Anais ICongressoCatarinense

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150.6 Congresso brasileiro de psicologia C749c (1. : 2011 : Florianpolis, SC) [Anais do] I Congresso Catarinense Psicologia Cincia e Profisso / Psicologia hoje: desafios e possibilidades [recurso eletrnico] :

/ Comisso Cientfica: Anita Bacellar, Carlos Augusto Monguilhott Remor, Celso Francisco Tondin, Edite Krawulski, Rosane Lorena Mller-Granzotto, Vanessa Ribeiro Florianpolis : CRP-12, 2011.
395 p. Modo de acesso: World Wide Web: <http://www. ****** > 1 . Psicologia Congressos. I. Conselho Regional de Psicologia (12. Regio). I. Ttulo. CDD 150.6 Catalogao elaborada por Karina Ramos CRB14/1056

Sumrio
Comisses...................................................................................................................................... 4 Pareceristas ................................................................................................................................... 6 Apresentao ................................................................................................................................ 9 Sobre o FEPSIC............................................................................................................................. 10 Sobre os Trabalhos ...................................................................................................................... 12 Programao ............................................................................................................................... 16 Minicursos ................................................................................................................................... 19 Painis ......................................................................................................................................... 42 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Assistncia Social ........................................................................................... 173 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Clnica ............................................................................................................. 187 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Educao ........................................................................................................ 223 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia das Emergncias e Desastres............................................................................ 266 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Esporte ........................................................................................................... 274 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Justia............................................................................................................. 277 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia, Organizaes Comunitrias e Movimentos Sociais ......................................... 293 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia, Organizaes e Trabalho ................................................................................. 306 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Sade ............................................................................................................. 338 Comunicaes Orais: Eixo Psicologia, Trnsito e Mobilidade Urbana ......................................................................... 392 Contato ...................................................................................................................................... 395

Comisses
COORDENAO GERAL Celso Francisco Tondin - Conselho Regional de Psicologia 12 Regio CRP-12 (Coordenador) Carlos Augusto Monguilott Remor - Maiutica Florianpolis Instituio Psicanaltica Daniela Schneider - Departamento de Psicologia UFSC Edite Krawulski - Departamento de Psicologia UFSC Rosane Lorena Mller-Granzotto - InstitutoMller-Granzotto de Psicologia Clnica Gestltica

COMISSO CIENTFICA Rosane Lorena Mller-Granzotto - Instituto Mller-Granzotto de Psicologia Clnica Gestltica (Coordenadora) Anita Bacellar Espao Viver - Centro Catarinense de Psicologia Humanista Carlos Augusto Monguilhott Remor - Maiutica Florianpolis Instituio Psicanaltica Celso Francisco Tondin - Conselho Regional de Psicologia - 12 Regio Edite Krawulski - Departamento de Psicologia UFSC Vanessa Ribeiro - Locus Partner RH

COMISSO CULTURAL Andria Chagas Pereira - ASSIM - Associao Instituto Movimento (Coordenadora) ngela Beatriz Sand - Movimento - Clnica e Escola de Psicologia Sistmica Maria Isabel Caminha ACATEF

COMISSO DE COMUNICAO Doris Waldow - Familiare Instituto Sistmico Camila Gabriela Bortolotto Ziemiczak - SinPsi-SC - Sindicado dos Psiclogos de Santa Catarina

COMISSO DE INFRA-ESTRUTURA Carlos Augusto Monguilhott Remor - Maiutica Florianpolis Instituio Psicanaltica (Coordenador) Celso Francisco Tondin - Conselho Regional de Psicologia 12 Regio CRP-12 Regina de Ftima Baptista Machado Reck - Cooperativa de Profissionais em Servios Pblicos e Privados de Santa Catarina - COOPESC Apoliana Regina Groff - Associao Brasileira de Psicologia Social - Ncleo Regional ABRAPSO/SC

Pareceristas
ADELAIDE GRAESER KASSULKE - UNIVILLE ALEXANDRE CIDRAL - UNIVILLE ANA PATRICIA A. V. PARIZOTTO UNC: CAMPUS CONCRDIA ANA MARIA JUSTO - UNIDAVI ANA PAULA BALBUENO KARKOTLI ASSIM ANA PAULA LEO BATISTA - UNIDAVI ANDREIA MARTINS AVANTIS ANITA BACELLAR ESPAO VIVER ARIETE BITTENCOURT PINTO UNC: CAMPUS CONCRDIA BRUNO PEIXOTO CARVALHO FURB CAMILA AVARCA FURB CARLOS ALBERTO MEDRANO UNIASSELVI CARLOS AUGUSTO MOGUILHOTT REMOR - MAIUTICA CELSO FRANCISCO TONDIN UNOCHAPEC CRISTIANI DO NASCIMENTO PEIXOTO INSTITUTO MLLER-GRANZOTTO DE PSICOLOGIA CLNICA GESTLTICA DORIS WALDOW FAMILIARE INSTITUTO SISTMICO ELIANE R PEREIRA UNIASSELVI ELISANGELA BING SINPSI/SC ELIZABETH NAVAS SANCHES UNIVALI FTIMA REGINA MIBACH DO NASCIMENTO ACATEF FELIPE FARIA BROGNOLI SINPSI/SC HEBE CRISTINA BASTOS RGIS INSTITUTO MLLER-GRANZOTTO DE PSICOLOGIA CLNICA GESTLTICA IRME SALETE BONAMIGO ABRAPSO/SC IVANIA JANN LUNA ASSIM JEANINE ALEXANDRE FIALHO MAIUTICA

JOSEANE DE SOUZA FACULDADE AVANTIS JOSIANE DA SILVA DELVAN UNIVALI JULIO SCHRUBER JUNIOR ACE/GUILHERME GUIMBALA KARIN BRUXEL UNOCHAPEC KATIA SIMONE PLONER UNIVALI LAILA PRISCILA GRAF UNIASSELVI LIA VIVIANE FONTOURA UNIVALI LETICIA SCARTAZZINI UNIASSELVI LISIA REGINA FERREIRA MICHELS UNIVALI MAIANA FARIAS OLIVEIRA NUNES FACULDADE AVANTIS MARCIA ALVES TASSINARI ESPAO VIVER MRCIA PEREIRA BERNARDES LOCUS PARTNER MARIA CAROLINA DA SILVEIRA UNOCHAPEC MARIA CLARA DE JONAS BASTOS UNIVALI MARIA FERNANDA JORGE DE ASSIS ACATEF MARINA CORBETTA BENEDET FACULDADE AVANTIS MARINA MENEZES UNIVALI MARIZETE SERAFIM HOFFMANN UNIDAVI MARYAHN KOEHLER SILVA UNIVILLE MAURCIO EUGNIO MALISKA MAIUTICA NADIA ROCHA VERIGUINE UNIASSELVI NEIVA DE ASSIS UNIASSELVI NILSON BERENCHTEIN NETTO FURB RAQUEL WRONA ESPAO VIVER ROSANE LORENA GRANZOTTO INSTITUTO MLLER-GRANZOTTO DE PSICOLOGIA CLNICA GESTLTICA ROSNIA CAMPOS UNIVILLE ROSARIA MARIA FERNANDES DA SILVA UNIVALI

SOFIA CIESLAK ZIMATH UNIVILLE SONIA DE LIMA FAMILIARE INSTITUTO SISTMICO SUELI TEREZINHA BOBATO UNIVALI TELMA PEREIRA LENZI PSICOLOGIA SISTMICA MOVIMENTO: CLNICA E ESCOLA DE

VIRGINIA AZEVEDO REIS SACHETTI UNIASSELVI / FAMEG VIVIANE O. DE ALMEIDA LOCUS PARTNER

Apresentao:
I CONGRESSO CATARINENSE PSICOLOGIA: CINCIA E PROFISSO PSICOLOGIA HOJE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES 19, 20 E 21 DE MAIO DE 2011 CENTRO DE CULTURA E EVENTOS UFSC O Frum de Entidades da Psicologia Catarinense (FEPSIC), composto por 17 entidades dedicadas formao do profissional psiclogo, entidades associativas de psiclogos e entidades regionais que fazem parte de entidades nacionais, tem como objetivo organizar as instituies catarinenses em torno de finalidades comuns que fortaleam a Psicologia em Santa Catarina, dando visibilidade diversidade existente. O FEPSIC e o Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina 12 Regio (CRP-12), realizaram o I Congresso Catarinense Psicologia: Cincia e Profisso, com o tema: Psicologia Hoje: desafios e possibilidades, nos dias 19, 20 e 21 de maio de 2011, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, em Florianpolis. Este congresso constituiu-se em um espao de interlocuo, a partir do encontro da cincia e da profisso que permite uma contribuio significativa na produo dos saberes e fazeres da Psicologia.

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Sobre o FEPSIC
O Frum de Entidades da Psicologia Catarinense (FEPSIC) o espao de articulao das entidades que trabalham com a formao e a profisso de psiclogo em Santa Catarina. O objetivo do Frum organizar as instituies catarinenses em torno de finalidades comuns que dem visibilidade diversidade existente. O FEPSIC foi criado no dia 17 de abril de 2009, por iniciativa do CRP-12, por ocasio da presena do presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Cota Verona, para ministrar a conferncia Contribuies do Sistema Conselhos de Psicologia para o Avano da Profisso no Brasil. As entidades que podem participar do FEPSIC so: Pessoa Jurdica inscrita no CRP-12 que oferea regularmente cursos de formao e especializao e que realize atendimento psicolgico comunidade por meio de clnica escola ou social; entidade associativa de psiclogos sem fins comerciais; ou entidade regional que faa parte de entidade nacional. Entidades que compe o FEPSIC: Associao Brasileira de Ensino de Psicologia - Ncleo Regional de Santa Catarina ABEP/SC Associao Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO - Regional Santa Catarina Associao Catarinense de Terapia de Famlia - ACATEF Associao dos Psiclogos de Caador - APSIC Associao de Terapias Cognitivas do Estado de Santa Catarina - ATCSC Associao do Instituto Movimento - ASSIM Associao dos Psiclogos do Oeste de Santa Catarina Conselho Regional de Psicologia - 12 Regio - CRP-12 Cooperativa de Profissionais em Servios Pblicos e Privados de Santa Catarina COOPESC Espao Viver Familiare Instituto Sistmico Frum do Campo Lacaniano de Joinville - FCLJ Instituto Mller Granzotto de Psicologia Clnica Gestltica Locus Partner RH Consultoria, Desenvolvimento e Prestao de Servios

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Maiutica Florianpolis Instituio Psicanaltica Movimento Instituto de Formao Sistmica de Florianpolis Sindicato dos Psiclogos de Santa Catarina - SinPsi-SC Sociedade de Psicologia de Cricima

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Sobre os Trabalhos
1. Podero ser inscritos trabalhos vinculados aos eixos temticos (ver descrio ao final): Psicologia e Sade Psicologia e Clnica Psicologia, Organizaes e Trabalho Psicologia e Educao Psicologia e Assistncia Social Psicologia e Justia Psicologia, Organizaes Comunitrias e Movimentos Sociais Psicologia das Emergncias e Desastres Psicologia e Esporte Psicologia, Trnsito e Mobilidade Urbana 2. Cada trabalho dever ter um autor principal e poder ter at 7 co-autores. 3. O autor principal dever estar inscrito no Congresso. 4. Cada autor principal poder inscrever at dois trabalhos. 5. No caso de minicurso e oficina, cada autor principal poder apresentar apenas uma destas modalidades. 6. Ser fornecido um certificado por trabalho constando os nomes do autor principal e dos co-autores. 7. Modalidades de apresentao de trabalhos: Comunicao Oral: Relato de experincia profissional e/ou de pesquisa enfocando a metodologia, procedimentos e tcnicas de trabalho, proporcionando a interlocuo entre os pesquisadores de uma mesma sesso e destes com a platia. A comisso cientfica reunir um conjunto de no mximo 4 trabalhos para compor as mesas de discusso e definir um coordenador para cada uma das sesses. Tempo de apresentao: At 20 minutos para cada apresentao. Sero disponibilizados equipamentos udio visuais para sua apresentao, se necessrio (requisitar em sua proposta). Atividade proposta por profissionais, professores, pesquisadores ou estudantes de cursos de Psicologia. Painel: Apresentao grfica de resultados de um estudo de caso, ensaio, pesquisa de campo, reviso bibliogrfica ou outro trabalho terico-prtico. Os autores sero responsveis por colocar e retirar o painel o qual ficar exposto durante um dia. No

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perodo de 16h as 17h30 os autores estaro disponveis para interlocuo. As medidas definidas para os painis devero ser respeitadas (0,90m de largura por 1,10m de altura), sendo que os trabalhos, mesmo que aprovados, que no estiverem dentro das medidas previstas no podero ser expostos. Atividade proposta por profissionais, professores, pesquisadores ou estudantes de cursos de Psicologia. Minicurso: Atividade realizada, no perodo de quatro horas. O objetivo desta atividade o de qualificar seus participantes em tema considerado especfico, relevante e contemporneo no campo de Psicologia, no escopo dos eixos temticos propostos pelo Congresso. O curso dever ser em nvel avanado e poder ter um ou at dois ministrantes com o ttulo de especialista ou mestre, alm de reconhecimento por relevantes atividades desenvolvidas sobre o objeto do curso. O proponente dever sugerir o nmero de vagas e poder solicitar outras condies, em funo do mtodo que ser utilizado. O proponente dever apresentar resumo da proposta do curso e currculo resumido e, ainda, bibliografia principal que fundamenta o curso. Atividade proposta por profissionais, professores ou pesquisadores. Oficina: Atividades terico-vivenciais, com durao de 02 (duas) horas. Atividade proposta por profissionais, professores ou pesquisadores. Conferncia: Apresentao individual sobre tema especfico realizado por profissionais especializados. Atividade proposta pelo FEPSIC. Mesa Redonda: Rene pesquisadores ou profissionais que debatem um mesmo tema a partir de vises tericas diferentes ou diferentes experincias, com duas horas de durao. Atividade proposta pelo FEPSIC. 8. Os autores devero inscrever seus resumos no site do Congresso com as seguintes especificaes: * Ttulo; * Autor Principal / Titulao; * Co-autor (es) / Titulao; * Resumo: mnimo 200 palavras mximo 300 palavras, contendo objetivos, mtodo e resultados. Critrios para Aprovao: Alm dos requisitos de preparao dos resumos, o processo de avaliao observar os seguintes critrios para a aprovao dos trabalhos: - O trabalho deve ser relevante em relao ao tema do congresso e pertencer a um dos eixos. - Encadeamento lgico entre os tpicos. - Clareza, coerncia e conciso.

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Descrio dos eixos temticos: Psicologia e Sade Trabalhos relacionados ao Sistema nico de Sade (SUS) em seus diferentes nveis de complexidade - ateno bsica, mdia e alta complexidades. Trabalhos desenvolvidos em instituies de sade, em instituies de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa. Ateno sade mental nos diferentes nveis do sistema de sade. Experincias relacionadas educao em sade, educao permanente em sade e ao controle social das polticas pblicas de sade. Psicologia e Clnica Trabalhos relacionados Psicologia Clnica embasados nas abordagens psicoteraputicas, desenvolvidos em diferentes contextos, individual, grupal, social ou institucional, tanto na perspectiva preventiva quanto de diagnstico e/ou curativa. Psicologia, Organizaes e Trabalho Trabalhos relacionados interface entre Psicologia e trabalho desenvolvidos em diferentes contextos organizacionais - cooperativas, empresas, instituies pblicas, movimentos sociais e sindicatos, suas diversas configuraes - emprego, desemprego, trabalho precrio, trabalho informal - e diferentes momentos da vida laboral - escolha profissional, insero, permanncia e desligamento. Psicologia e Educao Trabalhos relacionados interface entre Psicologia e educao desenvolvidas em diferentes contextos - escolas, ONGs, movimentos sociais, sindicatos, entre outros, cujo foco seja os processos educacionais. Psicologia e Assistncia Social Trabalhos relacionados ao Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) em seus diferentes nveis de complexidade: Proteo Social Bsica - a preveno de situaes de risco e o fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios das populaes que vivem em situao de vulnerabilidade social decorrente da pobreza e/ou fragilizao de vnculos afetivos - e Proteo Social Especial - destinada a famlias e indivduos que se encontram em situao de risco pessoal e social, por ocorrncia de abandono, maus tratos fsicos e/ou psquicos, abuso sexual, uso de substncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situao de rua, situao de trabalho infantil, entre outras situaes de violao dos direitos. Psicologia e Justia Trabalhos relacionados Psicologia na interface com a Justia - avaliao e percia psicolgica, mediao familiar, mediao de conflitos, ateno a pessoas em situao de conflito com a lei, adoo, ateno criana e aos adolescentes vtimas de violncia, entre outros.

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Psicologia, Organizaes Comunitrias e Movimentos Sociais Trabalhos realizados em ONGs, associaes e instituies comunitrias, bem como junto aos movimentos sociais. Trabalhos fundamentados na compreenso da dimenso subjetiva dos fenmenos sociais e coletivos, com o objetivo de problematizar e propor aes no mbito poltico-social. Psicologia das Emergncias e Desastres Trabalhos relacionados s contribuies e avanos da Psicologia nas comunidades atingidas por emergncias e desastres. Trabalhos que promovam a atuao preventiva e de interveno junto aos afetados, familiares, comunidades e sociedade. Psicologia e Esporte Trabalhos relacionados interface entre Psicologia e Esporte desenvolvidos com atletas, tcnicos e comisses tcnicas, voltados ao esporte de alto rendimento e, tambm, ao esporte amador. Trabalhos relacionados aos contextos do esporte e do lazer, com nfase na promoo de sade, desenvolvimento social, corporeidades, entre outras temticas que envolvem a interface Psicologia e Esporte. Psicologia, Trnsito e Mobilidade Urbana Trabalhos relacionados Avaliao Psicolgica para obteno da Carteira Nacional de Habitao (CNH), s relaes sociais e de poder que refletem no trnsito e na mobilidade urbana, s questes de consumo, segurana, organizao social, estrutura das cidades, direito cidade, Estatuto das Cidades, plano diretor. Trabalhos relacionados s problemticas que envolvem o trnsito e a mobilidade urbana atrelados produo de subjetividades.

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Programao

19 de maio de 2011, quinta-feira

12h30 s 18h00 Credenciamento 14h00 s 18h00 Minicursos

Intervalo 18h00 s 18h30 18h30 s 19h00 19h00 s 20h00 Abertura Oficial do evento Conferncia de Abertura Psicologia hoje: desafios e possibilidades Prof. Dra. Ana Mercs Bahia Bock PUC/SP Lanamento do livro Memrias da Psicologia Catarinense (CRP-12) e coquetel Conselheira Presidente Marilene Wittitz CRP-12 Deise Maria do Nascimento - CFP 20h00 s 21h30 Carlos Augusto M. Remor - FEPSIC Convidada especial Psic. Me. Emiliana Maria Simas Cardoso da Silva Prof. aposentada da UFSC Apresentao Cultural e Coquetel

20 de maio de 2011, sexta-feira

Credenciamento 08h30 s 10h00

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Conferncia Mdia e produo de subjetividade Prof. Dra. Ana Maria Nicolaci da Costa PUC/RJ

10h00 s 10h30 Intervalo Mesa-Redonda Psicologia e Polticas Pblicas Prof. Clio Vanderlei Moraes UFSC Prof. Dr. Marcus Vincius de Oliveira Silva UFBA Comunicaes orais 10h30 s 12h30 Oficinas

Intervalo 12h30 s 14h00 Mesa-redonda Psicologia das emergncias e dos desastres Prof. Maria Carolina da Silveira CRP-12 Prof. Dra. Lorena de Ftima Prim FURB Minicursos 14h00 s 16h00 Comunicaes orais Oficinas

16h00 s 16h30

Intervalo Mesa-redonda Formao do Psiclogo: desafios atuais Prof. Dra. Daniela Ribeiro Schneider UFSC Prof. Me. Julio Schruber Junior ABEP Minicursos

16h30 s 18h30

Comunicaes orais Oficinas

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18h30 s 19h30 19h30 s 21h30

Painis Apresentao cultural Reunies das entidades nacionais Lanamentos de livros

21 de maio de 2011, sbado

Mesa-redonda Violncia na sociedade contempornea 08h30 s 10h30 Prof. Dra. Ana Maria Borges de Sousa UFSC Psic. Me. Victria Regina Borges dos Santos IPESP/ACADEPOL Minicursos 08h30 s 12h30 Comunicaes orais Oficinas Mesa-redonda Regulamentao da Psicologia como profisso Conselheira Adriana Eiko Matsumoto CFP Prof. Me. Ana Maria Pereira Lopes CRP-12 Oficinas Comunicaes Orais Painis 13h00 s 14h30 Intervalo Mesa-redonda Avaliao psicolgica e tica 14h30 s 16h30 Prof. Dr. Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes IBAP Prof. Esp. Angelita Quintino Egert - CRP-12 Comunicaes orais Oficinas Mesa de encerramento

11h00 s 13h00

16h30 s 17h00

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Minicursos

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Ttulo: A COMPREENSO SISTMICA DA DINMICA ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LUANA DE ARAJO LIMA VIZENTIN Autor (es) adicionais: NGELA HERING DE QUEIROZ - FAMILIARE DENISE FRANCO DUQUE - FAMILIARE CAROLINA FERMINO DA SILVA - FAMILIARE ELIANE M P. DA C. CROMACK - FAMILIARE MARIA GABRIELA PINHO PEIXE - FAMILIARE MARIA DA GLRIA DE M. CARNEIRO - FAMILIARE NAIANE WENDT SCHULTZ - FAMILIARE Financiador: Resumo: A fim de atender s demanda e carncias na formao de educadores e demais profissionais que trabalham na rea escolar, observadas pelo Grupo Ciranda em sua prtica de Consultoria Escolar desde 2004, prope-se o minicurso de aperfeioamento para profissionais que atuam ou desejam trabalhar em sistemas educacionais. O curso visa oferecer subsdios para atualizao tcnica, terica e prtica de estudantes, psiclogos, educadores e profissionais afins, atravs da compreenso relacional sistmica dos aspectos psicolgicos e emocionais envolvidos nos processos educacionais. Atravs do minicurso, pretende-se promover reflexes sobre as possveis intervenes sistmicas em instituies de ensino e instrumentalizar os profissionais para ampliao das competncias necessrias ao desenvolvimento saudvel da comunidade escolar. Nesse sentido, buscam-se favorecer discusses e novas compreenses sobre as situaes consideradas como problemticas comuns ao mbito escolar e sobre as intervenes sistmicas plausveis para tais casos. Pretende-se tambm a identificao e ampliao dos recursos (potencialidades) prprios da comunidade escolar e vislumbrar sobre possveis desafios que as equipes de educadores possam se deparar ao longo dos processos escolares, com o intuito de instrumentalizar os profissionais na potencializao de suas capacidades e no enfrentamento positivo das dificuldades escolares. O mini-curso ser ministrado em dupla coordenao e o mtodo de trabalho utilizado ser de discusses tericas e instrumentalizao tcnica da compreenso relacional sistmica na escola no manejo dos processos educacionais e ainda o favorecimento de estudo de casos atendidos pelas consultoras em escolas da rede pblica e rede de ensino particular da Grande Florianpolis / SC, assim como de casos originados pelo grupo em questo. Utilizar-se- ainda como metodologia de trabalho as dinmicas e vivncias grupais para ilustrar a aplicao prtica da teoria sistmica no contexto escolar. Quanto aos resultados, almeja-se facilitar a co-construo de alternativas que respeitem as capacidades, as limitaes e os recursos tericos, tcnicos e prticos dos profissionais que atuam em instituies escolares.

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Ttulo: A IMPLANTAO DA VIGILNCIA ELETRNICA E DO TURISMO REGIONALIZADO NA PERSPECTIVA DA INVESTIGAO CARTOGRFICA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCELA MONTALVO TETI Autor (es) adicionais: JANANA RODRIGUES GERALDINI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO KLEBER PRADO FILHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: De acordo com Michel Foucault, dispositiva uma rede mltipla, complexa, que articula em sua constituio, especificamente, duas dimenses: o dito e o no-dito. composto de linhas mveis, cuja dinmica opera esferas de saber, poder e processos de subjetivao. Desemaranhar um dispositivo coloc-lo como objeto de estudo, debruar-se sobre essas linhas de constituio e percorr-las no sentido de mapear historicamente regies de saber e poder, a fim de que se estabelea um olhar crtico sob determinada realidade. Sua anlise pode ser feita por meio de uma diversidade de instrumentos, sejam discursos, leis, decises regulamentares, organogramas, atas, entre outros. Alm destas caractersticas, todo dispositivo possui uma matriz histrica e responde a uma urgncia social. Nos ltimos anos, questes articuladas ao desenvolvimento do turismo e a medidas alternativas s prises fazem parte da seara de discusso do Governo Federal, trazendo sociedade brasileira dois fenmenos de grande extenso: a turistificao e o monitoramento eletrnico. Sob a urgncia de trazer respostas necessidade de frias para o primeiro, e de reduo do nmero de fugas e de reincidncia criminal para o segundo fenmeno, o Governo Federal vm desenvolvendo programas e emitindo medidas de carter nacional. Partindo-se da perspectiva foucaultiana de dispositivo e apostando-se na emergncia da dimenso subjetiva a partir dos jogos de verdade tecidos a partir da elaborao de documentos oficiais, ambas temticas foram trabalhadas em pesquisas de mestrado que se utilizaram do mtodo cartogrfico como processo de investigao de tais dispositivos estratgicos. Sendo assim, a proposta deste minicurso explorar os temas do dispositivo e da cartografia enquanto ferramentas terico-metodolgicas a fim de problematizar questes que atravessam a contemporaneidade. Ao final desse minicurso, o que se espera que cada vez mais as polticas pblicas e processos de articulao locais, na produo de realidades e subjetividades, venham a encampar diversificados problemas de pesquisa. Como desafio para a psicologia, no debruar-se sobre tais processos investigativos, h a aposta em articular cincia e profisso com o intuito micro poltico de se fazer ver e falar os no-vistos e os indizveis, de se questionar verdades legitimadas historicamente e, ainda, de se problematizar as modulaes subjetivas que vm sendo engendradas no cotidiano a partir de investimentos de amplitude nacional.

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Ttulo: A INSERO DO PSICLOGO NAS POLTICAS PBLICAS DE ASSISTNCIA SOCIAL Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ELUANA FRARE Autor (es) adicionais: RENATA MARILETE SERPA Financiador: Resumo: A assistncia social deve garantir a todos, que dela necessitam, sem contribuio prvia, a proviso da proteo social. Sua trajetria enquanto poltica pblica de proteo social pode ser descrita a partir da Constituio Federal de 1988, que a situou como poltica integrante do sistema brasileiro de seguridade social, articulando-a com a sade e a previdncia. Em 1993, com a vigncia da Lei Orgnica da Assistncia Social, a Assistncia Social passa a ser reconhecida como poltica pblica, devendo garantir direitos e promover a cidadania de diferentes segmentos da populao. Outras aes realizadas pelo Governo Federal e aprovadas pelo Conselho Nacional de Assistncia Social, regulamentaram e consolidaram a assistncia social, como a Poltica Nacional de Assistncia Social e o Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), apontado como a principal deliberao da IV Conferncia de Assistncia Social, realizada em 2003. O SUAS, implantado a partir de 2005 em todo o territrio nacional, efetiva a assistncia social como poltica pblica de Estado, alterando o modelo de gesto e sua forma de financiamento, bem como garantindo uma prtica interdisciplinar que assegure os direitos fundamentais dos indivduos, famlias e comunidades. organizado atravs de dois eixos articulados entre si: Proteo Social Bsica (PSB) objetiva prevenir situaes de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisies, e o fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios; e Proteo Social Especial (PSE) de Mdia e Alta Complexidade objetiva prestar atendimento especializado a famlias e indivduos que se encontram em situao de risco pessoal e social ou violao de direitos. Os dois eixos de proteo so ofertados populao em unidades pblicas estatais, responsveis pela oferta de servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais. Com a implantao do SUAS, a Psicologia passa a ser campo legalmente constitudo das polticas pblicas de assistncia social, demandando a (re)inveno de prticas psicolgicas comprometidas com a transformao social e, em direo a uma tica voltada para a emancipao humana. Intervir na poltica pblica de assistncia social requer a ateno dos profissionais da Psicologia aos processos de sofrimento instalados nas comunidades, nos territrios onde as famlias em situao de vulnerabilidade estabelecem seus laos mais significativos. Requer intervenes que atravessem o cotidiano de desigualdades e violncias dessas populaes, visando ao enfrentamento e superao das vulnerabilidades, investindo na apropriao do lugar de protagonista na conquista e afirmao de direitos.

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Ttulo: A PSICOLOGIA CLNICA EM SARTRE Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DANIELA RIBEIRO SCHNEIDER Autor (es) adicionais: ELIZIA V. GOETHER - ATTUARE SABRINA BOTTCHER DA SILVA - ATTUARE ANDREIA M. MORTARI - ATTUARE THAIS FENNER - ATTUARE ELIANE R. T. TORRES - ESPAO CLNICA JOSIANE MARTINS - ATTUARE LAURA KEMPER - UFSC Financiador: Resumo: As contribuies deixadas por Jean-Paul-Sartre (1905-1980) em suas obras so de grande relevncia para a compreenso e construo de uma psicologia clnica. Tal relevncia encontra-se na proposta de uma psicologia em moldes totalmente diversos dos existentes at a metade do sculo XX. Ao propor a superao de uma srie de dificuldades e impasses presentes no mago das formulaes da psicologia emprica comportamental e da psicanlise freudiana, abre-se caminho para uma nova forma de realizar a clnica psicolgica, tendo como base a perspectiva fenomenolgica. Esta clnica deve considerar o conjunto da obra de Sartre, sustentando-se tanto nos aspectos tericos propostos em termos de uma nova ontologia, de uma psicologia existencialista da personalidade, da teoria do imaginrio, das emoes, da noo de mediao dos grupos na constituio do sujeito humano, bem como nos aspectos metodolgicos, propostos em sua Psicanlise Existencial e em seu Questo de Mtodo. A atuao do psiclogo na clnica requer, assim, um suporte terico-metodolgico a fim de conduzir o profissional na investigao e interveno nos impasse psicolgicos e psicopatolgicos do sujeito. Neste horizonte o fenmeno do sofrimento compreendido como uma ocorrncia na vida de relaes que o sujeito estabelece no mundo, mediado pelos outros e pelas coisas, implicando seu projeto e campo de possibilidade de ser. Faz-se, assim, necessrio verificar, demarcar e intervir nesse sofrimento. O objetivo do mini curso mostrar os caminhos em direo a uma psicologia clnica sartriana, debruando-se, principalmente, sobre o primeiro momento metodolgico, o da investigao e demarcao do sofrimento psquico, como um aspecto fundamental para a qualificao do processo psicoteraputico, tendo como recurso didtico a discusso de casos clnicos. Palavras-chaves: Psicologia Clnica, Jean-Paul Sartre, Psicologia Existencialista Referncias Bsicas: Sartre, J. P. (2002). Crtica da Razo Dialtica (precedido pelo Questo de Mtodo). Rio de Janeiro: DP&A. Sartre, J. P. (1997). O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenolgica. Petrpolis: Vozes. Sartre, J. P. (1996). O Imaginrio: psicologia fenomenolgica da imaginao. So Paulo: tica. Sartre, J. P. (1994). A Transcendncia do Ego. Lisboa: Colibri. Schneider, D. R. (2011). Sartre e a Psicologia Clnica. Florianpolis: Ed. UFSC. Schneider, D. R. (2006). Liberdade e Dinmica Psicolgica em Sartre. Natureza Humana. V.8, p.75 - 85. Vagas: 50

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Ttulo: A RELEVNCIA DO PMK PARA DETECTAR COMPORTAMENTOS DE RISCO NO TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RITA DE CSSIA DE ALMEIDA Autor (es) adicionais: ELIZA DA SILVA HILLESHEIM - UFSC MARCO ANTNIO DE PINHO VILA FILHO - UNIVALI FELIPE BASSO SILVA - UFSC Financiador: Resumo: O Psicodiagnstico Miocintico, PMK, um exame desenvolvido por Emilio Mira y Lpez apresentado em 1939 que objetiva explorar a personalidade a partir de expresses grficas/motoras. No Brasil teve sua insero em 1987 onde sua aplicao destinava-se a obteno da CNH. O teste um instrumento que mantm a situao de aplicao o mais homognea possvel, possibilitando repeties sem o fator aprendizado do avaliado. A base terica do PMK a Teoria Motriz da Conscincia postula que toda inteno, ou propsito de reao, acompanhado de uma modificao do tnus postural, favorecendo os movimentos para obter os objetivos e inibindo os movimentos contrrios. composto por seis folhas de aplicao que possuem distintas configuraes: linhas, escadas, crculos, ziguezagues, paralelas. A anlise dos resultados do exame realizada qualitativa e quantitativamente das seguintes caractersticas da personalidade: tnus vital (elao - depresso), agressividade, reao vivencial (extratenso - intratenso), emotividade, dimenso tensional (excitao - inibio) e predomnio tensional (impulsividade - rigidez). Alm disso, o exame permite observar e diferenciar os traos normais dos limtrofes e patolgicos de vrias constelaes da personalidade. Neste contexto, o PMK quando utilizado na seleo de pessoas em organizaes, pode ser uma valiosa ferramenta para detectar propenso a comportamentos de risco e a doena do trabalho, principalmente quando aliado caracterizao das competncias necessrias a ocupao dos cargos. Seu amplo limiar de avaliao de caractersticas e competncias humanas possibilita um diagnstico fidedigno na proposta de investigao dos comportamentos de risco presentes nas ocupaes laborais. Desta forma, o domnio do exame e seu uso fazem uma grande diferena na atuao do psiclogo em diversas situaes. Sua baixa popularidade devese ao fato de ser um teste que demanda um rigoroso controle ambiental na aplicao e de materiais com caractersticas especficas, alm de requerer uma anlise ampla e complexa. Atualmente, a realidade brasileira passa por uma mudana significativa na utilizao de testes de personalidade, neste cenrio o PMK utilizado em diversos contextos como em pericias, ou pareceres em todo territrio nacional. O mini curso apresentar casos reais de avaliao de comportamento de risco para ilustrar a atuao do psiclogo e o uso do PMK.

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Ttulo: APOSENT-AO: APOSENTADORIA PARA AO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DULCE HELENA PENNA SOARES Autor (es) adicionais: DULCE HELENA PENNA SOARES - UFSC MARILAINE BITTENCOURT DE FREITAS LIMA - UFSC ALINE BOGONI COSTA - UFSC Financiador: Instituio pblica - UFSC Resumo: Este minicurso tem por objeto apresentar o Programa de Orientao para Aposentadoria - APOSENT-AO, estaremos utilizando metodologia terico vivencial, apresentando o programa, seu planejamento e as tcnicas utilizadas, vivenciando uma delas. O PROGRAMA APOSENT-AO tem por objetivo refletir com aposentados e futuro aposentados sobre a possibilidade da aposentadoria para a AO e no para a inatividade como geralmente caracterizado o trmino do vinculo com o trabalho. A aposentadoria corresponde ao final da relao do homem com o trabalho sendo importante buscar o conhecimento de si, a reviso de prioridades e elaborao de um projeto de futuro, mediada pelas trocas de experincias entre os participantes dos grupos. O programa auxilia as pessoas a pensarem em novos projetos para o futuro, a partir da reflexo de sua trajetria scio-profissional. Discutimos sobre as escolhas profissionais e pessoais feitas ao longo da vida, integrando-as num continuo da trajetria pessoal, formando a identidade. Ao reconstruirmos esta historia estaremos colhendo subsdios para projetar um futuro e planejar o que estar por vir. A trajetria scio-profissional confeccionada, refletindo o tempo passado, presente e futuro. A reflexo referenciada na psicossociologia procurando ir ao mais prximo possvel do vivido pelos sujeitos a fim de compreender como ele vive e o que diz a respeito de sua experincia, sem perder de vista os diferentes registros que compem a realidade social. A formatao do PROGRAMA APOSENT-AO interdisciplinar. Intercalam-se os encontros grupais em duas modalidades: encontros vivenciais e encontros informativos. Nos encontros vivenciais, o enfoque para as questes psicolgicas dos integrantes, com a aplicao de tcnicas de Orientao para Aposentadoria, e troca de experincias. Ocorrem as vivncias em relao aos temas psicolgicos, com a utilizao de exerccios de sensibilizao e jogos criados especificamente para este pblico. A vivncia sempre finalizada com a integrao dos sentimentos orientada pelo coordenador, com o auxilio do grupo, elaborando os aspectos mais importantes do dia, bem como sua relevncia na vida de cada um. As principais temticas abordadas nos encontros so: mudanas na vida e escolhas passadas, presentes e futuras; trajetria profissional (DE GAULEJAC, 1987); o mundo do trabalho e a aposentadoria; a famlia e o aposentado; relacionamento social e afetivo; sade, esporte e lazer na aposentadoria; a busca de si mesmo; cio, lazer e tempo livre. Tambm, trabalhamos a reorientao profissional, como oportunidade de realizar uma nova escolha ou retomar uma antiga escolha. Instigamos o despertar de sonhos, novas possibilidades, descoberta de novas potencialidades. Finalizamos com a elaborao de um projeto de futuro, um plano com objetivos e metas a curto e mdio prazo, contemplando o planejamento pessoal e familiar. Finalizamos o PROGRAMA com a construo dos Projetos de Futuro para a aposentadoria dos participantes.

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Ttulo: CLNICA DO SOFRIMENTO ANTROPOLGICO E TICO-POLTICO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROSANE LORENA GRANZOTTO Autor (es) adicionais: MARCOS JOS MLLER-GRANZOTTO - UFSC Financiador: Resumo: Trata este curso da clnica psicossocial do sofrimento concebida por Perls, Hefferline e Goodman (1951) e desenvolvida por Mller-Granzotto (2010) como uma das modalidades da ateno gestltica aos sujeitos acometidos de alguma vulnerabilidade. Embasados no entendimento de que o sujeito um campo psicossocial formado por pelo menos trs dimenses a dimenso tica ou afetiva, a dimenso poltica ou desejante e a dimenso antropolgica ou vincular os autores em questo compreendem o sofrimento como a vulnerabilidade da dimenso antropolgica de um sujeito. Tal significa dizer que, em determinado campo intersubjetivo de compartilhamento de afetos, desejos e representaes sociais, possvel que mltiplas variveis (como os acidentes antropolgicos, os dispositivos de dominao poltica e as injunes ticas totalitrias) causem o aniquilamento das representaes sociais s quais os corpos agentes pudessem estar identificados. Privados destas representaes (por exemplo, a respeito do corpo prprio, a respeito dos vnculos morais e das formas de responsabilizao e festejo), os corpos agentes no podem estabelecer relaes vinculares com outros corpos agentes; o que implica a fragmentao da dimenso antropolgica de suas vidas. o que acontece em situaes de falncia antropolgica (como no luto, nas emergncias e nos desastres), falncia poltica (como na discriminao de gnero, tnica e alienao ideolgica) e injuno tica (como a crise neurtica, surto psictico e o encarceramento). Nestas situaes, entretanto, o corpo agente no deixa de criar, dessa vez um ajustamento de incluso social, um pedido de ajuda solidria. Por meio deste pedido, o corpo agente agora despido das representaes sociais de outrora (e que se perderam por conta de convalescimentos, desastres, excluses scio-econmicas e tico-polticas), elege um semelhante que o possa representar, que lhe possa proporcionar a ocasio do luto e da retomada de seus projetos polticos. Acolher o apelo de incluso e identificar as possibilidades de reinsero ticopoltica e antropolgica dos corpos agentes a tarefa clnica que neste curso queremos demonstrar. Referncias bibliogrficas: MLLER-GRANZOTTO, M.J. & R.L. Fenomenologia e Gestalt-terapia. So Paulo: Summus, 2007, Santiago Chile: Cuatro Vientos, 2009 MLLER-GRANZOTTO, R. L. 2010. La clnica gestltica de la afliccin y los ajustes tico-polticos. Revista de Terapia Gestalt de la Associacin Espaola de Terapia Gestalt. N 30, enero de 2010, p. 98-105. PERLS, F.; HEFFERLINE, R.; GOODMAN, P. 1951. Gestalt Terapia.Trad. Fernando Rosa Ribeiro. So Paulo: Summus, 1997.

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Ttulo: FORMAO DO PSICANALISTA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CARLOS AUGUSTO MOGUILHOTT REMOR Financiador: Resumo: Freud coloca a questo ainda atual: possvel formar-se numa disciplina psicanaltica e tornar-se psicanalista? A resposta de Freud categrica: no. A psicanlise segue seu prprio mtodo especfico, diz. O ensino da psicanlise na universidade s poderia ser ministrado atravs do mtodo dogmtico-crtico. A transmisso da psicanlise distinta do ensino. Freud diz: a transmisso da psicanlise se faz na anlise de cada um. A universidade no tem a possibilidade de oferecer esse tipo de transmisso. Ento, o ensino uma coisa e a transmisso outra. A temtica envolve um real da psicanlise. Um real quer dizer que a formao uma questo permanente, no tem resoluo, uma vez que os psicanalistas passam, mas a questo relativa a sua formao perdura. O primeiro ponto um mal-entendido na histria da psicanlise: a pressuposio coletiva de que Freud havia se auto analisado. Uma anlise requer a presena do outro, no h condies para uma auto anlise. A limitao de toda anlise est nas resistncias de cada um, especialmente as narcsicas. O psicanalista no um mdico nem tampouco um religioso, deve afastar-se dessas duas tentaes. O mdico e o sacerdote ocupam-se do corpo, da vida e da morte. A comunidade lhes outorga um saber, um suposto saberfazer com a dor de existir. So permanentes doadores de sentido. Por que a sociedade tem necessidade de gerar estes lugares primordiais? seguindo Lacan, se trata de colocar em algum lugar, o fantasma de onipotncia. exatamente desse fantasma de onipotncia, que um analisante deve procurar fazer o luto, na sua anlise. Bibliografia FREUD, S. Histria do movimento psicanaltico. In: Obras completas. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976. Vol. XIV. FREUD, S. Sobre o ensino da psicanlise nas universidades. In: O.C.. Vol. XVII. R.J.: Imago, 1976. CADERNO de Textos da Maiutica Sobre FORMAO DO ANALISTA. LACAN, J. Proposio de 9 de outubro de 1967. Buenos Aires: Manantial, 1987. LACAN, J. Seminario 21. Os Nomes do Pai. Classe de 09/04/74. Indito. SZPIRKO, J. Mais um e a transferncia de trabalho na formao do analista. Caderno N 2 Novembro de 1999. Publicao de Maiutica Florianpolis.

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Ttulo: INTERVENES PSICOTERAPICAS EM PACIENTES COM DORES CRNICAS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JAMIR SARD JR Autor (es) adicionais: JAMIR SARD JR. - UNIVALI - ACED - SINGULAR CENTRO DE DOR Financiador: Resumo: O presente mini curso visa oferecer aos participantes subsdios tericos e prticos para a realizao de intervenes psicoterapeuticas em diversos nveis de ateno a sade com pacientes com dores crnicas. Aproximadamente 20% da populao em geral sofre de dor crnica (Blyth et al., 2002), sendo que em alguns grupos est prevalncia pode ser maior. Alm disto, existem evidncias da existncia de uma relao entre aspectos biopsicossoais em vrias doenas. Associado a isto, existe um reconhecimento da participao de diversos aspectos psicossociais na manifestao da dor, incapacidade e sofrimento mental (Linton, 2002; Turk, 2006; Pincus, 2000; Flor 2008). Por outro lado existem modelos de interveno psicolgica e multidimensionais testados e eficazes (Flor, Fydrich, Turk, 1990; Eccleston & Williams, 1999; Pincus T, Burton AK, Vogel S, Field AP, 1992). Entretanto o psiclogo tem pouca formao sobre este assunto, desconhecendo as evidncias das relaes existentes entre dor e aspectos psicossociais e/ou baseando sua compreenso em modelos psicossomticos ultrapassados e pouco fundamentados em evidncias cientficas. Visando reduzir esse dficit de informao e proporcionar subsdios para a prtica profissional o presente mini curso fundamentado nos pressupostos dos modelos biopsicossociais abordar diversos temas. Sero apresentados os pressuportos dos modelos biopsicossociais aplicados dor, bem como uma reviso de literatura das principais evidncias sobre a participao dos principais aspectos que possam contribuir para a dor, incapacidade fsica e sofrimento mental das pessoas com dor crnica. Alm disso, sero abordados a implicao desses modelos tericos utilizados na compreenso e no tratamento de dores crnicas. As possibilidades de interveno sero amplamente apresentadas e discutidas em seus diversos modelos. A discusso de inmeros casos clnicos tambm subsidiar a prtica clnica em diversos contextos, populaes e doenas. Elementos referentes as particularidades de diversos tipos de interveno sero tambm discutidos. Alm disso, aspectos referentes ao processo de avaliao psicolgica dos pacientes com dor crnica tambm sero abordados, suas implicaes, mtodos disponveis e modelos de relatrios psicolgicos. O enfoque multidimensional da dor permeia toda essa discusso. A partir desse mini curso pretendesse sensibilizar os profissionais sobre a necessidade de se instrumentalizarem para essa especificidade de atendimento psicolgico, proporcionado alguns subsdios para este tipo de interveno.

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Ttulo: INTRODUO PSICOLOGIA SISTMICA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANGELA BEATRIZ SAND Autor (es) adicionais: ANDRIA CHAGAS PEREIRA - MOVIMENTO - CLNICA E ESCOLA DE PSICOLOGIA SISTMICA Financiador: Resumo: Angela Beatriz Sand CRP 12/04250 Psicloga e Psicoterapeuta - Universidade de Passo Fundo/RS Professora e Supervisora do Movimento - Clnica e Escola de Psicologia Sistmica Coordenadora da Escola do Movimento - Clnica e Escola de Psicologia Sistmica Formao em Terapia Sistmica - Movimento - Clnica e Escola de Psicologia Sistmica Especialista em Responsabilidade Social Empresarial Estcio de S/SC Andria Chagas Pereira CRP 12/05698 Psicloga e Psicoterapeuta Universidade Federal de Santa Catarina Professora e Supervisora do Movimento Clnica e Escola de Psicologia Sistmica Coordenadora Tcnica da ASSIM Associao Instituto Movimento Formao em Terapia Sistmica - Movimento Clnica e Escola de Psicologia Sistmica Especialista em Psicologia Jurdica - PUC/PR Resumo: A teoria Sistmica enfoca seu estudo na pessoa em sua rede de relacionamentos. O trabalho do psicoterapeuta sistmico perpassa pela busca do potencial dos seres humanos de transformar suas relaes na busca de bem estar, a partir de suas prprias competncias e dos recursos existente em seu contexto. Para isso, fazse uso dos processos mentais (mundo interno) e do contexto ao qual a pessoa est inserida (mundo externo), bem como de toda a complexidade de suas interaes. Conceitos como viso de mundo e de homem, hiptese sistmica, objetividade entre parnteses, causalidade circular, neutralidade, esttica, tica, sintoma, padro de relao, papel do terapeuta e tcnicas sistmicas so utilizados para embasar esta metodologia. Mais do que uma abordagem de trabalho psicoteraputico, pode ser uma nova forma de interagir no mundo. A construo de um olhar sistmico para o mundo nos permite limpar as lentes dos nossos culos internos, nos dando uma chance de construir formas de relacionamentos mais saudveis conosco mesmo, com as pessoas e com o mundo. O objetivo deste curso propiciar a internalizao dos conceitos bsicos da teoria Sistmica atravs de exposio dialogada e dinmica de grupo. A partir deste trabalho os participantes sabero o que a teoria Sistmica e como pode ser aplicada na rea da psicologia clnica. Nmero de Participantes: 40 Referncias: CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida: uma nova compreenso cientfica dos sistemas vivos. So Paulo: Editora Cultrix, 2000. GRANDESSO, Marilene. Sobre a Reconstruo do Significado: uma anlise epistemolgica e hermenutica da prtica clnica. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2000. RAPIZO, Rosana. Terapia sistmica de famlia: da instruo construo. Rio de Janeiro: Instituto NOOS, 1996. VASCONCELLOS, Maria Jos Esteves de. Terapia Familiar Sistmica: bases cibernticas. So Paulo: Editorial Psy, 1995. VASCONCELLOS, Maria Jos Esteves de. Pensamento Sistmico: o novo paradigma da cincia. So Paulo: Papirus, 2002.

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Ttulo: MTODO CANGURU: ASSISTNCIA HUMANIZADA NAS MATERNIDADES PBLICAS BRASILEIRAS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ZAIRA AP. DE OLIVEIRA CUSTDIO Autor (es) adicionais: ZAIRA APARECIDA DE OLIVEIRA CUSTDIO - HU/UFSC Financiador: Resumo: Com o objetivo de mudar a postura dos profissionais e visando humanizao da assistncia ao recm-nascido de baixo peso, o Ministrio da Sade lana Portaria 693 de 5/7/2000, a Norma de Ateno Humanizada ao Recm-Nascido de Baixo Peso - Mtodo Canguru e atualizada na Portaria 1.683 de 12/07/2007. A viso brasileira sobre o Mtodo Canguru uma mudana de paradigma da ateno perinatal, onde as questes pertinentes ateno humanizada se complementam com os avanos tecnolgicos. O referido mtodo dividido em trs etapas: a 1 etapa compreende atendimento individualizado ao beb respeitando sua capacidade neurolgica, bem como sua subjetividade, reduo das intervenes neonatais e estmulos ambientais, contato pele a pele entre os pais e o beb, promoo do aleitamento materno. Essas aes tm seguimento tambm na 2 etapa em que o beb fica alojado com sua me em uma enfermaria, podendo receber alta precoce. Aps a alta hospitalar, o beb encaminhado para 3 etapa do mtodo e ser acompanhado pela mesma equipe das etapas anteriores at atingir 2.500g, sendo a seguir encaminhado para a Unidade Local de Sade. A atuao do psiclogo na equipe interdisciplinar fundamental, considerando o impacto emocional vivenciado pela me e familiares frente ao nascimento prematuro e o tempo de internao hospitalar. As mes/pais de bebs pr-termo e de baixo peso apresentam uma necessidade particular de acolhimento para a sua dor e seu sofrimento intensos e de serem reasseguradas em relao aos cuidados que desempenham frente a seus filhos, os quais, de fato, necessitam tambm dos cuidados especializados de profissionais para sobreviverem. Este minicurso tem como objetivo apresentar a referida norma aos participantes, de modo que sero ressaltados os aspectos psicoafetivos que a embasam especialmente o que diz respeito ao conhecimento do psiquismo do beb, seja em sua vida intra como extra-uterina, bem como da me, do pai e de toda a famlia. O contedo ser apresentado por meio de exposio dialogada e dinmicas de grupo.

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Ttulo: O QUE ANLISE BIOENERGTICA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA LCIA FARIA Autor (es) adicionais: CRISTINA PIAUHY - SABBA/FLAAB Financiador: Outros - FLAAB Resumo: A Anlise Bioenergtica uma abordagem psicoteraputica desenvolvida por Alexander Lowen (1919 a 2008) a partir das idias de Wilhelm Reich (1897 a 1954) que concebe o ser humano a partir da noo da inseparabilidade corpo/mente e do fluxo energtico. A Anlise Bioenergtica abarca e trabalha conjuntamente com a realidade dos processos psquicos, das relaes interpessoais e dos processos fsicos. Lowen desenvolveu tcnicas de interveno corporal, tendo como objetivo o estabelecimento da autoconscincia, autodomnio e auto expresso, promovendo o resgate da auto regulao do organismo e a integrao dos aspectos fsicos, psquicos e emocionais do ser humano. Olhando para o indivduo como um todo, sabendo que ele tem uma histria passada, que ele tem aquela forma de funcionar e que trs a sua histria no seu jeito de ser, no seu corpo, vamos ajuda-lo a resgatar o mximo possvel da sua capacidade de expresso que perdeu l atrs em funo da prpria vida e do viver. Isto vai sendo feito na medida em que a pessoa vai tendo conscincia de como est; que ela participe o tempo todo do seu processo para saber identificar as tenses do seu prprio corpo; quais as correlaes dessas tenses com sua histria de vida; deve saber por que est desta forma; a partir do que ficou assim e como fazer para sair deste lugar. Para resgatar desde a condio inicial de existir, sentir, buscar, trocar, de poder ter liberdade, de poder se expressar, passamos por situaes dolorosas, mas ao ultrapassarmos estas situaes j vamos tendo ganhos que significam ter posse de si mesmo, saber quem sou, o que posso, ter mais energia. Os valores predominantes da cultura da imagem- a busca pela satisfao imediata e a performance- levam o homem a se afastar da sua humanidade. A Anlise Bioenergtica promove o autoconhecimento, auto possesso e auto expresso dos sentimentos, resgatando a potncia e a vitalidade para que o homem se torne mais livre, criativo e para que aceite e viva a sua singularidade, quer seja no campo pessoal ou profissional. Se estamos bem, lidaremos conosco e com os outros de forma justa e respeitosa assim como com o mundo e com a vida. A Anlise Bioenergtica aposta que o encontro potente por si s para esclarecimento de situaes problemticas, sejam nas organizaes, instituies de ensino ou sade. Dispe de recursos para ouvir, analisar e trabalhar as demandas.

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Ttulo: O QUE UMA CLNICA? Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCOS JOS MLLER GRANZOTTO Financiador: Resumo: Trata-se, neste curso, de apresentar e discutir a noo de clnica em sentido amplo, o que significa dizer, entendida enquanto uma estratgia de promoo de desvios (do grego, clinamen) ticos, polticos e antropolgicos que valessem aos sujeitos ou corpos agentes - a possibilidade de redescreverem as vulnerabilidades a que foram sujeitados por diferentes fatores ticos (como a manifestao de outrem estranho), polticos (como o desejo de poder dos representantes do outro social) e antropolgicos (como a perda das representaes sociais s quais os sujeitos estavam identificados). A clnica, por conseguinte, no se confunde com as prticas da tradio mdica (kliniks ou assistncia a quem convalesce na Klin), mas um modo de recriao das formas (Gestalten) psicossociais com as quais cada corpo agente procura articular as repeties espontneas (hbitos ou pulses) aos projetos polticos (desejos) mais alm das representaes sociais compartilhadas (realidade antropolgica). Trata-se de uma clnica ampliada, que no se reduz ao espao de acolhimento realizado em uma sala de atendimento ou a um grupo teraputico, mas inclui pelo menos trs estratgias fundamentais para a construo de projetos teraputicos singulares, quais sejam tais estratgias: a escuta analtica s formas de manifestao dos hbitos (dimenso tica), o acompanhamento teraputico dos projetos polticos em que um sujeito possa estar engajado ou interessado (dimenso poltica) e a ateno s relaes vinculares que os sujeitos agentes possam compartilhar de forma horizontal com os seus e com os clnicos (dimenso antropolgica). Compreender os lugares tico, poltico e antropolgico do clnico em sua relao com os consulentes e usurios, os modos de ajustamento desencadeados pelas vulnerabilidades, as tecnologias de promoo de emancipao criadora e a articulao entre esta compreenso de clnica e a noo de clnica ampliada proposta pelo SUS o objetivo desta atividade. Referncias bibliogrficas: Brasil. 2009. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Poltica Nacional de Humanizao da Ateno e Gesto do SUS. Clnica ampliada e compartilhada / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, Poltica Nacional de Humanizao da Ateno e Gesto do SUS. Braslia : Ministrio da Sade. 64 p. : il. color. (Srie B. Textos Bsicos de Sade) MLLER-GRANZOTTO, M.J. & R.L. Fenomenologia e Gestalt-terapia. So Paulo: Summus, 2007, Santiago Chile: Cuatro Vientos, 2009 PERLS, F. ; HEFFERLINE, R. ; GOODMAN, P. 1951. Gestalt Terapia.Trad. Fernando Rosa Ribeiro. So Paulo: Summus, 1997.

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Ttulo: PERDA E LUTO: TEORIA E INTERVENO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANITA BACELLAR Financiador: Resumo: O presente trabalho tem a inteno de apresentar uma proposta terico e interventiva para as questes de perda e luto. Tem como objetivo geral apresentar as teorias e os recursos interventivos desenvolvidos nas ltimas dcadas sobre a vivncia de perdas e lutos. Traz como objetivos especficos apresentar a teoria do apego de J. Bowlby, descrever sobre a teoria do luto e apresentar a aplicao dos recursos interventivos da Abordagem Centrada na Pessoa, a psicologia humanista desenvolvida pelo psiclogo norte-americano Carl Ranson Rogers, no contexto das perdas e lutos. Para alcanar tais objetivos, foi realizada pesquisa bibliogrfica dos livros de John Bowlby, Colin Murray Parkes e Carl Ranson Rogers. Os resultados obtidos foram categorizados e os seus contedos foram analisados atravs dos referenciais tericos pesquisados. Foi possvel constatar que a teoria do apego desenvolvida por John Bowlby, atravs da demonstrao da formao e rompimento dos laos afetivos fornece o conhecimento terico necessrio compreenso das diferentes nuanas presentes no processo de luto. Foi possvel constatar, tambm, que os princpios tericos e interventivos da Abordagem Centrada na Pessoa so compatveis com a descrio das atitudes psicoteraputicas que facilitam o processo de elaborao do luto apresentadas por John Bowlby e Colin Murray Parkes. Tais elementos demonstram a pertinncia em integrar a teoria do Apego e a do Luto, a proposta interventiva da Abordagem Centrada na Pessoa. Bibliografia: Bowlby, John. Trilogia: Apego . So Paulo: Martins Fontes, 1984. ______ Trilogia: Separao. So Paulo: Martins Fontes, 1984. ______ Trilogia: Perda. So Paulo: Martins Fontes, 1985. Parkes, Colin Murray. Luto: Estudos sobre a perda na vida adulta. So Paulo: Summus, 1998. ______. Amor e Perda, So Paulo: Summus, 2009. Rogers, Carl Ranson. Tornar-se Pessoa. So Paulo: Martins Fontes, 1980. ______. Terapia Centrada no Cliente. So Paulo; Martins Fontes, 1992.

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Ttulo: PLANEJAMENTO DE CARREIRA PARA JOVENS UNIVERSITRIOS Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CLUDIA BASSO Autor (es) adicionais: DULCE HELENA PENNA SOARES - UFSC Financiador: Resumo: No Brasil, principalmente a partir dos anos 90, os avanos tecnolgicos, a informatizao, as novas exigncias de um profissional multitarefeiro e especializado desencadeiam rpidas mudanas no cenrio do mundo do trabalho, bem como das carreiras. A busca por uma profisso que alie identificao, satisfao, crescimento rpido e contnuo com uma remunerao satisfatria e vida social e lazer tem sido o objetivo de grande parte dos profissionais, na atualidade. No entanto, a multiplicidade de profisses e informaes, as muitas exigncias profissionais e transformaes tem deixado, principalmente os jovens, e aqui especificamente os universitrios, por vezes angustiados e confusos para a realizao de escolhas profissionais e o estabelecimentos dos objetivos e metas para a carreira. Neste sentido, este minicurso tem por objetivos abordar com os estudantes universitrios algumas reflexes acerca do mundo do trabalho exigncias, gerao Y, influncias, demandas e necessidades, sobre o conceito de carreira na atualidade e os alguns aspectos importantes para a realizao das escolhas profissionais ao longo da trajetria de vida, bem como trabalhar a elaborao do plano de carreira. A abordagem didtica ser terico-prtica, oportunizando ao final que os participantes compreender a importncia do autoconhecimento, dos processos de busca informacional e de reflexo acerca da realidade do mercado de trabalho, assim como aprender a elaborar um plano de carreira. Vagas: 25 Bibliografia principal: CHANLAT, J. F. Quais carreiras e para qual sociedade?(II). Revista de Administrao de Empresas RAE. So Paulo, v.13, n.1, Jan./Mar., 1996, p.13-20. DIAS, M. S. L.; SOARES, D. H. P. Planejamento de carreira: uma orientao para estudantes universitrios. So Paulo: Vetor, 2009. DUTRA, J. S. Administrao de carreiras: uma proposta para repensar a gesto de pessoas. So Paulo: Atlas, 2009. FRANA, A. C. L. Carreira e perfil do gestor de pessoas. IN: Prticas de RH conceitos, ferramentas e procedimentos. So Paulo: Atlas, 2007. MARTINS, H. T. Gesto de carreiras na era do conhecimento: abordagem conceitual & resultados de pesquisa. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001, p. 57-65. MELO, S. L.; BORGES, L. O. A transio da universidade ao mercado de trabalho na tica do jovem. IN: Revista Psicologia Cincia e Profisso. Braslia, v.27, n.3, set. 2007. SCHEIN, E. H. Identidade profissional. Como ajustar suas inclinaes a suas opes de trabalho. So Paulo: Nobel, 1996, p. 19-29.

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Ttulo: PLANTO PSICOLGICO: UMA PROPOSTA DE ATENDIMENTO DAS URGNCIAS PSICOLGICAS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANITA BACELLAR Financiador: Resumo: O presente trabalho apresenta uma proposta terica e interventiva de atendimento das urgncias psicolgicas, desenvolvida pela Abordagem Centrada na pessoa, cujo fundador foi o psiclogo norte-americano Carl Ranson Rogers, reconhecido, pela literatura cientfica, como o primeiro psiclogo a atuar no campo da psicoterapia e o primeiro a pesquisar sobre o processo psicoteraputico. Tem como objetivo geral demonstrar os princpios tericos e interventivos presentes na realizao do Planto Psicolgico. Traz como objetivos especficos descrever o pressuposto terico bsico da Abordagem Centrada na Pessoa, apresentar os princpios bsicos do planto psicolgico e demonstrar o processo presente nas entrevistas de planto psicolgico. Para alcanar tais objetivos, foi realizada pesquisa bibliogrfica dos livros de Carl Ranson Rogers e dos livros e trabalhos publicados sobre Planto Psicolgico produzidos pelos tericos da Abordagem Centrada na Pessoa. Os resultados obtidos foram categorizados e os seus contedos foram analisados atravs do referencial terico presente. Atravs desse estudo foi possvel constatar que a Abordagem Centrada na Pessoa tem como pressuposto terico bsico o conceito de tendncia atualizante, que essa tendncia pode ser realizada ou resgatada atravs de trs atitudes, a saber: aceitao incondicional, empatia e congruncia e que essas atitudes integradas s intervenes teraputicas, a saber: clarificao, reflexo de sentimentos e focalizao geram o desenvolvimento pessoal. Foi possvel contatar tambm que o Planto Psicolgico acolhe as emergncias vivenciadas pela pessoa, independente de sua magnitude e que possibilita a pessoa uma melhor configurao de suas urgncias, dos seus recursos e de suas aes, conseguindo um maior cuidado consigo. Bacellar, Anita. A Psicologia Humanista na Prtica. Santa Catarina: Unisul, 2010. Rogers, Carl Ranson. Tornar-se pessoa. So Paulo: Martins Fontes, 1980. _____. Sobre o Poder Pessoa. So Paulo: Martins Fontes, 1986._____. Psicoterapia e Consulta Psicolgica. So Paulo: Martins Fontes, 1987. _____Terapia Centrada no Cliente. So Paulo: Martins Fontes, 1992. Mahfoud, Miguel (org.) Planto Psicolgico: novos horizontes. So Paulo: Companhia Ilimitada, 2004.

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Ttulo: PSICODRAMA: O QUE E ONDE SE APLICA? Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MRCIA PEREIRA BERNARDES Autor (es) adicionais: DENISE CORD - UFSC Financiador: Empresa Privada - LOCUS PARTNER Resumo: PSICODRAMA: O QUE E ONDE SE APLICA? Neste minicurso sero apresentados os conceitos e tcnicas bsicas do Psicodrama, abordagem em Psicologia desenvolvida por Jacob Levy Moreno. O Psicodrama um Mtodo de ao profunda e transformadora que trabalha tanto a relaes interpessoais como as ideologias particulares e coletivas que as sustentam. Sua aplicao uma das mais eficientes e criativas nos campos citados. orientado pela emoo, pelo grupo e pela co-criao, pois busca promover estados espontneos, discriminao e integrao, a harmonia entre o individual e o coletivo, o mundo interno com a realidade compartilhada. Produz catarse emocional e insights cognitivos. O Psocpdrama interessa a quem lida com "Pessoas, Relaes e Grupos". Neste minicurso, objetiva-se desenvolve-lo na perspectiva terico-vivencial, de modo que os participantes possam apropriar-se da proposta moreniana de modo orgnico e coerente com a definio do autor sua obra, ou seja, como uma cincia da ao. A atividade deve contemplar os seguintes tpicos: 1) Introduo geral idias de Moreno, onde ser apresentda a viso de homem no mundo, bem como todo o seu legado; 2) Psicodrama e sociodrama. Aqui ser apresentada a proposta socionmica e sociodramtica; 3) Teoria dos Papis. Uma das principais teorias que embasam a ao psicodramtica ser mostrada em termos de definio de papis, papis complementares, contra-papel, etapas do desenvolvimento de papis etc..; 4) A sesso do Psicodrama com suas etapas, instrumentos e contextos; 5) Aplicabilidade do Psicodrama: Em contextos escolares, Organizacionais, Clnicos, Sociais e Institucionais. O Psicodrama tem por finalidade: Assistenciais, Coaching, Consultorias em Recursos Humanos, Educacionais, Interveno de Processos, Orientao Profissional, Pesquisa-ao, Polticas Pblicas, Preveno, Psicoterpicas, Projetos, Qualidade de Vida, Superviso e Treinamento de Pessoal. A proposta que, ao final do curso, os participantes tenham uma clara noo do Psicodrama pela vivncia e aplicao da prpria pedagogia moreniana. Bibliografia bsica: Fox, Jonathan. O essencial de Moreno. Textos sobre Psicodrama, terapia de grupo e espontaneidade. SP: gora, 2002. ALMEIDA, Wilson Castelo de; GONALVES, Camila; WOLFF, Jos Roberto A. Lies de Psicodrama. SP: Agora, 1988. DIAS, Vtor R.S.C. Psicodrama: teoria e prtica. SP: gora, 1987.

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Ttulo: QUALIFICAO PROFISSIONAL E EMPREGABILIDADE NA ERA DA EMPRESA ENXUTA. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA FERNANDA DIOGO Autor (es) adicionais: REGINA CLIA P. BORGES - UFSC Financiador: Resumo: Este mini-curso objetiva discutir o conceito de qualificao profissional e empregabilidade face s atuais transformaes contemporneas do mercado de trabalho. Tem-se como escopo terico que o trabalho dimenso fundamental na formao do ser social e uma categoria de mediao das relaes humanas, independente de a pessoa estar ou no realizando uma atividade produtiva. Assim, considera-se a atividade laboral central do ponto de vista econmico e psquico, sendo as permanentes transformaes do setor produtivo traduzidas em metamorfoses na subjetividade dos/as trabalhadores/as, pois as pessoas se constroem na atividade mediada semioticamente. Dentre as tantas mudanas contemporneas, adentramos na era da empresa enxuta, com a crescente substituio de trabalhadores/as por maquinrio tecnocientfico. A precarizao dos mercados pode ser descrita listando-se as novas configuraes que o trabalho assumiu a partir da flexibilizao das relaes de produo: terceirizao; subcontratao; excluso dos jovens e dos mais velhos; crescimento da economia informal etc. Concomitantemente as empresas aumentaram a exigncia de pratividade, polivalncia, autonomia, flexibilidade e adaptabilidade, principalmente das parcelas mais escolarizadas do seu quadro funcional. O discurso da qualificao profissional passou a ser obsesso entre empregadores/as e trabalhadores/as, manter-se atualizado/a virou exigncia bsica para sobrevivncia no mercado: a modernizao se acelera e cresce a necessidade de acompanhar seus avanos. O conhecimento passou a ser cobiado na medida em que leva otimizao de processos, cabendo ao/ prprio/a trabalhador/a escolher e custear sua qualificao para ser um/a funcionrio/a excepcional que garanta a lucratividade da empresa e, consequentemente, seu lugar no jogo empresarial. Emerge neste discurso a necessidade dos trabalhadores/as estarem constantemente buscando qualificao, levando-os/as a aspir-la mesmo sem terem plena certeza daquilo que precisam. A crescente individualizao da sociedade refora e d visibilidade aos conceitos de gesto de carreira e empregabilidade. H amplo debate intelectual em torno do conceito de qualificao. Atravs de uma metodologia tericoprtica, os participantes deste mini-curso sero levados a refletir sobre os sentidos mltiplos deste conceito e sobre a emergente noo de empregabilidade, elucidando o forte componente social que atravessa estas definies. Discutiremos os paradoxos inerentes gesto das empresas hipermodernas e como estes invadem o tecido social, capturando os discursos sobre qualificao profissional nas sociedades contemporneas. O termo hipermoderno foi retirado de Gilles Lipovetsky, filsofo e socilogo francs, e se refere s corporaes surgidas na era da globalizao. Estas empresas ampliaram seu poder atravs do mundo, ditando com freqncia condutas sociais e polticas, e se tornaram contundentemente presentes em nossos cotidianos, rapidamente se consagrando em objeto de desejo para jovens egressos de cursos superiores.

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Ttulo: QUEM LACAN? Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAURCIO EUGNIO MALISKA Financiador: Resumo: Este minicurso tenta traar, em linhas gerais, o percurso e o legado do psicanalista Jacques Lacan (1901-1981). Trata-se de um panorama acerca da importncia do pensamento lacaniano no atual cenrio mundial da Psicanlise, bem como o seu trajeto e a elaborao dos seus principais conceitos. O minicurso est dividido em quatro momentos correspondentes a vida e a obra do mestre francs. O primeiro momento diz respeito a sua formao em Psiquiatria, a elaborao da sua tese de doutorado e as primeiras incurses na Psicanlise. O segundo momento apresenta a proposta dos seminrios em fazer um retorno a Freud, contemplando principalmente a tpica do imaginrio, o estdio do espelho e o narcisismo. O terceiro momento engloba o registro simblico, o recurso Lingustica e Antropologia Estrutural e o aforismo do inconsciente estruturado como uma linguagem. O quarto e ltimo momento mostra um Lacan preocupado em formalizar suas teorizaes por via de recursos oriundos da Matemtica e da Topologia, momento em que a tnica de seu discurso se volta para o registro real da experincia psquica e onde so formuladas as discusses sobre o Fim de anlise e o Sinthome. Por conta desse percurso, Lacan deixou seu nome fortemente marcado na Psicanlise, sua influncia percebida em diversas instituies psicanalticas, na formao de analistas, na prtica e na teoria psicanaltica. Lacan assumiu, sem concesses, o lugar de analista; foi aquele que retomou os fundamentos da fala e da linguagem em Psicanlise. Ao reler os significantes do texto freudiano, Lacan recolocou a Psicanlise em dilogo com outras disciplinas, reconheceu em Freud a sua filiao, e fez a Psicanlise avanar no seu corpo terico e na sua experincia clnica. Lacan foi um praticante que operava na clnica guiado por uma escuta e uma tica do desejo; um terico que reinventou a Psicanlise e fez dos freudianos tambm lacanianos e dos lacanianos ainda mais freudianos. Bibliografia KAUFMANN, Pierre. Dicionrio enciclopdico de psicanlise: o legado de Freud e Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. LACAN, Jacques. Funo e campo da fala e da linguagem em Psicanlise. In: ______. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. ________. Posio do inconsciente. In: ______. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. ________. O seminrio 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanlise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988. ROUDINESCO, Elisabeth. Jacques Lacan: esboo de uma vida. Rio de Janeiro: Companhia das letras, 2008. VANIER, Alain. Lacan. Rio de Janeiro: Estao liberdade, 2005. Maurcio Eugnio Maliska Psicanalista, membro de Maiutica Florianpolis Instituio Psicanaltica. Psiclogo, mestre e doutor em Lingustica pela UFSC, com doutorado sanduche desenvolvido na Ecole Doctorale Recherches en Psychopathologie et Psychanalyse da Universidade Paris VII. Professor de Psicanlise no curso de Psicologia e no Programa de Ps Graduao em Cincias da Linguagem da UNISUL. Autor do livro: Entre Lingustica e Psicanlise: o real como causalidade da lngua em Saussure e tambm de artigos e captulos de livros em Psicanlise.

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Ttulo: QUERO SER UM TERAPEUTA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: TELMA PEREIRA LENZI Autor (es) adicionais: TELMA PEREIRA LENZI - MOVIMENTO- CLINICA E ESCOLA DE PSICOLOGIA SISTEMICA Financiador: Resumo: O presente curso tem como finalidade apresentar o mtodo AUTO-REFERENCIAL de desenvolvimento de psicoterapeutas, bem como seus resultados. O mtodo prope que o terapeuta se desenvolva como pessoa humana, para assimilar as tcnicas psicolgicas e fundamentar a escolha de sua teoria. Neste mtodo, o estudo terico se d na autoreferncia do aluno, a partir de sua prpria historia pessoal permitindo ao mesmo tempo uma maior compreenso de si e a assimilao da teoria. Outros norteadores tericos ps- moderno fundamentam a proposta de que a auto- referencia nos traz a noo de recursividade onde terapeuta e cliente so igualmente importantes em suas humanidades. O presente curso tem como base 29 anos de pratica na formao de terapeutas, desde os estgios curriculares no Hospital Universitrio, ate as turmas de Formao, onde mais de 300 Psiclogos foram treinados no mtodo da AutoReferencia, significando uma importante contribuio para a Psicologia do Estado. SE A PSICOLOGIA DEVE SER REALMENTE UM ENCONTRO HUMANO, ELA REQUER UM TERAPEUTA QUE TENHA RETIDO A CAPACIDADE DE SER UMA PESSOA WITAKER METODOLOGIA: Apresentao de Power Point, com reflexes, temas e dinmicas. NUMERO MNIMO E MAXIMO DE PARTICIPANTES: 6 a 50 participantes. MINICURRCULO DA MINISTRANTE: Formada em 1982 pela primeira turma de Psicologia da UFSC. Trabalhou como Psicloga da Pediatria do Hospital Universitrio da UFSC de 1983 a 1994 desenvolvendo trabalhos de reconhecimento nacional, como a co-autoria do livro O direito de brincar - A Brinquedoteca. Em 1987 fundou o Movimento Clnica e Escola de Psicologia Sistmica, estando a frente como Diretora Geral, professora e supervisora do curso de Formao em Psicoterapia Sistmica. Em 2007 transformou a Clinica Social do Movimento em uma ONG, a Associao Instituto Movimento ASSIM. Como Presidente da ASSIM, responsvel pela prestao de atendimento psicolgico gratuitos a clientela de baixa renda, atingindo em media 700 atendimentos a famlias com vulnerabilidade social por ano. especialista em Psicologia Clnica e Hospitalar. Tem Formao em Terapia Sistmica Familiar, Terapia Sistmica de Grupo e Sexualidade Humana. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS: GRANDESSO, Marilene. Sobre a reconstruo do significado. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2000. ANDERSON, H.; GOOLISHIAN, H O cliente o especialista: a abordagem teraputica do no saber. MCNAMEE, S.; GERGEN, K. A terapia como construo social. Porto Alegre: Artes Mdicas, 98. ANDERSEN, T - Processos Reflexivos, Instituto NOOS, Rio de Janeiro, 2002. ANDERSON, H. E GOOLISHIAN, H. - Los Sistemas Humanos como Sistemas Lingusticos: Implicaciones para la Teoria Clinica y la Terapia Familiar, Revista de Psicoterapia vol II n 6-7. White, M. e Epston, D. Medios Narrativos para fines teraputicos, Paids, Buenos Aires, 1993. MATURANA, Humberto. Emoes e linguagem na educao e na poltica. B. H.

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Ttulo: TRANSMISSO INTERGERACIONAL NA PERSPECTIVA SISTMICA. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NATALIA PINHEIRO SCATAMBURLO Autor (es) adicionais: BEATRIZ SCHMIDT - MESTRANDA DO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DA UFSC MARIA APARECIDA CREPALDI - DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DA UFSC CARMEN L. O. O. MOR - DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DA UFSC Financiador: Resumo: O desenvolvimento humano, segundo a perspectiva sistmica, ocorre ao longo do ciclo de vida, sendo a famlia o contexto primrio deste processo. A forma como o grupo familiar vivencia e enfrenta as diferentes etapas do ciclo evolutivo vital, se relaciona a um fluxo de ansiedade horizontal e vertical que influencia o sistema ao longo do tempo. O fluxo vertical inclui padres de relacionamento e funcionamento transmitidos intergeracionalmente. O objetivo do presente curso discutir e aprofundar conceitos relacionados transmisso intergeracional, segundo a perspectiva sistmica, e exemplific-los atravs de estudo de caso utilizando o genograma. Sero utilizados os seguintes pressupostos tericos: conceito de mito e legado como base da identidade familiar e a funo de proteo e defesa da famlia; rituais como cerimnias com a funo de transmitir a memria da famlia ao longo das geraes; lealdades familiares que implicam na existncia de expectativas estruturadas pelo grupo, em que todos os membros adquirem um compromisso entre si. Neste sentido, o genograma um instrumento que auxilia na representao grfica multigeracional da famlia, sobretudo, por oferecer uma imagem trigeracional - unidade mnima para anlise - evidenciando os padres familiares, atravs das relaes e interaes entre seus membros. Assim, destaca-se a importncia do psiclogo em identificar, nos sistemas familiares, estes padres transgeracionais e avaliar com a famlia se determinam comportamentos favorecedores ou obstaculizadores de sade. O curso ser ministrado de forma expositivo-dialogada, com utilizao de recursos multimdia (apresentao em power point e vdeo). Ao final, os participantes recebero uma lista com indicaes de referncias bibliogrficas concernentes aos contedos abordados.

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Ttulo: VIOLNCIA FAMILIAR E SADE: CONSIDERAES TERICAS E PRTICAS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BEATRIZ SCHMIDT Autor (es) adicionais: NATALIA SCATAMBURLO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UFSC MARIA APARECIDA CREPALDI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UFSC CARMEN LEONTINA OJEDA OCAMPO MORE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UFSC Financiador: Resumo: O curso objetiva caracterizar o fenmeno da violncia familiar, seus impactos sobre a sade e o desenvolvimento humano, alm de apresentar possibilidades de interveno junto a famlias cujas relaes so permeadas por violncia. O contedo programtico composto pelas seguintes temticas: (1) conceito de violncia; (2) tipologias e naturezas da violncia; (3) violncia familiar: conceito e formas; (4) fatores de risco e proteo violncia familiar; (5) co-ocorrncia da violncia nos diferentes subsistemas familiares e transmisso intergeracional; (6) impactos da violncia familiar sobre a sade e o desenvolvimento de crianas e famlias; (7) violncia familiar e polticas pblicas: crianas, adolescentes, mulheres e idosos; (8) caractersticas das pesquisas sobre violncia familiar; (9) abordagem da violncia familiar pelos servios de sade; (10) genograma e interveno em situaes de violncia familiar; (11) discusso de caso. O curso ser ministrado de forma expositivo-dialogada, com utilizao de recursos multimdia (apresentao em power point e vdeo). Ao final, os participantes recebero uma lista com indicaes de referncias bibliogrficas concernentes aos contedos abordados.

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Painis

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Ttulo: CINEMA COMO INTERVENO PSICOSSOCIAL? A PSICOLOGIA SOCIAL E USO DE NOVOS DISPOSITIVOS Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARILU MONTEIRO Autor (es) adicionais: JOS FRANSCICO DA SILVA - ESTUDANTE DO 9 SEMESTRE DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC BRUNA MEURER ANTUNES - MESTRE EM PSICOLOGIA SOCIAL (PUCRS) E PROFESSORA DA UNIPLAC E ICETRAN. Financiador: Resumo: O presente relato de experincia discute os temas: interveno psicossocial e uso de estratgias como o cinema em contextos sociais, a partir de oficinas desenvolvidas em uma escola de rea de abrangncia de um CRAS (Centro de Referncia em Assistncia Social) na cidade de Lages, SC. Apresenta a descrio detalhada do processo de interveno, que teve durao de oito meses. Conjuntamente, desenvolve a anlise dessa experincia em dilogo com conceitos oriundos da Psicologia Scio-histrica de Vygotsky. Enfatiza-se que optou-se por no atuar de forma a descontextualizar o saber da comunidade e do grupo alvo, partindo assim, de uma interveno planejada em conjunto com a comunidade (FREITAS, 1998). Participaram dessas oficinas, 180 alunos(as) do 6 ao 9 ano do ensino fundamental. As temticas levantadas a partir de observao e contato direto com o grupo, foram consecutivamente, sobre gnero, mobilizao de comunidades, cidadania, drogas, e orientao vocacional. Logo, a escolha dos instrumentos para a realizao das oficinas se deu de acordo com a faixa etria dos alunos (as), e estas contaram com dramatizaes, produo projetivas atravs do desenho/colagem, discusses de caso, e destaque especial para o uso de filmes nas oficinas do projeto: o cinema vai a escola. Destaca-se, o uso desta tecnologia com adolescentes, como engendradora de novas formas de pensar, sentir e se posicionar frente ao mundo/realidade que os circunda. Palavras-chave: Psicologia SocialComunitria; CRAS; Cinema.

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Ttulo: A ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA NA PRTICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ELIETE SERGINA DE SOUSA MACHADO Autor (es) adicionais: DANIELA ROLAND - ESPAO VIVER JOANA SIMIELLI XAVIER ROCHA - ESPAO VIVER MAIRA DE SOUZA FLR - ESPAO VIVER LESSANDRA PINTO MICHEL - ESPAO VIVER Financiador: Resumo: A ACP tem como premissa bsica a considerao de que h nas pessoas uma tendncia realizao de suas possibilidades, chamada de tendncia atualizante, e o foco no poder pessoal de cada um, baseando sua atuao fundamentalmente na postura do terapeuta em qualquer relao humana, quer sejam relaes de ajuda, relaes pessoais ou polticas No mbito nacional, a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) est presente em diversas Universidades , grupos de pesquisa e campos de atuao. No entanto, em Santa Catarina os currculos das Universidades tm pouca ou nenhuma nfase na ACP durante a formao do Psiclogo. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo geral apresentar a ACP enquanto princpio terico-interventivo da psicologia no estado de Santa Catarina. Para alcanar tal objetivo desenvolveu-se os seguintes objetivos especficos: apresentar os campos de atuao da ACP em Santa Catarina e apresentar as atitudes necessrias para atuao sob orientao da ACP. O mtodo utilizado neste trabalho foi a reviso bibliogrfica e a coleta de dados nas instituies de Santa Catarina, nas quais existem profissionais atuando sob princpio terico-interventivo da ACP. Como resultado, encontra-se a ACP sendo utilizada por psiclogos no contexto da psicologia clnica, hospitalar e planto psicolgico como prticas predominantes, bem como profissionais atuando nos postos de sade, escolas, na elaborao de perda e luto e acompanhamento das psicoses.

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Ttulo: A ARTE LIVRE UNIDA AO PROCESSO TERAPUTICO NA TERCEIRA IDADE COMO MEIO DE REINSERO SOCIAL DO INDIVDUO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS Sociais Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ARNON PEREIRA SILVA Autor (es) adicionais: LUCINDA SO PEDRO PIRES ARAJO - FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENTO Financiador: Resumo: O presente artigo tem como uma idia central compreender, mediante pesquisas recentes e com a ajuda da Arteterapia, como alguns idosos que antes se encontravam em situao de risco social so assistidos na cidade de Alagoinhas BA. O Lar de Idosos Nova Esperana sediado nesta cidade foi utilizado na pesquisa de campo, uma vez que o mesmo trabalha com certas formas de violncia e vulnerabilidade social, facilitando assim uma discusso mais favorvel. O idoso ao desenvolver a arte livre desencadeia o processo criativo-expressivo, por meio de seu estmulo do imaginrio, sendo uma ponte de acesso ao seu mundo interno. Em vista disso, a arteterapia se torna junto ao tratamento do indivduo, uma ferramenta importante na transmisso de sentimentos como: alegria, desespero, angstia e felicidade, de maneira nica e pessoal, resultando na reestruturao da ordem na linguagem verbal. Sendo ele o sujeito capaz de concretizar novas descobertas, internalizadas em seu prprio mundo subjetivo sempre na tentativa de capacitar e ampliar a conscincia para resolver conflitos internos. Diante do exposto, foi sugerido aos colaboradores a exposio de sentimentos reprimidos a partir dessa viso podem-se constatar emoes diversas como: tristezas, alegrias, raiva, etc. Desse modo ousamos reaproxim-los da sociedade em que se vive utilizando recursos prprios.

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Ttulo: A ARTETERAPIA COMO UMA FORMA DE CONTRIBUIO DA PSICOLOGIA NA ASSESSORIA A UMA ASSOCIAO DE SADE MENTAL DE BLUMENAU Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: THALITA LADEWIG SCHWARZ Autor (es) adicionais: FABIANA FUCK - FURB LORENA DE FTIMA PRIM - FURB Financiador: Resumo: A Associao de Familiares, Amigos e Usurios do Servio Mental do municpio de Blumenau (ENLOUCRESCER) foi criada em meados de 1998. Com o apoio da Incubadora Tecnolgica de Cooperativas Populares da Universidade Regional de Blumenau (ITCP/ FURB) para essa associao comeou em maio de 2009. O processo de incubao consiste em prestar assessoria multidisciplinar (Psicologia, Moda, Economia, Direito, Arte, Servio Social) sendo que esta ocorre semanalmente na realizao de uma srie de atividades que so: um curso de Economia Solidria e Sade Mental (2009 e 2010); oficina de teatro, de artesanato e de pintura em tela; apoio em sua organizao participando de suas reunies quinzenais e para a ida em diversos eventos, tais como: feiras; conferncias; marchas; dias de luta, vinculados ao movimento antimanicomial. Objetivo deste trabalho apresentar qual a contribuio da psicologia no processo de assessoria da ITCP/ FURB Enloucrescer. O trabalho se baseia principalmente em autores como Vygotsky e Bar, sendo que o foco da arteterapia tem sido em parte um aporte importante para a atuao da Psicologia. Como resultado se constata que o processo criativo e grupal tem grande capacidade para o reestabelecimento da sade mental, pois resgata a autonomia, a valorizao (capacidade de produzir "coisas belas"), permitindo a expresso de sentidos, sentimentos, e afetos, levando os sujeitos a resgatarem sua cidadania, diminuindo assim os impactos psicolgicos negativos da excluso social, concretizada em preconceitos, isolamento e descriminao. Palavras-chave: Arteterapia, Psicologia Social, Sade Mental.

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Ttulo: A ATUAO DO PSICLOGO NA POLTICA PBLICA DE ASSISTNCIA SOCIAL A PARTIR DA GESTALT TERAPIA Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ELUANA FRARE Autor (es) adicionais: ROBERTA ERTEL BAIERLE Financiador: Resumo: A poltica de Assistncia Social, a partir de sua materializao com o Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) em 2005, consolida-se como um importante campo de atuao da Psicologia. Constituda como uma poltica pblica de proteo social s pessoas, famlias e comunidades em situao de vulnerabilidade social, objetiva garantir a autonomia, a emancipao e o fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios, provendo os mnimos sociais e o atendimento s necessidades bsicas dos cidados. nesse contexto que a Psicologia se insere a partir da exigncia desta poltica pblica pela atuao interdisciplinar. E a partir desta perspectiva que os psiclogos devem atuar de forma inovadora, evitando a padronizao de rotinas e procedimentos, principalmente queles relacionados psicologia clnica tradicional pautada no modelo do cuidado mdico, de forma a responder dinamicamente ao movimento da realidade social. Considerando tal demanda de reinveno da prtica profissional na poltica pblica de assistncia social que se considera a relevncia de anlise e integrao da Gestalt Terapia, a partir da Clnica dos Ajustamentos Aflitivos, como um olhar clnico tico e voltado s demandas de garantia dos mnimos sociais da populao que permeia os espaos e equipamentos desta poltica pblica. A partir da identificao de que essas pessoas vivem um sofrimento tico-poltico em virtude da ausncia de um lugar social, a Gestalt Terapia prope alternativas de interveno clnica pautadas no fortalecimento da funo de ego para retomada da autonomia e da realizao de ajustamentos criadores. E com este intuito de vislumbrar a Gestalt Terapia enquanto abordagem clnica condizente com a realidade social que se tem como objetivo deste trabalho realizar uma articulao da poltica pblica de Assistncia Social e desta abordagem psicolgica, procurando delinear olhares e prticas psicolgicas diferenciadas no enfrentamento das mazelas e injustias sociais.

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Ttulo: A ATUAO DOS PSICLOGOS NOS CAPS BRASILEIROS UMA REVISO DE LITERATURA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GABRIEL AMADOR DE LARA Autor (es) adicionais: JANINE KIELING MONTEIRO - UNISINOS Financiador: Instituio pblica - CAPES Resumo: Questionamentos sobre o modelo de ateno em sade mental vem acontecendo no contexto internacional desde a dcada de sessenta do sculo passado. Este processo se iniciou nacionalmente no final da dcada de setenta, sendo intitulado de movimento antimanicomial ou movimento da reforma psiquitrica. A proposta de fim dos manicmios comeou a ser implementada nos anos noventa, com a criao de instituies de tratamento comunitrio chamadas Centro de Ateno Psicossocial (CAPS). Para dar conta deste novo desafio, a proposta de clnica psicossocial est sendo desenvolvida, e um dos principais atores deste processo o psiclogo. O objetivo desta reviso foi analisar resultados de pesquisas cientficas sobre a atuao dos psiclogos nos CAPS brasileiros. Foram buscados artigos em bases de peridicos, do perodo 2000-2010, que contemplassem este tema. Seis pesquisas foram encontradas. Entre os dados obtidos, inclui-se: dificuldades oriundas da formao fragmentada e estruturada para o trabalho clnico tradicional, com uma transposio acrtica de modelo; clientela de classes sociais baixas, geralmente diferentes dos profissionais e da demanda particular; o trabalho em equipe com profisses que atuam h mais tempo na sade publica, para qual o trabalho em conjunto e articulado no faz parte da formao do psiclogo; e, por ltimo, a condio laboral regrada, assalariada, com prestao de contas e avaliao de produtividade, situao que no acontece nos consultrios particulares. Por outro lado, esto em marcha mudanas na clnica na direo de uma perspectiva mais ampliada: a atuao em rede, com vrios dispositivos e profissionais diversos, alm de mais recursos para os atendimentos; tambm na percepo do sujeito como cidado, portador de direitos.

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Ttulo: A BRINCADEIRA COMO MEIO PARA CONSCIENTIZAO DE LIMITES INTERNOS, INSTRUES E REGRAS EXTERNAS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LAUREN PERDIGO AFFONSO Autor (es) adicionais: MARIANE COMELLI DOS SANTOS - CLAUDETE MARCONDES LECILA DUARTE BARBOSA OLIVEIRA Financiador: Resumo: O objetivo do presente trabalho relatar e discutir experincias vivenciadas por alunos de Psicologia em um Projeto de Extenso - Brinquedoteca Hospitalar - realizado em Unidade Peditrica de um hospital escola, bem como promover reflexes tericas e prticas acerca da importncia da brincadeira no desenvolvimento infantil e nas prticas parentais, portanto trata-se de uma reviso de literatura articulada com experincias proporcionadas pelo projeto. A brincadeira reconhecida pela sua funo na estruturao da personalidade, promovendo modificaes salutares no ambiente, no comportamento e no psiquismo infantil. Entretanto, comum durante as brincadeiras no contexto hospitalar, a criana apresentar atitudes e condutas como: choro, apatia, passividade, ou mesmo agressividade com os colegas e equipe. Os pais, algumas vezes, parecem confusos ou indiferentes s necessidades das crianas, delegando inclusive algumas atribuies de autoridade instituio, tendo dificuldades de impor limites e lidar com transgresses de regras. O exerccio parental parece influenciado por questes relacionadas ao adoecimento e hospitalizao, tais como: entendimento de que a criana doente no pode ser contrariada; medo de agravamento do quadro clnico; medo de distanciamento afetivo da criana e ainda, falta de modelos internalizados de autoridade. Estudos ainda so necessrios para melhor entender as causas desse fenmeno. Dessa forma, o presente trabalho discute de que maneira a educao dada s crianas, pelos pais ou responsveis, pode refletir na forma como elas se comportam em diferentes ambientes e promove discusses sobre possveis modificaes no exerccio parental em contextos diversos, focando-se o ambiente hospitalar. Como ao da Psicologia nesse contexto, propem-se atividades s crianas e acompanhantes, destacando os jogos de regras, brincadeiras com fantoches, teatro; oportunizando novas leituras das interaes sociais e familiares, identificao de crenas e sentimentos dos pais/cuidadores frente criana enferma, esclarecimentos sobre a doena e preveno de comportamentos de superproteo ou falta de limites.

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Ttulo: A COESO GRUPAL COMO PROCESSO DE ADESO DO GRUPO PET-SADE NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA GERALDO SCHMIDT SOBRINHO I, BLUMENAU/SC Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAYARA MONTIBELER Autor (es) adicionais: LYSLAINE GASDA - FURB CAMILA DA CUNHA NUNES - FURB CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA NUNES - FURB Financiador: Resumo: O Programa de Educao pelo Trabalho para a Sade (PET-Sade) desenvolve atravs de atividades, melhoria da qualidade do cuidado na ateno bsica no SUS em Blumenau. O grupo de pesquisa dentro do programa PET-Sade que trabalha com desenvolvimento de estilos de vida saudveis e aprimoramento de aptido fsica, baseiase na formao de grupos direcionados qualidade de vida no cotidiano dos usurios de Unidades parceiras do Programa. As aes psico-educativas seguidas por atividades fsicas aerbicas e de alongamento, possibilitam a inter-relao dos indivduos, esta demonstrou ser um elemento necessrio para a adeso e manuteno do grupo da Estratgia de Sade da Famlia Geraldo Schmidt Sobrinho I, visto a dificuldade inicial enfrentada pelas bolsistas em manter o grupo semanalmente. Considerando que o sujeito se constri de acordo com o desenvolver na sua prpria histria, ao existir, o homem em sua prxis se relaciona consigo mesmo, com os outros e com as coisas num processo dialtico. Sartre expe que a ao humana encontra-se na necessidade, pois o homem est no mundo e depende dele, estabelecendo sua relao com os outros e como as coisas numa reciprocidade. Assim forma-se o grupo humano em relao em seu contexto scio histrico. Diante disto pretende-se trabalhar a coeso grupal como um processo de inter-atuao dos participantes e no somente num processo psicoeducativo e de atividade fsica.

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Ttulo: A CONTRIBUIO DO EaD NA FORMAO DE PROFESSORES Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NICIAL. D. DA SILVEIRA Autor (es) adicionais: ANDRIA P. TITON - CRISTIANE MARCOS LECILA B. D. OLIVEIRA Financiador: Resumo: o objetivo do presente trabalho tratar da experincia docente vivida por tutores e professores de uma das disciplinas pedaggicas Psicologia Educacional na Licenciatura em Matemtica atravs do Ensino Distncia (EaD). Via de regra, a escola quem introduz a crianas no mundo das letras e nmeros, e assim, para desenvolver a educao bsica necessria a contribuio de professores. Como garantir que esta tarefa tenha xito no nosso pas, sem que haja professores em quantidade e qualidade adequadas? O desnvel educacional no Brasil um dos aspectos marcantes. Precisa-se de professores para melhorar a escolaridade seja em tempo freqentado na escola, seja em grau atingido e ela por sua vez, contribui para melhorar a insero social da populao maior escolaridade, melhores empregos. Sabe-se que, se so necessrios professores habilitados, mas o que se verifica o grande dficit destes, sendo esta falta mais marcante na rea de Fsica, Qumica e Matemtica. Esta a situao atual: h que desenvolver esforos para reduzir este dficit. A formao de professores atravs do Ensino Distncia (EaD) pode ser uma estratgia importante para tal. Ela exige como recursos a constituio de redes sociais tecidas entre professor de professor, outros professores que atuam como tutores/mediadores entre o conhecimento e os estudantes para professor, os licenciandos. No EaD os instrumentos que permitem e garantem esta rede incluem a rede de informaes disponibilizadas por uma plataforma o Ambiente de Ensino-Aprendizagem (AVEA), onde ocorrem interaes bem como texto impressos elaborados pra tal finalidade , ao lado de vdeos sejam aulas ou conferncias; aulas presenciais, aliadas infra-estrutura, alm de planejamento eficaz, dinamicidade, propostas pedaggicas interativas que garantam tanto a participao como a aprendizagem de contedos complexos e com exigncias cognitivas elevadas. o que se busca discutir a partir da presente experincia.

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Ttulo: A EVOLUO DO CRACK NA REGIO DE ARARANGU NA LTIMA DCADA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALEXSANDRO FERREIRA CAITANO Autor (es) adicionais: ALEXSANDRO FERREIRA CAITANO - ESUCRI Financiador: Instituio pblica - GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA - ART 170 Resumo: A pesquisa teve como objetivo principal a realizao de um levantamento do nmero de internaes por uso abusivo de crack na regio de Ararangu nos ltimos dez anos. Teve como objetivos especficos delinear a trajetria crescente do uso abusivo da substncia na regio de Ararangu, subsidiar um diagnstico do uso crack que abrange a regio da cidade de Ararangu, colaborar a partir dos dados com a estruturao de uma estratgia de interveno com foco nos usurios locais, possibilitar as futuras intervenes aos acadmicos do curso de Psicologia da Esucri, uma vez que seu currculo est estruturado nas necessidades da regio. Este trabalho constituiu-se de uma pesquisa aplicada de campo investigatria de carter quantitativo. Os dados de internao foram levantados em trs residncias teraputicas e ainda os dados de atendimento foram consultados no CAPS (Centro de Ateno Psicossocial) local. Os dados foram pesquisados a partir da leitura e anlise de pronturios e registros afins, permitindo a quantificao e apresentao dos resultados em grficos e tabelas. Com os resultados pde-se constatar a crescente procura por crack pelos dependentes qumicos da regio nos anos contemplados pela pesquisa. Diante da observncia do um diagnstico crescente do consumo de crack e do potencial de destruio humana que a droga apresenta, percebe-se a grande necessidade de uma interveno mais efetiva e imediata na preveno ao uso de drogas. Atingiu-se assim o intuito da primeira etapa do trabalho, sabendo quantos so em que locais se encontram quando buscam ajuda, podese ento partir para uma estratgia que venha a intervir nesta realidade que necessita de muitas modificaes.

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Ttulo: A IMPORTNCIA DOS GRUPOS DE MTUA AJUDA PARA A FAMLIA DO DEPENDENTE QUMICO Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RENIZE ARAUJO ACORDI Autor (es) adicionais: IVNIA JANN LUNA - INSTITUTO DE FORMAO SISTMICA DE FLORIANPOLIS Financiador: Resumo: Os grupos de mtua ajuda no Brasil tem realizado vrios trabalhos junto s famlias de dependentes qumicos, no que diz respeito reeducao e apoio para o enfrentamento do abuso de drogas de um membro familiar. Foi realizado uma pesquisa qualitativa para conhecer como a famlia encontra apoio psicolgico num grupo de mtua ajuda chamado Amor Exigente. Para tanto foram identificadas as informaes, o manejo dos conhecimentos obtidos por familiares e a rede social construda pelos familiares aps a participao neste grupo. O delineamento utilizado foi o estudo de caso com a narrativa da histria de vida de uma famlia que se encontrava na etapa em que os filhos estavam saindo da adolescncia em direo autonomia da vida adulta, sendo que o filho mais novo, de 24 anos, era dependente qumico. Para coleta de dados foi aplicado, nos pais do dependente qumico, a entrevista semi-estruturada e o mapa da rede social, bem como foram realizadas observaes das reunies do grupo Amor Exigente. Os dados coletados permitiram identificar alguns fatos referentes reao dos pais antes e aps a insero no grupo, tambm alteraes na rede social da famlia. Constatou-se que as informaes obtidas no grupo Amor Exigente tiveram papel preponderante na aceitao da dependncia qumica do filho e na busca de conhecimentos para lidar com a cronificao do abuso de drogas, sendo que o apoio psicolgico percebido durante o enfrentamento da dependncia qumica foi a mtua ajuda obtida no grupo Amor Exigente.

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Ttulo: A INDISCIPLINA NO MBITO ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RAFAELA SCHULZE Autor (es) adicionais: BRUNA CAROLINA RAINERT DE ZUTTER - UNIASSELVI ROSELEINE JUNQUEIRA BOHMANN - UNIASSELVI TIAGO FELIPE DA SILVA - UNIASSELVI Financiador: Resumo: Este estudo buscou compreender a indisciplina no contexto escolar, teve como objetivo principal elaborar um plano de interveno a fim de amenizar as consequncias do fenmeno para o grupo. Assim, baseando-se nas pesquisas feitas para a obteno de dados de caracterizao e especificidades da indisciplina e papel do psiclogo escolar, partiu-se para a prtica de observao de especificamente seis meninos, com idade de onze a catorze anos submetidos a situaes de vulnerabilidade social e conflito familiar. Utilizou-se como mtodo, uma observao sistemtica, escrita cursiva no sistematizada e observao emprica. Diante das observaes realizadas pode-se perceber que vrios fatores podem influenciar a indisciplina, principalmente se a escola no respeita as limitaes dos alunos. Objetivou-se neste estudo a elaborao, desenvolvimento e aplicao de estratgias em um plano de interveno na rea da psicologia escolar, demonstrando algumas prticas propostas que podem ser utilizadas pela instituio e pelos professores, a fim de minimizar as consequncias trazidas pelos atos indisciplinados. As atividades propostas no plano de interveno tiveram como pblico alvo professores e alunos deste grupo. Teve-se como nfase promover conhecimento e exposies de ideias, diferenciar a disciplina quando falando em educao e a disciplina falando em matria, identificar a importncia de seguir algumas regras de disciplina, estimular a criatividade e sabedoria, valorizao do conhecimento trazido pelo aluno, verificar a compreenso dos alunos em relao ao fenmeno, a participao dos mesmos em atividades, estimular a capacidade de trabalhar em equipe desenvolvendo assim a socializao, faz-los perceberem o quo foi importante o desenvolvimento deste trabalho. Cabe ao Psiclogo Educacional ajudar o professor e os alunos que tiverem dificuldades atentando para as relaes sociais dentro da escola, desenvolvendo processos educativos que permitam a eles mudar este contexto elaborando planos de interveno educacional.

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Ttulo: A INFLUNCIA DO PADRO ESTTICO NA AUTO-IMAGEM CORPORAL DE ADOLESCENTES DO GNERO FEMININO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DAYANE BOUFLEUR Autor (es) adicionais: LVARO CIELO MAHL - UNOESC LISANDRA ANTUNES DE OLIVEIRA - UNOESC VERENA AUGUSTIN HOCH - UNOESC Financiador: Resumo: Diante da grande preocupao com a esttica corporal demonstrada pelas mulheres jovens na sociedade atual, o presente estudo teve como objetivo conhecer e analisar os aspectos socioculturais da esttica e a satisfao corporal presentes na concepo da imagem corporal de 19 adolescentes do gnero feminino de uma escola do Oeste Catarinense. Um estudo de campo de natureza quantitativa qualitativa que procura investigar como e at que ponto o padro esttico influencia na auto-imagem corporal das jovens fazendo uso de dois instrumentos: Body Shape Questionnarie (BSQ) e o Desenho da Figura Humana (DFH). A anlise e interpretao sucederam pelo software Sphinx e nos trabalhos de Van Kolck (1981) e Hutz e Bandeira (2000). Os desenhos devem ser entendidos, considerando os diversos aspectos da idade em que as jovens vivem, com crises e profundas transformaes no plano fsico e psicolgico, assinalando os conflitos internos, mostrando um certo grau de desorganizao psquica, alm de sinais de ansiedade e angstia. Os dados do questionrio mostraram uma desorientao se comparado ao que as adolescentes trazem ao desenhar. A autoimagem, neste momento, tem caractersticas mais negativas, fruto da dificuldade de percepo dessa imagem corporal em transformao, mas tambm de um meio social que impe padres muito idealizados de beleza. nesse momento de transio, que revela-se, talvez, uma das fases mais difceis do desenvolvimento feminino, onde o corpo em transio traz a angstia de no se saber exatamente quem e o espao que se ocupa. A partir da pesquisa possvel perceber como profunda a relao entre imagem corporal, corpo, identidade corporal, cultura, estmulos e a contextualizao de tudo isso no tempo e no espao. Fica evidente, tambm, que a imagem corporal vivncia humana, individual e dinmica na correlao positiva entre preocupao com o corpo e distoro da auto-imagem corporal.

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Ttulo: A INSERO DA PSICOLOGIA NAS EQUIPES DE ESF Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDRIA ISABEL GIACOMOZZI Financiador: Resumo: Este trabalho terico discute alguns dos modelos de compreenso do binmio sade e doena e suas aplicaes no Sistema nico de Sade brasileiro (SUS). Para tanto, faz-se uma reviso de estudos sobre a situao da Estratgia de Sade da Famlia - ESF com relao sua atuao, destacando-se a partir da literatura, a predominncia de prticas fragmentadas pelas equipes e uma viso de sade como ausncia de doena somente, a pesar do preceito de integralidade preconizado pelo SUS. Dessa forma parte-se da argumentao de que para ocorrer uma mudana do paradigma hegemnico ainda vigente, pautado no modelo flexneriano, biomdico de sade, para um novo paradigma, mais adequado s demandas de sade da populao, e aos princpios do SUS, necessria uma ampliao no somente do entendimento do processo sade-doena, adotando um enfoque multidimensional que considere os aspectos cognitivos, emocionais, psquicos, as comunicaes sociais, normas, representaes e valores culturais, como tambm uma ampliao do leque de profisses includas nas equipes de sade da famlia, pois a presena de profissionais com outros olhares, alm do olhar biomdico, pode contribuir com o alcance efetivo desta mudana. A partir disso, o trabalho argumenta a favor da insero do psiclogo na sade pblica como participante das equipes de sade da famlia pelo entendimento de que este profissional, quando detentor de uma concepo ampliada de sade, poderia dar uma contribuio importante para a superao do modelo hegemnico em sade (biomdico) por um modelo mais abrangente e integrado, que reconhece a sade como um fenmeno multidimensional, no qual interagem aspectos biolgicos, psicolgicos e sociais e caminha para uma compreenso mais holstica do processo sade-doena.

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Ttulo: A INTERVENO PSICOLGICA NA UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIRIOS NEONATAIS: DEMANDAS E IMPLICAES. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARA PELLIN FELDMANN Autor (es) adicionais: ROSANA SILVA DOS SANTOS SCHIMITT - FURB Financiador: Resumo: A presente pesquisa objetivou descrever a prtica de acolhimento a mes e familiares de bebs internados na Unidade de Cuidados Intermedirios Neonatais (UCIN) de um hospital da cidade de Blumenau SC. Por meio da tica psicanaltica, com o objetivo de verificar o lao me-beb, foram realizados acolhimentos prioritariamente aos seguintes casos: mes ou familiares de bebs prematuros com baixo peso, de bebs sindrmicos e de bebs com longo tempo de internao. Para nos auxiliar na avaliao de cada caso os Indicadores Clnicos de Risco para o Desenvolvimento infantil (IRDIs) utilizados para bebs entre 0 e 4 meses incompletos (so eles: suposies da me sobre o choro da criana, presena do mamanhs, reao da criana ao mamanhs, o fato da me propor algo criana e aguardar que esta reaja, trocas de olhares entre criana e me) so verificados a cada acolhimento. Por meio de processo de anlise das demandas atendidas no setor, foi possvel verificar o alto percentual de casos de longo tempo de internao. A partir da, foi realizado um estudo especfico sobre os efeitos que este perodo provoca sobre a me deste beb e, consequentemente, o risco que a situao anteriormente citada apresenta para a relao me-beb.

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Ttulo: A MATERNAGEM COMO INTERVENO PSICOLGICA NUMA MATERNIDADE-ESCOLA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARGARIDA FILOMENA LOPES FONSECA Autor (es) adicionais: MARIA EMILIA PEREIRA NUNES - UFSC MARIA APARECIDA CREPALDI - UFSC ZAIRA APARECIDA DE OLIVEIRA CUSTDIO - HU-UFSC Financiador: Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de apresentar a atividade de interveno psicolgica denominada Maternagem, realizada pelo Servio de Psicologia num hospital pblico de Florianpolis. A institucionalizao prolongada considerada um fator de risco para o desenvolvimento do recm-nascido, no entanto, quando agregada a longas rupturas de uma figura significativa e cuidadora do beb, os efeitos nocivos para o desenvolvimento deste so agravados. O beb ao nascer no tem recursos prprios para sobreviver, ele precisa de um cuidador competente, ou seja, um individuo capaz de identificar os seus sinais de necessidades desenvolvimentais e supr-las. Neste sentido, com base em estudos sobre a temtica, o servio supracitado desenvolve a Maternagem com os bebs, no intuito de suprir as necessidades de cuidados maternos, at a realizao dos devidos encaminhamentos. Os cuidados maternos, ou a Maternagem em si, reside em alm de prestar cuidados de alimentao e higiene, mas tambm oferecer conteno afetiva de referncia para o beb atravs do contato visual, estimulao sensorial, e principalmente por meio da palavra. As palavras utilizadas na interao com o bebe que daro significado a sua historia, no sentido de preserv-la e conferir ao beb o lugar de sujeito. Este tipo de assistncia atua minimizando, na medida do possvel, os prejuzos psicolgicos decorrentes da hospitalizao e da ruptura de um cuidador efetivo do beb, atuando como um fator de proteo e um agente de promoo de sade mental.

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Ttulo: A PERCEPO DOS ACADMICOS DA REA DA SADE SOBRE A FUNO DA PSICOLOGIA PARA SUA ATUAO PROFISSIONAL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: PRISCILA MACHADO Autor (es) adicionais: ALINE LUNARDELLI CALDEIRA - UNISUL CAMILA CSSIO SCHUTZ - UNISUL INDIONARA REGINA MOREIRA - UNISUL Financiador: Resumo: Durante a graduao os acadmicos, mais precisamente os da rea da sade, recebem conhecimentos referentes tanto s prticas interventivas quanto para a relao com o paciente, que possibilitam a sua futura atuao profissional. Diante desse contexto a pesquisa teve como finalidade identificar a percepo de acadmicos da rea da sade sobre a funo da Psicologia para a sua atuao profissional. Para atingir este objetivo, buscou-se identificar se os acadmicos possuem algum conhecimento sobre a Psicologia; se os conhecimentos oferecidos nos cursos da rea da sade so suficientes para atuao profissional dos acadmicos e; a quem o conhecimento, adquirido sobre Psicologia, ir contribuir. A pesquisa realizada foi de carter exploratrio e de natureza quantitativa. Os dados foram coletados por meio de questionrio com perguntas fechadas, com 37 acadmicos dos cursos da rea da sade, de uma Universidade da Grande Florianpolis, sendo destes 14 do curso de Fisioterapia, da 6 fase; 4 do curso de Medicina, da 4 fase; 13 do curso de Naturologia, da 7 fase; 6 do curso de Nutrio, da 6 fase. As informaes foram coletadas nas salas de aula dos estudantes, durante horrio de aula, e foram analisadas por meio de percentual, apresentadas em grficos. Os principais resultados obtidos possibilitam identificar que os acadmicos indicam ter pouco conhecimento sobre Psicologia na sua formao; que a maioria dos acadmicos considera muito necessrio o conhecimento sobre a Psicologia para a sua atuao profissional, e; por fim, que os estudantes reconhecem que os conhecimentos advindos da Psicologia contribuem tanto para ele mesmo, quanto para seus pacientes. Nesse sentido, percebeu-se a necessidade de ampliao da insero de conhecimentos sobre a Psicologia nos cursos da rea da sade. Palavra chave: Atuao Profissional, Funo da Psicologia, Formao na rea da sade.

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Ttulo: A PSICOLOGIA NA CLINICA MDICA DO HOSPITAL REGIONAL: CONTRIBUIES DO ESTGIO PARA A FORMAO DO PSICLOGO. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SUZANNE DE SOUZA MARTINS Autor (es) adicionais: HEBE CRISTINA BASTOS RGIS - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA ENIS MAZZUCO - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA KAROLINE BALBINOT REIS - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA Financiador: Resumo: O estgio obrigatrio constitui-se como fator indispensvel para a formao acadmica e profissional do estudante de Psicologia e tem como objetivo principal, proporcionar ao estagirio um contato direto com a realidade, oportunizando articular o conhecimento terico com a prtica da psicologia clnica. A experincia dentro de uma unidade hospitalar assume caractersticas bem especficas e muito diferentes do setting terapeutico, assim pode-se dizer que trata-se de uma experincia extremamente enriquecedora, visto que o hospital um campo permeado por diversos elementos que acabam por tornar o estgio desafiante. A principal atividade realizada neste estgio foi prestar atendimento psicolgico aos pacientes internados na Clnica Mdica, do HR Hospital Regional de So Jos. Mas cabe ressaltar que demanda recorrente mediar a relao destes com a equipe de sade do andar e, quando necessrio, apoiar tambm os familiares. Os atendimentos so fundamentados na Gestalt-Terapia, cuja base fenomenolgica abre possibilidades de interveno. Segundo Mller-Granzotto & Mller-Granzotto (2007), a situao clnica abre um campo de presena, onde gestaltterapeuta e consulente no esto separados, embora nem por isso constituam uma unidade, mas vivenciam uma situao de contato: contaminam-se mutuamente. Considera-se que uma das contribuies do estgio para a formao acadmica foi o contato com outros profissionais da rea da sade, atravs do trabalho multidisciplinar. Como resultados foi possvel observar o aumento significativo de encaminhamentos feitos por parte da equipe de sade, que solicita constantemente a atuao da psicologia e seu parecer quanto dinmica dos pacientes. Alm disso, o contexto do hospital pblico possibilita que o acadmico reflita sobre as possibilidade de interveno de psicologia, especialmente no que diz respeito Clnica da Aflio em Gestalt-terapia.

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Ttulo: A PSICOLOGIA NA MATERNIDADE DO HOSPITAL REGIONAL DE SO JOS: UMA PROPOSTA EM PSICOLOGIA CLNICA. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ARIANE SILVA Autor (es) adicionais: DENISE JORDO DA SILVA - UNIVALI HEBE CRISTINA BASTOS RGIS - UNIVALI TATIANE KAROLIN AREIAS MACIEL - UNIVALI Financiador: Resumo: O estgio obrigatrio constitui-se de suma importncia para a formao acadmica do estudante de Psicologia, e tem por objetivo desenvolver habilidades e competncias para a formao profissional, unindo a teoria aprendida em sala de aula ao fazer que caracteriza a prtica profissional. O contexto hospitalar, por sua vez, proporciona vivncias significativas e desafiadoras para o estagirio que ali experimenta seus primeiros passos como clnico. A experincia que aqui se pretende compartilhar diz respeito ao estgio curricular na nfase de Sade e Integralidade e foi realizado na maternidade do Hospital Regional de So Jos - Doutor Homero de Miranda Gomes HRSJ. Cabe referir que os atendimentos realizados foram fundamentados na GestaltTerapia, cuja base fenomenolgica amplia as possibilidades de interveno. Os principais objetivos desta proposta de estgio foram: realizar os atendimentos a partir do referencial terico das trs clnicas da Gestalt-terapia: Neurose, Psicose e Aflio; compreender os consulentes na sua integralidade, respeitando e se adaptando aos limites do contexto hospitalar; auxiliar no enfrentamento do processo de luto nos casos de beb natimorto, aborto e malformao; facilitar o vnculo me/beb, especialmente na situao de internao na UTI Neonatal; desenvolver conhecimentos referentes atuao do psiclogo clnico e a Gestalt-Terapia. Neste trabalho fundamental observar a adequao ao contexto hospitalar e dinmica especfica da Unidade, cuja caracterstica de alta rotatividade dos pacientes impede, na maioria das vezes, um processo psicoterpico prolongado. As especificidades deste campo de estgio possibilitaram ao acadmico desenvolver uma postura flexvel, considerando a necessidade de utilizao de tcnicas psicoterpicas que se adaptem s exigncias da Instituio e estejam de acordo com a proposta da abordagem escolhida. Alm disso, tal experincia permitiu o contato com a realidade da psicologia hospitalar, da rede pblica de sade e, portanto possibilitou uma reflexo sobre o papel do psiclogo.

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Ttulo: A SUBLIMAO NA TEORIA DA CONSTITUIO DO SUJEITO: UMA DISCUSSO EM FREUD E LACAN Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EVERTON MORFIM PELEGRINI Autor (es) adicionais: MAURCIO EUGNIO MALISKA - UNISUL Financiador: Empresa Privada - UNISUL Resumo: Na teoria psicanaltica, o conceito de sublimao entendido como um dos possveis destinos das pulses, como apresentado por Freud (1915) no texto Os instintos e suas vicissitudes. Neste texto, Freud (1915) classifica que a pulso pode ter quatro diferentes destinos, a saber: represso, sublimao, reverso no oposto e retorno em direo ao ego. A sublimao consiste na inibio do alvo pulsional, que a finalidade sexual da pulso fica inibida, ou ocorre um desvio do alvo, em que a finalidade sexual fica desviada para outro objeto, geralmente, um objeto de valorizao cultural. Foi investigado o conceito de sublimao em Freud e sua pertinncia terica na constituio do sujeito em Lacan, sendo apresentado o desenvolvimento terico do conceito de sublimao em Freud, e da constituio do sujeito na teoria Lacaniana. Posteriormente articulou-se o conceito de sublimao com a constituio do sujeito nas obras de Freud e Lacan. Est pesquisa exploratria de cunho bibliogrfico, utilizados no processo de desenvolvimento da pesquisa os seguintes critrios para se alcanar os objetivos propostos. No primeiro momento, passar em revista o conceito de sublimao na obra freudiana e localizar seus progressos conceituais. No segundo momento, apresentaramse as teorizaes psicanalticas de Freud acerca da constituio do sujeito e o desenvolvimento desta teoria. No terceiro e ltimo momento, fez-se articulaes possveis no que se refere ao conceito de sublimao e a constituio do sujeito. Sendo os resultados, possveis relaes da via pulsional da sublimao na constituio do sujeito no interior da teoria psicanaltica. Avano nos aspectos tericos, melhor entendimento e clareza quanto sublimao na constituio do sujeito. Permitindo avanar no somente a teoria psicanaltica acerca sublimao e sua relao com a constituio do sujeito, mas tambm a prpria clnica psicanaltica, uma vez que os conceitos aqui operados dizem respeito clnica.

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Ttulo: A TENDNCIA DA MEDICALIZAO DO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA MARTINS DE SOUZA Autor (es) adicionais: LAUREN PERDIGO AFFONSO - UFSC SULIANA DA SILVA - UFSC Financiador: Resumo: Uma questo que merece ser discutida e que suscita diferentes opinies o crescente uso de medicamentos para todo e qualquer tipo de "problema" de aprendizagem. A medicalizao da aprendizagem, como tem sido chamada na literatura em psicologia escolar, resulta num fenmeno em crescimento, que no deixa espao para reflexes que considerem a mltiplas dimenses envolvidas. O discurso mdico ao ser introduzido no ambiente escolar incitou uma busca para as explicaes biologicistas do fracasso escolar. As principais tendncias nos discursos consistem em atribuir as causas do fracasso escolar caractersticas inerentes criana, doenas, problemas familiares, sempre numa perspectiva de isentar o sistema educacional, os profissionais que fazem parte dele e suas prticas pedaggicas. O fato do indivduo no aprender pode ser visto como a expresso de problemas de natureza institucional, produzido nas prticas educacionais. O presente trabalho faz uma reviso de literatura, com o objetivo de investigar e problematizar o processo de medicalizao/patologizao no ambiente escolar e o papel do psiclogo nesse processo. Percebeu-se que apesar de existir um discurso crtico desse processo, quando nos deparamos com artigos que trazem a tona a prtica do psiclogo, o mesmo muitas vezes ainda faz uso de uma postura profissional que reproduz a tendncia unidirecional de centrar o "problema" no aluno. Desta maneira existe uma lacuna entre a prtica e a teoria, fazendo-se necessrio uma maior reflexo sobre o tema.

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Ttulo: A TERAPIA FAMILIAR COMO UM RECURSO NO TRABALHO DE CONSULTORIA A EMPRESAS FAMILIARES Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NADIA ROCHA VERIGUINE Financiador: Resumo: As organizaes familiares representam mais de 80% das empresas estabelecidas em todo o mundo. Em seus aspectos patolgicos, elas podem enfrentar problemas de diversas ordens como: conflitos fraternos, divergncia nos estilos de gesto e dificuldades nos processos decisrios. Dentro desse contexto, esse trabalho tem como objetivo relatar a experincia de atendimento psicolgico de uma famlia empresria. A famlia atendida era composta por quatro pessoas, sendo pai, me, filha mais nova e filho mais velho. Nas dependncias do consultrio particular de uma psicloga clnica especializada em terapia de famlia e tambm consultoria organizacional; foram realizadas doze sesses de terapia familiar breve com os membros da famlia. O trabalho teve incio quando a empresa buscou um servio especializado de consultoria organizacional, que evidenciou que as dificuldades de relacionamento entre os membros da famlia empresria se configuravam como impeditivos para o bom funcionamento da empresa, ameaando inclusive, sua continuidade. Desta forma, a famlia foi convidada a realizar a terapia familiar. Os atendimentos focaram a externalizao dos sentimentos, a formao de vnculos saudveis e a reelaborao da histria familiar. Observou-se que todos os membros da famlia eram apaixonados pelo seu trabalho, acreditavam e gostavam do negcio e ansiavam por menos cobranas profissionais e mais momentos de confraternizao em famlia. Ao falar dos diferentes papis ocupados por cada um e ao reviver os principais momentos da histria familiar e empresarial, a famlia pode delimitar melhor as fronteiras entre esses dois espaos, criando novas regras e padres para o fluxo comunicacional entre seus membros. Ao final dos atendimentos, a famlia decidiu por morar num outro espao fsico que no a mesma casa ocupada pela empresa e percebeu que uma estratgia que possuam para lidar com as adversidades e os momentos de estresse (tanto empresarial quanto familiar) era o senso de humor.

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Ttulo: A VIVNCIA DEPRESSIVA: PSICOFRMACOS, PSICOTERAPIA E SITUAES AMBIENTAIS. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BRBARA CAMILA DA SILVA Autor (es) adicionais: BRBARA CAMILA DA SILVA - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA CAMPUS DE SO MIGUEL DO OESTE - UNOESC LISANDRA ANTUNES DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA CAMPUS DE SO MIGUEL DO OESTE - UNOESC VERENA AUGUSTIN HOCH - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA CAMPUS DE SO MIGUEL DO OESTE - UNOESC LVARO CIELO MAHL - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA CAMPUS DE SO MIGUEL DO OESTE - UNOESC Financiador: Resumo: Atualmente, a depresso est sendo chamada como doena do sculo XXI, devido sua freqncia. A pesquisa teve como objetivo compreender o processo depressivo a partir da narrativa de trs participantes do gnero feminino na faixa etria de 28 a 35 anos com depresso leve, em um municpio do Extremo Oeste de Santa Catarina, que responderam a um questionrio semi-estruturado. Para analisar os dados, foi utilizado o mtodo de anlise de contedo por categoria, compreendendo como categorias: psicofrmacos, psicoterapia e situaes ambientais. De modo geral, os resultados indicam que a compreenso da vivncia depressiva s possvel a partir da singularidade do indivduo, assim como sua histria de vida, gnero, sua constituio psquica e subjetividade. O tratamento mais favorvel e satisfatrio na viso das participantes vem a ser o combinado, psicofrmacos e psicoterapia. As situaes ambientais apresentam a busca de satisfao e bem estar atravs do trabalho, sendo que a partir de leses neste ambiente, a impossibilidade de continuar a trabalhar originam a depresso.Destaca-se a perda como constituinte principal do contexto de ocorrncias traumticas que originam a depresso. As leses das participantes apresentam-se como ocorrncias que proporcionaram a perda de sua independncia, seja ela financeira ou fsica. Por isso, destaca-se a importncia da continuao deste estudo. Deve-se ressaltar que eventos traumticos ao longo da vida somam-se e contribuem para a ocorrncia da depresso. A pessoa com diagnstico depressivo necessita de incentivo e apoio, sendo necessrias algumas medidas para manter este indivduo ativo, em contato com novas perspectivas, como programas de incentivo que pudessem dar suporte sua reinsero vida social de maneira saudvel e produtiva, sonhando e realizando sonhos. Palavraschaves: Situaes ambientais. Psicofrmacos. Psicoterapia. Depresso

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Ttulo: ACOLHIMENTO NA CLNICA PSICOLGICA AMPLIADA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: HELENA KNISS Financiador: Resumo: O presente trabalho tem como objetivo discutir a nova proposta de acolhimento e clnica ampliada do Ministrio da Sade por via da tica psicanaltica, como proposta de humanizao do Sistema Pblico de Sade (SUS), no que se refere ao melhor atendimento no sistema, proporcionando por meio deste uma escuta analtica qualificada do sujeito pela via transferncial. Assim, a proposta de acolher os usurios de forma mais humana, se preocupando em escutar as demandas, e encontrar uma soluo adequada e resolutiva a cada paciente tambm discutido, destacando a importncia da escuta analtica como mtodo de interveno, propondo que atravs da fala do usurio, o mesmo se permita escutar seus prprios saberes, teorias e jeito de viver a vida, no se deixando valer apenas do saber mdico. Propondo a discusso a cerca da funo do acolhimento na vida psquica do sujeito. Assim, por meio de uma reviso na literatura bibliogrfica e da leitura de um caso clnico de acolhimento realizado no segundo semestre de 2010 na clnica escola de psicologia da FURB foi possvel levantar dados que comprovam a melhoria no servio, j que os sujeitos passam a ser escutados alm de sua queixa e vistos para alm de sua patologia. Concluindo, o presente trabalho vem propor uma discusso acerca dos novos projetos do Ministrio da Sade para a melhoria do atendimento de sade pblica trazendo como propostas projetos que viso uma nova forma de compreender o sujeito em sua singularidade.

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Ttulo: AFIC: ADOLESCNCIA, FAMLIA, IDENTIDADE E COMUNIDADE Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ADELAIDE GRAESER KASSULKE Autor (es) adicionais: NVEA DE FREITAS FIGUEIREDO STIEGLER (MESTRE: PROFESSORA NA UNIVERSIDADE DA REGIO DE JOINVILLE) - UNIVILLE/SBS ANGELA A. DE OLIVEIRA HEMPKEMAIER ( EXTENSIONISTA E ACADMICA 3 DE PSICOLOGIA) - UNIVILLE/JLLE FERNANDA BOETTCHER ( EXTENSIONISTA E ACADMICA 3 DE PSICOLOGIA) - UNIVILLE/JLLE FLAVIA LETCIA CORREIA (EXTENSIONISTA E ACADMICA DE EDUCAO FSICA) - UNIVILLE/SBS Financiador: Outros - UNIVILLE Resumo: O Projeto de Extenso originou-se de uma necessidade da comunidade. O Conselho Municipal Antidrogas COMAD formalizou o pedido pelo presidente da instituio solicitando a interveno da UNIVILLE com o propsito de promoo e preveno de sade com os adolescentes no Bairro 25 de Julho em So Bento do Sul/SC. Objetivo:Possibilitar aes de fomento a um projeto participativo envolvendo o jovem e seu entorno social para pensar-se criticamente e construir aes integradas na comunidade. O foco foi uma ao junta a comunidade para enfrentar o desafio contemporneo da proliferao das drogas e suas consequncias. Metodologia: A pesquisa teve como modelo conceitual a pesquisa ao caracterizada por realizar-se em estreita relao com o problema coletivo desta comunidade . A relevncia deste, est no processo de estmulo, promoo e construo com os adolescentes e seu entorno, de respostas construtivas aos desafios da vida. Pertencimento e oportunidades; liberdade de ao e constncia; exemplos realistas; alimentao adequada e atividades fsicas; amigos e um ambiente compreensivo. Resultados: O grupo de adolescentes participou ativamente dos trabalhos realizados. Destacou-se para os jovens a valorizao do ser humano, a assertividade nos relacionamentos interpessoais, luta pelos sonhos, construo do projeto de vida. O projeto de extenso atravs do modelo de interveno metodolgica de pesquisa ao proporcionou aos jovens e seu entorno o pensar-se criticamente e iniciar o processo de tornarem-se agentes ativos de sua prpria construo como indivduos e comunidade. Um projeto dessa natureza necessita de continuidade, abrangendo grupos de reflexo e ao para encontrar possibilidades de compromisso e confiana dentro da comunidade.

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Ttulo: ALFABETIZAO DE CRIANAS: SOFTWARE MESTRE E ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KARINA MATHEUS DOS SANTOS Autor (es) adicionais: EMILIO TAKASE - UFSC KARINA MATHEUS DOS SANTOS - UFSC MONIQUE STAHNKE - UFSC Financiador: Resumo: Despertar o interesse e a curiosidade nos alunos um desafio freqente. O mundo digital tem feito esta interface de diversas maneiras entre professores e alunos, abrindo possibilidades de ensino e aprendizagem. O software Mestre uma ferramenta que busca estas possibilidades do mundo digital, propiciando uma aprendizagem sem erros. Iniciamos nossas atividades em uma escola pblica, trabalhando com cinco alunas de uma turma do 1 ano do ensino fundamental (nove anos de idade). Elas nos foram indicadas pela professora por demonstrar que se beneficiariam com o projeto por apresentarem dificuldades maiores em relao alfabetizao ou outros tipos de dificuldade que poderamos trabalhar - uma das alunas apresenta deficincia auditiva e usa implante coclear. Aplicamos exerccios com uso do software Mestre a partir do princpio de pareamento de estmulos. Durante todo o projeto, as alunas contaram com o apoio das monitoras para desenvolver a alfabetizao. O projeto ajudou a aluna com deficincia auditiva a desenvolver estratgias de identificao auditiva das palavras. Duas alunas demandavam apoio constante para responder as atividades e desistiam facilmente aps o erro. Outra aluna tinha dificuldade em responder questes que havia chance de erro. O programa nos ajudou a controlar o reforo, ensinando-as a ler enquanto diminua-se a dependncia da constante confirmao do acerto. Outra participante do projeto tinha dificuldade em resolver as atividades sonoras: planejamos aulas baseadas na dificuldade de identificar slabas e seu desempenho melhorou. A avaliao contnua do processo de ensino e aprendizagem foi compartilhada com a professora, que observou o mesmo desenvolvimento manifestado em sala de aula. O programa Mestre demonstrou a efetividade da aprendizagem sem erros para tal foi preciso planejar um programa educacional adequado para cada aluna, concluindo-se assim a importncia do ensino que contemple a singularidade. Software de aprendizagem; Aprendizagem sem erros; acompanhamento individual; pareamento de estmulos

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Ttulo: ALGUMAS CONSIDERAES SOBRE O PROGRAMA DE COMPLEMENTAO DE RENDA, BOLSA FAMLIA, EM FLORIANPOLIS. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARA COELHO DE SOUZA LAGO Autor (es) adicionais: YURI ELLER BERZOLA - UFSC LVIA ESPNDOLA MONTE - UFSC NGELA PEREIRA FIGUEIREDO - UFSC Financiador: Resumo: Realizando pesquisa multidisciplinar em quatro localidades de Florianpolis SC, com enfoque nas questes de gnero, geraes, raa/etnia, sobre os sentidos que titulares do Bolsa Famlia atribuem incluso de seus familiares nesse Programa de Complementao de Renda, as/o pesquisador/as, oriundo/as da docncia e graduao em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, ressaltam vrias experincias acadmicas enriquecedoras, tanto do ponto de vista terico como metodolgico. Metodologicamente, utilizando tcnicas etnogrficas de pesquisa qualitativa, o partilhamento de instrumentos e reflexes com profissionais de outros campos disciplinares, se torna o trabalho emprico mais difcil em muitos momentos, tambm permite uma maior troca de prticas, proporcionando aprendizados importantes para toda a equipe da pesquisa. Teoricamente, a oportunidade de ampliar vises, atravs de outros olhares sobre os sujeitos e contextos pesquisados, processo sempre enriquecedor, tem permitido refletir tambm sobre especificidades da contribuio da Psicologia Social para a anlise de sujeitos e subjetividades em suas circunstncias singulares de vida, em periferias urbanas assistidas por polticas pblicas nacionais. Assim, tem chamado a ateno do/as pesquisador/as, a forte incidncia entre as mulheres entrevistadas (maioria dos sujeitos da pesquisa), de queixas sobre sofrimento psquico caracterizado por elas como depresso e tratado com medicamentos anti-depressivos nos postos de sade das localidades estudadas

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Ttulo: AMOR ENTRE MULHERES: ESTUDO DAS REPRESENTAES SOCIAIS PRESENTES NAS RELAES HOMOAFETIVAS FEMININAS Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: THAS FERNANDA ALVES DA SILVA Autor (es) adicionais: THAS ALVES - FACULDADE PIO DCIMO Financiador: Resumo: Este estudo teve como objetivo compreender como se d a vivncia de mulheres homossexuais, desde a descoberta da homossexualidade at a sua aceitao ou no por parte de si mesmo, da famlia e da sociedade, alm de investigar de que forma se estabelece a Identidade Homoafetiva. E ainda como as mesmas lidam com as representaes sociais e ideologias que lhes foram passadas desde a infncia, buscando assim uma melhor compreenso de como se constri o amor para mulheres lsbicas. Foram escolhidos para participar da pesquisa 05 sujeitos do sexo feminino, com idade variante dos 20 aos 35 anos solteiras, que residem em Aracaju-SE, independente da classe social, raa, religio e condio fsica. A pesquisa foi realizada entre os meses de outubro e novembro do ano de 2010. Chegamos at os sujeitos atravs de uma entrevista semi-estruturada. Para tanto foi de fundamental importncia estudar a sexualidade humana e posteriormente origem da homossexualidade, e em especificidade a origem do Homoerotismo feminino, a teoria das Representaes Sociais. Tais estudos atrelados aos resultados obtidos e apresentados na anlise e discusses dos dados nos possibilitam afirmar que questes atreladas ao medo, vergonha e uma moral familiar so os principais motivos pelos quais as mulheres homossexuais temem tanto sair da invisibilidade e vivenciar sua sexualidade em plenitude.O estudo que aqui ser apresentado tem como tema principal a Homossexualidade Feminina a partir de uma viso psicossocial. Far-se- necessrio observar pelos mais diversos aspectos que envolvem essa temtica visando obter a mais aproximada compreenso de um universo que por tanto tempo, e ainda hoje, foi forado a mergulhar numa invisibilidade inquietante. Logo teremos nos utilizaremos de estudos das mais variadas reas das cincias sociais (Psicologia Social, Psicologia de Gnero, Psicanlise, Sociologia, Antropologia, Histria).

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Ttulo: ANLISE DAS FUNES EXECUTIVAS ATRAVS DA VARIABILIDADE DA FREQUNCIA CARDACA Tema: PSICOLOGIA E ESPORTE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: IARA BARROS SOBRINHO Autor (es) adicionais: KAREN CRISTINE TEIXEIRA - UFSC EMILIO TAKASE - UFSC Financiador: CNPQ Resumo: Uma das formas de se analisar a atividade cognitiva atravs da anlise da Variabilidade da Frequncia Cardaca (VFC). Ela nos permite verificar as mudanas do Sistema Nervoso Autnomo (que controla a frequncia cardaca) e, atravs desta, verificar a atuao de outros sistemas cerebrais como Crtex Frontal e Sistema Lmbico. Desta forma podemos observar as funes executivas, a ansiedade e o estresse. Realizamos uma pesquisa com 12 jogadores regulares de tnis, com idades entre 12 e 49 anos, que foram submetidos a uma atividade cognitiva jogo digital Grade de Nmeros - e tiveram, concomitantemente, suas frequncias cardacas monitoradas pelo cardiofrequencmetro Polar S810i. O objetivo da pesquisa foi verificar a VFC e as funes executivas durante a realizao do jogo e analisar como elas se relacionam com o desempenho do jogador. A anlise dos dados da VFC foi feita atravs do software Kubios. Calculamos as mdias dos jogadores durante a linha basal (3 minutos) e a execuo do terceiro jogo (valores durante o jogo - mdia RR 671,83ms; DP RR 49,7ms; RMSSD 21,77ms; LF/HF 4,73%; D2 1,38; tempo 95,58s) os dados do melhor desempenho (mdia RR 835,2ms; DP RR 76ms; RMSSD 51,6ms; LF/HF 12,4%; D2 2,69; tempo 58s) e do pior desempenho (mdia RR 546ms; DP RR 65,4ms; RMSSD 13,8ms; LF/HF 7,1%; D2 1,21; tempo 134s). Verificamos que uma maior VFC acarreta num melhor desempenho cognitivo, enquanto que uma menor VFC ocasiona um pior desempenho. Estes resultados esto possivelmente ligados a uma maior atuao do Crtex Pr-Frontal no jogador com melhor desempenho, enquanto que no jogador com pior desempenho provavelmente o sistema mais atuante foi o Sistema Lmbico, que pode ter sido responsvel por ansiedade e estresse durante a tarefa.

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Ttulo: ANOREXIA E BULIMIA NERVOSA: IMPLICAES PARA AS RELAES AFETIVAS E FAMILIARES Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MURILO DOMINGUES DE AZEVEDO Autor (es) adicionais: ILMA BORGES - UNIVALI Financiador: Resumo: A pesquisa consistiu em analisar como as relaes afetivas e familiares so afetadas pela anorexia e bulimia nervosa. O objetivo geral consistiu em analisar como as relaes afetivas e familiares so afetadas pela anorexia e bulimia nervosa e quais as implicaes que estes transtornos podem causar em tais contextos, sejam eles sociais ou psicolgicos. Os objetivos especficos foram: estabelecer um levantamento histrico sobre a forma como a sociedade tem concebido as relaes afetivas e familiares; investigar quais os fatores sociais que esto presentes na anorexia e bulimia nervosa e suas consequncias nas relaes afetivas e familiares, no contexto existencial abordado no filme Por Amor a Nancy; identificar quais os fatores psicolgicos que esto presentes na anorexia e bulimia nervosa e suas conseqncias nas relaes afetivas e familiares, no contexto do filme Por Amor a Nancy; caracterizar como o cotidiano existencial afetivo e familiar afetado pela ao da anorexia e bulimia nervosa no filme Por Amor a Nancy. Trata-se de uma pesquisa exploratria de ordem qualitativa no mbito da abordagem scio-histrica. Esta condio scio-histrica assume carter essencial na constituio da subjetividade humana, a qual se objetiva nas aes realizadas em conjunto com as pessoas com as quais convivemos desde o nosso nascimento e ao longo da vida. Concluiu-se atravs da anlise do filme que o contexto familiar, o meio social bem como o estado emocional/psquico foram determinantes para o surgimento do transtorno na protagonista.

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Ttulo: APRENDENDO LIMITES E REGRAS COM AS AVENTURAS DE PINQUIO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARLISE BORCHARDT RIPP Autor (es) adicionais: RAMANDE RODRIGUES GONALVES FIGUEREDO - UNIASSELVI ELIANE REGINA PEREIRA - UNIASSELVI Financiador: Resumo: Esta experincia de estgio bsico em Psicologia da Sade Pblica e Comunitria teve como objetivo promover sade a um grupo de crianas participantes da jornada ampliada de uma ONG da cidade de Blumenau/SC. O trabalho teve inicio com observaes de um grupo de crianas de cinco a sete anos de idade e com entrevistas semi-estruturadas com profissionais da ONG. As informaes permitiram a identificao de fenmenos como limites e regras que foram definidos para a realizao da interveno. Decidimos intervir sobre os fenmenos, limites e regras, atravs da afetividade. Os encontros de interveno foram divididos em seis momentos e a cada encontro contava-se uma parte da histria do livro As Aventuras de Pinquio e na seqncia dava-se inicio as atividades ldicas, com princpios reflexivos, sobre a importncia do respeito no relacionamento com os outros; de que h limites e regras nas relaes; de identificarem boas e ms atitudes e que cada uma tem suas conseqncias distintas e sobre a influncia das relaes mediante as regras estabelecidas. Como finalizao dos encontros as crianas puderam compartilhar o que aprenderam com as demais crianas da ONG e fizeram uma exposio dos seus trabalhos confeccionados no decorrer dos encontros. A anlise do processo de interveno de difcil mensurao, considerando que as mudanas de atitudes ocorrem gradativamente, porm, pode-se perceber atravs da fala das crianas e do jeito novo de lidarem com determinadas situaes que exigiam delas uma reflexo de novas atitudes, que a atividade se fez possibilidade de ampliao do modo de se fazer criana naquele contexto. Essa experincia foi fundamental, porque uniu tanto o conhecimento terico quanto o prtico num mesmo momento, dando possibilidade as acadmicas de experimentar o papel do Psiclogo na Sade Pblica e Comunitria, bem como de perceber a importncia da responsabilidade social que este profissional exerce.

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Ttulo: AS REPRESENTAES SOCIAIS DE GNERO EM UM EMPREENDIMENTO DE ECONOMIA SOLIDRIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAMILA FRANCELINA BERTOLDI NECKEL Autor (es) adicionais: EDINARA TEREZINHA DE ANDRADE - ITCP/FURB Financiador: Instituio pblica - ITCP/FURB Resumo: Nas sociedades modernas, os conceitos que orientam os lugares dos homens e das mulheres, so construdos no decorrer da histria e variam de acordo com as organizaes scio-culturais entre os sexos. Nas sociedades patriarcais, estes lugares estavam pr-determinados, cabendo s mulheres os cuidados domsticos e aos homens o trabalho, produzindo o sustento da famlia. Atualmente, a maior parte das mulheres que se insere no mercado de trabalho ocupa cargos precrios, informais, sendo alvos fceis da explorao, sintomas caractersticos de uma economia capitalista. Levando em considerao tais dados, procurou-se verificar as representaes sociais de gnero na Associao Participativa Recicle Indaial (APRI), que um Empreendimento de Economia Solidria incubado pela ITCP/FURB desde 2002. Para tanto, foi utilizada a metodologia qualitativa que teve como procedimentos tcnicos: a observao participante e a realizao de entrevistas in locus. A Economia Solidria vem sendo um meio, que por suas caractersticas: a igualdade de direitos e de produo, a posse coletiva e igualitria de seus membros, a solidariedade e a autogesto, desenvolve novas prticas de gesto e uma nova cultura de diviso social do trabalho, capazes de potencializar o fortalecimento da autonomia e da constituio dos direitos. Na APRI a identidade da mulher como trabalhadora, ainda est associada ao seu papel de reprodutora. Essa imagem bsica, que relaciona a mulher famlia, s condies de me e dona-de-casa encontra-se sempre anterior sua imagem como mulher capaz e trabalhadora. A diviso sexual do trabalho determina a atividade que cada associado desenvolve na APRI, sendo os homens responsveis pelos servios que exigem maior esforo fsico e as mulheres os que necessitam de maior agilidade. A distribuio igualitria de renda, de poder, e maior iniciativa feminina nas tomadas de deciso da Associao, podem ser elementos que podem acelerar o processo de desmistificao da separao sexual do trabalho.

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Ttulo: ASPECTOS PSICOLGICOS RELACIONADOS A CRIANAS E ADOLESCENTES NOS PROCESSOS DE SEPARAO CONJUGAL Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: TALITA CAETANO SILVA Autor (es) adicionais: KARLA DE OLIVEIRA CRUZ - UFSC Financiador: Resumo: O presente trabalho aborda as caractersticas psicolgicas envolvidas no processo de separao conjugal a qual pode ser litigiosa ou consensual - relacionadas ao contexto infantil, buscando compreender a influncia que tal processo pode desempenhar no desenvolvimento psicossocial das crianas e adolescentes envolvidos em tais situaes. Atravs de um levantamento bibliogrfico, buscou-se conceituar rapidamente os termos separao, casamento e famlia, a fim de estabelecer um parmetro comparativo a partir do qual fosse possvel analisar o impacto psicolgico das transformaes ocasionadas pelo divrcio. Levou-se em considerao que homens, mulheres e crianas sofrem de formas diferenciadas as conseqncias desse processo de desconstruo familiar, dessa forma buscou-se identificar aspectos dessas diferentes ticas. A partir de uma reviso de fontes referentes aos reflexos das transies familiares no desenvolvimento da criana, objetivou-se identificar as manifestaes decorrentes de tais situaes no universo infantil. A influncia dos conflitos conjugais - at mesmo anteriores separao -; as situaes de agresso fsica, verbal ou emocional; o prprio divrcio em si e todos os processos referentes a ele - como as adaptaes, as condies de enfrentamento, a questo da vinculao e possveis problemas relacionados a ela, como a Sndrome da Alienao Parental, bem como a paternidade e a relao pai-filho foram alguns dos pontos analisados, visto sua influncia no desenvolvimento infantil. De modo geral, concluiu-se que muitos so os reflexos possveis, no contexto infantil, dos conflitos desencadeados por um processo de separao conjugal, dentre os quais se podem citar a ansiedade, tristeza, culpa, abandono e agressividade. Dessa forma, pela natureza complexa e delicada do fenmeno da separao e todo o contexto que ele implica e est inserido, o acompanhamento psicolgico se faz de extrema necessidade, a fim de que os danos no desenvolvimento infantil e na continuidade da vida de cada ex-cnjuge sejam minimizados.

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Ttulo: ASPECTOS PSICOSSOCIAIS COMUNS A PACIENTES COM REINCIDENTES TENTATIVAS DE SUICDIO EM UM CAPS DO MEIO-OESTE CATARINENSE. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA PAULA ARAUJO DE FREITAS Financiador: Resumo: Em todos os aspectos, discutir o tema suicdio uma questo delicada. Permeado de julgamentos morais e religiosos, comum despertar revolta e irritao aos leigos. Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS) at o ano de 2020 mais de 1,5 milhes de pessoas cometero suicdio. Nos ltimos anos, o nmero de suicdios no mundo cresceu cerca de 60% - em mdia, trs mil pessoas se suicidam por dia e 60 mil tentam, mas no conseguem, representando quase 50% do total de mortes violentas. Para a realizao desta pesquisa, foram entrevistadas oito usurias de um Centro de Ateno Psicossocial (Caps) do Meio-oeste Catarinense, no perodo de 24 de novembro a 16 de dezembro de 2010, buscando arrolar os aspectos psicossociais comuns a estas tentativas, todas com histrico de reincidncia, tendo como roteiro um questionrio com questes abertas que orientavam as participantes. Entre os principais resultados encontrados tem-se que o suicdio entendido pela totalidade das entrevistadas como tirar a prpria vida e, para a maioria delas, tido como uma alternativa para a pessoa se libertar do sofrimento que sente ou da situao em que vive, no h o desejo de morrer, mas sim de matar algo ruim dentro de si. Tambm observou-se que os atos partiam de momentos de impulso, sendo seguidos de sentimento de arrependimento. Tambm foi presente nas falas carncia de suporte psicossocial e ambiente familiar desestruturado. Pde-se ento perceber a necessidade de uma abordagem que leve em conta tanto aspectos individuais como tambm, uma interveno que amplie a insero social dos usurios dos servios de sade mental, criando uma rede que ao dar-lhes maior suporte, minimize o uso do suicdio como estratgia de soluo de problemas.

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Ttulo: ASSDIO MORAL E VIOLNCIA PSICOLGICA NO TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MANOELA DE CARVALHO MEGIER Autor (es) adicionais: ANELISE ATHAIDE SCHMITZ - CENTRO UNIVERSITRIO FRANCISCANO (UNIFRA) DANIELE MENDES DA SILVA - CENTRO UNIVERSITRIO FRANCISCANO (UNIFRA) PATRCIA MEDINA DA LUZ - CENTRO UNIVERSITRIO FRANCISCANO (UNIFRA) ELISETE SOARES TRAESEL - CENTRO UNIVERSITRIO FRANCISCANO (UNIFRA) Financiador: Resumo: OBJETIVO GERAL Esclarecer o que assdio moral e violncia psicolgica no trabalho, buscando conhecer os motivos pelos quais tais prticas ocorrem e as possveis conseqncias para o trabalhador. METODOLOGIA Foi realizada uma pesquisa bibliogrfica com o intuito de conhecer as diversas contribuies cientficas sobre a temtica. RESULTADOS Violncia Psicolgica toda ao ou omisso que causa ou visa causar dano auto-estima, identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Segundo o Ministrio da Sade (2001) essa violncia inclui: ameaas, humilhaes, discriminao, explorao, crtica pelo desempenho sexual, dentre outros. Das modalidades de violncia, a mais difcil de ser identificada. Apesar de ser bastante freqente, ela pode levar a pessoa a se sentir desvalorizada, sofrer de ansiedade e adoecer com facilidade. Assdio Moral Uma das formas mais extrema de violncia psicolgica o assdio moral no ambiente de trabalho que, segundo Freitas, Heloani, Barreto (2008), qualquer conduta abusiva freqente e repetida contra a integridade/dignidade de uma pessoa. O contexto da violncia Para Heloani (2004), geralmente o assdio surge como algo inofensivo, pois as pessoas tendem a lev-lo na brincadeira; depois a vtima passa a ser alvo de um maior nmero de humilhaes e de brincadeiras de mau-gosto. De acordo com Neto (2002), nas organizaes, a violncia e o assdio se originam do encontro da inveja do poder (real ou imaginrio) e da perversidade. Conseqncias Conforme Freitas, Heloani e Barreto (2008) o assdio moral gera desordens na vida psquica, social, profissional, familiar e afetiva, provocando problemas que tendem a desestabilizar sua vida. O indivduo pode se afastar do trabalho e at mesmo perd-lo, gerando sentimentos de injustia, descrena que podem levar depresso, tentativas de suicdio e se relacionar com lcool e drogas.

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Ttulo: ASSDIO MORAL NO TRABALHO: IDENTIFICANDO PROPOSTAS DE COMBATE NA LITERATURA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA CARLA FABRO Autor (es) adicionais: CARLA MAEHLER - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA SUZANA DA ROSA TOLFO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Outros - CNPQ Resumo: O fenmeno do assdio moral no trabalho (AMT) vem sendo foco de estudos nos ltimos anos com nmero significativo de produes acadmicas. Considerando-se a importncia de produzir ainda mais o conhecimento cientfico sobre a temtica, est em andamento uma pesquisa de carter bibliogrfico, que objetiva analisar e verificar a frequncia de propostas de aes voltadas ao combate ao AMT. O levantamento dos dados deu-se por meio de pesquisa bibliogrfica, disponveis na base de dados da Capes, Google Acadmico, alm de material impresso. Identificou-se aes propostas por estudiosos para promover o combate, e, posteriormente, as informaes foram agrupadas nas seguintes categorias: diagnstico organizacional, preveno e interveno. Foram encontrados 25 artigos nacionais e internacionais que continham propostas referentes ao objetivo da presente pesquisa. Observou-se que 13 artigos propunham prticas relativas ao diagnstico organizacional, 25 relacionadas a estratgias de preveno e 21 relativas a aes de interveno. Verificou-se uma escassez de literatura sobre aes de combate ao AMT, sendo que, dentre os artigos encontrados, houve uma predominncia de propostas de preveno. Com base nos dados encontrados, percebeu-se que os autores compreendem o AMT como uma prtica violenta, tornando-se necessrio combat-lo antes de sua ocorrncia. Por outro lado, infere-se que a baixa incidncia de propostas referentes ao diagnstico organizacional, pode indicar que a concepo predominante de AMT no considera as estruturas organizacionais como as principais causas da ocorrncia do fenmeno. Palavras-chave: assdio moral, trabalho, combate.

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Ttulo: ATENDIMENTO PSICOLGICO AO PACIENTE HOSPITALIZADO; CONTRIBUIES DO PSICLOGO NA CLNICA MDICA DE UM HOSPITAL GERAL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA CRISTINA NEIDERT BATISTA Autor (es) adicionais: POLLYANA WEBER DA MAIA Financiador: Resumo: INTRODUO A psicologia hospitalar vem diariamente ocupando espao enquanto cincia e profisso, principalmente dentro da linha de estudo da psicologia da sade. Tendo como um de seus principais objetivos a minimizao do sofrimento provocado pela hospitalizao. Um estudo sobre a percepo do paciente e acompanhante, referente ao trabalho deste profissional, de grande relevncia para o desenvolvimento do seu prprio trabalho. OBJETIVO Esta pesquisa teve como objetivo verificar a importncia da insero do profissional psiclogo no atendimento de pacientes hospitalizados na clnica mdica de um Hospital Geral. Desta forma buscou-se avaliar a percepo do acompanhante frente interveno do psicolgo hospitalar, e identificar qual a percepo que os pacientes hospitalizados possuem da figura do profissional psiclogo hospitalar. MATERIAL E MTODOS Participaram da pesquisa 43 sujeitos de ambos os sexos com idade superior a 18 anos que se encontravam hospitalizados ou acompanhando um paciente na clnica mdica. A instituio que serviu como base para a realizao da pesquisa, foi o Hospital So Vicente de Paulo na cidade de Mafra Santa Catarina. Como instrumento foi utilizado um questionrio formulado pelos pesquisadores, composto por questes fechadas e abertas. Os dados foram analisados de maneira quantitativa, promovendo o levantamento estatstico das respostas. RESULTADOS E CONCLUSO A partir dos dados obtidos foi possvel verificar que, a permanncia do paciente hospitalizado influencia no surgimento de tristeza e ansiedade, provocados principalmente pelo processo de despersonalizao. Tendo em vista a amostra pesquisada, 89% desta no tm conhecimento do papel do profissional psiclogo em uma Instituio Hospitalar, porm ao serem informados sobre o papel deste profissional 100% da mesma amostra considerada relevante para o processo de recuperao o acompanhamento de carter teraputico realizado durante o perodo de hospitalizao. Devemos considerar ento que o trabalho deste profissional est engajado na humanizao do hospital e no reequilbrio do paciente.

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Ttulo: ATENDIMENTO PSICOLGICO SOCIAL ASSOCIAO INSTITUTO MOVIMENTO (ASSIM) Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BRUNO LENZI Autor (es) adicionais: TELMA LENZI - ASSIM ANDRIA CHAGAS - ASSIM HELOISA DEMETRIO - ASSIM Financiador: ONG - ASSOCIAO INSTITUTO MOVIMENTO Resumo: Norteada por princpios ticos, a Associao Instituto Movimento (ASSIM), tem como objetivo realizar atendimento psicolgico gratuito com crianas, adolescentes, adultos, casais e famlias sem condies financeiras para pagar um tratamento psicolgico. A ASSIM uma instituio sem fins lucrativos, nascida em 2007, com o objetivo de ampliar a Clnica Social do Movimento Instituto de Formao Sistmica de Florianpolis Ltda. (Movimento). O trabalho prestado pela ASSIM mostra-se complementar as atividades realizadas no mbito das instituies pblicas, j que os atendimentos contribuem para a sade mental e bem-estar das pessoas, tornando-as mais produtivas para a sociedade. As pessoas atendidas so encaminhadas por: centros comunitrios, escolas, empresas privadas e diversas instituies pblicas municipais ou estaduais (postos de sade, hospitais, delegacias, conselhos tutelares, Conselho Municipal de Assistncia Social, etc.). Os atendimentos so realizados por psiclogos voluntrios com Formao em Terapia Sistmica, atravs das seguintes etapas: telefonema inicial; entrevista de acolhimento; grupo de espera; atendimento individual, de casal, de famlia e/ou de grupo, de acordo com as dificuldades apresentadas. A ASSIM atende em mdia 500 famlias por ano, das quais 66,5% apresentam uma renda familiar inferior a trs salrios mnimos. As queixas iniciais apresentadas so: problemas nos relacionamentos familiares, dificuldades de aprendizado, depresso, ansiedade, compulses, divrcio, violncia domstica, entre outras. Atravs de trs anos de trabalho realizando atendimentos psicolgicos gratuitos a partir da ASSIM e quatorze anos de trabalho a partir de Clnica Social do Movimento temos a convico de que o trabalho que realizamos vem auxiliando inmeras famlias a despertar sua capacidade de transformar sofrimento em aprendizado, de transformar os desafios em contextos de crescimento e desenvolvimento de autonomia. Contribuindo assim, para a construo da resilincia familiar e a formao de pessoas conscientes de suas potencialidades, no medindo esforos para construo de um ambiente familiar e social mais saudveis.

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Ttulo: ATUAO PSICOJURDICA EM JOINVILLE Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LILIAN VEGINI BAPTISTA Autor (es) adicionais: LUANA CRISTINA BOLDT - ACE Financiador: Resumo: Por meio desta atividade objetiva-se explanar e apontar as diferentes formas de atuao de um psiclogo nas variadas reas do campo jurdico no municpio de Joinville/SC, alm de denotar algumas carncias no servio e dificuldades encontradas no cotidiano profissional. Para a realizao desta pesquisa, coletou-se informaes a partir de um encontro com uma psicloga jurdica com atuao no sistema judicirio do Estado de Santa Catarina, que possui especializao em sociologia e na rea jurdica. Compreende-se que os objetivos iniciais da pesquisa, isto , conhecer as possveis prticas do psiclogo jurdico e o conhecimento dos principais empecilhos enfrentadas no dia-a-dia ao lidar com situaes de guarda, adoo, tutela, processos criminais, entre outros, forma alcanados. Percebeu-se que o psiclogo uma ferramenta auxiliar no judicirio e sua ajuda singular e essencial. Processos envolvendo crianas em processo de adoo, tutela ou at mesmo de guarda, adquirem melhor desempenho se recebem acompanhamento, do mesmo modo que ocorre com pessoas envolvidas em processos criminais, inquritos, divrcios e pedidos de guarda. A demanda de avaliaes psicolgicas superior ao nmero de profissionais capacitados para realiz-las, apresentando certa carncia a nvel profissional. Esta rea de extrema importncia e propensa ao desenvolvimento contnuo, podendo ento proporcionar atendimento e auxlio a um nmero maior de pessoas.

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Ttulo: AUSNCIA DE UM DOS PAIS/CUIDADORES E A PRODUO DE FANTASIAS EVITATIVAS NA INFNCIA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: VANIA LOPES Autor (es) adicionais: MARCOS JOS MLLER-GRANZOTTO - INSTITUTO MLLER-GRANZOTTO Financiador: Resumo: Este estudo trata da possvel origem e funo de fantasias de evitao produzidas por crianas acerca da ausncia de um dos pais/cuidadores, com a finalidade de promover uma reflexo fundamentada na teoria do Self da Gestalt-terapia (PHG, 1997), especificamente a partir da teoria da neurose tal como esta compreendida por MllerGranzotto & Mller-Granzotto (2007), Minha hiptese a de que tais fantasias so estratgias de conteno desenvolvidas pela criana na relao com as pessoas, que ela utiliza em determinado momento da vida para inibir alguma vontade (excitamento) em relao ao cuidador ausente, uma vez que tal anseio pode estar em conflito com as demandas do (s) outro (s) cuidador (es); freqente nos casos de separao dos pais, morte ou desconhecimento de um dos progenitores, ou mesmo de pais que residem na mesma casa que os filhos, mas poucos contribuem para a educao dos mesmos. Nesse caso, a criana, para corresponder as expectativas do cuidador presente, pode tomar deste os elementos a partir dos quais inibi seu prprio interesse, elaborando com isto uma srie de fantasias de defesa que com o tempo e a repetio, podero se tornar hbitos de impedimento desses mesmos anseios, ainda que com outras pessoas e situaes. Sendo assim, no decorrer da vida do adolescente, adulto e posteriormente idoso, possvel que este excitamento continue a ser evitado, ainda que haja uma nova configurao do campo. Mesmo nas novas relaes, com homens ou mulheres diferentes de seu pai ou me ausentes, a pessoa continua a impedir aquele anseio evitado em outro momento.

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Ttulo: AUTORAS E AUTORES LIGADAS/OS AO CAMPO DO PSICOLOGIA, PUBLICADAS/OS NA REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS (2003 - 2010). Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARA COELHO DE SOUZA LAGO Autor (es) adicionais: GENI DANIELA NEZ LONGHINI - UFSC YURI ELLER VERZOLA - UFSC LVIA ESPNDOLA MONTE - UFSC Financiador: Instituio pblica - UFSC Resumo: Esta pesquisa buscou, atravs de anlise documental realizada na Revista Estudos Feministas, selecionar artigos produzidos por profissionais acadmicas/os e militantes de movimentos sociais com formao e atuao no campo da Psicologia, para anlise da produo PSI na rea dos estudos feministas e de gnero. A escolha do corpus da pesquisa documental fundamentou-se na reconhecida importncia, no Brasil e na Amrica Latina, desse peridico acadmico interdisciplinar para o campo dos estudos de gnero. Buscando refletir sobre teorias e prticas da Psicologia relacionadas s questes de gnero, a pesquisa teve como objetivo, alm de identificar e analisar os artigos escritos por profissionais psiclogos/as publicadas/os na revista, centrar a anlise nos artigos de psiclogos relacionados aos movimentos sociais feministas e/ou movimentos LGBT, ocupados em problematizar e propor aes visando a superao das desigualdades de gnero e o combate a prticas sexistas e homofbicas. Na anlise documental dos artigos publicados na REF entre 2003 e 2010, em continuidade a pesquisa anterior que abarcou o perodo de 1992-2002 , foram estudados 62 artigos escritos por profissionais da Psicologia (46 de autoria de mulheres e 13 escritos por homens). Abordando a temtica de movimentos sociais ligados s questes feministas, de gnero e sexualidade, foram encontrados 11 artigos. Os temas recorrentes desses ltimos foram: movimentos feministas (Marcha Mundial das Mulheres), polticas editoriais, polticas pblicas para mulheres e polticas pblicas voltadas a questes de sade e sexualidade. O trabalho de investigao realizado refora a importncia da discusso desses temas na Psicologia, no sentido de engajar profissionais e estudantes desse campo de formao disciplinar, nas reflexes e prticas que buscam a equidade de gnero e a erradicao de todas as formas de preconceito

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Ttulo: AUTO-SACRIFCIO, DESAMOR E ALCOOLISMO: UM MODELO COGNITIVOCOMPORTAMENTAL NA EXPERINCIA CLNICA - RELATO DE EXPERINCIA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NORA NADIR SOARES Financiador: Resumo: Introduo: Considerando o alcoolismo uma doena que gera graves problemas para a sociedade, a famlia e para o prprio alcoolista tm-se observado na Psicologia Clnica as implicaes dos esquemas cognitivos de auto-sacrfico desenvolvido por Jeffrey E. Young (1990) na fissura pelo lcool. Objetivos: Investigar a correlao entre esquemas cognitivos e alcoolismo; auxiliar o alcoolista na percepo dos esquemas mentais mal adaptativos que o levam a utilizar a bebida alcolica como estratgia compensatria ao sofrimento do auto-sacrfico quando o ganho secundrio (ser amada) no alcanado. Metodologia: A pesquisa foi realizada em uma clnica de atendimento psicoterpico e aplicou-se o Questionrio de Esquemas de Young (1990) identificando os esquemas mais vulnerveis do paciente e fazendo um comparativo com as situaes ansiognicas por meio do Registro de Pensamentos Disfuncionais RPD. Utilizou-se o mtodo qualitativo e a pesquisa caracteriza-se em exploratria e emprica. Resultados: Na anlise realizada tm-se o esquema cognitivo de auto-sacrfico como gerador de ansiedade grave quando o ganho secundrio de ser amada no se concretiza. Neste caso, o auto-sacrifcio vai se perpetuando e ativando constantemente o esquema cognitivo de autocontrole insuficiente favorecendo ao abuso de bebidas alcolicas. Concluso: O ciclo perpetua caso a pessoa no consiga alcanar a metacognio. A psicoterapia promoveu a percepo reflexiva com as tcnicas cognitivas, comportamentais, experienciais, afetivas e interpessoais para desativar e controlar a ativao do esquema mal adaptativo favorecendo a reabilitao bio-psico-social. Palavras-chaves: Alcoolismo; Esquemas cognitivos; Metacognio; Reabilitao. YOUNG, Jeffrey E. Terapia cognitiva para transtornos de personalidade: uma abordagem focada em esquemas / Jeffrey e. Young; trad. Maria Adriana Verssimo Veronese. 3 ed. Porto Alegre : Artmed, 2003.

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Ttulo: BRINQUEDOTECA: UM ESPAO DE CONSTITUIO DA INFNCIA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ADRIANA DE SOUZA Autor (es) adicionais: DAIANE PROVESI - ACADMICA OITAVO SEMESTRE CURSO DE PSICOLOGIA UNIASSELVI ELIANE REGINA PEREIRA - DOUTORANDA EM PSICOLOGIA PELA UFSC, PROFESSORA CURSO DE PSICOLOGIA UNIASSELVI Financiador: Resumo: Vygotski (1998) aponta a brincadeira como importante no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criana. O presente trabalho tem por objetivo apresentar as estratgias de interveno em Psicologia, voltadas promoo de sade por meio da brincadeira, realizadas em um Hotel para crianas na cidade de Blumenau, bem como as possibilidades e dificuldades encontradas. Para este trabalho, foram realizadas observaes com crianas de dois a sete anos de idade num perodo de trinta horas, a partir destas observaes, elaborou-se o plano de interveno dividido em cinco encontros. Em cada encontro, foram organizadas aes que potencializavam a criatividade, curiosidade e imaginao da criana, apresentando de forma descontrada todos os brinquedos presentes na brinquedoteca. Tambm foram disponibilizados materiais como: guache, papis, lpis de cor, materiais reciclveis, entre outros, deixando o espao livre para que as crianas escolhessem com o que brincar, possibilitando maior autonomia, criatividade e criao de suas prprias regras. Atravs do trabalho realizado, o brincar se fez presente, possibilitando ampliao dos processos de imaginao e criao, contribuindo na qualidade de vida dos sujeitos envolvidos, favorecendo a aprendizagem e o desenvolvimento. As crianas tiveram a oportunidade de expressar seus desejos e sentimentos, brincar e aprender com o outro, aprimorando a sua capacidade de relacionamento, dividir brinquedos, ganhar e tambm perder em algumas brincadeiras, aprendendo a negociar, pedir e recusar, respeitar e aprender a conviver com as regras e as opinies diferentes das suas, enfim, aprendendo a viver em grupo.

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Ttulo: CAPACITAO DE PROFISSIONAIS EM ORGANIZAO PBLICA: DESAFIOS PARA O PSICLOGO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: PAOLA NATHALIA DO LIVRAMENTO NISHIMURA Autor (es) adicionais: MARCELA NICOLETTI - UFSC SUZANA DA ROSA TOLFO - UFSC Financiador: Resumo: A capacitao de profissionais um processo que possibilita a qualificao e o desenvolvimento do profissional em nvel operativo e de relao relaes interpessoais no trabalho. Esse processo torna-se nico quando realizado no cenrio pblico, pois o psiclogo encontra desafios singulares tais quais: ajudar o trabalhador a resignificar seu trabalho, assim como motiv-lo e qualific-lo a um bom desempenho diante a desqualificao do funcionrio pblico. O objetivo deste trabalho apresentar a experincia de ensino-aprendizagem em psicologia organizacional e do trabalho, de duas estagirias atuando na coordenao de atividades de grupo voltadas capacitao de servidores de um centro de uma Universidade do Sul do Brasil. Este processo de aprendizagem complementado por supervises semanais, participao em pesquisas e grupo de estudo. As atividades do grupo de capacitao acontece h 6 semestres. O encontro quinzenal e se caracteriza pela participao espontnea de servidores de um setor do centro. As estagirias no grupo foram facilitadoras e mediadoras no processo de identificao e compreenso dos significados e relaes do trabalho. Dentre as atividades destaca-se: avaliao das condies, do processo e das relaes interpessoais no trabalho, formao de equipe, diagnstico e avaliao das possibilidades de reestruturao das atividades tcnico-administrativas, mapeamento de fluxos de trabalho e desenvolvimento de equipe. Como resultados observados, a capacitao proporciona aos servidores um espao de reflexo diferente do ambiente de trabalho, trazendo um novo olhar para o cotidiano organizacional dos participantes e possibilita a construo de novas formas de aes de trabalho. Verificaram-se mudanas na organizao do trabalho, na percepo do conjunto das atividades realizadas e na comunicao. Para as alunas, a experincia na coordenao de um grupo de capacitao, propicia a compreenso dos processos e relaes de trabalho, bem como fornecer auxlio para possveis mudanas nesses aspectos, e tambm uma viso da realidade institucional.

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Ttulo: CERES - ASSOCIAO CRICIUMENSE DE APOIO A SADE MENTAL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: REGINA STELA MATOS DAMAZIO Autor (es) adicionais: ANA PAULA FRASSON DOS SANTOS - CERES CECLIA URBINA LON - CERES Financiador: Resumo: A CERES Associao Criciumense de Apoio a Sade Mental, foi criada no dia 13 de outubro de 1999, por um grupo de amigos, entre eles profissionais da rea da sade, como: psiclogos e psiquiatra, uma terapeuta ocupacional e uma dona de casa. Hoje, conta com uma equipe tcnica composta por voluntrios que dedicam seu tempo e conhecimento em prol do trabalho voltado a comunidade. uma associao sem fins lucrativos que oferece tratamento psicolgico e psiquitrico para pessoas carentes de Cricima e regio. diplomada com o ttulo de Utilidade Pblica Municipal e Estadual, desde 2002. Entre suas atividades realiza programa de preveno e atendimento ambulatorial. O trabalho desenvolvido atravs de palestras sobre sade mental, eventos e publicaes na rea, psicoterapia de grupo e acompanhamento psiquitrico. Atualmente, os grupos em andamento so: o Grupo de Pacientes Egressos de Hospitais Psiquitricos; cujo objetivo discutir os desafios enfrentados ao sair de instituio psiquitrica, bem como, conscientizar o indivduo da necessidade de manuteno do tratamento e fortalecer os vnculos sociais, o Grupo de Pacientes Depressivos; que visa facilitar a convivncia com o distrbio ao qual os pacientes so acometidos, buscando amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida e, o Grupo de Pacientes Ansiosos; que prope a discusso e a diminuio dos sintomas da Ansiedade. Para a sua manuteno a CERES conta com o apoio e o investimento de pessoas, instituies e empresas comprometidas com a sade e o bem estar de nossa comunidade, que colaboram atravs de doaes mensais e/ou servios prestados.

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Ttulo: CLNICA COM BEBS: RELATO DE EXPERINCIA EM AMBULATRIO UNIVERSITRIO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROSANA SCHMITT Autor (es) adicionais: MAITE WESTARB DE QUEVDO - FURB ELISA LOBE SIGNORI - FURB ANA LCIA DE ALENCAR ZIMMERMANN - FURB Financiador: Resumo: O Servio Clnica com Bebs realizado no Ambulatrio da Universidade Regional de Blumenau em parceria com a Clnica-Escola de Psicologia e o Programa de Ateno Materno Infantil h aproximadamente dois anos. Os atendimentos so realizados juntamente com as consultas peditricas de puericultura de risco que realizam o acompanhamento mensal dos bebs. O objetivo das intervenes da Psicologia no mbito da Clnica com Bebs de zero a dezoito meses o de identificar precocemente riscos para o desenvolvimento psquico da criana. Isto ocorre, pois grande parte dos casos atendidos possui j de incio sinalizadores para um possvel risco na constituio psquica: histrico de prematuridade, longo perodo de internao aps nascimento e, ainda, intercorrncias clnicas, sndromes e malformaes. O trabalho norteado pelos pressupostos da Pesquisa Multicntrica sobre os Indicadores Clnicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil realizada pelo Ministrio da Sade em parceria com a FAPESP no perodo de 2000 a 2008 que culminou no estabelecimento de dezoito indicadores clnicos que so utilizados para a avaliao dos bebs. A metodologia utilizada durante os dois anos de trabalho tem preconizado o acolhimento das famlias em grupo atravs de uma Roda de Conversa onde as famlias apresentam seus bebs. Posteriormente, os bebs identificados com a possibilidade de risco psquicos so acompanhados individualmente e, tambm realizada a interconsulta com a Pediatria. Durante os dois anos de trabalho observou-se que o diagnstico precoce nos casos de risco na constituio psquica possibilita que as intervenes sejam realizadas num tempo onde ainda seja possvel reverter o prognstico.

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Ttulo: CLINICA DE PSICOLOGIA INTEGRADA AOS SERVIOS DE ATENDIMENTO INFANCIA E ADOLESCENCIA, NO MUNICIPIO DE RIO DO SUL Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIZETE SERAFIM HOFFMANN Autor (es) adicionais: ANA PAULA LEAO BATISTA - UNIDAVI JOELMA DA SILVA - UNIDAVI VANESSA VIGARANI - UNIDAVI Financiador: Outros - UNIDAVI Resumo: O Grupo Gestor da Rede de Apoio e Atendimento Infncia e Adolescencia, foi constitudo em julho de 2009, atendendo solicitao do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico, junto Prefeitura Municipal de Rio do Sul. Iniciou no mesmo ano o processo de constituio da rede, em encontros mensais e com a participao de lideranas comunitrias, das instituies de atendimento, bem como CREAS Centro de Referncia e Assistncia Social, Conselho Tutelar, Ministrio Pblico, Poder Juridirio, Gerncia de Educao, Instituies de Ensino Superior, Mdio e Fundamental e demais autoridades municipais. O objetivo inicial era formar uma rede de atendimento e apoio que fosse articulada e estruturada, adotando documento padro de encaminhamentos com referncia e contra referncia. Esta articulao favorece o fluxo dos atendimentos e evita re-trabalho. Hoje, estamos com a rede formada e os servios articulados e o ncleo de Estudos Avanados de Psicologia, no Centro Universitrio para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itaja, est integrado com a rede, oferecendo atividades voltadas a comunidade em geral, com servios gratuitos de Psicoterapia, Avaliao Psicolgica e Grupoterapias, estes encaminhados e solicitados, tanto pela rede Social, como tambm se apresentam em demanda livre. A participao na rede tem nos proporcionado crescimento e visibilidade na comunidade. Favorecendo a construo de laos sociais ainda mais sadios, na qual viabiliza a continuidade das aes de atendimento e preveno dos agravos relacionados s crianas e ao adolescente. Alinhado e articulando com um dos objetivos maiores de uma clnica escola, que oportunizar aos acadmicos, atravs de estgios supervisionados, a prtica dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. A importncia dos servios do ncleo de psicologia esta em otimizar e agilizar a efetiva resoluo do problema, diminuindo inclusive o sofrimento emocional que a famlia sofre na maioria das situaes.

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Ttulo: CONCEPES DOS ACADMICOS DE GRADUAO DE LICENCIATURA EM FSICA, QUMICA E MATEMTICA QUANTO RELAO ENTRE A EDUCAO E A PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: TATIANA COMIOTTO MENESTRINA Autor (es) adicionais: BRUNA BORTOLATTO RIZZIERI - ACE Financiador: Resumo: Este estudo objetivou examinar como a relao entre educao e psicologia percebida por acadmicos de Licenciatura em Fsica, Qumica e Matemtica. Pretendeu-se verificar qual a percepo destes alunos quanto funo da educao e analisar o que pensam sobre a importncia da psicologia na educao. A inteno contribuir para o aprimoramento dos cursos de formao de professores e psicologia como espao de profissionalizao, comprometidos com a construo de uma educao cidad, cujas produo e distribuio de conhecimentos sejam socialmente significativas. Este trabalho destina-se a todos aqueles que se interessam por um maior aprofundamento quanto s questes educacionais e psicolgicas e para os envolvidos na elaborao dos currculos, especialmente, os responsveis pela execuo de polticas e diretrizes institucionais voltadas aos cursos de licenciatura e psicologia. Metodologicamente, este estudo caracteriza-se por uma pesquisa de campo. Realizou-se o levantamento dos dados, atravs da aplicao de questionrios entre acadmicos de Licenciatura em Fsica, Qumica e Matemtica que cursaram a disciplina de Psicologia da Educao em uma instituio pblica de ensino superior de Joinville. Utilizou-se a anlise de contedo para a a verificao dos resultados onde foram estabelecidas categorias. Trabalhou-se tambm com os textos Psicologia (em)contextos de escolarizao formal, de Andrea Vieira Zanella e Susana Ins Molon e Psicologia da Educao: Cumplicidade ideolgica de Ana Bock. Os resultados parciais apontam para as concepes tradicionais em relao a psicologia e a educapo no sentido de estarem voltados apenas para a resoluo de problemas mentais e distrbios de aprendizagens. Palavras-chave: Educao, Psicologia, Concepes.

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Ttulo: CONDIES DE TRABALHO E SEUS EFEITOS SOBRE A SADE DE PROFESSORES DE UMA ESCOLA DA REDE PRIVADA DO VALE DO ITAJA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ADRIANO SCHLOSSER Autor (es) adicionais: GABRIEL FERNANDES CAMARGO ROSA - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA PATRCIA ZEN MORITZ VILA - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI TAIANA CRISTINA PRADO - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA Financiador: Resumo: Nos ltimos anos, a literatura acerca da sade de professores vem sendo ampliada, descrevendo diversos problemas de ordem fsica e emocional a que esta classe de trabalhadores vem sendo exposta. Ademais, as prticas voltadas para a sade do trabalhador buscam explicaes sobre o adoecimento dos trabalhadores, atravs de investigaes acerca dos processos de trabalho. Para tanto, o presente trabalho tem por objetivo geral pesquisar com a categoria profissional de professores os principais eventos relacionados s possibilidades de agravos sade, bem como estes se sentem com relao sua profisso. Metodologicamente, sendo esta uma pesquisa exploratria de cunho quantitativo, esta foi realizada com professores do Ensino Mdio de uma escola da rede privada do Vale do Itaja, tendo como amostra de pesquisa cinco professores. Como instrumento de investigao da temtica, foi utilizado um questionrio composto por 15 questes, onde os pesquisados deveriam assinalar as alternativas com as quais mais se identificassem. Posteriormente, para a anlise dos dados, foi utilizada a distribuio de freqncia simples. Como resultados, observou-se as seguintes questes: os professores alegam fazer uma jornada de trabalho maior do que a prevista; presena de fatores de risco fsico no ambiente de trabalho; bem como a presena de sobre-esforo ou hiper-solicitao de funes psicofisiolgicas dos professores, podendo desencadear ou precipitar os sintomas clnicos que explicariam os ndices de afastamento do trabalho. Desta forma, percebe-se a necessidade de trabalho da psicologia junto a tal demanda, objetivando no s contribuir com a sade dos mesmos, como tambm no desenvolvimento de estratgias que auxiliem na busca por melhores condies de trabalho no referido campo profissional.

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Ttulo: CONSEQUNCIAS PSICOLGICAS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KARINE SUELY COGO Autor (es) adicionais: LVARO CIELO MAHL - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA LISANDRA ANTUNES DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA VERENA AUGUSTIN HOCH - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: A experincia do abuso sexual pode afetar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de crianas de diferentes formas e intensidade. Este estudo teve por objetivo conhecer as consequncias psicolgicas do abuso sexual em crianas de 3 a 10 anos. A investigao dessas conseqncias de grande importncia para o conhecimento das marcas deixadas por esse tipo de violncia, como a criana lida com estas marcas, e tambm como os profissionais atuam para que estas crianas possam futuramente superar os traumas decorrentes desta prtica. Para conhecer tais aspectos foram entrevistadas trs psiclogas do Extremo Oeste de Santa Catarina que atenderam ou atendem casos de crianas vtimas de abuso sexual infantil, as quais se posicionaram sobre o tema atravs de um questionrio semi estruturado. Os dados foram tratados atravs da anlise de contedo. Os resultados apontam para diversas consequncias decorrentes da prtica do abuso sexual, relacionadas a vrios fatores, como por exemplo sentimentos de medo, vergonha, culpa, ansiedade, tristeza, raiva e irritabilidade. Podem aparecer ainda os traumas fsicos, tais como hematomas nas regies oral, genital e retal, doenas sexualmente transmissveis, gravidez, doenas psicossomticas e desconforto em relao ao corpo. O atendimento psicolgico de crianas vtimas de abuso sexual de extrema importncia, e vai de acordo com as necessidades de cada criana. O acolhimento da criana e de sua dor o primeiro passo para um bom resultado do tratamento fsico e emocional os quais so necessrios. Estratgias de atendimento vtima devem ser criadas, com a presena de equipes multidisciplinares que estejam focadas no atendimento e entendimento de como essa violncia sentida pela criana, para que se busque a reconstruo de sua vida tendo como objetivo o resgate da infncia perdida e a vivncia de uma vida sem traumas.

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Ttulo: CONSTRUO DO BANCO DE ITENS PARA A AVALIAO ADAPTATIVA COMPUTADORIZADA DA PERSONALIDADE Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CARLOS HENRIQUE SANCINETO DA SILVA NUNES Autor (es) adicionais: ALEXANDER REINHARD RUDOLF MANFROI MELZER - UFSC CSSIA ROETTGERS - UFSC LUCIANE GUISSO - UFSC MICHELI SOTILI - UFSC Financiador: CNPQ Resumo: O modelo dos Cinco Grandes Fatores da personalidade (CFG) vem sendo utilizado em pesquisas bem como em processos de avaliao psicolgica em diferentes contextos. A personalidade descrita a partir de cinco dimenses: Neuroticismo, Extroverso, Socializao, Realizao e Abertura. A presente pesquisa teve por objetivo a criao de itens para a montagem de um sistema adaptativo para avaliao da personalidade. Esse sistema apresenta algumas vantagens, como maior preciso e rapidez no processo de avaliao do construto de personalidade e permite que os itens sejam selecionados de acordo com o perfil dos indivduos avaliados. A metodologia utilizada baseou-se num estudo detalhado sobre cada fator e suas respectivas facetas para que posteriormente se iniciasse a fase de construo dos itens. Na fase de avaliao dos itens, foram considerados vrios critrios para verificar a sua adequao ao pblico-alvo (clareza, simplicidade, credibilidade, entre outros). At o presente momento, totalizou-se a criao de 669 itens sendo que desses, 197 itens foram descartados na anlise de pares. Tanto na criao como publicao dos cadernos utilizou-se um software de questionrios on line que permite coletar dados em grande escala. O acesso ao questionrio feito atravs de um link disponibilizado aos respondentes no site do laboratrio de pesquisas, composto de 40 itens ncora e 100 itens novos, totalizando 140 itens em cada caderno. A escala adotada do tipo Likert de 5 pontos, na qual o respondente deve marcar o quanto concorda ou discorda do item. Para finalizar esse processo, esto sendo realizados estudos sobre a dimensionalidade da bateria e verificao da qualidade psicomtrica dos itens por meio da estimao de seus parmetros a partir da Teoria Clssica dos Testes e Teoria de Resposta ao Item.

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Ttulo: CONSTRUINDO INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A ESTRATGIA DE SADE DA FAMILIA: RELATO DE EXPERIENCIA NA CIDADE DE ITAJA-SC. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBERTA BORGHETTI ALVES Autor (es) adicionais: ROBERTA BORGHETTI ALVES - UNIVALI CARLOS EDUARDO MXIMO - UNIVALI JASSIANE GRANEMAN - UNIVALI JSSICA PEREIRA CARDOZO - UNIVALI JOO RODRIGO MACIEL PORTES - UNIVALI RENATA PESSOA NOGUEIRA - UNIVALI NATHALIA PIACENTINI - UNIVALI Financiador: Resumo: Atravs dos princpios do SUS e com o surgimento do NASF, a psicologia vem adentrando no campo da sade publica nos ltimos anos. Porm mesmo com esta abertura, o profissional de psicologia, precisa construir metodologias de trabalho que contribuam para sua prtica. O presente relato tem como objetivo descrever as experincias de um estgio curricular obrigatrio de graduao em Psicologia realizado em uma Unidade Bsica de Sade no municpio de Itaja-SC. A metodologia de trabalho se pautou em referenciais tericos baseados na sade coletiva, interdisciplinaridade, psicologia social e psicologia clnica. Participaram do estagio seis acadmicos de psicologia do 7 e 8 perodos do curso de Psicologia da UNIVALI, entre os meses de maro a junho de 2010. Estes foram divididos em duplas entre as trs equipes da ESF, no qual desenvolveram aes de reconhecimento do territrio, por meio da caracterizao dos usurios de cada equipe; discusses de estudos de caso, para elaborarem possveis estratgias de interveno que ampliassem o olhar sobre as condies de sade; e visitas domiciliares aos usurios que a prpria equipe encaminhava-os. Nestas aes os estagirios precisaram utilizar uma linguagem que possibilitasse uma aproximao da equipe. Foi necessrio repensar o setting teraputico, buscando compreender o contexto do sujeito, os seus recursos materiais, a constituio familiar, o seu modo de vida, para que assim pudessem entender as suas condies de sade. E para que outros locais prximos a unidade pudessem servir de recursos para a promoo de sade desses sujeitos fez-se o reconhecimento das instituies disponveis no territrio. Conclui-se que para o psiclogo atuar o neste contexto torna-se necessrio considerar a multiplicidade de fatores e determinantes sociais, para que assim possa contribuir com esta rea de atuao.

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Ttulo: COTERAPIA: POSSIBILIDADE DE ATUAO DO PSICLOGO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIANA DA SILVA LIVRAMENTO Autor (es) adicionais: PAOLA NATHALIA DO LIVRAMENTO NISHIMURA - UFSC ANA LAURA TRIDAPALLI - UFSC LUCIENNE MARTINS BORGES - UFSC Financiador: Resumo: A coterapia uma tcnica psicoterpica que permite, no setting teraputico, a atuao conjunta de dois terapeutas. Esta tcnica pode ser aplicada em trabalhos com grupos, casais, na psicoterapia individual. O objetivo deste trabalho apresentar a experincia de ensino-aprendizagem em psicologia clnica, de trs estagirias do ltimo ano, em uma Clnica Escola de uma Universidade do Sul do Brasil. Este processo de aprendizagem complementado por supervises semanais dos atendimentos, participao em pesquisas e seminrios de estudos terico-prticos. Dentre as diversas tcnicas de interveno utilizadas na psicologia optou-se por trabalhar com a coterapia, em psicoterapia individual, tendo como abordagem terica a psicodinmica. Nesta tcnica esto dispostos dois terapeutas: o principal e o coterapeuta. O terapeuta principal quem conduz a terapia e exerce a funo de mediador entre o coterapeuta e o paciente. Uma diferena da coterapia para os atendimentos tradicionais, onde h somente um terapeuta, que o paciente pode ouvir o seu caso sendo discutido pelos dois estagirios, o que possibilita a ele uma outra compreenso. Assim, como resultados observados, a coterapia proporciona ao paciente a possibilidade de duas escutas diferentes e aos alunos terapeutas, a vivncia de dois lugares distintos de escuta, a diviso da responsabilidade e a troca de experincias.

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Ttulo: CRIANAS ALAGOINHENSES COM DEFICINCIA MENTAL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RITA DE CASSIA SANTOS RIOS Autor (es) adicionais: SIDILENE DE BATISTA DE SOUZA - FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENRO JUSSARA PONTES ALVES - FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENTO Financiador: Resumo: O presente trabalho teve como objetivo principal abordar a tematica referente criana com deficincia mental em cada perodo histrico, bem como a incluso da criana deficiente mental no meio social. Apresentamos assim, informaes sobre a criana Alagoinhense com deficincia mental, levando em considerao a comunicao, auto cuidados, ambiente famlia, lazer, sade, bem como os problemas enfrentados por eles. Visando apresentar as informaes adquiridas atravs da investigao sobre a criana com deficincia mental, este projeto utilizou o estudo de campo e o estudo bibliogrfico como tcnica de pesquisa. Para tais procedimentos foi utilizado: artigos cientficos, livros, sites de pesquisa e outros como tambm pesquisa de campo, onde foram ouvidos familiares e profissionais da rea quanto ao contexto social em que o deficiente esta inserido. Os dados coletados indicam que na interao com o ambiente social que a criana e o adolescente desenvolvem seus aspectos cognitivos, emocionais e fsicos. Deste modo, faz-se necessrio a integrao da pessoa com deficincia mental a rede social, instrumentalizando familiares e profissionais que lidam com a criana com deficincia mental. Torna-se necessrio um novo olhar, para as crianas com deficincia mental, pois eles merecem serem tratados com respeito, amor e dignidade, para s assim, serem includas na sociedade. Visto que esses indivduos, rotulados na literatura especializada como deficientes excepcionais etc. tem nome e sobrenome e esto situados geogrfica e historicamente.

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Ttulo: CRIANAS HOSPITALIZADAS: A IMPORTNCIA DO ATENDIMENTO PSICOLGICO CRIANA HOSPITALIZADA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ARIANE CAMILA ZANI MICHELS Autor (es) adicionais: ANA PATRICIA ALVES VIEIRA PARIZOTTO - MESTRE EM PSICOLOGIA UFSC SCHEILA BEATRIZ SEHNEM DE MENEZES - MESTRE EM EDUCAO UNOESC Financiador: Resumo: A hospitalizao um perodo de modificaes na vida e na rotina de qualquer indivduo, compreendendo um perodo de restries, modificaes orgnicas e psquicas com as quais o sujeito hospitalizado obrigado a conviver, podendo ser invasivo e doloroso. Para as crianas, rompe-se a rotina que oferecia conforto e segurana e se inicia um perodo repleto de medos, novidades e sentimentos antes desconhecidos, em um ambiente por vezes ameaador. Observa-se a necessidade de auxlio criana hospitalizada, compreenso para apoiar o enfrentamento deste perodo na tentativa de evitar maiores danos e traumas. O objetivo desse estudo foi refletir sobre a importncia do atendimento psicolgico criana hospitalizada e o mtodo utilizado para realizao deste foi por meio de reviso bibliogrfica, na qual foram analisados artigos cientficos publicados nos ltimos sete anos que tratam do tema criana hospitalizada, realizada nas disciplinas de Introduo Pesquisa em Psicologia Social e da Sade. Os resultados obtidos no estudo apontam que a hospitalizao caracteriza-se por um momento de ruptura na rotina da criana o que pode causar ansiedade, medos e possveis traumas. A criana hospitalizada pode ser vista por uma tica reducionista, sem serem levadas em considerao suas particularidades, o que acaba prejudicando seu tratamento e enfrentamento da hospitalizao. Devido ao sofrimento psquico, fsico e a despersonalizao que sofre, ela precisa expressar suas ansiedades, medos, frustraes e desejos, sendo o desenho e brincadeiras formas de elaborao desta vivncia, pois so naturalmente formas da expresso dos sentimentos na criana e fazem parte de seu desenvolvimento. O psiclogo neste contexto busca a humanizao do paciente, a compreenso dos aspectos emocionais e promove o seu desenvolvimento sadio e pleno, possibilitando oportunidade de brincar e se desenvolver, buscando compreender as transformaes psicolgicas ocorridas durante a internao.

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Ttulo: EDUCAO PROFISSIONAL EM UM CENTRO DE REABILITAO DE DEPENDNCIA QUMICA NA CIDADE DE BLUMENAU - SC Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DAIANE DA SILVA PEREIRA Autor (es) adicionais: DAIANI GONALVES DE OLIVEIRA - UNIASSELVI LARISSA LINK - UNIASSELVI THAMARA ALINE TIAGO - UNIASSELVI ELIANE REGINA PEREIRA - UNIASSELVI CARLOS ALBERTO MEDRANO - UNIASSELVI Financiador: Resumo: Este trabalho teve como objetivo fazer intervenes baseados nas observaes realizadas pelas acadmicas de Psicologia, em um centro de reabilitao para dependentes qumicos na cidade de Blumenau SC. O pblico alvo foram os jovens internados neste centro e o foco deste trabalho foi a educao profissional. Como metodologia foram utilizadas 12 horas de observao e 12 horas de interveno, atrelados a orientao pedaggica e pesquisas bibliogrficas. Atravs deste trabalho foi possvel observar que o tema educao profissional pouco abordado neste contexto, porm os internos apresentam preocupao com o mercado de trabalho ao sarem deste centro de reabilitao. O trabalho desenvolvido contribuiu para orientar sobre a educao profissional e dar o suporte necessrio para as pessoas internadas. Nesta pesquisa abordamos tambm a diferena dos programas tradicionais de preveno de drogas, que normalmente focam em transmitir informaes a fim de produzir mudanas na atitude e comportamento das pessoas, j para este trabalho a nfase maior foi dada para importncia sobre os riscos que as drogas apresentam, dessa forma passando uma linguagem mais preventiva. Conclui-se ento a importncia de preparar estas pessoas para o mercado de trabalho aps a sua sada do centro de dependncia, enfatizando o papel e a importncia do psiclogo nesta necessidade.

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Ttulo: EMPREGABILIDADE: UMA VISO ACERCA DA REALIDADE PROFISSIONAL PARA A INSERO DO JOVEM NO MERCADO DE TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA BAGGIO Autor (es) adicionais: TAIS RODRIGUES DASSOLER - CESUSC Financiador: Resumo: A fim de refletir sobre a importncia do trabalho na vida de jovens que enfrentam o desemprego, foi feita uma pesquisa bibliogrfica visando debater as estratgias de incentivo e as medidas pragmticas de combate ao desemprego. Para isso, foram problematizadas as possibilidades de incluso no mercado de trabalho, a partir de aspectos sociais, econmicos, histricos e polticos. A anlise do material levantado aponta para um grande contingente de jovens com baixo nvel de escolaridade que enfrentam o desemprego e a marginalizao social. As cincias humanas nos mostram a partir de estudos sobre o significado do trabalho na vida dos indivduos - que cada vez mais, participar do mercado de trabalho implica tambm a realizao plena das pessoas, independente de sexo, crenas ou classe social. Com tal pesquisa, foi possvel contribuir com a discusso sobre a viabilidade na implantao e efetivao do direito ao trabalho, e que este necessita ser foco de preocupaes da psicologia em se tratando da carncia que demanda aes efetivas mais eficazes e a abertura de novas perspectivas de vida para esse jovens, novas oportunidades alm daquelas restritas que eles tm. Os resultados apontam para necessidade de polticas pblicas, com possibilidades de incluso desses jovens, com nfase no direito capacitao e formao profissional.

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Ttulo: ESTGIO BSICO INTERDISCIPLINAR: REFLEXES E DESAFIOS Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDREIA MARTINS Autor (es) adicionais: ELIZ MARINE WIGGERS - FACULDADE AVANTIS MARINA CORBETTA BENEDET - FACULDADE AVANTIS Financiador: Resumo: As instituies de ensino superior so espaos de construo de conhecimentos, tendo como compromisso servir a comunidade, oferecendo servios de qualidade e formando profissionais competentes e ticos. As concepes terico-metodolgicas que norteiam a prtica profissional no campo da Psicologia so diversas, visando compreender as dimenses subjetivas do ser humano e suas relaes interpessoais. Nesse contexto, o Curso de Psicologia da Faculdade Avantis de Balnerio Cambori - SC tem como misso possibilitar a formao de psiclogos crticos e reflexivos com viso generalista, sistmica, interdisciplinar e consciente de seu papel social. Seu principal objetivo formar profissionais aptos para atuar de forma social e eticamente responsvel no exerccio da profisso. Nesse sentido, foram elaboradas as disciplinas de Estgio Bsico Interdisciplinar, que alm de atender s Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduao de Psicologia visam, tambm, a iniciao cientfica e a aproximao dos acadmicos junto ao mercado de trabalho, contribuindo, dessa forma, para a formao de profissionais comprometidos com a melhoria da qualidade de vida e agentes de mudanas e transformao social. A partir da experincia, j realizada, algumas reflexes permeiam a construo do estgio bsico, tais como: o fazer efetivamente interdisciplinar, o envolvimento da academia com a comunidade, a articulao terico-prtica e a socializao do conhecimento.

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Ttulo: EU EM RETALHOS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NADIA PAULA ROPELATO Autor (es) adicionais: JOICE CRISTIANE DUTRA ARAIS HADLICH Financiador: Resumo: Baseado no processo e nas demandas psicoteraputicas de um grupo de mulheres que se encontra semanalmente h mais de um ano foi proposta uma reflexo sobre as questes do universo feminino tendo por base o filme Colcha de Retalhos. Utilizando-se de tcnicas psicodramticas como tomada de papel, concretizao, duplo e psicograma buscou-se a identificao das integrantes do grupo com as personagens do filme. Seguiu-se a elaborao de uma colcha grupal que teve como tema escolhido pelas mesmas a construo do eu. Por meio de um objeto intermedirio, o filme, foi possvel para as integrantes identificar contedos da construo de seus diversos papis tais como filha, me, esposa, amante, amiga, irm, estudante e trabalhadora. Por meio da ao dramtica, a elaborao da colcha de retalhos da construo do eu de cada uma, oportunizou-se que os mecanismos de defesa envolvidos na construo dos seus padres comportamentais dessem vazo espontaneidade antes bloqueada. As integrantes reconheceram-se enquanto autoras da sua construo e por mais que muitas mudanas sejam difceis, perceberam-se responsveis pelo processo. A partir do uso das tcnicas psicodramticas que visam a resignificao no aqui - agora constatou-se um resgate da espontaneidade, criatividade e sensibilidade das integrantes. Identificando, conhecendo e respeitando a construo do seu eu puderam vislumbrar a possibilidade de respostas novas para dramas antigos, seguindo no processo teraputico.

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Ttulo: EVIDNCIAS DE VALIDADE PARA O DESENHO DA FIGURA HUMANA NA CHUVA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EMANUELI PALUDO Autor (es) adicionais: ROSELAINE BERENICE FERREIRA DA SILVA - UNISC DIEIME CASTOLDI - UNISC CLARISSA JUNQUEIRA - UNISC LETCIA STAUB LIMBERGER - UNISC MMORA ARRIAL - UNISC PATRCIA VOESEL - UNISC VIVIAN SILVA DA COSTA - UNISC Financiador: Resumo: Este estudo consiste em um dos trabalhos desenvolvidos pelo Laboratrio de Mensurao e Testagem Psicolgica da Universidade de Santa Cruz do Sul. Visa verificar evidncias de validade do Desenho da Figura Humana na Chuva, aplicado em 220 crianas, dentre cinco a doze anos de idade, meninos e meninas. Instrumentos utilizados: Teste Gestltico Visomotor Bender (Koppitz, 1989), DFH-III (Wechsler, 2003), DFH-chuva e CBCL (Escala do Comportamento Infantil, Ackeman, 2001). Procedimentos estatsticos: anlise da frequncia dos dados e mtodo qui-quadrado pelo programa estatstico SPSS for Windows 17.0. Resultados: predominncia de crianas na faixa etria de sete anos (23,7%), nmero maior de meninas (52,1%). No Bender, 56,7% de crianas obtiveram desempenho neurolgico abaixo da mdia. DFH-III demonstrou desenvolvimento cognitivo na mdia (42,8%), evidenciando amostra normativa. Pelo CBCL, foi identificado 23,8% de presena de distrbios internalizantes e 16,4% de distrbios externalizantes. Associaes significativas: desempenho no DFH-Chuva, faixa etria, sexo da criana (p<0,05). O desempenho no DFH-Chuva tem relao com idade, sendo que crianas menores (cinco e seis anos) apresentaram menos detalhes nos desenhos do que crianas maiores. Na associao com sexo, meninos apresentaram menos detalhamento. Associaes significativas entre distrbios externalizantes com DFH-Chuva: tamanho da cabea, presena de vestimentas no desenho (p<0,05). J distrbios internalizantes se associaram com presena de pescoo, vestimentas e nuvens no desenho (p<0,05). A literatura aponta que tamanhos grandes, em desenhos, so indicativos de crianas atuadoras e impulsivas; j crianas com sintomas depressivos, ansiosos, somticos, de pensamento e dificuldades interpessoais demonstram tais dificuldades na presena de detalhe no ambiente, como nuvens no desenho. Destaca-se capacidade do DFH-Chuva evidenciar a manifestao simblica de sintomas clnicos. Este estudo encontra-se em andamento, sendo necessrio aumentar amostra, alm de possibilitar aplicao do instrumento em amostra clnica, para maior diferenciao entre grupos.

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Ttulo: FERRAMENTAS E ESTRATGIAS UTILIZADAS NA ADAPTAO E CONSTRUO DE TESTES PSICOLGICOS PARA INDIVDUOS COM DEFICINCIA VISUAL Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CASSANDRA MELO OLIVEIRA Autor (es) adicionais: CARLOS HENRIQUE SANCINETO DA SILVA NUNES - UFSC Financiador: Resumo: A construo e adaptao de testes psicolgicos para os indivduos com deficincia visual um desafio, pois, parte-se comumente da perspectiva dos que enxergam para traar-se ferramentas e estratgias que possibilitem meios de percepo dos estmulos dos testes para aqueles que no vem. Este estudo objetivou levantar os testes existentes que so adaptados ou possuem algum tipo de adaptao para pessoas com deficincia visual, listando as estratgias e ferramentas utilizadas para tal intento e assinalando os pontos fortes e fracos dos tipos de adaptao utilizados. Consiste em uma reviso de literatura com pesquisa em bases de dados eletrnicos nacionais e internacionais e na literatura cientfica impressa nacional. Dentre os resultados encontrados destaca-se que as ferramentas e estratgias geralmente utilizadas para adaptao foram as de explorao ttil-cinestsicas, as que se utilizam da oralidade, e, a adaptao de textos para o Braille. Existem poucos testes realmente construdos para os indivduos com deficincia visual e com maior freqncia, quando os h, tais instrumentos so adaptaes de testes construdos para os videntes desconsiderando o fato de que a percepo de videntes e no-videntes possuem grandes diferenas. Tal perspectiva afeta a qualidade destes instrumentos contribuindo para a escassez e falta de confiabilidade. A partir dos dados coletados conclui-se que ainda h muitas lacunas no campo da utilizao de testes por pessoas com deficincia visual requerendo estudos mais aprofundados tanto da dinmica cognitiva e modo de perceber o mundo destes indivduos como das ferramentas e estratgias que lhes seriam mais eficazes e viveis.

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Ttulo: GERAO CANGURU: O PROLONGAMENTO DA CONVIVNCIA FAMILIAR Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAROLINA CARINE ANDRADE Autor (es) adicionais: JOYCE DE SOUZA VIEIRA - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU KTIA REGINA SILVRIO - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU MARTA MARIA HOSS LELLIS - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU CRISTIANE GICK MACHADO - PSICLOGA - UNIVALI Financiador: Resumo: O presente trabalho teve por objetivo compreender o fenmeno Gerao Canguru atravs da anlise de fatores que influenciam a permanncia dos jovens com idade superior a 25 anos na casa dos pais. Participaram desta pesquisa quatro indivduos (2 homens e 2 mulheres), com idades entre 25 a 30 anos, de classe mdia, residentes da cidade de Florianpolis/SC. Todos com nvel superior de escolaridade, em desenvolvimento da carreira profissional e atuantes ou aptos para atuar no mercado de trabalho. A participao dos sujeitos ocorreu de forma voluntria e todos assinaram um termo de consentimento. A pesquisa realizada Qualitativa e o instrumento utilizado para a coleta dos dados foi uma entrevista semi-estruturada, elaborada pelos prprios pesquisadores, contendo 14 questes. Aps a leitura e re-leitura do material, determinamos como unidade de anlise temas para categorizao das mensagens e elementos que se relacionam. A partir dos dados coletados surgiram as seguintes categorias de anlise: 1) relao familiar; 2) relao afetiva estvel; 3) vida profissional/capacidade econmica; 4) objetivos de vida. Evidenciamos que a separao adiada da famlia parece provir da conjugao de fatores intra-familiares, como fazer companhia para um dos pais, da ambivalncia de sentimentos em relao partida, da perda dos papis conquistados e por instabilidade e incerteza do futuro. Como h uma excessiva valorizao da fase da adolescncia pela nossa sociedade contempornea, os sujeitos no sentem urgncia de sair de casa e enfrentar os desafios da vida adulta. Foram citadas tambm as questes financeiras, para no ter de assumir as despesas de um lar e continuar usufruindo do conforto da casa dos pais; a carreira profissional aparece como objetivo vital e a vida afetiva/familiar ficam em segundo plano; o trabalho contnuo, o aperfeioamento profissional e cursos preparatrios foram citados como atividades centrais neste perodo de suas vidas.

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Ttulo: GESTO EDUCACIONAL Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBERTO LUSTOSA DE ANDRADE Financiador: ONG - INSTITUTO ROBERTO COSTA Resumo: O trabalho de Gesto Educacional vem auxiliar esse momento de crise do ensino. Seu foco atua nas bases psicolgicas essenciais que so o desejo dos pais, da escola da criana e da sociedade. A gesto tem sua principal ao na valorizao dos pontos positivos e reorganizao dos negativos. Como exemplo, ocorre hoje o esvaziamento do sentido do "diploma" servindo como mero papel, os pais como mero coadjuvantes da escola, a diretoria como instituio poltica de poder e os nmeros nacionais como propaganda eleitoral mundial sobre a educao no pas e o aluno fica neste meio. Em um exemplo como este, a Gesto Escolar vem trabalhar a reeducao Social e Institucional do sentido da educao. A atuao do Gestor Educacional feita no mesmo modelo da Gesto de Empresas. Porm adaptada ao modelo escolar. O gestor educacional no trabalha com "gerentes, presidentes e funcionrios" mas sim com "diretores, professores, pais, alunos e sociedade". A meta do Gestor Educacional est no financeiro, nas exigncias do MEC, est no social e no Global. Busca a educao eficaz que se faz necessria para o desenvolvimento infantil, social, cultural, econmico em mbito local e global. Desta modo a Gesto Educacional trabalha em uma das reas brasileiras mais carentes de ateno que o desenvolvimento. Em um mundo que demanda mais e mais conhecimento, a idia de despertar a educao uma demanda natural da poca em que vivemos, e substituir empregados por pensadores um dos desafios do momento. O gestor opera ento como consultor na instituio em que trabalha, avaliando o sistema de educao na totalidade, integrando as exigncias sociais e educacionais da poca na busca de uma sociedade madura.

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Ttulo: GRUPO COM ADOLESCENTES EM SITUAO DE VULNERABILIDADE COMO ESTRATGIA DE FORTALECIMENTO PSICOSSOCIAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MONIQUE STAHNKE Autor (es) adicionais: BRUNA CAVION CASTRO - UFSC RAQUEL DE BARROS PINTO MIGUEL - UFSC DANIELA RIBEIRO SCHNEIDER - UFSC Financiador: Resumo: Este trabalho, que faz parte do projeto de extenso denominado Oficinas Culturais: espao de reinsero social de adolescentes em situao de vulnerabilidade psicossocial, realizado pelo PSICLIN (Ncleo de Pesquisas em Psicologia Clnica) da UFSC, teve como pblico alvo adolescentes em situao de risco ou vulnerabilidade social. Devido ao meio social no qual esto inseridos, estes adolescentes tendem a possuir menos possibilidades de resoluo de problemas cotidianos, onde frustrao e dificuldades interpessoais se tornam rotineiras. Isto acaba por prejudicar a qualidade de vida destes e de suas redes sociais, podendo acarretar defasagens no seu desenvolvimento. Tal projeto, que atua na interface entre a psicologia escolar e a da sade, foi desenvolvido com cinco estudantes com idades entre 11 e 14 anos sob queixa de dificuldades escolares diversas, incluindo problemas de relacionamento interpessoal. Dessa forma, o trabalho se deu atravs de prticas ldicas em grupo, com o incentivo de escolhas realizadas pelos prprios sujeitos, visando, a cada encontro, o fortalecimento psicossocial de seus integrantes atravs, por exemplo, do desenvolvimento de habilidades sociais e individuais por mediao e interveno das bolsistas deste projeto. A parceria estabelecida tanto com a Unidade de Sade Bsica na comunidade trabalhada quanto com o corpo docente da escola destes adolescentes promoveu um trabalho intersetorial, refinando a educao e desenvolvimento dos sujeitos. Os resultados obtidos com os jovens foram promissores, pois demonstraram desenvolvimento na integrao em grupo bem como com relao possibilidade de experimentar novas habilidades sociais, o que foi percebido inclusive pelas professoras desses adolescentes. Todo este trabalho promoveu reflexes terico-metodolgicas sobre o carter educativo das relaes de grupo, abrindo, inclusive, espao para a possibilidade de um trabalho a ser realizado com um grupo de docentes da referida escola. Palavras-chave: desenvolvimento psicossocial, dinmica de grupo, pr-adolescente, educao, escola, intersetorialidade

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Ttulo: GRUPO DE APOIO ADOO Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA MARIA PAVO SILVA Autor (es) adicionais: ALINA APARECIDA MARTINS LUCKNER - UNIPLAC HELENA BERTON EIDT - FORUM NEREU RAMOS MARIA DULCE DE FRANA - UNIPLAC Financiador: Resumo: O processo de adoo pode, em grande maioria, ser gerador de ansiedade, dvidas, incertezas, fantasias, mitos e preconceitos, alm de lutos e perdas. A chamada gestao psicolgica, pela qual os pretendentes passam enquanto esperam a adoo, pode suscitar crises no sistema familiar. A partir disto, acredita-se que o acompanhamento psicolgico destes pretendentes de importante relevncia, pois assim estas pessoas tem um auxlio para atravessar este processo. O grupo de Apoio Adoo buscou auxiliar os pretendentes adoo durante a espera. O objetivo foi realizado atravs de orientaes e informaes que envolvem o tema adoo, alm da promoo de reflexes sobre os sentimentos dos participantes. O grupo iniciou atravs de uma parceria entre o Frum Nereu Ramos e a Universidade do Planalto Catarinense, na comarca de Lages (SC). Os encontros do grupo aconteceram mensalmente, durante todo o ano de 2010. Os temas abordados nas reunies foram expostos por diferentes meios, como: data show, dinmicas de grupo, oficinas, vdeos, entre outros. Alm das reunies os participantes e toda a comunidade mantinham-se informados sobre o tema atravs de um blog, o qual foi criado especialmente para o Grupo.O grupo de Apoio Adoo promoveu aos seus participantes o conhecimento e a compreenso da adoo de uma maneira mais prxima da realidade. A convivncia com o grupo oportunizou aos seus participantes a construo de significados e subjetividades, desconstruindo medos e inseguranas, sentimentos estes que obstruem o caminho para uma adoo bem sucedida.

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Ttulo: GRUPO DE GESTANTES E CASAIS GRVIDOS: UMA EXITOSA EXPERINCIA INTERDISCIPLINAR Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARGARIDA FILOMENA LOPES FONSECA Autor (es) adicionais: ZAIRA APARECIDA DE OLIVEIRA CUSTDIO - HU-UFSC MARIA DE FTIMA ZAMPIERI - UFSC VITRIA REGINA PETTERS GREGRIO - UFSC MARIA EMLIA NUNES - UFSC DBORA SCHEIDT - UFSC LARISSA ROCHA - UFSC Financiador: Resumo: O Grupo de Gestantes e Casais Grvidos uma atividade de extenso iniciada em 1996, educativa e interdisciplinar dirigida s gestantes e aos acompanhantes. Coordenado pela psicloga do Hospital Universitrio da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC), por docentes do Departamento de Enfermagem (UFSC) e sociloga. Norteado por pressupostos da filosofia da maternidade do HU, como: a humanizao do cuidado, a autonomia da clientela e a interdisciplinaridade, tm como objetivos: compartilhar conhecimentos e experincias; oportunizar a expresso de sentimentos e emoes; desenvolver a tomada de conscincia corporal, realizar exerccios respiratrios; oportunizar a participao de profissionais/alunos, realizar pesquisas e o Encontro de Pais e Bebs. Os encontros ocorrem durante 8 semanas, sendo constitudos por trs momentos: conscientizao corporal e respirao; lanche coletivo; e desenvolvimento dos temas escolhidos a priori pelos participantes. Os temas envolvem a temtica da gravidez, parto, puerprio, cuidados com o beb, aleitamento materno e formao da nova famlia. Nesses 15 anos foram realizados 59 grupos com a participao de 1095 gestantes e 604 acompanhantes, discentes e profissionais de sade. O grupo uma oportunidade para que gestantes e casais grvidos repensem e reafirmem seus papis sociais, desenvolvam o empolderamento no processo do nascimento e o vivencie com tranquilidade e confiana; estimula a participao do acompanhante no processo do parto; contribui para que os envolvidos ampliem conhecimentos e experincias; criem laos de amizade e desmistifiquem crenas e tabus. Para os acadmicos, fortalece o ensino-aprendizagem e o trabalho interdisciplinar. O grupo, considerado um projeto permanente da UFSC, uma experincia exitosa. Procura refletir criticamente sobre as prticas obsttricas, divulgar aes baseadas em evidncias e oportunizar a participao de profissionais, motivando a replicao desta iniciativa. Frum de reflexo, de dilogo, de construo e de socializao de saberes sobre o processo de nascimento que favorece a participao ativa da gestante/acompanhante.

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Ttulo: GRUPO MULTIFAMLIAS: CONTRIBUIES AOS SEUS PARTICIPANTES Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DORIS WALDOW Autor (es) adicionais: AMANDA KLIEMANN - FAMILIARE INSTITUTO SISTEMICO BEATRIZ SCHMIDT - FAMILIARE INSTITUTO SISTEMICO JULIA DAMASIO - FAMILIARE INSTITUTO SISTEMICO ROSANA TEIXEIRA - FAMILIARE INSTITUTO SISTEMICO SILVIA DE ARRUDA CUNHA - FAMILIARE INSTITUTO SISTEMICO Financiador: Resumo: O Familiare consiste num Instituto de Especializao em Terapia Relacional Sistmica que integra o desenvolvimento terico e prtico na formao dos seus alunos. Dentre suas atividades encontra-se o Multifamlias que consiste numa modalidade de atendimento grupal. O presente trabalho trata das contribuies desse grupo para os participantes envolvidos, a partir da anlise das sesses realizadas nos anos de 2009 e 2010. O grupo tem formato semi-aberto com periodicidade semanal/quinzenal e constitudo por dois coordenadores (co-terapeutas), uma equipe reflexiva e participantes: famlias, casais e/ou membros que representam sua famlia. Tal atividade est fundamentada na Terapia Comunitria, desenvolvida por Adalberto Barreto juntamente com a abordagem dos Processos Reflexivos elaborada por Tom Andersen, e tem como objetivos proporcionar um espao de reflexo para a descoberta de novas possibilidades de lidar com o sofrimento, alm de desenvolver o sentimento de pertencimento a uma nova rede de apoio, identificando e valorizando os saberes de cada participante. Enquanto Instituio de Ensino, a modalidade busca proporcionar oportunidade de coordenao de grupos e desenvolver capacidades de reflexo a partir da transformao do discurso terico em intervenes reflexivas. Os resultados indicam importantes aprendizagens dos alunos na experincia com as famlias, relacionadas habilidade para transformar o saber terico em reflexes; maior respeito diversidade de olhares; retirada do terapeuta da posio de expert, valorizando os saberes das famlias; e o desenvolvimento da capacidade de empatia, escuta e auto-percepo. Constatou-se ainda, que a participao no grupo possibilitou mudanas familiares e pessoais aos envolvidos, mostrando-se relevante por possibilitar a reflexo sobre a forma de ver e sentir determinadas situaes; gerar sentimento de incluso e pertencimento; e favorecer o fortalecimento do indivduo a partir do compartilhar das dores, assim como pela possibilidade de contribuir para a reflexo e alvio do sofrimento de outras famlias.

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Ttulo: HOMICDIO CONJUGAL EM FLORIANPOLIS Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LUCIENNE MARTINS BORGES Autor (es) adicionais: JLIA DE FREITAS GIRARDI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O homicdio conjugal, tambm denominado por alguns autores de crime passional, representado por um ato agressivo que se inscreve no mbito de uma relao conjugal, independentemente de os parceiros estarem juntos ou separados. Das categorias dos homicdios, este o tipo que tende a causar um impacto mais dramtico no grupo familiar e social e cuja preveno parece estar mais acessvel. Este estudo tem como objetivo fazer um mapeamento preliminar dos homicdios conjugais cometidos em Florianpolis de 2000 a 2010, identificando as principais variveis implicadas nestes homicdios, entre elas: a presena de violncia conjugal no histrico da relao conjugal, o impacto da separao e o abuso de bebidas alcolicas. Para tanto, realizouse uma detalhada reviso bibliogrfica e uma coleta de dados provenientes do banco de dados do Jornal Dirio Catarinense. Pode-se concluir que h uma significativa ocorrncia de homicdios conjugais em casais dentre os quais j estavam presentes relatos de violncia conjugal. Alm disto, constatou-se que o impacto da separao, o sentimento de abandono e o cime tm um papel significativo nos homicdios conjugais cometidos por homens, enquanto que as mulheres tendem a cometer um homicdio conjugal em situao de defesa, quando confrontadas com a violncia do parceiro, para proteger sua prpria vida ou a de seus filhos.

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Ttulo: IDENTIDADE E AUTONOMIA: UMA PROPOSTA EFETIVA NA ATUAO DO PSICLOGO COMUNITRIO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: AUZIRENE INS ROZZA Autor (es) adicionais: LIA MAYER EYNG - FESSC LETICIA MARA FONSECA - FESSC Financiador: Resumo: A Comunidade do Bairro Pro-Casa localizada no municpio de So Jos/SC fundado em 19 de maro de 1750. O estudo foi realizado de agosto a dezembro de 2010, a fim de identificar a atuao do psiclogo comunitrio, mediado pela entidade Bloco Liberdade. A pesquisa deu-se por meio de visitas semanais in loco na comunidade, decorrente da prtica de Estgio Obrigatrio. Como resultado pode-se perceber que o Bloco Liberdade desenvolve atividades com foco na Educao Comunitria. Salutar evidenciar que este se articula em orientar, direcionar e promover cursos de alfabetizao para adultos e intermediar a obteno de bolsas para o ensino mdio e prvestibular, promovendo a articulao com as escolas para o atendimento complementar as crianas no processo de aprendizagem. No esporte, a inteno consiste em potencializar s crianas e aos adolescentes, melhores hbitos de sade. Todos os projetos so desenvolvidos de forma articulada, entretanto, neste momento o Projeto Olimprocasa est no seu auge. Em sua vigsima edio, realizado anualmente em parceria com escolas, grupos sociais, associao de moradores, pessoas fsicas e instituies que acreditam na proposta. notrio frizar, que a ratificao evidencia uma discusso concomitante acerca de identidade e de autornomia, que para Fanon (2008), embora negros e brancos implicados nas relaes raciais no sejam meros fantoches desta condio, seja por sucumbirem ou rebelarem-se contra ela, no ser possvel passar impune por este processo histrico e social. Assim, conclui-se que a atuao do psiclogo no espao comunitrio inicia-se na dimenso do sujeito, porm, com a cincia de que o mesmo est em relao com o contexto social e so produtos dessas determinaes. Sob tais circunstncias, a interveno psicolgica repercute em viabilizar questionamentos no cotidiano da comunidade, partindo do pressuposto do empoderamento do sujeito pela via de compreenso de suas representaes sobre a realidade, enquanto construo social.

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Ttulo: IMPLEMENTAO DE UM PROTOCOLO DE ATENDIMENTO BIOPSICOSSOCIAL DE HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA E DIABETES MELLITUS NA ATENO BSICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LUCIANE CRISTINA FIGUEREDO Autor (es) adicionais: LIANE KEITEL - UNOCHAPEC MAXEMINO LUIZ MARTINELLI - UNOCHAPEC ANA PAULA LOPES - SMS CHAPEC LUIZ VARGAS - SMS CHAPEC CELSO RAMBO - SMS CHAPEC VANESSA BARRIONUEVO - UNOCHAPEC ELISANGELA SANTOS - UNOCHAPEC Financiador: Instituio pblica - MINISTERIO DA SAUDE PET-SADE Resumo: Introduo: A HAS a mais frequente das doenas cardiovasculares e tambm o principal fator de risco para as complicaes como AVC e IAM. A sade organizada a partir de protocolos cria rotina de atendimento; sugere estratgias de conduta, amplia a capacidade da Ateno Bsica para a abordagem integral, melhorando o fluxo de atendimento e otimizando o tratamento reduzindo comorbidades, neste sentido este projeto visa estudar o atendimento do HIPERDIA, numa dimenso biopsicossocial. Metodologia: O presente estudo tem uma abordagem de pesquisa mista qualitativa e quantitativa ao mesmo tempo participativa. Respalda-se na pesquisa interveno integra estratgias visando soluo de um problema detectado, com imerso ativa do pesquisado na realidade Esta pesquisa num primeiro momento pretende realizar uma caracterizao dos usurios do programa HIPERDIA de uma ESF do CSF Bairro Efapi. Num segundo momento a partir de observao temporal de casos sero identificados casos de pacientes que no respondem adequadamente ao tratamento. Com este usurios sero realizados estudos de caso a partir das noes da clnica ampliada. Tambm construir planos teraputicos singulares que possam incorporar estratgias de atendimento integral. Objetivos: Realizar uma caracterizao dos usurios cadastrados no programa HIPERDIA desta UBS; Organizar uma proposta de assistncia por estratificao de risco; Construir metodologias de avaliao multidimensional; Estabelecer junto equipe estratgias que favoream o vnculo do usurio ao tratamento da HAS/DM; Acompanhar atravs do fluxograma descritor a assistncia prestada a HAS e DM; Resultados parciais: Neste momento realizamos a coleta de dados referente ao primeiro momento da proposta. Obtivemos 230 usurios cadastrados no HIPERDIA, 150 mulheres e 80 homens; 45% com IMC entre 25 e 30 sobrepeso; 20% obeso IMC entre 30 e 35; faixa etria predominante de 50 a 64 anos; Esperamos com o desenvolvimento desta proposta a incorporao de novas estratgias de assistncia a estes usurios.

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Ttulo: IMPLICAES DA DEPRESSO PS- PARTO NA INTERAO ME-BEB E NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL INICIAL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SULIANA DA SILVA Auto r(es) adicionais: GABRIELLI TOCHETTO RODRIGUES - UFSC FERNANDA MARTINS DE SOUZA - UFSC LAUREN PERDIGO AFFONSO - UFSC SANDRA CRISTINA AGOSTINHO - UFSC Financiador: Resumo: O presente estudo teve por objetivo avaliar as possveis implicaes da depresso psparto (DPP) na interao entre me e beb. Em particular, buscou-se revisar a literatura a respeito da interao saudvel e as teorias que apontam para a sua importncia, DPP e os fatores associados a esta, alm de como essa se manifesta na dade me/beb e as suas implicaes para o desenvolvimento da criana. Alm disso, participaram desse estudo trs profissionais da rea da sade (duas pediatras e uma enfermeira), que trabalhavam um Centro de Sade de Florianpolis, localizado no bairro Ingleses, que possuam experincia anterior com casos de DPP, respondendo a um questionrio -que continha treze questes sendo uma descritiva-, que abordava as duas principais categorias da nossa reviso a interao me/beb e a DPP, suas subcategorias e as suas variveis. Com os dados da reviso e a anlise dos questionrios foi possvel perceber que existem vrios fatores possveis que influenciam no surgimento da depresso materna, entre esses, o histrico da gestao, se esta foi planejada ou no, o apoio familiar e as mudanas na rotina e que a DPP pode interferir na interao me/ beb de vrias formas, pois estas podem ser retiradas, intrusivas ou adequadas, alm de a reviso evidenciar a existncia de implicaes no desenvolvimento infantil inicial. Esses achados demonstram que o atendimento precoce me deprimida, representa a possibilidade da preveno do estabelecimento de um padro negativo de interao com o beb e as possveis consequncias no desenvolvimento infantil.Sugerimos a elaborao de estudos a longo prazo sobre as implicaes no desenvolvimento e novas pesquisas que tratem do desenvolvimento de estratgias preventivas e do tratamento propriamente dito.

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Ttulo: INCLUSO OU INTEGRAO? A IMPUTABILIDADE DO DISCURSO JURDICO E A PRTICA PROFISSIONAL DO PSICLOGO NA EDUCAO ESPECIAL Tema: Psicologia e Educao Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LIA MAYER EYNG Autor (es) adicionais: LIA MAYER EYNG - FESSC Financiador: Resumo: A Psicologia Escolar historicamente foi construda como sendo um dos alicerces empregados pela Educao para nomear e estereotipar grande parte dos alunos com dificuldade nos processos de ensino aprendizagem, juridicamente legitimados. O presente relato apresenta o processo de interveno do psiclogo em uma escola de educao especial na grande Florianpolis que visa desmistificar a viso ultrapassada, mas ainda usual, das prticas de interpelao de normalidade e anormalidade dadas pelo segmento educacional. Com vistas a subsidiar tais questes, Andrada, McCulloch e Curonici, Sampaio et al., ressaltam o papel do psiclogo em escutar as demandas da escola e pensar sobre como lidar com os acontecimentos do cotidiano, a fim de elaborar um processo de reflexo no mbito escolar. Nesta perspectiva, resignificar, constitui-se um significativo elemento no processo de interveno, com vistas a orientar o sujeito e a sua famlia e a escola, no processo de incluso social. No discurso da Psicloga, a responsabilidade do psiclogo neste segmento de educao especial, est em elaborar uma avaliao psicolgica considerando elementos como o contexto ao qual a criana est inserida e o estmulo que a ela ofertado. Ressalta-se ainda, que at os 6 (seis) anos de vida de uma criana, no cabe ao profissional da psicologia determinar um diagnstico como sendo nico e conclusivo. Conclui-se por fim, a necessidade de estabelecer estratgias que possibilite ratificar o atual discurso jurdico de incluso, estabelecendo ao profissional de psicologia o delineamento de aes voltadas a totalidade das relaes do sujeito em processo de interveno, de modo a efetivar a incluso, ao invs de mediante a existncia de um diagnstico definitivo e formalizado famlia e sociedade -, a criana ser excluda do direito a ela preconizado pelo Estatuto da Criana e do Adolescente.

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Ttulo: INTERAO ENTRE PAIS E FILHOS NA SEGUNDA INFNCIA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAITE WESTARB DE QUEVDO Autor (es) adicionais: FRANCIELI - HENNIG Financiador: Resumo: Diante da influncia que os pais exercem sobre o desenvolvimento da criana e da importncia da relao entre pais e filhos o presente estudo teve como objetivo caracterizar a interao entre pais e filhos na segunda infncia. Para a coleta de dados foi utilizada uma adaptao do questionrio de Qualidade da Interao Familiar na Viso dos Pais formulado por Cia, Affonseca e Barham, (2004). Os pais responderam o questionrio na sala de espera das unidades de sade de Blumenau-SC. Participaram da pesquisa 45 pais (32 mes e 13 pais) de crianas de 3 a 6 anos de idade. Os pais foram informados sobre a finalidade da pesquisa, informados de que no seriam identificados e que deveriam assinalar as respostas de acordo com a freqncia que ocorriam. A anlise estatstica dos dados foi realizada de acordo com a freqncia que as respostas apareceram. Os resultados obtidos apontam para a existncia da interao entre pais e filhos com freqente ocorrncia no contexto familiar, atravs do dilogo, participao dos pais nas atividades acadmicas da criana, carinho (beijos, abraos, elogios), etc. Os resultados desta pesquisa foram positivos, pois apontaram para a existncia de uma interao de qualidade entres pais e filhos, com comportamentos como dilogo e demonstrao de carinho ocorrendo com alta freqncia no contexto familiar.

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Ttulo: INTERSETORIALIDADE E INTEGRALIDADE: POSSIBILIDADES DE FORMAO E DE PRTICA PARA O PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAGDA DO CANTO ZURBA Autor (es) adicionais: LAS PAIVA - UFSC FRANCINE VALGAS - UFSC Financiador: Resumo: As prticas do psiclogo na Sade Pblica so relativamente recentes e foram inseridas a principio nos hospitais, expandindo-se posteriormente aos outros nveis de ateno sade. Assim, as aes em Sade Mental realizadas na Ateno Primria Sade (APS) tm percorrido um caminho permeado por transformaes, relacionados a inmeros aspectos, como o caso das reformas sanitria e psiquitrica, da criao do Ncleo de Apoio Sade da Famlia (NASF); e outros. Nesse sentido, diversas prticas vm sendo implantadas e outras avaliadas para a construo de um servio de ateno populao condizente com os princpios do SUS e da reforma psiquitrica. O presente estudo foi fundamentado a partir de uma experincia de estgio curricular em uma Unidade Bsica de Sade (UBS) localizada no municpio de Florianpolis e objetiva argumentar a importncia da presena dos princpios de integralidade e intersetorialidade nas aes do psiclogo atuante na APS. Assim, sero ilustrados, a partir de um caso clnico acompanhado pelas estagirias e pela Equipe de Sade da Famlia, os benefcios que podem ser obtidos a partir da parceria estabelecida entre setores da sade e da educao, dando nfase oferta de uma ateno integral e humanizada ao usurio. Foi constatado, a partir dessa experincia, alguns avanos e limitaes, efeito de uma pratica ainda em construo que constatamos estar intrnsecas formao acadmica. Assim, nota-se a importncia de uma reconfigurao da prtica do profissional de psicologia, perpassando por uma formao que prepare para prticas mais condizentes com o territrio de ao e com as necessidades da comunidade que ser atendida.

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Ttulo: INTERVENO EM PROCESSOS GRUPAIS: RELATO DE EXPERINCIA EM UM GRUPO DE PROMOO DE SADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KARINA DE SOUZA MARTINS Autor (es) adicionais: KARINA DE SOUZA MARTINS - FURB - UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU LORENA DE FTIMA PRIM - FURB - UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU Financiador: Resumo: Considerando as contribuies de Jean-Paul Sartre e suas idias a respeito da gnese e processo dialtico dos grupos, pretende-se, neste estudo, descrever as intervenes realizadas no grupo de Promoo de Sade da Unidade de Estratgia de Sade da Famlia Germano Puff, localizada na cidade de Blumenau - Santa Catarina. O Grupo Sade Viver existe h dois anos, com encontros regulares uma vez ao ms, conta com a participao mdia de vinte usurios e oito profissionais da Rede de Ateno Bsica. Mediante insero e observao do grupo verificou-se entre os participantes um dficit na relao de reciprocidade que, conseqentemente, dificulta a realizao dos objetivos deste espao de promoo de sade. Neste sentido, foram efetuadas intervenes visando alterar a condio de serialidade dos participantes, sendo elas: a) realizao de dinmicas de grupo; b) Incitar o debate respeito de tpicos para prximos encontros, a viabilizao de idias e sugestes de novas temticas; e c) lanamento da proposta de nomear o grupo, estimulando reflexes sobre os significados e objetivos dos encontros; As necessidades propostas durante o processo de interveno propiciaram o comprometimento e a movimentao dos participantes, localizados: na ampliao da rede de sociabilidade, com o aumento do nmero de usurios; na diminuio da rotatividade entre os participantes, facilitando o exerccio do cuidado; e na intensificao do dilogo entre os integrantes; De acordo com as categorias Sartreanas este grupo, por intermdio de intervenes, saiu da condio de alienao e isolamento atingindo a fuso, superando assim, o momento de serialidade na qual o grupo se encontrava. Os prximos encontros subsidiaro promover a organizao do grupo, definida pela distribuio de tarefas, funes e o papel de cada integrante, visando evitar o retorno serialidade, fazendo com que o grupo se trabalhe para poder alcanar seus objetivos.

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Ttulo: JUVENTUDE RURAL E PROJETOS PROFISSIONAIS: UM ESTUDO COM JOVENS DE UMA COMUNIDADE DE ORLEANS/SC. Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: VANDREA VIGARANI DORREGO Autor (es) adicionais: GIOVANA ILKA JACINTO SALVARO - CENTRO UNIVERSITRIO BARRIGA VERDE - UNIBAVE ELDER JOS GONALVES - CENTRO UNIVERSITRIO BARRIGA VERDE UNIBAVE Financiador: Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar como se constituem os projetos profissionais de jovens de uma comunidade rural do municpio de Orleans. A compreenso terico-metodolgica acerca da constituio do sujeito e da subjetividade foi orientada pela psicologia scio-histrica, bem como as demais categorias de anlise. O mtodo de pesquisa foi o qualitativo, de acordo como os pressupostos metodolgicos de Gonzlez Rey. Participaram da pesquisa cinco (5) jovens. O procedimento para seleo dos sujeitos da pesquisa foi por acessibilidade. As entrevistas foram feitas a partir de um roteiro semi-estruturado. A anlise de dados se deu conforme a proposta metodolgica referida. Assim foi feita uma pr-anlise atravs da transcrio e leitura atenta das entrevistas, em seguida foram produzidos os indicadores de anlise para sintetizar as zonas de sentido, que nortearam toda discusso e anlise de dados. Entre outras questes analisadas, cabe ressaltar que se verificou que parte dos projetos profissionais dos entrevistados inclui a permanncia na rea rural, o que demanda cursar uma faculdade, visando uma qualificao profissional. Outros projetos indicam a sada da rea rural, em busca de outras possibilidades profissionais. Deste modo, cabe considerar que os projetos profissionais dos jovens entrevistados se constituem a partir de questes que, centralmente, incluem o ingresso no ensino superior. Palavras-chave: Juventude Rural. Subjetividade. Projeto Profissional.

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Ttulo: LEVANTAMENTO DE CASOS DE TDAH ENTRE ALUNOS MATRICULADOS NOS 5S ANOS DA ESCOLA MUNICIPAL MAX COLIN, BAIRRO IRIRI, JOINVILLE SC Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA CAROLINA HINKE Autor (es) adicionais: VALRIA CRISTINA RUFO VETORAZZI - UNIVILLE JSSICA ALINE TANK - UNIVILLE WAGNER CORREA - UNIVILLE KARINE CARVALHO - UNIVILLE CAROLINI GRACIELA DA SILVA - UNIVILLE LUIZ ARTHUR RANGEL CYRINO - UNIVILLE Financiador: Outros - ISNTITUIO COMUNITRIA - UNIVILLE Resumo: O Transtorno por Dficit de Ateno e Hiperatividade (TDAH) consiste em um transtorno neurobiolgico crnico, que causa em seu portador desateno e/ou hiperatividade/impulsividade. Suas causas so tanto biolgicas quanto ambientais, e sua incidncia pode alcanar de 2 a 5% das crianas em idade escolar, podendo apresentar comorbidades com outros distrbios psiquitricos. Como no Brasil h escassez de estudos, o presente estudo analisou, em 2010, a prevalncia de TDAH em escolares cursando 5os anos da escola municipal Max Colin - Joinville SC, atravs de inqurito com pais e professores, utilizando como mtodo a escala do comportamento disruptivo de Barkley, R. e Murphy, K., 2008. O total de alunos estudando nos 5os anos do ensino fundamental da referida escola foi de 70. Contudo somente 19 alunos tiveram ambas as escalas preenchidas por seus pais e professores. Para o preenchimento das escalas os pais ou responsveis assinaram o termo de consentimento livre-esclarecido, aceitando assim que seu filho participasse da pesquisa. Oito crianas apresentaram pelo menos uma das formas do transtorno. Estes familiares foram orientados a procurar o servio de Psicologia da UNIVILLE para que seus filhos pudessem receber auxlio. Apenas duas famlias procuraram at o momento o servio. Dficits cognitivos, transtornos do aprendizado e da linguagem podem provocar um comprometimento social grave. As dificuldades no diagnstico e na interveno sobre esse tipo de transtorno devem-se a falta de conhecimento sobre o quadro clnico, a inexistncia de estudos acerca das consequncias futuras e principalmente ao preconceito para o tratamento efetivo. Aos professores foram realizadas palestras explicativas sobre o Transtorno e formas de manejo no mbito escolar com estas crianas.

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Ttulo: LUTO INFNTIL: UM ESTUDO DE CASO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DBORA LARYSSA THIBES SANTOS Autor (es) adicionais: ZAMIR DOILE MACEDO - UNOESC Financiador: Resumo: O luto infantil tem diferentes conceitos e estes advm da noo da criana sobre a perda, que por sua vez est ligada a um mundo fantasmtico. Assim o presente artigo, tem por objetivo evidenciar que o conceito de morte que a criana formula, est relacionado com as fantasias geradas, advindas do tipo de vinculo que a criana tem com o falecido e/ou com os cuidadores. Como base terica utiliza-se da teoria do apego de Ainsworth (1982), e dos tipos de fantasias baseado em Mazorra (2005). Metodologicamente realizou-se um estudo de caso, com uma menina de seis anos, que havia perdido o genitor a um ms. Para operacionalizao, da pesquisa recorreu-se a tcnica do desenho da famlia, ao teste HTP de John N. Buck, e ao livro de Heegaard (1998), alm de uma entrevista de anamnese para coleta de dados do histrico da criana. Nos achados da pesquisa, no foi possvel identificar o modelo de apego da criana, devido a perda ser recente, porm encontrou-se evidncias de que as fantasias existentes, so normais, tendo em conta o tempo da perda. Tais fantasias representam o desejo inconsciente ou consciente da criana, fazendo parte do processo de elaborao do luto, podendo ser consideradas uma defesa, talvez necessria nesse primeiro momento, para que em um segundo momento haja a elaborao, corroborando com os achados de Mazorra (2005).

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Ttulo: MEDIDA EDUCATIVA OU PUNIO CORPORAL: PERCEPO DOS PAIS EM RELAO AO USO DA PALMADA NA EDUCAO DOS FILHOS Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DINA DILL BOUFLEUR Autor (es) adicionais: LVARO CIELO MAHL - UNOESC LISANDRA ANTUNES DE OLIVEIRA - UNOESC VERENA AUGUSTIN HOCH - UNOESC Financiador: Resumo: A pesquisa tem por objetivo conhecer a percepo dos pais, considerando a me e o pai, acerca do uso da palmada na educao dos filhos, buscou-se compreender a atitude de correo dos pais diante um comportamento indesejado dos filhos; a opinio sobre a palmada quanto a sua eficcia; a relao da palmada e possveis seqelas na vida das crianas; a opinio sobre um possvel relacionamento prejudicado entre pais e filhos causados pela palmada; os sentimentos dos pais aps darem palmadas em seus filhos e a medida de educao que estes pais tiveram enquanto eram crianas. A inteno dos pais promover a melhor forma de educao possvel aos filhos, e a palmada caracteriza-se como uma medida usada para eliminao de um comportamento indesejado dos filhos, no entanto, este assunto acaba se contradizendo at mesmo pelos profissionais. Os participantes foram seis pais (me e pai) com filhos at seis anos de idade, que responderam a um questionrio semi-estruturado. O mtodo para anlise dos dados foi a anlise de contedo de Bardin. Os resultados analisados indicam que a maioria dos pais prefere corrigir seus filhos conversando, no entanto, acham que a palmada uma medida educativa eficaz; acreditando que no deixa seqelas, que a criana esquece rpido e que esta acaba no prejudicando o relacionamento entre pais e filhos. Quanto aos sentimentos dos pais aps dar a palmada nos filhos, as opinies ficaram em meio a sentimentos de arrependimento e de satisfao e no que se refere a medida de educao que estes pais tiveram enquanto eram crianas, percebeu-se que a grande maioria recebeu palmadas de seus pais e tratam essa medida como uma forma respeitosa e relacionam com a educao que receberam de seus pais. Palavras-chave: Percepo dos Pais. Palmada. Medida Educativa. Punio Corporal. Educao dos Filhos.

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Ttulo: MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: A INSERO DO PSICLOGO NO ACOMPANHAMENTO DA PRESTAO DE SERVIOS COMUNIDADE Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RENATA MARILETE SERPA Autor (es) adicionais: CARLOS EDUARDO MAXIMO - UNIVALI CAROLINA ZUCCO PYTLOVANCIW - UNIVALI Financiador: Resumo: O Servio de Proteo Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestao de Servios Comunidade (PSC) do SUAS, executa e fiscaliza medidas impostas aos adolescentes em conflito com a lei, desenvolvendo atividades socioeducativas que propiciem ao consciente e transformadora. Medidas Socioeducativas so a forma que o Sistema Judicirio utiliza como responsabilizao dos adolescentes que cometem atos infracionais e esto previstas no paradigma da proteo integral institudo pelo Estatuto da Criana e do Adolescente ECA (Lei Federal n 8.069/1990). O projeto foi realizado no Programa de Medidas Socioeducativas de um municpio de Santa Catarina, em 2006. A perspectiva terica que norteou o trabalho foi a viso scio-histrica que concebe o ser humano de forma no naturalizante e sim como um ser que se constitui na medida em que se relaciona com o mundo, que tambm construdo por ele. Assim, a adolescncia no possui caractersticas pr-determinadas e sim constitudas de forma processual, sob condies culturais, sociais e econmicas especficas. O foco deste projeto foi a PSC, que consiste na realizao de tarefas gratuitas de interesse geral, com carter educativo junto s entidades governamentais ou no governamentais sem fins lucrativos. Inicialmente, investigaram-se algumas instituies, com o intuito de caracteriz-las e levantar possibilidades de servio comunitrio, nesta interveno foram trabalhadas a concepo de adolescncia e do programa. Aps, tentou-se trabalhar diretamente com os adolescentes, para que estes se apropriassem de suas habilidades e ento fosse possvel encaminh-los uma instituio adequada. A metodologia utilizada no projeto ocorreu atravs de visitas, oficinas, dinmicas, reunies, produo e divulgao de informativos. O impacto do trabalho resultou em um aumento gradativo da adeso das instituies proposta, refletindo em um maior comprometimento das instituies em relao PSC. Palavras-chave: adolescentes; medidas socioeducativas; psicologia; teoria scio-histrica.

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Ttulo: MTODO AUTO-REFERENCIAL NA FORMAO DO PSICLOGO SISTMICO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CLAUDIA DALCANALE Autor (es) adicionais: TELMA LENZI E ANGELA B. SAND - MOVIMENTO - CLNICA E ESCOLA DE PSICOLOGIA SISTEMICA Financiador: Empresa Privada - MOVIMENTO- CLNICA E ESCOLA DE PSICOLOGIA SISTEMICA Resumo: MTODO AUTO-REFERENCIAL NA FORMAO DO PSICLOGO SISTMICO Autora Cludia Dalcanale Psicloga; Formao Terapia Sistmica; Ps-Graduada Gesto empresarial Coordenadora Clnica Movimento; Supervisora ASSIM Telma Lenzi Psicloga Especialista Psicologia Clnica, Hospitalar e Sexualidade Humana Formao Terapia Relacional Sistmica; Fundadora, Diretora Docente Movimento Clnica Escola de Psicologia Sistmica Diretora da ASSIM Angela Sand Psicloga; Formao Terapia Sistmica; Ps-Graduada em Gesto da Responsabilidade Social Empresarial; Coordenadora, Supervisora e Docente do Curso de Formao Movimento Clnica e Escola de Psicologia Sistmica RESUMO Os cursos de Formao so uma modalidade de qualificao profissional desenvolvida no pas inteiro, mas cada Instituto de Formao traz consigo um mtodo diferenciado de qualificar seus alunos, com base em sua epistemologia de trabalho e critrios tericos. Dentre eles, o mtodo vivencial de auto-referncia uma forma de qualificao que enfoca a narrativa do aluno como pessoa a ser estudada, ou seja, o estudo terico se d na auto-referncia do aluno, o que permite uma melhor compreenso e vivncia da teoria. Assim, pretende-se refletir os benefcios que o mtodo auto-referencial proporciona na formao profissional de psiclogos, a partir da experincia do Movimento - Instituto de Formao Sistmica de Florianpolis Ltda. Contudo, pde-se avaliar que esta possibilidade de Formao oferece um bom subsdio emocional e tcnico ao aluno, por possibilitar um olhar para o mundo interno de cada aluno, propiciando a construo do seu papel como terapeuta sistmico. Isto se d atravs de aulas terico-vivenciais, tanto a partir de vivncias dos alunos quanto de casos clnicos, e aulas especficas de trabalho pessoal FOT (famlia de origem do terapeuta). Assim, este profissional desenvolve sensibilidade e ampliao de sua viso para o contexto geral do paciente, ampliando o foco alm do mundo interno, onde o terapeuta passa a ser co-responsvel pelos efeitos que as atitudes de seus pacientes geram na sociedade, propiciando o contato deste profissional com sua responsabilidade social.

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Ttulo: NTERVENO RELACIONADA AO AGENTE COMUNITRIO DE SADE EM UMA UNIDADE BSICA DE SADE NO MUNICPIO DE BLUMENAU/SC. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LYSLAINE GASDA Autor (es) adicionais: KARINA DE SOUZA MARTINS - UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU MAYARA MONTIBELER - UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU THALITA LADEWIG SCHWARZ - UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA NUNES - UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU SIMONE KEILA PASA - PROFISSIONAL DA SADE DO MUNICPIO DE BLUMENAU Financiador: Resumo: Considerando a proposta de aprimorar o conhecimento entre prtica e teoria no campo da Psicologia, o Estgio Bsico Supervisionado, incluso na nova grade curricular do curso de Psicologia da Universidade Regional de Blumenau - FURB tem como objetivo proporcionar aos acadmicos vivncias das diversas reas onde a psicologia atua. Em decorrncia disso, a atuao das acadmicas de Estgio Bsico, proporcionou uma reflexo quanto ao conhecimento do que ser um Agente Comunitrio de Sade (ACS). O Estgio iniciou com formao de vnculo, caracterizao da Unidade Bsica de Sade, levantamento de demandas e possveis mtodos de interveno. A partir das demandas levantadas, foi identificada como prioridade de ao, a realizao de uma estratgia no sentido de informar a comunidade sobre a existncia de vagas disponveis para ACS e mobiliz-la para inscries quando da abertura de novos editais. As aes realizadas neste contexto foram a distribuio de panfletos e cartazes nos pontos de referncia da comunidade, como mtodo de divulgao do trabalho e importncia do ACS, a criao de um banco de dados para registro de candidatos interessados s futuras vagas e a elaborao de um vdeo e manual para treinamento de habilidades sociais dos ACS, no sentido de capacit-los para atendimento aos usurios. Essa demanda e interveno sobre ela proporcionou as acadmicas e aos profissionais envolvidos uma reflexo quanto funo descrita, pelo Ministrio da Sade, do ACS e o real papel desempenhado por eles. Alm de fornecer instrumentos direcionados a capacitao e informao dos ACS e dos servidores da Unidade Bsica de Sade.

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Ttulo: O AFETO EM ESPINOSA E AS IMPLICAES NA PRTICA CLNICA DE PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MICHELI CARLA BORTOLOTTI Autor (es) adicionais: CAMILA MUHL - UNOESC Financiador: Resumo: O afeto em Espinosa (1989) possui ao mesmo tempo uma realidade fsica e uma realidade psicolgica e busca aumentar as potncias de existir, pensar e agir das pessoas. Tendo em vista que afetaes so uma constante nos atendimentos clnicos, este artigo apresenta-se, ento, como uma tentativa de compreender como os psiclogos entendem o que os afeta em sua prtica profissional e como lidar com essas afetaes. A presente pesquisa teve carter qualitativo, os dados foram obtidos atravs de entrevista semi-estruturada com seis psiclogos que atenderam em clnica no ltimo ano e foram tratados seguindo o modelo de anlise de contedo de Bardin (2000). Entre as respostas, identificou-se que o que afeta os psiclogos entrevistados positivamente so a satisfao de poder ajudar, obter mudanas junto ao paciente, e a empatia, confiana e intimidade que so alcanadas na relao teraputica, negativamente foram citados: a impotncia diante de algumas situaes, a insegurana e questes que no esto bem trabalhadas no psiclogo e que podem ser trazidas pelos pacientes. Para os entrevistados, a melhor forma de lidar com o que os afeta na prtica profissional estar em terapia e fazer superviso. Um afeto pode ser considerado como tudo aquilo que nos mobiliza, nos inquieta, nos coloca em movimento fisicamente e mentalmente, e que ocorre na relao com as outras pessoas. Na prtica clinica de Psicologia, os afetos ocorrem tanto para o psiclogo quanto para o paciente e estes precisam ser entendidos e trabalhados nessa relao.

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Ttulo: O CONCEITO DE LIBERDADE EM DIFERENTES RELIGIES EM ALAGOINHAS Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RITA DE CASSIA SANTOS RIOS Autor (es) adicionais: RITA DE CSSIA SANTOS RIOS - FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENTO CLEBERSON RAFAEL SILVA BASTISTA - FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENTO SCHEILA SANTANA XAVIER - FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENTO SOLANGE MARY ARAJO - FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENTO Financiador: Outros - RICARDO DANTAS RIOS Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal descrever o relato verbal de alguns seguidores e lderes religiosos sobre o conceito de liberdade em diferentes religies em Alagoinhas, do ponto de vista ao observar o comportamento e o relato dos seguidores e lderes diante da temtica pesquisada. Foram feitas visitas tcnicas as instituies tais como: candombl, espiritismo, catlica e a igreja evanglicva Assemblia de Deus, onde foi realizado uma entrevista com perguntas abertas, com o objetivo de levantar informaes a partir de visitas a instituies religiosas da cidade de Alagoinhas sobre o conceito de liberdade. Tendo em vista a necessidade de perceber as diferentes vises religiosas acerca do conceito de liberdade, foram utilizados dois tipos de pesquisa, a bibliografica, constituida de artigos cientificos, livros, e a pesquisa de campo, onde sero ouvidos lderes ou seguidores religiosos, onde ser montado um banco de dados que facilitar a compreenso dos dados obtidos e toda a dinmica que envolve os autores ou sujeitos desta pesquisa. A referida pesquisa foi concluida que as religies usam reforos positivos e negativos, para que os seguidores e lderes sigam as regras impostas pelas mesmas, e que as religies devem orientar melhor seus seguidores, procurando dar os ensinamentos corretos para quando foram abordados sobre qualquer que seja o tema, elas possam se expressar de forma significativa sem medo de poder falar as suas opinies e argumentos no tocante a sua religio.

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Ttulo: O DESENVOLVIMENTO INFANTIL NO AMBIENTE ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANITA URBANO ZANOTTI Autor (es) adicionais: ANITA URBANO ZANOTTI - IBES/SOCIESC JULIANA BEZERRA - IBES/SOCIESC WILLIAM PEREIRA DA SILVA - IBES/SOCIESC FERNANDA GERMANI DE OLIVEIRA - IBES/SOCIESC Financiador: Resumo: Este trabalho intitulado O desenvolvimento infantil no ambiente escolar, teve como objetivo investigar os diferentes aspectos do desenvolvimento infantil no ambiente escolar e a interao professor/pais e alunos. Para tanto, buscou-se na literatura cientfica, autores que discutem sobre os temas acima mencionados, Almeida, Bassedas, Erikson, Wallon. O sujeito da pesquisa foi uma criana de 4 anos, do sexo feminino, de um centro de educao infantil do municpio de Blumenau (SC). Utilizou-se como metodologia a observao direta em sala de aula (20hs) e entrevistas com os pais e com a professora, para conhecer sobre o desenvolvimento infantil do sujeito em questo. Diante dos dados coletados e observados, foram elaboradas estratgias para proporcionar uma melhor qualidade de aprendizagem para a criana observada, aperfeioando sua interao social com a professora e seus colegas de sala de aula e para promover um ambiente de trabalho mais agradvel para professores e educadores, como por exemplo, retirada da chupeta, limites. Pode-se assim concluir que h uma grande necessidade de preparao contnua de professores e educadores, por meio de treinamentos de novas tcnicas pedaggicas, a fim de proporcionar um melhor ambiente de trabalho para ambos. Ficou evidente a necessidade de um psiclogo atuando no ambiente escolar, de forma integrada ao grupo pedaggico, facilitando a interao entre professores, pais e alunos. Palavras-chave: Ambiente escolar, Desenvolvimento Infantil, Interao.

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Ttulo: O ESPAO ESCOLAR PENSADO A PARTIR DA RELAO PROFESSOR/ALUNO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EVANDRA MARTINS FERNANDES DINKOSKI Autor (es) adicionais: EVANDRA MARTINS FERNANDES DINKOSKI - BACHAREL EM ADMINISTRAO, ESTUDANTE DE PSICOLOGIA - FGG/JOINVILLE-SC ANDRA KNABEM - BACHAREL EM PEDAGOGIA, BACHAREL EM JORNALISMO, MSC. PSICOLOGIA, ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC FERNANDA GEHLEN TESSARO - ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC MARILEI MRCIA SAATKAMP - ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC PATRICIA LARA S. C. FRANCISCO - ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC ROSELY MARIA DE OLIVEIRA - BACHAREL EM PEDAGOGIA,ESP. FAMILIA, ESTUDANTE DE PSICOLOGIA - FGG/JOINVILLE-SC ANA CAROLINA W. MOTA - BACHAREL EM PSICOLOGIA, MSC. PSICOLOGIA, ORIENTADORA FGG/JOINVILLE-SC Financiador: Resumo: O objetivo deste relato apresentar a pratica de estgio da disciplina Pesquisa Aplicada a Psicologia Educacional e Comunitria, no Curso de Psicologia da Faculdade Guilherme Guimbala Joinville-SC. O projeto foi realizado em uma Escola Municipal da cidade de Joinville durante o ano de 2010 nas turmas dos stimos anos. O estagio teve como objetivo a Resignificao Escolar a partir da Relao Professor/Aluno. As turmas participantes tinham o perfil agitado, agressivo com histricos de dificuldade de aprendizagem. Por se acreditar que a afetividade tem grande relevncia na aprendizagem e na construo do individuo bem como apoio ao desenvolvimento dos mesmos, se desenvolveu uma proposta de atividade que tem o intuito de reforar o vinculo entre professor e aluno direcionada pela troca de conhecimentos entre ambos. O objetivo da atividade foi fortalecer o vinculo entre professor e aluno, propiciar uma reflexo sobre este relacionamento, permitindo que o aluno se aproxime do professor e sinta-se parceiro deste nesta longa caminhada do aprendizado. Como estratgia utilizamos a dinmica conhecendo o professor, atravs de entrevista, e jogo do quebra cabea tendo como finalizao a construo do gibi do professor. Foi propiciado condies para a integrao entre professor e aluno, estratgia esta que se apresentou eficaz ao final do trabalho. O resultado apresentou-se positivo aos atores envolvidos, atravs do conhecimento mutuo para alm do currculo escolar. Ao final os trabalhos foram expostos em uma grande rvore com os gibis pendurados como frutos de conhecimento e parceria.

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Ttulo: O ESPAO ESCOLAR PENSADO A PARTIR DA RELAO "EU E MINHA ESCOLA" Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARILEI MRCIA SAATKAMP Autor(es) adicionais: EVANDRA MARTINS FERNANDES DINKOSKI - BACHAREL EM ADMINISTRAO, ESTUDANTE DE PSICOLOGIA - FGG/JOINVILLE-SC ANDRA KNABEM - BACHAREL EM PEDAGOGIA, BACHAREL EM JORNALISMO, MSC. PSICOLOGIA, ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC FERNANDA GEHLEN TESSARO - ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC MARILEI MRCIA SAATKAMP - ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC PATRICIA LARA S. C. FRANCISCO - ESTUDANTE DE PSICOLOGIA FGG/JOINVILLE-SC ROSELY MARIA DE OLIVEIRA - BACHAREL EM PEDAGOGIA, ESP. FAMILIA, ESTUDANTE DE PSICOLOGIA - FGG/JOINVILLE-SC ANA CAROLINA W. MOTA - BACHAREL EM PSICOLOGIA, MSC. PSICOLOGIA, ORIENTADORA FGG/JOINVILLE-SC Financiador: Resumo: O presente trabalho relata experincia de estgio da disciplina Pesquisa Aplicada a Psicologia Educacional e Comunitria, no Curso de Psicologia da Faculdade Guilherme Guimbala Joinville-SC. O projeto foi realizado em uma escola pblica municipal da cidade de Joinville durante os meses de maro a dezembro de 2010. A demanda apresentada pela escola consistia numa ao de auxlio e trabalho junto aos alunos dos stimos anos do ensino fundamental. O projeto desenvolvido buscou junto aos estudantes um espao para (re)significar o espao escolar e compreendeu num dos encontros a atividade Eu e minha escola. Nesta atividade o objetivo foi dos estudantes refletirem sobre a escola e seus espaos e assim pensarem em fatos, situaes, sentimentos, atitudes que esto dentro da escola, fora da escola e em ambos os espaos. Para a realizao desse trabalho foi necessrio elaborao de cartaz com palavras que indicavam diferentes situaes do ambiente escolar e fora dele que deviam ser coladas nos espaos de dentro da escola, fora da escola ou em ambos. Em pequenos grupos os estudantes conversaram sobre as palavras e definiam o local que deveria ser colada se dentro da escola, fora dela ou em ambos. Os resultados indicaram que as discusses no grupo e a realizao dos cartazes possibilitou que cada grupo problematizasse a relao escolar e a partir disso poder (re)significar o sentido e o significado desse espao em sua vida.

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Ttulo: O LUGAR DO PSICLOGO NA ATENO BSICA: POSSIBILIDADES E POTENCIALIDADES Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DOUGLAS AFFONSO FORMOLO Autor (es) adicionais: ERICA KESTERING - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MAGDA DO CANTO ZURBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: Vivemos um momento histrico em que as prprias definies mundialmente conhecidas de sade do abertura a uma interpretao de doena que transcende o modelo biomdico uni-causal. Neste cenrio, o conceito de sade entendido como resultante do modo de viver humano, a partir da relao entre aspectos sociais, psicolgicos e biolgicos igualmente relevantes que envolvem, assim, diferentes reas do conhecimento. O modelo de sade previsto para a ateno bsica, por exemplo, tem como prerrogativa a postura ativa das equipes multiprofissionais em um trabalho que prioriza a interdisciplinaridade e busca o empoderamento do sujeito. Desta forma, o paciente pode ser um agente cuidador de sua prpria sade e do bem estar da sua comunidade. neste contexto que procuramos discutir qual o papel do psiclogo no que diz respeito s prticas de sade pblica, mais especificamente no mbito da ateno bsica. Apresentamos, para tanto, resultados de anlise obtidos a partir de uma atividade de extenso universitria realizada nos postos de sade do Municpio de Florianpolis, onde nos foi possvel observar o hiato existente entre o ideal e o real. Neste sentido, salientamos o avano nas polticas de sade mental ao incluir o psiclogo como profissional de referncia aos profissionais da ESF (Estratgia de Sade da Famlia), papel profissional que no existia ao psiclogo h alguns anos atrs. Contudo, temos percebido que o territrio ampliado que o psiclogo atende, atravs das polticas de NASF (Ncleos de Apoio Sade da Famlia), resultam em populaes atendidas extremante grandes, inviabilizando a territorializao de fato, como prevista no SUS (Sistema nico de Sade). Assim, esse modelo pode levar o psiclogo a exercer mais trabalhos clnicos de atendimentos urgentes ou cuidados curativos, do que realizar trabalhos de preveno e promoo de sade.

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Ttulo: O MERCADO FORMAL DE TRABALHO DOS PSICLOGOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ERICH MAX KARING Autor (es) adicionais: JOS LVARO DE LIMA CARDOSO - DIEESE Financiador: Outros - SINPSI Resumo: Objetivo: Este painel tem o objetivo de divulgar a anlise da pesquisa feita a pedido do Sindicato dos Psiclogos no Estado de Santa Catarina (SinPsi-SC) ao Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos (DIEESE), a respeito do perfil dos psiclogos no mercado formal de trabalho em de Santa Catarina. Mtodo: Para realizar esta anlise utilizou-se os dados constantes das bases de dados elaboradas e disponibilizadas pelo Ministrio do Trabalho (MTE), atravs da Lei 4.923/65 que instituiu o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a Relao Anual de Informaes Sociais (Rais). Os dados da Rais, por ser uma base anual, referem-se ao ano de 2009. J os dados do Caged so divulgados mensalmente, e esto apresentados neste trabalho at o ms de dezembro de 2010. Resultados: Entre vrias anlises feitas Observa-se que, em Santa Catarina, havia em 2009, 1.683 profissionais na ocupao de psiclogos, e recebiam remuneraes mensais no valor de R$ 2.038,66 na mdia. No entanto no Brasil, no mesmo ano, havia 38.727 psiclogos, ganhando remuneraes mdias mensais no valor de R$2.169,57, prximo das remuneraes mdias praticadas no estado de SC, que est entre os estados com remuneraes razoveis. E em Santa Catarina concentrava 4,35% dos profissionais no Brasil, enquanto, So Paulo e Minas Gerais apresentam a maior concentrao destes profissionais, com um percentual de 29,83% e 13,99%, respectivamente. Esta anlise apresenta outras informaes a respeito da distribuio dos empregos segundo algumas informaes como: remunerao nas mesorregies do estado; natureza jurdica dos estabelecimentos; setores de atividades econmicas; algumas caractersticas individuais; algumas informaes sobre o vnculo; e a flutuao recente do emprego dos psiclogos.

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Ttulo: O MODELO PSICOSSOCIAL DE ATENO SADE MENTAL NO MBITO DA INICIATIVA PRIVADA/CLNICA-DIA: Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBSON DOS SANTOS MELLO Autor (es) adicionais: ROBSON DOS SANTOS MELLO - CLNICA CASA VIDA MARLUCE DA COSTA MELLO Financiador: Resumo: O presente trabalho/pster tem como objetivo central tornar pblico, e a partir disso fomentar o dilogo entre estudantes e profissionais sobre os resultados do trabalho clnico-institucional junto aos sujeitos psicticos entre outros no contexto da Lei Nacional da Reforma Psiquitrica - N. 10.216 (Lei Paulo Delgado) no mbito da iniciativa privada. No se pretende, com tal trabalho concorrer com o modelo promulgado pela sade pblica dos estados e municpios, mas sim, contribuir com os debates que tero como mote principal mais uma ideia e/ou contribuio da prtica psicolgica no campo da ateno fundamentalmente psicossocial, portanto, transdisciplinar. O trabalho apresentar os resultados bem-sucedidos numa clnica-dia que v na ao transdisciplinar, na assistncia aos familiares, nos trabalhos individuais e em grupo e, tambm nas atividades extramuros suas estratgias fundamentais para a produo do bem-estar e da qualidade de vida - em seu sentido mais amplo! - dos sujeitos. O trabalho tem tambm como meta produzir um canal de dilogo sobre as possibilidades, impasses e resultados com aqueles que se mostrarem interessados na ao clnico-institucional de base eminentemente psicossocial. Pretender-se-, tambm, mostrar as mltiplas facetas do trabalho com sujeitos esquizofrnicos no modelo aberto. A reconstruo da cidadania e o advento lento do bem-estar e da qualidade de vida so os elementos mais evidentes quanto aos resultados do trabalho que ora se pretende apresentar.

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Ttulo: O PAPEL DO PSICLOGO NA SADE PBLICA: A DEPNCIA QUMICA E O LAZER Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DANIELE MOZER Autor (es) adicionais: DAIANE M. BALBINOTI - ELIANE R. PEREIRA Financiador: Resumo: O relato de experincia que apresentamos, referente ao estgio bsico em Psicologia da Sade Pblica e Comunitria, que ocorreu em um Centro Teraputico para Dependentes Quimicos da cidade de Blumenau/SC. Iniciamos nosso trabalho com observaes de um grupo composto por 25 homens com idades entre 18 e 60 anos. Foram observados vrios fenmenos psicolgicos, e dentre estes se escolheu como objeto de interveno a ociosidade. A partir da elaborao do diagnstico atravs dos dados coletados, realizamos as intervenes que aconteram no tempo livre/lazer dos internos. As mesmas foram divididas em cinco encontros, com atividades de elaborao de cartazes, filmes com rodas de debates, oficinas de criao e uma pequena competio. Ao final de cada encontro foi realizada uma reflexo sobre a atividade e a relao desta com o tratamento dependncia qumica. Mensurar os resultados do processo das intervenes difcil considerando que ocorrem muitas mudanas no grupo, assim como na prpria instituio, porm percebeu-se que a satisfao e os prazeres encontrados nas diversas atividades realizadas durante o lazer contribuem para promoo de sade e do bem estar de cada sujeito, servindo como um estmulo, fazendo surgir sentimentos agradveis e fortes, onde o sujeito sai de suas rotinas habituais de vida. Acreditamos ser de extrema importncia que haja atividades diversificadas para que as atenes desses indivduos sejam direcionadas na execuo dessas aes, fazendo com que haja mais prazer e entusiasmo em continuar o processo teraputico.

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Ttulo: O QUE FAMILIA? A IMPORTNCIA DO AFETO PARA CRIANAS ABRIGADAS. Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DANIELE ROSA PUTTON Autor (es) adicionais: SCHEILA BETRIZ SEHNEM - UNOESC ANA PATRICIA PARIZZOTO - UNOESC ZAMIR DOILE MACEDO - UNOESC EVELINE BERNARDI - UNOESC ALINE ROSSETI - UNOESC DAIANE GILIOLI - UNOESC PRISCILA LUVISON - UNOESC Financiador: Resumo: A famlia ponto crucial para o bom desenvolvimento infantil, por tanto saber o significado dela para crianas abrigadas torna-se muito importante. Por meio de estudos sabemos que uma criana para desenvolver-se adequadamente precisa, em seus primeiros anos de vida, de segurana, alimento e principalmente de afeto, estes itens so assegurados pela instituio famlia, mas quando no se torna possvel ter uma famlia, o abrigo poderia fornecer tambm um bom desenvolvimento? Este estudo buscou na bibliografia argumentos para embasar a tese de que os abrigos devem fornecer o afeto necessrio para o bom desenvolvimento infantil.Teve como objetivo retratar os vrios conceitos de famlia, adoo e abrigo, buscando a importncia da famlia para o bom desenvolvimento infantil. Este configurou-se como um estudo bibliogrfico, com abordagem qualitativa. Como mtodo utilizou-se a busca na internet para a coleta dos artigos, que serviram de base para o estudo, recorrendo-se a sites de pesquisa cientifica, e usando o texto dissertativo como base para a escrita cientifica. Concluiu-se que importncia do afeto no desenvolvimento da criana imprescindvel. A famlia sim um ponto chave para este desenvolvimento saudvel, atravs dela que conceituamos e estruturamos o mundo onde vivemos, conceito comum para todos os autores pesquisados, relatando as figuras de afeto como co-autores desse bom desenvolvimento.Figuras estas que ainda no coabitam o ambiente do abrigo e do ser abrigado.

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Ttulo: O QUE O ADOLESCENTE ASSISTE NA TV: PREFERNCIAS E HBITOS TELEVISIVOS DE JOVENS DE DOIS CONTEXTOS SOCIAIS DISTINTOS Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LIZIARA SARMENTO PORTELLA Autor (es) adicionais: AIDA NASCIMENTO DO VALE - UFSC ALINE DEMANTOVA GONALVES - UFSC DANIELLA PESSOTTI BAMPI - UFSC HELOIZA DE SOUSA - UFSC MARIANE COMELLI DOS SANTOS - UFSC RAQUEL DE BARROS PINTO MIGUEL - UFSC Financiador: Resumo: A sociedade atual possui a mdia como grande mediadora social, participando tanto nas aprendizagens sociais como na construo da subjetividade de crianas e adolescentes, uma vez que os signos sociais apresentados por ela sero apropriados pelos jovens. O conhecimento sobre a utilizao da mdia se mostra como ferramenta significativa, uma vez que possibilita aos profissionais da educao conhecer fatores que contribuem na forma como crianas e adolescentes percebem e lidam com o mundo e por aproxim-los dos alunos indicando influncias na sua constituio como sujeito. A mdia televisiva ainda a que tem mais alcance entre os jovens, sendo importante conhecer o que ela veicula bem como a programao mais assistida por esses estudantes. Partindo de uma viso scio-histrica da adolescncia, essa pesquisa visou levantar hbitos e preferncias televisivas de adolescentes dentro de duas realidades sociais distintas. Os participantes foram 136 indivduos (67 de escola pblica e 72 de escola privada) entre 14 e 20 anos, estudantes do 1 e do 2 ano do ensino mdio, da cidade de Florianpolis/SC. Os resultados demonstram que aproximadamente 48% dos sujeitos pesquisados tm acesso TV aberta e por assinatura e que o acesso exclusivo TV aberta continua sendo prevalente entre grupo da escola pblica (49,3%) em contraste com a escola privada (11,9%). Em relao aos programas preferidos pelos adolescentes, as categorias mais mencionadas foram seriados (46.8%) e novelas (28.8%). Comparando-se com a internet, pode-se notar que a TV ainda predominante, com acesso dirio por 93% da amostra, enquanto 85, 16% da mesma acessam a internet diariamente. A partir dos resultados encontrados, novas pesquisas podero ser realizadas com o intuito de analisar quais fatores esto envolvidos nas preferncias televisivas dos adolescentes e de indicar possibilidades de ao profissional no contexto escolar a partir dessas informaes.

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Ttulo: O SABER FAZER DA PRTICA PROFISSIONAL EM PSICOLOGIA: RELATO DE UMA EXPERINCIA REALIZADA JUNTO AO CENTRO DE CINCIAS JURDICAS DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULYELLE CONCEIO Autor (es) adicionais: CATARINA GEWEHR - FURB GLUCIA TAIS PURIN - FURB KATHLEN PRZYGODA - FURB PATRCIA KARINA KLEMZ - FURB Financiador: Resumo: A presente proposta de trabalho decorrncia do processo de interveno realizado no segundo semestre de 2010, no contexto de atividades do Estgio Bsico IV (EBIV), que tem sua centralidade determinada pelo mundo do trabalho. Junto ao Centro de Cincias Jurdicas uma das unidades de ensino que compem a estrutura administrativa da FURB buscou-se, atravs do mtodo etnogrfico, compreender a srie histrica que produziu a peculiaridade das atividades de trabalho presentes na referida unidade universitria e, por decorrncia, determinar as possibilidades/demandas para futura interveno naquele local, pautada nos princpios tericos/tcnicos da Psicologia do Trabalho e das Organizaes. Muitas das problemticas evidenciadas durante o processo de realizao do EBIV demonstraram a necessidade de uma reorientao dos processos de trabalho no mbito do CCJ, com destaque para a recuperao ativa da Descrio de Cargos a fim de alcanar um maior ordenamento/qualificao das atividades/tarefas desenvolvidas pelos servidores tcnico-administrativos lotados na referida unidade universitria. Ao tempo de realizao do EBIV foi possvel constatar que estava em curso um acelerado processo de mudana na cultura organizacional da Unidade, em funo da eleio dos novos gestores da Unidade, ocorrida no ms de maio de 2010. O processo de mudana na cultura do CCJ estava fundamentado, principalmente, na compreenso por parte da nova direo da Unidade de que a gesto universitria se faz desde uma perspectiva em que democracia no se confunde com ausncia de autoridade. Ao final do EBIV procedeu-se a preparao do Relatrio Psicolgico elaborado nos moldes previstos pela Resoluo 07/2003 do CFP que foi entregue aos gestores da Unidade, durante a reunio de devolutiva. O Relatrio Psicolgico entregue, mais do que encerrar formalmente o processo do EBIV, constituiu-se como demarcao a partir da qual novas e importantes aes no desenvolvimento da gesto da Unidade podero ser realizadas.

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Ttulo: ORIENTAO DE CARREIRA EM UMA PERSPECTIVA GESTLTICA. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RAQUEL GUEDES PIMENTEL Financiador: Resumo: A presente pesquisa de carter terico teve como objetivo traar uma compreenso terica-epistemolgica da orientao profissional e de carreira (OC) a partir do referencial da gestalt-terapia fenomenolgica. A pesquisa foi de natureza bibliogrfica e articulada com a experincia clnica da pesquisadora. Aps identificar na literatura as principais demandas de quem procura o trabalho do psiclogo orientador profissional, buscou-se no referencial da teoria temporal do Self, proposta pelos fundadores da Gestalt-terapia e de autores contemporneos, a leitura fenomenolgica desta teoria a fim de ampliar a compreenso dessas demandas e lanar possveis perspectivas de interveno. O self entendido como um sistema organizador de contatos e est sempre dinamicamente em movimento. As funes (funo id, funo ego e funo personalidade) e a dinmica do self caracterizam a maneira de compreender o ser humano e suas relaes sob o cunho da forma singular pela qual cada um se coloca no mundo. Essa forma aparece articulada nas relaes por meio de ajustamentos criativos. Estes ajustamentos, por sua vez, medeiam a forma como o ser humano se relaciona com seu semelhante e com o meio. As principais demandas na OC so: dvidas na primeira escolha profissional, dvidas concernentes a escolha j realizada frente a insatisfao no curso ou no trabalho, planejamento de carreira, dificuldades na insero profissional, dificuldades de recolocao profissional, preparao para a aposentadoria, preparao psicolgica para lidar com a ansiedade nos concursos pblicos. Essas demandas podem aparecer na forma de ajustamentos neurticos, tico-polticos ou psicticos, requerendo assim uma interveno especfica para cada situao possvel.

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Ttulo: PARMETROS PSICOMTRICOS PARCIAIS DO TESTE NEUROPSICOLGICO LURIA-NEBRASKA-C Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BRIGIDA CAROLINA HAIDUK Autor (es) adicionais: TATIANA IZABELE JAWORSKI DE S RIECHI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN CLAUDIA DAS CHAGAS PRODSSIMO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ARIANA PERESSUTE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN Financiador: Resumo: Objetivo: Identificar a fidedignidade do teste Luria-Nebraska-C verso Lima, Mello, Massoni, Riechi, Ciasca, 2005, para adequao dos instrumentos utilizados na avaliao neuropsicolgica do Ncleo Interdisciplinar de Desenvolvimento e Aprendizagem do Centro de Neuropediatria do Hospital de Clnicas. Mtodo: Foram selecionadas 33 crianas, de ambos os sexos, entre 6 e 11 anos, atendidas pelo Ncleo Interdisciplinar de Desenvolvimento e Aprendizagem do Centro de Neuropediatria do Hospital de Clnicas da Universidade Federal do Paran. Os instrumentos utilizados para a correlao foram: Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e Teste Luria-Nebraska-C para Crianas. Posteriormente, foi construdo um banco de dados no programa SPSS e utilizado o teste de correlao de Spearman. Resultados: O processamento estatstico indica que a mdia de idade das 33 crianas atendidas de 9 anos. Destas, 72,7% so do sexo masculino e 27,3% do sexo feminino e a maioria freqenta o 3 ano escolar (27,3%). O teste de correlao de Spearman indica que h correlao moderada (r=0,619; p>0,001) entre os testes Raven e Luria-Nebraska aplicados nestas crianas. Concluses: Diante da importncia do uso de instrumento discriminativo e fidedigno de avaliao neuropsicolgica para a populao infantil atendida nos servios pblicos de sade, justifica-se a continuidade da anlise dos parmetros psicomtricos do instrumento, para que este seja adequado populao atendida e responda aos padres de confiabilidade tcnica, a fim de evitar erros diagnsticos e intervenes inadequadas.

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Ttulo: PELO BEM NASCER Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCOS DOS SANTOS Autor (es) adicionais: GLENDA FRIEDRICH - IBES SOCIESC MARCIO JORGE DE FREITAS BITTENCOURT - IBES SOCIESC CARLOS ALBERTO MEDRANO - IBES SOCIESC LUCIANE D'AVILA BICA - UNISINOS VERUSCKA DE ALBUQUERQUE GROMANN - UFPR Financiador: Resumo: Pelo Bem Nascer um projeto de extenso que visa conformao de um grupo apoiador ao bem nascer na regio de Blumenau, buscando promover uma cultura de humanizao na sociedade que pressuponha o respeito mulher a sua livre escolha no que se refere concepo, gestao, parto, cuidados com o recm nascido e amamentao. O projeto promove encontros abertos comunidade para discusso de assuntos relacionados humanizao do parto nascimento e prevenir situaes decorrentes da medicalizao do ato de nascer, desde a concepo at o desmame, reunies onde so discutidas produes acadmicas vinculadas aos conceitos necessrios para o desenvolvimento do projeto e parcerias como com o Cine Me da Fundao Cultural de Blumenau. Resgata o conceito de Preveno Quaternria no que se refere ao intervencionismo desnecessrio sobre o ato de nascimento. Blumenau e regio tm um dos ndices mais elevados de cesreas por habitante, praticamente quadruplicando os ndices de referncia da Organizao Mundial da Sade. Tambm o projeto faz o levantamento de outras formas de parir que mundialmente esto resgatando valores antropolgicos, culturais e histricos. O que foi chamado de Complexo Mdico Industrial, ao tornar-se um discurso hegemnico no campo da sade, foi substituindo prticas que, sob o nome de humanizao do parto, so hoje parte dos programas e polticas pblicas vigentes no Brasil. Meios: Promoo de encontros com freqncia quinzenal; Desenvolvimento de parcerias com universidades e outros centros de ensino e pesquisas; Parcerias com associaes de classes, moradores, sindicatos de categorias e Organizaes No Governamentais; Promoo de formao atravs de oficinas, cursos, seminrios e palestras; Participao em congressos nacionais e internacionais. Palavras Chaves: Parto humanizado; Preveno quaternria; participao comunitria.

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Ttulo: PERCEPES DE MULHERES RURAIS DE UMA COMUNIDADE DO INTERIOR DO MUNICPIO DE JOAABA-SC EM RELAO SEXUALIDADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ZAMIR DOILE MACEDO Autor (es) adicionais: VIVIANE GREGOLETI - U&NOESC Financiador: Resumo: A sexualidade inerente ao ser humano, porm sempre foi alvo de moralismos e preconceitos. Em razo disto um campo desafiante, que continua despertando dvidas e curiosidades, havendo diversos trabalhos que enfatizam a sexualidade humana e a sexualidade feminina, porm, trabalhos especficos sobre a sexualidade da mulher rural so ainda escassos. Ante esta realidade o presente estudo objetivou investigar mitos, crenas, preconceitos e tabus sobre a sexualidade no cotidiano das mulheres rurais, identificar o modo como vivenciam ou expressam sua prpria sexualidade, bem como, descrever o conceito que estas mulheres tm sobre a sexualidade. Utilizou-se para realizao deste estudo o mtodo descritivo com abordagem qualitativa, cujos dados foram coletados atravs de um questionrio semiestruturado, respondido individualmente, tendo como sujeitos dez mulheres de uma comunidade rural do interior de Joaaba. Os resultados indicaram informaes restritas sobre sexualidade, independente da escolaridade, e uma grande influncia da cultura e da religio na educao das mesmas, contribuindo para a formao de mitos, preconceitos e tabus, onde predominam mecanismos repressivos e discursos abarcados por mecanismos sutis e sofisticados de padronizao e controle sobre a sexualidade. E, em virtude da represso sofrida, possuem dificuldades para expressar-se sexualmente, abdicando muitas vezes do prprio prazer em detrimento da moral e dos bons costumes, afetando sobremaneira a prpria sade mental. A partir destes dados, conclui-se que a Psicologia poderia contribuir com este pblico to negligenciado nos cuidados psicolgicos, auxiliando na melhoria da qualidade de vida destas mulheres, proporcionando-lhes um maior espao e visibilidade para alcanar a auto expresso, superao de medos, crenas errneas e esteretipos.

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Ttulo: PERCEPES DE TRABALHADORES ASSEDIADOS SOBRE O SENTIMENTO DE CULPA EM RELAO AO ASSDIO MORAL NO TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA CARLA FABRO Autor (es) adicionais: SUZANA DA ROSA TOLFO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA IVONETE STEINBACH GARCIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Outros - CNPQ Resumo: Esta pesquisa objetivou estudar as percepes de trabalhadores assediados sobre o sentimento de culpa relacionado s ocorrncias de assdio moral no trabalho. Inicialmente foi feita anlise documental para identificar trabalhadores assediados que realizaram denncia no ano de 2009 na SRTE/SC. Utilizou-se como referncia para identificar o assdio moral as categorias propostas pela psiquiatra francesa MarieFrance Hirigoyen, que classificam os comportamentos hostis dos assediadores em 4 categorias de anlise, a saber: deteriorao proposital das condies de trabalho; isolamento e recusa de comunicao; atentado contra a dignidade e violncia verbal, fsica ou sexual. Por meio da anlise de 43 processos de denncia, constatou-se que 27 caracterizaram ocorrncias de assdio moral no trabalho. Aps essa etapa, por acessibilidade, foram entrevistados 9 assediados e em todos os casos confirmou-se as ocorrncias de assdio. Os comportamentos hostis mais denunciados foram: deteriorao proposital das condies de trabalho e atentado contra a dignidade. Em relao frequncia, verificou-se que em todos os casos as situaes de assdio eram dirias e, com relao a durao, houve um predomnio de 6 meses a 1 ano. Ficou caracterizado assdio moral vertical descendente em todos os casos, sendo que desses, quatro tambm caracterizam a direo horizontal. Em se tratando do sentimento de culpa relacionado s ocorrncias de assdio moral, todos os sujeitos da pesquisa experenciaram sentimentos de dvidas aps serem assediados, e buscaram motivos em si que pudessem explicar as ocorrncias de assdio, sendo que 5 dos 9 sujeitos declararam ter sentido culpa. Palavras-chave: assdio moral, trabalho, sentimento de culpa.

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Ttulo: PESQUISA PARA INTERVENO SCIO-EDUCATIVA EM PROL DO AUMENTO DA QUANTIDADE DE CICLOUSURIOS EM USO NORECREATIVO EM FLORIANPOLIS Tema: PSICOLOGIA, TRNSITO E MOBILIDADE URBANA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RODRIGO GOMES FERREIRA Autor (es) adicionais: GILVANA DA SILVA MACHADO - CESUSC VANDERLUCIA ROSA CUNHA - CESUSC ALESSANDRA MAFRA RIBEIRO - CESUSC Financiador: Empresa Privada - CESUSC Resumo: A poltica de mobilidade vigente na absoluta maioria das cidades brasileiras foi orientada pelo e para o transporte motorizado e individual. Hoje, tudo indica que esse modelo se esgotou. O aumento da frota de carros nas grandes cidades e a conseqente dificuldade de circulao gerada pelo excesso de automveis, somados aos conhecidos problemas existentes no transporte coletivo de passageiros, indica a possibilidade da proliferao do uso de um transporte individual para pequenas distncias, mais prtico e menos impactante ao ambiente em que ele se insere. Guiando-se principalmente pelo referencial terico do comportamentalismo de Skinner, busca-se compreender as atuais formas de reforo e punio em funcionamento no que se refere ao comportamento de uso da bicicleta dentre os vrios modais disponveis. O objetivo principal deste trabalho refere-se elaborao de uma proposta de interveno scio-educativa em prol do aumento da quantidade de ciclousurios em uso no-recreativo. Este trabalho envolve a reviso da literatura e o delineamento de metodologias para o levantamento de dados junto a ciclo-usurios e indivduos que no so ciclo-usurios. Esta pesquisa est integrada aos trabalhos do Grupo Walden de Pesquisas Comportamentais e Prticas PrAmbientais, vinculado ao CEPSI - Centro de produo de saberes e prticas em Psicologia do curso de graduao em Psicologia do CESUSC.

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Ttulo: POSSIBILIDADES DE ATUAO DO PSICLOGO EM UMA MATERNIDADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA EMLIA PEREIRA NUNES Autor (es) adicionais: MARGARIDA FILOMENA LOPES FONSECA - UFSC ZAIRA APARECIDA DE OLIVEIRA CUSTDIO - HU-UFSC MARIA APARECIDA CREPALDI - UFSC Financiador: Resumo: O presente trabalho visa relatar a experincia de um Servio de Psicologia no campo da sade obsttrica e neonatal em uma maternidade pblica de Florianpolis e as possibilidades de atuao do psiclogo. O processo gravdico-puerperal marcado por intensas transformaes fsicas, hormonais, psicolgicas, sociais, espirituais e de papis podendo desencadear crises e desconfortos, muitas vezes adaptativas. um processo natural, mas imprevisvel e sujeito a uma srie de intercorrncias gerando impacto nas representaes maternas, paternas e familiares. Considerando que este processo de ordem psicofisiolgico, o psiclogo se insere neste momento de transio do ciclo vital para oferecer apoio s gestantes, parturientes e purperas, assim como aos acompanhantes e/ou familiares. Os atendimentos ocorrem nas dependncias da Triagem e Centro Obsttrico, Alojamento Conjunto e Unidade Neonatal. A atuao do psiclogo na maternidade dinmica e depende do ambiente em que est sendo realizada. Na Triagem e Centro Obsttrico oferecido apoio fsico e emocional contnuo parturiente ao longo do processo de parto e nascimento; no Alojamento Conjunto oferecido apoio nas questes relativas gestao de alto risco, preparao para a prematuridade, ms formaes e sndromes fetais, interrupo legal da gestao, bito intra-uterino, mudana no ciclo vital da famlia, vinculao afetiva, rede de apoio, preparao para a alta, dentre outras; na Unidade Neonatal oferecido apoio frente as questes da prematuridade, ms formaes, bito neonatal e outros diagnsticos, com o acompanhamento a famlia durante a internao da criana. No que diz respeito a educao em sade so oferecidos os Grupos de Gestantes, os quais so abertos comunidade. Os atendimentos so realizados na beira do leito ou em ambiente reservado, nas modalidades individual, grupal ou familiar. Para tanto, so utilizados os referenciais tericos da psicoterapia breve, da abordagem sistmica, e da psicologia da gravidez e do desenvolvimento.

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Ttulo: PREVENO AO USO DE DROGAS: UM RELATO DE EXPERINCIA COM ADOLESCENTES NO MUNICPIO DE PORTO BELO/SC Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBERTA ERTEL BAIERLE Autor (es) adicionais: ELUANA FRARE - UFSC Financiador: Instituio pblica - CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO ADOLESCENTES DE PORTO BELO/SC Resumo: A adolescncia o perodo compreendido entre os 12 e os 18 anos incompletos, marcado por profundas mudanas fsicas e psquicas. Nessa fase, devido a fatores subjetivos e/ou culturais, o adolescente mais vulnervel experimentao de drogas. A experimentao pode evoluir para o uso abusivo com conseqncias danosas para o indivduo - e deste para a dependncia qumica, que a doena caracterizada pela extrema necessidade de se consumir a droga. Sendo o uso de drogas uma preocupante questo de sade pblica atualmente, objetivou-se trabalhar a preveno ao uso de substncias lcitas e ilcitas. A preveno caracterizada por um conjunto de aes que tem por finalidade evitar ou retardar o uso indevido de substncias psicoativas e os problemas causados pelo uso. Na preveno primria trabalha-se junto queles que ainda no experimentaram ou que esto na idade em que costumeiramente se inicia o uso de drogas. Em nove encontros semanais, foram aplicadas diferentes metodologias de trabalho de preveno dentro de um processo de problematizao e discusso do tema. Buscou-se o debate franco, democraticamente aberto e continuado com vistas a estimular o pensamento crtico e a tomada de deciso por parte dos jovens. Ao longo da experincia, os adolescentes participantes do projeto conquistaram maior conhecimento sobre os tipos de drogas, seus efeitos no organismo e as consequncias do uso; foram capazes de identificar e caracterizar o uso experimental, o uso abusivo e a dependncia qumica; relacionaram o consumo de drogas a comportamentos de risco e situaes de violncia; identificaram fatores de risco e de proteo individuais e na comunidade; perceberam a influncia da famlia, do grupo de amigos e da mdia na experimentao e uso de drogas e confeccionaram seus projetos de vidas.

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Ttulo: PROCESSO DE INCLUSO ESCOLAR DE UM ALUNO COM PARALISIA CEREBRAL: RELATO DE EXPERINCIA NO CONTEXTO DO ENSINO FUNDAMENTAL. Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FABIANI CABRAL LIMA Autor (es) adicionais: ADRIANO HENRIQUE NUERNBERG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O processo de incluso de crianas com deficincia tem proporcionado uma srie de desafios organizao e estrutura da escolarizao em seus diferentes nveis. Desafios que envolvem, por exemplo, a superao de barreiras e que exigem dos profissionais envolvidos atitudes diferenciadas e criativas. Destaca-se que a escola precisa adaptar-se para receber os alunos com deficincia, e no o contrrio. Este trabalho refere-se a um relato de experincia e tem como objetivo fazer uma breve discusso a respeito da incluso de uma criana com paralisia cerebral em uma escola de ensino regular na cidade de Florianpolis. Nele sero relatadas algumas das barreiras encontradas ao longo deste processo e estratgias de enfrentamento, como forma de problematizar diferentes aspectos da incluso escolar, visando proporcionar subsdios para melhoria destas prticas de incluso. A escola referida desenvolve um programa de incluso de alunos com deficincia, contando com a parceria de estagirios do curso de Psicologia na busca da consolidao efetiva da incluso escolar. O presente relato foi obtido atravs da observao de uma das estagirias de Psicologia, fruto desta parceria, a qual acompanhou um aluno com deficincia, auxiliando-o em atividades fundamentais como na comunicao e na alimentao durante o ano letivo de 2007. Com base em argumentos da Psicologia Social e da Educao, sero analisadas algumas situaes do cotidiano escolar deste aluno, visando refletir sobre os limites e possibilidades de sua incluso educacional e social.

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Ttulo: PROGRAMA DE ATENO AO DEPENDENTE QUMICO E FAMILIARES Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA PATRICIA A. V. PARIZOTTO Autor (es) adicionais: ANA PATRICIA ALVES VIEIRA PARIZOTTO - NASF Financiador: Resumo: O Programa de Ateno ao Dependente Qumico e Familiares teve incio no ano de 2010 voltado para o atendimento aos dependentes qumicos egressos de instituies de tratamento da dependncia qumica, bem como pessoas que buscam atendimento psicolgico para manuteno da abstinncia. Esse estudo trata-se de um relato de experincia profissional. um dos programas oferecidos pelo servio de sade pblica em um municpio de pequeno porte situado no Meio Oeste Catarinense por meio do Ncleo de Ateno e Sade da famlia (NASF). O programa tem como objetivo oportunizar aos dependentes qumicos e seus familiares atendimento psicoterpico por meio da grupoterapia. A abordagem terica utilizada a abordagem psicodramtica, criada por Jacob Levi Moreno. O mtodo utilizado para a realizao do grupo so sesses semanais com durao de aproximadamente uma hora. Para tanto so utilizadas diversas tcnicas, dentre elas: psicoterapia de grupo, seminrios temticos, grupos de reflexo, exibio de filmes, entre outras. Tais tcnicas so realizadas tanto com os participantes do grupo, bem como com os seus familiares. Os resultados obtidos com a realizao do grupo so evidentes, dentre eles podemos citar: diminuio das recadas, manuteno da abstinncia, ampliao das redes sociais de apoio, estreitamento dos vnculos afetivos entre os usurios do programa e familiares, conquista da sua cidadania, diminuio do isolamento social dos familiares perante a sociedade na qual esto inseridos, diminuio dos custos para o Sistema nico de Sade (SUS). Faz-se necessrio salientar que um dos principais aspectos a serem observados se refere melhoria na qualidade de vida dos sujeitos envolvidos.

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Ttulo: PROGRAMA DE EDUCAO PARA O TRNSITO: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM. Tema: PSICOLOGIA, TRNSITO E MOBILIDADE URBANA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ISABEL CRISTINA FUCHS MLLER Autor (es) adicionais: JAQUELINE VAILATI - FURB ALVARO LUIZ DE AGUIAR - FURB Financiador: Resumo: O trabalho em questo tem como finalidade expor a importncia de se atentar ao fenmeno trnsito. Traz para o conhecimento as estatsticas dos ltimos anos, visando esclarecer os nmeros de acidentes e gastos decorrentes dos mesmos. Busca apontar a relevncia de se produzir um projeto para a educao para o trnsito nas escolas. O objetivo proposto surgiu embasado na reviso literria, justificada por dados divulgados por instituies como DETRAN, SETERB e Organizao Mundial da Sade (OMS). Inicia-se o trabalho apresentando conceitos de trnsito, onde fica elucidado que este fenmeno complexo e amplo, sendo o comportamento humano uma das variveis que o constituem. Desta forma, torna-se visvel o espao da psicologia no que diz respeito ao tema. A seguir, abordado o Histrico da Legislao de Trnsito no Brasil, com intuito de evidenciar o caminho percorrido at a atual legislao de trnsito e apontando para normas e leis que visam nortear a prtica pedaggica. Neste sentido, destaca-se o objetivo comum das normas e leis abordadas, que vm a ser formar cidados mais conscientes e preparados para enfrentar a vida e o trnsito. A partir da se discute os Processos de Ensino/Aprendizagem na Construo da Mobilidade Humana, esclarecendo que no basta colocar em prtica as normas e leis que afirmam ser a educao o caminho para formao de cidados, mas que necessrio utilizar de estratgias que torne significativo todo processo de ensino e aprendizagem. Para encerrar, expe-se uma proposta para elaborao de um projeto de educao para o trnsito em escolas municipais, tendo em vista a relevncia apresentada do tema em questo.

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Ttulo: PROJETO DE EXTENSO AES AUTOSSUSTENTVEIS NO PROCESSO GESTAR, PARIR E NASCER UNIVALI CAMPUS BIGUAU. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DENISE JORDAO DA SILVA Autor (es) adicionais: ADRIANA DUTRA THOLL - UNIVALI E FACULDADE ESTCIO DE S HEBE CRISTINA BASTOS RGIS - UNIVALI MARILIA PERMPMACKER DA SILVA TODESCHINI - UNIVALI SUYANNE PIRES - UNIVALI SUZANNE DE SOUZA MARTINS - UNIVALI TATIANE KAROLIN AREIAS MACIEL - UNIVALI Financiador: Resumo: O Projeto de Extenso Aes autossustentveis no processo gestar, parir e nascer que tem o objetivo de promover aes preventivas, educativas e teraputicas, realizado com a integrao de profissionais e acadmicos de Enfermagem e Psicologia da UNIVALI, tendo como pblico alvo, gestantes, purperas, recm-nascidos e famlias cuidadoras na Maternidade do Hospital Regional de So Jos - Doutor Homero de Miranda Gomes HRSJ. So aes realizadas duas vezes por semana, onde as gestantes e purperas so orientadas individualmente, no leito e/ou coletivamente, por meio de palestra, sendo que neste espao so esclarecidas as dvidas quanto aos primeiros cuidados com o beb, estimulado o toque e o vnculo entre pais/familiares/bebs e tambm so feitas consideraes quanto aos aspectos psicolgicos e nutricionais da amamentao, alm de estimular a participao paterna. O projeto ainda proporciona informao e tem um carter teraputico, j que o espao acolhedor permite que os participantes falem sobre os medos, angstias e fantasias diante da hospitalizao do beb. Para Frank Gregrio, (2005) a universidade busca produzir, sistematizar, disponibilizar e socializar o conhecimento filosfico, cientfico, artstico e tecnolgico, ampliando e aprofundando a formao do ser humano para o desempenho de uma profisso. uma instituio de formao crtica e de saberes, em dilogo contnuo com a sociedade, contribuindo para a transformao da sociedade. Correlacionando assim com a contribuio do autor supracitado e enfatizando deste modo as questes relacionadas construo do conhecimento de forma coletiva no trabalho entre diferentes reas de atuao, e a importncia da educao no sentido de se tratar de um trabalho preventivo em sade, busca-se por meio deste trabalho, apresentar o relato da experincia das estagirias que participaram do projeto. O presente artigo tem tambm o objetivo de compartilhar conhecimentos com diferentes reas do saber.

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Ttulo: PROMOO EM SAUDE: TAI CHI CHUAN COM IDOSOS Tema: PSICOLOGIA E ESPORTE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ETHNA THAISE UNBEHAUN Financiador: Resumo: Este trabalho se encontra na interao de dois fenmenos: a variao de queixas relacionadas a tenses corporais e o aumento da populao idosa (acima de 60 anos) e desenvolve-se em uma unidade de sade de ateno bsica em Blumenau (SC) desde agosto de 2005 objetivando potencializar a autonomia psquica, social e fsica dos idosos. Utiliza exerccios teraputicos do TAI CHI CHUAN e QI GONG. So exerccios de respirao e conscientizao corporal que buscam melhorar a respirao, a postura e a coordenao motora, alm de poder minimizar as dores provenientes de outras patologias. Os encontros so semanais de 60 minutos. A mdia de idade de 63 anos, com predomnio do sexo feminino. A maioria est aposentada e participa de outras atividades psicossociais. As condies de sade so estveis, mas 90% usam medicao de controle para colesterol e presso, entre outras patologias presentes (diabetes, osteoporose, artrite, depresso, ansiedade generalizada, etc). Aps 06 anos de prtica registra-se uma presena de 70% dos inscritos, sendo que 37,5% apresentam uma assiduidade de 100%. Observa-se progresso na realizao de exerccios quanto a coordenao motora e ao equilbrio. Os participantes relatam ausncia de cimbras, maior flexibilidade/agilidade e melhor equilbrio associados as atividades cotidianas. Observa-se tambm a formao de grupos informais de convvio social, promovendo a integrao e amizade. A participao assdua nos faz crer que eles esto preocupados consigo mesmo e com os auto-cuidado pertinente ao seu corpo. Bem como assegura a continuidade do projeto objetivando fornecer subsdios para prticas de promoo da sade, tanto ao nvel da atuao profissional quanto da elaborao de polticas.

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Ttulo: PROMOVENDO AUTOCONHECIMENTO E AUTOESTIMA EM DEPENDENTES QUMICOS EM TRATAMENTO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALINE FAGUNDES SILVA Autor (es) adicionais: ALEXANDRE CARBONERA - UNIVALI DAIANE GONALVES DA SILVA - UNIVALI MARIA ISABEL DO NASCIMENTO-ANDR - UNIVALI Financiador: Resumo: Este trabalho fruto de um Estgio Bsico do curso de Psicologia, realizado em uma comunidade teraputica localizada no Vale do Itaja, que tem como intuito acolher e tratar mulheres com dependncia qumica. Estima-se que os ndices de recada giram em torno de 60 a 90%. Para diminuir este ndice os objetivos do Estgio foram estimular o autoconhecimento e elevar a autoestima, fatores que propiciam um melhor retorno cidadania. Como metodologia foram utilizadas duas estratgias: o grupo de reflexo, que consiste em uma interao entre os participantes, a fim de colher dados a partir de tpicos fornecidos, e dinmicas de grupo, que podem trazer a tona medos, fantasias, expectativas e crenas dos participantes, gerando assim um contedo rico para ser explorado. Analisando os dados obtidos, os resultados que emergiram foram que a famlia considerada pelas internas como fator de proteo e de risco para o uso e abuso de substncias qumicas. Outro fator que as internas traziam constantemente foi a religiosidade, considerada pelas internas, como amparo durante o tratamento, bem como um novo sentido de vida. Constatou-se que um dos maiores medos das internas de retornar para a sociedade e recarem. A partir dos resultados observados, seria importante a continuidade de trabalhos de interveno para que as dependentes elaborem seus projetos de vida, pois ficou evidente que para a maioria das internas, a motivao para a recuperao parece estar no exterior, e no consigo. Observou-se pelos discursos das internas, que a autoestima praticamente inexiste, principalmente quando comeam o tratamento, sendo que as estratgias utilizadas propiciaram a reflexo sobre vrios temas essenciais para o autoconhecimento e autoestima, como educao, trabalho, famlia e religiosidade.

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Ttulo: PSICODIAGNSTICO CLNICO: UM NOVO OLHAR SOB O DESENVOLVIMENTO DA CRIANA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA CRISTINA NEIDERT BATISTA Autor (es) adicionais: MAURCIO LUIS CASTRO - FUNDAO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO LUCIANO RIBAS BATISTA - FUNDAO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO LUIZ HENRIQUE RAMOS - FUNDAO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO Financiador: Resumo: INTRODUO A rea da psicologia clnica desde o seu surgimento possui inmeros campos para a sua atuao aonde ambos vm adquirindo cada vez mais o seu espao. Referente avaliao psicolgica uma importante ferramenta no somente para a rea escolar da psicologia, e sim para as demais, realizando o levantamento de questes pertinentes ao desenvolvimento do ser humano. O psicodiagnstico clnico o conjunto de testes tanto psicomtricos quanto projetivos realizados com um determinado indivduo, e tem por objetivo avaliar no somente aspectos da cognio, mas sim do emocional e biolgico tambm. OBJETIVO O objetivo desta pesquisa foi elaborar um trabalho de avaliao psicodiagnstica, em uma criana encaminhada ao Ncleo de Psicologia da Universidade do Contestado - Campus Mafra. Desta forma os acadmicos buscaram avaliar a cognio, emoo e desenvolvimento biolgico do sujeito da pesquisa, para obter u diagnstico da dificuldade de aprendizagem identificada como sintoma no sujeito. MATERIAL E MTODOS Esta pesquisa foi um estudo de caso realizado com um sujeito de nove anos de idade, estudante do primeiro ano de uma Escola da Rede Pblica Municipal de Ensino da Cidade de Mafra - SC. Foram realizadas no decorrer do estudo entrevistas com ambos os pais da criana, testagen sde natureza psicomtricas e tambm de natureza projetivas, posteriores interpretaes baseadas na reviso terica de referncias bibliogrficas e artigos que os acadmicos consultaram. RESULTADOS E CONCLUSO Portanto, ao final da pesquisa concluiuse que a dificuldade de aprendizagem apresentada inicialmente pelo sujeito da pesquisa, derivou-se de questes de natureza emocional, as quais provavelmente vieram a influenciar no seu desenvolvimento cognitivo. porm concluram tambm que era necessrio encaminhar o sujeito para uma avaliao biolgica, pois o mesmo apresentou alguns traos de problemas auditivos, os quais de alguma maneira podem estar relacionados com o fator dificuldade de aprendizagem.

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Ttulo: PSICOLOGIA EM UNIDADE DE EMERGNCIA: RESIDNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SADE HU/UFSC Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDREZZA FRANZONI ALEXANDRE Autor (es) adicionais: AMANDA KLIEMANN - HU/UFSC CLAUDETE MARCON - HU/UFSC JULIANA MACCHIAVERNI - HU/UFSC CAMILA LOUISE BAENA FERREIRA - HU/UFSC Financiador: Resumo: O programa de Residncia Integrada Multiprofissional em Sade do Hospital Universitrio/UFSC tem como proposta a formao de profissionais de sade, por meio da educao em servio, em uma perspectiva interdisciplinar. O programa iniciou em 2010 em 02 nfases: Ateno em Urgncia e Emergncia e em Alta Complexidade, envolvendo as seguintes profisses: Enfermagem, Farmcia, Farmcia Anlises Clnicas, Fonoaudiologia, Nutrio, Odontologia, Psicologia e Servio Social. O Servio de Psicologia participa do programa com 02 residentes na Unidade de Emergncia, sendo o objetivo deste trabalho apresentar as atividades destes residentes. Face s demandas especficas do Servio de Emergncia, os residentes desenvolvem as seguintes atividades: atendimento psicolgico a pacientes e seus familiares em situaes de crise (tentativas de suicdio, crises de ansiedade, prognstico grave e/ou reservado, situaes de terminalidade e morte) e outras demandas de sade mental; supervises tericas e de manejo e articulao com outros servios de sade, considerando o fortalecimento da intersetorialidade. A proposta da residncia envolve ainda atividades coletivas, com a participao de residentes de outras reas: interconsultas, planejamento e desenvolvimento de programas de interveno em situaes especficas, estudos de casos, aulas tericas, entre outras. A experincia vivenciada tem demonstrado a relevncia da formao em servio, visto que possibilita aprimorar as competncias especficas do psiclogo e construir novas possibilidades de atuao em equipe multprofissional, contribuindo para a formao de profissionais para o SUS.

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Ttulo: PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO: DESAFIOS NA BUSCA POR ESTGIO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAMILA HAVIARAS WOSGRAU Autor (es) adicionais: ALINE CRISTINA FIRMO - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU CAROLINA CARINE ANDRADE - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU DEYSE B. BARBOSA - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU JAQUELINE LONGO XIKOTA - PSICLOGA E DOCENTE DA UNIVALI CAMPUS BIGUAU KAROLINE BALBINOT REIS - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU SUZANNE DE SOUZA MARTINS - ESTUDANTE DA 9 FASE DE PSICOLOGIA UNIVALI CAMPUS BIGUAU Financiador: Resumo: Antes do sculo XXI a atuao da Psicologia Organizacional e do Trabalho ainda estava muito restrita e atrelada prtica do recrutamento e seleo. Hoje, no incio do sculo XXI, percebe-se que a Psicologia Organizacional e do Trabalho ampliou o escopo de sua atuao em paralelo com as transformaes do mundo do trabalho e da economia, que movimenta e direciona o caminho das organizaes. Esse caminho ainda est em construo, porm a Psicologia Organizacional e do Trabalho j alcanou e vem conquistando lugares importantes de atuao, visto que ainda encontram-se gestores e organizaes que desconhecem essas possibilidades de interveno psicolgica e dificultam a insero de psiclogos e estagirios em Psicologia Organizacional e do Trabalho no mercado de trabalho. A presente pesquisa tem como objetivo contextualizar e apresentar as dificuldades de insero no campo de estgio em Psicologia Organizacional e do Trabalho por acadmicas do 9 perodo do curso de Psicologia. Trata-se de uma Pesquisa Qualitativa de carter descritivo-exploratria, partir de base terica e experincia de campo das autoras. Em se tratando de dificuldades na insero no mercado de trabalho, as acadmicas do curso de Psicologia da UNIVALI, campus Biguau, na busca por estgios na rea da Psicologia Organizacional e do Trabalho, tiveram algumas dificuldades. Identificou-se no presente trabalho uma falta de conhecimento dentro das organizaes sobre o papel da Psicologia Organizacional e do Trabalho; uma tendncia no processo de formao acadmica dos psiclogos pelo modelo mdico e clnico; uma indisponibilidade das empresas em aceitar que um estagirio de Psicologia faa parte de sua equipe; o descaso de algumas lideranas, assim como tambm, pela dificuldade do psiclogo em divulgar, mostrar e oferecer seus servios de forma clara e objetiva.

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Ttulo: PSICOLOGIA, RELIGIO E ESPIRITUALIDADE UM OLHAR DE INTEGRALIDADE, E COMPLEMENTARIDADE NO AMBIENTE HOSPITALAR Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RAFAEL GUSTAVO DE LIZ Autor (es) adicionais: RAFAEL GUSTAVO DE LIZ - FURB ALVARO LUIZ DE AGUIAR - FURB Financiador: Resumo: Nesta reviso bibliogrfica objetiva-se apresentar, uma compreenso do fenmeno da Religio e da Espiritualidade em relao sade. Com o intuito de proporcionar uma assistncia hospitalar e de cuidado humanizado. O presente trabalho objetiva estudar a religio e a espiritualidade como um fator de humanizao e estratgia de complementaridade com a psicologia. No Brasil a religio e a espiritualidade, em sentido estrito senso, ocupa um importante espao na vida das pessoas. Negligenciar a presena da religio e dos aspectos espirituais do sujeito, quando os mesmos encontramse hospitalizados, far o processo de hospitalizao ainda mais sofrido para esse sujeito doente. Pois, o prprio processo de hospitalizao um momento delicado por gerar no indivduo um enorme desconforto devido perda de suas referncias, seu cotidiano e ausncia de pessoas prximas. No contexto hospitalar visvel a aflorao da espiritualidade como uma forma de enfrentamento. Atualmente, a Poltica Nacional de Humanizao (PNH), do Ministrio da Sade tem com o objetivo atender as demandas subjetivas manifestadas pelos usurios dos servios de sade, situando-se principalmente na integralidade desse atendimento e no respeito aos direitos aos usurios. Tal poltica prope a superao de prticas centradas em corpos ou conjuntos de sintomas, que deixa margem a subjetividade dos usurios, prope um atendimento humanizado nos servios, focando a dignidade das pessoas em situaes de necessidade de cuidados e ateno. A Organizao Mundial de Sade (OMS) apresenta a Espiritualidade e a Religio como fatores determinantes para a sade. Sendo assim, cabe a Psicologia enquanto Cincia e Profisso ampliar seu olhar diante dessa demanda rica em desafios e possibilidades. Palavras-chave: Espiritualidade; Religio; Psicologia; Integralidade.

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Ttulo: PSICLOGO NAS CASAS DE RECUPERAO DE DEPENDENTES QUMICOS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULIANA BEZERRA Autor (es) adicionais: JULIANA BEZERRA - UNIASSELVI NEY VIANA ANDRADE - UNIASSELVI OLMES IGOR BLANK - UNIASSELVI ELIANE REGINA PEREIRA - UNIASSELVI Financiador: Resumo: Este trabalho resultado de uma experincia de estgio bsico de Psicologia da sade pblica e comunitria com foco em promoo de sade. O trabalho foi realizado com dependentes qumicos numa casa de recuperao do gnero masculino com idade entre 18 e 60 anos situada no vale do Itaja. Por intermdio da observao e dilogos, constatou-se que muitos destes no conseguem formular o projeto de vida para depois de sarem da casa de recuperao. A partir dos dados coletados planejaram-se as intervenes a posteriori que teve como objetivo promover perspectivas de qualidade de vida por intermdio de um planejamento do projeto de vida. Foram feitas as intervenes em cinco encontros de trs horas cada. Numa roda de conversa trocaram informaes que serviram como instrumento teraputico, compartilhando vivncias comuns que estabelece uma rede de apoio; discutiram aspectos que possibilitou uma visualizao e percepo das fases que estavam passando, passaram e onde querem chegar; escreveram uma pea teatral a fim de visualizar uma escolha de vida que feita por eles, sendo autores da prpria histria; a apresentao dos grupos de teatro teve como objetivo perceber-se atravs do outro um espao que cristaliza valores e crenas que reforam a resistncia e a mudana; relataram oralmente, um ou dois planejamento de realizaes que gostariam para sua vida e descreveram como alcanar de forma detalhada. A partir das intervenes pode-se perceber que o apoio da famlia importante para a recuperao. Sentem necessidade de preparao por intermdio de capacitao e apoio para a reinsero social. Apresentam conflito de ordem psicolgica e mudanas de comportamento dessa forma sentem necessidade de apoio psicolgico com maior intensidade dentro da casa.

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Ttulo: REINCIDNCIA DOS ATOS INFRACIONAIS DE ADOLESCENTES QUE J CUMPRIRAM MEDIDA DE INTERNAMENTO PROVISRIO: COMPREENDENDO O PROCESSO DE REINSERO SOCIAL Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MICHELI CARLA BORTOLOTTI Autor (es) adicionais: CAMILA MUHL - UNOESC WILLIAM KERTISCHKA BATISTA DE LIMA - UNOESC LISANDRA ANTUNES DE OLIVEIRA - UNOESC Financiador: Resumo: Aps terem cumprido a medida de internamento provisrio, a prxima etapa enfrentada pelo adolescente em conflito com a lei a reinsero social, processo este em que poucos obtm xito. As condies emocionais, a capacidade de resilincia e os fatores peculiares de cada indivduo definem a maneira de enfrentar situaes-problema, como a prtica do ato ilcito e o internamento. Tendo em mente as particularidades de cada caso, buscou-se investigar entre esses adolescentes quais so as significaes do internamento, de que maneira d-se o processo de reinsero social e os motivos que os levam a reincidncia. De carter qualitativo, seguindo o modelo de anlise de contedo proposto por Bardin (2000), foram realizadas trs entrevistas semi-estruturadas com adolescentes que cumpriram medida de internamento provisrio pela segunda vez, buscando responder os objetivos da pesquisa. Segundo os entrevistados, o primeiro internamento no suficiente para a tomada de conscincia sobre seus atos. Observouse que, ao serem liberados, as maiores dificuldades que enfrentam so a falta de oportunidade de trabalho, o preconceito e o abuso de substncias qumicas, esse fatores somados levam a reincidncia. Como pode-se ressaltar com essa pesquisa, o adolescente acaba retornando ao contexto social desestruturado em que j estava inserido, sem acompanhamento ou um processo de reinsero efetivo, sendo o nico responsvel pela sua volta a sociedade, o adolescente acaba por cometer um novo ato infracional, endossando, mais uma vez, as estatsticas de adolescentes em conflito com a lei.

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Ttulo: REPERCUSSES DA BIPOLARIDADE NA TRAJETRIA PROFISSIONAL: UM ESTUDO EXPLORATRIO-DESCRITIVO COM USURIOS DE UM CAPS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SUELI TEREZINHA BOBATO Autor (es) adicionais: SIMONE GRAZIELLE CAPUCCI VALIN - UNIVALI/SC Financiador: Resumo: O nmero de pessoas acometidas por transtornos mentais e entre e eles o transtorno bipolar vem crescendo, afetando a vida social, familiar e profissional, entre outros aspectos psicossociais. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o impacto da bipolaridade na trajetria profissional das pessoas que possuem este diagnstico; descrever os tipos de atividades profissionais desempenhadas; relatar a trajetria profissional das pessoas investigadas; descrever aspectos positivos e/ou negativos da bipolaridade percebidos no contexto profissional e levantar as estratgias utilizadas para superao das dificuldades vivenciadas. O estudo constitui-se como exploratriodescritivo de carter qualitativo. Para coleta dos dados foi realizada uma entrevista semi-estruturada com dez usurios do CAPS de Balnerio Cambori/SC que possuem diagnstico de transtorno bipolar e esto em tratamento, aps consentimento da Secretaria de Sade. Os dados foram organizados em categorias temticas a partir da tcnica de anlise de contedo. Os resultados apontam que dos dez entrevistados, oito so do sexo feminino e metade deles teve seu diagnstico aps os 30 anos de idade. Atualmente no esto inseridos no mercado de trabalho, demonstrando dificuldade em se estabilizar no ambiente de trabalho. Apresentaram mudanas de emprego e variaes no tipo de servio desempenhado, prevalecendo ocupaes em atividades autnomas na sua trajetria profissional. Poucos foram os entrevistados que relataram algum aspecto positivo no quadro da bipolaridade e os que foram relatados referiam-se a sintomas da fase hipomanaca. Quanto aos aspectos negativos todos trouxeram relatos que variam entre os extremos do quadro sintomatolgico, ou seja, a depresso profunda ou a agitao extrema, destacando-se a agressividade e dificuldade de concentrao, fatores estes que dificultaram a realizao de trabalhos em grupo e relacionamentos interpessoais no ambiente de trabalho. Como estratgias de superao, destacaram a busca de apoio de pessoas significativas. Apesar das dificuldades mencionadas, seis dos entrevistados fazem planos para retornar ao mercado de trabalho.

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Ttulo: REPRESENTAES SOCIAIS DA APOSENTADORIA PARA AGRICULTORES E PROFESSORES APOSENTADOS Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA MARIA JUSTO Autor (es) adicionais: JOELMA DA SILVA - UNIDAVI VANESSA VIGARANI - UNIDAVI Financiador: Resumo: A presente pesquisa, realizada durante um trabalho de concluso de curso de graduao em Psicologia, teve como objetivo caracterizar as representaes sociais da aposentadoria para agricultores e professores aposentados. Procurou-se identificar qual a situao em relao aposentadoria para cada grupo e comparar as representaes sociais desses dois grupos sobre a aposentadoria. Utilizou-se nesta pesquisa o mtodo do tipo descritivo, exploratrio, transversal e comparativo, de abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas dirigidas sobre a temtica aposentadoria, as quais foram posteriormente analisadas por meio de estatstica descritiva e da tcnica de anlise de contedo do tipo temtico categorial. Participaram o estudo 20 indivduos, residentes nas cidades de Imbuia e Leoberto Leal/SC. Destes, 10 professores aposentados e 10 agricultores aposentados. Os resultados obtidos apontaram que agricultores e professores representam a aposentadoria de maneiras distintas. Os agricultores representam a aposentadoria como o dinheiro, ou seja, salrio que recebem com a aposentadoria, posicionando-se positivamente em relao a ela. J os professores representam a aposentadoria como uma fase da vida, como decorrncia dos anos de trabalho. Tanto professores como agricultores argumentam que o salrio da aposentadoria deveria ser maior. Percebeu-se que professores necessitam se adaptar a nova fase da vida que se inicia com a aposentadoria; porm os agricultores no necessitam desta adaptao, j que continuam trabalhando mesmo aps a aposentadoria. Concluiu-se que os professores aposentados e os agricultores aposentados que participaram da pesquisa tm representaes sociais diferentes de aposentadoria, e tais diferenas referem-se s respectivas experincias em relao ao trabalho nessa fase da vida. Aponta-se para a necessidade de mais estudos sobre a aposentadoria, pois esta traz consigo necessidades de adaptao para uma parte da populao, com repercusses na qualidade de vida do indivduo que se aposenta. Palavras-chave: Representao Social; Aposentadoria; Agricultores; Professores.

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Ttulo: REPRESENTAES SOCIAIS DE SADE E VELHICE: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE IDOSOS PARTICIPANTES E NO PARTICIPANTES DO GRUPO DA TERCEIRA IDADE. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA MARIA JUSTO Autor (es) adicionais: VANESSA VIGARANI - UNIDAVI JOELMA DA SILVA - UNIDAVI Financiador: Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar e comparar as representaes sociais de sade e velhice para idosos integrantes e no integrantes do grupo da terceira idade. Participaram 40 idosos, todos eles residentes no municpio de Salete/SC. Os participantes compuseram dois grupos: um deles com 20 idosos que frequentam o grupo da terceira idade do municpio; e o outro grupo foi formado por 20 idosos que frequentam a zona urbana do municpio, e que no frequentam o grupo da terceira idade. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionrio com questes fechadas e abertas, para caracterizao dos participantes e diagnstico das representaes sociais sobre sade e velhice. Este foi aplicado em forma de entrevista, na residncia dos participantes. Aps coletados os dados, questes fechadas foram analisadas por estatstica descritiva e questes abertas foram analisadas por meio de anlise de contedo do tipo temtico categorial. Os resultados encontrados demonstram que ambos os grupos compartilham as mesmas representaes de sade e divergem nas representaes de velhice. No que concerne s representaes sociais de sade, os idosos de ambos os grupos apresentaram uma viso que supera o modelo biomdico, considerando a sade para alm da ausncia de doenas. J no que se refere s representaes sociais de velhice, percebe-se que os idosos que frequentam o grupo de terceira idade tm representaes sociais mais positivas de velhice. J os idosos que no frequentam o grupo, possuem representaes sociais da velhice com elementos positivos e negativos, sendo que o elemento mais compartilhado entre eles foi o elemento negativo, associado a dificuldades e doenas. Constatou-se que, para os participantes desse estudo, a adeso aos grupos de terceira idade repercute no modo como estes enfrentam o envelhecimento, implicando num olhar mais positivo sobre a velhice. Palavras-chave: Idosos, Representaes Sociais, Sade, Velhice.

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Ttulo: RESSIGNIFICANDO A PSICOLOGIA COMO CINCIA PARA EXPANDIR A PSICOLOGIA COMO PROFISSO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JEFERSON GERVASIO PIRES Autor (es) adicionais: MARINA CORBETTA BENEDET - FACULDADE AVANTIS Financiador: Resumo: O banner trata da produo de um material explicativo sobre as demandas de atuao da psicologia. Psicologia Organizacional, Escolar e clnica. esta a resposta que se costuma obter ao questionar os alunos do curso de psicologia sobre os campos de trabalho dos psiclogos. Com base na medicina e na filosofia, a psicologia se postulou, e, na busca por entender e relacionar o corpo, a alma e o meio, ela se profissionaliza e se especializa. Entender este conceito bsico, em que a psicologia o estudo de todos os processos mentais, sugerir um espao profissional muito maior do que temos hoje. Entender a funo da profisso e o que ela representa nos leva a avaliar os espaos de atuao profissionais que temos, bem como repens-los, criando-se novas demandas de atuao. A partir desta constatao, possvel sugerir e repensar novos campos de atuao para um profissional que tem uma especialidade muito genrica, porm pouco aproveitada. Considerando que a interveno no teve um nmero ou perfil especficos de pessoas para atingir, o nico resultado desta interveno foi o de divulgar a todos os interessados informaes impressas sobre os campos e demandas de atuao do profissional psiclogo. necessrio levar em considerao que muitas dificuldades no exerccio profissional se devem ao despreparo para lidar com demandas sociais diversificadas (Gondim, Bastos e Peixoto,2010 apud Borges Andrade, 1998,).

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Ttulo: SHOW DE VALORES E A MANH DA AUTOESTIMA: ESTRATGIAS PARA ELEVAR A AUTOESTIMA DE MULHERES DEPENDENTES DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM TRATAMENTO. Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALEXANDRE CARBONERA Autor (es) adicionais: ALINE FAGUNDES SILVA - UNIVALI DAIANE GONALVES DA SILVA - UNIVALI MARIA ISABEL DO NASCIMENTO-ANDR - UNIVALI Financiador: Resumo: Este relato de experincia resultado de Estgios Bsicos do quinto e sexto perodos do curso de Psicologia da UNIVALI, e que foram realizados em uma comunidade teraputica para mulheres dependentes de substncias psicoativas. Estima-se que em torno de 10% da populao mundial dependente de algum tipo de droga. Esta dependncia, alm de causar problemas fsicos e psicolgicos ao usurio, afeta tambm a rede social deste sujeito, sendo que muitos destes so provenientes de situao scioeconmicas desfavorecidas. Estes sujeitos tm nessas comunidades uma das poucas oportunidades de auxlio efetivo para a sua recuperao. Chegam segundo prprios relatos, sem autoestima e sem perspectivas de futuro/vida. Os objetivos de ambos os Estgios era estimular o autoconhecimento e proporcionar mecanismos para que as internas da unidade pudessem valorizar e elevar sua autoestima. Dentre as vrias estratgias utilizadas como metodologia, destacam-se duas: a) Show de Valores (desenvolvida pelos estagirios do Quinto Perodo): consistia em cada interna escolher alguma atividade que ressaltasse uma habilidade sua e apresentassem a mesma para o grupo formado pelos estagirios e demais internas; b) Manh da Autoestima: (idealizada pelos estagirios e a orientadora do Estgio Bsico do Sexto Perodo): consistia em montar um cenrio e realizar uma sesso de fotos sociais com as internas, com a colaborao de um fotgrafo profissional. Os resultados demonstram que estratgias que envolvem a arte despertam nas pessoas vrios aspectos positivos, identificados pelos relatos das internas aps as intervenes. Vale mencionar que algumas internas mostraram-se surpresas com o resultado final, pois segundo relatos, suas autoimagens quanto aparncia eram negativas, completamente diferentes do que estavam vendo nas fotos. Muitas internas enviaram estas fotos para parentes, sendo elogiadas pelos mesmos. Estes resultados demonstram que as estratgias alcanaram os objetivos propostos e que aes que envolvam a arte devam ser disponibilizadas para esta populao.

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Ttulo: SNDROME DE BURNOUT: PROJETO SCIO-EDUCATIVO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JOYCE DE SOUZA VIEIRA Autor (es) adicionais: CAROLINA CARINE ANDRADE - UNIVALI JOICE H. MORFIM - UNIVALI MARCO ANTNIO VILA - UNIVALI MARTA M. HOSS LELLIS - UNIVALI Financiador: Resumo: Titulo: SNDROME DE BURNOUT: projeto scio-educativo Esta pesquisa fez parte da disciplina de Psicologia Educacional e teve como objetivo promover aes scioeducativas, identificao e preveno dos fatores de risco, geradores da Sndrome de Burnout, junto a um grupo de pastores da Grande Florianpolis. A Sndrome de Burnout caracterizada como sofrimento emocional, despersonalizao e baixa realizao profissional, que surge a partir das relaes do homem com o trabalho. Utilizou-se a pesquisa-ao com coleta de dados atravs do instrumento Escala do Maslach Burnout Inventory, e realizou-se uma anlise qualitativa dos dados. A escala permitiu mensurar as trs dimenses que constituem a sndrome e identificou-se que cinco participantes apresentavam elevado nvel de exausto emocional, e quatro com mdio nvel; na dimenso despersonalizao, cinco participantes apresentaram alto nvel, dois apresentavam mdio nvel, e dois, baixo nvel; na dimenso realizao pessoal, oito participantes apresentaram baixo nvel e um mdio nvel. Ficou evidente que se trata de um grupo de risco que necessita do olhar e da interveno da Psicologia. Foi entregue a cada participante uma cartilha, desenvolvida pelos prprios pesquisadores, contendo informaes sobre a sndrome, com sugestes de auto cuidados e proposio de atividades fora do contexto religioso, como parte da ao preventiva. Neste contexto a funo do profissional da psicologia identificar as questes sociais, psicolgicas e educacionais em cada cenrio, as queixas e a intensidade das relaes interpessoais que se configuram. Atravs da nossa pesquisa-ao contribumos para que os sujeitos da pesquisa tivessem acesso ao conhecimento da cincia psicolgica no mbito social, educacional e da sade.

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Ttulo: STRESS PERCEBIDO POR ATENDENTES DE CALL CENTER Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SUSANA XAVIER SOUZA Autor (es) adicionais: PRISCILLA LOURENO PINHEIRO - CESUSC Financiador: Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar o nvel de stress percebido em trabalhadoras, atendentes de Call Center, ativas e sedentrias, participantes e no participantes do programa de Ginstica Laboral. A amostra foi constituda por 90 atendentes de Call Center. O instrumento utilizado foi o questionrio de auto-avaliao do estilo de vida, ocorrncia e controle do stress desenvolvido por Andrade (2001) no qual est includo o questionrio de atividades fsicas habituais de Pte e adaptado por Nahas (2001) e a Escala de Stress Percebido de Cohen, Karmack e Mermbstein (1983). Os dados foram analisados atravs da estatstica descritiva (mdia, desvio padro, freqncia, percentual). Os resultados indicaram que as atendentes ativas participam mais da ginstica laboral e apresentam um isp semelhante ao das sedentrias. As participantes do programa de ginstica laboral no demonstraram diferenas no isp quando comparadas as no participantes. Tanto as ativas quanto as participantes do programa de ginstica laboral apresentaram uma melhor percepo a respeito dos efeitos da ginstica laboral na reduo e controle do stress em comparao com o grupo de sedentrias e de no participantes. Conclui-se que a ginstica laboral e o estilo de vida esto relacionados a uma melhor percepo do stress. Apesar da viso positiva que as atendentes tm sobre a ginstica laboral, alguns dados do estudo indicam que tanto a metodologia do programa quanto a atitude empresarial com relao atividade fsica nesta empresa deve ser reformulada, adaptando-a a realidade dos funcionrios.

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Ttulo: TENDNCIAS ATUAIS DA LITERATURA SOBRE PROMOO DE SADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: INEA GIOVANA DA SILVA ARIOLI Autor (es) adicionais: INEA GIOVANA DA SILVA ARIOLI - UNIPLAC DANIELA RIBEIRO SCHENEIDER - UFSC Financiador: Resumo: A Carta de Ottawa define promoo de sade como o processo de capacitao da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e sade, incluindo uma maior participao no controle deste processo. O objetivo dessa reviso de literatura explicitar as especificidades do assunto no cenrio nacional e internacional. Para consecuo desse objetivo realizou-se uma busca em diversas bases de dados na Biblioteca Virtual de Sade e no portal da CAPES. Os resultados advindos da insero dos descritores Health Promotion and Primary Health Care no portal CAPES e Promoo em Sade e Ateno Bsica na BVS, indicaram 336 textos, que foram submetidos a um processo de refinamento, obtendo como resultado 48 textos, dos quais 38 estavam em ingls, oito em portugus e dois em espanhol, que integrram a presente reviso de literatura. A procedncia dos textos diversa, sendo que os pases que se destacam so Estados Unidos e Brasil, com 14 e 10 textos respectivamente. Vrios autores apontam duas diferentes perspectivas no que diz respeito promoo em sade e que se evidenciaram nessa reviso: a perspectiva behaviorista que focaliza a regulao do comportamento individual e a perspectiva da nova promoo de sade que amplia a discusso, incluindo a determinao social da sade. Levando em considerao as duas macro tendncias explicitadas, destacaram-se trs grupos na presente reviso: 1) grupo mais prximos ao plo da Promoo de Sade Behaviorista (PSB), composto por 37 textos, 2) grupo que permanece mais central em relao aos dois plos, composto por quatro textos e, 3) grupo mais prximo ao plo da Nova Promoo de Sade (NPS), composto por sete textos. A produo brasileira divide-se entre os dois plos (PSB e NPS), cinco textos de cada grupo, evidenciando clara oposio de foras em termos de concepo de promoo da sade.

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Ttulo: TENTATIVA DE SUICDIO NA ADOLESCNCIA E DINMICA FAMILIAR: UM ESTUDO DE CASO Tema: Psicologia e Sade Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALESSANDRA BALLESTERO FUKOSHIMA ZENDRON Autor (es) adicionais: CLAUDETE MARCON - HOSPITAL UNIVERSITRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA LECILA DUARTE BARBOSA OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O aumento mundial da mortalidade por suicdio um problema de sade pblica, portanto requer discusso de toda sociedade, contribuindo para a sua preveno. O presente trabalho um relato da experincia de interveno psicolgica realizada em enfermaria peditrica com adolescente de 13 anos, hospitalizada por intoxicao exgena, decorrente de tentativa de suicdio. As tentativas de suicdio so percebidas como situaes extremas de sofrimento psicolgico e costumam denunciar situaes de desajustes ou desorganizao psicolgica e familiar. A interveno psicolgica frente a essa demanda, numa hospitalizao de curta durao, prev a avaliao da situao de risco frente a novas tentativas, identificao de situaes estressoras atuais, avaliao dos recursos familiares de apoio, bem como caractersticas relacionais e pessoais de enfrentamento. Nesse sentido, os atendimentos psicolgicos foram individuais e dirigidos adolescente, me e av materna. As intervenes propiciaram reflexes sobre os relacionamentos afetivos familiares, orientaes acerca do comportamento opositor, prprio da adolescncia, empowerment (empoderamento) da me na funo materna, orientao sobre vigilncia e medidas de segurana, alm dos encaminhamentos relacionados ao seguimento psicossocial adolescente e sua famlia. Este caso permite refletir a importncia da Psicologia nas instituies hospitalares, local de atendimento a situaes crticas, que muitas vezes requer averiguao e mobilizao de recursos intra e extra-institucionais, apoio familiar e mediao dos conflitos, assegurando maior participao e envolvimento dos familiares no tratamento proposto. Na adolescncia em particular, um perodo contraditrio, confuso, ambivalente, doloroso e repleto de conflitos importante a interveno psicolgica para que o adolescente consiga se adaptar melhor a situao dolorosa e com isso tenha o seu desenvolvimento propiciado e sua sade mental preservada.

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Ttulo: TRABALHANDO COM FAMLIAS: PERSPECTIVAS DO ATENDIMENTO EM SADE MENTAL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DEISE LUCIA ANTUNES LOPES Autor (es) adicionais: ANA IZABEL JATOB DE SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O objetivo do estudo foi verificar no mbito do atendimento s pessoas em sofrimento psquico, como ocorre a participao, a integrao e o atendimento ofertado aos familiares nos servios oferecidos pela rede de sade pblica brasileira. O mtodo utilizado foi a reviso narrativa, sendo a coleta de dados obtida a partir de estudos selecionados nas bases de dados SCIELO, LILACS E BDENF entre os anos de 2005 a 2010. Quanto aos resultados, foi possvel construir as seguintes categorias de anlise: avaliao de aes e servios em sade mental; mudana de modelo de ateno; a estratgia sade da famlia na ateno em sade mental; compreendendo o usurio e sua famlia; cuidando das famlias. Os resultados mostraram que os atendimentos ofertados s famlias ocorrem em sua maioria nos CAPS. O foco da ateno est ainda voltado ao usurio paciente; sendo a famlia considerada apenas como unidade de cuidado. Muito embora, ficou evidenciado nos estudos, que necessrio o atendimento s famlias, em virtude a sobrecarga que envolve os cuidados com os seus membros em sofrimento psquico e tambm por esta ser objeto de interveno com vistas a melhoria do tratamento do paciente. Os estudos demonstraram ainda o impedimento da insero de famlias tendo em vista as dificuldades estruturais, o desconhecimento sobre o que sofrimento psquico e as incertezas quanto as intervenes realizadas. Tal resultado denuncia que ainda h um campo de atuao a ser discutido e aprimorado na Sade Pblica brasileira.

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Ttulo: TRANSTORNO DO PNICO: ETIOLOGIA, DIAGNSTICOS E TRATAMENTOS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: TIAGO ANTNIO VITTI Autor (es) adicionais: DIVANIR S FACHINELLO - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA CAMPUS JOAABA SCHEILA BEATRIZ SEHNEM - PSICLOGA, MESTRE EM EDUCAO PELA UNOESC-JOAABA ANA PATRCIA PARIZOTTO - PSICLOGA, MESTRE EM PSICOLOGIA PELA UFSC ZAMIR DOILE MACEDO - MESTRE EM SADE COLETIVA - UNOESC JOAABA Financiador: Resumo: O transtorno do pnico est classificado dentre os transtornos de ansiedade; o CID- 10 (Classificao Internacional de Doenas), o descreve como: quadro clnico caracterizado por ataques recorrentes de ansiedade grave, imprevisveis e irrestritos a qualquer situao ou circunstncias particulares. De incio sbito, caracteriza-se pela apresentao de sinais fsicos como palpitao, dor no peito, sensaes de choque e tontura concomitantes presena de sintomas psicolgicos de medo secundrio de morrer, de perder o controle ou ficar louco. Os fatores que provocam o surgimento do transtorno do pnico seriam: genticos e ambientais; hereditariedade, trauma precoce e sensibilidade a ansiedade. diagnosticado em aproximadamente 10% dos indivduos encaminhados para consultas de sade mental. Em contextos de clnica mdica, as taxas de prevalncia variam de 10 a 30% em clnicas de neurologia, otorrinolaringologia e doenas respiratrias, e at 60% nos consultrios de cardiologia. Os tratamentos ministrados so: medicamentoso e o psicoterpico; se constituem a primeira escolha farmacolgica os psicofrmacos inibidores seletivos da recaptao da serotonina. O tratamento pode ser combinado com a psicoterapia do TCC (teoria cognitivo comportamental) que buscaria a psicoeducao sobre o Transtorno do Pnico, no intuito de corrigir interpretaes errneas com os sintomas, treinamento de tcnicas para diminuir a ansiedade, como respirao diafragmtica e relaxamento muscular, (...). O objetivo do nosso trabalho, que foi realizado por meio de uma reviso bibliogrfica, a de elucidar sobre as causas do Transtorno do Pnico, bem como os diagnsticos e os tratamentos psicoterpicos e psicofrmacos que esto sendo oferecidas as pessoas que manifestam os sintomas especficos do problema. Para uma melhor compreenso dos casos que surgem nos Consultrios Psiquitricos e Clnicas Psicolgicas, imprescindvel para os especialistas uma avaliao criteriosa, para que no ocorram erros, pois o Transtorno do Pnico pode ser confundido com outros transtornos de ansiedade ou estar associado comorbidades.

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Ttulo: TUTORIA DE PSICOLOGIA PARA AS LICENCIATURAS NA EDUCAO A DISTNCIA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JACQUELINE LEIRE ROEPKE CAPELLARO Autor (es) adicionais: CLAUDIA SULI WEISS - GRUPO UNIASSELVI Financiador: Resumo: A Educao a Distncia (EAD) vem crescendo desde 1990. Uma das vantagens deste modelo de ensino a flexibilidade de horrio. Os encontros presenciais ocorrem com menor freqncia, do que no modelo tradicional. O estudante pode contatar os atores do processo de construo do conhecimento do seu curso, atravs de diversos meios de comunicao. Um importante ator no processo de ensino-aprendizagem na EAD o tutor. Realizou-se uma reviso bibliogrfica para examinar como se processa a tutoria na EAD e quais so as peculiaridades da tutoria de Psicologia nas licenciaturas. Conforme Sarmet, Abrahao (2007) o tutor o docente que desempenha diversas tarefas, dentre elas: realizao de pesquisas, criao de materiais autoinstrucionais, acompanhamento e auxlio ao estudante, proposio de atividades e indicao de bibliografias. Acrescenta-se a sua participao no processo avaliativo. Alm de conhecer o contedo, precisa ter competncia tecnolgica e comunicativa. Praticamente todas as suas atividades so desenvolvidas em equipes interdisciplinares, com profissionais de educao, letras, informtica, design, etc (SARMET, ABRAHAO; 2007). Os cursos superiores de licenciatura tambm tm crescido no mbito da EAD. Qual a especificidade do tutor de Psicologia, neste caso? Concorda-se com LAROCCA (2007), no que tange a necessidade de superar as concepes de que educar um ato neutro e que a formao docente primordialmente tcnica. A disciplina Psicologia pode desenvolver a capacidade reflexiva dos acadmicos atravs da problematizao do real. Convm trabalhar as dimenses tica, poltica, histrica, econmica, social e cultural da educao, propiciando que os futuros docentes assumam uma postura crtica emancipatria. necessrio conduzir o acadmico reflexo sobre os valores humanos e a importncia da sua ao profissional que deve primar pela justia, bem como, por uma vida coletiva mais decente para todos os cidados. O tutor precisa ter criatividade para realizar estas aes a distncia.

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Ttulo: UM ESTUDO SOBRE O AMOR: DILOGOS ENTRE SIGMUND FREUD E ERICH FROMM Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ADRIANO SCHLOSSER Autor (es) adicionais: DANIEL DAVID DALFOVO - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI JOSIANE DA SILVA DELVAN - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI Financiador: Resumo: Ao refletir-se sobre o amor na contemporaneidade, percebe-se que a configurao dos vnculos afetivo-amorosos vem sofrendo grandes transformaes na atualidade, na qual a lgica consumista uso e descarte - tem-se aplicado tambm s relaes amorosas, valorizando-se a troca rpida de parceiros acima da manuteno dos relacionamentos. Estas mudanas tiveram impacto tambm na clnica psicanaltica, sendo que a mesma tem a transferncia como pea fundamental para sua realizao, ou seja, necessita de um vnculo duradouro em que o analisando deposita sua libido e confiana na figura do analista, que s assim poder direcionar essa libido possibilitando o processo psicanaltico. Com efeito, o presente trabalho teve por objetivo geral investigar o amor na abordagem psicanaltica a partir de Sigmund Freud e Erich Fromm, visando desenvolver um dilogo epistemolgico entre estes dois autores acerca do amor, pontuando as aproximaes e os distanciamentos conceituais identificados atravs da leitura e anlise de suas obras. Com relao ao mtodo, o tipo de pesquisa escolhida para atender os objetivos do estudo foi a bibliogrfica, mediante seu carter qualitativo. Como resultados, a literatura indicou que Fromm concebe o amor como uma arte, como uma atitude perante a vida, no abarcando, dessa forma, um carter de exclusividade. Freud, em contrapartida, identifica o amor como o depsito da libido em um objeto, associando-o a aspectos pulsionais que esto a servio de um ideal narcsico perdido.

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Ttulo: UM MODELO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NA ADICO DE COCANA - RELATO DE EXPERINCIA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NORA NADIR SOARES Financiador: Resumo: Introduo: A adico uma doena que gera graves problemas para a sociedade fazendo a famlia sofrer uma dor total (psicolgica, financeira, orgnica, social, espiritual entre outros sofrimentos) observou-se na clnica as implicaes dos esquemas cognitivos proposto por Jeffrey E. Young (1990) na fissura pelo uso de cocana. Objetivos: Investigar a correlao entre esquemas cognitivos e abuso de drogas; Identificar os esquemas cognitivos que so mais presentes na adico; auxiliar o adicto na percepo dos esquemas mentais mal adaptativos que o levam a utilizar a cocana. Metodologia: O estudo de caso foi realizado em uma clnica e aplicou-se o Questionrio de Esquemas de Young identificando os esquemas mais vulnerveis do paciente e fazendo um comparativo com as situaes ansiognicas por meio do Registro de Pensamentos Disfuncionais RPD. Aps, realizou-se o questionamento socrtico para cada item da escala de avaliao de Young. Utilizou-se o mtodo qualitativo e a pesquisa caracteriza-se em exploratria e emprica. Resultados: Na anlise realizada, o esquema cognitivo de abandono fonte geradora de ansiedade grave que ativa o esquema de autocontrole insuficiente. Este ltimo ativado a fora propulsora para a busca da cocana. As crenas centrais de desamor e desvalor, sendo contedo do esquema cognitivo supracitado, favorecem ainda mais ao comportamento adicto por gerarem estados emocionais desadaptativos. Concluso: necessrio reconhecer a ativao dos esquemas cognitivos de Jeffrey E. Young para se construir uma nova viso de si mesmo, dos outros e do mundo. Logo, o adicto estabelece uma relao positiva com a sua prpria imagem e recuperao, gerenciando as armadilhas de processamento das informaes emocionais, aderindo a comportamentos saudveis em suas relaes. Palavras-chaves: Adico; Esquemas cognitivos; Metacognio; Reabilitao. YOUNG, Jeffrey E. Terapia cognitiva para transtornos de personalidade: uma abordagem focada em esquemas. 3 ed. Porto Alegre : Artmed, 2003.

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Ttulo: UM OLHAR NOVO PARA A LONGEVIDADE Tema: Psicologia e Assistncia Social Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: VALDETE COELHO SANTANA Autor (es) adicionais: ROSA F. F. DE OLIVEIRA - ADRIANA PEREIRA Financiador: Resumo: A psicologia do envelhecimento uma rea de investigao relativamente recente. A princpio tratava-se apenas de mais um estgio do desenvolvimento. Estudos mostram que idosos nessa etapa da vida so acometidos por distrbios mentais como demncias, ansiedade, depresso e desesperana. O presente relato apresenta o processo de observao de estudantes de psicologia da Faculdade Estcio de S em dois asilos na grande Florianpolis visando identificar as condies de estadia de idosos podem ter ansiedade, depresso e desesperana, como constatadas nos estudos de Oliveira et. all, 2005, que concluiu que idosos que moram nessas instituies esto mais propensos a dificuldades relacionadas sade fsica e psicolgica, do que os que vivem no convvio familiar. A inteno de ressaltar a importncia do papel do psiclogo em escutar as demandas e pensar no como lidar com os acontecimentos do cotidiano, a fim de elaborar um processo de reflexo no mbito da longevidade. Nesta perspectiva, resignificar constitui-se um significativo elemento no processo de interveno, com vistas a orientar o sujeito e a sua famlia no processo de incluso social. A psicologia pode estar atuando no sentido de avaliar, considerando elementos, como o contexto ao qual o idoso est inserido e o estmulo que a ele ofertado, no sentido de minimizar as tristezas e desesperanas e a necessidade de estabelecer estratgias de delineamento de aes voltadas totalidade das relaes do sujeito em processo de interveno, de modo a efetivar anlise crtico reflexiva dos profissionais da sade, auxiliando no processo educativo em sade, ateno ao cuidador e a famlia com atuao prtica nas instituies que abrigam idosos, atravs de processos interacionais, promoo da sade e preveno de doenas, flexveis para ajustar-se diversidade familiar, com novas opes de tratamento apoiando a autonomia e a independncia do idoso.

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Ttulo: VIOLNCIA DOMSTICA CONTRA MULHERES: DADOS PRELIMINARES. Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MRCIA SILVA LUCIANO CARVALHO Autor (es) adicionais: JAQUELINE SAMARA NERES - IBES/SOCIESC Financiador: Empresa Privada - IBES/SOCIESC Resumo: O presente trabalho consiste em uma primeira etapa de uma pesquisa realizada na Delegacia da Mulher na cidade de Blumenau no estado de Santa Catarina. O objetivo deste trabalho foi identificar os possveis motivos que levaram as vtimas a retornar delegacia com o objetivo de retirar o boletim de ocorrncia que havia denunciado a agresso. Durante a coleta de dados, foi possvel tambm obter informaes a respeito do grau de escolaridade das mulher que sofreram violncia domstica, bem como dados relativos ao uso de frmacos psicoativos. Com isso obtivemos informaes que eram desconhecidas a respeito da realidade das mulheres vtimas de violncia domstica na cidade de Blumenau. Os resultados nos possibilitam identificar que os tipos de violncia mais denunciados por essas mulheres, no perodo de trs meses de coletas de dados, foram: injria, ameaa contra mulher e violncia domstica. No que diz respeito ao grau de instruo dessas mulheres, pode-se constatar que a maioria possui apenas o fundamental incompleto. Quanto ao uso de frmacos psicoativos, pode-se constatar um uso praticamente inexpressivo na populao pesquisada. Considerando que foram entrevistadas 168 mulheres no perodo de agosto a outubro de 2010, o nmero de boletins de ocorrncia que foram retirados foi um dado que se mostrou expressivo na pesquisa, sendo que 32% das mulheres entrevistadas retiraram suas queixas, nas semanas subseqentes denncia.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Assistncia Social

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Ttulo: O QUERER-SE BEM: RELATO DE INTERVENO PSICOSSOCIAL JUNTO A UM GRUPO DE IDOSAS QUE FREQUENTAM UM CRAS Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA MARIA PAVO SILVA Autor (es) adicionais: ALINA APARECIDA MARTINS LUCKNER - UNIPLAC BRUNA MEURER ANTUNES - UNIPLAC Financiador: Resumo: O presente relato de interveno psicossocial fruto do Estgio em Psicologia Comunitria, realizado atravs da Universidade do Planalto Catarinense, no ano de 2010. O projeto foi nomeado como O querer-se bem, pois visou a realizao de atividades voltadas promoo da qualidade de vida, junto um grupo de idosas que frequentam um programa municipal, realizado em parceria com um CRAS da cidade de Lages(SC). Este projeto buscou enfocar temticas, observadas junto ao grupo-alvo, a partir da anlise de demandas. Dentre estas destaca-se a realizao de oficinas como: Sade da mulher, o autocuidado e a autoimagem. As oficinas propiciaram s idosas momentos de reflexo, recreao e relaxamento, bem como, contriburam para a construo de novos significados/sentidos a partir da integrao das idosas ao seu contexto social. Como instrumentos utilizados, destaca-se o uso de oficinas com argila, fotografias, artesanatos, tcnicas de relaxamento; vdeos, e dinmicas de grupo. Ao que tange os resultados alcanados, pode-se constatar que as oficinas estreitaram os laos entre o campo terico da Psicologia Comunitria e a prtica, evidenciando a relevncia da atuao dos profissionais de Psicologia dentro das comunidades, principalmente no mbito da preveno e promoo de sade junto populao da terceira idade. Nessa perspectiva, esse grupo de idosas teve a oportunidade ao longo das oficinas estticas e de criao de desenvolverem o campo afetivo/criativo que as sustenta enquanto sujeitos produtoras da sua prpria realidade scio-histria. Bem como, se utilizar desse espao para a transformao social das concepes que tinham at ento, sobre envelhecimento. Palavras-chave: Interveno Psicossocial; Idoso(a), Qualidade de Vida.

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Ttulo: A PESQUISA COMO MTODO DE INTERVENO COMUNITRIA: UMA EXPERINCIA NO PROGRAMA PROJOVEM ADOLESCENTE Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: AMANDA ELY Financiador: Instituio pblica - MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE FOME Resumo: Dentre os principais objetivos do Programa ProJovem Adolescente, esto o incentivo ao protagonismo social e a participao comunitria de jovens de 15 a 17 anos oriundos de famlias beneficirias do Bolsa Famlia e de outros programas de Proteo Social. Embora o Programa garanta orientaes tcnicas e metodolgicas para a realizao da proposta, entendemos que as atividades socioeducativas devem ser articuladas de acordo com a singularidade da condio juvenil vivenciada por cada grupo e articulada com a realidade social em que os sujeitos esto inseridos. Partindo deste pressuposto, este trabalho apresentar um mtodo de interveno comunitria que est sendo realizado junto aos adolescentes da comunidade Anita Garibaldi na periferia do municpio de Cricima-SC. Trata-se de uma pesquisa realizada pelos adolescentes com os moradores da prpria comunidade em que residem, idealizada de forma a apresentar o perfil socioeconmico desta populao, bem como esclarecer aos jovens as relaes existentes entre trabalho juvenil e escolarizao partindo da realidade observada na vida dos sujeitos pesquisados. A pesquisa est sendo realizada em seis fases distintas. A primeira fase referiu-se a elaborao do questionrio e teve participao direta dos adolescentes que trouxeram questes mais relevantes. A segunda fase envolveu treinamento para aplicao do questionrio. A terceira fase constituiu-se da aplicao do instrumento junto comunidade, totalizando cem entrevistas. A quarta fase, ainda em andamento, prev a tabulao dos dados atravs da oficina de informtica. A quinta fase se dar atravs da anlise e discusso dos dados. A sexta fase ser a de divulgao dos resultados, que ser realizada atravs da construo coletiva de um informativo. Os resultados parciais da interveno sero apresentados atravs de redaes de avaliao, onde percebe-se uma sensibilizao para com os problemas da comunidade, bem como uma compreenso mais ampla das relaes existentes entre escolaridade, trabalho e futuro profissional.

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Ttulo: ASSESSORAMENTO PSICOSSOCIAL AOS EDUCADORES DE UMA CASA LAR: AS RELAES DE CUIDADO NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANAS Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALLAN HENRIQUE GOMES Financiador: Resumo: Esta comunicao visa apresentar um projeto de assessoramento psicossocial aos educadores de uma entidade de acolhimento institucional de crianas. Compreende-se que o assessoramento psicossocial uma proposta de interveno baseada tanto nos eixos tericos e legais que sustentam as aes dos educadores na proteo especial, quanto nas demandas por eles apresentadas sobre temas das atividades profissionais. Neste sentido, o objetivo deste projeto foi promoo de encontros de convivncia e de compartilhamento da experincia destes educadores sobre a dimenso do cuidado. A realizao do projeto foi possvel partir dos seguintes procedimentos: (a) apresentao e aprovao do projeto pela entidade; (b) previso de agenda com seis encontros coletivos com os educadores; (c) desenvolvimento dos encontros a partir de temas relacionados s relaes de trabalho; (d) mediao dos encontros por meio de atividades em grupo, vdeos e dilogo sobre temas pertinentes as relaes de trabalho. Verificou-se que os educadores tm um cotidiano intenso na rotina da Casa-lar, fazendo uso de habilidades pessoais e resistncia fsica na tarefa de cuidar. O projeto contribuiu para o compartilhamento dos dramas vivenciados pelos educadores na atividade profissional, permitindo que compreendessem o modo como os afetos participam da vida da Casalar. Possibilitou a mediao da palavra entre os educadores favorecendo a deciso sobre questes da rotina. A possibilidade da convivncia e do encontro entre eles se mostrou potencilizador na medida em que puderam expressar os dilemas e as alegrias destas relaes de cuidado. Assim, considera-se que o assessoramento psicossocial inscreve-se como uma importante estratgia de promoo e preveno sade dos educadores no acolhimento institucional de crianas. Palavras-chave: Acolhimento Institucional, Relaes de Cuidado, Educadores e Assessoramento Psicossocial.

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Ttulo: ATUAO DO PSICLOGO NO CRAS: REFLEXES SOBRE VIOLNCIAS, VIOLAO DE DIREITOS E IDENTIDADES. Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GISELY PEREIRA BOTEGA Autor (es) adicionais: GISELY PEREIRA BOTEGA - PREFEITURA MUNICIPAL DE GAROPABA/SC MARCELA SOARES PEREIRA - PREFEITURA MUNICIPAL DE GAROPABA?SC ANDRIA BARRIDA MAIRA - PREFEITURA MUNICIPAL DE GAROPABA/SC Financiador: Resumo: Este trabalho prope dar visibilidade atuao do psiclogo no CRAS (Centro de Referncia de Assistncia Social), particularmente s experincias vivenciadas em relao s violncias e violao de direitos de crianas, jovens e famlias do municpio de Garopaba-SC. O CRAS, que foi implementado h um ano no municpio, tem a famlia como foco de ateno e o territrio como base da organizao de aes e servios, e faz parte da ateno bsica do SUAS. As violncias e violaes de direitos configuram-se como as principais queixas dos sujeitos que procuram o programa, tais como: baixa renda, desemprego, trabalhos sem carteira assinada, conflitos com separao e guarda de filhos/as, violncia domstica e sexual, uso e trfico de drogas, alcoolismo, dificuldades de aprendizagem, agressividade. Essas violncias atravessam o processo de constituio das identidades, especialmente as de gnero e classe, contribuindo para produo de desorganizao emocional, afetiva e social nos sujeitos envolvidos. O trabalho do CRAS representa uma possibilidade de aproximao e dilogo com os sujeitos em seu entorno, na qual a Psicologia pode contribuir na medida em que instaura novos olhares, reconhecendo os sujeitos na sua singularidade, promovendo autonomia, garantia dos direitos, e pensando em conjunto com a comunidade de que forma os sujeitos possam se apropriar das leis, diretrizes, fruns participativos, conselhos, assistncia social, direitos humanos, cidadania, etc. luz de uma abordagem interdisciplinar em Psicologia Social, privilegiamos a experincia profissional para a problematizao e sistematizao do tema proposto. Foram eleitas cenas e narrativas mais significativas na relao com a temtica investigada atravs das visitas domiciliares, oficinas psicossociais com os grupos de crianas, jovens e famlias, aproximao com os contextos escolares e dilogo com a rede de proteo. Palavraschave: violncias, violao de direitos, identidades, assistncia social, Psicologia.

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Ttulo: ENTREVISTA PSICOLGICA INICIAL DE CRIANAS COM SUSPEITA DE ABUSO SEXUAL Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: VIRGINIA AZEVEDO REIS SACHETTI Autor (es) adicionais: MAIRA MARIA DA COSTA - FACULDADE METROPOLITANA DE GUARAMIRIM Financiador: Resumo: O abuso e a explorao sexual das crianas e adolescentes so um tipo de maus-tratos cada vez mais estudado e difundido, com diversas implicaes psicossociais e legais. O abuso sexual pode ser definido como o envolvimento de crianas e adolescentes em atividades sexuais que no compreendem em sua totalidade e com as quais no esto aptos a concordar. O abuso pode ocorrer por fora, ameaa ou induo da vontade da vtima e pode ser fator responsvel pelo comprometimento do rendimento escolar, adaptao social, sade fsica e mental, alm de estar diretamente relacionado, a longo prazo, ao desenvolvimento de distrbios comportamentais. O presente trabalho de estgio surgiu de uma parceria realizada entre o Curso de Psicologia e o CRAS/SUAS do municpio de Guaramirim, interior-norte de Santa Catarina, com o objetivo de elaborar um protocolo para o primeiro atendimento destinado s crianas/adolescentes com suspeita de abuso sexual. O contato inicial configura-se como um espao de apoio e orientao que visa o acolhimento da criana/adolescente, bem como o levantamento de informaes especficas, uma vez que esse tipo de violncia pode vir desacompanhado de vestgios fsicos. O projeto encontra-se em fase de execuo e resultados preliminares apontam para a necessidade de proporcionar um atendimento psicolgico capaz de estabelecer um vnculo fundamentado na empatia, na aceitao e na iseno de julgamentos. Alm disso, o primeiro atendimento deve ser mediado por atividades no diretivas, que facilitem a expresso de sentimentos; deve ainda, respeitar o desenvolvimento cognitivo e afetivo, bem como a histria de vida.

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Ttulo: GRUPO DE APOIO: UMA INTERVENO PSICOLGICA DIANTE DOS PROCESSOS GRUPAIS Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BRUNA BITTENCOURT LIPERT Autor (es) adicionais: JULIANA COSTA CASTRO ARAJO - UNISUL SARA MARIA DA COSTA CANTO - UNISUL Financiador: Resumo: Os novos contextos e realidades sociais demandam da Psicologia um redirecionamento das reais possibilidades de atuao e interveno. Sofrimentos, doenas, desequilbrios em conjunto com situaes adversas evidenciam a fragilidade social na qual esto inseridos grupos, principalmente, nas comunidades onde so oferecidos servios de assistncia social, sade ou outras modalidades dentro das polticas pblicas especficas. Diante desta realidade, surgem os grupos de apoio, na tentativa de dar o suporte necessrio essas pessoas. O objetivo deste estgio, na rea de processos grupais, foi realizar um diagnstico do grupo, facilitando a superao de seus entraves e reforando habilidades grupais. O grupo de apoio a mulheres com cncer (ou j curadas) no constante, apresentando composio mdia de 40 mulheres ao total, variando entre 35 a 82 anos, e apresenta participantes de diferentes nveis scio-econmicos e graus de instruo, sendo que a cada encontro h uma modificao de participantes, variando o nmero de integrantes e a formao do grupo. O mtodo utilizado foi baseado na andragogia, sendo realizadas tcnicas de observao, levantamento de expectativas, dinmicas de integrao, processamento de sentimentos e sensaes, reconhecimento de si e do outro, resoluo de problemas, dramatizaes e reflexes crticas, com a finalidade de obter um diagnstico das reais necessidades do grupo, bem como facilitar seu processo de conscientizao e amadurecimento. O resultado obtido principal foi o amadurecimento grupal, deixando a fase de incluso, de extrema dependncia e iniciando uma segunda fase de crescimento controle, onde o grupo mostra uma estrutura mais madura na configurao dos papis vivenciados. Palavras-chave: Grupo de apoio; diagnstico grupal; facilitao grupal.

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Ttulo: GRUPO DE MES: FORTALECENDO VNCULOS FAMILIARES E COMUNITRIOS EM UM CENTRO DE REFERNCIA DA ASSISTNCIA SOCIAL Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: REJANE DE FARIAS Financiador: Resumo: O grupo de mes surgiu como proposta de fortalecer os vnculos familiares e comunitrios de mes participantes de um Centro de Referncia da Assistncia Social (CRAS) de um municpio da Regio da Grande Florianpolis. O objetivo principal da proposta foi oferecer um espao de troca de experincias e reflexes a mes de crianas de zero a trs anos de idade, contribuindo para a preveno da violncia contra a criana. Foram convidadas a participar dos encontros semanais, mes de crianas menores de trs anos de idade, sendo que mes e filhos permaneciam juntos no grupo coordenado por uma psicloga e uma assistente social. Alm de disponibilizar brinquedos para as crianas, as coordenadoras propuseram atividades e trocas de experincias sobre temas relacionados ao desenvolvimento da criana, relacionamentos familiares, projetos de vida e outros de interesse das mes. O resultado da experincia revelou que, apesar das mes apresentarem freqncia irregular, o grupo possibilitou a vinculao entre as participantes, constituindo-se como um espao de trocas e esclarecimentos de dvidas. Alm disso, as participantes manifestaram satisfao diante da oportunidade de receberem informaes da psicologia, especialmente no que se refere colocao de limites, o que, na viso das mesmas, auxiliou-as a tornarem-se mais calmas e lidar com os comportamentos da criana. O grupo ainda debateu e valorizou a participao indireta de alguns pais no processo, concluindo sobre a necessidade de uma mudana no horrio a fim de que os homens tambm pudessem participar dos encontros

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Ttulo: JOGOS COGNITIVOS, INTEGRAO E ENTRETENIMENTO PARA RESIDENTES GERITRICOS Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MATHEUS DE MOURA MOISES SCHREINER Financiador: Resumo: Este trabalho traz a descrio e a anlise do projeto realizado no segundo semestre de 2008 no Asilo Irmo Joaquim, localizado no centro de Florianpolis-SC. Nossa proposta objetivou propiciar e/ou melhorar a integrao e o entretenimento dos residentes do asilo, desenvolvendo uma cultura de jogos que atendesse aos diversos perfis dos idosos, alm de articular esta instituio geritrica Universidade Federal de Santa Catarina, proporcionando desenvolvimentos tericos e sociais. Almejamos trazer para o dia-a-dia dos residentes atividades em que eles resgatassem sentimentos possivelmente adormecidos em suas vidas, como companheirismo, desafio e senso de competio, alm de estimular melhorias que influenciassem em sua auto-estima, vontade de melhora, entre outros tantos sentimentos que pudessem vir a aparecer no decorrer do trabalho e que esto ligados a mudanas de pensamento em relao a si mesmo, ao outro e ao mundo que os rodeia. Para isso propusemos a realizao de oficinas de jogos cognitivos com os residentes do asilo. Foi necessria uma breve investigao sobre quais jogos estariam mais adequados ao contexto scio-histrico de idosos. Este estudo baseou-se na observao de quais jogos eram praticados pelo pblico da terceira idade em duas praas de Florianpolis localizadas nos bairros Centro e Saco dos Limes. Realizamos as atividades, apresentando os jogos e praticando-os em dez encontros, conforme a disponibilidade do nosso grupo de trabalho. Os resultados do projeto corresponderam as nossas expectativas, pois houve a adeso de uma parcela dos residentes e tambm de jovens voluntrios que se dispuseram a dar continuidade s oficinas. Assim, percebemos a importncia de investimentos financeiros em atividades sociais que proporcionem melhor qualidade de vida para o pblico idoso. Consideramos a experincia relevante para a formao profissional, pois nos deparamos com um contexto e uma atividade ainda no vivenciada por ns, havendo benefcio mtuo entre ambas as instituies.

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Ttulo: PAIS SEPARADOS: AS MUDANAS NA VIDA DOS FILHOS. Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MILIE GABRIELA SANTOS Autor (es) adicionais: ZAMIR DOILE MACEDO - MESTRE EM SADE COLETIVA - UNOESC ANA PATRCIA PARIZOTTO - MESTRE EM PSICOLOGIA - UFSC SCHEILA BEATRIZ SEHNEM - MESTRE EM EDUCAO - UNOESC Financiador: Resumo: A separao dos pais resulta em diversas mudanas na vida dos filhos e a principal dificuldade existente para a readaptao da criana nova situao familiar o no conhecimento dos pais sobre as possveis conseqncias de seus atos. A no diferenciao entre parentalidade, coparentalidade e conjugalidade o responsvel pelos problemas familiares, e consequentemente da alienao parental. O objetivo deste estudo foi identificar as mudanas que ocorrem na vida dos filhos aps a separao do casal, levando em considerao temas como a alienao parental , coparentalidade e conjugalidade assim como a sade fsica e psicologica da criana envolvida. O mtodo utilizado foi a leitura de artigos cientficos relacionados separao do casal e as possveis conseqncias desse fator na vida dos filhos. Foram selecionados dez artigos com tempo mximo de dez anos de publicao, retirados de revistas on-line. Os resultados apontam para o fato de que a separao dos pais uma situao estressora, porm ela pode ser menos dolorosa se os pais souberem como agir diante dos filhos. A dificuldade da diferenciao entre conjugalidade e parentalidade o principal aspecto que dificulta o relacionamento entre os pais. Essa dificuldade de relacionamento entre os pais e a aquisio do ptrio poder por um dos ex cnjuges pode contribuir para a alienao parental. A criana que constantemente escuta coisas desagradveis do pai/ me reage afastando-se. O afastamento pode tornar-se irreversvel, rompendo laos afetivos e contribuindo pra problemas comportamentais. A separao do casal pode gerar desde sentimentos de revolta, de culpa, dificuldades escolares e problemas de sade.

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Ttulo: PREVENO DA VIOLNCIA CONTRA CRIANAS E ADOLESCENTES Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: VIRGINIA AZEVEDO REIS SACHETTI Autor (es) adicionais: ADILSON JOS RIBEIRO - FACULDADE METROPOLITANA DE GUARAMIRIM Financiador: Resumo: A violao de direitos humanos um dos temas centrais em psicologia. Maus-tratos em crianas e adolescentes so atos cometidos ou omisses de proteo que resultam em dano fsico, moral intelectual ou social, agrupados em quatro categorias: abuso sexual, fsico, emocional e negligncia. As polticas governamentais de proteo especial destinam-se a segmentos da infncia e adolescncia em situao de risco pessoal e social que esto expostas a condies que transgridem a integridade fsica, psicolgica ou moral, por omisso da famlia ou do Estado: so vtimas do trfico organizado de drogas, dos maus tratos sofridos na famlia ou nas instituies de guarda, da violncia nas ruas. O presente projeto de extenso surgiu da necessidade de atender a demanda do Servio-Escola de Psicologia e do Ncleo de Prtica Jurdica que, por terem semelhana e complexidade, exigiam abordagem multidisciplinar. O trabalho est sendo realizado por alunos, sob superviso de professores, em parceria com o CRAS/SUAS de uma comunidade carente do municpio de Guaramirim, interior-norte de Santa Catarina. O objetivo desenvolver aes especficas focadas na preveno da violncia contra crianas e adolescentes, tais como: palestras informativas sobre direitos, redes de proteo social e desenvolvimento infantil, oficinas para que adultos e professores fossem capazes de identificar e denunciar sinais precoces de violncia, produo de cartilhas e materiais de divulgao. O projeto encontra-se em fase de execuo e resultados preliminares apontam para a crescente participao das pessoas da comunidade, ampliando e fortalecendo as redes de apoio social, reduzindo danos e assegurando o desenvolvimento integral das crianas.

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Ttulo: PROGRAMA MULHER VALOROSA: MOS QUE CRIAM, VIDAS QUE SE TRANSFORMAM Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA MICHELLE MLLER NICHEL Autor (es) adicionais: MARINZ BACH TRICHES - PREFEITURA MUNICIPAL DE CORDILHEIRA ALTA Financiador: Instituio pblica - PREFEITURA MUNICIPAL DE CORDILHEIRA ALTA - SC Resumo: Este relato de experincia trata da insero do psiclogo no Centro de Referncia da Assistncia Social, mais especificamente sua atuao no programa Mulher Valorosa. O Programa Mulher Valorosa surgiu no ms de setembro de 2009, como uma alternativa de enfrentamento pobreza, para as famlias em situao de vulnerabilidade social, do municpio de Cordilheira Alta SC. A finalidade do programa a incluso socioeconmica, o resgate da autoestima, e a formao orientada para o desenvolvimento de empreendimentos com base no cooperativismo e associativismo. O projeto possui como intuito proporcionar as mulheres condies e oportunidades de expresso e descobertas de suas potencialidades pessoais; assim como despertar interesse para o bem estar, higiene, lazer e educao, como forma de garantir qualidade de vida e desenvolver atividades que potencializem a criatividade, aperfeioamento e melhoria da qualidade do trabalho artesanal. Temos como pblico alvo as famlias e indivduos em situao de vulnerabilidade social do municpio, participantes do Programa Bolsa Famlia e usurios do Benefcio de Prestao Continuada. O programa desenvolvido em quatro ncleos, sendo dois na sede do CRAS e dois no interior do municpio. Sua periodicidade semanal, onde as participantes desenvolvem diversas atividades: orientao e apoio scio familiar; artesanatos; fbrica de sabo, troca de experincias e dinmicas vivenciais em oficinas de reflexo e convivncia. So atendidas 85 famlias neste programa. A Psicologia se insere neste contexto desenvolvendo um trabalho de interveno mensal, objetivando o fortalecimento dos vnculos familiares e comunitrios, atuando na dimenso subjetiva dos sujeitos, desenvolvendo autonomia e cidadania. Durante os encontros, so realizadas vivncias e palestras, sempre voltadas para o trabalho com a vida, possibilitando a reflexo e a ao criativa, e a ascenso dos laos colaborativos entre as participantes. um espao para as histrias de vida e para ser autora de sua prpria histria.

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Ttulo: QUAIS SO AS SITUAES ESTRESSANTES E ESTRATGIAS DE COPING UTILIZADAS POR PROFISSIONAIS QUE ATUAM COM VTIMAS DE VIOLNCIA SEXUAL? Tema: PSICOLOGIA E ASSISTNCIA SOCIAL Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA AX WILHELM Autor (es) adicionais: SANDRA ANTUNES DOS SANTOS - UNIDAVI Financiador: Resumo: Ocorrncias de violncia sexual so complexas e sensibilizam os profissionais que lidam cotidianamente com esse fenmeno. Profissionais que atuam com vtimas de violncia sexual muitas vezes lidam com diferentes sentimentos, tais como: angstia, impotncia, receio, paralisao, revolta, desconfiana, raiva, indignao, tristeza, sensao de no resolutividade, reavaliao de preconceitos, dentre outros. Os objetivos do estudo foram: identificar situaes estressantes no cotidiano profissional e investigar estratgias de coping utilizadas por estes profissionais. O coping pode ser definido como constantes esforos cognitivos e comportamentais no manejo de demandas especificas, externas e/ou internas, ao exigir ou exceder os recursos pessoais. Participaram oito profissionais que atuavam em dois conselhos tutelares e trs profissionais que atuavam no Projeto Sentinela. Foi utilizado um roteiro de entrevista com perguntas semi-estruturadas. Os resultados do estudo revelaram diferentes condies estressantes (no resoluo da situao de imediato, alta demanda de trabalho, omisso de parentes das vtimas, envolvimento emocional, entre outros) vivenciadas diariamente pelos profissionais. Estas possibilitaram a utilizao de diferentes estratgias para minimizar a reduo do impacto do estresse como: buscar alternativas na resoluo da situao, encarar a situao com calma, encarar como um desafio, conversar com colegas conselheiros para obter auxlio, realizar leituras, sair com a famlia, viajar, escutar msica, danar, praticar esportes, rezar, acessar a internet, tomar gua ou caf para aliviar o estresse, dentre outros. importante que os profissionais recebam uma rede de apoio social e polticas pblicas mais integradas e efetivas para sua atuao.

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Ttulo: QUAL O PAPEL DA PSICOLOGIA NO ACOMPANHAMENTO DO ADOLESCENTE EM LIBERDADE ASSISTIDA? Tema: Psicologia e Assistncia Social Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIANA BARRETO VAVASSORI Autor (es) adicionais: GREYCE ELAINE DA SILVA CORONETTI - PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOS Financiador: Resumo: Este trabalho se trata de uma reflexo sobre a prtica da psicologia no servio de proteo social aos adolescentes em cumprimento de medida de liberdade assistida no municpio de So Jos/SC. O servio est inserido no Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social, o qual integra a proteo social de mdia complexidade do Sistema nico de Assistncia Social. A psicologia tem como especificidade realizar a escuta qualificada dos adolescentes e de seus familiares, a fim de identificar o sentido do ato infracional em seus contextos de vida. As intervenes ocorrem sob a forma de atendimentos individuais, atendimentos multiprofissionais, entrevistas com familiares, visitas domiciliares e grupos. Este conjunto de prticas remete a diferentes reas da psicologia, podendo ser utilizadas desde a compreenso e tcnicas da clnica, at o aporte terico da psicologia social. No caso do municpio em questo, um dos obstculos consiste na falta de vinculao do adolescente e sua famlia com o servio, o que compromete sobremaneira o acompanhamento. Uma vez iniciado o processo socioeducativo, a dificuldade se traduz pela baixa adeso em atividades/projetos com foco no trabalho em grupo. Estas questes evidenciam a necessidade de se planejar e criar formas inovadoras de atuao em grupo, uma vez que a abordagem exclusivamente individual limitada e crescente o aumento da demanda pelo servio. Para alm disso, no se pode perder de vista que a psicologia precisa enfrentar dilemas sociais mais amplos, envolvendo processos de discriminao e excluso, para que o processo socioeducativo alcance seus objetivos.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Clnica

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Ttulo: A ANLISE BIOENERGTICA NO BRASIL POSSIBILIDADES E DESAFIOS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA CRISTINA PIAUHY SILVA MENDES Autor (es) adicionais: ANA LUCIA FARIA Financiador: Resumo: Anlise Bioenergtica foi criada em 1953 por Alexander Lowen nos Estados Unidos. Reich foi o formador de Lowen de 1940 a1952 e seu analista de 1942 a 1945. Em 1956 Lowen cria o Instituto Internacional de Anlise Bioenergtica (IIBA). Lowen preservou os princpios essenciais do funcionamento humano que Reich estabeleceu, em sua dimenso energtica e psicossomtica. Ele preservou, ao fundar a Anlise Bioenergtica, a dimenso analtica da elaborao verbal que Reich tendia a negligenciar em sua ltima evoluo tcnica. Na dcada de 1960, com a criao dos cursos de graduao em psicologia, as teorias humanistas ganharam espao nos currculos. Caracteriza-se pela crtica aos dualismos corpo/mente e razo/emoo dominantes no pensamento cientfico de um modo geral. As terapias corporais surgiram em So Paulo por volta de 1975-76. Com Jos Angelo Gaiarsa e Roberto Freire. A Anlise Bioenergtica chegou ao Brasil na dcada de 1980 em So Paulo. Hoje a FLAAB (Federao Latino Americana de Anlise Bioenergtica) agrega sete sociedades distribudas em 5 estados do Brasil e Argentina. No inicio A anlise Bioenergtica se firmou como um movimento focado na clinica. A Anlise Bioenergtica expandiu-se para a educao, organizao, clinica social e outros setores onde a preveno dos distrbios psquicos se faz necessria. No Brasil a Anlise Bioenergtica vem expandindo seu campo de atuao no atendimento a sociedade numa busca incessante de deselitizar o atendimento psicolgico, e utilizar seu conhecimento na direo de promover o bem estar psicocorporal. Para a apresentao do trabalho necessrio data show.

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Ttulo: A CONSTRUO DO GENOGRAMA NA TERAPIA DE CASAL Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MONICA BARRETO Autor (es) adicionais: MARIA APARECIDA CREPALDI - UFSC Financiador: Resumo: O genograma como recurso auxiliar na prtica clnica o foco deste trabalho que teve como objetivo caracterizar como este instrumento pode auxiliar o terapeuta no trabalho com casais. Para ilustrar o uso do instrumento e investigar sua importncia, realizou-se o estudo de caso clnico de um casal recasado que se encontrava em atendimento em uma clnica escola de Psicologia. O genograma de cada famlia nico e as informaes colhidas vo se diferenciar em funo das particularidades das histrias de cada um e com uma leitura sistmica prvia busca-se assinalar as repeties de padres relacionais, funcionamento e estrutura. O genograma pode ser utilizado pelos terapeutas familiares nas diferentes modalidades de atendimento (individual, casal, famlia); e de diversas formas, desenho realizado junto com os clientes na sesso, feito apenas pelo terapeuta aps o atendimento. No caso clnico em questo o genograma foi utilizado desde a segunda sesso de terapia por entender ser imprescindvel falar sobre as relaes com as famlias de origem dos cnjuges, nesta modalidade teraputica. Atravs deste instrumento pode-se constatar na famlia do marido o fato de se tratar de uma famlia numerosa, com histrico de alcoolismo e com relaes conflituosas; enquanto que na famlia da esposa apareceram alianas, histrico de transtornos mentais e o fato dela ter uma irm gmea. O genograma como recurso tcnico na terapia do casal contribuiu com o processo teraputico ao proporcionar famlia e terapeuta a visibilidade, por meio do desenho, dos membros das famlias de origem e as relaes existentes entre eles. A visualizao do genograma no decorrer das sesses foi til para o entendimento das posies que cada um ocupava nas respectivas famlias de origem e avanos na formulao de hipteses sistmicas, que foram se confirmando ao longo do processo teraputico e nortearam o trabalho realizado.

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Ttulo: A FORMAO DO PSICOTERAPEUTA E A OBSERVAO DA RELAO ME-BEB Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JUARA CLEMENS Autor (es) adicionais: MARIA LCIA TIELLET NUNES - PUCRS Financiador: Resumo: Esta comunicao aborda um recorte terico do tema da dissertao O mtodo de observao da relao me-beb, de Esther Bick, e a formao do psicoterapeuta defendida no Programa de Ps-Graduao em Psicologia da PUCRS. Esse trabalho enfocada a Observao da Relao Me-Beb (ORMB) como um dos instrumentos de ensino da psicanlise. Esse mtodo foi criado por Esther Bick e utilizado na formao de psicoterapeutas, desde 1948, em vrias instituies. Apresenta a historizao e o surgimento dessa tcnica, bem como sua expanso pelo mundo. No Brasil, situa seu incio e sua utilizao. Descreve a sua composio e as caractersticas que o mtodo necessita para seu uso. Enfoca o papel, as atitudes e a presena do observador na situao de observao e na situao do grupo de superviso. Apresenta as etapas pelas quais o mtodo se desenvolve no seu objetivo de ampliar a percepo dos sentidos do observador, bem como as capacidades que a vivncia desse mtodo pode favorecer ao psicoterapeuta. A ORMB surgiu como um recurso na formao psicanaltica e teve seu crescimento e expanso atravs de caminhos que a prpria psicanlise construiu. Deste entrelaamento que deixa marcas mtuas, na ORMB e na formao em psicanlise, destaca-se a influncia das caractersticas de cada instituio na aculturao e modificaes que o mtodo standard tem sofrido. Esse trabalho retoma os objetivos de Bick ao criar seu mtodo para formao de psicoterapeutas e as idias recentes de autores sobre essa questo. Palavras- Chave: observao da relao me-beb; formao em psicoterapia; formao em psicanlise; Esther Bick ______________________________________________________________________ Juara Clemens Psicloga e Psicanalista, Professora na Graduao em Psicologia da Faculdade Metropolitana de Guaramirim- Fameg, Especialista em Diagnstico Psicolgico PUCRS, Mestre em Psicologia - PUCRS, Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Ps-Graduao em Psicologia - UFSC Maria Lcia Tiellet Nunes Psicloga, Professora Titular na Graduao e Ps-Graduao na PUCRS, Doutora em Psicologia Universidade Livre de Berlim.

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Ttulo: A IMPORTANCIA DA VALIDAO DOS INSTRUMENTOS PSICOLOGICOS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MEMORA ARRIAL Autor (es) adicionais: MMORA ARRIAL - UNISC LUCIA ILEKI FIORGIARI - UNISC Financiador: Resumo: Ttulo: A importncia da validao dos instrumentos psicolgicos * Autor Principal / Titulao: Lcia Ilecki Forgiarini; Mmora Arrial/ acadmicas do curso de psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC O presente estudo foi realizado para a disciplina de Tcnicas Projetivas da UNISC. Procurou-se com este estudo confirmar que deve haver comprometimento do profissional no uso de instrumentos validados, reconhecendo o quanto a tica deve estar atrelado ao fazer profissional, pois a prtica coloca em questo a categoria que ainda no segue os valores ticos desta profisso. O estudo se deu atravs de uma reviso terica sobre a importncia da validao dos instrumentos psicolgicos na Avaliao Clnica, objetivando ressaltar a seriedade que se da a este processo, para um melhor uso destes instrumentos pelos profissionais da rea, no mbito clinico. Para uma melhor compreenso de tal assunto, realizou-se uma busca no que se refere ao histrico da avaliao psicolgica no Brasil no sentido de apropriarse da origem do uso de testes psicolgicos. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliogrficas em bibliotecas virtuais, como Scielo, alm de literatura especfica da rea. Aps a realizao de tal busca, pode-se concluir que os testes devem ser validados a cada 10 anos, o avaliador deve estar comprometido em se usar mais de um teste antes de chegar a uma concluso e que ainda neste processo devem-se incluir os conceitos que esto ligados aos parmetros dos testes. Alem disso, pode-se perceber que o uso da validao legitima a prtica/prxis psiclogo que faz uso de instrumentos psicolgicos, constatando-se assim sua pertinncia a determinado campo, promovendo eficcia na teraputica e no parecer diagnstico.

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Ttulo: A INTERVENO CLNICA DO GESTALT-TERAPEUTA NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL INFANTO-JUVENIL Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GREICE CAROLINE DAS NEVES PASQUALOTTO Autor (es) adicionais: LYDIANE SOARES - INSTITUTO MLLER-GRANZOTTO Financiador: Resumo: Crianas em situao de risco familiar so acolhidas em instituies e, por vezes, vivem abrigadas por anos, perdendo a convivncia com a famlia e sendo destitudas do poder familiar. O objetivo deste trabalho, luz da Gestalt-terapia, apresentar intervenes clnicas realizadas nas situaes de acolhimento institucional infanto-juvenil. A partir da teoria do self formulada por Perls, Hefferline e Goodman, aborda-se a clnica da aflio, ampliando-se o conhecimento acerca do termo proposto pelo casal Mller-Granzotto e, utilizado aqui, que sofrimento e ajustamento tico-poltico. No sofrimento ticopoltico, a funo personalidade est impedida de criar, pois no existe um dado que permita que o excitamento aparea e, por uma limitao do meio, a funo de ego se furta ao. Dessa maneira, a funo de ego opera como um ajustamento, que chamamos aflitivo, pois faz da ausncia de dados um pedido de ajuda. Considera-se Sofrimento tico-poltico as situaes de abrigamento onde a privao da criana ou adolescente do convvio familiar impossibilita a funo personalidade operar, uma vez que no h dado, um lugar naquela famlia para que o sujeito possa construir laos sociais ou desenvolver uma identificao social realidade em que se encontra. Diante deste contexto, a funo de ego opera como um ajustamento criativo aflitivo, fazendo da ausncia de dados um pedido de incluso social e do meio um ego-auxiliar. A interveno dos clnicos nessa experincia de contato favorecer a ampliao da funo de ego na construo de um pedido de incluso oferecendo um dado com o qual esta criana ou adolescente possa ampliar as possibilidades de descoberta, a elaborao do luto e a expresso das emoes. No caso do abrigamento, geralmente como o clnico atua na recepo de uma nova criana e quando esta criana recebe a notcia da destituio do poder familiar.

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Ttulo: A SUBLIMAO EM FREUD: PSICANLISE ADAPTATIVA OU CRTICA EM RELAO AOS VALORES SOCIAIS? Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: WALDIR LOURENO GONALVES Financiador: Resumo: Este trabalho apresenta parte de pesquisa terica integrante da dissertao de mestrado do autor, defendida na USP. Considerando que a sublimao apresenta-se, em Freud, como um dos destinos das pulses perversas que, dessexualizadas, so desviadas para novos objetivos socialmente valorizados; e considerando que a sublimao o processo esperado no final da anlise, a questo que surge a de se a psicanlise se constitui em um processo adaptativo sociedade, ortopdico e corretivo, mobilizando as pulses ditas perversas (ou antissociais) para desvios socialmente aceitos e valorizados. Uma questo que envolve a poltica e a tica psicanaltica. A pesquisa tem como metodologia a anlise de contedo, utilizando a edio informatizada das obras completas, das citaes que envolvem o radical sublim-, em todos os textos freudianos entre 1895 e 1915, quando teria escrito seu artigo metapsicolgico sobre a sublimao, supostamente e infelizmente destinado ao lixo. Os resultados apontam para uma concepo freudiana crtica e relativizada do termo perverso, no sentido de que o que considerado perverso em determinado tempo em determinada sociedade (por exemplo, a inverso do objeto sexual que constitui a homossexualidade), pode no o ser em outro tempo na mesma sociedade, ou no mesmo tempo em outra sociedade. E, alm disso, a anlise dos textos freudianos revela a possibilidade de que um desvio sublimatrio possa ser considerado, em um tempo social, revolucionrio e socialmente questionador, sendo o seu valor esttico ou tico apenas reconhecido em outro tempo social. Este o caso de obras de arte cuja valorizao apenas ocorre, por vezes, dezenas e at mais de uma centena de anos depois de sua apresentao sociedade. Esta concepo deve se refletir na postura tica do psicanalista, diferenciando o antissocial do patolgico.

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Ttulo: A SUPERVISO CLNICA NO ESTGIO CURRICULAR: CONTRIBUIES DA GESTAL-TERAPIA COM A FORMAO ACADMICA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ENIS MAZZUCO Autor (es) adicionais: ENIS MAZZUCO - UNIVALI HEBE CRISTINA BASTOS RGIS - UNIVALI Financiador: Resumo: Este trabalho pretende compartilhar a experincia de superviso acadmica de estgio em Psicologia Clnica, tendo como base de compreenso terica a Gestalt Terapia. As supervises acadmicas acontecem em grupo semanalmente, e so realizadas por duas professoras supervisoras que, a partir do relato dos estagirios, vo pontuando questes tanto no que se refere aos casos em si, forma de atendimento e tambm questes relativas forma que se revela a partir da atuao de cada estagirio, visando a reflexo sobre o clnico que h em cada um de ns. Essas colocaes so realizadas tambm pelos prprios estagirios, na medida em que estes vo se apropriando da matriz terica e do modo de interveno clnica nessa abordagem. As supervises tem como objetivo: 1) integrar os estagirios de Psicologia Clnica; 2) socializar e refletir sobre os atendimentos realizados, buscando compreender as intervenes a partir da Gestalt Terapia; 3) criar um espao que possibilite ao acadmico se experimentar no papel de clnico e perceber suas implicaes na interveno realizada; 4)oportunizar a aprendizagem do modelo de trabalho da Gestalt Terapia; 5) trabalhar o modo de atuao clnica de cada um dos estagirios. O conceito de campo de presena, fundamental para compreender o modelo adotado nas supervises e o espao do grupo entendido a partir dessa perspectiva. Cabe dizer que a interveno clnica sempre baseada a partir das trs clnicas da Gestalt Terapia: dos ajustamentos evitativos, dos ajustamentos de busca e especialmente, considerando o contexto onde os estgios acontecem, a clnica dos ajustamentos aflitivos. Os resultados desse trabalho tm sido considerados como satisfatrios, pois a possibilidade da socializao do conhecimento, assim como de sua construo coletiva no aqui-e-agora da superviso, tem gerado uma evoluo na forma de olhar tanto para os consulentes quanto na forma de atuao do clnico.

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Ttulo: A SUPERVISO DE ESTGIO EM PSICOLOGIA CLNICA SOCIAL: O DESAFIO DE UMA PROPOSTA INOVADORA. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULIO SCHRUBER JUNIOR Autor (es) adicionais: GISELE SCHWEDE - FACULDADE GUILHERME GUIMBALA ROSNELDA PONICK - FACULDADE GUILHERME GUIMBALA VANIA WIESE - FACULDADE GUILHRMEM GUIMBALA Financiador: Resumo: Cada vez mais a temtica da Psicologia Clnica Social tem se apresentado como uma demanda de interveno psicolgica. Com base nas experincias e reflexes tericas dos autores como supervisores de estgio de psicologia clnica na Faculdade Guilherme Guimbala (FGG), o objetivo deste trabalho problematizar a formao do psiclogo para atuar junto atual realidade nas instituies que demandam intervenes psicolgicas voltadas para a compreenso do sofrimento psicossocial decorrente de precrias condies de vida a que est submetida parcela significativa da populao brasileira. Neste sentido, tem-se problematizado a formao em psicologia, buscando-se propiciar ao futuro psiclogo uma formao que o permita, por meio de sua interveno, contribuir para a compreenso dos desafios desenhados a partir dessa proposta clnica, buscando no s compreend-la nas condies scio-poltico-culturais que a engendram, mas auxiliando na construo de uma poltica de sade mental de qualidade para todos. Tendo como base epistmica-metodolgica a escola da psicologia psicodinmica, o que se tem buscado junto aos estagirios de psicologia clnica uma formao que abranja discusses acerca das necessidades de se ampliar e modificar a interveno neste campo, principalmente inserindo discusses sobre polticas pblicas, direitos humanos e questes relacionadas sade mental na e para a diversidade.

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Ttulo: A VOZ DO PAI NA FAMLIA RECASADA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JOYCE DE SOUZA VIEIRA Autor (es) adicionais: ANA PAULA BALBUENO KARKOTLI - UNIVALI Financiador: Resumo: Ttulo: A voz do pai na famlia recasada (Nota prvia) O presente estudo trata-se de um trabalho de concluso de curso, com o tema A Voz do Pai na Famlia Recasada, tem como objetivo geral investigar como os homens vivenciam a parentalidade paterna diante de novas configuraes familiares. No recasamento os homens em muitos casos tornam-se pais sociais da prole da nova companheira. um contexto de tenso onde existe o lugar do genitor que tm a guarda e o do genitor que no a tm, incluindo a parentalidade ampliada de cada um deles (GRISARD, 2008). A famlia recasada um territrio repleto de desafios e perplexidades, tanto para os que a constituem como para os que as pesquisam (OSRIO, 2002). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, onde ser realizado um estudo de caso com dois homens que estejam vivenciando a paternidade no recasamento. Para a coleta dos dados se utilizar entrevista semi estruturada e genograma. Os objetivos especficos visam identificar as facilidades e dificuldades na relao com os filhos, identificar quais os sentimentos vivenciados pelos homens diante da tarefa de educar os filhos no recasamento, descrever como os homens, que vivenciam o recasamento, desenvolvem as prticas parentais. Jablonski (1999) aponta que nesse contexto est em jogo a paternidade e a prpria identidade masculina, gerando confuses e indefinies de papis. Silva e Piccinini (2007) aferem que pouco se sabe sobre como os pais esto vivenciando tais mudanas, como se auto-avaliam e que sentimentos possuem com relao paternidade. A pesquisa est em fase de coleta de dados com previso de defesa em junho de 2011.

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Ttulo: ACOMPANHAMENTO TERAPUTICO (AT) NA ABORDAGEM GESTLTICA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCELE DE FREITAS EMERIM Financiador: Resumo: A riqueza de possibilidades de interveno proporcionada por essa clnica que faz da rua, da cidade, de qualquer lugar, seu setting teraputico, bem como os desafios impostos por ela a todo momento, diante do grande nmero de variveis a serem consideradas e trabalhadas (familiares, vizinhana, territrios), obriga o gestaltterapeuta a debruar-se permanentemente sobre o que j foi construdo a respeito desse fazer e, principalmente, a estar atento e implicado no seu caminhar junto aos seus consulentes/acompanhados, ampliando sempre suas formas de atuao, (re)pensando sua clnica a cada encontro, compreendendo e exercendo sua funo junto a essas pessoas e ao meio social onde elas circulam. O trabalho ora proposto tem como objetivo problematizar as possibilidades e as limitaes do acompanhamento teraputico (AT). E, em especial, discutir a dimenso poltica do trabalho do acompanhante teraputico (at) quando realizado junto a pessoas que fazem ajustamentos psicticos. H a compreenso de que o AT est relacionado dimenso poltica de ateno psicose. Cabe ao at estabelecer interlocues com o meio, com o territrio, no intuito de promover transformaes para que o meio social seja capaz de acolher as produes psicticas de seu acompanhado/consulente, visando sua sociabilidade e o aumento de sua contratualidade apostando numa configurao que inclua o psictico. Busca-se a incluso poltica dessas pessoas. As demandas do at no so direcionadas ao consulente/acompanhado, mas sim a toda a sociedade, para o acolhimento a todo tipo de singularidade, a toda forma de se estar no mundo. Alm das problematizaes tericas, oriundas da teoria do self, do entendimento da psicose como ajustamento e da discusso da funo poltica do at, esse trabalho prope-se a apresentar breves relatos de casos clnicos atendidos nessa perspectiva. Palavras-chave: acompanhamento teraputico; gestalt-terapia; psicose

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Ttulo: ADOLESCNCIA: ESCUTA E REFLEXO. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FRANCIANE GOMES DE SOUZA VIANA Autor (es) adicionais: ANA EMILIA DINIZ DE MAGALHES - FACEX ISABEL FEITOSA - FACEX LAURA CAROLINE OLIVEIRA DE SOUZA - FACEX POLIANA S. SILVA - FACEX SHIRLLYS SUANNY G.DA SILVA - FACEX Financiador: Resumo: Adolescncia: Escuta e reflexo. Este trabalho originou-se a partir do nosso conhecimento sobre a existncia de um grupo que visa refletir com adolescentes sobre temas livres a partir da psicanlise, tivemos a idia de us-la como proposta de escuta aos adolescentes desse estudo. O grupo de escuta e reflexo visa criar espaos de fala e de experincias compartilhadas para adolescentes atravs da realizao de grupos de discusso em torno de questes e tenses que para elas se colocam, tendo em vista a nova relao com o social que se impe na adolescncia. O grupo de reflexo contou com a participao de 09 adolescentes do sexo feminino que compreendem a faixa etria de 12 a 14. A concepo que vigora do perodo da adolescncia est fortemente ligada a esteretipos e estigmas, que para alguns autores uma etapa marcada por tormentos e conturbaes vinculadas emergncia da sexualidade. Essa concepo foi reforada por algumas abordagens psicanalticas que a caracterizaram como uma etapa de confuses, estresse e luto, tambm causados pelos impulsos sexuais que emergem nessa fase do desenvolvimento. A pretenso do grupo era de se trabalhar com estas jovens as questes referentes ao perodo que est sendo vivenciado por elas, com isto, visamos criar um espao em que estas jovens pudessem expressar suas opinies, livre de qualquer julgamento e por meio de uma escuta diferenciada com uma proposta psicanaltica. A psicanlise se faz presente neste grupo enquanto referencial terico para pensar sobre o processo psquico da adolescncia e suas implicaes especficas com relao ao social, o que tambm remete a funo desempenhada pelo grupo nesse processo. Ao longo desses encontros, alguns dos pontos principais que emergiram foram: sentimento, amizade, brincar e o relacionamento com os pais, excluso e de restrio de possibilidades de circulao e participao no mundo pblico.

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Ttulo: AS EMOES DO PSICLOGO NO PROCESSO TERAPUTICO COM FAMLIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LARISSA AMARAL NAVES Autor (es) adicionais: ANA PAULA STHEL CAIADO - INSTITUTO DE EDUCAO SUPERIOR DE BRASLIA, BRASIL Financiador: Resumo: Este trabalho objetivou conhecer e discutir como feito o atendimento s famlias em diferentes contextos institucionais. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com sete psiclogos. Por meio dos resultados obtidos e de pesquisa bibliogrfica buscou-se analisar o movimento de aproximao e distanciamento entre o psiclogo e a famlia. Tambm foram abordados alguns aspectos, concepes, sentimentos e idias inerentes relao do profissional com os pacientes atendidos ao falarem de seu trabalho. Acreditamos que no atendimento familiar, diferentemente do atendimento individual, o psiclogo se depara com uma condio peculiar de interveno porque precisa voltar sua ateno para vrias pessoas e vrias questes individuais, sociais, econmicas, entre outras - ao mesmo tempo. Com isso, o psiclogo pode experimentar um sentimento de diviso , pois as narrativas e significados no sero produzidos por uma nica pessoa, mas as fontes de narrativa se tornam diversificadas no atendimento familiar. Com isso, vincularmo-nos ao todo mais complexo do que vincularmo-nos a apenas uma pessoa. O movimento de aproximao e distanciamento, ento, se torna mais complexo pela diversidade de posies. Essa diversidade e complexidade nos levam a algumas questes: o que se passa com o profissional quando ele est frente frente com a famlia ou com o problema? Como possvel entrar no sistema familiar com seus sofrimentos, suas angstias e conflitos, sem deixar o papel de psiclogo? possvel no se envolver emocionalmente a ponto de tomar partido a favor ou contra algum membro da famlia? possvel alcanar uma suposta neutralidade, por meio da qual o psiclogo consegue ficar de fora do que est acontecendo na famlia? Os resultados demonstram que possvel o profissional se emocionar e demonstrar seus sentimentos durante os atendimentos sem que esta prtica afete a eficcia de seu trabalho.

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Ttulo: ATENDIMENTO PSICOLGICO SOCIAL Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDRIA CHAGAS PEREIRA Autor (es) adicionais: ANGELA BEATRIZ SAND - MOVIMENTO - CLNICA E ESCOLA DE PSICOLOGIA SISTMICA Financiador: Resumo: Resumo: Realizar atendimento psicolgico gratuito com crianas, adolescentes, adultos, casais e famlias sem condies financeiras para pagar um tratamento psicolgico o objetivo da Associao Instituto Movimento (ASSIM). Esta uma instituio sem fins lucrativos, nascida em 2007, com o objetivo de ampliar a Clnica Social do Movimento Instituto de Formao Sistmica de Florianpolis Ltda. (Movimento). Famlias vulnerveis so compreendidas como sistemas carentes de suporte social, repletas de desafios e necessidades no correspondidas. O trabalho realizado com as famlias que procuram atendimento psicolgico na ASSIM no so contextos para resolver problemas, mas para desenvolver a resilincia. A resilincia est sendo compreendida aqui como a capacidade de transformar sofrimento em aprendizado, em transformar os desafios em contextos de crescimento e desenvolvimento de autonomia. O objetivo desta comunicao oral relatar a experincia da ASSIM no atendimento social sistmico, refletindo sobre as premissas utilizadas para realizao deste trabalho. Com isso, ser possvel refletir acerca de questes como: a importncia de reconhecer cada pessoa como ser humano legtimo e digno, valorizando sua cultura, competncias e sabedorias desenvolvidas nos seus contextos de vida; incluir em nossa avaliao a lista invisvel de potencialidades e recursos existentes em cada famlia; encorajar os membros da famlia a encarar uns aos outros como capazes de construir mudanas e mobilizar ajuda dentro de sua prpria rede de relacionamentos; e, explorar a questo dos conflitos nas famlias, ouvindo as discordncias, ajudando-as a lidar com essas questes de forma segura e buscando novas maneiras de se relacionar sob estresse.

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Ttulo: CARACTERSTICAS DO TRABALHO DE UM PSICLOGO CLNICO NUMA CLNICA PARA TRATAMENTO INVOLUNTRIO DE DEPENDENTES QUMICOS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CNTIA ERTEL SILVA Financiador: Resumo: O fenmeno da dependncia qumica necessita ainda de muita investigao pelos psiclogos, assim como o tratamento que feito para dependentes qumicos. O psiclogo que faz terapia individual com dependentes qumicos numa clnica de internao involuntria enfrenta algumas dificuldades no tratamento para esse grupo de pessoas. Algumas delas so: os pacientes no tm uma situao adequada para variar seus comportamentos e testar comportamentos aprendidos durante as sesses; eles tm pouco acesso a modificar as situaes que originaram o prprio abuso de substncias qumicas; enquanto esto internados a relao com a famlia em geral distinta do que se observado quando voltam para casa; em geral os pacientes voltam para as mesmas situaes que determinaram o uso das drogas, em geral no so consequenciados com o que esto aprendendo; apresentam muitas reclamaes de rotina da clnica, deixando a terapia num grau de importncia menor; s o fato de que muitos so pacientes involuntrios fazem com que eles no queiram o tratamento. Diante dessas situaes, quais comportamentos foram apresentados pelo psiclogo durante os primeiros meses de trabalho? Foram identificadas as possibilidades de interveno diante das condies do ambiente, foi feita a interveno e agora preciso ser avaliada a interveno feita. Algumas atividades que foram feitas durante a sesso: atividades para aumentar a probabilidade de que a pessoa sinta a necessidade de fazer terapia, foi investigado as determinantes do uso; foi solicitado que algumas reclamaes da clnica fossem feitas em outro momento; foi demonstrado comportamentos que possam prevenir o uso e comportamentos para enfrentar problemas; foi feito encenaes de alguns problemas que os pacientes enfretariam, para assim, aumentar a variabilidade de seus repertrios comportamentais; foi provocado reaes emocionais durante as sesses para ajud-los a lidar com elas de uma forma mais apropriada quando estivessem fora do ambiente protegido;

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Ttulo: CARACTERIZAO DE ESTRATGIAS DE RESOLUO DE CONFLITO CONJUGAL DE CASAIS DE DUAS REGIES DE SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SIMONE DILL AZEREDO BOLZE Autor (es) adicionais: LAUREN BELTRO GOMES - UFSC BEATRIZ SCHMIDT - UFSC CARINA NUNES BOSSARDI - UFSC MARIA APARECIDA CREPALDI - UFSC MAURO LUS VIEIRA - UFSC Financiador: Resumo: Os problemas conjugais tm mltiplas causas, pois envolvem as interaes entre dois indivduos, bem como as caractersticas de personalidade de cada um dos cnjuges, alm dos estressores de vida que ambos enfrentam juntos. Entretanto, o tipo de interao estabelecida entre os casais e a habilidade dos cnjuges para lidar com emoes e comportamentos um do outro podem levar a maior incidncia de conflito marital. Portanto, a discrdia entre casais considerada um fator de risco para o desenvolvimento de psicopatologia para cada um dos cnjuges como depresso, transtornos de ansiedade e abuso de lcool. Alm disso, o estresse marital aumenta a probabilidade dos indivduos desenvolverem problemas fsicos de sade e de manifestarem dificuldades de funcionamento no trabalho. Por essa razo, o presente estudo visa identificar as caractersticas de resoluo do conflito conjugal de 50 casais residentes do Vale do Itaja e grande Florianpolis. Sero apresentados dados descritivos do instrumento Revised Conflict Tactics Scales - CTS2, o qual investiga as seguintes dimenses: Coero Sexual Grave, Coero Sexual Menor, Violncia Fsica Grave, Violncia Fsica Menor, Injria Grave, Injria Menor, Negociao, Agresso Psicolgica Grave e Agresso Psicolgica Menor. Os dados foram coletados nas residncias das famlias e submetidos ao pacote estatstico Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Os resultados indicam que h um predomnio da dimenso Negociao na amostra estudada. Entretanto, as dimenses Agresso Psicolgica Menor e Violncia Fsica Menor tambm apareceram como formas de resoluo de conflitos. A partir dos resultados dessa pesquisa, considerando que o conflito conjugal tem um papel deletrio para a sade fsica e mental dos indivduos, pretende-se propor estratgias de interveno que visem preveno e promoo de sade dessa populao.

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Ttulo: COMPREENSO DOS FATORES DA NO PARTICIPAO EM PSICOTERAPIA DE GRUPO. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CECILIA I URBINA L Autor (es) adicionais: ANA PAULA FRASSON DOS SANTOS - CERES STELA MATOS DAMZIO - CERES Financiador: Resumo: RESUMO Pesquisa em Sade Mental, em especifico sobre psicoterapia de grupo. Esta apresentao fala acerca da psicoterapia de grupo, descrevendo alguns conceitos como dos autores Yalom e Leszcz (2007); Bechelli e Santos (2006) que argumentam que a psicoterapia de grupo to eficaz quanto a individual, pois uma forma de tratamento que faz uso de propriedades teraputicas nicas, no compartilhadas por outras modalidades de psicoterapia, baseando-se em um instrumento teraputico muito poderoso: o setting de grupo, que reflete a importncia exercida pelas interaes pessoais sobre o desenvolvimento psicolgico. Foi realizado um estudo que buscou compreender os fatores da no-participao em Psicoterapia de Grupo, identificando suas possveis causas e articulando-as com o conceito de resistncia. A pesquisa foi realizada em uma instituio que oferece, apenas, atendimento psicolgico em grupo, na cidade de Cricima-SC. Selecionamos os pacientes que freqentaram os grupos no ano de 2009 e que abandonaram ou desistiram do tratamento, participando no mximo de 4 sesses. Atravs de uma entrevista semi-estruturada com os participantes, foi constatado que h pouco esclarecimento sobre as questes relacionadas ao processo psicoterpico grupal, por parte dos profissionais que trabalham com grupos para com os pacientes que iniciam a terapia. Desse modo, muitos acabam abandonando o tratamento, impedindo que tais contedos possam ser trabalhados e elaborados no grupo. Tambm, no estabelecido um critrio de avaliao para as pessoas que deixam o grupo, obtendo poucos dados nessa rea.

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Ttulo: COTERAPIA: UM TRABALHO QUE UNE PROFISSIONAIS E PESSOAS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANGELA BEATRIZ SAND Autor (es) adicionais: ANDRIA CHAGAS PEREIRA - MOVIMENTO - CLNICA E ESCOLA DE PSICOLOGIA SISTMICA Financiador: Resumo: A coterapia uma forma de atendimento clnico muito indicada no trabalho com grupos por propiciar uma viso ampliada dos participantes. Este trabalho tem suas bases aliceradas na potencializao dos recursos, pluralidade do foco, complementaridade pelas diferenas, alm de funcionar como modelo de dilogo para os participantes de grupos. Partindo desses princpios, o trabalho em dupla teraputica permite a ampliao do contexto a ser percebido e atingido, possibilitando mais profundidade ao trabalho. Outros aspectos a considerar so a solido do trabalho psicoteraputico, que passa a ser escassa, e a potencializao dos recursos relacionais exigidos tanto por parte dos pacientes quanto dos psicoterapeutas envolvidos, pois nas relaes que aprendemos a nos relacionar com a imagem que emitimos ao nosso contexto. No entanto, existem premissas bsicas para que este trabalho possa ser desenvolvido com qualidade e segurana, dentre elas, o autoconhecimento, a cumplicidade e a sincronia entre os profissionais. Habilidades estas que exigem dos mesmos uma integrao entre o ser profissional e o ser pessoa. Desta forma, o trabalho em coterapia exige tcnica, conhecimento interpessoal e relacional da dupla de profissionais. Pensando nesse trip bsico do trabalho em coterapia, este tema visa propiciar aos participantes a compreenso destes aspectos, trazendo luz do conhecimento as vantagens e os cuidados necessrios para o desenvolvimento desta abordagem, fazendo com que os participantes possam vislumbrar novas possibilidades de atuao em coterapia.

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Ttulo: DESAFIOS DA ATUAO EM PLANTO PSICOLGICO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ELIETE SERGINA DE SOUSA MACHADO Autor (es) adicionais: DANIELA ROLAND - ESPAO VIVER JOANA SIMIELLI XAVIER ROCHA - ESPAO VIVER MAIRA DE SOUZA FLR - ESPAO VIVER LESSANDRA PINTO MICHEL - ESPAO VIVER Financiador: Resumo: O presente trabalho apresenta a experincia de psiclogas que vivenciam a prtica de realizar atendimento psicolgico em formato de Planto Psicolgico, que se fundamenta na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). O Planto Psicolgico uma forma de atendimento que tem por finalidade atender as urgncias psicolgicas das pessoas que procuram o servio. Baseado nessa experincia, o objetivo geral deste trabalho apresentar o processo de aprendizagem da atuao do psiclogo em Planto Psicolgico na percepo do psiclogo. Para tanto, elegeu-se como objetivos especficos: descrever sobre o processo do Planto Psicolgico; descrever o processo de aprendizagem das atitudes teraputicas propostas pela ACP; e descrever o aprimoramento da prtica da escuta psicolgica s urgncias das pessoas atendidas. Para ter acesso a este processo de aprendizagem, utilizou-se a descrio da experincia de um grupo de oito psiclogas, que trabalham em um servio de psicologia em parceria com um plano de sade em Santa Catarina. As psiclogas descreveram como principal dificuldade no processo de aprendizagem, a identificao da urgncia psicolgica, da dinmica relacional da pessoa atendida e da permanncia na urgncia. Pde-se identificar tambm que, as psiclogas sentiram dificuldades em se manter na ampliao da compreenso da urgncia da pessoa. Algumas sentiram essa dificuldade por inexperincia. Outras, pelo costume de atender em formato de psicoterapia, sentiram uma tendncia a intervir em questes de reorganizao de personalidade. Pde-se perceber tambm, mudanas na forma de atendimento, indo alm do modelo tradicional de psicoterapia. J no processo de desenvolvimento dos clientes, percebeu-se um aprofundamento da temtica que foi escolhida como urgncia psicolgica, um gradativo resgate do seu poder pessoal, e uma maior confiana na possibilidade de resignificar suas dificuldades e assumir novas atitudes frente a elas.

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Ttulo: FEMINILIDADE, LEITURAS FREUDIANAS E AS POSSIBILIDADES PARA ALM DA POSTURA FLICA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JUARA CLEMENS Autor (es) adicionais: MRITI DE SOUZA - UFSC Financiador: Resumo: A referncia ao logos e ao falo como referncias aos modos de subjetivar e de conhecer atravessam a tradio ocidental e moderna, sendo essa questo e suas incidncias nas subjetividades e no conhecimento, problematizada por autores de diversas reas do conhecimento. Esta pesquisa um trabalho de cunho terico que tem como objetivo percorrer na teoria psicanaltica freudiana o territrio da feminilidade, em seus diferentes textos, em que a singularidade do sujeito e as suas escolhas especficas distanciam da homogeneidade abrangente da postura flica e do falologocentrismo (Birman, 2003; Derrida, 2004, 2002). De forma especfica nesta comunicao apresenta-se um recorte da pesquisa no qual se problematizam os textos de Freud que explicitam as questes da inscrio psquica e da feminilidade. A proposta de uma leitura contextualizada sobre o material a partir dos textos e dos contextos em que tais escritos foram produzidos, considerando a histria da teoria psicanaltica quanto aos seus aspectos polticos e sociais. Essa leitura tem como estratgia de produo de conhecimento a desconstruo (Derrida, 2004, 2007) que problematiza os pressupostos idealistas e metafsicos presentes na tradio ocidental que impregnam as representaes e as modulaes subjetivas. A desconstruo questiona os dualismos hierrquicos para evidenciar no as oposies, mas as diferenas procurando trabalhar com o devir sem retomar o modelo dualista e hierrquico da superioridade de uma matriz identitria sobre a outra. (Perrone-Moiss, n.d.). Nessa estratgia de leitura utiliza-se o gesto duplo de inverso e deslocamento e uma possvel nova escritura de tessitura entre ambos (Haddock-Lobo, 2007). O trabalho realizado aponta aproximao com as discusses contemporneas que questionam a configurao das modalidades subjetivas e de matrizes identitrias que idealizam o falologocentrismo e o modelo binrio e hierrquico. Espera-se integrar as questes trabalhadas com os acontecimentos, as perguntas e articulaes do fazer na clnica psicanaltica. PalavrasChave: feminilidade, inscrio psquica, constituio do sujeito, psicanlise. _____________________________________________________________________ Juara Clemens- Psicloga e Psicanalista, Professora na Graduao em Psicologia da Faculdade Metropolitana de Guaramirim- Fameg, Especialista em Diagnstico Psicolgico PUCRS, Mestre em Psicologia - PUCRS, Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Ps-Graduao em Psicologia - UFSC Mriti de Souza - Professora na Graduao e no Programa de Ps Graduao em Psicologia na UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Psicloga. Doutora em Psicologia Clnica pela PUC - S.P. Ps-Doutorado no CES - Centro de Estudos Sociais - da Universidade de Coimbra.

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Ttulo: GESTALT-TERAPIA E SUAS POSSIBILIDADES Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA CLIA BINI Autor (es) adicionais: PRISCILA SCHNEIDER - FACVEST TNIA APARECIDA FURTADO DE SOUSA - FACVEST Financiador: Resumo: Este trabalho visa demonstrar as possibilidades de interveno em psicoterapia individual sob a luz da Gestalt-terapia. Onde a prpria experincia vivida/sentida pelo sujeito est em direta relao com a forma de se colocar no mundo, contrapondo a viso nosogrfica tradicional, que considera a patologia como intrapsquica ou individual, e no a inter-relao do ser com o objeto. Trata-se, de um estgio obrigatrio que apresenta a evoluo clnica de uma paciente diagnosticada com transtorno do pnico. Sofria de desmaios dirios, passava seus dias na cama com janelas e portas fechadas no freqentava locais onde tivessem pessoas, praticava rituais de limpeza compulsivamente, havia necessidade de controlar o ambiente, no ficava sozinha, no comia e nem pegava em ovos, no olhava e nem chegava perto de animais com penas, no ficava dentro de carros quando parados em semforos, entre outros sofrimentos. O caso denota os insights e o fechamento de gestalts no acabadas, que a deixavam em situao de busca, e a impediam de liberar o fluxo natural dos acontecimentos. A mudana de comportamento se deu num processo gradativo, atravs da tomada de conscincia e percepo do todo. Entendeu o que se passava dentro e fora de si no aquiagora, em nvel corporal, mental e emocional. Descobriu diferentes maneiras de superar suas dificuldades.

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Ttulo: O DIAGNSTICO MDICO PSIQUITRICO E AS FORMAS DE APRESENTAO NA CLNICA EM GESTALT-TERAPIA. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CLIA MENDES Autor (es) adicionais: CELIA MENDES - INSTITUTO MULLER GRANZOTTO Financiador: CELIA MENDES Resumo: Atualmente existe uma grande invaso do diagnstico mdico psiquitrico em nossa vida diria. Como os psiclogos e demais profissionais da sade mental so envolvidos e muitas vezes obrigados a se utilizar dessas normas estabelecidas por um outro campo de saber na sua prtica diria? Hoje nos consultrios de psicologia as pessoas chegam com diagnsticos fechados, como um rtulo, tentando direcionar o olhar do terapeuta apenas para a doena". Neste trabalho procuro investigar a orgem desse direcionamento da psiquiatria para o campo das cincias naturais.Iniciando-se com o movimento da antipsiquiatria e do esforo dos psiquiatras da poca para incluir a psiquiatria como um ramo da medicina, at os manuais de classificao diagnstica dos dias atuais, aonde a psiquiatria precisar enquadrar o sujeito na doena, no diagnstico, talvez para poder se utilizar do nico recurso de que dispe: a medicao. Proponho investigar como a gestalt terapia v esse mesmo sujeito que compra esse diagnstico psiquitrico e se utiliza dele como forma de se ajustar nos diferentes campos. Descobrir as diversas formas que aparecem no campo e que cabe ao terapeuta, como parte desse campo, orientado pela intuio, analisar e criar uma interveno. Nessa clnica, diferente da postura passiva de paciente que vem buscar ajuda e se coloca no papel de que algo tem que ser feito para ele, a conscincia do que est acontecendo no campo provoca uma mudana de atitude e desde o comeo o consulente se torna um parceiro ativo no processo psicoterpico e como a gestalt pode falar de um diagnstico processual, aonde no existe um doente e sim algum que se ajusta num determinado momento a um determinado campo de uma determinada forma, mas que num outro momento ou num outro campo ele vai se ajustar de uma forma diferente.

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Ttulo: O LADO ESCURO DE SI: MANIFESTAO, INTERPRETAO E MANEJO DO ARQUTIPO DA SOMBRA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FRANKLIN JONES VIEIRA Financiador: ASSOCIAO CATARINENSE DE ENSINO. FACULDADE GUILHERME GUIMBALA Resumo: objetivo deste trabalho demonstrar sob a perspectiva da psicologia de Carl Gustav Jung, algumas formas de manifestao do arqutipo da sombra no indivduo, sua dialtica entre o consciente-inconsciente e as possibilidades teraputicas de se trabalhar e conhecer este lado escuro e perigoso de si. Para demonstrar esse aspecto da psique, utilizou-se levantamento bibliogrfico em contraste com imagens em slides e a interpretao de cenas do filme - Olga- o que caracteriza uma exposio tericoreflexiva. Encontramo-nos com a sombra quando sentimos uma inexplicvel averso por algum, quando descobrimos um trao inaceitvel e h muito tempo escondido dentro de ns, ou quando nos sentimos dominados pela raiva, cime ou vergonha. A sombra se constri a partir dessas qualidades reprimidas, no aceitas ou no admitidas porque incompatveis com as que foram escolhidas. No entanto, no apenas um problema individual. Grupos e naes tm uma sombra coletiva que pode levar a aes perigosas como racismo, bombardeios e mltiplos preconceitos, ocasionando violncia, fobias sociais e transtornos na personalidade. O lado escuro de si no pode ser totalmente dissolvido, nem reprimido com sucesso. Deste modo, precisamos aprender a nos relacionar com a sombra e integr-la mesmo reconhecendo que algum mago profundo da sombra jamais ser domado. Alguns manejos psicoteraputicos delimitados neste trabalho possibilitam acessar e trabalhar este lado de si, como a Tcnica de Sandplay, Imaginao Ativa e a Interpretao dos Sonhos. A sombra no apenas uma fora negativa ou repulsiva da psique. Ela armazena energia e espontaneidade, fonte principal da nossa criatividade. Lidar com a sombra um processo que dura a vida toda e que consiste em olhar para dentro e refletir honestamente sobre o que vemos la.

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Ttulo: O PENSAR E O FAZER CLNICO NO CAMPO CORPORAL Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA LCIA FARIA Autor (es) adicionais: CRISTINA PIAUHY - FLAAB/ SABBA Financiador: Outros - FLAAB Resumo: O ser humano est/ a todo instante pressionado pelo aumento das desigualdades, pela competio, pelo desemprego, pelo excesso de informao, pela fragilizao das relaes, pela prpria natureza e no de se estranhar que a angstia atinja nveis exacerbantes. Mas a questo no est na angstia e sim na dificuldade de acharmos brechas e sadas para transformamos estas presses. Vivemos dentro de uma velocidade super. acelerada que torna tudo e todos obsoletos e encurta o prazo de validade das coisas em uso. A vida passa assim a ser sentida e vivida como uma grande vazio a ser preenchido, acarretando uma busca incessante e ilusrio de um objeto que viria completa-la. A consequncia um estado crnico de tenso, exacerbao, compulso at chegar ao desnimo, desistncia, desmanche, devido ao nosso aprisionamento nestas iluses. O homem ao longo da sua histria (desde Scrates) foi separando o corpo da mente e a mais ou menos 150 anos vem resgatando a importncia do corpo. No campo das psicoterapias Wilhelm Reich representa um marco importante na rea da corporeidade porque foi ele o precursor do trabalho com o corpo, o terico que introduziu o trabalho corporal na psicanlise. Dr Alexander Lowen (1910 a 2008) um dos mais importantes representantes/cones da primeira gerao ps reichiana. o criador da Anlise Bioenergtica. A Anlise Bioenergtica possibilita que as pessoas liberem-se de suas restries, distores, instrumentaliza-as e possibilita que reinventem e reescrevam a sua prpria histria, trazendo-as mais perto do seu verdadeiro ser. Nossa clnica corporal uma clnica aberta marcada por uma prtica e discurso responsveis com a natureza e comprometida com a sociedade, onde ela acontece no s na relao dual mas tambm na situao grupal, institucional e comunitria.

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Ttulo: O PLANTO PSICOLGICO NA ELABORAO DO LUTO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAIRA DE SOUZA FLR Autor (es) adicionais: DANIELA ROLAND - ESPAO VIVER ELIETE SERGINA MACHADO - ESPAO VIVER JOANA SIMIELLI - ESPAO VIVER LESSANDRA PINTO MICHEL - ESPAO VIVER Financiador: Resumo: Ao longo da experincia de atendimento em um servio de psicologia em Santa Catarina, que utiliza como princpio interventivo o Planto Psicolgico, fundamentado na Abordagem Centrada na Pessoa, identificou-se que os processos de luto estavam entre as mais freqentes demandas. Sendo estes processos, referentes a variados tipos de perda, como perda da vida de uma pessoa, relacionamento, imagem corporal ou condio de sade. Baseado nisso, este trabalho tem como objetivo geral apresentar as contribuies dos atendimentos do Planto Psicolgico na elaborao do luto. Para tanto, apresentou-se como objetivos especficos: identificar o momento do processo de luto, no qual as pessoas se encontravam ao chegarem no Planto Psicolgico; caracterizar o processo de elaborao do luto vivido pelas pessoas durante os atendimentos no Planto Psicolgico e identificar o momento do processo de luto, no qual as pessoas se encontravam no encerramento do Planto Psicolgico. O servio de Planto Psicolgico oferece trs atendimentos psicolgicos com durao mdia de uma hora e trinta minutos. Aps cada atendimento preenchido um instrumento de registro de dados, utilizado como fonte de dados deste trabalho. Estes dados foram tratados de forma qualitativa atravs de categorizao. Como resultado, identificou-se que os momentos do luto de anseio e procura e de desorganizao e desespero predominaram entre as pessoas. Identificou-se tambm, que os atendimentos promoveram uma ampliao da compreenso do seu processo de luto e possibilitaram o desenvolvimento de recursos de enfrentamento das perdas vividas. Por fim, percebeu-se que, em geral, para as pessoas que se encontravam em um processo de luto prximo do normal, as mudanas de atitude, desenvolvidas no servio de Planto Psicolgico, foram suficientes para o encerramento dos atendimentos. J as pessoas que apresentaram um luto complicado, que necessitavam de uma reestruturao de personalidade, em geral, foram encaminhadas para psicoterapia.

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Ttulo: O SENTIDO DO USO DE MEDICAMENTOS POR PARTE DE USURIOS DO CAPS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA APARECIDA BALTAZAR Autor (es) adicionais: JOSIANE HOEPERS - AVANTIS Financiador: Resumo: O presente trabalho acadmico teve por objetivo identificar o sentido do uso de medicamentos por parte dos usurios do CAPS de Balnerio Cambori, bem como levantar uma relao dos medicamentos utilizados, analisar o histrico desses pacientes e aprofundar o conhecimento dos pacientes sobre sua medicao para, ento, descrever o sentido do medicamento para esses pacientes e o que o tratamento medicamentoso representa em sua vida. A principal ideia dessa interveno teraputica foi contextualizar o saber sobre o uso de medicamentos por parte dos pacientes do CAPS. Conscientizamos os usurios atravs de uma conversa informal no grupo de terapia sobre os efeitos e reaes adversas dos medicamentos. Aps as informaes, dialogamos com os pacientes sobre o verdadeiro sentido dos medicamentos sobre suas vidas. Para o encontro, escolhemos uma dinmica onde, atravs da msica, pedimos ao grupo, para participar danando com os olhos vendados e orientando que deveriam relaxar e exteriorizar seus sentimentos atravs do movimento do corpo, o que favoreceu um ambiente de descontrao, contribuindo para o dessensibilizar da ansiedade do grupo. Teve-se ento uma discusso e esclarecimento acerca de cada medicamento exposto pelos pacientes, quando vrias questes foram esclarecidas, principalmente em relao aos efeitos adversos dos medicamentos em uso, bem como a possvel dependncia gerada pelo uso prolongado desses medicamentos. Atravs da psicoterapia de grupo foi possvel, por parte dos pacientes, um outro olhar e compreenso sobre o seu tratamento, unindo a medicao, nos casos em que necessria, com a terapia de grupo.

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Ttulo: ONDE EST A CRIANA NO ATENDIMENTO INFANTIL NA ABORDAGEM DA GESTALT -TERAPIA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAROLINA P.KONESKI Autor (es) adicionais: CAROLINA P. KONESKI - INSTITUTO MULLER-GRANZOTTO Financiador: Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compartilhar o olhar da prtica clnica em Gestalt-Terapia com crianas. A criana vem terapia por que se encontra impedida de fluir, cristalizada em alguns padres que no esto sendo satisfatrios. O processo interrompido, como se o mundo no lhe oferecesse condies para que este contato flua, e o crescimento acontea. A criana muitas vezes denuncia uma dinmica familiar falida. No contato inicial a criana insere o terapeuta no convite do brincar, basta estar presente, compartilhar este convite. No encontro terapeuta e criana,na relao de campo que se configura a possibilidade da criana reconhecer sua necessidades emergentes e experimentar satisfaze-las. (...) Quanto mais cedo nos deixarmos conduzir a estes lugares para os quais estamos sendo convocados mais rapidamente percebemos o tipo de ajustamento que os consulentes estao tentando estabelecer. (...) MullerGranzotto 2007 p.315. O brincar permite que a criana experimente, e faca contato com o mundo do qual ela faz parte, buscando possibilidades de atuao, refazendo o caminho. O brincar e um dos recursos mais importantes, pois atraves dele o terapeuta ajuda a criana se apossar deste mundo prprio. Ressignificando as vivencias. Junto com a criana o terapeuta, fornece subsdios durante o brincar, para que ela desenvolva um auto-suporte, ampliando seu fluxo de awaraness. Exercitando seu prprio ajustamento criativo, reconfigurando seu campo e reconhecendo uma nova forma. A compreenso diagnostica parte da experincia de campo, identificando os elementos do campo envolvidos na situao. Os membros se encontram em permanente interao, afetando-os, nao encontram uma forma criadora de lidar com o desejo amoroso. O terapeuta trabalha o sistema intimo, pontuando padres relacionais,ocasionando desequilbrios, promovendo crescimento no campo familiar.

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Ttulo: OS CONCEITOS FENOMENOLGICO-EXISTENCIAIS E O LIVRO UM, NENHUM E CEM MIL Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CRISTIANE MARTINI Autor (es) adicionais: CRISTIANE DAMEDA - ACADMICA DO STIMO PERODO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC - UNOCHAPEC. EDUARDA LAYS ROSSATO - ACADMICA DO STIMO PERODO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC - UNOCHAPEC. WLADINIA DANIELSKI - PROFESSORA DE PSICOLOGIA DA UNOCHAPEC, ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA DOS PROCESSOS EDUCACIONAIS, PSICODRAMATISTA NVEL III PELA FEBRAP. Financiador: Resumo: Esse trabalho consiste em uma anlise elaborada para a disciplina Constituio do Sujeito II Fenomenologia do curso de Psicologia da Universidade Comunitria da Regio de Chapec-Unochapec, a qual teve como objetivo pensar a constituio do sujeito a partir do livro Um, nenhum e cem mil de Luigi Pirandello, em conexo com a abordagem fenomenolgico-existencial e a Teoria Psicodramtica de Jacob Levy Moreno. O livro relata a problematizao que o personagem principal, Vitangelo Moscarda, faz acerca de sua existncia e do seu sentido. As indagaes se iniciam a partir de um comentrio feito pela sua esposa, referente ao fato de seu nariz pender para o lado. A partir da, ele passa a questionar-se sobre o UM que ele pensa que , os CEM MIL que os outros vem nele e o NENHUM que ele acaba sendo. Tais reflexes resultam em novas respostas para as velhas perguntas. Vitangelo passa a agir diferente, com criatividade e espontaneidade, no mais com aquele pensamento tomado por conservas culturais (formas de ser, pensar ou agir cristalizadas, que servem para preservar valores de uma determinada cultura). Conceitos estes fundados por Moreno (apud GONALVES, 1988). Com a elaborao deste trabalho nos foi possvel vislumbrar nosso ser-encoberto, nos impulsionando para agirmos de forma nova e criativa, fim de ultrapassarmos pensamentos e perspectivas unilaterais e limitadas, desde questes cotidianas s mais complexas. Permitindo discutir o sentido que cada um d para as coisas, fazer uma reflexo e colocar de modo fenomenolgico as estruturas desta existncia, captando a intencionalidade do que se apresenta para a conscincia. Analisar o que se mostra aqui e agora, fazendo outros tipos de leituras, suspendendo pr - julgamentos. E, principalmente, compreender que o sujeito quem passa a ser doador de sentidos, e tais sentidos sero diferentes conforme sua insero no mundo.

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Ttulo: PLANTO PSICOLGICO EM UM SERVIO UNIVERSITRIO DE CLINICAESCOLA: A EXPERINCIA DE ESTAGIRIAS Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CYNTHIA RAQUEL FERRABOLI Autor (es) adicionais: CARLISE INS GROTH - UNOESC MARTA SALVADOR - UNOESC VERENA AUGUSTIN HOCH - UNOESC Financiador: Resumo: A vivncia da prtica em Planto Psicolgico no Servio de Atendimento Psicolgico, da Universidade do Oeste de Santa Catarina Unoesc, em So Miguel do Oeste, teve o objetivo de proporcionar aos acadmicos de Psicologia a experincia em atendimento clnico. O servio de Planto Psicolgico caracteriza-se como um enquadre clnico diferenciado, com o objetivo de oferecer as pessoas uma escuta qualificada, realizada em uma ou mais consultas sem durao predeterminada. O plantonista deve estar disposio das pessoas no momento exato de sua necessidade, preparado em acolher a demanda urgente da pessoa, e, se necessrio, encaminh-la a outros servios. Para tanto, haviam diversos plantonistas encarregados de atender as pessoas conforme elas chegavam, sem terem que passar por filas de espera. Atravs dessa experincia, percebeu-se a emergncia das aflies sentidas pelas pessoas na sociedade atual, e da importncia de prticas de planto psicolgico nos mais diversos espaos, pelo fato do Planto permitir a escuta imediata da pessoa. A experincia adquirida permitiu aos plantonistas o contato com diversas situaes inesperadas, contribuindo para o desenvolvimento de uma escuta diferenciada, de uma percepo clnica mais aguada. Ao considerar o modelo de interveno denominado Planto Psicolgico em comparao as psicoterapias tradicionais, conclui-se que esta modalidade de ateno psicolgica contribui de modo significativo para a formao clnica do psiclogo, atravs da prtica das atitudes facilitadoras, como empatia, aceitao positiva incondicional e congruncia, alm de ser um servio que atende as pessoas na urgncia de suas necessidades e sofrimento. Muitas das pessoas atendidas utilizaram o servio apenas uma nica vez, outras pessoas por sua vez buscaram o planto diversas vezes e alguns foram encaminhados para Psicoterapia. De maneira geral, essa prtica proporcionou um campo de aprendizado aos acadmicos e se mostrou uma maneira eficaz de realizar atendimento psicolgico.

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Ttulo: RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA CLNICA NO SERVIO DE PSICOLOGIA DA UNIVALI Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: VANESSA LANER GARCIA Autor (es) adicionais: VANESSA LANER GARCIA - UNIVALI Prof.. MSC. MARIA SUZETE SALIB - UNIVALI - BIGUAU Financiador: Resumo: Este relatrio de Estgio em Psicologia Clnica se prope a apresentar a construo de um estudo de caso embasado na teoria e mtodo psicanaltico. Este estudo contempla a avaliao, interveno e evoluo do tratamento psicoteraputico no mbito de uma clnica-escola. A direo do tratamento esteve voltada para a sondagem dos processos inconscientes, atravs do lao transferencial institudo entre o paciente e o terapeuta. O enquadre teraputico utilizado se dirige para os conflitos perifricos que derivam do conflito psquico central. O estudo aponta para o tipo clnico histeria e os resultados alcanados consistiram em provocar a passagem da posio de vtima sacrificada posio de agente do enredo do qual se queixa. Acerca da estrutura do trabalho, este se encontra dividido em trs captulos onde so apresentados os dados da instituio onde as atividades foram realizadas; as atividades desenvolvidas no estudo de caso; e as consideraes acerca do caso. Buscou-se ao longo deste trabalho um aprofundamento e aplicao prtica dos fundamentos tericos apreendidos durante o desenvolvimento da graduao; espera-se que tal estudo sirva como fonte de pesquisa para aqueles que esto iniciando na atividade de estgio e necessitam de subsdios para discutir a relao teoria-prtica, bem como para instigao de uma constante busca terica e inquietao reflexiva que transpassa a profisso de psiclogo.

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Ttulo: REPRESENTAES SINGULARES: O CORPO E O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA BEBS. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA LCIA CINTRA Autor (es) adicionais: MRITI DE SOUZA - UFSC Financiador: Resumo: Esta comunicao toma como base a dissertao "Corpo a corpo: representaes identitrias, singularidades e abrigos institucionais para crianas", defendida no Programa de Ps-Graduao em Psicologia da UFSC, na qual foram focadas representaes sobre corpo e infncia elaboradas por educadoras de um servio de acolhimento institucional para crianas de 0 a 6 anos. Entende-se que tais representaes incidem na constituio do Eu da criana, em especial do beb, visto que as educadoras ocupam um lugar de referncia nos cuidados cotidianos. A concepo de subjetividade utilizada na pesquisa situa-se na perspectiva de Freire Costa (1986) de que o Eu no uma unidade fixa e imutvel; implica processos identificatrios sempre em curso, nos quais o singular e o coletivo esto articulados. Assim, todo corpo carrega histrias do inconsciente (pulsional) e da cultura (poltico), sendo que essas histrias repercutem sobre o corpo em suas relaes com a infncia e a educao demarcando territrios sobre o adulto e a criana ancorados na sexualidade.Com base nos conceitos psicanalticos de transferncia, identificao e infantil foram problematizadas representaes das educadoras sobre o corpo em relao aos processos de constituio subjetiva. Observa-se que o contexto institucional tende a desconsiderar a singularidade do beb e os aspectos relacionados sexualidade que implicam a perspectiva psicanaltica de um Eu corporal. Ainda, no oferece espaos de escuta em que as educadoras possam elaborar conflitos do cotidiano profissional. Palavras-chave: acolhimento institucional, educadora, constituio subjetiva, psicanlise, beb. Recurso: computador/datashow Ana Lcia Cintra - Psicloga e psicanalista. Especialista em Teoria Psicanaltica pela PUCSP. Mestre e Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Ps-Graduao em Psicologia da UFSC. Mriti de Souza - Professora na Graduao e no Programa de Ps-Graduao em Psicologia na UFSC. Doutora em Psicologia Clnica pela PUCSP. Ps-Doutorado no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

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Ttulo: SIGNIFICAES DO USO, ABUSO E DEPENDNCIA DO LCOOL PARA UM GRUPO EM RECUPERAO: UM ESTUDO POR MEIO DA FOTOCOMPOSIO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCELO VOLPATO Autor (es) adicionais: ZAMIR DOILE MACEDO - UNOESC Financiador: Resumo: O presente estudo teve como objetivo compreender os significados relacionados ao uso, abuso e dependncia do lcool alm de estratgias de enfrentamento utilizadas por exusurios de lcool, participantes de um grupo de auto-ajuda. A amostra foi constituda por trs colaboradores e participantes ativos do grupo. Utilizou-se o recurso fotogrfico denominado fotocomposio Maurente, (2005), que consiste na possibilidade do sujeito da pesquisa ser fotgrafo e autor das suas prprias narrativas repletas de significados relacionados s imagens fotogrficas. Os sujeitos deveriam fotografar imagens respondendo a pergunta proposta pelo pesquisador, tendo o prazo estabelecido de uma semana. Aps fotografar as imagens, os participantes deveriam narrar uma histria a partir dos retratos fotogrficos. Os resultados demonstraram que o recurso da imagem oferecida por meio da fotografia, possibilita a expresso de significados relacionados ao universo interno dos sujeitos, a sua dinmica estabelecida com o objeto droga, e os diversos fatores aversivos relacionados ao beber durante o perodo da dependncia alcolica, alm do reconhecimento de estratgias de enfrentamento utilizadas na abstinncia. Assim, imagens fotogrficas com paisagens fechadas apontavam no discurso dos sujeitos a impotncia, ausncia de suporte familiar e a continuidade do sujeito em um caminho adicto, destrutivo de via nica. Fotografias de paisagens abertas tais como rodovia, estrada asfaltada adquirem um novo sentido para o sujeito, simbolizando o perodo da abstinncia, a importncia do vnculo familiar, as estratgias de enfrentamento e um distanciamento do objeto droga. As imagens fotogrficas de cada sujeito se assemelham a um mosaico, sua histria impressa e narrada, implcita de significaes permite uma aproximao direta entre cincia e arte sem no entanto deixar de manter o rigor cientfico. O recurso fotogrfico tem sua utilidade prtica reconhecida no campo das pesquisas em psicologia enquanto instrumento de interveno esttica Walz (2003).

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Ttulo: TEATRO PARA TERAPEUTAS: EXPERINCIA CLNICA E ARTE EM GESTALTTERAPIA Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DIOGO DE OLIVEIRA BOCCARDI Financiador: Resumo: Compreendendo o corpo em sua dimenso temporal, histrica, a Gestalt-Terapia constitui-se como uma abordagem privilegiada de anlise da experincia (Goodman, Hefferline e Perls, 1997/1951). Precisamente, prope observar o modo como, a cada vivncia no aqui-agora, um horizonte de possibilidades de futuro e um fundo de passado se atualizam, isto , se tornam ato. Neste trabalho, queremos abordar as oficinas de Teatro para Terapeutas, ministradas h trs anos pelo autor, que tm por objetivo proporcionar uma experincia teatral queles que querem ser mais do que espectadores. Trata-se de um trabalho de alfabetizao teatral, em grupos pequenos, voltado para profissionais que procuram possibilidades de ampliao do seu universo relacional e expressivo, na vida pessoal e profissional. A metodologia utilizada compreendia os Jogos Teatrais de Viola Spolin (1992), bem como tcnicas de Teatro do Oprimido (Boal, 1980). Alm de exerccios teatrais voltados para leigos, a oficina concilia as experincias de criao ao olhar sobre as formas de contato com o mundo. A anlise gestltica da experincia teatral aponta para trs dimenses, ou trs pontos de vista, a saber, o ponto de vista do corpo habitual (Funo Id), o ponto de vista da criao cnica (Funo de Ato) e o ponto de vista do desempenho dos papis e rplica verbal da experincia (Funo Personalidade). A articulao entre a prtica teatral e a leitura gestltica da expresso permitiram o desenvolvimento de uma metodologia de interveno eminentemente clnica. Percebeu-se, atravs das oficinas, a ampliao do repertrio expressivo dos terapeutas, bem como um refinamento na sensibilidade e na capacidade perceptiva elementos julgados essenciais para a prtica profissional. SPOLIN, V. Improvisao para o teatro. So Paulo: Perspectiva, 1992. GOODMAN, P., HEFFERLINE, R., PERLS, F. Gestalt-terapia. So Paulo: Summus, 1997/1951. BOAL, A. Teatro do Oprimido. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1980.

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Ttulo: TRADUZINDO EMOES. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ETHNA THAISE UNBEHAUN Autor (es) adicionais: ETHNA THAISE UNBEHAUN - PMB Financiador: Resumo: Em desenvolvimento em uma unidade de sade do servio publico do municpio de Blumenau, SC, este trabalho discute a percepo, conscientizao e forma como as pessoas lidam com suas emoes. Existe ainda muita discriminao aos cuidados prestados a sade psquica e emocional. A educao formal, o convvio familiar e social e o meio cultural deixam a desejar quanto ao preparo das pessoas para reconhecer e viver suas emoes. Existem incentivos diversos e cobranas em demasia quanto a demonstraes de emoes positivas; ao passo que h uma ignorncia e tambm uma negao, at mesmo intencional, em relao s emoes ditas negativas. Inicialmente realiza-se reviso do conceito de emoes luz das abordagens tericas da Gestaltterapia e da Fenomenologia focalizando a expresso do fenmeno emocional no cotidiano intersubjetivo bem como suas manifestaes somticas. A seguir, se prope metodologia de trabalho psicoteraputico predominantemente qualitativa, com aporte de ambas abordagens mencionadas, objetivando reconhecimento e apropriao por parte do sujeito de suas manifestaes emocionais como caminho para seu auto-conhecimento e auto-cuidado. Para tanto, estruturou-se um grupo de encontros semanais, semiaberto, com 01 hora de durao, compondo-se de 03 etapas, com 07 encontros cada. As intervenes e resultados se encontram em fase de analise, contudo, j possvel inferir que a maioria dos participantes comea a perceber seus problemas por outros ngulos, de maneira mais objetiva e menos complexa; bem como consegue visualizar solues no antes vislumbradas. Concomitante a isso se observa o desenvolvimento de uma maior apropriao das caractersticas pessoais; recuperao e fortalecimento da autoestima e confiana; ampliao da percepo pessoal e interpessoal; resignificado de situaes vividas em funo das emoes envolvidas; estados de humor mais estveis; menor sofrimento aliado a maior capacidade de suplantar frustraes e decepes; minimizao de sintomatologias relacionadas a ansiedades, fobias e depresses.

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Ttulo: UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO: CONSIDERAES PSICANALTICAS SOBRE O USO DO CRACK E OUTRAS DROGAS. Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBSON DOS SANTOS MELLO Autor (es) adicionais: ROBSON DOS SANTOS MELLO Financiador: Resumo: O presente trabalho se impe no contexto da clnica psicanaltica com sujeitos com problemas decorrentes ao uso e/ou abuso das substncias psicoativas, mas precisamente aqueles ligados ao uso do crack, e tambm das outras drogas. O objetivo central do trabalho apresentar o entrelaamento indissocivel do uso da substncia psicoativa com o aspecto da subjetividade humana tendo por base as suas marcas inconscientes. O trabalho tem por meta trazer luz da discusso as percepes e consideraes advindas do atendimento clnico psicanaltico na conjuno de Freud a Lacan. Pretende-se, tambm com esse trabalho, contribuir com a discusso no entorno da Poltica Nacional para lcool e outras Drogas. Acima de tudo, o trabalho visa mostrar a importncia da prtica psicanaltica com tais sujeitos a fim de fazer com que os mesmos, aos poucos, possam se dar conta das vicissitudes da formao do sintoma no vasto campo da toxicomania e, no menos importante, apresentar o processo analtico como forma eficaz para fazer com que o sujeito, aos poucos, v se dando conta da sua delicada e subjetiva relao com a substncia psicoativa. A desconstruo do estigma e do preconceito, quase sempre ligados ao trabalho com tais sujeitos, tambm se inserem como objetivos do trabalho. Tambm se pretende apresentar as muitas facetas dessa complexa clnica. A tomada de conscincia sobre a formao do sintoma na toxicomania - perpetrada pelo sujeito - se coloca como o resultado central a ser apresentado por esse trabalho.

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Ttulo: URGNCIAS PSICOLGICAS EM FOCO Tema: PSICOLOGIA E CLNICA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAIRA DE SOUZA FLR Autor (es) adicionais: DANIELA ROLAND - ESPAO VIVER ELIETE SERGINA MACHADO - ESPAO VIVER JOANA SIMIELLI - ESPAO VIVER LESSANDRA PINTO MICHEL - ESPAO VIVER Financiador: Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido a partir dos resultados encontrados na prtica do atendimento psicolgico atravs da concepo do Planto Psicolgico, que visa acolher as urgncias emocionais independente de sua magnitude, a partir dos princpios interventivos da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Isto propicia uma maior compreenso das questes apresentadas no atendimento e a construo de novos recursos de enfrentamento para as situaes vivenciadas. Baseado no que foi exposto, esse trabalho tem como objetivo geral, verificar as urgncias psicolgicas presentes no Planto Psicolgico de uma instituio de psicologia clnica em Florianpolis. Para alcanar tal objetivo, desenvolveu-se os seguintes objetivos especficos: apresentar o princpio terico-interventivo do Planto Psicolgico; Identificar as temticas apresentadas como urgncias psicolgicas; Apontar as contribuies do Planto Psicolgico para a compreenso das urgncias psicolgicas das pessoas atendidas. Em termos metodolgicos, foram realizadas entrevistas psicolgicas com 160 pessoas conveniadas a um plano de sade em Santa Catarina, de diferentes faixas etrias, classes sociais e gnero. Na coleta de dados tambm foram utilizadas as fichas de evoluo e pronturios dos pacientes atendidos. Esses dados foram analisados a partir de categorias formuladas a posteriori. Dentre os resultados, encontrou-se os clientes trazendo urgncias psicolgicas relacionadas s suas dinmicas relacionais como: relaes amorosas, elaborao de perdas, dificuldade em lidar com o adoecimento, envelhecimento ou imagem corporal. Identificou-se que o Planto Psicolgico promove uma reflexo, que possibilita a ampliao da compreenso da urgncia que o levou a procurar ajuda e a construo de uma nova atitude da pessoa frente questo trazida, reorganizando suas dinmicas relacionais.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Educao

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Ttulo: QUERIA APRENDER IGUAL TODO MUNDO APRENDE: RELATO SOBRE UMA QUEIXA ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SIMONE VIEIRA DE SOUZA Autor (es) adicionais: JOYCE LCIA ABREU PEREIRA OLIVEIRA - UNISUL Financiador: Resumo: O presente estudo trata-se de um relato de experincia com uma estudante cursando o 5 ano do ensino fundamental realizado no Servio Escola do Curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina. A queixa inicial trazida pelos pais refere-se a dificuldades de aprendizagem expressas pela escola. Os atendimentos aconteceram na disciplina de Estgio Bsico de Observao do Desenvolvimento, no ano de 2010, numa rea que apesar de muito discutida permanece atual na interface da Psicologia Escolar com a Educao: o encaminhamento da queixa escolar. Objetivou-se no processo de observao e interveno descrever como a criana no contexto da sua escolarizao foi se constituindo a partir da queixa escolar, para isso, foi realizada uma entrevista inicial com os pais dela, cinco atendimentos individuais com a criana, uma visita escola e uma entrevista devolutiva aos pais. As estratgias metodolgicas de trabalho com a menina foram escolhidas mediante a sua possibilidade de atuar enquanto recurso que viabilizou e privilegiou a expresso do sujeito, como por exemplo, a construo da linha da vida, leituras, brincadeiras com fantoches e desenho, alm da observao de cadernos e provas escolares. Filiadas perspectiva histrico-cultural, problematizou-se as prticas que tm pautado as intervenes acerca das dificuldades de escolarizao a partir de uma tica patologizante que subjetivada pela criana e sua famlia. Considera-se que na prtica de observao e interveno novos sentidos foram impressos pela criana, sua famlia e a escola. Da narrativa Queria aprender igual todo mundo aprende, houve o estranhamento, e no estranhamento a resignificao expressa pela criana: [...] mas todo mundo aprende de um jeito diferente e aprende durante toda a vida.

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Ttulo: VOC SABE O QUE SEXUALIDADE? - RELATO DE EXPERINCIA DE OFICINAS DE EDUCAO SEXUAL NA ESCOLA COM ADOLESCENTES. Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CARLISE INS GROTH Autor (es) adicionais: CELINE LUCIANA THOM - UNOESC-SMO Financiador: Resumo: O projeto de educao sexual nas escolas um processo de interveno pedaggica que tem como objetivo transmitir informaes e problematizar questes relativas sexualidade, incluindo posturas, crenas, tabus e valores a ela associados. Tal interveno ocorre em mbito coletivo, diferenciado-se de um trabalho individual, de cunho psicoteraputico e enfocando as dimenses sociolgica, psicolgica e fisiolgica da sexualidade. Esse trabalho buscou verificar o conhecimento de alunos sobre sexualidade e das vivencias da sexualidade na adolescncia, alm de promover discusso e reflexo sobre aspectos envolvidos na sexualidade e, investigar a importncia da incluso de trabalhos referentes sexualidade na escola. Dessa forma, foram realizados encontros com quatro grupos de adolescentes, sendo que trs grupos eram compostos de alunos da quinta srie do ensino fundamental e um grupo de alunos da stima srie. A durao dos encontros variava de uma hora e trinta minutos a trs horas. Foram empregados como recursos didticos nos encontros as dinmicas de grupo, jogos didticos, vdeos educativos e palestras. Os adolescentes participavam das oficinas trazendo exemplos, discutindo e perguntando suas dvidas. Foi possvel perceber ao final desse processo um aumento no nvel de informaes dos adolescentes participantes, favorecendo assim, a adoo de prticas de comportamento preventivo e a reflexo e desmistificao da sexualidade. Evidenciou-se, que com exceo de pouqussimos estudantes, no h conversao entre pais e filhos sobre esse tema, o que leva os mesmos a procurarem informao com terceiros e, que muitas vezes repassado de uma forma incorreta o que leva a pensamentos errneos e, descuido com a preveno de DSTs e gravidez. A partir desse projeto, percebeu-se a importncia das escolas inclurem em seus trabalhos oficinas de sexualidade, realizando a integrao entre famlia, escola e adolescente para esclarecerem as dvidas e evitarem que os adolescentes incorram em erros por desconhecimento sobre o tema.

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Ttulo: A ATUAO DA PSICOLOGIA NO PROGRAMA DE ESPORTE E EDUCAO CAMPEES DA VIDA DO INSTITUTO GUGA KUERTEN: UMA DESCRIO DA EXPERINCIA DO ESTGIO EM PSICOLOGIA. Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCO ANTNIO DE PINHO VILA FILHO Autor (es) adicionais: ARIANE SILVA - UNIVALI DENISE JORDO DA SILVA - UNIVALI EDUARDO PEREIRA ALVES - UNIVALI ENIS MAZZUCO - UNIVALI HEBE CRISTINA BASTOS RGIS - UNIVALI LAS DOS SANTOS - UNIVALI SUZANNE DE SOUZA MARTINS - UNIVALI Financiador: Resumo: Desenvolvido pelo Instituto Guga Kuerten desde 2003, o Programa de Esporte e Educao Campees da Vida, tem uma proposta de trabalho que visa utilizar o esporte como instrumento e estratgia do desenvolvimento pessoal do seu pblico-alvo, crianas de 7 a 14 anos que residem e estudam em locais de vulnerabilidade social e violncia anunciada. As equipes de trabalho no Instituto tem um funcionamento interdisciplinar e uma prtica fundamentada nos princpios de educao de Jacques Delors, que se sustenta em quatro pilares. Esses princpios foram formulados na comisso internacional da UNESCO entre os anos de 1993 e 1996. Os pilares utilizados pelo programa e que fundamentam a atuao e a reflexo das equipes so: Aprender a Ser, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a Conhecer. O objetivo desse trabalho descrever, a partir da reflexo e da observao de seis estagirios de Psicologia, as experincias do estgio de Psicologia no Programa Campees da Vida, buscando identificar como a atuao da Psicologia pode auxiliar no alcance dos objetivos propostos pelo programa. O mtodo utilizado a pesquisa ao, pois nesse h uma associao entre a investigao, uma ao e a resoluo de um problema coletivo. O estagirio de Psicologia ocupa dois papis no programa, o de educador, em que operacionaliza e planeja junto com a equipe interdisciplinar atividades e estratgias educativas, e o de gestor das capacitaes contnuas do grupo, nesse fundamental a identificao das demandas para possibilitar ao grupo um espao adequado reflexo da sua prtica e dos seus valores no programa. A atuao da Psicologia, contando atualmente com dois representantes em cada ncleo do programa, num total de 6 acadmicos, busca construir uma coerncia entre a metodologia do Instituto com a prtica da equipe de trabalho.

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Ttulo: A ESCOLA COMO ESPAO DE SOCIALIZAO CULTURAL E CIENTFICA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARYAHN KOEHLER SILVA Autor (es) adicionais: ELZIRA MARIA BAGATIN MUNHOZ - UNIVILLE. DOUTORANDA PSICOLOGIA DA EDUCAO/PUCSP MNICA SCHOEMBERGER DA SILVA - UNIVILLE. ACADMICA CURSO PSICOLOGIA Financiador: Outros - FAP - UNIVILLE Resumo: Esse artigo refere-se a pesquisa efetivada em duas escolas de rede pblica municipal de uma cidade do norte do estado de Santa Catarina. Seu objetivo foi verificar a percepo de diferentes atores sociais a respeito dos espaos escolares em instituies de ensino bsico, em contexto urbano e rural. Foi selecionada uma escola em cada regio. A fim de perceber as conexes existentes entre a percepo do espao fsico e subjetivo constitudo nos aspectos relacionais, optou-se por metodologias da pesquisa qualitativa, executada atravs de observaes de campo e entrevistas abertas e semi-estruturadas, gravadas e posteriormente transcritas. Foram efetuadas entrevistas com diretores, professores e estudantes do ensino fundamental de ambas as escolas selecionadas. No total foram realizadas entrevistas com dois diretores, quatro professores e vinte estudantes. Os relatos docentes convergem para um reconhecimento da escola como espao de crescimento, voltado promoo pessoal, profissional e social. Entretanto, no foi evidenciada uma identificao ou reconhecimento explcito dos espaos e ambientes fsicos de nenhuma das escolas por parte dos docentes. Os relatos dos estudantes denotam um reconhecimento mais significativo dos ambientes fsicos das escolas, indicando os locais efetivamente ocupados pelos mesmos. Destacam-se a praa de leitura, a quadra de esportes, onde todos se renem, a biblioteca, as reas na frente e atrs da escola, e as salas de aula. A maioria de espaos foi identificada por estudantes de ambas as escolas, urbana e rural. Para cada um destes espaos, os estudantes apontam razes especficas de identificao, incluindo o contato prazeroso com materiais de leitura e estudo, a oportunidade de contato mais prximo com os professores e principalmente, aqueles espaos que usufruem com os colegas, em interaes afetivas e de socializao. Os relatos estudantis convergem para um reconhecimento da escola como espao de crescimento e socializao cultural e cientfica.

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Ttulo: A FAMLIA DE CRIANAS SURDAS E OFAZER DA PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAHYRA MENDES ROSA Autor (es) adicionais: EMILYN MENDES ROSA - UNIPLAC MARIA DULCE DE FRANA - UNIPLAC Financiador: Resumo: O presente trabalho resultado da pesquisa realizada com os familiares de crianas surdas inseridas em uma Escola de Educao Especial da Regio Serrana de Santa Catarina. De modo geral buscou-se investigar junto a estes familiares a percepo deles com relao ao apoio psicolgico s crianas e especificamente, este estudo objetivou: a) identificar e analisar a relao estabelecida entre as crianas surdas e seus familiares; b) verificar qual o entendimento dos familiares das crianas surdas a respeito do trabalho do psiclogo; c) verificar se as crianas surdas e suas famlias j tiveram algum tipo de acompanhamento psicolgico; e d) identificar os sentimentos e as crenas dos familiares com relao incluso social das crianas surdas. Para a coleta dos dados utilizou-se uma entrevista semi-estruturada, sendo entrevistados ao todo cinco sujeitos. Os dados coletados foram analisados atravs da anlise temtica, desta forma elencaram-se seis categorias que dizem respeito surdez da criana; comunicao; relaes familiares; psicologia; trabalho multidisciplinar e; incluso da criana surda na sociedade. Toda a construo do estudo esteve embasada na viso socioantropolgica da surdez que a concebe como diferena e no como deficincia. Evidencia-se a partir da pesquisa a necessidade de aperfeioamento por parte dos profissionais da sade, psiclogos e professores que trabalham com pessoas surdas para atuar no sentido de incluir todos os sujeitos independente de suas diferenas. A aproximao dos profissionais e tambm dos familiares com a linguagem da criana, preferencialmente a Lngua Brasileira de Sinais, essencial para estabelecer uma comunicao satisfatria com esta. Aes que busquem a efetividade da lei e que garantam que a incluso das crianas surdas de fato ocorra na sociedade so importantes, tendo em vista que o discurso dos sujeitos pesquisados mostrou situaes de excluso no contexto escolar e na sociedade de um modo geral.

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Ttulo: A PRODUO DA PSICOLOGIA NA REA DE ESTUDOS DE GNERO: UMA INFNCIA SEM GNERO? Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ZULEICA PRETTO Financiador: Resumo: A infncia tem sido um dos temas cruciais no desenvolvimento da Psicologia enquanto cincia e profisso, o que faz com que outras reas de conhecimento a solicitem em busca de respostas sobre as mais variadas problemticas enfrentadas em suas prticas profissionais com as crianas. Tambm a Psicologia chamada, comumente, pelas famlias, para que solucione dificuldades na convivncia diria com suas crianas. Nestes contextos, a temtica de gnero se faz constante. Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento bibliogrfico em estudos feministas sobre a temtica de gnero articulada com a de infncia, nas ltimas duas dcadas, e identificar a produo da Psicologia neste mbito. Para tal, tomou como amostra as publicaes da Revista de Estudos Feministas (REF) e dos Cadernos Pagu, por entender serem estas referncias fundamentais, no Brasil e internacionalmente, para as discusses sobre relaes de gnero. Encontrou-se um nmero reduzido de trabalhos referidos a infncia e, nestes, um predomnio de discusses vinculadas a diferenas entre meninos e meninas encontradas na educao formal e sexualidade relacionada ao contexto escolar. Ainda, entre esta escassa produo, poucos trabalhos so escritos a partir da Psicologia. Esta constatao problematiza em que medida a infncia vem sendo entendida como uma experincia no natural, localizada, atravessada por outras categorias sociais, como a de gnero, por exemplo. Esta discusso se faz importante para a Psicologia e para os estudos de gnero e deve ser ampliada, em especial na articulao com outras categorias sociais. Ainda, este debate poder contribuir para subsidiar prticas profissionais da psicologia e reas afins, bem como polticas pblicas em sade e educao.

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Ttulo: A SEXUALIDADE NA EDUCAO ESPECIAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LETICIA ALVES DE SOUZA Autor (es) adicionais: FERNANDA MICHELE MULLER NICHEL Financiador: Resumo: Autora: Letcia Alves de Souza Fonoaudiloga, Bacharel em Administrao, Psgraduada em Psicopedagogia Institucional. Co-autora: Fernanda Michelle Muller Nichel Psicloga, Terapeuta de Casal e de Famlia. A Sexualidade na Educao Especial Objetivos Diferenciar homem e mulher; Trabalhar o que a sexualidade; Apresentar a sexualidade de forma clara para que os indivduos com deficincia intelectual possam ter entendimento; Desmistificar a sexualidade como uma coisa ruim ou proibida; Ensinar os mtodos contraceptivos para evitar doenas sexualmente transmissveis e a gravidez; Trabalha a importncia da higiene pessoal. Mtodo Foram realizados grupos de atividades dentro da Escola de Educao Especial Paulo Freire de Quilombo SC, estes foram divididos por idades, sendo o grupo misto, de meninos e meninas pr-adolescentes com deficincia intelectual. As atividades foram realizadas pela Assistente Social, a Fonoaudiloga e a Psicloga da instituio atuantes no momento. Nesta atividade foi proposta uma conversa com os participantes para saber sobre algumas dvidas e tambm apresentar novos conhecimentos. Foi apresentado a eles o que deve ser utilizado na relao sexual para se prevenir de doenas e da gravidez. Tambm ensinado o uso do absorvente para as meninas e a importncia da higiene pessoal tanto para as meninas como para os meninos, apresentando os materiais bsicos para isto. Resultados Foi uma atividade importante para quebrar tabus no relacionamento entre meninos e meninas dentro da escola, desmistificando a sexualidade. A conversa foi simples e relacionada a exemplos para facilitar o entendimento sobre o assunto, pois todos os participantes tm deficincia intelectual. Puderam ser esclarecidas as dvidas e acrescentados novos aprendizados. Enfatizando a importncia dos cuidados na relao sexual para se evitar a transmisso de doenas e tambm a gravidez. Foram apresentados os materiais utilizados para a higiene pessoal. A atividade foi proposta com conversa, figuras e materiais que puderam de forma facilitada ser aprendida pelos participantes. Tempo aps a atividade foi trabalhado em sala de aula com seus professores as questes relacionadas s diferenas de homem e mulher, a sexualidade e a higiene e todos souberam discutir sobre o assunto.

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Ttulo: A SUBLIMAO EM FREUD: CONTRIBUIES DA PSICANLISE EDUCAO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: WALDIR LOURENO GONALVES Financiador: Resumo: Este trabalho apresenta consideraes decorrentes de pesquisa terica sobre o tema sublimao na obra freudiana, parte integrante de dissertao de mestrado realizada pelo autor na USP. Foram levantadas e analisadas as citaes do radical sublim- nas obras completas informatizadas de Freud, entre 1895 e 1915. Os resultados apontam duas importantes relaes entre os processos sublimatrios e a educao. Primeiro, a pulso de saber origina-se da sublimao da curiosidade sexual infantil; como pulso, sofrer inibies, formao de sintomas ou novas sublimaes, que atingiro frontalmente a aprendizagem. Segundo, a sublimao trata do desvio das pulses ditas perversas antissociais por excelncia para novos alvos socialmente aceitos e valorizveis. Para Freud, as primeiras sublimaes ocorrem por volta dos cinco anos de idade, em conjunto com as formaes reativas. Estas envolvem recusas realizao das pulses perversas, pela constituio de funes psquicas opositoras sua realizao, tais como: compaixo versus agressividade; vergonha versus exibicionismo; nojo versus atividades antihiginicas etc. Freud considera que tais formaes ocorrem com o apoio, mas independentes, da educao. Para alm destas, a sublimao resultaria de elaboraes de conflitos psquicos constitudos pela oposio do juzo de condenao sobre as pulses perversas, fruto da formao superegica, que envolve a constituio de ideais (egicos e sociais) e a elaborao de angstias prprias do humano. A constituio destes ideais envolve processos de identificao com as figuras parentais e seus substitutos (professores, por exemplo). Na medida em que a Educao vai alm do ensino de contedos, envolvendo atitudes morais, ticas, sociais, os resultados da pesquisa trazem contribuies sobre as relaes entre os esforos educativos presentes nas escolas e a constituio da personalidade tica do humano envolvendo processos sublimatrios , que implica na maneira pela qual tais esforos so recebidos pelos alunos: identificao, sujeio, oposio, crtica, adaptao etc.

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Ttulo: ADULTESCNCIA: PROPONDO REFLEXES COM ADOLESCENTES SOBRE ESTE MOMENTO DA VIDA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALEXANDRE WERNER DA ROCHA Autor (es) adicionais: CLUDIA BONETTI DA SILVA - FACULDADE AVANTIS ELIZ MARINE WIGGERS - FACULDADE AVANTIS Financiador: Resumo: Ouvem-se muitas conversas de que os jovens so o futuro da nao, mas se v muito pouco foco neles na nossa sociedade. Logo, a adolescncia no pode ser considerada como, apenas, uma simples fase de transio entra a infncia e a vida adulta. Sendo assim, o presente trabalho foi realizado com adolescentes de 15 a 17 anos de idade que esto cursando o ensino mdio, com intuito de proporcionar reflexes sobre este momento de vida, trabalhando as seguintes temticas: sexualidade, relaes interpessoais e auto-regulao temporal. Este trabalho foi organizado em modo de projeto de extenso e desenvolvido durante o Estgio Bsico Interdisciplinar, compreendendo a realizao de uma oficina com os adolescentes por meio da apresentao de vdeos para provocar dilogo sobre sexualidade e aspectos da adolescncia. Quanto temtica das relaes interpessoais entre os adolescentes, o debate foi direcionado de modo a problematizar o excesso de utilizao de meios eletrnicos para a comunicao, o que vem acarretando uma mudana nas relaes interpessoais de forma significativa. Com relao ao dilogo oportunizado entre os jovens sobre auto-regulao do tempo que tm para realizao de suas atividades, visto que apresentam muitas dificuldades de organizao de maneira produtiva, foram abordados de forma crtica aspectos relacionados ao imediatismo exigido pelas relaes estabelecidas na contemporaneidade. Durante o desenvolvimento da oficina realizada com os adolescentes foi possvel notar a disponibilidade dos mesmos em discutir de forma crtica temas considerados como relativamente polmicos e que envolvem a adolescncia, pois tais temticas no so comumente discutidas no mbito familiar e os mesmos apontam que no h espaos dedicados para o dilogo.

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Ttulo: AMIZADE NO CONTEXTO ESCOLAR: RELAES COM COMPETNCIA ACADMICA, ATLTICA E SOCIAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LUZA MARIA DA ROCHA ZUNINO Autor (es) adicionais: ANA MARIA FARACO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MAURO LUIS VIEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EDI CRISTINA MANFROI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA SANDRA ADRIANA NEVES NUNES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA KENNETH RUBIN - UNIVERSITY OF MARYLAND Financiador: Instituio pblica - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTFICO E TECNOLGICO Resumo: A escola, depois da famlia, o segundo importante ambiente de socializao do indivduo. Estudos tm demonstrado que as relaes estabelecidas entre as crianas e seus pares, neste ambiente especialmente as de amizade influenciam de forma significativa seu desempenho acadmico e seu desenvolvimento scio-afetivo, principalmente no final da infncia e inicio da pr-adolescncia. Considerando esses aspectos, este estudo investigou o impacto da qualidade das amizades na autopercepo das crianas. Esta pesquisa parte do projeto internacional que tem como objetivo investigar aspectos correlatos das Relaes de Amizade na Transio Ecolgica da 4 srie para a 5 srie do Ensino Fundamental. No Brasil, o projeto envolve trs cidades Florianpolis, Curitiba e Porto Alegre. Para anlise desta pesquisa, os dados foram coletados em Florianpolis-SC. Participaram deste estudo 158 crianas que frequentavam a 4 srie do ensino fundamental de duas escolas pblicas, com idades entre 9 e 13 anos (M = 10,29; DP= 0,81). Para isto foram utilizados dois questionrios: 1- Questionrio de qualidade da amizade (Friendship Quality Questionnaire-Revised) e, 2- Perfil de autopercepo para crianas (Self-Perception Profile for Children). Anlises fatoriais exploratrias revelaram duas dimenses para a qualidade da amizade: Amizade Positiva-AP e Amizade Negativa-AN. No que se refere autopercepo das crianas foram observadas trs dimenses: Competncia Acadmica-CA, Competncia AtlticaCT e Aceitao Social-AS. Anlises relacionais indicaram que a dimenso AP est relacionada com CA (r=0,33; p<0,01), bem como com CT(r=0,21; p<0,01) e AS(r=0,33; p<0,01). Mais especificamente, crianas que percebem a qualidade de suas amizades de forma positiva, revelam perceberem-se mais competentes academicamente e bem aceitas socialmente. Alm disso, as dimenses CA, CT e AS apresentaram correlaes significantes entre si. As implicaes destes e outros resultados no bemestar psicolgico e desenvolvimento social e escolar da criana so discutidos neste trabalho.

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Ttulo: APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS NA FORMAO DO PSICLOGO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALEXANDRE CIDRAL Autor (es) adicionais: ALEXANDRE CIDRAL - UNIVILLE MARYAHN KOEHLER DA SILVA - UNIVILLE Financiador: Outros - UNIVILLE Resumo: A organizao didtico-pedaggica dos cursos de graduao problematizada por educadores, instituies de ensino e rgos governamentais. Discute-se a necessidade de inovaes pedaggicas que proporcionem uma transio entre um paradigma educacional centrado no docente e pautado na transmisso de contedos, para um paradigma centrado no aluno e no desenvolvimento de competncias, tas como a capacidade de investigao e anlise da realidade e proposio de solues para os problemas pertinentes a rea de atuao profissional, com base em conhecimento tcnico-cientfico e eticamente comprometidas com os direitos humanos. Dentre as inovaes pedaggicas, consideram-se as relativas s metodologias de ensino, destacando-se a aprendizagem baseada em projetos. O Projeto Pedaggico do Curso de Psicologia da Universidade da Regio de Joinville instituiu a aprendizagem por projetos como uma de suas metodologias de ensino no Estgio Curricular Supervisionado de Nvel Bsico. Em cada uma das sries o estudante, individualmente ou em grupo, define, planeja e executa um projeto de investigao a respeito de um tema pertinente a Psicologia e que diga respeito a algum contedo abordado em uma das disciplinas que est cursando ou que j cursou. As atividades so orientadas, acompanhadas e avaliadas por um docente psiclogo que atua como mediador nas questes metodolgicas, ticas e de contedo. Problematizando a realidade a partir de algum campo temtico da Psicologia, os estudantes so desafiados a propor questes, definir objetivos, especificar etapas de coleta de dados, anlise de dados e discusso de resultados e elaborar um artigo cientfico sobre o trabalho. Os resultados obtidos desde 2005, ano de incio de funcionamento do curso, so promissores e incluem a melhoria da qualidade da produo acadmica dos alunos ao longo do curso, resultados obtidos no processo de reconhecimento do curso e no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) e ingresso de ex-alunos em programas de ps-graduao.

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Ttulo: AS CONTRIBUIES DA PSICOLOGIA NA FORMAO DE PROFESSORES: O ESTADO DA ARTE DA PRODUO ACADMICA NACIONAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ERIKSON KASZUBOWSKI Financiador: Resumo: Pesquisas recentes apontam que o ensino da psicologia na formao de professores tende a desconsiderar as singularidades do contexto escolar, tornando-o apenas um lugar de verificao de um conhecimento consolidado. Em funo disso, os professores acabam por abandonar o conhecimento psicolgico e adotam teorias ingnuas, com base em suas experincias pessoais. Essa situao desafia a psicologia a oferecer aos docentes um saber operacionalizvel, passvel de ser interrogado a partir de situaes concretas. Com o objetivo de averiguar como a produo nacional acerca do tema tem respondido a esse desafio, foram consultadas as principais bases de dados de acesso livre, limitando a pesquisa aos artigos publicados de 2005 a 2010. Foram encontrados 41 artigos, os quais foram submetidos a uma anlise quantitativa descritiva. A maior parte dos artigos trata de pesquisas empricas (63,4%) ou de relatos de experincia (19,5%). Mesmo as pesquisas empricas tendem a se relacionar com contextos interventivos, caracterizando-se como pesquisa-ao, e fazendo uso de mtodos qualitativos, como observao participante (19,5%), entrevistas (21,9%) e grupos de discusso ou grupos focais (17%). Coerentemente com o diagnstico da relao entre a psicologia e a formao de professores exposta acima, boa parte dos artigos procura fazer leituras de conceitos psicolgicos que possam ser operacionalizados pelos professores (24,4%), sugerindo tambm propostas de temas e mtodos para cursos de formao inicial e continuada (39,1%). Dentre as teorias utilizadas para se refletir o fazer docente a partir da psicologia, a psicologia histrico-cultural de Vygotsky a mais mencionada (31,7%). Portanto, as pesquisas sobre as relaes entre psicologia e formao de professores tem se focado na instituio de novas contribuies a partir de teorias j disseminadas, quase sempre restrita a um contexto especfico, de forma a se levar em considerao os aspectos concretos vivenciados pelos professores.

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Ttulo: CIRURGIA PLSTICA ESTTICA NA ADOLESCNCIA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALEXANDRE DE SOUZA AMORIM Autor (es) adicionais: DANIELA FURLAN - UFSC KARLA DE OLIVEIRA - UFSC TALITA CAETANO SILVA - UFSC Financiador: Resumo: Hoje a beleza corporal cada vez mais valorizada, sendo que o adolescente acaba envolvido por modelos estticos, justamente quando tenta construir sua identidade. Aliado a isso, h um aumento na procura destes adolescentes por procedimentos como a cirurgia esttica. O presente trabalho analisa quais so os motivos, as influencias e as consequncias do procedimento cirrgico estticos na adolescncia. Para tanto, foram realizadas entrevistas com um cirurgio plstico e uma adolescente. A garota j realizou trs cirurgias, sendo a segunda e a terceira corretivas da primeira. Ela alegou que sofreu durante o ps-operatrio, mas que a satisfao com o resultado final superou o sofrimento. O mdico entrevistado mencionou que no realiza cirurgias estticas em adolescentes menores de 18 anos, pois estes ainda no alcanaram a maturidade fsica e psicolgica necessria. Aplicou-se tambm um questionrio em 40 adolescentes, de 14 a 18 anos, do ensino mdio do Colgio Aplicao da UFSC. Destes, apenas dois j haviam realizado cirurgia esttica. As meninas mostraram-se mais flexveis realizao da cirurgia plstica do que os meninos, que mencionaram outras estratgias para solucionar problemas estticos como os exerccios fsicos. A maioria dos participantes concordou que sacrifcios por um corpo belo so vlidos, associando melhorias estticas ao aumento da auto-estima. A idade ideal para a realizao de cirurgia plstica, de acordo com 31 dos adolescentes, acima de 18 anos. Conclui-se, portanto que procedimentos estticos realizados na adolescncia devem ser analisados cuidadosamente por constiturem uma modificao corporal permanente em um indivduo ainda imaturo fsica e psicologicamente.

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Ttulo: COMISSO DE POLTICAS PBLICAS DO CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA EIXO EDUCAO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GUSTAVO DE OLIVEIRA PEREIRA D'EA NEVES Autor (es) adicionais: JAIRA TEREZINHA DA SILVA RODRIGUES - CRP-12 CELSO FRANCISCO TONDIN - CFP SRGIO OTVIO BASSETTI - CRP Financiador: CRP-12 Resumo: Com o objetivo de divulgar as aes da Comisso de Polticas Pblicas do Conselho Regional de Psicologia Eixo Educao, bem como, divulgar as possibilidades de participao da categoria de psiclogos e entidades afins no Frum Estadual de Educao Inclusiva FEEISC que propomos esta comunicao oral. Nos ltimos anos os participantes desta comisso integrados a outras comisses do Sistema Conselhos, vm desenvolvendo aes, em torno das seguintes demandas: Aprovao do PL 060/07 que versa sobre a insero do Psiclogo na Lei de Diretrizes e base LDBEN como profissional da Educao; Pesquisa junto aos psiclogos catarinenses que atuam na rea da educao, com o objetivo de caracterizar o trabalho desenvolvido pelo Psiclogo escolar e Educacional em Santa Catarina; a organizao do ano da Educao e participao na Conferncia Nacional de Educao - CONAE e sua representao junto ao Frum Estadual de Educao Inclusiva FEEISC que tem como finalidade de discutir e propor aes afirmativas decorrentes das polticas pblicas de educao inclusiva, O resultado destas aes tem contribuido para a maior qualificao do profissional de psicologia na rea, bem como construir referncias tcnicas para o profissional de Psicologia e a insero da Psicologia nas polticas pblicas em educao.

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Ttulo: CORPO E MASCULINIDADE DOCENTE: ENTRE O NORMATIVO, A RESISTNCIA E A RE/CRIAO DE SI Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROGRIO MACHADO ROSA Financiador: FAPESC Resumo: Este texto configura-se como um desdobramento de minha pesquisa de mestrado, que investigou o modo como professores de Ensino Mdio que no esto integrados nos domnios da masculinidade hegemnica, constroem e experienciam seus corpos e suas masculinidades na relao com atividade docente. Enfatizo o processo de fabricao do que chamei de corporeidade-masculinidade-marginal e sua intima articulao com as vicissitudes da experincia docente. Utilizo a perspectiva terico-metodolgica da Anlise do Discurso para analisar excertos das narrativas dos professores, obtidas por meio de entrevistas, e discutir o complexo imbricamento entre as relaes afetivas da/na docncia, corpo docente, masculinidade e artistagem de si. Com a mesma intensidade com que so negados pelo poder performativo das normas e discursos que regulam a construo do corpo masculino normal, eles reagem a esse poder, e, num movimento de fuga, desafiam a ordem prescrita, vazando para o exterior lugar onde se afirmam como sujeitos plurais. Busco, assim, demonstrar como os corpos e as masculinidades no hegemnicos dos professores em questo so potencializados em seu processo constitutivo, nos encontros que estabelecem com os discentes (espaos de resistncias). Os acontecimentos da relao pedaggica e suas afeces so aqui apresentados como espaos produtores de heterotopias: foras criativas que incidem sobre a reconstruo da corporeidade masculina e de dos modos-deser-docente desses sujeitos e neles instaura uma nova esttica da existncia.

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Ttulo: DIGA NO AO BULLYING E SIM A PAZ NA ESCOLA. Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CELINE LUCIANA THOM Autor (es) adicionais: CARLISE INS GROTH - UNOESC CYNTHIA RAQUEL FERRABOLI - UNOESC Financiador: Resumo: Esse projeto ser aplicado nas escolas pblicas do Oeste de Santa Catarina, por um grupo de acadmicos de Psicologia, com a idia central de explicitar as conseqncias da violncia no mbito escolar e domstico, promovendo a paz na escola. O ensino no Brasil passa por uma fase muito difcil, pois em muitas escolas os alunos perderam o respeito por seus professores e no respeitam os limites impostos pela escola. O desrespeito dos alunos aos limites em muitos casos o resultado da educao faltante dos pais para com seus filhos. A escola, alm de sobrecarregada pela omisso educacional de alguns pais precisa encontrar maneiras de lidar com o aumento da violncia social e do bullying. O bullying um ato de denegrir, violentar, agredir e destruir a estrutura psquica de outra pessoa sem motivao alguma e de forma repetitiva e, que se no combatido se torna um crculo vicioso dentro do ambiente escolar. Dessa forma, o objetivo desse projeto diminuir a violncia na escola, dos alunos para com outros alunos e dos alunos com os professores, aumentando assim o respeito entre professores e alunos, como tambm, alertar os pais sobre seu papel na educao dos filhos e, da importncia dos pais oferecerem bons modelos aos filhos, buscando assim, diminuir os ndices de violncia domstica e incitando a paz na escola. O mtodo a ser empregado consiste em dar palestras sobre as conseqncias da violncia para os alunos com o enfoque da preveno primria, para os professores de preveno secundria e para os pais de preveno terciria. As palestras ocorrero no ms de abril. Espera-se com esse projeto difundir a idia de que todas as pessoas so iguais e merecem ser respeitadas na sua forma de pensar, agir e viver, promovendo assim a Paz na escola.

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Ttulo: EMERGNCIA DE LEITURA DE FRASES A PARTIR DO ENSINO DE SUAS UNIDADES CONSTITUINTES Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JOS GONALVES MEDEIROS Autor (es) adicionais: LEONARDO PEREIRA DE LIMA - UFSC GRAZIELLA RODRIGUES MEDEIROS - UFSC PRISCILA GASPERIN PELLEGRINI - UFSC PAULA LERMEN - UFSC Financiador: CNPQ Resumo: O objetivo do presente estudo foi verificar se o ensino em separado das unidades constituintes de frases (substantivos, nmeros, cores e verbos) produziria a emergncia de leitura da frase enquanto unidade mais ampla. Participaram 14 crianas, entre 6 e 8 anos, da primeira srie de uma escola pblica estadual. Destas, oito participaram do estudo, constituindo o Grupo Experimental (GE), e 6 constituram o Grupo Controle (GC) cuja participao resumiu-se a testes no incio do procedimento, no perodo intermedirio (julho) e no final do ano (dezembro). As classes de respostas foram ensinadas por meio de um procedimento computadorizado de discriminao condicional. O experimento foi conduzido em tarefas que compunham trs blocos de ensino, seguidos de Testes de Agrupamento e de Testes de Equivalncia de Agrupamento, para verificar se a leitura estava sendo realizada com significado. Nesses testes, as palavras, nmeros, nomes de cores e verbos ensinados foram testados conjuntamente, formando frases, cujo desempenho no foi consequenciado. A criana avanava para a tarefa e bloco seguintes apenas quando obtivesse aproveitamento de 100 por cento. Das oito crianas, duas leram 100 por cento das frases apresentadas nos testes de agrupamento e equivalncia de agrupamento dos trs blocos; duas crianas leram com por cento de acerto os testes sequenciais do primeiro e segundo blocos e duas crianas leram os testes do primeiro bloco, tambm com 100 por cento de acerto. Uma criana no conseguiu realizar os testes do primeiro bloco. Uma criana foi transferida da escola na metade do estudo. Os dados mostram que possvel, aps o ensino de palavras isoladas, produzir a emergncia de leitura de frases com compreenso.

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Ttulo: ESCOLA E VIOLNCIA(S): AES DE PREVENO NO CONTEXTO EDUCACIONAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA MARCOS Autor (es) adicionais: LASE SACANI - UNIDAVI FERNANDA AX WILHELM - UFSC Financiador: Resumo: A violncia constitui complexa problemtica de sade pblica por sua elevada prevalncia que atinge em especial crianas e adolescentes. Nesse projeto ser apresenta em suas formas: fsica, psicolgica, sexual, negligncia, pedofilia e bullying. A escola constitui um espao primordial para discusso dessa temtica junto ao corpo docente e seus educandos promovendo a informao cientfica sobre definio, tipos, caractersticas gerais, identificao de pistas, conseqncias na preveno e identificao de situaes de violncia(s). O objetivo deste projeto de extenso promover aes de preveno para docentes e alunos de duas escolas estaduais do interior de Santa Catarina e a aplicao de um questionrio em trinta escolas pblicas, visando conhecer a forma como as escolas lidam com esta problemtica. Foi elaborado um plano de ao tendo em vista a demanda de cada escola. Com os professores esto sendo realizadas palestras mensais. Com os alunos so realizadas atividades em sala de aula utilizando como recursos diferentes dinmicas tendo em vista a idade e caracterstica de cada turma (aula expositivo-dialogada, discusses sobre casos especficos, dramatizaes, desenhos, teatros, filmes, msicas, atividades ldicas, entre outros). Est sendo feita a elaborao, em conjunto com os alunos, que se estende ao longo do ano, de uma cartilha educativa com o objetivo de divulgar informaes gerais sobre a temtica. Os resultados se revelam na informao e divulgao do conhecimento cientifico com a elaborao da cartilha educativa sobre os diferentes tipos de violncia para professores e alunos que sero multiplicadores. A aplicao do questionrio permitir realizar um mapeamento sobre a realidade das trinta escolas em relao a preveno e casos de violncia nesses contextos escolares, possibilitando a produo de artigo cientifico. O projeto de extenso est em fase de andamento sendo que j foi realizado no ano de 2006 com resultados positivos frente a preveno da violncia.

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Ttulo: FAMILIAS DE CRIANAS COM SNDROME DE DOWN E O DESENVOLVIMENTO ESCOLAR: UMA FUNO APAEXONANTE Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: TATIANE MASIERO Autor (es) adicionais: ANA PATRCIA PARIZOTTO - UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - CAMPUS CONCRDIA Financiador: Resumo: A famlia constitui o primeiro universo de relaes sociais da criana podendo proporcionar-lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento, disponibilizando ateno e cuidados especficos. no meio familiar que o indivduo tem seus primeiros contatos com o mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem e apreenso dos primeiros valores e hbitos. Tal convivncia fundamental para que a criana com Sndrome de Down se insira no meio escolar. Esse estudo abordou o comeo do envolvimento e ativismo dos pais no tema educao e deficincia, o tratamento dado ao aluno com Sndrome de Down e o conceito utilizado na tentativa de aperfeioar o processo educativo, verificando a postura e o relacionamento familiar, observando de maneira geral, a participao e interao dos pais no desenvolvimento e aprendizagem das crianas com Sndrome de Down.O estudo foi realizado com 14 pais de crianas com Sndrome de Down, que freqentam a APAE (Associao de Pais e Amigos dos Excepcionais) Concrdia SC. Para a execuo da mesma, optou-se por uma pesquisa qualitativa, na qual foram aplicadas entrevistas semi-dirigidas. Os resultados obtidos retrataram que a famlia desempenha um papel tanto de impulsionadora como de inibidora dos processos de desenvolvimento do indivduo, considerando as caractersticas do ambiente, bem como as relaes familiares nele estabelecidas. Essa transmisso se d mediante as prticas educativas, as quais se concretizam em aes contnuas e habituais, nas trocas interpessoais dos mesmos. Sendo assim, a famlia faz necessariamente parte do desenvolvimento humano para uma vida saudvel fsica e psquica da criana com Sndrome de Down.

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Ttulo: FENMENOS TRANSFERENCIAIS PRESENTES NA RELAO EDUCADOREDUCANDO NO ENSINO SUPERIOR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GESSI TEREZINHA BOROWICC Autor (es) adicionais: LUCILA TERESINHA MAI - FACULDADE DA FRONTEIRA (FAF) Financiador: Resumo: O tema a ser abordado diz respeito sntese do Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao curso de Especializao em Docncia no Ensino Superior, realizado na Faculdade Vizinhana Vale do Iguau (VIZIVALI), em Dois Vizinhos, PR. luz de conhecimentos oriundos da psicanlise, o estudo teve por objetivo apresentar uma breve reflexo acerca de como se processam as relaes em sala de aula no ensino superior, enfatizando os fenmenos transferenciais e inconscientes. O tipo de pesquisa bibliogrfico, buscando a compreenso tcnica dos termos psicanalticos transferncia e ambivalncia, como tambm o significado destes na prtica clnica e de sala de aula no Ensino Superior. medida em que os afetos ou desafetos se manifestam no cotidiano de uma sala de aula, as relaes se complexificam e exigem do educador certa maturidade, auto-conhecimento, capacidade de lidar com as manifestaes tanto amistosas quanto hostis dos educandos, sem se desestabilizar e garantindo um fio condutor para a dinmica que possibilita o aprendizado e o desejo de compreender e de buscar conhecimento. O palco das reflexes a prpria sala de aula, onde os fenmenos transferenciais se manifestam, cabendo ao educador conduzir com maturidade o processo. As concluses do estudo apontam para a necessidade de repensar a formao continuada dos docentes, de modo que no se resuma apenas ampliao do arcabouo terico ou aplicao de tcnicas que possam auxili-lo na tarefa educativa, mas contemple tambm a dimenso humano-afetiva e relacional, j que, mesmo no sendo o objetivo primeiro na busca do conhecimento, influenciam fortemente no modo como os educandos criam gosto e desejo de aprender, autorizando ou no o educador a conduzir o processo.

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Ttulo: FORMAO DE UM GRUPO REFLEXIVO COM PROFESSORES DE UMA ESCOLA PBLICA DA GRANDE FLORIANPOLIS Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GIRLANE MAYARA PERES Autor (es) adicionais: KARINY LOUISE MOSER - UNISUL LARA DE BRUCHARD COSTA - UNISUL DEISE MARIA DO NASCIMENTO - UNISUL LEANDRO CASTRO OLTRAMARI - UNISUL Financiador: Resumo: Apresenta-se um relato de experincia de trs acadmicas do curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina da disciplina Estgio Bsico em Psicologia Social, onde foi desenvolvida atividade terico-prtica em uma Escola de Ensino Fundamental. O objetivo da atividade foi a de promover um espao de reflexo com os professores, diretores e coordenadores pedaggicos sobre o cotidiano escolar. Os participantes da atividade foram 26 professores, 1 diretor da escola e 2 coordenadores pedaggicos. A metodologia utilizada foi o grupo reflexivo desenvolvida em cinco encontros. Foram abordados temas como a violncia escolar; relao interpessoal entre os professores, docentes e alunos, diretor e professores; estresse do corpo docente no ambiente de trabalho. Em relao aos resultados, o espao proporcionado possibilitou aos professores perceberem-se estressados, desmotivados, desvalorizados, com dificuldades de relacionamento interpessoal e de comunicao, alm de sentirem desprazer enquanto exercem sua profisso. Isto gerou entre o grupo a busca por estratgias de enfrentamento para tornar o cotidiano escolar mais agradvel entre os envolvidos. Conclui-se que a promoo de espaos para os professores, diretor e coordenadores dialogarem sobre seus cotidianos, influenciou os mesmos a buscarem estratgias de enfrentamento de forma coletiva, possibilitou melhorar a comunicao entre estas pessoas, bem como criar regras e objetivos em comuns.

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Ttulo: INCLUSO DO GENOGRAMA E DO MAPA DE REDES NO PROCESSO DE MATRCULA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAROLINA DUARTE DE SOUZA Financiador: Resumo: Objetiva-se descrever a construo do mtodo de matrcula de novas famlias de uma ONG que presta servios de assistncia social e educao infantil e complementar a 540 crianas. Antes da existncia do servio de psicologia nessa ONG a matrcula consistia em um processo coletivo com cerca de 100 famlias por vez em que se recolhiam documentos das crianas, informaes sobre doenas crnicas ou alergias, dados sciodemogrficos de seus responsveis, alm de informar brevemente as regras institucionais. Com vistas a fazer com que esse momento atingisse melhor seus objetivos, quais sejam: melhorar o vnculo entre famlia e instituio, seja para tornar as famlias colaboradoras na manuteno da ONG, seja assegurar-lhes a qualidade do servio prestado com vistas a promover um melhor processo de adaptao das crianas, alm de mapear melhor as necessidades e recursos dessa nova famlia; se optou por transform-lo em entrevistas individuais com cada famlia. Nessas conversas, em que o sigilo era garantido pelo cdigo de tica da profissional se esclarecia o que a instituio oferecia e esperava em contrapartida, se investigava as expectativas e dvidas das famlias, bem como a dinmica familiar por meio da confeco do genograma, com as informaes possveis, pois muitas vezes as pessoas no sabiam, ou no queriam revelar os dados, seja por desconfiana, seja por exigir que se toque em assuntos dolorosos. Nesse processo se constatou que muitas famlias estavam isoladas, ou por serem migrantes ou terem rompido com as famlias de origem, ento, para auxiliar na identificao da rede de apoio que poderia ser acionada em caso de necessidade, se incluiu no processo de matrcula a confeco do mapa de rede. Este mtodo de matrcula atingiu os objetivos propostos, alm de estabelecer um clima de coresponsabilidade entre famlia e instituio em relao aos cuidados e educao das crianas.

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Ttulo: INTERFACES DA PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITRIA E EDUCAO: RELATO DE EXPERINCIA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA PAULA RISSON Autor (es) adicionais: KARIN BRUXEL - UNOCHAPEC Financiador: Resumo: Trata-se da Prtica Acompanhada em Psicologia Comunitria, do 6 perodo do curso de Psicologia da Unochapec, realizada em 2010.2. junto ao Programa de Extenso Universitria Esporte e Emancipao, que busca a formao integral das crianas por meio de atividades relacionadas ao esporte. Este Programa comporta diversos projetos, como Escola, Cultura e Movimento, Cantando com Alegria, Dana, Matemtica Ldica, Literatrio e Fisioterapia Preventiva. H participao de bolsistas e professores de diferentes reas de conhecimento, atendendo atualmente cerca de 120 crianas que estudam em Escolas de uma regio industrial, em Chapec/SC. Objetivos: conhecer o Programa, as crianas e educadores para identificar possibilidades de interveno da estagiria de psicologia; realizar oficinas com as crianas que freqentam o Programa a partir do conhecimento da realidade; participar de um grupo de trabalho interdisciplinar; contribuir com os conhecimentos psicolgicos para estabelecer vnculos entre as crianas e destas com os estagirios/educadores; sensibilizar as crianas para a aceitao da alteridade. Resultados: Percebeu-se que as crianas valorizam muito o Programa. A principal demanda de trabalho foi o desenvolvimento de relaes de respeito e solidariedade no grupo. As atividades foram realizadas de forma ldica, por meio de recorte e colagem, desenhos, filme, histrias, e visita ao Museu Zoobotnico da Unochapec. Alm disto foi possvel orientar alguns educadores sobre formas de lidar com algumas crianas difceis, bem como indicar alguns manejos de grupo que proporcionem melhor interao entre as crianas. Ao finalizarmos o trabalho, percebeuse que o grupo passou a se dirigir aos colegas com mais respeito e menos agressividade. Tambm conseguiram apontar que as mudanas dependiam de todos. Cada aluno se props a modificar algum aspecto seu, para melhorar as relaes entre os colegas.

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Ttulo: INTERVENES INTERDISCIPLINARES EM CONTEXTO EDUCACIONAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAROLINA DUARTE DE SOUZA Financiador: Resumo: A proposta de interveno apresentada a principal estratgia utilizada num Servio de Psicologia de uma ONG que presta servios de educao infantil e complementar a 540 crianas. Apesar da importncia do psiclogo escolar/educacional participar no cotidiano da escola possibilitando a escuta de demandas e estabelecendo novas formas de ver o mundo, verificou-se que as demandas que surgiam em conversas informais com professoras, coordenadoras pedaggicas, assistentes sociais, entre outros, nos corredores da instituio, no podiam ser retomadas em outro momento, o que impedia o aprofundamento das reflexes e a construo de novas narrativas sobre as situaes relatadas. Com vistas a superar essa dificuldade foi criado o Momento Reflexo [MR], proposta interdisciplinar de interveno em problemas do contexto escolar que promove um espao de colaborao entre educadoras e equipe de apoio na construo em conjunto de alternativas que respeitem as capacidades e recursos prprios das educadoras, no intuito de solucionar as dificuldades do contexto escolar. Os membros da equipe apresentam uma viso externa ao contexto em que o problema ocorre, construindo estratgias de mudana em co-autoria com as envolvidas. O MR consiste em reunies mensais, de uma hora de durao, entre uma representante da classe (alternando em um ms a professora e no seguinte a auxiliar de sala) e a equipe de apoio (coordenadora pedaggica, assistente social e psicloga). A partir das demandas emergentes no MR, todos colaboram para construir intervenes para cada situao. Essas podem ser: intervenes mediadas com as educadoras, atendimento interdisciplinar com a famlia, observao em sala de aula, interveno direta, e outros encaminhamentos. Por fim, o MR tem alcanado sua meta de trabalhar as relaes estabelecidas no contexto escolar, contribuindo para a construo de espaos de discusso, colaborao, e enfrentamento dos problemas cotidianos, alm de promover sade para toda comunidade da ONG.

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Ttulo: MAL ESTAR DOCENTE: CONDIES DE TRABALHO E DESVALORIZAO PROFISSIONAL Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: IDA FTIMA DA SILVA Financiador: Resumo: Por meio desse artigo, objetivamos discutir o mal estar docente como fenmeno contemporneo que acomete os professores, atravs das manifestaes de desinteresse, apatia, desgaste fsico e psquico, degradao da imagem e principalmente os sintomas psicossomticos geradores da crise de identidade profissional e da culpabilidade pelo fracasso do sistema educacional. Pretende-se refletir sobre as condies de trabalho e a desvalorizao profissional dos docentes usando como metfora ilustrativa o mito de Sisifos que faz aluso ao trabalho repetitivo, com resultados negativos; e a uma linguagem representacional atravs da literatura machadiana na obra Memrias Pstumas de Brs Cubas (1978), ao qual apresenta os professores do personagem Brs Cubas, que vivencia o sofrimento psquico desencadeando o mal estar docente . Esse trabalho tem como referencial terico as pesquisas de Esteve (1995), que enfatiza os conceitos de mal-estar docente e sofrimento psquico; Nvoa (1997), fazendo uma retrospectiva histrica a cerca da dimenso profissional e pessoal como aspectos indissociveis na formao docente, alm da discusso da proletarizao e desvalorizao profissional; Dejours (1992) discutindo a psicopatologia do trabalho e Freire (1995) apontando alternativas para superao dos problemas e sofrimentos vivenciados pelos docentes atravs da pedagogia da autonomia. De acordo com os fenmenos sociais e psquicos indicadores do mal estar docente o foco de analise desse artigo esta voltado para condies de trabalho e desvalorizao do professorado.

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Ttulo: MEU AMIGO DIFERENTE: INTEGRAO E DIVERSIDADE Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA MICHELLE MLLER NICHEL Autor (es) adicionais: LETICIA ALVES DE SOUZA Financiador: Resumo: O Projeto Meu Amigo Diferente foi desenvolvido pela Escola de Educao Especial Paulo Freire - APAE Quilombo, em Quilombo SC. Ele foi criado para auxiliar no processo de consolidao de uma cultura inclusiva nas escolas e melhor relacionamento com a sociedade, buscando aprimorar a integrao de pessoas com deficincia. Este projeto tem como objetivos: promover uma reflexo sobre as pessoas com deficincia, buscando uma maior interao social com a comunidade; apresentar a Escola de Educao Especial Paulo Freire APAE de Quilombo de Santa Catarina; facilitar a construo de conhecimento sobre a questo da deficincia e sobre as competncias e potencialidades das pessoas com deficincia; e favorecer a construo de valores e atitudes de respeito e solidariedade para com as pessoas com deficincia. O pblico alvo deste projeto formado pela comunidade escolar dos municpios vinculados a Escola de Educao Especial Paulo Freire: Quilombo, Formosa do Sul, Irati, Jardinpolis e Santiago do Sul. Inicialmente a equipe composta pela fonoaudiloga, pedagoga e psicloga discute com os alunos do ensino regular temas referentes a escola especial. Ainda, apresentada a proposta de visita dos alunos da escola especial a instituio, sendo de responsabilidade dos alunos da escola regular o planejamento das atividades a serem desenvolvidas. Em outra ocasio realizada a visita dos alunos da escola especial a escola regular. Posteriormente so realizadas avaliaes pelos alunos do ensino regular no ltimo encontro sobre a experincia vivenciada. Sobre os resultados, identificamos que a grande maioria dos alunos que participaram deste projeto no tinham conhecimento sobre a questo da deficincia intelectual e sobre o funcionamento de uma escola especial. Acreditamos que uma das contribuies significativas deste projeto foi trabalhar com os alunos os esteritipos e preconceitos em relao as potencialidades, dificuldades, atividades desenvolvidas e o cotidiano da pessoa com deficincia intelectual.

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Ttulo: MULHERES E CUIDADO: DESVENDANDO COMO O SISTEMA BINRIO DE GNERO AINDA NA CONTEMPORANEIDADE CONTRIBUI PARA A NATURALIZAO HISTRICO/CULTURAL DAS ATRIBUIES AFERIDAS AO FEMININO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARILU MONTEIRO Autor (es) adicionais: BRUNA MEURER ANTUNES - PROFESSORA DA UNIPLAC E ICETRAN MARIVETE GESSER - DOUTORA EM PSICOLOGIA (UFSC) E PROFESSORA DA UNIASSELVI Financiador: Resumo: Esta pesquisa buscou desvendar como na contemporaneidade mulheres que exercem funes remuneradas e domsticas percebem-se em relao s atribuies aferidas ao feminino tidas como supostamente naturais. Trata-se de um estudo qualitativo do tipo descritivo-analtico, que ocorreu com a participao de seis mulheres, dentre as nove mulheres que trabalhavam em um Centro de Assistncia Social CRAS de uma comunidade do municpio de Lages/SC. Como critrio para a seleo da presente amostra, optou-se por mulheres que fossem responsveis pelo cuidado do lar, da famlia (filhos e marido) e exercessem atividades extra-lar. Para a coleta de dados utilizou-se de entrevistas semi-estruturadas, e estas foram submetidas Anlise do Discurso (AD). Constatou-se nos discursos das participantes, como o sistema androcntrico permanece menos hegemnico, entretanto como as prprias mulheres por vezes contribuem para a permanncia e reproduo da dominao masculina na prpria educao de seus filhos(as). O trabalho possibilitou a essas mulheres, a transformao de valores sociais advindos de sua cultura, as quais permaneciam solidificadas em estruturas cristalizadas sobre o sexo/gnero. Suas narrativas destacam assim, a emancipao vivenciada como: trabalhar, estudar, se divorciar, contribuir para o sustento da casa. Entretanto, tal discurso no foi homogneo, haja vista, que mesmo na contemporaneidade algumas participantes tm dificuldades de abandonar o modelo de ser feminino, que perpassa pelo papel a elas supostamente esperado (fragilidade, passividade e submisso), ou mulher cuidadora/homem provedor. Por derradeiro, foi possvel compreender que as atribuies femininas, apesar das mudanas em nossa sociedade, perpassam por antigos constructos histrico-sociais que aferem as mulheres uma posio desigual ao do homem, contribuindo para que o sistema binrio mulher/homem fundamentado no determinismo biolgico se perpetue. Palavras-chave: Binrio homem/mulher. Mulheres. Trabalho.

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Ttulo: NCLEO DE ESTUDOS E ATENDIMENTO A QUEIXA ESCOLAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA IMPLANTAO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SIMONE VIEIRA DE SOUZA Autor (es) adicionais: REGINA INGRID BRAGAGNOLO - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O trabalho se refere implantao do Ncleo de Atendimento a Queixa Escolar (NEAQUE) no Curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina, localizada em Palhoa, municpio da Grande Florianpolis. O projeto se inicia como proposta de extenso universitria objetivando suprir as necessidades observadas nos encaminhamentos de crianas com idade escolar para avaliao e atendimento no servio-escola, encaminhadas pelas escolas do municpio. Os encontros tiveram incio no ms de fevereiro de 2010 e buscou desde o seu principio dialogar com as novas perspectivas de atendimento ao estudante, portanto, traz no seu escopo, ainda que de forma incipiente, elementos que subsidiam uma prtica imbricada com a desconstruo da forma hegemnica e naturalizante, que tem marcado a temtica do estudante com queixa escolar, assim como da sua famlia. O NEAQUE se configura em trs modalidades de atendimento criana com queixa escolar: o atendimento de grupo ao estudante, com encontros semanais de uma hora e trinta minutos; a escola de cuidadores direcionada a encontros mensais com os pais ou cuidadores das crianas e o grupo InterAo realizado com os professores dos estudantes que participam do ncleo. Ancoradas perspectiva histrico-cultural, problematizou-se as prticas que tm pautado as intervenes acerca das dificuldades de escolarizao a partir de uma tica institucionalizadora e patologizante, paradigma que vem mobilizando desafios no que tange as novas perspectivas de olhar a queixa escolar.

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Ttulo: O PROGRAMA SADE NA ESCOLA COMO ESPAO DE EXPERIMENTAO DA INTERSETORIALIDADE: COMPARTILHANDO SABERES SOBRE SADE SEXUAL E REPRODUTIVA NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL CRTICA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MOYSS MARTINS TOSTA STORTI Autor (es) adicionais: GABRIELA GES - UFSC DENISE CORD - UFSC Financiador: Resumo: A legislao brasileira aponta em suas diretrizes a intersetorialidade como indispensvel para a efetivao das polticas pblicas de garantia de direitos do cidado. Para atendimento populao de crianas e adolescentes, na perspectiva da integralidade de formao como sujeitos, torna-se necessria a transformao nas determinantes contextuais, principalmente, das suas vulnerabilidades saindo do foco individualizante historicamente hegemnico. Neste contexto, para efetivar-se a promoo da sade, especialmente da Sade Sexual e Reprodutiva da criana e do adolescente privilegia-se o territrio escolar como espao da intersetorialidade, tornando o estudante, profissionais das escolas e unidades bsicas de sade e a comunidade em sua volta os atores deste processo. Neste trabalho, apresenta-se uma experincia de estgio supervisionado em Psicologia Escolar realizado em uma escola localizada no municpio de Florianpolis/SC inserida no Programa Sade na Escola do governo federal. As propostas de ao dos dois estagirios e duas profissionais da educao constituram-se a partir da demanda de Educao para a Sade Sexual na Escola e consistiu na efetivao de trs encontros com cinco turmas de 7 e 8 sries do ensino fundamental. As atividades foram desenvolvidas segundo a perspectiva do Psicodrama Aplicado, rodas de conversa e apresentao expositivo-dialogada ao final. Como referencial terico, utilizou-se a abordagem histrico-cultural do fenmeno adolescncia e a leitura sociomtrica dos grupos. Os principais resultados foram o compartilhamento efetivo entre os adolescentes sobre a temtica, abordando-se as dimenses biolgicas, sociais, culturais e polticas da sexualidade e a atuao dos estudantes como sujeitos ativos do/no processo pedaggico. Concluiu-se que os trabalhos intersetoriais em equipe so ainda uma aposta na formao integral dos sujeitos sendo necessrio um direcionamento poltico em que estudos e prticas efetivem a troca de saberes e o reconhecimento mtuo dos processos de trabalho cotidiano na Sade Pblica e na Educao Bsica.

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Ttulo: O QUE CABE PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL NAS AES INTERSETORIAIS DO PROGRAMA SADE NA ESCOLA (PSE)? Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MOYSS MARTINS TOSTA STORTI Autor (es) adicionais: ALANA SIQUEIRA BRANIS NUNES - UFSC DENISE CORD - UFSC Financiador: Resumo: Elegeu-se o Programa Sade na Escola (PSE) como locus desta pesquisa visando problematizar significaes que perpassam e constituem atualmente os campos da Sade, da Educao e da Psicologia Escolar e Educacional como reas de conhecimento. O PSE tem como um dos princpios norteadores a formao integral da criana para o exerccio da cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos. Para tanto, tem se focado em aes de carter intersetorial, visando tanto a articulao de saberes dos profissionais da equipe de sade da famlia e da educao bsica, quanto a participao dos estudantes e da comunidade no processo de construo do controle social da poltica pblica. Considerando que dentre os objetivos do PSE est o de fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da sade, que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar e que a participao da Psicologia est contemplada na ao Avaliao Psicossocial, objetivou-se caracterizar junto aos articuladores do PSE na Equipe Sade da Famlia e na educao bsica em Distritos Sanitrios de Florianpolis, que demandas seriam especficas de uma avaliao psicossocial e de que forma relacionam os aspectos psicossociais ao comprometimento do pleno desenvolvimento escolar. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas semiestruturadas. A anlise dos dados, ainda em fase inicial, aponta para a nfase nas motivaes clnicas e assistenciais embutidas na formulao das demandas psicologia e que estas vinculam-se especialmente a avaliao das dificuldades de aprendizagem no relacionadas aos transtornos do desenvolvimento.

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Ttulo: O USO DA INTERNET PELAS CRIANAS E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDR LUIZ DE SOUZA Autor (es) adicionais: SIMONE MAIDEL - UFSC MAURO LUS VIEIRA - UFSC Financiador: Instituio pblica - CNPQ Resumo: O uso frequente da internet est associado ao desenvolvimento de habilidades e competncias relacionadas capacidade de processar, interpretar e utilizar informaes, processos importantes no campo da educao. A presente pesquisa teve como objetivo verificar o nvel de experincia de crianas de 7 a 12 anos com a internet, refletindo sobre possveis implicaes para o processo de ensino-aprendizagem. No total, 242 crianas (M=9,71 anos; DP=1,48), estudantes do ensino fundamental de duas escolas particulares de Santa Catarina, responderam a um questionrio sobre o uso da internet. A anlise dos dados demonstrou que cerca de 70% dos respondentes utilizam a internet de 4 a 7 dias por semana, e aproximadamente 66% tambm informou que o uso dirio ultrapassa 3 horas. Relativo s atividades na internet, 69% da amostra indicou usar sempre ou quase sempre os jogos, sendo observadas diferenas significativas entre meninos e meninas para as categorias de ao (p=0,000), esporte (p=0,000), simulao (p=0,000), fantasia (p=0,000) e educativos (p=0,000). Dentre outras atividades, as crianas tambm indicaram as redes sociais (61%) e os recursos de comunicao instantnea (54,1%), e ainda, cerca de 44% dos respondentes indicou que a internet muito freqente para auxlio nas atividades e pesquisas escolares. Porm, apenas 4,5% dos participantes fazem uso internet com mais frequncia na escola. Assim, conclui-se que as crianas da amostra, em geral, possuem grande familiaridade em relao ao uso da internet, realizando atividades que influenciam direta ou indiretamente em sala de aula, embora o acesso dentro do ambiente escolar seja mnimo e ainda possa ser explorado. Sugere-se, ento, a criao de novas estratgias para que a escola possa lidar melhor com as atuais caractersticas e demandas da infncia contempornea, oportunizando melhorias no processo de ensino-aprendizagem.

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Ttulo: OS ASPECTOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM UMA CRIANA COM AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DORALINA ENGE MARCON Autor (es) adicionais: SIMONE VIEIRA DE SOUZA - UNISUL Financiador: Resumo: O presente estudo trata sobre o aspecto de ensino-aprendizagem, em um contexto de escolarizao, de uma criana com o diagnstico de Sndrome de Asperger, compreendida como um dos espectros do autismo. O desenho da pesquisa buscou identificar as mediaes no aprendizado da criana, relacionando com o conceito de zona do desenvolvimento proximal, pressuposto vygotskyano. O mtodo utilizado se deu por meio de entrevistas realizadas com a professora/regente da sala e a monitora da criana, inserida em escola pblica na rede de ensino do municpio de Palhoa/SC, caracterizando-se enquanto uma pesquisa qualitativa e estudo de caso. Como indicadores observados na anlise das narrativas destacou-se: a fragilidade que atravessa a prtica do professor e do monitor no que diz respeito ao processo de aprendizagem do aluno, bem como uma limitao quanto a dimenso da incluso escolar do mesmo, confirmando o que se tem encontrado na literatura sobre o que acontece na prtica cotidiana das escolas que dizem incluir, ou seja, na realidade as aes tem objetivado e reafirmado uma idia de excluso ou incluso marginal. Essa excluso perpassa por detalhes do no conhecimento das caractersticas do diagnstico a uma super valorizao da criana em sala de aula, evidncias encontradas nas contradies dos discursos das entrevistadas.

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Ttulo: OS NOVOS (?) DESAFIOS DA PSICOLOGIA E DA EDUCAO: O BULLYING E A VIOLNCIA ESCOLAR Tema: Psicologia e Educao Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SAMARA PEREIRA OLIBONI Autor (es) adicionais: VALRIA LERCH LUNARDI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Financiador: Resumo: O bullying um tipo de violncia escolar, praticada entre estudantes, em que um aluno, ou mais, persegue e intimida o colega sem que exista um motivo que justifique o ato. Este estudo teve o objetivo de conhecer a percepo dos professores frente aos casos de bullying no decorrer de suas atividades de aula. Caracterizada pelo mtodo qualitativo, a pesquisa seguiu o modelo de insero ecolgica. O contexto onde se desenvolveu a investigao foi em uma turma de alunos de 6 srie do Ensino Fundamental de uma Escola Pblica, no Estado de Santa Catarina, tendo como participantes, os oito professores ministrantes das disciplinas. A de coleta de dados compreendeu o uso dos instrumentos de observao e entrevista semi-estruturada. A observao enfocou a interao entre o professor e o aluno praticante de bullying e, a entrevista, individual aos professores, explicitou a percepo diante dos conflitos entre alunos, em especial, ao bullying. Aps a anlise textual dos dados e a partir da teoria bioecolgica do desenvolvimento humano, os resultados apontaram para a dificuldade dos professores em perceberem o bullying entre seus alunos. Como esse tipo de violncia escolar no deixa marcas fsicas que denunciam o ato, h maior dificuldade dos educadores identificar e caracterizar a ao, demonstrando-se, assim, inseguros em diferenciar o bullying das brincadeiras de idade. Em concluso, esta pesquisa revela que a insegurana dos professores em reconhecer a existncia da prtica de bullying entre os seus alunos contribui para a incidncia e a manuteno desse tipo de violncia na escola.

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Ttulo: PERCEPO DO PROFESSOR SOBRE O FENMENO BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JANAINA FATIMA ROWE Autor (es) adicionais: VALRIA FERREIRA - UNOESC LISANDRA ANTUNES DE OLIVEIRA - PUC Financiador: Resumo: A pesquisa teve por objetivo conhecer a percepo do professor acerca do bullying e saber que sentimentos as situaes de bullying despertavam neles. A violncia no ambiente escolar tem sido vista como um problema cada vez mais freqente. O bullying caracteriza-se por um relacionamento interpessoal marcado por um desequilbrio de foras, envolvendo atitudes agressivas, intencionais e repetidas tomadas por um estudante contra o outro, esses comportamentos ocorrem nas escolas e na maioria das vezes so encarados como naturais e ignorados pelos pais e professores. Neste contexto, o professor contribui para favorecer o bem-estar psicossocial no ambiente escolar. Os participantes foram cinco professores da rede pblica de ensino, que responderam a um questionrio semi-estruturado. Para analisar os dados, foi utilizado o mtodo de anlise de contedo. De modo geral, os resultados indicam que os professores enfrentam esse tipo de violncia em seu cotidiano. Eles tm interesse em reduzir esses comportamentos, assim como se sentem afetados e acreditam que o bullying prejudica o seu trabalho em sala de aula. O trabalho do psiclogo no ambiente escolar tm se mostrado cada vez mais imprescindvel. Ressalta-se aqui o papel do psiclogo em engajar-se neste movimento para a construo de polticas pblicas que possam reduzir esse problema de forma efetiva, lutando por sade e uma melhor qualidade de vida das pessoas.

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Ttulo: PRTICAS PARENTAIS: ASSOCIAES COM RELATOS DE PRTICAS PARENTAIS E DESEMPENHO ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RICARDO PRADO MARTINS Autor (es) adicionais: ANA MARIA FARACO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MAURO LUIS VIEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA SANDRA ADRIANA NEVES NUNES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EDI CRISTINA MANFROI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA KENNETH RUBIN - UNIVERSITY OF MARYLAND Financiador: Instituio pblica CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTFICO E TECNOLGICO Resumo: A importncia das prticas parentais no desenvolvimento infantil tem sido atestada por muitas pesquisas nos ltimos anos. A qualidade das prticas parentais pode influenciar significativamente o desenvolvimento scio-emocional e escolar da criana. A partir destes pressupostos, esta pesquisa teve por objetivo examinar as associaes entre os relatos das prticas parentais dos pais e a avaliao do desempenho escolar da criana, na percepo dos professores. Esta pesquisa integra um estudo internacional cujo objetivo investigar aspectos correlatos das Relaes de Amizade na Transio Ecolgica da 4 para a 5 srie do Ensino Fundamental. No Brasil, participam trs cidades da regio sul. Esta pesquisa, utiliza os dados coletados em Florianpolis - SC. A amostra consistiu de 117 cuidadores e 5 professores de 118 crianas que frequentavam a 4 srie de duas escolas pblicas, com idades entre 9 e 13 anos (M = 10,32, DP= 0,68). Os dados derivaram de dois instrumentos que acessaram s prticas parentais - CRPR (Child Rearing Parental Report) e a avaliao dos professores - TRS (Teacher Rating Scale). Anlises Fatoriais Exploratrias identificaram: a) no CRPR, duas grandes dimenses das prticas parentais (Afeto e Controle) e b) no TRS, quatro dimenses (Sociabilidade, Dificuldades Escolares e Emocionais, Competncia Acadmica e Dificuldades Emocionais). A dimenso Controle nas prticas parentais, aps anlise fatorial, revelou trs subdimenses (Controle Psicolgico, Controle Comportamental e superproteo). Os resultados indicaram associaes significantes entre pais mais afetivos e melhor desempenho escolar; constatou-se que quanto maior o controle dos pais sobre os filhos, mais dificuldades das crianas nas relaes com pares e problemas no desempenho escolar. Ainda, crianas cujos pais so superprotetores tendem a ser avaliadas pelos professores como tendo desempenho escolar deficiente e dificuldades emocionais. Estes resultados fornecem subsdios para trabalhos de interveno no ambiente escolar para promover o bem-estar psicolgico das crianas.

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Ttulo: PROGRAMA DE PERMANNCIA ACADMICA: MEDIDAS DE COMBATE A EVASO NO ENSINO SUPERIR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KARINA NONES TOMELIN Autor (es) adicionais: FRANCIELLE KUNTZ HEIDEMANN - FAMEBLU ANDRESSA CAROLINE METZNER KOPROWSKI - FAMEBLU Financiador: Resumo: A evaso um problema complexo e implica a discusso e avaliao das diversas causas. Por este motivo em 2009 por ocasio da implantao do Ncleo de Apoio Psicopedaggico (NUAP) em uma Instituio de Ensino superior da regio de Blumenau, iniciaram-se as primeiras pesquisas com alunos de matrcula trancada. O levantamento foi realizado pelo sistema eletrnico e posteriormente contanto telefnico para identificar as causas do trancamento. Os resultados apontaram para aspectos financeiros, pedaggicos e a dvida com relao ao curso escolhido. No ano de 2010, em nova pesquisa realizada observou-se um nmero significativo de alunos trancados no primeiro semestre atingindo 10% do nmero total de alunos matriculados. Estes indicadores favoreceram a criao do Programa de Permanncia Acadmica cujo objetivo de identificar os principais fatores que levam ao trancamento, buscar alternativas que visem garantir a permanncia alm de humanizar o processo de trancamento. O Programa de Permanncia Acadmica envolve vrios setores da instituio: A Gerncia Acadmica; o Ncleo de Apoio Psicopedaggico, a Tesouraria, o Setor de Cobrana e a Coordenao de Ensino. O programa foi implantado no segundo semestre de 2010 e realizado pelas psiclogas da Instituio. Os resultados indicaram que dos cento e cinquenta e dois alunos atendidos pelo programa quarenta e seis permaneceram na instituio, ou seja cerca de 30,26%. Alm disto a humanizao do processo e a identificao dos motivos do trancamento torna-se indicadores fundamentais para a melhoria da qualidade do ensino. Palavras-chave: Educao; Ensino Superior; Permanncia Acadmica.

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Ttulo: PROJETO BRINQUEDOAO: APRENDENDO E SE DIVERTINDO COM BRINQUEDOS - RELATO DE EXPERINCIA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MANOELA CLAUSEN VIEIRA Autor (es) adicionais: LARISSA FANFA VANDERLINDE - UFSC Financiador: Instituio pblica - PR-REITORIA DE PESQUISA E EXTENSO (PRPE) Resumo: O presente artigo tem como objetivo descrever a realizao de um projeto cuja meta era proporcionar maior ludicidade para crianas de uma creche. A creche conta em mdia com 140 crianas com idades entre 0 e 6 anos, sendo estas pertencentes famlias de vulnerabilidade social e econmica. O projeto foi realizado em uma brinquedoteca, cada turma tinha uma hora semanal para permanecer na mesma, com a superviso de duas bolsistas. Ao final do ano de 2010, realizou-se uma entrevista com cada professora da creche com o intuito de verificar a viso e a impresso das professoras sobre o projeto, como tambm sobre a importncia do brincar. Os resultados mostraram que as professoras concordam com a funcionalidade e a importncia do brincar. De modo geral estas mencionaram o projeto como muito importante, reconhecendo suas potencialidades para o melhor desenvolvimento das crianas e a socializao entre estas. As professoras mencionaram o interesse das crianas em ir brinquedoteca, fato tambm observado no relato das mesmas e na observao de seu comportamento pelas bolsistas. Conclui-se que os momentos oferecidos na Brinquedoteca trazem benefcios diretos e indiretos em termos de aspectos psicolgicos (afetivos, emocionais e cognitivos) e que a Brinquedoteca um espao privilegiado para o crescimento e desenvolvimento da criana, bem como para a produo de conhecimento sobre a infncia.

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Ttulo: REPRESENTAES SOCIAIS DE PROFESSORES EGRESSOS DO CURSO DE LETRAS SOBRE ENSINO E APRENDIZAGEM ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LUZIA DE MIRANDA MEURER Autor (es) adicionais: EDSON SCHROEDER - FURB Financiador: Resumo: O presente artigo, objetiva identificar a Representao Social de professores egressos do Curso de Letras sobre ensino e aprendizagem escolar. Os aportes tericos da pesquisa se inscrevem na Teoria Histrico Cultural: Vygostky (1989); Coll (2002) e na Teoria das Representaes Sociais: Alves-Mazzotti (1994); Gilly (2001); Jodelet (2001); Junqueira (2005); Moscovici (2001). A pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada numa instituio privada do ensino superior situada na Regio do Vale do Itaja Mirim, Santa Catarina. Os sujeitos da pesquisa foram duas professoras egressas do Curso de Letras. Foi utilizada como instrumento de coleta de dados a entrevista narrativa de acordo com Jovchelovitch; Bauer (2002). A anlise permitiu compreender a Representao Social da profisso docente pelas professoras como uma atividade que no vale pena, mas que a partir do momento em que elas passaram a conhecer melhor e se sentiram preparadas para exerc-la, a docncia passou a ser uma atividade realizadora. Esta representao ancorada em vrios aspectos constitutivos como reconhecimento social, modelo de professor, atividade complexa, quem ensina tambm aprende, se o aluno no aprende o professor que no ensina e todos os estudantes so capazes de aprender. Esta representao repercute na ao docente por meio das prticas pedaggicas, das crenas e valores pessoais e no relacionamento com os estudantes.

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Ttulo: UM ESTUDO SOBRE A TRAJETRIA DE ALUNOS EGRESSOS DE ESCOLA PBLICA QUE INGRESSARAM NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RANIERI CORTEZ Autor (es) adicionais: DLBERTI SCIAMANA DE LIMA - UFSC Financiador: Resumo: Com este trabalho objetivamos investigar como a rede sociolgica mediou as trajetrias escolares de alunos egressos de uma escola pblica que ingressaram na Universidade Federal de Santa Catarina. Originrios de famlias com baixa escolarizao e providas de pequeno capital cultural, os sujeitos pesquisados transcenderam condio da reproduo social vigente em seu meio, obtendo o xito acadmico considerado como pouco provvel nestes estratos sociais. Para empreendermos esta pesquisa caracterizada como estudo de caso, partimos da contextualizao histrica da educao na cultura ocidental, discutimos algumas particularidades da histria da educao no Brasil, e analisamos os dados obtidos sob a tica da Psicologia Existencialista Sartreana. O mtodo escolhido foi a pesquisa exploratria e qualitativa, com entrevistas semiestruturadas realizadas em dois alunos de uma escola pblica, seus pais e quatro professores desta instituio. Os dados coletados a partir das entrevistas foram submetidos anlise de contedo com base em categorias estabelecidas a priori, relacionando a descrio de suas trajetrias e desempenhos escolares, assim como particularidades de suas vidas e de sua rede sociolgica. Ao finalizar esta pesquisa, pudemos concluir que alguns fatores como a dedicao pessoal, a mediao promovida pelas redes sociolgicas, a definio precoce de estratgias e metas e seu efetivo engajamento em um projeto de futuro so pr-condies essenciais para o xito escolar nos meios populares. Palavras-Chave: Trajetria Escolar, Reproduo Social, Psicologia Existencialista Sartreana

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Ttulo: UMA EXPERIENCIA DE ESTAGIO NA AREA DE PSICOLOGIA ESCOLAR Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JOANA FERREIRA DI MIGUELI Autor (es) adicionais: HELENA KRAVCHYCHYN - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROF. DR MAURO LUIS VIEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: RESUMO A perspectiva moderna da Psicologia Escolar hoje em dia busca compreender a Escola na sua totalidade, onde interagem indivduos e instituio. A abordagem mais centrada ao atendimento individual da criana e sua famlia deram lugar uma abordagem relacional, na qual o ambiente educacional entendido como produto e produtor das relaes. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar, por meio de um relato de experincia de estgio, as atividades desenvolvidas em uma Instituio de Educao Infantil em uma comunidade que possui caractersticas prprias culturais e sociais. As atividades desenvolvidas envolveram os diferentes membros da Instituio, como Direo, professoras, pais, crianas e a comunidade onde a escola est inserida. Foram realizadas vrias conversas e reunies com as professoras e a Direo, anterior ao incio do perodo letivo, com a finalidade de criao de vnculo e reconhecimento da equipe escolar. Aps, procurou-se atuar junto equipe pedaggica no processo de adaptao dos bebs do berrio e de seus pais na instituio, realizando-se entrevistas com os familiares, acolhendo dvidas e angstias relacionadas ao ingresso da criana na creche. Outro foco da atuao foi a construo de um dilogo entre Psicologia e Equipe Pedaggica, atravs de conversas informais nos diferentes espaos da creche. A partir disso, a atuao foi sendo construda de acordo com a demanda e as queixas internas da instituio. A partir da, obtiveram-se alguns resultados positivos das atividades propostas, tais como a criao de um bom vnculo entre as estagirias de Psicologia e os diversos membros que compem essa Instituio, assim como a abertura de um canal de comunicao entre famlia-escola-psicologiacomunidade. No entanto, percebeu-se que o papel do psiclogo escolar, na percepo da comunidade da creche ainda tem um forte vis clnico, que precisa ser superado para ampliar as possibilidades de atuao no contexto escolar.

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Ttulo: UMA PRTICA EM PSICOLOGIA NO ENFRENTAMENTO DOS PRECONCEITOS NA ESCOLA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBERTO VASCONCELLOS MAFFEI JUNIOR Autor (es) adicionais: CELSO FRANCISCO TONDIN - UNOCHAPEC Financiador: Resumo: Este trabalho relata a experincia de estgio realizado em uma escola de Educao Bsica de Chapec (SC) no decorrer do primeiro e segundo semestres do ano de 2010, por meio do componente curricular Estgio Acompanhado em Psicologia no Contexto Escolar I e II do Curso de Psicologia da Unochapec. A escola proporciona o Ensino Fundamental para educandos da 1 9 srie, alm de oportunizar outros programas educativos. Com o intuito de conhecer a realidade escolar e avaliar as demandas dos pais, professores, estudantes, funcionrios da escola e direo da instituio, foram realizadas entrevistas, conversas formais e informais, aplicao de questionrios, anlise de documentos e visitas domiciliares. Como objetivos definimos: oportunizar comunidade escolar momentos de reflexo e discusso sobre diferentes dimenses do processo ensino-aprendizagem, contribuindo para a garantia dos direitos dos estudantes a uma educao de qualidade; e promover debates com os estudantes a respeito da temtica da sexualidade, atos de discriminao, estigma e preconceito, possibilitando uma rede de informaes e de discusso acerca dessas e de outras temticas. O estgio foi realizado sob a perspectiva da Psicologia Crtica, sendo tomados como referncia autores como Maria Helena Souza Patto, Mitsuko Antunes, dentre outros. Foram efetuados oito encontros com a quarta, quinta e sexta sries, totalizando vinte e quatro encontros. Em cada turma foram discutidos temas, tais como, famlia, sexualidade, mercado de trabalho, relacionamento interpessoal, com o auxlio de diversas dinmicas de grupo. Dentre os principais resultados observados com a realizao do estgio esto a discusso, a problematizao e a reflexo mais profunda acerca do tema sexualidade, que havia sido apontado como um problema significativo por diversos atores da escola. Os atos de discriminao, estigma e preconceito tambm um aspecto da interveno a ser destacado, pois geraram reflexo acerca dos comportamentos exercidos por uma parcela dos alunos.

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Ttulo: VIOLNCIAS E ESCOLA: MAPEAMENTO REALIZADO EM ESCOLAS PBLICAS DO OESTE DE SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA E EDUCAO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: IRME SALETE BONAMIGO Autor (es) adicionais: CELSO FRANCISCO TONDIN - UNOCHAPEC FRANCIELI BORTOLOSSI - UNOCHAPEC DANIELA FERNANDA SCHOTT - UNOCHAPEC KARINA SERAGLIO - UNOCHAPEC MAXEMINO MARTINELLI - UNOCHAPEC JUCIANE LOPES - UNOCHAPEC ANA PAULA RISSON - UNOCHAPEC Financiador: Outros - UNOCHAPEC E ARTIGO 170 DO GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Resumo: Violncias e escola: mapeamento realizado em escolas pblicas do oeste de Santa Catarina Irme Salete Bonamigo/Doutora Celso Francisco Tondin/Mestre Francieli Bortolossi/Graduanda Daniela Fernanda Schott/Psicloga Karina Seraglio/Graduanda Maxemino Martinelli/Graduando Juciane Lopes/Graduanda Ana Paula Risson/Graduanda A presena de violncias em escolas um dos temas que atualmente preocupa pais, alunos e educadores. Essa preocupao aparece em reportagens recorrentes na mdia impressa e eletrnica, nos comentrios cotidianos e na demanda pelo trabalho do psiclogo para discutir e intervir frente a situaes que envolvem prticas violentas. O objetivo principal da pesquisa foi identificar e analisar prticas violentas presentes em escolas, contribuindo para a formao e o exerccio profissional do psiclogo no campo da Psicologia e Educao. Foi realizada pesquisa de levantamento em 13 escolas pblicas estaduais, de uma cidade do oeste de Santa Catarina. Foram aplicados questionrios a 693 estudantes do Ensino Fundamental e Mdio, 147 professores e 123 famlias, para investigar a presena, a partir de suas percepes, de prticas violentas na escola. Os dados analisados apontam a presena significativa de agresso verbal, ameaas, agresses fsicas leves e furtos, entre alunos; danificao e furto de materiais e equipamentos da escola e apontam a existncia menos frequente de agresses verbais e ameaas entre alunos e professores. Os resultados da pesquisa possibilitam identificar a necessidade de realizao de pesquisas complementares para investigar singularidades presentes em cada escola, no que diz respeito s violncias mapeadas. Podem servir, tambm, de subsdio para o trabalho do psiclogo na escola, pois contribui para a reflexo de questes que atravessam a comunidade escolar, como o desafio de construir relaes de respeito e cooperao entre os seus membros e de criar dispositivos de socializao e educao que contemplem outros modos de lidar com o conflito.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia das Emergncias e Desastres

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Ttulo: DESASTRES E DEFESA CIVIL: HIBRIDAES, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS NO DESABAMENTO DO MORRO DO BUMBA EM NITERI Tema: PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CARLA SANTOS DO AMARAL BAPTISTA AFFONSO Autor (es) adicionais: KELLY FARIA SIMES - UFRJ Financiador: Instituio pblica - CAPES FINEP Resumo: Ao tratarmos de catstrofes causadas por humanos ou pela natureza, um campo imbricado e complexo, surgem hbridos (formados por humanos e no-humanos). Pensar e refletir sobre as conseqncias das catstrofes torna-se necessrio. O objetivo utilizado para a realizao da pesquisa foi refletir a presena de hbridos no desabamento do Morro do Bumba em Niteri e suas conseqncias. Este estudo terico e de natureza qualitativa, trata-se de uma reflexo crtica com base na Teoria Ator-Rede. A presena de habitaes em um Morro em que anteriormente se localizava um lixo, constituiu-se em uma problemtica com graves conseqncias populao diante da presena de um alto volume pluviomtrico com desabamentos e mortes. Dentre deslizamentos de terra e chorume, bombeiros e mquinas utilizadas para remoo; surgem hbridos ( humanos e no humanos) como uma possibilidade de resgate da cidadania dos sobreviventes. Identidades despontam atravessadas pelo luto, novas possibilidades de moradia e esperana de reconstruo de vidas e histrias, mesmo que ainda marcadas pela falta de responsabilidade do poder pblico. Questes de governabilidade, educao ambiental e descrdito a tcnicas interdisciplinares disponveis para a preveno de desastres se apresentam como fatores de negligncia e infrao aos Direitos Humanos. Este campo de estudo torna-se um campo instvel diante das movimentaes em torno de solues possveis e passveis de ocorrerem tanto por parte do poder pblico, organizaes no governamentais e pela prpria populao; o que mostra uma gama de novas combinaes possveis para buscar a qualidade de vida desta populao afetada.

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Ttulo: ESTUDOS SOBRE O LUTO NO BRASIL: UM TEMA PARA PSICOLOGIA DA SADE E DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Tema: PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: IVANIA JANN LUNA Autor (es) adicionais: CARMEN LEONTINA OJEDA OCAMPO MOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O estudo dos aspectos subjetivos do trauma, estresse, morte e morrer situam-se no campo da Tanatologia, mas tambm da Psicologia da Sade e da Psicologia das Emergncias e Desastres. Vrias questes pertinentes atuao do psiclogo nestas reas exigem que sejam feitas pesquisas sobre como ocorre o enfrentamento da perda e do luto. Foi realizada uma pesquisa cujo objetivo foi descrever como o luto tem sido pesquisado pela Psicologia nos ltimos cinco anos. O delineamento da pesquisa foi exploratrio, bibliogrfico e quantitativo. A coleta de dados ocorreu nas bases de dados como Scielo Brasil, Bvs-psi, Banco de teses e dissertaes da Capes, por meio das seguintes palavras chaves: luto; psicologia das emergncias e desastres; psicologia da sade. Na anlise dos dados construram-se categorias para classificar os 45 trabalhos selecionados, sendo que no processo de classificao alguns foram direcionados para mais de uma categoria. Os resultados apontaram que 7 trabalhos foram sobre os lutos devido a doenas e outros 11 devido a outras adversidades; 16 trabalhos desenvolveram estudos sobre os lutos no contexto do desenvolvimento humano; 4 trabalhos na perspectiva da famlia e 4 na dos profissionais de sade; 2 trabalhos versaram sobre o impacto do luto na sade e 6 trabalhos sobre intervenes no luto em diversos nveis de ateno sade e na comunidade. Analisou-se que os lutos investigados ocorreram por diversas causas como perda perinatal e ps-natal, doenas crnico-degenerativas e terminais, traumas, suicdio, homicdio, migrao, asilamento, deficincias, desastres naturais, etc. O processo de luto complicado tem sido associado ao desenvolvimento de doenas cardacas. Observou-se tambm que o luto foi mais investigado na vida adulta, depois na infncia e adolescncia e muito pouco na velhice. A interveno no luto tem sido pesquisada predominantemente na ateno secundria, terciria e cuidados paliativos, porm poucos estudos foram feitos na comunidade e na ateno primria sade e muitos menos ainda na perspectiva das famlias enlutadas. Concluiu-se que as necessidades de enlutamento das pessoas que sofreram perdas foram apontadas em todos os trabalhos, bem como de que os servios e profissionais da sade e da defesa civil ainda esto pouco preparados para lidar com a problemtica da perda e do luto.

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Ttulo: LEVANTAMENTO DAS CARACTERSTICAS DA ORGANIZAO SOCIAL DE UMA CIDADE DO VALE DO ITAJA FRENTE AOS DESASTRES NATURAIS Tema: PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBERTA BORGHETTI ALVES Autor (es) adicionais: ROBERTA BORGHETTI ALVES - UNIVALI MRCIA ALVES DE CAMARGO LACERDA - UNIVALI Financiador: Resumo: Os desastres naturais parecem estar se tornando freqentes no mundo, fato que nos trazem questionamentos com relao preparao e a organizao da populao frente a esses problemas. Diante disso, foi feito um diagnstico da situao em um municpio do Vale do Itaja sendo estabelecido o seguinte objetivo: fomentar a organizao social e a participao comunitria deste municpio para a co-gesto da Defesa Civil; Como metodologia foi realizada pesquisas em sites para levantar dados importantes sobre as aes desenvolvidas pela Defesa Civil frente s situaes de emergncias e desastres. Aps esta etapa foram feitas entrevistas com o chefe da defesa civil da cidade em questo e outra pessoa que criou uma Rede Social Voluntria on-line de Apoio reconstruo da Defesa Civil. Tais entrevistas foram realizadas atravs de um questionrio semi-estruturado com carter exploratrio descritivo, nas quais foram abordadas questes referentes atuao da Defesa Civil na enchente de 2008 na referida regio, abrangendo os trabalhos que vm sendo feitos desde ento, como estratgias primpactos para um prximo desastre natural. Como resultados verificaram-se a no preparao da populao caso ocorra outro desastre natural como o de 2008, devido o costume da mesma s aes assistencialistas que no proporcionam a autonomia dos sujeitos. A Defesa Civil est aos poucos se reconstruindo, pois a cada mudana de partido, perdem-se todos os dados da populao. Com isso, este rgo precisa da ajuda da populao para que possam ser implantadas aes que visem preparao aos desastres naturais. Para concluir, torna-se necessrio dar continuidade ao presente estudo, em forma de pesquisa-ao, viabilizando a criao de redes sociais que interliguem a universidade comunidade e a Defesa Civil atravs de possveis projetos de extenso, nas quais sejam construdas estratgias capazes de prevenir a populao para o enfrentamento de desastres naturais.

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Ttulo: OFICINAS - O PAPEL DA PSICOLOGIA NAS EMERGNCIAS E DESASTRES Tema: PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA CAROLINA DA SILVEIRA Autor (es) adicionais: MARIA CAROLINA DA SILVEIRA - CRP-12 JULIANA RIED - CRP-12 Financiador: Resumo: Santa Catarina pode ser considerado no Brasil, foco de atuao permanente em Emergncias e Desastres, pelo histrico de grandes enchentes vivenciados no decorrer de sua histria. Diante deste cenrio, diversos atores sociais se mobilizam para atender os atingidos pelos desastres. E, neste contexto multifacetado, que a Psicologia, tanto em suas intervenes individuais e coletivas, encontra um amplo campo de atuao e muito tem a contribuir. Hoje Santa Catarina est com mais de cem (100) municipios em situao de emergncia em funo das chuvas que vem atingido vrias regies do Estado desde Janeiro de 2011. No intuito de possibilitar que est temtica seja trabalhada com qualidade e tica, e ainda, por ser uma rea emergente, o Conselho Regional de Psicologia-12 Regio em parceria com o Conselho Federal de Psicologia e a Secretaria Estadual de Assistncia Social realizaram oficinas nos meses de maro e abril de 2011, com dois profissionais que so referncia Latino Americana para com esta temtica. Deste modo consideramos ser relevante trazer a discusso, atravs de apresentao oral, de como foram realizadas estas oficinas apontando as referncias que vem sendo utilizadas para trabalhar com esta temtica na atualidade. Sendo que, esta temtica deve ser tratada hoje como tema transversal nas grandes polticas publicas (sade, assistencia social, educao, e defesa civil), de forma preventiva, como tambm de pr-desastre, e ps desastre, e para tanto a construo de parametros coletivos, realizados a partir da realidade socio-historica e cultural de Santa Catarina torna-se fundamental neste momento.

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Ttulo: PROPOSIO E PLANEJAMENTO DE SERVIO DESTINADO A ATENDIMENTO DE VTIMAS DE DESASTRES NATURAIS Tema: PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: HENRIQUE DO NASCIMENTO RICARDO Autor (es) adicionais: ANA LUCIA CORTEGOSO - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/UFSCAR Financiador: Resumo: A formao de profissionais de nvel superior para lidar com necessidades sociais envolve estabelecer repertrios comportamentais que vo da identificao destas necessidades at avaliao de intervenes realizadas. Como parte de disciplina optativa em curso de Psicologia, foi implementado processo de formao correspondente a parte deste repertrio. Partindo de indicao de necessidades relacionadas a preveno e enfrentamento de desastres, foi possvel: identificar problemas relacionados a desastres que atingem a populao; caracterizar e identificar possveis formas de enfrentar tais problemas; selecionar possibilidades de servios capazes de contribuir para que os problemas fossem solucionados ou minimizados, compatveis com a formao de psiclogos; propor e planejar tais servios como forma de contribuir para a soluo dos problemas caracterizados. Resultaram, deste processo, descrio e anlise de problemas relacionados a atendimento a pessoas vitimadas por desastres, em particular no caso de abrigos provisrios e um projeto de organizao com dois servios distintos: oferecimento de oficinas de capacitao para agentes responsveis por aes de defesa civil e profissionais em potencial para lidar com o problema; assessoria para planejamento, implantao e implementao de abrigos provisrios diante de um desastre. Sero apresentados resultados das etapas do processo de formulao da proposta, incluindo projeto e condies previstas para sua implementao.

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Ttulo: QUANDO A CASA CAIU INTERVENO DA GESTALT-TERAPIA NA PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES. Tema: PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GREICE CAROLINE DAS NEVES PASQUALOTTO Autor (es) adicionais: NEOMAR NARCISO BORGES CEZAR JNIOR - INSTITUTO MLLERGRANZOTTO Financiador: Resumo: O Estado de Santa Catarina sofre com alagamentos e devastaes h muito tempo. A partir de 2008, deslizamentos e enchentes tem se tornado mais freqentes, principalmente na regio do Vale do Itaja. Alm das catstrofes naturais no Brasil, o mundo tem sofrido com terremotos, tsunamis, furaces e outras manifestaes naturais. Este trabalho tem por objetivo apresentar a interveno da Gestalt-terapia na psicologia das emergncias e desastres, realizada s vtimas do acidente ambiental, ocorrido em novembro de 2008, na Regio do Alto Vale Catarinense. Na ocasio, de um desastre natural quando se instaura o caos, todos so afetados de alguma maneira e a partir da teoria do self formulada por Perls, Hefferline e Goodman, teceu-se o olhar de como abordar a clnica da aflio. Ampliou-se o conhecimento acerca do termo proposto pelo casal Mller-Granzotto e, utilizado aqui, que sofrimento e ajustamento tico-poltico, como uma possibilidade de leitura na psicologia das emergncias e desastres. Em situao de acidentes e fatalidades, que se observa como um dos modos clnicos do sofrimento tico-poltico, a funo personalidade est comprometida, j que no h dado para o sujeito construir laos sociais ou desenvolver uma identificao social, pois o fundo de excitamentos (funo id), na falta de uma realidade material (dado), impede a ao (funo de ego). Desta maneira, a funo de ego opera como um ajustamento criativo aflitivo ou sofrimento tico-poltico, fazendo da ausncia de dados um pedido de socorro e do meio um ego-auxiliar. Ento, a interveno dos clnicos nessa experincia de contato, qual seja, a viabilizao em estabelecer o vnculo, mantendo-se a integridade e proteo das pessoas atingidas. Tem-se no campo e no atendimento clnico uma referncia de um ego-auxiliar e assim, no momento do resgate e no encaminhamento para o abrigo, ampliar as possibilidades de descoberta, a elaborao do luto e a expresso das emoes.

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Ttulo: SADE MENTAL NO CONTEXTO DE EMERGNCIAS E DESASTRES: INTERVENO DA PSICOLOGIA NO MBITO DA ATENO PRIMRIA EM SADE Tema: PSICOLOGIA DAS EMERGNCIAS E DESASTRES Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA DENISE SATLER Financiador: Instituio pblica FURB/MINISTRIO DA SADE Resumo: A tragdia geoclimtica de 2008 no Vale do Itaja/SC trouxe diversos questionamentos aos profissionais de sade, em especial aos psiclogos, ao se depararem com um contexto atpico e de grande impacto psicossocial aos atingidos pelo desastre. Diante deste cenrio, o Ncleo de Sade Mental da Ps-Graduao em Residncia Multiprofissional em Sade da Famlia da Universidade Regional de Blumenau, por meio dos psiclogos residentes, inteviu junto populao com o objetivo de minimizar o sofrimento psicolgico decorrente da experincia. Tal situao imps uma prtica inovadora a partir da Ateno Primria em Sade, considerando a parca experincia regional da Psicologia para lidar com este tipo de evento. O foco de atuao estruturouse em quatro eixos: acolhimento psicolgico, resilincia, empoderamento e mediao de conflitos. O processo de acolhimento ocorreu atravs do estabelecimento do vnculo com as pessoas abrigadas e da sensibilizao dos profissionais das ESFs para reconhecimento dos sintomas psicossociais e subseqente encaminhamento para acompanhamento psicolgico, que objetivou preponderantemente o desenvolvimento da resilincia. Na perspectiva do empoderamento, as aes que visavam o desenvolvimento da autonomia pessoal e coletiva foram realizadas nos abrigos, possibilitando aos abrigados os meios e estratgias operacionais para organizao de um movimento com a finalidade de buscar recursos psicolgicos e sociais para o enfretamento da situao de adversidade. A mediao de conflitos foi processada de forma a atenuar os conflitos surgidos no ambiente dos abrigos, atravs de dispositivos criados para assegurar que as divergncias entre os abrigados, os trabalhadores e a Coordenao do Abrigo fossem trabalhadas. Esta experincia apresenta a interveno em sade mental para as vtimas da tragdia no ano de 2008 em Blumenau e seus resultados, discute as dificuldades encontradas no decorrer da interveno e prope um debate a respeito da interface da Psicologia na Ateno Primria em Sade no contexto de emergncias e desastres.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Esporte

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Ttulo: A TRANSDISCIPLINARIDADE NA ABORDAGEM DA ATIVIDADE FSICA: UMA PROPOSTA DE ATUAO DA PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA E ESPORTE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: YASSER ISSMAIL MOHSEN Autor (es) adicionais: LUCIANA GUIMARES BOEING - UFSC Financiador: Resumo: O estudo teve como objetivo refletir sobre a qualidade da interao entre os profissionais de educao fsica e fisioterapia e seus clientes, propondo uma atitude transdisciplinar na abordagem da atividade fsica, envolvendo a psicologia e focando na promoo da sade integral. A metodologia foi qualitativa, tipo reviso bibliogrfica sistemtica, e a pesquisa foi feita em livros e nas bases de dados Scielo e Lilacs, utilizando os descritores: atividade fsica; exerccio fsico; educao fsica; fisioterapia; transdisciplinaridade. O material encontrado revelou a discusso de dois aspectos principais: a atividade fsica como elemento de promoo da sade, e a abordagem da atividade fsica em uma atitude transdisciplinar, sendo que acerca deste ltimo nenhuma publicao foi encontrada nas bases de dados citadas acima. Isso leva constatao de uma lacuna no que se refere a pesquisas nessa rea, considerando-se a importncia de abordar o sujeito em sua singularidade e de modo integral. Sendo assim, mostra-se necessrio levantar questes acerca do papel dos profissionais, educadores fsicos e fisioterapeutas, na relao com seus clientes, bem como do seu grau de comprometimento afetivo nessas relaes e da qualidade do atendimento no que diz respeito ao bem estar fsico e mental desses clientes. A pesquisa nos leva a propor a adoo de uma atitude transdisciplinar, entre a psicologia, a educao fsica e reas afins, entendendo o sujeito como um ser histrico e biopsicossocial, ao mesmo tempo possuidor de um corpo fsico e tambm psquico, conectado com as relaes psicoafetivas e as singularidades que entram em cena no processo teraputico e esttico. Tal transdisciplinaridade visa construo de um novo olhar dinmico focado no sujeito, bem como troca de saberes entre as diferentes formaes, consolidando novas experincias e ajudando na criao de diferentes estratgias de apoio que transcendam as particularidades de cada profisso.

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Ttulo: INTERVENES EM PSICOLOGIA DO ESPORTE DURANTE SESSES DE TREINAMENTO E EM CONSULTORIA A DISTNCIA Tema: PSICOLOGIA E ESPORTE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GABRIELA FRISCHKNECHT Autor (es) adicionais: ANDRA DUARTE PESCA - UFSC E CESUSC CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA NUNES - FURB Financiador: Resumo: Este trabalho objetiva apresentar diferentes prticas profissionais realizadas junto a atletas e equipes de iniciao e de alto rendimento esportivo, e comparar as aplicabilidades e limitaes de mtodos de avaliao e interveno realizados em competies e sesses de treinamento esportivo com aqueles mtodos aplicados em consultrios e ambientes externos ao esporte. Sero apresentadas seis prticas de interveno profissional realizadas com atletas diversas modalidades, desenvolvidas segundo padres cientficos da rea, sendo trs em contexto de treinamento/competio e trs fora dele. Aps, ser realizado debate, com participao da plenria, sobre as aes de psiclogos do esporte no desenvolvimento do alto rendimento esportivo, com nfase na distino dos mtodos e procedimentos utilizados (a) em contexto de treinamento e competio e (b) em contextos externos ao exporte. Sero apontadas as aplicabilidades e limitaes de cada um destes dois modelos de trabalho. Psiclogos do Esporte implementam mtodos que aprimoram os nveis de ateno, concentrao, controle de ativao, compreenso de processos de treinamento e de jogo, motivao, controle perceptivo, habilidades sociais, autocontrole e auto-regulao emocional, que so desenvolvidos de acordo com as caractersticas pessoais dos atletas, e sempre no sentido dos seus aperfeioamentos esportivos. As prticas profissionais em Psicologia do Esporte aplicadas durante jogos e treinamentos parecem ser mais teis quando o psiclogo tem condies de interromper o treinamento ou a competio, para efetuar as intervenes, sem gerar prejuzo s demais atividades esportivas, enquanto as prticas a distncia parecem ser mais teis quando estas interrupes so inviveis por razes fsicas, por prejudicar as demais aes de treinamento ou competio, por restries de regulamentos das modalidades, ou por ser necessrio alterar estados de ativao, concentrao e processos de pensamento de atletas para nveis ou focos incompatveis com as demais prticas esportivas. Ambos os mtodos se complementam no desenvolvimento de habilidades esportivas de atletas de rendimento.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Justia

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Ttulo: A MEDIAO FAMILIAR E A PRTICA INTERDISCIPLINAR Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROBERTO VASCONCELLOS MAFFEI JUNIOR Autor (es) adicionais: CRISTIANE DAMEDA - UNOCHAPEC CRISTIANE MARTINI - UNOCHAPEC CARMEN LCIA CARVALHO DE SOUZA - UNOCHAPEC Financiador: Resumo: Este trabalho consiste em um relato de experincia acerca de um estgio voluntrio realizado no Projeto de Extenso Mediao Familiar da Universidade Comunitria da Regio de Chapec Unochapec, em parceria com o Tribunal de Justia de Santa Catarina. O projeto atua no mbito do direito de famlia e desenvolvido interdisciplinarmente pelos acadmicos dos cursos de Direito, Psicologia e Servio Social. A mediao busca alternativas qualitativas e mais humanas na ressignificao de conflitos familiares; atravs do dilogo e da comunicao possibilita a tomada de decises que satisfaam as partes envolvidas e a construo de acordos entre as mesmas, legitimando-os por meio de homologao judicial. Assim como teoriza Breitman e Porto (2001, p. 130), a mediao [...] visa transformao das partes envolvidas, no sentido de autovalorizao e reconhecimento do outro. Os atendimentos proporcionam a comunicao e a escuta ativa a fim de construir alternativas para os impasses familiares. Essa mediao realizada pelos acadmicos dos cursos acima citados que trabalham em conjunto nas segundas-feiras, teras-feiras e quartas-feiras tarde, sendo que dois acadmicos por curso atuam em cada dia. A atividade interdisciplinar ocorre nos atendimentos realizados em conjunto pelas trs reas, seguida pela reunio dos acadmicos com seus supervisores para discutirem e solucionarem as dvidas especficas e, no caso da Psicologia, para elaborao de um relato. Em determinados momentos, a anlise dos casos ocorre junto com os supervisores, com o grupo que participou do atendimento e demais colegas que esto trabalhando neste dia. Por meio dessa experincia pode-se perceber a importncia deste trabalho para nossa vida acadmica e profissional, pois nos possibilita a insero e a atuao na medio de conflitos, na troca de informaes com acadmicos de outros cursos, assim como auxiliar as pessoas de baixa condio socioeconmica com atendimento gratuito e gil.

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Ttulo: A VIOLNCIA CONTRA MULHER SOB A PERSPECTIVA DOS JOVENS DE BALNERIO CAMBORI Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DENISE CRISTIANE MAMUS Autor (es) adicionais: ANDERSON DA SILVA GOMES - FACULDADE AVANTIS MARINA CORBETTA BENEDET - FACULDADE AVANTIS Financiador: Resumo: Constantemente vimos notcias que se referem a crescentes aumentos na violncia domstica, principalmente no que se refere a violncia contra a mulher, crianas e adolescentes. Essa crescente fez com que no Brasil algumas leis fossem criadas para proteger essa populao. Diante da realidade social que s vezes nos deparamos com notcias de violncia contra mulheres, a pesquisa teve por objetivo analisar a percepo que os jovens a partir de 14 anos tem sobre o fenmeno da violncia domstica contra a mulher, buscando ainda identificar o que os jovens entendem por violncia; analisar quais os tipos de violncia abordada pelos jovens; conhecer o que os adolescentes consideram violncia domstica e descrever possveis questes de gnero no que se refere a violncia domstica. Nesse sentido, apresentamos dados da pesquisa realizada atravs da aplicao de um questionrio com adolescentes, estudantes do 1 Ano do Ensino Mdio de escolas de Balnerio Cambori, sobre a compreenso destes jovens a respeito do fenmeno da violncia domstica, mais especificamente da violncia contra a mulher. A opo pelo uso de questionrio se deu por abranger um maior nmero de sujeitos, possibilitando um levantamento com informaes para possveis intervenes. Cabe considerar que nos surpreendemos com o nmero de sujeitos que no concordaram com as mulheres denunciarem os seus agressores, pois a polcia no fazia nada. Percebemos que muitos dos sujeitos no sabiam que tapa, puxar cabelos, no deixar usar o carro, controlar salrio, obrigar permanecer em casa seria violncia e muitos responderam que conhecia Lei de proteo a mulher, mas no conheciam a Lei Maria da Penha.

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Ttulo: ANLISE DA APLICABILIDADE DO LAUDO PSICOLGICO PRATICA JURDICA: UM ESTUDO SOBRE OS PROCESSOS INFERENCIAIS COM BASE NA TEORIA DA RELEVNCIA. Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LIAMARA TANSINI CAMARGO Financiador: Resumo: Os operadores do campo jurdico, diante da necessidade de discutir questes que, em seu grau mais extremo, afetam a liberdade dos cidados, utilizam-se frequentemente de relatrios ou laudos psicolgicos para subsidiar decises. Nesse contexto, importante destacar que o laudo se constitui como uma pea comunicativa cuja produo e recepo podem ser observadas do ponto de vista cognitivo no domnio de teorias das cincias da linguagem. Entre essas teorias, destaca-se a teoria da Relevncia de Sperber e Wilson (1986, 1995) onde, em resumo, prope-se que a interao em linguagem guiada por um princpio cognitivo e um princpio comunicativo de relevncia. Este estudo parte de uma pesquisa de curso de doutoramento e prope-se a analisar a aplicabilidade do laudo psicolgico na prtica jurdica, considerando os efeitos das inferncias que envolvem o processo de comunicao por meio de produes textuais entre Psicologia e Direito. A anlise ser pautada em dois elementos: o ltimo laudo psicolgico emitido pelo psiclogo de um Centro de Internao Scio-educativo, requisitado pelo juiz de direito competente para fundamentar a reavaliao peridica de um adolescente internado; e as implicaes desse documento na progresso de regime do adolescente. Sero utilizados como instrumentos de anlise os aportes da Teoria da Relevncia e a Resoluo 007/2003 do Conselho Federal de Psicologia.

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Ttulo: ANLISES DA VIGILNCIA ELETRNICA NO SISTEMA PRISIONAL CATARINENSE: IMPLICAES POLTICAS DO CONTROLE SOCIAL CONTEMPORNEO Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JANANA RODRIGUES GERALDINI Financiador: Instituio Financeira CNPQ Resumo: A proposta deste trabalho problematizar a emergncia do monitoramento eletrnico no sistema prisional de Santa Catarina, sob a perspectiva da vigilncia enquanto um dispositivo de controle social que visa a promoo da segurana pblica. Por meio de descries das experincias com equipamentos eletrnicos e de reportagens e informaes acerca da implantao do dispositivo eletrnico, a produo de dados desta pesquisa aponta que, desde o ano de 2008, a Secretaria Estadual de Segurana Pblica e Defesa do Cidado vem promovendo investimentos para utilizao de tornozeleiras eletrnicas em presos, em parceria com empresa privada e com autorizao do Ministrio Pblico Estadual. A emergncia da vigilncia eletrnica no sistema prisional de Santa Catarina responde principalmente urgncia histrica das fugas em massa que ocorrem no perodo dos chamados saides. Com os equipamentos eletrnicos acoplados ao pulso ou ao tornozelo dos apenados, permitido ao sistema judicirio obter a exata localizao dos usurios fora dos estabelecimentos prisionais em tempo real e ainda mapear sua movimentao durante qualquer perodo. O armazenamento em banco de dados das informaes coletadas e o acesso a quaisquer destas informaes dado por meio de programas de computador em centrais de monitoramento. Com tais caractersticas, este aparato tecnolgico uma ferramenta que permite auxiliar tanto o judicirio quanto a polcia de inteligncia, visto que os registros armazenados sobre os monitorados e seu cotidiano podem servir, inclusive, para investigaes policiais. Considerando-se a relevncia e atualidade desta temtica, e tendo como referncias terico-metodolgicas os estudos de Michel Foucault sobre o nascimento das prises e o panoptismo, interessa pensar as configuraes atualizadas de saberes e prticas que a tecnologia de vigilncia tem legitimado, bem como questionar acerca das produes de subjetividade que esto articuladas a este processo.

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Ttulo: TUDO POR CAUSA DO CRACK! DESMISTIFICANDO SUA (INTER)RELAO COM A CRIMINALIDADE Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULYANA SONTAG Autor (es) adicionais: CLUDIA SABRINA DUARTE - UNISC SILVIA VIRGINIA COUTINHO AREOSA - UNISC DAIANE FAB HECK - SUSEPE/RS JULYANA SONTAG - UNISC Financiador: Resumo: A criminalidade como a drogadio so fenmenos complexos, de mltiplos determinantes biopsicossociais, constituintes da prpria condio humana. Sua associao por vezes citada, porm faz-se necessrio investigar sua relao. Esta pesquisa buscou verificar o uso de drogas entre os detentos de um presdio do interior do RS e analisar se esse ndice estaria associado ao delito pelo qual cumprem pena. Os sujeitos foram 42 presos que passaram por triagem de novembro/09 a maio de 2010. Assim, foi realizada uma classificao de respostas referentes a alguns itens da ficha de triagem: quanto ao uso de substncias psicoativas, tipos, freqncia, realizao de tratamento, utilizao no momento do delito, delito cometido, escolaridade, profisso, religio, entre outros. Estes da dos foram compilados em planilhas (Excel) para anlise e interpretao. Dos sujeitos participantes desta pesquisa, 60,5% fizeram uso de drogas no momento do delito, destes 47,8% estavam alcoolizados e 39,2% sob o efeito do crack. Os delitos mais associados ao uso destas substncias so o furto (27,3%), trfico (22,7%), assalto e homicdio (18,2%, respectivamente). 39,5% da amostra j haviam procurado algum tipo de tratamento para a dependncia, sendo a internao (40%) a forma mais procurada. Outro resultado significativo foi que 59,6% das pessoas ligadas diretamente aos apenados tambm fazem ou fizeram uso de substncias qumicas, a maioria de lcool. Percebe-se assim, que apesar de se tratar de uma amostra pequena pde-se observar uma associao principal entre o uso de lcool e a criminalidade, tornando-se imprescindvel repensar as polticas pblicas de preveno, tratamento e combate destas substncias.

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Ttulo: ESTILOS PARENTAIS: ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI. Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: TALISSA ODIA Autor (es) adicionais: SCHEILA B. S. DE MENEZES Financiador: Resumo: A adolescncia compreende uma fase de transformaes biolgicas, psicolgicas e sociais; um perodo de transio no qual a estrutura psquica e os valores adquiridos no seio familiar definem as escolhas. Este estudo buscou caracterizar o estilo parental predominante em adolescentes em conflito com a lei, a fim de se conhecer os determinantes de suas condies atuais de vida. Foram sujeitos desta pesquisa 13 adolescentes internados em um Centro de Internamento Provisrio no Meio-Oeste de Santa Catarina. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualiquantitativa. Para a coleta de dados, foram utilizados Inventrio de Estilos Parentais (IEP) e entrevista semiestruturada, com perguntas abertas e fechadas referentes a situaes vivenciadas pelos adolescentes. Os dados encontrados demonstram dificuldades nas relaes familiares e sociais dos adolescentes concomitante a dificuldades de expresso de vivncias marcantes e ainda prticas de delito que aconteceram em suas vidas; Os acontecimentos citados demonstram a carncia afetiva existente na vida dos adolescentes e as conseqencias da desestruturao familiar, sendo que os mesmos relatam acontecimentos anteriores ao internamento, verificou-se dessa forma que o estilo parental prevalecente em adolescentes em conflito com a lei o de risco, e os acontecimentos vividos no ambiente familiar tiveram influncia em suas condies atuais de vida. As palavras-chave so: Adolescncia. Estilos parentais. Conflito com a lei.

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Ttulo: FORA DO BANDO: O LOUCO INFRATOR E O SOFRIMENTO TICO-POLTICO Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCELE DE FREITAS EMERIM Financiador: Resumo: Dentre os vrios contextos em que, com freqncia, presenciamos manifestaes de sofrimento tico-poltico (aflio), elencados por Mller-Granzotto e Mller-Granzotto, em A clnica gestltica da aflio e os ajustamentos tico-polticos (2009), destaco aqui o surto psictico. Geralmente, a despeito de todo o movimento da reforma psiquitrica, a pessoa que surta segue tendo como destino a internao psiquitrica a excluso. O surto leva a pessoa para fora do bando. O surto acompanhado de um crime leva essa pessoa para ainda mais longe. O, agora, louco infrator costuma ter como destino a internao compulsria, aps laudo psiquitrico e sentena judicial, num HCTP Hospital de Custdia e Tratamento Psiquitrico, em muitos casos, em carter perptuo. E passa carregar um duplo estigma: louco e criminoso. Cria-se a, talvez o mais banido do banido: o paciente judicirio. O bando o agrupamento de vidas submetidas ao poder soberano e que lhe d validade, que lhe constitui enquanto poder, utilizando aqui os escritos de Giorgio Agamben em Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua (2007). O soberano, ao excluir alguma vida do bando, definindo o que deve viver e o que deve morrer, cria, d validade prpria estrutura de bando. Algum banido um fora, um a-bandonado, que est, paradoxalmente, o tempo inteiro sob o domnio da lei soberana. A exceo, o abandono, o capturar fora, exatamente a condio de existncia desse estado, desse corpo social. O trabalho aqui proposto objetiva trazer tona discusses acerca do tratamento destinado ao paciente judicirio, bem como problematizar a atuao dos psiclogos frente a temas to urgentes como a questo dos HCTPs em tempos de reforma do modelo de ateno sade mental, apostando na hiptese de que a clnica gestltica da aflio possa nos indicar um caminho tico de interveno.

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Ttulo: INDIVDUOS EM CONFLITO COM A LEI: ANLISE E REFLEXES Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LEONARDO GIRARDI Autor (es) adicionais: ROBERTO VASCONCELLOS MAFFEI JUNIOR - UNOCHAPEC FBIO AUGUSTO LISE Financiador: Resumo: Este texto visa relatar a interveno realizada com grupo de homens privados de liberdade na Casa do Albergado de Chapec/SC. Esta foi uma prtica do componente curricular de Psicologia Social Comunitria no segundo semestre de 2009. A Casa do Albergado de Chapec abriga indivduos em cumprimento de pena no Regime Aberto, os quais designaremos de (re)educandos, devido ao objetivo de (re)educao previsto na Lei de Execues Penais. Estando em Regime Aberto os (re)educandos permanecem sob restrio de liberdade das 19h s 06h. Desta forma, o objetivo dos grupos consistia em identificar as redes de apoio tanto familiares quanto de trabalho existentes no cotidiano destes homens alm de analisar o suporte que as redes de apoio fornecem aos indivduos atravs dos discursos coletados no grupo, possibilitando uma discusso da importncia da famlia e do trabalho na (re)adaptao e (re)insero social das pessoas privadas de liberdade. Realizamos esse trabalho nos referenciando em autores como Sluzki, Victor Valla, dentre outros. Foram efetuados grupos temticos com os (re)educandos da instituio, os quais consistiam em utilizar tcnicas de dinmica de grupo para problematizar e fomentar as discusses propostas em cronograma. Os grupos tinham durao em mdia de uma hora e trinta minutos, no total foram realizados quinze encontros. O trabalho resultou em uma reflexo em relao instituio, onde conseguimos explorar questes de apoio familiar e mercado de trabalho. Os (re)educandos pensaram sobre seu futuro, suas significaes e expectativas aps o cumprimento da pena. Aps a analise da prtica fica claro que a Psicologia no Sistema Prisional no pode legitimar o funcionamento de mecanismos institucionais punitivos e excludentes. Os profissionais da Psicologia devem olhar o (re)educando levando em conta todos os contextos em que ele se encontra inserido e os impactos dessas relaes na sua vida, sem deixar-se conduzir por preconceitos e estigmatizaes.

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Ttulo: PANORAMA DAS PESQUISAS DO CREPOP-SC: PSICOLOGIA E POLTICAS PBLICAS Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULIANA RIED Autor (es) adicionais: PAULO ZULMAR PANATTA - CRP-12 Financiador: Outros - CRP-12 Resumo: O CREPOP, Centro de Referncia Tcnica em Psicologia e Polticas Pblicas, um rgo operacional do Sistema Conselhos de Psicologia que desde 2006 desenvolve pesquisas para a formulao de referncias para a atuao do psiclogo no campo das polticas pblicas. As pesquisas realizadas pelo Crepop de Santa Catarina, unidade local do CRP/12, so definidas a partir do cronograma do Crepop nacional. Para este trabalho foi realizado um levantamento das pesquisas dos ltimos trs anos, sendo especificados os temas investigados neste perodo, abordados seus principais resultados, a participao dos/as psiclogos/as nas respectivas reas abordadas, as dificuldades enfrentadas, as referncias produzidas e as perspectivas para prximas pesquisas. A execuo de cada pesquisa em Santa Catarina ocorreu em diferentes municpios, sendo conduzida pelo/a respectivo/a tcnico/a do CREPOP que atuava em cada perodo. As pesquisas do CREPOP seguem uma metodologia padro utilizando-se de trs instrumentos: o questionrio online, os grupos fechados e as reunies especficas. Deste modo contempla a abordagem quantitativa e qualitativa, mapeando a amplitude da poltica. A partir dos temas investigados at o momento, foi possvel visualizar um panorama da atuao do psiclogo/a em diferentes reas, suas caractersticas e fragilidades. Neste ano de 2011 o primeiro ciclo de pesquisa j iniciado sobre a atuao do psiclogo na poltica de segurana pblica. As investigaes iniciais mostram que h psiclogos atuando junto s polcias militar e civil em diferentes frentes. Ainda sero investigados outros rgos de polcia no Estado e municpios de Santa Catarina, o que possibilitar um panorama completo da atuao do psiclogo no tema. Para efetivar as contribuies prtica profissional, o resultado da atuao das unidades do CREPOP em todo o pas so organizados nos documentos de referncia at ento produzidos.

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Ttulo: PSICOLOGIA NO SISTEMA PRISIONAL: IMPASSES E POSSIBILIDADES Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULYANA SONTAG Autor (es) adicionais: SILVIA VIRGINIA COUTINHO AREOSA - UNISC DAIANE FAB HECK - UNISC JULYANA SONTAG - UNISC Financiador: Resumo: A interface da psicologia com o sistema prisional antiga, surgiu atrelada ao modelo mdico e baseada em questes burocrticas e/ou restrita a elaborao de laudos. Ainda hoje esse modelo encontra-se arraigado na maioria das penitencirias, o que tem dificultado o debate e as possibilidades de atuao do psiclogo nestes locais. No Rio Grande do Sul, a Superintendncia dos Servios Penitencirios (SUSEPE-RS), rgo estadual responsvel pela execuo administrativa das penas privativas de liberdade e das medida de segurana, atravs da 8 Delegacia Penitenciria Regional, firmou convnio desde 1997, com a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), para a realizao de estgio curricular de psicologia. Inicialmente as atividades desenvolvidas pelos estagirios estavam atreladas as funes e atividades desempenhadas pelos tcnicos lotados (na poca) na delegacia. Com o passar dos anos, esse estgio conquistou um espao maior, adentrando (apesar dos entraves inerentes) na casa prisional, adquirindo maior visibilidade dos detentos e seus familiares, com aes para alm da avaliao de progresso continuada. Os estgios de psicologia trouxeram discusso e elaborao de atividades que visaram possibilidades de atuao diferentes da tradicional (baseada meramente em avaliaes), apresentando problematizaes e projetos voltados pesquisa, preveno e promoo de sade e sade mental, a insero dos acadmicos na rotina, desfalques e preconceitos relacionados casa prisional e a seus trabalhadores, bem como no Conselho da Comunidade. Assim, o relato das vivncias e reflexes decorrentes do estgio na casa prisional traz tona e subsidia a recente discusso sobre a atuao do psiclogo nestas instituies, no s entido do (re)inventar prticas e na necessidade de solidificar um trabalho consoante com as polticas pblicas e direitos humanos mais recentes.

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Ttulo: REINSERO SOCIAL DO EGRESSO DO SISTEMA PENAL: RELATO DE UMA PRTICA ACOMPANHADA EM PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITRIA Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CRISTIANE DAMEDA Autor (es) adicionais: CRISTIANE MARTINI - UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC - UNOCHAPEC KARIN BRUXEL - UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC - UNOCHAPEC Financiador: Resumo: Esse trabalho relata a Prtica Acompanhada em Psicologia Social Comunitria, realizada no sexto perodo do curso de Psicologia da Unochapec, na Casa do Albergado do municpio de Chapec/SC. Tal estabelecimento vinculado ao Ministrio da Justia e Secretaria de Estado da Justia e Cidadania de SC e destinado populao carcerria de Chapec e demais cidades da regio, que est prestes a concluir o cumprimento de sua pena. Objetivos: realizar interveno no espao carcerrio utilizando referenciais da Psicologia Social Comunitria; conhecer a realidade social dos albergados; proporcionar espao de reflexes sobre sua reinsero no mercado de trabalho; sensibiliz-los para a possibilidade de construo de um espao de trabalho solidrio. Mtodo: Foram realizados encontros de duas horas semanais, nos quais utilizamos dispositivos como tcnicas de dinmicas de grupos para estabelecer vnculo entre e com os participantes, bem como para suscitar discusses relacionadas ao tema Trabalho. Resultados: Essa prtica possibilitou um espao de troca de experincias e sentimentos entre os albergados. Algumas pessoas foram assduas e interessadas, enquanto outras buscavam boicotar os encaminhamentos realizados no grupo. Em funo da dificuldade de reinsero no mercado de trabalho, apresentamos ao grupo a possibilidade de organizao de uma cooperativa de egressos do sistema penal, com assessoria da Incubadora Tecnolgica de Cooperativas Populares ITCP, da Unochapec. Esta proposta no avanou mais quando os participantes entenderam que o esforo teria que ser coletivo e o retorno no seria imediato. Pudemos refletir sobre os diferentes sentidos do Trabalho para cada um, o imediatismo na vida dos participantes e seus projetos de vida.

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Ttulo: SISTEMA PRISIONAL: RESOLUO 009/2010 E SEUS IMPACTOS NA ATUAO DOS/AS PSICLOGOS/AS DE SANTA CATARINA. Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULIANA RIED Autor (es) adicionais: JAIRA TEREZINHA DA SILVA RODRIGUES MARILENE WITTITIZ - CRP-12 Financiador: Outros - CRP-12 Resumo: A presente pesquisa foi balizada a partir das divergncias e questionamentos suscitados com a aprovao da Resoluo 009/2010 pelo CFP. referida, em seu Artigo 4 veda a realizao do exame criminolgico por parte do/a psiclogo/a nos estabelecimentos prisionais. Os/as psiclogos/as que atuam junto ao sistema prisional, desde ento, tm se manisfestado a seu respeito, nem sempre concordando com a Resoluo. O que ocasionou a sua suspenso at maio de 2011. Foi com o objetivo de verificar o posicionamento da categoria acerca dessa Resoluo, que foram contatados os/as 22 psiclogos/as que atuam em penitencirias, presdios e afins no Estado de Santa Catarina. Ao total foram mapeadas 17 instituies no Estado, em 3 (trs) delas no h psiclogo/a, uma delas est temporariamente de licena maternidade. Para a obteno dos dados foi utilizado um questionrio com sete perguntas discursivas que pretenderam abarcar diversos aspectos pertinentes Resoluo. Dentre os quais: os impactos da Resoluo no local de trabalho e na atuao profissional, o posicionamento adotado e a opinio sobre o Artigo 4, as implicaes ticas, os prejuzos possveis prtica e o engajamento de grupos ou movimentos organizados. Conforme a anlise qualitativa dos dados, que contou com a participao efetiva de 9 (nove) psiclogos/as todos os profissionais afirmaram ter havido impacto em sua instituio, o que tambm desencadeou o debate sobre o tema e divergncias tanto por parte dos psiclogos, como pelos demais profissionais e gestores. Algumas das questes problematizadas foram referentes tica profissional e a pertinncia na realizao do exame criminolgico frente demanda. Contudo, 66% dos participantes se posicionaram favorveis Resoluo 009/2010. E 90% acreditam ser possvel acordar um consenso entre psicologia e judicirio. Mas, para tanto, faz-se necessrio mudanas como: ampliar o nmero de profissionais; especificar a demanda para a atuao.

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Ttulo: TERAPIA COMUNITRIA EM INSTITUIO CARCERRIA Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CYNTHIA RAQUEL FERRABOLI Autor (es) adicionais: CARLISE INS GROTH - UNOESC CATIANE PALUDO - UNOESC MATIAS TREVISOL - UNOESC Financiador: Resumo: A vivncia de Terapia Comunitria em um presdio possibilitou um olhar para pessoas em situao de conflito com a lei, proporcionando conhecimento sobre a importncia de falar sobre o dia a dia, sobre sentimentos de alegria e sofrimento. A Terapia Comunitria um espao onde se procura partilhar experincias e sabedorias. As pessoas que esto privadas da vida em sociedade e que consequentemente possuem relaes interpessoais controladas, relatam sentimentos de desgaste psicolgico, emocional e fsico. Por essa razo, importante desenvolver vivncias de Terapia Comunitria, com o intuito de verificar seu grau de eficincia quanto ao crescimento pessoal e grupal atravs do dilogo e troca de experincias, percebendo a alterao de comportamentos. A partir dessa noo, foram realizadas um total de dez sesses, duas por semana em um presdio, contando com doze participantes em mdia. Os resultados indicaram que falar sobre a sua vida e escutar problemas e sentimentos parecidos com os seus, faz com que as pessoas se apiem mutuamente e encontrem maneiras de trabalhar seu prprio problema, diminuindo assim a ansiedade e o estresse, bem como o sentimento de solido e frustrao pela realidade em que vivem. Assim, a partir da realizao da Terapia Comunitria, foi possvel perceber, pelo relato dos participantes, que se obteve uma diminuio de sentimentos ansiognicos, uma alterao da percepo quanto a passagem do tempo que no incio era percebido como torturante, alm do surgimento de novos vnculos de amizade atravs do dilogo sobre assuntos em comum que apareceram durante as sesses. A condio de viver dentro de um sistema prisional origina uma crise de identidade acompanhada de desgaste psquico. Para que seja conservada a sade mental e o bem estar dessas pessoas deve-se investir em mais trabalhos que tenham como objetivo diminuir o sofrimento das pessoas que vivem em recluso

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Ttulo: TRABALHANDO COM CRIMINOSOS SEXUAIS: UMA EXPERINCIA DA PRTICA ACOMPANHADA EM PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITRIA Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KARIN BRUXEL Autor (es) adicionais: CAROLINE HORN - UNOCHAPEC LUCAS GUERRA DA SILVA - UNOCHAPEC Financiador: Resumo: Esse trabalho relata uma Prtica Acompanhada em Psicologia Social Comunitria, desenvolvida por acadmicos do sexto perodo do curso de Psicologia da Unochapec, na Penitenciria Agrcola de Chapec/SC, no perodo de agosto a dezembro de 2010. Objetivos: oferecer escuta diferenciada aos condenados por crimes sexuais; proporcionar momentos de reflexo a respeito do crime que cometeram; possibilitar a compreenso e elaborao de questes da sexualidade trazidas pelo grupo. Mtodo: inicialmente realizamos entrevistas individuais, onde expomos o objetivo de formar um grupo para tratar de aspectos relacionados s vivncias dos reeducandos, decorrentes dos crimes sexuais cometidos. Posteriormente, os entrevistados que mostraram interesse em participar do grupo foram convidados aos encontros semanais com os estagirios, que aconteceram na sala de aula e na capela da penitenciria. O grupo foi aberto, uma vez que os detentos nem sempre conseguiam liberao para participar regularmente do grupo. Para subsidiar o trabalho, utilizamos referenciais tericos da Psicologia Social Comunitria, tcnicas de dinmica de grupo e psicodramticas, bem como o filme Invictus. Resultados: estas estratgias proporcionaram a compreenso de alguns aspectos da vida dos participantes: como eles se vem e se sentem na situao em que esto; a anlise das relaes que eles estabelecem com os detentos presos por outros crimes; a forma como se configuram as relaes familiares com a entrada do detento no sistema prisional, e sada do ncleo familiar; a viso de futuro que possuem, para quando sarem da penitenciria. Alm disso, foi possvel a potencializao dos detentos, para que sassem do conformismo a respeito de sua situao, e pudessem ser mais autnomos e crticos, mesmo encarcerados em uma instituio total que trabalha para que isso no ocorra.

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Ttulo: UM ESTGIO SUPEVISIONADO NO SISTEMA PRISIONAL: POSSIBILIDADE DE GARANTIAS DOS DIREITOS HUMANOS Tema: PSICOLOGIA E JUSTIA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULIO SCHRUBER JUNIOR Autor (es) adicionais: GIRLEI CAMPESTRINI - FACULDADE GUILHERME GUIMBALA ROSNELDA PONICK - FACULDADE GUILHRMEM GUIMBALA GISELE SCHWEDE - FACULDADE GUILHERME GUIMBALA VANIA WIESE - FACULDADE GUILHERME GUIMBALA GISELLE MELLISSA DOS SANTOS - FACULDADE GUILHERME GUIMBALA Financiador: Resumo: Este trabalho apresenta o Estgio Psicologia Clnica da Faculdade Guilherme Guimbala , que tem como entidade concedente uma Penitenciria, situada na cidade de Joinville. O estgio ocorre uma vez por semana, e o pblico alvo composto por dois grupos seis integrantes, que cometeram crimes descritos no Artigo 213 do Cdigo Penal Brasileiro. Durante o estgio os estudantes fundamentam sua prtica nos postulados de Pichon Riviere, referente concepo de grupos operativos, tcnica que tem por objetivo obter dos integrantes uma adaptao ativa realidade visando o alcance da possibilidade de assumir novos papis com uma maior responsabilidade, abandonando progressivamente os papis anteriores que se encontram inadequados. Os atendimentos a partir do grupo operativo tm como objetivo a reduo da ansiedade, assim como a superao e a resoluo de situaes fixas e estereotipadas, possibilitando assim sua transformao em situaes flexveis. No decurso dos atendimentos foram levantadas as seguintes queixas por parte dos apenados: constantes trocas de cela; dificuldades de acesso a medicamentos, bem como dificuldade de acesso a atendimento mdico; violncia no jogo de futebol; humilhao; comida inadequada; falta de trabalho nas empresas que possuem unidades dentro da Penitenciria; desconhecimento das regras internas; desrespeito por parte de outros artigos; angstia; dificuldade de confiana; memorandos com encaminhamentos de sua situao judicial que no chegam ao destino; ansiedade na sada em portaria; ansiedade de estar preso; ansiedade de rever a famlia; falta de perspectivas em relao ao futuro; dvidas quanto a possibilidade de encontrar trabalho quando sair; conquista da confiana por parte da sociedade; volta ao meio do crime quando sair. sabido que algumas queixas so demandas pela busca de melhorias, nem sempre da maior parte, mas ainda assim clamam por um trabalho efetivo da equipe tcnica PALAVRAS CHAVES: Sistema prisional, reeducandos, grupo operativo.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia, Organizaes Comunitrias e Movimentos Sociais

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Ttulo: A EXPERINCIA DA FACULDADE GUILHERME GUIMBALA NO CENTRO DE DIREITOS HUMANOS: PONTOS A PENSAR NA FORMAO EM PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDRA KNABEM Autor (es) adicionais: EVANDRA M. FERNANDES - FGG FERNANDA G. TESSARO - FGG GISELE SCHWEDE - FGG JULIO SCHRUBER JUNIOR - FGG MARILEI M. SAATKAMP - FGG ROSNELDA PONICK - FGG Financiador: Resumo: O trabalho relata a experincia do curso de Psicologia da Faculdade Guilherme Guimbala no Centro de Direitos Humanos (CDH) na cidade de Joinville a partir da anlise dos relatrios de estgio dos estudantes do quinto ano. O campo de estgio no CDH existe desde 2006 e atualmente est ligado ao estgio curricular do quinto ano na Clnica de Adultos. No levantamento dos relatrios foram considerados os seguintes critrios: equipe de alunos, ttulo do relatrio, perodo de estgio, horas de estgio, supervisor, supervisor local, estrutura do relatrio, aes desenvolvidas. At o momento 27 estudantes realizaram estgio no CDH, sendo distribudos em 5 (cinco) grupos. Os dados referentes ao ttulo do relatrio, perodo de estgio, horas de estgio, supervisor, supervisor local indicaram que existe variao na denominao e estruturao dos mesmos sendo que algumas informaes no so contempladas, como por exemplo, o supervisor local. Quanto estrutura do relatrio encontra-se contemplado na maioria deles as principais aes desenvolvidas bem como uma reviso terica que subsidia os temas apresentados. Nas aes desenvolvidas observa-se uma continuidade das aes, bem como o desenvolvimento de propostas de aes que contemplem as realizadas anteriormente e as novas demandas proposta pelo CDH. Desde o inicio do campo de estgio surge o Projeto de Assistncia Jurdica e Psicolgica (PAS-JP) que ao longo do tempo sofre modificaes e aprimoramentos. Outras demandas como o atendimento de famlias e egressos do sistema prisional, atendimento de grupos relacionado a questes de moradia, registro da rede de apoio scio-assistencial (Cartilha Rede de Contatos: o caminho certo) so alguns exemplos das aes desenvolvidas. O processo de construo desse campo de estgio entre universidade, estudantes e CDH responde a uma demanda real da sociedade e com a qual o curso de Psicologia da FFG encontra-se comprometido, ou seja, o compromisso social da psicologia.

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Ttulo: CORRELAES ENTRE AUTOGESTO E CIDADANIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDO PETERSEN Autor (es) adicionais: THIAGO GALDINO DE SOUZA - FACULDADE GUILHERME GUIMABALA ANDRIA DE ARARIPE LOPES - FACULDADE GUILHERME GUIMBALA Financiador: Resumo: O presente trabalho consiste em uma pesquisa de campo por meio da qual se realiza um estudo sobre a produo de identidades dentro do contexto laboral autogestionrio, tendo como principal objetivo a anlise das correlaes existentes entre a prtica da autogesto e o exerccio da cidadania. A pesquisa foi realizada com scios de uma cooperativa de reciclagem situada na cidade de Joinville. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas semi-estruturadas realizadas individualmente com cada participante. Estas entrevistas foram gravadas e transcritas na ntegra, sendo que os entrevistados assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Em seguida, foram iniciadas leituras flutuantes para a familiarizao e apropriao dos contedos presentes nas narrativas. Seguiu-se ento com a aglutinao dos indicadores por similaridade, complementaridade ou pela contraposio, de modo que se chegou aos chamados ncleos de significao. A interpretao dos resultados foi realizada, principalmente, a partir dos pressupostos tericos de Ciampa (2001) e de Berger e Luckmann (1985) sobre identidade. De modo geral, observou-se que a insero na cooperativa promoveu a participao das pessoas entrevistadas nos espaos de luta pelos interesses coletivos, bem como o aprofundamento do vnculo com a comunidade. Contudo, evidenciou-se que a mobilizao das mesmas na luta pelos interesses do bairro e da sociedade como um todo no to significativa quanto o seu envolvimento nas reivindicaes pelos interesses da cooperativa. Entende-se que isto ocorre porque a cooperativa, alm de facilitar a construo de vnculos entre os scios, investida de afeto pelos mesmos, tornando-se parte de suas identidades. Assim, pode-se dizer que a cooperativa o principal elo entre estas pessoas e o exerccio da cidadania.

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Ttulo: ESPAO URBANO: LUGAR DE ATUAO DA PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROSANE MARIA RUIZ CESARINO DA ROSA Autor (es) adicionais: ARIANE KUHNEN - PSICOLOGIA/UFSC MARIA INS SUGAI - ARQUITETURA/UFSC SANDRO MARCELO XAVIER - CAIXA ECONMICA FEDERAL Financiador: Resumo: O acelerado processo de urbanizao brasileira e a dinmica da ocupao dos espaos urbanos vem h tempos requerendo diferentes olhares, mltiplos fazeres e intervenes integradas, j que as gestes municipais tm enfrentado enormes desafios na regulao e orientao da produo do espao da cidade e na promoo do desenvolvimento scioeconmico. Diante deste cenrio, a Psicologia est sendo chamada a tomar posio sobre a temtica. Em sua trajetria tem se destacado o seu protagonismo, do qual se apresenta um novo projeto de um compromisso com a sociedade brasileira. Para alm da priorizao das necessidades sociais, busca-se uma valorizao da participao profissional na elaborao de Polticas Pblicas sobre os assuntos emergentes das questes sociais. Desta forma, fundamental compreender a implicao profissional do psiclogo como agente social, colocando a psicologia a servio de quem dela precisa. Isso pode ser feito compreendendo suas prticas como exerccio de interferncia na vida das pessoas, assumindo suas responsabilidades na construo poltica, sendo propositivo nas questes junto ao Estado, construindo reconhecimento e valorizao da Psicologia Brasileira, enquanto cincia e profisso. Esta identidade coletiva conquistada atravs do processo de luta, concretizada na relao de complemento entre o movimento social e o Estado, torna-se pano de fundo no processo de conquista da cidadania. Os psiclogos (as) e outros agentes sociais j esto inseridos no trabalho de capacitao da populao e assessoramento das comunidades, como a exemplo dos tcnicos sociais da Caixa Econmica Federal. Com o objetivo de avanar na construo desse caminho, a Psicologia vislumbra a possibilidade da construo de referncias para o exerccio profissional e sua atuao junto s Polticas Pblicas voltadas para as questes urbanas.

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Ttulo: FIGURAES DO ENVELHECIMENTO ENTRE HOMENS HOMOSSEXUAIS: ESBOOS DE UMA CARTOGRAFIA. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DANIEL KERRY DOS SANTOS Financiador: CAPES Resumo: Esta comunicao visa apresentar algumas problematizaes iniciais da minha pesquisa de mestrado em Psicologia, desenvolvida na UFSC junto ao ncleo de pesquisa MARGENS Modos de vida, famlia e relaes de gnero. O tema central das minhas investigaes a questo das experincias de envelhecimento entre homens homossexuais. Tal temtica se mostra pertinente, pois se trata de um assunto pouco discutido tanto na academia, quanto nos movimentos sociais LGBT (lsbicas, gays, bissexuais e transgneros) e nas polticas pblicas direcionadas populao de mais idade. Nessas duas ltimas esferas, alm de raramente vermos a interseccionalidade entre homossexualidade e velhice, muitas vezes encontramos discursos que tendem a homogeneizar indivduos a partir de categorias generalizantes como velho e homossexual, categorias estas que no do conta das mltiplas experincias possveis, tanto das vivncias dos velhos, quanto das maneiras de se experienciar prazeres, erotismo e afetividade. O velho homossexual, portanto, parece estar alocado em uma zona inabitvel, invivvel ou, no mnimo, muito incmoda: entre os velhos heterossexuais no percebido ou quando muito integrado a uma rede de sociabilidade onde se devem esconder as questes relativas ao homoerotismo/afetividade; j entre os gays mais jovens evitado, rejeitado, inferiorizado, ridicularizado. No entanto, como poderamos pensar em linhas de fuga ou flexveis, em modos de vida nos quais sujeitos homossexuais e velhos estilizam a existncia e se constituem como sujeitos ticos? Como so levados a pensar sobre si mesmos, diante essa pluralidade de foras que insistem na produo de pessoas que parecem no ter importncia? Essa pesquisa, nesse sentido, visa acompanhar processos de estilizao do envelhecimento entre homens que vivenciam o homoerotismo/afetividade a partir de cartografias de um bar de Florianpolis frequentado por uma multiplicidade de sujeitos que no se configuram dentro de estticas hegemnicas, (re)inventando territrios e modos de vida singulares.

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Ttulo: MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO PSICOLGICO: INVESTIGAO SOBRE CRENAS E REPRESENTAES SOCIAIS EM DISTINTAS ETAPAS DA VIDA. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DANIELA XAVIER MORAIS Autor (es) adicionais: ALLYNE FERNANDES OLIVEIRA BARROS - UFSC ARIANE KUHNEN - UFSC Financiador: CNPQ Resumo: Os seres humanos utilizam recursos naturais para prover e manter suas necessidades. Portanto, a maneira como as pessoas interagem com o ambiente impe-se junto ocorrncia dos problemas ambientais. Existem algumas vises sobre como se d essa relao. O paradigma social dominante, nomeado viso antropocntrica, constitudo por crenas de que possvel controlar a natureza. No novo paradigma ambiental emergente, chamado viso biocntrica, concentram-se crenas de que o direito vida a todas as espcies fundamental. Essa crise paradigmtica histrica e, portanto, atinge as geraes de formas distintas. Esta pesquisa tem como finalidade identificar as relaes existentes entre as representaes sociais da gua, da natureza e do meio ambiente e as crenas antropocntricas e biocntricas em pessoas jovens e com mais de 60 anos de idade. Os pesquisados so pessoas ligadas Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Utiliza-se dois instrumentos, um questionrio de evocaes livres e a escala do Novo Paradigma Ecolgico (NEP). Os dados foram analisados atravs dos programas Evocation 2000 e do programa estatstico SPSS verso 15.0. Os resultados previamente concluem que os entrevistados representam meio ambiente, pensando em gestes positivas, pautadas em uma viso biocntrica, onde aparece a questo de responsabilizao e no tanto de beneficiamento dos recursos. As caractersticas prprias de cada etapa do desenvolvimento esto sendo finalizadas e podero ser apresentadas no perodo do evento. Este estudo possibilitar o aprofundamento dos conhecimentos referentes relao entre as crenas e as representaes sociais, e permitir a visualizao das diferenas e similaridades dessas representaes em distintas etapas do desenvolvimento humano. Alm disso, busca contribuir para ampliar o campo de pesquisa da psicologia ambiental. Palavras-chave: Psicologia ambiental; representao social; paradigma ecolgico, idosos.

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Ttulo: NAS PISTAS DO SALTO ALTO: MAPEANDO AS PRODUES CIENTFICAS SOBRE TRAVESTILIDADES NA LTIMA DCADA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KARLA DE OLIVEIRA CRUZ Autor (es) adicionais: MARLIA DOS SANTOS AMARAL - UFSC TALITA CAETANO SILVA - UFSC MARIA JURACY FILGUEIRAS TONELI - UFSC Financiador: CNPQ Resumo: Os estudos de gnero fazem parte de um campo interdisciplinar de investigao que contempla uma diversidade de temas e teorias, as quais vo se destacar na Psicologia a partir da dcada de 90. Na Psicologia brasileira, tais estudos inserem-se no campo da Psicologia Social como uma vertente crtica mais ampla ao modelo tradicional, viso universalista e aos pressupostos da objetividade cientfica desta rea. Um dos temas que os estudos de gnero abordam o do universo trans usado aqui como modos de vida e processos de subjetividades experienciados por travestis e transexuais , o qual surge com maior visibilidade nas Cincias Humanas e da Sade em 2006, porm conquistando ainda pouco espao na Psicologia. Com isso, a presente pesquisa apresenta dados iniciais de um mapeamento bibliogrfico que proporciona um panorama geral das publicaes de livros, teses, dissertaes e artigos cientficos dos ltimos dez anos (2001-2010). O enfoque desta pesquisa so obras publicadas neste espao de tempo que contenham, exclusivamente, a temtica travesti, sem deixar de mencionar a importncia dos primeiros escritos sobre o tema, anteriores a este perodo. As bases de dados utilizadas foram: BVSPsi, Scielo, Banco de Teses e Dissertaes CAPES e Domnio Pblico, todas em sua verso em portugus. Os dados foram inicialmente analisados com o intuito de cronologicamente apresentar as maneiras pelas quais as experincias das travestilidades vm sendo discutidas e at mesmo problematizadas pelas Cincias Humanas e da Sade. Assim, ao dialogar com essas obras, pretende-se tambm conhecer a forma com a qual a Psicologia tem recentemente construdo seus discursos acerca do universo trans, bem como as maneiras pelas quais suas teorias e prticas tm, ainda que lentamente, trabalhado o assunto.

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Ttulo: NOTAS SOBRE CORPOS TRAVESTIDOS EM TEMPOS DE MONTARIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARLIA DOS SANTOS AMARAL Autor (es) adicionais: MARIA JURACY FILGUEIRAS TONELI - UFSC Financiador: Resumo: O presente estudo apresenta a temtica das travestilidades a partir de reflexes ainda iniciais que fazem parte do projeto de mestrado no campo do gnero e sexualidade (UFSC). A proposta desta pesquisa parte de discusses sobre o tema que se debruam na produo de corpos de travestis como possibilidades de redes discursivas que disseminam os discursos da medicina, da farmacologia, da escola, da moda, da mdia e de tantas outras instituies, como um conjunto de verdades que constroem o corpo travesti e lhe conferem o lugar de sujeito. Desta forma pretende-se pensar os efeitos destes discursos que juntos confluem para que, muitas vezes, o conceito travesti tornese algo essencializado, que apenas se alcana quando se produz um corpo de acordo com os critrios estticos pr-estabelecidos e ratificados por esses jogos discursivos, baseadas no modelo regulador dos corpos hegemnicos. Assim, esta pesquisa prope-se a dialogar com as maneiras pelas quais novatas travestis so subjetivadas por discursos que confirmam e demonstram, sob que condies elas tornam-se sujeitos legtimos da travestilidade. Em uma perspectiva foucaultiana trata-se de determinar no apenas seu modo de subjetivao, mas tambm as condies que as tornam objeto para um conhecimento possvel, como um modo de objetivao. Nesse entendimento, busca-se discutir as possibilidades de existncia das travestis como sujeitos, conhecimento apenas possvel se, primeiramente, forem buscadas as maneiras pelas quais os corpos se produzem como campo de resistncia e produo de outras formas de existir dentro, na fronteira ou extremamente fora de um regime corporal produzido com o status de verdade sobre o sujeito.

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Ttulo: O TEATRO DO OPRIMIDO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAMILA GABRIELA BORTOLOTTO ZIEMICZAK Autor (es) adicionais: MARIA APARECIDA REIS Financiador: Resumo: O Teatro do Oprimido-TO um sistema de exerccios, jogos e tcnicas da dramaturgia, que tem como objetivo realizar discusses sobre as relaes de poder, explorando histrias entre opressor e oprimido e como tal, pode ser mais uma ferramenta de trabalho da Psicologia. A atuao do psiclogo, neste sentido, de ressignificar as relaes e experincias de excluso e explorao, frutos de uma sociedade desigual. Pensando nisso, o TO surge como uma forma de dar vazo a estes sentimentos, pois possibilita qualquer pessoa de exercer a sua capacidade artstica por tratar-se de teatro para atores e no-atores, tendo a disposio meios estticos para analisarem o seu passado no contexto presente, para que possam atravs da reflexo e do dilogo, inventar o seu futuro. No Teatro-Frum, uma das modalidades do TO, o espect-ator pode mudar a experincia vivida no palco. Atravs de uma situao de opresso encenada, ser responsabilidade de quem estiver assistindo modificar aquela realidade que foi apresentada. Quando algum da platia tem uma idia, ele tem a possibilidade de substituir a personagem oprimida, para dialogar com o opressor, quebrando a opresso. Assim, o pblico exercita-se para a ao na vida real e toma conscincia das possveis conseqncias de suas aes, aprendendo uns com os outros. Foi pensando no TO como ferramenta de transformao de uma comunidade e da apropriao de suas diferenas e semelhanas, que o Projeto Opresso aqui no! foi elaborado, visando a interveno junto aos adolescentes do municpio de Porto Belo/SC. A intencionalidade deste projeto em andamento, alm de sugerir o TO como mais uma ao socioeducativa possvel da Psicologia em parceria como Servio Social, discutir temas comuns da realidade dos adolescentes, desenvolvendo o enfrentamento de situaes opressoras nas quais esto submetidos, reposicionando-os diante da opresso e promovendo o protagonismo juvenil.

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Ttulo: PROGRAMA DE REGIONALIZAO DO TURISMO NO BRASIL: REFLEXES SOBRE A PRODUO GEOPOLTICA DE SUBJETIVIDADES TURSTICAS. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCELA MONTALVO TETI Financiador: Resumo: Desde 2003, com a criao do Ministrio do Turismo, o Governo Federal investe no turismo como elemento propulsor do desenvolvimento do pas. Com a proposta de democratizar a atividade turstica por meio do desenvolvimento de um turismo regionalizado, surge o Programa de Regionalizao do Turismo Roteiros do Brasil, em 2007. A proposta deste trabalho problematizar a dimenso subjetiva do atual processo de turistificao, no intuito de desenvolver uma perspectiva crtica distante das anlises de vis economicistas. Para tanto, toma por objeto o turismo produzido no municpio de Urubici (SC), tornando possvel visualizar tal processo no como prtica natural, mas como fenmeno social complexo, composto por prticas mltiplas produzidas em meio a relaes de saber-poder. Em destaque para esta comunicao, tem-se a proposta de utilizao das noes de dispositivo e de cartografia como ferramentas terico-metodolgicas deste processo investigativo. Acerca do conceito de dispositivo utilizado neste trabalho, tem-se que o espao do turismo considerado como fora-resultante de jogos entre saber-poder que produzem efeitos de subjetividade. Como resultado observamos a produo de modos de subjetivao a partir dos investimentos polticos de carter nacional e da constituio de espaos paralelos a estados subjetivos de compensao naqueles que praticam o turismo.

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Ttulo: PROJETO PILOTO DE COMUNIDADES AMPLIADAS DE PESQUISA E AO NO MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: PATRICIA TOMIMURA Financiador: Resumo: O objetivo investigar a eficcia da construo de um coletivo inteligente, capaz de aes diretas e auto-organizao, usando a metodologia da Comunidade Ampliada de Pesquisa e Ao (CAPA) dentro do Ncleo de Luta do Movimento Antimanicomial do Rio de Janeiro, entre Agosto e Outubro de 2008. Esta metodologia derivada das propostas de Comunidades Cientficas Ampliadas de Oddone e das Comunidades Ampliadas de Pesquisa de Brito e Athayde. Apresentamos o resultado de trs reunies seguindo este padro. Apareceram trs grandes categorias de anlise: 1) a questo da transgresso, em que a maioria dos usurios discutiu o conceito de norma segundo Canguilhem e trouxe a questo do delito como derivao, contrapondo-se a um participante que discordou introduzindo a questo da normatizao, (analisamos este movimento do grupo segundo Foucault, dentro das categorias de poder e resistncia); 2) a questo da cultura, assim como definida por Paulo Amarante. Aqui, um participante diz que os profissionais s sabem se relacionar por trs de uma mesa e ultimamente, estava em jogo o tratamento que est sendo dado e recebido por atores da sade mental e quais propostas da IV Conferncia Nacional de Sade Mental Intersetorial que viriam a modificar isso. Analisamos aqui aes diretas que se principiavam; e 3) o chamado desvio de vivncia, em que um participante toma a palavra por longo tempo, se expressando em nome de todos os outros. Conclumos que a metodologia utilizada foi bem sucedida nesta aplicao piloto, no sentido dos objetivos propostos que foram atingidos parcialmente, mas seriam necessrias mais reunies para atingi-los plenamente. Os usurios foram capazes de uma ao direta no encaminhamento das reunies devido a uma organizao tcita entre eles. Ento vemos que mesmo que passeatas ou piquetes no tenham sado dali, uma organizao do coletivo inteligente se mostrou possvel.

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Ttulo: PSICOLOGIA DO CONSUMIDOR: CONHECENDO A PERCEPO DA CONSUMIDORA BLUMENAUENSE. CASE HAVAIANAS. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARA PELLIN FELDMANN Financiador: Resumo: Este estudo tem por objetivo investigar a maneira como as consumidoras de Blumenau SC percebem e se relacionam com a marca Havaianas. Buscou-se contextualizar historicamente as relaes que se estabelecem entre homem e marca e tratar dos processos envolvidos para que hoje as corporaes invistam na produo e venda da imagem de marcas e no mais de produtos, como era feito no passado. Em seguida, procurou-se elucidar a quem nos referimos na atualidade quando tratamos de consumidores. A Psicologia viabiliza o entendimento das influncias de fatores psicodinmicos e fatores psicossociais que atuam sobre o consumo, dentro deste contexto foram trabalhadas as relaes entre comportamento do consumidor e atitudes, aprendizagem, percepo, memria, motivao, grupos, identidade de marca, fidelidade marca e consumerismo. Em seguida, apresentado breve relato da histria das Havaianas e de seu trabalho de reposicionamento de marca no mercado de consumo. Foi realizada uma pesquisa de campo atravs da metodologia qualitativa. Tendo como instrumento um questionrio semi-estruturado, foram entrevistadas 15 consumidoras blumenauenses da marca Havaianas. A amostra contemplou mulheres entre os 20 e 66 anos, pertencentes a classes sociais distintas. Como resultado, verificou-se que as consumidoras de Blumenau apresentam atitudes bastante positivas frente marca. As Havaianas se ligam a histria pessoal das consumidoras. Concluiu-se que a Havaianas tida como uma marca moderna e inovadora, o que favorece o consumo de novos lanamentos, mas ainda assim tradicional, o que gera sensao de segurana no consumidor. Faz-se necessrio o uso de equipamentos udio visuais para a apresentao desta pesquisa.

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Ttulo: REPRESENTAO SOCIAL DA COMUNIDADE DA PANIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES COMUNITRIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA MARGARIDA BARBOSA SAMPAIO Autor (es) adicionais: SUELLEN LIMA - UNISUL VANESSA MACHADO MARTINS - UNISUL Financiador: Resumo: Esse trabalho foi desenvolvido a partir da disciplina de Psicologia Social II do curso de Psicologia da UNISUL, tendo como objetivo geral identificar como se constituiu a identidade social da comunidade Pania; tendo como objetivos especficos resgatar a histria da constituio da comunidade Pania; identificar as histrias dos moradores da comunidade Pania na perspectiva da organizao do espao territorial; descrever a percepo dos moradores de como viver na comunidade Pania; e caracterizar as perspectivas de futuro para a comunidade na perspectiva dos entrevistados. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, efetuada em carter explicativo na comunidade Pania, localizada no Bairro Carianos, Florianpolis, prxima ao aeroporto Herclio Luz. Foram realizadas entrevistas semi-abertas com cinco moradores, foram escolhidos por representarem momentos emblemticos na construo da comunidade. As entrevistas foram gravadas e, depois, transcritas, para ter mais fidedignidade na anlise. Ao longo desses quase 50 anos, imbricando o modo como a prpria comunidade se v, com o modo como a comunidade vista e com o modo como a comunidade percebe sobre como os outros a percebem, a identidade social da Pania foi se fazendo: uma comunidade urbana empobrecida, fruto de um crescimento desorganizado de urbanizao, dentro de um bairro em crescimento de classe mdia, marcada sempre pelos graves problemas sociais decorrentes da falta de educao, sade, infra-estrutura, a organizao da luta e permanncia na terra, a reorganizao da comunidade, a solidariedade dos movimentos sociais ... Em decorrncia desta pesquisa realizarmos um trabalho de interveno com adolescentes da comunidade, dos quais uma grande maioria hoje j so dependentes qumicos, como se essa fosse a nica oportunidade de futuro. Contudo, o grupo de desenvolvimento de adolescentes da Comunidade Pania se nomeou Ajudando o mundo, tudo possvel.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia, Organizaes e Trabalho

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Ttulo: A ARTE DE FAZER ARTE: UM ESTUDO DE CASO SOBRE UM GRUPO MUSICAL A PARTIR DA PERSPECTIVA HISTRICO-DIALTICA SARTREANA EM PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA TERESA ALMEIDA DE SOUZA LIMA Autor (es) adicionais: GERGIA BUNN - UNISUL ILDA T. SOUZA GUIZ - UNISUL MARINA GOMES COELHO DE SOUZA - UNISUL RANIERI CORTEZ - UNISUL Financiador: Resumo: Este trabalho objetivou caracterizar a identidade de um grupo musical formado por oito mulheres provenientes de diversas nacionalidades, em Florianpolis/SC. O grupo desenvolvia um trabalho vocal e percussivo em torno de composies prprias, msicas tnicas e populares de tradio oral originrias de vrios lugares do mundo e tinha como desejo inserir-se estavelmente como profissional no mercado cultural. A pesquisa caracterizou-se pelo mtodo, como qualitativa, com base em seu objetivo, como uma pesquisa descritiva e em termos de procedimentos tcnicos, como estudo de caso. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: questionrio, entrevistas individuais semi-estruturadas aplicadas individualmente, bem como o resgate de informaes a partir da experincia de trabalho vivenciada pela autora principal deste trabalho junto ao grupo. Para anlise dos dados, orientou-se por um olhar para as diferentes configuraes do grupo sob a perspectiva histrico-dialtica sartreana em Psicologia promovendo uma discusso do singular e do universal em uma relao permanente de tenso e dialeticidade, contemplando, assim, mltiplas facetas do fenmeno em estudo. A partir da compreenso do caminho e da forma como o grupo vinha se fazendo no mundo singularmente, concluiu-se entre outros aspectos, que ele transitou por diversas configuraes de grupo, desde srie ao grupo institucionalizado, de acordo com Sartre (1960). Mesmo diante das condies sociais complexas e excludentes impostas pela conjuntura scio-poltica, o grupo perseverou ao longo da sua histria. Contudo, medida que os desejos individuais foram se transformando e as exigncias externas foram se asseverando, o grupo no mais conseguiu compartilhar o mesmo projeto comum de profissionalizao e no mais se geriu suficientemente a fim de transcender as condies dadas.

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Ttulo: A CONSTRUO DA RELAO VTIMA\ALGOZ ENQUANTO PROMOTORA DO ADOECIMENTO DO TRABALHADOR. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KAMILLA VALLER CUSTDIO Autor (es) adicionais: SYLVIA MARA PIRES DE FREITAS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING/UNIVERSIDADE PARANAENSE Financiador: Resumo: O presente resumo refere-se anlise existencial sartreana sobre as relaes de poder no contexto do trabalho, tomando como foco experincias vivenciadas pelas autoras como Psiclogas neste contexto. Objetiva-se desta maneira contribuir com reflexes acerca das interaes sociais no ambiente de trabalho com foco na sade do trabalhador. Para tal discusso compreende-se o poder como sendo construdo na prpria relao dos sujeitos, sendo resultante das interaes destes que se enfrentam na tentativa de controlar a liberdade um do outro, ao contrrio do que se observa em falas de muitos trabalhadores, que o significam fundamentando-se numa concepo naturalizante, como circunstncias dadas a priori aos sujeitos. Percebe-se na prtica que, muitos desses trabalhadores, mesmo tendo sua sade fsica e/ou mental afetadas em decorrncia de relaes de poder que os coisificam, retirando-lhes a possibilidade da expresso da liberdade, ainda descrevem suas relaes de trabalho como se fossem meros expectadores. Alienados a essa verdade construda historicamente, perpetuam-na, no percebendo que tambm so construtores dessa situao. Ao significarem o poder como algo natural, percebem-se como vtimas de uma situao, por acreditarem que no podem mud-la. De uma maneira irreflexiva, no vislumbram alternativas mais adequadas para transcenderem esta situao conflituosa. A que se encontra o grande problema: ao assumirem-se como vtimas, corroboram com a construo e manuteno da relao vtima/algoz. Enquanto percebem-se como vtimas vem-se inviabilizados frente ao seu prprio projeto, que pode lev-los ao adoecimento. Compreende-se ento, que ao atuar com a sade do trabalhador, fazem-se necessrias intervenes que busquem promover a conscincia reflexiva do lugar que a vtima se coloca, haja vista que somente ao refletir sobre o papel que se impem, que poder dar sadas possveis, capazes de mudarem essa situao e ajudarem a construir relaes mais promotoras de sade.

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Ttulo: A CONSTRUO DE SENTIDOS DO TRABALHO E DE GNERO EM ATIVIDADES LABORAIS DE BRASILEIROS EM LONDRES (REINO UNIDO) Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LAILA PRISCILA GRAF Autor (es) adicionais: MARIA CHALFIN COUTINHO - UFSC Financiador: Resumo: Apresentamos aqui consideraes a respeito de uma pesquisa exploratria efetuada sobre o processo de produo de sentidos no trabalho e de gnero para migrantes brasileiros/as residentes em Londres (Reino Unido). O trabalho compreendido aqui com uma dupla face, em uma parte h a dimenso concreta e a outra abstrata, a dimenso concreta seria o trabalho dotado de planejamento, fora e acompanhado de seu resultado, constituindo um entre outros fatores que fundamentam uma possibilidade de emancipao humana, a parte abstrata estaria atrelada aos modos de produo do capital. A investigao sobre os sentidos do trabalho, realizada na perspectiva do construcionismo social, possibilita uma compreenso do singular/social dos sujeitos sobre o trabalho. Analisar do trabalho em suas articulaes com a categoria gnero permite a compreenso das distines feitas no mercado de trabalho baseados nas diferenas construdas de sexo. Esta pesquisa se caracterizou por um estudo documental e bibliogrfico, com o complemento de coleta de depoimentos e observaes de campo. Por meio desta pesquisa exploratria foi possvel compreender distines feitas em relao a empregabilidade de mulheres e homens no pas de destino. Observando-se as relaes de gnero e trabalho e as caractersticas do trabalho no processo de migrao. Deste modo, esta pesquisa discute as inter-relaes entre os processos migratrios e suas relaes de gnero em relao s distintas e complementares possibilidades de insero no mercado de trabalho em uma situao de migrao internacional.

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Ttulo: A ESCOLHA PROFISSIONAL DE ESTUDANTES DA PERIFERIA URBANA: UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE CRICIMA-SC Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: AMANDA ELY Autor (es) adicionais: SHEILA ELISA PIAZERA LEITE MARQUARDT - UNESC REGINA DE FTIMA TEIXEIRA - UNESC Financiador: Instituio pblica GOVERNO ESTADUAL Resumo: O objetivo desta pesquisa foi compreender em que medida os determinantes sociais, familiares e econmicos se interpem perante as escolhas profissionais realizadas por jovens estudantes de escolas da periferia urbana de Cricima-SC. Para tanto, realizou-se uma pesquisa com amostra de 33 estudantes do terceiro ano do ensino mdio de 10 escolas da periferia do municpio, e valendo-se de uma abordagem scio histrica, com metodologia quanti/qualitativa, foi analisado o perfil scio-demogrfico dos pesquisados, bem como suas aspiraes subjetivas de futuro. Os resultados demonstram que o perfil predominante dos entrevistados constitudo por jovens em maioria trabalhadores, com uma grande parcela no mercado informal e contribuintes da renda familiar. Dentre os planos para o futuro, a maior parte dos entrevistados afirma o desejo de realizar um curso superior, mas admitem a dificuldade de conciliar trabalho e estudos ou custear uma universidade. Neste sentido, a influncia dos determinantes econmicos aparece como decisiva para a concretizao dos objetivos mencionados, suscitando o questionamento acerca de determinadas metodologias em Orientao Profissional quando direcionadas a este grupo populacional. Em meio realidade apresentada, conclumos j no ser possvel ao orientador profissional ignorar as dimenses sociais, econmicas e polticas envolvidas na deciso profissional. Por outro lado, conforme demonstrado nesta pesquisa, o processo de insero profissional dos jovens das classes populares, transcende questes relativas s dificuldades de escolha, mas demanda acima de tudo, um processo de reflexo, construo da cidadania e empoderamento. Portanto, a Orientao Profissional tem muito a oferecer a tais jovens, proporcionando um servio e uma ajuda profissional que possibilita o acesso a diferentes realidades, um espao para reflexes e busca de informaes, que pode contribuir para a mudana de destinos individuais e mais amplamente, da rede social onde estes indivduos esto inseridos.

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Ttulo: A PROCURA FEMININA POR CURSOS PROFISSIONALIZANTES NA REA DE VIGILNCIA PRIVADA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA FERNANDA DIOGO Autor (es) adicionais: MARIA CHALFIN COUTINHO - UFSC Financiador: Resumo: O segmento de vigilncia privada tem percebido grande crescimento em nmero de empresas, faturamento e profissionais atuantes na rea. Para tornar-se vigilante, uma pessoa deve participar de um curso de formao em escola registrada no Departamento de Polcia Federal. O perfil destes profissionais maciamente masculino, a entrada de mulheres na vigilncia privada recente e ainda enfrenta preconceitos, tanto nas empresas prestadoras de servios como nas empresas clientes. Apresentaremos aqui um recorte de nossa pesquisa de doutorado que visa compreender a insero de mulheres no setor de vigilncia privada. Entrevistamos 18 mulheres matriculadas em um curso de formao de vigilantes objetivando compreender o movimento que as levou a escolher esta formao profissional. Selecionamos para esta apresentao a anlise relativa busca por este curso de formao. Destacaram-se respostas relativas a almejar quebrar preconceitos ao investir em uma rea considerada masculina. Tambm tomou evidncia a procura por avano financeiro e por uma rea percebida como prspera, ou seja, com ampla demanda e facilidade de insero profissional. Algumas participantes realizavam servios braais e destacaram que buscavam uma nova profisso considerada menos cansativa e/ou desejavam um trabalho socialmente mais valorizado. Independente das predisposies individuais, a maioria percebia que a rea de vigilncia tinha maior percentual masculino, mas acreditava que o setor estava aberto fora de trabalho feminina. Esta percepo na maioria das vezes era emprica, ou seja, elas relataram terem visto ou conhecerem mulheres que trabalhavam como vigilantes. Percebeu-se que elas acreditavam que as mulheres tinham capacidade semelhante ou superior dos homens neste ofcio e desejavam uma profisso com status profissional. A realizao do curso demarcava esta profissionalizao, bem como o registro no Departamento de Polcia Federal. Alm disso, a valorizao social de postos de vigilncia tornava-se atrativa e quebrava esteretipos de gnero socialmente demarcados.

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Ttulo: ANLISE DAS INFLUNCIAS DOS LDERES FORMAIS QUANTO AS QUESTES RELATIVAS AO ASSDIO MORAL NO TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RENATO TOCCHETTO DE OLIVEIRA Autor (es) adicionais: RENATO TOCCHETTO DE OLIVEIRA - SRTE Financiador: Resumo: Este artigo tem o objetivo demonstrar como o poder e sua manifestao prtica, a influncia, exercida pelos lderes formais pode ter conseqncias danosas se realizadas de forma destrutiva, especialmente quando utilizando estratgias de agresses sutis, continuadas e persistentes que caracterizam o assdio moral no trabalho. Tanto a organizao como um todo quanto os envolvidos pelo assdio moral sofrem reduo de eficincia e eficcia. Como demonstrou as evidncias colhidas pelo combate discriminao no Ministrio do Trabalho e Emprego no Estado de Santa Catarina, bem como outros achados no Brasil, este fenmeno se reveste de importncia cada vez maior para as instituies pblicas e privadas, exigindo um maior interesse em seu entendimento e reduo. Este artigo tenta contribuir para este entendimento realizando uma explorao terica sobre o tema. Este trabalho surgiu da necessidade de pesquisas focando a gesto objetivando contribuir para a melhoria da sade da populao trabalhadora, em conformidade a um dos objetivos primordiais da atuao da Superintendncia Regional do Trabalho no Estado de Santa Catarina (SRTE/SC). Tal projeto baseou-se nas constataes dos intensos problemas, de ordem psicolgicas e somticas, apresentados pelos denunciantes que procuraram os servios de combate a discriminao da SRTE/SC. As alteraes no mundo do trabalho tm promovido uma srie de mudanas organizacionais, uma vez que alteraram as formas de organizar o trabalho, as tecnologias utilizadas nas tarefas, novas exigncias cognitivas foram criadas e as demandas por competitividade esto aumentadas pela maior concorrncia nos mercados de trabalho e das organizaes. Esta situao promove o conflito, que em muitos casos pode permanecer sub-reptcio, escondido por agresses que produzem pequenos traumas continuados e persistentes.

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Ttulo: AS INFLUNCIAS DA GERAO Y NO MERCADO EMPRESARIAL DE FLORIANPOLIS - NOTA PRVIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ISABELLE DA SILVA Autor (es) adicionais: ISABELLE DA SILVA - UNIVALI ANA PAULA B. KARKOTLI - UNIVALI Financiador: Resumo: Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar as influncias da gerao Y em uma empresa de assessoria empresarial em Florianpolis. Apresenta como sujeitos de pesquisa, jovens nascidos entre os anos 1979 a 1999, que estejam exercendo atividade profissional. So jovens que esto sempre conectados e por serem altamente tecnolgicos tem uma relao diferente de comunicao (LIPKIN e PERRYMORE, 2010). Os objetivos especficos do estudo visam identificar as influncias da gerao Y no mercado de trabalho organizacional, verificar as mudanas no mercado de trabalho organizacional a partir de 1979 assim como, identificar possveis impactos da gerao Y no ambiente de trabalho organizacional. Trata-se de uma pesquisa exploratria e de natureza qualitativa, na qual atravs da identificao e descrio aprofundada tornar-se possvel a obteno de compreenso a cerca do fenmeno a ser pesquisado. Para a anlise dos dados sero utilizados, alm do levantamento bibliogrfico, as entrevistas com o grupo I: quatro colaboradores (dois homens e duas mulheres) pertencentes a gerao Y, e com o grupo II: dois gestores. Ser utilizado um roteiro de entrevista semiestruturada , e aps o registro das mesma , ser utilizada a tcnica de anlise de contedo, para posteriormente eleger-se as categorias de sentido emergentes nas falas dos sujeitos entrevistados acerca do tema e a situao concreta dos sujeitos pesquisados. O projeto encontra-se na fase de coleta de dados, com previso para apresentao da anlise dos resultados e concluso da pesquisa, em julho de 2011.

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Ttulo: AVALIAO DA EFETIVIDADE DA ORIENTAO PROFISSIONAL EM GRUPO CONSIDERANDO OS FATORES CONHECIMENTO DA REALIDADE EDUCATIVA E PROFISSIONAL E AUTOCONHECIMENTO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALEXANDRE CIDRAL Autor (es) adicionais: ALEXANDRE CIDRAL - UNIVILLE BRUNA EMANUELLE FREITAS - UNIVILLE JULIANA TESTONI - UNIVILLE Financiador: Outros - UNIVILLE Resumo: O projeto de Avaliao da Evoluo da Maturidade para a Escolha Profissional (AEMEP) teve por objetivo avaliar a efetividade de um programa de orientao profissional para estudantes do terceiro ano do ensino mdio em termos da evoluo da maturidade para a escolha profissional nos fatores Conhecimento da Realidade Educativa e Profissional e Autoconhecimento. Para isto foi constitudo um grupo de oito adolescentes, de 16 a 20 anos, que participaram de 10 encontros de orientao profissional ao longo de 5 semanas. Os encontros consistiram de dinmicas de grupo relativas a Autoconhecimento, Escolha Profissional e Informao Profissional, com vistas a contribuir com o amadurecimento dos participantes no que diz respeito a escolha profissional. Antes e depois deste processo, dois procedimentos foram realizados individualmente: entrevista e aplicao da Escala de Maturidade para a Escolha Profissional (EMEP). Os dados das entrevistas e da EMEP foram analisados e discutidos com base no referencial terico de Bohoslavsky (1977) e Neiva (1999). Da populao estudada, 40% respondeu, na entrevista final, que o que mais marcou na Orientao Profissional foi o mdulo de Informao Profissional e 30% apontaram as dinmicas relativas a Autoconhecimento. O fator Conhecimento da Realidade Educativa e Scio-Profissional da EMEP aumentou trs pontos aps a orientao profissional e o fator Autoconhecimento teve um incremento de 2 pontos, demonstrando a contribuio da atividades de Informao Profissional e das dinmicas sobre Autoconhecimento no desenvolvimento da maturidade dos participantes para a escolha da profisso.

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Ttulo: CONCEPO DO PAPEL PROFISSIONAL DO PSICLOGO NA PERSPECTIVA DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: PEDRO AUGUSTO CROCCE CARLOTTO Autor (es) adicionais: NADIA KIENEN - UNISUL Financiador: Outros - UNISUL Resumo: O objetivo desta pesquisa foi verificar qual concepo de estudantes de graduao em Psicologia acerca do papel profissional do psiclogo. Participaram noventa e dois estudantes de graduao em Psicologia, sendo trinta e sete graduandos de uma universidade pblica e cinqenta e cinco de uma universidade privada, de fases iniciais e finais do curso. Foi aplicado um questionrio contendo dezesseis perguntas relativas postura frente ao conhecimento cientfico e concepo do campo de atuao do psiclogo. Estes questionrios foram aplicados durante o horrio de aula dos estudantes, aps obteno do consentimento livre e esclarecido por parte deles. Os dados foram coletados entre o segundo semestre de 2007 e o primeiro semestre de 2008. Dentre os resultados, possvel destacar que a maioria dos estudantes compreende que as diferentes teorias psicolgicas tem como foco os mesmos fenmenos, ainda que utilizando de perspectivas diferentes para isso; que a diversidade de linhas tericas auxilia no desenvolvimento da Psicologia como cincia; que a prtica profissional do psiclogo contribui como fonte de dados pesquisa cientfica em Psicologia e que a postura cientfica necessria para todos os profissionais da Psicologia. Alm disso, a maioria dos estudantes no considera o psiclogo apto, ao se graduar, a exercer atividades para as quais no foi diretamente ensinado ou orientado durante a graduao; ao menos que exera alguma formao complementar. No foram verificadas diferenas significativas nos dados se comparados os estudantes das universidade pblica e privada. Esta pesquisa corrobora com dados j obtidos em outras pesquisas sobre a falta de clareza do psiclogo acerca da sua atuao e da insegurana proveniente deste fenmeno. Possibilita identificar a importncia de capacitar mais os estudantes a examinar criticamente o campo de atuao do psiclogo; encontrar e exercer novas formas de atividade, verificando possibilidades de atuao at ento ainda no exploradas.

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Ttulo: CRISE NO MEIO DO CURSO: COMO A HISTRIA DE VIDA PODE AUXILIAR A COMPREENDER A ESCOLHA PROFISSIONAL Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CLUDIA BASSO Autor (es) adicionais: DULCE HELENA PENNA SOARES - UFSC Financiador: Resumo: Atualmente, novas profisses e postos de trabalho surgem a cada instante e as exigncias para estar e se manter no mercado de trabalho aumentam, bem como as configuraes nas relaes de trabalho e emprego so instveis, fazer uma escolha profissional, pode no ser uma tarefa to fcil assim. De qualquer forma, uma escolha feita, e uma parcela dos jovens ingressa no ensino superior, onde at o seu trmino precisar fazer muitas outras escolhas. Para alguns desses estudantes essa escolhas podem ocorrer de maneira tranqila, mas para outros o percurso universitrio envolve vrios momentos de crise, seja no incio, meio e/ou final do curso. Nas escolhas profissionais h diversos determinantes (sociais, econmicos, familiares, educacionais, psicolgicos) que norteiam a trajetria scio-profissional do sujeito e o inscrevem numa determinada histria de vida. Para compreender o momento de crise da escolha profissional de estudantes universitrios no meio do curso, foi realizada uma pesquisa atravs de grupo focal com 3 estudantes da UFSC, onde analisou-se a histria da escolha profissional (entre passado e presente). Foi possvel perceber como a influncia familiar e at de amigos, chefes do trabalho determinaram a deciso desses estudantes. Bem como, ao longo da trajetria o contexto educacional tambm foi importante para a escolha do curso, alm dos aspectos psicolgicos envolvendo identificao, projees e habilidades. Tudo isso, juntamente com a realidade vivenciada na universidade, de transies, mudanas no contexto, do desempenho e experincias acadmicas, tem desencadeado sentimentos de angstia e insegurana, enfim, uma crise sobre a escolha feita, os quais refletiro nas decises na trajetria profissional futura. Para finalizar, pode-se perceber o quo importante conhecer e re-conhecer a histria que envolve a escolha profissional para entender o momento presente e identificar a sua posio no mundo e na profisso ao longo de sua trajetria scio-profissional.

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Ttulo: DEMISSO APS LONGO VNCULO DE TRABALHO: IMPLICAES PARA AS IDENTIDADES DOS TRABALHADORES Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RICARDO SEIFERT MIRANDA Autor (es) adicionais: MARIA CHALFIN COUTINHO - UFSC Financiador: Resumo: Os seres humanos constituem seus modos de ser por meio do trabalho, o qual possibilita as pessoas se apropriarem da natureza e transform-la. Este processo constri a singularidade do sujeito desta ao e sua identidade. A atividade produtiva acaba por ser fundamental no processo de constituio das identidades. O contexto contemporneo do trabalho est em mudana e inserido na crise estrutural do capital, caracterizada pelo iderio neoliberal, pela acumulao flexvel, financeirizao do capital e reestruturao dos meios de produo. Concomitante h um aumento dos mecanismos de desregulao e precarizao da fora de trabalho. O desemprego acaba por ser uma caracterstica dominante do sistema capitalista e uma das decorrncias de sua crise. Neste contexto realiza-se uma pesquisa de mestrado em psicologia que tem por objetivo discutir as implicaes da demisso para as identidades de trabalhadores aps longo vnculo de trabalho. Para este fim utilizamos como mtodo de pesquisa a anlise de prticas discursivas proposta por Spink, o qual enfoca a compreenso dos processos pelos quais as pessoas produzem sentidos sobre o mundo e se posicionam nas relaes sociais cotidianas. Realizamos a coleta de informaes por meio de 5 entrevistas semi estruturadas com trabalhadores da rea industrial, demitidos aps 10 anos ou mais de atuao em uma mesma empresa. Para a anlise deste material foi empregado o mapa de associao de idias. As falas dos entrevistados evidenciam a importncia do trabalho na constituio de suas identidades, sendo estas interpeladas pelo discurso da empresa. Demonstram a identificao com o profissional polivalente e o seu questionamento. O desemprego propicia novos arranjos identitrios, considerando as dificuldades de insero no mercado. Este estudo auxilia na compreenso da centralidade do trabalho, da construo das identidades por meio da atividade profissional e de como a demisso e o desemprego podem transformar identidades.

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Ttulo: EDUCAO TECNOLGICA E PSICOLOGIA: NOVAS POSSIBILIDADES DE ATUAO PROFISSIONAL. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO DLBERTI SCIAMANA DE LIMA Autor (es) adicionais: DLBERTI SCIAMANA DE LIMA - UINSUL \ UFSC Financiador: Resumo: Dentre as vrias possibilidades de atuao do psiclogo, uma que tem surgido de forma incipiente a consultoria de projetos educacionais, mais especificamente, queles vinculados a educao tecnolgica para alunos do ensino fundamental. Um dos motivos que a utilizao de novas tecnologias de ensino tem se constitudo como principal diferencial competitivo almejado pela maioria das instituies escolares dos grandes centros brasileiros. Lousas digitais, portais educacionais, robtica educativa e laboratrios multimdia so alguns exemplos. Contudo, diferente dos demais, projetos de educao tecnolgica tem como enfoque a utilizao kits de robtica para promover o desenvolvimento de habilidades interpessoais, facilitar a aprendizagem e aplicao de conceitos oriundos principalmente da fsica e matemtica, alm de proporcionar ao aluno a realizao de experimentos tecnolgicos com a utilizao de motores, sensores e software para a programao de robs. Atualmente, tais projetos incorporam profissionais de diferentes reas como fsica, biologia, pedagogia, matemtica, informtica e psicologia. Pela presente apresentao oral, objetiva-se relatar a experincia de psiclogo como consultor de projetos educacionais, enfatizando as interfaces da psicologia com outras reas do conhecimento, as habilidades, competncias e atribuies requeridas a este profissional, alm das contribuies que a psicologia pode trazer tanto para a rea de consultoria quanto para projetos de educao tecnolgica.

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Ttulo: EXPERINCIAS DECORRENTES DA APOSENTADORIA: UM ESTUDO COM PROFESSORES APOSENTADOS Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCOS HENRIQUE ANTUNES Autor (es) adicionais: ANA PATRCIA ALVES V. PARIZOTTO - UNOESC Financiador: Resumo: A aposentadoria ocasiona transformaes na rotina e identidade do aposentado, e, portanto, causa diversos desdobramentos na vida pessoal e social deste. A aposentadoria se configura como um novo momento na vida do indivduo, e como tal, envolve significativas mudanas, as quais vm acompanhadas por ganhos, benefcios e perdas. A presente pesquisa possui o objetivo geral de identificar a concepo de professores aposentados frente experincia da aposentadoria. Igualmente, buscou-se conhecer a possvel relao entre aposentadoria e processo de luto, assim como os principais sentimentos e recursos mobilizados na adaptao a esse perodo. Tal pesquisa assume relevncia, pelo fato de encontrarmo-nos em meio a um significativo crescimento da populao idosa em nosso pas, ao passo que, observam-se limitaes no estudo da aposentadoria pelo campo da Psicologia. Esta pesquisa foi realizada com 06 professores aposentados da Rede Pblica Estadual e Municipal de Santo Expedito do Sul/RS. A amostra corresponde, aproximadamente, 10% do universo de professores aposentados no referido municpio. Para a execuo deste trabalho, optou-se por uma pesquisa qualitativa, na qual foram aplicadas entrevistas semi-dirigidas. Um dos principais elementos que receberam destaque se refere ao alto nvel de expectativas que os professores mantm em relao aposentadoria, aguardando-a com ansiedade. O estudo identificou a relevncia que h na preparao para a aposentadoria, contribuindo para que os profissionais vivenciem esse perodo de uma forma real, reconhecendo as perdas advindas do mesmo, facilitando a adaptao ao momento. Palavras-chave: Aposentadoria. Identidade. Perdas. Luto.

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Ttulo: GESTORES UNIVERSITRIOS E CARACTERSTICAS DO COPING NO CONTEXTO DE TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: FERNANDA AX WILHELM Autor (es) adicionais: JOS CARLOS ZANELLI - UFSC Financiador: Resumo: O estresse constitui um fenmeno complexo que necessita ser compreendido por meio de diferentes contextos e influncias. considerado positivo para a sobrevivncia humana, ao mobilizar recursos pessoais e preparar o organismo para se proteger de ameaas externas, na adaptao s exigncias do meio externo. Pode ser considerado negativo quando sua exposio ocorre de maneira constante e excessiva com exigncias do ambiente que excedem os recursos pessoais. Diariamente as pessoas, de modo geral, vivenciam situaes estressantes em seu cotidiano de trabalho e podem utilizar diferentes formas de enfrentamento para possibilitar a reduo do impacto do estresse. O coping pode ser definido como constantes esforos cognitivos e comportamentais no manejo de demandas especificas, externas e/ou internas, ao exigir ou exceder os recursos pessoais. claro, tais enfrentamentos tambm tm sido utilizados pelos dirigentes de organizaes universitrias em um contexto de constantes desafios e processos de mudanas. O objetivo deste estudo foi analisar as estratgias de coping utilizadas por quatro pr-reitores em uma universidade pblica do Sul do Pas. Foi utilizado um roteiro de entrevista com perguntas semi-estruturadas com o propsito de aprofundar as respostas dos gestores, precedidas pela aplicao do Inventrio de Estratgias de Coping de Folkman e Lazarus. O procedimento de coleta de informaes foi recorrente. A anlise dos dados foi feita por meio da construo de categorias a partir das verbalizaes dos participantes e da pontuao obtida no preenchimento do inventrio indicando as estratgias mais utilizadas e menos utilizadas. Dentre os resultados todos relataram vivenciar diferentes situaes estressantes em seu cotidiano de trabalho. Foi possvel constatar semelhanas entre as estratgias utilizadas pelos gestores. Estes utilizavam com maior freqncia as estratgias de suporte social, resoluo de problemas, aceitao de responsabilidade e reavaliao positiva. As estratgias menos utilizadas foram: confronto, afastamento, fuga e esquiva.

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Ttulo: GRAVIDEZ, LABOR E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LILIA APARECIDA KANAN Autor (es) adicionais: EVERLEY GOETZ - UNIPLAC MARINA PATRCIO ARRUDA - UNIPLAC Financiador: Resumo: Com a industrializao e consolidao do sistema capitalista, a mulher - desobedecendo prtica sociocultural de submisso ao homem e em um processo de reflexo sobre sua identidade social que at ento atendia s prticas sociais e ao imperativo que privilegiam o papel de me, esposa e dona de casa - passou a questionar sua posio, papel, identidade e sua suposta fragilidade. Como conseqncia, ela adentrou nas organizaes conquistando alguns espaos que antes eram territrios exclusivamente masculinos. Na atualiade, ainda que se constatem algumas razes da decisiva participao no mercado de trabalho, as mulheres continuam encontrando dificuldades para conciliar os diversos papis que desempenham. Se em condies normais esta realidade j evidente, to maiores so as dificuldades para as trabalhadoras grvidas cujo evento implica cuidados voltados preservao de sua qualidade de vida considerando os vrios fatores relativos sua sade e bem-estar. Este trabalho pretendeu ampliar a visibilidade/conhecimento sobre a condio que associa gravidez e labor, sobre especificidades que marcam a prtica laboral na gestao e sobre as garantias e direitos das gestantes trabalhadoras. Para tanto, assumiu o design de pesquisa bibliogrfica. Ao final e de modo geral, possvel concluir que so as chefias e colegas de trabalho que determinam ou provem muitas das possibilidades e experincias de prazer ou de sofrimento no trabalho da gestante trabalhadora. Assim, quer seja em sua gnese ou em sua reavaliao, a maternidade e os processos gestacionais, bem como os significados a eles atribudos requerem ateno destes atores, de modo a valorizar a identidade de mulher. Equilibrar necessidades e desejos tanto das trabalhadoras grvidas quanto das organizaes de trabalho representa possibilidade de contribuir para o rompimento de paradigmas que cerceiam o papel da mulher no contexto econmicoprodutivo de modo que as diferenas deixem de ser naturalizadas e transformadas em deficincias.

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Ttulo: INSERO PROFISSIONAL: OS SENTIDOS E AS IMAGENS DO TRABALHO PARA JOVENS APRENDIZES Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: REGINA CELIA PAULINELI BORGES Autor (es) adicionais: MARIA CHALFIN COUTINHO - UFSC Financiador: Resumo: As transformaes no chamado mundo do trabalho tem-se apresentado de forma constante. Ainda, neste cenrio de mudanas socioeconmicas tambm so pontuadas alteraes quantitativas em relao populao juvenil em idade ativa. Desta forma, a questo da juventude tem emergido como temtica expressiva nas ltimas dcadas. Numa abordagem qualitativa tomou-se a categoria trabalho como central atravs do materialismo histrico-dialtico e uma viso scio-histrica do conceito das juventudes/adolescncias. Deste modo, os jovens participantes, inseridos no mercado de trabalho por meio da Lei da Aprendizagem, foram vistos como seres constitudos em uma relao dialtica com o social e o histrico, expressando os sentidos do trabalho vivenciados no primeiro emprego. A entrevista foi principal tcnica de coleta de dados, complementada por imagens fotogrficas de cenas de trabalho, tambm significadas por meio de entrevista. O procedimento para anlise do material coletado foi organizado em Ncleos de Significao. A partir de um recorte dos resultados pesquisados so apresentadas consideraes analticas sobre os seguintes ncleos: 1) Experincia, Registro Formal e Consumo e 2) Primeiro Emprego. Assim, os jovens pesquisados obtiveram sua insero profissional atravs de aes e desejos prprios, valorizando esta primeira experincia, como tambm as novas responsabilidades. O registro formal de trabalho foi tomado com satisfao, como tambm fonte de autonomia financeira, facilitando acessos ao mercado consumidor. Os sentidos do trabalho, anunciados nas falas e nas imagens auto produzidas, apresentaram, dialeticamente, o trabalho em plos de positividade, mas tambm de negatividades. guisa de concluso possvel afirmar uma predominncia de sentidos positivos que corroboram uma viso de centralidade na primeira experincia profissional e mesmo fortemente atravessados por significaes sobre o trabalho produzidas em um contexto capitalista, os jovens buscam ser algum/ser feliz atravs do seu trabalho.

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Ttulo: JOVEM APRENDIZ CORRENDO ATRS DO SEU PROJETO DE VIDA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA TERESA MANDELLI Autor (es) adicionais: DULCE HELENA PENNA SOARES - UFSC MARILU DIEZ LISBOA - FAPESC Financiador: Resumo: Este trabalho resultado da dissertao de Mestrado em Psicologia realizada na UFSC, que investiga quais so os projetos de vida de jovens participantes do Programa Jovem Aprendiz. Fundamenta-se na Psicologia Social e no compromisso social da orientao profissional como a facilitadora do processo de construo do projeto de vida de jovens. Foram realizadas oito entrevistas individuais e quatro grupos focais com trinta e trs jovens entre 14 a 21 anos. Para a compreenso dos dados foi utilizada a anlise de contedo, organizada atravs de quatro categorias: Projeto de vida; Identificao familiar; Importncia do programa e Escolha profissional. A categoria Projeto de Vida foi dividida em projeto profissional e projeto pessoal, ambos relacionados com a construo da identidade, abordando aspectos da trajetria profissional familiar, a importncia do trabalho e dos estudos para a efetivao de seu projeto de vida e as exigncias do mercado de trabalho. O ensino superior o elemento central do projeto profissional pois justificado como condio fundamental para qualificao e ascenso profissional, que serviro de base para a construo de uma famlia, elemento central do projeto pessoal. Conciliar trabalho e estudo dificulta o acesso universidade federal por no terem tempo disponvel para dedicarem-se suficientemente preparao para o vestibular. O trabalho apresenta-se como principal meio de efetivao dos projetos de vida, pois os jovens necessitam trabalhar para o prprio sustento e/ou auxilio familiar, constituindo-se no elemento que traz a possibilidade de futuro numa ao presente que se estender ao longo da sua vida, a servio da construo de si. A famlia nuclear serve como apoio e incentivo para a busca destes jovens, sendo que a trajetria profissional dos familiares serve de base para um processo de diferenciao social fundamentado na possibilidade de estudar e ter melhores condies financeiras e de vida.

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Ttulo: NOVOS RUMOS S CHUTEIRAS: (RE) SIGNIFICANDO A APOSENTADORIA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULIANA COSTA CASTRO ARAUJO Autor (es) adicionais: BRUNA BITTENCOURT LIPERT - UNISUL ROSA CRISTINA FERREIRA DE SOUZA - UNISUL Financiador: Resumo: Com a globalizao as atividades profissionais esto em constante mudana, e o mercado de trabalho extremamente competitivo. Dessa forma necessrio cada vez mais profissionais qualificados e dedicados ao seu trabalho que, por sua vez, acabam adiando a aposentadoria na busca de maior estabilidade. Aposentar-se nem sempre um processo fcil, pois pode acarretar uma perda da identidade profissional, perda do status social, da rotina e das relaes afetivas vinculadas ao trabalho, alm de outras experincias j relatadas por pessoas aposentadas que remetem a angstia do tempo livre (o tdio) ocasionado pela dificuldade de administrar esse tempo. O estgio desenvolvido na disciplina de Estgio Bsico em Psicologia Social, teve por objetivo possibilitar a reflexo crtica acerca do trabalho e aposentadoria, considerando os aspectos subjetivos e ideolgicos, afim de contribuir para o processo de aposentadoria dos colaboradores. O mtodo utilizado foi o andraggico. O projeto foi desenvolvido com colaboradores de um Hospital Geral, localizado no Sul de Santa Catarina, que estavam at dois anos da aposentadoria ou j estavam aposentados, mas se mantinham trabalhando na instituio. O projeto props a realizao de nove (9) encontros semanais, com durao de aproximadamente uma hora (1h) cada. As estratgias utilizadas foram tcnicas de integrao, tcnicas de relaxamento, oficinas de dinmica de grupo, entre outras. Este estgio contribuiu para a ampliao do auto-conhecimento dos participantes e seu processo identitrio, e propiciou a tomada de conscincia e resignificao do trabalho e aposentadoria. Palavras-chave: Psicologia Social. Reflexo Crtica. Trabalho

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Ttulo: O INICIO DA VIDA PROFISSIONAL PARA UNIVERSITRIOS: POSSIBILIDADES DE ATUAO DA ORIENTAO PROFISSIONAL E DE CARREIRA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDRA KNABEM Autor (es) adicionais: PATRICIA MARIA LIMA DE FREITAS - UNING Financiador: Resumo: A preocupao com a insero do universitrio no mundo do trabalho tem despendido por parte das universidades uma crescente preocupao bem como estratgias para o enfrentamento dessa fase de transio entre a formao e o incio da vida profissional. A experincia das autoras ocorre desde 2005 com o desenvolvimento de oficinas de planejamento de carreira, ligado com o projeto de vida e o projeto profissional de estudantes universitrios. O projeto foi estruturado em forma de oficinas, com cada etapa com durao de 3 (trs) horas, o nmero de encontros tem variado de no mnimo 3 (trs) e no mximo 10 (dez). O objetivo sensibilizar os estudantes para um pensar sobre o projeto profissional e a carreira e a relao com o mundo do trabalho no desvinculado de um projeto de vida. No contexto das oficinas so oferecidos recursos de autoconhecimento profissional e do mundo do trabalho, possibilidades de atuao na rea de formao do estudante, debate sobre as tendncias do mercado de trabalho e as profisses, bem como as inseguranas e indecises na definio de um planejamento de carreira. A metodologia utilizada participativa e explora dinmicas de grupo e tcnica de orientao profissional. As oficinas tm possibilitado aos universitrios um espao de reflexo sobre a formao recebida, expectativas sobre o futuro profissional e incio de exerccio sobre o futuro profissional e da carreira. Para as autoras a experincia consiste num espao de reflexo sobre os desafios da insero do jovem no mundo do trabalho, o espao durante a formao para pensar a carreira e o mundo do trabalho na sua natureza temporria e fragmentada na contemporaneidade.

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Ttulo: O PAPEL DO ESTAGIRIO DE PSICOLOGIA NOS CONTEXTOS DE EMPRESAS JUNIORES E PROGRAMA DE EDUCAO TUTORIAL Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KARINA MATHEUS DOS SANTOS Autor (es) adicionais: ANA CARLA FABRO - UFSC ANA VITRIA SANDOVAL - UFSC CARLA MAEHLER - UFSC KARINA MATHEUS DOS SANTOS - UFSC ROBERTO MORAES CRUZ - UFSC EDITE KRAWULSKI - UFSC Financiador: Resumo: Esse resumo reflete a prtica dos estgios vinculados ao Projeto de Integrado de Extenso e Estgios em Psicologia Organizacional e do Trabalho (PRAPSI) nos contextos de Empresas Juniores e Programas de Educao Tutorial, no perodo de 2009 a 2010. A insero dos estagirios de Psicologia neste contexto reflete demandas especficas no mbito da gesto como recrutamento e seleo, desenvolvimento e treinamento, planejamento estratgico e avaliao. Cabe, assim, aos estagirios intervir em diferentes nveis de atuao: ttico enquanto aplicao e adaptao de tcnicas (como nos processos de recrutamento e seleo), estratgico no que se refere ao planejamento e avaliao, e programtico-poltico por meio da formao de idias. O estagirio, desse modo, atua como um assessor nessas organizaes, pois desenvolve prticas de diversos nveis de complexidade, promovendo reflexes sobre a forma e a razo dos processos de gesto. Percebe-se que o papel dos estagirios est cada vez mais consolidado neste contexto, tendo maior visibilidade devido ao melhoramento dos resultados e processos desenvolvidos nas organizaes. Diante da diversidade de atividades que os graduandos de psicologia desenvolvem, avalia-se que esse tipo de estgio favorece a aprendizagem dos mesmos, possibilitando a aplicao dos conhecimentos tericos s situaes cotidianas em organizaes de trabalho. Outras caractersticas desse campo de atuao que favorecem a aprendizagem so a liberdade encontrada nessas organizaes para o desenvolvimento de novos processos organizacionais e a tolerncia s dificuldades dos estagirios devido a sua inexperincia, como possveis erros comuns ao incio da insero no mercado de trabalho. Conclui-se que essas organizaes configuram-se como um campo de estgio que permite os estagirios desempenhar atividades em diferentes nveis de atuao, embora se reconhea que atuar de forma estratgica ainda um desafio. Palavras-chave: Estgio, Psicologia Organizacional e do Trabalho, Empresa Jnior, PET, Nveis de atuao.

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Ttulo: ORIENTAO PROFISSIONAL DE JOVENS EM PROCESSO DE INSERO NO MERCADO DE TRABALHO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA PAULA SESTI BECKER Autor (es) adicionais: SUELI TEREZINHA BOBATO - UNIVALI AMANDA JACQUES VARELLA - UNIVALI FERNANDA DAL PIZZOL MORO - UNIVALI MARIAJOS L. CARO SCHULZ - UNIVALI RAQUEL DA ROCHA - UNIVALI SAMANTHA CASSOL OLIVEIRA - UNIVALI Financiador: Resumo: Este trabalho apresenta atividades de orientao profissional desenvolvidas com jovens de baixa renda, filhos e dependentes dos funcionrios de uma empresa de grande porte do ramo alimentcio. Tem como objetivos possibilitar uma reflexo sobre projeto de vida; contribuir para o fortalecimento da auto-estima, valorizao de habilidades, tomada de decises e exerccio da autonomia; fornecer orientaes quanto elaborao de currculos, realizao da entrevista de emprego e demais procedimentos necessrios insero profissional. O Programa foi estruturado em trs mdulos: Autoconhecimento e Projeto de Vida; Influncia nas Escolhas; Conhecimento das Profisses e Mercado de Trabalho. Os mdulos foram distribudos em sete encontros, realizados semanalmente com durao de duas horas. O grupo foi composto por nove adolescentes com idade entre 14 e 17 anos. O mtodo utilizado foi baseado no modelo apresentado por Lucchiari (1993), denominado planejamento por encontros e desenvolvido a partir de tcnicas grupais, relatos orais e escritos e depoimento de profissionais da empresa. Os encontros se processaram com uma Dinmica de Aquecimento, seguido de tcnica que trata o tema especfico e Avaliao. Os resultados obtidos apontaram expectativas positivas dos adolescentes em relao ao futuro e carreira profissional, permeadas por dvidas e idealizaes. Prevalece o desejo de ingressar no ensino superior, conquistar um bom emprego, seguido ao ensejo de constituir uma famlia. Quanto influncia em suas escolhas, o grupo considerou a famlia como instncia mais significativa na tomada de deciso, manifestando de modo positivo o apoio e expectativa dos familiares em relao a direcionamentos na rea profissional. Os dados sugerem que as tcnicas de autoconhecimento foram preponderantes neste processo, possibilitando reflexes e debates sobre a importncia das influncias nas escolhas para o delineamento do projeto de vida e identificao/reconhecimento das competncias a serem desenvolvidas a fim de concretizarem suas expectativas pessoais e profissionais.

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Ttulo: ORIENTAO PROFISSIONAL EM FOCO: UMA EXPERINCIA EM PSICOLOGIA SOCIAL. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARCOS HENRIQUE ANTUNES Autor (es) adicionais: ANA PATRICIA ALVES V. PARIZOTTO - UNOESC Financiador: Resumo: O presente Relato versa sobre o Estgio Profissional na rea Social A, disciplina do Curso de Psicologia da UNOESC. O Estgio foi desenvolvido no ano de 2009, em uma Empresa de Recursos Humanos. No incio do Estgio, foram realizadas entrevistas com a direo e funcionrios da empresa, a fim de coletar dados em relao ao contexto ao qual se estaria atuando. Verificou-se a necessidade de orientao aos indivduos que buscavam pela primeira oportunidade de emprego. Desta maneira, optou-se pela proposta de interveno: Oficina de Orientao Profissional. Para a execuo desta atividade, tivemos como objetivo geral: Orientar a demanda existente de pessoas que esto procura de seu primeiro emprego; e objetivos especficos: Rastrear currculos em busca do primeiro emprego, no banco de dados da empresa, Trabalhar as expectativas e ansiedades que envolvem o processo de insero no mercado de trabalho, assim como orientar acerca de procedimentos no processo de seleo. A Oficina de Orientao Profissional aconteceu em dois encontros, com a durao de aproximadamente duas horas e meia cada, tendo como participantes, 13 sujeitos. No primeiro encontro, foram abordados aspectos em relao ao auto-conhecimento, assim como s expectativas e ansiedades que ocorrem no processo de procura do primeiro emprego. Na segunda etapa, foram desenvolvidas tcnicas diversificadas, as quais proporcionaram a discusso, assim como a troca de informaes acerca dos procedimentos em seleo. A prtica da Orientao Profissional, confirma-se como um tema diferenciado e que traz consigo uma significativa relevncia para a comunidade, o qual trouxe notveis resultados para os participantes da Oficina. Ressalta-se a importncia em fomentar a prtica da Orientao Profissional, divulgando e expandindo, inclusive no meio acadmico. Identificamos tambm, a demanda existente deste servio junto s escolas pblicas, tendo sido oferecida esta devolutiva empresa para que a mesma possa aderir ao desenvolvimento desta atividade permanentemente.

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Ttulo: PERFIL PSICOLGICO DE AGENTES PENITENCIRIOS DE UMA UNIDADE PRISIONAL DA REGIO OESTE DE SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALINE BONEZ Autor (es) adicionais: ELISAMARA DAL MORO - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA SCHEILA BEATRIZ SEHNEM - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA Financiador: Outros - INSTITUIO COMUNITRIA Resumo: A segurana um dos temas de grande relevncia para a sociedade, sendo o Sistema Prisional um dos rgos pblicos responsvel por mant-la. O Agente Penitencirio o profissional responsvel pela segurana interna de um presdio e pela ordem entre os presos, desempenhando uma funo de alto risco, exposto a diversas situaes geradoras de stress, uma vez que seu contato diretamente com os detentos. Desse modo, esta pesquisa objetivou descrever o perfil sociodemogrfico, analisar as condies de sade mental e avaliar o nvel de stress desses profissionais, dados estes que foram obtidos mediante instrumentos psicolgicos Escalas Beck e ISSL e um questionrio semiestruturado, elaborado pelas pesquisadoras. Participaram da pesquisa 19 sujeitos entre 22 e 69 anos de idade, com prevalncia do sexo masculino e escolaridade considerada alta, uma vez que 21,05% dos sujeitos concluram o ensino mdio, 21,05% possuem ensino superior incompleto e 21,05% ensino superior completo. Os dados revelam que 100% dos sujeitos no possuem desesperana e depresso havendo a ausncia de ideao suicida, 5,26% apresentam grau mnimo de ansiedade e 31,57% se encontram na Fase de Resistncia do Stress. Segundo os resultados obtidos nesta pesquisa, percebe-se que esses agentes penitencirios possuem condies de sade mental relativamente boas, fato este que, talvez, pode ser explicado por possurem tempo de servio considerado baixo, sendo que 21,05% dos sujeitos possuem tempo de servio inferior a um ano e 42,10% entre um a cinco anos.

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Ttulo: PRTICAS DE ORIENTAO PROFISSIONAL EM UM SISTEMA DE ENSINO DE SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CRISTIAN CA SEEMANN STASSUN Financiador: Resumo: Este um relato de experincia sobre atendimentos de orientao profissional e docncia na rea de carreira durante cinco anos no maior Sistema de Ensino de Santa Catarina. O objetivo desse relato compartilhar tcnicas, inovaes e formatos de interveno com alunos que se preparam para o vestibular. Baseado na perspectiva Scio-Histrica e Existencialista, relataremos como se estrutura a disciplina realizada com os segundos anos do ensino mdio, e como essa estratgia de coleta de informaes, visitas em locais de trabalho e universidades, palestras de profissionais, dinmicas de esclarecimento, didticas por mdias atualizadas, diversidades de temticas, planejamento de estudos, questes emocionais e estratgias de vestibular, servem para construir junto ao aluno a escolha crtica de um curso universitrio e desenvolver uma meta desafiadora para o decorrer do terceiro ano. Nesse contexto, a inerente necessidade de atendimentos individuais, de acordo com as opes de curso, dificuldades de escolhas, e com os dados coletados no grupo em sala de aula, completa um sistema de pesquisa sobre critrios de escolha de curso e a condio crtica frente escolha de profisso que cada aluno oferece. Esse relato faz parte faz parte de um estudo de doutorado, que reflete diretamente a interveno prtica pelas tcnicas existentes e construo de novas, os subsdios de teorias crticas e a subjetividade dos alunos que fazem parte de um contexto especfico, que exigem cada vez mais dos Psiclogos, conhecimento profundo dos cursos universitrios e das profisses, noes de empreendedorismo e logstica, tendncias de mercado, redes sociais e uma srie de elementos a ser explorados, que fazem parte da escolha de curso, alm das informaes reveladas pelos testes psicolgicos e dinmicas de grupo.

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Ttulo: PROCESSOS COMPORTAMENTAIS QUE CONSTITUEM O TRABALHO DE GESTORES Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LILIA APARECIDA KANAN Autor (es) adicionais: SILVANA REGINA AMPESSAN MARCON - UCS - UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - CAXIAS DO SUL/RS MAGDA MACEDO MADALOZZO - UCS - UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - CAXIAS DO SUL/RS ROSECLER MASCHIO GILIOLI - UCS - UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CAXIAS DO SUL/RS ERIC DORION - UCS - UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - CAXIAS DO SUL/RS ALESSANDRA MARTINI - UCS - UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CAXIAS DO SUL/RS Financiador: Resumo: Este estudo apresenta resultados obtidos no projeto de pesquisa denominado Comportamento dos Gestores, projeto de dimenso multidisciplinar, desenvolvido por pesquisadores das reas de Administrao e Psicologia da UCS Universidade de Caxias do Sul e da UNIPLAC - Universidade do Planalto Catarinense. Objetivou-se estudar comportamentos de gestores, visando identificar e compreender que processos comportamentais constituem o seu trabalho. Para tanto, foram entrevistados 22 gestores de nvel intermedirio de empresas de pequeno porte do Rio Grande do Sul, classificadas entre as 150 melhores para se trabalhar em 2009, pesquisa da Revista Exame, conduzida pela consultoria Greate Place to Work. Os dados foram trabalhados por meio da anlise de contedo (Bardin). Foi possvel diferenciar os relatos em categorias iniciais atravs da extrao das percepes contidas em cada interveno, resultando em 231 comportamentos, que foram novamente reagrupados por semelhanas de contedo e aglutinados em categorias intermedirias e, posteriormente, finais, representando as ideias centrais dos depoimentos dos entrevistados. As duas categorias finais identificadas foram: comportamentos gerenciais e comportamentos operacionais. De modo geral, os resultados demonstraram que os gestores dedicam em torno de 29% do seu tempo em comportamentos gerenciais de liderar, seguido por 24% do comportamento controlar, 19% coordenar, 15% planejar e 13% organizar. Com relao aos comportamentos considerados operacionais, os resultados demonstraram 36% no comportamento fazer, 32% acompanhar, 13% analisar, 10% identificar, 7% auxiliar e 2% participar. O estudo revelou que h predominncia de comportamentos gerenciais perfazendo um total de 52%. Porm os comportamentos operacionais totalizam 48% , destacando-se fazer e acompanhar, que aparecem com freqncia na rotina de trabalho dos gestores. Os resultados contriburam para identificar e compreender os processos comportamentais presentes no trabalho de gestores. Pesquisar sobre o exerccio da funo gerencial em tempos de novas tecnologias possibilita identificar as habilidades comportamentais mais exigidas dos gerentes nos dias atuais.

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Ttulo: PROGRAMA DE PREVENO DO ASSDIO MORAL NO SERVIO PBLICO DE SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KAMILLA VALLER CUSTDIO Autor (es) adicionais: ALESSANDRA DA CRUZ SERAFIM - SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAO IZABEL CAROLINA MARTINS CAMPOS - SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAO ROBERTO MORAES CRUZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O presente resumo refere-se ao relato de experincia profissional de gesto de atividades concernentes preveno do assdio moral desenvolvida pela Gerncia de Sade Ocupacional (GESAO), da Diretoria de Sade do Servidor (DSAS), da Secretaria de Estado da Administrao (SEA) no servio pblico do poder executivo estadual de Santa Catarina. Objetiva-se refletir sobre a necessidade de aes que contemplem esta problemtica no Estado/SC, o processo de elaborao coletiva do Programa de Preveno do Assdio Moral realizado por profissionais da SEA, e os desafios e perspectivas na implantao deste. Por ser uma secretaria sistmica, a SEA tem a prerrogativa de estabelecer diretrizes e normas que subsidiem as aes dos demais rgos do poder executivo estadual. A GESAO/SEA, por meio da Lei n 14.609/2009 e do Decreto n 2.709/200, elaborou diversos programas voltados sade ocupacional do servidor pblico estadual, incluindo um Captulo referente ao Programa de Preveno do Assdio Moral/SC. Este visa proibir e prevenir esse fenmeno no servio pblico catarinense. O dispositivo esclarece o que se considera como assdio moral; explicita atitudes que caracterizam essa violncia no trabalho; aborda a forma como dever ser realizada a apurao da prtica do assdio moral; prev a possibilidade de penalidades ao agressor de acordo com o estatuto dos servidores e normatiza as aes a serem executadas pelos rgos e entidades da administrao pblica estadual. Conclui-se que a implantao deste programa complexa, pois perpassa pelos interesses dos dirigentes e pela ao organizada dos servidores; e que a operacionalizao deste poder contribuir na minimizao do sofrimento psquico dentro das organizaes de trabalho, possibilitando relaes mais dignas nesse sentido.

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Ttulo: PROJETO DE EXTENSO PR-CARREIRA: ORIENTAO PROFISSIONAL PARA FORMANDOS Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NADIA ROCHA VERIGUINE Autor (es) adicionais: KARINA NONES TOMELIM - UNIASSELVI CARINA LUCIETA DALLABRIDA - UNIASSELVI MNICA LCIA DO NASCIMENTO - UNIASSELVI RAFAELA GONALVES - UNIASSELVI DAIARA ROSLIA JUSTINE WESTARB - UNIASSELVI TAMIRES CRISTINA LENZI - UNIASSELVI ADRIANO ALVES DE OLIVEIRA - UNIASSELVI Financiador: Resumo: O mundo do trabalho tem apresentado grandes transformaes nos ltimos anos. A reestruturao produtiva, a flexibilizao das relaes trabalhistas e a intensificao e precarizao do trabalho criaram um novo contexto bastante paradoxal. H menos ofertas de trabalho para os indivduos com formao universitria e aqueles que conseguem um trabalho na sua rea de formao sofrem com a alta carga de atividades. No tem sido fcil para os jovens formandos se inserirem no mercado de trabalho, e mais difcil ainda manter o trabalho que se tem. Inserido no contexto da orientao profissional, esse trabalho tem como objetivo apresentar o projeto de extenso prcarreira. O mesmo oferece o servio de orientao profissional e planejamento de carreira na modalidade de grupo para os formandos de uma faculdade particular de Blumenau e tem como objetivo a criao de um espao de reflexo sobre o futuro profissional e as possveis estratgias de insero no mercado de trabalho para esses jovens. A metodologia empregada envolve a realizao de oficinas com palestras, dinmicas de grupo e discusses. Os contedos abordados so: a satisfao ou frustrao com o curso escolhido, as possibilidades de atuao profissional na rea, a entrevista de seleo, a elaborao do currculo profissional, as condies do mercado de trabalho, o perfil do profissional na atualidade e a elaborao de um planejamento profissional. O projeto coordenado por uma professora especialista na rea de orientao profissional e aplicado por um grupo de estagirios do curso de psicologia. At o presente momento, mais de 150 alunos participaram das oficinas, sendo que a avaliao dos mesmos a respeito do projeto tem sido muito positiva. Para os mesmos, este espao se configura num dos nicos momentos para a reflexo sobre o projeto de futuro profissional.

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Ttulo: PSICODRAMA COMO RECURSO PSICOTERAPUTICO CONTRA O ESTRESSE DE PROFISSIONAIS DE EDUCAO DA REDE PBLICA ESTADUAL. Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAMILA DETONI Financiador: Resumo: O presnte trabalho teve como objetivo investigar como o Psicodrama Clnico pode rematrizar os papis profissionais e auxiliar na diminuio do estresse de profissionais da educao. A atuao em organizaes como o Conselho Tutelar e Gerncia de Educao proporcionou o conhecimento da realidade profissional destes atores que diariamente lidam com situaes estressantes: alunos desmotivados, agitados e agressivos, violncia na escola e domstica e dificuldades de aprendizagem. A partir dessas vivncias, em discusso com colegas surgiu a idia da criao de um espao em que seja possvel ouvir os educadores e conhecer as dificuldades encontradas no cotidiano destes profissionais, para que o estresse seja diminudo e solues sejam encontradas. Alm disso, na realidade profissional eiste insegurana e estresse profissional, que podem ser desencadeados por: transformaes sociais, mudanas impostas pela atual gerao de alunos, mudanas na dinmica familiar, formao acadmica predominantemente tcnica, polticas pblicas que influenciam a educao. O psicodrama, enquanto teoria baseada na ao possibilita a emergncia de problemas vivenciados no cotidiano, a tomada de conscincia e o resgate da criatividade, espontaneidade, ou seja, a criao de novas respostas a problemas, conflitos no solucionados. Diante disso, levantou-se o questionamento: Como o psicodrama pode ser utilizado enquanto recurso psicoteraputico contra o estresse de educadores das escolas da rede pblica estadual? Identificar e compreender o contexto supracitado e traz-lo para um setting teraputico possibilita perceber o indivduo em seu sentido amplo e completo. A ao utilizada pelo psicodrama permite uma aproximao teraputica do conflito presente nas relaes escolares, alm de produzir insights profundos por parte do participante a respeito do significado dos papis assumidos e do estresse gerado por estes papis. Dessa forma, possvel que o educador passe a ser e agir de forma mais saudvel no ambiente profissional, e conseqentemente em outros mbitos da sua vida.

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Ttulo: PSICOLOGIA E GESTO DE PESSOAS: CAPACITAO DE TRABALHADORES DO SERVIO PBLICO SOB UM ENFOQUE REFLEXIVO Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EDITE KRAWULSKI Autor (es) adicionais: SUZANA DA ROSA TOLFO - UFSC NARBAL SILVA - UFSC Financiador: Resumo: Dentre as contribuies da psicologia das organizaes e do trabalho s polticas e processos de gesto de pessoas tm se destacado o desenvolvimento de aes de capacitao de trabalhadores vinculados a diferentes setores. Esse destaque, sobretudo nos ltimos anos, pode ser associado emergncia de abordagens tericometodolgicas voltadas ao desenvolvimento de competncias profissionais. Tendo em vista essas consideraes, tm sido desenvolvidos cursos de capacitao para trabalhadores tcnico-administrativos de uma instituio federal de ensino superior, inseridos no Plano de Capacitao elaborado pelo rgo responsvel. Dois aspectos conferem caractersticas peculiares a tais cursos: primeiramente, a nfase em temticas voltadas relao dos sujeitos com o mundo do trabalho e com as particularidades das equipes e/ou setores em que atuam, como os sentidos do trabalho, as interaes intra e intergrupais e o desenvolvimento de competncias profissionais e de equipes. Um segundo aspecto diz respeito metodologia e procedimentos empregados, privilegiando um processo reflexivo e construtivista no qual o psiclogo atua como facilitador do processo de ensino-aprendizagem e os prprios aprendizes debatem as temticas e trazem elementos do seu cotidiano de trabalho para serem analisados luz dos temas norteadores das discusses. Como resultado, desenvolvem e aprofundam seus conhecimentos sobre as mltiplas variveis que influenciam seu desempenho profissional no que se refere dimenso comportamental e se tornam mais reflexivos acerca da singularidade das relaes que estabelecem com seu trabalho no servio pblico nas diferentes etapas do ciclo de vida produtivo.

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Ttulo: SISTEMA CAGE (COACHING COM ABORDAGEM GESTLTICA) Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SONIA APARECIDA DE OLIVEIRA BALSTER Autor (es) adicionais: ROSANE LORENA MULLER-GRANZOTTO - MULLER-GRANZOTTO Financiador: Resumo: RESUMO: Este trabalho visa delinear alguns pontos que contribuam para pensar o processo de Coaching no mbito organizacional e pessoal, com um olhar gestltico. Prope uma metodologia capaz de dar sustentao prtica ao processo de Coaching, enfatizando o autoconhecimento, a aceitao de si mesmo e as possibilidades de criar a partir das suas formas, do seu aqui-agora. A grande ferramenta do Coach ter um olhar para o relacionamento, para o contato e awareness, para o sistema self propriamente dito. A hiptese central que a mudana no indivduo ocorrer por meio de awareness, a nfase est no contato, em conhecer e aceitar quem voc e ampliar sua capacidade a partir dessa posio, criar algo. O relacionamento muito importante para efetivar a mudana, pois ela s pode acontecer no presente, ou seja, no aqui - agora, na experincia. A manuteno das novas formas se dar atravs de um processo de experimentao, repetio e conscientizao. No mbito organizacional, a hiptese na construo de uma "Cultura de Coaching", que abre espao para trabalhar as emoes, lidar com a adversidade, com o inesperado, isso significa uma ampla reformulao de atitudes e de concepo filosfica de funcionamento da organizao. Espera-se que o participante do processo de coaching com abordagem gestltica (Sistema CAGE) construa criativamente novas formas e integre-as no cotidiano da organizao.

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Ttulo: TRABALHO E SEUS SIGNIFICADOS NA MIGRAO DE BRASILEIROS/AS LONDRES (UK) Tema: PSICOLOGIA, ORGANIZAES E TRABALHO Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LAILA PRISCILA GRAF Autor (es) adicionais: TANIA TONHATI - GRUPO DE ESTUDO SOBRE BRASILEIRO NO REINO UNIDO GEB Financiador: Resumo: Este trabalho analisou os modos como os imigrantes brasileiros compreendem suas atividades laborais em Londres. Para tal esse estudo foi fundamentado na compreenso dos significados do trabalho, em que os significados estariam relacionados dimenso social e discursos produzidos pelo coletivo de pessoas sobre o trabalho. O estudo enfocou sua anlise no trabalho de limpeza e cuidados (cleaner and social care jobs), realizado por brasileiros em Londres, sendo um estudo qualitativo efetuado por meio de uma pesquisa de documentos coletados na internet, mais especificamente, das mensagens trocadas no website de relacionamento Orkut. Foi selecionado trs comunidades sobre o tema, duas referentes a atividade de limpeza e uma referente aos cuidadores de crianas. Para as anlises foram estudadas as informaes das pginas das comunidades e dos textos adicionados pelos membros. Deste modo, os resultados foram divididos em duas categorias: a primeira referente a caracterizao das comunidades, com informaes sobre nmero de membros, sexo dos usurios, data de criao, nmero de fruns e assuntos discutidos. Em segundo, foram indicadas as informaes sobre os significados do trabalho referentes s atividades analisadas, as quais apresentaram significados compreendidos como positivos e negativos; entre os positivos foram as oportunidade de residncia em uma cidade cosmopolita e internacional, remunerao, entre outros, os negativos foram o trabalho pouco reconhecido socialmente, carga horria elevada de labor, variadas exigncias e ritmos de trabalho acelerados.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia e Sade

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Ttulo: (RE) DESCOBRINDO A AFETIVIDADE EM CRIANCAS DE UMA ONG: INTERVENO DE ESTGIO. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA CAROLINA HOFFMANN Autor (es) adicionais: PRISCILA CASAGRANDE PEREIRA - UNIASSELVI - FAMEBLU SONIA REGINA VINCI CARDOZO - UNIASSELVI - FAMEBLU ELIANE REGINA PEREIRA - UNIASSELVI - FAMEBLU Financiador: Resumo: Segue relato referente ao estgio em Psicologia e Sade Pblica do curso de Psicologia da Uniasselvi, que ocorreu em uma ONG no municpio de Blumenau. O trabalho foi realizado com crianas de 3 a 4 anos de idade, que permanecem na instituio 8 horas dirias. A metodologia utilizada exigiu vinte horas de observaes, com perodo para elaborao de diagnstico e interveno, concluindo quinze horas de interveno seguida de elaborao do relatrio. A partir do diagnostico, a afetividade, organizou-se intervenes com o objetivo de oportunizar as crianas a expresso de seus sentimentos, descobrindo alternativas para momentos de agressividade. No primeiro encontro ocorreu a cotao de histria sobre o patinho feio, aps discusso com grupo ouve elaborao de cartaz e desenho. No segundo encontro a leitura do conto A Galinhazinha vermelha, as crianas foram divididas em 3 grupos sugerindo-se a elas confeco de um cartaz coletivo. No terceiro encontro foi apresentado um televisor de papelo onde passava a histria Chapeuzinho Vermelho com um final diferente, onde todos viravam amigos. No quarto encontro definiu-se um trabalho com massinha de modelar e aps a histria As Trs irms, cada criana ganhou massinha de uma nica cor. No ltimo encontro foi proposto a confeco do fantoche de dedo, onde tiveram livre escolha para elabor-los, sendo realizado um teatro. Os resultados nos permitem inferir que as atividades serviram como espao de construo de novos sentidos, uma vez que as crianas expressam seus sentimentos com relao escola, a famlia e a vizinhana, com isso (re) aprenderam a partilhar, a trocar, a dividir. Como resultado final as estagirias puderam observar que a partir das atividades ldicas as crianas contavam histrias criadas por elas, recriando assim todo seu contexto e a sua prpria realidade. Poderamos dizer que a experincia por elas vivenciada se tornou experincia esttica.

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Ttulo: DOR QUE NO DI: MUDANAS DO PERODO PS-PARTO E PERDA DO CICLO VITAL NA PERCEPO DE MES DE PRIMEIRA VIAGEM Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ISABELA TOSCAN MITTERER Autor (es) adicionais: SCHEILA BEATRIZ SEHNEM - UNOESC PAOLA ANTUNES DE MORAES HUBER - UNOESC Financiador: Instituio pblica - ESTADO DE SANTA CATARINA, ART 170 Resumo: O perodo do puerprio de mes primparas ocasiona uma srie de mudanas e readaptaes marcantes. Por ser um momento de transio ou de crise do ciclo vital, tambm traz algumas perdas normativas. A sociedade e o beb exigem dessas mes boa capacidade de resilincia para resolver conflitos que venham a surgir nessa readaptao, em um curto perodo de tempo, a fim de que as necessidades do beb sejam supridas. Por desconhecer os mecanismos envolvidos nesse perodo, esta pesquisa teve como objetivo investigar quais as principais mudanas do perodo ps-parto e sua relao com a perda do ciclo vital na percepo de 15 mes primparas, com idade entre 18 e 33 anos, os sentimentos e vivncias envolvidos nessas mudanas e se existe relao entre crise do ciclo vital e depresso ps-parto. A investigao foi realizada com base em uma entrevista semi-estruturada baseada nos objetivos da investigao e o Inventrio de Depresso Beck (BDI). As mudanas do perodo ps-parto envolvem aspectos psicolgicos, fsicos e de organizao do dia a dia, alm de aspectos sociais, redefinio de papis e de identidade. A separao entre a vida pr-gravidez e a ps-parto ficou evidenciada nas comparaes das mes. As vivncias e sentimentos mencionados com mais freqncia pelas mes foram a ansiedade, o medo, o cansao fsico e a insegurana. No foram encontradas correlaes significativas entre crise do ciclo vital e a depresso ps-parto na amostra desta pesquisa. importante voltar para essas mes um olhar compreensivo e acompanhar sua sade mental, pois suas vivncias nesse perodo podero influenciar as reais necessidades dos filhos e criar um crculo afetivo saudvel que incentive a sade mental dos envolvidos.

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Ttulo: A EXPERINCIA DO GRUPO DE ESTUDO DE CASO NO ESTGIO EM CLNICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: INEA GIOVANA DA SILVA ARIOLI Autor (es) adicionais: INEA GIOVANA DA SILVA ARIOLI - UNIPLAC Financiador: Resumo: Este resumo tem por objetivo apresentar o Grupo de Estudo de Caso vinculado ao Estgio em Processos Clnicos do Curso de Psicologia, que realiza uma reflexo sobre a teoria/prtica de cada abordagem. O objetivo do grupo auxiliar o processo de aprendizagem do lugar de psicoterapeuta, propondo compreender os casos apresentados dentro da perspectiva dos referenciais tericos oferecidos aos acadmicos. Durante os encontros os alunos dividem-se conforme a abordagem que realizam o estgio e trabalham norteados por quatro tpicos: queixa, investigaes necessrias, esboo de compreenso do caso e possveis intervenes. Subsequentemente abre-se o dilogo para o grande grupo, onde cada pequeno grupo expe o que foi trabalhado, dando espao para crticas e reflexes e buscando evidenciar os pontos divergentes e convergentes das abordagens. Esta dinmica mostra-se bastante produtiva, e no final de cada semestre realizada uma avaliao do grupo para investigar os pontos positivos e negativos, buscando aprimorar o movimento grupal. Os acadmicos elencam como principais pontos positivos as seguintes contribuies: 1)auxilia na compreenso dos principais pressupostos tericos das abordagens; 2)facilita a abstrao; 3)faz pensar a interveno; 4)instiga a pesquisa terica; 5)conduz para a percepo e respeito das diferenas; 6)instiga a explicitao do que est implcito; 7)possibilita exercitar a concatenao e a comunicao das idias perante o grupo; 8)oportuniza o aprofundamento das supervises com seus orientadores, servindo como facilitador do estgio; 9)induz reflexo, argumentao e defesa das idias; 10)favorece a interao teoria/prtica. Como entrave citado o perigo do grupo enredar-se num excesso de interpretaes e se distanciar das informaes fornecidas. A mediao acontece numa relao horizontal entre os integrantes, onde cada um traz sua parcela de conhecimento, conduzindo e enriquecendo a troca de experincias, buscando-se no grupo uma interao que propicie a aprendizagem, de forma a envolver o afetivo, o tcnico e o terico.

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Ttulo: A EXPERINCIA DO PROFISSIONAL PSICLOGO NO PROGRAMA DE RESIDNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SADE DA FAMLIA E COMUNIDADE DO GRUPO HOSPITALAR CONCEIO(GHC), PORTO ALEGRE, RS. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NATALIA PINHEIRO SCATAMBURLO Autor (es) adicionais: ROBERTO H. AMORIM DE MEDEIROS - PRECEPTOR DA RESIDNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SADE DA FAMLIA E COMUNIDADE, SERVIO DE SADE COMUNITRIO, GRUPO HOSPITALAR CONCEIO (GHC). Financiador: Instituio pblica - MINISTRIO DA SADE Resumo: A organizao dos servios de ateno sade, de acordo com os princpios e diretrizes do SUS, exige dos profissionais de sade uma formao qualificada e comprometida com a integralidade de suas aes. O objetivo deste trabalho relatar a experincia interdisciplinar do psiclogo no Programa de Residncia Multiprofissional em Sade da famlia e Comunidade, desenvolvido no Grupo Hospitalar Conceio (GHC), Porto Alegre, RS. O GHC um complexo de ateno sade da regio sul do Brasil, que conta em sua estrutura com servios de diferentes nveis de ateno, entre eles, hospitais, postos de sade e centros de ateno psicossocial (caps). O programa de residncia desenvolvido atravs de formao prtica em servio (80% da carga horria total), atividades integradas entre as trs nfases (sade comunitria, sade mental e hospitalar) e atividades especficas por campo e ncleo (20% da carga horria total). O conceito de ncleo configura os saberes e as prticas de competncia exclusiva de cada profisso ou especialidade. As discusses no ncleo da Psicologia se referiam ao conceito do processo sade-doena; a especificidade das aes da Psicologia na ateno bsica; propostas de intervenes da Psicologia relacionadas preveno de doenas, promoo de sade e recuperao; indicadores em sade mental, entre outros. O conceito de campo abrange o conjunto de saberes e prticas comuns a vrias profisses ou especialidades em relao ao setor da sade. Neste sentindo, os espaos de campo foram privilegiados para discusses de casos de maneira interdisciplinar e intersetorial; para diagnsticos das necessidades da comunidade e planejamento estratgico situacional, entre outros. Assim, a proposta de residncia multidisciplinar se prope a romper os paradigmas existentes em relao formao de profissionais para o SUS e a mudana da lgica na organizao da ateno.

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Ttulo: ANTECEDENTES DA REFORMA PSIQUITRICA EM SANTA CATARINA: OS ANOS 1970 Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: DANIELA RIBEIRO SCHNEIDER Autor (es) adicionais: CRISTIANNE BUDDE - UFSC KARLA CASTILLO FLORES - UFSC ELIANE TERNES TORRES - ESPAO CLINCA Financiador: Resumo: Fruto de uma pesquisa qualitativa, de caractersticas descritivo-exploratrias, que utilizou como instrumentos entrevistas semi-estruturadas e pesquisa documental em arquivos pblicos, bem como a anlise de contedo para a elaborao dos dados, o trabalho discute as iniciativas de mudana na assistncia psiquitrica no Estado de Santa Catarina, nos anos 1970, durante o governo Colombo Salles, descrevendo o contexto sociopoltico brasileiro e catarinense. Discute o cenrio dos antecedentes da reforma psiquitrica no Brasil e reflete sobre o papel histrico dessa iniciativa, que realizou uma experincia pioneira para a poca, em direo ao que se chamava de Reforma da Assistncia Psiquitrica. Orientado por tcnicos da Organizao Pan-Americana de Sade (OPAS), o governo do Estado desenvolveu uma poltica de sade mental, com base nas experincias da psiquiatria preventiva do governo Kennedy, tendo sido uma experincia, de um certo ponto de vista, exitosa na implantao dos princpios da sade preventista-comunitria, podendo ser considerada uma espcie de pr-reforma psiquitrica, que iria se consolidar nos anos 1980-90 no Brasil. A descrio da constituio daquela experincia, a discusso do contexto local, nacional e internacional onde ela se gestou, assim como as contradies que fizeram parte do seu desenvolvimento, so os principais objetivos deste trabalho, que pretende contribuir para a compreenso da constituio do campo das polticas de sade mental no Brasil.

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Ttulo: ARTETERAPIA: DECIFRANDO CDIGOS DA ESQUIZOFRENIA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NBIA SALDANHA DE FREITAS Financiador: Resumo: ARTETERAPIA: DECIFRANDO CDIGOS DA ESQUIZOFRENIA O tema do presente trabalho a arteterapia: decifrando cdigos da esquizofrenia. Foram participantes deste estudo dois adultos, um homem e uma mulher, acometidos de esquizofrenia (CID-10 F.20) que recebem atendimento psicolgico e psiquitrico ambulatorial (ESF). A escolha desses pacientes foi feita em funo das dificuldades que apresentavam no momento, atividades simples e cotidianas se tornaram quase impossveis, inclusive os medicamentos, os quais necessitam continuamente no estavam sendo usados adequadamente. Causando crises/surtos, consultas mdicas e hospitalizaes freqentes, sendo assim o processo de interdio do casal foi sugerido pelo psiquiatra. Diante deste cenrio, proporcionamos atividades arte teraputicas com a finalidade de amenizar o sofrimento dos indivduos portadores de esquizofrenia, propondo-lhes a sua incluso no meio social para que pudessem participar de suas atividades cotidianas de forma ativa e criativa. Assim como, oportunizar aos participantes um meio de expresso de sua realidade e de seus sentimentos proporcionando a tomada de conscincia de suas caractersticas facilitando a aquisio da identidade. Para isso foi necessrio realizar uma proposta em arteterapia, utilizando tcnicas de artes plsticas, msica e contato com a natureza para favorecer aos sujeitos a conscincia, o reconhecimento e a apreciao do seu universo interno e externo e desta forma, facilitar a construo de sua auto imagem e de seu papel no mundo. Assim, para concluir, observa-se que atravs da experincia artstica criativa vivida no processo psicotereputico, houve uma melhora na capacidade expressiva dos indivduos. Sendo assim, a arteterapia resgatou o potencial expressivo, buscando a psique saudvel e estimulando a autonomia e a transformao interna para reestruturao destes seres humanos diante do mundo. Para finalizar importante lembrar que o encaminhamento da interdio dos participantes no foi feito, pois hoje apresentam certa autonomia e condies de gerirem suas prprias vidas.

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Ttulo: ARTICULAO ENTRE O CENTRO DE ATENO PSICOSSOCIAL E A ATENO BSICA NO CUIDADO DA PESSOA COM SOFRIMENTO PSQUICO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GIRLANE MAYARA PERES Autor (es) adicionais: ANA MARIA PEREIRA LOPES - UNISUL Financiador: Empresa Privada - UNISUL Resumo: Trata-se de uma pesquisa de iniciao cientfica que descreveu as caractersticas da articulao entre a Ateno Bsica e um Centro de Ateno Psicossocial no municpio de Florianpolis (SC). Utilizou-se pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratrio e descritiva, recorrendo-se entrevista semiestruturada com 10 trabalhadores de diferentes profisses e de ambos os servios. Para a anlise dos dados utilizou-se anlise de contedo. Os resultados apontaram que as caractersticas dessa articulao ocorre por meio da integrao dos servios, nos encaminhamentos, no reconhecimento de demandas destinadas aos servios, na presena de rede de cuidados, e na estruturao da poltica de sade mental no municpio. Construiu-se a partir dos dados coletados um fluxo relacionado Ateno em sade mental entre esses servios. Conclui-se que o papel do CAPS atender o sofrimento psquico grave a qual no est conseguindo solucionar as dificuldades que aparecem em seu cotidiano. J as pessoas que deveriam ser atendidas na AB so aquelas que possuem sofrimento psquico leve ou moderado e que no esto prejudicadas no que tange sua vida cotidiana. Sobre incluso das pessoas com transtorno mental nos servios substitutivos ao hospital foi possvel identificar uma rede de sade mental insuficiente, devido a dficits no quadro funcional, na estruturao de servios pblicos e na rede mais ampla de ateno psicossocial.

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Ttulo: ASPECTOS FSICOS, PSICOLGICOS E NEUROPSICOLGICOS DE CRIANAS COM SNDROME DE HUTCHINSON GILFORD PROGRIA. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EZEQUIEL LEOPOLDO DA SILVA Autor (es) adicionais: MARIA SALETE RIBEIRO DA SILVA - FACULDADE AVANTIS Financiador: Resumo: ASPECTOS FSICOS, PSICOLGICOS E NEUROPSICOLGICOS DE CRIANAS COM SNDROME DE HUTCHINSON GILFORD PROGRIA. Ezequiel Leopoldo Maria Salete Marina Corbetta Benedet RESUMO No presente resumo de pesquisa sobre a sndrome de Hutchinson Gilford Progria, abordaremos assuntos importantes e pouco pesquisados ainda no Brasil. Esta pesquisa buscou apresentar argumentos para fundamentar desta temtica, bem como esclarecer os motivos que causam a Sndrome Hutchinson Gilford Progria, os aspectos fenotpicos observados nos portadores e as suas caractersticas psicolgicas, neuropsicolgicas e fsicas. Tambm fez-se necessrio a busca de produes cientificas que abordem os motivos que levam a crescente quantidade de crianas que apresentam a Sndrome de Hutchinson Gilford Progria considerada uma doena rara, que tendo em vista atingir 1 em cada 8.000.000 de crianas no mundo. A Hutchinson Gilford Progria (HPGS) uma doena que encurta a vida de dezenas de crianas pelo mundo inteiro. A Progria tambm tem ligaes com outras doenas do envelhecimento menos severas, e que tambm trazem comorbidades e dificuldades para essas crianas. A inteno no foi demonstrar mais um sndrome que foi descoberta, mas sim produzir conhecimento necessrio para que profissionais das vrias reas da sade e tambm acadmicos, possam conhecer sobre a doena, trazendo de forma positiva mais conhecimento sobre o assunto. Palavras Chaves: Progria Caractersticas Desenvolvimento Psicolgico. ____________________________________________________________________ Acadmico do 4 perodo do Curso de Psicologia da Faculdade Avantis. Acadmica do 3 perodo do Curso de Psicologia da Faculdade Avantis, Psicloga, professora do Curso de Psicologia da Faculdade Avantis.

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Ttulo: ASPECTOS PSICOLGICOS DECORRENTES DO PERODO GRAVDICO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BRBARA DANIEL VIEIRA Autor (es) adicionais: ANA PATRCIA ALVES VIEIRA PARIZOTTO - UNOESC Financiador: Resumo: A gravidez pode ser considerada um perodo de grandes mudanas na vida da mulher, mudanas fsicas, fisiolgicas, psicolgicas, sociais, entre outras. A gestante que est em crise torna-se mais vulnervel e acessvel ajuda, a interveno atinge nveis de eficincia elevados, o que torna o perodo de gravidez melhor vivido, bem como auxilia na reduo da ansiedade. Esse artigo teve como objetivo identificar os aspectos psicolgicos decorrentes do perodo gravdico. Ao conhecer os aspectos psicolgicos e possveis alteraes, ser possvel definir estratgias, intervenes e tratamento durante a gestao, em busca da preveno e de melhorias no que se refere sade mental da gestante e suas relaes sociais. Foi realizado um estudo qualitativo e descritivo. A amostra foi composta por 12 gestantes, na faixa etria de 18 a 36 anos. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada composta por blocos temticos, ordenados segundo uma diviso de trimestre gestacional. A pesquisa foi realizada com gestantes vinculadas ao Posto de Sade de um municpio do Meio-Oeste catarinense. Os dados foram analisados com base no mtodo de anlise de contedo. Constatou-se que 100% das gestantes mencionaram a varivel apoio emocional durante a gestao, sendo que 83,3% relataram presena de apoio e sua importncia para aceitar e viver a gestao e 16,7% mencionaram a ausncia de apoio e as conseqncias negativas da falta de apoio para a forma de enfrentamento da gestante diante da gestao. Foi identificado que apenas 33,3% das gestantes da amostra planejaram a gestao. No estudo, foi identificada a importncia do apoio emocional durante a gestao. Dessa forma faz-se relao entre apoio emocional e formas de enfrentamento psicolgico diante do perodo gestacional. verificada a importncia de grupos de apoio multidisciplinar, de redes de apoio gestacional, que sirva de suporte emocional as gestantes.

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Ttulo: ATENO PSICOSSOCIAL USURIAS DE LCOOL E OUTRAS DROGAS E MULHERES VIVENDO COM HIV/AIDS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: THAMARA GARCIA DEL MIR Financiador: Resumo: Relato de experincia profissional como psicloga clnica e tcnica responsvel por 6 anos no Centro de Recuperao e Reabilitao Resgate Dominante - CRRRD, localizado no municpio de Itaja/SC. O CRRRD Comunidade Teraputica feminina, fundada em 1999. uma Organizao no governamental que atua na rea de acolhimento e tratamento de mulheres adultas com problemas decorrentes do uso abusivo e prejudicial de lcool e outras drogas vivendo em situao de risco e vulnerabilidade social e familiar. Esta instituio tambm uma Casa de Apoio a mulheres adultas vivendo com HIV/AIDS. Possui uma equipe multidisciplinar e tem como objetivo promover a reabilitao psicossocial, educao, profissionalizao e a reinsero familiar e social. O CRRRD possui convnio com a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social e com a Secretaria Municipal de Sade de Itaja atravs do Programa Nacional de DST/AIDS, alm parcerias com a Secretaria Municipal de Educao, Estratgia de Sade da Famlia, SENAI, Poder Judicirio, Ministrio Pblico e Justia Federal. O objetivo deste trabalho compartilhar experincias, desafios e conquistas, no tocante as principais atividades desenvolvidas enquanto psicloga e tcnica responsvel desta instituio, como por exemplo: realizao de triagem psicossocial, atendimento clnico, acompanhamento teraputico, atendimento famlia, encaminhamentos e acompanhamentos em outros servios de atendimentos em sade, superviso de equipe multiprofissional e de estagirios do curso de psicologia da Univali, elaborao e organizao de pronturios, elaborao de projetos, mediao de conflitos com a lei, etc. Como tambm, busca-se refletir sobre o exerccio da psicologia clnica em um contexto institucional desta ordem, tanto do ponto de vista da tica profissional quanto dos desafios, conquistas e limites cotidianos. E por ltimo, apresentar uma anlise sobre os efeitos da prxis psi neste espao, sob o tica do discurso psicanaltico no tocante s prticas sociais e constituio do sujeito.

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Ttulo: ATUAO DA PSICOLOGIA EM RESIDNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SADE DA FAMLIA: NOVAS PERSPECTIVAS DE INTERVENO NA ATENO BSICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: GABRIELA MACIEL ALVES Autor (es) adicionais: DEISE PATRCIO DOS SANTOS - UNESC GRAZIELA AMBONI - UNESC Financiador: Resumo: Indroduo: A Residncia Multiprofissional tem como objetivo desenvolver aes de abordagem multiprofissional e interdisciplinar em conjunto com as UBS e ESF, voltadas realidade local e comunidade adstrita, atravs de prticas coletivas e individuais que visam; promoo, preveno, preservao e recuperao da sade, pautadas nos princpios do SUS. Objetivo Geral: Elucidar as possibilidades de ao da psicologia no mbito da Ateno Bsica e a relevncia da insero da psicologia para uma equipe multiprofissional atravs do Programa de Residncia Multiprofissional UNESC em parceria com o Ministrio da Sade e Sistema Municipal de Sade da cidade de Cricima/SC. Objetivos Especficos: - Apresentar a atuao multidisciplinar da Psicologia em UBS e ESF; - Expor a atuao clnica da Psicologia na Unidade de Pronto Atendimento 24hs; - Explanar aes realizadas em equipe com diferentes especialidades de preveno, preservao e recuperao da sade em meio comunidade. Mtodos: As aes multidisciplinares foram realizadas por meio de projetos especficos para demandas especficas, ou por meio da atuao clnica em conjunto, ou ainda, por encaminhamentos dados para outras especialidades de ateno a sade. Resultados: As aes da psicologia tm como base o olhar de atendimento integral e humanizado que busca prestar suporte aos usurios considerando-os em sua totalidade e o transcender da viso de aes somente curativas, por meio de prticas de promoo, preveno e recuperao. Proporcionando espao favorvel para que este sujeito possa reconhecer os obstculos relacionados s determinantes e alternativas envolvidas no seu processo de sade e venha a reestruturar os elementos que facilitam o encontro de condies de restaurar e preservar sua sade integralmente. Os resultados encontrados se aproximam cada vez mais dos princpios do SUS, que se sente atendido de forma mais abrangente quando pode contar com uma equipe multidisciplinar integrada e que se sente comprometida com seu bem-estar.

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Ttulo: COMUNICAO DE MS NOTCIAS: UM RELATO DE EXPERINCIA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: PAOLA NATHALIA DO LIVRAMENTO NISHIMURA Autor (es) adicionais: PROF DRA. JADETE RODRIGUES GONALVES - UFSC DRA. LETCIA MACEDO GABARRA - UFSC Financiador: Resumo: Em situaes de terminalidade e morte no contexto hospitalar as intervenes psicolgicas devem procurar enfatizar a expresso dos sentimentos, aceitao da morte, a elaborao do luto e a facilitao da comunicao. Dessa forma so beneficiados a pessoa enferma, sua famlia e tambm a equipe, o que contribui para diminuir a probabilidade de ocorrncia de sintomas psicopatolgicos futuros decorrentes do luto no elaborado. O objetivo do presente trabalho foi identificar e compreender, a partir da reflexo de uma experincia de estgio, as implicaes do processo de comunicao de ms notcias pacientes adultos com prognstico reservado, realizado na Unidade de Internao Cirrgica de um Hospital Escola do Sul do Brasil, com auxlio do Servio de Psicologia local. Apoiou-se na psicologia da sade dentro da perspectiva das polticas do Sistema nico de Sade. As intervenes consistiram em oferecer suporte emocional a pessoa internada e sua famlia em situao de comunicao de prognstico grave; facilitar e estimular a comunicao entre paciente, familiares e equipe profissional; possibilitar a expresso de sentimentos entre a prpria equipe na perspectiva de integrao e fortalecimento do trabalho interdisciplinar. Os resultados evidenciam que a facilitao, estimulao e mediao da comunicao proporcionam um espao de esclarecimento e acolhimento ao paciente, sua famlia e a equipe, relativo ao resultado das intervenes. Portanto, esse estudo pretende contribuir para a qualificao do atendimento integral prestado a pessoa em estado terminal e sua famlia, assim como subsidiar aes interdisciplinares e favorecer a preveno e a promoo de sade no contexto hospitalar.

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Ttulo: CONTRIBUIES DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA PARA A PRTICA DA PSICOLOGIA HOSPITALAR EM SANTA CATARINA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LESSANDRA PINTO MICHEL Autor (es)adicionais: DANIELA ROLAND - ESPAO VIVER ELIETE SERGINA DE SOUSA MACHADO - ESPAO VIVER JOANA SIMIELLI XAVIER ROCHA - ESPAO VIVER MAIRA DE SOUZA FLR - ESPAO VIVER Financiador: Resumo: O presente trabalho refere-se prtica da psicologia hospitalar, em Santa Catarina, fundamentada na perspectiva da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). A hospitalizao e o adoecimento so situaes que, pelas suas caractersticas, podem provocar um processo de despersonalizao e estresses que envolvem o processo de estar adoecido. A atuao da Psicologia hospitalar busca minimizar as conseqncias das questes geradas neste processo para o bem estar do indivduo. A ACP, enquanto um dos princpios interventivos da psicologia, considera que h nas pessoas uma tendncia realizao de suas possibilidades, a tendncia atualizante. Para facilitar tal realizao, preciso que o psiclogo tenha uma postura permeada por trs atitudes: considerao positiva incondicional, compreenso emptica e autenticidade. Diante disso, o objetivo geral deste trabalho apresentar as possveis contribuies da ACP para a atuao do psiclogo hospitalar. Para tanto, apresentam-se como objetivos especficos: descrever as caractersticas do processo de adoecimento e hospitalizao; descrever as atitudes que fundamentam a atuao na ACP e Apresentar os efeitos da atuao de estagirios de psicologia sob a perspectiva da ACP em um hospital geral. Os efeitos da aliana entre ACP e Psicologia Hospitalar puderam ser identificados a partir do acesso aos registros da atuao de estagirios de psicologia supervisionados na perspectiva da ACP em um hospital geral de Florianpolis no perodo de 2006 a 2008. As intervenes realizadas contemplavam: atendimento ao paciente; atendimento ao familiar e acompanhante; e orientaes equipe de sade. Como resultado, as pessoas atendidas apresentaram a ampliao da compreenso da realidade vivida naquele momento e, consequentemente, o desenvolvimento de novos recursos de enfrentamento da situao. Por fim as orientaes equipe de sade trouxeram, alm da melhora na relao com os pacientes, familiares e acompanhantes, a reduo de ansiedade dos mesmos, principalmente pelas informaes que se tornaram mais acessveis a todos.

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Ttulo: DA GRADUAO A RESIDNCIA: REPRESENTAO SOCIAL DE PSICLOGOS RESIDENTES SOBRE A ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: INGRID F. DE LIZ Autor (es) adicionais: TATIANE MUNIZ BARBOSA - UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC Financiador: Resumo: O processo sade doena reflete a subjetividade e o modo como a sociedade se organiza, o modelo hospitalocntrico no abarca as necessidades da populao. Nesse contexto de revisitao do cuidado em sade se constituiu a ESF, mas a viabilidade desse modelo depende de profissionais qualificados s exigncias do SUS. O Ministrio da Sade e MEC desenvolvem uma nova modalidade de ensino as Residncias Multiprofissionais em Sade que contribui legitimao do SUS. A pesquisa buscou investigar a representao social de psiclogos de uma RMSFC sobre a ESF, descrever o papel do psiclogo na ESF, verificar as concepes de sade e doena para estes profissionais e observar a percepo desses sobre o SUS. Da pesquisa qualitativa, participaram quatro psiclogos que atuavam em duas USF de uma cidade de SC. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas, individuais, seguindo a Resoluo 196/96, e analisadas de acordo com a anlise temtica. Constatou-se que a RMSFC possui uma metodologia que se orienta pela articulao entre teoria e prtica, com a participao dos sujeitos envolvidos. Os entendimentos de sade e doena possuem significado amplo, pois destacam fatores biopsicossociais como determinantes. Os residentes tm dificuldades em seu cotidiano, pela ausncia de espao fsico na USF e falta de compreenso sobre a integralidade e interdisciplinaridade. Para pr em prtica a integralidade, a populao precisa conhecer o SUS e os profissionais inseridos devem acreditar nesta poltica. A representao que os pesquisados possuem acerca da ESF se relaciona com a possibilidade de acompanhar o usurio, criar vnculos e prevenir agravos sade. O papel da Psicologia volta-se preveno e promoo de sade, atravs de visitas domiciliares, aconselhamentos e orientaes. A Psicologia da Sade na ESF tende a possibilitar qualidade de vida para os usurios visando re-significar o aspecto clnico da cincia psicolgica.

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Ttulo: DEPRESSO EM MULHERES: UMA EXPERINCIA NA SADE PBLICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIA DE FTIMA CORRA RISCHBIETER Autor (es) adicionais: MARIA DE FTIMA CORRA RISCHBIETER - FURB Financiador: Resumo: O presente trabalho um relato da experincia realizada na rede pblica de sade de Blumenau (durante os meses de dezembro de 2008 a abril de 2009), apresentado como requisito parcial para a concluso do Curso de Psicologia da Universidade Regional de Blumenau (FURB), no ano de 2009. O levantamento teve como objetivo avaliar o nvel de depresso de mulheres assistidas por estratgias medicamentosas com antidepressivos, na Policlnica Lindolf Bell, de Blumenau, traando o nvel de depresso prevalente numa populao feminina assistida e tratada com estratgia medicamentosa (antidepressivos). Foi utilizado como ferramenta o questionrio com propriedades psicomtricas da verso em portugus do Inventrio de Depresso BECK (BDI), aplicado em entrevistas individuais com as participantes (idade varivel entre 18 e 81 anos). Foram consideradas vlidas 300 das 390 entrevistas realizadas com mulheres atendidas por aquela instituio, uma vez que 90 mulheres entrevistadas haviam recebido indicao de ansiolticos e no de antidepressivos. Os resultados da pesquisa indicaram que 47% das mulheres entrevistadas apresentaram sintomas de depresso grave; 25% apresentaram depresso de moderada a grave; 14%, de leve a moderada; e 14% no apresentaram sintomas de depresso ou apresentaram depresso mnima.

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Ttulo: DERMATITE ATPICA E DINMICA FAMILIAR: UM ESTUDO DE CASO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: HELENA KRAVCHYCHYN Autor (es) adicionais: LECILA DUARTE BARBOSA OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CLAUDETE MARCON - HOSPITAL UNIVERSITRIO/UFSC Financiador: Resumo: A dermatite atpica uma doena de pele crnica recidivante, caracterizada por intenso prurido, com leso eczematosa. reconhecida a presena de fatores psicolgicos no curso deste quadro, interferindo nas comunicaes familiares e relacionamento entre os membros, por essa razo so relevantes estudos com a finalidade de compreender a dinmica familiar e seu impacto sobre o tratamento e as relaes afetivas dos pacientes. Assim, foi elaborado o presente estudo de caso, a partir da experincia prtica de interveno psicolgica com um paciente de 11 anos e 5 meses, em tratamento para dermatite atpica severa e sua famlia. Os atendimentos ocorreram durante uma internao do paciente em uma Unidade de Internao Peditrica. Foram realizados atendimentos criana e me. Com a criana, alm de estratgias verbais foram utilizadas tcnicas projetivas com o objetivo de proporcionar criana oportunidade de refletir sobre os sentimentos, emoes, ansiedades e preocupaes, bem como os efeitos da doena sobre o seu cotidiano. A partir dos atendimentos realizados, observou-se alto grau de preocupao acerca da doena e controle excessivo da me sobre a vida do filho, com implicaes sobre seu desenvolvimento e decurso de seu tratamento. A me, a princpio, apresentou maior resistncia a reflexes, mas aos poucos passou a pensar mais sobre a sua relao com o filho, aceitando seguimento do tratamento psicolgico, para a famlia. Este foi providenciado junto ao Servio de Psicologia, na Ateno Primria. Considerando os diversos aspectos que envolvem a dermatite atpica, faz-se necessrio propostas de tratamento multidisciplinar que ajudam o paciente a conquistar o bem-estar em sua integralidade. Intervenes psicolgicas e educativas para crianas com dermatite atpica e suas famlias, podem ser importantes por promover comportamentos mais saudveis, maior amadurecimento e conscientizao da interrelao da doena e a dinmica familiar, evitando internaes hospitalares ou crises.

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Ttulo: DESINSTITUCIONALIZAO DA CRISE: NOS CAMINHOS DE UMA ABORDAGEM PARA ALM DA EMERGNCIA PSIQUITRICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAUE FANTIN DIETRICH Autor (es) adicionais: CAUE FANTIN DIETRICH - PREFEITURA DE BOMBINHAS Financiador: Resumo: O presente trabalho foi realizado e apresentado como trabalho de concluso do Curso de Especializao em Sade Mental e Ateno Psicossocial da Escola Nacional de Sade Pblica da Fundao Oswaldo Cruz. Neste, buscamos contribuir com as compreenses e prticas da sade mental voltadas para o cuidado ao sujeito em situao de crise. Atravs de uma reviso bibliogrfica so levantadas algumas noes e compreenses afins, que, em seguida, so analisadas e discutidas ante as prticas e posturas que resultam. As problematizaes se do a luz da Reforma Psiquitrica, no sentido de dar continuidade ao processo de desinstitucionalizao nesta rea. Ao final, foi possvel perceber que a noo de emergncia psiquitrica revela-se fortemente institucionalizante, principalmente por resguardar concepes biomdicas e por sustentar o fenmeno da porta giratria. Por outro lado alguns olhares substitutivos dentro da proposta de desinstitucionalizao se mostraram a frente em diversas questes e prticas mais prximas de um cuidado integral nos momentos de crise. Direcionado a todas as reas de conhecimento e atuao da sade mental, que inevitavelmente lidam com este tipo de questo, este trabalho aborda profundamente a esfera das contribuies e atribuies do fazer do psiclogo dentro de uma equipe interdisciplinar, nos diversos servios que atendem demanda referida. Desta forma tambm implica a importncia da participao deste profissional em nveis mais elevados de risco/vulnerabilidade e, portanto, de complexidade de ateno sade. Palavras-chave: sade mental; sujeito em crise; emergncia psiquitrica.

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Ttulo: DILOGOS DE APRENDIZAGEM INSERO MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MNICA TESSARO Autor (es) adicionais: LIANE KEITEL - UNOCHAPEC Financiador: Resumo: Para integrar os conhecimentos advindos de distintos componentes curriculares o Curso de Psicologia da Unochapec, realiza em todos os perodos a estratgia Dilogos de Aprendizagem, que consiste em uma atividade que busca fomentar a interdisciplinaridade atravs de atividades vinculadas prtica de ensino/aprendizagem. Nesta atividade proposto o desenvolvimento de um trabalho comum (elaborao de um texto individual, ou em dupla, e apresentao coletiva para o Curso de Psicologia), com o objetivo de produzir reflexes entre acadmicos e professores a partir do dilogo dos diversos saberes propostos pelas disciplinas do semestre. No 3 perodo as construes dos Dilogos de Aprendizagem se deram a partir da disciplina Prticas de Observao em Psicologia II. A partir desta prtica os acadmicos foram inseridos em grupos tutoriais do projeto Pet-Sade da Unochapec. Pet-Sade um programa de Educao em Trabalho na Sade, foi institudo pelos Ministros da Sade e Educao em 2008, com o objetivo de estimular a criao de grupos de aprendizagem na Estratgia de Sade da Famlia. (Ministrio da Sade, 2008). Os grupos so compostos por profissionais e por acadmicos da rea da sade, cada grupo tem um tema a ser tratado, onde realiza levantamento de dados e trabalha com um problema em questo. As inseres ocorrem em postos de sade, escolas, grupo de idosos, grupo de hipertensos. Esta insero nos permitiu desenvolver uma viso crtica a respeito dos acontecimentos que envolvem uma determinada populao. Os desafios da organizao do trabalho multidisciplinar na rea da sade, pois os integrantes do Pet so dos mais variados cursos da rea da sade, o que por sua vez completa e enriquece o trabalho a ser desenvolvido. Podemos observar ainda diferentes concepes sobre a constituio do sujeito.

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Ttulo: ENGAJAMENTO DE PAI E ME NO CUIDADO COM OS FILHOS E A PROMOO DE UM DESENVOLVIMENTO SAUDVEL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CARINA NUNES BOSSARDI Autor (es) adicionais: BEATRIZ SHMIDT - UFSC LAUREN BELTRO GOMES - UFSC SIMONE DILL AZEREDO BOLZE - UFSC MAURO LUS VIEIRA - UFSC MARIA APARECIDA CREPALDI - UFSC Financiador: Outros - CNPQ Resumo: Tanto os cuidados da me como os do pai so importantes para promover o desenvolvimento saudvel criana. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo caracterizar o engajamento parental no cuidado com os filhos e refletir sobre as possveis conseqncias para a qualidade do desenvolvimento infantil. Participaram da pesquisa 50 casais, pais e mes de crianas de quatro a seis anos, residentes no Estado de Santa Catarina. Os participantes responderam ao Questionrio Sociodemogrfico e ao Questionrio de Engajamento Parental (QEP). As respostas receberam tratamento estatstico por meio de anlise descritiva e relacional. Os resultados apontaram que a me se engaja significativamente mais que o pai, em termos gerais e de acordo com dimenses especficas. As mes apresentaram escores altos em suporte emocional e cuidados bsicos, enquanto que os pais se destacaram em suporte emocional e disciplina. Os menores escores obtidos pela me foram em jogos fsicos e abertura ao mundo e pelo pai foram em abertura ao mundo e tarefas de casa. Quanto mais alto o rendimento da me, menos ela se engaja e quanto maior a escolaridade, menos ela realiza cuidados bsicos. Conclui-se que embora o pai esteja participando no cuidado com os filhos, a me se destaca realizando mais atividades do que ele, de um modo geral e ainda se diferencia de acordo com dimenses especficas. Estudos com famlias so importantes para fornecer dados sobre seu funcionamento e para a promoo do desenvolvimento saudvel s crianas. Polticas e programas de apoio ao engajamento paterno so essenciais para a consolidao da responsabilidade masculina para com os filhos, refletindo-se em programas de sade voltados para dar assistncia s famlias com o intuito de criar condies para o exerccio saudvel da paternidade e da maternidade.

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Ttulo: ENGAJAMENTO PATERNO E PREVENO DO COMPORTAMENTO AGRESSIVO PERSISTENTE EM PR-ESCOLARES Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LAUREN BELTRO GOMES Autor (es) adicionais: SIMONE DILL AZEREDO BOLZE/ MESTRANDA - UFSC CARINA NUNES BOSSARDI/ DOUTORANDA - UFSC BEATRIZ SHMIDT/ MESTRANDA - UFSC MARIA APARECIDA CREPALDI/ DOUTORA EM SADE MENTAL - UFSC MAURO LUS VIEIRA/ DOUTOR EM PSICOLOGIA EXPERIMENTAL - UFSC Financiador: Resumo: A violncia est entre os principais problemas de sade pblica do mundo, sobretudo no que se refere sade de crianas e adolescentes. Considerando-se a tendncia de que o comportamento agressivo infantil se mantenha na idade adulta e que possa ser expresso atravs de atos de violncia, faz-se relevante a identificao das origens da agressividade, bem como dos fatores relacionados ao seu desenvolvimento. Visto que o engajamento paterno tem sido apontado como um importante fator de influncia na regulao do comportamento agressivo infantil, objetivou-se investigar a relao entre engajamento paterno e agressividade em crianas de quatro a seis anos de idade. A pesquisa transversal, descritiva e exploratria usou delineamento quantitativo e os seguintes instrumentos: Questionrio Sociodemogrfico, Questionrio de Engajamento Paterno (QEP), Inventrio do Comportamento Infantil (TRF) e Escala de Comportamento Social do Pr-escolar (PSBS-T). Responderam aos questionrios 50 pais, que constituam famlia biparental e que residiam com o filho, e 26 educadoras. As crianas foram selecionadas a partir de treze instituies de educao infantil de Santa Catarina. O tratamento dos dados envolveu anlise descritiva e relacional por meio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Constatou-se que os pais esto engajados com seus filhos e que o engajamento maior nas dimenses que dizem respeito a suporte emocional, disciplina e jogos fsicos indicando que a paternidade passa por um perodo de transio no qual se mesclam o modelo tradicional e o contemporneo. O pai com maior jornada de trabalho menos engajado e quanto mais a figura paterna se dedica aos cuidados bsicos, menos os filhos apresentam problemas de agressividade e problemas externalizantes. Conclui-se que polticas e programas de apoio ao envolvimento paterno so essenciais para a transformao e consolidao da responsabilidade masculina com relao aos filhos e para a preveno da agressividade persistente.

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Ttulo: FAMILIARES DE USURIOS DO CRACK: QUANDO A DROGA INVADE O LAR Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EDNA LINHARES GARCIA Autor (es) adicionais: DULCE GRASEL ZACHARIAS - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL ELTON LUIS DA SILVA PETRY - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL GABRIELLY DA FONTOURA WINTER - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL EDNA MORAES AGUIAR LIMA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL GLI BRINGMANN - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL DAIELLE MARION - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL LUCI NARA SKOLAUDE - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Financiador: Resumo: O consumo do crack tem sido um agente de intenso grau de desestruturao da juventude e da famlia, sendo objeto de preocupao da sociedade como um todo. Em Santa Cruz do Sul a situao no se apresenta diferente, como se evidencia por meio dos primeiros dados da pesquisa em desenvolvimento. Trata-se de uma iniciativa da Universidade de Santa Cruz do Sul, vinculada ao departamento de Psicologia e objetiva uma anlise acerca da situao do crack neste municpio. Investiga-se sobre a dinmica das relaes familiares, sobre o contexto social e cultural associados s motivaes para o uso. Como metodologia de pesquisa, utiliza-se uma abordagem quantitativa e qualitativa, atravs de entrevistas semi estruturadas com 100 familiares de usurios de crack. A coleta dos dados comeou a ser realizada no ano de 2010, sobre os quais se realizou uma anlise preliminar e uma apresentao dos resultados parciais. At o momento tem-se 33 entrevistas realizadas e transcritas, das 100 previstas. Os dados preliminares apontam que: 75% dos familiares entrevistados referem outro membro da famlia envolvido com outras drogas, como lcool e cigarro, indicando ser o pai o usurio mais comum, mas nem sempre o nico consumidor; 31% dos familiares acreditam que o comeo do uso do crack se deu entre os 10 e 15 anos; 61% dos entrevistados afirmam que seus familiares usam crack cotidianamente; 83% dos sujeitos asseguram que seu familiar j buscou ajuda em algum servio de sade para se tratar da dependncia qumica. Pretende-se com este trabalho contribuir com a produo de conhecimento e o fortalecimento de espaos para o enfrentamento desta problemtica social.

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Ttulo: IMPLANTAO DO APOIO MATRICIAL EM UNIDADES BSICAS DE SADE NA CIDADE DE SO PAULO: ASPECTOS CONCEITUAIS, LIMITES E POTNCIAS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAROLINA PAUL LEITO Financiador: Resumo: O presente trabalho um relato de experincia da implantao do apoio matricial em cinco (5) Unidades Bsicas de Sade (UBS) na Cidade de So Paulo a partir da insero dos profissionais do Ncleo de Apoio Sade da Famlia para atuao junto s equipes da Estratgia Sade da Famlia (ESF). O apoio matricial um arranjo organizacional que visa assegurar retaguarda especializada a equipes e profissionais de sade. uma perspectiva de trabalho que visa complementar os mecanismos de referncia e contrareferncia, os protocolos, e os centros de regulao. O apoio matricial, a partir de diretrizes clnicas e assistenciais compartilhadas, oferece tanto retaguarda assistencial, quanto apoio tcnico-pedaggico. As aes da assistncia e dentro do suporte pedaggico so discutidas pelos integrantes da equipe de referncia e pelos matriciadores. Esse arranjo tm como potncias, a possibilidade de ampliao da clnica e uma maior integrao entre as especialidades, j que se considera que nenhuma especialidade d conta de assegurar uma abordagem integral ao problema de sade. Alm disso, aumenta as possibilidades de uma abordagem integral ao sujeito ao mesmo tempo em que busca maior autonomia do usurio nos cuidados e na compreenso do seu processo sade doena. No entanto, h uma srie de limites pr-existentes implantao e limites que surgem quando uma nova organizao do trabalho colocada. Limites que vm desde a formao dos profissionais de sade, que contempla muito mais uma clnica individual e de modelo curativo, passando por dificuldades de infra-estrutura (espao fsico nas UBS, deslocamento dos profissionais matriciadores entre as UBS) at questes administrativas (engessamento da agenda dos profissionais ESF dificultando o trabalho compartilhado, metas de produo para ESF e NASF).

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Ttulo: INDICADORES PARA AS PRTICAS PSICOLGICAS NA ATENO A SADE PBLICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: IVANIA JANN LUNA Autor (es) adicionais: CARMEN LEONTINA OJEDA OCAMPO MOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Resumo: O papel do psiclogo, suas funes e responsabilidades nos servios de sade tm sido discutidas desde a reforma sanitria brasileira e a implantao do Sistema nico de Sade. Esta pesquisa teve como objetivo identificar alguns indicadores para as prticas psicolgicas e problematizar a integralidade na ateno sade a partir destes indicadores. Foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, exploratrio e bibliogrfico de artigos, a partir do ano de 2000 at 2009. A coleta de dados ocorreu nas bases de dados como Scielo Brasil, Bvs-psi, Banco de teses e dissertaes da Capes, por meio das seguintes palavras chaves: psicologia, polticas pblicas, atuao profissional. A anlise de contedo foi o mtodo utilizado para selecionar, categorizar e classificar as frases que refletissem prticas profissionais predominantemente nos contextos das unidades bsicas de sade ou estratgia de sade da famlia. Foram selecionados 15 artigos, provenientes de diversos estados brasileiros, que apresentaram os seguintes indicadores de trabalhos: diversificao de aes preventivas e curativas, compromisso social e tico, promoo de sade, compreenso integral do sujeito, participao nas equipes e intersetorialidade. Analisou-se que estes indicadores refletem o princpio da integralidade, no que se refere diversidade, ou seja, integralidade das prticas (promoo, proteo e recuperao), apreenso da integralidade dos sujeitos, na viso da interdisciplinaridade, diante de suas vrias necessidades de sade e co-construo de prticas de sade, no qual a alteridade se faz presente.

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Ttulo: INTERFACES DA PSICOLOGIA COM O RISCO DE SUICDIO (RELATO DE PESQUISA). Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LENIR RODRIGUES MINGHETTI Autor (es) adicionais: LENIR RODRIGUES MINGHETTI - CONCLUINTE DO CURSO DE PSICOLOGIA, DA UNIPLAC LILIA APARECIDA KANAN - DOUTORA EM PSICOLOGIA (UFSC) Financiador: Resumo: O suicdio, responsvel por 0,4 a 0,9% do total de mortes no mundo, a terceira maior causa de morte entre adolescentes,diariamente no mundo 1000 pessoas tentam suicdio. Estimativas refere que mais de 815.000 pessoas tenham cometido suicdio entre 2000 e 2004 no planeta, o equivalente a uma morte a cada 40seg. A OMS revela que o Brasil ocupa a 10 posio quando se trata de bitos por suicdio. Esta instigante realidade gerou o interesse em desvelar as aes da Psicologia Preventiva no atendimento a pessoas em risco de suicdio. A pesquisa desenvolvida durante o TCC do curso de Psicologia foi realizada junto ao Sistema de Identificao de Mortalidade - SIM/SC durante 2010. Especificamente objetivou-se caracterizar a atuao do psiclogo no atendimento de pacientes com risco de suicdio; verificar a quantidade de suicdio em Santa Catarina entre os anos 1996 e 2009 no SIM/SC; identificar os fatores associados ao risco de suicdio; caracterizar sade mental na promoo e preveno do risco de suicdio. A pesquisa se configurou como quali-quantitativa, explicativa e descritiva e no que diz respeito aos procedimentos tcnicos, tomou o design de bibliogrfica, documental e ex-post-facto. Os principais resultados dizem respeito importncia da promoo e preveno da doena mental na ateno primria, secundria e terciria. Identificou-se que em SC, entre os anos de 1996 e 2009, ocorreram 5.660 suicdios; 4590 de homens e 1070 de mulheres. Por fim, conclusivo que o psiclogo que atua na sade mental, de modo a minimizar a freqncia de suicdios, deva realizar aes para que possam contribuir na identificao e preveno dos fatores de riscos de suicdio que tendem a aumentar o quantitativo de suicdios consumados. PALAVRAS-CHAVE: Sade Mental. Preveno do Suicdio. Psicologia Preventiva.

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Ttulo: O CRCULO DE CULTURA COMO METODOLOGIA DE FORMAO DE PROFISSIONAIS DA SADE PBLICA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ALANA DE SIQUEIRA BRANIS NUNES Autor (es) adicionais: MAGDA DO CANTO ZURBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAIO RAGAZZI PAULI SIMO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEBORA RAINHO ARAUJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Instituio pblica - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Resumo: O objetivo deste trabalho apresentar as atividades realizadas pelos autores em um Centro de Sade na cidade de Florianpolis, Santa Catarina, utilizando o Crculo de Cultura (Freire, 1977, 1983) como metodologia de pesquisa-ao, visando problematizar coletivamente, com usurios e profissionais da ateno bsica, questes relativas s percepes dos mesmos sobre o processo sade-doena e ateno sade. Pretendemos discutir o crculo de cultura como metodologia de formao de profissionais da sade pblica, na medida em que constitui atividade que integra os trs eixos da construo de conhecimento na universidade: ensino, pesquisa e extenso. Antes de iniciarmos a pesquisa, realizamos a formao dos alunos na teoria Freiriana durante 4 encontros. Aps a formao, foram realizados 6 encontros entre os usurios da unidade e os alunos. Os usurios dividiam-se entre participantes do grupo de antitabagismo e do grupo de caminhadas para idosos. Nos grupos, problematizamos, a partir da percepo imediata dos usurios acerca dos servios prestados na unidade local de sade, preceitos de base do SUS, como controle social e mobilizao dos recursos da comunidade. Nossa avaliao parcial indica que esse mtodo de pesquisa potencializou o aprendizado dos alunos de questes estruturais do SUS, o papel da ateno bsica nessa estrutura, a percepo de usurios sobre o funcionamento do SUS e como lidar com essas percepes no manejo das relaes entre usurios e profissionais do SUS. Alm disso, a interveno cumpriu, dentro de seus limites de projeto-piloto, seu papel enquanto estratgia de educao e sade, promovendo reflexo crtica entre os usurios, introduzindo o debate de temas importantes para a construo do SUS, como diferentes concepes sobre sade e doena, o papel ativo dos usurios no funcionamento do SUS, por meio da construo e fortalecimento dos recursos da comunidade e da participao poltica no campo da sade pblica.

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Ttulo: O OLHAR SOBRE AS DEMANDAS EM FAVOR DO CUIDADO: RELATO DE EXPERINCIA. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIANA VIDAL Financiador: Resumo: Impulsionadas pela lei no 10.216/01 , promulgada em 2001, as polticas de sade mental hoje se direcionam desinstitucionalizao e substituio do sistema hospitalocntrico. Neste cenrio, encontra-se o profissional psiclogo com o desafio de recriar sua forma de atuao inicial, datada da segunda metade do sculo XX - ocasio de sua insero no contexto das instituies de sade mental. Diante do interesse sobre a atuao do psiclogo em instituies psiquitricas na atualidade, este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de experincia de atuao deste profissional em uma unidade psiquitrica localizada na regio da Grande Florianpolis-SC. A interveno descrita se d junto a indivduos, em estado aflitivo, que por prescrio mdica, necessitam de internao. De acordo com a leitura gestltica desenvolvida pelo casal Marcos e Rosane Mller-Granzotto (2008), a atuao do psiclogo na clnica da psicose deve contemplar a dimenso tica, poltica e antropolgica. Para tanto, o psiclogo deve estar atento a diversos aspectos, dentre eles, aos pedidos feitos pelos diversos nveis que compe o campo da instituio e da prpria internao. Esses pedidos so chamados aqui de demandas que podem ser identificados segundo sua origem: 1. do terapeuta; 2. da equipe; 3. da lei no 10.216/01; 4. da instituio; 5. da famlia; 6. do paciente. Foi possvel perceber ao final da experincia que a clareza das demandas presentes possibilita ao terapeuta intervir efetivamente em favor do cuidado na dimenso antropolgica e visualizar possibilidade de interveno nas dimenses tica e poltica, acolhendo assim os ajustamentos de busca (psicticos) de forma integral.

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Ttulo: O PRECONCEITO INSTITUCIONALIZADO: USURIOS DE CAPS. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KAMILA RIBEIRO Autor (es) adicionais: KTIA RAQUEL SAUGO - UNOESC KARINE ZAMBIAZI - UNOESC JOSICLER PANDOLFO - UNOESC LISANDRA ANTUNES DE OLIVEIRA - UNOESC Financiador: Resumo: RESUMO A Psicologia Comunitria uma rea da psicologia social que tem como objetivos a melhoria das relaes entre os seres humanos, a natureza e instituies sociais, portanto trabalha com sujeitos sociais em condies ambientais especficas, concentrado nas suas individualidades. Portanto a perspectiva est no esforo para a mobilizao das comunidades em procura de melhores condies de vida. Uma das reas da psicologia que enfrenta muitos desafios, o da sade mental, pois constata-se a necessidade de incluir a mesma na sociedade para enfrentar o preconceito. A partir desta conjectura, realizou-se um trabalho de grupo em Psicologia Comunitria, com usurios de CAPS Centro de Ateno Psicossocial) de uma cidade do Extremo Oeste de Santa Catarina. Consistiram-se em encontros semanais com durao de aproximadamente 1h e 30min. O nmero de usurios variou de 9 a 15 durante a sequncia de encontros, com usurios de ambos os gneros. As idades variaram de 18 a 59 anos. Os encontros realizaram-se no prprio CAPS, onde os usurios relataram suas principais angstias, medos, problemas do cotidiano, conflitos familiares, os motivos pelos quais se frequentava a instituio, entre outros. Levantou-se fruns relacionados aos sintomas da depresso, suicdio, o uso de medicamentos controlados, sobre experincias de internaes em hospitais psiquitricos, alcoolismo, preconceito, e o mercado de trabalho. Realizam-se, tambm dinmicas de grupo afim de possibilitar a expresso de sentimentos e emoes, at ento reprimidos, pela famlia ou sociedade. Ainda, por meio de dinmicas, trabalhou-se temas como motivao, resoluo de conflito, tomada de deciso, criatividade, confiana, e o autoconhecimento. Tal estudo, possibilitou um espao, aos usurios do CAPS, para falar de assuntos dos quais a famlia principalmente no fornece abertura, um espao de compartilhamento de experincias, de sentir-se igual, e no diferente. Palavras-chaves: Psicologia. Comunitria. CAPS. Grupo.

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Ttulo: O PSICLOGO E O SISTEMA NICO DE SADE: PENSANDO UMA INTERVENO POLTICA NA PERSPECTIVA DA EDUCAO E SADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CAIO RAGAZZI PAULI SIMO Autor (es) adicionais: MAGDA DO CANTO ZURBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Financiador: Instituio pblica - MINISTRIO DA SADE Resumo: O objetivo deste trabalho apresentar algumas das reflexes resultantes das atividades desenvolvidas pelos autores durante o ano de 2010 em Florianpolis, no Centro de Sade da Trindade, como parte do programa PET (Programa para a Educao pelo Trabalho) Sade da Famlia. Desenvolvemos uma pesquisa-ao utilizando o Crculo de Cultura (Freire, 1977, 1983) como mtodo principal, visando problematizar coletivamente, com usurios e profissionais da ateno bsica, questes relativas s percepes dos mesmos sobre o processo sade-doena e ateno sade. Na medida em que problematizamos os processos de sade e doena com os sujeitos-participantes, identificamos ncleos temticos predominantes em suas concepes acerca de sade, doena e o funcionamento da ateno bsica e do SUS. Trabalhamos esses ncleos temticos por meio da evidenciao das contradies entre os diferentes discursos apresentados pelos participantes , as concepes de sade e controle social difundidas pelo SUS, e as relaes cotidianas que os participantes mantinham com sua sade e com o sistema pblico de sade. Ao longo do desenvolvimento do trabalho percebemos que usurios e profissionais do SUS e estudantes das reas de sade frequentemente no refletem sobre sua posio de protagonistas polticos do sistema de sade, apesar da participao popular ser um dos pilares do aperfeioamento das polticas do SUS (Ministrio da Sade, 2006). A partir desse problema e das teorias freiriana e de outros autores marxistas, pretendemos problematizar nossa ao como psiclogos, seja dentro do SUS, ou na Universidade, como formadores dos futuros profissionais da sade, pensando uma educao para a sade que vai alm do meramente informativo, propondo de maneira concreta alternativas coletivas para lidarmos com os determinantes sociais da doena.

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Ttulo: POLTICAS PBLICAS DE SADE NA PRTICA: CONTRIBUIES DA ACP Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LESSANDRA PINTO MICHEL Autor (es) adicionais: DANIELA ROLAND - ESPAO VIVER ELIETE SERGINA DE SOUSA MACHADO - ESPAO VIVER JOANA SIMIELLI XAVIER ROCHA - ESPAO VIVER MAIRA DE SOUZA FLR - ESPAO VIVER Financiador: Resumo: Partindo da experincia da atuao psicolgica no servio de sade sob orientao dos princpios terico-interventivos da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), questionouse sobre as possveis contribuies desta abordagem psicolgica para este contexto. Atualmente, o Sistema nico de Sade (SUS) considera a sade como um processo dinmico, ativo, de busca de equilbrio. Encontrou-se nessa compreenso, uma possibilidade de aproximao dos princpios da ACP, que considera a tendncia atualizante e o poder pessoal de cada indivduo. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo geral, apresentar as possveis contribuies da ACP para a prtica das polticas pblicas de sade no Brasil. Para isso, traou-se como objetivos especficos: Descrever a prtica das polticas pblicas no Brasil; apresentar os princpios terico-interventivos da ACP e apresentar as convergncias entre os princpios terico-interventivos da ACP e a prtica das polticas pblicas no Brasil. Como mtodo, utilizou-se levantamento bibliogrfico e a percepo de psiclogos, que interagiram com profissionais do servio pblico de sade, sobre o funcionamento desse servio. Fez-se tambm um levantamento bibliogrfico sobre o referencial terico da ACP e o utilizou-se a descrio da experincia de psiclogas que atuaram no mbito da sade sob este referencial. Percebeu-se que, durante os vinte e trs anos de implantao do SUS, foram identificadas lacunas na falta de condies para o cuidado e a dificuldade na relao interpessoal entre os profissionais da sade e os usurios. Devido ao fato dessas lacunas dificultarem o funcionamento pleno desta poltica pblica, encontrou-se como possibilidade de facilitar sua concretizao, o desenvolvimento das atitudes propostas pela ACP, sendo elas a considerao positiva incondicional, compreenso emptica e autenticidade. O desenvolvimento destas atitudes resultaria na adoo de um novo jeito de ser profissional na relao com os usurios. Um jeito acolhedor e considerador do poder pessoal das pessoas como responsveis e autnomas na busca pela sua sade.

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Ttulo: PREVENO DE PSICOPATOLOGIAS NA INFNCIA: A IMPORTNCIA DO ESTUDO DO TEMPERAMENTO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BEATRIZ SCHMIDT Autor (es) adicionais: CARINA NUNES BOSSARDI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) SIMONE DILL AZEREDO BOLZE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) LAUREN BELTRO GOMES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) MARIA APARECIDA CREPALDI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) MAURO LUS VIEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) Financiador: Resumo: No processo de desenvolvimento infantil, diferentes aspectos provocam influncia negativa ou positiva nas trajetrias de vida. Destacam-se, dentre esses aspectos, caractersticas biolgicas, psicolgicas e sociais, que desempenham importantes papis no interjogo entre fatores de risco e proteo. Eventos ambientais estressantes, como relaes familiares conflituosas e situaes de abuso ou negligncia, se relacionam ao aumento da probabilidade de emergncia de problemas de externalizao, internalizao e ateno em crianas. Esto associadas tambm ao risco de desenvolvimento de psicopatologias algumas caractersticas individuais, como o caso do temperamento, que consiste em uma importante varivel na compreenso de trajetrias de desenvolvimento infantil, associando-se a desfechos adaptativos ou desadaptativos. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo caracterizar o temperamento de crianas com idade entre quatro e seis anos. Entende-se como temperamento diferenas individuais com base constitucional na reatividade e auto-regulao, observadas nos domnios da emocionalidade, atividade motora e ateno, sendo influenciadas ao longo do tempo pela hereditariedade, maturao e experincia. Participaram dessa pesquisa de carter descritivo e exploratrio cinqenta famlias biparentais selecionadas a partir de treze instituies de educao infantil do Estado de Santa Catarina. Pais e mes responderam a um questionrio sobre aspectos sciodemogrfico e o Children`s Behavior Questionnaire (CBQ), instrumento esse que serve para medir o temperamento das crianas. As dimenses que compem o CBQ se referem aos principais fatores do temperamento, a saber: Afeto Negativo, Extroverso e Controle com Esforo. Sero apresentados dados analisados por meio do Statistical Package for Social Sciences (SPSS), utilizando-se estatstica descritiva e relacional. Com esse trabalho pretende-se avanar na compreenso do papel do temperamento como fator de risco para psicopatologia e, tambm, propor estratgias de tratamento de problemas psicossocias e desordens psicolgicas, assim como aes de preveno a esses fenmenos, que podem representar risco sade das crianas e das famlias.

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Ttulo: PROFISSIONAIS E FAMLIAS: A PERCEPO DO CUIDADO COM O FAMILIAR EM UM CAPSi Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: TATIANE MUNIZ BARBOSA Autor (es) adicionais: TATIANE MUNIZ BARBOSA - UNIPLAC ADRIANA GONALVES FURTADO - UNIPLAC GIANNI CRISTINA ZAGO ZOCCHE - UNIPLAC PEDRO HENRIQUE FAVERO CETOLIN - UNIPLAC Financiador: Resumo: No existe tratamento efetivo para pessoas com transtorno mental sem a participao da famlia. Acredita-se que o cuidado com a famlia de pessoas com transtorno mental seja to importante quanto o cuidado com a pessoa que apresenta o transtorno. Desse modo, essa pesquisa buscou conhecer a percepo de famlias de usurios de um CAPSi sobre o trabalho dos profissionais desse servio em relao ao cuidado familiar. A pesquisa, qualitativa, foi realizada em um CAPSi de uma cidade do interior do Estado de SC, com componentes de 8 famlias de seus usurios. Foram realizadas, individualmente, entrevistas semi-estruturadas, gravadas e transcritas a fim de organizar o material para a anlise temtica. Os resultados indicam que o entendimento de cuidado para os familiares se situa nas orientaes sobre necessidades bsicas e provimento do bem estar. Em geral, as atividades para os familiares realizadas pelos profissionais desse CAPSi so reunies e artesanato. Os cuidadores relatam no receber informaes especficas sobre o tratamento do usurio por parte dos profissionais do CAPSi; no entanto, os familiares afirmam que o usurio apresentou mudanas positivas em relao a sade. As principais mudanas sentidas como positivas foram em relao a criana ou adolescente estar mais calmo, obedecer mais e no teimar. Nesse caso, a sade tende a ser vista como ausncia de doena e supresso/diminuio de sinais e sintomas; sendo que os familiares pouco fazem referncia qualidade de vida. Assim, consideraes dos profissionais de sade devem refletir sobre sua atuao, a fim de que esta seja resolutiva e responda s diretrizes da Reforma Psiquitrica.

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Ttulo: PROGRAMA DE ATENO SADE MATERNO INFATIL (PAMI): UMA EXPERINCIA INTERDISCIPLINAR EXITOSA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ROSANA SCHMITT Autor (es) adicionais: MAITE WESTARB DE QUEVDO - FURB ANA MARISE PACHECO ANDRADE DE SOUZA - FURB ANNA MARIA MOSER - FURB Financiador: Instituio pblica - PIBIC/FURB Resumo: O Programa de Ateno Materno Infantil iniciou suas atividades em 1996. Constituindo uma proposta extensionista com o objetivo de promover sade e a qualidade de vida da mulher gestante/lactante e do beb, no seu primeiro ano de vida. As atividades so desenvolvidas no Ambulatrio Universitrio da Universidade Regional de Blumenau, atravs de aes interdisciplinares durante o pr-natal e aos bebs, em seu crescimento e desenvolvimento. O programa dividido em trs projetos: Educao em Sade na rea Materno-Infantil", de abrangncia local, atendendo gestantes de alto risco que participam de atividades grupais educativas e preventivas, atravs de grupos temticos. O projeto Clnica com Bebs, visando acompanhar o crescimento e desenvolvimento de bebs prematuros, atravs de atividades grupais envolvendo seus familiares. O projeto "Formao Continuada na rea Materno-Infantil" que visa a educao continuada, de abrangncia regional, que ocorre articulado com o Comit Regional de Aleitamento Materno, onde participam profissionais especializados, representantes do servio pblico de Sade dos municpios do Mdio Vale do Itaja. O quarto projeto est ligado ao Grupo de Pesquisa/ CNPq - Segurana e Qualidade de Alimentos, na linha de pesquisa Leite Humano, Amamentao e Desmame. A proposta evidencia que a atuao interdisciplinar tem colaborado na ateno e pomoo da sade maternoinfantil. A troca de experincias nas atividades de grupo vem fortalecer os saberes manifestados pelas usurias, bem como propicia ressignificaes de questes relacionadas gestao e ao desenvolvimento do beb. Os resultados apontam ainda para a qualificao de profissionais e acadmicos envolvidos com a ateno sade materno-infantil. A atuao interdisciplinar na educao materno-infantil permite a concepo de um novo olhar sobre a sade, levando os acadmicos, docentes e profissionais a uma reflexo sobre as prticas exercidas na promoo da sade materno infantil, alm de incentivar o desenvolvimento de pesquisas relacionadas sade da mulher e do beb.

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Ttulo: PROGRAMA DE FAMLIAS (PROFAM): ACOLHENDO AS FAMLIAS DE USURIOS DE SERVIOS DE INSTITUIES PSIQUITRICAS. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARIANA VIDAL Autor (es) adicionais: CLAUDIA LEAL - GERUSA S. SCHERER Financiador: Resumo: Considerando a necessidade de ampliar o eixo psicossocial, contemplando as famlias dos pacientes que sofrem internaes psiquitricas, aproximando-as e envolvendo-as no processo de readaptao, prope-se com este projeto, disponibilizar um espao onde a famlia possa trabalhar o prprio campo familiar. Aps triagem realizada pela equipe composta por psiclogos e assistentes sociais, os familiares inscrevem-se para os encontros, onde so trabalhados mdulos, abordando temas referentes ao ciclo de vida e dinmica familiar, alm das formas de ajustamentos. Os encontros visam auxiliar na compreenso dos ajustamentos, entendendo-os como sendo trabalho de criao na fronteira de contato, tratando-os como ajustamentos criadores (Muller-Granzotto, 2008). Esse programa tambm tem como objetivo, ajudar os familiares a elaborar ferramentas, para auxiliar na conduo e compreenso do momento vivenciado e na preveno de surtos sendo estes possveis conseqncias de demandas inacessveis ou da presena de comportamentos que cristalizam o processo de crescimento dos indivduos, que se vem impossibilitados de realizar ajustamentos criadores. Enfim, o projeto visa contribuir para que a famlia construa tcnicas de manejo prprias e adequadas aos ajustes criadores de seus membros. Dentre os resultados obtidos at o momento, destacam-se: o aproveitamento do espao para esclarecimento de dvidas, a possibilidade de compartilhar o momento vivido, o acolhimento ofertado pela equipe e a contribuio do campo familiar no processo ps-alta. A presena de um mdico psiquiatra, como membro da equipe e o aumento do tempo dos encontros, esto entre as sugestes e propostas mais relevantes.

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Ttulo: PROJETO ADOLESCNCIA POSITIVA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EDUARDO CUSTDIO BORGES Financiador: Resumo: Este projeto vem sendo desenvolvido no Programa de DST/HIV/aids de Cricima, visando superar a dificuldade dos cuidadores de fazerem revelao do diagnstico aos adolescentes soropositivos, ou mesmo de discutirem questes bsicas sobre a sorologia, o que engendrava apropriaes equivocadas dos adolescentes quanto as suas possibilidades e implicaes futuras. O projeto objetiva auxiliar os cuidadores no processo de revelao do diagnstico e busca possibilitar a aproximao dos adolescentes soropositivos ao programa, para que se possa esclarecer e sensibiliz-los sobre questes relacionadas e esta fase da vida, imbricada ao diagnstico do HIV/aids. Localiz-los ainda, de que o uso correto dos antirretrovirais vem ao encontro do projeto de vida e desejo de ser de cada um, para que assim, a medicao possa se objetivar e ganhar funo para os adolescentes, como algo de fato importante. A metodologia empregada partiu da realizao de um levantamento dos pronturios, equipe tcnica ambulatorial e cuidadores sobre o conhecimento do diagnstico do HIV/ aids pelos adolescentes. Posteriormente houve a formao do grupo de adolescentes soropositivos para os j cientes de sua sorologia; na sequncia, os cuidadores foram esclarecidos sobre os benefcios da revelao do diagnstico aos adolescentes e foram encaminhados para orientao psicolgica. Aps todas estas etapas, ocorria o processo de revelao do diagnstico junto aos cuidadores e adolescentes. Terminado o processo de revelao do diagnstico, o adolescente inserido no grupo de adolescentes soropositivos. O projeto completa seu primeiro ano de atividades, e j se constata resultados positivos, no que diz respeito ao vnculo dos adolescentes com a equipe do programa; participao dos adolescentes em encontros estaduais e regionais para jovens que vivem com HIV/aids; alguns adolescentes que no tinham boa adeso aos antirretrovirais tm melhorado seus exames de carga viral e CD4 e reorganizado seus projetos de vida, tornando-se protagonistas de seus futuros.

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Ttulo: PROMOO DA SADE NO BRASIL: BIOPOLTICAS E CONSTITUIO DE SUJEITOS DA SADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANA MARIA PEREIRA LOPES Financiador: Resumo: O modelo brasileiro de Promoo de sade tem como marco a Constituio Federal de 1988. A partir desta Carta Magna, tambm intitulada de Constituio Cidad, o Estado passou a ser responsvel por uma srie de polticas pblicas em geral, e de sade, em particular. A mudana de modelo de ateno em sade no pas pode ser considerada como um acontecimento na histria da sade pblica. A ele pode ser relacionado o processo de democratizao do pas, na dcada de 1980, e a grande ao de movimentos sociais, que em seu conjunto, foi denominado de Movimento da Reforma Sanitria. O presente trabalho se refere ao estudo de documentos relativos mudana da perspectiva de sade no perodo pr e ps Constituio de 1988. Versa sobre a possibilidade de as aes de Promoo da Sade no serem apenas a um tipo de ao de Estado. Estas so consideradas como dispositivos de saber e de poder em ao sobre os sujeitos, articulados em torno de biopolticas. Com base na perspectiva da anlise do discurso de Michel Foucault, buscar-se- demonstrar que as biopolticas podem ser acessadas por meio do acompanhamento de suas estratgias, movimentos e embates travados no cenrio social. No presente trabalho tambm sero articulados os processos de subjetivao em face da promoo da sade enquanto uma biopoltica. Tal articulao pode ser recurso para reflexo sobre a tica nas intervenes psicossociais em sade e sobre a produo de subjetividades a relacionada.

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Ttulo: PSICOLOGIA NA SADE PBLICA: DIAGNSTICO E INTERVENO NUMA INSTITUCIONAL NO GOVERNAMENTAL NA CIDADE DE BLUMENAU. Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: NEILA MARIA MATHIAS Autor (es) adicionais: ADRIANA RIBEIRO DA SILVA - NELI MARIA DUARTE LUCIANO Financiador: Resumo: "O objetivo deste trabalho apresentar o relato de uma experincia de estgio em Psicologia e Sade Pblica, numa organizao no governamental, onde se desenvolveu observao, diagnstico e interveno sob o olhar psicolgico. Neste contexto, considerou-se a indisciplina escolar como o mais emergente, dentre outros fenmenos. Contudo, o psiclogo como um agente que promove a sade em seus mais variados contextos, deve se preocupar com a comunidade, organizando atividades a fim de promover sade. O grupo observado tem como integrantes 21 crianas com idade mdia de 05 anos, que frequentam a pr-escola. O mtodo utilizado para a realizao deste trabalho ocorreu atravs de 18 horas de observaes diretas, nas mais diversas atividades escolares, com o objetivo de identificar e avaliar as dificuldades apresentadas. Aps o diagnstico optou-se pela (in)disciplina para estimular bons hbitos de convivncias nos grupos sociais a qual esto inseridos Nomeou-se o projeto de Disciplinar: Uma Forma de Educar. As atividades foram divididas em 05 encontros com brincadeiras ldicas, vdeos e dinmicas. Deste modo, atravs das atividades elaboradas e desenvolvidas com as crianas, tinha-se como meta atingir no s as crianas, mas tambm pais, professores e responsveis, visto que, durante o processo de interveno constatamos que a indisciplina escolar de responsabilidade de todos os envolvidos com a educao da criana. Com as atividades desenvolvidas, contribumos com a promoo da sade neste contexto, no entanto, para que este objetivo seja alcanado de maneira eficaz, preciso que estas aes sejam continuamente estimuladas. Deste modo, a escola, ou as ONGs so importantes espaos para a atuao do psiclogo, que tem como objetivo primordial o de promover sade.

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Ttulo: PSICOLOGIA NO HOSPITAL: A ATUAO DO SERVIO DE PSICOLOGIA NO HOSPITAL UNIVERSITRIO/UFSC Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CLAUDETE MARCON Autor (es) adicionais: AMANDA KLIEMANN - HU - UFSC ANDREZZA FRANZONI ALEXANDRE - HU - UFSC LETCIA MACEDO GABARRA - HU - UFSC MRCIA LUCRCIA LISBOA - HU - UFSC JUADIR ANTONIO COPAT - HU - UFSC RACHEL SCHLINDWEIN ZANINI - HU - UFSC ZAIRA APARECIDA DE OLIVEIRA CUSTDIO - HU - UFSC Financiador: Instituio pblica - UFSC - HOSPITAL UNIVERSITRIO Resumo: O Hospital Universitrio da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) iniciou suas atividades em 1980, sendo que desde sua inaugurao previu a atuao da Psicologia, contando, atualmente, com 08 psiclogos. Este trabalho pretende apresentar a trajetria e consolidao do Servio de Psicologia do HU/UFSC, a atuao e insero dos psiclogos nas diversas unidades, alm dos desafios e conquistas vivenciados. A Psicologia se insere nas atividades das Unidades de Internao e Ambulatrios: Pediatria, Neonatologia, Alojamento Conjunto, Centro Obsttrico, Ginecologia, Clnicas Mdicas, Clnicas Cirrgicas, Unidade de Tratamento Dialtico, Neurologia, Servio de Emergncia, Sade Auditiva, Cirurgia Baritrica e Onco-Hematologia. O Servio de Psicologia atua no trip ensino-pesquisa-extenso, realizando em parceira com docentes da UFSC atividades de pesquisa, projetos de extenso, estgios curriculares e a Residncia Integrada Multiprofissional em Sade. As principais dificuldades percebidas so: nmero reduzido de profissionais, dificuldades na obteno de material tcnico e carncia de espao fsico adequado aos atendimentos. Por outro lado, observam-se vrios aspectos que evidenciam a valorizao e reconhecimento do psiclogo nas equipes, no atendimento prestado populao e na formao de profissionais de outras reas: ampliao do quadro funcional, insero no Programa de Residncia Integrada Multiprofissional em Sade, coordenao de programas e projetos multiprofissionais de interveno, participao em comisses e grupos de trabalho institucionais e, recentemente, a insero da Psicologia no regime de planto hospitalar. Apesar dos desafios apresentados, percebe-se que o hospital se constitui em um importante campo de prtica da Psicologia e, o HU/UFSC, um relevante espao de formao de psiclogos com orientao para um trabalho interdisciplinar. Nesse sentido, evidencia-se a importncia da manuteno e ampliao do atendimento psicolgico prestado, dos projetos de extenso e a realizao de mais pesquisas na rea para o fortalecimento da Psicologia da Sade no contexto hospitalar.

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Ttulo: PSICOLOGIA POSITIVA E RESILINCIA: A COMPREENSO DO INDIVDUO A PARTIR DE SEUS POTENCIAIS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDREA FERNANDA RODRIGUES MOREIRA Autor (es) adicionais: ZAMIR DOILE MACEDO - MESTRE EM SAUDE COLETIVA, PROFESSORA DA UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC SCHEILA BEATRIZ SEHNEM DE MENEZES - MESTRE EM EDUCAO UNOESC - PROFESSORA DA UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC Financiador: Resumo: Resumo: A Psicologia Positiva ocupa-se em estudar fenmenos psicolgicos como a felicidade, o altrusmo e satisfao. Autores defendem a idia de que o trabalho de preveno deve criar uma nova cincia da fora humana, na qual a misso ser entender e aprender como promover virtudes: coragem, otimismo, habilidades interpessoais entre outras. Ao contrrio da Psicologia tradicional, que trata do patolgico, a Psicologia Positiva traz a nfase nos fenmenos que ajudam no enfrentamento, na superao e ajustamento psicolgico do individuo ou famlia. Apresenta um termo relativamente novo para o estudo da capacidade de enfrentar situaes de risco de forma saudvel: a Resilincia. O estudo do fenmeno resilincia desenvolvido principalmente em situaes de alto risco, como pobreza extrema, doena mental, guerra, maus tratos entre outras. So estudos que consideram as interaes vivenciadas entre as pessoas e o ambiente, denominadas processos proximais, como elementos chave para o desenvolvimento do ser humano.Com o objetivo de revisar e analisar o conceito de Resilincia e sua aplicao em diversos contextos, esse trabalho traz uma reviso terica, realizada na base de dados Scielo, artigos datados a partir de 2002, encontrados com as expresses chaves: resilincia, psicologia positiva e relacionamento conjugal. Aborda a resilincia nos indivduos em situaes de risco, hospitalizados, com deficincia fsica, em casais e ainda a capacidade de resilincia da famlia frente s adversidades. Conclui que interaes positivas, ver e projetar a situao melhorada no futuro, a auto-estima e estratgias adequadas de resoluo dos problemas facilitam a resilincia no individuo e na famlia.

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Ttulo: PSICOLOGIA, RELIGIO E ESPIRITUALIDADE UM OLHAR DE INTEGRALIDADE, E COMPLEMENTARIDADE NO AMBIENTE HOSPITALAR Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RAFAEL GUSTAVO DE LIZ Autor (es) adicionais: RAFAEL GUSTAVO DE LIZ - FURB ALVARO LUIZ DE AGUIAR - FURB Financiador: Resumo: Nesta reviso bibliogrfica objetiva-se apresentar, uma compreenso do fenmeno da Religio e da Espiritualidade em relao sade. Com o intuito de proporcionar uma assistncia hospitalar e de cuidado humanizado. O presente trabalho objetiva estudar a religio e a espiritualidade como um fator de humanizao e estratgia de complementaridade com a psicologia. O trabalho apresenta uma estreita relao entre a psicologia, seus autores e suas obras relacionadas espiritualidade ou a religio. No Brasil a religio e a espiritualidade, em sentido estrito senso, ocupa um importante espao na vida das pessoas. Negligenciar a presena da religio e dos aspectos espirituais do sujeito, quando os mesmos encontram-se hospitalizados, far o processo de hospitalizao ainda mais sofrido para esse sujeito doente. Pois, o prprio processo de hospitalizao um momento delicado por gerar no indivduo um enorme desconforto devido perda de suas referncias, seu cotidiano e ausncia de pessoas prximas. No contexto hospitalar visvel a aflorao da espiritualidade como uma forma de enfrentamento. Atualmente, a Poltica Nacional de Humanizao (PNH), do Ministrio da Sade tem com o objetivo atender as demandas subjetivas manifestadas pelos usurios dos servios de sade, situando-se principalmente na integralidade desse atendimento e no respeito aos direitos aos usurios. Tal poltica prope a superao de prticas centradas em corpos ou conjuntos de sintomas, que deixa margem a subjetividade dos usurios, prope um atendimento humanizado nos servios, focando a dignidade das pessoas em situaes de necessidade de cuidados e ateno. A Organizao Mundial de Sade (OMS) apresenta a Espiritualidade e a Religio como fatores determinantes para a sade. Sendo assim, cabe a Psicologia enquanto Cincia e Profisso ampliar seu olhar diante dessa demanda rica em desafios e possibilidades. Palavras-chave: Espiritualidade; Religio; Psicologia; Integralidade.

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Ttulo: PUBLICAES ACADMICAS SOBRE OS SERVIOS-ESCOLA E SUA IMPORTNCIA NA FORMAO DE PSICLOGOS NO BRASIL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ANDERSON DA SILVEIRA Autor (es) adicionais: ANA MARIA PEREIRA LOPES - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL Financiador: Outros - ART 170 Resumo: Os servios-escola de psicologia constituram-se historicamente como espaos de formao de psiclogos e atendimento comunidade. Este local, que por muitos anos foi denominado de clnica-escola, obteve com a mudana de nomenclatura para servios-escola uma ampliao na formao em psicologia. Neste estudo buscou-se compreender o que as produes acadmicas tm explicitado sobre o servio escola de psicologia. Para tanto, buscou-se conhecer os aspectos histricos do servio-escola de psicologia, a considerao da importncia dos servios-escola para a formao dos psiclogos, as prticas realizadas nos servios-escola e a relao desses servios com a comunidade. As fontes de informao foram os artigos produzidos sobre os servios escola. Foram analisados 38 artigos, publicados no perodo de 1981 a 2010. Para viabilizar a anlise dos contedos, os artigos foram organizados por meio de um roteiro de leituras de forma cronolgica. Como resultado da pesquisa, verificou-se que os artigos pouco descrevem sobre a histria dos servios-escola. Os artigos pesquisados indicam que os servios-escolas, formatados segundo as exigncias da Lei n 4.119/62, estavam inicialmente mais preocupados com o processo de formao dos alunos do que com o atendimento comunidade. Este cenrio comeou a mudar j na dcada de 1980 quando surgem pesquisas cuja preocupao era caracterizar a populao atendida pelos servios. Os artigos pesquisados evidenciam que a partir da dcada de 1990, os servios-escolas passaram por processos de reviso de seus projetos, com vistas constitu-los articulados com as necessidades da comunidade onde o servio se encontra inserido. Palavras Chave: Servios-escola. Formao em Psicologia. Atendimento Comunidade

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Ttulo: QUANTO VALE A PALAVRA DO USURIO COM SOFRIMENTO PSIQUICO GRAVE,SEUS FAMILIARES E EQUIPE DOS CAPS? UMA EXPERINCIA COMO TUTORA DO PROJETO SAUDE MENTAL/CRACK EM BLUMENAU Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CARLA REGINA CUMIOTTO Autor (es) adicionais: CARLA REGINA CUMIOTTO - FURB Financiador: Resumo: O projeto saude mental/crack um projeto financiado pelo ministrio da saude e da educao.O mesmo desde o edital tem como prioridade o trabalho interdisciplinar.Abranger as mais variadas reas do saber assim como a integrao ensino(academia) e servio(os caps da cidade) na interveno e promoo de saude na rea da sade mental dando nfase ao uso do crack.O referente trabalho visa articular os conceitos fundamentais da politica humaniza sus(intersetorialidade,equipe de referncia,acolhimento,escuta e clinica ampliada) no que se refere ao lugar de escuta e o valor da palavra do usurio com sofrimento psiquico grave e os efeitos no exercicio da cidadania quando esse valor no lhes dado ou mesmo quando a equipe dos caps ou familiares fica desabrigado da palavra.Restando apenas decises pedaggicas ou actings e ou encaminhamentos a internaes. .

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Ttulo: REDES SOCIAIS NO CONTEXTO DA PREMATURIDADE: FATORES DE PROTEO E DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: ZAIRA AP. DE OLIVEIRA CUSTDIO Autor (es) adicionais: ZAIRA APARECIDA DE OLIVEIRA CUSTDIO - HU/UFSC Financiador: Resumo: A prematuridade uma condio de risco biolgico para o desenvolvimento das crianas e quando est associada a fatores de risco ambientais contribui para o surgimento de problemas de comportamento e desenvolvimento. Este trabalho trata de uma pesquisa de incurso ecolgica, realizada num hospital pblico de Florianpolis, com o objetivo de verificar a influncia das redes sociais na promoo da sade e do desenvolvimento de crianas nascidas pr-termo, ao longo dos seus dois primeiros anos de idade. Identificaram-se os fatores de risco e de proteo ligados a tais redes e presentes na criana e no ambiente familiar. A amostra da pesquisa foi constituda por 11 recm-nascidos pr-termo e suas famlias, acompanhados longitudinalmente. Utilizaram-se as abordagens quanti-qualitativa e os seguintes instrumentos e tcnicas: Anlise Documental dos Pronturios, Observao Participante, Genograma, Ecomapa, Entrevista Semiestruturada, Roteiro de Entrevista para Identificao de Riscos Biopsicossociais na Histria de Vida da Criana, ndice de Risco Psicossocial de Rutter, Inventrio Home para Observao de Medidas do Ambiente, Escala de Eventos Vitais e Teste de Denver-II. Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatstica descritiva no paramtrica e os dados do Genograma e dos Ecomapas foram submetidos anlise de contedo categorial temtico utilizando um sistema de categorias definido a priori, adaptado. Os resultados mostraram que as famlias que enfrentaram menos eventos adversos apresentaram estimulao no ambiente familiar e o risco psicossocial mostrou-se de baixo a moderado, alm de fatores de proteo para o desenvolvimento das crianas. As famlias com menor tamanho em sua rede social foram as que apresentaram fatores de risco conjugados. Os avs maternos e paternos apresentaram-se como a rede de apoio mais estvel, ativa e confivel, ao longo do tempo. Os resultados indicaram a presena de fatores de risco nas interaes microssistmicas da rede institucional das crianas e de suas famlias.

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Ttulo: REFLEXES SOBRE A MORTE E SEUS EFEITOS NA EQUIPE DE SADE: UM RELATO DE CASO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: JULIANA AMORIM MOREIRA Autor (es) adicionais: LECILA DUARTE BARBOSA OLIVEIRA - UFSC CLAUDETE MARCON - HU/UFSC Financiador: Resumo: A morte um evento de difcil aceitao e quando envolve o ambiente do profissional de sade, sentimentos como impotncia e fracasso so compartilhados pela equipe. Este artigo traz reflexes sobre a morte e as suas implicaes em uma equipe de sade de uma Unidade de Internao Peditrica de um hospital frente ocorrncia de situaes de morte. O caso acompanhado pela estagiria do servio de Psicologia foi de uma paciente com seis meses de idade, diagnosticada com microcefalia na gestao, a qual foi a bito em sua segunda internao naquela unidade. Paralelamente, analisa-se a morte de um paciente de quatro anos de idade, com freqentes e longas internaes na mesma unidade, o qual mobilizou grande vinculao com a equipe. Foram observadas diferentes manifestaes de sofrimento entre os profissionais diante da morte dos pacientes. So discutidas as possveis relaes entre as caractersticas das crianas e familiares com o nvel de perda para a equipe de sade. Desta forma, tambm so analisadas como as caractersticas fsicas e interacionais das crianas podem influenciar no estabelecimento do vnculo com os cuidadores. Como perspectiva de futuras intervenes para os profissionais da psicologia percebe-se que to fundamental quanto a ateno quele que foco da interveno psicolgica, o olhar para o prprio profissional.

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Ttulo: RELATO DE EXPERINCIA DE INTERVENO PSICOSSOCIAL COM UM GRUPO DE AGENTES COMUNITRIOS DE SADE: REFLEXES LUZ DA PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITRIA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EMILYN MENDES ROSA Autor (es) adicionais: MAHYRA MENDES ROSA - UNIPLAC BRUNA MEURER ANTUNES - UNIPLAC Financiador: Resumo: O presente trabalho trata-se de um relato de experincia de Estgio em Psicologia Social Comunitria realizado junto a um grupo de doze Agentes Comunitrios de Sade (ACS) de um municpio da regio serrana do estado de Santa Catarina. Seguindo os preceitos da Psicologia Social Comunitria, primeiramente entrou-se em contato com a realidade do trabalho dos ACS para posteriormente criar o projeto de interveno intitulado ACS Agentes na vida e em sociedade. O projeto desenvolveu-se por meio de oficinas, as quais funcionavam quinzenalmente e tinham durao de aproximadamente duas horas e meia. Os encontros iniciavam com uma dinmica de descontao, para logo em seguida introduzir-se a temtica e posteriormente realizar uma atividade de fixao ou que possibilitasse uma maior reflexo quanto s problemticas levantadas. Ao todo foram realizados cinco encontros, os quais abordaram as temticas: trabalho em equipe interdisciplinar; trabalho e motivao; resilincia; auto-estima; e sade mental. O objetivo das oficinas foi possibilitar aos ACS repensarem suas prticas no mbito da ateno bsica em sade e tambm refletirem acerca de suas motivaes pessoais e histrias particulares de vida, entendendo que o particular est indissociado do profissional e que os dois aspectos necessitam ser trabalhados para se ter tanto uma qualidade de vida quanto uma atuao qualitativa no fazer profissional. Ao concluir as oficinas percebeu-se que o grupo de Agentes Comunitrios de Sade conseguiu atingir uma reflexo acerca das temticas trabalhadas, identificando em seu grupo de trabalho a necessidade de ampliao e de uma melhor comunicao no trabalho realizado em equipe. Percebeu-se ainda, que eles puderam pensar em suas vidas pessoais e nas motivaes que os levaram a atuar como ACS, o que os beneficia no sentido de um maior auto-conhecimento e consequente aperfeioamento profissional.

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Ttulo: SADE MENTAL NO NASF: A(R)MAR A TRAMA Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CLAUDIA BREDA Autor (es) adicionais: ANAMLIA T. RIBAS - NASF GAROPABA Financiador: Resumo: O Ncleo de Apoio Sade da Famlia NASF no municpio de Garopaba foi implantado no ano de 2010, contando com uma equipe composta por dois profissionais das reas de psicologia, nutrio e educao fsica. Ao iniciar o projeto, a equipe passou a trabalhar os conceitos bsicos contidos nas diretrizes nacionais do NASF enquanto corria o municpio elaborando um diagnstico preliminar da situao de sade nas seis reas de Estratgia de Sade da Famlia ESF. A partir das demandas levantadas na comunidade pelos profissionais de sade da famlia, a equipe passou a se organizar para oferecer suporte no trip alimentao saudvel, atividade fsica e controle do estresse aos grupos j existentes. Alm desta ao, foram criados novos grupos na comunidade: grupo de caminhada, grupo teraputico com adolescentes e pais, grupo de abandono do tabagismo. A partir do segundo semestre de atuao, a equipe do NASF comeou a perceber a necessidade de investir na retomada das ferramentas de trabalho preconizadas pelas Diretrizes do NASF elaboradas pelo Ministrio da Sade, tais como o Apoio Matricial, a Clnica Ampliada, o Projeto Terapeutico Singular (PTS) e o Projeto de Sade no Territrio (PST). Para tanto, deu-se incio metodologia de reunies permanentes entre a equipe do NASF e profissionais de Sade da Famlia (at o momento, enfermeiras, tcnicas de enfermagem, agentes comunitrias de sade (ACS) e agente de endemias), em paralelo com as demais aes de sade no territrio. A partir do momento em que comeamos a utilizar o mtodo de reunies freqentes com as equipes de ESF, estamos percebendo resultados no estreitamento do vnculo ESFNASF, possibilitando o desenvolvimento do matriciamento e demais ferramentas de trabalho. Palavras-chave: Sade, Psicologia, Estratgia de Sade da Famlia, Ncleo de Apoio Sade da Famlia, Matriciamento

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Ttulo: SERVIO RESIDENCIAL TERAPUTICO: TRAJETO DE IMPLANTAO NO MUNICPIO DE JOINVILLE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: KAMILA BARROS TIZATTO Autor (es) adicionais: IVELISE PIENIZ MACAGNAN - SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE DE JOINVILLE - CAPS III D LRIOS Financiador: Resumo: O chamado Servio Residencial Teraputico (SRT) caracteriza-se como um dos novos dispositivos de ateno psicossocial, constituinte de uma rede de assistncia em sade mental que visa substituir os hospitais psiquitricos como opo exclusiva no atendimento a essa demanda. Regulamentada pela Portaria GM n 106, de 11 de fevereiro de 2000, do Ministrio da Sade, as Residncias Teraputicas so apresentadas como moradias ou casas inseridas na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internaes psiquitricas de longa permanncia que no possuem suporte social e laos familiares que viabilizem a sua insero social, visando oportunizar aos sujeitos inseridos neste contexto a reinsero vida comunitria, a restituio da cidadania e o acesso assistncia de qualidade. No municpio de Joinville/SC o projeto de implantao do supramencionado servio veio sendo discutido desde o ano de 2005, sendo concretizado com a mudana dos moradores, oriundos de instituies diversas, no ms de Janeiro de 2011. A presente proposta objetiva expor o trajeto de implantao e atual funcionamento do servio no municpio de Joinville, abordando sua regulamentao, aspectos operacionais de seu funcionamento e a rede de sade mental que lhe d subsdios, bem como a sua relevncia no processo de reabilitao psicossocial dos sujeitos que ali habitam, trabalhando-lhes a autonomia, as manifestaes volitivas e o alcance da cidadania possvel.

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Ttulo: SIMILITUDES DA PSICOLOGIA DA SADE E GESTALT-TERAPIA EM SADE MENTAL. (RELATO DE UMA EXPERINCIA DE ESTGIO EM SADE MENTAL) Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: LENIR RODRIGUES MINGHETTI Autor (es) adicionais: LENIR RODRIGUES MINGHETTI - CONCLUINTE DO CURSO DE PSICOLOGIA, DA UNIPLAC PRISCILA SCHNEIDER - MESTRE EM PSICOLOGIA (UFSC) Financiador: Resumo: O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar o relato de uma experincia estgio curricular em Psicologia da Sade, do curso de Psicologia da Universidade do Planalto Catarinense, desenvolvido em 2010 no Centro de Ateno Psicossocial- CAPSII de Lages- SC. Os CAPSs so espaos de tratamento de sade para as pessoas com transtornos mentais, so servios proporcionados pelo Ministrio da Sade, que consiste em um atendimento psiquitrico, social, pedaggico, fsico, teraputico (entre outros) evitando desta forma as internaes hospitalares. O objetivo principal do estgio em Psicologia da Sade : proporcionar mudana de relacionamento grupal e pessoal dos usurios do programa no reconhecimento de si, de suas emoes e sentimentos, atravs de atividades psicoteraputicas, buscado restaurar o processo de auto-regulao organsmica, ou a capacidade de atender s suas necessidades psicolgicas. A metodologia utilizada baseou-se em tcnica da Gestalt-Terapia. Deste modo, as atividades foram desenvolvidas com tcnicas da Gestalt Terapia, Arteterapia Gestltica e Gestaltpedagogia. Como resultado as atividades desenvolvidas no CAPS-II tiveram como ponto central o ser humano, por meio do fortalecimento da socializao, do reconhecimento de seus sentimentos, emoes e desejos, da aprendizagem, do fazer, do autoconhecimento de si para com os outros, da motivao, da sade mental (etc.). Observou-se ao longo do trabalho a transformao dos vnculos afetivos da equipe e usurios do programa, bem como a uma organizao psicolgica dos mesmos, a partir do trabalho focado em suas funes de contato. Como concluso o estgio reforou o fortalecimento de um vnculo teraputico com os usurios e com toda a equipe, por meio de escutas, aconselhamento, apoio, suporte psicolgico entre outras atividades psicolgicas. Palavras chaves: Psicologia da Sade; Sade Mental; CAPS; GestaltTerapia.

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Ttulo: UMA EXPERINCIA (COM) VIVNCIA EM GRUPO Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: BARBARA WEHMUTH RAULINO Autor (es) adicionais: CARLA REGINA CUMIOTTO - FURB Financiador: Resumo: A sade pblica tem trabalhado muito com a modalidade de grupos, porm, percebemos uma fragilidade metodolgica e uma falta de sustentao terica nestes trabalhos, que em sua maioria so atrelados a um objetivo burocrtico: a diminuio da fila de espera. Este trabalho relata uma experincia clnica na conduo e no manejo na modalidade de trabalho com grupo semanal em um ESF da prefeitura da cidade de Blumenau. Tendo como objetivos identificar o tratamento que se d numa conduo clnica psicanaltica no trabalho com grupos, pensar a relao transferencial entre o ESF da cidade e o Servio Sade Mental da Clnica-Escola de Psicologia da FURB e seus efeitos na conduo clnica em grupo, investigar as demandas surgidas em um trabalho com grupo e verificar os efeitos atravs de relatos clnicos, fundamentar teoricamente a direo de tratamento numa viso psicanaltica e verificar quais suas especificidades. A idia transmitir que possvel que a psicanlise circule pelos mais diversos mbitos e que ela possa servir de referencial terico e tico na sustentao de um trabalho com grupos em uma instituio de sade. Utilizando alguns dos conceitos fundamentais do tratamento psicanaltico: a noo de inconsciente, transferncia, testemunho, narrativa e desejo do analista e os conceitos propostos pelo Ministrio da Sade tais como: clnica ampliada, equipe de referncia e projeto teraputico singular pretende-se relatar os efeitos no que se refere experincia vivida com este grupo, que foi nomeado pela prpria instituio de Grupo de Convivncia.

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Ttulo: UMA REFLEXO SOBRE A REINSERO SOCIAL DE SENTENCIADOS: UMA EXPERINCIA NA UNIDADE PRISIONAL Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MARISA DE FTIMA MARIANO Autor (es) adicionais: ELIANE REGINA PEREIRA - UNIASSELVI Financiador: Resumo: Este artigo trata de um relato de experincia de estgio bsico em psicologia comunitria e de sade pblica que foi realizado em uma Unidade Prisional Avanada com presos em regime semiaberto. As atividades foram iniciadas com observao, onde foi realizado diagnstico e plano de interveno divididos em 5 encontros. No primeiro encontro o grupo refletiu sobre a constituio do sujeito, a importncia de suas escolhas e as consequncias destas. O segundo encontro tinha como objetivo discutir estratgias de futuro, e assim analisar as vantagem e desvantagens nas diferentes possibilidades de escolha. No terceiro encontro o grupo discutiu sobre o que leva o sujeito cometer atos delituosos. Dando sequencia a discusso, possibilitou-se no quarto encontro uma reflexo sobre as alternativas mais saudveis que o grupo poderia aderir para evitar a reincidncia criminal. O quinto encontro foi utilizado para problematizar as possveis dificuldades que poderiam encontrar no processo de reinsero social. O objetivo da experincia foi possibilitar uma reflexo sobre a resocializao destes detentos, auxiliando-os a refletir a respeito de sua constituio enquanto sujeitos afetivo-volitivos, das suas escolhas e alternativas de futuro, favorecendo a (re) significao de sua histria e a busca por uma condio de vida mais saudvel. Como recursos foram utilizados recortes de revista, folhas de papel A4 em branco, canetas e uma videogravao feita com depoimentos dos mesmos, no qual relatam suas dificuldades de reinsero social. Durante os encontros, as falas revelaram sujeitos que na sua historia de vida haviam realizado escolhas no aceitas pela sociedade, mas principalmente no aceitas por eles mesmos. O preconceito e a dvida na sua capacidade de resocializao se fez presente nas falas destes sujeitos. Como resultado final foi possvel perceber na maioria dos participantes, maior empoderamento, melhora na autoestima, mais clareza de suas escolhas e novas perspectivas de futuro.

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Ttulo: USURIOS DE CRACK: REFLETINDO ACERCA DE SEUS DISCURSOS Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: EDNA LINHARES GARCIA Autor (es) adicionais: DULCE GRASEL ZACHARIAS - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL ELTON LUIS DA SILVA PETRY - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL GABRIELLY DA FONTOURA WINTER - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL GLI BRINGMANN - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL DAIELLE MARION - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL EDNA MORAES AGUIAR LIMA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL JULYANA SONTAG - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Financiador: Resumo: Apresenta-se neste trabalho dados preliminares acerca da pesquisa em desenvolvimento intitulada A realidade do crack em Santa Cruz do Sul realizada pela Universidade de Santa Cruz do Sul, atravs do Departamento de Psicologia em parceria com Santa Cruz Novos Rumos. Objetiva-se investigar aspectos envolvidos nesta problemtica, no que se refere motivos e fatores de risco do uso; histria evolutiva da dependncia; associao de outras drogas como iniciais; fatores contribuintes para preveno e resilincia do indivduo, etc. Utiliza-se metodologia quantitativa e qualitativa, atravs de entrevistas semi-estruturadas com usurios de crack, revelando idade, escolaridade, sexo, profisso, condutas infracionais, contextos familiares, fatores de risco, proteo e ndice de uso do crack. At o momento foram realizadas sessenta e nove entrevistas de cem previstas. Com base nos dados preliminares constata-se: predominncia masculina no uso da substncia (86%), com idade entre 26 e 32 anos (35%); apresentam ensino fundamental incompleto (51%); 82% dos entrevistados consideram-se dependentes da droga; 72% relatam usar crack todos os dias; 92% dizem querer parar completamente com o uso; apenas 84% dos usurios dizem j ter procurado atendimento em algum servio de sade, enquanto 90% afirmam ter feito algum tratamento; em 73% dos casos existe um histrico de dependncia quimica na famlia. A partir destes resultados, j tem sido possvel pensar em estratgias de preveno sustentadas no prprio discurso dos usurios, pois relatam o que poderia ser efetivo no combate ao crack. Ao final da pesquisa os dados sero publicados pois se espera que atravs destes seja possvel auxiliar na construo de um objetivo comum no que se refere identificao, diagnstico e definio das melhores estratgias no combate ao crack.

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Ttulo: VNCULO ME-BEB EM GRUPOS DE EDUCAO EM SADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: VIRGINIA MARIA PEREIRA DA ROCHA Autor (es) adicionais: VILMA OLIVEIRA DOS SANTOS - FACULDADE AVANTIS MARINA CORBETTA BENEDET - FACULDADE AVANTIS Financiador: Resumo: Este estudo visa investigar os sentimentos das gestantes sobre a maternidade e a importncia de grupos de acompanhamento de educao em sade na construo do vnculo me-beb, analisando como se constitui a rede de apoio s gestantes, desde familiares at a participao em grupos de educao e sade. A fim de responder a esse questionamento traamos os seguintes objetivos: analisar os sentidos produzidos pelas gestantes para a gravidez; identificar quais as redes de apoio que as gestantes apontam; descrever o sentido que as gestantes produzem para o grupo de educao em sade (ES); identificar os modos como o grupo de ES interfere no entendimento das gestantes sobre a gravidez. O mtodo utilizado teve por ferramenta para coleta das informaes uma entrevista semi-estruturada realizada com as mes, como tambm observao participante. Participaram do estudo quatro gestantes entre 17 e 35 anos. As informaes foram analisadas a partir da proposta de Bardin sobre anlise de contedo. A partir das anlises foram construdas categorias a posteriori, onde pudemos perceber que as gestantes estavam passando por importantes transformaes corporais, pessoais e interpessoais durante a gestao e vivenciando intensos sentimentos em relao ao tornar-se me, insegurana quanto ao futuro, situaes limitantes na famlia, fantasias em relao ao beb, e a si prpria. Acreditamos que a atuao multiprofissional excelente oportunidade para prevenir, detectar e tratar transtornos afetivos das gestantes e, consequentemente, de seus filhos. Palavras-chave: educao em sade grupo de gestantes - psicologia

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Ttulo: VIVA COM QUALIDADE: DEPRESSO TEM TRATAMENTO. (CUIDADOS, PREVENO, COMO IDENTIFICAR E PREVENIR). Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: SERGIO GOBBI Financiador: Resumo: Este trabalho desenvolvido no Municpio de Iara, junto a Secretaria de Sade, sendo Projeto desenvolvido no NASF ncleo de Apoio a Sade da Famlia, pelo Psiclogo Sergio Leonardo Gobbi. Os dados epidemiolgicos da Depresso de nosso Pas apontam um aumento gradativo dos casos de Depresso e dos suicdios como agravante. Variveis associadas fazem parte do discurso de esclarecimento visando a reduo de danos e, por conseqncia, a reduo de conflitos sociais, financeiros, profissionais, bem como utilizao de Drogas, muitas vezes envolvida. Esclarecer e potencializar as pessoas com informaes a respeito da Depresso e seus aspectos correlatos uma forma de possibilitar sade psicolgica e reduo da busca pela ajuda psicolgica e psiquitrica que enfraquece o setor pblico onerando o mesmo com gastos improdutivos (tanto em exames desnecessrios quanto em tratamentos e internaes. O projeto nasceu como resultado do programa de Grupos denominado: Depressivos Annimos h quatro anos(em grupos restritos realizados em clinica universitria).O autor percebeu, com este Programa, que a necessidade maior de esclarecimentos e compreenso de que a Depresso uma doena e como tal pode e deve ser evitada . Este Projeto composto de trs encontros em cada Estratgia do municpio, agendado previamente com a Enfermeira da Estratgia. Divulgado por bilhetes (convite) pelas Agentes de Sade (a cada domicilio). No semestre de 2009, com a participao aproximada de 600 pessoas, foi realizada a primeira etapa de encontros. A segunda ser entregue os folders com possibilidade de auto avaliao (baseado nos critrios constantes no CID). O Programa de Esclarecimentos composto de palestras regionais (dentro do municpio) com distribuio gradativa e ampliando o nmero de multiplicadores sociais do assunto relativo Depresso.

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Ttulo: VIVNCIA DE ESTGIO EM PSICOLOGIA DA SADE Tema: PSICOLOGIA E SADE Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: MAYARA HAVEROTH VANDRESEN Autor (es) adicionais: FABOLA G. DE LIMA - UNIPLAC MARCELO H. SILVA DE SOUZA - UNIPLAC TATIANE M. BARBOSA - UNIPLAC Financiador: Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo foi conhecer sobre a vivncia de estgio em psicologia da sade. O estudo foi realizado com duas estagirias de um Centro de Ateno Psicossocial (CAPS II), o qual um servio da rede SUS que trata pessoas com sofrimento psquico grave, proporcionando ao usurio um resgate da cidadania. Aconteceu em uma cidade do estado de Santa Catarina, onde buscamos conhecer as experincias vividas nesta instituio e a identificao dos significados destas experincias. A presente pesquisa definida pelo mtodo qualitativo e fez uso da problemtica do Arco de Maguerez, o qual acontece em 5 etapas que transitam diante a realidade. A coleta dos dados ocorreu por meio de observaes simples, e por meio de entrevista semi-estruturada. Na anlise dos dados foram identificados os seguintes elementos: frustraes; dificuldades em aceitar as limitaes dos usurios; a compreenso do processo entre sade e doena e a ressignificao dos saberes em reconhecer a capacidade dos usurios, almejando intervenes qualificadas. Posteriormente, realizamos duas intervenes auxiliadas por trs dinmicas, as quais promoveram reflexes sob o ponto chave identificado, a frustrao. Atravs deste processo de interveno surgem mudanas positivas por parte das estagirias, as quais passaram por duas etapas: a) reconhecimento dos sentimentos negativos decorrentes de suas frustraes; b) aceitao da tomada de medidas que mobilizaram tais sentimentos proporcionando uma qualificao nas intervenes realizadas. Sendo assim, esta pesquisa que visava a interveno diante a realidade, mostrou-se efetiva ao almejar todos os processos decorrentes e por concluir os objetivos levantados.

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Comunicaes Orais: Eixo Psicologia, Trnsito e Mobilidade Urbana

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Ttulo: INTERVENO SCIO-EDUCATIVA DE INCENTIVO AO USO DA BICICLETA COMO TRANSPORTE URBANO EM FLORIANPOLIS Tema: PSICOLOGIA, TRNSITO E MOBILIDADE URBANA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: RODRIGO GOMES FERREIRA Autor (es) adicionais: GILVANA DA SILVA MACHADO - CESUSC VANDERLUCIA ROSA CUNHA - CESUSC ALESSANDRA MAFRA RIBEIRO - CESUSC Financiador: Empresa Privada - CESUSC Resumo: A poltica de mobilidade urbana que privilegia os modais motorizados particulares apresenta hoje um ponto de exausto. A bicicleta tem se mostrado como um meio de transporte que pode atuar como uma soluo esta problemtica. Esta comunicao oral relata os resultados preliminares de pesquisa sobre o comportamento humano envolvido no uso da bicicleta como meio de transporte urbano em Florianpolis, tendo em vista a interveno scio-educativa em prol do aumento da quantidade de ciclousurios em uso no-recreativo. Trata-se de uma pesquisa integrada aos trabalhos do Grupo Walden de Pesquisas Comportamentais e Prticas Pr-Ambientais, vinculado ao CEPSI - Centro de produo de saberes e prticas em Psicologia, ligado ao curso de graduao em Psicologia do CESUSC. Guiando-se principalmente pelo referencial terico do comportamentalismo de Skinner, busca-se compreender as atuais formas de reforo e punio em funcionamento no que se refere ao comportamento de uso da bicicleta dentre os vrios modais disponveis. Com esta compreenso, visa-se criar formas de interveno que funcionem como reforos ao uso da bicicleta como modal de transporte e, assim, aumentar a quantidade de seus usuarios. Esta comunicao oral, com auxlio de recursos audio-visuais, relata os resultados at o momento do Congresso, com reviso da literatura e o delineamento da metodologia para o levantamento de dados junto ciclo-usurios e indivduos que no so ciclo-usurios, porm que teriam condies para s-lo.

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Ttulo: QUANTO VALE UMA VIDA: IMPLICAES PSICOSSOCIAIS E JURDICAS NA VIDA DE CONDUTORES QUE SE ENVOLVERAM EM ACIDENTES DE TRNSITO COM VTIMAS FATAIS. Tema: PSICOLOGIA, TRNSITO E MOBILIDADE URBANA Autor Responsvel por apresentar o Trabalho: CARLISE INS GROTH Autor (es) adicionais: CYNTHIA RAQUEL FERRABOLI - UNOESC-SMO JULIANO CORRA - UNOESC-SMO Financiador: Resumo: Este trabalho teve o objetivo de identificar as implicaes Psicossociais e Jurdicas de uma morte no trnsito sobre a vida e o funcionamento psicossocial do motorista envolvido. Buscou-se compreender comportamentos de risco associados aos acidentes de trnsito e, se estes podem ter ocasionado impactos negativos sobre o funcionamento psquico, verificando a existncia de mudana sobre a percepo de vida, aps o envolvimento no acidente de trnsito que resultou em morte. Foram entrevistados seis motoristas do gnero masculino, que residem na regio Oeste de Santa Catarina, com o critrio previamente estabelecido de que o motorista tivesse se envolvido em algum acidente de trnsito com vtimas fatais. Metodologicamente, foi utilizada a pesquisa qualitativa com analise de contedo, tendo como instrumento para coleta de dados uma entrevista semi-estruturada. Os resultados indicaram a presena de conseqncias na adaptao psicossocial e na qualidade de vida dos motoristas envolvidos em acidente de trnsito, pelo fato de sentirem tristeza e culpa pela morte de outrem, bem como, receio em voltar a dirigir. O sentimento de culpa ou responsabilidade, tambm est associado ao fato de o motorista ter assumido comportamentos de risco, como o no uso de cintos de segurana, consumo de lcool e alta velocidade. Fator esse que leva os motoristas a serem julgados pela sociedade, o que os torna mais vulnerveis e necessitados do apoio da famlia e amigos. Por outro lado, evidenciou-se que aps os motoristas se envolverem em um acidente de trnsito, passaram a dar mais valor a vida e a priorizar certas atividades em companhia da famlia e amigos em vez da busca por bens materiais. De forma geral, o desconhecimento sobre as implicaes de um acidente de trnsito acaba repercutindo na sociedade, que continua agindo de forma irresponsvel, descumprindo as leis de trnsito e assumindo comportamentos de risco.

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Contato:
Conselho Regional de Psicologia 12 Regio Santa Catarina Rua Professor Bayer Filho, 110 Coqueiros - Florianpolis - SC / CEP 88080-300 Fone/Fax: +55 (48) 3244-4826.

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