Forma Urbana
Forma Urbana
Forma Urbana
CAROLINE RIBEIRO SANTANA LAILA HERNANDEZ LEITE GUIMARES MARLIA BEZERRA AMORIM PATRCIA MONTEIRO LIMA
Forma Urbana
So Lus 2011
CAROLINE RIBEIRO SANTANA LAILA HERNANDEZ LEITE GUIMARES MARLIA BEZERRA AMORIM PATRCIA MONTEIRO LIMA
Forma Urbana Trabalho apresentado professora Thas Zenkner, da disciplina Histria da Cidade como requisito para obteno da terceira nota.
So Lus 2011
SUMRIO 1 INTRODUO..........................................................................................................4 2 DESINVOLVIMENTO................................................................................................5 2.1 MORFOLOGIA URBANA.......................................................................................5 2.2 FORMA URBANA...................................................................................................7 3 CONCLUSO..........................................................................................................10 4 NOTAS SOBRE O AUTOR.....................................................................................11 REFERENCIAS.........................................................................................................12
1 INTRODUO A tese defendida pelo texto mostra o processo de desenho de uma cidade e a interveno e o papel da arquitetura/arquiteto no processo de desenho e produo da mesma. O autor cita o antigo processo de criao do desenho da cidade: alunos desenhavam vias, edifcios e manchas verdes no terreno, usando critrios de equilbrio volumtrico e social. Deste procedimento, Lamas resume a inovao: em formas ainda no experimentadas, em novas composies urbanas para os volumes e um antagonismo a simetria e aos eixos de composio. Arquitetura a arte de construir e um campo bem mais amplo do que imaginamos. inseparvel da vida humana e influente desde o surgimento dos primeiros assentamentos urbanos feito pelo homem. Para elaborao de uma cidade, h a necessidade do conhecimento da histria socio e cultural do espao para sim aplicar o conhecimento de forma urbana no desenho. Uma cidade atende as necessidades histricas, sociais e humanas de seus moradores. Lamas tambm cita a interao entre os dois campos: o urbanismo e o objeto arquitetnico. A forma urbana singular a cada situao e a contribuio dos dois campos necessria para atender e solucionar problemas funcionais. Os dois trabalham para construir uma forma de espao humanizado, ou seja, uma adequao do espao fsico (territrio) ao planejamento da cidade. H tambm uma adequao entre a cidade antiga (tradicional) e a cidade moderna. A segunda no to bem aceita em quesito de forma, quebrou padres e hbitos da primeira e necessitam da interveno arquitetnica e urbanstica para a elaborao de uma cidade contempornea. Esta, atendendo aos dois lados, ir preocupar-se com a FORMA URBANA, aspecto que reunir a dimenso fsica e morfolgica dimenso arquitetnica responsvel pelo entendimento cultural no desenho da cidade. Jos diz: "Todavia um primeiro grau de leitura da cidade eminentemente fsico-espacial e morfolgico, portanto especfico da arquitetura, e o nico que permite evidenciar a diferena entre este e outro espao, entre esta e aquela forma, e explicar as caractersticas de cada parte da cidade. A este se juntam outros nveis de leitura que revelam diferentes contedos (histricos, econmicos, sociais e outros). Mas esse conjunto de leituras s foi possvel porque a cidade existe como fato fsico e material. Todos os instrumentos de leitura lem o mesmo objeto - o espao fsico, a FORMA URBANA." Esse pargrafo enfatiza interao entre vrios campos na elaborao e produo de uma cidade, quebrando a idia de uma simples composio de prdios, vias e natureza em um determinado espao. O texto defende a tamanha e forte relao entre o desenho e a vida fora dele: as influncias e os reais problemas a serem solucionados. Dentro de problemas sociais e culturais, o desenho de uma cidade e a forma urbana acatam a todos uma soluo amigvel.
2 DESENVOLVIMENTO 2.1 MORFOLOGIA URBANA A morfologia urbana estuda os aspectos exteriores do meio urbano e as suas relaes recprocas, determinando e interpretando a paisagem urbana e a sua estrutura. Para conhecer o meio urbano necessrio que haja instrumentos de leitura e uma relao objeto-observador. Porm, s leitura, por mais que seja disciplinar, no consegue explicar o objeto. preciso cruzar diferentes leituras e informaes para explicar a cidade. No entanto, comum que na produo das formas urbanas exista uma caracterstica que seja determinante e tenha em qualquer anlise. Pois o arquiteto ao produzir o seu espao, poder dar maior nfase a este ou quele aspecto, o qual se revelar mais evidente em anlise posterior. Nas cidades atuais, certas formas apenas revelam uma total sujeio do urbanismo rentabilidade do solo e especulao fundiria. Lamas cita no livro o que est acontecendo em Portugal: A destruio da paisagem rural e urbana portuguesa efetuada nos ltimos trinta anos revela, e bem, as condies culturais, polticas e sociais em que se projeta e se deixa construir em Portugal (Lamas, 1990). Esse fato pode ser observado tambm na cidade de So Lus. Com novos equipamentos urbanos, como por exemplo, o Shopping da Ilha, os terrenos ao redor ficam mais caros e a especulao comea antes mesmo do empreendimento ser construdo, o que aconteceu com o Maranho Novo e redondezas. A especulao fundiria pode ser boa e fazer parte do urbanismo se utilizada de maneira sbia a fim de valorizar os bairros menos favorecidos e proteger os mais explorados de uma possvel exploso urbana. Para que a cidade tenha uma homogeneidade maior (falando em terrenos e imveis na cidade de So Lus), necessrio que a especulao chegue tambm aos bairros considerados menos favorecidos, mas que tambm apresentam potencial e urbanidade suficiente, como COHAB, COHATRAC, etc. A morfologia urbana , portanto, o estudo da forma do meio urbano nas suas partes fsicas exteriores, ou elementos morfolgicos e na sua produo e transformao no tempo. No entanto, importante ressaltar que um estudo morfolgico no feito do conjunto de elementos sociais, econmicos, culturais e outros. Estes so utilizados para a explicao da produo da forma e da cidade como elemento fsico e construdo, mas no so objeto de estudo. A morfologia urbana supe a unio e a utilizao de dados habitualmente recolhidos por disciplinas diferentes economia, sociologia, histria, geografia, arquitetura, etc. para explicar a cidade como elemento fsico e construdo.
O estudo de morfologia urbana feito da diviso do meio urbano em elementos morfolgicos e da interao destes entre si e com o espao urbano. Os elementos morfolgicos devem ser identificados e esclarecidos de acordo com a leitura ou anlise do espao, ou de acordo com sua compreenso ou produo. Sendo estes o solo (pavimento), lote (parcela fundiria), fachada (plano marginal), traado, rua, rvore, mobilirio urbano, edifcios, quarteiro, logradouro, praa, vegetao e monumento. Tambm importante identificar os nveis de produo da forma urbana e as suas inter-relaes. Antigamente, a produo da forma urbana era composta pela composio urbana e projetos dos edifcios e diferentes construes. Os nveis tinham um carter mais tcnico, importando-se mais com o desenho urbano do que com as pessoas que viveriam na cidade. Dcadas depois, surgiu um nvel de planificao e programao das quantidades, das utilizaes (organizao quantitativa e funcional) e das localizaes. Ou seja, A produo da forma urbana assumiu novas caractersticas, dando valor ao que a sociedade precisa, ao que pensam, aos seus costumes. Pois no adianta, por exemplo, construir uma cidade de um jeito que seria mais prtico, moderno, se seus moradores no tm o costume e no querem utilizla dessa maneira.
2.2 FORMA URBANA Baseando-se nas ideias de Aldo Rossi, arquiteto e terico italiano, conclui-se que forma urbana nada mais , que um conjunto de mobilirios arquitetnicos correlacionados e organizados espacialmente, levando em considerao aspectos de organizao funcional (relacionados com as atividades humanas e ao uso de uma rea) e quantitativa (aspectos da realidade urbana que podem ser quantificveis e que se referem a uma organizao quantitativa) e os aspectos qualitativos (referem-se ao tratamento dos espaos) e figurativos (relacionam-se com a comunicao esttica). Sendo a arquitetura, o principal meio de entendimento da cidade como estrutura espacial. A forma fsica um dado real, predominante em qualquer descrio do meio urbano, o resultado final dos problemas postos ao urbanismo e arquitetura (disciplinas voltadas interveno e transformao do espao). Forma e Contexto Qualquer forma deve atender s necessidades de um contexto. As formas arquitetnicas podem englobar tanto critrios funcionais ou de natureza esttica, devendo constituir uma soluo para os problemas que a analise urbanstica pretende organizar e controlar. Ao longo dos anos, com a evoluo das situaes histricas e a necessidade de resposta a essas novas situaes, ainda que utilizassem de elementos morfolgicos idnticos, houve diversas variaes de contexto que resultaram em diferentes propostas de desenho urbano. Forma e Funo Ao analisar conceitualmente essas duas palavras, no se deve negar a relao entre ambas. A forma ter de se relacionar com a funo de modo a permitir o desenvolvimento eficaz das atividades que nela se processam. Segundo Leon Battista Alberti, arquiteto e terico de arte, so trs os princpios da arquitetura: a funo, a construo e a arte, estes sempre presente na arquitetura e na cidade. Entretanto cada um assume um peso no processo criativo, podendo variar em duas posies: A funcionalista, que o significado expressivo se encontra na adequao da forma funo, FORM FOLLOWS FUNCTION. E o antifuncionalismo, que defende a funo se adaptando forma, FUNCTION FOLLOWS FORM. Ambas as posies no so desprovida de inteno esttica. A organizao funcionalista das cidades anulou as consideraes morfolgicas. As relaes quantitativas e distributivas, o zonamento e a atribuio de uma funo exclusiva a cada parcela territorial tornaram-se mtodos universais de urbanismo, facilitando a realizao de edificaes, monofuncionais, repetitivos, fceis de projetar e executar, gerando monotonia nas cidades.
O funcionalismo foi, sem dvida, uma teoria urbanstica e arquitetnica, mas foi, antes do mais, uma estratgia de representao desenhada e construda, traduziu-se mais pela imagem esttica, grfica e espacial do que por uma correlao exata da forma com a funo. Forma e Figura Encontramos na figura as motivaes mais complexas e profundas para a concepo da forma. Ela representa o poder de comunicao esttica da forma. atravs da mensagem figurativa que a arquitetura e a arte urbana se revelam. Toda a ao que humaniza a paisagem pode conter objetivos e valores estticos que se comunicam atravs dos sentidos ou da percepo. Em suma os valores estticos s so comunicveis atravs dos sentidos e que, apesar de as caractersticas da forma no se resumirem aos aspectos sensoriais, estes so determinantes na sua compreenso. Sistema de Orientao A sua importncia grande no conhecimento da cidade, embora tenha sido esquecido. Respeita ao equilbrio vertical e tambm as noes que permitem o homem orientar-se na cidade, como: cima/baixo, esquerda/direita, horizontal/vertical etc.. Numa cidade depender fundamentalmente de sistemas de referncia (marcos, monumentos, bairros...). Sistema Visual atravs da viso que se constri a parte mais importante da imagem da cidade, no entanto, o sistema de observao do espao urbano, pressupe o movimento e a apreenso do espao em sequncia visual. Sistema Ttil No sistema ttil se incluem todas as percepes trmicas e de frico com a atmosfera (vento, calor...), que tambm so importantes na vivncia, compreenso e caracterizao da cidade. Sistema Olfativo Os cheiros e odores caracterizam os lugares e so parte do meio urbano. O sistema olfativo pertence experincia da cidade, embora seja um fator de menor controle e incidncia no desenho da forma urbana. Assim verifica-se que cada sistema vai corresponder a uma caracterstica da forma. Contudo, sendo as condies que se realiza a comunicao com o ambiente, essencialmente visuais. A imagem da cidade o meio de comunicar a sua forma fsica e para que exista imagem necessria uma relao entre objeto e observador. No entanto,
apesar de a imagem depender do observador, depende primeiramente das caractersticas da forma. A prpria forma pode ser organizada com relativa independncia para atingir a comunicao visual; no fundo trata-se de retomar os problemas da arte urbana e de embelezamento da cidade com o objetivo de contribuir para um ambiente mais estimulante. .
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3 CONCLUSO A partir desse trabalho pudemos ler e aprender a respeito da forma urbana e da morfologia urbana. Conclumos ento que, as funes da cidade se manifestam atravs da morfologia urbana, estudo da forma nas suas partes fsicas, tanto na sua produo como na sua transformao no tempo. A morfologia relaciona-se leitura que os indivduos fazem dos objetos arquitetnicos e urbanos, a fim de compreender os aspectos exteriores do meio urbano e suas relaes recprocas, definindo e explicando a paisagem urbana e sua estrutura. Com o enfoque de abordar a forma como objeto final de toda concepo. Enquanto a forma urbana o estrutural, o conjunto de mobilirios arquitetnicos correlacionados e organizados espacialmente, que leva em considerao a organizao funcional, quantitativa, e dos aspectos qualitativos e figurativos. E mas tambm conseguimos relacionar o que foi lido com o programa extensivo, Equinox e a urbanidade, tema escolhido para o ano de 2011. A relao feita nos mostrou que urbanidade, forma urbana e morfologia urbana, esto todos relacionados com o meio e sua relao com a populao. No existe indivduo sem um espao, mas possvel se ter um espao sem um indivduo, mas o mais importante a relao que existe entre a forma e quem a utiliza.
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4 NOTA DO AUTOR Jos Manuel Ressano Garcia Lamas arquiteto, nascido e formado em Lisboa, Portugal, e doutor em urbanismo (Aix-en-Provence, Frana, e Lisboa). Autor do conhecido livro Morfologia Urbana e Desenho da Cidade, foi Professor Catedrtico da Faculdade de Arquitetura da Universidade Tcnica de Lisboa. Realizou numerosos projetos de arquitetura e planos de urbanismo, tendo recebido, em 1997/98, o Prmio de Mrito Especial do Conselho Europeu de Urbanistas.
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REFERNCIAS LAMAS, Jos. Morfologia Urbana E Desenho Da Cidade. Ed. Fundao Calouste Gulbenkian. 1993. P. 19 62.
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