Processo de Fabricacao de Acrilico
Processo de Fabricacao de Acrilico
Processo de Fabricacao de Acrilico
CABRAL
Salvador 2012
JASON LEVY REIS DE SOUZA TAMIRES GREGRIO MENESES VICTOR SAID DOS SANTOS SOUSA VICTRIA BENVENUTO DA SILVA CABRAL
Avaliao solicitada como objeto de avaliao parcial da II Unidade pelo professor Cludio Reynaldo da Disciplina de Equipamentos Industriais no Instituto Federal de Educao, Cincias e Tecnologia da Bahia, Coordenao de Automao e Controle Industrial. Sob orientao do professor Cludio Reynaldo.
Salvador 2012
1. INTRODUO Os plsticos so substncias formadas atravs dos derivados do petrleo e compostos por cadeias de polmeros, ou seja, cadeias de macromolculas com repetio peridica, sendo formados por monmeros. Um exemplo de plsticos que obedece estas caractersticas o acrlico. Ressaltase que tais compostos dividem-se em dois grandes grupos: os termoplsticos e os termorrgidos. Os termoplsticos so plsticos que quando submetidos a altas presses e temperaturas permitem alteraes fsicas, como a modelagem ou a fundio, o que possibilita seu reaproveitamento sem perda da composio qumica original. J os termorrgidos so aqueles que quando submetidos a altas temperaturas e presses alteram sua composio qumica, o que impede o reaproveitamento destas substncias. A fim de esclarecer o que so plsticos, ressaltam-se as seguintes definies: Monmeros: grosso modo, so molculas simples e pequenas que possuem capacidade de ligao com outras molculas, seja de mesma substncia ou de substncia diferente, para assim formar cadeias longas, as denominadas macromolculas. Polimerizao: quando ocorre o processo anteriormente descrito, a ligao de monmeros para a formao de cadeias de macromolcula ou cadeias longas de molculas denomina-se tal processo como sendo uma polimerizao. Polmeros: quando o processo de formao de macromolculas ocorre atravs da polimerizao e h um conjunto de duas ou mais unidades qumicas de repeties bsicas e peridicas (ou mero) tm-se um polmero. Realizada tal separao conceitual, explana-se que o acrlico ou PMMA j era conhecido em 1843, porm sua expanso e estudo somente comearam em 1901 quando o doutor Otto Rohm iniciou os estudos sobre o monmero de acrlico, na Alemanha. Depois em 1927 a Rohm & Haas comeou a produzir o Metacrilato de Metila industrialmente, e em 1932 o cientista ingls Crawford descobriu um mtodo pratico de gerar o PMMA. Atualmente fornecido na
forma de grnulos, que ao transformarem-se em chapas podem ser moldadas e utilizadas em diversas reas. O termoplstico formado por polmeros de polimetilmetacrilato (PMMA), como ilustra a figura 1, mostrou-se um dos plsticos com maior potencial e versatilidade da atualidade, afinal h uma vasta gama de aplicaes para este plstico, podendo ser utilizado tanto na indstria automotiva para a produo de displays e faris, quanto em decoraes, afinal h uma grande diversidade de cores e formas disponveis no mercado.
Figura 1 Polimetilmetacrilato (PMMA)
Fonte: COLEGIO WEB. Polimetilmetacrilato (acrlico, plexiglass). Disponvel em: <www.colegioweb.com.br>. Acesso em: 20 de set de 2012.
O composto de frmula qumica C5O2H8 formado pelo monmero metil propenoato de metila, esta substncia consiste em uma srie de pequenas molculas que iro se ligar a fim de formar uma cadeia de molculas longas formadas por estes e j monmeros explicado, que iro em se um processo denominado assim
polimerizao,
associar,
formando
macromolculas que iro se repetir periodicamente, caracterizando os chamados polmeros. Suas principais aplicaes so em utenslios domsticos, como potes, copos, talheres e pratos; decorativos, como jarros, esculturas, porta-retratos; para construo civil, como janelas, box, divisrias e gabinetes;
eletroeletrnicos, como gabinete para computadores, teclados, displays; e na indstria automobilstica so utilizados para fabricao de lanternas e painis de utilidades. Baseando-se na reviso bibliogrfica, este trabalho tem por objetivo avaliar, alm dos aspectos anteriormente explanados, os equipamentos industriais utilizados por esta indstria com alto potencial e grande aplicao cotidiana, assim como o processo de fabricao das chapas acrlicas
baseando-se nos dois mtodos principais: cast e Extruso. E por fim, ressaltar as principais variveis controladas ao longo do processo. . 2. PROPRIEDADES E CARACTERSTICAS DO ACRLICO As principais caractersticas do acrlico so sua rigidez; transparncia; alta resistncia mecnica; dificuldade em estilhaar; facilidade de
transformao e reaproveitamento; fcil manuteno; alta durabilidade, podendo durar at 10 anos, especialmente com relao durao das cores; resistncia qumica; alta resistncia ao tempo e a fenmenos naturais, como chuva, sol, poluio, etc.; Diversidade de cores; excelente faixa de temperatura, de -40C a 80C. Alm de tais caractersticas, o PMMA possui ponto de ebulio de 101C e fuso de -48C. um pssimo condutor eltrico e trmico. o melhor transmissor e refletor de luz que os espelhos, sendo sua capacidade de transmisso dos espectros da luz de aproximadamente 93%. Possui tempo de degradao na natureza relativamente baixo. Sendo este atxico, o que permite uma srie de aplicaes, alm da possibilidade de moldagem e pigmentao. O Acrlico ento : Transparente quando exposto a altas temperaturas; Imune a exposio de radiaes solares, como UV e
Infravermelho; Flexvel quando exposto a altas temperaturas; considerado rgido; E possui, relativa, baixa resistncia a produtos qumicos.
Baixa resistncia qumica a: Solventes aromticos (ex.: benzeno, tolueno); Hidrocarbonetos clorados (ex.: CCl4); cidos orgnicos (ex.: cido actico); steres, cetonas; Graxas e leos; lcoois e Tiner (diluente de tintas); Soda custica.
Alm de apresentar caractersticas que reforam sua utilizao no mercado, o acrlico possui propriedades como: Grande resistncia mecnica; Facilidade na manuteno; Dificuldade em se estilhaar; Transparncia quando expostos a radiao; Estabilidade quando expostos ao ambiente; Grande flexibilidade em altssimas temperaturas; Absoro de 2 a 100% da umidade relativa da gua, o que gera um aumento dimensional de, no mximo, 0,35%; Resistncia a certos produtos qumicos; Possui grande facilidade em reaproveitamento e/ou
transformao; Possui alta durabilidade, podendo chegar at 10 anos de vida til; Alta resistncia a fenmenos naturais, os intempries; Possui diversidade de cores, sendo difcil este se aproximar da cor amarelada; Possui excelente faixa de temperatura de -40C a 80C; Possui pssima condutividade eltrica e trmica; Melhor transmissor e refletor de luz que os espelhos, pois este ltimo feito de vidro; anti-bactericida; atxico.
E quanto s propriedades deste em comparao ao vidro a mesma fonte, INDAC (2012), pontua:
Comparaes do Acrlico com o Vidro: O acrlico tem menor resistncia trao e menor rigidez que o vidro; Em aplicaes como vidraas, as chapas acrlicas necessitam de espessura 1,5 a 2,5 vezes maior que o vidro para manter a mesma rigidez; Possui boa resistncia ao impacto, e na quebra a chapa acrlica no estilhaa
como o vidro. O acrlico quebra em pedaos no cortantes e um material sensvel ao entalhe; Uma chapa acrlica tem a metade do peso de uma chapa de vidro de mesmo tamanho e espessura; Revela melhor resistncia a choques trmicos que o vidro; Chapas acrlicas podem contrair ou expandir devido a mudanas de temperatura e umidade.
3. USOS DO ACRLICO O metacrilato de metila uma resina plstica que aps passar por diversos processos chega ao estado final, no qual o agora chamado polimetilmetacrilato ganha o nome de acrlico. De acordo com o INDAC (Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrlico) todos os produtos fabricados por parceiros, possuem a garantia de dez anos contra qualquer dano acarretado por intempries (chuva, radiao solar, ventos, umidade, etc). Sendo que esta garantia estende-se para acrlicos coloridos, pois as tintas e corantes utilizadas para colorar o PMMA garantem uma maior durabilidade e resistncia. Por ser altamente moldvel ele utilizado largamente na decorao de interiores, pois capaz de assumir diversas formas, como luminrias, mveis, como cadeiras mesas, boxes, divisrias e balces. Em utenslios domsticos o acrlico se transforma em copos pratos e talheres, e por ter uma transparncia e capacidade tica notvel ele utilizado bastante em vidraas, tanto de portas quanto de janelas, j que a luz incidente espalhada para todas as direes por meio da reflexo, trazendo assim beleza e brilho aos exteriores. Sua alta resistncia mecnica responsvel por uma maior durabilidade evitando assim a necessidade de precaues para uma srie de atividades que poderiam reduzir a vida til de um vidro, mas que no danificam a vida til do acrlico. Atualmente, desenvolvem-se tecnologias de produo de acrlico espelhado, o que consequentemente levar substituio quase total dos frgeis espelhos feitos de vidro. O acrlico tambm utilizado na indstria. Podendo ser aplicado como display de proteo de instrumentos de medio, Equipamentos de Proteo Individual (EPI), assim como em tubulaes acrlicas e uma diversidade de equipamentos, variando apenas com a necessidade. Pode ser utilizado em automveis protegendo os medidores de velocidade, gasolina e outros, e exteriormente o acrlico empregado na proteo das lmpadas dos faris. Ele tambm utilizado na arte, podendo-se criar esttuas, moldes, mbiles e outros tipos de arte, incluindo uma que originria de um efeito
denominado crazing, este fenmeno consiste imposio do acrlico a altas tenses com o objetivo de gerar rachaduras internas e que sero utilizadas como espcies de raios coloridos, este fenmeno ir prejudicar a resistncia do plstico, fazendo rachaduras de acordo com a passagem da tenso deixando, assim, a pea frgil, e mais propensa a quebras. O acrlico tambm utilizado em instrumentos musicais, sendo que era moda nos anos 70 possuir uma bateria feita em acrlico, graas influncia de bandas como Led Zeppelin que utilizavam este tipo de instrumento, porm com a chegada dos anos 90 a bateria de acrlico caiu em desuso retornando somente nos tempos atuais a moda. A bateria de acrlico mais cara que a de madeira pelo fato de que ela mais resistente ao desgaste e no sofre stress causado pelo uso da bateria. Sendo o resultado sonoro muito superior
bateria comum, atualmente so feitos testes para produzir, alm de baterias, guitarras e baixos de acrlico. Outra rea em que o uso do acrlico est virando inovao no setor da moda, no qual alm dos acessrios de acrlico esto sendo utilizadas passarelas, com placas de acrlico que expe as novas tendncias dos estilistas. Uma rea em que o acrlico no pode ser utilizado na rea qumica na qual os vidros so utilizados em bqueres, tubos de ensaio e outros, porque apesar do acrlico ser resistente a diversas substncias qumicas, a maioria das substncias manipuladas em laboratrio causa srios danos estrutura acrlica, ento por isso no seria vivel ter um material com pouca aplicabilidade e com grande probabilidade de contaminao do material manipulado. V-se que o acrlico possui diversas aplicaes e por isso muito utilizado, porm como plstico ele demora em torno de 400 anos para se decompor na natureza e por isso necessita de um destino adequado aps seu uso e assim como outros plsticos necessita-se reciclar o acrlico. O Brasil recicla cerca de duas mil toneladas ao ano, ainda existe um problema em reciclar acrlico. O acrlico utilizado para a produo de bens durveis, ento como salientou Eduardo Baptista, um palestrante do 10 frum Acrlico difcil
aumentar a reciclagem do acrlico, j que ele usado na produo de bens durveis e s vai para o lixo quando o produto ao qual compe quebra ou chega ao final de sua vida til.
4. PROCESSOS DE FABRICAO DE ACRLICO O processo de fabricao de acrlico pode ser realizado de duas formas, atravs do processo cast ou de extruso. 4.1. MTODO CAST O mtodo cast divide-se em dois momentos: Produo do Xarope Acrlico e produo das Chapas Acrlicas. O processo de produo do xarope caracterizado como sendo processo contnuo, este tipo de processo caracteriza-se como tendo uma entrada e sada de produto de forma contnua. Enquanto o segundo processo descontnuo, neste h uma entrada de um produto, porm o processamento deste para a prxima etapa , em sua maioria, demorado e necessita uma parada parcial do processo. Ento, devido a isso, a necessidade e dependncia direta das outras etapas do processo para a continuidade do mesmo, que este processo denominado descontnuo. 4.1.1. Xarope Acrlico O processo de produo do xarope acrlico ser responsvel, tambm, pela sua classificao enquanto polmero. O processo de fabricao do acrlico comea quando o MMA destilado (cido acrlico separado do lcool) enviado aos pr-emulsores. Estes equipamentos contm solues com aditivos que vo iniciar o processo de polimerizao, como iniciadores e plastificantes. O processo ocorre com a insero por meio do pr-emulsor do MMA destilado e filtrado, juntamente com o iniciador (o lcool) e plastificantes no Reator responsvel por iniciar o processo de pr-polimerizao. A reao entre este cido e o lcool ir resultar nos denominados steres. Esta reao s ocorrer, pois o cido acrlico (MMA) um cido carboxlico, o que permite, quando em reao com o lcool, gere os denominados steres. Dentro do reator, o MMA ir reagir com o lcool e plastificadores em alta temperatura, enquanto misturado pelo prprio reator industrial para, assim, efetuar a homogeneizao dos steres com os plastificadores e forma a nova sustncia pr-polimerizada. Alm desta substncia, h ainda a liberao de
condensando que geralmente descartado, pois no h uma utilizao especfica para tais substncias neste processo. Aps a homogeneizao total da substncia e encaminhamento do condensando, o produto ser levado por meio de tubulaes industriais a um tanque misturador onde ser novamente homogeneizado, porm desta vez com Nitrognio a baixas temperaturas. Se antes era necessrio calor e misturadores, agora, sero utilizados baixas temperaturas e misturadores. Aps a uniformizao deste novo composto, ser efetuada a filtragem da nova substncia, tanto para retirar algum slido em suspenso originrio do processo, quanto para retirar todas as impurezas, afinal para que haja uma chapa acrlica de alta qualidade sem bolhas e rachaduras, indispensvel que o produto final esteja completamente homogeneizado. Quando concludo o processo de filtrao da nossa substncia, tm-se ento como produto final o xarope Acrlico ou o pr-polmero. O resultado final ser, logo aps a concluso, encaminhando para a rea de fundio, isto ocorrer por meio de tubulaes ou caminhes pipa, sendo que o produto que no ser utilizado para a fbrica naquele momento ir para Tanques de Armazenamento. Importante salientar que ao longo do processo as principais variveis controladas foram temperatura, presso e vazo, havendo necessidade de controlar o nvel apenas nos tanques de armazenamento, pois ao longo do processo como caso dos reatores e pr-emulsores h necessidade de se controlar a temperatura e consequentemente, a presso. Alm de,
especialmente nos pr-emulsores, haver uma necessidade de se controlar a vazo. No caso dos tanques, no primeiro h necessidade de controle de temperatura e presso indispensavelmente, j que est lidando com baixssimas temperaturas. Enquanto, a vazo e nvel so indispensveis por ser um tanque. J no segundo, necessrio o controle do nvel, pois aps o processo a temperatura e presso no so to considerveis. A Figura 2 ilustra
um fluxograma do processo anteriormente descrito, enquanto a Figura 3 traz uma malha simples do processo de fabricao da substncia.
Fonte: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012.
4.1.2. Chapas Acrlicas Com o encaminhamento do xarope rea de fundio, inicia-se o processo de fabricao das chapas acrlicas. Este processo inicia-se com a limpeza e secagem total de placas de vidro de alta qualidade que sero utilizadas para fazer os moldes das placas de acrlico. A diferena de altura entre elas corresponder espessura do acrlico, enquanto seu comprimento ser correspondente ao comprimento da placa de PMMA. Aps designar-se qual ser a espessura e comprimento da placa, atravs do molde de vidro que ser posto de forma perpendicular e paralela ao outro, realiza-se o selamento lateral e inferior do molde por meio de gaxetas e grandes parafusos, este processo expresso pela Figura 4. Ser mantida apenas a abertura superior do molde sem selamentos, pois ser por esta que o xarope acrlico ser inserido.
Figura 4 Disposio e selamento das placas de vidro que compe o molde da chapa acrlica
Fonte: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012.
Realizado o selamento das chapas de vidro, encaminha-se esta para o local onde ser inserido o xarope. Enquanto o xarope preenche toda rea interna do molde, inicia-se o selamento da rea superior, que s poder ser concludo aps o preenchimento completo do molde, quando ser efetuado, por meio de um sistema automtico, um processo de (re)distribuio do xarope dentro da rea projetada, para evitar a formao de bolhas dentro deste.
Ressalta-se que at este momento todo o processo foi feito de forma manual, fosse o posicionamento das placas de vidro para elaborao dos moldes, fosse o selamento ou o preenchimento destes. Com as excees do transporte, que feito de forma automtica, mas sob superviso humana, e da (re)distribuio do xarope dentro das chapas, que, tambm, feita de forma automtica, mas sob superviso humana. Aps a insero do xarope frio dentro do molde e do total selamento deste, as placas sero organizadas em lotes para que assim possam ser encaminhadas autoclave. A Autoclave, ilustrada na Figura 5, um equipamento industrial utilizada para o aquecimento massivo de, geralmente, slidos. Este equipamento seria como um forno, porm com potencial de aquecimento menor.
Figura 5 Autoclave com lote de chapas acrlicas dispostas interna e externamente
Fonte: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012. (Imagem originria de um print realizado em um dos vdeos da mesma empresa, sendo que esta imagem foi editada).
Neste equipamento ir iniciar-se o processo de polimerizao que dar origem, de fato, as chapas acrlicas em sua forma perfeita. Alm de
autoclaves, pode-se efetuar este processo de polimerizao em tanques de gua quente e estufas. No caso especfico das autoclaves a polimerizao se d a uma temperatura de 90C, com presso de 5 Kgf /cm2, enquanto que nos
tanques e estufas a temperatura atinge 70C presso atmosfrica (INDAC, 2012). Aps a concluso do processo de polimerizao do xarope, tm-se como resultado final as placas de acrlico. Porm, para se ter acesso a estas necessrio retirar os lotes da autoclave por meio de gingastes, ilustrado na Figura 5) e retirar cada placa de forma individual, para s aps retirar os selamentos e a placa superior e ter acesso a placa de acrlico de alta qualidade. Contudo, o processo s chega ao fim aps o transporte destas placas para a rea onde sero inseridos filtros de proteo, ilustrado na figura 6, e finalmente estas sero armazenadas de acordo com suas especificaes, como colorao, espessura e comprimento. Ressalta-se que as principais variveis controladas neste processo so, no caso do preenchimento dos moldes, vazo e presso, j que a vazo ir controlar a qualidade da chapa acrlica, afim de no haver bolhas, enquanto a presso necessria para evitar o rompimento do vidro que compe o molde. J na no caso da Autoclave, controla-se indispensavelmente temperatura e presso, por motivos bvios. Todo o processo representado pelo fluxograma disposto na Figura 6.
Figura 6 Fluxograma do processo de fabricao das chapas acrlicas
4.2. MTODO DA EXTRUSO O processo de extruso totalmente contnuo, porm diferente do primeiro que utilizava como matria prima o xarope acrlico em forma lquida, este utilizar da resina acrlica em forma de grnulos ou p. Tais grnulos so produzidos no estado da Bahia e distribudos para todo o pas e mundo. A fabricao inicia-se com a secagem dos grnulos atravs de um desumidificador que ir aquec-lo a uma temperatura de 80C por oito horas, at que os gros estejam completamente secos. Esta caracterstica importante, pois se estes no estiverem completamente desumidificados no ser possvel produzir o gel acrlico sem bolhas e que permite a gerao de acrlicos de alta qualidade. Com a resina completamente seca possvel iniciar o processo de fabricao deste gel. Para realiza-lo so necessrios dois equipamentos: uma extrusora e calandra, o processo completo expresso na figura 7. No caso da primeira ela ir efetuar o trituramento, locomoo e superaquecimento da resina, para em seguida, j na forma de gel, dar a forma de uma espcie de tecido, para que em seguida a calandra efetue a modelagem deste.
Figura 7 Processo de fabricao das chapas acrlicas pelo mtodo da extruso
Fonte: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012.
De forma detalhada, figura 8, uma extrusora um equipamento composto por um silo onde ser inserida e encaminhada, para a rea interna, a resina acrlica. J imersa no interior da extrusora, a resina ser triturada pelo parafuso sem-fim, enquanto este ajuda na locomoo do fluido em direo ao bocal de insero, porm a medida que a resina vai sendo tritura e se aproximando do bocal, ela superaquecida uma temperatura de 250C.
Figura 8 Processo de fabricao das chapas acrlicas pelo mtodo da extruso
Fonte: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012.
Este superaquecimento ir ajudar no processo de locomoo, triturao e, principalmente, modelagem da resina, alis, do acrlico. Pois aps este processo de trituragem e superaquecimento, o resultado final ser o acrlico. Com a concluso destas atividades, a resina j completamente fluida encaminhada ao bocal, onde ir ser inserida no molde. Neste ponto, h a necessidade de fazer uma separao conceitual. Este tipo de equipamento pode ser utilizado de duas formas: para produo de uma espcie de tecido feito de acrlico, ou para a produo de peas especficas. Em ambos os casos o que varia ser o processo seguinte. No caso da primeira haver a necessidade da utilizao calandra, enquanto, no caso da segunda
no h necessidade da utilizao da calandra, pois o produto final o resultante da forma que foi especificada no molde. Realizada tal separao, explanam-se ambos os mtodos. Quando o objetivo for a criao de chapas acrlicas, h a necessidade da utilizao da calandra, pois o gel ser encaminhado para moldes que formaro uma espcie de tecido, esse tecido ir tomar forma, espessura e tamanho quando efetuar o processo de calandragem. Este processo consiste na passagem do material por uma srie de rolos compressores que daro a forma desejada s chapas. Enquanto o primeiro mtodo utilizar da calandra, o segundo mtodo ir utilizar do sistema de moldagem da prpria extrusora, pois nos moldes h um sistema de resfriamento que possibilitar a transformao do gel em algo completamente novo, afinal aps dar a forma desejada resina, possvel efetuar o resfriamento de 250C para uma temperatura um pouco inferior a 80C, o que permite a solidificao do gel. O segundo mtodo especialmente utilizado para a produo de utenslios domsticos como taas, pratos, vasos, e outros. Pois um sistema ideal para diversos tipos de modelagem. Enquanto o primeiro ser utilizado especialmente para a fabricao de chapas acrlicas. Ressalta-se, por fim, que em caso de formao de acrlicos coloridos, basta inserir na resina, j seca, corantes da cor desejada. Sendo as principais variveis controladas neste processo temperatura e presso. A Figura 9 ilustra um esquema simplista do processo descrito.
Figura 9 Esquema simplista do processo de fabricao das chapas acrlicas pelo mtodo da extruso
Fonte: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012.
Fonte: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012.
4.4. NORMAS PARA CHAPAS ACRLICAS Em maio de 2002 a ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) normatizou propriedades e regras tanto para a produo do acrlico quanto os prprios acrlicos. Para tal, esta utilizou como base as normas da Organizao Internacional para Padronizao (do original, International Standard Organization ISO). Foram sancionadas duas normas: NBR-ISO 7823-1: Chapas de poli (metacrilato de metila) - PMMA: Tipos, dimenses e caractersticas - Chapas Fundidas (Cast); NBR-ISO 7823-2: Chapas de poli (metacrilato de metila) - PMMA: Tipos, dimenses e caractersticas - Chapas Extrusadas, calandradas. Dentre as diversas normatizaes ocorridas, h uma que chama a ateno: a norma para espessura das chapas.
Chapas fundidas ou Cast: Espessuras entre 2,0 a 25 mm, a variao definida pela frmula, sendo e = espessura nominal, medida em milmetros. Variao = +/- (0,4 + 0,1*e) Chapas Extrusadas: Espessuras entre 1,5 a 2,5 mm - variao admissvel: +/10%; Espessuras entre 3,0 a 12,0 mm - variao admissvel: +/- 5%. 5. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA PRODUO DE ACRLICO 5.1. MTODO CAST Tubulaes Industriais: o primeiro equipamento utilizado para o processo de fabricao de acrlico em Cast a tubulao. Indispensvel para o transporte de fluidos, este equipamento estar presente ao longo do processo. Seja encaminhando o metlico do Methacrylate (MMA) para o reator de prpolimerizao, seja para a insero do xarope acrlico no molde de vidro. As principais variveis controladas neste equipamento so: presso e vazo, mas em casos especficos torna-se indispensvel, tambm, a medicao da temperatura. Pr-Emulsor: Responsvel por encaminhar o MMA destilado e o lcool ao reator, sendo que este contm solues com aditivos que vo iniciar o processo de polimerizao, como iniciadores e plastificantes. As principais variveis controladas so vazo e presso. Reatores: utilizados para iniciar o processo de pr-polimerizao, este equipamento ir efetuar a homogeneizao e transformao do MMA com plastificadores e catalisadores que resultaro, futuramente, no xarope de acrlico, ou PMMA pr-polimerizado. Contm, internamente, misturadores e sistemas de controle de temperatura. As principais variveis controladas neste equipamento so: temperatura e presso, sendo importante tambm controlar o nvel e vazo. Tanques Misturadores: Tanques responsveis por efetuar a mistura da nova substncia sada dos reatores, Nitrognio. Esta mistura resultar em uma nova substncia, diga-se, a mais prxima do xarope, faltando apenas um passo para a formao da substncia final: a filtragem. As principais variveis controladas neste equipamento so: nvel e vazo, mas indispensvel o controle da temperatura e presso dentro do tanque. (1)
Filtros: Este o ltimo passo para a formao do pr -polmero. Visando retirar resduos de slidos originrios do processo inicial e que no se dissolveram ao longo do processo de mistura, tanto pelo reator, tanto pelo misturar, que este equipamento utilizado. Afinal, para uma produo de acrlico com excelente qualidade, indispensvel que o xarope esteja completamente homogeneizado e fluido. A principal varivel controlada a vazo. Tanque de Armazenamento: Como o prprio nome j diz, responsvel pelo armazenamento xarope acrlico no utilizado no processo. A principal varivel controlada o nvel. Quanto ao Transporte: Aps a concluso da fabricao do xarope, inicia-se o processo de transporte deste por meio de tubulaes para a indstria, enquanto, na indstria, so transportados os vidros, moldes e lote de moldes preenchidos de xarope por meio de braos robticos, guindastes, empilhadeiras, roletes, carrinhos de mo, dispositivos de grab, paleteiros eltricos e manuais, guinchos eltricos e, claro, tubulaes. Sendo a funo de todos estes equipamentos comum: o transporte ao longo do processo, apesar de alguns serem em terra e outros pelo ar. Autoclave: Este equipamento responsvel pela polimerizao do xarope acrlico que estar preenchendo completamente os moldes de vidro vedados. Validado este quesito estes equipamentos iro aquecer o produto a ser polimerizado at que este atinja temperatura de 90C e a uma presso de 5 kgf/cm. As principais variveis controladas neste equipamento so:
temperatura e presso.
5.2. MTODO DA EXTRUSO Desumidificador: Responsvel pelo aquecimento da resina acrlica uma temperatura de 80C por oito horas, at que os gros estejam completamente secos. indispensvel para a produo de acrlico em alta qualidade. As principais variveis controladas so temperatura e presso. Extrusora: Este equipamento responsvel por triturar, aquecer e preencher os moldes para a formao do acrlico. Apresenta papel fundamental no processo, sendo, basicamente, o responsvel pela transformao da resina
acrlica em acrlico. As principais variveis controladas so: no caso do silo, vazo; no caso da rea interna, temperatura e presso; do bocal de insero presso, temperatura e vazo; enquanto no molde indispensvel controlar a temperatura do sistema de resfriamento, e o nvel do molde, assim como sua presso. Calandra: Este equipamento ser responsvel por moldar as chapas acrlicas, sendo responsvel por sua espessura e comprimento. A principal varivel controlada a vazo.
6. CONCLUSO Ao longo deste trabalho foi possvel conceituar o que so plsticos, suas subclassificaes e tipos. Assim como compreender o que so monmeros, polmeros e o processo de formao deste, a polimerizao. Conceituando steres foi possvel compreender a natureza termoplstica do acrlico, assim como o porqu deste ser um polmero. Devido a suas caractersticas possvel haver uma gama de aplicaes para este plstico, afinal sua alta resistncia mecnica, rigidez, transparncia, assim como alta durabilidade e possibilidade de moldagem e colorao so pontos favorveis a sua aplicao domstica, industrial, em construes civis, eletroeletrnicos e empresas automobilsticas. Enquanto suas principais propriedades qumicas so: boa resistncia qumica, excelente faixa de temperatura, resistncia a intempries, melhor faixa de transmisso dos espectros da luz, 93%. atxico e possui tempo relativamente baixo de degradao na natureza, 400 anos. Pode ser reciclado e reaproveitado. Sendo que h dois mtodos principais para a produo deste termoplstico: o mtodo de fundio ou cast e o mtodo de extruso. O primeiro consiste na em criao alta de um xarope do acrlico originrio lcool da e
homogeneizao
temperatura
polmero
MMA,
plastificadores. Que ser seguido da uniformizao em baixa temperatura do novo produto Nitrognio em um tanque misturador. Aps a elaborao do xarope, elaboram-se moldes em vidro de alta qualidade que sero preenchidos por este pr-polmero, a fim de iniciar o processo de polimerizao dentro de autoclaves que iro, por fim, originar o acrlico. Sendo que o produto final ser protegido por um filme de proteo externo e em seguida armazenado segundo suas caractersticas como espessura e cor. Enquanto, o processo de extruso ir iniciar-se com a secagem total de grnulos de resina acrlica, para aps inseri-lo em uma extrusora, onde sero triturados, movidos e superaquecidos gerando assim uma espcie de gel
acrlico, que ir tomar a forma desejada pelo fabricante. Havendo neste caso dois mtodos, o que utilizam calandra e os que no utilizam. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ______. Arte Lichtenberg. Disponvel em: <funsurfer.wordpress.com>. Acesso em: 18 de set de 2012. ANGE, Catia Rosana. Estudos das Condies Operacionais do Processo de Tingimento de Fibra Mista Acrlica/ Algodo em Bobina Cruzada. Disponvel em: < www2.enq.ufsc.br . Acesso em: 20 de setembro de 2012. BARCZA, Marcos Villela. Esterificao. Disponvel em:
www.dequi.eel.usp.br . Acesso em: 22 de setembro de 2012. BELLO, Fbio de Oliveira. Desenvolvimento Tecnolgico Orientado ao Mercado Um Estudo de Caso de Cadeia Produtiva do cido Acrlico. Disponvel em: www.eq.ufrj.br . Acesso em: 20 de setembro de 2012. CASA E JARDIM. Mvel ou obra de arte? Disponvel em: <revistacasaejardim.globo.com>. Acesso em: 18 de set de 2012. DIRIO URBANO. As Formigas Gigantes em Curitiba. Disponvel em: <diariourbano.com.br>. Acesso em: 18 de set de 2012. INDAC. A Produo do Acrlico. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012. INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO ACRLICO. O que o INDAC?. Disponvel em: <www.indac.org.br>. Acesso em: 18 de set de 2012. LUMINRIAS DE TETO INCRIVIS. Disponvel em:<andhesloveu.blogspot.com.br>. Acesso em: 18 de set de 2012. McPlast. Disponvel em: <www.macplast.com.br>. Acesso em: 18 de set de 2012 SAMPAIO, Reinaldo de A. Polmeros Propriedades, Aplicaes e Sustentabilidade na Construo Civil. Disponvel em: Acesso em: 20 de setembro de 2012. pt.scribd.com .
SILVA, Antnio Gonalves da. O Uso de Resina Acrlica na Conservao de Documentos Arquivsticos e Bibliogrficos. Disponvel em: www.restaurabr.org . Acesso em: 20 de setembro de 2012.