RESUMO - Integral de Linha

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RESUMOS DE ANALISE MATEMATICA II o 1 Semestre 2010/2011

Integral de Linha
1. Um caminho ou trajectria em Rn uma aplicao cont o e ca nua : I Rn , cujo dom nio um intervalo [a, b] de R. Os pontos (a) e (b) dizem-se os e extremos da trajectria. Um caminho diz-se fechado se (a) = (b). Se de o e classe C 1 o caminho diz-se suave. Se suave e (t) = 0, para todo o t I, e ento o caminho diz-se regular. Um caminho diz-se simples se injectiva a e ou, sendo fechada, se a restrio de a [a, b[ injectiva. Um caminho diz-se ca e seccionalmente suave (respectivamente, regular) se de classe C 1 (e (t) = 0) e excepto para possivelmente um nmero nito de pontos. u 2. Uma linha ou curva em Rn a imagem de um caminho . Nesse caso e diz-se uma parametrizao ou uma representao paramtrica da curva. Uma ca ca e curva diz-se fechada/suave/regular/simples/seccionalmente regular se alguma parametrizao da curva tem a respectiva propriedade. ca 3. Seja C uma curva suave e : [a, b] Rn uma parametrizaao suave da c n curva. Seja F : C R uma funao (que devido aos exemplos da f c sica como campo gravitacional, campo electrosttico, campo de velocidades de um u a do, tambm se denomina por campo vectorial). Se existe o limite S das somas e
k

F ((j )) ((tj ) (tj1 ))


j=1

(1)

quando o dimetro da partio P = {a = t0 < < tk = b} tende para zero, a ca ou seja, para todo o > 0 existe um > 0 tal que | k F ((j )) ((tj ) j=1 (tj1 )) S| < , seja qual for a partio P de [a, b] com P < e a maneira ca de pontilhar essa decomposiao (j [tj1 , tj ]), ento esse limite designa-se c a por integral de linha do campo vectorial F ao longo da curva C e denota-se por F
C

ou
C

F d

4. Quando F um campo de foras cada parcela do somatrio (1) corresponde e c o ao trabalho elementar que uma fora constante, igual F ((j )) (com j c [tj1 , tj ]), executa ao longo do segmento de recta que vai de (tj1 ) a (tj ). Como tal, a passagem ao limite justica que o integral C F seja interpretado como o trabalho realizado pela fora F ao deslocar uma part c cula ao longo de C. 1

5. Seja C uma curva suave e : [a, b] Rn uma parametrizaao suave da curva. c Seja F um campo vectorial denido e cont nuo sobre a curva C. Ento o a integral de linha do campo vectorial F ao longo da curva C dado por: e
b

F ((t)) (t) dt
a

6. (Independncia da parametrizao) Seja C uma curva suave e : [a, b] Rn e ca uma parametrizaao suave da curva. Seja F um campo vectorial denido e c cont nuo sobre a curva C, : [c, d] [a, b] uma funao de classe C 1 e a c composio . Se (c) = a e (d) = b ento ca a
b d

F ((t)) (t) dt =
a c

F ( (u)) (u) du

Se (c) = b e (d) = a, isto , se e so trajectrias da curva C com sentidos e a o opostos, ento C F d = C F d . a 7. (Propriedades do integral de linha) Seja C uma curva suave de Rn . (a) (Linearidade) Para quaisquer c1 , c2 R e campos vectoriais F e G denidos em C tem-se c1
C

F + c2
C

G=
C

(c1 F + c2 G)

(b) (Aditividade) Se C se divide em duas curvas C1 , C2 , isto , se C admite e uma parametrizao denida no intervalo [a, b] e C1 e C2 so denidas ca a por quando t varia nos subintervalos [a, c] e [c, b], respectivamente, (com a < c < b), ento a F =
C C1

F+
C2

8. A denio de integral de linha extens a curvas seccionalmente suaves. ca e vel Dada uma curva seccionalmente suave C considera-se uma subdiviso de C em a arcos C1 , . . . , Cn de tal modo que cada uma das curvas Ci suave. Dene-se e o integral de linha do campo vectorial F ao longo da curva C por
n

F =
C i=1 Ci

9. Seja C uma curva e : [a, b] Rn uma sua parametrizao seccionalmente ca suave. Seja f : C R uma funao (tambm designada por campo escalar). c e Dene-se o integral de linha do campo escalar f ao longo da curva C segundo xi (i {1, . . . , n}) ao integral
b

f dxi :=
C a

f ((t))i (t) dt

10. Seja C uma curva suave e : [a, b] Rn uma parametrizao suave da curva. ca Seja F = (F1 , . . . , Fn ) um campo vectorial denido e cont nuo sobre a curva C com funoes componentes F1 , . . . , Fn . Ento tem-se c a F =
C C

F1 dx1 + + Fn dxn

11. (Teorema fundamental do clculo para integrais de linha) Seja U Rn um a aberto e f : U R uma funo de classe C 1 . Seja C uma curva e : [a, b] U ca uma parametrizaao seccionalmente suave da curva C. Ento c a f d = f ((b)) f ((a))
C

c o 12. (Algumas nooes topolgicas) (a) Um conjunto R diz-se conexo se os unicos subconjuntos de R simultane amente abertos e fechados em R so o vazio e o prprio R. a o (b) Um conjunto R diz-se conexo por arcos se quaisquer dois pontos em R podem ser unidos por uma curva tambm ela em R. e e a e o e (c) Se R aberto ento R conexo se e s se R conexo por arcos. (d) Seja R Rn um conjunto aberto e : [a, b] R e : [a, b] R dois caminhos com o mesmo ponto inicial A e o mesmo ponto nal B. Uma homotopia entre os caminhos e uma funo cont e ca nua H : [0, 1] [0, 1] R que satisfaz H(0, t) = (t), H(1, t) = (t), H(s, 0) = A e H(s, 1) = B. Nesse caso e dizem-se homotpicos. o (e) Uma regio aberta R diz-se simplesmente conexa se toda a curva fechada a em R homotpico a um caminho constante. Intuitivamente, uma regio e o a do plano R simplesmente conexa quando toda a curva fechada, em R, e circunda apena pontos de R. 13. Seja F um campo vectorial. Diz-se que o integral de linha de F independente e da curva se C1 F = C2 F , para quaisquer duas curvas C1 e C2 com o mesmo ponto inicial e o mesmo ponto nal. 14. Um campo vectorial F : R Rn Rn diz-se conservativo se existe um campo escalar f : R Rn R tal que F = f . Nesse caso f diz-se um potencial de F. 15. (Condies necessrias e sucientes para que um um campo de vectores seja co a conservativo) Seja F um campo vectorial cont nuo denido num conjunto aberto conexo R de Rn . So equivalentes as seguintes armaoes: a c (a) F conservativo; e 3

(b) O integral de linha de F independente do caminho considerado em R; e (c) O integral de linha de F ao longo de qualquer curva fechada seccionalmente suave contida em R zero. e 16. Um campo vectorial F : R Rn Rn de classe C 1 diz-se fechado se Fi Fj = xj xi para todo i, j {1, . . . , n}. 17. (Condiao necessria para que um campo vectorial seja conservativo) Seja c a F : R Rn Rn um campo vectorial de classe C 1 denido num aberto R. Se F conservativo ento F fechado. e a e 18. O campo vectorial F : R2 \{(0, 0)} R2 denido por F (x, y) = y x , 2 x+ y 2 x + y 2

fechado no entanto no conservativo. e a e 19. (Orientaao de uma curva) Seja R uma regio do plano limitada por uma curva c a simples e fechada. Intuitivamente, uma curva diz-se percorrida no sentido directo, ou com orientao positiva, se um indiv ca duo que a percorra a curva nesse sentido tem sempre a regio R ` sua esquerda. Se R simplesmente a a e conexa, o sentido directo coincide com o sentido anti-horrio. a 20. (Teorema de Green) Seja R R2 uma regio simplesmente conexa limitada por a uma curva C, simples, fechada e seccionalmente suave percorrida no sentido directo. Se M e N so campos escalares de classe C 1 numa regio aberta a a contendo R, ento a N M x y dxd y =
C

M dx + N d y.

e e a o veis 21. O Teorema de Green tambm vlido para regies que sejam decompon num nmero nito de regies simplesmente conexas. u o 22. (Condiao necessria e suciente para que um campo vectorial seja conservac a tivo) Seja F : R Rn Rn um campo vectorial de classe C 1 denido num aberto simplesmente conexo R. Ento F conservativo se e s se F fechado. a e o e

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