A Arte de Contar Histrias Reparado
A Arte de Contar Histrias Reparado
A Arte de Contar Histrias Reparado
A importância da leitura
A leitura exerce um importante papel no desenvolvimento
intelectual, crítico e criativo do aluno, promovendo as suas
potencialidades, tanto no que se refere ao rendimento escolar,
quanto no que tange à construção de sua personalidade. Sobre isso,
Bamberger afirma que a “leitura é um dos meios mais eficazes de
desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade.
Trabalhar com a linguagem é trabalhar com o homem. ” 1
Quando o ser humano experimenta a leitura, ele executa um
ato de compreender o mundo, pois ler é, antes de tudo,
compreender e compreender é ser. Portanto, ler o mundo é
assumir-se como sujeito da própria história. É ter consciência dos
processos que interferem na sua existência como ser social e
político. É imprescindível, portanto, que os diversos segmentos da
sociedade convençam-se da importância da leitura e,
conseqüentemente, da escrita, conforme Gadotti:
o ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir
sem o outro. Ler e escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a
vida, a história. Numa sociedade de privilegiados, a leitura e a escrita
são um privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever o seu nome
ou assiná-lo na Carteira Profissional, ensiná-lo a ler alguns letreiros
na fábrica como ‘perigo’, ‘atenção’ , ‘cuidado’, para que ele não
provoque algum acidente e ponha em risco o capital do patrão, não é
suficiente.2
6
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler - formando leitores para a vida
inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1997. Pg. 2
7
PENNAC, Daniel. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
Mas ler em voz alta não é suficiente, é preciso contar também,
oferecer nossos tesouros, desembrulhá-los na praia ignorante.
Escutem, escutem e vejam como é bom ouvir uma história. Não há
melhor maneira de abrir o apetite de um leitor do que lhe dar de
farejar uma orgia de leitura.
construir um cenário, visualizar os seus monstros, criar os seus 5. Execute o seu poder de
concentração.
dragões. Implica também em usar gestos comedidos, equilibrados,
sem exagerá-los. O contador não é um ator teatral. Ele não se 6. Escolha a sua forma de
memorizar.
agita, não fica balançando ou andando de um lado para outro,
7.Conte para alguém antes de
senão os ouvintes não saberão em que prestar a atenção, se ao contar pra todo mundo.
contador que se movimenta de um lado para outro, se à história 8. Cuidado com sua postura
que está sendo narrada. Afinal, o uso da palavra é que deve seduzir E vício de linguagem.
ATIVIDADESS
ATIVIDADE
3- Roda d e História
Estabeleça a “Roda de Histórias” em sua classe.
5- Salada de histórias:
Criar uma história em que entrem partes de três ou quatro
histórias diferentes. Ler o resultado para eles.
Exemplo de Passa e
Repassa
1º da roda: “Era uma vez
6- Passa e Repassa um rei que tinha uma
filha.”
Forma-se uma roda, o professor entra no meio com uma bolinha 2º da roda: “ filha do rei
na mão. O aluno a quem ele entregar a bolinha, deverá dizer uma era uma moça muito
esperta e geniosa. (e
frase para dar início a uma história. Passa a bolinha para outro assim sucessivamente)
colega e assim por diante, até que o final da história aconteça
quando o último da roda receber a bolinha.
7- Dia do Contador:
Programe o “Dia do Contador” em sua escola. Peça para alguém
da comunidade vir contar algumas histórias de tradição oral aos
seus alunos.
9- Aulas do conto
Estabeleça uma aula no mês ou no bimestre, para os alunos que
desejam ler ou contar histórias.
A Colcha Colorida da Memória
Aspectos a serem trabalhados: expressão oral, expansão de idéias
Aulas nº. 1 - A colcha colorida da memória.
• Sentar com os alunos, formando um círculo;
• Contar a história: A moça tecelã, de Marina Colassanti;
• Comentar com os alunos, que as cores pode lembrar
emoções, fatos, cheiros...
• Perguntar aos alunos: Qual é a cor do cheiro da chuva?
Qual a cor do calor? Qual da cor da alegria? Qual a cor do
som de sinos bimbalhando? Qual a cor dos raios no céu de
chuva?...
• Colocar novelos de várias cores no centro do círculo e
pedir que peguem cores referentes a lembranças de coisas
acontecidas na vida deles.
• Pedir que contem as histórias que lembram e, ao final de
cada uma, amarrem o fio à história que será contada na
seqüência.
Nesse momento, você estará
observando as dificuldades dos alunos
com relação à oralidade.
oralidade Cores que remetem
A imagens, sons,
Aula nº. 2 – Tecendo a colcha. cheiros etc.
• Nessa aula, os alunos trazem escritas, as histórias que
contaram na sala e desenham, na folha, a emoção mais
forte da narrativa. Ao terminar o desenho, colocar o nome
da história e do autor.
• O professor estende papel tigre no chão da sala e os alunos
vão colando as histórias escritas e desenhadas, da forma
que acharem melhor.
• Ao final, a colcha da memória estará pronta para ser
exposta em uma das paredes da sala.
• Trabalhando com várias turmas, os alunos poderão trocar
visitas e lembranças, enriquecendo seu repertório e
coletivizando a emoção.
Essa criação deve ser apreciada pela
classe toda. Os alunos devem
analisar se as histórias e os desenhos
feitos para expressar este ou aquele
sentimento realmente provocaram
tal efeito.
Aspectos a serem trabalhados:
contos literário de tradição oral, expressão oral e técnicas de contação
1ª Aula - Envolvimento
3ª aula:-
aula:- Explicação
Diz que era uma vez um homem que tinha tantos filhos
que não achava mais quem fosse seu compadre. Nascendo mais um
filhinho, saiu procurar quem o apadrinhasse e, depois de muito
andar encontrou a Morte, a quem convidou. A Morte aceitou e
foi a madrinha da criança. Quando acabou o batizado voltaram
para casa e a madrinha disse ao compadre:
- Compadre! Quero fazer um presente ao meu afilhado e
penso que é melhor enriquecer o pai. Você vai ser médico de hoje
em diante e nunca errará no que disser. Quando for visitar um
doente me verá sempre. Se eu estiver na cabeceira do enfermo,
receite até água pura que ele ficará bom. Se eu estiver nos pés, não
faça nada porque é um caso perdido.
O homem assim fez. [...]
CASCUDO, 2003, p.312.
você dar algumas sugestões de técnica de contação de história a - Fingir que olha, olhar para
o chão, para o teto, por
eles. cima das cabeças;
4ª aula: Elaboração
Sites
www.canaldolivro.com.br
www.institutoletraviva.com.br
www.casadocontadordehistórias.or.br
www.sobresites.com/literaturajuvenil
www.casadaleitura.com.br
www.docedeletra.com.br
www.releituras.com
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