Saúde Da Criança

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SADE DA CRIANA

Universidade Nove de Julho UNINOVE Disciplina de Enfermagem em Sade Coletiva II Profo. Roudom Moura e Profa. Silvia Pereira

Sade da Criana Direitos da criana


dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloclos a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

Constituio Brasileira Art. 227

Estatuto da Criana e Adolescente Lei 8.069 de 13/07/1990

Estatuto da Criana e do Adolescente


O profissional de sade e o dirigente da Unidade de Sade so responsveis por notificar todos os casos de violao dos direitos.

A criana passa a ser sujeito de direitos.

Ciclo da vida da Criana


Do nascimento at 1 ms de vida - recmnascido; De 1 ms a 2 anos lactente; Dos 2 aos 6 anos - pr-escolar; Dos 6 aos 10 anos escolar; De 10 a 11 anos Pr-adolescente
Fonte: OMS e ECA

Perodo Neonatal; Ps-Neonatal e Mortalidade Infantil


Perodo Neonatal:
Neonatal precoce vai de 0 a 7 dias de vida; Neonatal tardio vai de 7 a 28 dias de vida.

Ps- Neonatal vai de 28 dias at o primeiro aniversrio. Mortalidade Infantil de 0 a 12 meses de idade

Princpios Norteadores da Ateno Criana


Acesso Universal; Equidade; Participao da Famlia / Controle Social; Acolhimento; Responsabilizao; Integralidade;

Princpios Norteadores da Ateno Criana


Resolubilidade Desenvolvimento de aes coletivas com nfase nas aes de promoo da sade Intersetorialidade Avaliao permanente e sistemtica da assistncia prestada

Linhas de cuidado sade da criana

Atenao humanizada gestante e ao RN


As seguintes aes de sade devem ser ofertadas pelos sistemas de sade: pr-natal (de acordo com protocolo do Ministrio da Sade); parto institucional (e parto domiciliar seguro em alguns municpios das regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste); ateno ao puerprio; urgncias e emergncias maternas, com acesso a leitos de Unidades de Tratamento Intensivo; ateno imediata ao recm-nascido na sala de parto, garantia de alojamento conjunto e acesso Unidade de Cuidados Intermedirios e a Unidades de Tratamento Intensivo, quando necessrio, e acompanhamento aps a alta.

Sade da criana
Triagem neonatal teste do pezinho Incentivo ao aleitamento materno Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento Alimentao saudvel e preveno da obesidade infantil (vigilncia nutricional e alimentar) Combate desnutrio e anemias imunizao

Ateno as doenas prevalentes


Diarria e parasitoses Sfilis e rubola congnita Ttano neonatal HIV/AIDS Doenas respiratrias Alergias

Ateno sade bucal


Equipe da odonto nos grupos de pr-natal Aleitamento materno materno at os 6 meses hbitos alimentares (sem acar) Higiene (escovao) Acompanhamento odontolgico peridico e regular)

Ateno sade mental


famlia, criana e escola Identificar e referenciar as crianas quando sintomas indicativos de autismo, psicose, neurose Atividades de socializao, oficinas culturais e esportivas Intersetorialidade Cidadania

Preveno de maus-tratos, violncia e trabalho infantil


Violncia urbana Violncia domstica (abuso sexual, abandono, negligncia, viol6encia psicolgica) Acidentes domsticos (queda, choques eltricos, queimaduras, ingesto de substncias qumicas, etc) Identificao e notificao dos casos de violncia e maus tratos

Reconhecer situaes de riscos


Famlia ( drogas, lcool, desagregao familiar) Verificar sinais e sintomas sugestivos de violncia (equimoses, fraturas, queimaduras) Alteraes de comportamento (agressividade, medo, timidez excessiva, apatia) Negligncia (internaes repetidas, criana mal cuidada, desnutrio crnica)

Ateno criana portadora de deficincia


10% deficiencia fsica, mental ou sensorial 70 a 80% podem ser evitadas Incluso e participao social Alterao do desenvolvimento neuropsicomotor Investigao das mal formaes congnitas e alteraes neurolgicas

Vigilncia da mortalidade materna e infantil


Comit de mortalidade

Causas da queda da mortalidade infantil


Saneamento bsico; Programa de imunizaes; Controle das doenas diarreicas; Melhoria no atendimento sade da mulher, ao pr-natal e nas condies de parto e puerprio.

Fatores que contribuem para a mortalidade infantil


Escolaridade da me baixa; Renda familiar baixa; Idade da me quanto mais jovem, maior o risco; Intervalos pequenos entre as gestaes; Qualidade dos servios de sade; Qualidade do pr-natal.

Programa de Assistncia Integral Sade da Criana (PAISC)


Criado em 1984;
Incio da reestruturao do atendimento s necessidades da sade da criana com cinco principais focos de ateno: crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno, orientao nutricional, assistncia s doenas diarricas e infeces respiratrias agudas (IRAs) e imunizao.

Programa de Assistncia Integral Sade da Criana (PAISC) Conjunto das aes bsicas de sade que visa assegurar a integridade na assistncia prestada criana no seu processo de desenvolvimento e crescimento, reduzindo a mortalidade na faixa de zero a cinco anos de idade.

PAISC Objetivo geral

REDUZIR A MORBIMORTALIDADE NA FAIXA ETRIA DE 0-5 ANOS.

PAISC Objetivos especficos


PROMOO DO NASCIMENTO SAUDVEL;

ACOMPANHAMENTO DO CD COMO METODOLOGIA DE ASSISTNCIA;


PROMOVER O ALEITAMENTO MATERNO E ORIENTAR A ALIMENTAO NO 1 ANO DE VIDA; AUMENTAR OS NVEIS DA COBERTURA VACINAL; IDENTIFICAR PRECOCEMENTE AS PATOLOGIAS; PROMOVER A EDUCAO PARA A SADE, DESTACANDO A IMPORTNCIA DA PARTICIPAO DA FAMLIA.

PAISC - Diretriz fundamental


Aes bsicas de AISC, formuladas pelo MS e as Secretarias Estaduais de Sade.

PAISC Aes bsicas


AM E ORIENTAO PARA O DESMAME; ASSISTNCIA E CONTROLE DAS IRAs; IMUNIZAO; CONTROLE DAS DOENAS DIARREICAS;

ACOMPANHAMENTO DO CD.

PAISC - Conquistas
Reduo das taxas de mortalidade na infncia; Diminuio da mortalidade por doenas diarricas e por IRAs; Diminuio da ocorrncia de desnutrio na infncia;

Controle das doenas imunoprevenveis, incluindo-se a a erradicao da poliomielite.

PAISC Problemas ainda enfrentados


Altas taxas de mortalidade perinatal;
Alta prevalncia de recm-nascidos de baixo peso; Grandes diferenas entre as condies de sade nos meios rural e urbano; Altos ndices de gravidez na adolescncia.

Programas do MS
Bolsa alimentao Registro Civil de Nascimento Iniciativa Hospital Amigo da Criana (IHAC) Me Canguru Assistncia a gestante de alto risco Bancos de leite Ateno Integrada as doenas prevalentes na infncia (AIDPI) Preveno de acidentes na infncia TRO - Terapia de Reidratao Oral Reduo de hipovitaminoses PSF/PACS

A CONSULTA DA CRIANA
QUEIXA / HISTRIA RECONHECER QUEM ESSA CRIANA
Presente Passado (antecedentes) Famlia Ambiente fsico Condio social Monitorar o estado nutricional e o desenvolvimento Avaliar a situao alimentar Avaliar a imunizao Atender os principais agravos

RISCOS AO NASCER/ CRITRIOS OBRIGATRIOS


Os recm-nascidos com doenas genticas, malformaes mltiplas congnitas, leses neurolgicas, deficincias estabelecidas desde o nascimento necessitam de cuidados diferenciados. Todo RN HIV positivo deve ser inscrito em protocolo prprio.

CRITRIOS ASSOCIADOS, PRESENA DE DOIS OU MAIS RISCOS


Me adolescente abaixo de 16 anos Me analfabeta Me sem suporte familiar Me proveniente de rea social de risco* Chefe da famlia sem fonte de renda Histria de migrao da famlia h menos de 2 anos Me com histria de problemas psiquitricos (depresso, psicose) Me portadora de deficincia que impossibilite o cuidado da criana Me dependente de lcool e/ou drogas Criana manifestamente indesejada

CRIANA COM RISCO ADQUIRIDO (em qualquer idade)

Desnutrio Maus tratos Aps a segunda internao Desemprego familiar e/ou perda absoluta de fonte de renda Criana indesejada Criana com 3 ou mais atendimentos em Pronto Socorro em um perodo de 3 meses

POLTICAS PBLICAS NA REA DA CRIANA


DEVEM ASSEGURAR A EFETIVAO DOS DIREITOS : VIDA SADE ALIMENTAO EDUCAO ESPORTE, LAZER E CULTURA CONVIVNCIA FAMILIAR E COMUNITRIA

Necessidades de uma criana

CRIANA AMOR CARINHO TRANQUILIDADE LEITE MATERNO HIGIENE AQUECIMENTO VACINAS ESTIMULAO CONTROLE PEDITRICO ESTUDO DEUS

...Preparo uma cano que faa acordar os homens e adormecer as crianas.


Carlos Drumond de Andrade

Bibliografia
BRASIL. Ministrio da Sade. Sade da criana. Disponvel em <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=151> Acesso em out. 2007. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Aes Programticas Estartgicas. Sade integral da criana e a reduo da mortalidade infantil. Disponvel em: <http://trsmi.ehas.org/Presentaciones/MinSalud-Bra/2-Crian-Pol-deSalud.ppt> Acesso em out. 2007. Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade. Departamento de Gesto da Educao na Sade. Projeto Profissionalizao dos Trabalhadores da rea de Enfermagem. Profissionalizao de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: sade coletiva. 2a ed. rev. 1a reimpr. Braslia: MS; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm> Acesso em out. 2007. COSTA, E.M.A. CARBONE, M.H. Sade da famlia: uma abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro: Rubio, 2003. PORTAL APRENDE BRASIL. Situao da criana no Brasil 2006. Disponvel em: <http://www.aprendebrasil.com.br/reportagens/situacaodacrianca/mortalidade.asp> Acesso em out. 2007. Rede Brasileira para o desenvolvimento municipal. Disponvel em: < http://muninet.org.br/banco/index.php?newFolhaIndicadorID=12&g_cod_hierarquia=1 > Acesso em out. 2007. FIGUEIREDO. NBIA MARIA ALMEIDA (org.). Ensinando a cuidar em sade Pblica. So Caetano do Sul, SP: Yendis, 2005. SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE. Prefeitura do Municpio de So Paulo. Caderno temtico da criana. So Paulo, 2003.

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