Eletroerosao
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A exploso da eletroeroso
Este um dos processos no tradicionais de usinagem que vm ganhando espao ultimamente. Vrias razes explicam esse crescimento. Pense, por exemplo, nos novos materiais que tm surgido, como os carbonetos metlicos, as superligas e as cermicas. Trata-se, geralmente, de materiais muito duros. Voc j imaginou a dificuldade que seria usin-los pelos processos tradicionais? Imagine tambm a dificuldade que representaria a usinagem pelos mtodos tradicionais de uma pea com formas to complexas como a mostrada abaixo.
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Brocas helicoidais so eficientes para produzir furos redondos. Mas que broca produziria um furo irregular como o da pea ao lado? Por eletroeroso, o molde dessa pea pode ser produzido em uma s fase de operao. Alm disso, os processos tradicionais de usinagem geram calor e tenses na superfcie usinada, produzem enormes cavacos e afetam as caractersticas estruturais da pea. No so adequados, portanto, para produzir superfcies de alta qualidade, praticamente sem distores e sem alteraes microestruturais. J na usinagem por eletroeroso, a pea permanece submersa em um lquido e, portanto, h rpida dissipao do calor gerado no processo. Na eletroeroso no existe fora de corte, pois no h contato entre a ferramenta e a pea. Por isso no se formam as tenses comuns dos processos convencionais de usinagem. Uma vantagem adicional a automatizao das mquinas de eletroeroso, que permite a obteno de estreitos limites de tolerncia. No processo de eletroeroso, possvel um controle rigoroso da ao da ferramenta sobre a pea usinada, graas a um servomecanismo que reage rapidamente s pequenas variaes de intensidade de corrente. Tudo isso torna a eletroeroso um processo adequado para atender s exigncias atuais de qualidade e produtividade, com grande aplicao na confeco de matrizes para estampos de corte, moldes de injeo, forjaria, cunhagem e fabricao de ferramentas de metal duro. Mas o que a eletroeroso, afinal? Voc ficar sabendo ao estudar o prximo tpico.
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Ao ser ligado o interruptor, forma-se uma tenso eltrica entre o eletrodo e a pea. De incio, no h passagem de corrente, j que o dieltrico atua como isolante.
ons: partculas eletricamente carregadas. Chamamse ctions quando carregadas positivamente e nions quando carregadas negativamente.
Quando o espao entre a pea e a ferramenta diminudo at uma distncia determinada, o dieltrico passa a atuar como condutor, formando uma ponte de ons entre o eletrodo e a pea. Produz-se, ento, uma centelha que superaquece a superfcie do material dentro do campo de descarga, fundindo-a. Estima-se que, dependendo da intensidade da corrente aplicada, a temperatura na regio da centelha possa variar entre 2.500C e 50.000C.
O processo de eroso ocorre simultaneamente na pea e no eletrodo. Com ajustes convenientes da mquina, possvel controlar a eroso, de modo que se obtenha at 99,5% de eroso na pea e 0,5% no eletrodo. A distncia mnima entre a pea e a ferramenta, na qual produzida a centelha, chamada GAP (do ingls gap = folga) e depende da intensidade da corrente aplicada. O GAP o comprimento da centelha. O tamanho do GAP pode determinar a rugosidade da superfcie da pea. Com um GAP alto, o tempo de usinagem menor, mas a rugosidade maior. J um GAP mais baixo implica maior tempo de usinagem e menor rugosidade de superfcie. As partculas fundidas, desintegradas na forma de minsculas esferas, so removidas da regio por um sistema de limpeza e, no seu lugar, fica uma pequena cratera. O dieltrico, alm de atuar como isolante, participa desta limpeza e ainda refrigera a superfcie usinada. O fornecimento de corrente interrompido pelo afastamento do eletrodo. O ciclo recomea com a reaproximao do eletrodo at a distncia GAP, provocando uma nova descarga. A durao da descarga eltrica e o intervalo entre uma descarga e outra so medidos em microssegundos e controlados por comandos eletrnicos. Descargas sucessivas, ao longo de toda a superfcie do eletrodo, fazem a usinagem da pea. A freqncia das descargas pode alcanar at 200 mil ciclos por segundo. Na pea fica reproduzida uma matriz, que uma cpia fiel do eletrodo, porm invertida. Pare! Pesquise! Responda! Por que, no processo de eletroeroso, a fonte de energia deve fornecer corrente contnua e no corrente alternada? Se voc analisar como flui a corrente eltrica por uma pilha, que um gerador de corrente contnua, voc encontrar a explicao para a pergunta anterior. A pilha tem dois plos: o de carvo (+) e o de zinco (-). O eltrons se movem do plo negativo para o positivo e a intensidade da corrente constante. Na corrente alternada, a intensidade da corrente varivel, gerando inverses de polaridade (o mesmo plo ora positivo, ora negativo). No processo de eletroeroso, isso poderia levar a um desgaste maior da ferramenta do que da pea.
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Para certas finalidades, como a usinagem de cavidades passantes e perfuraes transversais, prefervel usar o processo de eletroeroso a fio fio. Os princpios bsicos da eletroeroso a fio so semelhantes aos da eletroeroso por penetrao. A diferena que, neste processo, um fio de lato ionizado isto , eletricaionizado, mente carregado, atravessa a pea submersa em gua desionizada, em movimentos constantes, provocando descargas eltricas entre o fio e a pea, as quais cortam o material. Para permitir a passagem do fio, feito previamente um pequeno orifcio no material a ser usinado.
O corte a fio programado por computador, que permite o corte de perfis complexos e com exatido.
Em alguns equipamentos, um ploter isto ploter, , um traador grfico, possibilita a conferncia da execuo do programa pela mquina, como mostra a ilustrao.
Atualmente, a eletroeroso a fio bastante usada na indstria para a confeco de placas de guia, porta-punes e matrizes (ferramentas de corte, dobra e repuxo).
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Marque com X a resposta certa. Exerccio 1 Para que a eletroeroso ocorra, necessrio que os materiais da pea e da ferramenta sejam: a) ( ) condutores de calor; b) ( ) combustveis; c) ( ) isolantes; d) ( ) condutores de corrente eltrica. Exerccio 2 O dieltrico deve ser um fluido: a) ( ) isolante; b) ( ) condutor de eletricidade; c) ( ) combustvel; d) ( ) ionizado. Exerccio 3 A centelha produzida quando o eletrodo: a) ( ) encosta na pea; b) ( ) afasta-se da pea; c) ( ) fica a uma distncia da pea chamada GAP; d) ( ) mergulha no dieltrico. Exerccio 4 Entre os materiais mais usados para fabricao de eletrodos, destacam-se: a) ( ) cobre eletroltico, cobre tungstnio, grafite; b) ( ) lato, ferro fundido, cobre; c) ( ) ao, tungstnio, bronze; d) ( ) grafite, lato, ferro fundido. Exerccio 5 A eletroeroso a fio prefervel quando for necessrio usinar: a) ( ) furos cilndricos cegos; b) ( ) cavidades passantes de perfis complexos; c) ( ) rebaixos oblquos no passantes; d) ( ) furos helicoidais.
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