Sim Cfo 04-04
Sim Cfo 04-04
Sim Cfo 04-04
LÍNGUA PORTUGUESA
Lógica da vingança
No nosso cotidiano, estamos tão envolvidos com a violência, que tendemos a acreditar
que o mundo nunca foi tão violento como agora: pelo que nos contam nossos pais e outras
pessoas mais velhas, há dez, vinte ou trinta anos, a vida era mais segura, certos valores eram
mais respeitados e cada coisa parecia ter o seu lugar.
Essa percepção pode ser correta, mas precisamos pensar nas diversas dimensões em que
pode ser interpretada. Se ampliarmos o tempo histórico, por exemplo, ela poderá se mostrar
incorreta.
Em um dos volumes da coleção História da vida privada, Michel Rouché afirma, em seu
artigo sobre a criminalidade na Alta Idade Média ( por volta do século VI),
Que, se fôssemos comparar o número de assassinatos que ocorriam naquele período,
proporcionalmente à população mundial de então, com os dos dias atuais, veríamos que antes
eles eram bem mais comuns do que são agora. Segundo esse autor, naquela época, “cada qual
via a justiça em sua própria vontade”, e o ato de matar não era reprovado – era até visto como
sinal de virilidade: a agressividade era uma característica cultivada pelos homens, fazia parte de
sua educação.
O autor afirma, ainda, que torturas e assassinatos, bastante comuns naqueles tempos,
ocorriam em grande parte por vingança: “Cometido um assassinato, a linhagem da vítima tinha
o imperioso dever religioso de vingar essa morte, fosse no culpado, fosse num membro da
parentela”. Realizada a vingança e assassinado o culpado da primeira morte, a mesma lógica
passava a valer para parentes deste, que deveriam vingá-lo, criando assim uma interminável
cadeia de vinganças, que podia estender-se por várias gerações.
(Buoro/F. Schilling/H. Singer/ M. Soares)
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05. Parentela é termo coletivo específico para parentes; o vocábulo abaixo, que também
apresenta valor coletivo específico é:
a) pilha
b) monte
c) cancioneiro
d) grupo
e) hipódromo
07. Em todas as alternativas, a expressão destacada pode ser substituída pelo pronome lhe,
exceto em:
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé
brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no
ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.
Houve um tempo em que minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco.
Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? quem as comprava? em que jarra,
em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? e que mãos as tinham criado?
e que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma
ficava completamente feliz. [...]
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela,
uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é
preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.(Cecília Meireles, A arte de ser feliz. Em
"Escolha seu sonho", p. 24.)
08. Assinale a alternativa em que o trecho - "Eu não era mais criança, porém minha alma ficava
completamente feliz." - está parafraseado por meio de uma subordinação.
a) Eu não era mais criança, mas minha alma ficava completamente feliz.
b) Eu não era mais criança, todavia minha alma ficava completamente feliz.
c) Embora eu não fosse mais criança, minha alma ficava completamente feliz.
d) Eu não era mais criança; minha alma ficava, entretanto, completamente feliz.
e) Eu não era mais criança; minha alma, contudo, ficava completamente feliz.
O CÉREBRO E A MEMÓRIA
Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? Por que uma melodia romântica
pode disparar sensações tão agradáveis? Por que não conseguimos nos lembrar do que
aconteceu conosco antes dos três anos de idade?
Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas
precisamos de memória para atribuir sentido ................ experiências vivenciadas e conectá-las
com outras. ¨Não notamos, mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar
............. bicicleta caída ............. um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha
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................ sala.
Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células
cerebrais. Cada experiência, por mais trivial que seja, imprime uma marca no cérebro, formando
um circuito entre neurônios. Já as memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas.
Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo.
Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil
quanto não guardar nada. Então, para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas
e usa tipos diferentes de memória. Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma
memória descartável. Essa é a memória de trabalho. O cérebro sabe que não precisa guardar
informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa
duração; Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar nossa bagagem de experiências.
Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir do nada: uma música pode reacender
as sensações de um jantar romântico. Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao
cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para
reconhecer todos os detalhes. A imagem foi montada pelo córtex visual: o perfume foi
reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em
outras áreas do cérebro.
Mesmo finda a seqüência, a cena ainda não estará completamente arquivada. As
informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo
do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a desgravação ou a não
gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece momentos
imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação.
Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso,
tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e
será suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do
que foi o acontecimento real.
Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. "O cérebro e a mente" (Série 'Cérebro, a máquina'). Disponível em:
<http://www.drauziovarella.com.br>
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fotografias grandiosas, mas, sim, a descoberta da beleza e da delicadeza dos pequenos gestos.
Ao aposentar-se, Bresson se abrigou no desenho e na pintura. "Não tenho saudades. O
desenho é uma meditação, enquanto a foto é um tiro." A preferência pela meditação e pela
............... era também uma forma de fugir ao assédio.
Bresson morre no momento em que a fotografia passa por uma profunda transformação
no mundo todo. Com a disseminação das câmaras digitais portáteis, dos celulares e "palm tops"
que fotografam e com a facilidade de circulação das imagens via internet, uma nova linguagem
está sendo elaborada sem que saibamos onde tudo isso vai dar.
A visão do mundo de Bresson e de seus pares, alicerçada na sensibilidade, na argúcia e
no rigor estético, parece não ser mais suficiente para traduzir esses novos tempos. A era da
velocidade e da informação carrega a convicção de que o instante decisivo ocorre o tempo todo
e está "on-line". Mera ilusão. Cartier-Bresson será sempre o fio da meada para reencontrar uma
sensibilidade em extinção.
Adaptado de: FOLHA DE SÃO PAULO, 5 agosto 2004. Caderno "Mundo", p. 20.
10. A relação estabelecida entre a expressão "Mera ilusão" (ref. 30) e a frase que a precede é
de
a) causa.
b) conclusão.
c) condição.
d) oposição.
e) conseqüência.
TODOS MALUFARAM
No século passado, os adversários de Paulo Maluf cunharam a seguinte expressão: "A
gente odeia o Maluf há tanto tempo que nem lembra mais os motivos".
De fato, Maluf foi erigido uma espécie de campeão mundial da corrupção, desde que
tratou o dinheiro público como dele, ao doar Volkswagens para os campeões do mundo de 1970
(já ganhamos duas Copas e perdemos seis desde então).
Era tamanho o ruído em torno de Maluf que até se criou o verbo "malufar" para designar
comportamentos não exatamente santos.
Seria lógico que, quando, finalmente, a Justiça decretasse a prisão preventiva desse
personagem folclórico-histórico, ganhasse as manchetes, certo? Errado. Perdeu-as para o
"mensalinho", acredite quem quiser. Severino Cavalcanti, aliás do mesmo partido de Maluf,
derrotou-o no torneio de informações sobre corrupção em que o país afunda todo santo dia.
É eloqüente do estado de um país quando o suposto (ou real) campeão mundial da
corrupção perde esse tipo de torneio para um deputado menor, embora presidente da Câmara,
acusado de um desvio igualmente menor, do seu tamanho, aliás.
É igualmente eloqüente que ninguém mais, salvo um ou outro partido nanico, odeie Maluf.
Ele já andou em outdoors (1998) abraçado a Fernando Henrique Cardoso, o patriarca-mor do
tucanato.
Já se aliou ao PT, na campanha municipal de 2002, além de seu partido fazer parte da
base de sustentação do governo Lula. Se bobear, Maluf ganha um cheque em branco do próprio
Lula, como o PP ganhou um ministério, aliás por indicação do mesmo Severino que desbancou
Maluf da manchete.
Do PFL, Maluf sempre foi companheiro de viagem em São Paulo, até que o PFL se
tornasse linha auxiliar do tucanato.
Passou tanto tempo desde os "fusquinhas" de 1970 que todos malufaram. Ou quase
todos. É o Brasil, evoluindo sempre.
(Clóvis Rossi, extraído do jornal "Folha de S. Paulo", de 11/09/2005)
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a) ...desde que tratou o dinheiro público como dele,...
b) ...como o PP ganhou um ministério...
c) Era tamanho o ruído em torno de Maluf que até se criou o verbo "malufar"...
d) ...para designar comportamentos não exatamente santos.
e) ...até que o PFL se tornasse linha auxiliar do tucanato.
[...] Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar,
continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim.
Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi
mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o.
Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me
ouviu. Voltei à cama, agitei-o para chamá-lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o
coronel morreu. Passei à sala contígua, e durante duas horas não ousei voltar ao quarto.
[...]
Antes do alvorecer curei a contusão da face. Só então ousei voltar ao quarto. Recuei duas
vezes, mas era preciso e entrei; ainda assim, não cheguei logo à cama. Tremiam-me as pernas,
o coração batia-me; cheguei a pensar na fuga; mas era confessar o crime, e, ao contrário, urgia
fazer desaparecer os vestígios dele. Fui até a cama; vi o cadáver, com os olhos arregalados e a
boca aberta, como deixando passar a eterna palavra dos séculos: "Caim, que fizeste de teu
irmão?" Vi no pescoço o sinal das minhas unhas; abotoei alto a camisa e cheguei ao queixo a
ponta do lençol. Em seguida, chamei um escravo, disse-lhe que o coronel amanhecera morto;
mandei recado ao vigário e ao médico.
A primeira idéia foi retirar-me logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente, e, na
verdade, recebera carta dele, alguns dias antes, dizendo-me que se sentia mal. Mas adverti que
a retirada imediata poderia fazer despertar suspeitas, e fiquei. Eu mesmo amortalhei o cadáver,
com o auxílio de um preto velho e míope.
(Machado de Assis, "O enfermeiro".)
12. Em - "a moringa bateu-me na face esquerda" - o pronome oblíquo ME está sendo utilizado
com a mesma função sintática que ocorre em
a) ... e levantei-ME estremunhado.
b) Não tive tempo de desviar-ME.
c) ... atirei-ME ao doente.
d) ... mas ninguém ME ouviu.
e) Tremiam-ME as pernas.
MATEMÁTICA
13. Um cadete do CFO gasta 1h15min para dar 10 voltas na PAM (Pista de Aplicação Militar),
com velocidade de 20 km/h. Reduzindo a velocidade para 18 km/h para fazer o mesmo
percurso, ele gastará, a mais, o tempo de
a) 8min20s
b) 9min30s
c) 10min
d) 12min15s
14. Duas pessoas, fazendo exercícios diários, partem simultaneamente de um mesmo ponto e,
andando, contornam uma pista oval que circunda um jardim. Uma dessas pessoas dá uma volta
completa na pista em 12 minutos, A outra, andando mais devagar, leva 20 minutos para
completar a volta. Depois de quantos minutos essas duas pessoas voltarão a se encontrar no
ponto de partida?
a) 30 minutos
b) 45 minutos
c) 60 minutos
d) 240minutos.
15. Sete operários, em 5 dias de 8 horas o turno, fazem 2.800m de tecido. Quantos operários
serão necessários para fazer 2.160m do mesmo tecido em 9 dias em turnos de 6 horas?
5
a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
16. Dos n alunos do 1º ano do CFO da PMMG, 80 estudam direito, 90 estudam sociologia, 55
estudam estatística, 32 estudam sociologia e direito, 23 estudam estatística e direito, 16
estudam sociologia e estatística e 8estudam as três matérias. Quantos alunos estão
matriculados no 1º ano do CFO?
a) 304
b) 162
c) 146
d) 154
17. Quando dividimos o polinômio P(X) = x5 -2x4 + x3-6x – 2 por x-2 obtemos:
18. Entre meia-noite e seis horas da manhã , o índice de criminalidade,na região metropolitana
de Belo horizonte,varia de acordo com a lei C(t) = - 1,2 t2 + 8,4 t +1,3, onde t é o numero de
horas posteriores á meia-noite e C é o número de ocorrências .O índice máximo de ocorrências.
O índice máximo de ocorrências,nesse período de tempo é;
a)14,8
b) 15,0
c)15,7
d)16,0
a) 0
b) 2
c) 3
d) 1
INGLÊS
A touch. A feel. A heartbeat. A warm hug. Whether a newborn is two pounds or eight
pounds, skin-to skin contact proves to be a nurturing strength between parent and baby in the
first days of life. Similar o the way a kangaroo keeps its young close to its body, Kangaroo Care
or K Care is the practice of “pouching” an infant, diaper-clad and blanketed, against a parent’s
bare chest. This special bonding between parent and newborn has been found to reduce
parental stress, promotes confidence in the ability to care for the infant and improves infant
health, especially in pre-term babies. In Mount Sinai Medical Center’s Schwartz Neonatal
Intensive Care Unit, 15 neonates and their families have benefited from K Care.
Patricia Messmer, director of nursing research at Mount Sinai, Joyce Wells- Gentry, nursing
administrative supervisor, and Suzanne Rodriguez, along with a team of nurses and doctors, are
studying the effects of K Care on pre-term infants as well as parents’ attitudes toward their
infants. Earlier studies have credited K Care with shorter hospital stays, grater confidence on the
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part of the mothers in their abilities to monitor their babies, less crying, longer sleep periods,
greater weight gain, and improved lactation and decreased oxygen requirements.
“Preliminary data analysis indicates a significant increase in sleep time during K Care for
these infants as compared to the infants not receiving K Care,” Rodriguez Confirms. Results also
indicate that during K Care, the infants experience fewer oxygen requirements and have fewer
breathing difficulties.
“Many parents have commented that their infants are more relaxed during K Care”,
Messmer adds. Mothers and fathers are very positive about the experience.”
Miami Herald Medical Reports (UFMG)
21. According to the text, the only advantage of Kangaroo Care that is NOT true is that it
22. The text says that pre-term babies who receive Kangaroo Care
23. In the text, WHETHER A NEWBORN IS TWO POUNDS OR EIGHT POUNDS…(line 1-2) means:
a) Measuring.
b) Observing.
c) Placing.
d) Studying.
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
30. Com relação ao Estado Novo, nos seus aspectos fundamentais, é correto afirmar que:
DIREITOS HUMANOS
39. A casa é asilo inviolável do indivíduo. Por isso, nela ninguém pode penetrar sem o
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou:
a) para prestar socorro em caso de desastre ou para cumprir determinação judicial.
b) desastre, ou para prestar socorro, ou, de dia ou à noite, por determinação judicial.
c) desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
d) para prestar socorro, ou, em qualquer hora do dia ou da noite, mediante determinação
judicial, necessária esta mesmo em caso de desastre.
40. São privativos de brasileiros natos os cargos de:
/var/www/apps/scribd/scribd/tmp/scratch6/16302567.doc
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