Calculo1 Aula16
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Integra»c~
ao por partes
Assim sendo, Z
[u0 (x)v(x) + u(x)v0 (x)] dx = u(x)v(x) + C
ou seja, Z Z
0
v(x)u (x) dx + u(x)v 0 (x) dx = u(x)v(x) + C
aqui considerando que a constante gen¶erica C j¶a est¶a impl¶³cita na u¶ltima integral.
Sendo u = u(x) e v = v(x), temos
du = u0 (x) dx e dv = v0 (x) dx, e passamos a f¶ormula 16.1 µa forma abreviada
Z Z
u ¢ dv = u ¢ v ¡ v ¢ du (16.2)
138
Integrac
»a~o por partes 139
R
Exemplo 16.1 Calcular x sen x dx.
= ¡x cos x + sen x + C
R
Exemplo 16.2 Calcular x ln x dx.
Z Z Z
arc tg x dx = u dv = uv ¡ v du
Z
1
= x ¢ arc tg x ¡ x ¢ dx
1 + x2
Z
1
Para calcular a integral J = x¢ dx, procedemos a uma mudan»ca de vari¶avel:
1 + x2
Fazendo w = 1 + x2 , temos dw = 2x dx, e ent~ao x dx = 12 dw. Da¶³,
Z Z
1 1
J = x¢ dx = dw = ln jwj + C = ln(1 + x2 ) + C.
1+x 2 w
R
Portanto, arc tg x dx = x ¢ arc tg x ¡ ln(1 + x2 ) + C.
16.1 Um estrat¶
egia para integrar por partes
Poder¶³amos
R dizer que o prop¶osito da integra»c~ao Rpor partes ¶e transferir o c¶alculo de uma
integral u ¢ dv para o c¶alculo de uma integral Rv ¢ du (a qual espera-se
R que saibamos
calcular), pela f¶ormula de integra»c~ao por partes, u dv = uv ¡ v du.
R
Ao integrar por partes, uma integral da forma f (x)g(x) dx, devemos sempre
escolher, dentre as duas fun»co~es da express~ao f (x)g(x) dx, uma delas como sendo o
fator u e a outra como parte de uma diferencial dv.
Em outras palavras, podemos fazer u = f (x) e dv = g(x) dx, ou u = g(x) e
dv = f (x) dx (ou ainda u = f(x)g(x) e dv = 1 dx !). Mas esta escolha n~ao pode ser
feita de modo
R aleat¶orio. Temos queRser espertos em nossa escolha para que, ao passarmos
da integral u dv para a integral v du, passemos a uma integral tecnicamente mais
simples de ser calculada.
Uma sugest~ao que funciona bem na grande maioria das vezes ¶e escolher as fun»c~oes
u e v segundo o crit¶erio que descreveremos abaixo. Ele foi publicado como uma pequena
nota em uma edi»c~ao antiga da revista American Mathematical Monthly.
Considere o seguinte esquema de fun»co~es elementares:
L I A T E
Logar¶³tmicas Inversas de Alg¶ebricas Trigonom¶etricas Exponenciais
trigonom¶etricas
Z
= e sen x ¡ ex cos x dx
x
Z
= e cos x ¡ (¡ sen x)ex dx
x
Z
= e cos x + ex sen x dx
x
R
O resultado ¯nal ¶e interessante. Chamando I = ex sen x dx,
Z
I = ex sen x dx = ex sen x ¡ J
µ Z ¶
= e sen x ¡ e cos x + e sen x dx
x x x
= ex sen x ¡ ex cos x ¡ I
Portanto,
I = ex sen x ¡ ex cos x ¡ I
ou seja,
2I = ex sen x ¡ ex cos x + C
e ent~ao obtemos
1
I = (ex sen x ¡ ex cos x) + C
2
Rp
Exemplo 16.5 Calcular a2 ¡ x2 dx (a > 0).
Aqui podemos integrar por partes, mas o anagrama LIATE n~ao nos ¶e de serventia, j¶a
que a integral involve apenas express~oes alg¶ebricas.
p
Faremos u = a2 ¡ x2 , dv = dx.
¡x
Ent~ao du = p 2 dx, e tomamos v = x. Da¶³,
a ¡ x2
Z p Z
I= a ¡ x dx = u dv
2 2
Z
= uv ¡ v du
p Z
¡x2
= x a2 ¡ x2 ¡ p 2 dx
a ¡ x2
p Z
x2
=x a ¡x + p 2
2 2 dx
a ¡ x2
Integrac
»a~o por partes 143
Agora fazemos
Z Z
x2 ¡(a2 ¡ x2 ) + a2
p dx = p dx
a2 ¡ x2 a2 ¡ x2
Z Z
a2 ¡ x2 a2
=¡ p 2 dx + p dx
Z p a ¡ x2
Z a2 ¡ x2
2 1
=¡ a ¡ x dx + a
2 2 p dx
a 2 ¡ x2
Z
2 1
= ¡I + a p dx
a ¡ x2
2
x
= ¡I + a2 ¢ arc sen + C
a
Portanto, p x
I = x a2 ¡ x2 ¡ I + a2 ¢ arc sen + C
a
de onde ent~ao
Z p
xp 2 a2 x
a2 ¡ x2 dx = I = a ¡ x2 + arc sen + C
2 2 a
trigonom¶etricas.
16.2 Problemas
1. Repetindo procedimento an¶alogo ao usado no exemplo 16.5, mostre que
Z p
xp 2 ¸ p
x2 + ¸ dx = x + ¸ + ln jx + x2 + ¸j + C
2 2
R p
(h) x arc sen x dx. Resposta. 14 [(2x2 ¡ 1) arc sen x + x 1 ¡ x2 ] + C.
R px p p
(i) e dx. Resposta. 2e x ( x ¡ 1) + C.
R p p p
(j) arc tg x dx. Resposta. (x + 1) arc tg x ¡ x + C.
R p
Sugest~ao. Ao deparar-se com 2px(1+x) x
dx, fa»ca z = x.
R arc sen px p p p
(k) p
x
dx. Resposta. 2 x arc sen x + 2 1 ¡ x + C.
R p x p x p p
(l) arc sen x+1 dx. Resposta. x arc sen x+1 ¡ x + arc tg x + C.
p x
Sugest~ao. N~ao se deixe intimidar. Comece fazendo u = arc sen x+1 ,
dv = dx.
R 2
(m) x cos2 x dx. Resposta. x4 + 14 x sen 2x + 18 cos 2x + C.
Sugest~ao. cos2 x = 12 (1 + cos 2x).
R 2
(n) (x + 7x ¡ 5) cos 2x dx.
Resposta. (x2 + 7x ¡ 5) sen22x + (2x + 7) cos42x ¡ sen42x + C.
R ax 1
(o) e cos bx dx. Resposta. a2 +b 2e
ax
(b sen bx + a cos bx) + C.
R ax 1
(p) e sen bx dx. Resposta. a2 +b 2e
ax
(a sen bx ¡ b cos bx) + C.
R x arc sen x p
(q) p
1¡x2
dx. Resposta. x ¡ 1 ¡ x2 arc sen x + C.
R arc sen x
(r) dx.
x2 ¯ p ¯ ¯ p ¯
¯ p1¡x2 ¯ 1 ¯ 1¡ 1¡x2 ¯ 1
Resposta. 12 ln ¯ 1¡
1+ 1¡x2
¯ ¡ x
arc sen x + C = ln ¯ x ¯ ¡ x arc sen x + C.
R 1
R
2 dx =
Sugest~ao. Fa»ca xp1¡x px dx, quando necess¶ario, e ent~ao
p x2 1¡x2
z = 1 ¡ x2 .
R p p p
(s) ln(x + 1 + x2 ) dx. Resposta. x ln(x + 1 + x2 ) ¡ 1 + x2 + C.
R x arc sen x ¯ ¯
(t) p p sen x + 1 ln ¯ 1¡x ¯ + C.
dx. Resposta. arc
(1¡x2 )3 2
1¡x 2 1+x
R 1
3. Ao calcular a integral x
dx, Jo~aozinho procedeu da seguinte maneira.
1
Fazendo u = x
, e dv = dx, podemos tomar v = x, e teremos du = ¡ x12 dx.
Z Z Z
1
dx = u dv = uv ¡ v du
x
Z µ ¶ Z
1 1 1
= ¢ x ¡ x ¡ 2 dx = 1 + dx
x x x
R 1
Sendo J = x
dx, temos ent~ao J = 1 + J, logo 0 = 1.
Onde est¶a o erro no argumento de Jo~aozinho ?
Z Z
x2 ¡x dx
4. Mostre que dx = + .
(x + ¸)
2 2 2(x + ¸)
2 x +¸
2
Z Z
x2 x
Sugest~ao. Fa»ca dx = ¢
|{z} (x2 + ¸)2 dx.
x
(x2 + ¸)2
u | {z }
dv
Integrac
»a~o por partes 145
6. Mostre que Z Z
dx x 1 dx
= +
(x2 + ¸)2 2¸(x2 + ¸) 2¸ x2 + ¸
R R 2 2
Sugest~ao. dx
(x2 +¸)2
= (x(x+¸)¡x
2 +¸)2 dx.