Instalação Elétrica Residencial - Schneider Electric
Instalação Elétrica Residencial - Schneider Electric
Instalação Elétrica Residencial - Schneider Electric
Apresentação
O Brasil enfrenta ainda, o problema da educação sem conseguir alavancar o desenvolvimento da maioria da
população e conseqüentemente, sem formar profissionais capacitados para atividades técnicas. Nem mesmo o
IBGE consegue precisar quantos eletricistas há no país. Essa realidade conduz ao uso indevido da eletricidade
com conseqüências graves como acidentes, curtos-circuitos, incêndios etc.
O conhecimento sobre a eletricidade faz com que possamos conviver com ela sem trazer riscos à nossa vida,
gerando mais igualdade social à medida que oferece a todos o acesso a informação. Pensando nisto, a Schneider
Electric, presente em mais de 100 países pelo mundo, mobilizou sua Fundação para cumprir seu papel social, isto
é, fazer a diferença nas comunidades onde está presente.
A Schneider Electric acredita que esta é a forma mais justa de criar negócios sustentáveis, fornecendo energia,
limpa, segura, confiável e produtiva de forma eficiente e ecologicamente correta para ajudar as pessoas a fazerem
o máximo de sua energia. Essa é a missão da Schneider Electric e de seu projeto social chamado Bip Bop.
Este projeto está sendo mundialmente implementado e o Brasil será o primeiro país a executá-lo graças ao apoio
do SENAI, instituição que cobre todo o território nacional e cuja missão é promover a educação profissional e
tecnológica há mais de 60 anos.
Esta apostila é então parte integrante desse projeto que visa a atender milhares de jovens brasileiros,
proporcionando a eles oportunidades para transformar uma das comunidades em que a Schneider Electric está
presente e sua própria vida de forma que possam usar a eletricidade de forma consciente, sustentável e segura.
A Prysmian Cables y Systems tem por objetivo contribuir com a melhoria da qualidade das instalações elétricas por meio da
difusão de informações técnicas e cedeu gentilmente algumas das ilustrações utilizadas nesse material.
A Amanco que busca contribuir para a melhoria de qualidade de vida das pessoas, através da capacitação profissional, pois
acredita que profissionais mais aptos conseguem uma maior valorização no mercado, garantindo produtos melhor aplicados e
consumidores mais satisfeitos. A empresa que já desenvolve um ambicioso projeto social também em parceria com o SENAI e
nos abriu as portas que conhecêssemos algumas de suas melhores práticas.
SENAI – Diretório Nacional e Diretórios regionais, cuja missão é a promoção da educação profissional e tecnológica,
reconhecido não só pela seriedade como trata o ensino brasileiro, mas também pela sua abrangência em nível nacional.
O SENAI nos forneceu o amparo didático necessário para a elaboração deste material e tornou possível a execução desse
projeto no Brasil
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Quem somos?
A Schneider Electric é líder mundial em gerenciamento da eletricidade e automação,
com atuação em cinco mercados: Industrial, Energia e Infra-estrutura, Data Centers &
Networks, Predial e Residencial. Oferece soluções integradas para aumentar a
produtividade e garantir a continuidade dos serviços com segurança e eficiência
energética, proporcionando os mais elevados níveis tecnológicos, de acordo com as
principais normas de qualidade e segurança nacionais e internacionais.
Com faturamento em 2007 de 17,3 bilhões de euros, a Schneider Electric conta com
120 mil colaboradores, mais de 200 fábricas no mundo e 16 mil pontos-de-venda.
A Fundação presta assistência a organizações destinadas a dar suporte a jovens carentes. Um dos objetivos é levar
esses jovens ao desenvolvimento de todo seu potencial com programas culturais, sociais, esportivos e ambientais,
encorajando-os a ter uma postura ativa em relação ao seu futuro profissional.
Para o sucesso do programa é fundamental o entusiasmo dos colaboradores. A idéia é que a participação não seja
apenas financeira, mas que os colaboradores da Schneider Electric destinem tempo e dedicação, envolvendo-se com
os jovens e os projetos.
A Fundação Schneider Electric patrocina projetos de instituições voltadas ao desenvolvimento de jovens em locais em
que a empresa está presente. Também dá suporte a projetos geridos pelos próprios jovens, desenvolvendo um perfil
empreendedor e participa de campanhas nacionais e internacionais em favor de causas humanitárias. A Fundação
também tem como função motivar os colaboradores e parceiros da Schneider Electric a participarem dos projetos em
que está engajada, buscando conscientização individual para as questões sociais.
Bom trabalho!
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SUMÁRIO
Circuito elétrico-----------------------------------------------------------------------------40
Circuito de distribuição ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 40
Circuitos terminais------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 40
Exemplo de circuitos terminais protegidos por disjuntores termomagnéticos: -------------------------------------------- 36
Circuito de iluminação (FN) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 36
Circuito de iluminação externa (FN) ------------------------------------------------------------------------------------------------- 36
Circuito de Pontos de tomadas (FN)------------------------------------------------------------------------------------------------- 36
Circuito de Pontos de tomadas dedicadas (FN) ---------------------------------------------------------------------------------- 37
Circuito de Pontos de tomadas dedicadas (FF)----------------------------------------------------------------------------------- 37
Simbologia --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 41
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Exercícios------------------------------------------------------------------------------------70
Apêndice I - Disjuntores – Certificação INMETRO -------------------------------74
Glossário-------------------------------------------------------------------------------------75
Módulo II - Habilidades básicas ----------------------------------------------------79
Segurança nas instalações--------------------------------------------------------------80
Noções básicas de Segurança em instalações e serviços em eletricidade –
NR10------------------------------------------------------------------------------------------81
Norma regulamentadora Nº 10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade -------------------------------- 81
Técnicas de análise de riscos elétricos --------------------------------------------------------------------------------------------- 82
Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC --------------------------------------------------------------------------------------- 82
Equipamentos de proteção individual – EPI --------------------------------------------------------------------------------------- 84
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Eletricidade
O que é Eletricidade?
Eletricidade é o fenômeno físico associado a cargas elétricas estáticas ou em movimento. Estamos tão habituados
ao seu uso que sequer nos damos conta de que é ela quem permite usufruirmos das comodidades do dia a dia.
Ligar um aparelho de televisão ou ar-condicionado, tomar um banho com água quente, iluminar um ambiente
dentro de casa e muitas ações corriqueiras tornaram-se extremamente simples depois que aprendermos a
manusear a Eletricidade.
Quando utilizamos o chuveiro, o ferro de passar, o forno elétrico, estamos convertendo energia elétrica em energia
térmica (calor). Ao ligarmos uma batedeira, o cortador de grama ou um motor na indústria, estamos convertendo
energia elétrica em energia mecânica, realizando trabalho.
A conversão de parte da energia elétrica em energia luminosa se dá através da iluminação em nossas
residências, vias e áreas comerciais e industriais. Mesmo sendo invisível, percebemos os efeitos da energia
elétrica em muitas das coisas que nos rodeiam.
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Nos fios existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres que estão em constante movimento de forma
desordenada.
Para que estes elétrons livres passem a se movimentar de forma ordenada nos fios, é necessária uma força para
empurrá-los. A esta força é dado o nome de tensão elétrica (U).
Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provocado pela ação da tensão, forma uma corrente de
elétrons. Essa corrente de elétrons livres é chamada de corrente elétrica (I).
Tensão
É a força que impulsiona os
elétrons livres nos fios. Sua
unidade de medida é o volt
(V).
Corrente elétrica
É o movimento ordenado dos
elétrons livres nos fios. Sua
unidade de medida é o ampère
(A).
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Resistência
Figura 5 – Resistência
Esse circuito pode representar, de maneira simplificada, a instalação elétrica de uma residência. O circuito está
ligado à rede em 110V, e uma lâmpada (R) é utilizada como carga.
No circuito, a rede fornece a força necessária para que os elétrons contidos na lâmpada e nos fios se movimentem
de forma ordenada.
A lâmpada possui uma resistência (R) ao movimento dos elétrons. Quando a corrente (I) passa pela lâmpada (R),
temos a tensão (U) como resultado do produto delas:
Potência elétrica
A tensão elétrica faz movimentar os elétrons de forma ordenada, dando origem à corrente elétrica.
É importante gravar:
Para haver potência elétrica é necessário haver tensão
elétrica e corrente elétrica.
Figura 6 – Potência
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Para compreendermos melhor a definição de potência elétrica, vamos adotar como exemplo a lâmpada da Figura
anterior. Ao ligarmos uma lâmpada à rede elétrica, ela se acende, transformando a corrente que passa pelo seu
filamento em luz e em calor. Como a resistência (R) da lâmpada é constante, a intensidade do seu brilho e do seu
calor aumenta ou diminui conforme aumentamos ou diminuímos a corrente (I) ou a tensão (U).
U=RxI
Se R = 5 Ω e U = 110 V
I = U I = 110 = 22 A
R 5Ω
Se R = 5 Ω e U = 220 V
I = U I = 220 = 44 A
R 5Ω
Portanto, se a tensão sobre a lâmpada aumenta, a corrente aumenta proporcionalmente. A intensidade de luz e de
calor é resultado da transformação da potência elétrica em potência luminosa e em potência térmica. A potência
elétrica (P) é diretamente proporcional à tensão (U) e à corrente (I):
P=UxI
Como a tensão na lâmpada do exemplo pode ser escrita como U = R x I, a potência absorvida por ela também
pode ser escrita da seguinte maneira:
2
P=RxIxI P=RxI
Por ser um produto da tensão e da corrente, sua unidade de medida é o volt-ampère (VA). A essa potência dá-se
o nome de potência aparente.
Unidade de medida da
potência elétrica:
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1. Potência ativa, que é a parcela da potência aparente efetivamente transformada em potência mecânica,
potência térmica e potência luminosa e cuja unidade de medida é o watt (W).
Potência
mecânica
Potência
Térmica
Potência
luminosa
2. Potência reativa, que é a parcela da potência aparente transformada em campo magnético, necessário ao
acionamento de dispositivos como motores, transformadores e reatores e cuja unidade de medida é o volt-ampère
reativo (VAR):
Nos projetos de instalações elétricas residenciais, os cálculos efetuados são baseados na potência aparente e na
potência ativa. Portanto, é importante conhecer a relação entre elas para se entender o que é fator de potência.
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Fator de potência
Como vimos anteriormente, a potência ativa representa a parcela da potência aparente, pode-se dizer que ela
representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica e
luminosa. A esta porcentagem dá-se o nome de fator de potência.
Em projetos de instalações residenciais, aplicam-se os seguintes valores de fator de potência para saber quanto
da potência aparente foi transformado em potência ativa:
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo3:
Exemplo 4:
Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência aparente é transformada em potência
ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuem resistência, tais como: chuveiro elétrico, torneira
elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico, etc.
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O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências (cargas) mínimas de iluminação e
tomadas a serem instaladas, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista para a instalação elétrica
residencial.
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Figura 11 - Distância a ser respeitada para a instalação de tomadas, interruptores e pontos de luz
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Atribuir um mínimo
de 100VA para os
para área superior a 2
primeiros 6m ,
2
6m acrescido de 60VA
para cada aumento
2
de 4m inteiros
Atenção: A norma ABNT NBR 5410:2004 não estabelece critérios de iluminação de áreas externas
em residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente.
2 2 2 2
11,05 m = 6 m + 4 m + 1,05 m
dormitório 1 A = 3,25 x 3,40 = 11,05 160 VA
100 VA + 60 VA
2 2 2 2
10,71 m = 6 m + 4 m + 0,71 m
dormitório 2 A = 3,15 x 3,40 = 10,71 160 VA
100 VA + 60 VA
2
banheiro A = 1,80 x 2,30 = 4,14 4,14 m = > 100 VA 100 VA
2
área de serviço A = 1,75 x 3,40 = 5,95 5,95 m = > 100 VA 100 VA
2
hall A = 1,80 x 1,00 = 1,80 1,80 m = > 100 VA 100 VA
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Recomendações da norma ABNT NBR 5410:2004 para levantamento da carga de pontos de tomadas e
circuitos independentes
Nota: em diversas aplicações, é recomendável prever uma quantidade de tomadas maior do que o
mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego de extensões e benjamins (tês) que, além de
desperdiçarem energia, podem comprometer a segurança da instalação.
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- A quantidade de circuitos independentes é estabelecida de acordo com o número de aparelhos com corrente
nominal superior a 10 A;
-Os circuitos independentes são destinados à ligação de equipamentos fixos, como chuveiro, torneira elétrica e
secadora de roupas.
Chuveiro Torneira elétrica Secadora de roupas
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Observação: As potências listadas nesta tabela podem ser diferentes das potências nominais dos
aparelhos a ser realmente utilizados. Verifique sempre os valores informados pelo fabricante.
A quantidade de pontos de tomadas dedicadas é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização
que deverão estar fixos em uma dada posição no ambiente
Nota: a ligação dos aquecedores elétricos de água ao ponto de utilização deve ser direta, sem uso
de tomadas. Podem ser utilizados conectores apropriados.
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Conforme foi visto, para se prever a carga de pontos de tomadas dedicadas é necessário, primeiramente, prever a
sua quantidade. Essa quantidade, segundo os critérios, é estabelecida a partir do cômodo em estudo, fazendo-se
necessário ter:
- ou o valor da área
- ou o valor do perímetro
- ou o valor da área e do perímetro
Os valores das áreas dos cômodos da planta do exemplo já estão calculados, faltando o cálculo do perímetro
onde este se fizer necessário, para se prever a quantidade mínima de pontos de tomadas dedicadas.
5 + 5 + 3,1
dormitório 2 10,71 3,15x2 + 3,40x2 = 13,1 ( 1 1 1) = 3 -
hall 1,80 1 -
área externa - - - -
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área externa - - - - - -
* nesses cômodos, optou-se por instalar uma quantidade de pontos de tomadas maior do que a quantidade
mínima calculada anteriormente.
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potência potência
aparente ativa
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Em função da potência ativa total prevista para a residência é que se determina: o tipo de fornecimento, a tensão
de alimentação e o padrão de entrada.
Potência de iluminação 1080 VA
Fator de potência a ser adotado = 1,0
Cálculo da potência 1080VA x 1,0 = 1080 W
ativa de iluminação e
tomadas
Potência das tomadas 6900 VA
Fator de potência a ser adotado = 0,8
6900 VA x 0,8 = 5520 W
Alimentação da instalação
Valores de tensão
Os valores de tensão dependem do tipo de ligação feita pela concessionária no transformador de distribuição
secundária de média para baixa tensão. Estas são as possíveis ligações e suas respectivas tensões:
Ligação em triângulo: tensão entre fase e neutro de 110 V e entre fase e fase de 220 V.
Ligação em estrela: tensão entre fase e neutro de 127 V e entre fase e fase de 220 V.
Monofásico: Feito a dois fios: um fase e um neutro, com tensão de 110 V, 127 V ou
220 V. Normalmente, é utilizado nos casos em que a potência ativa total da
instalação é inferior a 12 kW.
Bifásico: Feito a três fios: duas fases e um neutro, com tensão de 110 ou 127 V
entre fase e neutro e de 220 V entre fase e fase. Normalmente, é utilizado nos casos
em que a potência ativa total da instalação é maior que 12 kW e inferior a 25 kW. É o
mais utilizado em instalações residenciais.
Trifásico: Feito a quatro fios: três fases e um neutro, com tensão de 110 ou 127V
entre fase e neutro e de 220 V entre fase e fase. Normalmente, é utilizado nos casos
em que a potência ativa total da instalação é maior que 25 kW e inferior a 75 kW, ou
quando houver motores trifásicos ligados à instalação.
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Padrão de entrada
Com o padrão de entrada feito e o medidor e ramal de serviços ligados, a energia elétrica fornecida pela
concessionária estará disponível e poderá ser utilizada.
Através do circuito de distribuição, a energia é levada do medidor (ponto de entrega) até o quadro
de distribuição, mais conhecido como quadro de luz.
Esquemas de aterramento
Para as redes de BT (Baixa tensão), existem três tipos de esquemas de aterramento. Eles diferem quanto ao
aterramento ou não do ponto neutro da fonte de tensão, e pelo modo de conexão das massas. A escolha do
esquema de aterramento depende das características da instalação e das condições e imperativos de operação.
Esquema TN – o esquema TN possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a
esse ponto através de condutores de proteção. São considerados três variantes de esquema TN, de acordo com a
disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, a saber:
a) esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos;
b) esquema TN-C-S, em parte do qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único
condutor;
c) esquema TN-C, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor, na
totalidade do esquema.
Esquema IT – no esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado
através de impedância. As massas da instalação são aterradas, verificando-se as seguintes possibilidades:
- massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente; e
- massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque não há eletrodo de aterramento da
alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das massas é independente do eletrodo de aterramento da
alimentação.
Padronização
Os diferentes esquemas de aterramento descritos caracterizam o método de aterramento do neutro da BT de um
transformador AT/BT e o aterramento das partes metálicas expostas da instalação suprida por ele. A escolha
desses métodos orienta as medidas necessárias para proteção contra os riscos de contatos indiretos. Condutor
(PEN). Esse tipo de esquema também é utilizado no aterramento da rede pública.
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1 1
2 2
3 3
N
■ TN
❑ TN-C ❑ TN-S
1 1
2 2
3 3
PE N
N P
Atenção: De acordo com o item 5.1.2.2.4.3 da norma ABNT NBR 5410:2004, no esquema TT devem
ser utilizados dispositivos DR no seccionamento automático, para melhor proteção contra choques
elétricos.
Quadro de distribuição
Quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de uma residência, nele é que se
encontram os dispositivos de proteção. O quadro de distribuição é baseado em dispositivos modulares – também
conhecidos como quadros padrão DIN. A fixação dos dispositivos, no trilho, se dá por simples encaixe. Ao quadro
podem ser incorporadas as diversas funções que caracterizam a oferta dos dispositivos modulares: disjuntores,
interruptores diferenciais, dispositivos de proteção contra surtos (DPS), etc.
Ele é o centro de distribuição, pois: recebe os condutores que vêm do medidor. Segundo o item 6.5.4.10 da ABNT
NBR 5410:2004, os quadros devem ser entregues com a advertência indicada na figura, a qual pode vir de fábrica
ou ser afixada no local da obra. O material que a advertência deve ser confeccionada não é especificado, mas
exige-se que ela não deva ser facilmente removível. O quadro deve ser instalado o mais próximo possível do limite
da edificação onde entram os alimentadores de energia elétrica.
Do quadro de distribuição é que partem os circuitos terminais que vão alimentar diretamente as lâmpadas, pontos
de tomadas e aparelhos elétricos.
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Instalador Elétrico Residencial
Os quadros devem ser instalados no interior da residência, dispostos o mais próximo possível do ponto de
entrada da alimentação elétrica, ou seja, o ponto em que o circuito proveniente da interface com a concessionária
de eletricidade.
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Instalador Elétrico Residencial
- em banheiros,
- no interior de armários e, pela mesma razão, em espaços que possam vir a acomodar prateleiras, gabinetes,
armários embutidos e móveis em geral,
- acima ou abaixo de pontos de água (pia, lavabo...),
- acima de aparelho de aquecimento, e
- em áreas externas.
Deve ser evitada, ainda, a disposição do quadro em lances de escada. É importante garantir que o local seja
arejado, permita livre circulação e que não haja objetos que impeçam ou dificultem o acesso ao quadro. Isto é feito
para se evitar gastos desnecessários com os condutores do circuito de distribuição, que são os mais grossos de
toda a instalação e, portanto, os de maior valor.
1 – Interruptor diferencial
2 – Disjuntores dos circuitos terminais monofásicos
3 - Disjuntores dos circuitos terminais bifásicos. Recebem a fase do disjuntor geral e distribuem para os circuitos
terminais.
4 – Barramento de neutro. Faz a ligação dos condutores neutros dos circuitos terminais com o neutro do circuito
de distribuição, devendo ser isolado eletricamente da caixa do quadro geral.
5 – Barramento de proteção PE. Deve ser ligado eletricamente à caixa do quadro geral.
6 – Trilho DIN para montagem de dispositivos modulares.
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Instalador Elétrico Residencial
Dispositivos de proteção
Protegem a instalação contra possíveis acidentes decorrentes de falhas nos circuitos, desligando-os assim que a
falha é detectada. Os principais dispositivos de proteção são: o disjuntor, o disjuntor diferencial residual, o
dispositivo DR (diferencial residual) e o DPS (dispositivo de proteção contra surtos).
Disjuntor
Disjuntores são dispositivos utilizados para comando e proteção dos circuitos contra sobrecarga e curtos-circuitos
nas instalações elétricas. O disjuntor protege os fios e os cabos do circuito. Quando ocorre uma sobrecorrente
provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o disjuntor é desligado automaticamente.
Ele também pode ser desligado manualmente para a realização de um serviço de manutenção. Os disjuntores
para instalações domésticas devem atender a norma ABNT NBR NM 60898 - “Esta Norma fixa fixa as condições
exigíveis a disjuntores com interrupção no ar de corrente alternada em 50 ou 60 Hz tendo uma tensão nominal até
440 V (entre fases), uma corrente nominal até 125 A e uma capacidade de curto-circuito nominal até 25 000 A”.
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Instalador Elétrico Residencial
Funcionamento do disjuntor
Na ocorrência de uma sobrecorrente, provavelmente de uma sobrecarga ou curto-circuito, o disjuntor atua
interrompendo o circuito elétrico de modo a protegê-lo.
Estes disjuntores termomagnéticos possuem o elemento térmico contra sobrecarga e o elemento magnético
contra curto-circuito. Quando há um excesso de corrente fluindo num circuito, dizemos que está havendo uma
sobrecarga, corrente além da prevista.
Surgindo esta condição num circuito, o elemento térmico que protege o circuito contra sobrecargas entra em ação
e desliga o circuito. Considerando sobrecarga até 10 x In (corrente nominal).
O elemento térmico é chamado de bimetal composto por dois metais soldados paralelamente, possuindo
coeficientes de dilatação térmica diferente. Havendo no circuito uma pequena sobrecarga de longa duração, o relé
bimetálico atua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito. No caso de haver um curto-circuito, o magnético
é quem atua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito instantaneamente. Um curto-circuito pode ser
definido como uma elevação brusca da carga de um circuito, acima de 10 x In.
Os tipos de disjuntores termomagnéticos mais utilizados no mercado são: monopolares, bipolares e tripolares.
Nota: os disjuntores termomagnéticos somente devem ser ligados aos condutores fase dos
circuitos.
Correntes nominais: a norma ABNT NBR NM 60898 define a corrente nominal (In) como a corrente que o
disjuntor pode suportar ininterruptamente, a uma temperatura ambiente de referência – normalmente 30º C. Os
valores preferenciais de In indicados pela norma ABNT NBR IEC 60898 são: 6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80,
100 e 125A.
A corrente nominal (In) deve ser maior ou igual à corrente de projeto do circuito e menor ou igual à corrente que o
condutor suporta.
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Instalador Elétrico Residencial
A norma ABNT NBR NM 60898 define, que para atuação instantânea do disjuntor, as curvas B e C ilustradas na
figura acima:
- curva de disparo magnético B: atua entre 3 e 5 x In (corrente nominal), para circuitos resistivos (chuveiros,
lâmpadas incandescentes, etc),
- curva de disparo magnético C: atua entre 5 e 10 x In (corrente nominal), para circuitos de iluminação
fluorescente, tomadas e aplicações em geral.
O disjuntor deve trazer essa informação gravada no produto. A indicação é feita com a letra definidora da curva de
atuação, seguida do valor da corrente nominal. Assim, por exemplo, uma marcação C10 significa que o disjuntor é
tipo C (ou curva C) e sua corrente nominal é 10A.
O fenômeno atmosférico do raio é devido à descarga súbita de energia elétrica acumulada no interior das nuvens
tempestuosas. No caso das tempestades, a nuvem se carrega muito rapidamente de eletricidade. Ela se comporta
então como um condensador gigante com o sol. Quando há energia armazenada devendo ser suficiente, os
primeiros clarões aparecem no interior da nuvem (fase de desenvolvimento) na meia hora seguinte, os clarões se
formam entre a nuvem e o sol - são os raios. Eles são acompanhados por chuvas (fase de maturidade) e os
trovões (devidos a brutal dilatação do ar superaquecido pelo arco elétrico). Progressivamente, a atividade da
nuvem diminui ao passo que a descarga se intensifica e é acompanhada de fortes precipitações, de granizo e
ventos violentos (fase das descargas).
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Instalador Elétrico Residencial
As descargas
Os clarões produzem uma energia elétrica impulsional extremamente importante: de vários miliampères (e de
vários milivolts) de alta freqüência (da ordem de megahertz) de curta duração (de microssegundo a milissegundo).
Existem duas categorias de descargas:
- as descargas diretas: caem em uma edificação, uma árvore, etc (a energia elétrica provoca danos materiais:
incêndio, queda de árvore, etc.)
- as descargas indiretas: descargas próximas de uma instalação elétrica (se propagando, a energia acarreta
sobretensões nas redes).
Cada descarga provoca uma sobretensão que pode perturbar as redes de diferentes maneiras:
- por impactos diretos nas linhas externas aéreas
- por campo eletromagnético
- por potencial de terra
Descarga na linha aérea (elétrica ou Descarga próxima a edificação (sobre tensão Descarga próxima a edificação (por potencial
telefônica) devido ao campo eletromagnético) de terra)
Figura 22 - Sobretensões
Estas sobretensões sobrepõem-se à tensão nominal da rede, podendo afetar os equipamentos de diferentes
maneiras a vários quilômetros do ponto de descarga:
Os dispositivos de proteção
Para responder as diferentes configurações de instalações a proteger (nível de risco, tamanho da edificação, tipo
de equipamento a proteger, etc), a proteção contra as descargas atmosféricas podem ser realizadas com ajuda de
dispositivos que podem ser instalados na parte interna ou externa das edificações.
Proteções externas
Elas são utilizadas para evitar os incêndios e as degradações que poderão ocasionar um impacto direto da
descarga na edificação. Estas proteções são realizadas, segundo as situações, com ajuda de um para-raios, etc.
Estes dispositivos são instalados nas partes superiores das edificações de maneira a captar preferencialmente as
descargas. A sobretensão transitória é eliminada para terra graças a um ou vários condutores previstos para este
efeito.
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Instalador Elétrico Residencial
Proteções internas
Elas são utilizadas para proteger os receptores ligados aos circuitos elétricos. Principalmente constituídos de para-
raios, estes equipamentos são conhecidos para limitar as sobretensões e eliminar a corrente da descarga.
Proteção das instalações elétricas contra surtos – uso de dispositivos DPS (dispositivo
de proteção contra surtos)
No primeiro caso, portanto, o objetivo é a proteção contra surtos devidos a descargas indiretas. No segundo, a
preocupação são os efeitos das descargas diretas. Assim, há um tipo de DPS e uma localização correta para cada
caso.
A norma do produto, a IEC 61643-1, distingue três classes de DPS, do ponto de vista da aplicação: classes I, II e
III. O DPS classe I tem a ver com as descargas diretas e o classe II com as descargas indiretas. O DPS classe III
é destinado a proteção fina, ou seja, a proteção de equipamentos específicos, mais sensíveis, ou mesmo de
partes de um equipamento.
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Instalador Elétrico Residencial
Na proteção geral que a ABNT NBR 5410:2004 estipula para as instalações elétricas de edificações dotadas de
para-raios predial deve ser instalado o DPS classe I. O DPS classe II deve ser instalado no quadro de distribuição
principal e este quadro deve se situar o mais próximo possível do ponto de entrada.
ABNT NBR 5410:2004 – Uso obrigatório do Dispositivo de proteção contra surtos – DPS
“5.4.2.1.1 Deve ser provida proteção contra sobretensões transitórias, com o uso dos meios
indicados em 5.4.2.1.2, nos seguintes casos:
a) quando a instalação for alimentada por linha total ou parcialmente aérea, ou incluir ela
própria linha aérea, e se situar em região sob condições de influências externas AQ2 (mais
de 25 dias de trovoadas por ano);
b) quando a instalação se situar em região sob condições de influências externas AQ3 (ver
tabela 15 da norma).
Nota: Admite-se que a proteção contra sobretensões exigida em 5.4.2.1.1 possa não ser provida se
as conseqüências dessa omissão, do ponto de vista estritamente material, constituir um risco
calculado e assumido. Em nenhuma hipótese a proteção pode ser dispensada se essas
conseqüências puderem resultar em risco direto ou indireto à segurança e à saúde das pessoas.
Instalação do DPS
Os DPS deverão ser instalados próximos a origem da instalação ou no quadro principal de distribuição, porém
poderia ser necessário um DPS adicional para proteger equipamentos sensíveis e quando a distância do DPS
instalado no quadro principal é grande (> 30m). Estes DPS secundários deverão ser coordenados com o DPS a
montante.
A capacidade do DPS está em conformidade com os estudos de risco do receptor e do local (onde o local é mais
propenso a descargas atmosféricas, escolher um DPS com maior intensidade, quando local é propenso a poucas
descargas atmosféricas, escolher um DPS com menor intensidade).
No mercado, as intensidades mais utilizadas são: 20 kA, 40 kA e 65 kA. Nas instalações residenciais, onde o
condutor neutro é aterrado no padrão de entrada da edificação, os DPS são ligados entre os condutores de fase e
a barra de aterramento do quadro de distribuição.
30
s
Instalador Elétrico Residencial
Figura 25- Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de energia ou no quadro de distribuição principal da
edificação
O comprimento de cada condutor de conexão do DPS ao condutor de fase somado ao comprimento de cada
condutor de conexão do DPS à barra de aterramento deve ser o mais curto possível, não excedendo a 50 cm.
Devem ainda ser evitadas nestas ligações curvas e laços.
A seção dos cabos não deverá ser menor que 4 mm². Quando existe um sistema de proteção contra descargas
atmosféricas, para produtos tipo 1 a seção não deverá ser menor que 16 mm ².
1
6.3.5.2.9 Condutores de conexão do DPS
O comprimento dos condutores destinados a conectar o DPS (ligações fase–DPS, neutro–DPS, DPS–PE e/ou
DPS–neutro, dependendo do esquema de conexão, ver figura 13) deve ser o mais curto possível, sem curvas ou
laços. De preferência, o comprimento total, como ilustrado na figura 15-a, não deve exceder 0,5 m.
31
s
Instalador Elétrico Residencial
Se a distância a + b indicada na figura 15-a não puder ser inferior a 0,5 m, pode-se adotar o esquema da figura 27.
Em termos de seção nominal, o condutor das ligações DPS–PE, no caso de DPS instalados no ponto de entrada
2
da linha elétrica na edificação ou em suas proximidades, deve ter seção de no mínimo 4 mm em cobre ou
equivalente. Quando esse DPS for destinado à proteção contra sobretensões provocadas por descargas
atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades, a seção nominal do condutor das ligações
2
DPS–PE deve ser de no mínimo 16 mm em cobre ou equivalente.
Após a escolha do DPS é necessário escolher o disjuntor de desconexão apropriado para proteção da instalação:
- sua capacidade de interrupção deve ser compatível com a capacidade de interrupção da instalação,
- cada condutor ativo deve ser protegido: exemplo, um DPS 1P+N deve ser protegido por um disjuntor de
desconexão bipolar (2P).
32
s
Instalador Elétrico Residencial
Funcionamento do dispositivo DR
Funcionamento elétrico
As bobinas principais são enroladas sobre o núcleo magnético de modo a determinar, quando atravessadas pela
corrente, dois fluxos magnéticos iguais e opostos, de modo que, em condições normais de funcionamento, o fluxo
resultante seja nulo. A bobina secundária é ligada ao relé polarizado.
Se a corrente diferencia-residual (isto é a corrente que flui para a terra) for superior ao limiar de atuação IDN, a
bobina secundária enviará um sinal suficiente para provocar a abertura do relé polarizado e, portanto, dos
contatos principais.
33
s
Instalador Elétrico Residencial
Para verificar as condições de funcionamento do dispositivo deve-se acionar o botão de prova (T); assim cria-se
um “desequilíbrio” de corrente tal que provoca a atuação do dispositivo diferencial e a conseqüente abertura dos
contatos principais.
Choque elétrico
O DR protege pessoas e animais contra choques elétricos causados por contatos diretos ou indiretos:
Em condições normais, a corrente que entra no circuito é igual à que sai. Quando acontece uma falha no circuito,
gerando fuga de corrente, a corrente de saída é menor que a corrente de entrada, pois uma parte dela se perdeu
na falha de isolação. O dispositivo DR é capaz de detectar qualquer fuga de corrente. Quando isso ocorre, o
circuito é automaticamente desligado. Como o desligamento é instantâneo, a pessoa não sofre nenhum
problema físico grave decorrente do choque elétrico, como parada respiratória, parada cardíaca ou queimadura.
O dispositivo DR (diferencial residual) não dispensa o disjuntor. Os dois devem ser ligados em série, pois cada um
tem sua função. A norma ABNT NBR 5410:2004 recomenda o uso do dispositivo DR (diferencial residual) em
todos os circuitos, principalmente nas áreas frias e úmidas ou sujeitas à umidade, como cozinhas, banheiros,
áreas de serviço e áreas externas (piscinas, jardins). Assim como o disjuntor, ele também pode ser desligado
manualmente se necessário.
ABNT NBR 5410:2004 – Uso obrigatório do Dispositivo de proteção contra choques elétricos – DR
5.1.3.2.2 Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como proteção
adicional é obrigatório
Além dos casos especificados na seção 9, e qualquer que seja o esquema de aterramento, devem ser
objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente diferencial-residual nominal I∆n igual ou inferior a
30 mA:
a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro (ver
9.1);
b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos no exterior;
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-
cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso
normal ou sujeitas a lavagens;
e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas,
copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas molhadas em
uso normal ou sujeitas a lavagens”.
34
s
Instalador Elétrico Residencial
1A Parada cardíaca
Incêndio
Em 30% dos incêndios produzidos nas edificações são devidos a um defeito elétrico. O defeito elétrico mais
comum é causado por deterioração dos isolantes dos condutores, devido entre outras causas a:
Mediante ensaios se demonstra que uma pequena corrente de fuga (alguns mili-ampères) pode produzir um
incêndio a partir de somente 300mA,.
O isolamento das máquinas ou equipamentos se deteriora ao longo do tempo. Esta deterioração do isolamento dá
lugar às correntes de fuga que irão aumentando até produzir um incêndio no interior do equipamento.
36
s
Instalador Elétrico Residencial
2P (bipolar) 4P (tetrapolar)
1. Transformador de corrente
2. Interface de processamento
de sinal
3. Rele eletromecânico
4. Mecanismo de desarme
5. Botão de teste
37
s
Instalador Elétrico Residencial
Segundo a norma ABNT NBR 5410, o uso do DR de alta sensibilidade é obrigatório nos seguintes casos:
- em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou banheira,
38
s
Instalador Elétrico Residencial
- pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais
dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens,
- admite-se a exclusão de pontos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a um altura igual ou
superior a 2,5 m.
A ABNT NBR 5410:2004 também prevê a possibilidade de optar pela instalação de DR na proteção
geral.
39
s
Instalador Elétrico Residencial
Circuito elétrico
É o conjunto de equipamentos e condutores, ligados ao mesmo dispositivo de proteção.
Circuito de distribuição
Liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição.
Circuitos terminais
Partem do quadro de distribuição e alimentam diretamente lâmpadas, pontos de tomadas e pontos de tomadas
dedicadas.
(F + N + PE)
Quadro de distribuição
(F + N + PE)
(2F + PE)
(F + N + PE)
(F + N + PE)
(F + N + PE)
Nota: em todos os exemplos a seguir, será admitido que a tensão entre FASE e NEUTRO é 127V e
entre FASES é 220V. Consulte as tensões oferecidas em sua região.
40
s
Instalador Elétrico Residencial
N F
N PE
N PE
N PE
36
s
Instalador Elétrico Residencial
N PE
PE
A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos terminais. Isso facilita a manutenção e reduz
a interferência.
(F + N + PE)
Quadro de distribuição
Neutro Fase (F)
(N)
(F + N + PE)
(2F + PE)
(F + N + PE)
N PE
(F + N + PE)
(F + N + PE)
37
s
Instalador Elétrico Residencial
Além desses critérios, o projetista considera também as dificuldades referentes à execução da instalação.
Se os circuitos ficarem muito carregados, os condutores adequados para suas ligações resultarão
numa seção nominal (bitola) muito grande, dificultando:
• a instalação dos condutores nos eletrodutos,
• as ligações terminais (interruptores e tomadas).
Para que isto não ocorra, uma boa recomendação é, nos circuitos de iluminação e pontos de tomadas,
limitar a corrente a 10 A, ou seja, 1270 VA em 127 V ou 2200 VA em 220 V.
Aplicando os critérios no exemplo em questão, deverá haver, no mínimo, quatro circuitos terminais:
• um para iluminação,
• um para pontos de tomadas,
• dois para pontos de tomadas dedicadas (chuveiro e torneira elétrica).Mas, tendo em vista as questões de
ordem prática, optou-se no exemplo em dividir:
Os circuitos de iluminação em 2:
sala copa
dormitório 1 cozinha
Social dormitório 2 Serviço área de serviço
banheiro área externa
hall
sala
Social dormitório 1 cozinha
dormitório 2
Serviço
banheiro
hall
Com relação aos circuitos de pontos de tomadas dedicadas, permanecem os 2 circuitos independentes:
38
s
Instalador Elétrico Residencial
Essa divisão dos circuitos, bem como suas respectivas cargas, estão indicadas na tabela a seguir:
Circuito Potência Proteção
No. de Seção dos
Tensão Qtde x Corrente o
Local Total circuitos condutores n . de Corrente
No. Tipo (V) potência (A)
agrupados (mm2) Tipo
(VA) pólos nominal
(VA)
Sala 1 x 100
Dorm. 1 1 x 160
Ilum.
Dorm. 2 1 x 160 620
1 social 127
Banheiro 1 x 100
Hall 1 x 100
1 x 100
Copa cozinha
Ilum. 1 x 160
A. serviço
2 serviço 127 1 x 100 460
A. externa
1x 100
Sala 4 x 100
Pontos de
3 127 Dorm. 1 4 x 100 900
tomadas
Hall 1 x 100
1 x 600
Pontos de Banheiro
4 127 4 x 100 1000
tomadas l Dorm. 2
Pontos de
2 x 600
5 tomadas 127 Copa 1200
1 x 100
Pontos de
6 127 Copa 1 x 600 700
tomadas
Pontos de
2 x 600
7 tomadas 127 Cozinha 1200
Pontos de
tomadas
1 x 100
+ Pontos
1 x 600
8 de 127 Cozinha 1200
1 x 500
tomadas
dedicadas
Pontos de
2 x 600
9 tomadas 127 A. serviço 1200
Pontos de
tomadas 1 x 1000
10 127 A. serviço 1000
dedicadas
Pontos de
tomadas 1 x 5600
11 220 Chuveiro 5600
dedicadas
Pontos de
tomadas 1 x 5000
12 220 Torneira 5000
dedicadas
Quadro de
distribuição
Distribuição 220
Tabela 7- Divisão dos circuitos e suas respectivas cargas
Como o tipo de fornecimento determinado para o exemplo em questão é bifásico, têm-se duas fases e um neutro
alimentando o quadro de distribuição. Sendo assim, neste projeto foram adotados os seguintes critérios:
Os circuitos de iluminação e de tomadas: Foram ligados na menor tensão, entre fase e neutro (127V).
Os circuitos de tomadas dedicadas com corrente maior que 10A: Foram ligados na maior tensão, entre
fase e fase (220V).
Quanto ao circuito de distribuição, deve-se sempre considerar a maior tensão (fase-fase) quando este for bifásico
ou trifásico. No caso, a tensão do circuito de distribuição é 220 V.
39
s
Instalador Elétrico Residencial
Uma vez dividida a instalação elétrica em circuitos, deve-se marcar, na planta, o número correspondente a cada
ponto de luz e pontos de tomadas. No caso do exemplo, a instalação ficou com 1 circuito de distribuição e 12
circuitos terminais que estão apresentados na planta a seguir.
Figura 41- Planta com distribuição dos circuito de distribuição e circuitos terminais
40
s
Instalador Elétrico Residencial
Simbologia
Sabendo as quantidades de pontos de luz, pontos de tomadas e o tipo de fornecimento, o projetista pode dar
início ao desenho do projeto elétrico na planta residencial, utilizando-se de uma simbologia gráfica.
Símbolos
Quadro de distribuição
Interruptor simples
Interruptor paralelo
41
s
Instalador Elétrico Residencial
Campainha
Botão de campainha
Condutor de fase
Condutor de retorno
Uma vez determinado o número de circuitos elétricos em que a instalação elétrica foi dividida e já definido o tipo
de proteção de cada um, chega o momento de se efetuar a sua ligação.
Para o planejamento do caminho que o eletroduto deve percorrer, fazem-se necessárias algumas orientações:
• localizar o quadro de distribuição, em lugar de fácil acesso e que fique o mais próximo possível do
medidor.
• partir com o eletroduto do quadro de distribuição, traçando seu caminho de forma a encurtar as distâncias
entre os pontos de ligação.
• utilizar a simbologia gráfica para representar, na planta residencial, o caminhamento do eletroduto.
42
s
Instalador Elétrico Residencial
Do ponto de luz no teto da sala sai um eletroduto que vai até o ponto de luz na copa e, daí, para os interruptores e
tomadas. Para a cozinha, procede-se da mesma forma.
43
s
Instalador Elétrico Residencial
Para os demais cômodos da residência, parte-se com outro eletroduto do quadro de distribuição, fazendo as
outras ligações.
Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os fios dos circuitos irão passar, pode-se fazer
o mesmo com a fiação: representando-a graficamente, através de uma
simbologia própria.
A identificação dos cabos que estão passando dentro de cada eletroduto é feita com facilidade desde que se saiba
como são ligadas as lâmpadas, interruptores e pontos de tomadas.
44
s
Instalador Elétrico Residencial
Neutro
Fase
Retorno
Retorno
Interruptor simples
Interruptor simples
Ligar sempre:
- a fase ao interruptor;
- o retorno ao contato do disco central da lâmpada;
- o neutro diretamente ao contato da base rosqueada
da lâmpada;
- o condutor terra à luminária metálica.
3. Ligação de lâmpada comandada de dois pontos 4. Ligação de lâmpada comandada de três ou mais
(interruptores paralelos) pontos (paralelos + intermediários)
Interruptor paralelo
Neutro
Neutro Proteção
Proteção Fase
Fase
Retorno Retorno
Interruptor simples
Retorno
Tomadas 2P+T
Neutro
Proteção Neutro
Fase Fase
Retorno
Proteção
45
s
Instalador Elétrico Residencial
Fase
Monofásica Neutro
Proteção
Fase 1
Fase 2
Bifásica Proteção
‘ 90
Figura 46 - Esquemas de ligação mais usados em residências
Sabendo-se como as ligações elétricas são feitas, pode-se então representá-las graficamente na planta, devendo
sempre:
• representar os fios que passam dentro de cada eletroduto, através da simbologia própria,
• identificar a que circuitos pertencem.
46
s
Instalador Elétrico Residencial
Condutores elétricos
O termo condutor elétrico é usado para designar um produto destinado a transportar corrente (energia) elétrica,
sendo que os fios e os cabos elétricos são os tipos mais comuns de condutores. O cobre é o metal mais utilizado
na fabricação de condutores elétricos para instalações residenciais, comerciais e industriais.
Um fio é um condutor sólido, maciço, provido de isolação, usado diretamente como condutor de energia elétrica.
Por sua vez, a palavra cabo é utilizada quando um conjunto de fios é reunido para formar um condutor elétrico.
Dependendo do número de fios que compõe um cabo e do diâmetro de cada um deles, um condutor apresenta
diferentes graus de flexibilidade. A norma brasileira NBR NM 280 define algumas classes de flexibilidade para os
condutores elétricos, a saber:
Classe 1
São aqueles condutores sólidos (fios), os quais apresentam baixo grau de flexibilidade durante o seu manuseio.
Classe 2, 4, 5 e 6
São aqueles condutores formados por vários fios (cabos), sendo que, quanto mais alta a classe, maior a
flexibilidade do cabo durante o manuseio.
Geralmente, nas instalações residenciais, os condutores são enfiados no interior de eletrodutos e passam por
curvas e caixas de passagem até chegar ao seu destino final, que é, quase sempre, uma caixa de ligação 5 x 10
cm ou 10 x 10 cm instalada nas paredes ou uma caixa octagonal situada no teto ou forro.
Outra questão muito importante, mas que vem depois da instalação dos cabos, é a durabilidade que eles poderão
ter. Os cabos são projetados para durar, em condições normais, mais de 25 anos. Além disso, em muitas
ocasiões, há vários condutores de diferentes circuitos no interior do mesmo eletroduto, o que torna o trabalho de
enfiação mais difícil ainda.
O uso de cabos flexíveis reduz significativamente o esforço de enfiação dos condutores nos eletrodutos,
facilitando também a eventual retirada dos mesmos. Durante a utilização normal, podem ocorrer situações que
levem o sistema a uma sobrecarga, superaquecendo os cabos e reduzindo sua vida útil.
47
s
Instalador Elétrico Residencial
Como a função do condutor terra é “recolher” elétrons “fugitivos”, nada tendo a ver com o funcionamento
propriamente dito do aparelho, muitas vezes as pessoas esquecem de sua importância para a segurança.
Aparelhos e tomadas
Visando a maior segurança das instalações elétricas e à padronização das tomadas de uso doméstico, o mercado
brasileiro está estabelecendo a aplicação de dois modelos de tomadas, conforme figuras. Uma tomada até 10A e
outra tomada até 20A. Conforme ABNT NBR 14136 (plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até
20A/250 V em corrente alternada).
48
s
Instalador Elétrico Residencial
Como uma instalação deve estar preparada para receber qualquer tipo de aparelho elétrico, conclui-se que,
conforme prescreve a norma brasileira de instalações elétricas ABNT NBR 5410:2004, todos os circuitos de
iluminação, pontos de tomadas e também os que servem a aparelhos específicos (como chuveiros, ar-
condicionado, microondas, lava roupas, etc.) devem possuir o condutor terra.
Esta característica de tomada vem de encontro ao que já era exigido: o uso do condutor terra para todos os
pontos de tomadas.
6.5.3.2 Devem ser tomados cuidados para prevenir conexões indevidas entre plugues e tomadas que não sejam
compatíveis. Em particular, quando houver circuitos de tomadas com diferentes tensões, as tomadas fixas dos
circuitos de tensão a elas provida. Essa marcação pode ser feita por placa ou adeviso, fixado no espelho da
tomada. Não deve ser possível remover facilmente essa marcação. No caso de sistemas SELV, devem ser
atendidas as prescrições de 5.1.2.5.4.4”.
49
s
Instalador Elétrico Residencial
Aplicando-se as recomendações e exigências da ABNT NBR 5410:2004 ao projeto utilizado como exemplo, onde
já se tem a divisão dos circuitos, o tipo de proteção a ser empregado é apresentado no quadro abaixo:
Quadro de
Distribuição 220 distribuição Disj. 2
Na tabela, para cada circuito foi adotado a proteção diferencial, a ABNT NBR 5410:2004 também prevê a
possibilidade de optar pela instalação de interruptor diferencial na proteção geral. No caso de instalação do
interruptor diferencial na proteção geral, a proteção de todos os circuitos terminais pode ser feita com disjuntor
termomagnético. A sua instalação é necessariamente no quadro de distribuição e deve ser precedida de proteção
geral contra sobrecorrente e curto-circuito. Em alguns casos, esta solução, pode apresentar o inconveniente do
interruptor diferencial disparar com mais freqüência uma vez que ele “detecta” todas as correntes de fuga naturais
da instalação.
50
s
Instalador Elétrico Residencial
ss s
CIRC.1 CIRC.2 CIRC.3 CIRC.4 CIRC.5 CIRC.6 CIRC.7 CIRC.8 CIRC.9 CIRC.10 CIRC.11
PE
N
51
s
Instalador Elétrico Residencial
No projeto elétrico desenvolvido como exemplo, os valores das potências de iluminação e tomadas de cada
52
s
Instalador Elétrico Residencial
2. Multiplica-se o valor calculado (6600 W) pelo fator de demanda correspondente a esta potência.
Fatores de demanda para
iluminação e pontos de tomadas
Fator de demanda representa uma porcentagem de quanto das potências previstas serão utilizadas
simultaneamente no momento de maior solicitação da instalação. Isto é feito para não superdimensionar
os componentes dos circuitos de distribuição, tendo em vista que numa residência nem todas as
lâmpadas e pontos de tomadas são utilizadas ao mesmo tempo.
3. Multiplicam-se as potências dos pontos de tomadas dedicados pelo fator de demanda correspondente
O fator de demanda para os pontos de tomadas dedicadas é obtido em função do número de circuitos de pontos
de tomadas dedicadas previstos no projeto.
o
n de circuitos de fator de demanda o
pontos de tomadas N de circuitos de pontos de
dedicadas tomadas dedicadas do exemplo = 4.
Potência ativa de pontos de tomadas
01 1,00 dedicadas:
02 1,00 1 chuveiro 5600 W
03 0,84 1 torneira 5000 W
1 geladeira 500 W
04 0,76
1 máquina de lavar 1000 W
05 0,70 12100 W
06 0,65
Fator de demanda = 0,76
07 0,60
08 0,57
09 0,54
10 0,52
11 0,49
12 0,48
53
s
Instalador Elétrico Residencial
o
n de circuitos de fator de demanda
pontos de tomadas
dedicadas
13 0,46
14 0,45
15 0,44
16 0,43 12100 W x 0,76 = 9196 W
17 0,40
18 0,40
19 0,40
20 0,40
21 0,39
22 0,39
23 0,39
24 0,38
25 0,38
5. Divide-se o valor obtido pelo fator de potência médio de 0,95, obtendo-se assim o valor da potência do
circuito de distribuição.
• Fórmula: I = P ÷ U P = 12459 VA
U = 220 V
I = 12459 ÷ 220
I = 56,6 A
Dimensionar o disjuntor (proteção) é determinar o valor da corrente nominal do disjuntor de tal forma que se
garanta que os condutores da instalação não sofram danos por aquecimento excessivo provocado por
sobrecorrente ou curto-circuito.
Para encontrar a bitola correta do fio ou do cabo a serem utilizados em cada circuito, utilizaremos a tabela
(baseada na tabela de tipos de linhas elétricas da norma ABNT NBR 5410:2004), onde encontramos o método de
referência das principais formas de se instalar fios e cabos em uma residência.
Supondo que o teto seja de laje e que os eletrodutos serão embutidos nela, podemos utilizar “condutores isolados
ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria”. É o segundo esquema na tabela.
Seu método de referência é B1. Se em vez de laje o teto fosse um forro de madeira ou gesso, utilizaríamos o
quarto esquema, e o método de referência mudaria.
54
s
Instalador Elétrico Residencial
* Se a altura (h) do espaço for entre 1,5 e 20 vezes maior que o diâmetro (D) do(s) eletroduto(s) que
passa(m) por ele, o método adotado deve ser B2. Se a altura (h) for maior que 20 vezes, o método adotado
deve ser B1.
Após determinar o método de referência, escolhe-se a bitola do cabo ou do fio que será utilizado na instalação a
partir da tabela. A quantidade de condutores carregados no circuito (fases e neutro) também influencia a escolha.
Há dois condutores carregados (uma fase e um neutro). Sua corrente corrigida Ib é 8A e o método de referência
que devemos utilizar é B1. Portanto, de acordo com a tabela, a seguir, a seção (bitola) mínima do condutor deve
2.
ser 0,5mm .
55
s
Instalador Elétrico Residencial
Atenção: as tabelas são versões resumidas da norma ABNT NBR 5410:2004. Nelas foram
apresentados apenas os casos mais utilizados em instalações residenciais. Consulte a norma quando
houver uma situação que não se enquadre nas listadas aqui.
56
s
Instalador Elétrico Residencial
Para se efetuar o dimensionamento dos condutores e dos disjuntores do circuito, algumas etapas devem ser
seguidas. O maior agrupamento para cada um dos circuitos do projeto se encontra em destaque na planta
residencial.
1ª etapa – consultar a planta com a representação gráfica da fiação e seguir o caminho que cada circuito percorre,
observando neste trajeto qual o maior número de circuitos que se agrupa com ele.
57
s
Instalador Elétrico Residencial
O maior número de circuitos agrupados para cada circuito do projeto está relacionado abaixo.
o o o o
n do n de circuitos n do n de circuitos
circuito agrupados circuito agrupados
1 3 7 3
2 3 8 3
3 3 9 3
4 3 10 2
5 3 11 1
6 2 12 3
Distribuição 1
Tabela 16 - Número de circuitos agrupados para cada circuito do projeto
2ª etapa – determinar a seção adequada e o disjuntor apropriado para cada um dos circuitos. Para isto é
necessário apenas saber o valor da corrente do circuito e, com o número de circuitos agrupados também
conhecido, entrar na tabela e obter a seção do condutor e o valor da corrente nominal do disjuntor.
Exemplo → circuito 3
Exemplo → circuito 12
58
s
Instalador Elétrico Residencial
o
n do Seção Disjuntor (A)
circuito adequada
2
(mm )
1 1,5 10
2 1,5 10
3 1,5 10
4 1,5 10
5 1,5 10
6 1,5 10
7 1,5 10
8 1,5 10
9 1,5 10
10 1,5 10
11 4 30
12 6 25
Distribuição 16 70
Tabela 18 - Disjuntor adequado por circuito
3ª etapa – verificar, para cada circuito, qual o valor da seção mínima para os condutores estabelecida pela ABNT
NBR 5410:2004 em função do tipo de circuito.
Porém, a norma ABNT NBR 5410:2004 determina seções mínimas para os condutores de acordo com a sua
utilização.
2
Tipo de circuito Seção mínima (mm )
Iluminação 1,5
Força (pontos de tomadas, circuitos independentes e distribuição). 2,5
Tabela 20 - Seções mínimas dos condutores segundo sua utilização
59
s
Instalador Elétrico Residencial
Aplicando o que a ABNT NBR 5410:2004 estabelece, as seções mínimas dos condutores para cada um dos
circuitos do projeto são:
o
n do Tipo Seção mínima
2
circuito (mm )
1 Iluminação 1,5
2 Iluminação 1,5
3 Força 2,5
4 Força 2,5
5 Força 2,5
6 Força 2,5
7 Força 2,5
8 Força 2,5
9 Força 2,5
10 Força 2,5
11 Força 2,5
12 Força 2,5
Distribuição Força 2,5
Tabela 21 - seções mínimas dos condutores para cada um dos circuitos do projeto de acordo com a ABNT NBR 5410
A tabela abaixo mostra as bitolas encontradas para cada circuito após termos feito os cálculos e termos seguido
os critérios da ABNT NBR 5410:2004
o 2
n do Seção adequada (mm ) Seção mínima
2
circuito (mm )
1 1,5 1,5
2 1,5 1,5
3 1,5 2,5
4 1,5 2,5
5 1,5 2,5
6 1,5 2,5
7 1,5 2,5
8 1,5 2,5
9 1,5 2,5
10 1,5 2,5
11 4 2,5
12 6 2,5
Distribuição 16 2,5
Tabela 22 - bitolas encontradas para cada circuito
Exemplo → circuito 3
2 2 2
1,5 mm é menor que 2,5 mm seção dos condutores: 2,5 mm
Exemplo → circuito 12
2 2 2
6 mm é maior que 2,5 mm seção dos condutores: 6 mm
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Comparando os valores das seções adequadas, obtidos na tabela com os valores das seções mínimas
estabelecidas pela ABNT NBR 5410:2004 adotamos para a seção dos condutores do circuito o maior deles.
o
n do Seção dos condutores
2
circuito (mm )
1 1,5
2 1,5
3 2,5
4 2,5
5 2,5
6 2,5
7 2,5
8 2,5
9 2,5
10 2,5
11 4
12 6
Distribuição 16
Tabela 23 - Seção adotada para os condutores
Nos casos em que o quadro de distribuição, ou do medidor, ficam distantes da casa, deve-se levar em conta o
comprimento máximo do condutor em função da queda de tensão.
Por exemplo, se o quadro do medidor da casa utilizado em nosso projeto estiver distante 60 m do quadro de
distribuição, deve-se consultar a tabela, baseada na norma NBR 6148:
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2
De acordo com a tabela, o comprimento máximo de um condutor de 10 mm é de 56 m. Portanto, se o quadro do
medidor estiver a 60 m do quadro de distribuição haverá uma queda de tensão significativa na entrada do quadro
de distribuição. A solução nesse caso é utilizar um condutor de seção maior, que na mesma situação possa
2
conduzir sem queda de tensão. Pela tabela, esse condutor deve ter 16 mm ou mais.
De posse desses dados, consulta-se a norma de fornecimento da companhia de eletricidade local para se obter a
corrente nominal do disjuntor a ser empregado.
• Corrente diferencial-residual nominal de atuação A ABNT NBR 5410:2004 estabelece que, no caso
dos DRs de alta sensibilidade, o valor máximo para esta corrente é de 30mA
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63
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Condutor de neutro: em circuitos trifásicos em que a seção obtida no dimensionamento seja igual ou maior que
2
35 mm , a seção do condutor de neutro poderá ser como na tabela :
2
Condutor de proteção: em circuitos em que a seção obtida seja igual ou maior que 25 mm , a seção do condutor
de proteção poderá ser como indicado na tabela:
• Condutor de fase: qualquer cor, exceto as utilizadas no condutor de proteção e no condutor de neutro.
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Tendo em vista as considerações acima, a tabela a seguir fornece diretamente o tamanho do eletroduto.
Exemplo:
• Número de condutores no trecho do eletroduto = 6
•
2
Maior seção dos condutores = 4mm
O tamanho nominal do eletroduto será 20mm.
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Como proceder:
Na planta do projeto, para cada trecho de eletroduto deve-se:
De posse destes dados, deve-se: consultar a tabela específica para se obter o tamanho nominal do eletroduto
adequado a este trecho.
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2
Os condutores e eletrodutos sem indicação na planta serão: 2,5mm e ø 20mm, respectivamente.
Levantamento de material
Para a execução do projeto elétrico residencial, precisa-se previamente realizar o levantamento do
material, que nada mais é que: medir, contar, somar e relacionar todo o material a ser empregado e que
aparece representado na planta residencial.
Então: medir e determinar quantos metros de eletrodutos e condutores, nas seções indicadas, devem ser
adquiridos para a execução do projeto.
Para se determinar a medida dos eletrodutos e fios deve-se: medir, diretamente na planta, os eletrodutos
representados no plano horizontal e... somar, quando for o caso, os eletrodutos que descem ou sobem até as
caixas.
Exemplos
Escala 1:100: Significa que a cada 1 cm no desenho corresponde a 100 cm nas dimensões reais.
Escala 1:25 : Significa que a cada 1 cm no desenho corresponde a 25 cm nas dimensões reais.
São determinados descontando da medida do pé direito mais a espessura da laje da residência a altura em que a
caixa está instalada.
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Exemplificando
Pé direito = 2,80 m
Esp. da laje = 0,15 m
2,95 m
Caixa para saída alta subtrair 2,20 m =
2,95 m
-2,20 m
0,75 m
Medidas dos eletrodutos que sobem até as caixas
Exemplificando
Espessura do contrapiso = 0,10 m
1,30 + 0,10 = 1,40 m
0,30 + 0,10 = 0,40 m
1,20 + 0,10 = 1,30 m
Nota: as medidas apresentadas são sugestões do que normalmente se utiliza na prática. A ABNT
NBR 5410:2004 não faz recomendações a respeito disso.
Tendo-se medido e relacionado os eletrodutos e fiação, conta-se e relaciona-se também o número de: caixas,
curvas, luvas, arruelas e buchas, tomadas, interruptores, conjuntos e placas de saída de condutores.
Caixas de derivação:
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Exercícios
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Explique o funcionamento do DR
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1 1 2 1
2
2
3 3
N
4
3
1 1
2 2
3 3
PE N
N P
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E é por esse motivo, pensando na segurança do consumidor, que o Inmetro certifica disjuntores
compulsoriamente.
Portanto, na hora da compra, verifique se o Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro está impresso no
produto e na embalagem, quando houver, de forma visível. Ele indica que o disjuntor apresenta adequado grau de
confiança, na conformidade com as normas técnicas. Além do Selo, deve constar uma etiqueta indicativa de seu
nível de proteção, bem como sua aplicação.
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Instalador Elétrico Residencial
Glossário
Ampére: Unidade prática de medida elétrica, correspondente à intensidade de uma corrente elétrica que, com a
força eletromotriz de 1 volt, percorre um circuito com a resistência de 1 ohm.
Cabo: Conjunto de fios encordoados, isolados ou não entre si, podendo o conjunto ser isolado ou não.
Capacidade de interrupção (de um dispositivo de manobra): valor da corrente de interrupção que um dispositivo
de manobra é capaz de interromper numa tensão definida e nas condições prescritas de uso e de
comportamento.
Choque elétrico: efeito fisiológico resultante da passagem de uma corrente elétrica pelo corpo humano ou de um
animal.
Condutor: Produto metálico, de sacão transversal invariável e de comprimento muito maior do que a maior
dimensão transversal, utilizado para transportar energia elétrica ou transmitir sinais elétricos.
Condutor de proteção (PE): condutor requerido por certas medidas de proteção contra choques elétricos para
ligações elétricas de algumas das partes abaixo:
- partes condutoras expostas,
- partes condutoras estranhas,
- borne de aterramento principal,
- eletrodo de terra,
- ponto de aterramento da alimentação ou neutro artificial
Condutor neutro (N): condutor conectado ao ponto neutro de um sistema, capaz de contribuir para a transmissão
de energia elétrica.
Nota: Em alguns casos, as funções do condutor neutro e do condutor de proteção podem ser combinadas,
sob condições especificadas, em um e no mesmo condutor designado como condutor PEN.
Contato direto : Contato de uma pessoa com partes vivas dos materiais elétricos (condutores e peças
normalmente sob tensão).
Contato indireto : Contato de uma pessoa com equipamentos submetidos acidentalmente sob tensão
(geralmente seguido de um defeito de isolamento)
Corrente de curto-circuito: Sobrecorrente que resulta de uma falta, de impedância insignificante, entre
condutores vivos que apresentam uma diferença de potencial em funcionamento normal.
Nota: Uma corrente de curto-circuito pode resultar de um defeito ou de uma ligação incorreta.
Corrente de falta à terra: Corrente que flui para a terra quando ocorre uma falha de isolamento.
Corrente de fuga à terra: Corrente que flui das partes vivas da instalação para a terra, na ausência de falha de
isolamento.
Corrente de sobrecarga: Sobrecorrente num circuito, sem que haja falta elétrica.
Corrente diferencial-residual: Soma vetorial dos valores instantâneos das correntes que circulam no circuito
principal do interruptor diferencial-residual.
Corrente diferencial-residual de atuação: Valor da corrente diferencial-residual que faz disparar o RCCB em
condições especificadas.
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Corrente nominal (de um disjuntor) : é o valor da corrente nominal do disjuntor, ela é fixada pelo ajuste máximo
do disparador (proteção contra as sobrecargas ou térmica).
Curto-circuito: caminho condutor acidental ou intencional, entre duas ou mais partes condutoras, impondo as
diferenças de potencial elétrico entre estas partes condutoras nulas ou próximas de zero.
Descarga atmosférica:
A – Descarga elétrica de origem atmosférica entre um nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou
mais impulsos de vários quiloampères.
B – Descarga disruptiva numa região da atmosfera que ocorre quando forma um gradiente de potencial maior do
que a rigidez dielétrica do ar, nessa região.
1- Descarga (atmosférica) direta: Descarga atmosférica que atinge diretamente qualquer parte de um sistema
elétrico.
2- Descarga (atmosférica) indireta: Descarga atmosférica que induz uma sobretensão num sistema elétrico, sem
atingi-lo diretamente.
Nota: O termo “dispositivo” não deve ser entendido como significando um produto particular, mas sim
qualquer forma possível de se implementar a proteção diferencial-residual. São exemplos de tais formas: o
interruptor, disjuntor ou tomada com proteção diferencial-residual incorporada, os blocos e módulos de proteção
diferencial-residual acopláveis a disjuntores, os relés e transformadores de corrente que se podem associar a
disjuntores, etc.
Dispositivo de proteção contras surtos (DPS): Dispositivo que é destinado a limitar sobretensões transitórias
Falha de isolação: Ruptura do isolamento que provoca uma corrente de fuga a terra ou um curto-circuito via o
condutor de proteção.
Fio: Produto metálico maciço e flexível, de seção transversal invariável e de comprimento muito maior do que a
maior dimensão transversal.
Nota: Um interruptor pode ser capaz de estabelecer mas não interromper correntes de curto-circuito.
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Neutro:
A – Termo genérico que se refere tanto ao ponto neutro como ao condutor neutro.
B – Condutor ou outro elemento de um sistema polifásico ligado permanentemente ao ponto neutro de um
equipamento polifásico.
Parte viva: condutor ou parte condutora a ser energizada em uso normal, incluindo condutor neutro mas, por
convenção, não um condutor PEN.
Para-raios: Dispositivo destinado a proteger o equipamento elétrico contra sobretensões transitórias elevadas e a
limitar a duração e, com freqüência, a intensidade da corrente subseqüente.
Pólo (de um disjuntor): Parte do circuito principal de um disjuntor, associada exclusivamente com um caminho
condutor eletricamente separado no seu circuito principal provido de contatos destinados a conexão e desconexão
do próprio circuito principal, não incluindo aquelas peças que asseguram a fixação e a operação conjunta de todos
os pólos.
Ponto de entrega: Ponto de conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de eletricidade com a
instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas
pela autoridade reguladora.
Ponto de entrada (numa edificação): Ponto em que uma linha externa penetra na edificação.
Notas: 1 Em particular, no caso das linhas elétricas de energia, não se deve confundir “ponto de entrada”
com “ponto de entrega”. A referência fundamental do “ponto de entrada” é a edificação, ou seja, o corpo principal
ou cada um dos blocos de uma propriedade. No caso de edificações com pavimento em pilotis (geralmente o
térreo) e nas quais a entrada da linha elétrica externa se dá no nível do pavimento em pilotis, o “ponto de entrada”
pode ser considerado como o ponto em que a linha penetra no compartimento de acesso à edificação (hall de
entrada).
2 Além da edificação em si, outra referência indissociável de “ponto de entrada” é o “barramento de
eqüipotencialização principal” (BEP), localizado junto ou bem próximo do ponto de entrada.
Ponto de utilização: Ponto de uma linha elétrica destinado à conexão de equipamento de utilização.
Notas: 1 Um ponto de utilização pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão da
linha elétrica, a natureza da carga prevista (ponto de luz, ponto para aquecedor, ponto para aparelho de ar-
condicionado, etc.) e o tipo de conexão previsto (ponto de tomada, ponto de ligação direta).
2 Uma linha elétrica pode ter um ou mais pontos de utilização.
3 Um mesmo ponto de utilização pode alimentar um ou mais equipamentos de utilização.
Ponto de tomada: ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a ser alimentados é
feita através de tomada de corrente.
Potência: Derivada em relação ao tempo de uma energia transferida ou convertida ou de um trabalho realizado.
Proteção básica: meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas em condições normais.
Proteção supletiva: meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massas ou partes
condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente vivas.
Proteção adicional: Meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em situações de
maior risco de perda ou anulação das medidas normalmente aplicáveis, de dificuldade no atendimento pleno
das condições de segurança associadas a determinada medida de proteção e/ou, ainda, em situações ou locais
em que os perigos do choque elétrico são particularmente graves.
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Protetor contra surtos: Dispositivo projetado para proteger o equipamento elétrico contra sobretensões
transitórias elevadas e limitar a duração e, frequentemente, a amplitude da corrente subseqüente.
Quadro de distribuição: conjunto contendo dispositivos de manobra ou de proteção (por exemplo, minidisjuntor)
associados a um ou mais circuito de saída, alimentados por um ou mais circuitos de entrada juntamente com os
bornes para os condutores neutro e os condutores do circuito de proteção. Pode incluir também dispositivos de
sinalização e outros dispositivos de controle. Os dispositivos de seccionamento podem ser incluídos no quadro de
distribuição ou podem ser fornecidos separadamente.
Quadro de distribuição principal: Primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na edificação.
Naturalmente, o termo se aplica a todo quadro de distribuição que seja o único (por exemplo, linhas elétricas).
Resistência (elétrica): Grandeza escalar que caracteriza a propriedade de um elemento de circuito de convergia
elétrica em calor, quando percorrido por corrente.
Sobrecarga: condições de operação em um circuito eletricamente sem defeito, que causa uma sobrecorrente.
Nota: Uma corrente de sobrecarga pode causar dano se for mantida por um tempo suficiente.
Tensão nominal:
A – De um aparelho elétrico: Tensão atribuída a um aparelho pelo seu fabricante e que serve de referência para o
projeto, o funcionamento e a realização dos ensaios.
B – De um dispositivo de manobra ou proteção: valor eficaz da tensão pelo qual um dispositivo de manobra ou
proteção é designado e ao qual são referidos outros valores nominais.
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Instalador Elétrico Residencial
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Instalador Elétrico Residencial
1. Ao executar uma instalação elétrica, ou durante sua manutenção, procure tomar os seguintes
cuidados:
• Antes de qualquer intervenção, desligue a chave geral (disjuntor ou fusível).
• Teste sempre o circuito antes de trabalhar com ele, para ter certeza de que não está energizado.
• Desconecte os plugues durante a manutenção dos equipamentos.
• Leia sempre as instruções das embalagens dos produtos que serão instalados.
• Utilize sempre ferramentas com cabo de material isolante (borracha, plástico, madeira etc). Dessa
maneira, se a ferramenta que você estiver utilizando encostar acidentalmente em uma parte energizada,
será menor o risco de choque elétrico.
• Não use jóias ou objetos metálicos, tais como relógios, pulseiras e correntes, durante a execução de um
trabalho de manutenção ou instalação elétrica.
• Use sempre sapatos com solado de borracha. Nunca use chinelos ou calçados do gênero – eles
aumentam o risco de contato do corpo com a terra e, conseqüentemente, o risco de choques elétricos.
• Nunca trabalhe com as mãos ou os pés molhados.
• Utilize capacete de proteção sempre que for executar serviços em obras onde houver andaimes ou
escadas.
3. Instalação de antenas
• Instale a antena de TV longe da rede elétrica. Se a antena tocar nos fios durante a instalação, há risco de
choque elétrico.
4. Troca de lâmpadas
• Desligue o interruptor e o disjuntor do circuito antes de trocar a lâmpada.
• Não toque na parte metálica do bocal nem na rosca enquanto estiver fazendo a troca.
• Segure a lâmpada pelo vidro (bulbo). Não exagere na força ao rosqueá-la.
• Use escadas adequadas.
5. Tomadas e equipamentos
• Coloque protetores nas tomadas.
• Evite colocar campainhas e luminárias perto da cortina.
• Não trabalhe com os pés descalços ao trocar fusíveis elétricos.
• Não passe fios elétricos por baixo de tapetes. Isso pode causar incêndios.
6. Instalações elétricas
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Instalador Elétrico Residencial
A seguir, vamos estudar um pouco mais sobre a NR10 que estabelece regras para a segurança dos trabalhadores
que exercem atividades relacionadas à energia elétrica. Os itens 10.1.1 e 10.1.2 foram extraídos da normal
original.
“10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de
projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados
nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na
ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis”.
2
NR – 10: Portaria n.º 598, de 07/12/2004 (D.O.U. de 08/12/2004 – Seção 1) Ementas: Portaria n.º 126, de 03/06/2005 (D.O.U. de 06/06/2005
– Seção 1)
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Instalador Elétrico Residencial
No capítulo 10.6, segurança em instalações elétricas energizadas, no item 10.6.4, é estipulado que “sempre que
inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de novas instalações ou
equipamentos elétricos, devem ser elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e
respectivos procedimentos de trabalho”.
Tabela resumo dos riscos elétricos e adicionais com suas principais medidas de controle:
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Conjunto de aterramento
Tapete de borracha
Cones e bandeiras de sinalização Fita de sinalização
Características: fita plástica colorida em poliestileno, com listras laranja e
preta intercaladas.
Utilizada interna e externamente na sinalização, interdição, balisamento ou
demarcação em geral por indústrias, construtoras, transportes, órgãos
públicos ou empresas que realizam trabalhos externos.
Leve, resistente, dobrável e de fácil instalação, é fornecida em rolo de 200
metros de comprimento e 70 mm de largura, podendo ser afixada em cones
e tripés.
Cores: laranja/preto
Cone em PVC para sinalização
Características: utilizado para sinalizar, isolar, balizar ou interditar áreas de
tráfego ou serviços com extrema rapidez e eficiência.
Fornecido em poliestileno/PVC ou borracha, é altamente durável e
resistente a intempéries e maus-tratos.
Cores: laranja/branco
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Instalador Elétrico Residencial
• Bandeirola de sinalização
• Caixa de primeiros socorros
• Chaves de boca
• Chave inglesa ajustável
• Cobertura flexível para condutores e isoladores
• Cones de sinalização
• Detector de tensão
• Escadas em fibra extensível
• Escada em fibra singela
• Facão
• Farolete manual
• Fita adesiva
• Fita refletiva
• Tapete de borracha
• Lanterna manual
• Loadbuster
• Placa de sinalização “NÃO LIGAR. HOMENS NA LINHA”
• Bastão para grampo de linha viva (pega-tudo)
• Conjunto de aterramento temporário de AT (alta tensão)
• Conjunto de aterramento temporário de BT (baixa tensão)
• Talco para luvas de borracha
• Volt-amperímeto
• Vara de manobra telescópica
Exemplos de EPI’s
Óculos de segurança
Capacetes de segurança
Luvas isolantes Elas podem ser testadas com inflador de luvas para verificação da existência de
furos, e por injeção de tensão de testes.
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Cinturão de segurança
Protetores auriculares
Máscaras/respiradores
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A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO (International
Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical Comission); e das entidades de normalização
regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de
Normalização).
4
. As instalações elétricas dos locais de habitação são regidas pela norma técnica ABNT NBR 5410. O
cumprimento da norma se torna obrigatório por várias disposições
“Art. 7º - Os direitos previstos neste Código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções
internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas
autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia,
costumes e equidade.
Parágrafo único. - Tendo a ofensa mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos
previstos nas normas de consumo.”
“Art. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou
deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade a saúde ou segurança”.
“Art. 14 - O fornecedor de serviço responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
3
Reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992
4
Todos os tipos de residências e salas comerciais
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Instalador Elétrico Residencial
“Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto ano duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§1º - Inicia-se a contagem do prazo decadência a partir da entrega efetiva do produto ou do termino da execução
dos serviços.
§3º - Tratando-se de vicio oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito”.
3. Códigos de obras municipais: Dica: consulte o código de obras de seu município e saiba quais
são os padrões das instalações elétricas na sua cidade.
Objetivo5
1.1 Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a
fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a
conservação dos bens.
1.2 Esta Norma aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que seja seu uso
(residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.), incluindo as pré-
fabricadas.
5
Trechos retirados da normal original
88
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Instalador Elétrico Residencial
Nota: A aplicação às linhas de sinal concentra-se na prevenção dos riscos decorrentes das influências
mútuas entre essas linhas e as demais linhas elétricas da instalação, sobretudo sob os pontos de vista da
segurança contra choques elétricos, da segurança contra incêndios e efeitos térmicos prejudiciais e da
compatibilidade eletromagnética.
Nota: Modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos elétricos, inclusive de
sinal, ou substituir equipamentos existentes, não caracterizam necessariamente uma reforma geral da instalação.
ABNT NBR 5410 – Uso obrigatório do Dispositivo de proteção contra choques elétricos –
DR
A ABNT NBR 5410 (item 5.1.3.2.2) exige o uso de DR de alta sensibilidade (30 mA) na proteção de
determinados locais e/ou circuitos:
a) circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação e circuitos de tomadas de
corrente situadas em áreas internas que podem vir a alimentar equipamentos no exterior. Pode-se acrescentar,
aqui, os circuitos de iluminação externa, como a de jardins;
b) todos os pontos de utilização situados em banheiros;
c) todos os pontos de utilização de cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral,
áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
d) pontos de utilização situados no volume 2 e, dependendo do caso, no volume 1 de piscinas, em alternativa a
outras medidas de proteção igualmente aplicáveis.
6.5.3.2 Devem ser tomados cuidados para prevenir conexões indevidas entre plugues e tomadas que não sejam
compatíveis. Em particular, quando houver circuitos de tomadas com diferentes tensões, as tomadas fixas dos
circuitos de tensão a elas provida. Essa marcação pode ser feita por placa ou adesivo, fixado no espelho da
89
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Instalador Elétrico Residencial
tomada. Não deve ser possível remover facilmente essa marcação. No caso de sistemas SELV, devem ser
atendidas as prescrições de 5.1.2.5.4.4”.
ABNT NBR 14136 – Norma de Plugues e Tomadas para uso Doméstico e Análogo até
20 A/250 V em corrente alternada - Padronização
1 Objetivo6
1.1 Esta Norma fixa as dimensões de plugues e tomadas de características nominais até 20 a/250 V em
corrente alternada, para uso doméstico e análogo, para a ligação a sistemas de distribuição com tensões nominais
compreendidas entre 100 V e 250 V em corrente alternada.”
Com a norma ABNT NBR 14136, Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20A, 250 VCA –
Padronização, publicada em 2002, o Brasil estabeleceu seu padrão de tomadas e plugues.
A tomada fixa ABNT NBR 14136 vem com contato de aterramento, ou contato PE. Ela atende, assim, à
exigência da norma de instalações elétricas, a ABNT NBR 5410, de que as tomadas fixas de uma instalação
devem ser todas com contato de aterramento. Essa exigência se alinha também com outro requisito, que é o da
presença do condutor de proteção (“fio terra”), nos circuitos – como determinam a ABNT NBR 5410 e a Lei no. 11
337, de 26 de julho de 2006.
Contato PE (contato de
aterramento)
A tomada fixa padrão ABNT NBR 14136 é do O plugue de dois pinos hoje usado pela maioria absoluta dos eletroeletrônicos domésticos
tipo 2P+T, com contato de aterramento, comercializados no Brasil é compatível com a tomada ABNT NBR 14136
como exige a norma de instalações
Figura 55 - Novo padrão brasileiro de tomadas: Condutor terra obrigatório
A tomada padrão ABNT NBR 14136 prima pela segurança. Começando pela segurança contra choques elétricos.
Como mostra a figura, em outros modelos de tomada, mesmo aqueles em que os contatos elétricos ficam
recuados em relação à face externa, há risco de choque elétrico: basta o usuário tocar no pino do plugue quando
o pino está em contato com parte viva da tomada. Já a tomada padrão ABNT NBR 14136 inclui não só recuo dos
contatos, como também um rebaixo – um encaixe para o plugue. Graças a esse detalhe construtivo, não há
nenhum risco de contato acidental com as partes vivas. Além disso, como esse rebaixo funciona também como
guia, a inserção do plugue se torna mais cômoda e mais segura, principalmente quando a tomada não é
facilmente acessível ou quando não se tem visibilidade suficiente – situações em que o risco de choque elétrico é
ainda maior, com outras tomadas, pois o usuário seria tentado a usar o dedo como guia para os pinos do plugue,
na tentativa de encaixá-lo na tomada.
Outro destaque em matéria de segurança é que o padrão foi concebido de forma a evitar a conexão de
equipamentos com potência superior à que a tomada pode suportar. É o que mostra a figura. Em termos de
corrente nominal, a padronização ABNT NBR 14136 prevê duas tomadas: de 10 A e de 20 A; e também dois
plugues, para até 10 A e para até 20 A. O diâmetro do orifício de entrada da tomada de 20 A é maior que o da
tomada de 10 A. Assim também com os plugues: o diâmetro dos pinos do plugue de 20 A é maior que o do
plugues de 10 A. O resultado é que a tomada de 20 A aceita a inserção de ambos os plugues, o de 20 A e o de 10
A, pois quem pode o mais pode o menos. Mas a tomada de 10 A não admite, dimensionalmente, a inserção do
plugue de 20 A; afinal, como sua corrente nominal é de 10 A, ela não poderia mesmo ser usada para a conexão
de equipamentos que consomem mais de 10 A.
ABNT NBR 5410 – Uso obrigatório do Dispositivo de proteção contra surtos – DPS
5.4.2.1.1 Deve ser provida proteção contra sobretensões transitórias, com o uso dos meios indicados em
5.4.2.1.2, nos seguintes casos:
a) quando a instalação for alimentada por linha total ou parcialmente aérea, ou incluir ela própria linha
aérea, e se situar em região sob condições de influências externas AQ2 (mais de 25 dias de trovoadas por
ano);
b) quando a instalação se situar em região sob condições de influências externas AQ3 (ver tabela 15
da norma).
Nota: Admite-se que a proteção contra sobretensões exigida em 5.4.2.1.1 possa não ser provida se as
conseqüências dessa omissão, do ponto de vista estritamente material, constituir um risco calculado e assumido.
Em nenhuma hipótese a proteção pode ser dispensada se essas conseqüências puderem resultar em risco direto
ou indireto à segurança e à saúde das pessoas.
Os DPS deverão ser instalados próximos a origem da instalação ou no quadro principal de distribuição,
porém poderia ser necessário um DPS adicional para proteger equipamentos sensíveis e quando a
distância do DPS instalado no quadro principal é grande (> 30m). Estes DPS secundários deverão ser
coordenados com o DPS a montante.
A seção dos cabos não deverão ser menor que 4 mm². Quando existe um sistema de proteção contra descargas
atmosféricas, para produtos tipo 1 a seção não deverá ser menor que 16 mm ².
O comprimento de cada condutor de conexão do DPS ao condutor de fase somado ao comprimento de cada
condutor de conexão do DPS à barra de aterramento deve ser o mais curto possível, não excedendo a 50 cm.
Devem ainda ser evitadas nestas ligações curvas e laços.
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Figura 57- Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de energia ou no quadro de distribuição principal da edificação
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Geladeira
• Não deixe a porta aberta por muito tempo
• Coloque e retire os alimentos e bebidas de uma só vez.
• Evite guardar alimentos ou líquidos quentes.
• Não forre as prateleiras com plásticos ou vidros.
• Evite deixar camadas grossas de gelo, faça o degelo periodicamente.
• No inverno, diminua a temperatura.
• Evite utilizar a parte traseira para secar panos e outros objetos.
• Mantenha em boas condições a borracha de vedação da porta.
Chuveiro Elétrico
• Evite banhos quentes demorados.
• Utilize a posição "inverno" somente nos dias frios. Na posição "verão" o gasto é de até 40% menos
energia. Não mude a chave "verão-inverno" com o chuveiro ligado.
• Não reaproveite resistência queimada.
• A fiação deve ser adequada, bem instalada e com boas conexões. Fios derretidos, pequenos choques e
cheiro de queimado indicam problemas que precisam ser corrigidos imediatamente.
• Não demore no chuveiro e desligue a torneira enquanto se ensaboa. Assim você economiza energia e
água.
Iluminação
• Abra bem as cortinas e use ao máximo a luz do sol, evite acender lâmpadas durante o dia.
• Use cores claras nas paredes internas; as cores escuras exigem lâmpadas que consomem mais energia.
• Prefira lâmpadas fluorescentes que iluminam melhor, consomem menos energia e duram até dez vezes
mais do que as lâmpadas incandescentes.
• Apague sempre as luzes dos ambientes desocupados.
• Limpe regularmente as luminárias para ter boa iluminação.
Ferro Elétrico
• Acumule roupa e passe tudo de uma vez só. Ligar o ferro várias vezes ao dia desperdiça energia.
• O ferro elétrico automático possui temperaturas indicadas para diversos tipos de tecido, inicie pelas
roupas que requerem temperaturas mais baixas.
• Deixe o ferro desligado quando não estiver em uso, mesmo por intervalos curtos.
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A RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 obriga desde 2005 a separação dos entulhos na própria obra
e a destinação adequada de todos os resíduos, já que a responsabilidade por esses resíduos, segundo a
legislação brasileira, é do gerador.
A destinação inadequada destes resíduos é considerada pela legislação brasileira crime ambiental e desta
forma a elaboração do PGRCC é indispensável para o cumprimento da legislação ambiental vigente em
nosso país.
O Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de Curitiba (Decreto 1.068/2004) disciplina
o manuseio e disposição dos vários tipos de resíduos produzidos nos canteiros de obras. O plano atende
pequenos, médios e grandes geradores e envolve toda a cadeia, incluindo transportadores e áreas de destino
final. A seguir, as principais informações sobre a legislação, especialmente sobre os marcos conceituais, a
classificação e destinação dos resíduos.
I. Marcos conceituais
Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos,
concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa,
gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de
entulhos de obras, caliça ou metralha.
Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou
empreendimentos que gerem os resíduos.
Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre
as fontes geradoras e as áreas de destinação.
Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo
planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações
Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo a operações e/ou processos que tenham por objetivo dotá-los
de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto.
Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão empregadas técnicas de disposição de resíduos da
construção civil Classe "A" no solo, visando a reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso
futuro ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível,
sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.
Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição final de resíduos.
Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e secundariamente a redução, a
reutilização, a reciclagem e a destinação final. “Os resíduos da construção não poderão ser dispostos em aterros
de resíduos domiciliares em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d’água, lotes vagos e em áreas protegidas
de acordo com a legislação.
II. Classificação dos resíduos
Classificação Destinação
Classe A – resíduos reutilizáveis ou recicláveis como
agregados:
1) de construção, demolição, reformas e reparos de
pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive
Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de
solos provenientes de terraplanagem;
agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de
2) de construção, demolição, reformas e reparos de
resíduos da construção civil, sendo dispostos de
edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas,
modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.
placas de revestimento etc) argamassa e concreto;
3) de processo de fabricação ou demolição de peças pré-
moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios entre
outros) produzidas no canteiro de obras.
Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados
Classe B – resíduos recicláveis para outras destinações,
a áreas de armazenamento temporário, sendo
tais como plástico, papel/papelão, metais, vidros, madeiras
disposto de modo a permitir a sua utilização ou
e outros.
reciclagem futura.
Classe C – resíduos para os quais não foram
Deverão ser armazenados, transportados e
desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente
destinados em conformidade com as normas técnicas
viáveis que permitam a sua reciclagem/ recuperação, tais
específicas.
como os produtos oriundos do gesso.
Classe D – resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros, ou Deverão ser armazenados, transportados,
aqueles contaminados oriundos de demolição, reformas e reutilizados e destinados em conformidade com as
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e normas técnicas específicas.
outros.
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A separação correta e a disposição final dos diferentes tipos de resíduos das obras de construção civil permite sua
valorização, através da reutilização, reciclagem e a redução dos custos. O gerenciamento dos resíduos pelo
construtor, além de expressar sua responsabilidade ambiental e atuação correta como gerador, é
economicamente vantajosa e possibilita um claro avanço dos construtores em seu esforço para imprimir qualidade
aos seus processos e produtos.
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Anexo I
TRANSPORTADOR
- Nome da Empresa:
- Razão Social:
- Inscrição Municipal: - CNPJ:
- Endereço:
- Telefone:
- Alvará Nº:
- Cadastro SMMA Nº: - Autorização Ambiental Nº:
- Órgão expedidor: - Validade: / /
GERADOR
Nome:
CPF / CNPJ:
TÍTULO DA OBRA:
Nº ALVARÁ (SMU):
COLETA
- Data: / /
- Endereço:
- Indicação Fiscal:
- Placa do caminhão: - Nº da caçamba: - Volume da caçamba (m³):
DESTINO
- Endereço: - Autorização Ambiental Nº:
- Indicação Fiscal: - Órgão expedidor:
- Município: - Validade: / /
ASSINATURA / CARIMBOS
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Relações interpessoais
A sobrevivência humana depende de um relacionamento
saudável, na medida em que predispõe a pessoa para o
desenvolvimento de seu potencial criador.
O processo complexo e incessante de pessoas interagindo com
outras, em harmonia, através de cada estágio da vida, é bastante
exigente e a mais alta forma de comportamento humano.
Se você aprender a lidar com você mesmo, lidar com os outros
será mais simples.
A comunicação é o instrumento mais eficiente para definir o
relacionamento interpessoal.
A família é, em geral, o primeiro grupo do qual o homem participa
- e é através desse relacionamento que seu comportamento
começa a ser delineado.
Toda vida do ser humano transcorre em contato com outros
seres humanos, em decorrência do processo de interação, então
concluímos que onde houver duas pessoas, teremos um
relacionamento.
No decorrer de nossa existência participamos de vários grupos
sociais: família, escola, trabalho... Cada pessoa que participa de
um grupo traz diferenças que englobam conhecimentos,
informações, opiniões, preconceitos, experiências anteriores,
crenças, valores, o que traz inevitáveis diferenças de percepções,
opiniões, sentimentos em relação a cada situação compartilhada.
Essas diferenças passam a construir um repertório novo: O daquela pessoa, naquele grupo, que determina a
dinâmica de relacionamento interpessoal deste grupo. As vivências de cada um exercem forte influência nos
processos de comunicação, nas relações, no comportamento organizacional e na produtividade.
O relacionamento interpessoal pode ser harmonioso e prazeroso, permitindo trabalho cooperativo, ou pode
tornar-se tenso, conflitante, proporcionando a desintegração de esforços e crescente deterioração do
desempenho coletivo.
Nas relações interpessoais é muito importante o entrosamento “do grupo”, onde todos “os indivíduos que
compõem o grupo” e “o líder” influenciam-se de uma forma recíproca circular, caracterizando um ambiente
agradável e estimulante, ou desagradável e adverso.
A sobrevivência humana depende de um relacionamento saudável, na medida em que predispõe a pessoa
para o desenvolvimento de seu potencial criador.
O processo complexo e incessante de pessoas interagindo com outras, em harmonia, através de cada estágio
da vida, é bastante exigente e a mais alta forma de comportamento humano.
O autoconhecimento
Cada um de nós é um mistério, um universo e se pretendermos conviver
bem com o outro, é preciso, em primeiro lugar, dedicarmos atenção para o
conhecimento e entendimento do nosso próprio eu. “SE VOCÊ
APRENDER A LIDAR COM VOCÊ MESMO, LIDAR COM OS OUTROS
SERÁ MAIS SIMPLES”.
(Jonh Beckey)
Precisamos mergulhar na descoberta de nós mesmos, para tomar consciência dos nossos pontos fortes, das
nossas qualidades como seres humanos. Precisamos também olhar para nós mesmos, com toda humildade e
reconhecer nossos pontos fracos, nossas dificuldades.
Inteligência Emocional
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Motivação
A motivação é uma expressão que indica um estado psicológico de disposição, vontade de realizar uma tarefa
ou atingir uma meta. Uma pessoa motivada tem disposição para buscar e atingir os seus objetivos.
Estudar a motivação é procurar entender quais as razões ou motivos que influenciam o desempenho das
pessoas.
Um grande incentivador da motivação é o reconhecimento. Constatações práticas demonstram que as maiores
carências dos empregados estão na vertente psicológica. Os empregados estão desejosos de receber um
agradecimento da empresa, seja através de elogios, citações, divulgação de trabalho ou simplesmente um
“muito obrigado”.
Essa modalidade de reconhecimento massageia o ego das pessoas, tira-as do anonimato, reforça a auto-
estima, libera a motivação e derruba as barreiras que bloqueiam a participação e a criatividade. As pessoas se
sentem “parte importante” dentro da empresa.
Os motivos que influenciam o desempenho das pessoas são:
• Motivos Internos
• Motivos Externos
Motivos Internos
Como uma manifestação do comportamento humano, o desempenho é motivado pelo próprio indivíduo
(motivos internos). Os meios são necessidades, aptidões, interesses e habilidades do indivíduo, que o fazem
capaz de realizar certas tarefas e não outras, que o fazem sentir-se atraído por certas coisas e evitar outras,
que o fazem valorizar certos comportamentos e menosprezar outros.
Os motivos do comportamento estão dentro do próprio indivíduo: sua motivação para agir e se comportar
deriva de forças que existem dentro dele.
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Motivos Externos
Os motivos externos são estímulos, incentivos que o ambiente oferece, ou objetivos que a pessoas perseguem
porque satisfazem a uma necessidade, despertam um sentimento de interesse ou representam a recompensa
a ser alcançada.
Estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrange as condições dentro das quais elas
desempenham seu trabalho, por exemplo: salário, benefícios sociais, condições físicas e ambientais de
trabalho, regulamentos internos, etc.
O que é temperamento
Antes que comecemos a explorar os quatro
temperamentos, vamos tentar definir o que seja
“temperamento”.
Em essência, temperamento é um estilo pessoal
inerente, uma predisposição que forma a base de
todas as nossas inclinações naturais: o que
pensamos e sentimos, desejamos ou necessitamos,
o que dizemos e o que fazemos. Esses sinais
podem ser observados desde a mais tenra idade,
antes que a família, grupos ou outras forças sociais
possam ter causado uma impressão sobre o nosso
caráter. Isso significa que todos nós, no curso do
nosso desenvolvimento - excetuando aqueles casos
em que tenhamos sofrido uma interferência mais
séria - desenvolveremos um padrão consistente de
atitudes e ações que expressam o nosso temperamento.
Tipos de temperamento:
• Sensorial Perceptivo
• Sensorial Julgador
• Intuitivo Sentimental
• Intuitivo Pensador
SENSORIAL PERCEPTIVO
Aproximadamente 30% da população
Os sensoriais perceptivos sentem-se muito à vontade no mundo externo dos objetos sólidos, que podem ser
feitos e manipulados e dos eventos reais que podem ser experimentados no aqui e agora. Têm sentidos
agudos e amam trabalhar com suas mãos. Têm uma grande afinidade com ferramentas, instrumentos e
veículos de toda espécie e suas ações têm como objetivo fazer com que cheguem o mais rápido possível até
aonde pretendem ir. Assim, trilharão corajosamente caminhos que outros poderiam considerar arriscados ou
mesmo impossíveis, fazendo o que for necessário, com ou sem regras, para atingir suas metas. Eles têm essa
mesma forma despreocupada, otimista e desembaraçada com as pessoas e isso faz deles, com freqüência,
irresistivelmente charmosos com a família, amigos e colegas.
SENSORIAL JULGADOR
Aproximadamente 40% da população
São pessoas sensatas, realistas e que são a espinha dorsal das instituições e os verdadeiros estabilizadores
da sociedade. Eles acreditam em seguir as regras e cooperar com as autoridades, de fato, eles não se sentem
nada bem em improvisar ou causar encrencas. Trabalhar consistentemente com o sistema é o seu estilo,
porque eles acreditam que, em longo prazo a lealdade, disciplina e cooperação realizam o trabalho de forma
correta. Têm um talento especial para trabalhar com bens e serviços, produtos e suprimentos. Eles são
cuidadosos quanto aos prazos e têm uma visão perspicaz para o excesso ou escassez. Eles são cautelosos
quanto às mudanças, mesmo embora sabendo que elas podem ser saudáveis. Melhor ir devagar, dizem, e
olhar antes de saltar. Por estas razões podemos pensar neles como “a personalidade que busca
segurança”.
INTUITIVO SENTIMENTAL
Aproximadamente 15% da população
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Acreditam que a cooperação amigável é a melhor forma para que as pessoas atinjam seus objetivos. Eles
sonham em remover os muros de egoísmo e conflito que dividem as pessoas e têm um talento único para
ajudar as pessoas a resolver suas diferenças e assim trabalharem juntas.
Tal harmonia interpessoal poderia ser um ideal romântico, mas eles são românticos incuráveis que preferem
concentrarem-se no que poderia ser em vez daquilo que é. O mundo concreto e prático é apenas o ponto de
partida para eles, acreditam que a vida está cheia de inúmeras possibilidades desconhecidas e potenciais não
explorados. Desta forma, se esforçam em descobrir quem são e como poderiam se tornar pessoas cada vez
melhores, do mesmo modo como inspiram os outros a se desenvolverem como indivíduos e a se realizarem.
Assim, são também conhecidos como “a personalidade que busca identidade”. Esta noção de uma
dimensão mística e espiritual da vida, o “não visível”, conhecido apenas através da intuição ou pela fé, é mais
importante para eles do que o mundo das coisas físicas ou reais.
INTUITIVO PENSADOR
Aproximadamente 15% da população
Seja qual for o seu campo, os intuitivos pensadores esforçam-se por compreender o mundo natural em toda
sua complexidade. Desejam aprender acerca dos princípios abstratos ou leis naturais que descrevem a
realidade, como também em descobrir a estrutura e função dos sistemas complexos do mundo, sejam
sistemas mecânicos, orgânicos ou sociais. Eles são completamente pragmáticos acerca de como ganharão
esse conhecimento. Não se importam em ser politicamente corretos. Eles querem encontrar as soluções mais
eficientes e elegantes para os problemas e ouvirão quem quer que tenha alguma coisa útil para ensinar-lhes,
descartando qualquer autoridade ou rotina que desperdice seu tempo ou recursos. São tão determinados na
sua busca do conhecimento, que podemos pensar nesse tipo como sendo “a personalidade que busca
conhecimento”.
Têm um intenso desejo de atingir os seus objetivos e trabalharão incansavelmente e com determinação, em
qualquer projeto que tenham decidido. Eles são rigorosamente lógicos e ferrenhamente independentes em seu
pensamento - são na verdade céticos de todas as idéias, mesmo as suas próprias - e tentarão clarificar
qualquer discussão com sua razão.
Valorizam a competência e se orgulham da engenhosidade que trazem para o seu trabalho.
Existem também alguns “estilos” de temperamentos
Comunicação
O processo de interação humana
efetiva-se através da comunicação.
Estamos sempre comunicando algo,
seja por meio de palavras, ou outros
meios não verbais, tais como gestos,
postura corporal, posição e distância em
relação aos outros. O simples fato de
estar em presença do outro modifica o
contexto perceptivo de cada um,
promovendo interação, com mensagens
emitidas e recebidas de cada
participante da situação conjunta.
Quando alguém em presença de outros,
fica silencioso afasta-se, na verdade
está interagindo e comunicando algo
aos demais: disposição para não
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Procure descrever expressões que ouviu e outras que observou e que lhe passaram
impressões positivas e negativas. Manifeste-se a respeito.
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Linguagem Verbal
É aquela composta por palavras e frases, é quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral
ou escrita para se expressar.
Esta é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano, pois é por meio de palavras que
expressamos nossas idéias e pensamentos. Ela está presente na comunicação diária entre as pessoas, nos
anúncios e propagandas, livros, revistas, bilhetes, discursos e outras várias situações.
A arte de conviver
Como trabalhar bem com os outros? Como entender e fazer-se entender? Por que os outros interpretam
erroneamente meus atos e palavras?
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adj. m. e f. 1. Relativo à garganta. 2. Gram. Diz-se do som ou fonema modificado pela garganta
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Até que ponto é possível ceder num relacionamento, para melhorar a convivência?
Expresse o que você pensa a respeito.
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2. Alegria
Todo mundo gosta de conviver com pessoas alegres, otimistas, que não se deixam abater pelas dificuldades
nem fazem de sua vida um mar de lamúrias.
3. Paciência
A paciência é uma qualidade imprescindível para o bom relacionamento. Mas todo mundo é capaz de se irritar
algumas vezes e por isso precisamos nos educar, exercitando nosso autocontrole.
A falta de paciência pode acionar nosso descontrole emocional e isto pode criar barreiras no relacionamento.
Conseqüentemente, as pessoas não gostarão de conviver conosco.
4. Empatia
É a capacidade de avaliar os sentimentos e a qualidade de saber se colocar no lugar do outro.
5. Autenticidade
É comum procurarmos esconder o que somos ou o que sentimos, com receio de não sermos compreendidos
ou aceitos pelos outros, porém quanto mais as pessoas aprendem sobre nós, mais facilmente será para elas
nos compreenderem e, assim, aceitarem.
6. Tolerância
Em toda relação estamos sujeitos a situações de conflito. Nesses momentos, é importante lembrar que há
sempre uma solução viável para os dois lados, se ambos estiverem dispostos a encontrá-la.
Pontos Importantes
Focalizar: observar, sem comentar o que a pessoa está falando e sentindo.
Ex.: está nervosa, triste, alegre, desesperada, apreensiva, desmotivada, tensa... Isto ajudará a entender o
porquê da pessoa estar agindo de tal forma.
Aceitar: não julgar o comportamento da pessoa nem fazer comentários, a não ser para possibilitar à pessoa
que está falando, clarificar seus sentidos.
Ex.: você poderia esclarecer mais sobre...
Refletir: espelhar o que a pessoa está sentindo, usando outras palavras. Falar de outra forma a mesma coisa
para mostrar que você entendeu, sem fazer julgamentos ou dar opiniões.
Ex.: você está me dizendo que...
Estimular: fazer perguntas que incentivem a pessoa a falar mais sobre aquilo que está sentindo de modo a
procurar expressão total.
Ex.: fale-me mais sobre...
1. Fale com as pessoas. Nada mais agradável e animador quanto uma palavra de saudação;
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2. Sorria para as pessoas. Lembre-se que acionamos setenta e dois músculos para franzir a testa e somente
quatorze para sorrir;
3. Chame as pessoas pelo nome. Para muitos a música mais suave é ouvir o seu próprio nome;
4. Seja cordial. Fale e aja com toda a sinceridade. Tudo o que você fizer, faça-o com todo prazer;
8. Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do outro, e o
lado de quem está certo;
d) O que não gosta de fazer, dentro das atividades que desenvolve, mas acaba fazendo?
_______________________________________________________________
g) Se você estiver vivenciando dificuldades em relação algum grupo (família, trabalho, amigos),
quais são?
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A importância do grupo
Em seu dia-a-dia, o ser humano encontra-se em contato com outras
pessoas na maior parte de seus momentos, o que o leva a incorporar-se a
grupos.
A família é, em geral, o primeiro grupo do qual o homem participa e é
através desse relacionamento que seu comportamento começa a ser
delineado. Por sua vez, a família se insere num contexto muito maior que,
implica valores étnicos, socioeconômicos, etc. Assim, o comportamento
padrão de uma criança que nasceu em uma tribo indígena, será diferente
daquele a ser apresentado por outra criança, numa grande metrópole. Isso
ocorre porque a cultura determina comportamentos sociais e, através do
relacionamento com os outros, os grupos influenciam os indivíduos e estes
também podem transformar os grupos.
É através dos outros, de suas reações que o indivíduo faz ou deixa de fazer,
que ele vai percebendo o que em si é adequado ou não à convivência com
os demais ou mesmo com pessoas específicas. Permite que o homem
conheça aspectos seus, que sozinho seria incapaz de perceber,
principalmente aqueles que se dão inconscientemente, e que amadureça
sua perspectiva pessoal.
Necessidade Humana
Os primeiros agrupamentos ocorreram devido à necessidade de sobrevivência. Em conjunto, ficava mais fácil a
defesa contra animais selvagens, a busca de alimentos, etc. No entanto, com a passagem do tempo, não eram
mais apenas as necessidades básicas que o homem procurava suprir através de grupos.
Atualmente, os grupos existem pelos mais diversos motivos, continuam esses motivos relacionados às
necessidades humanas, sejam elas ligadas à preservação da espécie, como no começo, ou psicológicas,
sociais e culturais.
Roger Harrison divide as necessidades humanas em dois núcleos:
• Núcleo físico econômico: aqui se enquadram as necessidades voltadas à manutenção da vida
de um modo geral, liberdade de movimentos, de expressão corporal, segurança física;
• Núcleo sócio emocional: refere-se à necessidade de afeto, amor, calor humano, compreensão,
reconhecimento, aceitação, contato físico com outras pessoas.
Essas necessidades individuais são levadas ao grupo e vão movimentar a atuação em conjunto quando se
harmonizam com as dos demais participantes, podendo tornar-se necessidades grupais a partir daí. No
entanto, se as necessidades ficam apenas em nível particular, de interesses, sem que sejam consideradas as
necessidades do grupo como um todo, podem transformar-se em objetivos pessoais ocultos, produzindo
conflitos e intervir negativamente na atuação grupal.
Implícitos: Os propósitos são pouco claros, mal formulados e o grupo não possui total consciência do fim pelo
qual atua ou para o qual se dirige, sendo, portanto, menos eficaz a ação grupal a esse nível, já que o próprio
grupo não sabe exatamente o que deve ser feito.
Conclui-se que em grupos de trabalho, os objetivos devem sempre ser explícitos, de modo que cada membro
da equipe saiba o que se espera dele, sendo desse modo facilitada a ação grupal.
TIPOS DE GRUPO
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Assim como não existem dois indivíduos absolutamente iguais, a mesma idéia é válida para os grupos, por
serem estes constituídos por pessoas. Todavia, certas características gerais ou marcantes costumam ser
consideradas de forma a permitirem uma classificação:
Grupos Formais: o relacionamento costuma obedecer a normas e critérios bem estabelecidos. Sua finalidade
principal é a realização de tarefas, o trabalho em conjunto. Exemplo: uma equipe de vendedores, pedreiros
construindo um edifício, garçons em um restaurante, estudantes realizando uma pesquisa.
Grupos Informais ou Afetivos: caracterizam-se pela
preocupação com o relacionamento afetivo de seus
participantes; sua principal finalidade é exatamente
essa relação interpessoal e a satisfação emocional
dela resultante, que são grupos voltados para seus
próprios integrantes. Exemplo: grupo de amigos,
grupo familiar.
Grupos Ideológicos: o relacionamento é decorrente
de uma ligação (identificação) ideológica e o objetivo
principal é defender ou impor uma idéia, uma filosofia
uma crença. Exemplo: grupo de defesa ao meio
ambiente, grupo feminista, grupo religioso.
Um grupo de trabalho costuma ser formal ao
desempenhar suas tarefas e informal num jantar de
confraternização ou mesmo em muitos momentos de
seu dia-a-dia. E, além disso, nada impede que seus componentes também tenham uma sintonia ideológica.
Relacionamento Produtividade
Sentimento de solidariedade,
Planejamento de tarefas
paternalismo
Forças
Impulsoras Ausência de tensões, sem
Coordenação de participação
irresponsabilidade
Disposição para cooperar Coerência da discussão e dos
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propósitos
Visando à otimização dos resultados de um grupo que não vem apresentando o desejado rendimento, surgem
então as seguintes opções:
• Aumentar a intensidade das forças impulsoras
• Diminuir a intensidade das forças restritivas
• Identificar as forças neutras capazes de serem transformadas em forças impulsoras, o que poderá
ser feito colocando algo novo na situação
Formas De Interação
Contigüidade: não existe um real sentimento de cooperação. Os membros do grupo apenas convivem lado a
lado, superficialmente e sem uma comunicação efetiva. Quando há verbalização, produzem o chamado
monólogo coletivo.
Convivência pacífica: assemelha-se a contigüidade. Aqui, no entanto, existe uma espécie de acordo,
consciente ou inconsciente, de ninguém perturbar os demais. É o mesmo que por em prática o individualismo
Kantiano: “A liberdade de cada um vai até onde começa a liberdade do outro” – daí o grupo ter como norma
não levantar ou trabalhar problemas, perdendo em criatividade.
Dominação: neste caso, por suas qualidades ou características, uma pessoa assume o comando do grupo e
todos os demais colocam-se ao seu dispor, como dependentes ou inferiores, não havendo o pensamento em
conjunto.
Conflito: não há cooperação real. O grupo corre o risco de fragmentar-se na disputa de privilégios, lugares e
funções, podendo como sintoma aparecer a agressividade, manifesta de várias formas.
Integração: não há dominação nem dominados: há liderança em seus atributos mais positivos. Os membros
do grupo se completam surgindo um alto grau de operacionalidade e de reciprocidade, decorrentes de uma
comunicação aberta e efetiva.
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FASE DE IDENTIFICAÇÃO
Surge a tendência de formarem-se subgrupos voltados para necessidades ou anseios particulares daqueles
que se identificam. Desse modo, os que experimentam sentimentos de insegurança, por exemplo, serão
levados a se agruparem para juntos dividirem suas ansiedades e, assim, acreditarem menos inseguros.
A atuação do líder é importantíssima nesta fase, devendo incentivar e facilitar os membros do grupo como um
todo, mostrando que cada um é indispensável ao processo grupal que estão vivendo.
FASE DE INTEGRAÇÃO
Esta fase só é atingida quando todos os membros sentem-se plenamente aceitos e conseguem participar
ativamente das decisões que cabem ao grupo.
Há amostras de solidariedade e união em torno dos objetivos do grupo, cada qual contribuindo para o êxito
dele, tornando-se menos marcante a dependência de um líder, embora ele continue sendo importante.
Para Kurt Lewin, “a integração não se realizará no interior de um grupo e, em conseqüência, sua criatividade
não poderá ser duradoura, enquanto as relações interpessoais entre todos os membros do grupo não
estiverem baseadas em comunicações abertas, confiantes e adequadas. A capacidade de comunicar de modo
adequado com o outro, e de estabelecer diálogo não é um dom nato , mas uma atitude adquirida por
aprendizagem. Somente aqueles que aprenderam a abrir-se ao outro, tornam-se capazes de trocas autênticas
com ele”.
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1. O que pode levar uma pessoa a não expressar suas dificuldades ou descontentamentos?
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2. O que significa boicotar um trabalho?
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Evitar o conflito
Isso poderá ser providenciado desde a formação do
grupo, escolhendo pessoas com maior afinidade de
pontos de vista, valores, metas, ou posteriormente,
separando-se aqueles que têm pensamentos
divergentes no planejamento de tarefas, e evitando
assuntos controversos na reunião de trabalho.
Reprimir os conflitos
Pode ser conseguido, superficialmente, através de
um sistema de recompensas e punições, sejam elas
materiais ou psicológicas.
Recompensam-se aqueles que contribuem para a
harmonia do grupo e repreendem-se quem rompê-
la.
Para que a negociação possa ocorrer, é necessário que as partes tenham capacidade de:
SABER COMUNICAR
Sem diálogo não há comunicação nem solução possível para os problemas, pois a maioria dos erros,
omissões, irritações, atrasos e conflitos são causados por falhas na comunicação.
RESOLUÇÃO CRIATIVA DE CONFLITOS INTERPESSOAIS SABER OUVIR
Ouvir ativamente demonstrando interesse pela pessoa e pelo assunto, pois metas e intenções não
compreendidas levam sempre a uma resolução sem sucesso.
Evitar criticar ou tentar dirigir a conversa, adotando uma posição afirmativa, mostrando respeito pela outra
pessoa.
SABER PERGUNTAR
Saber perguntar é uma forma do ouvir ativamente, pois quem pergunta conduz a conversa.
Quanto ao estilo a ser adotado, é recomendável adotar um estilo que leve à solução do conflito da forma mais
pacífica possível. O que vai definir seu atual estilo de administrar conflitos está diretamente relacionado a duas
importantes características de comportamento: assertividade e cooperação.
Prejulgamento
Baseados muitas vezes, num conhecimento muito superficial das pessoas, numa ou outra passagem de sua
vida e em nossos próprios preconceitos, fazemos juízos definitivos sobre o caráter e valor do outro, dando-lhes
pouca oportunidade de mudar nossa opinião a seu respeito.
Precisamos ter cuidado com essas rotulações, pois elas podem ser um obstáculo, tanto ao crescimento de
quem foi alvo do julgamento, como de quem o fez.
Uma pessoa que se percebe como fraca, que se sente insegura, que não tem convicção do seu próprio valor,
pode ser prejudicada no seu desenvolvimento pessoal a partir de expressão como: “você não tem jeito mesmo,
faz sempre tudo errado!” ou “quando é que você vai deixar de ser burro?” Quanto à pessoa que faz os
julgamentos, pela sua precipitação em julgar por aparência, pode se limitar numa visão estereotipada fixa,
inalterável e se equivocar, cometendo injustiças e prejudicando-se no exercício de uma avaliação correta da
pessoa ou da situação, comprometendo desse modo o seu relacionamento com outro.
Portanto, se estivermos dispostos a manter um clima de confiança, um ambiente de compreensão mútua no
grupo de trabalho do qual participamos, precisamos nos abster de prejulgamentos.
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Percepção
O relacionamento interpessoal pode ser prejudicado pela falha de percepção que temos do outro, propiciando
desentendimentos. Por outro lado, pode ser altamente favorecido quando conseguimos desenvolver nossa
percepção a ponto de entender o outro, através do olhar, gesto, postura, enfim, pela expressão corporal.
Se todas as pessoas dessem atenção ao desenvolvimento de sua percepção, provavelmente conseguiriam
notar detalhes sobre o outro ou situações que poderiam ajudar na compreensão do todo, evitando-se
conclusões errôneas.
Precisamos lembrar que mais importante do que se vê é como se percebe.
Precisamos perceber as pessoas como elas são e não como gostaríamos que fossem. Quando a percepção
sobre o outro é realista, deixamos de correr o risco de criar fantasias, de desenvolver falsas expectativas que
poderão levar à frustração.
Se quisermos perceber bem o outro, precisamos usar todos os sentidos e também o coração. Como dizia Saint
Exupery: “O essencial é invisível aos olhos”.
Empatia
Uma boa parte das pessoas é totalmente incapaz de se colocar no lugar do outro, consideram apenas o seu
ponto de vista.
Empatia é uma forma de penetrar no outro, na sua forma de pensar – que não deve ser julgada,
comparada com a nossa.
À medida que conseguimos entrar no modo de ser de outra pessoa, passamos a ter mais informações a
respeito das pessoas em geral e de nós mesmos em particular.
O processo é muito rico para quem consegue dominá-lo, coisa que se obtém com exercício permanente e,
principalmente, com a mente aberta e livre de preconceitos.
Por meio desta postura empática podemos, de certa forma, viver um pouco da vida das outras pessoas.
Aprendemos muito e nos renovamos constantemente, o que fará de nós criaturas mais interessantes,
solidárias e humanas.
Nosso repertório será variável e nosso pensamento estará em constante reformulação. Importante componente
para o crescimento individual e do grupo, a arte da empatia se baseia na:
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“A arte da empatia é de grande importância para a convivência pacífica e harmoniosa de todos os povos. É a
habilidade emocional mais importante para o nosso sucesso.”
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Liderança
Invista tempo e energia em seus relacionamentos. Relacionamentos duradouros não acontecem por acaso,
eles são criados.
Reconheça que todos os relacionamentos não podem ser eternos. Reconheça a qualidade transitória deles,
mas continue a agir como se eles fossem permanentes.
Não tenha medo. Não analise exageradamente seus relacionamentos.
Há vezes em que você pode querer desistir de um relacionamento, porém nunca desista de se relacionar.
Reconheça o lado humano do outro.
Examine sempre a natureza de cada um de seus relacionamentos, pois eles são dinâmicos, não estáticos e,
portanto, estarão mudando para melhor ou pior.
Aprenda a ouvir. Você não aprende nada escutando a si mesmo. Não permita que seus relacionamentos se
deteriorem por negligência.
Liderança
Líder é a pessoa no grupo à qual foi atribuída, formal ou informalmente, uma posição de responsabilidade para
dirigir e coordenar as tarefas. A maneira pela qual uma pessoa, numa posição de liderança, influencia as
demais pessoas no grupo é chamada “estilo de liderança”.
Se o conceito de liderança é um conceito de relação interpessoal, a noção de poder está implícita no processo
de influência social que caracteriza essa relação.
A estrutura de poder ou influência social marca posições de diferenciação, que podem ser percebidas como
fixas ou mutáveis, absolutas ou questionáveis, a depender do tipo e composição do grupo, do estilo de
liderança e do tempo de interação.
Autoridade é o poder, o legitimado que algumas pessoas exercem em influenciar o pensamento e
comportamento dos outros.
Através da classificação de French e Raven (1959) indicam-se seis bases principais de poder:
1. Legítimo (autoridade)
2. De coerção
3. De recompensa
4. De referência (“carismático”)
5. De conhecimento
6. De informação
1) Poder legítimo: chamado de autoridade é atribuído pela organização formal. Elemento da estrutura
hierárquica dos grupos sociais formais.
2) Poder de coerção: consiste na capacidade de aplicar punições, ou fazer ameaças de punições,
freqüentemente associado ao poder legítimo. Ameaças de retirada de afeto, de reconhecimento ou
consideração, censuras, afastamento, diminuição de atenção e de comunicação.
3) Poder de recompensa: consiste em atribuir recompensas, sob forma de promessas, pode ser ligado ao
poder legítimo ou estar desvinculado. As recompensas podem ser: elogios, olhares, sorrisos, abraços,
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aproximação, comunicação. As pessoas precisam de toques, palavras para satisfazer sua auto-estima e
desenvolver, o seu lado pessoal, social e profissional.
4) Poder de referência: expressa uma relação psicológica de identificação com um modelo social. Liderança
carregada de apelos emocionais tornando-se “modelos ou ídolos”. Estes líderes existem nos âmbitos religioso,
social, político e determinam profundas mudanças na sociedade humana.
5) Poder de conhecimento: é a influência do especialista. Cujas opiniões são respeitadas, acatadas e
permitem facilitação dos processos de aprendizagem e solução do problema.
6) Poder de informação: constitui um modo de influenciar os outros através de retenção total ou transmissão
parcial de informação, às quais os outros não têm acesso. É importante nas análises, reflexões e decisões do
presente com repercussão no futuro.
Poder existe em todas as relações de um grupo, principalmente, o líder formal que exerce maior influência
social sobre os outros. Os membros do grupo também têm outras formas de poder, que interferem na forma de
liderança.
Desenvolvimento da liderança
O aperfeiçoamento da liderança implica, em sua essência, desenvolver atitudes e habilidades que auxiliem a
conduzir o grupo para decisões e ações acertadas, no momento em que forem exigidas. Uma inteligência
privilegiada não basta por si só, mas quando combinada com outras qualidades pessoais, é mais eficaz.
Algumas qualidades pessoais que facilitam o desempenho do líder:
• Espírito democrático
• Entusiasmo pelo trabalho em equipe e dedicação
• Sentido de objetivo e direção
• Habilidade em inspirar confiança
• Competência técnica
• Bons conhecimentos gerais
• Acessibilidade
• Controle emocional
• Naturalidade
• Autenticidade
• Compreensão da natureza humana e respeito pelo ser humano
• Simpatia
• Lealdade
• Interesse pelos outros
• Habilidades em propor e estimular idéias
• Habilidades em ensinar
• Habilidades em despertar melhores esforços nos outros
• Boa comunicação interpessoal
• Capacidade de reflexão
• Capacidade de enfrentar e resolver problemas
• Empatia, isto é, capacidade de colocar-se no lugar do outro e sentir como ele sente
• Capacidade de perceber o outro e a si mesmo, de refletir sobre o que é percebido e ajustar-se à
situação, de acordo com os objetivos a serem atingidos
• Habilidades em delegar trabalho
• Habilidades em liderar em vez de mandar
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Líderes
A liderança pode ser definida como o
processo interpessoal, pelo qual uns tentam
influenciar outros a realizarem determinados
objetivos comuns.
A liderança não se realiza em isolamento,
mas sim em interação. O modo como os
líderes atuam no seu processo de liderança
varia segundo duas dimensões.
A primeira, é até que ponto o líder se
concentra nas pessoas que lidera,
considerando os seus sentimentos e a
qualidade das suas relações? Um líder assim
é orientado para as pessoas.
A segunda dimensão representa até que
ponto o líder se concentra na tarefa a ser
desempenhada, no processo que esteja sendo feito e nas formas de realizar o trabalho? Este é o líder
orientado para as tarefas.
Estilos de liderança
O Manipulador: sua real preocupação não está nem com o bem estar do grupo nem com a produtividade dele,
embora levem esses dois fatores em consideração, uma vez que manipula. Sua verdadeira preocupação é
consigo mesmo, com sua imagem frente ao demais, buscando promover-se. Como coordenador de reuniões e
encontros de dinâmica de grupo, poderá revelar-se brilhante aos olhos dos participantes, já que não permitirá
que ninguém brilhe mais do que ele, acostumado fomentar dependência à sua pessoa. Como se mostra
simpático é capaz de proporcionar uma atmosfera grupal agradável, porém é inadequado quando se deseja
que o grupo alcance de fato sua autonomia ou tome suas próprias decisões.
O Protetor: apresenta-se alta preocupação com o bem estar do grupo e baixa preocupação com a
produtividade, colocando sua proteção em primeiro plano, tendo muita dificuldade para fazer críticas, mesmo
quando são indispensáveis para que o grupo ou algum membro cresça. Na verdade, como no caso do
autocrático, o protetor também está centrado em seus próprios valores pessoais, agindo a partir deles. A
atmosfera faz com que os participantes apresentem pouca criatividade, falta de responsabilidade ou exagerada
dependência, uma vez que contam com a “compreensão” de um protetor.
O Democrata: tem alta preocupação tanto com a produtividade, quanto com o bem estar do grupo. Cria uma
atmosfera acolhedora, baseada mais na confiança do que na proteção, que convida à participação de todos,
agindo com equilíbrio, aceitando a flutuação da liderança e possibilitando que cada um cresça, graças à
atuação saudável de todos. É mais indicado para aplicar exercícios de dinâmica de grupo ou coordenar
reuniões, pois sabe tornar-se neutro ou até mesmo assumir um papel secundário quando isso é útil aos
participantes, dando ao grupo sua real importância e espaço. Sente-se mais um facilitador, do que um líder,
não devendo, por isso mesmo, ser confundido com “laissez-faire”, uma vez que se mantém continuamente
atento ao processo grupal que coordena, quando necessário apresentando suas críticas de forma construtiva
ou proporcionando momentos para que os participantes troquem-nas entre si, sabendo recebê-las, também,
quando for o caso.
O Dominador: tem uma atitude autoritária, controladora e/ou moralista em excesso, tornando-se bastante
crítico. Quando não exagera, pode ser útil orientando ou traçando limites que por vezes tornam-se
necessários. No entanto, corre o risco de ser presunçoso, agressivo, perseguindo os demais e através disso
buscando afirmar sua superioridade, alimentando sua vaidade. Mostra-se pouco compreensível às novas
idéias, dificilmente admitindo que os outros também possam ter razão. Gosta de mandar mesmo que não
ocupe cargo de chefia. Se for chefe, será do tipo autoritário, preocupando-se excessivamente com a
produtividade sem levar em consideração os sentimentos do grupo.
O Protetor: sua atitude é mais de proteção do que de compreensão real. Gosta de ensinar, aconselhar,
resolver os problemas dos outros. Por vezes acaba sendo uma espécie de porta-voz do grupo ou de
subgrupos, disfarçando assim seus verdadeiros interesses pessoais, preconceitos e dificuldades. Corre o risco
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de tornar-se super protetor, prendendo os outros sob seus cuidados e impedindo que se desenvolvam
satisfatoriamente. Se for chefe, será do tipo que aparentemente se preocupa mais com os sentimentos de seus
subordinados, deixando a produtividade para segundo plano. Poderá, ainda, disfarçar uma atitude de
manipulação na proteção que gosta de oferecer.
O líder e o chefe
Postura do CHEFE Postura do LÍDER
É autocrata, julga-se o soberano absoluto É democrata, divide suas responsabilidades
Trata seus subordinados como soldados rasos Trata seus auxiliares com educação e respeito
Fica com tudo nas mãos Fica e delega poderes
Tranca-se e julga-se o maioral É humilde e faz do diálogo franco e sincero sua
arma para liderar
Pouco se importa com os problemas de seus Faz das relações humanas um poder mágico
subordinados
Diz MEUS SUBORDINADOS, cheio de orgulho Diz MEUS AUXILIARES, com respeito
Está sempre apreensivo Está sempre confiante
Diz foi “fulano” quem errou, é sempre assim Diz “fomos nós quem erramos”, traz para si a
responsabilidade
Fala em altos brados, querendo mostrar quem é o É calmo e paciente, jamais se exalta
tal
Grita com seus funcionários para todos ouvirem Chama seus auxiliares em particular e lhes mostra
o caminho certo
Manda, diz “EU QUERO” Sugere, diz “EU GOSTARIA”
Se um funcionário chega atrasado diz “o senhor Procura saber a razão do atraso e aconselha
infringiu o artigo tal do regulamento interno
É parcial e faz prevalecer suas ordens Tem capacidade compreender o ponto de vista em
que discordam suas teses
Faz do trabalho uma preocupação Faz do trabalho um prazer
Administra Inova
Mantém Desenvolve
Imita Cria
Aceita Questiona
Depende de controle Confia nas pessoas
Focaliza o sistema e a estrutura Focaliza as pessoas
É o clássico bom soldado Seu próprio comandante
Treina Educa
Tabela 36 - Diferentes posturas do líder e o chefe
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Referências
ABNT 2004. Instalações Elétricas de Baixa Tensão: ABNT NBR 5410:2004. São Paulo. 2ª. edição, 209 páginas
ABNT 2001. Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/ 250 V em corrente alternada –
padronização: ABNT NBR 14136:2001, 20 páginas
ABNT 2004. Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares: ABNT NBR NM
60898:2004. São Paulo. 1ª. edição, 116 páginas.
PRYSMIAN ENERGIA CABOS E SISTEMAS DO BRASIL S.A. Instalações elétricas residenciais. São Paulo, 2006.
133p.
SCHNEIDER ELECTRIC BRASIL LTDA. Manual e catálogo do eletricista residencial. São Paulo, 2009.
SOUZA , José Rubens Alves de. Instalações elétricas em locais de habitação. São Paulo: MM, 2007. 124p.
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