Lei de Causa e Efeito
Lei de Causa e Efeito
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Portanto, o nico caminho que nos levar felicidade completa o do esforo constante no combate s ms inclinaes, atravs da reforma ntima; b) "O bem como o mal so voluntrios e facultativos: livre o homem no fatalmente impelido para um nem para outro." Em [LE-qst 645] os benfeitores espirituais afirmam que no h arrastamento irresistvel. O homem tem sempre liberdade de escolher entre o bem e o mal e seguir o caminho da correo ou do vcio. Por esse motivo, por ter escolhido livremente a opo a tomar, ele torna-se responsvel pelos seus atos. Emmanuel diz: "A semeadura livre, mas a colheita obrigatria." c) "A responsabilidade das faltas toda pessoal, ningum sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem quer provocando-os pelo exemplo quer no os impedindo quando poderia faz-los." Perante a Lei de Causa e Efeito no existem "vtimas". S respondemos pelos nossos atos e jamais pelos atos alheios. A ningum deve o homem culpar em caso de sofrimento, a no ser a ele mesmo, pela sua incria, seus excessos ou a sua ambio. Quando mais de uma pessoa vm a cometer o mesmo erro, tornam-se todos incursos na Lei de Causa e Efeito e, muitas vezes, devero, juntos, repararem esse erro. Muitos casos de calamidades coletivas, expiaes de grupos ou famlias inteiras enquadram-se nessa situao. d) "A alma traz consigo o prprio castigo ou prmio, onde quer que se encontre, sem necessidade de lugar circunscrito." Cu e Inferno, ensina-nos a Doutrina Esprita so estados de conscincia. O primeiro corresponde a uma conscincia tranqila em funo do servio bem feito e da atitude sempre correta. O segundo existe em decorrncia da culpa, do remorso, que cria para a alma viciosa um campo magntico negativo, atravs do qual as obsesses, as enfermidades fsicas ou psquicas, ou mesmo os lances desditosos da existncia vo se desenvolver. Andr Luiz denomina "zona de remorso" a esta rea que se estabelece na conscincia do homem ante a atitude incorreta. Segundo este autor, a "zona de remorso" ser responsvel pela radiao doentia que vai infelicitar o perisprito do indivduo, carreando para ele uma srie de possibilidades dolorosas. QUADRO I - Mecanismo da dor Atitude incorreta ----> Zona de Remorso ----> Leso perispirtica em decorrncia de radiaes doentias = ==> DOR FSICA ----> Plasma o corpo fsico enfermo ==> DOR MORAL ----> Gera um campo magntico negativo que atrai a desdita ==> OBSESSES ----> Permite a sintonia com a vtima e) "Toda falta cometida uma dvida contrada que dever ser paga; se o no for na mesma existncia, se-lo- na seguinte ou seguintes." Em muitas oportunidades, as faltas cometidas numa existncia, podem ser reparadas na mesma encarnao; outras vezes, somente na existncia posterior ter a alma culpada condies de resgate; e, em determinadas situaes, sero necessrias diversas encarnaes para que a dvida seja saldada. Bezerra de Menezes [Dramas da Obsesso] lembra que em algumas oportunidades a alma culpada no possui condio evolutiva ou estrutura psicolgica para receber a carga de sofrimento, decorrente do erro. Nestes casos, a lei d-lhe um tempo de moratria para que se estruture intimamente e possa, no futuro, responder pela falta. Registra-mos as palavras do benfeitor: "Existem obsessores tolhidos numa reencarnao para a experincia de catequese, quando, ento, todas as facilidades para um aprendizado eficaz das leis do Amor e da Fraternidade lhes sero apresentadas. Muitos, s mais tarde, em encarnaes posteriores, estaro em fase de reparaes e resgates." f) "Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corprea pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anteriores existncias."
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Allan Kardec comenta [LE-qst 973]: "cada um punido naquilo em que errou"; porque observa-se uma correspondncia ntima entre o tipo de sofrimento e o tipo de falta. Andr Luiz [Ao e Reao] apresenta vrias possibilidades, como mostra o quadro abaixo. QUADRO II - Lei de Causa e Efeito Falta Aborto Incontinncia sexual ou erros no amor Ociosidade, indolncia Calnia ou maledicncia Beleza fsica mal canalizada Erros cometidos no esporte e na dana Inteligncia canalizada para o mal Suicdio Esterilidade, doenas genitais Impotncia sexual ou frigidez, decepes na vida afetiva Desempregos, m remunerao profissional, paralisias Doenas das cordas vocais Doenas de pele Reumatismos diversos Hidrocefalia, oligofrenias Doenas congnitas graves, acidentes mortais na infncia e adolescncia Resgate
g) "A mesma falta pode determinar expiaes diversas, conforme as circunstncias atenuantes ou agravantes." Dois fatores condicionam sempre a gravidade de uma falta: a inteno e o conhecimento do erro. Embora as faltas sejam sempre as mesmas, a responsabilidade do culpado ante o deslize ser maior ou menor em funo do grau de conhecimento que ele possui e de sua inteno ao comet-lo. Com relao ao grau de adiantamento, Kardec informa que as almas mais grosseiras e atrasadas so, via de regra, mais atingidas pelos sofrimentos materiais, enquanto os Espritos de maior sensibilidade e cultura so mais vulnerveis aos sofrimentos morais. h) "No h uma nica ao meritria que se perca: todo ato meritrio ter recompensa." A Lei de Causa e Efeito no apenas pune o culpado, mas tambm premia a alma vitoriosa. Denomina-se "carma positivo" aos condicionamentos sadios que o Esprito atrai para si, em decorrncia de atitudes corretas e vivncia altrustica; i) "A durao do castigo depende da melhoria do culpado. O Esprito sempre o rbitro da prpria sorte, podendo prolongar o sofrimento pela persistncia no mal ou suaviz-la ou mesmo super-la em funo de sua maneira de proceder." Kardec mostra que no existe condenao por tempo determinado. O que Deus exige, por termo do sofrimento, um melhoramento srio, efetivo, sincero de volta ao bem; j) "Arrependimento, expiao e reparao constituem as trs condies necessrias para apagar os traos de uma falta." O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porm, o culpado sofre por mais tempo. Mas no basta o arrependimento, embora ele suavize os cravos da expiao. A expiao consiste nos sofrimentos fsicos ou morais que so consequentes falta, seja na vida atual, seja na vida espiritual aps a morte, ou ainda em nova existncia corporal.
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A reparao consiste em fazer o bem queles a quem se havia feito o mal. Quem no repara os seus erros numa existncia, achar-se numa encarnao ulterior em contato com as mesmas pessoas de modo a demonstrar reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. QUADRO III - Fases do resgate do erro 1. Arrependimento 2. Expiao 3. Reparao Bibliografia 1) O Livro dos Espritos - Allan Kardec 2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec 3) O Cu e Inferno - Allan Kardec 4) Ao e Reao - Andr Luiz/Chico Xavier 5) Vidas de Outrora - Eliseu Rigonatti 6) Dramas da Obsesso - Bezerra de Menezes/Yvonne Pereira