/8447 No aceita 8601 169

EUA
NEC UL 698/886 No aceita NFPA 493/UL 913 FM 3610 EN 50017 UL 698 NFPA 496 e ISA 12.4 No aceita

158

NFPA 70 e ISA RP 12.6

IGNIO EVITADA

Sem fonte de energia Segurana intrnseca Segurana aumentada

Controle da atmosfera flamvel Controle da concentrao Isolao da fonte

Encapsulamento No incenditivo Seleo do local Imerso em leo


Purga ou pressurizao Enchimento de areia Controle da composio

Respirao restrita

Fig. 1.4.21. Classes de proteo

227

Especificao de Instrumentos
Tab. 5.10. Especificaes de Segurana do Produto
Laboratrio de Teste, Tipo de Proteo e Classificao de rea CENELEC, Segurana intrnseca, Gs Grupo IIC, Zona 0 CENELEC, Prova de chama, Gs Grupo IIC, Zona 1 Europa, no faiscador, Zona 2 CSA, Segurana intrnseca, Classe I, Diviso 1, Grupos A, B, C e D, Classe II, Diviso 1, Grupos E, F e G e Classe III, Diviso 1 CSA, Prova de exploso para Classe I, Diviso 1, Grupos B, C e D e a prova de ignio de p para Classe II, Div. 1, Grupos E, F e G e Classe III, Div. 1 CSA, No incenditivo para Classe I, Diviso 2, Grupos B, C e D e a prova de ignio de p para Classe II, Div. 1, Grupos E, F e G e Classe III, Div. 2 FM, Segurana intrnseca, Classe I, Diviso 1, Grupos A, B, C e D, Classe II, diviso 1, Grupos E, F e G e Classe III, Diviso 1 FM, Prova de exploso para Classe I, Diviso 1, Grupos B, C e D e a prova de ignio de p para Classe II, Div. 1, Grupos E, F e G e Classe III, Div. 1 FM, No incenditivo para Classe I, Diviso 2, Grupos B, C e D e a prova de ignio de p para Classe II, Diviso 1, Grupos E, F e G e Classe III, Diviso 2 Condies de Aplicao Classe de Temperatura T4-T6 Classe de Temperatura T6 Classe de Temperatura T4-T6 Classe de Temperatura T6 em ambiente mximo de 40 oC e T4 em ambiente mximo de 85 oC Cdigo E D N C

Ligar a fonte no excedendo 42,4 V. Classe de Temperatura T6 em ambiente mximo de 40 oC e T4 em ambiente mximo de 85 oC Classe de Temperatura T6 em ambiente mximo de 40 oC e T4 em ambiente mximo de 85 oC Classe de Temperatura T6 Ligar a fonte no excedendo 42,4 V. Classe de Temperatura T6 em ambiente mximo de 40 oC e T4 em ambiente mximo de 85 oC

228

Especificao de Instrumentos 4. Corroso dos Instrumentos


4.1. Tipos de Corroso
De um modo simplificado, a corroso o ataque destrutivo sofrido por um material e causado por um produto qumico. Os engenheiros de corroso conhecem de 50 a 60 tipos diferentes de corroso, embora as diferenas entre alguns tipos sejam mais tcnicas do que praticas. Sob o ponto de vista de instrumentao3 so importantes e mais encontradas trs modalidades de corroso: qumica, galvnica e ruptura por tenso (stress cracking). A corroso qumica , muito simplesmente, o que o nome implica: o produto qumico de ataque dissolve ou reage com o material com o qual ele est em contato direto. Essa a corroso que ocorre com as partes molhadas que esto em contato com o processo industrial. A corroso galvnica ocorre quando dois metais diferentes so colocados em contato e expostos a uma soluo condutora. O efeito final a destruio do metal mais reativo e proteo do metal menos reativo. Essa propriedade pode ser usada, beneficamente, para proteo contra corroso. A corroso galvnica pode ocorrer em tubulaes com isolao trmica , simplesmente se forem usados dois metais levemente diferentes, por exemplo, ao carbono e ao inoxidvel, um para o tubo interno e outro para o externo. A corroso galvnica pode ainda acontecer entre diferentes partes de um mesmo metal. Ou seja, quando se tem um mesmo material, porem, com diferentes nveis de tenso mecnica, com efeitos trmicos de solda ou de tratamento, com impurezas, pode se ter a corroso galvnica entre suas partes. A corroso galvnica mais importante para as partes do instrumento expostas atmosfera. A corroso por ruptura de tenso a falha do metal devida combinao da tenso mecnica e um ambiente corrosivo especifico. Ela a causa de muitas falhas em ligas metlicas. A corroso por ruptura de tenso ocorre comumente em materiais metlicos que entram em contato com produtos de explorao de petrleo, leo ou gs, que possuam enxofre ou acido sulfdrico como impurezas.

4.2. Corroso nos instrumentos


Os resultados da corroso de um instrumento dependem tanto do tipo da corroso como do tipo ou funo do instrumento. Para efeitos didticos pode-se dividir em duas grandes categorias as falhas resultantes da corroso: conteno do processo e funcionais do instrumento. A vlvula de controle e alguns medidores de vazo contem em seu interior o prprio processo a ser controlado,. com todos os seus rigores. Quando tais instrumentos sofrem corroso, de modo a perder sua integridade fsica, a linha onde o instrumento est montado certamente vaza produto para o exterior. Os resultados desse tipo de falha podem variar desde um pequeno inconveniente, facilmente reparvel, at um prejuzo pessoal, envolvendo fogo e exploso, com perda de vidas e destruio de equipamentos. As falhas funcionais podem, ainda, ser de dois tipos distintos: 1) perda total da funo, exigindo reparo ou substituio do instrumento completo ou 2) perda parcial da funo, que pode resultar na queda da eficincia do processo. A falha funcional parcial pode, inclusive, ficar totalmente desconhecida durante grandes perodos de tempo ou degradar continua e vagarosamente a eficincia do processo. Os fatores que estimulam e aumentam a corroso so: no homogeneidade dos metais, solda imprpria, acabamento rugoso, tenso mecnica, impureza, maior concentrao na soluo eletroltica, soluo gasosa na fase liquida, turbulncia, uso de metais muito diferentes, presena de oxignio, maior umidade e mofo. Os fatores que inibem a corroso so: melhor acabamento, alivio de tenses mecnicas, passivao de metais e revestimento de superfcies e proteo catdica. Alias, a proteo catdica feita por mtodos envolvendo

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Especificao de Instrumentos
eletricidade e portanto h restries de aplicao, quando aplicada em rea perigosas classificadas. lugar, h diferenas de composio da matria prima, h diferentes fornecedores de materiais, h variaes no controladas de presso e temperatura. O material para um simples tanque selecionado considerando-se a corroso tolervel durante toda sua vida til. As coisas se complicam quando se seleciona material das partes de um instrumento. Os materiais devem ser resistentes corroso e paralelamente devem satisfazer as necessidades funcionais, tais como resistncia mecnica, constante de mola, flexibilidade, ductilidade e elasticidade. Muitas vezes, se reconhece que determinado material o mais indicado para uma aplicao corrosiva, porem, ou ele no processvel ou suas propriedades inerentes no satisfazem a tarefa a que seria destinado. Depois de escolhido o material mais adequado, os procedimentos de fabricao envolvem tratamentos trmicos, manipulao fsica das peas, com cortes, usinagem e acabamento que podem estimular ou inibir a corroso.

4.3. Partes molhadas


As partes molhadas pelo processo so geralmente os elementos sensores, selos, poos de temperatura, bulbos, internos das vlvulas e o interior de alguns medidores de vazo. As partes molhadas devem suportar temperatura e presso extremas e devem resistir ao ataque corrosivo dos produtos qumicos manipulados. O principal problema que os produtos de processo aparecem em uma variedade infinita e os materiais de construo no. Para piorar a situao, a corroso das partes molhadas geralmente provoca falha do tipo conteno do processo, cuja conseqncia a pior possvel. Para evitar ou limitar a ocorrncia da corroso, quatro reas devem ser consideradas: seleo de materiais, procedimento de fabricao, projeto do sistema e inspeo de campo. As partes envolvidas continuam sendo as trs j mencionadas: fabricantes, engenheiro de especificao e usurio. A seleo do material a mais complexa das reas a serem definidas, tanto por causa da atribuio da responsabilidade como pelo problema em si. Pela lei de Paretto, 10% das aplicaes envolvem cerca de 90% dos problemas. Mesmo que isso possa ser considerado uma pequena percentagem, necessria e suficiente uma nica m aplicao para causar um nmero elevado de problemas e grandes prejuzos. O problema da seleo do material poderia parecer de fcil soluo, pois todo tcnico tem conhecimento de tabelas de corroso4, que mostram como se comporta um determinado material na presena de certo produto qumico. Seria apenas uma fcil e simples questo de casamento do processo com o material do instrumento. Infelizmente as coisas no ocorrem de modo to simples., difcil o prprio conhecimento do processo real. Certamente se conhece o principal produto, porem, h subprodutos, contaminantes variveis com o tempo e o

Fig. 1.4.23. Corroso em conexo metlica A responsabilidade da escolha do material, porem, do usurio final. O fabricante no tem nenhum controle sobre o que acontece aos instrumentos depois que eles so entregues ao usurio. Apenas o usurio final tem condies de fazer as sucessivas inspees aos equipamentos, essenciais garantia da integridade dos instrumentos.

4.4. Materiais de revestimento


Alem do material de fabricao, interessante a aplicao de materiais de

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Especificao de Instrumentos
revestimento. uma pratica comum o revestimento de cpsula de transmissor, por causa de um dos seguintes motivos: 1) proteo contra corroso provocada pelo fluido do processo ou 2) proteo contra aderncia e deposio dos produtos slidos, tambm provocada pelo fluido do processo. Um produto tpico para revestimento de superfcies de contato o Ryton (Phillips Petroleum Co) porque apresenta uma boa resistncia corroso e tem a habilidade de formar uma pelcula fina, no porosa. Em algumas aplicaes que envolvam fortemente oxidantes, tais como flor, cloro, acido ntrico, o Ryton no recomendado. A alternativa ideal o uso de Kel-F ( Kellogg) para finas de corroso. Kel-F um polmero de trifluoretileno. O revestimento de teflon (E.I. Du Pont de Nemours) excelente para aplicaes onde se quer evitar a deposio de materiais lodosos. Embora o teflon seja inerte maioria dos produtos corrosivos, o seu revestimento no adequado para proteo da corroso da cpsula, por causa da dificuldade de se conseguir uma camada fina e no porosa. instrumento no estejam submetidas s condies desfavorveis do ambiente externo e do processo, elas possuem uma funo muito mais importante. Assim, a corroso da tampa ou mesmo do corpo de um transmissor provavelmente no afetar sua operao, enquanto que uma leve deposio de material orgnico na sua cpsula ou no seu conjunto bico-palheta, pode introduzir erros grosseiros de medio ou transmisso. Geralmente, no se pode usar revestimento de proteo nas partes internas do instrumento. Barras de fora, elos de ligao, foles, conjuntos bicopalheta, molas, flexores, fulcros de apoio, todas essas peas no podem ter nenhum tipo de revestimento que lhes daria maior resistncia corroso, por causa de suas funes associadas ao principio de funcionamento. A resistncia dessas peas provida apenas pelo material e seu acabamento.

4.6. Instrumentos pneumticos


Do ponto de vista de corroso, os instrumentos pneumticos levam vantagem ntida sobre os correspondentes instrumentos eletrnicos. A razo simples: h sempre um suprimento de ar puro ao instrumento, geralmente suficiente para manter a sua caixa purgada dos materiais contaminados externos. Mesmo assim, quando aplicvel, necessria a seleo de materiais especiais, principalmente dos elementos sensores. Algo que deve ser considerado a tubulao de interligao do sistema pneumtico. Os instrumentos pneumticos so alimentados e interligados por tubos, tipicamente de cobre (caro, porem mais fcil de ser trabalhado) ao inoxidvel, ao carbono ou plstico. A presena de um instrumento pneumtico no compromete a segurana, quando usado em locais perigosos. No faz sentido, por exemplo, associar o instrumento pneumtico puro com o conceito de prova de exploso.

4.5. Partes expostas ao ambiente


O invlucro do instrumento deve ser de um material que resista corroso ambiental e tambm deve prover as necessidades estruturais. O invlucro sempre protegido pelo seu prprio acabamento. Superfcies polidas resistem melhor corroso que as rugosas. A tendncia atual para materiais de caixa de instrumentos na direo dos plsticos. O plstico tem demonstrado um desempenho satisfatrio em vrios ambientes nocivos. Muitos tcnicos ainda pensam, erradamente, que os invlucros prova de exploso devam ser metlicos. Tambm muito comum a associao das vantagens do metal com as do plstico: tem-se uma caixa metlica, excelente para fins estruturais, revestida com produto plstico, adequado para resistir corroso qumica. As partes internas do instrumento apresentam problemas diferentes daqueles das partes em contato com o processo e da caixa do instrumento. Embora as peas internas do

4.7. Instrumentos eletrnicos


A corroso ocorre em muitas reas da instrumentao eletrnica. Ela pode ocorrer na isolao dos cabos, nos

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Especificao de Instrumentos
contatos eltricos, nos conectores e chaves. Os componentes passivos e ativos podem se deteriorar, por causa da corroso atravs de seus encapsulamentos ou terminais. Os circuitos impressos, usados para suportar e interligar os componentes, podem ser corrodos, principalmente por respingos e ataque de produtos qumicos. A corroso do circuito impresso pode provocar, inclusive, a pior falha possvel: a falha intermitente. Esta falha aquela prevista pela lei de Murphy: ela no aparece na hora do teste e manuteno mas somente quando o instrumento est em operao e provoca prejuzo ao processo. Os primeiros instrumentos eletrnicos apresentam uma proteo inerente sua natureza: fonte de calor no seu interior. Essa fonte de calor natural tornava baixssima a umidade relativa do ar dentro do instrumento. Infelizmente, o progresso do uso de circuitos integrados a semicondutores reduziu tremendamente a potncia dos circuitos, aumentou sua versatilidade e eficincia, porem tirou a maior proteo corroso do circuito, que era o calor. A proteo dos circuitos eletrnicos, componentes, circuitos integrados, circuitos impressos e contatos, nas condies do processo um grande desafio. H solues mecnicas: uso de ouro em contatos de preciso e h solues eletrnicas: uso de chaves estticas a semicondutores e sem contatos moveis. O encapsulamento dos componentes crticos torna o modulo encapsulado inerte a muitas atmosferas nocivas, alem de diminuir a influncia da umidade e da temperatura ambientes. uma boa pratica de proteo o revestimento de todo o circuito eletrnico da placa5. H vrios materiais apropriados para tal revestimento: silicone, epoxy e poliuretano. Quando seco e curado, tal revestimento transparente, estvel e resistente abraso e corroso de vrios produtos. A escolha do produto, a espessura e o nmero de camadas protetoras so funes do tipo do ambiente, da umidade relativa e da temperatura. Em locais de alta temperatura ambiente e elevada umidade relativa, como nos trpicos, fala-se da tropicalizao do circuito eletrnico. Este termo nunca foi claramente definido e historicamente, foi primeiro usado em equipamentos militares. Na tropicalizao, nenhum componente modificado ou protegido individualmente, mas a placa do circuito totalmente revestida por uma resina de poliuretano. Tal resina transparente, inerte umidade e principalmente, no nutriente para fungos. A principal desvantagem de todos esses revestimentos de proteo e tropicalizao aparece quando se faz manuteno. Geralmente, necessrio destruir parte do revestimento durante a manuteno. Obviamente, deve se ter cuidado na remoo da proteo, para no se danificar o circuito impresso, principalmente quando se usa ferro de solda de grande potncia. Depois da manuteno, necessria nova aplicao do revestimento para recuperar a proteo ou tropicalizao do circuito. s vezes se usa ventilador externo para a dissipao de calor de alguns equipamentos, como a fonte de alimentao. Nessas aplicaes, deve se anular a possibilidade do ventilador ser um agente concentrador de impurezas e causador de corroso aos componentes do circuito. recomendado o uso de um sistema de alarme, para indicar a falha do ventilador. Outra pratica para diminuir os efeitos do ambiente industrial a fabricao de duas caixas de ligao nos transmissores eletrnicos. Uma caixa aloja o circuito eletrnico e raramente aberta no campo. Na outra, separada da primeira caixa, h o bloco terminal de ligaes, onde se requer maior nmero de aberturas para a manuteno. Ambas as caixas so seladas e vedadas entrada de umidade e de atmosferas corrosivas. Deve ser entendido que uma caixa vedada entrada de umidade, o tambm para a sada de condensados. Se por algum motivo houve entrada de gua no interior da caixa, essa gua ficar retida no instrumento e certamente interferir no seu funcionamento. A soluo proteger a entrada de gua, atravs de selos nos

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Especificao de Instrumentos
condutes de ligao e da tampa. Quando a entrada da gua causada pela remoo da tampa do instrumento, a recomendao o uso de slica gel no interior da caixa, que deve ser renovada periodicamente. Outra alternativa a de se fazer a manuteno do instrumento em horrios com menor umidade relativa, tipicamente no comeo e no fim do dia. aplicao com presso acima de 20 kg/cm2, o hidrognio pode vazar diretamente atravs da parede do diafragma de ao inoxidvel de um transmissor. Quando se remove ou se reduz a presso esttica do processo, o hidrognio difuso no interior da cpsula danifica-a. O mtodo de proteo revestir a superfcie do diafragma da cpsula com uma finssima camada de ouro. A nova superfcie criada prove um potencial eletroqumico suficiente para aumentar a dissociao e adicionalmente, oferece uma estrutura mais densa que dificulta a difuso do on H+. Estatisticamente, uma cpsula de ao inoxidvel normal, submetida presso de 20 kg/cm2, em atmosfera de hidrognio dura cerca de 1 a 5 semanas. Quando, nas mesmas condies, usa se uma cpsula de ao inoxidvel revestida de ouro, a durao da cpsula passa para vrios anos. O revestimento de ouro representa a melhor soluo disponvel para a aplicao de hidrognio. Porem, sempre deve se ter bem claro tal revestimento no por questo de corroso, mas apenas impedir ou diminuir grandemente a penetrao do hidrognio no interior da cpsula. Servio com Cloro O cloro, nas condies ambientais de temperatura e presso, um gs pesado, de cheiro pungente, verde-amarelo (patriota?), altamente txico aos animais de sangue quente. um forte agente oxidante. Para efeito de manipulao e corroso, o cloro seco bem comportado. Tipicamente, o cloro seco armazenado em tanque de ao carbono. Quando o cloro mido, poucos materiais comerciais podem lhe resistir satisfatoriamente. Em instrumentao, os materiais de interesse so: prata, tungstnio, tntalo e Hastelloy C (Haynes Stellite). O instrumento para trabalho com cloro deve ser limpo, montado, calibrado e embalado em sala limpa. O eventual liquido de enchimento tambm isento de hidrognio e tipicamente se usa o fluorolube ou fluorinert.

4.8. Processos Marginais


Servio com Oxignio O oxignio puro, quando na presena de traos de leo e poeira, pode provocar incndio. Por isso, qualquer equipamento que possa entrar em contato direto com o oxignio deve ser manipulado em sala especial de limpeza. O instrumento limpo, montado, calibrado e embalado em condies de limpeza especiais. Suas peas de reposio so empacotadas individualmente em sacos de polietileno e so manuseadas sempre com luvas de polietileno. O material de limpeza usado normalmente o tricloroetileno. Adicionalmente, alem da ausncia de lubrificao, quando a cpsula do transmissor possui liquido de enchimento, deve se cuidar da natureza desse liquido. O fluido normal de enchimento o silicone DC 200 (Dow Corning). Quando h a possibilidade de vazamento ou entrada de contato do silicone com um meio oxidante (oxignio, cloro, acido ntrico, e.g.) deve se usar um fluido especial, totalmente livre de hidrognio. Recomenda-se o uso de fluorlube ( Hooker Chemical), que um polmero de cloreto de trifluorvinil. Esse novo liquido de enchimento, embora apresente segurana, sob o ponto de vista de medio apresenta uma grande variao da viscosidade com relao variao da temperatura do processo e ambiente. Assim, seu uso recomendado para faixas de temperatura de -20 oC a +10 oC e em condies aceitveis entre +10 oC e +45 oC. Servio com Hidrognio O gs hidrognio puro, em alta presso esttica, uma aplicao difcil, pois ele capaz de vazar atravs de diminutos buracos e atravs de pares finssimos. Em

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Especificao de Instrumentos
A seleo da vlvula que manipula cloro controversa. A filosofia da pratica de proteo, porem, comum a vrios processos corrosivos. Ou se usam equipamentos baratos com materiais pouco resistentes e tem-se manuteno e substituio freqentes ou se usam equipamentos carssimos com materiais resistentes, com manuteno e substituio de peas pouco freqentes. Aplicando-se tal filosofia na manipulao de cloro, pode-se ter: vlvula barata de corpo de ferro fundido, com haste de ao inoxidvel, com planejamento de substituio em curtos perodos ou vlvula de Hastelloy com selo de teflon para evitar a entrada do cloro no seu interior, sem necessidade de troca de peas ou equipamentos. Servio com traos de enxofre Quando um material metlico, principalmente o ao, entra em contato com carboidratos com traos de enxofre, possvel o aparecimento do acido sulfdrico (H2S). Tal produto se torna agudamente txico acima de 100 ppm e considerado o segundo gs comercial mais perigoso (o campeo o acido ciandrico, HCN). Desde que 85% do petrleo do mundo, inclusive o do Brasil, possuem traos ou alta percentagem de enxofre, a manipulao segura desses materiais interessa tanto ao fabricante como ao usurio final. Nos Estados Unidos h uma norma6 de NACE, que um guia completo para a seleo de materiais para resistir corroso. Seu objetivo o de limitar os materiais metlicos que esto diretamente expostos aos produtos de petrleo que contenham enxofre ou j o acido sulfdrico. A NACE no certifica o material, mas apenas define as especificaes de alguns materiais. Embora seja custoso e demorado, novos materiais podem ser analisados. Os materiais comumente envolvidos so: ao carbono, ao inoxidvel de vrias classes, monel Hastelloy e Havar. A norma se refere construo de elementos sensores, selos, parafusos, poo termal, conjuntos distribuidores de contorno e equalizao de vazo. Os tratamentos especiais que os materiais so submetidos podem comprometer a sua resistncia original. Ou seja, um parafuso construdo de conformidade com a norma NACE MR-0175, Classe I e Classe II (expostos diretamente atmosfera nociva) tem uma menor resistncia que o normal. O projetista e usurio do equipamento devem conhecer a menor resistncia do parafuso e aplic-lo adequadamente. A norma NACE MR-01-75 deve ser aplicada a todo equipamento exposto a produtos com enxofre e que fica sujeito corroso do tipo ruptura por tenso pelo enxofre. A ruptura do material seria extremamente perniciosa, pois impediria o equipamento de ser reparado sob presso, tornaria perigoso qualquer sistema sob presso e comprometeria o funcionamento bsico do instrumento. A observncia da norma evita o aparecimento da corroso tipo ruptura por tenso do enxofre. O equipamento construdo com material de conformidade com a norma dever ser marcado com NACE MR-01-75.

Apostila\Instrumentao

Especifica.DOC

10 DEZ 98 (Substitui 15 ABR 95)

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3 Variveis
0. Introduo 1. Presso 2. Temperatura 3. Vazo 4. Nvel

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3.0 Variveis do Processo


Objetivos de Ensino
1. Conceituar quantidades fsicas de quantidade, energia, propriedades, intensivas, extensivas, variveis, constantes, contnuas, discretas, mecnicas, eltricas, dependentes e independentes. 2. Apresentar os conceitos e notao da funo e da correlao. Mostrar a funo linear.

3. Apresentar os conceitos bsicos e as unidades das principais variveis de processo, como presso, temperatura, vazo e nvel. 4. Listar e descrever os principais mecanismos de medio, de natureza mecnica e eletrnica, mostrando as vantagens e desvantagens para fins de seleo. 5. Descrever os cuidados para a instalao, interpretao dos dados coletados e a necessidade de uso de acessrios.

Fig. 3.1.1. Elementos sensores e medidores das variveis de processo (Foxboro)

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Variveis de Processo 1. Variveis de Processo


1.1. Introduo
A varivel de processo uma grandeza fsica que altera seu valor em funo de outras variveis e principalmente em relao ao tempo. O objetivo do controle de processo o de manter uma varivel constante ou, no mnimo, variando dentro de certos limites estabelecidos. Antes de ser controlada, uma varivel deve ser medida, dentro de uma classe de preciso requerida pelo pessoal do processo. A partir da medio da varivel, o operador de processo pode efetuar o controle manual, como aumentar uma presso, diminuir uma temperatura, encher um tanque (nvel) ou fechar uma vlvula (vazo). Em sistema de controle automtico, o sinal medido contnua e automaticamente comparado com um valor de referncia e este erro usado como funo de controle, sem a interferncia do operador humano. Em um processo industrial tpico, mais de 90% das medies envolvem apenas quatro variveis: presso, temperatura, vazo e nvel. As outras variveis menos comuns incluem: posio, condutividade, densidade, anlise, pH e vibrao. qualitativo foram recentemente transferidas para a classe de quantidade, como eficincia, informao e probabilidade.

1.3. Dimenses
Dimenso uma caracterstica da quantidade que pode ser definida quantitativamente. Para descrever satisfatoriamente uma quantidade para um determinado objetivo, as dimenses de interesse devem ser identificadas e representadas numericamente. Cada dimenso medida em unidades. A unidade tem um tamanho relativo e subdivises que so diferentes entre os diversos sistemas de medio. Pode-se somar ou subtrair somente quantidades de mesma dimenso, sendo a dimenso do resultado igual dimenso das parcelas. Pode-se multiplicar ou dividir quantidades de quaisquer dimenses e a dimenso do resultado o produto ou diviso das parcelas envolvidas. possvel se ter quantidades adimensionais, definidas como a diviso ou relao de duas quantidades com mesma dimenso; o resultado sem dimenso ou adimensional. Uma quantidade adimensional caracterizada por seu valor numrico. Exemplo de quantidade adimensional a densidade relativa, definida como a diviso da densidade de um fluido pela densidade da gua (lquidos) ou do ar (gases). O valor numrico da quantidade, associado unidade tambm adimensional. Em matemtica as quantidades geralmente so tomadas sem dimenso.

1.2. Conceito
Quantidade qualquer coisa que possa ser expressa por um valor numrico e uma unidade de engenharia. Por exemplo, massa uma quantidade fsica expressa em kilogramas; velocidade uma quantidade expressa em metros por segundo e densidade relativa uma quantidade fsica adimensional. O crculo no uma quantidade fsica, pois caracterizado por uma certa forma geomtrica que no pode ser expressa por nmeros. O crculo uma figura geomtrica. Porm, a sua rea uma quantidade fsica que pode ser expressa por um valor numrico (p. ex., , 5) e uma unidade (p. ex., metro quadrado). Muitas noes que antes eram consideradas somente sob o aspecto

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Variveis de Processo 2. Tipos das Quantidades


As quantidades possuem caractersticas comuns que permitem agrup-las em diferentes classes, sob diferentes aspectos. Quanto aos valores assumidos, as quantidades podem ser variveis ou constantes, contnuas ou discretas. Sob o ponto de vista termodinmico, as variveis podem ser intensivas ou extensivas. ou podem ser variveis de quantidade ou de qualidade. Com relao ao fluxo de energia manipulada, as variveis podem ser pervariveis ou transvariveis. Sob o ponto de vista de funo, as variveis podem ser independentes ou dependentes. Obviamente, estas classificaes se superpem; por exemplo, 1. a temperatura uma quantidade varivel contnua de energia intensiva, transvarivel; 2. a corrente eltrica uma varivel contnua de quantidade, extensiva e pervarivel. Para se medir corretamente uma quantidade fundamental conhecer todas as suas caractersticas. A colocao e a ligao incorretas do medidor podem provocar grandes erros de medio e at danificar perigosamente o medidor. Na elaborao de listas de quantidades do processo que impactam a qualidade do produto final tambm necessrio o conhecimento total das caractersticas da quantidade. finais do produto e podem estar relacionadas com a qualidade do produto. Elas deixam de ser importantes assim que os produtos so feitos. Elas independem da quantidade do produto e por isso so intensivas. As variveis de energia incluem temperatura e presso. As variveis das propriedades das substncias so especficas e caractersticas das substncias. Todas as grandezas especficas so intensivas. Por definio, o valor especfico o valor da varivel por unidade de massa. Por exemplo, energia especfica, calor especfico e peso especfico. As principais variveis de propriedade so: a densidade, viscosidade, pH, condutividade eltrica ou trmica, calor especfico, umidade absoluta ou relativa, contedo de gua, composio qumica, explosividade, flamabilidade, cor, opacidade e turbidez.

2.2. Extensivas e Intensivas


O valor da varivel extensiva depende da quantidade da substncia. Quanto maior a quantidade da substncia, maior o valor da varivel extensiva. Exemplos de variveis extensivas: peso, massa, volume, rea, energia. O valor da varivel intensiva independe da quantidade da substncia. Em um sistema com volume finito, os valores intensivos podem variar de ponto a ponto. As variveis de energia e das propriedades das substncias so intensivas, porque independem da quantidade da substncia. Exemplos de variveis intensivas: presso, temperatura, viscosidade e densidade.

2.1. Energia e Propriedade


As variveis de quantidade e de taxa de variao se relacionam diretamente com as massas e os volumes dos materiais armazenados ou transferidos no processo. As variveis extensivas independem das propriedades das substncias. Elas determinam a eficincia e a operao em si do processo. As variveis de quantidade incluem volume, energia, vazo, nvel, peso e velocidade de maquinas de processamento. As variveis de energia se relacionam com a energia contida no fluido ou no equipamento do processo. Elas podem determinar indiretamente as propriedades

2.3. Pervariveis e Transvariveis


Uma pervarivel ou varivel atravs (through) aquela que percorre o elemento de um lado a outro. Uma pervarivel pode ser medida ou especificada em um ponto no espao. Exemplos: fora, momento, corrente eltrica e carga eltrica. Uma transvarivel ou varivel entre dois pontos (across) aquela que existe entre dois pontos do elemento. Para medir ou especificar uma transvarivel so necessrios dois pontos no espao,

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Variveis de Processo
usualmente um ponto a referncia. Exemplos: deslocamento, velocidade, temperatura e tenso eltrica. Todos os objetos em um sistema dinmico envolvem uma relao definida entre uma transvarivel e uma pervarivel. Por exemplo, o capacitor, resistor e indutor eltricos podem ser definidos em termos da relao entre a transvarivel tenso e a pervarivel corrente. continuamente, porm, quando h alterao de montagem, o novo valor da altura considerado na calibrao do instrumento. O objetivo do controle de processo o de manter constante uma varivel ou deix-la variar dentro de certos limites. Parmetro uma quantidade constante em cada etapa da experincia, mas que assume valores diferentes em outras etapas. Deve-se escolher os parmetros mais significativos entre as vrias caractersticas do processo. Por exemplo, quando se faz uma experincia para estudar o comportamento da presso de lquidos em um tanque, usando-se lquidos com densidades diferentes entre si, a densidade, constante para cada liquido e diferente entre os lquidos, chamada de parmetro.

2.4. Variveis e Constantes


A varivel de processo uma grandeza que altera seu valor em funo de outras variveis, sob observao ao longo de um tempo. Constante aquela cujos valores permanecem inalterados durante o tempo de observao e dentro de certos limites de preciso. Por exemplo, seja um tanque cheio de gua. A presso que a coluna de gua exerce em diferentes pontos verticais varivel e depende da altura. Porm, ao mesmo tempo, a densidade da gua pode ser considerada constante, com um determinado grau de preciso, em qualquer ponto do tanque. Diz-se, ento, que a presso da gua uma quantidade varivel em funo da altura liquida e a densidade da gua uma quantidade constante em funo da altura liquida e do tempo. Pode-se considerar incoerente chamar uma varivel de constante. Porm, uma quantidade constante um caso especial de uma quantidade varivel. A constante a varivel que assume somente um valor fixo durante todo o tempo. Como, na prtica, sempre h uma variabilidade natural em qualquer grandeza, deve-se estabelecer os limites de tolerncia, dentro dos quais a grandeza se mantm constante. Em instrumentao, raramente se mede continuamente uma constante. Como ela constante, basta medi-la uma nica vez e considerar este valor em clculos ou compensaes. Por exemplo, a diferena de altura do elemento sensor e do instrumento receptor influi na presso exercida pela coluna lquida do tubo capilar. Esta altura definida pelo projeto, mantida na instalao e considerada na calibrao. Ela no medida

2.5. Contnuas e Discretas


Varivel contnua aquela que assume todos os infinitos valores numricos entre os seus valores mnimo e mximo. Na natureza, a maioria absoluta das variveis contnua; a natureza no d saltos. Uma varivel contnua medida. Exemplo de uma varivel contnua: a temperatura de um processo que varia continuamente entre 80 e 125 o C. Varivel discreta aquela que assume somente certos valores separados. Na prtica, as variveis discretas esto associadas a eventos ou condies. Uma varivel discreta contada. Por exemplo, uma chave s pode estar ligada ou desligada. O nmero de peas fabricadas um exemplo de varivel discreta.

2.6. Mecnicas e Eltricas


As quantidades mecnicas so as derivadas do comprimento, massa, tempo e temperatura. So exemplos de quantidades mecnicas: 1. rea e volume que dependem apenas do comprimento. 2. velocidade e acelerao que envolvem comprimento e tempo. 3. fora, energia e potncia que envolvem massa, comprimento e tempo

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Variveis de Processo
4. freqncia que depende apenas do tempo. A produo contnua de eletricidade se tornou realidade com a inveno da pilha por Volta, em 1800. A anlise dos circuitos eltricos comeou em 1827, quando George Simon Ohm descobriu a relao entre tenso, corrente e resistncia. Nesta poca as unidades destas grandezas ainda no eram estabelecidas. Os valores de corrente eram medidos com um arranjo de agulha, compasso e bobina. Os valores da tenso eltrica eram estabelecidos em termos de potencial de uma pilha voltaica especfica. Os valores de resistncia eram estabelecidos em termos da resistncia de um comprimento particular de fio de ferro com um dimetro especfico. Era evidente a necessidade de unidades no campo eltrico, relacionadas com as unidades mecnicas j estabelecidas, como comprimento massa e tempo. Em 1832, Karl Friedrich Gauss mediu a intensidade do campo magntico da terra em termos de comprimento, massa e tempo. Em 1849, Wilhelm Kohlraush mediu a resistncia em termos destas unidades. Wilhelm Weber, em 1851, introduziu um sistema completo de unidades eltricas baseado em unidades mecnicas. Estes princpios de Weber formam a base do sistema atual de medies eltricas. Em 1861, a Associao Britnica para o Avano da Cincia introduziu o ohm padro, baseado no fio de liga platina e prata. As unidades eltricas SI derivadas podem ser definidas em funo de quantidades mecnicas. O volt (V), unidade de diferena de potencial e fora eletromotriz, a diferena de potencial entre dois pontos de um fio condutor conduzindo uma corrente constante de 1 A, quando a potncia dissipada entre estes pontos igual a 1 W. O ohm (), unidade de resistncia eltrica, a resistncia eltrica entre dois pontos de um condutor quando uma diferena de potencial constante de 1 V, aplicada a estes pontos, produz no condutor uma corrente de 1 A, o condutor no sendo fonte de qualquer fora eletromotriz. O coulomb (C), unidade de quantidade de eletricidade, a quantidade de eletricidade transportada em 1 s por uma corrente de 1 A. O farad (F), unidade de capacitncia, a capacitncia entre as placas do capacitor onde aparece uma diferena de potencial de 1 V quando carregado por uma quantidade de eletricidade de 1 C. O henry (H), unidade de indutncia eltrica, a indutncia de um circuito fechado em que uma fora eletromotriz de 1 V produzida quando a corrente eltrica varia uniformemente taxa de 1 A/s. O weber (Wb), unidade de fluxo magntico, o fluxo que, ligando um circuito de uma volta produz nele uma fora eletromotriz de 1 V se for reduzido a zero em uma taxa uniforme de 1 s. O tesla (T) a densidade de fluxo de 1 Wb/m2. As principais variveis envolvidas na indstria de processo so quatro: temperatura (grandeza de base), presso (mecnica), vazo volumtrica ou mssica (mecnica) e nvel (mecnica). Em menor freqncia, so tambm medidas a densidade (mecnica), viscosidade (mecnica) e composio (qumica). Porm, na instrumentao, so manipulados os sinais pneumtico (mecnico) e eletrnico. Por causa da instrumentao eletrnica, as quantidades eltricas como tenso, resistncia, capacitncia e indutncia se tornaram muito importantes, pois elas esto ligadas aos instrumentos eletrnicos de medio e controle de processo.

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Variveis de Processo 3. Faixa das Variveis


3.1. Faixa e Amplitude de Faixa
O conjunto de todos os valores que podem ser assumidos pela varivel chamado de faixa da varivel (range). A faixa da varivel expressa por dois nmeros: limite inferior (0%) e limite superior (100%). O intervalo finito, dado pela diferena algbrica dos dois limites, chamado de amplitude de faixa da varivel (span). A amplitude de faixa expressa por um nico nmero positivo. Por exemplo, a faixa de temperatura de 15 a 30 oC tem amplitude de faixa de 15 oC; (30 - 15 oC = 15 oC). A faixa de -15 a 30 oC tem amplitude de faixa de 45 oC; [30 - (-15) oC = 45 oC]. A faixa de medio sempre vai de 0 a 100%, porm o 0% pode ser igual ou diferente de zero. A terminologia das faixas a seguinte: 0 a 100 oC - faixa normal 10 a 100 oC - faixa com zero suprimido -10 a 100 oC - faixa com zero elevado O conceito de faixa com zero elevado ou suprimido particularmente importante na calibrao de transmissores de nvel. down). Quando a varivel atinge os valores de desligamento, todo o processo desligado, para proteger o operador ou os equipamentos envolvidos. H variveis que podem assumir valores negativos e positivos, em funo do processo e da unidade usada. Por exemplo, a presso manomtrica pode ter valores positivos e negativos (vcuo). Porm, a presso absoluta s pode assumir valores positivos. A temperatura na escala Celsius pode assumir valores negativos ou positivos; porm, a temperatura absoluta ou termodinmica s pode assumir valores positivos, em kelvin.

3.3. Faixa e Desempenho do Instrumento


Em Metrologia, fundamental se conhecer a faixa calibrada do instrumento e o seu ponto de trabalho, pois tipicamente, a preciso do instrumento expressa ou em percentagem do fundo de escala ou em percentagem do valor medido. O instrumento com erro de zero e de amplitude de faixa possui preciso expressa em percentagem do fundo de escala. Por exemplo, a medio de vazo com placa de orifcio tem incerteza expressa em percentagem da vazo mxima medida ou do fundo de escala. Instrumento com erro devido apenas amplitude de faixa possui preciso expressa em percentagem do valor medido. Por exemplo, transmissor inteligente de presso diferencial, turbina medidora de vazo.

3.2. Limites de Faixa


Na prtica, uma varivel pode ter limites de operao normal e limites de operao anormal. Os limites de operao normal so aqueles assumidos pela varivel quando no h problemas no controle automtico do processo. Quando h falhas no controle automtico e estes limites so atingidos, geralmente existem alarmes que chamam a ateno do operador para assumir o controle manual do processo. O operador deve levar os valores da varivel novamente para dentro dos limites de operao normal, atuando manualmente nos instrumentos e equipamentos do processo. Quando, por motivos de falha em algum equipamento ou instrumento da malha de controle automtico, a varivel contnua se afastando dos limites de operao normal, geralmente so estabelecidos outros limites de desligamento (trip ou shut

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Variveis de Processo 4. Funo Matemtica


4.1. Conceito
A funo uma regra de acordo com a qual os valores da varivel independente correspondem aos valores da varivel dependente. A funo a lei de correspondncia entre os valores das variveis. A funo uma relao causal. Podem existir regras para determinar o valor da varivel dependente para cada valor do argumento sem relao matemtica conhecida. Por exemplo, a temperatura ambiente varia ao longo de um dia ou de um ano, de modo aleatrio e imprevisvel. As variveis podem ser independentes ou dependentes de outras variveis. As variveis independentes podem se alterar arbitrariamente e so tambm chamadas de argumentos. Variveis dependentes tem valores determinados pelos valores de outras variveis independentes e so tambm chamadas de funes. Por exemplo, a rea A do crculo S = r2 S a varivel dependente ou funo r a varivel independente As funes podem depender de um nico argumento (rea do crculo em funo do raio) ou de dois ou mais argumentos. Por exemplo, a presso de gs com massa constante, p onde a e b so constantes arbitrrias. Uma funo matemtica pode ser representada por: 1. frmula analtica 2. tabela de valores 3. grfico. Domnio ou definio da funo a totalidade dos valores que a varivel independente pode assumir. A funo pode ser contnua ou discreta. A funo contnua quando a variao gradual do argumento resulta em variao gradual da funo, sem pulos. A funo discreta quando ela possui pontos de descontinuidade. A funo pode ser peridica, quando se repete em intervalos definidos. A funo pode ser constante, quando assume um nico valor. A funo pode assumir valores mltiplos e ser sempre crescente ou decrescente.

4.3. Funo Linear


A funo linear muito interessante e comum. A sua forma geral : y = ax + b onde y a funo x o argumento a e b so parmetros constantes. A representao grfica de uma funo linear uma linha reta, onde a a inclinao da reta b o ponto onde a reta corta o eixo y -b/a o ponto onde a reta corta o eixo x A linearidade um dos parmetros da preciso do instrumento. Ser linear conveniente pois, 1. dois pontos so suficientes para determinar uma reta e por isso, basta calibrar apenas dois pontos de uma faixa de calibrao, 2. fcil se fazer interpolao e extrapolao de pontos. Quando se tem uma relao no-linear comum e conveniente lineariz-la, atravs da funo matemtica inversa. Por exemplo, na medio da vazo com placa de orifcio, onde a presso diferencial gerada pela placa proporcional ao quadrado da vazo, usa-se o extrator de raiz quadrada para tornar linear a relao entre a presso diferencial e a vazo.

p=

RT V

depende da temperatura (T) e do volume do gs (V) e R uma constante fsica.

4.2. Notao
Quando y funo genrica de x, temse: y = f(x) onde x pode assumir certos valores particulares. Quando a funo conhecida, tem-se: y = ax + b (linear)

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Variveis de Processo
pelo valor zero intermedirio. Quando o coeficiente zero, no h correlao entre as duas variveis e elas so totalmente independentes. O coeficiente de correlao +1 indica uma correlao positiva perfeita, quando uma varivel linear e diretamente proporcional a outra; quando uma aumenta a outra tambm aumenta. O coeficiente de correlao -1 indica uma correlao negativa perfeita, onde uma varivel inversamente proporcional a outra; quando uma aumenta a outra diminui linearmente. Deve-se distinguir claramente entre a relao determinstica (funo matemtica), onde no h exceo alguma e a dependncia correlativa (correlao), onde h muitas excees que contradizem a relao, mas que no afetam a validade geral da inferncia de probabilidade.

y2

y1 a 0 b x1 x2 x

Fig. 3. Funo linear y = ax + b

4.4. Correlao
Correlao a relao entre duas variveis aleatrias que no funo determinstica. Por exemplo, a relao entre o peso e a altura das pessoas uma correlao. O peso no depende unicamente da altura da pessoa. Se o peso fosse funo apenas da altura, todas as pessoas mais altas seriam mais pesadas que as mais baixas. Mas, na realidade, pessoas de mesma altura tem pesos diferentes e pessoas com alturas diferentes podem ter pesos iguais. Mesmo com tantas excees, h uma correlao entre a altura e o peso das pessoas, e de um modo geral, as pessoas mais altas pesam mais que as pessoas mais baixas. Outro exemplo, a correlao entre o ato de fumar e a durao da vida das pessoas. Quando se diz que o fumo reduz a durao da vida de uma pessoa, tambm h um correlao ou dependncia correlativa, porque, embora haja muitas excees, experimentalmente se verifica que a vida mdia dos no-fumantes maior do que a dos fumantes, quando se considera a distribuio da probabilidade da durao da vida. Define-se como coeficiente de correlao a medida da interdependncia entre duas variveis. O coeficiente varia continuamente entre +1 e -1, passando

Apostilas\Instrumentao

30Variveis.doc

14 DEZ 98 (Substitui 10 FEV 94)

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3.1 Presso
1. Conceitos Bsicos
1.1. Definio
Presso fora por unidade de rea. A presso uma quantidade derivada da fora (massa vezes comprimento por tempo ao quadrado) e da rea (comprimento ao quadrado). Dimensionalmente, tem-se [P] = [M][T-2][L-1] onde [P] a dimenso de presso [M] a dimenso de massa [T] a dimenso de tempo [L] a dimenso de comprimento A presso do fluido transmitida com igual intensidade em todas as direes e age perpendicular a qualquer plano. P (N/m2) newton por metro quadrado estranha mesmo para tcnicos e engenheiros. Assim que o pascal seja aceito e entendido, fica fcil lidar com as presses extremas de vcuo a altssimas presses.

A (m2)

F (N)

(a) Presso em tanque F (N) A (m2)

1.2. Unidades
A unidade SI para presso o pascal (Pa). 1 pascal a presso de uma fora de 1 newton exercida numa superfcie de 1 metro quadrado. O pascal uma unidade muito pequena. Um pascal equivale presso exercida por uma coluna d'gua de altura de 0,1 mm. Ela equivale a presso de uma cdula de dinheiro sobre uma superfcie plana. Na prtica, usa-se o kilopascal (kPa) e o megapascal (MPa). A rea que causou (e ainda causa) mais confuso na mudana para unidades SI foi a medio de presso. A nova unidade de presso, pascal, definida como P (N/m2)

(b) Presso em tubulao Fig. 1.1. Conceito de presso A grande vantagem do uso do pascal, no lugar do psi (lbf/in2), kgf/cm2 e mm de coluna liquida que o pascal no depende da acelerao da gravidade do local e da densidade do liquido. A gravidade no est envolvida na definio de pascal. O pascal tem o mesmo valor em qualquer lugar da Terra, enquanto as unidades como psi,

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Presso
kgf/cm2 e mm H2O dependem da acelerao da gravidade do local. O pascal tambm usado para expressar a tenso mecnica e o mdulo de elasticidade dos materiais. Porm, os altos valores de tenso mecnica so dados em megapascals (MPa) e os valores de mdulo de elasticidade em gigapascals (GPa). Em Instrumentao, tambm se usam o bar e o milibar (mbar). tambm comum se usar altura de coluna d'gua ou de mercrio para expressar pequenas presses. Dimensionalmente errado expressar a presso em comprimento de coluna lquida, mas subentende-se que a presso de 100 mm H2O significa a presso igual presso exercida por uma coluna de gua com altura de 100 mm. Em Instrumentao comum ainda se usar psi (pound square inch) como unidade de presso, s vezes, modificada como psig e psia, para indicar respectivamente presso manomtrica (gauge) e absoluta. Na borracharia da esquina, a calibrao dos pneus expressa em psi, mas se fala simplesmente libra, que o modo preguioso de dizer libra-fora por polegada quadrado. O sugerido pelo SI pedir ao borracheiro para calibrar o pneu com 169 kPa, em vez de 26 libras. Tab. 7. Unidades de Presso Unidade no SI Unidade SI 1 atmosfera normal 1,013 25 x 105 Pa 9,806 65 x 104 Pa 1 atmosfera tcnica 1 bar 1,000 00 x 105 Pa 2 1 kgf/cm 9,806 65 x 104 Pa 1 mm H2O 9,806 65 Pa 1 mm Hg 133,322 Pa 1 psi 6,894 76 x 103 Pa 1 torricelli 1,333 22 x 102 Pa

1.3. Tipos
As medies de vazo so geralmente classificadas como presso manomtrica, presso absoluta ou presso diferencial. Para evitar confuso, conveniente colocar o sufixo na unidade, para cada tipo de medio: manomtrica (g), absoluta (a) ou diferencial (d). Presso manomtrica A presso manomtrica (gauge) referida a presso atmosfrica. Ela pode assumir valores positivos (maiores que o da presso atmosfrica) e negativos, tambm chamado de vcuo. A maioria dos instrumentos industriais mede a presso manomtrica. Presso absoluta A presso absoluta a presso total, incluindo a presso atmosfrica e referida ao zero absoluto. Ela s pode assumir valores positivos. Mesmo quando se necessita do valor da presso absoluta, usa-se o medidor de presso manomtrica que mais simples e barato, bastando acrescentar o valor da presso atmosfrica ao valor lido ou transmitido. S se deve usar o medidor com elemento sensor absoluto para faixas prximas a presso atmosfrica; por exemplo, abaixo de 100 kPa. Presso medida

Presso manomtrica

Presso Atmosfrica
Vcuo ou presso manomtrica negativa Presso absoluta

Presso medida
Presso absoluta

Presso atmosfrica

Zero Absoluto

Fig. 1.2. Conceitos e tipos de presso

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Presso
Presso atmosfrica A presso atmosfrica a presso exercida pelos gases da atmosfera terrestre e foi a primeira presso a ser realmente medida. Presso faixa composta aquela que tem presses de vcuo e presses positivas em sua faixa de medio. Por exemplo, a faixa de -200 a 200 mm H2O. Presso diferencial A presso diferencial a diferena entre duas presses, exceto a presso atmosfrica. O transmissor de presso diferencial para a medio de vazo e de nvel simultaneamente sensvel e robusto, pois deve ser capaz de detectar faixas de presso diferencial da ordem de centmetros de coluna d'gua e suportar presso esttica de at 400 kgf/cm2. Presso dinmica A presso dinmica da tubulao a presso devida a velocidade do fluido ( 1/2 p v2). Chamada de presso de impacto. Presso estagnao A presso de estagnao obtida quando um fluido em movimento desacelerado para a velocidade zero, em um processo sem atrito e sem compresso. Matematicamente, ela igual a soma da presso esttica e da presso dinmica. Tem-se a presso de estagnao na parte central do medidor tipo pitot. Presso esttica A presso esttica do processo a presso transmitida pelo fluido nas paredes da tubulao ou do vaso. Ela no varia na direo perpendicular a tubulao, quando a vazo laminar. Presso hidrosttica Presso hidrosttica a presso exercida por lquidos no interior de vasos e tanques. Neste caso, a presso normal superfcie que contem o lquido. No mesmo plano horizontal, as presses em um lquido so iguais Presso de vapor Quando h evaporao dentro de um espao fechado, a presso parcial criada pelas molculas do vapor chamada de presso de vapor. A presso de vapor de um liquido ou slido a presso em que h equilbrio vapor-lquido ou vapor-slido. A presso de vapor depende da temperatura e aumenta quando a temperatura aumenta. Esta funo entre a presso de vapor e a temperatura a base da medio da temperatura atravs da medio da presso de vapor de liquido voltil (classe SAMA II)

2. Medio da Presso
2.1. Objetivos da medio
A medio e o controle da presso servem para atender algum ou vrios dos seguintes objetivos 1. a proteo de equipamento, 2. a proteo de pessoal, 3. a medio de outra varivel, por inferncia, 4. o controle do processo, para a obteno do produto dentro das especificaes exigidas. So disponveis comercialmente vrios elementos sensores de presso. Os critrios de escolha devem considerar os aspectos econmicos e tcnicos do processo. Sob o ponto de vista de custos, devem ser considerados os custos da instalao, da manuteno, da energia, alm do custo inicial do instrumento. Como critrios tcnicos, devem ser considerados a faixa da medio, a aplicao do sistema e as condies do processo O primeiro ponto a esclarecer qual o tipo da presso a ser medida, se absoluta, manomtrica ou relativa. Depois os valores mximo e mnimo da faixa, a largura da faixa e finalmente o grau de preciso, a repetitividade, a rangeabilidade e outros parmetros associados ao desempenho. A escolha do mecanismo bsico de medio da presso depende da aplicao do sistema indicao local, indicao remota, controle, alarme, proteo. Existem elementos sensores que so

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Presso
limitados quanto ao torque mecnico, ao movimento, ao espao e no podem ser usados em sistemas que requerem transmisso remota. Como o elemento sensor da presso fica em contato direto com o processo ou a presso entra dentro do elemento sensor, importante considerar o grau de corroso, toxidez e sujeira do fluido do processo, para a escolha adequada do material de construo do elemento. As vezes, deve-se usar o selo de presso para isolar o fluido do processo do elemento sensor. 1. os sensores mecnicos sentem a varivel de processo e geram na sada uma fora ou um deslocamento mecnico; 2. os sensores eletrnicos sentem a varivel de processo e geram na sada uma militenso ou alteram o valor de um parmetro passivo, como resistncia eltrica, capacidade, indutncia.

2.2. Padres de calibrao


Os padres industriais para calibrao de presso dependem da faixa medida, desde vcuo mdio (10-1 mm Hg) at 103 MPa. Para presses na faixa de 10-1 a 10-3 mm Hg, o indicador de vcuo McLeod o padro. Para presses menores que 10-3, usam-se tcnicas especiais envolvendo vazo atravs de sucessivos orifcios precisos e o manmetro McLeod. Bomba padro de peso morto O manmetro ou bomba de tempo morto opera sob o princpio de se suportar um peso (fora) conhecido por meio de uma presso agindo sobre uma rea conhecida. Isso satisfaz a definio de um padro primrio baseado em massa, comprimento e tempo. Os pesos para um dado instrumento de teste so normalmente identificados em termos de presso, em vez de peso.

Fig. 1.6. Transmissor de presso diferencial e sensor Em muitos processos as variveis presso e temperatura so dependentes, e por isso deve-se conhecer a faixa da temperatura na medio da presso. Quando a temperatura elevada, exige-se que o instrumento fique afastado do processo, principalmente quando o instrumento eletrnico. Para resolver este problema, usa-se um tubo capilar de ligao e selagem. Ainda com relao ao processo, importante definir a exigncia de proteo de sobre faixa (over range). H elementos sensores que naturalmente apresentam proteo para sobre faixa; eles so especificados para operar em uma faixa normal de trabalho e podem ser submetidos a presses mais elevadas, durante curtos perodos de tempo de situaes anormais. Os sensores podem ser divididos em duas grandes categorias mecnicos e eletrnicos

Fig. 1.3. Bomba de peso morto O manmetro a pisto ou peso morto usado como padro para a calibrao de manmetros industriais. O instrumento a ser calibrado ligado a uma cmara cheia de fluido cuja presso pode ser ajustada por uma bomba ou vlvula. A cmara tambm se liga com um pisto vertical em

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Presso
que vrios pesos padro so aplicados. A presso lentamente aumentada at que o pisto e os pesos paream flutuar, no ponto em que a presso manomtrica do fluido igual ao peso morto suportado pelo pisto, dividido por sua rea. Para maiores precises, tomam-se cuidados especiais, como a diminuio do atrito entre o pisto e o cilindro, diminuio da rea entre o cilindro e pisto, correo dos efeitos da temperatura, correo dos efeitos de deslocamento (buoyancy) do ar e do meio da presso, condies da gravidade local, diferenas das alturas. O mtodo do peso morto s poderia medir presses acima da presso correspondente ao peso morto colocado (presso de tara). Esta dificuldade superada atravs de um arranjo fsico especial. A bomba de peso morto depende da acelerao da gravidade. Para um trabalho preciso, a gravidade sob a qual a bomba est sendo usada como padro deve ser considerada. Se uma bomba de peso morto e a massa padro de 1 kilograma so transportados ao redor do mundo, a presso gerada em cada ponto da terra variar com a variao da acelerao da gravidade. O mesmo se aplica a unidades como altura de coluna lquida. A fora no fundo de cada coluna proporcional altura, densidade e acelerao da gravidade. A variao da acelerao da gravidade em redor do mundo aproximadamente de 0,1%. Isto pode ser desprezvel em muitas aplicaes prticas, porm, quando se tem transmissores com preciso especificada de 0,25%, deve-se considerar os efeitos da diferena da gravidade induzida. A bomba de peso morto permite calibraes na faixa de 104 a 5 x 106 Pa (0,1 a 50 bar) at 2 x 105 a 108 Pa (2,0 a 1000 bar), com incertezas da ordem de 0,03% da presso indicada com dados certificados fornecidos e rastreveis com o laboratrio nacional. Com cuidado, ela pode manter sua preciso durante longo perodo de tempo. Coluna lquida em U Para padro de presso pequena, principalmente para calibrao de instrumentos de medio de vazo e nvel, usa-se o manmetro da coluna em U. O uso da coluna lquida para a medio de presso se baseia no princpio que uma presso aplicada suporta uma coluna lquida contra a atrao gravitacional. Quanto maior a presso, maior a coluna lquida suportada. A unidade de presso da coluna lquida o comprimento. Mesmo que o comprimento no seja reconhecido pelas normas ISO como unidade de presso, por uma questo de convenincia e tradio, ele ainda muito usado para medir pequenas presses. A rea da seo transversal do tubo no afeta a medio e por isso pode ser no-uniforme. Em um determinado local, com g constante e conhecido, a sensitividade depende somente da densidade do fluido. gua e mercrio so os lquidos mais usados; a gua por ser o mais disponvel e o mercrio por ter uma altssima densidade e como conseqncia, implicar em pequenas alturas de coluna.

Fig. 1.4. Colunas e manmetro digital de


preciso

Para melhorar a preciso devem ser considerados os seguintes parmetros: 1. a expanso da escala graduada 2. valor exato do g local 3. no verticalidade do tubo 4. dificuldade da leitura do menisco do liquido formado pela capilaridade. 5. densidade do fluido cuja presso est sendo medida. Isto ainda depende da temperatura e da presso. No caso de gases, depende tambm do contedo da umidade.

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Presso
Para trabalho de alta preciso, todos estes fatores devem ser considerados. Tipicamente, para uma coluna d'gua: 1. uma diferena de temperatura de 16 oC varia o fator de converso para pascal de 0,18%. 2. diferenas devidas a gravidade so cerca de 0,1%. 3. o fator devido densidade do ar de 0,12%. Com tais cuidados, pode-se ter preciso de at 0,01 mm Hg. Quando se usa coluna d'gua para medir presses diferenciais em altas presses estticas (ordem de 100 atmosferas), o erro devido ao desprezo da densidade do ar da ordem de 10%. O manmetro da coluna U pode ter vrias formas, para aumentar sua preciso, como manmetro com poo, com escala inclinada e com micrmetro. Manmetro de preciso Em instrumentao, tambm comum usar manmetros para calibrar outros manmetros. A ANSI, por exemplo, classifica os manmetros em sete classes de preciso. O manmetro mais preciso (classe ANSI 4A) tem preciso de 0,1% do fundo de escala. Eles tem dimetro de 12 ou 16". Eles necessariamente devem ter grande tamanho fsico, para possibilitar a leitura de 0,1%. Estes manmetros tem compensao de temperatura. Eles devem ser manuseados com cuidado para preservar a preciso. Quando usando manmetros de faixa pequena com lquido como meio de presso, o efeito da altura lquida entre a fonte de presso e o dentro do manmetro deve ser considerado. chamado de Manmetro de Preciso de Laboratrio. O manmetro com classe 3A calibrado para uma preciso de 0,25% do fundo de escala. Ele tem dimetro de 6". Geralmente no tem compensao de temperatura e deve ser usado em temperaturas prximas de 23 oC. chamado de Manmetro de Teste. O manmetro com classe 2A, com preciso de 0,5% do fundo de escala, tambm com dimetro de 4 1/2" e sem compensao de temperatura, chamado de Manmetro de Processo. usado para a medio contnua do processo. Outros manmetros, com classes A, B, C e D, tem precises respectivas de 1%, 2%, 3-4% e 5% do fundo de escala.

Fig. 1.4. Manmetro padro (Wallace & Tierner) Quanto maior a preciso do manmetro, maior o seu custo, mais cuidado se requer em seu manuseio e maior freqncia de recalibrao necessria para manter sua preciso. Os manmetros de pior preciso geralmente so substitudos, quando quebrados, em vez de serem consertados. O uso de manmetro de alta preciso com bourdon como padro secundrio ou de teste conveniente e prtico. Ele deve ter um certificado indicando o erro real, de modo que se possa aplicar a correo adequada. Porem, ele sujeito a desgaste e requer calibraes freqentes.

2.3. Sensores Mecnicos


A presso determinada pelo balano de um sensor contra uma fora desconhecida. Isto pode ser feito por outra presso (balano de presso) ou fora (balano de fora). Os sensores a balano de fora mais usados so aqueles que requerem deformao elstica, como bourdon, espiral, helicoidais, foles e diafragmas. Os sensores a balano de presso mais conhecidos so o manmetro de coluna lquida e o detector de peso morto.

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Presso
Tubo bourdon C O tubo Bourdon o mais comum e antigo elemento sensor de presso, que sofre deformao elstica proporcional presso. Este elemento no adequado para baixas presses, vcuo ou medies compostas (presses negativa e positiva), porque o gradiente da mola do tubo Bourdon muito pequeno para medies de presses menores que 200 kPa (30 psig) . Os materiais usados para a confeco dos tubos Bourdon incluem Ni-Span C, bronze, monel, ligas (Be-Cu) e aos inoxidveis (316 e 304) e sua escolha depende da faixa de presso a ser medida. Usam-se materiais de Teflon ou nylon A preciso dos dispositivos uma funo do dimetro do tubo Bourdon, da qualidade do projeto e dos procedimentos de calibrao. Ela varia de 0,1% a 5% da amplitude de faixa, com a maioria caindo na faixa de 1%.

(a) Simples (b) Dupla Fig. 1.8. Sensor de presso tipo espiral Os tubos Bourdon podem ser secos ou cheios de algum lquido (e. g., glicerina). O tubo Bourdon-C pode tambm ser em um transmissor de balano de fora. A presso aplicada ao tubo tende a "retificalo". O tubo transmite a fora resultante para a extremidade inferior da barra de fora do transmissor. O mecanismo do transmissor de balano de fora pode incorporar um mecanismo de proteo de sobre faixa (overrange). Basta colocar um limitador do movimento da barra de fora. H proteo de 150% de sobre faixa. O formato do tubo Bourdon tambm varivel e dependente da faixa de presso medida tipo C, espiral, helicoidal e a hlice de quartzo fundido. Diafragma Os sensores de presso cujo funcionamento depende da deflexo de um diafragma so usados, h mais de um sculo. Nos ltimos anos, os efeitos da histerese elstica, atrito e desvio foram reduzidos, conseguindo-se precises de at 0,1% da amplitude de faixa. Novos materiais com melhores qualidades elsticas tem sido usados, como ligas de Berlio-Cobre e com pequenos coeficientes trmicos tais como ligas de Niquel-Span C. Quando se tem duras condies de trabalho, temperaturas extremas e atmosferas corrosivas, os materiais usados so Incomel e ao inoxidvel 304 e 316.

para minimizar os desgastes e as folgas.

Fig. 1.7. Bourdon C e mecanismos associados A presso de processo a ser medida ligada na extremidade do tubo atravs de um soquete enquanto que a outra extremidade selada hermeticamente. Por causa da diferena entre os raios interno e externo, o tubo Bourdon-C apresenta reas diferentes para a presso, logo, as foras exercidas so diferentes e tendem a tornar reto o tubo C. Obviamente, a faixa de presso medida deve ser conveniente de modo a provocar deformaes elsticas reversveis. Quando se aplica uma presso excessiva, o tubo se deforma definitivamente e pode haver at ruptura do tubo. O movimento do tubo-C no linear e deve-se projetar um sistema de acoplamento mecnico para linearizar este movimento com a presso medida. Isto conseguido atravs do sistema do ngulo caminhante, do pinho, do piv e de engrenagens ou setores de engrenagens (cams).

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Presso

(a) tomada convencional

(b) tomada com flange

Fig. 1.9. Transmissor de presso com espiral O diafragma flexvel, liso ou com corrugaes concntricas, feito de uma lmina metlica com dimenses exatas. As vezes, usam-se dois diafragmas, soldados juntos pelas extremidades, constituindo uma cpsula. Fazendo-se o vcuo destas cpsulas, consegue-se a deteco da presso absoluta. A sensibilidade da cpsula ou do diafragma aumenta proporcionalmente ao seu dimetro. Quanto maior a cpsula ou o diafragma, menores faixas e diferenas de faixa de presso podem ser medidas. Os diafragmas podem ser usados em unidades de transmisso e controle a base de balano de movimento e de fora.

Fig. 1.11. Transmissores de presso

(a) Diafragma duplo Fig. 1.10. Sensores de presso

(b) Fole

Fole Em geral, o fole transmite maior fora e pode detectar presses levemente maiores que a cpsula de diafragma. As desvantagens do fole so sua dependncia das variaes da temperatura ambiente e sua fragilidade em ambientes pesados de trabalho. Como a cpsula de diafragma, o fole pode ser usado para medir presses absolutas e relativas e em sistemas de balano de movimentos ou de foras.

Coluna Lquida O sistema de balano de presso mais simples o manmetro ou indicador de presso com coluna lquida. O princpio de funcionamento simples a presso criada pela coluna do lquido usada para balancear a presso a ser medida. A leitura da coluna lquida d o valor da presso desconhecida medida. A presso exercida num ponto do lquido igual densidade do lquido multiplicada pela altura da coluna de lquido acima do ponto. O lquido mais usado no enchimento da coluna o mercrio por ter alta densidade e portanto exigir colunas pequenas. As caractersticas desejveis do lquido so 1. ser quimicamente inerte e compatvel com o meio do processo, 2. ter interface visvel e clara, sem revestir a superfcie do vidro, 3. ter tenso superficial pequena para minimizar efeitos capilares, 4. ser fisicamente estvel, no voltil sob as condies de temperatura e vcuo de trabalho, 5. no congelar em baixas temperaturas, 6. ter densidade constante com temperatura e presso. Os fluidos normalmente usados possuem faixa de densidade relativa entre 0,8 (lcool) e 13,6 (mercrio). Dentro da categoria dos manmetros visuais h uma grande variedade de barmetros: tubo-U e tubo inclinado.

251

Presso
.5. Seleo do Sensor
Para selecionar um sistema de presso, deve-se 1. determinar a funo desejada indicao local ou remota, registro, controle, proteo, alarme, 2. determinar a faixa de presso de trabalho, valor mximo, amplitude de faixa composta, presso absoluta ou relativa, 3. consultar tabela de elementos, selecionando o tipo e material tecnicamente adequado e economicamente vantajoso, 4. considerar a natureza do fluido do processo e comparar o que mais vantajoso usar elemento sensor de material especial no corrosivo (obviamente mais caro) ou usar elemento sensor padronizado e selo especial. Considerar, neste caso, os custos da instalao do selo, a segurana e a manuteno.

Fig. 1.12. Diferentes colunas lquidas

2.4. Sensores Eltricos


Os sensores de presso eletrnicos podem ser de todos tipos distintos ativos e passivos. O sensor ativo aquele que gera uma militenso sem necessitar de nenhuma polarizao ou alimentao. O sensor eletrnico passivo aquele que varia a resistncia, capacitncia ou indutncia em funo da presso aplicada. Ele necessita de uma tenso de alimentao para funcionar. Cristal piezoeltrico O cristal piezoeltrico um elemento sensor de presso eletrnico que gera uma militenso em funo da presso mecnica aplicada. Na prtica, ele pouco usado em medies industriais, por causa de seu alto custo. Ele tipicamente usado em agulhas de toca-discos. Strain gauge O strain gauge elemento sensor de presso eletrnico mais usado. Ele varia sua resistncia eltrica quando submetido presso positiva (compresso) ou negativa (descompresso). O strain gauge pode ser usado para medir torque, peso, velocidade, acelerao, alm da presso. O strain gauge ligado ao circuito detector clssico da Ponte de Wheatstone, que requer a tenso de polarizao em corrente contnua ou alternada.

3. Acessrios
3.1. Selo Qumico
As funes principais de um selo so as de 1. proteger o fluido de processo de congelamento e endurecimento devidos s variaes da temperatura. 2. isolar materiais de processo venenoso, txico, corrosivo, mal cheiroso do sensor de presso que de material de construo padro, no compatvel com o fluido do processo. 3. evitar que fluidos viscosos e sujos entrem e entupam o elemento detector de presso. As caractersticas do lquido de selagem devem ser 1. lquido no-compressvel, para transmitir a presso. 2. pequeno coeficiente de temperatura 3. baixa viscosidade para operar mesmo em baixas temperaturas 4. quimicamente estvel, mesmo em altas temperaturas

(a) Esquema simplificado Fig.2.13. Strain gauge

(b) Montagem

252

Presso
3.2. Pressostato
O pressostato uma chave eltrica acionada pela presso, usado para energizar ou desenergizar circuitos eltricos, como uma funo da relao entre a presso de processo e um valor ajustado pr-determinado.

Fig. 1.14. Selos de presso As trs partes principais de um selo padro so as seguintes 1. recipiente superior, em contato com o lquido de selagem e colocado na atmosfera no corrosiva, de material padro, no especial. As vezes, possui um parafuso para enchimento do selo. 2. cpsula de diafragma, cheia com lquido de selagem. Est em contato com o fluido corrosivo do processo e por isso deve ser de metal resistente a corroso ou revestido de Teflon ou KEL-F. A parte superior e a cpsula podem ser removidas sem desconectar a parte inferior, possibilitando ao operador limpar o conjunto sem reencher a unidade. 3. recipiente inferior, em contato direto com o fluido do processo, deve ser de metal ou plstico resistente corroso. Pode haver uma conexo para permitir a purga contnua ou intermitente do fluido. Os selos podem ser soldados, aparafusados ou flangeados nas linhas de processo.

Fig. 1.15. Pressostato Os pressostatos so disponveis para detectar presso absoluta, composta, manomtrica ou diferencial, com precises tpicas de 0,5% da amplitude de faixa e mudar o estado de um contato (geralmente eltrico), na sada. O conjunto de chaveamento eltrico pode ser chave a mercrio ou microswitch mecnica liga-desliga. A chave de mercrio no contm partes mecnicas mveis e deve ser usada em lugares livres de vibraes e montada em nvel. A faixa ajustvel a faixa de presso dentro da qual o ponto de ajuste pode ser referido. O ponto de ajuste a presso que atua a chave para abrir ou fechar um circuito eltrico. O pressostato pode atuar em seu ponto de ajuste pelo aumento da presso (PSH) ou pela sua diminuio (PSL). As caractersticas eltricas de um pressostato tpico so: 115 V, com correntes de 0,3 a 10A em corrente continua ou alternada.

Apostila\Instrumentao

Presso.doc

26 ABR 97 (Substitui 16 ABR 95)

253

3.2 Temperatura
1. Conceitos Bsicos
1.1. Definies
A temperatura uma quantidade de base do SI, conceitualmente diferente na natureza do comprimento, tempo e massa. Quando dois corpos de mesmo comprimento so combinados, tem-se o comprimento total igual ao dobro do original. O mesmo vale para dois intervalos de tempo ou para duas massas. Assim, os padres de massa, comprimento e tempo podem ser indefinidamente divididos e multiplicados para gerar tamanhos arbitrrios. O comprimento, massa e tempo so grandezas extensivas. A temperatura uma grandeza intensiva. A combinao de dois corpos mesma temperatura resulta exatamente na mesma temperatura. A maioria das grandezas mecnicas, como massa, comprimento, volume e peso, pode ser medida diretamente. A temperatura uma propriedade da energia e a energia no pode ser medida diretamente. A temperatura pode ser medida atravs dos efeitos da energia calorfica em um corpo. Infelizmente estes efeitos so diferentes nos diferentes materiais. Por exemplo, a expanso termal dos materiais depende do tipo do material. Porm, possvel obter a mesma temperatura de dois materiais diferentes, se eles forem calibrados. Esta calibrao consiste em se tomar dois materiais diferentes e aquec-los a uma determinada temperatura, que possa ser repetida. Coloca-se uma marca em algum material de referncia que no tenha se expandido ou contrado. Depois, aquea os materiais em outra temperatura determinada e repetvel e coloque uma nova marca, como antes. Agora, se iguais divises so feitas entre estes dois pontos, a leitura da temperatura determinada ao longo da regio calibrada deve ser igual, mesmo se as divises reais nos comprimentos dos materiais sejam diferentes. Um aspecto interessante da medio de temperatura que a calibrao consistente atravs de diferentes tipos de fenmenos fsicos. Assim, uma vez se tenha calibrado dois ou mais pontos determinados para temperaturas especficas, os vrios fenmenos fsicos de expanso, resistncia eltrica, fora eletromotriz e outras propriedades fsicas termais, ir dar a mesma leitura da temperatura. A lei zero da termodinmica estabelece que dois corpos tendo a mesma temperatura devem estar em equilbrio termal. Quando h comunicao termal entre eles, no h troca de coordenadas termodinmicas entre eles. A mesma lei ainda estabelece que dois corpos em equilbrio termal com um terceiro corpo, esto em equilbrio termal entre si. Por definio, os trs corpos esto mesma temperatura. Assim, pode-se construir um meio reprodutvel de estabelecer uma faixa de temperaturas, onde temperaturas desconhecidas de outros corpos podem ser comparadas com o padro, colocandose qualquer tipo de termmetro sucessivamente no padro e nas temperaturas desconhecidas e permitindo a ocorrncia do equilbrio em cada caso. Isto , o termmetro calibrado contra um

254

Temperatura
padro e depois pode ser usado para ler temperaturas desconhecidas. No se quer dizer que todas estas tcnicas de medio de temperatura sejam lineares mas que conhecidas as variaes, elas podem ser consideradas e calibradas. Escolhendo-se os meios de definir a escala padro de temperatura, pode-se empregar qualquer uma das muitas propriedades fsicas dos materiais que variam de modo reprodutvel com a temperatura. Por exemplo, o comprimento de uma barra metlica, a resistncia eltrica de um fio fino, a militenso gerada por uma juno com dois materiais distintos, a temperatura de fuso do slido e de vaporizao do liquido. kelvin, porem as escalas esto defasadas de 273,15. A temperatura Celsius (Tc) est relacionada com a temperatura kelvin (Tk) pela equao: Tc = Tk - 273,15 A constante numrica na equao (273,15) representa o ponto trplice da gua 273,16 menos 0,01. O ponto de 0 oC tem um desvio de 0,01 da escala Kelvin, ou seja, o ponto trplice da gua ocorre a 0,01 oC ou a 0,00 K. Os intervalos de temperatura das duas escalas so iguais, isto , 1 oC exatamente igual a 1 K. O smbolo do grau Celsius oC. A letra maiscula do grau Celsius , s vezes, questionada como uma violao da lei de estilo para unidades com nomes de pessoas. A justificativa para usar letra maiscula que a unidade o grau e Celsius (C) o modificador. A temperatura pode ser realizada atravs do uso de clulas de ponto trplice da gua, com preciso de 1 parte em 104. Medies prticas tem preciso de 2 partes em 103. A escala e os pontos fixos so definidos em convenes internacionais que ocorrem periodicamente.

1.2. Unidades
A 9a CGPM (1948) escolheu o ponto trplice da gua como ponto fixo de referncia, em lugar do ponto de gelo usado anteriormente, atribuindo-lhe a temperatura termodinmica de 273,16 K. Foi escolhido o grau kelvin (posteriormente passaria para kelvin) como unidade base SI de temperatura e se permitiu o uso do grau Celsius (oC), escolhido entre as opes de grau centgrado, grau centesimal e grau Celsius para expressar intervalos e diferenas de temperatura e tambm para indicar temperaturas em uso prtico. Em 1960, houve pequenas alteraes na escala Celsius, quando foram estabelecidos dois novos pontos de referncia: zero absoluto e ponto trplice da gua substituindo os pontos de congelamento e ebulio da gua. A 13a CGPM (1967) adotou o kelvin no lugar do grau kelvin e decidiu que o kelvin fosse usado para expressar intervalo e diferena de temperaturas. Atualmente, kelvin a unidade SI base da temperatura termodinmica e o seu smbolo K. O correto falar simplesmente kelvin e no, grau kelvin. O kelvin a frao de 1/273,16 da temperatura termodinmica do ponto trplice da gua. Na prtica, usa-se o grau Celsius e o kelvin limitado ao uso cientfico ou a clculos que envolvam a temperatura absoluta. Um grau Celsius igual a um

1.3. Escalas
Para definir numericamente uma escala de temperatura, deve-se escolher uma temperatura de referncia e estabelecer uma regra para definir a diferena entre a referncia e outras temperaturas. As medies de massa, comprimento e tempo no requerem concordncia universal de um ponto de referncia em que cada quantidade assumida ter um valor numrico particular. Cada milmetro em um metro, por exemplo, o mesmo que qualquer outro milmetro. Escalas de temperatura baseadas em pontos notveis de propriedades de substncias dependem da substncia escolhida. Ou seja, a dilatao termal do cobre diferente da dilatao da prata. A dependncia da resistncia eltrica com a temperatura do cobre diferente da prata.

255

Temperatura
Assim, desejvel que a escala de temperatura seja independente de qualquer substncia. A escala termodinmica proposta pelo baro Kelvin, em 1848, fornece uma base terica para a escala de temperatura independente de qualquer propriedade de material e se baseia no ciclo de Carnot.

escalas

oC

(K)

oF (oR)

100 (373)

212 oF (672 oR)

1.4. Escala Prtica Internacional de Temperatura (EPIT)


O estabelecimento ou fixao de pontos para as escalas de temperatura feito para que qualquer pessoa, em qualquer lugar ou tempo possa replicar uma temperatura especfica para criar ou verificar um termmetro. Os pontos especficos de temperatura se tornam efetivamente nos prottipos internacionais de calor. A Conferncia Geral de Pesos e Medidas aceitou esta EPIT, em 1948, emendou-a em 1960, e estabeleceu uma nova em 1968 (com 13 pontos) e em 1990 (com 17 pontos). A Escala Prtica Internacional de Temperatura (EPIT) foi estabelecida para ficar de conformidade, de modo aproximado e prtico, com a escala termodinmica. No ponto trplice da gua, as duas escalas coincidem exatamente, por definio. A EPIT baseada em pontos fixos, que cobrem a faixa de temperatura de -270,15 a 1084,62 oC. Muitos destes pontos correspondem ao estado de equilbrio durante a transformao de fase de determinado material. Os pontos fixos associados com o ponto de solidificao ou fuso dos material so determinados presso de uma atmosfera padro (101,325 Pa) Alm destes pontos de referncia primrios, foram estabelecidos outros pontos secundrios de referncia, que so mais facilmente obtidos e usados, pois requerem menos equipamentos. Porm, alguns pontos secundrios da EPIT 1968 se tornaram primrios na EPIT 1990.
O

100 oC 100 K
C = (oF - 32)/1,8

180 oF (492 oR )
F=1,8C+32

0 oC (273 K) sensor

32 oF (492 oR) 0 oF (460 oR)

Fig. 2.1. Escalas Celsius, Kelvin, Fahrenheit e Rankine H dois motivos para se ter tantos pontos para fixar uma escala de temperatura: 1. poucos materiais afetados pelo calor mudam o comprimento linearmente ou uniformemente. Tendo-se vrios pontos, a escala pode ser calibrada em faixas estreitas, onde os efeitos no linearidade podem ser desprezados. 2. nenhum termmetro pode ler todas as temperaturas. Muitos pontos fixos permite um sistema robusto de calibrao.

256

Temperatura
Tab. 3.1 - Pontos Fixos da Escala Prtica Internacional de Temperatura (1990) extremo inferior de 0,5 K, substituindo o instrumento de interpolao a termopar com uma resistncia de platina especial e atribuir valores com proximidade termodinmica para os pontos fixos. Atualmente o mnimo valor definido na EPIT 13,81 K. A calibrao de um dado instrumento medidor de temperatura geralmente feita submetendo-o a algum ponto fixo estabelecido ou comparando suas leituras com outros padres secundrios mais precisos, que tenham sido rastreados com padres primrios. A calibrao com outro instrumento padro feita atravs do seguinte procedimento: 1. colocam-se os sensores dos dois instrumentos em contato ntimo, ambos em um banho de temperatura, 2. varia a temperatura do banho na faixa desejada, 3. permite que haja equilbrio em cada ponto e 4. determinam-se as correes necessrias. Termmetros com sensores de resistncia de platina e termopares geralmente so usados como padres secundrios.

#
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
a

Material He e-H2a e-H2 e-H2 Ne O2 Ar Hg H20 Ga In Sn Zn Al Ag Au Cu Notas:

Estado Vapor Ponto triplob Vapor Vapor Ponto triplo Ponto triplo Ponto triplo Ponto triplo Ponto triplo Fuso Fuso Fuso Fuso Fuso Fuso Fuso Fuso

Temperatura C -270,15 a -268,15 -259,346 7 ~-256,16 ~-252,85 -248,593 9 -218,791 6 -189,344 2 -38,834 4 0,01 27,764 6 156,598 5 231,928 419,527 660,323 961,78 1064,18 1084,62
O

- eH2 hidrognio em concentrao de equilbrio das formas ortomolecular e paramolecular, b - Ponto triplo: temperatura em que as fases slida, lquida e gasosa esto em equilbrio.

Entre os pontos fixos selecionados, a temperatura definida pela resposta de sensores especficos com equaes experimentais para fornecer a interpolao da temperatura. Vrias definies diferentes so fornecidas, na EPIT de 1990 para temperaturas muito baixas, prximas do zero absoluto. Nestas temperaturas, usa-se um termmetro de gs He para medir a presso e a temperatura inferida desta presso. Na faixa de 13,8033 K e 961,78 oC a temperatura definida por um termmetro de resistncia de platina, que calibrado em conjuntos especficos de pontos fixos com equaes de interpolao cuidadosamente definidas. Acima de 1064,18 oC, a temperatura definida por pirmetro ptico de radiao, onde a lei de Planck relaciona esta radiao com a temperatura. A EPIT continuamente revista e uma nova verso pode estender a faixa para o

Fig. 2.2. Indicador de temperatura com enchimento termal

257

Temperatura 2. Medio da Temperatura


2.1. Introduo
A medio pode ser medida por sensores mecnicos e eltricos. Os principais sensores mecnicos so o bimetal e o sistema de enchimento termal. Os principais sensores eltricos so o termopar e o detector de temperatura e resistncia (RTD). O sensor bimetal funciona baseandose na dilatao diferente para metais diferentes. A variao da temperatura medida causa variao no comprimento e no formato da barra bimetal, que pode ser usada para posicionar o ponteiro na escala de indicao de temperatura. O sistema de enchimento termal formado por um bulbo sensvel, um sensor de presso, um tubo capilar de interligao e um fluido de enchimento. O fluido pode ser gs (tipicamente nitrognio), fluido no voltil (glicerina ou leo de silicone) ou um fluido voltil (ter etlico). A temperatura medida atravs da variao da presso do gs ou da presso de dilatao do fluido no voltil ou da presso de vapor do fluido voltil. A medio de temperatura por termopar se baseia na militenso gerada pela diferena de temperatura entre as duas junes de dois metais diferentes. A medio de temperatura por resistncia eltrica se baseia na variao da resistncia eltrica de metais ou termistores depender da variao da temperatura medida. 3 000 oC. H ainda pirmetros com detectores de infravermelho e com padres de referncia objetivos. Em laboratrios, comum o uso de termmetros de hastes de vidro. So tubos de vidro transparente, contendo um fluido no seu interior capilar. A dilatao do fluido proporcional temperatura sentida no bulbo. So simples e baratos, porm so frgeis e fornecem apenas leitura local. So aplicados em laboratrios, oficina de instrumentao e para medio clnica da temperatura do corpo humano. Os sensores de temperatura podem ser classificados, de um modo geral, em mecnicos e eletrnicos. Os sensores mecnicos mais usados so os seguintes: 1. bimetal 2. enchimento termal 3. haste de vidro Os sensores eltricos mais usados so: 1. termopar 2. resistncia metlica 3. termistores ou resistncia a semicondutor H ainda os pirmetros pticos e de radiao, para medio de temperatura sem contato direto. Tab. 3.2 - Faixas e mtodos de medio Mtodo Faixa de Medio oC Termopares -200 a 1700 Enchimento -195 a 760 Resistncia -250 a 650 Detectora Termistores -195 a 450 Pirmetros -40 a 3000 Radiao A seleo do elemento sensor de temperatura mais adequada parecida com a escolha dos elementos de presso. uma tarefa mais simples pois no envolve necessariamente as caractersticas do fluido do processo, como ocorre na do medio de nvel e vazo. Um mtodo de medio de vazo ou nvel pode no funcionar, o que tambm diferente do meio de medio de temperatura. Geralmente, o meio de

2.2. Sensores
Existem vrios modos de se determinar a temperatura, incluindo o termmetro a gs, o termmetro paramagntico, o termmetro de radiao de Planck. Porm, so mtodos para a determinao termodinmica da temperatura e s possuem interesse cientfico e terico e por isso, so restritos a laboratrios de pesquisa. Em siderurgia e metalurgia, quando se tem altas temperaturas, so utilizados medidores de temperatura tipo radiao de energia. Alguns que utilizam o olho humano como detector e todos servem para medir temperaturas entre 1 200 e

258

100% medio de temperatura escolhido funciona e, na escolha, deve-se preocupar mais com os aspectos de custo, preciso, tempo de resposta, faixa de medio, preferncia e vantagens de manuteno. Os parmetros da escolha so 1. funo requerida indicao, registro ou controle. 2. local de montagem e display 3. a faixa de medio, com os valores de trabalho, mximo e mnimo da faixa. As medies de temperaturas muito baixas (< -50 o C) e elevadas (>150 oC), requerem cuidados especiais.

Temperatura

escala graduada Faixa de medio fluido

restrio opcional

0% bulbo sensor

2.3. Termmetros de vidro


Em um termmetro com haste de vidro, a variao volumtrica resultante da expanso termal interpretada como temperatura. Este termmetro foi o primeiro sistema de expanso termal fechado e foi conhecido desde o sculo XVIII, quando Gabriel Daniel fahrenheit investigava a expanso do mercrio. O termmetro de vidro constitudo de: 1. bulbo sensor 2. haste de vidro com escala graduada e com um tubo capilar interno 3. fluido de enchimento O bulbo sensor a parte sensvel do termmetro e deve ser colocado no local onde se quer medir a temperatura. A maioria do fluido fica no bulbo. A haste de vidro possui um tubo capilar interno, onde o fluido ir se expandir. Embora o bulbo e o tubo capilar possam ser do mesmo material, mais conveniente usar um vidro para o bulbo com um bom fator de estabilidade e para o capilar usa-se um vidro fcil de ser trabalhado. Para garantir a preciso do termmetro de vidro, o tubo capilar deve ter uma rea anelar uniforme ou ento, o termmetro deve ser calibrado em muitos pontos.

Fig. 2.3. Termmetro de haste de vidro O termmetro de haste de vidro pode medir faixas estreitas de temperatura. Por exemplo, o termmetro clnico tem 1. comprimento til de 100 mm, 2. faixa de medio de 35,0 e 42,0 oC 3. volume do bulbo de 0,5 cm3 4. dimetro do capilar de 0,025 mm A haste freqentemente projetada e construda com uma escala amplificadora, para melhorar a leitura. O fluido de enchimento pode ser lquido ou gs. Os lquidos mais usados so: 1. mercrio, cujo fator de expanso de 0,005%/oC e linear. Assim, o volume do bulbo deve ser cerca de 10 000 vezes o volume do capilar entre duas marcaes separadas por 0,5 oC. 2. lcool 3. pentano 4. ter O termmetro de mercrio pode ser usado entre 39 oC (ponto de solidificao) e 538 oC (ponto de ebulio). A desvantagem do mercrio sua toxidez. Os termmetros com lcool e ter so usados em temperaturas mais baixas. Geralmente adiciona-se tinta colorida (azul, verde, vermelha) para aumentar a visibilidade.

259

Temperatura
O espao acima da coluna de mercrio at o topo selado da escala evacuado, mas pode ser preenchido com gs inerte seco, como nitrognio, para aumentar a faixa de medio de temperatura. Outra caracterstica importante do termmetro de haste, principalmente do clnico, uma restrio colocada no tubo capilar, que evita a volta do fluido para o bulbo, quando a temperatura baixa. Esta restrio torna o termmetro um indicador de mximo. Assim, para possibilitar a leitura de qualquer temperatura, deve-se zerar ou resetar o termmetro, sacudindoo antes do uso. Para minimizar a quebra acidental do bulbo de vidro, comum se usar um poo termal metlico para proteger o bulbo. As vantagens do termmetro de vidro so: 1. baixo custo 2. simplicidade 3. grande durao, se manipulado corretamente As desvantagens so: 1. leitura difcil 2. confinamento ao local de medio 3. no adaptvel para transmisso, registro ou controle automtico 4. susceptvel de quebra, pois de vidro frgil Mesmo um termmetro de haste de vidro deve ser calibrado periodicamente, onde se inspecionam visualmente e verificam as dimenses, permanncia do pigmento, estabilidade do bulbo e preciso da escala. Depois da calibrao, podem ser feitas correes, aplicados fatores de correo ou o termmetro pode ser descartado. Norma de referncia: ASTM E 77 92: Standard Test Method for Inspection and Verification of Thermometers. Vrias normas ASTM cobrem os termmetros clnicos. formando uma nica haste. uma determinada temperatura, a haste dos dois metais est numa posio; quando a temperatura varia, a haste modifica a sua posio produzindo uma fora ou um movimento. As partes do termmetro a bimetal so 1. o sensor, em contato direto com a temperatura 2. os elos mecnicos, para amplificar mecanicamente os movimentos gerados pela variao da temperatura, detectada pelo bimetal. 3. a escala acoplada diretamente aos elos mecnicos, para a indicao da temperatura medida. 4. opcionalmente, pode-se usar o sistema de transmisso. As vantagens do bimetal so: 1. baixo custo, 2. simplicidade do funcionamento 3. facilidade de instalao e de manuteno 4. largas faixas de medio 5. possibilidade de ser usado com os mecanismos de transmisso.

Fig. 2.4. Bimetal As desvantagens so 1. preciso ruim 2. no linearidade de indicao 3. grande histerese 4. presena de peas moveis que se desgastam 5. facilidade de perder calibrao A principal aplicao para o termmetro a bimetal em indicao local de temperaturas de processo industrial. muito usado para controle comercial e residencial de temperatura associado a ar condicionado e refrigerao.

2.4. Bimetal
O termmetro a bimetal possui todos os componentes de medio sensor, condicionador e indicador em um nico invlucro. O princpio de funcionamento simples dois metais com coeficientes de dilatao trmica diferentes so soldados

260

Temperatura
O sensor a bimetal integral ao instrumento no pode ser calibrado isoladamente mas somente pode ser inspecionado visualmente, para verificar corroso ou danos fsicos evidentes. O que se faz calibrar o sistema de indicao, colocando-se o termmetro em um banho de temperatura e comparando as indicaes do termmetro com as indicaes de um termmetro padro colocado junto. O termmetro a bimetal pode ser calibrado e, se necessrio, ajustado nos pontos de zero e de amplitude de faixa. A Classe I usa como enchimento lquido no voltil geralmente a glicerina. O princpio de funcionamento a dilatao do lquido. A variao da temperatura medida faz o fluido se dilatar, variando a presso interna do sistema. A presso e suas variaes so sentidas pelo elemento receptor de presso.

2.5. Enchimento Termal


O sistema termal de enchimento mecnico foi um dos mtodos mais usados no incio da instrumentao, para a medio de temperatura. O mtodo foi e ainda , um meio satisfatrio de medio da temperatura para a indicao, o registro e o controle locais. Seu uso no limitado a leitura local ou controle, mas utilizado para a transmisso pneumtica para leitura ou controle remoto. Os componentes bsicos do sistema termal de enchimento mecnico so 1. o bulbo sensor, em contato com o processo. 2. o elemento de presso, montado no interior do instrumento receptor, que pode ser um transmissor pneumtico, um indicador, um registrador ou um controlador, todos montados prximos ao processo . 3. o tubo capilar, ligando o bulbo ao elemento de presso do instrumento. 4. opcionalmente pode haver o sistema de compensao da temperatura ambiente. O sistema termal ligado a um dispositivo de display, para apresentao do valor da temperatura. O conjunto bulbo + capilar + elemento receptor cheio de um fluido. O tipo do fluido determina a classe ou o grupo do sistema termal. A classificao estabelecida pela Scientific Apparatus Manufacturer Association (SAMA) a seguinte:

(a) Esquema simplificado do sistema termal

(b) Elemento e compensao da temperatura ambiente

Fig. 2.5. Sistema de enchimento termal A classe II cheia de um lquido voltil, como o lcool ou o ter. Seu princpio de funcionamento a caracterstica temperatura x presso de vapor da fase lquido-vapor. Como no h dilatao, no h influncia da temperatura ambiente e portanto no h necessidade de compensao da temperatura ambiente. Porm, so definidas quatro subclasses Classe IIa - assumindo que o capilar e a caixa do instrumento estejam temperatura ambiente, a temperatura do bulbo est sempre acima da temperatura ambiente.

261

Temperatura
Classe IIb - a temperatura do bulbo sensor sempre menor que a temperatura ambiente. Classe IIc - a temperatura do bulbo e a medida podem assumir valores acima e abaixo da presso ambiente. Classe IId - introduz-se no sistema um lquido no-voltil, para ser tampo do lquido voltil, com a finalidade de eliminar a descontinuidade no ponto da temperatura ambiente. 2. falha no bulbo requer a substituio do elemento completo, constitudo de bulbo + capilar + elemento sensor de presso. O sistema termal de enchimento usado para a indicao, registro e controle local. tambm usado como sensor do transmissor pneumtico. o mtodo de medio de temperatura de natureza mecnica mais utilizado. Atualmente, por causa do alto custo substitudo por elementos sensores eltricos.

2.6. Termopar
Princpio de funcionamento Os termopares transformam calor em eletricidade. As duas extremidades de dois fios de metais diferentes (e.g., ferro e constantant), so tranadas juntas para formar duas junes: uma de medio e outra de referncia. Um voltmetro ligado em paralelo ir mostrar uma tenso termeltrica gerada pelo calor. Esta tenso funo da 1. diferena de temperatura entre a juno de medio e a juno de referncia, que o princpio da medio da temperatura. 2. tipo do termopar usado. Pesquisas so desenvolvidas para se encontrar pares de metais que tenham a capacidade de gerar a mxima militenso quando submetidos a temperaturas diferentes. 3. homogeneidade dos metais. As instalaes de termopar requerem calibraes e inspees peridicas para verificao do estado dos fios termopares. A degradao do termopar introduz erros na medio. Circuito de medio O circuito de medio completo deve possuir os seguintes componentes bsicos 1. o termopar, que est em contato com o processo. O ponto de juno dos dois metais distintos chamado de junta quente ou junta de medio. 2. a junta de referncia ou junta fria ou junta de compensao,

Fig. 2.6. Transmissor com sensor de enchimento termal (Foxboro) O enchimento da classe III com gs, geralmente o Nitrognio. Baseia-se tambm na dilatao volumtrica do gs de enchimento e portanto requer compensao das variaes da temperatura ambiente. Porm, na prtica, basta a compensao parcial da caixa raramente se usa a compensao total. Os sistemas de enchimento termal possuem as seguintes vantagens 1. um mtodo simples e de uso comprovado, 2. no requer nenhuma fonte de alimentao, a no ser que haja transmisso, 3. possuem construo robusta e insensvel s vibraes e aos choques mecnicos 4. h uma boa seleo de faixas calibradas e larguras de faixas de medio estreitas, 5. so mecnicos, portanto seguros em qualquer atmosfera perigosa As desvantagens so 1. tempo de resposta lento

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Temperatura
localizada no instrumento receptor. Como a militenso proporcional diferena de temperatura entre as duas junes, a junta de referncia deve ser constante. Como nos primeiros circuitos havia um recipiente com gua + gelo, para manter a junta de referncia em 0 oC, a junta de referncia tambm chamada de junta fria. Mesmo quando se mede temperatura abaixo de 0 oC, portanto quando a junta quente mais fria que a junta fria, os nomes permanecem, por questes histricas. Atualmente, em vez de se colocar um pouco prtico balde com gua + gelo, utiliza-se o circuito de compensao com termistores e resistncias. 3. circuito de deteco do sinal de militenso, geralmente a clssica ponte de Wheatstone, com as quatro resistncias de balano. Na prtica o circuito mais complexo, colocando-se potencimetros ajustveis no lugar de resistncias fixas. Os ajustes correspondem aos ajustes de zero e de largura de faixa. 4. a fonte de alimentao eltrica, de corrente contnua, para a polarizao dos circuitos eltricos de deteco, amplificao e condicionamento do sinais. Configuraes As configuraes de ligaes podem ser de trs tipos bsicos 1. o termopar ligado diretamente do processo para o instrumento receptor remoto. Os fios de ligao devem ser de termopar, do mesmo tipo que a junta de medio, a fim de no introduzir erros de medio. Atualmente, so desenvolvidos fios de extenso feitas de ligas com caractersticas termeltricas iguais as do termopar e de menor custo. 2. o termopar ligado ao transmissor eletrnico de temperatura. A entrada do transmissor o termopar, ligado ao processo e a sada o sinal padro de corrente, de 4 a 20 mA cc. A vantagem dessa ligao que o fio de transmisso de cobre comum mais econmico que o fio de termopar. 3. O termopar ligado ao transmissor pneumtico de temperatura. A entrada do transmissor o termopar, em contato com o processo e a sada do transmissor o sinal pneumtico padro, de 20 a 100 kPa. Essa configurao adequada quando se tem o instrumento receptor de natureza pneumtica.

Fig. 2.7. Transmissor inteligente de temperatura (Rosemount) Tipos de termopares Existem vrios tipos de termopares, designados por letras; cada tipo apresentando maior linearidade em determinada faixa de medio. Essa variedade de tipos facilita a escolha, principalmente porque h muita superposio de faixa, havendo uma mesma faixa possvel de ser medida por vrios termopares.

(a) Sistema completo: bulbo, sensor e poo

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Temperatura
(b) Sensor termopar Fig. 2.8. Conjunto do termopar A militenso gerada de corrente contnua. O termopar polarizado e cada metal corresponde a uma polaridade. Convenciona-se que o primeiro nome do termo corresponde ao plo (+). Os tipos mais utilizados so 1. tipo J, de Ferro (+) e Constantant (), com faixa de medio at 900 oC. Para a identificao, o Fe o fio magntico. 2. tipo K, de Cromel (+) e Alume1 (-), para a faixa de medio at 1.200 oC, sendo o Cromel levemente magntico. 3. tipo T, de Cobre (+) e Constantant (-), para faixa at 300 oC. fcil a identificao do cobre por causa de sua cor caracterstica. 4. tipo S, com a liga (+) de Platina (90%) + Rdio (10%) e Platina pura (-). Atinge at medio de 1.500 oC e para identificao, platina pura a mais malevel. 5. tipo R, tambm liga (+) de Platina (87%) + Rdio (13%) e Platina (-), com a mesma faixa de medio at 1.500 oC e identificando-se a platina pura pela maior maleabilidade. Cada curva de termopar diferente entre si e todas possuem regies nolineares. As curvas so necessrias e teis para a calibrao do receptor de termopar. Quando se quer calibrar um instrumento indicador-registrador de temperatura a termopar, em vez de se ter um banho de temperatura, simula-se diretamente um sinal de militenso substituindo-se o termopar.

Fig. 2.9. Curvas dos vrios tipos de termopar Vantagens e limitaes O termopar apresenta todas as vantagens inerentes ao sistema eltrico. Por isso, quando comparado ao sistema mecnico de enchimento termal tem-se 1. menor tempo de atraso, 2. maiores distncias de transmisso, 3. maior flexibilidade para alterar as faixas de medio, 4. maior facilidade para reposio do elemento sensor, quando danificado 5. maior preciso. Quando comparado com a resistncia detectora de temperatura, tem-se 1. o custo do elemento termopar menor, 2. o tamanho do elemento sensor menor, portanto com tempo de resposta menor e mais conveniente para montagem. 3. os meios de calibrao so mais fceis 4. verificaes de calibrao mais fceis. Alis, a medio de temperatura com termopar autoverificvel, quando se tem o dispositivo de proteo de queima (burnout) do termopar. Incorpora-se no circuito de medio, um sistema para levar a indicao da leitura para o fim ou para o incio da escala, quando ocorrer o rompimento da junta de medio. 5. flexibilidade para modificao do circuito, para medio de soma ou subtrao de temperaturas. 6. as larguras de faixas medidas so maiores que as conseguidas no

264

Temperatura
sistema mecnico e com o bulbo de resistncia.

Fig. 2.10. Termopares dentro do bulbo protetor Porm, ele apresenta desvantagens, com relao ao sistema de enchimento mecnico e com relao ao bulbo de resistncia eltrica 1. a caracterstica temperatura x militenso no linear totalmente. 2. o sinal de militenso pode captar rudos na linha de transmisso. 3. o circuito de medio polarizado, quando o da resistncia no o . 4. requer circuito de compensao das variaes da temperatura ambiente. 5. a junta de medio pode se deteriorar, se oxidar e envelhecer com o tempo. Os termopares so aplicados em medies de temperaturas em um ponto e no em uma regio mdia) onde se requer pequenos atrasos. Ele conveniente em sistemas que envolvem muitos pontos de medio, sendo selecionado instantaneamente um nico ponto para indicao ou registro.

Fig. 2.11. Esquema de ligao do termopar ao registrador de temperatura

Fig. 2.12. Registrador multiponto de temperatura

Calibrao do termopar Como a homogeneidade dos fios componentes do termopar pode se modificar, o termopar e os fios de extenso de termopar devem ser periodicamente calibrados. A calibrao consiste em verificar se as suas caractersticas se afastaram dentro da tolerncia (termopar bom) ou alm da tolerncia (termopar deve ser descartado). As tcnicas de calibrao do termopar tem sido melhoradas constantemente em velocidade e confiabilidade, por causa do uso do microprocessador. A tcnica antiga consistia em ligar o instrumento receptor do termopar aos terminais de um potencimetro porttil de militenso, medir a temperatura destes terminais com um termmetro padro, ajustar a sada do potencimetro para dar a indicao terica no receptor e anotar o ajuste do potencimetro. Finalmente, se procurava a temperatura correspondente em tabelas

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Temperatura
padro. Este processo consumia muito tempo e era susceptvel a erros potenciais. A medio de temperatura nos terminais necessria porque um termopar contem inerentemente duas junes de metais diferentes e no apenas uma. A sada de tenso deste sistema de termopar afetada pelas temperaturas de ambas as junes. A medio da temperatura da juno de medio, deste modo, requer o conhecimento da temperatura da juno de referncia. Em muitos instrumentos, a juno de referncia ocorre nos terminais de ligao neste instrumento receptor. O microprocessador simplificou muito a calibrao do termopar. Sua memria pode conter as curvas de temperatura (tenso x temperatura) para os diferentes termopares. Estas curvas so geradas usando-se equaes publicadas pelo National Institute of Standards and Technology. Um instrumento a microprocessador tambm faz a medio da temperatura da juno de referncia, incorporando-a em um resultado compensado corretamente. Quando a calibrao do instrumento baseado em microprocessador recebe uma tenso, ele imediatamente translada para a unidade de temperatura (oC), de acordo com tabelas contidas na sua memria e indica digitalmente estes valores. Para calibrar instrumentos com termopar, a tcnica bsica fornecer um sinal conhecido para o instrumento receptor para garantir que ele est dando uma indicao precisa e exata. O calibrador fornece este sinal de uma fonte estvel e monitora, ao mesmo tempo, o sinal com o sistema de medio do prprio calibrador. A curva temperatura versus tenso armazenada no sistema do microprocessador do calibrador o ponto de referncia para gerar uma sada correta. Assim, o calibrador simula o termopar, gerando uma tenso correspondente temperatura e indicando temperatura (e no tenso). Alm de calibrar e ajustar o instrumento receptor (registrador, indicador, controlador), deve-se calibrar o sensor em si. O sensor pode ser substitudo por um sensor novo calibrado ou pode ser removido e calibrado em um laboratrio de temperatura. Ele tambm pode ser calibrado no local se um sensor padro de referncia puder ser instalado temporariamente prximo do termopar de trabalho. Este caso nem sempre possvel, mas quando possvel, ele deve ser preferido. Sua vantagem que o sensor instalado aferido em sua condio real de operao. Um calibrador tendo dois canais de entrada torna este mtodo prtico.

Tab.3.3. Caractersticas dos Termopares Padro ISA


Tipo T J K E R S B Material +/Cobre/Constantant Ferro/Constantant Cromel/Alumel Cromel/Constantant Pt + 10% Rh/Pt Pt + 13%Rh/Pt Pt + 30%Rh/Pt + 6%Rh Sensitividade mV/K 0,05 0,05 0,04 0,08 0,01 0,01
Temperatura

K 3 a 675 63 a 1475 3 a 1645 3 a 1275 224 a 2035 224 a 2035 273 a 2000

Incerteza % v.m. 0,5 1,0 1,0 1,0 0,5 0,5 0,5

F.e.m. (mV) -6,258 a 20,869 -8,096 a 42,922 -6,458 a 54,875 -9,835 a 76,358 -0,226 a 21,108 -0,236 a 18,698 0 a 13,814

Notas:
1. Conforme Norma ISA MC 96.1, Temperature Measurement Thermocouples, 1975. 2. Cromel e Alumel so marcas registradas de Hoskins Co. 3. A militenso se refere juno de referncia a 0 oC.

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Temperatura
2.7. Resistncia detectora de temperatura (RTD)
Princpio de funcionamento A resistncia eltrica dos metais depende da temperatura; este o princpio de operao do sensor de temperatura a resistncia eltrica (RTD Resistance Temperature Detector). Quando se conhece a caracterstica temperatura x resistncia e se quer a medio da temperatura, basta medir a resistncia eltrica. Essa medio fcil e prtica. Normalmente, a resistncia metlica possui o coeficiente trmico positivo, ou seja, o aumento da temperatura implica no aumento da resistncia eltrica. A resistncia de material semicondutor (Si e Ge) e as solues eletrolticas possuem coeficientes trmicos negativos, onde o aumento da temperatura provoca a diminuio da resistncia. A resistncia eltrica a semicondutor, com coeficientes negativos, chamada de termistor e usada tambm como sensor de apenas aqueles que apresentam propriedades convenientes, tais como: 1. linearidade entre variao da resistncia termal e temperatura 2. estabilidade termal 3. ductilidade (propriedade de ser transformado em fio fino) 4. disponibilidade comercial 5. preo acessvel Os metais mais usados so: platina, nquel e cobre. Tambm usado material semicondutor (termistor). Platina A platina (Pt) usada para medio de faixas entre 0 e 650 oC. A caracterstica resistncia x temperatura linear nesta faixa e apresenta grande coeficiente de temperatura. O sensor Pt 100 tem resistncia de 100 0 oC e de aproximadamente 139 100 oC. Embora a mais cara, a platina possui as seguintes vantagens 1. disponvel em elevado grau de pureza, 2. resistente oxidao, mesmo alta temperatura, 3. capaz de se transformar em fio (dctil). Nquel O nquel (Ni) o segundo metal mais utilizado para a medio de temperatura. tambm encontrado em forma quase pura, entre 0 oC a 100 oC apresenta um grande coeficiente termal. Porm, a sua sensibilidade decresce bruscamente em temperaturas acima de 300 oC. A sua curva resistncia x temperatura no linear. temperatura e nos circuitos de compensao de temperatura ambiente das juntas de referncia do termopar. Os tipos mais comuns de resistncia metlica so a platina, nquel e cobre. Fig. 2.13. Curvas de resistncia x temperatura . Materiais da RTD Teoricamente, qualquer metal pode ser usado como sensor de temperatura, porm, na prtica industrial, so usados Cobre O cobre (Cu) outra resistncia utilizada, porm em menor freqncia que as resistncias de Platina e de Nquel. Quando comparada com o termopar, a resistncia detectora de temperatura de platina apresenta as seguintes vantagens 1. altssima preciso. Provavelmente a medio de temperatura atravs da platina a mais precisa em todo o campo da instrumentao. 2. no apresenta polaridade (+) e (-). 3. apropriada para medio de temperatura mdia enquanto o

267

Temperatura
termopar adequado para medio de temperaturas em um ponto. 4. capaz de medir largura de faixa estreita; de at 5 oC 5. mantm-se estvel, precisa e calibrada durante muitos anos. As desvantagens so 1. o alto custo, 2. os bulbos maiores, 3. o tempo de resposta mais demorado, 4. o auto-aquecimento da resistncia constitui um problema 5. a exigncia de fiao com 3 ou 4 fios para a compensao da temperatura ambiente. A resistncia detectora de temperatura aplicado quando se quer uma medio com altssima preciso e estabilidade e quando a largura de faixa de medio estreita. Configuraes O RTD pode ser ligado diretamente ao receptor. A ligao pode ser feita atravs de 2, 3 ou 4 fios. O terceiro e o quarto fio so usados para compensar as variaes da resistncia dos fios de transmisso do sinal provocadas pela temperatura ambiente varivel. O RTD elemento sensor do transmissor eletrnico de temperatura. A entrada do transmissor a resistncia e sua sada o sinal padronizado de corrente, entre 4 a 20 mA cc. A vantagem dessa fiao que o fio de transmisso comum e no requer compensao. O RTD tambm o elemento sensor do transmissor pneumtico de temperatura. A entrada do transmissor a resistncia e a sada o sinal pneumtico padro de 20 a 100 kPa. Esta instalao tpica para instrumentao pneumtica de painel e medio de temperatura com detector de temperatura a resistncia.

Fig. 2.14. Resistncias dentro de bulbos, com os cabeotes de acesso Termistor O termistor considerado um detector de temperatura a resistncia (RTD). As diferenas bsicas entre o termistor e uma resistncia convencional so as seguintes 1. o coeficiente de temperatura negativo, 2. sua resposta mais rpida e seu tamanho menor, 3. seu custo muito menor que o da resistncia de Pt ou Ni, As suas desvantagem so a limitao das faixas de medio (-50 a 300 oC) e a menor preciso. A maior aplicao do termistor em circuitos de compensao de temperatura ambiente na junta de termopar.

Fig. 2.16. Transmissor descartvel de temperatura Fig. 2.17. Transmissores com termopar ou resistncia detectora de temperatura (Foxboro)

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Temperatura 3. Acessrios
3.1. Bulbo
O bulbo termal serve para encerrar o fluido de enchimento do sistema termal mecnico. Nessa configurao, o elemento de temperatura formado pelo conjunto bulbo + capilar + elemento sensor de presso. O sistema totalmente selado, sem vazamento e sem bolhas de ar, proteger o termopar ou o fio de resistncia detectora de temperatura dos rigores do processo. Em qualquer situao o bulbo est em contato direto com o processo, quando no h poo. Os seus materiais de construo so o ao inoxidvel AISI 316 e ligas especiais, como Monel, Hastelloy e metais nobres como Ti, Pt, Ta. parte sensvel. A extenso pode ser rgida ou dobrvel. insero (U) a soma da extenso e da parte sensvel; toda a parte que fica mergulhada ou no interior do processo. Tem-se U = X + J. dimetro (Y) do bulbo, ou mais precisamente, o dimetro da parte sensvel, que funo do tamanho do bulbo e da largura de faixa de temperatura medida, quando de enchimento termal. unio, que opcional. Quando h unio, ela pode ser fixa ou ajustvel. A unio uma rosca macho e sua finalidade a de fixar o bulbo na parede do processo ou no poo.

Fig. 2.28. Bulbo e suas dimenses Os bulbos so usados nas seguintes configuraes bulbo plano, o mais simples possvel. usado em recipiente raso, em tanques abertos, onde nenhum suporte disponvel. No existe em Classe III de enchimento termal. bulbo plano com extenso dobrvel, tambm usado sem unio, em aplicaes que sejam necessrias curvaturas da poro sensvel do bulbo para melhor resultado. bulbo de unio, fixa ou ajustvel, com extenso dobrvel, para uso em vasos fechados e pressurizados, sem proteo, com presses at 70 MPa. bulbo de unio, fixa ou ajustvel, com extenso rgida, para uso com bulbo sem proteo, onde h foras provocadas por agitaes no tanque. bulbo capilar, para aplicao em medio de temperaturas mdias, no interior de dutos, fornos, secadores, estufas.

Fig. 2.27. Bulbos de temperatura A geometria do bulbo de temperatura varia com o fabricante e com as exigncias do processo. H recomendaes da Scientific Apparatus Manufacturer Association (SAMA) para normalizar os nomes das partes notveis do bulbo: parte sensvel (X), a parte que envolve o elemento sensor (termopar ou resistncia) ou a parte que sente a temperatura, ficando em contato com o ponto que se quer medir a temperatura. A parte sensvel pode ser ajustvel (50 a 450 mm). extenso (J) a distncia que vai do ponto onde fixado o bulbo at o incio da

269

Temperatura
3.2. Capilar
O capilar um tubo com pequeno dimetro interno, geralmente cheio de fluido, que liga o bulbo ao elemento receptor ou que liga um selo ao elemento de presso do instrumento. Os capilares so disponveis em vrios materiais e vrias configuraes, para atender aos requisitos das aplicaes especificas. 1. capilar de 1/8" de dimetro externo, feito de ao inoxidvel AISI 316, prprio para suportar presses elevadas, o mais usado na prtica. Para o capilar da classe IA, com compensao do capilar e da caixa, o capilar duplo. Para essa configurao tem-se os dois capilares juntos, protegidos por um nico revestimento, tambm de ao inoxidvel AISI 316. Ou ento, para prover mais flexibilidade, o revestimento externo pode ser de ao inoxidvel AISI 304. 2. o capilar de cobre, com revestimento de bronze flexvel, coberto com plstico de vinil extrudado. Embora a mxima temperatura de operao seja de 100 oC, o revestimento plstico exterior melhora a resistncia qumica do conjunto. O revestimento de ao cuida da resistncia mecnica do capilar e o plstico, da corroso qumica.

3.3. Poo de temperatura


O poo de temperatura um receptculo metlico, rosqueado, soldado ou flangeado ao equipamento do processo, que recebe o bulbo de medio. Os objetivos do poo so os de 1. proteger o bulbo de medio da corroso qumica e do impacto mecnico; 2. possibilitar a remoo do bulbo de medio sem interrupo do processo; 3. diminuir a probabilidade de vazamento nas tomadas de temperatura, aumentando tambm sua resistncia mecnica; 4. tornar praticvel a medio de fluidos de alta temperatura, corrosivos, sujos e txicos e submetidos presso elevada. A principal desvantagem do poo de temperatura o aumento do tempo morto da resposta do sistema, pois o poo introduz uma camada de ar entre o bulbo, alm de introduzir a resistncia de sua parede. Para diminuir essa influncia deve se minimizar a distncia entre o bulbo e o poo, ou ento se colocar uma substncia condutora para substituir o ar, que um mau condutor trmico. Existem poos de temperatura feitos de vrios materiais ao inoxidvel, ligas especiais de Monel, Hastelloy, Tntalo, bronze e outros. Quando se utiliza o poo, ele funciona como um selo, podendo-se usar bulbos de materiais padronizados. O poo de temperatura evita que o bulbo entre diretamente em contato com o processo.

Fig. 2.29. Transmissor pneumtico com bulbo e capilar (Foxboro)

Fig. 2.30. Poos de temperatura H algumas diferenas de montagem do poo

270

Temperatura
1. Montado em tubulaes, podendo ser montado rosqueado diretamente ao tubo, recebendo o bulbo, que aparafusado no seu interior. O poo possui uma rosca externa para a ligao com a tabulao e possui no interior outra rosca, onde fica conectado o bulbo de medio. Quando a parede do tubo grande, o poo deve possuir uma extenso de atraso. Quando em tabulao, o bulbo pode ser ligado ao processo atravs de uma conexo tipo T; 2. Montado em vasos, atravs de roscas ou de flanges, nas paredes laterais ou no topo.

Fig. 2.31. Poo em tubulao Quanto ao formato, o poo pode ser dividido em 1. poo padro, rosqueado, de formato cilndrico, com comprimentos acima de 150 mm e rosca externa de 1/2" a 1" NPT; 2. poo padro, com rosca externa afastada da rosca interna, apresentando um "atraso", apropriado para superfcies com revestimento de isolao; 3. poo cnico, usado em tubulaes com fluidos em alta velocidade, servios abrasivos, linhas de vapor ou qualquer outra instalao que requeira alta resistncia lateral; 4. poo flangeado, mais prtico que o rosqueado, usado quando a tomada do processo feita em flange.
Apostilas\Instrumentao 32Temperatura.DOC 15 DEZ 98(Substitui 27 ABR 97)

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3.3 Vazo
1. Fundamentos
1.1. Conceito de vazo
Vazo ou fluxo o deslocamento de volume, ou massa, de um fluido, por unidade de tempo. Assim, matematicamente tem-se:

Q = Cd 2 2gh
onde C o coeficiente de descarga d o dimetro da tubulao h a presso diferencial resultante da passagem do fluido g a constante gravitacional. Todas essas relaes matemtica so importantes pois raramente se tem a medio direta da vazo. A medio da vazo indireta, normalmente feita por inferncia. Ou seja, mede-se outra varivel mais detectvel e, por deduo, se chega ao valor da vazo. Pelas relaes matemticas anteriores, se conclui que se pode medir a vazo de um fluido pela medio de volume conhecido (deslocamento positivo), velocidade (medidor magntico), presso diferencial (placa de orifcio), fora de impacto (tipo alvo), rotao provocada pelo impacto (turbina), e outros princpios.

Q=
ou

V t M t

W=
onde

Q a vazo volumtrica instantnea, W a vazo mssica instantnea, V o volume do fluido deslocado t o intervalo de tempo A vazo instantnea quando o intervalo de tempo tende para zero. Outra relao matemtica importante envolvendo o conceito de vazo aquela que mostra que a vazo instantnea proporcional velocidade do fluido e rea da seo reta da tubulao, onde o fluido se desloca:

Q= vA
v a velocidade do fluido A a rea da seo da tubulao A vazo na tubulao sempre a mesma, qualquer que seja a obstruo ou o acidente na tubulao. H tambm uma relao matemtica importante em vazo de fluido, que equao da continuidade de Bernouille:

Fig. 3.1. Vazo e presso em uma restrio

1.2. Unidades
As unidades no Sistema Internacional so,

272

Vazo
3 1. vazo volumtrica: m

2. vazo mssica: kg s Tambm so usadas outras unidades no recomendadas pelo SI, como 1. LPM (litro por minuto), para se referir a vazo volumtrica de lquidos, 2. ton/h, para a vazo mssica de vapor, 3. m3/h (metro cbico por hora) para gases As unidades inglesas mais usadas so GPM (gales por minuto) e SCFM (p cbico padro por minuto), referentes vazo volumtrica. Usam-se frmulas matemticas e tabelas para a converso entre as unidades diferentes. A analise dimensional usada para verificao do acerto da converso. A transformao de vazo volumtrica em vazo de massa, quando necessria, facilmente conseguida, desde que se conhea a densidade do fluido. (massa = volume/densidade) ou a presso, temperatura e composio para gases.

fluido aquecedor (ou de resfriamento), controla-se a presso de um gs em um tanque de volume constante pelo controle da vazo de entrada (ou de sada) do gs no interior do tanque e pode se controlar o nvel de lquido em tanque pelo controle da vazo do lquido, na entrada ou na sada.

Fig. 3.2. Vazo atravs de tubulao A importncia da vazo cresce porque ela est associada ao balano de materiais na entrada e na sada do processo e principalmente, est associada quantidade de materiais para compra e venda (transferncia de custdia). Nessa aplicaes, o que importa a totalizao da vazo, em volume ou em massa. H ainda a aplicao do controle de relao ou proporo entre duas ou mais vazes de fluidos diferentes, para a obteno de misturas com propores controlveis. o controle de relao ou de proporo de vazes. Caso particular desse controle a mistura digital (blending), que utiliza equipamentos eletrnicos a microprocessadores para a obteno de misturas em quantidades e propores de mistura controlveis e preestabelecidas. Exatamente, por causa de todos esses aspectos to abrangentes, a vazo certamente a varivel de processo que foi mais pesquisada e analisada e seus mecanismos bsicos de medio alcanaram elevado grau de preciso, confiabilidade, padronizao e maturao, talvez o mais elevado de toda a rea da instrumentao. Os tipos de detectores e medidores de vazo so numerosos, alguns com mais de um sculo de aplicao, outros de desenvolvimento recente. Na aplicao

1.3. Funes Associadas


Alem das funes normalmente aplicadas s outras variveis de processo, tais como indicao, registro, transmisso, controle, alarme, computao analgica, a vazo tambm integrada, totalizada e misturada em propores preestabelecidas. A indicao da vazo instantnea pouco til. O registro da vazo mais til pois a partir do registro no grfico possvel se obter a totalizao da vazo, atravs da integrao grfica do planmetro. Quando a indicao, registro e controle so remotos, padro o uso dos transmissores eletrnicos ou pneumticos de vazo. Como o elemento final de controle mais utilizado a vlvula de controle, geralmente a vazo a varivel manipulada do controle do processo. Assim, por exemplo, se controla a temperatura pelo controle da vazo do

273

Vazo
prtica, os mais comuns e usados so: a presso diferencial, rotmetro de rea varivel, eletromagntico, turbina, vortex, alvo e deslocamento positivo. Outros, como o ultra-snico e radioativo, so menos usados. A grande variedade de medidores de vazo pode constituir uma vantagem, pois sempre possvel se obter um medidor conveniente para a aplicao. Porm, tambm uma desvantagem, pois a escolha mais difcil. A escolha do medidor correto de vazo fundamental, pois a vazo muito critica : um medidor mal selecionado geralmente no funciona ou ento funciona com grande impreciso. sistema e variando as condies do fluido. Matematicamente, tem-se

RD =

Dv

1.4. Dificuldades da Vazo


Geralmente, o que se mede a vazo de um lquido, de um gs ou de vapor. Tambm se mede transporte de slidos, em esteiras rolantes, porm esse assunto no ser tratado aqui. Como visto, a vazo de um fluido depende de vrios parmetros do processo, tais como velocidade do fluido, tamanho da tubulao 9tanto comprimento como dimetro), caractersticas do fluido (densidade, viscosidade, presena de condensado no gs, presena de gases em lquidos volteis), condies de processo (temperatura, presso esttica, perda de carga permanente, pulsaes na linha), acidentes da tubulao (reduo, expanses, cotovelos, conexes, elementos provocadores de distrbios.) Enfim, a presena ou no dessas propriedades e caractersticas, torna a vazo do fluido bem comportada ou no. Em palavras mais tcnicas: o resultado pode ser uma vazo laminar ou turbulenta. Como os parmetros acima no so necessariamente quantificveis, foi introduzido um numero que relaciona as foras de viscosidade e inerciais do fluido, denotando a dificuldade da medio de vazo do fluido. O numero de Reynolds (Osborne Reynolds, ingls) uma indicao conveniente para a comparao dos desempenhos de condies de vazo, mantida constante a geometria do

onde RD o numero de Reynolds v velocidade do fluido D o dimetro da linha a densidade do fluido a viscosidade absoluta do fluido Na prtica, verifica-se que difcil a medio de vazo para fluidos com nmeros extremos de Reynolds. Ou seja, problemtico a medio de vazo de fluidos com nmeros de Reynolds ou muito pequenos (abaixo de 102) ou muito grandes (acima de 104). Aplicando o conceito do numero RD, difcil a medio de fluidos muito viscosos (o numero RD muito pequeno) vazes muito pequenas, linhas muito estreitas e tambm o caso contrrio: vazes muito elevadas, tubulaes muito grandes. H um consenso de que mais difcil a medio de fluidos com muito pequenos RD do que muito grandes RD: a dificuldade maior para fluidos viscosos). Assim, o numero de Reynolds: 1. expressa a dificuldade de medio de vazes, valores extremos so difceis, 2. indica o tipo de vazo: turbulenta ou laminar, 3. aplicado a lquido, vapor e gs, 4. fornece o formato da velocidade e formato do contorno frontal do fluido: parablico, logartmico, 5. calculado pela formula acima e obtvel de curvas, tpicos de 102 a 107.

274

Vazo 2. Medidores de Vazo


2.1. Sistema de Medio
Os medidores de vazo consistem de duas partes distintas, cada uma exercendo uma funo diferente: 1. elemento primrio 2. elemento secundrio O elemento primrio est em contato direto com o fluido (parte molhada), resultando em alguma forma interao. Esta interao pode ser a separao do jato do fluido, acelerao, queda de presso, alterao da temperatura, formao de vrtices, induo de fora eletromotriz, rotao de impellers, criao de uma fora de impacto, criao de momentum angular, aparecimento de fora de Coriolis, alterao no tempo de propagao e muitos outros fenmenos naturais. O elemento secundrio tem a funo de medir a grandeza fsica gerada pela interao com a vazo do fluido e transform-la em volume, peso ou vazo instantnea. O elemento secundrio finalmente ligado a um instrumento receptor de display, como indicador, registrador ou totalizador. As condies para a instalao apropriada e a operao correta, os erros e as outras caractersticas do elemento primrio so independentes e diferentes das caractersticas do elemento secundrio, de modo que eles devem ser tratados separadamente. O elemento primrio se refere especificamente medio de vazo e o elemento secundrio se refere instrumentao em geral. A placa de orifcio o elemento primrio que mede a vazo gerando uma presso diferencial e ser estuda aqui. O transmissor de presso diferencial, que o elemento secundrio associado a ela, ser visto aqui muito superficialmente, para completar o estudo do sistema de medio. Este mesmo transmissor pode ser usado em outras aplicaes, para medir nvel ou presso manomtrica. elemento primrio ou no princpio fsico envolvido. Os medidores de vazo podem ser divididos em dois grandes grupos funcionais: 1. medidores de quantidade 2. medidores de vazo instantnea. Os medidores de vazo podem ser ainda classificados sob vrios aspectos, como 1. relao matemtica entre a vazo e o sinal gerado, se linear ou nolinear; 2. tamanho fsico do medidor em relao ao dimetro da tubulao, igual ou diferente; 3. fator K, com ou sem 4. tipo da vazo medida, volumtrica ou mssica, 5. manipulao da energia, aditiva ou extrativa. Obviamente, h superposies das classes; por exemplo, a medio de vazo por placa de orifcio envolve um medidor de vazo volumtrica instantnea, com sada proporcional ao quadrado da vazo, com dimetro total, sem fator K e com extrao de energia. O medidor de deslocamento positivo com pisto reciprocante um medidor de quantidade, linear, com fator K, com dimetro total e com extrao de energia. O medidor magntico um medidor de vazo volumtrica instantnea, com fator K, dimetro total e com adio de energia.

2.3. Quantidade ou Vazo Instantnea


No medidor de quantidade, o fluido passa em quantidades sucessivas, completamente isoladas, em peso ou em volumes, enchendo e esvaziando alternadamente cmaras de capacidade fixa e conhecida, que so o elemento primrio. O elemento secundrio do medidor de quantidade consiste de um contador para indicar ou registrar a quantidade total que passou atravs do medidor. O medidor de quantidade , naturalmente, um totalizador de vazo. Quando se adiciona um relgio para

2.2. Tipos de Medidores


As classificaes dos medidores de vazo se baseia somente no tipo do

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Vazo
contar o tempo, obtm-se tambm o registro da vazo instantnea. No medidor de vazo instantnea, o fluido passa em um jato contnuo. O movimento deste fluido atravs do elemento primrio utilizado diretamente ou indiretamente para atuar o elemento secundrio. A vazo instantnea, ou relao da quantidade de vazo por unidade de tempo, derivada das interaes do jato e o elemento primrio por conhecidas leis fsicas tericas suplementadas por relaes experimentais. A maioria dos medidores possuem aproximadamente o mesmo dimetro que a tubulao onde ele instalado. A tubulao cortada, retira-se um carretel do tamanho do medidor e o instala, entre flanges ou rosqueado. Tipicamente o seu dimetro aproximadamente igual ao da tubulao, e ele colocado direto na tubulao, cortando a tubulao e inserindo o medidor alinhado com ela. Esta classe de medidores mais cara e com melhor desempenho. Exemplos de medidores com dimetro pleno: placa, venturi, bocal, turbina, medidor magntico, deslocamento positivo, target, vortex. A outra opo de montagem atravs da insero do medidor na tubulao. Os medidores de insero podem ser portteis e so geralmente mais baratos porm possuem desempenho e preciso piores. Exemplos de medidores: tubo pitot e turbina de insero.

2.4. Relao Matemtica Linear e No-Linear


A maioria dos medidores de vazo possui uma relao linear entre a vazo e a grandeza fsica gerada. So exemplos de medidores lineares: turbina, magntico, rea varivel, resistncia linear para vazo laminar, deslocamento positivo. O sistema de medio de vazo mais aplicado, com placa de orifcio no linear. A presso diferencial gerada pela restrio proporcional ao quadrado da vazo medida. Exemplo de outro medidor no-linear o tipo alvo, onde a fora de impacto proporcional ao quadrado da vazo. A rangeabilidade do medidor, que a relao entre a mxima vazo medida dividida pela mnima vazo medida, com o mesmo desempenho uma funo inerente da linearidade. Os medidores lineares possuem a rangeabilidade tpica de 10:1 e os medidores com grandeza fsica proporcional ao quadrado da vazo possuem a rangeabilidade de 3:1. Exemplos tpicos de medidores de vazo no-lineares: placa de orifcio, venturi, bocal, target, calha parshall (exponencial); medidores lineares: turbina, deslocamento positivo, magntico, coriolis, rea varivel.

2.6. Medidores Com e Sem Fator K


H medidores que possuem o fator K, que relaciona a vazo com a grandeza fsica gerada. A desvantagem desta classe de medidores a necessidade de outro medidor padro de vazo para a sua aferio peridica. So exemplos de medidores com fator K: turbina, magntico, Vortex. O sistema de medio de vazo com placa de orifcio calibrado e dimensionado a partir de equaes matemticas e dados experimentais disponveis. A grande vantagem da medio com placa de orifcio a sua calibrao direta, sem necessidade de simulao de vazo conhecida ou de medidor padro de referncia.

2.7. Medidores Volumtricos ou Mssicos


A maioria dos medidores industriais mede a velocidade do fluido. A partir da velocidade se infere o valor da vazo volumtrica (volume = velocidade x rea). A vazo volumtrica dos fluidos compressveis depende da presso e da temperatura. Na prtica, o que mais interessa a vazo mssica, que independe da presso e da temperatura.

2.5. Dimetros Totais e Parciais do Medidor


Sob o aspecto da instalao do medidor na tubulao, h dois tipos bsicos: com buraco pleno (full bore) ou de insero.

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Vazo
Tendo-se a vazo volumtrica e a densidade do fluido pode-se deduzir a vazo mssica. Porm, na instrumentao, a medio direta e em linha da densidade difcil e complexa. Na prtica, medem-se a vazo volumtrica, a presso esttica e a temperatura do processo para se obter a vazo mssica, desde que a composio do fluido seja constante. Atualmente, j so disponveis instrumentos comerciais que medem diretamente a vazo mssica. O mais comum o baseado no princpio de Coriolis. Como desvantagem, necessrio o uso de uma fonte externa de energia. Exemplos de medidores aditivos de energia: magntico, snico, termal. O nmero de medidores baseados na adio da energia menor que o de medidores com extrao da energia. Isto apenas a indicao do desenvolvimento mais recente destes medidores e este fato no deve ser interpretado de modo enganoso, como se os medidores baseados na adio da energia sejam piores ou menos favorveis que os medidores baseados na extrao da energia.

2.8. Energia Extrativa ou Aditiva


Em termos simples, os medidores de vazo podem ser categorizados sob dois enfoques diferentes relacionados com a energia: ou extraem energia do processo medido ou adicionam energia ao processo medido. Como o fluido atravs da tubulao possui energia, sob vrias formas diferentes, como cintica, potencial, de presso e interna, pode-se medir a sua vazo extraindo alguma frao de sua energia. Este enfoque de medio envolve a colocao de um elemento sensor no jato da vazo. O elemento primrio extrai alguma energia do fluido suficiente para faze-lo operar. A vantagem desta filosofia a nonecessidade de uma fonte externa de energia. Porm, o medidor intrusivo e oferece algum bloqueio a vazo, o que uma desvantagem inerente a classe de medio. Exemplos de medidores extratores de energia: placa de orifcio, venturi, bocal, alvo, cotovelo, rea varivel, pitot, resistncia linear, vertedor, calha, deslocamento positivo, turbina e vortex. O segundo enfoque bsico para medir a vazo chamado de energia aditiva. Neste enfoque, alguma fonte externa de energia introduzida no fluido vazante e o efeito interativo da fonte e do fluido monitorizado para a medio da vazo. A medio com adio de energia nointrusivo e o elemento primrio oferece nenhum ou pequeno bloqueio a vazo.

2.9. Medidor Universal Ideal de Vazo


No existe um medidor ideal para ser usado universalmente para qualquer aplicao. Todo medidor de vazo possui vantagens e limitaes inerentes e para cada aplicao h um medidor mais conveniente, depois de analisados os aspectos tcnicos e comerciais. Para cada conjunto de condies e exigncias de processo h um medidor mais adequado que deve ser o escolhido. Isto obriga o engenheiro ou o tcnico conhecer os princpios bsicos de todos os medidores de vazo e a aplicao tima para cada tipo. O ponto de partida para a escolha o conhecimento prvio de todos os dados do processo da vazo. A escolha deve ser feita, baseada no compromisso entre o custo e o desempenho. Porm, a escolha do melhor medidor de vazo no suficiente para a futura medio precisa e confivel. O instrumento escolhido deve ser montado corretamente, mantido em perfeitas condies e os dados fornecidos por ele devem ser interpretados e entendidos de modo exato e preciso. O medidor ideal teria as seguintes caractersticas: 1. alta rangeabilidade, podendo medir com pequeno erro, grandes e altas vazes 2. sinal de sada linear com a vazo medida 3. sinais de sada analgico e digital

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4. imunidade a rudos e outras influncias externas 5. medio da vazo sem influncia da densidade, viscosidade, condutividade e outras variveis modificadoras 6. perda de carga desprezvel 7. sem obstruo, para manipular fluidos com slidos em suspenso 8. sem peas moveis 9. alta resistncia a fluidos abrasivos e corrosivos 10. capacidade de medir igualmente lquidos e gases, 11. capacidade de uso em altas e baixas temperaturas e altas presses 12. disponibilidade em diferentes tamanhos para ser usado em tubulaes grandes e pequenas. 13. capacidade de ser instalado e retirado do processo sem interrupo da operao 14. altssima preciso (repetitividade, linearidade, sem histerese e sem banda morta) 15. ausncia de manuteno, 16. estabilidade, confiabilidade e integridade. 17. facilidade e reteno da calibrao (calibrao requerida em longos intervalos de tempo) corrosivos e sujos, sem perda de carga adicional, 4. o medidor de vazo com deslocamento positivo, com pisto reciprocante, pisto oscilante, engrenagens ovais, impelidores, diafragmas e disco nutante. Usado para a totalizao direta da vazo, 5. o medidor de rea varivel para a indicao local e barata da vazo de fluido sob baixa presso e com pequena preciso, 6. o medidor com gerao de vrtices de Von Karmann, chamado genericamente de vortex, 7. o medidor direto de massa de Coriolis, 8. o medidor ultra-snico por efeito Doppler e por tempo de trnsito, disponvel na verso porttil, onde usado externamente tubulao, 9. medidor tipo alvo (target) para medio de fluidos viscosos, 10.medidores de canal aberto, tipo calha, onde se tem a variao simultnea da rea de passagem e do nvel da superfcie lquida, 11.o medidor mssico termal baseado nos efeitos de resfriamento ou aquecimento de elementos termais H outros medidores, mais raramente usados e pouco conhecidos, como o 1. medidor com diluio, 2. medidor ptico com raio laser, 3. medidor de correlao, 4. medidor linear com gerao de presso diferencial, 5. medidor baseado na variao do momentum angular 6. medidor nuclear.

2.10. Medidores Favoritos


Os medidores de vazo favoritos so os seguintes: 1. sistema de medio de vazo com elemento primrio gerador de presso diferencial. Os elementos mais usados so a placa de orifcio, o venturi e o bocal e pitot. o sistema usado na maioria das aplicaes industriais, 2. a turbina medidora de vazo, tangencial, de insero e com eixo longitudinal. Usada para a medio precisa de fluidos limpos e com sada digital conveniente para a totalizao. 3. o sistema de medio magntica da vazo, com excitao senoidal e corrente contnua pulsada. Usado para a medio de fluidos

3. Geradores de Presso Diferencial


H vrios tipos de medidores de vazo presso diferencial, tambm chamados de tipo coluna, head, restrio, estrangulamento. Qualquer que seja sua geometria, o princpio de funcionamento nico: uma restrio linha, onde h uma vazo de fluido, provoca o aparecimento de uma presso diferencial, proporcional ao quadrado da vazo. Sua base terica o teorema de Bernouille, que diz: na vazo sem atrito,

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Vazo
a soma da velocidade mais presso esttica mais presso diferencial constante. Na tubulao, a vazo sempre a mesma, visto que no h nem acmulo nem vazamento em nenhum ponto. Desse modo, quando h uma restrio na tubulao, o fluido acelerado quando passa pela restrio. O aumento da velocidade implica na diminuio da presso esttica. Desde que se conhea a relao matemtica entre a vazo e a presso diferencial, entre a presso antes e a presso depois da restrio, pode-se medir a vazo do fluido pela inferncia da medio da presso diferencial. a densidade do fluido K uma constante de proporcionalidade que inclui as unidades e os fatores de correo. Algumas concluses podem ser tiradas das expresses matemticas anteriores: A relao entre a vazo e a presso diferencial no linear mas uma relao de raiz quadrada. Essa no linearidade limita severamente a rangeabilidade da medio da vazo. Uma escala raiz quadrada expande a extremidade superior da escala e comprime a extremidade inferior, tornando difcil e com pequena resoluo as leituras de valores baixos. Por exemplo, 50% da vazo produz 25% de presso diferencial. Em 10% da vazo, a presso diferencial de apenas 1%. Desse modo, considerando a rangeabilidade da medio da presso diferencial em 10:1, a rangeabilidade da vazo correspondente de apenas 3:1. Isso significa, quando se mede a vazo mxima de 100 unidades, a vazo mnima a ser medida com a mesma preciso, de apenas 30 unidades. Como conseqncia, sempre problemtica a medio de pequenas vazes com medidor presso diferencial. Para a medio das vazes, volumtrica e de massa, necessrio o conhecimento ou a medio da densidade do fluido. E a dependncia entre a vazo e a densidade tambm raiz quadrada. Na maioria dos lquidos, a densidade no vria muito nas condies de operao, porm, mandatria a compensao da densidade para a medio de vazes de gases e vapores. Como difcil a medio direta da densidade, o que se faz, na prtica, a medio da presso esttica e da temperatura ambiente do processo, assumindo a composio do gs constante.

Fig. 3.3. Elementos geradores de presso diferencial:


(a) (b) (c) (d) (e) placa de orifcio tubo venturi cotovelo loop bocal

As relaes matemticas so conhecidas e valem simplesmente:


Q = K P
W =K P

onde Q a vazo volumtrica W a vazo de massa

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Vazo

Fig. 3.5. Placas de orifcio Fig. 3.4. Medio de vazo com presso diferencial

4.2. Caractersticas Fsicas


A placa um disco metlico, de espessura entre 1/8" e 1/4", com um furo cientifica e rigorosamente calculado. O furo geralmente concntrico, podendo ser excntrico e segmentado, para a medio de fluidos mais problemticos. O material padro o ao inoxidvel AISI 316 ou 304, porm a placa pode ser fabricada com outras ligas metlicas especiais, compatveis com o fluido de processo, com o qual est em contato direto. So usados: MonelR, HastelloyCR, tntalo e outros. Para facilidade de manuseio a placa possui uma haste que se proteja para fora da tubulao e onde, por convenincia, so gravados os dados da placa: material, tamanho do furo, presso diferencial que ela produz na vazo mxima necessria para a calibrao do elemento sensor da presso diferencial. O furo da placa apresenta cantos vivos, para eliminar os atritos. H porm, placas com contorno arredondado e suave, com espessura bem maior e com o furo limitado a um valor menor. necessria a inspeo peridica placa, para verificao do estado dos cantos da placa. Desgaste, polimento e sujeira podem ser responsveis pela introduo de erros grosseiros ma medio de vazo.

3.1. Elemento Gerador


Para a medio da vazo atravs da medio da presso diferencial, so necessrios dois componentes: 1. o elemento primrio, que provoca a restrio linha, como a placa de orifcio, o tubo Venturi, o tubo bocal, o tubo DallR, o tubo Gentile. 2. o elemento sensor e medidor da presso diferencial provocada. O princpio de funcionamento para todos os geradores de presso diferencial exatamente o mesmo: a vazo diretamente ligada velocidade e s presses do fluido. Maior vazo, maior velocidade, menor presso esttica. O fluido acelerado atravs da restrio aumenta sua energia cintica s custas da energia da presso. Ou seja, a restrio vazo provoca o aparecimento da presso diferencial entre antes e depois da restrio. A medio da presso diferencial proporcional ao quadrado da vazo que se quer medir.

4. Placa de Orifcio
4.1. Conceito
Foi desenvolvida e usada pela primeira vez no princpio do sculo, por Thomas Weymonth, da AGA, e portanto, suas caractersticas e dimensionamento so conhecidos. A placa de orifcio o elemento padro para provocar a queda da presso, para a conseqente medio da vazo de lquidos, gases e vapores.

4.3. Tomadas da Presso Diferencial


H 5 possveis tipos de tomadas de presso diferencial com placa de orifcio: 1. tomada de canto (0-0) 2. tomada de flange (1"-1") 3. tomada de vena contracta (varivel entre 0,35D e 0,85D) 4. tomada de raio (D - 0,5D) 5. tomada de tubo (2,5D - 8D)

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O tamanhos retos a montante (antes) e a jusante (depois) da placa de orifcio dependem do tipo da tomada da presso diferencial e das perturbaes da linha. A colocao de retificadores de fluxo pode diminuir sensivelmente as distncias mnimas envolvidas. Tipicamente, para tomada tipo flange (a mais usada, na prtica brasileira) temse como valores recomendados: A = 15 D C = 10 D B=D=5D coeficiente de descarga, acha-se um primeiro valor para beta, corrige o coeficiente de descarga, acha-se um segundo valor para beta. Repete-se iterativamente essa operao at se chegar a dois valores sucessivos de beta dentro da tolerncia desejada. O valor final do beta deve cair entre os limites inferior de 0,25 e superior de 0,75. Se o beta assume valores menores que 0,25 e maiores que 0,75 ele inaceitvel. Assume-se outro valor para a queda de presso diferencial e recalculase o beta da placa. Nessa filosofia de dimensionamento tem-se valores variveis de beta (e portanto do dimetro do furo da placa) e tem-se faixas de calibrao padronizadas. A faixa mais usada a de 2.500mm de coluna d'gua. A vantagem desse dimensionamento de placas a padronizao da faixa calibrada dos elementos sensores de presso diferencial. As desvantagens so que as placas tem dimenses no padronizadas e as incertezas de clculo so maiores. Clculo da presso diferencial Neste enfoque, assume-se um valor exato e padronizado para o beta da placa e usam-se os dados de vazo para calcular a presso a ser calibrada no transmissor ou no elemento sensor de presso diferencial. Os defensores desse dimensionamento alegam a padronizao de placas de orifcio, que podem ser armazenadas em estoque, em menor numero e com uso mais geral. Isso pode reduzir os custos de produo de placas. Outra vantagem a escolha de valores padronizados para o beta e conhecidos previamente, diminuindo os erros causados pela incerteza dos parmetros de fabricao. So escolhidos os valores timos de beta, levando em considerao os aspectos de preciso e melhor resoluo para a medio da presso diferencial: = 0,575 o melhor, sob o ponto de vista de erro = 0,600 o melhor, sob o ponto de vista de melhor presso diferencial a ser detectada.

4.4. Dimensionamento
Dimensionar uma placa de orifcio para ser usada em uma tubulao de dimetro D calcular o dimetro d de seu furo, geralmente concntrico. O fator de mrito da placa de orifcio o seu beta, definido como
= d D

onde d o dimetro do orifcio da placa, D o dimetro interno da tubulao. O valor de beta funo dos dados de vazo (vazo mxima, presso diferencial a ser provocada pela placa, densidade do fluido, tipos de tomada e do tipo do fluido, se lquido, vapor superaquecido, saturado ou gases). Ele pode ser conseguido atravs de clculos de formulas matemticas, rguas de clculo especificas, programas de calculadoras eletrnicas. O clculo do beta da placa um processo matemtico iterativo, repetitivo, por causa de hipteses assumidas, a priori. H basicamente, dois modos de clculo: Clculo do beta Assume-se uma queda de presso diferencial padronizada e calcula-se a placa de orifcio. A partir dos dados de vazo (vazo mxima, coeficiente de descarga, densidade, temperatura, presso), assume-se um determinado valor de presso diferencial, e calcula-se o beta da placa. Como o beta depende do

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Vazo
A desvantagem desse dimensionamento, que padroniza a placa e calcula a presso diferencial a ser calibrada, a seleo do elemento sensor de presso diferencial e a no padronizao das faixas calibradas, mais conveniente para a manuteno. Qualquer que seja o tipo de dimensionamento, devem ser considerados os coeficientes de descarga (relao da vazo instantnea/vazo terica calculada), nmeros de Reynolds, tamanho do tubo, correo de compressibilidade, schedule do tubo. equipamento de montagem especial, sem interrupo da vazo. 9. o sistema flexvel, pois o elemento sensor de presso diferencial pode ser zerado durante o processo e pode ser facilmente isolado, quando se usa o conjunto distribuidor de 3 ou 5 vlvulas.

4.6. Desvantagens e Limitaes


As principais limitaes do medidor de vazo a presso diferencial so: 1. a relao vazo e presso diferencial no linear, mas uma relao de raiz quadrada Quando se necessita de um sinal linear, necessrio o uso de extrator de raiz quadrada, o que aumenta o custo da malha e da impreciso do sistema. 2. por causa da relao raiz quadrada entre a vazo e a presso diferencial, a rangeabilidade da medio da vazo ruim: vria entre 3:1 e 5:1. 3. a preciso se degrada com o desgaste e estrago no contorno do furo. A acumulao de sujeira pode introduzir erros grosseiros. Para solucionar esse inconveniente, necessria a inspeo peridica das placas instaladas. 4. a placa apresenta uma grande perda de carga permanente. Ou seja, a presso depois da placa sempre menor que a presso anterior, pois h uma perda de cerca de 40% a 95% da presso diferencial mxima provocada. Valores pequenos de beta do maior perda de carga (cerca de 95%) e grandes valores de beta provocam menor perda (como 40%). 5. o dimensionamento da placa deve ser corrigido pelo numero de Reynolds. Por isso, quando h variaes de viscosidade e densidade do fluido, h erros de medio. 6. problemtico quando se mede vazes pulsantes, com placas de orifcio.

4.5. Vantagens
As principais vantagens da placa de orifcio so: 1. a calibrao do sistema no requer outro medidor padro de vazo, ou seja o orifcio no precisa ser calibrado com a vazo. Os clculos de dimensionamento, conhecidos desde circa 1900, so confiveis. A calibrao consiste apenas calibrar o transmissor ou o elemento sensor de presso diferencial, na bancada. Em vez de se simular a vazo do processo, simula-se a presso diferencial para o qual a placa foi dimensionada. 2. no possui peas moveis, portanto o desgaste mnimo. 3. disponvel em grande variedade de tamanho (entre 2" at 100" de dimetro), tipos de tomadas e de material de construo. 4. pode ser usada para medio de vazo de gases, vapores e lquidos. 5. preo independe praticamente do tamanho. O que mais significativo o preo do flange. O custo do elemento sensor de presso diferencial o mesmo, qualquer que seja o tamanho da tubulao ou do valor da vazo. 6. no h necessidade de lubrificao 7. simplicidade extrema e com preciso aceitvel para a maioria das aplicaes, desde que instalado corretamente. 8. a placa de orifcio pode ser removida, atravs de um

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7. quando se considera o conjunto completo, placa + sensor ou transmissor de presso diferencial, os custos dos equipamentos e sua instalao so caros. 8. em fluidos difceis, que apresentam problemas com condensao, congelamento endurecimento do produto, alta temperatura, necessrio o suo de acessrios especiais, que oneram mais os custos, como cmaras de purga, injeo de vapor, isolamento trmico, poos de selagem, uso de capilares. depois se calcula qual a presso diferencial a ser calibrada no transmissor de vazo.

4.8. Tubo Venturi


Foi desenvolvido em 1877 por Herschel, e por isso tambm chamado tubo Herschel Venturi. um tubo com formato e dimetro padronizadas quanto curvatura de relao, dimetro de entrada (igual ao de sada), dimetro do estrangulamento, grau de afunilamento de entrada e de sada (afunilamento da entrada mais acentuado que o de sada), distncia e colocao das tomadas de alta e baixa presso. Como a placa de orifcio, ele tambm provoca uma restrio vazo e conseqentemente, produz uma queda de presso entre a entrada e a sada. Porm, uma restrio muito mais suave. Essa atenuao da restrio permite a medio de fluidos com slidos em suspenso, sujos, impossvel de ser conseguida com a placa de orifcio. Outra vantagem fundamental sua muito menor perda de carga permanente. Tipicamente, a perda de carga permanente de cerca de 10% da presso diferencial mxima provocada, portanto, em media, cinco vezes menor que a provocada pela placa de orifcio.

4.7. Orifcio Integral


Quando se pretende medir vazes muito pequenas, com a utilizao de placa de orifcio, tem-se uma placa to pequena, que pode ser colocada na tomada de processo do transmissor de presso diferencial. Essa placa, to pequena que pode ser introduzida na tomada de presso chamada de orifcio integral. So pequenas placas, com orifcios calculados e fabricados com preciso de relojoaria. Existem seis tamanhos bitolados e fixos: 0,508mm, 0,864mm 1,511mm, 2,527mm, 4,039mm e 6,350mm.

Fig. 3.6. Orifcio integral ao transmissor A perda de carga permanente do orifcio integral cerca de 100% da presso diferencial medida pelo transmissor. O dimensionamento do furo, e portanto a escolha do orifcio integral, pode ser feito atravs de rguas de clculo especificas. Geralmente, o ponto de partida a vazo mxima. A partir da vazo, escolhe-se o orifcio integral e

Fig. 3.7. Tubo venturi Sua principais vantagens so: 1. pequena perda de carga 2. pode manusear slidos em suspenso no lquido 3. pode medir altas vazes As desvantagens so: 1. custo altssimo 2. construo difcil, geralmente so feitos apenas pelos fabricantes

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Vazo
especializados. A placa de orifcio, por exemplo, pode ser fabricada facilmente na oficina mecnica e de instrumentao da maioria das plantas. 3. so disponveis apenas em tamanho grandes, geralmente com dimetros maiores que 6" 4. menor preciso que a placa de orifcio, pois o acervo de dados experimentais menor processo. Seu custo aproximadamente o custo do transmissor de presso diferencial. Alem disso, menos flexvel, quanto alterao da faixa calibrada e pode ser submetido a menores presses estticas que o transmissor d/p cell. 2. transmissor de presso de diferencial, para a medio de vazo, chamado pela Foxboro de d/p cell. O transmissor mede pequenas faixas de presso diferencial e pode suportar altssimas presses estticas. Possui um grande fator de proteo: a mxima presso de sobrefaixa o prprio valor da presso esttica. Pode ser eletrnico (4-20 mA cc) ou pneumtico (20-100 kPa). disponvel com trs faixas de presso esttica (3 MPa, 10 MPa e 40 MPa), trs faixas de presso diferencial (0-125mm a 0-725mm, 0-500mm a 0,7.250mm, e 05.000mm a 0-21.250mm de coluna d'gua)

4.10.Seleo do Elemento Primrio


Dentro da classe nica de medidor de vazo com gerao de presso diferencial, existem vrios tipos distintos, com o mesmo princpio de funcionamento mas geometrias diferentes. A seleo do elemento primrio mais adequado deve ser uma funo do custo, queda de presso permanente, tipo e localizao das tomadas da presso, preciso, exigncias de trechos retificados. Quando j se decide pelo uso do elemento gerador de presso diferencial para a medio da vazo, recomenda-se o uso da placa de orifcio concntrico. A placa de orifcio a mais simples, conhecida, econmica e pode at ser construda localmente. Quando houver problema tcnico relacionado principalmente com a perda de carga permanente, ento deve ser escolhido outro mais favorvel nesses aspectos, como o bocal, tubo Dall e tubo Venturi.

4.11. Medidor do P
A placa de orifcio e qualquer outro elemento provocador de presso diferencial, insuficiente para a medio da vazo. O elemento primrio, que gera a presso diferencial em funo da vazo, requer o elemento secundrio, que sinta esta presso diferencial. Na pratica, usam-se dois tipos: 1. elemento sensor de presso diferencial, tipo diafragma duplo, tambm chamado de cmara Barton, diafragma Foxboro modelo 37. Esse elemento usado essencialmente quando se tem a indicao, registro ou controle de vazo, com o instrumento conectado diretamente ao

Fig. 3.8. Diafragma ou cmara Barton

Fig. 3.9. Transmissor eletrnico d/p cell

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Vazo 5. Medidor Tipo Alvo (Target)


O princpio de funcionamento do medidor tipo alvo o de converter a fora de impacto, provocada pela vazo, em um alvo em um sinal detectvel, e proporcional vazo do fluido. O mais comum o uso de um transmissor, pneumtico ou eletrnico, que sente a vazo, converte a fora de impacto em um sinal padro, pneumtico ou eletrnico, proporcional ao quadrado da vazo. A relao matemtica emprica mostra que a vazo proporcional raiz quadrada da fora de impacto exercida no alvo. manipula material que tende a se solidificar, como a parafina, possvel se aplicar um trao de vapor, no ponto do fulcro da barra de fora. 2. apresenta bom desempenho: boa preciso, repetitividade. 3. pode medir vazes de lquidos, gases e vapores. As suas limitaes so; 1. deve ser montado em linha 2. deve haver vazo nula para o ajuste de zero 3. os dados de calibrao so limitados.

6. Rotmetro de rea Varivel


O rotmetro de rea varivel constitudo de um medidor cnico, montado verticalmente, com uma haste indicadora. A posio da haste proporcional linearmente com a vazo medida. Pode-se fazer a seguinte analogia com a placa de orifcio: a placa possui um orifcio de rea fixa e a presso varivel com a vazo. O rotmetro funciona com uma presso constante e possui uma rea anular varivel com a vazo.

Fig. 3.10 Medidor alvo (target ) O transmissor de vazo tipo alvo montado em linha, podendo assumir valores entre 3/4" a 4". Pela natureza do dispositivo, ele pode ser zerado, a no ser que haja um contorno do medidor. Para facilidade de calibrao em bancada e para no ser necessria a simulao da vazo do processo, so fornecidos diferentes pesos de calibrao do transmissor. Cada peso corresponde a uma vazo determinada As faixas de medio so limitadas entre 1,5 m3 a 150 m3/h, para gua e entre 44 m3/h a 4.250 m3/h para ar. As suas vantagens e aplicaes so: 1. aplicado para medir vazo de fluido viscoso, com tendncia solidificao nas tomadas. Como o medidor tipo alvo no possui tomada de processo no h esse inconveniente. Quando se

Fig. 3.11. Rotmetro de rea varivel Suas caractersticas, vantajosas ou limitadas, so as seguintes: 1. como a relao vazo x posio da haste linear, a rangeabilidade da medio boa, cerca de 10:1. 2. extremamente simples, e a no ser a limpeza, no requer maiores cuidados de manuteno.

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Vazo
3. pode-se adaptar facilmente dispositivos de alarme de vazo mnima e mxima; basta acoplar dispositivos acionados pela haste de indicao. 4. a medio imune viscosidade. 5. no requer fonte de alimentao, de nenhuma natureza. 6. a perda de carga pequena e constante, porm, no pode ser usado em vazo pulsante. 7. a indicao direta e linear, porm a montagem s pode ser vertical. 8. normalmente montado em linha e s disponvel em pequenos dimetros. Para contornar esses inconvenientes, possvel a montagem em linha de contorno (by pass). 9. o seu material de construo deve ser transparente, para a leitura da posio da haste interna. Quando o material de vidro, o medidor frgil e no pode manusear fluidos txicos, perigosos e corrosivos. Quando se refora mecanicamente o medidor, com partes de metal, o seu custo aumenta. 10.sua preciso ruim. Por isso sua maior aplicao reside em situaes que no requerem grande exatido. Por exemplo, ele usado para medio de gs de purga de selos de bomba e para a alimentao do leo lubrificante de maquinas. 11.apresenta apenas indicao local, no sendo possvel se acoplar a sistemas de transmisso e de integrao. 12.s pode manipular fluidos limpos e lubrificantes. A sujeira no vidro pode afetar a leitura. 13.so aplicados intensivamente para indicao da existncia de vazo, no importando o valor da vazo, em sistema de medio de nvel com borbulhamento de gs inerte ou ar. So os chamados rotmetro de purga. Igualmente, so usados em sistema de proteo de equipamento eltrico em rea classificada, para a indicao da vazo do gs inerte no interior do equipamento.

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Vazo 7. Deslocamento Positivo


Mais que um medidor de vazo instantnea, aplicado para a medio de totalizao de vazo volumtrica ou de massa. O princpio de funcionamento do medidor com deslocamento positivo simples: o medidor separa o lquido em volumes conhecidos, transporta-os de sua entrada para a sada, conta-os e os totaliza. O volume total calculado pelo numero de pacotes, ou segmentos ou quantidades conhecidas que passaram no intervalo de tempo considerado. So medidores mecnicos, com engrenagens e excntricos moveis. Geralmente no necessitam de nenhuma fonte de alimentao: utilizam a prpria energia da vazo do fluido. A energia para acionar essas partes moveis extrada do fluido e por isso h uma perda de carga grande. E como h peas moveis, a preciso pode variar com o desgastes natural dessas peas. possvel a opo de sinal transmitido. 4. no necessita de grandes trechos retos antes de sua montagem, podendo medir vazes de fluidos turbulentos. A preciso pouco afetada pela turbulncia. 5. pode medir grandes faixas de medio, com fcil calibrao. 6. como possui peas moveis, sujeitas a desgastes e folga, pode haver vazamentos, deslizamentos das engrenagens. Por isso necessria uma manuteno peridica. 7. s pode medir fluidos limpos e lubrificantes. proibido o uso para medio de fluidos abrasivos, sujos e corrosivos. 8. seu custo relativamente alto, principalmente quando de grandes dimetros. Suas peas de reposio so muito caras, sua instalao custosa e difcil. 9. apresenta alta perda de carga. Pode se danificar quando mede altas velocidades de fluido e h pequena proteo de sobrecarga. 10. montado em malha. 11.apresenta problema na medio de fluidos que deixam rastro, como lodo, resduos, sujeiras nas peas em contato com o processo.

Fig. 3.12. Medidor a deslocamento positivo H vrios tipos de medidores, quanto aos acionadores do lquido: disco mvel, pisto oscilante, lminas rotatrias, lbulos rotativos. Quanto ao seu desempenho, pode-se dizer o seguinte: 1. como a relao matemtica envolvida linear, apresenta boa rangeabilidade 9cerca de 30:1), alem de ser preciso, repetitivo, desde que no possua folgas, nem desgastes das peas moveis. 2. pode medir fluidos viscosos e imune s variaes de viscosidade. 3. apresente leitura local, podendo facilmente ser acoplado a sistemas de gerao de pulsos, de natureza eletrnica, ptica ou eletromagntica, alem de ser

Fig. 3.13. Medidor a deslocamento positivo

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Vazo 8. Medidor Magntico


8.1. Princpio de funcionamento
O princpio de funcionamento do medidor de vazo magntico a lei de Faraday, que diz ser a fora eletromotriz (militenso) induzida no condutor mvel ao longo do campo magntico proporcional velocidade do condutor. Como a velocidade do fluido diretamente proporcional sua vazo, pode-se medir a vazo atravs da medio da velocidade. A condio necessria para a aplicao do medidor magntico que o fluido seja condutor eltrico. A condutividade mnima exigida de 200 microsiemens por metro. susceptvel de captar interferncia. Algumas configuraes podem ter o tubo medidor de vazo magntico acoplado diretamente ao transmissor, sem o cabo. Opcionalmente usa-se um limpador de eletrodos, que evita a deposio de sujeiras no ponto de tomada do eletrodo. H limpadores do tipo ultra-snico e h limpadores mecnicos. recomendado o uso do limpador, quando o fluido medido tem facilidade de deixar lodo e sujeira no caminho. Quando se tem uma planta com muitos medidores de vazo tipo magntico recomendado a aquisio do calibrador magntico de vazo. um instrumento porttil, que prove um sinal de militenso alternada, em fase e amplitude adequadas, para a calibrao do transmissor eletrnico de vazo.

Fig. 3.15. Tubos medidores magnticos

Fig. 3.14. Funcionamento do medidor magntico

8.3. Tubo Medidor


O medidor magntico de vazo um tubo de ao inoxidvel no ferromagntico, com um revestimento interno no condutor eltrico. Duas bobinas externas produzem um campo magntico no interior do tubo. Como elas so alimentadas com corrente eltrica alternada senoidal, tipicamente de 110 V RMS, 60 Hz, o campo magntico gerado de mesma natureza. O lquido que passa no interior do tubo funciona como o condutor eltrico e induz uma fora eletromotriz proporcional velocidade do fluido, portanto vazo do fluido. Dois pequenos eletrodos, montados verticalmente ao tubo e tangenciando a sua superfcie interna, detectam a fora eletromotriz. A fora eletromotriz detectada uma militenso alternada e linearmente proporcional vazo do fluido.

8.2. Sistema de Medio


O sistema de medio magntica da vazo consiste dos seguintes equipamentos: 1. tubo medidor, 2. transmissor ou condicionador de sinal 3. cabo coaxial blindado, de interligao. O tubo medidor serve para gerar um sinal eltrico proporcional linearmente velocidade do fluido e portanto sua vazo. O transmissor eletrnico de vazo converte esse sinal eltrico no sinal padro de 4 a 20 mA cc e opcionalmente, em um trem de pulsos escalonados. Interligando estes dois instrumentos, usase um cabo coaxial, rigorosamente blindado, pois o sinal de sada do tubo alternado e de baixo nvel, portanto

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Vazo
O interior do tubo de medio deve ser revestido de um material eletricamente isolante. Isso pode ser usado para revestir o interior do tubo com materiais quimicamente inertes ao fluidos manuseados. So comuns: teflon, poliuretano, butadieno, neoprene e outros materiais. Quando aplicados s industrias alimentcias, so disponveis na verso sanitria, que consiste em uma facilidade excepcional de desmontagem, para lavagens peridicas. Geralmente so pintados de branco. Os medidores magnticos so conectados ao processo atravs de flanges, com diferentes classes: ANSI 150 e 300, PN 16 e 40. Como os eletrodos so de tamanho pequeno, praticvel e econmico sua confo com materiais especiais, como Titnio, tntalo platina, monel, hastelloyC. O tubo medidor de vazo e o seu respectivo transmissor so instrumento eltricos e portanto, devem satisfazer as exigncias para o uso na rea de montagem. A maioria constituida na verso de uso geral, para montagem em local seguro. Porm, podem ser montados em locais de Classe I, grupos B, C e D, Diviso 2, classe de temperatura T3. Quando usado em Diviso 1, requer a pressurizao tipo Y, que protege e possibilita o uso de instrumento no incenditivo em Diviso 1. O transmissor , impropriamente, chamado de conversor.

8.5. Vantagens
As principais vantagens do uso do medidor magntico de vazo so: 1. no apresenta nenhuma perda de carga adicional. Ou seja, a perda de carga do tubo medidor de vazo exatamente igual perda de uma tubulao de igual tamanho. 2. como no apresenta nenhuma obstruo linha, ele pode medir vazo de fluidos sujos, corrosivos, abrasivos, com slidos em suspenso, no lubrificantes. 3. a configurao geomtrica do sistema de medio ano critica, podendo medir fluidos laminares e turbulentos. O nico inconveniene a presena de bolhas de ar que introduzem erro, pois a medio de volume. 4. a medio no afetada pela viscosidade, densidade, temperatura ou presso. No afetado, inclusive, pela condutividade, desde que seja mantido o mnimo exigido. 5. no possui peas moveis e desde que a velocidade no ultrapassa o limite de 6,0 m/s, no h desgaste nenhum. 6. a sada analgica e linear, portanto com excelente rangeabilidade.

Fig. 3.16. Transmissor integral ao tubo

8.4. Transmissor de Vazo


O transmissor de vazo recebe na entrada o sinal de militenso alternada de sada do tubo magntico, proporcional vazo e o converte no sinal padro de transmisso de corrente, de 4 a 20 mA cc. Para se obter maior preciso, quando requerido e com custo adicional, o transmissor pode ser calibrado com um tubo especifico, ambos formando um par casado para futura aplicao em conjunto.

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Vazo
8.6. Desvantagens e limitaes
Desvantagens, ele tambm as tem: 1. exige-se a condutividade mnima de 0,1 a 20 microsiemens. 2. o princpio de funcionamento requer o tubo sempre cheio de lquido. Se o formato da frente de onda da vazo assimtrico tambm h erros. Para solucionar esses problemas, recomenda-se, sempre que possvel, montar o tubo medidor na posio vertical, com fluxo ascendente. 3. o medidor montado em linha 4. a caracterstica do medidor seu fator K, inerente a cada medidor, construdo para atender determinados dados de vazo. A calibrao do medidor magntico exige a simulao da vazo conhecida. 5. um instrumento eltrico e portanto sua montagem limitada a locais seguros, ou se exige tcnica adicional de segurana para montagem em local classificado.

9. Turbina
9.1. Princpio de funcionamento
O medidor de vazo tipo turbina prove um sinal de sada igual a um trem de pulsos, com freqncia linearmente proporcional vazo do fluido. O fluido passa no interior da turbina, fazendo girar um rotor em uma velocidade angular que proporcional velocidade do fluido e portanto, proporcional linearmente vazo do fluido.

Fig. 3.18. Turbina e amplificador Um detetor eletromagntico converte a rotao do rotor em um sinal usvel, ou em um trem de pulsos escalonados ou no sinal padro de 4 a 20 mA cc. H turbinas cujos totalizadores ou indicadores so acionados mecnica e diretamente pela vazo. Na turbina clssica, o eixo de rotao da turbina longitudinal ao sentido da vazo do fluido. As laminas da turbina, de material ferromagntico, induzem o trem de pulsos, quando corta o campo magntico. Uma bobina externa com um magntico deteta o trem de pulsos. H tambm turbinas cujo rotor gira tangncialmente vazo.

9.2. Construo
Embora a teoria basica do funcionamento da turbina seja extremamente simples, os detalhes de projeto e construo so muito complexos. Devem ser considerados vrios fatores, tais como: angulo das laminas, nmeros de laminas, mancais para o suporte do eixo de rotao,

Fig. 3.17. Medidor magntico microprocessado

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Vazo
montagem, fixao, retificadores da vazo. desejvel que o fluido sob medio seja lubrificante, porm, com uso mais limitado, so aplicadas turbinas para medio de fluidos no lubrificantes e at de gases. Os fluidos a serem medidos devem ser isentos de sujeira e no podem ser abrasivos, pois destruiriam rapidamente o rotor da turbina. normal o uso de filtro antes do local de montagem da turbina, cerca de 15 dimetro de separao. considerado quando seu local de montagem local perigoso. Sua classificao eltrica deve ser compatvel com o local, bem como sua classe de temperatura.

9.3. Vantagens
As principais vantagens da turbina so: 1. altissima preciso, repetibilidade e confiavilidade 2. sua rangeabilidade a maior entre todos os medidores de vazo, pois a relao matemtica envolvida linear. Tipicamente, tem-se rangeabilidade de 100:1, 50:1. 3. a sada linear, digital (trem de pulsos), adequada para sistemas de totalizao de vazo. A turbina ideal para sistemas de mistura digital (blending). 4. a turbina de pequeno tamanho e peso, sendo fcil instalao. Geralmente ela instalada entre flanges.

Fig. 3.19. Internos da turbina A parte critica da turbina seu mancal. Os mancais esfricos apresentam o melhor desempenho e a mxima faixa de medio. Porm, so usados apenas com fluidos lubrificantes e limpos. Quando os fluidos no so compatveis, em limpeza ou em lubrificao, deve-se usar o mancal tipo luva. Os mancais esfricos possuem retentores metlicos ou de teflon reforado, para diminuir os atritos e manter as esferas na posio correta. A capacidade instalada da turbina deve ser cerca de 30% a 50% maior que a capacidade calculada, para diminuir a perda de carga. A excelente rangeabilidade torna possvel essa folga. Quando a turbina est distante (mais de 60 metros, por exemplo) do instrumento receptor dos pulsos, ou quando os fios de transmisso percorrem regies com elevado grau de interferncia eltricas, deve se usar o pr-amplificador, que refora e condiciona o trem de pulsos. O pramplificador pode ser montado integralmente ao corpo da turbina. A turbina de medio de vazo um instrumento eltrico, normalmente alimentado por tenso alternada de 110V, 60 Hz. Esse fato deve ser

9.4. Desvantagens e limitaes


As limitaes referentes turbina so: 1. montada em linha e para sua calibrao se necessita da simulao de uma vazo conhecida. O fator de mrito da turbina seu fator K, que associa a unidade de vazo frequncia dos pulsos gerados. 2. a turbina possui pea mvel. Embora haja apenas o rotor mvel, h desgaste e folga nos seus mancais de sustentao. 3. ela pode ser danificada por velocidade acima da calculada. Ela no se aplica para medio de vazo de fluidos abrasivos, sujos, corrosivos e de alta velocidade. 4. seu custo elevado, principalmente se considera a colocao do filtro a montagem, o uso do pre-amplificador para distncias acima de 60 metros. 5. a turbina requer longos trechos longos e distrbios podem afetar a medio.

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Vazo 10. Medidor tipo Vortex


O medidor de vazo tipo Vortex foi desenvolvido h pouco aanos e por isso seus dados de aplicao so limitados e muitas pessoas o consideram um instrumento especial, para medio de fluidos especiais. Porm, o medidor de vazo tipo Vortexz deve ser considerado um medidor de uso geral, aplicado a lquidos, vapor e gases.

Fig. 3.21. Medidor tipo Vortex Assim, a colocao do obstaculo provoca o vortex, que uma zona de vazo rotacional. Os vrios fabricantes de instrumentos utilizam diferentes variveis que esto relacionadas com a vazo e o vortex. H variaes no equipamento e na aplicao da tcnica, embora o fenomeno criado seja o mesmo. Por exemplo, a Foxboro utiliza um diafragma selado, cheio de lquido, e com um strain-gage no seu interior. Outros fornecedores utilizam diafragma capacitivo (Kent), cristal piezoeltrico ou bobina detetora de radio frequncia (Fisher & Porter) ou termistor blindado (Eastech). Os formatos do obstaculo usado como ponta de prova para provocar o vortice so diferentes, embora todos tenham obrigatoriamente o contorno abrupto, com os cantos vivos. O medidor Vortex da Foxboro possui o "probe" gerador de vortices em forma de T deitado. O sensor da frequncia (strain gage) montado na parte horizontal do obstaculo, de modo que o prprio obstaculo o protege de possveis sujeiras do fluido medido. O strain gage colocado no interior da capsula mede a presso provocaca pela precesso do vortice, que oscila na frequncia natural do vortice. Esta frequncia proporcional a velocidade da vazo. Na parte superior do transmissor est alojado o circuito eletrnico que condiciona a militenso pulsante detectada, em um sinal analgico de corrente (4 a 20 mA cc) ou em um sinal digital com pulsos apropriados para a totalizao da vazo.

Fig. 3.20. Princpio de funcionamento do vortex: o probe provoca a formacao de vrtices que so detectados e que esto relacionados com a vazo volumetrica do fluido O princpio de funcionamento est baseado na disperso do vortex provocado pela colocao de um obstaculo na passagem da vazo. Se o obstaculo possui uma geometria abrupta, com perfil no suave, o fluido no pode seguir seu contorno e h o aparecimento de um vortex, ou seja, de um turbilhoamento. O voertex disperso em uma frequncia diretamente proporcional velocidade e portanto, vazo do fluido. Outro enfoque do medidor vortex aquele que considera o diferencial de presso em torno do obstaculo, que provoca o vortex. Depois do obstaculo a velocidade diminui e a presso aumenta.

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Vazo
corpo pode ser flangeado (maior que 4") ou do tipo liso (wafer). 3. o medidor no requer manuteno e sua calibrao se conserva durante longos periodos de tempo. No possui peas moveis e h poucas peas de reposio para serem estocadas. 4. a sua sada naturalmente analgica, adequada para o controle e digital, apropriada para a totalizao. 5. o medidor se aplica a lquido, vapor e gs. Ele possui um projeto universal que imutvel e igual para todas as aplicaes. A calibrao s funo do formato e do tamanho do obstaculo e o vortice de Karman um fenomeno natural. Dentro da faixa linear da assinatura do medidor no se requer nova calibrao e a medio imune a vriao da viscosidade, presso, densidade e temperatura; fora da faixa linear ainda possvel a medio, porm, necessria a calibrao do medidor. As desvantagens so: 1. a aplicao comercial do fenomeno recente e pouco conhecida, 2. o medidor montado em linha, possui um fator K e necessita de outro medidor padro para sua calibrao, 3. so disponveis em poucos tamanhos (2" a 8") e acima de 6" muito caro. 4. apresenta perda de carga tipica de 6 psig, que pode provocar cavitao em fluido de baixa presso de vapor, quando a presso esttica baixa. 5. no aplicvel para fluidos sujos e abrasivos, que provocam eroso no obstaculo. No pode ser usado para vazes com numero de Reynolds menores que 3.000; ele adequado para nmeros acima de 104 onde a linearidade plena. 6. a sua faixa de temperatura de trabalho entre -40 e +120 oC.

Fig. 3.22. Partes constituintes do vortex No h ajuste de zero ou de largura de faixa. O medidor vortex possui duas caractersticas: 1. o fator K, que relaciona a sada com a entrada, exprime a a relao dos pulsos por segundo com a vazo. A dimenso de K pulsos por volume. 2. a curva assinatura conseguida, plotando o fator K com o numero de Reynolds. Na h pulsos na sada do medidor vortex quando o numero de Reynolds est abaixo de determinado valor (cerca de 104 e quando a vazo muito pequena e produz uma diferena de presso no detectvel. H uma limitao na velocidade mxima: 6 m/s; acima desta velocidade pode haver eroso e desgaste no obstaculo. A perda de carga permanente aproximadamente constante e vale cerca de 6 psig (40 kPa), na vazo mxima. Esta perda da presso deve ser considerada no dimensionamento, para se evitar a cavitao do lquido medido. As principais vantagens do medidor vortex so: 1. a relao matemtica envolvida linear e como conseqncia, rangeabilidade alta (mnima de 10:1), 2. o custo do medidor instalado pequeno. O medidor pode ser instalado entre flanges. O seu

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Vazo 11. Medidor Coriolis


11.1. Introduo
A massa, ao lado do comprimento e do tempo, constitui a base para toda medida fsica. Como um padro fundamental de medio, a massa no deriva suas unidades de medida de qualquer outra fonte. As variaes de temperatura, presso, viscosidade, densidade, condutividade eltrica ou trmica e o perfil da velocidade no afetam a massa. Tais imunidade e constncia tornam a massa a propriedade ideal para se medir. At recentemente, no existia nenhum mtodo pratico para medir massa em movimento. Os usurios tinham de inferir a massa do volume. Infelizmente, os medidores de vazo volumtrica no medem a massa mas o espao que ela ocupa. Deste modo, deve-se calcular os efeitos da temperatura e presso sobre a densidade, quando deduzir a massa do volume. A medio direta da vazo de massa evita a necessidade de clculos complexos. Ela cuida diretamente da massa e desde que a massa no muda, um medidor direto de vazo mssica linear, sem as correes e compensaes devidas s variaes nas propriedades do fluido. O medidor opera pela aplicao da Segunda Lei de Newton: Fora igual Massa vezes a Acelerao (F = m a). Ele usa esta lei para determinar a quantidade exata de massa fluindo atravs do medidor. A massa do fluido tem uma velocidade linear quando ele flui atravs do tubo sensor. A vibrao do tubo sensor, em sua frequncia natural em torno do eixo, gera uma velocidade angular. Estas foras vibracionais do tubo, perpendiculares vazo do fluido, causam uma acelerao na entrada e uma desacelerao na sada. O fluido exerce uma fora oposta a si prprio, que resiste s foras perpendiculares do tubo, causando o tubo dobrar. Os circuitos eletrnicas do medidor de vazo mssica essencialmente medem esta pequena fora vibratria induzida pela vazo do fluido. Esta fora do fluido proporcional vazo mssica. a mesma fora de Coriolis que causam as correntes de ar circularem em torna da Terra em rotao. Esta fora tambm cria uma precesso giroscpica empregada em sistemas de navegao de navios e avies. A fora de coriolis a nica fora significativa usada na determinao da vazo mssica direta.

Fig. 3.23. Componentes do medidor Coriolis

11.2. Efeito Coriolis


Qualquer objeto movendo acima da Terra com velocidade espacial constante defletido em relao a superfcie de rotao da terra. Esta deflexo foi discutida inicialmente pelo cientista francs Coriolis, na metade do sculo passado e atualmente descrita em termos de acelerao de Coriolis ou da fora de Coriolis. A deflexo para o lado direito, no hemisfrio norte e para a esquerda, no hemisfrio sul. Os efeitos Coriolis devem ser considerados em uma variedade de fenmenos em que o movimento sobre a superfcie da Terra est envolvido; por exemplo: 1. os rios no hemisfrio sul foram mais sua margem esquerda do que a direita e o efeito mais acentuado quanto maior for a sua latitude, 2. no hemisfrio sul, a gua sai da pia girando no sentido horrio, 3. os movimento do ar sobre a terra so governados pela fora de Coriolis,

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Vazo
4. um termo, devido ao efeito Coriolis, deve sempre ser includo em equaes de balstica exterior, 5. qualquer bolha de nvel sendo usada em navio ou avio ser defletida de sua posio normal e a deflexo ser perpendicular a direo do movimento do navio ou avio e devida ao efeito Coriolis. proporcional a vazo mssica e o momento angular da terra.

11.3. Calibrao
O medidor Coriolis necessita da calibrao inicial para a determinao da constante do instrumento e se mantm para qualquer fluido. A verificao ou a recalibrao facilmente feita no campo, pelo usurio. Para uma mola acionada estaticamente, a calibrao com um nico lquido, usando um fluido com nica densidade, seria suficiente para determinar a constante do medidor para todas as variaes de densidade, desde que a rigidez do sistema (constante de mola) seja corrida para as variaes de temperatura. As cargas no so aplicadas estaticamente mas so aplicadas na frequncia de acionamento. Uma funo de transferncia mecnica introduzida em adio a funo esttica. Fig. 3.24. Medidor Coriolis industrial Em um medidor tipo Coriolis, o fluxo do fluido de entrada dividido entre dois tubos curvados, iguais e com dimetros menores que a tubulao do processo. A vazo segue as trajetrias curvas e converge na sada do medidor. Estes tubos esto vibrando em sua frequncia natural, geralmente por um dispositivo magntico. Se, em vez de ser continuamente girado, o conduite vibra, a amplitude e a direo da velocidade angular se alternam. Isto cria uma fora de Coriolis alternada. Se os tubos curvados so suficientemente elsticos, as foras de Coriolis induzidas pela vazo mssica produzem pequenas deformaes elsticas nos tubos. Esta distoro pode ser medida e a vazo mssica inferida dela. Em sua forma mais simples, o medidor de vazo Coriolis possui dois componentes bsicos: o sensor e o transmissor eletrnico. O sensor um conjunto de tubo (um ou dois) instalado na tubulao do processo. O tubo usualmente em forma de U vibrado em uma pequena amplitude, na sua frequncia natural, por meio de um sinal da bobina acionadora. A velocidade angular do tubo vibrante, em combinao com a velocidade de massa do fluido vazante, faz o tubo inclinar. A quantidade de inclinao medida atravs de detetores de posio, colocados nas duas extremidades do tubo em U. Os sinais gerados pelos detetores so levados para um circuito eletrnico, que condiciona, amplifica, padroniza e transmite uma sinal de sada, tpico de 4

11.4. Medidor Industrial


Um objeto se movendo em um sistema de coordenadas que gira com uma velocidade angular, desenvolve uma fora de Coriolis proporcional a sua massa, a velocidade linear do objeto e a velocidade angular do sistema. Esta fora perpendicular junto a velocidade linear do objeto como a velocidade angular do sistema de coordenadas. A Terra constitui o sistema rotatrio. Por causa da fora de Coriolis, um objeto lanado de uma torre alta atingir a terra um pouco a leste da vertical. Neste caso, a velocidade angular est apontada para o norte e a velocidade linear est dirigida para baixo e a fora de Coriolis est na direo leste. Se o movimento do objeto fosse impedido de cair em um longo tubo vertical, esta componente da velocidade dirigida para leste faria o objeto exercer uma fora contra a parede do tubo. Se o lquido bombeado atravs deste tubo, a fora de Coriolis contra o tubo

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Vazo
a 20 mA cc. Nenhum componente a estado solido fica prximo do tubo e, como consequncia, pode-se manipular fluidos em alta temperatura. O transmissor eletrnico pode ficar at 300 metros de distancia do sensor. Quando a vazo passa pelo tubo vibrante, o efeito Coriolis ocorre, causando uma inclinao no tubo durante sua vibrao. A inclinao medida com um tempo de atraso entre as laterais do tubo e a medio processada como uma onda senoidal. O tempo de atraso diretamente proporcional a vazo mssica instantnea. Independente da inclinao, a frequncia de vibrao do tubo varia com a densidade do fluido do processo. Deste modo, alm da medio da vazo mssica (maioria das aplicaes) podese medir tambm a densidade do fluido (minoria das aplicaes). Um sensor de temperatura, normalmente um bulbo de resistncia, tambm usado para monitorar a temperatura, que influi na mdulo de Young do tubo metlico. Nada fica em contato com o fluido, exceto a parede interna do tubo, que feito normalmente de ao inoxidvel AISI 316L. Como somente a massa em movimento medida, a encrustao de material no tubo sensor no afeta a calibrao do medidor. Portanto, os medidores volumtricos usados para medir a vazo mssica no podem ser to precisos quanto os instrumentos usados para medir diretamente a massa. As faixas de vazo variam de 10 gramas/minuto at 20.000 kg/minuto. Os medidores so disponveis em tamanhos de at 6" de dimetro. Normalmente no h consideraes ou imposies acerca de trechos retos a montante e a jusante. A maioria dos medidores no necessita de trechos retos vizinhos ao medidor. No h peas moveis e os tubos so virtualmente sem obstruo. O medidor pode ser limpo no local e auto-drenado com a prpria configurao e orientao do tubo. So disponveis tambm verses sanitrias.

11.6. Aplicaes
Os medidores de vazo Coriolis podem medir lquidos, inclusive lquidos com gs entranhado, lquidos com slidos, gases secos e vapor superaquecido, desde que a densidade do fluido seja suficientemente elevada para operar corretamente o medidor. Os medidores so disponveis em tamanhos variado de 1" a 6". A habilidade do medidor de vazo Coriolis medir a densidade tem muitas aplicaes. As densidades de lquidos podem ser medidas com altissima preciso e em linha, sem os inconvenientes e atrasos da amostragem. A densidade pode ser usada para determinar a percentagem de material na vazo pela massa (percentagem de slidos) ou volume total. H aplicaes de medidor Coriolis porttil, montado em uma mesa com rodas, para totalizao e monitorizao de transferncia de material em processo batelada de indstria farmacutica. Um nico medidor pode ser instalado, quando necessrio, em um de vrios pontos, substituindo, a montagem de vrios medidores permanentes. O medidor nico serve uma grande rea porque rara a necessidade de mais de uma medio ao mesmo tempo. Tem-se, assim, um sistema econmico e de altas preciso e confiabilidade.

11.5. Caractersticas
A sada do medidor linear com a vazo mssica, de zero at o valor mximo especificado. O circuito eletrnico pode gerar sada analgica e digital. A sada digital tem frequncia ajustvel continuamente entre 0 e 3 kHz e 0 a 15 kHz. A sada analgica mais comum a de 4 a 20 mA cc. A sada pode ser escalonada em qualquer unidade de engenharia. A preciso tipicamente estabelecida entre 0,2 a 0,4% da vazo medida, com rangeabilidades iguais ou maiores que 25:1. Elas medem diretamente em unidades de massa. Com medidores volumtricos, a temperatura ou a presso esttica ou ambas deviam ser medidas para a determinao da vazo de massa.

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Vazo
11.7. Limitaes
Os problemas que aparecem nestes sistemas de medio de vazo de Coriolis esto relacionados com a sensibilidade a vibrao e a alta temperatura, falhas do circuito eletrnico, rupturas do tubo em soldas internas e entupimento do tubo por fases secundrias. A maioria dos problemas pode ser resolvida com melhorias do projeto. Tubos curvados de vrios formatos reduzem o tamanho e peso de corpo do medidor e diminuem a perda de carga permanente em mdias e altas velocidades. A distoro do tubo pode ser medida sem a necessidade de se ter um ponto ou plano de referncia para o movimento do tubo. Maiores relaes sinal/rudo e correo de desvio de zero melhoram o desempenho do instrumento. Adicionalmente os medidores so menos sensveis a vibrao e mais faceeis de serem instalados. A vazo divergente entre os dois tubos no mais necessitam ser distribuda igualmente para manter a preciso e novos projetos eliminam a necessidade de soldas internas nas extremidades do tubo. Como a vazo separada em dois tubos com dimetros menores que o dimetro da tubulao de processo, ocorre o aparecimento freqente de fase secundria no medidor, quando no cuidadosamente instalado. A perda de presso pode ser substancialmente maior do que em outros tipos no-intrusivos e portanto, pode haver o aparecimento de cavitao e flasheamento de lquidos volteis. Os problemas ocorrem mais freqentemente na partida de sistemas mal instalados do que de falhas mecnicas ou eletrnicas. Portanto, a instalao deve ser estritamente de acordo com as recomendaes do fabricante.

12. Medidor termal


12.1. Princpio de Funcionamento
Os medidores de vazo termais podem ser divididos em duas categorias: 1. medidor de vazo que mede o aumento na temperatura do fluido aps uma conhecida quantidade de calor ter sido adicionada ao fluido. Ele podem ser chamado de medidor de vazo a transferncia de calor, 2. medidor que mede o efeito do fluido vazante sobre um corpo aquecido. Este medidor tambm chamado de probe de fio quente ou medidor de vazo com termo pilha aquecida. Ambos os tipos so de energia aditiva, onde o calor usualmente produzido por uma fonte eltrica. Os medidores termais medem a vazo mssica instantnea, uma caraterstica desejvel, especialmente para o servio de gs.

12.2. Medidor a Transferncia de Calor


A teoria do medidor de vazo a transferncia de calor baseada nas equaes de calor especifico: Q = W c p (T2 T1 )
onde

Q o calor transferido (J/s), W a vazo mssica do fluido (kg/s) cp o calor especifico do fluido (J/kg oC) T1 a temperatura do fluido antes da transferncia de calor para ele, (oC) T2 a temperatura do fluido depois da transferncia de calor para ele, (oC) Resolvendo a equao para a vazo tem-se: W= Q c p ( T2 T1)

O calor adicionado ao fluido atravs de um aquecedor eltrico imerso nele. A potncia do aquecedor igual ao calor

297

Vazo
transferido ao fluido (Q) e medida por um wattmetro. T1 e T2 so medidos por termopares ou RTDs. Desde que o fluido seja conhecido, seu calor especifico tambm conhecido. Assim, medindo-se Q, T1 e T2, calcula-se a vazo mssica W. A diferena de temperatura (T2 - T1) pode ser medida diretamente. Este medidor apresenta vrios problemas: 1. os sensores de temperatura e o aquecedor devem ser colocados no jato da vazo, podendo ser danificados pela corroso ou eroso, 2. a integridade da tubulao sacrificada, pela colocao dos sensores e do aquecedor, aumentando o perigo de vazamentos. Para evitar estes inconvenientes, os sensores e o aquecedor podem ser montados externamente tubulao. Nesta configurao, o mecanismo de transferncia de calor se complica e a relao fica no-linear. Quando um fluido vaza numa tubulao, um filme fino existe entre o corpo principal do fluido e a parede da tubulao. Quando o calor est passando atravs da parede da tubulao para o fluido, esta camada oferece uma grande resistncia ao fluido de calor e deve ser considerada nos clculos de transferncia de calor. Agora, se o aquecedor suficientemente isolado e o material da tubulao um bom condutor eltrico, a transferncia de calor do aquecedor para o fluido pode ser expresso por Q = h A (Tparede - Tfluido) onde h o coeficiente de transferncia de calor do filme, funo da vazo laminar ou turbulenta, A a rea da tubulao, atravs da qual passa o calor Tparede a temperatura da parede, Tfluido a temperatura do fluido. O sensor da temperatura a jusante colocado prximo do aquecedor, de modo que ele mede Tparede. O sensor da temperatura a montante localizado onde as temperaturas da parede e do fluido estejam iguais, em equilbrio. Assim, a vazo instantnea obtida medindo-se a diferena de temperatura, conhecendo a geometria do medidor, a condutividade termal, a capacidade termal e a viscosidade do fluido e mantendo a potncia do aquecedor constante. O medidor funcionaria tambm mantendo a diferena de temperatura constante e medindo a potncia do aquecedor requerida para tal. Quando se constri e usa um medidor de vazo termal, deve-se estar seguro que: 1. o calor transferido, 2. o fluido est vazando de acordo com os mecanismos. Este instrumento deve ser calibrado ou pelo fabricante ou pelo usurio, sob condies que sejam iguais ou prximas s reais de operao.

Fig. 3.25. Medidor de vazo termal

298

Vazo 13. Medidor ultrassnico


13.1. Introduo
A classe ultra-snica de medidores de vazo possui dois tipos diferentes: tempo de propagao ou tempo de trnsito e a efeito Doppler. Para a maioria dos medidores ultra-snicos, a energia eltrica usada para excitar um cristal piezoeltrico em sua frequncia de ressonncia. Esta frequncia de ressonncia transmitida na forma de onda, viajando velocidade do som, no fluido e no material onde o cristal est tocando. a 5% da vazo medida, com rangeabilidades de vazo de 10:1 a 40:1. Como estes medidores so nointrusivos, a perda de carga permanente essencialmente zero. Os transdutores podem ser grampeados do lado de fora da tubulao. Matematicamente, tem-se

t AB = L /(C + V cos )
e

t BA = L /(C V cos )

13.2. Tipo Diferena de Tempo


O medidor de vazo ultra-snico a diferena de tempo ou tempo de trnsito mede a vazo, medindo o tempo gasto pela energia ultra-snica atravessar a seo do tubo, indo a favor e contra a vazo do fluido dentro da tubulao. Os tempo de propagao da onda ultrasnica, atravs do fluido, so diferentes, quando no sentido da vazo e quando no sentido contrario. A diferena no tempo de trnsito das ondas, a favor e contrario vazo, proporcional a vazo do fluido. H uma diferena de tempo de propagao, por que quando a onda viaja contra a vazo, a sua velocidade levemente diminuda e quando viaja a favor da vazo, a velocidade da onda sonora levemente aumentada. Neste medidor, uma onda de presso de alta frequncia projetada, sob um ngulo preciso, atravs da tubulao. Quando a onda transmitida atravs do fluido na direo da vazo, sua velocidade aumenta. Quanto ela transmitida contra a direo da vazo, sua velocidade diminui. Do ngulo entre a trajetria da onda e a vazo do fluido e da velocidade da onda no fluido pode se determinar a velocidade mdia do fluido. A vazo volumtrica pode ser inferida desta medio da velocidade da vazo. Como a onda de ultra-som no pode ser dispersa pelas partculas no fluido, estes medidores so normalmente usados para medir a vazo de lquidos limpos. As precises podem variar de 1

onde C a velocidade do som no fluido, V a velocidade do fluido na tubulao, L o comprimento do trajeto acstico, o ngulo do trajeto, em relao ao eixo da tubulao, tAB o tempo medido de trnsito entre A e B tBA o tempo medido de trnsito entre B e A A diferena de tempo d

t = t BA t AB = 2 L V cos / C
Simplificando,

V =K
onde

t t2 A

transdutores.

t A -tempo mdio de trnsito entre os

Fig. 3.26. Princpio de funcionamento do medidor ultra-snico O tipo mais simples e mais econmico envia uma nica onda atravs do fluido e tem dois transdutores

299

Vazo
montados com ngulo de 180 graus afastado do tubo. O raio faz a mdia do perfil da velocidade ao longo de sua trajetria e no cruza a rea do tubo. Isto torna o medidor dependente do perfil da velocidade, que, por este motivo, deve ser estvel. Trechos retos de tubulao so normalmente recomendados para eliminar a distoro e os redemoinhos. As bolhas de ar no fluido, ou os redemoinhos e os distrbios gerados por acidentes antes do medidor podem espalhar as ondas de ultra-som, causando dificuldades na medio. As variaes da temperatura do processo podem alterar a velocidade do som no fluido, piorando o desempenho do medidor. H problemas com medies de pequenas vazes, pois h muito pequena diferena entre os tempos de transmisso a favor e contra a vazo do fluido. quando o trem est tambm parado ou em movimento. Na aplicao industrial, quando um raio ultra-snico projetado em um fluido no-homogneo, alguma energia acstica refletida de volta para o elemento sensor. Como o fluido est em movimento com relao ao elemento sensor e o som espalhado se move com o fluido, o sinal recebido difere do sinal transmitido de um certo desvio de frequncia, referido como o desvio de frequncia Doppler. Este desvio de frequncia diretamente proporcional a vazo. Estes medidores no so normalmente usados com fluidos limpos, porque uma quantidade mnima de partculas ou bolhas de gs devem estar no fluido. As bolhas de gs podem ser criadas no fluido para fins de medio. A precises geralmente variam de 2 a 5% da vazo medida. No h usualmente restries para a vazo ou para os nmeros de Reynolds, exceto que a vazo deve ser suficientemente rpida para manter os slidos em suspenso. Relao Matemtica Uma onda ultra-snica projetada em um ngulo atravs da parede da tubulao no lquido, por um cristal transmissor em um transdutor colocado fora da tubulao. Parte da energia refletida pelas bolhas ou partculas no lquido e retorna atravs das paredes para um cristal receptor. Desde que os refletores estejam viajando na velocidade do fluido, a frequncia da onda refletida girada de acordo com o princpio Doppler. Combinando as leis de Snell e de Doppler, tem-se a velocidade: V= f C t 2fo cos

13.3. Tipo Diferena de Frequncia


No medidor a diferena de frequncia, ajustam-se as frequncias de dois osciladores, uma em fAB e a outra em fBA, onde se tem: fAB = 1 t AB 1 t BA

fBA =

A relao entre a diferena das frequncias e a velocidade da onda dada por: V= f L 2 cos

13.4. Efeito Doppler


O efeito Doppler foi descoberto em 1842 e usado atualmente em sistemas de radar (ar) e sonar (gua) e em estudos mdicos e biolgicos. A demonstrao prtica do efeito Doppler escutar o apito do trem ou a buzina do carro. A qualidade tonal (frequncia) diferente para o observador esttico

ou, escrevendo de modo simplificado:

V = K f onde f a diferena entre a frequncia transmitida e a recebida fo a frequncia de transmisso

300

Vazo
o ngulo do cristal transmissor e receptor com relao ao eixo da tubulao Ct a velocidade do som no transdutor. A velocidade uma funo linear de f. Desde que se possa medir o dimetro interno da tubulao, a vazo volumtrica pode ser medida, multiplicando-se a velocidade pela rea da seo transversal. Realizao do Medidor O projeto mais popular com um nico transdutor. Os cristais transmissor e receptor esto ambos contidos em um nico conjunto transdutor, montado externamente tubulao. O alinhamento dos cristais feito pelo fabricante do medidor. No projeto com transdutores duais, o cristal transmissor montado separadamente do cristal receptor, ambos externas tubulao. O alinhamento mantido por um conjunto apropriado. Aplicaes Como com o tempo de trnsito e outros medidores de vazo, a tubulao deve estar completamente cheia, para se ter a medio da vazo correta. O transdutor com efeito Doppler indica a velocidade em uma tubulao parcialmente cheia, desde que o transdutor esteja abaixo do lquido na tubulao. Os fabricantes especificam a distancia mnima do medidor para os provocadores de distrbio, como vlvula, cotovelo, te, bombas, tipicamente 10 a 20 D antes e 5 D depois do medidor. O medidor a efeito Doppler se baseia nas bolhas ou partculas no fluido para refletir a energia ultra-snica. Os fabricantes especificam o limite mnimo de concentrao e tamanho de slidos ou bolhas nos lquidos para operao confivel e precisa. Os medidores ultrasnicos a efeito Doppler so efetivos com lquidos misturados com slidos (slurries). Porem, quando a mistura altamente concentrada, as ondas ultrasnicas no penetram suficientemente no fluido, por causa da reflexo no fluido prximo da parede da tubulao, que se move muito lentamente. Variaes na densidade da mistura tambm introduzem erro.

Fig. 3.27. Medidor ultra-snico industrial A vazo deve estar na velocidade tpica de 2,0 m/s mnima para os slidos em suspenso e 0,75 m/s para as bolhas entranhadas. O medidor a efeito Doppler opera independente do material da tubulao, desde que ele seja condutor snico. Tubulao de concreto, barro e ferro muito poroso, podem absorver a energia ultra-snica e podem no trabalhar bem com um medidor tipo Doppler. Deve-se tomar cuidado com tubo de plstico reforado com fibra de vidro; os resultados so excelentes com tubulao de plstico, como de PVC. O medidor geralmente barato para comprar, para instalar e para usar. Entretanto, a necessidade de mltiplos conjuntos de transdutores aumenta o custo da instalao. Muitas vezes, os transdutores so montados do lado de fora da tubulao por meio de epoxi.

Apostila\Instrumentao

33Vazo.doc

18 OUT 00 (Substitui 15 DEZ 9815 DEZ 98)

301

3.4 Nvel
1. Conceitos Bsicos
1.1. Introduo
O nvel em um tanque, vaso ou silo pode ser detectado atravs de diferentes tcnicas. O objetivo deste trabalho o de ajudar o leitor a estreitar e focalizar o sistema mais adequado para sua aplicao. A seleo do sensor de nvel deve considerar as caractersticas desejveis e irrelevantes, tais como movimento (onda) no nvel, possibilidade de entupimento, influncia de deposio e revestimento do sensor, necessidade de purga, confiabilidade, preciso, exigncia de legislao ou de contrato. Sob o ponto de vista de manuteno alguns sensores que no fazem contato fsico com o fluido cujo nvel medido, (como radar, ultra-snico, laser ou capacitncia) ou aqueles que podem ser montados externamente (como radiao, microondas, clula de carga), so mais vantajosos. Alm da manuteno, devem ser considerados outros fatores, tais como a influncia das variaes da temperatura , densidade, composio e umidade do fluido e a possibilidade de compensao. Pode-se medir nvel de lquido e slido. Porm, as caractersticas do material medido fundamental, pois pode haver slidos em suspenso nos lquidos, espumas, gases entranhados. A granulao dos slidos tambm importante na medio do nvel. Materiais que so difceis de manipular (corrosivos, sujos, txicos) devem ser medidos atravs de sensores sem contato. 302 A medio do nvel pode ser contnua ou discreta. Principalmente, em aplicaes de intertravamento (chaves de nvel), devese usar medies discretas, que geralmente so mais simples. Enfim, a escolha do melhor sistema de medio de nvel deve incluir, mas no se limitar a: 1. custo de propriedade, que envolve custo inicial, acessrios, manuteno, calibrao, operao e custo do processo parado por causa do mau funcionamento do sistema 2. preciso, que envolve linearidade, rangeabilidade, repetitividade, histerese 3. faixa de medio, incluindo valor mnimo, mximo e ponto de trabalho 4. especificaes de presso e temperatura do processo 5. materiais de construo compatveis com os produtos do processo

1.2. Conceito
O nvel pode ser considerado a altura da coluna de lquido ou de slido no interior de um tanque ou vaso. O nvel no se aplica a gases em tanque de teto fixo, pois o gs sempre ocupa todo o espao (pessoal de gasmetro pode ter aplicaes de medio de nvel de gs tem vaso de teto flutuante). Em aplicaes industriais, pode se ter um vaso com dois lquidos no miscveis e se quer medir a interface desses dois lquidos.

Nvel
1.3. Unidades
A unidade de nvel deveria ser a unidade de comprimento, pois o nvel a altura de uma coluna de lquido. Porm, prtica universal se referir ao nvel como percentagem: o nvel tem um nvel que varia entre 0 e 100%, podendo assumir todos os valores intermedirios. usar: peso com cabo, radiao, microondas e ultra-snico. A maioria dessas aplicaes usam tomada por topo. Em aplicaes de transferncia de custdia, usam-se clulas de carga para a determinao do peso do tanque. Vaso pressurizado A medio do nvel de vaso pressurizado naturalmente mais complicada. A presso alta limita o nmero de sensores disponveis, torna mais difcil a operao, calibrao e manuteno do sistema. Em medies baseadas em presso diferencial, torna-se necessrio fazer a segunda tomada, com os problemas associados de selagem, purga, elevao ou supresso de zero. A medio do nvel do tanque pressurizado pode ser dividida em duas categorias: 1. nvel de lquido limpo 2. nvel de lquido mal comportado A indicao de nvel de lquido limpo pode ser o visor de nvel. Mesmo quando h transmisso, usa-se o visor como reserva e para comparao. A medio torna-se complicada quando se tem alta presso e fluido sujo. A escolha do sistema de medio de nvel depende muito do tipo de indstria. As refinarias de petrleo utilizam muito o sistema com deslocador, para lquidos limpos pressurizados. A instalao confivel, precisa, robusta e segura. Na indstria petroqumica, muito usado o sistema com presso diferencial. Este sistema tem custo inicial menor que o do deslocador, tambm confivel, precisa, flexvel e pode ser usada com fluido complicado. O problema do sistema com presso diferencial a conexo de baixa, que pode requerer leo de selagem. O selo pode ter a densidade variada com a temperatura ambiente, requer inspees peridicas. O repetidor de presso pode substituir o selo, porm, isso aumenta o custo e piora a preciso. Mesmo assim, o sistema com presso diferencial o mais usado, para amplitude de faixa de nvel maior que 1,5 metro. Outros sistemas, como capacitncia, radiao e ultra-snico so tambm usados em tanques pressurizados, quando

Fig. 4.1. Medidores de nvel de tanque

1.4. Aplicaes
As aplicaes da medio de nvel podem ser agrupadas pelo servio como: 1. vaso presso atmosfrica 2. vaso pressurizado 3. transferncia de custdia Vaso atmosfrico A medio de nvel de lquido em tanque aberto para a presso atmosfrica a mais fcil. A instrumentao pode ser instalada e removida do tanque para calibrao e reparo, sem necessidade de drenar o tanque. Geralmente o indicador de nvel pode ser instalado altura do olho e por isso o operador no precisa subir no vaso para fazer a leitura. A indicao pode ser feita tambm manualmente, para verificar e calibrar a indicao do instrumento. Geralmente a indicao de nvel de slidos tambm feita presso atmosfrica, porm ela mais difcil e menos flexvel que a medio de lquido Para a medio de nvel, o slido menos previsvel que o lquido. Os dispositivos que podem determinar o nvel de um ponto de slidos incluem: lamina rotativa, diafragma, radiao, ultra-snico, vibrao, ptico, microondas e condutncia. Para a medio contnua de slidos, pode-se

303

Nvel
o deslocador e o d/p cell no forem satisfatrios. Vaso para transferncia de custdia comum e h contratos comerciais entre firmas para a compra e venda de produto, cujo faturamento baseado na medio do nvel dos tanques de estocagem. Estes tanques podem estar presso atmosfrica ou pressurizados. Essas medies de nvel requerem a mxima preciso possvel. Por exemplo, um tanque de armazenamento tpico pode armazenar 750 000 barris API (American Petroleum Institute) pode ter dimetro de 105 m (345 ft) e so necessrios 30 m3 (8000 gales) para elevar o nvel de 25 mm (1 ). Assim, uma incerteza de 25 mm (1 ) representa uma perda (ou ganho) de 30 m3 (8 000 gales). Nestas aplicaes de transferncia de custdia baseada no nvel, deve se esforar para ter boa confiabilidade, alta preciso e grande resoluo na medio do nvel. Fluido mal comportado Fluidos mal comportados so aqueles difceis de serem manipulados, por algum ou vrios dos seguintes motivos: 1. lquido com sujeira slida em suspenso, que pode entupir furos, conexes e tomadas de processo 2. lquido corrosivo, para o qual difcil escolher material de construo de sensores compatvel 3. lquido com vapores txicos, que nunca pode vazar ou ter emisses para o ambiente 4. lquido agitado, de modo que as ondulaes da superfcie provocam erros na medio do nvel 5. lquido que seja facilmente deposto nos sensores, modificando suas propriedades eltricas (resistncia, capacitncia, condutividade) 6. lquido com vapores que atrapalham a deteco por radiao ou meio ptico 7. lquido cuja agitao provoca espuma na superfcie livre 8. lquido que evapora baixa temperatura, provocando espuma e bolhas de ar e alterando a presso hidrosttica da coluna liquida 9. processo com agitador; o agitador impede a colocao de sensores no local e tambm provocam ondulao na superfcie livre o lquido 10. slidos com granulao no uniforme

2. Medio de Interface
A deteco da interface entre dois lquidos imiscveis se baseia na diferena de alguma propriedade dos dois lquidos, como densidade, constante dieltrica, condutividade termal ou eltrica, opacidade ou transmitncia ultra-snica. Deve-se escolher a propriedade que tenha a maior diferena. O meio mais antigo de medir interface de dois lquidos atravs da presso diferencial, tomando-se P1 no lquido mais pesado e P2 no mais leve. Em tanque aberto para a atmosfera, pode-se colocar trs borbulhadores. Nesta aplicao, a densidade do lquido mais leve constante e a do lquido mais pesado pode ser varivel. A condio para o sistema operar que o movimento da interface dos lquidos seja suficientemente grande para provocar uma diferena de presso maior que a amplitude de faixa do transmissor. Quando a diferena entre as constantes dieltricas grande (como na dessalinizao de leo cru) pode-se usar detectores capacitivos. Em poos de petrleo pode se usar sensores ultrasnicos para interface de gua doce e salmoura. Em lquidos limpos, pode-se aplicar bia e deslocador para medir interface. A bia deve ter uma densidade maior que o lquido mais leve e menor que o lquido mais pesado (ou seja, sua densidade deve estar entre as duas densidades dos lquidos). No caso do deslocador, ele deve ser mantido sempre coberto, tornando-se um medidor de densidade. A densidade do deslocador pode ser igual ou maior que a densidade do lquido mais pesado. Sensores nucleares podem fazer a deteco contnua de interface entre cinza e carvo em cmara de combusto fluidizada ou entre dois lquidos mal comportados.

304

Nvel 3. Medio de Nvel


Os mtodos de medio de nvel tambm so numerosos. H dezenas de diferentes princpios de operao, alguns muito antigos e outros recentes e ainda no comprovados. Comercialmente, os princpios bsicos de medio de nvel so os seguintes: 1. visor 2. bia 3. presso diferencial 4. borbulhamento (presso diferencial) 5. deslocador, (fora de empuxo) 6. radiao nuclear 7. radar 8. ultra-snico 9. capacitivo 10.laser 3. leitura direta 4. alta confiabilidade

Fig. 4.2. Visor de nvel As desvantagens so: 1. Aplica-se apenas para a indicao local de fluidos no transparentes. 2. Dependendo da geometria do sistema, os visores podem assumir tamanhos muito grandes e pouco prticos para manuseio. 3. Quando de vidros, so frgeis e podem quebrar se mal manipulados. 4. Limitados a material no txico, presso de 100 kPa (15 psi) e temperatura de 100 oC. 5. No servem para a indicao remota, nem para transmisso, sequer para o controle. Aplicaes com transmisso tornam o sistema complicado e caro. A preciso do sistema de medio de nvel com visor depende basicamente do tamanho e divises da escala associada.

4. Visor de nvel
Ao contrrio das outras variveis de processo que so invisveis, como a temperatura e presso, o nvel de um lquido pode ser facilmente visto, desde que as paredes do recipiente sejam transparentes e o lquido no o seja. O visor o medidor de nvel mais simples possvel e consiste de uma parede de vidro ou outro material transparente, geralmente com uma escala graduada. Um dos inconvenientes do visor sua fragilidade, por ser construdo de vidro. comum o uso de armaduras e proteo metlicas, para aumentar a resistncia mecnica do visor. Outra tcnica usar paredes mais grossas ou mesmo, usar materiais transparentes mais resistentes, como fibra de vidro e plsticos. Por questes de flexibilidade, facilidade de manuteno e para fugir s eventuais agitaes do lquido, muito freqente o uso de visores em tubos paralelos aos tanques principais. Esses tubos, construdos especialmente para a indicao do fluido, so ligados aos tanques principais, atravs de uma tomada, no mnimo. A tomada deve ser pouco abaixo ou igual ao nvel mnimo. Quando o tanque fechado deve haver uma segunda ligao, acima do nvel mximo. O princpio dos vasos comunicantes garante que o nvel do tanque principal igual ao nvel da extenso. As vantagens do visor de nvel so 1. simplicidade extrema 2. baixo custo

305

Nvel
4.1. Medidor com Bia
A medio de nvel por bia direta e extremamente simples e usada em tanque aberto para a atmosfera. A bia ou flutuador est em contato direto com o lquido do processo e presa por um cabo a um contrapeso, passando por uma polia. A partir desse ponto, h vrios tipos diferentes de indicao. H sistema onde o prprio contrapeso estabelece o valor do nvel Tem-se uma escala invertida de 100% a 0%. Quando o tanque est vazio, o flutuador est baixo, o contrapeso est na altura mxima. Quando o tanque est cheio, o flutuador est no topo do tanque e o contrapeso no ponto mais baixo. Escala 5 4 3 2 1 Chave

Fig. 4.4. Indicador de nvel e trip acionado por bia Finalmente existe a chave de nvel, tipo bia. Ou seja, tem-se o acionamento de elemento final de controle, diretamente pela posio de uma bia de nvel. Esse sistema utilizado extensivamente a toda alimentao de gua, em instalaes caseiras. Quando o nvel da caixa d'gua atinge o seu mximo, ele eleva a posio de uma bia, que est acoplada mecanicamente a um dispositivo para abrir-fechar a tubulao de alimentao da caixa. A bia importante porque pode ser associada com outros sensores de nvel, como ultra-snico e capacitivo. Embora simples, os sistemas com bia so de preciso media (1% do fundo de escala) e so usados principalmente para proteo.

Fig. 4.3. Bia ligada rgua Outros sistemas acoplam engrenagens mecnicas na polia, de modo que a rotao da polia estabelece o nvel do lquido. H ainda a possibilidade de se acoplar um potencimetro eltrico polia, de modo que a rotao da polia estabelece a posio do terminal do potencimetro, possibilitando a gerao de um sinal eltrico dependente do nvel. O sistema de medio de nvel com bia pode ser aplicado a tanque pressurizado, quando se coloca um selo entre o processo e o indicador. Na maioria dos casos, o movimento da bia transferido para o mecanismo de indicao por acoplamento magntico ou por foles pneumticos e links mecnicos.

Fig. 4.5. Chaves de nvel com bia

306

Nvel
4.2. Presso Diferencial
As alteraes do nvel podem causar alteraes proporcionais em outras variveis de processo, mais facilmente detectveis. Assim, tambm se pode medir o nvel de um lquido por inferncia, atravs da medio de outra varivel de processo. Um mtodo clssico de medio de nvel de lquido atravs da presso exercida pela coluna lquida. A presso hidrosttica, resultante da coluna do lquido, diretamente proporcional ao valor dessa coluna de lquido. A presso em um ponto do lquido proporcional ao nvel acima desse ponto de referncia. Matematicamente, tem-se: p = g L onde p a presso hidrosttica, no fundo do tanque, ou no nvel 0. a densidade absoluta do lquido g a acelerao da gravidade do local L a altura do lquido ou o nvel do lquido acima do fundo do poo. Como conseqncia, desde que a acelerao da gravidade e a densidade do lquido sejam constantes, a presso hidrosttica diretamente proporcional altura da coluna liquida. A altura do lquido seu nvel. A presso hidrosttica, no fundo de cada tanque, independente do formato do recipiente e depende apenas da altura e da densidade do lquido. O princpio de operao simples, o problema se resume na medio da presso no fundo do tanque, quando aberto e na medio da presso no fundo e no topo, quando o tanque fechado e pressurizado. Assim, a medio do nvel da coluna liquida se transfere para medio de presso, manomtrica ou diferencial, com todos os artifcios de selagem e purga, quando o fluido do processo corrosivo, txico ou sujo. A medio do nvel pode ser feita localmente, ao lado do tanque, pela colocao do elemento sensor de presso, acoplado diretamente ao indicador ou ao registrador. O elemento sensor mais utilizado o diafragma ou a cmara Barton.

(a) Tanque aberto (b) Tanque fechado Fig. 4.6. Medio de nvel presso diferencial Geralmente, a medio da presso diferencial (tanque fechado) ou manomtrica (tanque aberto), proporcional ao nvel do tanque, feita atravs do transmissor, tipo d/p cell com a cpsula diafragma como elemento sensor. Para esse tipo de medio de nvel atravs da presso diferencial, h vrios tipos para a tomada de alta presso, aquela prxima ao fundo do tanque: 1. tomada convencional, atravs de rosca fmea, tipicamente 1/2" NPT. Quando o lquido perigoso para a cpsula, utiliza-se uma coluna liquida de selagem, entre a tomada do tanque e o corpo do transmissor. 2. tomada tipo flange plana, quando a tomada do processo do tipo flangeado e quando no h problema de decomposio de material na tomada. 3. tomada tipo flange com extenso, quando a tomada do processo tambm flangeada e se deseja manter a superfcie sensvel da cpsula em contato direto com o processo, evitando-se a deposio de produtos na reentrncia da tomada. 4. tomada tipo flange, plana ou com extenso, porm ligada ao corpo do transmissor atravs de um capilar, de tamanho varivel e dependente da geometria do sistema. Essa aplicao se refere a processos com alta temperatura. O capilar possibilita a montagem do transmissor distante do tanque.

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Nvel

Fig. 4.7. Transmissor com tomada convencional A tomada da baixa presso, aquela prxima ao topo do tanque, depende principalmente da natureza do lquido, cujo nvel est sendo medido. 1. quando o tanque aberto para a atmosfera, no h necessidade da tomada da presso baixa, ficando a tomada do transmissor aberta para a atmosfera. 2. tomada com perna molhada de selagem, feita pelo usurio. A selagem necessria quando o lquido voltil e os vapores no podem entrar no interior do transmissor. 3. tomada tipo flange, plana ou com extenso, ligada ao transmissor por um capilar. Nessa configurao, ambas as tomadas so iguais. O tamanho dos capilares funo da geometria do sistema. 4. repetidor de presso, pneumtico, com tomada convencional, flange plana ou flange com extenso. O repetidor de presso torna desnecessrio o uso de selagem. Para fins de calibrao e colocao do conjunto extra de elevao ou suprimento zero, importante o conhecimento completo da geometria do sistema, das densidades do lquido medido e do lquido de selagem. Assim, quando se tem o transmissor sem selo, montado em tanque aberto, abaixo de nvel mnimo (zero), necessrio o uso do conjunto de supresso de zero, proporcional distncia entre o nvel mnimo e a colocao do transmissor. (a) Eletrnico (b) Pneumtico Fig. 4.8. Transmissor com tomada de flange Quando o transmissor colocado abaixo do nvel mnimo e possui a perna de selagem apenas do lado de presso alta, tambm se necessita do conjunto de suprimento do zero. O valor a ser suprimido proporcional 1. distncia entre o nvel mnimo e a colocao do transmissor, 2. ao comprimento da tomada selada, 3. s densidades do lquido medido e do lquido de selagem. Quando as duas pernas possuem selo, normalmente se deve usar o conjunto de elevao de zero. Porm, para se determinar o valor a ser elevado, deve se estudar todo o sistema, considerando as densidades dos lquidos envolvidos e as distncias entre nvel mximo, mnimo e

colocao do transmissor. (a) Transmissor no vaso (b) Transmissor Fig. 4.9. Nvel com transmissor e capilar

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Nvel
O ponto de partida para a calibrao e clculo do sistema de medio de nvel deve ser a definio das faixas de medio. Assim, tem-se trs faixas possveis: 1. 0-100, faixa referida ao zero 2. -10 a 100, faixa com zero elevado ou com elevao do zero 3. a 100, faixa com zero suprimido ou com supresso do zero Quando a faixa calibrada normal, por exemplo de 0 a 1 000 mm de coluna d'gua de nvel, basta se ajustar o instrumento atravs do parafuso de zero. Quando, porm, a faixa no comea de zero, h a necessidade de se acrescentar ao transmissor um conjunto extra, opcional, que desloque o zero para a posio correta. Esse conjunto, de elevao ou de supresso de zero, pode ser fornecido originalmente com o transmissor ou pode ser colocado a qualquer momento, pelo usurio.. Quando o transmissor pneumtico o conjunto de supresso diferente do conjunto de elevao do zero. Quando o transmissor eletrnico, o mesmo conjunto capaz de desempenhar ambas as funes, indistintamente. Assim, quando se tem uma faixa calibrada de -100 a 1 000 mm de coluna d'gua, tem-se uma faixa com zero elevado. Logo h a necessidade de se elevar o zero, portanto usa-se um conjunto de elevao de zero. No caso oposto, quando a faixa calibrada de +100 a 1 000 mm de coluna d'gua, o seu zero est suprimido. O transmissor para essa faixa de medio requer um conjunto de abaixamento ou supresso de zero. Alguns fabricantes de instrumentos utilizam outra nomenclatura. A elevao de zero chamada de abaixamento da largura de faixa e o abaixamento do zero chamado de elevao da largura de faixa. Os termos so equivalentes, mas se recomendam os temos: elevao de zero e supresso (ou abaixamento) de zero. Algumas pessoas ligadas instrumentao possuem regrinhas prontas para a utilizao do conjunto de elevao ou abaixamento do zero. Utiliza-se o conjunto de supresso do zero em tanques abertos e o conjunto de elevao do zero em aplicaes de tanque fechado. Ou tambm: Usa-se o conjunto de supresso de zero para cancelar qualquer presso inicial no lado de alta presso do transmissor e o conjunto de elevao de zero para cancelar qualquer presso inicial no lado de baixa presso.

Fig. 4.10. Medio de nvel com zero vivo Porm, no se recomendam regrinhas de ouro, de memria pura. Recomenda-se a analise do sistema completo para o clculo da faixa a ser calibrada. A partir da faixa resultante, escolhe-se o conjunto a ser acrescentado ao transmissor e calibra-se o transmissor com a elevao ou supresso do zero calculadas. O transmissor com tomadas de flange com capilares, fornecido completo pelo fabricante, normalmente entregue com o conjunto de elevao de zero, pois o capilar cheio de um lquido, geralmente glicerina, com densidade especifica igual a 1,07. As vantagens do sistema de medio de nvel com presso diferencial so; quando o sistema no selado: 1. o uso do transmissor d/p cell convencional barato e flexvel. O transmissor pode ser isolado, retirado e zerado, atravs do uso do conjunto distribuidor. 2. o sinal pode ser transmitido, pneumtica ou eletronicamente, para indicao, registro ou controle remotos. 3. so disponveis grandes variedades de materiais de cpsulas, para uso em aplicaes corrosivas. As desvantagens do sistema sem selo so: 1. variaes na densidade causam erros na medio

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2. no pode ser usado com lquido voltil, que requer selagem 3. quando no se usa selo, mas se usa purga, a purga torna mais complicadas a operao e a manuteno. Quando se utiliza selagem fornecida pelo fabricante do instrumento e integralizada atravs da flange e do conjunto flange + capilar ou fornecida pelo usurio, tem-se as seguintes vantagens: 1. a selagem substitui a purga. 2. partes molhas so disponveis em vrios materiais, compatveis com os diversos fluidos de processo 3. aplicados a tanques abertos e fechados, mesmo muito altos. 4. so simples, fceis de serem instalados. Seu desempenho bom e podem medir grandes faixas de medio. 5. so disponveis dois tipos diferentes de flange: plana e com extenso. A flange com extenso tangencia o fluido medido, eliminando cavidades onde haveria a cumulo de material. As desvantagens do sistema com selo: 1. os transmissores com flange no so compatveis com conjunto distribuidor, para isolamento e equalizao, tornando problemtica a remoo do transmissor e sua zeragem. 2. a localizao da montagem afeta a calibrao, que depende do comprimento do selo ou do capilar. 3. variaes na temperatura ambiente causam erros, quando a medio envolve capilares.

4.3. Medio a borbulhamento


A medio de nvel com borbulhamento tambm se baseia no princpio da presso exercida pela coluna hidrosttica. provavelmente o mais antigo e simples dispositivo de medio de nvel, com indicao remota. O sistema de medio consiste de um tubo de material inerte ao lquido do tanque colocado verticalmente e mergulhado no interior do lquido, at quase atingir o seu fundo. Atravs de uma tubulao injeta-se um gs inerte, geralmente nitrognio, ou ar comprimido. Aumenta se lenta e continuamente a presso de suprimento do gs, at que se comece a borbulhar o gs. No momento limite que comea o borbulhamento, a presso aplicada exatamente igual presso exercida pela coluna liquida. Ou seja, a presso aplicada para borbulhar o gs proporcional ao nvel que se quer medir. Quando o nvel varia, a presso a ser aplicada tambm varia. Por isso deve se utilizar uma vlvula de controle de presso diferencial, para manter contato a vazo do gs, qualquer que seja a presso do nvel e para garantir que a presso aplicada seja sempre igual presso da coluna liquida. Fig. 4.12. Medio com borbulhamento

Fig. 4.11. Transmissor com flange e pescoo

Desde que se coloque um medidor dessa presso regulada, tem-se a medio do nvel do tanque. Ou tambm, pode-se colocar um transmissor de presso manomtrica, para o envio do sinal para indicao, registro ou controle distantes. Essa a idia bsica. H, porm, outros detalhes e uso de outros

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equipamentos para otimizao e praticidade do sistema: 1. O tubo deve terminar em chanfros, de modo que se garanta o fluxo constante e suave de pequenas bolhas. 2. Deve se usar um rotmetro de purga, que indica a existncia da vazo do gs inerte. No necessria a medio do valor da vazo, porm, apenas a indicao da presena da vazo. 3. As linhas de transmisso devem ser inclinadas em relao ao tanque, de modo que os condensados voltem ao tanque, quando h perda da presso de borbulhamento. 4. Quando o indicador local do nvel colocado abaixo do nvel de tanque, deve se instalar um purgador de condensado. 5. A presso (ou vazo) do gs inerte regulada por uma vlvula agulha . 6. Quando o lquido possui precipitado que pode entupir o tubo de borbulhamento, devido falta temporria da presso ou mesmo por causa da sua natureza, uma chave seletora usada, de modo que se possa aplicar presso em contrafluxo para o desentupimento do tubo. 7. A presso de purga deve ser, no mnimo, 70 kPa (10 psi) maior do que a presso hidrosttica mxima do vaso. 8. A vazo de purga mantida pequena, cerca de 500 cm3/min (1 SCFH). 9. Preciso geralmente entre 0,5 a 2% do fundo de escala Quando o tanque no aberto para atmosfera e est pressurizado ou sob vcuo, o sistema se torna pouco mais complicado, porque a medio do nvel do lquido uma funo da diferena entre duas presses de dois borbulhadores. As vantagens do sistema de borbulhamento so: 1. pode medir nvel de fluidos sujos e corrosivos (inertes ao vidro) 2. um mtodo simples 3. a temperatura do processo limitada apenas pelo material do vidro As desvantagens e limitaes so; 1. embora possa teoricamente ser usado para tanques abertos e fechados, problemtico e mais complexo a medio de nvel com tanque fechado pressurizado. 2. o sistema frgil e exige muito cuidado de manuseio.

Fig. 4.13. Medio de nvel com dois borbulhadores, aplicada a um tanque pressurizado

LI XFI
N2

Fig. 4.14. Simbologia no P&I

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Nvel
4.4. Medio com Deslocador
Deslocador fixo tambm um mtodo muito popular e conhecido. Seu princpio de funcionamento a lei de Arquimedes, o da eureka: quando um corpo submerso em um lquido, ele perde peso igual ao peso do lquido deslocado. O sistema de medio de nvel por deslocador se resume na deteco e medio de um peso que varia com o nvel. H quem chame esse sistema de medio de nvel de medidor com flutuador. O nome incorreto, pois, na realidade o elemento sensor no flutua, mas fica submersa no lquido cujo nvel est sendo medido. aparente do deslocador diminui, mantendo assim uma relao linear e proporcional entre o peso e o nvel do lquido. Quando o nvel atinge o valor mximo calibrado, o deslocador deve estar totalmente submerso. Nessa posio ele apresenta o mnimo peso aparente e o transmissor deve gerar sinal correspondente a 100% do nvel. Os problemas prticos que aparecem e devem ser superados so: 1. a selagem do sistema detector do transmissor com o tanque de processo, que no deve ter atrito, deve suportar as presses e temperatura do processo e no sofrer corroso do lquido. 2. o tipo de tomada de nvel, geralmente feito atravs de flanges com face ressaltada. H tomadas atravs de trs tipos bsicos: lateral, topo e de gaiola. A gaiola uma extenso do tanque principal. Ela usada para facilitar a retirada e manuteno do sistema e quando h muita onda no interior do tanque. Ela limitada quando a presso elevada ou pode haver vazamentos. 3. o clculo correto do peso e do tamanho do deslocador. As vezes, conveniente adicionar ao sistema uma proteo ao transmissor, de modo que o peso do deslocador no lhe fique aplicado durante muito tempo. 4. O comprimento do deslocador nunca pode ser menor que o nvel a ser medido. 5. A densidade do material do deslocador deve ser sempre maior que a densidade do lquido do tanque. O desempenho do sistema com deslocador possui as seguintes caractersticas: 1. pode ser aplicado para medio de nvel de lquido, interface do lquidovapor, densidade de lquido, interface entre dois lquidos. 2. o sistema simples, confivel e relativamente preciso. 3. como h uma grande variedade de materiais para a construo do deslocador e das braadeiras de ligao com o transmissor, o sistema

Fig. 4.15. Montagens possveis do transmissor

(a) Tomada lateral (b) Tomada de topo Fig. 4.16. Transmissor de nvel com deslocador O deslocador suspenso de um transmissor de nvel, que detecta a fora (peso) varivel. Quando o nvel mnimo, o deslocador est imediatamente acima do nvel e totalmente fora do lquido. Seu peso mximo e o sinal transmitido deve corresponder ao zero da escala de medio. Quando o nvel sobe, o peso

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pode ser usado para medir lquidos corrosivos. Como limitaes tem-se: 1. Uso restrito para tanque no pressurizado 2. Aplicao apenas para lquidos limpos, pois no se pode ter deposio ou incrustao de material no deslocador (alterando seu peso). 3. Dificuldades e restries nos selos 4. Custo elevado, principalmente quando o deslocador de material especial. A preciso do sistema de medio de nvel com deslocador tipicamente de 0,5% do fundo de escala. Deslocador mvel possvel se medir nvel com um deslocador mvel, em vez de fixo. Neste sistema o deslocador tem o formato de bia e se move como se fosse uma bia, acompanhando a superfcie livre do lquido. Porm, o que faz ele se mover um sistema de servomecanismo acoplado a ele. Quando o fio que aciona o deslocador se parte, ele vai para o fundo do vaso, pois ele muito mais pesado que o lquido. Este sistema de medio de nvel foi desenvolvida pela Enraf. O medidor de nvel utiliza como elemento sensor um pequeno deslocador com densidade maior que a do lquido cujo nvel medido. O deslocador suspenso por um cabo flexvel que se enrola em um tambor de medio com ranhuras. Na condio de equilbrio, o deslocador fica parcialmente imerso no lquido permitindo a sua aplicao em lquidos com turbulncia na superfcie e com variaes de densidade do produto. Um circuito integrador com ajuste de tempo permite a medio estvel do nvel, mesmo com turbulncia na superfcie do fludo, j que a ao do integrador proporciona um nvel de leitura mdio e preciso. Esta caracterstica permite que os medidores de nvel possam operar com preciso em tanques com agitadores e com altas vazes de bombeamento. Utiliza-se o princpio de servomecanismo para eliminar os efeitos de atrito mecnico que prejudicam a sensibilidade e a preciso do sistema. O eixo do tambor de medio est acoplado a uma balana capacitiva de equilbrio, que mede continuamente o peso aparente do deslocador, que o seu peso real modificado pela fora de empuxo exercida pelo produto sobre o deslocador parcialmente imerso. As variaes de nvel provocam alteraes no peso aparente do deslocador, que so detectadas pela balana capacitiva de equilbrio atravs do deslocamento das placas centrais. Variando sua capacitncia em relao s placas laterais ativas, atravs de um circuito eletrnico com servomotor reversvel. Este servo motor est acoplado ao eixo sem fim que aciona a coroa dentada e conseqentemente, o tambor de medio, de modo a fazer subir ou descer o deslocador, at que seja obtida novamente a imerso correta. A tenso mecnica do fio que sustenta o deslocador igual diferena entre o peso do deslocador e o empuxo correspondente ao volume do lquido deslocado pela parte submersa. Na balana de equilbrio, as placas centrais so tensionadas por duas molas para contrabalanar a tenso do fio e manter o deslocador em equilbrio. O peso do deslocador, mesmo quando totalmente imerso mantm o cabo de medio sempre tensionado. O eixo do servomotor aciona o indicador mecnico de nvel integral e o codificador ptico utilizado para transmisso remota de nvel e temperatura. Completam o conjunto, quatro chaves de alarme de nvel (opcionais) ajustveis e atuadas pelo servomotor, atravs de um sistema de engrenagens. Para a indicao remota do nvel e temperatura os medidores so equipados opcionalmente com um transmissor integral. So disponveis dois sistemas de transmisso: um para a transmisso individual ao indicador digital de nvel e de temperatura instalado no p do tanque via RS422 e outro de freqncia por PWM (modulao de largura de pulso) onde todos os medidores so ligados ao receptor central seletivo. Outra opo dos medidores o dispositivo de teste da repetitividade, que permite ao operador elevar o deslocador,

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de modo remoto e verificar a repetitividade da leitura. A preciso determinada a partir dos seguintes parmetros: 1. sensibilidade da balana de equilbrio, 2. cabo de medio, 3. dimetro do tambor 4. resoluo do sistema de transmisso Bia versus deslocador A grande diferena entre sistema de medio e de chave de nvel com bia e com deslocador fixo que a bia se move com a superfcie e o deslocador permanece imvel, sendo parcial ou totalmente imerso. A instalao e os arranjos so iguais para a chave com bia ou com deslocador fixo, mesmo que os princpios de operao sejam diferentes. Quando se comparam a bia com o deslocador, tem-se: 1. A faixa mxima de medio ou a distancia entre os pontos de alto e baixa maior para o deslocador 2. Os ajustes e calibrao do sistema de deslocador so mais fceis 3. H menor probabilidade de alarme falso provocado pela turbulncia ou vibrao no sistema com deslocador, pois o cabo est sob tenso mecnica 4. Dentro de uma faixa larga, a densidade do fluido no influi no dimetro do deslocador, permitindo a troca de deslocadores para fluidos com densidades diferentes, trocando apenas uma mola.

4.5. Medio Radioativa


Introduo A radiao em diferentes freqncias pode ser usada para medio de nvel. Estas freqncias incluem: 1. radar, 2. ultra-som (microondas), 3. laser (luz infravermelha) 4. radiatividade (raios alfa, beta e gama) A diferena bsica entre as trs radiaes, alfa, beta e gama, entre outras caractersticas, sua capacidade de penetrar em outros materiais. A radiao nuclear pode ultrapassar paredes metlicas. Quando o sinal muito fraco e menos penetrante, possvel us-lo atravs do eco ou reflexo. O sistema de medio de nvel atravs da radiao nuclear constitudo de: 1. fonte de material radioativo (Cs 137 ou Co 60) que se desintegra continuamente, segundo uma equao exponencial simples e conhecida. 2. detector da radiao, colocado dentro do campo radioativo da fonte. 3. material que se quer medir o nvel, colocado entre a fonte e o detector. Como a quantidade de material, portanto nvel do material absorve mais ou menos radiao, o valor da radiao detectada ser proporcional ao nvel do material. Fenmeno da radiao tomos com o mesmo comportamento qumico mas com diferente nmero de nutrons so chamados de istopos (ocupam o mesmo lugar na tabela peridica). A maioria dos istopos instvel. O istopo instvel se desintegra para formar o estvel ou outro elemento mais leve. Os materiais radioativos, com alto peso molecular, tendem a se desintegrar naturalmente, gerando basicamente trs formas de radiao: 1. alfa 2. beta 3. gama A radiao alfa () consiste em 2 eltrons e 2 prtons e portanto positiva. Seu poder relativo de penetrao de 1. Isso

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equivale a penetrar 200 mm do ar presso atmosfrica. A radiao beta () consiste de eltrons e negativa. Seu poder relativo de penetrao de 100. Os raios e podem ser defletidos por um campo eltrico ou magntico, pois possuem carga eltrica. A radiao gama () consiste de ondas eletromagnticas, comparveis aos raiosX. Seu poder relativo de penetrao de 10 000. Por causa de seu grande poder de penetrao e pela incapacidade de ser defletido, as fontes de radiao so escolhidas para uso em equipamento de medio de nvel. As duas fontes de raios mais usadas so os istopos radioativos Co (cobalto) 60 e Cs (csio) 137. O Co 60 obtido bombardeando o istopo estvel Co 59 com nutrons. Quando Co 60 desintegra, ele emite radiao e para formar o elemento estvel Ni 60 (nquel). De modo parecido, quando Cs 137 decai, ele emite radiao e para formar o elemento estvel Ba 137 (brio). O Cs 137 um dos subprodutos de fisso do urnio e obtido no reprocessamento de usinas nucleares. H dois pontos importantes relacionados com o decaimento radiativo: 1. O decaimento produz energia eletromagntica que no pode induzir outros materiais se tornarem radioativos. Isto significa que as fontes gama podem ser usadas na medio de nvel de alimentos e remdios, sem contamin-los. 2. A fonte perde potncia quando se desintegra. A taxa de decaimento expressa como meia vida, o perodo de tempo durante o qual a fonte perde metade de sua potncia. Por exemplo, o Co 60 tem meia vida de 5,3 anos e portanto decai 12,5% por ano. O Cs 137 tem meia vida de 30 anos e decai 2,3% por ano. Para a medio de nvel, contnua ou em chave de alarme, o decaimento da fonte no afeta a preciso, mas determina o tamanho inicial da fonte, para que o sistema tenha uma vida til razovel. Raramente, pode-se usar o istopo Ra 226 (rdio), que tem vida til de 1602 anos. A unidade usada para quantificar a atividade de qualquer material radioativo o curie (Ci). Um grama de Ra 226 tem 3,7 x 1010 desintegraes por segundo. Esta taxa de atividade definida como 1 Ci, quer seja produzida pelo Ra ou qualquer outra fonte. Para a maioria das aplicaes de deteco de nvel, so satisfatrias fontes com potncia de 100 mCi ou menos. A unidade de radiao o roentgen (r), que definido como a quantidade de radiao que produzir ionizao igual a uma unidade eletrosttica de carga em um centmetro cbico de ar seco, sob condies padro. Uma fonte de 1 curie produz uma dose de um roentgen em um receptor colocado a um metro da fonte durante uma hora. A unidade de taxa de dose o roentgen por hora (r/hr), uma medida dos fotos atingindo o receptor em uma distncia definida. A radiao atenuada quando ela penetra slidos, lquidos e gases, e a taxa de atenuao uma funo da densidade do material. Os nmeros tambm ilustram o que geralmente chamado de camada de meio valor. Por exemplo, uma placa de ao de 25 mm (1 ) reduz a radiao de uma fonte de Cs 137 pela metade. Uma placa adicional de 25 mm ir causar outra reduo de 50% de modo que a reduo total causada por uma chapa de 50 mm (2 ) de 25% (0,5 x 0,5 = 0,25). Como esperado, a quantidade de material radioativo requerida para produzir 1 Ci de atividade depende do material: 1 Ci gerado por 1 g de Ra 226 1 Ci gerado por 0,88 mg de Co 60 1 Ci gerado por 0,115 mg de Cs 137 A taxa da dose tambm varia. Assumindo uma fonte de 1 mCi e um receptor colocado distncia de 812 mm, a taxa da dose ser de 1,3 mr/hr para Ra 226 2,0 mr/hr para Co 60 0,6 mr/hr para Cs 137 A intensidade do campo de radiao no ar pode ser calculada da equao:

D = 1000

K mCi d2

onde D a intensidade, mr/hr

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mCi = tamanho da fonte em milicurie d a distncia para a fonte, em polegadas K uma constante, 1,3 para Ra 226 0,6 para Cs 137 2,0 para Co 60 Tamanho da fonte Na aplicao real, a radiao deve penetrar substncias diferentes do ar e de interesse prtico determinar a intensidade do campo de radiao aps os raios passarem atravs das paredes do vaso e do material do processo. Isso pode ser feito atravs de curvas disponveis na literatura tcnica ou atravs da equao anterior. Assume-se que a mnima intensidade do campo de radiao no detector seja de 2,0 mr/hr, quando o vaso est vazio e que o campo deve ser reduzido por, no mnimo, 50% quando o vaso estiver cheio. A densidade relativa do lquido 1 (gua). Considerando uma fonte de Cs 137 com 50 mCi, a intensidade do campo no detector, sem tanque seria: A fonte de Cs 137 a padro para medies de nvel. A fonte de Co 60 usada somente para aplicaes onde se quer grande penetrao, ou em vasos com paredes grossas. A principal razo a maior meia vida do Cs 137 (30 anos), comparada com a do Co 60 (5,3 anos). Segurana Uma fonte de raios irradia energia eletromagntica em todas as direes, como uma fonte de calor. A exposio rpida a uma intensa radiao ou uma exposio prolongada a uma fraca radiao perigosa. O grau de perigo, principalmente para exposio a longo termo a radiao de baixa intensidade, uma determinao subjetiva e por isso, se houver erro, ele deve ser feito no lado seguro. A fonte de radiao construda em um invlucro cermico, colocado em uma cpsula com parede dupla de ao inoxidvel. A cpsula contida em uma estrutura construda de modo a permitir a sada do raio de radiao atravs de uma janela muito estreita, enquanto bloqueada em todas as outras direes por uma blindagem de chumbo. O chumbo um material especial na radiao, pois ele o fim de linha de todas as cadeias de desintegrao de materiais pesados. H um obturador para fechar a janela, quando a fonte estiver fora de operao ou em transporte. A blindagem da fonte suficientemente espessa para reduzir a intensidade do campo a uma distncia de 300 mm (1 ft) da fonte para 5 mr/hr ou menos. Como j mencionado, alm da desintegrao de raios , h tambm raios . Porm, a parede de ao inoxidvel suficiente para bloquear toda a radiao , que de pequena penetrao. Os suportes da fonte so projetados para uma faixa de tamanhos. Por exemplo, um suporte pode ser usado para fontes na faixa de 10 a 30 mCi e o prximo suporte usado para fontes entre 31 a 90 mCi.

D = 1000

K mCi d2

0,6 50 84 2

= 4,25 mr/hr

Colocando-se o tanque vazio no lugar, a atenuao atravs de duas paredes de ao de 12,5 mm ( ), ser 0,7 x 0,7 = 0,5 e a intensidade do campo resultante no detector 4,25 x 0,5 = 2,1 mr/hr. Quando o tanque estiver cheio, a radiao ir penetrar em 1,8 m (72 ) de material tendo uma densidade relativa de 1. A curva para Cs 137 no cobre espessuras alm de 0,7 m (30 ), mas isto no importante, pois a atenuao total ser a produto da atenuao em trs espessuras de 0,6 m (24 ). Cada 0,6 m (24 ) de espessura do material tem uma transmisso de 7,5%, de modo que a intensidade do campo no detector com o tanque cheio de 2,1 x 0,075 x 0,075 x 0,075 = 0,0009 mr/hr Esta instalao satisfaz a exigncia dada de 2 mr /hr, com o tanque vazio e, no mnimo, uma reduo de 50% com o tanque cheio.

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250 200 REM ACUMULADA 150 100 50 0 INSEGURO

6,25 rem por 50 semanas (ano). Esta exposio excede os limites! A condio de pior caso de tanque vazio pode ser resolvida colocando um sistema de intertravamento que feche o obturador durante este perodo.
SEGURO

5 REM/ANO

10

20

30 40 50 60 70 IDADE OPERADOR
Caminho da radiao

Fig. 4.17. Exposio radiao como funo do tempo e segurana Nos EUA, h uma legislao rigorosa cuidando das taxas de exposio ao material radioativo atravs da Nuclear Regulatory Commission (NRC). Estas regras esto incorporadas ao OSHA (Occupational Health and Safety Act). No Brasil tambm h. A exposio a uma fonte externa expressa em unidade de rem (roentgen + equivalente + homem). Uma pessoa recebe a dose de 1 rem quando exposta a 1 roentgen de radiao em qualquer perodo de tempo. Uma pessoa no pode receber mais do que 250 rem sobre toda sua vida. A taxa em que esta exposio acumulada tambm importante. desejvel manter uma dose anual de 5 rem e definitivamente no se deve exceder 12 rem por ano ou 3 rem por trimestre. Para casa instalao industrial, essencial estimar a dosagem recebida pela pessoa trabalhando na vizinhana da fonte, assumindo sempre o pior caso (por exemplo, o operador est sempre prximo da fonte, o tanque est sempre vazio). Para a instalao da Fig. 4.18, assumindo que o operador trabalhe 25 horas por semana e que o operador est sempre prximo de 300 mm (12 ) da fonte durante este perodo (pior caso). Assumindo que o suporte da fonte satisfaz a exigncia de 5 mr/hr, a exposio do operador seria 5 mr/hr x 25 hr/sem = 125 mr por semana ou, aproximadamente em um ano:

Fonte e suporte mximo nvel 45 o max Caminho da radiao

Detector

mnimo nvel

12,5 mm 1,8 m 2,1 m

Fig. 4.18. Instalao de sistema de radiao Depois de obtidos os resultados, deve se cuidar de reduzir a exposio do operador. A exposio pode ser diminuda colocando a fonte e o detector de modo que o operador no esteja na rea de alta intensidade de campo. Outra soluo colocar blindagem adicional de chumbo em torno da fonte e atrs do detector. Quando se submete uma instalao ao licenciamento, deve-se especificar: 1. istopo usado e tamanho da fonte 2. fabricante e nmero do modelo do instrumento e do suporte da fonte 3. descrio da instalao 4. mxima ocupao da rea 5. pessoa responsvel para contato.

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Nvel
Detector H vrios detectores de radiao disponveis, mas os dois mais comuns so: 1. tubo Geiger-Mueller (G/M) 2. cmara de ionizao de gs O tubo G-M tem um fio como anodo no centro de um catodo cilndrico. O tubo catodo cheio com gs inerte e selado. Uma tenso de 200 a 300 V aplicada atravs do anodo e catodo. A radiao gama incidente ioniza o gs inerte, de modo que ocorre uma ruptura eltrica entre o anodo e catodo. A freqncia da ruptura est relacionada com a intensidade da radiao gama e pode se determinar a potncia do campo pela contagem dos pulsos produzidos sobre um dado intervalo de tempo. A cmara de ionizao tambm cheia de um gs inerte e selada, mas em vez de se aplicar uma tenso de 300 V para romper, aplica-se uma pequena tenso de 6 V atravs das extremidades da cmara. Quando a cmara exposta radiao gama, ocorre a ionizao e aparece uma corrente contnua na faixa de microampere. Esta corrente proporcional intensidade do campo. O tubo G-M sempre usado em aplicaes com chave de nvel (deteco de ponto). O detector da chave arranjado de modo que ele v a intensidade mxima (tanque vazio) e v o campo zero ou mnimo (tanque cheio). Os dois detectores, tubo G-M e cmara de ionizao, so usados em aplicaes de medio contnua. Quando so comparados: 1. O tubo G-M mais barato que uma cmara de mesmo comprimento, porm mais sujeito a desvio (drift) e seu desempenho pode se deteriorar com o tempo. 2. O tubo G-M pode falhar, quando exposto (acima do nvel do lquido). Instalao de chave H vrias configuraes de instalao de chave de nvel, quanto posio relativa da fonte e do detector. A mais comum ter a fonte e o detector no mesmo nvel horizontal. Neste caso, o diferencial entre a ao liga-desliga da chave de 6 mm (1/4 ). Isto significa que um aumento do nvel de 6 mm suficiente para bloquear o raio da fonte e mudar o estado da chave. Se desejvel um intervalo maior, o detector montado em ngulo com a fonte. Para o mximo diferencial, o sensor montado verticalmente, produzindo um diferencial de 150 mm. Para intervalos maiores, usam-se dois detectores com uma nica fonte. Para intervalos maiores que o dimetro do tanque, usam-se dois conjuntos separados de fonte e detector.

H D1 D2 L

<

F > F

H D1

D2 L

Fig. 4.19. Instalaes de chave de nvel radioativa

Medio contnua de nvel H dois mtodos para medir nvel continuamente, atravs de fontes e detectores fixos: 1. fonte de fita e detector de fita 2. fonte pontual e detector de fita O mtodo usando fonte e detector, ambos em fita, mais caro, mais preciso e mais conveniente para a maioria das geometrias envolvidas. A fonte em fita irradia um raio uniforme, longo, estreito na direo do detector. Quando o nvel aumenta um pouquinho, h um pequeno aumento correspondente do detector. Esta resposta incremental uniforme e linear sobre toda a amplitude de faixa e por isso

318

Nvel
o sinal produzido linear com a variao do nvel, exceto para pequenas no linearidades prximas do 0 e do 100%. Esta medio sensvel s variaes da densidade do material medido. Material de maior densidade causa maior atenuao. Vantagens e limitaes A grande vantagem do sistema a possibilidade de se medir nvel de slidos. um sistema extremamente simples, porm no muito usado porque existem preconceitos e mal entendidos, tais como: 1. o custo do sistema assumido ser muito alto. Isto no verdade em si e a simplicidade do sistema pode compensar o custo. 2. o perigo de usar material radioativo grandemente exagerado. Quando se faz um projeto correto e se entendem todos os conceitos envolvidos, o sistema no mais perigoso que nenhum outro. 3. A principal desvantagem tcnica que a fonte de radiao de reserva est se desintegrando de modo idntico a fonte em uso.

Fonte fita
0,6 m max

Amplificador

Clulas

Fig. 4.22. Deteco contnua do nvel com fonte fita e clulas receptoras O mtodo com fonte pontual e detector em fita tambm trabalha como um dispositivo liga-desliga com pequenos incrementos, pois um pequeno aumento no nvel bloqueia o raio da fonte radioativa de um correspondente incremento do detector. Neste sistema, a medio no linear, por causa da espessura no uniforme do material e da no uniformidade da geometria da instalao fixa (paredes do vaso, distncias da parede ao detector, espao livre).

Fonte Detector

Fig. 4.24. Posies relativas da fonte e detector

4.6. Sistema com radar


Introduo O sistema de medio de nvel com radar usa ondas eletromagnticas, tipicamente microondas na faixa de 10 GHz (banda X). Geralmente a medio contnua e se aplica a nvel de lquido. As emisses so de baixa potncia, tipicamente menores que 0,015 mW/cm2 pois as aplicaes industriais requerem geralmente faixas menores que 30 m, que uma distncia pequena para a tcnica de radar. Nesta faixa de energia, no h problema de sade, segurana, licena ou consideraes de contaminao. Os dispositivos envolvidos so os prosaicos transistores e diodos para gerar e detectar as microondas. O sensor radar montado no topo do vaso e dirigido para baixo, perpendicular

Fig. 4.23. Deteco de nvel com duas fontes pontuais e um detector fita

319

Nvel
superfcie do lquido. Isto faz o sinal ser refletido da fonte para retornar diretamente para o sensor. O caminho do sinal afetado pelo tamanho da antena. F2
Sinal enviado Sinal refletido F

Freqncia

F1 T1

Tempo de propagao

T2

Tempo

Fig. 4.26. Freqncia de varredura do radar H dois desempenhos e preos nos equipamentos de medio de nvel a radar, causados pela banda de passagem do oscilador. Se a banda de passagem maior, pode se conseguir uma maior freqncia de varredura no mesmo perodo. Isto fornece um aumento diretamente proporcional em resoluo, em termos da aumento da variao de freqncia para um dado aumento de variao de nvel. Isto, mais o fato que mais sinais F podem ser calculados durante cada varredura de freqncia permite interpretao mais precisa do sinal de freqncia.
F em alta banda de passagem

(a) antena esquerda grande, com um disco parablico Fig. 4.25. Tipos e padres de antenas de radar
(b) antena direita pequena, tipo corneta

Determinao do tempo de propagao O tempo de propagao do sinal refletido medido pelo controle do oscilador (sensor), de modo que ele envia uma freqncia linear varrida em uma largura de faixa fixa e tempo varrido. O detector radar exposto simultaneamente varredura enviada do radar e ao sinal de retorno refletido, que uma parte mais velha da varredura do radar. A sada do detector um sinal de freqncia que igual diferena entre os sinais enviado e o refletido. Esta diferena em freqncia diretamente proporcional ao tempo de propagao e assim distncia entre o sensor e o nvel do lquido. O resultado um sinal de freqncia modulada (FM) que varia entre 0 e mais do que 200 Hz, quando a distncia varia 0 e 60 m. Uma vantagem desta tcnica que a informao da varivel de processo est no domnio da freqncia em vez do domnio da amplitude modulada ou da diferena de tempo, o que permite uma converso mais precisa. (Esta a mesma vantagem do rdio FM sobre o rdio AM.) A maioria das fontes de rudo est no domnio da amplitude, de modo que o processamento do sinal FM pode ignorlas e a preciso no afetada.

Freqncia

F2

F1

F em baixa banda de passagem

T1

T2

Tempo

Fig. 4.27. Bandas de passagem do radar

Para se ter uma medio precisa da distncia usando clculos do tempo de propagao, a velocidade da onda viajando deve ser constante ou ento deve ser medido. A velocidade de transmisso da onda de radar igual velocidade da

320

Nvel
luz dividida pela raiz quadrada da constante dieltrica do meio. Ou seja, fazer o processamento digital do sinal. Uma transformada de Fourier usada para converter os dados amplitude versus tempo do sinal FM em amplitude versus freqncia e depois amplitude versus distncia. usado um algoritmo peakpicking para determinar a freqncia dominante no sinal de retorno. O grfico amplitude versus freqncia pode ser apresentado como um espectro em uma tela de computador para mostrar o local e amplitude de cada reflexo no vaso. Este display, que nico para o enfoque de radar no campo de medio de nvel, como ter uma cmara de TV no vaso, porque ele permite uma verificao rpida da medio de nvel sem ter que deixar o computador. Enquanto o sinal for claramente dominante, o radar totalmente funcional. Nenhum indicador manual necessrio para calibrar o instrumento enquanto for mostrado um pico dominante. Alm disso, a amplitude do sinal tambm fornece informao til acerca das condies do tanque. O display do espectro mostra a amplitude por de trs modos diferentes: 1. valor RMS , que a mdia de todos os sinais que esto sendo recebidos, expresso em termos de V rms 2. Val. max., que a amplitude da freqncia dominante que est sendo recebida 3. S/N, que a relao sinal-rudo, igual ao nmero Val. Max. dividido pela amplitude da segunda maior freqncia que est sendo recebida. Quando a superfcie do lquido est calma e sem espuma, sua refletividade alta, de modo que a amplitude do sinal de retorno tambm alta. Quando a superfcie se torna turbulenta, a amplitude do sinal diminui. Embora o espectro ainda parea como alto, porque o display sempre toma o maior sinal para fundo de escala, os valores de RMS, Val. Max. e S/N so reduzidos. Se este display mostrado para o operador de processo, ele pode verificar se o radar est operando corretamente e tambm se o agitador est ligado ou desligado. O efeito da turbulncia na amplitude do sinal difcil de prever, desde que ele

v=

onde v a velocidade da onda no meio c a velocidade da luz no vcuo a constante dieltrica do meio Felizmente, as constantes dieltricas de gases diferentes em diferentes presso e temperatura variam muito pouco em relao a do ar ou do vcuo, de modo que os erros devidos s variaes das condies do tanque so muito pequenos. Neste aspecto, as ondas de radar so similares s ondas laser e muito diferentes da ondas ultra-snicas. Em sistemas com ultra-som, os erros causados pelas variaes na velocidade podem ser reduzidos pela calibrao convencional ou pela compensao da temperatura ou pela compensao usando alvos de referncia. O alvo, neste caso, deve ser colocado prximo do topo do tanque onde o espao de vapor uniforme e no existe concentrao de gradientes (que existem perto da superfcie do lquido). A presena de espumas no metlicas, poeiras e vapores no caminho da onda pode ter muito pequeno efeito na velocidade da microonda por causa da constante dieltrica destes meios variarem muito pouco da constante do ar. Tab. 5.1. Velocidade do som e de microondas (Radar)
Composio Ar seco Vapor d'gua CO2 Amnia Acetona Temperatura o C 0 100 100 0 50 0 0 Velocidade @ 1 atm Radar Ultra-som Mm/s m/s 299,91 331,8 299,94 386,0 299,10 404,8 299,85 259,0 299,87 279,0 299,93 415,0 297,64 223,0

Processamento do sinal e Display Os primeiros sistemas usavam tcnicas de filtro analgicas para rastrear a freqncia do sinal de FM. Com o uso do microprocessador, os sistemas atuais levam o sinal de FM diretamente para um conversor analgico para digital (A/D) para

321

Nvel
depende da amplitude e da freqncia das ondas do lquido. Porm, em geral, o radar pode manipular nveis com grande turbulncia, com ondas de at 1 m. A presena de espuma tambm pode ser detectada deste modo, desde que a espuma absorve algum sinal e por isso diminui a amplitude do sinal. Os eventos de turbulncia, presena de espuma e condensao no afetam a preciso da medio, porque a informao da distncia est apenas na freqncia do sinal e no em sua amplitude (lembrar que o sinal FM e no AM).

O limite mximo de espuma para a medio com radar depende da condutividade, altura e densidade da espuma. Em geral, quando a espuma no condutiva, ela causa pouca atenuao no sinal e sua espessura pode chegar a 1,5 e 2,0 m. Porm, se a espuma tem gua e condutiva (cerveja e espuma de sabo), sua mxima espessura de 15 a 30 cm, dependendo da densidade.

Fig. 4.30. Sinal marginal


RMS = 1,63 VAL. MAX. = 912,141 S/N = 12,02

RMS = 0,74 VAL. MAX. = 30,474 S/N = 1,31

Fig. 4.28. Sinal forte Quando o sinal se torna muito fraco, porm, o nvel do sinal comea a se igualar amplitude do rudo, que existe de modo pequeno e constante. O radar ainda pega o sinal correto, de modo que a preciso ainda no afetada, porm, o display mostra ao operador que o sistema est marginal e deve ser pesquisado. O display com o sinal quase igual ao rudo pode ser devido muita espuma, revestimento do sensor, m selagem do sensor ou qualquer outra causa que faz o sinal diminuir.

O limite mximo para o revestimento do sensor tambm depende da condutividade. Como o radar opera na banda X, estes limites esto em torno de 2,5 cm para leo, parafina ou alcatro (no condutores) ou em torno de 0,3 cm para pelcula condutiva.

Fig. 4.31. Sinal muito fraco

RMS = 0,13 VAL. MAX. = 1,236 S/N = 0,87

RMS = 0,85 VAL. MAX. = 208,717 S/N = 9,77

Fig. 4.29. Amplitude reduzida devido turbulncia

Quando o sinal se torna quase inexistente, a informao no mais confivel e o operador precisa providenciar reparo no radar. Neste caso, pode estar ocorrendo alguma das seguintes causas: 1. As laminas do agitador funcionando pode estar atrapalhando ou uma lamina do agitador parado pode estar interrompendo o sinal de retorno do

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Nvel
radar. (Por isso melhor montar o radar no topo do tanque ou na parede para no ser perturbado pelo agitador). 2. Se o tanque tem um fundo inclinado e se o raio refletido nesta superfcie inclinada na situao de tanque vazio, a maioria do sinal pode ser refletida na parede do tanque e pouco sinal retorna para o sensor. 3. H alguma falha no circuito eltrico, curto ou fio partido na fiao de campo entre o processador do radar e o sensor ou alguma falha de componente do circuito eletrnico. Seleo da antena O dimetro da antena do radar determina a potncia do sinal e o ngulo de divergncia do raio do sinal. Quando o dimetro aumenta a potncia do sinal aumenta (quarta potncia) e o ngulo diminui (linearmente). Por exemplo, para uma dada potncia de sada, uma antena parablica com dimetro de 30 cm tem um sinal 81 vezes maior que o sinal de uma antena corneta com um dimetro de 10 cm., ou seja, (30 : 10)4. Enquanto isso, a antena de 30 cm tem um ngulo de 5 graus e a antena de 10 cm, de 15 graus. O maior ngulo de divergncia tem vantagens e desvantagens. O ngulo maior torna menos critico o alinhamento do sensor mas reflete mais o rudo da turbulncia da superfcie. Uma antena pequena pode causar erro pela poro divergente do raio quando ele retorna de uma superfcie turbulenta. Como seu caminho maior do que o caminho do raio refletido da superfcie plana, resulta em um leitura menor que a real. Eletrnica e Escolhas O transmissor do radar para monitorar e controlar processo possui a sada padro de 4 a 20 mA cc e sada discreta para alarme e controle de ligar-desligar bombas. Para sistemas com telemetria, a sada pode ser digital, para comunicao atravs de modem, rdio freqncia ou digital (highway). Alguns sistemas tem a capacidade de receber sinais de temperatura (transmissor ou sensor de termopar ou resistncia) e presso, a fim de calcular o volume do tanque em condio de referncia. Com um sinal de presso (tanque aberto) ou dois sinais (pressurizado), o radar pode calcular a densidade media da coluna liquida entre a superfcie do lquido e a tomada de presso. O radar pode transformar volume em massa. Sistemas microprocessados podem determinar a innage (quantidade real do tanque) e a ullage (quantidade que falta para encher o tanque). Vantagens e desvantagens As principais vantagens da tcnica de medio de nvel com radar so: 1. Pode medir nvel de lquidos complexos (txicos, perigosos, sanitrios) 2. No requer licena legal (como o radiativo) 3. uma medio sem contato 4. Apresenta alta preciso em faixa de 1,5 a 60 m. 5. A antena pode ser colocada externamente, totalmente isolada do processo. 6. A operao verificvel atravs do monitor 7. Nenhuma recalibrao requerida quando se altera as condies de processo, pois a mudana do lquido no afeta a velocidade e freqncia e processamento do sinal. 8. A operao do sistema pode tolerar revestimento do sensor, turbulncia da superfcie e espuma no lquido (melhor que laser e ultra-som). Como desvantagem, tem-se 1. a tcnica de medio de nvel mais cara. 2. S aplicada em processo com lquido limpo. 3. No pode ser usado em aplicao com slido, por causa do sinal fraco de reflexo. 4. Possui menor nmero de aplicaes que o sistema com radiao nuclear.

4.7. Medidor snico e ultra-snico


Sistema de deteco de nvel snico (9500 Hz) e ultra-snico operam pela

323

Nvel
absoro da energia acstica, quando ela se propaga da fonte para o receptor ou pela atenuao (mudana de freqncia) de um dispositivo vibrante, oscilando em 35 a 40 kHz. O transmissor de nvel ultrasnico opera gerando um pulso e medindo o tempo que o eco leva para voltar. Se o transmissor montado no topo do tanque, o pulso viaja no ar, a uma velocidade de 331 m/s, a 0 oC e portanto o tempo de propagao uma indicao do espao vazio acima do nvel do lquido no tanque. Se o transmissor montado no fundo do tanque, o tempo de propagao reflete a altura de lquido no tanque e a velocidade do pulso funo deste lquido. Por exemplo, para gua a 25 oC a velocidade do pulso ultra-snico de 1496 m/s. Ultra-som As caractersticas do som so determinadas pela temperatura, reflexo, propagao e absoro. A compensao da temperatura na medio de nvel essencial porque a velocidade do som proporcional raiz quadrada da temperatura. No caso do ar, ele varia de 0,6 m/s por cada oC de variao de temperatura. A velocidade de propagao aumenta como aumento da temperatura em cerca de 0,18% por oC. Para medir o tempo de propagao do eco de um pulso ultra-snico, essencial que alguma energia snica seja refletida. Lquidos e slidos com partculas grandes e duras so bons refletores. Material fofo ou sujeira solta so ruins refletores pois tendem a absorver o pulso snico. tambm importante que a superfcie refletora seja plana e como o ngulo de reflexo igual ao de incidncia, se o pulso snico refletido de uma superfcie inclinada, seu eco no ser dirigido de volta para a fonte e o tempo total de propagao no diretamente proporcional distncia vertical. Superfcies irregulares resultam em reflexo difusa, onde apenas uma parte do eco total volta verticalmente para a fonte. A propagao do som resulta em sua disperso e perda de intensidade. A intensidade do som diminui com o quadrado da distncia e por isso o eco se torna exponencialmente mais fraco quando se aumenta a faixa de calibrao do nvel. A diminuio da energia sonora causada pela disperso (distncia percorrida) e pela absoro da substncia atravs do caminho. Por exemplo, uma onda ultrasnica (44 kHz) propagando em ar seco e limpo, a 20 oC, atenuada de 1 a 3 decibel para cada metro de distncia percorrida. Um transmissor ultra-snico est sujeito a muitas interferncias, que afetam a potncia do eco. Muitos destes fenmenos esto alm do controle do fabricante de instrumento. O instrumento pode fazer compensao da temperatura, evitar a condensao, focalizar e amplificar o sinal do pulso, porm incapaz de alterar a reflexo, propagao ou absoro do processo. O sistema de ultra-som pode ser usado para medio contnua ou pontual do nvel. Os detectores de ponto (chave de nvel) para medio de interfaces lquidogs, lquido-lquido, lquido-espuma ou slido-gs, podem ser agrupados em sensor amortecido ou transmissor ligadesliga. Pela configurao, podem ser de um ou dois elementos. Os sistemas para medio contnua podem ser classificados como sensor abaixo ou acima do lquido. A maioria dos sistema usa um circuito oscilador de 20 kHz ou acima como gerador de sinal ultra-snico. Alguns projetos incluem filtros ou discriminadores de sinal para evitar leitura falsa causada por rudo. Chave de nvel com amortecimento A chave de nvel com vibrao amortecida opera como chave com lamina vibratria. Enquanto a chave est envolvida por ar ou gs, ela vibra em sua freqncia de ressonncia mas amortecida quando entra em contato com o lquido do processo. Alguns sistemas incorporam um cristal piezoeltrico na ponta vibratria. O sensor pode ser colocado no topo do vaso ou em suas paredes laterais, sempre internamente. O lquido deve ser limpo e no provocar deposio no sensor. O sensor pode ser colocado do lado de fora do tanque, sem contato direto com o lquido do processo. Quando o fluido atinge a altura do sensor, ele tambm amortecido e a chave acionada. Esta

324

Nvel
configurao serve para qualquer tipo de lquido. Transmissor Receptor

A B Transmissor B C D
e Receptor

C Transmissor
e Receptor

Cristal transmissor Cristal transmissor

Fig. 4.32. Sensores ultra-snicos amortecidos Fig. 4.33. Sensores de ponto ultra-snicos Chaves tipo absoro Estas chaves contem transmissor e receptor. O transmissor gera pulsos na faixa ultra-snica e o receptor detecta estes pulsos se eles so transmitidos atravs de um meio onde est colocado o sensor. O transmissor e receptor podem ser montados no mesmo invlucro ou podem ser separados. H sensores que operam somente em meio no compressvel (lquido) e no operam em espao com vapor ou gs.

Chave de deteco de interface Quando se monta o sensor inclinado (10 graus da horizontal, por exemplo), ele pode ser usado para detectar interface lquidolquido. O raio ultra-snico gerado pelo cristal transmissor ser detectado pelo cristal receptor se o sensor estiver somente em um lquido. Quando aparece uma interface na cavidade do sensor, a interface reflete o sinal, impedindo-o de alcanar o receptor. A chave de deteco de nvel pode ser usada na mangueira da bomba de gasolina. O bocal da mangueira contem o transmissor e o receptor para detectar quando o tanque enche e o lquido atinge a mangueira de volta, onde a vazo desligada. Transmissor de nvel O princpio do transmissor de nvel ultra-snico similar ao do ecmetro usado para medir profundidade de poo. Neste projeto, uma cpsula detonada; o tempo necessrio para o eco retornar convertido na indicao da profundidade. O detector contnuo de nvel (SONAR) mede o tempo necessrio para um pulso ultra-snico ir para a superfcie do processo e voltar. A fonte um alto-falante

325

Nvel
ultra-snico tipo oscilador e o receptor , geralmente, um disco metlico ressonante mecnica e eletricamente. H vrias configuraes de montagem. o sinal, convertendo nvel em quantidade, volume em massa, determinando densidade, apresentando resultados em condies de referncia, indicando innage (nvel real) e ullage (o que falta para encher o tanque). Os sistemas so aplicados a conjuntos de tanques, diminuindo o custo por unidade de tanque, porque atravs da multiplexao, vrios instrumentos podem ser compartilhados por todo o sistema. No campo, h sensores e transmissores para medir a presso em trs pontos do tanque e a temperatura do processo. Estes sinais analgicos vo para um sistema microprocessado que os manipula e atravs de uma base de dados fornecida e armazenada, ele pode determinar densidade, fazer correes, transformar volume em massa, converter valores de volume para condies de base. O sistema possui uma estao de operao centralizada, com console de monitor. Atravs do sistema, o operador pode monitorar todas as medies, ter registros histricos das variveis de interesse, dispor de listas de alarmes das variveis crticas.

Fig. 4.34. Deteco contnua de nvel de liquido Na instalao (A), h dois elementos, transmissor e receptor montados separadamente. Esta configurao pouco usada, atualmente. Na instalao (B) o transmissor e receptor esto no mesmo invlucro. A transmisso feita no ar. A vantagem que no h contato com o processo, mas alguma energia perdida atravs do espao. Em aplicaes com lquido, deve haver um ngulo aproximado de 2 graus da vertical. Esta montagem requer um lquido limpo. Na instalao (C) o tempo de propagao do eco uma indicao direta do nvel. O transdutor pode ser tambm montado externamente (D). As instalaes onde no h contato direto com o processo, pode ser medido o nvel de lquidos sujos e de slidos. Uma aplicao interessante da deteco contnua de nvel quando leo (hidrocarbonetos) armazenados em poos com sal. A camada de leo repousa sobre uma camada de salmoura. Quando se bombeia o leo para dentro do poo, a salmoura deslocada. Por questo de segurana, balano e uso da cavidade, importante saber onde est a interface leo-salmoura. Sistema microprocessado Os fabricantes tradicionais de instrumentos (e.g., Foxboro, Fisher Rosemount) possuem sistemas proprietrios para medir nvel e processar

Fig. 4.35. Sistema microprocessado para nvel Vantagens e desvantagens A tcnica de medio de nvel por ultrasom j tradicional. A chave de nvel confivel, mesmo em aplicaes difceis. As principais vantagens do princpio so 1. ausncia de peas mveis 2. habilidade de medir nvel sem contato com o processo 3. A preciso e confiabilidade do sistema no so afetadas por variaes na composio,

326

Nvel
densidade, umidade, condutividade eltrica ou constante dieltrica do fluido do processo. 4. possvel se fazer a compensao de temperatura, melhorando a preciso (para 0,25% fundo de escala). O transmissor de nvel a ultra-som to bom quanto o eco que ele recebe. O sinal de eco pode ser enfraquecido pela disperso (distncia) ou pela absoro (ar ambiente). O sinal tambm atenuado por vapores, espuma e outros contaminantes. Deve-se tomar cuidado com a superfcie refletora, que deve ser plana, bem acabada, horizontal.

Fig. 4.36. Sistema microprocessado para nvel -

Apostilas\Instrumentao

45nvel.doc

04 MAI 97

327

A Unidades SI
1. Introduo
O SI um sistema de unidades com as seguintes caractersticas desejveis: 1. Coerente, em que o produto ou o quociente de quaisquer duas unidades a unidade da quantidade resultante. Por exemplo, o produto da fora de 1 N pelo comprimento de 1 m 1 J de trabalho. 2. Decimal, onde os fatores envolvidos na converso e criao de unidades sejam somente potncias de 10 3. nico, onde h somente uma unidade para cada tipo de quantidade fsica, independente se ela mecnica, eltrica, qumica, ou termal. Joule unidade de energia eltrica, mecnica, calorfica ou qumica. 4. Poucas (7) Unidades de base, separadas e independentes por definio e realizao. 5. Unidades com tamanhos razoveis, evitando-se a complicao do uso de prefixos de mltiplos e submltiplos. 6. Completo e poder se expandir indefinidamente, incluindo nomes e smbolos de unidades de base e derivadas e prefixos necessrios. 7. Simples e preciso, de modo que cientistas, engenheiros e leigos possam us-lo e ter noo das ordens de grandeza envolvidas. No deve haver ambigidade entre nomes de grandezas e de unidades. 8. No degradvel, com as mesmas unidades usadas ontem, hoje e amanh. 9. Universal, com smbolos, nomes e nico conjunto bsico de padres conhecidos, aceitos e usados no mundo inteiro. O SI oferece vrias vantagens nas reas de comrcio, relaes internacionais, ensino e trabalhos cientficos. Atualmente, mais de 90% da populao do mundo vive em pases que usam correntemente ou esto em vias de mudar para o SI. Os Estados Unidos, Inglaterra, Austrlia, Nova Zelndia, frica do Sul adotaram o SI. Tambm o Japo e a China esto atualizando seus sistemas de medidas para se conformar com o SI. A utilizao do SI recomendada pelo BIPM, ISO, OIML, CEI e por muitas outras organizaes ligadas normalizao, metrologia e instrumentao. uma obrigao de todo tcnico conhecer, entender, respeitar e usar o SI corretamente.

2. Quantidades de Base do SI
As unidades SI so divididas em trs classes: 1. unidades de base 2. unidades suplementares 3. unidades derivadas A Tab.1. mostra as sete grandezas de base, com nomes, unidades, smbolos de unidades e smbolos da grandeza para fins de anlise dimensional. As grandezas de base eram anteriormente chamadas de grandezas fundamentais. As sete unidades base foram selecionadas pela CGPM ao longo do tempo e para atender as necessidades dos cientistas em suas reas de trabalho.

A.1

Unidades SI
Tab. 1 - Grandezas e Unidades de Base SI # Grandeza 1 2 3 4 5 6 7 comprimento massa tempo temperatura corrente eltrica Unidade
Smbolo Smbolo unidade Grandeza

metro kilograma segundo kelvin ampre quantidade de matria mol intensidade luminosa candela

m kg s K A mol cd

L M T I N J.

A classificao das unidades SI em trs classes arbitrria e no realmente importante para usar e entender o sistema. As trs classes de unidades formam um sistema de medio coerente, pois o produto ou quociente de qualquer quantidade com mltiplas unidades a unidade da resultante.

3. Quantidades Derivadas
Uma unidade derivada formada pela combinao das unidades de base, suplementares e outras unidades derivadas atravs de relaes algbricas com as quantidades correspondentes. Como o sistema SI coerente, quando duas ou mais unidades expressas em unidades base ou suplementares so multiplicadas ou divididas para se obter uma quantidade derivada, o resultado um valor unitrio, sem introduo de uma constante numrica. As vrias unidades derivadas possuem nomes e smbolos especiais, geralmente nomes de cientistas famosos, que podem ser usados para expressar outras unidades derivadas em uma forma mais simples do que em termos das unidades base e suplementares. Por exemplo, joule, unidade de trabalho ou energia, o nome dado relao algbrica newton-metro (N.m) ou kilograma-metro quadrado por segundo quadrado (kg.m2/s2). A seguir, sero as unidades em tabelas, com os nomes, unidades e smbolos. O nmero praticamente infinito e por isso so mostradas apenas as mais usadas nos campos da mecnica, eletrnica, qumica e instrumentao.

H trs quantidades totalmente independentes: massa, comprimento, tempo. Somente a massa tem um padro material. Hoje, pesquisa-se para se reduzir as unidades a duas independentes: massa e tempo. As unidades de base so bem definidas e independentes dimensionalmente. As duas unidades suplementares foram adicionadas na 11a CGPM (1960). Estas unidades so: 1. ngulo plano (radiano) 2. ngulo slido (esterradiano). Como a CGPM deixou de cham-las de base ou derivadas, elas so consideradas suplementares. Foram levantadas questes acerca da razo destas unidades no serem adotadas como de base. Por analogia, elas poderiam ser consideradas como de base. Em 1980, a CIPM decidiu, para manter a coerncia interna do SI, considerar as unidades radiano e esterradiano como unidades derivadas sem dimenso. As unidades derivadas so aquelas formadas pelas relaes algbricas entre as unidades bsicas, unidades suplementares e outras unidades derivadas.

Apostila\Ageral UnidadeSI.doc

10 MAI 97

A.2

Unidades SI
Tab. 2 - Unidades No-SI Aceitas NOME
minuto hora dia ano grau de arco minuto de arco segundo de arco grau Celsius litro quilate mtrico tonelada becquerel gray sievert

SMBOLO
min h d a o ' " o C L t Bq Gy Sv

OBSERVAES
1 min = 60 s 1 h = 60 min - 3600 s 1 d = 24 h = 86 400 s 1 ano = 12 meses = 360 dias 1o = (p/180) rad 1 ' = (1/60) o = (p/10 800) rad 1 " = (1/60) ' = (p/648 000) rad 1 L = 1 dm3 = 10-3 m3 1 quilate = 200 mg 1 t = 103 kg s-1 (atividade de radionucldeo) J/kg (ndice de dose absorvida) J/kg (ndice de equivalente de dose)

Tab. 3 Unidades No-SI Aceitas Temporariamente Nome angstron atmosfera normal bar eletrovolt hectare kilowatt hora milha martima poise stokes unidade massa atmica volt ampre Smbolo Ao atm bar eV ha kW.h P St u Observao 1 Ao = 10-10 m 1 atm = 101 326 Pa 1 bar = 105 Pa 1 eV = 1,602 19 x 10-9 J 1 ha - 104 m2 milha martima = 1 852 m 1 P = 0,1 Pa.s 1 St = 10-4 m2/s 1 u - 1,660 57 x 10-27 kg V.A

A.3

Unidades SI
Tab. 4 Unidades No-SI No Aceitas Nome caloria centmetro de gua dina erg fermi gauss kilograma fora maxwell mho micron milmetro de Hg torricelli Tab. 5-Unidades Associadas a Cientistas Unidade ampre o Celsius coulomb farad henry hertz joule kelvin newton ohm pascal siemens tesla volt watt weber Cientistas Andre Marie ampre Anders Celsius Charles Augustin Coulomb Michael Faraday Joseph Henry Heinrich Rudolph Hertz James Prescott Joule William Thompson, (Baro Kelvin) Sir Isaac Newton Georg Simon Ohm Blaise Pascal Karl Wilhelm Siemens Nikola Tesla Conde Alessandro Volta James Watt Wilhem Eduard Weber Pais Frana Sucia Frana Inglaterra EUA Alemanha Inglaterra Inglaterra Inglaterra Alemanha Frana Alemanha Crocia (EUA) Itlia Esccia Alemanha Datas 1775-1836 1701-1744 1736-1806 1791-1867 1797-1894 1857-1889 1818-1889 1824-1907 1642-1727 1787-1854 1623-1662 1823-1883 1856-1943 1745-1827 1736-1819 1804-1891 Smbolo cal cm H2O dyn erg fm Gs ou G kgf Mx mm Hg torr Observao 1 calI = 4,1868 J 1 dyn = 10-5 N 1 erg = 10-7 J 1 fm = 10-11 m 1 G = 10-4 T 1 kgf = 9,806 65 N 1 Mx = 10-8 Wb 1 mho = 1 S 1 micron = 10-6 m 1 torr = 133,322 Pa

A.4

Unidades SI
Tab. 6 - Grandezas Fsicas Derivadas Mais Usadas Quantidade Fsica Acelerao Acelerao angular rea ou superfcie Campo eltrico Capacitncia eltrica Carga eltrica Condutncia eltrica Concentrao (qumica) Condutividade termal Densidade absoluta Densidade de corrente Densidade fluxo magntico Densidade fluxo termal Densidade relativa Dose absorvida Energia, trabalho Entropia Fluxo luminoso Fluxo magntico Fora Frequncia Iluminamento Indutncia eltrica Momento de fora Nmero de onda Peso especfico Potncia Presso Radincia Resistncia eltrica Tenso superficial Velocidade Velocidade angular Viscosidade absoluta Viscosidade cinemtica Voltagem, ddp, fem Volume Volume especfico Unidade Smbolo SI Unidade SI m.s-2 rad.s-2 m2 V.m-1

farad coulomb siemens

F C S

tesla

T l

mol.m-3 W.m-1.K-1 kg.m-3 Am-2 Wb.m-2 W.m-2 adimensiona J.kg-1 J.K-1 cd.sr V.s cd.sr.m-2 N.m m-1 N.m-3

gray joule lumen weber newton hertz lux henry

Gy J Wb N Hz H

watt pascal ohm

W Pa

W.m-2.sr-1 N.m-1 m.s-1 rad.s-1 Pa.s m2.s-1 m3 m3.kg-1

volt

A.5

B Estilo e Escrita do SI
1. Introduo
O Sistema Internacional de Unidades (SI) possui uma linguagem internacional da medio. O SI uma verso moderna do sistema mtrico estabelecido por acordo internacional. Ele fornece um sistema de referncia lgica e interligado para todas as medies na cincia, indstria e comrcio. Para ser usado sem ambigidade por todos os envolvidos, ele deve ter regras simples e claras de escrita. Parece que o SI exageradamente rigoroso e possui muitas regras relacionadas com a sintaxe e a escrita dos smbolos, quantidades e nmeros. Esta impresso falsa, aps uma anlise. Para realizar o potencial e benefcios do SI, essencial evitar a falta de ateno na escrita e no uso dos smbolos recomendados. Os principais pontos que devem ser lembrados so: 1. O SI usa somente um smbolo para qualquer unidade e somente uma unidade tolerada para qualquer quantidade, usando-se poucos nomes. 2. O SI um sistema universal e os smbolos so usados exatamente da mesma forma em todas as lnguas, de modo anlogo aos smbolos para os elementos e compostos qumicos. 3. Para o sucesso do SI deve-se evitar a tentao de introduzir novas mudanas, inventar smbolos ou usar modificadores. Os smbolos escolhidos foram aceitos internacionalmente, depois de muita discusso e pesquisa. Sero apresentadas aqui as regras bsicas para se escrever as unidades SI, definindo-se o tipo de letras, pontuao, separao silbica, agrupamento e seleo dos prefixos, uso de espaos, vrgulas, pontos ou hfen em smbolos compostos. Somente respeitando-se estes princpios se garante o sucesso do SI e se obtm um conjunto eficiente e simples de unidades. No Brasil, estas recomendaes esto contidas na Resoluo 12 (1988) do Conselho Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial.

2. Maisculas ou Minsculas
2.1. Nomes de Unidades
Os nomes das unidades SI, incluindo os prefixos, devem ser em letras minsculas quando escritos por extenso, exceto quando no incio da frase. Os nomes das unidades com nomes de gente devem ser tratados como nomes comuns e tambm escritos em letra minscula. Quando o nome da unidade fizer parte de um ttulo, escrever o nome das unidades SI do mesmo formato que o resto do ttulo. Exemplos: A corrente de um ampre. A freqncia de 60 hertz. A presso de 15,2 kilopascals.

B.1

Estilo e Escrita do SI
2.2. Temperatura
No termo grau Celsius, grau considerado o nome da unidade e Celsius o modificador da unidade. O grau sempre escrito em letra minscula, mas Celsius em maiscula. O nome de unidade de temperatura no SI o kelvin, escrito em letra minscula. Mas quando se refere escala, escreve-se escala Kelvin. Antes de 1967, se falava grau Kelvin, hoje, o correto kelvin. Exemplos: A temperatura da sala de 25 graus Celsius. A temperatura do objeto de 303 kelvins. A escala Kelvin defasada da Celsius de 273,15 graus m para metro H para henry Hz para hertz W para watt Wb para weber Os smbolos so preferidos quando as unidades so usadas com nmeros, como nos valores de medies. No se deve misturar ou combinar partes escritas por extenso com partes expressas por smbolo.

2.4. Letra romana para smbolos


Quase todos os smbolos SI so escritos em letras romanas. As duas nicas excees so as letras gregas (mi ) para micro (10-6) e (mega) para ohm, unidade de resistncia.

2.3. Smbolos
Smbolo a forma curta dos nomes das unidades SI e dos prefixos. Smbolo no abreviao ou acrnimo. O smbolo invarivel, no tendo plural, modificador, ndice ou ponto. Deve-se manter a diferena clara entre os smbolos das grandezas, das unidades e dos prefixos. Os smbolos das grandezas fundamentais so em letra maiscula. Os smbolos das unidades e dos prefixos podem ser de letras maisculas e minsculas. A importncia do uso preciso de letras minsculas e maisculas mostrada nos seguintes exemplos: G para giga; g para grama K para kelvin, k para kilo N para newton; n para nano T para tera; t para tonelada T para a grandeza tempo. S para siemens, s para segundo M para mega M para a grandeza massa P para peta Pa para pascal p para pico L para a grandeza comprimento L para litro (excepcionalmente maiscula) m para mili

2.5. Nomes dos smbolos em letra minscula


Smbolos de unidades com nomes de pessoas tem a primeira letra maiscula. Os outros smbolos so escritos com letras minsculas, exceto o smbolo do litro que pode ser escrito tambm com letra maiscula (L), para no ser confundido com o nmero 1. Exemplos: A corrente de 5 A. O comprimento da corda de 6,0 m. O volume de 2 L.

2.6. Smbolos com duas letras


H smbolos com duas letras, onde somente a primeira letra deve ser escrita como maiscula e a segunda deve ser minscula. Exemplos: Hz smbolo de hertz, H smbolo de henry. Wb smbolo de weber, W smbolo de watt. Pa smbolo de pascal, P prefixo peta (1015)

B.2

Estilo e Escrita do SI
2.7. Uso do smbolo e do nome
Deve-se usar os smbolos somente quando escrevendo o valor da medio ou quando o nome da unidade muito complexo. Nos outros casos, usar o nome da unidade. No misturar smbolos e nomes de unidades por extenso. Exemplo correto: O comprimento foi medido em metros; a medida foi de 6,1 m. Exemplo incorreto: O comprimento foi medido em m; a medida foi de 6,1 metros. Correto: O comprimento de 110 km Exemplos incorretos: 110km (sem espao entre nmero e smbolo) 110 kms (smbolo no tem plural) 110-km (hfen entre nmero e smbolo). 110 k m (espao entre prefixo e smbolo). 110 Km (prefixo em maiscula)

3. Pontuao
3.1. Ponto
No se usa o ponto depois do smbolo das unidades, exceto no fim da sentena. Pode-se usar um ponto ou hfen para indicar o produto de dois smbolos, porm, no se usa o ponto para indicar o produto de dois nomes. Exemplos corretos (incorretos): O cabo de 10 m tinha uma massa de 20 kg. (O cabo de 10 m. tinha uma massa de 20 kg) A unidade de momentum o newton metro (A unidade de momentum o newton. metro) A unidade de momentum o produto N.m A unidade de momentum o produto N-m

2.8. Smbolos em ttulos


Os smbolos de unidades no devem ser usados em letra maiscula, como em ttulo. Quando for necessrio, deve-se usar o nome da unidade por extenso, em vez de seu smbolo. Correto: ENCONTRADO PEIXE DE 200 KILOGRAMAS Incorreto: ENCONTRADO PEIXE DE 200 KG

2.9. Smbolo e incio de frase


No se deve comear uma frase com um smbolo, pois impossvel conciliar a regra de se comear uma frase com maiscula e de escrever o smbolo em minscula. Exemplo correto: Grama a unidade comum de pequenas massas. Exemplo incorreto: g a unidade de pequenas massas.

2.10. Prefixos
Todos os nomes de prefixos de unidades SI so em letras minsculas quando escritos por extenso em uma sentena. A primeira letra do prefixo escrita em maiscula apenas quando no incio de uma frase ou parte de um ttulo. No caso das unidades de massa, excepcionalmente o prefixo aplicado grama e no ao kilograma, que j possui o prefixo kilo. Assim, se tem miligrama (mg) e no microkilograma (kg); a tonelada corresponde a megagrama (Mg) e no a kilokilograma (kkg). Aplica-se somente um prefixo ao nome da unidade. O prefixo e a unidade so escritos juntos, sem espao ou hfen entre eles. Os prefixos so invariveis.

3.2. Marcador decimal


No Brasil, usa-se a vrgula como um marcador decimal e o ponto como separador de grupos de 3 algarismos, quando no se quer deixar a possibilidade de preenchimento indevido. Quando o nmero menor que um, escreve-se um zero antes da vrgula. Nos Estados Unidos, usa-se o ponto como marcador decimal e a virgula como separador de algarismos. Exemplo (Brasil) A expresso meio metro se escreve 0,5 m. O valor do cheque de R$2.345.367,00 Exemplo (Estados Unidos) A expresso meio metro se escreve: 0.5 m. O valor do cheque de US$2,345,367.00

B.3

Estilo e Escrita do SI 4. Plural


4.1. Nomes das unidades com plural
Quando escrito por extenso, o nome da unidade SI admite plural, adicionando-se s, 1. palavra simples. Por exemplo: amperes, candelas, joules, kelvins, kilogramas, volts. 2. palavra composta em que o elemento complementar do nome no ligado por hfen. Por exemplo: metros quadrados, metros cbicos. 3. termo composto por multiplicao, em que os componentes so independentes entre si. Por exemplo: amperes-horas, newtons-metros, watts-horas, pascalssegundos.
2. serem elementos complementares de

nomes de unidades e ligados a eles por hfen ou preposio. Por exemplo, anosluz, eltron-volts, kilogramas-fora.

4.5. Smbolos
Os smbolos das unidades SI no tem plural. Exemplos: 2,6 m -30 oC 1m 0 oC 0,8 m 100 oC

5. Agrupamento dos Dgitos


5.1. Numerais
Todos os nmeros so constitudos de dgitos individuais, entre 0 e 9. Os nmeros so separados em grupos de trs dgitos, em cada lado do marcador decimal (vrgula). No se deve usar vrgula ou ponto para separar os grupos de trs dgitos. Deve-se deixar um espao entre os grupos em vez do ponto ou vrgula, para evitar a confuso com os diferentes pases onde o ponto ou vrgula usado como marcador decimal. No deixar espao entre os dgitos e o marcador decimal. Um nmero deve ser tratado do mesmo modo em ambos os lados do marcador decimal. Exemplos: Correto 23 567 567 890 098 34,567 891 345 678,236 89 345 678,236 89 Incorreto 23.567 567.890.098 34,567.891 345.678,236.89 345 678,23 689

4.2. Aplicao
Valores entre -2 e +2 (exclusive) so sempre singulares. O nome de uma unidade s passa ao plural a partir de 2 (inclusive). Exemplos: 1 metro 23 metros 8 x 10-4 metro 4,8 metros por segundo 0,1 kilograma 1,5 kilograma 34 kilogramas 1 hertz 60 hertz 60 kilohertz

4.3. Zero
A medio do valor zero fornece um ponto de descontinuidade no que as pessoas escrevem e dizem. Deve-se usar a forma singular da unidade para o valor zero. Por exemplo, 0 oC e 0 V so reconhecidamente singulares, porm, so lidos como plurais, ou seja, zero graus Celsius e zero volts. O correto zero grau Celsius e zero volt.

5.2. Nmeros de quatro dgitos


Os nmeros de quatro dgitos so considerados de modo especial e diferente dos outros. No texto, todos os nmeros com quatro ou menos dgitos antes ou depois da vrgula podem ser escritos sem espao. Exemplos: 1239 1993 1,2349 2345,09 1234,5678 1 234,567 8

4.4. Nomes das unidades sem plural


Certos nomes de unidades SI no possuem plural por terminarem com s, x ou z. Exemplos: lux, hertz e siemens. Certas partes dos nomes de unidades compostas no se modificam no plural por: 1. corresponderem ao denominador de unidades obtidas por diviso. Por exemplo, kilmetros por hora, lumens por watt, watts por esterradiano.

B.4

Estilo e Escrita do SI
5.3. Tabelas
As tabelas devem ser preenchidas com nmeros puros ou adimensionais. As suas respectivas unidades devem ser colocadas no cabealho das tabelas. Por exemplo, uma tabela tpica de dados relacionados com algumas propriedades do vapor pode ser escrita como: Tab.1. Variao da temperatura e volume especfico com a presso para a gua pura Presso, P kPa 50,0 60,0 70,0 80,0
Temperatura, T

Exemplos: R$ 21.621,90 16HHC-656/9978 610.569.958-15 (071) 359-3195

dinheiro (real) nmero de pea CPF telefone

5.5. Grficos
Os nmeros colocados nos eixos do grficos (abcissa e ordenada) so puros ou adimensionais. As unidades e smbolos das quantidades correspondentes so

K 354,35 358,95 362,96 366,51

Volume, V

m3/kg 3,240 1 2,731 7 2,364 7 2,086 9

Normalmente, em tabelas ou listagens, todos os nmeros usam agrupamentos de trs dgitos e espaos. Adotando este formato, se diminui a probabilidade de erros. Assim, a primeira linha da tabela significa que presso P = 50,0 kPa temperatura T = 354,35 K volume especfico V = 3,240 1 m3/kg

colocadas nos eixos, uma nica vez. A figura abaixo mostra um grfico tpico. Fig. 1. Variao da viscosidade com a temperatura e a presso

5.4. Nmeros especiais


H certos nmeros que possuem regras de agrupamento especificas. Nmeros envolvendo nmeros de pea, documento, telefone e dinheiro, que no devem ser alterados, devem ser escritos na forma original. Vrgulas, espaos, barras, parntesis e outros smbolos aplicveis podem ser usados para preencher os espaos e evitar fraudes.

6. Espaamentos
6.1. Mltiplos e submltiplos
No se usa espao ou hfen entre o prefixo e o nome da unidade ou entre o prefixo e o smbolo da unidade. Exemplos corretos kiloampere, kA (a maioria das pessoas escreve o prefixo kilo, k, com letra maiscula. Ou ento, usa minscula para kg mas usa KB para kilobyte). milivolt, mV megawatt, MW

6.2. Valor da medio da unidade


A medio expressa por um valor, uma unidade, sua incerteza e os limites de probabilidade. O valor expresso por um

B.5

Estilo e Escrita do SI
nmero e a unidade pode ser escrita pelo nome ou pelo smbolo. Deve-se deixar um espao entre o nmero e o smbolo ou nome da unidade. Os smbolos de grau, minuto e segundo so escritas sem espao entre os nmeros e os smbolos de grau. Exemplos: 670 kHz 10 N 670 kilohertz 36 20 mm 36 oC

7. ndices
7.1. Smbolos
So usados ndices numricos (2 e 3) para indicar quadrados e cbicos. No se deve usar abreviaes como qu., cu, c. Quando se escrevem smbolos para unidades mtricas com expoentes, como metro quadrado, centmetro cbico, um por segundo, escrever o ndice imediatamente aps o smbolo. Exemplos: 10 metros quadrados = 10 m2 14 centmetros cbicos = 14 cm3 1 por segundo = s-1

6.3. Modificador da unidade


Quando uma quantidade usada como adjetivo, pode-se usar um hfen entre o valor numrico e o smbolo ou nome. No se deve usar hfen com o smbolo de ngulo (o) ou grau Celsius (oC). Exemplos: Pacote de 5-kg Filme de 35-mm Temperatura de 36 oC

7.2. Nomes de unidades


Quando se escrevem unidades compostas, aparecem certos fatores com quadrado e cbico. Quando aplicvel, deve-se usar parntesis ou smbolos exclusivos para evitar ambigidade e confuso. Por exemplo, para kilograma metro quadrado por segundo quadrado, o smbolo correto kg.m2/s2. Seria incorreto interpretar como (kg.m)2/s2 ou (kg.m2/s)2

6.4. Produtos, quocientes e por


Deve-se evitar confuso, principalmente em nmeros e unidades compostos envolvendo produto (.) e diviso (/) e por . O bom senso e a clareza devem prevalecer no uso de hfens nos modificadores.

6.5. Smbolos algbricos


Deve-se deixar um espao de cada lado dos sinais de multiplicao, diviso, soma e subtrao e igualdade. Isto no se aplica aos smbolos compostos que usam os sinais travesso (/) e ponto (.). No se deve usar nomes de unidades por extenso em equaes algbricas e aritmticas; usam-se os smbolos. Exemplos: 4 km + 2 km = 6 km 6N x 8 m = 48 N.m 26 N : 3 m2 = 8,67 Pa 100 W : (10 m x 2 K) = 5 W/(m.K) 10 kg/m3 x 0,7 m3 = 7 kg 15 kW.h

8. Unidades Compostas
As unidades compostas so derivadas como quocientes ou produtos de outras unidades SI. As regras a serem seguidas so as seguintes: 1. No se deve misturar nomes extensos e smbolos de unidades. No usar o travesso (/) como substituto de por, quando escrevendo os nomes por extenso. Por exemplo, o correto kilmetro por hora ou km/h. No usar kilmetro/hora ou km por hora. 2. Deve-se usar somente um por em qualquer combinao de nomes de unidades mtricas. A palavra por denota a diviso matemtica. No se usa por para significar por unidade ou por cada (alm do cacfato). Por exemplo, a medio de corrente de vazamento, dada em microamperes por 1 kilovolt da voltagem entre fases, deveria ser

B.6

Estilo e Escrita do SI
escrita em microamperes por cada kilovolt da voltagem entre fases. No SI, 1 mA/kV igual a 1 nanosiemens (nS). Outro exemplo, usa-se metro por segundo quadrado e no metro por segundo por segundo. os prefixos podem coexistir num smbolo composto por multiplicao ou diviso. Por exemplo, kN.cm, k.mA, kV/mm, M, kV/ms, mW/cm2. os smbolos de mesma unidade podem coexistir em um smbolo composto por diviso. Por exemplo, kWh/h, .mm2/m. No se misturam unidades SI e no-SI. Por exemplo, usar kg/m3 e no kg/ft3. Para eliminar o problema de qual unidade e mltiplo deve-se expressar uma quantidade de relao como percentagem, frao decimal ou relao de escala. Como exemplos, a inclinao de 10 m por 100 m pode ser expressa como 10%, 0.10 ou 1:10 e a tenso mecnica de 100 m/m pode ser convertida para 0,01 %. Deve-se usar somente smbolos aceitos das unidades SI. Por exemplo, o smbolo correto para kilmetro por hora km/h. No usar k.p.h., kph ou KPH. No se usa mais de uma barra (/) em qualquer combinao de smbolos, a no ser que haja parntesis separando as barras. Como exemplos, escrever m/s2 e no m/s/s; escrever W/(m.K) ou (W/m)/K e no (W/m/K. Para a maioria dos nomes derivados como um produto, na escrita do nome por extenso, usase um espao ou um hfen para indicar a relao, mas nunca se usa um ponto (.). Algumas unidades compostas podem ser escritas como uma nica palavra, sem espao ou hfen. Por exemplo, a unidade de momento pode ser escrita como newton metro ou newton-metro e nunca newton.metro. Tambm, correto escrever watt hora, watt-hora ou watthora, mas incorreto watt.hora. 10. Para smbolos derivados de produtos, usa-se um ponto (.) entre cada smbolo individual. No usar o ponto (.) como smbolo de multiplicao em equaes e clculos. Exemplos: N.m (newton metro) Pa.s (pascal segundo) kW.h ou kWh (kilowatthora) 11. Deve-se ter cuidado para escrever unidades compostas envolvendo potncias. Os modificadores quadrado e cbico devem ser colocados aps o nome da unidade a qual eles se aplicam. Para potncias maiores que trs, usar somente smbolos. Deve-se usar smbolos sempre que a expresso envolvida for complexa. Por exemplo, kg/m2 , N/m2 12. Para representaes complicadas com smbolos, usar parntesis para simplificar e esclarecer. m.kg/(s3.A)

3.

4.

5.

6.

9. Uso de Prefixo
1. Deve-se usar os prefixos com 10

7.

8.

9.

elevado a potncia mltipla de 3 (10-3, 10-6, 103, 106). Deve-se usar a notao cientfica para simplificar os casos de tabelas ou equaes com valores numricos com vrios dgitos antes do marcador decimal e para eliminar a ambigidade da quantidade de dgitos significativos. Por exemplo, usam-se: mm (milmetro) para desenhos. kPa (kilopascal) para presso Mpa (megapascal) para tenso mecnica kg/m3 (kilograma por metro cbico) para densidade absoluta. 2. Quando conveniente escolhem-se prefixos resultando em valores numricos entre 0,1 e 1000, porm, sem violar as recomendaes anteriores. 3. Em clculos tcnicos deve-se tomar muito cuidado com os valores numricos dos dados usados. Para evitar erros nos clculos, os prefixos devem ser convertidos em potncias de 10 (exceto o kilograma, que uma unidade bsica da massa). Exemplos:

B.7

Estilo e Escrita do SI
5 MJ = 5 x 106 J 4 Mg = 4 x 103 kg 3 Mm = 3 x 106 m 4. Devem ser evitados prefixos no denominador (exceto kg). Exemplos: Escrever kJ/s e no J/ms Escrever kJ/kg e no J/g Escrever MJ/kg e no kJ/g 5. No se misturam de prefixos, a no ser que a diferena em tamanho seja extrema ou uma norma tcnica o requeira. Exemplos: Correto: A ferramenta tem 44 mm de largura e 1500 mm de comprimento. Incorreto: A ferramenta tem 44 mm de largura e 1,5 m de comprimento. 6. No se usam unidades mltiplas ou prefixos mltiplos. Por exemplo, Usa-se 15,26 m e no 15 m 260 mm; usa-se miligrama (mg) e no microkilograma (kg) 7. No usar um prefixo sem a unidade. Usar kilograma e no kilo Usar megohm e no mega Celsius (oC), kelvin (K) e grau angular (o). Porem, prefervel evitar esta prtica, pois os nomes resultantes so confusos e difceis de serem reconhecidos. prefervel ajustar o coeficiente numrico para no usar o prefixo. 6. Um mtodo simples para comparar altas temperaturas Celsius com temperaturas Farenheit que o valor Celsius aproximadamente a metade da temperatura Farenheit. O erro percentual nesta aproximao relativamente pequeno para valores Farenheit acima de 250. Para valores menores, subtrair 30 antes de dividir por 2; isto fornece uma preciso razovel at valores Farenheit de -40.

11. Modificadores de Smbolos


As principais recomendaes relacionadas com os modificadores de smbolos so: 1. No se pode usar modificadores dos smbolos SI. Quando necessrio o uso de modificadores das unidades, ele deve ser separado do smbolo ou ento escrito por extenso. Por exemplo, no se usam Acc ou Aca, para diferenciar a corrente contnua da alternada. O correto escrever 10 A cc ou 10 A ca, com o modificador separado do smbolo. Como o modificador no SI, pode ser escrito de modo arbitrrio, como cc., c.c., dc ou corrente contnua. 2. Nas unidades inglesas, comum usar sufixos ou modificadores nos smbolos e abreviaes para dar uma informao adicional. Por exemplo, usam-se psia e psig para indicar respectivamente, presso absoluta e manomtrica. Psia significa pound square inch absolute e psig significa pound square inch gauge. No sistema SI, incorreto colocar sufixos para identificar a medio. Exemplos: Usar presso manomtrica de 13 kPa ou 13 kPa (manomtrica) e no 13 kPaG ou 13 kPag. Usar presso absoluta de 13 kPa ou 13 kPa (absoluta) e no 13 kPaA ou 13 kPaa.

10. ngulo e Temperatura


1. Os smbolos de grau (o) e grau Celsius

2. 3.

4.

5.

(oC) devem ser usados quando se escreve uma medio. Quando se descreve a escala de medio e no uma medio, deve-se usar o nome por extenso. Exemplos: Os ngulos devem ser medidos em graus e no em radianos. O ngulo de inclinao 27o. No se deve deixar espao entre o e C, devendo se escrever oC e no o C. A maioria das temperaturas dada na escala Celsius; a escala Kelvin usada somente em aplicaes cientficas. Exemplo: A temperatura normal do corpo humano 36 oC. Quando se tem uma srie de valores de temperatura ou uma faixa de temperatura, usar o smbolo de medio somente aps o ltimo valor. Exemplos: A temperatura em Salvador varia de 18 a 39 oC. As leituras do termmetro so: 100, 150 e 200 oC. tecnicamente correto usar prefixos SI com os nomes e smbolos, como grau

B.8

Estilo e Escrita do SI
3. Sempre deixar espao aps o

smbolo da unidade SI e qualquer informao adicional. Exemplo: Usar 110 V c.a. ou 110 V (ca) e no 110 VCA ou 110 Vca, para voltagem de corrente alternada. 4. A potncia e a energia so medidas em uma unidade SI determinada e no h necessidade de identificar a fonte da quantidade, desde que 100 watts igual a 100 watts, independente da potncia ser eltrica, mecnica ou trmica. Exemplos: Usar MW e no MWe (potncia eltrica ou megawatt eltrico). Usar kJ e no kJt (kilojoule termal).

Apostila\Ageral UnidadeSI.doc

10 MAI 97

B.9

C Referncias Bibliogrficas
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