Epopeia Da Pedra
Epopeia Da Pedra
Epopeia Da Pedra
Jos de Sousa Saramago (16 de Novembro de 1922, 18 de Junho de 2010) Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Tambm ganhou em 1995, o Prmio Cames
A epopeia utilizada para enaltecer/louvar os feitos de um heri (povo neste caso), para que estes fiquem relembrados para sempre.
Houve notcia que era preciso ir a Pro Pinheiro buscar uma pedra muito grande que l estava.
O captulo XIX consagrado saga herica do transporte de uma pedra enorme de Pro Pinheiro para Mafra.
aqui que o narrador faz sobressair a fora e a determinao do povo, elegendo-o como o verdadeiro heri da obra, salvando-o do anonimto. O povo o heri que, humilhado, sacrificado e miservel, alcana uma dimenso trgica e se eleva na sua fora e humanidade.
Esta epopeia do transporte da pedra de Pro Pinheiro at Mafra Serve de pretexto para mais uma crtica do narrador "Deve-se a construo do convento de Mafra ao rei D. Joo V, por um voto que fez se lhe nascesse um filho, vo aqui seiscentos homens que no fizeram filho nenhum rainha e eles que pagam o voto, que se lixam, com perdo da anacrnica voz"
-caminho custoso, sempre a subir e a descer, ora ladeando os vales, ora empinando-se para as alturas, ora mergulhando a fundo. Estradas estreitas Gastaram 8 dias entre Pro Pinheiro e Mafra -Quinze quilmetros.
A descrio do transporte da pedra no carro chamado nau da ndia d conta das dificuldades da viagem e inspira o tom emocional e humorstico do narrador.
Caracterizao da pedra : Nome: Benedictione Mrmore rugoso Trinta toneladas, Sete metros de comprimento, Trs metros de largura e sessenta e quatro centmetros de espessura. Destinada varanda sobre o prtico da Igreja
600 homens 400 bois 20 carros que levam os petrechos para a conduo Carro para trazer a pedra: espcie de nau da ndia com rodas
O transporte envolve muitos Homens e Animais, um verdadeiro cortejo de lzaros O transporte da me pedra um espetculo para os moradores de pro pinheiro, que: desceram estrada para admirar o aparato nunca se viu tanta junta de bois desde que comeou a obra (...) e a h quem comece a sentir saudades de ver partir aquela to formosa pedra, criada aqui nesta nossa terra de Pro Pinheiro.
A viagem at Mafra dura 8 dias. No primeiro dia percorem 500 passos. No segundo 1500 passos. No quarto dia Fransico Marques distraiu-se fugiu-lhe o calo da mo no preciso momento que a plataforma deslizava ficando assim esmagado debaixo do carro. A plataforma entalou dois animais numa encosta a pique e por isso tiveram que os matar, o que fez com que nessa noite houvesse um grande jantar para os trabalhadores.
Manuel Milho, trabalhador na construo do Convento de Mafra e amigo de BaltasarSete-Sis. nas horas de descanso que surge a narrativa de Manuel Milho Suaviza o sofrimento dos homens ao longo dos dias, distraindo-os e deixando-os curiosos para o desenlace.
No o tpico heri dos romances histricos do sc. XIX, mas o heri deficiente, feio,rude e s vezes violento.
"(...) no tardaria que se comeasse a dizer que isto uma terra de defeituosos, um marreco, um maneta, um zarolho, e que estamos a exagerar a cor da tinta, que para heris se devero escolher os belos e formosos, os esbeltos, os inteiros e completos, assim o tnhamos querido, porm verdades so verdades".
"(...) j que no podemos falar-lhes das vidas, por tantas serem, ao menos deixemos os nomes escritos, essa a nossa obrigao, s para isso escrevemos, torn-los imortais, pois a ficam, se de ns depende, Alcino (...) Zacarias, uma letra de cada um para ficarem todos representados."
A me da pedra Epopeia do transporte da pedra gigante de mrmore, a me da pedra, de Pro Pinheiro para Mafra semelhana das narrativas de heris clssicos, relata tambm esta os"trabalhos" fabulosos que tero de ser contornados e o esforo imperioso, mais do que humano, que ter de ser despendido para mais um capricho do Rei D.Joo V