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2009

TPM - Manuteno Produtiva Total

Artigo retirado da Revista da ABIFA- Fundio & Matrias Primas Edio 102 Novembro de 2008 -103 Dezembro 2008 . ANO XI Escrito pelo Eng. Drs.M. Sc. Alexandre Souza. Resumo elaborado pelos membros do grupo tcnico Grugeen Daniel Diniz Ardies, Felipe Poyer e Marcio Augusto.
Eng. Amlton Coelho Grugeen - Grupo de Gesto Eficiente de Energia 18/2/2009

TPM - Manuteno Produtiva Total Eng. Amlton Coelho

TPM - MANUTENO PRODUTIVA TOTAL (Total Productive Maintenance):


FERRAMENTA FUNDAMENTAL DA CADEIA LOGSTICA EMPRESARIAL

1.

INTRODUO de Excelncia Industrial em Manuteno pelo total sucesso de implantao deste sistema. A metodologia TPM tem sido aplicada ento em todo o Mundo nos mais diversificados ramos industriais, sendo que o seu sucesso de implantao est diretamente ligado a um profundo engajamento de todos os funcionrios da empresa e constitui uma parte fundamental de sua gesto estratgica. No Brasil a metodologia do TPM foi introduzida em 1981 por Nakajima ("pai do TPM"), onde desde l algumas empresas j puderam concorrer ao prmio "TPM" do JIPM, rgo mximo de dessiminao do TPM no mundo.

Desde seu surgimento no Japo nos anos 70 (figura 1), a partir das j naquela poca existentes tcnicas tradicionais de manuteno corretiva e preventiva, a Manuteno Produtiva Total ou do ingls "Total Productive Maintenance" (respectivamente MPT e TPM) tem se tornado continuamente uma importante tcnica de apoio aos modernos sistemas atuais de produo industrial, tais como a produo "limpa", sistema de produo "puxada" e "Just-in-Time". Esta moderna filosofia de trabalho foi aplicada pela primeira vez na empresa Nippondenso, do grupo Toyota, atravs do Instituto JIPM (Japan Instituto Productive Management) em 1971, onde foi conferido a ela o prmio

FIGURA 1: Evoluo da Tcnicas de Manuteno Industrial

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Desde a sua introduo na Toyota Nippondenso at os dias atuais, toda a metodologia TPM tem passado por profundas mudanas estruturais, as quais so fortemente dependentes da presena de todos os desenvolvimentos tecnolgicos com o decorrer dos anos. Assim, a filosofia do TPM pode ser subdividida em TPM de 1a, 2a e 3a gerao. A primeira gerao do mtodo TPM, baseada em "5 pilares" fundamentais, foi focada diretamente para as linhas de produo industrial com o objetivo de reduzir em "zero" as perdas em dispositivos, mquinas e outros equipamentos envolvidos no processo de produo industrial. A segunda gerao da metodologia TPM (a partir de 1989) foi desenvolvida na base de

"8 pilares" fundamentais para ser aplicada em toda a estrutura da empresa, focando reduzir todas as suas perdas em zero. A atual terceira gerao (a partir de 1997) est baseada tambm em 8 pilares e tem como principais fundamentos a reduo de custos em toda a empresa, sendo que a manuteno dos equipamentos de produo realizada em grande parte com base em estudos de "confiabilidade" atravs de probabilidades estatsticas. Esta ltima gerao possibilitou uma considervel melhoria na capacidade produtiva, na qualidade e nos prazos de entrega das empresas, isto , uma otimizao de toda a logstica de produo industrial "Supply Chain Management" (figura 2).

(FIGURA 2): A cadeia logstica de produo Industrial(Suppy Chain Management)

No s no Japo, mas tambm nos Estados Unidos, pases europeus e, alm disso, no Brasil, os conceitos de Manuteno Produtiva Total tm sido empregados com muito sucesso em vrios ramos empresariais, criando tambm excelentes aspectos positivos em relao motivao de seus funcionrios. O correto emprego da metodologia TPM reconhecido atualmente como uma

poderosa ferramenta industrial que deve ser utilizada pelas empresas de forma contnua e focada para os seus objetivos reais globais definidos em sua poltica estratgica. O TPM e ser certamente uma das bases fundamentais para a implantao e manuteno do Sistema de Gesto da Qualidade Total nas empresas (TQM - Total Quality Management).

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2. OBJETIVOS GERAIS METODOLOGIA TPM

DA

De uma forma geral, o TPM possui uma enorme abrangncia que envolve todos os nveis hierrquicos de uma empresa, cuja estrutura bsica est baseada nas seguintes premissas fundamentais; Maximizao do rendimento global (efetividade) dos equipamentos de fbrica (mquinas) atravs da eliminao de vrios tipos de perdas: falhas e quebras de mquinas, elevado tempo de setup e ajustes de equipamentos, tempo de ciclo de mquina elevado, erros de processo (refugo e retrabalho);

Desenvolver um moderno sistema de manuteno industrial abrangendo toda a vida til do equipamento/mquina em utilizao; Todos os departamentos de uma determinada empresa devem estar envolvidos no planejamento, execuo e manuteno da filosofia TPM; Participao de todos os funcionrios, da gerncia at o operador de mquina; Desenvolvimento de atividades autnomas em pequenos grupos de melhorias. Com base nas premissas mencionadas anteriormente, pode ser falado ento de seis objetivos gerais da filosofia TPM (tabela 1):

P Q

Produtividade Qualidade

-Aumento do rendimento das mquinas; - Reduo de paradas no planejadas. -Melhoria da capabilidade de processo (cp/cpk); -Menor ndice de refugo; -Diminuio de reclamaes dos clientes. - Reduo de custos industriais; -Menor consumo de peas de reposio nas mquinas e equipamentos; -Reduo de trabalho. -Reduo de estoques; - Melhor confiabilidade nos prazos de entrega. -Reduo de acidentes de trabalho; -Diminuio de sujeiras e desperdcios; -Economia de material e energia. -Aumento do nmero de sugestes de melhoria; -Motivao para trabalhos em grupo; -Criao de uma mentalidade de melhoria contnua.

Custos

L S

Entrega Segurana / Meio Ambiente

Motivao dos Funcionrios

TABELA 1: Objetivos gerais da filosofia TPM

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Grandes empresas que implantaram o sistema TPM e tiveram sucesso, tais como, Daimler Chrysler, VW, Ford Motor, BMW, Pirelli, Motorola, Bosch, Siemens, Kodak, Nestl, definiram suas metas no incio de seus trabalhos de implantao da filosofia TPM em suas estruturas de fbrica, com base nas premissas e objetivos apresentados anteriormente. O sucesso da implantao deste sistema nestas empresas foi medido em termos de melhorias dos ndices de produtividade e qualidade, dos custos industriais de produo e satisfao dos clientes, bem como em relao aos importantes aspectos ambientais e de segurana do trabalho. O TPM consiste ento em aumentar a eficincia da planta de fbrica com a eliminao das perdas decorrentes da m qualidade ou no-conformidade de equipamentos, produtos e processos de produo ou administrativos.

3. OS PRINCIPAIS TIPOS MANUTENO INDUSTRIAL

DE

O processo de manuteno industrial sofreu vrias evolues deste 1940, passando pelas atividades de manutenes corretivas menos complexas at a moderna estrutura da metodologia TPM (figura 3), exercendo um papel decisivo em toda a poltica de negcios das empresas. Quanto classificao, as atividades de manuteno industrial esto divididas em: corretiva (ou emergencial) e preventiva (figura 4). A manuteno preventiva est subdividida ainda em manutenes rotineiras, manutenes baseadas em inspees de equipamentos, bem como em manuteno baseada em confiabilidade.

TPM Realizada pelo departamento de manuteno e operadores de mquinas

Manuteno em Confiabilidade (Antes de falhas ou quebras de mquinas) Realizada pelo departamento de manuteno e outros especialistas Manuteno Preventiva (Antes de falhas ou quebra de mquinas) Realizada pelo departamento de manuteno Manuteno Corretiva (Aps falha total ou quebra do equipamento) Realizada pelo departamento de manuteno

(FIGURA 3) Evoluo dos procedimentos de manuteno industrial

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Principais Tipo de Manuteno Industrial

Manuteno preventiva

Manuteno corretiva

Manutenes rotineiras

Manuteno baseada em confiabilidade (RCM - Reliability Centred)

Manuteno baseada em inspees do "estado" das mquinas

(FIGURA 4): Os principais tipos de manuteno industrial

MANUTENO CORRETIVA Este tipo de manuteno est associado com panes em mquinas ou equipamentos de produo, as quais levam paradas inesperadas e indesejadas. Assim, na manuteno corretiva no existe nenhum tipo de pr-planejamento de atividades de manuteno industrial por parte do departamento de manuteno da empresa. A utilizao somente deste tipo de manuteno em uma empresa conduz inevitavelmente a um elevado estoque de peas de reposio para suportar as falhas e quebras dos equipamentos, o que provoca certamente um elevado custo industrial. Este muitas vezes o meio mais caro de gerncia de manuteno. Geralmente manuteno corretiva est associado ainda um enorme tempo de parada no-planejada de mquinas para serem corrigidas suas panes por parte do departamento de manuteno, e com uma perda assim muito elevada na eficincia total do equipamento. Uma planta industrial que trabalhe apenas sob base dos conceitos fundamentais da manuteno corretiva deve ser capaz de reagir o mais rapidamente possvel a todas as possveis falhas dos equipamentos no "cho de fbrica". Muitas vezes, quando no h disponibilidade imediata de peas de reposio no estoque, deve ser recorrido a fornecedores externos de peas de reposio,do que encarece em muitos casos da vida Incio o Final Avarias Normais til os funcionamento manuteno industrial. Em do custos de da mquina equipamento alguns casos," quando a empresa possui, por exemplo, vrias mquinas do mesmo tipo ou mquinas que no so consideradas como "gargalos", pode ser adotado uma poltica de gesto de manuteno baseada em aes corretivas.
Tempo de Vida

A v a r i a s

(FIGURA 5): Avarias de equipamento em funo de seu tempo de vida

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reposio no estoque, deve ser recorrido a fornecedores externos de peas de reposio, o que encarece em muitos casos os custos de manuteno industrial. Em alguns casos," quando a empresa possui, por exemplo, vrias mquinas do mesmo tipo ou mquinas que no so consideradas como "gargalos", pode ser adotado uma poltica de gesto de manuteno baseada em aes corretivas.

MANUTENO PREVENTIVA Outra forma de ser realizada a manuteno industrial a denominada "manuteno preventiva", a qual est ordenada dentro dos principais tipos de manuteno industrial (figura 4). Este tipo de manuteno fundamental em mquinas com uma elevada importncia dentro de uma linha de produo (por exemplo, as mquinas gargalos ou de custos de aquisio mais elevados). Na manuteno preventiva rotineira so realizadas atividades de manuteno baseadas em informaes obtidas em catlogos de fabricantes e fornecedores, bem como na experincia prtica dos especialistas do departamento de manuteno. Existe certo intervalo de tempo entre as manutenes a serem realizadas. Dados estatsticos de manuteno de falhas e quebras de equipamentos, os quais se encontram normalmente registrados em softwares de manuteno disponveis no sistema de informtica da empresa, servem como base de apoio para o planejamento e realizao de um detalhado plano de manuteno rotineira. Para o emprego desta poltica de manuteno deve-se ter um conjunto de informaes confiveis, uma vez que ela no avalia as condies reais do equipamento. Alm disso, outros pontos devem ser considerados: embora a manuteno preventiva rotineira esteja baseada tambm em uma troca de peas por desgaste, possvel que ocorra falhas e quebras das peas dos equipamentos de

fbrica ainda dentro de seus perodos de vida til fornecidos pelos fabricantes, mesmo que elas no tenham atingindo ainda seus desgastes mximos. Neste caso, podem ocorrer custos de processo onerosos para empresa, principalmente por tempo de paradas excessivas, quando no h a disponibilidade imediata de peas de reposio no estoque. Esta questo exige dos profissionais do departamento de manuteno uma enorme experincia prtica, de modo que possa ser previsto um estoque de peas de reposio que possa cobrir toda a "imprevisibilidade das falhas" dos equipamentos. Outra questo que a manuteno preventiva rotineira, principalmente quando existe uma falta de experincia em relao a uma determinada mquina em estudo, provoca intervenes desnecessrias no processo produtivo que podem ocasionar uma elevada perda de produtividade industrial. A curva de "tempo mdio de falha do equipamento (CTMF)" mostra o comportamento de um equipamento ou mquina de produo ao longo de toda a sua vida til (figura 5). Atravs dela pode ser visualizado que o equipamento no incio de seu tempo de vida, isto , logo aps sua instalao na planta industrial, apresenta um elevado nmero de avarias durante seu perodo de funcionamento. Aps certo tempo de uso as falhas no equipamento tendem a diminuir, sendo que no final de sua vida pode ser verificado novamente um considervel aumento no nmero total de avarias durante seu perodo de funcionamento. A identificao por parte dos especialistas envolvidos nas atividades de manuteno preventiva, do ponto de incio da fase de avarias normais e da fase final de vida til do equipamento, permite a realizao de um adequado plano de manuteno preventiva, onde pode ser definido com isso corretos programas de reparos, ajustes, lubrificao, como tambm um mais preciso planejamento de estoques de peas de reposio.

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A manuteno por inspeo, ou tambm chamada na indstria de "manuteno preditiva", uma ferramenta muito importante dentro de um plano de manuteno preventiva industrial. Ela consiste da utilizao de algumas modernas tcnicas de engenharia que podem identificar assim, quando um determinado componente de um equipamento poder falhar. Elas consistem principalmente da anlise de desgaste de componentes por meio da presena de partculas de ferro nos leos lubrificantes das mquinas, de tcnicas que medem o

nvel de vibrao de componentes, testes de emisso acstica e ensaios mecnicos no-destrutivos para detectar trincas e falhas em materiais metlicos (figura 6). A manuteno preventiva permite ao departamento de manuteno reagir rapidamente a um sinal de possvel falha que acarretar em quebra de componente. Pode-se programar desta forma intervenes nas mquinas de modo bem mais planejado ou at mesmo compra de peas de reposio somente no momento em que elas necessitem ser trocadas, reduzindo assim os custos de estoque.

(FIGURA 6): Ensaio de lquido penetrante utilizado para detectar pequenas trincas em materiais metlicos Por ser uma manuteno que necessita um acompanhamento mais detalhado dos equipamentos, ela exige em conseqncia disto uma mo-de-obra mais qualificada e bons equipamentos de anlises industriais. A realizao das atividades de manuteno preditiva favorece ao gerente de produo um melhor planejamento de toda sua estrutura de manuteno preventiva com positivos efeitos em toda a logstica de produo da empresa, como por exemplo, a reduo dos custos de parada noprogramada, principalmente para aquelas mquinas que trabalham em turnos com elevados picos de produo e sem interrupes. Uma outra forma que considerada com uma das mais modernas tcnicas de manuteno preventiva atuais, a denominada "manuteno centrada em confiabilidade" (RCM - Reliability Sentirei Maintenance). A confiabilidade de um equipamento ou mquina indica sua probabilidade de operar sem falhas e quebras em um determinado espao de tempo de forma confivel. O estudo da manuteno centrada em confiabilidade envolve estudos de probabilidades estatsticas referente s possveis falhas dos componentes de um sistema, o qual pode ser feito com a utilizao da ferramenta "FMEA" (anlise de modo de falha). Desta forma, podem ser levantadas atravs de trabalhos em grupos as causas que ocasionam falhas nos equipamentos, alm da execuo de vrias aes preventivas para elimin-las, aumentando assim a inteira confiabilidade
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do equipamento durante seu perodo de vida til. Naturalmente, todo o desenvolvimento e implantao desta metodologia so reforados com um grupo de profissionais experientes em manuteno industrial, bem como com a disponibilidade de dados de manuteno confiveis referentes s falhas dos componentes que constituem o sistema em questo. Na manuteno RCM os grupos de trabalho tornam-se voltados para a melhoria dos ndices de confiabilidade dos equipamentos, concentrando esforos naquelas mquinas que so consideradas prioridades dentro da estrutura da fbrica. O correto emprego desta ferramenta de manuteno pode garantir tambm um adequado planejamento de estoques e consequentemente a reduo dos custos industriais de manuteno. A manuteno por confiabilidade pode ser caracterizada ainda por uma grande interao entre o departamento de manuteno da fbrica e outros especialistas, os quais so responsveis, por exemplo, pela construo e melhorias do projeto construtivo de um determinado

equipamento. Na fase de projeto do equipamento busca-se o conceito de "mantenabilidade", ou seja, atravs de melhorias no projeto podem ser eliminadas inconvenincias no equipamento que facilitem posteriormente a sua manuteno durante seu perodo de funcionamento no "cho-de-fbrica". A figura 7 mostra que as informaes obtidas atravs de dados de manuteno durante o perodo de funcionamento do equipamento servem novamente como ponto de partida para a realizao de atividades de melhoria no projeto de novos e mais modernos equipamentos. Uma ampla e bem estruturada poltica de manuteno industrial deve levar em considerao todos os tipos de manuteno citados anteriormente, considerando aspectos tcnicos e econmicos das aes corretivas e preventivas. A Associao Brasileira de Manuteno (Abraman), com base na norma ABNT NBR 5462, denomina como "manuteno programada" todas as atividades de manuteno preventiva que so executadas conforme um programa pr-estabelecido.

Fase do Projeto e Construo do Equipamento

Dados e Informaes de manuteno servem novamente como ponto de partida para novos projetos

Fase de Montagem, Instalao e Primeiros Testes do Equipamento no "cho-de-fbrica"

Fase de Funcionamento do Equipamento na Fbrica

(FIGURA 7): Ciclo de projeto e funcionamento de um equipamento


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4. OS CUSTOS DA MANUTENO INDUSTRIAL A busca incessante das empresas pela reduo dos seus custos em vrios departamentos de sua planta industrial, os quais so imputados diretamente no preo de seus produtos fabricados, tem exigido delas, em conseqncia disto, a adotar severas medidas em relao a seus planos de manuteno industrial. Pode-se falar aqui em medidas que diminuam os gastos com excesso de estoques de peas de reposio de manuteno ou que melhorem os ndices de produtividade e de qualidade da empresa. A manuteno deve ser vista como uma importante funo dentro da poltica estratgica empresarial na obteno de resultados de uma organizao, de modo que a empresa possa atingir ndices competitivos de mercado referentes qualidade e produtividade. Ela deve ser vista dentro da planta industrial como uma maneira preventiva de evitar danificaes prematuras de equipamentos que interferem diretamente no processo produtivo da empresa. Apenas uma manuteno adequada, isto , uma manuteno efetiva, pode garantir que um determinado processo possa ser executado com sucesso. Normalmente a utilizao incorreta dos conceitos de manuteno leva a empresa a buscar solues para quedas de sua produo em outros fatores,

tais como ferramental, materiais e at operadores, elevando desta forma todo o custo operacional de seu processo produtivo. Os custos das atividades de manuteno englobam em si os custos de mo-de-obra qualificada, de ferramentas e instrumentos aplicados nos reparos, custos com subcontratao de outros especialistas e, alm disso, custos referentes a toda a instalao fsica ocupada pelo departamento de manuteno. O grfico da figura 8 mostra os custos referentes manuteno preventiva e s falhas de equipamentos em funo do nvel de manuteno utilizado na empresa. De maneira geral, este grfico mostra que o investimento em manuteno preventiva tende a reduzir drasticamente os custos totais de manuteno decorrentes de falhas dos equipamentos. Porm, o grfico acima mostra ainda que a partir de um certo "ponto timo", o investimento no aumento da qualidade da manuteno preventiva (nvel de manuteno) no reduz mais significantemente o nmero de ocorrncias de falhas em equipamentos, o que provoca novamente um aumento nos custos totais de manuteno da empresa. Um dos compromissos do departamento de manuteno, em conjunto com outros departamentos responsveis pela avaliao de custos industriais, determinar este "ponto timo" para cada mquina ou equipamento envolvido no processo produtivo da empresa.

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ponto timo
c u s t o s

Custos com manuteno preventiva

Custo decorrente de falhas

nvel de manuteno
(FIGURA 8): Custos de manuteno preventiva e de falhas de equipamentos em funo do nvel de manuteno (qualidade de manuteno) utilizado.

5. A ESTRUTURA DA MANUTENO PRODUTIVA TOTAL Segundo a metodologia elaborada pelo instituto japons JIPM, a filosofia TPM no envolve somente atividades de manuteno corretiva como nos anos 40 e 50, as quais provocavam antigamente muitos desperdcios, retrabalhos, perda de tempo e de esforos humanos, mais sim um conjunto de vrias atividades/tarefas dentro da estrutura organizacional da empresa. Estas atividades que devem ser realizadas durante a implementao do TPM foram organizadas ento nos denominados "8 pilares" da manuteno produtiva total (figura 9). MANUTENO AUTNOMA ("AUTONOMOUS MAINTENANCE") 1o PILAR

Este tipo de manuteno realizada pelos prprios operadores das mquinas e serve certamente de base a todos os outros pilares do TPM. O incio das tarefas de manuteno autnoma ocorre primeiramente atravs de um treinamento dos operadores pelo pessoal especializado por manutenes rotineiras das mquinas. A introduo da manuteno autnoma (em japons "Jishu-Hozen") torna os operadores aptos a desenvolver de forma eficiente o seu prprio ambiente de trabalho, contribuindo desta forma para a reduo dos vrios tipos de perdas ocasionadas durante o processo produtivo, aumentando desta forma os ndices de produtividade e qualidade de produo. Longos tempos de paradas de mquinas podem ser com isto evitados. A manuteno autnoma envolve uma srie de atividades realizadas pelos operadores, as quais incluem 6 passos principais a serem realizados aps o emprego primeiramente da conhecida metodologia japonesa "5S's" em seu posto de trabalho (Organizao, Arrumao, Limpeza, Padronizao e Disciplina).

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(FIGURA 9): Os 8 pilares fundamentais da Manuteno Produtiva Total. 1o Passo: Limpeza inicial das mquinas, dispositivos e equipamentos de medio; 2o Passo: Observar e eliminar fontes de sujeiras em lugares de difcil acesso; 3o Passo: Elaborao de normas provisrias de limpeza, inspeo e lubrificao que posteriormente sero includas dentro do plano de manuteno preventiva a ser elaborado pelo departamento de manuteno; 4 Passo: Inspeo geral dos equipamentos; 5o Passo: Limpar, apertar e lubrificar porcas e parafusos de forma rotineira; 6 Passo: Criar uma padronizao para seu prprio gerenciamento de manuteno autnoma; 7o Passo: Melhorar o sistema de forma contnua (ciclo PDCA). Todos estes procedimentos mencionados anteriormente reduzem consideravelmente a probabilidade de ocorrer anomalias no processo produtivo: falhas e quebras de mquinas, refugos e retrabalhos. Atravs da capacidade do operador da mquina em descobrir/detectar rapidamente anomalias bruscas no processo e de reagir rapidamente, tomando aes quando na ocorrncia destes desvios, que a efetividade do trabalho de manuteno autnoma pode ser garantida em longo prazo de forma contnua. Desvios bruscos nas condies operacionais das mquinas e equipamentos, que no podem ser solucionados pelo prprio operador, devem ser registrados e comunicados o mais rapidamente possvel ao pessoal tcnico do departamento de manuteno.

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Capacidade de descobrir rapidamente anormalidades no processo: - detectar rapidamente desvios

Capacidade de tratamento e recuperao: - na presenao de um desvio tomar as devidas aes

Capacidades necessrias ao operador para realizao de manuteno autonma

Capacidade de controle da situao: - cumprir as regras estabelecidas no plano de manuteno autonma para serem evitadas as anomalias

Capacidade para estabelecer condies: - saber definir quantitativamente so critrios para julgar uma determinada situao como "normal" ou "anormal"

FIGURA10: Capacidades exigidas dos operadores na execuo da manuteno autnoma

Naturalmente, todo o trabalho de manuteno autnoma facilitado quando os operadores possuem um determinado conhecimento em mecnica, eltrica, hidrulica e pneumtica, deforma que, por exemplo, folgas, desgastes, vazamentos, corroso, deformaes, trincas, vibraes e superaquecimentos possam ser detectados mais facilmente. A deteco rpida destes fatores negativos pelos operadores diminuir seguramente a ocorrncia de falhas e, em conseqncia disto, tambm a quebra de equipamentos de produo, gerando at mesmo uma considervel reduo dos custos industriais.

Alm disso, atravs de um efetivo e altamente confivel trabalho de parceria entre a produo e departamento de manuteno bem como a formao de pequenos grupos de melhoria, pode-se ainda melhorar e ampliar todo o potencial da manuteno autnoma dentro do "chode-fbrica". Com a execuo das atividades de manuteno autnoma pelos operadores, o departamento de manuteno dispe de um tempo maior para outros trabalhos de manuteno mais complexos, como a "manuteno programada".

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CONTROLE INICIAL - 2 PILAR Na realizao de novos projetos de investimentos, a empresa pode contar certamente com sua experincia adquirida ao longo dos anos em manuteno industrial e comprar novos e mais modernos equipamentos de modo que eles executem uma determinada tarefa de trabalho, evitando ao mximo perdas e desperdcios de qualquer natureza (tempo de ciclo, qualidade das peas produzidas, quebras, etc.). O pilar de controle inicial. est estreitamente ligado com o desenvolvimento de novos produtos da empresa que necessitem de novos investimentos para ampliar sua produo. A etapa de gerenciamento de produtos deve ser feita em vrios grupos de trabalho que assumem tarefas especficas dentro do projeto e utilizam modernas ferramentas de controle e gerenciamento de projetos durante todo o ciclo de desenvolvimento do produto. Nesta etapa, a idia de preveno da manuteno, ou seja, a compra de mquinas que evitem a manuteno, faz parte da poltica estratgica da empresa.

Elevada quantidade de paradas planejadas e noplanejadas Refugos e Retrabalhos

Tempo demasiado de setup e ajustes de mquinas

Tipos de perdas no processo produtivo

Transporte de material inadequado dentro da linha de produo Falhas em Equipamentos

Elevado tempo de ciclo das mquinas

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MELHORIAS ESPECFICAS - 3o PILAR Este pilar do TPM serve para detectar perdas em todo o processo produtivo relativamente s mquinas de produo, materiais empregados e estoques em excesso. Trata-se de melhorias especficas que tm como objetivo tambm apoiar o sistema de "produo limpa". Todo o trabalho de deteco de perdas no processo produtivo da empresa deve ser feito atravs de pequenos grupos de melhorias formados atravs dos funcionrios responsveis por um determinado setor ou departamento. Todas aes corretivas para eliminao das perdas devem estar contidas sistematicamente em um plano de ao com os respectivos prazos e responsveis. Os grupos de trabalho podem ser formados, por exemplo, atravs dos operadores das mquinas e equipamentos, supervisores e mestres de produo industrial, departamento de manuteno e central de planejamento de produo. MANUTENO PLANEJADA (OU MANUTENO PROGRAMADA) - 4o PILAR A utilizao da manuteno planejada deve ser feita aps o processo de deteco de perdas que levam a grandes custos industriais de produo. Assim, para as mquinas e equipamentos onde se exige um trabalho mais especfico de manuteno, deve ser elaborado um plano de manuteno preventiva mais detalhado por parte do departamento de manuteno baseado nos vrios tipos de manuteno industrial que foram apresentados no captulo 3. A elaborao de plano de manuteno planejada exige grandes conhecimentos tcnicos e muita experincia prtica dos funcionrios do departamento de manuteno e deve ser realizado de forma contnua, podendo ser direcionado ento para aquelas mquinas que so consideradas crticas dentro da linha de produo, ou para setores da

fbrica onde os custos de manuteno totalizam uma elevada quantia. Um trabalho de manuteno planejada bem executado tende a aumentar a confiabilidade das mquinas e desta forma conduzir toda a logstica de produo fabril a trabalhar com estoques de produtos mais reduzidos, o que seguramente um dos objetivos de toda a filosofia TPM. As informaes baseadas na experincia prtica atravs da aplicao da manuteno planejada servem novamente como um excelente "input" para os profissionais que trabalham com novos projetos de mquinas e equipamentos.

MANUTENO DA QUALIDADE - 5o PILAR A manuteno da qualidade do TPM no posto de trabalho pode ser realizada atravs de algumas ferramentas da qualidade, as quais fazem o monitoramento de algumas caractersticas do produto aps sua fabricao. Uma caracterstica do produto que se apresente fora dos limites especificados pelo departamento de projeto de produto, pode ser resultante por exemplo de grandes problemas oriundos de um projeto de manuteno no-eficiente ou noadequado que acabam gerando altos ndices de refugo e retrabalho dentro do processo produtivo. O CEP, Controle Estatstico do Processo, uma das ferramentas que auxilia o monitoramento das caractersticas do produto produzido. Para a implantao do CEP em um posto de trabalho necessrio algumas etapas principais (nesta seqncia): Etapa de Implantao de MSA (Anlise de Sistema de Medio), a qual garante primeiramente que os equipamentos, dispositivos e calibradores utilizados em um processo de medio encontram-se dentro de limites de qualidade aceitveis (ndices estatsticos);
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Etapa de Capabilidade de Mquina, que decorre de uma anlise estatstica da mquina que ser utilizada na produo. Ela realizada no procedimento de liberao de um novo equipamento logo aps a sua instalao e montagem na linha de produo. Um equipamento que considerado como "capaz" para realizao de um processo de produo deve apresentar ndices de "Cm" e "Cmk", ou seja, ndices decapabilidade de mquina, maiores que 1,67. Em equipamentos com ndices de capabilidade menores que 1,67 deve ser realizado um trabalho de manuteno mais aprimorado de modo a serem corrigidos, antes da liberao definitiva da mquina para a linha de produo, eventuais folgas e desalinhamentos de determinados eixos da mquina que podem estar acarretando em perda da qualidade no processo produtivo; Etapa de Capabilidade de Processo, a qual avalia atravs dos ndices de capabilidade de processo "Cp e Cpk" se as caractersticas dos produtos fabricados se encontram dentro de limites aceitveis, os quais levam em considerao a tolerncia de desenho de produto e so definidos nas denominadas "cartas de controle". Alm do CEP, o planejamento da manuteno da qualidade no posto de trabalho deve ter registro de controle da quantidade de refugo e retrabalho por turno, bem como o controle dos vrios tipos de paradas de mquinas noplanejadas durante todo o perodo de produo. TPM ADMINISTRATIVO - 6 PILAR Nos escritrios e em outros departamentos, os quais no esto diretamente ligados s atividades de "chode-fbrica", mas sim, na maioria das vezes, exercendo importantes assuntos burocrticos relativos parte administrativa da empresa, a filosofia do TPM tambm indica o controle de todos os
o

tipos de perdas, da mesma forma que aquelas originadas dentro do sistema logstico da empresa na linha de produo. Os atuais e modernos sistemas computacionais certamente contriburam muito nos ltimos tempos para a organizao de documentos, arquivos, desenhos em formas de arquivos de pastas computacionais que permitiram em conseqncia disto uma elevada organizao e economia de tempo e espao fsico dentro dos escritrios. Nestes setores pode ser otimizado todo o fluxo de informaes, de modo que exista uma eficincia em comunicao entre a parte administrativa e tcnica da empresa. SEGURANA, SADE AMBIENTE 7 PILAR E MEIO

A busca de "zero acidentes" atravs da segurana e sade mxima do trabalhador, alm da busca de processos produtivos que no afetem o meio ambiente, so outros dos objetivos principais de toda a metodologia da Manuteno Produtiva Total. A observao das leis trabalhistas, bem como o respeito s normas de gesto de meio ambiente, so pontos muitos relevantes para melhorar os ndices de qualidade referentes a estes setores da empresa em fase de implantao da poltica TPM.

EDUCAO E TREINAMENTO - 8o PILAR Para todo o desenvolvimento sustentvel do TPM dentro de uma determinada organizao necessrio que os funcionrios da empresa desenvolvam uma forte autodisciplina que ajudar em todas as fases de implementao do TPM e, alm disso, em toda a manuteno do sistema em longo prazo. Alm desta questo, muito importante que a empresa adote uma poltica de treinamento para seus funcionrios, deste a alta gerncia at
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os operadores de mquinas, de forma que novas idias de melhorias possam surgir continuamente. Em conseqncia disto, so necessrios treinamentos de funcionrios tanto na rea tcnica como na rea administrativa de modo contnuo. 6. ETAPAS PREPARATRIAS PARA A IMPLANTAO DO TPM NAS EMPRESAS Alguns experts na rea de Engenharia Industrial afirmam que o tempo mdio de implementao da poltica TPM leva de 3 a 6 meses para sua fase preparatria e de 2 a 3 anos para o incio de sua consolidao nas empresas. A deciso para a implantao da filosofia TPM realizada pela alta gerncia da empresa, aps a anlise tcnica das vantagens do TPM em relao aos aspectos de custos industriais, de segurana, de sade e meio ambiente, bem como da imagem da empresa no mercado externo global. A etapa de preparao da Manuteno Produtiva Total (TPM) dividida em 10 fases principais, as quais so explicadas em detalhes na tabela 2 (pgina 18).

como "grau de ocupao de mquina" e calculado pela equao 1: Disp (%) = (TTP- PP - PNP)/(TTP-PP) Equao 1 onde TTP - Tempo Total Programado (tempo programado para o equipamento operar, de acordo com o estipulado pelo planejamento de produo); PP - Paradas Planejadas (ex: descanso, almoo, treinamentos, reunies); PNP - Paradas No-Planejadas (ex: manuteno de emergncia, ajustes de ferramentas). NDICE DE OPERACIONAL PERFORMANCE

Este ndice expressa a relao entre o tempo terico de ciclo, o qual foi definido pelo departamento de planejamento de produo industrial e o tempo real que o equipamento ou mquina operou. Este ndice fortemente afetado por alteraes intencionais no ciclo do equipamento ou por pequenas paradas no- planejadas (equao 2): Perf (%) = (TTC X QPP)/(TTP-PP-PNP) Equao 2 Onde TTC - Tempo terico de ciclo (min / pea produzida) QPP - Quantidade de peas produzidas.

7. EFICINCIA GLOBAL EQUIPAMENTO (OEE)

DO

Um dos mais importantes ndices de manuteno aquele que denominado de "eficincia global do equipamento (OEE)", ou do ingls "Overall Equipment Effectiveness". Para a determinao deste ndice atravs de um clculo matemtico necessrio a determinao de trs outros importantes fatores (ndices) de manuteno (Figura 12). NDICE DE DISPONIBILIDADE Ele expressa a relao percentual entre o tempo que o equipamento realmente operou e o tempo que ele deveria ser operado. O ndice de disponibilidade conhecido tambm em algumas empresas

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1a Fase

Manifestao da alta admisnistratia sobre a deciso de introduzir TPM

-Reunio entre a alta diretoria sobre a tomada de deciso para a introduo do TPM na empresa; -Estabelecimento de metas e diretrizes para toda a empresa; -Divulgao po parte da diretoria e gerncia a todos os funcionrios da empresa ( eventos, seminrios, encontros) do programa TPM a ser implantado. -Incio de palestras dentro de toda a estrutura da empresa sobre o funcionamento da Manuteno Produtiva Total; -Divulgao do TPM na empresa atravs de posterseslogansou outros meios de mdia; - Incio de treinamento especficos em todos os departamentos da empresa -Criao de uma Comisso de Implantao do TPM a nvel global na empresa para o acompanhamento e controle do projeto; -Formao de pequenos grupos de trabalho em setores especficos da empresa que so acompanhados pela Comisso de Implantao do TPM -Criao de diretrizes bsicas por todos os envolvidos na implantao do TPM para zerar todos os grandes tipos de perdas dentro da fbrica, tanto no processo produtivo como tambm em departamentos administrativos. -Iniciar em um equipamento piloto, atravs de uma equipede engenheiros e tcnicos de manuteno, vrios tipos de perdas dentro da fbrica, tanto no processo produtivo como tambm em departamentos administrativos. -Criao de uma filosofia dentro da empresa de que cada indivduo responsavel pela sua prpia mquina; -Padronizar nos postos de trabalho juntamente com o departamento de manuteno autnoma. -Elaborao do plano de manuteno preventiva por parte do departamento de manuteno; -Organizar as atividades de manuteno preditiva com o possivel planjamento financeiro para a compra de novos equipamentos de manuteno. -Treinar tanto os operadores como o pessoal do departamento demanuteno em tpicos especficos de manuteno( mecnica, hidrulica, pneumtica, etc).

2a Fase

Campanha de divulgao e treinamentos para a introduo do TPM

3a Fase

Estrutura pra a implantao do TPM

4 Fase

Incio do progama TPM

5 Fase

Melhoria nos equipamentos para maior eficincia global Criar uma estrutura para a manuteno autnoma Desenvolver a estrutura da manutenco programada Treinamentos especficos dentro da manuteno

6a Fase

7a Fase

8a Fase

9 Fase

Estruturar a etapa inicial -Estruturar os departamentos da fbrica de modo a poder adquirir equipamentos e mquinas para novos projetos de investimentos que de controle de reduzam o emprego da manuteno. equipamentos Execuo total do TPM e elevao do nvel gerencial
-Consolidar o TPM como uma ferramenta importante em todos os nveis da fbrica; -Possibilitar empresa a receber certificaes relativas ao desemprenho em manuteno produtiva total por devidos rgos internacionais credenciados.

10a Fase

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OEE (%) Eficincia Global do Equipamentos

Disponibilidade do Equipamento (%)

Performance Operacional (%)

Qualidade dos Produtos

-Quebras/falhas; -Troca e ajustes de ferramentas

-Tempo de ciclo; -Pequenas paradas

-Refugos; -Retrabalhos

(FIGURA 12): Clculo do ndice de Eficincia Global do Equipamento (OEE) [6]

NDICE DE QUALIDADE DO PRODUTO Este ndice expressa a qualidade da produo de um equipamento. Relaciona de modo percentual a quantidade de peas refugadas e retrabalhadas com a quantidade total de peas produzidas em um determinado perodo de tempo (equao 3): Qualidade (%) = TPP- (TR-TRE)/(TPP) Equao 3 onde TPP - Total de peas produzidas; TR - Total de peas refugadas; TRE - Total de retrabalhos. A multiplicao matemtica destes trs ndices resulta no valor terico do OEE. A tabela 3 mostra um exemplo de clculo do ndice de eficincia global do equipamento. Para aplicaes prticas, um ndice OEE de 85% significa excelentes condies do processo produtivo em questo, isto , provavelmente dentro da linha de produo em avaliao existem boas condies de manuteno, as quais eliminam possivelmente os vrios tipos de perdas de produo.

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NDICE DE DISPONIBILIDADE

Item A B

Descrio
Tempo programado total (TTP) Tempo de parada programada Tempo disponvel (Tempo total tempo de parada programada) Tempo de parada no planejada (PNP) Tempo de operao ndice de disponibilidade

Forma de clculo
8 horas

Valor
8*60

Resultado
480 min 20 min

A-B

480 - 20

460 min

D E F

60min C-D 460 - 60 (400/460)*100 400 min 87%

G H j

NDICE DE PERFORMANCE OPERACIONAL Total de peas produzidas (boas e ruins) Tempo terico de ciclo ndice de performance operacional Total de refugos e retrabalhos ndice de qualidade do Produto ndice OEE ((G-K)/G)*100 ((400-8)/400)*100 ((H*G/E)*100 ((0,5*400)/400)*100

400 p 0,5 min/p 50%

NDICE DE QUALIDADE DO PRODUTO

K L

8 p 98%

NDICE GLOBAL DO EQUIPAMENTO (OEE)

(F*L)/10000

(87*50*98)/10000

43%

(TABELA 3): Exemplo de clculo de ndice global do equipamento (OEE)

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8. CONSIDERAES GERAIS REFERENTES FILOSOFIA DE MANUTENO PRODUTIVA TOTAL Na implantao de uma gesto estratgica de negcios empresariais, o TPM tem se tornado uma das mais importantes ferramentas de engenharia industrial para reduo dos vrios tipos de desperdcios dentro de uma organizao. O emprego desta metodologia exerce uma profunda modificao sobretudo na capacidade produtiva, na qualidade e prazo de entrega dos produtos fabricados, na segurana e motivao de toda a organizao. Desta forma, a empresa pode garantir no mercado uma forte posio de destaque frente forte concorrncia do mercado global. Naturalmente, o sucesso da implantao da filosofia TPM depende de uma forte organizao dentro da empresa, de uma rotina de controle de resultados constante e de uma forte e grande liderana por parte de todos os departamentos envolvidos da fbrica (figura 13). Para uma correta implantao do TPM em nvel de linha de produo necessrio primeiramente o correto entendimento do conceito de "falha de um equipamento", a qual compromete por um longo ou curto perodo de tempo o funcionamento do equipamento com sensveis perdas na capacidade produtiva da empresa. Elas podem surgir repentinamente (abrupto) ou de forma potencial, isto , no abruptamente. Estes simples conceitos so importantes dentro da rea de manuteno no auxlio de tomadas de aes para detectar, corrigir e prevenir os vrios tipos de falhas dos equipamentos. As causas das falhas podem ocorrer de maneiras diversas e so agrupadas em trs grandes categorias:

Falhas que so originadas de defeitos no projeto do equipamento; Falhas devidas ao uso do equipamento fora das especificaes de projeto; Falhas devido falta de manuteno do equipamento que evite sua deteriorizao. Resumidamente, as falhas de mquinas e equipamentos podem ocorrer atravs de vrios fatores: erros no projeto de fabricao e montagem do equipamento, operao incorreta e falta de manuteno para corrigir vazamentos, lubrificao, deformaes, corroso, bem como excesso de vibrao de alguns componentes do equipamento e condies ambientais desfavorveis. Uma vez analisada a causa da falha, ela deve ser rapidamente erradicada atravs de um plano de ao com prazos e responsveis, baseado por exemplo no mtodo 5W1H (O que, Por que, Quando, Onde, Quando e Como). De certa forma, o que levou as empresas a mudarem os seus antigos conceitos em relao a manuteno e pensar assim em conceitos de manuteno mais modernos, como o TPM, foi devido alguns importantes acontecimentos na indstria ao longo dos anos: Maiores exigncias de produtividade e qualidade por parte dos clientes; O crescente desenvolvimento de novas tecnologias e, em conseqncia disso, a produo de mais modernos e caros equipamentos industriais onde se exige um trabalho mais rigoroso de manuteno; Aumento da competitividade entre as empresas; Aplicaes de leis mais rigorosas em relao segurana e sade do trabalhor, bem como ao meio ambiente.

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Implantao de uma rotina de resultados

Sucesso de implantao da filosofia TPM Forte liderana e compromentimento de setores envolvidos

Elevada estrutura organizacional do sistemade implementao TPM

(FIGURA 13): Fatores que influenciam o sucesso de implantao do TPM na indstria Outro fato que caracteriza a importncia da manuteno como papel fundamental dentro da estratgia poltica de uma organizao est diretamente ligado aos enormes valores financeiros que ela movimenta no Brasil e no Mundo. De acordo com a Associao Brasileira de Manuteno, os valores movimentados relativos a manuteno industrial correspondem a 35 bilhes de dlares, sendo que nos Estados Unidos, Japo e Alemanha, elas so respectivamente de 300, 175 e 130. Alm disso, outros dados estatsticos reforam a importncia da manuteno dentro das empresas e indicam que os custos de manuteno industrial correspondem aproximadamente em mdia 3 a 4 % do faturamento bruto das empresas. Toda a implantao de uma correta filosofia TPM depende certamente de uma cultura dentro da empresa para a eliminao das causas de falhas em equipamentos e, alm disso, de uma forte motivao organizacional para o controle de "perdas" nos departamentos da empresa.

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9.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

1. J. A. V. Antunes J. Manuteno Produtiva Total: Uma Anlise Crtica a partir de sua Insero no Sistema Toyota de Produo. Produttare Consultores Associados. \ 2. . A. S. de Freitas. Implementao da Filosofia TPM (Total Productive Maintenance): Um Estudo de Caso. Universidade Federal de Itajub, Instituto de Engenharia Mecnica (Departamento de Produo), Itajub-MG, 2002. 3. C.T.Yamaguchi.TPM-Manuteno Produtiva Total. Instituto de Consultoria e Aperfeioamento Profissional. So Jao dei Rei-MG, 2005. 4. J. R. S. Carrijo, J. C. De Toledo. Benefcios da implantao do TPM (Total Productive Maintenance) no processo de desenvolvimento de produtos de uma indstria grfica. XXVI ENEGEP, Fortaleza-CE, outubro, 2006. 5. A. Sampaio. Manuteno Produtiva Total (TMP/MPT). www.google.com.br. 6. P. H. A. Moraes. Manuteno Produtiva Total: estudo de caso em uma empresa automobilstica dissertao de mestrado, Curso e Gesto e Desenvolvimento Regional do Departamento de Economia, Contabilidade e Administrao, Universidade de Taubat-SP, 2004. 7. J. A. M. Dias, Z. L Pereira, A. L. F. Leito. A Gesto da Manuteno Industrial pela Fiabilidade. Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Portugal, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, www.google.com.br. 8. A. Dorsch. Instandhaltungsmanagement. Die Getrnkeindustrie, www.google.com.br. 9. A. Hastler. TPM - Total Productive Maintenance. PS Qualittsmanagement, SS 2003. 10. W. R. Marcorin, C. R. C. Lima. Anlise dos Custos de Manuteno e de No-Manuteno de Equipamentos NoProdutivos. Revista de Cincia & Tecnologia, V.11, n 22, pp 35-42.

11. A. Lupinski. TPM (Total Productive Maintenance). PS Qualittsmanagement, SS 2005. 12. Manuteno Preditiva. Confiabilidade e Qualidade, www.google.com.br.

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