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G g
g t
q
G
) (
| |
1
. Aplicamos
este resultado a problemas concretos como a contagem do nmero de roletas que podem ser feitas com determinadas cores, e o nmero de
modos de pintar um tabuleiro n n.
A noo geomtrica de concentrar a ateno em torno de um ponto algebricamente anloga ao importante processo de localizao de
um anel em torno de um ideal primo. A geometria algbrica tem por objetivo traduzir este processo algbrico em termos geomtricos,
utilizando-se de vrias ferramentas da lgebra comutativa, cuja noo central a de ideais primos, que provm da generalizao de nmeros
primos em aritmtica e de pontos em geometria. Neste trabalho estudaremos a formao de anis de fraes e o processo de localizao
associados, que talvez sejam as ferramentas mais importantes em lgebra comutativa. O processo de localizao anlogo num certo sentido
construo do corpo de fraes de um domnio de integridade. Introduziremos esta noo para anis e mdulos e provaremos que esta
operao preserva sequncias exatas, somas, interseces, quocientes. Alm disso, possvel dar uma boa noo do que a localizao
de um mdulo em termos do produto tensorial com o localizado do anel. Outro conceito muito importante o de espectro de um anel, a
partir do qual deniremos uma topologia, chamada topologia de Zariski. Ao nal apresentaremos uma relao entre o espectro de um anel
e o espectro do seu localizado.
AES DE GRUPOS E PROBLEMAS DE CONTAGEM
LGEBRA COMUTATIVA
Aluno de Iniciao Cientfca: Clauciane Dias de Lima (UFPR permanncia)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022573
Orientador: Marcelo Muniz Silva Alves
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: aces de grupos, (q,G)-coloraes.
rea de Conhecimento: 1.01.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Cristian Schmidt (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004-013636
Orientador: Edson Ribeiro lvares
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: localizao de anis, ideais primos, mdulos.
rea de Conhecimento: lgebra - 1.01.01.00-4
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Interpretamos e analisamos detalhadamente alguns modelos biomatemticos voltados para ecologia. Estudamos alguns problemas
simplicados, como o Modelo Predador-Presa de Lotka-Volterra e o Modelo de Espcies em Competio. Observadas algumas imperfeies
do modelo predador-presa, com relao a interpretao biolgica em determinadas situaes, seguimos para o estudo de um modelo onde
na ausncia de predador o crescimento da presa como no modelo logstico, proposto por Verhulst. Estudamos estabilidade de solues de
sistemas de equaes diferenciais no-lineares e o Primeiro Mtodo de Liapunov. Utilizando a tcnica de adimensionalizao conseguimos
simplicar as contas, de forma que a interpretao de informaes dos sistemas se mantenha e em muitos casos seja at mais rica. Na
anlise de um modelo predador-presa com comportamento peridico de ciclos limite, encontramos alguns erros de clculo feitos pelo autor,
que modicam vrias das suas interpretaes subsequentes. Seguimos para um artigo que prope modelos onde a predao seletiva por
causa de alguma doena infecciosa na populao de presas. Realizamos a anlise qualitativa dos modelos propostos pelo artigo, mas das
equaes j adimensionalizadas. Tambm optamos por alterar num dos sistemas a modelagem feita para o crescimento de predadores, tendo
em vista que o comportamento populacional mais interessante para se estudar o da populao de presas, por causa da predao ocorrer
na populao que suscetvel doena.
Este trabalho tem por objetivo a soluo do problema da linha elstica, para a teoria clssica de vigas, a partir do mtodo das diferenas
nitas. Em que as derivadas presentes na equao diferencial parcial, com operador de quarta ordem, so aproximadas por frmulas de
diferenas. Sero analisados os quatro casos mais comumente encontrados, a saber: viga simplesmente apoiada, viga duplamente engastada,
viga em balano e viga engastada em um extremo e apoiada no outro. Ser considerado o caso de carregamento uniformemente distribudo
ao longo da viga. Para a soluo numrica do problema, ser desenvolvido um programa de computador em linguagem Fortran. As respostas
numricas sero confrontadas com as solues analticas.
ANLISE QUALITATIVA DE MODELOS PARA ECOLOGIA
SOLUES DE VIGAS PELO MTODO DAS DIFERENAS FINITAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Danilo Francelino Fuckner Leonel
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004015446
Orientador: Luiz Antonio Ribeiro de Santana
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: modelos matemticos, biomatemtica, predador-presa.
rea de Conhecimento: Matemtica Aplicada - 1.01.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Diego Gabriel Metz (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021786
Orientador: Jos Antonio Marques Carrer
Departamento: Construo Civil Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Viga, Equaes Diferenciais Parciais, Mtodo das Diferenas Finitas.
rea de Conhecimento: Estruturas - 3.01.02.00-6
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Um dos problemas computacionais mais bsicos e teis est em resolver um sistema de equaes lineares , onde A uma matriz
dada, b um vetor dado, e x um vetor de incgnitas. Neste trabalho, ns consideramos as solues de tais sistemas lineares sobre os reais,
em que a matriz A SPD (simtrica positiva denida. Esses sistemas tm aplicaes em diversas reas. De uma maneira geral, estas solues
podem ser divididas em duas categorias. Solues diretas: normalmente a matriz A fatorada em uma forma cannica tal que o sistema
torna-se fcil de resolver, como o caso da eliminao de Gauss (fatorao LU), fatorao de Cholesky etc. e as solues iterativas: Estas
produzem uma seqncia de candidatos soluo. Cada iterao do algoritmo ajusta o palpite anterior, obtendo assim um novo palpite
que est mais prximo da soluo nal. Este processo similar funo de minimizao por descida em gradiente. Um exemplo de solues
iterativas so Descida em Gradiente e CG(Gradiente Conjugado). Neste trabalho utilizaremos mtodos iterativos, pois existem numerosas
situaes em que prefervel calcular rapidamente uma soluo aproximada para um problema em vez de esperar o tempo necessrio para
calcular uma soluo exata. A diferena qualitativa entre mtodos diretos e iterativos que a ecincia dos mtodos iterativos geralmente
depende, de forma signicativa, do nmero de condio da matriz . Em seguida, analisaremos a convergncia de mtodos iterativos em
funo do nmero de condio. Isto motiva o estudo de pr-condicionamento. Em vez de resolver o sistema , introduzida uma
matriz P (chamada de precondicionador), em seguida, resolve-se o sistema relacionado . A inteno que a matriz acabe por
ter um nmero de condio menor do que a matriz , Ento, o problema se torna mais fcil de resolver, desde que a introduo de no
impe esforos computacionais signicativos. Este trabalho investiga uma nova abordagem para a construo de precondicionadores. Ns
apresentamos um algoritmo que iterativamente constri um bom precondicionador para , atravs da execuo de mtodos iterativos.
O mtodo de eliminao de Gauss um dos mais importantes mtodos para resoluo de sistemas lineares quando a matriz dos coecientes
do sistema cheia, pois se consegue resolver o sistema Ax = b (sendo A quadrada e b um vetor de termos independentes), com um custo
relativamente baixo, o que de extrema importncia para sistemas de maior porte. O mtodo consiste primeiramente em, por meio de
operaes elementares, transformar a matriz dos coecientes em uma matriz triangular superior. Usando os termos da matriz j escalonada
como coecientes de novas equaes, temos um sistema de resoluo mais simples. Outra maneira de se resolver um sistema linear pelo
mtodo de Cramer, o qual consiste em (para determinar o valor de xj) achar a determinante da matriz A dos coecientes e da matriz Aj, a
qual obtida substituindo a coluna j pelos termos independentes b. O valor de xj se d pela diviso do determinante de Aj, pelo de A. Porm
esse mtodo tem um custo muito alto, e aumentando o tamanho da matriz dos coecientes, o tempo para a soluo atravs desse mtodo
aumenta consideravelmente. Sendo assim, utilizado para ns tericos, pois sua implementao inconveniente. Aparentemente os dois
mtodos so totalmente distintos, e no tem relao alguma entre si. Ainda a analise do custo de ambos um pretexto para se pensar dessa
maneira, mas a relao entre eles, no se limita a terem resultados semelhantes. Ambos esto ligados por relaes lgicas, as quais sero
apresentadas nesse trabalho. Este trabalho ir partir do mtodo de Gauss e chegar ao de Cramer, tambm fazer o caminho inverso, atravs
de rearranjos nas frmulas. Provando a equivalncia de ambos e mostrando que rearranjos podem ser de grande importncia, por poder
otimizar algoritmos, conseguindo custos menores e uma ecincia maior.
LGEBRA LINEAR NUMRICA, ANLISE E IMPLEMENTAO DE ALGORITMOS
MODELOS DE OTIMIZAO EM FINANAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Ednei Leite de Arajo (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1997005022
Orientador: Yuan Jin Yun
Departamento: Matemtica Setor: Cincias exatas
Palavras-chave:lgebra linear numrica, mtodos iterativos, implementao de algoritmos.
rea de Conhecimento: 1.01.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Evandro Augusto Corra Pereira (Outra - PICME/CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013076
Orientador: Luiz Carlos Matioli
Departamento: Matemtica Setor: Cincias exatas
Palavras-chave: Eliminao de Gauss, Mtodo de Cramer, Sistemas lineares.
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Seja P um polinmio com coecientes num corpo K, N o corpo de decomposio de P e G o grupo de Galois de P. O Teorema da
Correspondncia de Galois, arma que h uma correspondncia biunvoca entre os subgrupos do grupo G e as extenses intermedirias
entre os corpos K e N. Isso nos levou a abordar e resolver o seguinte problema. Dada uma extenso intermediria L entre K e N, exibimos
um mtodo de como fatorar o polinmio P como produto de polinmios irredutveis com coecientes em L. O mtodo consiste em tomar
o grupo correspondente a extenso de L para N, e faze-lo agir sobre as raizes do polinmio P. A esta ao corresponder um conjunto de
rbitas no conjunto das razes. Basta agora rearranjar P num produto de polinmios S tal que cada S seja produto de polinmios mnicos
de grau um, cujas raizes so todos os elementos de uma rbita. Em suma, cada rbita fornece um fator S de P. Alm desse problema,
introzimos tambm o conceito de grupo solvel e mostramos que se um polinmio solvel por radicais, ento seu grupo de Galois
solvel. O outro resultado que exibimos foi mostrar a impossibilidade de encontrarmos a soluo de uma equao polinomial de grau maior
ou igual a cinco por meio de radicais.
Um conceito importante em Anlise Matemtica o de convergncia de uma sequncia. Neste trabalho aprofundamos este estudo, analisando
tambm a velocidade com que uma sequncia converge. Concentramos nosso estudo em trs velocidades de convergncia: linear, superlinear
e quadrtica. A motivao deste trabalho a anlise da convergncia de mtodos de otimizao, visto que para ns prticos fundamental
que os algoritmos tenham uma convergncia rpida. Discutimos alguns mtodos clssicos para otimizao irrestrita. O mtodo de Cauchy
que faz a cada iterao uma busca unidirecional na direo de mxima descida, ou seja, na direo oposta ao gradiente, tem convergncia
linear. Por outro lado, o mtodo de Newton minimiza, em cada iterao, o modelo quadrtico da funo objetivo. Provamos que, se o ponto
inicial estiver prximo de um minimizador, a sequncia gerada por este mtodo converge superlinearmente. Alm disso, se a Hessiana da
funo for Lipschitz, ento a convergncia do mtodo de Newton quadrtica.
APLICAES DA TEORIA DE GALOIS
VELOCIDADE DE CONVERGNCIA DE ALGORITMOS DE OTIMIZAO
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernando Studzinski Carvalho (PICME-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2004-013636
Orientador: Edson Ribeiro Alvares
Departamento: Matemtica Setor: Exatas
Palavras-chave: Teoria de Galois, extenses de corpos, resolubilidade por radiciais.
rea de Conhecimento: lgebra 1.01.01.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Flavia Mescko Fernandes (PET-SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Ademir Alves Ribeiro
Co-Orientadora: Elizabeth Wegner Karas
Colaboradores: Karla C. Arsie, Leonardo M. Elias e Tuanny Brufati
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Velocidade de Convergncia, Mtodo de Cauchy, Mtodo de Newton.
rea de Conhecimento: Matemtica aplicada 1.01.04.00-3
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Neste trabalho estudamos dois jogos populares: Sudoku e Quadrado Mgico. O Sudoku consiste em preencher uma tabela de 9 linhas
e 9 colunas divididas em 9 regies de 3 linhas e 3 colunas de modo que os algarismos de 1 a 9 apaream uma e somente uma vez em
cada linha, coluna ou regio, sendo que algumas posies j esto preenchidas inicialmente. Discutimos inicialmente algumas dicas para
agilizar o preenchimento da tabela, minimizando o tempo de jogo. Apresentamos tambm uma modelagem matemtica do jogo como um
problema de programao linear binria que pode ser resolvido usando, por exemplo, o software Lingo. Por outro lado, o jogo Quadrado
Mgico consiste em preencher uma tabela de n linhas e n colunas com algarismos de 1 a
2
n
de modo que a soma de cada linha, coluna
e diagonais seja constante. Este jogo tambm foi modelado como um problema de programao linear binria. No entanto, contrariando
nossas expectativas, o tempo computacional gasto pelo software Lingo para resolver um Quadrado Mgico de ordem 5 de quase 3 horas,
contra poucos minutos para resolver um Sudoku de nvel mdio. Diante deste fato estudamos algumas tcnicas de resoluo do Quadrado
Mgico, que so divididas em trs classes. H tcnicas especcas para Quadrado Mgico de ordem mpar, outras quando a ordem par
mltipla de 4 e outras quando a ordem par no mltipla de 4. A partir dessas tcnicas implementamos um algoritmo em Visual Basic, que
resolve com sucesso um Quadrado Mgico de qualquer ordem.
Uma das funes da Matemtica Escolar o desenvolvimento de competncias para resolver problemas cotidianos que as pessoas encontram.
Nas ltimas dcadas, intensicou-se a necessidade de buscar alternativas que possibilitem uma maior compreenso do conhecimento
matemtico, com isso a Educao Matemtica vem buscando formas diferenciadas de ensino, que propiciam aos alunos aulas mais motivadoras.
Dentro desse contexto, est a utilizao de jogos no ensino de Matemtica, onde a utilizao destes propicia um ambiente favorvel para a
construo e reconstruo do conhecimento matemtico, criando um ambiente motivador e desaador. Nessa perspectiva de jogos no ensino
de Matemtica, concentra-se este projeto, que tem como objetivo, avaliar a aprendizagem dos alunos em matemtica, quando da utilizao de
jogos. Para fazer a anlise de como os jogos contribuem na aprendizagem dos alunos em Matemtica, foram desenvolvidas duas atividades,
as quais foram aplicadas com alunos de 5 srie do ensino fundamental, do Colgio Estadual Eleutrio Fernandes Andrade, no municpio
de Quitandinha, regio metropolitana de Curitiba. Estas atividades foram desenvolvidas em duas etapas, na primeira os alunos receberam
um jogo confeccionado pela professora pesquisadora, e na outra, os prprios alunos construram seus jogos. Para avaliar a aprendizagem
dos alunos foram realizados exerccios antes e aps o jogo, no intuito de viabilizar subsdios a respeito do conhecimento matemtico dos
alunos ao realizarem estas atividades. Com a anlise destas atividades, pode-se perceber pelos resultados que o uso dos jogos em sala de aula
um recurso ecaz no processo de ensino-aprendizagem, pois os alunos participam da aula de forma mais ativa e principalmente porque
faz com que os alunos busquem solues para problemas envolvidos no jogo, que por sua vez so problemas relacionados aos contedos
matemticos, o que implica que se pode aprender Matemtica de uma forma divertida.
JOGOS SUDOKU E QUADRADO MGICO
AVALIAO DA APRENDIZAGEM EM MATEMTICA ATRVES DE JOGOS DIDTICOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Karla Cristiane Arsie (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023341
Orientadora: Elizabeth Wegner Karas Co-Orientador: Ademir Alves Ribeiro
Colaboradores: Flavia M. Fernandes, Leonardo M. Elias, Priscila Savulski e Tuanny Brufati
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: modelagem matemtica, Sudoku, Quadrado Mgico.
rea de Conhecimento: Matemtica aplicada 1.01.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Kicia Cristina Kusdra (Programa-Bolsa extenso UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000003
Orientador: Tnia Terezinha Bruns Zimer
Departamento: Matemtica Setor: Educao
Palavras-chave: avaliao da aprendizagem,jogos didticos,ensino de Matemtica.
rea de Conhecimento: 7.08.04.00-1 Ensino e Aprendizagem.
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Em Otimizao, existem vrios mtodos para minimizar funes reais de vrias variveis. Um mtodo clssico o de Cauchy que usa em
cada iterao a direo de mxima descida, ou seja, a direo oposta ao gradiente. Ao longo de cada direo calculamos o comprimento
do passo. Normalmente o comprimento do passo obtido por uma minimizao unidirecional que pode ser exata (tipo Seo urea) ou
inexata (tipo Armijo). Neste trabalho consideramos inicialmente funes quadrticas convexas em
n
R
e tomamos o comprimento do passo
como sendo o inverso de um autovalor da hessiana da quadrtica. Independente da ordem em que sejam escolhidos os autovalores e o ponto
inicial, provamos que o mtodo converge em no mximo n passos. Estendemos este mtodo para funes no quadrticas considerando em
cada iterao os autovalores da aproximao de Taylor de segunda ordem da funo em torno do ponto corrente. Estamos interessados em
analisar as propriedades tericas do mtodo, no entanto temos conscincia de que seu desempenho depende da ecincia em se calcular os
autovalores de uma matriz. Apresentamos resultados numricos comparando o Mtodo de Cauchy com diferentes variantes no clculo do
comprimento do passo, bem como, com outros mtodos de primeira ordem para Otimizao irrestrita.
A compreenso completa da dinmica de um processo de evoluo muito difcil. Mas, para muitos sistemas existe um processo de
simplicao assinttica, e assim o comportamento de uma soluo quando o tempo arbitrariamente grande dado por equaes mais
simples, que permitem uma anlise mais completa e explcita. Neste trabalho se apresentar um exemplo simples e importante no qual
acontece esta simplicao, a Equao do Calor: utt cuxx = 0, com dado inicial u(x,0) = f (x), com x e t 0 , e se descrevero
algumas tcnicas matemticas que ajudam a explorar os seguintes fatos: Anlise de Fourier, Anlise Harmnica e Anlise Funcional
(espaos, desigualdades). A soluo da Equao do Calor pode ser calculada explicitamente como convoluo do dado inicial f (x) com o
ncleo do calor G(x,t) = (4t)
-1/2
exp(-x
2
/4t), isto , u(x,t) = G o f, e ento se observa imediatamente nesta expresso a velocidade innita de
propagao; de fato, todos os valores de f, em qualquer ponto x , intervm na hora de calcular u em qualquer ponto espao-temporal
(x,t). Aqui o objetivo simplicar esta soluo. Se mostrar que a soluo u(x,t) uma combinao linear do ncleo do calor G(x,t) e que os
coecientes so os momentos do dado inicial. Um resultado chave que se usar um Lema de Decomposio, que arma que uma funo
integrvel f (x) uma combinao de Deltas de Dirac, cujos coecientes so os momentos desta f. Se ver que o primeiro termo da soluo
u(x,t) MG, onde M = f (x)dx o primeiro momento. O segundo termo mGx onde m = x f (x)dx o segundo momento do dado inicial.
MTODO DE CAUCHY PARA MINIMIZAO IRRESTRITA
EXPANSO ASSINTTICA DA EQUAO DO CALOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Leonardo Moreto Elias (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023341
Orientadora: Elizabeth Wegner Karas Co-Orientador: Ademir Alves Ribeiro
Colaborador: Flavia M. Fernandes, Karla C. Arsie e Tuanny Brufati
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Otimizao irrestrita, Mtodo de Cauchy, Funes quadrticas.
rea de Conhecimento: Matemtica aplicada 1.01.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Lucas de Siqueira (PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Raul Prado Raya
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: assinttico, calor, inicial.
rea de Conhecimento: Matemtica Aplicada - 1.01.04.00-3
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Estudamos aqui a estabilidade e estabilidade assinttica dos estados de equilbrio de algumas Equaes Diferenciais Ordinrias. Um dos
mtodos a ser usado ser a introduo de funes apropriadas chamadas de funes de Lyapunov, as quais possuem caractersticas que
determinam o comportamento assinttico das solues de Equaes Diferenciais. Dado um estado de equilbrio estvel nem sempre podemos
associar uma funo de Lyapunov, e nem existe procedimento padro para determinar tais funes, porm veremos que para algumas Equaes
Diferenciais possvel gerar essas funes. Sendo assim, estudaremos alguns problemas de aplicaes, como por exemplo crescimento de
algumas populaes modelada por Equaes Diferenciais que admitem funes de Lyapunov.
Calcular zeros de polinmios um assunto de vasta aplicabilidade nas cincias exatas, mas que de difcil soluo para polinmios de
grau muito grande, o que torna o estudo de mtodos numricos para a obteno de zeros um importante problema a ser atacado. Um outro
assunto que se estuda h muito tempo e a sua relao com o problema de calcular os autovalores de uma matriz. Contudo, dependendo dos
mtodos utilizados para se obter os zeros de um polinmio pode aparecer um outro problema pertinente que e o da deao do polinmio,
que um passo a ser embutido no algoritmo e que pode causar efeitos na estabilidade das solues, e tambm no desempenho do algoritmo.
O objetivo deste trabalho exibir a relao do clculo de razes de polin6omios com o clculo de autovalores de uma matriz, e algoritmos
para encontrar razes de polinmios, bem como para a deao polinomial. Comeamos mostrando como o problema de clculo de
autovalores de uma matriz de estrutura especial equivalente ao de encontrar razes de um polinmio, em seguida exibimos o mtodo de
Bairstow para o calculo de razes de polinmios, bem como a relao de uma generalizao do mesmo com o clculo de autovalores de uma
matriz tridiagonal, e por m exibimos o problema da deao polinomial que necessrio em algoritmos como o do mtodo de Bairstow,
e conclumos que tratando o problema da deao de uma forma no usual, que deacionar o polinmio considerando a multiplicidade
das razes encontradas em cada passo do algoritmo, pode vir a inuenciar o desempenho do mesmo.
ESTABILIDADE DE ALGUMAS EDO'S
TOPICOS EM DEFLAO E ZEROS DE POLINMIOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Michely Castro dos Santos (Programa-PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Higidio Portillo Oquendo
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Equaes Diferencias Ordinrias, estabilidade
rea de Conhecimento: 1.01.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Oliver Kolossoski (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013076
Orientador: Luiz Carlos Matioli
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: polinmios, defao, autovalores
rea de Conhecimento: 1.01.04.00-3
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O objetivo deste trabalho automatizar e otimizar a distribuio de encargos didticos em instituies de ensino. Um modelo
matemtico bsico de programao linear binria proposto para designao de professores s diversas turmas em instituies de ensino
em que os horrios das turmas so preestabelecidos, como o caso do Departamento de Matemtica da Universidade Federal do Paran -
UFPR. possvel adaptar o modelo proposto para outros departamentos e instituies.
O armazenamento das informaes para alimentar o modelo foi feito de forma computacional. As informaes dos horrios das
turmas vm do prprio sistema de abertura de turmas pela UFPR. Alm disso, foi desenvolvido um sistema que disponibiliza os horrios
das turmas e possibilita aos professores preencher um formulrio on line com suas preferncias de turmas. No entanto pode ser que algumas
turmas no sejam escolhidas por nenhum professor. Embora ningum tenha interesse em assumir uma determinada turma, ela precisa ser
ofertada e consequentemente, atribuda a algum professor.
Para contornar essa situao, proposta uma variante do modelo bsico que resolve o problema em duas fases. Na primeira,
procura-se minimizar o nmero de turmas atribudas a professores que no tinham preferncia por elas. Na segunda fase, xa-se esse nmero
e maximiza-se a satisfao geral dos professores.
Cabe ressaltar que em cada instituio existem, normalmente, disciplinas do ciclo bsico que podem ser ministradas por qualquer
professor e disciplinas do ciclo especco que devem ser ministradas por especialistas da rea. Turmas correspondentes a disciplinas do
ciclo especco devem ser atribudas a professores que se sintam confortveis em ministr-las e portanto as tenham colocado entre suas
preferncias. O modelo permite obrigar que uma turma do ciclo especco seja atribuda a algum professor que tenha interesse em ministr-
la. Para facilitar a comparao dos resultados dene-se um ndice mdio de satisfao.
O modelo sugerido neste trabalho foi aplicado, com auxlio do software Lingo, na distribuio dos encargos didticos do primeiro
semestre de 2010 do Departamento de Matemtica da UFPR, onde foram distribudas 103 turmas de graduao para 44 professores.
Em Teoria de Grupos, um importante teorema o Teorema de Lagrange que arma que a ordem de todo subgrupo H, de um grupo nito
G, divide a ordem de G. Uma pergunta natural se a recproca verdadeira. Ou seja, se d divide n, onde n a ordem de G, existe algum
subgrupo H de G de ordem d? O Teorema de Cauchy fornece uma primeira resposta positiva: se um primo p divide n ento existe um
subgrupo de G de ordem p. Generalizando esse resultado, o Primeiro Teorema de Sylow mostra que se p divide n, ento existem subgrupos
de ordem p
k
para toda potncia de p que divide n; em particular, se p
m
a maior potncia de p que divide n, existe pelo menos um subgrupo
de G de ordem p
m
. Estes subgrupos so chamados de p-subgrupos maximais, ou simplesmente p-Sylows. O Segundo e Terceiro Teoremas
de Sylow armam que todos os p-Sylows so conjugados e que a quantidade destes subgrupos congruente a 1 mdulo p, respectivamente.
As demonstraes dos Teoremas de Sylow ensinam como construir estes subgrupos e, usando este mtodo, foram analisados os grupos
de permutaes de 4 e 6 smbolos. Na construo dos p-Sylows foi utilizado o software algbrico GAP. O estudo de subgrupos de Sylow
est naturalmente relacionado ao problema da extenso de grupos. Generalizando o produto direto de grupos, um grupo E chamado
de extenso do grupo H pelo grupo G se existe uma sequncia de homomorsmos G E H onde o primeiro homomorsmo G
E injetor, o segundo E H sobrejetor, e a imagem do primeiro igual ao ncleo do segundo. Se E = G H, por exemplo, existe tal
sequncia: o homomorsmo G G H leva g em (g,e) e o homomorsmo G H H a projeo em H. Denindo uma noo natural
de equivalncia entre extenses para o caso em que G abeliano, mostra-se que h uma classe de extenses muito prximas s do produto
direto, que do origem aos produtos semidiretos. Foi estudada a construo de grupos especcos por meio do produto semidireto e, como
aplicao, utilizou-se os teoremas de Sylow para classicar os grupos nitos de algumas ordens determinadas.
APLICAO DE PROGRAMAO INTEIRA NA DISTRIBUIO DE ENCARGOS DIDTICOS EM
INSTITUIES DE ENSINO
TEOREMAS DE SYLOW E EXTENSES DE GRUPOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Priscila Savulski Ferreira (UFPR_TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023341
Orientador: Prof. Dr. Elizabeth Wegner Karas Co-Orientador: Prof. Dr. Arinei Lindbeck da Silva
Colaborador: Prof. Dr. Ademir Alves Ribeiro
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Distribuio de Encargos Didticos, Modelagem Matemtica, Programao Linear Inteira
rea de Conhecimento: 1.01.04.00-3 Matemtica Aplicada
Aluno de Iniciao Cientfca: Thais Mayumi Batista Makuta (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022573
Orientador: Marcelo Muniz Silva Alves
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: subgrupos de Sylow, extenses de grupos, produto semidireto.
rea de Conhecimento: 1.01.01.00-4
0143
0144
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Na natureza existem formas determinadas pela irregularidade e fragmentao. Exemplo disto so as nuvens, os ramos das rvores, os alvolos
pulmonares, entre outros. Estes objetos so difceis de serem descritos atravs da geometria clssica devido a sua grande complexidade.
A Geometria Fractal tenta descrever fenmenos e formas irregulares existentes na natureza. Esta nova geometria uma linguagem
muito verstil que nos ajuda a lidar com estes fenmenos caticos e imprevisveis. O objetivo do trabalho estudar os objetos fractais.
Estudamos as principais caractersticas destes objetos: autossimilaridade e invarincia sob variaes de escala, dimenso e complexidade
innita. Tambm estudamos as invarincias destes objetos por transformaes geomtricas simples. Abordamos os processos de construo
de fractais clssicos como a poeira de Cantor, o Tapete de Sierpinski, etc. Posteriormente introduzimos sistemas dinmicos discretos reais
e complexos. Apresentamos sua conexo com os objetos fractais atravs do estudo das rbitas instveis destes sistemas. A anlise destas
estruturas muito til na obteno de informaes sobre o comportamento futuro do sistema. Finalmente usando um processo iterativo
geramos os conjuntos de Mandelbrot e Julia.
Discutimos neste trabalho o Mtodo de Gradientes Conjugados para minimizar uma funo real de vrias variveis. O principal objetivo
obter uma convergncia mais rpida que o mtodo de Cauchy e reduzir o custo computacional com relao ao Mtodo de Newton, por
no fazer uso de derivadas segundas. A fundamentao terica do mtodo reside no estudo das propriedades de direes conjugadas, a
partir das quais se faz uma busca linear. Recamos, assim, em cada iterao do mtodo em um problema de minimizao unidirecional que
pode ser resolvido, por exemplo, pelo Mtodo de Seo urea ou Armijo. Cabe ressaltar que propriedades de convergncia do mtodo
de Gradientes Conjugados dependem da eccia da busca unidirecional. Provamos que o mtodo dos Gradientes Conjugados minimiza
uma funo quadrtica convexa denida no
n
R em no mximo n passos a partir de qualquer ponto inicial. Estudamos algumas variantes
do mtodo para minimizar funes no quadrticas. Apresentamos resultados numricos comparando diferentes variantes do mtodo de
Gradientes Conjugados com outros mtodos de minimizao irrestrita.
INTRODUO AOS FRACTAIS E SUA GEOMETRIA
MTODO DE GRADIENTES CONJUGADOS PARA OTIMIZAO IRRESTRITA
Aluno de Iniciao Cientfca: Thamara Petroli (PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Ana Gabriela Martnez
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Geometria Fractal, Sistemas Dinmicos, Processo Iterativo.
rea de Conhecimento: Matemtica Aplicada
Aluno de Iniciao Cientfca: Tuanny Elyz Brandeleiro Brufati (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023341
Orientador: Elizabeth Wegner Karas
Co-Orientador: Ademir Alves Ribeiro
Colaboradores: Flavia M. Fernandes, Karla C. Arsie, Leonardo M. Elias,
Departamento: Matemtica Setor: Exatas
Palavras-chave: Otimizao, Gradientes Conjugados, Algoritmos.
rea de Conhecimento: Matemtica aplicada-1.01.04.00-3
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Em problemas de aproximao um vetor erro sempre produzido; procuramos ento uma soluo de tal modo que a norma desse vetor
seja mnima. Dentre estes problemas, destaca-se o da aproximao de funes por outras funes. Nessas situaes utilizamos, por razes
prticas, o erro quadrtico mdio, calculado pela integral do quadrado da diferena das funes no intervalo. Na resoluo de problemas de
aproximao, fazemos uso da chamada projeo ortogonal de um vetor em um espao normado com produto interno; tal projeo sempre
a melhor aproximao do vetor no espao. Em particular, podemos projetar funes contnuas no espao dos polinmios trigonomtricos, a
saber, os polinmios que so uma soma nita de senos e cossenos. Baseando-nos nesta abordagem, podemos estudar um modelo para audio
humana, o qual ser tratado neste trabalho. Motivados por este modelo e por alguns experimentos numricos, observamos que quanto mais
parcelas se tem nesta soma, melhor a aproximao obtida. Assim sendo, desejamos estudar as condies que nos garantem esta convergncia.
No Brasil, plantaes de pinus ocupam uma rea de 1.840.050 hectares, 57,6% desta rea nos Estados do Sul. As espcies mais plantadas
na regio Sul so P. taeda e P. elliottii, as quais so atacadas por pragas, principalmente, a vespa-da-madeira (Sirex noctilio), pulges do
gnero Cinara e mais recentemente o gorgulho-do-pinus, Pissodes castaneus (De Geer, 1775) (Coleoptera, Curculionidae). Os danos
produzidos por P. castaneus podem ser de dois tipos, o primeiro corresponde ao dano provocado pelo adulto ao alimentar-se das gemas e
ramos jovens; o segundo e principal dano ocasionado pelas larvas em seu processo de alimentao, construindo galerias e anelando ramos
e troncos em rvores jovens e adultas. Face importncia que P. castaneus vem adquirindo em reorestamentos de pinus faz-se necessrio
desenvolver um Programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP), no intuito de criar mecanismos principalmente para o monitoramento e
controle populacional situao em que a identicao e emprego de semioqumicos merece destaque. Estudos mostraram que as plantas
podem responder tanto para alimentao quanto oviposio dos insetos herbvoros. Respostas indiretas para a alimentao resultam na
emisso de volteis (sinomnios) que atraem inimigos naturais dos insetos. No entanto, alguns compostos induzidos por ataques de insetos
podem agir como cairomnios, e ter efeito sinergstico com feromnios exalados pelos insetos. Quando atacadas por P. castaneus, as
rvores de P. taeda passam a produzir e -Pineno em quantidades maiores, assim como h a interrupo da produo de -Felandreno e
Germacreno D. As rvores atacadas produzem tambm 8 compostos diferentes dos produzidos pelas sadias.
UM MODELO DE QUADRADOS MNIMOS PARA A AUDIO HUMANA E SRIES DE FOURIER
IDENTIFICAO, SNTESE E APLICAO DE INFOQUMICOS PARA O CONTROLE DO
GORGULHO DA CASCA DO PINUS Pissodes castaneus (DE GEER, 1775) (COLEOPTERA:
CURCULIONIDAE)
Aluno de Iniciao Cientfca: Willian Ribeiro Valencia da Silva (PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Lucelina Batista dos Santos
Co-Orientador: Aldemir Jos da Silva Pinto
Departamento: Matemtica Setor: Exatas
Palavras-chave: problemas de aproximao, sries de Fourier.
rea de Conhecimento: Matemtica Aplicada - 1.01.04.00-3
Aluna de Iniciao Cientfca: Aline Krainski Dallabona (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007906
Orientador: Francisco de Assis Marques
Colaboradora: Beatriz Helena L. N. Sales Maia (PQ)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Pissodes castaneus, infoqumicos, controle alternativo.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7
0147
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A escolha das nanopartculas de nquel (NiNPs) para a modicao de eletrodos vem de encontro com tendncias observadas no uso
de eletrodos metlicos como sensores eletroqumicos para a determinao de diversos compostos, devido a formao de Ni(III), espcie
altamente reativa. Tais vantagens justicam a investigao do comportamento eletroqumico de nanopartculas de nquel visando vericar sua
potencialidade na construo de sensores voltamtricos para a determinao de espcies de interesse farmacutico e ambiental. Os eletrodos
de pasta de carbono (EPC), foram modicados com NiNPs, previamente sintetizadas pelo mtodo poliol, utilizando polivinilpirrolidona
(PVP) como agente passivante, gerando nanopartculas de dimetro mdio de 3,8 nm. Em uma outra etapa, parte das nanopartculas foram
submetidas a pirlise gerando NPs no envolvidas em PVP. A presena do polmero ao redor das NPs afeta o perl voltamtrico do eletrodo,
uma vez que cam menos expostas para a formao da espcie cataltica. Outro fator importante
para a formao de Ni(III) na superfcie do eletrodo a inuencia do pH da soluo. Dados da
literatura sugerem que o meio deve ser fortemente alcalino para que haja formao das espcies
catalticas. A Figura 1 mostra o perl voltamtrico do eletrodo modicado no qual o processo redox
atribudo formao e reduo do oxido de nquel, aps sucessivas ciclagens. A magnitude do
sinal para este tipo de eletrodo signicativamente maior se comparado a um eletrodo de mesma
rea geomtrica, devido a maior rea supercial em funo do uso das NPs.
Nosso grupo tem desenvolvido mtodos para produzir condicionadores orgnicos de solos potenciais seqestradores de carbono anlogos
as chamadas Terras Pretas de ndios da Amaznia a partir de diferentes tipos de biomassa. A metododologia utilizada para se produzir estes
condicionadores de solos o aquecimento de biomassa sob condies decientes de ar (pirlise). Pode-se usar como matrias primas vrios
resduos slidos orgnicos, como farelo de mamona, serragem de pinus e de eucalipto. Aps a pirlise a temperaturas relativamente baixas,
de 300-600 C, as propriedades qumicas do carbono da biomassa mudam para formar estruturas que so mais resistentes e mais adequadas
para o seqestro de carbono e fertilizao do solo. Neste trabalho comparou-se a formao de condicionadores orgnicos a partir da pirlise
de farelo de mamona, serragem de pinus e de eucalipto. Fez-se os aquecimentos a velocidades de 5 e 10 C min
-1
, com patamar de 300 C e
tempo de permanncia de 30 e 60 min. Os produtos formados foram caracterizados por espectroscopia DRUV-VIS. Para melhor resoluo
os espectros em reetncia foram convertidos para o modo de segunda derivada da funo de remisso de Kubelka-Munk.Os resultados
mostraram que a serragem de eucalipto e pinus so semelhantes com absoro em 215 nm, enquanto a absoro para o farelo de mamona
aparece em 230 nm. Estas bandas de absoro, e outras entre 200 e 300 nm, podem ser atribudas transies eletrnicas na estrutura
do benzeno substitudo, existentes na lignina. Aps a pirlise o biocarvo obtido a partir da serragem de eucalipto e farelo de mamona
apresentou espectros DRUV-VIS semelhantes, diferentes do obtido a partir de serragem de pinus. Para outros parmetros de pirlise, os
resultados tambm apresentam o biocarvo do eucalipto semelhante ao de farelo de mamona, diferentes do obtido a partir da serragem
de pinus. Concluiu-se que o DRUV-Vis, juntamente com ferramentas matemticas, como a modalidade de segunda derivada da funo
Kubelka-Munk pode representar uma boa alternativa mais barata na anlise da biomassa original e biocarvo obtidos.
CONSTRUO E AVALIAO DE SENSORES VOLTAMTRICOS A BASE DE CARBONO
MODIFICADOS COM NANOPARTCULAS DE NQUEL
BIOCARVO QUE SEQUESTRA CARBONO NO SOLO E COMPLEXA ONS METLICOS
NUTRIENTES DE PLANTAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Ambile de Christo Muller (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 209023398
Orientador: Luiz Humberto Marcolino Junior Co-Orientador: Aldo Jos Gorgatti Zarbin, Marcio Fernando Bergamini
Colaborador: Eduardo Cividini Neiva (Mestrando / CNPq)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Nanopartculas, Nquel, Eletrodo de pasta de carbono.
rea de Conhecimento: 1.06.04.00 6 Qumica Analtica
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Paula Mangoni (CNPq - Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 0089002133
Orientador: Antonio Salvio Mangrich
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: biocarvo, pirlise, espectroscopia.
rea de Conhecimento: 1.06.02.00-3 Qumica Inorgnica
0149
0150
Figura 1: Voltamogramas obtidos para EPC modificados com
NPs de nquel em diferentes valores de pH (Eletrlito suporte:
NaOH 1 mol L
-1
, NaOH 0,1 mol L
-1
e NaOH 0,01 mol L
-1
, respectivamente).
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Compostos contendo monxido de nitrognio (NO), vem sendo cada vez mais estudados por apresentarem um papel importante na regulao
de processos siolgicos com atividade citotxica, tratando-se de clulas tumorgenas. Compostos de rutnio normalmente possuem poucos
problemas relacionados toxicidade de medicamentos baseados em metais, como comprovou-se em alguns estudos clnicos feitos com estes
complexos coordenados a NO. Esta pesquisa, portanto, pautada no estudo de complexos nitrosilos de rutnio contendo ligantes fosnicos,
visando o estudo da caracterizao e sntese em funo de vrios ligantes. A reao para a obteno de dois destes compostos envolve
RuCl
3
(NO) e dpma (anidrido 2,3-bis(difenilfosno)maleico). A sntese feita sob reuxo, em metanol, por 3 horas e os compostos desejados
precipitaram ao decorrer da reao. Dois ismeros possveis so obtidos, meridional e facial, o que pode ser comprovado pelo RMN de
31
P e comparao bibliogrca de compostos similares, em que o valor de
2
J(PP) 4,6Hz. Abaixo so demonstrados espectros de RMN de
31
P. O produto formado era muito pouco solvel em clorofrmio e diclorometano e portanto o espectro no obteve uma resoluo melhor.
Estudos para otimizao das condies e das propriedades destes compostos, bem como sntese de novos derivados esto em andamento.
A modicao de eletrodos com nanopartculas metlicas (NPs) tm se mostrado interessante para construo de novos sensores, devido ao
ganho de sensibilidade e seletividade. Neste trabalho foi estudado o comportamento voltamtrico de nanopartculas de platina, de tamanho
mdio 2,4 0,5 nm passivadas por dodecanotiol, e comparao do seu perl voltamtrico com eletrodo de platina slido bulk. Os eletrodos
impressos (EI) foram modicados com nanopartculas de platina, previamente sintetizadas pelo mtodo bifsico, que foram adicionadas ao
EI, um arranjo de eletrodos de trabalho e auxiliar de grate e prata como pseudo-referncia. Aps a evaporao do solvente, os EIs foram
submetidos voltametria cclica para a comprovao da modicao qumica do eletrodo. A anlise do EI modicado indica um perl
voltamtrico que se assemelha ao encontrado no slido bulk, no qual os processos redox so atribudos
formao e reduo do xido de platina, gerado em meio fortemente cido aps sucessivas ciclagens.
O estudo do comportamento voltamtrico das nanoparticulas de platina mostrou-se semelhante ao
descrito na literatura para macroeletrodos, mas as condies de trabalho, mais brandas, so vantajosas
para o desenvolvimento de sensores eletroqumicos. Os processos redox no eletrodo modicado so
reprodutveis na faixa de pH 1 a 5. A partir dos resultados obtidos at o momento pode-se dizer que a
modicao qumica do EI um procedimento promissor para o desenvolvimento e aplicao deste
sensor na determinao de espcies de interesse farmacutico e ambiental.
SNTESE E CARACTERIZAO DE NOVOS COMPLEXOS DE RUTNIO (II) CONTENDO O LIGANTE
ANIDRIDO 2,3-BIS(DIFENILFOSFINO)MALEICO
CARACTERIZAO ELETROQUIMICA DE ELETRODOS IMPRESSOS MODIFICADOS COM
NANOPARTICULAS DE PLATINA
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Paula Segantin Gaspari (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016592
Orientador: Prof. Dr. Mrcio Peres de Araujo
Colaboradores: Juliana Paula da Silva (MESTRANDA/CAPES) e Francisco Dinis Fagundes (DOUTORANDO)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: rutnio, nitrosilos, fosfna
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Ava Gevaerd
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023398
Orientador: Luiz Humberto Marcolino Jr.
Co-Orientador: Mrcio F. Bergamini, Aldo J. G. Zarbin
Colaborador: Fabio Roberto Caetano (Mestrando/CNPq)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Nanopartculas, eletrodos impressos, sensores voltamtricos.
rea de Conhecimento: Qumica Analtica 1.06.04.00-6
0151
0152
Figura: a) Espectro do produto formado, e b) regio dos dubletos ampliada.
a) b)
Figura 1:Voltamograma cclico obtido para Pt-NPs com
tempo de reduo de 90 s, adio de 1L de soluo de Pt-
NPs. Eletrlito: Soluo de cido actico pH 3,0; Velocidade
de varredura (v): 50 mV s
-1
.
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Guatteriopsis friesiana WA Rodrigues uma pequena rvore pertencente famlia Annonaceae, encontrada na Floresta Amaznica e
utilizada na medicina popular, porm, h poucos relatos sobre o gnero Guatteriopsis. Inicialmente, as cascas de G. friesiana foram
trituradas e extradas a frio com hexano e MeOH. Em seguida, o extrato metanlico foi submetido a uma extrao cida obtendo-se a
frao cida e a frao neutra. A frao cida foi basicada e extrada com CHCl
3
, sendo chamada de frao alcalodica. A frao neutra
foi submetida a uma coluna cromatogrca utilizando como fase mvel ter de petrleo 100%, aumentando a polaridade com acetona at
100% desta, e sucessivamente at metanol 100%. A partir da coluna, as fraes coletadas foram agrupadas conforme anlise atravs de
CCD, fornecendo 9 subfraes que foram estudadas para se obter o
melhor mtodo de puricao. A F
52
foi puricada por Cromatograa
em Camada Delgada Acelerada Radialmente (Cromatotron), porm o
mtodo no foi eciente. A F
16
foi puricada por Cromatograa em
Camada Delgada Preparativa (CCDP), obtendo-se 4 substncias. At o
momento, a puricao das fraes F
16-2
e F
16-5
forneceu os compostos
puros, 1 e 2, respectivamente. A frao F
16-4
uma mistura de trs
substncias identicadas como 2, 3 e 4. Os compostos 1 e 3 j foram
isolados do extrato metanlico, frao alcalodica das cascas de G.
friesiana. J os compostos 2 e 4 so inditos como produto natural.
Todas as substncias isoladas foram identicadas atravs dos dados
de RMN
1
H e
13
C 1D e 2D.
Corantes txteis so compostos de difcil degradao, o que faz com que a sua presena seja constante em euentes oriundos de estaes
de tratamento fundamentadas em processos convencionais. Desta forma, a procura por novas alternativas de tratamento se mostra bastante
importante, principalmente para minimizar o impacto ambiental associado a sua presena. Dentre as novas tecnologias orientadas ao
tratamento de resduos resistentes, destaque pode ser dado aos Processos Oxidativos Avanados (POAs), os quais usualmente permitem
a completa mineralizao de substratos recalcitrantes em reduzidos tempos de reao. O principal objetivo deste trabalho consistiu na
construo de um reator fotoqumico operado no modo contnuo e na avaliao do seu desempenho em relao degradao de solues
aquosas de corantes txteis por processos foto-Fenton. O reator consistiu de um Coletor Parablico Composto (CPC), sistema que permite
o aproveitamento da radiao solar direta e difusa. Os estudos de degradao foram realizados em dias ensolarados (uncia de radiao
mdia de 1,2 mW cm
-2
), utilizando-se 10 L de soluo aquosa do corante antraquinona azul reativo 19 (20 mg L
-1
) e sulfato ferroso (FeSO
4
.
7H
2
O) e perxido de hidrognio (H
2
O
2
) em concentraes de 15 e 150 mg L
-1
, respectivamente, condies estas previamente otimizadas
por sistema de planejamento fatorial de experimentos. Nestas condies, a estrutura do grupo cromforo foi rapidamente degradada, o que
permitiu descoloraes da ordem de 80% em 5 min de reao. Para vericar o grau de mineralizao que o sistema permite, estudos de
monitoramento de carbono orgnico dissolvido (COD) esto sendo realizados no momento.
ESTUDO FITOQUMICO DE ESPCIES DE GUATTERIOPSIS E LONCHOCARPUS
CONSTRUO E OTIMIZAO DE REATOR CONTNUO PARA O TRATAMENTO DE GUAS
CONTAMINADAS POR POLUENTES PRIORITRIOS (CORANTES), POR PROCESSOS FENTON
ASSISTIDOS POR RADIAO SOLAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Barbara Sanay Inoue (voluntria; FA Ao Afrmativa)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007912
Orientador: Beatriz Helena Lameiro de Noronha Sales Maia
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Annonaceae, Guatteriopsis, alcalides.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7 Qumica Orgnica
Aluno de Iniciao Cientfca: Belisa Alcntara Marinho (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1998005230
Orientador: Patrcio Guillermo Peralta Zamora
Colaborador: Marcus Vinicius de Liz (DOUTORANDO)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Corantes Txteis, Degradao, Processos Fenton, Radiao Solar.
rea de Conhecimento: 1.06.04.00-6
0153
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A goma de accia, tambm conhecida como goma arbica, industrialmente empregada na produo de cosmticos e de alimentos como
espessante, texturizante, estabilizante e modicadora de reologia. O Brasil importou cerca de 5 mil toneladas de goma de accia no perodo
de 2003 a 2007, representando um gasto em torno de 20 milhes de dlares. A accia-negra (Acacia mearnsii De Wild), que plantada
no Brasil para ns comerciais visando a obteno de carvo vegetal e extrao de tanino no sul do pas, produz um exudato gomoso, alvo
de estudo deste trabalho. Quimicamente, as gomas de accia so constitudas de polissacardeos ramicados que apresentaram rhamnose,
arabinose, galactose e cido urnico como constituintes monossacardicos. Foi realizada a extrao dos polissacardeos presentes na goma
da accia-negra segundo metodologia descrita por Simas-Tosin et al, que consiste em trs extraes aquosas sequenciais: a 25 C, a 60 C
e alcalina a 25 C (KOH 1% p/v, 25 C), resultando nas fraes GNF, GNQ, GNA respectivamente. As fraes foram submetidas a ensaios
calorimtricos (DSC), reolgicos e cromatogrcos (GPC) para a determinao de suas propriedades sico-qumicas. Todas as anlises foram
repetidas com uma goma de accia disponvel comercialmente (GAC) para comparao dos resultados. As temperaturas de transio vtrea
se mostraram bem prximas para GNF (48,3C) e GAC (49,8C). Em temperaturas elevadas ambas as amostras apresentaram um evento
endotrmico intenso a 177,8C e 148,8C, respectivamente, sendo resultado da perda de gua e fuso de cristalitos, mostrando uma diferena
entre a cristalinidade de GAC e GNF. As amostras GAC, GNF e GNA apresentaram viscosidade aparentes semelhantes, com comportamento
Newtoniano frente a tenses de cisalhamentos elevadas, enquanto que GNQ apresentou viscosidade aparente signicativamente maior.
Este comportamento pode ser atribudo a maior massa molecular das cadeia polimricas desta frao e/ou a seu maior grau de ramicao,
que contribuem para a viscosidade aumentada. Podemos concluir que, com isolamento adequado, novas aplicaes podem ser encontradas
para as gomas em estudo. Portanto, nossos resultados sustentam as possibilidades de melhorar a explorao dos produtos e co-produtos
da A. mearnsii, agregando valor cadeia de plantao da acacia-negra no Brasil, prospectando a reduo da necessidade de importao de
goma arbica. Suporte Financeiro: CNPq Edital 062/2008 Processo 577232/2008-8
Diversos sistemas biolgicos apresentam em sua estrutura mangans e cobalto, os quais so vitais para o desenvolvimento enzimtico de
organismos vegetais e animais. A compreenso destes sistemas bioinorgnicos, de suas aplicaes e funes, tem sido alvo de diversos
estudos, os quais tm por nalidade no apenas a elucidao dos mesmos, como tambm o desenvolvimento de compostos biomimticos de
interesse industrial, em especial na produo de catalisadores. No presente trabalho, foram sintetizados compostos de Mn
II
com os ligantes
N, O doadores Htpeten (MnL1), H
2
bbpeten (MnL2) e H
3
bpeten (MnL3) e compostos de Co
II
com os ligantes Htpeten (CoL1) e com o
H
2
bbpeten (CoL2). Os complexos foram caracterizados por IV, EPR, UV-VIS, CHN e condutividade, os quais foram apresentados no 17
Evinci. As caracterizaes dos compostos indicaram a formao de estruturas mononucleares [M(L)S]
n+
(S = solvente), exceto para MnL2,
o qual apresentou uma estrutura binuclear de valncia mista Mn
II
Mn
III
. A m de complementar a caracterizao destas estruturas foram
estudados o comportamento eletroqumico dos complexos atravs de voltametria cclica. Observaram-se os potenciais para MnL1 (E
1
=
1,4V; E
2
= 1,7V e E
3
= -1,1V) e MnL3 (E
1
= 1,0V; E
2
= 1,4V e E
3
= -0,93V) ambos atribudos aos processos de oxidao Mn
II
Mn
III
Mn
VI
e de reduo provavelmente dos ligantes. Realizaram-se, ainda, estudos de EPR com os complexos CoL1 e CoL2, os quais indicaram
sinais em aproximadamente g = 2,03 indicando a formao de radicais. A m de se compreender a origem do radical fez-se um estudo do
acompanhamento das snteses, as quais evidenciaram a presena do radical em baixa intensidade. Fez-se, ainda, a anlise de EPR para o
sal de partida Co(Ac)
2
e para os ligantes, os quais no indicaram a presena de radical. Para os complexos MnL1 e MnL3 foram realizados
estudos catalticos frente oxidao da orto-dianisidina. As reaes foram acompanhadas durante 1h por UV-Vis, em diferentes propores
molares catalisador: H
2
O
2
: substrato, pelo aumento da banda em 460 nm caracterstica dos produtos de oxidao da orto-dianisidina. Para
cada reao foram determinadas as velocidades iniciais e a taxa de converso de substrato a produto. Embora apresentem baixos rendimentos,
os complexos apresentaram atividade cataltica e indicaram que o aumento da concentrao de oxidante eleva os rendimentos de converso
e de velocidade. Para MnL1 observou-se a oxidao na ausncia de oxidante inferindo-se que o oxignio esteja atuando como oxidante.
CARACTERIZAO FSICO-QUMICA DE POLISSACARDEOS DE GOMA DE Acacia mearnsii DE WILD
EXTRADA DE RVORES BRASILEIRAS
SNTESE, CARACTERIZAO E ESTUDO DA REATIVIDADE DE COMPLEXOS DE MANGANS E
COBALTO
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruno Campos da Silva (CNPq- ITI)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023990
Orientador: Izabel Cristina Riegel Co-Orientador: Fernanda Fogagnoli Simas-Tosin
Colaboradores: Philip A. J. Gorin e Cinthia F. Wendel
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas - ET
Palavras-chave: goma, accia, reologia.
rea de Conhecimento: 2.08.01.00-9- Qumica de Macromolculas
Aluna de Iniciao Cientfca: Camila Anchau Wegermann (CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023640
Orientadora: Profa Dra Sueli Maria Drechsel
Colaboradoras: Dra Stela Maris de Moraes Romanowski, Dr. Ronny da Rocha Ribeiro
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: mangans, cobalto, catlise, EPR, voltametria cclica.
rea de Conhecimento: 1.06.02.00-3 Qumica Inorgnica
0155
0156
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A hansenase uma doena infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, e descrito o uso etnofarmacolgico de Solunum caavurana
vell no combate dessa doena. Os alcalides esteroidais, principais metablitos secundrios desse gnero, sejam os responsveis pela
atividade. O objetivo proposto estudar os frutos de Solanum caavurana, isolando e identicando os alcalides esteroidais e testes contra
a hansenase. Os frutos maduros de S. caavurana foram coletados, secos e extrados a frio com ter de petrleo (EEP) e metanol (EM).
Em seguida, atravs de anlises por CCD e revelao com dragendorf, observou a presena de alcalides no EM. Testes foram realizados
para obteno de melhor rendimento desses compostos. Duas variveis foram consideradas: 1. solubilizao ou no do extrato com CHCl
3
antes da adio do cido e 2. dois cidos foram testados (HCl 3% e HAc 10%). O EM foi submetido a extrao cida obtendo-se a frao
cida e a frao neutra. A frao cida foi basicada com NH
4
OH at pH 11-12 e extrada com CHCl
3
, resultando na frao alcalodica.
Os rendimentos dos testes esto descritos na tabela abaixo, observando que o melhor rendimento foi obtido utilizando o cido actico,
independente de solubilizar o extrato antes ou depois da adio do cido. A frao neutra foi puricada por cromatograa em coluna ash,
eluda com CH
2
Cl
2
, aumentando a polaridade com MeOH at 100%, obtendo 97 fraes, as quais aps anlise por CCD, foram agrupadas
em 16 sub-fraes. Dessas fraes, duas revelaram para alcalides e esto em processo de puricao.
As xiloglucanas (XGs), nos vegetais, so polissacardeos com funo estrutural e de reserva. Como hidrocolides podem produzir solues
viscosas, despertando interesse na indstria alimentcia e farmacutica. Comercialmente, a XG explorada proveniente de sementes de
Tamarindus indica (Tamarindo, XGT); entretanto, na UFPR, pesquisas mostram que outras espcies podem se tornar fontes promissoras do
polissacardeo. O presente trabalho teve por objetivo a caracterizao tensiomtrica comparativa de solues de XGT com as de sementes
da espcie nativa Guibourtia hymenifolia (Jatob mirin, XGJ). Atravs de anlises em tensimetro DATAPHYSICS OCA 15+ amostras
foram analisadas por tcnica de ngulo de contato (AC), com solues preparadas em cloreto de sdio (0,15 M) a 3 g.L
-1
, utilizando como
suporte a membrana de celulose bacteriana (CB). Os valores de AC foram medidos durante o perodo de uma hora, a m de se analisar
o grau de molhabilidade da pelcula e avaliar a interao entre as diferentes solues de XG e a CB. Os resultados mostraram alto grau
de molhabilidade (adsoro) das solues sobre o substrato, com grcos praticamente lineares para o comportamento do AC em funo
do tempo. E no mostraram diferena signicativa, tendo o AC variado de 38,9 a 0. Porm, anlises de tenso supercial (ST), em
concentraes entre 0,1 a 20 g.L
-1
, mostraram a partir de grcos construdos pela relao ST x C diferentes comportamentos, para as duas
amostras. Foi possvel avaliar a concentrao crtica (C
*)
e a concentrao de agregao crtica (CAC) onde, para a XGT, obtiveram-se os
valores a 2,7 e 7,4 g.L
-1
e, para a XGJ, de 4,5 e 16,7 g.L
-1
, respectivamente. Esses resultados mostraram a maior facilidade que a soluo
de XGT possui de promover a formao de agregados macromoleculares em comparao com a XGJ.
Apoio: CNPq e UFPR
ESTUDO FITOQUMICO DE ESPCIES DE SOLANUM E LONCHOCARPUS
XILOGLUCANAS EM SISTEMAS LQUIDOS E EM GIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Ramos Borges (voluntria; FA Ao Afrmativa)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007912
Orientador: Beatriz Helena Lameiro de Noronha Sales Maia
Colaborador: Nelissa Pacheco Vaz
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Solanaceae, Solanum caavurana, alcalides esteroidais.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7 Qumica Orgnica
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Vieira Sens (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1994003575
Orientador: Prof. Dr. Maria Rita Sierakowski
Co-Orientador: Dra. Neoli Lucyszyn
Colaborador: Clayton Fernandes de Souza (Doutorando)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: xiloglucanas, tensiometria.
rea de Conhecimento: Polmeros e Colides - 1.06.01.07-4
0157
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Testes: Amostras cido
Rendimento da
frao alcalodica
Teste 1
3 HCl 0.1%
4 CH
3
COOH 1,3%
Teste 2
1 HCl 0.3%
2 CH
3
COOH 1%
Teste 1: adio de cido e posterior adio de clorofrmio;
Teste 2: adio de clorofrmio e subseqente adio do cido.
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O vandio tem sido pesquisado devido sua ao potencial na quimioproteo do DNA e na preveno do cncer. Neste trabalho, a reatividade
do polioxovanadato [(CH
3
)
4
N]
6
[V
15
O
36
(Cl)] (A) com DNA plasmidial foi analisada incubando-se 100 ng do plasmdeo pUC19 (0,15 mol
L
-1
em pares de base) na forma superenovelada (FI) com diferentes concentraes de A (0,001 a 20 mmol L
-1
) em tampes PIPES e TRIS
HCl pH 7,5, ambos a 50 mmol L
-1
. As reaes foram conduzidas a 37C e 60C, com variao do tempo de incubao. Os resultados foram
avaliados por eletroforese em gel de agarose 1%, quanticando-se a porcentagem de degradao de FI nas formas circular aberta (FII) e
linear (FIII). Para as reaes realizadas em PIPES a 37C, variaes na porcentagem de FI s foram observadas aps longos perodos de
incubao. A 60C, observa-se a clivagem do DNA em concentraes de A acima de 1 mmol L
-1
, chegando-se a 70 % de FII e 15 % de
FIII na reao com 20 mmol L
-1
de A. O acompanhamento das reaes com 1 mmol L
-1
de A por EPR e espectroscopia eletrnica a 60C
por 18 h evidenciou o desaparecimento da cor verde da soluo inicial e das bandas do espectro eletrnico em 470 e 820 nm, atribudas
a transies d-d do vandio(IV). Este resultado compatvel com a diminuio da intensidade dos sinais de RPE registrados em g = 1,97
e 1,93 e sugere a oxidao do vandio(IV). Em TRIS HCl, a forma FIII foi obtida mesmo a 37C e baixas concentraes de A. A 60C
ocorreu o desaparecimento de FI (concentraes de A >5 mmol L
-1
), gerando as formas FII (~90 %) e FIII (~10%). O acompanhamento
das reaes por espectroscopia eletrnica e EPR evidenciou um maior decrscimo da intensidade da cor da soluo inicial e das bandas
de absoro em 470 e 820 nm para a amostra tratada a 60C. Os espectros de EPR sugerem uma quebra da molcula do polioxovanadato,
facilitando a formao de espcies de V
V
que so mais ativas em relao hidrlise do DNA. Ensaios de proteo in vivo frente alquilao
por um agente mutagnico foram realizados com A e Escherichia coli DH10B na presena de dimetilsulfato (DMS). As reaes foram
conduzidas incubando-se a bactria (10
-6
clulas) por 15 min com solues de A (0, 10, 50, 100, 200, 500 e 1000 mol L
-1
). A seguir foram
adicionados 4 L de uma soluo 2000 mol L
-1
de DMS e o sistema foi encubado por mais 15 min. As culturas foram ento plaqueadas e
colocadas na estufa a 37C por 24 h. Os resultados mostram que, at 100 mol L
-1
de A, h um aumento linear no nmero de colnias de
bactrias sobreviventes, com uma proteo mxima de 79%.
Nematanthus fritschii (Hoehne) pertence famlia Gesneriaceae, que compreende cerca de 150 gneros e 3.000 espcies, distribudas
predominantemente pelos trpicos. O gnero Nematanthus apresenta aproximadamente 50 espcies, das quais 29 ocorrem no Brasil, sendo
endmicas da Mata Atlntica. So, em sua maioria arbustos, com caule pubescente e ores pediceladas. A arnica-do-mato, nome popular de
N.fritschii, uma planta epiftica com distribuio restrita ao Estado de So Paulo. Possui folhas anisolas com face abaxial apresentando
forte colorao vincea e ores com colorao de verde a vincea. No foram encontrados estudos qumicos com espcies de Nematanthus.
Os objetivos deste trabalho foram isolar, puricar e identicar os metablitos secundrios presentes em N. fritschii. As folhas foram
coletadas em Mogi das Cruzes (SP), secadas em estufa a 40C, modas e extradas a frio (macerao) com solventes em ordem crescente de
polaridade (hexano, etanol e metanol-gua 1:1). O extrato etanlico foi dissolvido em etanol-gua 1:1 e submetido a partio com hexano,
diclorometano, acetato de etila e 1-butanol. O extrato em metanol-gua 1:1 foi dissolvido em gua e submetido a partio com 1-butanol.
As fraes obtidas por partio foram analisadas por cromatograa em camada delgada, combinadas por similaridade e fracionadas atravs
de tcnicas cromatogrcas. As substncias puras foram identicadas atravs da anlise de espectros de RMN e comparao com dados
da literatura. A partir dos extratos e fraes menos polares (hexano, diclorometano) foram isolados e identicados os esterides sitosterol
e estigmasterol. Os extratos em etanol e metanol-gua 1:1 formaram grande quantidade de cristais ao serem deixados em repouso. Estes
foram separados, puricados por lavagem com metanol e identicados como cloreto de sdio. As fraes em butanol contm compostos
fenlicos glicosilados e antocianinas que esto sendo identicadas.
OXOVANADATOS APLICADOS NA PREVENO DE DANOS MOLECULARES DO DNA
CONSTITUINTES QUMICOS DE Nemathantus fritschii HOEHNE
Aluno de Iniciao Cientfca: Carla Gomes de Albuquerque (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023953
Orientador: Giovana Gioppo Nunes Co-Orientador: Emanuel Maltempi Souza
Colaborador: Jasa F. Soares, Ana C. Bonatto, Ronny R. Ribeiro, Eduardo L. de S.
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: polioxovanadato, proteo do DNA, agentes alquilantes
rea de Conhecimento: Qumica inorgnica - 1.06.02.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Carlos Augusto Ehrenfried (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008.022431
Orientador: Maria lida Alves Stefanello
Colaborador: Mauro Peixoto
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Gesneriaceae, Nematanthus fritschii, esterides, glicosdeos, antocianinas.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7
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Oxazolinas so blocos funcionais muito teis na sntese de substncias bioativas.
1
Por outro lado, grupamentos metil-carbinois podem ser
resolvidos de maneira eciente, via resoluo cintica, utilizando lipases.
2
Neste trabalho foram desenvolvido uma rota sinttica para obteno
de grupamentos metil-carbinois contendo unidades oxazolinicas 3. Esses compostos sero submetidos resoluo cintica enzimtica, e seus
enantimeros resolvidos aplicados na sntese de lactonas bioativas 5.
3
Hidroxi-2-oxazolinas 3a-c foram facilmente preparadas em apenas
uma etapa sinttica. A oxazolina 1 foi submetida reao de desprotonao utilizando n-BuLi, e o aza-enolato gerado tratado com um sal
metlico e eletrlos adequados (Esquema 1). Os compostos 3a-c foram puricados via destilao, utilizando o equipamento Kuggelrohr. O
excesso enantiomrico do acetato 4b (97%) foi determinado via CG, fazendo a integrao dos picos e comparando com a mistura racmica
previamente separada em coluna quiral (Figura 1). A congurao absoluta da hidroxi-oxazolina 3b ser determinada via anlise polarimtrica,
pela transformao do composto 3b e posterior comparao dos dados da lactona com a literatura. (Esquema 3).
3
Hidroxi-oxazolinas foram
obtidas em bons rendimentos. Estudos iniciais
de resoluo destes compostos mostraram boa
seletividade da enzima frente ao substrato 3b.
O elevado crescimento populacional combinado com a urbanizao mal planejada das grandes cidades tem contribudo de maneira decisiva
com o fenmeno de poluio ambiental dos recursos hdricos, principalmente em funo do descarte inadequado de grandes volumes de
resduos domsticos de elevado potencial poluente. Dentre os poluentes emergentes necessrio destacar os que apresentam atividade
farmacolgica (PhACs, do ingls: Pharmaceutically-active Compounds), os quais, em funo da massicao do seu uso e da usual resistncia
frente a processos convencionais de tratamento, contaminam guas naturais, acarretando graves problemas de sade pblica. Neste trabalho
foi estudada a potencialidade de processos oxidativos avanados, fotocatlise heterognea assistida por TiO
2
e ZnO, em relao a degradao
de solues aquosas contendo diclofenaco de potssio (antiinamatrio), trimetoprima e sulfametoxazol (antibiticos). Os experimentos
foram conduzidos em um reator fotoquimico de bancada com capacidade de 250 mL, equipado com refrigerao por gua e agitao
magntica. A radiao foi proporcionada por uma lmpada a vapor de mercrio de 125 W, inserida na soluo por meio de um bulbo de
quartzo. As condies experimentais (pH 4,0 e massa do semicondutor de 50 mg) foram selecionadas por meio de estudos preliminares
envolvendo planejamento fatorial de experimentos e a degradao de trimetoprima, utilizada como substrato modelo. Nestas condies a
degradao se processa de maneira rpida, o que permite a completa remoo de todos os frmacos em tempos de reao inferiores a 60 min.
RESOLUO CINTICA ENZIMTICA DE HIDRXI-2-OXAZOLINAS E SUA APLICAO SINTTICA
NA PREPARAO DE LACTONAS BIOATIVAS
DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS AVANADOS PARA REMEDIAO DE GUAS
CONTAMINADAS POR POLUENTES PRIORITRIOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Cleverson Rogerio Princival (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1996004518
Orientador: Dr. Alfredo Ricardo Marques de Oliveira
Colaborador: Jeferson Luiz Princival
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Enzimas, Organometlicos, Oxazolinas
rea de Conhecimento: Qumica Orgnica.
Aluno de Iniciao Cientfca: Danielle Cristina Vaz (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1998005230
Orientador: Patrcio Guillermo Peralta Zamora
Colaborador: Lutcia Hiera da Cruz (DOUTORANDA)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Frmacos, Degradao, Processos Oxidativos Avanados.
rea de Conhecimento: 1.06.04.00-6
0161
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Bases de Schiff derivadas da semicarbazida tm sido investigadas por seu potencial bactericida, antitumoral e anticonvulsante, tanto na forma
de base livre como em seus compostos metalados. Na Qumica de Coordenao, entretanto, as caractersticas desses ligantes polifuncionais
ainda carecem estudo. Alguns compostos de metais do quarto perodo j tiveram a estrutura resolvida e outros complexos das primeira
e segunda sries de transio foram caracterizados. Nesse contexto, foi realizada a sntese e caracterizao dos complexos [Cu(SCsal)
(H
2
O)](ClO
4
) e [Ni(SCsal)
2
2H
2
O] (HSCsal = salicil-semicarbazona). A sntese do pr-ligante consiste na condensao de salicilaldedo
e hidrocloreto de semicarbazida em meio aquoso levemente bsico, obtendo-se 90% de rendimento. O complexo de cobre foi preparado
pela reao equimolar entre Cu(ClO
4
)
2
6H
2
O e o pr-ligante HSCsal sob agitao e aquecimento. Anlise elementar para CuC
8
H
10
ClN
3
O
7
:
Calc.: C 26,75%, H 2,81%, N 11,70%; Exp.: C 27,40%, H 2,34%, N 11,98%. O espectro vibracional do complexo apresenta bandas em
1652 cm
-1
(v C=O), 1602 cm
-1
(v C=N), 757 cm
-1
( C-H do anel aromtico), 1103 e 624 cm
-1
(v Cl-O). No espectro eletrnico de slido
deste composto observou-se uma banda larga com mximo em 715 nm, a qual foi atribuda sobreposio de trs bandas referentes s
transies: z
2
x
2
-y
2
, xyx
2
-y
2
e (xz, yz)x
2
-y
2
. A banda em 475 nm foi atribuda a uma transio de transferncia de carga d(Cu
II
)
p
*
SCsal, e as bandas abaixo de 400 nm, atribudas a transies internas do ligante do tipo (SCsal)
*
(SCsal). J o composto de
nquel foi sintetizado adicionando-se dois equivalentes de HSCsal em etanol a uma soluo aquosa contendo acetato de nquel tetraidratado.
Anlise elementar para NiC
16
H
20
N
6
O
6
: Calc.: C 42,61%, H 4,47%, N 18,63%; Exp.: C 42,24%, H 5,15%, N 17,81%. O espectro vibracional
do complexo apresenta bandas em 1637 cm
-1
(v C=O), 1591 cm
-1
(v C=N) e 757 cm
-1
( C-H do anel aromtico). No espectro eletrnico
de slido deste complexo ressalta-se a larga banda em 618 nm (atribuda transio
3
A
2g
3
T
2g
) e o mesmo conjunto de bandas abaixo
de 500 nm observado no espectro do composto de cobre(II). O estudo destes complexos ilustrou a versatilidade do ligante HSCsal para
acomodar diferentes geometrias: quando em complexos de nquel(II), forma compostos com proporo de dois ligantes para um metal,
enquanto que em complexos de cobre(II), essa proporo um para um. A prxima etapa ser a tentativa de obteno de monocristais dos
compostos, visando a resoluo das estruturas por difratometria de raio-x.
O silcio (Si) compreende aproximadamente 28 % da crosta terrestre. Como fertilizante um elemento essencial para a produtividade
das gramneas (arroz, cana-de-acar, aveia, trigo, etc.), alm de possvel controlador de doenas como a mancha de gros, brunose, e do
ataque de insetos (Agarie et al., 1998). Em solos tropicais, altamente intemperizados e com ndices pluviomtricos altos como no Brasil, as
estruturas solveis de silcio absorvveis pelas plantas so rapidamente lixiviadas, e por isso, pouco disponveis. Neste trabalho estudou-se
a preparao da wollastonita, uma estrutura semi-solvel de silcio prpria para uso como fertilizante, a partir de cinza de casca de arroz,
um subproduto industrial volumoso, excelente fonte de silcio. O fertilizante pode ser preparado por dois processos. O primeiro ocorre
quando o calcrio e a slica reagem a temperatura de 400 450
o
C. O segundo ocorre atravs de procedimento hidrotrmico a 80
o
C. Neste
trabalho obteve-se a wollastonita, pelo processo hidrotrmico, extraindo-se silicatos de cinza de casca de arroz por tratamento com NaOH
e posterior precipitao da slica com a adio de cido sulfrico ou cido ntrico. Os dois tipos de slica gel formados foram tratados com
calcrio calcinado em meio aquoso a 80
o
C. Dentre as anlises feitas esto as de ultravioleta-visvel, infravermelho e difrao de raio-x. Pelo
primeiro processo, utilizando o cido sulfrico, foi possvel vericar a existncia de SO
4
-2
na estrutura do produto formado. J no segundo
processo, com uso de cido ntrico, encontrou-se NO
3
-
. Com ajuda do ultra-som a wollastonita foi lavada e ltrada, para livr-la do nitrato
adsorvido. Por espectroscopia de infravermelho vericou-se que o produto da sntese precipitado com cido ntrico e posteriormente lavado
com o auxlio do ultra-som o que mais se aproximou da estrutura da wollastonita.
COMPOSTOS DE COORDENAO COM OS LIGANTES BENZENO-SEMICARBAZONA E SALICIL-
SEMICARBAZONA: SNTESE, CARACTERIZAO E PROPRIEDADES
PREPARAO DE COMPOSTOS DE SILCIO SOLVEIS EM GUA COM VISTAS A UTILIZAO
COMO FERTILIZANTE.
Aluno de Iniciao Cientfca: Diego Maciel Geronimo (PIBIC-AF/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022441
Orientador: Prof. Dr. Fbio Souza Nunes
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: semicarbazonas, nquel(II), cobre(II)
rea de Conhecimento: Qumica Bioinorgnica 1.06.02.07-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Elvio Henrique Benatto Perino (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 0089002133
Orientador: Antnio Salvio Mangrich
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: fertilizante, wolastonita, espectroscopia.
rea de Conhecimento: 1.06.02.00-3 Qumica Inorgnica.
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O cncer tem sido um grande problema de sade em todo o mundo. No entanto, existe grande diculdade na realizao de testes de
diagnsticos desta patologia, principalmente com relao a tumores internos. Estudos mostram que o surgimento e desenvolvimento de uma
patologia causam alteraes caractersticas de metablitos especcos na composio qumica de tecidos e biouidos corporais que podem
ser utilizados como biomarcadores. Desta forma, a anlise de biouidos por RMN aliada a quimiometria pode
atuar na identicao destas substncias, indicativos da patologia. Neste sentido, clulas tumorais de tumor
asctico de Ehrlich foram inoculadas em camundongos Swiss e, aps perodo de incubao de dez dias, o soro
sanguneo foi coletado e submetido a anlises por RMN de
1
H. A anlise quimiomtrica destes espectros, pelo
mtodo de componentes principais (PCA), permitiu discriminar as amostras em dois grupos, sendo um deles
representado pelas amostras controle (+) e de trs dias (V) e o outro pelas amostras de sete (x) e dez dias ()
(Figura 1). Esta discriminao explicada pelo grco de inuncias onde se notam que as amostras de sete e
dez dias, em escores negativos de PC1, possuem os multipletos em 0,89-0,92 e 1,28-1,32 em maior intensidade,
referentes a lipdeos e lipoprotena VLDL, e o sinal em 1,33-1,35, referente ao lactato, um pouco mais intensos
que as amostras de controle e trs dias.
O presente trabalho tem por objetivo investigar as concepes de cincia dos professores em formao do Curso de Licenciatura em Qumica
da Universidade Federal do Paran. A amostra da pesquisa foi licenciandos de Qumica, que cursavam a disciplina de Prtica de Ensino
e Estgio Supervisionado de Qumica II, no 2 semestre de 2009. Para o levantamento de dados elaborou-se um instrumento de pesquisa
semi-estruturado com 10 perguntas. A pesquisa revelou que todos os alunos cursavam o Bacharelado e a Licenciatura em Qumica, e todos
j haviam ministrado aulas de Qumica no Ensino Mdio. Dos respondentes 30% armaram j ter cursado a disciplina de Filosoa das
Cincias, e 30% declaram que estudaram a Histria da Cincia na disciplina de Metodologia do Ensino de Qumica. Quando questionados
sobre a concepo de cincia 50% relacionaram a Cincia com a explicao dos fenmenos da natureza, 10% armaram que: a cincia
seria as teorias geradas a partir de fatos e experimentos, o mesmo percentual relacionou a cincia com as tecnologias, outros relacionaram a
cincia como resultado obtido atravs de uma metodologia aceita por uma determinada comunidade, ainda o mesmo nmero de respondentes
armaram que a cincia est relacionada com a racionalidade da realidade, e outros dizem que a cincia tudo que necessrio para o
desenvolvimento humano. Quanto pergunta como deve ser vista a cincia o mesmo percentual acima declaram que a cincia deve ser vista
como uma produo humana em constante aperfeioamento. Da amostra pesquisada 20% consideram-na uma ferramenta indispensvel
para o desenvolvimento da sociedade e tambm indispensvel para manuteno do meio ambiente. Outros revelam que a cincia o estudo
de novas tecnologias, como uma disciplina importante, ferramenta para auxiliar o aluno em seu cotidiano, no somente para estudos em
sala de aula, como um assunto em constante evoluo, como um instrumento de conhecimento e, ainda h quem considere como algo
contextualizado. Cerca de 80% dos respondentes armaram que necessrio estudar a Histria da Cincia para entender a evoluo da cincia
e, outros armaram que necessrio estudar a Filosoa da Cincia para ampliar a viso positivista e emprica da cincia que muitos alunos
de qumica possuem. Os resultados revelaram a importncia de trabalhar as referidas disciplinas na formao dos licenciandos, visando
contribuir para a sua prtica pedaggica e desenvolver o processo de ensino e aprendizagem em Qumica signicativo para o educando.
ANLISE DE BIOFLUIDOS ATRAVS DE RMN ALIADA A QUIMIOMETRIA PARA CARACTERIZAO
DE TUMORES E SEU DIAGNSTICO PRECOCE.
FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE QUMICA: CONCEPES DE CINCIA E
IMPLICAES PARA O ENSINO
Aluno de Iniciao Cientfca: Estrela Mariana Prux von Steinkirch Souza (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022520
Orientador: Andersson Barisson Co-Orientador: Caroline Werner Pereira da Silva
Colaborador: Francinete Ramos Campos
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: RMN, Quimiometria, Cncer
rea de Conhecimento: Qumica Analtica - 1.06.04.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Fabiane Rodrigues (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023667
Orientador: Liane Maria Vargas Barboza Co-orientadora: Sonia Maria Chaves Haracemiv
Colaborador: Erick Eduardo Martins Melzer
Departamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: Educao
Palavras-chave: formao de professores, concepes de cincia e ensino-aprendizagem.
rea de Conhecimento: 7.08.04.00-1
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Amplamente difundida na Amrica Latina e conhecida no Brasil como Cambar, Gochnatia polymorpha (Less) Cabr. (Asteraceae)
utilizada na medicina popular no tratamento de doenas respiratrias. So reconhecidas trs subespcies: polymorpha, ceanothifolia e
occosa, sendo esta ltima amplamente dispersa no estado do Paran. Estudos anteriores com extratos de G. polymorpha ssp. occosa
mostraram que o extrato das cascas do tronco ativo contra algumas das bactrias causadoras de doenas respiratrias, e esta atividade pode
ser atribuda a presena de metablitos secundrios como lactonas e terpenos. Neste trabalho, buscou-se isolar e caracterizar os metablitos
secundrios das cascas do tronco de G. polymorpha ssp. occosa. A coleta do material vegetal foi realizada em um exemplar em Curitiba,
PR, em 2006. O material foi seco em estufa, triturado e extrado sucessivamente temperatura ambiente com ter de petrleo e etanol. O
extrato etanlico foi submetido a parties sucessivas com solventes em ordem crescente de polaridade (diclorometano, acetato de etila e
1-butanol). As fraes obtidas foram analisadas por tcnicas cromatogrcas e as substncias
isoladas foram identicadas por tcnicas de ressonncia magntica nuclear (RMN). Deste modo,
foi isolada uma lactona sesquiterpnica dimrica, identicada como 8--hidroxi-gochnatiolido
A (gura). Este composto j havia sido isolado previamente desta espcie. Outros compostos
esto em fase de isolamento.
Nosso interesse no processamento sol-gel de alcxidos de vandio(IV) no-oxo baseia-se no ineditismo do emprego destes complexos como
precursores de xidos. Os objetivos desta etapa do trabalho foram caracterizar os produtos de hidrlise/policondensao de [V(OBu
t
)
4
], um
precursor cuja sntese relativamente simples, e otimizar a preparao da bariandita, V
10
O
24
12H
2
O, que corresponde a um destes produtos.
Esta ltima um xido lamelar de valncia mista (V
IV
/V
V
) cuja sntese em laboratrio pouco comum. Assim, [V(OBu
t
)
4
] foi submetido
ao processo sol-gel com duas propores diferentes de V:H
2
O (em mol): (I) 1:1, numa reao conduzida em hexano e terc-butanol a 55 C,
e (II) 1:400, reao em terc-butanol a 55 C. No primeiro caso foi obtido um slido verde (I-A) e uma soluo incolor que, quando secada
lentamente temperatura ambiente, produziu um slido marrom esverdeado (I-B) e, quando espalhada sobre uma placa de vidro e secada
rapidamente, gerou um lme amarelo-ouro (I-C). J na segunda rota, tanto a secagem a 35 C (II-A) ou a 55 C (II-B) ao ar quanto a 55 C
sob vcuo (II-C) geraram um nico produto, um slido verde-musgo. Nos espectros de FTIR obtidos para todos os slidos so observadas
bandas caractersticas de ligaes VO, assim como bandas entre 3159 e 3593 cm
-1
relativas a [(OH)] e 1618 cm
-1
[(HOH)], que
conrmam a presena de gua nos produtos. Nos espectros Raman so observadas bandas entre 1028 e 974 cm
-1
, referentes aos modos
vibracionais [(V=O)]; 706-693 [(VOV)] e entre 301 e 226 cm
-1
, [(VO)] e [(VOV)]. Nas amostras I-B e I-C tambm h bandas
alargadas em 1030, 850 e 410 cm
-1
, caractersticas de alcois e alcxidos, sugerindo que estes slidos sejam produtos de hidrlise parcial
do precursor. O espectro de EPR obtido a 77 K para I-C apresenta um perl caracterstico de vandio(IV) mononuclear e magneticamente
diludo; j os demais indicam a existncia de interao magntica entre centros de vandio(IV) no slido. Os difratogramas de raios X de
p evidenciam que II-A, II-B e II-C correspondem bariandita, sendo II-B o slido mais cristalino. I-A tambm apresenta semelhanas
estruturais em relao ao mesmo xido, porm tem baixa cristalinidade. Portanto, a segunda rota de processamento apresenta um maior
rendimento da bariandita (54 %), enquanto a primeira (6 %) gera tambm produtos de hidrlise parcial. A segunda rota passar a ser
empregada rotineiramente em nosso laboratrio para a obteno deste xido de valncia mista, que tem aplicaes potenciais em baterias
de ltio e em catlise.
CONSTITUINTES QUMICOS DAS CASCAS DO TRONCO DE Gochnatia polymorpha ssp. occosa
ESTUDO DO COMPORTAMENTO TERMOCRMICO E DO PROCESSAMENTO SOL-GEL DE
[V
2
(-OR)
2
(OR)
6
], R = ISOPROPILA OU NEOPENTILA, PARA A OBTENO DE XIDOS DE VANDIO
Aluno de Iniciao Cientfca: Flvia Elisa de Toledo Zornof (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004013630
Orientador: Maria lida Alves Stefanello
Colaborador: Regiane Lauriano Batista (MESTRANDA/CNPq)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Gochnatia polymorpha, Asteraceae, 8--hidroxi-gochnatiolido A.
rea de Conhecimento: Qumica Orgnica - 1.06.01.00-7
Aluno de Iniciao Cientfca: Franciele Cristine Pereira (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022915
Orientadora: Jasa Fernandes Soares Co-Orientadora: Giovanna Gioppo Nunes
Colaborador: Ronny Rocha Ribeiro (PQ)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: bariandita, sol-gel, vandio.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica 1.06.02.00-3
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O cido glico (AG) um importante agente antioxidante presente em diversas matrizes como frutas, chs e vinhos. Estudos realizados pelo
grupo de pesquisa mostraram que o cido glico exibe processos de oxidao sobre eletrodos de pasta de carbono, esses processos apresentam
maiores valores de corrente quando so utilizados eletrodos modicados por nanotubos de carbono. O objetivo do presente trabalho foi
desenvolver um mtodo para a determinao de AG em amostras de vinho empregando eletrodos de pasta de carbono modicados com
nanotubos em conjunto com a tcnica de voltametria de pulso diferencial (DPV). A DPV foi empregada devido a obteno de melhores
limites de deteco e um melhor poder de resoluo em determinaes simultneas, quando comparada a voltametria cclica. Visando obter
as melhores condies para a aplicao da tcnica, diversos parmetros foram estudados e otimizados, como a amplitude de pulso e tempo
de pulso. Empregando as melhores condies, foi construda uma curva analtica (Figura 1) que
apresentou uma resposta linear entre 5,0 x 10
-7
e 1,5 x 10
-5
mol L
-1
com um limite de 3,0 x 10
-7
mol L
-1
. Posteriormente, o mtodo proposto foi aplicado na determinao de AG em amostras de
vinho branco e tinto. Foram encontrados teores de AG entre 219.6 (vinho branco) e 2.484,0 mg
L
-1
(vinho tinto). Os valores encontrados foram comparados com aqueles obtidos empregando um
procedimento espectrofotomtrico no apresentando diferenas signicativa entre os mtodos.
Metaloporrinas vm sendo utilizadas h alguns anos como modelos bioinorgnicos para o citocromo P450 e outras hemeprotenas ou no
desenvolvimento de novos sistemas catalticos com futuras aplicaes tecnolgicas, para reaes de oxidao de substratos orgnicos. O
interesse por catalisadores heterogneos vem atraindo a ateno de muitos grupos de pesquisa visando a recuperao e reutilizao dos
catalisadores de maneira eciente e seletiva.. A qumica supramolecular mostra-se como uma rea promissora no desenvolvimento de
slidos auto montados que sejam robustos e ecientes e que possam atuar como catalisadores heterogneos. As estruturas denominadas
MOFs (metal-organized frameworks) so exemplos clssicos nesta rea. A sntese de slidos auto montados mostra-se como uma boa
estratgia para a obteno de catalisadores heterogneos em comparao imobilizao em suportes inorgnicos, visto que todo o solido
poderia apresentar comportamento cataltico. Este trabalho tem seu foco no uso da mangans porrina - [Mn(T4H3MPP)]OAc - (5,10,15,20
tetrakis (4-hidrxi-5-metoxifenil)porrina mangans (III) acetato) (MnP1) como bloco construtor de possveis slidos catalticos baseados
em metaloporrinas assim como seu uso como catalisador em reaes de oxidao. A porrina base-livre (H
2
P1) foi sintetizada atravs do
mtodo descrito por Adler-Longo e a metaloporrina MnP1 foi obtida por reuxo da base-livre com acetato de mangans (II) em cido
actico. Aps caracterizao dos produtos por UV-Vis e FT-IR, a porrina base-livre foi metalada com acetato de mangans numa reao
solvotrmica, resultando num slido metaloporrnico (MOF1) com centros metlicos de Mn(III) e contendo ons de Mn(II) estruturais,
com propriedades diferentes das do slido MnP. O slido foi caracterizado por UV-Vis, FT-IR, RPE, XPS, MET e anlise elementar.
Investigaes preliminares da atividade cataltica dos produtos na reao de oxidao de cicloocteno ao epxido (MnP1 48% e MOF1
47%) e oxidao do cicloexano ao lcool (ol) e cetona (ona) (MnP1 21% de ol e 1% de ona e MOF1 18% de ol e 1% de ona) mostraram
se os compostos ecientes e seletivos tanto na catlise homognea como na heterognea alem de no caso do solido MOF1 apresentar a
capacidade de reciclagem.
DETERMINAO VOLTAMTRICA DE CIDO GLICO EM AMOSTRAS DE VINHO
UTILIZAO DE SLIDOS BASEADOS EM MANGANS PORFIRINAS COMO CATALISADORES EM
REAES DE OXIDAO DE SUBSTRATOS ORGNICOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Francyelle Calegari (PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024217
Orientador: Mrcio Fernando Bergamini Co-Orientador: Luiz Humberto Marcolino Jnior
Colaborador: Lismery Pereira de Souza (PET)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Voltametria de pulso diferencial, cido glico, determinao.
rea de Conhecimento: Qumica Analtica - 1.06.04.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Gabriel Kaetan Baio Ferreira (CNPq - Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1993003265
Orientador: Prof. Dr. Shirley Nakagaki Colaborador: Prof. Dr. Jacqueline Marques (UEPG-PR), Prof. Dr. WidoHerwig Schreiner
(UFPR), Kelly Aparecida Dias de Freitas Castro (PG).
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: porfrina, catlise, supramolecular,oxidao.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica 1.06.02.00-3
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Figura 1: Voltamogramas obtidos com
diferentes concentraes de AG.
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O biodiesel um combustvel biodegradvel derivado de fontes renovveis, o qual pode ser obtido por diferentes processos, tais como,
craqueamento, estericao ou transestericao. Para promover a transestericao de leos vegetais com metanol ou etanol, normalmente
so utilizados catalisadores homogneos (NaOH, KOH, H
2
SO
4
, etc.). Contudo, o processo homogneo possui algumas diculdades tcnicas
que muitas vezes encarecem a obteno do produto (p. ex., a separao do catalisador do produto nal e a sua reciclagem). Sendo assim,
muitos catalisadores heterogneos baseados em slidos que apresentam stios cidos ou bsicos de Lewis e Bronsted tm sido propostos,
assim como enzimas imobilizadas em diferentes matrizes. No presente trabalho, descrevemos a utilizao de um composto baseado em um
oxissal de metal de transio (CAT-3), parcialmente solvel no meio de reao, como catalisador de reaes de transestericao. O mesmo
foi utilizado na metanlise do leo de soja nas seguintes condies experimentais: razo molar leo de soja:metanol 1:54, 5% do catalisador
(baseado na massa de leo), metanol mantido sob reuxo (banho de silicone a 80C) durante 5h. Com o uso da CLAE (C-18), foi possvel
observar rendimentos na faixa de 95 a 100% para a catlise heterognea. Aps a primeira reao, foi feita a lavagem do catalisador com
uma mistura de etanol/hexano (2:1 v/v) seguida da secagem e reativao do slido a 200 C. Ento, avaliou-se a capacidade de reciclagem
do CAT-3 sob as mesmas condies experimentais, sendo obtidos rendimentos na faixa de 86 a 96 %. Posteriormente, foi realizada a
avaliao da solubilidade do CAT-3 no meio de reao, bem como a atividade cataltica desta poro solvel frente metanlise do leo
de soja. Os resultados obtidos ainda so preliminares e indicam que o catalisador pode ser parcialmente solvel no meio de reao, sendo
o resultado cataltico observado, produto da catlise homognea e heterognea deste composto. Alm disso, o slido CAT-3 ser utilizado
em reaes de estericao de cidos graxos (acido lurico), visto que esta famlia de slidos tem se mostrado efetivos catalisadores nesta
classe de reaes. Por m, o slido CAT-3 poder ser heterogenizado em matrizes inertes de forma que sua lixiviao e solubilizao sejam
minimizadas e sua atividade cataltica reavaliada.
Complexos de rutnio tem sido uma alternativa aos clssicos de compostos de platina, uma vez que rutnio apresenta propriedades
antitumorais mais abrangentes e no apresenta efeitos colaterais signicativos. Os derivados de arenorutnio tem se mostrado bastante
ecientes devido propriedade anflica, que proporciona fcil absoro pelas clulas e interao com o material biolgico. Aliado a isso,
devido a relativa labilidade da ligao oposta ao areno, acredita-se que ocorra hidrlise da ligao Ru-X no citoplasma. O objetivo deste
trabalho sintetizar e caracterizar os complexos precursor [{(q
6
-areno)ClRu}
2
Cl
2
] e contendo o ligante ponte 2,3,6,7,10,11-hexahidroxitr
ifenileno (HTF), e avaliar sua atividade biolgica em clulas de melanoma. O precursor foi obtido pela reao de cloreto de rutnio(III) e
1,3-ciclohexadieno em etanol. O complexo trinuclear foi obtido pela reao do precursor com HTF, na proporo 3:1, em reuxo de THF. O
produto foi separado por centrifugao. Foram registrados espectros de FTIR e UV-vis dos complexos sintetizados. No espectro IV, foram
observados picos caractersticos dos ligantes aromticos. O espectro UV-vis do complexo precursor exibe bandas de absoro na regio
entre 346 e 435 nm, atribudas transies metal-ligante. O complexo trinuclear exibe um conjunto de bandas na regio entre 346 e 435
nm e um conjunto de bandas bastante intensas no UV abaixo de 300 nm, atribudas s transies tt* no ligante ponte. Foram realizados
experimentos de citotoxicidade do composto trinuclear, do ligante HTF livre e tambm do HTF-Fe
3
para comparao. Os experimentos
foram feitos em triplicata, utilizando linhagens de clulas T98G e U87, doses dos compostos iguais a 25, 50 e 100 mol.L
-1
, e tempos de
atuao de 24, 48 e 72 hs. Foi observado que todos os compostos estudados causam morte celular, porm esse efeito foi mais pronunciado
para o composto contendo arenorutnio(II), sendo mais ecientemente aps 48h. At o momento os resultados indicam efeito antitumoral
dos compostos sintetizados. Os estudos de caracterizao e atividade biolgica esto em andamento.
USO DE CATALISADORES HETEROGNEOS NA REAO DE TRANSESTERIFICAO E
ESTERIFICAO
SNTESE E CARACTERIZAO DE COMPLEXOS DERIVADOS DE ARENORUTNIO(II)
Aluno de Iniciao Cientfca: Henrique de Oliveira Okada (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1993003265
Orientador: Shirley Nakagaki Co-Orientador: Luiz Pereira Ramos
Colaborador: Alesandro Bail (PG), Vannia Cristina dos Santos (PG), Marianne Roque de Freitas (IC).
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Biodiesel, transesterifcao, esterifcao, catlise heterognea.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica 1.06.02.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Jaqueline Moura Nadolny (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021149
Orientador: Herbert Winnischofer
Co-Orientador: Sheila M.B. Winnischofer
Colaborador: Juliana Kenski, Karine Naidek
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: complexos de rutnio, atividade biolgica, melanoma.
rea de Conhecimento: 1.06.02.00-3
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Poluentes emergentes pertencem a uma classe de substncias orgnicas de grande diversidade que vm atraindo interesse especial em funo
do seu crescente uso e aporte no ambiente. Produtos farmacuticos e de cuidado pessoal, hormnios naturais e sintticos e produtos qumicos
industriais so exemplos destes poluentes que podem atuar como interferentes endcrinos (IE), mesmo sob baixas concentraes (ng L
-1
a
pg L
-1
), podendo provocar efeitos nocivos em organismos intactos. Em guas naturais, a associao dos interferentes com as substncias
hmicas (SH) um importante processo a ser compreendido, j que as SH podem ser capazes de controlar o comportamento e destino
destes poluentes. As SH apresentam variaes na sua composio qumica e estrutural e presena de grupos funcionais que podem afetar o
comportamento frente aos IE. Desta forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a interao entre SH (cido hmico comercial e amostras
extradas de rios) e IE (17-etinilestradiol, 17-estradiol, estrona e bisfenol A) atravs da uorescncia molecular, assim como compreender
a inuncia das caractersticas das SH no processo de associao com os IE. Os experimentos esto sendo conduzidos com base em uma
srie de titulaes, em batelada, empregando solues contendo 20 mg L
-1
de SH e 1 mg L
-1
do IE. Aps 24 h de tempo de contato, foram
realizadas medidas de uorescncia molecular nas modalidades emisso e sincronizada em pelo menos trs regies espectrais. Os dados
gerados foram tratados com o modelo de Stern-Volmer, a partir do qual se obtm o coeciente de partio carbono orgnico/gua (K
oc
).
Este parmetro til para descrever a soro do IE pelas SH e o seu valor aumenta com o aumento da hidrofobicidade da substncia. Em
soluo aquosa os IE estudados apresentaram sinais de uorescncia e, decorrente da interao com a SH, tm esta intensidade suprimida
(quenching). De modo geral, foram obtidos resultados satisfatrios, uma vez que a supresso de uorescncia apresentou uma relao linear
com o aumento da SH no meio. No estudo do 17-estradiol com cido hmico comercial, por exemplo, observou-se um elevado valor de
K
oc
(2,0.10
6
), indicando uma forte anidade da substncia hmica por este composto. A uorescncia tem se mostrado uma ferramenta til
para o estudo j que apresenta inmeras vantagens, como sensibilidade, rapidez, baixo custo, e poucas etapas de preparo das amostras.
Como etapas futuras sero realizadas aplicaes deste protocolo no estudo da interao dos IE com SH extradas de rios.
Ciclodextrinas (CDs) (Fig.1 A e B) so oligossacardeos cclicos constitudos por unidades de glucose unidas por ligaes -1,4. Apresentam
a forma de um cone truncado, sendo o interior hidrofbico e o exterior hidroflico, o que as torna atraentes para encapsulao de ativos j
que podem alterar as propriedades fsico-qumicas da molcula hspede. A nifedipina (NIF) (Fig.1C) um frmaco utilizado no tratamento
de doenas cardacas, praticamente insolvel em gua, o que uma limitao em sua eccia teraputica. Neste trabalho, foi investigada a
encapsulao da NIF nas cavidades da beta-CD (BCD) ou da hidroxipropil-beta-CD (HPBCD), com o intuito de obter complexos com maior
solubilidade aquosa. A quanticao da NIF foi feita por UV-VIS (226 nm). Pelo estudo do diagrama de fases foi possvel observar que os
complexos obtidos so mais solveis que o frmaco isolado. A caracterizao por DRX indicou que a incluso da NIF nas matrizes (BCD ou
HPBCD) no alterou o perl de difrao das molculas hospedeiras. A anlise dos complexos por DSC mostrou um perl trmico diferente
das misturas fsicas, com a ausncia do pico de fuso da NIF, o que sugere a encapsulao molecular. Os estudos de RMN-H indicaram a
formao de uma nova estrutura para os complexos formados, com a incluso do anel no aromtico da NIF na BCD ou na HPBCD, em
estequiometria 1:1. O conjunto dos resultados acima sugere a efetiva obteno dos complexos supramoleculares HPBCD/NIF e BCD/NIF.
ESTUDO DA INTERAO ENTRE CONTAMINANTES EMERGENTES E SUBSTNCIAS HMICAS
AQUTICAS EMPREGANDO FLUORESCNCIA MOLECULAR
USO DE CICLODEXTRINA COMO MATRIZ POLIMRICA PARA A FORMAO DE COMPLEXOS
COM FRMACOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Jssica Eliza Silva Fonsaca (INCTAA / CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023563
Orientador: Marco Tadeu Grassi
Colaborador: Vanessa Ega dos Anjos (Doutorado / CAPES)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Interferentes endcrinos, substncias hmicas, fuorescncia.
rea de Conhecimento: Qumica Analtica (1.06.04.00-6)
Aluno de Iniciao Cientfca: Joo Victor Francisco Vieira (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019188
Orientador: Snia Faria Zawadzki
Co-Orientador: Mrcia Valria Gaspar de Arajo (DOUTORANDA)
Colaborador: Elisa Frana Carneiro (GRADUAO)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: ciclodextrinas, nifedipina, complexos de incluso.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7 (Qumica Orgnica) 1.06.01.07-4 (Polmeros e Colides)
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Apesar dos primeiros relatos da polimerizao eletroqumica da anilina datarem de 1846, ainda hoje a polianilina (PAni) e seus derivados so
amplamente estudados. Continuamente so realizadas novas pesquisas de condies de sntese com a nalidade de otimizar as propriedades
eletrocrmicas do material. Um derivado da PAni, a poli(o-metilanilina) ou poli(o-toluidina (PoT) possui uma srie de aplicaes tecnolgicas,
dentre as quais podemos destacar seu uso em dispositivos eletrocrmicos. O objetivo desse trabalho estudar o efeito da temperatura de
sntese da PoT sobre as suas propriedades eletrocrmicas. Os lmes de PoT foram eletrosintetizados sobre ITO (xido de ndio e estanho),
em diferentes temperaturas (20C, 15C, 10C e 5C), numa cela eletroqumica sendo o eletrodo de referncia Ag|AgCl em KCl saturado e
platina como contra eletrodo. O eletrlito foi HClO
4
0,5 mol.L
-
contendo o monmero, o-toluidina 0,15 mol.L
-
. Inicialmente, foi aplicado um
potencial de +0,85 V por 180 segundos, seguido da voltametria cclica, entre -0,15 e +0,90 V, a 10 mVs
-
, durante 20 ciclos. A caracterizao
eletroqumica foi realizada por voltametria cclica e por espectros de absoro, em diferentes potenciais. Observou-se variao mxima de
cor de amarelo para azul em 630 nm, entre os potenciais 0,0 e +0,8 V. Os lmes foram submetidos a 500 saltos duplos de potencial, entre
0,0 e + 0,8 V, por 5 segundos, atravs da cronoamperometria in situ combinada com a tcnica de espectrometria de UV-vis, em 630 nm. Em
trabalho anterior, foi feito um estudo sistemtico das condies de sntese e o lme de PoT formado nas condies descritas acima apresentou
melhores propriedades eletrocrmicas, faltando analisar o efeito da temperatura de sntese. Em relao temperatura, observou-se que
diminuindo a temperatura de sntese da PoT, de 20 para 5C, a variao de transmitncia foi maior, de 51 para 64 %, mantendo-se estvel
aps 500 saltos duplos de potencial. As voltametrias cclicas dos lmes de PoT, sintetizados em menores temperaturas, apresentaram picos
redox mais bem denidos e, visualmente, observou-se que esse lmes apresentaram-se mais nos. Conclui-se que, com a diminuio da
temperatura de sntese da PoT, deve haver alterao na velocidade de crescimento das cadeias polimricas e consequentemente uma mudana
nas etapas de formao do lme, favorecendo o crescimento de um lme homogneo e regular, com menores de defeitos estruturais. Isso
pode ser vericado pela caracterizao morfolgica dos lmes, que ser realizada por microscopia eletrnica de varredura.
Lipases (EC 3.1.1.3) so enzimas cuja principal funo catalisar a hidrlise de triacilglicerol em cidos graxos e glicerol, mas tambm so
capazes de realizar reaes em sistemas orgnicos com quantidade mnima de gua, como as reaes de estericao e transestericao.
Essas enzimas tem uma ampla aplicao industrial, e so um dos biocatalisadores mais utilizados na qumica orgnica, alm de apresentarem
alta seletividade e atuarem em condies brandas. A necessidade de estudos de obteno de lipases decorrente no apenas dessas vantagens,
mas tambm do propsito de diminuir o custo de produo destes biocatalisadores para viabilizar a sua aplicao industrial, pois lipases
comerciais, mesmo apresentando alta atividade e estabilidade, apresentam um alto custo na produo. Neste contexto, este trabalho tem
como objetivo de produzir lipases por fermentao no estado slido (FES), utilizando o fungo Rhizopus oryzae. Para o cultivo em FES, foi
utilizado como substrato o bagao de cana-de-acar enriquecido com farinha de semente de girassol numa proporo 1:1 e com incubao
em estufa por 36 h a 30C. A atividade lipoltica da hidrlise do slido fermentado liolizado foi determinada usando tricaprilina e treolena
como substratos, pelo mtodo titulomtrico em pH Stat, a pH 7,0 e 37C. A atividade de hidrlise do slido fermentado com a tricaprilina
foi de 241,0 U/gSS (unidade por grama de substrato seco), enquanto que para hidrlise da triolena, observou-se 50,8 U/gSS. Em seguida, o
slido fermentado seco (1 g) foi utilizado na catlise da reao de sntese do oleato de etila em n-heptano, a 37C. A converso em ster foi
avaliada indiretamente pelo teor de cidos livre residuais, determinado pelo mtodo de Lowry e Tinsley
1
(1976),apresentando uma atividade
de estericao de 13,4U/gSS. Estes resultados mostram que a utilizao do slido fermentado com atividade lipoltica para sntese de
steres em meio orgnico vivel e pode ser explorada em reaes de sntese de steres de interesse industrial, em particular do biodiesel.
COMPORTAMENTO ELETROCRMICO DE DERIVADOS DA POLIANILINA
UTILIZAO DE LIPASES PRODUZIDAS POR FERMENTAO NO ESTADO SLIDO NA
BIOSSNTESE DE STERES DO BIODIESEL
Aluno de Iniciao Cientfca: Joyce Fuckner Leonel (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003012548
Orientador: Liliana Micaroni
Colaborador: Daniel Caetano da Silva
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: eletrosntese, eletrocromismo, poli(o-metilanilina).
rea de Conhecimento: 1.06.03.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Juliana Caraa (PIBITI/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001010286
Orientador: Nadia Krieger
Colaborador: Rodrigo de Lima Sodatti
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: lipases, fermentao no estado slido,biodiesel.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7
0175
0176
1
Lowry,RR;Tinsley,I.J.:Rapid colorimetric determination of free fatty acids. J Am. Oil Chem.Soc.v53.1976(470-474)
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109
Lonchocarpus lipes tem sua distribuio restrita ao estado do Rio de Janeiro e atualmente cultivada no Parque Ecolgico da Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP). O gnero Lonchocarpus possui 150 espcies das quais 24 so nativas do Brasil e tem se destacado pelo
nmero de espcies que so utilizadas na medicina popular, sendo os avonides, os metablitos secundrios mais comuns e importantes
encontrados. Esses metablitos secundrios desempenham importantes funes na natureza e apresentam diversas atividades biolgicas. Em
continuao aos estudos do nosso grupo pela busca de novos produtos naturais com atividade biolgica, o objetivo do trabalho foi estudar
quimicamente as razes de Lonchocarpus lipes. As cascas das razes de L. lipes foram coletadas no Parque Ecolgico da UNICAMP,
secas, modas e extradas em Soxhlet com ter de petrleo (EP), CH
2
Cl
2
e MeOH fornecendo trs extratos. O extrato diclorometnico foi
puricado por coluna cromatogrca e forneceu anteriormente uma avona, a lanceolatina B. Em continuao com a puricao desse
extrato, isolou-se uma avona (1) e dois derivados de dibenzoilmetano (2 e 3). O composto 1 j foi isolado de Lonchocarpus latifolius e
L. aff. uvialis, o composto 2 o segundo relato no gnero, isolado anteriormente de L. montanus e o 3 j foi isolado de outra frao de
L. lipes. Todas as substncias isoladas foram identicadas atravs dos dados de RMN
1
H e
13
C.
Compostos de coordenao polinucleares apresentam grande potencialidade tecnolgica. O uso de complexos macrocclicos binucleares, se
justica pela possibilidade de formao de compostos polinucleares, atravs da explorao das posies axiais com ligantes ambidentados,
como o cianeto. Apresentamos um novo complexo pentanuclear, {[Cu
2
(tidf)(OH
2
)]
2
[-(CN)
2
Fe(CN)
4
]} (1), com o objetivo de estudar suas
propriedades estruturais, eletrnicas, eletroqumicas e magnticas. O composto (1) foi obtido atravs da reao entre [Cu
2
(ClO
4
)
2
(tidf)
(OH
2
)
2
] e K
4
[Fe(CN)
6
].3H
2
O (2:1), em mistura de acetonitrila e gua (1:1), resultando em
um slido verde, cristalino. No espectro vibracional, destacam-se as bandas em 2026 e
2068 cm
-1
, atribudas aos modos vibracionais v(CN) terminal e em ponte, respectivamente.
Os dados do espectro vibracional esto de acordo com os dados estruturais obtidos por
difrao de raios X de monocristal (Figura 1). O complexo cristaliza no sistema triclnico,
com grupo espacial P
-1
. Os ons cobre(II) exibem geometria pirmide de base quadrada,
com todas as ligaes Cu-N e Cu-O, ambos do ligante tidf, no plano equatorial. A distncia
entre os ons cobre(II), unidos pela ponte de 10,594 . As distncias Cu1-O1 e Cu2-O1
so 2,006 e 1,972 , respectivamente. O ngulo da ligao Cu1-N5-C25 de 134,95.
A ligao Fe-C25-N5 praticamente linear (178,55). O espectro de Msbauer, 298 K,
coerente com o esperado para um centro de ferro(II), estado de spin baixo. Os valores de
desdobramento isomrico (i.s.) e de quadrupolo (q.s.) so: -0,05 e 0,21 mms-
1
.
ESTUDO QUMICO DE LONCHOCARPUS FILIPES
COMPLEXOS MACROCCLICOS POLINUCLEARES MEDIADOS POR PONTE CIANETO. SNTESE,
CARACTERIZAO E ESTUDOS DE COMUNICAO INTERMETLICA. APLICAES EM
QUMICA SUPRAMOLECULAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Juliana Mari Jo (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007912
Orientador: Beatriz Helena Lameiro de Noronha Sales Maia
Colaborador: Nelissa Pacheco Vaz
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Lonchocarpus flipes, favonides, dibenzoilmetano.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7 Qumica Orgnica
Aluno de Iniciao Cientfca: Julio Cesar da Rocha (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022443
Orientador: Fbio Souza Nunes
Colaborador: Rafael Block Samulewski (Mestrado/CAPES), Rafael Stieler (Doutorado - UFSM/CNPq), Prof. Dr. Ernesto Schlz Lang (UFSM)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Complexos polinucleares, pontes cianeto, difrao de raios X.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
0177
0178
Figura 1 - Representao ORTEP da estrutura
cristalina do complexo {[Cu
2
(tidf)(OH
2
)]
2
[-
(CN)
2
Fe(CN)
4
]}
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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110
Recentemente estudos vm demonstrando que o consumo moderado do vinho tinto reduz o risco de doenas cardacas, protege contra
disfunes neurolgicas, aumenta a longevidade alm de possuir poder anticancergeno. O vinho uma bebida rica em compostos fenlicos,
que esto presentes nas cascas e nas sementes das uvas vermelhas e estes possuem propriedades antioxidantes e tambm contribuem para as
suas caractersticas como a estabilidade de cor, a adstringncia e propriedades sensoriais. A colorao do vinho tem um papel signicativo
na percepo de sua qualidade e um indicador de alguns compostos qumicos presentes na sua composio. Dentre o grupo de fenis
encontrados no vinho, destaque pode ser dado aos taninos e s antocianinas, que correspondem a pigmentos hidrossolveis que permitem
coloraes que vo do vermelho ao azul. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antioxidante de vinhos e quanticar o teor total de
compostos fenlicos, bem como analisar a intensidade da cor nesta bebida, vericando possveis correlaes entre os mtodos empregados.
A atividade antioxidante total (AAT) foi avaliada pelo mtodo espectrofotomtrico atravs da descolorao do radical ABTS+ (2,2-azinobis
- [3-etil-benzotiazolin-6-cido sulfnico]), que tem como base a reduo da absorbncia do radical ABTS+ por antioxidantes. Os resultados
foram expressos em TEAC (atividade antioxidante equivalente ao Trolox, 6-hidroxi-2,5,7,8-tetrametilcromo-2-cido carboxlico, por mL de
vinho). Os compostos fenlicos foram avaliados quantitativamente pelo mtodo espectrofotomtrico, utilizando o reagente de Folin-Ciocalteu
e os resultados expressos em equivalente de cido glico (g L
-1
). A quanticao dos ndices de cor (intensidade de cor e tonalidade) foi
obtida por intermdio de leituras de absorbncia, medidas diretamente sobre as amostras de vinhos nos comprimentos de onda 420, 520 e
620 nm. Elevados ndices de cor implicam em maior concentrao de taninos e antocianinas, enquanto que elevadas tonalidades indicam
uma menor concentrao de antocianinas.
O H
2
O
2
o agente branqueador mais favorvel ambiental e economicamente e grande quantidade utilizada em processos de degradao de
corantes. Alm de barato, no txico, uma vez que produz somente gua e oxignio. Desta forma, procura-se tambm um catalisador que
no seja nocivo ao meio ambiente e econmico. O mangans satisfaz essas exigncias e o uso de sais deste metal demonstrou aumento na
ecincia na degradao de corantes pela ativao do H
2
O
2
. No entanto, o meio bsico faz com que sejam produzidos xidos de mangans
no meio de reao. Assim, buscou-se a coordenao do mangans por ligantes que o estabilizasse em solues alcalinas. Nesse trabalho ser
apresentado o estudo cataltico de decomposio oxidativa de corantes com H
2
O
2
usando o composto binuclear
[Mn
2
(bbppnol)(-O
2
CCH
3
)
2
]
PF
6
como catalisador (Figura 1).
No estudo cataltico foi usado o alaranjado de metila como substrato e H
2
O
2
como oxidante. Os experimentos foram realizados variando
a proporo catalisador:substrato:oxidante e conduzidos em pH 9,8. A atividade cataltica foi determinada acompanhando a variao de
absorbncia do corante por UV-Vis por 60 min. Com isso, a constante inicial de velocidade (k
obs
) foi determinada para cada condio de
reao, como mostrado na Tabela 1.
QUANTIFICAO DOS COMPOSTOS FENLICOS E DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE EM
AMOSTRAS DE VINHOS TINTOS
ESTUDO DA DECOMPOSIO DE CORANTES CATALISADA POR COMPOSTOS BINUCLEARES DE
MANGANS
Aluno de Iniciao Cientfca: Karen Mary Mantovani (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Iara Messerschmidt
Colaborador: Rayta Paim Horta
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: vinho tinto, potencial antioxidante, compostos fenlicos.
rea de Conhecimento: 1.06.04.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Kheoma Felipe da Rocha (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023640
Orientador: Sueli Maria Drechsel
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: degradao oxidativa, catlise, corantes
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
0179
0180
Condio k
obs cat
k
obs cont
k
obs cat
/k
obs cont
1:20:1000 1.96x10
-2
5.57x10
-3
3.5
1:20:5000 4.55x10
-2
3.82x10
-3
11.9
1:20:10000 1.08x10
-1
8.70x10
-3
12.5
1:20:15000 1.18x10
-1
6.55x10
-3
18.0
1:20:20000 8.07x10
-2
9.80x10
-3
8.2
Tab. 1. K
obs
das reaes de decomposio dos corantes.
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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As xiloglucanas (XGs) de sementes so polissacardeos de reserva com inmeras aplicaes biolgicas e industriais, propiciando maior
viscoelasticidade no meio onde se encontram. Apesar do seu potencial farmacutico e alimentcio, a nica fonte explorada comercialmente
o Tamarindus indica. O objetivo do presente trabalho a caracterizao comparativa atravs de anlises de composio qumicas e de
medidas reolgicas entre a XG extrada de sementes de Hymenaea courbaril (jatob, XGHC), provenientes do estado do Mato Grosso, e a
de Tamarindus indica (XGT). A caracterizao da composio em carboidratos foi realizada pelo mtodo fenol-sulfrico e a de protenas
pelo de Hartree. A XGHC apresentou, em termos de carboidratos totais e protenas, 80,2 e 9,6%; enquanto a XGT apresentou 81,2 e 8,9%,
respectivamente. Os estudos reolgicos das solues em gua milli-Q, com concentraes variando de 0,2 a 2,0g.L
-1
foram feitos em remetro
RheoStress RS1 (Haake), com sensor DG-43. Para cada XG foi realizada a determinao da viscosidade intrnseca ([]) pela extrapolao
grca da relao da viscosidade reduzida versus concentrao (Equao de Huggins) e, tambm, pela extrapolao grca da relao da
viscosidade inerente versus concentrao (v
in
). Pela equao de Huggins a XGHC apresentou [] de 389 mL.g
-1
, enquanto pelo grco da
v
in
foi 366,5 mL.g
-1
. E, para XGT, os resultados foram de 201,8 e 244,9 mL.g
-1
, respectivamente. O comportamento em uxo foi avaliado
pelo modelo de Power Law para a determinao do ndice de consistncia (K) e do ndice de comportamento (n). Pelos valores dos ndices
encontrados concluiu-se que as XGs em soluo apresentam comportamento Newtoniano. Embora os valores encontrados para carboidratos
e protenas sejam similares, o que demonstra semelhana qumica na composio, as viscosidades intrnsecas obtidas pelos dois mtodos
mostram diferentes volumes hidrodinmicos, sendo maior na XGHC.Apoio: CNPq e UFPR.
As lipases tm as aplicaes clssicas baseadas em processos que utilizam reaes de hidrlise de triacilgliceris, mas a sua utilizao em
meios orgnicos, tem possibilitado o seu uso em reaes de sntese de steres
1
. O objetivo geral deste trabalho foi estudar a imobilizao
de lipases de Rhizopus orizae, geneticamente modicado, em Accurel MP-1000, e sua aplicao em reaes de sntese de steres que
compe o biodiesel. O principal critrio para a caracterizao da lipase imobilizada foi sua atividade de hidrlise em meio orgnico pelo
mtodo do pNpp, em que a atividade mxima foi 193 42 U. g
-1
de suporte, obtida com uma razo protena/suporte de 15 mg.g
-1
. Aps
denir a concentrao de enzima ideal para a imobilizao (15 mg de enzima/g de suporte), a estabilidade da enzima foi vericada nas
temperaturas de 30, 40 e 50C, com a permanncia da enzima em n-heptano durante 24 h. A enzima foi mais estvel a 40C, retendo 77%
da atividade residual. A sntese do oleato de etila foi estudada utilizando-se 100 mg de enzima (78 U pelo mtodo de hidrlise da triolena
em meio orgnico) imobilizada no meio reacional. Houve 93% de converso em ster em 60 min de reao. A inuncia da quantidade
da enzima imobilizada na velocidade de reao foi estudada, utilizando as condies-padro para a sntese do oleato de etila. A taxa de
reao aumentou com o aumento da quantidade de catalisador, com 120 mg de enzima imobilizada, houve 99% de converso em ster em
60 min. O efeito da razo molar cido:lcool na velocidade de reao de estericao tambm foi vericada. A taxa de converso em ster
foi maior (93%) para a razo molar de 1:3 em 60 min de reao; para as razes molares de 1:1 e 1:9, houve converso em ster de 73 e 54
%, respectivamente, mostrando que um aumento da concentrao do etanol no meio pode inibir a enzima. Com estes resultados conclui-se
que a quantidade de protena oferecida para imobilizao ideal de 15 mg/g de suporte. A maior converso em ster foi de 93%, obtida
aps 60 min de reao, em uma razo molar de 1:3 (cido:lcool), a uma temperatura de 40C. No entanto, quanto maior a quantidade do
catalisador (120mg), maior a taxa da reao de estericao, chegando a 99% em 60 min.
1
Jaeger, K. E.; Eggert, T. Current Opinion in Biotechnology, 2002, 13.
CARACTERSTICAS DE XILOGLUCANAS
ESTUDO DE REAES DE ESTERIFICAO E TRANSESTERIFICAO CATALISADAS POR
LIPASES
Aluno de Iniciao Cientfca: Liana Zancanaro Gallina (PIBIC - Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1994003575
Orientador: Prof. Dr. Maria Rita Sierakowski
Colaborador: Clayton Fernandes de Souza (DOUTORANDO/CAPES)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: xiloglucana, reologia, polissacardeos
rea de Conhecimento: Fisico-Qumica - 1.06.03.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Ldia Sanvido Muniz (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001010286
Orientador: Prof. Dra. Nadia Krieger
Colaborador: Aline Roque Dutra da Silva (PG)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: lipase, sntese de steres, imobilizao
rea de Conhecimento: 1.06.00.00-0
0181
0182
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Compostos fenlicos so facilmente encontrados na natureza. O cido Glico (AG) um deles, esses compostos so antioxidantes
primrios que agem como seqestradores de radicais livres e bloqueadores de reao em cadeia. Os mtodos mais comuns encontrados
na literatura para determinao do AG so espectrofotomtricos e cromatogrcos. O presente trabalho teve como objetivo investigar o
comportamento voltamtrico do AG sobre um eletrodo de pasta de carbono empregando a tcnica de voltametria cclica. O eletrodo foi
preparado utilizando 75% de p de grate e 25% de nujol. O voltamograma gerado permitiu inicialmente vericar a eletroatividade do AG
(Figura 1), onde podem ser observados dois processos de oxidao (picos de corrente I e II). A partir de um estudo sobre variao de pH foi
possvel vericar uma melhora na resoluo dos voltamogramas e um aumento na corrente de pico em valores menores de pH. O estudo
da velocidade de varredura mostrou que o processo controlado por difuso, uma velocidade de 75 mVs
-1
foi adotada para a construo da
curva analtica. Com base nos resultados obtidos construiu-se uma curva analtica, na qual foi
vericada uma resposta linear entre 1,5 x 10
-5
e 9,9 x 10
-3
mol L
-1
com um limite de deteco de
8,0 x 10
-6
mol L
-1
para o analito. Em seguida foram testados eletrodos com 30 % de nanotubos
de carbono sendo observado um comportamento voltamtrico similar, porm com signicativo
aumento nas correntes de pico.
Novas tecnologias surgem de uma nova conscincia, tanto ecolgica quanto econmica sobre as atividades antrpicas de nossa sociedade.
Neste sentido, o mundo se defronta com um aumento na demanda por combustveis mais sustentveis que os derivados de petrleo. Dentre
as alternativas mais viveis, esto os bicombustveis lquidos derivados de leos vegetais (e.g.biodiesel), sendo este um substituto para
renovvel para o diesel de petrleo, cujas vantagens incluem a menor emisso de matrias particulados, de compostos de enxofre e dos
principais gases que agravam o efeito estufa, especialmente o CO
2
, que praticamente todo reciclado na fotossntese das oleaginosas. A
catlise alcalina em meio homogneo atualmente o mtodo mais utilizado para a produo do biodiesel, mas este processo apresenta
limitaes quanto qualidade das matrias-primas, principalmente ao teor de cidos graxos livres e umidade. Neste sentido, diversos slidos
vm sendo testados como catalisadores heterogneos para a sntese do biodiesel, os quais idealmente apresentam vantagens sobre os sistemas
homogneos convencionais, possibilitando assim a produo de monosteres a partir de materiais de elevada acidez, com conseqente
reduo dos custos de produo. Este trabalho tem por objetivo testar o desempenho do laurato de zinco (LZ), sintetizado pela reao do
laurato de sdio com cloreto de zinco em etanol, como catalisador heterogneo da estericao metlica de cido lurico (AL) e de uma
mistura de cidos graxos majoritariamente insaturados (MAG), j que compostos de Zn
2+
apresentam boa acidez de Lewis. Os experimentos
foram realizados em reator pressurizado Bchiglass modelo miniclave drive, com a presso do meio de reao correspondendo presso
do componente mais voltil do meio (metanol). Para otimizao das reaes, foi realizado um planejamento fatorial (PF) 2
3
composto por
dois nveis (inferior e superior) e trs variveis [razo molar metanol:cidos graxos, porcentagem de LZ (CAT) e temperatura de reao],
com triplicata no ponto central. Os resultados revelaram que temperatura seguido do percentual de catalisador, foram as variveis mais
signicativas para o processo, sendo obtidas taxas de converses de at 98% ao para o AL e de 94,5% para a MAG, nas condies de RM
de 10:1, 6% de CAT, 140C a 500 rpm por 2h. Estes resultados reforam o potencial do laurato de zinco como catalisador para a produo
de monosteres graxos a partir de matrias-primas cidas de menor valor agregado.
Agradecimentos: CNPq, CAPES, Fundao Araucria e FINEP.
COMPORTAMENTO VOLTAMTRICO DO CIDO GLICO SOBRE ELETRODOS DE PASTA DE
CARBONO
ESTERIFICAO DE CIDOS GRAXOS UTILIZANDO LAURATO DE ZINCO COMO CATALISADOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Lismery Pereira de Souza (PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024217
Orientador: Mrcio Fernando Bergamini Co-Orientador: Luiz Humberto Marcolino Jnior
Colaborador: Francyelle Calegari (PET)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Eletrodo de pasta de carbono, comportamento voltamtrico, cido glico
rea de Conhecimento: Qumica Analtica - 1.06.04.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Luiz Antonio Bortolli Junior (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1997005126
Orientador: Luiz Pereira Ramos
Co-Orientador: Claudiney Soares Cordeiro
Colaborador: Fabiano Rosa da Silva, Ricardo Jos Brugnago, Rafael Marangoni
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Biodiesel, Catlise Heterognea, Esterifcao
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7
0183
0184
Figura 1: Voltamograma cclico obtido para
o cido glico sobre um eletrodo de pasta de
carbono no modicado.
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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Argilominerais so fases minerais presentes em solos, os quais apresentam caractersticas como elevada rea supercial e alta capacidade
de troca catinica, o que tem motivado a realizao de estudos direcionados para o emprego de argilominerais como fases alternativas para
tratamento de euentes. O presente trabalho teve como propsito estudar a potencialidade do argilomineral vermiculita (VT), fornecida
pela Eucatex Qumica e Mineral Ltda., como fase sorvente para ons Cu(II) de meio aquoso, bem como investigar a inuncia de variveis
como pH e fora inica no processo de soro. Para tal, foi adequado o mtodo espectrofotomtrico empregando cuprizona como reagente
complexomtrico para ons Cu(II), utilizando soluo tampo de fosfato, pH 8,5. Curvas analticas foram elaboradas entre 0,10 e 5,00 mg
L
-1
de Cu(II), gerando limite de quanticao ao redor de 0,05 mg L
-1
, em comprimento de onda de 600 nm. Uma massa de 25 mg de VT
previamente saturada com soluo de KCl 1,0 mol L
-1
(VTK) foi mantida em contato sob agitao por 2 horas, com 10,0 mL de soluo
contendo Cu(II) em concentraes entre 1,00 mg L
-1
a 50,0 mg L
-1
, em pH 6,5. Foram determinadas as concentraes de Cu(II) remanescente
na fase aquosa, aps centrifugao das suspenses contendo VTK, constatando-se remoes signicativas de Cu(II) entre 96,1 e 46 %, o que
atrativo em termos ambientais. Tambm foi estudada a inuncia do meio inico, empregando as mesmas condies anteriores, porm na
presena de soluo de KNO
3
em concentraes 5 e 10 mmol L
-1
. Foram obtidas remoes de Cu(II) entre 58,0 e 14,5% (KNO
3
5 mmol L
-1
)
e entre 51% e 11% (KNO
3
10 mmol L
-1
), o que demonstra que a fora inica inuencia o processo de soro de Cu(II) pelo argilomineral.
Isso ocorre em virtude do K
+
competir com os ons Cu(II), pelos stios de soro da VTK. Foi investigada a inuncia do pH na soro de
Cu(II) pela VTK em pH 3,5. Foram constatados percentuais de remoo de Cu(II) entre 82,0 e 34,4%, demonstrando que o aumento da
concentrao de H
3
O
+
do meio causa uma diminuio no processo de soro de Cu(II) pela VTK. Pode-se concluir que a VTK apresenta
um bom potencial de remoo de ons Cu(II) de meio aquoso, apesar desse processo ser inuenciado pelo aumento da fora inica do meio,
bem como da diminuio do valor de pH. Isso sugere que esse material poderia ser empregado na remoo de ons Cu(II) e outros ons.
A heterogenizao de espcies catalticas em matrizes inertes tem se mostrado uma excelente forma que minimizar problemas associados
solubilizao de compostos cataliticamente ativos nas reaes de transestericao e estericao. Compostos de molibdnio (Mo) possuem
atividade cataltica reconhecida em reaes de oxidao de lcoois, epoxidao de olenas e hidrodessulforizao do petrleo. Recentemente,
o composto Na
2
MoO
4
foi investigado na metanlise do leo de soja em condies brandas de reao e os steres obtidos apresentaram
elevadas pureza e converso, porm uma parcela do catalisador foi perdida no meio de reao, impossibilitando sua reciclagem integral.
Acredita-se que esta classe de catalisadores apresenta elevada atividade cataltica frente s reaes de transestericao e estericao
devido presena de stios cidos e bsicos de Lewis e/ou Brnsted-Lowry. Nesta etapa do trabalho investigou-se a heterogenizao de
um precursor contendo Mo em uma matriz de slica preparada pelo processo sol gel atravs da hidrlise cida do tetraetilortosilicato
TEOS. O slido preparado foi avaliado como catalisador na estericao do cido lurico (C
12
H
24
O
2
). Foram preparados slidos de slica
utilizando proporo molar de reagentes de H
2
O:TEOS:H
+
de 50:4,5:1, com tempo de secagem de 168 h, concentrao de Mo variada e
tratamento trmico a d300, 500 e 700C. Os catalisadores slidos obtidos foram caracterizados por difratometria de raios X, espectroscopia
de UV-Vis e espectrometria de emisso (ICP-OES). Avaliou-se a atividade cataltica dos slidos na estericao do cido lurico com
metanol e etanol em reator fechado sob condies solvotrmicas (proporo molar cido lurico:lcool de 12:1 e catalisador de10% m/m
em relao ao cido, tempo de reao de 18 h e banho trmico 120C). Aps a reao, o excesso de lcool foi removido e a converso
foi determinada por titulao com uma soluo de NaOH 0,01 mol/L padronizada. Os resultados das anlises de difrao de raios X dos
slidos sintetizados mostraram que quanto maior o teor de Mo na slica, maior a semelhana com o padro (MoO
3
). A partir das anlises
de ICP-OES e UV-Vis foi possvel determinar a concentrao de Mo nos slidos obtidos, cujos valores variaram de 0,46 a 7,11% m/m.
Os resultados de converso de cido em ster mostraram-se dependentes da concentrao de Mo nos slidos, sendo que quanto maior o
teor maior a converso. Reaes esto em andamento visando investigar as condies de reao e de tratamento trmico do slido mais
adequadas otimizao da atividade cataltica.
ESTUDO DE SORO E DE CONCENTRAO DE ONS COBRE COM O ARGILOMINERAL
VERMICULITA
ESTUDO DE CATALISADORES IMOBILIZADOS EM SUPORTES INORGNICOS PARA CATLISE
HETEROGNEA DE REAES DE ESTERIFICAO E TRANSESTERIFICAO DE LEOS
VEGETAIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariane Mirian Baggio (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005018509
Orientador: Gilberto Abate
Colaborador: Pmela Conde Fosta da Cruz
Departamento: Qumica Setor: Qumica
Palavras-chave: Cu(II), soro, vermiculita.
rea de Conhecimento: 1.06.04.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Marianne Roque de Freitas (CNPq Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024362
Orientador: Luiz Pereira Ramos Co-Orientador: Shirley Nakagaki
Colaborador: Alesandro Bail (DOUTORANDO/ CAPES), Vannia Cristina dos Santos (MESTRANDO/CAPES), Henrique Okada (IC/CNPq)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: esterifcao, catlise heterognea, molibdnio.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
0185
0186
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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Polioxovanadatos tm sido amplamente estudados devido s suas potenciais aplicaes tecnolgicas e medicinais; no entanto, pouco se
conhece sobre o seu mecanismo de ao in vivo. Visando contribuir para o entendimento da atuao do vandio como biometal, propusemo-
nos a avaliar a interao de xidos de vandio desenvolvidos em nosso laboratrio com DNA. Iniciamos nossos estudos encubando o
xido V
10
O
24
12H
2
O (bariandita, B, em concentraes entre 0,001 e 5 mmol L
-1
) com 100 ng (0,15 mol L
-1
em pares de base) do DNA
plasmidial pUC19, em gua (pH ajustado entre 7 e 8) ou em solues 50 mmol L
-1
dos tampes PIPES e Tris-HCl pH 7,5. As encubaes
foram realizadas por 18 h a 37 C ou a 60 C. A quanticao da porcentagem de converso (degradao) da forma superenovelada (FI) do
DNA nas formas circular aberta (FII) e linear (FIII) foi realizada aps eletroforese em gel de agarose a 1%. Ensaios em tampo Tris-HCl
a 37 C mostram que, em concentraes de B ([B]) entre 0,01 e 0,5 mmol L
-1
, no h variao nas porcentagens das formas FI e FII em
relao ao DNA na ausncia do xido. Para [B] acima de 0,5 mmol L
-1
, observa-se a diminuio brusca da % de FI e a formao de uma
espcie qumica de menor mobilidade eletrofortica, que constitui provavelmente um produto de interao de B com o DNA. Nas reaes
a 60 C observa-se que, em [B] menores que 1,0 mmol L
-1
, cerca de 30 % do DNA degradado a FII. J acima de 1,0 mmol L
-1
ocorre
o desaparecimento de FI e o aparecimento de FIII (~10 %) em conjunto com a espcie de menor mobilidade no gel. Por outro lado, nas
reaes realizadas em tampo PIPES pH 7,5 a 37 C, no foram observadas quebras signicativas de FI em [B] < 1,0 mmol L
-1
; no entanto,
em concentraes acima desse valor o DNA precipitado e no se move no gel. Resultado semelhante foi observado para as reaes em
gua (pH 7-8), reforando a hiptese de uma precipitao irreversvel do DNA devida formao de um complexo com B. As reaes do
DNA com 0,5 mmol L
-1
de B em Tris e em H
2
O foram acompanhadas por UV-vis e EPR (37 C e 60 C). Em Tris ocorre o desaparecimento
da soluo verde inicial, da banda em 700 nm (atribuda a transies d-d do V
IV
) e do sinal alargado em g = 1,96, no EPR, evidenciando
a oxidao do vandio(IVV). No experimento em H
2
O no observa-se variao signicativa na cor da soluo nem nos espectros de
UV-vis e EPR, mesmo quando condies drsticas (60 C) foram empregadas. Os resultados preliminares dos estudos sobre a natureza da
interao entre o DNA e a bariandita indicam que esta interao envolve um complexo de vandio(IV).
O PVC ou poli(cloreto de vinila) o mais verstil dentre os plsticos e o segundo termoplstico mais consumido em todo mundo. Por
haver uma necessidade de a resina ser formulada mediante a incorporao de aditivos, o PVC pode ter suas caractersticas alteradas em
funo de sua aplicao nal. Pelo grande consumo de PVC verica-se um interesse na produo de aditivos para a matriz polimrica que
devem incorporar algumas caractersticas desejveis na matriz. Dentre os aditivos temos como principal os plasticantes. Estes produtos
permitem a adequao do polmero aos mais variados processos de moldagem, bem como a obteno de produtos nais com melhores
propriedades mecnicas. Para o PVC a classe de plasticante mais empregada so os steres do tipo ftalato. E, dentre eles, o ftalato de dioctila
(DOP), o mais utilizado. Este material pode ser removido da matriz polimrica por um processo de migrao, e nas ultimas dcadas, os
ftalatos vem sendo alvo de muitos estudos cientcos no que diz respeito sua toxicidade. Assim o presente trabalho tem como objetivo
a produo de plasticante na substituio do usual. O plasticante obtido, ACILAC, ster a base de cido ctrico e lactato de etila, foi
produzido por reao de estericao. Na proporo estequiomtrica de 1:6, de cido ctrico para lactato de etila, utilizando como catalisador
o amberlyst-15
. Aps a puricao o produto foi caracterizado por espectroscopia na regio do infravermelho (FTIR). A preparao das
composiens foram feitas partir de 5g de PVC Norvil 1300 HP da Braskem
/2003.
Biosurfactantes (BS) so molculas anpticas que apresentam entre outras propriedades a capacidade de reduo da tenso supercial (TS),
o poder de emulsicao e de solubilizao de fases, podendo ser utilizados em diversos setores industriais. Nos ltimos anos, os BS tm
atrado grande ateno devido sua baixa toxicidade e alta biodegradabilidade, quando comparados aos surfactantes sintticos. Entretanto,
atualmente so pouco utilizados devido ao alto custo para a sua produo, que decorrente basicamente dos processos de fermentao
submersa e dos baixos rendimentos do processo. Como uma alternativa para tornar os BS economicamente mais competitivos, sugere-se
a produo destes compostos por fermentao em estado slido (FES), uma vez que podem ser utilizados resduos agroindustriais como
substratos slidos para o crescimento do microrganismo e produo de BS. Dentro deste contexto, este trabalho teve como objetivo a seleo
de substratos slidos para a produo de BS por FES. Foram utilizadas duas cepas bacterianas, Bacilus sp, isolada de solo contaminado com
gua de produo de petrleo e B. pumilus UFPEDA 448, isolada de bagao de cana-de-acar. Os cultivos foram conduzidos a 37C em
Erlenmeyers de 250 mL com 10 g dos substratos bagao de cana, palha de arroz, farelo de milho e okara (subproduto da extrao do leite
de soja) e tambm misturas (5:5 m/m) de bagao de cana e okara e palha de arroz e okara, e (9:1 m/m) okara e espuma de poliuretano.
Estes substratos foram umedecidos com meio salino enriquecido com 4% (m/v) de glicerol, em quantidade suciente para atingir o ndice
de absoro mximo de cada slido. O teor de umidade foi determinado atravs de balana de infravermelho. Aps 72 h, os cultivos foram
interrompidos e o BS produzido foi extrado pela adio de gua ao sistema. O extrato aquoso obtido foi submetido s determinaes da
TS e da diluio micelar crtica (DMC). Observou-se que a cepa de B. pumilus apresentou os melhores resultados, sendo que a mistura de
okara e bagao de cana, com umidade inicial de 79%, consistiu no melhor substrato slido para a produo do BS, com uma reduo da
TS de 34% em relao ao meio de cultivo sem inculo. Os dados obtidos pela quanticao indireta atravs da DMC tambm mostraram
uma maior produo de BS por B. pumilus cultivado em bagao de cana e okara, com valores de DMC de 32. Estes resultados mostram que
possvel a produo de BS por FES e justicam a continuidade destes estudos com relao otimizao das condies de fermentao
visando aumento de produtividade.
ESTUDO TERICO DAS PROPRIEDADES TERMOCRMICAS DE COMPLEXOS MONO E
POLINUCLEARES DE VANDIO
PRODUO E CARACTERIZAO DE BIOSURFACTANTES
Aluno de Iniciao Cientfca: Otvio Fuganti (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021303
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Lemos de S Co-Orientadores: Prof. Dr. Giovana Gioppo Nunes, Prof. Dr. Jasa Fernandes Soares
Colaborador: Danilo Stinghen (IC), Thaiane Gregrio (IC)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: termocromismo, alcxido, vandio.
rea de Conhecimento: 1.06.03.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Paola Augusta Yaegashi Paludo (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017310
Orientador: Nadia Krieger
Colaborador: Christiane Trevisan Slivinski (DOUTORANDA / PGBIOQ / CNPq)
Departamento: Qumica - Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: biosurfactantes, fermentao em estado slido, okara
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7
0191
0192
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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A utilizao de compostos de coordenao como catalisadores em processos oxidativos de degradao de poluentes, em especial a degradao
de corantes, est em constante crescimento. Complexos de mangans so usados nesses processos pela variabilidade de estados de oxidao
do metal adequada a sua participao em reaes redox. Destaca-se o uso de perxido de hidrognio como oxidante, que ao reagir com os
catalisadores gera espcies reativas de alta valncia (Mn
IV
=O) ou espcies radicalares, como o radical OH
-
, podendo promover a degradao
oxidativa de corantes. Mas sua decomposio em gua e dioxignio, tambm catalisada por complexos de mangans, ocasionando em
perda de oxidante. A determinao das quantidades de oxidante perdidas por decomposio e disponveis para a oxidao pode auxiliar na
denio de condies de reao que favoream um processo em detrimento a outro. O objetivo deste trabalho a aplicao de um mtodo
espectrofotomtrico de acompanhamento de concentraes de perxido de hidrognio durante reaes de branqueamento do corante alaranjado
de metila, usando o complexo de mangans [Mn
III
2
(bbppnol)(-O
2
CCH
3
)
2
]PF
6
como catalisador. O mtodo aplicado foi a gerao do ction
peroxovandio de colorao alaranjada e mximo de absorbncia em 446nm, pela reao de metavanadato de amnio em meio cido (H
2
SO
4
)
com perxido de hidrognio. O acompanhamento do decrscimo de concentrao de perxido foi efetuado para reaes de degradao de
corante (corante/perxido/catalisador), e de decomposio do perxido na presena do catalisador (perxido/catalisador). Foram retiradas
alquotas de 100 L do meio de reao, em intervalos de 5 minutos, e adicionadas a 2 mL de soluo acidicada de metavanadato de amnio
previamente preparada e 1 mL de gua deionizada. As concentraes de perxido foram determinadas pela aplicao das absorbncias em
446 nm a uma curva de calibrao. Nos testes realizados para a condio perxido/catalisador (1), a concentrao de perxido em mol.L
-1
cai em mdia de 7,24x10
-4
para 8,47x10
-5
no intervalo de 60 minutos e para a condio com a presena do corante (2), de 1,23x10
-3
para
1,16x10
-6
, atingindo o
limite de deteco do mtodo em 20 minutos de reao. Na condio (1) durante 20 minutos, o decrscimo foi de
3,60x10
-4
, mostrando que a decomposio do perxido lenta, restando 49,7% do oxidante para possvel degradao do corante. Pelos
bons resultados, pretende-se acompanhar novas condies e reaes de diferentes catalisadores.
Atualmente existe um grande interesse em alimentos que no s proporcionam sabor aprecivel, como tambm apresentam benefcios
sade. Por isso o vinho tem sido objeto de muitos estudos, pois possui uma grande inuncia benca sade, sendo capaz de reduzir o
risco de doenas cardiovasculares e certos tipos de cncer. Essas propriedades saudveis do vinho so atribudas sua atividade antioxidante,
que a capacidade de eliminar radicais livres. Existem diversos mtodos para avaliao da atividade antioxidante, dentre os quais um dos
mais utilizados o mtodo do ABTS. No qual, o radical livre ABTS
+
(2,2-azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-sulfonato) pode ser gerado
atravs de uma reao qumica de oxidao com persulfato de potssio (K
2
S
2
O
8
). Neste trabalho, a atividade antioxidante em amostras de
vinhos tintos foi avaliada pelo mtodo espectrofotomtrico atravs da descolorao do radical ABTS
+
. Preparou-se uma curva padro com
concentraes de 100M a 2000M de Trolox (6-hidroxi-2,5,7,8-tetrametilcromo-2-cido carboxlico) e as medidas de absorbncia foram
realizadas, em 734 nm, 6 minutos aps a adio da soluo padro ou da amostra de vinho. Os resultados foram expressos em atividade
antioxidante equivalente ao Trolox (TEAC) em mL do vinho. A concentrao do radical ABTS, tambm, ser monitorada por Ressonncia
Magntica Eletrnica (EPR), gerando um sinal com intensidade proporcional a quantidade de spins desemparelhados (presentes em radicais
livres). Solues do radical ABTS
+
que no contm vinho, quando observadas no EPR, apresentam concentraes constantes de radical, j
que no h a presena de antioxidante. As solues contendo vinho apresentam decrscimos da amplitude espectral no EPR. A concentrao
do radical ser calculada pela dupla integral do espectro EPR e convertida em capacidade antioxidante equivalente de Trolox (TEAC) em
mL de vinho como determinado por espectroscopia no visvel. Os resultados obtidos empregando a espectroscopia na regio do visvel e
a ressonncia magntica eletrnica sero analisados e comparados.
ESTUDO DE COMPOSTOS DE COORDENAO DE MANGANS E FERRO COMO ATIVADORES DE
PERXIDO DE HIDROGNIO EM PROCESSOS DE BRANQUEAMENTO
DERTERMINAO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE VINHOS TINTOS POR ESPECTROSCOPIA
NO VISVEL E RESSONNCIA PARAMAGNTICA ELETRNICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Paola Strapasson (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023640
Orientador: Sueli Maria Drechsel
Colaborador: Camila Anchau Wegermann; Kheoma Felipe da Rocha
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: complexos de mangans , perxido de hidrognio, mtodo espectrofotomtrico.
rea de Conhecimento: 1.06.02.00-3 Qumica Inorgnica
Aluno de Iniciao Cientfca: Rayta Paim Horta (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Iara Messerschmidt
Colaborador: Karen Mary Mantovani, Ronny Rocha Ribeiro, Antonio Salvio Mangrich
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: vinho tinto, potencial antioxidante, EPR.
rea de Conhecimento: 1.06.04.00-6
0193
0194
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O uso de materiais inorgnicos e polmeros condutores em dispositivos eletrocrmicos tm sido bastante investigados nos ltimos anos.
Dentro deste contexto, a proposta desta pesquisa sintetizar eletroquimicamente sobre ITO (xido de ndio e estanho) lmes de: (i)
polianilina sulfonada (SPAN), (ii) azul da Prssia (BP) e (iii) lmes compostos por uma bicamada de Azul da Prssia (PB) sobre um lme
de polianilina sulfonada (SPAN). A seguir, deve-se proceder caracterizao eletrocrmica destes materiais que envolve a determinao dos
seguintes parmetros: tempo de resposta, memria ptica, estabilidade, ecincia coulmbica e eletrocrmica. Tal caracterizao foi feita
em meio aquoso de KCl com HCl, atravs do acoplamento de um potenciostato a um espectrofotmetro de UV-VIS. Os resultados obtidos
revelaram que a bicamada exibiu propriedades eletrocrmicas intermedirias entre a SPAN e a PB. Tal resultado no foi o desejado, uma
vez que esperava-se que houvesse sinergismo entre os dois materiais. Assim, pretende-se em trabalhos futuros, otimizar a espessura das
camadas e utilizar meio no aquoso como eletrlito, de modo a se obter um material com possibilidade de aplicao comercial.
As metaloporrinas so compostos intensamente estudados como catalisadores de reaes de oxidao de uma vasta quantidade de
substratos sob condies brandas. A possibilidade de recuperao e reciclagem do catalisador tem direcionado as pesquisas para a obteno
de catalisadores heterogneos baseados nestes compostos. Neste trabalho relatamos a imobilizao de uma ferroporrina [Fe(TDCSPP)])
(FePor) em slica funcionalizada obtida pelo processo sol-gel atravs da reao com cloreto de 3-n-propil-(3-metilpiridil) silsesquioxano
(Si3PicClB). A atividade cataltica do material obtido foi explorada em reaes de oxidao visando observar a inuncia do suporte no
desempenho cataltico. A matriz de slica foi obtida pelo processo sol-gel hidroltico catalisado por cido usando TEOS (Si(OC
2
H
5
)
4
) como
fonte de silcio na presena de CPTS (C
6
H
15
ClO
3
Si) e em solvente apropriado. A imobilizao da FePor foi feita atravs da suspenso
da slica em metanol, seguida da adio de uma soluo metanlica da FePor (2,01 x 10
-4
mol L
-1
) sob agitao magntica e temperatura
ambiente. O slido obtido foi lavado e seco a 70C. A quantidade de FePor no slido foi determinada por espectroscopia UV-Vis (4,0 x 10
-5
mol g
-1
). A anlise de RPE do slido mostrou sinais caractersticos de Fe(III) spin alto, indicando a presena da FePor no suporte. O espectro
de FTIR mostrou bandas caractersticas do suporte (vibraes dos grupos Si-OH, CH
3
, Si-O-Si). As bandas caractersticas da FePor no
foram observadas devido baixa concentrao do complexo na matriz. A atividade cataltica do slido foi investigada frente oxidao
do cicloocteno por iodosilbenzeno. Observou-se rendimento de 80 % para formao de ciclooctenxido, superior catlise homognea
nas mesmas condies (70%). No foi observada lixiviao da FePor durante a reao, o que viabiliza a reutilizao do slido FePor-Si.
ELETROCROMISMO DE BICAMADAS DE POLIANILINA SULFONADA E AZUL DA PRSSIA EM MEIO
AQUOSO
USO DE CATALISADORES PARA REAES DE OXIDAO BASEADOS EM FERROPORFIRINAS
IMOBILIZADAS EM SLICA ORGANOFUNCIONALIZADA
Aluno de Iniciao Cientfca: Renato Cesar Dias Bittencourt (PIBIC- CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004013724
Orientador: Regina Maria Queiroz de Mello
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Eletrocromismo, Polianilina Sulfonada , Azul da Prssia.
rea de Conhecimento: Eletroqumica 1.06.03.02-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Ricardo Ferraz da Silva (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1999005816
Orientador: Fernando Wypych Co-Orientadora: Shirley Nakagaki
Colaborador: Kelly A.D.F. Castro (DOUT./CAPES) e Geani M. Ucoski (DOUT./CNPq)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: porfrina, catlise, oxidao.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica 1.06.02.00-3
0195
0196
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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Este estudo teve por objetivo investigar os parmetros reacionais que interferem na eccia do processo de hidrlise enzimtica do bagao
de cana pr-tratado a vapor. Para tal estudo, foi utilizado o modelo cintico HCH-1, que se encontra descrito abaixo:
O pr-tratamento a vapor foi realizado a 210C por 4 minutos utilizando bagao com 50% de umidade sem (auto-hidrlise) e com impregnao
com H
2
SO
4
ou H
3
PO
4
, na concentrao de 9,5 mg cido/g de bagao seco. O bagao pr-tratado foi submetido a dois processos de lavagem:
com gua, para a remoo dos compostos solveis, e depois com gua e lcali (hidrxido de sdio 1 mol.L
-1
sob reuxo por 1 h), para a
remoo da lignina. Todos os substratos foram submetidos a uma condio padro de hidrlise enzimtica, baseada no uso de uma mistura
de Celluclast 1.5L FG
e Novozym 188
(Novozymes) com diferentes atividades celulsicas (8, 15 e 24 FPU.g
-1
de substrato). O modelo
cintico proposto mostrou que a lavagem com gua e/ou lcali no foi essencial para obteno de um substrato de alta ecincia para
hidrlise enzimtica, e que os melhores substratos foram obtidos a partir do pr-tratamento com catlise fosfrica. Alm disso, o emprego
de altas propores entre substrato e enzima (ou baixas cargas enzimticas de 8 FPU.g
-1
de substrato) resultou nas melhores ecincias de
hidrlise. A melhor constante cintica (k = 2,36.10
-11
) foi derivada da hidrlise, com 8 FPU.g
-1
de substrato, de amostras de substrato no
lavado que foram obtidas por exploso a vapor de bagao de impregnado com cido fosfrico.
Os hidrocarbonetos policclicos aromticos (HPA) so uma classe de poluentes orgnicos presentes em diversos compartimentos ambientais,
terrestres e aquticos. Devido sua ampla ocorrncia, persistncia, complexidade e propriedades txicas, os HPA tm sido extensivamente
estudados com o intuito de entender suas fontes, destino, distribuio e efeitos no ambiente. Para serem determinados necessrio remov-
los da matriz em estudo e este processo, de maneira geral, envolve as seguintes etapas: extrao, concentrao e clean up e, nalmente, sua
determinao, frequentemente por cromatograa em fase gasosa. Em cada uma das etapas envolvidas no preparo de amostra devem ser
tomados diversos cuidados de forma a no comprometer os resultados esperados. Embora existam tcnicas consolidadas para a determinao
destes compostos, elas ainda apresentam algumas decincias que precisam ser melhoradas. Com base nestes aspectos o objetivo deste
trabalho aperfeioar o processo de extrao liquido-liquido e a etapa de concentrao para determinao dos HPA por CG-EM. Os estudos
envolvidos na etapa de extrao foram feitos a partir da adio de uma soluo padro de HPA em gua Milli-Q. Primeiramente, foram
estudados os solventes extratores diclorometano e diclorometano:hexano (2:1). Em seguida foram avaliadas duas formas de eliminao de
gua presente na fase orgnica: a primeira consistiu na eluio do extrato em uma coluna empacotada com Na
2
SO
4
, e a outra, adicionando-se
Na
2
SO
4
diretamente ao extrato com posterior ltrao. A etapa de concentrao foi avaliada com adio de padro de HPA em solvente em
3 diferentes condies: concentrao somente no rotaevaporador, concentrao em rotaevaporador e sob uxo de nitrognio e concentrao
no rotaevaporador at secura com recuperao dos analitos com solvente. As fraes obtidas em cada etapa foram injetas no CG-EM e
posteriormente avaliadas. Ficou demonstrado, aps as anlises, que a extrao com diclorometano foi a mais efetiva com 70 a 160% de
recuperao dos compostos, dentro do intervalo de recuperao aceitvel (70 a 120%). A utilizao do sistema em coluna para remoo de
H
2
O apresentou valores mais satisfatrios, pois no requer a etapa extra de ltrao. Na etapa de concentrao todos os mtodos testados
geram perdas dos compostos mais volteis, entretanto o teste que apresentou at o momento melhor recuperao foi utilizando apenas o
rotaevaporador.
ESTUDO DA EFICCIA DA REAO DE HIDRLISE ENZIMTICA DO BAGAO DE CANA PR-
TRATADO A VAPOR ATRAVS DO MODELO CINTICO HCH-1 MODIFICADO
IMPLANTAO DE PROTOCOLO ANALTICO PARA A DETERMINAO DE MICROPOLUENTES
ORGNICOS EM SEDIMENTOS COM NFASE PARA HIDROCARBONETOS POLARES
Aluno de Iniciao Cientfca: Rodrigo Souza Aguiar (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1993003323
Orientador: Luiz Pereira Ramos
Colaboradores: Ana Paula Pitarelo e Marcos Henrique Luciano Silveira
Departamento: Qumica Setor: Exatas
Palavras-chave: modelo cintico, hidrlise enzimtica, bagao de cana.
rea de Conhecimento: Tecnologia Qumica 3.06.03.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Rogrio da Silva Souza (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2009023563
Orientador: Marco Tadeu Grassi
Colaboradores: Vnia Ribeiro Ferreira (MESTRANDO/CAPES), Luclia Taverna Maschio (MESTRANDO/CAPES)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: HPA, extrao, CG-EM
rea de Conhecimento: 1.06.04.00-6
0197
0198
k
1
k
-1
[S]
+ [E
t
] [E
u
] +[P] [E
u
S
u
]
k
2
K
i
[E
i
I]
+
[I]
K
-i
[E
a
]
K
-a
K
a
em que:
concentrao total de celulose;
concentrao enzimtica total;
concentrao enzimtica adsorvida;
concentrao do complexo enzima-substrato
til, passvel de liberar glucose;
concentrao enzimtica necessria para liberar
a glucose presente no sistema;
concentrao de glucose;
concentrao de inibidor;
concentrao do complexo enzima-inibidor;
constantes cinticas.
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Devido s suas propriedades nicas, o Azul da Prssia (AP) vem sendo muito estudado para aplicaes diversas, mas principalmente para
sua utilizao em sensores e biosensores, uma vez que possui excelente atividade cataltica perante a reduo do perxido de hidrognio.
Nanotubos de carbono (NTC), por sua vez, possuem propriedades nicas, como alta resistncia mecnica e condutividade eltrica, que em
conjunto com o AP, formam eletrodos ideais na utilizao como sensores de H
2
O
2
, j que apresentam melhor estabilidade em pH neutro e
estabilidade eletroqumica. A partir da rota desenvolvida no nosso grupo de pesquisa, onde eletrodos de AP/NTC so preparados a partir de
reao eletroqumica entre uma soluo de K
3
[Fe(CN)
6
] e NTC preenchidos com espcies de ferro, um estudo foi realizado sobre a inuncia
do nmero de ciclos e prvio tratamento dos NTC sobre as propriedades dos eletrodos quimicamente modicados. Para a construo dos
eletrodos, uma pasta de carbono foi preparada atravs de uma mistura 70/30 (m/m) de NTC (tipo multi-paredes, contendo ferro e xido de
ferro) e nujol, e colocada na abertura de um tubo de polipropileno, contendo o de cobre em seu interior. Atravs de voltametria cclica, a
saturao de deposio de AP sobre o eletrodo foi observada. Realizaram-se 300, 500, 600 e 700 ciclos em uma velocidade de varredura de
50mVs
-1
, janela de potencial de -0.3 a +1.2V, tendo como eletrlito uma soluo de 0,1 molL
-1
de KCl e 0,1 mmolL
-1
de K
3
[Fe(CN)
6
]. Os
voltamogramas obtidos para os eletrodos feitos com NTC no tratados so caracterstico do AP, com uma intensidade de corrente crescente
a cada ciclo, indicando que aps 700 ciclos o sistema ainda no atingiu a saturao. Devido ao contato ntimo entre o AP e o NTC, o AP
preparado por esta rota apresenta alta estabilidade eletroqumica, o que foi constatado por voltametria em soluo aquosa de KCl 0,05
mol.L
-1
. Um tratamento prvio dos NTC foi realizado em reuxo cido de HCl 1 molL
-1
e HNO
3
3 molL
-1
por 6h, visando eliminar outras
formas de carbono e as amostras metlicas no incorporadas nas cavidades dos nanotubos. Esta amostra foi utilizada para a confeco de
eletrodos similares aos anteriores. Vericou-se que no ocorre a formao de AP sobre esse tipo de eletrodo. Desse modo conclui-se que
a deposio de AP sobre eletrodo de pasta de carbono contnua at 700 ciclos, no ocorrendo saturao. No h formao de AP sobre
eletrodo de amostra de NTC puricados, mostrando que necessria a presena de espcies de ferro mais superciais para que ocorra a
eletrodeposio de AP.
A tuberculose uma doena infecto-contagiosa grave causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, tambm conhecido como bacilo
de Koch. A OMS classica esta doena como uma das doenas negligenciadas, ou seja, aquelas que afetam milhares de pessoas, mas que
no apresentam atrativos econmicos para investimento, j que atingem principalmente populaes de pases em desenvolvimento. Sua
teraputica utiliza na segunda etapa de tratamento (4 meses), a associao Rifampicina (RIF) e a Isoniazida (INH), cujo controle analtico
aponta a tcnica de HPLC como a recomendada pela Farmacopia. Com o objetivo de desenvolver um controle de qualidade mais rpido,
barato e tambm eciente, este trabalho avalia a utilizao da espectrofotometria na regio do visvel associada a mtodos de Regresso por
Mnimos Quadrados Parciais (PLSR) para a determinao simultnea de RIF e INH. A metodologia proposta consiste na derivatizao dos
analitos utilizando dois conjuntos de reagentes colorimtricos: Fe
3+
e o-fenantrolina, neocuproina e Cu
2+
. A capacidade de previso desta
metodologia foi comparada a mtodos convencionais de anlise (curva analtica, princpio da aditividade espectrofotomtrica PAE e curva
analtica da primeira derivada dos dados espectrais mtodo derivativo). Para os experimentos realizados com Fe
3+
e o-fenantrolina, no
foram alcanados resultados satisfatrios. A formao de complexos com diversas estequiometrias dicultam a obteno de relaes lineares
entre valores de absorbncia e concentrao. Para a metodologia que utiliza neocuproina e o on Cu
2+
, os resultados so satisfatrios. Neste
caso, a RIF complexa diretamente com ons Cu
2+
, enquanto os ons Cu (II) so reduzidos pela INH a cobre (I), que por sua vez formam
o complexo Cu(I)-NC, que apresenta absoro mxima em 454 nm. Os mtodos espectrofotomtricos convencionais apresentaram baixa
capacidade de previso, frente a um conjunto de validao externa, sendo que os menores erros relativos mdio (E
r
) foram obtidos na
determinao de RIF por PAE (E
r
=99,7 %) e INH via curva analtica (E
r
=45.02 %). Por outro lado, o modelo multivariado construdo com
faixa espectral visvel completa (350-800 nm) utilizando 3 variveis latentes (explica 100% da varincia espectral e 99,99% da varincia
dos dados de concentrao) apresentou um E
r
de 1,63% para RIF e 1,82% para INH, evidenciando que o mtodo PLSR apresentou melhores
resultados para a quanticao simultnea dos analitos complexados, quando comparado aos modelos convencionais.
ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA DEPOSIO DO AZUL DA PRSSIA SOBRE ELETRODOS DE
PASTA DE NANOTUBOS DE CARBONO
UTILIZAO DE ESPECTROFOTOMETRIA NA REGIO DO VISVEL ASSOCIADA A FERRAMENTAS
DE CALIBRAO MULTIVARIADA NO CONTROLE DE QUALIDADE DE TUBERCULOSTTICOS.
Aluno de Iniciao Cientfca: Samantha Husmann (PET/FNDE)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1998005250
Orientador: Aldo Jos Gorgatti Zarbin
Colaborador: Edson Nossol
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: azul da Prssia, eletrodos, nanotubos de carbono.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Talita Maria Tavares (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023482
Orientador: Noemi Nagata
Colaborador: Sandra Stets (Mestranda/CAPES)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: Rifampicina, Isoniazida, PLSR
rea de Conhecimento: Qumica Analtica 1.06.04.00-6
0199
0200
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Alcxidos de vandio(IV) no-oxo apresentam comportamento termocrmico marcante em soluo. Nosso grupo de pesquisa prope
como causa deste fenmeno a existncia de um equilbrio entre as formas mono- e binucleares dos alcxidos. Sistemas j bem estudados
envolvem espcies do tipo {V(OR)
4
}
n
, onde n = 1 ou 2 e R = terc-butil (Bu
t
), isopropil (Pr
i
) ou neopentil (Nep). Este trabalho busca
ampliar o entendimento dos fatores que afetam este equilbrio atravs do estudo das propriedades espectroscpicas de outros complexos
com R = terc-pentil (Tep), sec-butil (Bu
s
) e n-butil (Bu
n
), usando o [V(OBu
t
)
4
] como referncia. Os compostos so lquidos verdes para R
= Tep, Bu
s
e Bu
n
, e azul cobalto para Bu
t
. Destes, o produto com Bu
s
apresentou termocromismo reversvel em soluo e no lquido puro,
mostrando-se azul a T > 363 K, verde at 200 K e amarelo escuro abaixo de 200 K. Os espectros de RPE para as solues dos complexos
com Bu
t
, Tep e Bu
s
a 298 K apresentam as oito linhas geradas pela interao do eltron desemparelhado (V
IV
, S = 1/2) com o spin nuclear
do vandio (I = 7/2), com g
iso
= 1,96 e A
iso
= 190 MHz. Para Bu
t
e Tep, o espectro de RPE observado com o abaixamento da temperatura
tpico de espcies mononucleares de V
IV
; j para Bu
s
h o surgimento de um sinal em 1600 G correspondente a uma transio com M
S
=
2, que indica a presena de uma espcie binuclear (S = 1). Para Bu
n
, o espectro de RPE em todas as temperaturas apresenta uma linha larga
com g
iso
= 1,96 e A
H
~ 16.359 mT, compatvel com a presena de alcxidos de nuclearidade > 3. Os espectros eletrnicos dos complexos
com Bu
t
, Tep e Bu
s
em soluo apresentam uma banda alargada com
max
entre 640 e 740 nm, atribuda a transies d-d do vandio(IV)
em ambiente de simetria S
4
. Com a diminuio da temperatura, no h mudana no perl espectral para R = Bu
t
e Tep. J para Bu
s
, h o
surgimento de um ombro abaixo de 400 nm; esta absoro determina a cor amarela da soluo. Estes resultados enfatizam a importncia
de fatores estreos na nuclearidade e no termocromismo de alcxidos de V
IV
no-oxo: aqueles contendo grupos R muito volumosos, como
Tep e Bu
t
, apresentam-se sempre como monmeros em que o metal tetracoordenado, enquanto aqueles menos impedidos, como quando
R = Bu
n
, formam oligmeros em que o metal penta- ou hexacoordenado. Para grupos R intermedirios em volume como Pr
i
, Nep e Bu
s
, o
balano estreo permite a existncia do equilbrio entre complexos mono- e binucleares (vandio tetra- ou pentacordenado); este equilbrio
a base do termocromismo observado em soluo.
Devido grande importncia de ons metlicos no meio biolgico, crescente o interesse na investigao de compostos biomimticos, que
so substncias sintticas que imitam os compostos presentes nos seres vivos, estrutural e/ou funcionalmente. Uma das maiores aplicaes
de interesse comercial de sistemas biomimticos a produo de novos catalisadores, que possuem importncia econmica irrefutvel, pois
contribuem para o aumento da ecincia e do rendimento de vrias reaes feitas em escala industrial e para a melhoria da qualidade de
vida da sociedade como um todo. No presente trabalho, foi feita a sntese de um ligante indito na literatura, derivado da etilenodiamina,
o N,N-bis(2-metilpiridil)-N-(2-hidroxibenzil)-N-etil-etilenodiamina (Hbphbeten) e dois complexos, um de ferro(III) e outro de zinco(II)
contendo este ligante. O ligante foi sintetizado em trs etapas a partir de N-etiletilenodiamina, salicilaldedo, boro-hidreto de sdio e
2-clorometilpiridina. Os complexos foram preparados pela mistura de um sal do metal e do ligante em soluo metanlica, da qual foram
obtidos precipitados amorfos azul escuro para ferro(III) e marrom para zinco(II). O ligante e os complexos foram caracterizados por FTIR,
em que se destacam as bandas em 758 cm
-1
(o
C-H
), 1246 cm
-1
(v
C-O
), 1436 cm
-1
1591 cm
-1
(v
C=C
e
v
C=N
), 2831 cm
-1
(v
C-H
) e 3065 cm
-1
(v
C-H
Ar) comum para os trs compostos, alm da banda em 1375 cm
-1
(o
O-H
Phe) que aparece apenas no espectro do ligante, sugerindo que
haja uma desprotonao do grupo fenol na coordenao, e da banda em 841 cm
-1
que aparece apenas nos complexos, atribuda ao modo
(v
P-F
) do contra-on PF
6
-
, por meio do qual se infere que os complexos apresentem carga. O espectro eletrnico do complexo de ferro(III)
exibiu bandas intensas em 602 e 316 nm, que podem ser atribudas a transies TCLM. O complexo zinco(II) exibiu apenas uma banda
intensa em 262 nm, que pode ter origem em transies internas do ligante ou uma TCML. O complexo de ferro foi caracterizado por EPR,
no qual se observou sinais em g = 4,3 e 6, caractersticos para Fe(III) em simetria rmbica. Com as caracterizaes obtidas at o momento,
prope-se a formao de estruturas mononuclerares de Fe(III) e Zn(II) [ML(S)]
n+
, em que S=solvente. Estudos de anlise elementar, NMR
e de condutividade sero realizados, com o propsito de complementar a caracterizao dos complexos obtidos, alm da avaliao destes
complexos como compostos biomimticos cataliticamente ativos frente decomposio de corantes.
ESTUDO ESPECTROSCPICO DO COMPORTAMENTO TERMOCRMICO DE ALCXIDOS DE
VANDIO(IV)
ESTUDO DA REATIVIDADE DE COMPLEXOS FRENTE A BRANQUEAMENTO DE CORANTES
(SNTESE DE NOVOS COMPLEXOS A SEREM USADOS COMO CATALISADORES)
Aluna de Iniciao Cientfca: Thaiane Gregrio (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022915
Orientadora: Giovana Gioppo Nunes Co-Orientador: Ronny Rocha Ribeiro
Colaboradores: Jasa Fernandes Soares e Eduardo Lemos de S
Departamento: Qumica Setor: Exatas
Palavras-chave: vandio(IV), alcxidos, termocromismo.
rea de Conhecimento: 1.06.02.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Thas Evangelista Ferreira (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023640
Orientador: Profa Dra Sueli Maria Drechsel
Colaborador: Profa Dra Stela Maris de Moraes Romanowski (PQ), Kheoma Felipe da Rocha
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: catalisador, compostos biomimticos, ferro, zinco.
rea de Conhecimento: 1.06.02.00-3 Qumica Inorgnica
0201
0202
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O biodiesel uma fonte renovvel de energia em forte expanso de produo e uso. No Brasil, atualmente a produo de biodiesel provm
principalmente do leo de soja e do metanol. Porm, diversos estudos vem sendo realizados para a utilizao de outros leos vegetais, gordura
animal e o etanol. Aps a produo, o transporte, armazenamento e uso do biodiesel podem ser prejudicados pela tendncia solidicao
que o biodiesel apresenta, com a reduo da temperatura. Para a soluo deste problema e ampliao da comercializao e uso do biodiesel,
inclusive nas regies de temperatura ambiente mais amena, a adio de compostos qumicos que sejam capazes de melhorar os pontos de
uidez (PP) e de nvoa (CP) do biocombustvel tem sido muito pesquisada. O ponto de uidez denido como a temperatura na qual o
combustvel no consegue mais uir e o ponto de nvoa a temperatura do incio da formao de cristais. Com o objetivo de reduzir o PP e
o CP do biodiesel e de suas misturas com diesel de petrleo, foram desenvolvidos, neste trabalho, aditivos da classe dos steres polimricos
de cadeia longa, a partir do poli(lcool vinlico) - PVAl - e dos cidos: tetradecanico, dodecanico e octanico. Os steres polimricos
so compostos que possuem grupamentos ster pendentes cadeia principal do polmero e vem sendo utilizados em diversos setores da
indstria, assim como na indstria do petrleo e de biocombustveis. O PVAl obtido por hidrlise do poli(acetato de vinila) em variados
graus. O PVAl empregado neste trabalho continha entre 15 a 20% de poli(acetato de vinila). Para a sntese dos steres polimricos foram
testadas duas metodologias, variando-se tambm a proporo molar entre o PVAl e o cido carboxlico, e o tempo de reao. Os melhores
rendimentos de ster polimrico foram alcanados utilizando-se a razo molar 1:1 (PVAl:cido) e tempo de reao de 24 horas. Todos os
copolmeros sintetizados foram caracterizados por FTIR e RMN
1
H e utilizados na avaliao do desempenho sobre as propriedades de uxo
a frio, por determinao dos valores de PP e CP, de amostras puras e aditivadas de ster etlico de soja - B100 (biodiesel puro) e B20 (blenda
de 20% de biodiesel e 80% de petrodiesel), com diversas concentraes de aditivo na faixa de 1000 a 25 ppm. Nos testes dos aditivos no
B100 no foram observadas redues expressivas do PP e CP. Porm, na matriz B20 foram alcanados resultados signicativos sobre o
ponto de uidez, chegando a uma reduo de at 21 C, utilizando-se concentraes de aditivo inferiores quelas relatadas na literatura.
Este trabalho consiste na criao de um sistema gerenciador de imagens mdicas e biolgicas. Estas imagens so compartilhadas entre os
pesquisadores, usando a Internet, em um arquitetura cliente/servidor. A presente pesquisa est desenvolvendo a ferramenta SBIM (Shared
Biological Image Management), usando o sistema gerenciador de bancos de dados PostgreSQL e a linguagem de programao PHP, na
interface Web. No sistema proposto, os atributos da imagem so extrados automaticamente e o uso das tcnicas de recuperao de contedo
est sendo estudado para facilitar e melhorar a pesquisa das imagens, utilizando metadados para indexao das imagens. Esta uma
das grandes vantagens da soluo proposta, tornando o projeto inovador e permitindo a pesquisa das imagens mais eciente e efetiva. A
metodologia desenvolvida nesta pesquisa est dividida em quatro etapas. A primeira consiste na anlise da escolha do sistema gerenciador de
bancos de dados. A segunda etapa a denio da modelagem de dados do sistema proposto. A terceira etapa a implementao computacional
da ferramenta e nalmente, na quarta etapa, sero realizados os testes de validao do sistema. Atualmente, est na fase de implementao.
Para estudos futuros, o sistema proposto registrar o histrico e simplicar a anlise dos resultados empricos feitos pelos pesquisadores.
Como resultado de pesquisa, um artigo foi aceito no 6 Workshop de Viso Computacional (WVC2010), Presidente Prudente, So Paulo.
MODIFICAO QUMICA DE POLMEROS PARA A OBTENO DE ADITIVOS PARA A MELHORIA
DAS PROPRIEDADES DE FLUXO A FRIO DE COMBUSTVEIS
SISTEMA GERENCIADOR DE IMAGENS MDICAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Vitor Vlnieska (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007004
Orientador: Maria Aparecida Ferreira Csar-Oliveira (Pesquisadora/CNPq)
Colaborador: Angelo Roberto dos Santos Oliveira (Mestre/CNPq); George Hideki Sakae (Mestrando/CNPq)
Departamento: Qumica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: biodiesel, aditivos, ponto de fuidez.
rea de Conhecimento: 1.06.01.00-7
Aluno de Iniciao Cientfca: Gustavo Molitor Porcides (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023916
Orientador: Luiz Antnio Pereira Neves
Co-Orientador: Leandro Henrique Stein, Terumi Kamada
Departamento: Escola Tcnica da UFPR Setor: Escola Tcnica da UFPR
Palavras-chave: Gerenciador de Imagens Biolgicas, Aplicao na Web, Banco de Dados.
rea de Conhecimento: 1.03.04.00-2
0203
0204
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O estudo abordou a anlise dinmica de sistemas massa-mola, com ou sem amortecimento, submetidos a carregamento varivel em funo
do tempo. A integral de convoluo, ou integral de superposio, presente na soluo analtica, ser calculada numericamente, linearizando
o carregamento em cada pequeno intervalo no qual o tempo total de anlise foi dividido. As condies nais no instante imediatamente
anterior, em termos de deslocamento e velocidade, sero tratadas como condies iniciais para o instante atual, congurando um esquema
passo a passo de marcha no tempo. Para seguir essa estratgia, estabeleceu-se, a partir da soluo analtica do problema, uma equao
para a velocidade. Outra abordagem emprega o Mtodo das Diferenas Finitas, no qual as derivadas presentes na equao diferencial,
que exprime a situao fsica, so aproximadas por frmulas de diferenas. Para a soluo numrica do problema, ser desenvolvido um
programa computacional. As respostas numricas sero comparadas com as analticas.
Foi desenvolvido um stio web (www.bioinfo.ufpr.br/projetogeis) com o intuito de organizar e disponibilizar publicamente os dados
tcnicos, resultados relevantes e publicaes relacionadas ao projeto Automao do processo de interpretao de gis de eletroforese
in slico utilizando algoritmos genticos e outras tcnicas de inteligncia articial. A concepo do stio e a divulgao pblica dos
resultados eram metas previstas no cronograma inicial do projeto. Para sua concepo foram utilizadas a linguagem de programao PHP,
aliada s tecnologias HTML, XML e JavaScript. Como contedos do stio, alm de um breve histrico sobre o projeto, so apresentados e
disponibilizados para download, os produtos desenvolvidos durante a execuo do mesmo: os softwares SabiA (Solues Automatizadas
em Bioinformtica utilizando Inteligncia Articial) e SOFIA (Software Otimizado de Filtro(s) com Inteligncia Articial). O primeiro
corresponde a um software de processamento autnomo, capaz de ler, interpretar e analisar imagens digitais de gis de eletroforese. O
segundo se apresenta como um software capaz de efetuar o pr-processamento das imagens digitais de gis 2-D resultantes das pesquisas
protemicas. Ambos utilizam tcnicas de Viso Computacional, aliadas a estratgias de Inteligncia Articial (como Algoritmos Genticos)
para a resoluo de problemas. Alm das ltimas verses dos softwares para download e instalao, toda a documentao tcnica a eles
relacionada tambm se encontra disponvel para consulta.
MTODO DAS DIFERENAS FINITAS APLICADO A VIBRAES EM SISTEMAS MASSA-MOLA
ESPECIFICAO DO PROJETO DE SOFTWARE DE INTERPRETAO DE GIS DE
ELETROFORESE IN SLICO.
Aluno de Iniciao Cientfca: Paulo de Oliveira Weinhardt (PICME - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021786
Orientador: Jos Antonio Marques Carrer
Departamento: Matemtica Setor: Cincias Exatas
Palavras-chave: mtodo das diferenas fnitas, sistema massa-mola e integral de Duhamel.
rea de Conhecimento: Matemtica Aplicada - 1.01.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Raphael de Assumpo Jamielniak (Programa - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022512
Orientador: Roberto Tadeu Raittz
Colaborador: Michelly Alves Coutinho Gehlen e Vanely Souza
Departamento: Escola Tcnica da UFPR Setor: Escola Tcnica da UFPR
Palavras-chave: Algoritmos Evolutivos, Viso Computacional, Inteligncia Artifcial.
rea de Conhecimento: 0.00.00.00-0
0205
0206
Cincias Biolgicas
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Considerando-se a labilidade das peas neuroanatmicas, sua diculdade de obteno e, principalmente, a quantidade limitada de informao
que pode ser extrada de uma pea individualmente pelo sistema tradicional gera a necessidade de vrios espcimes para a montagem de
um acervo didtico que faa uma ampla demonstrao morfolgica. Diante disso, a digitalizao e perpetuao da informao contida em
uma pea-modelo permitiro o fcil acesso a uma riqueza de conhecimento sobre a anatomia do sistema nervoso central. Neste contexto
objetivamos executar uma digitalizao metamrica do Sistema Nervoso Central, obter material descritivo e tridimensional; obter registro
e acesso detalhado a informaes segmentares e supra-segmentares, bem como gerar informaes morfolgicas tridimensionais para a
elaborao de material anatmico didtico. A metodologia empregada baseou-se na dissecao clssica do animal experimental, dois ces
domsticos, obtidos no Departamento de Anatomia. Houve a exposio do neuroeixo e extrao separadamente da medula espinhal e do
encfalo dos animais, com remoo da dura-mter e aracnide. Procedeu-se incluso do material em glicerina derretida para seco seriada
de 5mm de espessura e fotodocumentao com maquina fotogrca montada em estativa e sob iluminao difusa. As imagens digitalizadas
foram analisadas e realinhadas no software livre Reconstruct para posterior reconstruo no software Autodesk 3dsmax
. Os resultados
obtidos at presente momento foram imagens digitalizadas com demonstrao metamrica das estruturas neuroanatmicas, registro e acervo
de imagens seriadas e realinhadas da medula espinhal, um modelo tridimensional interativo da medula espinhal e registro de imagens seriadas
do encfalo, arquivo de imagens neuroanatmicas seccionais do neuroeixo. No foi possvel a obteno de um detalhamento preciso das
estruturas segmentares e supra-segmentares devido inadequao da incluso em glicerina e ausncia de equipamento adequado para seco
mesoscpica do material. Conclumos que o mtodo utilizado vivel para a aquisio acurada do contorno externo do sistema nervoso
central e para descrio e registro neuroanatmico com ns didticos.
DIGITALIZAO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL - RECONSTRUO TRIDIMENSIONAL
ATRAVS DE SOFTWARE INDUSTRIAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Daniel Dias da Silva Cavalheiro (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023544
Orientador: Murilo Sousa de Meneses Co-Orientador: Djanira Aparecida da Luz Veronez
Colaborador: Joo Otvio S. B. V. Marques
Departamento: Anatomia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Neuroanatomia, Reconstruo tridimensional, Informtica Biomdica
rea de Conhecimento: 2.06.04.00-9 Anatomia
0207
A determinao da faixa etria dos animais pode ser estimada por meio do conhecimento do perodo de erupo dos distintos dentes
(heterodontia) que formam as arcadas dentrias decdua e permanente (diodontia) e pela morfologia dos dentes incisivos. O atual trabalho
almejou confeccionar moldes e modelos de dentes incisivos inferiores de equinos destinados ao estudo das variaes morfolgicas em distintas
faixas etrias; as tnicas que constituem as regies da coroa e raiz dos dentes e das faces anatmicas dos dentes incisivos. Realizou-se a
confeco de um molde dentrio por meio da imerso vertical de um dente incisivo de eqino durante 12 horas em recipiente que continha
soluo de borracha de silicone. Aps a elaborao do molde procedeu-se a confeco dos modelos de dentes incisivos utilizando-se
gesso em p diludo em gua, na proporo de 5:1. Replicaram-se vrios modelos de dentes de gesso destinados ao estudo morfolgico
do dente incisivo, desta maneira, foram efetuados desgastes, modelagens e colorao da superfcie oclusal (mesa dentria) simulando as
distintas faixas etrias. similitude, procedeu-se a elaborao de modelos de dentes de gesso que foram seccionados transversalmente para
a confeco de distintas tnicas: esmalte, cemento, dentina e polpa dentria. Modelaram-se dentes para a vericao da coroa e raiz e das
seguintes superfcies: oclusal, mesial, distal, vestibular e lingual. Os incisivos permanentes apresentam a forma de uma pirmide triangular
recurvada sobre a aresta interna. Devido a esta forma particular, dada pela disposio das arestas, a seco transversal do incisivo, a partir da
base inicialmente elptica, depois oval, e em seguida redonda, para depois de triangular passar nalmente a biangular quando se aproxima
do vrtice. Os dentes incisivos centrais (pinas), os mdios e os laterais (cantos) se nivelam em pocas diferentes e na mesma sequncia:
pinas = seis anos, mdios = sete anos, cantos = oito anos. Aps os oito anos, o contorno da mesa dentria o que nos orienta ao clculo da
idade, sendo que, ao longo dos anos, passa pelas formas elptica, oval, arredondada, triangular e biangular. Embora a estimativa da idade,
por meio da inspeo morfolgica dos dentes incisivos, apresente uma aplicabilidade limitada, a melhor forma de reconhecimento, na
ausncia de provas documentais e de exames de DNA, e desta maneira, auxilia os prossionais no estabelecimento de um manejo nutricional,
reprodutivo e de trabalho adequado em cada etapa da vida do animal.
MOLDE E MODELO DE ESTUDO DE DENTES DE EQUINO CORRELAES ENTRE
MORFOLOGIA E FAIXA ETRIA
Autor: Denilton Vidolin (outros)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024842
Orientador: Vnia Pais Cabral Co-Orientador: Amilton da Rocha Leal Jr.
Colaborador: Jaqueline Aline de Quadros
Departamento: Anatomia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: arcada dentria, faixa etria, equino.
rea de Conhecimento: 2.06.04.00-9
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Os avanos tecnolgicos vem contribuindo cada vez mais com a necessidade de produzir novas fontes de estudo sobre a anatomia do
sistema nervoso. A diculdade de obteno desse material de estudo nos levou a desenvolver uma tcnica de digitalizao e perpetuao da
informao contida em uma pea-modelo com o propsito de oferecer fcil acesso anatomia do sistema nervoso central. Neste contexto
objetivamos executar uma remontagem abstrata de um modelo anatmico detalhado e interativo do Sistema Nervoso Central, obter
material descritivo e tridimensional, adquirir registro metamrico deste sistema; obter acesso detalhado a informaes segmentares e supra-
segmentares, bem como gerar informaes morfolgicas tridimensionais para a elaborao de material anatmico didtico. A metodologia
empregada baseou-se na dissecao clssica do animal experimental, dois ces domsticos, obtidos no Departamento de Anatomia. Houve
a extrao separada da medula espinhal e do encfalo dos animais. Procedeu-se incluso do material em glicerina para seco seriada de
5mm de espessura e fotodocumentao. As imagens digitalizadas foram analisadas e realinhadas por trios de pontos pareados e translao
linear no software livre Reconstruct para posterior reconstruo via curvas de Bzier no software Autodesk 3dsmax
. Os resultados obtidos
at presente momento foram imagens digitalizadas com demonstrao metamrica das estruturas neuroanatmicas, registro e acervo de
imagens seriadas e realinhadas da medula espinhal, um modelo tridimensional interativo da medula espinhal e registro de imagens seriadas
do encfalo e arquivo de imagens neuroanatmicas seccionais do neuroeixo. No foi possvel a obteno de um detalhamento preciso das
estruturas segmentares e supra-segmentares devido inadequao da incluso em glicerina e ausncia de equipamento adequado para
seco mesoscpica do material. Conclumos que o mtodo utilizado adequado para a execuo de uma remontagem abstrata do sistema
nervoso central.
REMONTAGEM ABSTRATA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL - RECONSTRUO
TRIDIMENSIONAL ATRAVS DE SOFTWARE INDUSTRIAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Joo Otvio S. B. V. Marques (UFPR TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023544
Orientador: Murilo Sousa de Meneses Co-Orientador: Djanira Aparecida da Luz Veronez
Colaborador: Daniel Dias da Silva Cavalheiro
Departamento: Anatomia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Neuroanatomia, Reconstruo tridimensional, Informtica Biomdica
rea de Conhecimento: 2.06.04.00-9 Anatomia
0210
Na atualidade, o corao tem sido um importante objeto de pesquisa, principalmente com o aumento na incidncia de doenas cardiovasculares
no mundo. Os ramos arteriais provenientes das art rias coronrias algumas vezes podem apresentar segmentos com trajetos intramiocrdicos,
tornan do-se novamente superciais, ao msculo que recobre esses segmentos arteriais, denominado ponte de miocrdio. Essas pontes
miocrdicas so alteraes da anatomia normal do indivduo, e em alguns casos, podem ser vistas como uma alterao patolgica. A
inuncia de pontes de miocrdio no uxo sanguneo atravs das artrias coronrias, e seu envolvimento em vrias doenas cardiovasculares,
incluindo o desenvolvimento de arteriosclerose, isquemia e infarto do miocrdio, e brilao ventricular sbita tm sido discutidos h anos.
A literatura nos mostra que pontes do miocrdio por si s, no induzem nenhuma desordem miocrdica; no entanto, o ambiente ao redor
das artrias coronrias possa inuenciar, ou no, numa desordem cardaca. Por exemplo, se o espao entre a ponte de miocrdio e a artria
coronria for preenchido por tecido adiposo, conectivo, ou mesmo uido, isso pode afetar a circulao sangunea nessa regio. Essa relao
miocardio-arterial pode ser responsvel pela reduo peridica ou permanente do lmen arterial. A literatura mostra que j foi observada
obstruo arterosclertica no segmento proximal ponte de miocrdio, sendo que o trajeto no apresentou nenhuma obstruo, indicando
uma forte relao entre essa estrutura e a obstruo. Em humanos, foi constatado, em atividades fsicas intensas, que a contrao dessas
pontes de miocrdio causam dor e desconforto. Isso um dado importante, em vista que devemos ter a mesma preocupao com esses sinais
animais. O objetivo desse trabalho estudar a morfologia de pontes miocrdicas, em relao largura, espessura e espao perivascular.
Alm de obter informaes anatomoclnicas relativas s pontes miocrdicas e comparar a estrutura das pontes de miocrdio com do tecido
subepicrdico. Estudou-se, em 30 coraes de ces sem raa denida, a localizao das pontes de miocrdio, mediante dissecao das
artrias coronrias injetadas com soluo de Neoprene Ltex. Seguida da numerao desses coraes, para que seja facilitada a tabulao
dos resultados. De acordo com os resultados parciais dos coraes dissecados observou-se que 76,67% apresentaram pontes de miocrdio
em alguns dos ramos (direito ou esquerdo), enquanto 23,33% no apresentaram pontes de miocrdio em nenhum dos ramos dissecados.
ESTUDO DE PONTES DE MIOCRDIO EM CES
Aluno de Iniciao Cientfca: Frederico Guilherme Freitas Lobo Rodrigues Gomes
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024851
Orientador: dison Luiz Prisco Farias Co-orientador: Djanira Aparecida da Luz Veronez
Colaborador: Mayara Eggert
Departamento: Anatomia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Ponte, Miocrdio, Ces.
rea de Conhecimento: 2.06.04.00-9
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Peixes nototeniides e, em especial, a famlia Notothenidae, dominam a regio antrtica tanto em biomassa, como em abundncia. No
presente trabalho, foram utilizadas amostras de fgado para avaliar indicadores metablicos de duas espcies de nototenideos bentnicos:
Notothenia rossi (n=36) e Notothenia corriceps (n=22) provenientes de dois pontos de amostragem (Punta Plaza e Ecolgy) na Baia do
Almirantado (King George Island, Antrtica), durante o vero 2009/2010. O fgado desempenha funes fundamentais no metabolismo
geral do organismo e atua como um importante indicador metablico e sobre estilo de vida das espcies. Assim, a determinao de sua
composio bioqumica permite interpretaes acerca de seu funcionamento, uma vez que este modo de vida reetido na composio
qumica dos tecidos destas espcies. As amostras foram congeladas e transportadas para o Brasil, onde sua composio centesimal e o
fator de condio foram avaliados. A umidade das amostras (proporo de gua) foi determinada gravimetricamente aps desidratao
total a 60 a determinao de protenas totais foi baseada em Lowry (1956, J Biol Biochem 193: 265-275), a de lipdios totais em Folch
(1951, J Biol Biochem 226C: 497-509) e a de glicognio foi determinada segundo Moraes e Sousa (1997, Bol. Tec. CEPTA v:10 p 53-
60). O fator de condio (K) foi calculado a partir do peso (W) e do comprimento padro (SL) dos animais [K= 100.(W/SL
3
)]. Anlises
estatsticas (ANOVA/Tukey) foram realizadas para a vericao de possveis diferenas quanto aos pontos de coleta e entre as espcies.
Comparando-se as duas espcies, no houve diferena signicativa (P>0,05) na composio centesimal dos peixes provenientes de um
mesmo ponto de coleta. No entanto, o fator de condio de peixes de ambas espcies coletados em Punta Plaza foi signicativamente maior
(P<0,05), quando foram comparadas queles provenientes de Ecology. Baseando-se nestes resultados, conclui-se que ambas as espcies
tm a composio centesimal do fgado equivalentes e que no h diferena desta composio entre os pontos de coleta. Isto sugere hbitos
alimentares comparveis entre essas duas espcies de nototendeos. Entretanto, a variao espacial no fator de condio indica diferenas
na disponibilidade de alimento nos pontos Ecology e Punta Plaza.
O ferro essencial para o funcionamento das clulas. Porm, trata-se de um elemento txico quando livre ou em excesso nos uidos biolgicos.
O ferro tem sido associado a diversas retinopatias, tal como a degenerao macular relacionada idade. A injeo intravtrea de ferro usada
como modelo para a penetrao de objetos ferrosos no olho e tambm da sobrecarga de ferro, tal como a hemocromatose. A expresso da
GFAP pelas clulas de Muller (gliose) uma alterao fenotpica destas clulas em retinopatias e sua expresso independe da causa inicial
da retinopatia. O presente trabalho objetiva analisar o efeito da injeo intravtrea de ferro na gliose retiniana. Tambm se prope a avaliar
o papel da N-acetil-cistena (NAC), precursora da glutationa, com ao antiinamatria em modelos de uvete experimental, na gliose
retiniana. Sob anestesia geral, foi feita a injeo de salina ou FeSO4 (10 l, 0,5 mM) com seringa de insulina. Os ratos foram eutanasiados
por decapitao 1, 3 e 7 dias aps a injeo. Outro grupo de animais recebeu a NAC (3 mmol/kg) intraperitonealmente imediatamente antes
da injeo intravtrea de FeSO e foram eutanasiados 1 dia aps. Os olhos foram enucleados e, para cada animal, um olho foi xado para
imunohistoqumica e o outro foi dissecado para o isolamento da retina. As retinas foram dissolvidas em tampo de extrao e a concentrao
de protenas determinada pelo mtodo de Bradford. As amostras foram submetidas ao SDS-PAGE e transferidas para uma membrana de
PVDF. A reao de Western Blot foi realizada com anticorpo anti-GFAP. As membranas foram digitalizadas e as bandas quanticadas com
o programa Image J. Nas retinas controle (sem injeo), os nveis de GFAP so quase indetectveis. Nas retinas dos olhos injetados com
FeSO4, os nveis de expresso de GFAP atingiram o pico com 3 dias, sendo aproximadamente 4 vezes maior do que o observado com 1
dia, retornando quase aos nveis basais aps 7 dias. Nos experimentos com NAC, foi observada uma reduo de at 5 vezes no nvel de
expresso de GFAP induzida pela injeo de FeSO4. Os experimentos realizados mostram que a injeo intravtrea de FeSO4 capaz
de induzir a gliose retiniana, com efeito mximo aparente no terceiro dia ps injeo. Os dados iniciais demonstram que a NAC inibe a
gliose retiniana 1 dia aps a injeo intravtrea de FeSO4. Tais resultados indicam que o uso da NAC pode ser til no tratamento de casos
de acidentes perfurantes por objeto ferrosos no olho, bem como em outras retinopatias decorrentes de distrbios do metabolismo do ferro.
INDICADORES METABLICOS DE PEIXES PROVENIENTES DE REGIES ANTRTICAS.
EFEITO DA INJEO DE SULFATO FERROSO NA GLIOSE RETINIANA DE RATO
Aluno de Iniciao Cientfca: Anderson Domingues Gomes (CNPq/Proantar)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no CNPq: 52.0125/2008-8
Orientador: Flavia Sant'Anna Rios Co-orientador: Luclia Donatti (UFPR)
Colaboradores: Edson Rodrigues Jnior (MESTRANDO, CAPES), Luciana Badeluk Cettina (Pesquisadora/CNPq), Maria Rosa Demengeon
Pedreiro (IC-CNPq/Proantar)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Nothotenia, metabolismo energtico, fgado
rea de Conhecimento: 2.07.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Andressa Mezarobba (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023488
Orientador: Rubens Bertazolli Filho
Colaborador: Herbert Arlindo Trebien
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: sufato ferroso, retina, gliose.
rea de Conhecimento: Histologia - 2.06.03.00-2
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A mitose um processo de diviso celular, onde a clula me multiplica seus cromossomos, dando origem a duas novas clulas-lhas. A
compreenso destes eventos crucial para o aprendizado da biologia celular e tecidual. Este processo dinmico o que propicia a aprendizagem
atravs de vdeos e animaes. A transformao de um ensino baseado na transmisso da informao por estratgias centrado na experincia
do estudante, que est inserido em uma sociedade cada vez mais conectada atravs das tecnologias de comunicao e informao, tem sido
encorajada por inmeras organizaes que investigam a aprendizagem. As tecnologias digitais como animaes, tm sido consideradas de
grande valor na aprendizagem da Biologia Celular. Softwares que combinam imagem, textos, animaes, sons e outros recursos tm sido
cada vez mais utilizados nos diferentes temas da Biologia Celular, incluindo o tema mitose. No entanto, com raras excees, so produzidos
em ingls, protegidos por direitos autorais que restringem o seu uso. Este trabalho tem o objetivo de pesquisar novas metodologias para
produo de animaes utilizando imagens reais sobre mitose. Lminas obtidas de cortes histolgicos de mitose de raiz de cebola coradas
por Feulgen foram fotografadas. Estas imagens foram editadas no programa AdobePhotoshop, realando os cromossomos e posteriormente
importadas para o programa AdobePremiere para a confeco da animao em questo. Nesse programa as imagens foram colocadas em
seqencia, utilizando efeitos de transio de imagens para dar a impresso de movimento e dinamismo. Para compor a prfase, as imagens
estticas foram compiladas de maneira a permitir a visualizao da condensao gradual dos cromossomos, at o momento em que cam
livres no citoplasma. Da mesma, as imagens foram compiladas para a visualizao dinmica da pr-metfase e metfase, seguidas por
imagens mostrando vrios estgios da anfase at os cromossomos atingirem os plos da clula. Para a composio da telfase foram
utilizadas imagens mostrando estgios mais iniciais e tardios desta fase, at a recomposio dos ncleos das clulas lhas. Esta metodologia
mostrou-se eciente para a produo de um vdeo que exibe as vrias etapas da mitose de uma forma contnua e dinmica, baseada em
imagens reais, com palavras e conceitos chaves em portugus. O vdeo produzido pode ser explorado de diferentes maneiras, podendo ser
utilizado pelo ensino mdio e superior. Na prxima fase este artefato virtual ser aplicado em escolas de ensino mdio e na graduao para
a investigao da aprendizagem deste tema.
A medula ssea a principal fonte de clulas-tronco hematopoticas, que tem capacidade de renovar todas as clulas do sangue. Esse
microambiente composto pelas clulas estromais; matriz extracelular; fatores de crescimento e clulas-tronco. Estudos indicam que o
estroma medular altamente adaptativo e apresenta a capacidade de alterar sua funo em resposta a estmulos externos. Sendo assim na
traduo de sinais para as clulas-tronco, podendo inuenciar na sobrevivncia, proliferao e desenvolvimento das clulas hematopoticas.
Este trabalho tem como objetivo vericar a morfologia interna de uma clula estromal ativada, que principalmente evidenciada em culturas
de medula ssea tratadas com o medicamento altamente diludo Calcarea cabonica e associaes. As clulas da medula ssea murina foram
coletadas, contadas e a concentrao celular ajustada para 10
6
/ml. Em seguida, elas foram cultivadas em garrafas de cultivo de 25cm
2
e em
placas de 24 poos, a 37 C em atmosfera de 5% de CO
2
por 96 horas. Aps esse perodo, as clulas foram processadas para microscopia
eletrnica de transmisso para anlise em microscpio Dual-beam (FEI Helios NanoLab instrument) e citoqumica para deteco de protenas
e carboidratos. As clulas ativadas examinadas atravs da microscopia dual-beam demonstraram que vias de secreo esto atuando e que o
sistema endossomal/lisossomal, retculo endoplasmtico e complexo de Golgi esto interligados. A anlise tridimensional da clula permitiu
a visualizao de sua superfcie, onde inmeras projees e pequenas vesculas se desprendem contendo um material eletrodenso em seu
interior. O contedo das vesculas foi avaliado atravs de citoqumica utilizando-se dos corantes Fast Green, que detecta a protena celular
total, e PAS, que detecta carboidrato. A visualizao tridimensional em alta resoluo das clulas estromais da medula ssea, possibilitou a
observao e caracterizao dessas, mostrando presena de um grande complexo de Golgi prximo ao ncleo e da membrana plasmtica;
um extenso sistema endossomal/lisossomal; vesculas com partculas densamente coradas contendo protenas e carboidratos.
CITOESQUELETO/MITOSE
ESTUDO DE CLULAS IMUNITRIAS TRATADAS COM MEDICAMENTOS ALTAMENTE DILUDOS.
Aluno de Iniciao Cientfca: Beatriz Santana Borges (Programa- Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022977
Orientador: Ruth Janice Guse Schadeck
Colaboradora: Mrcia Helena Mendona (Licenciar).
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Clulas / Aprendizagem / Animaes
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Ediely L. Oliveira Coletto (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013121
Orientador: Dorly de Freitas Buchi Co-Orientador: Ana Paula Ressetti Abud
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: medula ssea, microscopia eletrnica dual-beam
rea de Conhecimento: Citologia 2.06.01.00-0.
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O ambiente aqutico apresenta inmeros fatores fsicos e qumicos que interagem com os seres vivos, estimulando-os e modulando seu
comportamento. Esses fatores so recebidos pelos seres vivos atravs de seu sistema sensorial que, por sua vez, capta e traduz os estmulos
ambientais ao sistema nervoso central. A espcie alvo do presente estudo foi o jundi (R. quelen), um bagre de gua doce, onvoro e de
ampla distribuio geogrca. Sua carne apresenta grande aceitao pelo mercado consumidor devido ao sabor e ausncia de espinhos.
O objetivo desse estudo foi descrever o desenvolvimento do sistema sensorial do jundi. Os embries e larvas obtidos por desova induzida
foram observados in vivo sob microscpio de luz e fotografados. Em seguida, foram xados em paraformaldedo 4% em tampo PBS
0,1M para microscopia de luz e em Karnovsky para microscopia eletrnica de varredura. Os resultados mostraram que o primeiro orgo
do sistema sensorial a surgir o primrdio ptico, que se forma no inicio da segmentao (E16), as lentes dos olhos se diferenciam no
estdio de 14 somitos (E19) e os olhos se tornam pigmentados aps a ecloso (E26). Porm, os olhos s se tornam funcionais com a
estraticao das retinas na larva tardia (E28). As vesculas ticas, que fazem parte do sistema de equilbrio, foram observadas no estdio
20 (E20), havendo a formao dos otlitos e das mculas no estdio 21 (E21). Possivelmente, estes foram os primeiros rgos sensoriais
a se tornarem funcionais. Os orgos olfatrios comeam seu desenvolvimento no estdio 17 (E17), sendo que as cavidades nasais ganham
clulas ciliadas na larva tardia (E28). Os barbilhes foram observados pela primeira vez na larva inicial (E26), alongando-se e ganhando
botes gustativos primordiais na larva mdia (E27). Na larva tardia (E28), os botes gustativos se tornam bem desenvolvidos e tambm
foram observados nos lbios. Os neuromastos, estruturas que compem o sistema de linha lateral, foram observados no corpo e na regio
ceflica logo aps a ecloso, no estdio de larva inicial (E26) e se tornaram organizados em poros nos juvenis (E30). O desenvolvimento
do sistema sensorial do jundi foi comparado com o de outras duas espcies de telesteos (Colossoma macropomum e Cyprinus carpio),
demonstrando desenvolvimento mais acelerado e pronunciado das estruturas quimiorreceptoras. Porm, o sistema visual do jundi apresenta
um desenvolvimento mais lento que as demais espcies estudadas. Essas diferenas possivelmente estejam relacionadas diversidade de
habitats e hbitos das trs espcies comparadas.
O Loxoscelismo o quadro clnico desenvolvido por acidentes com aranhas do gnero Loxosceles, o qual pode apresentar-se na forma de
leses dermonecrticas e/ou manifestaes sistmicas como hemlise, insucincia renal aguda e coagulao intravascular disseminada.
O veneno de Loxosceles sp. uma complexa mistura protica composta principalmente por enzimas, como as fosfolipases-D. Estas so
toxinas capazes de reproduzir isoladamente alguns dos efeitos do veneno total como a dermonecrose e hemlise direta in vitro. O presente
projeto tem como intuito avaliar a atividade de fosfolipases-D recombinantes presentes no veneno de L. intermedia sobre eritrcitos humanos
com nfase na atividade hemoltica. Com o objetivo de analisar o efeito indireto do veneno total e das toxinas LiRecDT1 e LiRecDT1
H12A (isoforma mutada) sobre a membrana eritrocitria, incubou-se o veneno total (25g/mL) ou toxinas recombinantes (25g/mL) com
eritrcitos humanos por 24h 37C. Posteriormente, as amostras foram submetidas eletroforese em gel de poliacrilamida 10%, sendo os
gis corados com azul de Coomassie, e realizou-se densitometria das bandas obtidas. Os resultados mostraram que somente o veneno total
e a LiRecDT1 induziram a reduo de trs importantes protenas de membrana. Avaliou-se tambm se as mesmas toxinas eram capazes
de, indiretamente, alterar o perl proteico das glicoforinas especcas de membrana eritrocitria. Para tanto, realizou-se duas tcnicas:
a tcnica de SDS-PAGE com coloraes por PAS e azul de Coomassie e a tcnica de Lectin Blot. Observou-se que o veneno total e
a LiRecDT1 induziram a diminuio das glicoforinas e LiRecDT1 H12A no alterou o perl dessas observado nos controles. Por m,
comparou-se a atividade hemoltica direta da LiRecDT1, LiRecDT1 H12A e de outras 5 isoformas (LiRecDT2, LiRecDT3, LiRecDT4,
LiRecDT5 e LiRecDT6). Incubou-se por 24h 37C os eritrcitos com cada toxina recombinante (25g/mL) na presena e ausncia de
ons Ca
+2
(100M). Foram obtidas diferentes porcentagens de hemlise com as diferentes isoformas estudadas. Tais porcentagens foram
maiores na presena de Ca
+2
, sendo que a LiRecDT6 apresentou maior porcentagem de hemlise (94,20%) e a LiRecDT1 H12A apresentou
a menor (11,54%). Essas porcentagens esto diretamente relacionadas com a diferena da atividade fosfolipsica apresentada por essas
toxinas. Portanto, todos os resultados obtidos sugerem fortemente que existe relao direta da atividade fosfolipsica e efeito hemoltico.
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSORIAL DE RHAMDIA QUELEN.
CARACTERIZAO BIOQUMICA E BIOLGICA DE FOSFOLIPASES-D PRESENTES NO VENENO
DE ARANHA-MARROM (Loxosceles intermedia) COM NFASE NA ATIVIDADE HEMOLTICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Gatto de Almeida (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005018169
Orientador: Flavia Sant'Anna Rios
Colaboradores: Alana Marielle Rodrigues-Galdino (DOUTORANDA/CAPES), Camila Valente Maiolino (MESTRANDA/ CAPES), Daniely
Andressa da Silva (Estagiria), Luclia Donatti (UFPR), Jorge Daniel Mikos (PUC-PR), Peter Gaberz Kirschnik (PUC-PR)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Embriologia, Organognese, Peixe
rea de Conhecimento: 2.06.02.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Nunes Souza (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000008116
Orientador: Prof. Dr. Silvio Sanches Veiga Co-Orientador: Olga Meiri Chaim
Colaborador: Daniele Chaves Moreira (Doutorado/ CAPES)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: loxoscelismo, Loxosceles intermedia
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0
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A heparina um polissacardeo sulfatado aninico, que possui a maior densidade de cargas negativas que qualquer outra molcula biolgica
conhecida, apresentando em mdia 3,5 cargas negativas por unidade dissacardica. Pertence famlia dos Glicosaminoglicanos (GAG) e
sua unidade estrutural bsica predominante um hexassacardeo octassulfatado, constitudo essencialmente de dois tipos de dissacardeos:
um trissulfatado e outro dissulfatado, respectivamente na proporo de 2:1. Ela amplamente utilizada na medicina desde 1936, devido ao
seu potente efeito anticoagulante. O heparam sulfato outro GAG, cuja estrutura qumica muito parecida com a molcula de heparina,
porm com menor grau de sulfatao. Os dados da literatura mostram que o Proteoglicano contendo Heparam Sulfato (PGHS), presente na
superfcie das clulas endoteliais, o responsvel por manter a compatibilidade destas com o sangue, isto , age impedindo a formao de
trombo. Assim, este PGHS j possui uma caracterstica antitrombtica. No entanto, quando as clulas endoteliais so expostas (in vitro)
heparina, ocorre um aumento na sntese de PGHS, alterando sua composio, tornando-o mais sulfatado e, assim, aumentado sua atividade
antitrombtica. Ainda no so conhecidos os requisitos estruturais da molcula de heparina, que so responsveis por desencadear tal
estmulo, motivando-nos a investig-los. Assim, o presente trabalho objetivou identicar e caracterizar os grupamentos qumicos especcos
da molcula de heparina candidatos participao efetiva no estmulo de PGHS. Para tanto, foram obtidos compostos quimicamente
modicados, parcialmente dessulfatados ou carboxireduzidos. Estas modicaes foram conrmadas em dosagens de sulfato e de cido
urnicos, bem como por ressonncia nuclear magntica. As modicaes qumicas foram acompanhadas de alterao na organizao
da molcula, como mostrado no espectro de dicrosmo circular. Estas alteraes resultaram em compostos com menor grau de atividade
anticoagunte e antihemosttica. O prximo passo ser analisar a ao destas molculas nas clulas endoteliais e vericar se o estmulo da
sntese de PGHS decorrente da carga lquida da molcula ou da posio espacial em que estas se encontram.
A percepo do ambiente pelos animais feita pelos sistemas sensoriais, os quais podem orientar as aes e comportamentos desses
indivduos. Um desses sistemas, o visual um dos mais importantes por oferecer o maior nmero de informaes ao animal. Os olhos dos
peixes mostram inmeras adaptaes pela variedade de condies do ambiente aqutico. A retina o tecido utilizado para o estudo da viso,
por ser a estrutura responsvel pelo processamento inicial, fototransduo e por possuir uma estrutura relativamente simples, organizada em
dez camadas histolgicas. Desta maneira, este trabalho tem como objetivo estudar a acuidade visual do Astyanax sp. (lambari) e do Hoplias
malabaricus (trara), correlacionando aspectos ecolgicos e comportamentais desses peixes a partir de dados oriundos de duas metodologias.
Na primeira, a densidade dos neurnios da retina estimada em cortes parasagitais do olho. Lminas histolgicas so fotomicrografadas a
cada trs sees, evitando-se assim a sobreposio de clulas. As densidades dos neurnios so determinadas num campo de 80m de largura
e altura total da retina. As pores ventral e dorsal da retina so avaliadas para clculo dessa densidade, visto que a regio ventral da retina
fornece a percepo do campo visual superior ao animal, e a dorsal, o campo inferior. Os dados de densidade celular so utilizados para
clculo da convergncia entre as clulas da retina. O ndice de convergncia calculado para cada hemi-retina, de cada indivduo, utilizando
a mdia de densidade das clulas fotorreceptoras (cones e bastonetes), das clulas bipolares e das ganglionares. Na segunda metodologia,
a acuidade visual ou resoluo espacial calculada com base no pico da densidade das clulas ganglionares da retina, associado a medidas
de certas estruturas oculares para o clculo da distncia posterior nodal (PND). Esta distncia est compreendida entre o centro do cristalino
e a retina, em cortes sagitais do olho das duas espcies. Com esses dados, atravs de frmulas, a resoluo espacial estimada, expressa
em ciclos por grau (cpg). A densidade dos neurnios da retina mostrou que a convergncia dos neurnios da hemi-retina ventral do lambari
foi de 25,14 (1,53) fotorreceptores : 5,84 (0,94) bipolares : 1 ganglionar. J para a poro dorsal a convergncia foi de 16,97 (01,22) :
5,94 (0,84) : 1. Um nmero maior de indivduos ser utilizado para a complementao dos dados, para discutir as caractersticas visuais
relacionadas aos hbitos das duas espcies.
A AVALIAO DOS REQUISITOS ESTRUTURAIS DA MOLCULA DE HEPARINA QUE SO
NECESSRIOS PARA A INDUO DO ESTMULO DE PROTEOGLICANO DE HEPARAM SULFATO
(PGHS) NAS CLULAS ENDOTELIAIS
ESTUDO DA ACUIDADE VISUAL DE DOIS PEIXES TELESTEOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Gustavo Rodrigues Rossi (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023683
Orientador: Edvaldo da Silva Trindade Co-Orientador: Clia Regina Cavichiolo Franco
Colaborador: Mrcio Fabiano Chaves Bastos (MESTRANDO VOLUNTRIO), Thales Ricardo Cipriani, Guilherme Sassaki
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Clula Endotelial, Heparina, Atividade antitrombtica.
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0 Citologia e Biologia Celular
Aluno de Iniciao Cientfca: Izabela Paulini de Jesus (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019164
Orientador: Sonia Regina Grtzner Co-Orientador: Ciro Alberto de Oliveira Ribeiro.
Colaboradores: Ana Luisa Rotelok Damaso da Silveira (IC, UFPR), Andr Maurcio Passos Liber (Mestrando, USP)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: retina, acuidade visual, peixes.
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0 Biologia Celular
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O sistema fagoctico mononuclear uma linhagem de clulas hematopoiticas derivadas de progenitores da medula ssea, das quais parte
se diferencia em moncitos sanguneos. Estes, por sua vez, migram para os tecidos e se transformam em macrfagos teciduais residentes.
Este estudo visa a observar estgios de diferenciao de clulas da linhagem monoctica na presena de uma soluo complexa altamente
diluda e dinamizada de Chelidonium majus com associaes (M1). Para isso, leuccitos sanguneos humanos foram extrados de ltros de
leucorreduao aps afrese das plaquetas de doadores saudveis e voluntrios no Hospital de Clnicas, UFPR. As clulas mononucleares
do sangue perifrico do ltro foram puricadas em gradiente de Ficoll- Hypaque e posteriormente plaqueadas em placas de 24 poos (10
6
clulas/poo). As clulas foram divididas em quatro grupos: controle, com LPS, tratado com M1 e LPS tratado com M1. O cultivo foi feito
em meio RPMI1640, suplementado com 5% de soro autlogo humano, em atmosfera mida, a 37
o
C e 5% de CO
2
. As clulas aderentes
foram tratadas 2h aps plaqueadas e foram xadas e processadas para anlise em microscopia de luz aps 24h de cultivo. Outro grupo de
clulas permaneceu em cultura por 14 dias, portanto diferenciadas em macrfagos, e ento foi submetido ao mesmo tratamento. Os resultados
para moncitos mostraram que poucas clulas permaneciam aderidas na lamnula e na presena do M1 ocorreu maior espraiamento das
clulas quando comparadas ao controle. A estimulao com LPS, o qual se liga ao TLR4 na membrana plasmtica, provocou aumento na
quantidade de clulas aderidas e a formao de agrupamentos celulares. Enquanto que a adio de M1 neste grupo causou a diminuio na
quantidade e tamanho dos agrupamentos, sugerindo, portanto, que o M1 modula a diferenciao celular, provavelmente a partir das conexes
clula-clula, promovida pelo LPS nos moncitos. J para macrfagos, observou-se que o M1 aumentou o nmero de clulas aderidas e
tambm a quantidade de conexes entre elas. Todavia, na presena de LPS, o M1 provocou diminuio no espraiamento e quantidade de
conexes intercelulares, aparentemente modulando tambm a ativao celular promovida pelo LPS. Portanto, conclui-se que a soluo M1
possui efeito modulador sobre diferentes estgios de diferenciao das clulas da linhagem monoctica. Essa reduo da ativao celular
pelo M1 quando na presena de LPS pode sugerir uma propriedade anti-inamatria, o que ser conrmado futuramente atravs de ensaios
de dosagem de citocinas pr-inamatrias.
O ferro um elemento essencial para o funcionamento das clulas. Porm, trata-se de um elemento txico quando livre ou em excesso
nos uidos biolgicos. O ferro tem sido associado a diversas retinopatias, entre elas a degenerao macular relacionada idade. A injeo
intravtrea de ferro usada como modelo para a penetrao de objetos ferrosos no olho e tambm da sobrecarga de ferro, entre as quais a
hemocromatose, a ataxia de Friedreich e a aceruloplasminemia. A ceruloplasmina (CP) (ferroxidase, EC 1.16.3.1) uma metaloprotena
plasmtica. Trata-se de uma alfa-2-glicoprotena azul, que liga de 90 a 95% do cobre plasmtico e transporta de 6 a 7 ons cpricos por
molcula. A ceruloplasmina est envolvida na peroxidao do Fe
++
para a forma Fe
+++
. No olho, a CP sintetizada na retina, cristalino e no
epitlo ciliar ocular. A sobre-expresso da CP observada em diversos tipos de leses retinianas, tais como as leses fticas e na retinopatia
diabtica. O presente trabalho objetiva analisar o efeito da injeo intravtrea de ferro na expresso de CP retiniana. Sob anestesia geral,
foi feita a injeo de salina ou FeSO4 (10 l, 0,5 mM) com seringa de insulina. Os ratos foram eutanasiados por decapitao 1 e 3 dias
aps a injeo. Os olhos foram enucleados e, para cada animal, um olho foi xado para imunohistoqumica e o outro foi dissecado para
o isolamento da retina. As retinas foram dissolvidas em tampo de extrao e a concentrao de protenas determinada pelo mtodo de
Bradford. As amostras foram submetidas ao SDS-PAGE e transferidas para uma membrana de PVDF. A reao de Western Blot foi realizada
com anticorpo anti-CP e revelada com o Kit Vectastain ABC Kit, com DAB e Perxido de Hidrognio. As membranas foram digitalizadas
e as bandas quanticadas com o programa Image J. Observou-se que tanto nas retinas controle (sem injeo), quanto nas retinas dos
olhos injetados com FeSO4, os nveis de expresso de CP mantiveram-se prximos. Os experimentos realizados mostraram que a injeo
intravtrea de FeSO4 no foi capaz de induzir o aumento da expresso da CP na retina, ao menos nas condies da presente abordagem,
muito embora a CP esteja relacionada com a preveno da gerao de radicais livres atravs da reao de Fenton, na qual o on ferroso
oxidado (Fe
++
Fe
+++
) e gerado um radical OH (hidroxil), considerado o mais reativo dos radicais livres derivados do oxignio; este um
elemento chave no mecanismo de dano celular primrio determinado por esta classe de radicais livres.
EFEITO DE MEDICAMENTOS ALTAMENTE DILUDOS/DINAMIZADOS NO METABOLISMO DE
MONCITOS/MACRFAGOS HUMANOS IN VITRO
EFEITO DA INJEO DE SULFATO FERROSO NA EXPRESSO DE CERULOPLASMINA NA RETINA
DE RATO
Aluno de Iniciao Cientfca: Jenifer Pendiuk Gonalves (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013121
Orientador: Dorly de Freitas Buchi
Colaboradores: Eneida Janinscki Da Lozzo (PS-DOUTORADO - voluntrio), Diogo Kuczera (DOUTORANDO/CNPq), Gustavo Rodrigues
Rossi (PIBIC CNPq), Carolina Camargo de Oliveira (PROFESSOR/UFPR)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: diferenciao celular, moncito/macrfago, homeopatia
rea de Conhecimento: Citologia e Biologia Celular - 2.06.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Lais Yglcias Mattos (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023488
Orientador: Rubens Bertazolli Filho
Colaborador: Herbert Arlindo Trebien
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: sulfato ferroso, retina, ceruloplasmina
rea de Conhecimento: Histologia - 2.06.03.00-2
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As metaloproteases da matriz desempenham um papel fundamental na destruio tecidual e participam de diversos processos degenerativos.
Pequenas variaes genticas, denominadas polimorsmos, podem tornar um indivduo mais ou menos suscetvel a uma determinada patologia.
Polimorsmos em gene de metaloproteases j foram associados a diversas doenas, inclusive a patologias de tendes. O objetivo deste
trabalho investigar a inuncia de polimorsmos na regio promotora do gene da MMP-1 e MMP-3 correlacionando-os com a tendinopatia
primria do tendo tibial posterior. Os voluntrios foram divididos em dois grupos: teste, 100 pacientes submetidos a procedimento cirrgico
e com diagnstico anatomopatolgico de leso degenerativa do tendo tibial posterior; controle, 100 pacientes com tendo tibial posterior
integro e sem sinais de degenerao) O DNA dos voluntrios foi obtido a partir de clulas epiteliais da mucosa bucal, atravs de extrao
com acetato de amnia. As reaes de PCR e RFLP foram padronizadas. Parte das amostras foram analisadas at o momento; entretanto os
resultados estatsticos dependem da anlise do grupo todo. A anlise estatstica ser por Simulaes de Monte Carlo (signicncia de 5%).
Espera-se correlacionar esses polimorsmos com a susceptibilidade tendinopatia. Dessa forma, estratgias de preveno e teraputica
poderiam ser desenvolvidas para modular a expresso das MMPs e assim aumentar o sucesso dos procedimentos cirrgicos.
A densidade de estocagem em um fator que afeta diretamente a sobrevivncia, o crescimento e o comportamento de embries e larvas de
peixes. Sendo um fator varivel entre as espcies, o presente estudo buscou avaliar a qualidade das larvas, ps larvas e juvenis de Rhamdia
quelen incubados em diferentes densidades de estocagem. Os indivduos coletados foram obtidos atravs de reproduo em cativeiro, com
desova induzida e fertilizao in vitro. A incubao foi realizada em triplicata, em incubadoras de 1,5L , em 4 densidades de estocagem
(DEs) diferentes: 10, 100, 1000 e 10000 embries/L, por um perodo de 30 dias. Utilizou-se sistema de circulao de gua semi-aberto,
sob temperatura (27 C) e aerao constantes e fotoperiodo natural. As ps larvas e os juvenis foram alimentados com nuplios de Artemia
salina. Nos estdios de ecloso (E26), larva tardia (96 hpe; E28) e juvenil (E30; 30 dpe), os indivduos foram observados in vivo para
determinao dos batimentos cardacos e da ocorrncia de malformaes cardacas (edema), ceflicas e axiais. O comprimento e o peso
seco foram analisados e a taxa de crescimento relativo (RGR) foi calculada. A incubao na densidade de 10000 embries/L resultou em
alta mortalidade e baixa taxa de ecloso, sendo desconsiderada para os demais parmetros analisados. A taxa metablica (estimada pela
frequncia cardaca) das larvas eclodidas foi semelhante nas DEs 10 e 1000 embries/L (78 e 81 bpm, respectivamente) e mais baixa nas
larvas incubadas na DE 100/ embries/L (63 bpm). A porcentagem de malformaes no foi considerada elevada em nenhuma DE, sendo
de aproximadamente 13, 17 e 7% nas DEs 10, 100 e 1000 embries/L, respectivamente. A maioria das malformaes observadas foram
ceflicas e axiais, havendo uma baixa incidncia de edemas cardacos. Os presentes resultados permitem concluir que a densidade de 10000
embries/L mostrou-se inadequada para a incubao de embries de R. quelen devido ao elevado indice de mortalidade, sendo as DEs mais
baixas mais indicadas para incubao desta espcie.
INFLUNCIA DE POLIMORFISMOS GENTICOS NA MMP-1 E MMP-3 NA TENDINOPATIA
PRIMRIA.
EFEITO DA DENSIDADE DE ESTOCAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE Rhamdia quelen.
Aluno de Iniciao Cientfca: Larissa Pontes Alcazar (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 200923474
Orientador: Maria Cristina Leme Godoy dos Santos
Colaborador: : Priscila Akemi Arakaki (IC Voluntria), Francisco Rafael Costa Junior (Mestrado)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: polimorfsmos genticos, metaloproteases, tendinopatia primria.
rea de Conhecimento: 2.02.05.00-7 - Gentica Humana e Mdica
Aluno de Iniciao Cientfca: Marcelo Hideki Tamada (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005018169
Orientador: Flavia SantAnna Rios
Colaboradores: Alana Marielle Rodrigues-Galdino (DOUTORANDA/CAPES), Claudemir de Souza (MESTRANDO/CAPES), Anderson
Domingues Gomes (IC-CNPq/Proantar), Fernanda Gatto de Almeida (IC-Fundao Araucria)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Embriologia, Jundi, Larvicultura
rea de Conhecimento: 2.06.02.00-6
0221
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O projeto Evoluo e Biodiversidade na Antrtica: uma resposta da vida as mudanas (CNPq. n 52.0125/2008-8) tem por objetivo geral
avaliar a capacidade adaptativa de peixes antrticos em nvel sistmico, sub-celular e metablico ao efeito da possvel variao da temperatura
no ecossistema Antrtico. Para atingir estes objetivos, o Laboratrio de Biologia Adaptativa Departamento de Biologia Celular da UFPR
desenvolve vrias pesquisas sobre o assunto, na Estao Antrtica Comandante Ferraz, Ilha Rei George, Arquiplago das Shetlands do Sul
na Pennsula Antrtica. O presente trabalho parte do subprojeto: Efeito do estresse trmico sobre o metabolismo energtico dos peixes
antrticos Notothenia coriiceps e Notothenia rossii. Os peixes foram submetidos a diferentes condies experimentais em temperaturas
de 0, 4
o
C e 8
o
C, salinidade de 35psu durante 24 horas, 96 horas, 15 dias e 30 dias. Foi observada uma diferena signicativa, a 0C grau,
entre as mdias das concentraes de glicose e triglicerdeos entre as duas espcies estudadas (<0,05). J a 4C graus, houve diferena
signicativa entre as espcies para os valores vericados somente para a glicose (<0,05). O aumento da temperatura da gua, de zero para
4C, reduziu signicativamente os nveis plasmticos de glicose e cloreto da N. coriiceps e os nveis de glicose no plasma da N. rossii. Os
nveis de triglicerdeos aumentaram no sangue de ambas as espcies em funo do aumento da temperatura, embora apenas o da N. rossii
tenha sido estatisticamente signicante. No foi observada, at o momento, em microscopia eletrnica de varredura, nenhuma alterao
morfolgica dos eritrcitos.
Aranhas do gnero Loxosceles, conhecidas como aranhas-marrons, produzem veneno composto por diversas toxinas, entre elas protenas,
responsveis pelo quadro conhecido como loxoscelismo, que se manifesta em sintomas cutneos e/ou sistmicos. O quadro cutneo
o mais comum e pode levar ao desenvolvimento de uma leso necrtica com espalhamento gravitacional, resultado de uma inamao
exacerbada que envolve a participao de mastcitos e eventos histaminrgicos. Na biblioteca de cDNA da glndula de veneno de Loxosceles
intermedia foi identicada uma seqncia que codica uma protena da superfamlia TCTP (Translationally Controlled Tumor Protein) que,
em ambiente extracelular, age como fator de liberao de histamina. O alinhamento da TCTP de L. intermedia com homlogas de outros
organismos revelou um alto grau de conservao da protena, especialmente em resduos de aminocidos relacionados com a interao com
GTPases monomricas. A anlise logentica mostrou que a protena de L. intermedia esta agrupada com protenas TCTP presentes na
saliva de carrapatos e para as quais j foi demonstrada a atividade de liberao de histamina. Foi ento realizada a clonagem do cDNA que
codica a protena em pET 14b e a expresso da protena recombinante em Escherichia coli BL21 (DE3) pLysS. A TCTP recombinante foi
expressa como uma protena fusionada com um His-Tag N-Terminal. A puricao envolveu dois passos de cromatograa, o primeiro em
resina Ni2+-NTA agarose e o segundo em resina DEAE-Agarose. Com a protena recombinante puricada foram produzidos anticorpos
utilizados em um ensaio de Western Blot que evidenciou a presena da protena TCTP no veneno de L. intermedia. Para avaliar a atividade
biolgica da protena, foi realizado ensaio de edema de pata em camundongos, com a injeo da protena em diferentes concentraes via
subcutnea na pata do animal (intraplantar) e medio da espessura da pata com micrmetro digital em diferentes tempos. Foi observado
pico de edema em cinco minutos aps injeo da protena de modo concentrao dependente. Sero realizados ainda ensaios para avaliar a
liberao de histamina em clulas da linhagem basoflica RBL-2H3 em resposta protena TCTP, alm de histologia em pele de camundongos
e colorao com azul de toluidina, para avaliar a degranulao de mastcitos expostos TCTP.
EFEITO D0 ESTRESSE TRMICO NO METABOLISMO DE PEIXES ANTRTICOS
CARACTERIZAO FUNCIONAL DA PROTENA TCTP PRESENTE NO VENENO DE ARANHA-
MARROM (Loxosceles intermedia)
Aluno de Iniciao Cientfca: Maria Rosa Dmengeon Pedreiro (CNPq-Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no CNPq: 52.0125/2008-8
Orientador: Luclia Donatti
Colaborador: Priscila Krebsbach(ESTAGIRIA/CNPq) , Cintia Machado(Doutoranda/REUNI), Luciana Badeluk Cettina(Pesquisadora/CNPq),
Flvia Baduy Vaz da Silva(Pesquisadora), Flvia Sant`Anna Rios(Professora/UFPR).
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Antartica, notothendeos,eritrcitos
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Marianna Boia Ferreira (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022579
Orientador: Profa. Dra. Andrea Senf-Ribeiro Co-Orientador: Prof. Dr. Silvio Sanches Veiga
Colaborador: Youssef Bacila Sade (Doutorado/ CAPES)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Loxosceles, TCTP, histamina.
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0
0223
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A classe Osteichthyes representa o maior grupo de peixes sseos e dentre eles, os Actinoptergii representam o grupo do qual derivou a
maioria das espcies atuais. O peixe empregado neste estudo foi o Telesteo Poecilia reticulata, pertencente Ordem Cyprinodontiformes
e conhecido popularmente como Lebiste. Esta espcie amplamente utilizada como peixe ornamental por ser de fcil criao, apresentar
colorao intensa e por reproduzir-se facilmente em cativeiro. Possui hbito ovovivparo e logo que nasce passa a ter alimentao exgena.
Para a anlise do desenvolvimento do esqueleto ps-craniano desta espcie, exemplares adultos de ambos os sexos foram mantidos sob
temperatura (281C) e aerao constantes, sendo alimentados com rao comercial. As fmeas grvidas foram identicadas pelo abdome
avolumado e colocadas em uma incubadora plstica dentro do mesmo aqurio (40 litros), que garantiu a separao entre a fmea, os peixes
recm nascidos e os demais peixes do aqurio, evitando o canibalismo pelos adultos. Logo que nasceram, os peixes foram remanejados
para um aqurio de 8 litros em condies idnticas ao aqurio de origem. Os alevinos foram amostrados periodicamente ao longo de
20 dias, anestesiados em benzocana 0,01% e xados em formalina 5% por um perodo de 3 horas sob refrigerao. Aps a xao, as
amostras foram transferidas para lcool 70% e submetidas tcnica de diafanizao (KOH 6%) e colorao do esqueleto (Azul de Alcian
e Vermelho de Alizarina) para o estudo do padro de ossicao em montagens totais. Observou-se que, aps o nascimento, o crescimento
foi acelerado, sem haver, entretanto, intensas modicaes estruturais externas. Porm, o desenvolvimento ps-natal das vrtebras, costelas
e nadadeiras foi acentuado nos primeiros dias de vida livre. As vrtebras apresentaram-se totalmente ossicadas a partir do primeiro dia
aps do nascimento. J a ossicao das nadadeiras foi gradual desde o primeiro at, aproximadamente, o 15 dia. Contudo, as nadadeiras
no apresentaram ossicao completa at a extremidade distal em nenhum dos estdios analisados, incluindo nos indivduos adultos. As
costelas apresentaram-se parcialmente ossicadas a partir do nascimento e a ossicao completa deu-se por volta do terceiro dia. Com base
nos resultados foi possvel concluir que a ossicao do esqueleto de Poecilia reticulata ocorre, em sua maioria, no perodo embrionrio,
sendo que o desenvolvimento ps-natal do sistema esqueltico gradual, porm rpida e constante nos primeiros trs dias e desacelerada
aps o quinto dia.
A escassez de gua e o seu mau uso tm agravado o problema da qualidade da gua gerando riscos em potencial da exposio humana. A
poluio acarreta a degradao dos ecossistemas aquticos, com possveis prejuzos irreversveis qualidade da gua tornando-a imprpria
para o abastecimento pblico. Considerando o risco eminente de exposio humana a poluentes presentes na gua, quer seja pela exposio
direta no uso domstico ou indireta atravs do consumo de produtos aqucolas, torna-se necessrio avaliar a qualidade da mesma. No presente
estudo, a qualidade da gua foi avaliada atravs da sade de Geophagus brasiliensis, provenientes dos reservatrios Ira e Passana, que
abastecem a regio de Curitiba, sendo coletados 13 e 18 exemplares respectivamente. Aps anestesia, os exemplares foram sacricados
e dissecados para coleta do sangue e fgado, o qual foi xado em ALFAC para processamento histolgico, ou congelado a -80C para
anlises posteriores. Durante o processo histolgico as amostras foram desidratadas em lcool, diafanizadas em xilol e ento includas e
emblocadas. Cortes de 5 m foram obtidos e corados com Hematoxilina-Eosina. A anlise histolgica do fgado mostrou alteraes teciduais
dos indivduos provenientes de ambas as reas de estudo, como necrose, inltraes leucocitrias, neoplasias e presena de parasitas.
As anlises bioqumicas visaram vericar a condio de estresse oxidativo das clulas do fgado. A quanticao de protenas totais, a
atividade geral das isoenzimas Glutationa S-transferase e a peroxidao lipdica (LPO) foram mensuradas. Os resultados da LPO mostraram
diferena estatstica entre os animais coletados nos dois reservatrios; j as anlises das GSTs no apresentaram diferenas signicativas.
A m de vericar danos em DNA, foram analisadas 2000 hemcias perifricas de cada peixe em teste cego, e vericou-se a presena de
partculas nitidamente separadas do ncleo principal, consideradas como microncleos, e alteraes na forma elptica normal dos ncleos
das hemcias, apontando efeitos genotxicos. Evidncias de dano ao DNA tambm foram apontadas pelo ensaio cometa com sangue. A
investigao da qualidade da gua dos reservatrios que abastecem a capital paranaense e regio metropolitana, baseando-se na sade os
organismos expostos subcrnica e cronicamente, mostrou que o reservatrio Ira encontra-se mais impactado que o Passana. No entanto,
anlises complementares considerando um grupo proveniente de rea de referncia so necessrias para um diagnstico mais preciso.
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ESQUELTICO DE Poecilia reticulata
AVALIAO DA QUALIDADE DE GUA DOS RESERVATRIOS DE CURITIBA ATRAVS DE
BIOMARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM PEIXES
Aluno de Iniciao Cientfca: Nitiananda Falvo Fuganti (IC - voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005018169
Orientador: Flavia SantAnna Rios
Colaborador: Camila Valente Maiolino (MESTRANDA/CAPES), Luclia Donatti (UFPR)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: lebiste, morfologia, ossifcao.
rea de Conhecimento: 2.06.99.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Paola Caroline Nagamatsu (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023637
Orientador: Ciro Alberto de Oliveira Ribeiro
Colaborador: Daniele Dietrich Moura Costa, Dandie Antunes Bozza
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Reservatrios, Geophagus brasiliensis, Biomarcadores
rea de Conhecimento: 2.10.07.00-4
0225
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Desordens dos tendes so comuns e constituem problema freqente na prtica diria do cirurgio ortopedista de p e tornozelo. Alguns
tendes so particularmente vulnerveis e apresentam alterao degenerativa primria, alm disso, a literatura demonstra a inuncia
gentica em alguns grupos de risco. Mediadores inamatrios como as metaloproteases, esto associados ao processo de inamao e podem
inuenciar a degeneraes de tendes. Tendo em vista que a diferenciao e funo celular observadas na tendinopatias dependem no s
de fatores locais, mas tambm da expresso desses mediadores inamatrios, torna-se vlido avaliar a inuncia desses na tendinopatia.
Polimorsmos so variaes genticas encontradas na populao, consideradas dentro da normalidade, que tornam um indivduo mais
ou menos suscetvel a uma determinada patologia; polimorsmos em gene de metaloproteases j foram associados a diversas patologias.
O objetivo do trabalho investigar a inuncia de polimorsmos no gene da MMP-8 correlacionando-os com a tendinopatia primaria
do tendo tibilar posterior. O DNA dos voluntrios (grupo teste, 100 pacientes submetidos a procedimento cirrgico e com diagnstico
anatomopatolgico de leso degenerativa do tendo tibial posterior e grupo controle, 100 pacientes com tendo tibial posterior integro e
sem sinais de degenerao) foi obtido a partir de clulas epiteliais da mucosa bucal, atravs de extrao com acetato de amnia. As reaes
de PCR e RFLP foram padronizadas. Todas as amostras controle foram analisadas, entretanto apenas parte das amostras teste foi coletada
at o momento. A anlise estatstica ser por Simulaes de Monte Carlo (signicncia de 5%). Espera-se identicar possveis marcadores
genticos relacionados tendinopatia e contribuir para a identicao de indivduos susceptveis.
O bioacmulo de uoreto no exoesqueleto do Krill e a sua biomagnicao no tecido sseo dos animais Antrticos que se alimentam de
Krill, expem todos os vertebrados Antrticos, direta ou indiretamente, a uma sobrecarga de uoreto. Diante disto, a presente proposta tem
como objetivo estudar o efeito do uoreto administrado via entrica e injeo peritoneal, sobre a estrutura branquial do peixe Antrtico
N. rossii, frente ao aumento de temperatura e reduo de salinidade. As atividades de campo foram desenvolvidas na Estao Antrtica
Comandante Ferraz (EACF), localizada na Pennsula de Keller, Baia do Almirantado, Ilha Rei George, Arquiplago das Ilhas Shetlands
do Sul, Antrtica. Posteriormente ao perodo de aclimatao, os peixes foram submetidos a diferentes condies experimentais durante 11
dias, em temperaturas de 0 e 4
o
C, salinidade de 35 e 20psu e uoreto via entrica e peritoneal (15mg/Kg). Amostras do tecido branquial
foram xadas em ALFAC (lcool 80%, formaldedo e cido actico glacial), para o processamento em Microscopia de Luz e em Karnovisky
(paraformaldedo 2%, glutaraldedo 2,5% em tampo cacodilato 0,1M pH 7.2 a 4 C) para o processamento em Microscopia Eletrnica
(Transmisso e Varredura), sendo os meios de incluso utilizados o Paraplast Plus e Epon 812, respectivamente. As alteraes morfolgicas
observadas foram hiperplasia, aneurismas e desestruturao de lamelas secundrias, sendo estas alteraes mais pronunciadas quando o
uoreto foi administrado via injeo peritonial. No foram observados hipertroa, descolamento branquial e vacuolizao, na administrao
do uoreto via entrica e por injeo peritonial.
INFLUNCIA DE POLIMORFISMOS GENTICOS NA MMP-8 EM TENDINOPATIA PRIMRIA.
EFEITO DO FLUORETO NA ESTRUTURA BRANQUIAL DO PEIXE ANTRTICO Notothenia rossii
(RICHARDSON, 1844) SOB CONDIES DE ESTRESSE TRMICO E SALINO.
Aluno de Iniciao Cientfca: Priscila Akemi Arakaki (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 200923474
Orientador: Maria Cristina Leme Godoy dos Santos
Colaborador: Larissa Pontes Alcazar (PIBIC - CNPq), Francisco Rafael Costa Junior (MESTRADO)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: polimorfsmos genticos, metaloproteases, tendinopatia primria.
rea de Conhecimento: 2.02.05.00-7 - Gentica Humana e Mdica
Aluno de Iniciao Cientfca: Priscila Krebsbach (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no CNPq: 52.0125/2008-8
Orientador: Luclia Donatti
Colaborador: Maria Rosa Dmengeon Pedreiro, Ndia Sabchuk, Edson Rodrigues Jnior, Mariana Feij de Oliveira, Danielle Duarte,
Edson Rodrigues e Flvia Sant`Anna Rios.
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Antartica, notothendeos, brnquia.
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0
0227
0228
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Loxoscelismo o termo utilizado para descrever o quadro clnico das leses e reaes aps os acidentes envolvendo aranhas do gnero
Loxosceles. considerado um srio problema de sade pblica, principalmente no Sul e Sudeste do Brasil, sendo o Paran o estado que
mais notica acidentes provocados por aranhas do gnero. A anlise histopatolgica do desenvolvimento da leso dermonecrtica induzida
em animais expostos ao veneno, inclui alteraes vasculares, como a formao de blebs subendoteliais e a degenerao da parede dos
vasos sanguineos. Estudos das conseqncias hemorrgicas do veneno em clulas endoteliais tm demonstrado que a degenerao dos
vasos resulta no somente da degradao de molculas da matriz extracelular ou macia inltrao de leuccitos, mas tambm da atividade
primria e direta do veneno sobre as clulas endoteliais (RAEC). Aps o envenenamento pouco se sabe sobre as interaes com receptores
celulares e sobre a distribuio destas toxinas nos tecidos. Muito menos sobre a possvel penetrao destes compostos atravs da membrana
celular. Dados sobre a internalizao destas toxinas e a interao com estruturas intracelulares, certamente proporcionam importantes
indcios sobre os mecanismos dos efeitos citotxicos desses venenos. O presente trabalho empregou tcnicas padres bem conhecidas
de imunomarcao em microscopia confocal e citometria de uxo, protocolos convencionais, e todos os anticorpos por ns utilizados
foram adquiridos comercialmente e empregados nas concentraes pr estabelecidas pelos fornecedores (Nowatzki; J et al.; 2010). Nossos
resultados demonstraram evidncias adicionais do mecanismo de ao destas toxinas sobre clulas endoteliais. Identicou-se que a interao
do veneno com a superfcie celular mediada pela integrina
5
1
, e por carboidratos (Lectina WGA). Alm disso, o veneno causa uma reduo
desses carboidratos. A internalizao do veneno foi vericada, demonstrando-se que as clulas endoteliais so capazes de endocitar estas
toxinas e tem como destino os lisossomos (LysoTracker), entretanto nenhum dano integridade dos lisossomos foi observado, sugerindo
que a atividade citotxica das toxinas do veneno de L. Intermedia em clulas endoteliais no mediada pela internalizao do veneno.
Alm disso, esta dinmica envolve um mecanismo endoctico especco, a pinocitose de fase uida (corante uorescente Lucifer Yellow),
processo este no observado em demais linhagens, sugerindo que a internalizao do veneno pode ser especca para as clulas endoteliais.
O conhecimento sobre a reproduo da aranha marrom pode auxiliar na preveno do aumento de seu nmero e, conseqentemente, dos
acidentes ocasionados por encontros com a populao. O sistema reprodutor da fmea de Loxosceles intermedia composto basicamente
pelos ovrios, ovidutos, tero e espermateca (rgo de armazenamento dos espermatozides). O objetivo do presente trabalho foi estudar
anatmica e morfologicamente a espermateca de fmeas virgens recm-copuladas para entender como ocorrem a transferncia e manuteno
dos espermatozides neste local. Para tal, fmeas virgens recm-copuladas foram anestesiadas e seu abdomen xado com paraformaldedo
4% em tampo fosfato 0,1M, pH7,4. Depois de 15 minutos, sob microscpio estereoscpico, o hepatopncreas e ovrios foram retirados
e as espermatecas xadas por mais 2 horas. Para a anlise anatmica foi utilizada a tcnica da montagem total, demonstrando que a fmea
contm um par de espermatecas que se inserem prximas fenda genital, uma de cada lado. Cada uma formada por um ducto alongado,
sinuoso e quitinizado, com estruturas ovaladas e quitinizadas por toda sua extenso. Em seu trmino, h um bulbo, de pequena dimenso
se comparado ao comprimento do ducto, e no quitinizado. Com este mtodo tambm possvel notar que algumas fmeas possuem
mais do que um par de espermatecas. Para a anlise morfolgica, utilizou-se a microscopia de luz. Para tal, a regio das espermatecas
foi submetida ao protocolo padro para emblocagem em historesina, sendo os cortes seriados de 5m corados com HE e analisados ao
microscpio de luz. Os resultados obtidos mostraram que o epitlio da espermateca do tipo pseudoestraticado e secretrio, constitudo
por unidades glandulares compostas por mais de uma clula secretora. Logo aps a cpula, espermatozides so encontrados no tero
externo e no ducto e bulbo das espermatecas, todos em estado de sinspermia em que quatro espermatozides encapsulados, ainda na
forma sincicial, compartilham um citoplasma e membrana plasmtica. No ducto e bulbo, os espermatozides esto diretamente envolvidos
por uma secreo bsica proveniente do macho. Observou-se tambm que a espermateca est envolvida por uma vasta musculatura, que
provavelmente auxilia na movimentao dos sinccios de espermatozides atravs do ducto. Estudos comparativos com outras situaes
aps a cpula (24hs, 7dias, 30dias, logo aps a oviposio) precisam ser realizados para um melhor entendimento de como o ambiente da
espermateca permite a manuteno de espermatozides viveis por longos perodos de tempo.
TOXINAS DO VENENO DA ARANHA MARROM INTERAGEM COM A SUPERFCIE CELULAR E SO
ENDOCITADAS POR CLULAS ENDOTELIAIS DE COELHO (RAEC).
CARACTERIZAO MORFOLGICA, ATRAVS DE DIFERENTES TCNICAS DE MICROSCOPIA, DA
ESPERMATECA DA ARANHA MARROM LOXOSCELES INTERMEDIA, LOGO APS A CPULA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafael Jos Munhoz de Oliveira (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014059
Orientador: Profa. Dra Clia Regina Cavichiolo Franco Co-Orientador: Prof. Dr. Edvaldo da Silva Trindade
Colaborador: Jenifer Nowatzki
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Loxosceles intermedia, clulas endoteliais, endocitose das toxinas do veneno.
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Raquel Akemi Inokuti (Programa-Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022477
Orientador: Claudia Feij Ortolani-Machado
Colaborador: Mnica Akemi Okada (DOUTORANDA/ CAPES REUNI)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: aranha marrom, espermateca, recm-copulada.
rea de Conhecimento: 2.06.03.00-2
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No estado do Paran, em especial na cidade de Curitiba e Regio Metropolitana, os acidentes envolvendo a picada de aranha marrom
constituem um problema de sade pblica. Estes acidentes tm como caracterstica frequente o desencadeamento do quadro clnico
cutneo, caracterizado por dermonecrose com espalhamento gravitacional. O evento de espalhamento atribudo dentre a diversidade de
toxinas em que o veneno composto, principalmente presena de hialuronidases , as quais, tambm so observadas em venenos de outros
gneros. Para a espcie Loxosceles intermedia foi caracterizado por mtodos bioqumicos hialuronidases com atividade hidroltica em 41 e
43kDa. O objetivo deste trabalho foi a clonagem e expresso de uma isoforma de hialuronidase presente no veneno de L. intermedia. Para
tal, foi utilizado o RNA total extrado da glndula produtora de veneno e foram desenhados oligonucleotdeos gene-especcos baseados
nas seqncias nucleotdicas de hialuronidases presentes em outras espcies e posteriormente a identicada no transcriptoma da glndula
de L. intermedia. A sequncia completa foi obtida por meio de tcnicas de 3 e 5 RACE e o inserto obtido ligado em vetor de clonagem
pGEM-T. A anlise desta seqncia nos informou que a massa molecular terica desta toxina recombinante foi de aproximadamente
46kDa e que no incio de sua sequncia h resduos hidrofbicos de um peptdeo sinal de endereamento para o retculo
endoplasmtico. Foram encontrados 4 possveis stios de N-glicosilao e seu ponto isoeltrico foi calculado ser 8.66. Visando
a expresso e posterior anlise da atividade biolgica, a subclonagem foi feita em vetor pET-14b com auxlio de oligonucleotdeos que
continham stios de restrio para as enzimas NdeI e BamHI. A construo resultante foi transformada em cepas de E. coli BL21(DE3)
pLysS e E. coli AD494(DE3). O teste de mini-induo foi realizado com diferentes concentraes de IPTG no intervalo de 0,05mM a 1,0
mM a 30C. Variaes de temperatura de expresso foram realizadas, porm, na cepa BL21(DE3)pLysS a protena era expressa em corpos de
incluso. Em AD494(DE3) com 0,05mM do indutor a 30C uma parte da protena recombinante estava sendo expressa em sua forma solvel.
Os resultados obtidos at o momento permitiro a expresso de hialuronidase recombinante em uma maior escala para posterior puricao
por cromatograa de anidade, para que futuramente ento se verique sua atividade biolgica e possveis aplicaes biotecnolgicas.
Herbaspirillum seropedicae um diazotrofo Gram-negativo encontrado associado a gramneas de interesse econmico, como milho e
cana-de-acar. A protena NifA de H. seropedicae controla a transcrio dos genes nif, responsveis pela xao biolgica de nitrognio,
em resposta aos nveis de ons amnio e oxignio. Essa protena possui trs domnios: um domnio N-terminal regulatrio, um domnio
central cataltico, e um domnio C-terminal, responsvel pela interao com o DNA. Trabalhos anteriores atriburam a sensibilidade a
amnio ao domnio N-terminal, uma vez que a protena NifA N-truncada mantm atividade em concentraes de amnio inibitrias para a
protena nativa. No entanto, at o presente momento no foram determinados quais aminocidos do domnio N-terminal esto envolvidos
diretamente na regulao. No presente trabalho, foram construdas variantes do gene nifA codicando protenas truncadas nos aminocidos
45, 90, 135, 165, 185, 203, 218, e 244 (denominadas protenas N45, N90, N135, N165, N185, N203, N218 e N244). A capacidade das
protenas truncadas em ativar a fuso nifH (K. pneumoniae)::lacZ foi determinada in vivo em Escherichia coli JM109 e ET8000 contendo
o plasmdeo pRT22. Somente as protenas N165, N185 e N203 foram ativas quando expressas em E. coli, e no sofreram regulao por
amnio. Nossos resultados sugerem que a regio entre os aminocidos 203 e 218 essencial para a atividade da protena NifA, pois sua
ausncia gerou uma protena inativa (N218). A regio entre os aminocidos 135 e 165 provavelmente responsvel pela funo inibitria
do domnio N-terminal, uma vez que a protena N135 no foi capaz de ativar a transcrio, mas a protena N165 foi. A protena N185
tem uma atividade maior que as demais indicando que a regio entre o aminocido 185 e 203, correspondente ao interdomnio Q, parece
estabilizar a estrutura da protena.
CLONAGEM, EXPRESSO HETERLOGA E CARACTERIZAO DE HIALURONIDASE PRESENTE
NO VENENO DE ARANHA MARROM (Loxosceles intermedia)
DETERMINAO DA ATIVIDADE DE VARIANTES DA PROTENA NIFA DE HERBASPIRILLUM
SEROPEDICAE EM RESPOSTA AOS NVEIS DE AMNIO E OXIGNIO
Aluno de Iniciao Cientfca: Thiago Lopes De Mari (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000008118
Orientador: Prof. Dr. Waldemiro Gremski Co-Orientador: Prof. Dr. Silvio Sanches Veiga
Colaborador: Valria Pereira Ferrer (Doutorando/ CNPq)
Departamento: Biologia Celular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: loxoscelismo, Loxosceles intermedia, hialuronidase
rea de Conhecimento: 2.06.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Adriano Alves Stefanello (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023468
Orientador: Rose Adele Monteiro
Colaboradores: Emanuel Maltempi de Souza, Leda Satie Chubatsu, Luciano F. Huergo, Fabio de Oliveira Pedrosa.
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: NifA,Herbaspirillum seropedicae.
rea de Conhecimento: Biologia Molecular 2.08.04.00-8
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A eumelanina um pigmento produzido pelos melancitos presentes na pele, a partir do aminocido tirosina. H evidncias de que a
eumelanina, atravs de efeito black-out, proteja o DNA de leses causadas pela radiao ultravioleta (UV). A radiao UVA pode gerar
oxignio singlete (
1
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2
), uma espcie reativa que leva formao de danos no DNA, principalmente em guaninas. Para avaliar o papel da
eumelanina nas leses ao DNA mediadas pelo
1
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2
, plasmdeos pUC18 (200ng) foram incubados na presena de 20mM DHPNO
2
(gerador
de
1
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2
) e 400g/mL de eumelanina. A presena de possveis stios preferenciais de oxidao foi vericada pela adio das enzimas de reparo
formamidopirimidina (FPG), que reconhece bases purnicas oxidadas ou de endonuclease III (EndoIII), que reconhece bases pirimdicas
oxidadas. As quebras no DNA foram avaliadas pela intensidade das formas linear, circular aberta e superenovelada do plasmdeo, aps
eletroforese em gel de agarose 1% e colorao com brometo de etdio. O
1
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2
, em concordncia com a literatura, levou quebra de DNA e
formao de stios sensveis enzima de reparo FPG, mas no sensveis EndoIII. A eumelanina no inibiu as quebras ao DNA pelo
1
O
2
, mas
teve efeito protetor contra a formao de stios reconhecidos pela FPG. Entretanto, na ausncia de
1
O
2
, a eumelanina aumentou as quebras
no DNA, sem gerao de stios sensveis s enzimas de reparo utilizadas. Resultados similares foram encontrados usando concentraes
menores de eumelanina (50 a 400g/mL). Para investigar o mecanismo da quebra do DNA mediado pela eumelanina foram adicionados
seqestradores de radical hidroxila (DMSO e manitol), quelantes metlicos (batocupreina para cobre e deferoxamina para ferro) e enzimas
antioxidantes (SOD e catalase). Todas as estratgias foram ecazes em evitar as quebras no DNA pela eumelanina. Esses dados sugerem
que os danos observados so decorrentes de uma reao do tipo Fenton. A presena de traos de metais, aliada conhecida capacidade
da eumelanina em levar formao de perxido de hidrognio, podem ter contribudo para esse resultado. A eumelanina, portanto, pode
proteger o DNA contra danos oxidativos pelo
1
O
2
, mas tambm pode ter papel nocivo quando em presena de metais. Apoio Financeiro:
CNPq e INCT de Processos Redox em Biomedicina - Redoxoma.
O objetivo deste projeto foi compreender como a temperatura afeta a cintica de crescimento de um fungo lamentoso cultivado na
superfcie de um substrato mido e nutritivo em contato com o ar. Este o contexto da fermentao no estado slido (FES), uma
tcnica de cultivo na qual microrganismos, geralmente fungos lamentosos, so cultivados nas superfcies de partculas slidas, em um
leito dentro do qual os poros entre as partculas so preenchidos com ar. Neste sistema, impossvel evitar variaes na temperatura
durante o cultivo. Em uma tese de doutorado concluda nesta linha de pesquisa, foram obtidos dados experimentais da cintica de
crescimento de Rhizopus oryzae em FES quando o microrganismo foi submetido a elevaes de temperatura. No presente trabalho
um modelo matemtico foi desenvolvido para descrever os resultados obtidos na tese. Nesta, o cultivo do fungo iniciou-se em sua
temperatura tima (34C), podendo ter um perodo de 6 horas onde a temperatura de cultivo foi elevada a 45C. Foram analisadas
quatro condies: (1) Todo o crescimento a 34C; (2) Elevao da temperatura entre 15 e 21 horas; (3) Elevao entre 18 e 24 horas e
(4) Elevao entre 24 e 30 horas. Aps este perodo de elevao de temperatura, a temperatura retornava a 34C. No presente trabalho, para
a elaborao do modelo considerou-se que o crescimento do fungo funo da biomassa siologicamente ativa localizada nas pontas das
hifas e no da biomassa total. As velocidades especcas de crescimento e de morte celular assumidas so diferentes para cada temperatura
(34 e 45C). Alm disso, o estado siolgico desta biomassa na ponta foi descrito utilizando um fator G que representa, de maneira
emprica, o grau de atividade da maquinaria biossinttica da clula. No momento, o modelo foi ajustado a pers individuais experimentais.
A prxima etapa envolver a busca para um nico conjunto de parmetros que permita uma descrio adequada de todos os quatro pers.
PAPEL DA EUMELANINA NOS DANOS OXIDATIVOS AO DNA PELO OXIGNIO SINGLETE.
MODELAGEM MATEMTICA DO EFEITO DA VARIAO DE TEMPERATURA SOBRE O
CRESCIMENTO DE RHIZOPUS ORYZAE
Aluno de Iniciao Cientfca: Alessandra Vieira (CNPq Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016533
Orientador: Glaucia Regina Martinez Co-Orientador: Andria Akemi Suzukawa (PPG- Bioqumica)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: oxignio singlete, dano ao DNA, eumelanina.
rea de Conhecimento: 2.08.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Aline Braun (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007784
Orientador: David Alexander Mitchell Co-Orientador: Nadia Krieger
Colaborador: Juliana Hey Coradin (Mestranda), Graciele Viccini (CNPq/PDJ)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: fungos flamentosos, modelagem matemtica, temperatura.
rea de Conhecimento: 2.12.01.00-5
0233
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Taninos so metablitos secundrios vegetais de natureza polifenlica, que apresentam adstringncia e capacidade de precipitar protenas.
Quimicamente, os taninos podem ser classicados como taninos condensados e hidrolisveis. Estas molculas so encontradas em razes,
cascas, folhas, frutos e sementes de plantas usadas na forma de ervas medicinais, na alimentao e na fabricao de bebidas. Alm disso,
estudos tm demonstrado a utilizao de taninos como potencial bioativo para o controle de nematdeos gastrintestinais em ruminantes.
Verminoses gastrintestinais so de grande preocupao econmica e em sade animal. A resistncia parasitria em animais de produo
vem causando grandes perdas econmicas pelo vasto uso de antihelmnticos de largo espectro. O objetivo deste estudo foi determinar
anlise toqumica dos extratos aquosos obtidos de Diospyros kaki (caqui) e Persea americana (abacate) e testar, in vitro, com ensaio de
migrao de larvas de Haemonchus contortus. Frutos de caqui modos e sementes de abacate modas (20g) foram submetidos extrao
aquosa, por 1h a 60 C. Aps ltragem, os extratos (EAQ) foram submetidos s reaes de caracterizao de taninos, incluindo, os ensaios
de complexao com gelatina (CG), cloreto frrico (CF) e sulfato de ferro amoniacal (SFA). O ensaio de migrao de larva foi realizado com
larvas de H. contortus no estgio L3, utilizando solues de 0,0625 a 2% (m/v) do EAQ. A presena de taninos foi vericada no EAQ obtido
do fruto de caqui tanto pela reao positiva do ensaio de CG como pelos resultados das reaes colorimtricas com CF e SFA (colorao
azul). Diferentemente, para o EAQ da semente de abacate os resultados indicaram a presena de avonides. At o momento, somente o
EAQ obtido a partir dos frutos de caqui (EAQ-DK) foram utilizados nos ensaios in vitro de migrao larval. O EAQ-DK na concentrao
a 2%, inibiu 83% ( 0,27%) da migrao larvar comparado ao grupo controle. Os resultados obtidos nos testes in vitro com o EAQ-DK
mostram-se promissores, sendo necessria, assim, a complementao dos estudos toqumicos e realizao de outros testes com larvas e ovos.
O interesse pelo estudo de organismos causadores de doenas Neotropicais negligenciadas tem aumentado nos ltimos anos. Trypanosoma
cruzi, o agente etiolgico da doena de Chagas, tm despertado o interesse de vrios pesquisadores, pois apresenta vrias peculiaridades
em sua biologia molecular. Tais particularidades envolvem transcrio de genes de forma policistrnica e trans-splicing, grande nmero
de protenas codicadas por famlias multignicas e editorao de RNA mitocondrial. As protenas ribossmicas L7a e L19 de T. cruzi
apresentam uma particularidade, alm de carregarem um domnio repetitivo nas pores N-terminal (TcRpL7a) ou na poro C-terminal
(TcRpL19). Ambas as protenas so bastante imunognicas e a sua antigenicidade pode ser atribuda as sequncias repetitivas de seus
aminocidos. J que estas regies repetitivas esto presentes somente nas potenciais protenas L7a e L19 de T. cruzi, o objetivo deste
trabalho foi analisar sua possvel funo dentro do parasito, usando T. brucei como modelo experimental. Para testar se estas protenas
so essenciais para o funcionamento do ribossomo, foram geradas construes capazes de silenciar o ortlogo de T. cruzi em T. brucei por
RNAi usando o vetor p2T7 177. Resultados preliminares indicam que o silenciamento das provveis protenas ribossmicas L7a e L19
causam reduo drstica na taxa de crescimento. O prximo passo complementar o fentipo de T. brucei expressando-se o ortlogo de
T. cruzi com e sem repeties, fornecendo assim uma importante pea para o entendimento da presena das repeties nessas protenas
especcamente. Suporte Financeiro: CNPq, FAPEMIG.
AVALIAO DA ATIVIDADE ANTIPARASITRIA DE METABLITOS SECUNDRIOS
CARACTERIZAO FUNCIONAL DAS PROVVEIS PROTENAS RIBOSSMICAS L7A E L19 DE
Trypanosoma cruzi UTILIZANDO Trypanosoma brucei COMO MODELO EXPERIMENTAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Amanda Bondesan (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022509
Orientador: Profa Dra Selma Faria Zawadzki Baggio Co-Orientador: Profa Dra Juliana B.B. Maurer
Colaboradores: Fernando Kloster, Prof Dr Marcelo B. Molento (Med.Veterinria - UFPR)
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: taninos; caqui; abacate; NUPPLAMED
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - 2.08.01.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Paula Cunha (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022758
Orientador: Wanderson da Rocha
Colaborador: Pizzichini SD, Almeida RM, Pais FS, Teixeira SMR
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Trypanosoma brucei, protenas ribossmicas, RNA de interferncia.
rea de Conhecimento: 2.13.01.00-0
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Polissacardeos sulfatados de algas marinhas tm sido de grande interesse nas ltimas dcadas devido conhecimento de suas propriedades
biolgicas, dentre elas atividade antitumoral, anticoagulante e antiviral. Apesar de sua ampla distribuio ao longo da costa brasileira estudos
estruturais de polissacardeos das algas verdes marinhas (Chlorophyta) so escassos quando comparados com algas do lo Rhodophyta
(vermelhas) e Phaeophyta (pardas). O objetivo do presente trabalho foi analisar a estrutura de polissacardeos sulfatados e seus produtos de
degradao parcial obtidos da clorta G. oxysperma e determinao da sua atividade antitumoral. A alga seca e moda foi submetida a cinco
extraes aquosas seqenciais (80C, 4 h) originando cinco fraes brutas. As anlises qumicas destas fraes demonstraram a presena
de grupos sulfato (23,9-34%), cidos urnicos (13,8-17,4%) e protenas (0,9-2,4%). Para determinao da composio monossacardica as
fraes foram submetidas ao processo de hidrlise cida total e analisadas por CG-EM. Ramnose foi o principal monossacardeo neutro
encontrado (68,8-78,6 mol%), alm de menores percentagens de xilose (11,3-19,1 mol%), galactose (0,9-2,2 mol%), glucose (4,1-7,2
mol%), arabinose (2,4-4,4 mol%) e manose (1,3-1,4 mol%). Os espectros de RMN de
13
C das fraes brutas foram similares entre si e
revelaram um grande nmero de sinais o que reete a complexidade estrutural destes polmeros. Sinais de intensidade alta em 17,9-18,8
ppm correspondentes ao grupo CH
3
da ramnose, conrmam os dados da composio monossacardica, onde a ramnose o principal
monossacardeo constituinte. A frao obtida na terceira extrao (OX-3) foi submetida degradao controlada de Smith e originou uma
frao de menor massa molecular (OX-3S) altamente sulfatada. Em comparao com a frao original ela apresentou um maior teor de
grupamentos sulfato (25,7 34,3%) alm de aumento signicativo na quantidade de ramnose (68,888,8 mol%), diminuio nos teores de
xilose (19,13,5 mol%) e ausncia de arabinose e galactose, presentes na frao original. Os ensaios de atividade antitumoral utilizando as
fraes OX-3 e OX-3S foram realizados atravs do mtodo do MTT, utilizando a linhagem U87MG de glioma humano. As concentraes
utilizadas para o teste foram de 10, 100 e 1000g/ml. Tanto OX-3 como OX-3S ocasionaram reduo estatisticamente signicante (p<0,001)
na viabilidade celular em todas as concentraes. Deste modo, as ramnanas sulfatadas de G. oxysperma podem ser consideradas como
molculas de interesse no estudo de atividade antitumoral.
As galactanas sulfatadas apresentam estruturas repetitivas formadas por unidades de -D-galactose 3-ligada e -galactose 4-ligada
denominadas unidades A e B, respectivamente. Estes polissacardeos produzidos exclusivamente por algas vermelhas, so classicados em
carragenanas, agaranas e galactanas DL-hbridas, de acordo com a enantiomericidade das unidades B, ou seja, D-, L- e D+L, respectivamente.
A grande diversidade estrutural das galactanas tambm decorre da presena de grupos sulfato, metil, xilose ou de acetal de cido pirvico.
Estas substituies inuenciam diretamente as propriedades fsico-qumicas e biolgicas destes polmeros. O objetivo deste trabalho foi
determinar a estrutura qumica e atividade anti-herptica dos polissacardeos solveis em meio aquoso produzidos pela alga vermelha
Cryptonemia seminervis. A alga seca e moda foi submetida extrao com tampo fosfato (25mM, pH 6,5 a 80C), produzindo a frao
S a que foi sequenciamente tratada com KCl 2M. Este fracionamento originou uma frao solvel em KCl 2M (SS, 95,0% de rendimento,
19,1% NaSO
4
) e uma insolvel (SP, 5,0% de rendimento, 10,4% NaSO
4
). A frao SS contm galactose; 3,6-anidrogalactose; 2-O-metil-
3,6-anidrogalactose; 2-O-metil-galactose; 6-O-metil-galactose e 4-O-metil-galactose (70,2; 11,3; 1,3; 1,8; 2,9 e 3,3 mol%, respectivamente).
SS foi submetida hidrlise redutiva parcial usando o complexo borano-4-metilmorfolina. Os espectros de RMN de
13
C de SS e DSi
apresentaram sinais anomricos (ppm), correspondentes dades de agaranas: -D-Gal2S (100,8) L-AGal2S (96,1-96,6); -D-Gal (102,1)
L-AGal (98,3); como tambm de carragenana: -D-Gal (104,5) D-Gal (96,0). Estes espectros tambm apresentam sinais em 25,0 e
175,6 ppm atribudos aos grupos metil e carboxil de acetal de cido pirvico, respectivamente. As galactanas sulfatadas de C. seminervis
apresentaram potente atividade antiviral in vitro contra o vrus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). Deste modo, anlises
qumicas e espectroscpicas demonstraram que estas galactanas bioativas sulfatadas e piruvatadas so do tipo DL-hibridas.
CARACTERIZAO ESTRUTURAL E DETERMINAO DE ATIVIDADE ANTITUMORAL DE
POLISSACARDEOS SULFATADOS E SEUS PRODUTOS DE DEGRADAO PARCIAL OBTIDOS DA
MACROALGA VERDE MARINHA Gayralia oxysperma
ESTRUTURA DE CARBOIDRATOS BIOATIVOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Andr Luiz Lopes Martins (PIBIC/Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024407
Orientador: Maria Eugnia Duarte Noseda Co-Orientador: Miguel D. Noseda, Sheila Maria B. Winnischofer
Colaborador: Juliana Ropelatto
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: algas verdes, polissacardeos sulfatados, atividade antitumoral.
rea de Conhecimento: 2.08.01.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Andressa Hellmann de Morais (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024407
Orientador: Maria Eugnia Duarte Noseda Co-Orientador: Miguel Daniel Noseda e Maria Tereza V. Romanos
Colaborador: Franciely Grose Colodi (MESTRANDA)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: atividade antiviral, estrutura qumica, galactanas.
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - 2.08.01.00-9
0237
0238
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Trypanosoma cruzi, protozorio causador da doena de Chagas que afeta cerca de 18 milhes de pessoas, desperta interesse dos pesquisadores
tanto do ponto de vista de sade pblica quanto por inmeros aspectos particulares de sua biologia celular e molecular bsica. Neste
trabalho, propem-se a manipulao da expresso de um gene de T.cruzi homlogo a tripanina de T. brucei, uma protena que faz parte
do agelo, uma estrutura multifuncional crtica para a mobilidade, morfognese celular, e diviso celular. Logo, a protena tripanina pode
ser considerada um fator de patogenicidade. A tripanina de T.cruzi apresenta 73% identidade e 84% similaridade como o ortlogo em T.
brucei, gene que tem fentipo nocaute de fcil deteco/avaliao em T. brucei, e essencial para sobrevivncia de formas sanguneas,
mas no de formas procclicas. A m de bloquear a expresso de tripanina de T. cruzi, regies genmicas anqueadoras deste gene foram
obtidas por PCR, utilizando primers baseados em sequncias genmicas da cepa CL Brener depositadas em bancos de dados. As sequncias
destes fragmentos foram conrmadas por sequenciamento e sub-clonadas anqueando os genes de resistncia a neomicina e puromicina.
Cassetes contendo o gene de resistncia a neomicina foram introduzidos em T.cruzi por transfeco e selecionados para resistncia a G418,
contudo no foram obtidos parasitos resistentes ao antibitico. Sendo assim resolvemos gerar novas construes contendo as mesma regies
genmicas de tripanina anqueando os mesmo genes de resistncia s que regulados por regies 5UTR do gene TcP2 e 3UTR de GAPDH
para garantir a expresso do gene de resistncia. Aps transfeco e seleo de epimastigotas selvagens com essa construo (TrypaUP-
NeoReg-TrypaDown) foram geradas populaes resistentes a G418. Esta populao no apresentou alteraes aparentes em mobilidade.
Atualmente, estes parasitos esto sendo analisados para a deleo de um dos alelos de tripanina, para posterior deleo do segundo alelo. A
potencial essencialidade de tripanina em formas sanguneas de T. cruzi indicar esse gene como candidato a alvo de drogas para tratamento
de Tripanosomases. Apoio nanceiro: Fundao Araucria, CNPq
Os derivados glicosdeos per-O-acetilados so compostos em que os grupos hidroxila de um monossacardeo foram convertidos em grupos
ster. Os steres de acetato so grupos protetores que bloqueiam a reatividade das hidroxilas de carboidratos. Este trabalho tem como
objetivo a sntese de derivados glicosdeos per-O-acetilados necessrios como substratos para a sntese de porrinas glicosiladas. As hexoses
galactose, manose e glucose foram tratadas com anidrido actico (Ac
2
O) e piridina (catalisador). As misturas reacionais permaneceram sob
agitao, em temperatura ambiente, at o completo consumo dos reagentes. O consumo dos reagentes e a formao dos produtos foram
acompanhados por cromatograa em camada delgada, utilizando como eluente acetato de etila/hexano 1:1 e as placas cromatogrcas
reveladas com orcinol-H
2
SO
4
. Aps a reao, galactose e manose per-O-acetiladas foram extradas com CH
2
Cl
2.
Os extratos orgnicos foram
lavados com soluo aquosa 1 M de HCl, soluo aquosa saturada de NaHCO
3
, H
2
O; e em seguida secos com Na
2
SO
4
e concentrados. A
partir do xarope obtido foram recuperados por cristalizao em etanol e ter, galactose e manose per-O-acetiladas, respectivamente. Glucose
per-O-acetilada foi obtida diretamente aps precipitao da mistura reacional com gua e posterior cristalizao do produto em etanol. O
rendimento dos acares acetilados foi de 53%, 70% e 63% para a galactose, manose e glucose, respectivamente. Os compostos obtidos
foram caracterizados estruturalmente por RMN-H. Os espectros dos derivados glicosdeos per-O-acetilados sintetizados apresentaram sinais
entre 1,96-2,19 ppm, referentes aos hidrognios dos grupos acetil. As analises dos espectros mostraram a presena de ambos os anmeros
o e |. A integrao dos prtons anomricos permitiu a quanticao destes anmeros presentes na mistura. A galactose per-O-acetilada
apresentou sinais em 6,39 (o) e 5,70 (|) ppm numa relao de 1:1,36. A manose per-O-acetilada apresentou sinais em 6,08 (|) e 5,86
(o) ppm numa relao de 1:1,25. A glucose per-O-acetilada apresentou sinais em 6,32 (o) e 5,71 (|) ppm numa relao de 14:1. Estes
derivados glicosdeos so importantes intermedirios na sntese de carboidratos e sero utilizados na produo de porrinas glicosiladas.
A DELEO DE UM ALELO DO GENE ORTLOGO A TRIPANINA DE TRYPANOSOMA CRUZI NO
COMPROMETE A MOBILIDADE DE FORMAS EPIMASTIGOTAS.
SNTESE DE DERIVADOS GLICOSDEOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruno Motta Nascimento (IC Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022758
Orientador: Wanderson Duarte da Rocha
Colaborador: Laiane Lemos, Geison Cambri, Rose A. Monteiro, Emanuel M. de Souza
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Tripanina, nocaute, motilidade.
rea de Conhecimento: 2.13.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Cristina de Jesus (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023605
Orientador: Miguel Daniel Noseda Co-Orientador: Diogo Ricardo Bazan Ducatti
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Acetilao, Glicdeos acetilados
rea de Conhecimento: 2.08.01.00-9
0239
0240
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Abelmoschus esculentus (L.) Moench a espcie vegetal conhecida como quiabo e pertence famlia Malvaceae. Os frutos so utilizados
na culinria e junto com as folhas so popularmente indicados para tratamento de verminoses, diarria, disenteria, inamao e irritao
digestria, bronquite, pneumonias e tuberculose. At o momento, no h relatos de estudos cientcos comprovando as indicaes desta
planta, mas uma anlise supercial de seus princpios ativos revela que esta espcie tem grande potencial teraputico, merecendo investigaes
mais profundas. O objetivo desta etapa do trabalho foi isolar, fracionar e caracterizar quimicamente os polissacardeos encontrados nos
frutos de Abelmoschus esculentus (L.) Moench. Aps a remoo das sementes, os frutos maduros e secos (26 g) foram submetidos extrao
aquosa a 25C, por 30 min, sob agitao. Aps ltrao, precipitao etanlica e liolizao, obteve-se a frao W-1. Posteriormente, a
partir do resduo desta extrao, este procedimento foi repetido 3 vezes, resultando nas fraes W-2, W-3 e W-4. Na sequncia, o resduo
foi submetido extrao aquosa a quente a 60 C por 1h (frao HW), extrao com cido ctrico a 0.1% (m/v) a 60C, 1h, (frao 0.1CA)
e 98
o
C, 1h (frao 0.1CA-2) e extrao com cido ctrico a 1% (m/v) a 50C, 1h (frao 1CA) e 98
o
C, 1h (frao 1CA-2). As fraes
obtidas foram hidrolisadas (cido triuoractico 1M, 8h, 100C), reduzidas (10 mg de boroidreto de sdio, 12h, temperatura ambiente) e
acetiladas com anidrido actico:piridina (1:1 v/v, 12h, t.a). Os acetatos de alditis resultantes foram analisados por cromatograa gasosa,
utilizando cromatgrafo Hewlett Packard 5890 A II, equipado com detector de ionizao em chama e em coluna capilar (30 m x 0,25 mm
de dimetro) DB-225. Os monossacardeos neutros foram identicados por comparao com o tempo de reteno da mistura-padro de
acetato de alditis. A determinao da relao molar dos monossacardeos identicados foi realizada pela integrao de suas respectivas
reas. As fraes apresentaram-se constitudas por Rha:Fuc:Ara:Xyl:Man:Gal:Glc, em diferentes propores molares sendo, respectivamente,
33:0:4:2:1:56:4 (para frao W-1); 40:0:11:4:2:41:2 (W-2); 0:5:32:12:7:33:11 (W-3); 9:13:29:15:2:25:4 (W-4); 6:13:32:16:7:19:5 (HW);
13:5:16:15:6:24:21 (0.1CA); 32:5:20:7:1:30:5 (0.1CA-2); 0:32:30:6:1:29:2 (1CA) e 5:24:51:4:0:14:2 (1CA-2). As fraes W-1 (8,04%,
2,066g) e 1CA (1,38%, 0,354g) foram as que apresentaram maiores rendimentos.
As superfcies dentais apos limpeza so recobertas por protenas e glicoprotenas denominada pelcula dental adquirida, que serve de
ncora para adeso de microrganismos formando o biolme dental. Em condies de sade os microrganismos no biolme vivem em
equilbrio. Entretanto, quando o hospedeiro ingere carboidratos fermentveis so produzidos cidos que diminuem o pH do biolme e
favorecem a proliferao de microrganismos acidognicos e acidricos, como Streptococcus mutans. Em presena de sacarose S. mutans
sintetiza polissacardeos extracelulares que favorecem a sua adeso superfcies dentais lisas. Assim, o objetivo deste trabalho vericar
caractersticas do biolme dental formado in situ e in vitro na presena de diferentes condies. Neste trabalho, um voluntrio usou um
dispositivo intra-oral palatino contendo 8 blocos de esmalte dental bovino durante 14 dias. Oito vezes ao dia uma soluo de sacarose
20% era gotejada sobre os blocos de esmalte. Aps este perodo o biolme foi coletado. O DNA foi extrado deste biolme e submetido
a PCR para identicao das espcies de microrganismos presentes neste biolme. Os resultados mostraram que o biolme formado em
presena de sacarose apresenta espcies de Archaea, Enterococcus SP, Streptococcus sp, Lactoctobacillus sp, Fusobacterium nucleatum,
Peptostreptococcus micros, Porphyromonas gengivalis e endodonticus, Prevotella intermedia, Tannerella forsythensis e Treponema denticola.
Estes resultados sero comparados com os biolmes formados em presena apenas de amnia e em presena de sacarose e amnia. O
biolme de S. mutans in vitro foi formado em lminas de vidro imersas em meio LMW contendo diferentes fontes de carbono e nitrognio.
A composio de polissacardeos extracelulares solveis e insolveis foi determinada. Na presena de apenas amnia formou-se um pequeno
depsito de microrganismos sobre a lmina de vidro e a quantidade de polissacardeos extracelulares foi baixa. Em presena de apenas
sacarose ou sacarose e amnia a quantidade de polissacardeos extracelulares aumenta sendo que quantidade de polissacardeos insolveis
maior, especialmente em presena de sacarose e amnia. Este efeito poderia ser explicado pelo fato do crescimento do microrganismo ser
favorecido em presena de sacarose e amnia, entretanto as curvas de crescimento de S. mutans em presena de apenas sacarose e sacarose
e amnia se sobrepem. Estes resultados sugerem que quando as clulas so crescidas em presena de amnia e sacarose a expresso ou
atividade das glicosiltransferases aumenta.
CARACTERIZAO ESTRUTURAL E PROPRIEDADES IMUNOMODULADORAS DE
POLISSACARDEOS DE PLANTAS MEDICINAIS
CARACTERIZAO DO PERFIL PROTEICO DO BIOFILME FORMADO in situ E in vitro POR S.
MUTANS CULTIVADO SOBRE DIFERENTES CONDIES FISIOLGICAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Carolina Gaya (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022519
Orientador: Juliana Bello Baron Maurer Co-Orientador: Selma Faria Zawadzki-Baggio
Colaborador: Raquely Moreira Lenzi (MESTRANDA/CNPq)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Abelmoschus esculentus, quiabo, NUPPLAMED.
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - 2.08.01.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Charlene Mem (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006018727
Orientador: Elaine Machado Benelli Co-Orientador: Patrcia Castellen
Departamento: Bioqumica de Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Streptococcus mutans, bioflme dental, metabolismo de microganismos
rea de Conhecimento: 2.08.02.00-5
0241
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Gomas de exsudatos so utilizadas como espessantes, emulsicantes, estabilizantes, etc. em diferentes tipos de indstrias. O Brasil direciona
um grande aporte nanceiro na importao de gomas (ex: goma arbica) justicando o interesse pela busca por gomas brasileiras que possam
substitu-las. A goma produzida pela Acacia-negra (Acacia mearnsii), espcie amplamente cultivada no Rio Grande do Sul, foi alvo de
estudo neste trabalho. Foram realizadas trs etapas seqenciais de extrao: aquosa a 25 C, aquosa a 60 C e alcalina (KOH 1% p/v, 25
C), de onde foram obtidos os polissacardeos ANEA, ANEAQ e ANEAL, respectivamente. Estes foram analisados em comparao com
a goma arbica comercial (GA). Todas as amostras apresentaram Rha, Ara, Gal e cido urnico como constituintes monossacardicos. As
propores molares encontradas foram de 7:43:46:4, 6:53:39:2, 8:44:34:14 e 13:31:39:17, para as fraes ANEA, ANEAQ, ANEAL e GA,
respectivamente. O teor de protena das fraes ANEA, ANEAQ, ANEAL e GA foram de 7%, 4%, 5% e 4%, respectivamente, sugerindo
a presena de arabinogalactana-protenas. Os espectros de RMN-
13
C das fraes obtidas a partir da goma da Acacia-negra so muito
semelhantes entre si e apresentam vrios sinais em comum com aqueles presentes no espectro da GA. Na regio de carbono anomrico,
sinais entre 109,5 e 106,4 foram atribudos s unidades de o-L-Araf. No espectro da GA, os sinais em 109,5 e 108,1 referem-se
aos terminais no redutores e unidades 3-O-substitudas de o L-Araf, respectivamente. Os sinais adicionais na regio de 107,4 a 106,4,
observados no espectro de ANEAL, sugerem que, nesta frao, as unidades de o L-Araf tambm podem estar 5-O-substitudas. O sinal em
66,8, que est presente no espectro de ANEAL e ausente no espectro de GA, foi atribudo ao C-5 substitudo de tais unidades. Os sinais
em 103,6 e 102,9, presentes em ambos os espectros, podem ser atribudos ao C-1 de -D-Galp (cadeia principal) e de | D-GlcpA,
respectivamente. O sinal em 16,5, em ambos os espectros (GA e ANEAL), caracteriza o C-6 (-CH
3
) das unidades de Rha e o sinal em
174,9, evidente somente no espectro de GA, refere-se ao -COOH das unidades de cidos urnicos. Pelos resultados apresentados, pode-se
dizer que, apesar da goma de A. mearnsii diferir da GA em sua estrutura qumica na, elas apresentam muitas semelhanas estruturais.
Anlises fsico-qumicas sero realizadas para esclarecer se esta goma possui potencial para substituir a GA, agregando valor a uma espcie
altamente cultivada no Brasil.
Por ter como caractersticas uma alta agressividade, alta incidncia de metstases e elevada resistncia aos tratamentos existentes, o
melanoma um candidato preferencial para estudos de alteraes metablicas entre os diferentes estgios de evoluo de tumores. A
progresso do melanoma ocorre atravs de 3 fases: crescimento radial (RGP), crescimento vertical (VGP) e crescimento metasttico
(MET). Estudos anteriores utilizaram tcnicas de biologia molecular que possibilitaram identicar populaes de genes diferentemente
expressos entre linhagens de clulas de melanoma humano em dois destes estgios (RGP e MET), porm poucos foram realizados para se
caracterizar e comparar o perl lipdico de linhagens de clulas de melanoma humano em diferentes estgios de progresso de tumor. Assim,
o objetivo deste trabalho foi utilizar tcnicas de espectrometria de massas (GC e ESI-MS) e ressonncia magntica nuclear (RMN) para
identicar alteraes presentes nos extratos lipdicos obtidos em linhagens de melanoma humano nos estgios de desenvolvimento RGP,
VGP e MET. As linhagens foram cultivadas em meio MCDB + L-15 at se atingir uma conuncia de 80%. Feito isso as clulas foram
coletadas, lisadas, liolizadas e submetidas extrao lipdica com CHCl
3
:MeOH 1:1 (v/v). As amostras foram submetidas troca de H
por D, por sucessivas solubilizaes e evaporaes em solventes deuterados e solubilizadas em 400L de uma soluo de CDCl
3
:CD
3
OD
na proporo de 1:1. Os deslocamentos qumicos de
13
C foram padronizados em relao ao Me
4
Si ( = 0), enquanto que os de
31
P relativos
soluo aquosa (85%, v/v) de H
3
PO
4
( = 0). Os resultados foram analisados com o auxlio do programa AMIX (BRUKER). As anlises
de componentes principais gerados com base nos dados de RMN de
1
H permitiram diferenciar as linhagens, inclusive demonstrando que
o grau de separao dependente da relao sinal rudo, a qual inuenciada diretamente pelo nmero de scans e aprimoramento da
homogeneidade do campo. Anlises de padres de fosfolipdeos por 2D-HMBC (
1
H/
31
P) permitiram obter assinalamentos especcos de
alguns dos fosfolipdeos, os quais foram comparados entre as amostras, como a fosfatidilcolina (PC) e o fosfatidilinositol (PI). Anlises de
GC-MS das amostras submetidas metanlise e acetilao mostraram um aumento progressivo da quantidade de inositol com o aumento do
grau de carcinogenicidade das amostras. Anlises por ESI-MS sero realizadas posteriormente para conrmar a estrutura dos fosfolipdeos
presentes nos extratos lipdicos das linhagens.
CARACTERIZAO ESTRUTURAL DO POLISSACARDEO PRESENTE NA GOMA DE EXSUDATO
DA ACACIA-NEGRA (Acacia mearnsii)
ESTUDO LIPIDMICO DE LINHAGENS DE MELANOMA HUMANO EM DIFERENTES ESTGIOS DE
CARCINOGENICIDADE POR ESPECTROSCOPIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Cinthia Faanha Wendel (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1996004663
Orientador: Prof. Dr. Philip Albert James Gorin Co-Orientador: Dra. Fernanda Fogagnoli Simas Tosin
Colaborador: Profa. Dra. Izabel Cristina Riegel, Bruno Campos da Silva
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Acacia mearnsii, polissacardeo, goma de exsudato.
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - (2.08.01.00-9)
Aluno de Iniciao Cientfca: Daniel Suss Riter (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2002012247
Orientador: Guilherme Lanzi Sassaki
Colaborador: Arquimedes Paixo de Santana Filho (Doutorando - Capes/REUNI)
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: fosfolipdios, melanoma, RMN.
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - 2.08.01.00-9
0243
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A transestericao de leos vegetais com alcois produz steres que podem ser usados para substituir o diesel de petrleo. O presente
trabalho investigou aspectos relacionados catlise enzimtica desta reao com lipases. O projeto teve duas vertentes: a otimizao da
produo da lipase de Rhizopus microsporus e uma busca para novas cepas produtoras de lipases que pudessem ser usadas na reao de
transestericao. O estudo de produo da lipase de Rhizopus microsporus teve o objetivo de produzir um slido fermentado com alta
atividade, com intuito de permitir uma diminuio do tempo de reao necessrio transestericao aps a adio do slido fermentado
ao meio reacional como catalisador. Este estudo envolveu uma comparao de trs meios: uma mistura de bagao de cana (BC) e farelo de
semente de girassol (1:1) impregnado com tampo fosfato (razo 1:4) (Meio 1), BC impregnado com meio lquido (razo 1:5) contendo
leo de soja (40 g/L) e sais minerais (Meio 2), e BC impregnado com meio lquido (razo 1:5) contendo leo de soja (60 g/L) e sais
minerais (Meio 3). Os substratos slidos (2,5 g Slido Seco) foram impregnados do meio, inoculados, colocados em Erlenmeyers de 125
mL e incubados a 40C. A atividade lipoltica do slido fermentado foi medida pelo mtodo titulomtrico (pH-Stat), empregando uma
emulso de triolena (pH 8, 40C). As atividades de lipase mximas atingidas foram de 42, 2 e 348 U/g SS, para o Meio 1, Meio 2 e Meio
3, respectivamente. A busca por novas cepas teve como objetivo identicar novas lipases com alta estabilidade nas condies agressivas
usadas para a reao de transestericao (alta temperatura e presena de alcois e solventes orgnicos). Vinte e seis cepas de fungos
termoflicos e termotolerantes foram isoladas a 50C e a 40C, respectivamente, a partir de amostras de coco obtidas em regio tropical
do Brasil. As mesmas foram cultivadas em FES em Meio 2 a 40C para a produo de lipases. As atividades de hidrlise foram avaliadas
pelo mtodo titulomtrico com emulso de tricaprilina em pH 7 a 40C. As cepas termlas tiveram atividades de lipase entre 1 a 45 U/
gSS, e uma cepa termotolerante (Rhizopus sp.) apresentou atividade de 350 U/gSS. As atividades enzimticas de estericao dos slidos
fermentados sero avaliadas pelo mtodo colorimtrico descrito por Lowry e Tinsley. As lipases mais promissoras sero selecionadas e
caracterizadas na sua estabilidade na temperatura e nos solventes orgnicos. Mais tarde, estas lipases contidas no slido fermentado sero
empregadas na sntese de oleato de etila (biodiesel).
Espalhamento de luz dinmico uma tcnica absoluta utilizada para determinao das propriedades dinmicas de polmeros e colides atravs
da mensurao das utuaes da intensidade da luz espalhada. Consiste em obter uma funo de autocorrelao dos dados mensurados,
da qual podemos obter o coeciente translacional de difuso, sendo esse coeciente, ento, utilizado para obteno do raio hidrodinmico
(R
h
) pela equao de Stokes-Einstein. Com o raio hidrodinmico, juntamente com o raio de giro, que pode ser obtido atravs da tcnica
de espalhamento de luz esttico, pode-se calcular o parmetro que fornece informaes importantes sobre a conformao das partculas
em determinado solvente. A tcnica extremamente sensvel, portanto, qualquer presena de partculas contaminantes na amostra pode
alterar drasticamente a validade dos resultados obtidos. Neste estudo, utilizou-se como modelo polissacardeos provenientes de sementes de
Mimosa scabrella (bracatinga-GM), Schizolobium parahybae (guapuruvu-GG) e Stryphnodendron adstringens (barbatimo-GS), visto que
sua anlise estrutural j foi amplamente estudada pelo Grupo de Qumica de Carboidratos Vegetais da UFPR, o que justica sua utilizao
para a validao da tcnica. Estes polissacardeos so compostos de uma cadeia principal de D-manose unidas entre si por ligaes (14)
com ramicaes de D-galactose ligadas (16) (galactomananas). Os polissacardeos analisados foram obtidos atravs de extraes
aquosas em 1h, 2h, 3h, 4h, 6h, 24h ou 48h. Os experimentos foram realizados com o objetivo de relacionar o Rh dos polissacardeos com
sua origem e respectivos tempos de extrao. Previamente realizao das anlises, foi desenvolvido um protocolo de preparo das amostras,
que garantisse a qualidade e reprodutibilidade dos resultados. Os testes realizados neste estudo comprovaram que a ltrao sequencial
em membranas com poros de 1,2; 0,45 e 0,22m, seguido de centrifugao por 5min a 2000rpm o mtodo de preparo mais adequado
ao estudo destes sistemas. Os resultados obtidos demonstraram que os R
h
das amostras de M. scabrella, apresentaram valores em mdia
de 122nm, no variando em relao ao tempo de extrao. J os polissacardeos de S. parahybae e S. adstringens demonstraram uma
diminuio nos ndices de polidisperso e nos valores de R
h
de 148nm (1h de extrao - GG) para 64nm (48h de extrao- GG) e 99nm
(1h de extrao - GS) para 65nm (48h de extrao - GS), respectivamente. Conclui-se que o estudo realizado comprovou a aplicabilidade
da tcnica para a caracterizao de polissacardeos.
UTILIZAO DE SLIDO FERMENTADO PARA CATALISAR A SNTESE ENZIMTICA DE STERES
DO BIODIESEL
CARACTERIZAO FISICOQUMICA DE POLISSACARDEOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Edgar Mallmann (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007784
Orientador: David Alexander Mitchell Co-Orientador: Nadia Krieger
Colaborador: Jess Crdova (Professor Visitante/CAPES), Rodrigo Gabriel Simas (PIBITI/Voluntria), Juliana Caraa (PIBITI/CNPq)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: esterifcao enzimtica, lipases, biodiesel
rea de Conhecimento: Enzimologia 2.08.05.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Edson Yu Sin Kim (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016549
Orientadora: Profa. Dra. Joana La Meira Silveira Co-Orientadora: Profa. Dra. Izabel Cristina Riegel
Colaboradoras: Ms. Marina Salvalaggio e Ms. Heidegrid Siebert Koop
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: espalhamento de luz dinmico, galactomanana, raio hidrodinmico
rea de Conhecimento: - 2.08.01.00-9
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Os polissacardeos encontrados na biomassa de microalgas podem ter funo de reserva, apresentando caractersticas semelhantes ao amido;
ou estrutural, apresentando diversos padres estruturais de ligaes glicosdicas, ramicaes e composio monossacardica. Para espcies
da diviso Prymnesiophyta tm sido descritas -glucanas ramicadas em C3 ou C6. J para o gnero Porphyridium, o qual pertence
diviso Rhodophyta, os carboidratos mais estudados so os exopolissacardeos, que apresentam em sua composio principalmente xilose,
galactose e glucose, alm de sulfato, entretanto, seus endopolissacardeos ainda no so bem descritos na literatura. O objetivo deste estudo
foi determinar a estrutura qumica dos polissacardeos das espcies Pavlova lutheri e Porphyridium cruentum, pertencentes s divises
Prymnesiophyta e Rhodophyta, respectivamente. As microalgas foram cultivadas em meio Guillard F2 por 7 dias, sendo a biomassa
separada do meio de cultivo por centrifugao a (12000 x g) e liolizada. A extrao dos polissacardeos foi realizada de maneira distinta
para cada espcie: P. lutheri foi submetida extrao aquosa 2,0 g% a 80C por 2 horas sob agitao constante. Os polissacardeos foram
precipitados com etanol (3v), rendendo a frao PAQ (3%), que apresentou carboidratos (39,6%), protenas (13,9%), grupos sulfato (3,8%)
e cidos urnicos (4,9%). A composio monossacardica foi determinada aps hidrlise cida e anlise dos acetatos de alditis por GC-MS,
e apresentou os seguintes acares: arabinose (46,6 mol%), ribose (26,6 mol%), glucose (20 mol%) e xilose (6,6 mol%). Para a espcie
P. cruentum a biomassa foi submetida extrao aquosa 2,5 g% a temperatura ambiente. O extrato aquoso foi dialisado em membrana de
12-14 kDa e liolizado, rendendo a frao PCAD (15%). Esta frao foi submetida a tratamento com KCl rendendo a frao PCAD-FS
(71%), que apresentou carboidratos (73,3%), protenas (5,8%) e grupos sulfato (13,7%). A composio monossacardica foi determinada
aps hidrlise cida e anlise dos acetatos de alditis por GC-MS, e apresentou os seguintes acares: xilose (37,7 mol%), galactose (36,7
mol%), glucose (22 mol%), 3- e/ou 4-metil galactose (3,2 mol%) e manose (0,5 mol%). Tanto o polissacardeo de P. lutheri como o de P.
cruentum esto em fase de puricao devido a um perl heterogneo exibido pelas anlises de HPSEC-MALLS, e tero na sequncia sua
caracterizao nalizada.
O uso de plantas como toterpico vem se difundindo consideravelmente ao longo dos ltimos anos, sendo utilizadas tanto diretamente,
em infuses, xaropes e compressas, quanto indiretamente, no fornecimento de precursores para a farmacologia moderna. Tal progresso est
intimamente ligado ao atual aumento das pesquisas na rea, as quais fornecem os subsdios necessrios (determinao do composto e seu efeito
biolgico) para o emprego no tratamento de patologias. Polissacardeos so comprovadamente aplicveis no setor alimentcio (geleicante),
no setor energtico (produo de etanol), e na farmacologia, com muitos estudos sobre as atividades biolgicas dos polissacardeos. O
abacateiro (Persea americana), objeto de estudo, possui uma ampla importncia medicinal, popularmente e cienticamente determinada.
Estudos j demonstraram que extratos de folhas apresentam ao antiviral, antirreumtica, hipoglicemiante, hipocolesterolemiante,
analgsica e anti-inamatria, alm de inmeras outras aplicaes teraputicas, todas atribudas presena de metablitos secundrios,
principalmente avonides e leos essenciais. Considerando a larga utilizao medicinal do abacateiro e a ausncia de relatos na literatura
sobre os polissacardeos das folhas com possvel atividade biolgica, o objetivo deste trabalho foi o isolamento, puricao e caracterizao
dos polissacardeos foliares de P. americana. As folhas, previamente desidratadas e modas, foram submetidas inativao enzimtica
(metanol:gua 2:1, sob reuxo, 30 min). O material ltrado e seco foi deslipidicado (tolueno:etanol 2:1 v/v, 30 min) sob reuxo. O material
seco resultante foi, ento, submetido s extraes aquosas sequenciais temperatura ambiente e a 80C. As extraes foram feitas por 4
horas e agitadas periodicamente durante este intervalo, originando, aps a precipitao etanlica e liofolizao, 5 fraes (EF, 1EQ, 2EQ,
3EQ, 4EQ). Todas as amostras foram submetidas derivatizao para obter os acetatos de alditis para a anlise em cromatograa liquido-
gasosa, para a determinao da composio monossacardica. A derivatizao consistiu em trs etapas: hidrlise cida (cido triuoractico
2M) por 8 horas a 100C, seguido de reduo (adio de borohidreto de sdio) e acetilao (anidrido actico:piridina 1:1) das amostras. Os
resultados obtidos na cromatograa seguiram dois padres bsicos: 1) predominncia de manose (fraes EF e 3EQ), indicando a presena
de mananas e; 2) predominncia de galactose e arabinose (fraes 1EQ, 2EQ e 4EQ), indicando a presena de arabinogalactanas.
CARACTERIZAO DE POLISSACARDEOS EXTRADOS DE MICROALGAS MARINHAS: Pavlova
lutheri e Porphyridium cruentum
MOLCULAS BIOATIVAS DAS FOLHAS DE Persea americana
Aluno de Iniciao Cientfca: Ester Mazepa (CNPq-Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES 2009023605
Orientador: Miguel Daniel Noseda Co-Orientador: Maria Eugnia Duarte Noseda
Colaborador: Tatiane Winkler Marques Machado (PPG-Bq)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Polissacardeos; Microalgas.
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - 2.08.01.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Fbio Tomio Yamassaki (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 200822509
Orientador: Selma Faria Zawadzki Baggio Co-Orientador: Juliana Bello Baron Maurer
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Persea americana, polissacardeos, NUPPLAMED
rea de Conhecimento: 2.08.01.00-9 Qumica de Macromolculas
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Herbaspirillum seropedicae uma bactria diazotrca endoftica de gramneas de importncia agrcola. Microrganismos diazotrofos
so capazes de reduzir nitrognio atmosfrico a amnio utilizando o complexo enzimtico da nitrogenase. Esse complexo composto
pelas protenas Fe e MoFe, codicadas pelos genes nifHDK. A protena Fe ou dinitrogenase redutase um homodmero codicado pelo
gene nifH, responsvel pela ativao da protena MoFe, onde ocorre a catlise. Em vista do alto gasto energtico, a xao de nitrognio
altamente regulada tanto a nvel transcricional quanto ps-traducional. Em H. seropedicae, o mecanismo de regulao ps-traducional
da nitrogenase no est completamente esclarecido, mas sabe-se que envolve a protena AmtB, que se associa membrana, e a protena
citoplasmtica GlnK. Neste trabalho, ns apresentamos a expresso e puricao da subunidade NifH e a produo de anticorpos policlonais
contra ela. O gene nifH de H. seropedicae foi clonado em um vetor de expresso e a protena NifH foi puricada como uma protena de
fuso His-tag, a partir da expresso em Escherichia coli. A protena NifH-His expressa apresentou-se como um corpo de incluso e foi
solubilizada em uria antes da puricao por cromatograa de anidade em coluna quelante de metal. A protena puricada apresentou
85% de pureza, conforme resultado de anlise densitomtrica, e foi utilizada para obteno de anticorpos policlonais contra NifH. Anlises
de imunodeteco (western blot) mostraram que os anticorpos obtidos reconhecem a protena NifH puricada. Esses anticorpos sero
utilizados para determinar a localizao subcelular de NifH em estudos de controle ps-traducional da nitrogenase em H. seropedicae.
Suporte nanceiro: INCT-Fixao Biolgica de Nitrognio, Instituto do Milnio, CAPES e CNPq.
O sistema GAAT (Genome Assembly and Analysis Tool), desenvolvido no Laboratrio de Bioinformtica do Ncleo de Fixao de Nitrognio
da UFPR desde 2004, integra ferramentas de Bioinformtica objetivando a anlise genmica de procariotos, desde a transferncia e
armazenamento de dados, gerenciamento de usurios e anlise de qualidade at a montagem e anotao dos genomas. No presente trabalho,
so apresentadas alteraes e implementaes desenvolvidas no mdulo de anotao (GAnM). Este mdulo foi adaptado para tornar-se
independente dos demais, porm, mantendo a unicidade do sistema. Adaptaes e ampliao do cdigo fonte foram realizadas na ferramenta
para incorporao de genomas anotados, permitindo a importao dos dados a partir do formato GenBank. Uma nova ferramenta foi
tambm desenvolvida para anotao automtica de sequncias de genomas completos ou incompletos. As seqncias podem ser carregadas
no sistema a partir de um arquivo no formato FASTA ou MULTIFASTA e as seguintes tarefas so automatizadas: a) armazenamento dos
dados; b) identicao de ORFs e busca por genes utilizando o programa Glimmer; c) identicao de stios de ligao ao ribossomo
(RBS) utilizando o programa RBSnder; d) identicao de sequncias de RNA transportadores utilizando o programa tRNAscan-SE; e)
busca por similaridade a partir das seqncias dos genes identicados contra os bancos de dados nr do NCBI e COG utilizando o programa
BLAST e; f) armazenamento dos resultados em banco de dados e sua disponibilizao em interface Web. A interface Web possui controle de
usurios e permite a visualizao, edio e anlise dos dados em pginas dinmicas, integradas ao banco de dados, e com recursos grcos.
EXPRESSO E PURIFICAO DA PROTENA NiFH DE Herbaspirillum seropedicae
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMA INTEGRADO DE MONTAGEM E ANOTAO DE GENOMAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Felipe Bueno da Silva (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022516
Orientador: Leda Satie Chubatsu Co-Orientador: Luiza Maria de Arajo
Colaborador: Lilian Noindorf, Rose A. Monteiro; Emanuel M. de Souza; Luciano F. Huergo; Leonardo M. Cruz; Maria Berenice R. Stefens;
Liu Un Rigo; Fabio O. Pedrosa
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: nifH, Herbaspirillum seopedicae, fxao de nitrognio
rea de Conhecimento: 2.08.04.00 (Biologia Molecular)
Aluno de Iniciao Cientfca: Felipe Ren Oliveira Pisa (PIBIC/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014420
Orientador: Maria Berenice Reynaud Stefens Co-orientador: Leonardo Magalhes Cruz
Colaborador: Vincius Almir Weiss, Emanuel Maltempi de Souza, Fbio de Oliveira Pedrosa
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Herbaspirillum, GENOPAR, Bioinformtica
rea de Conhecimento: Bioqumica e Biologia Molecular 2.08.04.00-8
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Trentepohlia uma alga verde e compreende cerca de 40 espcies, existindo tanto em vida livre como associada a fungos (lquens). Embora
tenha morfologia relativamente simples, constitue um grupo taxonomicamente difcil, cuja circunscrio e relao logentica com os
outros gneros da ordem ainda no esto resolvidas. No entanto, isto pode ser devido ao fato de que dados moleculares disponveis para o
gnero Trentepohlia so ainda bastante escassos, e principalmente para as espcies liquenizadas, uma vez que os nicos estudos existentes
foram realizados com exemplares de vida livre. Desta maneira, o presente estudo tem por objetivos avaliar se as espcies de Trentepohlia
que ocorrem em vida livre e no mesmo ambiente que diferentes espcies de fungos liquenizados so as mesmas que ocorrem dentro do talo
liqunico, e determinar a variabilidade de espcies de Trentepohlia em ecossistema de restinga no Paran. O DNA total foi extrado de 82
amostras utilizando o mtodo do CTAB (Cubero et al. 1999) ou usando o protocolo do kit Qiagen DNeasy Plant Mini Kit (Qiagen
). Os
extratos contendo DNA total foram usados para amplicao do gene 18S rDNA . Os iniciadores utilizados foram NS1 e 18L (Hamby et
al., 1988), PCRA e 18H e, PRC e PCRB (Rindi et al., 2009), Foram obtidos os fragmentos de PCR do gene 18S rDNA de quatro amostras
de Trentepohlia sp. de vida livre e de doze Trentepohlia sp. presentes nos seguintes lquens: Cryptotecia rubrocincta, Coenogonium sp,
Glyphis cicatricosa, Carba cantographis carba, Graphis argentata, Graphis rizocola, Cryptothecia sp, Coenogonium interplexum, Fissurina
dumasti e 3 lquens pertencentes famlia Graphidaceae. Os fragmentos amplicados foram limpos usando o kit de puricao QIAquick
(Qiagen) e esto sendo sequenciados em sequenciador automtico ABI377 (ABI Prism). As sequncias obtidas sero montadas com o auxlio
dos programas PHRED, PHRAP e CONSED. As sequncias do gene 18S rDNA obtidas neste trabalho e de outras espcies de Trentepohlia
obtidas do Genbank sero alinhadas no programa ClustalW2 e editadas usando o programa BioEdit (Hall, 1999). Os alinhamentos obtidos
sero usados para anlise comparativa e cladstica dos organismos identicados com o auxlio do programa Mega4 com o intuito de avaliar
a variabilidade gentica dos fotobiontes simbiticos e de vida livre na rea amostrada. Apoio nanceiro: CNPq.
A fermentao no estado slido (FES) uma importante forma de se obter diversos compostos a partir de fungos lamentosos. A produtividade
da FES pode ser muito alta para certos processos e conceitualmente simples, o que torna fcil a sua implantao. Entretanto, esta forma de
fermentao gera diculdades no projeto de processos e na garantia de reprodutibilidade de resultados. Isso ocorre devido a descontinuidades
espaciais que tornam complexa a anlise matemtica da relao entre as variveis envolvidas e inviabilizam a criao de equaes de
balano simples e universais. Uma abordagem para se contornar esta diculdade o emprego de modelos fenomenolgicos segregados, ou
seja, modelos que fazem uso de relaes simples entre variveis aplicadas ponto a ponto em uma simulao do evento completo. Este tipo
de abordagem requer um esforo computacional consideravelmente maior do que as estratgias clssicas de modelagem, porm gera uma
riqueza de detalhes igualmente muito maior. O uso de autmatos celulares uma forma de modelagem fenomenolgica segregada que faz
uso de unidades tericas descritas por variveis de estado representando clulas que interagem entre si e evoluem no tempo e no espao. No
presente projeto se fez uso do conceito de autmatos celulares para descrever como o processo de difuso de nutrientes no interior de uma
hifa vegetativa de Neurospora crassa limita o comprimento atingido por ela. Foram deduzidas equaes dinmicas de balano de massa para
cada autmato celular. As equaes foram resolvidas atravs do uso de mtodos numricos implementados na linguagem de programao
FORTRAN. Em seguida, os autmatos celulares foram colocados em sequncia para simular uma hifa. As trocas de nutrientes entre cada
autmato foram ento simuladas no ambiente computacional. A estabilidade dos mtodos numricos empregados nos programas tambm foi
testada. O modelo completo simulou a transferncia de nutrientes no interior de uma hifa em crescimento de forma coerente. Os padres de
resposta da simulao para diferentes valores de parmetros revelaram a forte inuncia de alguns deles no tamanho mximo atingido pela
hifa. O modelo desenvolvido pode ser usado para gerar perguntas sobre os fenmenos mais importantes no crescimento do miclio de fungos.
ANLISE MOLECULAR SOBRE A DIVERSIDADE DE ESPCIES DE Trentepohlia (CHLOROPHYTA)
EM VIDA LIVRE E LIQUENIZADAS EM VEGETAO DE RESTINGA ARBREA NO PARAN
MODELAGEM MATEMTICA DO CRESCIMENTO DE FUNGOS FILAMENTOSOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Franciele Lima Bettim (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023656
Orientador: Lucimara Mach Crtes Cordeiro Co-Orientador: Leonardo M. Cruz
Colaborador: Sionara Eliasaro
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Trentepohlia, biodiversidade, restinga.
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Francisco Vitor Santos da Silva (CNPq - Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023473
Orientador: David Alexander Mitchell Co-Orientador: Marcelo Kaminski Lenzi
Colaborador: Graciele Viccini (CNPq-PDJ), Wellington Balmant (doutorando), Juliana Hey Coradin (mestranda)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Fermentao no estado slido, modelagem matemtica, hifas vegetativas.
rea de Conhecimento: 2.12.02.00-1
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A melanognese um fenmeno que ocorre no interior dos melancitos e produz a melanina, pigmento responsvel pela colorao e
proteo da pele contra os efeitos nocivos da radiao UV. Muitas patologias esto relacionadas com uma produo anormal de melanina,
como o vetiligo e o melanoma. Por isso, torna-se fundamental o estudo de compostos que interram na via se sntese de melanina, seja
reprimindo ou aumentando sua produo. Os avonides so compostos amplamente distribudos na natureza que apresentam uma ao
antioxidante e anticarcinognica bem estabelecidas. Estudos apontam uma potencial ao desses compostos na formao da melanina,
foi mostrado que o avonide Apigenina inibidor competitivo da tirosinase, enzima chave envolvida no processo de melanognese.
Esta enzima responsvel pela converso da L-tirosina em L-dopa (atividade monofenolase) e da L-dopa em dopaquinona (atividade
difenolase), passos iniciais do processo de sntese de melanina. De fato, testes realizados no incio do projeto vericaram que os avonides
Apigenina e Flavona apresentam uma ao inibitria na sntese de melanina em clulas de melanoma murino tratadas com 25 M desses
ativos. Para prosseguimento do estudo, foi avaliado o mecanismo envolvido nessa inibio. Sendo assim, foi realizado o tratamento de
clulas de melanoma murino (B16-F10) com 25 M dos avonides Apigenina e Flavona por 24 horas e posteriormente realizada a lise
dessas clulas e incubao a 37C por 1 hora com 20 mM de L-dopa ou 20 mM de L-tirosina. Como controles, clulas foram tratadas,
tambm por 24 horas, com 0,4 mM de tirosina e 10 mM de cloreto de amnio, que comprovadamente induzem o aumento da atividade da
tirosinase, e com 400 M de cido Kjico, que atua inibindo a atividade da enzima. Os resultados indicam uma tendncia de aumento da
atividade da tirosinase com o tratamento dos avonides quando a incubao feita com L-dopa com. J quando se usa a L-tirosina, no
foi vericada diferena entre os tratamentos e controles. Embora parea contraditrio frente ao encontrado na avaliao de melanina total,
o resultado indica que o mecanismo de ao envolvido no processo de inibio da melanognese pela Apigenina e Flavona a 25 M deve
estar relacionado a interao direta desses compostos com a enzima e no na alterao de sua expresso.
Gliomas malignos so caracterizados pela alta invasividade e a conseqente diculdade de cura atravs das terapias convencionais, como
quimioterapia, radioterapia e inciso cirrgica. Essa alta invasividade remete a capacidade da clula tumoral em remodelar a matriz
extracelular sua volta, processo realizado por metaloproteinases de matriz (MMPs). As MMPs so endopeptidases dependentes de zinco
e atuam na degradao da maioria dos componentes de matriz, favorecendo assim a invaso. A protena supressora de tumor RECK
uma glicoprotena ancorada a membrana, e responsvel por regular pelo menos 3 tipos dessas MMPs: MMP-9, MMP-2 e MT1-MMP.
Drogas da classe das estatinas so caracterizadas por inibir a sntese de colesterol e isoprenides, podendo assim interferir na composio
da membrana das clulas, alm de serem estudadas tambm como drogas antitumorais por exercerem efeitos antiproliferativos e pr-
apoptticos. Nos ltimos anos tem se tornado evidente que alteraes na composio e/ou funo do microambiente celular podem ser
implicadas na progresso de diversas desordens, incluindo a formao e progresso tumoral, sendo um determinante crtico para a resposta
das clulas tumorais aos agentes teraputicos. Recentes estudos tm aumentado muito nosso conhecimento sobre o mecanismo intracelular
desse efeito, porm ainda no est totalmente elucidado. Assim, o objetivo deste trabalho foi criar uma maneira ecaz e vivel de mimetizar
in vitro o ambiente celular que ocorre in vivo e avaliar os efeitos do tratamento de clulas de glioma humano (U87MG e T98G) com o
agente antitumoral sinvastatina frente a aspectos antiproliferativos e na modulao da expresso de RECK (e seus transcritos alternativos
de splicing) e MMPs. O substrato escolhido foi o colgeno do tipo I por ser um elemento abundante na matriz. O colgeno foi obtido na
forma de gel hidratado e estril, proveniente da extrao de tendes da cauda de ratos Wistar, utilizado numa concentrao de 2,5mg/ml e
pH igual a 7. Em comparao com as clulas sem nenhum tipo de substrato de matriz, foi observada uma grande mudana na morfologia
das clulas de glioma aps o plaqueamento no substrato de colgeno, apresentando muito mais prolongamentos celulares (pseudpodos).
Os ensaios de viabilidade celular, avaliados pela metodologia de MTT, foram realizados utilizando-se a sinvastatina nas doses de 1 e 5M
por diferentes perodos de tempo. Nossos resultados iniciais sugerem que as clulas de glioma apresentam uma diminuio na viabilidade
celular aps o tratamento com sinvastatina de maneira dose e tempo dependente. Quando as mesmas so plaqueadas em substrato de colgeno
apresentam-se mais resistentes ao tratamento. Em conjunto, nossos resultados mostram que o tratamento com sinvastatina promoveu um
efeito anti-proliferativo nessas clulas tumorais, sugerindo um potencial para contribuir com o tratamento de tumores da glia, e evidenciam
a importncia da interao clula-matriz na busca dos alvos moleculares envolvidos nesse processo.
EFEITO DE FLAVONIDES NA PRODUO DE MELANINA EM CLULAS DE MELANOMA
CARACTERIZAO DOS EFEITOS ANTI-PROLIFERATIVOS DA SINVASTATINA EM CLULAS DE GLIOMA
HUMANO: PAPEL DA INTERAO CLULA-MATRIZ E MODULAO DA EXPRESSO DE RECK E MMPS.
Aluno de Iniciao Cientfca: Juliana Cibi Amorim (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016533
Orientador: Glaucia Regina Martinez Co-Orientador: Eduardo Aliprandini (Mestre PPG Bioqumica)
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: melanina, favonides, tirosinase.
rea de Conhecimento: Metabolismo e Bioenergtica - 2.08.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Juliana de Carvalho Neme Kenski (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022504
Orientador: Sheila Maria Brochado Winnischofer
Colaborador: Hudson Gouveia Amstalden (MESTRANDO/REUNI), Thiago Jacomasso (DOUTORANDO/CNPQ), Marina Trombetta Lima
(DOUTORANDA/FAPESP).
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: RECK, Sinvastatina, colgeno.
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8
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Bactrias do gnero Azospirillum so xadores de nitrognio que apresentam capacidade de interagir com razes de plantas, incluindo plantas
de elevada importncia econmica como a cana-de-acar, o arroz e o milho. Apesar de xarem nitrognio, a quantidade de nitrognio
xado por Azospirillum que transferida para a planta associada parece ser limitada, provavelmente devido a um intrincado sistema que
regula negativamente a sntese e a atividade da nitrogenase. Para explorar o potencial de Azospirillum brasilense como biofertilizante
necessrio um maior conhecimento das vias que regulam a xao e a assimilao de diferentes fontes de nitrognio neste organismo.
Uma abordagem sistmica para avaliar alteraes no metabolismo em reposta a presena ou ausncia de determinada fonte nitrogenada
a anlise protemica. Utilizando-a foi possvel identicar protenas diferencialmente expressas em clulas de A. brasilense cultivadas na
presena de amnio (+N) ou em condies de xao de nitrognio (-N). Todos os pontos proticos observados nas duas condies foram
analisados para a obteno de um mapa protico de referncia para A. brasilense. Os mapas nas condies +N e -N apresentaram 388
spots (sendo que 72% foram identicados) e 395 Spots (sendo que 75% foram identicados) respectivamente. Dezesseis protenas foram
expressas exclusivamente na condio +N, enquanto que 31 na condio -N. Trs protenas apresentaram diferenas de expresso apesar de
estarem presentes em ambas as condies. Dentre as protenas exclusivas da condio N grande parte est envolvida no metabolismo do
nitrognio. Utilizando a tcnica de espectrometria de massa MS/MS foi possvel identicar uma modicao ps-traducional (uridililao
do resduo tirosina 51) na protena regulatria GlnZ. A anlise destes dados ir permitir uma melhor compreenso do metabolismo do
nitrognio em A. brasilense.
Suporte Financeiro: CNPq, INCT- FBN, Pronex e Fundao Araucria.
O cupuau (Theobroma grandiorum) um fruto tpico da Amaznia que amadurece na poca chuvosa, de janeiro a maio. Sua polpa
utilizada para a fabricao de sucos, licores, sorvetes, cremes, gelias, bombons e tambm em produtos de beleza. De colorao amarelo-
esbranquiada e aspecto cremoso, porm broso, a polpa caracteriza-se pelo sabor cido e perfume forte e doce. Estudos anteriores realizados
no Laboratrio de Qumica de Carboidratos Vegetais mostraram que a polpa do cupuau contm pectinas e amido com alta capacidade
geleicante. Tendo em vista a expanso da utilizao desta fruta no setor alimentcio e cosmtico e a limitada disponibilidade de informaes
a respeito da composio e propriedades de seus componentes, o objetivo deste trabalho foi extrair fraes contendo compostos fenlicos
da polpa de cupuau e a avaliar as suas propriedades antioxidantes. A polpa in natura do cupuau foi liolizada, moda e submetida a
extraes em diferentes condies. O reagente de Folin-Ciocalteu foi utilizado para a identicao de compostos fenlicos. As fraes que
apresentaram maior teor de fenlicos foram aquelas extradas com metanol 80% a 60 C e 37 C, seguido das extraes com etanol 80% a
60 C e 37 C, e gua a 37 C. Os extratos com maior contedo de compostos fenlicos foram testados quanto a sua atividade antioxidante
in vitro utilizando os seguintes mtodos: capacidade sequestrante de radicais DPPH (1,1-difenil-2-picrilhidrazil), de radical hidroxila e de
nion superxido. As amostras foram utilizadas nas concentraes de 0,1, 1,0 e 10,0 mg/mL. Os resultados de atividade antioxidante para
as diferentes amostras foram semelhantes entre si e mostraram comportamento dose-dependente. Todas as amostras testadas apresentaram
baixa atividade sequestrante de radicais hidroxila. A capacidade de sequestro de radicais DPPH foi superior a atividade sequestrante de
radicais hidroxila para todas as amostras. Para a atividade sequestrante de nion superxido, a frao obtida com metanol 80% a 60 C na
concentrao de 10,0 mg/mL apresentou maior atividade. De acordo com os resultados obtidos, as extraes com metanol 80% resultaram em
maior quantidade de compostos fenlicos. Entretanto, a atividade antioxidante das fraes obtidas em diferentes condies foi semelhante.
Os resultados demonstram que a polpa dos frutos de cupuau contm compostos fenlicos que apresentam atividade antioxidante, sendo a
atividade sequestrante de nion superxido o efeito mais pronunciado.
ANLISE PROTEMICA DE azospirillum brasilense
CUPUAU: ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE A COMPOSIO E PROPRIEDADES
Aluno de Iniciao Cientfca: Lucas Jos Falarz (CNPq - Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022503
Orientador: Fbio de Oliveira Pedrosa Co-Orientador: Luciano Fernandes Huergo
Colaborador: Marina K. Kadowaki, Leda S. Chubatsu, Rose A. Monteiro, Leonardo M. Cruz, Maria Berenice R. Stefens, Emanuel M.
Souza.
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Proteoma, Azospirillum brasilense.
rea de Conhecimento: 2.08.02.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Mara Gnoatto Afonso (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023536
Orientador: Carmen Lcia de Oliveira Petkowicz
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: cupuau, Theobroma grandiforum, atividade antioxidante.
rea de Conhecimento: Bioqumica 2.08.00.00-2
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As bactrias pertencentes ao gnero Azospirillum so microrganismos Gram negativos, xadores de nitrognio, que podem colonizar a
rizosfera e o interior das razes. Tal caracterstica permite a associao com razes de plantas de importncia econmica, como a cana-de-
acar, sorgo, milho, arroz, dentre outras. A espcie mais estudada deste gnero a Azospirillum brasilense. A enzima nitrogenase, presente
nesse microrganismo, responsvel pela xao bilogica de nitrognio, convertendo o nitrognio atmosfrico em amnia. Essa enzima
sofre regulao atravs de ADP-ribosilao dependendo dos nveis de nitrognio presentes no meio, onde a enzima DraT catalisa a adio do
grupo ADP-ribose (inativando a nitrogenase) e a enzima DraG, a remoo desse grupo (recuperando-a). As protenas pertencentes familia
PII, GlnB e GlnZ, so capazes de interagir sicamente com as enzimas DraT e DraG, sugerindo que tais interaes estejam relacionadas
com a regulao da nitrogenase. Apesar das protenas GlnB e GlnZ apresentarem 80% de similaridade, a interao com suas protenas
alvos so altamente especcas. Enquanto que a protena GlnB pode interagir sicamente com a enzima DraT, a protena GlnZ no pode.
O contrrio observado com o par GlnZ/DraG. O objetivo deste trabalho identicar motivos estruturais nas protenas GlnB e GlnZ que
estejam envolvidos na especicidade destas interaes. Para isso, estamos construindo protenas quimricas (contendo partes da protena
GlnB fusionada com partes da protena GlnZ) e mutantes pontuais (usando kits de mutagnese) visando substituir aminocidos localizados na
superfcie que so distintos em cada protena. Um plasmdeo capaz de expressar a protena quimrica GlnBZ (N-terminal GlnB e C-terminal
GlnZ) a partir do promotor T7 do vetor pET28a foi obtido. Esse plasmdeo foi transformado em E. coli BL21 e a expresso da protena
induzida por IPTG. Aps as etapas de puricao, anlise de SDS-PAGE indicou altos rendimento e grau de pureza. Plasmdeos contendo
as substituies na protena GlnZ (Q39E, Q39K, Q42H, S52VS54D, Q42H52VS54D, D69S, D95P, D69SD95P, D68SQ69L, A 42-54) e
na protena GlnB (H42Q, V52SD54S, H42QV52SD54S, S68DL69Q, A 42-54) esto sendo obtidos e sero sequenciados para conrmar
as modicaes esperadas. As protenas mutantes e quimricas sero puricadas e comparadas com as protenas selvagens GlnB e GlnZ
quanto a capacidade de interao com as enzimas DraT e DraG utilizando ensaios de co-precipitao in vitro.
Suporte Financeiro: CNPq, Fundao Araucria e INCT/FBN
A diversidade de bactrias h muito tempo estudada atravs do isolamento dessas em meios de cultivo e sua posterior caracterizao
siolgica. Estas tcnicas, apesar de serem valiosas, algumas vezes podem subestimar a dimenso da diversidade bacteriana. A anlise da
diversidade de comunidades microbianas pode ser feita por tcnicas moleculares independentes do cultivo e ferramentas de bioinformtica.
Estas tcnicas baseiam-se na extrao do DNA diretamente do ambiente e amplicao, clonagem e sequenciamento de genes marcadores. O
presente trabalho tem como objetivo determinar a diversidade de bactrias diazotrcas e no-diazotrcas presentes em solos degradados.
Para tanto, foi realizado sequenciamento dos genes nifH e 16S rRNA. O DNA total extrado dos sedimentos do solo foi utilizado para
amplicar fragmentos 0.45kbp e 1.5kbp do nifH e 16S rRNA genes, respectivamente. Estes fragmentos de PCR foram clonados em pCR2.1
e transformados em Escherichia coli (estirpes DH10B e TOP10). O DNA plasmidial foi extrado e as inseres sequenciadas. Um total de
77 sequncias do gene nifH foi obtido e comparado com o banco de dados pblicos, utilizando o BLASTx. Os fragmentos sequenciados
compartilham alto grau de similaridade com sequncias do gene nifH de Alphaproteobacteria (3,9%), Betaproteobacteria (16,9%),
Gammaproteobacteria (72,7%), Deltaproteobacteria (1,3%) Firmicutes (1,3%) e organismos no cultivados (3,9%). Os resultados sugerem
que famlia Enterobacteriaceae, pertencente classe Gammaproteobacteria o grupo dominante nesta comunidade diazotrca . Anlises
de 165 sequncias de 16S rRNA revelaram a presena dos seguintes txons: Firmicutes (52,1%), Bacteroidetes (30,3%), Proteobacteria
(13,9%) Spirochaetes (0,6%), bactrias no classicadas (3,1%). Os organismos que predominam na biblioteca do gene 16S rRNA so
diferentes dos que predominam na biblioteca do nifH. Tambm possvel inferir que o os diazotrcos no ocorrem em grande nmero
no ambiente analisado, pois no esto presentes na biblioteca do gene 16S rRNA. Estimativas de diversidade sugerem que as sequncias
obtidas da biblioteca nifH parecem ser representativas dos organismos diazotrcos presentes na amostra. Porm mais sequncias do gene
16S rRNA precisam ser obtidas para saturar essa biblioteca.
INTERAES IN VITRO ENTRE AS PROTENAS PII E AS ENZIMAS REGULATRIAS DA
NITROGENASE EM AZOSPIRILLUM BRASILENSE
ANLISE DA COMUNIDADE BACTERIANA TOTAL E FIXADORA DE NITROGNIO DE UM SOLO
DEGRADADO NO ESTADO DO PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Marcelo Scarduelli (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022503
Orientador: Luciano F. Huergo Co-Orientador: Ana Claudia Bonatto
Colaboradores: Rose Adele Monteiro, Luiza M Araujo, Leda S. Chubatsu, Emanuel M Souza, Fbio O. Pedrosa
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: protenas PII, nitrogenase, Azospirillum brasilense.
rea de Conhecimento: 2.08.02.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Marina Soneghett Cotta (CNPq Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016523
Orientador: Fbio de Oliveira Pedrosa Co-Orientador: Leonardo Magalhes Cruz
Colaborador: Giovana Magnani (Doutoranda), Alexandre Knoll Malinowski (aluno), Arnaldo Glogauer (Doutorando), Helisson Faoro
(Doutorando)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: biodiversidade, nifH, 16S rRNA.
rea de Conhecimento: 2.08.02.00-5
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Herbaspirillum seropedicae uma bactria diazotrca endoftica, membro da subclasse das Proteobactrias. Essa bactria foi encontrada
associada ao milho (Zea mays), arroz (Oryza sativa), sorgo (Sorghum bicolor), cana de acar (Saccharum ofciarum), e tambm algumas
espcies tropicais como a bananeira (Musa spp) e o abacaxizeiro (Ananas comosus). Estudos da interao de H. seropedicae com diversas
espcies vegetais mostraram o seu potencial como biofertilizante nitrogenado, e sua capacidade de estimular o desenvolvimento das plantas
pela produo de tohormnios. A formao de biolme uma forma das comunidades bacterianas de aderirem a um determinado substrato.
A anlise por microscopia ptica de H. seropedicae crescido na presena de l de vidro mostrou que ele adere nas bras de vidro formando
um biolme espesso e mucilaginoso. Exopolissacardeos (EPS) e lipopolissacardeos (LPS) so descritos como responsveis pelos processos
de adeso em substratos e que so cruciais na manuteno integral da estrutura de biolmes. Contudo mutantes em genes relacionados com
a sntese de EPS e LPS apresentaram o mesmo fentipo de formao de biolme quando comparado com a estirpe selvagem.
A maior parte da diversidade microbiana presente no solo permanece desconhecida por no ser possvel seu cultivo utilizando meios de
cultura convencionais. Neste aspecto, a metagenmica permite o acesso diretamente ao DNA da microbiota ambiental sem a necessidade
do cultivo. DNA de amostras de solo da Floresta Atlntica Paranaense foram utilizadas para a construo de bibliotecas metagenmicas
utilizando fosmdeos mantidos em Escherichia coli. Durante um procedimento de triagem da biblioteca metagenmica, utilizando meio
contendo 1% de tributirina, foi observado um clone (MAF1125F06) que produzia um composto marrom. Este clone foi isolado para anlise,
o DNA fosmidial foi puricado, nebulizado e os fragmentos de 3 a 8 kb foram ligados em vetor pUC. Neste trabalho, 288 clones foram
isolados, originando a sub-biblioteca F06-3kb. Todos os clones tiveram seus plasmdeos puricados apresentando qualidade e quantidade
sucientes para o sequenciamento de DNA em larga escala. 96 subclones tiveram as extremidades de seus insertos seqenciadas, por meio
do uso de iniciadores universal e reverso, gerando 192 leituras de DNA com, em mdia, 500 pb. Os resultados do sequenciamento permitiro
a identicao de genes presentes no inserto do clone MAF1125F06 e a provvel origem metablica do composto de colorao marrom.
(suporte nanceiro: PRONEX 2006, Instituto Milnio, CAPES e CNPq)
MUTAO DOS GENES DE BIOSNTESE DE LPS E EPS NO ALTERAM A FORMAO DE BIOFILME DE
Herbaspirillum seropedicae SOBRE SUPORTE INERTE.
CARACTERIZAO DE CLONE DE UMA BIBLIOTECA METAGENMICA COM FENTIPO
DIFERENCIADO
Aluno de Iniciao Cientfca: Natlia Lucia dos Santos (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022552
Orientador: Emanuel Maltempi de Souza Co-Orientador: Rose Adele Monteiro
Colaborador: Michelle Zibetti Tadra Sfeir (Doutoranda/Capes-REUNI)
Eduardo Balsanelli (Doutorando/CNPq)
Dr Lcia Gracinda da Silva Froufe
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Herbaspirillum seropedicae, bioflme, exopolissacardeos (EPS) e lipopolissacardeos (LPS)
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8 Biologia Molecular
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafaela da Silva Ramos (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022550
Orientador: Leda Satie Chubatsu Co-Orientador: Helisson Faoro
Colaboradores: Kharina Midori Trindade, Valter A. Baura, Emanuel M. de Souza, Cyntia M. Fadel-Picheth, Rose A. Monteiro, Luciano F.
Huergo, Leonardo M. Cruz, Maria Berenice R. Stefens, Liu Un Rigo, Fabio O. Pedrosa.
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: metagenmica, bioprospeco, composto marrom.
rea de Conhecimento: 2.08.00.00-2 (Bioqumica)
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Abelmoschus esculentus (L.) Moench uma espcie vegetal originada da frica, pertencente famlia Malvaceae e popularmente conhecida
como quiabo. O quiabo apresenta um material viscoso, que utilizado na medicina tradicional como emoliente. Alm do uso medicinal,
os frutos do quiabo so utilizados na culinria como espessante, uma vez que estes apresentam alto contedo de mucilagem. Essas
caractersticas sico-qumicas so estudadas pela reologia. Reologia a parte da fsica que investiga as propriedades e o comportamento
mecnico de corpos que sofrem uma deformao (slidos elsticos) ou um escoamento (uido-lquido ou gs) devido ao de uma tenso
de cisalhamento. A literatura restrita quanto s propriedades reolgicas que a mucilagem presente no quiabo apresenta. Logo, o objetivo do
presente estudo foi analisar o comportamento reolgico da frao aquosa obtida a partir dos frutos de A. esculentus para futuras aplicaes.
Aps a remoo das sementes, os frutos foram secos em estufa a 60C, por 72 h, e posteriormente, triturados em processador culinrio e
peneirados (1000 mesh). O material pulverizado foi submetido extrao aquosa a 4C, por 48 h, nas concentraes 30 g.L
-1
, 40 g.L
-1
e
50 g.L
-1
. Aps centrifugao (12.000 rpm, 10C, 20 min), as fraes aquosas (sobrenadantes) foram obtidas, denominadas PG-30, PG-40 e
PG-50. A dosagem de carboidrato total determinada pelo mtodo do fenol-cido sulfrico foi 10 mg.mL
-1
, 7 mg.mL
-1
e 25 mg.mL
-1
para as
fraes PG-30, PG-40 e PG-50, respectivamente. Nestas fraes foram realizados diferentes testes reolgicos utilizando remetro HAAKE
RS1, sensor DG-43. Pelas curvas de uxo pode-se notar que todas as fraes apresentaram comportamento no newtoniano (pseudoplstico)
com diminuio da viscosidade com o aumento da taxa de cisalhamento. Alm disso, pelas anlises realizadas em modo oscilatrio, dentro
da regio de viscoelasticidade linear (tenso de 0,5Pa), na faixa de freqncia (0,1-10Hz) foi observado que o mdulo viscoso (G) foi
superior ao mdulo elstico (G) o que indica um carter de lquido viscoso para as fraes com maiores concentraes (PG-40 e PG-50). Os
presentes resultados indicam possveis aplicaes da mucilagem extrada do quiabo tendo em vista que um material natural e de baixo custo.
Herbaspirillum rubrisubalbicans uma bactria diazotrca endoftica que se associa com vrias gramneas de interesse econmico. Este
microrganismo causa a doena da estria mosqueada em variedades de cana-de-acar e estrias vermelhas em variedades de sorgo. Ele
coloniza intercelularmente vrios tecidos da planta. A proliferao da bactria no xilema da planta leva a um bloqueio deste e ao aparecimento
de sintomas da doena. O lipopolissacardeo (LPS) bacteriano um determinante molecular da topatogenicidade. Atravs de uma busca
no banco de dados do genoma parcial de H. rubrisubalbicans foi identicado um agrupamento gnico contendo o gene rmlB. Este gene
necessrio para a biossntese de ramnose, um monossacardeo geralmente encontrado no LPS. Contudo, o sequenciamento shotgun do genoma
de H. rubrisubalbicans no forneceu a sequncia completa deste agrupamento, sendo que apenas 213 bases do gene rmlB foi determinada. O
nico clone da biblioteca genmica desse organismo que apresenta esta sequncia parcial foi selecionado, puricado e utilizado para reao
de transposio in vitro. Aps anlise de 96 plasmdeos interrompidos pelo transposon EZ:Tn5 (Epicentre), foi vericado que em nenhum
deles o transposon se inseriu no gene rmlB. Aps a nalizao do sequenciamento do genoma da estirpe M1 por pirossequenciamento, a
sequncia de bases contendo o gene rmlB foi utilizada para a construo de um par de oligonucleotdeos iniciadores. Estes sero utilizados
para amplicar o gene rmlB a partir do DNA genmico e em seguida obter a estirpe mutante stio-dirigida. Apoio Financeiro: Fundao
Araucria, INCT-FBN/CNPq, PIBIC/CNPq, Instituto do Milnio/CNPq.
CARACTERIZAO ESTRUTURAL E PROPRIEDADES REOLGICAS DE POLISSACARDEOS DE
PLANTAS MEDICINAIS
CONSTRUO E CARACTERIZAO DE MUTANTES rmlB E rmlC DE HERBASPIRILLUM
RUBRISULBALBICANS
Aluno de Iniciao Cientfca: Sandra Aika Kamiguchi (Bolsista UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022519
Orientador: Juliana Bello Baron Maurer Co-Orientador: Joana La Meira Silveira
Colaboradores: Carolina Gaya, Luciano Campestrini e Neoli Lucyszyn
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Abelmoschus esculentus, quiabo, reologia, NUPPLAMED
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - 2.08.01.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Tatiana Lissi (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016547
Orientador: Emanuel Maltempi de Souza Co-Orientador: Rose Adele Monteiro
Colaborador: Eduardo Balsanelli (DOUTORANDO/CNPq), Michelle Zibetti Tadra Sfeir (CAPES/REUNI), Natlia Lcia dos Santos (IC
Voluntria)
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Herbaspirillum rubrisubalbicans, LPS, interao planta-bactria.
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8
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Espcies do gnero Herbaspirillum so xadoras de nitrognio atmosfrico sob condies de microaerolia e podem associar-se
endoticamente com plantas de interesse econmico como milho, cana-de-acar, trigo, arroz e sorgo. Dentre as espcies melhor estudadas
esto Herbaspirillum seropedicae e Herbaspirillum rubrisubalbicans. A inoculao de cana-de-acar e arroz com H. seropedicae aumenta
signicativamente o crescimento vegetal e a produtividade, portanto, este organismo tem um grande potencial como biofertilizante nitrogenado.
O H. rubrisubalbicans pode causar a doena da estria mosqueada na variedade B-4362 de cana-de-acar e da estria vermelha em variedades
susceptveis de sorgo, o que no ocorre quando estas plantas so inoculadas com H. seropedicae. Com o objetivo de compreender estes
fentipos contrastantes e identicar fatores que participem da interao planta-bactria foram construdas bibliotecas subtrativas atravs da
tcnica SSH (supressive subtractive hybridization) contendo fragmentos presentes em H. seropedicae SmR1 e ausentes em H. rubrisubalbicans
M1. Foram seqenciados e analisados 296 fragmentos de DNA e, entre eles, foram encontrados 96 fragmentos de genes exclusivos. A maioria
dos genes codica para protenas hipotticas e conservadas hipotticas de funo desconhecida. Entretanto, foram encontrados genes que
codicam para protenas envolvidas no sistema de transporte de acar e nitrato, protenas associadas a proteoglicanos, glicosiltransferases
do tipo 1, exoprotenas envolvidas com adeso planta-bactria, para a protena muropeptdeo permease, entre outras. Quando inoculada
em milho a estirpe de H. seropedicae mutante no gene que codica para a proteina AmpG (muropeptdeo permease) apresentou uma taxa
de colonizao consideravelmente menor quando comparado a estirpe parental SmR1, indicando que os genes encontrados podem estar
envolvidos com a interao planta-bacteria.
Suporte nanceiro: CNPq/PIBIC e INCT da Fixao Biolgica de Nitrognio
Fungos liquenizados so denidos como organismos simbiticos compostos por um fungo, o micobionte, e um ou mais parceiros fotossintticos,
o fotobionte, que pode ser uma alga verde ou uma cianobactria. O talo liqunico resultante desta simbiose rico em polissacardeos e j foram
encontradas a - e b -glucanas, galactomananas e heteroglicanas complexas, tais como ramnopiranosilgalactofuranana, galactoglucomananas
e galactomanoglucanas (Gorin et al. 1993, Olafsdottir e Inglfsdottir 2001, Sassaki et al. 2002, Woranovicz-Barreira, 1999; Cordeiro et al.
2005). Muitos destes polissacardeos demonstraram vrios tipos de atividade biolgica, tais como potente atividade antitumoral, atividade
antiviral e atividade estimulatria geral sobre o sistema imune (Omarsdottir, 2007). O fungo ascomiceto Physcia kalbii encontrado
em estado simbitico (lquen) na natureza. No existem relatos na literatura sobre os polissacardeos produzidos por este fungo, desta
maneira, o presente trabalho tem por objetivo extrair, puricar e caracterizar a estrutura dos polissacardeos presentes neste ascomiceto.
Aps a coleta do lquen no Centro de Estudo do Mar-UFPR, o fungo foi isolado da alga a partir de esporos, utilizando a metodologia
descrita por Ahmadjian (1973) e posteriormente cultivado em placas de petri contendo meio slido Sabouraud-Sacarose-gar. Ao nal de
aproximadamente 8 meses, chegou-se a uma massa micelial seca de 17,61 g. Esta amostra foi deslipidicada com etanol (500mL, 5x) e
clorofrmio:metanol (1:1) (500mL, 1x) sob reuxo, obtendo-se um rendimento de 2,31g de lipdios (13,1%). Os polissacardeos foram
extrados do miclio deslipidicado atravs da extrao sequencial com gua fervente e KOH 10% (p/v) e foram recuperados dos extratos
por precipitao etanlica, obtendo-se as fraes FW e FK, respectivamente. Estas fraes apresentaram um perl heterogneo quando
analisadas por HPSEC, indicando uma mistura de polissacardeos. Estes polissacardeos esto sendo puricados atravs de vrios mtodos:
gelo e degelo, precipitao seletiva com reativo de Fehling, ultraltrao em membranas com vrios limites de excluso e dilises em sacos
com porosidades especcas. Apoio nanceiro: Pronex-Carboidratos, CNPq, Fundao Araucria.
CONSTRUO E SEQUENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS SUBTRATIVAS DO GNERO
HERBASPIRILLUM
ISOLAMENTO E CULTIVO DE SIMBIONTES LIQUNICOS E CARACTERIZAO ESTRUTURAL DE
SEUS POLISSACARDEOS.
Aluno de Iniciao Cientfca: Thalita Regina Tuleski (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016547
Orientador: Emanuel Maltempi de Souza Co-Orientador: Rose Adele Monteiro
Colaborador: Michelle Tadra Sfeir , Eduardo Balsanelli, Valter de Baura, Helisson Faoro, Fbio de Oliveira Pedrosa.
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Herbaspirillum, biblioteca subtrativa, comparao genmica..
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Vanessa de Ftima Reinhardt (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022499
Orientador: Lucimara Mach Crtes Cordeiro Co-Orientador: Marcello Iacomini
Departamento: Bioqumica e Biologia Molecular Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Polissacardeos, Physcia kalbii, fungo liquenizado.
rea de Conhecimento: Qumica de Macromolculas - 2.08.01.00-9
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As plantas necessitam de nitrognio, elemento essencial e fator limitante do crescimento vegetal. Este elemento est presente em abundncia
na atmosfera como dinitrognio, uma forma que organismos eucariotos no conseguem assimilar. Bactrias diazotrcas so capazes de xar
nitrognio, que consiste na reduo do nitrognio gasoso amnia, podendo esta ltima ser utilizada por plantas e animais. Dessa maneira,
bactrias diazotrcas, capazes de se associar s plantas, possuem potencial para serem utilizadas na agricultura como biofertilizantes.
Atualmente o gnero Herbaspirillum possui 11 espcies descritas, abrigando bactrias diazotrcas e endofticas associadas a sorgo, arroz,
cana-de-acar, gramneas forrageiras e palmeiras, isoladas no Brasil e na Europa. Outras espcies deste gnero foram isoladas de gua,
solo e rizosfera na Europa, Coria e Japo. No presente trabalho foram caracterizados isolados de bactrias diazotrcas encontradas em
abacaxizeiro e bananeira nos estados da Bahia e Rio de Janeiro utilizando uma abordagem polifsica. Anlises morfolgicas, siolgicas,
bioqumicas e moleculares por RFLP, sequenciamento do 16S rDNA e do perl protico SDS-PAGE preliminares permitiram a alocao
destes isolados ao gnero Herbaspirillum, mas os resultados no permitiram a denio de espcies e sugeriram que os isolados podem
pertencer a espcies novas. Para denir a posio taxonmica destes isolados cerca de 300 pb da extremidade 5 do gene 16S rRNA
foram sequenciados utilizando um novo oligonucletdeo revelando uma regio diferenciadora de espcies do gnero Herbaspirillum.
Oligonucleotdeos iniciadores tambm foram desenhados para amplicao e sequenciamento dos genes rpoB (subunidade beta da DNA
polimerase) e gyrB (subunidade beta da DNA girase). Os isolados tambm foram testados quanto capacidade de crescer em diferentes
fontes de carbono, permitindo sua diferenciao siolgica. Finalmente, o perl espectromtrico de massa de extratos celulares dos isolados
foram determinados por MALDI-TOF e comparados com os das estirpes referncia. Os resultados conrmaram que os isolados pertencem
ao gnero Herbaspirillum, mas no permitiram a alocao em espcies, provavelmente em decorrncia da grande semelhana gentica entre
as espcies deste gnero. Suporte Financeiro: CNPq/UFPR, Fundao Araucria, INCT-NFN Instituto do Milnio.
Reservatrios so considerados importantes ecossistemas articiais, pois so construdos pelo homem para usos mltiplos. O reservatrio
de Alagados localiza-se entre os municpios de Ponta Grossa, Castro e Carambe e formado pelo represamento dos rios Jotuva e Pitangui.
Destina-se ao abastecimento de gua e gerao de energia eltrica para a regio de Ponta Grossa. A populao ainda utiliza o reservatrio
para pesca e lazer nutico. Eventos de orao da cianobactria Cylindrospermopsis raciborskii, potencialmente txica, tem sido freqentes
no local, indicando problemas de eutrozao no sistema. Outro grupo de algas que vem destacando-se como bioindicador do nvel trco
em corpos dgua o das diatomceas. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar a composio e a predominncia de espcies de
diatomceas em amostras perifticas coletadas prximo barragem da represa de Alagados, durante a orao de C. raciborskii. Pretende-
se vericar se as espcies que predominam no local coincidem com as que reetem as condies eutrcas de outros sistemas, atravs de
comparao com a literatura. Lminas inseridas em suportes de madeira permaneceram submersas por cerca de 30 dias, sendo coletadas em
dezembro de 2007. Em laboratrio, o biolme foi removido dos substratos por raspagem e submetido oxidao, procedendo-se ao preparo
de lminas permanentes para a anlise taxonmica em microscpio ptico. Concomitantemente, a contagem de 500 valvas, em transectos,
permitiu a constatao da predominncia de espcies. Determinaram-se cerca de 50 txons infragenricos distribudos em 20 gneros. Maior
riqueza de espcies foi registrada para Gomphonema Ehrenberg (seis) e Navicula (seis). Os txons predominantes foram Achnanthidium
minutissimum (86%), Gomphonema lagenula (12%) e Fragilaria familiaris (2%). A. minutissimum, organismo dominante nas amostras,
tem sido descrita na literatura como espcie com boas estratgias competitivas e com tolerncia eutrozao. Portanto, a diatomcea
predominante no ambiente estudado tambm tem sido citada como comum em outros ambientes com altas concentraes de nutrientes.
ANLISE COMPARATIVA DO GNERO HERBASPIRILLUM E CARACTERIZAO TAXONMICA
DE ISOLADOS DIAZOTRFICOS DE ABCAXIZEIRO E BANANEIRA
DIATOMCEAS PERIFTICAS EM SUBSTRATO ARTIFICIAL DO RESERVATRIO DE ALAGADOS,
PONTA GROSSA, PR.: ASPECTOS TAXONMICOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Vanessa Kessler Chicora (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016523
Orientador: Leonardo Magalhes Cruz
Colaborador: Maria Isabel Stets (DOUTORANDA CNPq), Lcia G. da Silva-Froufe, Maria Berenice R. Stefens, Emanuel M. de Souza, Liu
Un Rigo, Fbio de O. Pedrosa
Departamento: Bioqumica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Herbaspirillum, taxonomia, diazotrfco.
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Arielli Straube (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001010484
Orientador: Thelma Alvim Veiga Ludwig Co-Orientador: Priscila Izabel Tremarin
Colaborador: Lucielle Merlym Bertolli (Mestranda/CAPES)
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras chave: perifton; reservatrio; Achnanthidium minutissimum
rea de Conhecimento: Taxonomia vegetal - 2.03.04.00-5
0265
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A embriognese somtica um processo pelo qual embries se desenvolvem a partir de clulas somticas e que permite a propagao em
massa de material selecionado. O dendezeiro (Elaeis guineensis) uma palmeira de alto valor econmico e uma das oleaginosas mais
produtivas do mundo. O objetivo do trabalho foi induzir a embriognese somtica a partir de inorescncias imaturas dessa espcie. As
inorescncias, proporcionadas pela da Embrapa Amaznia Ocidental, foram desinfestadas em etanol 70% por dois min, seguido de hipoclorito
de sdio 12% por 20 min. Aps essa etapa, tiveram suas espiguetas retiradas e cortadas em fatias de 2 mm. O meio de cultura bsico foi
o MS (Murashige e Skoog, 1962) com concentraes de sais reduzidas a , vitaminas e compostos orgnicos de Teixeira et al. (1994), 30
gL
-1
de sacarose, Gelrite
(2gL
-1
) e pH ajustado em 6,0. Todos os experimentos foram mantidos em sala de crescimento no escuro, com
temperatura de 27 2C de dia e 18 1C de noite. No primeiro experimento, com inorescncia de 25 cm de comprimento, foi utilizado
o meio bsico, com e sem carvo ativado. Um ms aps a inoculao, 46% dos explantes apresentaram crescimento no meio com carvo
e 37% no meio sem carvo, mas sem formao de calos. Aps 4 meses no foi observado formao de calos e a maioria dos explantes
estavam oxidados e mortos. Com o intuito de testar e estimular a formao de calos, novas inorescncias, com 25 cm de comprimento,
foram inoculadas em meio bsico contendo 2,4-D (10 M) ou picloram (PIC) (2,5, 5 e 10 M). Novamente no ocorreu formao de calos
e os explantes foram, ento, transferidos para o mesmo meio, porm, com maiores concentraes de PIC (10, 20 e 30 M). Aps 79 dias,
os explantes cultivados na presena de 2,4-D estavam parcialmente oxidados (67%) e os que foram transferidos para meio contendo 20
M de PIC apresentaram a menor porcentagem de oxidao (22%). Em novo experimento, utilizando inorescncia com 15 cm, foram
testados 5 tratamentos. O controle no continha PIC, nem glutamina e cido ascrbico. No T1 foi adicionado PIC. O T2 continha 40 M
de PIC e 500 mgL
-1
de glutamina. O T3 foi adicionado de 40 M de PIC e 50 mgL
-1
de cido ascrbico e o T4 de 40 M de PIC, 500 mgL
-1
de glutamina e 50 mgL
-1
de cido ascrbico. Um ms aps, ainda no houve formao de calos e o controle estava totalmente oxidado.
O tratamento com menor porcentagem de oxidao foi o T4, com 9%. Este experimento ainda est em andamento. Esse resultado parcial
indica a importncia de colocar antioxidantes como cido ascrbico, no meio de cultura.
Todas as mirtceas brasileiras pertencem tribo Myrteae, inclusive o gnero Campomanesia, que apresenta 29 espcies, com 28 delas
presentes na ora brasileira. So rvores ou arbustos distribudos do nordeste da Argentina at Trinidad, e da costa do Brasil at os Andes.
Pode ser reconhecido pelo ovrio 4-18-locular, com vrios vulos por lculo, e pelas paredes dos lculos glandulares nos frutos maduros.
Normalmente todos ou todos menos um vulo abortam em cada lculo. O objetivo geral do presente trabalho fornecer subsdios para
futuros estudos relacionados com a Flora Paranaense, atravs da chave de identicao e das descries das espcies ocorrentes no estado.
O trabalho foi realizado atravs da anlise de exsicatas depositadas nos herbrios paranaenses EFC, HUEM, MBM e UPCB. Apenas coletas
provenientes do estado do Paran, e somente uma coleta por municpio foram examinadas, salvo quando a espcie apresenta distribuio
restrita. Quando preciso, por falta de coletas no estado, exsicatas de estados e pases vizinhos foram analisadas. Os dados de orao,
fruticao e distribuies foram descritos com base nas colees dos herbrios visitados. Txons infra-especcos no foram considerados
neste trabalho. Campomanesia apresenta 11 espcies no estado do Paran. Destas, C. guaviroba, C. guazumifolia e C. xanthocarpa so as que
apresentam distribuio mais ampla no estado, ocorrendo em Floresta Ombrla Densa (FOD), Floresta Ombrla Mista (FOM), Floresta
Estacional Semidecidual (FES) e Estepes. Campomanesia guaviroba e C. xanthocarpa ainda podem ser comuns em reas de vegetao
secundria. Uma das espcies com distribuio mais restrita C. neriiora, que ocorre apenas na regio leste do Paran e So Paulo (FOD)
e teve seus frutos descritos pela primeira vez. Campomanesia pubescens e C. sessiliora so xilopodferas, ocorrem em Savana e Estepes,
e tm seus limites de distribuio brasileira no estado do Paran. Campomanesia eugenioides mais frequente em FES, principalmente na
regio de Londrina, mas tambm pode ser encontrada em FOM. Campomanesia aurea um arbusto que ocorre apenas na regio Sul do Brasil,
comum em Estepes e em reas abertas de FOM, muito parecida com C. adamantium que alm destas reas, tambm ocorre em Savanas e
reas abertas de FES. As espcies que podem ser encontradas somente em FOD e FOM so C. schlechtendaliana, que tambm tem o Paran
como limite de distribuio brasileira, e C. reitziana, que at o presente trabalho tinha registros apenas para o estado de Santa Catarina.
EMBRIOGNESE SOMTICA EM DEND (ELAEIS GUINEENSIS) A PARTIR DE INFLORESCNCIAS
IMATURAS
O GNERO Campomanesia RUIZ & PAV. (MYRTACEAE) NO ESTADO DO PARAN.
Aluno de Iniciao Cientfca: Carla de Moraes Antunes (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023557
Orientador: Marguerite Quoirin
Colaborador: Regina C. Quisen, Embrapa-Amaznia Ocidental
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave:, Aracaceae, micropropagao, PIC.
rea de Conhecimento: 2.03.03.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Duane Fernandes de Souza Lima (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017149
Orientador: Renato Goldenberg Co-Orientador: Marcos Sobral
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Myrteae, fora, taxonomia.
rea de Conhecimento: 2.03.06.00-8
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Orchidaceae Juss. a maior famlia dentre as monocotiledneas possuindo cerca de 25 mil espcies em cerca de 800 gneros. No Brasil,
ocorrem 235 gneros e cerca de 2400 espcies e no Paran 128 gneros e 593 espcies. Entre os gneros ocorrentes no Estado, Ionopsis
Kunth., Oeceoclades Lindl., Psilochilus Barb. Rodr. e Sacoila Raf., foram objeto de estudo do presente trabalho para a monograa para
a Flora do Paran, juntamente com o georreferenciamento da coleo desta famlia depositada no herbrio UPCB. Para a monograa dos
gneros foi feito um levantamento bibliogrco atravs do Biological Abstracts, a m de se obter referncias sobre os txons estudados.
Foram consultadas as colees dos principais herbrios do Estado do Paran (FUEL, HUCP, MBM, UPCB), para a obteno e confeco
do banco de dados sobre as espcies dos gneros estudados. Estas exsicatas tiveram suas partes medidas e foram descritas e identicadas.
Para a distribuio geogrca foi utilizado o mapa do Paran com quadrculas de 1 x 1. A atualizao nomenclatural da famlia foi feita
baseada em estudos logenticos recentes e o georreferenciamento do acervo atravs do ajustamento das coletas do herbrio com os dados
de localizao geogrca contido no Banco de Dados do IBGE para cada municpio do Estado. A partir das monograas dos gneros conclui-
se que no Estado o gnero Ionopsis possui apenas I. utricularioides (Sw) Lindl., ocorrendo nas regies de Floresta Ombrla Mista sendo
considerada vulnervel pela classicao da IUCN; Oeceoclades possui apenas O. maculata (Lindl.) Lindl. a qual ocorre em regies de
Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrla Mista sendo considerada de preocupao menor segundo a classicao da IUCN;
Psilochilus possui duas espcies no estado, Psilochilus modestus Barb.Rodr. que ocorre nas regies de Floresta Ombrla Mista do Estado
e considerada preocupao menor e Psilochilus dusenianus Kraenzl. ex Garay & Dunst ocorre tambm em Floresta Ombrla Mista do
Estado, porm pode ser classicada como vulnervel pela IUCN; Sacoila possui uma espcie no Estado, S. lanceolata (Aubl.) Garay, que
ocorre em regies de Floresta Ombrla Densa, Floresta Ombrla Mista e Floresta Estacional Semidecidual do Estado, sendo classicada
como preocupao menor segundo a IUCN. O georreferenciamento da coleo contida no UPCB mostra que neste herbrio esto depositadas
422 espcies em 113 gneros, coletadas em 67 localidades a maioria em Floresta Ombrla Densa. Suporte nanceiro: CNPq/UFPR.
Labiatae a maior e mais importante famlia da ordem Lamiales, compreendendo 236 gneros e 7150 espcies de distribuio cosmopolita.
Dentre eles, encontramos o gnero Salvia L, com cerca de 900 espcies. Salvia melissiora Benth. endmica do Brasil, sendo encontrada
em Santa Catarina, Paran e So Paulo. Polymerase Chain Reaction (PCR) uma tcnica utilizada para amplicar cpias de segmento de
DNA, obtendo assim uma grande quantidade de cpias. Essa tcnica necessita de marcadores moleculares que direcionam as amplicaes.
A utilizao de Inter simple sequence repeat (ISSR) como marcador molecular permite a ampliao de regies entre seqncias simples
repetidas. O mtodo de ISSR de grande importncia em estudos de variabilidade gentica, pois apresenta alto grau de polimorsmo e
reprodutibilidade. O presente estudo teve por objetivo a coleta de indivduos de uma populao de S. melissiora, e a padronizao de
protocolos de extrao, amplicao e puricao de DNA. Foram coletadas amostras de folhas e ores de 20 indivduos da populao
localizada no Caminho do Itupava (municpio de Quatro Barras). As amostras foram desidratadas em slica gel e armazenadas. Uma amostra
da espcie foi coletada e est depositada no herbrio UPCB. O DNA foi extrado atravs do mtodo Cationic hexadecyl trimethyl ammonium
bromide (CTAB), proposto por Doyle & Doyle com modicaes. Para melhorar a qualidade do DNA, foi realizada a puricao em quatro
amostras com acetato de amnio, que decanta os resduos presentes nas amostras. Foi adaptado um protocolo para amplicao em PCR
para ISSR. Reaes de PCR foram realizadas com os inicializadores (primers) trnL-F e AC8_A. O produto do PCR foi corrido em gel
de agarose 1% e 1,5% em cuba de eletroforese com brometo de etdio, observado em luz ultra-violeta e fotografado. Foram feitas cinco
extraes com Salvia melissiora utilizando dois protocolos. Um foi realizado com material fresco macerado diretamente com o tampo de
extrao e o outro com material desidratado em slica gel e macerado com nitrognio lquido. A qualidade e/ou quantidade do DNA extrado
em algumas reaes no possibilitaram a amplicao em PCR. Conclumos que para realizar a amplicao necessrio que no nal da
extrao o DNA esteja puro. A puricao com acetato de amnio mostrou-se a mais eciente considerando a qualidade nal da extrao e
a relao custo/benefcio. necessrio dar continuidade aos testes com outros primers de ISSR para nalizar a padronizao dos protocolos.
ESTUDOS TAXONMICOS EM ORCHIDACEAE (ASPARAGALES) PARA A FLORA DO PARAN
VARIABILIDADE GENTICA EM Salvia melissiora Benth. (LABIATAE)
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Ceschin (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023456
Orientador: Eric de Camargo Smidt
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: IUCN, Orchidaceae, UPCB, Taxonomia.
rea de Conhecimento: 2.03.06.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Georgia Karoline Kosmala (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007025
Orientador: lide Pereira dos Santos
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Lamiaceae, ISSR, DNA
rea de Conhecimento: 2.03.04.00-5 Taxonomia Vegetal
0269
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O petrleo um contaminante de difcil degradao e que causa grandes impactos nas reas onde ocorreu a contaminao. A presena desse
contaminante no solo afeta o desenvolvimento das plantas de modo geral. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o efeito
do petrleo sobre o crescimento de Mimosa scabrella Benth. (bracatinga) visando identicar se essa espcie sensvel (bioindicadora) ou
tolerante ao contaminante (torremediadora). O experimento foi conduzido em casa de vegetao no Departamento de Botnica da UFPR,
e constituiu em um DIC com sete tratamentos (solo no contaminado, solo contaminado com 0,5%; 1%; 1,5%; 2%; 3% e 4% de petrleo
peso/peso) e cinco repeties totalizando 35 unidades experimentais. As unidades experimentais foram montadas em vasos nmero cinco
(cinco kilos de solo) e plantas com 30 dias de idade e altura mdia de 29+/-3,8cm. O crescimento e desenvolvimento foram monitorados
durante cinco meses com medies mensais da altura. Alm disso, mediu-se o dimetro inicial e nal de colo e, ao nal do experimento,
determinou-se a biomassa seca da parte area e raiz, assim como os teores de clorola A e B, protoclorola, e carotenides. Todos os
dados foram analisados utilizando o programa Statistica 7.0 considerando-se como signicativos os valores de p<0,05. O petrleo reduziu
signicativamente a altura das plantas a partir do tratamento de 1,5% (reduo de 43%). Nos tratamentos de 3 e 4%, a reduo da altura
foi maior ainda, ou seja, 73%. A presena do contaminante reduziu tambm de forma signicativa a biomassa. A reduo da biomassa da
parte area ocorreu a partir do tratamento de 1,5%, ao passo que, a reduo da biomassa da raiz ocorreu a partir de 1%, evidenciando a
alta sensibilidade desse rgo ao contaminante. A presena do contaminante no afetou o teor de pigmentos fotossintticos (clorola total,
protoclorola e carotenides) nos diferentes tratamentos. Dessa forma, a bracatinga exibe potencial de revegetar solos com baixo teor de
contaminao (at 1% ou 6000 g hidrocarbonetos totais de petrleo kg
-1
solo). A partir de 1,5% de contaminao (8000 g hidrocarbonetos
totais de petrleo kg
-1
solo) essa espcie sensvel ao contaminante sendo uma bioindicadora.
Pinus taeda uma espcie de grande importncia orestal e econmica, cultivada no sul do Brasil para uso nas indstrias de papel, celulose
e madeira. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um protocolo de micropropagao de P. taeda a partir de material juvenil. O material
vegetal utilizado foram mudas de quatro meses de idade provenientes do pomar clonal comercial fornecida pela empresa Battistella Florestal.
As mudas foram pulverizadas a cada dois dias com 1g L
-
do fungicida Cercobin, totalizando quatro aplicaes, antes do isolamento.
Brotaes apicais foram coletadas e desinfestadas com soluo de 0,05% de HgCl
2
durante 5 minutos, seguido de 0,01% de NaOCl por
mais 5 minutos e seis lavagens em gua destilada esterilizada. Segmentos nodais de 2 cm de comprimento foram inoculados nos meios
de cultura: DCR, MS, SH e WV3. A avaliao da contaminao microbiana, necrose e sobrevivncia foi realizada aps dois meses. Os
explantes sobreviventes foram transferidos para etapa de multiplicao, onde foram testados os mesmos meios de cultura, acrescidos de
0; 0,12; 0,25 e 0,5 M de 6-benzilaminopurina (BAP) durante 3 meses. O meio de cultura que apresentou maior sobrevivncia foi o DCR
(90%) e 88% de seus explantes apresentaram brotaes. O meio WV3 apresentou o segundo maior percentual de sobrevivncia, sendo
67% e 65% com brotaes. A maior porcentagem de necrose ocorreu no meio MS (80%). Na etapa de estabelecimento in vitro, o nmero
mdio de brotaes por explante variou pouco entre os quatro meio testados, sendo de 1,9 para o WV3; 1,8 para os meios DCR e SH e
1,4 para o MS. Na etapa de multiplicao, o meio de cultura DCR, sem BAP ou com 0,25 M ou 0,5 M de BAP apresentaram nmero
mdio de brotaes de 1,8. As brotaes se apresentaram alongadas e com colorao verde escura. Melhores respostas foram obtidas no
meio de cultura WV3, com a melhor mdia (3,3 brotaes por explante) obtida com a concentrao de 0,12M de BAP, no entanto, as
brotaes apresentaram aspecto clortico. As brotaes cultivadas nos meios de cultura MS e SH necrosaram. As brotaes continuam
sendo subcultivadas nos meios com citocininas com o objetivo de aumentar a multiplicao e alongamento para posterior realizao do
teste de enraizamento. (Suporte nanceiro: Convnio: FINEP MOBASA - n
o
01061196000)
EFEITO DO SOLO CONTAMINADO COM PETRLEO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
DE BRACATINGA (Mimosa scabrella BENTH.).
MICROPROPAGAO DE Pinus taeda L. A PARTIR DE MATERIAL JUVENIL
Aluno de Iniciao Cientfca: Guilherme Augusto Simon (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022374
Orientador: Gedir de Oliveira Santos
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: leguminosa; hidrocarbonetos; bioindicao.
rea de Conhecimento: Fisiologia Vegetal - 2.03.03.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Jasmine Salua Dutra Ephigenio da Cruz (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000006992
Orientador: Prof Dr Luciana Lopes Fortes Ribas
Colaborador: Leandro Francisco de Oliveira (Mestrando/REUNI) - Tatiana Mazon Czar (Mestranda/CAPES)
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: cultura in vitro, espcies forestais, clonagem.
rea de Conhecimento: 2.03.03.00-9 Fisiologia Vegetal
0271
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A Floresta Ombrla Mista (FOM), conhecida tambm como Floresta de Araucria, uma faz parte do domnio de Mata Atlntica,
sendo bastante representativa no Sul do Brasil. Alm da espcie Araucaria angustifolia, as famlias mais representativas so: Myrtaceae,
Sapindaceae, Fabaceae, Lauraceae, Solanaceae, Anacardiaceae, Euphorbiaceae. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a anatomia
da madeira das espcies mais representativas da Floresta Ombrla Mista coletadas em remanescentes presentes nos campi da UFPR,
Curitiba, PR (Capo da Engenharia Florestal e Reserva Mata Viva). Foram coletadas amostras de trs indivduos por espcie, de catorze
espcies de maior valor de importncia nestes remanescentes. Estas foram coletadas no DAP, processadas e seccionadas para montagem de
lminas histolgicas, segundo tcnicas usuais em anatomia da madeira. A maioria das espcies apresenta anis de crescimento (indistinto
em Schinus terebinthifolius e Roupala montana), anel com porosidade difusa (exceto em Jacaranda puberula, que semi-poroso), sem
arranjo de vasos (exceto em R. montana - em bandas, e dendrtico em Gochnatia polymorpha), vasos solitrios e multiplos de dois e quatro
(exceto em Campomanesia xanthocarpa,que so solitrios, solitrios e mltiplos de dois a trs em J. puberula; e solitrios e multplos de
dois a oito em S. terebinthifolius e Cupania vernalis), vasos com margem oval (exceto em Cinnamodendron dinisi, que angular), placa
de perfurao simples (exceto C. dinisi, que escalariforme), pontoaes intervasculares alternas e areoladas (opostas e areoladas em
C. dinisi), pontoaes das bras simples a diminutas areoladas (exceto em C. dinisi, que possui brotraquedes), bras septadas foram
observadas em Ocotea puberula, Allophylus edulis, S. terebinthifolius e C. vernalis, raio composto por clulas procumbentes e margens
quadradas a eretas (somente procumbentes em C. dinisi e C. vernalis), clulas do raio com contedo (sem contedo em G. polymorpha, J.
puberula e Sebastiania commersoniana). A espcie que apresenta o maior nmero de caracteres distintos das demais C. dinisi, mas isto
pode ser entendido levando-se em considerao que esta espcie pertence a uma famlia muito basal dentro das Angiospermas, possuindo
caracteres como placa de perfurao escalariforme e brotraquedes, considerados plesiomrcos. De um modo geral, os caracteres
encontrados corroboram com os padres observados nos estudos ecolgicos do xilema secundrio, relacionados s formaes vegetacionais
localizadas em maior altitude e latitude.
Eucalyptus saligna possui como principal limitao ao cultivo a intolerncia a geadas. A introduo do gene P5CS uma alternativa
para a resoluo deste problema, pois este gene regula a sntese da prolina, envolvida com a resistncia a este tipo de estresse. O objetivo
deste trabalho foi obter plantas transformadas com o gene P5CS a partir de tecidos cotiledonares co-cultivados com Agrobacterium
tumefaciens. Os explantes consistiram em cotildones retirados de plntulas germinadas in vitro com 12 dias de idade. Foram realizados
dois experimentos, o primeiro envolvendo a exposio dos explantes soluo anti-oxidante no momento do corte dos cotildones, e o
segundo visando vericar a inuncia da pr-cultura destes tecidos antes da transformao. Os tratamentos foram: a) corte dos explantes
em soluo anti-oxidante composta de cido ctrico, cido ascrbico e PVP-40; b) corte dos explantes em gua estril. Depois disto, os
explantes passaram pela co-cultura com a cepa desarmada EHA 105 de A. tumafaciens contendo o gene P5CS e os genes marcadores de
transformao (gene gus) e de seleo (gene nptII). O segundo experimento consistiu dos seguintes tratamentos antes da co-cultura com a
bactria: a) um perodo de pr-cultura de 4 dias em meio de cultura MC (MS + 4,4 M BAP + 2,7 M ANA); b) ausncia da pr-cultura,
onde a inoculao dos explantes ocorreu logo aps o corte destes. Aps co-cultura de 5 dias, os explantes em meio MC foram transferidos
para o mesmo meio contendo os antibiticos cefotaxima (500 mg L
-1
) e canamicina (25 mg L
-1
), visando respectivamente a eliminao da
bactria e a seleo das clulas transformadas. Nos dois experimentos, a cada 15 dias foram avaliadas porcentagens de oxidao, formao
de calos e regenerao de gemas at os 60 dias. Cada tratamento teve 4 repeties, sendo cada repetio composta por 50 cotildones. No
houve diferena estatstica signicativa em relao s variveis analisadas nos dois experimentos. Obteve-se alta porcentagem de oxidao
(85,2%) ao nal de 60 dias, formao de calos em 63% dos explantes sobreviventes e baixa regenerao de gemas (1,5%). Ao todo, obteve-se
6 brotaes regeneradas. Observou-se a expresso transiente do gene gus em folhas de brotaes regeneradas dos explantes transformados,
sugerindo a transformao transiente dos tecidos vegetais. Para a comprovao da tranformao estavel, anlises moleculares do material
putativo sero realizadas. Vrios experimentos foram conduzidos simultaneamente, porm com resultados negativos quanto a regenerao
de gemas nos tecidos inoculados.
CARACTERIZAO ANATMICA DO LENHO DE ESPCIES DE UM REMANESCENTE DE
FLORESTA OMBRFILA MISTA, CURITIBA, PR
TRANSFORMAO GENTICA DE EXPLANTES COTILEDONARES DE Eucalyptus saligna Sm. VIA
Agrobacterium tumefaciens
Aluno de Iniciao Cientfca: Julio Cezar Majcher (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016228
Orientador: Maria Regina Torres Boeger Co-Orientador: Patricia Sof atti
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Anatomia da madeira, Floresta Ombrofla Mista, Anatomia ecolgica.
rea de Conhecimento: Morfologia Vegetal - 2.03.02.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Las Gomes Adamuchio (Programa- UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006.01.93.27
Orientador: Marguerite Quoirin Co-Orientador: Yohana de Oliveira
Colaborador: Maisa dos Santos
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Estresse abitico, resistncia ao frio, espcie forestal.
rea de Conhecimento: 2.03.03.00-9
0273
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Foi realizada uma anlise comparativa da estrutura anatmica de Eleocharis acutangula (Roxb.) Schult, Eleocharis geniculata (L.) Roem.
& Schult e Eleocharis niederleinii Boeck., com nfase nos caracteres adaptativos e relevantes para a taxonomia. A espcie E. acutangula foi
coletada no Municpio de So Jos dos Pinhais-PR, E. geniculata no Municpio de So Francisco do Sul SC, e E. niederleinii no Municpio
de General Carneiro PR. Amostras de raiz, rizoma, escapo oral e folhas foram xadas em F.A.A. 70. Parte das amostras foi processada
para incluso em historesina, com confeco de lminas permanentes e outra parte foi seccionada mo livre para realizao de testes
histoqumicos. As razes das trs espcies apresentam crtex com aernquima do tipo tangencial lisgeno. Em E. geniculata as clulas vivas
dos raios do aernquima so braciformes, diferindo das demais espcies. O rizoma das trs espcies possui crtex formado por aernquima
lisgeno, sendo de organizao irregular em E. acutangula e E. nederleinii e com lisgeno radial em E. geniculata. O cilindro vascular do
rizoma das trs espcies apresenta clulas do periciclo com paredes ligeiramente espessadas e feixes vasculares dispersos no parnquima.
Nas trs espcies o escapo fotossintetizante e possui cloroplastos nas clulas parenquimticas perifricas. O escapo difere claramente
na morfologia, sendo triangular em E. acutangula, cilndrico em E.geniculata e quadrangular em E. niederleinii. O tipo de aernquima
tambm difere entre as espcies, sendo do tipo favo de mel em E. acutangula, radiado em E. geniculata e canal de ar esquizgeno em E.
niederleinii. Nas trs espcies, as lacunas do aernquima do escapo so divididas por diafragmas de clulas braciformes. Essas diferem em
E. geniculata pela presena de projees papiliformes ou verrucosas nas extremidades dos braos. As folhas das trs espcies estudadas so
escamiformes e diferem na estrutura anatmica, sendo a principal diferena o espaamento entre as clulas silicosas na epiderme e os feixes
de bras subepidrmicos. Clulas com contedo lipoflico e clulas com compostos fenlicos foram evidenciados nas trs espcies, e amido
em E. acutangula e E. niederleinii. As diferenas morfoanatmicas nas espcies estudadas podem ser relevantes para a taxonomia do grupo.
A famlia Labiatae composta por 236 gneros e possui distribuio cosmopolita. O gnero Salvia possui 900 espcies, sendo encontradas
em regies subtropicais e temperadas. A espcie Salvia lachnostachys Benth. endmica do Brasil, encontrada nos estados de So Paulo,
Paran e Santa Catarina. Possui muitos compostos fenlicos, que so amplamente utilizados na indstria farmacutica. O mtodo de
Intersimple Sequence Repeats (ISSR) utilizado para avaliar a variabilidade gentica entre populaes de plantas, pois apresenta alto grau
de polimorsmo, ou seja, amplica vrias regies a partir da identicao de duas reas especcas. Nesta etapa do trabalho teve-se por
objetivo coletar amostras de uma populao de S. lachnostachys, testar diferentes protocolos de extraes, puricao e amplicao de
fragmentos de DNA. Foram coletadas folhas e ores de 20 indivduos da populao que ocorre em Curitiba, no bairro da Cidade Industrial,
e estas foram acondicionadas em slica gel para posterior estudo. Uma amostra da espcie foi depositada no herbrio UPCB. As amostras
foram maceradas em nitrognio lquido e a extrao do DNA seguiu o mtodo de 2X CTAB. A extrao foi puricada em acetato de
amnio e os fragmentos foram amplicados seguindo o mtodo de reao em cadeia da polimerase (PCR). A eletroforese foi feita em gel
de agarose 1% e 1,5% , observada e fotografada em transiluminador. Foram realizadas trs extraes, totalizando 16 amostras, sendo que
foram feitas seis reaes de PCR com os primers trnL-F e psbA-trnH. Destas, duas foram feitas com DNA sem puricar, duas com DNA
puricado com acetato de amnio e duas com coluna da Quiagen. As reaes de PCR com DNA sem puricao no amplicaram. As
reaes de PCR com DNA puricado amplicaram e observou-se que as bandas produzidas pelas reaes realizadas com DNA puricado
com acetato de amnio e em coluna possuam a mesma qualidade e quantidade. Conclumos que, ambos os processos produzem DNA
de boa qualidade, porm o protocolo com acetato de amnio apresenta uma melhor relao custo/benefcio. Alm disto, constatou-se que
para no haver degradao do DNA, as amostras dos exemplares devem ser desidratadas em slica gel imediatamente aps a coleta, e ao
se fazer a macerao com nitrognio lquido, as amostras devem ser colocadas prontamente no tampo de extrao ainda congeladas. Com
os protocolos de extrao e puricao de DNA padronizados sero iniciados os testes com os primers de ISSR.
ADAPTAES ANATMICAS DE TRS ESPCIES DE Eleocharis (CYPERACEAE) AO AMBIENTE
AQUTICO
VARIABILIDADE GENTICA EM Salvia lachnostachys BENTH. (LABIATAE)
Aluno de Iniciao Cientfca: Lucas Gonalves Peixoto (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016309
Orientador: Cleusa Bona
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: aernquima, Eleocharis, Cyperaceae
rea de Conhecimento: Morfologia Vegetal (2.03.02.00-2)
Aluno de Iniciao Cientfca: Marcelli Krul Vieira (UFPR TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 200007025
Orientador: lide Pereira dos Santos
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Lamiaceae, ISSR, DNA.
rea de Conhecimento: 2.03.04.00-5 - Taxonomia Vegetal
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Psychotria nuda uma espcie arbustiva nativa da Floresta Ombrla Densa, restrita s reas midas de baixa altitude. Apresenta importncia
ecolgica, potencial farmacutico-medicinal e ornamental. Com o objetivo de relacionar o ambiente em que se encontram as plantas matrizes
com o sucesso do enraizamento, estacas de P.nuda foram coletadas na Reserva Natural do Rio Cachoeira, em Antonina-PR, em dois ambientes
distintos: plancie (ambiente 1), e encosta do morro a 30m do nvel do mar (ambiente 2), na primavera/2008, vero/2009, outono/2009 e
inverno/2009. As estacas foram confeccionadas com 8-10cm de comprimento, duas folhas reduzidas a metade na regio apical, desinfestadas
com hipoclorito de sdio a 0,5% e tratadas com cido indol butrico (IBA), por 10 segundos de imerso nas concentraes: testemunha
(gua), soluo hidroalcolica 50% de 0, 1500, 3000 e 6000 mgL
-1
IBA. Posteriormente foram plantadas em tubetes de 53cm
3
contendo
vermiculita mdia como substrato. Aps 60 dias em casa de vegetao climatizada com temperatura de 24C 2C e 95% de umidade relativa
do ar, localizada no Setor de Cincias Biolgicas da UFPR, foram avaliadas as seguintes variveis: porcentagem de estacas enraizadas, com
calos, vivas, mortas, brotadas, nmero de razes/estaca e comprimento das trs maiores razes/estaca. Com relao ao enraizamento, no
houve interao entre os ambientes de coleta e as concentraes de IBA utilizadas, bem como a inuncia desses fatores isoladamente, no
se fazendo necessria a aplicao de IBA para a induo radicial na espcie. Contudo, as maiores porcentagem de enraizamento ocorreram
na estao da primavera/2008, tanto para o ambiente 1, com a aplicao de 3000 e 6000mgL
-1
(95,00%) quanto para o ambiente 2 (86,25%
- testemunha). Para o vero/2009, as maiores porcentagens de enraizamento foram com a aplicao de 1500mgL
-1
IBA (77,50% - ambiente
1) e com 3000 mgL
-1
IBA (85,00% - ambiente 2). No outono/2009, as maiores porcentagens de enraizamento ocorreram com a aplicao de
6000mgL
-1
IBA(68,75% - ambiente 1 e 81,25% - ambiente 2) e no inverno/2009 tambm com 6000mgL
-1
(90,00% - ambiente 1 e 73,75%
- ambiente 2). Em todas as estaes e ambientes, o valor de enraizamento atingido pelas testemunhas foi superior a 50,00%.
Psychotria nuda (Cham. & Schlcht.) Wawra (Rubiaceae) uma espcie nativa, de grande importncia ecolgica na oresta ombrla densa
(FOD). uma arvoreta que pode atingir em torno de seis metros, com ores visitadas por beija-ores e frutos que so alimento de morcegos.
Apesar de apresentar potencial paisagstico e farmacolgico, alm de uso para recuperao de reas degradadas, no existem protocolos de
produo de mudas da espcie. Visando suprir essa lacuna, foi estudada a propagao vegetativa via estaquia de Psychotria nuda, da fase de
enraizamento at sua aclimatao para posterior plantio. Esse trabalho teve por objetivo avaliar o ambiente que se encontra a planta matriz
na qualidade das mudas da espcie. Na primavera/2009 foi realizada uma coleta de material para estaquia em dois ambientes diferentes
da FOD: Terras Baixas (plancie) e Submontana (encosta). As estacas foram confeccionadas com 11cm de comprimento, com duas folhas
cortadas pela metade e mantidas em casa de vegetao por 60 dias. Aps esse perodo, aquelas enraizadas foram transplantadas para tubetes
de 100cm com o substrato Plantmax
e o delineamento foi montado com 10 repeties de doze estacas para cada ambiente e colocadas em
casa de sombra a 50% de luminosidade onde, aps 30 dias, foi realizada adubao e aos 45 dias foi feita a primeira avaliao. Em seguida,
as mudas foram transferidas para casa de sombra com 75% de luminosidade onde caram por 30 dias, sendo avaliadas novamente. As
variveis avaliadas foram: sobrevivncia, comprimento da parte area brotada, nmero de brotaes, nmero de folhas novas e nmero
de folhas originais. Aos 75 dias tambm foram avaliadas as massas fresca e seca das brotaes e volume e comprimento total das razes.
O comprimento da parte area brotada aos 45 dias (4,3cm para a encosta e 3,8 cm para a plancie) apresentou diferena estatstica, mas na
avaliao de 75 dias essa diferena deixou de existir. Para o nmero de brotaes, a plancie foi estatisticamente superior (1,9 brotaes
contra 1,7 da encosta) aos 75 dias. Para as outras variveis no houve diferena estatstica, mas as mdias gerais mostram que as mudas se
desenvolvem bem. A mdia geral de folhas novas por estaca foi de 5,9 folhas/estaca e o comprimento mdio das razes foi de 251cm aos
75 dias. Cabe ainda ressaltar a alta taxa de sobrevivncia aos 75 dias (95% na encosta e 89% na plancie) apesar do manuseio e transplante
das mudas, mostrando a alta resistncia da espcie e viabilidade em se produzir mudas de Psychotria nuda por meio da estaquia.
INFLUNCIA DO AMBIENTE NA PROPAGAO VEGETATIVA VIA ESTAQUIA DE Psychotria NUDA
(Cham. & Schlcht.) Wawra (Rubiaceae)
INFLUNCIA DO AMBIENTE NA PROPAGAO VEGETATIVA VIA ESTAQUIA DE Psychotria NUDA
(Cham. & Schlcht.) Wawra (Rubiaceae)
Aluno de Iniciao Cientfca: Nicole Geraldine de Paula Marques Witt (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1999005818
Orientador: Katia Christina Zufellato-Ribas
Colaborador: Brbara Guerreira Alpande Ferreira
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: pasto-de-anta, auxina, diferentes locais de coleta.
rea de Conhecimento: 2.03.03.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Paulo Guilherme Rosa Mazeto (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1999005818
Orientador: Katia Christina Zufellato-Ribas
Colaborador: Brbara Guerreira Alpande Ferreira (DOUTORANDA/REUNI)
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave:enraizamento, espcie nativa, aclimatao.
rea de Conhecimento: 2.03.03.00-9
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O Pinus taeda L. uma importante espcie orestal devido ao seu rpido crescimento e pela gama de produtos que pode oferecer como
polpa, madeira, entre outros. Devido grande importncia econmica dessa espcie, a micropropagao uma alternativa para a produo
massal. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo a micropropagao de clones selecionados de P. taeda. Foram utilizadas
sementes da famlia F27 fornecidas pela empresa Battistella Florestal, as quais passaram por um tratamento de estraticao de 25 dias em
um refrigerador a 5C para a superao da dormncia. No primeiro tratamento, 240 sementes foram desinfestadas em etanol 70% durante
30 segundos, seguido de soluo de hipoclorito de sdio 5% durante 20 minutos, soluo de cloreto de mercrio 0,5% durante 10 minutos
e seis lavagens em gua destilada esterilizada. As sementes foram colocadas em placas de petri para germinar. Foram feitas avaliaes
dirias e nenhuma semente germinou, concluindo que a desinfestao inibiu a germinao de sementes. Paralelamente foi feito outro
experimento, no qual 290 sementes da mesma famlia foram colocadas primeiro para germinar. Ocorreu 100% de germinao das sementes,
e as brotaes apicais foram desinfestadas com etanol 70% por 1 minuto, hipoclorito de sdio 1% durante 15 minutos e cloreto de mercrio
0,05% durante 10 minutos seguido de lavagens em gua destilada esterilizada. Aps a desinfestao, as brotaes foram inoculadas em
tubos de ensaio contendo o meio de cultura MS, para o estabelecimento in vitro durante 15 dias. Em avaliaes dirias constatou-se que
10,8% das brotaes apresentaram contaminao microbiana e 15,8% apresentaram necrose. As brotaes remanescentes e alguns de seus
cotildones foram transferidos para o meio WV5 contendo diferentes concentraes de BAP (6-benzilaminopurina): 4,4; 8,8 e 17,6 M,
para a induo de brotaes. Os explantes permaneceram durante 15 dias no meio de cultura. Sete dias aps sua inoculao foi realizada
a avaliao e constatou-se que nos trs meios testados ocorreu para as respectivas concentraes acima: 10% contaminao microbiana e
65,79% de necrose; 20% de contaminao microbiana e 55% de necrose e 72,5% e necrose. Sendo assim, o meio WV5 acrescido de 4,4
M de BAP foi o que apresentou maior nmero de brotaes (2 por explante) as quais posteriormente foram transferidas para o meio WV5
completo e sem reguladores. As brotaes que atingirem 1,5cm de comprimento sero utilizadas para experimento de enraizamento in vitro.
(Suporte Financeiro: Convnio FINEP-MOBASA n
o
01061196000)
O gnero Melocactus (L.) Link & Otto (tribo Cereeae, Cactaceae) compreende 36 espcies de cactos globosos que ocorrem nas regies
ridas e semiridas das Amricas, desde a Amrica Central at o Nordeste do Brasil. As espcies so encontradas em aoramentos rochosos
em caatingas e campos rupestres, tendo o seu centro de diversidade na regio Nordeste do Brasil. Estudos mostram a presena de lenho
polimrco em muitas das espcies do gnero. O polimorsmo consiste na ocorrncia de diferentes tipos de xilema secundrio, podendo ser
produzidos pelo cmbio vascular, originando lenho broso e no broso na mesma planta, sendo o lenho broso caracterizado pela presena
de bras e elementos de vaso, e o no broso, por traquedes vasculares em uma matriz de parnquima. As traquedes vasculares so um
tipo de elemento condutor caracterstico de Cactaceae, onde estas clulas so imperfuradas, e cujas paredes apresentam um espessamento
helicoidal que se projeta para o lume da clula. A m de caracterizar a anatomia do caule de Melocactus e vericar o tipo de lenho que
ocorre, cinco espcies foram coletadas no campo. Amostras das pores basais dos caules foram xadas em FAA, emblocadas em PEG
1500 e Historesina
R
, seccionadas em micrtomo rotativo e montadas em lminas permanentes com resina sinttica, seguindo as tcnicas
usuais em anatomia vegetal. Vericou-se a ocorrncia de epiderme nas pores mais jovens, unisseriada, coberta por espessa cutcula.
A periderme composta por sber formado por camadas de clulas lignicadas alternadas por camadas de clulas subericadas. Abaixo
localiza-se a hipoderme, formada por 2 a 5 camadas de clulas com paredes colenquimatosas, contendo cristais prismticos em M. ernestii
e M. pachyacanthus; enquanto que as demais espcies s possuem cristais na camada externa. H lenho broso e no broso em trs das
cinco espcies estudadas. O xilema secundrio predominantemente no broso nas demais, composto de traquedes vasculares em uma
matriz de parnquima axial, e raios multisseriados. O lenho broso caracterizado por elementos de vaso com placa de perfurao simples,
espessamento de parede oposto, alternado a irregular, parnquima paratraqueal escasso, bras libriformes septadas e parnquima axial e radial
no lignicados foram observados em todas as espcies. Observa-se nos raios feixes vasculares apenas nas espcies com xilema no broso.
MICROPROPAGAO DE Pinus taeda L. A PARTIR DE PLNTULAS GERMINADAS IN VITRO
ANATOMIA DO XILEMA SECUNDRIO DE ESPCIES DE Melocactus sp., TRIBO CEREEAE,
CACTACEAE
Aluno de Iniciao Cientfca: Rorai Pereira Martins Neto (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000006992
Orientador: Luciana Lopes Fortes Ribas
Colaborador: Leandro Francisco de Oliveira (Mestrando/REUNI), Tatiana Mazon Czar (Mestranda/CAPES)
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: cultura de tecidos, espcie forestal, clonagem.
rea de Conhecimento: 2.03.03.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Suellen do Socorro Giovanoni (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022678
Orientador: Patricia Sof atti
Departamento: Botnica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: anatomia, Cactaceae, Melocactus
rea de Conhecimento: 2.03.02.00-2
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A estimulao pelo etanol relacionada ao reforo positivo sendo importante para o desenvolvimento de dependncia. Com a administrao
repetida o efeito estimulante aumenta (sensibilizao comportamental). H evidncias que o bloqueio do receptor 5HT2 inibe o
desenvolvimento da sensibilizao comportamental para o etanol e outras drogas de abuso. No presente estudo, avaliamos a interferncia
da co-administrao de um agonista 5HT2, alfa metil 5 hidroxitriptamina (M5HT), no efeito estimulante do etanol e no desenvolvimento
de sensibilizao. Camundongos swiss machos (n=60; 7-12 por tratamento) foram expostos, sem droga (B), a caixa de movimentao
espontnea (CME) avaliando-se a atividade locomotora. Sete dias depois cada animal recebeu agudamente (A) i.p. um dos tratamentos:
salina+salina, salina+ etanol 2g/Kg, salina+M5HT 0,5mg/Kg, M5HT 0,5mg/kg+etanol 2g/kg, salina+M5HT 5mg/Kg, M5HT 5mg/kg+etanol
2g/kg, sendo expostos a CME 10 min. aps a segunda injeo. Receberam esse mesmo tratamento diariamente e no stimo (7d) e vigsimo
primeiro (21d) dias foram avaliados na CME. Os dados esto apresentados em mdia e erro padro e foram analisados por ANOVA seguida
de Newmann Keuls (F[tratamento](5, 48)=2,432 p<0,05; F[ocasio](3, 144)=25,243 p<0,001; F[interao] (15, 144)=3,429 p<0,001). O
etanol foi estimulante aps tratamento crnico (B=706,5; A=5810,6; 7d=10414,9; 21d=12017,3) em relao ao tratamento agudo e
grupo salina (B=927,7; A=374,1; 7d=7614,7; 21d=406,0). As doses de M5HT no causaram efeito quando administradas sozinhas,
mas a maior associada ao etanol inibiu o desenvolvimento de sensibilizao para o efeito estimulante (B=908,9; A=478,5; 7d=8617,6;
21d=6815,0).A menor dose demorou mais para causar a inibio (B=734,9; A=385,0; 7d=10815,6; 21d=817,5). A ativao dos
receptores 5-HT2A facilita a liberao de dopamina quando seu tnus esta aumentado no ncleo accumbens (NAcc), enquanto que a ativao
do receptor 5HT2C inibe a atividade dopaminrgica tanto em situaes basais como de ativao de tnus (Prog Brain Res. 172:287, 2008). O
aumento de liberao de dopamina importante para o desenvolvimento de sensibilizao comportamental para o etanol. Os dados sugerem
que predominou a ativao dos receptores 5HT2C pelo agonista M5HT e conseqentemente o bloqueio do desenvolvimento da sensibilizao.
Apoio nanceiro: PIBIC/CNPq
O objetivo do presente estudo foi vericar o possvel efeito antiinamatrio do extrato bruto hidroalcolico da Sapium glandulatum (Vell.)
(EBSG) no modelo de edema de orelha em camundongos. Para isto, o processo inamatrio foi induzido na orelha direita de camundongos
Swiss machos (20-30 g, n = 5-6) pela administrao tpica de leo de crton (0,4 mg/orelha), posteriormente os animais foram tratados
com EBSG (0,03; 0,1; 0,3; 0,6 e 1,0 mg/orelha) ou dexametasona (0,1 mg/orelha), diludos em 20 l de acetona. O edema foi avaliado pela
diferena entre a espessura da orelha antes e aps 6 horas da aplicao do agente ogstico e, 24 horas aps a induo, os animais foram
sacricados e amostras de tecido (6 mm) foram retiradas para avaliar a atividade enzimtica da mieloperoxidase (MPO) e para preparao
histolgica. Os resultados mostraram que a aplicao tpica de EBSG inibiu a formao do edema causado por leo de crton de forma
dose-dependente, com inibio de 67,8 1,4% (1,0 mg/orelha) e DE
50
= 0,45 0,02 mg, enquanto a dexametasona inibiu 71,9 3,4%.
Na avaliao da atividade da enzima MPO, o EBSG promoveu reduo da atividade em 76,7 0,7% (1,0 mg/orelha) e a dexametasona
em 65,0 2,2%. Cortes histolgicos mostraram que o EBSG foi capaz de reduzir em 86,1 0,8% o nmero de clulas inamatrias e
a dexametasona em 90,3 0,3%. A ao do EBSG (0,01-300 mg/mL) sobre a atividade da enzima MPO in vitro, mostrou que o extrato
reduziu a atividade da enzima em 81,9 4,1% (300 mg/ml). Para avaliar a ao sistmica, o EBSG foi administrado por via oral, onde
causou inibio do edema de orelha induzido pela aplicao tpica de 12-O-tetradecanoil forbol acetato (TPA) (2,5 g/orelha) e do edema
de pata induzido por carragenina (300 mg/pata), apresentando reduo de 34 4,4% e 35,9 6,5% (100 mg/Kg), respectivamente. Nesse
modelo o EBSG (100 mg/Kg) tambm reduziu atividade da MPO em 44,5 5,6% e 34 4,3%, respectivamente. Estes resultados sugerem
que o EBSG possui compostos com atividade antiinamatria, provavelmente relacionada com a inibio de migrao celular e formao
de edema. Desta forma, a S. glandulatum pode ser um promissor toterpico, uma vez que no existem ainda estudos sobre as propriedades
teraputicas e as caractersticas toqumicas desta planta.
EFEITO AGUDO E CRONICO DE UM AGONISTA 5HT2 NO EFEITO ESTIMULANTE DO ETANOL EM
CAMUNDONGOS
AVALIAO DA ATIVIDADE ANTIINFLAMATRIA DOS EXTRATOS BRUTOS DAS PLANTAS:
Vochysia bifalcata Warm, Psychotria nuda (Cham. & Schlecht.). Wawra e Sapium glandulatum (VELL.)
Aluno de Iniciao Cientfca: Ananda Beatriz Munhoz Cretella (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1997004792
Orientador: Roseli Boerngen de Lacerda
Colaborador: Suelen Rodrigues Stallbaum (PIBIC/CNPq), Yskara Tavares Iaquinto (PIBIC/vonluntria), Murilo Calvo Peretti, Andrey
Bernardo Lopes Grego, Alanna Silva Huk, Vanessa Cristina Saltarello Arantes, Ana Elisa Buzetti, Letcia Matiello, Ana Paula de Oliveira
Silva, Renata P. Mueller, Fernanda Coelho (IC voluntrios-Coordenao de Medicina), Gustavo Villas Boas (Mestrando) e Diego Correia
(Doutorando)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: agonista 5HT2, etanol, efeito estimulante.
rea de Conhecimento: Neuropsicofarmacologia - 2.10.03.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna da Silva Soley (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023661
Orientador: Daniela de Almeida Cabrini Co-Orientador: Daniel Augusto G. Bueno Mendes (doutorando/UFPR)
Colaborador: Michel F. Otuki (UEPG), Ktia C. Zufellato Ribas (UFPR), Brbara Guerreira Alpande Ferrreira (doutoranda/UFPR)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: infamao, plantas medicinais, edema.
rea de Conhecimento: 2.10.01.00-6
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Salvia ofcinalis L. (Lamiaceae), popularmente conhecida como slvia, usada popularmente no tratamento de distrbios gastrointestinais.
Este estudo avaliou o curso temporal de induo e cicatrizao das lceras gstricas induzidas por cido actico e o efeito cicatrizante do
extrato hidroalcolico de Salvia ofcinalis (EHS). Para isso, ratas Wistar (180-230 g) foram anestesiadas, os estmagos expostos e submetidos
ao contato de 500 l de cido actico 80% com a serosa estomacal. Aps 1 minuto, o lquido foi aspirado, o estmago reposicionado e a
parede abdominal suturada. Os animais foram tratados durante 7 dias, duas vezes ao dia atravs da administrao oral de veculo (gua,
1 ml/kg), omeprazol (40 mg/kg) ou EHS (0,003; 0,03; 0,3 e 3,0 mg/kg). Durante o tratamento, os animais foram submetidos a restrio
alimentar, recebendo rao comercial durante 1 hora, duas vezes ao dia. Ao nal do perodo de tratamento, os animais foram sacricados,
os estmagos removidos e a rea total ulcerada foi mensurada e expressa em mm. A avaliao temporal do desenvolvimento das lceras
gstricas revelou um aumento progressivo da rea da leso a partir do 4 dia, sendo que o pico foi observado do 6 ao 9 dia (65% e 63%,
respectivamente). Em torno do 10 e 13 dia, a lcera apresentou-se bem cicatrizada, com uma rea menor do que aquela observada no 2
dia. Dessa maneira, iniciou-se os tratamentos no 2 dia, nalizando no 9 dia aps a induo. O tratamento com EHS (0,003; 0,03; 0,3 e 3
mg/kg) cicatrizou as leses gstricas em 18%, 30%, 49% e 65%, respectivamente, quando comparado ao grupo controle (118,3 8,8 mm) e
o tratamento com omeprazol cicatrizou a lcera em 55%. A avaliao histolgica por meio da colorao com hematoxilina-eosina conrmou
a presena de uma leso profunda na mucosa gstrica com ausncia de sinais de cicatrizao nos animais expostos ao cido actico que
foram tratados apenas com veculo. Por outro lado, animais tratados com EHS ou omeprazol apresentaram leses gstricas parcialmente
cicatrizadas, com regenerao da mucosa na base da lcera e a margem recoberta por tecido epitelial. Estes resultados indicam que o EHS
possui efeito cicatrizante em lceras gstricas crnicas induzidas por cido actico e que estudos adicionais devem ser realizados para
elucidar os mecanismos gastroprotetores envolvidos nesse efeito. Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comit de tica
em Experimentao Animal da UFPR (nmero de protocolo 318). Suporte Financeiro: CNPq, Fundao Araucria.
O estriado relacionado ao controle da inibio de movimentos voluntrios e responsvel pela formao de associaes estmulo-resposta
da memria de procedimentos. Neste trabalho investigamos o papel do estriado dorsolateral (DLS) e do ncleo acumbens (NAc) nas
associaes do tipo estmulo-resposta e resposta-consequncia. Propomos que essas associaes so processadas mais lentamente no DLS
do que no NAc, resultando em um aprendizado lento ou rpido, bem como sua extino nessas estruturas. Essas aes so coordenadas
pelas vias direta e indireta do circuito crtico-estriatal, controlado atravs de neurnios da via nigroestriatal que ativam a via direta atravs
dos receptores dopaminrgicos D1 ou inibem a via indireta atravs dos receptores dopaminrgicos D2. A formao dessas associaes foi
avaliada atravs do bloqueio ou ativao de receptores D1 pela administrao intraperitonial (i.p.), intra NAc e intra DLS de SCH 23390
(antagonista) e SKF 81297 (agonista). A avaliao deste procedimento foi feita utilizando um teste de esquiva ativa de duas vias, em duas
sesses com intervalo de 24 hs. Nesta tarefa, o animal deve associar um estmulo condicionado (luz) com o estmulo incondicionado
(choque nas patas) para emitir uma resposta adequada na apresentao da luz apenas (passar para outro lado do compartimento). A
resposta ao estmulo condicionado a esquiva e a resposta ao estimulo incondicionado a fuga. Se o animal no executar nenhuma dessas
aes, seu comportamento registrado como uma no-resposta. Foram realizadas administraes antes ou aps a primeira sesso. Com
a administrao i.p. de SKF 81297 na maior dose observou-se um aumento do nmero de esquivas quando comparado ao grupo sham,
porm esse resultado no se reproduziu nas administraes intra NAc e intra DLS. A administrao i.p. pr-treino de SCH 23390 na menor
dose reduziu o nmero de esquivas no primeiro dia, sem aumentar signicativamente o nmero de no-respostas. Administrao intra NAc
deste antagonista reduziu nmero de esquivas no primeiro e segundo dia, aumentando tambm o comportamento de no-resposta. A infuso
intra DLS pr-treino dessa droga reduziu o nmero de esquivas somente no segundo dia. No houve diferena estatstica entre o grupo que
recebeu o antagonista e o grupo sham nas administraes ps-treino, o que sugere que o comprometimento ocasionado pelo antagonista
se d na fase de aquisio da tarefa. Estes dados sugerem que o NAc est envolvido com o aprendizado rpido, enquanto o DLS participa
do aprendizado lenta da tarefa de esquiva ativa.
MECANISMOS DE AO DO EXTRATO HIDROALCOLICO DE SALVIA OFFICINALIS EM
LCERAS GSTRICAS INDUZIDAS POR CIDO ACTICO EM RATOS.
ESTUDO DA VIA DIRETA DO CIRCUITO CRTICO-ESTRIATAL NO APRENDIZADO E MEMRIA DA
ESQUIVA ATIVA DE DUAS VIAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Daiane de Oliveira Sudol (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023564
Orientador: Maria Consuelo Andrade Marques Co-Orientador: Eunice Andr (Professor Adjunto da UFRN)
Colaborador: Alexandra Allemand (Mestre/CAPES), Maria Fernanda de Paula Werner (Professor Visitante), Lusa Mota da Silva
(Doutorando/CAPES REUNI)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Salvia, lcera, cicatrizao.
rea de Conhecimento: 2.10.01.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Flvia Ceclia Esteves (Programa- PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007908
Orientador: Cludio da Cunha Co-Orientador: Suelen Boschen
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: receptor dopaminrgico D1, esquiva ativa de duas vias, aprendizado
rea de Conhecimento: 2.10.03.00-9
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Tabebuia avellanedae, popularmente conhecida como ip-roxo, tem sido utilizada na medicina popular como antiinamatrio e no
tratamento de lceras e infeces. Estudos anteriores realizados em nosso laboratrio demonstraram que o extrato bruto da Tabebuia
avellanedae reduziu leses gstricas induzidas por etanol e cido actico, aumentando o muco gstrico e inibindo a atividade da bomba
H/K/ATPase in vitro (Twardowschy et al., 2008). O presente trabalho tem como objetivo investigar outros efeitos gastroprotetores do
extrato hidroalcolico da casca da Tabebuia avellanedae (EHT), e para isso ratas Wistar (180-250g) foram submetidas induo de lceras
gstricas crnicas por cido actico 80%. Os animais foram anestesiados, os estmagos expostos e submetidos ao contato de 500 l de cido
actico 80% com a serosa estomacal. Aps 1 minuto, o lquido foi aspirado, o estmago reposicionado e a parede abdominal suturada. O
tratamento foi realizado durante 7 dias, atravs da administrao oral de veculo (gua, 1 ml/kg), omeprazol (40 mg/kg) ou EHT (30, 100
ou 300 mg/kg), duas vezes ao dia. Durante o tratamento, os animais foram submetidos a restrio alimentar, recebendo a rao comercial
durante 1 hora, duas vezes ao dia. Ao nal do perodo de tratamento, os animais foram sacricados, os estmagos removidos e a rea total
ulcerada foi mensurada e expressa em mm. Os tratamentos com omeprazol (controle positivo) e com EHT (100 e 300 mg/kg) reduziram
a leso gstrica em 48, 44 e 36%, respectivamente, comparado com o grupo controle (140 13 mm
2
). A anlise histolgica por meio da
colorao com hematoxilina-eosina revelou que o tratamento com EHT (100 e 300 mg/kg) promoveu uma cicatrizao parcial nos estmagos.
Alm disso, a imunorreatividade para o Antgeno Nuclear de Proliferao Celular (PCNA) estava aumentada nos estmagos tratados com
omeprazol e EHT (100 e 300 mg/kg), indicando o efeito cicatrizante da mucosa gstrica. Finalmente, a anlise histoqumica do muco,
atravs da colorao de Schiff (PAS) indicou um aumento na intensidade da colorao nos grupos omeprazol e EHT (100 e 300 mg/kg),
indicativo de preservao e/ou regenerao da integridade de glndulas produtoras de muco. Em conjunto, os resultados demonstraram
uma potencial atividade cicatrizante do extrato bruto da Tabebuia avellanedae na proteo e regenerao da lcera gstrica induzida por
cido actico. Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comit de tica em Experimentao Animal da UFPR (nmero de
protocolo 437). Suporte Financeiro: CNPq. Capes, Fundao Araucria.
A doena de Parkinson (DP) resulta principalmente da degenerao de neurnios dopaminrgicos na substncia negra pars compacta
(SNc), que projeta seus axnios para o estriado, manifestando-se clinicamente atravs dos sinais de tremor de repouso, rigidez muscular,
lentido de movimentos e alteraes da marcha e do equilbrio. Alm disso, mesmo antes destes distrbios motores tornarem-se evidentes,
os pacientes com DP tambm apresentam dcits cognitivos afetando principalmente as funes executivas, memria de trabalho e
memria de procedimentos. Foram usados ratos com hemileso na SNc induzida por 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetraidropiridina (MPTP).
Esses ratos apresentam comportamento de rotao quando desaados com drogas dopaminrgicas (DA
E
). Trata-se de um modelo da fase
inicial da DP e, com ele, foi investigado se: (i) o comportamento de rotao depende da manuteno do nvel basal da DA
E
; (ii) a DA
E
altera na mesma extenso os lados lesionado e no-lesionado, em resposta s drogas que afetam a DA liberada; (iii) o incio e a direo
do comportamento de rotao podem ser preditos pela assimetria na DA
E
entre os lados lesionado e no-lesionado. Essas questes foram
estudadas atravs da tcnica de microdilise in vivo, em ratos acordados, com duas sondas implantadas, uma no estriado direito e outra no
estriado esquerdo. Os ratos no tratados com drogas no apresentaram comportamento de rotao e os nveis basais de DA
E
no diferiam
entre os lados lesionado e sham lesionado. No entanto, aps o tratamento com apomorna, a DA
E
diminuiu em ambos os lados, tornando-se
signicantemente mais baixa no lado lesionado, no momento em que os animais comearam com o comportamento de rotao ipsiversivo.
Aps o desao com anfetamina, a DA
E
aumentou em ambos os lados, tornando-se signicantemente mais alta no lado no-lesionado, no
momento em que os animais comearam com o comportamento de rotao ipsiversivo. Esses resultados sugerem que tanto o aumento da
DA
E
induzido por anfetamina, quanto a diminuio induzida por apomorna pode induzir rotao para o lado com a DA
E
mais baixa nos
ratos MPTP- hemilesionados.
MECANISMOS ENVOLVIDOS NA AO PROTETORA GSTRICA DO EXTRATO BRUTO
HIDROALCOLICO DA CASCA DA Tabebuia avellanedae (ip-roxo).
ESTUDO DA LIBERAO DE DOPAMINA ESTRIATAL EM RATOS MPTP-HEMILESIONADOS POR
MICRODILISE IN VIVO
Aluno de Iniciao Cientfca: Isabela Tiemy Pereira (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000008068
Orientador: Maria Consuelo Andrade Marques Co-Orientador: Maria Fernanda de Paula Werner
Colaborador: Lgia Moura Burci (Mestrando/CAPES PROF), Lusa Mota da Silva (Doutorando/CAPES REUNI), Cristiane Hatsuko Baggio
(Professor Visitante)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: produtos naturais, lcera, ip-roxo.
rea de Conhecimento: 2.10.01.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Jamile Moreira Cugler (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007908
Orientador: Claudio da Cunha Co-Orientador: Patricia Andreia Dombrowski
Colaborador: Edmar Miyoshi (Doutor/UFPR), Evellyn Claudia Wietzikoski (Doutor/UFPR), Mariza Bortolanza (Doutor/UFPR).
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Rotao, Dopamina, Microdialise.
rea de Conhecimento: 2.10.03.00-9
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As saxitoxinas (STX) so neurotoxinas, formadas por um grupo de alcalides carbamatos que podem ser no sulfatados como, por exemplo,
a saxitoxina (STX) e as neosaxitonas (NEO), com um nico grupamento sulfato (G-toxinas) ou com dois grupamentos sulfatos (C-toxinas).
Inicialmente foram isoladas de dinoagelados marinhos, porm atualmente sabe-se que so produzidas tambm por certas bactrias
heterotrcas e cianobactrias, como a Cylindrospermopsis raciborskii. Episdios de multiplicao excessiva dessa cianobactria tm
ocorrido com frequncia em vrias regies do Brasil, gerando impactos econmicos, sociais e ambientais e levando a proibio da pesca
para evitar risco sade da populao. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da contaminao por saxitoxinas em traras (Hoplias
malabaricus) por meio da cadeia trca, utilizando-se de biomarcadores de contaminao ambiental. Para isso foram utilizados dois grupos
de dez indivduos de Hoplias malabaricus, sendo que o grupo experimental foi alimentado a cada cinco dias com lambaris (Astyanax sp)
inoculados com extrato de STX e o grupo controle recebeu lambaris sem o extrato de STX. Aps vinte dias de experimento, os animais
foram anestesiados e sacricados e foram coletadas amostras de msculo e fgado. Foram analisadas nos indivduos a neurotoxicidade, pela
atividade da acetilcolinesterase (AchE) nas amostras de msculo, e o estresse oxidativo, nas amostras de fgado, pela avaliao da superxido
dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa S-transferase (GST), glutationa reduzida (GSH), glutationa peroxidase (GPx), peroxidao
lipdica (LPO) e carbonilao de protena (PCO). A atividade da acetilcolinesterase reduziu, conrmando uma ao neurotxica. Observou-se
aumento da concentrao de hidroperxidos (LPO) evidenciando a ocorrncia de danos membrana das clulas. Houve ainda aumento na
atividade de GPx e GSH e reduo da atividade de SOD, indicando estresse oxidativo. As atividades da GST, CAT e PCO no mostraram
diferena signicativa em relao ao grupo controle, Desse modo, a ao da saxitoxina por via trca foi identicada. Anlises qumicas
da SXT do msculo destes animais sero realizadas para vericar a acumulao neste tecido e para colaborar com a contra indicao do
consumo de organismos expostos a ambientes contaminados por essa toxina.
A patosiologia de vrias desordens neuropsiquitricas est associada a anormalidades do eixo Hipotlamo-pituitria-adrenal (HPA), inclundo
a Depresso maior e a Depresso psictica. Dentro desse contexto, estudos clnicos apontam o emprego de inibidores de sntese de Cortisol
e antagonistas de receptores glicocorticides (GR) como possvel tratamento. Entre os antagonistas de GR que esto sendo estudados est
a Mifepristona, um potente antagonista de receptores de progesterona e GR. Ela tem apresentado eccia no tratamento da Depresso com
sintomas psicticos, em paralelo regulao dos nveis de Cortisol. O objetivo do presente estudo foi avaliar o possvel efeito antipsictico
da Mifepristona em ratos Wistar, em diferentes modelos. Em todos os experimentos, a Mifepristona foi dilida em Propilenoglicol (veculo)
e administrada via subcutnea. O primeiro modelo utilizado foi o Teste da pata, o qual mediu a habilidade dos ratos de retirarem as patas
anteriores e posteriores, 30 minutos aps a administrao da Mifepristona10 mg/kg (n=10), 25 mg/kg (n=10) ou do veculo (n=15). O
segundo modelo foi a medida do comportamento estereotipado induzido por Apomorna (APO), quanticado de acordo com a escala de
Setler e cols. (1976). Neste, a Mifepristona 10mg/kg (n=10), 25 mg/kg (n=10) e o veculo (n=15) foram administrados 30 minutos antes da
APO (1mg/kg) ou da soluo salina. A avaliao comportamental foi realizada a intervalos de 10 minutos, durante 90 minutos consecutivos,
medidos a partir da administrao de Apomorna. Cada animal foi observado durante 10 segundos para a atribuio do escore. Os escores
atribuidos a cada animal, foram somados e calculadas as medianas da somatria dos escores. O Teste do campo aberto foi realizado em via
de mensurar a atividade motora da Mifepristona nas diferentes doses. Todos os resultados foram analisados estatisticamente e os valores de
p<0,05 foram considerados signicativos. No Teste da pata, o grupo Mifepristona 10 mg/kg apresentou diferena signicativa em relao
ao Veculo: o grupo que recebeu Mifepristona prolongou o tempo de retrao das patas posteriores. Os ratos tratados com Mifepristona no
apresentaram diferenas no comportamento estereotipado induzido por APO em relao aos animais que receberam o veculo. No foram
observadas diferenas signicativas na locomoo dos diferentes grupos. Os resultados encontrados no Teste da pata e na avaliao do
comportamento estereotipado sugerem que a Mifepristona pode ter comportamento semelhante a antipsicticos atpicos.
AVALIAO DOS EFEITOS ECOTOXICOLGICOS DAS SAXITOXINAS EM PEIXES ATRAVS DE
ENSAIOS IN VIVO
AVALIAO DO POTENCIAL EFEITO ANTIPSICTICO DA MIFEPRISTONA EM MODELOS
ANIMAIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Juliana Skalski (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023496
Orientador: Helena Cristina da Silva de Assis
Colaborador: Csar Aparecido da Silva (DOUTORANDO)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: saxitoxinas, biomarcadores, Hoplias malabaricus.
rea de Conhecimento: 2.10.07.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Lvia Hecke Morais (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021412
Orientador: Roberto Andreatini Co-Orientador: Maria Aparecida Barbato Frazo Vital
Colaborador: La Rosa Chioca Ferro (DOUTORANDO/REUNI)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Mifepristona, antipsicticos, glicocorticides.
rea de Conhecimento: 2.10.01.00-6
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A poluio do ambiente aqutico pode acelerar o processo de eutrozao, provocando o aumento de oraes de cianobactrias. Diversas
espcies de cianobactrias tm sido descritas como produtoras de cianotoxinas, entre elas a espcie Cylindrospermosis raciborkskii, produtora
da saxitoxina. Este trabalho tem por objetivo estabelecer um protocolo de cultivo primrio de neurnios de peixes, para utilizao como
modelo de estudo de substncias neurotxicas como saxitoxinas. Para isso, peixes da espcie Hoplias malabaricus (trara) foram coletados
e mantidos em aqurios no laboratrio de Toxicologia Ambiental da UFPR. Posteriormente os peixes foram anestesiados e o crebro foi
dessecado assepticamente, utilizando-se a soluo tampo HBSS- e o tecido foi dissociado testando-se trs enzimas at o momento; tripsina,
dispase e a papana. Em seguida, foi realizada triturao mecnica com pipetas Pasteur com dois dimetros de abertura e centrifugado (800
x g) em soluo gradiente Opti-prep (Sigma) para separao das clulas por densidade dos neurnios de outros tipos celulares. A terceira
frao forma uma suspenso enriquecida de neurnios, a qual retirada e transferida a outro tubo em meio neurobasal e centrifugada. Com
a suspenso celular, a viabilidade celular dos neurnios foi avaliada e plaqueados na ordem de 100 a 1000 clulas/mm
2
em recipientes de
cultivo tratados com poli-L-lisina e Laminina-colgeno (MatriGel) e incubados a 24C. Os resultados preliminares so promissores. Foi
obtida viabilidade celular de aproximadamente 3 x 10
4
cel/mg de tecido cerebral, semelhante ao encontrado em estudos reportados com
mamferos. Aps 24h e 72h a aderncia manteve-se constante, com morte celular a partir de 96h. Os neurnios aderidos se regeneraram
lentamente, sobretudo, quando encontrados em neurosferas. Entretanto, a tripsina mostrou-se agressiva aos neurnios dissociados com
morte celular aps algumas horas de plaqueamento. Observou-se que as enzimas de dissociao so um importante item a ser observado na
obteno de clulas viveis, pois alm da signicncia de sua concentrao, um tempo maior de contato com o tecido melhora a dissociao,
porm, pode promover toxicidade s clulas levando-a a morte. Um protocolo de neurolamentos est sendo desenvolvido para quanticar
o percentual de neurnios aderidos na placa de cultivo. Uma vez concludo o protocolo, os neurnios de peixes podero se utilizados para
estudos in vitro de diversos poluentes o que pode promover novas perspectivas no entendimento dos mecanismos de ao das neurotoxinas.
As associaes estmulo-resposta da memria de procedimentos so formadas no estriado. Evidncias mostram que diferentes regies do
estriado esto envolvidas pelo aprendizado instrumental. Entretanto, o papel exato do ncleo accumbens (NAc) e do estriado dorsolateral
(DLS) ainda no est bem estabelecido. A formao das associaes estmulo-resposta pode ser avaliada utilizando a esquiva ativa de duas
vias. Nesta tarefa, o animal deve associar um estmulo condicionado (luz) com o estmulo incondicionado (choque nas patas) para emitir
uma resposta adequada na apresentao da luz apenas (passar para outro lado do compartimento). Estas aes so coordenadas pelas vias
direta e indireta do circuito crtico-estriatal. Existem duas vias de controle para este circuito. A via direta ativada atravs dos receptores
D1 e a indireta inibida pelos receptores D2. A via direta inibida na Doena de Parkinson e a via indireta exacerbada. O objetivo
deste trabalho estudar o papel da ativao da via indireta sobre o aprendizado estmulo-resposta, atravs da administrao intra-cranial
e intraperitoneal de agonista e antagonista de receptor D2 da dopamina no NAc e no DLS. Foram utilizados ratos Wistar machos pesando
entre 280 a 310 g, os quais foram submetidos cirgurgia estereotxica para implantao bilateral de cnulas guia (1 cm de comprimento, 23
gauge) 2 mm acima do DLS ou NAc, sete dias antes dos experimentos comportamentais. As cnulas foram xadas com auxlio de acrlico
dental e parafusos de joalheiro. Quimpirole (agonista de receptor D2) e sulpiride (antagonista de receptor D2) foram dissolvidos em salina
para administrao intraperitoneal e em lquido cefalorraquidiano (LCR) articial para administrao intracranial. Foram feitas infuses
bilaterais de sulpiride (0,4g/0,4L), quimpirole (0,4g/0,4L) e LCR (0,4L) imediatamente antes da sesso de treino da esquiva ativa de
duas vias. A administrao intraperitoneal foi feita 20 minutos antes do treino da esquiva ativa de duas vias. A administrao de sulpiride
no NAc e no DLS diminuiu o nmero de esquivas no treino e no teste da esquiva ativa de duas vias e tambm aumentou o nmero de no
respostas. A administrao intraperitoneal, tanto do agonista quanto do antagonista de receptores D2 causou diminuio no nmero de
esquivas e aumento de fugas no primeiro dia de experimento. O aprendizado no NAc ocorre de uma forma mais imediata enquanto que no
DLS ocorre de uma forma mais tardia.
AVALIAO DE EFEITOS IN VITRO DE CIANOTOXINAS EM CREBRO DE PEIXES NATIVOS.
EFEITO DA INFUSO DE AGONISTA E ANTAGONISTA DE RECEPTORES D2 DA DOPAMINA NO
NCLEO ACCUMBENS E NO ESTRIADO DORSOLATERAL DE RATOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana de Mello Travensoli (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023496
Orientador: Helena Cristina da Silva de Assis
Colaborador: Csar Aparecido da Silva (DOUTORANDO/UFPR)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: peixes; cultivo primrio
rea de Conhecimento: 2.10.07.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Soares Hartmann (PIBITI - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007908
Orientador: Cludio da Cunha
Colaborador: Suelen L. Boschen, Evellyn Cludia Wietzikoski, Alessandra N. Ribas.
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: receptores dopaminrgicos D2, esquiva ativa de duas vias, circuito crtico-estriatal.
rea de Conhecimento: 2.10.03.00-9
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O uso de medicamentos antidepressivos para gestantes e lactantes deve ser considerado em situaes em que os riscos da doena no
tratada possam ameaar o desenvolvimento pr e ps-natal. De acordo com estudos retrospectivos, houve um aumento no uso de drogas
antidepressivas durante a gestao e a uoxetina foi reportada como uma das drogas mais utilizadas neste perodo. importante ressaltar
que a atividade estrognica observada em estudos anteriores aponta um maior risco do uso dessa substncia na gestao e lactao. O
objetivo deste trabalho foi avaliar os possveis efeitos adversos da exposio uoxetina sobre ratas Wistar prenhas e seus descendentes
nos perodos de gestao e lactao. Ratas Wistar prenhas foram tratadas com uoxetina (0,4; 1,7 e 17 mg/kg) ou gua destilada do 7
dia de prenhez ao 21 dia de lactao. Neste estudo foram avaliados os seguintes parmetros: massa das progenitoras, massa absoluta e
relativa de rgos (fgado, rins, adrenais, tero e ovrios), nmero de implantes uterinos, ndice de perdas ps-implantes e nascimentos,
massa ao nascimento e ganho de massa corporal dos descendentes durante a lactao, ndice de viabilidade e ndice de desmame. Dentre
os resultados obtidos durante a gestao e lactao foi observada reduo signicativa na massa dos lhotes ao nascimento (15%), ndice
de viabilidade (11%) e de desmame (19%) dos descendentes expostos in utero e lactao uoxetina na dose de 17 mg/kg comparados
ao grupo controle. Observou-se tambm nas progenitoras que receberam a mesma dose, uma diminuio signicativa na massa absoluta
durante a lactao (9,1%), reduo signicativa da massa absoluta uterina (37%) e aumento signicativo das adrenais (37%). A partir destes
resultados possvel concluir que o tratamento das progenitoras com uoxetina na dose de 17 mg/kg demonstrou indcios de toxicidade
tanto fetal/neonatal quanto materna. Por este motivo importante que se d continuidade aos estudos envolvendo o uso de uoxetina
durante o perodo de gestao e lactao.
Apoio nanceiro: CNPq e PIBIC
A principal etapa limitante na avaliao da biosntese da melanina envolve a enzima tirosinase, que catalisa trs etapas da biosntese
da melanina: a hidroxilao da tirosina a 3,4-dihidroxifenilalanina (DOPA), a oxidao da DOPA DOPAquinona, e a oxidao de
5,6-dihidroxiindol indolequinona. Por conta de seu papel fundamental na melanognese, a tirosinase tem sido um grande alvo na busca
de novos agentes despigmentantes. Em nosso estudo, foi utilizada a planta Garcinia gardneriana (GG) que natural da regio amaznica
e em populaes do sul do Brasil uma opo para o tratamento de problemas de inamao, especialmente aqueles relacionados pele.
Trabalhos usando plantas da mesma famlia (Clusiaceae) indicam uma possvel ao da planta na despigmentao da pele, justicando este
trabalho. Foram isolados da GG diversos biavonides, um deles conhecido como GB-2a que foi tambm utilizado em nosso estudo. Foram
usados: 10l do extrato hidroalcolico de GG e GB-2a em diferentes concentraes (0.03-2.1mg/ml); 20l de uma soluo de tirosinase
(500 U/ml) em um tampo fosfato 50 mM (pH 6,5). Foram adicionados ao ensaio 170 l de uma mistura contendo, em uma proporo
de 10:10:9, uma soluo de 1 mM de L-tirosina ou 1 mM de L-DOPA, tampo fosfato de potssio 50 mM (pH 6,5), e gua destilada,
respectivamente, em uma microplaca de 96 poos. Aps incubao em 37 C por 40 min a absorbncia da mistura foi mensurada em 490
nm usando um leitor TECAN Genius. A extenso da inibio das amostras foi expressa como a concentrao necessria para inibio de
50% (IC
50
) e inibio mxima (Imax). Os resultados so apresentados como mdia S.E.M. A signicncia estatstica entre os grupos foi
avaliada por meio dos testes ANOVA e Bonferroni, e os nveis de signicncia aceitveis foram P<0,05. Quando foi usada a L-tirosina
como substrato o extrato e o composto causaram inibio da atividade enzimtica, sendo que o extrato da GG apresentou Imax de 31,33%
a 1200 g/ml, e IC
50
de 2388 g/ml. J o GB-2a apresentou Imax de 29,87% a 300 g/ml e IC
50
de 546,26 g/ml. Usando L-DOPA como
substrato tambm foram detectados efeitos inibitrios e foram obtidos os seguintes resultados: Imax de 14,99% e 42,83% para GG e GB-
2a respectivamente e IC
50
de 514,15 g/ml para GB-2a. O presente estudo demonstrou que GG e seu composto GB-2a tm ao inibitria
sobre a enzima tirosinase, sugerindo que ambos possuem potencial como novos agentes clareadores para peles sensveis. Entretanto, com
relao a seus efeitos benco-prejudiciais in vivo, estes aspectos devem ser melhor investigados.
ESTUDO COMPARATIVO DOS POSSVEIS EFEITOS TXICOS REPRODUTIVOS E
COMPORTAMENTAIS ENTRE DROGAS ANTIDEPRESSIVAS EM RATOS WISTAR
AVALIAO DO POSSVEL EFEITO DESPIGMENTANTE EM ENSAIOS ENZIMTICOS E EM
CULTIVO CELULAR NA UTILIZAO DE PLANTAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Marina Ferreira Vechi (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1998005538
Orientador: Paulo Roberto Dalsenter Co-Orientador: Juliane Centeno Mller
Colaborador: Ana Cludia Boareto, Emerson L. Botelho Loureno, Bruna Cristina Minatovicz, Natlia Fracaro Lombardi, Mariana Ferreira
Kienast, Munisa Golin, Anderson Joel Martino Andrade, Paulo Roberto Dalsenter.
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: depresso, fuoxetina, toxicologia reprodutiva.
rea de Conhecimento: 2.10.07.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Murilo Olivio Silva (Iniciao Cientfca)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023675
Orientador: Lia Rieck Co-Orientador: Daniela de Almeida Cabrini
Colaborador: Michel Fleith Otuki (UEPG), Arthur da Silveira Prudente (doutorando/UFPR)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: tirosinase, despigmentao, Garcinia gardneriana.
rea de Conhecimento: 2.10.01.00-6
0291
0292
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A malria na gravidez relacionada com signicante mortalidade e morbidade para a me e para o feto. Associaes de antimalricos
com derivados da artemisinina (ACTs) so utilizados como teraputica de primeira escolha para a malria falciparum em diversos pases,
inclusive no Brasil, onde foi adotada a associao artesunato/meoquina. Dados sobre a segurana das ACTs na gestao so limitados e
controversos e sua utilizao no recomendada no primeiro trimestre gestacional. Outra preocupao com relao utilizao das ACTs
a possibilidade de interaes aditivas ou sinrgicas entre os componentes. O estudo tem por objetivo avaliar a toxicidade reprodutiva
pr-clnica do artesunato e da meoquina isolados e da sua associao durante o perodo da organognese. Durante o estudo ratas prenhas
foram tratadas por via oral (gavage) com artesunato nas doses de 15 mg/kg/dia e 40 mg/kg/dia (AS 15 e AS 40), meoquina 30 mg/kg/
dia e 80 mg/kg/dia (MQ 30 e MQ 80) e com a associao artesunato/meoquina 15/30 mg/kg/dia e 40/80 mg/kg/dia (AS/MQ 15/30 e AS/
MQ 40/80) nos dias gestacionais (DG) 9 a 11. As progenitoras foram sacricadas no DG 20 e os seguintes parmetros foram avaliados:
ganho de massa corporal das progenitoras, fetos vivos, reabsores precoces e tardias, massa corporal dos fetos, distncia anogenital. No
foram observadas alteraes signicativas nos parmetros relacionados toxicidade materna, porm massa das progenitoras aumentou
devido s perdas das ninhadas. Houve uma reduo signicativa no percentual (%) de embries viveis dos grupos AS 15 (52 2,7), AS
40 (0) e AS/MQ 40/80 (22 10) em relao ao grupo controle (93 2,7) e uma reduo signicativa no percentual de reabsores tardias
nos grupos AS 15 (43 9,3) e AS 40 (94 3,7), AS/MQ 40/80 (77 10) em relao ao grupo controle (4,1 1,8). Ocorreu uma reduo
signicativa na massa corporal (g) dos lhotes no grupo AS15 (2,8 0,11) em relao ao grupo controle (3,2 0,06). No houve diferena
signicativa na medida da distncia anogenital. Os resultados do presente estudo indicam toxicidade reprodutiva do artesunato isolado nas
duas doses avaliadas, bem como da associao artesunato/meoquina na dose mais alta administrada. Desta forma, possvel concluir que
a administrao oral do artesunato isolado, bem como da sua associao, nos DG 9 a 11 pode afetar o desenvolvimento embrionrio em
ratas Wistar, sendo um risco para a gestao e desenvolvimento da prole.
Apoio nanceiro: CNPq
O efeito ansioltico do etanol tem sido relacionado s suas propriedades reforadoras e no desenvolvimento de dependncia. Existem
evidncias de que o receptor 5HT2 est envolvido com ansiedade, principalmente interferindo no eixo hipotlamo-hipse-adrenal, o qual
tambm alterado na presena do etanol. Num estudo anterior do nosso laboratrio foi demonstrado que a ketanserina, um antagonista do
receptor 5HT2A, no interferiu no efeito ansioltico quando associada ao tratamento crnico com etanol. No presente estudo, avaliamos a
interferncia da co-administrao de um agonista 5HT2, alfa metil 5 hidroxitriptamina (M5HT), no efeito ansioltico do etanol. Camundongos
swiss machos (n=60; 7 a 12 por tratamento) foram expostos, numa situao sem droga (B), ao labirinto em cruz elevado (LCE) avaliando-se
a porcentagem de tempo no brao aberto (%TA). Sete dias depois, cada animal recebeu agudamente (A) i.p. um dos seguintes tratamentos:
salina+salina, salina+etanol 2g/Kg, salina+M5HT 0,5mg/Kg, M5HT 0,5mg/kg+etanol 2g/kg, salina+M5HT 5mg/Kg, M5HT 5mg/kg+etanol
2g/kg, sendo expostos ao LCE 10 minutos aps a segunda injeo. Ento receberam esse mesmo tratamento diariamente e no stimo (7d)
e vigsimo primeiro (21d) dias foram avaliados no LCE. Os dados esto apresentados em mdia e erro padro e foram analisados por
ANOVA seguida de Newmann Keuls (F[tratamento](5, 48)=7,235 p<0,001; F[ocasio](3, 144)=6,202 p<0,001; F[interao](15, 144)=4,490
p<0,001). O etanol foi ansioltico aps tratamento crnico (B=432,7; A=354,1; 7d=656,7; 21d=6010,2) em relao ao grupo salina
(B=452,9; A=323,2; 7d=212,7; 21d=264,4). As duas doses de M5HT no causaram qualquer efeito quando administradas sozinhas,
mas a dose maior associada ao etanol inibiu seu efeito ansioltico aps tratamento crnico (B=412,4; A=325,2; 7d=343,8; 21d=386,6),
enquanto a dose menor no interferiu (B=412,9; A=344,9; 7d=545,4; 21d=455,6).Os dados corroboram que o bloqueio dos receptores
5HT2 causam efeito ansioltico como descrito na literatura e na clinica, pois a dose maior do agonista M5HT diminuiu o efeito ansioltico
do etanol sugerindo uma possvel ao ansiogenica na presena do etanol, que pode ser decorrente da liberao do hormnio liberador de
corticotrona na amgdala extendida via receptor 5HT2C.
Apoio nanceiro: PIBIC/CNPq
TOXICOLOGIA PR-CLNICA DOS ANTIMALRICOS ARTESUNATO E MEFLOQUINA ISOLADOS E
DA ASSOCIAO ARTESUNATO-MEFLOQUINA NA GESTAO DE RATAS WISTAR
EFEITO AGUDO E CRONICO DE UM AGONISTA 5HT2 NO EFEITO ANSIOLTICO DO ETANOL EM
CAMUNDONGOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Natlia Fracaro Lombardi (PIBIC/CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1998005538
Orientador: Paulo Roberto Dalsenter Co-Orientador: Ana Cludia Boareto da Costa Cesar
Colaborador: Juliane C. Mller; Emerson L.B. Loureno; Munisa Golin; Marina F. Vechi; Ana Carolina S. Loureno; Mariana Kienast; Bruna
C. Minatovicz; Anderson J. M. Andrade.
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: toxicidade, gestao, artesunato/mefoquina.
rea de Conhecimento: Toxicologia - 2.10.07.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Suelen Rodrigues Stallbaum (PIBIC-AF/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1997004792
Orientador: Roseli Boerngen de Lacerda
Colaborador: Ananda Beatriz Munhoz. Cretella (PIBIC/CNPq), Yskara Tavares Iaquinto (PIBIC/vonluntria), Murilo Calvo Peretti, Andrey Bernardo
Lopes Grego, Alanna Silva Huk, Vanessa Cristina Saltarello Arantes, Ana Elisa Buzetti, Letcia Matiello, Ana Paula de Oliveira Silva, Renata P.
Mueller, Fernanda Coelho (IC voluntrios-Coordenao de Medicina), Gustavo Villas Boas (Mestrando) e Diego Correia (Doutorando)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: agonista 5HT2, etanol, efeito ansioltico.
rea de Conhecimento: Neuropsicofarmacologia - 2.10.03.00-9
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Diversos neurotransmissores (noradrenalina, acetilcolina, serotonina) e neuropeptdeos (hipocretina/orexina) tm sido relacionados e alocados
apropriadamente junto s vias de regulao do sono. Entretanto, at recentemente, o mesmo progresso obtido ao longo desses estudos no
tem sido observado no que diz respeito dopamina (DA) e sua funo no sono. A m de se investigar o envolvimento da DA na regulao
do sono paradoxal, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da privao de sono paradoxal sobre parmetros comportamentais e
moleculares do sistema dopaminrgico nigroestriatal. Utilizaram-se ratos Wistar machos pesando 300g, ao incio do experimento, que foram
privados de sono paradoxal (PSP) conforme o protocolo clssico da plataforma nica. Esses animais foram distribudos nos seguintes grupos:
controle (no privados de sono n=10), PSP 48h (n=10), 72h (n=10) e 96h (n=10). Aps esse perodo, os animais foram submetidos ao teste
do campo aberto para determinao de alteraes comportamentais oriundas da PSP que se caracterizam como uma medida direta da funo
motora que por sua vez, regulada pelo sistema dopaminrgico nigroestriatal. Esse teste foi conduzido com auxlio de uma cmera digital
integrada a uma interface computadorizada que permitiu o registro dos seguintes parmetros comportamentais: distncia percorrida (m) e
a velocidade do animal (m/s) dentro do aparato. Imediatamente aps o teste do campo aberto, os animais foram decapitados e tiveram seus
encfalos dissecados para a retirada do estriado e da substncia negra para posteriores anlises do contedo estriatal de DA e metablitos
(por cromatograa lquida de alta ecincia acoplada a detector eletroqumico - HPLC-ED), bem como da expresso da protena tirosina
hidroxilase (por Western blotting), respectivamente. Os resultados indicaram que o grupo PSP 96h apresentou um aumento signicativo
(P<0,05) da distncia percorrida em comparao ao grupo controle como mostrado pelo teste de anlise de varincia (ANOVA) com
medidas repetidas, seguido pelo teste post-hoc de Newman-Keuls [F(5,45)=3,267; P=0,0134]. Um resultado semelhante foi detectado para
o parmetro de velocidade mdia, onde o grupo PSP 96h apresentou um aumento signicativo (P<0,05) em comparao ao grupo controle
[F(5,45)=3,252; P=0,0137]. Esses resultados sugerem haver uma relao direta entre a PSP e o sistema dopaminrgico nigroestriatal,
principalmente quando o perodo de privao de sono atinge um pico de 96h. Os demais parmetros neuroqumicos e moleculares, quando
concludos, sero teis para a determinao dos mecanismos pelos quais tal modulao acontece.
EFEITOS DA PRIVAO DE SONO PARADOXAL NO SISTEMA DOPAMINRGICO
NIGROESTRIATAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Tatiane Teru Takahashi (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1999006436
Orientador: Maria A. B. F. Vital Co-Orientador: Marcelo M. S. Lima
Colaborador: Livia R. Morais (I.C./ CNPQ), Michele Dietrich (Doutoranda/CAPES), Janana Barbiero (Doutoranda/ REUNI), Slvio Marques
Zanata (Departamento de Patologia/UFPR)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: sono paradoxal, sistema dopaminrgico, ratos.
rea de Conhecimento: 2.10.03.00-9
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Os efeitos estimulante e ansiolitico do etanol tem sido relacionados s suas propriedades reforadoras positivas e negativas, respectivamente,
sendo importante para o desenvolvimento de dependncia. Existem evidncias, inclusive do nosso laboratrio utilizando a ketanserina, que o
bloqueio do receptor 5HT2 inibiu o desenvolvimento e a expresso da sensibilizao para o efeito estimulante do etanol porm no interferiu
no efeito ansioltico. Assim, torna-se relevante estudar a interferncia de um agonista 5HT2, alfa metil 5 hidroxitriptamina (M5HT), nos
efeitos do etanol. Inicialmente, diante da necessidade da determinao das doses a serem utilizadas, foi construda uma curva dose efeito
deste agonista utilizando-se as doses: 0 (S); 0,5 (A1); 2,5 (A2) e 5 (A3) mg/kg (n=15 por tratamento). Aps 30 minutos da administrao
do agonista, os camundongos foram expostos a caixa de movimentao espontnea (CME), ao campo aberto (CA) e ao labirinto em cruz
elevado (LCE), avaliando-se, respectivamente, a atividade locomotora, atividade exploratria e a ansiedade durante 3 minutos em cada
aparelho numa ordem aleatoria. Os dados esto apresentados como mdia e erro padro e foram analisados por ANOVA. As diferentes
doses do agonista no alteraram signicativamente a ambulao na CME (F(3, 53)=0,86 p>0,05; S: 587,3; A1: 516,2; A2: 637,5; A3:
505,4) nem no CA (F(3, 53)=0,52 p>0,05; S: 695,6; A1: 869,1; A2: 9215,0; A3: 7910,8). A porcentagem de tempo no brao aberto
no LCE tambm no foi alterada pelo agonista (F(3, 53)=0,20 p>0,05; S: 414,8; A1: 376,2; A2: 434,6; A3: 395,1)). Diante da ausncia
de efeito do agonista sobre o comportamento dos animais, foram escolhidas a dose menor e a maior para os estudos subseqentes do efeito
da co-administrao deste agonista nas propriedades estimulante e ansioltica do etanol aps tratamento agudo e crnico durante 21 dias.
Apoio nanceiro: PIBIC/CNPq
CURVA DOSE RESPOSTA DOS EFEITOS AGUDOS DE UM AGONISTA 5HT2 SOBRE A MOTRICIDADE,
ATIVIDADE EXPLORATORIA E ANSIEDADE EM CAMUNDONGOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Yskara Tavares Iaquinto (PIBIC-voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1997004792
Orientador: Roseli Boerngen de Lacerda
Colaborador: Ananda Beatriz Munhoz. Cretella (PIBIC/CNPq), Suelen Rodrigues Stallbaum (PIBIC-AF/CNPq), Murilo Calvo Peretti, Andrey Bernar-
do Lopes Grego, Alanna Silva Huk, Vanessa Cristina Saltarello Arantes, Ana Elisa Buzetti, Letcia Matiello, Ana Paula de Oliveira Silva, Renata P.
Mueller, Fernanda Coelho (IC voluntrios-Coordenao de Medicina), Gustavo Villas Boas (Mestrando) e Diego Correia (Doutorando)
Departamento: Farmacologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: agonista 5HT2, etanol, curva dose resposta.
rea de Conhecimento: Neuropsicofarmacologia - 2.10.03.00-9
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A encefalopatia heptica uma complicao da doena heptica crnica e denida como uma alterao do estado mental e da funo
cognitiva. Os sintomas decorrem de neurotoxinas oriundas do intestino e que, no sendo removidas pelo fgado como deveriam, chegam
ao sistema nervoso central (SNC). A integridade cerebral mantida, entre outros fatores, pelos cidos graxos essenciais, que devem ser
adquiridos pela dieta. Segundo alguns estudos, a suplementao com leo de peixe (OP), composto pelo cido docasahexaenico (DHA)
e o cido eicosapentaenico (EPA) dois cidos graxos poliinsaturados da famlia mega-3 , melhora a atividade sinptica do SNC. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de uma dieta com suplementao de OP na encefalopatia heptica induzida experimentalmente
pela tioacetamida (TAA), substncia hepatotxica utilizada como modelo para induo de insucincia heptica em animais de laboratrio.
No experimento foram utilizados 40 ratos machos Wistar divididos em quatro grupos: 1. C (gua); 2. TAA (0,03% na gua de beber), 3. C
OP (3g/kg) e 4. OP TAA. A suplementao ocorreu durante cinco meses, mas a administrao de TAA ocorreu somente nos trs ltimos.
Os animais foram ortotanasiados e foram retiradas as estruturas cerebrais hipocampo e crtex para anlises de estresse oxidativo atravs
de substncias reativas do cido tiobarbitrico (TBARS) e de superxido dismutase (SOD). Os resultados foram analisados por ANOVA
seguido do ps teste de Duncan. No grupo TAA houve um aumento dos nveis de TBARS em relao aos demais grupos no hipocampo
(F(3,22)=3,71; p0,004) e no crtex cerebral (F(3,19)=5,71; p0,004). No entanto, a suplementao com leo de peixe diminuiu os nveis
de estresse oxidativo tanto no hipocampo (p0,05), quanto no crtex cerebral (p0,05). Em relao concentrao da enzima SOD, esta
encontrou-se aumentada no grupo intoxicado com TAA tanto no hipocampo (F(3,20)=7,35; p0,01) quanto no crtex cerebral (F(3,20)=21,82;
p0,0001). A suplementao com leo de peixe reverteu os nveis da enzima aos nveis dos animais controles no hipocampo (p0,001) e
no crtex cerebral (p0,001). O leo de peixe conseguiu reverter o estresse oxidativo causado pela leso cerebral provocada pela TAA.
EFEITOS NO ESTRESSE OXIDATIVO DA SUPLEMENTAO DE LEO DE PEIXE EM MODELO
ANIMAL DE ENCEFALOPATIA POR INSUFICINCIA HEPTICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Barbara de Paula Cioni (IC Voluntria pela Coordenao)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024831
Orientador: Anete Curte Ferraz Co-Orientador: Camila Moraes Marques
Colaborador: Pedro Vincius Staziaki (IC Voluntria pela Coordenao)
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Encefalopatia Heptica, leo de Peixe, Tioacetamida.
rea de Conhecimento: Neurofsiologia 2.07.02.01-9
0298
O estresse salino inuencia diretamente processos siolgicos dos animais aquticos, podendo ser um estmulo que induz o aumento da
expresso de protenas de estresse trmico (HSPs), como mecanismo de defesa celular. Palemondeos como o camaro Macrobrachium
acanthurus so habitantes de gua doce que migram para os esturios para reproduo e desenvolvimento, enfrentando o estresse salino ao
longo do seu ciclo de vida. O objetivo desse trabalho foi o de avaliar o curso temporal da resposta de expresso da HSP70 frente ao estresse
hiper-salino no camaro M. acanthurus, utilizando a tcnica de Western Blotting. O grupo controle foi obtido diretamente do aqurio estoque
(gua doce), e os grupos experimentais formados foram submetidos ao choque hiper-osmtico (salinidade 20) por perodos de 1, 24 e
120 h. Aps o experimento os camares foram anestesiados em gelo e uma amostra do msculo abdominal foi coletada para determinao
da expresso das protenas de estresse HSPs; n=7-9 para todos os grupos. As protenas totais das amostras de msculo foram dosadas pelo
mtodo de Bradford (1976). Em seguida as protenas foram analisadas por eletroforese em gel de poliacrilamida em condies desnaturantes,
e aps a corrida foram transferidas para membrana de nitrocelulose em cmara de Western Blotting e posteriormente incubadas com anticorpo
primrio anti-HSP70 (BD Biosciences) e anticorpo secundrio conjugado com fosfatase alcalina. A intensidade das bandas foi quanticada
atravs do programa Image Tool e para anlise estatstica foi utilizado o teste-t de Student. No houve diferena na intensidade das bandas
(em unidades arbitrrias) entre os grupos expostos ao estresse hiper-salino (aps 1h em 20: 7,972,27; 24 h: 8,152,9; 120 h: 12,84,05)
e os controles em gua doce (6,302,83). Os resultados indicam que a expresso de protenas HSP70 no foi induzida no msculo de M.
acanthurus durante curto (1h e 24 h) e longo (120 h) perodos de exposio ao estresse hiper-salino (20), pelo menos pelo que pode ser
detectado com este anticorpo. Esta espcie tolerante variao salina dos esturios indicando que suas clulas conseguem manter sua
capacidade siolgica eciente com a atuao das HSPs constitutivas.
EXPRESSO DE PROTENAS DE ESTRESSE (HSP70) NO CAMARO DULCCOLA EURIHALINO
Macrobrachium acanthurus SUBMETIDO A ESTRESSE SALINO
Aluno de Iniciao Cientfca: Anieli Cristina Maraschi (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023431
Orientador: Carolina Arruda de Oliveira Freire
Co-orientador: Viviane Prodocimo
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Macrobrachium acanthurus; osmorregulao; HSP70
rea de Conhecimento: Fisiologia comparada - 2.07.04.00-3
0297
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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Episdios depressivos so freqentes durante a idade reprodutiva, sendo que aproximadamente 10% das mulheres iro apresentar depresso
durante a gestao e 20% aps o parto. Se for estabelecido o uso de medicamentos antidepressivos durante a gestao e lactao, importante
ressaltar que vrias drogas, como a uoxetina, atravessam a barreira placentria, assim como so secretadas no leite materno durante a
amamentao. A uoxetina, da classe dos inibidores seletivos da recaptao da serotonina, foi reportada como uma das drogas mais utilizadas
durante a gestao. Dessa maneira, devem ser considerados os riscos do uso desse medicamento, em especial em relao ao desenvolvimento
sexual que se inicia no perodo pr-natal e se completa apenas na vida adulta. Alm disso, foi observada atividade estrognica in vivo e in
vitro da uoxetina (resultados preliminares), mostrando que a mesma possui potencial desregulador endcrino (DES), e, portanto sendo
passvel de afetar o desenvolvimento sexual, como mostram vrios estudos com DES que possuem atividade estrognica. Assim, o objetivo
geral deste trabalho foi investigar as possveis alteraes reprodutivas nos descendentes masculinos expostos a uoxetina in utero e durante
a lactao. Para tanto, ratas Wistar prenhas foram tratadas com uoxetina (0,4; 1,7 e 17 mg/kg/dia) ou veculo (gua destilada), por gavagem
uma vez ao dia, durante o perodo de ps-implantao e lactao (7 dia de prenhez ao 21 dia de lactao). Aps esse perodo de tratamento,
foram avaliados parmetros do desenvolvimento sexual e funo testicular dos descendentes do sexo masculino. Os seguintes parmetros de
desenvolvimento foram investigados: distncia ano-genital, desenvolvimento ponderal durante a lactao e separao prepucial completa.
Na idade adulta, os animais foram sacricados para determinao do peso absoluto e relativo dos rgos sexuais e produo espermtica
diria. Houve uma reduo na produo espermtica diria de 28% em relao ao grupo controle nos descendentes expostos a uoxetina
na dose de 17 mg/kg. Os outros parmetros avaliados no foram signicativamente diferentes do grupo controle. Podemos concluir que
a exposio uoxetina in utero e durante a lactao, na maior dose testada, afetou o desenvolvimento sexual masculino neste modelo.
Esse trabalho tem por objetivo investigar a atuao dos cidos graxos poliinsaturados da famlia mega-3(AGPI- w3) presentes no leo de peixe
sobre o sistema serotoninrgico aps da aplicao de Pindolol, um antagonista do receptor 5-HT
1A/1B
e beta-bloqueador, em ratos suplementados
cronicamente com esse leo, atravs do teste da natao forada modicada. Ratos Wistar machos com idade de 21 dias foram divididos
em dois grupos experimentais: leo de peixe (OP, n=20) e controle (C, n=19). Os animais do grupo OP foram suplementados diariamente
com 3,0g/kg v.o. de mistura de leo de peixe (composto contendo 12% de cido docosahexaenico, 18% de cido eicosapentaenico e
antioxidante tocoferol) e o grupo controle recebeu apenas rao para ratos. Essa suplementao foi feita diariamente at idade adulta (90
dias), por meio de pipeta de volume ajustvel. O grupo controle recebeu apenas rao para ratos (sem suplementao). Aps o perodo
de 90 dias, os animais dos grupos OP e C foram subdivididos aleatoriamente em 04 grupos experimentais: Grupo OP + pindolol (OPpin,
n=10), grupo OP + salina (OPs, n=10), grupo C + pindolol (Cpin, n=10) e grupo C + salina (Cs, n=9). Os animais receberam pindolol i.p.
(10mg/kg) 45 min antes da realizao do teste comportamental. Os dados foram analisados pelo teste de Duncan precedido por ANOVA
de duas vias. No teste de natao forada modicada, os grupos OPs e OPpin apresentaram freqncia de imobilidade diminuda (ANOVA
F(1,35)=20,17; p<0,0001) em relao aos grupos Cs e Cpin e o pindolol no exerceu efeito sobre esta varivel (ANOVA F(1,35)=0,13;
p=0,72). A frequncia de natao, para os grupos OPs e OPpin foi maior em relao aos grupos Cs e Cpin (ANOVA F(1,35)=23,99; P<0,0001),
sendo que o pindolol tambm no exerceu efeito sobre esta varivel (ANOVA F(1,35)=4,06; p=0,06). Em contrapartida, a frequncia de
escalada mostrou-se reduzida nos grupos pindolol (ANOVA F(1,35)=61,70; P<0,0001). Ps-teste de Duncan mostrou que a frequncia
de escalada foi menor no grupo OPpin em comparao com o OPs(p 0,01). Entre os grupos Cpin e OPpin o primeiro apresentou menor
freqncia de escalada (p 0,01). O leo de peixe mostrou resultados compatveis aos presentes na literatura, aumentando a freqncia
de natao e diminuindo as frequncias de imobilidade e escalada. O pindolol no alterou as freqncias de imobilidade e de natao. A
freqncia de escalada, no entanto, foi diminuda signicativamente pelo mesmo, mas essa diminuio foi atenuada no grupo OPpin. Novos
trabalhos sero necessrios para explicar esses resultados. Suporte nanceiro: Fundao Herbarium, Fundao Araucria, CNPq UFPR.
EFEITOS DA EXPOSIO PERINATAL A DROGAS ANTIDEPRESSIVAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO
REPRODUTIVO DE RATOS MACHOS
AO DO PINDOLOL, ANTAGONISTA 5HT
1A/1B
E ADRENRGICO, SOBRE O EFEITO
ANTIDEPRESSIVO DO LEO DE PEIXE
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Cristina Minatovicz (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023434
Orientador: Anderson Joel Martino Andrade Co-Orientador: Juliane Centeno Muller (DOUTORANDA/CAPES)
Colaborador: Ana Cludia Boareto (DOUTORANDA/REUNI), Emerson L. Botelho Loureno (DOUTORANDO), Ana Carolina Loureno (MESTRAN-
DA/CAPES), Marina Ferreira Vechi (PIBIC/CNPq), Natlia Fracaro Lombardi (CNPq/BALCO), Mariana Ferreira Kienast (PIBIC/CNPq), Paulo Roberto
Dalsenter (DOCENTE).
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: fuoxetina, desreguladores endcrinos, desenvolvimento sexual.
rea de Conhecimento: Fisiologia de rgos e sistemas - 2.07.02.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Conrado Regis Borges (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023432
Orientador: Anete Curte Ferraz
Colaborador: Roberto Andreatini (DOCENTE); Marina Sonagli (PIBIC CNPq)
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: mega 3, natao forada modifcada, pindolol.
rea de Conhecimento: 2.07.02.00-0
0299
0300
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O alongamento muscular muito utilizado para manuteno e melhora da amplitude de movimento articular. Ele pode, tanto em humanos
quanto em animais, dependendo da in tensidade, durao e freqncia, ativar mecanismos de hipertroa muscular. OBJETIVO: Contar o
nmero de sarcmeros em srie e estimar o comprimento dos sarcmeros de bras de msculo sleo de ratas osteopnicas submetidas ao
alongamento. MTODOS: Foram selecionadas 26 ratas Wistar (12 semanas, 22817g) dividas em 4 grupos: Controle (C, n=4); ovarectomia/
histerectomia (OH, n=6); alongamento: (A, n=8); ovarectomia/histerectomia+alongamento (OHA, n=8). As ratas foram submetidas
ovarectomia e histerectomia com 12 semanas de idade. O alongamento passivo foi composto de 10 repeties de 1 minuto, 2 vezes por
semana. Aps 6 semanas as ratas foram submetidas ortotansia para a retirada do msculo sleo de ambas as patas. Foram avaliadas as
seguintes variveis: peso corporal e muscular; comprimento muscular e nmero de sarcmeros em srie e comprimento dos sarcmeros.
As comparaes entre o peso corporal inicial e nal e entre os sleos direito e esquerdo foram realizados por meio do teste t pareado. Para
comparao entre grupos foi realizado o Kruskal Wallis (p<0,05). RESULTADOS: Houve aumento no peso corporal nal em todos os
grupos, no entanto, os grupos submetidos OH apresentaram maior ganho. O grupo OH apresentou maior comprimento muscular quando
comparado ao grupo OHA (p=0,03). No nmero de sarcmeros em srie, o grupo OH foi superior aos grupos A (p=0, 003) e OHA (p=0,
002). No houve diferenas estatisticamente signicativas no comprimento dos sarcmeros. CONCLUSO: A ovarectomia/histerectomia
induziu ganho mais expressivo de peso corporal, muscular e nmero de sarcmeros em srie. O exerccio de alongamento, bem como o
aumento de peso corporal foi crucial para sarcomerognese em ratas ovarectomizadas.
Durante o processo de criopreservao o espermatozide passa por alteraes de osmolaridade e temperatura que alteram suas caractersticas,
as quais podem ser parcialmente preservadas de acordo com o mtodo de congelamento e o meio crioprotetor utilizado. A adio de
lipdios no meio crioprotetor, na forma de ciclodextrina carregada com colesterol (CLC) potencialmente aumenta o contedo de colesterol
na membrana espermtica e, em estudo prvio com congelamento em pellets, foi capaz de melhorar a qualidade de clulas espermticas
de gatos domsticos (Felis catus) no ps-descongelamento. O presente estudo teve como objetivo vericar se o benefcio da adio de
CLC no meio crioprotetor obtido no mtodo de congelamento por pellets poderia ser repetido e/ou aumentado em amostras congeladas em
palhetas. Para tanto, amostras de espermatozides de epiddimo, obtidas de gatos adultos submetidos orquiectomia (n=15), foram avaliadas
de acordo com protocolo padro (motilidade, vigor, concentrao, morfologia e integridade do acrossoma). Cada amostra foi dividida em
2 alquotas, diludas em meio Hams F-10 sem CLC (Controle) ou contendo 3,0mg/ml de CLC (CLC). Aps 15 min de incubao em
temperatura ambiente, cada amostra foi diluda (1:1; v:v) com meio crioprotetor (Test-yolk buffer; 12% glicerol, Irvine Scientic, EUA).
Aps envase em palhetas (40 uL) as amostras foram resfriadas (4
o
C/30min) e congeladas sobre vapor de nitrognio (7,5 cm/2 min). Aps
o descongelamento (37C/30 seg) as anlises foram repetidas. Comparaes entre o smen fresco e aps descongelamento nos dois grupos
foram feitas por ANOVA, seguido de teste de Tukey. Os valores mdios (EPM) para o ndice de motilidade espermtica (IME) dos dois
grupos diferiram entre si (Controle: 49,91,7; CLC: 60,02,7) assim como o % de acrossoma intacto (AI; Controle: 44,23,2; CLC:
55,93,5), sendo ambos inferiores aos respectivos valores para o smen fresco (IME:76,03,5 e AI: 891,0). Os resultados conrmam o efeito
protetor da adio de CLC na criopreservao e, ainda, que o mtodo de congelamento em palhetas propiciou uma melhora signicativa na
qualidade espermtica ps-descongelamento em comparao aos dados obtidos anteriormente com amostras congeladas em pellets (IME;
26,83,3; AI: 16,21,1). Sendo assim, conclui-se que a adio de CLC e o mtodo de congelamento em palhetas permitem a recuperao
de um maior percentual de clulas mveis e com acrossoma intacto aps o congelamento, sendo recomendado para a criopreservao de
espermatozides epididimrios de gatos domsticos. Entretanto, estudos adicionais devero ser realizados para avaliar o efeito da adio
do CLC na capacidade fecundante in vitro. Suporte nanceiro: CNPQ e Fundao Araucria.
ANLISE DO NMERO DE SARCMEROS EM SRIE EM RATAS OSTEOPNICAS SUBMETIDAS AO
ALONGAMENTO
EFEITO DA ADIO DE CICLODEXTRINA-COLESTEROL NO MEIO CRIOPROTETOR NA
CRIOPRESERVAAO DE CLULAS ESPERMTICAS DE GATO DOMSTICO (Felis catus) EM
PALHETAS.
Aluno de Iniciao Cientfca: Douglas Vizzu Nobre (Programa-CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023617
Orientador: Anna Raquel Silveira Gomes Co-Orientador: Ana Paula Cunha Loureiro
Colaborador: Julye Leiko Ywazaki; Luana Ribeiro Nascimento
Departamento: Curso de Fisioterapia Setor: Setor Litoral
Palavras-chave: Osteopenia, Exercicio de alongamento muscular, Msculo sleo.
rea de Conhecimento: 2.07.02.00-0 Fisiologia de rgaos e Sistemas
Aluno de Iniciao Cientfca: Katlyn Barp Meyer (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019105
Orientador: Rosana Nogueira de Morais
Colaborador: Katherinne Maria Spercoski (DOUTORANDA), Graziela Mller (DOCENTE).
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: ciclodextrina-colesterol, criopreservaao de smen, felinos.
rea de Conhecimento: 5.05.04.00-2
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Os cidos graxos poliinsaturados (AGPIs) da famlia mega-3 no so sintetizados pelos mamferos e precisam ser consumidos atravs da
dieta. Eles so precursores dos cidos docosahexaenico (DHA) e eicosapentaenico (EPA), presentes nas membranas neuronais. Um efeito
antidepressivo para esses cidos graxos tem sido sugerido. O objetivo desse trabalho foi investigar o efeito do DHA e do EPA, presentes no
leo de peixe, em ratos suplementados e submetidos a estresse crnico de imobilizao atravs dos testes de natao forada modicado
(NFM) e campo aberto (CA). Ratos wistar machos com idade de 21 dias foram divididos em dois grupos experimentais: leo de peixe (OP,
n=12), e controle (C, n=12). Os animais do grupo OP foram suplementados diariamente, at idade adulta (90 dias), por meio de pipeta de
volume ajustvel, com 3,0g/kg v.o. de mistura de leo de peixe (composto contendo 12% de DHA, 18% de ADP e antioxidante tocoferol)
e o grupo C recebeu apenas rao para ratos. Aps o perodo de suplementao os animais dos grupos OP e C foram subdivididos em 4
grupos: suplementado submetido a estresse de imobilizao (OPE) ; suplementado no submetido a estresse de imobilizao (OP); controle
submetido a estresse de imobilizao (CE); controle no submetido a estresse de imobilizao (C). Durante o perodo em que os animais
foram estressados (20min/dia/2semanas) continuaram recebendo suplementao. Aps este perodo os grupos foram submetidos aos testes
comportamentais. Os dados foram analisados por ANOVA seguida pelo ps-teste de Duncan. No teste CA os animais controles estressados
apresentaram uma diminuio tanto na freqncia de locomoo [F(3,31)=5,08, p=0,005] quanto na explorao vertical [F 3,31)=3,28,
p=0,03] quando comparados aos demais grupos. No teste NFM, os grupos suplementados com leo de peixe diminuram a freqncia de
imobilidade comparados aos grupos C e CE [F(3,34)=10,99 p=0.0001]. Entre os grupos controles, o estressado apresentou maior freqncia
de imobilidade (p0,05). No parmetro natao os grupos suplementados apresentaram maior freqncia em relao aos grupos controles
[F(3,34)=5,72, p=0,001]. J na escalada no houve diferena signicativa entre os grupos analisados [F(3,34)=0,07, p=0,97]. Concluindo, o
estresse induzido por imobilizao diminuiu o comportamento motor no teste CA e apresentou um comportamento depressivo ao aumentar
o tempo de imobilidade. O leo de peixe foi hbil em reverter tais comportamentos. Corroborando dados prvios, o leo de peixe aumentou
a freqncia de natao sem apresentar alteraes na escalada.
O uso de leos vegetais na alimentao animal para otimizar a produo de carne uma prtica bastante comum. Um dos problemas
associados a isso a alta susceptibilidade desses leos ao processo oxidativo, podendo comprometer o desempenho animal, uma vez que os
radicais livres liberados podem danicar a membrana celular, com conseqente reduo no desempenho zootcnico dos animais. Com base
nisto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a oxidao lipdica na mucosa intestinal de perus criados de 1 a 21 dias, alimentados com
raes contendo diferentes nveis de oxidao do leo, suplementadas ou no com vitamina E. Utilizaram-se 504 perus machos da linhagem
BUT-9 distribudos em seis tratamentos (Tabela 1), com seis repeties de 14 aves cada. O delineamento foi inteiramente casualizado em
esquema fatorial 3X2 (3 nveis de oxidao X 2 nveis de vitamina E). Aos 19 dias de idade, cinco animais por tratamento foram abatidos e
o tecido jejunal dessas aves foi analisado segundo a metodologia de Nourooz-Zadeh et al. (1994). Os resultados obtidos foram submetidos
anlise de varincia e as mdias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observou-se que a qualidade do leo de soja no
inuenciou a produo de hidroperxidos na mucosa intestinal dos perus. J a suplementao de vitamina E na dieta promoveu reduo
(p<0,05) na concentrao de hidroperxidos na mucosa do jejuno das aves. Conclui-se que a suplementao de vitamina E reduz a formao
de radicais livres na mucosa do intestino delgado de perus independente da qualidade do leo adicionado na rao.
EFEITO DO LEO DE PEIXE SOBRE COMPORTAMENTO DEPRESSIVO AVALIADO NO TESTE DA
NATAO FORADA MODIFICADO EM RATOS SUBMETIDOS A ESTRESSE DE IMOBILIZAO
AVALIAO DA OXIDAO LIPDICA NA MUCOSA INTESTINAL DE PERUS ALIMENTADOS COM
LEO DE SOJA OXIDADO E VITAMINA E.
Aluno de Iniciao Cientfca: Lais Soares Rodrigues (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024835
Orientador: Anete Curte Ferraz
Colaborador: Marja C. R. dos Santos (PIBIC), Rhiana B. P. G. Almendra (Especializao) Ana Mrcia Delattre (Mestrado).
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: depresso, leo de peixe, estresse.
rea de Conhecimento: 2.07.02.01-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Letcia de Pierri (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022539
Orientador: Ana Vitria Fischer da Silva
Colaboradores: Chayane da Rocha (DOUTORANDA), Fbio L. P. Valle (MESTRANDO), Lucas N. E. Barrili (IC- Voluntria), Luiz Cludio
Fernandes (DOCENTE).
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: antioxidante natural, Meleagris gallopavo, peroxidao lipdica, tocoferol.
rea de Conhecimento: Fisiologia Comparada - 2.07.04.00-3.
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Tabela 1: Concentrao de hidroperxidos (HP nmol/mg PTN) no jejuno de perus.
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A introduo de espcies uma das principais ameaas perda de biodiversidade em ambientes aquticos continentais. Os processos
siolgicos denotam aspectos da evoluo do organismo e de sua capacidade de invadir novos ambientes, sendo fator relevante na disperso
de espcies aquticas. O grau de eurihalinidade, bem como a capacidade de regulao isosmtica intracelular fundamental para invaso de
novos ambientes com salinidade varivel. O objetivo desse trabalho foi avaliar de forma comparativa a espcie de peixe nativa (Rhamdia
quelen, RQ) e as no nativas (Oreochromis niloticus, ON e Ictalurus punctatus, IP) quanto capacidade de regulao de gua tecidual frente
a choques osmtico para avaliar seu grau de eurihalinidade. RQ, ON e IP foram obtidos de produtores locais, e aps perodo de aclimatao
de 7 dias, uma amostra de msculo (n=8) foi utilizada em experimento in vitro para determinar a capacidade de regulao de volume celular
frente a um estresse hiper- e hipo-osmtico (choque intenso: 50% de aumento e reduo na osmolalidade). As amostras de msculo foram
independentemente submetidas a salina controle (composio semelhante osmolalidade do plasma dos animais) e salina experimental
hiper- e hipo-osmtica. Os pedaos de msculo foram incubados por 1 h na salina controle, em seguida foram cuidadosamente secos em
papel ltro, pesados e individualmente imersos na salina experimental ou controle. O peso das amostras de msculo foi vericado por 2
h, a cada 15 min. O peso inicial do msculo (tempo zero) foi usado como referncia (100%) para todos os valores subseqentes do mesmo
fragmento. RQ e ON submetidos s salinas hiper- e hipo-osmticos no apresentaram alterao da concentrao de gua no msculo quando
comparados ao controle. IP submetido salina hiper-osmtica apresentou manuteno do peso do msculo quando comparado ao controle,
porm na salina hipo-osmtica, ocorreu elevao da concentrao da gua do msculo quando comparado ao controle aps 60, 75 e 90
min. A espcie nativa de bagre R. quelen e a espcie no nativa de tilpia O. niloticus apresentaram elevada capacidade de regulao da
gua decidual corroborando dados da literatura de elevada eurihalinidade. O bagre no nativo I. punctatus apresentou perda da capacidade
de regulao de gua tecidual frente ao choque hipo-osmtico, indicando menor grau de eurihalinidade.
Adolescentes mostram um atraso de fase do sono. Em sentido contrrio, a partir da segunda fase do ensino fundamental, as escolas muitas
vezes antecipam os horrios de inicio das aulas. Como resultado, h uma privao parcial do sono, que tem sido associada com um aumento
no ndice de massa corporal. Pode-se supor que a programao da escola do perodo da manh pode ser um fator de risco para obesidade
em adolescentes. O principal objetivo deste trabalho foi investigar a existncia de associao entre as caractersticas do ciclo viglia/sono e
sobrepeso/obesidade em adolescentes escolares. As avaliaes foram realizadas com 638 estudantes (198 rapazes e 440 moas), de 10 a 16
anos, provenientes de quatro escolas pblicas de Curitiba (PR). Dentre estes, 79 estudavam no perodo da tarde (13h00min s 17h30min) e
560 estudavam no perodo da manh (7h20min s 11h45min). Os alunos preencheram um questionrio de hbitos de sono. A CA, peso, altura
e dobras cutneas foram mensuradas; e o IMC e %G foram calculados. As variveis foram comparadas usando os testes no paramtricos de
Kruskal-Wallis, Wilcoxon e Pearson. Os resultados da comparao entre os dois turnos (teste de Kruskal-Wallis) indicaram que os alunos
do perodo da tarde apresentaram horrios de dormir mais tardios (diferena de aproximadamente 30 minutos), horrios de acordar mais
tardios (diferena de aproximadamente 2 horas) e maior durao de sono (diferena de 1 hora e 40 minutos) nos dias letivos. As moas
do turno da manh obtiveram uma mdia de IMC maior (p > 0,005) e as moas uma mdia de CA maior (p > 0,001) que os adolescentes
do perodo da tarde. Os resultados conrmam a participao dos horrios escolares na privao parcial de sono qual os adolescentes do
turno da manh esto submetidos. As inuncias das caractersticas do ciclo viglia/sono nos diferentes turnos escolares foram associadas
obesidade nos adolescentes estudados.
DETERMINAO DA CAPACIDADE DE REGULAO DE VOLUME CELULAR FRENTE A
ESTRESSE HIPER- E HIPO-OSMTICO EM ESPCIES DE TELESTEOS
PRIVAO DE SONO E OBESIDADE EM ADOLESCENTES
Aluno de Iniciao Cientfca: Ligia Strey (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022785
Orientador: Viviane Prodocimo
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Espcies no nativas; osmorregulao; peixes
rea de Conhecimento: Fisiologia comparada - 2.07.04.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Liz Meira Ges (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022484
Orientador: Fernando Mazzilli Louzada
Colaborador: Deise Moser, Anna Kapp
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: privao de sono, adolescncia, obesidade.
rea de Conhecimento: Fisiologia Geral
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O bom desempenho das aves est aliado digesto e absoro adequada dos nutrientes, funes estas realizadas pelo trato gastrintestinal
(TGI). A adio de gordura oxidada nas raes pode ocasionar danos mucosa intestinal reetindo sobre o desempenho dos animais. A
vitamina E, por sua vez possui ao antioxidante, auxiliando no combate aos radicais livres, prevenindo danos mucosa do intestino delgado.
O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos da adio de leo com diferentes graus de oxidao com ou sem suplementao de vitamina
E sobre a morfometria da mucosa intestinal de perus. Foram alojados 504 perus de corte da linhagem B.U.T 9 em 6 tratamentos,T1 0 meq
perxido/Kg leo, T2 110 meq perxido/Kg leo e T3 250 meq perxido/kg leo todos com adio de 65 mg/Kg de Vitamina E, T4 0 meq
perxido/Kg leo, T5 110 meq perxido/Kg leo e T6 250 meq perxido/Kg leo e adio de 800 mg/Kg de vitamina E com 6 repeties
alimentados com dietas a base de milho e soja num perodo experimental de 21 dias. Para anlise dos parmetros de morfometricos da
mucosa intestinal foram coletadas amostras de 2cm do jejuno e processadas para microscopia optica. As variveis estudadas foram altura de
vilosidades e a profundidade de cripta. As anlises dos vilos e criptas foram feitas utilizando sistema analisador de imagens, o delineamento
foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3X2. Os dados obtidos foram submetidos a anlise de varincia e as mdias testadas pelo
teste Tukey ao nvel de 5% de probabilidade. Houve interao entre o grau de oxidao do leo e o nvel de suplementao da vitamina E
sobre a altura de vilo e profundidade de cripta. A suplementao da vitamina E causou efeito benco sobre altura do vilo. Os tratamentos
sem suplementao de vitamina E e leo com maior nvel de oxidao demonstraram altura de vilo inferior as observadas nos demais
tratamentos. A presena de leo oxidado na rao diminui a altura das vilosidades inestinais de perus. Nveis suplementares de vitamina E
atuam na manuteno da altura e da integridade celular intestinal de perus alimentados com dietas contendo leo oxidado.
A nocicepo induzida pela formalina na pata de ratos bloqueada pela co- administrao de antagonistas de receptores H1 (receptor
de histamina), 5-HT
1A e 3
(receptores de serotonina, 5-HT) ou TRPA1, canal de ctions expresso em neurnios nociceptivos primrios.
Como a formalina um dos principais modelos de nocicepo inamatria, possvel que a dor inamatria resulte, em grande parte,
da interao desses receptores. O objetivo desse trabalho foi investigar os mecanismos que medeiam essa interao. Foram utilizados
ratos wistar machos (200 250g), que receberam injeo subcutnea no dorso da pata traseira esquerda (45 l). O comportamento
nociceptivo, caracterizado pelo movimento de levantar rapidamente a pata injetada, foi quanticado por 5 ou 30 minutos (dependo do
agente nociceptivo). Em um grupo adicional, antisense para o receptor TRPA1 foi injetado no espao subaracnide lombar. Os dados
foram analisados pelo teste t ou Anova seguido do teste de Tukey (p< 0,05). A administrao de agonista do TRPA1, alil isotiocianato
(AITC, 5, 10, 50, 100 (60,2 + 4,0) e 300g), induziu comportamento nociceptivo de forma dose-dependente, que foi bloqueado pela co-
administrao de antagonista do TRPA1 (HC030031, 300, 600 e 1200 g, 16,5 + 3,9) ou antisense para o TRPA1 (5 nmol, 18,2 + 3,3).
A combinao de dose no nociceptiva de AITC (5 g, 12,4 + 1,0) com dose no nociceptiva de histamina (2,5g, 7,7 + 1,6) ou 5-HT
(0,1g, 32 + 4,9) induziu resposta nociceptiva elevada (64 + 17,7 e 90,8 + 11,3, respectivamente), indicando que houve potencializao
no efeito nociceptivo induzido pela ativao desses receptores. Essa potencializao foi bloqueada por antagonistas de receptores H1
(pirilamina, 400 g, 13,6 + 0,8) e de 5-HT
1A
(Way 100,135, 400 g, 1,5 + 0,3) e 5-HT
3
(tropisetron, 450 g, 9,1 + 1,1), respectivamen-
te. A nocicepo induzida pela administrao de 5-HT (10 g, 169,3 + 39,8) foi signicativamente reduzida pelo antagonista de TRPA1
(1200 g, 24,8 + 7,3), sugerindo que parte da nocicepo induzida pela 5-HT mediada pela ativao do TRPA1. A nocicepo induzida
pelo agonista do TRPA1 foi diminuda pela co-administrao de pirilamina (400 g, 6,7 + 3,2) e de Way 100,135, (400 g, 9,5 + 6,8),
mas no de tropisetron (450 g, 53 + 4,2), sugerindo que a ativao do TRPA1 induz a liberao de histamina e 5-HT. Esses dados de-
monstram importantes interaes entre os receptores TRPA-1, H1 e 5-HT
1A e 3
na nocicepcao inamatria e colocam o TRPA1 como um
receptor chave na manuteno de um ciclo relacionado dor inamatria.
AVALIAO MORFOLOGICA E MORFOMETRICA DA MUCOSA INTESTINAL DE PERUS RECEBENDO
GORDURA OXIDADA E ANTIOXIDANTE
MECANISMOS ENVOLVIDOS NA INTERAO ENTRE RECEPTORES TRPA-1, H1 E 5-HT
1A E 3
NA
NOCICEPO INFLAMATRIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Lucas Newton Ezaki Barrilli (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022539
Orientador: Ana Vitria Fischer da Silva Colaborador: Chayane da Rocha (DOUTORANDA), Fabio Valle (MESTRANDO) Letcia de
Pierri (PIBIC CNPq), Sthfanie C. Dassi (MONITORA)
Departamento: Fisiologia. Setor: Cincias Biolgicas.
Palavras-chave: aves, leo de soja, vilos.
rea de Conhecimento: Fisiologia Geral - 2.07.01.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana de Oliveira Borges (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023436
Orientador: Luana Fischer
Colaborador: Maria Isabel Lavoranti (IC-Voluntria)
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: TRPA-1, nocicepo, dor infamatria
rea de Conhecimento: Fisiologia Geral - 2.07.01.00-4
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O transtorno depressivo reconhecido como um problema de sade pblica e de grande prevalncia na atualidade. Sua incidncia maior
nas mulheres, tendo seu pico durante a idade reprodutiva, principalmente durante a gestao, e no puerprio. A uoxetina, um inibidor
seletivo da recaptao da serotonina (ISRS), um dos medicamentos mais utilizados para tratar transtornos depressivos nesses perodos.
Estudos revelam que a serotonina est envolvida no desenvolvimento cerebral, assim como na morfognese crnio-facial no perodo
de organognese. Alm disso, j foi comprovado que a uoxetina tem atividade estrognica tanto in vitro quanto in vivo. Considerando
que esta droga ultrapassa a barreira placentria, e tambm secretada no leite materno, se faz importante um estudo sobre os possveis
efeitos comportamentais a longo prazo nos descendentes expostos durante a gestao e lactao, que podem predizer alguma alterao no
desenvolvimento do sistema nervoso central. Neste trabalho, foram realizados testes comportamentais que avaliaram ansiedade, depresso
e atividade locomotora dos descendentes adultos expostos a uoxetina in utero e durante a lactao. Tambm foram investigados os nveis
de serotonina, noradrenalina e dopamina, assim como seus metablitos no hipotlamo, crtex pr-frontal e hipocampo de animais adultos
expostos s mesmas condies. Nos experimentos, foram utilizadas ratas Wistar prenhas, tratadas por gavagem com uoxetina (0,4; 1,7 e
17 mg/kg/dia), ou apenas com gua destilada (grupo controle veculo), durante o perodo de ps-implantao e lactao (7 dia de prenhez
ao 21 dia de lactao). Aps o tratamento, foram realizados os seguintes testes nos descendentes adultos: labirinto em cruz elevado e
preferncia a sacarose. Em uma primeira anlise, observou-se que tanto o teste de preferncia a sacarose, quanto o teste de labirinto em cruz
elevado no apresentaram diferenas signicativas de comportamento entre as diferentes doses utilizadas em relao ao grupo controle.
Por isso, estes testes ainda sero correlacionados com a dosagem de neurotransmissores em reas cerebrais especcas atravs de mtodo
de cromatograa lquida de alta ecincia (HPLC). Espera-se que esta anlise conrme o resultado dos testes comportamentais, ou indique
possveis diferenas que determinaro prximos estudos.
Os cidos graxos poliinsaturados (AGPIs) da famlia mega-3 no so sintetizados pelos mamferos e precisam ser consumidos atravs da
dieta. Eles so precursores do cido docosahexaenico (DHA) e do cido eicosapentaenico (EPA), presentes nas membranas neuronais.
Trabalhos prvios desenvolvidos em nosso laboratrio sugerem um efeito antidepressivo para esses cidos graxos presentes no leo de
peixe. O objetivo desse trabalho foi continuar a investigao do nosso laboratrio sobre o efeito antidepressivo do DHA e do EPA em ratos
suplementados ou no com leo de peixe. Para tanto, os animais receberam p-clorofenilanina (PCPA), um inibidor da sntese de serotonina,
e o seu comportamento avaliado atravs dos testes de natao forada modicada (NFM) e campo aberto. Foram usados 40 ratos Wistar
machos com idade de 21 dias que foram divididos em dois grupos: o grupo leo de peixe (OP, n=20) e o grupo controle (C, n=20). O grupo
OP recebeu suplementao diria com 3g/kg v.o. de leo de peixe dos 21 dias at os 90 dias de idade e o grupo C recebeu apenas rao para
ratos. Aps 90 dias, eles foram subdivididos em quatro grupos de 10 ratos para o tratamento com PCPA (150mg/kg i.p.): grupo OP+PCPA;
OP+veculo; C+PCPA; C+veculo. Aps, eles foram submetidos aos testes comportamentais. No teste de natao forada modicado, o
grupo OP apresentou menor nmero de episdios de imobilidade em relao aos demais grupos (ANOVA F(1,39)=9,39; p 0,01), enquanto
que o grupo OP PCPA reverteu este efeito (ANOVA F(1,39)=43,01; p<0,0001). A frequncia de natao apresentada pelo grupo OP foi
signicativamente maior comparado aos outros grupos (ANOVA F(1,39)=9,10; p 0,004), ao contrrio dos grupos tratados com PCPA
(ANOVA F(1,39)=96,08; p 0,0001). Na escalada no houve diferena signicativa entre os grupos com relao suplementao com
leo de peixe (ANOVA F(1,39)=2,46; p<0,12) e ao tratamento com PCPA (ANOVA F(1,39)=0,007; p<0,93). No teste do campo aberto a
atividade motora dos animais no foi signicativamente diferente entre os grupos quanto os quadrantes percorridos (ANOVA, F(3,39)= 0,34;
p=0,79) nem quanto a explorao vertical (ANOVA, F(3,39)= 0,90; p=0,96). Os dados foram analisados pelo teste de Duncan precedido por
ANOVA de duas vias. Concluindo, o leo de peixe apresenta efeito antidepressivo no teste NFM ao diminuir a frequncia de imobilidade, e
sugere envolvimento do sistema serotoninrgico ao aumentar os episdios de natao. O uso de PCPA neste teste conrmou o envolvimento
serotoninrgico na ao antidepressiva desencadeada pelo leo de peixe.
EFEITOS DA EXPOSIO PERINATAL A DROGAS ANTIDEPRESSIVAS SOBRE A DIFERENCIAO
SEXUAL DE RATOS.
ESTUDO DO EFEITO ANTIDEPRESSIVO DO LEO DE PEIXE EM TESTES COMPORTAMENTAIS,
SOB AO DO PCPA, INIBIDOR DA SNTESE DE SEROTONINA
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Ferreira Kienast (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023434
Orientador: Anderson Joel Martino Andrade Co-Orientador: Juliane Centeno Muller (DOUTORANDA/CAPES)
Colaborador: Lea Chioca (DOUTORANDA/REUNI), Ana Carolina Loureno (MESTRANDA/CAPES), Ana Cludia Boareto (DOUTORANDA/REUNI),
Emerson L. Botelho Loureno (DOUTORANDO), DIEGO CORREIA (DOUTORANDO/REUNI), Roberto Andreatini (DOCENTE), Paulo Roberto Dalsen-
ter (DOCENTE)
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: fuoxetina, comportamento, gestao
rea de Conhecimento: Fisiologia de rgos e sistemas - 2.07.02.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Marina Sonagli (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023432
Orientador: Professora Dra Anete Curte Ferraz
Colaborador: Conrado R. Borges (IC-Voluntria), Marja C. R. dos Santos (IC-Voluntria), Ana Mrcia Delattre (Mestrado), Brbara Nasci-
mento (IC-Voluntria).
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: depresso, leo de peixe, PCPA.
rea de Conhecimento: 2.07.02.01-9
0309
0310
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O objetivo foi investigar o efeito dos cidos docosahexaenico (DHA) e eicosapentaenico (EPA), presentes no leo de peixe, em ratos
suplementados e submetidos a estresse de imobilizao atravs dos testes de labirinto em cruz elevado (LCE), labirinto aqutico de Morris
(LAM) e da mensurao dos nveis plasmticos de corticosterona. Ratos wistar machos com idade de 21 dias foram divididos nos grupos:
leo de peixe (OP, n=12), e controle (C, n=12). Os animais do grupo OP foram suplementados diariamente, at idade adulta (90 dias),
por meio de pipeta de volume ajustvel, com 3,0g/kg v.o. de mistura de leo de peixe (composto contendo 12% de DHA, 18% de ADP e
antioxidante tocoferol) e o grupo C recebeu apenas rao para ratos. Aps a suplementao os animais OP e C foram subdivididos em 4
grupos: Suplementado submetido a estresse (OPE) ; suplementado no submetido a estresse (OP); controle submetido a estresse (CE); controle
no submetido a estresse (C). Durante o perodo de estresse (20min/dia/2semanas) os animais continuaram recebendo suplementao. Aps
este perodo os grupos foram submetidos aos testes comportamentais. O grupo CE demonstrou comportamento ansiognico no teste LCE:
menor % de nmero de entradas nos braos abertos [F(1.33)=14.85, p=0.001] e maior nos fechados [F(1.33)=14.85, p=0.001], menor %
de tempo nos braos abertos [F(1.33)=5.72, p=0.02] e maior nos braos fechados [F(1.33)=9.44, p=0.01]. Por outro lado, o grupo OPE
reverteu este comportamento. No segundo dia do teste LAM, o grupo CE apresentou um dcit no aprendizado comparado com os demais
grupos [F(3.34) =7.12, p=0.001]. Do terceiro ao quinto dia, os grupos OPE e OP exibiram um bom desempenho no teste de LAM: dia 3
[F(3.34)=17.56, p=0.0001]; dia 4 [F(3.34)=16.72, p=0.001] e dia 5 [F(3.34)=18.33, p=0.0001], comparado aos grupos C e CE, dos quais, a
pior performance foi do grupo CE (p 0.01). No sexto dia, o grupo CE no lembrou a localizao da plataforma, nadando menos tempo no
quadrante alvo [F(3.34)=17.68, p=0.0001]. Os nveis plasmticos de corticosterona apresentaram-se aumentados no grupo CE [F(1.29)=10.44,
p=0.001]. Contudo, no grupo OPE, estes nveis se mantiveram similares queles encontrados nos grupos OP e C [F(1.29)=12.40, p=0.001].
Os nveis de corticosterona conrmaram o estresse induzido por imobilizao. O estresse provocou um comportamento ansiognico no
labirinto em cruz elevado e dicultou a aprendizagem no teste do labirinto aqutico de Morris. Por sua vez, o leo de peixe apresentou-se
protetor revertendo o comportamento ansiognico e o dcit cognitivo.
Estudos recentes demonstraram que o leo essencial das folhas de crton zehntneri (anetol e estragol) administrado (i.v.) em ratos, induziu
inicialmente uma hipotenso e concomitante bradicardia (Siqueira et al., 2006). Todavia, os efeitos do anetol sobre a atividade mecnica
cardaca bem como, seus mecanismos de ao, ainda so desconhecidos. Nossos estudos anteriores sugerem uma possvel ao bloqueadora
do anetol sobre a corrente de inuxo de Ca
2+
pela membrana. Para comprovarmos tal hiptese, realizamos experimentos para avaliarmos
uma possvel inuncia do anetol tanto sobre as protenas contrteis cardacas bem como sobre a cintica do clcio sobre o complexo actina-
miosina. Utilizamos ratos Wistar (250-300g) dos quais, aps anestesia, foram dissecados os msculos papilares e, mantidos em soluo de
Ringer (29 1C), gaseicados (O
2
), pH 7,4. A fora de contrao tetnica, obtida por tratamento com 5 mM de cafena e estimulao de
50 Hz, foi deprimida de forma concentrao-dependente pelo anetol (0,625 0,060 vs 0,242 0,116 g; Controle vs Anetol 0,7 mM, p>0,01,
n= 6). Tais resultados sugerem que este composto estaria reduzindo o inuxo sarcolemal de Ca
2+
. Para analisarmos os efeitos do anetol
sobre a cintica do clcio e a maquinaria contrtil, utilizamos o Triton X-100 na tcnica de bra permeabilizada (skinned ber). Este
um detergente no inico, capaz de solubilizar o sarcolema e todas as membranas subcelulares possibilitando realizar a ativao do sistema
contrtil com Ca
2+
sob condies controladas. A fora mxima (F
max
) de contrao foi obtida pela transferncia da bra j permeabilizada
para uma soluo contendo pCa 4,0. Nesta soluo, a quantidade de Ca
2+
livre o suciente para ativar completamente o aparato contrtil.
A relao fora vs pCa 4,0 foi determinada pela exposio das bras a solues contendo crescentes concentraes de Ca
2+
, na presena e
na ausncia de anetol (0,7 mM). Os resultados mostraram que o anetol foi capaz de deprimir a fora de contrao (14,902 1,387 vs 2,146
0,577, mN/mm
2
; F
max
vs anetol; n = 10 ). Todavia, quando a preparao foi tratada com Triton X-100, o anetol foi incapaz de desenvolver
fora (2,146 0,577 vs 0,156 0,732, mN/mm
2
; n = 10; anetol vs Triton X-100. Os resultados evidenciam que a depresso da fora de
contrao induzida pelo anetol exercida via canais de Ca
2+
podendo ainda, haver participao sobre a maquinaria contrtil ou at mesmo
sobre outras estruturas celulares.
EFEITO DO LEO DE PEIXE SOBRE COMPORTAMENTO E NVEIS PLASMTICOS DE
CORTICOSTERONA EM RATOS SUBMETIDOS A ESTRESSE DE IMOBILIZAO
EFEITOS DO ANETOL SOBRE AS PROTENAS CONTRTEIS DE MSCULO CARDACO
Aluno de Iniciao Cientfca: Marja Carolina Rufno dos Santos (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024835
Orientador: Anete Curte Ferraz
Colaborador: Rhiana B. P.G. Almendra (Especializao); Las Soares Rodrigues (IC/voluntria); Ana Mrcia Delattre (Mestrado).
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Estresse, memria, leo de peixe.
rea de Conhecimento: 2.07.02.01-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Melanie Alves Oliveira (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021723
Orientador: Prof. Dr. Carlos Estevam Nolf Damiani
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: anetol; msculo cardaco; contrao muscular
rea de Conhecimento: 2.07.02.00-0
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O hipotireoidismo resulta de secreo insuciente de hormnio tireoidiano (HT) pela glndula tireide. A secreo deciente de HT pode
ser devido a uma doena primria da glndula, secundria (doena hiposria) ou terciria (doena hipotalmica). O msculo cardaco
um dos principais rgos de ao dos HT (Klein, I. & Danzi, S. 2007). Tem sido demonstrado que no hipotireoidismo, esto reduzidos
a contratilidade e a velolocidade de relaxamento do msculo cardaco. Estas alteraes so provavelmente ocasionadas, por reduo da
expresso dos receptores rianodnicos, serca 2, do trocador Na-Ca e dos canais de clcio voltagem dependentes. Poucos estudos in vivo e in
vitro avaliando-se as conseqncias do hipotireoidismo tem sido realizado. O objetivo deste trabalho foi avaliar mediante ecocardiograa,
a funo cardaca e em preparaes isoladas, a contratilidade do msculo cardaco de animais hipotireoideos. O desenvolvimento de
hipotireoidismo em ratos foi realizado mediante a administrao de Metimazol (0,03%) na gua de beber por quatro semanas. Foi realizado
ecocardiograa (5500 Sonus, Hewlett Packard) com transdutores S12 ou 15L6 (7 a 15 MHz). Em msculos papilares isolados mantidos
em soluo de Tyrode, eletricamente estimulados e em condies isomtricas avaliamos a potenciao ps pausa aos 15 30 e 60 segundos
e a velocidade mxima de contrao e relaxamento (dF/dT Max e dF/dT Min), respectivamente. No hipotireoidismo o volume sistlico, o
tempo de contrao, de relaxamento isovolumtrico, de ejeo bem como o tempo diastlico total aumentaram de forma estatsticamente
signicativa, enquanto o dbito sistlico, a frao de ejeo e o dbito cardaco reduziram-se, de forma estatsticamente signicativa. Apesar
de no ser signicativa, no hipotireoidismo a dF/dT Max e dF/dT Min encontraram-se reduzidas. No foi vericado alterao nos valores
de potenciao ps-pausa. Estes dados sugerem que o hipotireoidismo provoca profunda reduo da contratilidade cardaca associada a
disfuno diastlica.
A encefalopatia heptica uma complicao da doena heptica crnica e denida como uma alterao do estado mental e da funo
cognitiva. Os sintomas decorrem de neurotoxinas oriundas do intestino e que, no sendo removidas pelo fgado como deveriam, chegam
ao sistema nervoso central (SNC). A integridade cerebral mantida, entre outros fatores, pelos cidos graxos essenciais, que devem ser
adquiridos pela dieta. Segundo alguns estudos, a suplementao com leo de peixe (OP), composto pelo cido docasahexaenico (DHA)
e o cido eicosapentaenico (EPA) dois cidos graxos poliinsaturados da famlia mega-3 , melhora a atividade sinptica do SNC. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de uma dieta com suplementao de OP na encefalopatia heptica induzida experimentalmente
pela tioacetamida (TAA), substncia hepatotxica utilizada como modelo para induo de insucincia heptica em animais de laboratrio.
No experimento foram utilizados 40 ratos machos Wistar divididos em quatro grupos: 1. C (gua); 2. TAA (0,03% na gua de beber), 3. C
OP (3g/kg) e 4. OP TAA. A suplementao ocorreu durante cinco meses, mas a administrao de TAA ocorreu somente nos trs ltimos.
Os animais passaram pelos testes comportamentais: campo aberto, labirinto em cruz elevado e labirinto aqutico de Morris. Os resultados
foram analisados por ANOVA seguido do ps teste de Duncan. Nos testes do campo aberto e labirinto em cruz elevado no houve diferenas
entre os grupos em todos os parmetros analisados, (F(1,28)=1,74; p0,19) e (F(3,34)=1,48; p=0,24), respectivamente. No teste de memria,
isto , o labirinto aqutico de Morris, os animais que receberam TAA apresentaram prejuzo da memria espacial em relao aos demais
grupos nos treinos 2 (F(3,34)=14,55; p0,0001), 3 (F(3,34)=10,22; p0,0001), 4 (F(3,34)=14,88; p0,0001 e 5 (F(3,34)=13,53; p0,0001).
Os animais OP apresentaram melhora do seu desempenho ao longo dos treinos 3, 4 e 5. No sexto dia, os animais TAA nadaram menos
tempo no quadrante alvo em relao aos demais grupos, diferente do grupo OP, que despendeu maior tempo neste quadrante, e dos grupos
C e TAA OP, que despenderam tempos de natao estatisticamente iguais. O leo de peixe conseguiu reverter os dcits de localizao
espacial apresentados pelos animais intoxicados pela TAA.
EFEITOS DOS HORMNIOS TIREOIDEANOS NOS PROCESSOS DE CONTRATILIDADE E
RELAXAMENTO DO MIOCRDIO
EFEITOS COMPORTAMENTAIS DA SUPLEMENTAO DE LEO DE PEIXE EM UM MODELO
ANIMAL DE ENCEFALOPATIA POR INSUFICINCIA HEPTICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Murillo de Mayo Ginjo (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023658
Orientador: Rosalvo Tadeu Hochmuller Fogaa
Colaborador: Ariani Szkludareck (DOUTORANDA), Bruno Aldenucci (MESTRANDO), Carlos Estevam Nolf Damiani (DOCENTE), Ilana
Kasouf Silva (DOCENTE).
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: hipotireoidismo, contratilidade, miocrdio
rea de Conhecimento: 2.07.01.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Pedro Vincius Staziaki (IC Voluntria pela Coordenao)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024831
Orientador: Anete Curte Ferra Co-Orientador: Camila Moraes Marques
Colaborador: Barbara de Paula Cioni (IC Voluntria pela Coordenao)
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Encefalopatia Heptica, leo de Peixe, Tioacetamida.
rea de Conhecimento: Neurofsiologia 2.07.02.01-9
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Sabe-se que a atividade fsica durante o dia pode ter inuncia sobre o sono noturno. Adicionalmente, estudos recentes mostram que a
reduo de sono poderia promover um aumento de peso pela reduo da atividade durante a viglia. Entretanto, as relaes existentes entre
padres de sono e atividade motora durante o dia ainda no foram bem elucidadas. Nosso objetivo foi estudar a relao entre nvel de
atividade motora durante a viglia e padres de sono em adolescentes. Uma forma objetiva de avaliao da atividade motora a actimetria. Os
actmetros de punho so instrumentos utilizados para aferir o nvel de atividade motora de seus portadores. A partir dos dados obtidos, com
o uso de algoritmos especcos, pode-se inferir os horrios de sono e viglia. Em nosso estudo foram analisados dados de 29 adolescentes
de diferentes cidades do Paran e So Paulo, provenientes de diferentes projetos desenvolvidos em nosso laboratrio. Para cada adolescente
foram analisados trs dias letivos consecutivos, de quarta-feira a sexta-feira e foram obtidas mdias das seguintes variveis: nvel de atividade
motora durante o dia, nvel de atividade motora durante a noite, durao de sono e ecincia de sono (porcentagem do tempo na cama que
passou efetivamente dormindo). A existncia de associao entre as variveis foi testada utilizando o coeciente de correlao de Spearman.
Foi detectada uma correlao positiva entre a mdia de atividade durante o dia e durante a noite (r=0,4236; p<0,05). Adolescentes mais
ativos durante a noite tenderam a apresentar maior atividade tambm durante o dia. A correlao entre ecincia de sono e a mdia de
atividade na viglia foi negativa (r=-0,4241; p<0,05). Menor ecincia de sono est relacionada com maior nvel de atividade durante o dia.
No foi encontrada relao entre durao de sono e atividade na viglia (r=-0,0310; p>0,05). Os resultados sugerem que adolescentes com
maior nvel de atividade motora durante a viglia so aqueles que tambm apresentam maior atividade motora durante o sono. Os nossos
resultados no corroboram a idia de que existe uma associao entre menor durao de sono e menor nvel de atividade durante o dia.
O termo cncer empregado de forma genrica para designar diferentes doenas caracterizadas pela hiperproliferao celular, perda de
diferenciao e capacidade das clulas de invadirem outros tecidos (metstases). O desenvolvimento do cncer de mama conseqncia
de uma srie de acmulos de alteraes genticas e epigenticas. O perl gentico de pacientes acometidas pelo cncer de mama pode
fornecer informaes quanto ao diagnstico, prognstico e resposta terapia. Porm, um mesmo tipo de clula pode apresentar diferentes
proteomas, inuenciado por mltiplos fatores, incluindo hormnios, agentes fsicos, qumicos e ambientais. Assim, o seqenciamento
de genes no oferece informaes sobre a regulao da expresso gnica, modicaes ps-traducionais e distribuio espao-temporal
do produto protico em clulas e tecidos. Novas metodologias de pesquisa, envolvendo a protemica, podem ser utilizadas numa melhor
compreenso, deteco e tratamento do cncer. A anlise de proteoma visa a identicao de marcadores da doena e de novos alvos para
o desenvolvimento de terapias mais ecazes e especcas. O objetivo desse estudo a anlise protemica de tecido mamrio no-tumoral
de pacientes acometidas pelo cncer de mama, buscando informaes para a caracterizao de tecido mamrio no-tumoral e dados para a
anlise comparativa com tecidos de carcinomas mamrios. Para esse estudo as amostras de tecido no-tumoral e carcinomas mamrios foram
coletadas no Hospital Nossa Senhora das Graas e no Hospital de Clnicas da UFPR, Curitiba, Paran. Todas as amostras foram obtidas
atravs de consentimento assinado pelas pacientes e aprovao por Comit de tica. Primeiramente as protenas das amostras devem ser
separadas para diminuir sua complexidade. Para isso foram feitas eletroforeses bidimensionais em gis de poliacrilamida (2D-PAGE). Na
primeira dimenso, as protenas so separadas de acordo com seu ponto isoeltrico (pI) intrnseco atravs da focalizao isoeltrica (IEF).
Na segunda dimenso, so separadas pela massa molecular atravs de uma eletroforese. Aps a eletroforese bidimensional, as protenas
so visualizadas no gel atravs de mtodos de colorao com azul de Comassie. Estes gis foram ento digitalizados e foram feitas anlises
das imagens obtidas por um software, sendo que 70 bandas foram selecionadas para serem identicadas futuramente. A identicao e a
determinao de suas modicaes ps-traducionais sero realizadas utilizando a espectrometria de massa (MALDI-TOF) e pesquisa dos
padres de massa obtidos em bancos de dados.
SONO E ATIVIDADE MOTORA EM ADOLESCENTES
ANLISE PROTEMICA NO CNCER DE MAMA: IDENTIFICAO DE NOVOS MARCADORES DE
PROGRESSO TUMORAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafael de Almeida Reis (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022484
Orientador: Fernando Mazzilli Louzada
Departamento: Fisiologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Sono, Atividade, Adolescentes
rea de Conhecimento: Fisiologia Geral - 2.07.01.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Agatha Gomes da Silva (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016353
Orientador: Enilze Maria de Souza Fonseca Ribeiro Co-Orientador: Iglenir Joo Cavalli
Colaborador: Gustavo Ges da Costa (Mestrando / CAPES)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: genes, protenas, cncer de mama.
rea de Conhecimento: Gentica Humana e Mdica - 2.02.05.00-7
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Queixada ou porco-do-mato so os nomes populares da espcie Tayassu pecari. Estes animais, nativos da fauna brasileira, tm grande
importncia na alimentao de populaes humanas e vm sendo criados em cativeiro. Alm disso, encontra-se em perigo de extino devido
caa extensiva, problemas de sade como doenas infecciosas e reduo do habitat. Programas de manejo e reproduo em cativeiro j
mostraram sucesso para esta espcie, sendo assim uma atividade economicamente vivel e que possibilita a manuteno destes animais. Para
isso, o objetivo desse trabalho caracterizar a variabilidade gentica da espcie, e fazer um estudo populacional em criadouros, atravs da
utilizao de marcadores moleculares nucleares (locos de microssatlites). Estes microssatlites so trechos curtos e altamente repetitivos
que ocorrem em tandem nos genomas eucariotos. Em sua maioria, so sequncias dinucleotdicas distribudas preferencialmente em regies
no codicadoras do DNA podendo ser conservados atravs dos genomas de mamferos, devido baixa presso de seleo. Os iniciadores
desenvolvidos para amplicar repeties em uma determinada espcie podem amplicar em outras espcies, sendo assim chamados de
iniciadores heterlogos. A partir de amostras de sangue de 19 queixadas provenientes de dois criadouros do Estado do Paran, (Parque
Municipal das Araucrias, em Guarapuava e Fazenda Experimental Gralha Azul no Municpio de Fazenda Rio Grande), foi realizada a
extrao de DNA. Dos oito locos de microssatlite, selecionados e identicados na espcie Sus scrofa, dois fazem parte do trabalho atual
e foram submetidos amplicao por PCR. Foi ento realizada eletroforese em gel de poliacrilamida 10%, e os gis foram revelados
atravs da metodologia de colorao com prata. A partir do padro de bandas obtido para cada loco de microssatlites, foi possvel calcular
as freqncias allicas em cada populao estudada. A variabilidade gentica foi estimada atravs do nmero de locos polimrcos, nmero
de alelos por loco, heterozigosidade observada (Ho), esperada (He) e diversidade gnica mdia. Dados preliminares apontam Ho mdia de
0,440 e He de 0,673. Como foram identicados muitos indivduos homozigotos, sugere-se que ocorra uma grande quantidade de cruzamentos
endogmicos. Tal fato, pode gerar perda de vigor, suscetibilidade a doenas e baixa fertilidade, alm de aumentar a expresso fenotpica
de genes recessivos deletrios ou letais na populao.
Fungos endofticos habitam o interior de plantas sem aparentemente lhes causar algum dano, e constituem-se potenciais biotecnolgicos.
Porm, fungos endofticos que habitam plantas prximas a pomares ou plantaes, onde h o uso intensivo de fungicidas, podem ser
selecionados, levando ao aparecimento de linhagens resistentes ao fungicida, mesmo no sendo o alvo de ao dos mesmos. Da mesma
forma, estas plantas tambm podem servir como depositrias de fungos topatognicos para outras espcies vegetais. Assim, a utilizao do
fungicida Carbendazin em pomares ctricos tem levado ao aparecimento de linhagens de Colletotrichum resistentes a este fungicida, mesmo
quando endofticos em plantas da vegetao espontnea no pomar. Este fungicida utilizado para prevenir a doena Queda Prematura
dos Frutos Ctricos (QPFC), causada pelo fungo Colletotrichum acutatum (Simmonds). No Brasil, o fungo C. acutatum est presente em
diversos Estados e seu modo de disseminao e a estratgia de sobrevivncia entre as oradas so desconhecidos. As plantas da vegetao
espontnea presentes nos pomares podem abrigar microrganismos patognicos de forma endoftica e assim constituirem-se em reservatrio
de inculo. Este trabalho teve como objetivo principal identicar as espcies fngicas isoladas de plantas da vegetao espontnea em
sistemas de produo de citros no Estado de So Paulo; e como objetivos especcos identicar fungos do gnero Colletotrichum colonizando
endoticamente estas plantas; vericar a presena de C. acutatum como endoftico e averiguar a presena de isolados resistentes ao fungicida
Carbendazin. Foram obtidos 69 isolados fngicos de 22 espcies vegetais provenientes de 5 isolamentos de pomares da regio de Rinco/
SP. Por anlise da morfologia, todos foram identicados como pertencentes ao gnero Colletotrichum. Para a identicao ao nvel de
espcie, foi feita PCR espcie-especca utilizando os pares de primers CaInt/ITS4, CgInt/ITS4 e Col1/ITS4, para as espcies C. acutatum,
C. gloeosporioides e C. boninense respectivamente e por sequenciamento da regio ITS1-5,8S-ITS2 com o par de primers LS266 e V9G.
Todos os isolados foram identicados como pertencentes espcie C. gloeosporioides. No foi observado o fungo C. acutatum causador
da QPFC habitando endoticamente as plantas analisadas. O teste de resistncia ao fungicida foi realizado atravs de repique em meio
BDA pH 6,8 contendo 10 ppm de Carbendazin. Neste teste, 35% dos isolados apresentaram-se resistentes dose do fungicida utilizada.
Suporte nanceiro: CNPq, FAPESP.
AVALIAO DA VARIABILIDADE GENTICA EM Tayassu pecari (QUEIXADA) ATRAVS DE
MARCADORES MICROSSATLITES
IDENTIFICAO DE ESPCIES COM POTENCIAL BIOTECNOLGICO: FUNGOS ENDOFTICOS DO
GNERO COLLETOTRICHUM
Aluno de Iniciao Cientfca: Aline de Carvalho (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014114
Orientador: Ives Jos Sbalqueiro Co-Orientador: Iris Hass
Colaborador: Shenia Pedro Bom da Silva (MESTRANDA/CAPES)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: microssatlites, Tayassu pecari, variabilidade gentica.
rea de Conhecimento: 2.02.04.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Andressa Peres Bini (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023652
Orientador: Vanessa Kava-Cordeiro Co-Orientador: Chirlei Glienke
Colaborador: Caroline Waculicz Andrade (DOUTORANDA/CAPES), Douglas Adamoski (IC/CNPq/MAPA), Juliana Fabris (MESTRANDA).
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Endftos, Colletotrichum spp, PCR espcie-especfca.
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microorganismos - 2.02.02.00-8
0317
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Os corpos dgua tm sido muito alterados ultimamente com a crescente evoluo das civilizaes em conjunto com atividades agrcolas.
Com o aumento da tecnologia agrcola os defensivos so essenciais para as grandes produes, por isso precisamos monitorar a capacidade
genotxica destes. O Fipronil (C
12
H
4
CL
2
F
6
N
4
OS), do grupo qumico Pirazol, classicado como inseticida, formicida e cupinicida,
amplamente utilizado em diversas culturas, como arroz, cana-de-acar, soja e milho. Como no existe uma legislao brasileira que
quantique o limite para o seu uso, este trabalho utilizou tratamentos com trs concentraes, com base no permitido pela Comunidade
Europia, de 0,05 g/l (metade do limite permitido pela CE), 0,10 g/l (limite permitido pela CE) e 0,23 g/l (dose encontrada no ambiente).
A contaminao foi realizada atravs do tratamento subcrnico (60 dias), semiesttico em 32 exemplares de Astyanax altiparanae (lambari)
para avaliar os efeitos genotxicos, alm de um grupo controle de 13 exemplares. Como biomarcador para danos no DNA foram utilizados
o ensaio cometa alcalino em clulas branquiais e o teste de microncleo psceo em eritrcitos, os resultados foram submetidos s anlises
estatsticas utilizando o teste de Kruskal-Wallis. No ensaio cometa houve diferena signicativa (P<0,05) entre o grupo controle e as doses
de 0,05 g/l e 0,10 g/l, mas no entre o controle e a dose de 0,23 g/l (P=0,09), possivelmente por que esta concentrao causa dano ao
DNA sucientemente grande para que no haja cometa com cabea denida para computar. A dose de 0,05 g/l apresentou diferena
estatstica com relao s doses de 0,10 e 0,23 g/l; e as doses de 0,10 g/l e 0,23 g/l no apresentaram diferenas entre si. No teste de
microncleo psceo no houve diferena entre qualquer dose com relao ao grupo controle, mas a dose de 0,23 g/l apresentou diferena
(mais danos) ao ser comparada s doses de 0,05 g/l e 0,10 g/l (P<0,05). O resultado do ensaio cometa mostra que mesmo a metade da
dose permitida na CE apresenta efeito genotxico demonstrando que este teste mais sensvel do que o do microncleo.
Os roedores so o grupo mais bem sucedido entre os mamferos, apresentando acentuada diversidade. No Brasil, a tribo Oryzomyini uma
das mais freqentes da subfamlia Sigmodontinae. O objetivo do plano de trabalho a analise citogentica e da distribuio de roedores
Oryzominos sob inuncia sazonal. Esta tribo morfologicamente considerada a mais primitiva, a mais freqente dentre os roedores e
apresenta maior nmero de gneros. Foram realizadas trs coletas em Barro Preto, no municpio de So Jos dos Pinhais, estado do Paran,
com amostras das diferentes estaes do ano. Nas coletas so montadas 50 gaiolas, revisadas durante trs noites. Os animais coletados so
levados ao laboratrio onde realizada preparao citolgica. injetado colchicina e aps uma hora retirado material do fmur, tratado
com soluo hipotnica e posteriormente com xador alcolico. A partir deste material so confeccionadas lminas que so analisadas em
microscpio ptico, possibilitando identicao de espcie em nvel citogentico. Na anlise, foram realizados montagem de caritipos
em colorao comum, e realizados bandeamentos C, G e da regio organizadora do nuclolo (RON), sem sucesso at o momento. Tambm
foram estudadas a variabilidade e diversidade de formas cromossmicas, relacionadas distribuio geogrca dos indivduos coletados.
Registros de coletas anteriores neste local e em outras reas tambm foram analisados, o que possibilitou comparao da distribuio de
espcies por estao do ano, de dados de nmero diplide de cromossomos, e do nmero fundamental, alm da diferena de ndice de captura
entre machos e fmeas. Considerando todas as coletas realizadas desde 2002, foram capturados 52 exemplares do gnero Oligoryzomys e
um Oecomys, sendo que o primeiro foi coletado durante todas as estaes do ano, em especial durante o inverno e a primavera. Tambm
perceptvel que machos tem um ndice de coletas superior aos das fmeas, isso pode ser devido ao seu comportamento de percorrer
territrios maiores do que as fmeas. As espcies capturadas no perodo de 2009-2010 so do gnero Oligoryzomys so O. nigripes e O.
avescens. No foram obtidos resultados a partir dos bandeamentos, sendo realizada anlise apenas sobre a colorao convencional, que
forneceu informaes como: O. nigripes, 2n = 62, e NF= 80, 81 ou 82; O. avescens, 2n = 64 a 67 cuja variao depende da presena de
cromossomos adicionais, com NF = 67, 68; e Oecomys sp com 2n= 64 e NF = 60/66.
BIOENSAIOS DE CONTAMINAO SUBCRNICA VIA HDRICA DO FIPRONIL NO BIOINDICADOR
Astyanax altiparanae (CHARACIFORME).
INFLUNCIA SAZONAL NO NMERO DE ESPCIES DE ROEDORES ORYZOMINOS OCORRENTES
EM BARRO PRETO, MUN. DE S. JOS DOS PINHAIS AVALIAO CARIOTPICA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Antnio Ernesto Meister Luz Marques (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021409
Orientador: Marta Margarete Cestari
Co-Orientador: Wanessa Algarte Ramsdorf
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Ensaio Cometa, Teste do Microncleo Psceo, Lambari.
rea de Conhecimento: 2.02.06.00-3 Mutagnese
Aluno de Iniciao Cientfca: Claudia Daniela Cavichiolo (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: BANPESQ 2000008111
Orientador: Ives Jos Sbalqueiro Co-Orientador: Iris Hass
Colaborador: Tssia Landim Fritoli
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Oryzomyini, roedores, sazonalidade, variabilidade cariotpica, citogentica e distribuio geogrfca.
rea de Conhecimento: 2.02.04.00-0 Gentica Animal
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A economia brasileira depende, majoritariamente, do agronegcio, sendo um dos principais produtos de exportao as frutas ctricas.
Todavia, diversas doenas assolam os pomares brasileiros, como a Mancha Preta dos Citros (MPC, Agente causal: fungo Guignardia
citricarpa), que causa queda prematura dos frutos e uma depreciao visual para o comrcio in natura. Sua deteco realizada de forma
visual, j com os sintomas espalhados nos frutos, mtodo que tambm se mostra inecaz alm de tardio, visto que outros microorganismos
tambm geram leses muito similares. Em funo desta abordagem, todas as aes de combate so remediativas, justamente pela ausncia
de uma ecaz deteco prvia da doena. Estratgias que envolvem o cultivo de microrganismos a partir de leses no so inecientes,
entretanto tambm dependem de identicao molecular e retardam as medidas de controle. A alternativa at ento empregada, baseada no
isolamento do patgeno habitando endoticamente os pomares tem uma sensibilidade reduzida e demanda de uma quantidade enorme de
tempo, recursos humanos e nanceiros. A proposta deste trabalho foi a otimizao e validao de um mtodo de diagnstico baseado em
PCR independente de cultivo (ciPCR) utilizando folhas de pomares suspeitos. Realizou-se a otimizao do processo de extrao de cidos
nuclicos de folhas previamente liolizadas - com o kit MoBio UltraClean
tm
Microbial DNA Isolation - otimizao da reao de PCR com
primers j descritos na literatura para a deteco, redenindo concentraes e temperatura tima de anelamento, e, por m, o diagnstico
foi validado com material originrio de pomares de Cerro Azul PR, de histrico sintomtico. O foco foi avaliar cada planta utilizada - 29,
advindas de dois pomares - para a presena do patgeno em suas folhas (atravs do isolamento fngico e da abordagem de ciPCR) e frutos
(atravs do isolamento apenas). A abordagem puramente molecular mostrou-se extremamente mais sensvel, indicando 50% a mais de
plantas infectadas em um pomar, e expressivas 11 vezes mais deteces para o segundo pomar, quando comparada ao isolamento de folhas.
Em ambos os casos a doena foi conrmada tambm pela presena do patgeno nas leses dos frutos. O diagnstico molecular atravs de
ciPCR mostrou-se uma alternativa vivel na determinao da sanidade das propriedades produtoras, podendo embasar maiores avaliaes
de contaminao e disseminao da doena de forma prtica e rpida, contabilizando no mximo trs dias entre a recepo das amostras e
a emisso do laudo. Suporte nanceiro: CNPq/MAPA
O Brasil destaque na produo de frutas ctricas, especialmente laranjas, sendo o maior produtor e exportador de suco da fruta. A Unio
Europia o principal mercado importador do produto brasileiro. No entanto, prejuzos nas exportaes da fruta ocorrem por doenas que
so quarentenrias A1 nos mercados internacionais de destino, uma dessas a Mancha Preta dos Citros, causada pelo fungo Guignardia
citricarpa (anamorfo: Phyllosticta citricarpa). Porm, outros fungos esto associadas s plantas ctricas de forma endoftica, como Guignardia
mangiferae e Xylaria sp, sendo objetos de estudos para controle biolgico do patgeno G. citricarpa. Sistemas de transformao gentica
utilizando genes reprter podem ser usados para estudos de interao dos organismos. A agrotransformao do topatgeno G. citricarpa foi
obtido anteriormente pelo grupo e tais transformantes expressam a protena uorescente verde GFP (Green Fluorescent Protein). No presente
trabalho, objetivou-se a agrotransformao de G. mangiferae e Xylaria sp expressando o gene gfp e produo de plantas axnicas de citros
para estudos posteriores de interao planta-patgeno-endto, visando o controle biolgico. Foi realizada com sucesso a agrotransformao
dos endtos. Em ambos os casos foram introduzidos o gene que codica a protena uorescente verde GFP (Green Fluorescent Protein)
e tambm o gene que confere resistncia ao glifosinato de amnio, como estratgia de seleo. Com isso, linhagens de G. mangiferae e
Xylaria sp emitem uorescncia quando suas hifas so analisadas sob microscopia de epiuorescncia. Tais endofticos necessitam ser
avaliados quanto a sua capacidade de colonizao de plantas ctricas, anteriormente aos experimentos de co inoculao com o patgeno
G. citricarpa. Para tal estudo in vivo plantas axnicas constituem uma ferramenta importante e foram produzidas em quantidade suciente
para os estudos propostos. Suporte nanceiro: CNPq/MAPA
DETECO DO FITOPATGENO Guignardia citricarpa UTILIZANDO PCR INDEPENDENTE DE CULTIVO
AGROTRANSFORMAO DE Guignardia mangiferae E Xylaria sp E PRODUO DE PLANTAS
AXNICAS PARA ESTUDOS DE CONTROLE BIOLGICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Douglas Adamoski (CNPq/MAPA)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001010265
Orientador: Chirlei Glienke
Colaboradores: Juliana Fabris (MESTRANDA), Rosana Camargo Nishimura (MESTRANDA), Danyelle Stringari (DOUTORA), Andressa
Peres Bini (IC/VOLUNTRIA)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: ciPCR, Guignardia citricarpa, Mancha preta dos citros.
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microorganismos - 2.02.02.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Eduardo Henrique Goulin (CNPq/MAPA)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001010265
Orientador: Chirlei Glienke Co-Orientador: Nome do Co-Orientador se houver
Colaborador: Josiane Gomes Figueiredo (DOUTORANDA)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: G. mangiferae, Xylaria sp, agrotransformao
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microorganismos - 2.02.02.00-8
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O estudo da diversidade de genes em populaes possui uma srie de aplicaes, auxiliando no entendimento da evoluo humana, da
origem e histria demogrca das populaes e da ao de fatores evolutivos em seqncias genmicas. O MHC (major histocompatibility
complex) humano est localizado no brao curto do cromossomo seis, com extenso de cerca de 4Mpb, e a regio do genoma humano
onde se encontra o sistema HLA (human leukocyte antigens). As molculas HLA-E e F so conhecidas por serem ligantes de receptores
inibidores de clulas do sistema imune. Seus receptores so, respectivamente, CD94/NKG2 e ILT2 e ILT4. HLA-DM, por outro lado, exerce
um importante papel na modulao da ligao de peptdeos a molculas MHC de classe II clssicas. Sero identicados os gentipos de
indivduos pertencentes a populaes de diferentes ancestralidades (preponderantemente europia, amerndia, africana e oriental), e de
pacientes com pngo foliceo endmico (fogo selvagem), por meio de PCR-SSOP: os xons polimrcos de cada gene so amplicados
pela reao em cadeia da polimerase (PCR); os produtos das PCR so aplicados em membranas de nailon (dot blots) e hibridados com
oligonucleotdeos-sonda biotinilados de sequncia especca (SSOP). J realizamos PCR para 950 indivduos, para 5 diferentes xons de
3 dos 4 genes estudados: xons 3 e 4 de HLA-E, 4 e 7 de HLA-F e 2 de HLA-DMB. Para aplicao desta metodologia faz-se necessria
a otimizao da temperatura de lavagem de alta estringncia para um total de 46 sondas, o que j foi feito para 22 delas. As maiores
diculdades deste projeto residem na otimizao dos protocolos de PCR e da temperatura da lavagem de alta estringncia. Quanto a esta
ltima, nos vrios testes realizados ainda no se obteve clara distino entre reaes positivas e negativas. Est em andamento a confeco
dos dot blots para os xons de genes cujas condies de hibridao e protocolos de PCR j esto otimizados, para que se estabeleam as
freqncias allicas destes genes HLA nas diferentes populaes de estudo.
Auxlio nanceiro: Fundao Araucria, CNPq.
A butirilcolinesterase humana (BChE) uma enzima polimrca codicada pelo gene BCHE, produzida principalmente no fgado e
distribuda no organismo. Embora no tenha uma funo siolgica estabelecida, j foi associada ao metabolismo de lipdeos e diferenciao
e proliferao celular. O gene BCHE (3q26.1-q26.2) possui quatro exons formados por 2.445 pares de bases. Em eletroforese em gel de
agar cido, observa-se a banda denominada C
5,
que determinada pelo loco BCHE e pelo loco CHE2, cujos alelos CHE2 C5+ e CHE2
C5 determinam presena e ausncia da banda, respectivamente. A atividade da BChE inuenciada por diversos fatores, entre eles o loco
CHE2 e as variantes do gene BCHE. O diabete melito (DM) uma sndrome de etiologia mltipla, decorrente da falta e/ou da incapacidade
da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. O diabete melito tipo 1 (DM1) corresponde a 5 - 10 % do total de casos de diabete.
O objetivo deste trabalho foi investigar associao entre os variantes -116A e 1615A do gene BCHE, fentipos do loco CHE2 e DM1 em
amostras de pacientes (N = 91). A fenotipagem do loco CHE2 foi feita por eletroforese em gel de gar cido e a genotipagem das variantes
do gene BCHE por PCR em tempo real. A atividade da BChE foi medida utilizando a propioniltiocolina como substrato. A freqncia do
fentipo CHE2 C5+ foi de 11% 3,3%, semelhante ao descrito para a populao de Curitiba (10,26% 0,60%;(_
2
=0,08; p=0,78). A atividade
da BChE maior nas amostras de fentipo CHE2 C5+ (5,91 KU/L 1,42) do que nas de fentipo CHE2 C5 (4,07 KU/L 1,06; t=4,98 e
p=3x10
-6
). Foram identicados os seguintes hapltipos do gene BCHE: (a) -116G/-116G; 1615G/1615G; (b) -116G/-116A; 1615G/1615A;
(c) -116G/-116G; 1615G/1615A. Os hapltipos (a), (b) e (c) possuem frequncia semelhante em pacientes e controles (_
2
=9,6; p< 0,08),
embora com uma tendncia heterogeneidade que poder ser vericada em uma amostra maior de pacientes com DM1. No grupo CHE2
C5 - a atividade mdia da BChE foi de 4,2 KU/L 1,1 para indivduos com hapltipo (a); 3,6 KU/L 1,3 para indivduos com hapltipo (b)
e 3,9 KU/L 0,7 nos indivduos com hapltipo (c). Atividade signicativamente mais baixa em indivduos com hapltipo (b) foi observada
em amostras controle. Em pacientes com DM1, embora a tendncia esteja no mesmo sentido que no grupo controle, no foi observada
diferena signicativa entre a atividade enzimtica dos hapltipos (a) e (b), provavelmente em decorrncia do tamanho reduzido da amostra.
DIVERSIDADE POPULACIONAL DE GENES DO SISTEMA IMUNE: GENES HLA-E, -F, -DMA E
DMB - IDENTIFICAO DOS GENTIPOS PARA CARACTERIZAO DO POLIMORFISMO EM
POPULAES
INVESTIGAO DE ASSOCIAO ENTRE BUTIRILCOLINESTERASE E DIABETES MELLITUS DO
TIPO 1
Aluno de Iniciao Cientfca: Eleonora Paulini (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016354
Orientador: Maria Luiza Petzl-Erler
Colaborador: Lvia Cardoso Bueno de Camargo (AT-NS/CNPq)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: HLA, polimorfsmos genticos, gentica de populaes.
rea de Conhecimento: 2.02.05.00-7
Aluno de Iniciao Cientfca: Gleyse Freire Bono (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1993003297
Orientador: Ricardo Lehtonen Rodrigues de Souza Co-Orientador: Lupe Furtado Alle
Colaborador: Alejandro Boechat Fernandes; Thais Emi Setoguchi; Marcella Moraes Kojarski
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: atividade da BChE, variante -116A, loco CHE2.
rea de Conhecimento: 2.02.05.00-7
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Peixes so comumente utilizados como bioindicadores para avaliar efeitos de contaminaes por metais pesados por apresentarem
bioacumulao. O cobre um metal que em pequenas quantidades representa um elemento essencial atividade de diversas enzimas
biolgicas, mas quando em grandes quantidades pode ser considerado txico. Quando est na forma de sulfato de cobre utilizado em
pisciculturas como algicida. Muito pouco se sabe a respeito da genotoxicidade do sulfato de cobre em peixes, desta forma, necessrio
buscar estudar e avaliar a sade das espcies de peixes que nela vivem. Rhamdia quelen (Jundi) foi utilizada como bioindicador e atravs
da utilizao de trs concentraes de sulfato de cobre como contaminantes, foram utilizados biomarcadores genticos para avaliao da
ao deste xenobionte. Os exemplares de Jundi foram inicialmente aclimatados em tanques e depois foram distribudos em nmero de 2
exemplares por aqurio. Foram utilizados 24 aqurios de 18 litros, totalizando 48 jundis, dos quais 13 foram utilizados como controle, 14
foram expostos a concentrao de 30mg/kg do peso corporal do peixe de sulfato de cobre via trca, 11 foram expostos a concentrao de
50mg/kg e 10 foram expostos a concentrao de 500mg/kg. A alimentao foi realizada a cada 3 dias com uma mistura de rao e gelatina
incolor. Os peixes passaram por um treinamento prvio de 15 dias recebendo alimentao em pina (condicionamento) e aps este perodo
foram alimentados com o preparado (rao + gelatina + sulfato de cobre), por 60 dias (20 ciclos de contaminao). Aps 60 dias os peixes
foram eutanasiados com o auxlio de Benzocana, e posteriormente foi coletado o sangue da veia caudal para a preparao das lminas
do teste do Microncleo Psceo e as brnquias para a realizao do Ensaio Cometa. O teste do Microncleo Psceo no apontou atividade
genotxica do sulfato de cobre (p>0,05), enquanto o Ensaio Cometa mostrou que houve efeito genotxico nas brnquias para todas as
concentraes utilizadas (p<0,05). O teste estatstico de Kruskal-Wallis demonstrou diferena signicativa entre os espcimes controle e os
contaminados para o Ensaio Cometa, mostrando uma sensibilidade maior desse biomarcador em relao ao teste do Microncleo Psceo.
Pode ser vericado que o sulfato de cobre se mostra genotxico para o tecido branquial nas concentraes de 30mg/kg, 50mg/kg e 500mg/
kg do peso corporal do peixe.
As Leucemias so doenas malignas dos glbulos brancos (leuccitos) de origem, na maioria das vezes no conhecida. O desenvolvimento
de cncer depende de uma srie de fatores, como intensidade de exposio carcingenos e a suscetibilidade gentica do indivduo.
A biotransformao dividida em duas etapas: fase I - oxidao e biossntese e fase II - degradao ou detoxicao. Polimorsmos do
biometabolismo inuenciam diretamente a resposta individual a carcingenos. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo de
associao tipo caso-controle, procurando vericar a associao de polimorsmos nos genes do biometabolismo GSTM1, GSTT1 e CYP2D6
com o desenvolvimento das leucemias mielide crnica e mielide aguda. A amostra estudada foi composta por 61 pacientes com LMA e
67 pacientes com LMC e seus respectivos controles, pareados por sexo, etnia e faixa etria (5 anos). Foram utilizadas amostras de medula
ssea de pacientes e sangue perifrico de controles e o DNA foi extrado pelo mtodo de salting-out. Os polimorsmos foram analisados
atravs de tcnicas de PCR e PCR-RFLP. Para a LMA a mdia de idade dos pacientes foi de 40,05 13,10 e dos controles de 39,59
12,41, sendo que no houve diferena estatisticamente signicativa entre estas (t=0,20; P>0,80). Foi encontrada uma associao positiva
entre o gene GSTT1 e a suscetibilidade LMA: GSTT1 - OR = 18,79 (IC 95% = 6,93-50,98), na distribuio da freqncia genotpica (_
2
1
= 42,40; P<0,001) e tambm no estudo dos gentipos de risco em conjuntos para os genes de fase II, GSTM1 e GSTT1 (OR = 2,6 IC 95%
= 1,20-5,62). Para os outros genes analisados no foram observadas diferenas estatisticamente signicativas: GSTM1 OR = 0,88 (IC
95% = 0,43-1,79) e CYP2D6 OR = 0,58 (IC 95% = 0,25-1,35). Para a LMC a mdia de idades dos pacientes foi de 48,21 11,94 e dos
controles de 44,60 9,79, sendo que no houve diferena estatisticamente signicativa entre estas (t=0,03; P>0,90). Foi encontrada uma
associao positiva entre o gene GSTT1 e a suscetibilidade LMC: GSTT1 - OR = 4,34 IC 95% = 1,90-9,95, e tambm na distribuio da
freqncia genotpica (_
2
1
= 13,06; P<0,001). Para os outros genes analisados no foram observadas diferenas estatisticamente signicativas:
GSTM1 OR = 0,88 (IC 95% = 0,44-1,76) e CYP2D6 OR = 0,54 (IC 95% = 0,26-1,11). Estes resultados sugerem que o gene GSTT1
possui um envolvimento signicativo tanto com a suscetibilidade leucemia mielide crnica quanto com a leucemia mielide aguda.
BIOENSAIOS DE CONTAMINAO TRFICA SUB-CRNICA (60 DIAS) NO BIOINDICADOR
RHAMDIA QUELEN (SILURIFORMES)
ANLISE DOS GENES DO BIOMETABOLISMO GSTT1, GSTM1 E CYP2D6 EM PACIENTES COM
LEUCEMIAS MIELIDE AGUDA E CRNICA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Gustavo Souza Santos (Iniciao Cientfca PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021409
Orientador: Marta Margarete Cestari Co-Orientador: Wanessa Algarte Ramsdorf
Colaborador: Paula Moiana da Costa
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Ensaio Cometa, Teste do Microncleo Psceo, Sulfato de Cobre.
rea de Conhecimento: Mutagnese 2.02.06.00 - 3
Aluno de Iniciao Cientfca: Llian Velasco Dias Mller (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016353
Orientador: Iglenir Joo Cavalli Co-Orientador: Enilze Maria de Souza Fonseca Ribeiro
Colaborador: Rodrigo Kaviski (Mestrando - Depto. Gentica - UFPR)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavars-chave: genes; biometabolismo; leucemia.
rea de Conhecimento: Gentica Humana 2.02.05.00-7
0325
0326
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O Laboratrio de Imunogentica e Histocompatibilidade da UFPR (LIGH) mantm um crescente banco de dados com registros de cerca de
85000 indivduos (at julho de 2010), tipados para os genes HLA-A, B e DRB1, alm de outros dados, de doadores voluntrios de medula
ssea. Com o m de aumentar a probabilidade de se encontrar doadores no aparentados compatveis, importante o constante aumento
deste nmero. Devido enorme diversidade gentica do sistema, tambm importante que os mesmos sejam representativos da populao.
Na primeira parte deste trabalho investigou-se o crescimento do banco a partir dos dados do Sistema LIGH. Foi construdo um modelo
que simula a dinmica do registro, considerando o sexo e idade dos doadores, desde o momento do cadastro at sua sada do sistema, ao
completar 65 anos. Para isto foi utilizado o programa Excel
2
=0,57; p=0,45), valores signicativamente menores que na populao de Curitiba (10,23 0,60%;
2
=6,29; p<0,02 para grvidas no
diabticas e
2
=5,90; p < 0,02 para pacientes com DMG). Este trabalho conrmou que a gravidez leva a diminuio da atividade da BChE
e demonstrou que a reduo ainda maior em pacientes com DMG. A menor frequncia do fentipo CHE2 C5+ em pacientes com DMG e
controles pode ser devida baixa atividade da enzima em grvidas, o que diculta a deteco da banda C
5
. Dessa forma, um mtodo mais
sensvel, proposto como continuidade deste trabalho, deve ser utilizado para deteco da banda C
5
em grvidas.
HISTOCOMPATIBILIDADE DOADOR-RECEPTOR DE MEDULA SSEA E COMPOSIO GENTICA,
TNICA E DEMOGRFICA DO BANCO DE DADOS DO LIGH-UFPR
CARACTERIZAO DA ATIVIDADE DA BUTIRILCOLINESTERASE E FENTIPOS DO LOCO CHE2
EM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Marco ngelo Golanovski (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009123626
Orientador: Joo Carlos Marques Magalhes
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: : Imunogentica, Histocompatibilidade, HLA, Gentica de populaes.
rea de Conhecimento: 2.02.05.00-7
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Borges Brando (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1993003297
Orientador: Lupe Furtado Alle Co-Orientador: Ricardo Lehtonen Rodrigues de Souza
Colaborador: Larissa Guimares; Gleyse Freire Bono; Thas Emi Setoguchi.
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: atividade da butirilcolinesterase, DMG, loco CHE2.
rea de Conhecimento: 2.02.05.00-7
0327
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Atravs da colonizao do interior das razes, tanto as bactrias xadoras de nitrognio ou endofticas quanto as promotoras de crescimento
estabelecem uma relao simbitica com plantas como o milho, feijoeiro, e outras gramneas e leguminosas, auxiliando o seu desenvolvimento
e aumentando a sua produtividade. Com o intuito de vericar a existncia de colnias distintas em diferentes linhagens de milho, foi realizado
o isolamento dos microorganismos que as colonizam. Efetuou-se o plantio a partir de sementes de dez gentipos de milho, coletados na
poca de orescimento. As dez linhagens foram plantadas em dois solos e atingiram a poca de orescimento em momentos distintos, o
que implicou trs isolamentos. Foi observado lento desenvolvimento das plantas, principalmente prximo ao inverno. O procedimento
de isolamento baseou-se na coleta das razes das plantas, com posterior desinfestao supercial, utilizando-se etanol 70%, hipoclorito
de sdio e gua esterilizada. Aps a escolha aleatria de 5 segmentos da raiz de cada gentipo de milho e do corte destes em fragmentos,
estes foram inseridos em placas de Petri com meio de cultura NFb malato e NFb lactato, os quais continham fungicida e so seletivos
para as bactrias endofticas Herbaspirillum seropedicae e Azospirillum brasilense, respectivamente. Pequenas amostras da gua utilizada
no isolamento foram colocadas em placas para observar a qualidade da desinfestao ao longo do processo. Em nenhuma delas houve
crescimento de microorganismos. Apesar da utilizao do fungicida rosa de bengala em concentrao de 0,033 g/L, houve crescimento de
fungos na placa. Cada segmento de raiz apresentou, em mdia, 6 colnias de bactrias que cresceram em aproximadamente nove dias em
estufa a 30 C, e ento riscadas em novas placas, a m de isol-las e eliminar o fungo ainda presente. Entretanto, ainda houve crescimento
fngico, sendo ento utilizados os mesmos meios de cultura com o fungicida carbendazim em concentrao de 200L/L, o qual foi capaz
de inibir o desenvolvimento do fungo. Por m, a conservao em meio glicerol a -80 C permitiu o armazenamento para que posteriormente
as colnias possam ser submetidas caracterizao morfolgica, testes bioqumicos e anlise molecular.
Herbaspirillum seropedicae uma -Proteobacteria endoftica diazotrca que se associa a diversas plantas de interesse econmico como
milho, trigo, arroz e cana-de-aar. As protenas PII so protenas transdutoras de sinal encontradas em organismos dos domnios Bacteria,
Archaea e Eukarya. Estas protenas integram os sinais de nitrognio, carbono e energia e transmitem estes sinais s suas protenas alvo.
Em H. seropedicae foram identicadas duas protenas do tipo PII, GlnB e GlnK, codicadas pelos genes glnB e glnK, respectivamente. As
protenas GlnB e GlnK de H. seropedicae so modicadas de forma reversvel pela enzima GlnD (uridililao e desuridililao) na presena
de 2-oxoglutarato e ATP ou ADP. O objetivo deste trabalho estudar a interao das protenas PII de H. seropedicae com as molculas
efetoras ATP, ADP e 2-oxoglutarato atravs de ensaios de ressonncia em superfcie de plasma. Para este ensaio as protenas PII devem
ser expressas fusionadas a uma cauda de histidinas. O plasmdeo pEMB200 contm o gene glnK inserido no vetor pET29a e expressa esta
protena na sua forma nativa. O fragmento contendo o gene glnK foi retirado deste plasmdeo com as enzimas NdeI e BamHI e inserido no
vetor pET28a, digerido com as mesmas enzimas, para produzir a protena de fuso com a cauda de histidinas. A ligao foi transformada
em clulas de Escherichia coli estirpe DH10B e o DNA plasmidial das colnias obtidas foi extrado e digerido com as enzimas HindIII
e BamHI. A presena do fragmento com o gene glnK foi vericada em eletroforese em gel de agarose 1,2% e os plasmdeos resultantes
foram denominados pET28-GlnK. Este plasmdeo foi transformado em clulas de E. coli estirpe BL21 e a expresso da protena GlnK-His
foi induzida com IPTG 0,5 mM. O extrato de clulas foi aplicado em uma eletroforese em gel de poliacrilamida 12%. Aps colorao com
Coomassie Blue, uma banda de aproximadamente 13 kDa, que corresponde a massa do monmero da protena GlnK-His foi visualizada,
indicando que esta protena expressa a partir do plasmdeo pET28-GlnK. A protena GlnK-His ser puricada e sua anidade pelas
molculas efetoras ser analisada atravs de Ressonncia em Superfcie de Plasma.
Suporte nanceiro: MCT/CNPq-INCT da Fixao Biolgica de Nitrognio
CARACTERIZAO GENTICA DE RIZBIOS ISOLADOS DA CULTURA DO FEIJOEIRO COMUM
(PHASEOLUS VULGARIS L.)
INTERAO DAS PROTENAS PII DE Herbaspirillum seropedicae COM MOLCULAS EFETORAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana DAvila Ogg (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021511
Orientador: Lygia Vitria Galli Terasawa
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: bactrias endofticas, fxao biolgica do nitrognio, isolamento bacteriano.
rea de Conhecimento: 2.02.02.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Matheus Gonalves Severo (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014423
Orientador: Ana Claudia Bonatto Co-Orientador: Roseli Wassem
Colaboradores: Emanuel Maltempi de Souza, Rose Adele Monteiro
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Herbaspirillum seropedicae, Protenas PII, gene glnK
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microrganismos 2.02.02.00-8
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Guignardia mangiferae um fungo endoftico frequentemente encontrado em diversas espcies de plantas, incluindo plantas ctricas. Fungos
endofticos so aqueles que habitam o interior de plantas, sem lhes causar danos aparentes. Este fungo semelhante morfologicamente
Guignardia citricarpa, fungo topatognico causador da Mancha Preta de Citrus (MPC), uma doena responsvel por srios prejuzos
econmicos para o Brasil. At pouco tempo, G. mangiferae e G. citricarpa eram consideradas uma nica espcie: G citricarpa. Desta
forma, a planta que a apresentasse, era considerada contaminada com o fungo causador da doena. Recentemente, foi relatada a infeco
por vrus de RNA dupla-ta (RNAdf) em isolados da espcie G. citricarpa. Um estudo dessa espcie permitiu concluir que os isolados que
possuem RNAdf (9%), apresentam uma nica banda com aproximadamente 3100 pb. Em um levantamento com 116 isolados da espcie G.
mangiferae, vericou-se a presena de RNAdf em 3 isolados (2,6%). Diferente do observado para G. citricarpa, em G. mangiferae aparecem
duas bandas de RNAdf e estas apresentam tamanho menor que a banda de G. citricarpa. As diferenas encontradas do suporte ao fato
destas espcies realmente serem diferentes. O presente estudo tem como objetivo identicar e caracterizar o RNAdf de dois isolados de G.
mangiferae pertencentes coleo do LabGeM, nos quais estes elementos foram identicados uma nica vez, e, conrmando a existncia
de bandas de RNAdf, investigar a presena de partculas semelhantes a vrus (VLPs ou Virus-Like Particles) por Microscopia Eletrnica
de Transmisso. Aps um primeiro ciclo de extraes de cidos nuclicos totais (mtodo de Fenol-Clorofrmio) dos dois isolados de G.
mangiferae crescidos em Meio Citrus FN, no foram observadas bandas de RNAdf por eletroforese. Na ocasio, atribuu-se a ausncia
de bandas ao meio de cultura utilizado, que poderia ter proporcionado a baixa titulao do RNAdf e a impossibilidade de visualizao
destas molculas por eletroforese. No presente trabalho, um novo ciclo de crescimento destes isolados foi feito em Meio Completo e, aps
a extrao de cidos nuclicos totais, as bandas de RNAdf no foram observadas novamente. Novas extraes esto em curso a m de
conrmar se estes isolados ainda apresentam RNAdf. Se for conrmada a presena de RNAdf, este material ser preparado para anlise
por Microscopia Eletrnica de Transmisso.
As displasias ectodrmicas (DEs) so caracterizadas por alteraes em duas ou mais estruturas ectodrmicas, ocorrendo pelo menos uma
dessas alteraes em cabelos/plos, dentes, unhas ou glndulas sudorparas. De acordo com a classicao de Freire-Maia, as DEs se
dividem em dois grupos: Grupo A, que inclui aquelas com alteraes em duas ou mais dessas quatro estruturas; e Grupo B, que engloba
as DEs com alteraes em apenas uma dessas estruturas somada a, pelo menos, outro sinal ectodrmico. A DE Hipoidrtica Ligada ao
Cromossomo X (XLHED; Grupo A) a menos rara das DEs (1/200.000 nascimentos). Caracteriza-se por hipoidrose grave, hipotricose e
hipodontia, podendo ou no apresentar onicodisplasia. determinada por mutaes no gene ED1, do cromossomo X, e afeta principalmente
o sexo masculino, sendo que 70% das mulheres heterozigotas manifestam sinais brandos. Os objetivos desse estudo foram: elaborar uma
reviso das DEs do grupo B; corrigir e atualizar o site http://www.displasias.ufpr.br que apresenta dados de DEs do grupo A, introduzindo
as do grupo B; identicar mutaes no gene ED1 em afetados por XLHED. A metodologia para classicar DEs, como pertencentes ao
Grupo B, se baseou principalmente na anlise de informaes de artigos cientcos e do site OMIM (www.ncbi.nlm.nih.gov/omim). Foi
examinado o DNA de cinco afetados por XLHED, pertencentes a famlias diferentes. O DNA tinha sido extrado por mtodo de salting
out e o gene ED1 teve oito exons (1, 3-9) amplicados por PCR. Os procedimentos seguintes foram: puricao do DNA pelo mtodo
Exo-SAP; reao de seqenciamento; leitura no seqenciador ABI 377; anlise do sequenciamento com os programas BioEdit e MEGA
3.1. O site sobre DEs foi constantemente atualizado com informaes sobre oitenta e duas DEs do grupo A e foram revisadas onze DEs
supostamente pertencentes ao grupo B. Vericou-se que algumas DEs do grupo A, como as SHFM 1, 3-5, no tm sido classicadas como
tal, em funo dos sinais de DE no serem observados no total de pacientes e, alm disso, os sinais graves dos distrbios no serem os
caractersticos de DEs. Algumas DEs (sete), classicadas como do grupo B, foram excludas e quatro conrmadas nesse grupo. Nos exons
do gene ED1, examinados at o momento dos cinco afetados, no foram encontradas alteraes. Alguns desses exames sero repetidos
para conrmao, entretanto j possvel excluir a presena de mutao causadora da XLHED em 49% desses sequenciamentos. Suporte
Financeiro: CNPq, CAPES, Fundao Araucria.
RNA DUPLA FITA EM Guignardia mangiferae
REVISO DAS DISPLASIAS ECTODRMICAS DO GRUPO B E DETERMINAO DE MUTAO NO
GENE ED1
Aluno de Iniciao Cientfca: Micheli Pecharki (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014095
Orientador: Vanessa Kava-Cordeiro
Colaborador: Douglas Herrera Montenegro (MESTRANDO)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: RNA dupla fta, Guignardia spp, Fungos Endofticos.
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microrganismos - 2.02.02.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Nathacha Baretto (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006020648
Orientador: Eleidi Alice Chautard Freire Maia
1
Co-Orientadores: tila Visinoni
2
, Ricardo Lehtonen R. Souza
1
Colaborador: Nina B. Pagnan
1
Departamento:
1
Gentica Setor: Cincias Biolgicas;
2
Universidade Positivo
Palavras-chave: Displasia Ectodrmica, XLHED, Gene ED1.
rea de Conhecimento: Gentica Humana e Mdica - 2.02.05.00-7
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0332
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Herbaspirillum seropedicae uma -Proteobacteria endoftica que se associa a importantes culturas, sendo capaz de xar nitrognio na
ausncia de amnio e em condies microaerbias. O genoma deste organismo foi sequenciado e vrios genes envolvidos com o metabolismo
de nitrognio foram identicados. O proteoma referencial foi determinado a partir de clulas de H. seropedicae cultivadas em excesso de
amnio. Neste trabalho, o proteoma de H. seropedicae foi determinado em condies de xao de nitrognio e comparado com o proteoma
referencial. A estirpe SmR1 de H. seropedicae foi cultivada em condies de xao de nitrognio (glutamato 5 mM) e em excesso de amnio
(cloreto de amnio 20 mM). Extratos celulares obtidos nas duas condies foram analisados por eletroforese bidimensional, utilizando
tiras de pH 4-7 e gis de poliacrilamida 12%. Trs gis de cada condio foram utilizados para anlise computacional e foram observados
26 pontos proticos (spots) diferencialmente expressos, dos quais 13 foram observados apenas em condies de xao, 5 apresentaram
aumento de expresso e 8 reduo de expresso nestas condies. Os spots diferencialmente expressos foram retirados dos gis, digeridos
com a enzima tripsina e os peptdeos obtidos foram analisados por espectrometria de massas (MALDI-ToF). Os espectros obtidos foram
comparados com a sequncia das protenas presentes no genoma de H. seropedicae e at o momento 10 protenas foram identicadas. Dentre
as protenas identicadas esto duas subunidades do complexo da nitrogenase NifH (dinitrogenase redutase) e NifK (ferro-molibdnio), e a
protena GlnK, encontrada apenas na sua forma uridililada (GlnK-UMP). A uridililao da protena GlnK foi conrmada por espectrometria
de massas MS/MS e sequenciamento de novo dos peptdeos obtidos. A protena NifH foi identicada em dois spots distintos (33 kDa/pI
5.13 e 33.5 kDa/pI 5.0), sugerindo uma possvel modicao ps-traducional. Uma vez que o genoma de H. seropedicae no possui os
genes que codicam para o sistema DraT/DraG, a modicao da protena NifH no deve ser por ADP- ribosilao e ser investigada.
Suporte nanceiro: MCT/CNPq-INCT da Fixao Biolgica de Nitrognio.
Pngo foliceo endmico (PFE) uma doena autoimune da epiderme em cuja patognese esto envolvidos fatores genticos e ambientais.
Essa doena multifatorial ocorre de forma endmica em algumas regies do Brasil e caracteriza-se pela produo de autoanticorpos contra
uma protena de adeso celular, expressa nos queratincitos, denominada desmoglena 1. O gene PTPN22 expresso exclusivamente em
clulas hematopoiticas e codica a protena intracelular fosfatase de tirosina protica do tipo no receptor, tambm conhecida como LYP
(lymphoid-specic phosphatase) a qual participa da regulao negativa da sinalizao do TCR (receptor do linfcito T). O polimorsmo
de nucleotdeo nico (SNP) PTPN221858C>T resulta em uma substituio do aminocido arginina para triptofano no cdon 620, sendo
que o alelo 1858*T foi associado a diversas doenas autoimunes como diabetes tipo 1, artrite reumatide, doena de Graves e lupus
eritematoso sistmico. Neste estudo caso-controle, investigamos a associao do PFE com o SNP 1858C>T e determinamos as frequncias
allicas e genotpicas para a populao estudada. Genotipamos 248 pacientes e 357 indivduos controle, utilizando a tcnica PCR- RFLP
(polymerase chain reaction - restriction fragment lenght polymorphism). As freqncias genotpicas e allicas foram obtidas por contagem
e comparadas entre as amostras de pacientes e controles atravs do teste exato de Fisher em tabelas de contingncia 2x2, com auxlio do
programa computacional RxC
foi superior quelas inoculadas com as estirpes selvagem ou AnopM. Os ndulos foram coletados,
armazenados e utilizados para a extrao de RNA total. Posteriormente, as molculas de RNA foram convertidas em cDNAs, as quais
foram usadas em reaes de PCR com primers aleatrios a m de se detectar fragmentos diferencialmente expressos entre as trs estirpes
analisadas. Diferentes primers utilizados permitiram a deteco de bandas diferenciais, as quais esto sendo clonadas e sero seqenciadas
para identicar os genes diferencialmente expressos. Apoio Financeiro: PIBIC CNPq.
Fungos topatognicos colonizam plantas e causam alguma doena a elas. O fungo Guignardia citricarpa causa a Mancha Preta de Citrus
(MPC), doena de grande importncia econmica para o Brasil. A infeco por vrus de RNA dupla ta (RNAdf) foi relatada recentemente
nessa espcie. Em outros fungos topatognicos, o RNAdf pode ser associado a mudanas morfolgicas e siolgicas, incluindo alterao
na virulncia. A cura e a transmisso horizontal so dois mtodos pelos quais se pode obter linhagens isognicas, diferenciadas apenas
pela presena/ausncia de RNAdf, com o intuito de vericar a inuncia dessas partculas sobre estes fungos. Em G. citricarpa estas duas
estratgias de investigao vem sendo utilizadas no nosso grupo de pesquisa. O mtodo da cura para a possvel eliminao do RNAdf de
dois isolados (PC7LD6 e ECLaP) foi realizada por meio de sucessivos repiques de pontas de hifa em condies de estresse trmico (35C).
Depois de restaurada a condio normal de cultura, eventualmente surgem setores nas colnias provenientes dos isolados submetidos a este
processo. Setores dos isolados utilizados foram investigados quanto presena de RNAdf. Por extraes de cidos nuclicos totais com
fenol cido (pH 4,7) e anlise em eletroforese de gel de agarose (0,8% p/v em TBE 1x) no foram observadas bandas de RNAdf e estas
linhagens foram consideradas curadas. Novas extraes sero feitas para conrmar a cura. Estas linhagens no apresentaram alteraes
fenotpicas visveis em comparao com o isolado correspondente que no foi submetido a este processo. A outra estratgia de obteno de
linhagens isognicas pela transferncia do vrus para isolados que no o possuam, realizada por meio da anastomose de hifas. Isolados
com compatibilidade vegetativa e que diferiam na presena de RNAdf e tambm pelo marcador morfolgico presena de halo amarelo em
meio aveia, foram selecionados. Experimentos de transmisso foram conduzidos e colnias obtidas descendentes do isolado sem RNAdf
apresentaram esta banda. Junto com o RNAdf, estes isolados passaram a apresentar um crescimento menor das colnias, medido pelo
dimetro da colnia aps 15 dias de cultura em Meio Completo e comprovado estatisticamente. Novos testes esto sendo conduzidos para
evidenciar diferenas entre estas linhagens isognicas. A conrmao da identidade destes isolados tambm est sendo comprovada pela
resistncia diferencial a diferentes doses de fungicidas, a m de comprovar se os esporos obtidos com a fuso de hifas pertencem realmente
s linhagens que receberam o vrus.
IDENTIFICAO DE GENES DE Phaseolus vulgaris DIFERENCIALMENTE EXPRESSOS DURANTE A
INTERAO COM ESTIRPES MUTANTES EM GENES DO SISTEMA DE SECREO DO TIPO III DE
Rhizobium sp. NGR234
CARACTERIZAO DE LINHAGENS PATOGNICAS E ENDOFTICAS DO FUNGO Guignardia spp.
Aluno de Iniciao Cientfca: Vanessa Hauer (Programa PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022476
Orientador: Roseli Wassem
Colaboradores: Rose Adele Monteiro, Ana Claudia Bonatto, Paloma Bonato, Poliana Schreiner
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Rhizobium, interao planta bactria, regulao da transcrio.
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microorganismos 2. 02. 02. 00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Vanessa Zulkievicz (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014095
Orientador: Profa. Dra. Vanessa Kava-Cordeiro
Colaborador: Douglas Herrera Montenegro (MESTRANDO)
Departamento: Gentica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Guignardia citricarpa, RNA dupla fta, isogenia.
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microorganismos 2.02.02.00-8
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As galactomananas so polissacardeos neutros, extrados do endosperma de leguminosas como a Leucaena leucocephala, planta arbrea
de rpido crescimento, introduzida no ecossistema brasileiro para ns pecurios. Em estudo anterior, a galactomanana nativa (LL) de
sementes de L. leucocephala, com uma cadeia principal de unidades de D-manopiranose unidas por ligaes do tipo -(14) e parcialmente
substitudas por unidades de D-galactopiranose ligadas em -(16), com relao Man:Gal=1,4:1, e, seu derivado sulfatado (LLS), com
14,3% de sulfato e grau de sulfatao de 0,50, foram inoculados juntamente com suspenso inativada do vrus Herpes simplex tipo 1
(HSV-1, 8x10
5
TCID
50
) em seis grupos com quatro camundongos Swiss (8 semanas de idade, 0,1 mL IP) cada, para avaliar o potencial
imunomodulador, sendo estes: Grupo 1 (G1) - suspenso viral; Grupo 2 (G2) suspenso viral + gel de Al(OH)
3
3%; Grupos 3 e 4 (G3 e
G4) - suspenso viral + LL 0,2 mg/mL e 0,4 mg/mL, nesta ordem; Grupos 5 e 6 (G5 e G6) - suspenso viral + LLS, 0,2 mg/mL e 0,4 mg/
mL, respectivamente. Os animais receberam 16 aplicaes em um perodo de 4 semanas. Este trabalho teve como objetivo realizar testes
de soroneutralizao in vitro das amostras de soros coletadas dos animais empregados no estudo anterior, avaliando para cada grupo, a
presena de anticorpos neutralizantes anti-HSV-1. Os soros obtidos (via periorbital) foram descomplementados (56C, 30min), diludos e
misturados suspenso viral (HSV-1, 100xTCID
50
), e, aps incubao (37C, 1h), foram inoculados sobre monocamadas de clulas Vero em
placas de 96 poos (37C, 96h). Para a avaliao do potencial imunomodulador, foram determinadas as diluies dos soros que reduziriam
100 vezes a carga viral de desao utilizada nos testes de soroneutralizao, obtendo-se G1 = <10
-1
, G2 = 10
-1,75
, G3 = <10
-1
, G4 = 10
-1,36
,
G5 = 10
-1,56
, G6 = 10
-1,82
. Com relao a G1, o grupo controle, houve maior produo de anticorpos neutralizantes anti-HSV-1 na seguinte
ordem: G6/G1 = 7, G2/G1 = 6, G5/G1 = 4, G4/G1 = 2, G3/G1 = 1. Estes resultados mostram que LLS apresentou maior potencial como
imunomodulador do que LL na resposta contra o vrus HSV-1, sendo a resposta de LLS semelhante obtida com o gel de Al(OH)
3
, na
maior concentrao testada, indicando que o polissacardeo sulfatado de L. leucocephala poder ser posteriormente avaliado em diferentes
concentraes e protocolos de imunizao.
O objetivo desta pesquisa foi registrar a ocorrncia e utuao populacional de pragas e seus inimigos naturais na cultura do morangueiro
sob cultivo orgnico. O experimento foi instalado na rea de Olericultura Orgnica, no Centro de Estaes Experimentais do Canguiri,
UFPR, municpio de Pinhais, PR. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas, esquema fatorial, com oito
cultivares (Albion, Camarosa, Camino Real, Campinas, Dover, Toyonoka, Tudla-Milsei e Ventana), dois mtodos de amostragem (armadilhas
de garrafa pet na cor amarela do tipo Mericke e mtodo de batida de planta) e trs repeties. A unidade experimental foi constituda de
32 plantas em espaamento de 0,30 x 0,30 cm, num total de 24 parcelas. As armadilhas do tipo Mericke foram instaladas no centro das
parcelas, na mesma altura das plantas e preenchidas com soluo de detergente e gua na proporo de 1: 200. Semanalmente, o contedo
das armadilhas foi peneirado e a soluo substituda. O mtodo de batida de planta consistiu de trs batidas manuais na parte area, em
quatro plantas por parcela, sendo os espcimes recolhidos em bandeja branca plstica e retangular colocada logo abaixo da folhagem. Os
espcimes coletados foram transferidos para frascos identicados, contendo soluo de lcool 70% e triados em laboratrio. Os resultados
referem-se avaliao preliminar obtida do perodo de 26/03/2010 a 10/06/2010. Foram coletados 1.834 espcimes pragas, dos quais 1.175
(64,06%) foram afdeos (Hemiptera, Aphididae). No perodo estudado, os afdeos de maior ocorrncia na cultura do morangueiro foram:
Aphis gossypii, Aphis forbesi e Chaetosiphon fragaefolii, sendo esta ltima a espcie predominante. As demais pragas encontradas foram:
caracis e lesmas (Mollusca); caro rajado (Acari); besouros (Coleoptera); moscas (Diptera); formigas (Hymenoptera) e tripes (Thysanoptera).
Foram coletados 692 organismos bencos sendo parasitides (Hymenoptera) ou predadores: caros (Acari), aranhas (Araneae), percevejos
(Hemiptera); besouros (Coleoptera); moscas (Diptera).
AVALIAO DA ATIVIDADE IMUNOMODULADORA ANTI-HERPTICA DE GALACTOMANANA DE
SEMENTES DE Leucaena leucocephala EM CAMUNDONGOS.
AVALIAO PRELIMINAR DA INFESTAO DE PRAGAS E SEUS INIMIGOS NATURAIS NA
CULTURA DE MORANGO SOB SISTEMA DE PRODUO ORGNICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Adriana Simes Bravos (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017090
Orientador: Lucy Ono
Colaborador: Maria Rita Sierakowski
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: galactomanana, Leucaena leucocephala, HSV-1.
rea de Conhecimento: Microbiologia Aplicada 2.12.02.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Alessandra Benatto (Programa UFPR/ TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023399
Orientador: Maria Aparecida Cassilha Zawadneak Co-Orientador: tila Francisco Mgor
Colaboradores: Thaise Gomes (ESTAGIRIA); Daianna Reis Enes Ribeiro (ESTAGIRIA); Emily Silva Arajo (MESTRANDA/CNPq)
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Fragaria X ananassa Duch.; Insecta, Acari.
rea de Conhecimento: 5.01.02.00-1 Fitossanidade.
0343
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O loxoscelismo um problema de sade muito reincidente no Brasil, principalmente nos estados do sul, sendo causado pelo acidente de
pessoas com o veneno das aranhas do gnero Loxosceles. Possui um nmero de casos expressivo, o que demonstra a necessidade, junto
comunidade cientca, de melhorias no entendimento do mecanismo de ao do veneno bem como a melhor maneira de neutraliz-lo.
O tratamento para reduzir os efeitos dermonecrticos e crnicos em um paciente a soroterapia, realizada com anticorpos produzidos
por cavalos hiperimunizados com o veneno bruto. Esta deve ser feita de maneira precoce para garantir sua eccia. Alm disso, para uma
melhor ecincia no tratamento, necessrio o uso de soros com alta capacidade de neutralizao, portanto, uma diferenciao entre
soros de alta e baixa potncia torna-se imprescindvel. O protocolo para qualicao dos soros se baseia em testes in vivo em coelhos de
modo a visualizar a diminuio efetiva da ao dermonecrtica cutnea. Frente a isso, v-se uma necessidade de desenvolvimento de um
teste que tenha especicidade, conabilidade e simplicidade, e ainda possa ser utilizado com intuito de diminuir o nmero de animais
empregados nos ensaios in vivo. Nesse sentido, o objetivo do trabalho desenvolver um imunoteste, como o ELISA, em que possa ser
feita uma correlao entre absorbncia e potencial de neutralizao dos soros. Para isso utilizou-se, primeiramente, um ELISA indireto,
onde o veneno total foi imobilizado, a m de testar vrios soros de modo a visualizar um padro de diferena entre potncias distintas.
No havendo diferena estatstica, objetivou-se a procura de peptdeos reconhecidos apenas pelos soros de alta potncia (mapeamento de
eptopos) para a montagem de outro ELISA mais especco. Esta procura foi realizada pela tcnica do Spot, na qual em uma membrana
de celulose foram imobilizados peptdeos sobrepostos que cobrem a seqncia de aminocidos de trs esngomielinases dos venenos de
L.gaucho, L. laeta e L. intermdia. Uma vez escolhidos esses peptdeos, estes sero sintetizados na forma solvel e ento, utilizados para a
sensibilizao de uma placa de ELISA, de modo a montar este imunodiagnstico. Resultados preliminares sugerem que o mtodo do Spot
foi eciente para a determinao de alguns peptdeos, que apresentaram uma reatividade signicativa com soros de alta potncia, sendo
possvel determinar um padro de reatividade entre os soros testados.
Pacientes com DRC manifestam nveis altos e constantes de marcadores de inamao sistmica, como conseqncia de mltiplos fatores
tais como endotoxemia. A reduo dos nveis de endotoxinas circulantes pode representar uma possibilidade teraputica neste grupo de
pacientes. Para tanto, pretende-se estudar a capacidade de ligao inespecca do cloridrato de sevelamer endotoxinas e sua possvel ao
redutora ou de manuteno da inamao sistmica in vivo. Foram utilizados soro de 20 pacientes com Doena Renal Crnica (DRC), em
hemodilise ( 3 meses) e com nveis sricos de fsforo 5,5 mg/dL ( 3 meses) convertidos de tratamento com carbonato de clcio para
cloridrato de sevelamer, para as dosagens no incio do tratamento (basal) e aps 6 meses. A inamao sistmica foi avaliada pelos nveis
sricos de protena C reativa de alta sensibilidade (hsPCR), albumina, ambas por mtodo imunoturbidimtrico, e endotoxinas, pelo mtodo
cromognico de Limulus Amebocyte Lysate (LAL). Os 20 pacientes includos no estudo estavam em hemodilise por 124 meses, tinham
idade entre 513 anos, 15% de diabticos, 20% com DCV e 100% com hipertenso. No tempo basal e aps seis meses de tratamento as
concentraes mdias de hsPCR foram respectivamente 3,25 (0,50 19,0) e 0,25 (0,06 2,33) mg/L, ocorrendo uma reduo signicativa
(P<0,001); as concentraes encontradas para albumina foram 3,95 (3,3 4,7) e 3,8 (3,3 4,7) mg/dL, no ocorrendo mudanas signicativa
entre os tempos; e nalmente para endotoxinas as concentraes mdias encontradas foram 4,86 (0 10,0) e 0 (0 10,0) EU/mL, ocorrendo
uma reduo signicativa (P<0,005). Nesse estudo foi demonstrado que pacientes em tratamento com Sevelamer apresentaram diminuio
nos nveis de endotoxinas circulantes, bem como nos nveis de PCR. Isso sustenta a hiptese do Sevelamer se ligar a endotoxinas no trato
gastrointestinal e que essas macromolculas seriam importante para estimular a produo de PCR em pacientes com DCR. Baseado nessa
diminuio nos nveis de endotoxinas e PCR, sugere-se que o Sevelamer capaz de se ligar endotoxinas no trato gastrointestinal e a
endotoxemia possa contribuir para o quadro de inamao sistmica em pacientes em hemodilise. Suporte Financeiro: UFPR/TN.
DESENVOLVIMENTO DE ENSAIO IN VITRO PARA DETERMINAR A POTNCIA NEUTRALIZANTE
DE ANTIVENENOS EQUINOS DE USO TERAPEUTICO (SORO ANTILOXOSCLICO)
AVALIAO DA CAPACIDADE DE LIGAODO CLORIDRATO DE SEVELAMER A ENDOTOXINAS
E ASSOCIAO A RESPOSTA INFLAMATRIA SISTMICA EM PACIENTES COM DOENA RENAL
CRNICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Anna Paula Cruz Garcia (Outra)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024228
Orientador: Larissa Magalhes Alvarenga Co-Orientador: Juliana Ferreira de Moura
Colaborador: Lus Felipe Minozzo Figueiredo
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: imunodiagnstico, loxoscelismo, soros eqinos.
rea de Conhecimento: 2.11.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Bettina Gruber (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022614
Orientador: Andrea Emilia Marques Stinghen
Colaborador: Aline Hauser (PUC-PR), Srgio Bucharles (PUC-PR), Roberto Pecoits-Filho (PUC-PR), Fbio da Silva Branco (ESTAGIRIO)
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: doena renal crnica, infamao, endotoxinas, sevelamer
rea de Conhecimento: Nefrologia - 4.01.01.13-4
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A leishmaniose cutnea (LC) apresenta ampla e constante expanso geogrca, e seu perl epidemiolgico sofre mudanas conforme a
mudana ambiental: destruio das orestas, explorao agropecuria e assentamentos prximos a reas de mata. Assim, a transmisso do
parasito ao homem e animais domsticos no ambiente rural e peridomstico uma realidade cada vez mais preocupante. Dentre os possveis
reservatrios domsticos vem sendo citados equinos e muares. O objetivo deste trabalho foi determinar, atravs de mtodos moleculares, a
presena de Leishmania sp em sangue perifrico de equinos, visando elucidar o papel dos mesmos na manuteno do ciclo do parasito. Para
tanto, foram colhidos sangue de 227 equinos, padronizada a tcnica de PCR e, avaliadas 105 amostras de sangue de equinos de municpios
do norte do Paran (Jaboti, Japira, Pinhalo e Tomazina). Das amostras analisadas, cinco foram positivas, apresentando fragmentos de 70pb
(g.1). A presena de DNA do parasito indica que estes animais tambm so vtimas da mudana do ambiente e, consequentemente, das
mudanas no comportamento epidemiolgico do parasito, podendo representar um elo de ligao entre o ciclo silvestre e peridomstico.
FIG.1- Produtos de amplificao de DNA de Leishmania (Viannia)
braziliensis por PCR. 1= marcador molecular (100pb); 2=DNA de cepa
referncia de L.braziliensis; 3= controle negativo; 4 a 8= DNA de L.(V.)
braziliensis (70pb) em amostras de sangue de equinos em rea endmica
de municpios do norte do Paran, Brasil.
Fungos endofticos podem ser relevantes para proteo das plantas, fato que justica o estudo dos mesmos. Em etapas precedentes, fungos
endofticos foram isolados de variedades de milho cultivadas no Paran. Vinte e cinco morfogrupos foram obtidos e o gnero mais frequente
foi Curvularia. A identicao de fungos por mtodos clssicos pode ser demorada e, muitas vezes, inconclusiva. Dessa forma, os objetivos
do presente trabalho foram o sequenciamento de regies ITS do rDNA e a identicao de morfogrupos de Curvularia sp, por meio de
espectroscopia por infravermelho prximo (NIRS). Foram utilizados 17 isolados. Os oligonucleotdeos iniciadores V9G e ITS4, que
amplicam as regies ITS1-5,8S-ITS2 do rDNA foram empregados. As sequncias foram editadas com o programa MEGA 4.1 e posterior
inspeo visual pelo BioEDit 7.0. O alinhamento foi realizado pelo programa MAFFT 6 e as sequncias foram comparadas com outras
existentes no banco de dados NCBI pelo BLASTn. Para a NIRS, 10
7
esporos foram colocados em 5 mL de soluo salina. Os espectros
no infravermelho foram capturados pelo espectrofotmetro, realizando 32 scans na faixa de comprimentos de onda de 7500 a 600 cm
-1
, e
resoluo de 2 cm
-1
e as amostras foram colocadas em ATR (Reectncia Total Atenuada) com cristal de selenito de zinco. Aos espectros
gerados foi atribudo valores de 0 para separar a amostra de interesse e 1 para os outros gneros, formando um grupo articial (GA),
seguido de regresso por mnimos quadrados (PLS1). Cinco amostras aleatrias foram retiradas em cada anlise para predio, sendo que
para amostra de interesse o valor mais prximo de 0 era o esperado e 1 para o GA. Os isolados de Curvularia apresentam similaridade de
sequncia com Bipolaris (M.I. 100%), Cochliobolus (M.I. 96%) e Curvularia inaequalis (M.I. 94%). A alta similaridade com Bipolaris pode
ser devida semelhana morfolgica entre os dois gneros. Por outro lado, tanto Curvularia como Bipolaris apresentam como teleomorfo
Cochliobolus, o que pode ser uma fonte de confuso na deposio de sequncias no GenBank. Devido a este fato, oligonucleotdeos com
maior poder discriminatrio devero ser empregados. A predio por NIRS para Curvularia foi de -0,0490,120. Como grupo articial
(GA) utilizou-se Aspergillus sp e Acremonium sp, sendo obtidos, respectivamente, valores de 0,9760,036 e 0,9700,038 . Esses resultados
mostram alta ecincia na utilizao da ATR para a identicao de gneros fngicos. Trabalhos futuros visaro aprimorar o uso do NIRS
como ferramenta na identicao fngica
TECNICA MOLECULAR PARA AVALIAR O PAPEL DOS EQUINOS NA MANUTENO DA
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DO PARAN, BRASIL.
DIVERSIDADE E VARIABILIDADE GENTICA DE FUNGOS ENDOFTICOS E
ENTOMOPATOGNICOS EM DIFERENTES VARIEDADES DE MILHO (Zea mays L.)
Aluno de Iniciao Cientfca: Carolina Motter Catarino (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1994003562
Orientador: Vanete Thomaz-Soccol Co-Orientador: Magda Clara Vieira da Costa-Ribeiro1
Colaboradores: Luana Dalagrana1, Ellen Marques1 Jess H. Truppel1; Ueslei Teodoro2
1. Laboratrio de Parasitologia Molecular, Departamento de Patologia Bsica, UFPR; 2. Universidade Estadual de Maring
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Leishmania braziliensis; Leishmaniose tegumentar; Epidemiologia molecular.
rea de Conhecimento: Protozoologia de Parasitos - 2.13.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Elaine Cristina Latocheski (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006020430
Orientador: Patrcia do Rocio Dalzoto Co-Orientador: Ida Chapaval Pimentel, Juarez Gabardo, Vanessa Kava-Cordeiro.
Colaborador: Sabina Tralamazza (mestranda/REUNI), Amid Ibrahim (PIBIT), Diogo Rosso (PIBIT), Paulo Marangoni (doutorando/REUNI),
Lisandra Ferreira (mestranda/CAPES).
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: fungos endofticos, Curvularia sp., NIRS.
rea de Conhecimento: Microbiologia aplicada - 2.12.02.00-1
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A GTPase Rnd1 um membro da famlia Rho de GTPases que apresenta a peculiaridade de estar constitutivamente em seu estado ativo
(ligado a GTP). Seu papel na clula est relacionado com a regulao da plasticidade do citoesqueleto sendo que durante o desenvolvimento
do sistema nervoso tal funo fundamental. A protena STI-1, assim como a Rnd1, expressa em neurnios e clulas da glia e j tem
atividade descrita em vias de neuroproteo, neuritognese, de dobramento de protenas ( uma co-chaperona), e mais recentemente na
regulao do citoesqueleto. Considerando o papel desempenhado pelas duas protenas no desenvolvimento do sistema nervoso, levantou-se
a hiptese de que as duas pudessem atuar em conjunto, e que STI1 possivelmente seria responsvel por regular a atividade da Rnd1. Assim,
o objetivo deste trabalho foi caracterizar uma possvel interao in vitro entre a GTPase de baixa massa molecular Rnd1 e a protena STI1.
Para tanto, foram expressas em sistema heterlogo de E. coli as GTPases recombinantes GST-Rnd1, GST-Rnd2, GST-RhoG e GST-RhoD,
previamente clonadas em vetores pGEX 4T2. Tais protenas foram imobilizadas em matriz slida de Glutationa-Sepharose e incubadas
com extratos celulares contendo as protenas GFP e GFP-STI1. Tais extratos foram obtidos a partir de clulas 293T transfectadas pelo
mtodo de precipitao por clcio com os vetores para cada uma das duas protenas. Foi tambm utilizado extrato total de encfalo de
camundongos para os ensaios de pulldown com o objetivo de avaliar a interao da protena STI1 endgena com a protena GST-Rnd1.
Aps perodo de incubao das protenas GST e GST-Rnd1 com os extratos celulares e o extrato total de encfalo, as protenas foram
eludas das matrizes com tampo de amostra. Os eluatos foram ento resolvidos em SDS-PAGE e posteriormente eletrotransferidos para
membranas de nitrocelulose. As interaes foram avaliadas atravs de reaes de western blotting com os anticorpos especcos anti-GST,
anti-STI1 e anti-GFP. Os resultados evidenciaram interao entre as protenas GFP-STI1 ou a STI1 presente no extrato total de encfalo
de camundongo e a GTPase recombinante GST-Rnd1. A especicidade da interao da protena STI1 com a GTPase Rnd1 ser avaliada
atravs de ensaios de pulldown e SPR (Surface Plasmon Resonance) com as demais GTPases expressas.
As semaforinas (Semas) so membros de uma grande famlia de protenas associadas membrana ou secretadas, que foram inicialmente
identicadas por estarem envolvidas na navegao axonal, fasciculao, ramicao e formao de sinapses, atuando como quimioatraentes
ou quimiorepelentes. As semaforinas de classe 5 so protenas transmembrnicas, caracterizadas por repeties do tipo trombospondinas.
Dois membros desta classe foram identicados em vertebrados, Sema 5A e Sema 5B, porm so poucos os estudos encontrados na literatura
sobre esta classe. Sendo assim, sua modulao, expresso celular e papis especcos ainda no foram determinados. A identicao de
ligantes proticos de Sema 5A e Sema 5B pode levar a um maior entendimento sobre suas funes em diversos contextos biolgicos. O
sistema de duplo-hbrido em leveduras, desenvolvido na ltima dcada e bastante utilizado atualmente, permite a deteco de interaes
proticas in vivo. O trabalho em questo teve como objetivo a construo e caracterizao de duas iscas (domnio citoplasmtico de Sema5A
e de Sema 5B) para posterior utilizao na varredura de uma biblioteca de cDNA de epitlio olfatrio atravs do sistema de duplo-hbrido.
Para a construo das iscas, os domnios citoplasmticos de Sema 5A e Sema 5B foram amplicados por PCR, digeridos e inseridos no
vetor pGilda. Em seguida, estas construes foram transformadas em bactrias DH5, e a partir das colnias obtidas foi realizado PCR de
colnia. As colnias positivas foram ento cultivadas em meio lquido para puricao dos plasmdeos, que posteriormente foram digeridos
e seqenciados. Foram utilizadas leveduras da linhagem RFY 206 para a transformao dos vetores com a seqncia correta (iscas) ou de
plasmdeos controles, juntamente com os plasmdeos contendo os genes reprteres (necessrios no sistema de duplo-hbrido). Todas essas
etapas foram vericadas e os resultados indicaram a construo correta das iscas e que a transformao das mesmas nas leveduras, aps
intensa padronizao, foi bem sucedida. As iscas seguiro para testes de validao para vericar se estas podem ser usadas em posterior
varredura. Essas construes constituem ferramentas teis para a identicao de protenas ligantes de semaforinas de classe 5 e podem nos
trazer pistas valiosas sobre a participao destas protenas em processos siolgicos e patolgicos, como desenvolvimento e regenerao
do sistema nervoso central. Suporte nanceiro: UFPR TN, CNPq.
ANLISE PROTEMICA DE PARCEIROS MOLECULARES DAS PROTENAS RND1 E STI1.
CARACTERIZAO DE ISCAS REFERENTES AOS DOMNIOS CITOPLASMTICOS DE
SEMAFORINAS 5A E 5B PARA UTILIZAO EM SISTEMA DE DUPLO-HBRIDO EM LEVEDURAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Evandro Santos Bilek (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:
Orientador: Silvio Marques Zanata Co-Orientador: Luiz Eduardo Rizzo
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Rnd1, GTPases, pulldown.
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8 Biologia Molecular
Aluno de Iniciao Cientfca: Evelyn Castillo Lima (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021332
Orientador: Adriana Frohlich Mercadante Colaborador: Celso Fvaro Jnior, Breno Castello Branco Beiro, Silvio Marques Zanata
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: semaforinas, duplo-hbrido, leveduras.
rea de Conhecimento: Biologia Molecular 2.08.04.00-8
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A protena ADAM33, membro da famlia ADAM (a disintegrin and metalloproteinase domain), possui funes de adeso intercelular e de
protease. O gene ADAM33 foi caracterizado como passvel de sofrer regulao de sua expresso por hipermetilao da regio promotora,
evento este presente tambm em tumores primrios de mama do tipo histolgico lobular (Seniski et al., 2009). Este tipo de tumor apresenta
caractersticas de perda de coeso entre as clulas de metstase que ocorrem com freqncia para stios secundrios incomuns para este
tipo de cncer tais como o trato gastrointestinal. Com intuito de utilizar essa protena como novo marcador molecular para o cncer de
mama, necessrio sua produo in vitro para imunizao de animais e produo de anticorpos especcos para sua posterior utilizao na
deteco em tumores de mama por imunohistoqumica. Para isso, a linhagem normal de mama imortalizada HB4a, que expressa a protena
de interesse, foi cultivada, seu RNAm isolado e submetido sntese de cDNA que foi utilizado em reao de PCR para amplicar uma
parte do gene ADAM33. Este produto, aps puricao, foi ligado ao vetor pGEMTeasy e transformado em estirpe de E. coli DH5 por
eletroporao. As colnias contendo o inserto foram selecionadas pelo crescimento em meio slido por o-complementao. As colnias
brancas que provavelmente contm o fragmento clonado, foram coletadas e submetidas conrmao por PCR de colnia visualizado
sob eletroforese em gel de agarose 1%, corado com brometo de etdio. As colnias contendo o inserto foram crescidas em meio LB (Luria
Bertani) e ampicilina, submetidas extrao de DNA plasmidial o qual foi digerido com a enzima de restrio EcoRI, que anqueia o inserto.
O produto da digesto foi subclonado no vetor de expresso pET28a, previamente digerido com EcoRI, e o subclone foi transformado por
eletroporao em estirpe de E. coli DH5o . As colnias foram selecionadas por meio de antibiticos seletivos e conrmadas pelo PCR
de colnia. Em seguida, os clones contendo o inserto foram crescidas e submetidas extrao de DNA plasmidial para a conrmao
da sequncia do gene por meio da reao de sequenciamento, utilizando o protocolo do BigDye terminator 3.0. A prxima etapa ser a
conrmao da expresso da protena ADAM33 por SDS-PAGE e Western Blotting com anticorpo anti-His, induo em larga escala e
puricao da protena para imunizao de animais. At o presente momento, as etapas de amplicao, clonagem e sequenciamento da
protena ADAM33 foram realizadas com sucesso.
Membranas basais so nas camadas de matriz extracelular que do suporte proliferao, sobrevivncia e diferenciao de clulas
atravs da interao com molculas receptoras de sua superfcie, tais como as integrinas. A laminina, um heterotrmero composto por trs
subunidades ligadas por pontes dissulfeto, a glicoprotena no colagenosa mais abundante das membranas basais. As lamininas atuam
na regulao da expresso gnica, induo de crescimento neuronal, proliferao, adeso, diferenciao e migrao celular e angiognese.
O tumor Engelbreth-Holm-Swarm (EHS) um tumor transplantvel de origem murina que produz uma grande quantidade de laminina.
Este tumor mantido atualmente apenas in vivo, o que exige o uso de animais. Desta maneira, uma linhagem imortalizada do tumor
capaz de produzir laminina seria de grande interesse. O objetivo deste trabalho foi imortalizar clulas de EHS e puricar laminina a partir
desta cultura. A partir da exciso do tumor de camundongos C57/BL foram testados dois tipos de cultura primria: cultura proveniente de
explantes e de clulas dissociadas. Para a cultura de clulas dissociadas foram testadas diferentes dissociaes enzimtica e mecnica, o
uso de cloreto de amnio para lise de hemcias e tcnicas para inibio de broblastos. Para ambas as culturas testaram-se composies
diferentes do meio de cultivo, de modo a aproxim-lo do utilizado por outros grupos de pesquisa. No entanto, observou-se que no houve
migrao na cultura de explantes, e a cultura de clulas dissociadas manteve-se viva por cerca de quatro semanas e apresentou diviso
celular apenas na primeira semana. Por meio de ensaios de Western-blot no foi possvel detectar a presena de laminina nem no meio de
cultivo nem no extrato celular. Como tentativa de se estabelecer um protocolo de puricao de laminina, foi realizada a puricao da
protena de interesse a partir de extrato do tumor, usando extrao com EDTA e subsequentemente, cromatograas de gel-ltrao e troca
inica. Entretanto, esta metodologia de puricao no foi eciente para a puricao da laminina. Isso ocorreu aparentemente por haver
pouca protena no extrato do tumor, o que um indcio de que talvez este tumor, que repicado em camundongos mensalmente, j no
possua mais suas caractersticas iniciais. Suporte nanceiro: CNPq, SETI-UGF.
CLONAGEM E EXPRESSO DE UM DOMNIO DA PROTENA ADAM33 HUMANA
PURIFICAO DE LAMININA A PARTIR DE LINHAGEM IMORTALIZADA CULTIVVEL DO
TUMOR EHS
Aluno de Iniciao Cientfca: Francini Myszysnki (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023618
Orientador: Giseli Klassen
Colaborador: Edneia A. S. Ramos (DOUTORANDA/CAPES)
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: ADAM33, cncer de mama.
rea de Conhecimento: Epigentica e imunohistoqumica
Aluno de Iniciao Cientfca: Gabriela Miraglia Ribeiro (PIBIC/UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014018
Orientador: Silvio Marques Zanata Co-orientador: Michele Dietrich Moura Costa
Colaborador: Caroline Fidalgo Ribeiro (PIBITI-Bolsista UFPR-TN)
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: tumor Engelbreth Holm Swarm, laminina, membrana basal.
rea de Conhecimento: 2.08.01.00-9
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O estresse oxidativo tem sido implicado na patognese de vrias doenas, inclusive a doena renal crnica (DRC). Esta abrange diferentes
processos patosiolgicos associados a uma funo renal anormal e a uma diminuio progressiva da taxa de ltrao glomerular. O potencial
de reduo plasmtico do par cistena/cistina (Eh
CySS / CyS
) tem sido utilizado para quanticar o estresse oxidativo. Utilizando metodologia
baseada em HPLC com deteco eletroqumica, medimos as concentraes plasmticas de cistena (CyS) e cistina (CySS) de pacientes
com doena renal crnica (estgios 1-5), pacientes em hemodilise, e indivduos saudveis, para determinar os seus Eh
CySS / CyS.
Nossos
resultados mostraram que o plasma dos pacientes em hemodilise (-100 + 6,12 mV) so signicativamente (p < 0,05) mais oxidados do
que o de indivduos saudveis (-129,12 + 6,92 mV), e que o potencial de reduo aumentou com a progresso da doena (de -122,5 + 5,17
a -100 + 6,12 mV). Uma correlao entre a taxa ltrao glomerular e Eh
CySS / CyS
entre os grupos saudvel e DRC tambm foi encontrado
(R
2
= 0,59 e P <0,005). O mtodo empregado no presente estudo mostrou-se satisfatrio para a avaliao do estresse oxidativo em doentes
renais crnicos. Os dados encontrados no estudo apontaram uma tendncia de aumento no Eh medida que a DRC avana, mostrando uma
signicncia estatstica (P < 0,05) apenas do grupo de pacientes em dilise em relao aos demais. Estes resultados sugerem, portanto, que
h de fato um aumento no estresse oxidativo ao longo do avano da doena, principalmente naqueles pacientes submetidos hemodilise.
Tripes so apontados como causadores de deformaes em morangos, tornando-os pequenos e com falhas de crescimento. Pelo seu tamanho
pequeno e cores normalmente claras, somente so percebidos quando os danos j esto instalados. Tendo em vista a sua importncia como
praga agrcola e a carncia de informaes sobre ocorrncia na cultura do morangueiro no Paran, pesquisas visando a deteco da presena
desta praga podero contribuir na interveno no seu crescimento populacional. Parchen (2009) avaliou mtodos de amostragem de tripes
(Moericke amarela; Moericke modicada com Pet nas cores azul, amarela e branca), nas cultivares Aromas e Albion e concluiu que a Pet
azul coletou signicativamente mais insetos. A partir desses resultados, a presente pesquisa avaliou a ecincia de armadilhas cromotrpicas
do tipo Moericke nos tons Azul Celeste e Azul Olmpico (Lazzuril), na captura de tripes tfagos na cultura do morangueiro. O experimento
foi realizado em lavoura comercial em So Jos dos Pinhais, PR, no perodo de agosto/2009 a junho/2010. No perodo de agosto/2009 a
janeiro/2010 foram realizadas coletas semanais na rea experimental, entretanto as plantas no se desenvolveram adequadamente, sendo
quase inexistente a presena de ores e conseqente ausncia de frutos. A lavoura foi erradicada em janeiro/2010, inviabilizando a realizao
da avaliao de danos em frutos. O experimento foi reiniciado em uma lavoura de cultivar Albion com produo de ores e frutos. A rea
experimental era de 0,2 ha, conduzida no sistema de produo integrada, em 2 tneis do tipo Hermano. Em cada tnel, as plantas foram
cultivadas em 6 canteiros, num espaamento de 0,3 x 0,3 m totalizando 2.000 plantas por tnel. Foram distribudas de forma aleatria 10
armadilhas de cada tonalidade, espaadas 6 metros entre si. As armadilhas foram preenchidas com soluo de gua e detergente, e feitas
as coletas e triagens semanais. Foram realizadas 16 coletas e capturados 11.204 exemplares de tripes pertencentes s famlias Thripidae
e Phlaeothripidae. A ocorrncia de tripes teve um pico populacional nos meses de maro e abril, diferente do estudo anterior (Parchen,
2009) onde o pico ocorreu em janeiro e fevereiro. A espcie de maior ocorrncia no cultivo do morangueiro em So Jos dos Pinhais, PR
foi Frankliniella occidentalis (Pergande). Nas condies do presente estudo, resultados demonstraram que os tons Celeste e Olmpico da
armadilha, nos padres testados, no apresentaram efeito signicativo (p - valor = 0.3443) na coleta de F. occidentalis. Apoio nanceiro:
CNPq, MAPA.
DETERMINAO DO POTENCIAL REDOX DO PAR CISTENA E CISTINA EM PLASMA DE
DOENTES RENAIS CRNICOS EM DIFERENTES ESTGIOS DA DOENA
IDENTIFICAO E CARACTERIZAO DE DANOS DE TRIPES (THYSANOPTERA) NA CULTURA DE
MORANGO SOB SISTEMA DE PRODUO INTEGRADA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Helena Hiemisch Lobo Borba (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022609
Orientador: Lia Sumie Nakao
Colaborador: Giuseppe Biondi Batista, Silvia Danile Rodrigues, Max Ingberman, Roberto Pecoits-Filho, Patricia Rebutini
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: potencial de reduo, estresse oxidativo, doena renal crnica.
rea de Conhecimento: 5.05.03.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Heloise Anne Parchen (UFPR/ TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023399
Orientador: Maria Aparecida Cassilha Zawadneak
Colaboradores: Roni Mendes; Eneida Dolci e Taciana Kuhn
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Frankliniella occidentalis; identifcao; armadilhas cromotrpicas azuis
rea de Conhecimento: Fitossanidade - 5.01.02.00-1
0353
0354
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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O caf um importante bem de consumo no mercado mundial, sobretudo para o Brasil, visto que maior parte da produo nacional
destinada exportao. Entretanto, as altas contaminaes dos gros de Coffea arabica por fungos prejudicam o comrcio internacional
devido s legislaes dos pases compradores para nveis elevados de micotoxinas nos gros, como a ocratoxina A (OTA). A OTA tem ao
imunossupressora, teratognica, carcinognica e nefrotxica. A produo de micotoxinas est diretamente ligada quantidade de fungos
presentes no produto aps o processamento, sendo que a maior parte da sntese dessas toxinas ocorre durante a estocagem por motivo da
temperatura, umidade e aerao dos armazns. As principais vias de processamento dos gros de caf so atravs da via seca e a via mida, na
primeira, os gros de caf so processados de maneira artesanal e na segunda, os gros so descascados e lavados durante o processamento.
O objetivo do presente projeto foi isolar e identicar a microbiota fngica de gros de Coffea arabica provenientes de regies cafeeiras do
estado do Paran e correlacionar a quantidade de fungos com o mtodo de processamento e observar a presena de fungos potencialmente
produtores de ocratoxina A. Foram analisadas 29 amostras de gros de caf Coffea arabica processados pela via seca ou mida. Para o
isolamento foram distribuidos cinco gros em placa contendo meio de cultivo gar DRBC, em triplicata. Para a identicao dos fungos foi
utilizada a tcnica do microcultivo e para evidenciar a presena de potenciais produtores de ocratoxina A foi utilizada a tcnica de cultivo
em gar coco com isolados de Aspergillus seo Nigri obtidos previamente a partir das amostras de caf. Os gneros identicados foram:
Aspergillus sp., Penicilium sp., Acremonium sp. e Dreschlera sp. Correlacionando a presena de fungos e as duas vias de processamento
do caf atravs da Anlise da Varincia (ANOVA) e pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade, constatou-se que no houve diferena
signicativa entre os dois mtodos de processamento de caf e a quantidade de fungos encontrados. O uso de meio de cultivo gar coco
evidenciou a presena de 9 isolados potencialmente produtores de ocratoxina A.
A espcie Eucalyptus benthamii uma das principais espcies de eucalipto plantadas na regio sul do Brasil, por sua resistncia geadas e, por
seu uso na produo orestal (energia). Para essa espcie, as principais doenas ocorrentes em viveiros so o odio e o mofo-cinzento. Uma
das alternativas para o controle dessas doenas o controle biolgico com fungos endofticos, os quais podem competir com os patgenos na
losfera de mudas de eucalipto. O objetivo deste trabalho foi isolar, identicar e avaliar microrganismos endofticos em mudas de Eucalyptus
benthamii. As mudas foram coletadas com cerca de 3 meses de idade, de um viveiro no municpio de Guarapuava, PR. A tcnica utilizada
para a obteno de fungos endofticos consistiu na imerso de discos de folhas e segmentos de hastes, lavadas em gua corrente, em gua
destilada esterilizada, etanol 70 %, hipoclorito de sdio 3 %, etanol 70 % e, nalmente, lavados trs vezes em gua destilada esterilizada.
Os discos foliares e os segmentos de hastes foram transferidos para meio BDA (Batata Dextrose Agar) + estreptomicina (100 g.mL
-1
) e
incubados a 25 1 C em cmara BOD sob luz contnua por 7 dias. As colnias que apresentaram macromorfologias distintas foram isoladas
em BDA e incubadas nas condies descritas acima. Para a identicao dos isolados foram utilizados critrios macro e micromorfolgicos.
Foram isolados 68 fungos endofticos, separados em 14 morfotipos, entre eles identicados os gneros: Alternaria sp, Amblyosporium
sp, Aspergillus sp, Penicilium sp, Rhizoctonia sp e Trichoderma sp presentes em discos foliares e, Pestalotiopsis sp e Phoma sp presentes
em segmentos de hastes, sendo que o gnero Helminthosporium sp foi identicado nos dois tipos de amostras. Foram realizados testes de
controle biolgico in vitro, que consistiram no pareamento entre os fungos endofticos e os patgenos em questo, apresentando resultados
signicativos para alguns gneros como Trichoderma sp e Helminthosporium sp, que evidenciaram seu potencial de controle para com
inibio do desenvolvimento das colnias dos fungos Oidium sp e Botrytis cinerea, causadores das doenas. A prxima etapa consistir em
testes de controle biolgico in vivo, em condies de viveiro comercial, contra o odio e o mofo-cinzento em eucalipto.
MICROBIOTA FNGICA ASSOCIADA QUALIDADE DO CAF PROCESSADO POR VIA MIDA E
POR VIA SECA
N ISOLAMENTO E IDENTIFICAO DE MICRORGANISMOS ENDOFTICOS DE MUDAS DE
Eucalyptus benthamii VISANDO O CONTROLE BIOLGICO DE DOENAS DE VIVEIRO.
Aluno de Iniciao Cientfca: Joo Guilherme Rodenbusch Destro (IC-voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021253
Orientador: Ida Chapaval Pimentel Co-Orientador: Patrcia do Rocio Dalzoto
Colaboradores: Sabina Moser Tralamazza (MESTRANDA/Reuni) Carlos Roberto Ney da Silva (ESTAGIRIO), ngela Bozza (MESTRANDA/
Capes).
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Fungos; Caf; Ocratoxina A.
rea de Conhecimento Microbiologia - 2.12.00.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Jos Antonio Sbravatti Junior (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022595
Orientador: Ida Chapaval Pimentel Co-Orientador: Celso Garcia Auer; Patricia R. Dalzoto
Colaborador: Lus F. Calabresi Filho (estgio voluntrio)
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Eucalyptus, fungos endofticos, biocontrole.
rea de Conhecimento: Proteo Florestal - 5.02.01.08-5
0355
0356
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Envenenamento causado por escorpies representa srio problema mdico-sanitrio em vrias partes do mundo. No Brasil, a espcie Tityus
serrulatus (Ts) considerada a mais importante, por ser responsvel pelo maior nmero de acidentes. A mortalidade tem sido reduzida devido
utilizao de soros antiescorpinicos, que o nico tratamento teraputico reconhecido. No entanto, existe a possibilidade de alguns pacientes
desencadearem reaes imunolgicas indesejadas por se tratarem de molculas heterlogas. Visando um tratamento mais ecaz, alguns
grupos desenvolveram tcnicas para obteno de antitoxinas atravs da produo de anticorpos recombinantes. Assim, nosso objetivo ser
o screening e a produo de fragmentos recombinantes de imunoglobulinas capazes de reconhecer e neutralizar os efeitos txicos induzidos
pelo veneno do escorpio Ts. O presente trabalho partiu de um banco de anticorpos recombinantes especcos contra toxina escorpinica
previamente preparado. Com a utilizao da tcnica de phage display para a expresso dos anticorpos na superfcie de bacterifagos, foram
realizados ciclos de biopannings com intuito de selecionar os fragmentos mais especcos frao mais txica presente no veneno do
Tityus serrulatus, a TstFG
50
. Os pools de fagos obtidos ao nal de cada panning tiveram sua especicidade testada por meio de ensaios de
ELISA. O panning com maior reatividade, P2, foi utilizado em ensaios de isolamento de clones e para conrmao quanto presena de
inserto, esses foram testados aleatoriamente por PCR de colnia. Foram realizadas minipreps do material plasmidial das colnias positivas
e, atravs de eletroporaes e transformaes qumicas, os clones foram expressos em duas diferentes cepas de bactrias E. coli - K-91 e
xl
1
-blue. Os clones positivos foram ento amplicados, apresentados na superfcie de bacterifagos e testados em novos ensaios de ELISA,
frente reatividade com TstFG
50
ligada biotina. Os nossos resultados indicam que houve um melhor nvel de amplicao e infeco ao
utilizar a cepa xl
1
-blue e, dos clones testados por ELISA, dois deles apresentaram maior reatividade. A perspectiva para continuidade deste
trabalho ser a expresso do maior nmero de clones positivos solveis. Suporte Financeiro: CNPq/UFPR.
As amebas de vida livre do gnero Acanthamoeba tm sido muito estudadas atualmente devido a sua capacidade de causar infeces no ser
humano. Uma delas a ceratite por Acanthamoeba (CA), um processo infeccioso da crnea cuja incidncia tem crescido entre usurios de
lente de contato, principalmente devido s condies inadequadas de higiene com as lentes. Geralmente o diagnstico da CA tardio, por
ter sinais e sintomas similares nas diferentes etiologias de ceratite. A cultura o padro ouro para o diagnstico da CA, porm a demora
do resultado e a sua baixa sensibilidade tornam o mtodo limitado. Com isto, o desenvolvimento de uma tcnica mais rpida, sensvel e
especca para o diagnstico da CA de grande importncia. Este trabalho objetivou a comparao da ecincia entre dois mtodos de
extrao de DNA e a padronizao da tcnica de PCR (Reao em Cadeia da Polimerase), bem como a determinao de sua sensibilidade. A
partir de uma cultura axnica de Acanthamoeba sp., foram separadas alquotas contendo 100, 10, 5 e 1 amebas, tanto para trofozotos, quanto
para cistos. Destas alquotas, realizou-se a extrao do DNA por meio do kit comercial Charge Switch (Invitrogen) ou por meio de um
processo de lise alcalina com polivinilpolipirrolidona (PVPP). A PCR foi realizada utilizando os iniciadores JDP1 e JDP2, que amplicam
uma regio de 450 pares de base do gene 18S do DNA ribossmico (18S rDNA). Devido a baixa sensibilidade de deteco apresentada por
esta PCR, foi realizada a semi-nested PCR (snPCR) utilizando os iniciadores A1 e JDP2, que amplicam um fragmento de 120-160 pares
de base a partir dos amplicados da primeira PCR. Os resultados foram averiguados aps eletroforese em gel de poliacrilamida corado pela
prata. Independentemente do mtodo de extrao, foram necessrios no mnimo 100 trofozotos para observar positividade na PCR. Na
snPCR, quando utilizado o kit de extrao, foram observados sinais de amplicao nas amostras contendo at 1 trofozoto e at 1 cisto.
Quando a extrao foi realizada por lise alcalina e PVPP, a sensibilidade de deteco da snPCR foi de at 1 trofozoto e at 100 cistos. Com
os dados obtidos, foi possvel concluir que a maior sensibilidade na deteco do DNA de Acanthamoeba conseguida com o uso do kit e
da snPCR. Portanto, ela se apresenta como uma opo para a deteco da infeco, mesmo quando o nmero de protozorios na amostra
clnica for pequeno ou quando a amostra apresentar cistos, os quais so mais resistentes aos mtodos de extrao.
CARACTERIZAO IMUNOLGICA DE FRAGMENTOS DE ANTICORPOS RECOMBINANTES
FRENTE A TOXINAS ESCORPINICAS
AVALIAO DE MTODOS DE EXTRAO DE DNA E PCR
(REAO EM CADEIA DA POLIMERASE) PARA DETECO DE Acanthamoeba
Aluno de Iniciao Cientfca: Karla Yukari Katayama (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022566
Orientador: Larissa Magalhes Alvarenga Co-Orientador: Juliana Ferreira de Moura
Colaborador: Carine Andrade Celeira de Lima (IC Voluntria)
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: phage display, screening, escorpionismo.
rea de Conhecimento: 2.11.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Lucas Oliveira Rocha (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022567
Orientador: Adriana Oliveira Costa
Colaborador: Fagner Salmazo Neiva (MESTRANDO/REUNI)
Departamento: Parasitologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Acanthamoeba, PCR, ceratite.
rea de Conhecimento: Protozoologia de Parasitos - 2.13.01.00-0
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Casos de envenenamento com o veneno de aranhas do gnero Loxosceles apresentam alta incidncia no Brasil, principalmente nas regies
sul e sudeste. As espcies mais comuns so L. intermedia, L. gaucho e L. laeta, sendo que a primeira acomete cerca de 2000 casos reportados
por ano na regio metropolitana de Curitiba. O veneno pode gerar vrios efeitos biolgicos, como edema, vasodilatao, hemorragia local,
dermonecrose e efeitos sistmicos, como hemlise, coagulao intravascular disseminada e falncia renal. O tratamento atual consiste na
aplicao de soro heterlogo policlonal, que gera neutralizao, porm no especco para as protenas ativas do veneno e pode gerar
resposta imune no hospedeiro, alm de outros efeitos colaterais. O presente trabalho tem por objetivo a obteno do cDNA do fragmento
varivel de um anticorpo monoclonal mAb 7, previamente caracterizado, como sendo capaz de neutralizar os efeitos biolgicos do veneno
de L. intermedia. A utilizao de fragmentos variveis de cadeia nica (single-chain fragment variable scFv) apresenta vantagens se
comparada ao uso de anticorpos convencionais (Igs), pois os scFv possuem rpida difuso e perfuso nos tecidos, baixa imunogenicidade,
baixa reteno renal e no requer a montagem e enovelamento dos Igs. Para a construo do scFv foram utilizados hibridomas murinos
secretores do anticorpo monoclonal mAb7. Aps o cultivo celular in vitro dessas clulas, foi realizada a extrao de RNA das mesmas.
Em seguida utilizou-se da tcnica de PCR da transcriptase reversa para a obteno do cDNA anticorpo produzido. Utilizaram-se primers
especcos que continham regies constantes para diferentes tipos de anticorpos de camundongos, podendo-se assim identicar o isotipo
do anticorpo. Feito isso, realizou-se uma PCR utilizando primers especcos para a obteno de fragmentos de cDNA correspondentes
s partes variveis das cadeias leve (VL) e pesada (VH) do anticorpo. Esses primers permitiram atravs de uma nova PCR a unio das
cadeias VL e VH, o que gerou o DNA codicante do scFv. Uma terceira PCR foi realizada com o intuito de completar e amplicar o scFv,
nela foram utilizados primers que inseriram stios de restrio distintos nas duas extremidades do scFv. A unio e puricao deste foram
comprovadas por eletroforese. O objetivo futuro expressar esse scFv de maneira recombinante para que assim este possa vir a ser uma
alternativa ao tratamento convencional s leses do veneno de L. intermedia.
A Mimosa scabrella, popularmente conhecida como Bracatinga, uma espcie orestal nativa do sul do Brasil. Suas sementes fornecem
uma galactomanana, com relao Man:Gal 1,1:1. O objetivo deste estudo foi avaliar a ao imunomoduladora dos polissacardeos nativo
(BR) e sinteticamente sulfatado (BRS, sulfato = 15,3%, grau de derivatizao = 0,62) de sementes de M. scabrella por meio da reao de
neutralizao do soro de camundongos imunizados com o vrus Herpes simplex tipo 1 inativado (HSV-1, 8x10
5
TCID
50.
Estes ensaios foram
realizados em placas de 96 poos sobre monocamadas de clulas Vero utilizando suspenso viral de desao a 100TCID
50
. Os soros foram
obtidos por puno do plexo periorbital a partir de 6 grupos de 4 camundongos Swiss cada. A imunizao foi feita em estudo anterior, e
foram utilizados animais de 8 semanas, aplicando-se 0,1mL via IP, totalizando 16 aplicaes em um perodo de 4 semanas: Grupo 1 (G1)
- Suspenso inativada de vrus HSV-1 (8x10
5
TCID
50
); Grupo 2 (G2) - Suspenso viral + Gel de Al(OH)
3
3%; Grupo 3 (G3) - Suspenso
viral + BR 0,2 mg/mL; Grupo 4 (G4) - Suspenso viral + BR 0,4 mg/mL; Grupo 5 (G5) - Suspenso viral + BRS 0,2 mg/mL; Grupo
6 (G6) - Suspenso viral + BRS 0,4 mg/mL. Para a realizao do ensaio de soroneutralizao, previamente inoculao nas placas, os
soros (diluies entre 10
-1
e 10
-2,2
) foram misturados suspenso viral de desao (100TCID
50
) e incubados por 60 min em estufa a 37
o
C
para a reao de neutralizao. Aps esse perodo, as misturas foram adicionadas s placas, que foram incubadas em estufa por 96h, a 37C
e 5% CO
2
. A leitura foi realizada em microscpio ptico de campo invertido com aumento de 100 vezes, considerando-se positivos os
poos com focos de efeito citoptico (ECP). Foram determinadas as diluies dos soros que reduziriam 100 vezes a carga viral de desao
utilizada nos testes, obtendo-se G1 = <10
-1
, G2 = 10
-1,75
, G3 = 10
-1,02
, G4 = <10
-1
, G5 = 10
-1,24
, G6 = 10
-1,70
. A comparao dos resultados
dos grupos com polissacardeos em relao ao grupo controle indicou que houve maior produo de anticorpos neutralizantes anti-HSV-1
na seguinte ordem: G2/G1 = 6, G6/G1 = 5, G5/G1 = 2, G4/G1 = 1, G3/G1 = 1. BRS, na maior concentrao testada, apresentou resposta
como imunomodulador semelhante ao do gel de Al(OH)
3
enquanto BR teve resposta semelhante ao grupo controle, indicando que, para a
galactomanana de M. scabrella, a presena de grupamentos sulfato foi importante para a sua atividade adjuvante.
PRODUO E CARACTERIZAO DE ANTICORPOS RECOMBINANTES CONTRA TOXINAS DO
VENENO DA ARANHA LOXOCELES INTERMEDIA
AVALIAO DA ATIVIDADE IMUNOMODULADORA ANTI-HERPTICA DE GALACTOMANANA DE
SEMENTES DE Mimosa scabrella EM CAMUNDONGOS.
Aluno de Iniciao Cientfca: Lus Felipe Minozzo Figueiredo (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023610
Orientador: Larissa Magalhes Alvarenga Co-Orientador: Juliana Ferreira de Moura
Colaborador: Carine Andrade Celeira de Lima, Anna Paula Cruz Garcia.
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: scFv, loxoscelismo, monoclonal.
rea de Conhecimento: 2.11.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Luka David Lechinewski (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017090
Orientador: Lucy Ono
Colaborador: Adriana Simes Bravos, Cleverson Patussi, Maria Rita Sierakowski
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: galactomanana, Mimosa scabrella, HSV-1.
rea de Conhecimento: Microbiologia Aplicada 2.12.02.00-1
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Toxoplasmose uma zoonose cosmopolita causada pelo protozorio Toxoplasma gondii. Em humanos, os sintomas variam de uma febre
leve a srias manifestaes no sistema nervoso central nas infeces congnitas e encefalites severas em pacientes imunodecientes. O
diagnstico baseia-se na correlao entre a clnica, a sorologia para T. gondii e a anlise de imagens neurolgicas, no caso da toxoplasmose
enceflica. H uma grande diculdade em se realizar o diagnstico diferencial entre a encefalite causada pelo protozorio em questo ou
por outros agentes como fungos, tumores ou at mesmo pela presena do Cysticercus cellulosae, causador da neurocisticercose. Isso se
deve principalmente ao fato de 30 a 60% da populao ter sorologia positiva para o T. gondii. Levando-se em considerao que h uma
expresso diferenciada de protenas nas diferentes formas evolutivas, uma alternativa seria a busca de protenas especcas de bradizotos,
forma localizada no crebro. Portanto, baseando-se em dados da literatura objetivo desse trabalho foi de padronizar a infeco in vitro de
clulas Hela, clulas epiteliais de carcinoma de cervix uterino humano) e induzir a formao de bradizotos ao se utilizar hidrocortizona
em diferentes concentraes. Para tanto, taquizotos, gentilmente cedidos pelo Dr. Ricardo Wagner da UFMG, recuperados por passagem
peritoneal de camundongos com a obteno mdia de 1,6 x10
6
taquizotos/ml os quais foram congelados em soro fetal bovino com 10%
de DMSO. Anteriormente passagem para a cultura de clulas Hela cogitou-se a hiptese de que outras linhagens celulares fossem
mais adequadas como as clulas Vero, provenientes do rim de um Macaco Verde africano (Cercopithecus aethiops) e, especialmente, as
clulas HRT do ingls human rectal tumor, devido ao fato do T. gondii penetrar em seres humanos atravs das clulas intestinais. Para a
comparao dessas linhagens de clulas foi observado a curva de crescimento em meio de cultivo obtendo como resultado um crescimento
mais acelerado das clulas Vero em relao linhagem de clulas HRT, que por sua vez crescem mais rapidamente que a linhagem de clulas
HeLa. Concluindo que, a utilizao das clulas Vero poderia ser uma vantagem na obteno de um nmero suciente de clulas para os
experimentos, mas que por outro lado o metabolismo mais rpido poderia no ser ideal para a multiplicao dos taquizotos, sendo assim
necessrios experimentos de infeces das clulas. Esses testes nos auxiliaro a escolher a linhagem mais adequada para a proliferao in
vitro do protozorio de forma que se possa obter a forma evolutiva de bradizotos aps o tratamento com hidrocortizona e conseqentemente,
permitir o estudo de protenas antignicas especcas dessa forma parasitria. Suporte nanceiro: Fundao Araucria/CNPq
O Alouatta guariba clamitans, Cabrera, 1940, uma das espcies de bugio existentes na Mata Atlntica.O presente trabalho descreveu
o padro de atividades de um grupo, assim como seus comportamentos sociais e a utilizao do espao em um remanescente de oresta
ombrla mista, localizado em So Jos dos Pinhais, Paran (2532S e 4906W). Os dados foram coletados entre abril de 2009 a maro
de 2010, em dois dias mensais. Para o oramento temporal utilizou-se a metodologia de varredura instantnea, com perodos amostrais de
5 minutos e intervalos de 15 minutos, totalizando 840 scans com 2167 registros (em 10 destes no foi possvel visualizar os animais). Esses
registros foram categorizados em: inatividade (66% dos registros), alimentao (18%), deslocamento (12%), e comportamentos sociais
(4%). A categoria inatividade dividiu-se em: sentados (92% dos eventos de deslocamento), de bruo (4%), pendurado (1,2%), costas (1%),
esttico (0,1%), quadrpede (0,7%) e agarrado me (2%). Os comportamentos alimentares foram principalmente folhas (50%) e sementes
(26%), seguido de frutos (16%), brotos (5%) e ores (3%). O deslocamento foi primordialmente andando (91,6%), mas houve correndo
(4%), saltando (4%) e trepando (0,4). Os dados coletados no foram sucientes para estimar a rea de vida do grupo. Como comportamentos
sociais so mal amostrados por essa tcnica, utilizou-se o mtodo de todas as ocorrncias. Registrou-se 460 eventos, sendo maioria as
cataes (52%), seguida de agonsmos (26,4%), comunicaes (19%), brincadeiras (2%) e sexuais (0,6%). As cataes foram efetivadas,
em sua maioria, pela fmea adulta 1, FA1 (58%) e os indivduos que mais receberam foram: macho adulto 1, MA1 (43%) e juvenil 1, JUV1
(31%). Os agonsmos mais freqentes foram as agresses (39%) e as investidas (29%). J as comunicaes ocorreram primordialmente por
latidos (39%) e balidos (24%). Os nicos comportamentos sexuais registrados foram: cpula (67%) e inspeo genital (33%), estes ocorreram
somente entre MA1 e FA1. Este trabalho evidenciou que na maior parte do tempo os bugios permanecem inativos, devido digesto custosa
de folhas, alm disso, importante ressaltar o alto consumo de sementes, sendo na sua maioria de Araucaria angustiflia, um importante
item alimentar no inverno. O deslocamento possui pequena proporo nas atividades dirias, sendo visto no forrageamento e na busca por
rvores de dormida. Nos comportamentos sociais, no foi registrado nenhum rugido, isso pode ter ocorrido porque no h nenhuma rea
de sobreposio com outro grupo. A baixa ocorrncia de brincadeiras acontece por haver apenas um juvenil. Apesar dos poucos episdios
de comportamentos sexuais, o fato de relacionarem apenas FA1 e MA1 demonstra uma possvel posio dominante desses indivduos.
INDUO EXPERIMENTAL DA FORMA EVOLUTIVA DE BRADIZOTOS E FORMAO DE CISTO
DE TOXOPLASMA GONDII EM CULTURA DE CLULAS HELA.
COMPORTAMENTO SOCIAL E UTILIZAO DO ESPAO POR Alouatta guariba clamitans, CABRERA
(Primates, Atelidae) EM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRFILA MISTA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Ronaldo Muramoto Nakato (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021203
Orientador: Juliana Ferreira de Moura Co-Orientador: Larissa Magalhes Alvarenga
Colaborador: Joo Carlos Degraf Muzzi (IC-voluntria), Karla Yukari Katayama (UFPR/TN)
Departamento: Patologia Bsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Toxoplasma gondii, imunodiagnstico, cultura de clulas
rea de Conhecimento: 2.11.04.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Amanda Louize Andrade (PIBIC/VOLUNTRIO)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021312
Orientador: Fernando de Camargo Passos
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: bugio-ruivo, Mata Atlntica.
rea de Conhecimento: 2.04.04.00-0
0361
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Pesquisas sobre recrutamento e sucesso em comunidades bnticas tm se fundamentado em coletas de dados separados por intervalos de
um ms ou mais. Esse tempo pode ser muito longo para observao dos hidrozorios, organismos pioneiros na colonizao de substratos
disponveis, uma vez que muitos j aparecem degenerados ao nal destes perodos. Assim, este trabalho teve o objetivo de avaliar o
crescimento e desenvolvimento inicial de espcies da famlia Campanulariidae, sobre substrato articial, em ambiente natural. Trs placas
de polietileno negro, de 12x12cm, lixadas, foram amarradas em estrutura utuante no Iate Clube de Paranagu - PR entre 14/01/2010 e
29/01/2010, e seis, na praia do Segredo, So Sebastio SP, no perodo de 5/02/2010 a 23/02/2010. A cada 48 horas, a partir do 3 dia de
submerso, as placas eram analisadas sob lupa, com o auxlio de uma grade com 121 quadrculas de 1 cm, estimando-se a rea ocupada
de cada colnia e contando-se o nmero de polipeiros e hidrantes. Em Paranagu, observou-se 4, 7 e 8 recrutamentos de Obelia bidentata
(Clarke, 1875), Clytia gracilis (M. Sars, 1850) e C. linearis (Thornely, 1899), respectivamente. Somente uma destas colnias, entretanto,
sobreviveu tempo suciente para a anlise das taxas de crescimento, provavelmente devido maior abundncia do hidride atecado Garveia
franciscana (Torrey, 1902), uma vez que os principais predadores citados em experimentos anteriores, Pycnogonida e Nudibranchia, ainda
no estavam presentes nas placas. Em So Sebastio, os campanulardeos foram dominantes na comunidade inicial, com 13, 7 e 17 colnias
de C. gracilis, O. dichotoma (Linnaeus, 1758) e O. bidentata respectivamente, das quais foi possvel analisar o crescimento de trs de
cada espcie. As mdias de rea, nmero de polipeiros e de hidrantes demonstraram que houve crescimento potencial em O. bidentata
(R=0,9766; 0,9935 e 0,9874 respectivamente) e exponencial em O. dichotoma (R=0,9909; 0,9858 e 0,9717) e C. gracilis (R=0,9714,
0,9971, 0,9978). Estes resultados indicam que a colonizao completa do substrato, ao trmino de um ms, resultou do rpido crescimento
das colnias e no de novos recrutamentos, contradizendo a expectativa de maior nmero de recrutas, seguindo as caractersticas pioneira
e oportunista deste grupo. Sugere-se ainda que estudos de recrutamento e de sucesso de comunidades incrustantes fundamentem-se em
intervalos de at 15 dias, perodo em que o ciclo de vida destes organismos pioneiros j pode estar completo, evitando a interpretao
incorreta da formao inicial da comunidade.
Spodoptera eridania uma praga polfaga conhecida por seus hbitos desfolhadores em diversas culturas de interesse econmico, entre elas
algodo e soja, sendo recentemente tambm observada em culturas de tomate. Para o controle desta praga, a utilizao de mtodos alternativos
como o controle biolgico tem sido indicados. Porm antes de se propor este mtodo de controle, deve-se conhecer o comportamento e
biologia da praga, bem como mtodos que facilitem sua criao em laboratrio. Sendo assim, realizou-se um experimento com objetivo
de se comparar a criao da praga em dieta natural e articial. Foram individualizadas 50 lagartas recm eclodidas em dieta natural (com
folhas de tomate) e em dieta articial, as quais foram mantidas em cmaras climatizadas com temperatura de 20C e fotofase de 12 horas.
Avaliou-se dados da biologia do inseto como o perodo larval e pupal, peso da pupa, razo sexual, taxa de mortalidade e deformidades nos
adultos. O perodo larval em dieta articial foi signicativamente maior do que em dieta natural com diferena de aproximadamente 11
dias. J o perodo pupal e o peso das pupas no diferiram signicativamente, porm os melhores resultados obtidos foram com os insetos
criados em dieta natural. Apesar da dieta articial ter aumentado o tempo de desenvolvimento de S. eridania em relao a dieta natural,
para ns de criao em laboratrio a aplicao da dieta torna-se vantajosa, uma vez que facilita a criao do inseto. Visando-se melhores
resultados para a criao em dieta articial, testes vem sendo realizados com o intuito de se vericar a adaptao do inseto ao longo de
geraes quando criados nesta condio.
RECRUTAMENTO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE COLNIAS DE CAMPANULARIIDAE
(CNIDARIA, HYDROZOA) EM SUBSTRATO ARTIFICIAL NA BAA DE PARANAGU, PARAN E NO
CANAL DE SO SEBASTIO, SO PAULO
INFLUNCIA DE DIETAS NATURAIS E ARTIFICIAIS SOBRE O DESENVOLVIMENTO E
REPRODUO DE Spodoptera eridania (Lepidoptera: Noctuidae)
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Caroline Cabral (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023679
Orientadora: Maria Anglica Haddad
Colaboradora: Bruna Louise Pereira Luz (ESTAGIRIA)
Departamento: Zoologia. Setor: Cincias Biolgicas.
Palavras-chave: Campanulariidae; Crescimento; Recrutamento.
rea de Conhecimento: 2.05.02.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Jlia Cunha (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022632
Orientador: Luis Amilton Foerster Co-Orientador: Marion do Rocio Foerster
Colaboradores: Carla Pedroso de Moraes (Doutoranda-CAPES), Cesar Augusto Marchioro (Doutorando-CAPES), Eliziane Carvalho
Gudes (Estagiaria) e Flvia da Silva Krechemer (Doutoranda-CAPES).
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: biologia, tomate, praga
rea de Conhecimento: Fitossanidade - 5.01.02.00-1
0363
0364
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Hydractinia carnea um hidrozorio polimrco encontrado em abundncia em substratos experimentais instalados no Iate Clube de
Paranagu, situado s margens do Rio Itiber, Paranagu, Paran. Em agosto/2007, observou-se que havia colnias parasitadas pelo
Pycnogonida Anoplodactylus stictus Marcus, 1940. Essa relao de endoparasitismo entre Cnidaria e Pycnogonida, que se caracteriza
pelo encistamento das protoninfas no interior dos hidrantes, denominados agora de gallzooids, ainda no havia sido registrada no Brasil.
Assim, com o objetivo de avaliar os efeitos do parasitismo no desenvolvimento das colnias de H. carnea, 52 placas de polietileno foram
amarradas nas marinas do Iate Clube, em fevereiro/2007. Mensalmente, at fevereiro/2008, quatro placas eram retiradas aleatoriamente,
xadas em formalina 4% e analisadas lupa. A composio porcentual dos zoides, dos espinhos quitinosos (estruturas caractersticas de
Hydractiniidae) e dos gallzooids foi estimada com auxlio de uma grade divida em 81 quadrculas e os valores foram convertidos em cm
2
(rea da quadrcula: 1,96 cm
2
). H. carnea colonizou as placas desde abril/2007 a fevereiro/2008, havendo colnias parasitadas (com ao menos
um gallzooid) de junho a setembro e em novembro/2007. As dimenses mdias das colnias parasitadas variaram de 5,39 a 87,96 cm
2
e
das desparasitadas foi menor, de 0,37 a 38,77 cm
2
. A rea de cobertura dos gallzooids foi pequena durante todo o perodo de parasitismo,
0,01cm
2
em junho/2007 a 3,41cm
2
em agosto/2007, ms em que todas as colnias (N=13) estavam parasitadas. Os tentaculozoides cobriram
reas menores do que os gallzooids. Os espinhos quitinosos cobriram a maior parte das colnias parasitadas, 21,81cm
2
em mdia,
enquanto que das desparasitadas, a rea de cobertura, 3,35cm
2
, superou somente a dos tentaculozoides. Os gastrozoides somaram a maior
rea mdia entre os zoides das colnias parasitadas e desparasitadas. A partir de agosto, a abundncia de H. carnea declinou quanto ao
nmero de colnias, 13 em agosto para 4 em setembro, e rea mdia, 51,07cm
2
em setembro para 5,36 cm
2
em outubro/2007. O perodo
de parasitismo coincidiu com o nal do ciclo de vida de H. carnea, representado pelo maior tamanho das colnias e pela predominncia
de espinhos, indicando que colnias com mais tempo de vida podem ser mais suscetveis ao parasitismo. Essas caractersticas, aliadas
baixa cobertura de gallzooids, sugerem que o fator mais inuente na reduo na ocorrncia de H. carnea foi o ciclo anual de atividade
do hidride e no o endoparasitismo.
Os Culicinae so de grande interesse em sade pblica, pois rene espcies vetoras de arbovrus, como o da dengue e febre amarela,
ocorrendo em uma grande diversidade de habitats. Estudos faunsticos podem subsidiar a ampliao do conhecimento do txon revelando
eventualmente novas espcies, assim como permitir o acompanhamento da dinmica das populaes de Culicinae frente s alteraes
ambientais provocadas pela atividade antrpica, em determinada rea e as implicaes no cenrio epidemiolgico. Diante da importncia
do bioma de Mata Atlntica o objetivo do estudo foi detectar espcies de Culicinae que utilizam habitat sob preservao com histrico
de profundas alteraes ambientais. No perodo de julho de 2008 a junho de 2009 na rea de preservao Morro da Mina, localizado na
plancie do litoral do Estado do Paran, foram executadas incurses quinzenais no interior da mata que permitiram a identicao de 1575
fmeas representando 11 gneros e 29 espcies. Com destaque para os Sabethini, com 34% da riqueza total e as espcies Coquillettidia
albicosta, Culex ribeirensis e Coquillettidia hermanoi mais abundantes. As coletas realizadas na primavera apresentaram maior riqueza e
abundncia, muito embora no inverno que se registra a maior diversidade, suportado por maiores valores de equitabilidade. De acordo com
as ocorrncias das espcies, algumas foram registradas durante todo o ano como Runchomyia theobaldi e Runchomyia reversa. Podemos
ainda denir algumas que ocorrem em perodos marcados, Coquillettidia venezuelensis e Psorophora ferox, outras espcies foram pontuais,
ou acidentais, Wyeomyia galvaoi, Wyeomyia incaudata. A composio da fauna aponta para espcies com caractersticas de ocupao
de ambiente silvestre, Coquillettidia albicosta, Runchomyia theobaldi, demais sabetneos, e algumas espcies com preferncias para
rea de elevado impacto antrpico tais como Aedes scapularis, Coquillettidia venezuelensis. Ao se deparar com o encontro de espcies
facilmente adaptadas a condies antrpicas e ambientes alterados, Culex ribeirensis, Culex (Culex) Complexo Coronator, e espcies que
possivelmente atuam como vetores de determinados patgenos, Culex ribeirensis, Psorophora ferox entre outras, salienta-se a importncia
em sade pblica. A preservao ambiental aliada reconstituio de ecossistemas antes impactados pela atividade antrpica, quando
observado atravs da populao de Culicinae, aponta para necessidade de acompanhamento desta fauna em conseqncia da relevncia
epidemiolgica destes dpteros.
ENDOPARASITISMO DE Hydractinia carnea (M. SARS, 1846) (CNIDARIA: HYDROZOA) DA
COMUNIDADE INCRUSTANTE EM SUBSTRATO ARTIFICIAL NA FOZ DO RIO ITIBER,
PARANAGU, PARAN
FAUNA DE CULICINAE (DIPTERA, CULICIDAE) EM REA DE MATA ATLNTICA, ANTONINA,
PARAN, BRASIL.
Aluno de Iniciao Cientfca: Ariane Lima Bettim (IC/Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023679
Orientadora: Maria Anglica Haddad
Colaboradora: Luciana Altvater (MESTRANDO/CAPES)
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Hydractinia carnea, infuncia, endoparasitismo.
rea de Conhecimento: 2.05.02.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Betina Westphal (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021350
Orientador: Dr. Mario Antnio Navarro da Silva
Co-Orientador: Mrio Luis Pessa Guedes (Doutorando Ps-Graduao em Entomologia)
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Sabethini, Ecologia, Vetores.
rea de Conhecimento: 2.13.03.00-2
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O estudo da sucesso dos insetos associados decomposio de carcaas pode ser utilizado para soluo de crimes, como mtodo de
estimativa do intervalo postmortem, j que estes esto dentre as primeiras espcies animais a colonizar um cadver, utilizando-o como fonte
alimentar, stio de cpula e oviposio. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo inventariar a fauna de Coleoptera encontrada
em carcaa de Oryctolagus cuniculus (Lagomorpha) e compar-la nas diferentes fases da decomposio (fresca, inchada, putrefao e
seca), alm de vericar a inuncia da coleta de insetos sobre o tempo de decomposio da carcaa. O experimento foi realizado em um
fragmento de Floresta Ombrla Mista no Centro Politcnico (UFPR), Curitiba, PR. Foram utilizados dois coelhos com cerca de 1 kg
cada, sacricados por deslocamento cervical e fotografados diariamente para diferenciar as fases de decomposio. Os coelhos foram
acondicionados em gaiolas metlicas, sendo que ao redor de um deles foi instalada uma armadilha do tipo pitfall modicada, contendo
gua, sal grosso e gotas de detergente, e o outro permaneceu como controle. Coletas dirias foram realizadas por um ms, no vero de 2009,
sendo os insetos amostrados conservados em lcool 70%, e posteriormente identicados em microscpio estereoscpico, com o auxilio de
chaves de identicao. Foram capturados 459 espcimes pertencentes a 16 famlias, destas, Histeridae, Hydrophilidae, Leiodidae, Ptiliidae,
Scarabaeidae, Staphylinidae e Trogidae esto comumente associadas a carcaas. Staphylinidae foi a mais abundante, presente em todas as
fases de decomposio, com 73,64% dos exemplares; seguida de Histeridae e Ptiliidae, com 6,32% e 6,10% dos indivduos. As fases iniciais
de decomposio tiveram uma curta durao, e foram iguais nos dois coelhos, ou seja, no foi alterada pela retirada dos besouros. A maioria
dos besouros amostrados apresenta hbito predador (80,79%), com pico de abundncia no incio do estgio seco, devido ao fato do recurso
alimentar aumentar conforme a decomposio avana e as massas larvais de moscas se formam, decaindo quando estas deixam a carcaa
para empupar ao nal do estgio seco. Estes resultados evidenciam a importncia do mtodo de coleta na abundncia e diversidade das
famlias, pois divergem de trabalhos realizados com outros mtodos, sendo particularmente eciente na captura de espcimes de tamanho
reduzido. Conclui-se que armadilhas de solo devem ser utilizadas em estudos de sucesso entomolgica, de modo a melhor amostrar os
besouros associados a carcaas.
O gnero Pheidole um importante componente de comunidades de formigas nos Neotrpicos, freqentemente incluindo dezenas de espcies
ocorrendo simpatricamente. Contudo, pouco se sabe sobre a sua histria evolutiva e seus principais padres logeogrcos. No presente
estudo ser avaliado o grau de variabilidade gentica e divergncia entre populaes de um conjunto de espcies de Pheidole da Floresta
Atlntica. Espcies foram coletadas previamente e incluem amostras desde Pernambuco at Santa Catarina que permanecem conservadas
em tampo DMSO-EDTA em um freezer -80
o
C. O DNA de diferentes indivduos est sendo extrado com o rob de extrao iPrep, com
o kit especco (Invitrogen). As reaes de sequenciamento sero realizadas em um rob de reao Corbett, utilizando-se iniciadores
de regies nucleares e mitocondriais previamente desenvolvidos para esse m. Foram avaliados 2 loci mitocondrial (citocromo-oxidase
I e citocromo b) e 7 nucleares. Houve considervel variao entre loci no sucesso de amplicao e no nvel de variabilidade gentica
apresentada. Os protocolos moleculares se encontram em estgio nal de otimizao e podero ser utilizados no ano restante do projeto
para avaliar a variabilidade gentica das espcies estudadas.
FAUNA DE COLEOPTERA (INSECTA) ASSOCIADA CARCAA DE ORYCTOLAGUS CUNICULUS
(LAGOMORPHA) COLETADA EM ARMADILHAS DO TIPO PITFALL, EM CURITIBA, PR.
FILOCOM: DESENVOLVENDO FERRAMENTAS CONCEITUAIS E METODOLGICAS PARA
INTEGRAR INFORMAO FILOGENTICA A ESTUDOS ECOLGICOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Pasqualinoto Macari (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1999006599
Orientador: Lcia Massutti de Almeida
Co-Orientador: Kleber Makoto Mise
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: entomologia forense, sucesso entomolgica, colonizao cadavrica
rea de Conhecimento: Zoologia Aplicada - 2.04.06.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Carina Rauen Firkowski (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023538
Orientador: Marcio Roberto Pie
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: flogeografa, Pheidole, Floresta Atlntica.
rea de Conhecimento: 2.08.04.00-8
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Dando continuidade ao desenvolvimento do projeto e com o objetivo de conhecer e caracterizar os dpteros da famlia Ephydridae
(Acalyptratae) de ocorrncia no Estado do Paran, foram realizadas coletas nas seguintes localidades: Antonina (Reserva Natural Rio
Cachoeira; Ponta da Pita; praia), Bocaiva do Sul, Castro (Parque Lacustre; 8 km N), Cap. Lenidas Marques (Salto Caxias), Curitiba
(UFPR Mata Viva; Parque Iguau), Foz do Jordo (Salto Segredo), Morretes (Rio Me Catira, Serra do Mar), Paranagu (Rio Itiber) e
Matinhos (Parque Rio da Ona). Ainda, foi reunido material proveniente de Foz do Iguau, Londrina, Umuarama, Ponta Grossa e Santo
Antnio (Fazenda Dora) depositados nas colees entomolgicas: Coleo Entomolgica Padre Jesus Santiago Moure, Museu de Zoologia da
Universidade de So Paulo e Smithsonian Institution. As coletas foram realizadas com rede entomolgica e os exemplares foram montados
e identicados ao nvel de espcie, com a contribuio do Dr. Wayne N. Mathis (Smithsonian Institution). Foram identicadas 108 espcies
para o Estado do Paran, dentre as quais 96 so registradas pela primeira vez e trinta so espcies novas nos gneros: Mimapsilopa Cresson
(trs espcies); Rhysophora Cresson (duas); Discocerina Macquart (trs); Hydrochasma Hendel (trs); Lamproclasiopa Hendel (trs);
Allotrichoma Becker (uma); Diphuia Cresson (duas); Hydrellia Robineau-Desvoidy (trs); Notiphila Falln (cinco); Typopsilopa Cresson
(uma); Parydra Stenhammar (uma); Scatella Robineau-Desvoidy (duas) e Scatophila Becker (uma). A maioria das espcies registradas para
o Brasil possui ampla distribuio sendo normalmente conhecidas de outras localidades da Amrica do Sul e Regio Neotropical. Algumas
espcies como Hydrellia griseola Fllen e Discocerina obscurella Fllen podem ser consideradas cosmopolitas. Dentre os novos registros,
o gnero Rhysophora novo inclusive para o Brasil. As espcies deste gnero podem ter grande importncia no controle biolgico de
certas plantas aquticas. Duas espcies novas deste gnero: Rhysophora sp. n. 1 (coletada no Rio da Ona) e Rhysophora sp. n. 2 (coletada
no Parque Iguau) foram coletadas em associao a Pistia stratiotes (Araceae), uma espcie invasora conhecida como alface dgua. As
descries das espcies fazem parte de um trabalho de reviso em desenvolvimento do gnero Rhysophora.
Animais frugvoros podem inuir na dinmica populacional de plantas, conforme a qualidade de disperso de sementes que conferem.
Quando o tratamento que do s sementes altera a germinao de alguma forma, estes animais tornam a disperso mais ou menos eciente.
O objetivo deste estudo foi vericar se o consumo de infrutescncias de Piper sp1 (morfoespcie ainda a ser identicada), pelo morcego
Carollia perspicillata, inui na germinao de suas sementes. O local de coleta foi a Reserva do Salto Morato, localizada em Guaraqueaba,
Paran. Durante uma fase de campo de trs noites em fevereiro de 2010, dez redes de neblina foram armadas em trilhas e possveis corredores
de voo, no intuito de capturar os morcegos. Fezes foram coletadas em lonas plsticas dispostas sob as redes e em sacos de algodo, usados
para acondicionar os animais at a triagem. As infrutescncias maduras de Piper foram encontradas presas s redes, levadas ali por morcegos
que caram nas armadilhas. Tanto as fezes quanto os frutos foram mantidos refrigerados at o incio do experimento de germinao, que foi
mantido em uma estufa no campus Centro Politcnico da UFPR. As sementes foram postas a germinar em placas de Petri com 3 folhas de
papel ltro umedecidas com gua. O experimento foi divido em quatro tratamentos: sementes de Piper (identicadas como pertencentes
morfoespcie 1 por comparao das sementes) lavadas e obtidas de fezes de C. perspicillata (IL); sementes obtidas de fezes, porm
envoltas em material fecal (IS); sementes lavadas obtidas de infrutescncias de Piper sp1 (FL); sementes obtidas de infrutescncias, porm
envoltas em polpa (FS). Cada tratamento consistiu em 5 placas com 30 sementes em cada, acondicionadas em um mesmo local na estufa
ao mesmo tempo, para evitar que variveis ambientais pudessem interferir no teste, j que a temperatura, luminosidade e umidade no
eram controladas. A vericao do experimento, para contagem de sementes germinadas e reposio de gua, foi feita diariamente. Como
resultado obteve-se as seguintes freqncias de germinao: 46,7% para IL; 26% para IS; 54,7% para FL; 26% para FS. A hiptese esperada
era a de que sementes limpas germinariam mais, seguida das imersas em fezes, pois a presena de polpa inibiria a germinao. Apesar das
sementes limpas terem germinado mais que as sujas, essa diferena no se mostrou estatisticamente signicativa (Kruskal-Wallis, GL=3,
p = 0,59). Para maior conhecimento desta interao ecolgica, estudos que contenham maior nmero amostral, e que sejam realizados in
situ, se mostram necessrios.
LEVANTAMENTO DA FAUNA DE Ephydridae (Diptera) NO ESTADO DO PARAN, NO PERODO DE
2009 2010
GERMINAO DE SEMENTES OBTIDAS DE FEZES DE MORCEGOS (MAMMALIA; CHIROPTERA)
NA RESERVA NATURAL DO SALTO MORATO
Aluno de Iniciao Cientfca: Daniel Negoseki Robalo Costa (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022671
Orientador: Luciane Marinoni
Co-Orientador: Wayne Neilsen Mathis
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Diptera, Ephydridae, Paran.
rea de Conhecimento: 2.04.05.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Marcelo Burigo Guimares Rubio (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021312
Orientador: Fernando de Camargo Passos
Colaborador: Luana Caroline Munster
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: C. perspicillata; Piper; germinao.
rea de Conhecimento: Ecologia Terica - 2.05.01.00-5
0369
0370
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O aumento da demanda energtica nas ltimas dcadas em vrias partes do Brasil tem levado construo de barragens de grande
porte. Embora os benefcios econmicos e sociais dessas obras sejam substanciais, os seus impactos sobre ambientes naturais podem ser
severos. A fragmentao das populaes de peixes causada por barragens pode levar extino de populaes locais em poucas geraes.
Tendo-se em vista a ausncia de artifcios que facilitem a passagem de peixes nestas barragens, as chances de isolamento das populaes
fragmentadas aumentam. Sob este contexto, o presente estudo buscou identicar impactos sobre a variabilidade e estrutura gentica de
estoques de peixes migradores da espcie Prochilodus cf. margravii (Walbaum, 1972) causados pela construo de barragens ao longo do
rio So Francisco. Uma vez que a pesca, comercial e de subsistncia, representa uma importante atividade econmica para comunidades
distribudas ao longo desse rio, a execuo deste estudo buscou prover um modelo de impacto aplicvel na tomada de decises relativas
conservao da espcie. Foram coletados aproximadamente 20 indivduos em 9 pontos amostrais, particularmente em zonas localizadas
antes e depois de barragens. O DNA foi extrado e a regio mitocondrial D-Loop foi amplicada. O produto da PCR foi visualizado em
cmara UV aps ser corrido em gel de eletroforese e colorido em brometo de etdio. Em seguida, as amostras foram puricadas e utilizadas
em reaes de seqenciamento. Divergncias genticas dentro e entre as populaes estudadas foram avaliadas por meio da anlise das 113
seqncias de P. cf. margravii, que apresentaram elevada diversidade nucleotdica (2,3%) e haplotpica (92 hapltipos em todos os pontos
amostrais). A anlise de estatstica F indicou uma baixa estruturao e um alto uxo gnico entre as populaes (F
ST
=0,00178; p>0,05). Os
resultados da AMOVA conrmaram a maior variao dentro das populaes (99,82%) do que entre elas (0,18%). A anlise de mismatch
distribution mostrou um padro unimodal que denota que a populao de P. cf. margravii est passando por uma expanso recente, reexo
da grande diversidade de hapltipos com muitas diferenas entre eles. Tal evento de expanso tambm corroborado pelos valores negativos
signicativos da estatstica D (-1,60) e Fs (-24,54). Portanto, mesmo com a populao fragmentada, as populaes isoladas de peixes se
comportam como uma grande populao, assim, a implantao dos reservatrios ainda muito recente para deixar marcas detectveis de
estruturao nos estoques de P. cf. margavrii.
As formigas esto presentes em todos os ecossistemas conhecidos com exceo dos sistemas polares e das regies marinhas ou com neve
contnua, realizando papis em relaes simbinticas, aerao do solo, ciclo de nutrientes, em algumas localidades representando 10-25%
da biomassa animal. Entretanto, a histria evolutiva dessas espcies ainda no est bem denida. Resolver a logenia de suas linhagens
vital para a compreenso de como elas conseguiram tal sucesso. Foram feitas compilaes de seqncias disponveis para seis genes
(18S, 28S, Wingless, Abdominal A, Lw Rhodopsin, Elongation Factor 1 alpha) e seqenciamento destas regies para alguns gneros
ainda no disponveis, totalizando aproximadamente 200 de 295 gneros descritos, abrangendo todas das 20 subfamlias de formigas e 66
gneros de outgroups. A extrao do DNA total das amostras deu-se com a utilizao de protocolo especial previamente denido. Estes
foram amplicados com a utilizao de iniciadores, para todos os genes, especcos para a famlia Formicidae e seqenciados utilizando
seqenciador ABI 3130 (Applied Biosystems
). O conjunto de dados completo est em fase nal de compilao e permitir inferir a logenia
mais abrangente disponvel sobre a famlia.
AVALIAO DO IMPACTO EXERCIDO PELAS BARRAGENS DO RIO SO FRANCISCO NA
DISTRIBUIO DA VARIABILIDADE GENTICA DA ESPCIE PROCHILODUS CF. MARGRAVII
SISTEMTICA MOLECULAR E ENRAIZAMENTO DA FILOGENIA DE FORMIGAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Nefertiris Regina Lara Curi (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022337
Orientador: Walter Antonio Boeger
Co-orientador: Flvio Miranda Marteleto (MESTRANDO/CNPq)
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Prochilodus, So Francisco, D-LOOP.
rea de Conhecimento: 5.06.02.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Pablo Learth Sabia (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023538
Orientador: Marcio Roberto Pie Co-Orientador: Walter Antonio Pereira Boeger
Colaborador: Marcel Kruchelski Tsch
Departamento: Zoologia Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: sistemtica molecular, flogenia, formigas.
rea de Conhecimento: Zoologia Aplicada 2.04.06.00-2
0371
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O uso continuado de piretrides no controle de mosquitos vetores tem selecionado populaes resistentes e ocasionado problemas para
os programas de controle. Knockdown resistance (Kdr) um termo aplicado a insetos que perdem sua coordenao imediatamente
aps a exposio ao inseticida, recuperando-se aps seu efeito. Piretrides como cipermetrina e deltametrina atuam no sistema nervoso,
alterando a funo normal do canal de sdio. A resistncia a esses compostos est relacionada ao sexto segmento do segundo domnio (II-
S6) desse canal. Uma transio A/G no alelo 1016 leva a uma alterao de uma Valina por uma Isoleucina (Val1016Ile), inibindo a ao
dos piretrides e ocasionando o efeito Kdr. Vericou-se que a freqncia deste alelo mutante em homozigoze (Ile/Ile) maior nos casos
de indivduos resistentes na Amrica Latina. Objetivou-se vericar a freqncia da mutao Val1016Ile no gene do canal de sdio em
populaes de Aedes aegypti do Estado do Paran. Avaliaram-se populaes de Flora (n=22), Loanda (n=15), Londrina (n=23), Paranava
(n=10) e de Foz do Iguau, localizada na trplice fronteira, foi dividida em regies: Norte (n=29), Sul (n=28), Leste (n=21), Oeste (n=38)
e Centro (n=13). O DNA foi extrado, quanticado por espectrofotmetro Nanodrop e a amplicao gnica foi feita pelo mtodo da PCR
alelo-especca. A vericao da amplicao foi realizada com eletroforese em gel de poliacrilamida, no qual a presena de uma banda
98bp indica homozigoto mutante (resistente), uma banda 78bp indica homozigoto selvagem (suscetvel) e as duas bandas heterozigoto
(suscetvel). Exceto Loanda, todas as demais populaes apresentaram predomnio do gentipo heterozigoto, Paranava apresentando a
maior freqncia (0,8) e Londrina a menor (0,4). Em Loanda, no foi detectado gentipo heterozigoto, sendo que o gentipo homozigoto
recessivo apresenta uma freqncia de 0,867. Dentro de Foz de Iguau, a freqncia genotpica heterozigtica predominou em todas as
regies. Na regio Central no se vericou a existncia de homozigotos recessivos. Todas as populaes apresentam o alelo mutante (Ile)
sendo as maiores freqncias observadas nas regies Sul, Leste e Oeste de Foz do Iguau, Loanda e Paranava. O uso de piretrides est
expondo as populaes a intensa presso de seleo o que tem causado um aumento da frequncia allica do alelo mutante. Esse aumento
poder vir a comprometer os programas de controle do vetor visto que as geraes futuras podero ter uma prevalncia de indivduos com
gentipo recessivo que confere o fentipo de resistncia.
Os afdeos so insetos tfagos que podem causar danos diretos ou indiretos em culturas de importncia econmica, sendo que a maioria
das espcies que ocorrem no Brasil extica. O objetivo desse trabalho foi avaliar a variabilidade gentica de populaes de afdeos,
principalmente de Cinara atlantica, que ataca o Pinus, utilizando marcadores AFLP (Amplied Fragment Length Polymorphism) e
sequncias do gene citocromo oxidase 1 (COI). Para o AFLP, foram testadas 19 amostras de C. atlantica, coletadas diretamente de suas
plantas hospedeiras, em diversas regies do Brasil, e conservadas em etanol a 95%, a -20C at a extrao do DNA, que foi visualizado
em gel de agarose e quanticado em espectrofotmetro. O DNA foi submetido digesto com as enzimas EcoRI e MseI. Os fragmentos de
restrio foram amplicados em duas etapas, sendo que na amplicao seletiva foram utilizados os primers FAM (ACA + CTC), JOE (AGG
+ CAG) e NED (AGC + CTA). Uma alquota de 0,5 uL de cada amostra da reao de amplicao e do marcador molecular padro ROX
1000 foram aplicadas em gel de poliacrilamida desnaturante no sequenciador ABI Prism
) que possuem alto potencial oxidativo (2,8 V) e degradam rapidamente os poluentes orgnicos. O objetivo deste
trabalho foi o estudo da ecincia do processo oxidativo avanado foto-Fenton para a degradao do azocorante vermelho Ponceau 4R
em soluo aquosa. O sistema reacional utilizado neste trabalho consistiu de um foto-reator, vaso de mistura, bomba e tubos. No reator
fotoqumico, o euente circulou a temperatura ambiente atravs de um tubo de vidro em espiral de 9,0 mm de dimetro. Foi utilizado uma
lmpada UV (15 W; = 380 nm) de 43,5 cm de comprimento e 2,6 cm de dimetro. O pH da soluo de corante foi ajustado por meio da
adio de cido sulfrico prximo a 3. A reao de foto-Fenton foi iniciada pela adio do perxido de hidrognio 30% e soluo de sulfa
to ferroso. As alquotas foram retiradas em duplicata em intervalos de tempo de aproximadamente um minuto, totalizando 20 minutos de
reao. Vericou-se neste trabalho a inuncia do tempo de exposio do corante fonte de irradiao, da concentrao do corante e dos
reagentes de oxidao (Fe
2+
e H
2
O
2
). Os resultados obtidos indicaram que na avaliao da inuncia do tempo de exposio da soluo
fonte de irradiao no h diferena na ecincia de degradao do composto, quando utilizadas as velocidades de circulao de 166 e
200 mL min
1
. Quando aumentou-se a concentrao de corante na soluo sinttica (30, 60 e 90 mg L
1
) vericou-se uma diminuio da
ecincia de descolorao do corante, sendo de 92 %, 81 % e 73 %, respectivamente, no primeiro minuto de tratamento. Os resultados
obtidos indicaram que as concentraes de Fe
2+
(15 mg L
1
) e H
2
O
2
(150 mg L
1
) apresentaram o maior percentual de descolorao do
corante em um tempo de 5 minutos de reao. O processo oxidativo avanado foto-Fenton apresenta-se como uma tcnica promissora no
tratamento de euentes com elevada cor.
DIMENSIONAMENTO DE TANQUES DE SEDIMENTAO CONTNUA DE MICROALGAS PARA
POSTERIOR PRODUO DE BIODIESEL
TRATAMENTO DE EFLUENTES DA INDSTRIA DE ALIMENTOS UTILIZANDO PROCESSOS
OXIDATIVOS AVANADOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Vilson Locatelli Junior (ITI - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2002012107
Orientador: Jos Viriato Coelho Vargas Co-Orientador: Andr Bellin Mariano
Colaborador: Alberto Tadeu Martins Cardoso, Luiz Fernando de Lima Luz Jnior, Victor Eduardo Gnoatto (ITI CNPq), Luiz Francisco
Corra Ghidini (ITI CNPq)
Departamento: Mecnica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: sedimentao, microalgas, biodiesel.
rea de Conhecimento: 3.06.02.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Ronaldo Cardoso Camargo
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024398
Orientador: Luciana Igarashi Mafra Co-Orientador: Clia Regina Granhen Tavares
Colaboradora: Cristina Beninc (PPGTA/UFPR)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Processos oxidativos avanados, Efuentes, Alimentos.
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5
0460
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Os estudos das emulses de amido de banana verde abrem caminho para novas formas de consumo do fruto ainda verde, diminuindo as
perdas da produo devido supermaturao. No presente estudo foram avaliadas a solubilidade (%S), o poder de inchamento (PI), a
capacidade de absoro de gua (CAA) e a textura dos gis de amido de banana verde da variedade Musa Cavendishii. Para tanto, buscou-se
ainda analisar a inuncia da secagem (estufa convencional e spray drier) e o pr-tratamento com ultra-som nessas propriedades. O amido
foi extrado atravs da triturao da polpa com adio de gua destilada em liquidicador e posterior ltrao em coluna de peneiras, com
secagem em estufa ou em spray drier. A aplicao de ultra-som deu-se previamente s secagens, durante 1 hora (concentrao 20g.L
-1
)
com pulso em intervalos de 1 minuto. As propriedades: %S, P.I. e a CAA foram determinadas conforme descrito por Torre-Gutirrez et al.,
(2008). A textura dos gis de amido foi avaliada nos tempos T1(24h), T2(48h), T3(72h), T4(96h) e T5(120h) de armazenamento, foi medida
a fora mxima de cisalhamento, consistncia, coesividade e ndice de viscosidade dos gis no texturmetro em temperatura ambiente,
usando profundidade de penetrao de 8mm e velocidade de 0,5mm/s. As medidas foram feitas em quintuplicatas. A partir dos resultados de
solubilidade, PI e CAA constatou-se um aumento progressivo da solubilidade para os amidos a partir de 60
o
C, sendo que nessa temperatura
obteve-se os seguintes valores de solubilidade: amido seco em estufa (A): 1,61%, amido seco em spray drier (B): 2,28%, amido seco em
estufa com aplicao de ultra-som: 2,14% e amido seco em spray com aplicao de ultra-som (D): 3,18%. No houve diferena signicativa
da solubilidade para os amidos com diferentes tratamentos a 50
o
C. J nas temperaturas de 70, 80 e 90
o
C o amido D foi signicativamente
mais solvel (11,72%) que o amido A (10,43%), no diferindo dos demais (B e C). A tcnica de secagem por spray drier contribuiu para
o aumento da solubilidade que foi intensicado com aplicao do ultra-som. No presente estudo, tanto a %S, PI e CAA foram diretamente
correlacionados com o aumento da temperatura. Verica-se que a maior parte dos grnulos de amido comeam a intumescer a 60
o
C e acima
desta o poder de inchamento progressivo. Averiguou-se ainda que, acima de 60
o
C o PI e CAA foi signicativamente superior para o amido
D comparado ao amido A, chegando a atingir 22,80g gua /g amostra seca e 20,13g gua/g amido. Isso porque o amido foi submetido
a secagem em spray drier aps tratamento com ultra-som, o que possivelmente deve ter facilitado a ruptura das ligaes de hidrognio,
aumentando a absoro e a capacidade de reteno de gua dos amidos.
Do urucum so fabricados os corantes naturais mais difundidos na indstria de alimentos, representando aproximadamente 70% de todos
os corantes naturais empregados. O pigmento extrado da camada externa das sementes e pode ser obtido tanto por via seca, por atrito ou
raspagem, quanto por via mida, como extrao com diversos tipos de solventes. A extrao do pigmento origina o subproduto (semente),
que se utilizado, pode contribuir para uma melhor explorao da produo de urucum. A farinha de semente de urucum rica em nutrientes,
podendo servir como matria prima para rao animal. Este trabalho tem como objetivo a obteno experimental de isotermas de adsoro
de umidade para farinha de semente de urucum atravs de mtodo esttico gravimtrico e a quanticao por Cromatograa Lquida de
Alta Ecincia (CLAE) do teor de bixina e a anlise colorimtrica dos parmetros L*, a* e b* nas amostras aps equilbrio higroscpico.
A farinha previamente padronizada com auxlio de conjunto de peneiras vibratrias entre 20 e 30 mesh, foi desidratada em estufa com
circulao de ar a 40C por 60 horas (amostra incial). A isoterma a 25C ser obtida para intervalo de atividade de gua de 0,11 a 0,85, a
partir de solues salinas saturadas. A metodologia por CLAE foi testada e adequada para aplicao nas amostras, cando estabelecido o uso
de cromatgrafo lquido Shimadzu, controlado pelo Software Class-VP, equipado com injetor manual Rheodyne, com volume de injeo de
20 L, bomba (LC-10AD) e detector UV-Vis (SPD-10A) operando em 470 nm. A anlise foi conduzida utilizando-se uma coluna Synergi
(3,9 X 150 mm, 4 m) com vazo de 1 mL/min. A fase mvel utilizada foi acetonitrila:cido actico a 2% (65:35, v/v). A amostra inicial
da farinha apresentou teores mdios de 164,4 mg.100g
-1
de bixina e colorao alaranjada escura, atravs da interpretao dos parmetros
medidos (L* = 44,28; a* = 15,53 e b* = 13,73). Com base em ensaios anteriores, existe a previso da umidade de equilbrio das amostras
ser atingida entre 15 e 30 dias de armazenamento a 25C para o experimento em andamento. Conforme outras pesquisas relatadas, existe
a tendncia da maior perda no teor de bixina ocorrer durante o armazenamento nas umidades relativas mais elevadas. O limite crtico de
umidade para armazenamento do produto ser estimado por modelagem matemtica a partir dos dados obtidos para isoterma em experimento
(Langmuir, BET, GAB, Halsey, Oswin, Peleg e Henderson) atravs da ferramenta computacional STATISTIC 7.0.
ESTUDO DE EMULSES USANDO POLPA DE BANANA VERDE
EQUILBRIO HIGROSCPICO DA FARINHA DE SEMENTE DE URUCUM
Aluna de Iniciao Cientfca: Alessandra Gonalves Pauka (Programa UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021382
Orientador: Agnes de Paula Scheer
Colaborador: Dayane Rosalyn Izidoro (DOUTORADO)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: amido de banana verde, emulses, aplicao de ultra-som em amido.
rea de Conhecimento: Cincia de Alimentos 5.07.01.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Alessandra Mayumi Nakamura (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023613
Orientador: Rosemary Hofmann Ribani
Colaborador: Bogdan Demczuk Junior
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Umidade de equilbrio, modelagem matemtica, bixina.
rea de Conhecimento: Tecnologia de Alimentos - 5.07.02.00-9
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A erva-mate uma espcie nativa da regio sul do Brasil, que apresenta entre seus constituintes compostos fenlicos, sendo que esses
contribuem com as caractersticas sensoriais dos produtos obtidos a partir da mesma. Este trabalho buscou avaliar a inuencia de diferentes
adjuvantes tecnolgicos de secagem, sobre as caractersticas fsicas e qumicas de extratos secos de erva-mate, preparados a partir da
secagem por spray-dryer. O extrato lquido puro (EP) de erva-mate e trs pores deste foram acrescidos separadamente de 15% de
adjuvantes (maltodextrina-EM, gelatina-EG, goma accia-EGA) que ento foram submetidos secagem em spray-dryer, marca Kohls, com
bico atomizador de 3 mm. As condies operacionais de secagem foram: temperatura do ar de entrada 185 C e de sada 83 C, presso
do ar de 4,5 bar, vazo mdia do ar de secagem 5,5 m/h e vazo mdia de alimentao do extrato lquido de 12 kg/h. Foram avaliados nos
produtos a inuncia dos adjuvantes no que se refere atividade de gua, cor, e aos teores dos compostos fenlicos, cido 5-cafeoilqunico
(5-CQA), cido cafeico (AC) e Rutina (Ru). Determinou-se atividade de gua no sistema Rotronic Hygropalm. A cor foi avaliada pelo
sistema CIELab e comparao das coordenadas L, (-a) e (b) no equipamento Hunter Lab. A quanticao dos compostos fenlicos foi
realizada em sistema de cromatograa lquida de alta ecincia (CLAE) utilizando-se coluna Zorbax C18, fase mvel em gradiente de
metanol: gua acidicada com 0,45% de cido frmico. Os resultados mdios obtidos para o 5-CQA foram 38,30 mg g
-1
, 14,5 mg g
-1
,
15,7 mg g
-1
, 16,0 mg g
-1
respectivamente para EP, EM, EG e EGA. No caso do AC, considerando respectivamente as amostras j citadas,
os resultados foram 0,32 mg g
-1
, 0,10 mg g
-1
, 0,10 mg g
-1
, 0,13 mg g
-1
. Analisando a Ru obtiveram-se os seguintes resultados para EP, EM,
EG e EGA respectivamente 9,13 mg g
-1
, 3,71 mg g
-1
, 3,52 mg g
-1
, 3,95 mg g
-1
. Os valores obtidos para atividade de gua no apresentaram
diferena signicativa e variaram de 0,22 a 0,33. Quanto aos resultados para cor, ocorreu variao na coordenada (-a) de -1,43 a 0,48. Para a
coordenada (b) a variao foi de 26,2 a 34,6 e na coordenada L a variao obtida foi de 75,4 a 85,7 assim as amostras avaliadas apresentaram
uma colorao similar dentro da regio clara do sistema CIELab, quando comparadas com a amostra do EP. Os resultados demonstraram
que os produtos adicionados de adjuvantes apresentaram valores de 5-CQA, AC e Ru em mdia 60%, 34% e 40% inferiores ao do EP pela
inuncia da proporo dos adjuvantes adicionados.
A crescente demanda por combustveis renovveis e uma maior exigncia ambiental proporcionaram um grande aumento na produo de
biocombustveis, dentre os quais se destaca o biodiesel. Entretanto, no somente realizar a reao de transestericao de leos e gorduras
para se obter o biodiesel. necessrio que o produto desta reao se adqe s exigncias tcnicas impostas pela ANP (Resoluo ANP N07
de 19/03/2008). Uma das questes a serem resolvidas a formao de emulso na produo do biodiesel, assim a exposio irradiao
microondas constitui-se uma maneira limpa e ecaz para desestabilizar essa emulso. As irradiaes microondas so ondas eletromagnticas
que possuem a caracterstica de aquecer somente molculas polares devido agitao que estas sofrem ao variar o campo eltrico gerado
pelas microondas. Esse maior grau de agitao das molculas polares emulsionadas no leo e a reduo da viscosidade do leo (devido
ao seu aquecimento indireto) facilita coalescncia das gotculas dispersas e, conseqentemente, na separao das fases emulsionadas.
Inicialmente foram realizados experimentos onde se quebrou via microondas emulses leo de soja/gua com diferentes concentraes
de gua emulsionada e diferentes concentraes de lecitina (surfactante utilizado na gerao das emulses). Tambm se pretende variar
o tempo de exposio e a temperatura nal qual a amostra ser submetida. Com esse estudo ser feita uma anlise comparativa entre o
tratamento trmico convencional para a quebra de emulso e o emprego das microondas com tal nalidade.
SECAGEM EM SPRAY-DRYER DE EXTRATOS DE ERVA-MATE COM DIFERENTES ADJUVANTES
TECNOLGICOS
QUEBRA DE EMULSES DO BIODIESEL VIA MICROONDAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Aline Andreza da Cruz Lima (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023609
Orientador: Rosemary Hofmann Ribani
Colaborador: Ctia Frizon (MESTRANDO/CAPES),Klber Bert (DOUTORANDO/UFPR)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Ilex paraguariensis, maltodextrina, compostos fenlicos.
rea de Conhecimento: 5.07.02.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Allan Silvestre Knapik (PRH-24)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Dr. Regina Maria Matos Jorge Co-Orientador: Dr. Regina Weinschutz, Dr. Luiz Mrio de Matos Jorge.
Colaborador: Pryscylla Marques Komora (PET), Luana Carolina Bosmuler
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Emulso, separao, microondas.
rea de Conhecimento: 3.06.02.03-3
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Em qualquer processo que utilize um organismo, seja para pesquisa ou uso industrial, de importncia fundamental que exista a possibilidade
de preserv-lo durante o tempo em que se dar seu uso, bem como garantir a constncia das caractersticas siolgicas desse organismo.
Dentre as diversas tcnicas disponveis para a preservao de espcies microbianas, merecem destaque as tcnicas de congelamento e
criopreservao, j que asseguram longo prazo de conservao. Um processo de preservao deve garantir o maior tempo de conservao
possvel, bem como apresentar simplicidade, uso de equipamentos simples, no ser de alto custo e garantir alta viabilidade celular ps-
preservao. Ainda que essas tcnicas sejam bastante teis, diversos microrganismos no so capazes de sobreviver a esses processos.
Surge ento a necessidade de se desenvolver novas tcnicas e realizar aprimoramento das j existentes. Entre esses organismos de difcil
preservao encontra-se a microalga Spirulina sp. A grande diculdade em se preservar essa espcie est baseada no fato de que sua
membrana celular bastante na, o que facilita o rompimento desta. Considerando a importncia industrial dessa microalga, este trabalho
teve como objetivo identicar possveis tcnicas para sua preservao pelo frio. Para avaliao da viabilidade das tcnicas estudadas, foram
utilizadas 3 metodologias. As duas primeiras so clssicas: gravimetria e turbidimetria atravs da anlise da absorbncia. A terceira baseia-
se na contagem direta das clulas (mtodo validado em laboratrio) e foi desenvolvida tento em vista a diculdade de se utilizar cmaras
de contagem tradicionais devido morfologia caracterstica da Spirulina (lamento comprido e espiralado, composto de vrias clulas).
Entre os crioprotetores testados em estudo prvio, o dimetilsulfxido (DMSO) na concentrao 10% (v/v) mostrou ser o mais eciente e,
dentre as condies de congelamento, trs receberam destaque, 4C (congelamento e estocagem, com 5,6% de viabilidade celular), -196C
(congelamento e estocagem, com 26,9% de viabilidade celular) e -80C (congelamento) seguido de -196C (estocagem, com viabilidade
celular de 6,9%). O estudo revelou que existe relao entre a viabilidade celular e a temperatura de manuteno das clulas. Alm disso,
h correspondncia entre as trs metodologias de avaliao de crescimento e viabilidade, sendo que a partir de certo tempo de cultivo a
absorbncia passa a discordar ligeiramente da contagem direta de clulas e da gravimetria.
Devido competitividade do mercado econmico, surgem presses pela operao cada vez mais eciente de plantas e equipamentos
industriais. Neste sentido, tcnicas de controle de processo possuem papel fundamental para garantir a operao em condies previamente
estabelecidas. Dentre as tcnicas, destaca-se o controle feedforward, importante para eliminao de distrbios operacionais, atuando de
forma antecipativa. Equaes diferenciais de ordem fracionria representam um campo de pesquisas em expanso, focando, por exemplo,
a aplicao do ferramental matemtico avanado sistemas de engenharia. Neste trabalho, foi ajustado um primeiro modelo matemtico,
baseado em equaes diferenciais de ordem fracionria, para predio do comportamento da concentrao de amnia na corrente de sada de
gs de uma coluna de absoro mediante variao da vazo de alimentao de solvente para a coluna. Alm disso, foi ajustado um segundo
modelo, tambm fracionrio, para a predio do comportamento da concentrao de amnia na corrente de sada de gs de uma coluna de
absoro, mas mediante variao da vazo de alimentao de gs para a coluna. Observou-se que o controle feedforward foi capaz de fazer o
controle da concentrao da corrente de gs de sada da coluna mediante a insero de distrbios na vazo da corrente de alimentao de gs.
ESTUDO DE TCNICAS PARA PRESERVAO DA MICROALGA SPIRULINA SP.
CONTROLE FEEDFORWARD FRACIONRIO
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Brbara Bisinella de Faria (Programa - IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023696
Orientador: Jlio Csar de Carvalho
Co-Orientador: Alfredo Walter, Carlos Ricardo Soccol
Departamento: Engenharia de Bioprocessos Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Spirulina; Preservao; Viabilidade
rea de Conhecimento: 2.12.02.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Andersom Willian Koji Yamakawa (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023322
Orientador: Marcelo Kaminski Lenzi
Colaborador: Ervin Kaminski Lenzi
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: controle, equao diferencial fracionria, feedforward.
rea de Conhecimento: 3.06.00.00-6
0466
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A avaliao da solubilidade do etanol em isobuteno o presente foco. Sua escolha deve-se a sua fcil liquefao (-6,9C), presso ambiente
ou, (2,0) bar temperatura ambiente. O objetivo principal estudar a viabilidade como solvente para extrao, de mistura contendo gua
e etanol, com potencial aplicao ao processo de produo de etanol, oriundo de processos fermentativos, entre outros. Como ainda no
dispomos de uma carga de isobuteno, procedemos a sua produo atravs da desidratao qumica do terc-butanol, pelo emprego de cido
sulfrico e seu imediato subresfriamento. cido sulfrico acrescido ao tercbutanol e submetido a aquecimento. A corrente de isobuteno
formado passa primeiramente por um condensador para remover a gua e tercbutanol evaporados na reao. A seguir subresfriada atravs
de um banho com etanol/gelo seco. O gs coletado no receptculo de um extrator que contem uma soluo com 15% de etanol. Tanto a
conexo entre a sada do balo para o condensador quanto uma das sadas de alvio do extrator possuem uma coluna com slica para bloquear
a entrada de umidade junto ao isobuteno. A mistura contendo isobuteno/gua/etanol deixada entrar em equilbrio a temperatura ambiente
e sob presso no extrator. Este extrator constitudo de um separador de fases que permite separar duas fases imiscveis. Da fase inferior,
mais densa, rica em gua, so coletadas 4 amostras que so transferidas para frascos lacrados contendo massa conhecida e suciente de
sulfato de sdio anidro, capaz de hidratar-se completamente com o contedo de gua presente. Da fase superior, esta, rica em isobuteno,
coleta-se tambm quatro amostras, tendo todos os frascos sulfato de sdio. Os frascos so pesados e logo aps, introduz-se uma agulha,
desta forma permitindo que sua massa se estabilize, aps total eliminao do isobuteno. Pesa-se novamente, obtendo-se ento a massa do
gs. No prximo passo remove-se a tampa de borracha e leva-se a aquecimento a 90 C suciente para eliminao de todo etanol. Procede-
se ento a pesagem. Deduzido a tara do frasco tem-se a massa corresponde ao sulfato de sdio hidratado, permitindo assim conhecer a
massa de gua da referida mostra. Se constatado elevada solvncia do etanol no isobutileno, sero determinados os valores dos coecientes
de partio isobuteno/etanol, visto que a solubilidade do isobuteno em gua citada na literatura como (0,03g/100ml H
2
O 20 a 1,0bar).
O procedimento por completo ainda no foi realizado devido a problemas na produo do isobuteno, entretanto, cam apresentados os
objetivos dessa pesquisa.
O estudo tem como objetivo produzir a enzima lacase e avaliar sua capacidade de biodegradao de alguns poluentes ambientais persistentes.
Para a produo de lacase cultivou-se dois fungos reconhecidamente competentes na bibliograa, Pleurotus sp. e Trametis sp., sendo a
atividade de polifenol oxidase inferida pela biodegradao de oito diferentes corantes. Inicialmente, fez-se a anlise de aparecimento de halos
de degradao em meio slido contendo os corantes, com ou sem nutrientes complexos. Posteriormente, estudou-se espectrofotometricamente
a cintica de degradao em meio mnimo lquido, inoculando-se as duas cepas que apresentaram melhores resultados em meio slido. Em
ambos os experimentos a descolorao foi detectada e quanticada. Para evidenciar a presena de lacase, utilizou-se o reagente especco
ABTS, cujos resultados tambm foram quanticados por medidas de absorbncia.
AVALIAO DE TCNICAS ALTERNATIVAS PARA CONCENTRAO DE BIOETANOL PRESENTE
EM SOLUES AQUOSAS
ESTUDOS BIOTECNOLGICOS DE PRODUO E APLICAO DA ENZIMA LACASE PARA
BIODEGRADAO DE POLUENTES AMBIENTAIS PERSISTENTES
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Caroline Borges (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007022294
Orientador: Juarez Souza de Oliveira
Co-Orientador: Regina Weinschutz e Marcos Rogrio Mafra
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: etanol, separao, concentrao.
rea de Conhecimento: Processos Industriais de Engenharia Qumica - 3.06.01.00-2.
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruno da Campo Lucas Machado (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023724
Orientador: Adenise L. Woiciechowski
Co-orientador: Carlos Ricardo Soccol
Departamento: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Biodegradao, Lacase, Pleurotus sp.
rea de Conhecimento: Enzimologia - 2.08.05.00-4
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Durante o processamento de obteno do caf solvel ocorrem transformaes e perdas aromticas, que alteram quantitativamente e
qualitativamente a frao de compostos volteis. Esses compostos, entre eles o lcool feniletlico, apresentam diferentes qualidades de aroma,
intensidade e concentraes variadas. Uma alternativa que pode ser utilizada a m de aumentar a percepo aromtica do caf solvel a
reincorporao de compostos volteis, recuperados em uma das etapas do processamento por adsoro. O objetivo deste trabalho avaliar a
cintica e a isoterma de adsoro em batelada do lcool feniletlico, presente em soluo aquosa, utilizando carvo ativado comercial como
adsorvente. O ensaio da cintica de adsoro foi realizado a 30C e visava determinar o tempo de equilbrio necessrio para a saturao do
adsorvente em uma soluo de concentrao inicial de lcool feniletlico de 200 mg L
-1
. Nestes ensaios, alquotas de 30 mL, desta soluo,
foram adicionados em erlenmeyers contendo 0,300 g de carvo ativado. Os frascos foram mantidos em agitao constante de 150 rpm em
incubadora com controle de temperatura e agitao da marca Tecnal (modelo TE-421). As amostras foram coletadas em diferentes tempos
de contato. Cromatograa Lquida de Alta Ecincia (HPLC) foi a metodologia escolhida para quanticar a concentrao no adsorvida
de lcool feniletlico aps adsoro e na soluo inicial. Os resultados obtidos determinaram um tempo de equilbrio de aproximadamente
12 horas. Neste perodo a quantidade de lcool feniletlico adsorvido foi de 99,5%. O modelo cintico de pseudo-segunda ordem foi o
que melhor se ajustou aos dados experimentais. A partir do tempo de equilbrio determinado pela cintica de adsoro, foi realizado o
experimento para a obteno da isoterma de adsoro na temperatura de 30C. Nos ensaios, as concentraes iniciais da soluo de lcool
feniletlico variaram de 200 mg L
-1
a 950 mg L
-1
sendo o procedimento experimental e a metodologia similar ao utilizado no ensaio da
cintica. O tempo de contato foi mantido em 12 horas. Os modelos de Langmuir, Freundlich e Redlich-Peterson foram utilizados para o
ajuste dos dados experimentais de equilbrio, onde o melhor ajuste aos dados experimentais foi obtido com o modelo de Redlich-Peterson
(R
2
>0,99). Na continuidade da pesquisa ser analisada a isoterma para o processo dinmico.
Um dos maiores desaos da indstria petrolfera a preparao e adequao das renarias existentes para processamento do petrleo pesado
em grandes quantidades, j que os processos de produo de leo pesados so mais complexos. Neste contexto, o estudo do comportamento
de fases de sistemas contendo as fraes pesadas do leo cru de grande importncia para os processos de reno, de transporte, de
armazenamento e de separao destas fraes. Essa importncia ganha destaque diante do fato de que pequenos desvios provenientes de
modelos inadequados podem ocasionar grandes alteraes nos resultados nais. Em particular, os modelos de energia livre de Gibbs em
excesso usados para representar fases lquidas os quais so altamente no-lineares e apresentam multiplicidade de solues, tornando
imprescindvel a utilizao de algoritmos numricos robustos e conveis para a resoluo destes modelos. O presente trabalho visa a
desenvolver uma ferramenta computacional para o clculo de equilbrio de fases em sistemas multifsicos e multicomponentes, com uso de
algoritmos estocsticos, aplicado fraes pesadas de petrleo. Neste trabalho, os clculos de equilbrio so efetuados atravs da abordagem
da minimizao da energia livre de Gibbs, associada anlise da distncia do plano tangente de Gibbs (para previso do nmero de fases
que coexistem numa condio de equilbrio estvel). Os algoritmos de Simulated Annealing e Particle Swarm Optimization (PSO) so
adaptados, avaliados e aperfeioados tanto para os clculos de equilbrio como para a estimao dos parmetros que compem os modelos
termodinmicos. Para modelagem termodinmica das fases de vapor (clculo do coeciente de fugacidade), so empregadas as equaes
de estado cbicas de Peng-Robinson e de Soave-Redlich-Kwong, juntamente com a regra de mistura quadrtica de Van der Waals. J para o
calculo dos coecientes de atividade das fases lquidas, emprega-se os modelos de NRTL, UNIQUAC e UNIFAC. As rotinas computacionais
so construdas em linguagem FORTRAN 90.
ADSORO EM BATELADA DE UM COMPONENTE DO AROMA DO CAF, LCOOL
FENILETLICO, EM SOLUO AQUOSA UTILIZANDO CARVO ATIVADO
APLICAO DE MTODOS ESTOCTICOS PARA MODELAGEM TERMODINMICA DE FRAES
PESADAS DE PETRLEO
Aluno de Iniciao Cientfca: Camilla Daniela Moura (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021522
Orientador: Luciana Igarashi Mafra Co-Orientador: Marcos Rogrio Mafra
Colaborador: Danielle Carpin
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: adsoro, lcool feniletlico, cintica de adsoro.
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Diego Ferreira da Silva (PRH24/ANP)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023980
Orientador: Marcos Lcio Corazza
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: termodinmica, modelagem, petrleo.
rea de Conhecimento: Termodinmica - 3.05.02.01-2
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O trigo uma gramnea que cultivada em todo mundo. Globalmente, a segunda-maior cultura de cereais, a seguir ao milho; o terceiro
o arroz. O gro de trigo um alimento bsico usado para fazer farinha e, com esta, o po, na alimentao dos animais domsticos e como
um ingrediente na fabricao de cerveja. O trigo plantado tambm estritamente como uma forragem para animais domsticos, como o
feno. Assim, o estudo e o levantamento da cintica do processo uma importante ferramenta a ser empregada no dimensionamento e projeto
de equipamentos industriais, assim como fundamental na pr-seleo de um possvel cultivar a ser distribudo para plantio. A literatura
apresenta alguns modelos aplicados ao estudo cintico da hidratao de gros de forma geral, que foram de importncia fundamental do
desenvolvimento da metodologia cientca empregada neste trabalho. Os experimentos de hidratao foram realizados em quatro nveis de
temperatura distintos, onde as amostras foram submetidas hidratao por embebio em gua destilada mantida em temperatura isotrmica
por meio de um banho termosttico. Foram coletadas amostras ao longo do processo de hidratao desde o momento em que as amostras
foram introduzidas no banho, at o momento em que os gros alcanaram a condio de equilbrio. As amostras coletadas ao longo dos
ensaios, foram analisadas quanto ao valor do dimetro mdio dos gros e quanto variao da sua umidade em base seca. Para isto cada
amostra foi dividida em duas pores, sendo que com a primeira poro avaliou-se a variao do volume do gro por deslocamento de
volume de gua em proveta e a segunda frao da amostra aps pesagem foi encaminhada estufa para secagem a 105oC. A partir dos dados
de umidade dos gros em funo do tempo, obtidos experimentalmente, construram-se as curvas de hidratao nas cinco temperaturas
exploradas. Os dados obtidos foram ajustados a dois modelos cinticos de literatura, sendo um deles um modelo emprico o segundo um
modelo fenomenolgico de parmetros concentrados. A anlise do comportamento do processo de hidratao nas diferentes temperaturas
indica que a temperatura exerce uma grande inuncia sobre a velocidade e o tempo de hidratao do trigo. Entretanto o valor mdio da
umidade de equilbrio pouco afetado pela temperatura, embora seja diferente dos valores atingidos por outros gros. Ambos os modelos
cinticos de literatura selecionados apresentaram uma boa representao do processo de hidratao dos gros de trigo.
O leito uidizado constitui uma operao unitria de extrema ecincia no contato entre as fases slido e uido, apresentando caractersticas
de transferncia de massa e de calor superiores ao do leito xo e ao do leito mvel, possuindo aplicaes como o aquecimento, o resfriamento
e a secagem de slidos granulares por contato direto com gases, a lixiviao, a absoro e os processos de catlise heterognea. A tcnica
envolve uma coluna de slidos particulados atravs do qual se faz escoar, no sentido ascendente, um uido a uma velocidade sucientemente
elevada para causar a movimentao das partculas. A determinao da velocidade de mnima uidizao em um sistema composto por
duas ou mais classes de partculas ainda no inteiramente conhecida. Estudos anteriores mostram que existe uma forte inuncia da
presena de partculas menores na perda de carga do leito, alterando a velocidade de mnima uidizao do sistema, marcadamente em
torno de 50% de composio. O principal objetivo deste trabalho o estudo hidrodinmico de leitos multidispersos envolvendo mais de
uma faixa granulomtrica detalhando o comportamento de composies na faixa de 40 a 55% de partculas menores. Foram realizados
testes de perda de carga em leito xo e expanso do leito uidizado em funo da velocidade supercial do uido (gua) para misturas
com faixas granulomtricas de areia moda e classicadas com peneiras de mesh 48-65, 65-100 e 100-150. Os testes realizados e a anlise
identicam o fenmeno no qual composies em torno de 50% apresentam a curva de perda de carga e velocidade de mnima uidizao
prximas da curva para a faixa menor.
ESTUDO DA CINTICA DA HIDRATAO DE GROS DE TRIGO
MNIMA FLUIDIZAO DE PARTCULAS MULTIDISPERSAS: ESTUDO EXPERIMENTAL DA
INFLUNCIA DA COMPOSIO.
Aluno de Iniciao Cientfca: Eliasar Bissoli Costa (Programa UFPR- TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003012773
Orientador: Regina Maria Matos Jorge Co-Orientador: Luiz Mrio de Matos Jorge
Colaborador: Liara Bortoloci Martelli
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Trigo, cintica de hidratao, transferncia de massa
rea de Conhecimento: 3.05.01.00-8 Fenmenos de Transporte
Aluno de Iniciao Cientfca: Gabriela da Costa (bolsista PET - SESu )
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Alexandre Knesebeck
Co-Orientador: Diego Ferreira da Silva
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: sistemas particulados, velocidade mnima de fuidizao, composio granulomtrica.
rea de Conhecimento: Operaes Industriais e Equipamentos para Engenharia Qumica - 3.06.02.00-9.
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No processamento de caf solvel, ocorre a formao de diversos compostos responsveis pelo aroma, tanto aqueles que conferem
caractersticas sensoriais desejveis, como o benzaldedo; como aqueles pungentes, como o cido feniletlico. Durante o processamento,
principalmente nas etapas que operam a altas temperaturas, perdida uma grande quantidade de compostos volteis, o que compromete o
aroma caracterstico nal do caf solvel. Uma alternativa para recuperar os compostos aromticos e remover os compostos pungentes o
processo de adsoro, que consiste na remoo do composto desejado a partir de uma superfcie adsorvente. O objetivo deste trabalho foi
realizar o estudo termodinmico da adsoro do benzaldedo, presente em soluo aquosa, que perdido durante o processamento de caf
solvel, utilizando carvo ativado como adsorvente. As isotermas foram obtidas a 20 C, 30 C e 40 C utilizando diferentes concentraes
de benzaldedo na faixa de 200 a 900 mgL-1. Os testes foram realizados em uma incubadora refrigerada com agitao (Tecnal TE-421)
utilizando velocidade de 150 rpm e 0,3 g de adsorvente durante um perodo de 16 horas (obtido preliminarmente por testes de equilbrio
cintico). O carvo ativado comercial (Carbomafra) utilizado nos experimentos granular (Mesh 20x60) e proveniente de casca de coco. O
adsorvente foi analisado utilizando a tcnica de espectroscopia no infravermelho (FTIR) para prever o comportamento do fenmeno antes e
aps o processo de adsoro. O benzaldedo remanescente na soluo, aps a adsoro, foi quanticado em triplicata por cromatograa em
fase lquida de alta ecincia (HPLC, HP/Agilent 1100) e as isotermas foram modeladas seguindo os modelos de Langmuir e Freundlich.
temperatura de 20C, o modelo que melhor se ajustou aos dados experimentais foi o de Langmuir, com um coeciente de determinao
de 0,98 e erro mdio percentual absoluto de 5%; j para as temperaturas de 30 e 40 C, o melhor modelo ajustado foi o de Freundlich,
com coecientes de determinao maiores que 99%. Tambm foi realizado o tratamento termodinmico dos dados a partir dos valores das
constantes de equilbrio. Calcularam-se os valores de G
ads
, H
ads
e S
ads
. Os valores de G
ads
foram negativos, o que indica a espontaneidade
do processo em ambas as temperaturas. O valor encontrado para o S
ads
indica o aumento no grau de randomicidade na regio interfacial
slido/uido. Foi possvel tambm conrmar a natureza exotrmica do processo atravs do valor de -1,64 kJ/mol para o H
ads
, conrmando,
juntamente com os resultados da anlise FTIR, o processo de siossoro.
Para qualquer projeto industrial a ser realizado, necessrio que as escolhas feitas sejam viveis tecnicamente e economicamente. Aps
garantida a viabilidade tcnica, aconselhvel garantir a maior lucratividade do processo com o menor custo de sua instalao. Para tanto
indispensvel otimizar os equipamentos que sero utilizados no processo. Neste trabalho, ser apresentado um programa computacional
com um modelo que busca o custo timo em relao ao nmero de ciclones em paralelo ser instalada e a perda de carga produzida por estes:
um aumento no nmero de ciclones diminuir a perda de carga no processo e conseqentemente o custo de operao, porm aumentar o
custo de instalao da bateria de ciclones. Encontrado o nmero de ciclones em paralelo, ser feito um estudo econmico avaliando a taxa
de retorno de um possvel investimento nestes equipamentos considerando o custo de instalao dos ciclones (capital inicial a ser investido),
seus custos de operao e o lucro obtido pela recuperao de partculas obtidas pela operao destes equipamentos.
ADSORO EM BATELADA DE UM COMPONENTE DO AROMA DO CAF EM SOLUO AQUOSA
OTIMIZAO DE CONDIES OPERACIONAIS DE CICLONES
Aluno de Iniciao Cientfca: Guilherme Augusto Retali Distler (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021522
Orientador: Marcos Rogrio Mafra Co-Orientador: Luciana Igarashi Mafra
Colaboradora: Diana Regazzi Zuim (PPGTA/UFPR)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Isotermas de Adsoro, Benzaldedo, Carvo Ativado
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Guilherme Zart Carelli (IC-Voluntario)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023322
Orientador: Marcelo Kaminski Lenzi
Colaborador: Allan Silvestre Knapik, Juliana Prestes Penteado, Michele Maidel, Renan Marcel Alcntara
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: otimizao, operaes unitrias, ciclone.
rea de Conhecimento: 3.06.00.00-6
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O gro de soja rico em protenas, lipdios e carboidratos, sendo por isso amplamente utilizado na indstria alimentcia para a produo de
leite de soja, queijo de soja (tofu), farinha de soja (kinako), bebidas com suco de frutas, protena texturizada de soja (PTS, popularmente carne
de soja) e diversos complementos alimentares. A hidratao de soja importante medida que inuencia as caractersticas siolgicas do
gro de modo a favorecer o processo de moagem e a etapa posterior de extrao. Ainda, pode melhorar a digestibilidade e eliminar eventuais
fatores antinutricionais. O conhecimento da cintica do processo de hidratao de gros fundamental para o correto dimensionamento
dos equipamentos utilizados nos processos industriais. Com a crescente produo e utilizao de soja transgnica e a escassez de estudos a
respeito de propriedades fsico-qumicas e trmicas e nenhum estudo da cintica da hidratao de soja transgnica, este trabalho consistiu em
estudar a cintica do processo de hidratao, mediante o ajuste dos dados experimentais a modelos matemticos apresentados na literatura.
Os ensaios foram realizados em vrios nveis de temperaturas, empregando-se cultivares de gros de soja convencionais e transgnicos.
O estudo realizado permitiu avaliar o efeito da transgenia sobre o processo de hidratao. No procedimento experimental, amostras foram
depositadas dentro de um bquer com gua destilada instalado em um banho termosttico com temperatura controlada. Em intervalos de
tempo predeterminados, eram retiradas amostras dos gros para a medio do raio mdio, pelo mtodo de deslocamento de gua em proveta,
e da umidade, procedendo secagem das amostras em estufa a 105C. A obteno destes dados permitiu avaliar a variao da umidade e do
raio mdio dos gros ao longo do tempo. Os pontos experimentais foram ajustados por dois modelos matemticos: o modelo fenomenolgico
de parmetros concentrados e o modelo emprico de PELEG. Os dois modelos demonstraram boa representao do processo de hidratao.
A velocidade de hidratao apresentou forte dependncia em relao temperatura e ao tipo de gro; a soja transgnica alcanou o equilbrio
em menor perodo de tempo e ambos os tipos, transgnica e convencional, apresentaram velocidade de hidratao maior a temperaturas
mais elevadas, enquanto os valores da umidade no equilbrio no foram signicativamente afetados.
Em uma renaria a primeira etapa a dessalgao do leo cru que chega diretamente das reservas petrolferas. Ela consiste basicamente em
adicionar gua ao petrleo para que os sais (cloretos de sdio, magnsio e clcio), contidos nele se solubilizem, restando apenas a separao
da gua e sal do leo. A retirada desses sais importante, pois se os sais prosseguissem com o petrleo, eles causariam problemas de
corroso, de obstruo dos equipamentos, dicultariam as trocas de calor e envenenariam os catalisadores das etapas seguintes. Entretanto,
uma emulso (disperso de um lquido em outro no qual imiscvel) forma-se ao realizar este procedimento, tendo que ser quebrada. Para
garantir a ecincia do processo de quebra da emulso precisamos conhecer a inuncia das variveis sobre o mecanismo de aglutinao
das gotas de gua, ou seja, precisamos avaliar a estabilidade das emulses. nesse ponto que os objetivos so traados: fazer o mapeamento
das variveis que interferem na estabilidade dessa emulso, por exemplo, temperatura, concentrao dos agentes emulsicantes, pH e grau
de agitao. Em se tratando de petrleo, aparece um importante agente emulsicante, naturalmente presente em todos os tipos de petrleo,
o asfalteno. Ele responsvel pela estabilidade da emulso (gua + sal em leo) atravs da formao de um lme na superfcie das gotculas
de gua, impossibilitando a coalescncia delas e impedindo a separao das fases. Para avaliarmos a inuncia dos asfaltenos na estabilidade
das emulses seguiremos a seguinte metodologia: extrair os asfaltenos do petrleo usando n-heptano, preparar emulses sintticas de heptol
(n-heptano + tolueno) e gua, avaliar a estabilidade da emulso atravs da quantidade de gua separada aps um determinado tempo, analisar
tambm a tenso interfacial e supercial das emulses, nalmente testar as variveis (conforme objetivo) uma a uma para tirar concluses
mais concretas com relao dessalgao. Espera-se que, aps conseguir uma boa quantidade de asfaltenos para a preparao de vrias
emulses sintticas de heptol e gua, todos esses parmetros sejam realmente signicantes na estabilidade dessas emulses. Alguns j esto
sendo testados e se encaminhando para resultados como: quanto maior a concentrao de asfaltenos e quanto o maior o grau de agitao
da soluo, mais estvel ser a emulso dentro de um tanque dessalgador.
CINTICA DE HIDRATAO DE SOJA TRANSGNICA E CONVENCIONAL
AVALIAO DA INFLUNCIA DOS PARMETROS NO PROCESSO DA DESSALGA DO
PETRLEO
Aluno de Iniciao Cientfca: Haline Bachmann Pinto (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Regina Maria Matos Jorge Co-Orientador: Luiz Mrio de Matos Jorge, Rosemary Hofmann Ribani
Colaborador: Aline Francielle Fracasso (POSALIM/CAPES), Brbara Celupi Marques (POSALIM/CAPES)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: soja transgnica, hidratao de gros, transferncia de massa
rea de Conhecimento: Fenmenos de Transporte 3.05.01.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Hyan Hitiro Assano Stangler (Programa- PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016589
Orientador: Regina Weinschutz
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Asfaltenos, Emulso, Dessalgao.
rea de Conhecimento: 3.06.01.00-2
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A simulao numrica demonstra-se cada vez mais importante nos problemas de engenharia, uma vez que fazendo uso dela possvel simular
problemas complexos sem a necessidade de realizar uma srie de simplicaes de clculo. Alm disso, possvel predizer resultados de
anlises que sero feitas, conrmar resultados de experimentos j realizados e ainda otimizar processos industriais. Dentre os simuladores
de engenharia optou-se pelo Software COMSOL Multiphysics como ferramenta computacional de trabalho: possui vrios mdulos que so
capazes de resolver problemas que vo desde a mecnica dos udos e transferncia de calor at processos envolvendo reaes; denindo a
geometria do equipamento e especicando as condies fsicas pode-se resolver a situao problema e visualizar os resultados de maneira
rpida. O objetivo geral do trabalho a ser apresentado dar nfase utilizao da simulao em disciplinas de laboratrio do curso de
Engenharia Qumica expondo uma viso mais crtica das experincias realizadas, uma vez que no software possvel variar as condies do
experimento, obter diferentes resultados e compar-los, o que se tornaria mais difcil na prtica. Pretende-se tambm mostrar as diferenas
que so obtidas nos resultados de acordo com a malha utilizada na simulao e a preciso determinada.
O biodiesel geralmente considerado um combustvel renovvel por ter como insumo principal um leo vegetal ou gordura animal. Como
o carbono no leo ou na gordura originado principalmente do dixido de carbono no ar, considera-se que o biodiesel contribui muito
menos para o aquecimento global quando comparado aos combustveis fsseis. Alm disso, as emisses de hidrocarbonetos parcialmente
queimados, partculas de matria e toxinas do ar so menores quando o motor opera com biodiesel em relao aos motores a diesel proveniente
de petrleo. Em algumas etapas da produo do biodiesel h formao de emulses, devido presena de gua no combustvel o que pode
interferir no desempenho do motor, e estudos so necessrios para avaliar suas caractersticas e condies de estabilidade. A estabilidade
de uma emulso est relacionada com o grau de diculdade de separar suas fases originais. Quando a emulso submetida intensa
agitao e cisalhamento, forma gotas menores de gua que aumentam a sua estabilidade. Estudos mostraram que a estabilidade da emulso
inuenciada pela distribuio do tamanho das gotas de gua, densidade, viscosidade, presso, tenso supercial e teor de slidos e sais.
O objetivo deste trabalho estudar a estabilidade de emulses gua em leo (A/O), com ou sem uso de slidos hidrofbicos, decorrente da
distribuio do tamanho de gotas da fase dispersa. Foi realizado um estudo sobre emulses, biodiesel e sobre as tcnicas analticas a serem
utilizadas. Para avaliao da estabilidade, algumas emulses esto sendo obtidas em laboratrio a partir das matrias-primas (leo de soja
comercial e gua destilada) e slidos hidrofbicos AEROSIL R7200. O sistema est sendo homogeneizado durante quatro minutos no agitador
nas condies de 3000 RPM e 6000 RPM. Os primeiros testes apresentaram um tempo de estabilizao superior a duas horas. O tamanho
de gotas ser determinado por microscopia e a quantidade de gua emulsionada por Karl Fisher columtrico e centrifugao. Ainda, ser
avaliada a possibilidade de utilizao da espectroscopia na regio do infravermelho prximo (NIR), atravs de esfera de reetncia difusa
(DR), aliada tcnica de calibrao multivariada para caracterizar a emulso gua em leo quanto ao seu contedo de gua e distribuio
de tamanho de gotas. Suporte nanceiro: SESu/MEC.
USO DE FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS EM DISCIPLINAS DE LABORATRIO
FORMAO, CARACTERIZAO E ESTABILIDADE DE EMULSES
Aluno de Iniciao Cientfca: Isabella Paulini (IC-Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023322
Orientador: Marcelo Kaminski Lenzi CoOrientador: Marcos Lcio Corazza
Colaborador: Delano Leitoles
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: simulao, COMSOL, didtico
rea de Conhecimento: 3.06.00.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Jssica Cristina Consolin (PET/SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024437
Orientador: Agnes de Paula Scheer Co-Orientador: Fernanda de Castilhos
Colaborador: Marlene Bampi (MESTRANDA/CAPES)
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Porcentagem de gua, tamanho de gota, espectroscopia no infravermelho prximo (NIR).
rea de Conhecimento: Tecnologia Qumica - 3.06.03.00-5
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O biodiesel est sendo cada vez mais utilizado na substituio do diesel de petrleo, uma vez que este proveniente de fontes renovveis
e praticamente no causa efeitos prejudiciais ao ambiente. Porm, atualmente o processo de puricao do biodiesel, aps a separao de
fases, implica na utilizao de um grande volume de gua, inviabilizando o processo de produo a nvel ambiental e econmico. Dessa
forma, a adsoro destaca-se como uma operao promissora para remover contaminantes como o glicerol, em substituio etapa de
puricao via mida, devido sua seletividade e simplicidade operacional. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a adsoro do
glicerol presente no biodiesel produzido a partir do leo de soja (in natura) at atingir o limite raticado pela legislao (0,02% massa/
massa). Os adsorventes testados foram carves ativados granulares (originais e modicados quimicamente com HNO
3
), zelita e alumina
ativada. As isotermas foram obtidas a 20 C, 30 C e 40 C. Os resultados mostraram que o carvo ativado orgnico modicado com HNO
3
foi o mais eciente para remover o glicerol remanescente no biodiesel, com uma ecincia de remoo de 86 %, indicando que o processo
altamente dependente do pH do carvo em soluo aquosa, sendo que quanto menor o pH do adsorvente em soluo maior a capacidade
de adsoro. As isotermas de adsoro indicaram que quanto menor a temperatura do processo maior a capacidade de adsoro do glicerol
pelo adsorvente. A modelagem termodinmica apresentou um melhor ajuste do modelo Freundlich aos pontos experimentais. O parmetro
n para todas as temperaturas foi menor do que 1, indicando uma adsoro desfavorvel e conrmando o formato obtido pelas isotermas.
A importncia do petrleo na sociedade atual evidente e fundamental. No entanto, sabemos que o petrleo contm elementos prejudiciais a
sade humana (como o benzeno, elemento altamente cancergeno). J o solo como o temos hoje, resulta de um processo de desgaste de rochas
iniciado h sculos passados. O solo, por sua vez, pode ser considerado como a base de um sistema ambiental. Assim, sua contaminao
implicaria na contaminao de lenis freticos, vegetais, e demais componentes naturais. Tendo isso em considerao que devemos
realizar a descontaminao de solos. A remediao de solos atravs da lavagem seria uma das maneiras mais indicadas. Essa remediao
acontece atravs da utilizao de solues aquosas de vrios surfatantes. Surfatantes so molculas anfteras, que possuem uma parte
hidroflica e outra hidrofbica. Quando adquiridos naturalmente, os surfatantes so denominados biosurfatantes. Esses so mais efetivos do
que os surfatantes sintticos, alm de terem vantagens como a baixa toxicidade e biodegrabilidade. A lavagem de solos envolve inmeras
variveis e dentre as que mais interferem na remediao esto: surfatante e sua concentrao, contaminante e sua concentrao, amostra de
solo (argiloso, arenoso ou outro), tempo em que o solo j se encontra contaminado, tempo de descontaminao, temperatura e pH do solo.
Inicialmente, analisamos dois aspectos: o surfatante e sua concentrao, sendo as outras variveis xas. O contaminante estabelecido foi o
hexano e a amostra de solo constituiu-se a mesma para todos os experimentos. A realizao dos ensaios envolveu a formao de solues
de surfatantes. A quantidade de surfatante foi a mesma para todas as solues, pois a concentrao de surfatante variou de acordo com a
variao do volume de soluo de surfatante empregado. A lavagem ocorreu ento com a adio de um certo volume de soluo de surfatante
a uma quantidade de aproximadamente 5 gramas de solo contaminado, sendo esses agitados em um shaker a 200 agitaes/minuto, por
20 minutos e 20C. Por m, a anlise da quantidade de hexano removida foi feita por cromatograa. A tenso supercial e interfacial das
solues de surfatantes foram analisadas atravs de um tensimetro de bancada modelo Kruss. E tambm, a partir desses dados a CMC
(concentrao micelar crtica) foi avaliada.
ADSORO DE GLICERIS E GLICERDEOS PRESENTES NO BIODIESEL
ESTUDO DA UTILIZAO DE SURFATANTES PARA DESCONTAMINAO DE SOLOS
CONTAMINADOS COM PETRLEO E DERIVADOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Jhonata Martins da Costa (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023132
Orientador: Luciana Igarashi Mafra Co-Orientador: Marcos Rogrio Mafra
Colaborador: rika de Castro Vasques
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: adsoro, biodiesel, cintica
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5 Tecnologia Qumica
Aluno de Iniciao Cientfca: Leandro Vieira Martins (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Regina Weinschutz
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: remediao de solos, emulses, petrleo.
rea de Conhecimento: Tecnologia Qumica - 3.06.03.00-5
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O gro de bico uma leguminosa da famlia das fabceas, muito cultivada na ndia e no Mediterrneo, sendo um gro uma rica fonte de
ferro, carboidratos e protenas. A hidratao uma etapa muito importante no seu preparo como um produto alimentcio pr-cozido, alm
de ser importante na fase de brotamento do gro. Assim, o estudo e o levantamento da cintica do processo uma importante ferramenta
a ser empregada no dimensionamento e projeto de equipamentos industriais, assim como fundamental na pr-seleo de um possvel
cultivar a ser distribudo para plantio. A literatura apresenta alguns modelos aplicados ao estudo cintico da hidratao de gros de forma
geral, que foram de importncia fundamental do desenvolvimento da metodologia cientca empregada neste trabalho. Os experimentos de
hidratao foram realizados em cinco nveis de temperatura distintos, onde as amostras foram submetidas hidratao por embebio em
gua destilada mantida em temperatura isotrmica por meio de um banho termosttico. Foram coletadas amostras ao longo do processo de
hidratao desde o momento em que as amostras foram introduzidas no banho, at o momento em que os gros alcanaram a condio de
equilbrio. As amostras coletadas ao longo dos ensaios foram analisadas quanto ao valor do dimetro mdio dos gros e quanto variao
da sua umidade em base seca. Para isto cada amostra foi dividida em duas pores, sendo que com a primeira poro avaliou-se a variao
do volume do gro por deslocamento de volume de gua em proveta e a segunda frao da amostra aps pesagem foi encaminhada estufa
para secagem a 105
o
C. A partir dos dados de umidade dos gros em funo do tempo, obtidos experimentalmente, construram-se as curvas
de hidratao nas cinco temperaturas exploradas. Os dados obtidos foram ajustados a dois modelos cinticos de literatura, sendo um deles
um modelo emprico o segundo um modelo fenomenolgico de parmetros concentrados. A anlise do comportamento do processo de
hidratao nas diferentes temperaturas indica que a temperatura exerce uma grande inuncia sobre a velocidade e o tempo de hidratao
do gro de bico. Entretanto o valor mdio da umidade de equilbrio pouco afetado pela temperatura, embora seja diferente dos valores
atingidos por outros gros. Ambos os modelos cinticos de literatura selecionados apresentaram uma boa representao do processo de
hidratao dos gros de bico.
ESTUDO DA CINTICA DA HIDRATAO DE GROS DE BICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Liara Bortoloci Martelli (Programa- IC Voluntaria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003012773
Orientador: Regina Maria Matos Jorge Co-Orientador: Luiz Mrio de Matos Jorge
Colaborador: Murilo Stygar
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Gro de bico, cintica de hidratao, transferncia de massa
rea de Conhecimento: 3.05.01.00-8 Fenmenos de Transporte
0482
As Redes Neurais Articiais (RNA) so uma ferramenta estatstico matemtica, oriunda na neuro computao, cuja principal funo
identicar padres dentro de um conjunto de dados experimentais utilizados para o treinamento e possibilitando a previso do comportamento
desses dados. Ferramenta esta que busca ser anloga ao crebro humano, via unidades programveis como os neurnios e habilidades como
a aprendizagem e o prprio erro. Esse processo se torna vantajoso medida que as equaes algbricas que denem um processo se tornam
demasiado complexas e necessrio um mecanismo alternativo de otimizar os processos. Para o funcionamento da rede se faz necessrio o
treinamento da mesma atravs de dados coletados experimentalmente. Dos cuidados neste processo, dependem o sucesso ou o fracasso da
rede. O treinamento requer alguns parmetros que devem ser pr denidos pelo usurio, tais so: as taxas de inrcia e de aprendizagem da
rede, o nmero de neurnios que compem as camadas intermediarias e o nmero de camadas intermediarias. Este estudo objetiva a analise
e compreenso experimental das inuncias dos parmetros de treinamento de cada uma das caractersticas da rede na conabilidade do
processo, determinar quais os pontos timos de trabalho da rede e tambm aperfeioar o processo de treinamento mediante alterao das
mesmas, obtendo como projeto nal um modelo timo com erro mnimo e conana mxima. Para que o estudo possa ter os resultados
comparados via numrica, escolheu-se um fenmeno bastante conhecido e descrito por equaes fsicas como fonte de dados, assim, os
resultados podem ser comparados com os tericos obtidos via utilizao das equaes tericas. Para analisar os parmetros, o treinamento
da rede foi inmeras vezes feito, sempre pagando a memria dos pesos. Para um parmetro necessrio antes manter constantes os demais
parmetro, a cada rotina de treinamento. Para cada avaliao, proporcionalmente s suas dimenses prprias, foram estabelecidos dez
valores de teste, para cada um foram feitos trs ciclos de treinamento, para avaliar simultaneamente a inuncia do parmetro avaliado e
do nmero de vezes que o treinamento executado. Os dados foram alocados em planilhas onde, atravs de grcos obteve-se os valores
timos. As aplicaes das RNA na engenharia qumica so inmeras e, como nas demais reas do conhecimento, vital que o processo se
d de forma mais rpida e eciente possvel para obteno de resultados mais conveis.
AS INFLUNCIAS DOS PARMETROS NA CONFIABILIDADE DAS REDES NEURAIS ARTIFICIAIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Lorena Panage Moura. (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023322
Orientador: Marcelo Kaminski Lenzi
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Redes Neurais Artifciais, camadas ocultas, taxa de inrcia, taxa de aprendizagem, neurnios, erro, infuncia.
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5 Tecnologia Qumica
0483
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A modelagem matemtica e o uso de computadores so poderosas ferramentas que auxiliam a predizer e avaliar o comportamento de sistemas,
implicando em economia de tempo e recursos nanceiros. Neste trabalho buscamos avaliar as diferenas entre a geometria de tanques do
tipo raceway para o cultivo de microalgas, objetivando obter um arranjo geomtrico com ausncia de zonas estagnantes. Para tal avaliao
foram utilizados softwares nos quais se estabelece a geometria desejada, sobre a qual uma malha gerada (Software Gambit 2.2.30) e
em seguida clculos recursivos so executados sobre a malha (Fluent 6.2.16). Dentre os modelos testados guram a utilizao de cantos
vivos comparados a cantos arredondados. Como esperado os modelos indicam que a ausncia de cantos vivos implicam na diminuio de
zonas estagnantes. Um modelo de tanque em escala piloto foi construdo, visando estabelecer a relao entre o modelo terico e prtico.
MODELAGEM DE TANQUES DO TIPO RACEWAY PARA CULTIVO DE MICROALGAS UTILIZANDO
FLUIDODINMICA COMPUTACIONAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Luis Csar da Costa Jr (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019165
Orientador: Jlio Csar de Carvalho
Co-Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Fluidodinmica computacional, Tanques raceway, microalgas.
rea de Conhecimento: 3.09.04.00-5
0484
Atualmente, a cana de acar uma das maiores monoculturas agrcolas existentes no Brasil, visto que esta representa 12% da produo
agrcola nacional e 25% da produo mundial. Segundo, a UNICA (Unio da Indstria de Cana de Acar) a sua produo, em tonelada,
da ordem de 387 milhes, gerando resduos, durante o processamento da cana, como o bagao e a palha. Com a nalidade de eliminar tais
resduos o hbito das queimadas se tornou a maneira mais efetiva de eliminao, e tambm a mais poluente. A queimada realizada com a
funo de eliminar as folhas secas presente na cana-de-acar, anteriormente ao corte. Com intuito de diminuir os problemas ambientais foi
criado pela UNICA (4 de Junho de 2007) o Protocolo Agro-Ambiental do setor sucroalcooleiro, o qual dene que as queimadas devero
ser eliminadas at o ano de 2017, adiantando o percentual da cana no queimada em 2010 de 10% para 30%. Segundo a BRACELPA
(Associao Brasileira de Celulose Papel) a produo total de papel no ano de 2009, em toneladas, foi de 9 milhes 369 mil 429, sendo
que destes 4 milhes 632 mil 98 toneladas so referentes a produo de papel para embalagem. Para a produo de papel de embalagem
utilizado celulose proveniente de madeiras que apresentam bras longas (2 a 5 mm), como o caso das conferas do tipo Pinus. A celulose
de bra longa tem a propriedade de conceder ao papel resistncia mecnica, caracterstica necessria em embalagens de transporte e
distribuio como caixas de papelo ondulado e os sacos multifoliados. A partir do protocolo citado anteriormente, o objetivo do projeto
foi dar um m produtivo para os resduos do processamento da cana, mais especicamente para a folha da cana-de-acar. Sabe-se que
a bra celulsica da folha da cana do tipo longo, assim como a proveniente do Pinus, logo a nalidade dada para a folha de cana foi
produo de papel. Foram feitas misturas da celulose da cana com a de pinus, para a obteno do papel. Misturas que comearam com
20% de celulose da folha de cana (CF) e 80% da celulose do pinus (CP), 40% de CF e 60% de CP, 60% de CF e 40% de CP, 80% de CF e
20% de CP. Testes mecnicos e fsicos foram feitos, tais como, teste ao rasgo, trao, arrebentamento, opacidade e alvura. Foram realizadas
folhas com 100% de CP e 100% de CF, para posteriores comparaes de resultados com as misturas. Tendo todos os dados experimentais
dos testes pode-se ento comparar com os valores padres utilizados pelas indstrias, e assim vericar quais a misturas so viveis para
serem produzidas em escalas industriais.
AVALIAO DA VIABILIDADE DE PRODUO DE PAPEL ATRAVS DE MISTURAS DE POLPAS DE
CELULOSES DA FOLHA DA CANA-DE-ACAR E DE FONTES MADEIREIRAS.
Aluno de Iniciao Cientfca: Luiz Gustavo Rattmann da Trindade (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019775
Orientador: Regina Weinschutz
Colaborador: Alan Sulato de Andrade
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Cana-de-Acar, Celulose, Papel e Mistura.
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5
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Devido s inadequadas prticas de disposio de contaminantes, principalmente industriais, o solo tem sido seriamente prejudicado. Os
metais pesados esto entre os seus maiores poluentes, causando danos ao meio ambiente e srios riscos sade humana. Como alternativa
para solucionar esta ameaa, a remediao eletrocintica apresenta-se como uma das mais ecientes tcnicas desenvolvidas para a extrao
destes contaminantes, por apresentar um excelente potencial de remoo. O processo de remediao eletrocintica consiste na aplicao de
uma corrente direta de baixa intensidade atravs do solo entre dois ou mais eletrodos. O objetivo deste projeto analisar as propriedades dos
eletrodos a serem utilizados como nodos, ao inox e Ti/Ru-Ir ADE (nodos Dimensionalmente Estveis), no processo de remediao, bem
como estudar sua ecincia na remoo dos ons chumbo em solos contaminados, considerando-se as seguintes variveis: concentrao de
caulim no solo, potencial aplicado e tempo necessrio para a remoo. Estas variveis foram analisadas atravs de um planejamento fatorial
completo, buscando como funo resposta a ecincia de remoo (R) do on metlico chumbo. O planejamento fatorial foi aplicado para
o eletrodo Ti/Ru-Ir ADE que apresentou melhor sobrepotencial de evoluo de oxignio. Os resultados apresentados permitiram concluir
que as variveis so independentes entre si, no havendo interao entre elas.
REMEDIAO ELETROCINTICA DE RESDUOS SLIDOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Michele Maidel (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001009252
Orientador: Haroldo de Arajo Ponte Co-Orientador: Nice Mika Sakamoto Kaminari, Renata Bachmann Guimares Valt
Colaborador: Juliana Penteado Prestes (PIBITI CNPq), Eliz Marina Gabriel (PRH-24 ANP)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: remediao eletrocintica; remoo de metais pesados; caulinita
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5 (Tecnologia Qumica)
0487
Fitases so enzimas que hidrolisam o tato, liberando fosfatos inorgnicos e inositol. Raes animais base de cereais possuem fsforo
principalmente na forma de tato, um antinutriente capaz de quelar com ons vitais e formar complexos com protenas importantes. Animais
monogstricos no possuem enzimas capazes de clivar o tato, assim a adio de tase nas raes aumenta a biodisponibilidade e diminui
o fsforo nos excrementos. de extrema importncia que as enzimas retenham suas atividades catalticas durante a estocagem e utilizao.
Neste trabalho so apresentadas estabilidades durante o armazenamento de tases nas seguintes condies: temperatura ambiente (25C),
refrigerao (4C) e congelamento (-18C). As tases estudadas foram produzidas por quatro tipos de fungos macromicetos, nomeados
como DRL-01, DRL-18, DRL-56 E DRL-70, num processo fermentativo em estado slido com farelo de trigo como substrato, pH 6 e
umidade 50% durante 72 horas. Os extratos brutos contendo a enzima produzida por cada macromiceto foram armazenados a 25C, 4C
ou -18C sem adio de estabilizantes ou conservantes. Amostras dos fungos DRL-01 e DRL-18 armazenadas a temperatura ambiente
mantiveram suas atividades constantes por 4 semanas, apresentando 68% e 20% de suas atividades iniciais aps 56 dias, respectivamente,
e perdendo completamente suas atividades aps 126 dias de armazenagem. A amostra com a tase do fungo DRL-56 perdeu sua atividade
depois de 112 dias de armazenamento, enquanto a tase do fungo DRL-70 apresentou o perodo de estabilidade mais longo: ainda estava
ativa com 5% de sua atividade inicial 140 dias aps sua extrao. A 4C, as tases dos quatro macromicetos foram capazes de manter suas
atividades por mais de 4 meses. 140 dias aps a extrao, a tase de DRL-56 ainda apresentava 6% de sua atividade inicial, a de DRL-01
apresentou 20% de sua atividade inicial, a enzima de DRL-18 manteve 30% de sua atividade original e a de DRL-70 foi novamente a mais
estvel, mantendo 44% de seu valor inicial. A tase de DRL-18 conservada a -18C manteve 62% de sua atividade inicial 112 dias aps
a sua extrao e a de DRL-56 apresentou uma atividade de 38% apenas 14 dias aps a sua extrao. O extrato de DRL-70 foi novamente
estvel, mantendo 69% de sua atividade inicial aps 98 dias de armazenagem, enquanto DRL-01 apresentou 39% de sua atividade inicial
aps o mesmo perodo. Iniciou-se o desenvolvimento de uma formulao comercial contendo tase e aditivos para aumentar a estabilidade
da enzima e oferecer uma nova opo para o mercado de rao animal.
DESENVOLVIMENTO DE UM BIOPROCESSO PARA A PRODUO DE FITASE E ESTUDO DA
ESTABILIDADE DA ENZIMA
Aluno de Iniciao Cientfca: Luza Cesca Piva (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023228
Orientador: Michele Rigon Spier Co-Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Colaborador: Denise Naomi Xavier Salmon (Mestrado/CAPES)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: ftase, estabilidade, fermentao no estado slido.
rea de Conhecimento: 2.08.05.00-4: Enzimologia
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As simulaes numricas so ferramentas importantes para projetar, analisar e otimizar os processos e fenmenos de transporte
e um recurso muito utilizado na engenharia, por isso deve ser incentivado. Assim, o objetivo desse trabalho o domnio de
simulaes numricas no software COMSOL Multiphysics. O software permite estudar e realizar pesquisas em vrios tpicos
cientficos e extremamente til na simulao e verificao de processos e equipamentos como colunas de destilao, clculo
trmico de trocadores de calor e outros equipamentos de processos especcos da indstria qumica. Seu uso na fase de projeto
bsico de uma unidade vai desde a consolidao dos balanos materiais e energticos ao dimensionamento dos equipamentos
e estudo de estratgias de controle. Os casos de estudo so a decomposio unimolecular de um produto qumico que passa
atravs de um reator de placas paralelas, um trocador de calor casco tubo usando condio de contorno peridica para resoluo e ainda
casos com extruso acoplando variveis. Todas as condies de contorno so denidas em cada sistema, isso envolve a especicao do
comportamento dos udos e propriedades nas fronteiras do problema, depois o volume de controle dividido em clulas distintas (a
malha), a simulao ento iniciada e as equaes so resolvidas iterativamente como um estado estacionrio ou transiente, nalmente, um
ps-processamento utilizado para a anlise e visualizao da soluo resultante. Graas a uma srie de interfaces do software podemos
estudar sistemas complexos que envolvem tanto transferncia de massa quanto de calor, pois, com as condies de contorno estabelecidas
juntamente com as equaes que caracterizam o volume de controle o problema ca claramente denido, h casos, no entanto em que
necessria a especicao das equaes diferenciais parciais (PDEs) que caracterizam o domnio no software. Cada caso estudado procura
ocupar diferentes ferramentas do programa para uma maior abordagem de suas potencialidades e isso faz com que o aluno tenha maior
conhecimento do software. A posterior propagao desse conhecimento muito importante, uma vez que a aplicabilidade vasta e vrios
cursos de graduao podem facilitar problemas complexos com a analise do comportamento de sistemas em diferentes condies. Alm
do mais grande o incentivo na utilizao de softwares para simulaes j que h custos operacionais se testes de comportamento fossem
realizados experimentalmente.
ESTUDO DE SIMULAES UTILIZANDO O SOFTWARE MULTIPHYSICS MODELING AND
SIMULATION - COMSOL
Aluno de Iniciao Cientfca: Mnica Mattana (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Marcos L. Corazza Co-Orientador: Marcelo K. Lenzi
Colaborador: Renato K. Ostapiuk
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: simulao, fenmenos de transporte, modelagem fuido-dinmica.
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5
0488
Um aumento gradual no interesse da comunidade cientca e do setor industrial em microalgas tem sido vericado atualmente. Dentre
elas, a espcie Dunaliella salina (Chlorophyta) tem grande destaque. Esta microalga unicelular halotolerante capaz de produzir e
acumular grandes quantidades de biopigmentos (em especial o -caroteno) quando cultivada sob condies de stress. Para a produo deste
carotenide em larga escala, comum a utilizao de tanques ao ar livre submetidos intensa irradiao solar. Outra microalga de grande
interesse industrial a Spirulina platensis, uma cianobactria lamentosa, produtora do biopigmento cocianina. Esta tambm pode ser
cultiva em sistemas abertos, o que mantm as caractersticas ambientais ideais. O objetivo deste trabalho analisar o crescimento destes
microrganismos em prottipos de bioreatores do tipo coluna de bolhas sob regime de batelada alimentada. Para tanto, foram construdos
trs prottipos de fotobiorreatores em tubos de PVC com 210 cm de altura, englobando aspectos como a vedao inferior do bioreator, o
sistema de iluminao articial e o sistema de aerao. O experimento conduzido em triplicata permitiu a anlise do crescimento microalgal
em funo da luminosidade incidente na cultura, um fator varivel de acordo com o volume de meio de cultivo utilizado (correspondente
a 5, 10 a 55 cm de altura de coluna lquida). Um registro dirio da temperatura do sistema foi realizado, alm da retirada de alquotas de
10 ml de meio de cultivo para determinao da curva de crescimento microalgal por gravimetria. Como resultado preliminar, possivel
vericar a incapacidade de desenvolvimento da espcie Dunaliella salina em baixas irradiaes. A espcie Spirulina platensis apresentou
uma melhor capacidade de desenvolvimento sem apresentar, entretanto, crescimento representativo. Desta forma, conclumos que alteraes
nas condies de luminosidade devem ser feitas para adequar o cultivo das microalgas nestes sistemas de cultivo.
AVALIAO E MODELAGEM DO CRESCIMENTO DE MICROALGAS EM PROTTIPOS DE
FOTOBIORREATORES TIPO COLUNA DE BOLHAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Paloma Kalegari IC-Voluntria
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023696
Orientador: Jlio Cesar de Carvalho
Co-Orientador: Felipe Brisk, Carlos Ricardo Soccol
Departamento: Engenharia de Bioprocessos Setor: Tecnologia
Palavras-chave: microalgas, coluna de bolhas
rea de Conhecimento: 2.12.02.00-1 Microbiologia Aplicada
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O interesse das indstrias pelos leos essenciais est em ascendncia, pois esses compostos, podem apresentar entre outras propriedades,
ao antioxidante, importante na estabilidade qumica de muitos produtos industriais, contribuindo para retardar a autoxidao de leo e
gorduras em alimentos, tanto de origem vegetal como de animal. Dando continuidade s pesquisas nesta linha, este trabalho teve como
objetivo avaliar a aplicao dos leos essenciais, utilizando como matria prima o rizoma de gengibre (Zingiber ofcinale), como potenciais
aditivos na indstria de alimentos. A extrao desses leos pode ser feita por diferentes tcnicas. Foi utilizada a tcnica de extrao por
hidrodestilao em aparelho tipo Clevenger, em bales de vidro de dois litros com trs repeties. Foram utilizadas 100 g de gengibre in
natura congelado e ralado. Para extrao do leo, foi utilizado 1000 mL de gua destilada como solvente, submetido a aquecimento eltrico
durante 3 horas. O volume mdio de leos obtidos nas extraes foi de 2,5 mL. As amostras foram submetidas cromatograa gasosa e
a espectrometria de massa, para identicar e quanticar a composio qumica do leo essencial extrado. Os principais componentes dos
leos essenciais vericados atravs da anlise em ordem decrescente foram geranial, zingibereno, canfeno, -felandreno, -bisaboleno,
eucaliptol, entre outros. A atividade do leo essencial extrado de gengibre como antioxidante nos alimentos est sendo avaliada atravs dos
mtodos de descoloramento do -caroteno/cido linolico, pela reduo da absorbncia do radical DPPH (2,2-Difenil-1-picril-hidrazilo) a
515 nm pela ao de compostos redutores de radicais livres e pelo decaimento do radical ABTS (2,2-azinobis(3-etilbenzotiazolina-6-cido
sulfnico)) causada pela adio de uma amostra contendo fenlicos, na faixa de 600-750 nm. Os resultados obtidos destas anlises sero
apresentados por ocasio do XVIII EVINCI em outubro de 2010.
AVALIAO DA APLICAO DE LEO ESSENCIAL DE GENGIBRE COMO ANTIOXIDANTE EM
ALIMENTOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Priscila Tiemi Higuti do Nascimento (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 200721379
Orientador: Agnes de Paula Scheer
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: leo essencial, gengibre, antioxidante.
rea de Conhecimento: Alimentos - 3.06.03.04-8
0491
O hidrognio, alm de ser matria-prima fundamental nas unidades de hidrotratamento e hidrocraqueamento de renarias e indstrias, o
combustvel ideal para a utilizao em clulas combustvel, as quais prometem ser uma alternativa energtica estratgica, devido baixa
poluio e alta ecincia energtica. Em virtude disso, novas tecnologias para a produo de hidrognio esto sendo desenvolvidas.
Um dos meios de produo a reforma cataltica do etanol, que constitui uma matria-prima oriunda de fonte renovvel obtida por uma
tecnologia j consagrada no Brasil, tornando-a abundante e relativamente barata no Brasil. O objetivo principal deste trabalho estudar
a transferncia de calor em um reator cataltico de leito xo para a reforma de etanol, a m de se otimizar o processo. Para se atingir
este objetivo, realizou-se experimentos em reator cataltico de leito xo mediante a coleta de dados de temperatura. Os experimentos
foram realizados em um reator em escala de laboratrio aquecido por meio de um forno eltrico, sendo que os produtos gerados no reator
seguem para um condensador, a m de condensar a gua e o reagente no convertido. A seguir os produtos de reao seguem para um
cromatgrafo com detector de condutividade trmica, principalmente para vericar o teor de hidrognio gerado na reao. Nesta pesquisa,
o leito xo do reator foi preenchido com catalisador e inerte, de modo que foi colocada uma camada de inerte, seguida de uma na camada
de catalisador e ento preencheu-se o resto do leito com mais uma camada de inerte a m de se congurar um reator diferencial. Foram
testados vrios catalisadores com o objetivo de se checar qual o mais ativo. Quanto ao inerte, neste projeto utilizado vidro modo obtido
a partir da moagem de esferas de vidro. As partculas geradas devem possuir uma granulometria mais prxima possvel do catalisador,
para que se possa atingir a condio de regime hidrodinmico e trmico totalmente desenvolvido no incio do leito ativo do reator. Para
isto foi necessrio o estabelecimento da melhor forma de fragmentao, de modo que fosse alcanado um rendimento considervel para a
operao. Foi desenvolvido um modelo pseudo-homogneo a ser ajustado empregando-se os dados obtidos. Empregando-se estes dados
foi possvel estudar a transferncia de calor no reator de leito xo, avaliando-se a inuncia da vazo no leito cataltico e da temperatura
do forno sobre o coeciente global de transferncia de calor na faixa de condies experimentais empregadas.
ESTUDO DA TRANSFERNCIA DE CALOR EM REATOR LEITO FIXO PARA REFORMA CATALTICA
DE ETANOL
Aluno de Iniciao Cientfca: Paula Gonalves de Oliveira (PET SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Regina Maria Matos Jorge Co-Orientador: Luiz Mrio de Matos Jorge
Colaboradores: verton Simes Van-Dal (PET SESu), Roberta Carolina Pelissari Rizzo Domingues, Maurcio Canto.
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: reforma cataltica de etanol, transferncia de calor, reator de leito fxo.
rea de Conhecimento: Engenharia Qumica 3.06.00.00-6
0490
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O petrleo brasileiro constitui-se de uma emulso estvel de gua-leo. Por isso, com o objetivo de dessalgar o leo que ir para as
renarias, interessante quebrar tal emulso, visto que os sais presentes nela esto solubilizados na gua e sero separados do leo atravs
desta separao gua-leo, a qual ocorre mediante a coalescncia das gotculas de gua que sedimentam e formam uma camada contnua
de gua. Tal separao pode ser acelerada com a utilizao de mtodos que desestabilizem a emulso, proporcionando a diminuio da
viscosidade do leo, como, por exemplo, com a aplicao de campos magnticos. Neste mtodo, a coalescncia da gua facilitada pela
queda da viscosidade do leo, que promovida pelo aumento da temperatura do sistema. Assim, evidencia-se a maior ecincia na quebra
da emulso com a irradiao de microondas, visto que essa permite um aquecimento rpido, limpo, e de menor custo se comparado ao
aquecimento convencional. Este aquecimento rpido est relacionado com a interao da matria que recebe as irradiaes e com o campo
eltrico produzido por tal irradiao. A irradiao provoca a reorganizao das molculas que reforada pela agitao trmica do sistema
e pela interao intermolecular das cargas com as molculas vizinhas. Acontece, ento, o efeito dieltrico, ocasionado quando um aumento
de temperatura que gerado pela liberao da energia calorca. A utilizao de microondas interessante no somente pelo aquecimento
promovido, mas tambm pela facilidade com que ocorre a coalescncia das gotculas de gua, pelo fato de afetar apenas a parte polar da
emulso, resultando em uma neutralizao dos tensoativos naturais pela movimentao da gua. Com isso, o objetivo do presente trabalho
avaliar a inuncia das variveis manipuladas, ou seja, da composio da emulso e da potncia aplicada sobre o processo de quebra da
mesma. Logo, inicialmente foram realizados vrios experimentos aplicando radiao de microondas com a nalidade de quebrar emulses
de diferentes composies obtidas mediante diferenciaes na concentrao do petrleo e da gua, procurando-se avaliar a inuncia da
composio sobre a ecincia do processo de separao. Aps essa etapa trabalhar-se- com amostras de petrleo de alta viscosidade e
sero variadas as composies da emulso e potncia nela aplicada, tal como supracitado no objetivo.
QUEBRA DE EMULSES DE PETRLEO VIA IRRADIAO COM MICROONDAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Pryscylla Marques Komora (PET- SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Regina Maria Matos Jorge Co-Orientador: Regina Weinschutz, Luis Mrio Matos Jorge
Colaborador: Allan Silvestre Knapik (PRH-24/ ANP)
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: emulso, microondas, petrleo.
rea de Conhecimento: 3.06.02.03-3
0492
Fitatos so sais de cido ftico estocados em cereais, sementes e frutas e representam a maior poro do fsforo nestes alimentos. O tato
no ecientemente degradado por certos animais devido falta de tase, uma enzima que hidrolisa o tato em P inorgnico e inositol,
em seus tratos intestinais. A adio de tase s raes animais aumenta a biodisponibilidade do fsforo de tato e, portanto, diminui a
necessidade de suplementao com P inorgnico e reduz a poluio ambiental. Cogumelos so timas fontes potenciais de substncias
bioativas, tais como enzimas. O objetivo deste trabalho foi estudar a caracterizao da tase produzida por um basidiomiceto, para otimizar
o bioprocesso da produo da tase e as aplicaes industriais. A tase foi produzida por Fermentao no Estado Slido (FES) utilizando
o farelo de trigo como substrato pelo fungo Schizophyllum sp. As condies otimizadas da FES foram: temperatura=30C, pH=6,0,
sacarose=5% p/v, tempo=72 horas. Mediu-se a atividade enzimtica pelo mtodo de Heinonen e Lahti (1981), modicado. O pH timo foi
determinado pela reao da enzima com substratos em diferentes solues-tampo, com pH entre 1,0 e 10,0. A maior atividade enzimtica
foi vericada em pH=5,0. Para obter a temperatura tima, incubou-se a enzima por 30min entre 30 e 90C, vericando-se a maior atividade
em incubao a 50C. O efeito de inibidores e ativadores de ons metlicos na forma de seus sais na concentrao de 1mM (K
+
, Ca
2+
, Mg
2+
,
Mn
2+
, Zn
2+
, Cu
2+
, Pb
2+
, Hg
2+
Fe
2+
, Fe
3+
, Mo, Co
2+
, Ni
2+
, acetato, citrato) na atividade da tase foi estudada. Apenas o molibdato de amnio
reprimiu totalmente a atividade, enquanto os outros ons potencializaram o efeito da enzima, destacando-se o MnSO
4
com uma atividade
de 369,7% em relao ao controle. A anidade enzima-substrato foi determinada utilizando Na-tato como substrato nas concentraes
de 0,4 a 5,2mM. Os parmetros cinticos K
m
e V
mx
da reao enzimtica foram determinados obtendo-se os valores 0,16mM e 1,85mol/
mL.min, respectivamente. O efeito do P inorgnico na atividade foi determinado utilizando-se KH
2
PO
4
(0,52,5mM). A enzima foi inibida
com fosfato em concentraes acima de 2mM e ativada at 1mM. O tamanho molecular da tase foi estimado na faixa de 30 a 50kDa, a
partir da ultraltrao do extrato enzimtico em membranas entre 10 e 100kDa. O conhecimento dos mecanismos e fatores que regulam
a atividade da tase em cogumelos continua pouco explorado. O desenvolvimento de novas tecnologias ir ajudar no melhoramento das
tases para raes animais.
OTIMIZAO DO BIOPROCESSO PARA A PRODUO DE UMA NOVA FITASE E ESTUDO DE SUA
CARACTERIZAO
Aluno de Iniciao Cientfca: Renato Leal Binati (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023228
Orientador: Michele Rigon Spier Co-Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Colaborador: Denise Naomi Xavier Salmon (MESTRADO/CAPES)
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Fitase, Schizophyllum sp., Caracterizao.
rea de Conhecimento: 2.08.05.00-4 Enzimologia
0493
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274
O estudo das microalgas justicado pela sua fundamental importncia em diversos ecossistemas e pela possibilidade da sua aplicao em
distintas reas, como na nutrio, na produo de energia e na obteno de compostos de interesse das indstrias alimentcia, qumica e
farmacutica. As microalgas realizam a fotossntese com mais ecincia que as plantas superiores e assim apresentam rpido crescimento
e, portanto, maior produtividade. Diferentes estudos realizados mostram que elas possuem uma elevada concentrao de lipdios, bem
superior a das oleaginosas como palma, canola e soja, sendo assim uma excelente alternativa para a extrao de leo para biocombustveis.
As microalgas podem ser cultivadas em lagoas abertas ou em fotobiorreatores, sendo que nestes ltimos se consegue uma produtividade
ainda maior por unidade de rea, alm de no necessitar de terras agricultveis; por essas razes o biodiesel de microalgas tem mostrado
grande viabilidade de suprir a demanda mundial de combustveis renovveis, sem grandes prejuzos produo de alimentos. O objetivo
geral deste projeto desenvolver todo um processo em escala piloto para a produo de biodiesel, utilizando microalgas como fonte de
lipdios, desde o seu cultivo em fotobiorreator compacto (j existente) at se chegar aos produtos desejados, visando sua futura modelagem,
simulao e otimizao. Um dos maiores empecilhos do processo a extrao e separao do leo, com o mnimo consumo energtico.
Neste trabalho so avaliadas a viabilidade econmica do cultivo e as vrias possibilidades do processo de extrao do leo. As microalgas
so cultivadas em batelada no laboratrio (a espcie estudada a Scenedesmus sp.) em meios j previamente estudados; em seguida deve
ser feita sua separao do meio de cultivo pela oculao com NaOH, at atingir pH prximo de 10. Aps a sedimentao e ltrao,
realizada a secagem, utilizando estufa natural ou spray-dryer, obtendo-se assim a biomassa, que ser ento transestericada, com a produo
de biodiesel. Deseja-se que a energia advinda deste combustvel seja suciente para a sua prpria obteno.
PROCESSO AUTOSSUSTENTVEL PARA OBTENO DE BIODIESEL COM ORIGEM EM
MICROALGAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Rodolfo Augusto Baratto (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023910
Orientador: Alberto Tadeu M. Cardoso
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: biodiesel, microalgas, biocombustvel
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5a
0495
A Grifola frondosa um Basidiomiceto pertencente Ordem Aphyllopherales e Famlia Polyporeceae, tambm conhecida como Maitake.
Este fungo amplamente utilizado na culinria oriental e possui comprovadas atividades imunomoduladoras, antivirais e antitumorais. O
aparecimento de bactrias resistentes aos atuais frmacos antimicrobianos tem sido alvo de preocupaes da comunidade cientca e mdica.
Pesquisas de novas biomolculas, com potenciais efeitos antimicrobianos, tero grandes perspectivas de aplicao, pelo abrangente mercado
farmacutico, nas prximas dcadas. Diante da necessidade de pesquisas de novas molculas, com potenciais atividades antimicrobianas,
o estudo objetivou avaliar a atividade antimicrobiana deste cogumelo frente a bactrias patognicas. Os compostos testados foram obtidos
a partir da biomassa produzida pelo cogumelo em fermentao submersa. O meio de cultura bem como as condies de cultivo seguiu
conforme Fan, et. al., (2005). A biomassa foi ltrada, pesada e submetida a processo de extrao com o etanol e clorofrmio em 3 volumes
diferentes (16, 30 e 40 vezes o peso da biomassa mida) para cada solvente. O melhor rendimento obtido no processo de extrao foi
evaporado em estufa vcuo e ressuspenso em soluo de PBS + DMSO 10%. Para os testes antimicrobianos foram utilizadas 6 espcies
de bactrias, abrangendo tanto Gram positivas quanto Gram negativas. As bactrias foram cultivadas em caldo nutriente a 37
o
C e seu
crescimento acompanhado por cintica de 24 horas, por densidade tica (600nm), em microplaca. Os testes de atividade antimicrobiana
foram realizados com os extratos brutos, sendo que como controles positivos foram utilizados antibiticos comerciais e como controles
negativos: PBS + DMSO 10% e meio de cultura (Caldo Nutriente). As leituras de densidade tica iniciaram aps a fase lag, ou seja, aps
6 horas de incubao. Aps a fase lag, inicia-se a fase de intenso crescimento microbiano, a fase log, na qual o acompanhamento da leitura
da absorbncia foi efetuado a cada 2 horas. O efeito antimicrobiano dos extratos de biomassa de G. frondosa foi avaliado pelo clculo
entre as diferenas das amostras, os controles positivos e negativos. Cinco diferentes concentraes do extrato de biomassa foram testadas
para se obter a concentrao inibitria mnima (CIM). A descoberta de novos compostos ativos pode colaborar no tratamento de infeces
causadas por bactrias. Estudos complementares, referentes puricao, isolamento e elucidao estrutural destes compostos ativos so
sugeridos para uma nova etapa do projeto.
ESTUDO DO EFEITO ANTIMICROBIANO DE Ganoderma lucidum E Grifola Frondosa EM
FERMENTAO SUBMERSA
Aluno de Iniciao Cientfca: Richard Fhillipy Bosqui Teixeira (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021371
Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Colaborador(es): Sascha Habu, Leandro Freire dos Santos
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: compostos bioativos, Atividade antimicrobiana, Grifola frondosa.
rea de Conhecimento: 3.06.01.00-2 Processos Industriais de Engenharia Qumica
0494
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A aplicao de aos duplex e super-duplex para a produo de petrleo depende da garantia da no formao de fases frgeis (fase sigma, etc)
durante processo de soldagem. Entretanto, ainda no h uma tcnica no destrutiva para avaliar a ocorrncia destas fases durante processo
de soldagem. Desta forma, caso ocorra a formao de fases frgeis, esta s ser detectada durante ensaio hidrosttico na pea j pronta,
com grandes prejuzos econmicos. Motivados por esta necessidade, se prope o desenvolvimento de uma tcnica de ensaio no destrutivo
(END) para avaliar a formao de fases frgeis na zona termicamente afetada em soldas de aos duplex. Esta tcnica envolve a utilizao de
Potencial de Circuito Aberto e de Voltametria (medio do potencial entre cordo de solda e metal base na zona termicamente afetada). As
anlises da microestrutura na regio afetada pela da solda (ZTA), com auxlio de Metalograa e MEV, possibilitam o desenvolvimento de
correlaes entre as estruturas formadas e o comportamento do material a corroso. Desta forma, pretende-se obter uma tcnica de ensaio
no destrutivo para a avaliao dos aos duplex, na ZTA, com relao formao de fases de baixa resistncia mecnica e a corroso.
CARACTERIZAO ELETROQUMICA DA ZONA TERMICAMENTE AFETADA EM SOLDAGEM DE
AO DUPLEX
Aluno de Iniciao Cientfca: Rubens Eduardo Hauser Novicki (PIBITI/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021836
Orientador: Haroldo de Arajo Ponte
Colaborador: Maria Jos Jernimo de Santana Ponte
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: ao duplex, zona termicamente afetada, voltametria.
rea de Conhecimento: Eletroqumica
0496
Os ecossistemas brasileiros, como o Cerrado, apresentam grandes riquezas naturais mundialmente reconhecidas. Considerando a grande
importncia da biodiversidade, agricultura e agropecuria para a economia do pas, a procura de alternativas para o aumento da produo
dos diversos setores altamente justicada. Neste contexto, o uso de aditivos na agropecuria tem mostrado grande potencial para o aumento
da produtividade. Dentre os aditivos utilizados em rao animal podem ser citados os micronutrientes, tais como zinco, que possui papel
importante no desenvolvimento animal. O objetivo do presente trabalho foi o isolamento e seleo de cepa(s) de levedura isoladas do Baru
(Dipteryx alata Vogel) capaz(es) de acumular zinco orgnico em fermentao submersa utilizando como substrato resduos da agroindstria
brasileira. Inicialmente onze linhagens de leveduras foram isoladas a partir do fruto Baru. Em seguida, as linhagens foram testadas em
fermentao submersa em melao de cana a 5 Brix enriquecido com 0,1 g/L de ZnSO
4
, selecionando-se a cepa BARU05 (identicada como
Candida lusitaniae e Candida pelliculosa por identicao bioqumica e molecular, respectivamente) com 9,93 g/L de produo de biomassa
e 88,69% de bioacmulo de zinco orgnico. Uma cintica foi ento realizada usando-se a cepa escolhida em frascos Erlenmeyer 250 mL
em melao de cana a 5 Brix enriquecido com 0,1 g/L de ZnSO
4
, a 10% de inculo, 30C e 120 rpm, obtendo-se 5,46 g/L de produo de
biomassa e 87,93% de rendimento aps 72 horas de fermentao. Na seqncia, a otimizao dos fatores fsico-qumicos do processo foi
realizada atravs de planejamento experimental 2
3
, determinando-se pH 4, 5% de inculo e 28C como os melhores parmetros. Finalmente,
a otimizao dos fatores qumicos do processo foi realizada atravs de planejamentos experimentais dos tipos 2
7-4
com 3 pontos centrais,
fatorial incompleto 2
4-1
e rotacional do tipo composto central. Determinou-se por esses experimentos os melhores parmetros qumicos
do processo (3 g/L de uria, 0,1 g/L de Fe
2
(SO
4
)
3
e 10 Brix), e obteve-se 12,41 g/L de produo de biomassa e 90,10% de bioacmulo de
zinco aps todos os planejamentos experimentais. Posteriormente, o processo passar por escalonamento em biorreatores de bancada de
10 litros para estudo da inuncia de areao forada e controle mais rigoroso dos parmetros do processo. Tudo indica perspectivas muito
interessantes para a obteno de um produto que poder ser utilizado como suplemento em rao animal.
PRODUO DE BIOMASSA RICA EM ZINCO E COBRE POR FERMENTAO SUBMERSA
UTILIZANDO LEVEDURAS ISOLADAS DO BARU (DIPTERYX ALATA VOG.) E RESDUOS DA
AGROINDSTRIA BRASILEIRA
Aluno de Iniciao Cientfca: Ryu Masaki (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022683
Orientador: Luciana Porto de Souza Vandenberghe
Co-Orientador: Carlos Ricardo Soccol Colaborador: Andra Haruko Arakaki
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: leveduras, bioacmulo, zinco.
rea de Conhecimento: 3.06.01.00-2
0497
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A demanda energtica por combustveis renovveis cada vez maior, sendo necessrio desenvolver alternativas economicamente viveis.
O biodiesel uma dessas alternativas que ir aos poucos substituir o diesel do petrleo. Esta pesquisa tem o objetivo de produzir biodiesel a
partir de leo de soja e etanol, usando cido fosfrico como catalisador, variando concentrao dos reagentes, tempo de reao e temperatura
do sistema at encontrar a conjuno de fatores que produz melhor resultado. O cido fosfrico ainda no apresentou resultados signicativos
na literatura, mas existe a possibilidade de que ele possa ser usado como catalisador para produo de biodiesel. As amostras produzidas
so mandadas ao Lacaut (Laboratrio de Combustveis Automotivos da UFPR), pois o biodiesel deve corresponder a certas especicaes
como ndice de acidez, quantidade de gua e glicerina, ponto de fulgor e teor de steres para que um produto seja considerado biodiesel,
reguladas pela ANP (Agncia Nacional do Petrleo), atravs da resoluo n 42 de 24/11/2004. Se for vericado que seja possvel produzir
biodiesel usando cido fosfrico como catalisador, novos ensaios sero realizados. Caso contrrio, sero desenvolvidos mtodos para utilizar
o cido fosfrico suportado por outros elemento. Os testes so realizados em um reator de ao com agitao constante e aquecimento por
chama. Os primeiros testes foram feitos com variao da relao lcool-leo em 3:1 e 6:1 (v/v) e 1% de catalisador e a temperatura variou
em 135C e 150C, com tempo de reao de 30 minutos. Os primeiros resultados mostram que a maior temperatura e a maior relao
lcool-leo favorvel formao do biodiesel, sendo o caminho a ser tomado nos prximos ensaios.
ESTUDO DA VIABILIDADE DO USO DO CIDO FOSFRICO COMO CATALISADOR PARA A
PRODUO DE BIODIESEL
Aluno de Iniciao Cientfca: Silvia Negrelli (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016589
Orientador: Regina Weinschutz
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: biodiesel, cido fosfrico, catlise cida.
rea de Conhecimento: 3.06.03.00-5
0499
Aromas e fragrncias incorporadas em alimentos, perfumes e cosmticos possuem alto valor comercial. A biotransformao uma via
biotecnolgica que apresenta vrios benefcios em relao aos mtodos qumicos correspondentes, como aproveitamento de resduos e
gerao de compostos naturais. Assim, a biotransformao terpnica representa uma alternativa atrativa para produo de aromas naturais,
sendo este o objetivo do trabalho. Estudaram-se duas cepas, Pichia stipitis (LPB I/UFPR) e Y4b, isolada da casca de Pinus taeda. Para
ambas, preparou-se o inculo em caldo extrato de malte e levedura (YM) e incubou-se sob agitao a 120 rpm, 30 C por 48 h. No teste
de resistncia a limoneno e a e -pineno (1:1), as leveduras foram inoculadas em gar YM contendo de 0,1% a 1% dos terpenos (v/v), a
28 C por 96 h. O teste de consumo dos terpenos como fonte de carbono ocorreu em meio mineral contendo 1% (v/v) de limoneno ou de
-pineno e -pineno (1:1) a 120 rpm, 30 C por 120 h. A cintica de crescimento da biomassa e de consumo de glucose (10g/L) de Pichia
stipitis foi conduzida durante 96 h visando a caracterizao do perl metablico. A concentrao do acar foi determinada pelo mtodo
de Somogyi-Nelson e a biomassa foi mensurada atravs do peso seco. Os experimentos de biotransformao utilizando Pichia stipitis
foram conduzidos durante sete dias em meio mineral a 30 C e 120 rpm. Diferentes tempos de adio de limoneno (1%) foram testados
(0, 24 ou 48 h de cultivo). A biotransformao do limoneno por Pichia stipitis foi acompanhada diariamente por cromatograa gasosa do
headspace. Embora as cepas sejam resistentes aos meios contendo terpenos, ambas apresentaram atraso de 24 h a 48 h no crescimento
quando comparadas ao meio controle, alm de serem aptas a crescer utilizando terpenos como fonte exclusiva de carbono. Para Pichia
stipitis, o aumento de biomassa foi de 1,05 g/L com limoneno e 1,14 g/L com e -pineno enquanto para a cepa Y4b obteve-se 0,86 g/L e
0,89 g/L, respectivamente. Contatou-se uma rpida reduo da concentrao de acar aps 18 h de cultivo com Pichia stipitis, enquanto a
maior concentrao de biomassa foi obtida aps 48 h. No headspace do meio fermentado, alm de alteraes no perl sensorial, detectou-se
a presena de produtos de biotransformao. A cepa isolada ser ainda analisada quanto ao perl metablico de terpenos biotransformados.
Contudo, estudos preliminares com -pineno e -pineno para Pichia stipitis e de ambos os terpenos para a cepa Y4b apresentaram resultados
promissores.
BIOTRANSFORMAO DE COMPOSTOS DE AROMA
Aluno de Iniciao Cientfca: Sabrina Poletto (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006020952
Orientador: Adriane Bianchi Pedroni Medeiros Co-Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Colaborador: Mrio Csar Jucoski Bier
Departamento: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Setor: Tecnologia
Palavras-chave: leveduras, terpenos, seleo.
rea de Conhecimento: 0.00.00.00-0
0498
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EVINCI E 3.
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O cido giberlico (GA
3
) um importante hormnio vegetal da famlia das giberelinas que possui efeito em diversas fases do desenvolvimento
das plantas, como: quebra da dormncia de sementes, aumento da taxa de crescimento e diviso celular, entre outros. Por isso, este hormnio
apresenta alta demanda na agricultura. A sua produo realizada principalmente por fermentao submersa utilizando fungos lamentosos,
em especial, do gnero Fusarium. Porm, o custo elevado em virtude dos baixos rendimentos atingidos e da diculdade de puricao.
Uma forma de viabilizar economicamente esta produo atravs da fermentao no estado slido (FES) que permite utilizar resduos
da agroindstria como substrato. Desta forma, foi avaliada a produo de GA
3
por 5 cepas de Fusarium moniliforme e Giberella fujikuroi
utilizando 6 resduos e misturas entres eles (polpa ctrica, farelo de soja, bagao de cana-de-acar, casca de soja, bagao de mandioca e
casca de caf) como suporte/substrato para a fermentao. Estes testes foram realizados em frascos Erlenmeyer contendo 10 g de substrato,
umidade inicial de 75%, pH entre 5 e 5,5, taxa de inoculo de 10%, incubados a 28C. Aps a extrao do fermentado por agitao com
soluo tampo, a anlise de GA
3
foi realizada pelo mtodo espectrofotomtrico descrito por Holbrook (1961). Os melhores resultados
foram obtidos por F. moniliforme LPB 03 (5,7 de GA
3
/kg de polpa ctrica seca), seguido por G. fujikuroi LPB 06 (4.7g de GA
3
/kg de farelo
de soja:casca de soja secos). Posteriormente, realizou-se um estudo comparativo da cintica de produo de GA
3
em frascos Erlenmeyer
e em colunas de vidro. Ambos os ensaios foram conduzidos durante 7 dias, utilizando a cepa e o substrato que apresentaram os melhores
resultados e condies otimizadas em estudos anteriores. Os demais parmetros como biomassa, pH, atividade de gua e consumo de
acares tambm foram acompanhados. Em frascos, a maior produo foi atingida em 144h (7,6 g de GA
3
/kg de PC seca), j em colunas
esta foi observada em 120 horas (7,342 g/kg de PC seca). Desta forma, pode-se vericar um aumento de produtividade da fermentao em
colunas, em relao fermentao em frascos Erlenmeyer. Pretende-se ainda realizar testes de produo em bandejas. Suporte nanceiro
CAPES e Fundao Araucria.
DESENVOLVIMENTO DE BIOPROCESSO PARA PRODUO DE HORMNIO VEGETAL (CIDO
GIBERLICO) POR FERMENTAO NO ESTADO SLIDO UTILIZANDO RESDUOS DA
AGROINDSTRIA BRASILEIRA
Aluno de Iniciao Cientfca: Thasa Scheuer (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021345
Orientador: Luciana Porto de Souza Vandenberghe
Co-Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Colaborador: Felipe Cintra (PIBIT/CNPq), Juliana Oliveira (MESTRANDA/CAPES), Cristine Rodrigues (DOUTORANDA)
Departamento: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Setor: Tecnologia
Palavras-chave: cido giberlico, resduos agroindustriais, fermentao no estado slido
rea de Conhecimento: 3.13.01.00-2 Processos Bioqumicos
0500
Na indstria de transformao, um processo pode ser dividido em duas partes principais: a parte reacional, onde efetivamente ocorre a reao,
e a parte de separao, onde so encontradas operaes unitrias para puricao do produto desejado. Nesta primeira parte, h uma gama
enorme de reatores utilizados industrialmente. O reator CSTR (continuous stirred-tank reactor) um dos mais empregados para reagentes
de alta viscosidade, sendo que, por ter agitao em seu interior, comumente adotada uma composio homognea no seu interior. Para
melhor compreenso e posterior otimizao na parte reacional de um processo, fundamental importncia modelar o processo. Para isso,
so feitos simuladores, que procuram se aproximar o mximo possvel do que ocorre de fato na indstria. A simulao feita foi para um
reator CSTR isotrmico, onde o controle de temperatura feito atravs de uma jaqueta de resfriamento. Ao reator alimentado um reagente
genrico e este sofre uma reao produzindo um intermedirio, que por sua vez reage e produz um segundo produto no interior do reator,
sendo que ambas as reaes so exotrmicas. O produto desejado o intermedirio, portanto deve ser feita uma anlise da alimentao do
reator, porque quanto mais reagente alimentado, produz mais intermedirio, entretanto este reage novamente resultando em perdas do
produto desejado. Para isso, foi feito uma rotina em linguagem FORTRAN, com auxlio do aplicativo grco Gnuplot, onde variada a
concentrao de alimentao no reator, e analisada a concentrao de sada do intermedirio, j citado acima, em funo do tempo. Tambm
analisada a temperatura da jaqueta e do interior do reator, considerada homognea, devido a agitao. O aplicativo Gnuplot utilizado
para, em vez do programa retornar tabelas de dados para analise, retorna grcos, onde este de mais fcil compreenso e visualizao
de resultados. Os resultados da simulao do reator so alimentados ao modelo matemtico de uma coluna de destilao isotermica para
consequente avaliar o efeito do acoplamento entre o sistema de reao e de separao.
SIMULAO DE SISTEMAS REAO SEPARAO ACOPLADOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Thiago Dalgalo de Quadros (IC-Voluntaria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023322
Orientador: Marcelo Kaminski Lenzi
Colaborador: Arislete Dantas de Aquino
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: modelagem, sistema reao separao, feedforward.
rea de Conhecimento: 3.06.00.00-6
0501
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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278
As regies estuarinas esto intimamente relacionadas com o desenvolvimento econmico e abrigam as maiores cidades do planeta por
serem locais adequados para a instalao de portos, constituirem uma importante via de acesso para o interior do continente, serem frteis,
por produzirem grandes quantidades de matria orgnica e suas guas serem periodicamente renovadas sob a inuncia da mar. O aporte
de esgotos produzidos pelas reas urbanas nos esturios tm gerado problemas na qualidade da gua dessas regies. O estudo dos limites de
aceitao de poluentes das regies estuarinas , potanto, de vital importncia para o desenvolvimento urbano, industrial, agrcola e conservao
ambiental deste sistema. Assim, o presente trabalho apresenta a aplicao de um modelo de qualidade de gua baa de Paranagu com o
intuito de avaliar a poluio de esgotos no local. A rea de estudo integrante do Complexo Estuarino de Paranagu (CEP), e representa
o eixo leste-oeste na parte inferior do mesmo. A cidade de Parangu, responsvel pela maior quantidade de esgoto lanada na baa, possui
uma populao de 133.559 habitantes. No estudo utilizado o modelo de qualidade de gua integrante do SisBAHIA
Sistema Base de
Hidrodinmica Ambiental, um sistema para a modelagem da circulao hidrodinmica e do transporte de escalares passivos em corpos de
gua naturais. So simuladas as concentraes de oxignio dissolvido (OD) e demanda bioqumica de oxignio (DBO) como parmetros
para avaliao da qualidade da gua da baa. A carga de esgotos lanada na baa foi estimada a partir do tamanho da populao da cidade
de Paranagu para dois cenrios: com e sem tratamento de esgoto. Atravs das simulaes realizadas foi possvel vericar o grau de
interferncia do despejo do esgoto domstico produzido pela cidade de Parangu, com e sem tratamento, na qualidade da gua da baa e
conrmar que, em corpos de gua de dinmica complexa, os padres de qualidade so fortemente dependentes da localizao das fontes.
Enquanto algumas regies permitem descargas maiores de poluentes com mnimo prejuzo ao ecossistema, em outras, as descargas reduzidas
podem ser potencialmente poluidoras a longo prazo.
MODELAGEM DE QUALIDADE DE GUA DA BAA DE PARANAGU
Aluno de Iniciao Cientfca: Rocianne Bortolazzo Pinto (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021227
Orientador: Cynara de Lourdes da Nbrega Cunha
Departamento: Transportes Setor: Tecnologia
Palavras-chave: modelo de qualidade de gua, baa de Paranagu, SisBAHIA.
rea de Conhecimento: Engenharia Hidrulica - 3.01.04.00-9
0503
O interesse no estudo de microalgas tem sido crescente, em funo de sua grande aplicabilidade comercial em reas como nutrio, sade
humana e animal, produo de energia, tratamento de euentes, dentre outras. A utilizao de microalgas como ps-tratamento secundrio
visa adequar o euente s restries da Legislao Brasileira, estabelecidas pela Resoluo CONAMA n 357 de 17/03/2005. Em diversas
situaes a remoo de fsforo de esgotos sanitrios se faz necessria, pois o mesmo, junto com o nitrognio, um dos macronutrientes mais
importantes responsveis pela eutrozao de guas naturais, acentuando o crescimento de algas cianofceas e outras, alm de problemas de
transparncia, gosto, odor e potabilidade das guas. O objetivo deste trabalho foi utilizar tcnicas de cultivos de microalgas para promover
a remoo de nitrognio e fsforo de guas provenientes do tratamento convencional do esgoto domstico, fornecidas pela Sanepar (PR).
As amostras foram coletadas, analisadas e utilizadas como meio de cultivo. Inicialmente uma seleo foi realizada com 15 microalgas
existentes no banco do Laboratrio de Processos Biotecnolgicos, considerando-se parmetros como adaptabilidade e produo de biomassa.
Praticamente todas apresentaram crescimento na gua residual testada, dentre as quais duas foram selecionadas (LEM 07 e LEM 14) e
escalonadas para reatores do tipo STR de 10L (New Brunswick) adaptados para cultivo microalgal. As culturas foram mantidas em batelada
por 15 dias, perodo aps o qual o meio de cultivo foi centrifugado (10000rpm, 15 min). A biomassa recuperada e seca a 60C foi quanticada
por peso seco (em estufa a 100C at peso constante) e sua composio em termos de carboidratos, lipdios e protenas determinada pelos
mtodos fenol-sulfrico, Bligh&Dyer e Lowry, respectivamente. O sobrenadante foi analisado quanto concentrao de fsforo (PO
4
-3
) e
nitrognio (NO
3
-
) (mtodo de Molibdato de Amnio e mtodo de Cataldo, respectivamente). Ambas as microalgas apresentaram resultados
satisfatrios quanto aos parmetros analisados, provando que a utilizao de microalgas como sistema complementar de tratamento de
guas residuais pode ser uma soluo interessante. (Remoo total de fsforo e de 60-80% do nitrognio presentes inicialmente). Para dar
seqncia ao trabalho necessria a avaliao do efeito dos diferentes regimes de produo (tipo batelada, batelada alimentada ou contnuo)
seguido da otimizao de parmetros de cultivo na produo e composio da biomassa.
UTILIZAO DE MICROALGAS NO TRATAMENTO TERCIRIO DE EFLUENTE DOMSTICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Thiara Elisa da Silva (Programa- PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023715
Orientador: Prof. Carlos Ricardo Soccol Co-Orientador: Eduardo Bittencourt Sydney
Colaborador: Profa. Adenise Lorenci Woisciechowski
Departamento: Tecnologia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: microalgas/tratamento de efuentes/metablito
rea de Conhecimento: 2.12.02.00-1 Microbiologia Aplicada
0502
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So considerados empreendimentos potencialmente poluidores, quando no exerccio de suas atividades, apresentam potencial de
provocar impactos ao meio ambiente, gerando passivos ambientais devido alteraes no ar, na gua e no solo. Este trabalho teve como
nalidade levantar as principais atividades potencialmente
poluidoras nos 26 municpios que se inserem na Regio
Metropolitana de Curitiba. O cenrio foi levantado com base
nos procedimentos de liberao de licena, expedidos pelo
IAP Instituto Ambiental do Paran, foram levantados os
seguintes processos de licenciamento: Licena Prvia (LP),
Licena de Instalao (LI) e Licena de Operao (LO),
foram estabelecidos 5 grupos de atividades potencialmente
poluidoras (Urbanizao, Industrializao, Institucional,
Minerao e Outras atividades). Considerando como
urbanizao os parcelamentos de solo, condomnios e
conjuntos habitacionais; nas atividades de industrializao
esto inseridas fbricas, usinas e indstrias; como institucional
foram consideradas principalmente as atividades de infra-
estrutura dos municpios; na minerao se inserem todas as
formas de explorao de minrios, argila, areia, calcrio, etc, e
nalmente o grupo outras atividades corresponde s atividades
que no se inseriram nas demais classes (sistema de drenagem
e diferentes sistemas de produo animal).
AVALIAO DAS ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS NOS MUNICIPIOS QUE
COMPE A RMC, COM BASE NAS LICENAS CONCEDIDAS PELO IAP
Aluno de Iniciao Cientfca: Amanda Rodrigues da Silva (Bolsa Permanncia / UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES : 2010024496
Orientador: Carla Maria Camargo Corra
Colaborador: Claudia Hissae Yoshida (ENG. FLORESTAL), rika Feltrin (ESTAGIRIA)
Departamento: NIMAD Setor: PRPPG
Palavras-chave: Institucional, industrializao, urbanizao, minerao;
rea de Conhecimento: 3.07.04.05-7
0504
A solubilidade de gases em lquidos uma importante classe de problemas de equilbrio lquido-vapor e tm inmeras aplicaes. Um gs
tem suas molculas em movimento constante e desordenado, portanto, essas molculas se chocam com os obstculos que encontram no
caminho. Quando o obstculo que o gs encontra a superfcie de um lquido, molculas mais velozes podem penetrar no lquido, cando
dissolvidas. Quanto maior a presso que um gs exerce, maior o nmero e a fora das colises de suas molculas com os obstculos. Se as
colises tornam-se mais fortes e freqentes, mais molculas conseguiro se solubilizar no lquido. Exemplos desse tipo de equilbrio de fase
so os gases que se encontram dissolvidos na gua do mar e que so essnciais para a sobrevivncia de espcies marinhas. A quantidade
de CO
2
(dixido de carbono) dissolvido no leite o estudo em questo. A gua o principal constituinte do leite, cerca de 80%, sendo que
os lipdios tambm aparecem em grande quantidade, por isso importante que a solubilidade do CO
2
seja avaliada tanto na gua quanto
na gordura do leite. Como se trata de condies ambiente (T=25C e P=1atm) no necessrio usar uma equao de estado como Peng-
Robinson, por exemplo, muito utilizada nos casos a altas presses, para predizer o equilbrio termodinmico, podendo-se ento determinar a
quantidade de CO
2
dissolvido no leite atravs da Lei de Henry. Essa lei diz que a solubilidade de um gs em gua depende da presso parcial
do gs exercida sobre o lquido. A constante de proporcionalidade utilizada nessa lei varia com o gs e a temperatura, e recebe o nome de
constante de Henry. O nico problema em relao a constante da Lei de Henry. Essa constante foi determinada experimentalmente para
diversos tipos de solventes e tabelada. No caso do leite, no entanto, no h um valor pr-determinado, pois o leite se trata de um colide,
composto por vrias espcies qumicas, como lipdios e protenas. J que o leite composto principalmente por gua e lipdios, proposta
uma regra de mistura para combinar as inuncias da gua e dos lipdios no valor da constante de Lei de Henry.
MODELAGEM TERMODINMICA DA SOLUO BINRIA GUA-LACTOSE.
Aluno de Iniciao Cientfca:Camila Zorzetto (Programa-Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2009023448
Orientador:Maria Lucia Masson
Departamento:Engenharia QumicaSetor:Tecnologia
Palavras-chave:Solubilidade, equilbrio lquido-vapor, Lei de Henry, leite.
rea de Conhecimento:Tecnologia de Alimentos
0505
TABELA 1- Atividades potencialmente poluidoras na Regio Metropolitana de Curitiba.
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Nos ltimos anos, com a crise no mercado internacional de petrleo, somadas a normas ambientais cada vez mais rgidas, tem suscitado
enormes esforos ao desenvolvimento de tecnologias de produo alternativas aos combustveis provenientes do petrleo. Dentro do
desenvolvimento de novas tecnologias, destaca-se a produo de biodiesel que sucintamente se basea na reao do leo vegetal com
lcool na presena de catalisadores, em um processo conhecido como transestericao. O projeto visa o estudo do comportamento de
fases para os equilbrios liquido-liquido (ELL) e lquido-vapor (ELV) e da determinao de regies de miscibilidade de sistemas binrios e
multicomponentes dos constituintes da mistura reacional da produo de biodiesel de soja a altas presses tendo como uido supercrtico
o dixido de carbono. O dados de equilbrio de fases de reagentes e produtos em uido supercrtico so essenciais para a vericao da
viabilidade e/ou para a otimizao desse processo.
APLICAO DA TECNOLOGIA DE ULTRASOM PARA A PRODUO DE BIODIESEL
Aluno de Iniciao Cientfca: Helosa Roberto Pinheiro da Silva (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:
Orientador: Papa Matar Ndiaye
Co-orientador: Marcos Lucio Corazza
Departamento: Engenharia Qumica Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Biodiesel, Equilbrio Qumico, Fluido Supercrtico
rea de Conhecimento: Termodinmica Qumica
0507
O baru (Dipteryx alata) uma leguminosa nativa do Cerrado, presente nos estados de Gois, Minas Gerais, Mato-Grosso, Mato Grosso
do Sul e So Paulo. Rico em lipdeos, uma alternativa para o isolamento de microrganismos capazes de acumular micronutrientes. O
cobre pode estar presente na respirao celular, formao ssea, desenvolvimento do tecido conjuntivo, mielinizao do sistema nervoso
central, queratinizao e pigmentao de tecidos, alm de ser componente essencial de diversas metaloenzimas. O cobre proveniente dos
alimentos apresenta pequena disponibilidade, por isso a importncia da bioacumulao por leveduras para enriquecimento de rao animal. O
objetivo deste trabalho foi a produo de biomassa rica em cobre para suplementao em rao animal por fermentao submersa utilizando
subprodutos agrcolas produzidos no Estado do Paran. Onze cepas de leveduras foram isoladas a partir da polpa do baru, todas pertencentes
ao gnero Candida sp. A cepa selecionada como melhor bioacumuladora foi identicada bioqumica e molecularmente como Candida
pelliculosa BARU 05. As linhagens foram testadas quanto acumulao de cobre, e a cepa BARU05 apresentou melhores resultados.
Utilizando melao de cana como substrato, fez-se a determinao do tempo de fermentao pela cintica de acmulo. A fermentao foi
conduzida usando o meio composto por melao de cana a uma concentrao de slidos de 5 Brix suplementada com 0,1 g/L CuSO
4
.5H
2
O;
extrato de levedura, 10 g/L; (NH
4
)
2
SO
4
, 5 g/L; KH
2
PO
4
, 5 g/L; MgSO
4
, 0,5 g/L. A taxa de inculo empregada foi de 10% do volume de
meio (100 ml). Os ensaios foram realizados a 30 C, pH inicial de 6,0, 120 rpm durante 120 horas. Um estudo da inuncia de fatores
qumicos do processo foi realizado utilizando a estratgia de planejamentos experimentais. Depois de trs etapas de otimizao, foram
denidas as seguintes condies para um melhor bioacmulo de cobre pela cepa BARU 05. Os melhores resultados quanto ao rendimento
de acmulo de cobre e produo de biomassa foram obtidos nas seguintes condies: 72 horas, pH 6, taxa de inoculo de 7,5% (v/v), 30C,
melao de cana suplementado com 2 g/L of (NH
4
)
2
SO
4
e 3 g/L of (NH
4
)
2
HPO
4
. Desse modo atingiu-se o rendimento de 95,04% e 13,397
g/L de biomassa. Na seqncia deste trabalho, ser realizado o aumento de escala e os produtos obtidos sero testados em rao animal.
PRODUO DE BIOMASSA RICA EM COBRE POR FERMENTAO SUBMERSA UTILIZANDO
LEVEDURAS ISOLADAS DO BARU (Dipteryx alata Vog.)
Aluno de Iniciao Cientfca: Carolina Gracia Poitevin (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022683
Orientador: Luciana Porto de Souza Vandenberghe Co-Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Colaborador: Andra Arakaki (doutoranda), Ryu Masaki (estagirio)
Departamento: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Setor: Tecnologia
Palavras-chave: microelementos, cobre, biomassa, leveduras.
rea de Conhecimento: 3.13.01.00-2
0506
Cincias da Sade
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Trata-se de um estudo tipo caso (E) controle (C) com o objetivo de avaliar o efeito da hipertenso arterial sobre a regenerao heptica de
ratos submetidos hepatectomia. Realizado com utilizados 40 ratos da linhagem Wistar. A amostra foi dividida em dois grupos. Primeiramente
os animais foram submetidos a anestesia e laparotomia mediana com induo da hipertenso arterial reno-vascular pela tcnica de Goldblatt
no grupo experimento (E). Posteriormente foi realizada nova laparotomia e hepatectomia parcial, aps 7 dias. Os segmentos ressecados
foram pesados e anotados em protocolo. As aferies foram realizadas com 24 horas e 7 dias da hepatectomia, quando os animais foram
submetidos eutansia. Os ratos foram pesados e realizou se nova laparotomia com resseco heptica total. Antes da eutansia, foi colhido
sangue para exames bioqumicos: bilirrubina total e conjugada, fosfatase alcalina, TGO, TGP e gamaGT (GGT). Os resultados foram
submetidos anlise estatstica, adotando como nvel de signicncia p 0,05 ou 5%. Dentre os resultados, na anlise aps 24 horas da
hepatectomia parcial, houve aumento signicativo nos nveis de GGT do grupo E. Aps 7 dias, aumentou os nveis de BD no grupo E. Em
relao ao grupo C, analisando os dois perodos de aferio, houve aumento de todas as variveis, exceto GGT. Em relao ao grupo E, na
anlise das duas etapas, houve aumento signicativo nos nveis de BD, FA, TGO e TGP. Quanto porcentagem de regenerao nas 24 horas
aps hepatectomia parcial, no houve diferenas entre os grupos. Na anlise aps 7 dias houve aumento na porcentagem de regenerao
do grupo E. Com estes resultados conclui-se que a hipertenso arterial no inuenciou as variveis estudadas, porm a porcentagem de
regenerao heptica foi signicativamente maior no grupo hipertenso em relao ao controle.
INFLUNCIA DA HIPERTENSO ARTERIAL NA REGENERAO DA FUNO HEPTICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Anna Franco Vieira de Oliveira (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022623
Orientador: Maria de Lourdes Pessole Biondo Simes
Colaborador: Camila Fernanda de Carvalho (PIBIC CNPQ) e Marina Bishop Brito (IC-Voluntria)
Departamento: Cirurgia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: regenerao heptica; hepatectomia; hipertenso arterial.
rea de Conhecimento: 4.01.02.00-9
0508
A regenerao heptica representa um mecanismo de proteo contra a perda de tecido heptico funcionante. Apesar do termo, existe
hiperplasia com hipertroa compensatria dos segmentos remanescentes at o restabelecimento da massa heptica primitiva. H um perodo de
insucincia transitria do fgado durante a recomposio da massa heptica, o que vem estimulando a busca de fatores capazes de inuenciar
na proliferao hepatocelular e na regenerao. O estudo da regenerao heptica e de fatores que possam acelerar ou retardar o processo
tem relevncia. Agentes que acelerem a regenerao permitiro diminuir o tempo de insucincia heptica e possibilitar resseces mais
amplas. comum operar pacientes com comorbidades como a hipertenso arterial, quando o sistema renina-angiotensina est hiperativo.
O objetivo do trabalho avaliar o efeito da hipertenso arterial sobre a regenerao heptica de ratos submetidos hepatectomia. Foram
utilizados 40 ratos da linhagem Wistar. A amostra foi dividida em 2 grupos, controle (C) e experimento (E). Sob anestesia, os animais
foram submetidos laparotomia mediana e induo da hipertenso arterial reno-vascular pela tcnica de Goldblatt no grupo E. Aps 7
dias, sob anestesia, foi feita nova laparotomia e hepatectomia parcial. Os segmentos ressecados foram pesados e anotados em protocolo.
As aferies foram realizadas com 24 horas e 7 dias, quando os animais foram submetidos eutansia. Os ratos foram pesados e realizou
se nova laparotomia com resseco heptica total. Antes da eutansia, foi colhido sangue para exames bioqumicos: bilirrubina total e
conjugada, fosfatase alcalina, TGO, TGP e gamaGT (GGT). Os resultados foram submetidos anlise estatstica, adotando como nvel
de signicncia p 0,05 ou 5%. Dentre os resultados, na anlise aps 24 horas da hepatectomia parcial, houve aumento signicativo nos
nveis de GGT do grupo E. Aps 7 dias, aumentou os nveis de BD no grupo E. Em relao ao grupo C, analisando os dois perodos de
aferio, houve aumento de todas as variveis, exceto GGT. Em relao ao grupo E, na anlise das duas etapas, houve aumento signicativo
nos nveis de BD, FA, TGO e TGP. Quanto porcentagem de regenerao nas 24 horas aps hepatectomia parcial, no houve diferenas
entre os grupos. Na anlise aps 7 dias houve aumento na porcentagem de regenerao do grupo E. Com estes resultados conclui-se que a
hipertenso arterial no inuenciou as variveis estudadas, porm a porcentagem de regenerao heptica foi signicativamente maior no
grupo hipertenso em relao ao controle.
ESTUDO DA INFLUNCIA DA HIPERTENSO ARTERIAL NA REGENERAO DA FUNO
HEPTICA PS HEPATECTOMIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Fernanda de Carvalho (PIBIC CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022623
Orientador: Maria de Lourdes Pessole Biondo Simes
Colaborador: Anna Franco Vieira de Oliveira (IC-Voluntria) e Marina Bishop Brito (IC-Voluntria)
Departamento: Cirurgia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: regenerao heptica; hepatectomia; hipertenso arterial.
rea de Conhecimento: 4.01.02.00-9
0509
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A isquemia mesentrica um diagnstico que ainda comporta taxas mortalidade elevadas de 60% a 100%. Alm de usualmente requerer
interveno cirrgica com resseco de segmentos intestinais necrticos e a despeito dos avanos no tratamento, um manuseio ideal
ainda est por ser denido e novas opes e estratgias devem ser consideradas e estudadas. A termograa por radiao infravermelha
vem assumindo, em nvel clnico e experimental, papel cada vez mais relevante como opo segura, no invasivo e capaz de uma anlise
imediata do estado de perfuso dos tecidos orgnicos em variadas situaes. Entretanto, pelas diculdades ainda hoje encontradas de
validao do mtodo atravs de comparaes com mtodos padres de deteco de alternncias de temperatura tecidual h a necessidade
de se produzir dados com este novo mtodo para avaliarmos sua preciso nas variadas situaes de potencial aplicao clnica. Neste
trabalho determinamos a aplicabilidade da termograa infravermelha em segmento intestinal jejunal isolado, e a capacidade do mtodo
em diagnosticar com preciso adequada a perda de perfuso e viabilidade tecidual em reas de isquemia de alas de intestino delgado
segmento jejunal - ao longo de vrias etapas de sua desvacularizao (clampeamento). Neste estudo foram utilizados 10 ratos Wistar, com
peso entre 300 e 450 gramas, foi conduzido no Centro Cirrgico de Cirurgia Experimental Animal do Centro de Pesquisas Prof. Egas
Penteado Izique do Departamento de Cirurgia da UFPR, com temperatura ambiente controlada. A anlise dos dados obtidos com relao
ao segmento intestinal de jejuno, isoladamente, foi feita comparando-se a mdia das temperaturas obtidas em 4 tempos distintos (antes;
imediatamente aps o clampeamento dos vasos e da arcada arterial mesentrica e 1 minuto aps os 3 clampeamentos), por meio Teste
T de Student para validao das mdias obtidas utilizando-se de um p-valor < 0,05 para considerar diferena estatstica signicativa entre
as amostras. Comparamos entre si os tempos T1, T2, T3 e T4 e, os resultados mostraram diferena signicativa entre os tempos estudados,
salvo pela comparao entre T3 e T4 (onde no houve clampeamento adicional, somente intervalo de tempo), esta comparao T3 a
T4 no apresentou diferena estatstica signicativa, como esperado previamente. Conclumos que o mtodo de anlise de temperatura e
viabilidade jejunal pela termograa infravermelha mostrou-se ecaz para a avaliao do segmento intestinal estudado (jejuno), detectando
diferenas de temperatura signicativas, em diferentes situaes de isquemia, segundo o modelo.
ANLISE EXPERIMENTAL DO PAPEL DA TERMOGRAFIA POR RADIAO INFRAVERMELHA
EM TEMPO REAL NA AVALIAO DA VIABILIDADE INTESTINAL EM MODELO DE ISQUEMIA
MESENTRICA EM RATOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Luiz Alceu Jamur Dubas (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023680
Orientador: Jorge Eduardo Fouto Matias
Colaboradores: Erick Fernando Seguro (Fundao Araucria), Julio Slongo
Departamento: Cirurgia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: termografa, radiao infravermelha, isquemia mesentrica
rea de Conhecimento: 4.01.02.00-9
0511
A Isquemia Mesentrica consiste em uma entidade clnica ainda com mortalidade muito elevada (60-100%), que habitualmente requer
interveno cirrgica com resseco de segmentos intestinais necrticos. A maior diculdade cirrgica denir com exatido se o segmento
intestinal isqumico encontra-se vivel ou no, deciso baseada em aspectos macroscpicos grosseiros do trato intestinal. Clnica e
experimentalmente, a termograa por radiao infravermelha vem assumindo papel relevante como mtodo seguro, no invasivo e capaz
de anlise do estado de viabilidade perfusional dos tecidos em diversas situaes. Neste trabalho objetivou-se determinar a aplicabilidade da
termograa infravermelha no mbito do modelo experimental de isquemia mesentrica em ratos e a capacidade da termograa infravermelha
em diagnosticar com preciso adequada a perda de perfuso tecidual (e portanto de viabilidade) em reas de isquemia de leo ao longo de
vrias etapas de sua desvacularizao. Foram utilizados 10 ratas Wistar, pesando entre 230 e 270 gramas, em ambiente com temperatura e
umidade controladas. Durante anestesia inalatria com ter, todos os animais foram submetidos laparotomia mediana e exposio ileal
(5 cm antes da vlvula leo-cecal). Os segmentos foram expostos juntamente com seus trs ramos arteriais mesentricos 2 laterais e 1
central. Com cmera infravermelha FLIR SC 660 foram tomadas, em tempo real, as temperaturas da superfcie intestinal sempre num
mesmo ponto correspondendo na ala ao ponto de vascularizao do ramo mesentrico central. As medidas de temperatura realizadas,
sempre em triplicata, foram: T1- inicial aps exposio; T2- 1 minuto aps ligadura da arcada marginal e clampeamento dos dois ramos
mesentricos laterais; T3- 1 minuto aps clampeamento do ramo mesentrico central; T4- 1 minuto aps a medida T3. Calcularam-se
as mdias das medidas de cada tempo de leitura, as quais foram comparadas individualmente entre si em todos os 4 tempos, atravs do
teste T de Student para validao das mdias obtidas, e com valor de p < 0,05. No segmento analisado, houve diferenas estatisticamente
signicativas entre todas as comparaes realizadas exceto na comparao T3 x T4 exatamente a nica sem acrscimo de isquemia entre
as medidas. Conclui-se portanto, que o mtodo de anlise de temperatura pela termograa infravermelha capaz de discriminar diferenas
de perfuso intestinal em diferentes situaes de isquemia de alas de ileo, segundo o modelo.
ANLISE EXPERIMENTAL DO PAPEL DA TERMOGRAFIA POR RADIAO INFRAVERMELHA
EM TEMPO REAL NA AVALIAO DA VIABILIDADE INTESTINAL EM MODELO DE ISQUEMIA
MESENTRICA EM RATOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Erick Fernando Seguro (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023680
Orientador: Jorge Eduardo Fouto Matias
Colaborador: Luiz Alceu Jamur Dubas (PIBIC/CNPq), Julio Slongo (Acadmico)
Departamento: Cirurgia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: termografa, radiao infravermelha, isquemia mesentrica
rea de Conhecimento: 4.01.02.00-9
0510
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Estudo de natureza experimental realizado com 40 ratos da linhagem Wistar com o objetivo de avaliar o efeito da hipertenso arterial
sobre a regenerao heptica de ratos submetidos hepatectomia. Os ratos, divididos em 2 grupos, controle (C) e experimento (E), foram
submetidos a interveno cirrgica com intervalo de 24 horas e 7 dias a partir da hepatectomia parcial. Animais do grupo E, sob anestesia,
foram submetidos laparotomia mediana e induo da hipertenso arterial reno-vascular pela tcnica de Goldblatt. Aps 7 dias, sob
anestesia, foi feita nova laparotomia e hepatectomia parcial. Os segmentos ressecados foram pesados e anotados em protocolo. As aferies
foram realizadas com 24 horas e 7 dias, quando os animais foram submetidos eutansia. Antes da eutansia, foi colhido sangue para
exames bioqumicos: bilirrubina total e conjugada, fosfatase alcalina, TGO, TGP e gamaGT (GGT). Os resultados foram submetidos
anlise estatstica, adotando como nvel de signicncia p 0,05 ou 5%. Dentre os resultados, na anlise aps 24 horas da hepatectomia
parcial, houve aumento signicativo nos nveis de GGT do grupo E. Aps 7 dias, aumentou os nveis de BD no grupo E. Em relao ao
grupo C, analisando os dois perodos de aferio, houve aumento de todas as variveis, exceto GGT. Em relao ao grupo E, na anlise
das duas etapas, houve aumento signicativo nos nveis de BD, FA, TGO e TGP. Quanto porcentagem de regenerao nas 24 horas aps
hepatectomia parcial, no houve diferenas entre os grupos. Vericou-se, aps 7 dias, que houve aumento na porcentagem de regenerao
do grupo E. Com estes resultados conclui-se que a hipertenso arterial no inuenciou as variveis estudadas, porm a porcentagem de
regenerao heptica foi signicativamente maior no grupo hipertenso em relao ao controle.
Introduo/objetivo: a artrite reumatide (AR) uma doena crnica que afeta em torno de 1 % da populao mundial. As leses em
membros inferiores (MMII) causam diculdades de locomoo e instabilidade postural por dor, deformidade e alterao da sensibilidade
proprioceptiva. Pacientes com AR tem deteriorada a qualidade de vida o que altera a percepo subjetiva em relao a severidade da doena.
Para uma medida homognea e objetiva do impacto e prejuzo da AR, so usados questionrios de qualidade de vida como HAQ e SF36
validados para populao brasileira. O estudo objetivou comparar valores da escala de Berg com qualidade de vida e variveis clnicas e
laboratoriais da AR. Material e Mtodos: foram selecionados 76 pacientes com AR, atendidos no Ambulatrio de Reumatologia do Hospital
de Clnicas da Universidade Federal do Paran, no perodo de maro a maio de 2010. Todos foram submetidos a avaliao da escala de Berg
e responderam aos questionrios HAQ, SF 36 e escala visual analgica de dor. Foram coletados exames laboratoriais para anlise. Pacientes
com fatores que interferiam no equilbrio foram excludos. Resultados: 76 pacientes participaram do estudo, sendo 93,4% femininos e
6,6% masculinos, com idade mdia de 51,63 anos. Desses, 49,2% tinham AR h mais de 10 anos. A mdia de atividade fsica foi de 70,3h
semanais. O FR e/ou anti CCP foi positivo em 78,1% dos pacientes. A Protena C reativa 0,5 ocorreu em 53,7%. Das medicaes, 76,3%
usavam prednisona, 89,3% DMARDs e 13,2% biolgicos. A escala de Berg foi 45 em 10,5% dos pacientes. Os mdulos do SF36 variaram
de 0 a 100 com a menor mdia de 37,8 e a maior de 64,3. Comparando a escala de Berg com os dados da amostra, pacientes com Berg >45
praticavam mais horas de exerccio (p<0,001) e tinham menor ndice de HAQ (p<0,005). Confrontando o valor da escala de Berg a cada
componente do SF36, o valor da escala de Berg foi diretamente proporcional a cada componente do SF36 (p<0,05). Concluso: o estudo
permite armar que valores da escala de Berg > 45 nos pacientes com AR se relacionam com maior atividade fsica e melhor qualidade de
vida, segundo os questionrios HAQ e SF36. Intervenes precoces e ecazes como tratamento medicamentoso e atividade fsica poderiam
melhorar o equilbrio e, por conseqncia a qualidade de vida dos pacientes.
INFLUNCIA DA HIPERTENSO ARTERIAL NA REGENERAO DA FUNO HEPTICA PS
HEPATECTOMIA
COMPARAO DA ESCALA DE EQUILIBRIO DE BERG COM QUALIDADE DE VIDA DOS
PACIENTES COM ARTRITE REUMATIDE, UTILIZANDO QUESTIONARIOS HAQ E SF36,
ASPECTOS CLNICOS E LABORATORIAIS DA DOENA
Aluno de Iniciao Cientfca: Marina Bishop Brito (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022623
Orientador: Maria de Lourdes Pessole Biondo Simes
Colaborador: Anna Franco Vieira de Oliveira (IC-Voluntria) e Camila Fernanda de Carvalho (PIBIC CNPQ)
Departamento: Cirurgia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: regenerao heptica; hepatectomia; hipertenso arterial.
rea de Conhecimento: 4.01.02.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Maria Borghi ( IC - Voluntria )
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023367
Orientador: Sebastio Radominski
Colaborador: Michelly Pires Viana, Luciane Garcia da Silva
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Artrite Reumatide, escala de equilbrio de Berg, qualidade de vida.
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
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A DGH se associa com aumento da adiposidade visceral, reduo na massa magra e massa ssea, alteraes desfavorveis no perl lipdico
e tambm pior qualidade de vida (QoL). Questionrios gerais e especcos para avaliar QoL em pacientes com DGH tem sido aplicados em
outros pases, mas nunca foram validados no Brasil. O objetivo deste trabalho a validao do QoL AGHDA num grupo de pacientes adultos
acompanhados no Servio de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clnicas, com diagnstico de DGH. Foram avaliados 29 pacientes
alfabetizados (16 homens, 13 mulheres; idade mdia 34,9 anos), sem dcit visual, no tratados, com diagnstico bioqumico de DGH. As
causas de DGH foram adenoma hiposrio (n=4), craniofaringeoma (n=3), sndrome de Sheehan (n=3), trauma (n=1) e idioptica/congnita
(n=18). Cada paciente respondeu 2 questionrios: o QoLAGHDA (contendo 25 questes sobre situaes cotidianas) e o Nottingham Health
Prole (contendo 38 questes). Quanto maior a pontuao obtida, pior a QoL. Para comparao das respostas, utilizou-se grupo controle
pareado por sexo e idade formado por 16 homens e 13 mulheres (idade mdia 35,6 anos). Resultados obtidos: o tempo de DGH mdio foi
de 15,8 7,5 anos (1,5-38); a pontuao mdia dos pacientes no QoL AGHDA foi 8,31 4,84 (1-19), e no grupo controle a mdia foi 3,89
4,74 pontos (0-21), com p< 0,001. No Nottingham a pontuao mdia dos pacientes foi 7,11 6,19 (0-20), e no grupo controle 3,86
6,03 (0-27), com p=0,005. Os dados obtidos conrmam que nossos pacientes adultos com DGH apresentam pior QoL.
A asma uma doena crnica de mltiplos fentipos que pode cursar com restries fsicas, sociais e emocionais, as quais so diretamente
proporcionais falta de controle da doena. No passado, apenas testes siolgicos e clnicos eram utilizados para aferir os efeitos da
interveno na doena, mas o impacto na vida dos pacientes no era determinado. O objetivo deste estudo avaliar o impacto do tratamento
na qualidade de vida dos pacientes do ambulatrio de asma grave. Para tanto realizou-se estudo observacional transversal em qual foi
empregado o Questionrio sobre Qualidade de Vida em Asma com Atividades Padronizadas AQLQ (S) nos pacientes com mais de 18
anos adstrictos ao ambulatrio de asma grave do Hospital de Clnicas da UFPR (HC-UFPR) alm da reviso de dados dos pronturios. Do
grupo inicial de 78 pacientes, foram excludos 27 por bito, recusa em participar ou impossibilidade de contato. Dos 51 inclusos, 80,4%
dos pacientes eram do gnero feminino, mdia de idade de 45,3 anos (desvio padro de 14 anos) sendo que 90% utilizavam a associao
formoterol e budesonida como drogas chaves no manejo. O entendimento do questionrio por parte dos pacientes foi adequado, com
tempo de administrao de cerca de 20-25 minutos. Relativamente ao escore do AQLQ(S), a mdia amostral foi de 3,72 com um desvio
padro de 1,33. As reas com melhor e pior resultados foram, respectivamente, a da avaliao da funo emocional (3,95) e a pertinente
a estmulos ambientais (2,91) indicando, assim, que exposio a cigarro, poeira e perfume, dentre outros, so fatores relacionados pior
qualidade de vida nos pacientes do ambulatrio do HC-UFPR. O sexo masculino esteve associado a um AQLQ(S) mais elevado, bem como
pacientes considerados como controlados (conforme a IV Diretriz Brasileira para o Manejo da Asma) tiveram um escore no questionrio
signicativamente mais alto. Por m, conclui-se que, de forma geral, os pacientes caram classicados com uma qualidade de vida mediana,
indicando moderada limitao. Deve ser ressaltado tambm que a mensurao da qualidade de vida um componente essencial para uma
avaliao global do indivduo e deve ser empregada, alm das medidas clnicas e funcionais, uma vez que informa quanto ao bem estar do
paciente e reete o estado de controle da asma.
VALIDAO DE QUESTIONRIOS DE QUALIDADE DE VIDA (QOL) EM PACIENTES ADULTOS
COM DEFICINCIA DE HORMNIO DE CRESCIMENTO (DGH)
QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE ASMTICO GRAVE
Aluno de Iniciao Cientfca: Flvia Machado Alves Baslio (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023421
Orientador: Cesar Luiz Boguszewski
Co-Orientador: Sulem Simo Mol
Colaborador: Antonio Ribeiro de Oliveira Junior
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Hormnio de crescimento; defcincia; qualidade de vida
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Jeane Lima e Silva (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2008022624
Orientador: Joo Adriano de Barros
Colaborador: Larissa Lopes Rocha (UFPR/TN), Thaisa Andra da Silva Maia (IC voluntria), Alessandro Zorzi (voluntrio)
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Asma grave, qualidade de vida, AQLQ.
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
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A Asma uma doena inamatria crnica das vias respiratrias que se caracteriza pela hiper-reatividade da rvore traqueobrnquica. uma
das principais causas de internamentos hospitalares e gastos com sade pblica, por isso de suma importncia o seu estudo. Foi realizado
um estudo observacional transversal, cuja nalidade foi datar as nuances clnicas e de alterao laboratorial do indivduo portador de Asma
Grave, avaliar as mudanas nesses pers em funo do tratamento preconizado pelos atuais protocolos de Asma Grave e correlacionar
os resultados obtidos no questionrio sobre Qualidade de Vida em Asma (AQLQ) aos achados do exame espiromtrico para relacionar a
qualidade de vida aos valores da funo pulmonar. Os dados foram coletados a partir de pronturios, das chas de acompanhamento do
ambulatrio, exames complementares (espirometria, Rx de trax e imunoglobulina E) e empregado o questionrio AQLQ nos pacientes
com mais de 18 anos que acompanham no ambulatrio de Asma Grave do Hospital de Clnicas da UFPR. Do grupo inicial de 78 pacientes
com Asma Grave foram excludos 32 pacientes. Dos 46 pacientes inclusos 82,6% dos pacientes so do gnero feminino e 17,4% do gnero
masculino. A faixa etria corresponde dos 18 aos 77 anos de idade, sendo a mdia de 45,46 anos (desvio padro de 13,77). Vericou-se que
a principal medicao usada o beta-2 agonista (formoterol) associado a corticide inalatrio (budesonida), cerca de 90% dos pacientes
utilizam esse tratamento. Com relao avaliao laboratorial, as principais alteraes se do na espirometria, sendo o Volume Expiratrio
Forado em 1 segundo (VEF1) utilizado para demonstrao do distrbio obstrutivo, observa-se que 28,26% dos pacientes possuem VEF1
menor ou igual a 60%, 30,44% dos pacientes possuem VEF1 entre 60 a 80% e o restante 41,3% o VEF1 maior ou igual a 80% do predito.
O que demonstra uma dissociao clnica e laboratorial j que conforme a 4 Diretriz Brasileira para manejo da Asma considera que o
VEF1 menor ou igual a 60% relaciona-se com Asma Persistente Grave sendo que a maioria dos pacientes com Asma Grave apresentou-se
com VEF1 acima de 60%. Outro dado que corrobora tal dissociao a anlise do questionrio AQLQ comparado aos valores do VEF1,
j que a maioria dos pacientes com VEF1 acima de 60% tiveram uma avaliao da qualidade de vida pelo AQLQ aqum do esperado para
tal VEF1. Enm, o conhecimento do paciente no mbito clnico e laboratorial associado a aspectos psicossociais acarretam na melhora do
controle da Asma Grave.
Os Acidentes Vasculares Enceflicos (AVE) so um grande problema de sade pblica em todo o mundo. Tem pico de incidncia entre a 7
e 8 dcadas de vida, porm estudos prvios demonstram ocorrncia desta doena em pacientes com idade inferior a 50 anos, acometendo
assim pessoas em faixas etrias altamente produtivas. O presente trabalho teve como objetivo analisar as caractersticas epidemiolgicas dos
pacientes adultos jovens (<50 anos) com AVE isqumico (AVEi) e identicar suas principais causas nesta populao. Para o levantamento
destes dados foi realizada uma anlise retrospectiva dos pronturios dos pacientes maiores de 18 e menores de 50 anos que sofreram AVEi e
foram atendidos no Ambulatrio de Doenas Cerebrovasculares do Servio de Neurologia do Hospital de Clnicas da Universidade Federal
do Paran ou que estiveram internados neste hospital, desde o ano de 1988. Foram revisados e analisados 279 pronturios. A idade mdia
dos pacientes foi de 38,1 anos, com mediana de 40 anos. O sexo feminino foi o mais numeroso e correspondeu a 58% da amostra. Dos 279
pacientes, 50,2% apresentavam diagnstico de hipertenso arterial sistmica, 11% diabete mellitus e 13,9% dislipidemia, prvios ao AVEi.
Tabagismo foi relatado por 50,1% e etilismo por 13,2% dos pacientes. A histria familiar de eventos cerebrovasculares foi relatada por
35,8% e doenas coronarianas por 14% deles. O diagnstico etiolgico do AVEi foi identicado em 81,1% dos pacientes que completaram
a investigao, sendo cardioembolia a causa mais encontrada, seguida de aterotrombose, outras etiologias e doena de pequenos vasos.
Uma porcentagem muito elevada dos pacientes avaliados 50,5% no teve investigao etiolgica completa por perda de seguimento ou
no realizao dos exames solicitados nas consultas ambulatoriais. Assim, concluiu-se que a principal causa de AVEi em adultos jovens no
presente estudo foi cardioemblica seguida de aterotrombose. As valvopatias cardacas e os fatores de risco clssicos para doena vascular
guraram como predominantes na etiologia destes casos. Sobressai a concluso da necessidade de nfase em campanhas educativas para
preveno de AVEi em todos os nveis etrios, visto se tratar de doena de grande morbidade com conseqente reduo da capacidade
laborativa e da qualidade de vida.
ANLISE CLNICA E LABORATORIAL DO ASMTICO GRAVE E AVALIAO DE SUA RESPOSTA
AO TRATAMENTO
ANLISE RETROSPECTIVA DE PRONTURIOS MDICOS DE PACIENTES JOVENS COM
ACIDENTE VASCULAR ENCEFLICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Larissa Lopes Rocha (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022624
Orientador: Joo Adriano de Barros
Colaborador: Alessandro Zorzi (voluntrio), Jeane Lima e Silva (Fundao Araucria) e Thaisa Andra da Silva Maia (IC voluntria)
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Asma grave, anlise clnico-laboratorial, AQLQ.
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Larissa Periotto Borlina UFPR/TN
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023691
Orientador: Edison Matos Nvak
Colaboradores: Viviane Vidal Sabatoski (aluna da graduao), Felipe Trevisan Matos Nvak (residente de Neurologia)
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Acidente Vascular Enceflico, adultos jovens, etiologia
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2 - Clnica Mdica
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Os receptores de membrana vanilides (TPRV1) so receptores expressos aps um insulto neurognico necessrio para a sinalizao
perifrica de um agente agressor. Eles esto relacionados com os estados de hipersensibilizao perifrica neuronal em estados patolgicos
como ocorre nas formas de neuralgia do trigmio.
O objetivo do trabalho determinar se a expresso dos receptores de membrana vanilides (TRPV1) pode ser inibida aps a utilizao da
neurotoxina botulnica do tipo-A (NTBo-A).
Trinta e dois ratos Norvegicus foram selecionados e alocados em quatro grupos distintos. Grupo A (animais submetidos a sensibilizao
perifrica aps constrio do nervo infra-orbital) e tratados com NTBo-A (n=8); Grupo B (animais submetidos a sensibilizao perifrica
aps constrio do nervo infra-orbital) e tratados com soluo salina isotnica (SSI 0,9%) (n=8); Grupo C (animais submetidos a exposio
do nervo infra-orbital sem constrio grupo sham) e submetidos ao tratamento com NTBo-A e Grupo D (animais submetidos a exposio
do nervo infra-orbital sem constrio grupo sham) (n=8) e submetidos ao tratamento com SSI (n=8). Para avaliar as funes nociceptivas
foram utilizados o teste do -20 graus Celsios. Aps o tratamento os animais foram submetidos a anestesia e retirado dos dois gnglios do
trigmio. O material biolgico foi submetido a processamento e realizao da tcnica de Western Blod para pesquisa da expresso dos
receptores de TRPV1.
Os animais submeticos a constrio do nervo infra-orbital expressaram de maneira mais signicativa do que os sham tanto ipsilateralmente
e contralateralmente. A utilizao da toxina botulnica alterou esta expresso.
Os achados permitem concluir que o comportamento de hipernocicepo em um modelo de dor orofacial esta relacionado com a expresso
dos receptores vanilides (TRPV1) e que o efeito analgsico da NTBo-A esta diretamente relacionada com esta expresso.
Introduo/objetivo: a artrite reumatide (AR) uma doena autoimune que causa inamao crnica simtrica de pequenas articulaes
resultando em eroso e deformidades. Em membros inferiores age prejudicando a atividade fsica, mobilidade articular, estabilidade postural
e sensibilidade proprioceptiva, facilitando quedas. Alm da AR, idade, tempo de doena, classe funcional da AR, antecedentes de quedas,
comorbidades, dcit visual, diurticos e sedativos, tambm contribuem para quedas. A perda mineral ssea devido inamao e ao uso
de corticides favorece fraturas por osteoporose secundria. O objetivo do estudo foi avaliar o nmero de quedas e fraturas em pacientes
com AR, e relacionar com escala de equilbrio de Berg em adio a aspectos clnicos e laboratoriais da doena. Material e mtodos: foram
selecionados76 pacientes com AR atendidos no Ambulatrio de Reumatologia do Hospital de Clnicas da Universidade Federal do Paran
no perodo de maro a maio de 2010. Fatores de risco para quedas no relacionados a AR foram critrios de excluso. Foi questionado o
nmero de quedas no ltimo ano, ocorrncia de fraturas no violentas na vida adulta e local de fratura. Foi aplicado a escala de Berg e os
resultados foram analisados segundo a atividade clnica e laboratorial da doena. Resultados: Dos 76 pacientes, 93,4% eram femininos e
6,6% masculinos, com idade mdia de 51,63 anos. A durao da AR <5 anos ocorreu em 24,6% dos pacientes, entre 5-10 anos em 26,2% e
>10 anos em 49,2%. Eram tabagistas 27,6%. O FR e/ou anti-CCP foi positivo em 78,1% dos pacientes. A Protena C reativa 0,5 ocorreu
em 53,7% . Das medicaes 76,3% usavam prednisona, 89,3% DMARDs e 13,2% biolgicos. O nmero de quedas no ltimo ano foi
de 0 a 12 vezes. Fraturas ocorreram em 12% da amostra. A escala de Berg foi 45 em 10, 5% dos pacientes. Dos dados confrontados foi
estatisticamente signicativo o maior ndice do HAQ com o maior nmero de quedas (p<0,05). A dose de prednisona foi diretamente
proporcional ao nmero de quedas (p<0,05), bem como o uso de DMARDs (p<0,005). A incidncia de fraturas foi signicativamente maior
em pacientes com FR e/ou anti-CCP positivos (p<0,05) e Berg 45 (p<0,05). Concluso: o estudo permite armar que existe correlao
estatisticamente signicativa entre quedas, fraturas, aspectos clnicos e laboratoriais da doena que reetem maior atividade da AR.
MECANISMOS COLINRGICOS CENTRAL E PERIFRICO NA NOCICEPO
FATORES DE RISCO PARA QUEDAS EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATIDE
Aluno de Iniciao Cientfca: Lucas Leite e Silva (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005015912
Orientador: Rosana Herminia Scola.
Co-Orientador: lcio Juliato Piovesan.
Colaboradores: Lineu C. Werneck, Jair J. de Lima, Adriana Mercadante, Elder Campos.
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade.
Palavras-chave: Neuralgia do trigmeo; toxina botulnica do tipo A; tratamento.
rea de Conhecimento: Clnica Mdica.
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciane Garcia da Silva (IC- Outra)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023367
Orientador: Sebastio Radominski
Colaborador: Michelly Pires Viana, Fernanda Maria Borghi
Departamento: Clnica mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Artrite Reumatide, quedas, fraturas
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
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A puno aspirativa com agulha na (PAAF) considerada o mtodo diagnstico inicial e o de melhor relao custo-benefcio na avaliao
da doena nodular da tireide. Na presena de um diagnstico negativo para neoplasia, permite observar o paciente clinicamente, reduzindo
a necessidade de cirurgia em mais de 50% dos casos. A prevalncia de carcinomas em ndulos de tireide detectados por PAAF de
aproximadamente 4%. Apesar das vantagens do procedimento, o sucesso do mtodo depende da experincia do patologista e da habilidade
tcnica na obteno de amostras adequadas. Neste trabalho avaliamos retrospectivamente os resultados da PAAF de pacientes portadores
de ndulos de tireide (ndulo nico ou bcio multinodular), e comparamos esses resultados com o resultado do exame anatomopatolgico
daqueles que foram submetidos cirurgia e com dados da ecograa do ndulo. O foco do nosso estudo est em avaliar o exame usado
hoje para triagem de carcinoma de tireide que a PAAF. No entanto, para isso consideramos tambm dois outros exames que acabam
complementando e conrmando o laudo fornecido pela PAAF e que portanto ao nosso ver, constituem um trip que levam ao diagnstico de
certeza de um eventual carcinoma de tireide. A avaliao foi feita atravs de dados de pronturios de pacientes provenientes dos ambulatrios
de tireide e endocrinologia geral do Hospital de Clnicas da UFPR, com diagnstico de ndulo tireoidiano nico ou bcio multinodular e
que foram submetidos US-PAAF no ano de 2009. No total foram avaliados 217 pacientes. Destes 57,7% eram multinodular e 42,2 eram
ndulos nicos. Nenhum dos pacientes apresentou linfonodomegalia a ultrassonograa. O resultado das PAAFs foram respectivamente:
63,3% negativo; 9,9% positivo; 4,4% insatisfatrio e 1,9% de indeterminado. Os pacientes que foram submetidos a cirurgia aps a realizao
da PAAF corresponderam a um total de 7 pacientes, destes 4 com resultado positivo para malignidade, 2 negativos e 1 insatisfatrio.
O cncer de tireide a leso endcrina maligna mais comum, sendo responsvel por cerca de 90% das malignidades endcrinas. O tratamento
consiste em tireoidectomia total e posterior ablao actnica adjuvante com IODO131. No seguimento, os pacientes so submetidos a doses
supressivas de Levotiroxina a longo prazo, visando reduzir os nveis sricos de TSH para minimizar o crescimento de qualquer tumor
residual. Esse tratamento hormonal preconizado nos pacientes portadores de carcinoma de tireide ps tireoidectomia total e ablao com
IODO131 fornece ao organismo doses supra siolgicas de hormnios tireoidianos, os quais, por sua vez, iro atuar na manuteno da
homeostasia do organismo promovendo aes no crescimento e desenvolvimento corporal, regulao do metabolismo energtico, sntese
protica, metabolismo lipdico e no controle de diversas funes cerebrais, cardacas, musculares, hepticas e sseas. Esses mecanismos super
estimulados sero os responsveis pelas alteraes vericadas nos sistemas envolvidos nesse estudo. Objetivando determinar se os nveis de
Levotiroxina usados no tratamento trazem repercusses em outros sistemas, este estudo fez uma avaliao comparativa entre dois grupos
de pessoas submetidos ao tratamento crnico com Levotiroxina, porm um deles em doses supressivas. Desta forma, se tem como hiptese
que pacientes submetidos a doses supressivas de Levotiroxina apresentam alteraes signicativas em parmetros de sndrome metablica,
metabolismo sseo, perl lipdico, e qualidade de vida. Neste projeto, realizamos um estudo com uma amostragem de 50 pessoas. Destas
25 tiveram seu diagnstico rmado para carcinoma de tireide e se encontram na vigncia do tratamento clnico. Os pacientes selecionados
para o grupo de estudo apresentavam um TSH<0.001Um/L. O grupo controle foi pareado para sexo, idade (de15 a 70 anos) e IMC(<35) e foi
obtido atravs dos pacientes hipotireoideos. Os dois grupos foram comparados quanto aos parmetros de sndrome metablica, perl lipdico,
metabolismo sseo e qualidade de vida, atravs de exames de imagem( densitometria ssea), exames laboratoriais ( T4L, T3, TSH, perl
lipdico, glicemia e insulina de jejum) e escalas padronizadas de qualidade de vida (Short Form-36, Hospital Anxiety and depression Scale
e o questionrio de sinais e sintomas de hipertireoidismo adaptado da escala criada por Klein e col.). A prevalncia de cncer encontrada
nos pacientes do estudo foi de: 77,7% papilfero; 14,8% folicular e 7,4% medular. O tempo mdio de tratamento foi de 10,4 anos para os
pacientes do estudo e de 6 anos para os pacientes hipotireoideos. Dos pacientes com cncer de tireide 12 apresentaram depresso contra
8 do grupo controle de acordo com a escala de qualidade de vida HADS. J as outras escalas de qualidade de vida (Short form 36 e Klein.
e col.) utilizadas neste estudo mostraram uma equivalncia de resultados entre os dois grupos.
PUNO ASPIRATIVA DE TIREIDE COM AGULHA FINA: CASUSTICA DO HOSPITAL DE
CLNICAS-UFPR
AVALIAO DE PACIENTES COM CNCER DE TIREIDE MANTIDOS COM TSH SUPRIMIDO
CRONICAMENTE SEGUNDO PARMETROS DE SNDROME METABLICA, METABOLISMO
SSEO, PERFIL LIPDICO E QUALIDADE DE VIDA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Carolina de Medeiros (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023542
Orientador: Gisah Amaral de Carvalho
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da sade
Palavras-chave: Puno aspirativa com agulha fna, ndulo de tireide, ecografa de tireide
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Simone Helena de Medeiros ( PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2008022467
Orientador: Hans Graf Co-Orientador: Gisah Amaral de Carvalho
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da sade
Palavras-chave: Cncer de tireide,TSH suprimido, parmetros metablicos
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
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A asma uma doena inamatria crnica do aparelho respiratrio que possui um espectro de gravidade baseado na intensidade e freqncia
com que ocorrem suas manifestaes, bem como na quanticao da alterao provocada pela doena em teste espiromtrico. Clinicamente
asma grave denida pela limitao a atividades fsicas, sintomas diurnos dirios e contnuos e sintomas noturnos freqentes. Em virtude de
sua cronicidade e do grande impacto que ela exerce sobre a qualidade de vida do paciente, de extrema importncia visar o controle desta
patologia. No entanto, inmeros so os fatores que podem favorecer ou prejudicar a obteno deste alvo. Desta forma, o objetivo deste estudo
determinar os fatores que interferem no controle da asma grave. Para tanto, realizou-se estudo observacional de coorte retrospectivo, no qual
foram includos todos os pacientes com idade superior a 12 anos e diagnstico de asma grave (conforme as recomendaes do III Consenso
Brasileiro no Manejo da Asma) adstritos ao ambulatrio do Hospital de Clnicas da UFPR. A coleta de dados foi realizada atravs da reviso
de pronturios e chas de acompanhamento dos pacientes. No total, foram analisados 78 pacientes, dentre os quais 59 (75,64%) eram do sexo
feminino e 19 (24,35%) do sexo masculino. A idade mdia do grupo era de 45,67 anos, sendo o desvio padro correspondente a 14,53 anos.
A teraputica destes pacientes era realizada principalmente com o uso da associao de corticide e agonista beta 2 adrenrgico de longa
durao inalatrios (em particular a combinao Budesonida e Formoterol 85,9% dos pacientes), sendo que a maioria deles se enquadra
nas etapas mais avanadas de tratamento propostas pelo consenso supra citado; 57,69% na etapa 4 e 23,07% na etapa 5. Com relao ao
controle da doena sob esta conduta, vericou-se que a maior parte dos pacientes persiste sem atingi-lo por completo, o que corresponde a
42,30% deles. A parcela dos pacientes totalmente controlados equivale a 32% do grupo, enquanto 16,7% dos pacientes encaixam-se entre
os parcialmente controlados, sendo que 7 pacientes no apresentavam dados em seus pronturios quanto a este aspecto. Dentro do grupo de
pacientes controlados vericou-se menor prevalncia de doena do reuxo gastroesofgico, correspondendo a 28%; ao passo que entre os
no controlados este ndice atingiu 51,5%. Ainda com relao aos pacientes controlados, 80% apresentam rinite alrgica associadamente,
60% deles possuem IMC superior a 25, 40% apresentam exposio ocupacional ao cigarro e 56% exposio domiciliar. Entre os pacientes
no controlados, encontrou-se prevalncia de 84,8% de rinite; 48,4% de IMC maior que 25; 45,4% de exposio ocupacional ao cigarro e
51,5% de exposio domiciliar. Diante destes dados, mostra-se de extrema importncia o conhecimento e abordagem do paciente quanto
s comorbidades associadas asma, bem como quanto aos fatores ambientais aos quais ele est exposto, uma vez que assim otimiza-se o
controle da doena e alcana-se melhor qualidade de vida para o paciente.
As doenas cardiovasculares (DCV) so a maior causa de morte no Brasil e no mundo. A estraticao de risco para eventos cardiovasculares
fundamental para denir a agressividade da conduta teraputica e de medidas preventivas. Entretanto os fatores de risco clssico isolados
no explicam totalmente o desenvolvimento de DCV na populao. A aferio do ndice tornozelo braquial (ITB) um exame no invasivo
e de baixo custo, classicamente utilizado para o diagnstico de doena arterial perifrica (DAP). Sua utilizao melhora a acurcia da
estraticao de risco cardiovascular. Pacientes com ITB alterado, mesmo que sem DAP sintomtica, apresentam maior risco de eventos
cardiovasculares fatais e no fatais. O objetivo do trabalho foi determinar a prevalncia de alterao do ITB e a sua correlao com fatores
de risco cardiovasculares em pacientes de hospital universitrio. Para isso foi realizada a aferio do ITB e aplicado questionrio sobre a
presena fatores de risco em 200 pacientes entre 40-80 anos internados no Hospital de Clnicas da UFPR. Foram excludos pacientes com
diagnstico prvio de doena vascular. A anlise dos resultados foi feita com o programa Epiinfo 3.5.1. A prevalncia de ITB alterado,
menor que 0,9, em pacientes assintomticos foi 21%. A prevalncia foi signicativamente maior entre pacientes internados em leitos clnicos
(27,3%) do que em cirrgicos (13,8%). Houve correlao entre ITB alterado e presena de hipertenso (OR 2,96, IC 95%=1,39-6,35),
sobrepeso (OR 2,54, IC 95% 1,1-5,84), dislipidemia (OR 18,95, IC 95% 6,94-54,55), etilismo (OR 2,74, IC 95% 1,1-5,84) e diabetes (OR
2,85, IC 95% 1,34-6,11). No houve correlao com sexo, obesidade central, sedentarismo e tabagismo. A prevalncia de ITB alterado
alta em pacientes assintomticos. O mdico no deve esperar a queixa de sintomas para aferir o ITB, especialmente em pacientes que
apresentem outros fatores de risco, possibilitando melhorar a estraticao e tratamento das DCV.
DELINEAMENTO DOS FATORES INFLUENCIADORES DO CONTROLE DA ASMA GRAVE
ANLISE DO NDICE TORNOZELO-BRAQUIAL EM GRUPOS DE PACIENTES COM E SEM
FATORES DE RISCO VASCULAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Thaisa Andra da Silva Maia (IC voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022624
Orientador: Joo Adriano de Barros
Colaborador: Jeane Lima e Silva (Fundao Araucria)
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Asma grave, controle
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Viviane Vidal Sabatoski (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023709
Orientador: Dra Viviane H. Flumignan Zetola
Colaboradores: Larissa Periotto Borlina
Departamento: Clnica Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: ndice tornozelo braquial, estratifcao de risco cardiovascular
rea de Conhecimento: 4.01.01.00-2 Clnica Mdica
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O objetivo deste estudo foi investigar qual o indicador antropomtrico de obesidade abdominal que melhor prediz a sndrome metablica,
em escolares de 10 a 16 anos da rede municipal de Curitiba PR. Este estudo epidemiolgico transversal foi realizado com 167 escolares
(101 meninas e 66 meninos) de ambos os gneros, nos quais se mensuraram a estatura, circunferncia abdominal, e as presses sistlica
(PAS) e diastlica (PAD) de repouso. Foram analisadas as dosagens de HDL-c, triglicrides (TGL) e glicemia (GLI) de jejum, por mtodos
padronizados. A razo cintura /estatura foi dicotomizada e considerada elevada quando igual ou superior a 0,5. A maturao sexual foi
classicada em dois estgios (P1 e P2). A sndrome metablica foi caracterizada pela presena de trs ou mais dos seguintes critrios, para
idade e gnero (Adult Treatment Panel III - ATPIII): HDL-c<45 mg/dl; TGL100 mg/dl; circunferncia abdominal75; GLI100 mg/dl;
PAS e/ou PAD90 ou 120/80. A regresso logstica binria multivariada, ajustada para a maturao sexual, foi utilizada para vericar
se a circunferncia abdominal e a razo cintura/estatura predizem a sndrome metablica, assim como seus componentes separadamente,
considerando-se p<0,05. Os resultados mostraram que a circunferncia abdominal, mas no a razo cintura/estatura, foi preditora signicativa
do risco de desenvolver sndrome metablica (OR: 19; IC95%=4-2-87,1), independentemente do estgio de maturao sexual. A circunferncia
abdominal tambm foi a nica preditora signicativa das alteraes do HDL-c (OR: 4,7; IC95%=1,6-13,6) e dos triglicrides (OR: 3,6;
IC95%=1,3-10,2), enquanto que a razo cintura/estatura foi capaz de predizer somente a presso arterial elevada (OR:4,3; IC95%=1,2-15,6).
As alteraes da glicemia no foram preditas por nenhum dos indicadores de adiposidade abdominal. A medida da circunferncia abdominal
foi melhor preditora da sndrome metablica e de seus componentes do que a razo cintura/estatura em crianas e adolescentes.
O objetivo deste trabalho foi o de investigar os principais determinantes para a participao de crianas e adolescentes em um projeto social
chamado Esporte em Ao (EA). O EA acontece de segunda a sexta-feira no espao da Praa Plnio Tourinho, Curitiba. Ele desenvolvido
pela Prefeitura Municipal, atravs da Fundao de Assistncia Social (FAS), pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL), e pelo
Instituto Compartilhar (IC). Os principais objetivos do EA so: favorecer a difuso do voleibol; promover a prtica de outras modalidades
esportivas como futebol de areia, capoeira e jogos alternativos; desenvolver em suas atividades valores sociais para a formao do
cidado; contribuir para a preveno do trabalho infantil atendendo crianas inscritas no Programa de Erradicao do Trabalho Infantil
(PETI); promover eventos esportivos para aplicao dos conhecimentos tcnicos e tticos; e fazer o acompanhamento dos resultados do
Projeto para as famlias. A pesquisa foi de natureza qualitativa e os dados foram coletados atravs de observaes e de entrevistas abertas e
semi-estruturadas com 09 pais/responsveis pelos menores, 06 crianas e adolescentes que freqentam o EA e 13 prossionais que atuam
no projeto. A anlise de dados seguiu a perspectiva terico-metodolgica da teoria fundamentada e centrou-se nos principais temas que
emergiram da fala dos participantes. Conclumos que os principais facilitadores para a participao de crianas e adolescentes no projeto
so: acesso a pratica esportiva; o fato do projeto ser percebido como uma espcie de porto seguro que afasta os mesmos das ruas, das
drogas e da criminalidade; a oferta de oportunidades educacionais; incentivos de pais e/ou responsveis; e o sonho de ascenso prossional
e social atravs do esporte. J as principais barreiras para a participao de crianas e adolescentes no EA so: conitos na Vila e falta de
segurana no trajeto at a praa; falta de envolvimento e incentivos dos pais/responsveis; clima frio e chuvoso; e obrigaes domsticas.
Projetos como o EA podem se constituir em importantes meios para promover educao e desenvolvimento de crianas e adolescentes, mas
encontram muitos obstculos para seu desenvolvimento e para a participao de menores. Mais pesquisas so necessrias no sentido de se
gerar conhecimentos que ajudem a superar as diculdades e a maximizar os fatores que favorecem a consolidao do EA e que motivam
uma maior participao da populao.
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM CRIANAS E ADOLESCENTES
DETERMINANTES PARA A PARTICIPAO DE MEMBROS DA COMUNIDADE EM ATIVIDADES
FSICAS E DESPORTIVAS EM UM PROJETO SOCIAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Cludia Kapp Titski (IC/voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021748
Orientadora: Neiva Leite
Co-Orientadora: Deise Cristiane Moser
Colaboradores: Fabrcio Cieslak (doutorando), Luis Paulo Mascarenhas (colaborador), Gerusa Eisfeld Milano (doutoranda), Andressa
Schmidt (bolsista Licenciar), Diogo Homann (mestrando), Lilian Messias Sampaio Brito (mestranda).
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Obesidade abdominal, sndrome metablica, escolares.
rea de Conhecimento: Educao Fsica 4.09.00.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Andrea Leal Vialich (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023545
Orientador: Doralice Lange de Souza
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Projeto Social, Oportunidades Educacionais, Barreiras e Facilitadores.
rea de Conhecimento: 4.09.00.00-2 - Educao Fsica
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A sndrome da bromialgia (SFM) uma sndrome dolorosa crnica que acomete principalmente mulheres e gera grande impacto na
qualidade de vida destas pacientes. Alm da dor, as queixas de problemas relacionados ao sono destacam-se nestes indivduos. O objetivo
foi vericar associaes entre parmetros relacionados ao sono, interferncia da dor, e impacto na qualidade de vida em mulheres com
bromialgia. Foram avaliadas 54 pacientes com SFM, 30 provenientes do Hospital de clinicas da Universidade Federal do Paran,
Curitiba, Paran e 24 do ambulatrio de reumatologia do Hospital Santa Casa de Misericrdia da cidade de Ponta Grossa, Paran. A dor
foi mensurada atravs de escala visual analgica (0-10 cm) onde zero signica ausncia de dor e 10 a pior dor possvel. Foram aplicados
o Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) que gera uma pontuao de zero a 100, a Escala de Sonolncia de Epworth (ESE) destinada
a avaliar a sonolncia diurna gerando uma pontuao de zero a 24 e o ndice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP) que gera uma
pontuao de zero a 21. Quanto mais alto os valores destes trs instrumentos, pior, respectivamente, o impacto da qualidade de vida, a
sonolncia diurna e a qualidade do sono nos indivduos avaliados. Os dados no apresentaram distribuio normal e desta forma foi utilizada
correlao de Spearman para vericar associaes entre as variveis estudadas, considerando signicante p < 0,05. A mdia de idade das
pacientes foi de 47,90 7,64 anos e o IMC 28,00 4,39 kg/m2. A dor sentida pelas pacientes foi elevada com mdia de 7,80 2,20 e o
impacto na qualidade de vida apresentou um valor de 65,00 17,86. A sonolncia diurna (8,40 5,74) foi vericada em 42,60% (n = 23) das
pacientes avaliadas e a qualidade do sono foi identicada como pssima (13,30 3,35) em 98,14% (n = 53). As variveis correlacionadas
que apresentaram resultados signicativos foram: Dor versus FIQ (r = 0,74; p < 0,05) e FIQ versus IQSP (r = 0,37; p < 0,05). Conclui-se
que a dor no interferiu na sonolncia diurna e na qualidade do sono nas mulheres com bromialgia. Pacientes com qualidade do sono
inadequada apresentaram associao com pior qualidade de vida. Sugere-se a realizao de estudos prospectivos com maior nmero de
indivduos para conrmao dos resultados obtidos. As pacientes com SFM necessitam de tratamento multidisciplinar para minimizao
dos sintomas dolorosos e melhora na qualidade do sono para desta forma diminuir o impacto na qualidade de vida.
Bem como em todo o pas, na cidade de Curitiba-PR, existem programas esportivo-sociais auxiliadores na formao de indivduos. Tais
programas podem ser subsidiados pelo governo, parcerias entre pblico e privado ou apenas da iniciativa privada. A intencionalidade de
criar um programa com este cunho pode partir de qualquer uma dessas iniciativas, mas a questo se so capazes de cumprir as metas
que se propem atender. O Programa Segundo Tempo (PST) um programa realizado pelo Ministrio do Esporte desde 2003, que visa
democratizar o acesso prtica esportiva no contra-turno escolar e utiliza-se de atividades esportivas e de lazer para isso. Visa corroborar
com a incluso social, bem-estar fsico, promoo da sade e desenvolvimento intelectual e humano, e assegurar o exerccio da cidadania.
Neste estudo ser feita uma anlise das propostas de uma sede do PST da cidade de Curitiba-Pr e a execuo delas pelos seus participantes.
Focando a diferena do planejamento inicial e da efetivao das atividades executadas. Trata-se de um projeto em andamento, que constituir
o Trabalho de Concluso de Curso da autora principal. Buscar-se- atravs de anlise documental, observaes e entrevistas uma viso mais
abrangente do que se realizado no PST. A anlise documental ser feita anterior e conjuntamente com as observaes de campo. Para tais
procedimentos de anlises ser realizada uma pesquisa descritiva de cunho etnogrco. Uma modalidade naturalista de investigao, que se
baseia na observao e na descrio, deve buscar entender os signicados das coisas para aqueles grupos ou indivduos. Para isso no se deve
ir formulando antecipadamente hipteses e categorias. (LAKATOS; MARCONI, 2007, p.273). Wilcox (1993) apud Lakatos; Marconi (2007,
p. 273) acrescenta que para se ter um nmero maior de dados e ou/ informaes neste processo necessrio agregar vrias tcnicas. Nesse
sentido, sero analisados os seguintes documentos do PST: Manual de diretrizes do PST; Editais do PST; Materiais pedaggicos do PST;
Planos pedaggicos do convnio e ncleo; Relatrios; Listas de presena. Aps esta anlise ser iniciada uma observao de campo da qual
ser desenvolvido um dirio de campo, onde estaro registradas as atividades e os acontecimentos mais relevantes do dia. Sero realizadas
ainda entrevistas com coordenadores, monitores, alunos e com a entidade scalizadora. O projeto encontra-se em fase de elaborao.
PERFIL DOLOROSO E QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES COM SNDROME DA FIBROMIALGIA
(SFM)
EFETIVIDADE DE PROGRAMAS ESPORTIVO-SOCIAIS: UMA ANLISE A PARTIR DO PROGRAMA
SEGUNDO TEMPO NA CIDADE DE CURITIBA-PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Cynthia Adriane de Almeida (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021368
Orientador: Neiva Leite
Co-Orientador: Fernando Mazzilli Louzada
Colaborador: Diogo Homann (MESTRANDO/CAPES), Sulen Meira Ges (DOUTORANDA/REUNI)
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: fbromialgia, qualidade do sono, qualidade de vida.
rea de Conhecimento: Educao Fsica 4.09.00.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Esthela Anna Bertaia
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:
Orientador: Prof. Dr. Wanderley Marchi Jr.
Co-Orientador: Prof. Ms. Fernando Augusto Starepravo
Colaborador: Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Programas esportivo-sociais, efetividade, Programa Segundo Tempo.
rea de Conhecimento: 4.09.00.00-2
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A obesidade considerada uma condio crnica de propores epidmicas e um dos principais problemas de sade pblica no mundo. O
excesso de peso est ligado s mudanas nos hbitos de vida e na alimentao das ltimas dcadas. Alm disso, tem sido associada presena
de polimorsmos em diversos genes. A butirilcolinesterase humana (BChE) uma enzima codicada pelo gene BCHE (3q26.1-q26.2)
que est ligada ao metabolismo de lipdeos e a doenas como diabetes e obesidade. O objetivo deste estudo avaliar a atividade da BChE
no plasma em adolescentes obesos e correlacion-la as variveis antropomtricas e metablicas. Participaram do estudo 15 adolescentes
com excesso de peso provenientes das escolas de Curitiba, de ambos os sexos, com idade mdia de 13,14 1,64 anos. Avaliaram-se peso
(kg), estatura (m), circunferncia abdominal (CA), frequncia cardaca de repouso (FCrep), presso arterial sistlica (PAS) e diastlica
(PAD). Calculou-se o ndice de massa corporal (IMC). Mensuraram-se o perl lipdico e metablico aps 12 h em jejum: colesterol total
(CT), lipoprotena de baixa densidade (LDL), lipoprotena de alta densidades (HDL), triglicrides (TG), glicemia, insulina e atividade da
BChE. Analisaram-se os dados atravs do teste de correlao de Pearson, nvel de signicncia de p<0,05. As mdias encontradas foram:
peso (68,09 9,45 kg), estatura (1,58 0,09 m), IMC (27,14 3,08 kg/m2), CA (90,66 8,94 cm), FCrep (76,75 6,88 bpm), PAS (103,12 10,51
mmHg), PAD (66 8,79 mmHg), CT (164,31 29,52 mg/dl), HDL (42,62 8,99 mg/dl), LDL (98,5 25,73 mg/dl), TG (133,31 74,44 mg/dl),
glicemia (89,8 7,83 mg/dl), insulina (13,20 5,37 UI/ml), atividade da BChE (6,79 2,78 kU/l). Foi observado uma correlao positiva entre
as variveis atividade da BChE e insulina (p = 0,02), no houve correlao com as demais variveis. Conclui-se que parece existir uma
relao positiva entre atividade da BChE e o nvel de insulina. Os valores da atividade da BChE em adolescentes obesos foram similares
ao encontrado em adultos obesos. Sugerem-se novos estudos com maior nmero de indivduos e que comparem a atividade da BChE em
adolescentes obesos e no-obesos.
A marcha humana compreende uma srie de movimentos de mltiplos segmentos. Os ajustes dos segmentos corporais realizados para
compensar a demanda imposta quando a marcha realizada em plano inclinado podem causar perda do equilbrio e aumentar o risco de
quedas (REDFERN & DIPASQUALE, 1997). De fato, a marcha em plano inclinado apresenta alteraes de velocidade, comprimento do
passo, posicionamento de tronco e quadril (MCINTOSH et. al. 2006). O objetivo deste trabalho foi analisar o padro cinemtico e cintico
da marcha de jovens durante a descida e subida de uma rampa e compar-los com a marcha no plano. Treze mulheres (26,06,1 anos,
1,640,06m e 56,79,3kg) tiveram os parmetros cinemticos e cinticos de 10 ciclos da marcha analisados no plano horizontal e inclinado
a partir de um sistema de anlise cinemtica (Peak Vicon) e de uma plataforma de fora (AMTI). Foram identicadas alteraes (p0,05)
entre as condies para o tamanho do passo, altura do p em relao ao solo, cadncia e tempo total do ciclo. Os deslocamentos angulares
(picos e amplitudes) do quadril, joelho e tornozelo foram inuenciados pelas condies experimentais, bem como as foras de reao do
solo horizontais e verticais (p0,05), sendo que as ltimas indicaram modicaes na forma com que as cargas so aplicadas no solo em
funo da inclinao do terreno. Os resultados mostram que os sujeitos alteraram seu padro habitual da marcha a m de ajustar seus
movimentos s demandas do terreno. Essas alteraes podem aumentar o risco de acidentes durante a tarefa, principalmente em sujeitos
mais propensos a quedas como os idosos.
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM CRIANAS E ADOLESCENTES
ANLISE E COMPARAO DO PADRO DA MARCHA DE JOVENS NO PLANO E NA RAMPA
Aluno de Iniciao Cientfca: Gisele Eisfeld Milano (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021748
Orientador: Neiva Leite
Co-Orientador: Lupe Furtado Alle
Colaborador: Gerusa Eisfeld Milano (doutoranda PPG - Educao Fsica), Thas Chaves (mestranda PPG-Gentica), Mariane Madalozzo
(mestranda PPG-Gentica), Dellyana Boberg (doutoranda PPG-Gentica) , Fabiana Andrade (doutoranda PPG-Gentica), Luciana
Timossi (doutoranda PPG - Educao Fsica).
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas.
Palavras-chave: Obesidade visceral, butirilcolinesterase, perfl lipdico
rea de Conhecimento: 2.02.05.00-7
Aluno de Iniciao Cientfca: Jlia Veronese Marcon (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023719
Orientador: Andr Luiz Flix Rodacki
Co-Orientador: Ricardo Souza
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Marcha, rampa, comportamento motor
rea de Conhecimento: 4.09.00.00-2
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O presente trabalho traz o resultado de pesquisas realizadas pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Lazer, Espao e Cidade (GEPLEC)
durante o desenvolvimento do Programa de Esporte e Lazer da Cidade (PELC) UFPR, realizado na regio da Vila Audi no bairro Uberaba
em Curitiba. Transpondo o principio da inrcia para o plano social, se prope a reetir a inuncia das relaes humanas na apropriao
dos espaos pblicos de lazer, observando que o movimento gera movimento, isto , a presena de pessoas atrai mais pessoas. Pretende-
se apontar as primeiras impresses deste fato que se mostra presente em todos os espaos onde o PELC tem aes. Este assunto se torna
relevante, pois possvel reetir sobre a dinmica da apropriao dos espaos e perceber que ela utuante, visto que foras sociais atuam
a todo o momento.
A partir da anlise da histria curitibana, percebe-se uma quase permanente preocupao com o planejamento da cidade, abrangendo tanto a
questo ambiental quanto a disponibilizao de reas de lazer para a populao. Diante dessa preocupao, o presente estudo tem como objeto
mapear os espaos pblicos de esporte e lazer, localizados em uma determinada regio do Bairro Uberaba na cidade de Curitiba-PR, compostos
pelos locais: Jardim das Torres, Moradias Itiber, Moradias Cairo e Jardim Alvorada. Esta pesquisa apia-se no mtodo de pesquisa qualitativa
e baseia-se na aplicao de protocolos de anlise (desenvolvidos pela rede cedes, ncleo CEPELS Centro de Estudo e Pesquisa em Esporte,
Lazer e Sociedade). A regio analisada caracterizada por uma populao com baixa escolaridade, baixa remunerao e maior nmero de
moradores por domiclio que a mdia da cidade, com a presena de reas de ocupao irregular. , assim, uma rea de vulnerabilidade social,
com forte atuao de diversas instncias de promoo e recuperao social. O mapeamento dos espaos de lazer da regio pode congurar-
se em um importante instrumento para o desenvolvimento de polticas pblicas, principalmente quanto estrutura etria prevalecente na
rea estudada (crianas e jovens) e a situao grave de vulnerabilidade da populao. Desta forma, a partir das anlises realizadas quanto
manuteno, segurana e diversidade dos equipamentos, percebe-se que no h uma manuteno e limpeza regular; assim como no foi
encontrada uma grande diversidade de equipamento nestes espaos; observou-se a existncia de postes de luz, possibilitando uma relativa
segurana no perodo noturno, mas nenhum dos espaos possua algum guarda municipal. Como conseqncia, nossas observaes nos
permitem armar, que ocorre uma (des)apropriao desses ambientes por parte da populao em geral durante os horrios observados.
FORAS SOCIAIS E A DINMICA DA APROPRIAO DOS ESPAOS PBLICOS DE LAZER: UMA
POSSVEL CORRELAO
ESPAOS PBLICOS DE ESPORTE E LAZER NA PERIFERIA DE CURITIBA:
UMA QUESTO DE (DES)APROPRIAO
Aluno de Iniciao Cientfca: Karine do Rocio Vieira dos Santos (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016452
Orientador: Simone Rechia
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Espao, apropriao, lazer
rea de Conhecimento: 7.02.07.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Ciminelli Maranho
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016452
Orientador: Simone Rechia
Co-Orientador: Aline Tschke
Colaborador: Thas Gomes Tardivo, Pedro Vincius Brauza Ramos
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Lazer/Esporte, Espaos, Equipamentos
rea de Conhecimento: Polticas Pblicas 7.09.04.00-6
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O tema a ser abordado nesse estudo trata-se da sada dos atletas de voleibol da cidade de Curitiba para outras equipes de outros estados
e pases, e se as formas de organizao e gesto dos clubes desportivos da modalidade, tendo como foco a organizao das categorias,
administrao e aplicao dos recursos acarretam ou auxiliam nesse xodo. O presente trabalho tem como foco principal o estudo de
caso da equipe masculina do Crculo Militar do Paran e sua forma de administrao e gerenciamento das categorias de voleibol. Embora
o conhecimento histrico seja importante para o entendimento dos processos de administrao e gerenciamento do voleibol de Curitiba,
importante que se desenvolva um estudo de caso especco do clube analisando no s documentos histricos, mas tambm dados
vivenciados por atletas e funcionrios do clube. A abordagem desse estudo classicada por pesquisa qualitativa, pois ter como instrumento
fundamental a compreenso, interpretao e descrio das pessoas, lugares e fenmenos enfocados no processo. No estudo optou-se por
uma pesquisa descritiva de carter exploratrio na qual se utilizar de levantamento bibliogrco, entrevistas com pessoas que tiveram
(ou tem) experincias prticas com o problema pesquisado e a anlise de exemplos que possam estimular a compreenso. Pelo fato do
voleibol se tratar de um fenmeno inserido dentro do contexto social contemporneo, preferiu-se desenvolver um estudo de caso, pois o
tipo de questo levantada pela pesquisa por qual motivo ocorre essa sada dos jogadores, caracterizando assim uma observao detalhada
sobre um determinado acontecimento. Assim os procedimentos tcnicos para execuo do estudo sero atravs de pesquisas bibliogrcas
e documentais, acesso a documentos e entrevistas com atletas, tcnicos e dirigentes, materiais especcos resgatados em jornais, sites e
revistas, adquirindo assim um maior conhecimento sobre a administrao dos clubes de voleibol da cidade de Curitiba/PR e a inuncia
dessa administrao na sada de atletas para outros estados. Dadas a amplitude de relaes visualizadas nesse universo emprico em questo
(voleibol curitibano) e as constantes lutas travadas entre os agentes no sentido de denir suas posies nesse universo, delimitou-se como
referencial de anlise a teoria dos campos esportivos de Pierre Bourdieu.
OBS: Esse trabalho trata-se de um trabalho de concluso de curso e no esta concludo por isso no apresenta resultados.
A presente pesquisa apresenta como objetivo principal a investigao do impacto do Programa Esporte e Lazer da Cidade junto um grupo
de Idosos da Vila Zumbi, situada em Colombo-PR. Para se abordar a temtica foi necessria a utilizao de uma reviso de literatura que
desse suporte anlise dos possveis dados encontrados com o mtodo da pesquisa qualitativa, ao utilizar-se do instrumento da entrevista
semi-estruturada. As primeiras reexes que surgiram cam por conta das diversas relaes desenvolvidas ao longo do programa, permeadas
pelas polticas pblicas de Lazer, que de acordo com Castellani (2004), podem reforar o exerccio pela busca de um direito social garantido
a todos os cidados.
A ORGANIZAO E GESTO DE CLUBES DESPORTIVOS: UM ESTUDO SOBRE O VOLEIBOL NA
CIDADE DE CURITIBA/PR
O IMPACTO DAS AES DO PELC (PROGRAMA ESPORTE E LAZER DA CIDADE) JUNTO UM
GRUPO DE IDOSOS DA VILA ZUMBI, COLOMBO-PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Murilo Marcel Bufa Meira (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:
Orientador: Wanderley Marchi Jnior
Co-Orientador: Juliano de Souza Colaborador: Nome Colaborador
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: voleibol, gesto, administrao.
rea de Conhecimento: 2.00.00.00-6 - Cincias Biolgicas
Aluno de Iniciao Cientfca: Pedro Vincius Brauza Ramos (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016452
Orientador: Simone A. Rechia
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Idosos, PELC, Lazer
rea de Conhecimento: Aspectos culturais da Educao Fsica / Especialidade: Lazer
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A exibilidade considerada um componente importante para a qualidade de vida, tanto em adultos, quanto em crianas e adolescentes. O
excesso de peso corporal (EP) para a criana pode acarretar complicaes sade podendo se estender na fase adulta, porm, alguns estudos
apontam que o alto ndice da massa corporal no est associado com desempenho da exibilidade em crianas e adolescentes. O presente
estudo teve como objetivo analisar a associao entre EP e exibilidade em crianas. A avaliao foi feita em 98 indivduos (53 meninos
e 45 meninas), entre 7 e 11 anos de idade, da cidade de Irati, PR. Foram mensuradas a estatura e a massa corporal e posteriormente foram
calculados os valores de ndice de Massa Corporal (IMC). As crianas foram classicadas em eutrcas e com EP (sobrepeso e obesidade)
(CONDE; MONTEIRO, 2006). A exibilidade foi mensurada atravs do banco de Wells, e classicada pela tabela normativa proposta
por Gaya e Silva (2007), onde as crianas foram classicadas em aptas (razovel, bom, muito bom e excelncia) e inaptas (fraco e muito
fraco). Para a associao das prevalncias de EP e exibilidade foi utilizado teste de Qui-quadrado, com nvel de signicncia de p<0,05.
Embora o nmero de crianas inaptas tenha superado o nmero de crianas aptas, este resultado no se apresentou como signicativo em
ambos os sexos (tabela 1).
Este estudo parte-se do pressuposto que a escola passou a ser na sociedade moderna um dos espaos privilegiados para que as crianas
possam experienciar a dimenso ldica. Nesse sentido, ir problematizar quais as possibilidades e formas de apropriao dos espaos
ldicos dentro da escola, fora do perodo formal de aula, na escola Municipal Maria Marli Piovezan. Tendo como objetivo geral analisar
essas possibilidades, buscando desvendar a perspectiva dos alunos que utilizam o espao nos seus momentos de tempo livre. Esse foi
baseado em uma proposta qualitativa, por meio da anlise cultural, de GEERTZ (1989), na qual foi elaborado um mapeamento dos espaos
e entrevistas semi-estruturadas, para a reexo e triangulao dos dados. O mapeamento foi feito por meio de observaes e preenchimentos
de um protocolo, buscando conhecer os espaos da escola, como eles se tornam um lugar e quais suas potencialidades. Apresentando que
as potencialidades se do por meio dos projetos que envolvem os espaos da escola, sendo esses, divididos em eixos temticos; Educao
Formal, Projeto Social, (03) Esporte e Lazer e (04) parcerias. As participaes nesses projetos podem proporcionar diferentes vivncias
ldicas, capazes quem sabe, de mudar, de alguma maneira, a realidade social dessa comunidade. Assim sendo, acredita-se que essa escola
um lugar de referncia para a comunidade do entorna e necessita de um olhar mais atento das polticas pblicas, pois o tempo de lazer
tambm pode ser utilizado como meio de transformao social.
ASSOCIAO DA FLEXIBILIDADE COM O EXCESSO DE PESO CORPORAL EM CRIANAS.
O ESPAO DA ESCOLA COMO UM ESPAO DE ESPORTE E LAZER: ESTUDO DE CASO DA ESCOLA
MUNICIPAL MARIA MARLI PIOVESAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafael Vieira Martins (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:
Orientador: Wagner de Campos
Co-Orientador: Luis Paulo Gomes Mascarenhas
Colaborador: Rodolfo Andr Dellagrana, Andr Camargo Smolarek
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Flexibilidade, excesso de peso corporal, crianas.
rea de Conhecimento: 4.00.00.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Thais Gomes Tardivo
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016452
Orientador: Simone Rechia Co-Orientador: Aline Tschoke
Colaborador: Mariana Ciminelli Maranho, Flvia Vieira
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Escola, espao, apropriao.
rea de Conhecimento: 7.09.04.00-6 Polticas Pblicas
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Assim, o presente estudo conclui que a exibilidade no inuenciada pelo
EP em crianas desta faixa etria.
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A atividade fsica prescrita de forma adequada parece ser capaz de assegurar a manuteno das capacidades fsicas, prolongando a
independncia funcional e melhorando a sade fsica e mental denotando uma melhor qualidade de vida no idoso. Apesar disso, uma
considervel parcela da populao ainda continua a ser sicamente inativa. Este quadro mais agravado com o aumento da idade, menos
de 25% dos indivduos com 65 anos ou mais praticam exerccios regulares. A prescrio de elevadas cargas de trabalho fsico tem sido
sugerida como um possvel fator de risco para a aderncia em programas de exerccio fsico. Por isso a autosseleo de intensidade de
exerccio pode ser uma estratgia interessante no intuito de reverter esse quadro, portanto, o presente estudo tem como objetivo descrever as
respostas siolgicas, perceptuais e afetivas de mulheres idosas aparentemente saudveis e vericar se esses sujeitos buscam selecionar uma
intensidade dentro dos padres mnimos estabelecidos pelo Americam College of Sports Medicine (ACSM). Foram selecionadas 13 idosas
saudveis quais realizaram trs visitas ao laboratrio. Na primeira realizaram um exame mdico e uma familiarizao com os procedimentos,
na segunda realizaram um teste mximo e na terceira visita realizaram um teste de caminhada em ritmo autosselecionado. Na anlise
estatstica foi empregada uma estatstica descritiva para as respostas siolgicas e perceptuais do teste de intensidade autosselecionada.
Para a vericao da normalidade do conjunto de dados foi utilizado teste de Kolmogorov Smirnov, que apresentou distribuio normal, os
procedimentos foram realizados utilizando o SPSS, for Windows, v.16. Os resultados demonstraram que os indivduos autosselecionaram
uma intensidade dentro dos padres recomendados para o % O2mx (59,92,9 no min 5; 56,711,2 no min 10; 57,610,4 no min 15 e
55,112,3 no min 20) e PSE (4,60,4 no min 5, 4,460,33 no min 10; 4,920,32 no min 15 e 5,150,40 no min 20), com respostas afetivas
positivas durante todo o teste (2,770,42 no min 5; 2,840,43 no min 10; 2,460,53 no min 15 e 1,920,61 no min 20). Dessa forma, pode-
se concluir que a utilizao da caminhada em ritmo autosselecionado pode ser utilizada em programas de exerccio envolvendo idosas,
visto sua efetividade siolgica e por propiciar respostas psicolgicas que favorecem a aderncia e manuteno do engajamento na prtica
regular de exerccio fsico.
A transformao do perl populacional acarretou a reduo de leitos hospitalares, conteno de custos e ampliao da ateno bsica, com
destaque Estratgia de Sade da Famlia (ESF), que tem o cuidado domiciliar como uma de suas propostas, entendido como a ateno
sade prestada no domiclio por uma equipe multiprossional e interdisciplinar ao binmio paciente-famlia. A ateno domiciliar uma
promissora perspectiva na rea da prestao de servios sade, compondo uma estratgia reorganizacional, e de formao de recursos
humanos, potencializando o domiclio como espao de cuidado em sade, em consonncia com a Ateno Bsica de Sade e o Sistema de
Sade brasileiro. Os prossionais devem estar aptos a atuar no mercado de trabalho, e, para tanto indispensvel que durante a formao
sejam reconhecidas e trabalhadas essas mudanas nos processos de sade. Logo, surge a necessidade de conhecer como o cuidado domiciliar
tem sido trabalhado na formao acadmica dos prossionais de sade, acreditando ser este um campo de atuao crescente e que exige um
olhar diferenciado. Assim, esta pesquisa tem como objetivo geral compreender como o cuidado domiciliar ensinado/aprendido/vivenciado
nos cursos de graduao da rea da sade da Universidade Federal do Paran (enfermagem, terapia ocupacional, medicina, farmcia, nutrio
e odontologia). Neste plano de trabalho o objetivo explicitar dados preliminares do curso de odontologia. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, que utiliza como mtodo de investigao a Teoria Fundamentada nos Dados (TFD), que constri teoria ou construtos tericos,
pois identica, desenvolve e relaciona conceitos a partir dos dados. Os grupos amostrais so compostos pelos acadmicos do ltimo perodo
dos seis cursos citados e pelos docentes que ministram disciplinas co-relacionadas ao contedo e prticas de cuidado domiciliar. Os dados
coletados at o momento, com os alunos e docentes dos cursos de enfermagem, terapia ocupacional, medicina, nutrio e odontologia, esto
em fase de pr-anlise e o trmino da coleta est previsto para 2011. Constata-se que os acadmicos de odontologia possuem o contedo
de visita domiciliar e que a partir dele e de orientaes recebidas antes de irem ao domiclio tm experincia prtica de visitas domiciliares,
que so discutidas na seqncia. Realizam tambm um trabalho referente prtica desenvolvida no domiclio. No entanto, nem todos os
acadmicos se sentem preparados para se inserirem no mercado de trabalho nessa rea.
RESPOSTAS FISIOLGICAS, PERCEPTUAIS E AFETIVAS DE MULHERES IDOSAS SAUDVEIS
DURANTE CAMINHADA EM RITMO AUTOSSELECIONADO
A VIVNCIA DO CUIDADO DOMICILIAR NA FORMAO DO PROFISSIONAL DE SADE
Aluno de Iniciao Cientfca: Vanessa Porto Bernardo
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023410
Orientador: Sergio Gregorio DaSilva
Colaborador: Gustavo Nogas (Mestrando/CAPES), Fabrcia Daniela Martins Almeida (Mestrando/CAPES)
Departamento: Educao Fsica Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Autosseleo, idosos, percepo de esforo, afeto.
rea de Conhecimento: 8.03.10.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Barbara Hofmann Correa (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022542
Orientadora: Dra. Maria Ribeiro Lacerda
Colaboradoras: Ana Paula Hermann (MESTRANDA/CAPES), Luisa Canestraro Kalinowski (MESTRANDA/CAPES)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Profssionais, Assistncia domiciliar, Formao de recursos humanos
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 Enfermagem de Sade Pblica
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Para reduzir a mortalidade materno-infantil, o Ministrio da Sade (MS) determinou aes para o pr-natal, parto e puerprio, enfatizando
a autonomia da mulher no parto, incentivo ao parto natural e reduo das intervenes desnecessrias. A auditoria um instrumento de
con-trole da ecincia e eccia do servio, e tem um aspecto educativo por apontar mudanas necessrias. Este estudo integra o Projeto
Avaliao para a Qualicao da Gesto e da Aten-o Pr-Natal no municpio de Colombo PR. Trata-se de uma avaliao normativa de
pro-cessos, transversal, descritiva e de abordagem qualitativa, durante o ms de abril de 2010, com o objetivo de averiguar se os processos
de uma maternidade condizem com o recomen-dado pelo MS. O projeto foi aprovado por Comit de tica, sob CAAE: 0049.0.091.091-
09. Utilizou-se para coleta de dados de processos: a observao sistemtica no-participante, ori-entada por formulrios, de aes de trs
mdicos, sete residentes de medicina, uma enfermeira e cinco tcnicos de enfermagem; anlise de pronturios; e entrevistas aos sujeitos
(um mdico, uma enfermeira e 20 purperas). Os resultados comparados com as normativas apontam que no acolhimento prossionais
no se identicam gestante; no permitem ao acompanhante presenciar o cuidado no pr-parto; e no fornecem informaes necessrias
quanto ao pr-parto. No exame fsico da parturiente, no se avaliam os membros inferiores, realiza-se o to-que vaginal em intervalos
inferiores a uma hora e por mais de um prossional. Na sala de pr-parto, a gestante ca em jejum; faltam incentivos adoo de posies
no supinas e de m-todos no farmacolgicos para alvio da dor da gestante. Na sala de parto ocorrem episiotomi-as precoces e tardias;
no h contagem das membranas ovulares; e registros detalhados sobre o parto. Imediatamente aps o nascimento, no h contato do RN
com a me, tanto pele a pele como olho a olho. O clampeamento do cordo umbilical precoce, porm, o exame fsico do RN completo.
No alojamento conjunto, ocorrem orientaes insucientes s purperas. A avaliao da purpera exclui avaliar presena de gnglios,
hemorridas e membros inferiores. Infere-se que a assistncia no condiz com o preconizado pelo MS. A metodologia da audito-ria deve ser
replicada. Para a qualidade da assistncia, a gesto da maternidade deve investir em educao continuada, com nfase nas no-conformidades
identicadas; em registros com justicativas para intervenes desnecessrias; e educao sade com vistas apreenso do contedo
pela gestante, de acordo com a sua cultura.
A Enfermagem uma prosso que presta cuidado pessoas que se encontram em todos os ciclos da vida, principalmente nos seus limites, o
nascer e morrer. Assim, os prossionais de Enfermagem enfrentam situaes que envolvem o confronto dos seus valores com os dos outros,
e dessa forma, vrios fatores relacionados prtica podem conitar com os princpios ticos. Nos pronto-atendimentos e nas unidades de
tratamento intensivo, o carter de urgncia e a dramaticidade nas situaes vivenciadas pela equipe de Enfermagem fazem com que problemas
ticos sejam mais evidentes e mais complicados de se resolver. Objetivou-se reetir acerca das questes ticas e bioticas na prtica de
enfermagem e identicar os principais problemas ticos e bioticos vivenciados pela equipe de enfermagem no cuidado ao paciente crtico.
Realizou-se uma pesquisa qualitativa e descritiva, utilizando-se a abordagem da anlise temtica proposta por Minayo. Para obteno dos
dados, utilizou-se entrevistas a prossionais de Enfermagem. Como resultados, foi possvel identicar que, no contexto de cuidado ao
paciente crtico, os problemas ticos tornam-se rotina na prtica de Enfermagem. Os problemas ticos identicados foram ordenados em
trs reas temticas: 1.Princpios da Benecncia e No-malecncia problemas correlacionados; Princpio da Autonomia e problemas
correlacionados; Princpio da Justia e problemas correlacionados; sendo que os principais problemas e dilemas ticos identicados foram:
Enfrentamento dos limites da vida e do sofrimento do paciente; Desumanizao do cuidado; Descaso no cuidado paliativo; Diculdades na
comunicao da equipe multidisciplinar; Quebra de sigilo, comentrios exposio no ambiente crtico; No-malecncia e ensino-qual o
limite?; Formas inapropriadas de comunicao com o paciente/famlia; Diculdades relacionadas ao direito de deciso do paciente/famlia;
Diculdades na distribuio de recursos na assistncia; O lidar com a diculdade nanceira do paciente/famlia. A equipe de Enfermagem
revelou sua crena no respeito ao bem-estar do paciente, na sua individualidade e seus direitos, mas reconhece a existncia de fatores
que contribuem para que muitas vezes esses direitos sejam desrespeitados. A violao desses direitos foi apresentada nas reas temticas
conduzidas pelo referencial do Principialismo O estudo da tica e Biotica mostrou-se imprescindvel durante toda a formao e atuao
do prossional de Enfermagem, servindo de suporte para suas decises e intervenes necessrias no ambiente de seu trabalho.
AVALIAO DOS PROCESSOS EM UMA MATERNIDADE MUNICIPAL
CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRTICO: DILEMAS TICOS E BIOTICOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Andra Ferrari Arvalo (PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Lillian Daisy Gonalves Wolf
Colaborador: Olga Ferreira Teterycz (PET); Luciana S. Gonalves (PET); Solange Rothbarth (Mestranda/PPGENF).
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Avaliao de Processos; Qualidade da assistncia sade; Programa de Humanizao do Pr-Natal e Nascimento
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Andria Cerri (Programa IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023716
Orientador: Hellen Roehrs Colaborador: Karla Crozeta, Mariana M. Mansur
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem, tica, paciente crtico.
rea de Conhecimento: Enfermagem Mdico-cirrgica - 4.04.01.00-6
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A violncia contra a criana e o adolescente tem sido foco de muitos estudos tanto em pesquisas cientcas quanto na mdia. Todavia, este
agravo ainda tem acontecido de maneira signicativa na sociedade atual, mesmo aps ser considerado um problema de sade pblica e
contar com vrias aes e leis que respaldam os direitos das vtimas. Trata-se de uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, que
teve como objetivo apreender a percepo do enfermeiro de ateno bsica sobre a violncia contra a criana e o adolescente. A pesquisa
foi realizada no municpio de Curitiba - PR em trs distritos sanitrios que possuem maior nmero de crianas na faixa etria de zero a
cinco anos, assim os distritos selecionados foram: Bairro Novo, CIC e Pinheirinho. Foram sorteadas trs unidades de sade com Estratgia
Sade da Famlia por distrito e um enfermeiro por unidade, totalizando nove enfermeiros. Os dados foram coletados por meio da entrevista
semi-estruturada e analisados segundo Bardin (1977). Vericou-se que os enfermeiros percebem a violncia contra a criana e o adolescente
pela transgresso de direitos quanto a infrao s condies de sade e educao comprometendo o desenvolvimento infantil e adolescente;
reconhecem a violncia por diversos tipos de maus-tratos, como a violncia fsica, psicolgica, sexual e negligncia; realizam diagnstico da
violncia por meio da observao de leses no corpo, corroborando com as aes preconizadas no protocolo municipal da rede de proteo
as vtimas de violncia; os prossionais tambm reconhecem fatores de risco na famlia que podem levar a agresso, como o abuso de
drogas e lcool. Os enfermeiros percebem as vrias formas de violncia discorridas na literatura e conhecem os direitos que o Estatuto da
Criana e do Adolescente contempla. Verica-se que a percepo expressa pelos enfermeiros em relao a violncia, repercute diretamente
em sua prtica prossional. Capacitado para reconhecer casos suspeitos e/ou conrmados de violncia contra a criana e o adolescente, o
enfermeiro pode tornar-se ncora no enfrentamento a este problema e contribuir no rompimento do ciclo da violncia.
Estudo exploratrio realizado em municpio da regio metropolitana de Curitiba, no perodo de agosto a dezembro de 2009. Com objetivo de
conhecer a organizao dos servios nas unidades bsica de sade (UBS), servindo de subsdio aos gestores no processo de distritalizao.
Para a realizao da coleta de dados foi utilizado um questionrio confeccionado pelos gestores de sade do municpio, com indagaes
a respeito do funcionamento das Unidades. Foram sujeitos da pesquisa os coordenadores das Unidades bsicas de sade do municpio,
em um total de dez. Os dados analisados demonstraram uniformidade no horrio de incio e trmino de funcionamento das unidades,
no entanto, h variaes considerveis nos horrios de realizao dos procedimentos. Outra discrepncia na organizao em relao
s reunies de equipe, sendo que apenas 60% das unidades realizam periodicamente, justicam este fato pela dinmica e sobrecarga de
trabalho. A organizao na distribuio dos prossionais mdicos atende uma lgica de espao fsico disponvel, demanda da populao e
necessidade de concentrar prossionais especializados em um centro de referencia. Todas as unidades desenvolvem atividades em grupo
para planejamento familiar, hiperdia e gestante, j na sade da criana, apenas 80% das unidades desenvolvem alguma atividade em grupo.
Em relao ao acolhimento apenas 60% das unidades tm estas aes organizadas, sendo realizada pelos enfermeiros ou pela equipe de
enfermagem. Em todas as unidades a marcao e a liberao de exames ocorrem por demanda livre, existe uma cota, porm ela no xa.
Menos da metade das unidades pesquisadas no apresentam servio de odontologia. Os dados apresentados expressam uma diferena na
organizao dos servios, este olhar respalda uma proposta de interveno pautada na realidade, contribuindo assim para a reorganizao
dos servios pelos gestores da sade no processo de distritalizao.
PERCEPO DOS ENFERMEIROS QUE ATUAM NA ATENO BSICA SOBRE VIOLNCIA
CONTRA A CRIANA E O ADOLESCENTE
DIAGNSTICO SITUACIONAL: ORGANIZAO DA ATENO BSICA SADE
Aluno: Andrelize Pelinski (Outro - Extenso)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024354
Orientador: Prof Dr Vernica de Azevedo Mazza Co-Orientador: Prof Dr Maria Marta Nolasco Chaves
Colaboradores: Ana Maria Cosvoski Alexandre (Mestranda/bolsista REUNI), Lvia Baroni Periss (Iniciao Cientfca - CNPq), Vanessa
Aparecida Bida Tallmann (Iniciao cientfca) Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Violncia, sade da criana, enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 (Enfermagem de Sade Pblica)
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Brusamolin Vitti (PET-Sade)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Vernica de Azevedo Mazza Co-Orientador: Lillian Daisy Gonalves Wolf
Colaborador: Marcelli Sampaio de Almeida (PET-Sade); Rafaela Zilli Palmeiro (PET-Sade); Juliana Canalli; Daniela Cherbiske.
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Ateno bsica; sade pblica
rea de Conhecimento: Enfermagem de Sade Pblica
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A mortalidade por causas externas cresceu gradativamente com a evoluo da urbanizao, acarretando um aumento de demanda aos servios
de sade, com isso, necessrio que a enfermagem utilize competncias para cuidar da vtima de trauma mediante aes sistematizadas pelo
tipo e mecanismo de leso das vtimas. Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, realizado em um hospital de ensino de referncia em
Curitiba para o atendimento ao trauma, e teve como objetivo, estabelecer diagnsticos e aes de enfermagem a essas vtimas. Analisou-se
pronturios de vtimas de trauma acima de 18 anos, transportados pelo Servio Integrado de Atendimento ao Trauma (SIATE) que deram
entrada no Pronto Socorro (PS) de agosto de 2007 a julho de 2008. O projeto foi aprovado pelo Comit de tica e Pesquisa do Setor de
Cincias da Sade da Universidade Federal do Paran, e autorizado pelo Centro de Estudos do Hospital. A coleta de dados foi realizada
mediante busca nos livros de registros de internao da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), totalizando 18 pronturios que atendiam aos
critrios de incluso do estudo. Para vericar a demanda de cuidados, foram registradas as anotaes de enfermagem nos dias de internao
no PS e das primeiras 72 horas na UTI. Vericou-se, que 94,4% da amostra era jovem entre 19 a 49 anos, predominantemente masculina.
Observou se que das vtimas de acidentes de trnsito, 75% envolveram motociclistas. As agresses totalizaram 50% da amostra e dessas
17,6% utilizaram fora fsica, 17,4 % arma branca e 17,5% arma de fogo. As vtimas em sua totalidade realizaram exames complementares
como radiograa e tomograa, foram encaminhadas para o Centro Cirrgico e a UTI. O tempo de internao foi superior a 10 dias, foram
identicados 115 problemas de enfermagem, e estabeleceu-se 22 diagnsticos entre eles, dbito cardaco diminudo, dor e risco de infeco,
e foram propostas aes de enfermagem para todos os diagnsticos. Notou-se que as aes de enfermagem so realizadas, porm, possuem
registros incompletos implicando em limitaes do estudo. Vericou-se demandas excessivas relacionadas cuidados de monitorizao
no invasiva, manuteno da vida e conforto, tanto em atendimento no PS quanto na UTI, reetindo o grau de dependncia das vtimas
assistncia de enfermagem devido a gravidade das leses.
Pesquisa qualitativa exploratria realizada em um hospital especializado em Psiquiatria e em uma Associao de apoio a familiares e portadores
de transtornos mentais no Paran, cuja coleta de dados ocorreu de maro a junho de 2010. Objetivo: apreender percepes de portadores
de transtorno mental e familiares sobre as transformaes na assistncia em face da Reforma Psiquitrica. Participaram sete portadores
de transtorno mental e dez familiares. Os dados foram analisados segundo Bardin. Para os portadores de transtorno mental o tratamento
atualmente utiliza menor quantidade de medicao em comparao com a quantia usada antes da Reforma Psiquitrica, compreende maior
dedicao da equipe prossional no cuidado dispensado ao paciente e tem diversos estabelecimentos de assistncia extra-hospitalares. As
diculdades ressaltadas por eles foram o aumento da burocracia para o atendimento em um ambiente assistencial e a ausncia da famlia no
tratamento aps a alta hospitalar. Os familiares destacaram uma nova forma de tratar a pessoa com transtorno mental baseada na autonomia e
na reabilitao, com uma equipe multiprossional. Porm, enfatizaram que a famlia no recebe a ateno, acolhimento e orientao efetiva
e isso repercute em pouca participao no tratamento do seu familiar; e, mencionaram a existncia de maus tratos, descaso com pacientes e
o despreparo da sociedade para a incluso social do portador de transtorno mental. Foi citada a importncia da continuidade do tratamento
aps alta hospitalar em estabelecimentos extra-hospitalares como Centros de Ateno Psicossocial, Hospitais Dia e Unidades de Sade. No
entanto, foi evidenciado o posicionamento da famlia em aceitar a opo do portador de transtorno mental em no freqentar servios de
sade mental e, que apenas alguns membros da famlia tem envolvimento no tratamento, o que ocasiona sobrecarga fsica e emocional ao
cuidador. Os sujeitos reconhecem mudanas ocasionadas pela Reforma Psiquitrica, mas no esto informados sobre o funcionamento de
dispositivos extra-hospitalares. Dvidas quanto extino dos hospitais psiquitricos, bem como crticas a pouca ateno ao portador de
transtorno mental em deferncia aos dependentes qumicos demonstram a necessidade de maior ateno a rea. Assim, para que a Reforma
Psiquitrica avance no sentido de ofertar ao portador de transtorno mental e sua famlia uma assistncia digna e de qualidade necessrio
que a equipe dos diferentes servios enviem esforos em inform-los, orient-los e acolhe-los.
DIAGNSTICOS E AES DE ENFERMAGEM S VTIMAS DE TRAUMA
AS TRANSFORMAES NA ASSISTNCIA EM FACE DA REFORMA PSIQUITRICA: PERCEPES
DE PORTADORES DE TRANSTORNO MENTAL E FAMILIARES
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Karoline dos Reis (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2007021176
Orientador: Maria de Ftima Mantovani
Colaborador: Ingrid Marcela Pinto Gariba
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: trauma, cuidados intensivos, cuidados de enfermagem.
rea de Conhecimento: Enfermagem 4.04.00.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Clarissa Regina Jasnievski (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019769
Orientador: Mariluci Alves Maftum Colaborador: Andra Noeremberg Guimares (MESTRANDA/REUNI), Mrcio Roberto Paes (DOUTO-
RANDO), Gabriela Rizrio Leite (IC-Voluntria)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: enfermagem; transtorno mental; famlia.
rea de Conhecimento: 4.04.04.00-5
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Figura 1. Gerador de Medidas para Redes Modeladas no Nvel de Subestao.
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Trata-se de estudo quantitativo descritivo transversal, cujo objetivo foi revelar as caractersticas multidimensionais das condies de sade e
satisfao com a vida da populao idosa residente em Instituio de Longa Permanncia para Idosos, no municpio de Curitiba-PR. Foram
coletados dados em fontes primrias e secundrias, em uma populao de 78 idosos. A amostra de 21 idosos (26,9%) foi constituda aps
screening cognitivo, por meio do miniexame do estado mental (MEEM) e pontos de corte. Foram utilizados os pronturios como fonte
secundria e o questionrio multidimensional de sade Brazil Old Age Schedule (BOAS) para entrevista com os idosos selecionados. Os
dados foram codicados, tabulados e analisados por estatstica descritiva e distribuio de frequncia, empregando-se o programa Excell e
Epi Info verso 6.04. Os resultados apontam que 16 idosos (76,2%) esto satisfeitos com a vida, enquanto que 5 (23,8%%) esto insatisfeitos.
Um idoso (4,8%) acredita que sua sade fsica est tima; 15 (71,4%), boa; 3 (14,3%), ruim; 1 (4,8%), pssima; e 1 (4,8%) no soube
responder. Entre os idosos que referiram boa sade (n=15; 71,4%), 10 (66,7%) armaram ter problemas de sade, 4 (26,7%) no possuem
problemas de sade e 1 idoso (6,6%) no soube responder. Dezesseis idosos (76,2%) foram classicados com grau de dependncia I, 3
(14,3%) com grau II e 2 idosos (9,5%) com grau III. A atividade de vida diria de maior dependncia observada em 12 idosos (57,1%) foi
no ser capaz de cortar as unhas dos ps sozinhos. Receberam destaque as atividades que realizam no tempo livre: recebe visitas (n=21;
100%), assiste televiso (n=17; 81%), l revistas e livros (n=15; 71,4%) e sai para visitar os parentes (n=15; 71,4%). Todos os idosos com
grau de dependncia I (n=16) e com grau III (n=2) referiram estar satisfeitos com as atividades que realizam diariamente. Dos idosos com
grau de dependncia II (n=3), 1 est satisfeito e 2 esto insatisfeitos. Quanto sade mental, 13 idosos (61,9%) no possuem indicadores
de demncia, 7 (33,3%) de demncia leve e 1 (4,8%) demncia severa. Na instituio os idosos possuem acesso a servios de suporte
multiprossional. Infere-se que apesar de referir problemas de sade, os idosos sentem-se satisfeitos, apresentam baixo grau de dependncia
e de indicadores de demncia. Conhecer as condies de sade dos idosos institucionalizados possibilita ao enfermeiro aprimorar sua atuao
com vistas satisfao do idoso, de maneira a proporcionar maior qualidade de vida a essa populao.
O trauma tem sido alvo de discusses em virtude de sua elevada prevalncia, impacto na sade e qualidade de vida da vtima, o que exige
demanda de cuidados complexos e imediatos, fato este que impulsiona a busca pelo conhecimento das aes de enfermagem. Devido
importncia da temtica, objetiva-se identicar as complicaes decorrentes do trauma e estabelecer a relao entre este e as doenas
crnicas e; comparar os cuidados de enfermagem s vtimas com e sem doenas pr-existentes. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva,
descritiva e quantitativa, desenvolvida em um hospital de grande porte, referncia no atendimento ao trauma na cidade de Curitiba/PR.
Foram analisados 21 pronturios, por meio de busca nos livros de registro das vtimas que haviam sido identicadas na primeira etapa da
pesquisa e que necessitavam de cuidados intensivos aps entrada ao hospital pelo pronto socorro (PS). O Projeto foi aprovado pelo Comit
de tica e Pesquisa do Setor de Cincias da Sade da UFPR, CEP/SD 561.098.08.06. Dos 21 pronturios analisados, 90,4% das vtimas so
do sexo masculino, com faixa etria entre 19 a 78 anos e sete apresentavam doena crnica associada, sendo elas: diabetes mellitus, neoplasia
de esfago e brnquios, neoplasia ssea, epilepsia, transtorno mental, hipertenso arterial, doena reumtica e acidente vascular cerebral.
As agresses representaram o principal mecanismo de trauma, com 42,7%, seguida dos acidentes de trnsito, com 37,9%. Ao comparar os
cuidados de enfermagem vtima com e sem doenas pr-existentes, observou-se que as portadoras de enfermidades crnicas demandaram
quantitativo maior de cuidados de enfermagem cinco vezes maior no OS, destacando-se a monitorizao no invasiva, avaliao do nvel de
conscincia e sedao, perfuso tissular e controle de dados vitais. Na UTI, os cuidados com maior demanda foram quanto manuteno
e conforto da vida, monitorizao invasiva, higiene e ingesta hdrica e eliminaes. Conclui-se que houve maior nmero de complicaes
apresentadas por portadores de doenas crnicas, fato que gerou maior demanda de cuidados de enfermagem no PS. A limitao deste
estudo foi devido ao registro incompleto dos cuidados de enfermagem prestados s vtimas.
IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIO DE LONGA PERMANNCIA: CONDIO DE SADE E
SATISFAO COM A VIDA
RELAO ENTRE AS COMPLICAES DO TRAUMA E DOENAS PR-EXISTENTES: SUBSDIOS
PARA OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Aluno de Iniciao Cientfca: Dmarys Kohlbeck de Melo Neu (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023461
Orientadora: Prof. Dr. Maria Helena Lenardt Colaboradores: Tatiane Michel (MESTRANDA/CAPES), Mariana Giachini
(BOLSISTA PERMANNCIA), Patrcia Aparecida de Oliveira Fuchs (MEMBRO GMPI).
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: idosos, instituio de longa permanncia para idosos, satisfao pessoal.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 (Enfermagem de Sade Pblica).
Aluno de Iniciao Cientfca: Daniela Maria Gaio (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021176
Orientador: Prof Dr Maria de Ftima Mantovani
Colaboradores: Camila Silva da Luz; Jssica A. Pereira Rodrigues
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Trauma; Cuidados de Enfermagem; Doena Crnica.
rea de Conhecimento: 4.04.00.00-0
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A ascenso da mulher na sociedade a partir da dcada de 70, com sua incluso em atividades que at ento eram exclusivamente masculinas,
trouxe signicativa valorizao e visibilidade para o gnero. Contemplando um dos objetivos do projeto intitulado Modelos de cuidado na
ateno primria sade da mulher, este estudo visa, por meio de uma reviso documental, identicar os principais programas governamentais
para o controle e deteco precoce do cncer de mama em mulheres. Teve como objetivo ressaltar as metas destes Programas, os indicadores,
os prossionais envolvidos, se h referencia e/ou consonncia entre os programas e, se houve evoluo em comparao aos Programas
implantados anteriormente. Conforme Minayo (2007), o estudo foi dividido em trs fases: busca de materiais, leitura das informaes e,
anlise dos dados encontrados. A busca por materiais foi realizada em documentos publicados pelo Ministrio da Sade, Secretaria Estadual
de Sade do Paran, Secretaria Municipal de Sade de Curitiba, ONGs e folders de rgos pblicos. Os resultados encontrados apontam
para trs Programas Governamentais na atualidade, sendo um em nvel Federal, outro em nvel Estadual do Paran, e por m, em nvel
Municipal de Curitiba. Em nvel federal h, desde 1997, o Programa Nacional de Controle do Cncer do Colo do tero e de Mama - Viva
Mulher, que tem como objetivo reduzir a mortalidade e as repercusses fsicas, psquicas e sociais desses cnceres na mulher brasileira.
No estado do Paran, o Projeto Paran em Ao da Secretaria Especial de Relaes com a Comunidade (SERC), em parceria com Instituto
Humanista de Desenvolvimento Social (HUMSOL), desenvolvem ocinas e palestras informativas sobre a importncia da deteco precoce
do cncer de mama, focando no auto-cuidado. O municpio de Curitiba conta, entre outros, desde novembro de 2009 com o Programa Mulher
Curitibana, que visa a preveno de doenas crnicas que acometem as mulheres aps os 50 anos de idade e, principalmente, o diagnstico
precoce do cncer de mama. Os Programas apresentados vo ao encontro da deteco e diagnstico precoce da doena, diferem-se nas
caractersticas peculiares adaptadas por cada estado e municpio para atender as suas necessidades mais especcas.
Estudo documental retrospectivo descritivo de 44 instrumentos utilizados para o registro das consultas de enfermagem realizadas no
perodo de julho de 2007 a maio de 2010 no projeto de extenso O cuidado sade de pessoas com sofrimento mental e familiares.
Teve como objetivo descrever os diagnsticos e intervenes de enfermagem elaboradas durante a consulta de enfermagem a pessoas com
transtornos mentais e familiares. O levantamento dos dados ocorreu no perodo de fevereiro a maio de 2010, para tanto foi utilizado um
roteiro sistematizado que permitiu a identicao dos diagnsticos e prescries de enfermagem elaboradas. Devido s especicidades dos
sujeitos os dados obtidos foram agrupados em tabelas distintas para cada grupo de sujeitos, Grupo F para familiares e Grupo P para pessoas
com transtorno mental. Os diagnsticos de enfermagem que apareceram com maior freqncia no grupo P foram: distrbios no padro do
sono, memria prejudicada, processo do pensamento perturbado, interao social prejudicada, dcit nas atividades de recreao, sofrimento
moral, percepo sensorial prejudicada, comportamento de sade propenso a risco, enfretamento familiar inecaz e sobrecarga de estresse. O
grupo F apresentou os seguintes diagnsticos de enfermagem: enfretamento familiar inecaz, risco para vnculos pais e lhos, processo do
pensamento perturbado, dcit nas atividades de recreao, sofrimento moral, fadiga, nutrio desequilibrada, dor relacionada a problemas
clnicos, e desesperana. As intervenes de enfermagem foram desenvolvidas de acordo com cada diagnstico, sendo estas direcionadas
para a educao em sade e apoio emocional. Concluiu-se que a anlise destes instrumentos auxiliou ao acadmico de enfermagem o
exerccio do pensamento crtico e da percepo para a elaborao e identicao de diagnsticos e intervenes de enfermagem de acordo
com as necessidades de cuidado de cada grupo, e, neste caso na rea da sade mental.
PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS SOBRE A PREVENO DO CNCER DE MAMA EM MULHERES:
ATUALIDADES
CONSULTA DE ENFERMAGEM NA PRTICA DO CUIDADO DE PESSOAS COM TRANSTORNO
MENTAL E FAMILIARES
Aluno de Iniciao Cientfca: Deisi Cristine Forlin (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023664
Orientador: Marilene Loewen Wall
Colaboradores: Rosangela Martins Ferreira (MESTRANDA/UEM); Danielle Raniel Lopes (BOLSISTA PET-SADE)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem; programas governamentais; cncer de mama
rea de Conhecimento: Enfermagem de Sade Pblica - 4.04.06.00-8
Aluno: Brbara Simone da Silva Maurer (EXTENSO/ UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024836
Orientador: Mariluci Alves Maftum Co-Orientador: Tatiana Brusamarello (Mestranda/CAPES)
Colaborador: Fernanda Carolina Capistrano (EXTENSO/ UFPR-TN), Gabriela Rizrio Leite (EXTENSO/ UFPR-TN), Cindy Vacarri (PERMA-
NNCIA/UFPR-TN). Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Diagnstico de enfermagem; Sade mental; Enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.04.00-5
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A higienizao de mos (HM) a medida mais simples e econmica para a preveno de infeces relacionadas assistncia em sade
(IRAS). Entretanto, a baixa adeso a essa prtica, frente s oportunidades que a demandam, resulta em reduo da segurana de pacientes e
trabalhadores. Em 2005 a Organizao Mundial de Sade (OMS) lanou, dentro do Desao Global para Segurana do Paciente, o programa
Cuidado Limpo Cuidado Seguro, o qual prev estratgias mundiais para a promoo da HM no meio assistencial. Em 2007 o Brasil aderiu
a esse programa para divulgar e promover a HM junto aos prossionais de sade. Frente relevncia do tema o objetivo deste trabalho
conhecer o programa Cuidado Limpo Cuidado Seguro e os mtodos propostos para a sua divulgao; e investigar as diretrizes nacionais,
legislao federal e materiais educativos publicados pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) relativos HM. A pesquisa
de abordagem qualitativa e de carter documental; os dados foram coletados no perodo de setembro de 2009 a maio de 2010 na pgina
eletrnica da ANVISA e da OMS; sintetizados e registrados em cha catalogrca. Como resultados destacamos o programa da OMS, o
qual traz evidncias cientcas sobre a importncia da HM para a segurana do paciente e dos prossionais em relao transmisso de
microrganismos; descreve recomendaes e propostas para maior adeso HM e processos para a sua mensurao; compara a eccia
das estratgias em diferentes instituies e prope a incluso de pacientes como parceiros na promoo da HM. Como estratgias para a
divulgao do programa a OMS prope a educao continuada; o estabelecimento de um clima de segurana institucional; a disponibilizao
de insumos necessrios HM; e estabelece Cinco Momentos para a HM os quais, baseados nas oportunidades para a HM durante a
assistncia ao paciente, devem direcionar sua realizao. Ainda, prev a instituio do Dia Mundial de HM, simbolicamente um marco para
a participao de instituies de sade, com posterior relato e divulgao. Com relao s diretrizes e legislao federal na temtica foram
identicados 10 arquivos, entre resolues, decreto, lei e portaria, e cujo perodo de publicao variou entre 1976 e 2008; um documento trata
especicamente da HM como medida essencial na ateno sade. Quanto a materiais educativos, trs manuais disponveis foram analisados.
O mais atual, lanado em 2008, agrega informao do programa da OMS e direcionado no apenas a trabalhadores, mas administradores,
educadores e autoridades sanitrias. A pesquisa permitiu o conhecimento do programa da OMS, de documentos e de estratgias que tm
por diretriz a preveno de IRAS e a promoo da segurana do paciente por meio da HM. Ainda, possibilitou a construo de alternativas
para a divulgao dessa prtica no meio acadmico e assistencial.
As lceras por presso (UP) representam um dos principais agravos de pacientes crticos hospitalizados, o que revela a necessidade de
desenvolver estratgias preveno, com o intuito de reduzir sua incidncia e minimizar as suas complicaes. Desta forma, os Projetos
de iniciao Cientca (IC) Avaliao Tecnolgica das Prticas de Cuidar em Enfermagem e Avaliao das Prticas do Cuidado de
Enfermagem realizaram aes de educao, preveno e avaliao dos cuidados UP. Os objetivos foram desenvolver uma diretriz clnica
e um algoritmo para preveno e tratamento de UP, capacitar a equipe de enfermagem de um Centro de Terapia Semi-intensiva (CTSI) e
uma Unidade de terapia Intensiva (UTI). Ainda, avaliar o processo de capacitao e, as aes de cuidado para preveno de UP realizadas
nestas unidades. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, realizado no CTSI de um hospital de ensino de Curitiba. Para atingir os
objetivos propostos elaborou-se uma Diretriz clnica e um algoritmo com base em Guidelines internacionais, mediante discusses entre
participantes dos projetos de IC e representantes da rea tcnica. Posteriormente realizou-se uma capacitao junto equipe de enfermagem
da unidade, para subsidiar o uso dos instrumentos desenvolvidos. Esta ocorreu nos meses de setembro a novembro de 2009. 43 funcionrios
iniciaram a capacitao, porm 13 concluram os trs mdulos. A coleta de dados ocorreu em dois momentos. Inicialmente aplicou-se um
questionrio aos que participaram dos trs mdulos da capacitao. Havia questes referentes execuo ou no de medidas preventivas aos
pacientes em risco para o desenvolvimento de UP. No segundo, os participantes foram questionados quanto organizao e planejamento
da capacitao. A diretriz aborda aspectos especcos de preveno e tratamento e o algoritmo instrues claras e esquemticas para
conduta diante do risco para a UP e, ambos atenderam as demandas das unidades. Com anlise dos questionrios observou-se que a equipe
possui conhecimentos referentes medidas preventivas de UP. Quanto capacitao, a maioria concordou que a organizao e o contedo
abordado contriburam para o processo de aprendizagem. A pesquisa demonstrou importncia em adotar estratgias tecnolgicas voltadas
para preveno de UP, de modo a atuar na reduo deste agravo, direcionando as condutas dos prossionais de enfermagem, na adoo de
aes ecazes ao paciente em risco e aos portadores de UP.
PROMOVENDO A HIGIENIZAO DE MAS. ESTRATGIAS PARA A SEGURANA DE
ACADMICOS, TRABALHADORES E USURIOS DE SERVIOS DE ASSISTNCIA SADE
PREVENO DE LCERA POR PRESSO: UMA PROPOSTA TECNOLGICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Letcia Frates Cauduro (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023685
Orientador: Elaine Drehmer de Almeida Cruz
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Lavagem de mos; estratgias mundiais; gerenciamento de risco
rea de Conhecimento: 4.04.05.00-1 Enfermagem de Doenas Contagiosas
Aluno de Iniciao Cientfca: Franciele Soares Pott (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005/016455
Orientador: Marineli Joaquim Meier Co-orientador: Samanta Andrine Marchall Taube
Colaborador: Taniclaer Satahlhoefer (PIBIC/UFPR-TN), Gisely Blanc (IC - Voluntria)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem;Tecnologia; lcera por presso.
rea de Conhecimento: 4.04.01.00-6
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A Reforma Psiquitrica enfatiza a mudana na forma de conceber, tratar e se relacionar com a pessoa com transtorno mental, porm se
depara com algumas limitaes e desaos a serem superados. Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratrio-descritiva
com o objetivo de apreender percepes de trabalhadores que atuam na rea de sade mental das transformaes na prtica de cuidar em
face da reforma psiquitrica. O cenrio foi um hospital pblico especializado em psiquiatria no Paran. Participaram 6 trabalhadores de
enfermagem, sendo 2 enfermeiros, 3 auxiliares de enfermagem e 1 atendente de enfermagem que atuaram antes da regulamentao da
Reforma Psiquitrica no Brasil pela promulgao da Lei Federal de Sade Mental n 10.216 e que atuam no modelo proposto atualmente. A
coleta de dados ocorreu de janeiro a junho de 2010. A anlise foi realizada segundo Minayo. Ao discorrerem sobre a Reforma Psiquitrica os
trabalhadores mencionaram as modicaes ocorridas aps a promulgao da Lei 10.216, o surgimento de novos dispositivos de tratamento
e o reexo dessas mudanas em sua prtica prossional e no relacionamento com o paciente. Alm do conhecimento sobre a Reforma
Psiquitrica, externaram suas opinies sobre a mesma, associando-a a poltica de desinstitucionalizao e reduo de leitos em hospitais
psiquitricos. Citaram a eccia de alguns dispositivos assistenciais extra-hospitalares, a inecincia de algumas estratgias de reinsero
social e o despreparo do Sistema nico de Sade em manter estes recursos com a quantidade e qualidade em que so necessrios. Enfatizaram
tambm os benefcios dos servios extra-hospitalares de tratamento ao portador de transtorno mental e denunciaram a fragilidade na rede
formada pelos mesmos e os servios de apoio com os quais operam em parceria. Conclui-se que o Sistema nico de Sade no suporta as
transformaes ocorridas nas formas de tratamento havendo escassez de vagas e de recursos humanos capacitados nos dispositivos extra-
hospitalares e que a mudana no tratamento redireciona o papel da enfermagem frente psiquiatria e ao portador de transtorno mental,
pois alm de propiciar e requerer da equipe de enfermagem o exerccio autnomo de sua prosso deve oferecer aos pacientes um cuidado
diferenciado. A equipe de enfermagem precisa deixar de ser uma mera cumpridora de procedimentos prticos e passar a atuar ativamente
no tratamento interferindo nas decises acerca das condutas a serem adotadas e realizando entre outras atividades, grupos teraputicos
com pacientes e familiares.
Diante das constantes transformaes resultantes do avano tecnolgico, o indivduo necessita se apropriar de conhecimento e capacitao,
a m de se inserir no mundo do trabalho, de forma a se tornar um sujeito poltico, tico, capaz de construir e evoluir. Um instrumento
indispensvel a estas aquisies a educao. Para os prossionais da sade, as novas tecnologias e as mudanas no mundo do trabalho
constituem desaos a serem superados no atendimento destas novas demandas. Desde 1990, com a Lei Orgnica da Sade, cabe ao
Sistema nico de Sade promover a formao, em todos os nveis de ensino, incluindo a educao permanente como aperfeioamento dos
prossionais. Em 2004, a Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade foi instituda a m de reestruturar o modelo de formao
prossional para a reexo das prticas de sade e, atualmente, as parcerias rmadas entre os servios colaboram para a prestao de uma
assistncia de sade mais qualicada. Uma dessas parcerias pode ser observada na integrao entre o Departamento de Enfermagem da
UFPR e o Hospital de Clnicas, em que h a realizao de um Curso de Atualizao em Enfermagem. Este, atualmente em sua 4 edio,
atende uma demanda interna do HC/UFPR e, externa, de outros servios de sade. Assim, esta pesquisa teve por objetivo vericar as
contribuies do curso para os servios do referido hospital. Consiste em uma pesquisa de abordagem qualitativa, utilizando como tcnica
de coleta de dados o grupo focal, cujos sujeitos foram 8 enfermeiros-chefes que responderam ao chamado da pesquisadora e aceitaram
participar voluntariamente da pesquisa. O encontro foi gravado e aps sua transcrio foi analisado pela tcnica de anlise de contedo.
Os resultados evidenciaram contribuies e, estas foram categorizadas nas dimenses tcnica, poltica, de desenvolvimento da cidadania
e comunicativa. Embora os resultados tenham evidenciado divergncias na percepo das cheas quanto s contribuies do curso para
o servio, esta pesquisa permite concluir que h a necessidade de manuteno do Curso de Atualizao em Enfermagem, visto que este
compe uma estratgia para a mudana de postura e, hbito da reexo dos servidores frente assistncia prestada, bem como a melhoria
nas relaes de trabalho.
AS TRANSFORMAES NA ASSISTNCIA EM FACE DA REFORMA PSIQUITRICA: PERCEPES
DE TRABALHADORES DA AREA DE SADE
EDUCAO CONTINUADA COMO ESTRATGIA DE INTEGRAO ENSINO/ASSISTNCIA NA
PRTICA DE ENFERMAGEM
Aluno de Iniciao Cientfca: Gabriela Rizrio Leite (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019769
Orientador: Mariluci Alves Maftum
Colaborador: Andra Noeremberg Guimares (MESTRANDA/REUNI), Clarissa Regina Jasnievski (PIBIC/CNPq)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: sade mental, enfermagem, trabalhador.
rea de Conhecimento: 4.04.04.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Gisele Corra Campos (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023623
Orientador: Elizabeth Bernardino
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem, educao continuada.
rea de Conhecimento: Enfermagem - 4.04.00.00-0
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A lcera por Presso (UP) considerada um problema para os servios de sade, pois aumenta a mortalidade, a morbidade e custos decorrentes
de seu tratamento. Neste contexto, o projeto Avaliao tecnolgica das prticas de cuidar em Enfermagem elaborou uma capacitao
referente UP com o objetivo de contribuir na implementao de medidas de preveno de UP pelos prossionais de enfermagem. Estas
medidas so consideradas como prticas de cuidar tecnolgicas. Trata-se de uma pesquisa descritiva, quantitativa, realizada no Centro de
Terapia Semi-Intensiva (CTSI) de um hospital universitrio de Curitiba. A capacitao ocorreu no perodo de setembro a novembro de
2009. Compreendeu trs mdulos e na seqncia foi efetuada uma avaliao do processo por meio de aplicao de questionrio. O primeiro
mdulo abordou a siologia da pele e caractersticas das UP; no segundo, estadiamento e avaliao de risco (Escala de Braden); e no
terceiro, a diretriz clnica e o algoritmo de UP. Totalizaram-se 13 encontros, nos quais o contedo foi apresentado de maneira expositiva-
dialogada nos perodos da manh, tarde e noite, com durao de 40 minutos cada. Dos 53 funcionrios de enfermagem da unidade, 43
iniciaram o processo e 13 concluram os trs mdulos. A avaliao deu-se mediante aplicao de um questionrio (tipo escala de Likert)
aos nove funcionrios da equipe de enfermagem que presenciaram os trs mdulos e aceitaram integrar a pesquisa. Foram questionados
quanto organizao, planejamento, contedo abordado, diretriz clnica/algoritmo e ambiente virtual de aprendizagem disponibilizado.
Os nove concluintes responderam aos questionamentos e concordaram que a organizao da capacitao facilitou suas participaes, pois
foi realizada no ambiente e perodo de trabalho. Em relao ao contedo, 100% dos participantes armam que a seqncia foi lgica e a
linguagem clara. 89% acreditam que o contedo esclareceu dvidas de anatomia e siologia da pele. 56% mencionam que ocorreu melhora
no conhecimento sobre UP aps a capacitao. 56% consideraram que a Diretriz e algoritmo auxiliam no direcionamento do cuidado e,
67% que ambos instrumentalizam para a tomada de deciso e atuao prtica frente s UP. Em relao plataforma, 89% no acessaram.
As estratgias para implementao de medidas preventivas para UP desenvolvidas neste estudo mostram-se importantes na prtica de cuidar
tecnolgica, pois subsidiam para um cuidado de qualidade e embasado em referenciais cientcos.
Trata-se de estudo quantitativo descritivo e transversal, cujo objetivo foi identicar as condies socioeconmicas dos cuidadores familiares
de idosos com Alzheimer, atendidos em um Centro de Referncia em Atendimento em Doena de Alzheimer (CRADA). A amostra de
convenincia foi constituda por 208 cuidadores familiares, selecionados no perodo de dezembro de 2009 a fevereiro de 2010. O estudo
foi realizado no CRADA e nos domiclios dos idosos. A tcnica de coleta de dados utilizada foi a entrevista com roteiro semi estruturado.
Os dados foram analisados no programa Excell, por meio de distribuio de freqncia. Dos duzentos e oito cuidadores, 178 (85,6%) eram
mulheres e 30 (14,4%) homens, com idade entre 22 e 83 anos e mdia de 53,5 anos. Cento e quarenta e sete (70,7%) tinham mais de 8
anos de escolaridade e 61 (29,3%) estudaram menos tempo. Sobre o estado civil, 127 (61,1%) mantinham relao estvel, 34 (16,3%)
eram solteiros e 47 (22,6%), vivos e divorciados. Duzentos e quatro (98,1%) possuam uma crena religiosa. Cento e vinte e um (58,2%)
relataram no ter ocupao prossional e 87 (41,8%) eram prossionais das reas de sade, engenharia, educao, administrativa, tcnica
e outros. A renda familiar variou de 1 a 6 salrios mnimos. Sobre o local de moradia, 197 (94,7%) residiam em domiclios particulares
e 11 (5,3%) moravam em residncias coletivas, sendo: 168 (80,8%) em casas e 40 (19,2%) em apartamentos. Cento e sessenta e nove
domiclios eram de alvenaria (81,3%), 30 (14,4%) de madeira e 9 (4,3%) mistos. Cento e setenta e dois cuidadores (82,7%) habitavam
em residncias prprias totalmente pagas, 15 (7,2%) ainda pagavam seus imveis e 21 (10,1%) pagavam aluguel. Cento e noventa e dois
(92,3%) domiclios possuam telefone xo, 183 tinham eletrodomsticos (88,1%), 178 (86,0%) possuam equipamentos eletrnicos e 136
(65,4%), automveis. Os cuidadores familiares apresentaram nvel socioeconmico de classes C e D, mesmo residindo em bairros de classes
D e E. Os resultados deste estudo sugerem que os cuidadores familiares tm condies sociais e econmicas para cuidarem dos idosos
nos domiclios. Considerando que a enfermagem possui atribuies e competncias para atuar junto aos cuidadores, torna-se prioritria a
avaliao das condies socioeconmicas, fornecendo informaes para estratgias de orientaes para o cuidado.
PRTICA DE CUIDAR TECNOLGICA EM ENFERMAGEM PARA A PREVENO DE LCERAS POR
PRESSO
O IDOSO COM ALZHEIMER E O CUIDADOR FAMILIAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Gisely Blanc (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016455
Orientador: Marineli Joaquim Meier
Co-orientador: Samanta Andrine Marchall Taube
Colaborador: Franciele Soares Pott (PIBIC/CNPq), Taniclaer Satahlhoefer (PIBIC/UFPR-TN).
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem;Tecnologia; lcera por presso.
rea de Conhecimento: 4.04.01.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Jssica Rocha Sousa (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023463
Orientador: Maria Helena Lenardt Colaborador: Mrcia Daniele Seima (MESTRANDA/REUNI), Mariluci Hautsch Willig (DOU-
TORANDA), Letice de Freitas Pereira (PIBIC/CNPq)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Idoso, Cuidadores, Doena de Alzheimer.
rea de Conhecimento: Enfermagem de Sade Pblica - 4.04.06.00-8
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O processo de transformao estrutural da sociedade brasileira perpassa a adoo de um novo paradigma de ateno sade, pautado na
ampliao explicativa sobre o processo sade-doena. Consideramos neste estudo que sociedade e indivduos so objetos inseparveis,
participantes ativos na transformao social. Utilizando o referencial terico de Norbert Elias tivemos por objetivo analisar as relaes
de poder estabelecidas entre os Agentes Comunitrios de Sade (ACS) e a populao sob a tica dos prossionais de sade de nvel
mdio e superior de uma Unidade Bsica de Sade (Estratgia de Sade da Famlia) pertencente ao municpio de Colombo. Os conceitos
investigados compreenderam: gurao, interdependncia e equilbrio de tenses. Foram realizadas individualmente 7 (sete) entrevistas
semi-estruturadas com os prossionais da UBS, sendo os dados obtidos categorizados por meio da anlise de discurso. Os resultados foram
problematizados em consonncia com os conceitos de Elias. A dinmica relacional entre lugar e posio social (gurao) apareceu em dez
falas; a dependncia recproca entre os seres humanos (interdependncia) explicitou-se em oito falas e as mudanas no equilbrio de foras
(equilbrio de tenses) foram percebidas em oito depoimentos. O estudo permitiu referendar a importncia da utilizao dos conceitos de
Norbert Elias como elos inseparveis no processo de trabalho em sade, expondo conitos e referendando continuidade de pesquisas nos
espaos do cuidar em sade coletiva. A teia tecida pelas relaes humanas estabelecidas na compreenso do espao circundante das unidades
bsicas (territrio) implica na realizao de pesquisas que aproximem referenciais sociolgicos do mundo da sade.
O cuidado domiciliar entendido como atendimento multiprossional ao paciente e aos familiares, desenvolvido em cenrios e contextos
peculiares, exige dos prossionais desta rea uma prtica diferente das formas tradicionais e mobiliza-os a uma nova abordagem que
busca assegurar uma assistncia contnua, integral e contextualizada. O prossional que atua no cuidado domiciliar se insere no contexto
do indivduo e da famlia, o que leva a uma necessidade de desenvolver competncias ampliadas para alm das clnicas. Assim, de
fundamental importncia uma formao acadmica direcionada ao cuidado domiciliar, com o intuito de preparar novos prossionais que
se utilizem de aes efetivas e ecientes para colaborar na mudana da forma de atendimento bsico de sade populao. Destarte, os
objetivos desta pesquisa so compreender como o cuidado domiciliar ensinado/aprendido/vivenciado nas aulas tericas, prticas, estgios
e trabalhos, nos cursos de graduao da rea da sade (enfermagem, farmcia, medicina, nutrio, odontologia e terapia ocupacional) da
Universidade Federal do Paran (UFPR); desenvolver um modelo terico que contemple a vivncia do ensino do cuidado domiciliar nesta
rea; e apontar estratgias que subsidiem a incorporao de contedos e prticas sobre o cuidado domiciliar nos cursos de graduao da rea
da sade. Neste plano de trabalho os objetivos referem-se apenas ao curso de medicina. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utiliza
como mtodo de investigao a Teoria Fundamentada nos Dados (TFD), tipo de pesquisa qualitativa que constri teoria, pois identica,
desenvolve e relaciona conceitos a partir dos dados. Os grupos amostrais so compostos pelos acadmicos do ltimo ano dos cursos de
graduao da rea da sade e docentes que ministram disciplinas co-relacionadas ao contedo e prticas de cuidado domiciliar, ambos da
UFPR. Foi realizada capacitao com as bolsistas sobre a implementao da metodologia e a pesquisa encontra-se em fase preliminar de
coleta de dados com os docentes. Referindo-se ao primeiro grupo amostral, os acadmicos de medicina relataram no terem contedo de
cuidado domiciliar durante a graduao e alguns tiveram a oportunidade de realizar visitas domiciliares ou territorializao por meio de
aulas prticas em unidade de sade.
TERRITORIALIZAO COMO FERRAMENTA DA ATENO BSICA SADE: RELAES DE
FIGURAO, INTERDEPENDNCIA E EQUILBRIO DE TENSES NO PROGRAMA DE SADE DA
FAMLIA
O APRENDIDO SOBRE O CUIDADO DOMICILIAR NA FORMAO DO PROFISSIONAL DE SADE
Aluno de Iniciao Cientfca: Jos Mario Rabone Junior (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021343
Orientador: Liliana Mller Larocca
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Programa de sade da famlia, poder social, enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Juliana Julimeire Cunha (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022542
Orientador: Dra. Maria Ribeiro Lacerda
Colaborador: Ana Paula Hermann (MESTRANDA/CAPES), Lusa Canestraro Kalinowski (MESTRANDA/CAPES)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Cuidado domiciliar, Profssionais, Sade.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 - Enfermagem de Sade Pblica
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Os trabalhadores de enfermagem esto predispostos a vrios riscos, entre eles o risco por exposio biolgica. Assim, o gerente de enfermagem
assume a responsabilidade na promoo da sade para a reduo desta exposio. Trata-se de um estudo exploratrio, descritivo de abordagem
qualitativa, com o mtodo de anlise de contedo, descrito por Minayo. Este estudo foi dividido em dois momentos. No primeiro momento,
foram captados os acidentes de trabalho que ocorreram no ano de 2007, noticados no Sistema Nacional de Informao de Agravos de
Noticao, em uma Unidade Sentinela em Sade do Trabalhador, localizada em Curitiba-PR. Foram analisados os acidentes graves, por
exposio biolgica e leses de esforo e osteo-musculares. No segundo momento, aps a anlise das chas de acidentes por exposio
biolgica, selecionou-se 65 instituies, e 13 destas registraram maior nmero deste tipo de acidente. Como objetivo, o estudo avaliou
o conhecimento dos gerentes de enfermagem nos aspectos legais e no encaminhamento do trabalhador exposto, logo aps o acidente. A
coleta de dados foi atravs de entrevista semi-estruturada com seis gerentes de enfermagem, em suas respectivas instituies de trabalho,
respeitando os aspectos ticos recomendados. A anlise dos dados permitiu caracterizar os sujeitos como predominantemente feminino,
com uma mdia de idade de 47 anos e o tempo de servio variou de 16 a 25 anos. Foram encontradas trs categorias. A primeira categoria
emergiu o tema referente legislao vigente. A anlise evidenciou que os gerentes de enfermagem no conhecem totalmente o protocolo de
exposio aos materiais biolgicos em que suas instituies esto inseridas, dicultando a superviso e o acompanhamento da equipe aps
tal exposio. A segunda categoria est relacionada com os recursos humanos presentes no ambiente laboral. Nas entrevistas, vericou-se
um no conhecimento sobre as medidas de biossegurana. A terceira categoria diz respeito responsabilidade prossional exercida pelos
gerentes. Vericou-se que quatro gerentes transferiram a responsabilidade do encaminhamento do trabalhador para os servios especializados
em Sade do Trabalhador, apontando para uma omisso da conduta legal. Constatou-se que os gerentes de enfermagem demonstraram certo
despreparo na funo de gerenciar e conduzir a equipe. O estudo evidenciou que os enfermeiros no papel gerencial precisam melhorar sua
qualicao, adequando-se s normas legais vigentes para promover a sade dos trabalhadores, conforme preconiza o Cdigo de tica e
a Lei do Exerccio Prossional.
O estudo se insere na linha de pesquisa Polticas e Prticas de Sade, Educao e Enfermagem compondo o projeto de pesquisa
Gerenciamento em Sade e Enfermagem: formao e prtica prossional que busca a realizao de pesquisas sobre a formao e a
prtica gerencial em Sade e Enfermagem. O projeto visa analisar as concepes tericas e prticas sobre as formas de organizao
e gerenciamento do trabalho de Enfermagem no contexto da ateno bsica sade no municpio de Curitiba - PR. Num plano mais
especico, buscou-se: realizar reviso sistematizada da literatura acerca do gerenciamento de Enfermagem na ateno bsica sade da
populao; investigar as concepes dos enfermeiros sobre planejamento, organizao e gerenciamento das prticas de sade no contexto
da ateno bsica; caracterizar as atividades gerenciais realizadas pelos enfermeiros na ateno bsica sade. Trata-se de um estudo de
abordagem quantiqualitativa separado em duas etapas: busca de produo cientica em base de dados por meio de reviso integrativa para
sua anlise, seguida por entrevistas com enfermeiros de unidades de sade voltadas ateno bsica, participantes do Projeto PET-Sade em
Curitiba-PR, sendo a primeira o foco deste projeto e a segunda etapa a ser realizada no prximo ano. Nessa primeira etapa usou-se a base
de dados da Biblioteca Virtual da Sade empregando os descritores Enfermagem em Sade Pblica e Enfermagem em Sade Comunitria
combinados aos descritores Organizao e Ateno Bsica Sade. A partir dos 258 artigos encontrados, fez-se uma seleo pelos resumos
e contedos dos mesmos e 12 estudos foram selecionados. Os dados discutidos na perspectiva hermenutica-dialtica apontam para a relao
das concepes tericas com as inuncias das dimenses estrutural, particular e singular do gerenciamento de enfermagem, identicadas
a partir das seguintes categorias: planejamento do trabalho; formas de organizao do trabalho em enfermagem e sade; gerenciamento do
trabalho de enfermagem e da equipe de sade. Conclui-se, portanto que o foco gerencial dos enfermeiros est nas aes administrativas mais
gerais em detrimento do cuidado, situao que o leva a um falso empoderamento. Ao nal, espera-se a problematizao das convergncias
e divergncias entre os conceitos relacionados ao gerenciamento em enfermagem encontrados na reviso integrativa e as concepes sobre
o trabalho gerencial do enfermeiro advindas das entrevistas, assim como suas inuncias nas caractersticas da organizao e da prtica
gerencial da enfermagem na ateno sade.
A NO ADESO AO MONITORAMENTO APS EXPOSIO BIOLGICA EM INSTITUIO DE
SADE I
ORGANIZAO E GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO DA ATENO BSICA:
CONCEPES TERICAS E PRTICAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Las Del Moro Cespedes (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023602
Orientador: Leila Maria Mansano Sarquis Colaborador: Louise Aracema Scussiato
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Superviso de enfermagem, acidente de trabalho, enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 Enfermagem de Sade Pblica
Aluno de Iniciao Cientfca: Leandro Jos de Freitas Leite (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023684
Orientador: Aida Maris Peres Co-Orientador: Luciana Schleder Gonalves
Colaborador: Riciana Calixto Trueppel
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem 1, Gerenciamento 2, Administrao & organizao3.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8
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Trata-se de estudo quantitativo descritivo transversal, cujo objetivo foi avaliar a condio de sade e satisfao com a vida dos cuidadores
familiares de idosos com Alzheimer, usurios de um Centro de Referncia em Atendimento em Doena de Alzheimer. A amostra de
convenincia foi composta de 208 cuidadores familiares e selecionada no perodo de dezembro de 2009 a fevereiro de 2010, por meio de
critrios de incluso e excluso. O estudo foi realizado no Centro de Referncia e nos domiclios dos cuidadores. Os dados foram coletados
por entrevistas semi-estruturadas e aplicao das escalas: Inventrio de Sobrecarga de Zarit, Bem-Estar Subjetivo (EBES) e Estadiamento
Funcional. Para a anlise estatstica, foram aplicados os testes qui-quadrado, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, utilizando-se o programa Epi
Info 6.04. Os resultados foram considerados estatisticamente signicativos quando o nvel descritivo foi menor que 5% (p<0,05). Dos 208
cuidadores, 178 (85,6%) eram do sexo feminino e 30 (14,4%) do sexo masculino, com idade entre 22 a 83 anos e mdia de 53,5 anos; sendo
132 (63,5%) lhas, 37 (17,7%) esposos e 39 (18,8%) outros familiares. Cento e vinte seis (60,5%) cuidavam h mais de 3 anos; 72 (34,6%)
cuidavam de idosos com DA moderada a grave, 62 (29,9) DA grave, 58 (27,8%) DA leve e 16 (7,7%) DA moderada; 191 (91,8%) referiram
realizar outras tarefas alm do cuidado; e 135 (64,9%) partilhavam o cuidado com familiares. Cento e trinta cuidadores (62,5%) possuam
uma ou mais doenas, como hipertenso (21,6%) e depresso (10,6%); e 137 (65,9%) usavam medicamentos, como antihipertensivos e
antidepressivos; 162 (77,9%) cuidadores realizavam acompanhamento mdico. Para o nvel de sobrecarga dos cuidadores prevaleceu o
grau moderado (46,2%), com mdia de 33,29 (4 - 85, 15,33). A mdia do escore (percentual) relacionada satisfao com a vida foi
de 63% (1,7% - 100%). As variveis estatisticamente associveis ao nvel de sobrecarga foram: sexo (p=0,040), idade (p=0,016), doena
(p=0,003) e satisfao com a vida (p<0,001). Os cuidadores doentes esto signicativamente associados s menores mdias percentuais de
EBES (p=0,032). A sobrecarga do cuidador familiar uma situao que precisa ser encarada pela enfermagem com medidas de suporte e
amparo (medidas protetoras). O cuidado gerontolgico constitui um mbito privilegiado de polticas de proteo, que devem ser planejadas,
contemplando o cuidador na sua vulnerabilidade e desamparo.
Tanto no Brasil quanto em outros pases, a violncia representa atualmente uma diculdade enfrentada por governantes e pela sociedade.
Pelo impacto que este agravo causa humanidade, tido como um problema de sade pblica, pois afeta vtima, na sade fsica, emocional
e social. Trata-se de uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, que teve como objetivo apreender as aes do enfermeiro de
ateno bsica frente a um caso suspeito ou conrmado de violncia contra a criana e o adolescente. A pesquisa foi realizada no municpio
de Curitiba - PR em trs distritos sanitrios que possuem maior nmero de crianas na faixa etria de zero a cinco anos, assim os distritos
selecionados foram: Bairro Novo, CIC e Pinheirinho. Foram sorteadas trs unidades de sade com Estratgia Sade da Famlia por distrito
e um enfermeiro por unidade, totalizando nove enfermeiros. Os dados foram coletados por meio da entrevista semi-estruturada e analisados
segundo Bardin (1977). Os enfermeiros referiram executar aes como visitas domiciliares, noticaes, participao em reunies locais,
encaminhamentos para mdicos, psiclogos e nutricionistas, alm de contarem com a rede de apoio formada por servios como a Fundao
de Ao Social, hospitais de referncia e o Conselho Tutelar. Houveram ainda, enfermeiros que demonstraram diculdades no atendimento
a crianas e adolescentes vtimas de violncia, quanto a encaminhamentos e atendimentos especializados. Os enfermeiros realizam algumas
aes inerentes prosso, bem como, reconhece os diversos atores e setores envolvidos no tratamento da violncia. No entanto, torna-se
evidente que o conhecimento, pelos prossionais enfermeiros, do protocolo de ateno a criana e adolescente vtima de violncia, ainda
incipiente, pois esse prossional no explora de maneira satisfatria todas as atividades que pode executar, tornado o encaminhamento
a principal ao da prosso.
O CUIDADOR FAMILAR DO IDOSO COM ALZHEIMER
AES DESENVOLVIDAS POR ENFERMEIROS DA ATENO BSICA SOBRE VIOLNCIA CONTRA
A CRIANA E O ADOLESCENTE
Aluno de Iniciao Cientfca: Letice de Freitas Pereira (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023463
Orientador: Maria Helena Lenardt
Colaborador: Mrcia Daniele Seima (MESTRANDA/REUNI), Mariluci Hautsch Willig (DOUTORANDA)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Idoso, Cuidadores, Doena de Alzheimer.
rea de Conhecimento: Enfermagem de Sade Pblica - 4.04.06.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Lvia Periss Baroni (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024354
Orientador: Prof Dr Vernica de Azevedo Mazza Co-Orientador: Prof Dr Maria Marta Nolasco Chaves
Colaboradores: Andrelize Pelinski, Eline Pereira dos Santos, Ana Paula Pereira Fernandes
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Violncia, sade da criana, enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8
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No Brasil, a sade do trabalhador uma questo social e uma rea da Sade Pblica que faz parte do direito universal sade. Este estudo
teve como objetivo analisar os motivos da no adeso ao monitoramento dos prossionais de sade aps a exposio a uidos biolgicos
sob a tica dos gerentes de enfermagem das instituies onde os casos ocorreram. Este estudo foi realizado em dois momentos. No primeiro
momento foram levantadas 1249 chas de noticao de acidentes de trabalho na Unidade Sade do Trabalhador (UST) registradas em 2007,
destas 637 eram por exposio a material biolgico. No segundo momento foram selecionadas 65 instituies de sade que ocorreram em
maior freqncia os acidentes com material biolgico. Foram levantadas 13 instituies com o maior nmero deste tipo de acidente e foram
entrevistados 6 gerentes de enfermagem das instituies selecionadas. Outros gerentes no participaram da pesquisa por se encontrarem
em frias e no aceitarem participar da pesquisa. Pesquisa descritiva, exploratria, com a anlise temtica respaldada em Minayo (2004).
Os resultados obtidos demonstraram que alguns gerentes de enfermagem no conseguem acompanhar o trabalhador acidentado no que diz
respeito ao monitoramento completo. Um agravante na adeso destes trabalhadores constatada nas falas dos gerentes de enfermagem diz
respeito ao encaminhamento da responsabilidade tcnica aos Servios Especializados de Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho
(SESMT). Este fato associado ao desconhecimento do protocolo de adeso conrma um descaso dos sujeitos entrevistados por parte dos
seus subalternos. O no comprometimento destes sujeitos entrevistados agrava o processo sade doena dos trabalhadores de enfermagem
o que corrobora com a literatura atual no que diz respeito a doenas relacionadas ao trabalho. Entretanto, alguns gerentes de enfermagem
que conseguiram acompanhar estes trabalhadores relataram realizar este acompanhamento junto ao SESMT que legalmente est adequado
legislao vigente. Os gerentes de enfermagem entrevistados tambm apontaram algumas sugestes para melhorar este acompanhamento
da adeso, uma vez que apreendem para si o cuidado de sade de sua equipe. Constata-se a importncia de conscientizar os trabalhadores de
enfermagem com relao adeso do monitoramento completo e tambm as prprias instituies de sade empregadoras e os responsveis
tcnicos que atuam na gerncia destas instituies, cumprindo a legislao vigente.
As lceras por presso (UP) so denidas como reas de leso da pele e de tecidos subjacentes. Estudos revelam a prevalncia e incidncia
das UP como indicadores da qualidade do atendimento hospitalar, destacando a crescente preocupao em prevenir esse agravo sade. A
pesquisa teve por objetivo descrever o processo de elaborao de um protocolo de preveno de lcera por presso. Ocorreu entre junho
e agosto de 2009 com reunies peridicas das bolsistas de dois projetos de iniciao cientca, pesquisadoras responsveis e mestrandas,
num total de doze pessoas. Inicialmente houve a necessidade de investigar a literatura que respaldasse as intervenes propostas. Diretrizes
clnicas publicadas por organizaes internacionais forneceram dados que analisados e sintetizados subsidiaram a elaborao do protocolo e
algoritmo. O aprofundamento a respeito do tema levou a um dos resultados da pesquisa que apontou as diferenas entre protocolo e diretriz,
aps reexo optou-se pela realizao de uma diretriz que, por denio, apresenta recomendaes de tratamento e cuidado baseadas em
evidncias e desenvolve padres de prticas clnicas que possam ser mensurados. Na estrutura da Diretriz Clnica para Preveno de lcera
por Presso as medidas preventivas foram organizadas de acordo com os fatores de risco da escala de Braden - percepo sensorial, umidade,
atividade, mobilidade, nutrio, frico e cisalhamento - ou seja, cada estratgia de preveno foi citada sob um desses subttulos. A diretriz
foi adequada realidade das clnicas onde seria implantada, um exemplo foi a reclassicao de algumas medidas preventivas indicadas
pelas diretrizes internacionais que no puderam ser utilizadas devido inexistncia de recursos materiais. Na sequncia foi criado um
algoritmo que sintetizasse as informaes e organizasse o uso das medidas preventivas. A diretriz clnica elaborada destacou trinta e cinco
estratgias para preveno de UP e onze medidas de avaliao do risco para o desenvolvimento de UP. Um desao no desenvolvimento
deste trabalho foi adaptar algumas das medidas de preveno aceitas internacionalmente realidade das unidades em que esta diretriz foi
implantada. A representao esquemtica das aes por meio do algoritmo foi relevante para as prticas educativas que subsidiaram a
implantao da diretriz. Sugere-se a realizao de estudos clnicos brasileiros para criao de diretrizes baseadas em evidncias que sejam
coerentes realidade nacional.
A NO ADESO AO MONITORAMENTO APS EXPOSIO BIOLGICA EM INSTITUIES DE
SADE
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM PROTOCOLO DE PREVENO DE ULCERA POR
PRESSO
Aluno de Iniciao Cientfca: Louise Aracema Scussiato PIBIC - CNPq
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023602
Orientador: Leila Maria Mansano Sarquis
Colaborador: Las Del Moro Cespedes
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem, sade do trabalhador, superviso de enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 Enfermagem de Sade Pblica
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciana Souza Marques De Lazzari (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021344
Orientador: Mitzy Tannia Reichembach Danski
Colaborador: Priscila Mingorance (IC UFPR/TN), Regimara dos Anjos (IC Voluntria), Thais Sanglard (MESTRANDA).
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: lcera por presso, preveno e controle, enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.01.00-6
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O Projeto de Pesquisa Processo sade-doena de trabalhadores na fumicultura e o papel do Sistema nico de Sade tem por objetivos
investigar as questes relacionadas s condies de trabalho na fumicultura, identicar a gnese dos problemas de sade delas decorrentes
e analisar as possibilidades e os limites da atuao do Sistema nico de Sade (SUS) com essa populao. O estudo se justica diante da
constatao, j bem documentada, dos danos desta atividade produtiva (Etges et al., 2002; Falk et al., 1996; Peres et al., 2003), tanto no
que se refere ao manejo da prprio planta do tabaco, quanto ao uso dos agrotxicos que sua cultura requer. A amostra selecionada para
o incio da pesquisa composta aproximadamente de 160 pessoas, habitantes do Municpio de Rio Azul, a partir de famlias nas quais
houve registro de intoxicao por agrotxico, no SUS, nos ltimos 10 anos (cerca de 40 famlias). Com base no materialismo histrico
e dialtico, que por sua vez fundamenta a ao da Epidemiologia Crtica (Breilh, 2006), pretende-se elaborar uma Matriz de Processos
Crticos, visando identicar - nos mbitos do trabalho, do consumo, da ideologia, das relaes poltico-organizacionais e das relaes com
o meio ambiente -, os processos protetores e destrutivos da sade humana na regio. Numa fase posterior, os processos devem ser, ento,
analisados nas instncias singular, particular e estrutural, de acordo com o que preconiza Breilh (2006), explicitando, em conjunto com os
prprios sujeitos da pesquisa, a determinao social do processo sade/doena. Os dados do mbito singular j esto sendo coletados, atravs
de entrevistas semi-estruturadas, tendo sido entrevistadas, at o momento, 09 famlias. Resultados parciais indicam que h forte relao
entre os problemas de sade referidos pelas famlias e o processo de trabalho na fumicultura, e que os problemas de sade da decorrentes
tm sido enfrentados com diculdades no mbito do SUS, desde a ateno coletiva relativa ao trabalho agrcola, assistncia individual,
especialmente nos nveis secundrio e tercirio de ateno. Com este estudo, pretende-se pautar estratgias de soluo e monitoramento dos
resultados, bem como levantar evidncias e contedos temticos para melhor capacitar os prossionais de sade do SUS. O m ltimo o
cuidado adequado da populao, atravs de aes de preveno, promoo e recuperao da sade, orientadas pela realidade epidemiolgica
do Municpio de Rio Azul.
Trata-se de pesquisa quantitativa, realizada no Comit de tica em Pesquisa do Setor de Cincias da Sade da Universidade Federal do
Paran (CEP/UFPR) de outubro de 2009 a maro de 2010, que teve como objetivos: identicar as principais diculdades constatadas pelos
membros do CEP na anlise do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); identicar as reas de conhecimento dos protocolos de
pesquisas, e vericar as diculdades enfrentadas pelos membros do CEP na anlise dos protocolos de pesquisas. Os dados foram coletados
em protocolos de pesquisa arquivados a partir de janeiro de 2003 a maro de 2009, e por meio de uma pergunta enviada por e-mail 9
membros do CEP. A anlise se deu por meio de estatstica descritiva simples, e as respostas por associao de palavras. Os resultados
mostraram que foram enviados ao CEP 690 projetos, e o maior nmero de encaminhamentos ocorreu em 2008 (30%). Do total de projetos,
50,4% foram considerados pendentes; 33,8% aprovados e 15,8% reprovados. Dos aprovados a maioria (10,9%) eram de cursos de graduao.
As reas de conhecimento dos protocolos de pesquisa eram: Enfermagem 48,2%; Odontologia 15,3%; Nutrio 10,1%; Farmcia 6,3%;
Educao Fsica 4,6%; Educao 3,4%; Medicina 3,4%; Servio Social 0,8%; Psicologia 0,8%; Medicina Veterinria 0,6%; Pedagogia 0,6%;
Biologia 0,2%; Bioqumica 0,2%; Biotecnologia 0,2%; Design 0,2%; Engenharia de Alimentos 0,2%; Fisioterapia 0,2%; Geograa 0,2%;
Qumica 0,2%; 0,2% eram projetos multicntricos e 0,4% foram retirados pelos pesquisadores. No tocante s diculdades constatadas pelos
membros do CEP, idencou-se que apenas 25,2% dos TCLEs foram considerados como claros, bem redigidos e de acordo com a Resoluo
196/96 do Conselho Nacional de Sade. Os principais fatores colaboradores para pendncias ou reprovaes foram: elaborao de TCLE
incompleto e com linguagem inapropriada para a compreenso dos sujeitos da pesquisa. A anlise da respostas possibilitou constatar que h
duas questes que interferem na avaliao tica do protocolo de pesquisa: as incongruncias metodolgicas e o TCLE inadequado. Assim,
concluiu-se que a pesquisa fornece subsdios para que o CEP cumpra seu papel educativo, mediante o desenvolvimento de um programa
de educao continuada para pesquisadores, docentes e alunos da graduao, especializao, mestrado e doutorado. A aproximao do
CEP com a comunidade poder possibilitar o estabelecimento de uma relao transparente, horizontal, com papis denidos, e que visa a
proteger os sujeitos da pesquisa.
PROCESSO SADE-DOENA DE TRABALHADORES NA FUMICULTURA E O PAPEL DO SISTEMA
NICO DE SADE
COMIT DE TICA: DIFICULDADES CONSTATADAS NA ANLISE DO TERMO DE
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E NA AVALIAO DOS PROTOCOLOS DE PESQUISAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Luisa Preisler (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024-830
Orientador: Prof. Paulo de Oliveira Perna Co-Orientador: Prof. Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque
Colaboradores: Yumie Murakami (Centro de Controle de Envenenamentos-Secretaria de Estado da Sade do Paran), Nanci Ferreira
e Silvia Albertini (Centro Estadual de Sade do Trabalhador/SES-PR), Rafael Golemba, Jairo Vincius Pinto, Flvio Machado de Oliveira,
Renata Guedes; Fernanda Feuerharmel Soares da Silva e Diego Schuster Paes (acadmicos do Curso de Medicina/UFPR); Letcia Pari-
quera (acadmica do Curso de Jornalismo). Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sade do Trabalhador Rural; Fumicultura; Agrotxicos
rea de Conhecimento: 4.06.02.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Luisa Wisniewski (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023921
Orientador: Prof Dr Liliana Maria Labronici
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem, tica, tica em Enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 Enfermagem de Sade Pblica
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Estudo exploratrio realizado em um municpio da regio metropolitana de Curitiba, no perodo de agosto a dezembro de 2009. Com
objetivo conhecer a organizao dos servios das Unidades Bsica de Sade, com Estratgia de Sade da Famlia, servindo de subsdio aos
gestores no processo de distritalizao. Para a realizao da coleta de dados foi utilizado um questionrio confeccionado pelos gestores de
sade do municpio, com indagaes a respeito do funcionamento das Unidades. Foram sujeitos da pesquisa os coordenadores das Unidades
Bsica com Estratgia de Sade da Famlia, em um total de oito. Os dados analisados demonstraram uniformidade no horrio de incio e
termino de funcionamento unidades, no entanto h variaes considerveis nos horrios de realizao dos procedimentos. O acesso est
disponvel 10 horas por dia para o usurio, das 7 s 17 horas. Cada unidade organiza a oferta do servio de acordo com as condies locais.
Todas as unidades tm gestantes cadastradas no SISPrenatal, somando-se no total 821 no perodo da pesquisa. O acesso para cadastramento
no SISPrenatal livre em 62,5% das unidades, as gestantes no tm horrio especco para serem cadastradas. Semanalmente 100% das
unidades realizam reunies com os agentes comunitrios. Observa-se uma uniformidade quanto s reunies de equipe, pois 87,5% as realizam
semanalmente. Todas as unidades realizam o acolhimento dos usurios, entretanto, no h uma exibilidade na agenda do mdico capaz de
abrigar os agendamentos emergenciais decorrentes deste processo. O acolhimento realizado em 62,5% das unidades pelo enfermeiro e,
em 37,5% pela equipe de enfermagem. Alm da equipe da ESF, 2 unidades contam com nutricionistas para atendimento e dentistas em 6
unidades. A anlise destes dados permite conhecer a realidade da organizao dos servios, poder subsidiar a elaborao de protocolos para
padronizao do atendimento e assinala os procedimentos que mais necessitam de uma reorganizao por parte dos gestores, contribuindo,
assim, com o processo de distritalizao.
A Enfermagem uma cincia cuja essncia e especicidade so o cuidado ao ser humano em todos os seus perodos, individualmente, no
contexto familiar ou em comunidade, de modo integral e humanizado, desenvolvendo de forma autnoma, ou amparada por uma equipe
multidisciplinar, atividades de promoo, proteo e recuperao da sade e tambm preveno de doenas. Neste contexto prossional,
a Enfermagem depara-se inmeras vezes com conitos psicologicamente intensos, gerados a partir da ateno direta aos pacientes, em
especial queles considerados em limiares crticos e preciosos da vida, podendo trazer sofrimento a todos os envolvidos. Dilemas morais,
ticos e questes bioticas confrontam a todo o momento o dia-a-dia desses prossionais, levando-nos a crer o quo importante o estudo da
Moral e dos Princpios ticos e Bioticos a m de preencher lacunas e embasar cienticamente a tomada de decises em cada caso concreto
na assistncia sade. O objetivo deste trabalho o de conhecer a percepo da equipe e acadmicos de enfermagem acerca das questes
bioticas que permeiam o cuidado ao paciente crtico hospitalizado. A metodologia utilizada foi abordagem qualitativa do tipo descritiva,
sendo possvel trabalhar a fundo com as relaes observadas e fenmenos encontrados por meio da descrio, classicao e interpretao.
A coleta de dados realizou-se por meio de entrevista com roteiro semi estruturado composto por perguntas abertas no perodo de 23 de
fevereiro de 2010 a 16 de abril de 2010. Os sujeitos da pesquisa foram Enfermeiros, tcnicos e auxiliares de Enfermagem da Unidade de
Urgncia e Emergncia de um hospital de ensino em Curitiba-PR e acadmicos de Enfermagem que estagiavam nesta Unidade. Foram
respeitados todos os aspectos ticos da resoluo 196/96, que trata de pesquisa com seres humanos. Evidenciou-se que o estudo da moral,
da tica e da biotica indispensvel durante toda a formao do estudante bem como no desempenho das atividades do prossional de
Enfermagem, uma vez que ampara as decises a serem tomadas e as intervenes a serem realizadas dentro do seu ambiente de trabalho.
A Enfermagem, embasada pelos princpios ticos e bioticos, presta assistncia ao paciente crtico com dignidade e respeito essncia do
ser humano, contribuindo para o seu benefcio na esfera da sade.
ORGANIZAO DA ATENO BSICA: DIAGNSTICO SITUACIONAL NO CONTEXTO DA
ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA
PERCEPO DOS DILEMAS TICOS E BIOTICOS NO CUIDADO DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE CRTICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Marcelli Sampaio de Almeida (PET-Sade)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Vernica de Azevedo Mazza Co-Orientador: Lillian Daisy Gonalves Wolf
Colaborador: Bruna Brusamolin Vitti (PET-Sade); Rafaela Zilli Palmeiro (PET-Sade); Adriana Piller; Daniela Cherbiske.
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: ateno bsica; sade da famlia
rea de Conhecimento: Enfermagem de Sade Pblica - 4.04.06.00-08
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Montanari Mansur (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023716
Orientador: Hellen Roehrs Colaborador: Andria Cerri
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: tica; Biotica; Enfermagem.
rea de Conhecimento: 4.04.00.00-0
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Este estudo integra o Projeto Avaliao para a Qualicao da Gesto e da Ateno Pr-Natal no municpio de Colombo PR. Trata-se de
pesquisa de avaliao normativa, transversal, descritiva e de abordagem qualitativa, na perspectiva do gestor, com o objetivo de auditar
a maternidade do municpio no que tange s questes estruturais e de segurana. O projeto foi aprovado pelo Comit de tica, CAAE:
0049.0.091.091-09. Na coleta de dados utilizaram-se duas tcnicas: observao sistemtica no-participante da estrutura e segurana, com
um roteiro baseado na Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC) n36; e entrevista semi-estruturada. Os sujeitos foram: trs enfermeiras;
um encarregado pelo servio de higienizao e limpeza hospitalar; e o administrador. Analisaram-se os dados luz das normativas vigentes.
Nos resultados sobre recursos de infra-estrutura destaca-se que a maior parte dos ambientes inexistentes na maternidade opcional. Entre as
no-conformidades: no h espao para acomodar acompanhantes no pr-parto, parto e ps-parto imediato; no h sala de servio, guarda
de materiais e rouparia exclusivas no Centro Obsttrico. No Alojamento Conjunto no h sala de exames/curativos ou de servio. Quanto
aos recursos materiais, vericou-se ausncia de equipamentos para o alvio no farmacolgico da dor, como: cavalinho; barra xa; ou
escada de Ling. Os demais itens de infra-estrutura condizem ao estabelecido pela RDC n36, tais como: salas cirrgicas, sala de utilidades,
posto de enfermagem, e os recursos materiais, como carrinho de emergncia e materiais utilizados na assistncia, Apesar de no existir
um mtodo de dimensionamento de pessoal, a maternidade dispe das categorias prossionais preconizadas. No h Sistematizao da
Assistncia de Enfermagem (SAE), e no esto implantados o monitoramento de eventos adversos, nem o Programa de Gerenciamento
de Resduos dos Servios de Sade (PGRSS). Infere-se a necessidade de: adequaes na estrutura fsica e nos materiais; uso de mtodo
de dimensionamento de pessoal; implantao da SAE e do PGRSS; monitoramento de eventos adversos; e, intensicao da educao
em sade pela Enfermagem a acompanhantes e visitantes, e de registros de educao continuada na maternidade. A auditoria realizada
pode ser replicada nessa e outras maternidades. Constata-se vasto campo de atuao do enfermeiro em auditorias, na identicao de no-
conformidades e de estratgias para implementar mudanas necessrias e viveis nos servios, visando alcanar a melhoria da qualidade
da gesto e da assistncia pr-natal.
O cuidado domiciliar se apresenta como estratgia de ampliao da integralidade na ateno e no cuidado sade e aponta para uma
reorganizao do trabalho em sade em consonncia com a Ateno Bsica de Sade e o Sistema de Sade brasileiro. Seu foco de ateno o
indivduo e a sua famlia em cenrios e contextos peculiares, o que exige dos prossionais habilidades para compreender as particularidades
de cada situao. Assim, a formao acadmica direcionada ao cuidado domiciliar deve considerar as especicidades deste novo espao de
atuao e proporcionar o desenvolvimento de competncias ampliadas nos acadmicos, que os levem a novas formas de abordagem, bem
como a identicar a percepo de mundo vivido pela clientela de modo a reforar a ateno primria sade. Por isso, os objetivos desta
pesquisa so: compreender como o cuidado domiciliar ensinado/aprendido/vivenciado nas aulas tericas, prticas, estgios e trabalhos,
nos cursos de graduao da rea da sade (enfermagem, terapia ocupacional, medicina, farmcia, nutrio e odontologia) da Universidade
Federal do Paran (UFPR), desenvolver um modelo terico que contemple a vivncia do ensino do cuidado domiciliar nesta rea e apontar
estratgias que subsidiem a incorporao de contedos e prticas sobre o cuidado domiciliar nos cursos de graduao da rea da sade.
No caso especco desta bolsa de Iniciao Cientca, estes objetivos so para o curso de terapia ocupacional. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, que utiliza como mtodo de investigao a Teoria Fundamentada nos Dados (TFD), tipo de pesquisa que constri teoria, pois
identica, desenvolve e relaciona conceitos a partir dos dados. O primeiro grupo amostral composto pelos acadmicos do ltimo ano
dos cursos de graduao da rea da sade da UFPR e o segundo pelos docentes que ministram disciplinas co-relacionadas ao contedo e
prticas de cuidado domiciliar. Foi realizada capacitao com as bolsistas sobre a implementao da metodologia e a pesquisa encontra-se
em fase preliminar de coleta de dados com os docentes. Com relao ao primeiro grupo amostral, os acadmicos de terapia ocupacional
armaram ter contedo de cuidado domiciliar em diferentes disciplinas, desenvolver trabalhos em sala de aula sobre o assunto, realizar
atendimentos domiciliares em estgio de observao ou prtico e relataram sentirem-se preparados para ingressarem no mercado de trabalho
nessa rea.
AVALIAO DA ASSITNCIA PERINATAL EM MATERNIDADE: ESTRUTURA E SEGURANA
A REALIDADE DA FORMAO DO PROFISSIONAL DE SADE NO CUIDADO DOMICILIAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Olga Ferreira Teterycz (PET)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Prof. Dra Lillian Daisy Gonalves Wolf Co-Orientador: Prof Dra Vernica Azevedo Mazza
Colaborador: Andra Ferrari Arvalo (PET); Prof Msc Luciana S. Gonalves (PET) ; Enf Leila Seifert (mestranda/PPGENF/UFPR).
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Avaliao em Sade, Auditoria, Qualidade da assistncia sade.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-05
Aluno de Iniciao Cientfca: Pmella Naiana Dias Santos (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022542
Orientador: Dra. Maria Ribeiro Lacerda
Colaborador: Ana Paula Hermann (MESTRANDA/CAPES), Luisa Canestraro Kalinowski (MESTRANDA/CAPES)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Profssionais, Sade, Assistncia domiciliar.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8 - Enfermagem de Sade Pblica
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A equipe de enfermagem deve conhecer os fatores de risco relacionados lcera por presso (UP) no intuito de intervir e minimizar os
danos no paciente hospitalizado, para tanto, utiliza-se de diretrizes clnicas de preveno. Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva,
que teve por objetivo avaliar a adeso dos funcionrios utilizao de uma diretriz clnica. A implantao deu-se por meio da capacitao
dos funcionrios de enfermagem em todos os turnos de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto de um Hospital Universitrio de
Curitiba. A metodologia adotada foi de trs mdulos e transcorreu de setembro a novembro de 2009. A adeso diretriz clnica foi avaliada
por meio de um questionrio que abrangeu os fatores de risco para UP listados pela escala de Braden, sendo os dados coletados em maio
de 2010. Os critrios de incluso dos funcionrios para compor a amostra foram: ter participado de pelo menos dois mdulos e assinar
o termo de consentimento livre e esclarecido. Houve aprovao do Comit de tica em Pesquisa com Seres Humanos da UFPR. A UTI
possui 53 funcionrios, dos quais, 38 iniciaram a capacitao, sendo que 9 participaram dos trs mdulos, 13 de dois e 16 de apenas um, a
amostra nal foi de 16 funcionrios. Os resultados mostram que 81% realizam aes para prevenir a desnutrio, enquanto os demais itens
avaliados foram desempenhados por 100% da amostra. Constatou-se que 94% efetuam mudana de decbito como principal ao para
minimizar a presso e auxiliar na mobilidade. Quanto frico e cisalhamento, a utilizao de lenis para a transferncia e mobilizao
dos pacientes foi citada em 31% dos casos. A ao de cuidado mais citada para o fator umidade foi manter a pele limpa e seca (94%),
enquanto que a ao para o fator nutrio foi seguir o plano nutricional prescrito (69%). A pesquisa mostrou que os funcionrios avaliados
listaram pelo menos uma ao de cuidado relacionada a cada fator de risco questionado, destacando-se que houve signicativa porcentagem
de aes de cuidado no relacionadas aos fatores de risco avaliados. Os resultados permitem inferir que a capacitao no ocorreu com
metodologia adequada para compreenso do tema pelos funcionrios, ou que o tempo foi insuciente para que compreendessem todas as
aes de cuidado. Sugere-se que estudos subsequentes sejam desenvolvidos, com a nalidade de avaliar a efetividade da diretriz clnica
implantada na referida UTI.
O Programa de Educao pelo Trabalho para a Sade (PET-Sade) objetiva formao de prossionais capazes de atuar no processo sade-
doena, nos princpios ticos e de responsabilidade social com uma viso integrada atravs da educao tutorial no mbito da Estratgia
Sade da Famlia (ESF). Visando formar acadmicos capacitados para atuar neste contexto, o Curso de Graduao em Terapia Ocupacional
da Universidade Federal do Paran tem implementado inovaes pedaggicas, como por exemplo, a utilizao de metodolgicas ativas
de ensino articulado pesquisa e extenso. Este trabalho visa apresentar o relato de experincia vivenciado pela acadmica, a partir da
formulao da pesquisa que realiza, tendo como cenrio de aprendizagem as possveis contribuies do terapeuta ocupacional na ateno
bsica sade. Assim, em uma Unidade de Sade da Famlia (USF) do municpio de Colombo-PR, identicou-se a problemtica da adeso
dos usurios com Transtorno Mental aos programas estratgicos oferecidos naquela unidade. Os objetivos da pesquisa so investigar as
diculdades encontradas pelos usurios com Transtorno Mental para adeso aos programas estratgicos de uma Unidade de Sade da Famlia
e descrever a contribuio do terapeuta ocupacional no desenvolvimento de aes que promovam a adeso destes usurios aos programas
oferecidos. Para a estrutura metodolgica optou-se por pesquisa qualitativa do tipo descritiva exploratria, com a realizao de entrevistas.
Como instrumento de coleta de dados optou-se pela elaborao de um roteiro para entrevista semi-estruturada direcionada a usurios com
Transtorno Mental, residentes no territrio da USF, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Assim, o trabalho
ser estruturado em arcabouo terico que ir embasar a pesquisa, seguida da apresentao dos resultados, anlise e discusso dos dados
e por m apontamentos das possibilidades de interveno do terapeuta ocupacional no problema em foco. Ressalta que a pesquisa est em
processo de desenvolvimento e posteriormente sero apresentados seus resultados. Por m, este estudo visa proporcionar a iniciao ao
trabalho e o desenvolvimento de pesquisas, bem como contribuir para a produo de conhecimento no campo da Ateno Bsica Sade
no contexto da Estratgia de Sade da Famlia.
A IMPLANTAO E AVALIAO DE UMA DIRETRIZ CLNICA PARA PREVENO DE LCERA
POR PRESSO
A ADESO DE USURIOS COM TRANSTORNO MENTAL AOS SERVIOS DE SADE EM UMA
UNIDADE DE SADE DA FAMLIA: UM DESAFIO PARA ATUAO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL
NA ATENO BSICA SADE
Aluno de Iniciao Cientfca: Priscila Mingorance (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021344
Orientador: Mitzy Tannia Reichemback Danski Colaborador: Luciana Souza Marques De Lazzari (IC - Voluntria) e Regimara dos Anjos
(IC - Voluntria)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade Palavras-chave: Enfermagem, lcera por Presso, Tecnologia.
rea de Conhecimento: 4.04.01.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Priscilla Regina Cordeiro (Programa-PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021434
Orientador: Professor Derivan Brito da Silva Co-Orientador: Alessandro Rodrigo Tomasi
Colaborador: Vernica de Azevedo Mazza, Andra de Ftima Rosa Loroza.
Departamento: No defnido Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: PET-Sade. Terapia Ocupacional. Usurios com transtorno mental.
rea de Conhecimento: 4.08.00.00-8
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Os Resduos de Servio de Sade (RSS) caracterizam-se por materiais produzidos por todo o sistema de atendimento sade animal
ou humana. Devido a sua diferente composio e utilidade, o gerenciamento dos RSS carece de uma legislao especca, atualmente
regido pela RDC 306/2004, que dene, alm das caractersticas fsico-qumicas de cada artigo, a responsabilidade de cada gerador destes
resduos por implantar um Plano de Gerenciamento de Resduos de Servio de Sade (PGRSS). O gerenciamento inadequado dos RSS
vem se mostrando como um problema de Sade Pblica devido a seus efeitos deletrios sobre a sade ambiental e populacional alm de
implicar em um risco potencial para acidentes de trabalho. A pesquisa de iniciao cientca realizada no perodo de 2009-2010, intitulada
O manejo dos resduos de servios de sade em diferentes tipos de servio: um problema a ser enfrentado, atravs da metodologia de
reviso de literatura, teve como objetivo reconhecer a importncia do manejo correto dos resduos produzidos nos servios de sade bem
como apontar as diculdades trazidas pela literatura, na ltima dcada, sobre o tema. A amostra foi formada por 17 artigos selecionados
da base de dados Scielo, publicados entre os anos de 1993 e 2008. A pesquisa permitiu concluir que a discusso sobre o manejo dos RSS
recente e cresceu juntamente com a publicao das legislaes. A formao prossional tem se mostrado uma das principais preocupaes
nos artigos que discutem o gerenciamento correto dos RSS, esta precisa ser voltada para o todo da complexidade do gerenciamento dos
RSS, desde a sua produo at o destino nal. Assim o debate para a formao de uma nova postura prossional essencial. O risco de
acidentes ocupacionais devido ao gerenciamento inadequado dos RSS tambm destaque nas produes cientcas encontradas. Observa-se
a necessidade de uma educao continuada aos trabalhadores, oferecida pelas instituies empregadoras, e tambm uma melhor condio de
disposio desses materiais, tais mudanas podem ser capazes de reduzir substancialmente o nmero de acidentes de trabalho. Vericou-se
que a enfermagem, das prosses da rea da sade, a que mais pblica sobre o tema, revelando a preocupao da categoria acerca dos
RSS. A prxima etapa da pesquisa a coleta e a anlise de dados sobre o gerenciamento de RSS em dois tipos de servios, unidades de um
hospital de grande porte e em Unidades de Sade de uma cidade da regio metropolitana de Curitiba.
Uma das formas de avaliao de risco ao desenvolvimento de lcera por presso (UP) d-se pela utilizao de escalas preditivas. A mais
utilizada no Brasil a de Braden, considerada uma tecnologia em sade, que avalia seis fatores de risco (percepo sensorial, nvel de
exposio da pele umidade; atividade; nutrio; mobilidade, frico e cisalhamento), pontuados com valores cujas somatrias resulta
entre 6 a 23. Esses valores so estraticados em escores: abaixo de 11 o risco elevado; escore entre 12 e 14 representa risco moderado; e
no escore entre 15 e 16 o risco mnimo. Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva, que teve por objetivo identicar os indivduos
de maior risco para desenvolver ulcera por presso, a partir da aplicao da escala de Braden. A amostra foi composta por 22 indivduos
adultos, internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Universitrio de Curitiba, selecionados pelos critrios: avaliados
at 48 horas pela escala; apresentar escore de risco para desenvolvimento de UP; possuir pelo menos um par dos stios malolos, calcneos
e cotovelos ntegros. Utilizou-se o check list para a coleta de dados, com avaliaes dirias por at 14 dias ou alta ou bito. A pesquisa
foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa com Seres Humanos da UFPR. Os resultados demonstram aparecimento de UP em 31,88%
da amostra, sendo que 13,66% dos indivduos apresentaram leso em dois stios avaliados. Os indivduos que desenvolveram, 85,71%
apresentaram risco elevado e 14,28% risco moderado, nos 68% dos indivduos que no desenvolveram, o risco mnimo foi de 40%, o risco
moderado de 26,66% e 33,33% de risco elevado. Quanto localizao das leses 4 estavam em calcneo direito, 3 em calcneo esquerdo,
1 em malolo esquerdo e 2 em cotovelo direito. O aparecimento das leses ocorreu entre o 2 e o 10 dia de avaliao clinica. Foi possvel
vericar que a escala preditiva de Braden tem especicidade para o prognstico de UP em indivduos hospitalizados em UTI. Constatou-se
a necessidade de socializao de conhecimento das tecnologias em sade (sistemas para avaliao do risco de UP) e medidas preventivas
para a reduo da incidncia deste agravo.
O MANEJO DOS RESDUOS DE SERVIOS DE SADE EM DIFERENTES TIPOS DE SERVIO: UM
PROBLEMA A SER ENFRENTADO
A AVALIAO DE RISCO DE LCERA POR PRESSO COM BASE NA ESCALA DE BRADEN
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafaela Gessner (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023655
Orientador: Laura Christina Macedo Piosiadlo
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Resduos de servios de sade, gerenciamento de resduos, educao ambiental
rea de Conhecimento: Enfermagem de Sade Pblica - 4.04.06.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Regimara dos Anjos (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021344
Orientador: Mitzy Tannia Reichemback Danski Co-Orientador: Thais Sanglard de Souza
Colaborador: Priscila Mingorance (UFPR - TN) e Luciana Souza Marques De Lazzari (IC - Voluntria)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem, lcera por Presso, Tecnologia.
rea de Conhecimento: 4.04.01.00-6
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Indicadores de qualidade da assistncia de enfermagem devem representar a realidade do ser-vio em unidades de sade que tm caractersticas
similares, de modo a corresponderem a fa-lhas, erros, ou eventos adversos que interferem direta ou indiretamente nos resultados da as-
sistncia, e ainda, devem possibilitar o estabelecimento de metas e intervenes em prol da excelncia do cuidado. Esta pesquisa teve como
objetivo realizar uma reviso integrativa da produo cientca nacional e internacional, a m de destacar estratgias de construo de tais
indicadores. Os critrios de incluso para a amostra foram: artigos originais indexados nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no Stio
da Biblioteca Virtual em Sade BVS; publi-cados no perodo de 2000 a 2009, que contenham os termos enfermagem e indicadores da
qualidade da assistncia em enfermagem, concomitantemente; e cujo resumo, em portugus ou ingls, trata sobre o tema abordado, no
contexto hospitalar. Os artigos repetidos nas bases de dados foram contabilizados uma s vez. Os resumos foram lidos, organizados por
seme-lhana e agrupados como: estudos tericos e relatos de experincia (25) e pesquisas (43) sobre o tema. Os dados dos resumos dos
artigos selecionados foram registrados em um protocolo de anlise que focou: ttulo, ano de publicao, procedncia, objetivos, estratgia.
Esses foram agrupados em sete categorias. Na categoria Estratgias de elaborao de indicadores de quali-dade de cuidado de enfermagem,
foco de estudo, foram includos 11 artigos: da LILACS ( 3), publicados no Brasil, em 2000 (1), 2006 (2), dois baseados na realidade e
um na literatu-ra.Na Medline (7), de 2001 (2), 2002 (7), 2004 (1 ), 2005(1), 2008(1), 2009 (1), sendo somen-te um nacional, trs a partir
da realidade, quatro baseados em indicadores internacionais. Per-cebe-se um esforo na elaborao de indicadores baseados na realidade,
sendo que entre os artigos internacionais, predominam a utilizao de indicadores ociais. Trata-se de uma linha de investigao que deve
ser explorada por enfermeiros da academia e do servio.
Trata-se de pesquisa qualitativa de carter exploratrio-descritiva, com o objetivo de implementar o protocolo de gesto de custos no Sistema
Integrado de Protocolos Eletrnicos - SINPE. O uso de protocolos eletrnicos promove o acesso informaes, acelerando o processo
de armazenamento e tratamento de dados, atravs de matriz digitalizada. Assim, a informao pode ser utilizada a qualquer momento para
a gesto de recursos, em estudos acadmicos para obter anlise comparativa interinstitucional entre prossionais da mesma especialidade,
e o compartilhamento de resultados em procedimentos correlatos. O estudo vem sendo realizado no Hospital de Clnicas da Universidade
Federal do Paran (UFPR). A m de contribuir para o alcance do principal objetivo deste estudo, objetivos especcos foram traados:
atualizar a base de dados com itens a serem considerados no fechamento dos gastos de internao; atualizar, a partir desta base de dados,
o protocolo eletrnico especco para os perodos de pr, trans e ps-operatrio utilizando programa SINPE. Para se alcanar o objetivo
especco de atualizao da base de dados, foram realizadas pesquisas documentais relacionadas aos itens de materiais e medicamentos
mdico-hospitalares, buscando a sua padronizao pelo nome genrico, e no pelo nome comercial. As fontes de pesquisa foram revistas e
catlogos de produtos mdicos hospitalares e resultou numa atualizao de 5795 itens da base de dados tambm referentes a taxas hospitalares.
Alm disso, realizou-se a atualizao baseada na reviso do protocolo mestre informatizado para gesto em sade do SINPE e sua correo
e adequao quanto nomenclatura e valores. Para tanto, foi utilizado a base de dados do Sistema de Informaes Hospitalares (SIH) do
Hospital de Clnicas e o Dicionrio de Especialidades Farmacuticas, no qual foram pesquisados classe farmacolgica, os sais que compunham
o medicamento, sua posologia e ao, para padronizao no sistema de informao. A continuidade do estudo prev o desenvolvimento do
teste piloto para validao do protocolo de gesto. Projeto desenvolvido em parceria pelo Departamento de Enfermagem da UFPR, Programa
de Ps Graduao em Clnica Cirrgica da UFPR, e Unidade de Centro Cirrgico do Hospital de Clnicas - UFPR.
INDICADORES DE QUALIDADE DA ASSISTNCIA EM ENFERMAGEM:UMA REVISO
INTEGRATIVA
O USO DE PROTOCOLOS PARA GESTO DE SERVIOS DE SADE UTILIZANDO O SINPE.
Aluno de Iniciao Cientfca: Roselena Cardozo Vilena (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023567
Orientador: Lillian Daisy Gonalves Wolf Co-orientador: Luciana Schleder Gonalves
Colaborador: Francis Goulart (PIBIC/Cnpq); Solange Rothbarth (mestranda PPGENF);
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem; Indicadores de Qualidade em Assistncia Sade.
rea de Conhecimento: 4.04.02.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Talita Candida Castro (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023646
Orientador: Luciana Schleder Gonalves Co-Orientador: Vivian Walach
Colaborador: Carlos Henrique Kuretzki (PPGIA), Osvaldo Malafaia (PPGCC), Ana Clara Oliveira do Carmo Matozo (IC-Voluntria), Clarice
de Fatima Miotto (HC-UFPR), Daniele Mauro (IC-Voluntria), William Morgan (IC-Voluntria)
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sistema de informao na sade, informtica na sade, protocolos.
rea de Conhecimento: 6.02.03.00-5
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Este estudo integra um projeto maior intitulado Proposta de sistematizao da assistncia de enfermagem em um centro municipal de
urgncias mdicas, desenvolvido em um Centro de Urgncias Mdicas (CMUM), no perodo de junho a novembro de 2009. Trata-se de
uma pesquisa ao que tem como objetivo avaliar os registros de Enfermagem no atendimento aos pacientes adultos internados. A coleta de
dados foi realizada em 138 pronturios e 374 Fichas de Prescrio de Enfermagem de pacientes internados nos meses de agosto e novembro
de 2008, considerando apenas os pronturios que geraram Autorizao para Internao Hospitalar (AIH). Para catalogar as informaes e
posteriormente avali-las, utilizou-se um quadro sinttico elaborado pelas autoras contendo as anotaes da equipe de enfermagem quanto:
identicao do paciente, prescrio e evoluo de enfermagem e a identicao dos prossionais de enfermagem. A anlise dos dados
ocorreu por meio de estatstica simples. Na avaliao quanto identicao do paciente, vericou-se que em 1,87% das chas, o campo de
identicao estava em branco; a identicao do prossional foi o item avaliado que mais chamou a ateno, pois entre 11,77% e 43,86%
no havia identicao do Enfermeiro que realizou o registro, critrio indispensvel legalmente; e em 93,59%, das chas avaliadas, o falta
do registro com o nmero do Conselho de Enfermagem se fez evidente em um dos perodos de trabalho; a evoluo de Enfermagem esteve
ausente entre 5,26% e 33,33% das chas; e na maioria delas (entre 70% e 100%) a (o) Enfermeira (o) precisou implementar intervenes
alm daquelas padronizadas pela instituio. Diante do exposto, verica-se que a falta de alguns itens imprescindveis no registro de
Enfermagem podem compromet-lo, desfavorecendo o acesso de outros prossionais s informaes necessrias para o melhor cuidado
junto ao paciente.
O Projeto Avaliao tecnolgica das prticas de cuidar em Enfermagem analisou as aes de cuidado para preveno de lcera por presso
(UP). As atividades preventivas tm sido consideradas como um indicador de qualidade do servio de sade e do cuidado de enfermagem
prestado aos pacientes e incluem a avaliao de risco do paciente e a adoo de medidas de cuidado especcas. O estudo teve como objetivo
avaliar a eccia e efetividade das medidas de preveno de UP nos pacientes. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa,
desenvolvido em um centro de terapia semi-intensiva (CTSI) de um hospital de ensino no municpio de Curitiba-PR. A coleta de dados
ocorreu mediante aplicao de um questionrio aos funcionrios da equipe de enfermagem que participaram dos trs mdulos da capacitao
sobre medidas de preveno de UP e aceitaram integrar-se a pesquisa. Neste instrumento, os participantes foram questionados quanto
realizao ou no de aes de cuidados preventivos aos pacientes com risco para UP em relao aos itens presso; frico e cisalhamento;
umidade; mobilidade e nutrio, bem como, quanto eccia das medidas efetuadas. A amostra da pesquisa comps-se de nove sujeitos. A
ao de cuidado elencada por todos os sujeitos em relao presso foi mudana de decbito, quanto ao item frico e cisalhamento, 44%
da amostra referiu manter lenol esticado e evitar frico e atrito do paciente no leito. No item umidade, a ao preventiva mencionada por
55% foi manter lenis limpos e secos. Em relao mobilidade 55% referiram realizar mudana de decbito para prevenir UP e quanto ao
item nutrio, a ao elencada por 66% da amostra foi administrar dieta. Todos os sujeitos armaram que as aes de cuidado citadas so
ecazes para a preveno de UP, neste sentido, guidelines internacionais corroboram que tais aes constituem-se em estratgias ecazes
na preveno deste agravo. O estudo demonstrou a importncia da execuo de aes de cuidado preventivas para UP, bem como, permitiu
a reexo acerca do tema, no que tange ao direcionamento de estratgias para a avaliao de risco de desenvolvimento UP, implementao
de aes preventivas e aplicao de diretrizes clnicas.
SISTEMATIZAO DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM: A IMPORTNCIA DO REGISTRO DE
ENFERMAGEM PARA A PRTICA ASSISTENCIAL EM UM CENTRO DE URGNCIAS MDICAS
AVALIAO TECNOLGICA: MEDIDAS PREVENTIVAS DE LCERAS POR PRESSO NOS
PACIENTES
Aluno de Iniciao Cientfca: Talitha Ribeiro de Moraes (IC-CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023475
Orientador: Vernica de Azevedo Mazza Co-Orientador: Carmen Cristina Moura dos Santos
Colaborador: Leni de Lima Santana ( IC-Voluntria )
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Processos de enfermagem; Cuidados de enfermagem; Classifcao.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Taniclaer Stahlhoefer (PIBIC/UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016455
Orientador: Marineli Joaquim Meier Co-orientador: Samanta Andrine Marchall Taube
Colaborador: Franciele Soares Pott (PIBIC/CNPq), Gisely Blanc (IC-VOLUNTRIA).
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Enfermagem ;Tecnologia; lcera por presso.
rea de Conhecimento: 4.04.01.00-6
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva que integra o projeto: A Teia do Cuidado para o Desenvolvimento Infantil. Objetivou-se
identicar as redes de apoio social s famlias para a promoo do desenvolvimento infantil na perspectiva da equipe Estratgia Sade da
Famlia (ESF). Foram sujeitos da pesquisa quatro prossionais de sade: enfermeiro, mdico, auxiliar de enfermagem e agente comunitrio
de sade, que atuam em uma Unidade de Sade com ESF, no municpio de Colombo- PR. Os dados foram coletados por meio de entrevista
semi-estruturada, no perodo de abril e junho de 2010. A anlise dos dados foi baseada na tcnica de anlise de contedo de Bardin. Os
dados preliminares evidenciaram duas grandes redes de apoio s famlias, entre elas a rede social familiar e a comunitria. A familiar est
composta pelas avs e pais, sendo a me a principal colaboradora no apoio ao desenvolvimento das crianas. E a comunitria,tem como
elementos os servios de sade, entre eles a unidade de sade, consultas de puericultura, atendimento nutricional e equipe de sade; os
servios pblicos de educao, representados pela creche; e os programas governamentais de incluso social: Bolsa Famlia e Programa
do Leite. Entretanto, os prossionais tambm demonstram a falta de alguns elementos na rede social de apoio s famlias, entre os quais se
destacam reas de lazer apropriadas idade das crianas, e a necessidade de uma maior interao entre as diferentes secretarias municipais
a m de potencializar os recursos para promoo do desenvolvimento infantil. Verica-se que a percepo dos prossionais de sade est
focada nos elementos da rede social familiar, unidade de sade e programas governamentais, todavia expressam a necessidade de articulao
entre os servios de diferentes setores a m de que, suas aes sejam efetivas. O reconhecimento dos diversos elementos que compe a
rede social de apoio das famlias favorece a atuao dos prossionais de sade que podem utilizar, articular ou potencializar os diferentes
elementos favorecendo a promoo do desenvolvimento infantil.
Este estudo teve por objetivo avaliar a preferncia paladar ao doce de mes de escolares que freqentam a clnica de Odontopediatria da
UFPR. Esta avaliao foi feita utilizando-se uma verso modicada do indicador Sweet Preference Inventory - SPI (JAMEL et al., 1996).
Este indicador avalia a preferncia por diferentes concentraes de uma soluo aucarada. As modicaes no teste original se deram
nas concentraes de sacarose. Cada me recebeu ch de erva mate tostada, preparado de forma padronizada, temperatura ambiente, em
copos plsticos descartveis (contendo 10 ml), em seqncia crescente de concentrao de acar (0,0M = sem acar; 0,075M; 0,15M;
0,30M e 0,60M e 0,90M). Entre uma degustao e outra, foi ingerido um biscoito de gua e sal para neutralizar o paladar. Ao nal do
teste, as mes escolheram o ch de sua preferncia. Foi realizada uma anlise descritiva da varivel PPD e uma possvel associao com
as demais variveis independentes foi testada atravs do teste de qui-quadrado, utilizando-se o programa SPSS (SPSS Inc.), verso 15.0.
Participaram da pesquisa 44 mes com idade mdia de 35,6 ( 7,9) anos, sendo que mais da metade (59,1%) das mes eram procedentes
de municpios da regio metropolitana de Curitiba, enquanto 40,9% residiam na capital. O nmero mdio de lhos por me foi de 1,9 (
1,1) e a idade mdia dos lhos foi de 9,2 ( 2,9) anos. No teste de PPD, a maioria das mes (34,1% e 31,8%) optou pelos chs com baixas
concentraes de sacarose (0,075M e 0,15M; respectivamente). O ch sem acar foi o preferido por 15,9% das mes, mesma porcentagem
de mes que escolheu a soluo moderadamente adoada (0,3M). Apenas uma me preferiu o ch com 0,6M de acar enquanto a soluo
com maior concentrao de acar (0,9M) no foi escolhida por nenhuma me. A PPD das mes no foi inuenciada pela sua idade (p
= 0,449), pelo nmero de lhos (p = 0,684), pela idade do lho que estava recebendo atendimento odontolgico (p = 0,776) ou pelo seu
local de procedncia (p = 0,314). Os resultados indicam que este grupo de mes prefere lquidos levemente adoados, de maneira que este
aspecto diettico no constituiu isoladamente um fator de risco para a crie dentria nesta populao.
REDES DE APOIO SOCIAL S FAMLIAS
AVALIAO DA PREFERNCIA PALADAR AO DOCE DE MES DE CRIANAS ESCOLARES
Aluno de Iniciao Cientfca: Vanessa Aparecida Bida Tallmann (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024354
Orientador: Prof. Dr. Vernica de Azevedo Mazza
Co-orientador: Mestranda Ana Maria Cosvoski Alexandre
Colaborador: Ana Paula Pereira Fernandes (Mestranda), Talitha Ribeiro de Moraes (PIBIC/CNPq).
Departamento: Enfermagem Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: apoio social, famlia, sade da famlia.
rea de Conhecimento: 4.04.06.00-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Aline Carla Mantovani (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023603
Orientador: Fernanda de Morais Ferreira Co-Orientador: Fabian Calixto Fraiz
Colaborador: Amanda Caroline Zarpellon (UFPR - TN), Simone Mocellin (IC - Voluntria), Tatiana Pegoretti Pintarelli (Aluna do curso de
Mestrado em Odontologia), Gabriela Cristina Santin (Aluna do curso de Mestrado em Odontologia).
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sacarose na dieta, mes, comportamento de escolha.
rea de Conhecimento: 4.02.08.00-1
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Recentemente os pesquisadores em odontologia tem se interessados em avaliar a percepo dos pacientes sobre o impacto de doenas/
condies bucais em questes sociais e funcionais. Tem sido cada vez mais aceita a importncia da medio da qualidade de vida relacionada
sade bucal como um componente essencial dos levantamentos em sade bucal, ensaios clnicos e de outros estudos que avaliam os
resultados de programas preventivos e teraputicos, cujo objetivo melhorar a sade bucal. A avaliao da qualidade de vida relacionada
sade bucal tambm desempenha um papel importante na prtica clnica. O presente trabalho teve como objetivo a avaliar o impacto da
sade bucal na qualidade de vida nas pessoas atendidas no Curso de Odontologia da UFPR. Participaram do estudo 50 pacientes, atendidos
na Clnica Integrada do curso de Odontologia da UFPR no perodo de maro a junho de 2010. Dezoito pessoas eram do sexo masculino
(36%) e 32 do sexo feminino (64%), com idade entre 18 e 73 anos, e todos responderam a verso portuguesa do ORAL HEALTH IMPACT
PROFILE (OHIP-14). Os resultados mostram que 86% dos entrevistados sentiam algum tipo de dor na boca ou dentes, e 80% caram
preocupados e estressados com a situao. Embora os entrevistados relatarem dor, 72% no precisaram parar suas refeies, 60% no
sentiram que sua alimentao cou prejudicada, 57% no tiveram problemas para falar alguma palavra e 86% no tiveram que suspender
suas atividades dirias. Pode-se concluir que, embora os entrevistados apresentassem dor, est no afetou sua qualidade de vida.
Este estudo teve por objetivo avaliar a preferncia paladar ao doce de crianas escolares de 12 anos do municpio de Araucria, PR. Esta
avaliao foi feita utilizando-se uma verso modicada do indicador Sweet Preference Inventory - SPI (JAMEL et al., 1996). Este indicador
avalia a preferncia por diferentes concentraes de uma soluo aucarada. As modicaes no teste original se deram nas concentraes
de sacarose. Cada criana recebeu ch de erva mate tostada, preparado de forma padronizada, temperatura ambiente, em copos plsticos
descartveis (contendo 10 ml), em seqncia crescente de concentrao de acar (0,0M = sem acar; 0,075M; 0,15M; 0,30M e 0,60M
e 0,90M). Entre uma degustao e outra, foi ingerido um biscoito de gua e sal para neutralizar o paladar. Ao nal do teste, as crianas
escolheram o ch de sua preferncia. Foi realizada uma anlise descritiva da varivel PPD e uma possvel associao com as demais
variveis independentes foi testada atravs do teste de qui-quadrado, utilizando-se o programa SPSS (SPSS Inc.), verso 15.0. Participaram
da pesquisa 61 escolares de 12 anos do municpio de Araucria (32 meninos e 29 meninas). No teste de PPD, a maioria das crianas (37,8%
e 36,1%) optou pelos chs com concentraes altas (0,6M e 0,9M) ou moderada (0,3M) de sacarose. Os chs com concentraes baixas de
acar (0,075M e 0,15M) foram preferidos por 22,9% das crianas e somente 2 crianas (3,3%) escolheram o ch sem adio de acar. A
PPD no diferiu de maneira signicante entre os gneros masculino e feminino (p = 0,880). Tambm no houve diferena estatisticamente
signicante entre a PPD de crianas de diferentes escolas (p = 0,481). Os resultados indicam que este grupo de crianas prefere lquidos
muito adoados, de maneira que este aspecto diettico pode representar um fator de risco para a crie dentria nesta populao. Assim,
esforos devero ser direcionados para a orientao diettica destas crianas com vistas a um consumo racional de acar.
IMPACTO DA SADE BUCAL NA QUALIDADE DE VIDA
AVALIAO DA PREFERNCIA PALADAR AO DOCE DE CRIANAS ESCOLARES
DE ARAUCRIA - PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Aline Louise Lemes (Programa-PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023708
Orientador: Jos Miguel Amenbar
Colaborador: Vanessa Wischral Sousa
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Odontologia, Qualidade de Vida, Sade Bucal.
rea de Conhecimento: 4.06.02.00-1 Sade Publica
Aluno de Iniciao Cientfca: Amanda Caroline Zarpellon (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023603
Orientador: Fernanda de Morais Ferreira Co-Orientador: Fabian Calixto Fraiz
Colaborador: Aline Carla Mantovani (IC - Voluntria), Simone Mocellin (IC - Voluntria), Tatiana Pegoretti Pintarelli (Aluna do curso de
Mestrado em Odontologia), Gabriela Cristina Santin (Aluna do curso de Mestrado em Odontologia).
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sacarose na dieta, criana, comportamento de escolha.
rea de Conhecimento: 4.02.04.00-6
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A frequncia de consumo de acar (sacarose) o fator diettico mais associado com o desenvolvimento de leses de crie. Com o objetivo de
avaliar a frequncia de consumo de acar (sacarose) de crianas escolares de 12 anos do municpio de Araucria foi aplicado um Questionrio
de Freqncia Alimentar (QFA). Para a denio dos alimentos inseridos no QFA foram realizados inquritos recordatrios de 24 horas
aplicados em indivduos com caractersticas semelhantes aos da amostra (escolares de 12 anos de Araucria). As categorias de freqncia
utilizadas foram: nunca, pelo menos 1 x por semana, pelo menos 1 x ao dia, as quais foram ponderadas em 0, 1, 2 e 3 respectivamente.
Isso permitiu a criao de um ndice (IFCA) com amplitude de 0 a 51, o qual reetia a freqncia de consumo de alimentos com acar.
Participaram da pesquisa 61 crianas. O IFCA mdio foi 31,38( 6,15), valor mnimo de 15 e mximo de 50. Os alimentos slidos tiveram
peso maior na composio do ndice, 59,4% do que os alimentos lquidos, 40,6%. A mdia por indivduo de citao de alimentos com
acar com consumo dirio foi de 6,07 (3,03), com mnimo de 0 e mximo de 16, sendo que os alimentos lquidos foram responsveis
por 2,75 (1,41) e os slidos 3,31 ( 1,93). Os alimentos com acar com consumo dirio mais citados foram balas e pirulitos (82,0% dos
indivduos), goma de mascar (78,7%), refresco em p (67,2%), leite com achocolatado (47,5%), po doce (47,5%), doce de banquinha
(39,3%), suco de frutas com acar (27,9%), caf (29,5%), ch (26,2%) e refrigerante (21,3%). Os resultados indicam que a freqncia de
consumo de alimentos com acar muito alta entre escolares de 12 anos sendo que, quando considerado a citao de consumo dirio e
do IFCA, os alimentos slidos apresentaram uma maior contribuio. Esforos devero ser direcionados para a orientao diettica dessa
populao com vistas ao controle da crie dentria.
A freqncia de consumo de acar est intimamente ligada ao desenvolvimento de leses de crie e o padro diettico das mes inuencia
de modo marcante a alimentao de seus lhos. Com o objetivo de avaliar a freqncia de consumo de acar (sacarose) de mes de
escolares da Cidade de Araucria foi aplicado de um Questionrio de Freqncia Alimentar (QFA). Para a denio dos alimentos inseridos
no QFA foram realizados inquritos recordatrios de 24 horas em indivduos com caractersticas semelhantes aos da amostra. Os alimentos
selecionados foram os mais citados e que apresentam potencial cariogenico. As categorias de freqncia utilizadas foram: nunca, pelo menos
1 x por semana, pelo menos 1 x ao dia, as quais foram ponderadas em 0,1, 2 e 3 respectivamente. Isso permitiu a criao de um ndice
(IFCA) com amplitude de 0 a 51, o qual reetia a freqncia de consumo de alimentos com acar. Participaram da pesquisa 31 mes de
escolares de 12 anos. A idade mdia das mes era de 40,7 anos ( 8,0). O IFCA mdio foi 24,00 ( 9,04), valor mnimo de 4 e mximo
de 48 e mediana de 23. Os alimentos slidos e lquidos tiveram peso semelhante na composio do ndice, com participaes de 50,8% e
49,2% respectivamente. A mdia por indivduo de citao de alimentos com acar com consumo dirio foi 3,61 ( 3,02), sendo que os
alimentos lquidos foram responsveis por 2,39 (1,71) e os slidos 1,23 ( 1,59). Os alimentos com acar com consumo dirio mais
citados foram caf com leite (71,0% dos indivduos), refresco (41,9%), suco de frutas (41,9%), bolacha (32,3%), leite com achocolatado
(29,0%), doces tipo guloseimas (25,8%), ch (22,7%), suco de frutas (15,9%) e gelia, bolo e ch (19,3%). Os resultados indicam que
a freqncia de consumo de alimentos com acar alto entre as mes, sendo que, quando considerado a citao de consumo dirio, os
alimentos lquidos apresentam uma maior contribuio. Esforos devero ser direcionados para a orientao diettica dessa populao com
vistas ao controle da crie dentria.
AVALIAO DA FREQUNCIA DE CONSUMO DE ACAR DE CRIANAS DE ARAUCRIA-PR
AVALIAO DA FREQUNCIA DE CONSUMO DE ACAR DE MES DE ARAUCRIA-PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Amanda Rossi Corelhano (Bolsista CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023725
Orientador: Fabian Calixto Fraiz Co-Orientador: Fernanda de Morais Ferreira
Colaborador: Fernando Mezoni, Ariany Antunes Martins, Tatiana Pegoretti Pintarelli.
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Acar, Dieta Cariognica, dieta.
rea de Conhecimento: 4.02.08.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Ariany Antunes Martins (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023725
Orientador: Fabian Calixto Fraiz Co-Orientador: Fernanda de Morais Ferreira
Colaborador: Amanda Rossi Corelhano (Bolsista CNPQ), Fernando Mezoni (IC-Voluntria), Tatiana Pegoretti Pintarelli (Aluna curso de
Mestrado em Odontologia). Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Acar, Dieta Cariognica mes.
rea de Conhecimento: 4.02.08.00-1
0580
0581
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Doena falciforme uma hemoglobinopatia hereditria, caracterizada e a hemoglobina SS (Hb SS) a forma homozigtica da doena. A
doena falciforme pode se manifestar clinicamente por um quadro de infeco, crise de dor, febre aguda fulminante, complicaes pulmonares
e at mesmo morte sbita. A doena falciforme, por ser uma condio multissistmica, afeta tambm a cavidade bucal com alteraes
nas estruturas bucais. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar as complicaes bucais associadas anemia falciforme em crianas e
adolescentes. A amostra foi constituda por 43 entre crianas e adolescentes, na faixa etria de 3 a 21 anos de ambos os sexos. Registros
foram feitos referentes maturidade gestacional, peso ao nascimento, dados clnicos e laboratoriais da doena falciforme e condies gerais.
As intercorrncias bucais levantadas foram: hipoplasia e opacidade, erupo dentria, dor, alteraes lngua e mucosa bucal. A maioria
das crianas (53,38%) no apresentou manifestaes clnica da anemia falciforme. A hipoplasia e opacidade em esteve presente em 49%
das crianas. Em 79% das crianas a erupo foi normal. A dor de dente por crise falcmica foi baixa (2,5%). A palidez de mucosa lingual
foi alterao de mucosas bucal mais freqente (16%). A crie dentria acometeu somente uma das crianas (3%) e gengivite a condio
periodontal mais freqente (9%). Indivduos com anemia falciforme apresentam alteraes dentrias tipo hipoplasia e opacidade de esmalte
(49%). A palidez de lngua e menos prevalente que a palidez de mucosa. A erupo no sofre alteraes crianas com anemia falciforme.
A freqncia de consumo de alimentos com potencial cariognico est intimamente associada possibilidade de desenvolvimento de
leses cariosas, alm disso, o padro de consumo alimentar materno tem inuncia sobre as caractersticas diettica das crianas. Com
o objetivo de analisar a freqncia de consumo de acar entre mes de escolares foi aplicado um Questionrio de freqncia alimentar
(QFA) em mes de crianas em atendimento na clnica de Odontopediatria da UFPR. A lista dos alimentos utilizados no QFA foi obtida a
partir de inquritos recordatrios de 24 horas aplicados em indivduos com caractersticas semelhantes aos da amostra, sendo selecionados
os alimentos com potencial cariognico mais citados. As categorias de freqncia utilizadas foram: nunca, pelo menos 1 x por semana, pelo
menos 1 x ao dia, as quais foram ponderadas em 0, 1, 2 e 3 respectivamente. Isso permitiu a criao de um ndice (IFCA) com amplitude de
0 a 51, o qual reetia a freqncia de consumo de alimentos com acar. Participaram da pesquisa 44 mes com idade mdia de 35,6 anos
( 7,9) sendo que mais da metade (59,1%) das mes eram procedentes de municpios da regio metropolitana de Curitiba, enquanto 40,9%
residiam na capital. O IFCA mdio foi 21,61 ( 5,22), valor mnimo de 4 e mximo de 32. Os alimentos slidos e lquidos tiveram peso
semelhante na composio do ndice, com participaes de 52,1% e 47,9% respectivamente. A mdia por indivduo de citao de alimentos
com acar com consumo dirio foi de 2,55 (1,30), sendo que os alimentos lquidos foram responsveis por 1,89 (0,99) e os slidos 0,66
( 0,91). Os alimentos com acar com consumo dirio mais citados foram caf com leite (79,5% dos indivduos), refresco (47,7%), doces
tipo guloseimas (27,3%), ch (22,7%), suco de frutas (15,9%), leite com achocolatado (11,4%) e gelia (11,4%). Os resultados indicam
que a freqncia de consumo de alimentos com acar alta entre as mes sendo que, quando considerado a citao de consumo dirio,
os alimentos lquidos apresentam uma maior contribuio. Esforos devero ser direcionados para a orientao diettica dessa populao
com vistas ao controle da crie dentria.
AVALIAO DE COMPLICAES BUCAIS DE CRIANAS E ADOLESCENTES COM DOENA
FALCIFORME
AVALIAO DA FREQUNCIA DE CONSUMO DE ACAR DE MES DE ESCOLARES
Aluno de Iniciao Cientfca: Danielle Del Santo (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023723
Orientador: Norma Suely Falco de Oliveira Melo Co-Orientador: Antnio Adilson Soares de Lima
Colaborador: Milena Binhame Albini; Regina Guimares Vieira Cavalcanti da Silva
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Anemia hemoltica; Manifestaes bucais; Anemia falciforme
rea de Conhecimento: 4.02.01.00-7
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernando Mezoni (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023725
Orientador: Fabian Calixto Fraiz Co-Orientador: Fernanda de Morais Ferreira
Colaborador: Amanda Rossi Corelhano (Bolsista CNPQ), Ariany Antunes Martins (IC-Voluntria), Tatiana Pegoretti Pintarelli (Aluna
curso de Mestrado em Odontologia).
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Acar,Dieta Cariognica,mes.
rea de Conhecimento: 4.02.08.00-1
0582
0583
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A progresso da doena pulpar e o desenvolvimento da patologia periapical so observados quando as bactrias ou suas toxinas atingem a
polpa. Os fatores de resposta do hospedeiro atuam contra a invaso microbiana, mas essa linha de defesa pode falhar se o agente agressor
no for removido ou o sistema imunolgico deprimido. Infeco oportunista pode ser observada em pacientes imunodeprimidos, cuja
evoluo marcada por uma considervel destruio de Linfcitos T. Neste contexto, este trabalho vericou a relao CD4/CD8 e carga
viral na presena ou ausncia de leso periapical, em dentes de pacientes imunodeprimidos. Trinta e oito dentes de 14 pacientes (dados
parciais) foram submetidos avaliao clnica e radiogrca para vericar a presena de leso apical, ainda foram coletados nos seus
respectivos pronturios: dados laboratoriais de Carga Viral, e a relao CD4/CD8. Os resultados mostraram que 43% dos dentes analisados
apresentaram leso periapical e 57% no apresentaram leso periapical. Os dados laboratoriais variaram entre 56 a 903/l (CD4); entre 566
a 1461/l (CD8) e de indetectvel at 20.204 cpias/mml para carga viral. A relao CD4/CD8 cou abaixo dos valores de referncia, com
exceo de um paciente, apresentando-se no limite. Por meio do teste de coeciente de Sperman (p<0,05) vericou-se no haver diferena
estatstica signicativa entre a relao CD4/CD8 e Carga Viral e o surgimento de leso periapical. Concluiu-se que apesar da relao CD4/
CD8 estar abaixo e no limite do valor referncia, no implicou na presena ou ausncia de leses periapicais.
A consulta odontolgica aguardada por muitas pessoas com ansiedade de nveis variveis. Em crianas e adolescentes pode-se reetir
em atitudes negativas frente ao tratamento. Os aromas podem alterar o estado emocional das pessoas, tanto que o cheiro do consultrio foi
includo em levantamentos de medo odontolgico. Porm, alguns aromas de leos essenciais podem tranquilizar, como os de lavanda e
laranja. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial efeito ansioltico dos leos essenciais de lavanda e laranja em um modelo animal
de ansiedade inata, o teste de esconder esferas. Camundongos Swiss machos foram expostos individualmente por 15 minutos essncia de
lavanda ou laranja (administradas por via inalatria) ou a nenhuma essncia (n=10/grupo) e imediatamente colocados em caixa viveiro com
24 bolas colocadas sobre o cepilho. Aps 20 minutos foi contado o nmero de bolas cobertas com cepilho. Ansiolticos reduzem o nmero
de bolas enterradas sem alterar a atividade motora. Analisou-se os dados com ANOVA de 1 fator seguido do teste de Duncan. Observou-se
uma reduo signicativa do nmero de bolas enterradas aps a exposio ao leo essencial de lavanda (p<0,01), e uma tendncia com o de
laranja (p=0,052). Nenhum dos aromas alterou a motricidade dos animais. Os dados sugerem um potencial efeito ansioltico dos aromas dos
leos essenciais, particularmente do de lavanda. Esses resultados apontam para um potencial uso em ambiente odontolgico, contribuindo
para melhora dos nveis de ansiedade frente ao atendimento.
INFLUNCIA DA RELAO CD4/CD8 E CARGA VIRAL NA AUSNCIA OU PRESENA DE LESO
PERIAPICAL, EM PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS
A INFLUNCIA DOS ODORES DO AMBIENTE DA SALA DE ESPERA NA REDUO DA ANSIEDADE
FRENTE AO TRATAMENTO ODONTOLGICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Gleyce Medeiros de Souza (Programa- UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023549
Orientador: Marili Doro Andrade Deonzio
Colaborador: Renata Lins Fuentes Araujo (Programa- IC Voluntria) Kelly Coelho Martins (Programa- IC Voluntria)
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: AIDS, CD4, Carga Viral
rea de Conhecimento: 4.02.06.00-9 Endodontia
Aluno de Iniciao Cientfca: Guilherme dos Santos Trento (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023497
Orientador: Jos Vitor Nogara Borges de Menezes Co-Orientadora: Cristiane Meira Assuno (Mestranda/UFPR)
Colaboradores: Barbara Sofa Theodorovicz (IC-UFPR/TN), Rafael Vinicius Moura de Oliveira (IC-Voluntria), Estela Maris Losso, Lea
Chioca (Doutoranda/UFPR). Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: ansiedade, aromaterapia, camundongos.
rea de Conhecimento: 4.02.01.00-7 Clnica Odontolgica.
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Os dentes supranumerrios podem ser encontrados em praticamente qualquer regio da arcada dentria, sendo os mais comuns os que ocorrem
na maxila, na linha mdia entre os dois incisivos centrais os quais so chamados de mesiodente, podendo ser unitrios ou mltiplos, em
posio normal ou invertida. A presena destes elementos so alteraes relativamente incomuns podendo ser detectadas ao exame clnico
e/ou radiogrco. O diagnstico e tratamento precoce so essenciais para evitar ou minimizar complicaes associadas.. Este trabalho teve
por objetivo determinar a prevalncia e as caractersticas das alteraes associadas a dentes supranumerrios inclusos, do padro de erupo,
localizao, morfologia e outros distrbios, tais como formaes csticas, reabsores dentais etc.. Foram utilizadas radiograas panormicas
obtidas atravs dos pronturios dos pacientes da disciplina de Odontopediatria do Curso de Odontologia da UFPR. Foram usados como
critrio de incluso pacientes com idade entre 5 e 12 anos incompletos, radiograas panormicas a partir de 2000 at 2010 e cha clnica
devidamente preenchida..Foram analisadas 849 radiograas panormicas, sendo 145 perda da amostra o que corresponde a 17,07% restando
704, 365 do gnero feminino (51,84%) e 339 do gnero masculino.Em relao aos mesiodentes foram encontrados 15 pacientes com 17
mesidentes o que corresponde a 2,13% da amostra total (704). Destes 02 (13,34%) no gnero feminino e 13 (86,66%) no masculino. Dos
17 mesiodentes encontrados, 16 causaram diastemas (94,11%). Na analise de duas variveis categricas (gnero e mesiodente). Teste do
qui quadrado: 9,11, IC-95%, p=0,0025, diferena estatisticamente signicante entre o gnero e a presena de mesiodentes,odds ratio: 7,24,
signicando que uma pessoa do gnero masculino tem 7,24 mais vezes de ter um mesiodente do que uma pessoa do gnero feminino.Em
relao aos supranumerrios foram encontrados 20 pacientes com 25 supranumerrios. O que corresponde a 2,84% da amostra total (704),
sendo 07 (35%) no gnero feminino e 13 (65%) no masculino. Os pacientes que tinham 02 supranumerrios (n=5), 80% eram do gnero
masculino. Na analise de duas categorias (gnero e presena de supranumerrios), Teste do qui quadrado: 2,34 , IC-95%, p=0,12, no
havendo diferena estatisticamente signicante entre o gnero e a presena de supranumerrios, sendo assim no h como fazer o clculo
da odds ratio.Outros achados no foram signicantes.Os resultados encontrados na populao estudada esto de acordo com os achados
cientcos publicados na literatura.
A glossite migratria benigna compromete a esttica da lngua e caracterizada pela perda das papilas liformes do dorso da lngua e pelo
surgimento de um edema inamatrio associado. Tal quadro leva a manifestao clnica de placas atrcas avermelhadas rodeadas por
bordas esbranquiadas nos casos tpicos, mas que pode variar de uma perda localizada das papilas liformes dando um aspecto de placa
avermelhada em alguns casos para uma simples rea branca em outros. O objetivo deste estudo foi investigar aspectos citolgicos associados
com a glossite migratria benigna. O diagnstico dos casos de glossite migratria benigna foi feito baseado na aparncia clnica, no padro
de migrao, na ausncia de sintomas e na cronicidade das leses. A avaliao citolgica seria realizada por meio de tcnicas citolgicas
e citomorfomtricas. Entretanto, por problemas tcnicos, no foi possvel executar a coleta das amostras e, consequentemente, a anlise
citolgica. Sendo assim, at a presente data, foram analisadas 500 pronturios dos arquivos do Servio de Triagem da Clnica Odontolgica
da Universidade Federal do Paran. Os dados obtidos foram armazenados numa tabela no programa Microsoft Ofce Excel correlacionando-
os com as seguintes variveis: presena de doenas sistmicas, tabagismo, presena de Glossite Migratria Benigna, presena de lngua
ssurada, uso de medicamentos, entre outras. Do total de pronturios examinados, foi encontrado um nico portador de Glossite Migratria
Benigna. O paciente era do sexo feminino, tinha 20 anos de idade, no apresentava lngua ssurada e tambm no apresentava nenhuma
doena sistmica. Embora no tenha sido possvel ser realizado o estudo citolgico, este trabalho dever ser nalizado pela anlise de cerca
de 5000 pronturios a m de se traar o perl do paciente portador de glossite migratria benigna.
ALTERAES ASSOCIADAS A DENTES SUPRANUMERRIOS INCLUSOS
ANLISE CITOLGICA EM PORTADORES DE GLOSSITE MIGRATRIA BENIGNA
Aluno de Iniciao Cientfca: Jos Roberto Ribeiro Manoel (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023651
Orientador: Renato Cordeiro Gugisch
Co-Orientador: Rafaela Scariot (Aluna Mestrado)
Colaborador: Debora Fachinelli Nishi de Souza
Departamento: Estomatologa Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Dentes supranumerrios, Odontopediatria, Radiologia
rea de Conhecimento: 4.02.04.00-6 e 4.02.07.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Josiane Schibicheski dos Santos (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023409
Orientador: Antonio Adilson Soares de Lima
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Citologia; glossite migratria benigna; lngua geogrfca.
rea de Conhecimento: Clnica Odontolgica 4.02.01.00 7
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Pacientes portadores de neoplasias hematolgicas ou de doenas que levem ao mau funcionamento e/ou falncia do tecido medular esto
expostos a condies inerentes doena ou ao seu tratamento que podem levar ao maior acmulo de biolme dentrio e, conseqentemente,
a maiores ndices de crie e doena periodontal. O objetivo do presente estudo foi avaliar o ndice de higiene oral simplicado (IHO-S)
proposto por Greene e Vermillion (1964) e o ndice de dentes cariados, perdidos e restaurados (CPO-D) dentre pacientes atendidos no
Servio de Transplante de Medula ssea (STMO) da Universidade Federal do Paran. A amostra foi composta por 20 pacientes portadores
de doenas de falncia medular ou neoplasias hematolgicas. Foram includos indivduos em situao de pr e ps-transplante de medula
ssea (TMO). Os dados coletados foram correlacionados s variveis do tratamento da doena de base e os ndices de biolme bacteriano,
clculo dentrio, IHO-S e CPO-D foram tabulados e analisados atravs de medidas estatsticas de tendncia central. Pacientes em situao
de ps-TMO manifestaram IHO-S mdio de 2,08, sendo este dado superior as mdias observadas em pacientes pr-TMO (mdia de 1,54).
A mdia do ndice CPO-D foi de 9,50 sendo positivamente correlacionado com a idade do paciente. Os resultados sugerem que o controle
mecnico ou qumico de biolme bacteriano dental seja objeto de abordagem prossional em servios que atendam este perl de paciente,
com nfase em estratgias de educao para o autocuidado e promoo de sade. Pacientes de maior faixa etria e em situao de ps-TMO
devem ser abordados com estratgias mais intensivas de controle de biolme bacteriano, dada a maior ocorrncia de seqelas da doena
crie e diculdade de remoo de biolme bacteriano respectivamente.
SADE BUCAL DURANTE O TRANSPLANTE DE CLULAS-TRONCO HEMATOPOITICAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariesa Stankiewicz Barbosa (Programa-Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021361
Orientador: Cassius Carvalho Torres Pereira Co-Orientador: Natlia Medella de Santana
Colaboradores: Laura Grein cavalcanti (PET)
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: ndice de Higiene Oral; Transplante de Medula ssea; Estomatologia.
rea de Conhecimento: Clnica Odontolgica 4.02.01.00-7
0588
O ensino da Radiologia Odontolgica do curso de Odontologia da Universidade Federal do Paran (UFPR) desenvolvido por meio de
aulas tericas e prticas. Aps embasamento terico e com o acompanhamento dos professores, os acadmicos aprendem a realizar as
tomadas radiogrcas intra-orais entre si; ou seja, um acadmico radiografa o outro. Esse aprendizado ocorre no terceiro perodo do curso
e os acadmicos so submetidos, em mdia, a 40 exposies radiolgicas intra-orais durante o semestre. Muitos agentes qumicos, fsicos e
biolgicos so capazes de interagir com o DNA celular e induzir mutaes. Quando as funes normais do DNA so perdidas, como reparar
genes e/ou o controle de proliferao e diferenciao celular, a conseqncia dessas mutaes o aumento do risco de desenvolvimento de
cncer. Os raios X so um potente agente mutagnico capaz de induzir aberraes cromossmicas e mutaes de genes. Foram realizadas
diversas pesquisas utilizando esfregaos de mucosa bucal e/ou respiratria de diferentes grupos de indivduos sujeitos exposio de
diferentes agentes mutagnicos, demonstrando que as alteraes nucleares das clulas podem ser facilmente identicadas nesses esfregaos.
Este estudo foi desenvolvido com objetivo de avaliar os efeitos genotxicos dos raios X sobre a mucosa bucal de acadmicos do curso de
Odontologia da UFPR, durante o aprendizado da Radiologia Odontolgica. Foram realizados esfregaos da mucosa jugal dos acadmicos
em dois momentos distintos: antes do incio e ao trmino das atividades prticas semestrais. Entretanto, houve diversas diculdades na
etapa laboratorial deste estudo, relacionadas colorao e leitura das lminas, o qu inviabilizou a execuo do projeto. As diculdades
encontradas no caminho para se atingir o objetivo proposto tambm contriburam com o aprendizado da equipe, levando a reexes e busca
de uma nova metodologia que dever ser aplicada oportunamente.
EFEITOS GENOTXICOS DOS RAIOS X NA MUCOSA BUCAL DE ACADMICOS DURANTE O
APRENDIZADO DA RADIOLOGIA ODONTOLGICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Naiane Mazaro Politano (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023476
Orientador: ngela Fernandes Co-Orientador: Antonio Adilson Soares de Lima (UFPR)
Colaborador: Maria ngela Naval Machado (UFPR), Evelyn Louise Antonio (Mestranda UFPR)
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Testes de genotoxicidade, Radiologia, Odontologia.
rea de Conhecimento: Radiologia Odontolgica 4.02.07.00-5
0589
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Teleodontologia uma modalidade de ateno em sade onde paciente e prossional no esto localizados no mesmo ambiente. Utiliza-se de
recursos de informtica e de comunicao para transmisso de dados e/ou imagens que serviro de suporte para decises clnicas tomadas
distncia. O objetivo deste estudo foi avaliar a aplicabilidade do telediagnstico na Estomatologia. Os dados clnicos e as imagens das leses
bucais foram postados no sistema Estomatoweb, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral e avaliados
distncia por um estomatologista experiente. A amostra foi composta por 10 pacientes, encaminhados para a triagem da Universidade Federal
do Paran atravs da Central de Marcao de Consultas da Secretaria Municipal de Sade de Curitiba. Aps a avaliao clnica inicial, os
pacientes foram fotografados e agendados para realizao de exames complementares e bipsias na disciplina de Diagnstico Bucal da
UFPR. Os histricos clnicos e as imagens das leses foram registrados atravs de chas eletrnicas e cmera digital de alta resoluo, e
arquivados em formato jpeg. Na cha clnica eletrnica, foram preenchidos os campos sobre queixa principal, histria mdica, hbitos,
aspecto da leso extra e intra-bucal, e tambm foram postadas as imagens das leses, mas omitiu-se a hiptese diagnstica. O avaliador, que
foi solicitado a propor uma hiptese diagnstica para cada leso, analisava todos os dados do paciente e postava sua hiptese diagnstica,
diretamente na cha clnica eletrnica. Dos 10 casos que compuseram a amostra, vericou-se que em 9 deles houve concordncia entre
a hiptese diagnstica no exame clnico inicial e aquela proposta pelo avaliador distncia, ou seja, ocorreu um acerto de 90% por parte
do avaliador do telediagnstico. Os resultados preliminares sugerem uma boa relao custo/benefcio principalmente na organizao de
uxos de referncia e contra-referncia entre ateno primria e secundria, indicando que a teleodontologia pode ser ecaz no diagnstico
de leses bucais.
TELEDIAGNSTICO DE LESES BUCAIS. PROJETO DA INVESTIGAO DA APLICABILIDADE DA
TELEODONTOLOGIA PARA REGIES COM BAIXO NDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Aluno de Iniciao Cientfca: Polianne Lays Scopel (PIBIC /CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016396
Orientador: Cassius Torres-Pereira Co-Orientador: Imara Castro Morosini
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Teleodontologia, diagnstico bucal, informtica odontolgica.
rea de Conhecimento: Clnica odontolgica - 4.02.01.00-7
0590
O sistema imune tem papel fundamental para o controle de infeces e depende do equilbrio homeosttico do organismo. Os principais
mecanismos de defesa seguem uma classicao de acordo com o agente agressor. Em pacientes imunodeprimidos, o controle ou eliminao
de infeco por meio da imunidade humoral e celular podem ser auxiliados pela administrao de terapia HAART (Teraputica Antiretroviral
Altamente Activa), durante o tratamento contra a Sndrome da Imunodecincia Adquirida. Poucos estudos avaliaram a progresso da
periodontite apical em pacientes soropositivos e com administrao de terapia HAART. Neste contexto, este trabalho objetivou vericar
a inuncia do uso dessa medicao frente presena ou ausncia de leso periapical em dentes de pacientes imunodeprimidos. Trinta e
oito dentes de 14 pacientes (dados parciais) foram submetidos avaliao clnica e radiogrca para vericar a presena de leso apical,
ainda, foram coletados dados nos seus respectivos pronturios, sobre as medicaes utilizadas para controlar replicao viral. Os resultados
mostraram que 43% dos dentes analisados apresentaram leso periapical e 57% no apresentaram leso periapical e quando analisados
pelo teste de Coeciente de Sperman (p<0,05) houve diferena estatstica signicativa (p0,01), indicando a inuncia da terapia HAART
na ausncia de leso periapical.
INFLUNCIA DA TERAPUTICA ANTIRETROVIRAL NA PRESENA OU NA AUSNCIA DE LESO
PERIAPICAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Renata Lins Fuentes Araujo (Programa- IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023549
Orientador: Marili Doro Andrade Deonzio
Colaborador: Gleyce Medeiros de Souza (Programa- UFPR - TN) Kelly Coelho Martins (Programa- IC Voluntria)
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: AIDS, Terapia HAART, leso apical
rea de Conhecimento: 4.02.06.00-9 Endodontia
0591
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O objetivo deste estudo foi determinar a eccia de uma nova metodologia para avaliar a preferncia paladar ao doce (PPD) de escolares
de 12 anos de idade. Foi realizado um estudo transversal em duas etapas, com uma amostra de 40 crianas de ambos os sexos e de classe
socioeconmica baixa que estavam regularmente matriculados em escolas da rede pblica do municpio de Araucria-PR. Primeiramente,
a PPD foi medida utilizando-se uma verso modicada do indicador Sweet Preference Inventory - SPI (JAMEL et al., 1996), que avalia a
preferncia das crianas por uma das seis diferentes concentraes de sacarose no ch de erva mate tostada: 0,0M = sem acar; 0,075M;
0,15M; 0,30M e 0,60M e 0,90M. Cada criana recebeu ch preparado de forma padronizada, temperatura ambiente, em copos plsticos
descartveis (contendo 10 ml), em seqncia crescente de concentrao de acar. Entre uma degustao e outra, foi ingerido um biscoito
de gua e sal para neutralizar o paladar. Ao nal, a criana escolheu o ch que mais lhe agradava. Uma semana mais tarde, cada participante
recebeu 100 ml de ch sem acar e foi orientado a ado-lo de acordo com sua preferncia. O recipiente com sacarose foi pesado antes
e aps o uso de maneira que a diferena entre os pesos correspondia quantidade de sacarose usada pela criana e, com esta informao,
foi calculada a concentrao nal de acar no ch. Os resultados foram classicados e comparados com aqueles obtidos pelo SPI atravs
do coeciente de correlao de Spearman, utilizando-se o programa SPSS (SPSS Inc.), verso 15.0. A mdia da concentrao de acar
no ch adoado pelas crianas foi de 0,438M ( 0,198M), sendo a concentrao mnima identicada de 0,061 M e a mxima de 0,860
M. A maioria das crianas demonstrou preferir chs com concentraes altas ou moderadas de sacarose, independente da metodologia
usada para avaliao da PPD. Houve correlao signicativa nos padres de PPD entre as duas metodologias (r
s
= 0,408, p = 0,009). Os
resultados deste estudo sugerem que solicitar a prpria criana para que adoce seu ch de acordo com sua preferncia e, em seguida, calcular
a concentrao nal de sacarose na soluo pode ser um mtodo simples, prtico, eciente e convel para medir a preferncia paladar ao
doce de escolares de 12 anos de idade.
TESTE DE METODOLOGIA PARA AVALIAO DA PREFERNCIA PALADAR AO DOCE DE
CRIANAS DE ARAUCRIA - PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Simone Mocellin (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023603
Orientador: Fernanda de Morais Ferreira Co-Orientador: Fabian Calixto Fraiz
Colaborador: Amanda Caroline Zarpellon (UFPR - TN), Aline Carla Mantovani (IC - Voluntria), Tatiana Pegoretti Pintarelli (Aluna do
curso de Mestrado em Odontologia), Gabriela Cristina Santin (Aluna do curso de Mestrado em Odontologia).
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sacarose na dieta, criana, comportamento de escolha.
rea de Conhecimento: 4.02.04.00-6
0592
O paladar, que se origina do sentido do gosto e do sentido do olfato, no somente produz prazer, mas tambm determinante para a
sobrevivncia biolgico. A glossite migratria benigna, ou lngua geogrca, caracterizada clinicamente por leses eritematosas bem
demarcadas, ocasionadas pela atroa das papilas liformes, cercadas por uma borda em forma de serpentina, amarelo-esbranquiada e
levemente elevada sobre o dorso da lngua. At a presente data, no h registro na literatura se a funo do paladar se torna prejudicada
nestes pacientes. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a funo gustatria em indivduos portadores de lngua geogrca. O
diagnstico dos casos de glossite migratria benigna foi feito baseado na aparncia clnica, no padro de migrao, na ausncia de sintomas
e na cronicidade das leses. A avaliao da funo gustatria foi realizada pela colocao de uma tira de papel de ltro embebida com
solues dos gostos bsicos (doce, amargo, azedo e salgado) em quatro concentraes. As tiras foram colocadas sobre a superfcie dorsal
da lngua e, a seguir, o indivduo identicava cada sabor. A amostra empregada neste experimento foi composta por 30 indivduos adultos,
pareados em idade e sexo e divididos em dois grupos: experimental (15 portadores da lngua geogrca) e controle (15 no portadores).
Todos os pacientes portadores de lngua geogrca eram do tipo I segundo a classicao de Hume. Foram observados distrbios do paladar
nos graus leve, moderado e severo para ambos os grupos. Entretanto, onze (73%) indivduos com lngua geogrca e seis (40%) do grupo
controle manifestaram distrbios do paladar severo. Baseado nestes resultados e na limitao deste estudo no foi possvel concluir que a
lngua geogrca capaz de alterar a percepo do paladar.
AVALIAO DA PERCEPO DO PALADAR EM PORTADORES DA GLOSSITE MIGRATRIA
BENIGNA
Aluno de Iniciao Cientfca: Susimara Fernanda Oliveira Kaulfuss (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023572
Orientador: Antonio Adilson Soares de Lima
Departamento: Estomatologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Paladar; glossite migratria benigna; lngua geogrfca.
rea de Conhecimento: Clnica Odontolgica 4.02.01.00 7
0593
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O Geissospermum vellosii Allemo, Apocynaceae, parte do histrico da medicina brasileira. Conhecido popularmente como Pau-pereira
e Maria Congo, j foi considerado uma das dez plantas medicinais brasileiras mais importantes, por seu uso como febrfugo, principalmente
nos casos de malria. Os indgenas atribuem planta propriedades contra febre, impaludismo, inapetncia, m digesto, tontura, priso
de ventre e tnico. So basinmios desta espcie Geissospermum leave, Miers e Tabernaemontana laevis. A literatura cita o isolamento e
identicao dos alcalides geissoschizolina, apogeissoschizina, geissovelina e geissospermina, sendo que a ltima substncia citada possui
ao hipotensora e depressora do Sistema Nervoso Central, semelhante a substncia psico-depressora do tipo tranquilizante, porm com
baixa atividade. Estudos demonstraram propriedade relaxante da geissospermina sobre o msculo esqueltico, pela ao em receptores
nicotnicos. Com os alcalides isolados procedeu-se o estudo da atividade aleloptica sobre neutrlos humanos. O termo alelopatia foi
citado pela primeira vez em 1937 pelo alemo Hans Molisch, referindo-se ao de uma planta sobre outra. Atualmente a alelopatia
denida pela International Allelopathy Society como processos que envolvem a produo de metablitos secundrios por plantas e micro-
organismos que inuenciam no crescimento e desenvolvimento de sistemas biolgicos, com efeitos positivos e negativos. O presente trabalho
tem por objetivo contribuir para o estudo da atividade aleloptica sobre neutrlos humanos dos alcalides isolados da G. vellosii, e avaliar
a possibilidade de haver interesse farmacolgico nesses. A metodologia utilizada para tal foi o teste do NBT (nitroblue tretazolium) com
PMA (phorbol myristate acetate), em que o PMA o resultado comparativo para a positividade do estmulo celular, e o NBT o corante
que passa de amarelo a azul quando reduzido. A partir de sangue humano separam-se os neutrlos, e esses so colocados em contato com
o alcalide, e posteriormente corados com o NBT. Caso os neutrlos sejam estimulados pelo alcalide, observa-se a colorao azul,
comparada desenvolvida na ativao dos neutrlos em contato com o PMA. O teste reproduzido em quintuplicata para cada alcalide.
Dos cinco alcalides testados, um apresentou-se ativador de neutrlos. Conclui-se que a espcie em estudo apresenta potencial aleloptico.
ATIVIDADE BIOLGICA DE ALCALIDES ISOLADOS DE GEISSOSPERMUM VELLOSII ALLEMO
SOBRE NEUTRFILOS HUMANOS: UM NOVO ENFOQUE ALELOPTICO.
Aluno de Iniciao Cientfca: Adriana Freitas Pesci (Programa - Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001008869
Orientador: Marilis Dallarmi Miguel Co-Orientador: Josiane Gaspari Dias
Colaborador: Paulo Roberto Wunder (Professor/UFPR) Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Geissospermum vellosii, alelopatia, neutrflos humanos.
rea de Conhecimento: 2.11.04.00-0
0594
Nitritos e nitratos acumulam-se naturalmente nos vegetais pelo efeito de diversos fatores, como temperatura, pluviometria, irrigao, regime
de fertilizao nitrogenada e insolao. Os agrotxicos tendem a aumentar a concentrao destas substncias que so txicas ao homem. Os
vegetais representam entre 72 e 94% da ingesto diria de nitrato, e na alimentao do brasileiro a alface considerada a hortalia folhosa
mais importante. Deste modo o consumo de folhas de alface que contm alta concentrao destas substncias, nitrato e nitrito, pode trazer
riscos a sade humana e o monitoramento nos alimentos essencial para garantir a qualidade dos produtos consumidos pela populao.
A ordem do teor de nitrato em cenouras, varia conforme o modo de cultivo de vegetais e hortalias que podem ser subdivididos em:
convencionais, hidropnicos e orgnicos. O objetivo deste trabalho foi determinar a quantidade de nitrito e nitrato presentes em cenouras
de cultivo orgnico recolhidos em propriedades de agricultores da Regio Metropolitana de Curitiba e comparar com os teores de nitrito
e nitrato de produtos descritos na literatura. Para tanto foram coletadas amostras de Cenoura cv. Brasilia (Daucus carota, Umbelliferae)
nos Municpios da Regio Metropolitana de Curitiba, no perodo de setembro 2008 a agosto 2009, atravs do Projeto Iguatu II, nanciado
pela PETROBRAS em parceria com a Associao dos Produtores Orgnicos do Paran (AOPA) e UFPR. A amostras aps coletadas foram
devidamente acondicionadas e encaminhadas ao Laboratrio de Bromatologia, no Departamento de Farmcia da UFPR para as anlises
necessrias. Para avaliar o teor de nitrato e nitrito, realizou-se a determinao (mg/Kg) atravs de mtodo analtico utilizando o reativo
sulfofenico para a determinao de nitrato e reativo de zambelli na determinao de nitrito, sendo que em ambos foi feita a leitura em
espectrofotmetro no comprimento de onda 400nm, segundo metodologia descrita no Methods of Chemical Analysis - Volume II - Fifth
edition. Determinou-se tambm a umidade, pois as amostras foram submetidas secagem para posterior determinao de nitritos e nitratos.
De um modo geral os dados obtidos conrmaram que h variao em relao ao sistema de cultivo, isto pode ser observado atravs da
reduzida taxa de nitrito e nitrato em produtos orgnicos, quando comparados aos produtos convencionais e hidropnicos. Os resultados
demonstraram que o teor de nitrito em cenouras orgnicas resultou 10,825,53 mg/Kg em amostra fresca e o teor de nitrato 254,6075 em
amostra fresca. Os valores encontrados esto abaixo dos limites permissveis estipulados pela FAO (Food and Agriculture Organization).
DETERMINAO DE NITRITOS E NITRATOS EM CENOURAS ORGNICASVAR.BRASILIA (Daucus
carota, UMBELLIFERAE), PRODUZIDAS NA REGIO METROPOLITANA DE CURITIBA
Aluno de Iniciao Cientfca: Camilla Monteiro (Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 000
Orientador: Mara Eugenia Balbi
Co-Orientador: Snia Cachoeira Stertz
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Nitrato, nitrito, Daucus carota
rea de Conhecimento: 4.03.05.00-7
0595
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A medicina tradicional, denida pela OMS como a soma de todos os conhecimentos populares explicveis ou no, utilizados para diagnostico,
preveno e tratamentos baseados exclusivamente na experincia e observao e transmitidos verbalmente ou por escrito de uma gerao
a outra, permanece nos dias de hoje e contribui com a cincia dando bases para descobertas em diferentes reas, tendo no uso de plantas
medicinais o estimulo tambm ao uso racional da ora. Com a realizao do trabalho, objetivou-se realizar um levantamento do uso de
plantas medicinais pela populao da Ilha do Mel, bem como avaliar o seu emprego para diferentes enfermidades. Realizou-se trs visitas
Ilha do Mel nas praias de Encantadas e Braslia e, com auxilio de questionrios, foram registradas informaes que julgaram ser teis
sobre o conhecimento dos moradores sobre as plantas medicinais. Obtiveram-se 22 questionrios em que foi possvel constatar o uso de 58
plantas, sendo as mais utilizadas: Boldo (8,09%), Hortel (6,93%), Quebra Pedra (6,35%), Tanchagem (5,78%), Folha de Abacate (5,20%),
Capim-limo (5,20%), Pico-Pico (5,20%), Santa Maria (4,46%), Folha de Laranjeira (2,89%) e Folha de Aroeira (2,31%). Constatou-se
136 indicaes diferentes, tendo como as dez mais citadas: problemas no sistema urinrio (11,38%), problemas no estmago (8.94%),
diabetes (7,31%), infeces (6,50%), diarria (5,69%), vermfugo (4,87%), dor (4,06%), clicas menstruais (3,25%), dor de garganta
(3,25%) e gripe (3,25). A forma de preparo mais comum relatada foi a infuso, com 41,97%, e a folha foi relatada como sendo a parte da
planta mais utilizada com 86,04% nas formulaes das receitas caseiras. Os moradores relataram obter as plantas, em sua grande maioria,
em local aberto (67,74%) e atriburam seu conhecimento na rea, em sua maioria, aos ensinamentos de parentes (73,91%). Dentre as
plantas citadas, a literatura relata que 34,5% podem ser txicas ou possuir efeitos colaterais. Dentre as indicaes de uso dos moradores,
58% foram conrmadas pela literatura. Como concluso, percebe-se que a utilizao de plantas medicinais na Ilha do Mel deve-se ao fato
da escassa assistncia mdica disponvel para a populao local. Alm disso, a grande porcentagem de efeitos colaterais e/ou txicos das
plantas utilizadas pelos moradores demonstra a necessidade da realizao de trabalhos educativos, com o objetivo de esclarecer a populao
acerca da correta utilizao das plantas.
LEVANTAMENTO DO USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS NA ILHA DO MEL PARAN -
BRASIL
Aluno de Iniciao Cientfca: Carolina Trochmann Cordeiro (Programa-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1997004873
Orientador: Tomoe Nakashima
Co-Orientador: Antonio Waldir Cunha da Silva
Colaboradores: Lusa Moraes Carraro; Eduardo Alexandre de Oliveira.
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Plantas medicinais, ilha do mel, conhecimento popular.
rea de Conhecimento: 4.03.02.00-8
0596
A infeco a maior complicao em feridas causadas por queimaduras. A colonizao por microrganismos advm de stios exgenos ou
endgenos. Dentre os stios exgenos, o ambiente hospitalar uma fonte importante de aquisio de microorganismos. O trato gastrointestinal,
o trato respiratrio, os tecidos adjacentes no queimados ou as estruturas da profundidade drmica incluem as principais fontes endgenas.
Este estudo descreve aspectos epidemiolgicos da infeco por Pseudomonas aeruginosa em feridas de pacientes queimados internados
em hospital universitrio referncia no tratamento de queimaduras. O mtodo usado foi anlise do tamanho dos fragmentos de restrio do
DNA cromossmico clivados com a enzima spel e separados por eletroforese em campo pulsado (PFGE). A anlise da similaridade gentica
foi realizada usando programa gel proanalyser e o programa (NTSYS). Entre os isolados foram encontradas amostras que apresentaram o
mesmo perl gentico e amostras com perl gentico diferenciado. A ocorrncia de amostras monoclonais isoladas de pacientes diferentes
sugere a ocorrncia de infeco cruzada. Alguns pacientes apresentavam duas amostras. Um deles teve perl gentico idntico nas duas
amostras, que pode ser explicado pela persistncia da bactria no stio da infeco e os outros dois tiveram pers diferentes, sugerindo a
aquisio de uma segunda cepa. A maioria das infeces por P. aeruginosa estudadas neste trabalho foi causada por isolados bacterianos
no relacionados. O achado de amostras com perl gentico diferenciado pode indicar aquisio endgena, isto a seleo de cepas do
prprio paciente. Como a maioria das amostras de apresentaram perl gentico diferenciado, concluiu-se que os prossionais do hospital
em estudo tm desempenhado um papel de extrema importncia frente preveno de infeces hospitalares e que a contaminao das
feridas era originria da prpria microbiota dos pacientes.
TIPAGEM MOLECULAR DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA ISOLADAS DE PACIENTES COM
FERIDAS DE QUEIMADURA
Aluno de Iniciao Cientfca: Danieli Conte (IC - voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023591
Orientador: Libera Maria Dalla Costa Co-Orientador: Keite da Silva Nogueira
Colaborador: Fernanda Maia Valverde Silva (PIBIC - CNPq)
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Pacientes queimados, epidemiologia, Pseudomonas aeruginosa.
rea de Conhecimento: Microbiologia aplicada - 2.12.02.00-1
0597
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O Cerrado brasileiro um bioma de notvel biodiversidade abrigando cerca de 10 mil espcies, muitas das quais utilizadas na alimentao
e como recurso medicinal. Entre estas, destacam-se Cochlospermum regium (Schrank) Pilg. (Cochlospermaceae) e Guazuma ulmifolia
Lam. (Malvaceae), ambas empregadas em virtude de suas propriedades medicinais. Cochlospermum regium, popularmente conhecida
como algodozinho-do-mato ou algodo-do-cerrado, usada no tratamento de processos inamatrios, lceras e dermatites. Estudos j
comprovaram sua atividade citotxica e anti-inamatria. Guazuma ulmifolia, denominada vulgarmente de mutamba ou araticum-bravo,
possui propriedades antimicrobiana, antioxidante, anti-hipertensiva e protetora gstrica comprovadas. Com o objetivo de contribuir para o
conhecimento da ora do Cerrado e a caracterizao microscpica dessas espcies medicinais com propsitos farmacognsticos, procedeu-
se investigao da anatomia foliar das mesmas. Folhas adultas foram coletadas de exemplares identicados taxonomicamente em Campo
Grande, MS. O material foi xado, seccionado mo livre ou emblocado e seccionado em micrtomo, e posteriormente corado. Testes
microqumicos e anlise ultraestrutural de superfcie tambm foram realizados. Em vista frontal, a folha de C. regium anestomtica,
apresentando estmatos paracticos. As clulas epidrmicas possuem paredes anticlinais de contorno poligonal na face adaxial e sinuoso na
abaxial. Numerosos tricomas tectores longos e alguns tricomas glandulares so encontrados. Em seco transversal, o mesolo apresenta
arranjo dorsiventral e a nervura central biconvexa, sendo percorrida por vrios feixes vasculares colaterais com disposio em V.
Estes mostram calotas esclerenquimticas junto ao xilema e ao oema. Pequenas drusas de oxalato de clcio esto presentes. A folha de G.
ulmifolia, em vista frontal, apresenta clulas epidrmicas com formato poligonal, revestidas por cutcula estriada. A folha hipoestomtica,
ocorrendo estmatos anomocticos. Tricomas tectores estelares e glandulares so observados em ambas as faces epidrmicas. Em seco
transversal, o mesolo dorsiventral e a nervura central revela-se biconvexa. Encontra-se um feixe vascular colateral, em formato de arco
aberto e circundado por uma bainha esclerenquimtica completa. Esto presentes idioblastos com prismas de oxalato de clcio, compostos
fenlicos e mucilagem. Os caracteres anatmicos foliares das plantas medicinais estudadas contribuem para o conhecimento da ora nativa
do Cerrado e constituem dados que, em conjunto para cada espcie, so teis na identicao microscpica das mesmas.
MORFOANATOMIA FOLIAR DE ESPCIES MEDICINAIS DO CERRADO: Cochlospermum regium
(SCHRANK) PILG. E Guazuma ulmifolia LAM.
Aluno de Iniciao Cientfca: Elize Regina Kosloski Dranka (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1999006369
Orientador: Mrcia do Rocio Duarte Colaborador: Mami Yano
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Mutamba, algodozinho-do-cerrado, anatomia foliar.
rea de Conhecimento: 4.03.02.00-8 Farmacognosia
0598
A psorase uma doena desenvolvida por um conjunto de fatores genticos, imunolgicos e ambientais. Caracteriza-se por alteraes na
epiderme e derme, manifestando-se por inamao drmica e hiperproliferao de queratincitos, permitindo o aparecimento na pele de
placas na forma de escamas, geralmente avermelhadas. De 2 a 3% da populao mundial afetada pela forma mais comum da psorase.
Apesar de apresentar evoluo benigna, a psorase determina um importante impacto na qualidade de vida dos pacientes, interferindo em
suas atividades dirias, nas relaes sociais e interpessoais. Por no haver ainda um tratamento que elimine denitivamente a doena e
sua recorrncia, de grande importncia a pesquisa de novos frmacos e tratamentos. Dentro deste contexto, torna-se importante o estudo
mais detalhado de alguns produtos popularmente conhecidos, como o caso do Ker, uma associao simbitica de microorganismos
que incluem bactrias cidas lticas, bactrias cida acticas e leveduras. Atualmente existem poucos estudos que demonstrem, a partir da
fermentao de gros de ker em acar mascavo, sua composio qumica e suas propriedades biolgicas. Por esse motivo buscou-se esta
caracterizao, atravs da padronizao do processo fermentativo do probitico ker, visando uma posterior identicao dos metablitos
ativos e vericao da sua ao farmacolgica. Para o tal realizou-se a obteno do ker atravs de processo fermentativo, sob condies
controladas, a partir de gros de ker em soluo de acar mascavo 5%, a m de padronizar variveis no avaliadas popularmente, tais
como pH, temperatura, umidade, determinao de acares totais, produo de etanol, crescimento celular, dados necessrios para que a
reprodutibilidade do ensaio seja garantida. Obteve-se um produto fermentado com caractersticas organolpticas semelhantes ao utilizado
popularmente. As variveis encontradas no processo fermentativo automtico foram padronizadas em 100 rpm, 25C, por 48 horas. Os
resultados obtidos foram de pH 3,4, a produo de etanol foi de 0,001% e o acar total consumido foi de 12,8 g/L. Os resultados denotam
que o procedimento adotado satisfatrio e adequado para a multiplicao dos micro-organismos que compem os gros de ker. A partir
do ker liolizado realizou-se estudo de atividade sobre neutrlos humanos notando-se ausncia de atividade do ker sobre estes. Esto
sendo realizados ainda estudos relacionados atividade farmacolgica do probitico, os quais se encontram em andamento.
IDENTIFICAO DOS COMPONENTES QUMICOS E APLICABILIDADE BIOLGICA DO
PROBITICO KEFIR
Aluno de Iniciao Cientfca: Felipe de Freitas Nunes (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023402
Orientador: Obdulio Gomes Miguel Co-Orientador: Marilis Dallarmi Miguel, Camila Klocker Costa, Sandra Maria W. Zanin
Colaborador: Gabriela Giesel Garcia, Tatiana Schafranski Blachechen
Departamento: Cincias da Sade Setor: Farmcia
Palavras-chave: Kefr, psorase, processo fermentativo
rea de Conhecimento: 4.03.01.00-1
0599
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Existe uma grande preocupao quanto ao risco de infeco em pacientes internados em unidades de queimados. A bactria causadora da
infeco pode advir da prpria pele adjacente no queimada ou de outros tecidos (stio endgeno) ou ainda do ambiente hospitalar (stio
exgeno). Este estudo avaliou a similaridade gentica de cepas de Staphylococcus aureus meticilina-resistentes (MRSA) e Acinetobacter
baumannii isoladas em feridas de pacientes queimados internados em hospital universitrio referncia no tratamento de queimaduras
e avaliar a epidemiologia da infeco nessa unidade. O mtodo utilizado foi anlise do tamanho dos fragmentos de restrio do DNA
cromossmico por eletroforese em campo pulsado (PFGE) usando programas de anlise do gel (gel Proanalyser) e programas de anlise
de similaridade gentica (NTSYS). As amostras de MRSA apresentaram pers genticos semelhantes entre si, indicando serem originadas
de uma mesma cepa e provindas de uma fonte comum. O MRSA descrito como um dos principais patgenos envolvidos em infeces
hospitalares. Coloniza narina e pele, bem como a secreo respiratria de pacientes sob ventilao mecnica, e quando carregado nas mos
da equipe mdica um importante fator para a disseminao de paciente para paciente. Em relao s amostras de Acinetobacter baumanni,
poucas apresentaram perl gentico semelhante. A maioria das amostras apresentou perl gentico diferenciado (policlonal). De um nico
paciente foram obtidas duas amostras que eram clonais entre si, indicando persistncia da bactria no stio da infeco. Conclui-se que
os prossionais da sade que mantm contato direto com os pacientes queimados devem car mais atentos preveno e ao controle de
infeces hospitalares, principalmente no que diz respeito transmisso de MRSA. Dessa maneira possvel diminuir a ocorrncia de
infeces cruzadas, e, conseqentemente reduzir o tempo de internamento, os custos e as chances de bito por complicaes infecciosas.
TIPAGEM MOLECULAR DE Staphylococcus aureus E Acinetobacter baumannii ISOLADOS DE PACIENTES
COM FERIDAS DE QUEIMADURA
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Maia Valverde Silva (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023591
Orientador: Libera Maria Dalla Costa Co-Orientador: Keite da Silva Nogueira
Colaborador: Danieli Conte (IC-Voluntria) Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Pacientes queimados, MRSA, Acinetobacter baumannii
rea de Conhecimento: Microbiologia Aplicada - 2.12.02.00-1
0600
A utilizao de compostos naturais de origem mineral, animal ou vegetal em produtos alimentcios, cosmticos e medicamentos vem de
longa data. Nos dias atuais, tem-se visto um retorno procura por produtos chamados naturais. Dentro deste contexto, torna-se importante
um estudo mais detalhado de alguns produtos popularmente conhecidos, como o caso do Ker. Este uma mistura probitica que traz
vrios benefcios para a sade, de acordo com diversos relatos das comunidades que o utilizam no tratamento da psorase. Atualmente
ainda existem poucos estudos que demonstrem, a partir da fermentao de gros de ker em acar mascavo, sua composio qumica e
suas propriedades biolgicas , e por isso, no presente trabalho buscamos estudar tais caractersticas e buscar explicaes cientcas para
validar o conhecimento popular a respeito deste probitico. Para o tal realizou-se a obteno do ker por um processo fermentativo sob
condies controladas, a partir de gros de ker em soluo de acar mascavo 5%, para garantir a padronizao das variveis, tais como
pH, temperatura, umidade e outras caractersticas analisadas ao longo da fermentao, tornando o ensaio reprodutvel. A partir do ker
liolizado realizaram-se estudos relacionados possvel atividade aleloptica do ker, bem como o ensaio de toxicidade sobre a Artemia
salina e pesquisa de metablitos bioativos utilizando cromatograa em camada delgada. Como resultado observou-se que o probitico ker
no apresenta atividade aleloptica sobre a germinao e crescimento de sementes de Lactuca sativa; apresentou ausncia de toxicidade
sobre Artemia salina; com relao pesquisa de metablitos bioativos detectou-se a presena de aminocidos e cidos, por hora no
identicados, estando a pesquisa ainda em andamento.
IDENTIFICAO DOS COMPONENTES QUMICOS E APLICABILIDADE BIOLGICA
DO PROBITICO KEFIR
Aluno de Iniciao Cientfca: Gabriela Giesel Garcia (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023402
Orientador: Obdulio Gomes Miguel Co-Orientador: Marilis Dallarmi Miguel, Camila Klocker Costa, Sandra Maria W. Zanin
Colaborador: Felipe de Freitas Nunes, Tatiana Schafranski Blachechen
Departamento: Cincias da Sade Setor: Farmcia
Palavras-chave: Kefr, alelopatia, toxicidade
rea de Conhecimento: 4.03.01.00-1
0601
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O objetivo deste estudo foi avaliar os alimentos para ns especiais disponveis nas farmcias e a capacitao, percepo e atuao dos
farmacuticos como orientadores da alimentao saudvel. Um estudo transversal foi realizado avaliando aleatoriamente 73 farmacuticos
em horrio de expediente, representando aproximadamente 10% do total de farmcias comunitrias da cidade de Curitiba-Pr. Os resultados
demonstraram que os farmacuticos possuam em mdia 32 anos, atuam em dispensao h 7 anos e 70% destes prossionais foram
graduados em instituies privadas. Os principais alimentos disponveis nas farmcias foram: produtos para controle de peso (91,8%),
frmulas infantis (90,4%), alimentos funcionais (90,4%), chs (87,7%), produtos com restrio de carboidratos (86,3%) e alimentos
para intolerantes a lactose (82,2%). Os principais contedos sobre alimentos desenvolvidos na graduao foram: bromatologia (67,1%),
microbiologia (41,1%), tecnologia (38,3%) e toxicologia (36,9%). Entretanto, 23,3% dos entrevistados indicaram no terem desenvolvido
contedos especcos sobre alimentos. Em relao a percepo e atuao relacionada aos alimentos as sentenas mais indicadas foram (1
a 5): alimentao inuencia a qualidade de vida (4,55); orientar sobre alimentao saudvel e alimentos para ns especiais obrigao
do farmacutico (4,46); faz parte da prtica prossional questionar sobre a alimentao do usurio quando esta interfere na qualidade
de vida ou xito do tratamento medicamentoso (3,94) e a incluso de orientaes sobre interaes entre alimentos e medicamentos na
rotina da dispensao (3,76). Os farmacuticos indicaram mdia 3,19 para a contribuio dos contedos da graduao no exerccio da
rotina farmacutica e 1,6 para demonstrar a frequncia em atividades de atualizao sobre alimentos. Os principais contedos carentes de
atualizao identicados foram: alimentao e diabetes (4,71); interao alimento-medicamento (4,71); alimentao e hipertenso (4,70);
dislipidemias e gorduras na alimentao (4,55). Os resultados demonstram que as farmcias disponibilizam alimentos para ns especiais
e os farmacuticos reconhecem a importncia de orientar sobre alimentao saudvel na rotina da dispensao. Atualizar e capacitar estes
prossionais, respeitando os aspectos legais de nossa prosso pode se tornar um instrumento de singular importncia sade pblica e
valorizao do prossional farmacutico.
ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS DISPONVEIS NAS FARMCIAS E CAPACITAO, PERCEPO
E ATUAO DOS FARMACUTICOS COMO ORIENTADORES DA ALIMENTAO SAUDVEL
Aluna de Iniciao Cientfca Voluntria: Isis Rosa Csar
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009024149
Orientador: Carlos Eduardo Garcia Rocha Colaboradores: Amanda Borba Sombrio; Rubens Munhoz Filho
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Farmacutico, dispensao, alimentao
rea de Conhecimento: 4.06.02.00-1
0602
A Ateno Farmacutica um modelo de prtica farmacutica, desenvolvida no contexto da assistncia farmacutica. Compreende atitudes,
valores ticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na preveno de doenas, promoo e recuperao
da sade, de forma integrada equipe de sade. A implantao do servio de Ateno Farmacutica na FESC, teve por objetivos o
acompanhamento farmacoteraputico de servidores da UFPR e usurios da FESC, a promoo do uso racional de medicamentos e a
capacitao terico-prtica dos acadmicos do curso de Farmcia da UFPR. Estas aes visam orientar os usurios quanto ao uso correto de
medicamentos , incorporar medidas no farmacolgicas para melhoria na qualidade de vida de portadores de doenas crnicas, minimizar
problemas relacionados com medicamentos, como intoxicaes e interaes medicamentosas, e a aproximao do acadmico com a prtica
prossional. Aplicou-se um questionrio sobre o estado geral de sade aos servidores do Campus Reitoria da UFPR. Desta forma foi possvel
levantar quais os problemas de sade mais prevalentes neste grupo. Vericou-se que cerca de 10% dos pesquisados apresentavam hipertenso
arterial sistmica, sendo esta patologia escolhida para se iniciar o projeto. Atravs do Mtodo Dder, que tem por base a obteno do
histrico farmacoteraputico do paciente e a avaliao do mesmo, a m de identicar e resolver problemas relacionados aos medicamentos
foi iniciado o servio de Ateno Farmacutica na FESC com pacientes portadores de hipertenso arterial sistmica. Durante seis meses
foram atendidos pelo projeto 10 pacientes hipertensos, alm de portadores de outras patologias, estes receberam orientaes a respeito de
seus problemas de sade, do tratamento medicamentoso utilizado e de medidas no farmacolgicas a serem incorporados para melhoria na
qualidade de vida e sobre dvidas gerais que possuam. Como parte do acompanhamento, foram realizadas medidas peridicas de presso
arterial, com o objetivo de vericar a eccia do tratamento medicamentoso prescrito pelo prossional responsvel e das orientaes feitas
pela equipe de Ateno Farmacutica. As informaes foram prestadas verbalmente e atravs de informes impressos para os pacientes ou
na forma de informes aos mdicos, sendo que estes continham informaes a respeito do tratamento dos seus pacientes como valores de
presso arterial. O projeto teve boa aceitao e adeso dos participantes. O projeto dever ser expandido aos demais campi da Instituio
e atender pacientes com outras patologias.
FARMCIA AMIGA - ATENO FARMACUTICA NA FARMCIA ESCOLA (FESC) PARA USURIOS
E SERVIDORES DO CAMPUS REITORIA UFPR .
Aluno de Iniciao Cientfca: Liana de Oliveira Gomes (Outra)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022989
Orientador: Camila Klocker Costa Co-Orientador: Gislene Mari Fujiwara
Colaborador: Livia Amaral Alonso Lopes (Extenso)
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Ateno Farmacutica, Farmcia Escola, Mtodo Dder.
rea de Conhecimento: 4.03.00.00-5- Farmcia
0603
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Boa parte dos frmacos produzidos, atualmente, pela indstria farmacutica, de pases industrializados, provm direta ou indiretamente
de produtos naturais. O estudo aleloptico e toqumico de novas plantas muito importante e decisivo, visto que grande parte de nossas
riquezas vegetais ainda esto sem estudos relacionados para o desenvolvimento de novos medicamentos. A Morus nigra, tambm conhecida
como amoreira, amora-preta ou black mulberry apresenta um extenso uso na medicina popular. Ela uma arbrea pertencente famlia
Moraceae, ordem das Urticales e extensamente cultivada na Europa e na sia Ocidental. O ch da amoreira, elaborado a partir da infuso
das folhas, frutos, razes e cascas da planta utilizado pela medicina chinesa como a fonte de cura de diversas doenas h muito tempo.
Atualmente, existem diversos estudos relacionados com as propriedades medicinais da amoreira e o seu uso popular esta relacionado com a
sua possvel ao anti-inamatria, cicatrizante, diurtica, depurativa, emoliente, expectorante, hipoglicmica, hipotensora, laxante, calmante,
depurativa do sangue, no combate a menopausa e tnico muscular nas prticas desportivas, sendo que a sua principal atividade reconhecida
a sua ao antioxidante, provocada pela presena de antocianidinas. O presente trabalho busca contribuir para o estudo aleloptico da
amoreira, no intuito de encontrar possveis efeitos biolgicos de interesse farmacolgico. Nessa perspectiva, o estudo avaliou a atividade
aleloptica das fraes hexano, diclorometano, acetato de etila e a hidroalcolica do extrato da Morus nigra em sementes de Lactuca ativa.
Foram utilizadas quatro concentraes de cada frao em quatro repeties de cinco sementes, em duplicata, para avaliar a germinao e o
crescimento. A germinao foi avaliada diariamente at o sexto dia, sendo que as sementes germinadas eram retiradas. O crescimento foi
avaliado no stimo dia. Posteriormente foi realizada a anlise estatstica com o teste de Scott-Knott, sendo que no foi observado nenhum
efeito sobre a germinao e crescimento das sementes de L. sativa. A avaliao da atividade hemoltica foi realizada pelo mtodo de controle
de qualidade de plantas medicinais da OMS, para a tcnica foi utilizada uma suspenso de hemcias de carneiro em tampo fosfato pH 7,4 e
essa suspenso foi adicionada a 4 diferentes concentraes dos extratos, aps centrifugao foi avaliado a hemlise ou no dessas hemcias
pelo extrato. As fraes do extrato de Morus nigra no apresentaram atividade hemoltica, o que indica o seu possvel uso.
AVALIAO DE EFEITO ALELOPTICO DE ESPCIES MEDICINAIS COM INTERESSE
FARMACUTICO E NA INDSTRIA DE HERBICIDAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciana Marson dos Santos (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001008869
Orientador: Marilis Dallarmi Miguel Co-Orientador: Obdlio Gomes Miguel
Colaborador: Rafaele Cristine Vieira Sens (ESTAGIARIA), Maria Christina dos Santos Verdam (DOUTORANDA/REUNI),Beatriz Konopatzki
(DOUTORANDA) Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Morus nigra, alelopatia, atividade hemoltica.
rea de Conhecimento: 4.03.02.00-8
0604
O charque produto crneo obtido por mtodos tradicionais de fabricao pautados na desidratao promovida pela salga e exposio das
peas crneas ao sol. Originalmente, este processo era utilizado como alternativa para conservao das carnes, no entanto, mesmo com o
advento da refrigerao, em razo de suas caractersticas apreciveis, o charque continua sendo amplamente consumido e sua produo
supera 200 mil toneladas anuais. Este trabalho teve como objetivo avaliar o rendimento e parmetros fsico-qumicos de charque elaborado
com solues salinas de hidrocolides. Amostras de patinho traseiro (Vastus lateralis) foram porcionadas em cubos de aproximadamente
50g (5), identicadas individualmente e mantidas imersas por 12 h, sob refrigerao a 4C (2), em solues salinas (15% NaCl) contendo
individualmente os hidrocolides (1,0%) carragena (CGN), protena isolada de soja (PIS), bra de colgeno (COL) e pectina (PECT).
Posteriormente, as peas crneas foram submetidas a salga seca por 96 h. As amostras foram avaliadas quanto ao rendimento do processo
aps o perodo de hidratao nas solues salinas, perda de rendimento aps a salga e submetidas s avaliaes de atividade de gua,
umidade e resduo mineral. De forma geral, a presena dos hidrocolides avaliados nas solues salinas promoveu ganho de massa nas
peas crneas, amostras elaboradas com PIS apresentaram rendimento aproximado de 10% enquanto o controle apresentou um decrscimo
ao redor de 20% do peso inicial (p<0,05). As menores perdas promovidas pela salga foram observadas nas amostras processadas com COL,
nestas condies o decrscimo foi de 15,31% enquanto no controle alcanaram 19,95% (p<0,05). O processo para obteno do charque foi
acompanhado da reduo da umidade de 75% para 49% e da atividade de gua de 0,99 para 0,75, porm, o uso de hidrocolides promoveu
signicativo aumento no contedo de gua elevando-o para 54%, no entanto, no houve alterao no comportamento da atividade de gua
0,75 (p>0,05). O uso de hidrocolides tambm permite maior concentrao de NaCl nas amostras at que seja alcanada a saturao, este
comportamento justica o aumento da umidade sem a conseqente elevao da atividade de gua. O uso individual dos hidrocolides
carragena, protena isolada de soja, bra de colgeno ou pectina em solues salinas mostrou-se uma alternativa capaz de reduzir as perdas
de rendimento que acompanham os produtos crneos submetidos salga sem que ocorra a elevao da atividade de gua e conseqente
comprometimento da estabilidade do produto.
USO DE HIDROCOLIDES NA MELHORIA DA QUALIDADE E RENDIMENTO DE PRODUTOS
CRNEOS SALGADOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Mara Pereira Castilho (Programa IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023227
Orientador: Carlos Eduardo Rocha Garcia
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Carragena, colgeno, pectina
rea de Conhecimento: 5.07.02.00-9
0605
LIVRO DE RESUMOS - 18.
O
EVINCI E 3.
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EINTI / OUTUBRO / 2010
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Na micro e nanotecnologia, em se tratando de produtos cosmticos e farmacuticos, a substncia ativa, ao invs de ser adicionada diretamente
no veculo cosmtico ou farmacutico (forma livre), encapsulada em vesculas micro e nanomtricas, denominadas microcpsulas e
nanocpsulas, respectivamente. Essas estruturas so sistemas de liberao controlada de frmacos, formadas por uma poro externa, um
no lme polimrico responsvel pelo revestimento, suporte e proteo; e por uma poro interna, constituda por pequenas quantidades
da substncia farmacologicamente ativa nos estados slido, lquido ou gasoso. As vantagens da utilizao desse sistema incluem proteger
o ativo da degradao por diminuir seu contato com o restante da formulao; oferecer maior resistncia, estabilidade e proteo contra
oxidao e fotodegradao; mascarar sabores e odores desagradveis do princpio ativo; aumentar o tempo de ao do ativo e separar
incompatibilidades. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o desenvolvimento de micropartculas do polmero biodegradvel alginato
de sdio pela metodologia de gelicao inica, tomando como ponto de partida a determinao da capacidade de encapsulao de leo
vegetal por meio dessa tcnica, seleo da melhor faixa de trabalho e posterior aplicao da metodologia em um produto cosmtico ou
farmacolgico. Os resultados demonstraram a formao das microcpsulas de alginato de clcio contendo leo de semente de uva em
todas as concentraes testadas dos reagentes alginato de sdio e cloreto de clcio, sendo que nas menores concentraes dos mesmos,
as microcpsulas no suportaram mais do que 12% de leo e tambm se apresentaram mal estruturadas. Nas demais concentraes as
microcpsulas mostraram-se brilhantes e com espessura de parede desejvel para aplicao dermatolgica. Quanto ao microencapsulamento
de mentol e cnfora, o mesmo se deu de maneira desejvel, sendo incorporado em forma farmacutica de aplicao dermatolgica para
utilizao teraputica. Futuros estudos podem ser realizados no que diz respeito microencapsulao de novos ativos bem como no
desenvolvimento de novas formas farmacuticas.
TCNICAS DE OBTENO DE NANOPARTCULAS E MICROPARTCULAS DE ACROMOLCULAS
NATURAIS PARA FINS COSMTICOS E FARMACUTICOS: UMA AVALIAO PRTICA DA
VIABILIDADE DAS TCNICAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Patricia Pasqualim (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022852
Orientador: Sandra Maria Warumby Zanin Colaborador: Talita Adriane Culpi (IC - Voluntria)
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Microencapsulao, gelifcao inica, alginato de sdio
rea de Conhecimento: Farmacotecnia - 4.03.01.00-1
0606
Vinagre o produto obtido exclusivamente da fermentao actica do vinho. A palavra vinagre signica vinho azedo e nada mais do
que o produto da transformao do lcool em cido actico por bactrias acticas. Juntamente com o vinho, foram os primeiros produtos de
fermentao espontnea utilizados pelo homem na alimentao. Embora o termo vinagre, isoladamente, corresponda ao produto obtido da
aceticao do vinho, a matria-prima utilizada para sua elaborao varivel em funo da disponibilidade de cada pas em que fabricado,
podendo partir do vinho, arroz, sidra, malte, lcool, entre outros. O vinagre considerado um condimento, pois a sua principal nalidade
atribuir gosto e aroma aos alimentos, tambm utilizado para conservar vegetais e outras substncias, atribuindo-lhes gosto agradvel.
Os condimentos, de modo geral, quando ingeridos em quantidades moderadas, estimulam a digesto. O vinagre apresenta propriedades
estimulantes, pois favorece a secreo do suco gstrico aumentando a ao dissolvente. Do total de aproximadamente 170 milhes de litros
de vinagre consumidos anualmente no Brasil, cerca de 80% so referentes ao vinagre de lcool. Depois do vinagre de lcool, o produto
elaborado base de vinho o mais consumido no Brasil, seguido pelo vinagre balsmico e pelos vinagres de frutas, principalmente ma.
A acidez voltil corresponde ao teor de cido actico que o componente mais importante do vinagre. Ele provm da oxidao do lcool do
vinho no processo de aceticao. O vinagre para consumo deve ter entre 4% e 6% de cido actico. A legislao brasileira estabelece em 4%
o teor mnimo de cido actico para vinagre. Os objetivos deste trabalho foram analisar as diversas variveis que caracterizam os diferentes
tipos de vinagres produzidos, compar-las com os dados da literatura e da legislao vigente pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
(ANVISA) bem com o rtulo do produto. As variveis analisadas foram: acidez total por cento, acidez voltil por cento, acidez xa por
cento, extrato seco, pH, e seguiram-se as metodologias ocias de anlise propostas pelo Instituo Adolfo Lutz, verso eletrnica atualizada.
CARACTERIZAO E CONTROLE DE QUALIDADE DE VINAGRES COMERCIALIZADOS NA
REGIO METROPOLITANA DE CURITIBA/PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafaela Kropzak Schmoeller (Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:
Orientador: Mara Eugenia Balbi
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Vinagres, controle de qualidade, caracterizao.
rea de Conhecimento: 4.03.05.00-7
0607
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A amoreira-negra (Morus nigra L.) possui utilizao medicinal e alimentcia, e pertence famlia Moraceae. O gnero Morus conhecido
por conter inmeros compostos fenlicos incluindo avonides, isoprenilados, cumarinas, cromonas e xantonas, sendo estes em sua maioria
detentores de atividades como antiinamatria, diurtica e efeitos hipotensores. Os frutos, cascas e folhas da amoreira-preta possuem usos
medicinais, os frutos com efeitos antiinamatrio e coagulante, a casca para dor de dente, e os folhas como antdoto para envenenamento
e picadas de cobras, os galhos como diurticos e hipotensores, e as cascas da raiz vm sendo usadas como antiinamatrio, antitussgeno e
antipirtico. Estudos relatam ainda suas atividades hipoglicemiante, antinociceptiva, e efeito protetor a danos peroxidativos em biomembranas.
Tendo em vista suas relatadas e potenciais atividades, realizou-se a extrao etanlica e fracionamento em soxleht modicado de cascas de
raiz de Morus nigra secos e estabilizados. As fraes foram submetidas a ensaios toxicolgicos (artemia salina) e de atividade antimicrobiana
(teste de concentrao inibitria mnima). Extratos com valores de LC50 inferiores a 1000g/mL so considerados bioativos e pode-se
observar que as amostras testadas no apresentam considervel bioatividade frente Artemia salina. As mortalidades foram muito prximas
dos controles, no sendo possvel calcular uma DL50. Foi observado que a mortalidade nos tubos com solventes no exerce inuncia
sobre os resultados. A LC50 do controle positivo foi de 166,81 ppm (intervalo de conana 95% = 43,01 649,94ppm). Em relao ao
estudo da atividade antimicrobiana, tambm no apresentou inibio de crescimento signicativo nas diliues testadas (1:1; 1:2; 1:4; 1:8;
1:16; 1:32; 1:64) havendo turvao em todos os tubos - Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228),
Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027) e Escherichia coli (ATCC 8739) - exceto nos controles negativos.
AVALIAO DE EFEITO ALELOPTICO DE ESPCIES MEDICINAIS
COM INTERESSE FARMACUTICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafaele Cristine Vieira Sens (PIBIT/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2001008869
Orientador: Obdlio Gomes Miguel Co-Orientador: Marilis Dallarmi Miguel
Colaborador: Luciana Marson dos Santos
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Morus nigra, atividade antimicrobiana , alelopatia.
rea de Conhecimento: 4.03.02.00-8
0608
Sob a denominao popular de capuchinha, or-de-chagas, chaguinha e agrio-da-ndia, designa-se a espcie Tropaeolum majus L.,
pertencente famlia Tropaeolaceae. Trata-se de uma planta anual, herbcea, de hbito rasteiro ou trepador, procedente originariamente
do Peru e de ampla distribuio no Brasil. Possui caule estreito e carnoso, folhas peltadas, longo-pecioladas e ores amarelas a vermelhas,
que apresentam calcar ou esporo, denido como um apndice relativamente alongado que contm nctar e auxilia no mecanismo da
polinizao. Pela reconhecida beleza das ores, cultivada como ornamental, bem como consumida na alimentao, em saladas ou sopas,
devido ao sabor picante dos seus glucosinolatos, que lembram o agrio (Nasturtium ofcinale R. Br., Brassicaceae). Na medicina popular,
empregada como antimicrobiana, antiescorbtica e expectorante. Investigaes toqumicas e farmacolgicas tm demonstrado que extratos
da planta possuem antocianinas com atividade antioxidante e isotiocianatos com efeitos antitumorais in vitro. Tendo em vista o potencial
teraputico de T. majus, este trabalho visou contribuir para incrementar o conhecimento da anatomia foliar dessa planta medicinal, com
ns de autenticao farmacognstica. Folhas desenvolvidas foram coletadas de plantas cultivadas em pleno sol, previamente identicadas.
Fragmentos foliares foram xados em FAA70, seccionados mo livre e corados de modo combinado com azul de astra e fucsina bsica.
Observou-se que, em vista frontal, as clulas da epiderme apresentam paredes anticlinais onduladas, com curvatura mais acentuada na
face abaxial. Estmatos anisocticos e anomocticos ocorrem em ambas as superfcies, tipicamente de folha anestomtica. Encontram-se
tricomas tectores pluricelulares, unisseriados, frequentemente formados de trs a sete clulas, sendo a basal mais alargada e a apical alada.
Uma cutcula namente granulosa reveste esses apndices epidrmicos. Em seco transversal, a epiderme monoestraticada e revestida
por cutcula delgada. O mesolo dorsiventral, consistindo de aproximadamente uma camada de parnquima palidico e seis estratos
de parnquima esponjoso. A nervura central tem seco biconvexa e o pecolo revela formato circular. Ambos tm aspecto semelhante,
apresentando colnquima angular e vrios feixes vasculares colaterais dispostos em anel (arranjo cntrico) e imersos no parnquima
fundamental. Quando analisados em conjunto, esses caracteres tm relevncia prtica na identicao foliar dessa planta medicinal.
IDENTIFICAO MICROSCPICA DE FOLHAS DE CAPUCHINHA: Tropaeolum majus L.,
TROPAEOLACEAE
Aluno de Iniciao Cientfca: Rosemar Hofmann dos Santos (Outra: Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1999006369
Orientador: Mrcia do Rocio Duarte Colaborador: Juliana Bana Gomes
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Anatomia foliar, for-de-chagas, planta medicinal.
rea de Conhecimento: 4.03.02.00-8 Farmacognosia
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As micropartculas de alginato-clcio representam um dos carreadores mais amplamente usados para imobilizao de enzimas e protenas
para o controle de liberao de frmacos. A tcnica mais simples de encapsulao consiste em misturar o material a ser encapsulado em
uma soluo de alginato de sdio. Esta mistura gotejada sobre uma soluo contendo ons clcio resultando na formao imediata de
micropartculas que em rede tridimensional em modelo caixa de ovo retm clulas ou frmacos em processo de gelicao inica. Foram
conduzidos experimentos, para uso dermatolgico, com alginato de sdio na concentrao de 1,0; 0,5 e 0,3% e de cloreto de clcio a 0,5%.
A tcnica consiste em solubilizar o alginato em gua fria, levar ao aquecimento em banho-maria a 60C por aproximadamente 15 minutos
ou at completa solubilizao, em seguida, adicionar o leo de amndoas doce sobre o alginato, e gotejar a soluo de alginato/leo de
amndoas doce mantida sob agitao magntica e aquecimento a 60C 5C sobre o cloreto de clcio 0,5% em recipiente com agitador de
hlice a 2000 rpm, passar para tamis de 60 mesh, lavar abundantemente e pruc-las com gua destilada colocando as partculas obtidas em
placa de Petri. O pH da soluo de alginato de sdio nas trs concentraes foi de 8-9. O tamanho das partculas foram 1,5 a 2,0 mm. Assim,
as micropartculas mais adequadas para uso dermatolgico foram as obtidas com concentrao de alginato de sdio a 0,3%, pois foram
macias ao toque e liberaram facilmente o contedo, sendo esta concentrao escolhida para a sequncia dos experimentos onde, em seguida,
variou-se as concentraes de cloreto de clcio a 0,25; 1,0 e 2,0% para vericar formao, agregao, tamanho e distribuio do leo no
interior da micropartcula sob microscopia ptica. Nas trs concentraes de cloreto de clcio houve formao de micropartculas. Portanto,
a concentrao de 1,0% de CaCl2 apresentou o melhor resultado quanto ao tamanho regular e ausncia de agregao, apresentando o leo
encapsulado centrado no interior da partcula. Contudo, na concentrao a 0,25% as partculas caram disformes e o leo mal distribudo.
J na concentrao de 2,0% a distribuio do leo apresentou-se desuniforme, de forma entrelaada ao alginato de sdio.
REVISO NA LITERATURA DOS MTODOS UTILIZADOS PARA A OBTENO DE MICRO E
NANOPARTCULAS DE ALGINATO DE SDIO: REPETIO DAS TCNICAS, OBSERVAO DOS
RESULTADOS E ESCOLHA COMPARATIVA DA MAIS VIVEL E PRTICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Talita Adriane Culpi ( IC - Voluntria )
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022852
Orientador: Sandra Maria Warumby Zanin Colaborador: Patricia Pasqualim ( IC Voluntria )
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade Palavras-chave: Microcpsulas, alginato de sdio, leo de amndoas doce.
rea de Conhecimento: Farmacotecnia
0610
Os hidrocolides so aditivos de natureza hidroflica amplamente utilizados na indstria crnea como estabilizantes ou substituintes de
gordura. Este trabalho tem por objetivo avaliar o rendimento, capacidade de reteno de gua (CRA) e perdas por coco em carne bovina
processada com solues salinas de hidrocolides. Amostras de patinho traseiro (Vastus lateralis) foram adquiridas na cidade de Curitiba-Pr
e seccionadas em cubos de 15g (2). Foram avaliados cinco diferentes hidrocolides: carragena (CGN), pectina (PECT), protena isolada
de soja (PIS), goma xantana (XAN) e bra de colgeno (COL), utilizados individualmente na concentrao de 0,5%, diludos em solues
salinas (0, 3 e 15% de NaCl) cujo volume correspondia a 80% do peso das amostras crneas (p/p). Os tratamentos foram avaliados em
triplicata por meio de cubos identicados, acondicionados em sacos plsticos e mantidos em contato com as solues salinas de hidrocolides
por 12 horas, sob refrigerao a 4C (2). As amostras foram avaliadas quanto ao rendimento, CRA e perdas por coco. A manuteno das
amostras em meio aquoso promoveu ganho de massa, porm, os maiores rendimentos foram observados nas peas tratadas com solues
salinas independente se utilizadas nas concentraes de 3% ou 15%. O uso de hidrocolides no proporcionou rendimentos adicionais aos
vericados nestes controles (CTRL), as maiores mdias (7,48%) foram observadas na soluo contendo COL e 15% de NaCl, no entanto,
estes valores foram semelhantes aos observados no CTRL (p>0,05). Os hidrocolides avaliados quando combinados a 15% de NaCl
proporcionaram CRA superior ao CTRL (67,31%), as maiores mdias foram vericadas nas amostras contendo PECT (86,49%) (p<0,05),
seguida de COL (79,49%), CGN (79,22%), XAN (78,75%) e PIS (77,34%). Nas amostras contendo PECT, cubos tratados com 0% e 3% de
NaCl apresentaram CRA de 69,83%, e 73,77% respectivamente, indicando que a CRA aumenta segundo a concentrao salina. As menores
perdas por coco foram vericadas nas amostras elaboradas com salmoura contendo 15% de NaCl e os hidrocolides COL (40,79%) ou
PECT (41,33%), enquanto CTRL sofreu um decrscimo de 46,27% (p<0,05). O NaCl inuenciou signicativamente as perdas por coco,
amostras de COL mantidas em solues contendo 3% e 0%, apresentaram maiores perdas, 43,73% e 49,24%, respectivamente, quando
comparadas s amostras processadas com 15% de cloreto de sdio (p<0,05). No entanto, o NaCl no inuenciou as perdas por coco na
ausncia de hidrocolides, nestas amostras a reduo da concentrao salina de 15% para 0%, provocou uma discreta elevao das perdas
de 46,27% para 47,44% (p>0,05). Estes resultados sugerem a ocorrncia de uma combinao entre a matriz crnea, hidrocolides e o NaCl
capaz de aumentar o rendimento dos processos, estimular a reteno de gua nos produtos e reduzir as perdas promovidas pela coco.
USO DE COLGENO NA MELHORIA DA QUALIDADE DE PRODUTOS CRNEOS SALGADOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Vincius Jos Bolognesi (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023227
Orientador: Carlos Eduardo Rocha Garcia
Departamento: Farmcia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: carragena, pectina, xantana.
rea de Conhecimento: 5.07.02.00-9
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A alfarroba originaria da regio do mediterrneo, muito usada na culinria local em preparao de doces e bebidas, pois possui avor
similar ao cacau. caracterstica desse alimento possuir grandes quantidades de bras e polifenis. O ndice glicemico dos alimentos pode
ser denido como uma variao sistemtica da resposta ps-prandial da glicose e da insulina com o consumo de carboidratos. A presena
de bras nos alimentos inuencia o ndice glicemico e a resposta glicmica no organismo. Atualmente no existem dados sobre o ndice
glicmico da alfarroba na literatura. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o teor de bras solveis e insolveis presentes na farinha
de alfarroba e determinar o ndice glicmico de um produto elaborado com a farinha de alfarroba, atravs do mtodo in vivo e in vitro, e
comparar os mtodos utilizados. Para determinao do teor de bras foi utilizado o mtodo enzimtico-gravimtrico. Foi determinado o
teor de bras de duas amostras de farinha de alfarroba com diferentes graus de torrefao. A determinao do ndice glicmico in vivo foi
realizada por meio de adaptao do mtodo proposto pela FAO (1998). A etapa de avaliao in vivo foi submetida ao Comit de tica do
Setor de Cincias da Sade da UFPR, tendo sido aprovada. Foram selecionados 10 voluntrios, estes assinaram o Termo Livre e Esclarecido.
Os nveis de glicose sangunea foram determinados atravs de puno digital de sangue capilar. Para a determinao do ndice glicemico in
vitro, foi adaptado o mtodo (GOI et. al, 1997). Este mtodo consiste na digesto enzimtica in vitro e na determinao do teor de glicose
atravs do mtodo enzimtico-colorimetrico. O teor de bra alimentar encontrado nas amostras foi de 42,9 % (+ 0,68) para a amostra 1 e
42,6% (+ 0,49) para a amostra 2. O teor de bra solvel encontrado foi de 2,69% (+ 0,0 DP) e 2,75% (+ 0,0 DP). O teor de bra insolvel
encontrado foi de 40% (+ 0,01) e 39% (+ 0,02) respectivamente. Os resultados da determinao do ndice glicemico in vivo e in vitro
esto sendo nalizados no sendo possvel descreve-los no momento. A farinha de alfarroba apresentou um alto teor de bras, a presena
dessas bras alimentares inuencia o ndice glicmico de produtos que a utilizam como ingrediente, esses resultados condizem com os
encontrados na literatura. O teor de bras encontrado um dado importante, que pode ser considerado um indicador de que a alfarroba
possui um ndice glicmico diminudo.
PROPRIEDADES FUNCIONAIS DA ALFARROBA - DETERMINAAO DO NDICE GLICEMICO E DO
TEOR DE FIBRAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciana Milek dos Santos (Programa-Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022685
Orientador: Cludia Carneiro Hecke Krger Colaborador: Giane Sprada Mira (Professora do Curso de Nutrio), Lindamir Tomczak
Tulio(Tcnica do Laboratrio de Anlise de Alimentos) , Jair Jos de Lima (Tcnico do Laboratrio de Ps-Graduao) .
Departamento: Nutrio Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Alfarroba, ndice Glicemico, Fibras.
rea de Conhecimento: Tecnologia de Alimentos 5.07.02.00-9
0612
A avaliao do estado nutricional de crianas e adolescentes vinha sendo feita atravs de comparaes com o padro de referncia proposto na
dcada de 70, pelo National Center for Health Statistics (NCHS), considerado posteriormente pouco representativo, dentre outras limitaes.
O novo referencial construdo pela Organizao Mundial de Sade (OMS) para crianas at 5 anos de idade, lanado em 2006, alm de
mais representativo e com uma orientao prescritiva, resultou na elaborao de novos valores de referncia, para a faixa etria de 5 a 19
anos, as novas curvas OMS 2007, dando continuidade ao estudo e vigilncia do crescimento de escolares e adolescentes. Soma-se a isto a
alta prevalncia de obesidade como um problema de Sade Pblica, constituindo outro motivo para a construo de novas curvas. Pesquisas
tm sido feitas com o intuito de comparar as novas curvas com o referencial antigo anteriormente citado, procurando fazer o melhor uso
possvel das mesmas frente a diferentes populaes, uma vez que este novo padro tido pela OMS e comunidade cientca como o mais
adequado atualmente. O objetivo principal deste estudo comparar os dois referenciais, NCHS e OMS 2007, na deteco de prevalncia de
sobrepeso e obesidade em adolescentes paranaenses, utilizando dados provenientes de dois trabalhos j realizados, pertencentes a um extenso
projeto sobre o Estado Nutricional de Escolares no Paran. Atravs de testes estatsticos adequados ao objetivo proposto, a comparao vem
sendo feita a m de identicar diferenas e/ou aspectos signicativos que colaborem para a validao do novo referencial produzindo novas
interpretaes, junto a estudos j existentes. De acordo com comparaes j realizadas, os primeiros resultados no evidenciam diferena
entre os dois referenciais, fazendo com novos testes mais aprofundados e especcos sejam feitos na seqncia do estudo.
PREVALNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ADOLESCENTES NO PARAN: COMPARAO
DAS CURVAS DE REFERNCIA DA ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE 2007 COM O
REFERENCIAL DA NATIONAL CENTER FOR HEALTH STATISTICS (NCHS)
Aluno de Iniciao Cientfca: Magali Terezinha Pilato (UFPR/TN).
No de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017413
Orientador: Suely Teresinha Schmidt Passos de Amorim Colaboradores: Nvea da Silva Matuda (Profa. /Estatstica)
Departamento: Nutrio Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: estado nutricional, antropometria, escolares.
rea de Conhecimento: Anlise Nutricional de Populao - 4.05.03.00-3
0613
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As resinas compostas so bastante empregadas na odontologia para a realizao de restauraes imperceptveis, mas sua utilizao requer o
emprego de fontes de luz. Quando a luz atinge o material, esta pode ser absorvida, reetida ou dispersa o que signica que apenas uma parte
da radiao luminosa pode ser transmitida atravs do material. Como conseqncia, regies mais profundas recebero menor quantidade
de luz, o que pode reduzir ou impedir a reao de polimerizao. O objetivo do trabalho foi avaliar a atenuao da luz atravs de diferentes
espessuras de resina composta de uso universal, bem como mensurar a profundidade de polimerizao das mesmas. Foram utilizadas as
resinas microhbridas Opallis e Llis, na cor A3, tanto de esmalte (E) como de dentina (D). Para atenuao da luz foram usadas matrizes
metlicas com 6,0mm de dimetro interno e espessuras de 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0mm. As matrizes foram posicionadas na janela de leitura do
radimetro e a intensidade de luz medida antes e aps a insero de cada resina para todas as espessuras e o valor de atenuao da luz
calculado. Para a profundidade de polimerizao foi usada matriz metlica bipartida com 3mm de dimetro e 11mm de profundidade, onde
as resinas foram inseridas e polimerizadas por 40 segundos. Aps a fotoativao a matriz foi aberta e o material polimerizado mensurado
com paqumetro digital. O valor foi dividido por dois conforme ISO 4049 (2000). Foi usado o aparelho LED (Emitter B, Schuster) para
todas as avaliaes, com 10 espcimes por grupo. Os dados foram submetidos a ANOVA e as diferenas comparadas pelo teste de Tukey
a 5%. Os resultados mostraram que para a resina Opallis E e D e para a Llis D houve diferena entre todas as espessuras. Na Llis E no
foram encontradas diferenas apenas entre as espessuras de 1,5 e 2,0mm. Na comparao entre materiais, em cada uma das espessuras foi
possvel observar que em 0,5mm houve diferena apenas entre Opallis E e Llis D e entre Llis E e Llis D. Em 1,0mm no houve diferena
entre Opallis E e Llis E e entre Opallis D e Llis D. Para 1,5mm no foram encontradas diferenas somente entre Opalllis D e Llis D. As
diferenas em 2,0mm ocorreram entre Opallis E e Llis E. Os resultados da profundidade de polimerizao no demonstraram diferena
apenas entre Opallis E e Llis E e entre Opallis D e Llis D. Assim, conclui-se que houve maior atenuao de luz para as cores de dentina;
a resina Llis apresentou maiores valores de atenuao, especialmente na cor de dentina. A profundidade de polimerizao foi menor para
as cores de dentina em ambos os materiais.
ATENUAO DA INTENSIDADE DE LUZ E PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAO DE
DIFERENTES RESINAS COMPOSTAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Jean Felipe Garlet Werlang (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023472
Orientador: Andresa Carla Obici Co-Orientador: Ivana Froede Neiva; Vnia Suely Maria
Colaboradores: Ricardo Joo Dalfovo Departamento: Odontologia Restauradora Setor: Cincias da Sade
Palavras Chave: Resina composta, Atenuao de luz, Profundidade de polimerizao.
rea de Conhecimento: 4.02.09.00-8 Materiais Odontolgicos
0614
Os implantes osseointegrados e as prteses instaladas sobre eles tm permitido a reabilitao funcional e esttica de pacientes total ou
parcialmente edntulos. Mas, como todo tratamento, eles tambm podem apresentar falhas ou problemas quando em funo. Destes
problemas o mais citado o afrouxamento do parafuso que xa o pilar prottico ao implante. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito de
repetidos apertos e desapertos sobre o parafuso do pilar prottico de trs sistemas de implantes: hexgono externo, hexgono interno e
cone Morse, para vericar quanto do torque perdido aps este processo. Com estes dados pode-se por m quanticar a perda do torque
do parafuso e avaliar se as repeties de aperto e desaperto comprometem o sucesso do tratamento. Para o desenvolvimento do trabalho
foram utilizados 30 implantes osseointegrveis em titnio, sendo 10 de cada sistema de conexo. Cada implante foi xado em um bloco
de poliuretano, que simula a densidade do osso humano, at a altura de seu colo. Os pilares foram posicionados e os parafusos apertados
com torque de 32 N.cm, com uso de torqumetro digital. Dez minutos aps cada xao o parafuso era desapertado com o torqumetro e
o valor necessrio para remov-lo era anotado. O valor obtido pela diferena entre torque inicial e valor para desaperto representa quanto
do torque foi perdido. O procedimento foi repetido por 30 vezes em cada conjunto implante/pilar prottico. Os resultados mostraram em
todos os grupos diminuio signicativa dos valores de torque para remoo do parafuso, ou seja, signicativa perda de torque. No foi
encontrada relao do nmero de apertos e desapertos com a perda de torque ocorrida. Pode-se concluir que a indicao de uma conrmao
de torque 10 minutos aps o aperto do parafuso necessria clinicamente, pois ocorre signicativa perda de torque, independente do sistema
de conexo de implante utilizado.
AVALIAO DA PERDA DE TORQUE EM PARAFUSOS DE 3 DIFERENTES SISTEMAS DE IMPLANTE
Aluno de Iniciao Cientfca: Renan Carlos de R Silveira (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023535
Orientador: Juliana Saab Rahal
Departamento: Odontologia Restauradora Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Implantes dentrios, torque, falha de restaurao dentria.
rea de Conhecimento: 4.02.09.00-8 Materiais Odontolgicos
0615
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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Resinas compostas so materiais restauradores empregados na odontologia com a nalidade de devolver ao paciente no apenas a funo
como tambm a esttica, permitindo a realizao de restauraes que se mimetizam com o remanescente dental. A polimerizao ocorre
quando a luz visvel, com comprimento de onda entre 400 e 500 nm, atinge a resina e ativa o fotoiniciador canforoquinona. Entretanto, parte
da luz ser absorvida, reetida ou dispersa limitando a profundidade de polimerizao do material. Ainda, diferentes aparelhos podem ser
utilizados para fotoativar as resinas compostas. Dentre eles destacam-se equipamentos que utilizam lmpada halgena e aparelhos a base
de LED. Este trabalho teve como objetivo avaliar a profundidade de polimerizao dos compsitos restauradores Opallis e Llis, na cor A3,
tanto de esmalte como de dentina, utilizando duas fontes de luz diferentes. A profundidade de polimerizao foi mensurada de acordo com
as especicaes da ISO 4049 (2000). O material foi inserido com esptula Thompson em matriz metlica bipartida com 3mm de dimetro
e 11mm de profundidade e, em seguida fotoativado por 40 segundos com aparelho LED (Emitter B, Schuster), cuja intensidade de luz foi
1000 mW/cm2, ou com aparelho de lmpada halgena (Ultralux, Dabi Atlante) e intensidade de 530 mW/cm2. Aps a polimerizao foi
feita a abertura da matriz, remoo do material amolecido e medio da resina polimerizada com paqumetro digital. O valor obtido foi
dividido por dois. Foram confeccionados 10 corpos-de-prova por grupo. Os dados foram submetidos a ANOVA e as diferenas comparadas
pelo teste de Tukey a 1%. Os resultados mostraram que para a fonte de luz halgena no foi observada diferena signicativa apenas entre
as resinas Opallis EA3 e Llis EA3. Com o aparelho de LED, no foram encontradas diferenas entre as resinas de esmalte, assim como
entre as resinas de dentina dos materiais estudados. A comparao das fontes de luz demonstrou os maiores valores de profundidade de
polimerizao para o LED, o qual foi estatisticamente diferente da lmpada halgena, independentemente do material. Desta forma, lcito
concluir que as resinas de esmalte propiciam uma maior profundidade de polimerizao quando comparado s de dentina e que o aparelho
de LED utilizado resultou em valores maiores de profundidade de polimerizao.
AVALIAO DA PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAO DE RESINAS COMPOSTAS USANDO
DIFERENTES FONTES DE LUZ
Aluno de Iniciao Cientfca: Ricardo Joo Dalfovo (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023472
Orientador: Andresa Carla Obici Co-Orientador: Ivana Froede Neiva; Vnia Suely Maria
Colaboradores: Jean Felipe Garlet Werlang Departamento: Odontologia Restauradora Setor: Cincias da Sade
Palavras Chave: Resina composta, Profundidade de polimerizao, Fontes de luz.
rea de Conhecimento: 4.02.09.00-8 Materiais Odontolgicos
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O sucesso clnico em restauraes de resina composta depende de se obter um material sucientemente polimerizado. Para tanto, necessrio
que haja um aparelho que emita luz com caractersticas adequadas, sendo que um dos fatores que deve ser considerado a intensidade
de luz emitida. Portanto, o objetivo da presente pesquisa foi a avaliao da intensidade de luz emitida pelos 48 diferentes aparelhos
fotopolimerizadores utilizados pelos alunos da graduao, na disciplina de Clnica Integrada da UFPR. Foram analisados inicialmente os
componentes internos e externos dos aparelhos fotopolimerizadores, dentre eles: ltro, lmpada, ponteira e ventoinha. A intensidade de luz
foi mensurada por meio do radimetro RD 7 (ECEL, Ribeiro Preto), fornecendo valores em mW/cm2. Para a obteno dos valores, a
ponta ativa do fotopolimerizador foi posicionada na janela de leitura do radimetro e, ento o equipamento foi acionado. Foram registradas
duas leituras por equipamento, a primeira em 10 segundos e a segunda em 60 segundos. As avaliaes foram realizadas em quatro perodos
diferentes, num intervalo de seis meses. A partir dos valores de intensidade de luz, os aparelhos foram distribudos em trs grupos distintos:
G1- valor inferior a 200 mW/cm2; G2- valor entre 200 e 400 mW/cm2; G3- valor superior a 400 mW/cm2. Os dados originais foram submetidos
a ANOVA e as diferenas obtidas pelo teste de Tukey a 5%. Os resultados mostraram que apenas 4,16% dos aparelhos apresentavam-se
com ltro em condies adequadas. Quanto ao condutor de luz, 6,25% estavam dentro dos padres ideais. As ventoinhas demonstraram
funcionamento em 47,75% dos equipamentos analisados; j as caractersticas das lmpadas mostraram-se satisfatrias em 68,75% dos casos.
No houve diferena estatisticamente signicante entre os tempos de 10 e 60 segundos de aquecimento da lmpada. A intensidade de luz
mdia do G1 foi de 152,12 mW/cm2, do G2 foi 299,85 mW/cm2 e do G3 foi 481 mW/cm2. Nas trs primeiras avaliaes, o maior nmero
de fotopolimerizadores estava no G2, sendo que na primeira aferio 60.41% equipamentos; na segunda, 52.08%, e na terceira, 41.66%.
medida que diminuiu a quantidade de aparelhos neste grupo, aumentou no G3. Na quarta avaliao 39,58% dos aparelhos enquadravam-se
G3, enquanto 33.33% no G2. Desta forma, conclui-se a importncia da reviso peridica dos aparelhos fotopolimerizadores, efetuando a
troca de seus componentes sempre que necessrio, a m de se obter uma polimerizao satisfatria dos materiais resinosos.
AVALIAO DA INTENSIDADE DE LUZ DE APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES USADOS NA
CLNICA INTEGRADA DA UFPR
Aluno de Iniciao Cientfca: Sharon Moreira (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023470
Orientador: Ivana Froede Neiva Co-Orientador: Andresa Carla Obici; Vnia Suely Maria
Colaboradores: Mariana Motta Levien Departamento: Odontologia Restauradora Setor: Cincias da Sade
Palavras Chave: Resina composta, Intensidade de luz, Aparelho fotolopolimerizador.
rea de Conhecimento: 4.02.09.00-8 Materiais Odontolgicos
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A substituio dentria por prteses retidas por implantes tem sido cada vez mais frequente e parte da clnica odontolgica cotidiana.
Uma boa parte dessas prteses xada ao implante atravs de cimentao, como nas convencionais sobre dentes, onde permanece a
problemtica do surgimento de uma linha de cimento e possvel desadaptao entre coroa e pilar do implante (abutment). Assim o objetivo
deste estudo foi avaliar a formao de fenda entre pilar e coroa prottica antes e aps sua cimentao. Para este m foram utilizados 30
implantes osseointegrveis em titnio, sendo 10 de cada sistema de conexo: hexgono externo, hexgono interno e do tipo cone Morse,
sobre os quais foram instalados pilares do tipo munho universal. A partir de cilindros pr-fabricados foram enceradas e fundidas coroas
protticas totalmente metlicas com anatomia e dimenses de um molar. Cada implante foi posicionado em um cilindro e xado atravs de
resina autopolimerizvel, com total exposio de seu colo. Os pilares foram posicionados e os parafusos apertados com o torque indicado
pelo fabricante, com o uso de torqumetro digital. As coroas protticas foram ento posicionadas e cada amostra foi levada ao microscpio
ptico para obteno de imagem e posterior mensurao da fenda existente entre coroa e pilar prottico atravs de software especco. Num
segundo momento realizou-se a cimentao padronizada dessas coroas, com cimento de fosfato de zinco, e segunda anlise e mensurao
das respectivas fendas. Uma marcao com caneta para retorprojetor extra-na foi realizada previamente para determinar as regies de
leitura em cada coroa. Os resultados obtidos permitiram observar a formao de fenda entre pilar e coroa prottica em todas as amostras,
independente do sistema de conexo do implante. A largura da fenda aumentou signicativamente em todas as amostras aps a cimentao,
devido interposio e visvel formao da linha de cimento. Isto permitiu concluir que as prteses sobre implante xadas atravs de
cimentao apresentam a mesma decincia das prteses convencionais, sobre dentes, j relatadas em literatura. Porm a regularidade nos
valores permitiu a observao de que a confeco da coroa a partir de um cilindro padronizado, fornecido pelos sistemas de implante, gera
peas com adaptao mais constante.
AVALIAO DA FORMAO DE FENDA ENTRE ABUTMENT E COROA PRTTICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Jussara Constantino Locks e Su Ellen Javorski (IC Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023537
Orientador: Juliana Saab Rahal
Departamento: Odontologia Restauradora Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Implantes dentrios, ajuste de prtese, falha de restaurao dentria.
rea de Conhecimento: 4.02.09.00-8 Materiais Odontolgicos
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Os vrus da Hepatite B (HBV), Hepatite C (HCV) e vrus da Imunodecincia Humana (HIV) compartilham das mesmas vias de transmisso
(parenteral, sexual e vertical) e podem acometer um mesmo indivduo. A co-infeco HIV/HCV/HBV pode alterar o curso natural dessas
doenas e aumentar as possveis complicaes. Ainda no h dados sobre a prevalncia dessas co-infeces na nossa regio. O presente
estudo teve por objetivo estabelecer a prevalncia de co-infeco por HCV e HBV em pacientes vivendo com HIV/AIDS em Curitiba e
Regio Metropolitana, bem como, avaliar os fatores epidemiolgicos associados. Foi delineado um estudo do tipo transversal, descritivo
e analtico que incluiu 316 pacientes portadores de HIV (158 do sexo masculino e 158 do sexo feminino), com idade entre 14 e 75 anos,
acompanhados pelo Ambulatrio de Doenas Infecciosas e Parasitrias do HC/UFPR, Curitiba-PR no perodo abril de 2008 a maro de
2009. Os pacientes tiveram seus dados clnico-epidemiolgicos obtidos no momento da consulta e atravs de anlise retrospectiva dos
pronturios mdicos. Dentre os pacientes includos no estudo, a via de aquisio do HIV foi sexual em 139 (43,9%) dos casos, 35 (11,0%)
eram usurios de drogas injetveis, 25 atravs de transfuses (7,9%) e em 117 (37,0%) a causa no era conhecida. A anlise dos pronturios
revelou que no havia informao sobre co-infeco pelo HBV e HCV em 73,4% e 53,8% dos casos, respectivamente. Em 84 pacientes
(26,6%) em que foi feita a solicitao de exames especcos para HBV (Ac anti-HBc total e HBsAg) indicou que nos 33,3% positivos para
anti-Hbc j tiveram contato com o vrus B e que 3,6% dos positivos para HBSAg apresentavam hepatite B ativa. Em relao HCV, foi
solicitado Ac anti-HCV para 149 pacientes, sendo que 15,4% (23/149) deles foram positivos e 84,6% foram negativos. Apenas 1 indivduo
era co-infectado para HIV, HBV e HCV. Os autores demonstram que a co-infeco pelo HCV foi freqente (15,4%) em portadores de HIV/
AIDS de Curitiba e Regio Metropolitana e co-infeco de HBV ocorreu em 3,6% dos pacientes. Chama a ateno a falta de informaes
nos pronturios sobre a investigao dessas co-infeces no grupo HIV acompanhado pelo servio. Tal fato foi comunicado ao setor para
esclarecimentos. O impacto dessa co-infeco sobre o curso clnico dessas doenas est sob avaliao.
INVESTIGAO SOROLGICA PARA HEPATITE B E C EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO
ESTADO DO PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Andressa Chequin (PIBIC - CNPq )
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021749
Orientador: Iara Messias Reason Colaborador: Vera Lucia Pereira dos Santos (MESTRADO/CNPq), Maria Regina Pinheiro de Andrade
Tizzot (DOUTORANDA/CAPES). Departamento: Patologia Mdica Setor: No defnido
Palavras-chave: HIV/AIDS, HCV, HBV.
rea de Conhecimento: 2.11.03.00-3
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Escherichia coli patognicas extraintestinais (ExPEC) so bactrias capazes de causar uma srie de doenas em humanos, tais como
meningite, infeces urinrias e pneumonia. E. coli ATCC 25922 uma estirpe de referncia, e pertence categoria das ExPEC. O objetivo
deste trabalho determinar o perl protemico dessa bactria utilizando eletroforese bidimensional. Para o preparo dos extratos proticos
o inoculo foi crescido em meio LB a 351C por 20h. As clulas foram coletadas por centrifugao, inoculadas em LB (DO600 = 0,02) e
mantidas em estufa estacionria, 351C por 3 horas. As culturas foram centrifugadas 4C por 7 minutos 800x g, lavadas com tampo
de lavagem, lisadas com tampo de lise e 3 ciclos de congelamento/descongelamento e ao extrato foi adicionado inibidor de protease.
Os extratos foram ento centrifugados 4C por 15 minutos 12000x g para a retirada de restos celulares, e a quanticao de protenas
realizada pelo mtodo de Bradford. A isoeletrofocalizao foi realizada em aparelho Ettan IPGPhor- utilizando tiras de 13cm, pH 3-10.
A reidratao das tiras se deu em volume nal de 250L de tampo de reidratao contendo 350g de protena, durante um perodo de
12 horas. As condies da isoeletrofocalizao foram 1 Step Hold 200V/200Vh, 2 Step Hold 500V/500Vh, 3 Gradient 1000V/8000Vh, 4
Gradient 8000/11300Vh, 5 Step Hold 8000/12000Vh totalizando 24800Vh. Aps a corrida as tiras foram equilibradas primeiramente em
soluo tampo de equilbrio com Ditiotreitol por 15 minutos e transferidas para tampo de equilbrio contendo iodoacetamida pelo mesmo
perodo. Aps, as tiras foram transferidas para a parte superior de um gel de poliacrilamida 12,5%, seladas com agarose 0,5% e submetidas
a uma corrida eletrofortica, realizada em cuba SE 600 RUBY, com fonte EPS601 (Amersham Pharmacia Biotech), com 45mA por gel,
300V, 50W, por aproximadamente 4h. Os gis foram corados em soluo 0,1% de Phast Gel Blue R (GE Healthcare) overnight e descorados
em soluo de metanol, cido actico e gua destilada (3:1:6). Os gis foram escaneados com ImageScanner (Amersham Biosciences) e
analisados com auxlio do programa ImageMaster (GE Healthcare). Foram analisados os gis 2D referentes extratos de 3 experimentos
independentes. Houve uma grande variao no nmero de bandas proticas detectadas, e a maioria estava na faixa de pH de 4-7. Como a
reprodutibilidade dos ensaios foi um fator limitante nas anlises, novos experimentos esto sendo realizados para aprimorar o protocolo
para a determinao do perl protemico de E. coli ATCC 25922.
DETERMINAO DO PERFIL PROTEMICO DE Escherichia coli ATCC 25922.
Aluno de Iniciao Cientfca: Carolina Lumi Tanaka (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022532
Orientador: Cyntia Maria Telles Fadel Picheth Co-Orientador: Cristina Beatriz Aroca Ribeiro
Colaborador: Emanuel Maltempi de Souza, Luciano Huergo Departamento: Patologia Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Escherichia coli, Eletroforese 2D, Proteoma.
rea de Conhecimento: Bioqumica dos Microorganismos
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A associao entre linfoma e vrus j foi estabelecida em diversos estudos. Entre os vrus mais estudados nessa associao esto o vrus
Epstein-Barr (EBV), herpes vrus humano tipo 8 (HHV8) e o vrus smio 40 (SV40). O objetivo do nosso trabalho analisar o perl
epidemiolgico dos Linfomas Peditricos em nosso meio e estudar a freqncia com que os vrus EBV, HHV8 e SV40 podem ser detectados
nos tecidos paranados. Os casos de linfomas peditricos foram coletados a partir dos arquivos do Hospital de Clnicas da Universidade
Federal do Paran (UFPR) e do Hospital Infantil Pequeno Prncipe (HIPP), no perodo de jan/2004-dez/2008, ambos localizados na cidade
de Curitiba/PR. A seguir, os linfomas foram reclassicados e preparados em micro arranjos de tecidos (TMA: tissue microarrays). Por
m, todo material foi enviado ao laboratrio de Patologia do Hospital do Cncer de So Paulo para realizao do micro arranjo de tecidos.
Foram utilizadas as tcnicas de imuno-histoqumica e de hibridizao in situ, para deteco dos vrus oncognicos. Foram selecionados 51
casos de Linfoma Peditrico para o estudo, sendo 86.3% masculino e 13,7% feminino. Com relao a idade, 23.8% estavam entre 0-4 anos,
28.5% entre 5-9, 38% entre 10-14 e 9.7% entre 15-19. Linfoma Hodgkin (LH) foi encontrado em 22 (43.1%) e 29 (56.9%) de Linfoma
No-Hodgkin (LNH). Entre os LH, 54.5% era tipo histolgico Esclerose Nodular, 36.3% Celularidade Mista, 9.2% Predomnio Linfocitrio
e nenhum caso de Depleo Linfocitria. Com relao LNH, 68.9% dos casos foram Linfoma de Burkitt,13.7% Linfoma Difuso de Grandes
Clulas B, 6.8% Linfoma de Pequenas Clulas, 6.8% Linfoma Linfoblstico, 3.8% Linfoma Difuso de Pequenas Clulas. Dos 51 casos, 10
(19.6%) necessitaram de realizao da tcnica de imuno-histoqumica para concluso diagnstico. Houve 1 (1.9%) diagnstico discordante
durante reviso das lminas, em que, Linfoma Difuso de Grandes Clulas B foi alterado para Linfoma Anaplsico de Grandes Clulas.
Devido a necessidade de tcnicas complexas, no disponveis em servio, no houve tempo hbil para que todo material fosse analisado
no servio de referncia, Hospital do Cncer de So Paulo. O estudo foi de grande importncia para o conhecimento do perl dos doentes
no nosso servio e permitiu concluir que a nossa realidade epidemiolgica, est de acordo com a literatura.
DETECO RETROSPECTIVA DE VRUS ONCOGNICOS (EBV, HHV8, SV40) EM TECIDOS
PARAFINADOS DE LINFOMAS PEDITRICOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Felipe Santos Xavier (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023676
Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Bleggi Torres Co-Orientador: Dra. Elizabeth Gugelmin
Colaborador: Dr. Jos Vassalo, Dra. Luciane Consolin e Dr. Fernando Soares.
Departamento: Patologia Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Linfoma, Vrus Oncognico, Epidemiologia.
rea de Conhecimento: 4.01.05.00-8
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O transplante de medula ssea (TMO) tratamento indicado para neoplasias hematolgicas malignas, decincias congnitas do sistema
imunolgico e doenas hematolgicas graves com benefcios teraputicos de grande relevncia. Entretanto, decorrente desta modalidade
teraputica surgiu um novo espectro de doenas iatrognicas graves, sendo a mais freqente a doena do enxerto-contra-hospedeiro (DECH).
A DECH ocorre quando linfcitos T provenientes do doador reconhecem estruturas tissulares do receptor como antignicas, o que resulta
em desregulao imunolgica acompanhada de leses teciduais e celulares em graus variados. Os alvos principais so o tegumento, as
glndulas, incluindo o fgado, e as mucosas do trato gastrintestinal. Clinicamente pode manifestar-se sindromicamente por erupo cutnea
eritemato-papular, ictercia, disfuno heptica e vmitos e diarria, em diferentes nveis de gravidade. O diagnstico conrmado pelos
aspectos clnicos e, em especial, pelos achados anatomopatolgicos caractersticos, quais sejam apoptose, satelitose por linfcitos e graus
variados de degenerao dos componentes epiteliais. Este trabalho foi desenvolvido no Servio de Anatomia Patolgica do Hospital de
Clnicas da Universidade Federal do Paran (HC-UFPR), com o objetivo de identicar as alteraes clnicas e histopatolgicas na DECH
heptica e gastrintestinal, fazendo-se reviso de pronturios e dos exames anatomopatolgicos das bipsias hepticas e gastrintestinais de
pacientes transplantados no Servio de Transplante de Medula ssea do HC-UFPR e que apresentavam DECH. No perodo de 18 anos
(1991 a 2009) foram analisados retrospectivamente184 bipsias de 154 pacientes com DECH, sendo 60 do sexo feminino e 94 do sexo
masculino. As doenas bsicas mais comuns foram leucose mielide e anemia aplstica severa. Do total de bipsias, 118 foram do trato
gastrintestinal sendo 44 provenientes das pores altas (esfago, estmago e/ou duodeno) e 64 do intestino grosso e 66 do fgado.
Nas bipsias do trato gastrintestinal as alteraes morfolgicas mais freqentes foram a apoptose e a destruio glandular, e nas bipsias
hepticas foram as alteraes degenerativas em epitlio de ductos biliares.
ACHADOS ANATOMOPATOLGICOS HEPTICOS E GASTRINTESTINAIS NA DOENA DO ENXERTO
CONTRA HOSPEDEIRO NO TRANSPLANTE DE MEDULA SSEA NO HC-UFPR
Aluno de Iniciao Cientfca: Gustavo Rengel dos Santos (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1997004824
Orientador: Srgio Ossamu Ioshii
Departamento: Patologia Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Transplante de Medula ssea/Doena do Enxerto Contra Hospedeito/Patologia Gastrintestinal e Heptica.
rea de Conhecimento: 4.01.05.00-8
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O interesse em estudar a ao de antioxidantes tem aumentado nas ltimas dcadas. Os radicais livres do oxignio podem causar efeitos
prejudiciais, danicando muitas molculas biolgicas. O organismo humano possui um sistema de defesa com substncias antioxidantes,
que protegem das leses celulares. Antioxidantes encontrados na natureza defendem contra os radicais livres e, desta forma, so empregados
em indstrias de alimentos, cosmticos, bebidas e frmacos. Entre os antioxidantes presentes nos vegetais, os mais ativos e freqentes so
os compostos fenlicos, como os avonides, presentes na planta Ginkgo biloba. Este trabalho teve como objetivo avaliar a morfologia
de eritrcitos humanos normais e de pacientes portadores de anemia falciforme na presena de extrato de Ginkgo biloba e do oxidante
terc-butilhidroperxido (TBHP). Aps o consentimento informado de 5 indivduos considerados normais e de 2 pacientes portadores de
anemia falciforme, coletou-se sangue venoso, cujos eritrcitos foram lavados, ressuspensos em soluo de NaCl 0,85 g/dl e incubados com
extrato padronizado de Ginkgo biloba (EGb761) 0 a 250 g/ml, por 60 min a 37 C; ou com TBHP 0 a 5 mmoles/l por 30 min a TA. Aps
xao em glutaraldedo 0,16 % em tampo P 0,15 moles/l pH 7,4 durante 60 min, os eritrcitos foram lavados em tampo P e em etanol
30, 50 e 70%, sucessivamente; e a morfologia eritrocitria, avaliada em hemocitmetro ao microscpio tico, pela contagem diferencial
das formas eritrocitrias. Aps desidratao at o ponto crtico e metalizao, a morfologia eritrocitria foi observada ao microscpio
eletrnico de varredura (MEV). Na contagem diferencial de eritrcitos normais, observou-se predominncia da forma normal de disccito,
de 100 a 85 % entre 0 e 250 g/ml de EGb761 ou 0 e 5 mmoles/l de TBHP. Observou-se a presena da forma de equincito, de 3 a 20 %
com EGb761; e de 4 a 7 % com TBHP; da forma de estomatcito, de 1 a 4 % com EGb761 e de 2 a 4 % com TBHP. A forma de esfercito,
pr-hemoltica, aumentou proporcionalmente, de 1 a 4 %, com EGb761 ou TBHP. No entanto, at a concentrao de 25 g/ml de EGb761,
os valores de equincitos e esfercitos foram signicativamente mais baixos. Os resultados obtidos permitem sugerir que as alteraes
morfolgicas provocadas pelo TBHP nos eritrcitos so ocasionadas pelo processo oxidativo e que concentraes de EGb761 acima de
25 g/ml podem favorec-lo, apontando para novos estudos sobre o efeito protetor dos avonides presentes na Ginkgo biloba contra a
oxidao em eritrcitos.
MICROSCOPIA ELETRNICA DE VARREDURA NA AVALIAO DE ERITRCITOS HUMANOS
NORMAIS E DE PACIENTES PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME SUBMETIDOS A ESTRESSE
OXIDATIVO
Aluno de Iniciao Cientfca: Karina Konell (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 01993003353
Orientador: Maria Suely Soares Leonart Co-Orientador: Aguinaldo Jos do Nascimento
Colaborador: Aline Emmer Ferreira (MESTRANDA/ PROGRAMA DE PS GRADUAO EM CINCIAS FARMACUTICAS NA UFPR)
Departamento: Patologia Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Eritrcitos, microscopia eletrnica de varredura, metabolismo oxidativo.
rea de Conhecimento: 4.01.05.00.8
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As doenas auto-imunes da tireide (DAIT) constituem uma condio freqente na populao geral. Fatores genticos, imunolgicos
e ambientais esto relacionados ao desencadeamento das mesmas. A Tireoidite de Hashimoto (TH) e Doena de Graves (DG), hipo e
hipertireoidismo respectivamente, so as principais DAIT descritas. Genes de susceptibilidade em comum predispem os pacientes a
desenvolver outras doenas auto-imunes (DAI) concomitantes, destacando-se a gastrite atrca (GA) e anemia perniciosa (AP). A triagem
de auto-anticorpos constitui a principal ferramenta na deteco precoce dessas co-morbidades, as quais interferem na resposta do paciente
teraputica da DAIT. O presente estudo teve por objetivo investigar o anticorpo anti-clula gstrica parietal (anti-CGP) em pacientes
com DAIT do sul do Brasil, visando avaliar a concomitncia de GA e AP, e associar com dados clnicos e demogrcos. Analisaram-se
ainda os dados em relao a indivduos sadios da populao e pacientes com tireoidite no auto-imune (Bcio Multinodular-BMN). Foram
avaliados 171 pacientes do Ambulatrio de Endocrinologia do Hospital de Clnicas-UFPR (87.72% , 12.28% , 14-75 anos), sendo 85
com DG, 71 com TH e 15 com BMN. Como grupo controle avaliou-se 100 indivduos sadios da mesma rea geogrca. Foram aplicados
questionrios visando compilar informaes para as associaes clnicas. O anticorpo anti-CGP foi investigado por imunouorescncia
indireta (substrato: estmago de rata). Dentre os pacientes, 20.46% (35/171) mostraram positividade para o anti-CGP em relao a 1.0%
(1/100) dos indivduos sadios (p<0.001) e 0% (0/15) com BMN (p=0.038). Os ttulos de uorescncia variaram entre 1:40 e 1:20480. A
freqncia do anti-CGP na DG mostrou-se elevada (25.88%; 22/85) comparado TH (18.31%, 13/71; p=0.17). Entre os pacientes anti-
CGP positivos, 85.71% (30/35) so mulheres e 14.29% (5/35) homens, faixa etria 23-66 anos. Destes, 71.43% (25/35) apresentam alguma
queixa gastrointestinal e 14.28% (5/35) anemia. Cinco pacientes (14.28%) so tabagistas e nenhum etilista. Outras DAI concomitantes
foram detectadas em 11.43% (4/35) dos pacientes, e 37.14% (13/35) declaram ter outros casos de DAI na famlia. Os pacientes positivos
para anti-CGP encontram-se sob avaliao clnica, endoscpica e histolgica. Os dados obtidos permitem sugerir importante relao entre as
DAIT e gastrite atrca/anemia perniciosa em pacientes tireoidianos do sul do Brasil, e ressaltam o valor dos estudos de triagem sorolgica
como instrumento de diagnstico precoce e adequao de conduta teraputica.
INVESTIGAO DE ANTICORPOS ANTI-CLULA GSTRICA PARIETAL EM PACIENTES COM
DOENAS AUTO-IMUNES DA TIREIDE
Aluno de Iniciao Cientfca: Michelli Aparecida Bertolazo da Silva (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021672
Orientador: Shirley Ramos da Rosa Utiyama
Colaboradores: Dra. Gisah Carvalho (MDICA), Dra. Cristina Marcatto (MDICA), Dr. Renato Nisihara (BIOQUMICO), Camila Chevonica
Vandresen (EX BOLSISTA) Departamento: Patologia Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Tireoidite de Hashimoto, Doena de Graves, anticorpo anti-CGP.
rea de Conhecimento: Imunologia Aplicada 2.11.04.00-0
0624
O Diabetes mellitus gestacional (DMG) denido como a intolerncia a glucose com incio ou primeiro reconhecimento durante a gravidez.
Esta forma de diabetes afeta cerca de 7% das gestantes e aumenta o risco de complicaes para a me e feto. A obesidade um fator de
risco durante a gestao e positivamente associado ao desenvolvimento do DMG. O gene da pr-prgrelina codica dois polipeptdeos -
grelina e obestatina que possuem aes opostas sobre o apetite e afetam o peso corporal. Enquanto a grelina sinaliza para o aumento da
fome, a obestatina tem efeito oposto. Neste estudo, pacientes gestantes saudveis (controles) e com diabetes gestacional (DMG) tiveram
a regio do gene da pr-prgrelina que codica para a obestatina amplicada por PCR e os amplicon analisados por SSCP (single strand
conformation polymorphism, polimorsmo conformacional de ta simples) na busca de variabilidade gentica. Os grupos em estudo foram
ainda subclassicados em no-obesas (IMC <30kg/m2) e obesas (IMC 30kg/m2). O projeto tem aprovao do Comit de tica em Pesquisa
do Setor de Cincias da Sade da UFPR (CEP/SD: 565.102.08.06). As anlises dos gis de poliacrilamida corados com brometo de etdeo
resultantes da SSCP evidenciaram trs padres distintos, cujas freqncias esto apresentadas na Tabela 1.
A anlise dos resultados mostra que as variantes detectadas por SSCP da regio codicadora da obestatina, na amostra em estudo, no
apresentaram associao signicativa (p<0,05) com o diabetes gestacional ou com a presena de obesidade.
ASSOCIAO DA VARIABILIDADE GENTICA DO GENE DA PRE-PRGRELINA COM A
OBESIDADE EM PACIENTES COM DIABETES GESTACIONAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafaela Andrade Rocha (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022850
Orientador: Geraldo Picheth
Colaboradores: Henrique Ravanhol Frigeri (MESTRANDO), Izabella Castilhos Ribeiro dos Santos (DOUTORANDA/REUNI).
Departamento: Patologia Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: obestatina, diabetes gestacional, SNP.
rea de Conhecimento: Gentica Humana e Mdica - 2.02.05.00-7
0625
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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O nefroblastoma, ou tumor de Wilms, o tumor renal mais prevalente na infncia, correspondendo a segunda maior incidncia de cncer
em crianas menores de 5 anos. Sua caracterizao atravs de biomarcadores visa uma possvel denio de subgrupos de risco para pior
prognstico. Dentre os marcadores relacionados via apopttica encontram-se o Bcl2 e a Bax.. As enzimas QSOX parecem ser essenciais em
algumas funes celulares como no controle do ciclo celular. O objetivo deste estudo avaliar a expresso imunoistoqumica da Quiescina/
suldril oxidase (QSOX1) em amostras de nefroblastoma humano, correlacionando com fatores prognsticos clnico-anatomopatolgicos
e com fatores de progresso de doena (Bcl2 e Bax). Foram utilizadas 29 amostras de nefroblastomas retiradas do Servio de Anatomia
Patolgica do Hospital Infantil Pequeno Prncipe e do Hospital de Clnicas do Paran, com diagnsticos entre 1994 a 2007. Atravs da
tcnica de imunohistoqumica, com as amostra em tissue microarray, realizou-se anlise comparativa entre a expresso imunoistoqumica da
QSOX1, do Bcl-2 e do Bax com fatores prognsticos clnicos-anatomopatolgicos. Entre os casos, a idade de acometimento variou entre 5
meses e 108 meses. Quanto ao estadiamento, 6 pacientes apresentaram estadio I, 4 estadio II, 10 estadio III, 7 estadio IV e 2 possuiam estdio
V. Anaplasia foi observada em 2 casos (6,9%). Em relao evoluo clnica, 4 pacientes foram a bito (13,79%), 2 doentes apresentaram
recidiva (6,9%), enquanto a maioria, 22 crianas (75,86%), apresentou-se livre de doena. Quanto ao risco, 4 eram de alto risco e 25 de risco
intermedirio. Com relao expresso imunoistoqumica da QSOX1, no foram encontradas correlaes estatsticamente signicativas.
Houve correlao da expresso de Bcl-2 com a evoluo clnica dos doentes, sendo sua maior positividade encontrada no grupo livre
de doena (p = 0,0266). Observamos, em relao ao Bax, tendncia diferena estatisticamente signicativa relacionada a uma maior
positividade no grupo de estadio I (p = 0,0518). A mediana de clulas positivas por campo de grande aumento neste grupo foi de 61,13, a
dos demais variou entre 3,87 a 25,13. Deste modo, a QSOX1 no se mostrou um bom marcador para discriminar grupos prognsticos. O
Bcl-2 foi capaz de separar grupos com evolues clnicas diferentes, sendo mais expresso no grupo livre de doena. O Bax apresentou uma
tendncia estatstica para discriminar grupos com estadios diferentes, sendo mais expressa no estadio inicial.
EXPRESSO IMUNOHISTOQUMICA DA QUIESCINA/SULFIDRIL OXIDASE (QSOX1) EM
TUMORES DE WILMS (NEFROBLASTOMAS) E SUA CORRELAO COM OUTROS FATORES
PROGNSTICOS CONHECIDOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Tammy Vernalha Rocha Almeida (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022612
Orientador: Lucia de Noronha Colaborador: Ana Paula Percicote (MESTRANDA/UFPR), Fernanda El Ghoz Leme (ACADMICA/UFPR)
Departamento: Patologia Mdica Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Nefroblastoma, imunoistoqumica, QSOX
rea de Conhecimento: 4.01.05.00-8
0626
Apesar de todos os avanos nos cuidados neonatais para recm-nascidos de muito baixo peso (< 1500 g), a incidncia de displasia
broncopulmonar (DBP) permanece elevada em nosso meio. Vrias medicaes so usadas para preveno e tratamento desta doena O
objetivo do trabalho foi avaliar a freqncia do uso de corticide endovenoso ps-natal e a incidncia de DBP em pacientes < 1500 g. Foi
realizado um estudo retrospectivo atravs da reviso de pronturios dos RN com data de nascimento de 01/08/10 a 31/12/09 da UTI neonatal
do HC-UFPR. Foram revisados 144 pronturios. A mdia de peso foi 1037,8g (281,2g) e idade gestacional de 29 semanas (3 semanas).
Foram excludos 9 pacientes, 2 por transferncia para outro servio e 7 por bito na sala de parto. Dos 136 restantes, 125 (91%) tiveram
alguma doena respiratria, sendo as principais a doena da membrana hialina (72%) e apnia (60%). O surfactante foi utilizado em 58%
dos pacientes. 75% dos pacientes caram em ventilao mecnica, 78% em CPAP nasal e 85% em campnula de oxignio ou oxignio
inalatrio. A mediana de tempo de oxignio foi 16 dias (16 a 256 dias), sendo a mediana de dias de ventilao mecnica igual a 3 dias (3
a 125 dias). 41% dos pacientes eram dependentes de oxignio com 28 dias de vida e com 36 semanas de idade ps-conceptual 19% eram
dependentes de O2. O uso de corticide endovenoso para DBP foi de 14% quando analisada a populao total, porm quando avaliados
os dependentes de O2 com 28 dias de vida o uso de corticide endovenoso eleva-se para 33%, e quando avaliados os dependentes de O2
com 36 semanas a freqncia eleva-se 73%. O corticide endovenoso foi utilizado principalmente nas DBP mais graves com dependncia
mais prolongada do oxignio.
BRONCODISPLASIA PULMONAR- TERAPUTICA
Aluno de Iniciao Cientfca: Alberto Vinicius Giraldeli (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023657
Orientador: Paulyne Stadler Venzon Co-Orientador: Regina Paula Guimares Vieira Cavalcante de Silva
Colaborador: Karina Zanlorenzi Basso Manosso(UFPR-TN), Letcia Rodrigues de Proena (Fundao Araucria)
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Broncodisplasia,neonatal,tratamento
rea de Conhecimento: Sade Materno Infantil - 4.01.03.00-5
0627
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O vitiligo uma alterao pigmentar da infncia que se apresenta clinicamente por manchas acrmicas adquiridas com aumento progressivo
de nmero e tamanho. Alguns autores tm descrito associao com tireoidite autoimune. Poucos autores avaliaram o vitiligo na faixa etria
peditrica e sua associao com alterao da funo tireoidiana. O objetivo deste estudo foi estabelecer uma possvel relao entre o vitiligo
e alterao na funo tireoidiana na populao peditrica de um servio de atendimento tercirio e comparar com a literatura. O presente
estudo foi observacional e retrospectivo e aprovado pelo Comit de tica da instituio. Foram avaliados os dados dos pacientes com vitiligo
e idade inferior a 16 anos, atendidos no Servio de Dermatologia Peditrica, no perodo de 1998 a 2008 e selecionados os pacientes que
realizaram investigao laboratorial. Entre os 233 pronturios de pacientes com vitiligo, foram solicitados exames laboratoriais para 136.
Foram avaliadas a funo tireoidiana, hemograma, FAN e glicemia de jejum. Em 99 pacientes os exames foram normais, em 15 havia alguma
alterao laboratorial e 22 crianas no realizaram os exames solicitados. Em 13 pacientes havia alterao da funo da tireide, 1 paciente
apresentou FAN e outro uma glicemia de jejum alterada, e nesses dois ltimos casos os valores normalizaram no decorrer da investigao.
Os 13 pacientes com alterao da funo tireoidiana foram encaminhados para avaliao no servio de Endocrinologia Peditrica do
Hospital de Clinicas da UFPR, entre estes um caso apresentou avaliao normal, 5 perderam acompanhamento e 7 mantiveram os exames
da tireide alterados (5 com tireoidite de Hashimoto, 1 hipotiroidismo e 1 estava em investigao diagnostica no momento do estudo).
Comparando os 99 pacientes com funo tireoidiana normal com os 6 com funo alterada foi observado que naqueles com tireoidite as
leses de vitiligo iniciaram mais tarde, em media aos 8 anos de idade, sem diferena entre os gneros, a forma de apresentao do vitiligo
segmentar foi mais prevalente 16%, comparado com 9% nos pacientes com funo tireoidiana normal. E no houve diferena na resposta
ao tratamento. No presente estudo a associao com tireoidite foi observada, nestes casos o vitiligo teve uma idade de inicio mais tardia,
a forma segmentar foi mais freqente e no foi evidenciada uma associao com pior prognostico. Devido a associao com tireoidite a
funo tireoidiana deve ser avaliada nos pacientes com vitiligo.
VITILIGO E AVALIAO DA FUNO TIREOIDIANA NA INFNCIA.
Aluno Iniciao Cientifca: Alexandre Roberto Roman Coelho (PIBIC/CNPq)
N de Registro de Pesquisa no BANPESQ/THALES:20090236888
Orientador: Dr Vnia Oliveira de Carvalho
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras chave: Vitiligo, alterao pigmentar, leses acrmicas, hipotireoidismo
rea de conhecimento: 4.01.01.08-8
0628
A colonizao das vias aerferas pela Pseudomonas aeruginosa (PA) ocorre durante a infncia e 50-83% dos adultos sero colonizados
cronicamente. A colonizao crnica, denida como a presena deste microorganismo nas vias aerferas inferiores por pelo menos 6
meses consecutivos (ao menos 3 culturas positivas com intervalo mnimo de 1 ms), est associada a piora da funo pulmonar, sendo a
principal responsvel pela morbimortalidade na FC. Geralmente, precedida por um perodo de colonizao intermitente por 12 meses,
no qual a interveno essencial, uma vez que a erradicao da PA crnica impossvel. Estudos demonstram que aps a instituio de
antibioticoterapia (associao de ciprooxacino oral e colistin inalatrio) agressiva e precoce, retarda a recorrncia e previne at 80% dos
pacientes de adquirirem PA crnica, se comparados a ausncia de tratamento. Neste estudo, buscou-se vericar a prevalncia de colonizao
crnica por PA nos pacientes com FC diagnosticados pela triagem neonatal e que realizam seguimento regular no ambulatrio de pneumologia
peditrica do Hospital de Clnicas-UFPR. Foi realizado um estudo experimental longitudinal. Os dados foram obtidos por meio da reviso
dos pronturios destes pacientes, e anlise estatstica descritiva com o programa Microsoft Excel. Foram includos 88 pacientes (42 do
gnero feminino), com mdia de idade de 5,4 anos (1,3 a 8,8). Estes compareciam a consultas mensais no primeiro ano de vida, seguidas de
consultas trimestrais, nas quais eram realizadas culturas de secreo da orofaringe obtida por swab, alm de consultas e culturas extras na
dependncia de intercorrncias clnicas. Na presena de cultura positiva para PA o paciente recebia colistin inalatrio 2 vezes ao dia mais
ciprooxacino via oral por 3 meses. Foram realizadas no total 1941 culturas, com mdia de 5,5 ao ano por paciente. Cinquenta e quatro
pacientes (61,3%), 31 do gnero masculino, apresentaram colonizao intermitente e 4,5% (todos do gnero masculino) apresentaram
colonizao crnica. A mdia de idade para aquisio da primeira cultura positiva para PA foi 1,5 anos, enquanto aquisio da colonizao
crnica ocorreu aos 5,6 anos. Os resultados obtidos so semelhantes aos observados por outros autores quanto prevalncia. No entanto,
as mdias de idade da primeira cultura positiva para PA e da aquisio de colonizao crnica foram mais precoces, possivelmente devido
a fatores ambientais, ou transmisso paciente-paciente, que no foram avaliados no estudo.
AVALIAO DOS DADOS CLNICOS-LABORATORIAIS DOS PACIENTES COM FIBROSE CSTICA
DIAGNOSTICADOS PELA TRIAGEM NEONATAL ATENDIDOS NO HC-UFPR
Aluno de Iniciao Cientfca: Daniel Massamatsu Pianovski Kato (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023697
Orientador: Carlos Antonio Riedi Co-Orientador: Nelson Augusto Rosrio
Colaborador: Gilmara Juliane Zufa
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Fibrose Cstica, Pseudomonas aeruginosa, Triagem neonatal
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 - Sade Materno-Infantil
0629
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O objetivo deste estudo foi vericar se ocorreram alteraes na prevalncia da sibilncia em lactentes em relao a estudos anteriores. A
prevalncia da sibilncia em lactentes de Curitiba foi determinada e demonstrou que 45,4% sibilaram ao menos uma vez no primeiro ano
de vida, e que 22,6% tiveram sibilncia recorrente (3 episodios). Trata-se de um estudo transversal pela aplicao de questionrio escrito
padronizado e validado (EISL fase III: do espanhol, Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes fase III). Foram selecionadas por
sorteio trinta e cinco Unidades de Sade da Secretaria Municipal de Sade de Curitiba. Os pais de lactentes de 12 a 15 meses de vida
preencheram os questionrios durante a campanha nacional de imunizao em Setembro de 2009 aps assinatura do termo de consentimento
livre e esclarecido. Duzentos e noventa pais de lactentes responderam o instrumento demonstrando que 133 (45,9%) tiveram pelo menos
um episdio de sibilo e 59 (20,3%) apresentaram sibilncia recorrente com incio aos 6,43,2 meses de idade. Entre os sibilantes houve
predomnio do gnero masculino (57,9%). Apesar dos resultados ainda parciais, a aplicao do questionrio EISL fase III aps cinco anos
em Curitiba no evidenciou mudanas na prevalncia da sibilncia em lactentes no primeiro ano de vida.
ESTUDO SOBRE SIBILNCIAS EM LACTENTES NA CIDADE DE CURITIBA-FASE 3
Aluno de Iniciao Cientfca: Emanuel Antonio Grasselli (Programa- PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023687
Orientador: Nelson Augusto Rosrio Filho Co-Orientador: Herberto Jos Chong Neto
Colaborador:
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Asma, lactentes, sibilo.
rea de Conhecimento: Sade Materno-Infantil: 4.01.03.00-5
0630
A epidemiologia da sibilncia em lactentes de Curitiba foi determinada e demonstrou que as caractersticas clnicas da sibilncia recorrente
em lactentes foram a presena de mais sintomas noturnos e graves, maior uso de medicaes de resgate (
2
-agonistas, corticides orais) e
visitas emergncia, internaes por asma e diagnstico mdico de asma. O objetivo deste estudo foi de vericar alteraes nas caractersticas
clnicas da sibilncia em lactentes de Curitiba. Estudo transversal pela aplicao de questionrio escrito padronizado e validado (EISL fase
III: do espanhol, Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes fase III). Foram selecionadas por sorteio trinta e cinco Unidades de
Sade da Secretaria Municipal de Sade de Curitiba. Os pais de lactentes de 12 a 15 meses de vida preencheram os questionrios durante a
campanha nacional de imunizao em Setembro/2009 aps assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Duzentos e noventa
pais de lactentes responderam o instrumento demonstrando que 59 (20,3%) apresentaram sibilncia recorrente com incio aos 6,43,2
meses de idade e predomnio do gnero masculino (57,9%). Fizeram uso de
2
-agonistas 105 (78,9%), corticides orais 35 (26,3%), sendo
que 35 (26,3%) apresentaram sintomas noturnos, 53 (39,8%) com visitas emergncia, 40 (30%) com sintomas noturnos, 9 (6,8%) foram
internados por asma e 13 (9,8%) tiveram diagnstico mdico de asma. Apesar dos resultados ainda parciais, a aplicao do questionrio
EISL fase III aps cinco anos em Curitiba no evidenciou mudanas na epidemiologia da sibilncia em lactentes no primeiro ano de vida.
ESTUDO SOBRE SIBILNCIAS EM LACTENTES NA CIDADE DE CURITIBA-FASE 3
Aluno de Iniciao Cientfca: Flvia Carnieli e Silva (Programa- Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023687
Orientador: Nelson Augusto Rosrio Filho Co-Orientador: Herberto Jos Chong Neto
Colaborador:
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Asma, criana, sibilo.
rea de Conhecimento: Sade Materno-Infantil: 4.01.03.00-5
0631
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O carcinoma adrenocortical pode ser curado se diagnosticado precocemente. Para estdios mais avanados, o tratamento quimioterpico
apresenta resultados que necessitam ser melhorados. Na era dos anticorpos monoclonais, a busca por alvos celulares estratgia interessante.
A expresso do erb-B2 e bcl-2 estaria relacionada a maior agressividade de alguns tumores malignos. O VEGF o sinal predominante
da neovascularizao e estudos atuais mostram sucesso em bloque-lo no tratamento de alguns carcinomas. Com o objetivo de avaliar a
expresso do erb-B2, bcl-2 e VEGF em portadores de tumores adrenocorticais e sua possvel relao com o prognstico dessa doena,
amostras tumorais preservadas em blocos de parana foram submetidas a anlise imunohistoqumica. Os resultados foram comparados
com as manifestaes clnicas ao diagnstico, estadiamento e evoluo. No total 29 amostras referentes a 29 pacientes foram analisadas;
os dados clnicos foram coletados retrospectivamente. A idade mdia variou de 9 a 312 meses, com mdia de aproximadamente 80 meses,
dezessete pacientes eram do gnero feminino e doze do masculino. Os tumores foram virilizantes em dez pacientes, forma mista (virilizante
+ cushingide) em dezessete e no funcionantes em dois. Por ocasio do diagnstico, dois pacientes foram classicados como estdio
I, sete pacientes como estdio II, onze pacientes apresentavam-se no estdio III e oito no estdio IV. Histologicamente, uma paciente
apresentava adenoma e os demais carcinoma. Tambm ao diagnstico, sete dos doentes avaliados apresentavam metstases, em cinco
deles as metstases se localizavam apenas nos pulmes, em um apenas no fgado e em outro foram diagnosticadas metstases hepticas e
pulmonares. Segundo anlise histoqumica, nenhum dos pacientes apresentou expresso proteica do gene erb-B2 em suas clulas tumorais.
Identicamos a expresso protica do gene bcl-2 em trs pacientes. Com relao do VEGF, houve reao fortemente difusa em 19 peas
e fortemente multifocal em apenas um. Em cinco peas houve reao fraca e focal, em quatro delas foi fraca e difusa e em duas a reao foi
fraca e multifocal. No houve associao entre a expresso protica do VEGF com dados clnicos e/ou prognstico. A forte expresso de
VEGF permite supor que alguns pacientes com tumor de crtex adrenal possam se beneciar com terapia alvo mediante uso de bevacizumab,
anticorpo monoclonal dirigido ao VEGF.
EXPRESSO DO erbB-2, bcl-2 E VEGF EM TUMORES ADRENOCORTICAIS E SUA RELAO COM
APRESENTAO CLNICA E PROGNSTICO DA DOENA
Aluno de Iniciao Cientfca: Gilmara Juliane Zufa (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2009023698
Orientador: Mara Albonei Dudeque Pianovski
Co-Orientador: Lcia de Noronha Colaborador: Ricardo Reis Blum
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Cncer adrenal, bevacizumab, erb-B2
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 sade materno- infantil
0632
As infeces respiratrias agudas (IRA) so causas comuns de morbidade e mortalidade em pediatria. Os vrus so os principais agentes
envolvidos, podem ser os patgenos principais ou predispor infeco bacteriana. O objetivo deste trabalho foi avaliar as IRA quanto
prevalncia dos vrus respiratrios, caractersticas demogrcas, clnicas e laboratoriais. Realizou-se estudo retrospectivo descritivo dos
casos que ocorreram de janeiro de 2005 a dezembro de 2008. Critrios de incluso: pacientes hospitalizados de 0 a 14 anos que apresentaram
aspirado de nasofaringe avaliado por imunouorescncia indireta com resultado positivo para Vrus Sincicial Respiratrio (VSRH),
Parainuenza I, II e III, Inuenza A e B ou Adenovrus. Entre os 885 exames realizados, 217 foram positivos. Dos 217 pacientes, 56,2% eram
do gnero masculino e o local de procedncia mais comum foi Curitiba (61,8%). O vrus mais prevalente foi o VSRH (66,36%), seguido por
Parainuenza (13,36%), Inuenza (10,14%) e Adenovrus (5,07%). Mais de um vrus foi identicado em 5,07% dos casos. A idade mediana
foi de 4,27 meses, 58,9% das crianas eram menores de 6 meses e 23,4% de 6 a 12 meses. A infeco pelo VSRH teve maior freqncia nos
meses de outono e inverno. Condies associadas ou fatores de risco estavam presentes em 111 pacientes, sendo que 58 eram portadores
de comorbidades e outros 53 tinham como fator nico a prematuridade. Doena pulmonar crnica, cardiopatia congnita, prematuridade e
sndrome de Down foram os principais fatores envolvidos. O tempo mediano de internamento foi de 7 dias, oxigenioterapia foi utilizada
em 96,8% dos casos e antibioticoterapia em 48,4%; agente bacteriano foi identicado por cultura em 10,14%. Cuidados intensivos foram
necessrios em 54 pacientes e ventilao mecnica em 33. Os pacientes com comorbidades apresentaram maior necessidade de cuidados
intensivos e ventilao mecnica (37,29% e 30,51% respectivamente) comparados com os pacientes previamente hgidos (20,25% e 9,49%.
P=0,01; P<0,001 respectivamente). Complicaes ocorreram em 35,02%, sendo as mais comuns broncopneumonia, apnia e sepse. Pacientes
com comorbidades apresentaram mais complicaes do que os sem doenas associadas (52,54% e e 28,48%. P=0,001 respectivamente). A
taxa de letalidade foi de 2,6% (5 bitos). Este estudo destaca a importncia dos vrus como causadores de IRA potencialmente graves em
crianas de baixa idade, fato normalmente subestimado pelos mdicos na pratica clnica, e refora a importncia desta doena no perodo
de outono e inverno na cidade de Curitiba.
IDENTIFICAO DE VRUS RESPIRATRIOS EM CRIANAS HOSPITALIZADAS POR INFECO
AGUDA DO TRATO RESPIRATRIO
Aluno de Iniciao Cientfca: Guilherme Massaaki Pianovski Kato (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023705
Orientador: Cristina Rodrigues da Cruz
Colaborador: Sonia Mara Raboni
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Vrus respiratrio, infeco, crianas.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5
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LIVRO DE RESUMOS - 18.
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A broncodisplasia pulmonar (DBP) uma causa importante de morbidade em recm-nascidos (RNs) prematuros de muito baixo peso
( 1500g) internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal em todo o mundo. Possui carter multifatorial e sua gravidade
classicada de acordo com a idade gestacional e o grau de dependncia de oxignio. O peso de nascimento, a idade gestacional, a
ventilao com presso positiva, a oxigenioterapia, a presena de infeco intra-uterina e ps-natal so fatores relacionados ao risco de
DBP. Alm disso, a oferta hdrica e o ganho de peso na primeira semana de vida tambm parecem contribuir para a incidncia da DBP. O
objetivo desse estudo foi avaliar a oferta hdrica e o ganho de peso nos primeiros sete dias de vida como possveis fatores de risco para
o desenvolvimento da DBP. Trata-se de um estudo retrospectivo, em que foram analisados os pronturios de RNs com peso a 1500g
internados no HC-UFPR no perodo de 01 de agosto de 2008 a 31 de dezembro de 2009. Foram avaliados 144 RNs, dos quais 9 foram
excludos (2 por transferncia para outro servio e 7 por bito na sala de parto). A mdia de peso de nascimento foi de 1037,8g (281,2g)
e a da idade gestacional de 29 semanas (3 semanas). O acompanhamento pr-natal foi realizado por 90% das gestantes e 79% delas
receberam corticide antenatal. Dos 135 pacientes includos na anlise, 125 (91%) apresentaram alguma doena respiratria. As principais
observadas foram doena da membrana hialina com 90 casos (72%) e apnia com 75 casos (60%). O surfactante foi utilizado em 58% dos
pacientes. Quanto ao suporte respiratrio, 75% dos pacientes caram em ventilao mecnica, 78% em CPAP nasal e 85% em campnula
de oxignio ou oxignio inalatrio. A mediana do tempo de uso de oxignio foi 16 dias (variando de 16 a 256 dias), enquanto a mediana de
dias de ventilao mecnica foi igual a 3 dias, variando de 3 a 125 dias. A dependncia de oxignio com 28 dias de vida foi constatada em
56 pacientes (41%), j com 36 semanas de idade ps-conceptual 19% dos pacientes dependiam de oxignio. Os dados referentes oferta
hdrica, balano hdrico total e dosagem srica de sdio esto com anlise em andamento. A prevalncia da DBP mantm-se elevada entre
os prematuros de muito baixo peso e a oferta hdrica e o ganho de peso podem contribuir para este fato, mas ainda necessrio o trmino
das anlises para armar este dado.
MORBI-MORTALIDADE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DO HOSPITAL DE
CLNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN.
Aluno de Iniciao Cientfca: Karina Zanlorenzi Basso Manosso (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023690
Orientador: Regina Paula Guimares Vieira Cavalcante de Silva
Co-Orientador: Paulyne Stadler Venzon Colaborador: Letcia Rodrigues de Proena (Fundao Araucria)
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Oferta hdrica, broncodisplasia, recm-nascidos de muito baixo peso.
rea de Conhecimento: Sade Materno Infantil - 4.01.03.00-5
0634
O vitiligo a alterao pigmentar mais freqente na infncia, caracterizado pela presena de manchas acrmicas assintomticas adquiridas
com crescimento progressivo. Acomete 1 a 3 % da populao geral e causa impacto psicolgico pelo aspecto desgurante. Poucos autores
avaliaram o vitiligo na faixa etria peditrica. O objetivo deste estudo foi traar o perl clinico do vitiligo na populao peditrica de um
servio de atendimento tercirio e comparar com a literatura.O presente estudo foi observacional e retrospectivo e aprovado pelo Comit de
tica da instituio. Foram avaliados os dados dos pacientes com vitiligo e idade inferior a 16 anos, atendidos no Servio de Dermatologia
Peditrica, no perodo de 1998 a 2008. Foram avaliados 233 pacientes, a idade mdia de inicio foi de 7 anos em 59% o gnero foi feminino
e 71% da raa branca. A estao em que houve maior incidncia das leses foi o vero em 33%, a primavera em 26%,em 20% no outono
e 21% no inverno. Em 78% dos pacientes no havia informao de fator desencadeante para o inicio das leses acrmicas. O Vitiligo foi
classicado como localizado em 74% dos pacientes, 12% com doena generalizada, 7% segmentar, 6% acral e 1% acro-facial . Historia
mrbida familiar de vitiligo ocorreu em 9,8% dos pacientes. Em 37 (16%) dos pacientes houve avaliao psicolgica, sendo que em 18
(49%) a razo foram as leses, 11(30%) pelas leses associadas a problemas familiares. Dentre os tratamentos instituidos, o psoraleno tpico
foi utilizado por 109 (47% pacientes), durante mdia de 16 meses, 106 (46%) usaram corticide tpico com mdia de 8 meses, 46 (20%)
zeram psoraleno oral, por mdia de 17 meses e o imunomodulador tpico foi a eleio em 37 (16%) pacientes com media de 11 meses.
Os medicamentos foram utilizados no apenas de maneira isolada, mas tambm associados ou substitudos conforme evoluo da doena
e resposta teraputica. Sessenta e um (26%) pacientes compareceram em uma nica consulta. O tempo mdio de acompanhamento foi
avaliado em 172 (74%) pacientes, sendo de 17 meses (3 a 129 meses). Dos 172 pacientes, que retornaram para ao menos uma consulta 122
(71%) apresentavam reas de repigmentao, 31 (19%) no obtiveram resposta ao tratamento proposto, 15 (8%) estavam repigmentados e 4
(2%) apresentaram novas leses.O vitiligo iniciou aos 7 anos, predominou nas meninas, iniciou nos perodos de calor e a forma localizada
foi a predominante. A repigmentao foi obtida com psoraleno tpico aps longo perodo de tratamento. Apesar de desgurante o vitiligo
uma doena benigna que no leva a um comprometimento funcional e pode haver componente psicolgico importante.
VITILIGO:CARACTERSTICAS CLNICAS E EVOLUTIVAS
Aluno Iniciao Cientifca: Letcia Menezes de Azevedo (PIBIC/CNPq)
N de Registro de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2009023688
Orientador: Dr Vnia Oliveira de Carvalho
Departamento:Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras chave: Vitiligo, alterao pigmentar, leses acrmicas
rea de conhecimento: 4.01.01.08-8
0635
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A displasia broncopulmonar (DBP) permanece um dos mais prevalentes e srios desaos nos cuidados com os recm nascidos (RN) pr-
termo. uma doena pulmonar crnica que afeta principalmente crianas pr-termo de muito baixo peso (< 1500 g) ao nascimento e que
necessitam de suporte respiratrio como ventilao mecnica nos primeiros dias de vida, por conta da imaturidade pulmonar de causa
estrutural e/ou bioqumica. Recm-nascidos com idade gestacional 26 semanas apresentam um risco maior de desenvolver DBP. Fatores
como infeces intrauterina e ps-natal, persistncia do canal arterial e o polimorsmo gentico tambm contribuem para a patognese.
O objetivo do trabalho foi analisar a incidncia de DBP nos RN abaixo de 1500 g do HC-UFPR em 2008 e 2009. Foi realizado um estudo
retrospectivo atravs da reviso de pronturios dos RN com peso < 1500 g com data de nascimento de 01/08/10 a 31/12/09 da UTI neonatal
do HC-UFPR. Foram revisados 144 pronturios. A mdia de peso foi 1037,8g (281,2g) e idade gestacional de 29 semanas (3 semanas).
Foram excludos 9 pacientes, 2 por transferncia para outro servio e 7 por bito na sala de parto. Dos 136 restantes, 125 (91%) tiveram
alguma doena respiratria, sendo as principais a doena da membrana hialina (72%) e apnia (60%). Para o tratamento, o surfactante
foi utilizado em 58% dos pacientes, 75% dos pacientes necessitaram de ventilao mecnica, 78% de CPAP nasal e 85% precisaram de
campnula de oxignio ou oxignio inalatrio. A mediana de tempo de oxignio foi 16 dias (16 a 256 dias), sendo a mediana de dias de
ventilao mecnica igual a 3 dias (3 a 125 dias). 41% dos pacientes eram dependentes de oxignio com 28 dias de vida e com 36 semanas
de idade ps-conceptual 19% eram dependentes de O2. Os avanos nos cuidados neonatais para preveno e tratamento da DBP tem levado
uma maior sobrevida das crianas com a doena, acarretando assim em um aumento da incidncia da doena nos ltimos anos.
BRONCODISPLASIA PULMONAR- INCIDNCIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Letcia Rodrigues de Proena (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023657
Orientador: Paulyne Stadler Venzon Co-Orientador: Regina Paula Guimares Vieira Cavalcante de Silva
Colaborador: Karina Zanlorenzi Basso Manosso (UFPR - TN)
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Broncodisplasia,neonatal,incidncia
rea de Conhecimento: Sade Materno Infantil - 4.01.03.00-5
0636
Tricotilomania uma doena crnica caracterizada pelo ato repetitivo da retirada compulsiva dos cabelos e plos do corpo, podendo ocorrer
em mais de uma regio. Tal patologia uma das principais causas de alopcia na faixa peditrica. Seu incio mais comum nas crianas
e adolescentes, podendo ter curso temporrio, recidivante e permanente. Acreditava-se ser um transtorno raro, mas estudos atuais vm
mostrando prevalncia clnica de 1 a 3,5% na populao geral. Como os tiques so alteraes freqentes observadas na infncia e na idade
adulta, o estudo tem por objetivo determinar a prevalncia de tiques, dentre eles a tricotilomania nos estudantes de medicina e comparar
casustica relatada na literatura, visto que h poucos trabalhos sobre esta doena na faixa etria peditrica, sobretudo na literatura nacional.
O presente estudo foi prospectivo e aprovado pelo Comit de tica da instituio. Foram aplicados questionrios, cujo preenchimento se
deu de forma annima e aleatria, sobre tiques e hbitos de vida, aos alunos do curso de medicina da UFPR, do primeiro ao sexto ano,
no perodo de novembro de 2009 a junho de 2010. Foram aplicados 121 questionrios, com perguntas sobre hbitos ao longo da vida,
idade de incio e tempo de durao. Os questionrios foram preenchidos por alunos com idade entre 21 e 25 anos, e dos 121 estudantes
participantes, 63 eram mulheres e 58 homens. Os hbitos pesquisados em ordem decrescente de prevalncia foram os seguintes: Chupar
dedos e Onicofagia, presente em 70% dos estudantes submetidos ao questionrio, 24% deles referiu preocupao excessiva com limpeza
ou hbitos repetitivos, assim como 24% deles tm ou teve por hbito manipular os cabelos, e dentro destes, foram encontrados 8% com
tricotilomania e 2% com tricofagia( comer cabelos), 12% referiu algum tique motor(como movimentos repetitivos com a cabea ou olhos.
A idade mdia de aparecimento dos tiques foi de 5 anos, sendo que a maioria cessou aps a puberdade. Os tiques so alteraes freqentes
observadas na infncia e na idade adulta. Podem ser passageiros e no relacionados a fatores emocionais e, em alguns casos, indicadores de
doenas psiquitricas. A tricotilomania, est includa neste grupo e no h muitos estudos relacionados sua prevalncia. Entre estudantes
americanos, foi detectada uma prevalncia de 0,6% enquanto entre estudantes de medicina a sua prevalncia foi de 8%. O que acreditava-se
ser um transtorno raro h estudos atuais mostrando prevalncia clnica de 1 a 3,5% na populao geral, comprovado pela alta prevalncia
entre os estudantes.
TRICOTILOMANIA QUESTIONRIO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA
Aluno Iniciao Cientifca : Luciana Menezes de Azevedo (PIBIC/CNPq)
N de Registro de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023688
Orientador: Dr Kerstin Taniguchi Abagge
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras chave: Tricotilomania, alopcia, leses em couro cabeludo
rea de conhecimento: 4.01.01.08-8
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A associao de sibilncia em crianas com o uso de Paracetamol tem sido sugerida. Este fato no foi avaliado em crianas abaixo de dois
anos de idade. O objetivo deste estudo foi vericar a associao da sibilncia em lactentes de Curitiba com o uso de Paracetamol. Estudo
transversal pela aplicao de questionrio escrito padronizado e validado (EISL fase III: do espanhol, Estudio Internacional de Sibilancias en
Lactantes fase III). Foram selecionadas por sorteio trinta e cinco Unidades de Sade da Secretaria Municipal de Sade de Curitiba. Os pais
de lactentes de 12 a 15 meses de vida preencheram os questionrios durante a campanha nacional de imunizao em Setembro/2009 aps
assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Duzentos e noventa pais de lactentes responderam o instrumento demonstrando
que 133 (45,9%) tiveram pelo menos um episdio de sibilo e 59 (20,3%) apresentaram sibilncia recorrente com incio aos 6,43,2 meses
de idade e predomnio do gnero masculino (57,9%). Aqueles que zeram uso de freqente de Paracetamol durante o primeiro ano de vida
apresentaram uma tendncia de maior risco em desenvolver sibilncia (Odds ratio= 1,92; IC 95%=0,65-3,75, p=0,05). Apesar dos resultados
ainda parciais, a aplicao do questionrio EISL fase III em Curitiba evidenciou tendncia em desenvolver sibilncia naqueles lactentes
que usam o Paracetamol no primeiro ano de vida.
ESTUDO SOBRE SIBILNCIAS EM LACTENTES NA CIDADE DE CURITIBA-FASE 3
Aluno de Iniciao Cientfca: Lylia de Ftima Melniski Bojarski (Programa- IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023687
Orientador: Nelson Augusto Rosrio Filho Co-Orientador: Herberto Jos Chong Neto
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Asma, criana, sibilo.
rea de Conhecimento: Sade Materno-Infantil: 4.01.03.00-5
0638
A incidncia do tumor de crtex de adrenal na infncia (TCA) aproximadamente quinze vezes maior nas regies Sul e Sudeste do Brasil,
quando comparada mundial. No Paran, cerca de 95% dos pacientes com TCA so portadores da mutao R337H no gene TP53. Estima-se
que a penetrncia do TCA entre as crianas portadoras da mutao de 10%. No, entanto, outros fatores genticos envolvidos na patognese
e no prognstico do TCA na infncia ainda no esto denidos. O presente estudo objetiva investigar o papel do Major Histocompatibility
Complex (MHC) na patognese e no prognstico deste tumor, estimando e comparando freqncias allicas de genes do MHC em crianas
com TCA portadoras da referida mutao do gene TP53 e em familiares saudveis portadores da mesma mutao. Para isso, o estudo foi
dividido em duas etapas: uma fase de recrutamento de pacientes portadores de TCA em acompanhamento na Unidade de Endocrinologia
Peditrica (UEP) do Hospital de Clnicas da UFPR e de seus parentes assintomticos para coleta de sangue e pesquisa da mutao no gene
TP53 e reviso dos pronturios mdicos; e uma fase de anlise das amostras coletadas para pesquisa de antgenos do MHC nos indivduos
portadores da mutao R337H do gene TP53. Foram recrutados 40 pacientes; destes, em 3 pacientes a pesquisa de mutao R337H TP53
foi negativa. Dos 37 pacientes, 25 (67,57%) so do sexo feminino e 12 (32,43%) do sexo masculino; a mediana das idades foi de 2,12
anos (5 dias 7 anos e 11 meses); 12 pacientes (32,43%) apresentaram a forma virilizante do tumor, 5 (13,51%) Sndrome de Cushing, 12
(32,43%) forma mista, 6 (16,22%) assintomticos e o dado indisponvel em 2 (0,54%); 23 pacientes (62,16%) apresentaram hipertenso
arterial, e o dado indisponvel em 6 (16,22%) ; 21 pacientes (56,76%) tinham Estadio I, 7 (18,92%) Estadio II, 2 (0,54%) Estadio III, 5
(13,51%) Estadio IV e dado indisponvel em 2 (0,54%); 3 pacientes (0,81%) apresentaram recidiva do tumor e o dado foi indisponvel em
3 (0,81%). Dos 61 parentes assintomticos recrutados, 44 (72,13%) obtiveram pesquisa positiva para a mutao R337H TP53. Esta etapa
inicial do estudo permitiu a seleo e caracterizao de sujeitos portadores da mutao supracitada, o que possibilitar a comparao das
freqncias allicas de genes do MHC entre os pacientes e os parentes saudveis.
ESTUDO DO POLIMORFISMO DOS GENES DO MHC (HLA-A, HLA-B, HLA-DRB1, HLA-G, MICA E
TNF) EM CRIANAS COM TUMOR DO CRTEX ADRENAL PORTADORAS DA MUTAO R337H NO
GENE TP53 E EM PARENTES SAUDVEIS PORTADORES DA MESMA MUTAO
Aluno de Iniciao Cientfca: Marjorie Uber (Programa UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023695
Orientador: Prof Dra. Rosana Marques Pereira Co-Orientador:
Colaborador: Alexandre Menna Barreto
Departamento: Pediatria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Tumor do crtex adrenal, criana, R337H TP53
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 Sade Materno-Infantil
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Supermercados so considerados estabelecimentos de maior risco epidemiolgico, pela variedade de produtos perecveis, volume e por
serem locais de maior procura pela populao para aquisio de alimentos, sendo importante sua adequao s boas prticas higinicas.
Esta pesquisa longitudinal objetivou avaliar o grau de adequao s boas prticas higinico sanitrias dos supermercados no municpio
de Pinhais-PR, com nfase na higiene dos manipuladores. Primeiramente, foi realizada uma pesquisa exploratria, atravs de uma lista
de vericao dividida em quatro categorias de anlise, para traar um diagnstico avaliando 100% dos supermercados. A seguir foi
realizada uma pesquisa qualitativa (estimativa rpida), para subsidiar a proposta educativa. A avaliao inicial demonstrou que 95% dos
estabelecimentos caram abaixo de 50% de conformidade com relao s legislaes vigentes (grupo 3). As aes educativas tiveram como
base pedaggica, a teoria histrico-crtica e a seleo de contedos necessrios a partir do diagnstico. Aps as capacitaes, a lista de
vericao foi reaplicada e a avaliao nal apresentou uma melhora, pois 77% dos estabelecimentos classicaram-se no grupo 3, enquanto
que 23% no grupo 2 (aqueles que apresentam de 51% a 75% de conformidade). Com relao s categorias de anlise, as que apresentaram
melhoria relevante foram s relacionadas com as boas prticas de manipulao: categoria de anlise 2, que trata sobre os manipuladores
(melhora de 20,96%); e a categoria de anlise 3, que aborda questes ligadas recepo, produo e exposio dos alimentos (melhora
de 24,61%). Vericou-se positivo o desenvolvimento de aes educativas, voltadas ao diagnstico local de necessidades e a opo por um
mtodo construtivista. Essa proposta metodolgica pode ser adotada no planejamento das aes da Vigilncia Sanitria em outros tipos
de estabelecimentos alimentares, contribuindo para o impacto positivo dessas aes de sade para a contribuio segurana alimentar,
relacionada qualidade sanitria dos alimentos.
DIAGNSTICO COMO SUBSDIO PARA AES EDUCATIVAS COM MANIPULADORES DE
ALIMENTOS: CAPACITAO EM SUPERMERCADOS DE UM MUNICPIO DA REGIO
METROPOLITANA DE CURITIBA PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Brbara Elizabeth Floriano Weyhe (EXTENSO/UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013019
Orientador: Mrcia Oliveira Lopes Co-Orientador: Leandra Ulbricht (Docente, UTFPR)
Colaborador: Walfrido K. Svoboda (Docente, UFPR), Janana Alessi (Mdica Veterinria,Pinhais), Marcel Mazarotto (EXTENSO/UFPR-
TN), Alana Oliveira (Nutricionista). Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade/SD
Palavras-chave: Vigilncia Sanitria, Manipulador de alimentos. Supermercados
rea de Conhecimento: Sade Publica
0640
Partir da problemtica de um grande nmero de ces atropelados e levados para a represa do Ira, dar continuidade ao trabalho realizado
no ano de 2009 e levar a debate o tema da qualidade da gua, zoonoses, guarda responsvel, bem-estar animal, dentre outros. Esta foi a
proposta para a realizao do evento de extenso intitulado II Seminrio do Programa de Guarda Responsvel de Animais e Qualidade
da gua na rea de Proteo Ambiental - APA do Ira, organizado pelos alunos do projeto de extenso Controle de Zoonoses e Ces
Errantes na rea de Proteo Ambiental APA do Ira SANEPAR, em parceria com a SANEPAR. O evento aconteceu nos dias 04 e 05 de
novembro de 2009, e a programao foi dividida em dois dias: programao acadmica, no primeiro dia, e programao voltada a polticas
pblicas, no segundo dia. Os temas abordados foram: zoonoses por veiculao hdrica, guarda responsvel, bem-estar animal, saneamento
bsico e legislao, leis ambientais de proteo animal, experincias bem-sucedidas. Alm das palestras, foram promovidas duas mesas
redondas, com os temas Como Evitar o Abandono de Animais nas APAs? e O Que Fazer Nas Escolas das APAs?. O evento contou com
cerca de 100 participantes, dentre eles membros de ONGs, bilogos, mdicos veterinrios, agentes comunitrios de sade, acadmicos da
UFPR, funcionrios de diversas unidades da SANEPAR, Secretaria do Estado da Sade/VISA, dentre outros. O evento foi considerado um
sucesso, assim como o do ano anterior, sendo importante para a troca de experincias entre os diversos municpios pertencentes APA do
Ira (Colombo, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e Campina Grande do Sul), alm do aprendizado acadmico possibilitado pelas palestras de
professores e mestrandos. Alm disso, os participantes puderam observar e vericar o progresso no desenvolvimento dos trabalhos realizados
em parceria com o projeto de extenso da UFPR, e o evento cou marcado como um encontro peridico entre todos os envolvidos, bastante
relevante para o aprimoramento de como esses assuntos so tratados em cada municpio, especialmente dentro da APA do Ira.
000 SEMINRIO SOBRE QUALIDADE DA GUA E GUARDA RESPONSVEL COMO FERRAMENTA
DE EXTENSO UNIVERSITRIA NA REA DE PROTEO AMBIENTAL APA DO IRA
Aluno de Iniciao Cientfca: Bernardo Wessler Dagostim (Extenso-Bolsa PROEC)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022599
Orientador: Walfrido Kuhl Svoboda Co-Orientador: Antonio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk
Colaborador: Maysa Pellizzaro (Extenso), Rafaelle Cristine Dea (Extenso), Michelle Maria Losso (SANEPAR), Alexander Welker Biondo
(docente UFPR) Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Guarda responsvel, qualidade da gua, bem-estar animal.
rea de Conhecimento: Sade Pblica - 4.06.02.00-1
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Devido aos padres insustentveis de produo e consumo da sociedade moderna existe um aumento excessivo na quantidade e diversidade
de resduos slidos. O brasileiro produz entre 0,5kg a 1kg de lixo domstico por dia. Assim, h sobrecarga de lixes e aterros sanitrios
sendo necessrias medidas pblicas e a participao da sociedade na reutilizao do lixo. Apesar da coleta de material para reciclagem ser
realizada h 6 anos no municpio de Piraquara/PR, nota-se que a populao local no tem conhecimentos para a realizar a correta separao
sobre o que pode ser reaproveitado. O presente trabalho objetivou avaliar as condies da chegada do material para reciclagem em uma
associao de catadores no municpio de Piraquara/PR, identicar a percepo dos trabalhadores da associao sobre os problemas e propor
aes educativas para a populao do municpio. Este trabalho classica-se como pesquisa ao, delineada com o objetivo de melhorar
uma condio coletiva (condies de trabalho, auto-estima e sade) envolvendo pesquisadores e participantes. de cunho qualitativo e
utilizou grupo focal, com rodas de conversas com os catadores para anlise das condies de chegada do material na associao. Alm
do levantamento fotogrco foi aplicado um roteiro de perguntas para avaliar a percepo dos catadores. Percebeu-se o elevado grau de
risco ao qual os trabalhadores esto expostos sendo esse ocasionado por materiais perfucortantes, infectantes, dentre outros, como na fala
da catadora um perigo n? Eu mesma j me cortei. O Amadeu jogou agora uma caixa com caco que olha aqui , cortei meu p, uma
outra colega j se cortou tambm sempre assim. Observou-se que a mistura de materiais faz com que seja baixa a produtividade na
separao gerando um acmulo de resduos orgnicos e considerada a situao normal pelos trabalhadores, como demonstrado na fala do
catador Pra mim que to acostumado normal, o nico problema que vem tudo misturado.... Notou-se no desembarque dos materiais
que os coletores alm de no utilizarem EPIs fumavam. As condies observadas resultaram em orientaes a esses coletores e catadores
e os relatrios produzidos foram protocolados na prefeitura. Com base nessa realidade foram elaborados materiais instrucionais e realizadas
aes educativas para a populao. Esse levantamento demonstrou falta de conhecimento da populao na separao de materiais bem como
gerenciamento inadequado desses resduos, sendo necessria continuidade dessas aes sobre essa realidade.
CONDIES DO MATERIAL PARA RECICLAGEM: DIAGNSTICO E AO EM UMA ASSOCIAO
DE CATADORES NO MUNICPIO DE PIRAQUARA-PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Moreira Bacsfalusi (IC - VOLUNTRIA/UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017376
Orientador: Marcia Oliveira Lopes Co-Orientador: Leandra Ulbricht (professora, UTFPR)
Colaborador: Patrcia Murakami (BOLSISTA PROEC), Rebecca Baumgartner (BOLSISTA PROEC)
Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Reciclagem, catadores, pesquisa ao.
rea de Conhecimento: Sade Coletiva - 4.06.00.00-9 / Sade Publica - 4.06.02.00-1
0642
A leptospirose uma zoonose de ocorrncia mundial, causada por bactrias do gnero Leptospira spp, e possui grande importncia por
causar graves problemas de sade pblica. A ratazana (Rattus norvegicus) representa o mais importante reservatrio de leptospiras, porm
o co tambm pode ser reservatrio para a infeco humana em reas endmicas. Estudos epidemiolgicos da doena nesta espcie so
necessrios pois o co atua como sentinela para a introduo de novos sorovares e um indicador de contaminao ambiental. O objetivo
deste estudo foi descrever a soroprevalncia da leptospirose canina na Vila Pantanal, Curitiba/PR, rea endmica para a leptospirose humana
e com caractersticas ecolgicas favorveis transmisso da doena. Foram colhidas amostras de sangue dos ces da regio no ms de
outubro de 2009, juntamente com a aplicao de um questionrio aos proprietrios dos animais. As amostras foram analisadas pelo mtodo
de soroaglutinao microscpica, considerando-se como reagentes os ttulos acima de 100. Das 380 amostras de sangue analisadas, 39
foram reagentes, representando uma prevalncia de 10,26%. Os sorovares mais prevalentes foram o Canicola (25,5%), Icterohaemorrhagiae
(21,6%) e Bratislava (19,6%), diferindo de estudos anteriores, nos quais o sorovar mais encontrado foi o Copenhageni. Apenas 7,7%
(27/351) dos proprietrios relataram terem vacinado seus ces contra leptospirose e 13,5% (47/347) contra a raiva. 58,9% (205/348)
dos proprietrios armaram que seus ces apresentam ectoparasitas, sendo que a presena de pulgas foi a mais citada (92%) seguida do
acometimento por sarna (23%) e da presena de carrapatos (7%). Dos 39 animais que foram reagentes, constatou-se que 10,2% de seus
proprietrios nunca ouviram falar em leptospirose, 15,4% no sabem como podem contrair a doena e 7,7% armaram que algum da sua
casa j teve leptospirose. Em relao aos fatores de risco da doena, 46,1% dos proprietrios armaram que observam ratos prximos
sua casa, 41% relataram a presena de crregos ou esgotos abertos ao redor da sua residncia e 17,9% citaram a ocorrncia de enchentes
no seu terreno. Os resultados encontrados demonstram que a Vila Pantanal uma rea onde a Leptospira spp tem ampla circulao. Nesse
contexto, ressalta-se a importncia de se monitorar seus reservatrios, visando minimizar os impactos na transmisso da doena aos humanos
e subsidiar avanos nas reas de preveno e controle, dando nfase educao da populao a respeito dos fatores de risco da doena e
na manuteno do co saudvel como uma barreira de proteo.
AVALIAO DO PERFIL EPIDEMIOLGICO DA INFECO POR Lepstospira interrogans EM CES
EM UMA REGIO DE CURITIBA-PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Graziela Ribeiro da Cunha (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023548
Orientador: Walfrido Kuhl Svoboda Co-Orientador: Alexander Welker Biondo
Colaborador: Vivien Midori Morikawa (MESTRANDA), Maysa Pelizzaro (IC/CNPQ), Daniele Bier (MESTRANDA), Carla Azolini Campos
(EXTENSO) Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Leptospirose, prevalncia, ces.
rea de Conhecimento: Sade pblica 4.06.02.00-1
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353
Por meio da vericao das condies de vida da populao, pode-se avaliar e propor melhorias nas aes de sade conforme as necessidades
da mesma. Neste trabalho, atravs das atividades de campo, foram aplicadas entrevistas domiliciares populao residente na micro-rea
801 da Unidade de Sade (US) Lotiguau, localizada no bairro Uberaba em Curitiba. Tambm foi realizada pesquisa qualitativa com
tutores do PET-sade de outras reas e autoridade sanitria local. Estas entrevistas visaram abranger os principais aspectos relacionados
com a sade da populao e as demandas prioritrias no ponto de vista dos entrevistados. Para realizar as entrevistas junto populao,
as moradias foram selecionadas atravs de clculo pelo dimensionamento da amostra e mtodo da estimativa rpida, cujo objetivo obter
dados em curto espao de tempo e a custos reduzidos. Procedeu-se a operacionalizao da territorializao, pela aplicao em campo, de
formulrios com questionamentos populao residente na micro-rea. Os formulrios foram compostos de questes semi-estruturadas
que abordavam vrios temas, sendo um deles a sade da populao. Com relao ao tema, os dados encontrados para doenas presentes nas
famlias dos entrevistados foram: depresso 2%; bronquite/asma 9%; hipertenso 12%; outros problemas de sade 12% e no informou/
no soube responder 29%. De todos os entrevistados 85% disseram realizar tratamento para as patologias mencionadas, e destes, 86%
realizam tratamento h mais de um ano. Dos entrevistados, 75% disseram no utilizar medicamentos sem prescrio mdica. Apenas 35%
dos entrevistados possuam plano de sade. Em caso de doena, 60% dos entrevistados procuravam a US, 14% relataram procurar algum
hospital e 10% procuram ambos indistintamente. 79% dos entrevistados realizavam exame preventivo de colo do tero ou prstata. Em
relao ao uso de mtodos contraceptivos, 53% no faziam uso de nenhum mtodo, 19% utilizavam contraceptivo oral e 18% utilizavam
outros mtodos. Analisando-se os dados, conclui-se que, em geral, a populao desta rea procura os servios de sade com freqncia e
realiza tratamento para as patologias diagnosticadas. Os dados obtidos foram divulgados junto US. Alm disso, realizou-se a promoo
da sade atravs de evento devolutivo populao.
CARACTERIZAO DA SADE EM MICRO-REA DA UNIDADE MUNICIPAL DE SADE (ESF) -
LOTIGUAU, CURITIBA, PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Jssica da Silva Rodrigues (Programa PET-sade)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006020231
Orientador: Eliane Carneiro Gomes Co-Orientador: Andr Luis Cndido da Silva
Colaborador: Annelise Blandine Melchert Esposito
Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sade, territorializao, SUS.
rea de Conhecimento: Sade Pblica 4.06.02.00-1
0644
O processo investigativo dos surtos de doenas alimentares (DTAs) desaador para os prossionais da sade. O objetivo da pesquisa foi
caracterizar o perl epidemiolgico dos surtos de DTAs ocorridos em Curitiba-PR e Regio Metropolitana. O projeto considerou os 29
municpios que compe a rea de abrangncia da 2 Regional de Sade, da Secretaria Estadual de Sade do Paran, no perodo de 2005
a 2008. Tabularam-se os laudos de alimentos enviados para anlise no Laboratrio Central do Estado do Paran (LACEN) e as chas
noticadas no Sistema de Informao de Agravos de Noticao (SINAN) de casos suspeitos de DTAs no perodo estabelecido. Quanto
aos municpios com amostras positivas de alimentos contaminados, os resultados foram: 81,2% dos casos pertencentes a Curitiba, 6,2%
a Colombo, 4,1% a Lapa e Piraquara e 2% para So Jos dos Pinhais e Almirante Tamandar.(juntar) Com relao ao agente etiolgico
envolvido, com os dados encontrados pelo LACEN foi possvel perceber a predominncia da Escherichia coli em 51,8% (2005), 37,5%
(2006), 78,9% (2007) e 27,2%(2008) dos laudos positivos registrados. Outros agentes envolvidos foram o Bacillus cereus, Staphylococcus
aureus, Salmonella sp. e Pseudomonas sp. Estes dados divergem do SINAN, onde 39% dos laudos so enquadrados como inconclusivos,
seguidos de 20% por Salmonella sp. e em quarto lugar, apenas 8%, por E.coli. O grupo mais acometido foi de indivduos do sexo feminino
(50,5%) na faixa etria dos 20 49 anos de idade (49,5%). Quando investigado o local de preparo do alimento, 27,6% eram oriundos de
restaurantes e 25,5% da residncia do indivduo afetado. Contudo o principal local de ingesto do alimento contaminado era a residncia
do indivduo acometido (35,4%) seguido dos restaurantes (33,3%). Os fatores causais de DTAs foram predominantemente a manipulao/
preparo inadequados do alimento (36,9%) e a forma de consumo inadequada do mesmo (23,9%). Os alimentos com maior nmero de
casos positivos foram o leite (29,6%), as frutas, verduras e legumes (24,2%) a carne de ave (12,5%), ovos (10,9%) e peixe (0,8%). Com
os dados analisados foi possvel perceber que houve subnoticaes e/ou noticaes incompletas havendo necessidade de treinamento e
conscientizao do pessoal envolvido nas noticaes de surtos, alm da importncia de se trabalhar com mais de uma fonte de noticao
quando realizamos pesquisas sobre surtos.
CARACTERIZAO DOS SURTOS DE DOENAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS OCORRIDOS
EM CURITIBA E REGIO METROPOLITANA DE CURITIBA-PR.
Aluno de Iniciao Cientfca: Jonatas Campos de Almeida (IC/Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023653
Orientador: Eliane Carneiro Gomes Co-orientadores: Mrcia Lopes e Walfrido K.Svoboda (docentes UFPR)
Colaborador: Caroline Marie Sundin de Paula (acadmica\extenso-UFPR)
Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade.
Apoio: Secretaria Estadual de Sade/Paran (2 Regional de Sade e LACEN)
Palavras-chave: Surtos, doenas transmitidas por alimentos, vigilncia sanitria
rea de Conhecimento: Sade Pblica 4.06.02.00-1
0645
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A Aldeia Ara I ca no municpio de Piraquara da Regio Metropolitana de Curitiba, dentro da APA do Ira . Nela residem aproximadamente
80 indgenas Guaranis. A APA do Rio Ira abriga uma bacia hidrogrca que abastece os reservatrios de gua para Curitiba e Regio
Metropolitana. A Ao na Aldeia Ara I aconteceu no dia 27 de maio de 2010 e foi uma ao conjunta da Universidade Federal do Paran,
SANEPAR, Fundao Nacional de Sade (FUNASA) e a Prefeitura do Municpio de Piraquara de carter educativo. Seus objetivos primrios
so de educar em sade e higiene os moradores da Aldeia Ara I, avaliar as condies da sanidade dos animais domsticos dos moradores,
o risco de ocorrncia de zoonoses e a qualidade da gua usada pelos ndios de modo a determinar o nvel de sanidade ambiental, animal e
humana na comunidade. Dentre as atividades realizadas na aldeia ministraram-se palestras aos moradores com noes em zoonoses, sade
humana e animal e higiene, uma aplicao de questionrios sobre as condies de sanidade do ambiente da aldeia. Com a aplicao dos
questionrios pudemos observar algumas caractersticas dos habitantes e do ambiente da aldeia. No total foram aplicados 32 questionrios,
sobre 32 animais diferentes (32 ces). A gura 1 exemplica o questionrio aplicado. As perguntas de 11 at 33 esto preenchidas com os
resultados obtidos a partir dos questionrios aplicados no dia da Ao Social.
AO EDUCATIVA EM SADE EM ALDEIA INDGENA DO PARAN ATRAVS DE EXTENSO
UNIVERSITRIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Mayara Eggert (Extenso Bolsa PROEC)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022599
Orientador: Walfrido Kuhl Svoboda Co-Orientador: Antonio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk
Colaborador: Bernardo W. Dagostim (Extenso), Gustavo O. L. C. de Albuquerque (Extenso), Michelle M. Losso (SANEPAR), Alexander
W. Biondo (docente UFPR) Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias Biolgicas
Palavras-chave: Aldeia indgena, zoonoses, educao em sade.
rea de Conhecimento: Sade Pblica - 4.06.02.00-1
0646
A reciclagem se apresenta como uma das solues propostas para a destinao de resduos slidos gerados pela populao. Diante da
necessidade da conscientizao sobre a separao correta desses materiais, esta pesquisa avaliou o grau de informaes relacionadas com o
processo de reciclagem e o quanto desses conhecimentos era aplicado nas aes do dia a dia por moradores da regio do Guarituba, municpio
de Piraquara PR. Foi elaborado questionrio qualiquantitativo, com questes sobre a reciclagem, desde a importncia at o destino dado
a esses materiais, os conhecimentos dos moradores a cerca das datas e horrios da coleta de lixo realizados em suas residncias e a atuao
dos catadores de material reciclvel. Foi aplicado em uma amostra de 308 sujeitos, de agosto de 2008 a dezembro de 2009, por alunos da
UFPR, previamente capacitados. Dos moradores entrevistados, 67,2% declararam realizar a separao dos resduos sendo os materiais mais
relatados: plstico, papel, metal e vidro sendo correta
a forma do descarte de perfurocortantes relatada. Tais
resultados possivelmente se devem ao fato dos materiais
em questo serem divulgados a mais tempo e portanto
melhor aderido rotina das pessoas. Outros resduos
ditos como reciclveis pela populao como, leo de
cozinha, mostram que ainda existem mal entendimento
do assunto. A populao mostrou-se consciente quanto
importncia da reciclagem e da atuao dos catadores.
A falta de conhecimento sobre as datas da coleta de lixo
congura mais uma questo a ser trabalhada.
PERCEPO DA POPULAO DO BAIRRO GUARITUBA DO MUNICPIO DE PIRAQUARA-PR
SOBRE A COLETA SELETIVA DE RESIDUOS SLIDOS DOMICILIARES
Aluno de Iniciao Cientfca: Patrcia Yumiko Murakami (BOLSISTA PROEC)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017376
Orientador: Marcia Oliveira Lopes Co-Orientador: Leandra Ulbricht
Colaborador: Ana Paula de Melo, Ariela Cristiane Kawakami Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Catadores de material reciclvel, reciclagem, populao
rea de Conhecimento: Sade Coletiva - 4.06.00.00-9 / Sade Publica - 4.06.02.00-1
0647
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O aumento de populaes animais tornou-se um problema global em centros urbanos, entre eles, os gatos. Como a origem deste aumento
resultado das aes das prprias pessoas, o esforo educacional e a guarda responsvel, buscando o bem-estar geral, devem fazer parte
da soluo. O objetivo deste estudo foi avaliar a situao dos gatos ferais que habitam a sede da Sanepar, buscando solues tcnicas ao
problema e sensibilizando os funcionrios no convvio pacco com os gatos. Foram realizadas entrevistas, com auxlio de questionrios,
com os funcionrios terceirizados de limpeza e manuteno, para entender a maneira como os gatos seriam o problema, e as solues
sugeridas por eles para acabar com este problema. Alm disso, foram realizadas palestras com estes trabalhadores abordando os temas:
Zoonoses, bem-estar animal e guarda responsvel, e ainda sobre os equipamentos de proteo, histrico da empresa e o destino do lixo. Para
os demais funcionrios da empresa, foi distribudo panetos, pois o grande nmero de pessoas tornou invivel a realizao das palestras.
A inteno dos panetos era o incio da educao para guarda responsvel, mostrando a importncia de cada empregado nas solues do
problema. Todos os 54 servidores terceirizados responderam ao questionrio, mas apenas 32 (55,6%) compareceram as palestras, devido
indisponibilidade de tempo. Nas entrevistas, estes relataram que os gatos ajudam no controle dos ratos ali existentes, e que por isso
alimentavam estes animais no intuito de mant-los na sede. Houve ainda os que reclamaram de alergia no ambiente de trabalho, devido
existncia de buracos que do acesso aos forros dos prdios. Aps as atividades, no se observou mais restos de alimentos nos locais
costumeiros, pois os funcionrios aparentemente pararam de faz-lo. Com a reduo de alimentos, houve reduo na observao dos ratos. No
houve fechamentos dos buracos dos forros, e as alergias continuaram. A conscientizao dos mesmos gerou resultados positivos imediatos.
A reduo de alimentos no local mostrou a essas pessoas que a sade ambiental fundamental para se reduzir populaes animais, sejam
elas de ratos, de gatos ferais ou at de pombos.
PROJETO DE CONTROLE DE POPULAO FELINA NA SEDE DA EMPRESA DE SANEAMENTO DO
PARAN (SANEPAR) CURITIBA/PR.
Aluno de Iniciao Cientfca: Pedro Irineu Teider Junior (Extenso)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022599
Orientador: Walfrido Kuhl Svoboda Co-Orientador: Alexander Welker Biondo
Colaborador: Maysa Pellizzaro (Extenso), Michelle Maria Losso (Sanepar), Leandro Alves da Silva (Sanepar), Marcia de Andrade Cruz
(Clnica Mania de Gato) Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sade pblica, controle populacional, gatos.
rea de Conhecimento: Sade pblica 4.06.02.00-1
0648
No mbito da sade pblica, a raiva uma grave zoonose viral de alta letalidade. Mesmo com a implantao do Programa Nacional para
Controle da Raiva na dcada de 70, poucas informaes so disponveis acerca do nvel e durao reais da resposta imune em campanhas
de vacinao. A proposta deste trabalho foi comparar a titulao de anticorpos antirrbicos produzida em gatos primovacinados com as
vacinas Fuenzalida-Palcios e produzida em cultivo de clulas nos dias 0, 30, 180 e 360 com uma dose vacinal e com revacinao aos 30
dias. Utilizou-se 45 gatos de um mesmo gatil da regio, sem relato de vacinao anti-rbica antecedente. O projeto compreendeu quatro
etapas: a 1 com coleta de sangue dos animais e vacinao alternando as vacinas Fuenzalida & Palcios e Cultivo Celular; a 2 com coleta
de sangue e revacinao de metade dos animais de cada tipo de vacina aps 30 dias; a 3 e 4 etapas com coleta de sangue de todos os
animais aos 180 e 360 dias, respectivamente. As amostras de sangue foram coletadas, centrifugadas, regrigeradas a -20C e enviadas ao
Instituto Pasteur/SP, para titulao de anticorpos antirrbicos. No estudo um dos animais foi excludo por titulao prvia. Obteve-se o
resultado parcial com 20 gatos. O percentual de animais com ttulo protetor de anticorpos (igual ou maior que 0,5 UI/ml) nas 1, 2, 3 e
4 etapas foi, respectivamente, de 0, 25, 0, 0% para Fuenzalida & Palacios com revacinao; 0, 0, 0, 0% para Fuenzalida & Palacios sem
revacinao; 0, 100, 80, 20% para Cultivo Celular sem revacinao e 0, 100, 80, 40% para Cultivo Celular com revacinao. Os percentuais
de proteo obtidos com a utilizao da vacina de Cultivo Celular sugerem um alto ndice de proteo de gatos nos primeiros 180 dias aps
a aplicao da vacinas, independentemente de ter sido realizada a revacinao aos 30 dias. O percentual de proteo obtido com a utilizao
de Cultivo Celular 360 dias aps a aplicao da primeira dose vacinal foi maior do que o obtido utilizando Fuenzalida & Palcios, indiferente
a realizao ou no da dose reforo aos 30 dias. Conclui-se que a vacina de Cultivo Celular produziu proteo maior e mais duradoura nos
gatos, quando comparada com a vacina de Fuenzalida & Palcios. Alm disso, com base nos resultados parciais apresentados de proteo
aps 360 dias, sugere-se ao Ministrio da Sade nestas campanhas apenas uma dose vacinal de Cultivo Celular.
RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE GATOS PRIMOVACINADOS VACINA FUENZALIDA &
PALACIOS E DE CULTIVO CELULAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafaelle Cristine Dea (PIBIC-CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022599
Orientador: Walfrido Khl Svoboda Co-Orientador: Alexander Welker Biondo
Colaborador: Eduardo Alexandre de Oliveira (Mestrando), Igor Adolfo Dexheimer Paploski(Residente UNESP-Botucatu), Mariana Kikuti
(Residente UNESP-Botucatu), Cristiane de Conceio de Barros, Raquel Pampuch (CCZ Pinhais), Paulo de Arajo Guerra (SESA-PR),
Marcelo Yoshito Wada (COVEV/SVS/MS), Ivanete Kotait, Maria Luiza Carrieri (SES/SP).
Departamento: Medicina Veterinria Setor: Cincias Agrrias Palavras-chave: Raiva, vacinao, zoonose.
rea de Conhecimento: Sade Publica - 4.06.02.00-1; Medicina Veterinria - 5.05.00.00-7
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A rotina de trabalho do catador de material reciclvel exaustiva e muitas vezes realizada em condies precrias, expondo esses trabalhadores
aos mais diversos riscos sade, entre eles a alimentao inadequada. Com base nisso este trabalho teve o objetivo de identicar o perl
alimentar da populao de catadores de material reciclvel do municpio de Piraquara-PR, com nfase na segurana alimentar, a m de
tornar possvel o desenvolvimento de aes de educao nutricional que contribuam para melhorar a qualidade de vida e sade desses
trabalhadores. Foram entrevistados 56 catadores residentes em Piraquara-PR, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2009, por
meio da aplicao de um questionrio de freqncia alimentar baseado no SISVAN e na Escala Brasileira de Insegurana Alimentar (EBIA).
Atravs da anlise dos resultados foi possvel observar que dos 56 entrevistados, em relao ao consumo de alimentos saudveis, 20% (n=11)
no consumiam salada crua em nenhum dia da semana, 48% (n=27) no consumiam legumes e verduras, 44% (n=24) no consumiam frutas,
28% (n=15) no consumiam leite, 94% (n=52) consumiam feijo diariamente e 13% (n=7) no consumiam carne em nenhum dia. Quanto
ao consumo de alimentos no saudveis foi observado que 5% (n=3) consumiam embutidos, 10% (n=6) consumiam bolacha salgada, 5%
(n=3) consumiam bolacha doce, 20% (n=11) consumiam refrigerante e 13% (n=7) consumiam bebidas alcolicas diariamente. Quanto ao
local onde realizavam as refeies 90% (n=50) realizavam em suas residncias. Quando questionados sobre a qualidade da alimentao
consumida 46,4% (n=26) relataram ser de boa qualidade, 21,4% (n=12) relataram ser razovel e apenas 1,7% (n=1) relatou pssima qualidade.
O questionamento a respeito da segurana alimentar apresentou que a maioria, 69,6% (n=39) dos trabalhadores possua a preocupao que
a comida acabasse antes do previsto. Avaliando os programas de transferncia de renda, 57% (n=32) dos entrevistados no tm acesso. A
partir deste trabalho foi possvel identicar o perl alimentar da populao em estudo, e com base nisso, elaborar polticas de educao
nutricional que possam auxiliar na melhora das condies de vida e sade desta populao.
CONDIES DE VIDA E TRABALHO DOS CATADORES DE MATERIAL RECICLVEL NO
MUNICPIO DE PIRAQUARA PR: AVALIAO DAS CONDIES DE SEGURANA ALIMENTAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Tas Milene Calvetti (EXTENSO/2010)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017376
Orientador: Marcia Oliveira Lopes Co-Orientador: Leandra Ulbricht (professora, UTFPR)
Colaborador: Ana Paula Hesketh Rabuske (EXTENSO/2010), Daniela Kuhn (professora,UTFPR)
Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Segurana alimentar, catadores, perfl alimentar
rea de Conhecimento: Sade Coletiva - 4.06.00.00-9 / Sade Publica - 4.06.02.00-1
0650
A melhoria das condies de trabalho dos catadores de material reciclvel condio bsica para a sustentabilidade social desse grupo.
Este estudo objetivou traar o perl dos catadores de lixo reciclvel na regio do Guarituba, no municpio de Piraquara-PR, avaliando
as condies de trabalho. Foram feitas entrevistas com 56 catadores utilizando-se integrao de mtodos qualitativos e quantitativos. Foi
utilizado o mtodo qualitativo de estimativa rpida que permite a obteno de informaes sobre um conjunto de problemas com menor
tempo e custo. Esta metodologia tornou-se a etapa inicial de desenvolvimento de pers de planejamento para decidir sobre as intervenes
sanitrias necessrias. Num primeiro momento, quando perguntados sobre problemas de sade ou acidentes relacionados ao trabalho, 70%
dos entrevistados negou haver problemas. Os outros 30% relataram cortes (6); dores em coluna, joelho, punho, costas (3); atropelamento
(2) e gripe, pneumonia e bronquite (3). Quando as perguntas sobre riscos sade foram especicadas, os trabalhadores revelaram um
maior nmero de acidentes: 11 mordeduras de ces, 8 tores de p, 14 cortes nas mos, 16 cortes em ps, 4 atropelamentos, 7 quedas de
material nos ps e ainda 5 acidentes envolvendo picada de aranha marrom, prego, queda de material sobre as mos e dores nas costelas.
Quando acidentados, 26% lavaram, passaram lcool ou tomaram remdio e 9% no zeram nada, sendo que apenas 31% procuraram o
posto de sade e 17% foram ao hospital. Houve falta ao trabalho de 59% dos catadores, devido a complicaes de sade. As causas incluem
dores de coluna, cabea e garganta, tontura, problemas de presso, fgado, bronquite, pneumonia e alcoolismo. Quanto vacinao, 48%
responderam estarem vacinados contra ttano, 19% contra hepatite B, 17% contra gripe, 12% contra febre amarela e rubola, 2% contra
pneumonia e 2% contra raiva. O atraso das vacinaes, bem como a no observao da situao pelos catadores permite maior exposio a
doenas relacionadas atividade. Apenas 6% identicaram a vacinao como um fator de melhoria das condies de trabalho. Foi observado
que os trabalhadores entrevistados no utilizavam equipamentos de proteo individual e que o material separado nas prprias casas,
domicializando os riscos. A estimativa indicou uma situao de precrias condies de trabalho e falta de informao bsica, demonstrando
necessidade da continuidade de um trabalho de pesquisa-ao junto a esses trabalhadores, visando a unio do grupo e a melhora nas
condies de vida e trabalho.
CONDIES DE VIDA E TRABALHO DOS CATADORES DE MATERIAL RECICLVEL NO MUNICPIO
DE PIRAQUARA PR: ESTIMATIVA RPIDA NA PESQUISA EM SADE DO TRABALHADOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Vanessa Nadine Gris (EXTENSO/UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005017376
Orientador: Marcia Oliveira Lopes Co-Orientador: Leandra Ulbricht (professora, UTFPR)
Colaborador: Luciana Kowalski (EXTENSO/UFPR), Daniela Kuhn (UTFPR), Daiane Vacari (UTFPR)
Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Catadores, sade do trabalhador, estimativa rpida.
rea de Conhecimento: Sade Coletiva - 4.06.00.00-9 / Sade Publica - 4.06.02.00-1
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Biossegurana o conjunto de aes voltadas para a preveno e proteo do trabalhador, minimizao dos riscos inerentes s atividades de
pesquisa, produo, ensino, desenvolvimento tecnolgico e prestao de servios, visando sade do homem, dos animais, a preservao do
meio ambiente e a qualidade dos resultados, incluindo o gerenciamento correto dos resduos gerados pelos servios de sade. Considerando
a importncia desses assuntos foi realizado um projeto de pesquisa com o intuito de avaliar o conhecimento da comunidade acadmica
do campus III da Universidade Federal do Paran: sobre biossegurana e resduos do servio de sade. Desta forma, foram entrevistados:
alunos dos cursos de Farmcia, Nutrio e Odontologia, coordenadores destes cursos, manipuladores de resduos e gestores da prefeitura
universitria. Realizou-se uma pesquisa-ao baseada na aplicao de um instrumento de avaliao especco para cada grupo pesquisado
contendo em mdia 10 perguntas. A pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2009 e no primeiro semestre de 2010 com acadmicos
dos cursos de farmcia (sexto perodo), odontologia (segundo perodo) e nutrio (quinto perodo), seus respectivos coordenadores, gestores
ambientais da instituio e manipuladores de resduos pertencentes empresa terceirizadas atuantes no Campus III. Como resultados a
respeito dos alunos, 100% dos estudantes de Odontologia armaram que biossegurana foi abordado em alguma disciplina de seu curso,
j Farmcia 67% arma que sim e Nutrio 85%. Em relao ao contedo de RSS no curso de Odontologia e Farmcia quase 70% diz ser
abordado em seu curso e Nutrio 100%. Entre 78 e 100% dos alunos reconhece os RSS como risco sade e ao meio ambiente,quando
seu manejo inadequado, porm cerca de 50 a 60% arma reconhecer os diferentes grupos de RSS. Para que haja reduo nos riscos a
sade do paciente, do prossional e do ambiente e para diminuir a ocorrncia de acidentes ocupacionais o prossional da sade necessita
ter conhecimento suciente das medidas biosseguras e responsveis, que limitem qualquer possibilidade de haver incidente. Visando essa
reduo dos riscos e a preveno importante a presena de disciplinas que abordem os contedos de biossegurana e RSS em todos os
cursos da rea da sade para formar prossionais conscientes e capacitados para atuar na rea da melhor forma possvel evitando riscos a
ele, ao paciente e ao meio ambiente.
CONHECIMENTOS E CONDUTAS SOBRE BIOSSEGURANA E RESDUOS DE SERVIOS DE SADE
ENTRE OS ACADMICOS DA REA DE SADE
Aluno de Iniciao Cientfca: Yasmin Dallarmi Miguel (bolsista IC)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006020231
Orientador: Eliane Carneiro Gomes Colaboradores: Letcia C. Gomes (IC/voluntria)
Departamento: Sade Comunitria Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Sade, biossegurana, resduos
rea de Conhecimento: Sade Pblica 4.06.02.00-1
0652
A incidncia do carcinoma escamoso anal apresentou aumento signicativo nas ltimas dcadas, particularmente entre mulheres. Assim
como em outras neoplasias do trato genital inferior, sua etiologia vem sendo relacionada presena do papilomavirus humano (HPV).
Acredita-se que as neoplasias intraepiteliais anais (NIA) sejam suas leses precursoras e que, de forma anloga ao rastreamento para
o carcinoma de colo uterino, programas de rastreamento poderiam reduzir a incidncia do carcinoma de nus. Diversos autores vem
demonstrando que esfregaos e citologias anais podem ser utilizados de forma satisfatria para este rastreamento. Assim, este estudo foi
realizado com o objetivo de avaliar alteraes na citologia de canal anal em pacientes com doena do trato genital inferior causada pelo
HPV. Cento e sessenta pacientes foram includas, formando dois grupos. O grupo I (estudo) foi composto por 90 pacientes com alteraes
citolgicas e histolgicas cervicovaginais, 65 delas (72%) com LIEAG e 25 (27%) com LIEBG. O grupo II (controle) foi composto por 70
pacientes sem anormalidades genitais. Todas as mulheres foram submetidas coleta de citologia onctica do canal anal, e estas amostras
foram analisadas segundo o sistema Bethesda. Alteraes citolgicas anais foram encontradas em 10 casos (11,1%) do grupo I e em 4
casos (5,7%) do grupo II, demonstrando um risco signicativamente maior de alteraes na citologia anal de pacientes com doena do trato
genital inferior causada pelo HPV em relao ao grupo controle.
AS ALTERAES DA CITOLOGIA ANAL NA SINDROME DO TRATO GENITAL INFERIOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Paula Willy Fabro (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022481
Orientador: Rita Maira Zanine Koslinski Co-Orientador: Jos Ederaldo Queiroz Telles
Colaborador: Carolina Perptua Gomes Arajo (Mdica Voluntria-HC/UFPR), Caroline Pritsch (IC-Voluntria), Deborah Beltrami Gomez
(IC-Voluntria). Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Neoplasia intraepitelial cervical, neoplasias do nus, citodiagnstico.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5
0653
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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Nesse trabalho visamos vericar a possibilidade de se distinguir leses benignas de malignas, por meio de imagem infravermelha,
primeiramente em pacientes que se submeteriam bipsia de mamas indicadas pelos mtodos de rotina (mamograa e ecograa), no
alterando assim a conduta vigente a cada uma delas. As pacientes utilizadas neste trabalho foram as atendidas rotineiramente no ambulatrio
da mastologia do Hospital de Clnicas de Curitiba - UFPR. O estudo tem carter comparativo, prospectivo e aberto. Os dados so coletados
ao longo de aproximadamente um ano. Esto sendo realizados exames de imagem infravermelha em pacientes submetidas ecograa e/
ou mamograa antes de ser realizada bipsia de mama. Para o estudo, realizado no Hospital de Clnicas da UFPR (desde Maro de 2009),
temos por objetivo analisar as imagens de infravermelho das pacientes, cujo consentimento informado e assinado e, a condencialidade,
preservada. As pacientes so abordadas no ambulatrio da mastologia e convidadas a participar do projeto. Com o contato das mesmas,
ligamos e marcamos um dia para realizao das imagens, numa sala localizada no 7 andar do Hospital de Clnicas. As imagens so feitas
por uma cmera de infravermelho e os arquivos de cada paciente so gravados no formato do programa Sat. So capturadas 5 imagens
de cada paciente (incidncias: frontal, oblqua esquerda, oblqua direita, perl esquerda e perl direita). A eccia do sistema de imagem
infravermelha ser testada qualitativa e quantitativamente segundo padres termogrcos internacionalmente aceitos e, a anlise das
imagens, realizada por avaliador especializado sem conhecimento prvio das leses (estudo duplo-cego, alm de identicao apenas por
nmero de pronturio). Com o trmino da coleta das imagens, que foi interrompida por problemas tcnicos com a cmera que culminaram
com a perda de todos os arquivos obtidos desde maro de 2009 at dezembro 2009, passaremos a realizar a anlise estatstica. Para essa
anlise, que ser realizada no incio de julho, j teremos em mos os relatrios de cada paciente, contendo seus dados clnicos, imagens
infravermelhas, laudos de exames de mamograa, ecograa, se possvel de anatomia patolgica e, os laudos das imagens infravermelhas.
Na anlise, usaremos os dados da avaliao termogrca dispostos em planilhas do Excel e tentaremos correlacionar a eccia da imagem
infravermelha, baseando-se nos achados ecogrcos e mamogrcos. Suporte Financeiro: CNPq/UFPR, Fundao Araucria.
VALOR DA IMAGEM INFRAVERMELHA NA AVALIAO DE LESES MAMOGRAFICAMENTE E
ECOGRAFICAMENTE SUSPEITAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Carina Neves (Iniciao cientfca)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023451
Orientador: Plnio Gasperin Junior Co-Orientador: Marcos Leal Brioschi, Fernando Gallego Dias
Colaborador: Mariana de Freitas , Flvia Carnieli e Silva
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Termografa, infravermelho, mamografa.
rea de Conhecimento: Radiologia Mdica, de acordo com o CNPq 4.01.06.00-4
0654
O cncer anal, apesar de ser considerado uma doena rara, tem apresentado um aumento na sua incidncia nos ltimos anos, e apresenta
como leso precursora a neoplasia intraepitelial anal. Os grupos de risco para esta patologia so pacientes portadoras da sndrome do trato
genital inferior, portadoras de condilomatose anal, imunossuprimidas e principalmente as mulheres HIV positivas. O objetivo deste estudo
foi analisar a presena de neoplasia intraepitelial anal em pacientes de alto risco para esta patologia e correlacionar com os principais
fatores epidemiolgicos. As pacientes foram submetidas a um protocolo, o qual foi preenchido atravs de uma consulta no Ambulatrio
de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia do HC/UFPR no perodo de junho de 2008 a junho de 2010. Foram feitas entrevistas,
exame colposcpico e coleta de citologia anal que foi avaliada pelo Sistema Bethesda. Este estudo prospectivo longitudinal analtico foi
desenhado para correlacionar os resultados da citologia anal e os fatores de risco para o carcinoma anal. Realizamos o estudo comparando
dois grupos o grupo estudo, composto por 90 mulheres portadoras de alteraes na citologia cervicovaginal, e o grupo controle, constitudo
por 70 pacientes cujos resultados da colpocitologia onctica foram normais. Encontramos signicncia estatstica entre os grupos em
relao sexarca, nmero de parceiros sexuais, presena de verrugas genitais e resultado da citologia anal, enquanto tabagismo, atividade
sexual anal e imunossupresso no demonstraram essa diferena. No se conguraram como fatores de risco para neoplasia intraepitelial
anal: tabagismo, atividade sexual anal e imunossupresso, entretanto, sexarca precoce, nmero de parceiros sexuais, presena de verrugas
genitais e resultado da citologia anal foram considerados como tais.
AS ALTERAES DA CITOLOGIA ANAL NA SNDROME DO TRATO GENITAL INFERIOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Caroline Pritsch (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022481
Orientador: Rita Maira Zanine Co-Orientador: Jose Ederaldo Queiroz Telles
Colaborador: Carolina Perptua Gomes Araujo, Ana Paula Willy Fabro (UFPR - TN), Deborah Beltrami Gomez (IC Voluntria)
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Neoplasia intra-epitelial anal,fatores de risco, condiloma anal.
rea de Conhecimento: Sade Materno-Infantil 4.01.03.00-5
0655
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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359
O rastreamento de cncer de colo uterino em mulheres na ps menopausa pode ser prejudicado pelas alteraes no trato genital inferior
feminino decorrentes das mudanas hormonais desse perodo. O objetivo deste trabalho determinar a prevalncia de leso intraepitelial
cervical e cncer de colo uterino em mulheres com idade superior a 45 anos com citologias cervicovaginais alteradas, atendidas ambulatrio
de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia do servio de Ginecologia do HC-UFPR no perodo de 2008 a 2009. Atravs da anlise
de 86 pronturios, foi feito um estudo retrospectivo descritivo observacional. A mdia etria foi de 53 anos e 64% das mulheres estavam
na ps menopausa e destas, apenas 5,4% estavam em terapia hormonal. A prevalncia de leso intraepitelial de alto grau foi de 47,7% e de
cncer de colo uterino foi de 17,7%, ambas conrmadas por estudo histolgico. importante considerar a diculdade da coleta adequada da
citologia onctica nas pacientes na ps menopausa. Alguns aspectos merecem destaque, como seguimento inadequado, maior prevalncia
de colposcopia insatisfatria, atroa genital e diculdade de xao celular.
MANEJO DAS LESES INTRAEPITELIAIS CERVICAIS EM UMA POPULAO DE MULHERES NA
MATURIDADE
Aluno de Iniciao Cientfca: Deborah Beltrami Gomez (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023467
Orientador: Rita Maira Zanine
Colaborador: Ana Paula Willy Fabro (UFPR/TN), Caroline Pritsch (IC - Voluntria), Fernanda Cristina Cabral Coelho (UFPR/TN)
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Neoplasias do Colo do tero, Ps-Menopausa.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 Sade Materno-Infantil
0656
O estudo objetiva analisar a evoluo da gestao em pacientes portadoras de distrbios hipertensivos especcos da gravidez, casos de
hellp sndrome e eclmpsia, medicaes utilizadas e aspectos obsttricos e perinatais. Estudo retrospectivo observacional, realizado no
Servio de Obstetrcia do Hospital de Clnicas da Universidade Federal do Paran (UFPR), onde foram analisadas gestantes atendidas no
perodo de janeiro de 2001 a dezembro de 2007. Projeto de pesquisa aprovado em reunio de Cmara Departamental da Tocoginecologia
e Comisso de tica e Pesquisa em seres humanos do HC (UFPR) Includas gestantes com diagnstico de hipertenso arterial aps a 20
semana de gravidez. Critrios de excluso: gestantes com Hipertenso Arterial Crnica (HAC) com diagnstico antes da 20 semana de
gestao. Foram revisados 209 pronturios, sendo 90 includos neste estudo. 41,12% (37) das gestantes apresentaram pr-eclmpsia ou
DHEG pura (DHEG); 23,34% (21) apresentaram HAC com DHEG sobreposta; 34,4% (31) apresentaram Eclmpsia. Um caso de hellp
sndrome. DHEG pura: idade mdia 28 anos; 62,16% multparas; 89,18% com nveis pressricos 140/90mmHg na admisso, 40,54%
das pacientes receberam no mnimo 1 droga anti-hipertensiva para a intercorrncia; cesrea para a interrupo em 86,48% dos casos; 70%
dos recm-nascidos apresentaram ndice de APGAR no primeiro minuto 7 ; 2 gestantes apresentaram complicaes renais. HAC com
DHEG sobreposta: idade mdia 31,04 anos; 80,96% multparas; 95,23% com nveis pressricos 140/90mmHg na admisso, sendo que
61,9% receberam no mnimo 1 droga anti-hipertensiva para a intercorrncia; cesrea para a interrupo em 61,9% dos casos; 57% dos
recm-nascidos apresentaram ndice de APGAR no primeiro minuto 7; 2 pacientes apresentaram complicaes neurolgicas; ocorreram
6 bitos fetais. Eclmpsia: idade mdia 21,2 anos; 58,06% primigestas; 61,29% com nveis pressricos 140/90mmHg na admisso,
sendo que 41,93% receberam drogas anticonvulsivantes para a intercorrncia; cesrea para a interrupo em 93,55% dos casos; 42% dos
recm-nascidos apresentaram ndice de APGAR no primeiro minuto 7; 3 pacientes apresentaram complicaes renais e 6 apresentaram
complicaes neurolgicas, 1 caso de bito fetal. Em concordncia ao que diz a literatura, pacientes com distrbios hipertensivos durante
a gestao apresentam piores prognsticos obsttricos e perinatais, sendo a DHEG pura o distrbio mais prevalente, e cesrea a via de
interrupo mais freqente. Eclmpsia incide mais em faixas etrias mais baixas e em primigestas.
DOENA HIPERTENSIVA ESPECFICA DA GESTAO: ANLISE DOS ASPECTOS OBSTTRICOS E
PERINATAIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Evelyn Kruetzmann Iurk (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008-022870
Orientador: Edson Gomes Tristo Co-Orientador: Almir Antnio Urbanetz
Colaborador: Jaqueline Dezordi da Silva, Fernanda Timmermann, Flvia Carolina Bonnevialle, Denis Jos Nascimento, Ingrid Herta,
Tammy Vernalha Rocha Almeida Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Gravidez, eclampsia, DHEG
rea de Conhecimento: Ginecologia e Obstetrcia 4.01.01.15-0
0657
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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O objetivo deste estudo foi: avaliar a prevalncia de infeco do trato urinrio durante a gravidez; avaliar a prevalncia dos principais agentes
etiolgicos; e avaliar as intercorrncias clnico-obsttricas nas pacientes com infeco do trato urinrio e bacteriria assintomtica. Projeto
aprovado em Cmara Departamental da Tocoginecologia e pelo Comit de tica e Pesquisa em Seres Humanos do Hospital de Clinicas
da UFPR. Foi realizado um estudo prospectivo de gestantes atendidas no pr-natal do Servio de Obstetrcia do Hospital de Clnicas,
entre maio de 2008 e setembro de 2009, sendo includas 411 gestantes, agrupadas em grupo ITU (n=103) e grupo controle (n=308). Todas
as gestantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi utilizado como critrio diagnstico de ITU urocultura com
mais de 100000 UFC/ml. Pacientes com urocultura positiva e ausncia de sintomas urinrios (polaciria, disria, lombalgia e hematria)
foram classicadas no grupo bacteriria assintomtica. Pacientes com critrio de ITU e com febre, nuseas, vmitos e dor lombar foram
tratadas como Pielonefrite. Foram excludas do estudo 28 pacientes, por apresentarem contaminao na urocultura, ou por terem perdido o
seguimento do pr-natal. A prevalncia de infeco urinria em gestantes encontrada no Hospital de Clnicas foi de 25%. A prevalncia de
BA no grupo ITU e no total de pacientes foi respectivamente de: 43,69% e 10,94%. A prevalncia de pielonefrite no grupo ITU e no total
de pacientes foi respectivamente: 13,59% e 3,41%. Os agentes etiolgicos mais comuns foram: Escherichia coli (47,57%), seguido de GBS
(27,18%). A faixa etria mais comum foi entre 18 -25 anos (36,8% no grupo ITU e 36,68% no grupo controle). Dentre os antibiogramas, 52%
apresentaram resistncia a algum dos antibiticos testados. O antibitico com maior taxa de resistncia foi o sulfametoxazol-trimetoprim
com 34% de resistncia, seguido da nitrofurantona com 12%. Dentre as comorbidades, o grupo ITU apresentou 21,35% de HAC e o
grupo controle 18,18%. Quanto DHEG, o grupo ITU apresentou 16,5% e o grupo controle 13,63%. Cerca de. 39% do total de pacientes
tiveram parto vaginal, com 4,6% de frceps e a taxa de cesarianas foi de 61%. A prevalncia encontrada superior da literatura (10%),
pois o hospital de servio tercirio. Os demais dados concordam com a literatura e rearmam a necessidade de tratar as gestantes para
evitar complicaes materno-infantis.
AVALIAO DA PREVALNCIA DE INFECO DO TRATO URINRIO E BACTERIRIA
ASSINTOMTICA NA GRAVIDEZ NO SERVIO DE PR-NATAL HC UFPR
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Almeida Leite (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007022159
Orientador: Fernando Cesar de Oliveira Jr Co-Orientador: Almir Antonio Urbanetz
Colaborador: Luiza Marochi Almeida, Edson Gomes Tristo, Denis Jos Nascimento, Tammy Vernalha Rocha Almeida.
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Gravidez, itu, bacteriria.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5
0658
A pesquisa tem como objetivo a anlise dos aspectos clnicos, anatomopatolgicos e cirrgicos das pacientes portadoras de carcinoma de
endomtrio. Trata-se de um estudo retrospectivo observacional analtico de pronturio das pacientes portadoras de cncer de endomtrio
atendidas no Servio de Ginecologia do HC-UFPR no perodo de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2009, com diagnstico anatomopatolgico
de cncer de endomtrio. Este projeto foi aprovado pela Cmara Departamental da Tocoginecologia e pelo Comit de tica em Pesquisa em
Seres Humanos do HC-UFPR. Este estudo dispensa o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), pois um estudo retrospectivo.
Tem como critrios de incluso pacientes cujo laudo anatomopatolgico comprovou a presena de carcinoma de endomtrio e como critrios
de excluso pacientes sem o laudo denitivo anatomopatolgico. O estudo foi composto por dois grupos. Grupo 1: cncer de endomtrio
(130 pacientes), Grupo 2 (controle): pacientes com hiperplasia simples de endomtrio (123 pacientes). Foram analisados os parmetros:
Idade, Paridade, DUM, Queixas ginecolgicas, Achados ecogrcos e Fatores de risco, com diferena estatstica entre os dois grupos (nvel
de signicncia de 5%) em relao : Faixa etria (p-valor < 0,00000001); Queixa ginecolgica de sangramento ps-menopausa (p-valor <
0,00000001); Achados ecogrcos referentes a espessamento endometrial (p-valor = 0,00045829); e Associao de fatores de risco (p-valor
= 0,0005791). Atravs da pesquisa pode-se obter algumas concluses: a idade um fator de risco isolado para cncer de endomtrio; a
associao de fatores de risco, a queixa ginecolgica e os achados ecogrcos apresentam valor estatstico signicativo; o tipo histolgico
mais comum foi o adenocarcinoma endometriide, sendo o estadio inicial o mais encontrado; a cirurgia isolada foi o tratamento mais
realizado, independente do estadiamento cirrgico.
CNCER DE ENDOMTRIO: ANLISE DOS ASPECTOS CLNICOS, CIRRGICOS, E ACHADOS
ANATOMOPATOLGICOS DE PACIENTES ATENDIDAS NO HOSPITAL DE CLNICAS DA UFPR
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Timmermann (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023356
Orientador: Almir Antonio Urbanetz Colaborador: Isabela Vinotti (UFPR/TN), Raquel Cristina Pelissari (IC-Voluntria)
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Cncer de endomtrio, sangramento ps-menopausa, hiperplasia endometrial
rea de Conhecimento: Sade Materno-Infantil 4.01.03.00-5
0659
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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361
A laqueadura tubria um mtodo cirrgico, denitivo, para evitar a gravidez, utilizado por um quarto das mulheres brasileiras. No entanto,
nos ambulatrios de infertilidade conjugal freqentemente esto sendo atendidas pacientes que solicitam a reverso cirrgica da laqueadura,
por diferentes razes. Tendo em vista que, em sua maioria, se tratam de mulheres jovens, que conservam o seu potencial reprodutivo,
com exceo das suas trompas que esto ligadas, este estudo se justica no sentido de avaliar as razes que levam essas mulheres a pedir
reverso da laqueadura tubria bem como traar o seu perl scio-econmico. Foi feito um estudo retrospectivo analisando os pronturios
mdicos das mulheres que se consultaram nos ltimos cinco anos no ambulatrio de infertilidade do Hospital de Clnicas. Foram analisados
2.767 pronturios. Destes, 237 pacientes (8,5%) se consultaram por infertilidade, sendo 30 pacientes (12,66%) com pedido de reverso da
laqueadura tubria. Com relao ao perl destas pacientes, a mdia de idade era de 33,8 anos, enquanto a de seus parceiros era de 34 anos.
Das 30 pacientes analisadas, 90% relataram que possua lho em outras unies. Sendo que a maioria (55,6%) era criada pela prpria paciente
e os outros 44,4% dividem-se entre guarda compartilhada, isolada do ex-parceiro ou de parentes da paciente. Com relao ao parceiro,
30,4% possuam lhos em outras unies, sendo que em todos os casos (100%) os lhos eram criados pela ex-parceira. Com relao ao
procedimento de laqueadura tubria, 88% das mulheres haviam o realizado a mais de 5 anos. A maioria das pacientes (70,8%) possua idade
entre 20 e 30 anos no momento do procedimento. Dentre as 26 mulheres que informaram o motivo da reverso da laqueadura tubria, 96,1%
relataram arrependimento e desejo de mais lhos. Outro motivo considerado por muitas mulheres foi o fato de ter um novo parceiro que
desejava lhos, 76,9%. Este quesito aceitava mais de uma resposta por mulher. Assim sendo, a reverso da laqueadura tubria um mtodo
de custo elevado e sem garantia de sucesso, a avaliao de fatores relacionados ao arrependimento das pacientes tornam-se importantes, na
tentativa de reduzir o nmero de reverses pela escolha do mtodo contraceptivo mais adequado para cada paciente.
PREVALNCIA DE CONSULTAS DE MULHERES POR INFERTILIDADE DEVIDO A LAQUEADURA
TUBRIA ANTERIOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Francisco Beraldi de Magalhes (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021462
Orientador: Rosires Pereira de Andrade
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave:Reverso de laqueadura tubria, infertilidade, anticoncepo.
rea de Conhecimento: Ginecologia e Obstetrcia 4.01.01.15-0
0660
A laqueadura tubria um mtodo cirrgico, denitivo, para evitar a gravidez, utilizado por um quarto das mulheres brasileiras. No entanto,
nos ambulatrios de infertilidade conjugal freqentemente esto sendo atendidas pacientes que solicitam a reverso cirrgica da laqueadura,
por diferentes razes. Tendo em vista que, em sua maioria, se tratam de mulheres jovens, que conservam o seu potencial reprodutivo,
com exceo das suas trompas que esto ligadas, este estudo se justica no sentido de avaliar as razes que levam essas mulheres a pedir
reverso da laqueadura tubria bem como traar o seu perl scio-econmico. Foi feito um estudo retrospectivo analisando os pronturios
mdicos das mulheres que se consultaram nos ltimos cinco anos no ambulatrio de infertilidade do Hospital de Clnicas. Foram analisados
2.767 pronturios. Destes, 237 pacientes (8,5%) se consultaram por infertilidade, sendo 30 pacientes (12,66%) com pedido de reverso da
laqueadura tubria. Com relao ao perl destas pacientes, a mdia de idade era de 33,8 anos, enquanto a de seus parceiros era de 34 anos.
Das 30 pacientes analisadas, 90% relataram que possua lho em outras unies. Sendo que a maioria (55,6%) era criada pela prpria paciente
e os outros 44,4% dividem-se entre guarda compartilhada, isolada do ex-parceiro ou de parentes da paciente. Com relao ao parceiro,
30,4% possuam lhos em outras unies, sendo que em todos os casos (100%) os lhos eram criados pela ex-parceira. Com relao ao
procedimento de laqueadura tubria, 88% das mulheres haviam o realizado a mais de 5 anos. A maioria das pacientes (70,8%) possua idade
entre 20 e 30 anos no momento do procedimento. Dentre as 26 mulheres que informaram o motivo da reverso da laqueadura tubria, 96,1%
relataram arrependimento e desejo de mais lhos. Outro motivo considerado por muitas mulheres foi o fato de ter um novo parceiro que
desejava lhos, 76,9%. Este quesito aceitava mais de uma resposta por mulher. Assim, sendo a reverso da laqueadura tubria um mtodo
de custo elevado e sem garantia de sucesso, a avaliao de fatores relacionados ao arrependimento das pacientes tornam-se importantes, na
tentativa de reduzir o nmero de reverses pela escolha do mtodo contraceptivo mais adequado para cada paciente.
PREVALNCIA DE CONSULTAS DE MULHERES POR INFERTILIDADE DEVIDO A LAQUEADURA
TUBRIA ANTERIOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Gleyse Maria Rubio (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021462
Orientador: Rosires Pereira de Andrade
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave:Laqueadura tubrea, reverso, anticoncepo.
rea de Conhecimento: Ginecologia e Obstetrcia - 4.01.01.15-0
0661
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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362
A bomba de sdio uma protena de membrana encontrada em clulas eucariticas e responsvel pelo transporte de ons sdio e potssio,
utilizando a energia do ATP.
(1)
A bomba de sdio composta de duas subunidades: a subunidade cataltica, com stios de ligao para
o sdio, o potssio e o ATP, e a subunidade regulatria, com vrios stios de glicosilao.
(2)
Diversos estudos mostraram alteraes no
transporte de ctions transmembrana em clulas cancergenas. Est descrito que a subunidade 1 est baixa em tecidos neoplsicos humanos,
e isso parece ser essencial para o carter invasivo do tumor.
(3)
Outros estudos sugerem fortemente que diferentes subunidades estariam
aumentadas em cnceres de pulmo e glioblastomas.
(4,5)
Uma investigao envolvendo outros tipos de tumores, como os de mama, poder
trazer mais evidncias para a proposta de up-regulation das subunidades e down-regulation das subunidades , alm de proporcionar
um novo alvo para as teraputicas anti-cncer. Este projeto foi a primeira etapa de um estudo maior sobre a bomba de sdio e o cncer de
mama que est sendo feito com a colaborao da Universidade Livre de Bruxelas. Nesta fase foram selecionadas 690 pacientes tratadas no
ambulatrio de mastologia do Hospital de Clnicas da UFPR, em Curitiba, cujas informaes serviram para cumprir com o objetivo geral
deste trabalho de formar um banco de dados dos anos de 1999 a 2009, traando assim um perl deste tipo de cncer em 10 anos. Estes
dados sero analisados comparando-se as caractersticas tumorais com o procedimento utilizado no tratamento, entre outros aspectos. At o
presente foi possvel levantar dados epidemiolgicos das pacientes, portanto, como resultado parcial desta pesquisa, temos que em 58% das
pacientes que tinham informaes sobre o grau do tumor no exame antomo patolgico, o tumor era grau II; o tipo histolgico predominante
(74%) era ductal invasor; em 33% o quadrante acometido (isoladamente) era o superior externo da mama; o receptor de estrognio era
positivo em 67%, o de progesterona em 66% e o marcador Herb-2 era positivo em 48% (predomnio de trs cruzes); e a maioria (60%)
sofreu o procedimento de mastectomia como teraputica.
A BOMBA DE SDIO COMO NOVO ALVO NA TERAPIA DO CNCER BANCO DE DADOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Ingrid Stresser Gioppo (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022958
Orientador: Plnio Gasperin Jnior
Colaborador: Priscila Fernanda Biotti Bovo
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Cncer de mama, bomba de sdio, base de dados.
rea de Conhecimento: 4.01.01.15-0
0662
A pesquisa tem como objetivo a anlise dos aspectos clnicos, anatomopatolgicos e cirrgicos das pacientes portadoras de carcinoma de
endomtrio. Trata-se de um estudo retrospectivo observacional analtico de pronturio das pacientes portadoras de cncer de endomtrio
atendidas no Servio de Ginecologia do HC-UFPR no perodo de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2009, com diagnstico anatomopatolgico
de cncer de endomtrio. Este projeto foi aprovado pela Cmara Departamental da Tocoginecologia e pelo Comit de tica em Pesquisa em
Seres Humanos do HC-UFPR. Este estudo dispensa o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), pois um estudo retrospectivo.
Tem como critrios de incluso pacientes cujo laudo anatomopatolgico comprovou a presena de carcinoma de endomtrio e como critrios
de excluso pacientes sem o laudo denitivo anatomopatolgico. O estudo foi composto por dois grupos. Grupo 1: cncer de endomtrio
(130 pacientes). Grupo 2 (controle): pacientes com hiperplasia simples de endomtrio (123 pacientes). Foram analisados os parmetros:
Idade, Paridade, DUM, Queixas ginecolgicas, Achados ecogrcos e Fatores de risco, com diferena estatstica entre os dois grupos (nvel
de signicncia de 5%) em relao : Faixa etria (p-valor < 0,00000001); Queixa ginecolgica de sangramento ps-menopausa (p-valor <
0,00000001); Achados ecogrcos referentes a espessamento endometrial (p-valor = 0,00045829); e Associao de fatores de risco (p-valor
= 0,0005791). Atravs da pesquisa pode-se obter algumas concluses: a idade um fator de risco isolado para cncer de endomtrio; a
associao de fatores de risco, a queixa ginecolgica e os achados ecogrcos apresentam valor estatstico signicativo; o tipo histolgico
mais comum foi o adenocarcinoma endometriide, sendo o estadio inicial o mais encontrado; a cirurgia isolada foi o tratamento mais
realizado, independente do estadiamento cirrgico.
CNCER DE ENDOMTRIO: ANLISE DOS ASPECTOS CLNICOS, CIRRGICOS, ACHADOS
ANATOMOPATOLGICOS DE PACIENTES ATENDIDAS NO HOSPITAL DE CLNICAS DA UFPR
Aluno de Iniciao Cientfca: Isabela Vinotti (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023356
Orientador: Almir Antonio Urbanetz
Colaborador: Fernanda Timmermann, Raquel Cristina Pelissari
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Cncer de endomtrio, sangramento ps-menopausa, hiperplasia endometrial
rea de Conhecimento: t
0663
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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EVINCI E 3.
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EINTI / OUTUBRO / 2010
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O trabalho objetiva analisar a evoluo da gestao em pacientes portadoras de hipertenso arterial crnica, as medicaes anti-hipertensivas
utilizadas na gravidez, as complicaes maternas e os resultados perinatais.Trata-se de um estudo retrospectivo observacional que analisa
gestantes atendidas no Centro Obsttrico da Maternidade do Hospital de Clnicas/UFPR no perodo de janeiro de 2001 a dezembro de 2007.
O projeto foi aprovado em reunio de Cmara Departamental da Tocoginecologia e pelo Comit de tica e Pesquisa em seres humanos.
Critrios de Incluso: gestantes com Hipertenso Arterial Crnica (HAC) com diagnstico antes da 20 semana, em uso ou no de medicamento
anti-hipertensivo. Foram includas 100 gestantes .Critrios de excluso: gestantes com HAC com DHEG superajuntada,DHEG, eclmpsia
e sndrome HELLP. Resultados: HAC: idade mdia 32,65 anos,sendo a mnima 18 anos e a mxima 44 anos; 83% da raa branca e 13% da
raa negra;88%multparas;65% PA 140/90mmHg; cesrea 86%;96% realizaram pr-natal; 92% utilizaram pelo menos um antihipertensivo
durante a gestao;76% no necessitaram sulfatao; 87% idade gestacional da interrupo 34 semanas; 81% APGAR 1 minuto 7; peso
ao nascer 1500g 94%; 2 bitos fetais;nenhuma complicao materna. Corroborando oque diz a literatura, a hipertenso arterial crnica
mais prevalente em multparas,em mulheres com mais de 30 anos, a maioria foi submetida a cesrea e necessitaram de pelo menos um
antihipertensivo durante a gestao.
HIPERTENSO ARTERIAL CRNICA E GRAVIDEZ
Aluno de Iniciao Cientfca: Jaqueline Dezordi da Silva (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022869
Orientador: Denis Jos Nascimento Co-Orientador: Almir A. Urbanetz
Colaborador: Edson G. Tristo,Evelyn I. Kruetzmann ,Fernanda Timmermann,Fernando C. de Oliveira Jr.,Flvia C. Bonnevialle,Newton S.
de Carvalho, Renato L. Sbalqueiro. Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Hipertenso, crnica, gravidez
rea de Conhecimento: Ginecologia e Obstetrcia 4.01.01.15-0
0664
A laqueadura tubria um mtodo cirrgico, denitivo, para evitar a gravidez, utilizado por um quarto das mulheres brasileiras. No entanto,
nos ambulatrios de infertilidade conjugal freqentemente esto sendo atendidas pacientes que solicitam a reverso cirrgica da laqueadura,
por diferentes razes. Tendo em vista que, em sua maioria, se tratam de mulheres jovens, que conservam o seu potencial reprodutivo,
com exceo das suas trompas que esto ligadas, este estudo se justica no sentido de avaliar as razes que levam essas mulheres a pedir
reverso da laqueadura tubria bem como traar o seu perl scio-econmico. Foi feito um estudo retrospectivo analisando os pronturios
mdicos das mulheres que se consultaram nos ltimos cinco anos no ambulatrio de infertilidade do Hospital de Clnicas. Foram analisados
2.767 pronturios. Destes, 237 pacientes (8,5%) se consultaram por infertilidade, sendo 30 pacientes (12,66%) com pedido de reverso da
laqueadura tubria. Com relao ao perl destas pacientes, a mdia de idade era de 33,8 anos, enquanto a de seus parceiros era de 34 anos.
Das 30 pacientes analisadas, 90% relataram que possua lho em outras unies. Sendo que a maioria (55,6%) era criada pela prpria paciente
e os outros 44,4% dividem-se entre guarda compartilhada, isolada do ex-parceiro ou de parentes da paciente. Com relao ao parceiro,
30,4% possuam lhos em outras unies, sendo que em todos os casos (100%) os lhos eram criados pela ex-parceira. Com relao ao
procedimento de laqueadura tubria, 88% das mulheres haviam o realizado a mais de 5 anos. A maioria das pacientes (70,8%) possua idade
entre 20 e 30 anos no momento do procedimento. Dentre as 26 mulheres que informaram o motivo da reverso da laqueadura tubria, 96,1%
relataram arrependimento e desejo de mais lhos. Outro motivo considerado por muitas mulheres foi o fato de ter um novo parceiro que
desejava lhos, 76,9%. Este quesito aceitava mais de uma resposta por mulher. Assim, sendo a reverso da laqueadura tubria um mtodo
de custo elevado e sem garantia de sucesso, a avaliao de fatores relacionados ao arrependimento das pacientes tornam-se importantes, na
tentativa de reduzir o nmero de reverses pela escolha do mtodo contraceptivo mais adequado para cada paciente.
PREVALNCIA DE CONSULTAS DE MULHERES POR INFERTILIDADE DEVIDO A LAQUEADURA
TUBRIA ANTERIOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Leonardo Yoshida Osaku (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021462
Orientador: Rosires Pereira de Andrade
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Laqueadura tubria, reverso, anticoncepo.
rea de Conhecimento: Ginecologia e Obstetrcia 4.01.01.15-0
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O cncer de mama o mais comum entre as mulheres e a identicao da de seus fatores de risco e da histria natural da doena fundamental
para denir estratgias de preveno. Pelo impacto na vida da paciente diagnosticada com cncer de mama e pela relevncia em termos de
sade publica, o registro mdico por meio de pronturio eletrnico representa um instrumento de grande eccia a ser utilizado, facilitando
futuras pesquisas e a avaliao de padres de prevalncia. Este estudo visa a criao de um pronturio eletrnico utilizando o programa
Microsoft Excel com as informaes mais relevantes das pacientes com cncer de mama e mostrar a versatilidade do modelo na busca
de dados clnicos e realizao de clculos acessrios em futuras pesquisas. Foram registradas informaes referentes histria natural da
doena de todos os pronturios de pacientes internadas no ano de 2008 com diagnstico de cncer de mama no HC-UFPR. Dados clnicos
como histrico gineco-obsttrico, fatores de risco, estadiamento, tipo histolgico, tratamento, recidiva, proservao e outros dados relativos
ao cncer de mama foram dispostos em linhas e colunas da planilha do programa Microsoft Excel. A sistematizao dessas informaes
demonstrou versatilidade e rapidez em selecionar e calcular todos os dados clnicos solicitados e melhor avaliar os dados relativos
prevalncia da doena, j que consiste em uma ferramenta de fcil acesso e manuseio. Atualmente, poucos servios no Brasil utilizam
a sistematizao por meio de pronturios eletrnicos, porm verica-se uma tendncia a adoo de novas estratgias de registro, com
intuito de melhorar a ecincia na coleta, armazenamento e acesso aos dados e aos sistemas de informao.O armazenamento eletrnico
e a padronizao da coleta de dados clnicos atravs da planilha Excel permitem rapidez de acesso a informaes fundamentais sobre as
diferentes manifestaes da histria natural da doena que exigem as pesquisas clnicas e anlises epidemiolgicas, representando maior
facilidade na obteno de dados clnicos retrospectivos se comparado ao modelo tradicional de reviso de pronturios, alm de auxiliar em
estratgias de preveno e deteco precoce.
PLANILHA ELETRNICA (EXCEL) COMO BANCO DE DADOS CLNICOS PARA PACIENTES COM
CNCER DE MAMA DO HC-UFPR.
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciana Akemi Osaku (UFPR-TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022891
Orientador: Vinicius Milani Budel
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Banco de dados, cncer de mama, pronturio eletrnico.
rea de Conhecimento: 4.01.01.15-0 Ginecologia e Obstetrcia
0666
A bactria Chlamydia trachomatis um dos principais agentes responsveis por desfechos desfavorveis em parturientes acometidas por
doenas sexualmente transmissveis no Brasil. Est envolvida com parto prematuro, rotura prematura de membranas, gestao ectpica e
aborto recorrente, bem como com conjuntivite e pneumonia no recm nato. A prevalncia da infeco varivel conforme o mtodo utilizado
e a populao em estudo. Na etapa do trabalho realizada em Curitiba-PR, os objetivos englobaram a estimativa da prevalncia da infeco
por Chlamydia trachomatis em parturientes jovens entre 18 e 24 anos admitidas no pronto-atendimento da Maternidade Victor Ferreira
no Amaral, bem como a caracterizao do comportamento de risco para a infeco na populao estudada. Esse estudo faz parte de uma
pesquisa multicntrica, de mbito nacional, transversal, cuja coleta de dados foi realizada no perodo compreendido entre julho de 2009 e
janeiro de 2010. Amostras de urina foram coletadas durante a internao e analisada pelo mtodo de PCR, para identicao da bactria.
Alm disso, foi aplicado um questionrio abrangendo dados scio-demogrcos, gineco-obsttricos e comportamento de risco para doenas
sexualmente transmissveis. Nos resultados obtidos, das 65 amostras de urina coletadas no municpio de Curitiba, 4 mostraram-se positivas
para Chlamydia trachomatis, revelando uma prevalncia de 6,15%. Fatores de risco para DSTs, como a presena de mais de um parceiro
sexual no ltimo ano, bem como a baixa idade tiveram relao positiva. Foi concludo com o estudo que a prevalncia obtida mostrou-se
inferior s encontradas na reviso da literatura, quando consideradas pesquisas em que foram utilizadas amostras cervico-vaginais ao invs
de urina em gestantes brasileiras. Fatores gineco-obsttricos e comportamento de risco para doenas sexualmente transmissveis mostraram
correlao com a positividade para a infeco em amostras estudadas.
ESTUDO NACIONAL DE PREVALNCIA E COMPORTAMENTO DE RISCO PARA INFECO PELA
CHLAMYDIA TRACHOMATIS EM PARTURIENTES JOVENS ATENDIDAS EM MATERNIDADES
PBLICAS DO BRASIL
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Grando Pegoraro (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023559
Orientador: Newton Sergio de Carvalho
Co-Orientador: Marcos Takimura
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Chlamydia trachomatis, parturientes
rea de Conhecimento: 2.12.02.00-1
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O cncer de mama a neoplasia maligna mais freqente na mulher, atingindo-a preferencialmente aps os 40 anos de idade. Cerca de
85 90% dos carcinomas so classicados como ductal e apenas 10% como lobular. Na literatura encontramos a sobrevida (em 5 anos)
relacionada principalmente ao estadiamento: estadio I (85%), estadio II (60-70%), estadio III (30-55%) e estdio IV (5-10%). Devido
importncia do tema, vrios estudos tm sido feitos para avaliar a bomba de sdio e potssio como alvo teraputico para tal doena. Com
o intuito de investigar as alteraes especcas da bomba de sdio nos cnceres de mama, foram selecionados 690 pacientes de 1999 at
2009 (10 anos) dos laudos do Servio de Anatomia Patolgica do HC-UFPR. Esta base de dados ser utilizada para seleo dos blocos
de parana das bipsias dessas pacientes, os quais sero avaliados com a imunohistoqumica para identicao da bomba, dando-se
continuidade ao estudo que ter a colaborao da Universidade Livre de Bruxelas (ULB), Blgica. Assim o presente estudo retrospectivo
observacional teve como objetivo catalogar uma base de dados para o estudo supracitado. Como resultados preliminares, obtemos que o grau
do tumor, a lateralidade (D e/ou E), recidiva local e a positividade dos marcadores hormonais (Re e Rp) parecem no inuir na sobrevida
das pacientes - considerando que temos mais de 50 % dos dados de sobrevidas dessas pacientes. Entretanto, em relao ao tipo histolgico,
o carcinoma ductal indica menor sobrevida (at 12 meses) quando comparado com o carcinoma lobular (at 24 meses). Outro fator avaliado
foi o procedimento cirrgico realizado, no qual se concluiu que a associao da setorectomia com a mastectomia permite um acrscimo de
2 anos na sobrevida das pacientes quando comparadas com tais procedimentos isolados; sendo que desconsiderou as indicaes para cada
tipo de cirurgia. Outros fatores relevantes ainda esto em estudos e a anlise estatstica est sendo apurada.
A BOMBA DE SDIO COMO NOVO ALVO NA TERAPIA DO CNCER: FATORES DO CNCER DE
MAMA CORRELACIONADOS COM A SOBREVIDA
Aluno de Iniciao Cientfca: Priscila Fernanda Biotti Bovo (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022958
Orientador: Plnio Gasperin Jnior.
Departamento: Tocoginecologia - Setor: Cincias da Sade
Colaborador: Ingrid Stresser Gioppo (IC-voluntrio)
Palavras-chave: Sobrevida, cncer de mama, bomba de sdio
rea de Conhecimento: 4.01.01.15-0
0668
A pesquisa tem como objetivo a anlise dos aspectos clnicos, anatomopatolgicos e cirrgicos das pacientes portadoras de carcinoma de
endomtrio. Trata-se de um estudo retrospectivo observacional analtico de pronturio das pacientes portadoras de cncer de endomtrio
atendidas no Servio de Ginecologia do HC-UFPR no perodo de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2009, com diagnstico anatomopatolgico
de cncer de endomtrio. Este projeto foi aprovado pela Cmara Departamental da Tocoginecologia e pelo Comit de tica em Pesquisa em
Seres Humanos do HC-UFPR. Este estudo dispensa o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), pois um estudo retrospectivo.
Tem como critrios de incluso pacientes cujo laudo anatomopatolgico comprovou a presena de carcinoma de endomtrio e como critrios
de excluso pacientes sem o laudo denitivo anatomopatolgico. O estudo foi composto por dois grupos. Grupo 1: cncer de endomtrio
(130 pacientes). Grupo 2 (controle): pacientes com hiperplasia simples de endomtrio (123 pacientes). Foram analisados os parmetros:
Idade, Paridade, DUM, Queixas ginecolgicas, Achados ecogrcos e Fatores de risco, com diferena estatstica entre os dois grupos (nvel
de signicncia de 5%) em relao : Faixa etria (p-valor < 0,00000001); Queixa ginecolgica de sangramento ps-menopausa (p-valor <
0,00000001); Achados ecogrcos referentes a espessamento endometrial (p-valor = 0,00045829); e Associao de fatores de risco (p-valor
= 0,0005791). Atravs da pesquisa pode-se obter algumas concluses: a idade um fator de risco isolado para cncer de endomtrio; a
associao de fatores de risco, a queixa ginecolgica e os achados ecogrcos apresentam valor estatstico signicativo; o tipo histolgico
mais comum foi o adenocarcinoma endometriide, sendo o estadio inicial o mais encontrado; a cirurgia isolada foi o tratamento mais
realizado, independente do estadiamento cirrgico.
CNCER DE ENDOMTRIO: ANLISE DOS ASPECTOS CLNICOS, CIRRGICOS, ACHADOS
ANATOMOPATOLGICOS DE PACIENTES ATENDIDAS NO HOSPITAL DE CLNICAS DA UFPR
Aluno de Iniciao Cientfca: Raquel Cristina Pelissari (IC- Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023356
Orientador: Almir Antonio Urbanetz
Colaborador: Isabela Vinotti, Fernanda Timmermann
Departamento: Tocoginecologia Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Cncer de endomtrio, sangramento ps-menopausa, hiperplasia endometrial
rea de Conhecimento: Sade Materno-Infantil 4.01.03.00-5
0669
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Nos primeiros anos de vida, a estimulao fundamental, pois nessa fase ocorre um maior ganho de habilidades motoras, devido o
desenvolvimento do SNC. Crianas que possuem carncia de estmulos corporais e ambientais nessa fase podem apresentar diculdades
ou dcits em outras fases do desenvolvimento. No ambiente familiar, a criana tanto pode ser protegida e estimulada quanto conviver
com fatores de risco para o seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi aplicar uma interveno sioteraputica como estratgia
de educao em sade preventiva para familiares de alunos matriculados em um Centro de Educao Infantil (CEI) de Matinhos-PR. O
estudo foi de carter qualitativo transversal, sendo uma interveno com os familiares dos alunos do CEI, aps 45 crianas entre 0 e 5
anos serem avaliadas nas reas de motor no adaptativo, motor grosseiro, linguagem e pessoal social. Primeiramente foi realizada uma
dinmica de apresentao, todos os familiares presentes falaram o nome e uma caracterstica pessoal da criana por ele representada.
Depois, as acadmicas de Fisioterapia explicaram o calendrio que foi elaborado e entregue aos familiares, este continha dicas sobre sade
infantil. Aps a explicao da cartilha, os pais participaram de uma dinmica com atividades ldicas, a qual exigia que tivessem um bom
desenvolvimento motor no adaptativo e motor grosseiro. Tiveram que montar uma torre com 10 cubos, desenhar o lho, correr, pendurar
o desenho no varal e encher uma bexiga at estourar. A gincana foi realizada em equipe, portanto os participantes precisavam ter agilidade
para se comunicarem e se relacionarem. Estavam presentes 40 familiares no local, no entanto 5 destes no quiseram participar de todas
as dinmicas, relataram ter vergonha ou no gostar de realizar as atividades, mas observaram com interesse os outros participando da
gincana. Atualmente, o tempo de convvio familiar tem sido reduzido, os pais por suas atividades prossionais no dispe de muito tempo
para acompanhar o desenvolvimento dos lhos, porm mesmo assim houve uma grande adeso por parte dos familiares em participar da
interveno para sanar dvidas quanto ao desenvolvimento das crianas e conhecerem a respeito da avaliao aplicada s mesmas no CEI.
Percebemos com este estudo que os responsveis demonstram interesse em acompanhar o desenvolvimento das crianas por eles cuidadas.
Observamos que existem vrios aspectos da sade infantil ainda pouco compreendidos necessitando novas intervenes para discusso
referentes a este tema.
FISIOTERAPIA - DESENVOLVIMENTO INFANTIL E PREVENO DE DEFICINCIAS: AVALIAO
FISIOTERAPUTICA MOTORA EPSICOMOTORA EM CENTROS DE EDUCAO INFANTIL DO
LITORAL DO PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Carulina Mazzia Dias (Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024282
Orientador: Dr Vera Lcia Israel Colaborador: Tain Ribas Mlo, Magda Maciel Ribeiro Stival.
Departamento: No defnido (Fisioterapia) Setor: Setor Litoral
Palavras-chave: Fisioterapia, Estimulao, Famlia.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5
0670
A famlia e a escola, desde o nascimento, so as duas instituies fundamentais para desencadear os processos evolutivos das pessoas,
atuando como propulsores ou inibidores do seu crescimento fsico, intelectual e social. Por esse motivo, o objetivo deste trabalho foi
desenvolver estratgias de educao em sade sobre desenvolvimento motor infantil e aspectos relacionados com a sade infantil para
capacitao de familiares e professoras de crianas inseridas em um Centro Municipal de Educao Infantil (CMEI) de Guaratuba/PR. Este
projeto aconteceu como parte nal do procedimento de uma pesquisa que realizou uma avaliao motora e psicomotora por meio do Teste de
Triagem do Desenvolvimento Denver II em todas as crianas participantes desse CMEI que tiveram autorizao dos pais e/ou responsveis.
O Teste Denver II possui 125 itens divididos em quatro reas: pessoal-social, motor no-adaptativo, linguagem e motor grosseiro. A
metodologia de interveno consistiu no levantamento das reas do desenvolvimento em que as crianas avaliadas apresentaram maiores
riscos no desenvolvimento motor, e elaborao de uma interveno sioteraputica de preveno e promoo de sade com os familiares e
professores que abrangesse a sade da criana dando enfoque nas reas de risco. A populao foi composta por 36 professoras, 9 estagirias
e 110 familiares totalizando 155 indivduos. As atividades desenvolvidas para as intervenes foram baseadas na abordagem contextual do
desenvolvimento humano visando contemplar a sade integral da criana com nfase na utilizao do aspecto ldico para potencializar o
processo educacional dessas crianas. Durante o processo de interveno, destacamos o interesse dos prossionais e familiares em buscar
fontes de atualizao para potencializar sua prtica diria com seus lhos e alunos. Neste contexto, esta pesquisa aponta para a necessidade
de criao de polticas pblicas com nfase na sade infantil para possibilitar o desenvolvimento de novas estratgias de interveno e
orientao para a famlia e os professores como forma de promover sade. Possibilitando assim, um aprimoramento das habilidades j
adquiridas pelas crianas, minimizando riscos ao longo do desenvolvimento infantil e incentivando o desenvolvimento das potencialidades
existente nesse estgio da vida por meio de uma estimulao adequada oferecida por familiares e professores.
FISIOTERAPIA ESTRATGIAS DE EDUCAO EM SADE COM FAMILIARES E PROFESSORES
DE UM CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAO INFANTIL DE GUARATUBA PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Andressa Kaliandre Granato (IC voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023479
Orientador: Prof Dr Vera Lcia Israel
Colaboradores: Prof a Tain Ribas Melo.
Departamento: No defnido Setor: litoral
Palavras-chave: Fisioterapia, Educao em Sade e Desenvolvimento Infantil.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 - Sades Materno-Infantil
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O objetivo deste estudo avaliar o desenvolvimento infantil de crianas frequentadoras de um Centro de Educao Infantil (CEI) do Litoral
do Paran. Sabe-se que o desenvolvimento infantil depende da prpria criana, dos estmulos que ela recebe e do meio em que est; sendo
assim, avaliou-se 16 crianas de 1 a 3,4 anos de idade, de um CEI da cidade de Matinhos, Paran. Aplicou-se uma avaliao sioteraputica,
utilizando o ldico, obtendo resultados positivos, como maior adeso na participao das crianas. O teste utilizado foi o de Denver II, que
envolve a rea Pessoal-social, Linguagem, Motor Fino-adaptativo e Motor Grosseiro. Observou-se se a criana consegue realizar o item
(atingiu) ou no consegue realizar (no atingiu); tambm foi feita a avaliao nutricional pela mensurao de peso e altura. Analisou-se
tambm a qualidade do desenvolvimento infantil para a faixa etria e proporcionou-se uma interveno precoce que supra as necessidades,
atravs de uma estratgia de educao em sade aos professores e responsveis, sobre as responsabilidades de estimular o desenvolvimento
da criana, dando nfase nas reas de maior risco. Os resultados no foram estatisticamente signicativos para idade, turma, sexo ou perodo
de permanncia no CEI. O desenvolvimento foi questionvel para 81,25% (13 sujeitos) da amostra e 18,75% (3 sujeitos) estavam dentro
do desenvolvimento tpico para a idade. Dentro do grupo questionvel, a rea de maior risco foi o pessoal social com 76,92% (10 sujeitos),
seguida da linguagem com 46,15% (6 sujeitos), motor grosseiro com 23,07% (3 sujeitos) e motor no adaptativo 15,38% (2 sujeitos); 7
crianas (53,85%) tiveram uma rea questionvel, 4 (30,77%) tiveram 2 reas e 2 (15,38%) tiveram 3 reas questionveis. Baseados no
peso ideal em relao altura, 1 sujeito (6,25%) tem o peso baixo para a altura, e 3 (18,75%) peso excessivo para altura. Conclui-se que
possivelmente a carncia de estimulao adequada, pela falta de conhecimento e de informaes do desenvolvimento infantil, por parte dos
pais e professores, so as principais causas desse alto ndice de riscos. Outras hipteses so a falta de orientao prossional especializada,
aspectos como a baixa renda e escolaridade da famlia, estrutura fsica escolar precria e ndice de Desenvolvimento Humano baixo na
regio do litoral paranaense. Buscamos o acompanhamento ininterrupto nos CEI para preveno destes dcits de desenvolvimento, para
interveno precoce e orientao de pais e professores, buscando diminuir os possveis problemas futuros.
FISIOTERAPIA - DESENVOLVIMENTO INFANTIL E PREVENO DE DEFICINCIAS: AVALIAO
FISIOTERAPUTICA MOTORA EPSICOMOTORA EM CENTROS DE EDUCAO INFANTIL DO
LITORAL DO PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Yamaguchi (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023479
Orientador: Vera Lcia Israel Colaboradores: Luciana Castilho Weinert (PROFESSORA), Tain Ribas Melo (PROFESSORA), Diomar Augus-
to Quadros (PROFESSOR) Departamento: No defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Fisioterapia, Denver II, Desenvolvimento Infantil.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 - Sade Materno-Infantil
0672
Paranagu dentre os municpios do litoral paranaense o mais economicamente ativo, fato impulsionado pela presena em seu territrio
do maior porto graneleiro da Amrica Latina. Contudo, o crescimento econmico desencadeia na regio vrios problemas ambientais
devido s altas emisses de poluio atmosfrica proveniente da atividade porturia. Alm disso, ocorre nessa regio teoria de plo de
crescimento que segundo a literatura, no se caracteriza como um espao ocupado por todos, mas apenas pelas grandes empresas. Essa
caracterstica gera um crescimento econmico global, porm o desenvolvimento ocorre de forma pontual, apenas em reas de interesse
econmico. Caracterizando o crescimento de indicadores econmicos ao mesmo tempo em que as desigualdades sociais e desemprego
fazem-se presentes, esses impactos aparentemente inuenciam decisivamente na sade da populao local. Desta forma, o estudo objetivou
identicar e quanticar a presena de contaminantes atmosfricos, com nfase em metais pesados e material particulado, relacionar os
resultados ambientais obtidos com os indicadores de sade no municpio e propor instrumentos e aes para promoo da sade da populao
sob inuncia desta poluio. Na sade realizamos um estudo ecolgico de serie temporal no perodo de janeiro de 2005 a dezembro 2009.
Uma vez, que ponderamos ser relevante os efeitos da poluio atmosfrica na sade da populao do municpio, pois dados obtidos pelo
SIH (DataSUS) indicam que Paranagu apresenta altos ndices de asma. Quando estes so comparados com as mdias de temperatura e
umidade, possvel observar uma relao entre o aumento das admisses hospitalares nos meses mais frios. Fato que pode ser explicado
pelas condies climticas, pois em perodos mais frios a perda de calor por radiao ocorre durante a noite, tornando o ar mais denso.
Com o aumento da camada fria, os gases e fumaas poluidoras cam presos entre uma camada mais quente e outra mais densa e fria,
proporcionando uma maior concentrao de agentes poluidores. J os dados de poluio atmosfrica esto em fase de obteno e resultados
preliminares sero apresentados em breve. importante ressaltar tambm que uma vasta literatura vem comprovando em diversas partes
do mundo as reas mais poludas tendem a ser as reas onde vive a populao mais pobre, que desencadeia problemas que no abrangem
apenas o mbito da sade, mas recaem na questo social, econmica e de planejamento urbano.
000 IMPACTOS DA POLUIO ATMOSFRICA NA SADE DA POPULAO DO MUNICPIO DE
PARANAGU UMA PERSPECTIVA AMBIENTAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Arielle Bufato Moreira (Bolsista-PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023499
Orientador: Rodrigo Arantes Reis Co-Orientador: Daniel Canavese de Oliveira
Colaborador: Gisele Antoniaconi
Departamento: No defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Poluio atmosfrica, Asma, Cidades Porturias
rea de Conhecimento: 4.06.02.00-1 Sade Pblica
0673
LIVRO DE RESUMOS - 18.
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A epilepsia, devido suas crises, cronicidade e condio estigmatizante traz problemas diversos a partir do convvio familiar, passando pela
escola, trabalho e lazer. A literatura realiza discusses restritas referentes a qualidade de vida nos sujeitos com epilepsia correlacionando-a
apenas com a capacidade funcional dos mesmos. Dessa forma, os problemas de desempenho ocupacional e os papis ocupacionais encontrados
nesta populao no tem sido foco de estudos cientcos. Nesse sentido, o presente estudo objetiva descrever e discutir os papis ocupacionais
do sujeito com epilepsia, atravs da utilizao da avaliao Lista de Identicao de Papis Ocupacionais, correlacionando achados da
literatura com os dados levantados em uma amostra de 34 sujeitos. O instrumento utilizado pondera, ao longo de um contnuo, os papis
ocupacionais que constituem a vida do indivduo e identica o grau de valorizao destes. Os dados coletados mostram que dentre os dez
papis ocupacionais que constam no instrumento, os que mais aparentaram estarem atenuados foram os de trabalhador, servio domstico
e estudante. Os dados encontrados com o uso do instrumento junto a populao alvo conrma achados provindos da literatura. Alm disso,
a comparao do desempenho ocupacional dos sujeitos da amostra em diferentes momentos temporais demonstrou-se importante, j que
informa e orienta a avaliao e possvel interveno teraputica. Atravs da utilizao da Lista de Identicao de Papis Ocupacionais
o terapeuta ocupacional pode, portanto, adquirir informaes a respeito dos diferentes papis ocupacionais do sujeito com epilepsia em
diferentes momentos da vida e qual o valor que o mesmo d a estes.
PAPIS DA TERAPIA OCUPACIONAL JUNTO A SUJEITOS COM EPILEPSIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Cassiano Robert (Programa- IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023190
Orientador: Renato Nickel
Departamento: No defnido Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Epilepsia, terapia ocupacional, trabalho.
rea de Conhecimento: Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 4.08.00.00-8
0674
Tendo em vista, que as doenas neurolgicas interferem na qualidade de vida e representam uma problemtica sade pblica, so necessrias
pesquisas que apontem dados epidemiolgicos desses sujeitos e fatores de riscos que possam desencadear ou agravar o quadro clnico das
doenas neurolgicas. As doenas neurolgicas tm um importante peso social e econmico na populao mundial, principalmente por se
tratarem de doenas crnicas e/ou progressivas e/ou degenerativas e, nalmente, podendo ser fatais. Sendo assim, o projeto pretende obter
dados socioeconmicos das crianas e adolescentes com doenas neurolgicas no municpio de Matinhos - PR para conhecer o modo de
vida desses sujeitos. Tambm analisar os nveis de independncia completa ou necessidade de assistncia desses indivduos. A coleta
de dados ocorreu a partir da consulta dos pronturios da Clnica de Fisioterapia Municipal e da Clnica-Escola de Fisioterapia da UFPR.
Alm do trabalho em campo, so realizadas reunies peridicas com os integrantes do estudo e revises de literatura. Essas atividades so
parte da 1 de 4 etapas do projeto. A 2 parte ocorrer pela elaborao de um mapa eletrnico utilizando o Global Positioning System (GPS)
e Sistemas de Informaes Geogrcas (SIG); a 3 etapa se basear na aplicao de instrumentos para avaliar dados socioeconmicos,
aspectos fsico-funcionais e de qualidade de vida dos indivduos; por m a 4 etapa que ser atuao na educao em sade oferecendo
palestras sobre as doenas mais comuns de acordo com a regio geogrca do municpio de Matinhos PR, alm do fomento de polticas
pblicas aos indivduos, visando melhorar suas condies de vida. Como resultados iniciais obtivemos um total de 226 pronturios, e
desses 84 foram excludos porque no estavam de acordo com os critrios de incluso. Portanto, foram estudados 139 pronturios dos
pacientes neurolgicos. Pacientes do gnero masculino foram 75 indivduos (54%) e do gnero feminino, 64 (46,04%). Do total, 7 (5,03%)
pacientes apresentaram mais de um diagnstico clnico neurolgico. Vericamos que apenas 9 desses pacientes eram crianas (0 a 11 anos)
e 8 adolescentes (12 aos 20 anos) sendo que 7 so meninos (78%) e 2 eram meninas (22%). Com relao aos adolescentes, 4 eram do sexo
masculino (50%) e 4 eram do sexo feminino (50%).
AVALIAO DE ASPECTOS FUNCIONAIS E SOCIOECONMICOS DE CRIANAS E
ADOLESCENTES COM DOENAS NEUROLGICAS DO MUNICPIO DE MATINHOS-PR.
Aluno de Iniciao Cientfca: Cristhine de Castro Ferreira (Programa- IC - Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024283
Orientador: Vera Lcia Israel
Co-Orientador: Clynton Loureno Corra
Departamento: No Defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Fisioterapia, Ciclos da vida, doenas neurolgicas
rea de Conhecimento: Epidemiologia 4.06.01.00-5
0675
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Durante a gestao a lombalgia um sintoma que causa um grande incmodo e, dependendo do nvel de dor, pode gerar certo grau
de incapacidade motora, prejudicando as atividades dirias, alm de causar preocupao com o cuidado do beb aps seu nascimento
comprometendo a qualidade de vida dessas mulheres. O projeto foi aprovado pelo CEP/UFPR e tem como objetivo identicar o perl
fsico funcional; investigar a prevalncia de lombalgia; estabelecer relao da cinesiofobia com a dor lombar; avaliar a presena de sinais
neurolgicos associados dor lombar e estudar a qualidade de vida das mulheres ps gestao do municpio de Matinhos/PR. A pesquisa
um estudo transversal com amostra por convenincia e est em fase de execuo nas Unidades Bsicas de Sade desde o ms agosto
de 2009. Foram abordadas at o momento 50 mulheres, destas 7 foram excludas por no se enquadrarem nos critrios de incluso do
estudo. As mulheres foram submetidas a um questionrio semi-estruturado. As que armaram sentir dor na coluna responderam mais trs
questionrios (Roland Morris, Escala Tampa de Cinesiofobia, Questionrio SF-36). At o momento o estudo avaliou 43 mulheres, entre 21
e 40 anos de idade, com idade mdia de 28,15 anos sendo a mdia de lhos 2,41. Destas mulheres, 9% no sentem e no sentiram dor
na coluna e 91% sentem ou j sentiram dor e 69% das mulheres atualmente relatam dor. A mdia do escore do questionrio Roland Morris
foi 7, 6 sendo que o escore mximo 24 e escore igual ou maior que 14 indica disfuno signicante. A mdia do escore do questionrio
Tampa de Cinesiofobia foi 38,7, de modo que o escore total no mnimo 17 e no mximo 68, quanto maior a pontuao maior o grau de
cinesiofobia. O questionrio SF 36 possui 8 domnios e as notas variam de 0 a 100, onde 0 o pior e 100 o melhor para cada domnio.
A mdia para cada domnio foi: capacidade funcional 64,8; vitalidade 43,7; aspectos sociais 54,2; aspectos emocionais 36,1; sade mental
47,9; limitao por aspectos fsicos 47,8; dor 45,3 e estado geral de sade 61,1. A partir dos resultados conclumos que a dor est presente
na maioria das mulheres aps o perodo gestacional e essas mulheres apresentam a cinesiofobia, contudo no apresentam limitao fsico-
funcional associada lombalgia. Assim, a partir dessas informaes a dor no pr, per e ps parto um campo de atuao que o sioterapeuta
pode e deve atuar para minimizar os efeitos negativos da dor na vida das mulheres. Alm disso, programas de sade tambm podem ser
direcionados a essa populao.
PREVALNCIA DE LOMBALGIA EM MULHERES APS O PERODO GESTACIONAL DO MUNICPIO
DE MATINHOS - PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Deise Maistro de Carvalho (Fundao Araucria).
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023418
Orientador: Professor Dr. Clynton Loureno Correa Co-Orientador: Professora Dra. Anna Raquel Silveira Gomes
Colaborador: Rosana Rox
Departamento: No defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Dor lombar, perodo ps-parto, atividades cotidianas, qualidade de vida.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 - SAUDE MATERNO-INFANTIL
0676
O presente trabalho foi desenvolvido na regio litornea do Paran, com objetivo de mapear e identicar o perl das doenas neurolgicas
dos indivduos adultos e idosos do municpio de Matinhos-PR. O mtodo utilizado foi anlise de pronturios de pacientes com diagnstico de
doenas neurolgicas na Clnica Escola de Fisioterapia e na Clnica Municipal de Fisioterapia, com nalidade de realizar um levantamento
epidemiolgico dos casos existentes no municpio. O estudo foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa do Setor de Cincias da Sade
da Universidade Federal do Paran de acordo com as normas ticas estabelecidas pela Resoluo CNS 196/96. Na anlise feita foram
selecionados pacientes com doenas neurolgicas ou com descries de sintomas ou seqelas neurolgicas presentes no pronturio. Os
dados coletados para a pesquisa foram: gnero, idade do paciente na data da avaliao, data de nascimento, queixa funcional e doena
neurolgica. As doenas foram categorizadas em: Leses Enceflicas Adquiridas (LEA), Leses Extrapiramidais (LE), Doenas da Medula
Espinhal (DME), Doenas Cerebelares (DC), Doenas Neuromusculares (DNM). Por meio das chas analisadas foram obtidos os dados
residenciais dos indivduos com doenas neurolgicas, os quais foram localizados no programa Google Earth atravs dos respectivos
endereos, coletando-se assim as coordenadas geogrcas. Mediante as informaes fornecidas realizou-se o georreferenciamento de dados
atravs do Software GVSig 1.9, gerando assim, o mapeamento dos casos neurolgicos em Matinhos. Dos 226 pronturios analisados 84
foram excludos, pois no estavam de acordo com os critrios de incluso. Portanto, da anlise parcial, foram realizados o mapeamento
de 139 casos de pacientes neurolgicos. Como resultado est pesquisa pode auxiliar a Secretaria de Sade para a implantao de polticas
pblicas em detrimento aos pacientes neurolgicos e o mapeamento pode permitir a observao dos locais que apresentam maior ou menor
concentrao de pacientes com tal diagnstico na regio. Com a anlise espacial obteve-se uma viso abrangente de cada evento ocorrido e
ajudar na prxima etapa do projeto que consistir da aplicao dos questionrios SF-36, para anlise da qualidade de vida, ndice de Barthel,
para avaliar atividades de vida diria (AVDs), Escala de Lawton para atividades instrumentais da vida diria (AIVDs) e o Questionrio
do Adulto e Idoso que analisa os dados de sade e socioeconmicos dos indivduos com doenas neurolgicas.
ESTUDO DO PERFIL SOCIOECONMICO E DA DOENA NEUROLGICA DOS ADULTOS E IDOSOS
DO MUNICPIO DE MATINHOS - PR.
Aluno de Iniciao Cientfca: Elaine Cristina da Luz (PIBIT CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024283
Orientador: Clynton Loureno Corra Colaborador: Vera Lucia Israel
Departamento: No defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Neurologia, sistema de sade e epidemiologia.
rea de Conhecimento: 4.06.01.00-5
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um estudo exploratrio descritivo do tipo transversal, realizado no Ambulatrio de Espasticidade do Hospital de Clnicas da UFPR,
cujo objetivo foi de correlacionar o nvel de independncia funcional de sujeitos com seqelas neurolgicas e a qualidade de vida (QV)
de seus cuidadores. Foram coletados dados pessoais, dados relativos ao desempenho ocupacional por meio da Medida de Independncia
Funcional (MIF), e sobre a QV por meio da utilizao da Verso Brasileira do Questionrio de Qualidade de Vida SF -36, de 40 sujeitos
e seus respectivos cuidadores. Os dados foram descritos e analisados quanto a sua signicncia e correlao. Encontramos uma mdia
de idade para os sujeitos de 36,3 (17,58) e para os cuidadores de 48 anos (10,93). A MIF foi dividida em trs nveis de independncia
funcional conforme literatura, sendo que 17 sujeitos apresentaram independncia completa (42,5%); 12 apresentaram nvel de dependncia
moderada (30%); e 11 apresentaram o nvel de dependncia completa (27,5%). Em relao QV dos cuidadores, atravs dos 8 domnios
avaliados pela SF-36, encontramos: mdia de 82,63 (25,03) para Capacidade Funcional (CF); 70,62 (32,46) para Aspectos Fsicos (AF);
60,08 (20,67) para Dor; 77,27 (18,01) para Estado Geral da Sade (EGS); 66,13 (20,67) para Vitalidade; 74,38 (23,67) para Aspectos
Sociais (AS); 72,50 (35,31) para Aspectos Emocionais (AE); 71,10 (20,00) para Sade Mental (SM). Sendo que todos os domnios
apresentam-se diminudos. As variveis levantadas no foram estatisticamente signicantes para (p<0,05). Na correlao (Spearman)
entre os dados pessoais e os nveis de independncia funcional, para MIF total, com a QV encontramos uma pequena correlao entre AS
e MIF para (p<0,05). Quando correlacionamos a QV com a MIF de acordo com o nvel de independncia do sujeito, encontramos para os
sujeitos com dependncia moderada uma alta correlao (Spearman) entre a MIF e a Capacidade Funcional para (p<0,01); e, para os sujeitos
com dependncia completa uma alta correlao (Spearman) entre MIF e dor e sade mental para (p<0,01) e entre MIF, Estado Geral da
Sade e Vitalidade para (p<0,05). Para complementar o estudo foram realizadas comparaes entre as dimenses da SF-36 e outro estudo
que utilizou a mesma avaliao para mensurar a QV da populao em geral. Observou-se que a mdia da QV da populao estudada esta
diminuda em relao populao em geral, e que quando correlacionada com os nveis de independncia trazidos pela MIF, nota-se uma
diminuio signicativa da QV dos cuidadores com relao a estes nveis.
ESTUDO DESCRITIVO DA RELAO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E O NVEL DE
INDEPENDNCIA FUNCIONAL DO SUJEITO COM SEQUELAS NEUROLGICAS E SEU CUIDADOR
Aluno de Iniciao Cientfca: Elaine Janeczko Navarro (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021930
Orientador: Renato Nickel
Departamento: Terapia Ocupacional Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Cuidador; Terapia Ocupacional; Qualidade de Vida.
rea de Conhecimento: 4.08.00.00-8 Fisioterapia e Terapia Ocupacional
0678
A Insucincia Renal Crnica uma doena de alta morbidade e mortalidade e a cada ano vrios indivduos desenvolvem a doena, o que
gera um alto custo para o Sistema nico de Sade, constituindo-se em um grande problema de sade pblica. O paciente em hemodilise tem
em sua vida limitaes importantes, que iro inuenciar na sua rotina e qualidade de vida, destacando-se o tempo gasto em hemodilise. O
objetivo geral deste trabalho mensurar os ganhos na qualidade de vida dos pacientes atendidos pela Terapia Ocupacional e como objetivos
especcos: estudar e revisar a literatura sobre qualidade de vida e o instrumento de avaliao especco WHOQOL bref; avaliar o impacto
da doena nos domnios: fsico, psicolgico, relaes sociais e meio ambiente e descrever a relao entre Terapia Ocupacional, qualidade de
vida e Insucincia Renal Crnica. Foi realizada pesquisa quali-quantitativa em uma clnica de hemodilise em Curitiba, PR, atravs de coleta
de dados com identicaes gerais dos pacientes e aplicao do questionrio WHOQOL-bref. Foram analisados 36 pacientes, randomizados,
de ambos os gneros, com idades entre 18 e 60 anos. Pela anlise geral das mdias dos domnios, observou-se que o domnio fsico recebeu
o menor escore, quando comparado aos demais. Os melhores resultados obtidos pertencem aos domnios psicolgico e social. Tendo em
vista as necessidades apresentadas pelos pacientes e considerando as tcnicas e reas de conhecimento da Terapia Ocupacional, esta pode
contribuir para a organizao da vida do indivduo, para a estabilidade emocional, a aceitao e participao do paciente no tratamento,
assim como para a melhora das relaes sociais e da qualidade de vida. No entanto, tambm se verica a necessidade de novas pesquisas
por parte da Terapia Ocupacional junto a esses pacientes em hemodilise, visto que durante a pesquisa realizada foram encontradas poucas
referncias bibliogrcas a respeito das contribuies dessa prosso.
AVALIAO E INTERVENO DA TERAPIA OCUPACIONAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Emanuelle de Freitas (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019084
Orientador: Professor Dr. Milton Carlos Mariotti
Colaborador: Fernanda Delle Madalosso (IC - UFPR/TN)
Departamento: No defnido Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Insufcincia Renal Crnica, qualidade de vida.
rea de Conhecimento: Clnica Mdica - 4.01.01.00-2.
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A qualidade de vida dos pacientes adultos com insucincia renal crnica (IRC) em tratamento de hemodilise est comprometida devido
a uma srie de fatores que limitam a funcionalidade e o desempenho de papis ocupacionais, principalmente em relao ao tratamento da
hemodilise. De acordo com o CENSO de Dilise 2008, realizado pela sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) existem aproximadamente
41,5 mil pacientes em tratamento dialtico, sendo que 89,4% fazem tratamento com hemodilise. A hemodilise pode ser classicada como
uma experincia traumtica, visto que gera dependncia e impactos nas condies de vida, como a privao ocupacional, necessidade de
dieta, alm de comprometimentos fsicos e psicossociais. A Terapia Ocupacional objetiva a promoo do desempenho ocupacional adequado
e competente, nos diversos contextos, fornecendo suporte para o engajamento e a participao dos pacientes em ocupaes que desejam
ou necessitem, amenizando os impactos da doena e auxiliando na superao das diculdades. O objetivo geral deste trabalho : Analisar
a qualidade de vida dos portadores de IRC em hemodilise e sua correlao com a Terapia Ocupacional. A avaliao foi realizada com a
aplicao do instrumento de avaliao da qualidade de vida Kidney Disease Quality of Life - Short Form (KDQOL-SF) na sua verso
em portugus em 36 pacientes na Clnica de Doenas Renais (CDR) da Pr-Renal em Curitiba- PR. Dessa amostra, a predominncia foi
de homens (63,8%), a idade mdia foi de 48,97, escolaridade do I grau incompleto (58,3) e casados (69,4). A qualidade de vida, conforme
o KDQOL-SF encontrou-se afetada principalmente nos domnios: Situao de Trabalho, Sobrecarga da doena renal e Funo Fsica.
Conclui-se que a qualidade de vida destes pacientes apresenta-se alterada, bem como o desempenho ocupacional. A Terapia Ocupacional,
portanto, seria uma prosso indicada para atuar com essa populao. Suporte Financeiro: UFPR TN.
AVALIAO E INTERVENO DA TERAPIA OCUPACIONAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Dell Madalosso (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019084
Orientador: Milton Carlos Mariotti
Colaborador: Emmanuelle de Freitas
Departamento: No defnido Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Insufcincia Renal Crnica, Terapia Ocupacional, Qualidade de Vida.
rea de Conhecimento: Clnica Mdica
0680
O presente estudo tem como objetivo analisar o desenvolvimento motor de crianas com idade entre 3 anos e meio a 5 anos, de um centro
de educao infantil (CEI) na cidade de Matinhos/Paran. No mtodo foram selecionadas crianas de 3,5 a 5 anos de idade que, aps
autorizao dos pais e ou responsveis, foram avaliadas sioteraputicamente com o teste de triagem de Denver II que investiga, quatro reas
do desenvolvimento tpico infantil: pessoal-social, motor no adaptativo, linguagem e motor grosseiro. Para a aplicao da avaliao, alm
da observao direta do examinador, o ldico foi utilizado para favorecer a participao da criana. Realizou-se uma avaliao psicossocial
com desenhos da gura humana e desenho livre, alm da avaliao nutricional por meio de obteno de dados antropomtricos. Ao trmino
do estudo foi feita uma orientao aos pais e professores, sobre questes de sade, desenvolvimento infantil e estimulao, principalmente
em assuntos que concernem s reas com maiores ndices de riscos. A amostra estudada compreendia um total de 29 crianas. Durante o
perodo da pesquisa as alunas se reuniam com as mediadoras para organizar as intervenes alm de buscas na literatura sobre assuntos
que dizem respeito ao desenvolvimento infantil. O desenvolvimento motor encontrava-se questionvel em 58,62% das crianas e dentro
do desenvolvimento tpico em 43,33%. De acordo com a escala utilizada a rea de desempenho mais comprometido foi a de pessoal-social
com 46,15%, em seguida linguagem e motor no adaptativo com 23,07% e 23,09%, respectivamente. O menor dcit no desenvolvimento
foi obtido no motor grosseiro com 7,69% das crianas avaliadas. Em relao ao desempenho psicossocial da criana no foram encontrados
riscos nos dados obtidos quando da aplicao do teste do desenho da gura humana. Com relao aos resultados do estado nutricional,
comparou-se peso com altura e obtiveram-se os seguintes dados: 1 criana com peso baixo, 3 com risco para menor peso, 20 encontravam-
se no padro tpico de peso para a idade, 5 com excesso e nenhuma apresentou risco para mais. Com este estudo podemos concluir que
o meio que a criana est inserida e suas relaes interpessoais so fundamentais para seu desenvolvimento, porm ser necessria uma
adequao do espao fsico do CEI.
FISIOTERAPIA - DESENVOLVIMENTO INFANTIL E PREVENO DE DEFICINCIAS: AVALIAO
FISIOTERAPUTICA MOTORA E PSICOMOTORA EM CENTROS DE EDUCAO INFANTIL EM
CIDADES DO LITORAL DO PARAN MUNICIPIO DE MATINHOS
Aluno de Iniciao Cientfca (voluntria): Franciele Cristina Ferreira de Souza
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023479
Orientador: Prof Dr Vera Lcia Israel Colaborador: Prof Tain Ribas Melo.
Departamento: No defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Fisioterapia. Denver II. Desenvolvimento Infanti. Avaliao Nutricional. Avaliao Psicossocial.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 - Sade Materno-Infantil
0681
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O litoral paranaense est divido em sete municpios, e tem na atividade porturia, turismo, pesca e agricultura suas principais fontes de
movimentao econmica. Paranagu dentre eles o mais populoso e tem sua economia baseada nas atividades do Porto de Paranagu.
Alguns autores discutem que a atividade porturia geradora de muitos problemas na sade da populao que vive na rea prxima ao porto,
alm de contribuir signicantemente na poluio do ar da regio. Esta ultima ocorre devido s emisses de gases poluentes, proveniente
das indstrias e do grande uxo de caminhes e navios. Dentre os poluentes gerados pela atividade porturia esto Metais pesados, gases
como SO2, NO2, O3 e o material particulado. Este ltimo, denidos como partculas que se localizam em suspenso no ar e tem origem
pela queima de combustveis fsseis. So, segundo a literatura, agravante de algumas patologias respiratrias, dentre elas a asma. Doena
crnica que afeta o sistema respiratrio e caracteriza-se pela hiper-reatividade da musculatura lisa dos brnquios em resposta a alguns
estmulos. O presente projeto objetivou relacionar os casos de admisso hospitalares mensais por asma e fatores ambientais no municpio de
Paranagu do perodo de janeiro de 2005 a dezembro de 2009. Foi realizado um estudo ecolgico de srie temporal, onde os dados de asma,
provenientes do Sistema de Internaes Hospitalares (SIH-SUS), e de temperatura e umidade foram relacionados. Os dados de poluio
atmosfrica at ento no zeram parte da comparao, pois ainda esto em fase de obteno. Os nmeros de admisses hospitalares por
asma no municpio de Paranagu nos ltimos quatro anos mostraram-se mais elevados nas estaes frias (outono e inverno). Porm houve
aumento signicativo de admisses no ms de janeiro de 2009, mesmo este apresentando altas temperaturas. Paranagu, mesmo com a
presena de um plo de crescimento, apresenta diversos problemas de nvel de urbanizao e distribuio de renda. A falta de planejamento
urbano ocasiona diversas conseqncias na rea da sade, incluindo o aumento do risco de doenas crnicas, de violncia, de doenas
infectocontagiosas. Com isso no podemos apontar uma etiologia para asma, mas sim levantar a hiptese que ela seja o resultado da soma
dos fatores da possvel poluio gerada pelas atividades porturias e por problemas do mbito social.
IMPACTOS DA POLUIO ATMOSFRICA NA SADE DA POPULAO DO MUNICPIO DE
PARANAGU UMA VISO PELA SADE
Aluno de Iniciao Cientfca: Gisele Antoniaconi (Bolsista UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023499
Orientador: Rodrigo Arantes Reis Co-Orientador: Daniel Canavese de Oliveira
Colaborador: Camila Arielle Bufato Moreira Departamento: No Defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Asma, Poluio Atmosfrica, Cidades Porturias
rea de Conhecimento: 4.06.02.00-1 Sade Pblica
0682
O objetivo deste estudo foi avaliar crianas em um Centro Municipal de Educao Infantil (CMEI) localizado em Guaratuba, na regio
Litornea do Paran. O presente estudo envolveu uma amostra de 34 (100%) crianas de zero a trs anos incompletos, onde foi vericado o
desenvolvimento motor e psicomotor. Foi utilizada a escala Denver II, representada por quatro reas: pessoal - social, motor no - adaptativo,
linguagem e motor grosseiro. Para a aplicao da escala foi feita uma avaliao sioteraputica de forma ldica e observacional, sendo
que algumas das atividades ocorreram em sala de aula e outras em ambiente aberto. Avaliou-se o estado nutricional com a utilizao de
dados antropomtricos. A partir do consentimento da escola, as alunas realizaram uma reunio para explicar os procedimentos de avaliao
e como a pesquisa iria funcionar aos professores e responsveis pelas crianas. Nesta, foi distribudo um Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido, para que pais e responsveis pudessem autorizar os indivduos h pesquisa. A nalizao desta pesquisa ocorreu com uma
reunio embasada na orientao em sade para pais, responsveis e professores, com explicaes, informaes e orientaes sobre incentivo
e estimulo criana. Como resultados da Denver II, se observam que a mostra de 34 crianas participantes teve o maior ndice de risco na
rea pessoal social (46,48%). Mais duas reas apresentaram risco, a linguagem (42,85%) e o motor no adaptativo (10,72%); levando em
considerao que na rea do motor grosseiro os dados estavam dentro do esperado para o desenvolvimento tpico. Entre uma porcentagem
de 67,64% (23) de meninos e 32,35% (11) meninas, obtiveram com um maior risco o primeiro grupo. Foram avaliadas 2 salas, uma delas
(berrio II) somente meninos apresentaram risco. Do total de 34 crianas, 50% apresentaram 1 rea de risco, 83,33% em 2 reas e 8,33%
em 3 reas avaliadas. Correlacionando as reas de estatura e peso, utilizados para a mensurao a rea nutricional, foi evidenciado a presena
de 1 indivduo com desnutrio e 4 com risco a desnutrio, de um total de 34 crianas. Conclui-se neste estudo que h necessidade de
mais estmulos s crianas, pois mesmo em perodo integral, estas apresentaram risco no desenvolvimento. Havendo mais comunicao
entre escola e pais, pode-se obter uma desejvel melhora nas reas apresentadas com risco, pois o cuidado familiar e escolar so ambos,
essenciais criana.
FISIOTERAPIA - DESENVOLVIMENTO INFANTIL E PREVENO DE DEFICINCIAS: AVALIAO
FISIOTERAPUTICA MOTORA E PSICOMOTORA EM CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAO
INFANTIL EM CIDADES DO LITORAL DO PARAN MUNICIPIO DE GUARATUBA
Aluno de Iniciao Cientfca (voluntria): Izabel Sampaio Gluszewicz
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023479
Orientador: Prof Dr Vera Lcia Israel Colaborador: Prof Tain Ribas Melo.
Departamento: No defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Fisioterapia, Denver II, Desenvolvimento Infantil.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 - Sade Materno-Infantil
0683
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A literatura mostra que os sujeitos com Epilepsia apresentam diculdades para o engajamento no desempenho de atividades em todos ou
quase todos os aspectos da vida (autocuidado, produtividade e lazer). Visando compreender as relaes existentes entre o sujeito com epilepsia
e seu desempenho ocupacional, os objetivos desta pesquisa foram: avaliar de acordo com a COPM (Medida Canadense de Desempenho
Ocupacional) quais os problemas de desempenho ocupacional apresentados por sujeitos com Epilepsia, classica-los de acordo com a CIF
(Classicao Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Sade), discutir os dados levantados de acordo com a literatura clssica e/
ou atual e levantar dados para a sustentao do processo de interveno da Terapia Ocupacional junto a essa populao. Caracterizando
parte da pesquisa Estudo Descritivo do Desempenho Ocupacional do Sujeito com Epilepsia, nesta pesquisa 34 sujeitos com Epilepsia
foram avaliados por meio da COPM, instrumento que determina at cinco problemas de desempenho com base na autopercepo do sujeito,
hierarquizando do mais importante para o menos. Aps, formou-se uma planilha, na qual cada problema foi classicado pela CIF. Com
isso pde-se obter uma anlise descritiva, cujos resultados mostraram quais so os problemas de desempenho e com qual freqncia cada
um deles aparece nessa populao. Dentre uma grande quantidade de variantes encontradas, o problema com freqncia mais relevante foi
manter-se no emprego, no qual 52,94% dos sujeitos apresentaram diculdade de desempenho (desde o mais importante at o menos).
Dos sujeitos, 8,8% no apresentaram queixa na avaliao e 73,5% no completaram todas as cinco queixas. O resultado apontou que, para
essa condio de sade e segundo os autores estudados, a capacidade laborativa dos sujeitos com Epilepsia limitada por diversos fatores,
desde os relacionados s funes e estruturas do corpo, at os pessoais e ambientais. Dentre os 34 sujeitos, havia desde os que nunca
estudaram at os com 20 anos de educao formal, formando uma mdia de educao formal de 9,4 anos (ensino mdio incompleto). A
baixa escolaridade e a falta de qualicao foram consideradas em pesquisas recentes como possveis causas da diculdade no contexto
do trabalho, porm, at que ponto essa caracterstica se diferencia estatisticamente da populao geral?
PAPIS DA TERAPIA OCUPACIONAL JUNTO A SUJEITOS COM EPILEPSIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Joana Rostirolla Batista de Souza (Programa- IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023190
Orientador: Renato Nickel
Departamento: No defnido Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Epilepsia, terapia ocupacional, trabalho.
rea de Conhecimento: 4.08.00.00-8
0684
A insucincia renal crnica uma enfermidade de grande prevalncia no Brasil e no mundo, tendo como caractersticas a dependncia
do indivduo s sesses semanais de hemodilise e/ou a espera de um transplante renal. Sendo assim, o indivduo que realiza hemodilise
tem de alterar e/ou adaptar sua rotina diria e o exerccio de seu papel ocupacional. Como conseqncia, sintomas de depresso so
recorrentes, prejudicando ainda mais o processo de tratamento da doena por ser um distrbio que traz, muitas vezes, o retardo psicomotor
e cognitivo, e a recluso social. Neste contexto, a Terapia Ocupacional aparece como um recurso que pode contribuir para a adaptao
do indivduo nova rotina, favorecendo estratgias que possibilitem a esse indivduo desempenhar e/ou aprimorar suas habilidades, e
exercer seu papel ocupacional de maneira competente. Dentre as abordagens da Terapia Ocupacional a este indivduo est o Modelo da
Ocupao Humana, que descreve o comportamento humano como o resultado de trs subsistemas: vontade, hbitos e desempenho. Dentre
as avaliaes disponveis para analisar o portador de insucincia renal crnica est o Inventrio de Depresso de Beck que avalia o grau
de depresso. Os principais objetivos foram: Mensurar os ganhos na qualidade de vida dos pacientes atendidos pela Terapia Ocupacional.
Foram analisados artigos sobre a depresso na Insucincia renal crnica que abordassem a utilizao do Inventrio de depresso de Beck
e a contribuio da Terapia Ocupacional para melhorar a qualidade de vida destes indivduos. Realizou-se levantamento bibliogrco a
respeito da Depresso na Insucincia Renal Crnica e a atuao da Terapia Ocupacional. Foram utilizadas as bases de dados: Medline,
LilaCs, Scielo e Bireme entre 2000 e 2010. Os descritores utilizados em portugus foram: depresso, insucincia renal crnica,
avaliao, terapia ocupacional, terapia ocupacional hospitalar, e em ingls foram: depression, occupational therapy, hospital,
scale, chronic kidney disease, hemodialysis. Vericou-se a inexistncia de trabalhos que contemplem a atuao do terapeuta
ocupacional com o doente renal crnico submetido hemodilise em depresso. Foram encontrados apenas trabalhos com a atuao do
terapeuta ocupacional com o portador de Insucincia Renal Crnica em hemodilise, com pacientes com depresso e nas conseqncias
para o desempenho ocupacional causadas pelo hospitalismo. Dentre os principais objetivos do terapeuta ocupacional frente ao paciente
crnico renal com depresso esto a promoo do desempenho ocupacional competente em suas atividades de vida diria, a socializao e a
estimulao da funo motora e cognitiva, aspectos estes que certamente contribuiro para melhorar a qualidade de vida. Conclui-se, ainda,
que dentre os artigos nacionais e internacionais selecionados, o Inventrio de depresso de Beck aparece como o principal instrumento de
avaliao de depresso do doente renal crnico.
AVALIAO E INTERVENO DA TERAPIA OCUPACIONAL
Aluno de Iniciao Cientfca: Luana Carneiro Ferrari (Programa - IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019084
Orientador: Prof Dr. Milton Carlos Mariotti
Departamento: No Defnido (Terapia Ocupacional) Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: Insufcincia renal crnica, Terapia Ocupacional.
rea de Conhecimento: Clnica Mdica
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Durante o perodo da infncia que compreende 0 a 5 anos, h um momento de descobertas e amadurecimento corporal, social e psicolgico
que sero inuenciados pelo ambiente, tarefa e o indivduo. Desta forma, entendemos que a escola, local onde a criana passa boa parte do
dia, o ambiente em que a mesma poder desenvolver aspectos bsicos de coordenao motora, sensorial, ganho de habilidades motoras e
sociais, maturao cognitiva e orientaes em sade tendo o professor como principal inuenciador. Tivemos como objetivo elaborar uma
interveno para professores da educao infantil sobre a estimulao motora em crianas de um Centro de Educao Infantil (CEI) da
cidade de Matinhos-PR. A pesquisa foi de carter qualitativo transversal, observou os relatos dos professores nas atividades que envolveram
uma explanao sobre a estimulao motora na escola, um cartaz sobre o desenvolvimento motor infantil confeccionado pelos alunos desta
IC, com orientaes gerais sobre a criana e suas vacinas. Apresentao de brincadeiras e uma vivncia de percepo corporal. Todas as
crianas avaliadas (45) com o teste de triagem DENVER II passam boa parte do dia no CEI, sendo os professores os prossionais que mais
tem contato com processo de amadurecimento infantil, por isso a importncia desses em estarem treinados para trabalhar com a estimulao
motora. Durante a interveno sioteraputica realizada com os prossionais tivemos a participao de quase todas as professoras (6) e
atendentes (7), totalizando 13 prossionais, faltaram ao encontro uma professora e uma atendente. Percebeu-se o interesse em conhecer
mais a respeito das possibilidades de estimulao motora na e grosseira por meio do ldico, porm por vezes, faltam condies fsicas e
orientaes aos prossionais em uma maneira de organizar as propostas para estimulao. Notamos ser ensinada na escola a necessidade
da alimentao, do banho e da escovao, toda via esta atividade precisa de continuidade em casa necessitando de orientaes aos pais
para que a educao em higiene pessoal seja feita pela criana no lar. Percebemos que so necessrias novas intervenes com professores
do CEI e a equipe desta IC que contribuam para criao de estratgias onde estes prossionais aprofundem seus conhecimentos a respeito
do desenvolvimento motor infantil e os acadmicos conheam mais a rotina do CEI. Desta forma todos se tornaro aliados na deteco de
possveis atrasos motores auxiliando na construo de uma qualidade de vida melhor s crianas de Matinhos-PR.
FISIOTERAPIA - DESENVOLVIMENTO INFANTIL E PREVENO DE DEFICINCIAS: AVALIAO
FISIOTERAPUTICA MOTORA E PSICOMOTORA EM CENTROS DE EDUCAO INFANTIL DO
LITORAL DO PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Manoela de Paula Ferreira (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023479
Orientador: Prof Dr Vera Lcia Israel Colaborador: Tain Ribas Mlo, Magda Maciel Ribeiro Stival
Departamento: No defnido (Fisioterapia) Setor: Litoral
Palavras-chaves: Fisioterapia; Professores; Preveno
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5
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A Paralisia Facial Central (PFC) uma seqela relevante queles que foram acometidos pelo Acidente Vascular Enceflico (AVE), pouco
se encontra na literatura trabalhos publicados que possam embasar a prtica clnica sobre esse assunto. Isto demonstra a necessidade e
relevncia de estudos que abordem esta temtica. A PFC resulta em assimetria facial na metade inferior da face, alterando a motivao
para o convvio social por alterar as condies funcionais e estticas faciais. Sabe-se que o interesse pelo constructo de Qualidade de Vida
(QV) na rea da sade relativamente recente e decorre, em parte, dos novos paradigmas que tm inuenciado as polticas e as prticas
do setor nas ltimas dcadas. Por isso o presente traz como resultados parciais um esquema metodolgico adequado que cria interfaces
entre instrumentos da sioterapia e da odontologia para avaliar a assimetria facial, funcionalidade e a QV dos participantes da pesquisa,
acreditando ser possvel contribuir na descrio das alteraes faciais, para que se criem mais subsdios tcnico-cientcos para esse
tema. Para isso, a pesquisa teve como mtodo consulta na literatura cientca, como Scielo, Bireme, Pub Med e acervos de livros para a
construo de uma reviso literria que abrangesse tanto instrumentos da sioterapia como da odontologia. Obteve-se, ento, um esquema
metodolgico com instrumentos adequados para uma boa avaliao da metade inferior da face. A partir de uma amostragem de indivduos
com diagnstico clnico de Acidente Vascular Enceflico avaliar-se- simetrias faciais por meio do Software para Avaliao Postural (SAPO),
fora muscular facial por meio da escala de graduao de fora dos msculos da face (Granger,1967) e avaliao da condio do tnus
atravs a palpao dos msculos envolvidos na paralisia da face. Constatada a paralisia do quadrante inferior de hemiface os indivduos
sero submetidos a avaliaes de funcionalidade e Qualidade de Vida por meio do Medical Outcomes Study Short Form-36 Healthy Survey
(SF-36) e o questionrio OHIP-14 este ltimo de domnio odontolgico. Acredita-se com o seguimento do estudo aproximar instrumentos
de avaliao especcos da sioterapia com os de outras reas da sade, como no caso a odontologia, assim podendo promover a interao
e otimizao de aes multiprossionais, alm de contribuir com subsdios cientcos para a avaliao, deciso de plano de tratamento e
estabelecimento de prognstico.
PARALISIA FACIAL CENTRAL EM PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR
ENCEFLICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana de Freitas (Programa- UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023662
Orientador: Daniel Canavese de Oliveira Co-Orientador: Colaborador: Sabrina Pontes Buziquia e Vania Fernanda
Clemente Agner Departamento: No defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Acidente Vascular Enceflico,Paralisia Facial Central, Qualidade de Vida.
rea de Conhecimento: No defnida
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Os primeiros anos de vida do ser humano so marcados por importantes formaes motoras, fsicas, mentais e sociais, sendo o perodo
em que a criana possui especial sensibilidade aos estmulos vindos do ambiente. O objetivo da pesquisa foi analisar o desenvolvimento
neuropsicomotor de 64 (100%) crianas de 3,1 meses a 6 anos, matriculadas no CEI, por meio de observao direta em seu espao escolar.
O presente estudo foi desenvolvido em um Centro de Educao Infantil (CEI) no municpio de Guaratuba Paran. O instrumento utilizado
na anlise do desenvolvimento neuropsicomotor foi a Escala de Denver II, que avalia crianas de 0 a 6 anos. A Escala composta por
125 itens divididos em 4 reas de domnios e funes (Pessoal Social, Motor Fino Adaptativo, Linguagem e Motor Grosseiro) e tem
como objetivo detectar precocemente riscos motores e psicomotores. Os itens contidos na escala foram propostos para as crianas no
formato de uma avaliao sioteraputica ldica. Kishmoto evidencia o ldico como facilitador no desenvolvimento e potencializao da
aprendizagem. Em acompanhamento a aplicao da escala tambm foram analisados o estado nutricional e aspectos do desenvolvimento
cognitivo da amostra. As pesquisadoras foram orientadas por um Nutricionista e uma Psicloga e por mediadoras em reunies semanais
para planejamento e reviso da pesquisa. Aps o encerramento das avaliaes, foi realizada interveno com as professoras do CEI e com os
familiares das crianas, orientando os sobre a estimulao nesta fase em que as crianas se encontram e sobre sade infantil. Os resultados
encontrados a partir da anlise dos dados foram que, do total da populao estudada 70,31% (45) encontra-se dentro do desenvolvimento
esperado para sua idade e 29,69% (19) apresentaram risco em uma ou mais reas. A rea que apresentou maior porcentagem de risco foi o
Pessoal Social (34,48%), que engloba itens de auto-cuidado e socializao da criana em casa e no ambiente escolar, a rea de menor ndice
de risco foi o Motor Grosseiro (6,89%), que envolve amplos movimentos corporais (correr, saltar, jogar bola e etc.). Os resultados obtidos
revelam a necessidade de maior ateno estimulao da rea Pessoal Social, estruturando atividades que desenvolvam a autonomia da
criana em tarefas menos complexas e seu convvio com outras crianas, professoras e familiares. nesta fase da infncia que a criana
melhor responde aos estmulos ambientais que lhe so oferecidos. Por este motivo os Centros de Educao Infantil tem papel fundamental
no desenvolvimento da criana.
FISIOTERAPIA - DESENVOLVIMENTO INFANTIL E PREVENO DE DEFICINCIAS: AVALIAO
FISIOTERAPUTICA MOTORA E PSICOMOTORA EM CENTROS DE EDUCAO INFANTIL DO
LITORAL DO PARAN MUNICIPIO DE GUARATUBA
Aluno de Iniciao Cientfca: Mirieli Loureno dos Santos (CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023479
Orientador: Prof Dr Vera Lcia Israel Colaborador: Prof Dr Luciana Castilho Weinert (fsioterapeuta), Prof Tain Ribas Melo
(fsioterapeuta) Departamento: No defnido (Fisioterapia) Setor: Setor Litoral
Palavras-chave: Fisioterapia, Ldico, Teste Denver II.
rea de Conhecimento: 4.01.03.00-5 - Sade Materno-Infantil
0688
A epilepsia uma doena neurolgica crnica caracterizada pela ocorrncia de crises epilpticas tipicamente no provocadas e imprevisveis.
Estima-se que atualmente cerca de 2% da populao mundial tenha epilepsia, sendo que este nmero pode ser maior em pases em
desenvolvimento. Ela mais comum na infncia e na velhice e acomete mais homens do que mulheres em uma proporo de 1,1 a 1,7.
Seus sintomas tm efeito direito sobre a qualidade de vida dos sujeitos. O objetivo desta pesquisa foi identicar como os sujeitos com
epilepsia avaliam sua qualidade de vida de acordo com a avaliao Quality of Life in Epilepsy 31. Nela so avaliados sete domnios, que
consistem em: preocupao com as crises, aspectos emocionais, vitalidade, sociabilidade, efeito dos medicamentos, aspectos cognitivos e
sade global. Os domnios so divididos em 30 questes e h um item adicional que avalia a sade global. Foram avaliados 34 sujeitos com
crises epilpticas no controladas, internados na enfermaria de Neurologia ou acompanhados pelo servio do Ambulatrio de Epilepsia do
HC. 38% deles (13 pessoas) eram do sexo masculino e 62% deles (21 pessoas) do sexo feminino. A idade dos sujeitos do grupo avaliados
variou de 16 a 60, sendo que a mdia de idade do grupo foi de 32,9 anos. Os resultados encontrados revelaram que o domnio mais afetado
na qualidade de vida desses sujeitos a Preocupao com as Crises cuja mdia foi de 29,77 (21,72) e o menos afetado foi a Medida de
Qualidade de Vida com mdia 56,75 (22,81). Os resultados dos demais domnios no apresentaram grande variao entre si, sendo que
suas mdias foram de 53,53 (21,37) para o Equilbrio Emocional, 52,36 (21,68) para Energia/Fadiga, 50,45 (21,79) para Cognio,
54,47 (28,58) para a Funo Social e 49,75(28,58) para Efeito dos Medicamentos. A mdia do Total da Qualidade de Vida foi de 51,51
(17,20) e a Sade Global foi de 58,23 (26,68). Ao analisar os resultados encontrados, pode-se concluir que as mdias referentes aos
domnios Funo Social e Equilbrio Emocional, foram superiores ao esperado em relao s mdias da validao nacional da avaliao.
Percebe-se ainda que necessrio investigar os fatores especcos que fazem com que os domnios com menores mdias sejam negativos
em relao qualidade de vida dos sujeitos da pesquisa. Alm disso, esses resultados indicaram diminuio na qualidade de vida devido a
efeitos da prpria condio de sade e de seus efeitos sobre o funcionamento social desses sujeitos.
PAPIS DA TERAPIA OCUPACIONAL JUNTO A SUJEITOS COM EPILEPSIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Nicolle Lucena da Silveira (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023190
Orientador: Renato Nickel
Departamento: No defnido Setor: Cincias da Sade
Palavras-chave: epilepsia, qualidade de vida.
rea de Conhecimento: 0.00.00.00-0
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Os distrbios osteomusculares relacionadas ao trabalho tem se tornado mais freqentes com o passar dos anos. Com isto, houve crescimento
das demandas por atendimentos no Sistema nico de Sade (SUS), afastamentos do trabalho, e consequentemente aumentando os gastos
pblicos. Este estudo teve por objetivo identicar a prevalncia de sintomas osteomusculares de um grupo de professoras do ensino
pblico fundamental da cidade de Matinhos/Pr. Participaram do estudo 89 professoras, com idade mdia de 39,59,4 anos. Na avaliao as
professoras responderam o questionrio Nrdico, o qual avalia os sintomas osteomusculares. Foram aferidos o peso, estatura, frequncia
cardaca (FC) de repouso e presso arterial (PA) sistlica e diastlica de repouso. A partir do peso e da altura calculou-se o ndice de massa
corporal (IMC). As professoras avaliadas apresentaram peso corporal de 65,611,7 kg e estatura de 1,580,05 m resultando em IMC de
26,24,9 Kg/m. A frequncia cardaca de repouso estava em 77,29,5 batimentos por minuto, a presso arterial (PA) sistlica de repouso
em 116,613,3 mmHg e a presso arterial (PA) diastlica de repouso em 76,910,6 mmHg. Atravs do questionrio Nrdico detectou-se
que 65,51% das professoras tiveram sintomas na parte inferior das costas nos ltimos doze meses, 57,47% nos ombros, 52,87% na parte
superior das costas, 51,72% em punhos e mos, 50,57% no pescoo, 48,27% nos tornozelos e ps, 35,63% nos joelhos, 28,73% em quadril e
coxa e 17,24% em cotovelos. Pode-se detectar, a partir do IMC que as participantes do estudo esto com sobrepeso. A FC e a PA de repouso
encontravam-se dentro dos padres de normalidade para a faixa etria. Os sintomas osteomusculares de maior prevalncia foram na coluna
lombar, seguidos de ombros e coluna dorsal, o que vem ao encontro s exigncias fsicas presentes na atividade laboral das professoras. O
alto IMC pode ter contribudo com a expressiva prevalncia de sintomas osteomusculares. Alm disso, os resultados indicam necessidade
preventiva e teraputica para as professoras.
PREVALNCIA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES DE PROFESSORAS DO ENSINO PBLICO
FUNDAMENTAL DE MATINHOS-PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Rosana Rox (bolsista PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024223
Orientador: Professora Anna Raquel Silveira Gomes
Co-Orientador: Bianca Drabovski (aluna de mestrado Educao Fsica UFPR)
Colaborador: Felipe Santoro Ramos (voluntrio); Elisangela Valevein (aluna de mestrado Educao Fsica UFPR); Jhonnatam Lincoln
Bernardi (Programa de Voluntariado Acadmico- PVA) Departamento: Curso de Fisioterapia
Setor: Litoral Palavras-chave: sintomas osteomusculares; professoras
rea de Conhecimento: 4.06.02.00-1- SADE PBLICA
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Os trabalhadores porturios, mais especicamente os estivadores, atuam no convs e no poro dos navios, fazendo o embarque, o desembarque
e a organizao dos contineres. Neste ambiente de constante exposio a riscos pouco se sabe do que eles realmente passam em seu
cotidiano ocupacional. O objetivo do estudo foi compreender como se d o trabalho de operadores porturios do Porto de Paranagu- PR,
na percepo dos estivadores. A pesquisa qualitativa foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) do Setor de Cincias da Sade
da UFPR, sob o nmero de registro CEP/SD: 816.151.09.10. Participaram 26 estivadores do sexo masculino, de idade mnima de 39 anos
e mxima de 57 anos, com idade mdia de 45 anos, com tempo mdio de atuao nesta prosso de 19 anos. Os sujeitos que concordaram
em participar do estudo, assinaram previamente um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) especicamente elaborado para
essa pesquisa, posteriormente responderam a quatro questes abertas, cujas respostas nortearam quais so os reais sentimentos em relao
ao prprio trabalho. O trabalho nos portos implica no desenvolvimento de tarefas em ambiente muitssimo perigoso e insalubre, expondo
a sade dos trabalhadores a diversos perigos (SOARES et al., 2008). O trabalho do estivador caracterizado como avulso, no cumpre
jornada especca de trabalho, no possui garantias de trabalho e por conseqncia, de renda, enm, o trabalhador porturio avulso (TPA)
aquele que detm singularidades em relao a qualquer outra forma de prestao de trabalho (SOUZA, 2006). O estivador tem como
atividade a movimentao de mercadorias nos conveses ou nos pores das embarcaes principais ou auxiliares, incluindo o transbordo,
a arrumao, a peao, a despeao, bem com o carregamento e a descarga das mesmas, sendo realizadas com equipamentos de bordo e
os rechegos a bordo (CAVALCANTE et al., 2005). Os resultados indicam que a escolha pelo setor de trabalho nem sempre est de acordo
com as melhores condies de trabalho e que apesar das diculdades gostam do trabalho que realizam por permitir uma organizao de
trabalho exvel. Verica-se assim, que a compreenso do trabalho estudado possibilita aes de prossionais da sade a orientar e educar
os trabalhadores porturios atravs de projetos de preveno de riscos e doenas ocupacionais e prope uma reexo aos rgos competentes
quanto possibilidade de melhoria das condies de trabalho.
AVALIAO DE RISCOS OCUPACIONAIS SADE E PROPOSTA DE MODELO DE PREVENO E
ATENO SADE DE TRABALHADORES PORTURIOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Tatiane de Souza Gonalves (Programa IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023607
Orientador: Arlete Ana Motter
Colaborador: Jacqueline Emiko Nishizuka (UFPR - TN), Haline Tsuyako Hinokuma (Programa IC Voluntria).
Departamento: no defnido Setor: Litoral
Palavras-chave: Estivador, operador porturio , sade.
rea de Conhecimento: 0.00.00.00-0 No defnida
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O projeto possui por objetivos identicar e o mapear a posio geogrca de pessoas que possuem doena neurolgica, posteriormente
realizar a aplicao de questionrios socioeconmico, fsico-funcional e de qualidade de vida visando traar o perl destes sujeitos. Este
estudo foi aprovado em reunio de Conselho Diretivo da UFPR Setor Litoral em 16 de fevereiro de 2009 e ainda encontra-se em fase inicial,
com realizao de capacitaes para uso dos instrumentos eleitos e do aparelho GPS, assim como o aprofundamento terico no tema. Est
em fase de realizao da coleta de dados na Clnica escola de Fisioterapia da Universidade Federal do Paran setor Litoral, juntamente
com os dados da Clnica Municipal de Fisioterapia, que atualmente foram unidas. Assim como a realizao da coleta de dados na APAE
de Matinhos. Foi realizada a capacitao do instrumento PEDI e da utilizao do GPS. Tambm foram realizados estudos piloto com os
instrumentos: Short Form Health Survey (SF-36). Questionrio semi-estruturado do adulto e da criana, assim como a discusso sobre o
Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI), ndice de Barthel para Atividades da Vida Diria (AVDs), Escala de Lawton para
atividades instrumentais de vida diria e o Child Health Questionnaire (CHQ-PF-50).
AVALIAO DE ASPECTOS FUNCIONAIS E DA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANAS E
ADOLESCENTES COM DOENAS NEUROLGICAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Thais Fernanda Tortorelli Zarili (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024283
Orientador: Prof. Dr. Clynton Loureno Corra; Prof Dr Vera Lcia Israel
Departamento: No defnido (Fisioterapia) Setor: Litoral
Palavras-chaves: Epidemiologia, Fisioterapia, Neurologia
rea de Conhecimento: Fisioterapia
0692
No curso de sua gnese as clulas de espermatozides de mamferos atravessam diferentes compartimentos do trato genital masculino e
feminino. Nesta passagem, distintos eventos ocorrem, e.g., capacitao e reao acrossomal, at a fertilizao. Estas etapas so moduladas/
determinadas pelo ambiente extracelular do espermatozide. Na ejaculao o esperma entra em contato com o plasma seminal que contm
grande nmero de protenas. (Greube et al, Biochemistry (2008) 40:8326-34). O plasma seminal uma mistura de secrees originrias
de vrias glndulas do trato reprodutivo masculino. Vrias protenas so absorvidas superfcie do espermatozide no ejaculado. Estas
mantm a estabilidade da membrana plasmtica do esperma at sua capacitao comear no trato reprodutivo feminino, onde sua remoo
um pr-requisito para fertilizao. Muitos destes componentes previnem e revertem os danos do choque ao frio e melhoram a viabilidade
do esperma (Dominguez et al, Theriogenology (2001) 69:564-73). atribudo ao plasma seminal, especialmente retirado do primeiro jato
do ejaculado proteo ao estresse oxidativo (Rodriguez-Martinez, et al, Theriogenology (2008) 70: 1242-50). Entre as de modulao da
membrana plasmtica esto as protenas da famlia Fn tipo II (Tanner, et al, Eur Biphys J (2007) 36:461-75). O estudo da funo do plasma
seminal depende da caracterizao de sua composio em protena protenas, especialmente em espcies de mamferos selvagens, cujos
dados so inexistentes. O objetivo deste trabalho foi conhecer a concentrao de protenas e seu perl eletrofortico para estudo da identidade
das protenas presentes em espcies de Tayassuidae (queixada, Tayassu pecari e cateto, Pecari tajacu). Para coleta do smen, os animais
foram anestesiados e realizado protocolo de eletroejaculao (Platz et al, J Am Vet Med Asspc (1978) 173:1353-5). O plasma seminal foi
separado dos espermatozides por centrifugao e o ensaio para determinar a concentrao de protena foi realizado. O Perl eletrofortico
de quantidades distintas de protenas foi obtida em SDS-PAGE disco, 12%. Neste perl foi observado presena de glicoprotenas, e perl
semelhanete entre as duas espcies de Tauassuides. A precipitao das protenas com TCA 10% revelou perl semelhante s protenas no
precipitadas. O que importante para a aplicao destas amostras em protocolo de eletroforese bidimensional e posterior identicao destas
protenas por espectrometria de massas tipo MALDI-TOF. Apoio Laboratrio de Reproduo Animal UFPR - Campus Palotina.
AVALIAO DO PLASMA SEMINAL DE ANIMAIS SILVESTRES
Aluno de Iniciao Cientfca: Wagner da Rocha Pryjmak (PROGRAD - PVA)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009203556
Orientador: Marise Fonseca dos Santos Co-Orientador: Nei Moreira
Colaborador: Frederico Fernandes Arajo
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
rea de Conhecimento: Bioqumica (2.08.00.00-2)
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Cincias Agrrias
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Objetivou-se com o estudo analisar a converso alimentar e consumo de matria seca em novilhas holandesas recebendo na dieta diferentes
nveis de levedura. Foram usados vinte e uma bezerras Holandesas P.O divididas aleatoriamente em trs tratamentos: 0, 5 e 10 gramas de
levedura na dieta dos animais. Os animais foram pesados, medidos, identicados e distribudos, aleatoriamente, nos respectivos grupos
logo aps o nascimento e colocados em baias individuais suspensas at os 60 dias de idade e neste intervalo os animais foram pesados
semanalmente. O colostro foi administrado trs vezes ao dia por dois dias e, a partir do terceiro dia foi fornecido leite integral na mesma
proporo do colostro com a freqncia de duas vezes ao dia. O fornecimento do leite e da rao concentrada foi realizado duas vezes
ao dia com o objetivo de quanticar o consumo de matria seca e estimar a converso alimentar atravs da quanticao das sobras da
rao concentrada. Amostras de rao, leite e sobras foram coletadas semanalmente e armazenadas em freezer para posteriores anlises
bromatolgicas. O mtodo estatstico realizado foi PROC REG do SAS. No foi vericado efeito signicativo do nvel de ingesto de
levedura sobre o consumo e converso alimentar. O consumo mdio de concentrado at a desmama foi de 0,28; 0,24 e 0,27 kg/animal/dia
respectivamente para os nveis de incluso de levedura de 0;5 e 10 gramas /animal/dia). De forma semelhante, no foi vericado efeito
signicativo do tratamento sobre a converso alimentar. Para os nineis de incluso de 0,5 e 10 gramas a converso alimentar foi de 0,41;
0,33 e 0,45 kg de concentrado por kg de ganho de peso.
CONVERSO ALIMENTAR EM NOVILHAS HOLANDESAS RECEBENDO DIFERENTES NVEIS DE
LEVEDURA NA DIETA (SACHAROMYCES CEREVISAE Y-37)
Aluno de Iniciao Cientfca: Alexandre Gustavo Michelon Herzog (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023455
Orientador: Jos Antnio de Freitas Co-Orientador: Jlio Csar de Souza
Colaboradores: Amanda Chaves de Jesus e Matteus Endrigo Barbieri Scopel
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Bezerras, aditivo, desempenho.
rea de Conhecimento: Produo Animal 5.04.05.00-4
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A anestesia dissociativa em animais silvestres utilizada para procedimentos cirrgicos e triagem, sendo a cetamina e xilazina protocolo
para diversas situaes. A utilizao de frmacos adicionais sinrgicos pode ser feita para diminuio da dose e efeitos colaterais, como o
midazolam, pois proporciona bom relaxamento muscular e tranquilizao adicional. O objetivo deste trabalho foi avaliar a associao do
midazolam com cetamina e xilazina na conteno qumica para avaliao biomtrica e coleta de ectoparasitos de gambs-de-orelha-branca
(Didelphis albiventris). Foram colocadas 16 gaiolas divididas em diferentes stios no Parque Estadual de So Camilo, Palotina, PR, com
banana, fgado bovino e/ou moela de frango como isca. Os animais capturados eram pesados, excluindo-se o peso da gaiola, e submetidos
conteno fsica com luvas para a administrao da associao, na mesma seringa, de 1mg/kg de xilazina, 10mg/kg de cetamina e 0,2mg/
kg de midazolam via intramuscular. Vericado o relaxamento muscular e no reatividade ao toque, os animais eram retirados da gaiola e as
freqncias cardaca (FC) e respiratria (FR) eram aferidas. Seguiu-se a marcao dos animais com um corte na orelha esquerda em forma
de V, avaliao da cavidade oral, analisando nmero de dentes e os comprimentos da cabea, orelha, membro posterior (excluindo-se
as unhas), cauda, largura da cabea e o comprimento total do animal. Aps a biometria, vericava-se o sexo e coletavam-se ectoparasitos.
Durante cinco meses, 20 gambs com peso mdio de 0,990,48kg foram capturados. Com dez minutos da aplicao dos frmacos, 13
animais puderam ser retirados da gaiola, enquanto sete necessitaram de dose adicional (metade da dose inicial, pela mesma via) devido
a no induo dos mesmos. A FC manteve-se em 16760,94bpm e a FR em 4310mpm. A biometria de todos os animais levou 5min e
a coleta de ectoparasitos de 10 a 30min dependendo da carga parasitria. Aps o procedimento, os gambs eram devolvidos s gaiolas e
deixados em um ambiente calmo para recuperao, que levou em mdia 11142,6min, sendo considerada adequada quando os animais se
movimentavam sem ataxia e respondiam a estmulos visuais. Aps isso, os animais eram soltos nos respectivos stios de captura. Apesar
do protocolo ter sido adequado 65% dos animais, em 25% foi necessria uma dose adicional. Nestes, a caracterstica em comum era o
temperamento agitado, que normalmente demanda doses maiores. Considerando-se a metodologia utilizada, conclui-se que a associao
foi segura e adequada para conteno qumica de gambs.
LEVANTAMENTO DE DADOS ECOLGICOS DE UMA POPULAO DE Didelphis (Marsupialia:
Didelphidae) NO PARQUE ESTADUAL DE SO CAMILO, PALOTINA, PARAN, BRASIL
Aluno de Iniciao Cientfca: Aline Luiza Konell
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023571
Orientador: Simone Benghi Pinto Co-Orientador: Geane Maciel Pagliosa
Colaborador: Marivone Valentim Zabbot, Laura Helena Frana de Barros Bittencourt, Sibeli Thais Hepp
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: anestesia, midazolam, gamb-de-orelha-branca
rea de Conhecimento: Farmacologia Geral - 2.10.01.00-6a
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O queixada (Tayassu pecari) um animal selvagem com hbitos de bando que vive nas Amricas do Sul e Central. Estes animais possuem
hbitos gregrios, chegando a se agruparem em centenas de animais, necessitando amplas reas de conservao ambiental para que possam
sobreviver, alimentando-se e reproduzindo-se naturalmente (Sowls, 1984). Devido degradao ambiental, fragmentao de orestas,
poluio, desmatamento, caa ilegal, dentre outros fatores, estes animais esto desaparecendo de seu habitat natural, estando o queixada
em perigo crtico de extino (Mikich e Brnils, 2004). No Oeste do Paran, so de ocorrncia em remanescentes orestais, como no
Parque Nacional do Iguau (Mikich e Brnils, 2004). As populaes existentes no estado do Paran sofreram reduo nas ltimas dcadas.
No Zoolgico Municipal Danilo Galafassi, em Cascavel-PR, existem atualmente 19 animais divididos em trs grupos, sendo 11 machos e
oito fmeas. As fmeas encontram-se em menor quantidade, pois algumas delas foram doadas a outros criatrios. Neste cativeiro, nascem
normalmente 2 animais por gestao, na proporo de um macho para uma fmea, com nascimentos durante o ano todo, mas em maior
quantidade durante o ms de novembro. A criao e reproduo em cativeiro destes animais tm o intuito de preservar a espcie, bem como
de reintroduzi-los em seu habitat natural e conservar a fauna do oeste paranaense onde se encontram. Para a avaliao reprodutiva e futura
aplicao de biotcnicas da reproduo em queixadas, importante que sejam estabelecidos os parmetros androlgicos em cativeiro, pois
assim podem ser denidos parmetros comparativos para avaliar a viabilidade dos reprodutores. A conservao do queixada mostra-se
imprescindvel devido grande relevncia destes animais dentro dos ecossistemas, onde atuam como presas, predadores e dispersores de
sementes, determinando um ciclo de vida indispensvel para o meio ambiente.
AVALIAO DO SMEN DE QUEIXADA (Tayassu pecari)
Aluno de Iniciao Cientfca: Ana Paula da Silva (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023553
Orientador: Nei Moreira
Colaboradores: Frederico Fernandes Arajo, Felippe Azzolini, Jos Ricardo Pachaly, Lus Eduardo da Silveira Delgado
Departamento: Curso de Medicina Veterinria - Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: queixada, silvestres, conservao.
rea de Conhecimento: 5.05.04.00-2 (Reproduo Animal)
0697
A criao de bezerros uma das fases de maior importncia na explorao leiteira, para a obteno de um rebanho produtivo e saudvel.
A diarria neonatal vem se mostrado como a afeco de maior importncia nesta fase, considerada um fator limitante na bovinocultura
leiteira, devido a sua capacidade de gerar prejuzos devido morbidade e mortalidade altas. Ela pode ter diversas causas, como os agentes
enteropatognicos, bactrias (Escherichia coli, Salmonella sp., Clostridium perfringens), vrus (rotavrus e coronavrus), protozorios
(Eimeria sp.), verminoses, fatores nutricionais (ingesto excessiva de leite ou raes similares) e de meio ambiente. Objetivou-se com
a presente pesquisa avaliar a eccia da incluso da levedura (Sacharomyces cerevisae Y-37) na alimentao de bezerras Holandesas. A
pesquisa foi realizada na Fazenda Iguau localizada no municpio de Vera Cruz do Oeste. Foram utilizadas vinte e uma bezerras com peso
mdio ao nascimento de 42,2 kg distribudo aleatoriamente em trs tratamentos com diferentes nveis de incluso de levedura na dieta
(0,5 e 10 gramas /animal/dia). O perodo experimental foi de sessenta dias e, neste intervalo os animais foram pesados semanalmente. O
colostro (5kg/bezerra/dia) foi administrado trs vezes ao dia por dois dias e, a partir do terceiro dia foi fornecido leite integral na mesma
proporo do colostro e na quantidade de 8 litros /cab/dia e duas vezes ao dia. A levedura foi misturada ao leite e fornecida de uma s vez
na parte de manh. O concentrado foi fornecido vontade e aps a segunda semana de vida. Este continha 20% de protena bruta na matria
seca e 80 % de NDT. A incluso de levedura dietas de bezerras lactentes no promoveu melhorias quanto incidncia de diarria sendo
a mdia de incidncia de 2,1 casos. A no obteno de signicncia provavelmente est associada s boas condies ambientais presentes
durante a pesquisa.
INCIDNCIA DE DIARRIA EM BEZERRAS HOLANDESAS RECEBENDO TRS NVEIS DE
LEVEDURA (SACHAROMYCES CEREVISAE Y-37).
Aluno de Iniciao Cientfca: Amanda Chaves de Jesus (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023455
Orientador: Jos Antnio de Freitas Co-Orientador: Amrico Froes Garcez Neto
Colaboradores: Alexandre Gustavo Michelon Herzog e Matteus Endrigo Barbieri Scopel
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Aditivo, bezerras, desempenho, diarria.
rea de Conhecimento: Produo Animal 5.04.05.00-4
0696
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O mel, como produto alimentcio, deve atender a algumas caractersticas para que possa ser comercializado dentro dos requisitos mnimo de
identidade e qualidade. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade fsico-qumica de mis produzidos e comercializados
no varejo na regio oeste do Estado do Paran. Foram adquiridas e analisadas 49 amostras de mis comercializados nos municpios de Palotina,
Cascavel e Toledo, respectivamente 18, 17 e 14 amostras em cada municpio. As amostras foram colhidas diretamente no comrcio varejista
entre os meses de abril de 2009 e maro de 2010. No laboratrio as amostras eram identicadas e conservadas em temperatura ambiente
at o incio das anlises. As anlises fsico-qumicas realizadas foram: determinao do pH, determinao da acidez, anlise qualitativa
de HMF (Reao de Fiehe), Prova de Lund, determinao de umidade e atividade diastsica. At o presente momento as provas de pH,
acidez e umidade foram realizadas em todas as 49 amostras. Os resultados obtidos do pH e da acidez foram todos satisfatrios e dentro do
esperado para o padro do produto. J para umidade, duas amostras (4,1%) apresentaram valor acima do mximo de 20% estabelecido pela
legislao. Essas amostras, em virtude da alterao deste parmetro, poderiam sofrer fermentao microbiana inviabilizando o seu consumo,
principalmente pela alterao do sabor, odor e aspecto. As provas de Fiehe, Lund e diastase foram realizadas somente em 24 amostras, at
o mesmo. Destas, somente a prova de Fiehe mostrou-se com resultados alterados. Em 22 amostras (91,7%) foi detectada alterao de cor
no resultado, conrmao de que o produto apresentava o composto hidrxi-metil-furfural (HMF) acima do esperado, indicando-se que o
mel poderia ter sofrido um superaquecimento e/ou estocagem prolongada (mel velho). Pelos resultados obtidos, conclui-se que a qualidade
fsico-qumica do mel satisfatria. Contudo, o elevado percentual de amostras superaquecidas e/ou com estocagem prolongada pode ser
um indcio do desconhecimento do processamento tecnolgico do produto.
Staphylococcus aureus um dos microrganismos responsveis por grande morbidade e mortalidade no homem e em animais. Atualmente
cepas multirresistentes so responsveis por diversos surtos em todo o mundo e o arsenal teraputico tem cado cada vez mais escasso. S.
aureus, tanto os sensveis como os resistentes meticilina, podem habitar as narinas das pessoas, especialmente as que convivem diariamente
com animais, seja em ambiente hospitalar ou em propriedades rurais, podendo causar diversas afeces nos animais. O objetivo deste trabalho
vericar o perl epidemiolgico destas cepas na: equipe do hospital veterinrio, nas pessoas que trabalham diretamente na bovinocultura
leiteira e, tambm em bovinos leiteiros acometidos por inamaes na glndula mamria, e assim conhecer o perl dessas cepas. Foram
coletadas amostras de 3 grupos distintos: I- 68 amostras das narinas de componentes da equipe clnica do Hospital Veterinrio e, II-128
amostras de leite de bovinos com mastite e III- 22 amostras das narinas das pessoas que vivem em contato direto com esses animais, dando
um total de 218 amostras. Foi feita cultura e exame bacterioscpico das amostras, e elas foram tambm submetidas aos testes da catalase em
lmina, coagulase em tubo e prova do VP para conrmao do agente. A caracterizao fenotpica quanto sensibilidade aos antimicrobianos
foi realizada pelo mtodo de disco difuso em meio slido para vrios antimicrobianos. Dessas 218 amostras, 27 foram identicadas como
S. aureus (12.4%) e o antibiograma evidenciou trs cepas resistentes oxacilina (11%). A caracterizao fenotpica tem algumas restries,
como o tempo necessrio para a obteno dos resultados, a necessidade de bactrias viveis, a interferncia de outros microorganismos
e de fatores ambientais do meio de cultura que podem gerar resultados imprecisos. Mtodos moleculares como o PCR podem reduzir o
tempo de obteno e aumentar o grau de conabilidade dos resultados. Neste trabalho esto sendo usados trs pares de primers para a
amplicao dos genes: mecA (especco para a resistncia oxacilina), Coa (especco para S. aureus) e ribossomal 16S (universal de
bactrias). Os resultados da caracterizao genotpica obtiveram uma correlao de 100% com a caracterizao fenotpica, conrmando
assim a possibilidade da realizao de tcnicas moleculares para o estudo epidemiolgico e controle do agente, uma vez que esse mtodo
muito mais rpido e est se mostrando eciente e preciso. O inconveniente o alto custo econmico para realizao de tais anlises, o
que impede o uso rotineiro destas tcnicas. Entretanto, com a reduo de custos, a aplicao da tcnica possui viabilidade econmica.
AVALIAO DA QUALIDADE FSICO-QUMICA DE MIS COMERCIALIZADOS NA REGIO OESTE
DO PARAN
CARACTERIZAO FENOTPICA E GENOTPICA DE CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS
METICILINA RESISTENTE (MRSA) NA REGIO OESTE DO PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Andressa Marques (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023654
Orientador: Vinicius Cunha Barcellos Colaborador: Rbia Madeco (IC Voluntria); Flvia Emilly Rodrigues da Silva (Estagirio);
Loredana DOvidio (Professor), Luciano dos Santos Bersot (Professor).
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: mel, qualidade, fsico-qumico
rea de Conhecimento: 5.05.05.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Ayrton Rodrigo Hilgert (IC-Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022667
Orientador: Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo
Colaborador: Lucianne Leigue dos Santos, Kledir Anderson Hofstaetter Spohr, Rafael Stefens.
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: MRSA 1, tipagem molecular 2, S.aureus 3.
rea de Conhecimento: 2.02.02.00-8 - Gentica Molecular e de Microorganismos
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O aumento da relao arginina:lisina (Arg:Lys) tem melhorado o desempenho e o rendimento de peito e coxas de frangos quando so
submetidos a condies de alta temperatura ambiental, entretanto, a relao Arg:Lys pode depender da fonte de metionina (Met) e da
concentrao de cloreto de sdio na dieta. Com o objetivo de avaliar a relao destes fatores foram alojados 960 pintos de corte da linhagem
Cobb, machos, de 1 dia de idade em um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2x2 com duas fontes de metionina
(DL-Met 98% e HMB 80%), duas relaes Arg:Lys (105 e 140) e dois nveis de NaCl (2 e 6 g/kg) compondo oito tratamentos e quatro
repeties totalizando 32 unidades experimentais. De 1 a 21 dias, todas as aves receberam rao comercial e a partir dos 22 dias, passaram
a receber as dietas experimentais e expostas ao estresse cclico por calor (30 a 32 C por 5 horas diariamente) at os 42 dias de idade.
Aos 42 dias de idade foram sacricadas duas aves por repetio (8 aves/trat.) para avaliao dos parmetros de rendimento da carcaa.
Amostras do segmento do duodeno foram coletadas e xadas em soluo de formol tamponado e includos em parana para a obteno de
cortes transversais. As lminas foram coradas pelo mtodo de HE e as imagens aps serem capturadas e analisadas no programa IMAGE
PROPLUS 4.1. A partir destas imagens foram mensurados a altura de vilo e a profundidade da cripta da mucosa duodenal. Os dados foram
submetidos anlise de varincia por meio do Software SAS. No houve efeito signicativo dos tratamentos sobre o rendimento de carcaa
(% carcaa, % pernas, % peito e % gordura). Houve efeito signicativo (P<0,05) apenas sobre as medidas morfomtricas da mucosa do
duodeno. Dietas com relao Arg:Lys de 105 resultaram no maior comprimento de vilos. Houve interao signicativa entre a relao
Arg:Lys e o nvel de Met. A utilizao de dietas com relao Arg:Lys de 105 e suplementada com DL-Met aumentou a profundidade das
criptas quando comparada com a fonte de Met HMB. O estresse por calor na fase nal de criao interfere na relao entre os aminocidos
Arg, Lys e Met e inuenciar a morfometria da mucosa do duodeno de frangos de corte.
So descritos vrios efeitos bencos da suplementao da forma orgnica de minerais como a melhoria do desenvolvimento morfolgico
e da atividade de enzimas e transportadores das clulas da mucosa de frangos de corte e da resposta imune. O levedo de cerveja se
enquadra na classe de aditivos que promovem a integridade, o desenvolvimento e o bom funcionamento da mucosa intestinal por possuir
nveis elevados de nucleotdeos livres, que participam da diviso e crescimento celular. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da
suplementao de minerais orgnicos e de levedo de cerveja sobre o desempenho e a morfometria da mucosa intestinal em frangos de
corte desaados imunologicamente pela vacina de coccidiose. Foram utilizados 384 pintos de corte, Ross, machos, distribudos em um
delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e quatro repeties de 24 aves cada. Os tratamentos foram compostos
por: 1. controle; 2. minerais orgnicos on top; 3. levedo de cerveja e 4. associao de minerais orgnicos e levedo de cerveja. Doze aves
por unidade experimental foram desaadas com vacinao via ocular base de oocistos vivos atenuados de Eimeria spp, no momento do
alojamento. Ao nal da 1 semana de criao foram registrados os parmetros de desempenho sendo que o peso vivo das aves foi obtido
separadamente das aves desaadas das no desaadas. Foram sacricadas duas aves por repetio (8 aves/trat.) e amostras do segmento
do duodeno foram coletadas e xadas em soluo de formol tamponado e includos em parana para a obteno de cortes transversais.
As lminas foram coradas pelo mtodo de HE e as imagens aps serem capturadas e analisadas no programa IMAGE PROPLUS 4.1, foi
mensurado a altura de vilo e a profundidade da cripta. A avaliao estatstica dos dados foi feita utilizando-se o programa SAEG. No houve
efeito signicativo dos tratamentos dietticos ou do desao imunolgico sobre a morfometria da mucosa intestinal aos 7 dias de idade.
Houve efeito signicativo (P<0,05) dos tratamentos sobre o ganho de peso e a CA aos 7 dias de idade. As aves que receberam a associao
de minerais orgnicos e levedo apresentaram desempenho semelhante s aves controle, entretanto quando foi suplementado minerais
orgnico ou levedo separadamente, houve um desempenho inferior. As aves desaadas com vacinao no 1 dia de vida apresentaram um
menor ganho de peso em relao s aves controle.
EFEITO DA FONTE DE METIONINA, RELAO ARGININA:LISINA E DA CONCENTRAO DE CLORETO DE SDIO
NA DIETA SOBRE A MORFOMETRIA DA MUCOSA DO DUODENO E O RENDIMENTO DE CARCAA DE FRANGOS
DE CORTE DE 3 A 6 SEMANAS DE IDADE EM CONDIES DE ALTA TEMPERATURA
AVALIAO DE MINERAIS ORGNICOS E LEVEDO DE CERVEJA SOBRE O DESEMPENHO E A
MORFOMETRIA DA MUCOSA DUODENAL DE FRANGOS DE CORTE DE 1 A 7 DIAS DE IDADE
Aluno de Iniciao Cientfca: Cristiano Bortoluzzi (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023541
Orientador: Jovanir Ins Mller Fernandes Co-Orientador: Aline Viott De Marco
Colaborador: Raquel Cristina Kosmann (UFPR - TN), Carolina Barbalho Hungria (Estagiria), Daniela Cristina Peiter (Extenso/Fundao Arauc-
ria), Elisangela Thasa Gottardo (IC Voluntria)
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: aminocidos, eletrlitos, vilosidades intestinais
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1 Nutrio e Alimentao Animal
Aluno de Iniciao Cientfca: Daniela Cristina Peiter (Outro Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024433
Orientador: Jovanir Ins Mller Fernandes Co-Orientador: Edna Tereza de Lima
Colaborador: Raquel Cristina Kosmann (UFPR - TN), Elisangela Thasa Gottardo (IC Voluntria), Felipe Eduardo dos Santos Marques
(Estagirio), Cristiano Bortoluzzi (IC - Voluntria)
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: minerais, vilosidades, ganho de peso
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1 Nutrio e Alimentao Animal
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O aumento da produtividade e teor de protenas do trigo est diretamente relacionada ao aumento da absoro de nitrognio inorgnico, que,
para todos os cereais, apoiado principalmente pelo uso de fertilizantes nitrogenados. Uma alternativa ao uso de fertilizantes qumicos
explorar e melhorar a capacidade de gramneas como o trigo em adquirir nitrognio por xao biolgica de nitrognio (FBN), realizado
pela associao planta-bactria. Estudos sobre a interao de trigo comercial brasileiro e bactrias so escassos e altamente necessrios
para promover o avano na produo tritcola. O H. seropedicae uma bactria xadora de nitrognio que pode colonizar o trigo e outras
plantas no-leguminosas. Este trabalho prope a avaliao do melhor tempo de inoculao com a cultivar CD 117 em associao com
H. seropedicae. Plntulas de trigo, obtidas via cultura de embries maduro, foram transferidas para tubos com 20 mL meio MS 10% e
foram inoculadas com 10
7
clulas bacterianas. Foram avaliados os tempos de 7, 14 e 21 dias de co-cultivo. Para controle, plntulas foram
colocadas sob as mesmas condies, porm no inoculadas. Foram feitas anlises das razes para quanticar o teor de amnio e a anlise
das folhas para vericar o teor de nitrognio total. Como resultados obtidos, para o teor de amnio, vericou-se que, as plntulas com 7
dias de co-cultivo com H. seropedicae obtiveram os maiores valores (7,6683 moles de NH
4
/ mg de raiz), comparado ao seu controle
(2,1760 moles de NH
4
/ mg de raiz). O menor teor de amnio foi obtido com 21 dias de co-cultivo (3,2255 moles de NH
4
/ mg de raiz).
Em relao ao teor de nitrognio total, os valores demonstram que as plntulas com 7 dias de co-cultivo apresentaram as melhores respostas
em relao FBN, seguido pelas de 14 e 21 dias. Embora os dados obtidos para peso seco e fresco das plntulas inoculadas tenham sido
menores que os controles, estes no so estatisticamente diferentes. Como concluso, o tempo de 7 dias de inoculao parece resultar em
maiores ganhos em termos de FBN.
Atualmente a contaminao do meio ambiente, especialmente de gua e de alimentos, por metais pesados tem ocorrido de forma progressiva
devido principalmente ao uso de compostos contendo mercrio na agricultura e para ns industriais. Assim existe uma demanda crescente
para adequao de catalisadores ecientes na degradao destes compostos. Neste contexto, foram preparados catalisadores de ferro e
nquel em titnia, pelo mtodo da impregnao com excesso de solvente. As tcnicas utilizadas na caracterizao foram: determinao da
rea supercial especca (mtodo B.E.T.), microscopia eletrnica de varredura com energia dispersiva de raios-X (MEV/EDS), difrao
de raios-X, reduo temperatura programada e anlise termogravimtrica. Com base nas caracterizaes pode-se constatar pela anlise
de B.E.T. que as reas supercias especcas dos catalisadores variaram de 3,79 a 13,47 m
2
/g e o dimetro de poros de 35,92 a 54,56 ,
apresentando assim caractersticas mesoporosas. De acordo com a anlise de EDS, vericou-se que os valores das concentraes de Fe e
Ni nos catalisadores, corresponde ao teor desejado inicialmente 2 e 5%. Quanto textura e morfologia os catalisadores apresentaram uma
distribuio uniforme, por exemplo, com tamanho de partculas que variaram entre 0,027-0,27m para o catalisador 2% Fe/TiO
2
e a do material
2% Ni/TiO
2
em torno de 0,05-0,57m. Em relao s estruturas cristalinas do material 5% Fe/TiO
2
calcinado em diferentes temperaturas: 250,
300 e 400
o
C nota-se em todas as amostras as linhas caractersticas de TiO
2
anatase e Fe
2
O
3
. Enquanto que nos difratogramas do catalisador
5% Ni/TiO
2
, observa-se as linhas caractersticas de NiO e TiO
2
exclusivamente anatase, no evidenciando a presena de outros tipos de
xidos mistos. Os pers de reduo temperatura programada indicam a presena de um pico de reduo para os catalisadores a base de
nquel em ~ 470
o
C que corresponde a uma interao signicativa de NiO com a superfcie da titnia e para os catalisadores a base de ferro
a presena de 2 picos de reduo (~ 600 e 800
o
C) que esto relacionados a reduo de espcies de ferro na superfcie dos catalisadores.
As anlises termogravimtricas mostraram que a calcinao a 400 C por 5 horas suciente para decompor totalmente todos os materiais
orgnicos residuais adsorvidos na superfcie dos materiais, conduzindo formao de xidos metlicos. Os estudos realizados indicam a
obteno dos catalisadores (Ni/TiO
2
e Fe/TiO
2
) pelo mtodo de impregnao. Suporte Financeiro: UFPR/TN.
ESTABELECIMENTO DE PROTOCOLO DE CRESCIMENTO E MANIPULAO DAS BACTRIAS
E INOCULAO COM CULTIVAR TRIGO (TRITICUM AESTIVUM L. CV 117) PARA MELHOR
RESPOSTA FIXAO BIOLGICA DE NITROGNIO.
FOTODEGRADAO DE SOLUES DE MERCRIO (II) POR CATALISADORES DE FE/TIO
2
E NI/TIO
2
OBTIDOS PELO MTODO DE IMPREGNAO - PARTE II: CARACTERIZAO
Aluno de Iniciao Cientfca: Dayane Maldonado Garcia (Programa- UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 20090233510
Orientador: Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo
Co-Orientador: Marise Fonseca dos Santos
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Fixao Biolgica de Nitrognio, Herbaspirillum seropediceae, teor de amnio.
rea de Conhecimento: Gentica Molecular e de Microorganismos
Aluno de Iniciao Cientfca: Dbora Merediane Kochepka (IC Bolsista)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023581
Orientador: Leda Maria Saragiotto Colpini Co-Orientador: Giane Gonalves Lenzi
Colaborador: Willian Rottava (IC voluntria); Luis Eduardo Locatelli Guerreiro (IC voluntria);
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: caracterizao 1, catalisadores Fe/TiO2 2, catalisadores Ni/TiO2 3.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
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As aves so dependentes do fornecimento de Arginina (Arg) diettica pois no podem sintetizar Arg j que o ciclo bioqumico da uria
no funcional em aves. Em situaes de estresse por calor ocorre uma menor absoro de Arg. Alm disso, a Arg interage com eletrlitos
dietticos prejudicando a relao com a lisina (Lys). A biossntese da creatinina, que envolve tambm a participao da metionina, em
condies de altas temperaturas, prejudicada. Assim como as concentraes de ornitina, um aminocido sintetizado a partir do aminocido
Arg pela enzima arginase, diminui em condies hipertrmicas possivelmente devido menor atividade da arginase renal. Com o objetivo
de avaliar a relao destes fatores foram alojados 960 pintos de corte da linhagem Cobb, machos, de 1 dia de idade em um delineamento
inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2x2 com duas fontes de metionina (DL-Met 98% e HMB 80%), duas relaes Arg:Lys
(105 e 140) e dois nveis de NaCl (2 e 6 g/kg) compondo oito tratamentos e quatro repeties totalizando 32 unidades experimentais. De
1 a 21 dias, todas as aves receberam rao comercial e a partir dos 22 dias, passaram a receber as dietas experimentais e foram expostas
ao estresse cclico por calor (30 a 32 C por 5 horas diariamente) at os 42 dias de idade. Aos 35 dias de idade, o soro de duas aves por
repetio (8 aves/trat.) foi coletado e analisado cido rico (metabolismo dos aminocidos), uria (sntese de ornitina atravs da arginina)
e creatinina (via biossinttica que utiliza Arg e Met). O ganho de peso, consumo de rao e converso alimentar foram obtidos do perodo
de 21 a 42 dias de idade. Os dados foram submetidos anlise de varincia por meio do Software SAS. No houve interao signicativa
(P>0,05) entre os fatores analisados. Entretanto, houve efeito signicativo (P<0,05) do nvel de NaCl sobre o ganho de peso e a converso
alimentar, sendo que o nvel de 6g/kg levou ao maior ganho de peso e melhor converso alimentar. Da mesma forma, a relao Arg:Lys de
105 melhorou signicativamente (P<0,05) o ganho de peso e a converso alimentar das aves. A fonte de Met HMB proporcionou melhor
converso alimentar quando comparada com a fonte DL-Met. O nvel srico de uria e cido rico no foi alterado pelos fatores testados,
com exceo do nvel de creatinina.que foi signicativamente maior (P<0,05) nas aves suplementadas com o menor nvel de NaCl.
Os catetos (Pecari tajacu) so animais selvagens que vivem desde o sul dos Estados Unidos at a Argentina, habitando os mais diversicados
tipos de habitat, como regies semi-ridas at orestas tropicais midas. No Brasil sua situao considerada presumivelmente ameaada
de extino e, mais especicamente, no estado do Paran encontra-se vulnervel ao desaparecimento. A conservao da fauna brasileira
faz-se necessrio tendo em vista a crescente destruio dos habitats, reduzindo assim em muito suas chances de sobrevivncia. O objetivo
deste trabalho foi avaliar as caractersticas androlgicas de catetos para a obteno de dados da siologia reprodutiva a m de desenvolver
novos programas e tcnicas de reproduo. Os dados foram obtidos de animais (n=3) do Refgio Biolgico Bela Vista da Itaipu Binacional
localizado na cidade de Foz do Iguau PR. Para a realizao dos procedimentos, os animais foram anestesiados utilizando-se a associao
de detomidina, azeperone e Ketamin S+. O smen foi coletado seguindo um protocolo de eletroejaculao e a mensurao dos testculos
foi realizada com auxilio de um paqumetro. Aps coletado, o smen foi avaliado quanto a volume, pH, vigor mdio, motilidade mdia,
concentrao e morfologia. O protocolo de eletroejaculao foi eciente uma vez que todos os animais ejacularam. O resultado das anlises
do smen corroboraram com os encontrados na literatura, indicando que estes animais possuem capacidade de fecundao estando aptos a
gerar proles, ou ter seu smen aplicado ao desenvolvimento e/ou aperfeioamento de novas tcnicas de reproduo.
EFEITO DA FONTE DE METIONINA, RELAO ARGININA:LISINA E DA CONCENTRAO DE
CLORETO DE SDIO NA DIETA SOBRE O DESEMPENHO PRODUTIVO DE FRANGOS DE CORTE
DE 3 A 6 SEMANAS DE IDADE EM CONDIES DE ALTA TEMPERATURA
AVALIAO DO SMEN DE CATETOS (Pecari tajacu)
Aluno de Iniciao Cientfca: Elisangela Thasa Gottardo (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023541
Orientador: Jovanir Ins Mller Fernandes Co-Orientador: Amrico Fres Garcez Neto
Colaborador: Daniela Cristina Peiter (Extenso/Fundao Araucria), Raquel Cristina Kosmann (UFPR - TN), Felipe Eduardo dos Santos Marques
(Estagirio), Cristiano Bortoluzzi (IC - Voluntria)
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: aminocidos, eletrlitos, bioqumica srica
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1 Nutrio e Alimentao Animal
Aluno de Iniciao Cientfca: Frederico Fernandes Arajo (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023553
Orientador: Nei Moreira
Colaborador: Ana Paula Silva, Felippe Azzoline, Jos Ricardo Pachaly, Marcos Jos de Oliveira, Wanderley de Moraes,
Departamento: Curso de Medicina Veterinria Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: catetos, smen, reproduo.
rea de Conhecimento: 5.05.04.00-2 Reproduo Animal
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O aumento da produtividade e teor de protenas do trigo est diretamente relacionado ao aumento da absoro de nitrognio inorgnico,
que, para todos os cereais, apoiado principalmente pelo uso de fertilizantes nitrogenados. Uma alternativa ao uso de fertilizantes qumicos
explorar e melhorar a capacidade de gramneas como o trigo em adquirir nitrognio por xao biolgica de nitrognio (FBN), realizado
pela associao planta-bactria. Estudos sobre a interao de trigo comercial brasileiro e bactrias so escassos e altamente necessrios para
promover o avano na produo tritcola. O protocolo para a avaliao da FBN em gramneas, especicamente trigo, est sendo desenvolvido
e, uma das partes mais importantes vericar a presena de bactrias intra e sob a superfcie radicular. Dessa forma, o seguinte trabalho
teve como objetivo vericar a presena e quanticar as bactrias presentes: epiftica e endoticamente em razes de plntulas trigo, mantidas
in vitro, com e sem co-cultivo com H. seropedicae. Foram avaliados trs diferentes tempos de co-cultivo: 7, 14 e 21 dias. A quanticao
de bactrias, epifticas e endofticas, foram realizadas segundo o protocolo proposto por Saubidet et al (2002). Como resultados obtidos,
nenhuma colnia foi encontrada em plantas sem inoculao. Do mesmo modo, nenhuma colnia endoftica de H.seropedicae foi encontrada
nas plantas inoculadas. Porm, os resultados demonstraram a presena de bactrias epifticas e com 7 dias de co-cultivo, ocorreu a maior
concentrao de clulas bacterianas presentes (6.10
8
bactrias) nas razes das plantas avaliadas. Valores medianos foram encontrados para
o tempo de 14 dias (6,4.10
7
) e a menor concentrao foi observada com o maior perodo de inoculao (3,7.10
7
).Como concluso, os
experimentos em trigo sero conduzidos considerando 7 dias como o de maior resposta Fixao Biolgica de Nitrognio.
O trato intestinal das aves, alm de garantir o suprimento de nutrientes para o organismo, o rgo de maior responsabilidade no
desenvolvimento da imunidade geral inespecca. Atravs do estmulo imunolgico da mucosa, h produo de anticorpos tipo IgA que
bloqueiam os receptores e reduzem o nmero de bactrias patognicas na luz intestinal . Conhecer e avaliar a imunidade humoral dos
animais domsticos em condies de sade e de doena signica isolar, caracterizar e quanticar imunoglobulinas, o principal componente
do sistema de deteco de invasores em solues nos uidos biolgicos ou associados a clulas deste meio. A nalidade deste estudo foi
avaliar o efeito da suplementao de minerais orgnicos e de levedo de cerveja sobre a concentrao srica de protenas totais e o perl
eletrofortico de imunoglubulinas (IgG e IgA) em frangos de corte desaados imunologicamente pela vacina de coccidiose Foram utilizados
384 pintos de corte, Ross, machos, distribudos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e quatro repeties
de 24 aves cada com o objetivo de avaliar o efeito da suplementao de minerais orgnicos e de levedo de cerveja sobre a concentrao
srica de protenas totais e o perl eletrofortico das imunoglubulinas IgG e IgA em frangos de corte desaados imunologicamente pela
vacina contra coccidiose. Os tratamentos foram compostos por: 1. controle; 2. minerais orgnicos on top (Cu (150mg/kg), Mn (250mg/
kg), Zn (250mg/kg) e Se (150mg/kg)); 3. Levedo de cerveja (300mg/kg) e 4. Associao de minerais orgnicos e levedo de cerveja. Doze
aves por unidade experimental foram desaadas com vacinao via ocular base de oocistos vivos atenuados de Eimeria spp, no momento
do alojamento. Aos 7, 21, 35 e 42 dias de vida foi coletado sangue de quatro aves por unidade experimental, duas desaadas e duas no
desaadas com a vacina, para a quanticao de protenas sricas totais e avaliao do perl eletrofortico de imunoglubulinas sricas.
As amostras sricas foram submetidas eletroforese vertical em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE). A avaliao estatstica dos dados
foi feita por anlise de varincia e comparao das mdias pelo teste de Tukey, utilizando-se o programa SAEG. No houve efeito dos
tratamentos sobre a produo de imunoglobulinas. A tcnica de eletroforese (SDS-PAGE) utilizada mostrou ser uma ferramenta de preciso
na quanticao de imunoglobulinas sricas de frangos de corte.
AVALIAO DE BACTRIAS (Herbaspirillum seropedicae) ENDOFTICAS E EPIFTICAS EM TRIGO
(Triticum aestivum L) EM RELAO AO TEMPO DE INOCULAO IN VITRO.
PERFIL ELETROFORTICO DE IMUNOGLOBULINAS SRICAS DE FRANGOS DE CORTE
SUPLEMENTADOS COM MINERAIS ORGNICOS E LEVEDO DE CERVEJA E SUBMETIDOS AO
DESAFIO IMUNOLGICO
Aluno de Iniciao Cientfca: Izabel Volkweis Zadinelo ( Programa Fundao Araucria Aes Afrmativas)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 20090233510
Orientador: Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo Co-Orientador: Marise Fonseca dos Santos
Colaboradores: Adeline Neiverth, Dayane M. Garcia, Suellen Delai, Mariane Sasso.
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Trigo, fxao biolgica de nitrognio, Herbaspirillum seropediceae, bactrias endofticas, bactrias epifticas.
rea de Conhecimento: 2.02.02.00-8 - Gentica Molecular e de Microorganismos
Aluno de Iniciao Cientfca: Lidiane Horn (Outra - voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009024049
Orientador: Nelson Luis Mello Fernandes Co-Orientador: Jovanir Ins Mller Fernandes
Colaborador: Tnia Brasil (Outra - voluntria), Samara Tasca (Outra - voluntria), Las Regina Gehlen (Outra - voluntria).
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: SDS-PAGE, Imunoglobulinas, mucosa intestinal
rea de Conhecimento: 5.04.05.00-4 - Produo Animal
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O glicerol bruto, derivado da fabricao do biodiesel, tem boa digestibilidade aparente da energia para a tilpia do Nilo, entretanto pouco
se conhece sobre a utilizao do glicerol na sua alimentao. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a incluso do glicerol bruto em
raes fareladas sobre os parmetros de desempenho da tilpia do Nilo durante a fase de reverso sexual. O presente trabalho foi realizado
no Laboratrio de Nutrio de Organismos Aquticos do Curso Superior de Tecnologia em Aquicultura da Universidade Federal do Paran,
Campus Palotina. Foram utilizadas 900 ps-larvas de tilpia do Nilo, com 10 dias ps-ecloso, da linhagem GIFT com o peso mdio de
0,0014 0,0001g, distribudas em um delineamento completamente casualizado com 6 tratamentos e 5 repeties. Foram utilizados 30
tanques plsticos com cerca de 70 L de volume til com recirculao de gua por meio de uma bomba e bioltro. A temperatura foi mantida
por 15 aquecedores com termostato, a mesma foi aferida diariamente pela manh e tarde, bem como o pH e o oxignio dissolvido. Os
tratamentos constituam-se de raes isoproticas (38,6% de protena digestvel) e isoenergticas (3.600 kcal/kg) com nveis crescentes
de incluso de glicerol bruto (0,0; 2,2; 4,4; 6,6; 8,8 e 11,0%), fornecido pela Empresa BSBIOS Indstria e Comrcio de Biodiesel Sul
Brasil S/A. As raes eram fareladas e eram constitudas por farelo de soja, farinha de peixes, milho, complemento vitamnico-mineral e
sal comum. A alimentao foi ad libitum fornecida cinco vezes ao dia. Foram avaliados o peso nal, sobrevivncia e converso alimentar
aparente, aps um perodo experimental de 23 dias. Os resultados da temperatura matutina, vespertina, oxignio dissolvido e pH da gua
do sistema apresentou condies adequadas aos peixes mantendo-se, respectivamente em 27, 47 0,94
o
C, 27, 87 0,82, 5,68 0,91
mg/L e 7,55 0,19. Os parmetros de desempenho avaliados, peso nal (0,83 0,67), sobrevivncia (92,55 6,41) e converso alimentar
(1,23 0,09), no apresentaram diferenas (P<0,05) entre os tratamentos. Apesar de no apresentarem diferena signicativa, a ANOVA
demonstra um efeito linear decrescente a 6% de signicncia, porm este fato pode estar relacionado a uma possvel dissoluo do glicerol
na gua, ou ser funo da mortalidade de exemplares menores ocorrida no tratamento sem glicerol. De qualquer forma, h a necessidade
de novos experimentos relacionados ao tema, entretanto se pode armar que o glicerol bruto uma fonte de energia adequada tilpia do
Nilo durante a fase de reverso sexual.
Mercrio (II) um componente freqentemente descartado na indstria, entretanto, seu uso principal est em aplicaes agrcolas, tais como
praguicida, fungicidas, herbicidas, inseticidas e bactericidas. Isto contribui para a grande disperso do elemento como um contaminante
perigoso. Desta forma, mtodos de tratamento tm sido desenvolvidos com o objetivo de minimizar o impacto ambiental. Entre eles pode-se
destacar os Processos Oxidativos Avanados dos quais faz parte a fotocatlise heterognea, que tem se mostrado eciente na degradao
de vrios compostos, tais como corantes e herbicidas, porm poucos estudos foram realizados sobre a aplicao deste processo na reduo
de metais txicos a formas no txicas ou menos txicas, como o caso da reduo do Hg(II) a Hg(0). Desta maneira, o trabalho teve por
objetivo avaliar o desempenho dos catalisadores a base de ferro e nquel suportados em dixido de titnia, segundo o mtodo de impregnao
mida, com composio mssica nominal de 2 e 5% em peso
,
ambos calcinados a 250, 300 e 400C por 5 horas, na reduo fotocataltica do
Hg
(II)
a Hg
(0)
. Os testes fotocatalticos foram realizados na presena de 1 g de catalisador, suspenso em 500 cm
3
de soluo aquosa sinttica
(2 g/L) contendo 120 ppm Hg (II), numa unidade em batelada na presena de luz ultravioleta, fornecida por uma lmpada de vapor de
mercrio de 125 W, em um meio reacional contendo ou no cido frmico. Os resultados obtidos com os ensaios fotocatalticos mostraram
que, nas condies do teste, a adio de ferro e nquel no dixido de titnia exerce inuncia na fotoreduo do mercrio, independente
do tratamento trmico de calcinao, por favorecer a formao de espcies ativas que inibem a recombinao dos pares eltrons-lacunas
formados na superfcie do semicondutor. Por outro lado, a presena do cido frmico tambm exerce inuncia na reduo do mercrio.
USO DO GLICEROL PARA A TILPIA DO NILO Oreochromis niloticus DURANTE A REVERSO
SEXUAL - DESEMPENHO
FOTODEGRADAO DE SOLUES DE MERCRIO (II) POR CATALISADORES DE FE/TIO
2
E NI/
TIO
2
OBTIDOS PELO MTODO DE IMPREGNAO - PARTE III: REAES FOTOCATALTICAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Luana Cagol (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023502
Orientador: Fbio Meurer Co-Orientador: Lilian Dena dos Santos
Colaborador: Alan Franzen, Katsiane Aparecida Rossato
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: ganho de peso, nutrio de peixes, tilapicultura.
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Luis Eduardo Locatelli Guerreiro (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023581
Orientador: Leda Maria Saragiotto Colpini Co-Orientador: Giane Gonalves Lenzi
Colaborador: Dbora Merediane Kochepka (IC bolsista); Willian Rottava (IC voluntria);
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: impregnao 1,degradao de mercrio II 2, fotocatlise 3.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
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O glicerol bruto, derivado da fabricao de biodiesel, um produto com potencial de utilizao na alimentao da tilpia do Nilo, visto
que apresenta uma boa digestibilidade aparente da sua frao energtica, entretanto pouco se conhece sobre a utilizao do glicerol na sua
alimentao e o seu efeito na composio bromatolgica corporal. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a incluso do glicerol bruto
em raes fareladas sobre os parmetros bromatolgicos corporais da tilpia do Nilo durante a fase de reverso sexual. O presente trabalho
foi realizado no Laboratrio de Nutrio de Organismos Aquticos do Curso Superior de Tecnologia em Aquicultura da Universidade
Federal do Paran, Campus Palotina. Foram utilizadas 900 ps-larvas de tilpia do Nilo, com 10 dias ps-ecloso, da linhagem GIFT
com o peso mdio de 0,0014 0,0001g, distribudas em um delineamento completamente casualizado com 6 tratamentos e 5 repeties.
Foram utilizados 30 tanques plsticos com cerca de 70 L de volume til com recirculao de gua por meio de uma bomba e bioltro. A
temperatura foi mantida por 15 aquecedores com termostato, a mesma foi aferida diariamente pela manh e tarde, bem como o pH e o
oxignio dissolvido. Os tratamentos constituam-se de raes isoproticas (38,6% de protena digestvel) e isoenergticas (3.600 kcal/kg)
com nveis crescentes de incluso de glicerol bruto (0,0; 2,2; 4,4; 6,6; 8,8 e 11,0%), fornecido pela Empresa BSBIOS Indstria e Comrcio
de Biodiesel Sul Brasil S/A, situada em Passo Fundo RS. As raes eram fareladas e eram constitudas por farelo de soja, farinha de
peixes, milho, complemento vitamnico-mineral e sal comum. A alimentao foi ad libitum fornecida cinco vezes ao dia. Foram avaliados
a matria seca, protena bruta, gordura e cinzas do corpo integral dos alevinos aps um perodo experimental de 23 dias. Os resultados da
temperatura matutina, vespertina, oxignio dissolvido e pH da gua do sistema apresentou condies adequadas aos peixes mantendo-se,
respectivamente em 27, 47 0,94
o
C, 27, 87 0,82, 5,68 0,91 mg/L e 7,55 0,19. Os parmetros de composio bromatolgica corporal,
matria seca (22,33 048%), protena bruta (14,94 0,83%), gordura (1,37 0,04%) e cinzas (2,68 0,08%), no apresentaram diferenas
(P<0,05) entre os tratamentos. Desta maneira se pode armar que o glicerol bruto uma fonte de energia que no afeta a composio
corporal da tilpia do Nilo durante a fase de reverso sexual.
A criao de bezerras um importante setor dentro da atividade leiteira uma vez que consistem na categoria mais sensvel e geralmente
apresentam as maiores taxas de mortalidade e morbidade. Os problemas que por ventura possam afetar a fase de criao de bezerras
certamente vo inuenciar nas demais fases como na fase de novilha afetando a reposio e a produo animal. Pelo fato da criao de
bezerras corresponder a uma fase de grandes investimentos e pouco retorno econmico a curto prazo, os produtores tendem a relegar os
cuidados esta fase em relao a fase adulta onde o animal se encontra em produo e apresentando ou no retorno imediato s possveis
tecnologias adotadas. Neste sentido faz-se de grande importncia o uso de tcnicas nutricionais a m de melhorar os ndices produtivos nesta
fase. Dentre as alternativas possveis de ser usadas na nutrio de bezerras destaca-se o uso de substncias probiticas como as leveduras.
Objetiva-se com o trabalho avaliar a ecincia da incluso de levedura (sacaromyces cerevisae Y-37) na dieta de bezerras sobre o ganho
de peso de bezerras leiteiras, do nascimento desmama (60dias). Foram utilizadas vinte e uma bezerras com peso mdio ao nascimento e
peso 42,2 kg distribudo aleatoriamente em trs tratamentos com diferentes nveis de incluso de levedura na dieta (0,5 e 10 gramas /animal/
dia). O perodo experimental foi de sessenta dias e, neste intervalo os animais foram pesados semanalmente. O colostro (5kg/bezerra/dia)
foi administrado trs vezes ao dia por dois dias e, a partir do terceiro dia foi fornecido leite integral na mesma proporo do colostro e
na quantidade de 8 litros /cab/dia e duas vezes ao dia. A levedura foi misturada ao leite e fornecida de uma s vez na parte de manh. O
concentrado foi fornecido vontade e aps a segunda semana de vida. Este continha 20% de protena bruta na matria seca e 80 % de NDT.
Apesar de no ter sido vericado diferenas entre tratamentos para a caracterstica estudada os valores de peso ganho e ganho mdio dirio
foram maiores para o tratamento com 5 gramas de levedura por animal. Para os tratamentos com 0, 5 e 10 gramas os valores obtidos para
peso ganho de 0 a 60 dias (kg) e ganho mdio dirio ( kg) foram respectivamente de: 39,7; 45,7;38,0 e 0,66; 0,76;0,63.
USO DO GLICEROL PARA A TILPIA DO NILO Oreochromis niloticus DURANTE A REVERSO
SEXUAL COMPOSIO DA CORPORAL
GANHO DE PESO EM NOVILHAS HOLANDESAS RECEBENDO DIFERENTES DOSES DE LEVEDURA
NA DIETA
Aluno de Iniciao Cientfca: Marise Taise Theisen (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023502
Orientador: Fbio Meurer Co-Orientador: Lilian Dena dos Santos
Colaborador: Patrcia Piovesan, Katsiane Aparecida Rossato
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: nutrio de peixes, parmetros corporais, tilapicultura.
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Matteus Endrigo Barbieri Scopel (Bolsista PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023455
Orientador: Jos Antnio de Freitas Co-Orientador: Jlio Csar de Souza
Colaboradores: Alexandre Gustavo Michelon Herzog e Matteus Endrigo Barbieri Scopel
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Bezerras, aditivo, desempenho.
rea de Conhecimento: Produo Animal 5.04.05.00-4
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A toxoplasmose uma zoonose causada pelo protozorio Toxoplasma gondii, de alta prevalncia no Brasil e de grande importncia para a
sade pblica. Os hospedeiros denitivos so os feldeos, principalmente o gato domstico, que disseminam a doena atravs da liberao
de oocistos nas fezes. Diversos fatores interferem na prevalncia desta parasitose, como os ambientais e scio-culturais. Neste estudo
foram avaliados 36 acadmicos do 3
o
perodo do curso de Medicina Veterinria da Universidade Federal do Paran - Campus Palotina
com o objetivo de vericar a prevalncia da toxoplasmose e identicar os fatores de risco para a ocorrncia desta doena. Os alunos
avaliados responderam a um questionrio epidemiolgico e posteriormente foram submetidos a testes sorolgicos (Microparticle Enzyme
Immunoassay - MEIA) e testes oftalmolgicos que incluam Tela de Amsler e o mapeamento de retina sob midrase farmacolgica. Na
sorologia para a deteco de anticorpos anti-Toxoplasma gondii das classes IgG e IgM , 12 (33,3%) foram reagentes para IgG. Dentre os
reagentes para IgG, seis (50%) foram do sexo masculino e seis (50%) do sexo feminino, sendo que neste caso o sexo no representou fator
de proteo. Nenhum dos alunos foi reagente para IgM, podendo-se concluir que no haviam infeces recentes. O teste da Tela de Amsler
foi realizado em todos os participantes, como triagem para identicar alteraes oculares sugestivas de toxoplasmose, constatando-se que
cinco (13,8%) tiveram alguma alterao visual e destes, um (20%) foi reagente para IgG. O exame mapeamento de retina foi realizado em
32 alunos que compareceram, trs (9,4%) apresentaram leses, entre estes um (33,3%) foi reagente para IgG. A distribuio dos achados
segundo os dados epidemiolgicos, bem como os fatores de risco avaliados pelo inqurito scio cultural e epidemiolgico, analisados pelo
programa Epi-Info, que podem inuenciar na infeco por Toxoplasma so apresentados e discutidos.
Os salames coloniais e outros embutidos crneos fermentados e curados crus tm em sua constituio a carne, condimentos e aditivos, alm
de sofrer processos de maturao, secagem e fermentao para conceder ao produto maior tempo de conservao. Contudo, esse embutido
crneo, quando elaborado sem ateno s boas prticas de fabricao, pode oferecer risco para consumo pelo fato de sofrer manipulao
durante o processo de industrializao, no sofrer cozimento e ser armazenado e comercializado em temperatura ambiente. Assim o presente
trabalho teve por m avaliar a qualidade microbiolgica e fsico-qumica de salames coloniais informais comercializados na regio oeste e
noroeste do Paran. Foram coletadas 39 amostras de salames de cidades do oeste e noroeste paranaense e feitas anlises microbiolgicas de
Salmonella sp. e Listeria sp., contagem de bactrias cido-lticas (BAL) e anlises fsico-qumicas de pH, umidade e atividade de gua (Aw).
Dentre as amostras foi detectada a presena de Listeria sp. em dez amostras (25,6%) e Listeria monocytogenes em uma amostra. Salmonella
sp. no foi detectada. A contagem de BAL mdia foi de 1,5 x 10
8
UFC/g e o valor de umidade mdia encontrada foi de 53,7% se mostrando
acima dos 40% de valor mximo de umidade especicados para este produto. As anlises de pH e Aw obtiveram valores mdios de 6,13 e
0,957, respectivamente, valores considerados insatisfatrios. importante frisar que a conservao deste tipo de produto se d, quase que
exclusivamente, pelo controle efetivo do pH, Aw e umidade. Concluiu-se que, de maneira geral, o salame produzido artesanalmente no
oeste do Paran no oferece muitos riscos microbiolgicos ao consumidor, sendo que ausncia de patgenos pode ter sido em virtude da
alta contagem de BAL que, por mecanismo de excluso competitiva, acabou por inib-los. Contudo, sob o ponto de vista fsico-qumico
o produto apresentou resultados insatisfatrios para os trs parmetros estudados, fato que pode estar relacionado ao processo caseiro de
elaborao dos mesmos, no permitindo um perfeito controle e padronizao das etapas tecnolgicas de processamento.
ESTUDO EPIDEMIOLGICO DA PREVALNCIA DA TOXOPLASMOSE OCULAR EM ACADMICOS
DE MEDICINA VETERINRIA, DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN CAMPUS PALOTINA
MICRORGANISMOS PATOGNICOS E INDICADORES DE QUALIDADE EM PRODUTOS CRNEOS
PRODUZIDOS ARTESANALMENTE E COMERCIALIZADOS NO OESTE DO PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Paula Giuliana Rodrigues Motter (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023569
Orientador: Profa. Dra. Marivone Valentim Zabott Co-Orientador: Profa. Dra. Simone Benghi Pinto
Colaborador: Polianna Hammerschmidt, Dra. Cristine Bosquiroli Laura Helena Frana de Barros Bittencourt, , Claudiane Amaro Fernandes
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Toxoplasmose humana, Soroprevalncia, Epidemiologia.
rea de Conhecimento: 5.05.02.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Paulo Afonso Geraldo Sanches (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022648
Orientador: Luciano dos Santos Bersot.
Colaborador: Mariana Ita Refosco (Estagiria), Cristina Maria Zanette (Mestrado-CNPq), Paulo Cezar Niedermeyer (Estagirio); Jorge
Minor Fernandes Inagaki (Estagirio); Vinicius Cunha Barcellos (Professor).
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: salame, contaminao, microrganismos
rea de Conhecimento: 5.05.05.00-9
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A toxoplasmose uma zoonose parasitria causada pelo protozorio Toxoplasma gondii, de relevncia para a sade pblica. O T. gondii o
agente etiolgico mais freqente nas uvetes de localizao posterior na populao humana brasileira. A toxoplasmose ocular pode ter origem
congnita ou adquirida, sendo que a adquirida relatada por alguns autores como bastante comum no Sul do Brasil. O presente trabalho
tem como objetivos vericar a prevalncia da toxoplasmose e pesquisar as alteraes oculares sugestivas da enfermidade na populao de
acadmicos do 3
o
perodo do curso de Medicina Veterinria da Universidade Federal do Paran - Campus Palotina, bem como, vericar a
viabilidade de se utilizar o mtodo de triagem da Tela de Amsler, como rotina, na deteco de alteraes visuais. Os alunos responderam a
um questionrio epidemiolgico e foram submetidos a testes sorolgicos (Microparticle Enzyme Immunoassay - MEIA) para pesquisa de
anticorpos anti-T. gondii das classes IgG e IgM e testes oftalmolgicos que incluam Tela de Amsler e o exame de mapeamento de retina sob
midrase farmacolgica. Os resultados revelaram que: 12 (33,3%) foram sororeagentes para IgG e nenhum para IgM; 5 (13,8%) relataram
alguma alterao visual no teste da Tela de Amsler; 3 (9,4%) apresentaram leses no exame de mapeamento de retina. Correlaes entre os
resultados da aplicao do teste com a Tela de Amsler, sorologia positiva para toxoplasmose e as leses de fundo de olho so analisadas.
Segundo a OMS, pases em desenvolvimento tm um co para cada sete habitantes e, portanto, estima-se a existncia de 4.138 ces em
Palotina. Frente inexistncia de relatos sobre o perl da populao canina do municpio, durante a campanha de vacinao anti-rbica de
ces e gatos realizada em 2009, foi aplicado um questionrio. Foram vacinados 1152 ces domiciliados, o que corresponde a 28% do nmero
total estimado. No h preferncia por animais de raa (58,6% SRD), todavia h predomnio de ces de porte pequeno, pois 58,9% pesavam
at 10Kg, 16,7% tinham 10-20Kg, 9,1% pesavam 20-30Kg e apenas 11,7% superavam os 30Kg. No houve diferena signicativa entre
gnero (51% fmeas; 49% machos), mas apenas 16,6% eram esterilizados cirurgicamente e, entre os castrados, 35,1% eram machos e 64,9%
eram fmeas, evidenciando clara tendncia somente castrao de fmeas, mesmo considerando que a ovrio-salpingo-histerectomia tem
valor mais elevado que a orquiectomia, comprovando um problema cultural na castrao de machos. Quanto idade, 13,3% tinham at 1
ano, 30,6% tinham 1-3 anos, 35,3% tinham 3-6 anos e 17,7% superavam os sete anos e isso aponta que os proprietrios provavelmente no
julguem ser necessrio revacinar os animais mais velhos. Isso conrmado ao se vericar que apenas 44,9% dos ces j haviam recebido
vacinao anti-rbica pelo menos uma vez e 68,6% dos animais haviam sido vacinados contra outras enfermidades infecciosas, pelo menos
no primeiro ano de vida, mesmo tais vacinas tendo custo mais elevado, o que comprova o declnio da preocupao dos proprietrios quanto
ao reforo vacinal de ces adultos. Cerca de 67,5% dos ces conviviam com contactantes, visto que a maioria dos proprietrios tinha pelo
menos dois ces. Quanto ao acesso rua, 11,5% dos ces tinham acesso livre, 22,8% acesso livre eventual (at 3 vezes por semana), 65,2%
acesso orientado (junto do proprietrio, animal com guia e coleira) e 0,5% no acessavam a rua e no eram levados para passear. Quanto
dieta, 35,2% recebiam rao, 13,6% comida caseira e 51,2% dieta mista, pois embora haja preocupao em fornecer rao, ainda se
acredita ser necessrio adicionar guloseimas e petiscos. Conclui-se que os ces de Palotina requerem mais cuidado. preciso aumentar
a informao dos proprietrios quanto aos benefcios da castrao, os riscos do acesso livre rua e o perigo da conjuno dessas duas
situaes no descontrole populacional da espcie. Ainda, deve-se trabalhar com heranas culturais no que se refere ao fornecimento de
comida caseira e castrao dos ces machos.
ESTUDO EPIDEMIOLGICO DA PREVALNCIA DA TOXOPLASMOSE OCULAR EM ACADMICOS
DE MEDICINA VETERINRIA, DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN CAMPUS PALOTINA
PERFIL POPULACIONAL DOS CES DE PALOTINA-PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Polianna Hammerschmidt (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023569
Orientador: Profa. Dra. Marivone Valentim Zabott Co-Orientador: Profa. Dra. Simone Benghi Pinto
Colaborador: Paula Giuliana Rodrigues Motter, Dra. Cristine Bosquiroli, Laura Helena Frana de Barros Bittencourt, Claudiane Amaro
Fernandes
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Toxoplasmose, Tela de Amsler, Testes oftalmolgicos.
rea de Conhecimento: 5.05.02.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafael Stefens (outros voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010/00000
Orientador: Erica Cristina Bueno do Prado Guirro
Colaborador: Tiago Machado dos Santos
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: ces, Palotina, perfl populacional.
rea de Conhecimento: Medicina Veterinria Preventiva - 5.05.02.00-0
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Dentro dos sistemas de qualidade adotados por estabelecimentos produtores de alimentos, a pasteurizao do leite considerada o principal
ponto crtico de controle do processo, uma vez que no h nenhum tratamento posterior que elimine os perigos microbiolgicos incorporados.
Os objetivos do presente estudo foram avaliar a ecincia dos pasteurizadores de micro e mini usinas de beneciamento de leite, da regio
Oeste do Estado do Paran atravs de mtodos enzimticos e microbiolgicos; e conhecer as condies de manuteno dos equipamentos e
controle do processo de pasteurizao atravs de questionrios. Participaram do estudo trs laticnios onde foram realizadas trs amostragens
em cada um deles. Cada amostragem consistia na obteno de 13 amostras de leite, coletadas imediatamente aps a pasteurizao, a cada
cinco minutos, durante um perodo contnuo de uma hora de pasteurizao, totalizando 126 amostras. As mesmas foram colhidas entre
setembro de 2009 e maio de 2010. Os leites crus tambm foram colhidos e analisados. As amostras de leite pasteurizado foram submetidas
enumerao do NMP/mL de coliformes totais (CT) e determinao da atividade das enzimas fosfatase (F) e peroxidase (P). No leite cru
tambm foi realizada a pesquisa de Salmonella spp. e Listeria monocytogenes. Todas as anlises seguiram metodologias ociais. De acordo
com os questionrios, em nenhum dos laticnios havia funcionando a vlvula de desvio de uxo de leite (VDL), bem como um programa
preventivo de manuteno dos equipamentos de pasteurizao e tampouco treinamento para oper-los. Havia programa de higienizao,
mas sem monitoramento. Pelos dados microbiolgicos e fsico-qumicos obtidos no presente estudo, observou-se que independente do
mtodo empregado 36/39 amostras (92,3%) apresentaram-se fora do padro no laticnio A, cujo equipamento possua a maior vazo de leite
(7.000L/h) dentre os trs avaliados. No laticnio B, 1/39 amostra (2,5%) revelou resultado insatisfatrio, assim como no laticnio C. Ambos
os laticnios tinham equipamento de pasteurizao com vazo mdia de 500 litros/hora. Nem todas as amostras apresentaram resultados
esperados quanto ao CT e/ou F e P, indicando que os mesmos podem apresentar falhas, o que nos permite dizer que tais mtodos deveriam
ser utilizados simultaneamente para melhor avaliao da ecincia dos pasteurizadores. Conclui-se que o processo de pasteurizao falho e
associado a falta de ferramentas preventivas para o monitoramento do funcionamento destes equipamentos podem contribuir decisivamente
para a m qualidade do leite.
O perl ideal de aminocidos e as interaes entre aminocidos e outros constituintes da dieta podem ser totalmente diferentes daqueles
voltados para o melhor desempenho, quando os efeitos sobre o sistema imune forem avaliados em situaes adversas, como em altas
temperaturas ambientais. Interaes entre eletrlitos dietticos e a relao Arg:Lys foram encontrados em experimentos conduzidos em
situaes de estresse por calor. Alm disso, a ecincia das fontes de metionina dependente da proporo de Arg diettica em relao a
Lys. A arginina considerada um aminocido essencial para aves uma vez que o ciclo bioqumico da uria no funcional nas aves e por
isso so dependentes do fornecimento deste aminocido nas dietas. Com o objetivo de avaliar a relao destes fatores sobre a resposta imune
foram alojados 960 pintos de corte da linhagem Cobb, machos, de 1 dia de idade em um delineamento inteiramente casualizado em esquema
fatorial 2x2x2 com duas fontes de metionina (DL-Met 98% e HMB 80%), duas relaes Arg:Lys (105 e 140) e dois nveis de NaCl (2 e 6
g/kg) compondo oito tratamentos e quatro repeties totalizando 32 unidades experimentais. De 1 a 21 dias, todas as aves receberam rao
comercial e a partir dos 22 dias, passaram a receber as dietas experimentais e foram expostas ao estresse cclico por calor (30 a 32 C por 5
horas diariamente) at os 42 dias de idade. Duas aves por repetio foram inoculadas com albumina srica bovina (BSA) como estratgia
para medir a imunidade humoral. Aos 42 dias de idade, o soro de duas aves por repetio (8 aves/trat.) foi coletado e analisado por ELISA
(procedimento ainda em andamento) e avaliao da relao granulcitos:linfcitos (G:L). Aps o sacrifcio, a bolsa cloacal foi coletada,
xada em soluo de formol e levada ao micrtomo para a realizao dos cortes transversais, os quais foram corados em HE e a imagem
escaneada e mensurada (rea total e rea de tecido linfide) utilizando-se o programa IMAGE PROPLUS 4.1. Os dados foram submetidos
anlise de varincia por meio do Software SAS. No houve efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre a morfometria da bolsa cloacal e a
relao G:L tanto em aves inoculadas ou no. A inoculao com BSA afetou negativamente a rea de tecido linfide (%) da bolsa cloacal
em relao s aves controle, independente dos tratamentos.
EFICINCIA DO FUNCIONAMENTO DE PASTEURIZADORES EM USINAS DE BENEFICIAMENTO
DE LEITE NO OESTE DO ESTADO DO PARAN PELA QUANTIFICAO DE MICRORGANISMOS
INDICADORES E PELA AVALIAO DO PERFIL ENZIMTICO
EFEITO DA FONTE DE METIONINA, RELAO ARGININA:LISINA E DA CONCENTRAO DE
CLORETO DE SDIO NA DIETA SOBRE A RESPOSTA IMUNE DE FRANGOS DE CORTE DE 3 A 6
SEMANAS DE IDADE EM CONDIES DE ALTA TEMPERATURA
Aluno de Iniciao Cientfca: Raquel Cristina Konrad Burin (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022522
Orientador: Luciano dos Santos Bersot
Colaborador: Valria Quintana Cavicchioli (Estagiria); Mariana Ita Refosco (Estagiria), Vinicius Cunha Barcellos (Professor).
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: leite, pasteurizao, efcincia
rea de Conhecimento: 5.05.05.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Raquel Cristina Kosmann (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023541
Orientador: Jovanir Ins Mller Fernandes Co-Orientador: Nelson Luis Mello Fernandes
Colaborador: Elisangela Thasa Gottardo (IC Voluntria), Felipe Eduardo dos Santos Marques (Estagirio), Cristiano Bortoluzzi (IC Voluntria),
Daniela Cristina Peiter (Extenso/Fundao Araucria)
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: aminocidos, eletrlitos, imunidade humoral
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1 Nutrio e Alimentao Animal
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A presena de bolores e leveduras (BL) em mel tem relao direta com a qualidade do produto, pois so estes micro-organismos os
responsveis pele fermentao, principalmente quando a umidade do mel ultrapassa valores a 20%. Por no haver legislao que determine
padres microbiolgicos em mis e, tendo em vista que na literatura nacional existem poucos dados sobre enumerao de BL em mis, o
presente trabalho objetivou avaliar o perl microbiolgico dos mis de abelhas comercializados na regio Oeste do Paran comparando-o
com a umidade do produto. Foram colhidas 49 amostras de mis comercializados em Palotina, Cascavel e Toledo, respectivamente 18, 17
e 14 amostras em cada municpio. As coletas foram colhidas entre os meses de abril de 2009 e maro de 2010. No laboratrio as amostras
eram identicadas e conservadas em temperatura ambiente at o incio das anlises. A partir de cada uma das amostras foi pesada a unidade
analtica de 25g que era diluda em 225 mL de soluo salina 0,85% estril (SS) e, sequencialmente, foram feitas diluies decimais em
at 10
-5
. Alquotas de 0,3 ml, 0,3 ml e 0,4 mL foram semeadas em superfcie de placas de petri contendo gar batata dextrose 2% (PDA)
acidicado a pH 3,5. As placas foram incubadas, sem inverter, a 25C/ 5-7 dias e submetidas contagem do nmero de BL (UFC/g). O
protocolo analtico seguiu metodologia ocial brasileira. A umidade foi determinada pelo mtodo da refratometria, utilizando refratmetro
de Abb, cuja leitura foi convertida pela tabela de Chataway, conforme metodologia ocial. Pelos resultados obtidos, 29 amostras (59,2%)
apresentaram alguma no conformidade em relao aos parmetros avaliados, a saber: duas (4,1%) apresentavam alteraes sensoriais tpicas
de fermentao (sabor azedo, aspecto espumoso e liquefeito), sendo que uma delas apresentou 3,8x10
4
UFC/g de BL, e a outra, umidade
acima de 20%, parmetros que, isoladamente, justicariam as alteraes sensoriais encontradas. Em uma amostra (2%) vericou-se umidade
acima de 20% mas sem alterao sensorial. Em outras 26 amostras (53,1%) foram vericadas contagens de BL elevadas indicativas de
possibilidade de fermentao em virtude dos valores de umidade obtidos. As amostras que apresentaram boas condies microbiolgicas
e de umidade e, consideradas adequadas, somaram 20 amostras (40,8%). Conclui-se, pelos resultados, que ruim a qualidade de mis
comercializados no oeste do PR, fator que pode estar relacionado s precrias condies de manipulao e processamento tecnolgico do
produto e s condies imprprias de conservao.
A reduo do cio tende a melhorar o grau de bem-estar dos animais internados e isso pode inclusive reduzir o tempo de internamento dos
pacientes. Com o objetivo de vericar a inuncia do enriquecimento ambiental sobre o comportamento de ces internados foi realizado,
inicialmente, um estudo piloto com trs ces para elaborao de um etograma. O repertrio comportamental incluiu latir, vocalizar,
latir continuadamente, cavar, pular, comer, beber; roer a coberta; realizar movimentos circulares, comportamento ldico ou coprofagia;
permanecer em estao, sentado, em decbito com cabea alta ou baixa; lamber recinto, pele injuriada ou sadia; interagir com o objeto do
enriquecimento; explorar o recinto. Em seguida, foram observados oito ces sob internamento hospitalar devido a problemas clnicos no
debilitantes ou em ps-operatrio tardio de OSH eletiva. Todas as avaliaes ocorreram por meio de vdeogravao pelo mtodo focal a m
de evitar interferncias. A sequncia de observao foi: basal (4 sesses de 30min), pr-enriquecimento (2 sesses de 15min), enriquecimento
(2 sesses de 15min) e ps-enriquecimento (2 sesses de 30min). Os objetos utilizados para enriquecimento foram uma garrafa pet de
2L dotada de orifcios, um canudo de papelo vedado de ambos os lados com papel e um cilindro de gelo, todos contendo petiscos no
interior. Vericou-se que o enriquecimento reduziu o tempo que os animais permaneceram em decbito com cabea baixa (28561seg) em
relao ao basal (980130seg) e a retirada do objeto prolongou o tempo nesta posio (1079115seg). Embora sem diferena estatstica,
importante salientar que os animais interessaram-se pelos objetos e aparentemente houve maior interao com o canudo; o gelo promoveu
maior explorao do recinto e fez os ces cavarem; alm disso, houve aumento do tempo em atividade enquanto os ces estavam sob
enriquecimento em comparao com o perodo posterior retirada dos mesmos. Esses resultados permitem dizer que os ces internados
observados interagiram de modo positivo com os objetos utilizados no enriquecimento dos recintos e reduziu a inatividade dos animais.
ENUMERAO DE BOLORES E LEVEDURAS EM MIS COMERCIALIZADOS NA REGIO OESTE
DO PARAN.
INFLUNCIA DO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL SOBRE O BEM-ESTAR DE CES SUBMETIDOS A
INTERNAMENTO HOSPITALAR
Aluno de Iniciao Cientfca: Rbia Macedo (IC VOLUNTRIA)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023654
Orientador: Vinicius Cunha Barcellos
Colaborador: Mariana Ita Refosco (Estagiria), Flvia Emilly Rodrigues da Silva (Estagirio); Raquel Cristina Konrad Burin (Estagiria),
Loredana DOvidio (Professor); Luciano dos Santos Bersot (Professor).
Departamento: Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: mel, bolores, leveduras
rea de Conhecimento: 5.05.05.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Rute Almeida Albuquerque (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023527
Orientador: Erica Cristina Bueno do Prado Guirro
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: ces, enriquecimento ambiental, hospital veterinrio
rea de Conhecimento: Comportamento Animal - 2.04.04.00-0
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Dentre os mamferos reservatrios de inmeras parasitoses de importncia mdico veterinria na Amrica do Sul est o gnero Didelphis.
Com relao aos dados biomtricos e parasitolgicos de Didelphis albiventris no estado do Paran, poucos so os dados conhecidos. Assim,
com vistas ao conhecimento do tamanho corporal e da prevalncia de parasitos de D. albiventris no municpio de Palotina, o presente trabalho
apresentou como metas obter dados sobre a biometria e conhecer o perl parasitolgico de D. albiventris. O experimento foi realizado no
Parque Estadual de So Camilo e no Campus Palotina da UFPR, no perodo agosto de 2009 a junho de 2010. Para a captura dos animais,
foram utilizadas gaiolas iscadas com banana, moela de frango ou fgado bovino, as mesmas permaneceram armadas durante quatro dias por
semana em cinco locais distintos. Os animais capturados foram pesados e submetidos sedao com a associao de xilazina, cetamina e
midazolam. Aps a coleta de dados biomtricos e parasitolgicos e da total recuperao da ao anestsica, os gambs foram reintegrados
ao local de onde foram capturados. Quando presentes, as fezes foram coletadas da gaiola de captura para exame parasitolgico. Durante o
experimento foram capturados 20 exemplares de D. albiventris, dos quais 30% eram fmeas e 70% machos. Em relao aos dados biomtricos
mdios, o comprimento total foi de 59,5cm, de cauda 29,7cm, de orelha 4,4cm, membro posterior de 4,5cm e da cabea (extremidade do
focinho base do cndilo-occipital) 8,9cm. No perodo em que o experimento foi realizado, o maior nmero de exemplares capturados foi
no ms de maro, representando 49% dos animais, seguido de fevereiro com 30%, abril com 15% e maio 10%. Em relao aos ectoparasitos
foi vericado a presena de caros do gnero Ornithonyssus com prevalncia de 25%, e larvas e ninfas do carrapato Amblyomma sp. com
prevalncia de 90%. Atravs do exame coproparasitolgico de Willis-Mollay, foram encontrados os ovos e/ou oocistos dos endoparasitos
dos gneros Trichuris, Capillaria, Strongyloides e Eimeria, da classe Acantocephala, da superfamlia Strongyloidea, e das famlias Ascaridae,
Oxyuridae e Spiruridae. Os resultados apontam os gambs D. albiventris como potenciais disseminadores e reservatrios de importantes
parasitoses no Parque Estadual de So Camilo.
Devido ao seu elevado valor nutritivo, o leite oferece condies ideais para a multiplicao microbiana, que podem ser controladas dentro
da indstria atravs do processo de pasteurizao. A qualidade do leite pasteurizado pode ser aferida pela contagem bacteriana total
(CBT) ou simplesmente, meslos. Parte da microbiota deste grupo pode ser termodrica, resistindo pasteurizao. Considerando que o
processo de pasteurizao no elimina totalmente os meslos a legislao brasileira estabelece os parmetros microbiolgicos para leite
pasteurizado, denindo como aceitveis contagens de at 8,0x10
4
UFC/ml. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar a CBT de leites
coletados imediatamente aps a pasteurizao, comparando-os com os padres regulamentares vigentes. Entre setembro de 2008 e maio
de 2010 participaram do estudo oito laticnios onde foram colhidas amostras de leite imediatamente aps a pasteurizao para a avaliao
da CBT. Foram realizadas trs repeties em cada laticnio sendo que, em cada uma delas, 13 amostras de leite foram colhidas durante
um perodo de uma hora e os resultados obtidos das amostras individuais foram tratados pela mdia aritmtica e expressos em UFC/ml.
Assim, foram obtidas 24 mdias de CBT. O leite cru tambm foi colhido em cada amostragem, totalizando 24 amostras para avaliao
do parmetro de CBT da matria prima. O protocolo analtico seguiu metodologia ocial. Considerando que o padro microbiolgico do
leite pasteurizado 8,0 x 10
4
UFC/ml, nove amostras (37,5%) revelaram-se insatisfatrias. No leite cru, cujo padro 7,5x10
5
UFC/ml, 22
amostras (91,6%) apresentaram-se inadequadas do ponto de vista legal. Com relao aos resultados individuais dos laticnios, em um deles,
ambas as amostras de leite cru e do leite pasteurizado mostraram-se com resultados satisfatrios. Em outros cinco, o leite cru apresentou
qualidade ruim, porm, de maneira geral, as amostras do leite pasteurizado apresentaram resultados bons. Contudo, em dois outros laticnios,
tanto as amostras cruas quanto as pasteurizadas mostraram resultados insatisfatrios. Assim, pode-se concluir que embora a pasteurizao
possa reduzir signicativamente a CBT, o sucesso do processo depende diretamente da qualidade microbiolgica da matria prima. Neste
sentindo a adoo de boas prticas higinicas na ordenha, na estocagem refrigerada, no transporte e na industrializao so essenciais para
a obteno de um produto nal que atenda aos padres de identidade e qualidade.
LEVANTAMENTO DE DADOS ECOLGICOS DE UMA POPULAO DE DIDELPHIS (MARSUPIALIA:
DIDELPHIDAE) NO PARQUE ESTADUAL DE SO CAMILO, PALOTINA, PARAN, BRASIL
AVALIAO DA QUALIDADE DO LEITE EM USINAS DE BENEFICIAMENTO PELA CONTAGEM
BACTERIANA TOTAL IMEDIATAMENTE APS A PASTEURIZAO
Aluno de Iniciao Cientfca: Sibeli Thais Hepp (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023571
Orientador: Professora Doutora Simone Benghi Pinto Co-Orientador: Professora Doutora Marivone Valentim Zabott
Colaborador: Aline Konell, Laura Helena F. B. Bittencourt, Dra. Geane Maciel Pagliosa
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Didelphis albiventris, biometria, ectoparasitos.
rea de Conhecimento: Epidemiologia 4.06.01.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Valria Quintana Cavicchioli (Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022522
Orientador: Luciano dos Santos Bersot
Colaborador: Raquel Cristina Konrad Burin (Estagiria); Mariana Ita Refosco (Estagiria), Cibeli Viana (Mdica Veterinria); Vinicius
Cunha Barcellos (Professor).
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: leite, pasteurizao, mesflos
rea de Conhecimento: Inspeo de Produtos de Origem Animal 5.05.05.00-9
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Nas ltimas dcadas, os problemas ambientais vm se tornando cada vez mais crticos e frequentes. A contaminao de guas naturais tem
sido apontada como um dos maiores problemas da sociedade moderna. Como resultado de uma crescente conscientizao deste problema,
novas normas e legislaes cada vez mais restritivas tm sido adotadas a m de minimizar o impacto ambiental. O mercrio (II) um
componente freqentemente descartado na indstria e seu principal uso est em aplicaes agrcolas, como por exemplo, praguicida,
fungicida, herbicida, inseticida e bactericida. Sendo que o mercrio na forma inorgnica pode ser encontrado sob trs diferentes estados
de oxidao: o Hg elementar (Hg
o
), o qual se encontra principalmente na forma de gs, o on mercuroso (Hg
2
2+
), forma pouco estvel em
sistemas naturais, e o on mercrico (Hg
2+
). Na forma orgnica, o on mercrico apresenta-se ligado covalentemente a um radical orgnico,
o metilmercrio (CH
3
Hg
+
) e o dimetilmercrio ((CH
3
)
2
Hg) os mais comuns, ou ainda com ligantes orgnicos naturais. Neste sentido, a
fotocatlise um processo alternativo para o tratamento de gua poluda, visando degradao do poluente atravs da neutralizao do
contaminante, sem deixar resduos perigosos ao meio ambiente. Com esta nalidade, neste trabalho, foram sintetizados catalisadores a
base de ferro e nquel suportados em dixido de titnia, segundo o mtodo de impregnao mida, com composio mssica nominal de
2 e 5% em peso. O sal metlico precursor empregado para preparar os catalisadores de ferro foi o cloreto frrico (P.A. da Synth) e do
nquel foi o cloreto niqueloso (P.A. da Synth). Para preparar os catalisadores, 10 g do suporte, foram umedecidos com 9,5 mL de gua
deionizada, sendo esta quantidade suciente para formar uma pasta, e a esta, com leve agitao, foi adicionada uma soluo aquosa contendo
a quantidade necessria do precursor metlico a ser impregnado, de modo a produzir um catalisador com composio mssica nominal
de 2% ou de 5%, em peso de nquel e ferro. A mistura resultante foi mantida em rotaevaporador por 17 horas, na temperatura ambiente,
tempo considerado suciente para impregnar o suporte. O excesso de solvente foi eliminado por evaporao a vcuo, no rotaevaporador,
com ligeiro aquecimento (~ 60
o
C) . O balo contendo o precursor do catalisador foi retirado da haste do rotaevaporador e transferido para
uma estufa a 120
o
C, por 21 horas, para secagem em ar. Aps, todos os catalisadores preparados foram calcinados 250, 300 e 400
o
C em
mua por 5 horas, obtendo assim o precursor xido.
A bracatinga (Mimosa scabrella Benth.) uma rvore pioneira e nativa de Floresta Ombrla Mista. Essa espcie possui grande potencial
para a recuperao de ambientes degradados, e sua madeira amplamente utilizada como lenha, vigas, escoras, pisos, assoalhos, mveis,
peas de mobilirio, embalagens leves e pellets. Associada ao sistema agrossilvicultural, a bracatinga um dos principais plos de cultivo
da Regio Metropolitana de Curitiba, envolvendo 14 municpios com uma rea estimada de 50 mil ha, com um manejo silvicultural voltado
para a produo de lenha. Visando aumentar o retorno nanceiro das propriedades, necessrio desenvolver tcnicas que incrementem
o dimetro dos indivduos a m de fornecer toras para o setor moveleiro. Realizou-se este trabalho para observar o crescimento e
desenvolvimento da bracatinga sob 3 tratamentos, sendo uma testemunha (T1), uma rea submetida raleio e desrrama aos 24 meses (T2)
e uma rea submetida raleio, desrrama aos 24 meses e adubao qumica com NPK na frmula 10-20-10 (T3). O trabalho foi implantado
numa propriedade rural situada no municpio de Bocaiva do Sul, Paran, representativa dos produtores rurais da Regio Metropolitana
de Curitiba. O experimento vem sendo conduzido desde novembro de 2006 e tem como data de trmino dezembro de 2011, sendo que os
ltimos dados obtidos correspondem ao ms de Maio de 2010. Cada tratamento contou com 3 repeties, sendo as parcelas distribudas
por delineamento inteiramente casualisado. A partir dos dados obtidos, realizou-se os testes de Anlise de Varincia e de Tukey, sendo
possvel concluir que os tratamentos 2 e 3 obtiveram melhores resultados quanto ao tratamento 1, apresentando uma mdia dos dimetros
altura do peito (DAP) de 7,62cm e 7,46cm contra 5,58cm respectivamente. Entre os tratamentos 2 e 3 destaca-se o T2, visto que no T3
foi realizado os mesmos procedimentos de raleio e desrrama aos 24 meses do T2, mas no obteve valores superiores no crescimento em
dimetro ao se acrescentar o NPK nas concentraes 10-20-10.
FOTODEGRADAO DE SOLUES DE MERCRIO (II) POR CATALISADORES DE FE/TIO
2
E NI/TIO
2
OBTIDOS PELO MTODO DE IMPREGNAO - PARTE I: SNTESE
RESPOSTA DE Mimosa Scabrella Benth. EM RELAO ADUBAO COM NPK EM SOLO EMPOBRECIDO
Aluno de Iniciao Cientfca: Willian Rottava (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023581
Orientador: Leda Maria Saragiotto Colpini Co-Orientador: Giane Gonalves Lenzi
Colaborador: Dbora Merediane Kochepka (IC bolsista); Luis Eduardo Locatelli Guerreiro (IC voluntria)
Departamento: Campus Palotina Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: sntese 1,catalisadores 2,impregnao 3.
rea de Conhecimento: Qumica Inorgnica - 1.06.02.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Aline Yabusame Utima (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Alessandro Camargo ngelo Co-Orientador: Jorge Zbigniew Mazuchowiski
Colaborador: Hilana Louise Hadlich
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: bracatinga, NPK, adubao
rea de Conhecimento: 5.02.00.00-3
0722
0723
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O termo comportamento do fogo usado para descrever as principais caractersticas de um incndio orestal, indicando como o material
entra em combusto, como se desenvolvem as chamas, como o fogo se propaga, entre outros aspectos dos incndios. O presente trabalho,
realizado no Laboratrio de Incndios Florestais do Departamento de Cincias Florestais, teve como objetivo determinar a altura da chama
e velocidade de propagao, para avaliao do comportamento do fogo para a espcie Magnolia grandiora (magnlia-branca) em queimas
controladas. Para isso foram utilizados, nas queimas, material vegetal (folhas e galhos) com dimetro menor que 7 milmetros, exceto gemas
apicais e folhas jovens. Depois da coleta , determinava-se a massa do material e o colocava na estufa por 48 horas a 75 C. Posteriormente,
esse material era queimado em parcelas de 1 kg/m. A obteno dos dados foi feita atravs de lmagens das queimas e, posteriormente,
analisadas no laboratrio. Para as leituras de altura da chama, utilizou-se um anteparo graduado de dez em dez centmetros, distante 60
centmetros da parcela, de forma que casse de frente para a cmera. A cmera cava a 60 centmetros de altura do cho e a 4 metros do
anteparo. Devido distncia da cmera em relao ao fogo, durante a sua propagao, a visada das chamas poderia ser subestimada ou
superestimada, de acordo com sua altura. Para corrigir esse efeito, foi desenvolvida uma tabela com os valores reais de todas as alturas nas
diferentes distncias analisadas. As leituras foram feitas a cada 10 centmetros de propagao na parcela, para avaliao da velocidade.
Foram realizadas trs repeties de queima da M. grandiora e trs de Pinus taeda, utilizado como referncia do experimento. Aps as
queimas eram coletadas amostras do resduo deixado pelo fogo em uma rea de 20 x 20 cm no centro da parcela. Os resultados permitiram
concluir que a velocidade mdia para as chamas de P. taeda foi de 0,00769 m/s, enquanto que para a M. grandiora foi de 0,00495 m/s.
A massa residual mdia, coletada aps as queimas de P. taeda, foi de 119,06 g/m e de 162,81 g/m para a M. grandiora. A altura mdia
da chama de P. taeda foi de 58,73 cm e de 36,25 cm para a M. grandiora. De acordo com esses resultados, o material combustvel da M.
grandiora possui, possivelmente, menor inamabilidade que o de P. taeda em funo do comportamento do fogo. A prxima etapa da
pesquisa ser conrmar o uso potencial da espcie, como cortina de segurana, atravs de teste de inamabilidade.
Um dos grandes desaos com que se deparam as empresas orestais atualmente diz respeito logstica da colheita. Uma vez que os plantios
se encontram divididos em unidades de manejo, a distribuio espacial com que as mesmas sero colhidas uma questo estratgica.
Esta distribuio deve ser realizada buscando conciliar questes ambientais, relacionadas rea mxima contgua que pode ser colhida,
com questes econmicas, principalmente com aquelas associadas movimentao das mquinas orestais entre as unidades de manejo.
Este tipo de problema requer a incorporao de restries de adjacncia no modelo de planejamento. Existem dois tipos de abordagem
para resolver problemas desta natureza. A primeira delas conhecida como abordagem URM (Unit Restriction Model), que impede a
colheita de unidades de manejo contguas ou vizinhas no mesmo ano do horizonte de planejamento. A outra conhecida como ARM (Area
Restriction Model), que envolve a formao de blocos que devem respeitar reas contguas mximas e, ou, mnimas a serem colhidas.
Em termos de aplicao, a abordagem ARM apresenta maior complexidade em sua formulao. Atualmente, o mtodo mais utilizado na
abordagem ARM o Path Algorithm, proposto por McDill (2002). Com base nestas proposies, o objetivo do trabalho foi aplicar ambas
as abordagens em dados reais de orestas plantadas de Pinus spp. A implementao do Path Algorithm e a gerao das restries URM foi
realizada por meio de macros criadas no Microsoft Excel que, posteriormente, foram incorporadas no software de planejamento orestal
otimizado Optimber-LP. Foram testados cenrios com funes objetivo de maximizao do VPL e maximizao do Volume, permitindo
avaliar o efeito da incorporao das restries de adjacncia na distribuio da colheita e o impacto na receita. Com base nestes resultados
foi realizada a comparao entre as duas abordagens. Foi possvel observar que a abordagem URM se apresentou mais restritiva, ao passo
que a abordagem ARM torna-se mais interessante do ponto de vista logstico e econmico, uma vez que a formao de blocos minimiza a
movimentao das mquinas entre as unidades de manejo.
AVALIAO DA INFLAMABILIDADE DE ESPCIES ARBREAS E ARBUSTIVAS COM
CARACTERSTICAS POTENCIAIS PARA USO EM CORTINAS DE SEGURANA NA PREVENO DE
INCNDIOS FLORESTAIS
MODELAGEM DE PROBLEMAS LINEARES CONTNUOS E AVALIAO DO IMPACTO DA
ADJACNCIA
Aluno de Iniciao Cientfca: Andressa Tres (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024346
Orientador: Antonio Carlos Batista Co-Orientador: Alexandre Frana Tetto
Colaboradores: Raquel Chiao Travenisk (IC-Bolsista), Jacqueline Araujo (Estagiria), Edson Henrique Picolo Rodrigues (Estagirio).
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: comportamento do fogo, Magnolia grandifora, incndios forestais
rea de Conhecimento: Proteo Florestal 5.02.01.08-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Andrey Lessa Derci Augustynczik (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024615
Orientador: Julio Eduardo Arce
Colaborador: Nome Colaborador
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: programao linear, vizinhana, planejamento operacional.
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6 Manejo Florestal
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Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. (Bignoniaceae), popularmente conhecida como ip-amarelo, uma espcie nativa
muito utilizada na arborizao urbana de Curitiba, considerada a or nacional do pas e sua orao j foi escolhida como uma das sete
maravilhas da cidade. Uma das ferramentas que podem ser aplicadas para interpretar a reao que as plantas tm com o meio urbano o
acompanhamento fenolgico. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar o efeito da temperatura, umidade relativa, precipitao e
fotoperodo sobre a fenologia de Tabebuia chrysotricha plantada em diferentes condies. Para isso foram selecionados cinco exempla-
res plantados em caladas pavimentadas e cinco em canteiro central com gramado, todos na Av. Prof. Omar Sabbag, sujeitos s mesmas
condies climticas. O monitoramento, de carter qualitativo, foi realizado quinzenalmente e teve incio em abril/2009. Foram avalia-
das caractersticas referentes ao estado reprodutivo (orao e fruticao) e vegetativo (foliao). Tais caractersticas foram relaciona-
das com dados meteorolgicos obtidos junto ao Instituto SIMEPAR, para estabelecer relaes com as fenofases das plantas. As variveis
obtidas e processadas quinzenalmente foram valores mdios dirios de temperatura e umidade relativa do ar e os valores totais dirios de
precipitao e fotoperiodo. No incio do monitoramento foram medidas tambm variveis relevantes para a arborizao de ruas altura,
altura de bifurcao, CAP e dimetro de copa das rvores, largura da calada, rea do canteiro, distncia da rvore ao meio-o, distncia
da rvore a ao eltrica e distncia entre rvores. Os resultados mais relevantes encontrados at junho/2010 mostram que os indivduos
plantados em caladas pavimentadas apresentam dimenses maiores em todas as variveis do que os indivduos do canteiro central com
gramado. A queda foliar e a orao dos indivduos em caladas pavimentadas iniciaram-se quinze dias aps a dos indivduos do cantei-
ro central. As rvores plantadas em canteiro central, com maior rea de permeabilidade, apresentaram maior intensidade de orao. A
produo de botes orais em todos os indivduos ocorreu em um intervalo onde a precipitao foi baixa e as temperaturas e fotoperiodo
comearam a aumentar, mas, quando se iniciou o perodo de chuvas a produo parou. Constatou-se que as variveis meteorolgicas
inuenciam no comportamento da espcie, bem como as diferentes condies de plantio a que foram submetidas no meio urbano.
A anlise da distribuio espacial de formaes e espcies orestais pode fornecer informaes sobre a ecologia, auxiliar em processos
de amostragem e subsidiar estratgias de manejo e aes conservacionistas. Nesse contexto, a funo k de Ripley um mtodo estatstico
eciente para a anlise de padres espaciais, tendo a vantagem de avaliar os eventos em diferentes escalas simultaneamente, trazendo
maior exibilidade em relao a outros mtodos. Assim, processos pontuais utilizando coordenadas das rvores em uma oresta podem ser
utilizados na funo. Desta forma, este trabalho teve como objetivo analisar a distribuio espacial de um fragmento de Floresta Ombrla
Mista Montana atravs da funo k de Ripley. A rea de estudo foi um fragmento localizado no Campus Jardim Botnico da UFPR,
Curitiba-PR, onde foi adotada uma parcela de 4 ha (200x200m) para a realizao da anlise da distribuio espacial. Os dados usados na
anlise provm de um censo realizado na rea de estudo, onde foram medidas, marcadas, identicadas e georreferenciadas todas as rvores
com DAP acima de 10 cm. As anlises foram geradas com o programa Spatial Point Pattern Analysis (SPPA), verso 2.0. Foi analisada
a distribuio espacial da oresta e de trs espcies principais, representantes de grupos sucessionais distintos: Araucaria angustiflia,
espcie secundaria longeva; Casearia Sylvestris, espcie pioneira e; Cedrela ssilis, espcie secundaria inicial. Foi analisada ainda a relao
espacial entre as espcies, bem como a relao espacial entre classes diamtricas das trs espcies. A oresta apresentou uma distribuio
espacial aleatria, entretanto, as trs espcies selecionadas apresentaram um padro espacial agregado quando analisadas separadamente.
O Cafezeiro apresentou relao de atrao com a Araucria e com o Cedro; estes por sua vez, apresentaram relao de repulso entre si.
Analisando a relao espacial entre classes de DAP da Araucria e do Cedro, foi encontrada uma relao de atrao entre os indivduos de
classes diamtrica menores com os indivduos de maior porte. Este padro espacial reete a forma de disperso de sementes das espcies,
que se d principalmente por barocoria, onde a regenerao ocorre em proximidade s rvores parentais. O Cafezeiro, por sua vez, apresentou
uma relao de repulso entre os indivduos de maior porte diamtrico e os indivduos menores.
EFEITO DAS VARIVEIS METEOROLGICAS SOBRE A FENOLOGIA DE Tabebuia chrysotricha (Mart.
Ex A. Dc.) Standl. NA ARBORIZAO DAS RUAS DE CURITIBA-PR.
ANLISE DA DISTRIBUIO ESPACIAL DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRFILA MISTA
MONTANA
Aluno de Iniciao Cientfca: Angeline Martini (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 20100024345
Orientador: Daniela Biondi Batista
Co-Orientador: Antonio Carlos Batista
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: fenofases, Ip-amarelo, ambiente urbano
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Angelo Alberto Pacheco dos Santos (PIBIC/ CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019248.
Orientador: Sebastio do Amaral Machado
Colaborador: Naiara Teodoro Zamin (CNPq/Balco), Rodrigo Geroni Mendes Nascimento (M.Sc/CNPq)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Distribuio espacial, Funo k de Ripley, Floresta Ombrfla Mista
rea de Conhecimento: Manejo Florestal 5.02.02.00 6
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A cobertura orestal do Bioma Mata Atlntica muito fragmentada devido intensa antropizao que ela sofreu desde os primrdios da
colonizao do Brasil. Os pequenos fragmentos e as rvores isoladas ou fora dos macios tambm representam uma parte importante das
reas verdes rurais e urbanas. Este trabalho teve como objetivo comparar os produtos advindos do processamento de imagens de satlite de
alta e mdia resoluo no tocante participao dos pequenos macios na cobertura orestal do municpio de Maring-PR. Para tanto foram
empregadas imagens gratuitas do satlite CBERS 2B de alta (sensor HRC) e mdia resoluo (sensor CCD), mapeando e quanticando
os fragmentos orestais no municpio. Para as imagens de alta resoluo, foi realizada primeiramente uma segmentao automtica no
Software E-cognition, em seguida as reas de vegetao foram classicadas, sendo criado um arquivo shapele (.shp) para exportar para o
ambiente ARCGIS 9.3. Este shapele sofreu vericao e modicao manual, com vistas a corrigir eventuais interpretaes errneas da
vegetao. Com as imagens de mdia resoluo foi utilizado o software Envi 4.5, no qual foram criadas amostras de interesse, aplicando-se
uma classicao supervisionada pelo mtodo denominado Maximum Likelihood (Mxima Verossimilhana). Em seguida essa imagem
classicada foi aberta no ARCGIS e transformada em um arquivo vetorial. Para ambas as imagens foram elaborados mapas temticos com
10 classes de acordo com a rea de cada polgono, sendo elas: reas menores que 50 m, entre 50 e 500 m, entre 500 e 1000 m, entre
1.000 e 5.000 m, entre 5.000 e 10.000 m, entre 10.000 e 50.000 m, entre 50.000 e 100.000 m, entre 100.000 e 200.000 m, entre 200.000
e 500.000 m e maiores que 500.000 m. Os resultados dos mapas temticos foram sobrepostos visualmente com o objetivo de comparar
a diferena de rea de cobertura orestal entre elas. A imagem de mdia resoluo apresentou uma rea de vegetao de porte arbreo de
1.875,66 ha, o que equivale a 3,86% da rea total do municpio. A imagem de alta resoluo apresentou 4.320,56 ha e 8,89% de vegetao
no municpio de Maring. Com base nos dados acima expostos percebe-se que Maring possui um baixo percentual de cobertura orestal.
Concluiu-se tambm que o municpio apresenta um grande nmero de pequenos fragmentos orestais, que contribuem de forma muito
expressiva para o aumento da rea verde no mesmo. Assim, conclui-se ainda que fundamental se utilizar imagens de alta resoluo para
mapeamentos em reas com intensa fragmentao.
Este trabalho teve como nalidade efetuar o levantamento da disponibilidade de recursos hdricos nos municpios que compe a Regio
Metropolitana (RMC), assim como analisar a relao produo/consumo de cada um dos 26 municpios que compe a RMC, por meio de
pesquisas realizadas pela Internet, nas quais se evidenciou as principais bacias de abastecimento como sendo a bacia do rio Ribeira e do
rio Iguau, que j presenciaram diculdades quanto demanda de gua, nos anos de 2006 e 2009. Em 2006 havia somente trs barragens
(Piraquara I, Passana e Irai) com capacidade de armazenar juntos 129 milhes de metros cbicos de gua. No ano de 2008 foi implantada
uma nova barragem, Piraquara II, aumentando assim em
16% o armazenamento, tendo ainda a inaugurao da
estao Miringuava, em So Jos dos Pinhais. Um dos
principais fatores para o aumento do gasto de gua e a
necessidade de planejamento o intenso crescimento
da populao. Este levantamento faz parte de um
diagnstico socioeconmico e ambiental da cidade de
Curitiba e de sua Regio Metropolitana, para elaborar
e reunir informaes que possam ser teis para o
planejamento integrado da RMC.
CONTRIBUO DE PEQUENOS MACIOS FLORESTAIS NA COBERTURA FLORESTAL DO
MUNCIPIO DE MARING-PR
LEVANTAMENTO DE ABASTECIMENTO DE GUA DOS MUNICIPIOS QUE COMPE A REGIO
METROPOLITANA DE CURITIBA
Aluno de Iniciao Cientfca: Betina Doubrawa (FUPEF EDUCARE)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021772
Orientador: Carlos Roberto Sanquetta Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte
Colaborador: Renata Magda Werlich
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Fragmentos forestais, imagens de satlite, Mata Atlntica
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruna Kovalsyki (Bolsa Permanncia / NIMAD / UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024496
Orientador: Nelson Carlos Rosot
Colaborador: Dbora Martins Mucellini
Departamento: NIMAD Setor: PRPPG
Palavras-chave: abastecimento, regio metropolitana, alternativas
rea de Conhecimento: Saneamento Ambiental - 3.07.04.00-6
0728
0729
Tabela 1 Consumo por regio da RMC e
% de participao do Municpio na Bacia.
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Uma alternativa ao mtodo destrutivo da obteno das variveis dendromtricas no campo a utilizao da tecnologia automatizada Laser
Scanner Terrestre, onde no necessria a derrubada da rvore. O projeto teve como nalidade a obteno de dimetros em diferentes alturas
num exemplar de Pinus taeda a partir da varredura Laser Scanner Terrestre, e sua posterior comparao e validao com dados adquiridos pelo
mtodo convencional e por imagens digitais. A coleta de dados consistiu de trs etapas: a varredura laser, medies dos dimetros da rvore em
p e derrubada. A varredura laser foi feita com o equipamento Leica HDS3000, obtendo um ngulo de visada (varredura simples), da base at o
topo da rvore, com densidade de 1 ponto/25mm. Na rvore em p coletou-se o DAP com suta, o CAP com ta mtrica e a altura total foi estimada
com um hipsmetro de Haga. Com a rvore derrubada foram medidos os dimetros ao longo do fuste D
0,1m
; D
0,5m
; D
0,9m
; D
1,30m
; D
1,80m
; D
2,30m
;
D
2,80m
...). Tambm foram extradas e fotografadas fatias (F
0,1m
; F
0,5m
; F
0,9m
; F
1,30m
; F
3,30m
; F
5,30m
; F
7,30m
...) com uma cmera digital, a m de
validar os dimetros. Aps processamento dos dados, realizou-se uma comparao das duas metodologias. Os dimetros foram estimados
atravs do mtodo de maior distncia planimtrica entre pontos, para os dados laser. O grco a seguir mostra os dimetros mdios,
mximos e mnimos calculados pela imagem digital e os dimetros estimados pelo laser. O erro padro calculado dos dados laser em relao
aos dimetros medidos em campo foi de 10,21%,
indicando boa similaridade entre os resultados
das suas metodologias, at o incio da copa
(15,3m de altura), onde a ramicao inviabilizou
a determinao dos dimetros. A tecnologia
aplicvel no meio orestal, devido alta preciso
dos dados coletados e sua ecincia, custo e tempo,
comparada a outras metodologias.
O presente trabalho tem como objetivo determinar os teores de extrativos da Pinus taeda, depois submeter mesma ao ataque de fungos
emboloradores e manchadores. Para a realizao do trabalho sero derrubadas 5 rvores de Pinus taeda L, e seccionadas amostras h 0, 25,
50, 75, e 100 % da altura comercial, seguindo o padro de cubagem de Hohenald. Para determinar os teores de extrativos sero utilizadas as
normas NBR 14577 Pasta celulsica e madeira Determinao do material solvel em gua, TAPPI T 204 om-88 - Solvent extractives of
wood and pulp. O delineamento ser inteiramente casualizado, contando com um tratamento controle (livre de fungos) e cinco tratamentos
sob ao de fungos emboloradores e manchadores, considerando que cada altura ser um tratamento, com cinco repeties por tratamento.
As amostras permanecero sob ataque dos fungos por um perodo de 3 semanas, e ser realizada a comparao analisada a ao dos fungos
sobre os extrativos em diferentes alturas. Com esta metodologia pretende-se concluir se os fungos tm ao signicativa sobre o teor de
extrativos da madeira de Pinus, e se h diferenas nesta ao ao longo da altura da rvore.
ESTUDO COMPARATIVO DE POOS QUNTICOS SIMPLES, DUPLOS E TRIPLOS DE GAAS
AVALIAO DOS TEORES DE EXTRATIVOS DA MADEIRA DE PINUS TAEDA (L.) SUBMETIDA AO
ATAQUE DE FUNGOS MANCHADORES E EMBOLADORES.
Aluno de Iniciao Cientfca: Bruno Palka Miranda (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019784
Orientador: Christel Lingnau
Colaborador: lvaro Muriel Lima Machado, Matheus Nunes Silva
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Laser terrestre, dimetros, modelagem do fuste.
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6 (Manejo Florestal)
Aluno de Iniciao Cientfca: Caio Cesar Moraes Brandelik
Orientador: Rui Andre Maggi dos Anjos
Co-orientador: Marcio Pereira da Rocha
Colaborador: Guilherme Meira Micaloski
Departamento: Engenharia Florestal Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Pinus taeda, fungos, extrativos.
rea de Conhecimento: 5.02.04.04-1 Tratamento da Madeira
0730
0731
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Os espaos universitrios possuem rea arborizada com diversas espcies. O conhecimento dessas espcies gera potencial para inmeras
pesquisas na rea de arborizao urbana e na cincia da paisagem. O paisagismo desses espaos serve de ferramenta ao ensino, alm
de sua funo esttica e ambiental. Este trabalho teve como objetivo identicar e caracterizar as plantas encontradas na arborizao do
Campus III (Jardim Botnico) da Universidade Federal do Paran. O inventario das espcies foi de abrangncia total (censo), com incio em
janeiro de 2009. Os indivduos foram identicados com auxlio bibliogrco e/ou herborizados e identicados no MBM (Museu Botnico
Municipal). Durante o levantamento tambm se determinou algumas variveis dendromtricas (altura total e CAP). At o momento, foram
avaliadas a diversicao das espcies, sua origem e a classicao em grupos de acordo com sua forma de vida. Foram encontrados no
total 762 indivduos. Destes, 12% foram classicados como mudas e 10,76% indivduos que ainda no foram identicados. Dos indivduos
identicados, 74,83% foram rvores, 21,77% arbustos, 3,06% palmeiras e 0,34% cicas. Os indivduos identicados correspondem a 45
espcies, distribudas em 35 famlias distintas. Pinaceae correspondeu a 13,09% de indivduos, resultando na famlia mais numerosa, seguida
por Fabaceae (10,71%) e Oleaceae (7,3%). Pinus taeda foi a espcie que ocorreu com maior freqncia (70 indivduos), apresentando CAP
mdio de 140,5 cm e altura mdia de 23,93 m. Do total das espcies classicadas, 51,11% so exticas, 26,67% tem origem no ecossistema
natural de Curitiba e 22,22% so nativas do Brasil. Pode-se constatar. Com os resultados obtidos constata-se que no Campus III h um
grande nmero de espcies exticas do Brasil. Recomenda-se que haja melhor planejamento no plantio das espcies e incentivo ao uso de
espcies nativas da regio.
As formigas cortadeiras so as principais pragas dos reorestamentos do Brasil devido ao grande prejuzo econmico que causam,
principalmente, relacionados s mudas em reorestamentos. O mtodo mais comum de controle das formigas cortadeiras atravs de iscas
granuladas que contm em sua composio o princpio ativo da suluramida. Porm, a umidade do ambiente pode interferir negativamente
no princpio ativo da isca. Assim, foi desenvolvido o micro-porta-isca (MIPI) que nada mais do que um recipiente que contm certa
quantidade de iscas, protegendo-as contra a chuva, umidade e ao dos animais silvestres. Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho
foi avaliar a ecincia da isca aps imerso/contato em gua. Para avaliar a ecincia dos micro-porta-iscas (MIPI) aps imerso em gua,
foram utilizados oito formigueiros de Atta sexdens rubropilosa em dois tratamentos (tratamento 1 = MIPIs sem orifcio; tratamento 2 =
MIPIs com corte na lateral com aproximadamente 1 cm de dimetro). No tratamento 1 foram utilizados 4 formigueiros (repeties) com
aproximadamente 28 meses de idade, coletados em maro de 2007 em plantios de Eucalyptus sp. em Jaguariava PR; e para o tratamento
2 foram utilizados 4 formigueiros com 8 meses de idade coletados tambm em um plantio de Eucalyptus sp. em Capo Bonito - SP. A
idade dos formigueiros estimada a partir da revoada. Os experimentos foram conduzidos no laboratrio de Proteo Florestal UFPR.
Em ambos os tratamentos, 1 MIPI foi separado para no receber umidade (testemunha) e os outros 3 MIPIs (com orifcio e sem orifcio)
foram submetidos umidade, sendo colocados em copos plsticos contendo 300 ml de gua destilada cada um, onde permaneceram por
24 horas. Aps este tempo, os 8 MIPIs foram colocados em estufa a 25C por 48 horas e depois, inseridos nos formigueiros e avaliados
durante 20 dias. Mesmo os formigueiros tendo idades diferentes e os MIPIs terem sido submetidos a duas formas de absoro de gua
(T1 e T2), no houve diferena signicativa em relao ao comportamento dos formigueiros, ao corte, carregamento das iscas e morte das
rainhas. Ou seja, mesmo o tratamento 2, que teve o MIPI cortado antes de ser submetido umidade, no se mostrou diferente ao tratamento
1. Ento, acredita-se que o MIPI pode ser submetido alta umidade, e aps seco, ainda permanecer eciente no controle das formigas de
Atta sexdens rubropilosa.
CARACTERIZAO DA ARBORIZAO NO CAMPUS III DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARAN JARDIM BOTNICO
EFICINCIA DO MICRO-PORTA-ISCAS EM FORMIGUEIRO DE Atta sexdens rubropilosa APS
IMERSO EM GUA
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Maria Natal (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021329
Orientador: Daniela Biondi Batista
Colaborador: Angeline Martini (PIBIC/CNPq)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: censo, plantas isoladas, forma de vida
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Claudiane Belinovski (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1998005311
Orientador: Nilton Jos Sousa Co-Orientador: Daniele Ukan
Colaborador: Adriane Roglin
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: formigas cortadeiras, micro-porta-iscas, saturao em gua.
rea de Conhecimento: 5.02.01.00-0
0732
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As ervas-de-passarinho so hemiparasitas porque alm de se beneciarem da absoro de elementos minerais da planta hospedeira, tambm
realizam a fotossntese, o que permite metabolizar substncias orgnicas para o seu desenvolvimento. Estima-se que das 300.000 rvores
plantadas nas ruas de Curitiba, 30% so infestadas por ervas-de-passarinho. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o grau de infestao
das rvores de ruas por ervas-de-passarinho e analisar as caractersticas morfolgicas arbreas. A pesquisa foi desenvolvida em 6 amostras
localizadas nos bairros gua Verde, Porto, Seminrio, Mercs, Bigorrilho e Rebouas. Alm da percentagem de ocorrncia de erva-de-
passarinho nas rvores de ruas, foram tambm analisadas as caractersticas das espcies arbreas com maior ou nenhuma ocorrncia da
mesma, tais como: procedncia, superfcie da casca morta (spera e lisa), hbito, forma e densidade de copa, altura e densidade da madeira.
Nas 1926 rvores das 6 amostras analisadas, 25,8% apresentaram infestao com erva-de-passarinho. Na amostra da gua Verde apresentou
26% de infestao no total de 483 rvores; no Porto, 43% de infestao no total de 200 rvores; no Seminrio, 15% de infestao no total
de 250 rvores; na Mercs, 26% de infestao no total de 293 rvores; no Bigorrilho, 17,2% de infestao no total de 349 rvores e no
Rebouas, 32% de infestao no total de 351 rvores. Das 10 espcies mais plantadas nos 6 bairros amostrados, Lagerstroemia indica L.
e Tipuana tipu (Benth.) Kuntze foram as espcies que apresentaram maior ocorrncia de erva-de-passarinho com 22,5% e 20,9% do total
de indivduos infestados. Nenhuma ocorrncia de ervas-de-passarinho foi vericada em Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. e
Lafoensia pacari A. St.-Hil.. Das quatro espcies analisadas, 50% so exticas; 75% so de casca spera; 75% so caduciflias; 75% so
de copa globosa e densifoliada e 100% so de mdio a grande porte. Vericou-se que as caractersticas como superfcie de casca, hbito,
forma e densidade da copa e altura no diferem entre s rvores susceptveis ou no ao parasitismo. A densidade da madeira alta e muito
alta das espcies Lafoensia pacari (0,8 g/cm) e Tabebuia chrysotricha (1,05 g/cm) foi o fator que demonstrou ser responsvel pela no
ocorrncia de erva-de-passarinho. Esta caracterstica possivelmente diculta a penetrao dos haustrios da erva-de-passarinho no tronco
das espcies com densidade da madeira alta.
Entende-se por quilombo as comunidades negras rurais, originadas principalmente a partir de fugas de negros africanos que se rebelavam
contra a escravido. Dentro deste conceito, na Regio Metropolitana de Curitiba (RMC), esto includos 6 municpios com 15 comunidades
certicadas como remanescentes de quilombo, com aproximadamente 400 famlias, totalizando 1500 habitantes. O presente trabalho foi
realizado na comunidade Palmital dos Pretos, situada no Municpio de Campo Largo, sendo composto de 24 famlias com um total de
88 habitantes. Segundo o Grupo Clvis Moura, esta comunidade tem 250 anos de existncia e foi reconhecida e certicada em 2006. O
objetivo deste estudo foi fazer um diagnstico ambiental da rea ocupada pelos remanescentes da comunidade quilombola, com destaque
ao mapeamento dos diferentes usos do solo. O relevo da rea deste quilombo bastante acidentado, sendo grande parte dele ocupada
por agricultura de subsistncia e parte menor com criao de animais. Este uso da terra aliado ao relevo acidentado tem levado a uma
degradao e reduo da fertilidade do solo com conseqncia direta na diminuio da produo agrcola. E a rea de oresta do quilombo
se encontra muito fragmentada, necessitando de um programa de manejo orestal visando aumentar a diversidade de espcies com alto
valor comercial, sendo includo o palmito como uma alternativa de reorestamento, com a nalidade de aumentar tanto a produtividade
da comunidade como resgatar e fazer jus a origem do nome Quilombo Palmital dos Pretos. Porm a principal barreira que impede o
desenvolvimento da comunidade a falta da regularizao fundiria do Quilombo. Devido a este problema fundirio, os investimentos em
projetos de desenvolvimento para a comunidade caram comprometidos.
SUSCEPTIBILIDADE MORFOLGICA EM ESPCIES FLORESTAIS DA ARBORIZAO DE RUAS DE
CURITIBA INFESTAO POR ERVA-DE-PASSARINHO.
DIAGNSTICO AMBIENTAL DO QUILOMBO PALMITAL DOS PRETOS, REGIO METROPOLITANA
DE CURITIBA
Aluno de Iniciao Cientfca: Cristina Sulevis (Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 20100024345
Orientador: Daniela Biondi Batista
Colaborador: Rogrio Bobrowski (Mestrando UFPR); Elaine Cristine Kuiaski (Voluntria)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: hemiparasita; Tipuana; Extremosa
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Dbora Martins Mucellini (IC - Voluntria)
Orientador: Prof. Nelson Carlos Rosot
Colaborador: Bruna Kovalsyki
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: quilombolas, desenvolvimento, usos do solo
rea de Conhecimento: Manejo Florestal - 5.02.02.00-6
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Existem muitos fatores biticos que inuenciam na tossanidade e o valor esttico das espcies arbreas de ambientes urbanos. Dentre
elas pode-se destacar a presena de eptas e de hemiparasitas, como as ervas-de-passarinho. As eptas apresentam funes bencas as
rvores, atuando na manuteno da biodiversidade ecolgica, proporcionam recursos alimentares e microambientes para a fauna, atuam
na ciclagem de nutrientes e tambm como indicadores dos estgios de desenvolvimento da rvore e da qualidade do ambiente. J as ervas-
de-passarinho, pela sua ao parasitria, retiram gua e sais minerais das rvores, elementos vitais para a sua sobrevivncia. Fixam-se nos
galhos e troncos da planta hospedeira, onde se desenvolvem vigorosamente e ocupam partes ou quase a totalidade da copa, e ainda realizam
fotossntese. O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar a percentagem de ocorrncia de eptas e hemiparasitas (erva-de-passarinho) nas
espcies arbreas nos parques de Curitiba. Foram selecionados 5 parques na cidade de Curitiba: Passana, Passeio Pblico, So Loureno,
Barigui e Bacacheri. Nesses parques foi realizado um censo das espcies arbreas introduzidas e a ocorrncia de eptas e ervas-de-passarinho.
As rvores analisadas foram classicadas por famlia, gnero e espcie. Desta avaliao, o Passeio Pblico foi o parque que obteve o maior
nmero de rvores com ocorrncia de eptas (21%) e ervas-de-passarinho (6%) do total de 1071 rvores. O Passana foi o parque que
apresentou 2% de eptas e nenhuma ocorrncia de erva-de-passarinho do total de 1058 rvores. Neste parque, Schinus terebinthifolius e
Allolum edulis foram as espcies arbreas que apresentaram maior quantidade de indivduos com eptas (8 indivduos cada). No Passeio
Pblico, Jacaranda mimosaefolia revelou maior ocorrncia de eptas (48 rvores) e Platanus acerifolia com erva-de-passarinho (16 rvores).
No Parque So Loureno, Sebastiania commersoniana apresentou maior ocorrncia de eptas (15 rvores) e Tipuana tipu com erva-de-
passarinho (7 rvores). No Barigui, Eugenia uniora apresentou maior ocorrncia de eptas (7 rvores) e T.tipu com erva-de-passarinho
(7 rvores). No Parque Bacacheri, a maior ocorrncia de eptas foi numa espcie da famlia Lauraceae (19 rvores) e T. tipu com erva-
de-passarinho (6 rvores). Diante dos resultados, conclui-se que a T. tipu a espcie mais susceptvel a ocorrncia de erva-de-passarinho.
Em 2008, a rea plantada com espcies orestais no Brasil era de 6,5 milhes de ha, da qual as espcies do gnero Pinus correspondiam a
28% deste total e 77% das plantaes orestais na Regio Sul do pas (ABRAF, 2009). Atualmente quase a totalidade desta rea composta
pela espcie Pinus taeda L., originada de sementes. Entretanto a tecnologia de clonagem via enraizamento de miniestacas, para implantao
de reorestamentos de P. taeda vem sendo aperfeioada visando aproveitar ao mximo os ganhos dos programas de melhoramento gentico.
Este trabalho teve como objetivo testar algumas formulaes de substrato e vericar o efeito da adio da vermiculita na na camada
superior dos tubetes, na sobrevivncia e enraizamento de miniestacas de P. taeda. O experimento foi instalado no Viveiro Florestal da
empresa Battistella, no municpio de Rio Negrinho, SC., sob delineamento blocos ao acaso, cinco repeties e 10 miniestacas por parcela,
em arranjo fatorial 2 x 5. Das combinaes resultaram os seguintes tratamentos: (T1) sem cobertura do tubete, bra de coco e casca de
pinus compostada (1:3); (T2) sem cobertura do tubete, bra de coco e casca de pinus compostada (2:2); (T3) sem cobertura do tubete,
bra de coco e casca de pinus compostada (3:1); (T4) sem cobertura do tubete, bra de coco; (T5) sem cobertura do tubete, casca de pinus
compostada; (T6) com cobertura do tubete, bra de coco e casca de pinus compostada (1:3); (T7) com cobertura do tubete, bra de coco
e casca de pinus compostada (2:2); (T8) com cobertura do tubete, bra de coco e casca de pinus compostada (3:1); (T9) com cobertura do
tubete e bra de coco; (T10) com cobertura do tubete e casca de pinus compostada. A sobrevivncia e o enraizamento foram avaliados 120
dias aps a instalao do experimento. No foram detectadas diferenas signicativas em nvel de 95% de probabilidade entre os tratamentos
em relao ao enraizamento. No entanto, observou-se maior sobrevivncia das miniestacas em substrato de bra de coco e sem cobertura
de vermiculita na nos tubetes. Com base nesses resultados, conclu-se que a sobrevivncia das estacas esta diretamente relacionada com
a umidade e aerao do substrato.
OCORRNCIA DE EPFITAS E ERVA-DE-PASSARINHO EM RVORES INTRODUZIDAS NOS
PARQUES URBANOS DE CURITIBA
DETERMINAO DA FORMULAO DO SUBSTRATO E DO EFEITO DA CAMADA SUPERFICIAL
DE VERMICULITA NO ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE Pinus taeda L.
Aluno de Iniciao Cientfca: Diego Rodrigo Bahr (Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 20100024345
Orientador: Daniela Biondi
Colaborador: Eduardo Muniz Muller
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: reas verdes, espcies arbreas, biodiversidade.
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Eclia Alexandra P. B. Salles (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007022169
Orientador: Antonio Rioyei Higa Co-Orientador: Luciana Duque Silva
Colaborador: Thais Cristina Vagaes
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Enraizamento, miniestaquia, substrato.
rea de Conhecimento: 5.02.01.03-4
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A introduo do componente arbreo nas reas verdes deve ser planejada para melhoria do conforto ambiental, qualidade visual e
principalmente para conservao da identidade local. O objetivo geral desse trabalho foi caracterizar as espcies arbreas introduzidas nos
parques da cidade de Curitiba-PR. Cinco parques foram selecionados, divididos em classes de tamanho (pequeno, mdio e grande): Barigui,
Passana, So Loureno, Bacacheri e Passeio Pblico. Em cada parque as espcies arbreas foram identicadas no local ou posteriormente
com o auxlio de fotos e coleta de material para exsicata. Cada espcie identicada foi caracterizada em nmero de indivduos, nmero de
gneros e famlias, idade (adultas e jovens) e procedncia (exticas, nativas do Brasil e nativas de Curitiba). O parque que apresentou o
maior nmero de indivduos foi o Passana com 1598 rvores e o menor foi o Bacacheri, com 418 rvores. O Passeio Pblico, como menor
parque, apresentou a maior diversidade (93 espcies) e o Bacacheri a menor (46 espcies). O parque So Loureno apresentou a menor
variedade de gneros (66) e o parque Bacacheri a menor (39). Fabaceae foi a famlia de maior ocorrncia em todos os parques, sendo que
o Barigui apresentou a maior ocorrncia (22 espcies). O parque Bacacheri, em relao ao total de espcies, mostrou a maior freqncia de
indivduos jovens (43,5%) e o Passana a menor (9,4%). Em mdia, 6% das rvores encontradas nos parques no foram identicadas. O
parque So Loureno mostrou um maior nmero de indivduos jovens da espcie Araucaria angustifolia (44 indivduos). A espcie mais
abundante no parque Barigui foi Tipuana tipu com 268 indivduos (20,3%); no So Loureno, Erythrina falcata com 134 indivduos (12,2%);
no Passeio Pblico, Syangrus romanzofanum com 84 indivduos (7,8%); no Bacacheri, Tabebuia chrysotricha, com 65 indivduos (15,5%)
e no Passana, Schinus terebinthifolius com 307 indivduos (19%). Todos os parques apresentaram um nmero superior de espcies nativas
de Curitiba em relao s nativas do Brasil e exticas, com uma mdia de 50%. O parque Barigui apresentou o maior nmero de espcies
exticas (28,3%) e o Passana, o menor (4,1%). Conclui-se que estes parques apresentam um nmero signicativo de espcies arbreas
nativas de Curitiba, indicando uma preocupao da municipalidade com a valorizao do ecossistema local.
Na arborizao de ruas, a rea do canteiro destinada ao crescimento das rvores, por isso deve ser proporcional ao porte da rvore. Para
o melhor desenvolvimento das rvores, a rea do canteiro precisa ser permevel para oxigenao das razes, absoro de gua e nutrientes.
Este trabalho teve o objetivo de relacionar o porte das espcies da arborizao urbana com a condio do sistema radicular e rea livre do
canteiro. A pesquisa foi realizada nos seguintes bairros em Curitiba-PR: gua Verde, Bigorrilho, Jardim Social, Mercs, Porto e Rebouas.
Nestes bairros foram avaliadas aleatoriamente trs espcies: porte pequeno - extremosa Lagerstroemia indica L. (30 indivduos), porte
mdio - ip-amarelo-mido Tabebuia chrysotricha (20 indivduos) e porte grande - tipuana Tipuana tipu (Benth.) O. Kuntze (30 indivduos).
O sistema radicular foi analisado qualitativamente como: raiz supercial, normalmente causando danos s caladas; raiz pouco supercial,
normalmente causando apenas pequenos danos s caladas; e raiz pivotante, sem quaisquer danos s caladas. A rea livre do canteiro foi
obtida calculando a rea do canteiro (m) com a subtrao da rea do tronco da rvore (m). Foram obtidos os seguintes resultados: as espcies
que apresentaram razes pivotantes, sem quaisquer danos s caladas foram L. indica (63%) e T. chrysotricha (65%); T. tipu apresentou
50% dos indivduos com razes superciais, normalmente causando apenas pequenos danos s caladas; as reas livres de canteiro da L.
indica foi 0,46 m 15,53; T. chrysotricha foi 9,76 m 18,3 e T. tipu 15,97 m 16,76. Observou-se que L. indica apresentou mdia
de rea livre do canteiro pequena, apesar de ser uma espcie de pequeno porte necessita de mais espao permevel. Constatou-se que as
reas do canteiro das rvores analisadas so muito variveis, em alguns casos chegam a ser inexistentes, isto , sem rea permevel ao seu
crescimento. Isto reete as porcentagens de danos s caladas pelas razes superciais causados principalmente pelas espcies de grande
porte. O ideal seria utilizar rvores de razes pivotantes, pois rvores de razes superciais so indicadas a ruas largas e canteiros grandes,
caso contrrio necessrio adequar a largura das caladas e a rea dos canteiros com as espcies.
CARACTERIZAO DA VEGETAO ARBREA INTRODUZIDA NOS PARQUES URBANOS DE
CURITIBA- PR
AVALIAO DA REA DE CANTEIROS NA ARBORIZAO DE RUAS DE CURITIBA/PR
Aluno de Iniciao Cientfca: Eduardo Muniz Muller (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 20100024345
Orientador: Daniela Biondi
Colaborador: Diego Rodrigo Barh, Carlos Velloso Roderjan
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: reas verdes, espcies nativas, espcies exticas.
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Elaine Cristine Kuiaski (PET Floresta - UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 20100024345
Orientador: Daniela Biondi
Colaborador: Rogrio Bobrowski (Mestrando UFPR); Cristina Sulevis (Voluntria)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Lagerstroemia indica, Tabebuia chrysotricha, Tipuana tipu
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
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Os efeitos produzidos pelo fogo em determinado lugar dependem do comportamento do fogo, que funo das caractersticas da oresta
e dos fatores ambientais. Comportamento do fogo um termo genrico utilizado para descrever as principais caractersticas da combusto
em um incndio orestal ou uma queima, e refere-se maneira como o material entra em combusto, como se desenvolvem as chamas
e como o fogo se propaga e apresenta outros fenmenos. Este experimento foi desenvolvido no Laboratrio de Incndios Florestais do
Departamento de Cincias Florestais, com o objetivo especco de desenvolver estimativas do comportamento do fogo em queimas
controladas, a partir de caractersticas do material combustvel orestal. Para a realizao do experimento foram montadas parcelas de 1m
2
com diferentes quantidades de material combustvel seco em estufa a 0% de umidade de acculas de Pinus taeda, variando de 100 a 500 g/
m
2
, num total de 70 repeties. Foram avaliadas as seguintes variveis durante a queima: velocidade de propagao do fogo, altura mdia
das chamas e quantidade de material consumido. As condies meteorolgicas temperatura e umidade relativa tambm foram monitoradas
durante as queimas e mantiveram-se constantes durantes os experimentos. Foram obtidos os seguintes resultados do comportamento do
fogo: velocidade de propagao mdia do fogo de 0,2607 m/min (de 0,1 a 0,425 m/min), altura mdia das chamas de 0,188 m (variao
entre 0,0511 e 0,5722 m) e consumo mdio de combustvel de 0,163 kg/m
2
( de 0,0302 a 0,404 kg/m
2
). A partir das informaes geradas
nas queimas foi possvel estabelecer os modelos de estimativa do comportamento do fogo, utilizando-se o programa estatstico Microsoft
Ofce Excel 2003. Para a estimativa do material consumido durante as queimas, o modelo selecionado foi: Combustvel consumido
= -21,006(carga
3
) + 18,746(carga
2
) - 4,1877(carga) + 0,3758 (R
2
= 0,997). Para a estimativa da altura das chamas, o melhor modelo
selecionado foi: altura das chamas = 0,2095LN(carga) + 0,5288 (R
2
= 0,9881). Para velocidade de propagao o modelo escolhido foi:
velocidade = 0,0009LN(carga) + 0,0058 (R
2
= 0,7997). A varivel carga nas equaes descritas refere-se carga de material combustvel.
Pelos resultados pode-se concluir que a carga do material combustvel uma varivel fortemente associada ao comportamento do fogo,
sendo possvel estimar os parmetros do fogo atravs dessa varivel.
O aproveitamento de novas espcies de plantas nativas com uso ornamental deve-se principalmente s caractersticas relacionadas com a
aparncia externa e longevidade dos seus atributos estticos, tais como: ramos, folhas, ores e frutos. No paisagismo, a longevidade destes
atributos um fator importante na sua utilizao em arranjos orais. Esta pesquisa teve o objetivo de analisar o potencial ornamental de
Eupatorium macrocephalum Less. (Asteraceae) e Polygonum punctatum Elliott (Polygonaceae) atravs da longevidade de seus ramos ou
hastes aps o corte. A coleta foi realizada no Campus III da UFPR (Jardim Botnico), Curitiba, Paran. A pesquisa foi dividida em dois
experimentos: com teste de longevidade dos ramos em gua de saneamento e em soluo conservante caseira. Para o teste em gua foram
coletadas 12 hastes com 40 cm de comprimento e colocadas em recipientes de vidro com 200 ml de gua. A durabilidade dos ramos foi
testada em dois nveis de iluminao (1600 lux e 100 lux) com 6 repeties cada e observaes a cada 2 dias. Foram analisadas variveis
qualitativas e quantitativas, como: consumo de gua, durabilidade e aspectos da orao ou inorescncia e da folhagem. Para o teste em
soluo conservante (gua ltrada, limo, acar e vinagre) foram utilizadas 16 hastes com 40 cm e colocadas num local com 100 lux. Foram
aplicados 4 tratamentos (T0=sem soluo e a diferentes concentraes de soluo: T1=5% , T2=10%, T3=15% para 200 ml de gua) com
4 repeties cada e com observaes dirias. As avaliaes foram submetidas ao Teste SNK a 5% de signicncia, que mostrou diferena
estatstica apenas na porcentagem de folhas secas no teste com a soluo conservante (To= 5,56a; T1=21,02a; T2=61,07b; T3= 1 00c),
dispensando o uso da soluo. E. macrocephalum apresenta durabilidade de 5 dias nos dois ambientes, sendo a orao mais expressiva
na maior luminosidade, ainda houve mudana na colorao da haste, que se iniciou verde e terminou roxa. Este experimento foi encerrado
quando a planta tornou-se murcha. P. punctatum apresentou a mesma durabilidade (5 dias), as folhas apresentaram mudana seqencial
nas tonalidades ao longo do tempo: verde, bronze, laranja e amarelo. A haste perdeu colorao e se encurvou durante o perodo e os botes
orais desprenderam-se em grande quantidade. Este experimento se encerrou no momento em que as plantas apresentaram aspecto seco,
sendo que em maior luminosidade a porcentagem das folhas secas foi maior. A durabilidade encontrada no foi satisfatria, podendo ser
um fator limitante para utilizao das espcies.
AVALIAO DO COMPORTAMENTO DO FOGO EM QUEIMAS CONTROLADAS, EM PARCELAS
EXPERIMENTAIS DE CAMPO
LONGEVIDADE DE ESPCIES ORNAMENTAIS NATIVAS COM POTENCIAL PARA PLANTA DE
CORTE
Aluno de Iniciao Cientfca: Eliza Cristina de Oliveira (PIBIC-CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021384
Orientador: Antonio Carlos Batista
Colaborador: Juliana Ferreira (IC voluntria)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: propagao do fogo, incndios forestais, estimativa do comportamento do fogo.
rea de Conhecimento: Proteo Florestal 5.02.01.08-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Carvalho Nowacki (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021329
Orientador: Daniela Biondi
Colaborador: Angeline Martini (PIBIC/CNPq); Kendra Zamproni (IC Voluntria)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: soluo conservante, durabilidade, arranjos forais.
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
0740
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Atualmente existem vrios esforos no sentido de valorar servios ambientais, um dos motivos devido ao interesse de conhecer o que as
reas verdes pblicas vm a agregar aos moradores das grandes cidades. Muitos associam a existncia dessas reas ao bem estar e lazer
para a famlia, porm nem sempre se do conta do real valor do patrimnio em que, ao menos por um tempo, esto se beneciando. A no
incorporao do valor dos benefcios ambientais nas decises econmicas uma das causas responsveis pela degradao ao meio-ambiente.
Pela necessidade de valorar as reas verdes de forma que os servios ambientais estejam inclusos, esse trabalho tem o objetivo da valorao
econmica do Parque Bacacheri pelo mtodo custo-viagem. H diversos mtodos de valorao econmica de recursos ambientais entre
eles bastante citado em literatura o mtodo custo viagem (MCV), sua utilizao se justica principalmente por ser um mtodo de simples
desenvolvimento e leva em considerao o dinheiro despendido (custo real) bem como o custo pelo tempo gasto (custo de oportunidade
de aproveitamento do tempo), assim relaciona o quanto gasto para se obter aquele servio com o real valor do patrimnio. A pesquisa
consistiu na aplicao de questionrios atravs de entrevistas com usurios do parque que avaliaram sua disposio a se deslocar para
freqentar o parque Bacacheri. As entrevistas foram realizadas no ms de julho de 2010. O valor agregado dos gastos observados com
transporte, alimentao, custo de oportunidade, corresponde aos gastos efetivos de visitao ao parque Bacacheri. Ajustando estes valores
taxa observada de visitao, possvel estimar a funo demanda pelo patrimnio natural e, assim, obter o excedente do consumidor e a
estimativa do valor econmico lquido do patrimnio para a populao.
A espcie Jatropha curcas, vulgarmente conhecida como Pinho Manso, pertence famlia Euphorbiaceae, uma planta perene capaz
de resistir a condies severas de secas e solo com pouca fertilidade, pode ser utilizada como fonte de renda e emprego para pequenos
agricultores. Alm disso, sua semente apresenta alto teor de leo, o que a torna promissora produo de biodiesel. Dentre as diferentes
vias de propagao vegetativa, a micropropagao apresenta-se como sendo uma tima alternativa para a seleo de gentipos superiores,
oferecendo solues para os programas de melhoramento vegetal. O presente trabalho visa estudar o crescimento e desenvolvimento in
vitro de clones de Jatropha curcas em diferentes concentraes do meio MS e reguladores. As gemas apicais foram coletadas a partir de
mudas cultivadas em casa de vegetao e desinfestadas em uma soluo de hipoclorito de sdio (2% de cloro ativo) por 20 minutos e,
durante 30 minutos no fungicida, seguido de trs lavagens em gua destilada autoclavada. Esses explantes foram inoculados em frascos
com aproximadamente 10 ml de meio MS (Muraschige & Skoog), sacarose, gar, suplantado com diferentes concentraes de cido
indolbutrico (AIB) e cinetina (KIN). Simultaneamente, sementes de 4 diferentes procedncias foram desinfestadas por meio da lavagem
em gua corrente, imerso por 20 minutos em hipoclorito de sdio, seguido de trplice lavagem em gua destilada, imerso em lcool 70% e
depois em lcool 96%, com a posterior queima das sementes e, corte transversal de pequena espessura, a m de facilitar a germinao. Aps,
as sementes foram inoculadas em meio contendo 50% de sais do meio MS. O material foi mantido em sala de crescimento, sob condies
controladas de temperatura e luminosidade. A espcie apresentou alta porcentagem de contaminao por fungos e bactrias. Em virtude
destas diculdades no isolamento dos explantes, est sendo avaliado o isolamento de embries a m de reduzir a taxa de contaminao.
VALORAO ECONMICA DO PARQUE BACACHERI PELO MTODO CUSTO VIAGEM
ESTABELECIMENTO IN VITRO DE CLONES SELECIONADOS DE Jatropha curcas (PINHO-MANSO)
Aluno de Iniciao Cientfca: Flvia Luiza Colla
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005018390
Orientador: Ricardo Berger Co-Orientador: Leandro Duarte
Colaborador: Ivan Oikawa, Rodrigo Medeiros, Elosa Chisto
Departamento: Economia Rural e Extenso Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Mtodo custo-viagem, servios ambientais.
rea de Conhecimento: 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Francielen Paola de S (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2002012414
Orientador: Fernando Grossi
Colaborador: Carolina Hoppen
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Jatropha, cultivo in vitro, clonagem.
rea de Conhecimento: 5.02.00.00-3
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Dendrocalamus giganteus, tambm conhecido como bambu-gigante, da famlia das gramneas e originrio da Malsia. Tem grande
importncia nas construes e tem alto poder de xao de carbono. Foi estudado para se conhecer suas caractersticas de biomassa
e carbono. Os dados para esta pesquisa foram coletados na rea Experimental Agrcola da UNESP em Bauru, So Paulo, onde foram
analisados vinte exemplares que foram divididos em seis compartimentos: colmo superior, colmo inferior, rizoma, galhos verdes e galhos
secos. Foram utilizadas cinco equaes matemticas (lineares e logartmicas) para estimar os pesos em biomassa armazenada na planta.
Com a estimativa de biomassa se pode vericar a potencialidade desta espcie de bambu em xar carbono e, por conseguinte, desenvolver
projetos de MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Os dados da plantas amostradas foram empregados para ajuste de equaes de
biomassa dos diferentes compartimentos do bambu em funo de variveis de fcil medio, como o dimetro e a altura. Pde-se observar
que o melhor resultado em termos de ajuste foi obtido quando se modela a biomassa total planta do que parcialmente por compartimento.
Porm, algumas equaes foram satisfatrias para alguns compartimentos em particular, principalmente para a frao colmo. Entre tais,
a equao lnBS = 0,727 + 0,3525 ln dap - 0,01308 ln ht, sendo BS = peso seco (biomassa), dap = dimetro altura do peito e ht = altura
total, foi a que obteve o melhor R ajustado, que foi de 0,9938. Assim, observou-se que as melhores estimativas de biomassa foram para
aquelas equaes que o dap foi combinado com a altura e em equaes logartmicas, j as que foram usadas apenas o dap, os resultados
no foram satisfatrios para estimar a biomassa, mesmo sendo ela a varivel de fcil mais medio. Ajustes de equaes de biomassa para
outras espcies de bambu esto tambm sendo realizados e sero apresentados no relatrio nal da pesquisa. Artigos cientcos para revistas
esto sendo preparados para publicao completa dos resultados.
A produo de mudas atravs da propagao vegetativa tem assumido destaque visando melhor produo e qualidade de madeira. O
desenvolvimento de mudas de Eucalyptus feita principalmente por meio da clonagem. O aprimoramento no enraizamento de estacas tem
sido conseguido, especialmente, com o desenvolvimento das tcnicas da miniestaquia, que possibilitaram considerveis ganhos decorrentes,
principalmente, do aumento dos ndices de enraizamento e da reduo do tempo para formao da muda. Para isso, leva-se em conta a
produtividade de brotos para estaquia e a capacidade de enraizamento do material gentico. O Eucalyptus benthammii pertencente famlia
Mirtaceae possui baixa capacidade de enraizamento dos brotos. Assim necessrio estimular o enraizamento com alternativas como inciso
na base das estacas com aplicao de reguladores de crescimento. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito das
incises basais no enraizamento das espcies de Eucalyptus benthammii. Para realizao dos experimentos foram utilizadas miniestacas do
clone de E. benthammii coletadas no minijardim clonal do viveiro operacional da Klabin Florestal, na Fazenda Monte Alegre, em Telmaco
Borba-PR. As miniestacas foram divididas em apicais e intermedirias, em seguida, com auxlio de um bisturi realizaram-se incises na
base das estacas. Aps o preparo, as bases das estacas foram imersas em AIB, 2000 ppm, na forma de talco e plantadas em tubetes contendo
substrato padro. Os tubetes foram colocados em beros, separados em 6 repeties de 33 tubetes cada e permaneceram em casa de vegetao
(255C, UR mdia de 72%, asperso de 20 segundos em intervalos de 10 minutos) por 30 dias, a seguir foram levados para casa de sombra
e l permaneceram por 10 dias. Aps 40 dias as estacas foram avaliadas de acordo com a porcentagem de sobrevivncia, enraizamento,
formao de calos e comprimento mdio das razes. Nas estacas de E. benthamii o procedimento conseguiu auxiliar no enraizamento de
estacas apicais, obtendo resultados superiores ao controle (sem inciso basal), mostrando 34% de enraizamento e 75% de sobrevivncia.
Foram baixas as quantidades de formao de calos em estacas com inciso basal, tanto na forma apical quanto intermediria. Em estacas
apicais observou-se um maior numero de razes, porm com comprimento menor do que as estacas sem incises. A utilizao de inciso
basal inuenciou positivamente no enraizamento de estacas apicais de E. Benthammii, (34%), mostrando a necessidade da miniestaquia
para a melhor qualidade da produo de mudas.
MODELAGEM DA BIOMASSA E DO CARBONO FIXADO POR ESPCIES DE BAMBU CULTIVADOS
EXPERIMENTALMENTE E EM MEIO NATURAL
ENRAIZAMENTO DE MINIESTAQUIA DE Eucalyptus SOB EFEITO DO REGULADOR DE
CRESCIMENTO - AIB
Aluno de Iniciao Cientfca: Gabriela Santos (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021773
Orientador: Carlos Roberto Sanquetta Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte
Colaborador: Adriane Roglin (Mestrado)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: bambu, biomassa, carbono, equaes, modelagem.
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Hilana Louise Hadlich
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Alessandro Camargo Angelo Co-Orientador: Sandra Regina Cabel
Colaborador: Aline Yabussame Utima
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Eucalyptus, miniestaquia, enraizamento
rea de Conhecimento: Recursos forestais e Engenharia forestal.
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reas verdes pblicas so denidas como espaos ajardinados que a populao pode utilizar para seu bem estar. Nas cidades so planejadas
de acordo com alguns aspectos, como por exemplo: o ndice de reas verdes por habitante, que segundo a OMS (Organizao Mundial
da Sade) deve estar entre 12 a 15 metros quadrados por habitante. Outro aspecto importante a projeo do crescimento urbano da
cidade. O aumento de reas construdas no deve desfavorecer as reas verdes potenciais. Em decorrncia do aumento da demograa,
as reas urbanas tm sofrido signicativas mudanas na questo administrativa e ambiental. O mal planejamento de reas verdes pode
inuenciar a qualidade de vida da populao urbana, afetando diretamente o nvel de felicidade e bem estar dos cidados. Segundo a
Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba (SMMA) existem 1.036 reas de lazer na cidade, e destas, 21 parques ocupam uma
rea de 18.854.905 metros quadrados. Esses possuem grande importncia ambiental, social e econmica, porm no se sabe ao certo o
retorno que estas reas tm trazido para a populao. Face ao exposto, o objetivo desse trabalho avaliar economicamente os benefcios
indiretos do Parque Bacacheri atravs da Metodologia de Valorao Contingente (MVC). O Parque Bacacheri foi inaugurado no dia 5 de
novembro de 1988, possui uma rea de 152.000 metros quadrados sendo considerado Parque Natural Municipal pelo Sistema Nacional
de Unidades de Conservao. Pela sua localizao urbana representa espao de grande importncia para a populao de Curitiba. Alm
disso, apresenta um cenrio de reas verdes, espao para lazer, esportes e importncia na manuteno das guas pluviais, como o controle
das enchentes e melhoria na qualidade da gua. A pesquisa consistiu na aplicao de questionrios atravs de entrevistas com usurios
do parque que avaliaram sua disposio a pagar pela rea verde. As entrevistas foram realizadas no ms de julho de 2010. A quanticao
dos questionrios foi determinada utilizando o Mtodo de Valorao Contingente (MVC), que permite determinar o valor monetrio dos
recursos naturais a partir das preferncias do usurio, atravs da disposio a pagar pelos benefcios do parque. Os resultados esperados
demonstraram a proporo de usurios que esto dispostos a pagar valor de entrada para o uso da rea, o valor mdio da contribuio e o
valor anual agregado dos benefcios indiretos gerados pelo Parque Bacacheri.
Existem diversas espcies de plantas nativas que seus potenciais paisagsticos so desconhecidos. O conhecimento da fenologia, estudo
das diversas fases do desenvolvimento de uma planta e sua relao com as variveis do meio externo, importante para a introduo de
espcies no paisagismo. Especialmente os perodos de permanncia e ocorrncia das fases de orao e fruticao so aspectos bastante
requisitados pelo mercado de plantas ornamentais. Esta pesquisa teve como objetivo acompanhar as fenofases reprodutivas das seguintes
espcies oriundas do ecossistema de campos: Ludwigia sericea (Cambess.) H.Hara (Onagraceae); Pavonia guerkeana R.E.Fr. (Malvaceae);
Senna neglecta (Vogel) H.S.Irwin&Barneby (Fabaceae) ; Eriosema crinitum (Kunth) G.Don. Foram selecionados trs exemplares de cada
espcie, localizados no Campus III da UFPR, Jardim Botnico, Curitiba, Paran. A coleta de dados ocorreu quinzenalmente e foi iniciada
em fevereiro de 2010. A fenologia, de carter qualitativo, foi baseada nas observaes de estgios de desenvolvimento externamente visveis
da orao e fruticao. As fenofases foram relacionadas com variveis meteorolgicas obtidas junto ao Instituto SIMEPAR, tais como:
valores mdios dirios de temperatura e umidade relativa do ar e os valores totais dirios de precipitao e fotoperiodo. Os resultados
encontrados at junho mostraram que S. neglecta terminou sua orao em fevereiro e a disperso de sementes iniciou em maro e persistiu
at o nal do perodo observado. P. guerkeana apresentou orao at o ms de maio. Durante esse perodo a intensidade de botes orais
e trmino de orao foram muito expressivos, j as ores abertas foram pouco vistas, o que indica curta durao do perodo de antese.
L. sericea terminou sua orao em fevereiro e a disperso de sementes foi observada em trs meses. J a fenologia reprodutiva de E.
crinitum estagnou-se em abril. Duas espcies, Ludwigia e Senna, encerraram a orao em fevereiro, ms em que ocorreram as menores e
maiores mdias de umidade relativa e temperatura, respectivamente. Contudo, maiores relaes entre as fenofases das plantas e as variveis
meteorolgicas ainda no foram possveis de se determinar devido a no concluso do perodo de monitoramento.
AVALIAO ECONMICA DOS BENEFCIOS INDIRETOS DO PARQUE BACACHERI ATRAVS DO
MTODO DE VALORAO CONTINGENTE
FENOLOGIA REPRODUTIVA DE ESPCIES NATIVAS COM POTENCIAL ORNAMENTAL DO
ECOSSISTEMA DE CAMPOS
Aluno de Iniciao Cientfca: Ivan Takao Oikawa (PET - SESu)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Ricardo Berger Co-Orientador: Leandro Duarte dos Santos
Colaborador: Ana Letcia Castelli Martinez, Camila Maria Natal, Eloisa Rodycz de Christo, Flvia Luiza Colla, Gabriela Cardozo Alves,
Rodrigo Medeiros Ribeiro, Tatiane Lima Ho
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Servios ambientais, reas verdes, Valorao contingente.
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Kendra Zamproni (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021329
Orientador: Daniela Biondi Batista
Colaborador: Angeline Martini (PIBIC/CNPq), Fernanda Carvalho Nowacki (IC- Voluntria)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: fenofases, forao, frutifcao
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
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A bracatinga (Mimosa scabrella) uma espcie pioneira, nativa das regies de clima frio do Brasil, e de baixa longevidade. H grande
demanda da lenha dessa espcie devido ao seu elevado potencial calorco, bem como sua utilizao para recuperao orestal e de
ambientes degradados, pois uma espcie que se desenvolve espontaneamente em reas abertas. Alm destes usos, a bracatinga possui
tambm elevado potencial para a produo de mveis, no entanto, para tal nalidade necessrio um manejo voltado para produo de toras.
O experimento tem por objetivo avaliar a inuncia do raleio e do momento da desrama nessa espcie com a nalidade de aperfeioar as
tcnicas de manejo e silvicultura, incrementando a produo e agregando valor madeira destinada ao mercado moveleiro. Assim, seria uma
alternativa que possibilitaria aos pequenos produtores um aumento na renda familiar, uma vez que grande parte dos bracatingais encontra-
se concentrado em pequenas propriedades rurais. A rea do experimento localiza-se em Bocaiva do Sul PR, Regio Metropolitana de
Curitiba, com clima Cfb, a 980m de altitude. O estudo vem sendo realizado desde 2006 e ser acompanhado at 2011. So 3 tratamentos,
sendo uma testemunha em que no foram aplicadas as intervenes silviculturais (T1), um tratamento com aplicao de raleio e desrama
aos 24 meses (T2), e um tratamento com aplicao de raleio e desrama aos 36 meses (T3). A varivel medida foi o DAP, e os dados foram
coletados aos 42 meses de idade. Os resultados apontaram maior incremento em T2 e T3 em relao testemunha, indicando a inuncia
positiva do raleio na produo de madeira. Quando se compara T2 e T3 no foi vericada diferena estatisticamente signicativa, indicando
que a realizao da desrama aos 24 ou aos 36 meses propicia o mesmo produto em termos de quantidade de madeira.
Schinus terebinthifolius Raddi (aroeira-vermelha) uma espcie com potencial de uso mltiplos, utilizada na arborizao e na recuperao
de reas degradadas por apresentar rusticidade e fcil adaptao. Porm, percebe-se a necessidade de estudos que envolvam caractersticas
ecosiolgicas, no sentido de ampliar os conhecimentos sobre seus mecanismos adaptativos. Investigaes sobre o tema so necessrias
para a melhor compreenso das estratgias desenvolvidas por esta espcie, com nfase na sobrevivncia em reas inundadas. Diante dessa
realidade, objetivou-se estudar as trocas gasosas e o teor de clorola em mudas de aroeira submetidas a diferentes graus de inundao.
Instalou-se o experimento no viveiro da Embrapa Florestas em Colombo-PR, em casa de vegetao. As mudas foram produzidas em tubetes
plsticos com 188 cm
3
de volume. Aos 4 meses de idade foram submetidas aos tratamentos: T1- testemunha (plantas irrigadas diariamente),
T2- alagamento parcial (plantas alagadas at o coleto) e T3- alagamento total (plantas submersas). Por um perodo de 28 dias avaliou-se as
trocas gasosas, em 20 indivduos por tratamento, semanalmente s 9 horas. Foram feitas medies de taxa de assimilao lquida de CO
2
(A), condutncia estomtica (gs), taxa de transpirao (E) e concentrao interna de CO
2
(Ci). Tambm avaliou-se a ecincia intrnseca do
uso da gua (iWUE), a ecincia de carboxilao (c) determinadas respectivamente pelas razes A/gs e A/Ci, e a densidade de uxo de
ftons fotossinteticamente ativos (DFFFA). O estudo dos pigmentos fotossintetizantes foi realizado com coletas em cinco indivduos de cada
tratamento aos 22 dias aps a induo dos tratamentos. Os resultados obtidos mostram que, de modo geral houve uma diminuio das trocas
gasosas e dos teores de clorola com o tempo e grau de inundao. Dentre outros resultados, para a condutncia estomtica os tratamentos
diferiram estatisticamente a partir da segunda semana, e ao nal do teste, na quarta semana, T1 apresentou 0,11 mol/m
2
/s, enquanto que
T2 0,04 mol/m
2
/s e T3 0,05 mol/m
2
/s, pois
o estresse por alagamento interfere nas taxas de trocas gasosas (que indicaram um alto grau de
limitao estomtica). H tambm a possibilidade de ter ocorrido uma restrio no-estomtica em funo do teor de clorola. Portanto,
mudas de aroeira podem sobreviver por um perodo maior de inundao do solo, se estiverem submetidas ao alagamento parcial, atravs de
seus ajustes siolgicos, indicando a espcie para emprego em restaurao de reserva legal ou APPs submetidas a condies equivalentes.
EFEITO DA APLICAO DE RALEIO E DESRAMA NO CRESCIMENTO DE Mimosa scabrella
TROCAS GASOSAS E TEOR DE CLOROFILA EM MUDAS DE AROEIRA (Schinus terebinthifolius Raddi
- Anacardiaceae), SUBMETIDAS A DIFERENTES GRAUS DE INUNDAO
Aluno de Iniciao Cientfca: Liana Cristina Henriques Folda
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Alessandro Camargo ngelo Co-Orientador: Jorge Zbigniew Mazuchowski
Colaborador: Aline Yabusame Utima; Hilana Louise Hadlich
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: bracatinga, raleio, desrama, silvicultura
rea de Conhecimento: Silvicultura
Aluno de Iniciao Cientfca: Lizy Tank Sampaio Barros (IC-voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Alessandro Camargo ngelo Co-Orientador: Fernanda de Almeida Grisi
Colaborador: Marina Stygar, Te Horokoski
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: aroeira-vermelha, alagamento, ecofsiologia.
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 5.02.00.00-3
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O manejo orestal requer o pleno conhecimento da dinmica orestal. Para que o manejador tome as decises deve basear-se em informaes
slidas sobre crescimento, mortalidade e ingresso. Dessa forma possvel aumentar o aproveitamento e, conseqentemente, o lucro gerado
pela oresta. A principal forma de avaliao da dinmica da oresta consiste em determinar o nmero de rvores em cada classe diamtrica.
A matriz de transio tambm conhecida como Cadeia de Markov baseia-se em processos estocsticos, ou seja, trata-se de uma matriz de
probabilidade. Esta matriz uma ferramenta para a predio da distribuio diamtrica futura de uma oresta ou de um povoamento orestal.
Este mtodo ainda pouco utilizado pelas empresas orestais na Regio Sul do Brasil. Apesar de ser usualmente utilizado em orestas
nativas, pode ser empregado para a obteno de prognoses em plantios comercias de Pinus e Eucalyptus. Uma das vantagens da Matriz de
Transio sobre outros mtodos de simulao do crescimento e da produo orestal o fato de poder ingressar como input diretamente a
distribuio diamtrica atual completa, ao invs de ingressar apenas parmetros mdios da oresta, como N, G, dg, em determinada idade.
Este trabalho teve como objetivo empregar a matriz de transio em dados de orestas de pinus tropicais para avaliar sua dinmica no
que se refere transio das rvores nas diferentes classes diamtricas, e comparar os resultados obtidos com dados reais provenientes de
medies em campo. Para a realizao do trabalho foi utilizada a planilha de clculo eletrnica Excel no processamento das matrizes. Foram
utilizados dados provenientes de parcelas permanentes de povoamentos jovens e sem desbastes, localizados nos municpios de Jaguariava e
vizinhos. Com os resultados obtidos atravs da matriz de transio foi possvel compar-los com os dados de campo e determinar o quanto
o nmero de rvores por classe diamtrica, a rea basal e o volume se aproximam dos valores reais.
Para a realizao do manejo orestal imprescindvel o conhecimento da dinmica que a oresta apresenta. A predio do crescimento de
plantios comerciais fundamental para que se possa realizar o planejamento da produo. Dessa forma as decises sobre como se deve
conduzir o manejo em determinada rea devem ser tomadas atravs de informaes conveis das mudanas na estrutura diamtrica e na
mortalidade. O aumento da demanda de produtos que sejam gerados de plantios orestais requer um maior aproveitamento da capacidade
de produo deste e por conseqncia uma maior produtividade volumtrica. Dessa forma os modelos que tm a capacidade de projetar
a distribuio diamtrica tornam-se de grande importncia comercial, pois podem estimar o volume que determinada rea orestal pode
gerar futuramente, de acordo com o nmero de rvores que cada classe diamtrica do povoamento apresenta. A matriz de probabilidades
de transio, tambm conhecida como Cadeia de Markov, uma das formas de predizer a distribuio diamtrica ao longo do tempo para
plantios orestais e tambm para orestas nativas. A matriz de transio tem como vantagem em relao a outros mtodos de simulao do
crescimento e da produo orestal, o fato de ingressar como input diretamente a distribuio diamtrica atual completa. O presente trabalho
teve como objetivo aplicar a matriz de transio para orestas plantadas de espcies tropicais do gnero Pinus e avaliar a dinmica das
classes diamtricas comparando os resultados obtidos com dados reais. Para a realizao do trabalho foram utilizados dados provenientes
de parcelas permanentes de plantios de espcies tropicais de Pinus. Os dados so de plantios maduros, submetidos a desbastes, localizados
no municpio de Jaguariava, no estado do Paran. Para o processamento das matrizes foi utilizada a planilha de clculo eletrnica Excel
.
Com os resultados obtidos foi possvel avaliar a proximidade dos valores reais com os obtidos atravs da matriz de transio.
APLICAO DA MATRIZ DE TRANSIO EM FLORESTAS PLANTADAS
SIMULAO DO CRESCIMENTO E DA PRODUO EM PLANTIOS DE PINUS TROPICAIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciana Kowaleski IC- Voluntrio
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024615
Orientador: Julio Eduardo Arce
Colaborador: Luciane Terumi Oikawa, Raquel Leo
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Matriz de transio, Cadeia de Markov, plantios sem desbastes.
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6 Manejo Florestal
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciane Terumi Oikawa (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024615
Orientador: Julio Eduardo Arce
Colaborador: Luciana Kowaleski, Danuza Stall
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Cadeia de Markov, matriz de transio, plantios desbastados.
rea de Conhecimento: Manejo Florestal 5.02.02.00-6
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O objetivo da presente pesquisa foi analisar a evoluo das variveis dendromtricas da bracatinga (Mimosa scabrella Benth.) por classe
de sitio e entre as classes de stio. Para isto, foi realizada a anlise de tronco completa de 25 indivduos com idades variando de 9 a 18 anos,
coletados na regio metropolitana de Curitiba a partir de uma rede de parcelas temporrias, classicados por stio. Estas rvores foram
submetidas ao mtodo de anlise de tronco completo visando obter os valores de altura, dimetro, rea transversal, volume e fator de forma
em cada idade. A partir dos resultados obtidos construram-se grcos de produo e crescimento por e entre as classes de stios, permitindo
visualizar o comportamento das variveis ao longo dos anos em stios diferentes. No sitio I, a varivel altura teve seu ponto mximo de
crescimento no 1 ano com 3,19m; o dimetro no 2 ano com 3,79cm; a rea transversal no 4 ano com 5,63dm; e o volume no 7 ano com
106,06dm. No sitio II, a varivel altura atingiu o ponto mximo no 2 ano com 4,47m; o dimetro no 2 ano com 2,25cm; a rea transversal
no 7 ano com 8,80dm; e o volume no 8 ano com 70,43dm. No sitio III, a varivel altura atingiu o ponto mximo no 2 ano com 3,03m;
o dimetro no 3 ano com 2,75cm; a rea transversal no 7 ano com 4,45dm; e o volume no 8 ano com 31,18dm. Foi possvel observar
claramente que todas as variveis dendromtricas apresentaram relao positiva com o stio; destaca-se tambm o comportamento entre
as variveis dendromtricas em um mesmo stio, analisado pelo ponto de mximo crescimento, onde foi possvel visualizar que a varivel
altura culminou antes da varivel dimetro, seguida pela rea transversal, e nalmente pelo volume, para os trs stios analisados. A forma
apresentou estabilidade em todos os stios. Para algumas idades observou-se valores acima de 1 para o fator de forma, justicados pela
utilizao do dimetro a altura do peito. No stio III identicaram-se os maiores valores, justicados pela elevada densidade favorecendo o
crescimento em altura e prejudicando o crescimento em dimetro. O stio I apresentou os menores valores, explicados pela baixa densidade
que favorece o crescimento em dimetro. Assim, pode-se concluir que as variveis analisadas apresentaram o comportamento esperado,
resultando em culminaes nas idades mais baixas nos melhores stios, com a altura culminando primeiramente do que o dimetro, seguido
da rea transversal e volume nos diferentes stios.
A utilizao do lodo de esgoto como adubo uma alternativa de fornecimento de nutrientes essenciais, pois este proporciona nitrognio e
fsforo, aumenta a capacidade de reteno de gua do solo, e melhora as condies de desenvolvimento e crescimento de plantas perenes,
incrementando tambm a produtividade. A Mimosa scabrella Benth. (bracatinga) uma espcie orestal pioneira que apresenta alta
capacidade de regenerao natural, que ocorre nas regies de Floresta Ombrla Mista no sul do Brasil. A bracatinga utilizada em projetos
de recuperao de reas degradadas, e a madeira possui qualidade industrial para serraria, lenha, produo de carvo vegetal, fabricao
de compensados, entre outros. Visando a produo de madeira de qualidade industrial, o objetivo deste trabalho avaliar o crescimento de
rvores de M. scabrella submetidas a vrios tratamentos silviculturais. O estudo foi desenvolvido no perodo de 11/2006 05/2010 em uma
propriedade rural no municpio de Bocaiva do Sul, na Regio Metropolitana de Curitiba, no Paran. O experimento consta de 4 tratamentos
com 3 repeties cada um, constituindo 12 parcelas de 25 m (5x5m) cada uma. T1 - testemunha; T2 - tratamento mnimo (raleio e desrama
aos 36 meses); T3 adubao qumica (idem a T2 + aplicao NPK em dose 10-20-10); e T4 adubao com lodo de esgoto (idem a T2
+ aplicao de 30 t/ha de lodo de esgoto alcalinizado). Foram feitas as medies de dimetro altura do peito (DAP) de todas as rvores
em maio/2010 (5,5 anos de idade), para poder realizar a avaliao e anlise estatstica dos tratamentos. Os resultados mostraram que a
mdia do T4 (8.334.77cm) foi superior media dos outros tratamentos, sendo 5.818.05cm, 7.414.32cm e 7.666.35cm, as mdias de
T1, T2 e T3, respectivamente. Para o nvel de conana de 95%, a anlise de varincia mostrou que existem diferenas estatisticamente
signicativas entre os tratamentos. A comparao das mdias pelo teste de Tukey (p<0,05) apontou que o T1 diferiu estatisticamente dos
outros tratamentos, T2, T3 e T4 apresentaram mdias homogneas, ou seja, no existem diferenas signicativas entre elas. De forma
prtica, os resultados indicaram que para a populao de M. scabrella estudada, a interveno na forma de raleio e desbaste aos 36 meses
suciente para a melhoria do incremento diamtrico das rvores, mostrando resultados equivalentes estatisticamente aplicao dessas
mesmas intervenes com adio de adubao convencional (NPK) ou lodo de esgoto na dosagem de 30 t/ha.
AVALIAO DA EVOLUO DAS VARIVEIS DENDROMTRICAS DA BRACATINGA (Mimosa
scabrella BENTH.) POR CLASSE DE STIO
COMPARAO ENTRE LODO DE ESGOTO E NPK NA ADUBAO DE DE PLANTIOS DE
BRACATINGA
Aluno de Iniciao Cientfca: Luiza Maria Tephilo Aparecido (CNPq/Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004013888
Orientador: Sebastio do Amaral Machado
Colaboradores: Ronan Felipe de Souza (MESTRANDO CAPES/REUNI), Bruno Henrique Czelusniak (MONITOR)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: bracatinga, evoluo de variveis, classe de stio.
rea de Conhecimento: Manejo Florestal 5.02.02.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Maria Ren Arias Paccieri (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Alessandro Camargo ngelo Co-Orientador: Jorge Zbigniew Mazuchowiski
Colaboradores: Aline Yamusame Utima, Carlos Eduardo Paixo
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: bracatinga, adubos, crescimento.
rea de Conhecimento: Silvicultura 5.02.01.00-0
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O suco de aa, produzido a partir dos frutos de Euterpe oleracea Mart, palmeira pertencente famlia Arecaceae, amplamente conhecido
por possuir alto valor energtico, quantidades considerveis de bra alimentar, alm de um rico contedo de antocianinas, pigmentos
responsveis pela cor avermelhada do fruto e que possui propriedades antioxidantes. Assim, este fruto de origem amaznica expandiu seu
comrcio, sendo consumido no apenas no norte do pas, mas alcanando importantes mercados na regio sudeste e no exterior, como
na Amrica do Norte, Europa e sia, tornando o Brasil seu principal produtor, consumidor e exportador. Muito similar ao aa, os frutos
de Euterpe edulis Mart, conhecido popularmente por palmiteiro ou palmeira juara, natural da Floresta Ombrla Densa, comea a ser
explorado nas regies sudeste e sul. Atualmente a juara tem sido protegida pelas legislaes ambientais devido sua intensa explorao
para extrao do palmito. Visando conservar esta espcie, com a perspectiva do aproveitamento do suco de juara, que agrega grande
potencial social e ecolgico, novas possibilidades de uso econmico so evidenciadas a partir do beneciamento do fruto. Este trabalho
est baseado em dados de recebimento de frutos de juara e rendimento correspondente em suco processado. As informaes foram
coletas junto Associao de Pequenos Produtores Rurais e Artesanais de Antonina (ASPRAN), fornecidas por produtores associados, e
correspondem ao perodo de um ano (2009), poca de produo dos frutos da regio. Os dados aps analisados mostraram uma variao
entre 3,13 % e 0,16 % de suco por quilo de fruto, sendo a mdia de 0,62 %. Essa grande variao se deve, provavelmente, a quantidade
de gua adicionada para obteno do suco e ao estgio de maturao dos frutos que so coletados sem que haja uma padronizao como
ocorre com os frutos do aaizeiro na Amaznia.
Sabendo-se da importncia dos ecossistemas ciliares, este trabalho teve por nalidade caracterizar a plasticidade fenotpica de Schinus
terebinthifolius Raddi em diferentes condies de saturao hdrica. O experimento foi conduzido no viveiro da Embrapa Florestas em
Colombo-PR, onde as mudas de aroeira foram produzidas em tubetes plsticos, permanecendo em casa de vegetao por quatro meses. Em
seguida, foram transferidas para bandejas plsticas e submetidas a um perodo de rusticao a pleno sol. Caixas de madeira com trs metros
de comprimento e 60 centmetros de altura e revestidas com plstico foram fabricadas para acondicionar as bandejas com os tubetes. As
mudas foram submetidas aos tratamentos: T1- testemunha (plantas irrigadas diariamente), T2- alagamento parcial (plantas alagadas at o
coleto) e T3- alagamento total (plantas submersas). Cada tratamento foi composto de cinco repeties, cada uma com 48 mudas. As mudas
foram avaliadas aps 22 dias de alagamento. Coletaram-se trs folhas localizadas entre o terceiro e quinto ns, no sentido pice-base de
cada indivduo, respectivamente folha 1, 2 e 3. Para a rea foliar, houve diferena signicativa entre os tratamentos apenas para a folha 3. As
folhas pertencentes ao quinto n de T3 apresentaram menor rea foliar do que os demais tratamentos. Para o tratamento T2, foi observado
o menor teor de gua. Quanto densidade estomtica, no houve diferena entre os tratamentos. Com o alagamento, foi observado a partir
da segunda semana um aumento da espessura da base do caule, absciso foliar, surgimento de lenticelas que posteriormente tornaram-se
hipertroadas, alm do surgimento de razes adventcias a partir da quarta semana e clorose a partir da stima semana para as folhas de
T1 e T2 e para T3 na segunda semana. Em T3 ocorreram rachaduras caulinares na segunda semana. Quanto s caractersticas anatmicas
foliares, observou-se uma reduo na espessura do mesolo e das nervuras. Os espaos intercelulares so progressivamente mais amplos
nas plantas submetidas ao alagamento. As trocas gasosas indicaram um alto grau de limitao estomtica da fotossntese. As mudas de
S. terebinthifolius desenvolveram diversos mecanismos de adaptao aos dois nveis de saturao hdrica avaliados, mostrando-se mais
tolerantes ao alagamento parcial do que ao alagamento total. As mudas desenvolvidas sob maior grau de alagamento apresentaram os
menores valores para as caractersticas morfolgicas e avaliao da qualidade de mudas.
PRODUO DE SUCO DE EUTERPE EDULIS MART. NA REGIO DO LITORAL DO PARAN
MORFOANATOMIA FOLIAR EM MUDAS DE Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae), SOB
DIFERENTES NVEIS DE SATURAO HDRICA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Mariana Marques da Silva (Bolsa Extenso)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Ivan Crespo Silva Co-Orientador: Alessandro Camargo ngelo
Colaborador: Thais Ferreira Maier (Voluntria), Rafael Palhiarin Tobias (Bolsa Permanncia)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: juara, aa, produo de suco
rea de Conhecimento: 5.02.04.00-9 (Tecnologia e Utilizao de Produtos Florestais)
Aluno de Iniciao Cientfca: Marina Stygar (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Alessandro Camargo ngelo Co-Orientador: Fernanda Almeida Grisi
Colaborador: Lizy Tank Sampaio Barros, Te Horokoski
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: saturao hdrica, aroeira, morfoanatomia
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 5.02.00.00-3
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No Campus III da Universidade Federal do Paran, Jardim Botnico, Curitiba-Paran, h uma trilha de 750 m no remanescente de Floresta
Ombrla Mista com Araucria (15 ha), onde realizado um projeto de educao ambiental com crianas de escolas pblicas do ensino
fundamental. Durante a excurso na trilha, 18 espcies arbreas so apresentadas aos visitantes. Alm das rvores, as eptas tambm tm
despertado curiosidades nas crianas. O objetivo desta pesquisa foi identicar as eptas nas rvores que ladeiam a trilha para incrementar
os atrativos da excurso. Para a identicao, foram coletadas as eptas que estavam at uma altura de aproximadamente 2 m do tronco
devido facilidade de visualizao pelos visitantes. Das 18 espcies avaliadas 72% apresentam eptas. Foram encontradas 4 famlias
de eptas (Blechnaceae; Orchidaceae; Cactaceae; Polypodiaceae), 8 gneros (Blechnum; Pleurothallis; Lepismium; Serpocaulon;
Microgramma; Pleopeltis; Campylocentrum; Campyloneurum), sendo elas: Blechnum binervatum (Poir.) C.V-Morton & Lellinger
(Blechnaceae); Pleurothallis rubens Lindl. (Orchidaceae); Lepismium cruciforme (Vell.) Miq. (Cactaceae); Serpocaulon catharinae
(Langsd. & Fisch.) A.R.SM. (Polypodiaceae); Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota (Polypodiaceae); Pleopeltis pleopeltifolia
(Raddi) Alston (Polypodiaceae); Campylocentrum aromaticum Barb. Rodr. (Orchidaceae); Campyloneurum angustifolium (SW.) F
(Polypodiaceae); Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C. Presl. (Polypodiaceae). As rvores que apresentaram um maior epitismo foram:
Gochnatia polymorpha e a Casearia sylvestris. Estas espcies apresentam casca grossa e suberosa com sulcos profundos e cristas agudas
ou uma casca com ritidoma subescamoso e estriado. As que no apresentaram epitismo foram: Oreopanax fulvum, Sapium glandulatum,
Diksonia sellowiana, Eugenia uniora e Lamanonia speciosa. As espcies de eptas que ocorreram somente em uma espcie arbrea
foram: Blechnum binervatum, Serpocaulon catharinae, Pleopeltis pleopeltifolia e Campyloneurum angustifolium. A famlia de eptas
que ocorreu em um maior nmero de espcies arbreas foi a Polypodiaceae e a espcie foi a Microgramma squamulosa. Considerando as
espcies avaliadas, pode-se constatar que h uma grande diversidade de eptas na trilha.
O objetivo deste trabalho foi analisar o crescimento mensal em dimetro e altura das espcies Pinus taeda e Araucaria angustifolia, no perodo
de trs anos, assim como vericar a inuncia das variveis climticas nesse incremento. Para tanto, foram selecionadas aleatoriamente dez
rvores de Pinus taeda e dez de Araucaria angustifolia, as quais se localizam em plantios nos municpios de Curitiba e Campina Grande
do Sul, respectivamente. No incio de cada ms, no perodo de junho de 2006 a julho de 2009, foram medidas as variveis dimetro e
altura. As variveis climticas foram obtidas de duas estaes meteorolgicas do SIMEPAR, as quais foram selecionadas pela proximidade
com os plantios. Para a anlise do crescimento foram confeccionadas curvas de incremento e produo mensais, para cada ano, as quais
foram comparadas entre si e posteriormente utilizadas na comparao grca com as variveis climticas. Matrizes de correlao, bem
como modelos desenvolvidos por stepwise, foram desenvolvidos como forma de anlise experimental. Na anlise do crescimento de Pinus
taeda observou-se que a espcie atingiu incremento corrente mensal (ICM) mximo entre fevereiro e janeiro para as variveis analisadas.
No plantio de Araucaria angustifolia observou-se uma produo crescente no decorrer nos trs anos de medio, fato esse que pode estar
relacionado a idade juvenil dos plantios. Alm disso, pode-se constatar que o ICM mximo ocorreu em abril para altura; j para dimetro
houve a ocorrncia de picos de ICM nos meses de outubro e fevereiro. As matrizes de correlao apresentaram forte relao do crescimento
mensal em dimetro e altura em ambas as espcies, com as variveis temperatura mdia, presso e fotoperodo. No ajuste dos modelos para
estimativa da produo do dimetro de Pinus taeda as variveis selecionadas foram altura e ms de medio; j para altura selecionou-se
temperatura mdia e mxima, fotoperodo e presso. No modelo ajustado para dimetro de Araucaria angustifolia as variveis selecionadas
foram precipitao e radiao, j para altura entraram as variveis radiao, precipitao, temperatura mnima e fotoperodo. Visto que
todos os modelos ajustados apresentaram coeciente de determinao (R) superior a 0,98 pode-se concluir que as variveis climticas
inuem no crescimento mensal de dimetro e altura para ambas as espcies estudadas, viabilizando seu uso na estimativa do crescimento
e produo dessas variveis.
IDENTIFICAO DE EPFITAS NA TRILHA DA FLORESTA DO CAMPUS III UFPR COMO
SUBSDIO PARA EDUCAO AMBIENTAL
INFLUNCIA DAS VARIVEIS CLIMTICAS NO CRESCIMENTO MENSAL DE DIMETRO E
ALTURA DE Pinus taeda L. E Araucaria angustifolia BERT. O. KUNTZE
Aluno de Iniciao Cientfca: Melina Civolani Panek (REUNI-UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021329
Orientador: Daniela Biondi Batista
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Epiftismo; Polypodiaceae; Floresta Ombrfla Mista.
rea de Conhecimento: Recursos Florestais e Engenharia Florestal 5.02.00.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Naiara Teodoro Zamin (CNPq - Balco)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004013888
Orientador: Sebastio do Amaral Machado
Colaborador: Rodrigo Geroni Mendes Nascimento (MSc CNPq), Angelo Alberto Pacheco dos Santos (PIBIC CNPq)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: variveis climticas, incremento mensal, matriz de correlao.
rea de Conhecimento: Manejo Florestal 5.02.02.00-6
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Os bancos de dados so ferramentas para processamento e gerenciamento de informao. Atualmente esto presentes no dia-a-dia das
pessoas, em forma de cadastros, software e pginas da web, e so de grande utilidade nas mais variadas reas do conhecimento. O sucesso
das atividades que compem os sistemas de colheita de madeira depende dos objetivos do plano de manejo como tambm da topograa, tipo
de solo e atualmente, bastante relevante, da expertise dos operadores e consequentemente do uxo de informao no contexto da empresa.
Os elementos dos sistemas devem estar voltados para o mesmo objetivo, devem estar hierarquizados, suas entradas devem buscar o plano
global, entre outros aspectos. O objetivo da presente pesquisa foi criar um banco de dados relacional para gerenciamento de informaes
de mquinas e equipamentos utilizados nas atividades de colheita de madeira. O banco de dados relacional, como o prprio nome indica,
relaciona os elementos dentro de um sistema ou sub-sistema. Atravs das consultas pode-se ento relacionar a integrao do objetivo da
produo de madeira com o sistema de colheita utilizado e consequentemente dos novos plantios. Os elementos abordados nessa pesquisa
so as mquinas e equipamentos, de forma a caracterizar a colheita e integrar com os objetivos desta. Foram coletados dados de mquinas
e equipamentos de diversas empresas do Brasil e confeccionou-se o banco de dados utilizando-se o software MS Access e a linguagem
SQL (Structured Query Language). Dentre os produtos gerados por este banco de dados h formulrios, consultas e relatrios que podem
ser acessados pelos usurios de forma dinmica e objetiva. O banco de dados mostrou-se como ferramenta prtica para organizao e
processamento das informaes, como a facilidade em se caracterizar os sistemas de colheita e suas atividades parciais. Alm de processar
e gerar informao til para anlise de atividades de colheita, o banco mostra-se exvel podendo gerar novos produtos a partir da relao
existente entre os dados coletados.
Considerando a oresta urbana da cidade de Curitiba como sendo um sistema onde existem interaes entre diversos organismos e indivduos,
torna-se imprescindvel a ateno com relao variabilidade gentica das espcies orestais utilizadas na arborizao urbana da cidade, pois
ela permite a adaptao das espcies frente s presses seletivas exercidas principalmente pelo ambiente urbano. O aumento da variabilidade
gentica dessas espcies pode evitar problemas relacionados ao cruzamento entre indivduos aparentados, diminuindo o nmero de genes
recessivos, amenizando a depresso gentica e aumentando o vigor das sementes utilizadas na produo de mudas. A implantao de um
Pomar de Sementes Multiespcies, com tamanho efetivo populacional (Ne) adequado, uma das alternativas em potencial que pode ser
utilizada para amenizar problemas relacionados restrio da variabilidade gentica das espcies utilizadas na arborizao urbana. Portanto,
este trabalho tem como objetivo propor um modelo de Pomar de Sementes Multiespcies para produo de sementes, com o objetivo de
uso na arborizao urbana da cidade de Curitiba, visando melhorar a forma da copa e a variabilidade gentica das espcies. As espcies
inicialmente utilizadas sero: Allophylus edulis, Caesalpinia ferrea, Eugenia uniora, Lafoensia pacari, Maytenus evonymoides, Tabebuia
alba, Tibouchina granulosa. Sero localizadas, selecionadas e marcadas 12 rvores matrizes no aparentadas de cada espcie, em funo das
caractersticas fenotpicas superiores, como: sanidade e forma da copa, para se obter um material gentico de melhor qualidade. As sementes
de cada espcie sero coletadas individualmente por matriz e armazenadas em sacos plsticos identicados com o nmero da matriz. Essa
identicao ser mantida at o plantio das mudas no Pomar de Sementes Multiespcies da Prefeitura de Curitiba. Sero plantadas parcelas
de trs plantas de cada espcie/matriz para que dentro de um ano, seja realizada a seleo do melhor indivduo em funo do desempenho
em crescimento (dimetro de colo e altura). As mudas sero plantadas no centro de uma parcela quadrada de 10 m x 10 m. O tamanho total
da rea necessria para implantao do pomar de 0,75 hectares. A partir da implantao do Pomar de Sementes Multiespcies, espera-se
obter: a) sementes melhoradas geneticamente para uso na arborizao urbana de Curitiba; b) maior praticidade na coleta de sementes; c)
aumento da ora e fauna no meio urbano, contribuindo com a biodiversidade local; e d) aumento da produo de sementes, possibilitando
assim a troca de mudas com outras prefeituras e instituies.
BANCO DE DADOS DE MQUINAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM COLHEITA DE MADEIRA
NO BRASIL
PROPOSTA DE IMPLANTAO DE UM POMAR DE SEMENTES MULTIESPCIES DE ESPCIES
NATIVAS PARA USO NA ARBORIZAO URBANA DE CURITIBA.
Aluno de Iniciao Cientfca: Otavio Guimares de Souza (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024615
Orientador: Julio Eduardo Arce
Co-Orientador: Jorge Roberto Malinovski, Ricardo Anselmo Malinovski
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: banco de dados, colheita de madeira.
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafael Cndido Ribeiro (IC-Voluntrio)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007022169
Orientador: Antonio Rioyei Higa Co-Orientador: Luciana Duque Silva
Colaborador: Thaise da Silva Souza, Ecleia Alexandra P. B. Salles, Luana Wilczak, Roger Fiusa, Heloene F. Siqueira, Fernanda Lais Sanches
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: arborizao urbana; variabilidade gentca; Pomar de Sementes Multiespecies
rea de Conhecimento: 5.02.01.03-4 (Gentica e Melhoramento Florestal)
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Por dcadas a Juara (Euterpe edulis) vem sendo explorada devido ao palmito. Entretanto, como no caso do aaizeiro (Euterpe oleraceae)
na Amaznia brasileira, cuja explorao de frutos, normalmente, mais lucrativa que a extrao do palmito, a produo de suco de frutos
de Juara pode vir a ser no s uma alternativa importante de renda, como tambm contribuir para a conservao da espcie. Agricultores
do Litoral do Paran, organizados na Associao dos Produtores Rurais e Artesanais de Antonina (ASPRAN) j vem produzindo suco de
juara. Considerando este aspecto e o potencial socioeconmico e ambiental da explorao de suco de Juara, o Instituto Agronmico do
Paran (IAPAR), em parceria com a Universidade Federal do Paran (UFPR), a partir do desenvolvimento de um projeto em conjunto,
tem como objetivo instrumentalizar os produtores e a ASPRAN na gesto eciente do negcio; esta pesquisa faz parte do conjunto de
interesses do projeto referido. O material de estudo (frutos) foi coletado no dia 22 de abril de 2010 na estao experimental do IAPAR em
Morretes - PR e o experimento foi estabelecido em um viveiro suspenso, no dia seguinte a coleta, o experimento tem como objetivo avaliar
a geminao de sementes e desenvolvimento das mudas de Juara de diferentes procedncias (representadas por produtores da regio de
Antonina - PR) . O experimento conta com 5 procedncias, sendo que de cada uma foram semeadas 150 sementes distribudas por parcelas
especcas. Os resultados parciais at agora obtidos, decorridos 70 dias.da semeadura, so os seguintes: a procedncia A apresentou 43
sementes germinadas, a B: 23, a C: 27, a D: 29. O processo de germinao ainda est ocorrendo e o experimento segue sendo avaliado
para, na seqncia, serem realizadas medies de crescimento das mudas (altura e dimetro) at que tenham condies de serem plantadas
e novamente avaliadas em condies de campo.
O uso de cortinas de segurana, na preveno de incndios orestais, um mtodo eciente que se pode tomar para prevenir ou diminuir
a propagao de incndios. Os objetivos desse trabalho foram a seleo de espcies arbustivas e arbreas, com potencial para serem
utilizadas como cortina de segurana, e o desenvolvimento de uma metodologia de coleta dessas espcies. Para isso, foi feita uma tabela
para classic-las em funo das caractersticas desejveis, quais sejam: resistncia a inamabilidade, no apresentar deciduidade, ter alto
teor de gua, apresentar baixos teores de compostos volteis e oleaginosos, entre outras caractersticas morfosiolgicas. Com base nessas
caractersticas apresentadas, foram analisadas e selecionadas as seguintes espcies presentes no Campus do Centro Politcnico: Magnolia
grandiora, Michelia champaca, Calliandra tweedii, Jasminum mesnyi. At o momento foram desenvolvidas as metodologias de coleta
para Magnolia grandiora e Michelia champaca, que consiste na retirada do material vegetal, folhas e galhos, com auxlio do podo e da
tesoura de poda. Aps a sua retirada, foi selecionado o material que apresentava dimetro menor que sete milmetros, com o uso do calibrador.
Foram eliminadas na seleo as gemas apicais e folhas jovens, pois estas apresentam maior quantidade de gua em sua composio, o
que afeta o comportamento do fogo. A coleta foi realizada sempre na parte externa da copa da rvore para propiciar homogeneizao das
amostras. Posteriormente, o material foi colocado na estufa a 75 C, por 48 horas, sendo determinado o seu teor de umidade. Os resultados
permitiram concluir que o teor de umidade mdio das espcies coletadas foi de 147,6% para a Magnolia grandiora e de 191,2% para a
Michelia champaca. A prxima etapa da pesquisa ser avaliar as espcies Calliandra tweedii, Jasminum mesnyi, e posterior realizao do
teste de inamabilidade das espcies selecionadas.
ANLISE DE GERMINAO E DESENVOLVIMENTO DAS MUDAS DE DIFERENTES
PROCEDNCIAS DE Euterpe edulis Mart.
SELEO DE ESPCIES FLORESTAIS PARA USO POTENCIAL EM CORTINAS DE SEGURANA NA
PREVENO DE INCNDIOS FLORESTAIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Nome do Aluno (Programa-Outra)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016703
Orientador: Alessandro Camargo ngelo Co-Orientador: Ivan Crespo Silva
Colaborador: Mariana Marques
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Juara, palmito, germinao.
rea de Conhecimento: 5.02.01.00-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Raquel Costa Chiao Travenisk (IC - Bolsista)
N de Registro do Projeto no BANPESQ/THALES: 2010024346
Orientador: Antonio Carlos Batista Co-Orientador: Alexandre Frana Tetto
Colaboradores: Andressa Tres (IC - Voluntria), Jacqueline Araujo (Estagiria), Edson Henrique Picolo Rodrigues (Estagirio), Vivian
Rank Kerninski (Voluntria)
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: infamabilidade, incndios forestais, material combustvel.
rea de Conhecimento: Proteo Florestal 5.02.01.08-5
0760
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Na atualidade, governos de inmeros pases esto empenhados em mitigar aes que venham solucionar ou ao menos amenizar o aquecimento
global causado por gases do efeito estufa (GEE), suas implicaes e provveis mudanas sobre o clima. Se analisado o papel das orestas
para regulao do clima, notria a demanda por estudos acerca de estimativas do estoque de biomassa numa oresta para determinao de
aes a serem tomadas, bem como agregar conhecimento ao mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL). A avaliao da quanticao de
biomassa em orestas pode ser realizada de duas formas; pelo mtodo direto, onde o individuo derrubado bem como cortado em segmentos
e todos os componentes (raiz, fuste, galhos e folhas) so pesados logo aps o corte para que no haja perda de gua do material para o
ambiente; mas tambm pelo mtodo indireto, onde baseado num inventrio orestal possvel estimar variveis de difcil obteno como
FEB (Fator de Expanso de Biomassa) e R (Razo de Razes), em funo de variveis de fcil obteno. FEB a relao entre a poro area
e a poro referente ao fuste do individuo, j o R a uma relao entre o sistema radicular e a poro area. O objetivo deste trabalho foi o
de avaliar as relaes existentes entre as variveis DAP, altura e idade em Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze e testar diferentes modelos
de equaes para as variveis FEB e R com bases nas variveis dendromtricas de fcil obteno. Para isso foram tomados 30 indivduos
arbreos, amostrados em povoamentos orestais pertencentes empresa Araupel, no municpio de Quedas do Iguau no Paran. Foram
selecionadas rvores de modo a identicar os indivduos que melhor representam as mdias das classes diamtricas. A obteno de dados
foi realizada de forma destrutiva e a rea que esses indivduos abrangem possui signicativa diversidade de stios. Para o total dos dados,
os resultados revelaram que, a maior parte da biomassa das rvores, est concentrada nos compartimentos fuste e galhos, e onde somente
o fuste representa 66,13% do total de biomassa da rvore e o compartimento que mais contribuiu para alocao da biomassa nas rvores.
O modelo que melhor se ajustou aos dados de FEB foi o seguinte: FEB = 2,426456 - 0,325512 * ln (DAP), apresentando um R igual a
0,897479, bem como Sxy de 0,241211. O melhor modelo para R foi o seguinte: R = 2,426456 - 0,325512 * ln (Idade), com R (coeciente
de determinao) igual a 0,741693 e Sxy (erro padro da estimativa) de 0,035040. Concluiu-se que possvel modelar adequadamente
FEB e R em funo de variveis convencionais obtidas em inventrios orestais.
As bases cartogrcas de drenagem na maior parte do territrio brasileiro foram confeccionadas h mais de 20 anos pelo IBGE e pela DSG,
e no recobrem em sua totalidade algumas regies do Brasil, havendo grandes vazios cartogrcos. O uso de cartas hidrogrcas antigas
pode comprometer a anlise dos resultados, devido dinmica da paisagem. A extrao automatizada da hidrograa, possvel a partir dos
dados de elevao adquiridos pela misso SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission) e utilizando tcnicas de Sistema de Informao
Geogrca (SIG) possibilita a atualizao dos dados a qualquer momento. Informaes atualizadas sobre a hidrograa de uma regio so
de fundamental importncia no planejamento de restaurao e manuteno das reas de Preservao Permanente (APP) em ambientes
uviais. O presente trabalho teve como objetivo comparar a malha hidrogrca disponvel para a regio oeste do estado de So Paulo e
para o litoral do Paran, com a malha hidrogrca obtida de forma automatizada atravs do Modelo de Elevao Digital SRTM, estimar
as reas de Preservao Permanente nesses ambientes uviais, bem como mapear dentro das mesmas remanescentes de orestas nativas.
Para isso, foram utilizadas as malhas hidrogrcas obtidas junto a Companhia Paranaense de Energia COPEL, do ano de 2009 e junto
ao Departamento de guas e Energia Eltrica - DAEE no ano de 2008, para o estado do Paran e So Paulo respectivamente. Ambas as
hidrograas estavam na escala 1:50.000, sendo os arquivos congurados para a projeo UTM_WGS84_Zona 22 Sul. Atravs do software
ArcGis 9.3, foi feita a extrao automtica da hidrograa de ambas as reas, atravs de imagens SRTM com 90 e 30 metros de resoluo
espacial. Aps, foram geradas as reas de Preservao Permanente existentes, e a restaurar, nos ambientes uviais das duas reas de
estudo, PR e SP. As APPs foram obtidas atravs de ferramentas encontradas no ToolBox do software ArcGis 9.3. Os resultados permitiram
concluir que a rede de drenagem gerada a partir de imagens SRTM mostrou-se coerente quando comparada com a drenagem do mapeamento
convencional e que a metodologia proposta se mostrou eciente como ferramenta para sanar o problema de desatualizao, assim como o
da falta de informaes hidrogrcas em determinadas reas.
FATOR DE EXPANSO DE BIOMASSA E RAZO DE RAZES PARA Araucria angustifolia (Bert.) O.
Ktze
SISTEMA DE INFORMAES GEOGRFICAS PARA MAPEAMENTO DE REAS DE PRESERVAO
PERMANENTE EM AMBIENTES CILIARES.
Aluno de Iniciao Cientfca: Raul Guilherme Risch (FUPEF Educare)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021773
Orientador: Carlos Roberto Sanquetta
Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: carbono, FEB, MDL, modelagem, pinheiro-do-Paran
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6
Aluno de Iniciao Cientfca: Regiane Kock de Sousa (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019868
Orientador: Prof. Nelson Yoshihiro Nakajima, Ph.D. - UFPR
Co-Orientador: Milena Ribeiro Justino, Eng. Florestal - TNC
Departamento: Cincias Florestais Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Hidrografa, SRTM, APP.
rea de Conhecimento: 5.02.02.00-6
0762
0763
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A uva-do-japo (Hovenia dulcis Thumb), pertencente famlia Rhamnaceae, originria da sia. No Brasil foi introduzida com a nalidade
da utilizao de sua madeira e como quebra ventos. A espcie possui grande quantidade de frutos com pednculo carnoso e doce, que
atrai vertebrados, os quais favorecem sua disperso. Por ser uma planta rstica, que possui crescimento rpido e de fcil disperso, acaba
se tornando uma espcie invasora nas orestas nativas. Este trabalho tem como objetivo fazer um inventrio da ocorrncia desta espcie,
com enfoque na anlise espacial do comportamento da mesma em relao biologia da espcie. O estudo foi realizado na rea da Estao
Experimental da Universidade Federal do Paran, no municpio de So Joo do Triunfo, no centro-sul do estado do Paran. Foram coletados
dados das regeneraes e das matrizes da espcie Hovenia dulcis em 4 parcelas estabelecidas (3 parcelas com 1 ha cada e uma parcela
com 0,5 ha). Os dados foram contagens totais (censo) nas referidas unidades amostrais. No laboratrio, com o auxlio de um scanner, os
dados obtidos em campo foram transferidos para o software AutoCAD, a partir das coordenadas obtidas das plntulas da regenerao e
das matrizes. Com base nisso foi possvel calcular a distncia euclidiana entre elas, considerando que a matriz aquela situada na menor
distncia e com DAP acima de 10 cm. Os resultados mostraram que as plntulas esto localizadas principalmente prximas onde h
clareiras no sub-bosque, pois ocorre uma incidncia maior de luz, o que favorece o crescimento da espcie e sua disperso. Estas plntulas
encontram-se, na maior parte, a distncias de 3 a 4 metros da matriz, em todas as parcelas. As plntulas da regenerao esto agrupadas
principalmente prximas s matrizes, conforme conrma o ndice de Morisita, que apresentou um valor de I
(Hidrxido de Magnsio
300 g mg.L
-1
owable), Cloreto de Magnsio e Extrato de Alga (Ascophyllun nodosum (L.) Le Jolis). O experimento foi realizado em duas
etapas. A primeira consistiu em produzir as mudas enxertadas e a segunda, na conduo destas mudas em ambiente protegido, localizado no
Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo do Setor Cincias Agrrias da UFPR, Curitiba, Paran. A produo de mudas foi realizada
em bandejas de poliestireno expandido (128 clulas) usando como substrato Plantmax HT
a
2
0,075 1,961 5,211
ef
2
0,225 2,288 4,792
m
2
0,226 1,932 -
p
2
1,409 29,167 58,578
h
2
ep 0,05 0,02 0,06 0,03 0,09 0,03
h
m
2
ep 0,17 0,04 0,05 0,03 -
a
2
=varincia gentica aditiva direta;
ef
2
=varincia de efeito de ambiente permanente materno;
m
2
=varincia gentica materna;
p
2
=varincia fenotpica; h
2
=herdabilidade; h
m
2
=herdabilidade
materna; ep=erro-padro.
Tabela 1. Componentes de varincia e estimativas de herdabilidade, com respectivos erros-padro,
para Peso ao Nascer (PN), Desmama (PD) e aos 185 dias de idade (P185d) conforme o modelo
mais adequado, para ovinos da raa Suffolk
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Grandes avanos ocorreram na indstria avcola nas ltimas dcadas, principalmente na rea de nutrio, que busca a formulao de raes
ecientes e econmicas. Nesse sentido, o uso de enzimas exgenas em raes tem sido difundido com o objetivo de melhorar a digestibilidade
dos nutrientes e aproveitamento da energia das dietas, constituindo assim uma alternativa para melhorar o desempenho dos frangos de
corte. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da adio de enzimas tase, um complexo multienzimtico ou
a combinao de ambas em dietas a base de milho e farelo de soja, no desempenho produtivo de frangos de corte. Foram utilizados 2.160
frangos de corte machos, da linhagem Cobb-500, criados de 1 a 42 dias de idade, distribudos em um delineamento experimental inteiramente
ao acaso, formado por 9 tratamentos: T1: controle positivo (nvel tradicional de energia), sem adio de enzimas; T2: controle negativo
(reduo de 80 kcal de EM/kg), sem adio de enzimas; T3: controle negativo com a incluso de tase; T4: controle negativo com adio
de complexo enzimtico; T5: controle negativo com adio de tase + complexo enzimtico, T6: dieta com reduo de 100 kcal de EM/kg
com adio de tase + complexo enzimtico, T7: dieta com reduo de 120 kcal de EM/kg com adio de tase + complexo enzimtico,
T8: dieta com reduo de 140 kcal de EM/kg com adio de tase + complexo enzimtico e T9: dieta com reduo de 160 kcal de EM/kg
com adio de tase + complexo enzimtico. Cada tratamento foi executado em 10 repeties com 24 aves por unidade experimental. No
primeiro, 7, 21 e 42 dias de idade, a rao fornecida, a sobra de rao e as aves foram pesadas para avaliao do consumo de rao (g),
ganho de peso corporal (g), converso alimentar (CA, g/g), ndice de converso calrica (kg de ganho de peso / kcal de energia metabolizvel
ingerida) e ndice de converso protica (g de ganho de peso / g protena ingerida). Os dados observados foram submetidos anlise de
varincia (P<0,05). No houve diferena entre os tratamentos empregados, para as variveis de desempenho estudadas, sendo que as aves
que receberam a rao controle e as alimentadas com os demais tratamentos apresentaram os mesmos resultados zootcnicos. Conclui-se
que a reduo em at 160 kcal de Energia metabolizvel por kg de rao insuciente para alterar o desempenho zootcnico de frangos,
quando a dieta suplementada com enzimas.
Em virtude da presena de oligossacardeos fermentveis no gro de soja, os quais podem prejudicar a digesto e acarretar na produo
de fezes menos consistentes pelos ces, objetivou-se avaliar os coecientes de digestibilidade aparente (CDA) e a energia metabolizvel
(EM) de derivados de soja contendo baixo teor de oligossacardeos em ces. Foram utilizados 8 ces adultos da raa Beagle, distribudos
em quadrado latino duplo (4x4) em quarto tratamentos: uma dieta referncia e trs dietas contendo 70% da dieta referncia e 30% de um
derivado da soja (protena isolada PIS, farelo 48% - FS e concentrado protico - CPS). Os animais passaram por cinco dias de adaptao e
cinco dias de colheita total de fezes por perodo. A PIS resultou em fezes mais consistentes e nos maiores CDA e EM (P<0,05), com exceo
da digestibilidade do extrato etreo (menor) (P<0,05) e dos extrativos no-nitrogenados (no diferiu) (P>0,05), em relao ao FS e CPS, os
quais no diferiram entre si em nenhuma das variveis avaliadas (P>0,05) (Tabela 1). Portanto, a maior remoo dos oligossacardeos da soja,
alm de aumentar a disponibilidade da matria seca, protena e energia da soja, promove a excreo de fezes mais consistentes pelos ces.
AO SINRGICA DO USO DE ENZIMAS EXGENAS NO DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE
EXTRAO DOS OLIGOSSACARDEOS DA SOJA SOBRE A DIGESTIBILIDADE EM CES
Aluno de Iniciao Cientfca: Juliane Garlet Viapiana (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023663
Orientador: Fabiano Dahlke Co-Orientador: Alex Maiorka
Colaborador: Ronan Omar Fernandes dos Santos (PIBIC/CNPq), Fbio Luiz Martins da Silva (PIBIC/CNPq), Andr Neves Mayer (UFPR/
TN), Vinicius Gonsales Schramm (PIBIC/CNPq), Fbio Lus de Paula Valle (Mestrando/CNPq)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: enzimas exgenas, frango de corte, desempenho.
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1 - Nutrio e Alimentao Animal
Aluno de Iniciao Cientfca: Larissa Rodrigues Gabeloni
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023051
Orientador: Simone Gisele de Oliveira Co-orientado: Alex Maiorka
Colaborador: Ananda Portella Flix (Doutoranda UFPR), Alex Maiorka (Prof.Adj.DZ-UFPR), Simone Gisele de Oliveira (Prof.Adj.DZ-UFPR)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: concentrado protico de soja, farelo de soja, protena isolada de soja
rea de Conhecimento: Nutrio e Alimentao animal - 5.04.03.00-1
0918
0919
Dietas MS MO PB EEA ENN EM MSf
Protena isolada 91,6
a
92,5
a
98,8
a
81,7
b
86,8 5479,7
a
42,2
a
Farelo 48% 85,2
b
84,7
b
89,8
b
86,6
a
88,5 3831,7
b
31,5
b
Concentrado protico 86,2
b
85,5
b
90,6
b
88,6
a
88,5 3765,1
b
30,9
b
EPM 0,91 0,84 0,87 0,53 0,58 110,36 0,96
Tabela 1. Mdias dos coecientes de digestibilidade aparente (%), energia metabolizvel
(EM, kcal/kg) e matria seca das fezes (MSf, %) de derivados de soja em ces.
MS: matria seca; MO: matria orgnica; PB: protena bruta; EEA: extrato etreo em
hidrlise cida; ENN:extrativos no nitrogenados.
EPM: erro padro da mdia.
a,b,c
Mdias seguidas por letras distintas diferem pelo tese Tukey (p<0,05).
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A bovinocultura de corte um ramo importante para o agronegcio paranaense, porm carece de muitas informaes bsicas, como um
ndice de preos da arroba do boi gordo com metodologia de clculo mais adequada. O LAPBOV/UFPR tem como um dos seus objetivos
suprir esta carncia gerando um indicador dirio do preo da arroba do boi gordo para o estado. Com base nestas informaes, a cadeia
produtiva tem subsdios para analisar o comportamento deste mercado, podendo ento tomar decises que sejam passveis de maior
rentabilidade. Para tanto realizada a coleta dos preos nominais (considerando a inao) de negcios efetivamente realizados (mercado
fsico) e os prazos de pagamento dos mesmos. Diariamente so coletadas informaes de pecuaristas, frigorcos, escritrios de compra
e venda de gado e leiloeiras paranaenses, os quais esto divididos em mesorregies, de acordo com o IBGE. As cotaes (em R$/arroba)
dos preos praticados no mercado do boi gordo correspondem ao preo do animal na fazenda, livre da CESSR (Contribuio Especial da
Seguridade Social Rural), ex-Funrural. Para isso, os preos nominais de cada fonte so descontados pelo prazo de pagamento por meio da
taxa de juros do Custo de oportunidade / DI (Depsito Interbancrio), divulgada diariamente pela BM&F / Bovespa, transformando o preo
futuro para a data atual. Aps o desconto pelo prazo de pagamento, descontam-se 2,3% da CESSR. Uma vez obtidos os preos vista de
cada informante, calculada a mdia ponderada em cada mesorregio, gerando-se assim os preos regionais vista. Depois, estes preos
so novamente agrupados por meio de uma mdia ponderada, elaborando o Indicador da arroba do boi gordo para o Estado do Paran. As
mdias so ponderadas para que se leve em considerao o peso de cada informante e de cada mesorregio no retrato nal do indicador. Nos
dias em que o informante no comercializou animais para o abate ele ca de fora da formao do indicador entrando novamente no ndice
quando tiver realizado comercializao. Caso no haja comercializao de animais em toda uma mesorregio, so considerados o preo e
volumes de abates praticados no dia anterior. A partir de dois dias sem comercializao na regio, considerada a mdia do estado para a
mesma. A divulgao feita por meio de uma tabela, postada diariamente no site www.lapbov.ufpr.br que possui acesso pblico. Para os
cadastrados no site do LAPBOV/UFPR so enviadas, alm do indicador, noticias pertinentes a agropecuria paranaense.
Os frutoligossacardeos (FOS) so oligossacardeos naturais constitudos por cadeias curtas de frutose com ligaes (2-1) e uma unidade de
glicose terminal e so considerados prebiticos por no serem degradados pelas enzimas presentes no intestino delgado, sendo fermentados
pela microbiota intestinal. A utilizao de FOS em dieta para ces pode melhorar a sade intestinal, uma vez que so molculas que ao serem
fermentadas promovem o crescimento de microorganismos que agem benecamente no intestino grosso, podendo melhorar as caractersticas
das fezes de ces. Por estes motivos, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as caractersticas das fezes de ces alimentados com
diferentes nveis de incluso de FOS na dieta. As caractersticas avaliadas nas fezes foram: teor de matria seca (MS); escore (que variou
de 1 a 5, sendo representativos da variao de fezes lquidas a secas); teor de nitrognio amoniacal; pH e produo de fezes. Para tanto,
os nveis de incluso de FOS na rao foram de 0,000; 0,047 e 0,095%. Foram utilizados quinze ces adultos, machos e fmeas, da raa
Beagle. No experimento o delineamento foi de blocos ao acaso. Foram utilizados cinco ces para cada tratamento e cinco dias (blocos) de
coleta de dados (coleta total de fezes), totalizando, portanto, vinte e cinco observaes para cada tratamento. Antes do perodo de coleta
de dados os ces passaram por um perodo de adaptao que totalizou vinte e cinco dias. Para comparao das mdias foi feito o teste de
Tukey-Kramer (P<0,05). Como resultados, foram observadas fezes mais consistentes para os ces que receberam nveis de incluso de FOS
na dieta, no teor de 0,047 (38,2%MS e escore 3,2) ou 0,095% (38,9%MS e escore 3,4), em comparao aos ces que no receberam esta
suplementao (34,8%MS e escore 2,5) (P<0,05). O pH fecal foi de 6,34 para os ces que receberam suplementao de 0,095% de FOS e,
portanto, menor do que para os que receberam nveis de 0,047 (6,57) ou 0,000% (6,54) (P<0,05). Porm, no foram observadas diferenas
signicativas no teor de amnia (0,25; 0,28 e 0,25%) e no volume de fezes dos ces (15,12; 14,44 e 14,06 g fezes na matria natural/kg
peso corporal/dia) entre os tratamentos com incluso de 0,000; 0,047 e 0,095% de FOS, respectivamente (P>0,05). Conclui-se, portanto,
que a suplementao de FOS na dieta de ces melhora a consistncia e reduz o pH das fezes.
INDICADOR DA ARROBA DO BOI GORDO NO PARAN
EFEITO DA SUPLEMENTAO DE FRUTOLIGOSSACARDEOS (FOS) EM DIETAS DE CES
Aluno de Iniciao Cientfca: Larissa Wnsche Risolia
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024757
Orientador: Paulo Rossi Junior Co-Orientador: Joo Batista Padilha Junior
Colaborador: Joo Paulo Schafer (Estagirio), Gustavo Henrique Pedroso Santos (Voluntrio), Rafael Felice Fan Chen (ITI-CNPq), Camila
da Silva Rocha (Voluntria).
Departamento: Zootecnia Setor: Agrrias
Palavras-chave: agronegcio, pecuria de corte, preos agropecurios
rea de Conhecimento: 5.04.05.00-4 Produo Animal
Aluno de Iniciao Cientfca: Laura Derenevicz Faisca (Fundao Araucria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022537
Orientador: Simone Gisele de Oliveira
Colaborador: Tatiane Aparecida Ramos (ESTAGIRIA), Daniele Cristina de Lima (ESTAGIRIA)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Oligossacardeos, prebitico, sade intestinal
rea de Conhecimento: Nutrio e Alimentao animal - 5.04.03.00-1
0920
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Com o objetivo de denir um nvel timo de protena bruta (PB) e o efeito da utilizao de leo vegetal, para o perodo inicial de dietas para
frangos de corte, realizou-se um experimento no avirio experimental do Setor de Cincias Agrrias da Universidade Federal do Paran.
Foram 400 aves da linhagem COBB alojadas de 1 at 21 dias de idade, divididas em 10 tratamentos com 4 repeties cada, totalizando 40
aves por tratamento e 10 aves por repetio. Os tratamentos consistiam em nveis de PB variando de 23% a 19% em dietas isoaminocidicas,
com e sem adio de 1,5% de leo de soja. A anlise dos resultados de Converso Alimentar (CA), Fator de Ecincia Produtiva (FEP) e
Ganho Mdio Dirio (GMD), mostrou que a dieta com adio de leo foi superior dieta sem adio de leo para um nvel de signicncia
de 5%. A dieta com 21% de PB e adio de leo vegetal apresentou o melhor desempenho entre duas das variveis analisadas. Os valores
de CA e FEP caram em 1,14 e 346,53 e para o GMD a dieta com maior rendimento foi a de 23% PB com 40,41 g/ave/dia, mas no h
diferena signicativa no intervalo de 20% a 23% de PB. Para a dieta sem leo vegetal o melhor nvel foi o de 20% de PB. Tambm foi
observada a existncia de relao quadrtica entre as variveis estudadas e o nvel protico aplicado. As equaes obtidas foram as seguintes:
Dieta com leo: CA; = 0,0186x2 - 0,8059x + 9,8475 R2 = 0,5771; GMD = -0,3636x2 + 15,986x - 135,29 R2 = 0,3142; FEP = -10,593x2
+ 460,18x - 4641,2 R2 = 0,5352. Dieta sem leo: CA = 0,0051x2 - 0,2026x + 3,2085 R2 = 0,3598; GMD = -0,0583x2 + 2,3586x + 13,923
R2 = 0,0107; FEP = -0,6107x2 + 29,475x - 43,868 R2 = 0,1121.
Objetivou-se avaliar a produo de gs intestinal e as caractersticas das fezes de ces alimentados com derivados de soja. Foram formuladas
quatro dietas, uma controle e trs contendo 30% de um derivado da soja (protena isolada - PIS, farelo 48% - FS e concentrado protico -
CPS). A dieta controle foi fornecida a 16 ces durante 7 dias no 1 perodo. Aps, as quatro dietas foram distribudas a quatro ces cada por
mais 7 dias. Ao nal do 2 perodo foram avaliadas as caractersticas das fezes e em ambos perodos avaliou-se a produo de gs intestinal,
por meio de radiograa. O FS resultou na maior produo de gs intestinal (P<0,05) e os demais no diferiram entre si (P>0,05) (Tabela 1).
Os ces alimentados com a dieta contendo PIS e a controle produziram menor quantidade de fezes, as quais foram mais consistentes e de
maior pH, signicando menor fermentao da bra no intestino (P<0,05) (Tabela 1). Assim, a remoo dos oligossacardeos da soja (PIS)
resulta em menor produo de gs intestinal e em fezes mais consistentes em ces.
Tabela 1. rea de gs intestinal e caractersticas das fezes de ces alimentados com dieta controle e contendo 30% de um derivado de soja
EFEITOS DA DIMINUIO DO NVEL DE PROTENA E DO AJUSTE DOS NVEIS DOS
AMINOACIDOS ESSENCIAIS NO PERODO DE 1 21 DIAS DOS FRANGOS DE CORTE
EXTRAO DOS OLIGOSSACARDEOS DA SOJA SOBRE A PRODUO DE GS INTESTINAL E
CARACTERSTICAS DAS FEZES DE CES
Aluno de Iniciao Cientfca: Lauro Braga Melo Filho (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023704
Orientador: Sebastio Gonalves Franco
Colaborador: Fernando Fronza, Felix Vilas Novas Greselle
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: frangos de corte, protena bruta, aminocidos essenciais.
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Llian Nunes dos Santos (Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023051
Orientador: Simone Gisele de Oliveira Co-orientador: Alex Maiorka
Colaborador: Ananda Portella Flix (Doutoranda UFPR), Simone Gisele de Oliveira (Prof.Adj.DZ-UFPR), Alex Maiorka (Prof.Adj.DZ-
UFPR)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: farelo de soja, protena isolada de soja, radiografa.
rea de Conhecimento: Nutrio e Alimentao animal - 5.04.03.00-1
0922
0923
Variveis Controle Protena isolada Farelo 48% Concentrado protico EPM
rea (cm) 16,47
b
19,03
b
25,26
a
18,26
b
1,75
Diferena (cm)
*1
-1,14
b
-0,91
b
9,44
a
2,97
b
1,10
Matria seca (%) 42,17
a
42,25
a
31,48
b
30,86
b
0,97
Escore fecal
*2
4,12
a
4,33
a
3,41
b
3,25
b
Amnia (%) 0,25 0,26 0,25 0,26 0,03
Fezes (g)
*3
0,46
b
0,34
c
0,58
a
0,57
a
0,02
pH 7,04
a
7,04
a
6,48
b
6,51
b
0,14
*1
rea de gs intestinal aps 7 dias de consumo da dieta teste - rea de gs aps 7 dias de consumo
da dieta controle.
*2
1, fezes pastosa a 5, fezes secas.
*3
g Fezes produzidas na matria natural / g
matria seca ingerida (g). EPM: erro padro da mdia.
a,b
Mdias seguidas por letras distintas diferem pelo teste Tukey ou Kruskal-Wallis (escore fecal)
(p<0,05).
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O presente trabalho teve como objetivo avaliar o consumo de forragem por cordeiros em pastagem de Tifton-85 sob duas condies de
desmame e de suplementao: (1) cordeiros desmamados precocemente e no suplementados; (2) cordeiros desmamados precocemente e
suplementados com concentrado a 2% do peso corporal (PC) em matria seca (MS)/dia; (3) cordeiros no desmamados e no suplementados;
(4) cordeiros no desmamados e suplementados com concentrado a 2% do PC em MS/dia em creep feeding. O trabalho foi conduzido no
Laboratrio de Produo e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da UFPR (LAPOC-UFPR), sendo utilizados cordeiros Suffolk. O mtodo de
pastejo foi de lotao contnua e varivel. Os ajustes de carga foram realizados a cada 21 dias segundo a tcnica put and take (Mott &
Lucas, 1952), mantendo-se a oferta de forragem em 12% do PC em MS/dia. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com
3 repeties, tendo 5 cordeiros testes por repetio, totalizando 60 animais. Foram realizadas 3 avaliaes de consumo com intervalo de
28 dias segundo a metodologia de dupla pesagem (Penning & Hooper, 1985). Os cordeiros desmamados apresentaram taxa de bocados (20
bocados/min) inferior (P<0,01) aos cordeiros no desmamados (27 bocados/min). Esta diferena pode estar associada a maior quantidade
de colmos na pastagem dos cordeiros desmamados. Isto acarretou em maior tempo para formao de bocados em cordeiros desmamados
(3 seg/bocado) comparado aos cordeiros no desmamados (2 seg/bocados). O desmame e a suplementao no interferiram (P>0,05) na
massa do bocado e na velocidade de ingesto de forragem, que corresponderam a 12,7 mg de MS/kg de PM/bocado e 0,28 g de MS/kg
de PM/min, em mdia, respectivamente. A ausncia de signicncia para estas variveis em relao aos fatores estudados ocorreu pelo
elevado desvio padro, que foi de 6,6 mg de MS/kg de PM/bocado e 0,12 g de MS/kg de PM/min, respectivamente. Nesse caso, a massa
de bocado e a velocidade de ingesto foram superiores para cordeiros desmamados e para os suplementados, com mdia de 15,2 mg de
MS/kg de PM/bocado e 0,31 g de MS/kg de PM/min, respectivamente. Por outro lado, cordeiros no desmamados e os no suplementados
apresentaram massa de bocado de 10,1 mg de MS/kg de PM/bocado e velocidade de ingesto de 0,25 g de MS/kg de PM/min em mdia.
O desmame precoce levou diminuio da taxa de bocados e ao aumento no tempo por bocados determinando reduo na ecincia de
apreenso de forragem neste sistema.
A pecuria de corte paranaense vem buscando tornar-se competitiva, o que exige atitudes inovadoras e um bom gerenciamento da atividade. A
anlise do comportamento de preos dentro desta cadeia fundamental, pois constitui uma ferramenta que auxilia no planejamento estratgico
e na tomada de decises. O presente estudo objetivou, a partir de uma srie histrica de preos, analisar o comportamento dos preos do
boi gordo no estado do Paran vericando a existncia de tendncia e caracterizando as variaes cclicas e sazonais. Os preos nominais
referentes ao perodo de janeiro de 1995 a maio de 2010, provenientes da SEAB/PR, foram deacionados utilizando-se como deator o
IGP-DI/FGV. Para a vericao de tendncia foram ajustadas retas de regresso sobre os preos reais, por meio do mtodo dos mnimos
quadrados ordinrios, enquanto que a caracterizao da sazonalidade dos preos foi obtida pelo mtodo das mdias mveis centralizadas,
calculando-se os ndices Sazonais e os ndices de Irregularidade positivos e negativos. Constatou-se uma tendncia linear decrescente,
demonstrando queda nos preos da arroba do boi gordo ao longo do perodo analisado. A anlise
da componente cclica evidenciou um ciclo de preos da arroba do boi gordo de cerca de oitos
anos no Paran. O estudo da sazonalidade (Grco) permitiu determinar os perodos de safra
(fevereiro a julho) e entressafra (agosto a janeiro) da pecuria paranaense, indo ao encontro
dos padres sazonais determinados por outros autores para diferentes estados brasileiros.
CONSUMO DE FORRAGEM POR CORDEIROS EM QUATRO SISTEMAS DE ALIMENTAO
ANLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREOS DA ARROBA DO BOI GORDO NO ESTADO DO
PARAN
Aluno de Iniciao Cientfca: Luciana Helena Kowalski (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016490
Orientador: Dra. Alda Lcia Gomes Monteiro
Colaboradores: Marina G. B. Silva (Doutoranda), Elaine C. Stupak (Zootecnista), Nelson T. Santos Jr. (Graduando), Edson F. E. Paula
(Mestrando), Susana Gilaverte (Doutoranda)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: desmame, suplementao, taxa de bocados
rea de Conhecimento: Produo Animal - 5.04.05.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Marcel Mazzarotto (PIBIC CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022788
Orientador: Paulo Rossi Junior Co-orientadora: Amanda Massaneira de Souza Schuntzemberger
Colaboradores: Joo Batista Padilha Jr (Prof. DERE), Rodrigo Nazareno de Caetano (Mestrando/CAPES), Simeon Tochetto (Estagirio),
Tcia Bergstein (Estagiria)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: comportamento de preos, sazonalidade, pecuria de corte
rea de conhecimento: 5.04.05.00-4 - Produo Animal
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Avaliou-se o comportamento alimentar de eqinos em sistemas de lotao rotacionada e contnua de pastagens temperadas em mistura,
bem como a produo do sistema. Foram utilizadas oito reas experimentais com tamanhos entre 2.500 a 4.000 m. As espcies forrageiras
utilizadas foram o azevm (Lolium multiorum), a aveia (Avena strigosa) e o trevo-branco (Trifolium repens). Para a produo das pastagens
foram coletadas amostras e separadas por espcie e secadas em estufas para posterior pesagem, estimando-se a massa de forragem produzida
(Kg/ha). O comportamento alimentar foi avaliado em dois animais (testes) por piquete. No sistema rotacionado foram utilizados mais 12
animais reguladores para oferta de 8% de massa de forragem. O perodo de adaptao foi de sete dias para o sistema contnuo e no sistema
rotacionado entraram na rea experimental no primeiro dia de avaliao, com perodo de ocupao de dois dias. As avaliaes nos animais
foram de 24 horas e consistiam de observaes diretas a cada 10 minutos. A velocidade de pastejo foi estimada por meio da taxa de bocado.
Em ambos os sistemas a aveia apresentou maior precocidade, porm menor predileo pelos animais em relao ao azevm, sendo este mais
pastejado e com a maior produo entre as espcies, porm, o sistema rotacionado, devido maior lotao, estimulou o pastejo da aveia
no decorrer do tempo. Os animais submetidos aos diferentes sistemas de pastejo no demonstraram diferenas signicativas (p> 0,05) em
relao a velocidade de ingesto e tempo de pastejo dirio. Para os animais em sistema contnuo houve favorecimento na qualidade da dieta
ingerida devido a possibilidade de seleo da pastagem, enquanto os animais em sistema rotacionado foram submetidos a competio por
alimento devido a maior lotao do piquete. No perodo avaliado a produo total dos sistemas de forragem foi de 4.003 kg MS/ha e 4.199
kg MS/ha, para o rotacionado e contnuo, respectivamente. O azevm apresentou maior produtividade, o trevo-branco desenvolvimento
tardio, porm satisfatrio e a hemrtria, j estabelecida, no imps concorrncia. Todas as espcies suportaram a taxa de lotao. O sistema
de lotao no altera as caractersticas comportamentais de cavalos em pastejo de forrageiras de inverno, bem como a produo.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a inuncia de sistemas de terminao de cordeiros nos componentes estruturais da pastagem de
Tifton-85. Os sistemas de terminao foram: (1) cordeiros desmamados e no suplementados; (2) cordeiros desmamados e suplementados
com concentrado protico (22% PB) a 2% do peso corporal (PC) em matria seca (MS)/dia; (3) cordeiros lactentes e no suplementados;
(4) cordeiros lactentes suplementados com concentrado a 2% do PC em MS/dia em creep feeding. O trabalho foi conduzido no Laboratrio
de Produo e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da UFPR (LAPOC-UFPR), entre Novembro/2008 e Maro/2009. Foram utilizados cordeiros
Suffolk, com mdia de 35 dias de idade. O mtodo de utilizao de pastagem foi de lotao contnua com carga animal varivel. Os ajustes
de carga eram realizados a cada 21 dias seguindo a tcnica put and take (Mott & Lucas, 1952), procurando-se manter a oferta de massa
de forragem em 12% do PC em MS/dia. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 3 repeties, tendo 5 cordeiros testes
por repetio, totalizando 60 cordeiros testes. Foram coletadas trs amostras do pasto por unidade experimental a cada 21 dias, totalizando
7 avaliaes. As amostras foram estraticadas a cada dez centmetros de altura com auxlio de um estraticador e uma rgua graduada. A
forragem, em cada estrato, foi cortada e identicada. As amostras estraticadas, foram separadas nas fraes lminas foliares (LF), colmos
+ bainhas (CB), inorescncias (I) e material morto/senescente (MM) e, em seguida, colocadas em estufa, sendo posteriormente pesadas.
O quociente entre as massa dos componentes LF, CB ou I pela altura do pasto comps o clculo da densidade de lminas foliares (DLF),
densidade de colmos e bainhas (DCB) e densidade de inorescncias (DI), expressas em kg de MS.m
-3
. Os sistemas de terminao no
inuenciaram (P>0,05) a massa e a densidade mdia da forragem por estrato. As caractersticas de cada estrato da pastagem diferiram
(P<0,05) entre os sistemas avaliados. Na ausncia de suplementao, o desmame inuenciou (P<0,05) as caractersticas estruturais do estrato
de 0 a 10 cm. O sistema com cordeiros desmamados e suplementados afetou (P<0,05) as caractersticas da pastagem, resultando em maior
nmero de estratos, com maior quantidade de lminas foliares e colmo + bainhas. O sistema de terminao com cordeiros desmamados e
suplementados teve maior quantidade de material senescente/morto no estrato de 10 a 20 cm. O desmame e a suplementao afetaram as
caractersticas estruturais da pastagem de Tifton-85.
COMPORTAMENTO ALIMENTAR E POTENCIAL PRODUTIVO DE PASTAGEM DE INVERNO PARA
EQUINOS EM LOTAO CONTNUA E ROTACIOANADA
EFEITO DO PASTEJO COM OVINOS SOBRE AS CARACTERSTICAS DA PASTAGEM DE TIFTON-85
Aluno de Iniciao Cientfca: Marina Volanski Teixeira Netto (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022518
Orientador: Joo Ricardo Dittrich
Colaborador: Fabola Cassanelli (IC - Voluntria), Alex Henrique Lobo (IC - Voluntria)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: comportamento, eqinos, forragem.
rea de Conhecimento: 5.04.05.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Nelson Teixeira Santos Junior (Bolsista PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016490
Orientador: Dra. Alda Lcia Gomes Monteiro
Colaboradores: Thiago A. Cruz (Graduando), Cludio J. A. Silva (Doutorando), Damaris F. Souza (Mestranda), Fernando Hentz (Mestran-
do), Thayla S. S. Stivari (Mestranda)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: massa de forragem, ovinos, relao folha:colmo
rea de Conhecimento: Produo Animal 5.04.05.00-4
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A capacidade de ltrao das ostras pode ser medida atravs da taxa de clareamento (TC), que expressa pela quantidade de partculas
ltradas de um determinado volume de gua por unidade de tempo. Este parmetro fornece subsdios importantes sobre a capacidade de
ingesto de alimentos e, conseqentemente, de crescimento. O objetivo deste trabalho foi analisar comparativamente as TC apresentadas
por C. brasiliana e por C. gigas, expostas a diferentes fotoperodos. As duas espcies foram submetidas a trs tratamentos experimentais:
24 horas de luz, 12 luz/12 escuro e 24 de escuro. O experimento foi realizado em aqurios de 40 litros, contendo 18 litros de cultura de
microalgas da espcie Isocrysis galbana, em presena de aerao constante, salinidade 20 ups e temperatura de 20C. Cada fotoperodo
foi testado utilizando-se quatro rplicas, com seis animais por aqurio. Como controle foram utilizados trs aqurios, onde foram mantidas
todas as condies experimentais, inclusive culturas da mesma microalga, porm sem a presena de ostras. Foram coletadas amostras de
gua dos aqurios a cada duas horas, durante 24 horas consecutivas. Com auxlio de uma cmara de Neubauer e um microscpio com
sistema digital de imagens acoplado, foram registradas fotomicrograas de cada amostra para posterior contagem das microalgas, atravs
do software Leica Qwin. No nal do experimento, foram medidos os parmetros biomtricos (peso seco, altura e largura) das ostras. Os
dados foram analisados atravs do mtodo de anlise de covarincia (ANCOVA), por meio do programa Statsoft Statistica 8.0
. As TC
apresentadas pelas ostras foram inuenciadas pelo perodo do dia, pelo fotoperodo e pela interao entre estas duas variveis, (p<0.001,
F=37,81, 20,81 e 29,29 respectivamente). As TC tambm se mostraram inuenciadas pela interao entre o perodo do dia e os tratamentos,
(p<0.007, F=2,42). Com relao s TC e os parmetros biomtricos foi observada relao direta e signicativa (p < 0,05), apenas entre a
TC e o comprimento de C. gigas. As TC no diferiram entre as espcies testadas, alm disso, C. brasiliana e C. gigas apresentaram padres
circadianos muito semelhantes de ltrao ao longo do perodo experimental. Os resultados indicam que, em condies laboratoriais, a
capacidade de ltrao e, consequentemente, de obteno de alimentos apresentada pela ostra C. brasiliana semelhante apresentada por
C. gigas, a espcie mais produzida no mundo. Esses resultados corroboram o potencial aqucola de C. brasiliana.
A ecincia alimentar pode ser uma caracterstica importante a ser considerada nos programas de melhoramento gentico em bovinos de
corte, para isso necessrio vericar suas correlaes com outras caractersticas de importncia econmica, como as caractersticas de
carcaa. Este estudo teve por objetivo vericar as correlaes entre a ecincia alimentar bruta (EA) e as caractersticas de carcaa avaliadas
por ultrassonograa. O experimento foi realizado no municpio de Guapirama no Norte do Paran entre dezembro/2008 e maro/2009, com
durao total de 84 dias. Foram utilizados 46 touros da raa Nelore com aproximadamente 22 2 meses de idade e 409 49 kg de peso
vivo, que foram connados em baias individuais. A dieta foi fornecida duas vezes ao dia, na proporo de 50:50 volumoso/concentrado na
matria seca (MS). Os touros foram pesados cinco vezes, em jejum alimentar de 12 horas, para obteno do ganho de peso mdio dirio
(GPD) durante o connamento. O consumo de matria seca (CMS) foi obtido pela mdia da diferena entre a quantidade de alimento
dirio fornecido e a quantidade de sobras dirias. A ecincia alimentar bruta (EA) foi calculada como a razo entre o GPD e o CMS. As
avaliaes de carcaa foram realizadas duas vezes no experimento com o auxlio de um ultrassom modelo Aloka SSD500, equipado com
transdutor linear de 3,5 MHz e 178 mm de comprimento, acoplado a uma guia acstica. Foram mensurados: a rea de olho de lombo no
msculo Longissimus dorsi inicial e nal (AOLi e AOLf), a espessura de gordura subcutnea no msculo Longissimus dorsi (EGSi e EGSf)
e a espessura de gordura subcutnea sobre o msculo Biceps femoris (EGPi e EGPf). A partir destes dados foram calculados os ganhos
destas medidas durante o experimento (AOLg, EGSg e EGPg). Para a anlise estatstica, foram estimadas correlaes simples de Pearson
considerando nvel de signicncia de 5%. Os resultados obtidos mostraram que houve correlao signicativa (P<0,05) entre a EA e
AOLi (r=-0,32), AOLg (r=0,43), EGSi (r=-0,31) e EGSg (r=0,31), as demais variveis no foram estatisticamente (P>0,05) correlacionadas
com a EA. As correlaes da EA com o AOLg e EGSg foram positivas. Conclui-se que touros Nelore com maior EA apresentam maior
musculosidade de carcaa e melhor deposio de gordura subcutnea.
AVALIAO DAS TAXAS DE CLAREAMENTO DE Crassostrea brasiliana (LAMARCK, 1819) E DE C.
gigas (THUNBERG, 1793) SUBMETIDAS A DIFERENTES FOTOPERODOS.
EFICINCIA ALIMENTAR BRUTA E SUAS CORRELAES COM CARACTERSTICAS DE CARCAA
MEDIDAS POR ULTRASSOM EM TOUROS NELORE
Aluno de Iniciao Cientfca: Pedro Iosafat Istchuk (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023707
Orientador: Antonio Ostrensky Neto Co-Orientador: Thayzi De Oliveira Zeni
Colaborador: Francesco Perissinotti (PIBITI - CNPq)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Alimentao, ostreicultura, aquicultura.
rea de Conhecimento: 5.06.01.00-8 Recursos Pesqueiros Marinhos
Aluno de Iniciao Cientfca: Rafael Felice Fan Chen (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024542
Orientador: Paulo Rossi Junior Co-Orientador: Miguel Henrique de Almeida Santana
Colaborador: Diego de Crdova Cucco, Isabel Cristina Bonometti Stieven, Srgio Rodrigo Fernandes, Amanda Massaneira de Souza
Schuntzemberger
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: bovinos de corte, carcaa bovina, ultrassonografa
rea de Conhecimento: 5.04.05.00-4 Produo Animal
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A eviscerao uma etapa importante na reduo de riscos microbiolgicos que ocorrem durante o uxograma de abate das aves. Este
processo nem sempre preserva a integridade das vsceras durante sua remoo. A cloaca, vescula biliar e o papo so particularmente
importantes, pois quando expostos a danos, levam ao extravasamento de seu contedo, contaminando a parte interna da carcaa e o peito.
O uso de cidos orgnicos na gua de bebida, de sete dias a 24 horas antes do abate, tem sido sugerido como forma de minimizar os riscos
microbiolgicos durante a eviscerao. Porm, na ingesto de gua que o sistema gustativo das aves tem o seu principal papel, induzindo
queda no consumo de gua muito doce ou com substncias amargas como alguns cidos orgnicos. O objetivo deste trabalho foi elucidar
o comportamento ingestivo de gua, e o desempenho zootcnico de frangos de corte submetidos ao tratamento cido da gua de bebida.
No experimento foram utilizados 320 frangos de corte machos, da linhagem Cobb, com peso mdio inicial de 3,360 kg (0,075), criados
de 46 a 53 dias de idade. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, composto por quatro tratamentos, com oito
repeties. As dietas foram isonutritivas, seguindo recomendaes nutricionais praticadas na indstria avcola, variando apenas a gua
de bebida pela adio de acidicante solvel em gua (T1= sem adio de acidicante; T2= 160g/1000Kg de gua; T3= 320g/1000Kg
de gua T4= 480g/1000Kg de gua), composto por uma associao de cidos orgnicos fumrico (27%) e ctrico (28%) . As diluies
do acidicante em gua, da mesma fonte, e sem cloro, foram feitas diariamente e uma amostra de pH foi coletada imediatamente aps a
diluio (pH T1 = 7,48, pH T2 = 4,32; pH T3 = 3,16; pH T4 = 2,76). Os parmetros avaliados foram: consumo de gua, consumo de rao,
ganho de peso e converso alimentar e os dados foram submetidos a Anlise de Varincia,e as mdias comparadas pelo teste de Tukey
(P<0,05). Contraditoriamente outros autores que observaram reduo no consumo de gua quando utilizavam cido ctrico na gua de
bebida durante as 8 horas de jejum pr abate; no presente experimento no foram encontradas diferenas signicativas estatsticamente
neste parmetro e nem para ganho de peso e converso alimentar. As contradies encontradas podem ser explicadas pelo fato de que
no presente trabalho as aves foram estimuladas ao consumo de gua uma vez que a rao tambm era fornecida, e pelo maior perodo de
avaliao, que compreendeu sete dias. Concluiu se ento que a incluso de acidicante solvel em gua de bebida, nas doses administradas
no experimento, durante os 46 at os 53 dias de idade dos frangos de corte no interfere no consumo de gua durante o mesmo perodo,
assim como no apresentou inuncia nos parmetros de ganho de peso, consumo de rao e converso alimentar.
O bom desempenho do suno ps desmame fundamental para a produo, para isso a melhoria da ecincia de utilizao das dietas
extremamente importante para o sucesso nessa fase. O objetivo com o trabalho foi avaliar em que quantidade o Nucleotdeo pode entrar na
dieta concomitantemente com a reduo do Plasma viabilizando economicamente a dieta sem piorar o desempenho dos leites nas primeiras
semanas ps desmame. Foram utilizados 104 leites (52 machos e 52 fmeas) com 21 dias de idade, distribudos em delineamentos de
blocos ao acaso, em esquema fatorial 3x3, sendo trs nveis de plasma (0%, 2% e 4%) e trs nveis de nucleotdeo (0%, 0,025% e 0,050%),
totalizando nove tratamentos com seis repeties (dois animais por repetio). Os animais foram divididos em blocos por peso totalizando
seis blocos com 18 animais, nove machos e nove fmeas por bloco. Durante o perodo do experimento, os animais permaneceram em baias
suspensas, com fornecimento de rao de acordo com a necessidade energtica e gua a vontade. Os animais foram pesados semanalmente
e tiveram seu consumo anotado quando houvesse sobras. O experimento teve durao de 42 dias, com fornecimento de dieta experimental
durante os primeiros 14 dias, nos perodos seguintes foram fornecidas duas dietas diferentes, pr-inicial por 14 dias e dieta inicial at nal do
experimento. Semanalmente, coletaram-se dados para ganho de peso, converso alimentar e consumo dirio de rao. A anlise econmica
do desempenho foi realizada com base no custo com alimentao para cada quilograma de peso vivo ganho por dia (CGPD) e no ndice de
ecincia econmica (IEE), este sendo a relao entre o menor custo para cada quilograma de peso vivo e custo mdio para cada quilograma
de peso vivo por tratamento. Comparando-se as mdias obtidas para IEE e CGPD, vericou-se que a dieta com adio de Nucleotdeo
a 0,025% e Plasma a 0% apresentou signicativamente (p>0,05) o menor custo para ganho de peso dirio e conseqentemente o maior
ndice de ecincia econmica. Com isso, a dieta com adio de 0,025% de Nucleotdeo e 0% de Plasma a mais vivel economicamente
nas condies em que foi testada.
ADIO DE ACIDIFICANTE SOLVEL EM GUA DE BEBIDA PARA FRANGOS DE CORTE
AVALIAO ECONMICA DO DESEMPENHO ZOOTCNICO DE LEITES DESMAMADOS
ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO PLASMA SPRAY DRIED E OU NUCLEOTAID30%
Aluno de Iniciao Cientfca: Rodolfo Buratto Nuernberg (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009000001
Orientador: Alex Maiorka Co-Orientador: Fabiano Dahlke
Colaborador: Andr Neves Mayer (INICIAO/PBITI) Andr Fvero (Mestrado/CNPq)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: eviscerao, pr abate, salmonella.
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Rogerio Moreto de Jesus (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023547
Orientador: Antonio Joo Scandolera
Colaborador: Carolina Fernandes Brito (EXTENSO/UFPR-TN), Alessandra Monteiro (ESTAGIRIA), Adriana Sommavilla(ESTAGIRIA),
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: suno, ganho de peso, nutrio animal.
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1
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A utilizao de enzimas exgenas na avicultura vem se consagrando pelos seus vrios benefcios j comprovados, como ao sobre fatores
antinutricionais, possibilidade da reduo de nutrientes das raes e melhora da sua digestibilidade, ocasionando uma menor excreo de
nutrientes como nitrognio e o fsforo, que alm de poluentes podem inuenciar no desempenho das aves, pela piora na qualidade da cama.
Dentre as enzimas utilizadas comercialmente, as tases se destacam pela sua ao sobre o cido ftico, resultando em uma maior liberao
de fsforo, clcio, aminocidos, entre outros minerais. Outras enzimas como as carboidrases, podem ser fornecidas por meio de complexos
enzimticos para aumentar seu leque de ao sobre diversos carboidratos presentes nos ingredientes, principalmente sobre os poloissacardeos
no-amilceos que aumentam a viscosidade da digesta e diminuem a digestibilidade de outros nutrientes. Neste sentido, foi realizado um
experimento com o intuito de avaliar os efeitos da adio de enzimas tase, um complexo enzimtico ou a combinao de ambas em dietas
de frangos de corte sobre a qualidade da cama. Foram utilizados 2.160 frangos de corte, distribudos em um delineamento inteiramente
casualizado composto pelos seguintes Tratamentos: T1- controle positivo (nvel tradicional de energia), sem adio de enzimas; T2-Controle
negativo (reduo de 80 kcal de EM/kg), sem adio de enzima; T3- Controle negativo com a incluso de Fitase; T4- controle negativo com
adio de complexo enzimtico; T5: controle negativo com adio de Fitase + complexo enzimtico, T6: dieta com reduo de 100 kcal
de EM/kg com adio de Fitase + Complexo enzimtico, T7: dieta com reduo de 120 kcal de EM/kg com adio de Fitase + Complexo
enzimtico, T8: dieta com reduo de 140 kcal de EM/kg com adio de Fitase + Complexo enzimtico e T9: dieta com reduo de 160
kcal de EM/kg com adio de Fitase + Complexo enzimtico, sendo cada com dez repeties de 24 aves. O experimento teve a durao
de 42 dias, onde analisou a composio da cama (UM, MM, Ca, P, N, Zn, Mn, Cu), quantidade de cama gerada por frango, coeciente de
resduo e produo de amnia. Os dados obtidos foram submetidos anlise de varincia (P<0,05). Para as variveis analisadas no houve
diferena estatstica ao nvel de 5% de signicncia, demonstrando que diferentes nveis de energia, com a suplementao de tase, dos
complexos enzimticos e das combinaes de ambas, no inuenciam na qualidade e composio da cama de frango.
Os ensaios de digestibilidade em ces podem ser realizados com animais alojados em baias de alvenaria e gaiolas metablicas. Desta
forma, o objetivo do estudo foi comparar os coecientes de digestibilidade aparente (CDA) de um alimento seco completo para ces e a
consistncia das fezes entre animais alojados em baias e gaiolas metablicas. Participaram do experimento seis ces adultos da raa Beagle,
distribudos em delineamento Cross over (2 tratamentos x 2 perodos). Estes foram alojados em dois ambientes: gaiolas metablicas (0,7
comprimento x 0,6 altura x 0,5 m largura) e em baias de alvenaria com solrio (5 m de comprimento x 2 m de largura) e foram alimentados
por dez dias, sendo cinco dias de adaptao e cinco dias de colheita total de fezes por perodo, totalizando seis repeties por tratamento.
As variveis analisadas nas fezes foram: escore fecal (1: fezes pastosas a 5: fezes secas), matria seca e produo de fezes. Os CDA no
diferiram entre os tratamentos, conforme tabela 1. No entanto, as fezes dos ces alojados em gaiolas metablicas foram mais consistentes
e produzidas em menor volume do que as fezes dos ces alojados em baias de alvenaria.
ASPECTOS AMBIENTAIS DO USO DE ENZIMAS EXGENAS PARA FRANGOS DE CORTE
COMPARAO DA DIGESTIBILIDADE E CONSISTNCIA DAS FEZES DE CES ALOJADOS EM
BAIAS E EM GAIOLAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Ronan Omar Fernandes dos Santos (PIBIC-CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023663
Orientador: Fabiano Dahlke Co-Orientador: Alex Maiorka
Colaborador: Fbio Luiz Marins da Silva (PIBIC-CNPQ), Juliane Garlet Viapiana (PIBIC-CNPQ), Lucas Newton Ezaki Barrilli (IC- Voluntria)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Frangos de corte, enzimas exgenas, cama de frango.
rea de Conhecimento: 5.04.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Tabyta Tamara Sabchuk (PIBIC/CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023495
Orientador: Alex Maiorka Co-Orientador: Simone Gisele de Oliveira
Colaborador: Ananda Portella Flix (Doutoranda/ UFPR);Cleusa Bernardete Marcon de Brito , Fabiane Y. Murakami (Msc. Cincias Vete-
rinrias /UFPR); Carolina P. Zanatta , Tatiane Aparecida Ramos (Graduandas em Zootecnia /UFPR)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: digestibilidade , gaiola metablica, consitncia das fezes.
rea de Conhecimento: Nutrio e Alimentao Animal - 5.04.03.00-1.
0932
0933
CDA (%) Gaiola Baia CV (%)
Matria seca 68,9 + 1,5 67,4 + 0,9 4,5
Matria Orgnica 74,1 + 1,3 72,7 + 0,8 3,6
Protena bruta 74,6 + 1,6 71,8 + 1,3 5,1
Extrato etreo hidrlise cida 84,1 + 1,1 84,6 + 0,9 2,9
Extrativos no-nitrogenados 75,8 + 1,2 74,4 + 0,6 3,0
Energia metabolizvel 3515,5 + 62,2 3473,9 + 35,5 3,4
Escore
1
3,5
a
+ 0,09 3,0
b
+ 0,05 14,3
Matria seca das fezes
2
39,0
a
+ 0,9 34,3
b
+ 0,3 8,0
Produo de fezes na MN
3
14,6
b
+ 0,7 19,8
a
+ 1,1 20.2
a,b
Mdias na mesma linha sem uma letra em comum diferem pelo teste t-Student.
1
Escore (1: fezes pastosas e sem forma a 5: fezes ressecadas e quebradias).
2
CV: Coeciente de variao.
3
Produo de fezes na matria natural/ peso corporal (kg) / dia
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Em funo da capacidade moduladora dos probiticos sobre a microbiota intestinal a favor da sade do hospedeiro, objetivou-se avaliar
a digestibilidade e as caractersticas das fezes de ces suplementados com Bacillus subtilis (C-3102) na dieta. Foram utilizados 12 ces
Beagles, os quais foram distribudos ao acaso em dois tratamentos, controle e com 0,01% B. subtilis (C-3102). Os animais passaram por 25
dias de adaptao s dietas e cinco dias para colheita total de fezes. As caractersticas das fezes avaliadas foram: pH, escore (1: fezes moles
a 5: fezes secas), matria seca, amnia e produo de fezes. Os dados foram submetidos a anlise de varincia e as mdias comparadas
por Tukey-Kramer. Os ces suplementados com probitico apresentaram fezes mais consistentes e com menor teor de amnia. O pH e a
produo de fezes no diferiu entre os tratamentos (Tabela 1). A suplementao com Bacilus subtilis (C-3102) melhora a consistncia e
diminui o odor das fezes dos ces.
O Capim Tangola (CT) um hbrido natural entre os capins Tanner Grass (TG) (Bachiaria arrecta) e Angola (Brachiaria mutica). Essa
forrageira adaptada a reas sujeitas inundao ou alagamentos peridicos. Por este motivo muito utilizada na regio litornea do
Paran. uma gramnea perene bastante agressiva, adaptada a solos de baixa fertilidade, condio que proporcionou sua expanso em
pastagens. Contudo so raros os trabalhos na literatura avaliando essa forrageira. O nitrognio (N) o principal constituinte das protenas,
as quais participam ativamente na sntese de compostos orgnicos determinantes do crescimento da estrutura vegetal. O presente estudo
teve por objetivo caracterizar a composio bromatolgica dos capins TG e CT crescendo em condies naturais de pastagens no litoral
paranaense (Ensaio 1), bem como avaliar a produo e resposta adubao do CT plantado em vasos, em casa de vegetao (Ensaio 2). No
ensaio 1, os capins foram colhidos em trs propriedades distintas, e caracterizados bromatologicamente. Vericou-se grande variabilidade
na composio entre amostras, para ambas as espcies, devidas ao padro de crescimento e idade siolgica das plantas. O TG apresentou,
em mdia, 19,1% de matria seca (MS); 11,9 de protena bruta (PB); 61,1% de FDN; 23,2% de FDA e 7,4% de cinzas. O CT apresentou,
em mdia, 17,6% de MS; 12,3% de PB; 61,2% de FDN; 25,1% de FDA e 7,5% de cinzas. Ambas as espcies so consideradas de alta
qualidade quando comparadas a outras espcies do gnero Brachiaria. No ensaio 2, o CT foi submetido s doses de 50 e 100 kg de N/
ha, usando-se sulfato de amnio (SA) ou nitrato de potssio (NP) como fonte de N, alm do tratamento controle, com cinco repeties. A
produtividade (g MS/vaso) foi avaliada em trs cortes, com intervalos de 28 dias. A adubao nitrogenada no exerceu efeito positivo sobre
a produtividade do capim Tangola No foram observadas diferenas estatsticas entre os tratamentos, o que pode ser explicado em parte
pelo alto coeciente de variao vericado (60%). As dosagens de 100 kg de N/ha, de ambas as fontes, apresentaram reduo marcante na
produtividade, indicando provvel intoxicao das plantas por excesso de N. Vericou-se em todos os tratamentos reduo na produtividade
do CT em funo do tempo. O Capim Tangola pode ser considerado uma forrageira de boa qualidade, sobretudo para reas alagadias. A
resposta desse hbrido adubao foi inconclusiva, e novos ensaios so necessrios para embasar as recomendaes de adubao e manejo.
Suporte Financeiro: UFPR/TN.
CARACTERSTICAS DAS FEZES DE CES SUPLEMENTADOS COM BACILLUS SUBTILIS NA DIETA
AVALIAO DO TEOR DE NITRATO EM PASTAGENS DE CAPIM-TANGOLA (Brachiaria mutica x
Brachiaria radicans).
Aluno de Iniciao Cientfca: Tatiane Aparecida Ramos (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023669
Orientador: Alex Maiorka
Colaborador: Vinicius Gonsales Schram (graduando em Zootecnia - UFPR), Ananda Portella Flix (doutoranda UFPR), Alex Maiorka
(Prof.Adj.DZ-UFPR)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: Consistncia das fezes, Microbiota intestinal, Probitico.
rea de Conhecimento: Nutrio e Alimentao Animal 5.04.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: Thayana Marinho Mikosz (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023505
Orientador: Patrick Schmidt
Colaborador: Daniel Junges, Ingrid Janine Menegusso de Souza, Joo Paulo Gomes de Carvalho
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: bromatologia, pastagem, produo
rea de Conhecimento: 5.04.04.00-8 Pastagem e Forragicultura
0934
0935
Tabela 1 Caractersticas das fezes de ces alimentados com uma dieta controle e com probitico (mdia + erro padro)
a,b,c
Mdias na mesma linha sem uma letra em comum diferem pelo teste Tukey-Kramer (p<0,05)
CV: coeciente de variao
*1
Escore: 1: fezes pastosas a 5: fezes secas
*
2
Produo de fezes na matria seca (g) em um dia.peso corporal do co (kg)
-1
Variveis Controle Probitico CV (%)
Escore
*1
3,0 + 0,11
b
3,4 + 0,09
a
18,1
Matria seca (%) 36,5 + 0,54
b
39,1 + 0,64
a
9,2
pH das fezes frescas 6,7 + 0,08 6,6 + 0,04 3,5
Amnia (%) 0,56 + 0,02
a
0,45 + 0,01
b
18,5
gMSfez.kgPC
-1
.dia
-1*2
3,76 + 0,27 3,23 + 1,15 33,2
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O experimento foi realizado no Laboratrio de Produo e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da Universidade Federal do Paran, situado na
Fazenda Experimental do Cangiri. O objetivo foi avaliar as caractersticas da carcaa de cordeiros Suffolk sob duas condies de desmame
e de suplementao: (1) cordeiros terminados ao p das mes sem suplementao; (2) cordeiros terminados ao p das mes e suplementados
em creep feeding com concentrado protico-energtico a 2% do peso coporal (PC) em matria seca (MS)/dia; (3) cordeiros desmamados e
no suplementados; (4) cordeiros desmamados e suplementados com concentrado protico-energtico a 2% do PC em MS/dia. Os animais
foram avaliados durante o perodo de produo da forrageira Tifton-85, totalizando 116 dias. O delineamento foi em blocos casualizados
em esquema fatorial 2x2, com trs repeties e dois cordeiros testes por repetio. As unidades experimentais foram constitudas por seis
piquetes de 0,15 ha referentes aos tratamentos 1 e 2, e seis piquetes de 0,1 ha referentes aos tratamentos 3 e 4. Ao trmino do experimento,
quando ocorreu o abate, os cordeiros apresentavam idade mdia aproximada de 136 dias. Antes do abate, os cordeiros foram pesados e
avaliados subjetivamente quanto condio corporal. Depois do abate, as carcaas foram pesadas, resfriadas por 24 horas e novamente pesadas
para determinao dos rendimentos e da perda ao resfriamento. Os cordeiros desmamados e no suplementados apresentaram menor peso
nal, menores pesos de carcaa e menor cobertura de gordura (P<0,05). Cordeiros terminados ao p das mes sem suplementao tiveram
resultados semelhantes (P>0,05) aos desmamados suplementados, o que indica a semelhana nutricional entre os sistemas sem desmame
e com suplementao concentrada ps-desmame sob condies de pastejo, possibilitando a obteno do mesmo padro do produto nal.
H necessidade de suplementar cordeiros desmamados precocemente para assegurar a produo de carcaas de boa qualidade. Entretanto,
manter os cordeiros com as mes sem suplementao proporciona bom desempenho e boas caractersticas de carcaa sem que haja a
necessidade de suplementao com concentrado.
Os objetivos deste trabalho foram vericar a inuncia dos efeitos ambientais sobre as caractersticas peso e altura de cernelha e estimar
a herdabilidade para estas caractersticas dos 260 aos 780 dias de idade, em intervalos de 40 dias, de equinos pertencentes a cavalaria do
Exrcito brasileiro. Foram avaliados os efeitos do ano de nascimento, sexo e idade da gua ao parto sobre o peso e altura de cernelha de
animais sem raa denida. Para as estimativas de herdabilidade, o modelo considerou, como aleatrio, o efeito gentico aditivo direto, como
xos, os efeitos de sexo e ano de nascimento e os efeitos lineares de altura de cernelha e idade do animal, como covariveis, para anlise
do peso. Para a anlise da altura, os efeitos lineares do peso e idade foram inclusos como covariveis. O ano de nascimento e a idade
mensurao foram signicativos, diferentemente da idade da gua ao parto que no afetou as caractersticas, j que se tratava de animais
desmamados precocemente. O sexo teve inuncia somente sobre o peso. Para o arquivo completo, as herdabilidades estimadas foram
0,40 e 0,70, para peso e altura de cernelha, respectivamente, indicando a possibilidade de seleo individual. Para os arquivos subdivididos
em classes de idade, os coecientes de herdabilidade variam entre 0,04 e 0,77 para peso, em que a maior estimativa foi obtida entre 440
e 480 dias de idade. Para altura, as herdabilidades
oscilaram entre 0,08 e 0,98, sendo que a maior
estimativa foi encontrada entre 300 e 340 dias
de idade, perodo que possibilita uma seleo
individual mais eciente.
PESO E CARCAA DE CORDEIROS TERMINADOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE ALIMENTAO
EM PASTAGENS.
EFEITOS AMBIENTAIS E GENTICOS SOBRE CARACTERSTICAS DE CRESCIMENTO DE
EQUINOS DO EXRCITO BRASILEIRO
Aluno de Iniciao Cientfca: Thiago Augusto da Cruz (Bolsista PIBIC-AF CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016490
Orientador: Alda Lcia Gomes Monteiro
Colaborador: Luciana H. Kowalski (Graduanda), Sergio R. Fernandes (Doutorando), Odilei R. Prado (Doutorando), Jordana A. Salgado
(Mestranda), Daniel Junges (Mestrando)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: creep feeding, desmame precoce, suplementao
rea de Conhecimento: Produo Animal 5.04.05.00-4
Aluno de Iniciao Cientfca: Tiago Rafael Cosmo (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023481
Orientador: Laila Talarico Dias Teixeira Co-Orientador: Rodrigo de Almeida Teixeira
Colaboradores: Andr Luiz Grion e Jaime Luiz Alberti Filho
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: altura de cernelha, herdabilidade, peso.
rea de Conhecimento: Gentica e Melhoramento dos Animais Domsticos 5.04.02.00-5
0936
0937
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Probiticos possuem capacidade moduladora sobre a microbiota intestinal, favorecendo a sade intestinal do hospedeiro e, portanto, podendo
melhorar o aproveitamento dos nutrientes da dieta. No experimento, foi avaliada a digestibilidade em ces suplementados com Bacillus
subtilis (C-3102) na dieta. Foram utilizados 12 ces adultos da raa Beagle, distribudos em delineamento inteiramente casualizado, divididos
em duas dietas: dieta controle e com adio de 0,01% Bacillus subtilis (C-3102) (1x10
10
UFC.g
-1
). Foram 25 dias de adaptao a dieta e 5
dias de colheita total de fezes. As amostras das fezes foram secas 55C, para posterior anlise, junto as amostras das dietas, de: matria
seca 105C, protena bruta, bra bruta, matria mineral, extrato etreo em hidrolise acida e energia bruta, para clculo dos coecientes
de digestibilidade aparente (CDA) e energia metabolizvel (EM). As mdias foram submetidas anlise de varincia e posteriormente
ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os CDA e EM no apresentaram diferena signicativa entre os tratamentos (P>0,05) (Tabela
1). A suplementao de 0,01% Bacillus subtilis (C-3102) no altera a digestibilidade e a metabolizabilidade da energia da dieta em ces.
O desenvolvimento de conceito de conservao de espaos naturais, institucionalmente protegidos teve inicio nos Estados Unidos com a criao
do Yellowstone National Park, em 1872, representando o marco inicial de um processo de sensibilizao mundial para a concepo desses
espaos, determinados como Unidades de Conservao. Sendo espaos territoriais onde seus recursos ambientais possuem caractersticas
naturais relevantes, legalmente institudas pelo Pode Pblico, cujo principal objetivo a preservao alm de outros denidos pelo plano
de manejo conforme a administrao da unidade. O objetivo desse trabalho foi o levantamento de informaes das unidades de conservao
de mbito municipal, estadual e federal, que se inserem nos vinte e seis municpios que compe a regio metropolitana de Curitiba usando
informaes provenientes do Instituto Ambiental do Paran (IAP), Ministrio do Meio Ambiente (MMA), IBAMA e Instituto Chico Mendes
de Conservao da Biodiversidade (ICMbio).
Os resultados avaliados esto representados na Tabela 01.
DIGESTIBILIDADE DE CES SUPLEMENTADOS COM BACILLUS SUBTILIS NA DIETA
AVALIAO DAS REAS DESTINADAS A UNIDADES DE CONSERVAO NOS MUNICIPIOS QUE
COMPE A REGIO METROPOLITANA DE CURITIBA
Aluno de Iniciao Cientfca: Vincius Gonsales Schramm (IC/CNPQ)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023669
Orientador: Alex Maiorka
Colaborador: Tatiane Aparecida Ramos (graduanda em Zootecnia - UFPR), Ananda Portella Flix (doutoranda UFPR), Alex Maiorka
(Prof.Adj.DZ-UFPR)
Departamento: Zootecnia Setor: Cincias Agrrias
Palavras-chave: digestibilidade, microbiota intestinal, probitico.
rea de Conhecimento: Nutrio e Alimentao animal - 5.04.03.00-1
Aluno de Iniciao Cientfca: rika Feltrin (Bolsa Permanncia / NIMAD / UFPR)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2010024496
Orientador: Carla Maria Camargo Corra
Colaborador: Amanda Rodrigues da Silva
Departamento: NIMAD Setor: PRPPG
Palavras-chave: unidades de conservao, regio metropolitana, preservao ambiental.
rea de Conhecimento: 5.02.05.00-5
0938
0939
Tabela 01 - Unidades de Conservao, ao nvel Federal, Estadual e Municipal, no estado
do Paran, na Regio Metropolitana de Curitiba e Curitiba
OBS:
* 2 reas de Proteo Ambiental APAs Guaraqueaba, em alguns municpios do PR e SP, e Ilhas e Vrzeas do Rio Paran, em alguns
municpios do PR, SP e MS, 2 Parques Nacionais - PARNAs Superagui, Guaraqueaba / PR e Canania / SP e Ilha Grande em alguns
municpios do PR e do MS, alm de uma Estao Ecolgica ESEC da Mata Preta.
** No considerando a participao do Municpio de Campina Grande do Sul na APA de Guaraqueaba, somente a Flona Aungui em
Campo Largo
Cincias Sociais
Aplicadas
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Esta pesquisa investiga, compara e exemplica a evoluo dos meios de representao grca de projetos arquitetnicos a partir do estudo do
Concurso pera-Prima. Com base nas pranchas, apresentadas em diversas edies do referido Concurso, identicam-se os tipos de desenho
apresentados (plantas, cortes, elevaes, imagens, perspectivas) e suas sequncias. Alm disto, tambm analisa se esta ordem sequencial
est em concordncia com o memorial descritivo. A pesquisa consiste na coleta de informaes webgrcas e materiais digitalizados
(CD-Room pera-Prima). O estudo dos dados realizado comparando-se as tecnologias grcas disponveis na poca inicial do Concurso
(nal dcada de 1980) bem como no uso posterior do computador como ferramenta de trabalho do arquiteto. Como resultados, revelam-se
mudanas na forma de apresentao das pranchas do Concurso aps a difuso dos computadores. Pode-se observar como concluso que, em
um primeiro momento, houve uma perda no estudo de distribuio (composio) dos desenhos nas pranchas que, no entanto, foi superada
com a evoluo do prprio uso do computador no meio acadmico.
ANLISE DA RELAO ENTRE O PROJETO E SUA REPRESENTAO GRFICA: O DESENHO
Aluno de Iniciao Cientfca: Andr Lus Cordeiro da Costa (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023291
Orientador: Artur Renato Ortega
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Concurso pera-Prima, representao grfca, desenho.
rea de Conhecimento: Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo 6.04.01.00-1
0940
A pesquisa visa aprofundar-se em green architecture com foco no bambu como material sustentvel. Esta arquitetura baseia-se na construo
sustentvel de edicaes de menor impacto ambiental e maior ecincia energtica, alm de propiciar boas condies de conforto aos
usurios. O bambu, objeto de estudo, alm de apresentar excelentes ndices de resistncia mecnica, como trao e compresso, um material
ecologicamente correto que possibilita a diminuio considervel de gastos com energia na fabricao de componentes construtivos. Alm
disto, com o plantio em reas degradadas, possibilita recuperao do solo e conteno da eroso, bem como aumento da umidade relativa
do ar na regio, dando suporte ao crescimento de espcies arbreas nativas. Atravs de um estudo web e bibliogrco, em conjunto coleta
de dados sobre os processos pertinentes ao uso do bambu na construo civil, foram estudados e comparados trs casos de sua aplicao
na arquitetura internacional, em programas funcionais distintos, a saber: o Terminal 4 do Aeroporto Internacional de Barajas, em Madrid
(Espanha), de Richard Rogers em parceria com o escritrio Estdio Lamela; a residncia Great Bamboo Wall, em Beijing (China), do
arquiteto Kengo Kuma; e a Catedral da cidade de Pereira (Colmbia), do arquiteto Simn Vlez.
ARQUITETURA EM BAMBU: ESTUDO COMPARATIVO DE CASOS DE APLICAO SUSTENTVEL
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Yara dos Santos (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021212
Orientador: Antonio Manoel Nunes Castelnou Neto
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Green architecture, arquitetura sustentvel, bambu.
rea de Conhecimento: Arquitetura e Urbanismo 6.04.01.01-0
0941
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A pesquisa adota como referncia terica o conceito de SOUZA (2004), para quem, um desenvolvimento scio-espacial de qualidade
resultado de autonomia individual e coletiva bem estruturadas. A primeira, diz respeito ao indivduo alcanar suas metas e reetir as
situaes criticamente, com liberdade. E a segunda, refere-se formao de um pensamento crtico, que necessita de instituies que
possam garantir ao indivduo tanto sua formao, quanto justia e liberdade.Tendo o conceito de desenvolvimento scio-espacial como
orientao, o objetivo da pesquisa consiste em reconhecer o processo de produo do espao urbano a partir da caracterizao das tipologias
dos lanamentos prediais e sua localizao na cidade de Curitiba. O mtodo utilizado considerou as seguintes etapas de trabalho: 1)
identicar os lanamentos prediais em Curitiba, no ano de 2009, seguindo a diviso setorial adotada pelo Instituto Paranaense de Pesquisa
e Desenvolvimento do Mercado Imobilirio e Condominial (Inpespar); 2) caracterizar esses lanamentos, considerando metragem til e
total de cada apartamento e preo, em R$/m2; 3) traar um perl dos investimentos imobilirios em cada um dos setores de Curitiba; 4)
relacionar o perl dos lanamentos imobilirios com a renda da populao residente nas reas estudadas. Na primeira fase da pesquisa, a
fonte principal de dados foi o site Imveis Curitiba, responsvel por 85% dos lanamentos imobilirios divulgados em Curitiba (dados do
site). Em um segundo momento, adotou-se como fonte a revista do Inpespar. Como resultados, foram elaborados grcos e tabelas que
exemplicam o percentual de unidades residenciais liberadas para construo no ano de 2009, nos setores denidos pelo Inpespar, de acordo
com a rea construda (til e total), relativas a cada apartamento lanado. Foram elaboradas tabelas contendo o preo mdio, em relao
ao metro quadrado (R$/m), dos imveis ofertados para venda. Os dados obtidos nas duas fontes foram convertidos em tabelas e grcos,
e, a partir da comparao, foi possvel analisar o processo de estruturao espacial resultante dos lanamentos, considerando: o perl dos
lanamentos prediais (porte, preo, setor do Inpespar) com a renda da populao que adquire esses imveis e o crescimento populacional
no perodo de 2000 a 2007, segundo o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).
MERCADO IMOBILIRIO FORMAL NA REGIO METROPOLITANA DE CURITIBA:
IDENTIFICAO DE CARACTERSTICAS E TENDNCIAS
Aluno de Iniciao Cientfca: rika Poleto Ferreira (UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014036
Orientador: Gislene Pereira
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras chave: Mercado imobilirio, lanamentos prediais.
rea de Conhecimento: Mtodos e Tc. do Planej. Urbano e Regional 6.05.02.00-2
0943
A pesquisa pretende contribuir para a compreenso da metropolizao em Curitiba, tendo como referncia a relao entre a lgica da
localizao das ocupaes irregulares e a reestruturao espacial da metrpole a partir da dcada de 1990. Estudos indicam que essa dcada
marcou o incio de transformaes socioespaciais vinculadas manifestao da globalizao econmica na regio, permitindo tom-la
como referncia temporal de anlise (FIRKOWSKI, 2008; GARCIA, 1997). Alm de mudanas na economia, nesse perodo intensicam-se
na metrpole os uxos migratrios, a densicao da ocupao urbana, a dinmica do mercado imobilirio, o crescimento das ocupaes
irregulares nos municpios perifricos ao plo (Curitiba), o aprofundamento da polarizao social e a ampliao dos conitos socioambientais.
Tendo como base Curitiba e Pinhais, analisou-se de modo comparativo o processo de produo das ocupaes irregulares nesses municpios,
em especial a tipologia socioespacial e o padro de crescimento dos assentamentos. Investigou-se ainda como esse processo tem contribudo
para a formao da atual espacialidade metropolitana. Informaes atualizadas sobre as ocupaes irregulares nas duas ltimas dcadas foram
obtidas em relatrios tcnicos disponibilizados pelas prefeituras municipais para 2000, e no levantamento executado pela Coordenao da
Regio Metropolitana de Curitiba para 1990. Aps sistematizao desse material, procedeu-se o georeferenciamento dos dados em sistema
Gis, e em seguida a construo de mapas e tabelas para anlise. Em Pinhais o adensamento populacional se deu pela intensicao da
migrao, mas tambm pelo crescimento de atividades geradoras de emprego na dcada de 1990, somados ao aumento do preo da terra e
s restries impostas pelo planejamento urbano de Curitiba. Em 2009 o municpio possua 21.038 habitantes residindo em 52 ocupaes
irregulares, sendo 13 loteamentos clandestinos. A maioria dos assentamentos ocupa reas pblicas localizadas dentro de anis com raios
que distam entre 5 e 10 km do centro de Curitiba, e situam-se nas proximidades dos limites dos dois municpios. Observou-se ainda a
extenso do mesmo padro espacial encontrado em Curitiba nas ocupaes irregulares de Pinhais, concluindo-se que a produo da cidade
informal nas duas ltimas dcadas extrapolou os limites administrativos da cidade plo e avana em direo aos municpios metropolitanos,
contribuindo para a extenso da mancha urbana metropolitana.
AS OCUPAES IRREGULARES E O PROCESSO DE EXTENSO URBANA E METROPOLIZAO
DE CURITIBA (PR)
Aluno de Iniciao Cientfca: Elena Justen Brandenburg (UFPR - TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023338
Orientador: Madianita Nunes da Silva
Departamento: Arquitetura e Urbanismo Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Metropolizao, ocupaes irregulares, Regio Metropolitana de Curitiba.
rea de Conhecimento: 7.06.01.00-3
0942
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Esta pesquisa investiga, identica e exemplica de que forma os conceitos de sustentabilidade e qualidade ambiental tem sido incorporados
na arquitetura de interiores e no design de mobilirio contemporneo. Com base em uma conceituao geral, procurou selecionar, descrever
e analisar trs exemplares de interiorismo e design sustentvel, avaliando seus principais elementos de sustentabilidade socioambiental e
tomando-os como diretrizes para a arquitetura habitacional no pas e regio. Trata-se de uma pesquisa exploratria de fontes bibliogrcas
e webgrcas com a anlise de casos selecionados e avaliados a partir de suas caractersticas funcionais, formais e tecnolgicas. Como
resultados, apresenta-se a importncia de considerar todas as etapas que envolvem o projeto, desde a seleo dos materiais, o processo
de fabricao e a destinao dos resduos aps sua vida til at a inuncia do espao/produto sobre o ser humano, considerando suas
necessidades de adaptao e conforto. Conclui-se que tanto a casa saudvel quanto o Ecodesign so resultados de uma combinao de
fatores que excede a simples combinao de peas ou materiais reciclados e/ou considerados ecolgicos.
O objetivo do trabalho conhecer a realidade do espao urbano e analis-la buscando entender o incio e desenvolvimento dos loteamentos
urbanos de Curitiba, tambm buscar respostas sobre as relaes espaciais do uso e ocupao do solo desenvolvidas da origem e ao longo do
perodo de existncia da regio estudada. Realizou-se coleta de dados e observao do comportamento distributivo espacial dos diversos
componentes referentes a uma sub-regio do bairro So Francisco, prximo ao centro da cidade de Curitiba-PR, bem como a anlise
da relao quantitativa de reas entre alguns desses componentes. As observaes foram registradas in loco atravs de fotograas e os
dados numricos so da planta cadastral do IPPUC- Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Os elementos observados
e catalogados foram quantitativo de nmero e de reas tanto das quadras quanto dos lotes, a metragem linear e rea total de vias. Dentro
desta sub-regio foi dado nfase em um raio de 240m aproximadamente, em torno da Praa do Redentor, cuja a importncia de referncia
turstica na escala do bairro. Nesta rea foi feito um levantamento de quantidade e distribuio do mobilirio urbano uma anlise mais
especca da ocupao espacial.
ELEMENTOS DE AVALIAO DA QUALIDADE AMBIENTAL EM INTERIORES E DESIGN
A ESPACIALIZAO DO PROCESSO DE URBANIZAO EM REA DE MANANCIAIS DA REGIO
METROPOLITANA DE CURITIBA (RECORTE SUB-REGIO BAIRRO SO FRANCISCO - CURITIBA)
Aluno de Iniciao Cientfca: Gabriel Ruiz de Oliveira (IC UFPR/TN)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023513
Orientador: Antonio Manoel Nunes Castelnou, neto
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Sustentabilidade, Arquitetura de Interiores, Ecodesign.
rea de Conhecimento: Teoria da Arquitetura 6.04.01.02-8
Aluno de Iniciao Cientfca: Geniane Coelho dos Santos (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023440
Orientador: Cristina de Arajo Lima
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Espao Urbano, Desenho Urbano, Curitiba
rea de Conhecimento: 6.05.02.00-2
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Curitiba segundo dados do IBGE (2000), possui grau de urbanizao de 100% e uma taxa de crescimento geomtrica de 2,13%, o que
reete no espao urbano seja pela forma de ocupao, seja pela demanda de equipamentos e infra-estrutura urbana. Para uma anlise mais
profunda de como se caracteriza a estrutura urbana, foram feitos uma pesquisa bibliogrca, um levantamento em campo dos equipamentos
e da infra-estrutura existentes atravs de fotos e desenhos de uma rea localizada no Bairro So Francisco abrangendo 40 quadras, dentre as
quais est o Centro histrico de Curitiba, que inicialmente era uma vila surgida devido ao caminho dos tropeiros. Esta por sua vez seguia
regras como: a de limpar o Rio Belm para evitar a formao do banhado, e as casas novas deveriam ser construdas nas ruas existentes,
mantendo assim certa ordem. No Plano Agache (1943), acompanhou as mudanas que ocorreram no seu redor como a canalizao de rios.
Porm, a mais signicativa interferncia aconteceu com o Plano Diretor de 1966, o qual abrigou o Plano de Revitalizao do Setor Histrico
de Curitiba que comeou na dcada de 70, com a restaurao de edicaes, fechamento de ruas, mudanas de usos nas edicaes voltadas
para o lazer e cultura, continuando atualmente com a implementao de infra-estrutura e equipamentos como: cmeras de vigilncia, lixeiras,
bancos, sinalizao e iluminao. A regio encontra-se em bom estado, porm a taxa de permeabilidade e arborizao muita baixa, sendo
apenas a Praa Joo Cndido possuir essas caractersticas. Os passeios possuem excelente qualidade, mas ainda carece de acessibilidade
atravs de guias rebaixadas e piso especial para portadores de decincia. J no mbito da mobilidade a regio servida por nibus, txi,
possui acesso de veculos particulares e somente no possui infra-estrutura pra o modal ciclovirio. uma regio com diversos atrativos e
culturalmente muito importante, pois seus edifcios revelam um passado que contrasta com o presente em perfeita harmonia.
Atualmente temos a conscincia de que o homem se relaciona com o meio em que vive de forma inadequada. O habitat de moradia e trabalho,
as edicaes e os espaos pblicos requerem melhorias de infraestrutura e maior integrao com a natureza. Aps a promulgao da Lei
Federal 10.257/2001, dispondo de instrumentos de planejamento de longo prazo, capazes de ultrapassar limitaes temporais de gestes
administrativas, foi possvel uma abrangncia setorial, que vai dos aspectos fsico-territoriais aos polticos-administrativos, passando pelos
de carter socioeconmico, para que se cumpra a funo social da cidade e da propriedade, proporcionando pleno desenvolvimento aos
cidados. O estudo foi desenvolvido na monitoria durante o primeiro semestre de 2010, da disciplina Desenho Urbano: Projeto Integrado
III, do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, que possuiu o tema, INTERVENO EM REA CENTRAL DE CURITIBA,
CIRCUITO PRAAS CENTRAIS. O objetivo geral do tema foi a requalicao das condies urbansticas do espao pblico do centro
de Curitiba, a partir de quatro praas. O programa abordou o reconhecimento da rea de interveno, a elaborao e o estudo da rea atravs
de maquete, a denio de diretrizes gerais, a sntese analtica, o plano urbanstico, o programa de implementao e o detalhamento das
propostas/projetos. O estudo apegou-se a anlise dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos durante a etapa de denio de diretrizes gerais
e sequentemente a etapa de programa de implementao. Durante a etapa de denio de diretrizes gerais, os alunos foram instrudos
a apontar diretrizes virias, de ocupao, de patrimnio histrico-cultural, de articulao de espaos e de tratamento de espaos pblicos
e semipblicos. Esta etapa norteou as propostas/projetos que foram melhores detalhados na etapa do programa de implementao, onde
foi sugerida a priorizao de aes quanto ao tempo; curto, mdio ou longo prazo, e quanto aos instrumentos de implementao; legais,
tcnicos, administrativos e nanceiros, para a consecuo dos objetivos. A formao do arquiteto urbanista precisa ser atual e ecaz, a
preocupao com o meio ambiente, o clima, a ambincia e as tradies culturais devem ser essenciais na elaborao e no desenvolvimento
do projeto e do planejamento urbano, produzindo assim espaos saudveis, intervindo no espao da forma mais sustentavelmente possvel.
Assim, atravs do apresentado pelos alunos procurou-se quanticar os problemas e as diretrizes adotadas, obtendo uma relao das propostas
urbansticas e tambm uma anlise da formao dos alunos quanto ao estimulo para solucionar o problema.
A ESPACIALIZAO DO PROCESSO DE URBANIZAO EM REA DE MANANCIAIS DA REGIO
METROPOLITANA DE CURITIBA: RECORTE REA CENTRO HISTRICO - CURITIBA.
INTERVENO EM REA CENTRAL DE CURITIBA, CIRUITO PRAAS CENTRAIS
Aluno de Iniciao Cientfca: Isabelle Costa Lus (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023440
Orientador: Cristina de Arajo Lima
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Infra-estrutura, Centro Histrico, Curitiba.
rea de Conhecimento: 6.05.02.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Ivan Felipe Colao (Bolsa Monitoria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023440
Orientador: Cristina de Arajo Lima
Departamento: Arquitetura e Urbanismo Setor: Tecnologia
Palavras-chave: interveno; praas; desenho urbano.
rea de Conhecimento: Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo - 6.04.01.00-1
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Os centros urbanos abrigam 81% da populao brasileira. As aglomeraes metropolitanas, por sua vez, concentram 45% desta amostragem,
sendo responsvel por 61% da renda nacional (IBGE, 2000). A Regio Metropolitana de Curitiba faz parte desse cenrio, destacando-se
por um acentuado processo de urbanizao, que mantm ndices de crescimento por volta de 3,5% ao ano. Para que o bem coletivo e o
equilbrio ambiental sejam assegurados, este crescimento deve ocorrer de forma organizada e planejada, embasando-se em conceitos de
Desenho Urbano para compreender e desenhar as cidades e os seus espaos. O presente trabalho tem como intuito ler e analisar o espao
urbano em torno da Praa Tiradentes (marco zero), na regio central de Curitiba, partindo do pressuposto que o conhecimento da realidade
do ncleo de fundao da cidade e plo da urbanizao tradicional seja fundamental para a formulao de propostas urbansticas futuras.
Para isso, estudou-se atravs de anlise de planta cadastral (IPPUC) e levantamento in loco as caractersticas de lotes, quadras e vias
referentes estrutura urbana, tipologia de ocupao, funcionalidade, segurana, sustentabilidade, acessibilidade, legibilidade, vitalidade,
comunicao digital e elementos complementares (obras de arte pblicas, mobilirio urbano). Foram, ainda, coletados dados atravs de
pesquisa bibliogrca e documental. Os resultados foram organizados em tabelas comparativas de reas e localizados em mapas temticos,
que permitiram a anlise do recorte em estudo. Este apresenta um estgio de urbanizao j consolidado e caracteriza-se pela diversidade de
usos, abrangendo o comercial e de servios de forma intensa. Expressa diferentes perodos histricos atravs das tipologias arquitetnicas de
edicaes e monumentos, o que evidencia as transformaes ocorridas no ambiente urbano ao longo do tempo, proporcionando aos usurios
noes de identidade e legibilidade, principalmente atravs de construes histricas como a Catedral Metropolitana e o Pao Municipal. ,
ainda, fortemente marcado pela presena do transporte coletivo. A regio bem abastecida de mobilirio e equipamentos urbanos, porm
sua distribuio no feita de maneira uniforme. Cerca de 20% da rea de quadras no recorte destinada ao uso pblico (praas, parques
e largos); e 13% da rea de vias de uso exclusivo para pedestres. Percebe-se, ento, certa consonncia entre as necessidades geradas pela
existncia de grandes uxos populacionais e a resposta do espao urbano central.
A presente pesquisa de iniciao cientca possui carter descritivo e foi estruturada segundo proposta do projeto de pesquisa A espacializao
do processo de urbanizao da Regio Metropolitana de Curitiba, o qual tem como objetivo documentar a espacializao do processo de
ocupao urbana em reas de mananciais. Atravs da coleta de dados, foram elaborados mapas e tabelas que contemplam a Estrutura Urbana,
Tipologia da Ocupao e Densidade, Funcionalidade e Conforto, Segurana, Sustentabilidade, Acessibilidade, Legibilidade, Animao,
Elementos de Comunicao e Elementos Complementares. O recorte central especco, rea da reitoria da UFPR, est vinculado ainda
ao programa de extenso da mesma universidade denominado Ciclovida que tem por objetivo maior o incentivo do uso da bicicleta como
modal de transporte pelos alunos da instituio, o que torna a anlise do entorno imediato dos Campi fundamental nesse processo. A rea
em questo delimitada pelas vias: Visconde de Guarapuava, Mal Floriano Peixoto, Silva Jardim, Sete de Setembro, Ubaldino do Amaral,
Cons. Arajo, Amintas de Barros e Cons. Laurindo.
A ESPACIALIZAO DO PROCESSO DE URBANIZAO EM REA DE MANANCIAIS DA REGIO
METROPOLITANA DE CURITIBA (RECORTE PRAA TIRADENTES - CURITIBA)
A ESPACIALIZAO DO PROCESSO DE URBANIZAO EM REAS DE MANANCIAIS DA REGIO
METROPOLITANA DE CURITIBA: RECORTE REITORIA UFPR.
Aluno de Iniciao Cientfca: Maria Fernanda Willy Fabro (PIBIC - CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023440
Orientador: Cristina de Arajo Lima
Departamento: Arquitetura e Urbanismo Setor: Tecnologia
Palavras-chave: espao urbano; desenho urbano (urban design); Curitiba.
rea de Conhecimento: 6.05.02.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Moacir Zancop Junior (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023440
Orientador: Cristina de Arajo Lima
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Espao urbano; Lugar; Desenho Urbano (urban design); Sustentabilidade; Curitiba; Urbanismo.
rea de Conhecimento: Arquitetura e Urbanismo 6.05.02.00-2
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A pesquisa pretende contribuir para a compreenso da metropolizao em Curitiba, tendo como referncia a relao entre a lgica da
localizao das ocupaes irregulares e a reestruturao espacial da metrpole a partir da dcada de 1990. De acordo com diversos autores
essa dcada marca o incio de transformaes socioespaciais vinculadas manifestao da globalizao econmica na regio, permitindo
assim tom-la como referncia temporal de anlise (FIRKOWSKI, 2008; GARCIA, 1997). Alm de mudanas na economia, observa-se
na metrpole no mesmo perodo a intensicao dos uxos migratrios, a densicao da ocupao urbana, a acelerao da dinmica
do mercado imobilirio, o crescimento das ocupaes irregulares nos municpios perifricos ao plo (Curitiba), o aprofundamento da
polarizao social e a ampliao dos conitos socioambientais. Tendo como base Curitiba e Almirante Tamandar, analisou-se o processo
de produo das ocupaes irregulares nesses municpios, identicando a tipologia socioespacial caracterstica e o padro de crescimento
desses assentamentos. Investigou-se tambm se o processo tem contribudo para a formao da atual espacialidade metropolitana. Na dcada
de 2000 as fontes utilizadas para produo de informaes atualizadas a respeito do fenmeno foram relatrios tcnicos obtidos junto s
prefeituras municipais, e na de 1990 o levantamento da Coordenao da Regio Metropolitana de Curitiba. Aps sistematizao desse
material, procedeu-se o georeferenciamento dos dados em sistema Gis, que deu origem aos mapas e tabelas para anlise. Os resultados
parciais permitem armar, que em Almirante Tamandar, 1990 marca o incio do processo de ocupao irregular do solo, pois dos 100
assentamentos identicados, que totalizam 2332 domiclios, todos tiveram origem nessa dcada. Desse total, 63 esto localizados em rea
de domnio pblico. Em relao s reas ocupadas, comparando-se os dois municpios, em Almirante Tamandar 65% das ocupaes
irregulares tem at 10.000m, menores que Curitiba, onde a maioria tem entre 10.001 e 30.000m. Vericou-se, que 90% das ocupaes
irregulares de Almirante Tamandar situam-se em anis com raios entre 5 a 15 km do centro de Curitiba, prximas aos limites dos dois
municpios. Observou-se ainda a extenso do mesmo padro espacial encontrado em Curitiba nas ocupaes irregulares de Almirante
Tamandar, concluindo-se que a produo da cidade informal extrapolou os limites administrativos da capital e avana em direo aos
municpios limtrofes, contribuindo para a extenso da mancha urbana metropolitana.
Esta pesquisa de iniciao cientca em Histria da Arquitetura possui carter exploratrio e procurou identicar, descrever e analisar a
arquitetura dos fortes e forticaes brasileiras, a partir da seleo de 05 (cinco) exemplares existentes, cada qual em uma das diferentes
regies nacionais, cuja construo deu-se do perodo colonial at a poca contempornea, de modo a permitir a comparao de suas
principais caractersticas. Por meio da coleta e seleo de fontes, fez-se o estudo de informaes bibliogrcas e webgrcas acerca da
histria do pas, das regies e das edicaes escolhidas, assim como a anlise dos aspectos tcnicos, formais e funcionais da arquitetura
militar, buscando-se evidenciar os traos mais signicativos de cada exemplar e priorizando seus elementos estticos e de sustentabilidade.
Como resultado da pesquisa, deniram-se seus pontos em comum e particularidades em quadro comparativo.
AS OCUPAES IRREGULARES E O PROCESSO DE EXTENSO URBANA E METROPOLIZAO
DE CURITIBA (PR)
ANLISE ESTTICO-FORMAL DE FORTES E FORTIFICAES BRASILEIRAS
Aluno de Iniciao Cientfca: Nadia Cibele Besciak (IC - voluntria); colaboradora Odila Rosa Carneiro
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008023338
Orientador: Madianita Nunes da Silva
Departamento: Arquitetura e Urbanismo Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Metropolizao, ocupaes irregulares, Regio Metropolitana de Curitiba.
rea de Conhecimento: 7.06.01.00-3
Aluno de Iniciao Cientfca: Pillar Muzillo (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021212
Orientador: Antonio Manoel Nunes Castelnou Neto
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Fortes, Arquitetura Militar, Colonizao Brasileira.
rea de Conhecimento: Arquitetura e Urbanismo 6.04.01.01-0
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Os tecidos urbanos esto em constante mudana, sofrendo transformaes fsicas que reetem processos sociais. Traou-se como objetivo
para esta pesquisa o estudo dos reexos das diversas polticas urbanas ao longo da evoluo do Municpio de Curitiba, tendo como auxilio
para a anlise o autor Vicente Del Rio, 1990. Desde o primeiro Cdigo de Posturas, seguido pelo Plano Agache de 1943, Plano Preliminar
de Urbanismo de 1966 e o mais recente Plano Diretor de 2004. Para se ter uma amostra que pudesse representar a tendncia de cada poltica
foi delimitado um recorte da rea central. Nesta pesquisa especicamente, o recorte prximo a Praa Espanha, abrangendo reas dos bairros
Batel e Bigorrilho, denindo 50 quadras que totalizam 118,62 ha, tendo 22,5% de sua rea destinada circulao viria. Levando-se em
conta o desenho urbano como campo disciplinar que trata da dimenso fsico-ambiental da cidade e sua interao com a populao, tendo
como prioridade a qualidade de vida no espao construdo, optou-se por aprofundar o estudo na morfologia atual. Para isto, utilizou-se da
metodologia de pesquisa de campo, que possibilitou um levantamento de dados sobre a estrutura urbana, tipologia de ocupao, densidade,
funcionalidade, mobilidade e vitalidade na rea de estudo. Tornando possvel a anlise de caractersticas individuais da rea como a mudana
de usos. A regio possua caracterstica estritamente residencial desde sua consolidao, durante os ns do sculo XIX e incio do XX,
abrigando as residncias dos bares do Ciclo do Mate no Paran. A partir de 1990 d-se a alterao de usos, passando a abrigar comrcios
e servios, muitas vezes nos antigos casares atravs de um processo de reciclagem. Tambm chama a ateno a mudana de gabaritos,
que torna visvel os diferentes zoneamentos incidentes, ZC Zona Central, ZR 2 Zona Residencial 2 e ZR B Zona Residencial Batel.
Pode-se ainda perceber que por se tratar de uma rea tradicionalmente nobre da cidade recebe cuidados mais pontuais. Podendo-se notar
em ruas como a Comendador Arajo o cuidado com os mobilirios e a manuteno da arborizao.
De carter exploratrio, esta pesquisa de iniciao cientca procurou identicar, descrever e analisar o emprego de elementos de proteo
solar (brise-soleil) na arquitetura contempornea, visando principalmente o conforto ambiental e a sustentabilidade. Como base terica,
por meio de estudo bibliogrco e webgrco, deniram-se conceitos e caractersticas sobre arquitetura sustentvel e iluminao natural,
atravs dos quais se indicou os principais fatores e elementos de proteo solar. Na sequncia, fez-se a seleo e descrio de 03 (trs)
obras internacionais, edicadas em pocas distintas, em que foram utilizados anteparos solares, avaliando-se suas caractersticas funcionais,
tcnicas e estticas, bem como se atendem, ou no, aos princpios de sustentabilidade. Os exemplares analisados foram: Carpenter Center
for Visual Arts (1959/62, Cambridge, EUA), de Le Corbusier; Institut du Monde Arabe (1981/87, Paris, Frana), de Jean Nouvel; e Greater
London Authority (2000/02, Londres, Inglaterra), de Norman Foster. Como resultado, montou-se um quadro comparativo entre os casos
e suas solues de controle da luz natural e qualidade ambiental.
A ESPACIALIZAO DO PROCESSO DE URBANIZAO EM REAS DE MANANCIAIS DA REGIO
METROPOLITANA DE CURITIBA: RECORTE DA REA DA PRAA ESPANHA - CURITIBA
ELEMENTOS DE PROTEO SOLAR APLICADOS NA ARQUITETURA SUSTENTVEL
Aluno de Iniciao Cientfca: Tas Silva Rocha DAngelis (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009 023 440
Orientador: Cristina de Arajo Lima
Departamento: Arquitetura e urbanismo Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Desenho urbano, morfologia, Praa Espanha - Curitiba.
rea de Conhecimento: 6.05.02.00-2
Aluno de Iniciao Cientfca: Valdir Ribeiro Junior (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021212
Orientador: Antonio Manoel Nunes Castelnou, neto
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: arquitetura sustentvel, conforto ambiental, proteo solar
rea de Conhecimento: Arquitetura e Urbanismo 6.04.01.01-0
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Esta pesquisa de cunho exploratrio buscou, atravs de um estudo bibliogrco e webgrco, identicar, descrever e analisar caractersticas
da chamada Ecotech Architecture, presentes na obra do arquiteto britnico Norman Foster. Iniciando a partir da conceituao e caracterizao
das bases da arquitetura sustentvel e seguido de uma anlise sobre as obras de Foster, tornou-se possvel a seleo de 3 (trs) exemplares
de seu trabalho, a saber: Hong Kong & Shanghai Bank Corporation (1980/86, Hong Kong, China), 30 St. Mary Axe Building (2000/04,
Londres, Inglaterra) e Hearst Tower (2006/08, Nova York, EUA). Por m, realizou-se uma pesquisa sobre essas obras, buscando identicar os
aspectos sustentveis presentes em cada uma, cujos parmetros baseiam-se naqueles propostos pelos atuais sistemas de certicao ambiental,
como o Leadership in Energy & Enviromental Design LEED e Building Research Establishmente Environmental Design BREED. Como
resultado da pesquisa, foi possivel identicar um o condutor presente nas obras de Norman Foster: a extrema relevncia dada interferncia
da arquitetura no meio ambiente, o que deixou de ser apenas conceitual para ser a base principal do partido arquitetnico de seus projetos.
Das atividades humanas, a construo civil a que mais gera impactos no meio ambiente. A madeira, por ser matria-prima renovvel,
despender menos energia em seu processamento e uso, gerar menos resduos e desempenhar papel fundamental no processo de estocagem
de carbono, mostra-se apta a atender s demandas ambientais, econmicas e sociais do sculo XXI. Do ponto de vista construtivo, adapta-se
bem a processos de pr-fabricao, tem boa relao entre peso e resistncia mecnica e possui ampla gama de aplicaes, apresentando-se,
portanto, como alternativa vivel construo civil. Assim sendo, o cerne desta pesquisa apresentar a madeira como material construtivo
e estrutural, dando nfase ao produto arquitetnico que dela resulta. De incio, delinear-se- um panorama geral do que tem sido realizado
na rea, em nvel nacional e internacional, com o intuito de elucidar o cenrio atual da construo com madeira. Na sequncia, discorrer-
se- acerca do processo de concepo da arquitetura em madeira, tendo em vista as especicidades intrnsecas a esse material que tornam
o pensar sua arquitetura uma atividade peculiar e que requer a adoo de uma metodologia diferenciada. Este trabalho se prope a
servir de contribuio ao esclarecimento e divulgao da arquitetura em madeira, alm de propiciar o despertar da conscincia por um
desenvolvimento mais ambientalmente responsvel.
ECOTECH ARCHITECTURE: ELEMENTOS DE SUSTENTABILIDADE NA ARQUITETURA DE
NORMAN FOSTER
ARQUITETURA EM MADEIRA
Aluno de Iniciao Cientfca: Vivian Cristine Costa DalLin (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021212
Orientador: Antonio Manoel Nunes Castelnou, neto
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: arquitetura sustentvel, Norman Foster, ecotech architecture
rea de Conhecimento: Arquitetura e Urbanismo 6.04.01.01-0
Aluno de Iniciao Cientfca: Viviane Teixeira Iwakiri (IC Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:
Orientador: Prof. Dr. Andra Berriel Mercadante Stinghen
Departamento: Arquitetura Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Arquitetura em madeira. Concepo arquitetnica.
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As atividades administrativas, principalmente as tomadas de decises, so baseadas na qualidade e quantidade de informaes disponibilizadas
aos agentes decisrios. O prossional da informao deve ser preparado, possuir habilidades e competncias que o permita suprir as exigncias
do mercado de trabalho, principalmente no que concerne ao gerenciamento de informaes na elaborao das estratgias competitivas e
melhora dos processos decisrios. O presente trabalho tem como objetivo identicar as competncias exigidas do prossional de Gesto
da Informao nas organizaes e se sua formao atende aos anseios do mercado de trabalho. Como metodologia realizou-se reviso de
literatura e pesquisa exploratria quali-quantitativa em forma de questionrios aplicados aos docentes e egressos do curso de Gesto da
Informao da UFPR e organizaes que absorvem esses prossionais no seu quadro de funcionrios. O questionrio aplicado foi composto
por cinqenta e nove questes, sendo cinqenta e trs para o respondente manifestar seu grau de concordncia/discordncia por meio da
utilizao de uma escala Likert (com o grau de concordncia variando entre grau 1 = sem nenhuma relevncia, at grau 5 = com relevncia
total), e seis questes com alternativas escolhidas no momento da resposta. O instrumento de pesquisa foi enviado para uma amostra
do grupo de professores (22% da populao), outra do grupo de alunos (20% da populao) e outra, para o grupo de empresas (20% da
populao). O instrumento foi elaborado considerando-se competncia como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes. Assim, o
mesmo comportou trs blocos de questes, cobrindo os trs elementos que compem uma competncia. Os resultados obtidos apontam que
o prossional desejado pelo mercado precisa possuir uma slida formao terica e prtica, dinamismo, comprometimento, boa vontade,
saber trabalhar em equipe. O prossional de Gesto da Informao deve ter uma formao generalista, mais horizontal, com uma forte base
de raciocnio lgico calcado na cincia da informao, facilidade para abstrao, entendimento de processos produtivos, conhecimento
em Marketing, intimidade com as chamadas tecnologias de informao entre outros. Conclui-se que o mercado possui clareza em relao
s competncias esperadas para o gestor da informao, bem como as instituies de ensino parecem no ter certeza se seus currculos
atendem s demandas. Tambm foi possvel concluir que a gesto da informao ferramenta que amplia a competitividade organizacional.
Aborda o estudo de dimenses relativas qualidade de fontes de informao em ambientes de rede em geral e ferramentas da Internet
colaborativa em particular. Contempla a denio de metodologias e critrios para seleo/coleta/avaliao de fontes em diferentes reas do
conhecimento e a discusso do impacto do uso de ferramentas colaborativas como valor agregado na construo de conjuntos de informao
de qualidade. Delineia uma proposta metodolgica baseada no estudo dos componentes emocionais que potencialmente inuenciam a
avaliao/seleo de contedos informativos. A partir da construo de uma estrutura conceitual, que incorpora elementos da teoria das
cores como forma de se congregar diferentes cdigos culturais e de expresso, lingusticos e/ou de representao, espera-se captar os fatores
de escolha de um determinado recurso informacional por parte de indivduos (autores-pesquisadores) selecionados para o estudo. Para
tanto, uma lista de fontes de informao previamente denida ser inserida na estrutura da Research Support Tool (RST). A RST uma
barra de ferramentas localizada ao lado direito de cada artigo publicado por meio do software de gesto editorial de publicaes peridicas
em meio eletrnico intitulado Open Journal System (OJS). Esta barra contm links de hipertexto que apontam, a partir de um determinado
artigo, para um conjunto de recursos selecionados, disponveis eletronicamente. Tais recursos/fontes sero submetidas avaliao de
um grupo de usurios do Portal de Revistas de Acesso Aberto em Cincias da Comunicao (Univercincia-CEDUS/ECA/USP), sendo
solicitado a cada usurio que, ao selecionar uma fonte, atribua uma cor com base em um crculo cromtico composto por um conjunto de
cores diametralmente opostas e complementares. Posteriormente, a explicitao do simbolismo associado s cores anteriormente indicadas
permitir a transposio de tais signicados para uma escala/grau de avaliao de um determinado recurso de informao. Espera-se que
as elucidaes acerca da reinterpretao de critrios de qualidade sob uma perspectiva no textual contribuam para a discusso terica na
subrea de recuperao e anlise da informao, aproximando-a do sujeito e de suas emoes, bem como para as aes que envolvam a
descoberta e avaliao coletiva de recursos informativos.
IDENTIFICANDO O GESTOR DA INFORMAO EGRESSOS DA UFPR
A INTERNET COLABORATIVA E A QUALIDADE DE FONTES DE INFORMAO NA WEB
Aluno de Iniciao Cientfca: Adriana de Almeida do Nascimento (PIBIC/CNPq)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022449
Orientador: Prof. Dr. Edelvino Razzolini Filho
Departamento: Cincias e Gesto da Informao Setor: Cincias Sociais e Aplicadas
Palavras-chave: Gesto da Informao, Profssional, Mercado de trabalho.
rea de Conhecimento: 6.02.03.00-5
Aluno de Iniciao Cientfca: Andre Luiz Appel (IC - Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023494
Orientador: Profa. Dra. Patrcia Zeni Marchiori
Colaborador: Carlos Alexandre Loureno Taborda (IC - Voluntria), Eduardo Michelotti Bettoni (Mestrando/REUNI/CAPES/UFPR)
Departamento: Cincia e Gesto da Informao Setor: Cincias Sociais Aplicadas
Palavras-chave: fontes de informao critrios de qualidade, teoria da cor, simbologia das cores.
rea de Conhecimento: Cincia da Informao - 6.07.00.00-9
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Estudo sobre a autoria como elemento essencial organizao e recuperao da informao em bases de dados. Identica os problemas
de recuperao da informao decorrentes da falta de padronizao das autoridades (nomes dos autores e instituies) da Base Referencial
de Artigos de Peridicos em Cincia da Informao (Brapci). Discute a propriedade de uma estrutura consistente de indicao de autoria e
liao dos autores, justicando a necessidade de sua adequao ao uso na gerao de mapas e redes de conhecimento e na localizao de
reas/temas de pesquisa em suas correlaes com os estudos bibliomtricos e cienciomtricos. Utiliza o mtodo de pesquisa exploratria,
com base nos estudos e observaes especcas sobre a Brapci. Por meio da aplicao de um questionrio para graduandos do curso de
Gesto da Informao da Universidade Federal do Paran, analisa as diculdades encontradas quando da realizao de uma busca na base.
Discute a poltica para aferir a qualidade da base, cotejando-a com as informaes obtidas pela coleta de dados sobre o ambiente, o uso dos
recursos, o histrico das crticas e sugestes, as mudanas e as reclamaes dos usurios. Os resultados, a partir de uma anlise estatstica,
indicam problemas a serem considerados, tais como a diculdade de padronizao de nomes e sobrenomes, as diferentes abreviaturas
utilizadas e a dinmica de movimentao de professores em relao s instituies em que atuam. Conclui que a avaliao da qualidade
dos registros deve ser feita sempre em relao a um contedo padro, denido em consenso pela comunidade de usurios e a partir de
fontes de informao conveis.
Aborda o estudo de dimenses relativas qualidade de fontes de informao em ambientes de rede em geral e ferramentas da internet
colaborativa em particular. Apresenta os processos relativos ao desenvolvimento de um ambiente computacional para a realizao da
pesquisa de qualidade de fontes de informao, conforme segue: a) instalao da ferramenta de gesto editorial Open Journal System
(OJS)/Sistema Eletrnico de Editorao de Revistas (SEER) em servidor institucional; b) insero de fontes pr estabelecidas na Research
Support Tools (RST) do OJS, a qual direciona o usurio para fontes de informao adicionais relativas s reas temticas do peridico; c)
customizao no design da ferramenta; d) denio de indicadores de navegao no ambiente web e; e) instalao das ferramentas de anlise
de trfego PHPMyVisites e ClickHeat Maps. Os indicadores denidos para a coleta via ferramentas de anlise de trfego so: tempo de
permanncia/acesso, considerando-se que a permanncia pode revelar o interesse do respondente nos contedos disponibilizados; o path
breadcrumbs ou migalhas de po que mostram o caminho percorrido pelo usurio e que indicar a conexo de contedos especialmente
entre as fontes durante a navegao e; mapas de calor, que ilustraro o(s) contedo(s)/fonte(s) mais clicadas. Pretende-se, igualmente,
adicionar uma ferramenta de social bookmark ao OJS. Para tal, analisaram-se trs sistemas de social bookmarking (Connotea, CiteUlike
e 2Collab) e dois de gerenciamento de referncias (Zotero e Mendeley) com o objetivo de identicar suas funcionalidades e benefcios
voltados para o ambiente acadmico. Neste momento do projeto, estuda-se a viabilidade de comunicao e interoperabilidade entre o OJS
e o Connotea, sendo este o social bookmarking mais indicado devido sua estrutura lgica, linguagem de programao utilizada e s
facilidades decorrentes de sua arquitetura de cdigo aberto. Investiga-se a perspectiva de comunicao entre a ferramenta e o OJS com
base na Application Programming Interface (API) do Connotea. Esta possibilidade de integrao no descarta outras alternativas ainda
em estudo que permitam a interoperabilidade entre os dois sistemas. Posteriormente, pretende-se apresentar comunidade acadmica os
resultados que contribuiro para a teoria e prtica nas reas de recuperao da informao, interface humano-computador e metodologias
para a gesto da informao em ambientes colaborativos.
PESQUISA E PRODUO DO CONHECIMENTO: POLTICA DE AFERIO DE QUALIDADE PARA A
BASE REFERENCIAL DE ARTIGOS DE PERIDICOS EM CINCIA DA INFORMAO
A INTERNET COLABORATIVA E A QUALIDADE DE FONTES DE INFORMAO NA WEB
Aluno de Iniciao Cientfca: Camila Gabrieli Araujo (PIBIC/UFPR))
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2000007191
Orientador: Prof Dra. Leilah Santiago Bufrem
Co-Orientador: Prof. Dr. Mauro Jos Belli
Colaborador: Ren Faustino Gabriel Junior
Departamento: Cincia e Gesto da Informao Setor: Cincias Sociais Aplicadas
Palavras-chave: Brapci; padronizao; recuperao da informao.
rea de Conhecimento: de acordo com o CNPq 6.07.00.00-9
Aluno de Iniciao Cientfca: Carlos Alexandre Loureno Taborda (IC-Voluntria)
N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023494
Orientador: Profa. Dra. Patrcia Zeni Marchiori
Colaboradores: Andre Luiz Appel (IC - Voluntria), Eduardo Michelotti Bettoni (Mestrando/REUNI/CAPES/UFPR).
Departamento: Cincia e Gesto da Informao Setor: Cincias Sociais Aplicadas
Palavras-chave: fontes de informao, Sistema Eletrnico de Revistas, social bookmarking.
rea de Conhecimento: Cincia da Informao - 6.07.00.00-9
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LIVRO DE RESUMOS - 18.
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EVINCI E 3.
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Pesquisa sobre o processo de indexao de peridicos brasileiros na rea de Cincia da Informao, levantando dados para aperfeioamento
da Base de Dados de Peridicos em Cincia da Informao (Brapci). Estuda o papel dos descritores como elementos para a organizao e a
recuperao da informao em bases de dados. Identica os problemas de recuperao da informao decorrentes do processo de padronizao
dos termos indicativos do contedo dos documentos da Brapci. Discute a propriedade de uma estrutura de ontologia com identicao
temtica em prol de maior consistncia na recuperao da informao, utilizando como ferramenta o programa Protg em linguagem XML
para gerao de mapas conceituais. Apresenta, para ilustrar a interao entre o usurio e a base de dados, a possibilidade de gerao de
mapas de conhecimento, de localizaes de reas e temas de pesquisa em suas correlaes e do uso de ontologias como mecanismo de busca.
Utiliza o mtodo de pesquisa exploratria para o estudo de uso da base, por meio da anlise dos logs de consulta realizada pelos usurios
e aplicao de um questionrio eletrnico a uma amostra aleatria de usurios. Analisa as diculdades encontradas quanto realizao
de uma busca e discute a poltica para aferir a qualidade da base, cotejando-a com as informaes obtidas pela coleta de dados sobre o
ambiente, o uso dos recursos, o histrico das crticas e sugestes, as mudanas necessrias e as reclamaes dos usurios. Os resultados,
a partir de uma anlise estatstica, indicam os problemas a serem mais considerados, tais como a diculdade de padronizao dos termos,
o uso de descritores normalizados e a busca com utilizao de conceitos. Conclui que a avaliao do contedo dos registros deve ser feita
sempre em relao a um contedo padro, denido em consenso pela comunidade de usurios e a partir de fontes de informao conveis.
No ano de 2004, a empresa estadunidense OReilly Media criou o termo Web 2.0 para designar a segunda gerao de servios online.
Termo esse que se caracteriza por potencializar as formas de publicao, compartilhamento e organizao de informaes, alm de ampliar os
espaos para a interao entre os participantes do processo. Esse conceito relaciona-se com as constantes inovaes tecnolgicas na medida
em que sistemas de informao passem a no mais funcionar de forma isolada, somente se instalados no computador, como tambm pela
Internet. Nesse sentido, diferentes programas podem ser integrados, e a web adquire a identidade de uma plataforma, ao mesmo tempo em que
o software adquire o formato de um servio. Dentro desse contexto, de forma a estimular a modernizao pblica, deve-se investigar meios
de racionalizar custos e promover a transparncia e democratizao dos servios pblicos. O estudo tem como objetivo geral investigar os
sistemas de informao utilizveis como ferramentas na construo de cidades virtuais. A metodologia consiste na pesquisa bibliogrca e
de campo aplicada web, na busca de registro de programas online capazes de favorecer a construo de um prottipo que simule a estrutura
fsica de uma cidade e/ou campus virtual de uma universidade. As discusses sobre as ferramentas disponveis culminaram na deciso de
uso da plataforma do GoogleMaps