Esquemas de Ligação À Terra em Baixa Tensão

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Esquemas de ligao Terra em baixa tenso

A escolha correcta dos elementos de proteco de uma instalao elctrica, minimiza ou elimina por completo o risco de incndio, exploso ou choques elctricos decorrentes do seu uso. O esquema de ligao Terra, um aspecto fundamental a ter em conta. A Norma IEC 60364 estabelece a forma de ligao do neutro e a forma de efectuar as massas. O esquema de ligao terra utilizado, limita a escolha das proteco para garantir a proteco de pessoas contra contactos indirectos. A escolha do esquema de ligao depende de vrios critrios como, as condies de funcionamento, a proteco de pessoas e bens, instalaes com risco de incndio ou exploso, continuidade de servio ou compatibilidade electromagntica. Com base nos critrios anteriores, podem ser definidos 3 diferentes tipos de esquemas de ligao terra e so identificados por 2 letras: A primeira letra indica a situao da alimentao em relao terra, a segunda indica a situao das massas da instalao elctrica em relao terra, ou seja: Primeira letra: T - Ligao directa de um ponto terra I - Isolamento de todas as partes activas em relao terra ou ligao de um ponto terra por meio de uma impedncia Segunda letra: T- Massas ligadas directamente Terra, independentemente da eventual ligao terra N- Ligao elctrica directa das massas ao ponto da alimentao ligado terra.

Esquema TT
Neutro e massas ligadas separadamente terra. frequentemente usado em redes de distribuio.

No caso de um defeito terra (contacto entre as massas e o condutor activo), o circuito de defeito formado pelo condutor de fase, o condutor de proteco que liga a massa terra, o circuito efectuado pela terra e o enrolamento secundrio do transformador de potncia juntamente com a sua ligao terra.

Para este tipo de defeito, os dispositivos de proteco adequados so os interruptores diferenciais, disjuntores diferenciais ou rels diferenciais. Se as terras entre as massas e o neutro no forem distintas, significa que a impedncia do circuito de terra quase nula, originando uma corrente muito prxima de um curto-circuito. Dado o valor elevado desta corrente, para efectuar o seu corte ter quer ser utilizado um disjuntor diferencial ou interruptor diferencial desde que seja verificado, que o interruptor em coordenao com outro dispositivo de proteco a montante tem capacidade para cortar essa corrente, em segurana. (Para saber o valor de corrente de curto-circuito mximo que o interruptor diferencial pode seccionar, coordenado com um dispositivo de proteco a montante clique aqui O dispositivo diferencial ir actuar, quando a corrente de defeito atingir o valor In, actuando num tempo reduzido (dependendo da corrente de defeito) por forma a garantir a proteco das pessoas. Para saber qual a proteco diferencial a escolher, com base na resistncia de terra e por forma a no exceder o valor mximo da tenso de contacto (50V), deve ser feito um pequeno clculo: UL = RA x In Atravs deste clculo resultam os seguintes valores:

Proteco do neutro - Quando a seco do neutro igual das fases, no necessrio considerar proteco de neutro. - Caso exista uma reduo da seco no neutro em relao s fases, dever considerar uma proteco contra sobreintensidades adequada a essa seco. Para uma maior segurana deve-se cortar todos os condutores activos do sistema, incluindo o neutro.

Esquema TN
Neutro ligado terra e massas ligadas ao neutro. Nesses casos, a corrente de defeito considerada como um curto-circuito. Tipos de esquemas TN:

TN-C

Se o condutor tem tambm a funo de condutor de proteco, proibido cortar o neutro (no protegido). Pois se este condutor for seccionado, no se fecha o circuito de defeito pelo neutro, o dispositivo de proteco pode no actuar e desta forma a proteco de pessoas pode ficar comprometida.

A proteco contra contactos indirectos, assegurada pelos dispositivos de proteco contra sobreintensidades como disjuntores ou fusveis. Para garantir a proteco das pessoas, deve ser calculada a corrente de defeito por forma a verificar se a actuao dos dispositivos efectuada com o tempo adequado.

TN-S

A distribuio do condutor de neutro separada do de proteco. Neste caso, o corte do neutro obrigatrio. Este regime adequado quando: -A seco dos condutores fase no inferior a 10 mm em cobre, e 16 mm em Alumnio. -O receptor alimentado por uma canalizao mvel.

TN-C-S

As funes de neutro e proteco so combinadas num nico condutor. No caso de TN-S e TN-C-S, a proteco a utilizar inclu dispositivos de proteco contra sobreintensidades, ou dispositivos de proteco por aparelhos diferenciais, quando a corrente de defeito no tem um valor suficiente para actuar os dispositivos de proteco contra sobreintensidades ou em circuitos finais onde no se consegue controlar este valor. Nos casos anteriores, o condutor de proteco no pode ser ligado ao diferencial. No caso de TNC-S, a ligao do condutor de proteco PE com o neutro deve ser feita antes do dispositivo de proteco diferencial. O condutor de proteco PE no deve ser ligado ao interruptor diferencial, nem passar pelos toros dos rels diferenciais.

Esquema IT
Neutro no distribudo

Neutro distribudo

Neutro isolado e massas interligadas atravs de um condutor de proteco. Neste caso o neutro no est ligado terra, ou encontra-se ligado atravs de uma impedncia muito alta (Neutro impedante"). As ligaes entre as massas, normalmente, so interligadas atravs de um condutor de proteco. Em caso de defeito de isolamento no condutor activo, a corrente de defeito ter um valor reduzido, originando que no seja obrigatrio a abertura automtica do circuito no primeiro defeito. A Impedncia de isolamento varia com, o tipo de receptores instalados, com o comprimento e envelhecimento das canalizaes, com as condies de humidade, etc..

Neutro no distribudo

Se existir um primeiro defeito, a tenso Uc deve ser limitada devendo ser inferior a 50 V. Nos sistemas em que o neutro do transformador est ligado terra atravs de uma impedncia Z, esta passa a fazer parte do circuito de defeito. Quanto maior o Z menor ser o Uc.

aconselhvel limitar o defeito rapidamente, uma vez que uma situao de segundo defeito levaria ao disparo das proteces. Se existir um defeito fase-fase, esta corrente comporta-se como um curto-circuito normal entre fases.

Neutro Distribudo

No caso de neutro distribudo, necessrio proteger este condutor com um disjuntor que corte todos os plos e um controlador permanente de isolamento (CPI). Este ltimo deve ser ligado ao neutro da instalao e o mais prximo possvel da origem da instalao. Para a proteco contra correntes de defeito, podem ser usados disjuntores. Se forem usados dispositivos com proteco diferencial a sua sensibilidade deve evitar a abertura ao primeiro defeito. O neutro isolado a soluo que garante a melhor continuidade de servio na instalao. Por esta razo, este esquema utilizado em hospitais (nomeadamente blocos operatrios), redes elctricas em aeroportos, minas, instalaes com risco de incndio ou exploso, barcos e indstrias onde a interrupo da actividade dispendiosa ou perigosa.

Resumo das condies tcnicas dos regimes


Regime TT Tcnica funcionamento Abertura ao primeiro defeito Regime TN-C-S Abertura ao primeiro defeito Ligao de todas as massas metlicas terra. Distribuio uniforme das terras Por proteco de sobreintensidade * Regime IT Sinalizao do primeiro defeito. Abertura do segundo defeito. Ligao de todas as massas metlicas terra. Abertura ao segundo defeito. Por proteco de sobreintensidade Salas de operao, processos industriais e instalaes que exijam continuidade de servio.

Tcnica de proteco

Ligao de todas as massas metlicas terra

Abertura do circuito para Por interruptores proteco de pessoas diferencias

Usos

Geral, Rede de distribuio

Instalaes temporrias e de emergncia

Aplicao

TN-C desaconselhado se existirem harmnicas (terceira ou Indicado para locais mltiplas ), pois com risco de incndio podem provocar uma falta e exploso de equipotncialidade no condutor PEN e nas estruturas metlicas.

Indicado para locais com risco de incndio e exploso

* diferenciais somente como complemento, quando o defeito no suficiente para fazer o disparo das proteces de sobreintensidades.

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