Gestão Estoque

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Aula 1.

4 – Gestão de Estoques
Prof. Juliano M. Moraes

Módulo: Introdução à Logística Pós Graduação em Gerenciamento de Projetos 1


Prof. Juliano Moraes UNIFOA
‰ Sumário

ƒ Introdução

ƒ Aspectos Fundamentais

ƒ Políticas de Estoques

ƒ Posicionamento Logístico e Política de


Atendimento

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‰ Definição

ƒ “Os estoques são acúmulos de matérias-primas,


insumos, componentes, produtos em processo e
produtos acabados que aparecem em numerosos
pontos por todos os canais logísticos e de
produção na empresa”

Ronald H. Ballou

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‰ Razões para Estoques

ƒ Atendimento à Demanda – Satisfação do


Cliente
ƒ Coordenar Oferta & Demanda (sazonal,
oscilações de preço)
Ajudar Produção (vinhos) & Marketing &
Vendas
Reduzir Custos de Transporte e de Produção

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‰ Tipos de Estoques
ƒ Estoque de Produção / Processo: criado entre a produção
e o transporte para o próximo destino
ƒ Estoque de Organização: manter produção/suprimentos
funcionando sem paradas
9Estoque Cíclico-atender demanda média entre reabastecimentos
9Estoque de Segurança -combater a incerteza
9Estoque Sazonal-combater variabilidade previsível da demanda
9Estoque em Trânsito – canal de distribuição
9Estoque Obsoleto – validade vencida, roubos ou perdas

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‰Separação de Itens Estratégicos: políticas
diferenciadas de controle de estoques
ƒ Princípio 80 – 20: Classificação ABC
9Ordenar itens pela vendas e dividir em 3 categorias
o A – 80% das vendas - Movimentação rápida
o B – 15% das vendas - Movimentação média
o C – 5% das vendas - Movimentação lenta
ƒ Alternativas:
9ABC Estoque: ($ ítem) . (quantidade em estoque)
9ABC Demanda Valorizada: ($ ítem) . (quantidade demandada)

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‰Pode-se elaborar a Classificação ABC por demanda
valorizada:
ƒ Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-se o
valor da demanda pelo custo unitário do item;
ƒ Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de demanda
valorizada;
ƒ Calcula-se a demanda valorizada total dos itens;
ƒ Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de cada item
em relação a demanda valorizada total, podendo-se calcular
também as percentagens acumuladas;
ƒ Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as classes A,
B e C (ou quantas quisermos).

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‰ Base para o Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos

‰Gestão de Estoques integrada com outras


atividades do processo logístico - pouca literatura

‰Política de Estoques depende de:


(1) Quanto pedir?
(2) Quando pedir?
(3) Quanto manter em estoque de segurança?
(4) Onde localizar?

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Ferramentas Básicas
ƒ Modelagem do Consumo de Materiais
D e LT não totalmente previsíveis

ES = Estoque de Segurança
PP = D x LT + ES

D = Taxa média de consumo -


previsível
LT = Lead time de ressuprimento
Probabilidade de Falha
PP = D x LT

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‰ Cálculo do Ponto do Pedido
Consumo diário de um dado produto ou material
é de 20 unidades (Demanda)

Tempo de resposta médio desde a colocação do


pedido de ressuprimento até a disponibilização
do lote é de 5 dias (Lead Time)

Pedido deve ser colocado tão logo o nível de


estoque atinja 5 x 20 = 100 unidades
(PP=D.LT)
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‰ Avaliação de Aumentos no Ponto de
Pedido (ES)
Empresa decidiu aumentar o Ponto de Pedido
em 40 unidades, passando de 100 para 140

Significa liberar, em média, o pedido em


140/20 = 7 dias antes do momento
agendado para o reabastecimento, ou seja, 2
dias antes do Ponto de Pedido calculado
anteriormente.
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Ferramentas Básicas
‰ Análise de Trade off entre Custos

ÍExemplo: CD com demanda anual média de 300 unidades.


Considerar 2 políticas de estoques:

1 - Enviar 6 carregamentos com 50 unidades ao longo do ano

2 - 300 unidades enviadas de uma só vez


Quais as vantagens e desvantagens de cada política alternativa?
Conhece-se Custo Unitário de Aquisição por Produto (Caq), Custo
Fixo de cada Viagem ou Ressuprimento (CTR), Número de
Viagens (NV) e Taxa de Oportunidade de capital (i)
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‰ Aspectos Fundamentais na Gestão de
Estoques

ƒ Política de Ressuprimento Ideal:

ÍEquilíbrio entre Custo de Oportunidade de Manter


Estoques e Custo de Transporte.

ÍObjetivo: determinar o Tamanho do Lote de


Ressuprimento mais apropriado ao nível de
eficiência no Processo de Movimentação de
Materiais ao menor custo.
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‰ Como Reduzir Custos de Movimentação?

ƒ Parcerias entre Empresas na Cadeia de Suprimentos

ƒ Reduções Custos de Compras, adotar JIT de peças e


materiais: eliminar CQ no recebimento, licitações,
cotações de preços

ƒ Uso de Operadores Logísticos (TNT, Ryder, FeDex...)

Íknow how, economias de escala, consolidação de


cargas, ...
ÍTransformar Custos Fixos em Custos Variáveis
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‰ Como Reduzir Custos de Movimentação?

ƒ Adotar novas Tecnologias de Informação para captura e


troca de dados entre empresas: códigos de barras, EDI,
Internet,...

ƒ Eliminar erros e re-trabalho no processamento de


pedidos

ƒ Compartilhar na CS as séries de vendas para o cliente


final - redução da incerteza da demanda futura -
redução nos estoques de segurança em toda a CS.
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Falta de Visibilidade na Cadeia de Suprimentos

Fabricante de Refrigerantes & Varejistas em SP


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‰ Efeito Chicote (Bullwhip Effect)
ƒ Sazonalidade da Demanda e erros de previsão podem
aumentar ao longo da CS, provocando alternância entre
superprodução e ociosidade

ƒ Fenômeno em que os pedidos para o elo no início da


CS exibem uma variação maior que os pedidos reais no
PDV (distorção da demanda) e a variação dos pedidos
aumenta à medida que se move rumo ao início da
cadeia (propagação da variação)
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‰ Efeito Chicote
ƒ Técnicas para evitar:
9Acesso à informação do PDV

9Compartilhamento da Informação: uso do EDI –


Electronic Data Interchange por todos os elos da
CS

9Programas de Reposição Contínua (CRP): VMI –


Vendor Managed Inventory e CMI – Co-Managed
Inventory

9Redução de lead times e uso do JIT


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‰ Política de Estoques para uma CS
ƒ Decisões Fundamentais:
1. Onde localizar os estoques na CS?
ÍDecidir pela Centralização (1 CD) versus Descentralização
(mais de 1 CD), Consignar ou Não Ter Estoque, com base
em:
ÍGiro
ÍValor agregado
ÍNíveis de serviço exigidos pelo cliente
2. Quando pedir ressuprimento?
ÍSeguir, ou não, a Metodologia do Ponto de Pedido
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‰ Decisões Fundamentais:
3. Quanto Manter de Estoque de Segurança (ES)?

ÍCalcular ES como função das variabilidades na


demanda e no lead time de ressuprimento
ÍPode ser reduzido sem prejuízo da disponibilidade?

4. Quanto pedir?

ÍLote econômico de compras versus ressuprimento


JIT
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‰ Análise do impacto de cada dimensão
ƒ Giro do material:

ÍQuanto maior: tendência à descentralização (menor


risco de obsolescência, absorvem parcela menor dos
custos fixos de armazenagem)

ƒ Lead time de resposta:

ÍQuanto maior: tendência à descentralização


(atender mais rápido). avaliar em termos
incrementais se redução nos custos de manter
estoques em trânsito compensam abertura de novo
armazém
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‰ Análise do Impacto de cada Dimensão
ƒ Nível de disponibilidade exigida:

ÍQuanto maior: tendência à descentralização -


posicionar estoque próximo ao cliente. fazer mesma
análise incremental anterior.

ƒ Valor agregado:

ÍQuanto maior: tendência à centralização - custos de


oportunidades de estoques elevados

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‰ Política de Estoques
ƒ Considerar Custos de Falta e Custos de
Excesso

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‰ Política de Estoques

ƒ Cf = Custo de falta: margem de contribuição perdida


(preço de venda - custo de aquisição) + prejuízo à
imagem

ƒ Ce = Custo de excesso: custo de manter estoques de


segurança + perdas por obsolescência ou perecibilidade
do produto

ƒ Produtos com alto valor agregado, alta taxa de


obsolescência: Risco é aproximadamente 1 (100%)

ƒ Produtos com margens de contribuição alta ou cuja


falta afeta a fidelidade do cliente: ES adequado
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‰ Centralizar ou Descentralizar?
ƒ 6 Fatores determinam maior ou menor grau de
Centralização:

1. Características do Produto

ÍValor agregado

ÍMargem de contribuição

ÍGrau de obsolescência
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‰ 6 Fatores determinam maior/menor grau de Centralização:
2. Características da Demanda

ÍGiro e o Grau de Previsibilidade: quanto maiores eles são,


maior será a propensão para descentralização de estoques
(menor risco de perda ou encalhe)
3. Nível de Exigência do Mercado
Prazo de Entrega - PE
Disponibilidade de Produto - DP
Caso Extremo: PE= zero e DP = 100% Consignação

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‰ 6 Fatores determinam maior/menor grau de Centralização:
4. Grau de Flexibilidade do Processo de Fabricação

ÍPostergação (Postponement) até a colocação do pedido pelo


cliente

ÍExemplo: mistura final de tintas, empacotamento de cerveja,


montagem de acessórios opcionais de veículos

ÍProdutos na sua forma básica com estoques descentralizados


em instalações capazes de finalizar operações de mistura,
montagem e embalagem

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‰ 6 Fatores determinam maior/menor grau de Centralização:
5. Acesso à informação em tempo real
ÍMenor tempo de ciclo e incertezas nos pedidos
ÍResposta mais ágil ao cliente
ÍCentralização

6. Obtenção de economias de escala no transporte

Í Menos onerosa a movimentação de produtos

ÍDescentralização

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‰ Implicações da Descentralização
ƒ Política de Antecipação à Demanda

ÍProdução e Distribuição são empurradas na Cadeia


de Suprimentos até o cliente final
ÍAdequada quando há produto com baixo valor
agregado

ÍPouca troca de informações em tempo real.

ÍCustos Adicionais de Movimentação + Manutenção


Estoques + Processamento de Pedidos compensados
pelas economias de escala no transporte consolidado

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‰ Dimensionamento de Estoque na CS
ƒ Cadeias com mais de 3 elos: usar simulação com os
históricos dos pedidos
ƒ Gerar e analisar:

ÍMovimentação de produtos

Í Níveis de estoque

ÍFalta de estoques

ÍFreqüência de carregamento

ƒ Como avaliar diferentes políticas de atendimento?


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‰ Determinação do Estoque em cada elo da
CS

ƒ Avaliar Políticas de Atendimento por Simulação

ÍEm termos de Custos Totais e Níveis de Serviço

ÍA partir de mudanças nos Parâmetros da Política de


Estoques e nos Modais de Transporte

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‰ Check Point:

ƒ Quais os tipos de Estoques?

ƒ O que é Efeito Chicote? Como evitá-lo?

ƒ Cite alguns Fatores que afetam a Centralização


ou a Descentralização

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